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Apostila de Anatomia

Humana

Medicina, Universidade Positivo, 2016


Considerações e
Agradecimentos
A anatomia humana é, para estudantes de medicina, enfermagem, farmácia, fisioterapia e biomedicina, o primeiro contato
com o corpo humano na sua longa jornada de estudos para se tornar um profissional da área de saúde. Existem várias formas de se
estudar a anatomia humana. Para alguns a leitura descritiva com uma rápida observação das ilustrações dos atlas; para outros o
atento estudo das ilustrações precede uma calma leitura dos livros-texto; há aqueles que precisam entrar em contato com o corpo
humano (nessa etapa mais provavelmente em um cadáver) ou modelos anatômicos para poderem aprender; existem ainda aqueles
que precisam fazer anotações nas aulas e, após uma leitura cuidadosa dos livros-textos, produzem resumos enfocando nos principais
pontos citados pelos professores em aula. Encontrar o melhor método de estudo é uma das tarefas mais difíceis para o ingressante das
áreas da saúde e é um desafio pessoal e intransponível. Só você conseguirá encontrar o melhor método para você e isso é uma
importante barreira a ser superada. Nessa apostila tomo por base um modelo mais descritivo, com algum enfoque clínico, para tentar
abranger os mais diversos aspectos da anatomia humana apresentando, quando cabível, uma relação clínica.
Nessa apostila, tento facilitar o estudo e o entendimento dessa área que é tão importante a várias outras áreas do
conhecimento biológico humano sem, no entanto, exaurir qualquer um dos assuntos aqui tratado. A anatomia humana foi dividida,
aqui, em 4 grandes módulos e, cada módulo, em três partes. Para cada parte, há 50 exercícios para o aluno de anatomia testar seus
conhecimentos após uma exaustiva rotina de estudos. É importante que o estudante esteja atento de que seu estudo deve começar
nos livros-texto designados por seus professores, passar pela atenta visualização das ilustrações e/ou fotos anatômicas dos livros-atlas
para, só então, se voltar ao texto desta apostila e, por final, testar seus conhecimentos nos exercícios aqui presentes.
Aqui exponho meus mais sinceros e eternos agradecimentos aos professores que me acompanharam nessa área. Serei sempre
grato pelo esforço e dedicação que os separam da conhecida prática de tantos outros professores de anatomia no Brasil que não se
colocam a ensinar seus alunos, achando-se na posição de um ser superior, detentor do conhecimento que deve ser respeitado a todo
custo. Essa apostila é nada mais do que um reflexo do esforço que tiveram para ensinar a mim e meus colegas a anatomia humana.
Espero que o resultado final dessa apostila não seja, de qualquer forma, inferior às expectativas de cada um de vocês.
Sumário
Módulo 1 – Introdução, Membro Superior e Membro Inferior Coração........................................................................................ 145
Introdução .........................................................................................1 Mediastino..................................................................................... 151
Membro Superior...............................................................................9 Diafragma ..................................................................................... 152
Membro Inferior ...............................................................................31 Traqueia ........................................................................................ 154
Pulmões ......................................................................................... 154
Módulo 2 – Cabeça e Pescoço
Peritônio e Formações Peritoneais ............................................. 161
Crânio ..............................................................................................53
Esôfago e Estômago .................................................................... 162
Esqueleto do pescoço ...................................................................64
Intestinos Delgado e Grosso ........................................................ 172
Músculos da cabeça e do pescoço ............................................67
Fígado, Baço, Vias biliares e Pâncreas ...................................... 183
Orelha ..............................................................................................93
Região Oral .....................................................................................96 Módulo 4 – Pelve e Períneo
Nariz................................................................................................100 Pelve .............................................................................................. 197
Olho................................................................................................108 Períneo .......................................................................................... 209
Faringe e Laringe ..........................................................................113 Órgãos Urinários............................................................................ 218
Órgãos genitais masculinos ......................................................... 230
Módulo 3 – Tórax e Abdome
Órgãos Genitais Femininos .......................................................... 238
Tórax ...............................................................................................125
Mamas........................................................................................... 244
Parede Anterolateral do Abdome ..............................................130
Parede Posterior do Abdome ......................................................138 Referências ................................................................................... 253
Sumário Módulo 1 – Introdução, Membro Superior e Membro Inferior
Introdução .........................................................................................1 Músculos Profundos do Compartimento Posterior do
Terminologia Anatômica Médica .................................................... 1 Antebraço ..................................................................................... 22

Fáscias, Compartimentos Fasciais, Bolsas e Espaços Virtuais .... 3 Músculos Salientes da Camada Profunda do
Compartimento Posterior do Antebraço ............................... 23
Ossos, cartilagens e articulações..................................................... 3
Músculos Intrínsecos da Mão .......................................................... 23
Classificação dos ossos ................................................................ 3
Músculos Tenares ......................................................................... 23
Classificação das articulações .................................................. 3
Músculos Hipotenares ................................................................. 23
Sistema Linfático .................................................................................. 4
Músculos Curtos da Mão ........................................................... 24
Exercícios................................................................................................ 5
Exercícios.............................................................................................. 27
Membro Superior ..............................................................................9
Membro Inferior .............................................................................. 31
Ossos do Membro Superior ................................................................ 9
Ossos do Membro Inferior ................................................................ 31
Vascularização e Drenagem do Membro Superior .................. 13
Vascularização e Drenagem do Membro Inferior ..................... 36
Inervação do Membro Superior ..................................................... 15
Inervação do Membro Inferior ....................................................... 38
Plexo Braquial ............................................................................... 15
Músculos Anteriores da Coxa ......................................................... 40
Músculos Toracoapendiculares Posteriores e
Escapuloumerais ................................................................................ 16 Flexores da Articulações do Quadril e Extensores do
Joelho ............................................................................................. 40
Músculos Toracoapendiculares Posteriores Superficiais ..... 16
Músculos do Compartimento Medial da Coxa (Grupo
Músculos Toracoapendiculares Posteriores Profundos ....... 17
Adutor) ................................................................................................. 41
Músculos Escapuloumerais ........................................................ 17 Músculos da Região Glútea (Abdutores e Rotadores da
Músculos do Compartimento Anterior do Braço ....................... 18 coxa) ..................................................................................................... 42

Músculos do Compartimento Posterior do Braço ...................... 19 Músculos Posteriores da Coxa (Extensores do Quadril e
Flexores do Joelho) ............................................................................ 43
Espaços Triangular e Quadrangular .............................................. 20
Músculos do Compartimento Anterior da Perna ....................... 44
Espaço Triangular......................................................................... 20
Músculos do Compartimento Lateral da Perna ......................... 45
Espaço Quadrangular ................................................................ 20
Músculos Posteriores da Perna ....................................................... 45
Músculos do Compartimento Anterior do Antebraço .............. 20
Músculos Superficiais Posteriores da Perna............................ 45
Músculos Superficiais do Compartimento Anterior do
Antebraço ..................................................................................... 20 Músculos Profundos Posteriores da Perna.............................. 46

Músculo Intermediário do Compartimento Anterior do Músculos do Pé ............................................................................ 46


Antebraço ..................................................................................... 21 1ª e 2ª Camadas da Planta....................................................... 46
Músculos Profundos do Compartimento Anterior do 3ª e 4ª Camadas da Planta....................................................... 47
Antebraço ..................................................................................... 21
Músculos do dorso do Pé ........................................................... 47
Músculos do Compartimento Posterior do Antebraço............. 22
Exercícios.............................................................................................. 48
Músculos Superficiais do Compartimento Posterior do
Antebraço ..................................................................................... 22
1

Introdução
A anatomia é o estudo da estrutura do corpo humano. A anatomia regional considera que o corpo está organizado em
segmentos ou partes; a anatomia sistêmica considera que o corpo está organizado em sistemas. A anatomia de superfície fornece
informações sobre estruturas que podem ser observadas ou palpadas sob a pele, e a anatomia radiológica permite a observação de
estruturas no indivíduo vivo, que são afetadas pelo tônus muscular, líquidos corporais e pressões, e pela gravidade. A anatomia clínica
enfatiza a aplicação do conhecimento anatômico à prática da medicina.

Terminologia Anatômica Médica


A terminologia anatômica médica é um vocabulário usado internacionalmente para facilitar o entendimento e a
comunicação entre profissionais da área do mundo inteiro. É importante dominar a terminologia para saber identificar estruturas em
textos e ao descrever pacientes.
A descrição da posição das estruturas anatômicas é expressa em relação à posição anatômica, que se refere à posição do
corpo em pé, com:
A cabeça, o olhar e os dedos voltados anteriormente (para frente)
Os braços ao lado do corpo com as palmas voltadas anteriormente
Os membros inferiores juntos, com os pés paralelos e os dedos dos pés voltados anteriormente

Embora a gravidade cause um deslocamento inferior dos órgãos internos quando se assume a posição ortostática,
frequentemente é necessário descrever a posição dos órgãos na posição de decúbito dorsal, porque esta é a postura na qual as
pessoas costumam ser examinadas. Ao descrever pacientes, visualize mentalmente a posição anatômica, estejam eles em decúbito
lateral (deitados de lado), decúbito dorsal (deitados de costas) ou decúbito ventral (deitados de barriga para baixo).
A descrições anatômicas são baseadas em quatro planos imaginários (mediano, sagital, frontal e transverso) que cruzam o
corpo na posição anatômica.
O plano mediano divide o corpo em metades direita e esquerda
Planos sagitais são planos verticais que atravessam o corpo paralelamente ao plano mediano
Planos frontais (coronais) são planos verticais que atravessam o corpo formando ângulos de 90° com o plano mediano,
dividindo o corpo em partes anterior (frontal) e posterior (dorsal)
Planos transversos são planos verticais que atravessam o corpo formando ângulos retos com os planos mediano e frontal,
dividindo o corpo em partes superior e inferior

Vários adjetivos, apresentados como pares de opostos, descrevem a relação das partes do corpo na posição anatômica e
comparam a posição relativa de duas estruturas. Os termos superficial, intermédio e profundo descrevem a posição de estruturas em
relação à superfície do corpo ou a relação entre uma estrutura e outra subjacente ou sobrejacente. As estruturas mais próximas da
cabeça são superiores, cranianas ou cefálicas, enquanto as estruturas mais próximas dos pés são inferiores; o termo caudal é usado
frequentemente em embriologia porque o embrião humano possui uma eminência caudal, semelhante a uma cauda, até o meio da 8ª
semana. Medial e lateral são termos que indicam a proximidade ao plano medial, sendo medial mais próximo que o lateral. Anterior
(ventral) e posterior (dorsal) são usados para designar, respectivamente, estruturas situadas mais próximas às extremidades anterior e
posterior do corpo. Distal e proximal são usados ao comparar posições mais próximas ou mais distantes da inserção de um membro ou
da face central de uma estrutura lineal, respectivamente. Externo e interno designam a distância do centro de um órgão ou cavidade,
como, por exemplo, as camadas da parede corporal ou o córtex e a medula do rim. Ipsilateral significa “ao mesmo lado”, bilateral
significa “ambos os lados” e, contralateral, “do lado oposto”.
Vários termos descrevem movimentos dos membros e de outras partes do corpo. Flexão indica curvatura ou diminuição do
ângulo existente entre os ossos ou partes do corpo. Extensão indica fortalecimento ou aumento do ângulo entre os ossos ou as partes do
corpo; a extensão de um membro ou parte dele além do limite normal é a hiperextensão. Abdução significa movimento de
afastamento do plano mediano no plano frontal; na abdução dos dedos, o termo significa afastá-los em relação ao dedo médio (da
mão) ou 2º dedo (do pé). Adução significa movimento de aproximação do plano mediano; na adução dos dedos, o termo significa
reaproximar os dedos do dedo médio (da mão) ou 2º dedo (do pé). Circundação é um movimento circular que associa flexão,
extensão, abdução e adução de forma que a extremidade distal da parte se movimenta em círculo. Rotação envolve o giro ou
revolução de uma parte do corpo ao redor do seu eixo longitudinal, como ao virar a cabeça para o lado. Pronação e Supinação são
movimentos de rotação do antebraço e da mão que giram o rádio em torno de seu eixo longitudinal; na pronação, medialmente, de
forma que a palma da mão fique voltada posteriormente e seu dorso, anteriormente; na supinação, lateralmente, de forma que o dorso
da mão fique voltado posteriormente e sua palma, anteriormente (colocando-o em posição anatômica). Oposição é o movimento
pelo qual a polpa do 1º dedo da mão (polegar) é aproximada da polpa de outro dedo, é o movimento usado para pinção com os
dedos. Protrusão é o movimento anterior (para frente) e retrusão é o movimento posterior (para trás), como na protrusão/retrusão da
mandíbula (queixo). A elevação levanta ou desloca uma parte para cima e a depressão rebaixa ou desloca uma parte para baixo. A
eversão afasta a planta do pé do plano mediano e a inversão move a planta do pé em direção ao plano mediano.
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Fáscias, Compartimentos Fasciais, Bolsas e Espaços Virtuais


As fáscias constituem os materiais de envoltório, acondicionamento e isolamento das estruturas profundas do corpo. Em quase
todos os locais, sob a tela subcutânea (fáscia superficial) está a fáscia dos músculos.
A fáscia muscular é um tecido conjuntivo denso modelado, desprovido de gordura, que cobre a maior parte do corpo
paralelamente à pele e à tela subcutânea. Nos membros, grupos de músculos com funções semelhantes que compartilham a mesma
inervação estão localizados em compartimentos, separados por lâminas espessas de fáscia muscular, denominadas septos
intermusculares, que se estendem centralmente da bainha fascial adjacente para se fixarem aos ossos. A fáscia muscular nunca passa
livremente sobre o osso, no lugar onde ela toca o osso, funde-se firmemente ao periósteo. Perto de algumas articulações, a fáscia
muscular apresenta espessamento acentuado, formando um retináculo para manter os tendões no lugar onde eles cruzam a
articulação durante a flexão e a extensão, impedindo que formem uma ponte ou arco através do ângulo formado.
A fáscia subserosa, com quantidades variáveis de tecido adiposo, situa-se entre as superfícies internas das paredes
musculoesqueléticas e as membranas serosas que revestem as cavidades do corpo.
As bolsas são sacos ou envoltórios de membrana serosa que se encontram colapsados ou praticamente vazios, exceto por
uma fina camada de líquido lubrificante secretada pela membrana. Geralmente ocorrem em locais sujeitos a muito atrito, permitem
que as estruturas se movimentem mais livremente uma sobre a outra. Como dito, as bolsas são espaços praticamente vazios, exceto por
uma quantidade mínima de líquido lubrificante, sendo seu espaço interno chamado de espaço virtual. Uma vez que exista líquido em
excesso em seu interior, tornam-se espaços reais; entretanto, essa situação é anormal ou patológica. Essas bolsas circundam muitos
órgãos e estruturas importantes. A camada em contato com o órgão ou estrutura é chamada camada visceral e a camada voltada às
paredes do corpo é chamada camada parietal. Esta dupla camada de membranas de revestimento confere liberdade de movimento
sobre a estrutura circundada quando está contida em um espaço limitado, como o coração no tórax e um tendão atravessando um
túnel osteofibroso.

Ossos, cartilagens e articulações


O esqueleto é formado por cartilagens e ossos. A cartilagem é uma forma flexível, semirrígida de tecido conjuntivo, que forma
partes do esqueleto onde é necessária mais flexibilidade. Além disso, as superfícies articulares dos ossos que participam de uma
articulação sinovial são revestidas por cartilagens articulares que oferecem superfícies de deslizamento lisas e com baixo atrito para livre
movimento. Como a cartilagem é avascular, suas células recebem nutrientes e oxigênio por difusão. O osso é uma forma rígida e
altamente especializada de tecido conjuntivo que forma a maior parte do esqueleto. É o principal tecido de sustentação do corpo.
Existe um revestimento de tecido conjuntivo fibroso que circunda cada elemento do esqueleto como uma bainha; o que circunda a
cartilagem é o pericôndrio; o que circunda o osso é o periósteo. Esses tecidos nutrem as faces externas do tecido esquelético. São
capazes de depositar mais cartilagem ou osso e proporcionam a interface para fixação de tendões e ligamentos.

Classificação dos ossos


Os ossos são classificados de acordo com seu formato:
Ossos longos são tubulares
Ossos curtos são cuboides e encontrados apenas no tornozelo e no punho
Ossos planos geralmente têm função protetora
Ossos irregulares têm vários formatos, que não se enquadram em longos, curtos ou planos
Ossos sesamoides se desenvolvem em alguns tendões e são encontrados nos lugares onde os tendões cruzam as extremidades
dos ossos longos nos membros; protegem os tendões do desgaste

Uma articulação é a união ou junção entre dois ou mais ossos ou partes rígidas do esqueleto. As articulações se apresentam sob
várias formas e funções. Algumas articulações não têm movimento; outras apresentam pequeno grau de movimento; e outras são
livremente móveis.

Classificação das articulações


Nas articulações sinoviais, os ossos são unidos por uma cápsula articular que se estende e reveste uma cavidade articular. A
cavidade articular de uma articulação sinovial é um espaço virtual que contém uma pequena quantidade de líquido sinovial
lubrificante. No interior da cápsula, a cartilagem articular cobre as superfícies articulares dos ossos; todas as outras superfícies
internas são cobertas por membrana sinovial. O periósteo que reveste os ossos externamente à articulação funde-se com a
camada fibrosa da cápsula articular. Existem 6 tipos principais de articulações sinoviais: articulações planas, que permitem
movimentos de deslizamento no plano das superfícies articulares; os gínglimos, que permitem apenas extensão/flexão; as
articulações selares permitem abdução/adução, extensão/flexão e circundação; as articulações elipsoideas permitem
abdução/adução, extensão/flexão e circundação, porém o movimento em um dos eixos é mais amplo do que no outro, e a
circundação também é limitada; as articulações esferoideas permitem extensão/flexão, adução/abdução, rotação
lateral/medial e circundação; as articulações trocoideas permitem rotação ao redor de um eixo principal.
Nas articulações fibrosas, os ossos são unidos por tecido fibroso. Na maioria dos casos, o grau de movimentação de uma
articulação fibrosa depende do comprimento das fibras que unem os ossos. A sindesmose, um tipo de articulação fibrosa, une
os ossos com uma lâmina de tecido fibroso, que pode ser um ligamento ou uma membrana fibrosa. Consequentemente, esse
tipo de articulação tem mobilidade parcial. Uma gonfose, ou sindesmose dentoalveolar, é uma articulação fibrosa na qual um
processo semelhante a um pino encaixa-se em um receptáculo. A mobilidade nesse tipo de articulação indica uma condição
patológica.
Nas articulações cartilagíneas, as estruturas são unidas por cartilagem hialina ou fibrocartilagem. Nas articulações cartilagíneas
primárias, ou sincondroses, os ossos são unidos por cartilagem hialina, o que permite leve encurvamento no início da vida. Essas
articulações geralmente são temporárias e permitem o crescimento do osso no comprimento. As articulações cartilagíneas
secundárias, ou sínfises, são articulações fortes, ligeiramente móveis, unidas por fibrocartilagem. Essas articulações oferecem
resistência e absorção de choque além de considerável flexibilidade para a coluna vertebral.
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Sistema Linfático
O sistema linfático constitui um sistema de hiperfluxo que permite a drenagem do excesso de líquido tecidual e das proteínas
plasmáticas que extravasam para a corrente sanguínea, e também a remoção de resíduos formados na decomposição celular e
infecção. Os componentes importantes do sistema linfático são:
Plexos Linfáticos: redes de capilares linfáticos que se originam em fundo cego nos espaços extracelulares da maioria dos
tecidos
Vasos Linfáticos: uma rede presente em quase todo o corpo, com vasos, com vasos de paredes finas com válvulas linfáticas
abundantes
Linfa: líquido residual que entra nos capilares linfáticos e é conduzido para vasos linfáticos
Linfonodos: pequenas massas de tecido linfático situadas ao longo do trajeto dos vasos linfáticos nas quais a linfa é filtrada em
seu trajeto até o sistema venoso
Linfócitos: células circulantes do sistema imune que reagem contra materiais estranhos
Tecido linfoide: locais que produzem linfócitos, como o agregado nas paredes do TGI; no baço, timo e nos linfonodos; e como
o tecido mieloide na medula óssea vermelha

Os vasos linfáticos superficiais e profundos atravessam os linfonodos em seu trajeto no sentido proximal, tornando-se maiores à
medida que se fundem com vasos que drenam regiões adjacentes. Os vasos linfáticos maiores entram em grandes vasos coletores,
denominados troncos linfáticos, que se unem para formar o ducto linfático direito ou o ducto torácico:
O Ducto linfático direito drena a linfa do quadrante superior direito do corpo. Na raiz do pescoço, entra na junção das veias
jugular interna direita e subclávia direita, denominada ângulo venoso direito
O Ducto torácico drena a linfa do restante do corpo
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c) Fibroso
Exercícios d) Fibrocartilagíneo
e) Reticular
1) Plano de secção que divide o corpo ou estrutura em
segmentos anterior e posterior: 9) O tecido muscular esquelético apresenta uma reserva
a) Mediano de glicogênio que por sua vez representa um:
b) Horizontal a) Polímero de frutose
c) Transversal b) Polímero de sacarose
d) Parassagital c) Polímero de glicose
e) Frontal d) Amido
e) Açúcar Invertido
2) Sobre planos de secção do corpo humano é correto
afirmar que: 10) A porção vermelha, carnosa e contrátil do músculo
a) O plano que divide o corpo em segmentos estriado esquelético é denominada:
anterior e posterior é horizontal a) Tendão
b) O plano que secciona o corpo em segmentos b) Ventre muscular
anterior e posterior é o mediano c) Aponeurose
c) O plano que divide o corpo em metades direita e d) Fáscia
esquerda é o paramediano e) Inserção
d) O plano de secção que divide o corpo ou
estrutura em segmentos anterior e posterior é o 11) Extremidade de fixação muscular de forma laminar:
coronal a) Fáscia
e) O plano de secção que divide o corpo ou
b) Tendão
estrutura em segmentos superior e inferior é o
c) Aponeurose
frontal
d) Ventre muscular
3) A existência do canal medular é uma característica e) Origem
típica dos ossos:
a) Curtos 12) A resistência vascular periférica que determina
b) Longos importantes alterações da pressão arterial sistêmica
c) Irregulares ocorre, sobretudo, ao nível dos seguintes vasos:
d) Laminares a) Artérias de grande calibre
e) Sesamoides b) Artérias de médio calibre
c) Capilares
4) A extremidade dos ossos longos é denominada: d) Arteríolas
a) Diáfise e) Veias de grande calibre
b) Metáfise
13) Sobre os linfonodos é incorreto afirmar que:
c) Epífise
a) Produzem linfócitos
d) Corpo
b) Fazem parte do sistema linfático
e) Disco epifisial
c) São pouco abundantes na região axilar
d) Funcionam como verdadeiros filtros de linfa
5) O canal medular dos ossos longos de adultos aloja a
e) Quando aumentados de volume, originam
medula óssea amarela e encontra-se ao nível da(o):
linfadenopatia
a) Epífise
b) Metáfise
c) Diáfise 14) Sobre a circulação linfática é incorreto:
d) Disco epifisial a) A linfa saturada de ácidos graxos e glicerol é
e) Córtex ósseo chamada de quilo
b) A cisterna de quilo é um saco dilatado na
6) As articulações que compõem o sistema osteoarticular extremidade inferior do ducto torácico
humano dividem-se em imóveis, semimóveis e móveis, c) O ducto torácico desemboca no ângulo venoso
isto implica dizer que são respectivamente: da jugular interna e subclávia direitas
a) Anfiartroses, sinartroses e diartroses d) A linfa termina misturando-se ao sangue venoso
b) Diartroses, sinartroses e anfiartroses e) A circulação linfática é uma via auxiliar de
c) Sinartroses, anfiartroses e diartroses drenagem
d) Sinartroses, diartroses, anfiartroses
e) Diartroses, anfiartroses e sinartroses 15) A tela subcutânea é denominada:
a) Epiderme
7) Representa um elemento constante das articulações b) Derme
sinoviais: c) Camada de Malpighi
a) Disco articular d) Hipoderme
b) Ligamento intra-articular e) Subderme
c) Menisco
d) Ligamento extracapsular 16) São elementos incostantes em articulações sinoviais,
e) Cápsula articular exceto:
a) Cartilagem articular
8) Via de regra, a cartilagem articular que recobre as b) Orla
superfícies ósseas das diartroses é do tipo: c) Disco articular
a) Elástico d) Menisco
b) Hialino e) Ligamentos
6

17) O ducto torácico tem seu início no(a): d) Reservatório mineral


a) Pescoço e) Todas as alternativas estão corretas
b) Tórax
c) Abdome 26) Em relação à teminologia anatômica é incorreto:
d) Pelve a) Medial se refere a uma estrutura mais próxima ao
e) Períneo plano mediano
b) Supinação é o movimento de aproximar-se do
18) O ducto torácico resulta da confluência dos seguintes plano mediano
troncos linfáticos: c) Flexão consiste na diminuuição do ângulo
a) Lombares existente entre ossos ou partes do corpo
b) Intestinais d) Abdução se refere ao movimento de afastar-se do
c) Intercostais descendentes plano mediano
d) A e B estão corretas e) Pronação refere-se ao movimento do antebraço e
e) A, B e C estão corretas mão, em que a palma da mão volta-se
posteriormente
19) Músculo que possui duas cabeças de origem é
denominado: 27) São características da posição anatômica, exceto:
a) Bicaudado a) Decúbito dorsal
b) Digástrico b) Indivíduo ereto
c) Bíceps c) Membros superiores estendidos em relação ao
d) Bipenado tronco
e) Bípede d) Palmas das mãos voltadas anteriormente
e) Membros inferiores unidos
20) Músculo que apresenta dois ventres musculares é
denominado: 28) Sobre o sistema esquelético é correto afirmar:
a) Bipenado a) O esqueleto axial compreende os ossos da
b) Digástrico cabeça, pescoço e tórax
c) Bíceps b) Dentre as funções dos ossos, destacam-se:
d) Bípede sustentação, proteção, armazenamento de sais
e) Bicaudado minerais e hematopoese
c) Os ossos metacarpais são considerados curtos
21) Músculo que possui dois tendões é denominado: d) O periósteo reveste internamente o osso
a) Bicaudado e) Os ossos são considerados elementos ativos do
b) Bípede movimento
c) Bíceps
d) Digástrico 29) Quando um músculo complementa a ação de um
e) Bipenado músculo motor primário, auxiliando direta ou
indiretamente, é chamado músculo:
22) Orifício destinado à passagem de vasos sanguíneos a) Acessório
e/ou nervo na superfície óssea recebe a b) Antagonista
denominação: c) Fixador
a) Fossa d) Agonista
b) Canal e) Sinergista
c) Forame
d) Fóvea 30) O movimento pelo qual roda-se o antebraço e a mão
e) Fissura lateralmente, de modo que a palma se volte
anteriormente, é chamado:
23) O movimento através do qual o membro superior ou a) Pronação
inferior é afastado do plano mediano é denominado: b) Circundação
a) Supinação c) Supinação
b) Rotação d) Adução
c) Circundação e) Elevação
d) Abdução
e) Adução 31) O sangue, desde que sai do coração pela aorta, até
voltar ao coração pelas cavas, segue o caminho:
24) São características de um tendão, exceto: a) Artérias - Capilares - Arteríolas - Vênulas - Veias
a) Extremidade de fixação de um músculo, em forma b) Artérias - Veias - Capilares - Arteríolas - Vênulas
cilíndrica ou de fita c) Artérias - Capilares - Veias - Arteríolas - Veias -
b) Coloração esbranquiçada e brilhante Vênulas
c) Resistente e praticamente inextensível d) Artérias - Arteríolas - Capilares - Vênulas - Veias
d) Composto de tecido conjuntivo denso, rico em e) Veias - Artérias - Capilares - Arteríolas - Vênulas
fibras colágenas
e) Extremidade de fixação de um músculo, em forma 32) O nariz é ______ em relação à nuca
laminar a) Posterior
b) Lateral
25) São consideradas funções do esqueleto humano: c) Medial
a) Sustentação de partes moles d) Anterior
b) Proteção de órgãos vitais e) Cranial
c) Atividade hematopoética
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33) Movimento pelo qual uma parte do corpo gira ao e) Bolsa


redor de seu eixo longitudinal, como ao virar a cabeça
para o lado: Para as questões 41 a 50, avalie as frases e marque a
a) Eversão alternativa correta.
b) Protrusão 41) A anatomia regional considera que o corpo está
c) Retração organizado em sistemas; a anatomia sistêmica
d) Depressão considera que o corpo está organizado em segmentos
e) Rotação ou partes.
a) A frase está correta
34) Quando o indivíduo está em posição anatômica, o 5º b) A frase está parcialmente incorreta, pois a
dedo do pé (5º pododáctilo) é ______ em relação ao anatomia regional considera que o corpo está
Hálux ("dedão do pé"; 1º pododáctilo) organizado em segmentos ou partes
a) Medial c) A frase está parcialmente incorreta, pois a
b) Cranial anatomia sistêmica considera que o corpo está
c) Lateral organizado em sistemas
d) Superior d) B e C estão corretas
e) Inferior e) A frase está incorreta

35) O movimento pelo qual a polpa do 1 dedo (polegar) é 42) A anatomia de superfície fornece informações sobre
aproximada da polpa de outro dedo, o movimento de estruturas que podem ser observadas ou palpadas sob
pinça, é denominado: a pele, e a anatomia radiológica permite a
a) Protrusão observação de estruturas no indivíduo vivo. A
b) Circundação anatomia clínica enfatiza a aplicação do
c) Abdução conhecimento anatômico à prática da medicina.
d) Depressão a) A frase está correta
e) Oposição b) A frase está parcialmente incorreta, pois a
anatomia de superfície refere-se ao estudo
36) Na posição anatômica, o 5º dedo da mão (5º superficial da anatomia, sem pormenorizar
quirodáctilo) é ______ em relação ao Polegar ("dedão"; estruturas, dividindo o corpo em grandes setores
1º quirodáctilo) com funções específicas
a) Medial c) A frase está parcialmente incorreta, pois a
b) Anterior anatomia clínica refere-se à anatomia individual
c) Rostral do paciente, e deve ser estudada caso a caso,
d) Caudal uma vez que cada paciente possui certas
e) Lateral variações anatômicas únicas a seu próprio corpo
d) A frase está parcialmente incorreta, pois a
37) O movimento pelo qual uma parte do corpo se anatomia radiológica refere-se aos efeitos
desloca para cima, como ao "dar de ombros", é radiativos dos isótopos utilizados na prática
chamado radiológica
a) Supinação e) A frase está incorreta
b) Rotação
c) Inversão 43) Situado entre a pele sobrejacente e a fáscia muscular
d) Elevação subjacente, o tecido subcutâneo é formado
e) Reposicionamento principalmente por tecido conjuntivo frouxo e gordura
armazenada, e contém glândulas sudoríparas, vasos
38) ______ é uma área articular arredondada, que sanguíneos superficiais, vasos linfáticos e nervos
geralmente ocorre em pares cutâneos. Fora os efeitos do estado nutricional, a
a) Capítulo distribuição do tecido subcutâneo é relativamente
b) Côndilo homogênea em toda a extensão do corpo, exceto em
c) Forame caso de doença.
d) Linha a) A frase está correta
e) Tróclea b) A frase está parcialmente incorreta, pois o tecido
subcutâneo situa-se abaixo da fáscia muscular
39) ______ é uma depressão ou escavação alongada c) A frase está parcialmente incorreta, pois o tecido
a) Maléolo subcutâneo não apresenta glândulas
b) Trocanter d) A frase está parcialmente incorreta, pois a
c) Incisura distribuição do tecido subcutâneo em diferentes
d) Sulco partes do corpo é muito heterogênea, mesmo em
e) Fóvea um único indivíduo
e) A frase está incorreta
40) São sacos ou envoltórios de membrana serosa que se
encontram colapsados ou praticamente vazios, 44) Em anatomia, é comum dividir-se o esqueleto em
exceto por uma fina camada de líquido lubrificante esqueletos pericentral (crânio, pescoço, ossos dos
secretada pela membrana, geralmente ocorrendo em membros propriamente ditos) e central (tronco e
locais sujeitos a atrito. Esta frase refere-se a: cíngulos dos membros superior e inferior).
a) Pleura a) A frase está correta
b) Cartilagem b) A frase está parcialmente incorreta, pois o
c) Tecido subcutâneo esqueleto pericentral também concentra os ossos
d) Seio venoso dos cíngulos dos membros superior e inferior
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c) A frase está parcialmente incorreta, pois o 48) Os músculos são classificados em estriados
esqueleto central também concentra os ossos do esqueléticos, estriados cardíacos ou lisos. Os músculos
pescoço esqueléticos são ainda classificados, de acordo com
d) A frase está parcialmente incorreta, pois o seu formato, em planos, peniformes, fusiformes,
esqueleto central conta apenas com tronco e quadrados, circulares ou esfincterianos, e com
pescoço múltiplas cabeças (bíceps, tríceps, quadríceps) ou
e) A frase está incorreta múltiplos ventres (digástricos, poligástricos).
a) A frase está correta
45) Uma articulação é a união entre dois ou mais ossos ou b) A frase está parcialmente incorreta, pois o
partes rígidas do esqueleto. Existem seis tipos gerais de músculo cardíaco não é estriado
articulações: plana, gínglimo, selar, elipsoidea, c) A frase está parcialmente incorreta, pois não
esferoidea e trocoidea. As articulações são irrigadas existem músculos com mais de 1 ventre
por artérias articulares que frequentemente formam d) A frase está parcialmente incorreta, pois a
redes. As veias articulares geralmente estão classificação em planos, peniformes, fusiformes,
localizadas na membrana sinovial. As articulações são quadrados, circulares ou esfincterianos é para
ricamente inervadas e transmitem a sensação de músculos lisos
propriocepção, a consciência do movimento e da e) A frase está incorreta
posição das partes do corpo.
a) A frase está correta 49) A mão é a parte distal do membro superior; a coxa é a
b) A frase está parcialmente incorreta, pois as parte proximal do membro inferior; o úmero é profundo
articulações são irrigadas por artéria nutrícias, em relação aos músculos do braço.
geralmente únicas ou em pares, que entram por a) A frase está correta
forames nutrícios e irrigam a área interna e emitem b) A frase está parcialmente incorreta, pois o ombro
ramos para a área externa das estruturas que é a parte distal do membro superior
participam das articulações c) A frase está parcialmente incorreta, pois a região
c) A frase está parcialmente incorreta, pois os tipos glútea é a parte proximal do membro inferior
gerais de articulações são: fibrosa, cartilagínea e d) A frase está parcialmente incorreta, pois o úmero
sinovial. Os tipos de articulações citados são na está no antebraço
verdade os subtipos de articulações sinoviais e) A frase está incorreta
d) A frase está parcialmente incorreta, pois
articulações não são inervadas 50) A flexão dorsal descreve a flexão na articulação do
e) A frase está incorreta tornozelo, como ao subir uma ladeira ou levantar os
dedos do chão; e flexão plantar leva o pé ou os dedos
46) A drenagem linfática se dá basicamente por 3 do pé na direção da superfície plantar, como ao
caminhos: o ducto linfático direito, que drena a linfa apoiar-se nos tornozelos.
do quadrante superior direito do corpo; o ducto a) A frase está correta
torácico esquerdo, que drena a linfa do quadrante b) A frase está parcialmente incorreta, pois na flexão
superior esquerdo; e o ducto torácico, que drena a plantar apoia-se o corpo na ponta dos pés
linfa do restante do corpo. No abdome, pode ocorrer c) A frase está parcialmente incorreta, pois na flexão
uma fusão dos ductos que drenam a metade inferior dorsal apoiamos o pé pelas superfícies laterais de
do corpo, formando a cisterna do quilo. O sistema cada pé
linfático, então, drena a linfa para o sistema venoso, d) A frase está parcialmente incorreta, pois flexão
no ângulo venoso esquerdo. dorsal e flexão plantar são sinônimos
a) A frase está correta e) A frase está incorreta
b) A frase está parcialmente incorreta, pois a
drenagem da linfa para o sistema venoso ocorre
ao nível da veia cava superior, logo antes de
entrar no átrio direito do coração
c) A frase está parcialmente incorreta, pois não
existe ducto linfático esquerdo
d) A frase está parcialmente incorreta, pois a cisterna
do quilo é formada da confluência dos ductos
linfáticos direito e esquerdo
e) A frase está incorreta

47) A inserção geralmente é a extremidade proximal do


músculo, que permanece fixa durante a contração
Respostas:
muscular, e a origem geralmente é a extremidade
1 E 11 C 21 A 31 D 41 D
distal do músculo, que é móvel. Porém isso nem
2 D 12 D 22 C 32 D 42 A
sempre acontece. Em alguns casos o músculo pode
3 B 13 C 23 D 33 E 43 D
agir nas duas direções em situações diferentes. 4 C 14 C 24 E 34 C 44 E
a) A frase está correta 5 C 15 D 25 E 35 E 45 C
b) A frase está parcialmente incorreta, pois, na 6 C 16 A 26 B 36 A 46 C
maioria dos casos, a origem é a fixação fixa 7 E 17 C 27 A 37 D 47 D
c) A frase está parcialmente incorreta, pois, na 8 B 18 E 28 B 38 B 48 A
maioria dos casos, a inserção é a fixação móvel 9 C 19 C 29 E 39 D 49 C
d) B e C estão corretas 10 B 20 B 30 C 40 E 50 B
e) A frase está incorreta
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Membro Superior
O membro superior apresenta desenvolvimento e estrutura semelhantes às do membro inferior, porém transformou-se em um órgão
especializado na manipulação, o que, juntamente com o encéfalo desenvolvido, permite que humanos não só respondam ao
ambiente, mas o manipulem e o controlem. É formado por 4 segmentos:
1. Ombro: segmento proximal do membro. Apresenta o cíngulo do membro superior, um anel ósseo incompleto formado
pelas escápulas, clavículas e manúbrio do esterno (faz parte do esqueleto axial)
2. Braço: primeiro segmento livre e o mais longo. Estende-se do ombro ao cotovelo e contém o úmero.
3. Antebraço: segundo segmento livre do membro. Estende-se do cotovelo ao punho e contém a ulna e o rádio.
4. Mão: segmento distal do membro. É formada ao redor do carpo, metacarpo e falanges. Contém punho, palma, dorso da
mão e dedos.

Ossos do Membro Superior


O cíngulo do membro superior e os ossos da parte livre do membro superior formam o esqueleto apendicular superior. Os ossos do
membro superior são: Clavícula, Escápula, Úmero, Rádio, Ulna, Ossos Carpais, Ossos Metacarpais e Falanges.
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Vascularização e Drenagem do Membro Superior


A Artéria Axilar é uma continuação da artéria subclávia. Segue até o braço onde torna-se artéria braquial. A artéria axilar é dividida em
3 partes:
1. A primeira parte está localizada entre a margem lateral da 1ª costela e a margem medial do músculo peitoral menor. É
envolvida pela bainha axilar e possui 1 ramo: a artéria torácica superior.
2. A segunda parte situa-se posteriormente ao músculo peitoral menor e possui 2 ramos: as artérias toracoacromial e torácica
lateral.
3. A terceira parte situa-se entre a margem lateral do músculo peitoral menor e a margem inferior do músculo redondo maior
e possui 3 ramos: artéria subescapular, artéria circunflexa anterior do úmero e artéria circunflexa posterior do úmero.
A Artéria Braquial é a principal artéria do braço e é continuação da artéria axilar. Começa na margem inferior do músculo redondo
maior e termina na fossa cubital oposta ao colo do rádio, onde bifurca-se em artérias radial e ulnar. A artéria braquial é palpável em
todo o seu trajeto e situa-se anteriormente aos músculos tríceps e braquial. Os principais ramos da artéria braquial são a artéria nutrícia
do úmero, que se origina da face lateral, e as artérias braquial profunda e colaterais ulnares superior e inferior, que originam-se da face
medial.
A Artéria Braquial Profunda é o maior ramo da artéria braquial, acompanha o nervo radial e termina dividindo-se em artérias colaterais
média e profunda, que participam da rede articular do cotovelo. A Artéria Nutrícia do Úmero entra no canal nutrício do úmero e segue
distalmente em direção ao cotovelo. As Artérias Colaterais Ulnares seguem em direção ao cotovelo, onde anastomosam-se com outras
artérias e formam a rede articular do cotovelo.
As principais artérias do antebraço são as artérias radial e ulnar. A artéria radial situa-se sob o músculo braquiorradial até chegar à parte
distal do antebraço, onde situa-se na face anterior do rádio e é coberta apenas por fáscia e pele, tornando-se facilmente palpável.
Ramos da artéria ulnar originados no antebraço participam da anastomose periarticular do cotovelo e suprem músculos flexores e os
nervos ulnar e mediano.
Na mão, as artérias radial e ulnar continuam presentes e suprem totalmente essa região. A artéria ulnar entra na mão anteriormente ao
retináculo dos flexores, entre o pisiforme e o hâmulo do hamato. Na mão, divide-se em arcos palmares superficial e profundo. A artéria
radial curva-se ao redor do escafoide e do trapézio no assoalho da tabaqueira anatômica. Termina anastomosando-se com a artéria
ulnar para formar o arco palmar profundo.
A Veia axilar e formada pela união da veia braquial com a veia basílica e possui 3 partes que correspondem às três partes da artéria
axilar.
As veias do braço são divididas em um grupo superficial, cujas principais representantes são as veias basílica e cefálica, presente no
tecido subcutâneo, e um grupo profundo, que segue as artérias e formam a veia braquial.
No antebraço, existem também veias profundas e superficiais. As profundas originam-se do arco venoso palmar profundo. Da região
medial do arco, origina-se veias ulnares e da região lateral, veias radiais.
Os arcos venosos superficiais e profundos drenam para as veias profundas do antebraço. A veia cefálica origina-se da face lateral das
veias digitais dorsais e a veia basílica da face medial.
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Inervação do Membro Superior


A inervação do membro superior é feita, principalmente, pelos nervos do Plexo Braquial. Porém, outros nervos, que não são derivados
desse plexo, também contribuem na inervação do membro superior. O XI par craniano, Nervo Acessório, também participa da
inervação do membro superior, inervando o M. Trapézio.

Plexo Braquial
A maioria dos nervos do membro superior origina-se do plexo braquial. O plexo braquial é formado pela união dos ramos anteriores dos
quatro últimos nervos cervicais (C5-C8, com contribuição inconstante de C4) e o primeiro nervo torácico (T1), constituindo as raízes do
plexo braquial. Na parte inferior do pescoço, as raízes do plexo braquial unem-se para formar três troncos: um superior, formado pela
união das raízes de C5 e C6; um médio, continuação da raiz de C7; um inferior, formado pela união das raízes de C8 e T1.
Cada tronco do plexo braquial forma divisões anterior e posterior quando atravessa o canal cervicoaxilar. As divisões anteriores suprem
os compartimentos anteriores (flexores) do membro superior, e as divisões posteriores suprem os compartimentos posteriores
(extensores). As divisões dos troncos formam três fascículos do plexo braquial: as divisões anteriores dos troncos superior e médio formam
o fascículo lateral; a divisão anterior do tronco inferior continua como fascículo medial; as divisões posteriores dos três troncos unem-se
para formar o fascículo posterior. Os ramos, então, dividem-se e anastomosam-se para formar os nervos do membro superior.

Os principais nervos derivados do plexo braquial são: N. Musculocutâneo (faz inervação motora da região anterior do braço e sensitiva
na região ântero-lateral e póstero-lateral do antebraço); N. Axilar (inerva os Mm. Deltoide e Redondo Menor, fornece inervação
cutânea para a região proximal do braço, anteriormente, lateralmente e medialmente; N. Mediano (inerva os músculos da região tenar,
os dois primeiros Mm. Lumbricais e todos os músculos da região anterior do antebraço, com exceção do M. Flexor Ulnar do Carpo e a
metade medial do flexor profundo dos dedos. Faz inervação cutânea de boa parte da palma da mão); N. Radial (inerva
principalmente a região posterior do membro superior e faz inervação cutânea de parte do dorso da mão e de parte da face posterior
do antebraço); N. Ulnar (inerva alguns dos Mm. Anteriores do antebraço e a maioria dos Mm. da mão. Faz inervação cutânea do terço
medial da mão).
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Músculos Toracoapendiculares Anteriores

M. Peitoral Maior M. Peitoral Menor M. Subclávio M. Serrátil Anterior


Músculo Origem Inserção Inervação Ação
M. Peitoral Maior Cabeça clavicular: face Sulco intertubercular do Nn. peitoral lateral e Aduz e roda
anterior da metade úmero medial medialmente o úmero
medial da clavícula
Cabeça
esternoclavicular: face
anterior do esterno,
cartilagens costais
superiores, aponeurose
do músculo oblíquo
externo
M. Peitoral Menor 3-5 costelas perto de Processo coracoide da N. peitoral medial Estabiliza a escápula
suas cartilagens costais escápula
M. Subclávio Junção da 1ª costela e Face inferior do terço N. para o músculo Fixa e deprime a
sua cartilagem costal médio da clavícula subclávio clavícula
M. Serrátil Anterior Faces externas das Margem lateral da N. torácico longo Roda a escápula
partes laterais das 1-8 escápula
costelas

Músculos Toracoapendiculares Posteriores e Escapuloumerais


Músculos Toracoapendiculares Posteriores Superficiais
Músculo Origem Inserção Inervação Ação
Trapézio Terço medial da linha Terço lateral da Nn. Acessório e Movimenta a escápula,
nucal superior; clavícula, acrômio e espinhais roda medialmente a
protuberância occipital espinha da escápula cavidade glenoidal
externa; ligamento
nucal; processos
espinhosos das
vértebras C7-C12

Latíssimo do dorso Processos espinhosos Sulco intertubercular do N. toracodorsal Estende, aduz e roda
das 6 vértebras úmero medialmente o úmero
torácicas inferiores,
fáscia toracolombar,
crista ilíaca e 3 ou 4
costelas inferiores
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Músculos Toracoapendiculares Posteriores Profundos


Músculo Origem Inserção Inervação Ação
Levantador da Tubérculos posteriores Margem medial da Nn. Dorsal da escápula Eleva a escápula
escápula dos processos escápula e cervical
transversos das
vértebras C1-C4

Romboides Menor e Menor: Ligamento Menor: Extremidade N. dorsal da escápula Retrai a escápula e
Maior nucal; processos medial da espinha da deprime a cavidade
espinhosos das escápula glenoidal
vértebras C7 e T1 Maior: Margem medial
Maior: Processos da escápula, abaixo da
espinhosos das espinha da escápula
vértebras T2-T5

Músculos Escapuloumerais

M. Redondo Menor M. Subescapular


M. Deltoide M. Supra-espinal M. Infra-espinal M. Redondo Maior
Músculo Origem Inserção Inervação Ação
Deltoide Terço lateral da Tuberosidade para o N. axilar Flexão, abdução e
clavícula; acrômio e músculo deltoide do extensão do braço
espinha da escápula úmero
Supra-espinal Fossa supra-espinal da Face superior do N. supra-escapular Inicia e ajuda o M.
escápula tubérculo maior do Deltoide na abdução
úmero do braço(15º)
Infra-espinal Fossa infra-espinal da Face média do N. supra-escapular Roda lateralmente o
escápula tubérculo maior do braço, ajuda a
úmero manter a cabeça do
úmero na cavidade
glenoidal da
escápula
Redondo Menor Margem lateral da Face inferior do N. axilar Roda lateralmente o
escápula tubérculo maior do braço, ajuda a
úmero manter a cabeça do
úmero na cavidade
glenoidal da
escápula
Redondo Maior Face posterior do Lábio medial do sulco N. subescapular inferior Aduz e roda
ângulo inferior da intertubercular do úmero medialmente o
escápula braço
Subescapular Fossa subescapular Tubérculo menor do Nn. Subescapulares Roda medialmente e
úmero superior e inferior aduz o braço, ajuda
a manter a cabeça
do úmero na
cavidade glenoidal
da escápula
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Manguito Rotador
Os músculos Supra-espinal, Infra-espinal, Redondo Menor e Subescapular formam o manguito rotador. Os tendões desses músculos
fundem-se e reforçam a lâmina fibrosa da cápsula articular da articulação do ombro, conferindo estabilidade e proteção à
articulação.

Músculos do Compartimento Anterior do Braço

M. Bíceps Braquial M. Braquial M. Coracobraquial


Músculo Origem Inserção Inervação Ação
Bíceps Braquial Cabeça curta: Tuberosidade do rádio e N. musculocutâneo Supina e flete o
extremidade do fáscia do antebraço braço(quando já se
processo coracoide da apresenta em
escápula supinação)
Cabeça longa:
tubérculo
supraglenoidal da
escápula
Braquial Metade distal da face Tuberosidade da ulna N. musculocutâneo Flete o antebraço
anterior do úmero
Coracobraquial Extremidade do Face medial do úmero N. musculocutâneo Flete e aduz o braço
processo coracoide da
escápula
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Músculos do Compartimento Posterior do Braço


Músculo Origem Inserção Inervação Ação
Tríceps Braquial Cabeça longa: Olécrano da ulna e N. radial Principal extensor do
tubérculo infraglenoidal fáscia do antebraço antebraço
da escápula
Cabeça lateral: face
posterior do úmero,
superior ao sulco do
nervo radial
Cabeça medial: face
posterior do úmero,
inferior ao sulco do
nervo radial

Ancôneo Epicôndilo lateral do Olécrano e face N. radial Auxilia o tríceps na


úmero posterior da ulna extensão do antebraço
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Espaços Triangular e Quadrangular

Espaço Triangular
Limites: margem medial da cabeça longa do tríceps braquial; margem superior do redondo maior; margem inferior do redondo menor.
Conteúdo: Artéria e veia circunflexa da escápula.

Espaço Quadrangular
Limites: margem inferior do músculo subescapular; colo cirúrgico do úmero; margem superior do músculo redondo maior; margem
lateral da cabeça longa do músculo tríceps braquial. Conteúdo: nervo axilar e artéria e veia circunflexas posteriores do úmero.

Músculos do Compartimento Anterior do Antebraço


Músculos Superficiais do Compartimento Anterior do Antebraço

M. Pronador Redondo M. Flexor Radial do Carpo M. Palmar Longo M. Flexor Ulnar do Carpo
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Músculo Origem Inserção Inervação Ação


Pronador Redondo Cabeça ulnar: processo Face lateral do rádio N. Mediano Pronação do
coronoide da ulna antebraço
Cabeça do úmero:
epicôndilo medial do
úmero
Flexor Radial do Carpo Epicôndilo medial do Base do 2º metacarpal N. Mediano Flete e abduz a mão
úmero
Palmar Longo Epicôndilo medial do Aponeurose palmar N. Mediano Flete a mão e
úmero tensiona a
aponeurose palmar
Flexor Ulnar do Carpo Cabeça da ulna: Osso pisiforme N. Mediano Flete e aduz a mão
olécrano e face
posterior da ulna
Cabeça do úmero:
epicôndilo medial do
úmero

Músculo Intermediário do Compartimento Anterior do Antebraço


Músculo Origem Inserção Inervação Ação
Flexor Superficial dos Cabeça umeroulnar: Diáfises das falanges N. Mediano Flete as falanges
Dedos epicôndilo medial do médias dos quatro médias
úmero dedos mediais
Cabeça radial: margem
anterior do rádio

Músculos Profundos do Compartimento Anterior do Antebraço

M. Flexor Profundo dos Dedos M. Flexor Longo do Polegar M. Pronador Quadrado


Músculo Origem Inserção Inervação Ação
Flexor Profundo dos Faces medial e anterior Bases das falanges Nn. ulnar e mediano Flete as falanges
Dedos da ulna e membrana distais dos 4 dedos distais dos 4 dedos
interóssea mediais mediais
Flexor Longo do Polegar Face anterior do rádio e Base da falange distal N. mediano Flete as falanges do
membrana interóssea do polegar polegar
Pronador quadrado Face anterior da ulna Face anterior do rádio N. mediano Pronação do
antebraço
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Músculos do Compartimento Posterior do Antebraço


Músculos Superficiais do Compartimento Posterior do Antebraço

M. Braquiorradial M. Extensor Radial M. Extensor Radial M. Extensor dos M. Extensor do M. Extensor


Longo do Carpo Curto do Carpo Dedos Dedo Mínimo Ulnar do Carpo
Músculo Origem Inserção Inervação Ação
Braquiorradial Crista supraepicondilar Face lateral da N. Radial Flexão do antebraço
do úmero extremidade distal do
rádio proximal ao
processo estiloide
Extensor Radial Longo Crista supraepicondilar Face dorsal da base do N. Radial Estender e abduzir a
do Carpo lateral do úmero 2º metacarpal mão na articulação
radiocarpal
Extensor Radial Curto do Epicôndilo lateral do Face dorsal da base do N. Radial Estender e abduzir a
Carpo úmero 3º metacarpal mão na articulação
radiocarpal
Extensor dos dedos Epicôndilo lateral do Expansões extensoras N. Radial Estende os quatro dedos
úmero dos quatro dedos mediais nas articulações
mediais metacarpofalângicas
Extensor do dedo Epicôndilo lateral do Expansão do músculo N. Radial Estende o 5º dedo nas
mínimo úmero extensor do 5º dedo articulações
metacarpofalângicas

Extensor Ulnar do Carpo Epicôndilo lateral do Face dorsal da base do N. interósseo posterior Estende e aduz a mão
úmero 5º metacarpal (ramo do n. radial) na articulação
radiocarpal

Músculos Profundos do Compartimento Posterior do Antebraço

M. Supinador M. Extensor do M. Extensor Longo do M. Extensor Curto do


indicador M. Abdutor Longo do Polegar Polegar
Polegar
Músculo Origem Inserção Inervação Ação
Supinador Epicôndilo lateral do Faces lateral, posterior N. Radial Supinação do
úmero e anterior do terço antebraço
proximal do rádio
Extensor do indicador Face posterior da ulna Expansão do músculo N. interósseo posterior Estende o 2º dedo
e membrana interóssea extensor do 2º dedo (ramo do n. radial)
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Músculos Salientes da Camada Profunda do Compartimento Posterior do Antebraço


Músculo Origem Inserção Inervação Ação
Abdutor longo do polegar Face posterior da ulna e Base do 1º metacarpal N. interósseo posterior Abduz o polegar e
membrana interóssea (ramo do n. radial) estende-o na
articulação
carpometacarpal
Extensor longo do polegar Face posterior da ulna e Falange distal do N. interósseo posterior Estende a falange
membrana interóssea polegar (ramo do n. radial) distal do polegar
Extensor curto do polegar Face posterior do rádio Falange proximal do N. interósseo posterior Estende a falange
e membrana interóssea polegar (ramo do n. radial) proximal do polegar

Músculos Intrínsecos da Mão


Músculos Tenares

M. Oponente do Polegar Abdutor Curto do Polegar Flexor Curto do Polegar Adutor do Polegar
Músculo Origem Inserção Inervação Ação
Oponente do Polegar Retináculo dos Mm. Face lateral do 1º N. Medial Oposição do polegar
Flexores e tubérculos do metacarpal
escafoide e trapézio
Abdutor Curto do Retináculo dos Mm. Base da falange N. Medial Abduz o polegar e
Polegar Flexores e tubérculos do proximal do polegar ajuda a opô-lo
escafoide e trapézio
Flexor Curto do Polegar Retináculo dos Mm. Base da falange Nn. Medial e Ulnar Flete o polegar
Flexores e tubérculos do proximal do polegar
escafoide e trapézio
Adutor do Polegar Bases do 2º e 3º Base da falange N. Ulnar Aduz o polegar
metacarpais, capitato, proximal do polegar
carpais adjacentes e
face anterior do 3º
metacarpal

Músculos Hipotenares

M. Abdutor do Dedo Mínimo M. Flexor do Dedo Mínimo Oponente do Dedo Mínimo


Músculo Origem Inserção Inervação Ação
Abdutor do Dedo Pisiforme Base da Falange N. Ulnar Abduz o Dedo Mínimo
Mínimo Proximal do dedo
mínimo
Flexor do Dedo Mínimo Hâmulo do hamato e Base da Falange N. Ulnar Flete a Falange
retináculo dos Mm. Proximal do dedo Proximal do Dedo
Flexores mínimo Mínimo
Oponente do Dedo Hâmulo do hamato e 5º Metacarpal N. Ulnar Coloca o Dedo
Mínimo retináculo dos Mm. Mínimo em oposição
Flexores com o Polegar
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Músculos Curtos da Mão

Mm. Lumbricais Mm. Interósseos Dorsais Mm. Interósseos Palmares


Músculo Origem Inserção Inervação Ação
Lumbricais Tendões do M. Flexor Expansões extensoras Nn. Mediano (1º e 2º) e Fletem as articulações
Profundo dos Dedos dos 2º-5º dedos Ulnar (3º e 4º) metacarpofalângicas e
estendem as
articulações
interfalângicas dos 2º-5º
dedos
Interósseos Dorsais, 1º-4º Faces adjacentes de Bases das falanges N. Ulnar Abduzem 2º-4º dedos;
dois metacarpais proximais e expansões ajudam os lumbricais em
extensoras dos 2º-4º suas ações
dedos
Interósseos Palmares, 1º- Faces palmares do 2º, Bases das falanges N. Ulnar Aduzem o 2º, 4º e 5º
3º 4º e 5º metacarpais proximais e expansões dedos; ajudam os
extensoras dos 2º, 4º e lumbricais em suas
5º dedos ações

Axila
A axila é o espaço piramidal inferior à articulação do ombro e superior à fáscia axilar na junção entre o braço e o tórax. Todas as
principais estruturas que entram ou saem do membro superior passam pela axila. A axila te um ápice, uma base e quatro paredes, três
das quais são musculares.
O ápice da axila é o canal cervicoaxilar, a passagem entre o pescoço e a axila, limitada pela 1ª costela, clavícula e margem superior
da escápula. A base da axila é formada pela pele côncava, pelo tecido subcutâneo e pela fáscia axilar que se estende do braço até
a parede torácica, formando a fossa axilar, limitada pelas pregas axilares anterior e posterior, pela parede torácica e pela face média
do braço. A parede anterior da axila é formada pelos músculos peitorais maior e menor e pelas fáscias peitoral e clavipeitoral. A prega
axilar anterior é a parte mais inferior da parede anterior. A parede posterior é formada principalmente pela escápula e pelo músculo
subescapular em sua face anterior e inferiormente pelo redondo menor e latíssimo do dorso. A prega axilar posterior é a parte mais
inferior da parede posterior. A parede medial da axila é formada pela parede torácica e pelo serrátil anterior. A parede lateral da axila
é uma parede óssea estreita formada pelo sulco intertubercular no úmero.
Os Conteúdos da axila são vasos sanguíneos axilares (artéria axilar e seus ramos, veia axilar e suas tributárias), vasos linfáticos e vários
grupos de linfonodos axilares, todos incrustados em uma matriz de gordura axilar. A axila também contém grandes nervos que formam
os fascículos e ramos do plexo braquial. Na região próxima, essas estruturas são envolvidas por uma extensão da fáscia cervical em
forma de bainha, chamada bainha axilar.
25

Fossa Cubital
A Fossa Cubital está situada anteriormente à articulação do cotovelo.
A base da Fossa Cubital é uma linha imaginária entre os epicôndilos lateral
e medial do úmero, facilmente palpáveis. As margens lateral e medial são
formadas pelos músculos braquiorradial e pronador redondo,
respectivamente. Os Conteúdos da fossa cubital, de lateral para medial,
são o tendão do bíceps braquial, a artéria braquial e o nervo mediano.
26

Tabaqueira Anatômica
A Tabaqueira Anatômica, ou Fossa Radial, é um aprofundamento triangular na região radial dorsal da mão - ao nível dos ossos carpais,
especificamente o escafoide e trapézio.
Quando o polegar é estendido, surge uma cavidade triangular entre o tendão do extensor longo do polegar medialmente e os tendões
do extensor curto do polegar e abdutor longo do polegar lateralmente.
O assoalho da tabaqueira anatômica, formado pelos ossos escafoide e trapézio, é cruzado pela artéria radial enquanto segue
diagonalmente a partir da face anterior do rádio até a face dorsal da mão.

Compartimentos Musculares da Mão


Os músculos intrínsecos da mão estão localizados em cinco compartimentos: Compartimento tenar (com os Mm. Tenares);
Compartimento hipotenar (com os Mm. Hipotenares); Compartimento adutor (com o M. Adutor do Polegar); Compartimento central
(com os Mm. Lumbricais); Compartimentos interósseos (com os Mm. Interósseos).
27

8) São músculos que possuem origem no processo


Exercícios coracoide da escápula:
a) Cabeça curta do bíceps braquial e
1) O acidente ósseo denominado acrômio pertence ao coracobraquial
osso: b) Cabeça longa do bíceps braquial e braquial
a) Ulna c) Coracobraquial e cabeça longa do tríceps
b) Escápula braquial
c) Úmero d) Braquial e peitoral maior
d) Clavícula e) Coracobraquial e peitoral menor
e) Rádio
9) Músculo extensor do antebraço que possui inserção no
2) São ossos que compõem a fileira proximal do carpo: olécrano da ulna:
a) Escafoide, semilunar, piramidal e pisiforme a) Bíceps braquial
b) Trapézio, trapezoide, capitato e hamato b) Braquial
c) Escafoide, piramidal, capitato e hamato c) Braquiorradial
d) Escafoide, semilunar, piramidal e pisimidal d) Tríceps braquial
e) Trapézio, capitato, hamato e pisimidal e) Coracobraquial

3) Sobre o esqueleto do antebraço é incorreto afirmar 10) Músculo flexor do antebraço que possui inserção na
que: tuberosidade do rádio:
a) A ulna é o nosso medial a) Braquial
b) O rádio é o osso lateral b) Tríceps braquial
c) As diáfises da ulna e do rádio são unidas pela c) Bíceps braquial
membrana interóssea d) Braquiorradial
d) A cabeça do rádio localiza-se na sua epífise distal e) Coracobraquial
e) O olécrano localiza-se na extremidade proximal
da ulna 11) Músculo flexor do antebraço que possui inserção no
processo coronoide e tuberosidade da ulna:
4) Considerando o segmento do braço e fossa ulnar é a) Bíceps braquial
incorreto afirmar que: b) Tríceps braquial
a) O braço representa o segundo segmento do c) Braquial
membro superior, limitado superiormente pela d) Ancôneo
articulação do ombro e inferiormente pelo e) Flexor radial do carpo
cotovelo
b) A tróclea localiza-se medialmente em relação ao 12) Músculo que possui origem no tubérculo
capítulo e ao úmero supraglenoidal da escápula:
c) O sulco intertubercular está localizado entre os a) Braquial
tubérculos maior e menor do úmero b) Coracobraquial
d) O capítulo do úmero articula-se com a cabeça c) Braquiorradial
da ulna d) Cabeça longa do bíceps braquial
e) O epicôndilo medial do úmero encontra-se em e) Cabeça longa do tríceps braquial
sua epífise distal
13) Músculo que possui origem no tubérculo infraglenoidal
5) Representa um exemplo de articulação sinovial tipo da escápula:
selar: a) Braquial
a) Glenoumeral b) Braquiorradial
b) Atlanto-occipital c) Cabeça longa do tríceps braquial
c) Radiulnar proximal d) Coracobraquial
d) Umeroulnar e) Cabeça longa do bíceps braquial
e) Carpometacarpal do polegar
14) São considerados músculos intrínsecos do ombro,
6) Sobre a articulação do ombro é incorreto afirmar: exceto:
a) Também é chamada glenoumeral a) Deltoide
b) É uma anfiartrose b) Redondo maior
c) É uma juntura triaxial c) Redondo menor
d) É do tipo esferoide d) Supraespinal
e) Consiste no encaixe da cabeça do úmero na e) Levantador da escápula
cavidade glenoidal da escápula
15) Sobre o músculo trapézio, é incorreto afirmar:
7) São músculos que formam o manguito rotador, exceto: a) É um local de fixação direta do cíngulo do
a) Supraespinal membro superior ao tronco
b) Infraespinal b) Se trata de um grande músculo triangular que
c) Subescapular recobre a face posterior do pescoço e a metade
d) Redondo maior superior do tronco
e) Redondo menor c) Recebe esse nome pois os dois músculos
bilateralmente formam um trapézio
d) Possui fibras superiores, médias e inferiores
e) As fibras superiores deprimem a escápula
28

16) A articulação radiulnar proximal é uma articulação e) Lateralmente, pela parede torácica e pelo
sinovial do tipo: músculo serrátil anterior
a) Trocoide 23) A lesão que resulta na “mão em bênção” ocorre no
b) Esferoide nervo:
c) Selar a) Ulnar
d) Condilar b) Radial
e) Troclear c) Para o M. Subclávio
d) Ciático
17) A fossa cubital é limitada: e) Mediano
a) Superiormente pelo tendão do bíceps braquial e
lateralmente pelo tendão do músculo bíceps 24) A lesão que resulta na “mão em garra” ocorre no
braquial e pelo músculo extensor radial curto do nervo:
carpo a) Mediano
b) Superiormente pelo tendão do tríceps braquial, b) Ulnar
lateralmente pelos músculos supinador e cabeça c) Corda do Tímpano
profunda do pronador redondo d) Axilar
c) Superiormente pela linha imaginária entre e) Radial
epicôndilos do úmero e lateralmente pelos
músculos braquiorradial e pronador redondo 25) A lesão que resulta na “queda do punho” ocorre no
d) Superiormente pelo tendão do músculo braquial e nervo:
lateralmente pelos músculos braquiorradial e a) Radial
supinador b) Supraescapular
e) Superiormente pela linha intertubercular do úmero c) Ulnar
e lateralmente pelos tendões dos músculos bíceps d) Acessório
braquial e tríceps braquial e) Mediano

18) A fratura de Colles diz respeito à fratura da 26) A inervação cutânea (sensorial) da parte medial da
extremidade: face anterior do antebraço é feita, principalmente,
a) Proximal do rádio pelo nervo:
b) Distal da ulna a) Musculocutâneo
c) Proximal da ulna b) Radial
d) Distal do rádio c) Ulnar
e) nda d) Cutâneo medial do antebraço
e) Intercostobraquial
19) A lesão conhecida como dedo em martelo ou do
jogador de beisebol resulta da tensão súbita e forte de 27) A inervação cutânea (sensorial) da parte lateral da
um tendão do músculo: face posterior do antebraço é feita, principalmente,
a) Flexor superficial dos dedos pelo nervo:
b) Extensor dos dedos a) Radial
c) Flexor profundo dos dedos b) Musculocutâneo
d) Extensor ulnar do carpo c) Ulnar
e) Flexor radial do carpo d) Axilar
e) Acessório
20) Comumente descrita como a fratura do boxeador, é
caracterizada pelo envolvimento do: 28) Nervo responsável pela inervação do M. Trapézio:
a) Escafoide a) N. para o M. Trapézio:
b) 5º metacarpal b) Axilar
c) 1º metacarpal c) Acessório
d) Pisiforme d) Radial
e) 3º metacarpal e) Mediano

21) Na Síndrome de Poland há ausência dos músculos: 29) Nervo lesionado quando o paciente apresenta perda
a) Serrátil anterior e esternocleidomastoideo na amplitude e força na flexão do cotovelo e
b) Escalenos anterior e médio supinação do antebraço, e na sensibilidade da face
c) Peitorais maior e menor lateral do antebraço:
d) Oblíquo externo do abdome e transverso do tórax a) Radial
e) Transverso do abdome e piramidal b) Mediano
c) Acessório
22) Marque a afirmativa incorreta sobre os limites da
d) Musculocutâneo
região anatômica conhecida como Axila:
e) Intercostobraquial
a) Superiormente, pela 1ª costela, clavícula e
margem superior da escápula
30) Principal nervo para os Mm. do Compartimento
b) Inferiormente, pela pele, tecido subcutâneo e
Posterior do Braço:
fáscia axilar
a) Ulnar
c) Anteriormente pelos músculos peitorais maior e
b) Mediano
menor
c) Radial
d) Posteriormente, pela escápula, músculos
d) Femoral
subescapular, redondo maior e latíssimo do dorso
e) Acessório
29

31) Principal nervo para os Mm. Toracoapendiculares e) A artéria braquial origina o ramo troclear
Posteriores Profundos: na região do cotovelo, assim a vascularização da
a) Para o M. Subclávio articulação é isolada da vascularização do
b) Toracodorsal antebraço
c) Axilar
d) Dorsal da Escápula 38) A Veia cefálica drena o sangue da região:
e) Supra-escapular a) Medial do antebraço
b) Lateral da mão
32) Principal nervo para os Mm. do Compartimento c) Lateral de todo o Membro Superior
Anterior do Antebraço: d) Intermédia do braço
a) Ulnar e) Distal do Membro Superior
b) Radial
c) Acessório 39) A Veia Basílica drena o sangue da região:
d) Mediano a) Intermédia do antebraço
e) Cutâneo Medial do Antebraço b) Medial da mão
c) Medial de braço
33) Principal nervo para os Mm. Do Compartimento d) Lateral do braço
Posterior do Antebraço: e) Dorsal da mão
a) Radial
b) Acessório 40) Os vasos linfáticos do Membro Superior drenam a linfa:
c) Dorsal da Escápula a) Para os linfonodos Inguinais superficiais
d) Mediano b) Para os linfonodos Inguinais profundos
e) Musculocutâneo c) Para os linfonodos axilares
d) Para os linfonodos cervicais
34) A artéria radial no punho está localizada entre os e) Para os linfonodos paraesternais
tendões dos músculos:
a) Flexor ulnar do carpo (medialmente) e flexor radial Para as questões 41 a 50, avalie as frases e marque a
do carpo (lateralmente) alternativa correta.
b) Braquiorradial (lateralmente) e flexor radial do 41) O M. Tríceps Braquial é o principal extensor do
carpo (medialmente) antebraço e é inervado pelo N. Radial.
c) Ancôneo e palmar longo a) A frase está correta
d) Palmar longo e pronador redondo b) A frase está parcialmente incorreta, pois é o M.
e) Braquirradial (medialmente) e flexor ulnar do Bíceps Braquial o principal extensor do antebraço
carpo (lateralmente) c) A frase está parcialmente incorreta, pois o M.
Tríceps Braquial não é inervado pelo N. Radial
35) O Arco Palmar Profundo é composto pelas artérias: d) A frase está parcialmente incorreta, pois é o M.
a) Subclávia e Interóssea Anterior: Braquial o principal extensor do antebraço
b) Recorrente Radial e Radial e) A frase está incorreta
c) Mediana Persistente e Ramo Profundo da A. Ulnar
d) Radial e Ramo Profundo da A. Ulnar 42) Todos os músculos do manguito rotador, com exceção
e) Subclávia e Mediana Persistente do infra-espinal, são rotadores do úmero.
a) A frase está correta
36) Marque a alternativa correta com relação à técnica b) A frase está parcialmente incorreta, pois os
adequada para se controlar uma hemorragia no músculos do manguito rotador não são rotadores
membro superior sem impedir o aporte sanguíneo do úmero
completamente: c) A frase está parcialmente incorreta, pois é o M.
a) Pressionar a A. Axilar contra a clavícula supra-espinal que não é rotador do úmero
b) Pressionar a A. Ulnar contra a ulna d) A frase está parcialmente incorreta, pois todos os
c) Pressionar a A. Braquial contra o úmero músculos do manguito rotador são rotadores do
d) Pressionar a A. Radial contra o rádio úmero
e) Pressionar a A. Colateral Radial contra o úmero e) A frase está incorreta

37) Sobre a vascularização da articulação do cotovelo, 43) A articulação do ombro é uma articulação sinovial
marque a alternativa correta: trocoide que faz os movimentos de flexão-extensão,
a) A articulação do cotovelo é pouco vascularizada, abdução-adução, rotação e circundação.
razão pela qual lesões nessa área tendem a a) A frase está correta
comprometer todo um segmento do antebraço b) A frase está parcialmente incorreta, pois a
b) A articulação do cotovelo é principalmente articulação do ombro é do tipo gínglimo
vascularizada pela artéria colateral ulnar inferior e c) A frase está parcialmente incorreta, pois a
seus ramos, não possuindo contribuição articulação do ombro não faz rotação
importante de outras artérias d) A frase está parcialmente incorreta, pois a
c) A artéria braquial superficial é uma importante articulação do ombro é do tipo esferoidea
artéria dessa articulação, sendo a principal e) A frase está incorreta
responsável pela perda da função articular
quando lesões ocorrem nessa área 44) A articulação do cotovelo é uma articulação sinovial
d) Várias anastomoses ocorrem nessa área, razão do tipo dobradiça que faz os movimentos de flexão-
pela qual a lesão de uma ou algumas artérias extensão.
nessa região não comprometem totalmente a a) A frase está correta
vascularização do antebraço
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b) A frase está parcialmente incorreta, pois a c) A frase está parcialmente incorreta, pois a artéria
articulação do cotovelo é do tipo gínglimo circunflexa posterior do úmero não passa pelo
c) A frase está parcialmente incorreta, pois a Espaço Quadrangular
articulação do cotovelo faz abdução-extensão d) A frase está parcialmente incorreta, pois são a
d) A frase está parcialmente incorreta, pois a artéria e veia circunflexas da escápula que
articulação do cotovelo não é sinovial passam com o nervo axilar no Espaço
e) A frase está incorreta Quadrangular
e) A frase está incorreta
45) A preensão palmar refere-se aos movimentos forçados
dos dedos contra a palma; os dedos passam ao redor 50) Anatomia é muito fácil e só vai mal quem não estuda.
de um objeto com contrapressão do polegar, por a) A frase está correta
exemplo, ao segurar uma estrutura cilíndrica. b) A frase está parcialmente incorreta, pois quem
a) A frase está correta não estuda, mas cola, também vai bem
b) A frase está parcialmente incorreta, pois na c) A frase está parcialmente incorreta, pois só vai mal
preensão palmar o polegar fica alinhado com os quem estuda
outros dedos d) A frase está parcialmente incorreta, pois ninguém
c) A frase está parcialmente incorreta, pois a vai mal em anatomia
preensão palmar é um movimento involuntário e) A frase está incorreta
d) A frase está parcialmente incorreta, pois a
descrição é da preensão dorsal
e) A frase está incorreta

46) As principais artérias do braço são as Aa. Ulnar e radial.


a) A frase está correta
b) A frase está parcialmente incorreta, pois as
principais artérias do braço são as Aa. Ulnar e
toracobraquial
c) A frase está parcialmente incorreta, pois as
principais artérias do braço são as Aa. Ulnar e
braquiorradial
d) A frase está parcialmente incorreta, pois as
principais artérias do braço são as Aa. Radial e
toracobraquial
e) A frase está incorreta

47) As divisões anteriores do plexo braquial inervam os


compartimentos mediais (flexores), e as divisões
posteriores inervam os compartimentos laterais
(extensores) do membro superior.
a) A frase está correta
b) A frase está parcialmente incorreta, pois os
compartimentos mediais são extensores e os
laterais são flexores
c) A frase está parcialmente incorreta, pois os
compartimentos flexores são anteriores e os
extensores são posteriores
d) A frase está parcialmente incorreta, pois os
compartimentos mediais são adutores e os laterais
são abdutores
e) A frase está incorreta

48) Através do Espaço Triangular passam a artéria braquial


profunda e o nervo radicular.
a) A frase está correta
b) A frase está parcialmente incorreta, pois é o nervo
radial que passa pelo Espaço Triangular
c) A frase está parcialmente incorreta, pois é a
artéria axilar que passa pelo Espaço Triangular
Respostas:
d) A frase está parcialmente incorreta, pois as
1 B 11 C 21 C 31 D 41 A
estruturas citadas passam através do Espaço
2 A 12 D 22 E 32 D 42 C
Quadrangular 3 D 13 C 23 E 33 A 43 D
e) A frase está incorreta 4 D 14 E 24 B 34 B 44 A
5 E 15 E 25 A 35 D 45 A
49) Através do Espaço Quadrangular passam nervo axilar, 6 B 16 A 26 D 36 C 46 E
artéria e veia circunflexas posteriores do úmero. 7 D 17 C 27 A 37 D 47 C
a) A frase está correta 8 A 18 D 28 C 38 C 48 E
b) A frase está parcialmente incorreta, pois é o nervo 9 D 19 B 29 D 39 C 49 A
radial que passa pelo Espaço Quadrangular 10 C 20 B 30 C 40 C 50 B
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Membro Inferior
O membro inferior é uma extensão do tronco especializada em sustentar o peso corpo, a fim de permitir a locomoção, a capacidade
de se deslocar de um lugar para outro e manter o equilíbrio. O membro inferior pode ser dividido em 6 regiões principais:
1. Região Glútea: região de transição entre o tronco e o membro inferior, incluindo as nádegas e o quadril. A região glútea é
limitada superiormente pela crista ilíaca, medialmente pela fenda interglútea, in inferiormente pela prega cutânea subjacente
à nádega, sulco infraglúteo
2. Coxa: situada entre a região glútea e joelho, contém a maior parte do fêmur. Faz limite com a região abdominal no ligamento
inguinal e no ramo isquiopúbico, no osso do quadril. A junção dessas duas regiões forma a região iguinal
3. Joelho: inclui os côndilos da parte distal do fêmur e da parte proximal da tíbia, a cabeça da fíbula, e a patela. A parte posterior
do joelho possui uma cavidade bem definida, cheia de gordura, que dá passagem a estruturas neurovasculares, denominada
fossa poplítea
4. Perna: região localizada entre o joelho e os maléolos da tíbia e da fíbula. A panturrilha é a proeminência posterior causada
pelo músculo tríceps sural, a partir do qual se estende o tendão do calcâneo, que termina no calcanhar
5. Tornozelo: inclui a parte distal e estreita da perna e os maléolos. A articulação do tornozelo está localizada entre os maléolos
6. Pé: o pé é a parte distal do membro inferior, contém tarso, metatarso e falanges (dos dedos do pé). A superfície superior é o
dorso do pé, e a superfície inferior é a planta do pé. O hálux, como o polegar, possui apenas 2 falanges, os outros dedos
possuem três

Ossos do Membro Inferior


O cíngulo do membro inferior e os ossos da parte livre do membro inferior formam o esqueleto apendicular inferior. Os ossos do membro
inferior são: sacro, osso do quadril, fêmur, patela, tíbia, fíbula, ossos carpais, ossos metacarpais e falanges.
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Vascularização e Drenagem do Membro Inferior


A Artéria ilíaca comum é o maior ramo da parte abdominal da Aorta, divide-se em aa. Ilíacas interna e externa. A artéria ilíaca interna
dá origem às artérias para a região glútea, a artéria glútea superior e a artéria glútea inferior, e a artéria obturatória, que passa através
do canal obturatório e supre a região medial da coxa. A artéria ilíaca externa passa por baixo do ligamento inguinal, torna-se a artéria
femoral. A artéria femoral é a principal artéria do membro inferior, dá ramos (aa. Circunflexas femorais medial e lateral) para a rede
vascular anastomótica da articulação coxofemoral (articulação do quadril) e também possui um ramo profundo, a artéria femoral
profunda, que é a principal artéria da coxa. A artéria femoral profunda, no terço médio da coxa, onde está separada pelo M. adutor
longo, emite artérias perfurantes que passam ao redor da face posterior do fêmur. Na fossa poplítea, a artéria femoral torna-se artéria
poplítea, após atravessar o hiato dos adutores. A artéria poplítea dá origem a vários ramos que suprem a articulação do joelho,
formando a rede vascular anastomótica do joelho, com conjunto com outras artérias da área.
Na perna, a artéria poplítea torna-se a artéria tibial posterior, que vasculariza a parte posterior da perna e o pé, passando pelo maléolo
medial. Na região anterior da perna, a artéria poplítea dá origem a um ramo menor, a artéria tibial anterior. Perto de sua origem, a a.
tibial posterior dá origem à artéria fibular, desce obliquamente a partir da margem distal do m. poplíteo e do arco tendíneo do sóleo em
direção à fíbula.
No pé, as aa. Tibiais anterior e posterior dão origem, respectivamente, às artérias dorsais e plantares. A artéria dorsal do pé é
continuação direta da a. tibial anterior. A artéria dorsal segue, desde sua origem entre os maléolos, até o primeiro espaço interósseo,
onde divide-se na 1ª artéria metatarsal dorsal e na artéria plantar profunda, que une-se à artéria plantar lateral, formando o arco plantar
profundo. A artéria arqueada segue lateralmente através das bases dos quatro metatarsais laterais, dá origem à 2ª, 3ª e 4ª artérias
metatarsais dorsais, cada qual dará origem a duas aa. Digitais dorsais. A artéria tibial posterior dá origem às aa. Plantares medial e
lateral. A artéria plantar medial é um ramo menor, que pode dar origem a um arco plantar superficial, em anastomose com a artéria
plantar medial ou com o arco plantar profundo. A artéria plantar lateral curva-se medialmente na planta do pé para formar o arco
plantar profundo, que dá origem às quatro artérias metatarsais plantares, que dão origem às aa. Digitais plantares.
As veias que drenam o membro inferior formam grupos superficiais e profundos. As veias profundas geralmente acompanham as
artérias. A principal veia profunda do membro inferior é a veia femoral. Se torna veia ilíaca quando passa sob o ligamento inguinal e
entra no abdome. As veias superficiais se localizam no tecido conjuntivo subcutâneo e são interconectadas com as veias profundas,
drenando seu conteúdo para estas veias. As veias superficiais formam dois grandes canais – a veia safena magna e a veia safena
parva. Ambas as veias se originam em um arco dorsal venoso no pé. A veia safena magna origina-se na face medial do arco venoso
dorsal, ascendendo pela face medial da perna, joelho e coxa para fazer uma conexão com a veia femoral inferiormente ao ligamento
inguinal. A veia safena parva origina-se na face lateral do arco dorsal venoso, ascende pela superfície posterior da perna e penetra
na fáscia da perna (na região poplítea) para se unir com a veia poplítea na face posterior do joelho. Proximal ao joelho, a veia poplítea
torna-se a veia femoral.
37
38

Inervação do Membro Inferior


Os nervos derivados dos plexos lombar e sacral inervam o membro inferior. O plexo lombar está localizado profundamente por dentro
do músculo psoas maior, anteriormente aos processos transversos das três primeiras vértebras lombares. O plexo sacral localiza-se na
pelve, na face anterior do músculo piriforme, externamente à fáscia da pelve, que o separa dos vasos pudendo e glúteo inferior. O
tronco lombossacral (L4 e L5) emerge medialmente ao músculo psoas maior (na parede abdominal posterior) e repousa sobre a asa do
sacro, antes de cruzar a extremidade pélvica para unir-se ao ramo anterior de S1.

Plexo Lombossacral
O plexo lombar, localizado no interior do músculo psoas, é a porção superior do plexo lombo-sacral. É geralmente formado pelas
divisões anteriores dos três primeiros nervos lombares e parte do quarto, e em 50% dos casos ele recebe uma contribuição do último
nervo torácico. Os nervos L1, L2 e L4 dividem-se em superior e inferior. O ramo superior de L1 forma os nervos ílio-hipogástrico e ílio-
inguinal. O ramo inferior de L1 une-se ao ramo superior de L2 para formar o nervo gênito-femoral. O ramo inferior de L4 une-se a L5 para
formar o tronco lombo-sacral. O ramo inferior de L2, todos de L3 e o ramo superior de L4 dividem-se, cada um deles, em divisão anterior,
menor, e divisão posterior. As três divisões anteriores unem-se para formar o nervo obturatório. As três divisões posteriores unem-se para
formar o nervo femoral, e as duas superiores fornecem ramos que formam o nervo cutâneo lateral da coxa. Os ramos motores colaterais
inervam o músculo quadrado lombar e intertransversais a partir de L1 e L4, e o músculo psoas a partir de L2 e L3. A porção sacral do
plexo lombo-sacral localiza-se fazendo face ao músculo piriforme sobre a parede posterior da pelve. Em frente a ele estão o colo
pélvico, os vasos hipogástricos e o ureter. Geralmente origina-se através de cinco raízes do plexo, formadas pelas divisões primárias
anteriores do quinto nervo e parte do quarto nervo lombar (tronco lombo-sacral) e o primeiro, juntamente com partes do segundo e
terceiro nervos sacrais. Um ramo terminal principal, que é o nervo isquiático, e vários ramos colaterais são formados pelo plexo. Cada
uma das cinco raízes do plexo divide-se numa divisão anterior e posterior. As quatro divisões superiores posteriores juntam-se para formar
o nervo fibular comum. Todas as cinco divisões anteriores (L4,L5,S1,S2,S3) reúnem-se para formar o nervo tibial. (na coxa, os nervos tibial
e fibular estão fundidos formando o nervo isquiático). A divisão posterior de S3, juntamente com ramos das divisões anteriores de S2 e S3
contribuem para o plexo pudendo.
39

Os principais nervos que inervam o membro inferior são: N. Femoral (faz inervação motora da parte anterior da coxa e sensitiva nas
partes anterior e medial da coxa, parte medial da perna e pé; também emite ramos articulares para o quadril e o joelho); N. Obturatório
(faz inervação motora da parte medial da coxa e sensitiva da parte medial da coxa e perna); N. Isquiático (faz inervação motora da
parte posterior da coxa); N. Tibial ( faz inervação motora da parte posterior da perna e sensitiva da parte posterior da panturrilha, bordas
medial e lateral do calcanhar, planta e borda lateral dorso do pé); N. Fibular comum (faz inervação motora das partes anterior e lateral
da perna e sensitiva das partes lateral e anterolateral da per e maior parte do dorso do pé)
40

Músculos Anteriores da Coxa


Flexores da Articulações do Quadril (1,2 e 3) e Extensores do Joelho (4 e 5)

Mm. Vasto Lateral,


M. Reto Femoral (parte Medial e Intermédio
do M. Quadríceps (parte do M.
M. Pectíneo M. Iliopsoas M. Sartório Femoral) Quadríceps Femoral)
Músculo Origem Inserção Inervação Ação
M. Pectíneo Ramo superior do púbis Linha pectínea do Nn. Femoral e Aduz e flete a coxa
fêmur obturatório
(inconstante)
M. Iliopsoas
Psoas maior Laterais das vértebras T12-L5 Trocanter menor do Ramos anteriores dos Flexão da coxa na
e discos intervertebrais fêmur Nn. Lombares articulação do quadril e
Psoas menor Laterais das vértebras T12-L1 Linha pectínea, Ramos anteriores dos estabilização dessa
eminência iliopectínea Nn. Lombares articulação
Ilíaco Crista ilíaca, fossa ilíaca, asa Tendão do psoas maior, N. Femoral
do sacro e ligamentos trocanter menor e
sacroilíacos anteriores fêmur
M. Sartório Espinha Ilíaca ântero-superior Parte superior da face N. Femoral Flete, abduz e gira
e parte superior da incisura medial da tíbia lateralmente a coxa na
inferior a ela articulação do quadril;
flete a perna na
articulação do joelho
M. Quadríceps Fixações tendíneas N. Femoral Estende a perna na
Femoral comuns e articulação do joelho.
independentes na base O Reto Femoral
da patela também equilibra a
Reto Femoral Espinha Ilíaca ântero-inferior articulação do quadril e
e ílio superior ao acetábulo ajuda o iliopsoas a fletir
Vasto Lateral Trocanter maior e lábio Inserção comum, tíbia e a coxa
lateral da linha áspera do patela
fêmur
Vasto Medial Linha intertrocantérica e Inserção comum, tíbia e
lábio medial da linha áspera patela
do fêmur
Vasto Intermédio Faces anterior e lateral do
corpo do fêmur
41

Músculos do Compartimento Medial da Coxa (Grupo Adutor)

M. Adutor Longo M. Adutor Curto M. Adutor Magno M. Grácil M. Obturador Externo


Músculo Origem Inserção Inervação Ação
Adutor Longo Corpo do púbis Linha áspera do fêmur N. Obturatório Aduz a coxa

Adutor Curto Corpo e ramo inferior Linha pectínea e linha N. Obturatório Aduz a coxa
do púbis áspera do fêmur
Adutor Magno Aduz a coxa
Parte Adutora Ramo inferior do Tuberosidade glútea, N. Obturatório Flete a coxa
púbis, ramo do ísquio linha áspera, linha
supracondilar medial
Parte associada aos Túber isquiático Tubérculo adutor do N. Isquiático Estende a coxa
Mm. do Jarrete fêmur
Grácil Corpo e ramo inferior Face medial da tíbia N. Obturatório Aduz a coxa; flete a perna
do púbis
Obturador Externo Margens do forame Fossa trocantérica do N. Obturatório Roda lateralmente a coxa;
obturado e fêmur estabiliza a cabeça do fêmur
membrana no acetábulo
obturadora

Trígono Femoral, Canal dos Adutores e Hiato dos Adutores


O Trígono Femoral é um espaço piramidal formado pelos
músculos súpero-anteriores da coxa. Os limites são:
superiormente, o ligamento inguinal; lateralmente a margem
medial do músculo sartório; medialmente a margem lateral do
músculo adutor longo. O assoalho do trígono é formado pelos
músculos pectíneo, adutor longo e iliopsoas. O teto é formado
parcialmente pelo sartório. O conteúdo do trígono femoral é, de
lateral para medial: nervo femoral, artéria femoral, veia femoral
e vasos linfáticos. O ápice do trígono femoral é contínuo com
um canal fascial (canal dos adutores), por onde as estruturas
neurovasculares passam, que termina em uma pequena
abertura, o hiato dos adutores, uma abertura entre a fixação
distal aponeurótica da parte adutora do músculo adutor magno
e a fixação distal tendínea da parte do jarrete. O hiato dos
adutores dá passagem do trígono femoral para a fossa poplítea,
na região posterior do joelho.
42

Músculos da Região Glútea (Abdutores e Rotadores da coxa)

M. Glúteo M. Glúteo M. Glúteo M. Tensor da M. Piriforme M. Obturador Mm. Gêmeos M. Quadrado


Máximo Médio Mínimo Fáscia Lata Interno Superior e Inferior Femoral
Músculo Origem Inserção Inervação Ação
Glúteo Máximo Ílio posteriormente à Trato iliotibial N. Glúteo inferior Estende a coxa e ajuda em
linha glútea posterior; (indiretamente côndilo sua rotação lateral
face dorsal do sacro e lateral da tíbia) e
cóccix; ligamento tuberosidade glútea
sacrotuberal
Glúteo Médio Face externa do ílio Trocanter maior do N. Glúteo superior Aduz e roda medialmente
entre as linhas glúteas fêmur a coxa*
anterior e posterior Pelo Moore; No Gray diz
abduz
Glúteo Mínimo Face externa do ílio Trocanter maior do N. Glúteo superior Aduz e roda medialmente
entre linhas glúteas fêmur a coxa*
anterior e inferior Pelo Moore; No Gray diz
abduz
Tensor da Fáscia Lata Espinha ilíaca ântero- Trato iliotibial N. Glúteo superior Aduz e roda medialmente
superior; parte anterior (indiretamente côndilo a coxa*
da crista ilíaca lateral da tíbia) Pelo Moore; No Gray diz
abduz
Piriforme Face anterior do Trocanter maior do N. para o m. piriforme Roda lateralmente a coxa
sacro; ligamento fêmur estendida e abduz a coxa
sacrotuberal fletida
Obturador Interno Face pélvica da Trocanter maior do N. para o m. Roda lateralmente a coxa
membrana fêmur e fossa obturador interno estendida e abduz a coxa
obturadora e ossos trocantérica fletida
adjacentes
Gêmeos Superior e Superior: espinha Trocanter maior do Superior: N. para o m. Roda lateralmente a coxa
Inferior isquiática fêmur e fossa obturador interno estendida e abduz a coxa
Inferior: túber trocantérica Inferior: N. para o m. fletida
isquiático quadrado femoral
Quadrado Femoral Margem lateral do Tubérculo quadrado na N. para o m. Roda lateralmente a coxa
túber isquiático crista intertrocantérica quadrado femoral
do fêmur e área inferior
a ele
43

Músculos Posteriores da Coxa (Extensores do Quadril e Flexores do Joelho)

M. Semitendíneo M. Semimembranáceo M. Bíceps Femoral


Músculo Origem Inserção Inervação Ação
Semitendíneo Túber Isquiático Face medial superior da N. Isquiático (divisão Estende a coxa; flete a
tíbia tibial) perna e gira medialmente
quando o joelho está
fletido
Semimembranáceo Túber Isquiático Parte posterior do N. Isquiático (divisão Estende a coxa; flete a
côndilo medial da tíbia tibial) perna e gira medialmente
quando o joelho está
fletido
Bíceps Femoral Cabeça longa: túber Face lateral da cabeça Cabeça longa: N. Estende a coxa; flete a
isquiático da fíbula Isquiático (divisão perna e gira lateralmente
Cabeça curta: linha tibial) quando o joelho está
áspera e linha Cabeça curta: N. fletido
supracondilar lateral isquiático (divisão
do fêmur fibular comum)

Pata do Ganso e Músculos do Jarrete


Os tendões dos músculos Semitendíneo, Grácil e
Sartório formam a Pata do Ganso
Os músculos Semitendíneo, Semimembranáceo e a
cabeça longa do Bíceps Femoral formam o Jarrete.
Os Músculos do Jarrete possuem características
comuns:
Fixação proximal no túber isquiático,
profundamente ao músculo glúteo máximo
Estendem-se e agem sobre duas articulações:
extensão na articulação do quadril e flexão no
joelho
Inervação pela divisão tibial do nervo isquiático
44

Fossa Poplítea

A fossa poplítea é um espaço em formato de diamante localizado atrás da articulação do joelho e formado entre os músculos
posteriores da coxa e da perna.
As margens superficiais da parte superior do diamante são formadas medialmente pelas extremidades distais dos músculos
semitendíneo e semimembranáceo e lateralmente pela extremidade distal do músculo bíceps femoral; As margens da parte inferior do
espaço são formadas medialmente pela cabeça medial do músculo gastrocnêmio e lateralmente pelo músculo plantar e pela cabeça
lateral do músculo gastrocnêmio; O assoalho é formado pela cápsula da articulação do joelho e pelas superfícies adjacentes do fêmur
e tíbia, além do músculo poplíteo; O teto é formado pela fáscia, que é contínua acima com a fáscia lata da coxa e abaixo com a
fáscia da perna. Profundamente, os limites superiores são formados pelas linhas supraepicondilar medial e lateral do fêmur, e o inferior é
formado pela linha para o músculo sóleo da tíbia
O conteúdo da fossa poplítea é artéria poplítea, veias poplítea e parva, nervos cutâneo femoral posterior, tibial e fibular
comum, linfonodos e vasos linfáticos poplíteos.

Músculos do Compartimento Anterior da Perna

M. Tibial Anterior M. Extensor longo dos dedos M. Extensor longo do hálux M. Fibular terceiro
Músculo Origem Inserção Inervação Ação
Tibial Anterior Côndilo lateral, metade Faces medial e inferior N. fibular profundo Flete dorsalmente o
superior da face lateral do cuneiforme medial e tornozelo e inverte o
da tíbia e membrana base do 1º metatarsal pé
interóssea
Extensor longo dos Côndilo lateral da tíbia, Falanges média e distal N. fibular profundo Estende os quatro
dedos ¾ superiores da face dos quatro dedos dedos laterais e
medial da fíbula e laterais produz dorsiflexão do
membrana interóssea tornozelo
45

Extensor longo do hálux Parte média da face Face dorsal da base da N. fibular profundo Estende o hálux e faz
anterior da fíbula e falange do hálux a dorsiflexão do
membrana interóssea tornozelo
Fibular terceiro Terço inferior da face Dorso da base do 5º N. fibular profundo Faz a dorsiflexão do
anterior da fíbula e metatarsal tornozelo e ajuda na
membrana interóssea eversão do pé

Músculos do Compartimento Lateral da Perna


Músculo Origem Inserção Inervação Ação
Cabeça e 2/3 superiores Base do 1º metatarsal e N. Fibular superficial Everte o pé e faz a
da face lateral da fíbula cuneiforme medial flexão plantar fraca
do tornozelo

M. Fibular Longo
2/3 inferiores da face Face dorsal da N. Fibular superficial Everte o pé e faz a
lateral da fíbula tuberosidade na face flexão plantar fraca
lateral da base do 5º do tornozelo
metatarsal

M. Fibular Curto

Músculos Posteriores da Perna


Músculos Superficiais Posteriores da Perna

M. Gastrocnêmio M. Sóleo M. Plantar


Músculo Origem Inserção Inervação Ação
Gastrocnêmio Cabeça lateral: face Face posterior do N. Tibial Flexão plantar do
lateral do côndilo lateral calcâneo através do tornozelo quando o
do fêmur tendão do calcâneo joelho é estendido;
Cabeça medial: face (tendão de Aquiles) eleva o calcanhar
poplítea do fêmur, durante a marcha,
superiormente ao flete a perna na
côndilo medial articulação do joelho
Sóleo Face posterior da Face posterior do N. Tibial Flexão plantar
cabeça da fíbula; calcâneo através do independentemente
quarto superior da face tendão do calcâneo da posição do joelho
posterior da fíbula; linha (tendão de Aquiles)
para o m. sóleo e
margem medial da tíbia
Plantar Extremidade inferior da Face posterior do N. Tibial Auxilia fracamente o
linha supracondilar calcâneo através do gastrocnêmio na
lateral do fêmur tendão do calcâneo flexão plantar do
(tendão de Aquiles) tornozelo
46

Músculos Profundos Posteriores da Perna

M. Poplíteo M. Flexor longo do hálux M. Flexor longo dos dedos M. Tibial posterior
Músculo Origem Inserção Inervação Ação
Poplíteo Côndilo lateral do fêmur Face posterior da tíbia, N. Tibial Flete fracamente o
e menisco lateral superiormente à linha joelho e destrava-o
para o m. sóleo girando o fêmur sobre
a tíbia fixa; gira
medialmente a tíbia
do membro não
apoiado
Flexor longo do hálux 2/3 inferiores da face Base da falange distal N. Tibial Flete o hálux em todas
posterior da fíbula; parte do hálux as articulações;
inferior da membrana produz flexão plantar
interóssea leve do tornozelo;
sustenta a parte
medial do arco
longitudinal do pé
Flexor longo dos dedos Face posterior da tíbia Bases das falanges N. Tibial Flete os quatro dedos
inferiormente à linha distais dos quatro dedos laterais; produz flexão
para o m. sóleo; fíbula laterais plantar do tornozelo;
(por um tendão largo) sustenta o arco
longitudinal do pé
Tibial posterior Membrana interóssea; Tuberosidade do N. Tibial Produz flexão plantar
face posterior da tíbia navicular, cuneiforme e do tornozelo; inverte o
inferiormente à linha cuboide; bases do 2º, 3º pé
para o m. sóleo; face e 4º metatarsais
posterior da fíbula

Músculos do Pé
1ª e 2ª Camadas da Planta

1ª camada: Abdutor do hálux; Flexor Curto dos dedos; Abdutor


do dedo mínimo 2ª camada: Quadrado plantar 2ª camada: Lumbricais
Músculo Origem Inserção Inervação Ação
Abdutor do hálux Tubérculo medial da Face medial da falange N. Plantar medial Abduz e flete o hálux
tuberosidade do proximal do 1º dedo
calcâneo; retináculo dos
mm. flexores;
aponeurose plantar
Flexor curto dos dedos Tubérculo medial da Ambos os lados das N. Plantar medial Flete os 4 dedos
tuberosidade do falanges médias dos 4 laterais
calcâneo; aponeurose dedos laterais
plantar; septos
intermusculares
Abdutor do dedo Tubérculo medial da Face lateral da base da N. Plantar medial Abduz e flete o dedo
mínimo tuberosidade do falange proximal do mínimo
calcâneo; aponeurose dedo mínimo
plantar; septos
intermusculares
47

Quadrado plantar Face medial e margem Margem póstero-lateral N. Plantar lateral Ajuda o flexor longo
lateral da face plantar do tendão do flexor dos dedos a fletir os
do calcâneo longo dos dedos quatro dedos laterais
Lumbricais Tendões do músculo Face medial da Medial: N. Plantar Fletem as falanges
flexor longo dos dedos expansão sobre os medial proximais, estendem
quatro dedos laterais Os 3 laterais: N. Plantar as falanges média e
lateral distal dos 4 dedos
laterais

3ª e 4ª Camadas da Planta

3ª camada: Flexor curto do hálux; Abdutor


do hálux; Flexor do dedo mínimo 4ª camada: Interósseos plantares 4ª camada: Interósseos dorsais
Músculo Origem Inserção Inervação Ação
Flexor curto do hálux Faces plantares do Ambos os lados da base N. Plantar medial Flete a falange
cuboide e cuneiformes da falange proximal do proximal do 1º dedo
laterais 1º dedo
Abdutor do hálux Cabeça oblíqua: bases Os tendões de ambas as N. Plantar lateral (ramo Adução do 1º dedo;
do 2º ao 4º metatarsais cabeças fixam-se à face profundo) auxilia no arco
Cabeça transversa: lateral da base da transverso do pé
ligamentos plantares das falange proximal do 1º
articulações dedo
metatarsofalângicas
Flexor do dedo mínimo Base do 5º metatarsal Base da falange N. Plantar lateral (ramo Flete a falange
proximal do 5º dedo superficial) proximal do 5º dedo
Interósseos plantares Bases e faces mediais do Faces mediais das bases N. Plantar lateral Aduzem o 2º, 3º e 4º
3º, 4º e 5º metatarsais das falanges do 3º, 4º e dedos e flete as
5º dedos articulações
metatarsofalângicas
Interósseos dorsais Faces adjacentes do 1º 1º: face medial da N. Plantar lateral Abduzem o 2º, 3º e 4º
ao 5º metatarsal falange proximal do 2º dedos e flete as
dedo articulações
2º ao 4º: faces laterais metatarsofalângicas
do 2º, 3º e 4º dedos

Músculos do dorso do Pé

Músculo Origem Inserção Inervação Ação


Extensor curto dos dedos Calcâneo; ligamento Tendões do m. flexor N. Fibular profundo Ajuda o extensor
talocalcâneo interósseo; longo dos dedos longo dos dedos na
raiz do retináculo inferior extensão dos quatro
dos músculos extensores dedos mediais
Extensor curto do hálux Calcâneo; ligamento Face dorsal da base da N. Fibular profundo Ajuda o extensor
talocalcâneo interósseo; falange proximal do longo do hálux a
raiz do retináculo inferior hálux estender o hálux
dos músculos extensores
48

Exercícios 9) O tríceps sural é formado pelos músculos


a) Gastrocnêmio e sóleo
1) São ossos que compõem o esqueleto do pé, exceto: b) Gastrocnêmio e tibial posterior
a) Tálus c) Gastrocnêmio, sóleo e plantar
b) Calcâneo d) Sóleo e plantar
c) Navicular e) Gastrocnêmio e flexor longo do hálux
d) Cuboide
e) Piramidal 10) Sobre o músculo quadríceps femoral, é incorreto:
a) Possui quatro cabeças de origem
2) São estruturas localizadas na epífise proximal do fêmur, b) O tendão do reto femoral insere-se na
exceto: tuberosidade da tíbia com o nome de ligamento
a) Cabeça patelar
b) Colo c) Se compõe de reto femoral, vasto medial, vasto
c) Linha intertrocantérica intermédio e vasto lateral
d) Trocanter maior d) Atua em conjunto como um importante flexor da
e) Linha áspera perna
e) O reto femoral possui origem na espinha ilíaca
3) O acidente ósseo denominado linha áspera pertence anteroinferior
ao osso:
a) Tíbia 11) O músculo extensor longo dos dedos pode ser
b) Fêmur classificado como
c) Fíbula a) Bicaudado e polipenado
d) Navicular b) Policaudado e unipenado
e) Cuboide c) Policaudado e bipenado
d) Bicaudado e unipenado
4) A tíbia e a fíbula articulam-se, inferiormente com o: e) Nda
a) Calcâneo
b) Navicular 12) Principal ação dos músculos do compartimento
c) Cuboide posterior da perna:
d) Tálus a) Dorsiflexão do pé
e) Cuneiforme lateral b) Inversão do pé
c) Flexão plantar
5) Compõem o esqueleto do tarso: d) Flexão do joelho
a) Tálus, calcâneo, cuboide, navicular e cuneiformes e) Eversão do pé
medial, intermédio e lateral
b) Calcâneo, tálus, navicular, trapezoide, 13) São músculos do compartimento anterior da perna,
cuneiformes medial, intermédio e lateral exceto:
c) Tálus, calcâneo, navicular, hamato e cuneiformes a) Tibial anterior
medial, intermédio e lateral b) Extensor longo do hálux
d) Calcâneo, navicular, capitato, semilunar e c) Extensor longo dos dedos
cuneiformes lateral, intermédio e lateral d) Fibular longo
e) Nda e) Fibular terceiro

6) Sobre a articulação do joelho é incorreto afirmar 14) São conhecidos como músculos do jarrete:
a) É uma juntura sinovial tipo condilar a) Bíceps femoral, adutor magno e semitendíneo
b) Sua concavidade posterior é denominada fossa b) Cabeça curta do bíceps da coxa, semitendíneo e
poplítea pectíneo
c) Os meniscos são placas de fibrocartilagem em c) Semitendíneo, semimembranáceo e quadríceps
forma de crescente femoral
d) Os ligamentos cruzados anterior e posterior são d) Cabeça longa do bíceps da coxa, semitendíneo e
intra-articulares semimembranáceo
e) O ligamento colateral tibial é lateral e) Adutor magno, adutor longo e adutor curto

7) Músculo que se insere no côndilo lateral da tíbia 15) É considerado o músculo mais longo do corpo humano
através do trato iliotibial a) Grácil
a) Sartório b) Reto femoral
b) Adutor magno c) Adutor magno
c) Vasto lateral d) Reto do abdome
d) Tensor da fáscia lata e) Sartório
e) Semimembranáceo
16) A linha solear ou linha do sóleo encontra-se na:
8) Exceto a cabeça curta do bíceps femoral, os músculos a) Extremidade proximal da tíbia
do Jarrete possuem origem no: b) Extremidade distal da fíbula
a) Espinha isquiática c) Face posterior da diáfise da tíbia
b) Espinha ilíaca póstero-inferior d) Face anterior do corpo da tíbia
c) Túber isquiático e) Nda
d) Forame obturado
e) Púbis 17) Sobre o músculo tríceps sural é incorreto afirmar que
49

a) Possui três cabeças de origem c) Abdutor do hálux


b) Seu tendão insere-se na tuberosidade do d) Adutor do hálux
calcâneo e) Extensor curto do hálux
c) O gastrocnêmio encontra-se na camada
superficial e possui duas cabeças de origem 26) São estruturas que fazem parte do conteúdo do
d) Atua em conjunto como um importante flexor trígono femoral, exceto
dorsal do pé a) Artéria femoral
e) O sóleo encontra-se na segunda camada b) Nervo femoral
c) Veia femoral
18) O trígono femoral é limitado superiormente pela d) Linfonodos inguinais profundos
seguinte estrutura anatômica e) Veia ilíaca externa
a) Músculo adutor longo
b) Músculo sartório 27) A artéria dorsal do pé é uma extensão da
c) Ligamento inguinal a) A. tibial posterior
d) Músculo adutor magno b) A. poplítea
e) Músculo pectíneo c) A. tibial anterior
d) A. femoral
19) Componente do quadríceps femoral que possui e) A. fibular
origem nas faces anterior e lateral da diáfise do fêmur
a) Vasto intermédio 28) As artérias tibiais anterior e posterior são ramos da
b) Reto femoral a) A. femoral
c) Vasto lateral b) A. poplítea
d) Vasto medial c) A. circunflexa medial da coxa
e) Nda d) A. femoral profunda
e) Nda
20) No terço proximal da diáfise do fêmur ocorre uma
bifurcação da linha áspera, o lábio medial dirige-se 29) A artéria do ligamento da cabeça do fêmur é ramo
para o trocanter menor e denomina-se da
a) Linha intertrocantérica a) A. femoral
b) Crista intertrocantérica b) A. femoral profunda
c) Linha solear c) A. circunflexa lateral da coxa
d) Tuberosidade glútea d) A. obturatória
e) Linha pectínea e) Nda

21) O sulco maleolar localizado na parte posterior da 30) Os vasos sanguíneos para a epífise proximal do fêmur
epífise distal da tíbia aloja o tendão do músculo são derivados, principalmente, das artérias circunflexas
a) Tibial anterior medial e lateral da coxa, provenientes da artéria
b) Extensor longo dos dedos a) Femoral
c) Tibial posterior b) Obturatória
d) Fibular longo c) Femoral profunda
e) Fibular terceiro d) Ilíaca externa
e) Nda
22) A inserção comum do M. Quadríceps Femoral é
a) Na linha áspera do fêmur 31) O nervo fibular comum possui íntima relação
b) Na tuberosidade da tíbia
anatômica com o (a)
c) Na parte superior da patela
a) Ápice da cabeça da fíbula
d) Na face lateral da fíbula
e) No côndilo lateral da tíbia b) Diáfise da fíbula
c) Maléolo lateral
23) A origem comum dos Mm. posteriores da coxa é d) Sulco maleolar
a) Linha áspera do fêmur e) Colo da fíbula
b) Tuberosidade da tíbia
c) Tubérculo púbico 32) Principal nervo para os Mm. anteriores da coxa
d) Linha glútea inferior a) N. Fibular comum
e) Túber isquiático b) N. Tibial
c) N. Fibular comum
24) Quando o pé é invertido abrupta e violentamente, a d) N. Femoral
tuberosidade do ___ metatarsal pode ser avulsionada e) N. Isquiático
pelo tendão do m. fibular curto
a) I 33) Principal nervo para os Mm. do compartimento medial
b) II da coxa
c) III a) N. Isquiático
d) IV b) N. Perineal
e) V c) N. Tibial
d) N. Pudendo
25) Os ossos sesamoides do hálux no tendão do músculo e) N. Obturatório
_____ sustentam o peso do corpo, principalmente,
durante a última fase de estação da marcha 34) O N. Glúteo Superior inerva os músculos que têm,
a) Flexor longo do hálux como função comum
b) Extensor longo do hálux a) Fletir o joelho
50

b) Rodar medialmente a coxa c) A frase está parcialmente incorreta, pois o sangue


c) Aduzir o joelho deve subir nas veias do membro inferior
d) Rodar lateralmente a coxa d) A frase está parcialmente incorreta, pois mesmo
e) Estender o joelho dilatadas, as válvulas conseguem se fechar
e) A frase está incorreta
35) Inerva os Mm. posteriores da coxa
a) N. Obturatório 42) A trombose venosa profunda (TVP) é comumente
b) N. Isquiático causada por trombo originário de uma veia profunda
c) N. Radial do membro inferior
d) N. Fibular comum a) A frase está correta
e) N. Fibular terceiro b) A frase está parcialmente incorreta, pois a TVP é
comumente causada por trombo de origem
36) O Tubérculo de Gerdy é um acidente ósseo do osso abdominal
____ e serve de inserção para ____ c) A frase está parcialmente incorreta, pois a TVP é
a) Fíbula e M. Bíceps femoral comumente causada por trombo de uma veia
b) Fíbula e fáscia lata superficial do membro inferior
c) Tíbia e M. Semitendíneo d) A frase está parcialmente incorreta, pois a TVP é
d) Tíbia e trato iliotibial comumente causada por trombo de origem no
e) Fêmur e M. Tensor da fáscia lata membro superior
e) A frase está incorreta
37) Em relação às veias do membro inferior, é incorreto
dizer que 43) O M. Iliopsoas é o principal extensor da coxa e é
a) A safena magna transita na face medial do inervado pelo n. femoral e por ramos dos nn. lombares
membro inferior e desemboca na veia femoral a) A frase está correta
b) A veia poplítea torna-se veia femoral ao sair da b) A frase está parcialmente incorreta, pois o m.
fossa poplítea iliopsoas é inervado pelo n. glúteo superior
c) A veia safena parva e posterior na perna e c) A frase está parcialmente incorreta, pois o m.
deságua na veia poplítea iliopsoas não tem ação na coxa
d) A veia femoral acima do ligamento inguinal e d) A frase está parcialmente incorreta, pois o m.
denominada ilíaca interna iliopsoas é o principal flexor da coxa
e) O circuito superficial de drenagem do membro e) A frase está incorreta
inferior comunica-se com o circuito profundo, e
esse é mais importante que o primeiro 44) O M. Sartório faz o teto do canal dos adutores,
participa da articulação do quadril e do joelho e é
38) A veia safena magna resulta da união dos seguintes inervado pelo n. femoral
vasos: a) A frase está correta
a) Veia dorsal do hálux e do arco venoso plantar b) A frase está parcialmente incorreta, pois o m.
b) Veia dorsal do hálux e do arco venoso dorsal do sartório faz o assoalho do canal dos adutores
pé c) A frase está parcialmente incorreta, pois o m.
c) Veias digitais plantares e veia fibular sartório não participa da articulação do joelho
d) Veia tibial posterior e veias geniculares inferiores d) A frase está parcialmente incorreta, pois o m.
e) Veia tibial anterior e veia dorsal do dedo mínimo sartório é inervado pelo n. isquiático
e) A frase está incorreta
39) Sobre a veia safena parva, é incorreto afirmar que
a) Ascende entre as cabeças do m. gastrocnêmio 45) O trígono femoral apresenta-se, em pessoas vivas,
b) Drena para a veia poplítea na fossa poplítea como uma depressão triangular inferior ao ligamento
c) Segue ao longo da margem lateral do tendão do inguinal quando e faz a flexão, abdução e rotação
calcâneo medial da coxa
d) Ascende posteriormente ao maléolo lateral como a) A frase está correta
uma continuação da veia plantar b) A frase está parcialmente incorreta, pois o
e) Se inclina para a linha mediana da fíbula e ligamento inguinal não faz limite com o trígono
penetra a fáscia muscular femoral
c) A frase está parcialmente incorreta, pois, para se
40) A Pata do Ganso é formada pelos tendões dos verificar o trígono inguinal, a pessoa deve fazer
músculos flexão, abdução e rotação lateral da coxa
a) Semitendíneo, semimembranáceo e bíceps d) A frase está parcialmente incorreta, pois, para se
femoral verificar o trígono inguinal, a pessoa deve fazer
b) Semitendíneo, grácil e gastrocnêmio flexão, adução e rotação lateral da coxa
c) Semimembranáceo, grácil e sartório e) A frase está incorreta
d) Bíceps femoral, grácil e sartório
e) Semitendíneo, grácil e sartório 46) O n. isquiático é o maior ramo do plexo lombar. O
nervo origina-se no abdome dentro do m. psoas maior
Para as questões 41 a 50, avalie as frases e marque a e desce em sentido posterolateral através da pelve
alternativa correta. até aproximadamente o ponto médio do ligamento
41) Muitas vezes, a veia safena e suas tributárias tornam-se inguinal. Depois, segue profundamente a esse
varicosas, isto é, dilatadas de tal modo que suas ligamento e entra no trígono femoral, lateralmente aos
válvulas não se fecham. Consequentemente, o vasos femorais
sangue não consegue descer, formando as varizes. a) A frase está correta
a) A frase está correta b) A frase está parcialmente incorreta, pois o n.
b) A frase está parcialmente incorreta, pois veias isquiático segue superficialmente após passar pelo
varicosas são veias colabadas ligamento inguinal
51

c) A frase está parcialmente incorreta, pois o n.


isquiático segue em sentido anterolateral após
originar-se no m. psoas maior
d) A frase está parcialmente incorreta, pois a
descrição é a do n. femoral
e) A frase está incorreta

47) O caminho da A. tibial, desde sua origem na pelve,


como A. Ilíaca externa é:
A. Ilíaca externa passa inferiormente ao ligamento
inguinal, onde torna-se A. Femoral, que segue pelo
canal dos adutores e passa pelo hiato dos adutores,
caindo na fossa poplítea, onde torna-se A. poplítea, a
qual, após passar pelo arco tendíneo do m. sóleo,
torna-se A. tibial
a) A frase está correta
b) A frase está parcialmente incorreta, pois a a. ilíaca
externa passa superiormente ao ligamento
inguinal, permitindo a aferição do pulso femoral
c) A frase está parcialmente incorreta, pois a a.
poplítea torna-se a. tibial após dar o ramo
recorrente fibular superior, a meio caminho entre a
fossa poplítea e o calcanhar
d) A frase está parcialmente incorreta, pois a
descrição é da a. fibular comum
e) A frase está incorreta

48) A avulsão do túber isquiático na fixação proximal do


bíceps femoral e semitendíneo pode resultar da flexão
formada do quadril com o joelho estendido e é
chamada “lesão do corredor de obstáculos”
a) A frase está correta
b) A frase está parcialmente incorreta pois o bíceps
femoral não tem origem no túber isquiático
c) A frase está parcialmente incorreta pois o
semitendíneo não tem origem no túber isquiático
d) A frase está parcialmente incorreta, pois a lesão
do corredor de obstáculos ocorre com o joelho
fletido
e) A frase está incorreta

49) A secção do nervo tibial causa paralisia dos músculos


extensores da perna e dos músculos intrínsecos no
dorso do pé.
a) A frase está correta
b) A frase está parcialmente incorreta, pois a secção
do nervo tibial causa paralisia dos músculos
flexores da perna
c) A frase está parcialmente incorreta, pois a secção
do nervo tibial causa paralisia dos músculos
intrínsecos na planta do pé
d) B e C estão corretas
e) A frase está incorreta

50) A secção do nervo fibular comum resulta em paralisia


flácida de todos os músculos nos compartimentos
posterior e lateral da perna, resultando na lesão
conhecida como “pé em gota”
a) A frase está correta
b) A frase está parcialmente errada, pois o “pé em
gota” é resultado da secção do n. tibial
c) A frase está parcialmente errada, pois na lesão Respostas:
“pé em gota” apenas os músculos posteriores são 1 E 11 B 21 C 31 E 41 C
acometidos 2 E 12 C 22 C 32 D 42 A
d) A frase está parcialmente errada, pois na secção 3 B 13 D 23 E 33 E 43 D
do n. fibular os músculos dos compartimentos 4 D 14 D 24 E 34 B 44 A
anterior e lateral sofrem paralisia flácida
5 A 15 E 25 A 35 B 45 C
e) A frase está incorreta
6 E 16 C 26 E 36 D 46 D
7 D 17 D 27 C 37 D 47 A
8 C 18 C 28 B 38 B 48 A
9 A 19 A 29 D 39 D 49 D
10 D 20 E 30 C 40 E 50 D
52

Sumário Módulo 2 – Cabeça e Pescoço


Crânio ..............................................................................................53 Inervação ............................................................................................ 88
Vista Anterior ....................................................................................... 53 Orelha.............................................................................................. 93
Órbita .............................................................................................. 53 Região Oral ..................................................................................... 96
Vista Lateral Externa .......................................................................... 54 Cavidade Oral.................................................................................... 96
Vista Lateral Interna........................................................................... 54 Gengivas .............................................................................................. 96
Vista Superior....................................................................................... 55 Dentes................................................................................................... 96
Vista Interna da Calvária ................................................................. 55 Palato.................................................................................................... 96
Vista Inferior ......................................................................................... 56 Língua ................................................................................................... 97
Base Interna do Crânio..................................................................... 56 Músculos da Língua........................................................................... 98
Mandíbula ........................................................................................... 56 Intrínsecos ...................................................................................... 98
Pontos Craniométricos...................................................................... 63 Extrínsecos...................................................................................... 98
Esqueleto do pescoço....................................................................64 Nariz ............................................................................................... 100
Vértebras Cervicais ........................................................................... 64 Exercícios............................................................................................103
Osso Hioide .......................................................................................... 64 Olho ............................................................................................... 108
Músculos da cabeça e do pescoço ............................................67 Túnica Fibrosa ...................................................................................108
Músculos da cabeça ........................................................................ 67 Túnica Vascular ................................................................................108
Músculos Epicrânicos .................................................................. 67 Túnica Interna ...................................................................................108
Músculos Auriculares ................................................................... 67 Meios de Refração do Bulbo do Olho ........................................108
Músculos da Órbita ..................................................................... 68 Músculos Extrínsecos do Olho .......................................................109
Músculos do Nariz ........................................................................ 69 Músculos extrínsecos do bulbo do olho ...............................109

Músculos da Boca ....................................................................... 71 Inervação da órbita ........................................................................112

Músculos da Mastigação .......................................................... 73 Vascularização da órbita ..............................................................112

Pele, tecido subcutâneo e fáscias do Pescoço ........................ 74 Pálpebras e Aparelho Lacrimal ....................................................113

Músculos do Pescoço ....................................................................... 76 Faringe e Laringe .......................................................................... 113

Platisma .......................................................................................... 76 Faringe ................................................................................................113

Região Esternocleidomastóidea .............................................. 76 Vascularização da Faringe .....................................................115

Região Cervical Posterior ........................................................... 76 Inervação da Faringe ...............................................................115

Região Cervical Lateral.............................................................. 77 Laringe ................................................................................................115


Músculos Intrínsecos da laringe ..............................................117
Região Cervical Anterior ............................................................ 78
Vascularização da Laringe .....................................................118
Exercícios.............................................................................................. 80
Músculos pré-vertebrais.................................................................... 85 Inervação da Laringe ...............................................................118

Vascularização................................................................................... 87 Tireoide e Paratireoides ..................................................................118

Drenagem Venosa ............................................................................ 88 Exercícios............................................................................................119

Drenagem Linfática da cabeça e do pescoço ........................ 88


53

Crânio O crânio é o esqueleto da cabeça, dividido em neurocrânio e viscerocrânio.


O neurocrânio reveste o encéfalo e seus revestimentos membranáceos, as meninges cranianas. Também contém partes
proximais dos nervos cranianos e a rede vascular do encéfalo. O neurocrânio tem um teto em forma de cúpula, a calvária, e um
assoalho (base do crânio). Em adultos, o neurocrânio é formado por oito ossos: quatro ímpares (frontal, etmoide, esfenoide e occipital) e
dois conjuntos de ossos pares (temporais e parietais). A maioria dos ossos da calvária é unida por suturas entrelaçadas fibrosas;
entretanto, durante a infância, alguns ossos (esfenoide e occipital) são unidos por cartilagem hialina.
Vários ossos do crânio (frontal, temporal, esfenoide e etmoide) são ossos pneumáticos, que contêm espaços aéreos (células ou
seios), provavelmente para reduzir seu peso. O volume total dos espaços aéreos nesses ossos aumenta com a idade.
Na posição anatômica, o crânio é orientado de forma que a margem inferior da órbita e a margem superior do poro acústico
externo de ambos os lados se situam no mesmo plano horizontal. Essa referência craniométrica padrão é o plano orbitomeático.

Vista Anterior
O osso frontal, especificamente sua escama forma o esqueleto da fronte, articulando-se inferiormente com os ossos nasal e
zigomático, em alguns adultos há um remanescente de sutura, a sutura frontal (metópica), visível na linha mediana da glabela, a área
lisa, ligeiramente deprimida entre os arcos superciliares. A sutura frontal divide os ossos frontais no crânio fetal. A intersecção dos ossos
frontal e nasal é o násio, que na maioria das pessoas está relacionado com uma área distintamente deprimida (ponte do nariz). O osso
frontal também se articula com o lacrimal, etmoide e esfenoide, e uma parte do osso (a parte orbital do osso frontal) forma o teto da
órbita e parte do assoalho da parte anterior da cavidade craniana.
A margem supraorbital do osso frontal possui um forame supraorbital para a passagem do nervo e dos vasos supraorbitais.
Dentro das órbitas estão as fissuras orbitais superior e inferior e os canais ópticos.
Os ossos zigomáticos, que formam as proeminências das bochechas, situam-se nas paredes inferior e lateral das órbitas e
repousam sobre as maxilas. As margens anterolaterais, paredes, assoalho e grande parte das margens infraorbitais das órbitas são
formados por esses ossos quadriláteros. Um pequeno forame zigomaticofacial perfura a face lateral de cada osso. Os ossos zigomáticos
articulam-se com os ossos frontal, esfenoide, temporal e maxila. O septo nasal ósseo pode ser observado pela abertura situada
inferiormente aos ossos nasais (abertura piriforme) e divide-a em duas partes (direita e esquerda). Na parede lateral de cada cavidade
nasal há lâminas ósseas curvas, as conchas nasais (as conchas nasais suprema – inconstante –, superior e média fazem parte do osso
etmoide e a concha nasal inferior é um osso separado).
As maxilas formam o esqueleto da arcada dentária superior.

Órbita
A parte superior da face é ocupada pelas órbitas e pela ponte do nariz. A órbita pode ser analisada como um espaço de
abertura quadrilátera, contendo quatro margens:
A margem superior da órbita é formada completamente pelo osso frontal, apresentando o forame supraorbital, que permite a
passagem dos vasos e nervo supraorbitais
A margem lateral da órbita é formada em grande parte pelo processo frontal do osso zigomático e é concluída acima pelo
processo zigomático do osso frontal
A margem inferior é formada pelo osso zigomático lateralmente e maxila medialmente
A margem medial da órbita é formada acima pelo osso frontal e abaixo pela crista lacrimal anterior do processo frontal da
maxila
E quatro paredes:
O teto da órbita é formado principalmente pela fina lâmina orbital do osso frontal e parcialmente pela asa menor do esfenoide
A parede medial da órbita é formada principalmente pela lâmina orbital do osso etmoide, com contribuições da lâmina orbital
do osso frontal, corpo do esfenoide e osso lacrimal
O assoalho é formado principalmente pela face orbital da maxila, que se articula com o osso zigomático anterolateralmente e
o pequeno processo orbital do osso palatino posteromedialmente
A parede lateral é formada pela face orbital da asa maior do esfenoide posteriormente e o processo frontal do zigomático
anteriormente
Na órbita é possível observar fissuras, forames, fossas e sulcos, pelos quais passam várias estruturas importantes. São eles: canal
óptico, fissuras orbitais superior e inferior, forames etmoidais anteriores e posteriores, sulco infraorbital e fossa lacrimal
54

Vista Lateral Externa


A fossa temporal é limitada superior e posteriormente pelas linhas temporais superior e inferior, anteriormente pelos ossos frontal
e zigomático, e inferiormente pelo arco zigomático. A margem superior desse arco corresponde ao limite inferior do hemisfério cerebral
do encéfalo. O arco zigomático é formado pela união do processo temporal do osso zigomático com o processo zigomático do osso
temporal.
Na parte anterior da fossa temporal, há uma área clinicamente importante de junções ósseas: o ptério. Indicado por suturas em
forma de H que unem os ossos frontal, parietal, esfenoide e temporal.
O poro acústico externo é a entrada do meato acústico externo, que leva à membrana timpânica. O processo mastoide do
osso temporal situa-se posteroinferiormente ao poro acústico externo. Anteromedialmente ao processo mastoide há o processo estiloide
do osso temporal, uma projeção fina, pontiaguda, semelhante a uma agulha. A fossa infratemporal é um espaço irregular situado
inferior e profundamente ao arco zigomático e à mandíbula e posteriormente à maxila. A fossa infratemporal comunica-se com a fossa
pterigopalatina através da fissura pterigomaxilar.

Fossas Infratemporal e Pterigopalatina


A fossa infratemporal situa-se abaixo do ramo da mandíbula. Comunica-se com a fossa temporal abaixo do arco zigomático e
com a fossa pterigopalatina através da fissura pterigomaxilar. As principais estruturas que ocupam a fossa infratemporal são os músculos
pterigoideos lateral e medial, a divisão mandibular do NC V, o n. corda do tímpano (ramo de NC VII), o gânglio ótico parassimpático, a
artéria maxilar e o plexo venoso pterigoideo.
A fossa pterigopalatina é um pequeno espaço piramidal abaixo do ápice da órbita na face lateral do crânio. A fossa
comunica-se com a cavidade nasal através do forame esfenopalatino, com a órbita através da extremidade medial da fissura orbital
inferior e com a fossa infratemporal através da fissura ptericomaxilar, que se situa entre a parte posterior da maxila e o processo
pterigoide do esfenoide e transmite a a. maxilar. Também se comunica com a cavidade oral, através do canal palatino maior, que se
abre na face posterolateral do patalo duro. Existem duas aberturas na parede posterior da fossa pterigopalatina, o forame redondo,
que transmite o n. maxilar, e o canal pterigoideo, que transmite o n. do canal pterigoideo. O principal conteúdo da fossa
pterigopalatina é a terceira parte da a. maxilar, o n. maxilar e muitos de seus ramos e o gânglio pterigopalatino.

Vista Lateral Interna


O interior do crânio é dividido em fossas anterior, média e posterior.
O osso occipital forma a maior parte da fossa posterior. É no osso occipital que vemos o forame magno, por onde a transição
medula/tronco, vasos, meninges e as raízes espinhais do XI par craniano passam. O canal do hipoglosso dá passagem ao XII par
craniano. O forame jugular é por onde passa a veia jugular interna, formada da união dos seios petroso inferior e sigmoide, e os pares
cranianos IX, X e XI.
O osso temporal possui, internamente, uma parte petrosa e uma parte escamosa. Na parte petrosa, podemos observar o
meato acústico interno, por onde passam os pares cranianos VII, VIII e a a. labiríntica. Na parte escamosa, vemos as impressões dos
ramos posteriores da a. meníngea média (atrás do ptério) em logo acima da parte petrosa, o sulco para o seio petroso superior.
O osso esfenoide apresenta, no corte sagital, a cela túrcica, o seio esfenoidal, os processos pterigoideos lateral e medial
(apenas um de cada pode ser visto no corte sagital) e asa maior do esfenoide. A hipófise fica alocada na cela túrcica, e se mantém lá
pelo diafragma da cela, uma reflexão da dura-máter que fecha a cela na pessoa viva, impedindo que a glândula saia do lugar.

Cavidade Nasal
A cavidade nasal é um espaço irregular entre o teto da cavidade oral e a base do crânio. É mais ampla abaixo do que acima
e tem sua maior extensão e profundidade vertical na sua região central, onde é dividida por um septo osteocartilagíneo vertical que
tem posição aproximadamente mediana. A parte óssea do septo atinge o limite posterior da cavidade.
A cavidade nasal comunica-se com o seio frontal, com as células etmoidais, com o seio maxilar e com o seio esfenoidal e se
abre na parte nasal da faringe através de um par de aberturas ovais, as coanas. Cada coana tem um teto, um assoalho, paredes
medial (septal) e lateral e um vestíbulo.
55

O teto é horizontal na sua parte central e inclina para baixo na frente e atrás. A inclinação anterior é formada pela espinha
nasal dos ossos frontais e pelos ossos nasais. A região central é formada pela lâmina cribiforme (crivosa) do osso etmoide. A inclinação
posterior é formada pela face anterior do corpo do esfenoide, interrompida em cada lado pela abertura do seio esfenoidal e pela
concha esfenoidal.
O assoalho da cavidade nasal é liso e côncavo transversalmente, e inclina-se para cima e a partir da abertura anterior até a
posterior. A parte maior é formada pelos processos palatinos das maxilas que se articulam posteriormente com as lâminas horizontais
dos ossos palatinos.
A parede medial da cavidade nasal é o septo nasal, uma lâmina fina de osso (posteriormente) e cartilagem (anteriormente)
que se situa entre o teto e o assoalho da cavidade. A parte óssea do septo nasal em geral é relativamente inexpressiva. A região
posterossuperior do septo nasal e sua margem posterior são formadas pelo vômer, que se estende desde o corpo do esfenoide até o
palato duro. Sua superfície é marcada pelos sulcos dos nervos e vasos nasopalatinos. A região anterossuperiora do septo é formada
pela lâmina perpendicular do osso etmoide, que é contínua acima com a lâmina cribiforme. Outros ossos que dão contribuições
menores para a parte óssea do septo nasal nos limites superior e inferior da parede medial são os ossos nasais e a espinha nasal dos
ossos frontais, o rostro e a crista esfenoidal do esfenoide, as cristas nasais da maxila e os ossos palatinos.
A parede lateral da cavidade nasal é formada anteroinferiormente pela maxila e seus fontículos anterior e posterior;
posteriormente pela lâmina perpendicular do osso palatino; e superiormente pelo labirinto etmoidal do osso etmoide. Ela contém três
projeções de tamanho variável: as conchas nasais inferior, média e superior (e, ocasionalmente, suprema). As conchas nasais
geralmente se curvam inferiomedialmente, possuindo um meato nasal, que é aberto para a cavidade nasal. A concha nasal inferior é
um osso independente e, em seu meato nasal, há a abertura do canal lacrimonasal. As conchas nasais média e superior (e a suprema)
são processos do osso etmoide. A concha nasal média pode apresentar um seio próprio e é ligada ao seio maxilar, podendo também
ser ligada ao seio frontal. A concha nasal superior é ligada ao seio esfenoidal e às células etmoidais. A concha nasal suprema, quando
presente, pode apresentar ligação com a célula etmoidal posterior.
O forame esfenopalatino é uma das vias mais importantes pelas quais os nervos e vasos entram e saem da cavidade nasal.
Localizado na parede póstero-lateral do meato nasal inferior. Este forame é uma via de comunicação entre a cavidade nasal e a fossa
pterigopalatina. Passam pelo forame o ramo esfenopalatino da a. maxilar, o ramo nasopalatino e ramos nasais superiores do nervo V2.
Outra via de acesso das estruturas destinadas às cavidades nasais é o forame incisivo, no assoalho das cavidades nasais. Por ele
passam o nervo nasopalatino da cavidade nasal para a cavidade oral e a extremidade terminal da artéria palatina maior, da
cavidade oral para a cavidade nasal.

Vista Superior
A face exterior da calvária é percebida na vista superior do crânio, em geral um pouco oval, alarga-se posterolateralmente
nas eminências parietais. Em algumas pessoas, as eminências frontais também são visíveis, conferindo à calvária uma aparência quase
quadrada. A sutura coronal separa os ossos frontal e parietal, a sutura sagital separa os ossos parietais e a sutura lambdoide separa os
ossos parietais e temporal do occipital. O bregma é o ponto de referência formado pela intersecção das suturas sagital e coronal. O
vértice, o ponto mais alto da calvária, está perto do ponto médio da sutura sagital. O lambda é o ponto de encontro das suturas
lambdoide e sagital.
O forame parietal é uma abertura pequena e inconstante localizada posteriormente no osso parietal, perto da sutura sagital,
podendo ser par. Forames mais irregulares, os forames emissários, dão passagem a veias emissárias, veias que unem as veias do couro
cabeludo aos seios venosos da dura-máter.

Vista Interna da Calvária


A face interna da Calvária é profundamente côncava. Ela inclui a maior parte dos ossos frontal e parietal e a parte escamosa
do occipital, unidos pelas suturas coronal, sagital e lambdoide. Forames inconstantes podem ocorrer nos ossos parietais perto do sulco
56

do seio sagital e anteriores à sutura lambdoide: admitem veias emissárias associadas ao seio sagital superior. As faces internas dos ossos
frontal e parietal são sulcadas por ranhuras que abrigam os ramos frontal e parietal dos vasos meníngeos médios.
A foice do cérebro, uma partição dural que passa entre os dois hemisférios cerebrais, é anexada anteriormente a uma crista
frontal anteromediana que se projeta para trás. A crista apresenta um sulco que se amplia à medida que passa para trás, abaixo da
sutura sagital e torna-se contínuo com o seio sagital superior. Depressões irregulares, as favéolas granulares – impressões das granulações
aracnoideas –, podem estar presentes.

Vista Inferior
A face inferior do crânio estende-se desde os dentes incisivos anteriormente até as linhas nucais superiores do osso occipital
posteriormente. A região contém muitos dos forames através dos quais estruturas saem e entram da cavidade do crânio. A face inferior
pode ser dividida em porções anterior, média, posterior e lateral. A parte anterior contém o palato duro e a dentição da maxila e fica
em um nível inferior em relação ao restante da base do crânio. As partes média e posterior podem ser divididas arbitrariamente por um
plano transversal que passa através da margem anterior do forame magno. A parte média é ocupada principalmente pela base do
esfenoide, os ápices das partes petrosas dos ossos temporais e a parte basilar do occipital. A parte lateral contém os arcos zigomáticos,
fossa mandibular, parte timpânica e processos estiloide e mastoide. A parte posterior encontra-se na linha mediana e é formada
exclusivamente a partir do osso occipital. Embora as partes média e posterior estejam diretamente relacionadas com a cavidade do
crânio, a parte anterior é um pouco distante da fossa anterior do crânio, sendo separada dela pelas cavidades nasais.

Base Interna do Crânio


A base interna do crânio é dividida em três fossas: anterior, média e posterior. O assoalho da fossa anterior fica no nível mais
alto e o assoalho da fossa posterior no nível mais baixo.
A fossa anterior é formada na frente e nos lados pelo osso frontal, seu assoalho é composto pela lâmina orbital do osso frontal,
placa cribiforme e crista etmoidal do osso etmoide, asas menores e parte anterior do esfenoide. Os nervos olfatórios passam da mucosa
nasal para o bulbo olfatório do cérebro através de inúmeros pequenos forames na lâmina cribiforme. O nervo etmoidal anterior entra na
cavidade do crânio onde a lâmina cribiforme encontra a parte orbital do osso frontal e, em seguida, passa para o teto do nariz por
meio de um pequeno forame (canal etmoidal anterior) pelo lado da crista etmoidal (crista galli), a qual serve de inserção para a foice
do cérebro. Os vasos etmoidais anteriores acompanham o nervo. O canal etmoidal posterior, que transmite o nervo e vasos etmoidais
posteriores, abre no canto posterolateral da lâmina cribiforme e é sobreposto pelo osso esfenoide. Os processos clinoides anteriores
promovem fixação à margem livre do tentório (tenda do cerebelo).
A fossa média é mais profunda e extensa do que a fossa anterior. É delimitada na frente pelas asas menores e parte do corpo
do esfenoide, atrás pelas bordas superiores da parte petrosa do osso temporal e dorso da sela túrcica do osso esfenoide, e lateralmente
pelas partes escamosas do osso temporal, osso parietal e asas maiores do esfenoide. A fossa média apresenta maior quantidade de
forames e passagens que a fossa anterior, que deverão ser vistos em imagens (mais abaixo). Centralmente, o assoalho da fossa é mais
estreito e formado pelo corpo do esfenoide, que contém os seios esfenoidais. O teto do seio é profundamente côncavo e abriga a
glândula hipófise. Uma prega da dura-máter, o diafragma da sela, é anexada aos processos clinoides anterior e posterior, formando um
teto sobre a sela túrcica. O seio cavernoso situa-se lateralmente à sela. A parede lateral do corpo do esfenoide contém um sulco
carótico raso relacionado à a. carótida interna à medida que ela sobe a partir do canal carótico e segue através do seio cavernoso. A
impressão trigeminal – que acomoda o gânglio trigeminal – está situada posterior ao forame lacerado (forame lácero) sobre a face
anterior da parte petrosa do osso temporal perto do seu ápice. A borda superior da parte petrosa do osso temporal separa as fossas
média e posterior do crânio, e é sulcada pelo seio petroso superior.
A fossa posterior do crânio, a maior e mais profunda das fossas do crânio, contém o cerebelo, a ponte e o bulbo. É delimitada
anteriormente pelo dorso da sela, aspectos posteriores do corpo do esfenoide e parte basilar do occipital; lateralmente pelas partes
petrosa e mastoide do osso temporal e pelas partes laterais do osso occipital; posteriormente pela parte escamosa do osso occipital;
superoposteriormente pelos ângulos mastoideos dos ossos parietais. A característica mais proeminente no assoalho da fossa posterior é o
forame magno do occipital. A região mastoidea do osso temporal situa-se atrás da parte petrosa na parte lateral da fossa posterior.
Anteriormente, apresenta o sulco do seio sigmoide que faz um percurso para a frente e para baixo e, em seguida, para baixo e
medialmente e, finalmente, para a frente em direção ao forame jugular (contém o seio sigmoide). A parte escamosa do occipital
apresenta uma crista occipital interna mediana. Esta faz um percurso posteriormente a partir do forame magno até uma protuberância
occipital interna, fixa a foice do cerebelo (uma prega da dura-máter que divide o cerebelo em dois hemisférios) e pode ser sulcada
pelo seio occipital. A protuberância occipital interna fica perto da confluência dos seios (local de encontro dos seios transversos direito
e esquerdo, o seio reto, o seio sagital superior e o seio occipital). É sulcada bilateralmente pelos seios transversos que se curvam
lateralmente com sua convexidade ascendente para os ângulos mastoideos dos ossos parietais. Abaixo do sulco do seio transverso, a
crista occipital interna separa duas fossas rasas que abrigam os hemisférios cerebelares.

Mandíbula
A mandíbula é um osso único, independente, que se articula com o crânio na articulação temporomandibular (ATM). Possui
forma de “U” ou “ferradura”, tendo importante função na sustentação da arcada dentária inferior e mastigação. A mandíbula é
formada por um corpo, que se continua de cada lado com um ramo, que forma um ângulo ao curvar-se para cima, e então forma dois
processos importantes, o processo coronoide da mandíbula e o processo condilar da mandíbula.
O processo coronoide é o mais anterior dos processos, tem forma pontiaguda, serve de inserção para os músculos temporal e
masseter. O processo condilar é o mais posterior dos processos, tem forma arredondada e é parte da ATM, articulando-se com a fossa
mandibular do osso temporal. No colo do processo condilar fixa-se o músculo pterigoideo lateral.
Externamente, observam-se os acidentes: protuberância mentoniana, sínfise mentoniana, forame mentoniano e linha oblíqua
externa. Internamente, observam-se os acidentes: espinha mentoniana, fossa digástrica, fossa sublingual, fossa submandibular, linha
milo-hioidea.
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Forames mais importantes e conteúdo:


Forames/Aberturas Conteúdo
Fossa anterior do crânio
Forame cego Veia emissária nasal (inconstante)
Forames na lâmina cribiforme Axônios de células olfatórias no epitélio olfatório que formam nervos olfatórios
Forames etmoidais anterior e posterior Vasos e nervos com os mesmos nomes
Fossa média do crânio
Canais ópticos Nervos ópticos (NC II) e artérias oftálmicas
Fissura orbital superior Veias oftálmicas; nervo oftálmico (NC V1); NC III, IV e VI; fibras simpáticas
Forame redondo Nervo maxilar (NC V2)
Forame oval Nervo mandibular (NC V3) e artéria meníngea acessória
Forame espinhoso Artéria e veia meníngeas médias e ramo meníngeo do NC V3
Forame lacerado Artéria carótida interna e seus plexos simpático e venoso companheiros
Sulco ou hiato do nervo petroso maior Nervo petroso maior e ramo petroso da artéria meníngea média
Fossa posterior do crânio
Forame magno Bulbo e meninges, artérias vertebrais, NC XI, veias durais, artérias espinais anterior e
posterior
Forame jugular NC IX, X e XI; bulbo superior da veia jugular interna; seios petroso inferior e sigmoide; ramos
meníngeos das aa. faríngea ascendente e occipital
Canal do nervo hipoglosso Nervo hipoglosso (NCXII)
Canal condilar Veia emissária que segue do seio sigmoide até veias vertebrais no pescoço
Forame mastoideo Veia emissária mastoidea do seio sigmoide e ramo meníngeo da artéria occipital
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Pontos Craniométricos
Ptério (grego, “asa”) Ponto onde os ossos esfenoide, temporal, frontal e parietal se
encontram. Situado sobre o trajeto da divisão anterior da a.
meníngea média
Bregma (grego, “topo da cabeça”) Ponto de junção das suturas coronal e sagital
Astério (grego, “estrela”) Ponto onde os ossos occipital, parietal e temporal se encontram
Vértex (latim, “vértice”) Ponto superior do neurocrânio
Lambda (grego, a letra grega λ) Ponto de junção das suturas lambdoide e sagital
Glabela (latim, “liso”) Proeminência lisa no osso frontal, superiormente ao násio
Ínio (grego, “nuca”) Ponto mais proeminente da protuberância occipital externa
Násio (latim, “nariz”) Ponto de encontro dos ossos nasais e frontal
Gnátio (grego, “mandíbula”) Ponto inferior na linha mediana da mandíbula
Gônio (grego, “ângulo”) Ângulo da mandíbula
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Esqueleto do pescoço
O esqueleto do pescoço é formado pelas vértebras cervicais, pelo osso hioide, pelo manúbrio do esterno e pelas clavículas.

Vértebras Cervicais
Sete vértebras cervicais formam a região cervical da coluna vertebral. As vértebras C3-C6 são as vértebras cervicais típicas,
apresentando as seguintes características:
Corpo vertebral pequeno, mais longo laterolateralmente do que anteroposteriormente
A face superior é côncava, e a face inferior é convexa
O forame vertebral é grande e triangular
Os processos transversos de todas as vértebras cervicais (típicas ou atípicas) incluem forames transversários para os vasos
vertebrais
As faces superiores dos processos articulares estão voltadas superoanteriormente, e as faces inferiores estão voltadas
inferoposteriormente
Seus processos espinhosos são curvos e bíficos

As vértebras C1, C2 e C7 são atípicas


C1 (Atlas): osso anular, com forma de rim; não possui processo espinhoso e corpo; formado por duas massas laterais unidas por
arcos anterior e posterior; suas faces articulares superiores côncavas recebem os côndilos occipitais.
C2 (Áxis): apresenta uma projeção superior denominada processo odontoide (ou Dente do Áxis).
C7 (vértebra proeminente): apresenta longo processo espinhoso (não é bífido). Possui grandes processos transversos, com
pequenos forames transversários.

Osso Hioide
O osso hioide é um osso em forma de U que não se articula com outros ossos, ficando suspenso, ao nível de C3, pelos
ligamentos e músculos da região. Possui um corpo, dois cornos maiores e dois cornos menores. Funcionalmente, o hioide serve como
fixação para os músculos anteriores do pescoço e como suporte para manter a via aérea aberta.
65
66
67

Músculos da cabeça e do
pescoço Os músculos estriados da cabeça e do pescoço produzem os movimentos dos tecidos moles faciais que animam várias
expressões da comunicação; os movimentos na articulação temporomandibular que ocorrem durante a mastigação e a fala; os
movimentos conjugados do bulbo do olho; e os movimentos coordenados que ocorrem durante atividades como deglutição, fala e
virar a cabeça em resposta a estímulos visuais e/ou auditivos. Os músculos extrínsecos que passam entre o esqueleto axial e o membro
superior atuam sobre a escápula e o úmero. Nesse capítulo serão estudados os músculos do couro cabeludo, da face e da mastigação,
bem como os músculos que formam os trígono do pescoço. Os músculos extrínsecos e intrínsecos do bulbo do olho, os músculos da
faringe e da laringe, os músculos pré-vertebrais e laterais do pescoço e os músculos da língua serão estudados em outros capítulos.

Músculos da cabeça
Os músculos da cabeça podem ser divididos em quatro grupos:
Músculos epicrânicos
Músculos auriculares
Músculos da face, incluindo músculos da órbita, músculos do nariz e músculos da boca
Músculos da mastigação

Músculos Epicrânicos
Os músculos epicânicos são o músculo occipitofrontal e o m. temporoparietal
O occipitofrontal cobre a cúpula do crânio a partir das linhas nucais mais altas até as sobrancelhas. É uma camada
musculofibrosa ampla constituída por quatro partes quadrilaterais musculares finas, duas occipitais e duas frontais, conectadas pela
aponeurose epicrânica. O ventre occipital liga-se à linha nucal superior, e o ventre frontal liga-se à fáscia superficial, especialmente das
sobrancelhas.
O M. Temporoparietal (ou auricular superior) é uma lâmina de músculo variavelmente desenvolvida que se situa entre as partes
frontais do occipitofrontal e os mm. auriculares anterior e posterior.
Músculo Origem Inserção Inervação Ação
Ventre frontal do Pele das sobrancelhas Aponeurose epicrânica N. VII Franze a fronte, eleva a
Occipitofrontal sobrancelha

Ventre occipital do Parte lateral da linha Aponeurose epicrânica N. VII Traciona o couro
Occipitofrontal nucal superior do osso cabeludo para trás
occipital e processo
mastoide do osso
temporal

Músculos Auriculares
Os músculos auriculares (extrínsecos da orelha) são os mm. auriculares anterior, superior e posterior.
O auricular anterior é o menor dos três, origina-se da margem lateral da aponeurose epicrânica e fixa-se na espinha da hélice
(da cartilagem auricular).
O auricular superior é o maior dos três, parte da aponeurose epicrânica e fixa-se na parte superior da face craniana da orelha.
O auricular posterior origina-se a partir da parte mastoidea do osso temporal e se insere no ponticula na eminência da concha
(da cartilagem auricular).
Músculo Origem Inserção Inervação Ação
Auricular anterior Parte anterior da fáscia Hélice da orelha N. VII Traciona a orelha para
temporal cima e para a frente
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Auricular superior Aponeurose epicrânica Parte superior da orelha N. VII Eleva a orelha
no lado da cabeça

Auricular posterior Processo mastoide do Convexidade da N. VII Traciona a orelha para


osso temporal concha da orelha cima e para trás

Músculos da Órbita
Os músculos da órbita são os músculos corrugador do supercílio, orbicular do olho e depressor do supercílio.
O corrugador do supercílio é um pequeno músculo piramidal localizado na extremidade medial de cada sobrancelha,
situando-se abaixo da parte frontal do occipitofrontal e orbicular do olho, com o qual é parcialmente mesclado. Origina-se na
extremidade medial do arco superciliar e fixa-se mais lateralmente, de forma que sua flexão faz tração na pele acima do meio da
margem supraorbital.
O orbicular do olho é um músculo elíptico, plano, largo, que circunda a circunferência da órbita. Apresenta 4 partes: orbital,
palpebral, lacrimal, e um pequeno feixe ciliar. A parte orbital origina-se do componente nasal do osso frontal, do processo frontal da
maxila e do ligamento palpebral medial. As fibras formam elipses completas, inserindo-se na pele ao redor da margem da órbita e nas
lâminas tarsais superior e inferior (lâminas finas alongadas de tecido fibroso firme, denso, presentes uma em cada pálpebra, fornecendo
suporte e formato a elas).
O depressor do supercílio é um pequeno feixe de fibras musculares que parte da margem da órbita e parte nasal do osso
frontal, fixando-se na pele do supercílio.

Músculo Origem Inserção Inervação Ação


Parte palpebral do Ligamento palpebral Rafe palpebral lateral N. VII Fecha as pálpebras
orbicular do olho medial delicadamente
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Parte orbital do orbicular Parte nasal do osso As fibras formam uma N. VII Fecha as pálpebras
do olho frontal, processo frontal elipse sem interrupção de maneira forçada
da maxila, ligamento em torno da órbita
palpebral medial

Depressor do supercílio Parte nasal do osso Pele do supercílio N. VII Ajuda as lágrimas a
frontal caírem no saco
lacrimal

Corrugador do supercílio Parte medial do arco Pele da metade medial N. VII Puxa as
superciliar da sobrancelha sobrancelhas medial
e caudalmente

Músculos do Nariz
O grupo muscular nasal inclui o prócero, o nasal, o dilatador anterior das narinas, o abaixador do septo nasal e o levantador do
lábio superior e da asa do nariz.
O prócero é um músculo triangular que fica perto do lado medial do ventre frontal do músculo occipitofrontal. Origina-se em
uma fáscia aponeurótica fixada ao periósteo que cobre a parte transversa do músculo nasal e fixa-se na pele da região da glabela.
O nasal apresenta duas partes – transversa e alar. A parte transversa está fixada na maxila lateral à fossa incisiva e à parte alar.
Medialmente, suas fibras expandem-se em uma aponeurose que se funde com o músculo contralateral. A parte alar está fixada na
maxila acima do incisivo lateral e do canino. Lateral à inserção óssea do músculo abaixador do septo nasal, e medial à parte transversa,
com a qual funde-se parcialmente. Fixa-se à pele da asa do nariz acima do ramo lateral da cartilagem alar maior, e na região posterior
da parte móvel do septo nasal.
O músculo dilatador anterior das narinas é um músculo muito pequeno, fixado no processo lateral da cartilagem do septo
nasal, na parte alar do m. nasal e à margem caudal do ramo lateral da cartilagem alar maior. Circunda as narinas e atua como um
dilatador delas.
O m. abaixador do septo nasal fixa-se no periósteo que cobre a maxila, acima dos incisivos central e lateral e da espinha nasal
anterior, e nas fibras do m. orbicular da boca acima do incisivo central.
O m. levantador do lábio superior e da asa do nariz origina-se da parte superior do processo frontal da maxila e, passando
obliquamente para baixo e lateralmente, divide-se em fascículos medial e lateral, fixando-se no pericôndrio da cartilagem alar maior do
nariz e no assoalho da derme na parte superior do sulco e da crista nasolabiais.
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Parte transversa do M. Maxila, imediatamente Aponeurose através do N. VII Comprime a abertura


Nasal lateral ao nariz dorso do nariz com nasal
fibras musculares do
outro lado

Parte alar do M. Nasal Maxila, sobre o incisivo Cartilagem alar do nariz N. VII Traciona a cartilagem
lateral para baixo e
lateralmente,
dilatando a narina

Prócero Osso nasal e parte Pele da parte inferior da N. VII Traciona para baixo o
superior da cartilagem fronte, entre as ângulo medial das
lateral do nariz sobrancelhas sobrancelhas

Abaixador do septo Maxila, acima do Parte móvel do septo N. VII Traciona inferiormente
nasal incisivo central nasal o nariz
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Músculos da Boca
A forma da boca e a postura dos lábios são controladas por uma montagem complexa tridimensional de feixes musculares.
O m. levantador do lábio superior origina-se da maxila e osso zigomático acima do forame infraorbital. Suas fibras convergem
para a substância muscular do lábio superior entre a tira lateral do levantador do lábio superior e da asa do nariz e o zigomático menor.
O m. zigomático maior origina-se do osso zigomático, imediatamente em frente a sutura zigomaticotemporal, e passa para o
ângulo da boca, onde se mistura com as fibras do levantador do ângulo da boca, orbicular da boca e faixas musculares situadas mais
profundamente.
O m. levantador do ângulo da boca origina-se na fossa canina da maxila e insere-se no ângulo da boca. Suas fibras misturam-
se com outras fibras musculares (zigomático maior, abaixador do ângulo da boca e orbicular da boca).
O malar é uma lâmina fina de músculo, contínuo com o limite inferior do orbicular do olho, a partir do qual se origina. Suas fibras
inclinam-se medial e inferiormente, fixando-se na pele da crista e do sulco nasolabiais, ou ainda se misturando com o orbicular da boca.
O mentual é um fascículo cônico que se situa ao lado do frênulo do lábio inferior. Suas fibras originam-se na fossa incisiva da
mandíbula e descem fixando-se à pele do queixo.
O m. abaixador do lábio inferior é um músculo originado na linha oblíqua da mandíbula, entre a sínfise mentual e o forame
mentual. Passa para cima e medialmente para a pele e mucosa do lábio inferior, misturando-se com seu semelhante contralateral e
com o orbicular da boca. Continua abaixo e lateralmente com o platisma.
O m. abaixador do ângulo da boca tem uma origem longa e linear a partir do tubérculo mentual da mandíbula e sua
continuação (a linha oblíqua), inferior e lateralmente ao abaixador do lábio inferior. Converge em um fascículo que se mistura ao
orbicular da boca no ângulo da boca e risório. Abaixo é contínuo com o platisma e as fáscias cervicais.
O bucinador, o músculo da bochecha, ocupa o intervalo entre a maxila e a mandíbula. Origina-se da mandíbula, dos
processos alveolares da maxila e da mandíbula e margem anterior da rafe pterigomandibular. A parte posterior do bucinador situa-se
profundamente, interna ao ramo mandibular e no plano da lâmina pterigoidea medial, inserindo-se no modíolo (ângulo da boca) e
fundindo-se parcialmente ao orbicular da boca.
O orbicular da boca circunda a boca nos lábios, controlando a entrada e a saída através da rima da boca. Apesar de saber-
se, atualmente, que o orbicular da boca na verdade é constituído por 4 porções independentes (superior, inferior, esquerda e direita),
cada qual dividida em partes periférica e marginal, nos limitaremos a um estudo direto, considerando-as como um músculo único.
Origina-se das partes mediais da maxila e da mandíbula, da superfície profunda da pele perioral e do modíolo, inserindo-se na mucosa
dos lábios.

Músculo Origem Inserção Inervação Ação


Abaixador do ângulo da Linha oblíqua da Pele no ângulo da boca N. VII Traciona o ângulo
boca mandíbula abaixo dos e une-se ao orbicular da boca para baixo
caninos, pré-molares e dos lábios e lateralmente
primeiros molares

Abaixador do lábio Parte anterior da linha Lábio inferior na linha N. VII Traciona o lábio
inferior oblíqua da mandíbula média; une-se ao inferior para baixo e
músculo do lado oposto lateralmente

Mentual Mandíbula, inferior aos Pele do mento N. VII Eleva e faz protrusão
incisivos do lábio inferior à
medida que o
enruga a pele no
mento

Risório Fáscia sobre o músculo Pele no ângulo da boca N. VII Retrai o ângulo da
masseter boca
72

Zigomático maior Parte posterior da face Pele no ângulo da boca N. VII Traciona o ângulo
lateral do osso da boca para cima
zigomático e lateralmente

Zigomático menor Parte anterior da face Lábio superior, N. VII Traciona o lábio
lateral do osso imediatamente medial superior para cima
zigomático ao ângulo da boca

Levantador do lábio Margem infra-orbital da Pele da metade lateral N. VII Eleva o lábio superior
superior maxila e superior do lábio
superior

Levantador do lábio Processo frontal da Cartilagem alar do nariz N. VII Eleva o lábio superior
superior e da asa do maxila e lábio superior e dilata a narina
nariz

Levantador do ângulo Maxila, abaixo do Pele no ângulo da boca N. VII Eleva o ângulo da
da boca forame infra-orbital boca

Orbicular da boca Músculos da área, Forma um elipse em N. VII Fecha os lábios, faz
maxila e mandíbula, na torno da boca protrusão dos lábios
linha média

Bucinador Partes posteriores da Une-se ao orbicular dos N. VII Comprime as


maxila e mandíbula, rafe lábios e entra nos lábios bochechas contra
pterigomandibular os dentes, comprime
as bochechas
distendidas
73

Músculos da Mastigação
Os quatro principais músculos da mastigação são os pterigoideos medial e lateral, o masseter e o temporal.
O masseter origina-se por uma espessa aponeurose no processo maxilar do osso zigomático e arco zigomático. Suas fibras
passam para baixo e para trás, para se inserirem no ângulo inferior e na superfície lateral do ramo da mandíbula.
O temporal origina-se na fossa temporal acima da linha temporal inferior e insere-se na superfície medial, ápice, margens
anterior e posterior do processo coronoide e à margem anterior do ramo da mandíbula até aproximadamente o 3º molar.
O pterigoideo lateral é um músculo curto e espesso composto por duas partes. A cabeça superior origina-se da superfície
infratemporal e a crista infratemporal, da asa maior do osso esfenoide. A cabeça inferior origina-se da superfície lateral da lâmina lateral
do processo pterigoide. A partir das duas origens, as fibras convergem e inserem-se na fóvea pterigoidea, uma depressão na parte
anterior do colo da mandíbula.
O pterigoideo medial é um músculo espesso com duas cabeças de origem. O principal componente é a cabeça profunda
que se origina da face medial da lâmina lateral do processo pterigoide do osso esfenoide e fica, portanto, abaixo da cabeça inferior
do pterigoideo lateral. A cabeça superficial origina-se do túber da maxila e do processo piramidal do osso palatino e repousa sobre a
cabeça inferior do pterigoideo lateral. As fibras do pterigoideo medial descem posterolateralmente e estão inseridas à parte
posteroinferior da superfície medial do ramo e ângulo da mandíbula.
74

Músculo Origem Inserção Inervação Ação


Masseter Arco zigomático e Face lateral do ramo Nervo Mandibular (V3) Eleva a mandíbula
processo maxilar do da mandíbula
osso zigomático

Temporal Osso da fossa temporal Processo coronoide da Nervo Mandibular (V3) Eleva e retrai a
e fáscia temporal mandíbula e margem mandíbula
anterior do ramo da
mandíbula

Pterigoideo medial Cabeça Profunda – Face medial da Nervo Mandibular (V3) Eleva e movimenta
face medial da lâmina mandíbula, perto do lateralmente a
lateral do processo ângulo mandíbula
pterigoide e processo
piramidal do osso
palatino
Cabeça Superior –
túber da maxila e
processo piramidal do
palatino
Pterigoideo lateral Cabeça Superior – teto Cápsula da articulação Nervo Mandibular (V3) Protrusão e move
da fossa infratemporal temporomandibular na lateralmente a
Cabeça Inferior – face região de fixação do mandíbula
lateral da lâmina lateral disco articular na
do processo pterigoide região de fixação do
disco articular e fóvea
pterigoidea no colo da
mandíbula

Pele, tecido subcutâneo e fáscias do Pescoço


A pele do pescoço fica normalmente sob tensão. As linhas de maior tensão são denominadas “linhas de tensão da pele relaxada” e
diz-se que as incisões cirúrgicas feitas ao longo delas curam com formação mínima de cicatrizes no pós-operatório. Os indivíduos
suscetíveis estão mais propensos à formação de queloides na cabeça e na região do pescoço.
O tecido subcutâneo do pescoço é uma camada de tecido conjuntivo adiposo situada entre a derme da pele e a lâmina superficial da
fáscia cervical. Geralmente é mais fino que em outras regiões, especialmente na parte anterior. Contém nervos cutâneos, vasos
sanguíneos e linfáticos, linfonodos superficiais e quantidades variáveis de gordura. Anterolateralmente contém o platisma.
A fáscia cervical superficial é geralmente uma lâmina fina que cobre o platisma e é dificilmente demonstrável como uma camada
separada. Pode conter quantidades consideráveis de tecido adiposo, porém, especialmente no sexo feminino. Como toda fáscia
superficial, não é um estrato isolado, mas apenas uma zona de tecido conjuntivo frouxo entre a derme e a fáscia profunda, e é ligada a
ambas.
A fáscia cervical profunda é convencionalmente dividida em três lâminas: superficial; pré-traqueal; e pré-vertebral. Essas lâminas
formam planos de clivagem naturais através dos quais os tecidos podem ser separados durante a cirurgia, e limitam a disseminação de
abcessos (coleções de pus) resultantes de infecções. As lâminas da fáscia cervical também proporcionam a condição escorregadia
que permite que as estruturas no pescoço se movimentem e passem umas sobre as outras sem dificuldade, como ao deglutir e virar a
cabeça e o pescoço.
A fáscia cervical também se condensa ao redor das artérias carótidas comuns, das veias jugulares internas e dos nervos vagos para
formar a bainha carótica.
A lâmina superficial circunda todo o pescoço profundamente à pele e ao tecido subcutâneo e forma uma cobertura fina para os mm.
trapézio e esternocleidomastoideo, dividindo-se em folhetos superficial e profundo. A lâmina superficial da fáscia cervical fixa-se à linha
nucal superior do osso occipital; aos processos mastoides dos ossos temporais; aos arcos zigomáticos; à margem inferior da mandíbula;
ao osso hioide; aos processos espinhosos das vértebras cervicais. Imediatamente inferior à sua fixação na mandíbula, a lâmina
superficial da fáscia cervical se divide para encobrir a glândula submandibular. A lâmina superficial é contínua posteriormente com o
periósteo que cobre os processos espinhosos de C7 e com o ligamento nucal. Há um espaço supra-esternal entre os folhetos da lâmina
superficial no local onde essa fixa-se ao manúbrio.
A lâmina pré-traqueal da fáscia cervical é muito fina e está presente apenas na porção anterior do pescoço. Fixa-se superiormente ao
osso hioide e inferiormente é contínua com o pericárdio fibroso, no mediastino. Fornece bainhas fasciais para a glândula tireoide,
laringe, faringe, traqueia, esôfago (parte visceral, contínua com a fáscia bucofaríngea da faringe) e músculos infra-hióideos (parte
muscular). Na região do osso hioide, a fáscia pré-traqueal forma um espessamento em forma de roldana ou tróclea através do qual
passa o tendão intermédio do músculo digástrico, suspendendo o hioide. A lâmina pré-traqueal também aprisiona o m. omo-hioideo
com dois ventres, redirecionando o trajeto do músculo entre os ventres.
75

A lâmina pré-vertebral forma uma bainha tubular para a coluna vertebral e os músculos associados a ela, formando um assoalho fascial
para o trígono posterior do pescoço. Como a artéria subclávia e o plexo braquial emergem posteriormente ao escaleno anterior, eles
transportam a fáscia pré-vertebral inferolateral e posteriormente à clavícula como a bainha axilar. Está fixada à base do crânio
superiormente e funde-se à fáscia endotorácica e ao ligamento longitudinal anterior inferiormente.
A bainha carótica é um revestimento fascial tubular que se estende da base do crânio até a raiz do pescoço. É uma condensação da
fáscia cervical profunda em torno das artérias carótidas comum e interna, da veia jugular interna, do nervo vago e dos componentes
da alça cervical. Perifericamente, a bainha fixa-se às camadas fasciais adjacentes.
O espaço retrofaríngeo é o maior e mais importante espaço interfascial no pescoço. É um espaço virtual que consiste em tecido
conjuntivo frouxo entre a parte visceral da lâmina pré-vertebral da fáscia cervical e a fáscia bucofaríngea que circunda a faringe
superficialmente. O espaço retrofaríngeo permite o movimento da faringe, esôfago, laringe e traqueia em relação à coluna vertebral
durante a deglutição e é fechado superiormente pela base do crânio e de cada lado pela bainha carótica, abrindo-se inferiormente
no mediastino superior.
76

Músculos do Pescoço
Para permitir comunicações claras a respeito da localização de estruturas, lesões ou doenças, o pescoço é dividido em regiões. Entre o
crânio e as clavículas, o pescoço é dividido em quatro regiões principais com base nas margens geralmente visíveis e/ou palpáveis dos
músculos grandes e relativamente superficiais, esternocleidomastoideo e trapézio, que estão contidos pela lâmina superficial da fáscia
cervical.

Platisma
O platisma é uma lâmina larga e fina de músculo que se origina na fáscia que cobre os músculos deltoide e peitoral maior. Suas fibras
cruzam a clavícula e ascendem medialmente na face lateral do pescoço. As fibras anteriores entrelaçam através da linha média com
as fibras do músculo contralateral, inferoposteriormente à sínfise da mandíbula. Aqui pode fundir-se com outros músculos faciais. O
platisma alivia a pressão sobre as veias superficiais e, agindo como um músculo da expressão facial, o platisma participa na formação
da expressão de tensão ou estresse. Sua inervação ocorre pelo ramo cervical do nervo facial (NC VII).

Músculo Origem Inserção Inervação Ação


Platisma Fáscias musculares Fibras mediais: N. VII Tenciona a Pele
abaixo da clavícula mandíbula. Fibras
laterais: unem-se aos
músculos da boca

Região Esternocleidomastóidea
A região esternocleidomastóidea é a região que corresponde à posição do ECM. O ECM possui duas cabeças: a cabeça esternal fixa-
se ao manúbrio do esterno; a cabeça clavicular fixa-se à superfície superior do terço médio da clavícula. As duas cabeças são
separadas inferiormente por um espaço, visível superficialmente como uma pequena depressão triangular, a fossa supraclavicular
menor.

Músculo Origem Inserção Inervação Ação


Esternocleidomastoideo Parte superior da face Metade lateral da linha N. XI e ramos de C2 e Inclina a cabeça
– Cabeça esternal anterior do manúbrio nucal superior C3, com possível para o ombro no
do esterno contribuição de C4 mesmo lado e,
agindo em conjunto,
abaixa a cabeça

Esternocleidomastoideo Face superior do terço Superfície lateral do N. XI e ramos de C2 e Inclina a cabeça


– Cabeça clavicular medial da clavícula processo mastoide C3, com possível para o ombro no
contribuição de C4 mesmo lado e,
agindo em conjunto,
abaixa a cabeça

Região Cervical Posterior


A região posterior corresponde à região do músculo trapézio. O trapézio é um grande músculo triangular plano que cobre a face
posterolateral do pescoço e do tórax, também sendo um músculo superficial do dorso, um músculo do cíngulo do membro superior e
um músculo cervical.

Músculo Origem Inserção Inervação Ação


Trapézio Linha nucal superior; Terço lateral da Motora – N. XI; Auxilia na rotação da
protuberância occipital clavícula; acrômio, Propriocepção – C3 e escápula durante
externa; ligamento espinha da clavícula C4 abdução do úmero
nucal; processos
espinhosos das
vértebras
77

Região Cervical Lateral


A região lateral é limitada:
Anteriormente pela margem posterior do ECM
Posteriormente pela margem anterior do trapézio
Inferiormente pelo terço médio da clavícula entre o trapézio e o ECM
Por um ápice, onde o ECM e o trapézio encontram-se na linha nucal superior do osso occipital
Por um teto, formado pela lâmina superficial da fáscia cervical
Por um assoalho, formado por músculos cobertos pela lâmina pré-vertebral da fáscia cervical
Para uma localização mais precisa das estruturas, a região cervical lateral é dividida em um grande trígono occipital e um pequeno
trígono omoclavicular inferiormente pelo ventre inferior do músculo omo-hióideo.
O trígono occipital é assim denominado porque a artéria occipital aparece em seu ápice. O nervo mais importante que cruza
o trígono occipital é o nervo acessório
O trígono omoclavicular (também denominado supraclavicular ou ainda subclávio) é indicado na superfície do pescoço pela
fossa supraclavicular maior. A parte inferior da VJE cruza esse trígono superficialmente; a artéria subclávia situa-se
profundamente nele. Esses vasos são separados pela lâmina superficial da fáscia cervical. Como a terceira parte da artéria
subclávia está localizada nessa região, o trígono omoclavicular frequentemente é denominado trígono subclávio

Músculo Origem Inserção Inervação Ação


Esplênio da cabeça Metade inferior do Processo mastoide, Ramos posteriores dos Move a cabeça para o
ligamento nucal; crânio abaixo do terço Nn. Cervicais médios mesmo lado. Agindo
processos espinhosos lateral da linha nucal em conjunto, move a
das vértebras C7-T4 superior cabeça para trás

Levantador da Escápula Processos transversos de Parte superior da C3, C4 e N. escapular Eleva a escápula
C1-C4 margem medial da dorsal (C4, C5)
escápula

Escaleno posterior Tubérculos posteriores Face superior da 2ª Ramos anteriores de Eleva a 2ª costela
dos processos costela C5-C7
transversos das
vértebras C4-C6

Escaleno médio Processos transversos de Face superior da 1ª Ramos anteriores de Eleva a 1ª costela
C2-C7 costela entre o C3-C7
tubérculo e o sulco
para a A. subclávia

Escaleno anterior Tubérculos posteriores Tubérculo dos Ramos anteriores de Eleva a 1ª costela
dos processos escalenos e face C4-C7
transversos das superior da 1ª costela
vértebras C3-C6
78

Região Cervical Anterior


A região anterior é limitada:
Anteriormente pela linha mediana do pescoço
Posteriormente pela margem anterior do ECM
Superiormente pela margem inferior da mandíbula
Por um ápice localizado na incisura jugular no manúbrio
Por um teto formado por tecido subcutâneo contendo o platisma
Por um assoalho formado pela faringe, laringe e tireoide
Para uma localização mais precisa das estruturas, a região cervical anterior é subdividida em quatro trígono menores pelos músculos
digástrico e omo-hioideo.
O trígono submentual, inferior ao queixo, limitado inferiormente pelo corpo do hioide e lateralmente pelos ventres anteriores
direito e esquerdo dos músculos digásticos. O assoalho é formado pelos músculos milo-hioideos, que se encontram em uma rafe
fibrosa mediana. O ápice do trígono está na sínfise da mandíbula e sua base é formada pelo hioide. Esse trígono possui vários
linfonodos submentuais
O trígono submandibular se encontra entre a margem inferior da mandíbula e os ventres anterior e posterior do músculo
digástrico. O assoalho é formado pelos músculos milo-hioideo e hioglosso e pelo músculo constritor médio da faringe. A
glândula submandibular preenche quase inteiramente esse trígono. Os linfonodos submandibulares situam-se de cada lado da
glândula submandibular e ao longo da margem inferior da mandíbula
O trígono carótico é uma área vascular limitada pelo ventre superior do omo-hioideo, pelo ventre posterior do digástrico e pela
margem anterior do ECM. A artéria carótida comum ascende em seu interior e divide-se em artérias carótidas interna e externa
ao nível da borda superior da cartilagem tireóidea. As estruturas neurovasculares do trígono carótico são circundadas pela
bainha carótica: as artérias carótidas (comum ou interna, dependendo do nível) medialmente, a VJI lateralmente e o nervo
vago posteriormente. Muitos linfonodos cervicais profundos situam-se ao longo da bainha carótica e da VJI
O trígono muscular é limitado pelo ventre superior do músculo omo-hioideo, pela margem anterior do ECM e pelo plano
mediano do pescoço. Esse trígono contém os músculos infra-hioideos e vísceras

Músculo Origem Inserção Inervação Ação


Músculos supra-hioideos
Estilo-hioideo Base do processo Área lateral do corpo N. VII Traciona o osso hioide
estiloide do osso do osso hioide para cima em
temporal direção
posterossuperior

Digástrico Ventre anterior: Fossa Inserção de tendão Ventre Anterior: N. milo- Abre a boca por
digástrica na parte entre dois ventres até o hioideo (ramo do V2) abaixamento da
inferior interna da corpo do osso hioide Ventre Posterior: N. VII mandíbula e eleva o
mandíbula osso hioide
Ventre Posterior: Incisura
mastoidea no lado
medial do processo
mastoide do osso
temporal
79

Milo-hioideo Linha milo-hioidea na Corpo do osso hioide e N. milo-hioideo (ramo Sustenta e eleva o
mandíbula fibras do músculo no do V2) assoalho da boca,
lado oposto eleva o hioide

Genio-hioideo Espinha geniana inferior Face anterior do corpo Ramo anterior de C1 Eleva e traciona o
na face interna da do osso hioide conduzido por XII osso hioide para
mandíbula frente ou traciona a
mandíbula para
baixo e
posteriormente

Músculos infra-hioideos
Esterno-hioideo Parte posterior da Corpo do osso hioide Ramos anteriores de C1- Deprime o osso hioide
articulação medialmente à inserção C3 através da alça depois da deglutição
esternoclavicular e do músculo omo- cervical
manúbrio do esterno hioideo
adjacente

Omo-hioideo Margem superior da Margem inferior do Ramos anteriores de C1- Deprime e fixa o osso
escápula medialmente corpo do osso hioide, C3 através da alça hioide
à incisura da escápula imediatamente lateral à cervical
inserção do esterno-
hioideo

Tireo-hioideo Linha oblíqua da Corno maior e parte Ramo anterior de C1 Deprime o osso hioide
cartilagem tireóidea adjacente do corpo do conduzido por XII ou eleva a laringe
osso hioide

Esternotireoideo Face posterior do Linha oblíqua da Ramos anteriores de C1- Traciona a laringe e o
manúbrio do esterno cartilagem tireóidea C3 através da alça hioide para baixo
cervical
80

Exercícios 8) Considerando a face é incorreto afirmar


a) O nervo facial é responsável pela inervação dos
1) São considerados ossos pneumáticos do esqueleto músculos cutâneos da face
humano: b) O nervo trigêmeo assegura sensibilidade geral à
a) Maxilas, etmoide, zigomáticos e occipital face
b) Etmoide, temporais, frontal e mandíbula c) O nervo trigêmeo divide-se em oftálmico, maxilar
c) Frontal, maxilas, etmoide e occipital e mandibular
d) Frontal, maxilas, temporais, etmoide e esfenoide d) O masseter é um músculo da mastigação
e) Esfenoide, occipital, temporais, zigomáticos e e) O ducto parotídeo perfura o músculo risório e
vômer desemboca na cavidade bucal

2) Em relação ao crânio, é incorreto afirmar: 9) A bainha carótica envolve um feixe neurovascular


a) Se divide em neurocrânio e viscerocrânio formado por
b) O neurocrânio compõe-se de oito ossos a) Artéria carótida externa, veia jugular e nervo vago
c) Todos os ossos pneumáticos encontram-se no b) Artéria carótida comum, artéria carótida interna,
neurocrânio veia jugular interna e nervo vago
d) Os ossos nasais articulam-se superiormente com o c) Artéria carótida interna, veia jugular interna e
frontal nervo glossofaríngeo
e) Mandíbula é um osso ímpar e móvel do esqueleto d) Artéria carótida comum, veia jugular externa e
facial nervo vago
e) Artéria carótida interna, veia jugular interna e
nervo acessório
3) São ossos do neurocrânio, exceto:
a) Frontal
b) Temporal 10) A órbita tem em sua composição o número de _____
c) Esfenoide ossos
d) Occipital a) 4
e) Vômer b) 5
c) 6
d) 7
4) Os ventres anterior e posterior do músculo digástrico e) 8
são inervados respectivamente, pelos nervos:
a) Facial e trigêmeo
b) Trigêmeo e hipoglosso 11) Músculo da mímica que forma a parede da bochecha
c) Facial e hipoglosso a) Levantador do lábio superior
d) Trigêmeo e facial b) Masseter
e) Vago e acessório c) Buceter
d) Bucinador
e) Orbicular da boca
5) A musculatura supra-hioidea apresenta a função de
a) Elevação da mandíbula
b) Abaixamento da mandíbula 12) Músculo da mímica conhecido como músculo da
c) Abaixar o osso hioide tristeza
d) Elevação e abaixamento da mandíbula a) Risório
e) Retrusão e protrusão da mandíbula b) Zigomático maior
c) Abaixador do ângulo da boca
d) Frontal
6) Músculo conhecido como diafragma bucal por formar e) Orbicular da boca
o assoalho da cavidade bucal
a) Gênio-hioideo
b) Digástrico 13) São considerados músculos supra-hioideos
c) Milo-hioideo a) Digástrico, omo-hioideo, gênio-hioideo e estilo-
d) Tireo-hioideo hioideo
e) Hioglosso b) Milo-hioideo, digástrico, geniohioideo e esterno-
hioideo
c) Digástrico, milo-hioideo, gênio-hioideo e estilo-
7) Em relação ao viscerocrânio é incorreto afirmar hioideo
a) A maxila é um osso pneumático d) Esterno-hioideo, digástrico, esternotireoideo e
b) Se compõe de 14 ossos tireo-hioideo
c) A articulação temporomandibular é do tipo e) Milo-hioideo, gênio-hioideo, omo-hioideo e
sinovial esterno-hioideo
d) Os ossos nasais articulam-se com o frontal, através
da sutura frontonasal
e) As conchas nasais médias e superiores são 14) Potente músculo da mastigação inserido no ramo da
projeções ósseas das maxilas mandíbula
a) Pterigoideo lateral
b) Zigomático maior
c) Pterigoideo medial
d) Masseter
81

e) Platisma e) A outra cabeça origina-se no terço medial da


15) Representam músculos infra-hioideos clavícula
a) Esterno-hioideo, omo-hioideo, esternotireoideo e
tireo-hioideo
b) Omo-hioideo, digástrico, esternotireoideo e milo- 22) O platisma representa um músculo superficial e laminar
hioideo do pescoço, tendo seu suprimento nervoso
c) Milo-hioideo, digástrico, gênio-hioideo e esterno- assegurado pelo seguinte ramo do nervo facial
hioideo a) Marginal da mandíbula
d) Esterno-hioideo, digástrico, esternotireoideo e b) Bucal
tireo-hioideo c) Cervical
e) Milo-hioideo, estilo-hioideo, esterno-hioideo e d) Zigomático
esternotireoideo e) Temporal

16) O músculo temporal possui inserção: 23) As vértebras cervicais típicas possuem as seguintes
a) Somente no processo coronoide da mandíbula características, exceto
b) Somente no processo condilar da mandíbula a) Forame vertebral
c) Na linha temporal inferior e na face medial do b) Forame transversário
processo coronoide da mandíbula c) Corpo vertebral
d) Na linha temporal superior e na face lateral do d) Processo espinhoso longo
processo coronoide da mandíbula e) Processo espinhoso curto e bífido
e) No trígono retromolar
24) Músculo da expressão facial citado como músculo do
17) Na fossa pterigoidea do processo pterigoide do riso sardônico
esfenoide tem origem o seguinte músculo da a) Zigomático maior
mastigação: b) Risório
a) Cabeça superior do pterigoideo lateral c) Zigomático menor
b) Pterigoideo medial d) Platisma
c) Cabeça inferior do pterigoideo lateral e) Abaixador do lábio inferior
d) Masseter
e) Temporal 25) O seio maxilar abre-se através do hiato semilunar ao
nível do meato nasal
18) Ponto craniométrico mediano resultante da a) Superior
intersecção do plano mediano com a sutura b) Inferior
frontonasal c) Médio
a) Ínio d) Supremo
b) Prostio e) Posterior
c) Bregma
d) Násio 26) São estruturas contidas na bainha carótica, exceto
e) Glabela a) Nervo vago
b) Veia jugular interna
19) O osso hioide é um componente do esqueleto axial, c) Artéria carótida comum
situado na região anterior do pescoço, na altura da d) Artéria carótida interna
seguinte vértebra cervical e) Veia jugular externa
a) C1
b) C2 27) São estruturas anatômicas que transitam pelo forame
c) C3 jugular, exceto
d) C4 a) Nervo acessório
e) C5 b) Veia jugular interna
c) Nervo glossofaríngeo
20) O torcicolo é comumente causado pelo espasmo d) Nervo vago
involuntário do músculo e) Artéria meníngea média
a) Temporal
b) Platisma 28) Pelo meato acústico interno transitam as seguintes
c) Trapézio estruturas, exceto
d) Esplênio a) Artéria espinal anterior
e) Esternocleidomastoideo b) Nervo facial (NC VII)
c) Artéria do labirinto
21) Sobre o músculo esternocleidomastoideo é incorreto d) Nervo vestibulococlear (NC VIII)
afirmar e) Veias do labirinto
a) Cruza obliquamente o pescoço
b) É um músculo longo
c) Possui duas cabeças de origem, sendo exemplo
de músculo bíceps
d) Uma cabeça possui origem na incisura jugular do
esterno
82

c) Forame magno
29) Representa a parede lateral da fossa infratemporal d) Forame jugular
a) Face medial do ramo da mandíbula e) Fissura orbital superior
b) Face infratemporal da asa maior do esfenoide
c) Face lateral da lâmina lateral do processo
pterigoide do esfenoide
d) Face zigomática do túber da maxila
37) O cóanos (ou coanas) são aberturas elípticas definidas
e) Face medial da lâmina lateral do processo
pelos ossos
pterigoide do esfenoide
a) Palatino e esfenoide
b) Temporal, zigomático e vômer
30) A fossa infratemporal comunica-se com a fossa média c) Temporal, vômer e palatino
do crânio, através da seguinte abertura d) Esfenoide, palatino e vômer
a) Fissura orbital inferior e) Etmoide, palatino e temporal
b) Fossa pterigopalatina
c) Fissura pterigomaxilar
38) Pelo canal óptico e pela fissura orbital superior passam,
d) Forame redondo
respectivamente
e) Forame oval
a) NC V2; artéria e veia meníngeas médias e ramo
meníngeo do NC V3
31) A parede medial da fossa pterigopalatina é formada b) Nervo petroso maior e ramo petroso da artéria
pela seguinte estrutura meníngea média; NC V2
a) Face anterior do corpo da maxila c) NC III; Artérias e veias oftálmicas, NC V1, II, IV e VI
b) Lâmina lateral do processo pterigoide do d) Artéria e veia meníngeas médias e ramo
esfenoide meníngeo do NC V3; NC III
c) Lâmina perpendicular do palatino e) NC II e artéria oftálmica; Veias oftálmicas, NC V1,
d) Asa maior do esfenoide III, IV e VI
e) Lâmina perpendicular do etmoide
39) Passam pelo forame magno, exceto
32) A fossa pterigopalatina comunica-se com a fossa nasal a) Ramo meníngeo da artéria faríngea ascendente
correspondente, através da seguinte abertura b) Bulbo
a) Fissura orbital inferior c) Artéria vertebral
b) Forame redondo d) NC XI
c) Forame espinhoso e) Artéria espinal anterior
d) Fissura pterigomaxilar
e) Forame esfenopalatino
40) A fossa média do crânio comunica-se com a fossa
pterigopalatina através do forame
33) A maxila representa um osso irregular e pneumático do a) Oval
viscerocrânio e possui conexão com os seguintes ossos b) Lacerado
do neurocrânio c) Espinhoso
a) Frontal e esfenoide d) Etmoidal anterior
b) Etmoide e vômer e) Redondo
c) Frontal e concha nasal inferior
d) Esfenoide e zigomático
Para as questões 41 a 50, avalie as frases e marque a
e) Nasal e etmoide alternativa correta.
41) O viscerocrânio é o revestimento ósseo do encéfalo e
34) Sobre a ATM é incorreto afirmar seus revestimentos membranáceos, as meninges
a) Suas superfícies articulares possuem um cranianas. O neurocrânio compreende os ossos da
revestimento de fibrocartilagem face que se desenvolvem principalmente no
b) Suas faces articulares são discordantes mesênquima dos arcos faríngeos embrionários
c) Possui disco articular a) A frase está correta
d) Realiza movimentos em dois eixos (biaxial) b) A frase está parcialmente errada, pois o
e) Possui menisco viscerocrânio não reveste as meninges
c) A frase está parcialmente errada, viscerocrânio e
neurocrânio são duas denominações diferentes
35) Na mandíbula, os forames mentuais se localizam à para a mesma coisa
altura dos d) A frase está parcialmente errada, pois o
a) 1º molares neurocrânio não compreende todos os ossos da
b) 2º Pré-molares face
c) Caninos e) A frase está incorreta
d) 3º molares
e) Incisivos mediais

36) A abertura existente entre o osso occipital e a parte


petrosa do osso temporal é
a) Forame estilomastoideo
b) Forame parietal
83

42) A espessura das paredes da cavidade craniana varia b) A frase está parcialmente errada, pois os músculos
em diferentes regiões. Em geral, são mais finas nas supra-hioideos são inervados por ramos de NC VII
mulheres do que em homens e mais finas em crianças c) A frase está parcialmente errada, pois a descrição
e idosos. Os ossos tendem a ser mais espessos em áreas é dos músculos infra-hioideos
bem cobertas por músculos d) A frase está parcialmente errada, pois é o tireo-
a) A frase está correta hioideo que não tem inserção no osso hioide
b) A frase está parcialmente errada, pois as paredes e) A frase está incorreta
cranianas das mulheres são geralmente mais
espessas do que a dos homens
c) A frase está parcialmente errada, pois as paredes 47) O platisma é um músculo superficial presente no
cranianas possuem, geralmente, a mesma tecido subcutâneo da pele do pescoço, é inervado
espessura em todo o crânio por ramos do nervo facial, apresenta-se
d) A frase está parcialmente errada, pois em locais superficialmente à VJE e aos principais nervos
bem cobertas por músculos as paredes cranianas cutâneos do pescoço e pode se apresentar como tiras
tendem a ser mais finas musculares separadas, ao invés de uma única lâmina
e) A frase está incorreta muscular larga
a) A frase está correta
b) A frase está parcialmente errada, pois a VJE é
43) O bucinador é um músculo retangular, plano e fino superficial ao platisma
que se fixa lateralmente aos processos alveolares da c) A frase está parcialmente errada, pois a inervação
maxila e mandíbula, oposto aos dentes molares, e na do platisma é mista, contendo ramos cervicais de
rafe pterigomandibular e é inervado pelo nervo facial C1-C3, NC V3 e NC VII
(NC VII) d) A frase está parcialmente errada, pois o platisma
a) A frase está correta sempre se apresenta como uma única lâmina
b) A frase está parcialmente errada, pois o muscular longa
bucinador se fixa medialmente aos processos e) A frase está incorreta
alveolares da maxila e mandíbula
c) A frase está parcialmente errada, pois a descrição
é do músculo buceter 48) A lâmina pré-traqueal da fáscia cervical forma uma
d) A frase está parcialmente errada, pois o bainha complexa de tecido conjuntivo que em alguns
bucinador é inervado pelo Nervo Mandibular (V3) locais passa a linha mediana do pescoço e, em outros,
e) A frase está incorreta não passa. A trama produzida por essa lâmina e os
músculos infra-hioideos produz a força necessária para
impedir que a via respiratória alta obstrua o início do
44) A ATM é uma articulação sinovial tipo gínglimo que faz TGI
os movimentos de elevação, depressão, protrusão, a) A frase está correta
retrusão e movimentos laterais. b) A frase está parcialmente errada, pois a descrição
a) A frase está correta é da lâmina pré-vertebral da fáscia cervical
b) A frase está parcialmente errada, pois a ATM é c) A frase está parcialmente errada, pois são os
uma articulação sinovial tipo condilar músculos supra-hioideos que ajudam a lâmina pré-
c) A frase está parcialmente errada, pois a ATM é traqueal a impedir que a via respiratória alta
uma sinartrose tipo sindesmose obstrua o início do TGI
d) A frase está parcialmente errada, pois a ATM é d) B e C estão corretas
incapaz de produzir retrusão e protrusão e) A frase está incorreta
e) A frase está incorreta

49) A bainha carótica é um revestimento fascial tubular


45) A fossa infratemporal é a região na qual o músculo que se estende da base do crânio até a raiz do
temporal está inserido. O Músculo temporal é inervado pescoço. Essa bainha funde-se anteriormente com as
pelo nervo mandibular (V3) e insere-se na linha lâminas superficial e pré-traqueal de fáscia e
temporal superior e sua fáscia insere-se na linha posteriormente com a lâmina pré-vertebral de fáscia.
temporal inferior A bainha carótica contém as artérias carótidas
a) A frase está correta comum e interna, a veia jugular interna, o nervo vago,
b) A frase está parcialmente errada, pois o músculo alguns linfonodos cervicais profundos, o ramo para o
temporal está inserido na fossa temporal seio carótico do nervo glossofaríngeo e fibras nervosas
c) A frase está parcialmente errada, pois o músculo simpáticas
temporal tem inserção na linha temporal inferior e a) A frase está correta
sua fáscia na linha temporal superior b) A frase está parcialmente errada, pois a bainha
d) B e C estão corretas carótica é uma derivação apenas da lâmina pré-
e) A frase está incorreta traqueal
c) A frase está parcialmente errada, pois é a veia
jugular externa que está contida na bainha
46) Os músculos supra-hioideos são o omo-hioideo, carótica
esterno-hioideo, esternotireoideo e tireo-hioideo, são d) A frase está parcialmente errada, pois a bainha
inervados pela alça cervical do plexo cervical (ramos carótica apenas contém as artérias carótidas
de C1-C3), têm inserção no osso hioide (com exceção comum e interna, e nenhuma outra estrutura
do esternotireoideo) e têm como ação fixar ou e) A frase está incorreta
deprimir o osso hioide
a) A frase está correta
84

50) O modíolo é uma formação variável e multiplanar,


responsável pela presença de “covinhas” em algumas
pessoas, formado pelo entrelaçamento ou fusão de
até 9 músculos, lateralmente à comissura dos lábios ou
ângulo da boca (de cada lado)
a) A frase está correta
b) A frase está parcialmente errada, pois o modíolo é
formado pelo entrelaçamento de, no mínimo, 10
músculos
c) A frase está parcialmente errada, pois o modíolo é
a formação muscular superficial ao ligamento
palpebral medial, em cada olho
d) A frase está parcialmente errada, pois o modíolo é
uma formação muscular profunda, visível apenas
no interior da boca, e não possui relação com as
“covinhas”
e) A frase está incorreta

Respostas:
1 D 11 D 21 D 31 C 41 E
2 C 12 C 22 C 32 E 42 D
3 E 13 C 23 D 33 A 43 D
4 D 14 D 24 B 34 E 44 A
5 B 15 A 25 C 35 B 45 D
6 C 16 C 26 E 36 D 46 C
7 E 17 B 27 E 37 D 47 A
8 E 18 D 28 A 38 E 48 E
9 B 19 C 29 A 39 A 49 A
10 D 20 E 30 E 40 E 50 A
85

Músculos pré-vertebrais
Os músculos pré-vertebrais (ou vertebrais anteriores e laterais) situam-se profundamente à lâmina pré-vertebral da fáscia
cervical.
Os músculos vertebrais anteriores (músculos longos da cabeça e do pescoço, reto anterior da cabeça e escaleno anterior)
situam-se diretamente posteriores ao espaço retrofaríngeo e mediais ao plano neurovascular dos plexos cervical e braquial e à artéria
subclávia.
Músculo Origem Inserção Inervação Ação
Reto Anterior da Face anterior da parte Face inferior da parte Ramos de C1 e C2 Flexiona a cabeça na
cabeça lateral do atlas e seu basilar do osso occipital articulação atlanto-
processo transverso occipital

Longo do pescoço – Tubérculos anteriores Tubérculo do arco Ramos de C2-C6 Flexiona o pescoço
Parte oblíqua superior dos processos anterior do Atlas anterior e lateralmente
transversos das e uma pequena
vértebras C3-C5 rotação para o lado
oposto

Longo do pescoço – Face anterior dos Tubérculos anteriores Ramos de C2-C6 Flexiona o pescoço
Parte oblíqua inferior corpos das vértebras T1 dos processos anteriores anterior e lateralmente
e T2, com possível das vértebras C5 e C6 e uma pequena
origem em T3 rotação para o lado
oposto

Longo do pescoço – Face anterior dos Face anterior dos Ramos de C2-C6 Flexiona o pescoço
Parte vertical corpos de T1-T3 e C5-C7 corpos de vértebras C2- anterior e lateralmente
C4 e uma pequena
rotação para o lado
oposto

Longo da cabeça Rampas tendíneas para Face inferior da parte Ramos de C1-C3 Flexiona a cabeça
processos transversos basilar do osso occipital
das vértebras C3-C6
86

Escaleno anterior Tubérculos posteriores Tubérculo dos escalenos Ramos anteriores de Eleva a 1ª costela
dos processos e face superior da 1ª C4-C7
transversos das costela
vértebras C3-C6

Os músculos vertebrais laterais (reto lateral da cabeça, esplênio da cabeça, levantador da escápula, escalenos médio e
posterior) localizam-se posteriores a este plano neurovascular e (com exceção do reto lateral da cabeça, em posição alta) formam o
assoalho da região cervical lateral.
Músculo Origem Inserção Inervação Ação
Reto Lateral da cabeça Face superior do Face inferior do Ramos de C1 e C2 Flexiona a cabeça
processo transverso do processo jugular do osso lateralmente para o
Atlas occipital mesmo lado

Esplênio da cabeça Metade inferior do Processo mastoide, Ramos posteriores dos Move a cabeça para o
ligamento nucal; crânio abaixo do terço Nn. Cervicais médios mesmo lado. Agindo em
processos espinhosos lateral da linha nucal conjunto, move a
das vértebras C7-T4 superior cabeça para trás

Levantador da Escápula Processos transversos de Parte superior da C3, C4 e N. escapular Eleva a escápula
C1-C4 margem medial da dorsal (C4, C5)
escápula

Escaleno posterior Tubérculos posteriores Face superior da 2ª Ramos anteriores de C5- Eleva a 2ª costela
dos processos costela C7
transversos das
vértebras C4-C6

Escaleno médio Processos transversos de Face superior da 1ª Ramos anteriores de C3- Eleva a 1ª costela
C2-C7 costela entre o C7
tubérculo e o sulco para
a A. subclávia
87

Vascularização
O principal suprimento arterial da cabeça e do pescoço deriva dos ramos da artéria carótida e da artéria subclávia.
A porção cervical da artéria carótida é semelhante em ambos os lados. Cada um se situa dentro da bainha carótica da fáscia
cervical, juntamente com a VJI e o NC X. Na parte inferior do pescoço as artérias são separadas por um espaço estreito que contém a
traqueia, e mais acima separadas pela glândula tireoide, laringe e faringe. Ao nível da margem superior da cartilagem tireóidea (a
altura da vértebra C4) a artéria carótida comum se bifurca em artérias carótidas interna e externa. A artéria carótida externa segue em
trajeto ascendente pelo pescoço e logo começa a dar ramos. O primeiro, geralmente, é a artéria tireóidea superior, seguida pelas
artérias faríngea ascendente, lingual, facial, occipital e auricular posterior, para então passar pela glândula parótida, onde divide-se em
seus ramos terminais, a artéria temporal superficial e a artéria maxilar.
As artérias subclávias dão origem a vários ramos que suprem estruturas na cabeça e no pescoço. As artérias vertebrais suprem
a parte superior da medula espinal, o tronco encefálico, o cerebelo e o lobo occipital do cérebro. Ramos do tronco tireocervical
suprem os polos inferiores da glândula tireoide, as glândulas paratireoides, a laringe e a faringe e ramos dos troncos costocervicais
suprem os músculos cervicais profundos.
Para um melhor entendimento do rico suprimento arterial do pescoço e da cabeça, vamos elaborar um esquema simples das
artérias, com os ramos mais importantes.

Ramo Parietal
Ramo Frontal Ramo Auricular Anterior

Artéria ziomático-orbital
Artéria Facial Tranvsersa

Artéria Temporal Superficial


Ramos pterigoideos lateral e medial
A. Temporal profunda

A.

A.
A.

A.

A.
A.
A.

Massetérica

Meníngea acessória
Meníngea Média

Timpânica anterior

Auricular

Artéria Angular
Infraorbital
Esfenopalatina

A. Maxilar
A.
A.

A. Alveolar Inferior

Artéria Labial
Superior
Bucal
Alveolar superior
profunda

Artéria Labial Artéria Facial


Inferior

Artéria submentual
A. Carótida Externa

Artéria profunda
da língua Artéria Lingual

Artéria Sublingual Ramo


Supra-hioideo
Artéria Faríngea Ascendente

Artéria Laríngea Superior

Artéria Tireóidea Superior


88

Drenagem Venosa
As veias do pescoço situam-se superficial ou profundamente à fáscia de revestimento profunda. A drenagem venosa da
cabeça e do pescoço se dá, principalmente, pelas veias tributárias das veias jugulares internas (VJI) e externas (VJE). As veias
superficiais, por fim, drenam para as VJE, anteriores ou posteriores e drenam um volume muito menor de tecido do que as veias
profundas. As veias profundas tendem a drenar para a VJI ou para a veia subclávia.
O trajeto e a formação das principais veias da cabeça é, assim como em outras partes do corpo, variável e com várias
anastomoses.
As veias faciais, que seguem as artérias faciais ou paralelas a elas, são veias sem válvulas que proporcionam a drenagem
superficial primária da face. As tributárias da veia facial incluem a veia facial profunda, que drena o plexo venoso pterigoideo da fossa
infratemporal. Inferiormente à margem da mandíbula, a veia facial se une ao ramo anterior da veia retromandibular. A veia facial
drena direta ou indiretamente para a VJI. No ângulo medial do olho, a veia facial comunica-se com a veia oftálmica superior, que
drena para o seio cavernoso.
A veia retromandibular é uma veia profunda da face que resulta da união das veias temporal superficial e veia maxilar (a qual
drena o plexo pterigoideo).
A veia jugular interna drena sangue do crânio, cérebro, face superficial e grande parte do pescoço. Ela desce no pescoço
para o interior da bainha carótica e une-se com a veia braquiocefálica. Na junção com a VJI, a veia subclávia esquerda normalmente
recebe o ducto torácico e a veia subclávia direita recebe o ducto linfático direito.

Drenagem Linfática da cabeça e do pescoço


Não há linfonodos no couro cabeludo e, com exceção da região parotídea/bucal, não há linfonodos na face. Os linfonodos
da cabeça e do pescoço estão dispostos em dois anéis horizontais e duas cadeias verticais em um dos lados do pescoço. O anel
superficial (consiste nos linfonodos occipitais, pré-auriculares, submandibulares e submentuais) drena a linfa do couro cabeludo, da face
e do pescoço. Os vasos linfáticos superficiais da face acompanham as veias da face. O anel profundo é formado por aglomerações de
tecido linfoide associado a mucosa (MALT) localizadas principalmente nas partes nasal e oral da faringe. Os vasos linfáticos profundos
da face acompanham as artérias da face. Todos os vasos linfáticos da cabeça e do pescoço drenam direta ou indiretamente para os
linfonodos cervicais profundos, uma cadeia de linfonodos localizada ao longo da VJI no pescoço. A linfa desses linfonodos profundos
segue até o tronco linfático jugular, que se une ao ducto torácico no lado esquerdo e à VJI ou à veia braquiocefálica no lado direito.

Inervação
Os vários músculos da expressão facial são supridos pelo nervo facial, enquanto os músculos da mastigação são inervados pela
divisão mandibular do nervo trigêmio (V3). A inervação sensorial da face é realizada principalmente a partir das três divisões do nervo
trigêmeo, com contribuições menores dos nervos espinhais cervicais (do plexo cervical), especialmente na parte posterior do pescoço e
do couro cabeludo.
O NC V (trigêmeo) é o nervo sensitivo da face e motor para os músculos da mastigação e vários músculos pequenos. Divide-se
em três: nervo oftálmico (V1), nervo maxilar (V2) e nervo mandibular (V3). As duas primeiras divisões são completamente sensoriais; o
nervo mandibular é principalmente sensitivo, mas possui um componente motor, que inerva principalmente os músculos da mastigação.
Na face, três grandes áreas podem ser mapeadas para indicar os campos nervosos periféricos associados às três divisões do nervo
trigêmeo. Os campos não são horizontais, mas curvam-se em direção ascendente, aparentemente pelo fato de a pele facial mover-se
para cima, com o crescimento do cérebro e do crânio.
Os ramos cutâneos do nervo oftálmico suprem a conjuntiva, a pele sobre a testa, a pálpebra superior e uma grande parte da
superfície externa do nariz. Tem, como principais ramos, os nervos supratroclear, supraorbital, lacrimal, infratroclear e nasal externo.
O nervo maxilar atravessa a órbita suprindo a pele da pálpebra inferior, a proeminência da bochecha, a parte da asa do nariz,
parte da têmpora e o lábio superior. Tem três ramos cutâneos: zigomaticotemporal, zigomaticofacial e infraorbital.
O nervo mandibular supre a pele sobre a mandíbula, o lábio inferior, a parte carnosa da bochecha, parte da aurícula da
orelha e parte da têmpora através dos nervos bucal, mentual e auriculotemporal.
O NC VII (facial) possui uma raiz motora e uma raiz sensitiva. A raiz motora do NC VII inerva os músculos da expressão facial,
incluindo o platisma, mm. auriculares, mm. do couro cabeludo e alguns outros músculos derivados do mesoderma no segundo arco
faríngeo embrionário. O nervo facial emerge a partir da base do crânio no forame estilomastoideo e dá origem, quase imediatamente,
aos nervos para o ventre posterior do digástrico e estilo-hioideo, bem como ao n. auricular posterior, que supre o ventre occipital do
occipitofrontal e o m. auricular posterior. O nervo entra na glândula parótida, onde forma o plexo parotídeo, que dá origem aos 5 ramos
terminais do n. facial: temporal, zigomático, bucal, marginal da mandíbula e cervical.
A pele, as articulações, as vísceras e os músculos do pescoço são inervados por ramos dos nervos glossofaríngeo, vago, ramo
espinhal do nervo acessório, espinais cervicais e pelo tronco simpático cervical. Os quatro ramos cervicais dorsais (anteriores) formam o
plexo cervical. Com exceção do 1º nervo cervical, dividem-se em partes ascendente e descendente, que se unem em alças
comunicantes.
O plexo cervical é formado pelos ramos ventrais dos quatro nervos cervicais superiores e inervam alguns músculos do pescoço
e do diafragma e áreas da pele na cabeça, pescoço e tórax. Encontra-se abaixo da VJI, da fáscia profunda e do
esternocleidomastoideo. Os ramos do plexo cervical que se originam da alça nervosa entre os ramos anteriores de C2 e C3 são: N.
Occipital menor (C2); N. Auricular magno (C2-3); N. Cervical transverso (C2-3). A alça formada entre C3 e C4 forma os Nn.
Supraclaviculares.
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Orelha A orelha é formada por partes externa, média e interna. As partes externa e média estão relacionadas principalmente com a
transferência de som para a orelha interna, que contém o órgão para o equilíbrio e também para a audição. A membrana timpânica
separa a orelha externa da orelha média. A tuba auditiva une a orelha média à parte nasal da faringe.
A orelha externa é formada pela orelha (pavilhão auditivo) e pelo meato acústico externo, que conduz o som até a
membrana timpânica. A orelha é uma lâmina fina única de fibrocartilagem elástica coberta por pele, sua superfície é moldada por
eminências e depressões. Ela é conectada às partes circundantes por ligamentos e músculos e é contínua com a cartilagem do meato
acústico externo. Não há cartilagem no lóbulo ou entre o trago e o ramo da hélice.
Músculos auriculares extrínsecos (auricular anterior, superior e posterior) conectam a orelha ao crânio e couro cabeludo e
movem a orelha como um todo. Músculos auriculares intrínsecos conectam as diferentes partes da orelha. Os músculos intrínsecos são
limitados a poucas e pequenas faixas musculares e podem não ter função.
A artéria auricular posterior, ramo da artéria carótida externa, fornece o principal suprimento sanguíneo da orelha, com uma
participação importante da artéria temporal superficial. A drenagem venosa ocorre por veias que correspondem às artérias. A
inervação sensitiva da orelha ocorre pelos nervos auricular magno, occipital menor e auriculotemporal.
O meato acústico externo se estende da concha a membrana timpânica e mede aproximadamente 2,5cm. Possui duas partes
estruturalmente diferentes: o terço lateral é cartilagíneo e os dois terços mediais são ósseos. A pele da porção cartilagínea apresenta
células ceruminosas que produzem cerume (“cera de ouvido”).
O suprimento arterial do meato acústico externo é derivado da artéria auricular posterior, da artéria auricular profunda (ramo
da artéria maxilar) e os ramos auriculares da artéria temporal superficial. A drenagem venosa ocorre por veias correspondentes que
drenam para a VJE, veia maxilar e plexo pterigoideo. A inervação sensitiva é derivada do n. auriculotemporal, nas paredes anterior e
superior; e do ramo auricular do NC X, nas paredes posterior e inferior. O NC VII também pode contribuir por meio da sua comunicação
com o NC X.
A membrana timpânica separa a cavidade timpânica do meato acústico externo. Ela apresenta aproximadamente 1 cm de
diâmetro, é uma membrana fina, oval e semitransparente na extremidade medial do meato acústico externo. É coberta por pele fina
externamente e pela mucosa da orelha média internamente. Superiormente ao processo lateral do martelo, a membrana é fina e
denominada parte flácida. Não possui as fibras radiais e circulares presentes no restante da membrana, denominada parte tensa. A
parte flácida forma a parede lateral do recesso superior da cavidade timpânica. A membrana timpânica vibra em resposta às
vibrações do ar que atravessam o meato acústico externo e chegam até ela. Os movimentos da membrana são transmitidos pelos
ossículos da audição através da orelha média até a orelha interna. A face externa da membrana timpânica é inervada principalmente
pelo nervo auriculotemporal, com alguma contribuição do NC X. A superfície interna é inervada pelo NC IX.

A orelha média é um espaço irregular, lateralmente comprimido na parte petrosa do osso temporal. Ela é revestida por uma
membrana mucosa e cheia de ar, proveniente da parte nasal da faringe por meio da tuba auditiva. A orelha média contém três
pequenos ossos, o martelo, a bigorna e o estribo. O martelo fixa-se à membrana timpânica e apresenta uma cabeça, um colo e um
cabo, que fica em contato com a membrana timpânica. A bigorna localiza-se entre o martelo e o estribo e possui um corpo e dois
ramos (ramo longo e ramo curto). O estribo é o menor dos ossículos, apresenta uma cabeça, dois ramos e uma base. Sua cabeça
articula-se com a bigorna e sua base encaixa-se na janela do vestíbulo na parede medial da cavidade timpânica.
A cavidade possui duas partes: a cavidade timpânica propriamente dita, e o recesso epitimpânico. O conteúdo da orelha
média é: ossículos da audição; músculos estapédio e tensor do tímpano; n. corda do tímpano (ramo de NC VII); plexo timpânico
nervoso.
Os músculos associados aos ossículos da audição são o m. estapédio, e o m. tensor do tímpano. O m. estapédio é um pequeno
músculo no interior da eminência piramidal, presente na parede posterior da cavidade timpânica. Seu tendão entra na cavidade
timpânica emergindo de um forame no ápice da eminência e se insere no colo do estribo. O estapédio reduz a amplitude de oscilação
da janela do vestíbulo e impede o movimento excessivo do estribo, sua inervação á pelo n. para o m. estapédio (ramo de NC VII). O m.
tensor do tímpano é um músculo curto que se origina da face superior da parte cartilagínea da tuba auditiva, a asa maior do
esfenoide, e da parte petrosa do osso temporal. Insere-se no cabo do martelo, puxando-o e tencionando a membrana timpânica,
assim reduzindo sua amplitude de oscilação. Sua inervação se dá pelo NC V3.
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A parede tegmental (teto tegmental) é formada pelo tegme timpânico, que separa a cavidade timpânica da dura-máter no
assoalho da fossa média do crânio; a parede jugular (assoalho) é formada por uma lâmina óssea que separa a cavidade timpânica do
bulbo superior da VJI; a parede membranácea (parede lateral) é formada quase totalmente pela convexidade em pico da membrana
timpânica. Superiormente, é formada pela parede óssea lateral do recesso epitimpânico; a parede labiríntica (parede medial) separa a
cavidade timpânica da orelha interna. Também possui o promontório da parede labiríntica, formado pela parte inicial da cóclea, e as
janelas do vestíbulo e da cóclea que, em um crânio seco, comunicam-se com o ouvido interno; a parede carótica anterior separa a
cavidade timpânica do canal carótico. Superiormente, possui a abertura da tuba auditiva e o canal para o m. tensor do tímpano; a
parede mastoidea (parede posterior) possui uma abertura em sua parte superior, o ádito no antro mastoideo, que une a cavidade
timpânica às células mastoideas. O canal para o n. facial desce entre a parede posterior e o antro, medialmente ao ádito.
Diversas artérias suprem as paredes e o conteúdo da cavidade timpânica. As artérias auricular profunda, timpânica anterior
(ramos da 1ª parte da a. maxilar) e estilomastoidea (ramo da artéria occipital ou da auricular posterior) são maiores que as outras. A
cavidade timpânica contém o plexo timpânico e o nervo facial. Ramos do plexo e do nervo facial inervam as estruturas no interior da
cavidade timpânica, mas também deixam a cavidade para inervar outras estruturas. O n. corda do tímpano sai do NC VII acima do
forame estilomastoideo e segue anterossuperiormente em um canal para entrar na cavidade timpânica pelo canalículo posterior. Então
curva-se anteriormente na substância da membrana timpânica entre suas camadas mucosa e fibrosa e cruza medial à parte superior
do cabo do martelo para a parede anterior da cavidade timpânica, onde entra no canalículo anterior. Sai do crânio na fissura
petrotimpânica e entra na região da fossa infratemporal. O nervo desce medialmente à espinha do osso esfenoide, posterolateral ao m.
tensor do véu palatino. Junta-se ao n. lingual, transportando fibras gustativas para os 2/3 anteriores da língua e fibras parassimpáticas
pré-ganglionares eferentes (secretomotoras) destinadas às glândulas salivares submandibular e sublingual.

A orelha interna contém o órgão vestibulococlear relacionado com a recepção do som e a manutenção do equilíbrio. A
cóclea é relacionada à audição e o utrículo, o sáculo e os canais semicirculares são responsáveis pelo equilíbrio. A orelha interna
consiste no labirinto ósseo, uma série de cavidades interligadas, presentes na parte petrosa do osso temporal, e o labirinto
membranáceo, formado por sacos e ductos interconectados contendo a endolinfa que se localizam dentro do labirinto ósseo,
contendo perilinfa. A cápsula ótica é formada por osso mais denso do que o restante da parte petrosa do osso temporal e pode ser
isolada dele. A cápsula ótica é frequentemente confundida com o labirinto ósseo, que na verdade é o espaço cheio de líquido,
circundado pela cápsula ótica. A cóclea é a parte em forma de concha do labirinto ósseo que contém o ducto coclear, a parte da
orelha interna relacionada com a audição. O canal espiral da cóclea começa no vestíbulo e faz 2 voltas e meia ao redor do modíolo,
que contém canais para os vasos sanguíneos e para distribuição dos ramos do nervo coclear (parte coclear do nervo vestibulococlear).
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Na volta basal, o labirinto ósseo comunica-se com o espaço subaracnóideo superior ao forame jugular através do aqueduto da cóclea.
Também possui a janela da cóclea, fechada pela membrana timpânica secundária.

O vestíbulo é a parte central do labirinto ósseo e localiza-se medial à cavidade timpânica, posterior à cóclea e anterior aos
canais semicirculares. Na sua parede lateral fica a abertura da janela do vestíbulo, na qual se insere a base do estribo, fixada por um
ligamento anular. Anteriormente, na parede medial, existe um pequeno recesso esférico que contém o sáculo. O sáculo comunica-se,
por meio do ducto utriculossacular, com o utrículo, presente no recesso elíptico, posterossuperior à crista do vestíbulo. O vestíbulo é
contínuo com a cóclea óssea anteriormente, com os canais semicirculares posteriormente a com a fossa posterior do crânio pelo
aqueduto do vestíbulo. O aqueduto dá passagem ao ducto endolinfático e a dois pequenos vasos sanguíneos.
Os canais semicirculares comunicam-se com o vestíbulo do labirinto ósseo, sendo localizados posterossuperiores ao vestíbulo.
Eles são comprimidos lado a lado e cada um forma aproximadamente 2/3 de um círculo. São desiguais em comprimento, mas similares
em diâmetro ao longo do seu comprimento, exceto onde apresentam uma dilatação terminal, a ampola óssea, que tem quase 2x o
diâmetro do canal. Apesar de serem 3 os canais semicirculares (anterior/superior, posterior e lateral/horizontal), existem apenas 5
aberturas no vestíbulo para eles, pois os canais anterior e posterior possuem um pilar comum para ambos.
O labirinto membranáceo é separado do periósteo por um espaço que contém perilinfa e uma rede semelhante a uma teia de
finos vasos sanguíneos. O labirinto membranáceo é cheio de endolinfa, um líquido produzido pelas células marginais da estria vascular e
as células escuras do vestíbulo. Ele pode ser dividido em duas regiões: o labirinto vestibular e o labirinto coclear. O labirinto vestibular
compreende o utrículo e o sáculo, dois pequenos sacos comunicantes no vestíbulo do labirinto ósseo. O labirinto coclear é
representado pelo ducto coclear, presente na cóclea. Ainda o labirinto membranáceo apresenta três ductos semicirculares, presentes
nos canais semicirculares do labirinto ósseo.
O ducto coclear é um tubo espiral, fechado em uma extremidade e triangular ao corte transversal. O ducto coclear, cheio de
endolinfa, atravessa o canal coclear, dividindo-o em dois canais contínuos no ápice da cóclea, no helicotrema. Ondas de pressão
hidráulica criadas na perilinfa do vestíbulo pelas vibrações da base do estribo ascendem até o ápice da cóclea por um canal, a rampa
do vestíbulo. As ondas de pressão então atravessam o helicotrema e depois voltam a descer até a volta basal da cóclea pela rampa
do tímpano. Então as ondas são dissipadas para o ar da cavidade timpânica através da membrana timpânica secundária.
O receptor dos estímulos auditivos é o órgão espiral (de Corti), situado sobre a lâmina basilar, que é superposto pela membrana
tectória. O órgão espiral contém células pilosas, cujas extremidades estão incrustadas na membrana tectória.
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O suprimento arterial da orelha interna provém principalmente da artéria do labirinto. O ramo estilomastoideo da artéria
occipital ou a artéria auricular posterior também suprem os canais semicirculares. A artéria do labirinto origina-se da artéria basilar ou da
artéria cerebelar anterior. Divide-se no fundo do meato acústico interno em ramos coclear e vestibular. O ramo coclear divide-se em
até 24 pequenos ramos que atravessam os canais no modíolo, formando um plexo capilar para a lâmina espiral, lâmina basal, estria
vascular e outras estruturas da cóclea. Ramos arteriais vestibulares suprem o utrículo, o sáculo e os ductos semicirculares. A drenagem
venosa do vestíbulo e dos canais semicirculares ocorre paralela às artérias, com veias correspondentes. As veias cocleares na base do
modíolo formam a veia do labirinto, que termina na parte petrosa do seio petroso superior ou no seio transverso. Um pequeno vaso a
partir da volta basal da cóclea atravessa o canalículo coclear para se unir à VJI.

Região Oral
A região oral inclui cavidade oral, gengivas, dentes, palato, região das tonsilas palatinas e a língua.

Cavidade Oral
A cavidade oral, ou boca, estende-se desde os lábios e bochechas externamente até os arcos palatoglossos das fauces
internamente, onde se continua na parte oral da faringe. A boca pode ser dividida em vestíbulo da boca, externo aos dentes, e
cavidade própria da boca, interna aos dentes. A boca está relacionada principalmente com a ingestão e a mastigação dos alimentos,
que é essencialmente função dos dentes. A boca também está associada à fonação e à ventilação.
Os lábios são pregas musculofibrosas móveis que circundam a boca, estendendo-se dos sulcos nasolabiais e das narinas lateral
e superiormente até o sulco mentolabial inferiormente. Eles contêm os músculos orbicular da boca e labiais superior e inferior, vasos e
nervos. Os lábios são cobertos externamente por pele fina e internamente por mucosa. Funcionam como válvulas para a rima da boca
(a abertura da boca), contendo o esfíncter (m. orbicular da boca) que controla a entrada e a saída da boca e dos tratos alimentar
superior e respiratório. Os frênulos dos lábios são pregas de margem livre da mucosa na linha mediana, que se estendem da gengiva
vestibular até a mucosa dos lábios superior e inferior, sendo que o que se estende até o lábio inferior é menor. O suprimento sanguíneo
do lábio provém principalmente das artérias labiais superior e inferior, ramos da artéria facial. A inervação do lábio superior se dá por
ramos labiais superiores do nervo infraorbital e o lábio inferior é inervado pelo ramo mentual de V3.
As bochechas possuem praticamente a mesma estrutura que os lábios, com os quais são contínuas. As bochechas formam as
paredes móveis da cavidade oral. Os principais músculos das bochechas são os bucinadores. Várias pequenas glândulas bucais situam-
se entre a mucosa e os bucinadores. Superficialmente aos bucinadores há coleções encapsuladas de gordura. A bochecha recebe seu
suprimento sanguíneo arterial principalmente da artéria bucal, ramo da artéria maxilar, e é inervada por ramos cutâneos de V2, através
do ramo zigomaticofacial e nervo infraorbital, e pelo nervo bucal de V3.

Gengivas
As gengivas são formadas por tecido fibroso coberto por mucosa. A gengiva propriamente dita (gengiva fixa ou inserida) está
firmemente ligada ao periósteo alveolar e aos dentes, enquanto a gengiva livre, que constitui uma margem de aproximadamente 1mm
da gengiva, situa-se não-inserida em torno da região cervical de cada dente. Os tecidos gengivais têm seu suprimento sanguíneo
através das artérias maxilares e linguais. A gengiva ao redor dos molares superiores é irrigada pelos ramos gengivais e perfurantes da
artéria alveolar superior posterior e pela artéria bucal, ramo da artéria maxilar. As gengivas vestibulares dos dentes anteriores são
irrigadas pelos ramos labiais da artéria infraorbital e por ramos perfurantes da artéria alveolar superior anterior. As gengivas palatinas são
irrigadas principalmente por ramos da artéria palatina maior. As gengivas associadas aos dentes molares inferiores são irrigadas pela
artéria bucal, e por ramos perfurantes da artéria alveolar inferior. A porção anterior das gengivas ao redor dos dentes anteriores é
irrigada pela artéria mentual e por ramos perfurantes da artéria incisiva. A porção posterior das gengivas é irrigada pelos ramos
perfurantes da artéria alveolar inferior e por seu ramo lingual e pela artéria lingual principal, ramo da carótida externa. A drenagem
venosa das gengivas é complexa, porém acredita-se que as veias bucal, lingual, palatina maior e nasopalatina estejam envolvidas.
Estas veias correm em direção aos plexos pterigoideos (exceto as veias linguais, que drenam diretamente para as VJI). Os nervos que
inervam as gengivas da maxila provêm do nervo maxilar, através dos nervos palatino maior, nasopalatino e ramos alveolares superiores
anterior, médio e posterior. O nervo mandibular inerva a gengiva na mandíbula por meio dos nervos alveolar inferior, lingual e bucal.

Dentes
Os dentes possuem funções de cortar e misturar os alimentos com a saliva durante a mastigação e participam da articulação
da fala. Nos humanos, um dente é identificado como sendo decíduo (primário, da dentição da criança) ou permanente (secundário da
dentição do adulto). As crianças possuem normalmente 20 dentes decíduos; os adultos apresentam 32 dentes permanentes. Os tipos de
dentes são identificados por suas características (nº por arcada dentária):
a) Incisivos: com margens cortantes finas (4)
b) Caninos: cones proeminentes únicos (2)
c) Pré-molares: com duas cúspides (4)
d) Molares: três ou mais cúspides (6)
A maior parte do dente é formada por dentina, que é coberta por esmalte sobre a coroa (parte que se projeta a partir da
gengiva) e cemento sobre a raiz (parte fixada no alvéolo dental pelo periodonto). As raízes dos dentes são unidas ao osso do alvéolo
por uma suspensão espiral que forma um tipo especial de articulação fibrosa denominada sindesmose dentoalveolar ou gonfose. As
artérias alveolares superior e inferior suprem os dentes maxilares e mandibulares, respectivamente. Veias alveolares com os mesmos
nomes e distribuição acompanham as artérias. Os ramos dos nervos alveolar superior e inferior dão origem aos plexos dentais que
inervam os dentes maxilares e mandibulares.

Palato
O palato forma o céu-da-boca e é dividido em duas regiões: o palato duro (ósseo), anteriormente, e o palato mole
posteriormente. O esqueleto do palato duro é formado pelo processo palatino da maxila e pela lâmina horizontal do osso palatino. A
fossa incisiva é uma depressão na linha mediana do palato ósseo posterior aos dentes incisivos centrais, na qual se abrem os canais
palatinos. Os vasos e nervos palatinos maiores emergem a partir do forame palatino maior, na altura do 3º molar e, posteriormente a
ele, o forame palatino menor dá passagem aos vasos e nervos palatinos menores. O palato mole possui uma parte aponeurótica
(anterior) e uma parte muscular (posterior). Lateralmente, o palato mole é contínuo com a parede da faringe e é unido à língua e à
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faringe pelos arcos palatoglossos e palatofaríngeo, respectivamente. Os músculos da parte posterior do palato mole são: tensor do véu
palatino; levantador do véu palatino; palatoglossos; palatofaríngeo e músculo da úvula. Os músculos do palato mole agem de forma
que o alimento e o ar passem apenas pela boca, ou apenas pelo nariz. As tonsilas palatinas localizam-se nas fossas tonsilares, limitadas
pelos arcos palatoglossos e palatofaríngeo e pela língua. A rafe do palato, uma linha mediana que segue em sentido anteroposterior no
palato, marca o local de fusão dos processos palatinos embrionários. O palato é vascularizado pela artéria palatina maior,
principalmente, e pelas artérias palatinas menor e ascendente, que acabam por anastomosar-se. As veias do palato acompanham as
artérias e drenam principalmente para o plexo pterigoideo. Os nervos palatinos maior, menor e nasopalatino inervam a maior parte do
palato duro, a palato mole e a porção mais anterior do palato duro, respectivamente. Com exceção do tensor do véu palatino
(inervado por NC V2), todos os músculos do palato mole são inervados por ramos do plexo faríngeo.

Língua
A língua é um órgão muscular que participa na deglutição, paladar e fala. Localiza-se parcialmente na boca e parcialmente
na faringe. É fixada por seus músculos ao osso hioide, mandíbula, processos estiloides, palato mole e parede da faringe. A mucosa
dorsal é coberta por inúmeras papilas. As papilas circunvaladas, folhadas e fungiformes apresentam os calículos (botões) gustatórios. As
papilas filiformes contêm terminações nervosas aferentes sensíveis ao toque. A mucosa da parte posterior da língua não apresenta
papilas, mas uma coleção de tecido linfoide chamada tonsila lingual. A superfície inferior da língua é ligada ao assoalho da boca pelo
frênulo da língua. De cada lado do frênulo, abrem-se os óstios dos ductos submandibulares das glândulas salivares submandibulares. A
inervação sensitiva da língua ocorre da forma como se mostra na seguinte tabela:
Porção da língua Sensibilidade Geral Sensibilidade Especial (gustativa)
2/3 anteriores N. Lingual (ramo de NC V3) N. Corda do Tímpano (Ramo de NC VII)
1/3 posterior Ramo lingual de NC IX e N. laríngeo interno (Ramo de NC X)
Dos 8 músculos da língua, 4 são conhecidos como músculos extrínsecos da língua e modificam sua posição; e 4 são conhecidos
como músculos intrínsecos da língua e modificam seu formato. Os músculos extrínsecos da língua são os músculos genioglosso,
hioglosso, estiloglosso e palatoglosso. Os músculos intrínsecos são os músculos longitudinal superior, longitudinal inferior, transverso e
vertical da língua. Todos eles, exceto o palatoglosso (inervado pelo plexo faríngeo), são inervados pelo NC XII.
As artérias da língua são derivadas da artéria lingual. As artérias dorsais da língua suprem a parte posterior e as artérias
profundas da língua suprem a parte anterior. As veias da língua seguem as artérias e drenam para a VJI.
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Músculos da Língua
Intrínsecos
Músculo Origem Inserção Inervação Ação
Longitudinal Superior Tecido conjuntivo da Tecido conjuntivo da N. XII Encurta a língua;
submucosa submucosa e mucosa enrola o ápice e as
margens da língua
Longitudinal Inferior Raiz da língua Ápice da língua N. XII Encurta a língua;
desenrola o ápice e
vira-o para baixo
Transverso Septo da língua Tecido conjuntivo da N. XII Estreita e alonga a
submucosa língua
Vertical Tecido conjuntivo da Tecido conjuntivo N. XII Achata e alarga a
submucosa língua

Extrínsecos
Músculo Origem Inserção Inervação Ação
Genioglosso Espinhas genianas Corpo do hioide; toda a N. XII Protrusão da língua;
superiores extensão da língua deprime o centro da
língua
Hioglosso Cornos maior e menor Face lateral da língua N. XII Deprime a língua
do osso hioide
Estiloglosso Processo estiloide Face lateral da língua N. XII Eleva e retrai a língua
Palatoglosso Face inferior da Margem da língua N. X Deprime o palato:
aponeurose palatina movimenta o arco
palatoglosso em
direção à linha média;
eleva o dorso da
língua
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Nariz O nariz é a primeira parte das vias aéreas superiores e é responsável pelo aquecimento, umidificação e, de certa forma, pela
filtragem do ar inspirado. Ele também abriga o epitélio olfatório, que contém neurônios receptores olfatórios, responsáveis pela
detecção de moléculas odoríferas transmitidas pelo ar. O nariz pode ser subdividido em nariz externo e cavidade nasal, dividida em
duas cavidades pelo septo nasal. O esqueleto de sustentação do nariz é formado por osso e cartilagem hialina. A parte óssea do nariz
consiste nos ossos nasais, nos processos frontais das maxilas, na parte nasal do osso frontal e sua espinha nasal, e nas partes ósseas do
septo nasal. A parte cartilagínea do nariz é formada por cinco partes cartilaginosas principais. O septo nasal divide a cavidade do nariz
em duas cavidades e possui uma parte óssea (vômer e lâmina perpendicular do etmoide) e uma parte cartilagínea (cartilagem septal).
A cavidade nasal (pode se referir a toda a cavidade nasal ou apenas a uma das metades) é alcançada anteriormente através das
narinas e, posteriormente, através das coanas. A cavidade nasal é revestida por uma mucosa de íntima relação com o periósteo e o
pericôndrio dos ossos e cartilagens de sustentação do nariz e é contínua com as mucosas das outras cavidades com as quais a
cavidade nasal se comunica. Os dois terços inferiores da mucosa correspondem à área respiratória e o terço superior à área olfatória.
Os limites da cavidade nasal são:
a) Teto: dividido em três partes: frontonasal, etmoidal e esfenoidal. As partes recebem os nomes dos ossos com que se relacionam
b) Assoalho: formado pelos processos palatinos da maxila e lâminas horizontais dos ossos palatinos
c) Parede medial: formada pelo septo nasal
d) Parede lateral: são irregulares devido ás três conchas nasais que se projetam inferiormente
Relacionados com as conchas nasais, existem recessos e meatos que se comunicam com outras cavidades:
a) Recesso esfenoetmoidal: situado posterossuperiormente à concha nasal superior. Recebe a abertura do seio esfenoidal
b) Meato nasal superior: situado entre as conchas nasais superior e média, onde abrem-se as células etmoidais posteriores
c) Meato nasal médio: entre as conchas nasais média e inferior, comunica-se com o seio frontal através do hiato semilunar
d) Meato nasal inferior: situa-se abaixo da concha nasal inferior e recebe o ducto lacrimonasal
e) Meato nasal comum ou medial: parte medial da cavidade nasal entre as conchas e o septo nasal, no qual se abrem os
recessos laterais e o meato
O suprimento arterial das paredes medial e lateral da cavidade nasal provém de cinco fontes:
a) Artéria etmoidal anterior (ramo da artéria oftálmica)
b) Artéria etmoidal posterior (ramo da artéria oftálmica)
c) Artéria esfenopalatina (ramo da artéria maxilar)
d) Artéria palatina maior (ramo da artéria maxilar)
e) Ramo septal da artéria labial superior (da artéria facial)
A drenagem venosa do nariz ocorre por meio do plexo venoso submucoso, que drena para as veias esfenopalatina, facial e
oftálmica.
101

A pele do nariz é inervada pelo nervo infratroclear, pelo ramo nasal externo do nervo nasociliar e pelo ramo nasal do nervo
infraorbital. O olfato é mediado através dos nervos olfatórios. As sensações gerais a partir da túnica mucosa nasal são percebidas pelos
ramos de NC V2 e V3.
Os seios paranasais são extensões cheias de ar da parte respiratória da cavidade nasal para os ossos frontal, etmoide, esfenoide e
maxila. Os seios frontais localizam-se posteriormente aos arcos superciliares e à raiz do nariz. Cada seio frontal drena através do ducto
frontonasal para o infundíbulo etmoidal, que se abre no hiato semilunar do meato nasal médio. As células etmoidais localizam-se entre a
cavidade nasal e a órbita. As células etmoidais anteriores drenam para o meato nasal médio através do infundíbulo etmoidal; as células
etmoidais médias abrem-se diretamente no meato nasal médio; as células etmoidais posteriores abrem-se diretamente no meato nasal
superior. Os seios esfenoidais estão presentes no corpo do esfenoide e podem estender-se até as asas desse osso e abrem-se no recesso
esfenoetmoidal. Os seios maxilares ocupam os corpos das maxilas e comunicam-se com o meato nasal médio, por meio do hiato
semilunar.
102
103

a) Carótida interna
Exercícios b) Basilar
c) Carótida externa
1) Em relação à vascularização dental e dos tecidos d) Temporal superficial
perimaxilares é incorreto afirmar que e) Tronco linguofacial
a) A artéria palatina descendente, através de seus
ramos, irriga a firomucosa palatina
9) A bifurcação da artéria carótida comum, por via de
b) Os ramos dentais das artérias alveolares penetram
regra, ocorre na altura da
as raízes dentais pelos forames apicais
a) Margem superior da cartilagem tireóidea
c) O osso mandibular apresenta um suprimento
b) Cartilagem cricoidea
sanguíneo limitado e assegurado pela artéria
c) Margem inferior da cartilagem tireóidea
alveolar inferior
d) Junção faringoesofágica
d) A maxila é menos vascularizada que a mandíbula
e) Incisura jugular
e) A artéria mentual é ramo da alveolar inferior

10) O suprimento sanguíneo da cabeça e do pescoço é


2) As artérias labiais superior e inferior são ramos da
assegurado pela carótida comum e tronco
a) Lingual
tireocervical. Este tronco é ramo da artéria
b) Maxilar
a) Axilar
c) Facial
b) Subclávia
d) Temporal superficial
c) Vertebral
e) Mentual
d) Cervical transversa
e) Supraescapular
3) A veia retromandibular resulta da confluência das
veias
11) A irrigação e inervação parassimpática da glândula
a) Jugulares interna e anterior
parótida provêm respectivamente, da artéria e nervo
b) Facial e temporal superficial
a) Facial e trigêmeo
c) Facial e jugular anterior
b) Facial transversa e glossofaríngeo
d) Temporal superficial e maxilar
c) Facial transversa e facial
e) Temporal superficial e occipital
d) Maxilar e facial
e) Facial e facial
4) As artérias temporais profundas anterior e posterior são
ramos da
12) A glândula sublingual recebe inervação
a) Facial
parassimpática proveniente do nervo
b) Temporal superficial
a) Glossofaríngeo
c) Maxilar
b) Trigêmeo
d) Faríngea ascendente
c) Facial
e) Auricular posterior
d) Vago
e) Hipoglosso
5) As artérias submentual e facial transversa são ramos,
respectivamente, dos seguintes vasos
13) Considerando a face é incorreto afirmar que
a) Facial e temporal superficial
a) O nervo facial é responsável pela inervação dos
b) Lingual e temporal superficial
músculos cutâneos da face
c) Maxilar e facial
b) O nervo trigêmeo assegura sensibilidade geral á
d) Lingual e maxilar
face
e) Maxilar e temporal superficial
c) O nervo trigêmeo divide-se em oftálmico, maxilar
e mandibular
6) Em relação à glândula submandibular é incorreto d) O masseter é um músculo da mastigação
afirmar que e) O ducto parotídeo perfura o músculo risório e
a) Seu ducto excretor possui aproximadamente 5cm desemboca na cavidade bucal
b) Sua inervação parassimpática provém do n.
corda do tímpano
14) A pele do pavilhão auricular é suprida pelos seguintes
c) Se encontra ao nível do triângulo digástrico
nervos, exceto
d) Se relaciona com a fóvea submandibular
a) Trigêmeo
e) É irrigada por ramos da a. facial transversa
b) Facial
c) Glossofaríngeo
7) A artéria infraorbital é ramo da d) Vago
a) Facial e) Vestibulococlear
b) Temporal superficial
c) Maxilar 15) O seio frontal é inervado por ramos do nervo
d) Massetérica a) Infraorbital
e) Facial transversa b) Nasociliar
c) Supraorbital
d) Nasopalatino
8) A irrigação da face e do couro cabeludo é e) Etmoidal anterior
assegurada por ramos da artéria
104

21) As articulações esfenoccipital, dentoalveolar e


16) Câmera estreita cheia de ar na parte petrosa do osso parietotemporal são exemplos, respectivamente, de
temporal a) Gonfose, sincondrose e sutura denteada
a) Recesso epitimpânico b) Sincondrose, gonfose e sutura escamosa
b) Meato acústico interno c) Esquindilese, sincondrose e sutura plana
c) Cavidade timpânica d) Esquindilese, gonfose e sutura escamosa
d) Antro mastoideo e) Sincondrose, esquindilese e sutura plana
e) Tegme timpânico

22) Assinale a alternativa que representa,


17) Assinale a alternativa correta sobre a tuba auditiva respectivamente, um músculo intrínseco e um músculo
a) Une a cavidade timpânica à cavidade nasal extrínseco da língua
b) A tuba é aberta pela expansão da circunferência a) Genioglosso e Longitudinal Superior
do ventre do m. depressor do véu palatino b) Longitudinal Inferior e Vertical
c) O terço posterolateral da tuba é ósseo e o c) Estiloglosso e Genioglosso
restante é cartilagíneo d) Transverso e Hioglosso
d) A mucosa da tuba auditiva é separada e) Hioglosso e Palatoglosso
anatomohistologicamente das mucosas da
cavidade timpânica e da parte nasal da faringe
e) A vascularização da tuba auditiva vem apenas da 23) Sobre o palato é incorreto afirmar que
a. carótida interna a) Representa simultaneamente o teto da cavidade
bucal e o soalho da cavidade nasal
b) O palato duro é também chamado de palato
18) Assinale a alternativa que não mostra uma ósseo
correspondência sobre as paredes da cavidade c) O palato mole ou véu palatino pe de natureza
timpânica fibromuscular
a) Parede membranácea - parede lateral d) A mucosa do palato mole é mastigatória
b) Parede mastoidea - parede posterior e) A mucosa que recobre o palato duro é espessa e
c) Parede labiríntica - parede medial fortemente unida ao periósteo, formando em
d) Parede carótica - assoalho conjunto o mucoperiósteo
e) Parede tegmental - teto

24) São funções da língua


19) Sobre os ossículos da audição e estruturas associadas, a) Gustação
assinale a alternativa incorreta b) Fonação
a) O músculo estapédio traciona o estribo c) Orientação do bolo alimentar, durante a
anteriormente e inclina sua base na janela da mastigação
cóclea, tenciona o ligamento anular e aumenta a d) Deglutição
amplitude oscilatória e) Todas alternativas estão corretas
b) Os ossículos não possuem uma camada
adjacente de periósteo osteogênico
c) O cabo do martelo situa-se contra a parte flácida 25) Os frênulos dos lábios são
da membrana timpânica a) Pontos de intersecção dos dois lábios, um de cada
d) O ramo longo da bigorna articula-se com o estribo lado
através do processo lenticular b) As linhas limitantes superior no lábio superior e
e) O músculo tensor do tímpano se insere no cabo inferior no lábio inferior, entre a parte fina e
do martelo, puxando-o medialmente, assim semitransparente dos lábios e a pele da face
tencionando a membrana timpânica c) As linhas transversais presentes em cada um dos
lábios, mais visíveis quando a boca está seca
d) Pregas de margem livre da mucosa na linha
20) Assinale a alternativa incorreta sobre a orelha interna mediana, da gengiva até a mucosa dos lábios
a) A cápsula ótica é formada por osso mais denso do e) Alterações visíveis em pacientes com Distrofia de
que o restante da parte petrosa do osso temporal Duchenne
e pode ser isolada dele
b) Labirinto ósseo corresponde ao espaço cheio de
líquido circundado pela cápsula ótica 26) Em relação às bochechas, assinale a alternativa
c) O canal espiral da cóclea começa no vestíbulo e correta
faz 2 voltas e meia ao redor do modíolo, que a) Na região retromolar, uma prega de mucosa
contém canais para os vasos sanguíneos e para contendo a rafe pterigopalatina estende-se desde
distribuição dos ramos do nervo coclear o processo alveolar superior em direção póstero-
d) O vestíbulo é contínuo com a cóclea óssea inferior
anteriormente, com os canais semicirculares b) Estendem-se da ATM até a região mentual
posteriormente e a dois pequenos vasos c) Recebem suprimento arterial pelas artérias faciais
sanguíneos transversas
e) O labirinto membranáceo é uma trama em d) São inervadas por ramos cutâneos de V2 e pelo
formato de teia de tecido conjuntivo presente nervo bucal de V3
dentro do labirinto ósseo e) Não apresentam glândulas em sua superfície
interna
105

27) São funções dos lábios


a) Sugar líquidos 32) Sobre o músculo longo do pescoço, assinale o que é
b) Manter o alimento fora do vestíbulo da boca correto
c) Formar a fala a) Tem origem em rampas tendíneas para os
d) Osculação processos transversos das vértebras C3-C6
e) Todas as alternativas estão corretas b) Pode ser divido em 3 partes (oblíqua superior;
oblíquo inferior e vertical)
c) A parte vertical, que é intermediária, é a menor
28) Sobre os lábios, assinale a alternativa incorreta d) Roda a cabeça para o mesmo lado
a) O lábio superior é suprido por ramos labiais e) Tem inserção na face inferior da parte basilar do
superiores das artérias facial e infraorbital osso occipital
b) O lábio inferior é suprido por ramos labiais inferiores
das artérias facial e mentual
c) A linfa do lábio superior e das partes laterais do 33) Sobre a drenagem linfática da cabeça e do pescoço,
lábio inferior segue principalmente para os assinale a correta
linfonodos submandibulares a) Todos os vasos linfáticos da cabeça e do pescoço
d) A linfa da parte medial do lábio inferior segue drenam direta ou indiretamente para os linfonodos
inicialmente para os linfonodos submentuais cervicais profundos
e) O lábio superior é suprido por ramos labiais b) Não existem linfonodos na região parotídea/bucal
superiores dos nervos mentuais e o lábio inferior é da face
suprido por ramos labiais inferiores dos nervos c) O couro cabeludo apresenta 3 cadeias de
infraorbitais linfonodos (lambdoide, sagital e coronal)
d) A linfa do couro cabeludo segue um caminho
tortuoso que contorna o crânio e segue
29) Sobre o palato duro, assinale a alternativa incorreta inferiormente até o tórax, onde drenam para a
a) O forame palatino maior está situado ao nível do Veia Cava Superior à esquerda e à veia
3º dente molar Hemiázigo à direita
b) Seu suprimento sanguíneo deriva principalmente e) Como cada região da cabeça apresenta uma
da artéria palatina maior, ramo da terceira parte cadeia de drenagem linfática diferente, a
da artéria maxilar disseminação de infecções ou neoplasias de
c) O palato duro é formado pelos processos cada região para outras é praticamente
palatinos das maxilas e as lâminas horizontais dos inexistente
ossos palatinos
d) Os forames palatinos menores, situados
anteriormente ao forame palatino maior, dão 34) Sobre a inervação da língua, assinale a alternativa
passagem aos vasos e nervos palatinos acessórios correta
e) A fossa incisiva é uma depressão na linha mediana a) A sensibilidade gustativa do 1/3 anterior é feita
do palato ósseo posterior aos dentes incisivos pelo n. lingual
centrais b) A sensibilidade gustativa do 1/3 posterior é feita
pelo n. corda do tímpano
c) A sensibilidade geral de toda a língua é feita por
30) Sobre o palato mole, assinale a alternativa incorreta ramos dos NC IX e X
a) O palato mole apresenta uma aponeurose d) A sensibilidade geral do 1/3 posterior é feita pelo
palatina, fixada à margem posterior do palato n. corda do tímpano
duro e) A sensibilidade gustativa do 1/3 posterior é feita
b) A úvula é um processo cônico que pende da pelo n. lingual
extremidade posterior do palato mole
c) O palato mole é unido à língua e faringe,
respectivamente, pelos arcos palatoglosso e 35) Sobre a membrana timpânica, assinale a incorreta
palatofaríngeo a) Separa a cavidade timpânica do meato acústico
d) Dos cinco músculos do palato mole, 3 se originam interno
na base do crânio, e 2 da extremidade superior b) É coberta por pele fina externamente e mucosa
da faringe, terminando no palato da orelha internamente
e) O istmo das fauces é o espaço estreito e curto que c) Superiormente ao processo lateral do martelo, a
faz a conexão entre a cavidade própria da boca membrana é fina
e a parte oral da faringe d) Ela vibra em resposta às vibrações do ar
e) Os movimentos da membrana são transmitidos
pelos ossículos da audição até a orelha interna
31) Sobre os músculos vertebrais anteriores, assinale o que
é correto
a) Todos são flexores da cabeça e do pescoço em 36) A borda posterior do palato duro é formada por duas
diferentes graus linhas curvas e côncavas posteriormente, que se unem
b) Os músculos vertebrais laterais fazem parte desse no plano mediano numa saliência denominada
grupo a) Espinha nasal anterior
c) Os músculos escalenos fazem parte desse grupo b) Hâmulo pterigoideo
d) Todos os músculos desse grupo são inervados c) Espinha nasal posterior
pelos primeiros nervos cervicais d) Espinha palatina
e) O músculo longo da cabeça possui 3 partes e) Crista palatina
(oblíqua superior; oblíquo inferior e vertical)
106

tuba auditiva se faz para os linfonodos cervicais


37) Os cóanos são delimitados superiormente pelas profundos.
seguintes estruturas a) A frase está correta
a) Vômer e corpo do esfenoide b) A frase está parcialmente incorreta, pois as veias
b) Lâminas medial e lateral do processo pterigoide da tuba auditiva não fazem parte da formação
do esfenoide do plexo pterigoideo
c) Ossos palatinos c) A frase está parcialmente incorreta, pois as artérias
d) Vômer e parte basilar do occipital da tuba auditiva são derivadas das artérias
e) Vômer e lâmina medial do processo pterigoide do faríngea ascendente, meníngea média e artéria
esfenoide do canal pterigoideo
d) A frase está parcialmente incorreta, pois a
drenagem linfática da tuba auditiva se faz para os
38) Sobre os seios paranasais, assinale o que é correto
linfonodos cervicais superficiais
a) As células etmoidais são as primeiras a se
e) A frase está incorreta
desenvolverem, motivo pelo qual são as menores,
assim são as primeiras visíveis em radiografias
mesmo em neonatos 42) A orelha interna contém o órgão vestibulococlear
b) As células etmoidais anteriores, médias e relacionado com a recepção do som e a
posteriores drenam, respectivamente, para os manutenção do equilíbrio. Embutida na parte petrosa
meatos nasais superior, médio e inferior do osso temporal, a orelha interna é formada por
c) Cada seio nasal drena para o hiato semilunar do sacos e ductos do labirinto membranáceo.
meato nasal médio a) A frase está correta
d) A membrana do meato normalmente impede que b) A frase está parcialmente incorreta, pois o órgão
infecções se disseminem para os seios paranasais, vestibulococlear está na orelha média
motivo pelo qual infecções dos seios paranasais c) A frase está parcialmente incorreta, pois a orelha
serem tão sérias interna não tem relação com o osso temporal
e) Os seios maxilares são pequenos, sendo d) A frase está parcialmente incorreta, pois o labirinto
praticamente invisíveis em cortes coronais membranáceo é uma entidade imaginária, criada
apenas para fins didáticos, e não pode ser
e) A frase está incorreta
39) Sobre os meatos nasais, assinale a incorreta
a) A bolha etmoidal é uma elevação arredondada
superior ao hiato semilunar, visível quando a
concha nasal média é retirada 43) O esqueleto de sustentação do nariz é formado por
b) O meato nasal médio apresenta uma abertura osso e cartilagem fibrosa. A parte óssea do nariz
afunilada, o infundíbulo etmoidal, através do qual consiste nos ossos nasais, nos processos frontais das
comunica-se com o seio frontal maxilas, na parte nasal do osso frontal e sua espinha
c) O meato nasal superior é uma passagem estreita nasal, e nas partes ósseas do septo nasal. A parte
entre as conchas nasais superior e média cartilagínea do nariz é formada por 3 cartilagens
d) Os meatos nasais são vistos em cortes sagitais, principais: as cartilagens alares e a cartilagem septal.
quando vistos por uma vista medial do corte a) A frase está correta
e) O ducto lacrimonasal abre-se na parte anterior do b) A frase está parcialmente incorreta, pois as
meato nasal inferior cartilagens de sustentação do nariz são hialinas
c) A frase está parcialmente incorreta, pois a parte
cartilagínea do nariz é formada por 5 cartilagens
40) Sobre o nariz, assinale a alternativa correta principais
a) A inervação da pele do nariz é feita pelos ramos d) B e C estão corretas
nasal externo do n. nasociliar e nasal do n. labial e) A frase está incorreta
superior
b) A drenagem venosa do nariz ocorre por um único
caminho a partir do momento que as veias nasais
se unem para se tornarem a veia nasal suprema 44) A drenagem venosa do nariz se dá por 5 veias
c) A epistaxe é comum devido à abundante principais: veia etmoidal anterior; veia etmoidal
vascularização da mucosa nasal. Comumente, posterior; veia esfenopalatina; veia palatina maior;
pode ocorrer devido a uma hemorragia da área tributária septal da veia labial superior. Na região
de Kiesselbach anterior do septo nasal há o plexo venoso
d) A sensação tátil da mucosa nasal é mediada pelo anastomótico, importante região de sangramentos
nervo olfatório nasais.
e) O septo nasal é formado pelo vômer, lâmina a) A frase está correta
perpendicular do etmoide e lâmina medial do b) A frase está parcialmente incorreta, pois a
osso palatino descrição é das artérias nasais, e não das veias
c) A frase está parcialmente incorreta, pois a área de
Kiesselbach é uma região da nasofaringe
Para as questões 41 a 50, avalie as frases e marque a d) A frase está parcialmente incorreta, pois a
alternativa correta. drenagem venosa do nariz se dá por 3 veias
principais
41) As artérias da tuba auditiva são derivadas das artérias e) A frase está incorreta
meníngea acessória, meníngea média e temporal
superficial. As veias da tuba auditiva drenam para o
plexo venoso pterigoideo. A drenagem linfática da
107

45) A mucosa na parte anterior da língua é rugosa devido d) A frase está parcialmente incorreta, pois a
à presença de muitas pequenas papilas linguais: deglutição inicia-se com uma fase automática,
circunvaladas; folhadas; filiformes; e fungiformes. Todas depois parte para uma fase voluntária pelos
as papilas contêm receptores gustativos nos botões dentes. A faringe serve como tubo imóvel que
gustativos. apenas passa o bolo alimentar da boca para o
a) A frase está correta esôfago
b) A frase está parcialmente incorreta, pois somente e) A frase está incorreta
as papilas circunvaladas e filiformes apresentam
receptores gustativos
c) A frase está parcialmente incorreta, pois as papilas 49) A língua é um órgão altamente muscular, que
circunvaladas, folhadas e fungiformes apresentam participa na deglutição, paladar e fala. Tem posição
receptores gustativos parcialmente oral e parcialmente faríngea e é fixada
d) A frase está parcialmente incorreta, pois as papilas por seus músculos ao osso hioide, mandíbula processos
linguais são ovoides; digitiformes; filiformes; e estiloides dos ossos temporais, palato mole e parede
fungiformes da faringe. Possui uma raiz anterior, que se apoia no
e) A frase está incorreta assoalho da boca; um corpo nos dois terços
posteriores; e um ápice que é a extremidade anterior,
que se apoia contra os dentes incisivos.
46) As glândulas sublinguais são as menores e mais a) A frase está correta
profundas glândulas salivares. Cada glândula, em b) A frase está parcialmente incorreta, pois a língua
forma de amêndoa situa-se no assoalho da boca não é um órgão muscular
entre a mandíbula e o músculo genioglosso. c) A frase está parcialmente incorreta, pois a raiz da
a) A frase está correta língua é seu terço posterior, e o corpo os dois
b) A frase está parcialmente incorreta, pois a terços anteriores
descrição é das glândulas submandibulares d) A frase está parcialmente incorreta, pois a língua
c) A frase está parcialmente incorreta, pois as não tem fixação nos processos estiloides do osso
glândulas sublinguais são as maiores glândulas temporal
salivares e) A frase está incorreta
d) A frase está parcialmente incorreta, pois as
glândulas sublinguais situam-se entre a mandíbula
e o músculo hioglosso 50) Um dente possui uma coroa, colo e raiz. A coroa
e) A frase está incorreta projeta-se a partir da gengiva. O colo está situado
entre a coroa e a raiz. A raiz está fixada no alvéolo
dental pelo periodonto; o número de raízes varia. A
47) O ducto parotídeo segue horizontalmente a partir da maior parte do dente é formada por dentina, que é
margem anterior da glândula parótida. Na margem coberta por esmalte sobre a coroa e cemento sobre a
posterior do masseter, o ducto volta-se medialmente, raiz. A cavidade pulpar contém tecido conjuntivo,
perfura o bucinador e entra na cavidade oral através vasos sanguíneos e nervos. O canal da raiz dá
de uma pequena abertura oposta ao 2º dente molar passagem a nervos e vasos que entram e saem da
maxilar. cavidade pulpar através do forame do ápice do
a) A frase está correta dente.
b) A frase está parcialmente incorreta, pois o ducto a) A frase está correta, porém vamos deixar os
parotídeo segue horizontalmente a partir da dentes com os dentistas e focar nas coisas mais
margem posterior da glândula parótida importantes
c) A frase está parcialmente incorreta, pois o ducto b) A frase está parcialmente incorreta, pois a dentina
volta-se medialmente na margem anterior do é que cobre o cemento
masseter c) A frase está parcialmente incorreta, pois mão há
d) A frase está parcialmente incorreta, pois o ducto tecido conjuntivo, vasos sanguíneos e nervos nos
perfura o risório dentes
e) A frase está incorreta d) A frase está parcialmente incorreta, pois os vasos e
nervos entram e saem da cavidade pulpar pelo
forame da base do dente
48) A cavidade oral é o local onde o alimento é ingerido e e) A frase está incorreta
preparado para digestão no estômago e intestino
delgado. O alimento é mastigado pelos dentes, e a
saliva proveniente das glândulas salivares facilita a
formação de um bolo alimentar macio. A deglutição é
iniciada voluntariamente na cavidade oral. A fase
voluntária do processo empurra o bolo da cavidade
oral para a faringe, onde ocorre a fase automática da Respostas:
deglutição. 1 D 11 B 21 B 31 A 41 C
a) A frase está correta 2 C 12 C 22 D 32 B 42 A
b) A frase está parcialmente incorreta, pois a 3 D 13 E 23 D 33 A 43 D
4 C 14 E 24 E 34 B 44 B
digestão do alimento não ocorre no estômago e
5 A 15 C 25 D 35 A 45 C
intestino delgado
6 E 16 C 26 D 36 C 46 A
c) A frase está parcialmente incorreta, pois a saliva
7 C 17 C 27 E 37 A 47 C
tem função digestória, e não ajuda na formação
8 C 18 D 28 E 38 C 48 A
do bolo alimentar, função esta dos dentes molares
9 A 19 A 29 D 39 D 49 C
e pré-molares
10 B 20 E 30 D 40 C 50 A
108

Olho O bulbo do olho apresenta 3 túnicas:


1. Túnica Fibrosa: formada por esclera e córnea; mais externa
2. Túnica vascular: formada pela corioide, pelo corpo ciliar e pela íris; média
3. Túnica interna: formada pela retina, que possui partes óptica e não-visual; mais externa
Além das três túnicas, existe uma camada de tecido conjuntivo frouxo que circunda o bulbo do olho, permitindo seu
movimento dentro da órbita, que se forma posteriormente pela bainha do bulbo, que forma a verdadeira cavidade para o
bulbo do olho, e anteriormente pela conjuntiva bulbar.

Túnica Fibrosa
A esclera é a parte opaca resistente da túnica fibrosa do bulbo do olho que cobre os cinco sextos posteriores do bulbo do
olho. É o esqueleto fibroso do bulbo do olho, que confere seu formato e resistência, bem como a fixação para os músculos extrínsecos e
intrínsecos do bulbo do olho. A parte anterior da esclera corresponde ao “branco do olho” e a córnea é a parte transparente da túnica
fibrosa que cobre a sexta parte anterior do bulbo do olho.

Túnica Vascular
A corioide, uma camada marrom-avermelhada escura situada entre a esclera e a retina, forma a maior parte da túnica
vascular do olho e reveste a maior parte da esclera. Dentro desse leito vascular pigmentado e denso, os vasos maiores da lâmina
vascular estão localizados externamente. Os vasos mais finos são mais internos, adjacentes à camada fotossensível avascular da retina,
que supre com oxigênio e nutrientes. A corioide é contínua anteriormente com o corpo ciliar e fixa-se firmemente ao estrato pigmentoso
da retina, mas pode ser facilmente arrancada da esclera. O corpo ciliar une a corioide à circunferência da íris. O corpo ciliar fornece
fixação para a lente, e a contração de suas fibras musculares lisas controlam a espessura da lente. A íris é um diafragma contrátil fino
com uma abertura central, a pupila, para dar passagem à luz. A pupila altera seu diâmetro para acomodar-se à luminosidade do
ambiente, através de dois músculos involuntários: o esfíncter da pupila e o dilatador da pupila.

Túnica Interna
Macroscopicamente, a retina é formada por duas partes funcionais com locais distintos: uma parte óptica e uma parte não-
visual. A parte óptica é sensível aos raios luminosos visuais e possui dois estratos: o estrato nervoso é sensível à luz. O estrato pigmentoso é
formado por uma única camada de células que reforça a propriedade de absorção de luz da corioide na redução da dispersão da luz
no bulbo do olho. A parte cega da retina é uma continuação anterior do estrato pigmentoso e uma camada de células de sustentação
sobre o corpo ciliar (parte ciliar da retina) e a superfície posterior da íris parte irídica da retina), respecitamente.
O fundo do olho é a parte posterior do bulbo do olho. Possui uma área deprimida circular denominada disco do nervo óptico,
onde as fibras sensitivas e os vasos conduzidos pelo nervo óptico entram no bulbo do olho. Como não contém fotorreceptores, o disco
óptico não é sensível à luz. Consequentemente, essa parte da retina costuma ser denominada ponto cego. Imediatamente lateral ao
disco óptico está a macula lútea, uma pequena área oval da retina, com cones fotorreceptores especiais, especializada para
acuidade visual. No centro da mácula há uma depressão, a fóvea central, a área de visão mais aguda.
A parte óptica funcional da retina termina anteriormente ao longo da ora serrata, uma margem irregular ligeiramente posterior
ao corpo ciliar. A ora serrata marca o término anterior da parte fotossensível da retina. Com exceção dos cones e bastonetes do estrato
nervoso, a retina é suprida pela a. central da retina, ramo da a. oftálmica. Um sistema de veias retinianas une-se para formar a v. central
da retina.

Meios de Refração do Bulbo do Olho


A córnea é a área circular da parte anterior da túnica fibrosa do olho, é responsável principalmente pela refração da luz que
entra no olho. É transparente, devido à organização extremamente regular de suas fibras colágenas e a seu estado desidratado. A
córnea é sensível ao toque, sua inervação é realizada pelo nervo oftálmico. É nutrida pelos leitos capilares em sua periferia, sendo
avascular.
O humor aquoso nas câmaras anterior (espaço entre a córnea e a íris/pupila) e posterior (espaço entre a íris/pupila e a lente e
o corpo ciliar) é produzido na câmara posterior pelos processos ciliares do corpo ciliar. A solução aquosa fornece nutrientes para a
córnea e a lente. Após atravessar a pupila e entrar na câmara anterior, o humor aquoso drena para o seio venoso da esclera (Canal de
Schlemm) no ângulo iridocorneal. O humor é removido pelo plexo do limbo, uma rede de veias esclerais próximas do limbo que, por sua
vez, drenam para tributárias das veias vorticosas e ciliares anteriores.
A lente situa-se posteriormente à íris e anteriormente ao humor vítreo do corpo vítreo. É uma estrutura biconvexa e transparente
encerrada em uma cápsula. A cápsula da lente, extremamente elástica, é fixada pelas fibras zonulares (ligamento suspensor da lente)
ao corpo ciliar e circundada pelos processos ciliares. Quando a estimulação parassimpática causa contração do músculo liso do corpo
ciliar circular, o círculo, como um esfíncter, diminui de tamanho e a tensão da lente é reduzida, permitindo o arredondamento da lente.
O aumento da convexidade torna sua refração adequada para a visão de perto. Na ausência da estimulação parassimpática, os
músculos ciliares relaxam novamente e a lente é tracionada e assume um formato mais plano, para a visão de longe.
O humor vítreo é um líquido aquoso encerrado nas telas do corpo vítreo, uma substância gelatinosa transparente nos quatro
quintos posteriores do bulbo do olho, posterior a lente (câmara postrema). Além de transmitir luz, o humor vítreo mantém a retina no lugar e
sustenta a lente.
109

Músculos Extrínsecos do Olho


Os músculos extrínsecos do bulbo do olho são o levantador da pálpebra superior, quatro retos (superior, inferior, medial e
lateral) e dois oblíquos (superior e inferior). Esses músculos atuam juntos para movimentar as pálpebras superiores e os bulbos dos olhos.

Músculos extrínsecos do bulbo do olho


Músculo Origem Inserção Inervação Ação
Levantador da pálpebra Asa menor do esfenoide, Superfície anterior do Nervo Oculomotor (III) – Eleva a pálpebra
superior anterior ao canal óptico tarso ramo superior superior
110

Reto superior Parte superior do anel Metade anterior do Nervo Oculomotor (III) – Eleva, aduz e roda
tendíneo comum bulbo do olho, ramo superior medialmente o
superiormente bulbo do olho

Reto inferior Parte inferior do anel Metade anterior do Nervo Oculomotor (III) – Deprime, aduz e
tendíneo comum bulbo do olho, ramo inferior roda lateralmente o
inferiormente bulbo do olho

Reto medial Parte medial do anel Metade anterior do Nervo Oculomotor (III) – Aduz o bulbo do
tendíneo comum bulbo do olho, ramo inferior olho
medialmente

Reto lateral Parte lateral do anel Metade anterior do Nervo Abducente (VI) Abduz o bulbo do
tendíneo comum bulbo do olho, olho
lateralmente

Oblíquo superior Corpo do esfenoide, Quadrante posterior Nervo Troclear (IV) Deprime, aduz e
superior e medialmente externo do bulbo do roda medialmente o
ao canal óptico olho bulbo do olho

Oblíquo inferior Assoalho medial da Quadrante posterior Nervo Oculomotor (III) – Eleva, abduz e roda
órbita; maxila, externo do bulbo do ramo inferior lateralmente o bulbo
lateralmente ao sulco olho do olho
lacrimonasal
111
112

Inervação da órbita
Além do nervo óptico (NCII), os nervos da órbita incluem aqueles que atravessam a fissura orbital superior e suprem os músculos
oculares: nervos oculomotor (NC III), troclear (NC IV) e abducente (NC VI). Os três ramos terminais do nervo oftálmico, NCV1 (os nervos
frontal, nasociliar e lacrimal), atravessam a fissura orbital superior e suprem estruturas relacionadas à parte anterior da órbita, face e
couro cabeludo.
O gânglio ciliar é um pequeno grupo de corpos de neurônios parassimpáticos pós-sinápticos associados ao NC V1. Está
localizado entre o nervo óptico e o reto lateral em direção ao limite posterior da órbita. O gânglio recebe fibras nervosas de três fontes:
Fibras sensitivas de NC V1, através do ramo comunicante do nervo ciliar
Fibras parassimpáticas pré-sinápticas do NC III através da raiz parassimpática ou oculomotora do gânglio ciliar
Fibras simpáticas pós-sinápticas do plexo carótico interno através da raiz simpática do gânglio ciliar
Os nervos ciliares curtos originam-se do gânglio ciliar e são considerados ramos de NC V1. Conduzem fibras parassimpáticas e
simpáticas para o corpo ciliar. Os nervos ciliares longos, ramos do nervo nasociliar (NC V1) que seguem até o bulbo do olho, conduzem
fibras simpáticas pós-sinápticas para o dilatador da pupila e fibras aferentes da íris e da córnea.

Vascularização da órbita
O suprimento sanguíneo da órbita provém principalmente da artéria oftálmica, um ramo da artéria carótida interna. A artéria
infraorbital, um ramo da distribuição da artéria carótida externa, também leva sangue para estruturas relacionadas ao assoalho da
órbita.
A artéria central da retina perfura o nervo óptico e segue no seu interior, emergindo no disco óptico. Seus ramos espalham-se
sobre a superfície interna da retina. Os ramos terminais são artérias terminais, únicas responsáveis pelo suprimento sanguíneo da face
interna da retina. A face externa da retina também é suprida pela lâmina corioideo-capilar. As aa. ciliares posteriores curtas (ramos da
a. oftálmica) suprem diretamente a corioide, que nutre a lâmina não-vascular externa da retina. As aa. ciliares posteriores longas, uma
de cada lado do bulbo do olho, seguem entre a esclera e corioide para se anastomosarem com as aa. ciliares anteriores (ramos da a.
oftálmica) para suprir o plexo ciliar.
A drenagem venosa da órbita se faz através das vv. oftálmicas superior e inferior, que atravessam a fissura orbital superior e
entram no seio cavernoso. A veia central da retina geralmente entra diretamente no seio cavernoso, mas pode se unir a uma das veias
oftálmicas. As vv. vorticosas da lâmina vascular do bulbo do olho drenam para a v. oftálmica inferior. O seio venoso da esclera é uma
estrutura vascular que circunda a câmara anterior do bulbo do olho através da qual o humor aquoso retorna à circulação sanguínea.
113

Pálpebras e Aparelho Lacrimal


As pálpebras e o aparelho lacrimal protegem a córnea e o bulbo do olho de lesão e irritação.
Quando fechadas, as pálpebras cobrem o bulbo do olho anteriormente, assim protegendo-o de lesão e da luz excessiva.
Também mantêm a córnea úmida por espalhamento do líquido lacrimal. As pálpebras superior e inferior são fortalecidas por densas
faixas de tecido conjuntivo, os tarsos superior e inferior que formam o “esqueleto” das pálpebras. A fibras da parte palpebral do
músculo orbicular do olho estão no tecido conjuntivo superficial a estes tarsos e profundamente à pele das pálpebras. Incrustadas nos
tarsos estão glândulas tarsais, cuja secreção lipídica lubrifica as margens das pálpebras e impede a sua adesão quando se fecham. A
secreção lipídica também forma uma barreira que o líquido lacrimal não cruza quando produzido em quantidades normais. Quando a
produção é excessiva, ele ultrapassa a barreira e desce sobre as bochechas como lágrimas. Os cílios estão nas margens das pálpebras.
As grandes glândulas sebáceas associadas aos cílios são as glândulas ciliares. Entre o nariz e o ângulo medial do olho está o ligamento
palpebral medial, que une os tarsos à margem medial da órbita. O músculo orbicular do olho se origina e se insere neste ligamento. Um
ligamento palpebral lateral semelhante fixa o tarso à margem lateral da órbita, mas não permite fixação muscular direta.
O aparelho lacrimal consiste em:
Glândulas lacrimais: secretam o líquido lacrimal, que umidifica e lubrifica as superfícies da conjuntiva e córnea e fornece
alguns nutrientes e oxigênio dissolvido para a córnea; quando produzido em excesso, forma lágrimas
Dúctulos excretores: conduzem líquido lacrimal das glândulas lacrimais para o saco conjuntival
Canalículos lacrimais: a partir do ângulo medial do olho, drenam líquido lacrimal para o saco lacrimal
Ducto lacrimonasal: conduz o líquido lacrimal para o meato nasal inferior
A glândula lacrimal situa-se na fossa da glândula lacrimal na parte súpero-lateral de cada órbita. A glândula é dividida em
partes superior e inferior pela expansão lateral do tendão do músculo levantador da pálpebra superior. Também há glândulas lacrimais
acessórias, que são mais numerosas na pálpebra superior do que na pálpebra inferior.
A inervação da glândula lacrimal é simpática e parassimpática. As fibras secretomotoras parassimpáticas pré-sinápticas são
conduzidas do nervo facial pelo nervo petroso maior e depois pelo nervo do canal pterigoideo até o gânglio pterigopalatino, onde
fazem sinapse com o corpo celular da fibra pós-sináptica. Fibras simpáticas pós-sinápticas vasoconstritoras, trazidas do gânglio cervical
superior pelo plexo carótico interno e nervo petroso profundo, unem-se às fibras parassimpáticas para formar o nervo do canal
pterigoideo e atravessar o gânglio pterigopalatino. O nervo zigomático (ramo do n. maxilar) leva os dois tipos de fibras até o ramo
lacrimal do nervo oftálmico, pelo qual entram na glândula.

Faringe e Laringe
Faringe
A faringe é um tubo musculomembranoso longo de 12-14 cm de comprimento moldado como um cone invertido. Estende-se
desde a base do crânio até a margem inferior da cartilagem cricoidea (ao nível de C6), onde se torna contínua com o esôfago. A
largura da faringe varia constantemente, pois é dependente do tônus muscular, especialmente dos constritores. A faringe é delimitada
acima pela parte posterior do corpo do esfenoide e pela parte basilar do osso occipital, e é contínua com o esôfago abaixo.
Posteriormente, é separada da parte cervical da coluna vertebral e da lâmina pré-vertebral que cobre os mm. longo do pescoço e
longo da cabeça por tecido conjuntivo frouxo no espaço retrofaríngeo, superiormente, e no espaço retrovesical, inferiormente. Sua
mucosa de revestimento é contínua com aquela que reveste os tubos faringotimpânicos, cavidade nasal, cavidade oral e laringe.
Os músculos da faringe são três constritores (superior, médio e inferior) circulares e três levantadores (palatofaríngeo,
estilofaríngeo e salpingofaríngeo) longitudinais. Os constritores podem ser considerados como três cones sobrepostos que surgem de
estruturas nas regiões laterais da cabeça e pescoço e passam posteriormente, inserindo-se em uma faixa fibrosa mediana, a rafe da
faringe. A faringe situa-se posteriormente às cavidades nasal, oral e laríngea, e comunica-se com elas através da nasofaringe,
orofaringe e laringofaringe, respectivamente.
A nasofaringe possui paredes rígidas (exceto o assoalho, que é em parte representado pelo palato mole), e assim nunca é
obliterada por ação muscular, ao contrário das cavidades da orofaringe e da laringofaringe. As partes nasal e oral da faringe
comunicam-se através do istmo da faringe, que se situa entre a margem posterior do palato mole e a parede faríngea posterior. A
elevação do palato mole e a constrição do esfíncter palatofaríngeo fecham o istmo durante a deglutição. As paredes laterais da
nasofaringe exibem uma série de importantes características superficiais. Em cada uma das duas paredes situa-se a abertura do tubo
faringotimpânico (tuba auditiva), situado posteroinferiormente à extremidade posterior da concha nasal inferior. À medida que o m.
levantador do véu palatino entra no palato mole, ele produz uma elevação da mucosa imediatamente ao redor do óstio faríngeo da
tuba auditiva. Uma massa variável de tecido linfoide, a tonsila tubária, situa-se na mucosa imediatamente posterior à abertura da tuba
auditiva, e ainda mais posteriormente à elevação tubária há uma depressão variável na parede lateral, o recesso faríngeo.
A orofaringe estende-se da parte inferior do palato mole até a margem superior da epiglote. Ela abre-se para a cavidade oral
através do istmo orofaríngeo. Sua parede lateral consiste no arco palatofaríngeo e tonsila palatina. Posteriormente, está ao nível dos
corpos da C2 e parte superior de C3. A parede lateral da orofaringe apresenta duas pregas proeminentes, as pregas palatoglosso e
palatofaríngea. O arco palatoglosso corre a partir do palato mole até a parte lateral da língua e contém o m. palatoglosso. O arco
palatofaríngeo projeta-se mais medialmente e passa a partir do palato mole, fundindo-se com a parede lateral da faringe e contém o
m. palatofaríngeo. Uma fossa tonsilar triangular (seio tonsilar) reside em cada lado da orofaringe entre os arcos divergentes
palatofaríngeo e palatoglosso e contém a tonsila palatina.
A laringofaringe está situada posteriormente a todo o comprimento da laringe (conhecida clinicamente como hipofaringe) e
estende-se a partir da margem superior da epiglote, onde é delineada a partir da orofaringe pelas pregas glossoepiglóticas laterais, até
a margem inferior da cartilagem cricoidea, onde se torna contínua com o esôfago. A abertura da laringe situa-se na parte superior de
sua parede anterior incompleta e as superfícies posteriores das cartilagens aritenoidea e cricoidea situam-se abaixo dessa abertura. A
abertura oblíqua da laringe encontra-se na parte anterior da laringofaringe e é delimitada acima pela epiglote, abaixo pelas
cartilagens aritenoideas da laringe e lateralmente pelas pregas ariepiglóticas. Abaixo da abertura, a parede anterior da laringofaringe é
formada pela superfície posterior da cartilagem cricoidea.
A fáscia da faringe consiste em duas camadas de fáscia, as fáscias faringobasilar e bucofaríngea. A camada fibrosa que
sustenta a mucosa faríngea é espessada acima do m. constritor superior, formando a fáscia faringobasilar. Insere-se na parte basilar do
osso occipital e parte petrosa do osso temporal medial à tuba auditiva, e à parte posterior da lâmina lateral do processo pterigoide e à
rafe pterigomandibular. Inferiormente, diminui de espessura, mas é reforçada posteriormente por uma banda fibrosa inserida ao
tubérculo faríngeo do osso occipital que desce como rafe faríngea mediana dos mm. constritores. Esta camada fibrosa é na verdade a
114

cobertura epimisial interna dos músculos e sua inserção aponeurótica à base do crânio. A parte externa mais fina do epimísio é a fáscia
bucofaríngea, que recobre o m. constritor superior e passa anteriormente sobre a rafe pterigomandibular, cobrindo o bucinador.

Músculos constritores da faringe


Músculo Origem Inserção Inervação Ação
Constritor Superior Rafe da faringe Rafe pterigomandibular, N. X Constrição da faringe
mandíbula e hâmulo
pterigoideo
Constritor Médio Rafe da faringe Cornos menor e maior N. X Constrição da faringe
do hioide e ligamento
estilo-hioideo
Constritor Inferior Rafe da faringe Cartilagem cricoidea, N. X Constrição da faringe
cartilagem tireóidea
115

Músculos longitudinais da faringe


Músculo Origem Inserção Inervação Ação
Estilofaríngeo Face medial da base Parede da faringe N. IX Elevação da faringe
do processo estiloide
Salpingofaríngeo Parte inferior da Parede da faringe N. X Elevação da faringe
extremidade faríngea
da tuba auditiva
Palatofaríngeo Superfície superior da Parede da faringe N. X Elevação da faringe e
aponeurose palatina fechamento do istmo
orofaríngeo

Vascularização da Faringe
Um ramo da a. facial, a artéria tonsilar atravessa o m. constritor superior e entra no polo inferior da tonsila. A tonsila também
recebe brotos arteriais das artérias palatina ascendente, lingual, palatina descendente e faríngea ascendente. A veia palatina externa
desce do palato mole e passa perto da superfície lateral da tonsila antes de entrar no plexo venoso faríngeo.

Inervação da Faringe
A inervação da faringe (motora e maior parte da sensitiva) deriva do plexo nervoso faríngeo. As fibras motoras no plexo são
derivadas do NC X através de seu ramo ou ramos faríngeos. Elas suprem todos os músculos da faringe e do palato mole, com exceção
do estilofaríngeo (suprido pelo NC IX) e tensor do véu palatino (Suprido pelo NC V3)

Laringe
A laringe é o complexo órgão de produção de voz (“a caixa de voz”), formada por nove cartilagens unidas por membranas e
ligamentos e contendo as pregas vocais. A laringe está situada na região anterior do pescoço ao nível de C3-6. Une a parte inferior da
faringe (laringofaringe) à traqueia.
A estrutura do esqueleto da laringe é formada por uma série de cartilagens interligadas por ligamentos e membranas fibrosas, e
movida por vários músculos. O osso hioide é inserido na laringe, porém é geralmente considerado como uma estrutura separada, e já foi
descrito na parte 1 desse módulo. As cartilagens laríngeas são as cartilagens ímpares tireóidea, cricoidea e epiglótica, e as cartilagens
pares aritenóidea, cuneiforme, corniculada e tritícea. As cartilagens corniculada, cuneiforme, tritícea e epiglótica e os ápices da
aritenóidea são compostos por fibrocartilagem elástica, com pouca tendência à calcificação. As cartilagens tireóidea, cricoidea e a
116

maior parte das cartilagens aritenóideas consistem em cartilagem hialina e podem sofrer calcificação com aspecto mosqueado à
medida que a idade avança.

A cavidade da laringe estende-se do ádito da laringe, através do qual se comunica com a laringofaringe, até o nível da
margem inferior da cartilagem cricoidea. Aqui a cavidade da laringe é contínua com a cavidade da traqueia.
Vestíbulo da laringe: entre o ádito da laringe e as pregas vestibulares
Parte média da cavidade da laringe: a cavidade central (via aérea) entre as pregas vestibulares e vocais
Ventrículo da laringe: recessos que se estendem lateralmente da parte média da cavidade da laringe entre as pregas
vestibulares e vocais. O sáculo da laringe é uma bolsa cega que se abre para cada ventrículo revestido por glândulas mucosas
Cavidade infraglótica: a cavidade inferior da laringe entre as pregas vocais e a margem inferior da cartilagem cricoidea, onde
é contínua com a luz da traqueia
As pregas vocais controlam a produção do som. O ápice de cada prega cuneiforme projeta-se medialmente para a cavidade
da laringe. Cada prega vocal contém um ligamento vocal e um músculo vocal. As pregas vocais dão origem aos sons que provém da
laringe. Essas pregas produzem vibrações audíveis quando suas margens livres estão intimamente apostas durante a fonação, e o ar é
expirado forçadamente de forma intermitente. As pregas vocais também server como o principal esfíncter inspiratório da laringe
quando são firmemente fechadas. A adução completa das pregas forma um esfíncter efetivo que impede a entrada de ar.
A glote forma as pregas e os processos vocais, juntamente com a rima da glote, a abertura entre as pregas vocais. A variação
na tensão e no comprimento das pregas vocais, na largura da rima da glote e na intensidade do esforço expiratório produz alterações
na altura da voz.
As pregas vestibulares, que se estendem entre a tireoide e as cartilagens aritenoideas, têm pequeno ou nenhum papel na
produção da voz, tendo função protetora. Consistem em duas pregas espessas de mucosa que encerram os ligamentos vestibulares. O
espaço entre esses ligamentos é a rima do vestíbulo. Os recessos laterais entre as pregas vocais e vestibulares são os ventrículos da
laringe.

Os músculos da Laringe são divididos em grupos extrínseco e intrínseco:


Os músculos extrínsecos da Laringe movimentam a laringe como um todo. Os músculos infra-hióideos são depressores do hioide
e da laringe, enquanto os músculos supra-hioideos (e o estilofaríngeo) são elevadores do hioide e da laringe
Os músculos intrínsecos da Laringe movem as partes da laringe, alterando o comprimento e a tensão das pregas vocais e o
tamanho e formato da rima da glote
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Músculos Intrínsecos da laringe


Músculo Origem Inserção Inervação Ação
Cricotireoideo Parte anterolateral do Parte oblíqua – corno N. laríngeo superior Rotação da cartilagem
arco da cartilagem menor do hioide; parte (ramo do N. X) tireóidea
cricóidea reta – margem inferior
da cartilagem tireóidea

Cricoaritenoideo Depressão Oval na Face posterior do N. laríngeo recorrente Rotação e abdução da


posterior face posterior da processo muscular da (ramo do N. X) cartilagem aritenóidea
lâmina da cartilagem cartilagem aritenóidea
cricóidea

Cricoaritenoideo lateral Face superior do arco Face anterior do N. laríngeo recorrente Rotação e abdução da
da cartilagem processo muscular da (ramo do N. X) cartilagem aritenóidea
cricóidea cartilagem aritenóidea

Aritenoideo transverso Margem lateral da face Margem lateral da face N. laríngeo recorrente Adução da cartilagem
posterior da cartilagem posterior da cartilagem (ramo do N. X) aritenóidea
aritenóidea aritenóidea oposta

Aritenoideo oblíquo Face posterior do Face posterior do ápice N. laríngeo recorrente Esfíncter do ádito da
processo muscular da da cartilagem (ramo do N. X) laringe
cartilagem aritenóidea aritenóidea

Tireoaritenoideo Ângulo tireóideo e Face anterolateral e N. laríngeo recorrente Esfíncter do vestíbulo e


ligamento margem lateral da (ramo do N. X) do ádito da laringe
cricotireóideo epiglote

Vocal Face lateral do Ligamento vocal e N. laríngeo recorrente Tensiona as pregas


processo vocal da ângulo da cartilagem (ramo do N. X) vocais
cartilagem aritenóidea tireóidea
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Vascularização da Laringe
As artérias laríngeas, ramos das aa. tireóideas superior e inferior, suprem a laringe. A artéria laríngea superior acompanha o
ramo interno do nervo laríngeo superior através da membrana tireo-hióidea e emite ramos para suprir a face interna da laringe. A artéria
cricotireóidea, um pequeno ramo da a. tireóidea superior, supre o m. cricotireóideo. A artéria laríngea inferior, um ramo da a. tireóidea
inferior, acompanha o n. laríngeo inferior (parte terminal do n. laríngeo recorrente) e supre a mucosa e os músculos na parte inferior da
laringe.
As veias laríngeas acompanham as artérias laríngeas. A veia laríngea superior geralmente se une à veia tireóidea superior e
através dela drena para a VJI. A veia laríngea inferior une-se à veia tireóidea inferior ou ao plexo venoso sobre a face anterior da
traqueia, que drena para a veia braquiocefálica esquerda.

Inervação da Laringe
Os nervos da laringe são os ramos laríngeos superior e recorrente dos NC X. O nervo laríngeo superior origina-se do gânglio
vagal inferior na extremidade superior do trígono carótico. O nervo divide-se em dois ramos terminais na bainha carótica: o n. laríngeo
interno (sensitivo e autônomo) e o n. laríngeo externo (motor). O nervo laríngeo inferior, continuação do n. laríngeo recorrente (ramo do
NC X), entra na laringe passando profundamente à margem inferior do músculo constritor inferior da faringe e medial à lâmina da
cartilagem tireóidea. Divide-se em ramos anterior e posterior, que acompanham a a. laríngea inferior até a laringe. Como supre todos os
músculos intrínsecos, com exceção do cricotireóideo, é o nervo motor primário da laringe. Entretanto, também envia fibras sensitivas
para a mucosa da cavidade infraglótica

Tireoide e Paratireoides
A glândula tireoide situa-se anteriormente na região inferior do pescoço, ao nível das vértebras C5-T1. É embainhada pela
camada pré-traqueal da fáscia cervical profunda e consiste em lobos direito e esquerdo, geralmente unidos por um ismo estreito,
mediano. Os lobos da glândula são aproximadamente cônicos, cada lodo geralmente com 5 cm de comprimento. Um lobo piramidal
cônico frequentemente sobre em direção ao osso hioide a partir do istmo ou parte adjacente de um dos outros lobos. O músculo
levantador da glândula tireoide às vezes desce a partir do corpo do hioide até o istmo ou lobo piramidal.
A glândula tireoide é suprida pelas artérias tireóideas superior e inferior e, às vezes, por uma artéria tireóidea ima proveniente
do tronco braquiocefálico ou do arco aórtico. A artéria tireóidea superior divide-se em ramos anterior (supre a superfície anterior) e
posterior (supre a superfícies lateral e medial). A artéria tireóidea inferior divide-se em ramos superior (supre a superfície inferior) e inferior
(supre a superfície posterior). A drenagem venosa da glândula tireoide é através das veias tireóideas superior, média e inferior ,que
formam um plexo venoso pré-traqueal (ou tireóideo). A inervação da glândula tireoide é somente vasomotora, derivada dos gânglios
simpáticos cervicais superiores, médios e inferiores, que chegam à glândula através dos plexos cardíaco e periarteriais tireóideos
superior e inferior.
As glândulas paratireoides são estruturas pequenas, ovoides ou lentiformes, geralmente em número de 4 (2 superiores e 2
inferiores). Ambas as glândulas paratireoides superiores e inferiores são em geral supridas pelas artérias tireóideas inferiores; a
paratireoide superior pode ser suprida pela artéria tireóidea superior ou a partir de anastomoses entre as artérias tireóidea superior e
inferior. A drenagem venosa se dá pelo plexo venoso tireóideo. A inervação das paratireoides também é vasomotora e derivada da
inervação da tireoide.
119

c) O nervo trigêmeo divide-se em oftálmico, maxilar


Exercícios e mandibular
d) Oblíquo inferior
1) A esclera e a córnea formam a túnica: e) Reto inferior
a) Interna
b) Pelúcida
9) O ducto lacrimonasal abre-se ao nível do meato nasal
c) Média
a) Superior
d) Fibrosa
b) Supremo
e) Vascular
c) Médio
d) Inferior
2) Os fotorreceptores encontram-se ao nível da: e) Imo
a) Córnea
b) Retina
10) Os cóanos representam as aberturas nasais posteriores
c) Esclera
e comunicam a cavidade nasal com a
d) Íris
a) Mesofaringe
e) Pupila
b) Hipofaringe
c) Nasofaringe
3) A inserção dos músculos extrínsecos do bulbo ocular é d) Orofaringe
feita na: e) Laringofaringe
a) Túnica vascular
b) Túnica média
11) São músculos que possuem inserção no corno maior
c) Túnica interna
do osso hioide:
d) Túnica fibrosa
a) Constritor superior da faringe e hioglosso
e) Túnica pelúcida
b) Constritor inferior da faringe e estilofaríngeo
c) Constritor médio da faringe e hioglosso
4) A glândula lacrimal situa-se no: d) Constritor superior da faringe e bucinador
a) Ângulo medial e inferior da órbita e) Constritor médio da faringe e gênio-hioideo
b) Ângulo lateral e superior da órbita
c) Ângulo medial e superior da órbita
12) A adenoide diz respeito à tonsila:
d) Ângulo lateral e inferior da órbita
a) Faríngea
e) Centro da órbita
b) Lingual
c) Palatina
5) A parte cega da retina corresponde ao: d) Tubária
a) Corpo vítreo e) Nasal
b) Humor aquoso
c) Corpo ciliar
13) A obstrução retronasal pode ser provocada por um
d) Disco do nervo óptico
quadro de hiperplasia crônica de um nódulo
e) Mácula lútea
multilobulado de tecido linfoide, localizado na parede
posterior e superior da nasofaringe, levando o
6) Sobre o bulbo do olho pode-se afirmar que indivíduo à respiração bucal e, por conseguinte,
a) O humor aquoso preenche as câmaras anterior e originaldo uma fisionomia típica de face adenoidiana,
posterior do bulbo ocular trata-se da tonsila:
b) A câmara anterior representa o espaço localizado a) Palatina
entre a íris e a córnea b) Tubária
c) A interferência na reabsorção do humor aquoso c) Faríngea
resulta no aumento da pressão intraocular d) Lingual
(glaucoma) e) Nasal
d) A câmara posterior situa-se entre a íris e a lente
e) Todas as alternativas estão corretas
14) O espaço existente entre as pregas vocais denomina-
se
7) O movimento de adução do bulbo do olho é a) Ádito da laringe
realizado, principalmente, pelo seguinte músculo b) Vestíbulo da laringe
extrínseco: c) Ventrículo da laringe
a) Reto superior d) Rima da glote
b) Reto inferior e) Forame da laringe
c) Reto medial
d) Reto lateral 15) A irrigação da laringe é assegurada pelas artérias
e) Oblíquo superior laríngeas superior e inferior, que por sua vez, são ramos,
respectivamente, das artérias:
a) Tireóidea inferior e tireóidea superior
8) O movimento de abdução do bulbo ocular é b) Lingual e tireóidea inferior
realizado, sobretudo, pelo seguinte músculo extrínseco: c) Tireóidea superior e tireóidea inferior
a) Reto medial d) Tireóidea superior e lingual
b) Reto lateral e) Lingual e tireóidea superior
120

a) Canalículos lacrimais
b) Dúctulos excretores
16) A voz, em sua produção, depende de: c) Sacos lacrimais
a) Pressão subglótica d) Glândulas lacrimais
b) Fluxo aéreo e) Ducto lacrimonasal
c) Resistência glótica
d) Lubrificação
e) Todas as alternativas estão corretas 23) Os limites da faringe são:
a) Superiormente, corpo do etmoide e base do
etmoide
17) Sobre a laringe é incorreto afirmar que: b) Inferiormente, esôfago
a) Na criança, é mais cranial, reduzindo a c) Inferiormente, laringe
possibilidade de aspiração de corpos estranhos d) Superiormente, corpo do esfenoide e parte
b) A prega vocal na mulher é mais curta e mais petrosa do temporal
esticada por ação hormonal e) Superiormente, corpo do esfenoide e parte
c) A cartilagem cricoidea na criança encontra-se ao timpânica do temporal
nível de C3
d) Possui, dentre outras funções, a respiratória e
esfincteriana 24) Com exceção do músculo ________, todos os músculos
e) Na criança a voz é mais grave da faringe são inervados pelo NC ___.
a) Salpingofaríngeo e VII
b) Constritor médio e IX
18) Sobre músculos intrínsecos e extrínsecos da laringe é c) Constritor superior e VII
incorreto afirmar que: d) Estilofaríngeo e X
a) O cricoaritenoideo lateral é intrínseco, cuja e) Palatofaríngeo e X
adução provoca fechamento da rima da glote
b) Os infra-hioideos são extrínsecos e agem
abaixando a laringe 25) É um músculo extrínseco da laringe
c) Os supra-hioideos elevam a laringe a) Cricoaritenoideo lateral
d) Os músculos tireoaritenoideos são extrínsecos b) Cricotireoideo
e) O músculo cricoaritenoideo realiza um movimento c) Estilofaríngeo
de báscula d) Aritenoideo transverso
e) Tireoaritenoideo

19) Sobre a laringe é incorreto afirmar que:


a) É uma via aérea 26) A lesão desse nervo causa disfonia se unilateral ou
b) É um tubo predominantemente cartilagíneo afonia se bilateral
c) A epiglote está unida à raiz da língua a) Ramo externo do laríngeo superior
d) A cartilagem tireóidea é ímpar e de natureza b) Laríngeo médio
elástica c) Ramo interno do laríngeo superior
e) Possui função fonadora d) Faríngeo inferior
e) Laríngeo recorrente

20) A parte cartilagínea da tuba auditiva e o músculo


constritor superior da faringe se fixam na seguinte 27) A orofaringe estende-se:
estrutura: a) Do palato duro à língua
a) Lâmina lateral do processo pterigoide do b) Do palato mole ao nível do osso hióide
esfenoide c) Das coanas até a úvula
b) Hâmulo pterigoideo d) Do osso hioide até a borda inferior da cartilagem
c) Corpo do esfenoide cricoidea
d) Lâmina medial do processo pterigoide do e) Do arco palatoglosso até o arco palatofaríngeo
esfenoide
e) Processo piramidal do osso palatino 28) Recessos que se estendem lateralmente da parte
média da cavidade da laringe entre as pregas
vestibulares e vocais
21) A estimulação parassimpática no músculo liso do a) Vestíbulos da laringe
corpo ciliar causa: b) Ventrículos da laringe
a) Contração das fibras, diminuição da convexidade c) Sáculos da laringe
e acuidade visual para longe d) Cavidade infraglótica
b) Relaxamento das fibras, aumento da convexidade e) Parte média da cavidade da laringe
e acuidade visual para longe
c) Relaxamento das fibras, diminuição da
convexidade e acuidade visual para perto 29) São cartilagens da laringe que apresentam tendência
d) Relaxamento das fibras, aumento da convexidade à calcificação, exceto
e acuidade visual para perto a) Tireóidea
e) Contração das fibras, aumento da convexidade e b) Cricoidea
acuidade visual para perto c) Epiglótica
d) Maior parte das aritenóideas
e) Todas apresentam tendência à calcificação
22) Conduzem líquido lacrimal das glândulas lacrimais
para o saco conjuntival
121

30) São cartilagens da laringe que não apresentam 37) Transmitir luz, manter a retina no lugar e sustentar a
tendência à calcificação, exceto lente são funções de qual estrutura do olho?
a) Cuneiforme a) Córnea
b) Cricoidea b) Humor Aquoso
c) Tritícea c) Humor Vítreo
d) Epiglote d) Fibras Zonulares
e) Todas apresentam tendência à calcificação e) Ora Serrata

31) O tubo faringotimpânico (tuba auditiva) abre-se na 38) Dos músculos extrínsecos do olho, aquele que tem
a) Orofaringe função de aduzir, rodar lateralmente e deprimir o
b) Laringe bulbo do olho é
c) Concha nasal suprema a) Reto lateral
d) Nasofaringe b) Reto inferior
e) Laringofaringe c) Reto medial
d) Oblíquo superior
e) Reto superior
32) A fáscia faringobasilar insere-se nesses locais, exceto:
a) Asa menor do esfenoide
b) Parte basilar do occipital 39) Em uma lesão do NC III, esses sinais estarão presentes,
c) Parte petrosa do temporal exceto
d) Lâmina lateral do processo pterigoide a) Ptose palpebral
e) Rafe pterigomandibular b) Perda da adução do bulbo
c) Perda da elevação do bulbo
d) Perda da abdução do olho
33) A inervação da glândula lacrimal se dá e) Midríase
a) Pelo SNA Parassimpático através do NC VII e
Simpático pelo n. petroso profundo
b) Apenas pelo SNA Parassimpático através do NC VII 40) As cartilagens pares da laringe são ____, ____ e ____;
c) Apenas pelo SNA Simpático através do n. petroso enquanto as ímpares são ____, ____ e ____
profundo a) Tireóidea, aritenóidea e epiglótica; cricoidea,
d) Apenas pelo SNA Parassimpático através do n. corniculada e cuneiforme
petroso profundo b) Tireóidea, cricoidea e epiglótica; aritenóidea,
e) Pelo SNA Parassimpático através do NC V e corniculada e cuneiforme
Simpático pelo NC VII c) Aritenóidea, corniculada e epiglótica; tireóidea,
cricoidea e cuneiforme
34) A camada fotossensível da retina obtém nutrientes e d) Aritenóidea, corniculada e cuneiforme; tireóidea,
oxigênio através: cricoidea e epiglótica
a) Da a. ciliar anterior e) Tireóidea, aritenóidea e cuneiforme; cricoidea,
b) Dos vasos finos da corioide corniculada e epiglótica
c) Da a. orbicular maior
d) Da a. irídica anterior
e) Dos vasos maiores da corioide
Para as questões 41 a 50, avalie as frases e marque a
alternativa correta.
35) Quais artérias vascularizam a Laringe?
a) A. laríngea anterior e a. laríngea posterior 41) Quando a estimulação parassimpática causa
b) A. cricotireoidea, a. laríngea anterior e a. laríngea contração do músculo liso do corpo ciliar circular, o
posterior círculo, como um esfíncter, diminui de tamanho e a
c) A. cricoaritenoidea anterior, a. cricoaritenoidea tensão da lente é reduzida, permitindo o
posterior e a. laríngea inferior arredondamento da lente. O aumento da
d) A. cricotireoidea, a. laríngea inferior e a. laríngea convexidade torna sua refração adequada para a
superior visão de perto. Na ausência da estimulação
e) A. cricoaritenoidea anterior, a. cricoaritenoidea parassimpática, os músculos ciliares relaxam
posterior e a. laríngea novamente e a lente é tracionada e assume um
formato mais plano, para a visão de longe.
a) A frase está correta
36) A inervação da Faringe se dá b) A frase está parcialmente errada, pois a
a) Pelo n. faríngeo recorrente estimulação parassimpática relaxa as fibras do
b) Principalmente pelos ramos faríngeos recorrentes músculo liso do corpo ciliar
do NC X, com contribuições dos NC VII e VIII c) A frase está parcialmente errada, pois a
c) Pelos ramos faríngeos do NC X contração do músculo liso do corpo ciliar
d) Principalmente pelo plexo nervoso faríngeo, com aumenta a tensão sobre a lente
contribuições dos NC IX e V3 d) A frase está parcialmente errada, pois o aumento
e) Pelos nn. faríngeo recorrente superior, faríngeo da convexidade da lente adequa a visão para
recorrente inferior e faríngeo anterior, com longe
contribuições do n. laríngeo superior e) A frase está incorreta
122

42) A faringe estende-se da base do crânio até a margem a cavidade da laringe. Cada prega contém um
inferior da cartilagem cricoidea anteriormente e a ligamento vocal e um músculo vocal. As pregas
margem inferior da vértebra C6 posteriormente. A também servem como o principal esfíncter inspiratório
faringe é mais larga oposta ao hioide e mais estreita da laringe quando são firmemente fechadas.
em sua extremidade inferior, onde é contínua com a a) A frase está correta
laringe. A parede posterior plana da faringe situa-se b) A frase está parcialmente errada, pois cada prega
contra a lâmina pré-vertebral da fáscia cervical. vestibular apresenta dois ligamentos e um músculo
a) A frase está correta vocal
b) A frase está parcialmente errada, pois a faringe é c) A frase está parcialmente errada, pois a descrição
mais estreita superiormente e mais larga se refere às pregas vocais
inferiormente d) A frase está parcialmente errada, pois cada prega
c) A frase está parcialmente errada, pois a faringe é vestibular apresenta um ligamento e dois músculos
contínua inferiormente com o esôfago vocais
d) A frase está parcialmente errada, pois a parede e) A frase está incorreta
posterior da faringe é irregular e contém massas
de tecido linfoide (tonsilas)
e) A frase está incorreta 47) As articulações cricoaritenoideas são um par de
articulações sinoviais entre as facetas sobre as partes
laterais da margem superior da lâmina da cartilagem
43) A parte laríngea da faringe está situada anteriormente cricoidea e as bases das aritenóideas. Cada
à laringe, estendendo-se da margem superior da articulação é envolta por um ligamento capsular e
epiglote e das pregas faringoepiglóticas até a reforçada por um ligamento que, embora
margem inferior da cartilagem cricoidea. tradicionalmente denominado ligamento
a) A frase está correta cricoaritenoideo posterior, é em grande medida de
b) A frase está parcialmente errada, pois a posição medial
laringofaringe estende-se até a margem inferior a) A frase está correta
da epiglote b) A frase está parcialmente errada, pois as
c) A frase está parcialmente errada, pois a articulações cricoaritenoideas são sindesmoses
laringofaringe está situada posteriormente à c) A frase está parcialmente errada, pois o ligamento
laringe cricoaritenoideo posterior não reforça a cápsula
d) A frase está parcialmente errada, pois a articular
laringofaringe está situada entre as cartilagens d) A frase está parcialmente errada, pois as
aritenóideas e parte superior da cartilagem articulações cricoaritenoideas são articulações
cricoidea entre as facetas sobre as partes mediais da
e) A frase está incorreta margem superior da cartilagem cricoidea e as
bases das aritenóideas
e) A frase está incorreta
44) Os mm. constritores da faringe possuem um
revestimento fascial interno forte, a fáscia
faringobasilar, e um revestimento fascial externo fino, a 48) A íris é um diafragma contrátil fino com uma abertura
fáscia bucofaríngea. Inferiormente, a fáscia central, a pupila. Dois músculos involuntários controlam
bucofaríngea funde-se com a lâmina pré-traqueal de o tamanho da pupila: o esfíncter da pupila, estimulado
fáscia cervical. pelo simpático, fecha a pupila; e o dilatador da
a) A frase está correta pupila, estimulado pelo parassimpático, abre.
b) A frase está parcialmente errada, pois a fáscia a) A frase está correta
faringobasilar é externa b) A frase está parcialmente errada, pois o esfíncter
c) A frase está parcialmente errada, pois a fáscia da pupila abre a pupila; e o dilatador da pupila,
bucofaríngea é interna fecha
d) B e C estão corretas c) A frase está parcialmente errada, pois o esfíncter
e) A frase está incorreta da pupila é estimulado pelo parassimpático; e o
dilatador da pupila é estimulado pelo simpático
d) B e C estão corretas
45) Os músculos adutores e abdutores da laringe e) A frase está incorreta
movimentam as pregas vocais para abrir e fechar a
rima da glote. Os principais músculos adutores da
laringe são os cricoaritenoideos posteriores, e os únicos 49) A mácula lútea representa o ponto cego do olho.
abdutores são os cricoaritenoideos laterais. Nela, existe uma concentração de vasos que se
a) A frase está correta ramificam com vasos finos, a partir dos quais a retina
b) A frase está parcialmente errada, pois os mm. retira seus nutrientes e oxigênio
cricoaritenoideos posteriores são os únicos a) A frase está correta
abdutores da laringe b) A frase está parcialmente errada, pois a mácula
c) A frase está parcialmente errada, pois os mm. lútea não representa o ponto cego do olho
cricoaritenoideos laterais são os principais c) A frase está parcialmente errada, pois não há
adutores da laringe concentração de vasos na mácula lútea
d) B e C estão corretas d) A frase está parcialmente errada, pois a retina não
e) A frase está incorreta retira nutrientes e oxigênio a partir de vasos da
mácula lútea
e) A frase está incorreta
46) As pregas vestibulares controlam a produção de som.
O ápice de cada prega projeta-se medialmente para
123

50) As camadas da retina em desenvolvimento são


separadas no embrião por um espaço intra-retiniano.
Durante o período fetal inicial, as camadas
embrionárias se fundem, obliterando esse espaço.
Embora o estrato pigmentoso torne-se firmemente
fixado à corioide, sua fixação ao estrato nervoso não é
firme. Consequentemente, pode haver descolamento
de retina após um golpe no olho. Um descolamento
de retina geralmente resulta da entrada de líquido
entre os estratos nervoso e pigmentoso da retina. As
pessoas com descolamento de retina podem se
queixar de flashes luminosos ou pontos flutuando na
frente do olho
a) A frase está correta
b) A frase está parcialmente errada, pois as
camadas da retina são sempre fundidas
c) A frase está parcialmente errada, pois o
descolamento de retina sempre é decorrente de
erro genético e deve ser examinado por um
geneticista
d) A frase está parcialmente errada, pois no
descolamento de retina o paciente perde parte
do campo de visão, não ocorrendo flashes ou
pontos flutuantes
e) A frase está incorreta

Respostas:
1 D 11 C 21 E 31 D 41 A
2 B 12 A 22 B 32 A 42 C
3 D 13 C 23 D 33 A 43 C
4 B 14 D 24 D 34 B 44 A
5 D 15 C 25 C 35 D 45 D
6 E 16 E 26 E 36 D 46 C
7 C 17 E 27 B 37 C 47 A
8 B 18 D 28 B 38 B 48 C
9 D 19 D 29 C 39 D 49 E
10 C 20 D 30 B 40 D 50 A
124

Sumário Módulo 3 – Tórax e Abdome

Tórax...............................................................................................125 Exercícios............................................................................................157
Coluna Vertebral .......................................................................125 Peritônio e Formações Peritoneais.............................................. 161
Vértebras Torácicas...................................................................126 Peritônio .............................................................................................161
Vértebras Lombares ..................................................................127 Formações Peritoneais ...................................................................161

Disco Intervertebral .........................................................................128 Esôfago e Estômago..................................................................... 162

Músculos Intrínsecos da Parede do Tórax ..................................128 Esôfago...............................................................................................162

Vascularização da Parede Torácica ..........................................130 Vascularização e Drenagem do Esôfago ...........................164

Parede Anterolateral do Abdome...............................................130 Inervação do Esôfago ..............................................................164


Músculos da Parede Anterolateral do Abdome ......................133 Estômago ...........................................................................................167
Bainha do Músculo Reto, Linha Alba e Umbigo .......................133 Camadas musculares do Estômago .....................................167
Vascularização da Parede Anterolateral do Abdome ..........135 Inervação do Estômago ..........................................................169
Face Interna da Parede Anterolateral do Abdome ...............136 Intestinos Delgado e Grosso........................................................ 172
Região Inguinal.................................................................................136 Intestino Delgado.............................................................................172
Ligamento Inguinal e Trato Iliopúbico ..................................136 Duodeno ............................................................................................172
Canal Inguinal ............................................................................137 Jejuno e Íleo ......................................................................................174
Parede Posterior do Abdome ......................................................138 Jejuno .................................................................................................174
Fáscia da Parede Posterior do Abdome ....................................139 Íleo .......................................................................................................174
Músculos da Parede Posterior do Abdome...............................139 Intestino Grosso.................................................................................175
Vascularização da Parede Posterior do Abdome...................139 Ceco e Apêndice............................................................................175
Exercícios............................................................................................140 Colo Ascendente.............................................................................175
Coração.........................................................................................145 Colo Transverso.................................................................................175
Anatomia Externa do Coração....................................................145 Colo Descendente ..........................................................................176
Vascularização do Coração ........................................................145 Colo Sigmoide ..................................................................................176
Complexo Estimulante e Inervação do Coração ...................146 Reto e Canal Anal ...........................................................................179
Anatomia Interna do Coração ....................................................148 Fígado, Baço, Vias biliares e Pâncreas ...................................... 183
Mediastino .....................................................................................151 Fígado.................................................................................................183
Posições Relativas das Vísceras no Mediastino ........................151 Vias biliares ........................................................................................186
Diafragma ......................................................................................152 Pâncreas ............................................................................................187
Traqueia .........................................................................................154 Baço ....................................................................................................189
Pulmões..........................................................................................154 Exercícios............................................................................................191
Pleura ..................................................................................................156
125

Tórax O tórax é a parte superior do tronco. É constituído por uma caixa musculoesquelética externa, a parede torácica, e por uma
cavidade interna que contém o coração, os pulmões, o esôfago, a traqueia, o timo, os nervos vago e frênico, os troncos simpáticos
direito e esquerdo, o ducto torácico e os principais vasos sanguíneos sistêmicos e pulmonares. Inferiormente, o tórax é separado da
cavidade abdominal pelo diafragma e superiormente comunica-se com o pescoço e com os membros superiores.
O esqueleto do tórax é formado por 12 vértebras torácicas e seus discos intervertebrais interpostos, 12 pares de costelas e suas
cartilagens costais e o esterno. Lateralmente, a caixa torácica é convexa e formada por costelas, enquanto anteriormente é levemente
côncava e formada pelo esterno e pelas partes distais das costelas e de suas cartilagens costais. Os primeiros 7 pares de costelas estão
conectados ao esterno pelas cartilagens costais, as cartilagens costais das costelas 8-10 geralmente se articulam com a cartilagem
suprajacente e as costelas 11 e 12 são livres. As costelas e as cartilagens costais estão separadas pelos espaços intercostais, que são
mais profundos anteriormente e entre as costelas superiores. Cada espaço intercostal está preenchido por 3 camadas de músculos
planos e suas aponeuroses, feixes neurovasculares e canais linfáticos.
A abertura superior do tórax é limitada pelo corpo vertebral da primeira vértebra torácica posteriormente, pela margem medial
das primeiras costelas de cada lado e pela margem superior do manúbrio do esterno anteriormente. Está inclinada para baixo e para
frente, de modo que o ápice do pulmão se estenda para cima e para dentro do pescoço. A abertura inferior do tórax é limitada
posteriormente pelo corpo vertebral da 12ª vértebra torácica, posterolateralmente pela 12ª costela e extremidade distal da 11ª costela,
anterolateralmente pela extremidade distal das cartilagens costais das costelas 7-10 (margem costal) e anteriormente pelo processo
xifoide.

Coluna Vertebral
A coluna vertebral em um adulto é formada normalmente por 32 a 34 vértebras, organizadas em cinco regiões:

7 cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e 3 a 5 coccígeas. Didaticamente, pode-se separar o segmento torácico em 2
subsegmentos, um com 7 vértebras e o outro com 5. Assim a sequência de vértebras fica 7-7-5-5-5-4 (mais fácil de lembrar)

Só há movimento significativo entre as 25 vértebras. Das 9 vértebras inferiores, as 5 vértebras sacrais estão fundidas em adultos
formando o sacro e, após aproximadamente 30 anos de idade, vértebras coccígeas se fundem para formar o cóccix. O ângulo
lombossacral situa-se na junção dos eixos longitudinais da região lombar da coluna vertebral e do sacro. As vértebras tornam-se maiores
gradualmente à medida que a coluna vertebral desce até o sacro e depois se tornam progressivamente menores em direção ao ápice
do cóccix. A mudança de tamanho está relacionada com a carga de peso crescente sobre as vértebras. As vértebras atingem seu
tamanho máximo no sacro, que transfere o peso para o cíngulo do membro inferior nas articulações sacroilícas.
As vértebras normalmente variam em tamanho e outras características de uma região da coluna vertebral para outra, e em
menor grau dentro de cada região. Entretanto, sua estrutura básica é a mesma. Uma vértebra é formada por um corpo vertebral, um
arco vertebral e sete processos.
O corpo vertebral é a parte anterior do osso, maior, aproximadamente cilíndrica, que confere resistência à coluna vertebral e
sustenta o peso do corpo. O tamanho dos corpos vertebrais aumenta nas regiões inferiores da coluna, principalmente de T4 para baixo,
pois cada um sustenta uma parte progressivamente maior do peso corporal.
126

O arco vertebral está situado posteriormente ao corpo vertebral e consiste em dois pedículos e lâminas (direitos e esquerdos).
Os pedículos são processos cilíndricos sólidos e curtos que se projetam posteriormente do corpo vertebral para encontrar duas placas
ósseas largas e achatadas, denominadas lâminas, que se unem na linha mediana. O arco vertebral e a superfície posterior do corpo
vertebral formam as paredes do forame vertebral. A sucessão de forames vertebrais na coluna vertebral forma o canal vertebral (canal
medular), que contém a medula espinal e as raízes dos nervos espinais, juntamente com as meninges, gordura e vasos que as
circundam e servem. As incisuras vertebrais são entalhes observados em vista lateral das vértebras acima e abaixo de cada pedículo. A
incisura vertebral inferior da vértebra superior e a incisura vertebral superior da vértebra inferior formam os forames intervertebrais, nos
quais estão localizados os gânglios sensitivos dos nervos espinais e através dos quais os nervos espinais emergem da coluna vertebral
com seus vasos associados.
Sete processos originam-se do arco vertebral de uma vértebra:
Um processo espinhoso mediano projeta-se posteriormente (e, geralmente, superpõe-se à vértebra inferior) a partir do arco
vertebral na junção das lâminas
Dois processos transversos projetam-se posterolateralmente a partir das junções dos pedículos e lâminas
Quatro processos articulares, dois superiores e dois inferiores também originam-se das junções dos pedículos e lâminas,
cada um com uma face articular
Através dos processos articulares, as vértebras articulam-se umas com as outras. A disposição (horizontal, vertical, sagital e coronal)
desses processos determina a direção dos movimentos que essas vértebras possibilitam. A seguir, vamos estudar as peculiaridades dos
tipos de vértebra.

Vértebras Torácicas
As vértebras torácicas estão localizadas na parte superior do dorso e fornecem fixação para as costelas. A característica
primária delas é a presença das fóveas costais para articulação com as costelas. As vértebras T5-T8 possuem todas as características
típicas das vértebras torácicas. Os processos articulares das vértebras torácicas estendem-se verticalmente com pares de faces
articulares, com orientação quase coronal, que definem um arco centralizado no disco IV. Esse arco permite rotação e algum grau de
flexão lateral da coluna vertebral (o maior grau de rotação ocorre aqui).

As vértebras T1-T4 possuem algumas características em comum com as vértebras cervicais. T1 é atípica em relação às vertebras
torácicas porque possui um processo espinhoso longo, quase horizontal. Também possui uma fóvea costal completa na margem
superior de seu corpo para a 1ª costela e uma hemifóvea em sua margem inferior que contribui para a superfície articula para a 2ª
costela.
T9-T12 possuem algumas características de vértebras lombares, incluindo tubérculos semelhantes aos processos acessórios e
mamilares das vértebras lombares. T12 apresenta, em sua metade superior, caráter torácico, possuindo fóveas costais e processos
articulares que permitem movimento basicamente giratório, enquanto sua metade inferior tem caráter lombar, sem fóveas costais e
com processos articulares que permitem apenas flexão e extensão.
127

Vértebras Lombares
As vértebras lombares estão localizadas na região lombar entre o tórax e o sacro. Como o peso que sustentam aumenta em
direção à extremidade inferior da coluna vertebral, as vértebras lombares têm corpos grandes. Seus processos articulares estendem-se
verticalmente, com as faces articulares orientadas sagitalmente no início, mas passando a uma orientação mais coronal à medida que
a coluna desce. Nas articulações superiores com orientação mais sagital, as faces dos processos inferiores da vértebra acima, voltadas
lateralmente, são “seguras” pelas faces voltadas medialmente dos processos superiores da vértebra abaixo, de forma que facilita a
flexão e extensão, permite a flexão lateral, mas impede a rotação. Os processos transversos projetam-se um pouco
posterosuperiormente e também lateralmente. Na superfície posterior da base de cada processo transverso há um pequeno processo
acessório, que permite fixação muscular. Na superfície posterior dos processos articulares superiores há processos mamilares, que
também permitem fixações musculares.
128

A vértebra L5 é a maior de todas as vértebras móveis, sustenta o peso de toda a parte superior do corpo. Apresenta corpo e processo
transverso grande. Seu corpo é bem mais profundo anteriormente; portanto, é amplamente responsável pelo ângulo lombossacral entre
o eixo longitudinal da região lombar da coluna vertebral e do sacro.

*O Sacro e o cóccix serão estudados no módulo pelve e períneo

Disco Intervertebral
Cada disco IV é formado por um anel fibroso, uma parte fibrosa externa, composta de lamelas concêntricas de
fibrocartilagem, e uma massa central gelatinosa, denominada núcleo pulposo. O anel fibroso é um anel formado por lamelas
concêntricas de fibrocartilagem que formam a circunferência do disco IV. O núcleo pulposo é o núcleo central do disco IV. No recém-
nascido, esse núcleo é constituído basicamente de água e a quantidade de água diminui com o avanço da idade. Como as lamelas
do anel fibroso são mais finas e menos numerosas posteriormente do que anterolateralmente, o núcleo fica levemente deslocado em
sentido posterior. O núcleo é avascular, recebe sua nutrição por difusão de vasos sanguíneos na periferia do anel fibroso e do corpo
vertebral.

Músculos Intrínsecos da Parede do Tórax


Os músculos intrínsecos da parede do tórax são os músculos intercostais, os subcostais, o transverso do tórax, os levantadores
das costelas, o serrátil posterior superior e o serrátil posterior inferior. Os músculos intercostais ocupam cada um dos espaços intercostais
e são denominados de acordo com seu plano de profundidade (externo, interno e íntimo). Todos os músculos intrínsecos são inervados
por nervos intercostais adjacentes derivados dos ramos anteriores dos nervos espinhais torácicos, com exceção dos músculos
levantadores das costelas, que são inervados pelos ramos posteriores dos nervos espinhais torácicos.
Músculo Origem Inserção Inervação Ação
Intercostais Margem inferior das Margem superior das N. Intercostal Externo: eleva as
costelas costelas abaixo costelas durante a
inspiração forçada
Interno e íntimo:
deprime ou eleva as
costelas durante a
respiração forçada
129

Subcostais Face interna das Margem superior da 2ª N. Intercostal Mesma ação dos
costelas inferiores perto ou da 3ª costela mm. intercostais
de seus ângulos abaixo internos

Transverso do Tórax Face posterior da Face interna das 2ª-6ª N. Intercostal Deprime levemente
parte inferior do cartilagens costais as costelas
esterno

Levantador da costela Processos transversos Costelas subjacentes Ramos primários Eleva as costelas
de T7-11 entre o tubérculo e o posteriores de C8-T11
ângulo

Serrátil Posterior Superior Ligamento nucal, Margens superiores da 2º ao 5º nn. Intercostais Eleva as costelas
processos espinhosos 2ª-4ª costelas
de C7-T3

Serrátil Posterior Inferior Processos espinhosos Margens inferiores das Ramos anteriores de Deprime as costelas
de T11-L2 costelas 8-12, perto de T9-12
seus ângulos
130

Vascularização da Parede Torácica


A pele do tórax é irrigada por vasos cutâneos diretos e vasos musculocutâneos perfurantes que alcançam a pele
primariamente através dos músculos intercostais, peitoral maior, latíssimo do dorso e trapézio. Os ramos das artérias toracoacromial,
torácica lateral, torácica interna, intercostal anterior e posterior, toracodorsal, cervical transversa, dorsal da escápula e circunflexa da
escápula são os principais contribuintes.
A parede do tórax recebe sua irrigação sanguínea através da artéria torácica interna (direta ou indiretamente pela artéria
musculofrênica), da artéria intercostal suprema (ramos da artéria subclávia), das artérias torácicas superior e lateral (ramos da artéria
axilar), das artérias intercostais posteriores e subcostal (ramos da parte torácica da aorta). Outras artérias que contribuem para a
irrigação são as artérias supraescapular, cervical transversa, toracoacromial e subescapular.
As principais artérias são as artérias intercostais posteriores e subcostal, ramos da aorta torácica; a artéria torácica interna e
intercostal suprema, ramos da artéria subclávia; e artérias torácicas superior e lateral, ramos da artéria axilar.
As veias intercostais acompanham as artérias de nomes similares nos espaços intercostais. As pequenas veias intercostais
anteriores são tributárias das veias torácica interna e musculofrênica: as veias torácias internas drenam para sua própria veia
braquiocefálica. As veias intercostais posteriores drenam posteriormente e a maioria drena diretamente ou indiretamente para a veia
ázigo, à direita, e para a veia hemiázigo ou hemiázigo acessória, à esquerda. As veias do sistema ázigo exibem uma grande variação
em sua origem, seu curso, suas tributárias, suas anastomoses e suas terminações.

À esquerda, artérias da parede torácica e da parte torácica da aorta; à direita, veias da parede do tórax e sistema ázigo.

Parede Anterolateral do
Abdome A Parede Anterolateral do Abdome é limitada superiormente pelas cartilagens das costelas 7-10 e processo xifoide do esterno e
inferiormente pelo ligamento inguinal e margens superiores das faces anterolaterais do cíngulo do membro inferior. Ela se sobrepõe e
está conectada tanto à parede abdominal posterior como aos tecidos paravertebrais. Ela forma uma lâmina contínua, porém flexível,
de tecido através das faces anterior e laterais do abdome. A parede é formada por pele e tecido subcutâneo, que pode ser dividido
em várias camadas (veja na imagem). Camper – fáscia intermediária de revestimento; Scarpa – estrato membranáceo. Ela tem um
papel importante na manutenção do formato do abdome e está envolvida em muitas atividades fisiológicas. Os tecidos da parede
abdominal anterior formam o canal inguinal que conecta a cavidade abdominal ao escroto em homens ou os lábios maiores em
mulheres, e também forma o umbigo. O tegumento da parede anterolateral do abdome inclui a pele, os tecidos moles, as estruturas
linfáticas e vasculares e os nervos segmentares.
131

A fáscia superficial da parede abdominal consiste principalmente em uma camada única que contém uma quantidade
variável de gordura, sendo uma das áreas nas quais o excesso de gordura é armazenado durante períodos de obesidade,
especialmente em homens. Ela se localiza entre a pele e os músculos da parede abdominal anterior. Na parte inferior, a fáscia se
diferencia em camada adiposa superficial (fáscia de Camper) e camada membranácea profunda (fáscia de Scarpa), entre as quais se
encontram os vasos e os nervos superficiais e, na região da virilha, os linfonodos inguinais superficiais.
A fáscia transversal é uma camada delgada de tecido conjunto localizada entre a superfície interna do músculo transverso do
abdome e a gordura extraperitoneal. Ela é parte da camada geral de fáscia entre o peritônio e a parede abdominal. Posteriormente, é
contínua com a camada anterior da fáscia toracolombar e forma uma lâmina contínua anteriormente. Inferiormente, ela é contínua
com as fáscias ilíaca e pélvica e superiormente se funde com a cobertura fascial da superfície inferior do diafragma. Anteriormente aos
vasos femorais, a fáscia estende-se para baixo para formar a parte anterior da bainha femoral. Neste ponto a fáscia é reforçada por
fibras, que se arqueiam transversalmente, constituindo o arco crural profundo. As fibras curvas do arco crural profundo espessam a parte
inferomedial da borda do anel inguinal profundo. O cordão espermático, no homem, ou o ligamento redondo do útero, na mulher,
passam através da fáscia transversal no anel inguinal profundo. A fáscia espermática interna, contínua com a fáscia transversal,
circunda o testículo e se funde com o tecido conjuntivo frouxo sobre a camada parietal da túnica vaginal: ela pode conter fibras
musculares lisas.
O tecido conjuntivo extraperitoneal é uma camada de tecido conjuntivo frouxo que se localiza entre o peritônio e as fáscias
que recobrem as cavidades abdominal e pélvica.
Para propósitos descritivos, o abdome pode ser dividido por várias linhas horizontais e verticais imaginárias, traçadas com o uso
de marcos anatômicos esqueléticos do tórax e do abdome, em 9 regiões arbitrárias. Essas regiões são utilizadas na prática para a
localização descritiva da posição de uma massa ou a localização da dor do paciente e também pode ser utilizado na descrição da
localização de uma víscera abdominal. As 9 regiões formadas são: epigástrio; hipocôndrios direito e esquerdo; central (umbilical);
laterais (lombares) direita e esquerda; púbica (hipogástrio); inguinais direita e esquerda.
132
133

Músculos da Parede Anterolateral do Abdome


Os músculos reto do abdome, piramidal, oblíquo externo, oblíquo interno e transverso do abdome constituem os músculos
anterolaterais do abdome.
Músculo Origem Inserção Inervação Ação
Reto do abdome Sínfise púbica e crista Processo xifoide e Nn. toracoabdominais Flexiona o tronco e
púbica cartilagens constais 5-7 (ramos anteriores dos 6 comprime as vísceras
nervos torácicos abdominais, estabiliza
inferiores) e controla a
inclinação da pelve

Transverso do abdome Faces internas das Linha alba, crista Nn. toracoabdominais Comprime e sustenta
cartilagens costais 7-12, púbica e linha (ramos anteriores dos 6 as vísceras
fáscia toracolombar, pectínea do púbis nervos torácicos abdominais
crista ilíaca e terço através de tendão inferiores) e primeiros
lateral do ligamento conjunto nervos lombares
inguinal

Oblíquo interno Fáscia toracolombar, Margens inferiores das Nn. toracoabdominais Comprime e sustenta
dois terços anteriores costelas 10-12, linha (ramos anteriores dos 6 as viscerais, flexiona e
da crista ilíaca e alba e linha pectínea nervos torácicos roda o tronco
metade lateral do do púbis através de inferiores) e primeiros
ligamento inguinal tendão conjunto nervos lombares

Oblíquo Externo Faces externas das Linha alba, tubérculo Nn. toracoabdominais Contribui para a
costelas 5-12 púbico e metade (ramos anteriores dos 5 manutenção do
nervos torácicos tônus abdominal e
inferiores) e n. subcostal aumenta a pressão
intra-abdominal e a
flexão lateral do
tronco

Piramidal Face anterior do púbis Linha alba Nn. toracoabdominais Tenciona a Linha
e Ligamento púbico Alba
anterior

Bainha do Músculo Reto, Linha Alba e Umbigo


A Bainha do Músculo Reto é formada pela decussação e pelo entrelaçamento das aponeuroses dos músculos planos do
abdome. A aponeurose do músculo oblíquo externo contribui para a parede anterior da bainha em toda a sua extensão e, juntamente
com a aponeurose do músculo oblíquo interno, forma a lâmina anterior da bainha. Os dois terços superiores da aponeurose do músculo
oblíquo interno dividem-se em duas camadas, ou lâminas, na margem lateral do reto do abdome; com uma lâmina passando
anteriormente ao músculo e outra passando posteriormente. A lâmina posterior da bainha forma-se da união das aponeuroses dos
músculos transverso do abdome e oblíquo interno.
134

A Linha Alba separa as bainhas do reto bilateralmente, ela dá passagem a pequenos nervos e vasos para a pele. Subjacente
ao umbigo, ela contém o anel umbilical, através do qual os vasos umbilicais fetais entravam e saíam do cordão umbilical e da
placenta. Todas as camadas da Parede Anterolateral do Abdome se fundem no umbigo.
135

Vascularização da Parede Anterolateral do Abdome


A parede anterolateral do abdome recebe seu suprimento sanguíneo a partir de pares de artérias epigástricas superiores
(ramo terminal da artéria torácica interna) e inferiores (ramo da artéria ilíaca externa) que seguem verticalmente através dos tecidos, e
de pares de vasos intercostais posteriores, subcostais e lombares que seguem obliquamente ao redor das faces anterolaterais do
abdome.
A artéria epigástrica superior é um ramo terminal da artéria torácica interna. Passa anteriormente às fibras inferiores do
transverso do tórax e às fibras superiores do transverso do abdome, A artéria entra na bainha do reto, por trás do m. reto do abdome e
segue para baixo para se anastomosar com a artéria epigástrica inferior, usualmente acima do nível do umbigo. A artéria epigástrica
superior fornece ramos para o músculo reto do abdome e sua bainha, a parte anterior do diafragma e para o ligamento falciforme.
A artéria epigástrica inferior origina-se da artéria ilíaca externa posteriormente ao ligamento inguinal. Ela se curva para a frente
no tecido extraperitoneal anterior e ascende obliquamente ao longo da margem medial do anel inguinal profundo. Encontra-se
posteriormente ao cordão espermático, mas está separada dele pela fáscia transversal. Perfura a fáscia transversal, a qual forma o
delicado suporte posterior do músculo reto do abdome, e ascende entre o músculo e a fáscia para se sobrepor ao tecido conjuntivo
pré-peritoneal. Nesta parte do seu trajeto, eleva o peritônio parietal da parede abdominal anterior como a prega umbilical lateral. A
artéria epigástrica inferior possui ramos para os músculos reto do abdome e cremaster, um ramo púbico (próximo ao anel femoral) e
ramos cutâneos.
As 10ª e 11ª artérias intercostais posteriores e a artéria subcostal emergem sob o sulco subcostal de suas respectivas costelas e
passam para os tecidos da parede abdominal anterior. Seguem através da aponeurose do músculo transverso do abdome e se
encontram profundamente às fibras do músculo oblíquo interno. As artérias lombares também cruzam a aponeurose do transverso do
abdome e se encontram profundamente ao oblíquo interno. As artérias suprem os músculos da região e apresentam ramos cutâneos
que se estendem até o tecido subcutâneo e a pele subrajacente.
A drenagem venosa da prede abdominal ocorre por um complexo sistema venoso que drena para as veias torácica interna
(medialmente), torácica lateral (lateralmente) e para as veias epigástricas superficiais e inferiores (inferiormente). Pequenas tributárias
da veia epigástrica inferior drenam a pele ao redor do umbigo e se anastomosam com os ramos terminais da veia umbilical, drenando
a superfície interna do umbigo através do ligamento falciforme. Estas anastomoses podem se abrir amplamente em casos de
hipertensão portal. As veias dilatadas e em disposição radiada vistas sob a pele umbilical são referidas como “cabeça de medusa”. As
veias superficiais drenam para as veias axilares (lembrar da veia toracoepigástrica, uma veia de grande calibre que segue
inferosuperiormente na lateral do abdome e tórax, recebe muitas das veias superficiais da área e desemboca na veia axilar) ou para a
veia porta.
136

Face Interna da Parede Anterolateral do Abdome


A face interna da Parede Anterolateral do Abdome é revestida pela fáscia transversal, gordura extraperitoneal e peritônio
parietal. A parte infra-umbilical possui várias pregas: duas de cada lado e uma no plano mediano:
Prega umbilical mediana: estende-se do ápice da bexiga até o umbigo e cobre o ligamento umbilical mediano.
Pregas umbilicais mediais: laterais à prega umbilical mediana, cobrem os ligamentos umbilicais mediais.
Pregas umbilicais laterais: laterais às pregas umbilicais mediais cobrem os vasos epigástricos inferiores.

As depressões laterais às pregas umbilicais são as fossas peritoneais, e cada uma é um local de possível hérnia.
Fossas supravesicais entre as pregas umbilicais medianas e mediais. O nível da fossa supravesical sobe e desce com o
enchimento/esvaziamento da bexiga.
Fossas inguinais mediais entre as pregas umbilicais mediais e laterais, comumente denominadas de trígono inguinais (trígono de
Hesselbach).
Fossas inguinais laterais, laterais às pregas umbilicais laterais, incluem os anéis inguinais profundos.

A parte supra umbilical da face interna da parede anterior do abdome possui uma reflexão peritoneal com orientação sagital,
o ligamento falciforme do fígado. Encerra o ligamento redondo do fígado e veias paraumbilicais em sua margem livre inferior.

Região Inguinal
A região inguinal é a região compreendida entre a Espinha Ilíaca ântero-superior e o tubérculo púbico. É a região onde a
maioria das hérnias abdominais ocorre.
Ligamento Inguinal e Trato Iliopúbico
O ligamento inguinal e o trato iliopúbico se estendem da Espinha Ilíaca ântero-superior até o tubérculo púbico e constituem um
retináculo anterior bilaminar da articulação do quadril. O retináculo cobre o espaço subinguinal, através do qual passam os flexores do
quadril e as estruturas neurovasculares que servem à grande parte do membro inferior.
O ligamento inguinal é uma faixa densa que constitui a parte mais inferior da aponeurose do músculo oblíquo externo. Embora
a maioria das fibras da extremidade medial do ligamento se insira no tubérculo púbico, algumas seguem outros trajetos. Algumas fibras
seguem para se fixarem ao ramo superior do púbis, formando o ligamento lacunar. As fibras mais laterais continuam ao longo da linha
137

pectínea do púbis, como o ligamento pectíneo. Algumas fibras se abrem em leque para cima, para se fundirem com as fibras inferiores
da aponeurose do músculo oblíquo externo e formam o ligamento inguinal refletido.
O trato iliopúbico é a margem inferior espessa da fáscia transversal, reforça a parede posterior e o assoalho do canal inguinal,
enquanto une as estruturas que atravessam o espaço subinguinal.
O ligamento inguinal e o trato iliopúbico cobrem uma área de fraqueza inata na parede do corpo na região inguinal
denominada orifício miopectíneo, que é o local de hérnias inguinais.

Canal Inguinal
O canal inguinal é uma passagem oblíqua com cerca de 4cm de comprimento, que segue em sentido ínfero-medial através
da parte inferior da parede ântero-lateral do abdome. O principal ocupante do canal inguinal é o funículo espermático em homens e o
ligamento redondo do útero em mulheres. Também contém vasos e o nervo ilioinguinal em ambos os sexos. O canal inguinal possui uma
abertura em cada extremidade:
Anel inguinal profundo: Através dessa abertura, o ducto deferente e os vasos testiculares no homem ou o ligamento redondo
do útero na mulher entram no canal inguinal.
138

Anel inguinal superficial: É a saída pela qual o funículo espermático em homens, ou o ligamento redondo em mulheres, emerge
do canal inguinal.
O tendão conjunto (foice inguinal) é uma formação que ocorre na fusão das fibras tendíneas inferiores do músculo oblíquo
interno e as fibras aponeurótica do músculo transverso do abdome. Insere-se na crista púbica, podendo fixar-se também na linha
pectínea. O tendão cruza o plano do anel inguinal superficial e reforça a porção medial da parede posterior do canal inguinal.

Limites do Canal Anel Profundo Terço Médio Anel Superficial


Inguinal
Posterior Fáscia Transversal Fáscia Transversal Tendão conjunto
Anterior M. oblíquo Interno e Aponeurose do M. Oblíquo Aponeurose do M. Oblíquo
Aponeurose do M. Oblíquo Externo Externo
Externo
Teto Fáscia Transversal Tendão Conjunto Aponeurose do M. Oblíquo
Externo
Assoalho Trato Iliopúbico Ligamento Inguinal Aponeurose do M. Oblíquo
Externo

Parede Posterior do Abdome


A parede posterior do abdome é formada por:
5 vértebras lombares e discos intervertebrais associados
Músculos da parede posterior do abdome, incluindo o psoas, quadrado do lombo, ilíaco, transverso do abdome e oblíquos
Diafragma, que contribui para a parte superior da parede posterior
Fáscia, incluindo a fáscia toracolombar
Plexo lombar, formado por ramos anteriores dos nervos espinais lombares
Gordura, nervos, vasos e linfonodos
139

Fáscia da Parede Posterior do Abdome


A parede posterior do abdome é coberta por uma camada contínua da fáscia endoabdominal situada entre o peritônio
parietal e os músculos. A fáscia que reveste a parede posterior do abdome é contínua com a fáscia transversal que reveste o músculo
transverso do abdome. É comum denominar a fáscia de acordo com a estrutura que reveste.
A fáscia iliopsoas cobre o m. psoas maior está fixada medialmente às vértebras lombares e à margem da pelve. Essa fáscia
sofre um espessamento para formar o ligamento arqueado medial e funde-se lateralmente com as fáscias do músculo quadrado do
lombo e da aponeurose toracolombar.
A aponeurose toracolombar é um complexo fascial extenso fixado à coluna vertebral medialmente que, na região lombar,
possui lâminas posterior, média e anterior com músculos encerrados entre elas. A lâmina anterior da aponeurose toracolombar (fáscia
do m. quadrado do lombo), que reveste o m. quadrado do lombo, uma camada mais fina e transparente do que as outras duas
camadas, fixa-se às faces anteriores dos processos transversos das vértebras lombares, a crista ilíaca e 12ª costela. Espessa-se
superiormente para formar o ligamento arqueado lateral e está aderida inferiormente aos ligamentos iliolombares.

Músculos da Parede Posterior do Abdome


Músculo Origem Inserção Inervação Ação
Psoas maior (parte do Laterais das vértebras Trocanter menor do Ramos anteriores dos Flete a coluna
Iliopsoas*) T12-L5 e discos fêmur Nn. Lombares vertebral
intervertebrais lateralmente;
equilibra e flete o
tronco

Ilíaco (parte do Iliopsoas*) Crista ilíaca, fossa Tendão do psoas N. Femoral Atua em conjunto
ilíaca, asa do sacro e maior, trocanter menor com o psoas maior
ligamentos sacroilíacos e fêmur
anteriores
Quadrado lombar Metade medial da Ligamento iliolombar e Ramos anteriores de Estende e flete
margem inferior da 12ª lábio interno da crista T12 e L1-4 lateralmente a
costela e extremidades ilíaca coluna vertebral
dos processos
transversos lombares

*O músculo iliopsoas foi estudado no primeiro módulo, em estudo do membro inferior, lá foram evidenciadas as funções ligadas aos
MMII, aqui são evidenciadas as funções relacionadas à parede posterior do abdome

Vascularização da Parede Posterior do Abdome


A maioria das artérias que irrigam a parede posterior do abdome origina-se da parte abdominal da aorta. Os ramos da aorta
abdominal podem ser divididos entre viscerais ou parietais e ímpares ou pares. As artérias que vascularizam a parede posterior do
abdome são o trio de pares de artérias parietais (artérias subcostais, frênicas inferiores e lombares) e a artéria sacral mediana, um ramo
parietal ímpar.
As veias que correspondem aos ramos pares viscerais e parietais da aorta abdominal são tributárias da VCI (indiretamente no
caso da veia gonadal esquerda, que drena para a veia renal esquerda antes de desembocar na VCI); as que correspondem aos ramos
ímpares são tributárias da veia porta.
140

Exercícios 9) Sobre o músculo quadrado do lombo é correto


a) É um músculo quadrilátero que faz parte da
parede posterior do abdome
1) A caixa torácica possui natureza osteocartilagínea e
b) Possui origem na crista ilíaca
compõe-se de
c) É inervado pelo nervo subcostal e ramos do plexo
a) Vertebras torácicas
lombar
b) Esterno
c) Costelas d) Possui inserção na 12ª costela e processos
d) Cartilagens Costais transversos das quatro vértebras lombares
e) Todas as alternativas superiores
e) Todas as alternativas estão corretas
2) Constituem acidentes anatômicos do osso esterno,
10) Sobre a coluna vertebral é incorreto afirmar que
exceto
a) A região torácica compõe-se de 12 vértebras
a) Incisura jugular
b) É formada por ossos irregulares
b) Incisura clavicular
c) A região lombar compõe-se de 5 vértebras
c) Corpo do esterno
d) Apresenta o canal vertebral que aloja a medula
d) Processo coracoide
e) Incisuras costais espinal e as meninges espinais
e) As vértebras C1 e C2 são denominadas
3) Músculo do tórax que se origina por cintas respectivamente áxis e atlas
aponeuróticas da face posterior do processo xifoide e
11) São acidentes ósseos pertencentes ao esterno, exceto
corpo do esterno, na altura da 3ª cartilagem costal
a) Manúbrio
a) Subcostal
b) Incisura clavicular
b) Transverso do tórax
c) Incisura Jugular
c) Intercostal Externo
d) Incisura esternal
d) Intercostal Interno
e) Intercostal Íntimo e) Processo xifoide

4) O sistema ázigo é composto pelas seguintes veias 12) A coluna vertebral, no sentido craniocaudal, divide-se
a) Ázigo respectivamente em regiões
a) Cervical, lombar, torácica, sacral e coccígea
b) Hemiázigo
b) Torácica, lombar, cervical, sacral e coccígea
c) Hemiázigo acessória
c) Cervical, torácica, sacral, lombar e coccígea
d) Braquiocefálica
d) Cervical, torácica, lombar, sacral e coccígea
e) A, B e C estão corretas
e) Lombar, cervical, torácica, sacral e coccígea
5) A maior parte do sangue do dorso e das paredes
torácica e abdominal é drenada por veias situadas ao 13) As articulações dos corpos vertebrais e dos arcos
longo dos corpos vertebrais e que constituem o vertebrais das vértebras são, respectivamente,
sistema classificadas como
a) Sindesmoses e Sínfises
a) Cava
b) Sínfises e Sinoviais planas
b) Jugular
c) Sinoviais planas e Sindesmoses
c) Coronário
d) Gonfoses e Sincondroses
d) Ázigo
e) Sincondroses e Sinoviais selares
e) Ilíaco

6) Sobre o abdome pode-se afirmar que 14) As artérias que vascularizam a parede posterior do
a) Faz parte do tronco abdome são os ramos
b) Se situa entre o tórax, superiormente, e a pelve, a) Superiores da Aorta Abdominal
b) Pares e Ímpares Viscerais da Aorta Torácica
inferiormente
c) Pares e Ímpares Viscerais da Aorta Abdominal
c) O esqueleto situado nessa região está
d) Anteriores da Aorta Abdominal
representado pelas vértebras lombares e seus
e) Pares e Ímpares Parietais da Aorta Abdominal
discos intervertebrais
d) A cavidade abdominal está separada da torácica
15) A aorta abdominal é uma continuação da aorta
pelo músculo diafragma
e) Todas as alternativas estão corretas torácica. Inicia-se no hiato aórtico do diafragma, ao
nível do disco IV entre ___ e ___ e termina
7) As aponeuroses dos três músculos largos da parede aproximadamente na altura da vértebra ___. Assinale
a alternativa que preenche corretamente as lacunas
abdominal formam a bainha do músculo reto do
a) T11 e T12; L5
abdome e na linha mediana anterior se entrelaçam
b) T12 e L1; L4
com as do lado contralateral constituindo uma rafe
c) T10 e T11; L5
longitudinal mediana, denominada
d) T11 e T12; L4
a) Linha alba
e) T12 e L1; L3
b) Linha semilunar
c) Linha arqueada
d) Linha pectínea 16) O único ramo parietal ímpar da aorta abdominal é a
e) Linha solear artéria:
a) Esplênica
b) Gastroduodenal
8) Sobre o esqueleto do tórax é correto afirmar que
c) Suprarrenal média
a) O osso esterno possui três segmentos no sentido
d) Lombar
craniocaudal: manúbrio, corpo e processo xifoide
e) Sacral mediana
b) As vértebras torácicas são em número de sete
c) As costelas são em número de 12
d) As vértebras cervicais são em número de oito
e) As costelas são ossos pneumáticos
141

17) O canal inguinal na mulher é atravessado 25) Sobre hérnias inguinais, assinale a alternativa que
a) Pelo n. ilioinguinal e a. ovárica mostra, característica da hérnia inguinal direta e
b) Pelo n. pudendo e ligamento largo do útero indireta, respectivamente
c) Pelo n. ilioinguinal e a. epigástrica inferior a) Origem: Congênita; Adquirida
d) Pelo n. ilioinguinal e ligamento redondo do útero b) Saída da cavidade abdominal: Peritônio da fáscia
e) Pelo n. ilioinguinal e funículo espermático transversal; peritônio da fáscia oblíqua externa
c) Trajeto: atravessa o canal inguinal dentro do
18) O canal inguinal no homem é travessado processo vaginal; atravessa o canal inguinal
a) Somente pelo n. ilioinguinal externamente ao vestígio do processo vaginal
b) Pelo ducto deferente e n. pudendo d) Frequência: Menos comum; mais comum
c) Pelo funículo espermático e n. ilioinguinal e) Saída da parede anterior do abdome: através do
d) Somente pela a. testicular anel profundo; através do anel superficial
e) Pela a. obturatória
26) Assinale a alternativa correta sobre a face interna da
19) São características das vértebras lombares, exceto parede anterolateral do abdome
a) Corpo reniforme (em forma de rim) a) A fossa supravesical situa-se entre as pregas
b) Processo espinhoso curto e quadrilátero umbilicais mediana e lateral
c) Fóveas costais b) As pregas umbilicais mediais situam-se sobre os
d) Facetas articulares situadas em plano anterior e vasos epigástricos inferiores
posterior c) As pregas umbilicais laterais situam-se sobre os
e) Processo espinhoso situado no mesmo plano ligamentos umbilicais laterais
horizontal do corpo vertebral d) A prega um umbilical mediana situa-se sobre o
ligamento umbilical mediano
20) Sobre os discos intervertebrais é incorreto o que se e) As fossas inguinais mediais situam-se entre as
afirma em pregas umbilicais mediana e lateral
a) Se situam entre os corpos das vértebras,
promovendo união, alinhamento e certa 27) Assinale a alternativa incorreta sobre a face interna da
mobilidade parede anterolateral do abdome
b) São coxins compressíveis de fibrocartilagem a) As fossas inguinais mediais situam-se entre as
c) Possuem uma parte periférica denominada anel pregas umbilicais mediais e laterais
fibroso, constituída por anéis concêntricos mais b) O ligamento falciforme do fígado é uma reflexão
fibrosas que cartilagíneos peritoneal com orientação coronal
d) Possuem uma parte central, com predomínio c) As fossas inguinais mediais são também chamadas
cartilagíneo, chamado de núcleo pulposo de trígonos de hasselbach
e) Durante a vida, a rigidez do núcleo pulposo tende d) As fossas inguinais laterais situam-se laterais às
a diminuir progressivamente, em virtude da pregas umbilicais laterais
redução do colágeno e) As fossas supravesicais sobem e descem com o
enchimento/esvaziamento da bexiga
21) A artéria torácica interna é ramo da
a) Axilar 28) A parede posterior do terço médio do canal inguinal
b) Subclávia corresponde a(o):
c) Subcostal a) Fáscia transversal
d) Intercostal superior b) Aponeurose do M. Oblíquo Interno
e) Intercostal posterior c) Aponeurose do M. Oblíquo Externo
d) Ligamento Inguinal
22) A articulação esternoclavicular é uma articulação do e) Trato Iliopúbico
tipo
a) Sinovial plana 29) Assinale a alternativa que marca erroneamente a
b) Sincondrose relação entre limite/parede do canal inguinal e
c) Sínfise estrutura
d) Sinovial selar a) Parede posterior do anel profundo; Fáscia
e) Sinovial esferoide Transversal
b) Parede anterior do terço médio; Aponeurose do
23) São características de uma vértebra torácica, exceto M. Oblíquo Externo
a) Faces articulares superiores em direção posterior e c) Teto do anel profundo Trato Iliopúbico
ligeiramente lateral d) Assoalho do anel superficial: Aponeurose do M.
b) Faces articulares inferiores em direção anterior e Oblíquo Externo
ligeiramente medial e) Todas as alternativas estão corretas
c) Corpo pequeno mais largo látero-lateralmente do
que anteroposteriormente 30) Não faz parte da parede posterior do abdome
d) Forame vertebral circular a) Diafragma
e) Processos espinhosos longos e inclinados b) Músculo reto do abdome
posteroinferiormente c) Fáscia toracolombar
d) Músculos oblíquos
24) As artérias intercostal suprema e torácica superior são e) Músculo transverso do abdome
ramos, respectivamente, das artérias
a) Subclávia e aorta 31) Assinale a alternativa que traz uma correspondência
b) Ambas são ramos da subclávia incorreta sobre a parede posterior do abdome
c) Axilar e aorta a) Fáscia do m. iliopsoas e ligamento arqueado
d) Ambas são ramos da aorta medial (formação)
e) Subclávia e axilar b) Lâmina anterior da aponeurose toracolombar e m.
quadrado do lombo (revestimento)
c) Fáscia do m. quadrado do lombo e ligamento
arqueado lateral (formação)
142

d) M. quadrado do lombo e ligamento iliolombar c) Formam um suporte expansível para a parede


(inserção) anterolateral do abdome
e) Fáscia do m. iliopsoas e 12ª costela (inserção) d) Movimentam a coluna no sentido anteroposterior
e) Aumentam a pressão intra-abdominal
32) Algumas fibras do ligamento inguinal seguem
caminhos diferentes, formando outros ligamentos. Esses 37) Sobre a fáscia da parede posterior do abdome,
ligamentos são: assinale a alternativa correta
a) Ligamento púbico reflexo; ligamento superior do a) A aponeurose toracolombar possui 4 lâminas
pênis ou do clitóris; ligamento espacial (anterior, posterior, média e intermédia)
b) Ligamento púbico inferior; ligamento foiciforme do b) O revestimento dos mm. verticais profundos do
pênis ou do clitóris; ligamento preenchido dorso é comparável ao revestimento do m. reto
c) Ligamento púbico superior; ligamento do abdome pela bainha do m. reto na face
cremastérico; ligamento piramidal anterior
d) Ligamento inguinal refletido; ligamento pectíneo; c) A aponeurose toracolombar fixa-se ao m. oblíquo
ligamento lacunar externo
e) Ligamento inguinal profundo; ligamento púbico d) A fáscia iliopsoas forma o ligamento arqueado
inferior; ligamento circular lateral; a fáscia do quadrado do lombo forma o
ligamento arqueado medial
33) Sobre o Tendão conjunto (foice inguinal), assinale a e) A fáscia do quadrado do lombo e a fáscia
alternativa incorreta iliopsoas são estruturas sem conexão
a) Está inserido à crista púbica e à linha pectínea
b) A inserção à linha pectínea é determinante para a 38) São limites da abertura superior do tórax, exceto
presença do tendão conjunto a) Corpo vertebral da vértebra T1
c) É formado por uma fusão das fibras tendíneas e b) Margem medial das primeiras costelas
aponeuróticas dos mm. oblíquo transverso e c) Margem superior do manúbrio do esterno
transverso do abdome d) Margem medial da clavícula
d) Cruza, posteriormente, o plano do anel inguinal e) Todas estão corretas
superficial
e) Forma o teto do terço médio do canal inguinal 39) São limites da abertura inferior do tórax, exceto
a) Corpo vertebral da vértebra T12
34) Sobre a vascularização da parede anterolateral do b) 12ª costela e extremidade distal da 11ª costela
abdome, assinale a alternativa correta c) Extremidade distal das cartilagens costais das
a) A veia toracoepigástrica é uma veia com grande costelas 7-10
leito na superfície lateral do abdome e tórax, d) Processo xifoide do esterno
porém de pouca importância, seu leito é e) Todas estão corretas
frequentemente interrompido sem grandes
repercussões clínicas 40) De fora para dentro, as camadas a serem transpostas
b) A artéria epigástrica superior é ramo da ilíaca na parede anterolateral do abdome são:
externa e dá ramos para os mm. reto do abdome 1. Fáscia de Camper 2. Pele. 3. M. Oblíquo externo 4.
e cremaster M. Oblíquo interno 5. M. Transverso do abdome 6.
c) A artéria epigástrica inferior é ramo da torácica Fáscia transversal 7. Fáscia de Scarpa 8. Peritônio
interna e vasculariza os mm. reto do abdome, parietal 9. Gordura endoabdominal
parte anterior do diafragma e ligamento a) 1;2;3;4;5;6;7;8;9
falciforme b) 2;1;3;5;6;4;7;9;8
d) A drenagem venosa da parede anterior do c) 2;1;7;3;4;5;6;9;8
abdome se dá para as vv. torácica interna d) 2;3;4;5;6;1;7;9;8
(medialmente), torácica lateral (lateralmente) e e) 9;8;7;6;5;4;3;2;1
epigástricas superficiais e inferiores (inferiormente)
e) A vascularização da pele da parede anterior do Para as questões 41 a 50, avalie as frases e marque a
abdome provém de ramos diretos das artérias alternativa correta.
subclávia, axilar, intercostal inferior e subcostal 41) A bainha do músculo reto é formada pela decussação
e pelo entrelaçamento das aponeuroses dos músculos
35) Quanto à origem e a decussasão das lâminas da planos do abdome. A aponeurose do músculo oblíquo
Bainha do Músculo Reto, é correto: externo contribui para a parede posterior da bainha
a) A Lâmina anterior da bainha é formada, na parte em toda a sua extensão e, juntamente com a
superior, pelas aponeuroses dos mm. transverso e aponeurose do músculo oblíquo interno, forma a
oblíquos e, na parte inferior, pelas aponeuroses lâmina posterior da bainha. Os dois terços superiores
dos mm. oblíquos externo e interno da aponeurose do músculo oblíquo interno dividem-se
b) A aponeurose do músculo oblíquo externo em duas camadas na margem lateral do reto do
decussa a linha média na metade inferior abdome. A lâmina anterior da bainha forma-se da
c) A aponeurose do músculo transverso forma, na união das aponeuroses dos músculos transverso do
parte superior da bainha, a lâmina posterior e, na abdome e oblíquo interno
parte inferior, a lâmina anterior a) A frase está correta
d) A aponeurose do músculo oblíquo interno forma, b) A frase está parcialmente incorreta pois a lâmina
na metade superior, a lâmina anterior e, na anterior é formada pelos músculos oblíquo externo
metade inferior, sai da lâmina anterior para formar e interno
a lâmina posterior c) A frase está parcialmente incorreta pois a lâmina
e) A Lâmina posterior da bainha só existe na metade posterior é formada pelos músculos oblíquo interno
superior da bainha do músculo reto e transverso
d) B e C estão corretas
36) Sobre os músculos da parede anterolateral do e) A frase está incorreta
abdome é incorreto:
a) Movem o tronco e ajudam a manter a postura
b) Protegem as vísceras abdominais da lesão
143

42) A bainha do músculo reto é o compartimento fibroso c) A frase está parcialmente incorreta pois nem
incompleto e forte dos músculos reto do abdome e todas artérias intercostais posteriores são ramos da
piramidal. A bainha é formada pela decussação e aorta torácica
pelo entrelaçamento das aponeuroses dos músculos d) A frase está parcialmente incorreta pois a artéria
planos do abdome. intercostal posterior (e seu ramo) é pequena; a
a) A frase está correta artéria intercostal anterior é maior
b) A frase está parcialmente incorreta pois a bainha e) A frase está incorreta
do músculo reto não é um compartimento
incompleto 46) Os músculos toracoapendiculares são músculos do
c) A frase está parcialmente incorreta pois o músculo membro superior que se fixam à caixa torácica. Os
piramidal não participa da formação da bainha músculos toracoapendiculares romboide maior,
do músculo reto romboide menor, latíssimo do dorso e serrátil anterior
d) A frase está parcialmente incorreta pois não há atuam como acessórios durante a respiração.
entrelaçamento de aponeuroses na formação da a) A frase está correta
bainha do músculo reto, senão uma difícil b) A frase está parcialmente incorreta, pois os
determinação de onde uma aponeurose passa músculos toracoapendiculares não atuam na
para o plano anterior e outra passa para o plano respiração
posterior c) A frase está parcialmente incorreta, pois os
e) A frase está incorreta músculos toracoapendiculares que atuam na
respiração são os peitorais maior e menor, serrátil
43) O ligamento inguinal é uma faixa densa que constitui a anterior e latíssimo do dorso
parte mais inferior da aponeurose do músculo oblíquo d) A frase está parcialmente incorreta, pois o
externo. O trato iliopúbico é a margem inferior espessa músculo latíssimo do dorso não é um músculo
da fáscia transversal. O ligamento inguinal e o trato toracoapendicular
iliopúbico cobrem uma área de fraqueza inata na e) A frase está incorreta
região inguinal denominada orifício miopectíneo.
a) A frase está correta 47) O ligamento inguinal é um espessamento da
b) A frase está parcialmente incorreta pois o aponeurose do m. oblíquo interno, que segue da
tratoiliopúbico é formado pela aponeurose do espinha ilíaca anterossuperior ao tubérculo púbico.
músculo oblíquo interno Pode ser palpado pressionando-se profundamente ao
c) A frase está parcialmente incorreta pois o centro da prega entre a coxa e o tronco e
ligamento inguinal é a parte mais inferior da deslocando os dedos para cima e para baixo. O
aponeurose do m. oblíquo interno ligamento serve como um retináculo para as estruturas
d) A frase está parcialmente incorreta pois o orifício que passam profundamente a ele para entrar na
miopectíneo é um orifício anatômico e não deve coxa.
ser coberto para permitir a livre passagem de a) A frase está correta
estruturas b) A frase está parcialmente incorreta pois o
e) A frase está incorreta ligamento inguinal não pode ser definido como
um retináculo
44) A drenagem venosa da pele e do tecido subcutâneo c) A frase está parcialmente incorreta pois o
da parede anterolateral do abdome se dá por uma ligamento inguinal é um espessamento da
rede anastomótica de veias. As veias cutâneas que aponeurose do m. oblíquo externo
circundam o umbigo anastomosam-se com as veias d) B e C estão corretas
paraumbilicais, tributárias da veia porta. A veia e) A frase está incorreta
toracoepigástrica é um canal superficial que liga as
veias epigástrica superficial e torácica lateral, 48) Os músculos intrínsecos da parede do tórax são
permitindo um canal alternativo de drenagem em inervados por nervos intercostais adjacentes derivados
casos de hipertensão portal. dos ramos anteriores dos nervos espinhais torácicos. Os
a) A frase está correta músculos intercostais ocupam cada um dos espaços
b) A frase está parcialmente incorreta pois não há intercostais e são denominados de acordo com seu
rede anastomótica de drenagem superficial no plano de profundidade (externo, intermédio e interno).
abdome, apenas no tórax a) A frase está correta
c) A frase está parcialmente incorreta pois não há b) A frase está parcialmente incorreta pois os
comunicação entre a drenagem porta (profunda) músculos levantadores das costelas são inervados
com a drenagem cutânea e subcutânea pelos ramos posteriores dos nervos espinhais
(superficial) torácicos
d) A frase está parcialmente incorreta pois a veia c) A frase está parcialmente incorreta pois os planos
toracoepigástrica une as veias epigástrica de profundidade são externo, interno e íntimo
superficial e torácica maior d) B e C estão corretas
e) A frase está incorreta e) A frase está incorreta

45) As artérias intercostais seguem através da parede 49) Os processos espinhosos de vértebras torácicas típicas
torácica entre as costelas. Com exceção do 10º e do são curtos e retificados. As faces articulares superiores
11º espaços intercostais, cada espaço intercostal é estão voltadas em sentido posterior e ligeiramente
suprido por três artérias: uma artéria intercostal lateral, enquanto as faces articulares inferiores são
posterior (e seu ramo colateral; ramos da aorta voltadas em sentido anterior e ligeiramente medial
torácica) e um pequeno par de artérias intercostais a) A frase está correta
anteriores (ramos das artérias torácicas internas -1º ao b) A frase está parcialmente incorreta, pois as faces
6º espaços intercostais-; e das aa. musculofrênicas -7º articulares superiores de vértebras torácicas são
ao 9º espaços intercostais) voltadas em sentido lateral, enquanto as faces
a) A frase está correta articulares inferiores são voltadas em sentido
b) A frase está parcialmente incorreta pois todos os medial
espaços intercostais são supridos por 3 artérias
144

c) A frase está parcialmente incorreta, pois os


processos espinhosos de vértebras torácicas
típicas são longos e inclinados inferiormente
d) B e C estão corretas
e) A frase está incorreta

50) A cavidade torácica possui o formato de um cone


truncado, sendo mais estreita superiormente, com a
circunferência aumentando inferiormente, atingindo
seu máximo na junção com a parte abdominal do
tronco. A parede da cavidade torácica é espessa e
composta por esqueleto, gordura periosteal, tecido
subcutâneo, músculos e pele.
a) A frase está correta
b) A frase está parcialmente incorreta, pois a parede
da cavidade torácica é fina e consiste
basicamente da espessura do esqueleto
c) A frase está parcialmente incorreta, pois a
cavidade torácica é mais larga superiormente e
mais estreita inferiormente
d) A frase está parcialmente incorreta, pois a
cavidade torácica tem o formado de um
paralelepípedo
e) A frase está incorreta

Respostas:
1 E 11 D 21 B 31 E 41 D
2 D 12 D 22 D 32 D 42 A
3 B 13 B 23 C 33 B 43 A
4 E 14 E 24 E 34 D 44 A
5 D 15 B 25 D 35 A 45 C
6 E 16 E 26 D 36 D 46 C
7 A 17 D 27 B 37 B 47 C
8 A 18 C 28 A 38 D 48 D
9 E 19 C 29 C 39 E 49 C
10 E 20 E 30 B 40 B 50 B
145

Coração O coração é uma bomba dupla, auto ajustável, de sucção e pressão, cujas porções trabalham em conjunto para impulsionar
o sangue para todas as partes do corpo. Fica localizado no mediastino, 2/3 à esquerda e 1/3 a direita. O lado direito do coração
(coração direito) recebe sangue pouco oxigenado (sangue venoso) através das Veias Cava e bombeia-o, através do tronco pulmonar
(artérias pulmonares) para ser oxigenado nos pulmões (hematose). O lado esquerdo do coração (coração esquerdo) recebe sangue
bem oxigenado (sangue arterial) dos pulmões, através das veias pulmonares e bombeia-o para a Artéria Aorta, e então para o resto do
corpo. O coração é dividido em 4 câmaras, sendo elas 2 ventrículos (expulsam o sangue para fora do coração) e 2 átrios (recebem o
sangue dos pulmões ou do corpo).

Anatomia Externa do Coração


O Coração pode ser dividido externamente em base, ápice e faces. Imaginando o Coração como uma pirâmide invertida, o
ápice é o Ventrículo Esquerdo, a Base os átrios Direito e Esquerdo. As faces são: esternocostal (ou anterior), representada pelo Ventrículo
Direito; diafragmática (ou inferior), representada pelo Ventrículo Esquerdo e parcialmente pelo Ventrículo Direito; Face Pulmonar
Esquerda, representada pelo Ventrículo Esquerdo; Face Pulmonar Direita, representada pelo Átrio Direito.
O Coração também possui 4 margens: Superior, delimitada pelos átrios e aurículas Direita e Esquerda, aorta ascendente, tronco
pulmonar e veia cava superior; inferior, delimitada pelos ventrículos Direito e Esquerdo; Direita, delimitada pelo átrio Direito; Esquerda,
delimitada pelos ventrículo Esquerdo e aurícula Esquerda.

Vascularização do Coração
A vascularização do Coração ocorre por meio das artérias coronárias, e a drenagem, através das veias cardíacas. As artérias
coronárias Direita e Esquerda são os primeiros ramos da Aorta. Essas artérias circundam o coração, seguindo pelo sulco coronário, e
fazem sua vascularização.
A Artéria Coronária Direita, ao passar pela margem Direita do Coração, emite um ramo chamado ramo marginal direito, então
segue o sulco coronário até chegar na Cruz do Coração. A Artéria Coronária Esquerda, ao passar pelo Sulco Interventricular Anterior,
divide-se em Ramo Interventricular Anterior (RIVA) e Ramo Circunflexo. O RIVA segue ao longo do sulco IV até o ápice do coração,
segue em direção ao sulco IV posterior e pode anastomosar-se com o Ramo Interventricular Posterior da Coronária Direita. O Ramo
Circunflexo segue o sulco coronário até a face posterior emitindo um ramo marginal esquerdo na margem esquerda do coração.
A dominância na circulação coronária é definida pela artéria que dá origem ao ramo interventricular posterior. Em 2/3(~67%)
dos casos, é a coronária direita, em 15% dos casos, é a coronária esquerda e, em 18%, existe a codominância.
A drenagem venosa do coração ocorre pelas veias cardíacas. A principal veia do coração, chamada Seio Coronário, segue
posteriormente no sulco coronário, da esquerda para a direita. O seio coronário recebe as veias cardíacas magna, IV posterior e veia
marginal esquerda.
146

Complexo Estimulante e Inervação do Coração


O coração é estimulado por um conjunto de fibras musculares especializadas em transmissão de impulsos. Os nós Sinoatrial (SA)
e Atrioventricular(AV) iniciam os batimentos cardíacos e as fibras transmitem para as 4 câmaras do coração. São estimulados pelo
Sistema Nervoso Autônomo Simpático e inibidos pelo Sistema Nervoso Autônomo Parassimpático.
O nó Sinoatrial está localizado anterolateralmente, logo abaixo da VCS. Ele é o marca-passo do coração, inicia e controla os
movimentos de contração muscular do coração. É suprido pela artéria do nó AS, que pode se originar da ACD (60%) ou da ACE (40%).
O nó Atrioventricular é menor que o AS e recebe os impulsos do AS, distribuindo-o para os ventrículos. Está localizado póstero-
inferiormente ao septo interatrial (IA), perto da abertura do seio coronário. É suprido pela artéria do nó AV, que, em 80% dos casos
origina-se da ACD.
147

A inervação do coração ocorre por vias simpáticas e parassimpáticas do plexo cardíaco. As fibras são distribuídas ao longo e
para os vasos coronários e para componentes do complexo estimulante, particularmente o nó SA. A estimulação simpática aumenta a
frequência cardíaca; a condução de impulso; a força de contração e, ao mesmo tempo, aumento do fluxo sanguíneo. A estimulação
parassimpática diminui a frequência cardíaca; a força de contração; contrai as artérias coronárias, poupando energia.
148

Anatomia Interna do Coração


O coração possui 4 câmaras: 2 ventrículos e 2 átrios. As paredes das câmaras são formadas por 3 camadas: Endocárdio,
Miocárdio e Epicárdio. Porém o principal formador das paredes do coração é o miocárdio espesso. Os ventrículos, como expelem o
sangue para fora do coração, são mais espessos, e os átrios, como apenas passam sangue para os ventrículos, são mais finos.

O Átrio Direito forma a margem direita do coração e recebe sangue das VC e do seio coronário, a aurícula direita é uma bolsa
muscular que se projeta do átrio direito como uma câmara adicional, aumentando a capacidade do átrio. Possui uma parte posterior
lisa, na qual recebe sangue pouco oxigenado das VC e do seio coronário; uma parte anterior muscular rugosa, formada pelos músculos
pectíneos; O óstio AV direito com o qual se comunica com o ventrículo direito; a crista terminal, a porção final dos músculos pectíneos;
a fossa oval, resquício da circulação fetal, em que o átrio direito comunica-se com o átrio esquerdo.

O Ventrículo Direito forma a maior parte da face esternocostal, uma pequena parte da face diafragmática e quase toda a
margem inferior do coração. Superiormente, afila-se em um cone arterial, que conduz o sangue ao tronco pulmonar (artérias
pulmonares). O interior do ventrículo possui elevações musculares chamadas trabéculas cárneas. A crista supraventricular separa a
musculatura rugosa da lisa. O ventrículo recebe sangue do átrio pelo óstio AV direito. A Valva Tricúspide (ou atrioventricular direita)
protege o óstio do refluxo sanguíneo, é composta por 3 válvulas (anterior, posterior e septal). A cada válvula, está ligada uma porção
de cordas tendíneas, que ligam as válvulas aos músculos papilares, proeminências musculares da parede interna do ventrículo. A
trabécula septomarginal (banda moderadora) é um feixe muscular curvo que atravessa a câmara ventricular direita.
149

O Átrio Esquerdo forma a maior parte da base do coração. A aurícula esquerda, com músculos pectíneos, forma a parte
superior da margem esquerda do coração e monta-se sobre a raiz do tronco pulmonar. O assoalho da fossa oval pode ser percebido
pela presença de uma depressão semilunar no septo interatrial e a crista adjacente a ele é a válvula do forame oval. O átrio esquerdo
recebe sangue oxigenado pelas veias pulmonares.
150

O Ventrículo Esquerdo forma o ápice do coração, quase toda a face esquerda e margem esquerda, e a maior parte da face
diafragmática. Suas paredes são mais grossas porque precisa expulsar o sangue para toda a extensão do corpo. Possui uma parede
interna com trabéculas cárneas mais numerosas e finas do que as do Ventrículo Direito; Músculos papilares maiores do que os do
Ventrículo Direito; Uma parede lisa, súpero-anterior, o vestíbulo da aorta, levando ao óstio da aorta, com valva da aorta; Uma valva
bicúspide (atrioventricular esquerda ou mitral), composta por 2 válvulas: anterior e posterior.

O esqueleto fibroso do coração é uma estrutura de colágeno que forma quatro anéis fibrosos que circundam os óstios das
válvulas, um trígono fibroso direito e outro esquerdo, e as partes membranáceas dos septos interatrial e interventricular. Ele mantém os
orifícios das valvas permeáveis e impede que sejam excessivamente distendidos por um aumento do volume de sangue bombeado
através deles; oferece fixação para as válvulas; Forma um isolante elétrico, separando os impulsos conduzidos mioentericamente (pelo
músculo).
151

Mediastino
No mediastino passam várias estruturas importantes como coração, timo, vasos da base, aorta torácica, croça da aorta
descendente, esôfago torácico e vasos linfáticos. A aorta fica do lado esquerdo do mediastino. A veia cava inferior e a veia ázigos
ficam do lado direito.
Os limites do mediastino são:
Inferiormente diafragma
Superiormente introito torácico (que é a base do pescoço, ou abertura superior do tórax)
Posteriormente coluna vertebral
Anteriormente o osso esterno e
Lateralmente pleuras mediastinais.

A veia ázigos é uma veia importante que drena as veias intercostais e desemboca na veia cava superior.
Existem algumas divisões do mediastino para facilitar o seu entendimento. Estas divisões estão relacionadas com as várias estruturas
anatômicas contidas nele.
Mediastino superior (que fica acima do coração)
Mediastino inferior
Mediastino anterior (que fica na frente dos vasos da base)
Mediastino médio (que compreende principalmente o coração)
Mediastino posterior (atrás, junto da coluna; onde estão passando os ramos da aorta e o esôfago).

A separação entre Mediastino Superior e Inferior ocorre no plano imaginário chamado plano transverso do tórax, que é
delimitado pela junção (disco intervertebral) entre as vértebras T4 e T5.
Outras estruturas que passam pelo mediastino são:
Nervo frênico - nervo espinhal
Nervo vago - nervo cerebral (passa pelo forame jugular)
Hiato aórtico - aorta, v. ázigos, nervo vago
Forame veia cava - veia cava, nervo frênico direito

Posições Relativas das Vísceras no Mediastino


No Mediastino, O Esôfago é a estrutura mais posterior, anterior a ele, se encontra a Traqueia, até o nível da Carina. A aorta
inicia anterior ao tronco pulmonar, mas ao curvar-se para a esquerda, torna-se posterior ao tronco e desce se colocando posterior ao
esôfago.
152

DiafragmaO Diafragma é uma divisória musculotendínea, que separa as cavidades torácica e abdominal. Está intimamente relacionado
à respiração, em que se movimenta verticalmente para baixo, diminuindo a pressão interior nos pulmões. Apenas sua parte central se
abaixa, no entendo, já que sua área periférica se encontra fixada à margem inferior da caixa torácica e às vértebras lombares
superiores. Possui duas cúpulas, e normalmente a cúpula direita é maior pois o fígado se encontra sob ela. A parte central do diafragma
é chamada centro tendíneo. É perfurado por hiatos e forames.
O forame da veia cava, por onde a VCI passa para entrar no coração. Também passam os ramos terminais do nervo frênico direito e
alguns vasos linfáticos.
O hiato esofágico, formado pelo pilar esquerdo, por onde passa o esôfago, os troncos vagais anterior e posterior, ramos dos vasos
esofágicos e alguns vasos linfáticos.
O hiato aórtico, formado pelos pilares esquerdo e direito e pelo ligamento arqueado mediano, por onde passa a artéria aorta
descendente, o ducto torácico, e, algumas vezes, às veias ázigo e hemiázigo.
As pequenas aberturas do diafragma são três pequenas passagens por onde passam vasos e nervos. O trígono esternocostal dá
passagem a vasos linfáticos da face diafragmática do fígado e aos vasos epigástricos superiores. As outras duas pequenas aberturas
dão passagem, uma, ao nervo esplâncnico maior e, a outra, ao menor.
A Face Superior do Diafragma (torácica) é suprida pelas artérias frênicas superiores (ramos da aorta descendente) e pelas artérias
musculocutâneas e pericardiofrênicas (ramos das artérias torácicas internas). É drenada pelas veias musculocutâneas e
pericardiofrênicas, que drenam para as veias torácicas internas e pela veia frênica superior, que drena para a VCI.
A Face Inferior do Diafragma (abdominal) é suprida pelas artérias frênicas inferiores (ramos abdominais da aorta descendente). É
drenada pelas veias frênicas inferiores, que drenam para a VCI e para a veia suprarrenal.
Ambas as faces são inervadas pelos nervos frênicos (inervação motora e, centralmente, sensitiva), nervos intercostais e subcostais
(inervação sensitiva da parte periférica)
153
154

Traqueia A traqueia é um órgão constituído por aproximadamente 20 anéis cartilagíneos incompletos para trás denominados anéis
traqueais. Os anéis traqueais são unidos entre si por ligamentos anulares (tecido conjuntivo). A face posterior das cartilagens traqueais é
obliterada por uma parede membranácea que contém fibras musculares que formam o músculo traqueal. Internamente a traqueia é
revestida por mucosa com glândulas e epitélio ciliado. A parte inferior da bifurcação traqueal apresenta um esporão sagital
denominado carina da traqueia.
A bifurcação da Traqueia dá origem aos Brônquios Principais Direito e Esquerdo. O direito é mais calibroso, mais curto e mais
verticalizado do que o esquerdo, pois entra diretamente no hilo do pulmão direito. O esquerdo segue abaixo do arco da aorta e
anterior ao esôfago e à aorta torácica, para então entrar no hilo do pulmão esquerdo.
Os Brônquios Principais (primários) se ramificam e formam os Brônquios Lobares (secundários), dois à esquerda e três à direita.
Cada Brônquio Lombar supre um lobo do pulmão correspondente. Cada Brônquio Lombar se divide em vários Brônquios Segmentares
(terciários).
Além de se dividir em Brônquios Segmentares, os Brônquios se dividem mais ainda em estruturas cada vez mais finas, os
Bronquíolos. Esses são divididos em Condutores, Terminais e Respiratórios, de acordo com a posição relativa ao Brônquio que o deu
origem. Isto é, os mais próximos dos Brônquios são chamados Condutores e os mais afastados, Respiratórios, que já fazem troca gasosa
com os vasos sanguíneos. Ao final dos Bronquíolos Respiratórios, existem os Ductos Alveolares, que dão origem aos Sacos Alveolares,
revestidos por alvéolos.
O Alvéolo pulmonar é a unidade básica de troca gasosa. Por volta deles, encontra-se uma vasta rede de capilares. Possuem
uma parede muito fina e, assim, proporcionam a troca de gases entre os capilares e seu interior (hematose).

Pulmões Os Pulmões são órgãos esponjosos, infláveis, e estão presentes nas cavidades pulmonares. Os pulmões estão fixos ao coração e
à traqueia pela sua raiz (brônquios e vasos) e pelo ligamento pulmonar. Cada pulmão apresenta: Ápice, Base, Raiz do Pulmão e Hilo; 3
faces: costal, mediastinal e diafragmática; 3 margens: anterior, inferior e posterior;
O Hilo é uma área cuneiforme da superfície medial de cada pulmão, o ponto no qual as estruturas que formam a raiz entram e
saem do pulmão (raiz ou pedículo do pulmão). É importante saber que, no hilo, as veias pulmonares são ínfero-anteriores, os brônquios,
posteriores e, as artérias pulmonares, superiores. Há, também, vasos brônquicos, nervos, vasos linfáticos e linfonodos no Hilo.
O Pulmão direito possui 2 Fissuras: Oblíqua e horizontal, que delimitam 3 Lobos: Superior, médio e Inferior. Ele é maior e mais
pesado do que o Esquerdo, porém é mais curto e largo.
155

O Pulmão esquerdo possui apenas uma Fissura: Oblíqua, que delimita 2 Lobos: Superior e Inferior. A borda anterior do pulmão
esquerdo possui uma incisura cardíaca profunda, causada pelo desvio do ápice do coração. A incisura faz com que exista um processo
linguiforme no pulmão esquerdo, chamado língula.
É importante lembrar que os pulmões são divididos em segmentos, porque a própria distribuição dos brônquios e bronquíolos
segue essa divisão. No ápice fica o Segmento Apical, na base os segmentos basilares. O Pulmão direito possui o lobo médio dividido em
segmentos lateral e medial. O Pulmão esquerdo possui, na parte inferior do lobo superior, os segmentos lingular superior e lingular inferior.
A vascularização dos pulmões se dá pelas artérias pulmonares, artérias bronquiais, à direita, por ramos da aorta e, à esquerda,
pela artéria intercostal posterior superior OU artéria bronquial superior esquerda OU 3ª artéria intercostal posterior direita. As veias
pulmonares drenam o sangue da pleura visceral e dos brônquios (ou seja, possuem sangue arterial que sofreu hematose e sangue
venoso). Também drenam o sangue as veias bronquiais, veia ázigo ao lado direito e hemiázigo ao lado esquerdo.
A drenagem linfática do Pulmão direito se dá pelos linfonodos do lado direito. O Lobo Superior do Pulmão esquerdo drena para
linfonodos do lado esquerdo. O Lobo Inferior do Pulmão esquerdo drena para linfonodos superiores direitos.

Pulmão Direito
156

Pulmão Esquerdo

Pleura
A pleura é uma membrana dupla, semelhante a um saco, que envolve o pulmão. Cada pulmão tem sua pleura e elas não se
comunicam.
É uma fina capa membranosa formada por dois folhetos:
a) Pleura parietal que recobre internamente a parede costal da cavidade, está intimamente ligada com a caixa torácica, sendo
subdividida em quatro partes:
1. A pleura costal que cobre as faces internas da parede torácica.
2. A pleura mediastinal que cobre as faces laterais do mediastino.
3. A pleura diafragmática que cobre a face superior do diafragma.
4. A cúpula pleural que recobre a o ápice pulmonar.
b) Pleura visceral que recobre os pulmões.

A pleura é, portanto, uma membrana envoltória intratorácica, em cujo interior há um espaço laminar (espaço pleural), também
denominado de cavidade pleural.
A Cavidade Pleural – espaço virtual entre as duas camadas da pleura – possui uma camada capilar de líquido pleural seroso, que
lubrifica as superfícies pleurais e possibilita que elas deslizem entre si na respiração, sem se atritar. As paredes externas se “refletem”
(continuam para uma direção, “batem” e voltam), formando as reflexões pleurais. Os espaços da pleura não preenchidos pelos
pulmões são chamados recessos.
Na raiz do pulmão, as duas pleuras se juntam e formam o ligamento pulmonar, inferiormente à raiz.
A vascularização da Pleura Parietal se dá pelos vasos intercostais, e a inervação pelos nervos intercostais e pelo nervo frênico.
A vascularização da Pleura Visceral se dá pelos ramos terminais das artérias bronquiais que anastomosam com ramos das artérias
pulmonares. Drenam para as veias pulmonares. A inervação se dá pelo nervo vago.
157

d) É formada pela união das veias ilíacas comuns


Exercícios direita e esquerda
e) Ascende à esquerda da coluna vertebral
1) O coração, na cavidade torácica situa-se no nível do
9) Sobre o timo é incorreto afirmar que
a) Mediastino superior
a) É um órgão linfoide
b) Mediastino anterior
b) Possui íntima relação anatômica com o pericárdio
c) Mediastino médio
d) Mediastino posterior c) Produz linfócitos
e) Mediastino supremo d) É bastante volumoso em idosos
e) É muito desenvolvido em crianças
2) Em relação ao sistema cardiovascular é incorreto
10) O timo e os vasos da base, localizam-se no
afirmar que
a) Mediastino médio
a) Os grandes vasos encontram-se na base do
b) Mediastino superior
coração
c) Mediastino posterior
b) A artéria aorta faz parte da grande circulação
d) Mediastino inferior
c) As artérias coronárias são ramos diretos da parte
e) Mediastino anterior
ascendente da aorta
d) O seio coronário representa a principal estrutura
de drenagem venosa do coração 11) Sobre o sistema respiratório é incorreto afirmar que
e) As veias cavas superior e inferior desembocam no a) A laringe é simultaneamente um tubo aerífero e
órgão fonador
átrio esquerdo
b) A traqueia bifurca-se inferiormente, originando os
brônquios principais direito e esquerdo
3) Considerando o coração é correto afirmar que
c) O pulmão direito possui três lobos e duas fissuras
a) Sístole e diástole representam, respectivamente,
d) A hematose ocorre ao nível dos capilares
relaxamento e contração do miocárdio
alveolares pulmonares
b) A valva atrioventricular esquerda é a tricúspide
c) A artéria aorta não dispõe de valva e) Os brônquios lobares são também chamados de
d) Os músculos papilares são projeções do miocárdio brônquios de 3ª ordem
e) O miocárdio é a camada interna do coração
12) Em relação aos pulmões é incorreto afirmar que
a) O pulmão direito possui três lobos
4) Considerando o sistema cardiovascular é incorreto
b) O pulmão esquerdo possui apenas uma fissura
afirmar que
c) São recobertos pela pleura visceral
a) O pericárdio representa um saco fibrosseroso que
d) São a sede da hematose
envolve o coração
e) São muito pouco vascularizados
b) O tronco braquiocefálico é ramo direto da parte
descendente da aorta
c) A pequena circulação em síntese é uma 13) Quais músculos agem ativamente durante a
circulação coração - pulmões - coração inspiração?
d) O epicárdio é a lâmina visceral do pericárdio a) Diafragma e intercostais internos
b) Diafragma e intercostais externos
seroso
c) Músculos da parede abdominal
e) A artéria aorta emerge do ventrículo esquerdo do
d) Somente diafragma
coração
e) Somente intercostais
5) Desembocam no átrio direito do coração
a) Veia cava superior e veias pulmonares 14) Sobre a traqueia é incorreto afirmar que
b) Somente as veias cavas superior e inferior a) Se compõe de anéis cartilagíneos
c) Veias cavas superior e inferior, além das artérias b) Possui cartilagem hialina
pulmonares c) Os anéis cartilagíneos são unidos pelos ligamentos
anulares
d) Veias cavas superior e inferior e, também, o seio
d) Possui uma porção cervical
coronário
e) O músculo traqueal forma sua parede anterior
e) Somente o seio coronário e a veia cava superior
15) Sobre a traqueia é incorreto afirmar que
6) Sobre o coração é incorreto
a) Contém músculo liso
a) Sua camada média é formada pelo miocárdio
b) Se localiza no mediastino médio b) Se bifurca em brônquios lobares
c) É envolto pelo pericárdio c) É a continuação da laringe
d) É irrigado pelas artérias coronárias d) Está situada anteriormente ao esôfago
e) Se divide em brônquios principais
e) Se encontra 2/3 à direita do plano mediano
16) São estruturas que transitam pelo hiato esofágico do
7) Sobre valvas cardíacas é incorreto afirmar que
diafragma
a) A valva atrioventricular esquerda denomina-se
a) Esôfago e nervos frênicos
bicúspide
b) Esôfago e ducto linfático
b) São controladas pelos músculos papilares
c) A valva atrioventricular direita é a mitral c) Esôfago e troncos vagais anterior e posterior
d) Impedem o refluxo de sangue dos ventrículos para d) Esôfago e ducto torácico
os respectivos átrios e) Esôfago e veia ázigo
e) A valva atrioventricular direita é a tricúspide
17) A pleura cervical está relacionada com o (a)
a) Diafragma
8) Sobre a veia cava inferior é incorreto afirmar que
b) Mediastino
a) Desemboca no átrio direito do coração
c) Ápice do pulmão
b) É uma veia de grande calibre
d) Parede torácica
c) É responsável pela drenagem venosa da metade
inferior do corpo e) Croça da aorta
158

18) A fossa oval no coração marca o local primitivo do 26) O tronco pulmonar possui aproximadamente 5 cm de
forame oval, que no feto comunica comprimento e representa uma continuação do
a) Ventrículo direito com o esquerdo a) Átrio direito
b) Átrio e ventrículo direitos b) Ventrículo esquerdo
c) Átrio e ventrículo esquerdos c) Átrio esquerdo
d) Átrio direito com o esquerdo d) Ventrículo direito
e) Átrio direito e ventrículo esquerdo e) Nenhuma das alternativas

19) São estruturas observadas no átrio direito do coração, 27) Acerca do sistema cardiovascular é incorreto afirmar
exceto que
a) Músculos pectíneos a) O coração é constituído por três túnicas:
b) Óstio da veia cava superior epicárdio, miocárdio e endocárdio
c) Óstio do seio coronário b) O coração apresenta quatro câmaras, dois átrios
d) Óstio da veia cava inferior e dois ventrículos e localiza-se no mediastino
e) Valva mitral médio
c) A irrigação do coração é assegurada pelas
20) A inervação autônoma do coração é feita pelo plexo artérias coronárias direita e esquerda
cardíaco, para o qual contribuem d) O sistema de condução cardíaco se fundamenta
a) Nervos cardíacos cervicais do simpático (superior, nas seguintes estruturas: nó sinoatrial (SA), nó
médio e inferior) atrioventricular (AV) e fascículo atrioventricular
b) Nervos que partem dos gânglios simpáticos e) A grande circulação inclui o trajeto do sangue do
torácicos (T1 a T4) coração aos pulmões e a pequena circulação, o
c) Nervos cardíacos do vago trajeto do sangue do coração aos órgãos e
d) NCX sistemas
e) Todas as alternativas estão corretas
28) O acesso ao seio oblíquo do pericárdio se faz
21) Sobre hérnias diafragmáticas pode-se afirmar que a) Entre VCI e Aorta
a) Dizem respeito, ao deslocamento de uma víscera b) Posterior a VCS e Aorta
abdominal através de uma área de fragilidade ou c) Posterior as Veias pulmonares e tronco pulmonar
defeito do diafragma para a cavidade torácica d) Entre Veias pulmonares e VCI
b) Podem ser congênitas ou adquiridas e) Entre Veias pulmonares e VCS
c) As hérnias congênitas ocorrem, sobretudo, por
falta de fechamento do canal pleuroperitoneal do 29) O acesso ao seio transverso do pericárdio se faz
embrião a) Posterior a Aorta e VCS
d) Na grande maioria das vezes, se fazem pelo hiato b) Entre Aorta e tronco pulmonar
esofágico e são então denominadas hérnias de c) Posterior a Aorta e tronco pulmonar
hiato d) Entre Aorta e VCS
e) Todas as alternativas estão corretas e) Posterior às veias pulmonares

22) A parte torácica da traqueia termina bifurcando-se 30) O esqueleto fibroso do coração
em brônquios principais direito e esquerdo, ao nível do a) É uma estrutura de colágeno denso
(a) b) Dá sustentação ao miocárdio
a) Manúbrio do esterno c) Mantém a forma dos óstios AV
b) Processo xifoide d) Impede que um estímulo elétrico errôneo se
c) Mesoesterno dissipe para outra câmara
d) Ângulo do esterno e) Todas estão corretas
e) Nenhuma das alternativas
31) Assinale a alternativa correta quanto às faces do
23) O óstio da aorta localiza-se no coração
a) Átrio direito a) A face inferior é formada principalmente pelo
b) Ventrículo esquerdo ventrículo esquerdo
c) Átrio esquerdo b) A face anterior é formada principalmente pelo
d) Ventrículo direito ventrículo esquerdo
e) Nenhuma das alternativas c) A face diafragmática é formada principalmente
pelo átrio direito
24) Sobre o sistema respiratório é incorreto afirmar que d) A face pulmonar direita é formada principalmente
a) A traqueia compõe-se de anéis de cartilagem pelo ventrículo direito
hialina, unidos pelos ligamentos anulares e) A face esternocostal é formada principalmente
b) O músculo traqueal é liso e encontra-se na parede pelo átrio direito
membranácea
c) O seio maxilar representa o maior seio paranasal 32) As cordas tendíneas
d) A traqueia bifurca-se ao nível da carina traqueal a) Fixam os folhetos das valvas cardíacas ao
em brônquios lobares miocárdio
e) O pulmão direito compõe-se de três lobos e duas b) Aumentam a forma de contração do miocárdio
fissuras c) Ligam os músculos papilares às margens livres das
válvulas das valvas atrioventriculares
25) A maior espessura das câmaras cardíacas é verificada d) Permitem a condução elétrica no miocárdio
ao nível do e) Aumentam a capacidade volumétrica dos
a) Átrio direito ventrículos ao permitir que mais sangue entre na
b) Ventrículo direito câmara
c) Átrio esquerdo
d) Ventrículo esquerdo
e) Aurícula direita
159

33) Sobre o ventrículo direito, é correto e) Sua incisura cardíaca é maior do que a do
a) Apresenta trabéculas cárneas mais finas e mais pulmão esquerdo
numerosas que o ventrículo direito
b) Suas paredes são mais espessas que as do 39) Sobre a parte torácica do sistema respiratório, é
ventrículo esquerdo correto
c) É mais cônico e mais longo que o ventrículo a) O brônquio principal direito é mais calibroso, curto
esquerdo e verticalizado do que o esquerdo
d) Apresenta o vestíbulo da aorta, formação lisa que b) A divisão segmentar dos pulmões não
leva à valva aórtica corresponde à divisão segmentar dos brônquios,
e) Apresenta a crista supraventricular, uma linha motivo pelo qual não é possível ressecar um
muscular espessa que separa a parede muscular segmento específico do pulmão
rugosa da parede lisa do cone arterial c) Os anéis traqueais, incompletos posteriormente,
apresentam, em sua face anterior, o músculo
34) Sobre o ventrículo esquerdo, é correto traqueal
a) Suas paredes são finas devido à pouca força de d) O alvéolo pulmonar faz a troca gasosa
ejeção necessária na sístole diretamente com o ar, sendo que a troca com os
b) Apresenta dois grupos de músculos papilares para gases no sangue ocorre ao nível dos bronquíolos
a fixação das cordas tendíneas de sua valva condutores
atrioventricular bicúspide e) As pleuras dos pulmões comunicam-se na parte
c) Afila-se superiormente, no cone arterial, que posterior do mediastino, por meio do canalículo
conduz sangue ao tronco pulmonar pleural
d) Recebe sangue venoso do átrio esquerdo
e) Pode ter parte de sua estrutura retirada sem 40) Em relação ao diafragma, é correto
grandes repercussões, como por exemplo na a) O diafragma movimenta-se a partir de seu centro
Operação Batista, procedimento realizado muscular, e insere-se à parede torácica pelo anel
comumente em casos de hipertrofia do miocárdio tendíneo periférico
b) Pelo hiato esofágico passam o esôfago, vasos
35) Sobre a vascularização do coração, é incorreto esofágicos e troncos vagais anterior e posterior
a) A veia cardíaca magna recebe a veia IV c) A face inferior do diafragma é suprida pelas
posterior, e a veia cardíaca parva recebe a veia artérias pericárdicofrênica, musculofrênica e
IV anterior; quando as duas se juntam, formam o frênicas inferiores
seio coronário d) Durante a inspiração, o diafragma relaxa; durante
b) Na maioria das pessoas, a artéria coronária direita a expiração, ele contrai
supre tanto o nó SA quanto o nó AV e) O hiato aórtico faz com que o pulso arterial afete
c) As artérias coronárias são os primeiros ramos da o movimento do diafragma e vice-versa
aorta
d) A artéria coronária esquerda dá origem ao ramo Para as questões 41 a 50, avalie as frases e marque a
IV anterior alternativa correta.
e) Em 2/3 das pessoas, a ACD dá origem ao ramo
interventricular posterior 41) Os pulmões são os órgãos vitais da respiração nos
quais o sangue venoso troca oxigênio e dióxido de
36) Sobre as pleuras, assinale a incorreta carbono com um fluxo corrente de ar. Cada pulmão
a) A pleura visceral cobre o pulmão contornando possui duas artérias pulmonares que o irrigam e uma
intimamente o órgão, inclusive nas fissuras grande veia pulmonar que drena seu sangue
b) As pleuras parietal e visceral são contínuas no hilo a) A frase está correta
do pulmão b) A frase está parcialmente incorreta pois cada
c) A presença de líquido entre os folhetos da pleura pulmão possui uma artéria pulmonar e uma ou
é indício de doença duas veias pulmonares
d) A pleura parietal reveste as cavidades c) A frase está parcialmente incorreta pois os
pulmonares, aderindo-se à parede torácica, ao pulmões não são necessários para a respiração
mediastino e ao diafragma d) A frase está parcialmente incorreta pois durante a
e) A continuidade dos folhetos da pleura forma, hematose, o sangue arterial perde oxigênio e
inferiormente à raiz do pulmão, o ligamento ganha dióxido de carbono
pulmonar e) A frase está incorreta

37) Em relação ao pulmão esquerdo, é correto 42) Os nervos dos pulmões e da pleura visceral são
a) Possui três lobos: superior, inferior e língula derivados dos plexos pulmonares anteriores e
b) É maior e mais pesado que o direito posteriores às raízes dos pulmões. Essas redes nervosas
c) A artéria pulmonar esquerda divide-se em três contêm fibras simpáticas dos nervos esplâncnicos
artérias lobares pélvicos e fibras parassimpáticas do nervo
d) Apresenta uma incisura cardíaca em sua face toracoabdominal anterior
anteromedial a) A frase está correta
e) Corpos estranhos que entrem na traqueia b) A frase está parcialmente incorreta pois não
preferencialmente caem no pulmão esquerdo existem plexos pulmonares anteriores
c) A frase está parcialmente incorreta pois as fibras
38) Em relação ao pulmão direito, é correto simpáticas provêm dos troncos simpáticos e as
a) É mais longo e estreito do que o pulmão esquerdo fibras parassimpáticas provêm do nervo vago
b) Apresenta apenas dois lobos e duas fissuras (NCX)
c) Assim como o pulmão esquerdo, apresenta duas d) B e C estão corretas
veias pulmonares que levam sangue oxigenado e) A frase está incorreta
ao coração
d) Suas duas artérias lobares são ais longas e mais
calibrosas que as do pulmão esquerdo
160

43) A bifurcação da traqueia é assimétrica: o brônquio c) A frase está parcialmente incorreta pois o SNAS
principal direito é mais vertical e tem maior calibre do aumenta a frequência e a velocidade dos
que o esquerdo. Os brônquios e as artérias pulmonares impulsos, e o SNAP diminui
seguem e se ramificam juntos: os brônquios principais e d) A frase está parcialmente incorreta pois não há
artérias servem cada um a um pulmão, os ramos interação entre o SNA e o complexo estimulante
lobares de segunda ordem supre os dois ou três lobos, do coração
e os ramos segmentares de terceira ordem suprem os e) A frase está incorreta
8-10 segmentos broncopulmonares de cada pulmão
a) A frase está correta 48) O mediastino inferior estende-se inferiormente da
b) A frase está parcialmente incorreta pois o bronco abertura superior do tórax até o plano horizontal que
pulmonar direito é mais horizontal e tem menor inclui o ângulo esternal anteriormente e passa
calibre que o direito aproximadamente através da junção (disco IV) das
c) A frase está parcialmente incorreta pois a vértebras T6 e T7 posteriormente, frequentemente
ramificação das artérias não segue a ramificação definido como o plano transverso do tórax.
brônquica a) A frase está correta
d) A frase está parcialmente incorreta pois os b) A frase está parcialmente incorreta pois a
pulmões têm 12 segmentos descrição é do mediastino superior
e) A frase está incorreta c) A frase está parcialmente incorreta pois o plano
transverso do tórax fica entre as vértebras T4 e T5
44) O mediastino superior - situado entre o plano d) B e C estão corretas
transverso do tórax e o mediastino - é subdividido pelo e) A frase está incorreta
pericárdio em partes anterior, média e posterior. O
pericárdio e seu conteúdo (o coração e as raízes dos 49) O timo é um órgão linfoide primário que se localiza na
grandes vasos) constituem o mediastino médio. parte inferior do pescoço, na parte anterior do
a) A frase está correta mediastino superior. O timo é vascularizado por ramos
b) A frase está parcialmente incorreta pois a intercostais anteriores e mediastinais anteriores das
descrição é do mediastino inferior artérias torácicas internas, suas veias drenam para a
c) A frase está parcialmente incorreta pois o braquiocefálica esquerda, torácica interna e tireóidea
coração e as raízes dos grandes vasos não são inferior
conteúdo do pericárdio a) A frase está correta
d) B e C estão corretas b) A frase está parcialmente incorreta pois o timo
e) A frase está incorreta não é um órgão linfoide primário
c) A frase está parcialmente incorreta pois o timo
45) O pericárdio fibroso é a camada externa do localiza-se mais comumente inferiormente ao
pericárdio; é a camada mais resistente, é contínua diafragma, alojado superiormente ao estômago
com a túnica adventícia dos grandes vasos e com o d) A frase está parcialmente incorreta pois as artérias
tendão central do diafragma, no ligamento do timo são ramos diretos do arco da aorta
pericardicofrênico. e) O timo não existe
a) A frase está correta
b) A frase está parcialmente incorreta pois o 50) O diafragma é uma divisória musculotendínea com
pericárdio fibroso é a camada interna do dupla cúpula. Normalmente, a cúpula esquerda é
pericárdio mais alta do que a esquerda devido à presença do
c) A frase está parcialmente incorreta pois o estômago. O diafragma é vascularizado pelas artérias
pericárdio fibroso é contínuo com a túnica média pericárdicofrênica e musculofrênica, ramos da artéria
dos grandes vasos torácica interna, e as artérias frênicas superiores, ramos
d) B e C estão corretas da aorta torácica. As artérias frênicas inferiores
e) A frase está incorreta vascularizam a face inferior do diafragma. Toda a
inervação do diafragma provém dos nervos frênicos
46) O recesso em formato de bolsa na cavidade direito e esquerdo
pericárdica que se localiza posterior à base (face a) A frase está correta
posterior) do coração é chamado seio transverso do b) A frase está parcialmente incorreta pois a cúpula
pericárdio direita é comumente mais alta devido à presença
a) A frase está correta do fígado
b) A frase está parcialmente incorreta pois a c) A frase está parcialmente incorreta pois toda a
descrição é do seio oblíquo do pericárdio vascularização do diafragma é derivada
c) A frase está parcialmente incorreta pois o recesso diretamente da aorta, seja da parte torácica ou
localiza-se medial ao átrio direito da parte abdominal
d) A frase está parcialmente incorreta pois a base do d) A frase está parcialmente incorreta pois a
coração é a face inferior inervação do diafragma é derivada do nervo
e) A frase está incorreta vago (NCX)
e) A frase está incorreta
47) O complexo estimulante do coração é formado por
nós intrínsecos especializados que geram estímulos e Respostas:
por feixes de músculo cardíaco especializados em 1 C 11 E 21 E 31 A 41 B
transmitir esses impulsos. A frequência de geração e a 2 E 12 E 22 D 32 C 42 C
velocidade dos impulsos são diminuídas pelo SNA 3 E 13 B 23 B 33 B 43 A
simpático aumentadas pelo SNA parassimpático 4 B 14 E 24 D 34 B 44 B
a) A frase está correta 5 D 15 B 25 D 35 A 45 A
b) A frase está parcialmente incorreta pois o 6 E 16 C 26 D 36 C 46 B
complexo estimulante do coração é formado por 7 C 17 C 27 E 37 D 47 C
fibras nervosas especializadas que saem de T1-T4 8 E 18 D 28 D 38 C 48 D
formam os nós AV e SA
9 D 19 E 29 C 39 A 49 A
10 B 20 E 30 E 40 B 50 B
161

Peritônio e Formações
Peritoneais
Peritônio
O Peritônio é uma membrana serosa transparente, contínua, brilhante e escorregadia. Reveste a cavidade abdominopélvica e
recobre as vísceras. Possui duas camadas, uma que é virada para a parede, peritônio parietal, e outra virada para as vísceras, peritônio
visceral. O Peritônio parietal possui a mesma vascularização e inervação da região da parede que reveste. O peritônio parietal é
sensível à dor, à pressão, ao calor e frio. O Peritônio visceral possui a mesma vascularização e inervação dos órgãos que reveste. É
insensível à laceração, ao toque, ao calor e frio. É estimulado basicamente pela distensão.
Os órgãos intraperitoneais são órgãos revestido quase totalmente pelo peritônio. Eles não estão dentro do peritônio. Os órgãos
extraperitoneais, retroperitoneais e subperitoneais também se situam fora da cavidade peritoneal e são apenas parcialmente revestidos
por peritônio.
A cavidade peritoneal está situada entre as duas lâminas do peritônio e possui um líquido peritoneal, que é composto de água,
eletrólitos e outras substâncias derivadas do líquido intersticial de tecidos adjacentes. O líquido lubrifica as lâminas peritoneais e ajuda
na proteção pois possui anticorpos e leucócitos. A cavidade é aberta para o exterior na mulher, através da cavidade uterina e vagina.

Formações Peritoneais
O peritônio reveste e une órgãos a outros órgãos ou à parede abdominal e, assim, forma compartimentos e recessos.
Mesentério é uma lâmina dupla de peritônio formada pela invaginação do peritônio por um órgão, conecta um órgão à
parede do corpo. O mesentério pode receber nomes dependendo do lugar onde está: mesocolos, mesoesôfago, mesoapêndice. O
mesentério possui um centro de tecido conjuntivo contendo sangue, vasos linfáticos, nervos, linfonodos e gordura.
Omento é uma extensão dupla do peritônio que passa do estômago e da parte proximal do duodeno para órgãos adjacentes
na cavidade peritoneal.
Omento maior pende como um avental da curvatura maior do estômago e da parte proximal do duodeno. Após descer, volta
e se fixa à superfície anterior do colo transverso e seu mesentério.
Omento menor conecta a curvatura menor do estômago e a parte proximal do duodeno ao fígado; também conecta o
estômago a uma tríade de estruturas que seguem entre o duodeno e o fígado na margem livre do omento menor. O Omento menor é
formado pelos Ligamentos hepatogástrico e hepatoduonedal. Por trás do ligamento hepatoduodenal, existe o forame omental (de
Winslow). Por ele, passam A artéria hepática anteriormente, o ducto colédoco lateralmente e a veia porta posteriormente.
Ligamento peritoneal é uma dupla camada de peritônio que une órgão a órgão ou à parede.
Área nua é a área do órgão não revestida pelo peritônio. Essas áreas são necessárias para a entrada e saída de vasos e nervos.
Prega peritoneal é uma reflexão de peritônio elevada por vasos sanguíneos, ductos e vasos fetais obliterados.
Recesso peritoneal é uma bolsa de peritônio formada por uma prega peritoneal.
162

Esôfago e Estômago
Esôfago
O Esôfago é um tubo muscular que conduz o alimento da faringe ao estômago. Começa imediatamente posterior à margem
inferior da cartilagem cricóidea no plano mediano, na junção faringoesofágica. Segue a coluna vertebral enquanto desce através do
pescoço e do mediastino.
Consiste em músculo estriado (voluntário) em seu terço superior, músculo liso (involuntário) em seu terço inferior e uma mistura
de músculo estriado e liso no terço médio. Possui lâminas musculares circulares internas e longitudinais externas. Atravessa o hiato
esofágico elíptico no pilar muscular direito do diafragma, logo à esquerda do plano mediano no nível da vértebra T10 e está ligado a
esse pelo ligamento frenicoesofágico, este ligamento permite a movimentação independente do esôfago e do diafragma durante a
respiração e a deglutição. Na passagem do esôfago pelo diafragma, a musculatura diafragmática funciona como um esfíncter inferior
do esôfago, que se contrai e relaxa. Esse esfíncter impede a passagem rápida do alimento do esôfago ao estômago e também impede
o refluxo do conteúdo gástrico para o esôfago. Termina entrando no estômago, no óstio cárdico do estômago. É circundado pelo plexo
nervoso esofágico distalmente. O alimento atravessa rapidamente o esôfago devido aos movimentos peristálticos e à gravidade
(porém é possível engolir alimentos de cabeça para baixo). A junção esofagogástrica é localizada por cirurgiões na Linha Z, uma
mudança abrupta na mucosa esofágica para a mucosa gástrica.
163
164

Vascularização e Drenagem do Esôfago


As artérias do esôfago cervical são ramos das artérias tireóideas inferiores. A irrigação arterial da parte abdominal do esôfago é
feita pela artéria gástrica esquerda, um ramo do tronco celíaco, e pela artéria frênica inferior esquerda.
As veias do esôfago cervical são tributárias das veias tireóideas inferiores. A drenagem venosa das veias submucosas dessa
parte do esôfago se faz para o sistema venoso porta através da veia gástrica esquerda e para o sistema venoso sistêmico através das
veias esofágicas que entram na veia ázigo.
Os vasos linfáticos da parte cervical do esôfago drenam para os linfonodos paratraqueais e linfonodos cervicais profundos
inferiores. A drenagem linfática da parte abdominal do esôfago se faz para os linfonodos gástricos esquerdos; os vasos linfáticos
eferentes desses linfonodos drenam principalmente para os linfonodos celíacos.

Inervação do Esôfago
O Esôfago é inervado pelo Plexo Nervoso Esofágico, formado pelos troncos vagais e troncos simpáticos torácicos através dos
nervos esplâncnicos (abdominopélvicos) maiores e plexos periarteriais ao redor das artérias gástrica esquerda e frênica inferior. O
esôfago cervical recebe fibras somáticas através de ramos dos nervos laríngeos recorrentes e fibras vasomotoras dos troncos simpáticos
cervicais através do plexo ao redor da artéria tireóidea inferior.
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Estômago
O Estômago é a parte expandida do trato alimentar entre o esôfago e o intestino delgado. É especializado para o acúmulo de
alimento ingerido, que é química e mecanicamente preparado para a digestão e passagem para o duodeno. O suco gástrico
converte gradualmente uma massa de alimento em uma mistura semilíquida, o quimo. O estômago tem 4 partes:
1. Cárdia, a parte que circunda o óstio cárdico;
2. Fundo, a parte superior dilatada que se relaciona à cúpula esquerda do diafragma e é limitada inferiormente pelo plano
horizontal do óstio cárdico. A incisura cárdica está situada entre o esôfago e o fundo. O fundo pode ser dilatado por gás,
líquido, alimento ou qualquer combinação desses;
3. Corpo, a parte principal do estômago;
4. Parte pilórica, a região afunilada de saída do estômago; sua parte larga, o antro pilórico, leva ao canal pilórico, sua parte
estreita

O estômago também possui 2 curvaturas: a curvatura menor forma a margem côncava mais curta do estômago. A incisura angular
é o entalhe agudo que indica a junção do corpo e da parte pilórica do estômago; a curvatura maior forma a borda convexa mais
longa do estômago.
A superfície lisa da mucosa gástrica é castanho-avermelhada durante a vida, exceto na parte pilórica, onde é rósea. Em vida, é
coberta por uma mucosa contínua que protege sua superfície do ácido gástrico secretado pelas glândulas gástricas. A mucosa forma
estrias chamadas pregas gástricas ou rugas gástricas. São mais acentuadas em direção à parte pilórica e ao longo da curvatura maior.
Há formação de um canal gástrico durante a deglutição, por onde o alimento preferencialmente passa, entre as pregas da mucosa ao
longo da curvatura menor.

Camadas musculares do Estômago


São três as camadas musculares do estômago: Uma camada muscular oblíqua interna; uma camada muscular circular média; uma
camada muscular longitudinal externa. A camada longitudinal esta em grande parte das superfícies anterior e posterior do estômago e
a camada circular é pouco desenvolvida na região para esofágica. É bom lembrar que todo o canal digestório possui apenas 2
camadas musculares, e o estômago representa uma exceção, pois apresenta 3 camadas.
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Inervação do Estômago
A inervação parassimpática do estômago provém dos troncos vagais anterior e posterior e de seus ramos. A inervação
simpática do estômago provém dos segmentos T6 a T9 da medula espinhal segue para o plexo celíaco através do nervo esplâncnico
maior.
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Vascularização
O estômago possui um rico suprimento arterial, originado no tronco celíaco e em seus ramos. A maior parte do sangue provém
de anastomoses formadas ao longo da curvatura menor pelas artérias gástricas direita e esquerda, e ao redor da curvatura maior pelas
artérias gastromentais direita e esquerda. O fundo e a parte superior do corpo recebem sangue das artérias gástricas curtas e
posteriores.
As veias gástricas acompanham as artérias em relação ao trajeto e à posição. As veias gástricas direita e esquerda drenam
para a veia porta. As veias gástricas curtas e as veias gastromentais esquerdas drenam para a veia esplênica, que se une à veia
mesentérica superior (VMS) para formar a veia porta. A veia gastromental direita drena para a VMS. A veia pré-pilórica ascende sobre o
piloro até a veia gástrica direita.
Os vasos linfáticos gástricos drenam linfa para os linfonodos gástricos e gastromentais. Os vasos eferentes desses linfonodos
acompanham as grandes artérias até os linfonodos celíacos. A linfa dos dois terços superiores do estômago drena para os linfonodos
gástricos. A linfa do fundo e da parte superior do corpo do estômago também drena para os linfonodos pancreaticoesplênicos. A linfa
dos dois terços direitos do terço inferior do estômago drena ao longo dos vasos gastromentais direitos até os linfonodos pilóricos. A linfa
do terço esquerdo da curvatura maior drena ao longo dos vasos gástricos esquerdos e esplênicos para os linfonodos
pancreaticoduodenais.
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Intestinos Delgado e Grosso


Intestino Delgado
O Intestino Delgado é formado por Duodeno, Jejuno e íleo. É o local primário para absorção de nutrientes e materiais ingeridos.
Estende-se do piloro até a junção ileocecal.

Duodeno
O duodedo é a primeira e mais curta parte do intestino delgado (25cm, em média) e também a mais larga e mais fixa.
Começa no piloro e termina na junção duodenojejunal, que ocorre aproximadamente ao nível da vértebra L2, e assume um formato de
ângulo agudo, a flexura duodenojejunal. A maior parte do duodeno está fixa por peritônio e é considerada parcialmente
retroperitoneal. O duodeno pode ser dividido em 4 partes: Parte Superior, curta (aprox. 5cm), possui a ampola (bulbo duodenal), é
revestida parcialmente por peritônio e possui mesentério apenas na parte inicial; Parte descendente, longa (7–10 cm), os ductos
colédoco e pancreático principal entram em sua parede póstero-medial, podendo unir-se e formar a ampola hepatopancreática, que
se abre na papila maior. Essa parte do duodeno é totalmente retroperitoneal; Parte horizontal, longa (6–8 cm), sua face anterior é
coberta por peritônio; Parte Ascendente, curta (aprox. 5cm), curva-se para se ligar ao jejuno na junção duodenojejunal, sustentada
pela fixação do músculo suspensor do duodedo (ligamento de Treitz). A contração desse músculo alarga o ângulo da flexura
duodenojejunal, facilitando o movimento do conteúdo intestinal.
Vascularização: as artérias do duodeno originam-se do tronco celíaco e da artéria mesentérica superior. Do tronco celíaco
origina-se a artéria pancreaticoduodenal superior, que nutre as duas primeiras porções do duodeno e, da mesentérica superior, a artéria
pancreaticoduodenal inferior, que nutre as porções finais do duodeno.
Drenagem: as veias do duodeno seguem as artérias e drenam para a veia porta, direta ou indiretamente, por intermédio das
veias mesentéricas superior e inferior.
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Musculatura do Duodeno:
O Duodeno possui 2 camadas musculares: uma longitudinal, mais externa, que é chamada de helicoidal de passo longo; e
uma circular, mais interna, chamada de helicoidal de passo curto.
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Jejuno e Íleo
O jejuno é a segunda parte do intestino delgado, começa na junção duodenojejunal e continua, formando o íleo, a terceira
parte do intestino delgado, que termina na junção ileocecal. Não há uma divisória própria entre jejuno e íleo, porém apresentam
características diferentes:

Jejuno Íleo
Vermelho Rosado
Parede Espessa Parede Fina
Mais vascularizado Menos vascularizado
Vasos retos longos e alças longas Vasos retos curtos e alças menores
Menos gordura e linfonodos Mais gorduras e linfonodos
Pregas Circulares altas e próximas Pregas Circulares baixas e distantes

*Macete: O Jejuno tem nome MAIOR, então é tudo MAIS, menos na GORDURA e LINFONODOS.
Vascularização: a artéria mesentérica superior (AMS) supre o jejuno e o íleo. A AMS segue pelo mesentério enviando de 15 a 18
ramos para o jejuno e o íleo. Esses ramos se unem e formam alças ou arcos (arcos arteriais), que dão origem a artérias retas, chamadas
vasos retos.
Drenagem: a veia mesentérica superior (VMS) drena o jejuno e o íleo. A VMS termina posteriormente ao colo do pâncreas,
onde se une à veia esplênica para formar a veia porta.
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Intestino Grosso
O Intestino Grosso é formado por Ceco, apêndice, Colos Ascendente, Transverso, Descendente e Sigmoide, Reto e Canal Anal.
É no intestino grosso que nosso organismo absorve água, transformando o quimo (massa semilíquida) em fezes, praticamente secas. O
Intestino grosso, ao contrário do delgado, apresenta as Tênias (faixas espessas de músculo liso que representam a maior parte da
camada longitudinal): começam na base do apêndice e se dividem em três faixas. Mesocólica, à qual fixam-se os mesocolos
transverso e sigmoide; Omental, à qual fixam-se os apêndices omentais; Livre, à qual não se fixam mesocolos nem apêndices. As tênias
seguem o comprimento do Intestino Grosso até juntarem-se novamente na junção retossigmoide.

Apêndices Omentais (epiplóticos) são glóbulos de gordura revestidos por peritônio, produzem algumas células de defesa pra melhorar a
proteção dos cólos. Presentes até o colo sigmoide, não presente no reto.
Haustros (ou Saculações) são dilatações saculiformes em todo seu trajeto
Tênias são fitas (reforços) musculares em número de três (mesocólica, omental e livre) que percorrem o intestino grosso no sentido
longitudinal, presentes até o colo sigmoide, não presente no reto.

Ceco e Apêndice
O ceco é a primeira parte do intestino grosso, é uma bolsa cega, com aproximadamente 7,5cm de largura e comprimento. É
quase totalmente revestido por peritônio e pode ser levantado livremente. Apesar de sua relativa liberdade, está ligado à parede do
abdome por pregas cecais do peritônio. O Íleo terminal entra no ceco, formando os lábios ileocólico e ileocecal, que juntos formam a
papila ileal e, entre eles, o óstio ileal. É vascularizado pela artéria ileocólica (ramo da AMS) e é drenado pela veia ileocólica, a qual
drena para a VMS.
O apêndice (apêndice vermiforme) é um divertículo intestinal que termina em um fundo cego, tem cerca de 6cm e contém
tecido linfoide. Origina-se inferiormente à junção ileocecal. Possui um mesentério triangular curto, o mesoapêndice, por onde passa a
artéria apendicular (ramo da ileocólica). É drenado pela veia ileocólica.

Colo Ascendente
O Colo Ascendente é a 2ª parte do intestino grosso, segue em direção rostral até o lobo direito do fígado, onde vira para a
direita na flexura direita do colo. É coberto por peritônio anteriormente e nas laterais. Não possui mesocolo, sendo, assim, fixo. A
vascularização se dá pelas artérias ileocólica e cólica direita, ramos da AMS. A drenagem venosa é feita pelas veias ileocólica e cólica
direita, tributárias da VMS.

Colo Transverso
O Colo Transverso é a 3ª, mais móvel e maior parte do intestino grosso. Atravessa o abdome da flexura direita do colo até a
flexura esquerda do colo (flexura esplênica), onde se curva para baixo, tornando-se o colo descendente. O mesentério do colo
transverso, o mesocolo transverso, está aderido à parede posterior da bolsa omental. O suprimento arterial é feito pela artéria cólica
média, ramo da AMS. A drenagem venosa se dá pela VMS.
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Colo Descendente
O Colo Descendente ocupa uma posição secundariamente retroperitonial entre a flexura esquerda do colo e a fossa ilíaca
esquerda, onde é contínuo com o colo sigmoide. É coberto anterior e lateralmente por peritônio, e por esse é ligado à parede posterior
do abdome.

Colo Sigmoide
O Colo Sigmoide, caracterizado por sua alça em forma de S, tem, em geral, 40cm e une o colo descendente ao reto. O fim das
tênias do colo, a aprox. 15 cm do ânus, indica a junção retossigmoide. O colo sigmoide geralmente apresenta um longo mesentério,
sendo, assim, muito livre. Os apêndices omentais do colo sigmoide são longos e desaparecem quando o mesentério sigmoide termina.
As Tênias também desaparece na porção final do colo sigmoide. A irrigação arterial do colo sigmoide é feita pelas artérias cólica
esquerda e sigmoides (ramos da AMI). É drenado pela VMI, que tributa para a veia esplênica e depois para a veia porta.
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Reto e Canal Anal


O reto é a parte terminal fixa do intestino grosso, continuo com o colo sigmoide e com o canal anal. Ao ponto da junção
retossigmoide as tênias afastam-se para formar uma lâmina longitudinal externa contínua de músculo liso, e os apêndices omentais são
interrompidos. Três flexuras laterais agudas do reto são aparentes quando o reto é visto anteriormente. As flexuras são formadas em
relação a três invaginações internas (pregas transversas do reto). A parte terminal, dilatada, do reto é a ampola do reto. A ampola
recebe e retém uma massa fecal que se acumula até que seja expelida durante a defecação.
O reto é coberto por peritônio anterior e lateralmente em seu terço superior, apenas na face anterior no terço médio e
totalmente descoberto no terço inferior. Nos homens, o peritônio reflete-se a partir do reto para a parede posterior da bexiga, onde
forma o assoalho da escavação retovesical. Nas mulheres, o peritônio reflete-se a partir do reto para a parte posterior do fórnice da
vagina, onde forma o assoalho da escavação retouterina (fundo-de-saco de Douglas). Em ambos os sexos, as reflexões laterais do terço
superior do reto formam as fossas pararretais, que permitem ao reto se distender enquanto se enche de fezes.
A Vascularização do é feita pelas artérias retal superior (ramo da AMI), médias direita e esquerda e inferiores (ramos das
pudendas internas). A drenagem venosa se dá pela veia retal superior, que drena para a Veia Porta, e as veias retais média e inferior,
que drenam para o sistema sistêmico.
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O Canal Anal é a parte final do intestino grosso e de todo o canal alimentar. O canal começa no ponto onde a ampola retal
se estreita, e termina no ânus, a abertura de saída do trato alimentar. O canal é circundado pelos músculos esfíncteres interno e externo
do ânus. O músculo esfíncter interno do ânus é um esfíncter involuntário que fica, a maior parte do tempo, contraído. O músculo
esfíncter externo do ânus é um esfíncter voluntário. Para a liberação de fezes ou gás, ambos os esfíncteres devem sem relaxados.
Internamente, a metade superior da mucosa anal é caracterizada pela presença de estrias longitudinais chamadas colunas anais. A
junção anorretal, indicada pelas extremidades superiores das colunas anais, é o local onde o reto se une ao canal anal. A linha
pectinada (semelhante a um pente) é o local onde as partes superior (visceral) e inferior (somática) do canal anal se juntam.
O canal anal é suprido pelas artérias retal superior (acima da linha pectinada), médias (ajudam na vascularização de todo o
canal anal) e inferiores (abaixo da linha pectinada). A drenagem venosa, superiormente à linha pectinada, o plexo venoso retal interno
drena para a veia retal superior (drena para a VMI e sistema porta) e inferiormente à linha pectinada, drena para as veias retais
inferiores (tributárias da cava). As veias retais médias drenam a túnica muscular externa da ampola e formam anastomoses com as
veias retais superiores e inferiores e drenam para as veias ilíacas internas.
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Fígado, Baço, Vias biliares e


Pâncreas
Fígado
O fígado é a maior glândula do corpo e, depois da pele, o maior órgão. Com exceção da gordura, todos os nutrientes são
inicialmente levados do sistema digestório para o fígado pelo sistema venoso porta. O Fígado possui várias funções, como armazenar
glicogênio e secretar a bile. A bile passa do fígado através dos ductos biliares – ductos hepáticos direito e esquerdo, que se unem para
formar o ducto hepático comum, que se une ao ducto cístico para formar o ducto colédoco. Do ducto colédoco, a bile passa a ser
armazenada pela vesícula biliar, para posterior liberação na 2ª porção do duodeno. O fígado é revestido pelo peritônio visceral e por
uma cápsula fibrosa perivascular (cápsula de Glisson), de onde partem septos para o interior do parênquima, formando lóbulos.
O Fígado possui 2 faces: uma face diafragmática convexa, anterior e superior, e uma face visceral relativamente plana ou
côncava, posterior e inferior. A separação entre as faces se dá pela margem inferior.
A face diafragmática é dividida em lobo direito e lobo esquerdo pelo ligamento falciforme, que passa supero-inferiormente por
toda a extensão vertical do fígado. Superiormente, o ligamento falciforme se estende em direção caudal a partir do ligamento
coronário, que é demarca, posteriormente, a área nua do fígado (área do fígado sem revestimento peritoneal) e, inferiormente, é
contínuo com o ligamento redondo do fígado. As lâminas do ligamento coronário encontram-se à direita para formar o ligamento
triangular direito, e, próximo ao fígado cuneiforme, as lâminas da parte esquerda do ligamento coronário se encontram para formar o
ligamento triangular esquerdo. A VCI atravessa um grande sulco da veia cava na área nua do fígado.
A face visceral é coberta por peritônio, exceto na fossa da vesícula biliar e na porta do fígado (uma fissura transversal onde os
vasos, o plexo nervoso hepático e os ductos hepáticos entram e saem). A face visceral possui várias fissuras e impressões por contato
com outros órgãos. Duas fissuras sagitais, unidas centralmente pela porta do fígado transversal, formam a letra H da face visceral. A
fissura sagital esquerda é o sulco contínuo formado anteriormente pela fissura do ligamento redondo (ou pelo ligamento redondo) e
posteriormente pela fissura do ligamento venoso. A fissura sagital direita é o sulco contínuo formado anteriormente pela fossa da
vesícula biliar e posteriormente pelo sulco da veia cava. O ligamento redondo do fígado é o remanescente fibroso da veia umbilical,
184

que conduzia sangue bem oxigenado e rico em nutrientes da placenta para o feto. O ligamento venoso é o remanescente fibroso do
ducto venoso fetal, que desviava sangue da veia umbilical para a VCI.
O Omento menor, que encerra a tríade portal (ducto colédoco, artéria hepática própria e veia porta) segue do fígado até a curvatura
menor do estômago e nos primeiros 2cm da parte superior do duodeno. A margem livre e espessa do omento menor estende-se entre a
porta do fígado e do duodeno (no ligamento hepatoduodenal). O restante do omento menor, semelhante a uma lâmina, o ligamento
hepatogástrico, estende-se entre o sulco do ligamento venoso do fígado e a curvatura menor do estômago.

Lobos anatômicos e segmentos do fígado:


A face diafragmática é dividida em 2 lobos: direito e esquerdo. A face visceral é dividida em 4 lobos: direito, caudado, quadrado e
esquerdo. A divisão por lobos se chama anatômica, pois não se relaciona diretamente com a divisão funcional do fígado, é uma
divisão topográfica.
Na divisão funcional, o fígado é dividido em 8 segmentos (I até VIII). Na face diafragmática podem ser observados os segmentos II até o
VIII e, na face visceral, os segmentos I ao VII:
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A vascularização do fígado é dupla: cerca de 80% do sangue que vai para o fígado é levado pela veia porta, e o restante pela artéria
hepática. A drenagem se dá pelas veias hepáticas direita, intermediária e esquerda, que drenam para a VCI.
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Vias biliares
Os ductos biliares conduzem a bile do fígado até o duodeno. A bile é liberada no duodeno quando comemos, a bile emulsifica
a gordura no duodeno, permitindo que seja absorvida. Os hepatócitos (células do fígado) secretam a bile para canalículos biliares, os
quais drenam para ductos biliares interlobulares e, em seguida, para os ductos biliares coletores da tríade portal intra-hepática, que se
fundirão para formar os ductos hepáticos direito e esquerdo. Esses, então, saem da porta do fígado e formam o ducto hepático comum,
que se une ao ducto cístico para formar o ducto colédoco.
O ducto colédoco conduz a bile até a 2ª parte do duodeno, onde liberará ela. Esse ducto entra em contato com o ducto
pancreático e seguem juntos até o duodeno, podendo se unir e formar a ampola hepatopancreática. Onde a ampola entra no
duodeno, forma-se a papila maior do duodeno. Ao redor da extremidade distal do ducto colédoco há um músculo espessado que
forma o esfíncter do ducto colédoco. O esfíncter controla a entrada da bile no duodeno. A vascularização do ducto colédoco é feita
pelas artérias cística, hepática direita, pancreaticoduodenal superior posterior e gastroduodenal. A drenagem venosa é feita por veias
que entram diretamente no fígado e pela veia pancreaticaduodenal superior posterior que drena para a veia porta.
A vesícula biliar situa-se na fossa da vesícula biliar na face visceral do fígado. Ela armazena a bile produzida pelos hepatócitos
e, quanto estimulada, libera-a para o duodeno. O peritônio circunda completamente o fundo da vesícula biliar e liga seu corpo e colo
ao fígado.
O ducto cístico une o colo da vesícula biliar ao ducto hepático comum. A mucosa do colo forma a prega espiral. A prega dá
resistência ao esvaziamento súbito de bile quando os esfíncteres estão fechados. O ducto cístico segue paralelo ao ducto hepático
comum, ao qual se une para formar o ducto colédoco. A artéria cística irriga o ducto cístico, a vesícula biliar e o ducto colédoco e
geralmente origina-se da artéria hepática direita. As veias císticas drenam o sangue da vesícula biliar e do ducto cístico, entram
diretamente no fígado ou drenam para a veia porta.
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Pâncreas
O Pâncreas é uma glândula acessória ao sistema digestório, retroperitoneal, posterior ao estômago. O pâncreas produz: uma
secreção exócrina, o suco pancreático, que entra no duodeno através dos ductos pancreáticos principal e acessório; secreções
endócrinas, glucagon e insulina, que regulam o nível de glicose no sangue. O Pâncreas pode ser dividido em 4 partes: cabeça, colo,
corpo e cauda (para lembrar: caco-coca). A cabeça do pâncreas é a parte expandida da glândula que é circundada pela curva em
C do duodeno. O processo uncinado, uma projeção da cabeça do pâncreas, estende-se medialmente para a esquerda, posterior à
AMS. Em seu trajeto para se abrir na parte descendente do duodeno, o ducto colédoco situa-se em um sulco na face póstero-superior
da cabeça. O colo do pâncreas é curto, e está situado sobre os vasos mesentéricos superiores. A face posterior do colo, coberta por
peritônio, está situada adjacente ao piloro do estômago. A VMS une-se à veia esplênica, posteriormente ao colo, para formar a veia
porta. O corpo do pâncreas continua a partir do colo. Sua face anterior é desprovida de peritônio e está em contato com aorta, AMS,
suprarrenal esquerda, rim e vasos renais esquerdos. A cauda do pâncreas situa-se anteriormente ao rim esquerdo e está intimamente
relacionada ao hilo esplênico e à flexura cólica esquerda. A extremidade da cauda geralmente é romba e voltada para cima.
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O ducto pancreático principal começa na cauda e atravessa o parênquima da glândula até a cabeça do pâncreas, aí se
volta inferiormente e está intimamente relacionado ao ducto colédoco. Quando se junta ao ducto colédoco, formam a ampola
hepatopancreática que entra na 2ª parte do duodeno, na papila maior do duodeno. Os esfíncteres do ducto pancreático, do ducto
colédoco e o da ampola hepatopancreática (de Oddi) são esfíncteres de músculo liso que controlamo fluxo de bile e de suco
pancreático para o duodeno.
O ducto pancreático acessório se abre no duodeno no cume da papila menor do duodeno.
As artérias pancreáticas são provenientes principalmente dos ramos da artéria esplênica muito tortuosa, que forma vários arcos
com ramos pancreáticos das artérias gastroduodenal e mesentérica superior. As veias pancreáticas correspondentes são tributárias das
partes esplênicas e mesentérica superior da veia porta.
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Baço
O Baço é o maior dos órgãos linfáticos, tendo, no período fetal, função hematopoiética, mas após o nascimento, está
envolvido basicamente na identificação, remoção e destruição de hemácias antigas e de plaquetas fragmentadas, e na reciclagem
de ferro e globina. Serve como reservatório de sangue e plaquetas e, em grau limitado, pode oferecer um tipo de “autotransfusão” em
resposta ao estresse imposto por uma hemorragia. É totalmente circundado por peritônio, exceto no hilo esplênico, onde os ramos da
artéria esplênica e veia esplênica entram e saem.
O baço toca a parede posterior do estômago e está ligado a sua curvatura maior pelo ligamento gastroesplênico e ao rim
esquerdo pelo ligamento esplenorrenal. O hilo esplênico frequentemente está em contato com a cauda do pâncreas e constitui o
limite esquerdo da bolsa omental.
A artéria esplênica é o maior ramo do tronco celíaco. Entre as camadas do ligamento esplenorrenal, a artéria esplênica divide-
se em cinco ou mais ramos que entram no hilo. A veia esplênica é formada por várias tributárias que emergem do hilo. Recebe a VMI e
une-se à VMS para formar a veia porta.
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e) O esfíncter de Oddi representa uma estrutura


Exercícios muscular circular

1) Membrana serosa que reveste as paredes da 9) Sobre a veia porta do fígado é incorreto afirmar
cavidade abdominal e forma a túnica externa de a) Conduz sangue venoso rico em nutrientes
algumas vísceras abdominais e pélvicas: b) É uma veia que estabelece a comunicação entre
a) Pleura capilares sanguíneos do intestino delgado e os
b) Pericárdio sinusoides hepáticos
c) Peritônio c) Conduz sangue arterial rico em nutrientes
d) Endotélio d) É formada geralmente pela união das veias
e) Perimísio mesentérica superior e esplênica
e) Penetra o fígado pela sua face visceral
2) A artéria mesentérica superior e o tronco celíaco são
ramos da: 10) A ampola hepatopancreática que desemboca ao
a) Parte torácica da aorta nível do ápice da papila maior do duodeno resulta da
b) Arco da aorta confluência dos ductos:
c) Parte abdominal da aorta a) Cístico e pancreático principal
d) Ilíaca comum b) Cístico e pancreático acessório
e) Têm origens diferentes c) Colédoco e pancreático principal
d) Cístico e de Wirsung
3) O baço encontra-se ao nível do: e) Hepáticos direito e esquerdo
a) Hipocôndrio direito
b) Hemitórax esquerdo 11) A artéria esplênica irriga o _____ e é ramo da:
c) Hemitórax direito a) Duodeno; mesentérica superior
d) Hipocôndrio esquerdo b) Reto; sacral mediana
e) Região pélvica c) Baço; tronco celíaco
d) Baço; mesentérica inferior
4) Sobre o baço é incorreto afirmar: e) Duodeno; gastroduodenal
a) É o maior órgão linfoide do corpo humano
b) É protegido pelas costelas esquerdas 9, 10 e 11 12) Em relação ao sistema digestório é incorreto afirmar
c) Localiza-se na loja subfrênica esquerda que:
d) É principalmente irrigado por ramos da artéria a) O estômago é uma víscera oca
hepática comum b) O reto é a porção final do intestino grosso
e) É ricamente vascularizado c) O fígado produz a bile
d) A vesícula biliar armazena e concentra a bile
5) O tronco celíaco origina os seguintes ramos, exceto: e) O apêndice vermiforme pertence ao colo
a) Artéria gástrica esquerda ascendente
b) Artéria esplênica
c) Artéria hepática comum 13) Em relação ao esôfago é correto:
d) Artéria lienal a) Localiza-se entre a traqueia, anteriormente, e a
e) Artéria gastroduodenal coluna vertebral, posteriormente
b) É a continuação da orofaringe
6) Sobre o baço, é incorreto o se afirmar que: c) Possui uma trajetória exclusivamente torácica
a) Funciona como um reservatório de sangue d) Desemboca no duodeno
b) É uma víscera maciça e) Possui somente músculo liso
c) Possui função imunológica
d) Realiza a hemólise fisiológica (hemocatarese) 14) Em relação ao sistema digestório é incorreto afirmar
e) O hilo esplênico situa-se na sua face que:
diafragmática a) A camada muscular do estômago apresenta três
túnicas
7) A maior parte do volume sanguíneo que chega ao b) O fígado ocupa a maior parte do quadrante
fígado é assegurada pela (o) superior direito do abdome, sendo responsável
a) Artéria hepática própria pela produção de bile, dentre outras funções
b) Tronco celíaco c) No sentido próximo distal, as partes do intestino
c) Artéria hepática comum delgado são: duodeno, jejuno e íleo
d) Veia porta do fígado d) O pâncreas localiza-se entre as margens inferior
e) Artéria hepatoduodenal do estômago e superior do colo transverso
e) O pâncreas divide-se em cabeça, colo, corpo e
8) Considerando as vias biliares extra-hepáticas é cauda e desemboca-se no jejuno
incorreto afirmar que:
a) Possuem a função de conduzir e armazenar bile 15) Em relação ao sistema digestório é correto:
b) Se compõem de vesícula biliar, ducto cístico, a) O esôfago possui somente músculo liso
ductos hepáticos direito e esquerdo, ducto b) O esfíncter esofágico superior é formado pela
hepático comum e ducto colédoco porção cricofaríngea do músculo constritor inferior
c) O ducto colédoco é formado pela união dos da faringe
dutos cístico e hepático comum c) O estômago é uma víscera maciça situada entre
d) O ducto colédoco desemboca ao nível da papila o esôfago e o duodeno
menor do duodeno d) O duodeno recebe secreções digestórias
provenientes somente do fígado
192

e) Os apêndices omentais são uma característica


marcante do intestino delgado 23) Sobre o fígado é incorreto afirmar que:
a) Aproximadamente 1/5 do seu volume é sangue
16) É incorreto afirmar sobre o pâncreas: b) Possui consistência dura
a) É uma glândula mista c) É um órgão friável, por possuir pouco tecido
b) Sua porção exócrina produz suco pancreático conjuntivo
c) Sua porção endócrina produz insulina, glucagon e d) Sua secreção exócrina é a bile
somatostatina e) A maior parte dos produtos das células hepáticas
d) O suco pancreático desemboca no duodeno (hepatócitos) é lançada diretamente na
e) O ducto pancreático principal chama-se Ducto circulação sanguínea
de Stenon
24) Sobre a anatomia de superfície do fígado é incorreto
17) O ceco é suprido pela artéria ileocólica, ramo da: afirmar que:
a) Mesentérica inferior a) Na sua maior parte, o fígado encontra-se coberto
b) Gastroduodenal pela caixa torácica e sob o diafragma
c) Hepática comum b) A percussão da parte inferior direita do tórax
d) Mesentérica superior revela macicez
e) Apendicular c) Na infância e na adolescência, o fígado estende-
se ligeiramente além da margem costal, o que
18) São vísceras retroperitoneais: normalmente não ocorre no adulto
a) Pâncreas, baço e estômago d) Nos longilíneos, ele está confinado principalmente
b) Baço, duodeno e reto à direita do plano mediano, enquanto que nos
c) Fígado, estômago e baço brevilíneos, ele ultrapassa o plano mediano em
d) Duodeno, jejuno e reto direção à esquerda
e) Reto, estômago e baço e) Não sofre influência quanto à sua posição, em
função da ação do diafragma
19) O esfíncter situado entre o estômago e o duodeno é
chamado de:
a) Cárdia 25) Sobre o canal anal é correto afirmar que:
b) Cricofaríngeo a) Mede, aproximadamente, 4 cm de comprimento
c) Piloro no adulto
d) Gastrocólico b) É a porção terminal e inferior do intestino grosso
e) Cárdica c) Termina no ânus
d) É circundado pelos esfíncteres interno e externo
20) Sobre o mesentério é incorreto afirmar que: do ânus
a) É uma dupla lâmina de peritônio, que encerra um e) Todas as alternativas estão corretas
órgão e o conecta à parede abdominal
b) O mesentério do estômago é denominado
mesogástrio 26) São causas de hipertensão portal:
c) O mesentério do colo transverso é denominado a) Cirrose hepática
mesocolo transverso b) Envolvimento da veia porta extra-hepática
d) As partes da maior motilidade do intestino não c) Compressão vascular de origem neoplásica de
possuem mesentério víscera adjacente
e) Algumas vísceras não possuem mesentério e são d) Nenhuma das alternativas
extraperitoneais ou retroperitoneais e) A, B e C estão corretas

21) As flexuras direita e esquerda de colo são também 27) As comunicações portossistêmicas ao nível do anel
denominadas, respectivamente, flexuras: umbilical, quando dilatadas na hipertensão portal,
a) Hepática e esplênica original um aspecto característico, conhecido com o
b) Renal e lienal nome de:
c) Hepática e gástrica a) Ascite
d) Hepática e pancreática b) Hidroperitônio
e) Renal e esplênica c) Cabeça de medusa
d) Linhas albicantes
22) O intestino grosso pode ser facilmente distinguido do e) Tentáculos de polvo
intestino delgado, por suas três faixas espessas de
músculo longitudinal, denominadas, ____; os haustros 28) Sobre o omento maior pode-se afirmar que:
chamados de ____ e pequenas bolsas de omento a) É repleto de tecido adiposo
preenchidas por gordura, denominadas ____:: b) Protege os órgãos abdominais contra lesão e
a) Tênias do colo; apêndices omentais; saculações promove isolamento contra a parda de calor
do colo corporal
b) Tênias do colo; saculações do colo; apêndices c) Se desloca em torno da cavidade peritoneal, com
omentais os movimentos peristálticos das vísceras
c) Apêndices omentais; saculações do colo; tênias d) No passado era denominado grande epíplon
do colo e) Todas alternativas estão corretas
d) Saculações do colo; tênias do colo; apêndices
omentais 29) Em relação ao esôfago é correto afirmar que:
e) Saculações do colo, apêndices omentais; tênias a) Se localiza anteriormente à traqueia
do colo b) Possui uma trajetória exclusivamente torácica
193

c) Possui músculo liso nos 3º inferior


d) Desemboca no duodeno 36) Sobre vascularização e drenagem do canal anal, é
e) É uma continuação da parte oral da faringe correto:
a) As artérias retais superior e média vascularizam
30) A VCI e o Jejuno têm relação com as seguintes partes inespecificamente o canal anal, a artéria retal
do pâncreas: inferior vasculariza abaixo da linha pectinada
a) Cabeça e colo b) Todas as artérias do canal anal são ramos das
b) Cabeça e cauda artérias ilíacas externas
c) Colo e cauda c) As veias retais superiores drenam a túnica
d) Corpo e cauda muscular interna; as médias drenam a túnica
e) Cabeça e corpo média, e as inferiores drenam a túnica externa
d) A drenagem superiormente à linha pectinada se
31) Em relação ao baço, é correto: dá para a veia retal superior, inferiormente para a
a) A face gástrica é posterior veia retal inferior, e a veia retal média forma
b) O polo posterior é inferior anastomoses entre a superior e a inferior
c) A face renal é inferior e) Todas estão corretas
d) O polo anterior é superior
e) A face cólica é inferior
37) Sobre o fígado, assinale a incorreta:
32) Em relação às vísceras abdominais, é incorreto: a) O ligamento falciforme divide, na face
a) O duodeno é vascularizado por ramos do tronco diafragmática, os lobos anatômicos direito e
celíaco e da mesentérica superior esquerdo
b) O colo transverso é retroperitoneal b) O fígado possui 8 segmentos funcionais; e 2 lobos
c) O canal anal é suprido pelas artérias retal superior, anatômicos. A divisão funcional não corresponde
média e inferiores completamente à anatômica
d) A face diafragmática é dividida em lobos direito e c) Apesar da divisão segmentar, não é possível
esquerdo pelo ligamento falciforme ressecar apenas um segmento hepático, é
e) A tríade portal consiste em ducto cístico, artéria necessário ressecar todo um lobo ou a retirada
hepática comum e veia porta total do órgão
d) O fígado recebe 80% do sangue arterial pela veia
porta e 20% pela artéria hepática
33) Sobre as diferenças entre jejuno e íleo, marque a e) Em caso de hemorragia em lesão hepática, pode-
correta: se pinçar o ligamento hepatoduodenal para
a) Jejuno: parede fina; Íleo: parede espessa diminuir o sangramento
b) Jejuno: pregas circulares altas e distantes; Íleo:
pregas circulares baixas e próximas
c) Jejuno: menos linfonodos; Íleo: mais linfonodos 38) Em relação às vias biliares, assinale a correta:
d) Jejuno: rosado; Íleo: vermelho a) A vesícula biliar produz a bile, e, quando cheia,
e) Jejuno: vasos retos curtos; Íleo: vasos retos longos libera no ducto cístico
b) Os dois ductos hepáticos (direito e esquerdo),
unem-se para formar ducto hepático comum que,
34) Marque a correta: em seguida, une-se ao ducto cístico para formar o
a) A curvatura maior do estômago é vascularizada ducto colédoco
pelas artérias gástricas direita e esquerda c) O esfíncter de Oddi é uma faixa circular de
b) A inervação simpática do estômago provém dos músculo estriado que circunda a ampola
troncos vagais anterior e posterior hepatopancreática, e sua contração impede a
c) Os nervos esplâncnicos menores inervam o liberação excessiva de bile no duodeno
esôfago d) A ampola hepatopancreática abre-se na primeira
d) A vascularização do reto é feita por ramos da AMI parte do duodeno
e das pudendas internas e) Toda a superfície da vesícula biliar é circundada
e) A artéria cística irriga apenas o ducto cístico por peritônio

35) Sobre o duodeno, marque a correta: 39) Assinale a alternativa que mostra corretamente a
a) Sua primeira porção é o ceco, uma pequena formação da veia porta:
projeção aproximadamente cúbica, que leva ao a) Veia esplênica junta-se com veia pancreática,
duodeno forma VMI e junta-se com VMS
b) A ampola hepatopancreática abre-se na papila b) Veia gástrica magna junta-se com veia
maior na primeira parte do duodeno pancreática, forma veia esplênica, cai na VMI e
c) O m. suspensor do duodeno (ligamento de Treitz) junta-se com VMS
contém fibras dos pilares do diafragma e sua c) VMI drena para veia esplênica e junta-se com
contração acentua o ângulo da flexura VMS
duodenojejunal, impedindo o movimento do d) Veia esplênica drena para VMI e junta-se com
conteúdo intestinal VMS
d) O duodeno representa uma exceção em relação e) Veias gástricas drenam para veia esplênica, forma
às camadas musculares do trato digestório, pois a VMI e junta-se com VMS
apresenta apenas 2 camadas
e) As veias do duodeno seguem as artérias e drenam
diretamente para a VCI
194

40) Assinale a afirmação incorreta sobre o baço: c) A frase está parcialmente incorreta, pois as artérias
a) É um órgão retroperitoneal gástricas (direita e esquerda) são ramos da artéria
b) É o maior dos órgãos linfáticos gástrica própria, ramo do tronco celíaco
c) Está envolvido na destruição de hemácias antigas d) A frase está parcialmente incorreta, pois a artéria
e plaquetas fragmentadas gastroduodenal é ramo da artéria esplênica
d) Está envolvido na reciclagem de ferro e globina e) A frase está incorreta
e) Serve como reservatório de sangue e plaquetas
45) Um cálculo biliar é uma concreção na vesícula biliar,
no ducto cístico ou ducto colédoco formada
Para as questões 41 a 50, avalie as frases e marque a principalmente por cristais de colesterol. Os cálculos
alternativa correta. biliares são muito mais comuns em homens, e a
41) Tênias do intestino grosso são 3 fitas musculares que incidência aumenta com a idade. Para que os
percorrem o intestino grosso no sentido longitudinal, cálculos biliares causem sintomas clínicos, devem
presentes desde a base do apêndice até a junção obter um tamanho suficiente para produzir lesão
retoanal. mecânica da vesícula biliar ou obstrução do trato
a) A frase está correta biliar.
b) A frase está parcialmente incorreta, pois as tênias a) A frase está correta
são em número de 4 b) A frase está parcialmente incorreta, pois os
c) A frase está parcialmente incorreta, pois a cálculos biliares são principalmente formados por
descrição é dos haustros cristais de cloreto de sódio hidrolisado
d) A frase está parcialmente incorreta, pois as tênias c) A frase está parcialmente incorreta, pois os
acabam na junção retossigmoide cálculos biliares são mais comuns em mulheres
e) A frase está incorreta d) A frase está parcialmente incorreta, pois todo
paciente com cálculo biliar apresenta sintoma,
42) Os colos ascendente e descendente são fixos; os colos em maior ou menor grau
transverso e sigmoide são livres; os colos ascendente e e) A frase está incorreta
transverso são irrigados por ramos da AMS; os colos
descendente e sigmoide são irrigados por ramos da 46) O omento maior impede a aderência do peritônio
AMI; as veias que drenam os colos fazem parte da visceral ao peritônio parietal. Possui considerável
formação da veia porta. mobilidade e desloca-se ao redor da cavidade
a) A frase está correta peritoneal com movimentos peristálticos das vísceras.
b) A frase está parcialmente incorreta, pois todos os Frequentemente forma aderências adjacentes a um
colos são fixos órgão inflamado, como o apêndice, algumas vezes
c) A frase está parcialmente incorreta, pois, exceto o isolando-o e assim protegendo outras vísceras.
sigmoide, todos os colos são irrigados por ramos a) A frase está correta
da AMS b) A frase está parcialmente incorreta, pois o omento
d) A frase está parcialmente incorreta, pois a veia maior permite a aderência entre peritônio visceral
porta não drena sangue do TGI e parietal
e) A frase está incorreta c) A frase está parcialmente incorreta, pois um
omento maior muito móvel é sinal de doença
43) A ampola hepatopancreática é um ponto indireto do d) A frase está parcialmente incorreta, pois o omento
local de liberação da bile e do suco pancreático. A maior mais permite a disseminação de infecções
ampola encontra-se entre as papilas maior e menor do do que isola um órgão inflamado
duodeno. A bile é liberada pelo ducto cístico na e) A frase está incorreta
papila maior, enquanto o suco pancreático é liberado
pelo ducto pancreático na papila menor. 47) A hérnia de hiato é a protrusão de uma parte do
a) A frase está correta estômago para o mediastino através do hiato
b) A frase está parcialmente incorreta, pois a ampola esofágico do diafragma. As hérnias são mais
é um local de importância em casos de cistos frequentes após a meia-idade, possivelmente devido
sebáceos, não tendo relação com os ductos ao enfraquecimento da parte muscular do diafragma
cístico e pancreático e alargamento do hiato esofágico. As hérnias
c) A frase está parcialmente incorreta, pois o ducto frequentemente são indolores e assintomáticas, se não
cístico abre-se na papila menor, e o pancreático pela disfunção gástrica, resultante em gastrite.
na papila maior a) A frase está correta
d) A frase está parcialmente incorreta, pois a bile é b) A frase está parcialmente incorreta, pois as hérnias
liberada pelo ducto pancreático e o suco cístico são mais frequentes nos jovens, e a incidência
pelo ducto cístico diminui com o avanço da idade
e) A frase está incorreta c) A frase está parcialmente incorreta, pois a causa
da hérnia é o enfraquecimento da musculatura
44) O tronco celíaco forma a artéria hepática comum, a própria do estômago, não do diafragma
artéria gástrica esquerda e a artéria esplênica. A d) A frase está parcialmente incorreta, pois as hérnias
artéria hepática comum dá origem às artérias são frequentemente dolorosas e incômodas
hepática própria, gastroduodenal e artéria gástrica e) A frase está incorreta
direita (que pode sair da hepática própria). A artéria
esplênica dá origem à gastromental esquerda e a
gastroduodenal à gastromental direita. 48) O estômago é a porção dilatada do trato alimentar
a) A frase está correta situada ente o esôfago e o duodeno, especializado
b) A frase está parcialmente incorreta, pois a artéria para acumular alimentos ingeridos e prepará-los
hepática própria é ramo direto do tronco celíaco química e mecanicamente para a digestão. O
estômago está situado assimetricamente na cavidade
abdominal, à direita da linha mediana e geralmente
195

no quadrante superior direito. Na pessoa viva, sua


superfície é coberta por uma camada protetora de
muco, sobre as pregas gástricas que desaparecem
com a distensão.
a) A frase está correta
b) A frase está parcialmente incorreta, pois o
estômago fica situado entre o duodeno e o jejuno
c) A frase está parcialmente incorreta, pois o
estômago está situado ao lado esquerdo do
abdome, no quadrante superior esquerdo
d) A frase está parcialmente incorreta, pois as pregas
gástricas se distendem e se multiplicam, não
desaparecem, com a distensão do estômago
e) A frase está incorreta

49) Pode haver formação de um ou mais pequenos baços


acessórios perto do hilo esplênico; eles podem estar
parcial ou totalmente incrustados na cauda do
pâncreas, entre as lâminas do ligamento
gastroesplênico, no compartimento infracólico no
mesentério, ou muito próximo do ovário ou testículo.
Na maioria dos indivíduos em que isso ocorre, os baços
acessórios são numerosos e mínimos.
a) A frase está correta
b) A frase está parcialmente incorreta, pois baços
acessórios se referem a uma modificação do
baço, em que o baço torna-se segmentado, com
a possibilidade de ressecção segmentar
c) A frase está parcialmente incorreta, pois baços
acessórios não podem estar incrustados à cauda
do pâncreas
d) A frase está parcialmente incorreta, pois na
maioria dos casos, há apenas 1 baço acessório
e) A frase está incorreta

50) A oclusão dos vasos retos do intestino por êmbolos


resulta em isquemia da parte envolvida. Se a isquemia
for grave, há necrose do segmento envolvido e
desenvolvimento de íleo paralítico, acompanhado por
dor forte, distensão abdominal, vômito e febre por
desidratação. Pode ser tratado por retirada da parte
necrosada ou desobstrução da parte obstruída do
vaso, se diagnosticado precocemente.
a) A frase está correta
b) A frase está parcialmente incorreta, pois não há
distensão abdominal no íleo paralítico
c) A frase está parcialmente incorreta, pois não há
tratamento, farmacológico ou cirúrgico, para o
íleo paralítico
d) A frase está parcialmente incorreta, pois o íleo
paralítico é uma doença genética, não causada
por êmbolos
e) A frase está incorreta

Respostas:
1 C 11 C 21 A 31 E 41 D
2 C 12 E 22 B 32 E 42 A
3 D 13 A 23 B 33 C 43 E
4 D 14 E 24 E 34 D 44 A
5 E 15 B 25 E 35 D 45 C
6 E 16 E 26 E 36 D 46 A
7 D 17 D 27 C 37 C 47 D
8 D 18 D 28 E 38 B 48 C
9 C 19 C 29 C 39 C 49 D
10 C 20 D 30 E 40 A 50 A
196

Sumário Módulo 4 – Pelve e Períneo

Pelve...............................................................................................197 Uretra Masculina ..............................................................................230


Cíngulo do Membro Inferior ..........................................................197 Escroto ................................................................................................231
Diferenças sexuais ...........................................................................198 Testículo ..............................................................................................231
Articulações e ligamentos .............................................................199 Pênis ....................................................................................................232
Sacro ...................................................................................................199 Epidídimo ...........................................................................................233
Cóccix ................................................................................................199 Ducto Deferente ..............................................................................233
Cavidade Pélvica ............................................................................200 Glândulas Seminais..........................................................................235
Peritônio e Cavidade Peritoneal Pélvica ...................................201 Ductos Ejaculatórios ........................................................................235
Fáscia da Pelve ................................................................................202 Próstata ..............................................................................................235
Nervos Pélvicos .................................................................................202 Glândulas Bulbouretrais ..................................................................236
Artérias Pélvicas................................................................................204 Funículo Espermático ......................................................................237
Veias Pélvicas ...................................................................................205 Inervação dos Órgãos genitais Internos Masculinos ...............237
Linfonodos da Pelve ........................................................................209 Órgãos Genitais Femininos .......................................................... 238
Períneo ...........................................................................................209 Uretra feminina .................................................................................238
Fáscias e Espaços do Trígono Urogenital ...................................210 Vagina ................................................................................................238
Espaço Superficial do Períneo ......................................................210 Útero....................................................................................................238
Espaço Profundo do Períneo ........................................................210 Tubas Uterinas ...................................................................................241
Características do Trígono Anal ...................................................212 Ovários................................................................................................241
Exercícios............................................................................................213 Órgãos genitais externos femininos .............................................243
Órgãos Urinários ............................................................................218 Mamas........................................................................................... 244
Rins .......................................................................................................218 Mama .................................................................................................244
Ureteres...............................................................................................221 Mama Feminina ...............................................................................244
Bexiga .................................................................................................221 Anomalias do desenvolvimento da mama...............................247
Exercícios............................................................................................225 Exercícios............................................................................................248
Órgãos genitais masculinos .........................................................230
197

Pelve A Pelve é o compartimento circundado pelo cíngulo do membro inferior. É dividida em pelve maior ou falsa e pelve menor ou
verdadeira. Na pelve maior encontram-se órgãos abdominais e na pelve menor, órgãos pélvicos na cavidade pélvica e o períneo.
Externa à pelve encontra-se a parede anterolateral do abdome, a região glútea e o períneo.

Cíngulo do Membro Inferior


O cíngulo do membro inferior é formado pelos ossos do quadril e o sacro. Suas faces internas limitam a pelve formando suas
paredes laterais. Os dois ossos do quadril são unidos pela sínfise púbica e articulam-se posteriormente com o sacro nas articulações
sacroilíacas, formando o cíngulo do membro inferior. A depressão na face lateral do osso do quadril chama-se acetábulo e articula-se
com a cabeça do fêmur.
O osso do quadril é formado pela união de três ossos: ílio, ísquio e púbis. O ílio é o maior e fica superior aos dois outros. Possui
uma face sacropélvica com uma face auricular para uma articulação sinovial e uma tuberosidade ilíaca para uma articulação
sindesmótica com o sacro. O ísquio possui um corpo e um ramo. O corpo do ísquio ajuda a formar o acetábulo e o ramo forma parte
do forame obturado. O púbis é um osso angulado com um ramo superior, que ajuda a formar o acetábulo, e um ramo inferior, que
ajuda a formar o forame obturado.
A pelve é dividida em pelve menor e pelve maior pelo plano oblíquo da abertura superior da pelve. A linha óssea que circunda
e define a abertura superior da pelve é também denominada margem da pelve, formada pelas linhas terminais (linha arqueada do ílio,
linha pectínea do púbis e crista púbica) direita e esquerda, promontório e asa do sacro. O arco púbico é formado pelos ramos
isquipúbicos dos dois lados. Esses ramos encontram-se na sínfise púbica e suas margens inferiores definem o ângulo subpúbico. A largura
desse ângulo é determinada pela distância entre os túberes isquiáticos direito e esquerdo. A abertura inferior da pelve é limitada pelo
arco púbico, túberes isquiáticos, margem inferior do ligamento sacrotuberal e extremidade do cóccix. Os limites da abertura inferior da
pelve também são os limites profundos do períneo.
A pelve maior (falsa) é a parte da pelve superior à abertura superior da pelve; limitada pelas asas do ílio e pela face ântero-
superior da vértebra S1; ocupada por vísceras abdominais. A pelve menor (verdadeira) é a parte da pelve situada entre as aberturas
superior e inferior da pelve; limitadas pelas faces pélvicas dos ossos do quadril, sacro e cóccix; que inclui a cavidade pélvica e as partes
profundas do períneo; de importante significado obstétrico e ginecológico.
198

Diferenças sexuais
Os cíngulos dos membros inferiores de homens e mulheres diferem em vários aspectos. Essas diferenças sexuais estão
relacionadas principalmente à constituição mais pesada e aos músculos maiores da maioria dos homens e à adaptação pelve em
mulheres para o parto.
Pelve Masculina Pelve Feminina
Espessa e pesada Fina e leve
Pelve maior mais profunda Pelve maior mais superficial
Pelve menor estreita e profunda Pelve menor larga e superficial
Abertura superior em forma de coração Abertura superior oval e arredondada
Ângulo subpúbico < 70º Ângulo subpúbico >80º
Forame obturado redondo Forame obturado oval
Acetábulo grande Acetábulo pequeno
O cíngulo do membro inferior é mais pesado e mais espesso nos homens do que nas mulheres. O cíngulo do membro inferior é
mais largo, raso e possui as aberturas superior e inferior da pelve maiores.
199

Articulações e ligamentos
As articulações primárias do cíngulo do membro inferior são as articulações sacroilíacas e sínfise púbica. As articulações
lombossacrais e sacrococcígeas não fazem parte do cíngulo, mas estão diretamente relacionadas a ele.
As articulações sacroilíacas são articulações compostas, fortes, formadas por uma articulação sinovial anterior e uma
sindesmose posterior. As articulações sacroilíacas diferem da maioria das articulações sinoviais porque a mobilidade é limitada, em
consequência de seu papel na transmissão de peso da maior parte do corpo para os ossos do quadril. O Sacro liga-se aos ossos ilíacos
pelos ligamentos sacroilíacos anteriores, sacroilíacos interósseos e sacroilíacos posteriores. O peso empurra o sacro para baixo e os ílios
para dentro, de forma que comprimem o sacro. Os ligamentos iliolombares são acessórios nesse mecanismo.
O ligamento sacrotuberal se forma da união dos ligamentos sacroilíacos inferiormente, da margem posterior do ílio e da base
do cóccix. Esse ligamento segue da parte posterior do ílio e da parte lateral do sacro até o túber isquiático, formando o forame
isquiático a partir da incisura isquiática. O ligamento sacroespinal segue da parte lateral do sacro e cóccix até a espinha isquiática
subdivide esse forame em forame isquiático menor e maior.
A Sínfise púbica é uma articulação cartilagínea secundária que consiste em um disco interpúbico fibrocartilaginoso e
ligamentos adjacentes. O ligamento púbico superior une as faces superiores dos corpos do púbis e disco interpúbico, estendendo-se
lateralmente até os tubérculos púbicos. O ligamento púbico inferior une as faces inferiores dos componentes articulares, arredondando
o ângulo subpúbico quando forma o ápice do arco púbico. As fibras das fixações dos músculos reto do abdome e oblíquo externo
também fortalecem a sínfise púbica anteriormente.
As vértebras L5 e S1 articulam-se na sínfise intervertebral anterior e nas duas articulações dos processos articulados, entre os
processos articulados dessas vértebras. Essas articulações são fortalecidas por ligamentos iliolombares, que se irradiam dos processos
transversos da vértebra L5 até os ílios.
A articulação sacrococcígea é uma articulação cartilagínea secundária. Os ligamentos sacrococcígeos anterior e posterior
reforçam a articulação, assim como os ligamentos longitudinais anteriores e posteriores fazem com as vértebras superiores.

Sacro
O Sacro tem forma triangular em cunha e é geralmente formado, nos adultos, por 5 vértebras fundidas. O formato triangular do
sacro resulta da rápida diminuição do tamanho das massas laterais das vértebras sacrais durante o desenvolvimento. A metade inferior
do sacro não sustenta peso, portanto, seu volume diminui consideravelmente. O sacro recebe o peso do corpo de L5 pela base do
sacro e transfere-o para o cíngulo do membro inferior, do qual faz parte. O canal sacral é a continuação do canal vertebral no sacro.
Contém o feixe de raízes dos nervos espinais originadas inferiormente à vertebra L1, conhecido como cauda equina. Nas faces pélvica
e dorsal do sacro, entre seus componentes vertebrais, há normalmente quatro pares de forames sacrais para a saída dos ramos
posteriores e anteriores dos nervos espinais. A base do sacro é formada pela superfície superior da vértebra S1. Seus processos articulares
superiores articulam-se com os processos articulares inferiores da vértebra L5. A margem projetada anteriormente do corpo da vértebra
S1 é o promontório sacral. O ápice do sacro, sua extremidade inferior afilada, tem uma face oval para a articulação com o cóccix. O
hiato sacral resulta da ausência das lâminas e do processo espinhoso de S5 e algumas vezes de S4. O hiato sacral leva ao canal sacral.
Sua profundidade varia, dependendo da quantidade de processo espinhoso e lâminas de S4. Os cornos sacrais, que representam os
processos articulares inferiores da vértebra S5, projetam-se inferiormente de cada lado do hiato sacral e são úteis como guia para sua
localização.

Cóccix
O cóccix é um pequeno osso triangular que geralmente é formado pela fusão de quatro vértebras coccígeas rudimentares,
podendo haver uma a mais ou uma a menos e algumas pessoas. Co1 é a maior e a mais larga das vértebras coccígeas. Seus processos
transversos curtos estão unidos ao sacro, e seus processos articulares rudimentares formam cornos coccígeos, que se articulam com os
cornos sacrais. O cóccix apenas recebe peso quando a pessoa está sentada, não recebendo quando em pé.
200

Cavidade Pélvica
A cavidade abdominopélvica estende-se superiormente para a caixa torácica e inferiormente para a pelve. A cavidade
pélvica – espaço limitado perifericamente pelas paredes e pelo assoalho pélvicos ósseos, ligamentares e musculares – é a parte ínfero-
posterior da cavidade abdominopélvica, contínua com a cavidade abdominal na abertura superior da pelve, mas angulada
posteriormente a partir dela.
A cavidade pélvica contém as partes terminais dos ureteres e a bexiga, o reto, os órgãos genitais pélvicos, vasos sanguíneos,
linfáticos e nervos, além de alças do intestino delgado e intestino grosso. A cavidade pélvica é limitada inferiormente pelo diafragma da
pelve, que está suspenso acima da abertura inferior da pelve, formando um assoalho pélvico semelhante a uma tigela. O limite
posterior é o cóccix e a parte inferior do sacro. Os corpos dos ossos púbicos e a sínfise púbica que os unem formam uma parede ântero-
inferior.
As paredes laterais da pelve são formadas pelos ossos do quadril direito e esquerdo, com um forame obturada cada, fechado
por uma membrana obturadora. Os músculos obturados internos cobrem a maior parte da parede lateral da pelve. As faces mediais
desses músculos são cobertas pela fáscia obturatória, espessada centralmente como um arco tendíneo que oferece fixação para o
diafragma da pelve. A parede posterior (póstero-lateral e teto) é formada pela parede e teto ósseos na linha mediana e pelos
ligamentos associados às articulações sacroilíacas e músculos piriformes. O assoalho pélvico é formado pelo diafragma da pelve, que
se forma pelos músculos isquicoccígeo e levantador do ânus, assim como as fáscias que recobrem as faces superior e inferior desses
músculos. Uma abertura anterior entre as margens mediais dos músculos levantadores do ânus de cada lado – o hiato urogenital – dá
passagem à uretra e, em mulheres, à vagina.
201

O músculo levantador do ânus possui 3 partes (puborretal, mais medial; pubococcígeo, intermediária e mais larga; iliococcígeo,
póstero-lateral, geralmente menos desenvolvida). O músculo pubococcígeo ainda pode ser dividido em duas partes: levantador da
próstata (puboprostático, em homens) ou pubovaginal (em mulheres) e puboanal. Perfurado centralmente pelo canal anal, o músculo
levantador do ânus é afunilado, com o puborretal em forma de U formando a alça ao redor do “bico do funil”. A contração voluntária
da porção puborretal é importante para a manutenção da continência fecal imediatamente após o enchimento retal ou durante a
peristalse quando o reto está cheio e o músculo esfincteriano involuntário é inibido. O músculo levantador do ânus deve se relaxar para
permitir a micção e a defecação.

Peritônio e Cavidade Peritoneal Pélvica


O peritônio parietal que reveste a cavidade abdominal continua inferiormente até a cavidade pélvica, mas não chega ao
assoalho pélvico. Exceto pelos ovários e pelas tubas uterinas, as vísceras pélvicas não são completamente revestidas pelo peritônio.
Apenas as faces superior e súpero-lateral são cobertas.
A região superior à bexiga é o único local onde o peritônio parietal não está firmemente aderido às estruturas subjacentes.
Assim, o nível da reflexão do peritônio sobre a face superior da bexiga, criando a fossa supravesical, é variável em função do
enchimento da bexiga. Nas mulheres, o peritônio passa sobre o fundo e desce em toda a face posterior do útero sobre a parede
posterior da vagina, antes de se refletir superiormente sobre a parede anterior da parte inferior do reto (ampola retal). A “bolsa” assim
formada entre o útero e o reto é a escavação retouterina (fundo-de-saco de Douglas). Quando o peritônio sobe e passa sobre o útero
no meio da cavidade pélvica, uma prega peritoneal dupla, o ligamento largo do útero, estende-se entre o útero e a parede lateral da
pelve de cada lado, formando uma divisória que separa as fossas paravesicais e fossas pararretais de cada lado. Na mulher, a
cavidade peritoneal pélvica comunica-se com o meio externo através das tubas uterinas, do útero e da vagina.
202

Em mulheres que tiveram seus úteros removidos e em homens, o peritônio central desce por uma curta distância pela face
posterior da bexiga e depois é refletido superiormente sobre a face anterior da parte inferior do reto, formando a escavação
retovesical. No homem, uma pequena prega ou estria peritoneal, a prega uretérica, é formada quando o peritônio passa para cima e
sobre o ureter e o ducto deferente de cada lado da parte posterior da bexiga, separando as fossas paravesical e pararretal. Nesse
aspecto, é o equivalente masculino do ligamento largo das mulheres. Exceto pelas vesículas seminais, ampolas dos ductos deferentes e
o testículo, os órgãos reprodutivos masculinos não estão em contato com o peritônio.

Fáscia da Pelve
A fáscia pélvica é o tecido conjuntivo que ocupa o espaço entre o peritônio e as paredes e o assoalho pélvico musculares não
ocupadas pelas vísceras pélvicas. Essa “lâmina” é uma continuação da fáscia endoabdominal, situada entre as paredes musculares
abdominais e o peritônio superiormente. A fáscia parietal da pelve é uma lâmina de espessura variável que reveste a face interna dos
músculos que formam as paredes e o assoalho pélvico. Essa lâmina é contínua superiormente com as fáscias transversal e iliopsoas. A
fáscia visceral da pelve inclui a fáscia membranácea que reveste diretamente os órgãos pélvicos, formando a lâmina adventícia de
cada um. A fáscia parietal se espessa, formando o arco tendíneo da fáscia da pelve, que segue do púbis até o sacro ao longo do
assoalho pélvico adjacente às vísceras. A parte mais anterior desse arco é o ligamento puboprostático em homens ou o ligamento
pubovesical em mulheres. A parte mais posterior da faixa segue como os ligamentos sacrogenitais do sacro na lateral do reto para se
fixar à próstata no homem ou à vagina na mulher.
O tecido conjuntivo entre as lâminas membranáceas parietal e visceral pode ser considerado um estrato único de fáscia
chamado fáscia endopélvica. Essa fáscia forma uma matriz de tecido conjuntivo ou material para acondicionamento das vísceras
pélvicas. A fáscia endopélvica forma algumas condensações em certos locais, como a bainha hipogástrica, entre o espaço
retropúbico e o espaço pré-sacral. A bainha divide-se em três lâminas. A lâmina anterior forma o ligamento lateral da bexiga; a lâmina
média forma, no homem, o septo retovesical e, na mulher, o ligamento transverso do colo (de Mackenrodt); a lâmina posterior segue
até o reto, conduzindo a artéria e veia retais médias.

Nervos Pélvicos
A pelve é inervada pelos nervos espinais sacrais e coccígeos e pela parte pélvica do sistema nervoso autônomo. Na margem
da pelve a parte descendente do nervo L4 une-se ao ramo anterior do nervo L5 para formar o tronco lombossacral, semelhante a um
cordão, que segue inferiormente, para unir-se ao plexo sacral. O plexo sacral está localizado na parede póstero-lateral da pelve menor.
É formado principalmente pelos nervos isquiático e pudendo e a maioria de seus ramos sai da pelve através do forame isquiático maior.
O nervo isquiático é o maior nervo do corpo. Geralmente, atravessa o forame isquiático maior inferiormente ao músculo piriforme para
entrar na região glútea. Segue ao longo da face posterior da coxa para suprir a face posterior do membro inferior. O nervo pudendo é o
principal nervo do períneo e o principal nervo sensorial dos órgãos genitais externos. Acompanhado pela artéria pudenda interna, deixa
a pelve através do forame isquiático maior entre os músculos piriforme e coccígeo. Então entra no períneo através do forame isquiático
menor e inerva a pele e os músculos do períneo. O nervo glúteo superior deixa a pelve através do forame isquiático maior,
superiormente ao músculo piriforme. Inerva os músculos glúteos médio, mínimo e tensor da fáscia lata. O nervo glúteo inferior deixa a
pelve através do forame isquiático maior, inferiormente ao músculo piriforme e superficialmente ao nervo isquiático. Acompanha a
artéria glútea inferior e divide-se em vários ramos, que suprem o músculo glúteo máximo. O nervo obturatório segue do abdome até a
pelve menor pelo tecido adiposo extraperitoneal ao longo da parede lateral da pelve até o canal obturatório. Aí se divide em anterior
e posterior, que deixam a pelve através do forame obturado e suprem os músculos mediais da coxa. O plexo coccígeo é uma pequena
rede de fibras nervosas formada por ramos anteriores de S4 e S5 e pelos nervos coccígeos. Situa-se na face pélvica do músculo
isquicoccígeo e supre esse músculo, parte do levantador do ânus e a articulação sacrococcígea. Os nervos anococcígeos originados
nesse plexo perfuram o coccígeo e o corpo anococcígeo para suprir uma pequena área de pele entre a extremidade do cóccix e o
ânus. Os troncos simpáticos sacrais são a continuação inferior dos troncos simpáticos lombares. Os troncos sacrais descem na face
pélvica do sacro imediatamente medial aos forames sacrais pélvicos e convergem para formam o pequeno gânglio ímpar mediano
anterior ao cóccix. Descem posteriormente ao reto e enviam ramos comunicantes para cada um dos ramos anteriores dos nervos
sacrais e coccígeos, também enviando pequenos ramos para a artéria sacral mediana e o plexo hipogástrico inferior. Sua função
primária é fornecer fibras pós-sinápticas ao plexo sacral para inervação simpática. Os plexos periarteriais das artérias ováricas, retais
superiores e ilíacas internas pelas quais as fibras simpáticas entram na pelve. Sua principal função é o movimento vascular das artérias
que acompanham. Os plexos hipogástricos (superior e inferior) são redes de fibras nervosas aferentes simpáticas e viscerais. O plexo
hipogástrico superior entra na pelve, dividindo-se em nervos hipogástricos direito e esquerdo, que descem na face anterior do sacro.
Descem lateralmente ao reto nas bainhas hipogástricas e depois se abrem em leque à medida que se fundem com os nervos
esplâncnicos pélvicos para formar os plexos hipogástricos inferiores direito e esquerdo. Os plexos hipogástricos inferiores contêm fibras
simpáticas e parassimpáticas e fibras aferentes viscerais, as quais continuam através da bainha hipogástrica para as vísceras pélvicas,
sobre as quais formam subplexos coletivamente denominados de plexos pélvicos. Os nervos esplâncnicos pélvicos originam-se na pelve
a partir de ramos do plexo sacral, conduzem fibras parassimpáticas pré-sinápticas, que formam a saída sacral do sistema nervoso
parassimpático e fibras aferentes viscerais dos corpos celulares nos gânglios sensitivos dos nervos espinais correspondentes. O sistema
hipogástrico/pélvico dos plexos inerva as vísceras pélvicas. Embora o componente simpático seja amplamente vasomotor como em
outras partes, aqui ele também inibe a contração peristáltica do reto e estimula a contração dos órgãos genitais internos durante o
orgasmo. Portanto, a próxima vez que tiver o mais alto grau de excitação dos sentidos ou de um órgão, especificadamente, o clímax
do ato sexual, agradeça aos nervos esplâncnicos lombares. As fibras parassimpáticas distribuídas na pelve estimulam a contração do
reto e da bexiga para defecação e micção, respectivamente. As fibras parassimpáticas no plexo prostático penetram no assoalho
pélvico para chegar aos corpos eréteis dos órgãos genitais externos, causando ereção. As vias seguidas por fibras aferentes viscerais
que conduzem a dor das vísceras pélvicas diferem em termos de trajeto e destino, dependendo se a víscera ou parte da víscera de
origem da dor está localizada superior ou inferiormente à linha da dor pélvica. Exceto no caso do canal alimentar, em que a linha da
dor ocorre no meio do colo sigmoide, a linha de dor pélvica corresponde ao limite inferior do peritônio. As fibras aferentes viscerais que
conduzem impulsos de dor das vísceras abdominopélvicas superiores à linha da dor ascendem através dos plexos
hipogástricos/aórticos, nervos esplâncnicos abdominopélvicos, troncos simpáticos lombares e ramos comunicantes brancos para
chegarem aos corpos celulares nos gânglios sensitivos espinais torácicos inferiores/lombares superiores. As fibras aferentes das vísceras
abdominopélvicas inferiores à linha da dor seguem através dos plexos pélvicos e hipogástricos para chegarem aos corpos celulares nos
gânglios sensitivos espinais de S2-S4.
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204

Artérias Pélvicas
A pelve é ricamente suprida por artérias. Seis artérias principais entram na pelve menor de mulheres, enquanto que quatro
entram na pelve menor dos homens. As artérias ilíacas internas e ováricas (nas mulheres) são pares, enquanto que as artérias sacral
mediana e retal superior são ímpares. Cada artéria ilíaca interna é ramo de uma artéria ilíaca comum, que bifurca-se ao nível do disco
IV de L5 e S1. Ela é a artéria mais importante da pelve, principal responsável pela irrigação sanguínea das vísceras pélvicas e por parte
da irrigação da parte musculoesquelética da pelve, também enviando ramos para a região glútea, regiões mediais da coxa e períneo.
Ela bifurca-se ao nível da margem superior do forame isquiático maior, originando as divisões anterior e posterior. Os ramos da divisão
anterior são principalmente viscerais, mas também inclui ramos parietais que seguem até a nádega e coxa. Os ramos da divisão
anterior são: Aa. Umbilical, Obturatória, Vesical Inferior/Vaginal, Retal Média, Pudenda Interna e Glútea Superior. Antes do nascimento,
as artérias umbilicais conduzem sangue deficiente em oxigênio e nutrientes até a placenta para reposição. Quando o cordão umbilical
é seccionado, as partes distais desses vasos não funcionam mais e tornam-se ocluídas distalmente aos ramos que seguem até a bexiga.
As partes ocluídas formam cordões fibroses denominados ligamentos umbilicais mediais ou cordões das artérias umbilicais. Os
ligamentos elevam pregas de peritônio (as pregas umbilicais mediais) na superfície profunda da parede anterior do abdome. A parte
permeável dá origem à artéria vesical superior, que emite numerosas ramos para o fundo da bexiga. Em homens, a artéria para o ducto
deferente geralmente é ramo da artéria vesical superior. A artéria obturatória supre os músculos da face medial da coxa, vindo da pelve
pelo canal obturatório. Na pelve, emite ramos musculares, uma artéria nutrícia para o ílio e um ramo púbico. O ramo púbico origina-se
logo antes de a artéria obturatória deixar a pelve. A artéria vesical inferior irriga as glândulas seminais, a próstata, o fundo de bexiga e a
parte inferior do ureter. Emite ramos para o ducto deferente (artéria para o ducto deferente) e para a próstata (artéria prostática).
Ocorre apenas em homens, sendo substituída pela artéria vaginal nas mulheres. A artéria vaginal envia vários ramos, a partir da face
lateral da vagina, para as faces posterior e anterior da vagina, partes póstero-inferiores da bexiga e parte pélvica da uretra. A artéria
205

retal média irriga a parte inferior do reto, anastomosando-se com as artérias retais superior e inferior, suprindo as glândulas seminais e a
próstata em homens, e vagina em mulheres. A artéria uterina é homóloga à artéria para o ducto deferente do homem. Passa sobre o
ureter, próximo à parte lateral do fórnice da vagina (é a ponte quando se diz que “a água [ureter] passa sob a ponte [artéria uterina]”).
Ao chegar ao lado do colo, divide-se em ramo vaginal, descendente, que irriga o colo e a vagina e um ramo ascendente, que irriga o
corpo e o fundo do útero. O ramo ascendente divide-se em ramo ovárico e ramo tubário, que irão nutrir as extremidades mediais do
ovário e da tuba uterina, além de anastomosar-se com os ramos ovárico e tubário da artéria ovárica. A artéria ovárica segue em trajeto
descendente, e adere ao peritônio parietal, passando anteriormente ao ureter na parede posterior do abdome, geralmente emitindo
ramos para ele. Após entrar na pelve menor, divide-se em ramo ovárico e ramo tubário, ao entrar na parte súpero-lateral do ligamento
largo. A artéria pudenda interna, maior em homens, deixa a pelve atravessando a parte inferior do forame isquiático maior, entra na
fossa isquioanal através do forame isquiático menor e atravessa o canal do pudendo na parede lateral da fossa isquioanal. Então
divide-se artérias profunda e dorsal do pênis ou clitóris. A artéria glútea inferior deixa a pelve através da parte inferior do forame
isquiático maior. Supre os músculos e a pele das nádegas e a face posterior da coxa. Os ramos da divisão posterior da artéria ilíaca
interna são: Aa. Glútea Superior, Iliolombar, Sacrais Internas. A artéria glútea superior deixa a pelve através da parte superior do forame
isquiático maior, e supre os músculos glúteos nas nádegas. A artéria iliolombar segue até a fossa ilíaca. No interior da fossa, a artéria
divide-se em ramo ilíaco, que supre o músculo ilíaco e o ílio, e um ramo lombar, que supre os músculos psoas maior e quadrado do
lombo. As artérias sacrais laterais passam medialmente e descem anteriormente aos ramos sacrais anteriores, emitindo ramos espinais,
que atravessam os forames sacrais anteriores e suprem as meninges vertebrais que envolvem as raízes dos nervos sacrais. Alguns ramos
suprem os músculos eretores da espinha no dorso e a pele sobre o sacro. A artéria sacral mediana segue anteriormente aos corpos da
última ou das duas últimas vértebras lombares, do sacro e do cóccix e termina em uma série de alças anastomóticas, podendo dar
origem a um par de artérias L5. Emite pequenos ramos parietais ao descer sobre o sacro, que se anastomosam com as artérias sacrais
laterais, e dá origem a pequenos ramos viscerais para a parte posterior do reto, que se anastomosam com as artérias retais superior e
média. A artéria retal superior é a continuação direta da artéria mesentérica inferior. Ao nível de S3, divide-se em dois ramos, que desce
de cada lado do reto e suprem-no até o esfíncter interno do ânus inferiormente. Anastomosa-se com ramos da artéria retal média e
com a artéria retal inferior.

Veias Pélvicas
Os plexos venosos pélvicos são formados pelas veias que se anastomosam circundando as vísceras pélvicas. Os vários plexos
na pelve menor se unem e são drenados principalmente pelas veias ilíacas internas, mas alguns drenam para a veia mesentérica
inferior, para o plexo venoso vertebral interno, veia sacral mediana, veia retal superior (para o sistema porta) e, em mulheres, para as
veias ováricas.
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Linfonodos da Pelve
Os linfonodos que recebem drenagem linfática dos órgãos pélvicos são variáveis em número, tamanho e localização, e a
divisão em grupos definidos frequentemente é um pouco arbitrária. Quatro grupos primários de linfonodos estão localizados dentro da
pelve ou adjacentes a ela. Linfonodos ilíacos externos, recebem linfa principalmente dos linfonodos inguinais e de vísceras pélvicas,
drenam para os linfonodos ilíacos comuns. Linfonodos ilíacos internos recebem drenagem das vísceras pélvicas inferiores, do períneo
profundo e da região glútea, drenam para os linfonodos ilíacos comuns. Linfonodos sacrais recebem linfa das vísceras pélvicas póstero-
inferiores e drenam para os linfonodos ilíacos internos ou comuns. Linfonodos ilíacos comuns recebem a linfa dos outros três grupos de
linfonodos, iniciando uma via comum para drenagem da pelve que passa perto dos linfonodos lombares. Outros pequenos grupos de
linfonodos ocupam o tecido conjuntivo ao longo dos ramos dos vasos ilíacos internos. Os grupos primários e menores de linfonodos
pélvicos são altamente interconectados, de forma que muitos linfonodos podem ser removidos sem perturbar a drenagem.

Períneo Períneo refere-se tanto a uma área superficial externa quanto a um “compartimento” superficial do corpo. O períneo é limitado
pela abertura inferior da pelve e é separado da cavidade da pelve pelo diafragma da pelve, que é formado pelos músculos
levantador do ânus e isquicoccígeo.
Os limites do períneo são formados pela sínfise púbica, anteriormente; ramos inferiores do púbis e ramos isquiáticos, ântero-
lateralmente; túberes isquiáticos, lateralmente; ligamentos sacrotuberais, póstero-lateralmente; parte inferior do sacro e cóccix,
posteriormente.
O períneo é dividido em trígono anal e trígono urogenital por uma linha transversa que une as extremidades anteriores dos
túberes isquiáticos. O trígono urogenital se encontra “fechado” por uma lâmina de fáscia, a membrana do períneo, ao contrário do
trígono anal, que é “aberto”. A membrana e os ramos isquipúbicos fornecem uma base para os corpos eréteis dos órgãos genitais
externos.
O ponto médio da linha que une os túberes isquiáticos é o corpo do períneo (centro do períneo), uma massa irregular que
contém fibras colágenas e elásticas e músculos esqueléticos e lisos. O corpo do períneo é o encontro de fibras musculares de vários
músculos.
210

Fáscias e Espaços do Trígono Urogenital


O tecido subcutâneo do períneo é formado por um panículo adiposo superficial e um estrato membranáceo (fáscia de Colles).
Nas mulheres o panículo adiposo forma a substância dos lábios maiores e do monte do púbis e é contínuo anterior e superiormente com
o panículo adiposo do abdome (fáscia de Camper). Nos homens, é muito reduzido no trígono urogenital, sendo completamente
substituído no pênis e escroto por músculo liso (dartos). É contínuo entre o pênis ou escroto e as coxas com o panículo adiposo do
tecido subcutâneo do abdome. Em ambos os sexos, o panículo adiposo do tecido subcutâneo do períneo é contínuo posteriormente
com o corpo adiposo da fossa isquioanal na região anal. O estrato membranáceo da tela subcutânea do períneo não se estende até o
trígono anal, estando fixado posteriormente à margem posterior da membrana do períneo e ao corpo do períneo. Lateralmente, está
fixado à fáscia lata. Anteriormente, no homem, é contínuo com a túnica dartos do pênis e escroto. Porém, lateralmente e anteriormente
ao escroto, o estrato membranáceo se torna contínuo com o estrato membranáceo da tela subcutânea do abdome. Na mulher, o
estrato passa superiormente ao panículo adiposo, formando os lábios maiores, e torna-se contínuo com o estrado membranáceo da
tela subcutânea do abdome. A fáscia de revestimento do períneo reveste intimamente os músculos isquicavernoso, bulboesponjoso e
transverso do períneo. Está fundida ao ligamento suspensor do pênis ou clitóris e com a fáscia profunda de revestimento do abdome.

Espaço Superficial do Períneo


É um espaço virtual entre o estrato membranáceo da tela subcutânea e a membrana do períneo, limitado lateralmente pelos
ramos isquipúbicos.
Em homens, contém: raiz do pênis e músculos associados; porção proximal (bulbar) da parte esponjosa da uretra; músculos
transversos superficiais do períneo; ramos perineais dos vasos pudendo internos e nervos pudendo.
Em mulheres, contém: clitóris e músculos associados; bulbos do vestíbulo e músculo adjacente; glândulas vestibulares maiores;
músculos transversos superficiais do períneo; vasos e nervos relacionados.

Espaço Profundo do Períneo


O espaço profundo do períneo é limitado inferiormente pela membrana do períneo, superiormente pela fáscia inferior do
diafragma da pelve e lateralmente pela porção inferior da fáscia obturatória. Inclui os recessos anteriores cheios de gordura da fossa
isquioanal. O limite superior na região do hiato urogenital é indistinto.
Em ambos os sexos, contém: parte da uretra; a parte inferior do músculo esfíncter externo da uretra, circundando a uretra;
extensões anteriores dos corpos adiposos isquioanais.
211

Em homens, contém: parte intermediária da uretra; músculos transversos profundos do períneo; glândulas bulbouretrais;
estruturas neurovasculares dorsais do pênis.
Em mulheres, contém: parte proximal da uretra; uma massa de músculo liso, associada ao corpo do períneo;
neurovascularização dorsal do clitóris.
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Características do Trígono Anal


As Fossas isquioanais de cada lado do canal anal são grandes espaços cuneiformes, revestidos por fáscia, situados entre a
pele da região anal e o diafragma da pelve. São preenchidas por gordura e tecido conjuntivo frouxo. As duas fossas comunicam-se
pelo espaço pós-anal profundo sobre o corpo anococcígeo.
Cada fossa anal é limitada: lateralmente pelo ísquio e parte inferior do músculo obturador interno, coberto pela fáscia
obturatória; medialmente pelo músculo esfíncter externo do ânus, com uma parede superior inclinada formada pelo músculo
levantador do ânus; posteriormente pelo ligamento sacrotuberal e músculo glúteo máximo; anteriormente pelos corpos do púbis, abaixo
da origem do músculo puborretal. Essas partes das fossas são conhecidas como recessos anteriores das fossas isquioanais.
Cada fossa é ocupada por um corpo adiposo da fossa isquioanal.
O canal do pudendo (canal de Alcock) é uma passagem praticamente horizontal na fáscia obturatória que cobre a face
medial do músculo obturador interno e reveste a parede lateral da fossa isquioanal. Quando a artéria pudenda interna e o nervo
pudendo entram no canal, dão origem à artéria retal inferior e aos nervos anais (retais) inferiores, que seguem medialmente para suprir
o músculo esfíncter externo do ânus e a pele perianal. O nervo e a artéria bifurcam-se, dando origem ao nervo e à artéria perineais. O
nervo perineal possui dois ramos: os ramos perineais superficiais dão origem aos nervos escrotais ou labiais posteriores, e os ramos
perineais profundos (musculares) suprem os músculos dos espaços profundos e superficial do períneo, a pele do vestíbulo e a mucosa
da parte inferior da vagina. O nervo dorsal do pênis ou clitóris é o nervo sensitivo primário que serve o órgão masculino ou feminino,
principalmente a sensível glande na extremidade distal.
213

e) Se articula com o sacro, por meio de um disco


Exercícios intervertebral

1) Estrutura óssea que sustenta o peso do corpo quando 9) Na pelve óssea, os ângulos subpúbicos aproximados
o indivíduo se encontra sentado: em homens e mulheres são, respectivamente:
a) Tubérculo ilíaco a) 60° e 80°
b) Espinha isquiática b) 80° e 60°
c) Túber isquiático c) 60° e 90°
d) Tubérculo púbico d) 80° e 90°
e) Crista ilíaca e) 75° e 80°

2) Pelo forame isquiático menor, transitam, exceto: 10) São características observadas na pelve óssea
a) Tendão do m. obturador interno feminina, salvo:
b) Nervo pudendo a) Sacro longo e menos curvo
c) Nervo para o m. obturador interno b) Acetábulo grande
d) Vasos pudendos internos c) Cavidade pélvica cilíndrica e mais larga
e) Nervo isquiático d) Ossos do quadril mais leves
e) Incisura isquiática maior em quase 90°
3) Estrutura anatômica que separa as incisuras isquiáticas
maior e menor: 11) São características observadas na pelve óssea
a) Túber isquiático masculina, exceto:
b) Espinha isquiática a) Ossos do quadril mais pesados
c) Acetábulo b) Sacro estreito e mais curvo
d) Linha pectínea do púbis c) Abertura superior arredondada
e) Forame obturado d) Cavidade pélvica afunilada e estreita
e) Fossa ilíaca mais profunda
4) As artérias glúteas superior e inferior são ramos da:
a) Ilíaca externa 12) A margem superior da pelve é definida pelas
b) Ilíaca interna estruturas:
c) Femoral a) Linhas terminais, promontório e asa do sacro
d) Obturatória b) Linhas arqueadas, promontório e asa do sacro
e) Vesical inferior c) Linhas pectíneas, promontório e asa do sacro
d) Linhas arqueadas, linhas pectíneas e crista púbica
5) Sobre o osso do quadril é incorreto: e) Linhas arqueadas, linhas pectíneas, promontório e
a) A fossa ilíaca é uma concavidade localizada na asa do sacro
asa do ílio
b) O ílio forma os 2/3 superiores do osso do quadril 13) Sobre a pelve óssea, é correto:
c) A crista ilíaca representa a borda superior espessa a) O osso do quadril é formado pela união de 3
do ílio ossos: ílio, ísquio e sacro
d) As três porções do osso do quadril unem-se ao b) A pelve maior (verdadeira) é a parte entre as
nível do forame obturado aberturas superior e inferior da pelve
e) O ísquio forma o 1/3 superior e inferior do osso do c) A pelve menor (falsa) é a parte entre as aberturas
quadril superior e inferior da pelve
d) Na mulher, a pelve é mais espessa para
6) São porções do músculo levantador do ânus, exceto: acomodar o feto
a) Puborretal e) O ílio é um osso com uma margem óssea e uma
b) Levantador da próstata (em homens); parte lisa grandes, permitindo fixação muscular e
pubovaginal (em mulheres) acomodação para órgãos abdominopélvicos
c) Pubococcígeo
d) Iliococcígeo 14) Sobre os ligamentos sacroilíacos, é incorreto:
e) Isquiovaginal a) Os ligamentos sacroilíacos anteriores não tem
grande importância, sendo apenas a parte
7) Sobre o sacro é incorreto anterior da cápsula fibrosa da parte sinovial da
a) No adulto é formado pela fusão de cinco articulação sacroilíaca
vértebras sacrais b) Os ligamentos sacroilíacos posteriores são a
b) É um osso triangular curvo continuação posterior do tecido dos ligamentos
c) Se situa em cunha, entre os ossos do quadril, e sacroilíacos interósseos
fecha posteriormente a pelve óssea c) Os ligamentos sacroilíacos interósseos são as
d) O hiato sacral é o término do canal sacral e no estruturas primárias envolvidas na transferência de
vivente é ocluído por uma membrana fibrosa peso da parte superior do corpo para os dois ílios
e) A face auricular localiza-se na face dorsal d) Como as fibras dos ligamentos interósseos e
posteriores seguem do sacro para cima e para
8) Sobre o cóccix é incorreto: fora, o peso que empurra o sacro para baixo
a) É formado pela fusão de três ou quatro peças empurra os ílios para fora (lateralmente)
coccígeas e) Os ligamentos iliolombares são ligamentos
b) É um osso irregular afilado acessórios desse mecanismo
c) Representa o vestígio de cauda, no extremo
inferior da coluna vertebral
d) Suas vértebras articulam-se entre si por diartroses
214

15) A articulação sacroilíacas são articulações compostas d) A prega retouterina é exclusiva da mulher e a
de: prega uretérica é exclusiva do homem
a) Uma sindesmose anterior e uma sincondrose e) A divisão anterior da artéria ilíaca interna forma
posterior principalmente ramos viscerais
b) Uma sinovial anterior e uma sincondrose posterior
c) Uma gonfose anterior e uma sindesmose posterior 21) Sobre a pelve, assinale a incorreta:
d) Uma sinovial anterior e uma sindesmose posterior a) Toda inervação pélvica é derivada do plexo
e) Uma sindesmose anterior e uma sinovial posterior sacral
b) As margens inferiores dos ramos isquiopúbicos
16) A sínfise púbica e as articulações sacrococcígeas são definem o ângulo subpúbico
exemplos, respectivamente, de articulações: c) A face superior do diafragma da pelve forma o
a) Cartilagínea secundária e sínfise assoalho da cavidade pélvica verdadeira
b) Sínfise e cartilagínea primária d) A artéria uterina pode se originar da artéria ilíaca
c) Sínfise e sincondrose interna ou da umbilical
d) Cartilagínea secundária e cartilagínea primária e) A artéria vesical inferior irriga as glândulas seminais,
e) Ambas são cartilagíneas primárias a próstata, o fundo da bexiga e a parte inferior do
ureter
17) Assinale a alternativa correta sobre as reflexões do
peritônio pélvico: 22) Sobre a pelve, assinale a incorreta:
a) Exclusivamente em mulheres, a fossa paravesical a) A artéria vaginal, nas mulheres, é homóloga da
surge da continuação do peritônio sobre a artéria vesical inferior nos homens
bexiga, quando este ascende na parede lateral b) A parte ocluída da artéria umbilical forma o
da pelve ligamento umbilical medial
b) Exclusivamente em homens, quando o peritônio se c) Em homens, a artéria para o ducto deferente se
reflete entre a bexiga e o reto, forma a origina da artéria vesical superior
escavação retouterina d) A artéria ovárica é ramo direto da aorta
c) Ao refletir-se sobre o reto, em homens e mulheres, abdominal
forma-se a escavação retovesical e) A artéria pudenda interna é maior em mulheres,
d) A reflexão peritoneal sobre a bexiga forma, em uma vez que circunda o útero
homens e mulheres, a fossa supravesical
e) A escavação retovesical estende-se lateral e 23) A linha de dor pélvica é:
posteriormente para formar fossas pararretais de a) Um sintoma comum em pacientes com lesões de
cada lado do reto em mulheres L5 a S4
b) Um sintoma comum em pacientes com necrose
18) Sobre a pelve, assinale a incorreta: de alça intestinal
a) A pelve é dividida em pelve falsa e pelve c) Um limite de origem da inervação dolorosa da
verdadeira pelve, abaixo dela a inervação é parassimpática;
b) O plexo sacral localiza-se na parede posterolateral acima é simpática
da pelve menor d) Uma linha imaginária que separa os órgãos
c) Na margem superior do forame isquiático maior, a intraperitoneais dos retroperitoneais
artéria ilíaca interna divide-se em divisões anterior e) Um plano transversal em S1, importante para
e posterior acessos cirúrgicos
d) O ligamento sacrotuberal é um dos limites da
pelve menor 24) Não é uma estrutura que marca os limites do períneo:
e) A pelve menor é limitada pelas asas do ílio a) Sínfise púbica
posterolateralmente e pela face anterossuperior b) Ligamentos sacrotuberais
da vértebra S1 posteriormente c) Túberes isquiáticos
d) Asa do ílio
19) Sobre a pelve, assinale a incorreta: e) Ramos inferiores do púbis
a) Os termos pelve, pelve menor e cavidade pélvica
são sinônimos
b) A artéria vesical superior é ramo da parte 25) Não é uma estrutura do trígono urogenital feminino:
permeável da artéria umbilical a) Corpo anococcígeo
c) O m. levantador do ânus é formado pelos b) Clitóris
músculos puborretal, pubococcígeo e c) Músculo isquiocavernoso
isquiococcígeo d) Bulbo do vestíbulo
d) Os nervos esplâncnicos pélvicos fazem a e) Glândulas vestibulares maiores
inervação parassimpática da pelve
e) No homem, a lâmina média da bainha
26) O corpo do períneo é:
hipogástrica forma o septo retovesical
a) Um encruzilhado de feixes nervosos no espaço
20) Sobre a pelve, assinale a incorreta: profundo do períneo
a) Na pelve, a inervação simpática se dá pelos b) Uma massa linfoide também chamada de
troncos simpáticos sacrais, plexos periarteriais e amígdala perineal
plexos hipogástricos c) Uma coleção de gordura no espaço superficial do
b) A linha terminal determina parte da abertura períneo
superior da pelve d) Parte mais posterior da rima do pudendo
c) A principal artéria da pelve é a artéria ilíaca e) Um local de convergência de fibras musculares,
externa colágenas e elásticas
215

33) A artéria ilíaca interna se comunica com a ilíaca


27) Assinale a alternativa correta sobre a fáscia do externa através:
períneo: a) Do ramo transverso da parte pérvia artéria
a) A fáscia do períneo se divide em três estratos: umbilical
superficial, médio e profundo b) Do ramo comunicante da artéria vesical inferior
b) O panículo adiposo em homens é contínuo entre c) Do ramo púbico da artéria obturatória
o pênis ou escroto e as coxas com o panículo d) Do ramo comunicante da artéria vaginal
adiposo do abdome e) Não há comunicação entre as artérias ilíacas
c) O panículo adiposo (estrato superficial) em interna e externa
homens é mais desenvolvido
d) O estrato membranáceo da tela subcutânea do
períneo está presente apenas no trígono anal 34) Por que o fato de o ureter passar imediatamente
e) A fáscia de Gallauder, na mulher, corresponde à inferior à artéria uterina, é importante?
túnica Dartos no homem a) Em uma cirurgia, o ureter pode ser confundido
com a artéria por suas paredes terem
28) Assinale a alternativa que mostra uma estrutura consistências semelhantes
presente no espaço superficial do períneo apenas em b) Quando o fluxo de urina é muito grande dentro do
mulheres: ureter, a artéria pode ser esmagada
a) M. Isquiocavernoso c) Um cálculo uretérico pode ser facilmente
b) M. Bulboesponjoso puncionado para fora usando o pulso da artéria
c) Músculos transversos superficiais do períneo uterina
d) Bulbo do vestíbulo d) Durante uma histerectomia, o ureter pode ser
e) Ramos perineais profundos dos vasos pudendos equivocadamente clampeado quando a artéria
internos uterina é ligada e seccionada
e) Porque facilita o ureter a comprimir a artéria
29) Assinale a alternativa que mostra uma estrutura não uterina, quando a bexiga está cheia
presente no espaço profundo do períneo em homens:
a) Massa de músculo liso na margem posterior da
35) Sobre a pelve, assinale a incorreta:
membrana do períneo
a) Serve como a base do tronco e forma a conexão
b) Parte inferior do músculo esfíncter externo da
entre a coluna vertebral e os membros inferiores
uretra
b) A pelve consiste em quatro ossos – dois ossos do
c) Músculos transversos profundos do períneo
quadril, um sacro e um cóccix
d) Glândulas bulbouretrais
c) A cintura pélvica consiste apenas em dois ossos do
e) Estruturas neurovasculares dorsais do pênis
quadril
d) O ângulo subpúbico masculino é maior que o
30) Sobre os limites da fossa isquioananal, marque a
ângulo subpúbico feminino
alternativa correta:
e) A pelve é o espaço circundado pelo cíngulo do
a) O limite posterior é feito pelo ligamento
membro inferior
sacrotuberal e músculo glúteo máximo
b) O limite lateral é o músculo esfíncter externo do
ânus 36) A fusão do osso do quadril ocorre no:
c) O limite inferior é o músculo levantador do ânus a) Acetábulo
d) O limite superior é o corpo do púbis b) Cavidade glenoide
e) O limite medial é o músculo puborretal c) Crista ilíaca
d) Púbis
31) Sobre a fossa isquioanal marque a incorreta: e) Asa do ilíaco
a) É uma região com formato aproximado de uma
ferradura
b) É dividida em lojas direita e esquerda pela fáscia 37) Marque a opção incorreta:
septal a) Em geral, a pelve feminina é mais larga, com os
c) É preenchida por tecido adiposo chamado corpo ílios mais alargados e mais rasos da parte anterior
adiposo isquioanal para a posterior
d) Infecções, coleções ou tumores se dissipam b) A pelve masc-ulina é mais estreita, mais rasa e
facilmente pelo espaço da fossa menos alargada
e) Os vasos pudendos internos localizam-se na parte c) Na mulher, o ângulo subpúbico é usualmente
lateral da fossa isquioanal obtuso ou maior de 90°
d) A forma geral da pelve varia consideravelmente
32) Sobre o canal do pudendo, assinale a correta: de um indivíduo para outro, de modo que a pelve
a) É atravessado pelo nervo pudendo interno de uma mulher esbelta pode ser semelhante a
b) Dentro do canal, a artéria pudenda dá origem à uma pelve masculina
artéria retal inferior e) A pelve platipeloide é rara tanto em mulheres
c) É uma passagem reforçada pelas camadas quanto homens
fasciais de três músculos
d) É atravessado pelas artérias e veias pudendas
38) Sobre os ossos do quadril pode-se afirmar:
e) Nenhuma está correta
a) Unem-se anteriormente na sínfise púbica e
posteriormente articulam-se com a parte posterior
do osso sacro
216

b) Unem-se posteriormente na sínfise púbica e


anteriormente articulam-se com a parte posterior 43) A cavidade pélvica situa-se entre a abertura superior
do osso sacro da pelve acima e o diafragma da pelve abaixo, é
c) Unem-se anteriormente no sacro e posteriormente limitada anterior e posterossuperiormente pela sínfise
articulam-se com a sínfise púbica púbica e pelos ossos da pelve menor. As paredes
d) Unem-se posteriormente no sacro e superiormente laterais são acolchoadas pelo diafragma da pelve. Os
articulam-se com a parte posterior do íleo ligamentos sacrotuberal e sacroespinal formam o
e) Nenhuma alternativa está correta forame isquiático maior. O assoalho dinâmico da
cavidade pélvica é o diafragma da pelve, semelhante
a uma rede, formado pelos músculos levantador do
39) O trígono anal é limitado: ânus e isquiococcígeo.
a) Medialmente pelo músculo levantador do ânus e a) A frase está correta
esfíncter externo do ânus b) A frase está parcialmente incorreta, pois o
b) Lateralmente melo ísquio e a parte inferior do diafragma da pelve é formado pelos músculos
músculo obturador interno iliococcígeo e isquiococcígeo
c) É limitado posteriormente pelo ligamento c) A frase está parcialmente incorreta, pois as
sacrotuberal e músculo glúteo máximo paredes laterais são acolchoadas pelos músculos
d) A e B estão corretas obturadores internos
e) Todas estão corretas d) A frase está parcialmente incorreta, pois o forame
isquiático maior é formado pelos ligamentos
sacrotuberal e sacroilíacos posteriores
40) Sobre o períneo, pode-se afirmar: e) A frase está incorreta
a) A próstata está no espaço perineal superficial
b) As glândulas bulbouretrais deságuam na uretra 44) A fáscia parietal da pelve, contínua com a fáscia que
membranosa reveste a cavidade abdominal, reveste as paredes da
c) A bexiga apoia-se no diafragma urogenital pelve e reflete-se sobre as vísceras pélvicas como
d) Os músculos que compõe o diafragma pélvico fáscia visceral da pelve. O espaço virtual entre as
estão no espaço perineal profundo fáscias parietal e visceral da pelve é preenchido com
e) As glândulas vestibulares situam-se no espaço uma fina lâmina de líquido, permitindo que as fáscias
perineal inferior deslizem entre si.
a) A frase está correta
b) A frase está parcialmente incorreta, pois a fáscia
Para as questões 41 a 50, avalie as frases e marque a parietal da pelve é um estrato separado da fáscia
alternativa correta. abdominal
41) A pelve é o espaço circundado pelo cíngulo do c) A frase está parcialmente incorreta, pois as fáscias
membro inferior, que é subdividido em pelve maior (a parietal e visceral da pelve são distintas, apenas
parte inferior da cavidade abdominal, que recebe a encontram-se onde formam os recessos, não
sendo contínuas entre si
proteção das asas dos ílios) e pelve menor (o espaço
d) A frase está parcialmente incorreta, pois entre as
dentro do anel ósseo da pelve inferior à abertura
fáscias parietal e visceral existe um tecido
superior da pelve). A pelve menor oferece a estrutura conjuntivo de densidade variada chamado fáscia
óssea da cavidade pélvica e do períneo, que são endopélvica
separados pelo diafragma da pelve musculofascial. e) A frase está incorreta
a) A frase está correta
b) A frase está parcialmente incorreta, pois o períneo 45) A fáscia endopélvica possui partes areolares frouxas,
está fora da pelve menor que ocupam espaços virtuais, e tecido fibroso
c) A frase está parcialmente incorreta, pois o condensado, que circunda estruturas neurovasculares
diafragma da pelve não faz a divisão
no trânsito para as vísceras, enquanto também
pelve/períneo
sustenta as vísceras. As duas partes da fáscia
d) A frase está parcialmente incorreta, pois a pelve
endopélvica são indistintas em aparência, mas
menor é a parte inferior à abertura inferior da
pelve possuem texturas bastante diferentes. À medida que a
e) A frase está incorreta fáscia se estende em direção às vísceras, são
formadas 2 lâminas, em homens, e 3 em mulheres. A
42) As funções primárias do cíngulo do membro inferior são lâmina medial, esclusiva das mulheres, forma o
sustentação e transferência de peso; as funções ligamendo transverso do colo do útero.
secundárias incluem proteção e sustentação das a) A frase está correta
vísceras abdominopélvicas e abrigo e fixação para b) A frase está parcialmente incorreta, pois as partes
estruturas dos sistemas genital e urinário. As pelves areolares frouxas da fáscia circundam estruturas
masculina e feminina são diferentes; os aspectos neurovasculares e o tecido fibroso condensado
ocupa os espaços virtuais
característicos da pelve feminina mais comum
c) A frase está parcialmente incorreta, pois em
(androide) refletem o fato de que o feto deve
ambos os sexos a fáscia endopélvica forma 3
atravessar o canal pélvico durante o parto. lâminas
a) A frase está correta d) A frase está parcialmente incorreta, pois é possível
b) A frase está parcialmente incorreta, pois o cíngulo diferenciar visualmente as duas partes da fáscia
do membro inferior não faz transferência de peso endopélvica
c) A frase está parcialmente incorreta, pois o cíngulo e) A frase está incorreta
do membro inferior não faz sustentação ou
proteção de vísceras 46) O músculo levantador do ânus é um músculo
d) A frase está parcialmente incorreta, pois a pelve
composto formado por 3 músculos: puborretal,
feminina mais comum é a ginecoide
pubococcígeo e iliococcígeo. A contração voluntária
e) A frase está incorreta
217

da porção pubococcígea é importante para a b) A frase está parcialmente incorreta, pois a


manutenção da continência fecal imediatamente membrana do períneo separa o períneo em
após o enchimento retal ou durante a peristalse trígono urogenital e trígono anal
quando o reto está cheio e o músculo esfincteriano c) A frase está parcialmente incorreta, pois o espaço
involuntário é inibido. Forma um assoalho dinâmico superficial do períneo é que se localiza entre a
para sustentar as vísceras abdominopélvicas. membrana do períneo e a fáscia do inferior do
diafragma da pelve
Encontra-se tonicamente contraído na maior parte do
d) A frase está parcialmente incorreta, pois o espaço
tempo para sustentar as vísceras abdominopélvicas e
profundo do períneo localiza-se entre o músculo
para ajudar a manter a continência urinária e fecal. É transverso profundo do períneo e o músculo
contraído ativamente durante atividades como transverso superficial do períneo
expiração forçada, espirro, vômito e fixação do tronco e) A frase está incorreta
durante fortes movimentos dos membros superiores,
basicamente para aumentar a sustentação das 49) As fossas isquioanais são espaços cuneiformes,
vísceras durante períodos de aumento da pressão revestidos por fáscia, ocupados pelos corpos adiposos
intra-abdominal, e talvez também para contribuir para isquioanais. Os corpos adiposos oferecem sustentação
o aumento de pressão. que pode ser comprimida ou afastada para permitir a
a) A frase está correta descida e a expansão temporárias do canal anal ou
b) A frase está parcialmente incorreta, pois o da vagina para a passagem de fezes ou de um feto.
músculo levantador do ânus se contrai apenas Os corpos adiposos são atravessados pela rede
ativamente, durante a defecação neurovascular anal inferior/retal. O canal do pudendo
c) A frase está parcialmente incorreta, pois o
é uma importante passagem na parede lateral da
assoalho de sustentação das vísceras
fossa, entre as lâminas da fáscia obturatória, para a
abdominopélvicas é o estrato inferior da fáscia
endopélvica, que impede que os órgãos fiquem rede neurovascular que entra e sai do trígono
dispersos na pelve urogenital.
d) A frase está parcialmente incorreta, pois a porção a) A frase está correta
que é ativamente contraída para a manutenção b) A frase está parcialmente incorreta, pois os corpos
da continência fecal é a puborretal adiposos isquioanais servem de proteção para o
e) A frase está incorreta períneo e não pode ser afastado ou comprimido,
o que seria sinal de infecção
47) As vísceras pélvicas são todas, exceto os ovários e c) A frase está parcialmente incorreta, pois o canal
tubas uterinas, revestidas por peritônio em quase toda do pudendo não tem ligação direta com a fossa
isquioanal
sua extensão. Isso permite que a víscera se movimente
d) A frase está parcialmente incorreta, pois a rede
com certa liberdade, permitindo, por exemplo, que a
neurovascular anal inferior/retal não passa pela
bexiga se encha e se esvazie com facilidade e o fossa isquioanal, mas sim superficialmente no
mesmo para o canal anal. Também permite que o espaço subcutâneo do períneo
útero gravídico aumente de tamanho e depois e) A frase está incorreta
diminua com relativa facilidade. A relação do
peritônio com as fibras aferentes das vísceras pélvicas 50) A pelve verdadeira é uma estrutura em formato de
também é importante, uma vez que ao nível de S4 bacia formada pelos ossos sacro, púbis, ílio, ísquio, os
(linha de dor pélvica) as fibras aferentes são ligamentos que interconectam esses ossos e os
parassimpáticas e abaixo desse nível são simpáticas. músculos que recobrem suas superfícies internas. A
Isso se deve à diferença na origem embriológica do pelve verdadeira é considerada com início em nível
peritônio que as reveste. do plano que passa através do promontório do sacro,
a) A frase está correta da linha arqueada no ílio, da linha iliopectínea e da
b) A frase está parcialmente incorreta, pois todas as superfície posterior da crista púbica. Esse plano
vísceras pélvicas são totalmente revestidas com coincide com a abertura superior da pelve e as
peritônio estruturas ósseas que se encontram acima desse plano
c) A frase está parcialmente incorreta, pois uma
são às vezes referidas como pelve falsa.
víscera revestida por peritônio é fixa, e não tem
a) A frase está correta
sua mobilidade ou enchimento/esvaziamento
b) A frase está parcialmente incorreta, pois a
facilitado
descrição é na verdade da pelve falsa
d) A frase está parcialmente incorreta, pois as
c) A frase está parcialmente incorreta, pois o plano
vísceras apresentam fibras parassimpáticas e
descrito coincide com a abertura inferior da pelve
simpáticas independentemente da linha de dor
d) B e C estão corretas
pélvica, que é apenas um sintoma apresentado
e) A frase está incorreta
por pacientes
e) A frase está incorreta

Respostas:
48) A membrana plana do períneo divide o trígono
1 C 11 C 21 A 31 B 41 A
urogenital do períneo em espaços superficial e
2 E 12 A 22 E 32 E 42 D
profundo do períneo. O espaço superficial do períneo
3 B 13 E 23 C 33 C 43 C
está entre o estrato membranáceo do períneo e a
4 B 14 D 24 D 34 D 44 D
membrana do períneo, e é limitado lateralmente pelos
5 D 15 D 25 A 35 D 45 B
ramos isquiopúbicos. O espaço profundo do períneo
6 E 16 A 26 E 36 A 46 D
está situado entre a membrana do períneo e a fáscia 7 E 17 D 27 B 37 B 47 E
do inferior do diafragma da pelve, e é limitado 8 D 18 E 28 D 38 A 48 A
lateralmente pela fáscia obturatória. 9 C 19 C 29 A 39 B 49 A
a) A frase está correta 10 B 20 C 30 A 40 E 50 A
218

Órgãos Urinários
O aparelho urinário é formado pelos órgãos uropoéticos, incumbidos de secretar (Rins) e excretar (cálices renais maiores;
cálices renais menores; pelve renal; Ureter direito e esquerdo; bexiga urinária; uretra) a urina. Estuda-se juntamente as glândulas
suprarrenais pela relação com os rins, apesar delas terem função endócrina e não participarem do aparelho urinário.

Rins
Os rins são órgãos que retiram o excesso de água, sais e resíduos do metabolismo proteico do sangue, enquanto devolvem
nutrientes e substâncias químicas ao sangue. São órgãos retroperitoneais, se localizando ao nível de T12-L3, sendo o rim direito
geralmente um pouco mais baixo que o esquerdo. Superiormente, estão associados ao diafragma; posteriormente, ao músculo
quadrado do lombo; anteriormente, no lado direito, ao duodeno, ao fígado e colo ascendente e, no lado esquerdo, estômago, baço,
pâncreas, jejuno e colo descendente.
Na margem medial (côncava) de cada rim há o hilo renal, onde a artéria renal entra e a veia renal e pelve renal deixam o seio
renal. O seio renal é o espaço interior ao rim após o hilo, é preenchido por gordura. Devido à protusão da coluna vertebral lombar para
a concavidade abdominal, os rins estão localizados obliquamente. Consequentemente, o diâmetro transverso do rim é reduzido em
radiografias anteroposteriores.
A pelve renal é a expansão afunilada, achatada da extremidade superior do ureter. A pelve renal recebe 2 ou 3 cálices
maiores, cada um se dividindo em dois ou três cálices menores. Cada cálice menor é entalhado pela papila renal, o ápice da pirâmide
renal, no qual a urina é excretada. As pirâmides e o córtex associado formam os lobos renais. Exteriormente, a divisão em lobos do rim só
é vista em fetos, podendo persistir evidências da divisão por algum tempo após o nascimento.
Vascularização: a artéria renal direita, que é mais longa, passa posteriormente à VCI. Cada artéria renal se divide, em 2 ramos
(anterior e posterior), em 5 artérias segmentares: artéria do segmento superior (apical), artéria do segmento anterior superior, artéria do
segmento anterior inferior, artéria do segmento inferior, que se originam do ramo anterior da artéria renal e artéria segmentar posterior,
que se origina do ramo posterior da artéria renal.
Drenagem: diversas veias renais drenam cada rim e se unem de forma variável para formar as veias renais direita e esquerda. A
veia renal esquerda, mais longa, recebe a veia suprarrenal esquerda, a veia gonadal (testicular ou ovárica) esquerda e uma
comunicação com a veia lombar ascendente. Todas as veias renais drenam para a VCI.
Inervação: O plexo nervoso renal é suprido por fibras dos nervos esplâncnicos abdominopélvicos.
219
221

Glândulas Suprarrenais
As glândulas suprarrenais não fazem parte do aparelho urinário. Estão localizadas entre as faces súpero-mediais dos rins e o
diafragma, ao qual estão fixadas pela fáscia renal, sendo separadas dos rins por um septo. Há diferenças entre a suprarrenal direita e a
esquerda. A glândula direita, piramidal, é mais apical em relação ao rim direito, situa-se anterolateralmente ao pilar direito do
diafragma e faz contato com a VCI ântero-medialmente e com o fígado anterolateralmente. A glândula esquerda, em formato de
crescente, é medial à metade superior do rim esquerdo e está relacionada com o baço, estômago, pâncreas e o pilar esquerdo do
diafragma. Cada glândula possui um hilo, onde veias e vasos linfáticos saem e artérias e nervos entram, em múltiplos locais. Cada
glândula possui 2 partes distintas: o córtex e a medula.
O córtex suprarrenal é derivado do mesoderma e secreta corticosteroides e androgênios. A medula suprarrenal é uma massa
de tecido nervoso permeada por capilares sinusoide derivados das células da crista neural associadas ao sistema nervoso simpático. As
células cromafins secretam catecolaminas para a corrente sanguínea, em resposta a sinais de neurônios pré-sinápticos.
Vascularização: Artérias suprarrenais superiores (ramos das frênicas inferiores = diafragmáticas), médias (ramos da aorta) e
inferiores (ramos das renais).
Drenagem: 1 Veia suprarrenal esquerda (drena para veia renal esquerda) e 1 suprarrenal direita (drena para cava).
Inervação: plexo periarterial.

Ureteres
Os ureteres são tubos musculares, retro-peritoneais, com aproximadamente 25cm de comprimento, que unem os rins à bexiga.
Cruzam a bifurcação da artéria ilíaca comum ou o início da artéria ilíaca externa, passam sobre a abertura superior da pelve, deixando
o abdome e entrando na pelve menor. Curvam-se ântero-medialmente, acima do músculo levantador do ânus, para entrar na bexiga.
Vascularização: ramos das artérias ilíaca comum, ilíaca interna e ovárica estendem-se até as partes pélvicas dos ureteres e as
irrigam, anastomosando-se ao longo da extensão do ureter para formar um suprimento sanguíneo contínuo. As artérias uterinas em
mulheres, ou vesicais inferiores, em homens, irrigam as partes terminais dos ureteres.
Drenagem venosa e linfática: as veias dos ureteres acompanham as artérias e têm nomes correspondentes. A linfa drena da
região superior para a inferior, até os linfonodos lombares e ilíacos comuns (parte abdominal) e ilíacos internos e externos (parte
pélvica).
Inervação: Os nervos para os ureteres são provenientes dos plexos autônomos adjacentes (renais, aórticos, hipogástricos
superiores e inferiores). Os ureteres estão situados superiormente à linha de dor pélvica.

Bexiga
A bexiga urinária é uma víscera oca com paredes musculares, caracterizada por sua distensibilidade. Quando vazia, a bexiga
urinária do adulto está localizada na pelve menor, situada parcialmente superior e parcialmente posterior aos ossos púbicos. É separada
desses ossos pelo espaço retropúbico virtual e situa-se principalmente inferior ao peritônio, apoiada sobre os púbis e a sínfise púbica
anteriormente e sobre a próstata (nos homens) ou parede anterior da vagina (nas mulheres) posteriormente. O colo da bexiga é a
única parte fixa da bexiga, que é fixado firmemente pelos ligamentos laterais vesicais e o arco tendíneo da fáscia da pelve, sobretudo
seu componente anterior, o ligamento puboprostático em homens e ligamento pubovesical em mulheres. Quando vazia, a bexiga de
um adulto é semelhante a um tetraedro, tendo, externamente, ápice, corpo, fundo e colo. O ápice da bexiga aponta em direção à
margem superior da sínfise púbica quando a bexiga urinária está vazia. O fundo da bexiga é oposto ao ápice, formado pela parede
posterior um pouco convexa. O corpo da bexiga é a parte principal da bexiga, entre o ápice e o fundo. O fundo e as faces
inferolaterais encontram-se inferiormente no colo da bexiga.
As paredes da bexiga urinária são formadas principalmente pelo músculo detrusor da bexiga. As fibras musculares formam o
músculo esfíncter interno da bexiga. Nos homens, esse esfíncter se contrai durante a ejaculação para evitar a ejaculação retrógrada do
sêmen para a bexiga. Algumas fibras seguem radialmente e ajudam na abertura do óstio interno da uretra. Nos homens, as fibras
musculares no colo da bexiga são contínuas com o tecido fibromuscular da próstata, ao passo que nas mulheres essas fibras são
contínuas com fibras musculares da parede da uretra.
Os óstios uretéricos e o óstio interno da uretra estão nos ângulos do trígono da bexiga. Os óstios uretéricos contraem-se durante
a micção para evitar o refluxo de urina para os ureteres.
Vascularização: as principais artérias que irrigam a bexiga são ramos das artérias ilíacas internas. As artérias vesicais superiores
irrigam as partes anterossuperiores da bexiga urinária. Nos homens, as artérias vesicais inferiores irrigam o fundo e o colo da bexiga. Nas
mulheres, as artérias vaginais substituem as artérias vesicais inferiores e enviam pequenos ramos para as partes posteroinferiores da
bexiga. As artérias obturatória e glútea inferior também enviam pequenos ramos para a bexiga urinária.
Drenagem: as veias que drenam a bexiga correspondem às artérias e são tributárias das veias ilíacas internas. Em homens, o
plexo venoso vesical drena, principalmente pelas veias vesicais inferiores para as veias ilíacas internas, podendo drenar através das
veias sacrais para os plexos venosos vertebrais internos. Nas mulheres, o plexo venoso vesical envolve a parte pélvica da uretra e o colo
da bexiga, recebe sangue da veia dorsal do clitóris e comunica-se com o plexo venoso vaginal
Inervação: A inervação simpática provém principalmente através dos plexos e nervos hipogástricos, enquanto as fibras
parassimpáticas provêm dos nervos esplâncnicos pélvicos e plexo hipogástrico inferior. A face superior da bexiga é coberta por
peritônio e, portanto, é superior à linha da dor pélvica, assim, as fibras de dor da parte superior da bexiga seguem as fibras simpáticas
retrogradamente até os gânglios sensitivos espinais torácicos inferiores e lombares superiores (T11-L2 ou L3).
223
225

c) A uretra feminina é curta, medindo cerca de 4 cm


Exercícios de comprimento, e isto explica a facilidade para o
desenvolvimento de cistite
1) Em relação ao sistema urinário é incorreto afirmar que: d) No homem a uretra possui quatro porções, sendo
a) É responsável pela manutenção da homeostase a parte esponjosa a maior delas
b) Se compõe de rins, ureteres, bexiga urinária e e) No homem a parte prostática da uretra recebe o
uretra líquido seminal conduzido pelos ductos
c) Controla o volume e a composição dos líquidos ejaculatórios
orgânicos
d) É um sistema de excreção 8) Assinale a alternativa incorreta em relação ao sistema
e) Os rins estão num mesmo nível de posição urinário:
a) A bexiga urinária é uma bolsa de natureza
2) O néfron representa a unidade funcional do rim e musculomembranácea
encontra-se ao nível do (a): b) O hilo renal encontra-se na margem lateral do rim
a) Medula renal c) Os rins possuem o aspecto de um grão de feijão
b) Córtex renal d) O ureter possui uma parte abdominal e outra
c) Pelve renal pélvica
d) Hilo renal e) Nenhuma das alternativas
e) Cálice renal maior
9) Em relação ao sistema urinário não se pode dizer que:
3) Sobre a bexiga urinária é incorreto afirmar que: a) À medida que a urina passa ao longo dos
a) Representa uma bolsa musculomembranácea ureteres, surgem ondas peristálticas em suas
b) Possui uma capacidade fisiológica média de paredes
350ml b) O ureter cruza a abertura superior da pelve e a
c) Apresenta um músculo liso denominado detrusor artéria ilíaca externa, logo após a bifurcação da
da bexiga artéria ilíaca comum
d) Seu esvaziamento é assegurado por inervação c) O rim esquerdo, juntamente com o pâncreas e o
parassimpática sacral baço, situa-se no leito gástrico, onde é recoberto
e) Na mulher possui uma localização posterior à pela parede posterior da bolsa omental
vagina d) A face posterior do polo superior do rim relaciona-
se com o diafragma, que o separa da cavidade
4) Considerando o sistema urinário é incorreto: pleural e da 10ª costela
a) Se compõe de rins, ureteres, bexiga urinária e e) O rim esquerdo frequentemente é mais longo que
uretra o direito
b) O néfron representa a unidade funcional do rim e
localiza-se no córtex do parênquima renal 10) Sobre transplante renal pode-se afirmar que:
c) O ureter possui uma parte abdominal e outra a) É indicado em casos selecionados de insuficiência
pélvica renal crônica
d) Controla o volume e a composição dos líquidos b) O rim pode ser retirado do doador sem lesar a
orgânicos, mantendo a homeostasia glândula suprarrenal
e) Os rins são órgãos uropoéticos, com localização c) O local para transplante é a fossa ilíaca da pelve
retroperitoneal, acolados à parede posterior do maior
abdome, sendo o esquerdo inferior ao direito d) A artéria e veia renais são unidas,
respectivamente, à artéria e às veias ilíacas
5) Sobre a bexiga urinária é incorreto afirmar que: externas
a) Nos adultos, em vacuidade vesical (bexiga vazia), e) Todas as alternativas estão corretas
situa-se na pelve menor
b) É separada do púbis pelo espaço retropúbico 11) Sobre cálculos renais ou ureterais pode-se afirmar que:
c) A bexiga em plenitude vesical pode ascender até a) Podem formar-se nos cálices renais, ureteres ou na
o nível do anel umbilical bexiga urinária
d) As principais artérias que irrigam a bexiga são b) O cálculo pode causar obstrução completa ou
ramos das ilíacas externas intermitente do fluxo urinário
e) Na mulher, o fundo da bexiga é separado do reto c) A dor é referida nas áreas cutâneas supridas pelos
pelo colo do útero e a parte superior da vagina segmentos medulares e gânglios sensitivos que
também recebem aferentes viscerais do ureter,
6) O pedículo renal localizado no hilo renal e compõe-se sobretudo T11-L2
de: d) A dor pode estender-se para a face anterior
a) Pelve renal, artéria e veia renais, vasos linfáticos e proximal da coxa, por projeção através do nervo
nervos genitofemoral (L1-L2), ao escroto em homens e
b) Ureter, artéria e veia renais aos lábios maiores do pudendo em mulheres
c) Vasos linfáticos e nervos e) Todas as alternativas estão corretas
d) Artéria e veias renais
e) Ureter, uretra, veia e artéria renais 12) Na bexiga urinária, o espaço localizado entre os óstios
ureterais e o óstio interno da uretra é denominado:
7) Sobre a uretra é incorreto afirmar que: a) Trígono vesical
a) No homem é uma via comum para a micção e a b) Úvula vesical
ejaculação c) Colículo vesical
b) Não possui glândulas em sua espessura d) Crista vesical
e) Utrículo prostático
226

19) São relações do rim esquerdo, exceto:


13) Pequena elevação no trígono vesical perceptível a) Fígado
principalmente em homens idosos: b) 2ª porção do duodeno
a) Trígono vesical c) Cólon ascendente
b) Úvula vesical d) Jejuno
c) Colículo vesical e) Pâncreas
d) Crista vesical
e) Utrículo prostático 20) O ureter:
a) Situa-se posteriormente à artéria uterina
14) O hilo renal esquerdo: b) Penetra a pelve transitando dorsalmente à
a) Situa-se num plano transpilórico bifurcação da artéria ilíaca comum em ilíacas
b) Tem uma veia renal esquerda mais curta que o externa e interna
direito c) Apresenta estreitamentos, dos quais um deles
c) Tem uma artéria renal esquerda mais longa que o situa-se no deságue na bexiga onde o ureter
direito atravessa sua parede, obliquamente
d) Tem relação com a cabeça do pâncreas d) A e C estão corretas
e) Todas estão corretas e) A, B e C estão corretas

15) Os ureteres: 21) A veia suprarrenal esquerda:


a) Têm inervação a partir dos plexos renais, aórtico, a) É mais longa que a direita e deságua na VCI
hipogástricos superior (aórtico lombar) e inferior b) Deságua na veia renal esquerda
b) São retroperitoneais e situam-se em todo seu c) Deságua na veia esplênica ou veia frênica inferior
trajeto mediais às artérias gonadais d) A e C estão corretas
c) Têm estrutura muscular e em relação ao peritônio e) A, B e C estão corretas
são intraperitoneais
d) Ao entrarem na pelve transitam no ponto de 22) Qual das estruturas abaixo é considerada de relação
bifurcação das artérias ilíacas primitivas, ponto importante com o ureter em mulheres?
este de maior constrição ureteral a) Artéria ovárica
e) Deságuam na bexiga, delimitam o trígono vesical b) Artéria uterina
e atravessam a parede vesical c) Artéria ilíaca comum
perpendicularmente em relação ao músculo d) Ligamento redondo do útero
detrusor da bexiga e) Artéria pudenda interna

16) O rim direito: 23) Em homens a única estrutura que passa entre o ureter
a) Relaciona-se com a face visceral do fígado, 2ª e o peritônio é o (a):
porção do duodeno, cólon ascendente e jejuno- a) Ramo ascendente da artéria testicular
íleo b) Utrículo prostático
b) Tem uma veia renal direita mais curta que a veia c) Ducto deferente
renal esquerda d) Ducto prostático
c) Mede 3 cm de espessura, 6 de largura e 12 de e) Várias estruturas passam entre o ureter e o
comprimento, pela em torno de 160g e localiza-se peritônio em homens
ao nível de L1-L4
d) A e C estão corretas 24) Vascularizam o ureter as artérias:
e) A, B e C estão corretas a) Ilíaca comum
b) Ilíaca interna
17) A artéria renal esquerda: c) Vaginais / vesicais inferiores
a) Situa-se ventralmente à veia renal esquerda d) A e C estão corretas
b) Origina a artéria suprarrenal esquerda e) A, B e C estão corretas
c) Situa-se ventralmente à pelve renal e nasce da
aorta abdominal ao nível de L2
d) Nasce da aorta abdominal a um mesmo nível que 25) Assinale a alternativa que mostra uma estrutura que
o tronco celíaco não tem relação com a bexiga em homens:
e) É mais longa que a artéria renal direita e tem a) Sínfise púbica
comprimento mais longo que a veia renal b) Próstata
esquerda c) Reto
d) Peritônio
18) Sobre a bexiga urinária: e) Canal anal
a) Tem 4 túnicas (mucosa, submucosa, muscular e
serosa), exceto na área do trígono vesical
26) Assinale a alternativa que mostra uma estrutura que
b) É vascularizada pelas artérias vesicais ramos da
não tem relação com a bexiga em mulheres:
artéria ilíaca externa
a) Ligamento pubovesical
c) Os óstios uretéricos são circundados por alças da
b) Útero
musculatura do músculo detrusor, que se
c) Vagina
contraem quando a bexiga contrai, para ajudar a
d) Reto
evitar o refluxo da urina para o ureter
e) Peritônio
d) A e C estão corretas
e) A, B e C estão corretas
227

27) Assinale a alternativa errada acerca das glândulas b) Onde os ureteres cruzam a margem da abertura
suprarrenais: superior da pelve
a) Até cerca de 60 artérias podem penetrar na c) Quando a artéria vesical inferior ou uterina passam
cápsula que cobre a superfície das glândulas sobre ele
b) A medula suprarrenal assemelha-se ao tecido d) Durante a passagem através da parede da
nervoso bexiga
c) O córtex suprarrenal secreta corticosteroides e e) Todas estão corretas
androgênios
d) A suprarrenal direita tem formato de pirâmide, e a
esquerda tem formato de crescente 34) No hilo renal, a ordem AP (anteroposterior) mais
e) Por se tratar de uma glândula endócrina, a comum das estruturas que o atravessam é:
vascularização abundante da glândula é uma a) Veia - Pelve - Artéria
redundância, razão pela qual é possível retirar b) Artéria - Veia - Pelve
quase a totalidade das artérias que a c) Artéria - Pelve - Veia
vascularizam sem afetar seu funcionamento d) Pelve - Artéria - Veia
e) Veia - Artéria - Pelve
28) São ramos da artéria segmentar anterior do rim,
exceto:
35) As relações da bexiga urinária são:
a) Artéria segmentar superior
a) Inferiormente, nos homens, com a próstata
b) Artéria segmentar posterior
b) Inferiormente, nas mulheres, corpo do períneo
c) Artéria segmentar anteroposterior
c) Posteriormente, nas mulheres, com a parede
d) Artéria segmentar anteroinferior
anterior da vagina
e) Artéria segmentar inferior
d) Posteriormente, nos homens, com o reto
e) Anteriormente, com a sínfise púbica
29) Sobre o rim, assinale a correta:
a) O rim direito situa-se em um nível superior ao rim
esquerdo 36) O ligamento umbilical mediano:
b) Apesar da vascularização segmentada, não é a) Une o fundo da bexiga ao umbigo, em mulheres
possível ressecar apenas um segmento renal, impede que o útero esmague a bexiga, em
sendo necessária a nefrectomia total em casos de homens é considerado um resquício embrionário
tumor renal b) Une o ápice da bexiga ao umbigo, e é um
c) O hilo renal é o local onde os vasos, nervos e pelve resquício embrionário em ambos os sexos
renal saem ou entram c) Une a bexiga à próstata em homens, e a bexiga à
d) A cápsula do rim é um tecido conjuntivo denso sínfise púbica em mulheres
modelado que dá ao órgão o aspecto brilhante in d) Une as laterais do corpo da bexiga às laterais da
vivo parede abdominal, com cordões tendíneos que
e) No hilo renal, a pelve renal sempre sai seguem até o umbigo, ajuda na manutenção do
anteriormente aos vasos formato da bexiga vazia
e) É uma anomalia encontrada em neonatos
30) No seio renal, estão presentes: prematuros e pode ser palpado no abdome
a) Estruturas neurovasculares
b) Cálices renais
c) Pelve renal 37) Sobre a bexiga urinária, é incorreto:
d) Gordura a) Sua parede muscular possui uma porção
e) Todas as alternativas estão corretas autônoma e uma porção voluntária, por isso a
micção pode ser parcialmente controlada
31) Dentre as funções dos rins, não se pode citar: b) O trígono da bexiga é formado pelos óstios
a) Excreção uretéricos e pelo óstio interno da uretra. Em sua
b) Regulação da temperatura área, é possível encontrar a úvula da bexiga,
c) Manutenção da homeostase especialmente em homens idosos
d) Funções endócrinas c) As porções anterossuperiores da bexiga são
e) Manutenção dos elementos do sangue irrigadas pelas artérias vesicais superiores; o fundo
e o colo são irrigados pelas artérias vesicais
32) Sobre os rins, é errado: inferiores, em homens, e pelas vaginais, em
a) São órgãos retroperitoneais mulheres
b) Estão situados aproximadamente entre T12 e L3 d) A inervação simpática da bexiga provém
c) São inervados por fibras dos nervos esplâncnicos principalmente dos plexos e nervos hipogástricos,
abdominopélvicos enquanto as fibras parassimpáticas provêm dos
d) O córtex renal é composto por um tecido nervos esplâncnicos pélvicos e plexo hipogástrico
conjuntivo denso não modelado, também inferior
conhecido como cápsula renal e) Na criança e no neonato, a bexiga urinária pode
e) Apesar de segmentado, a representação externa estar presente no abdome, porém no adulto,
da segmentação só é visível em neonatos e quando vazia, se encontra na pelve menor
crianças

38) Não é uma relação do rim esquerdo:


33) Não é uma constrição do ureter: a) Alças intraperitoneais do jejuno
a) JUP (Junção uretericopélvica) b) Flexura esquerda do cólon
c) Fígado
228

d) Baço e) A frase está incorreta


e) Pâncreas
44) Os rins são órgãos retroperitoneais, são vascularizados
por 5 artérias segmentares e drenados por 5 veias
39) Não é uma relação do rim direito: segmentares, que se juntam para formar uma única
a) Diafragma veia renal. A veia renal esquerda é mais longa e
b) 12ª costela recebe as veias suprarrenal e gonadal esquerdas. A
c) Fígado veia renal direita é mais curta e não recebe as veias
d) Pâncreas gonadal e suprarrenal direitas, que drenam
e) Parte descendente do duodeno diretamente para a VCI.
a) A frase está correta
b) A frase está parcialmente incorreta, pois os rins
40) Assinale uma artéria que não participa dos padrões não são retroperitoneais
mais comuns de vascularização do ureter: c) A frase está parcialmente incorreta, pois a
a) Gonadal drenagem venosa do rim não segue a
b) Ilíaca interna segmentação, sendo feita por um número
c) Vesical superior inconstante de pequenas veias que se unem de
d) Ilíaca comum forma também inconstante para formar a veia
e) Ilíaca externa renal
d) A frase está parcialmente incorreta, pois a veia
renal direita é mais longa que a veia renal
Para as questões 41 a 50, avalie as frases e marque a esquerda e recebe as veias gonadal e suprarrenal
alternativa correta. direita em seu trajeto até a VCI
41) Os ureteres conduzem urina do seio renal para a e) A frase está incorreta
bexiga. Descem sob o peritônio até a pelve, passando
inferiormente ao ducto deferente no homem ou à 45) A glândula suprarrenal direita tem formato mais
artéria uterina na mulher. Seu padrão de piramidal e posição apical em relação ao rim direito,
vascularização é muito complexo e variável. enquanto a glândula esquerda tem formato de
a) A frase está correta crescente e situa-se mais medial à metade superior do
b) A frase está parcialmente incorreta, pois os rim. Cada glândula suprarrenal é fixada ao diafragma,
ureteres são intraperitoneais e não aos rins, pela fáscia renal adjacente, motivo
c) A frase está parcialmente incorreta, pois os pelo qual o rim pode ser retirado sem afetar a posição
ureteres conduzem urina da pelve renal à bexiga da glândula suprarrenal ipsilateral.
d) A frase está parcialmente incorreta, pois a a) A frase está correta
vascularização dos ureteres segue um padrão b) A frase está parcialmente incorreta, pois a
mais ou menos constante, e qualquer variação glândula suprarrenal direita tem formato de
nesse padrão pode ser um sinal patológico crescente e é mais medial, e a direita tem formato
e) A frase está incorreta piramidal e é mais apical
c) A frase está parcialmente incorreta, pois a fáscia
42) Os ureteres passam obliquamente através da parece renal fixa cada glândula suprarrenal ao rim
muscular da bexiga. Essa passagem oblíqua através ipsilateral
da bexiga forma uma válvula unidirecional, impedindo d) A frase está parcialmente incorreta, pois não é
que a urina volte pelos ureteres. possível retirar o rim sem afetar a posição da
a) A frase está correta suprarrenal, sendo necessário um suporte artificial
b) A frase está parcialmente incorreta, pois os no caso da retirada completa de um dos rins
ureteres passam em ângulo reto com a parede e) A frase está incorreta
muscular da bexiga
c) A frase está parcialmente incorreta, pois a válvula 46) As glândulas suprarrenais possuem uma rica inervação
uretérica é formada por dois folhetos de tecido do plexo celíaco e nervos esplâncnicos
conjuntivo denso modelado chamados cúspides abdominopélvicos. As fibras simpáticas pós-sinápticas
d) A frase está parcialmente incorreta, pois a válvula atravessam os gânglios paravertebrais e pré-vertebrais,
uretérica unidirecional não tem a função de e aí fazem sinapse, para serem distribuídas para as
impedir o refluxo, mas sim impedir que a urina células cromafins na medula suprarrenal.
chegue em grande pressão à bexiga, o que a) A frase está correta
poderia causar lesão ao músculo detrusor b) A frase está parcialmente incorreta, pois as fibras
e) A frase está incorreta simpáticas chegam à glândula sem fazer sinapse,
e só a fazem na medula suprarrenal
43) A urina passa do ureter para a bexiga de forma mais c) A frase está parcialmente incorreta, pois as células
ou menos contínua, sendo os movimentos peristálticos cromafins recebem inervação parassimpática, e
do músculo dos ureteres feitos para corrigir ou manter não simpática
esse fluxo contínuo de, aproximadamente, 12-20ml por d) A frase está parcialmente incorreta, pois a
segundo. inervação das glândulas suprarrenais se dá pelos
a) A frase está correta nervos suprarenais superior, médio e inferior, que
b) A frase está parcialmente incorreta, pois os saem das raízes anteriores de T10-L1
ureteres não são musculares, portanto não e) A frase está incorreta
produzem seu próprio movimento peristáltico
c) A frase está parcialmente incorreta, pois o fluxo de 47) A fáscia renal é uma camada membranácea densa
urina dos ureteres para a bexiga não é contínuo, de tecido conjuntivo elástico que envolve cada rim e
mas sim de um pequeno jato de urina a cada a glândula suprarrenal a ele associada, juntos com
intervalo que varia muito de pessoa para pessoa uma camada de gordura pararrenal circundante.
d) A frase está parcialmente incorreta, pois o fluxo é Também é chamada de cápsula fibrosa renal.
de 6-12ml por segundo a) A frase está correta
229

b) A frase está parcialmente incorreta, pois a fáscia


renal é uma camada delgada de tecido elástico
perirrenal e circunda apenas o rim
c) A frase está parcialmente incorreta, pois a gordura
pararrenal é na verdade um sinal patológico de
acúmulo adiposo na cavidade abdominal
d) A frase está parcialmente incorreta, pois a cápsula
fibrosa renal é uma entidade separada, uma
cápsula de tecido conjuntivo que circunda
apenas o rim
e) A frase está incorreta

48) A medula renal é composta basicamente pelas


pirâmides renais, que tem, em seu ápice, a papila
renal, a partir da qual a urina é expelida para os
cálices renais maiores, que darão origem a 2 ou 3
cálices renais menores, que então formarão a pelve
renal e esta dará origem ao ureter.
a) A frase está correta
b) A frase está parcialmente incorreta, pois as
pirâmides renais e papilas renais fazem parte do
córtex renal funcional
c) A frase está parcialmente incorreta, pois a urina
entra nos cálices renais maiores a partir das fossas
renais, microtubulações presentes na medula renal
derivadas diretamente dos néfrons
d) A frase está parcialmente incorreta, pois a urina é
expelida nos cálices renais menores, os quais se
juntam em grupos de 2 ou 3 para dar origem a 3
cálices maiores, que se juntam para formar a
pelve renal
e) A frase está incorreta

49) O corpo da bexiga é altamente distensível e recoberto


em sua face superior por peritônio. Em contraste, o
colo é relativamente não distensível é mantido no
lugar por ligamentos pélvicos e pelo assoalho da
bexiga sobre ele e permanece relativamente
inalterado com o enchimento.
a) A frase está correta
b) A frase está parcialmente incorreta, pois a bexiga
é altamente distensível em toda sua extensão
c) A frase está parcialmente incorreta, pois o corpo
da bexiga é pouco distensível, em comparação
com o colo vesical
d) A frase está parcialmente incorreta, pois o colo
não distensível é uma característica da bexiga
imóvel, e deve ser corrigido cirurgicamente
e) A frase está incorreta

50) As fibras simpáticas dos segmentos lombares médio e


inferior da medula espinal mantêm o tônus do colo
vesical e, em homens durante a ejaculação,
estimulam a contração do esfíncter interno da uretra
para evitar o refluxo do sêmen. As fibras
parassimpáticas conduzidas por nervos esplâncnicos
pélvicos e hipogástrico inferior inibem a musculatura
do colo e estimulam o aumento do tônus do músculo
detrusor das paredes da bexiga para a micção.
a) A frase está correta Respostas:
b) A frase está parcialmente incorreta, pois as fibras 1 E 11 E 21 C 31 B 41 C
simpáticas para a bexiga saem dos segmentos 2 B 12 A 22 B 32 D 42 A
torácico inferior e lombar superior (T1-L2) 3 E 13 B 23 C 33 C 43 E
c) A frase está parcialmente incorreta, pois as fibras 4 E 14 A 24 E 34 E 44 C
parassimpáticas para a bexiga são conduzidas 5 D 15 A 25 E 35 B 45 A
pelos plexos hipogástricos superior e inferior 6 A 16 E 26 D 36 B 46 B
d) A frase está parcialmente incorreta, pois a
7 B 17 C 27 E 37 A 47 D
estimulação simpática estimula a contração do
8 B 18 D 28 B 38 C 48 D
músculo detrusor e a parassimpática o inibe
9 D 19 E 29 C 39 D 49 A
e) A frase está incorreta
10 E 20 D 30 E 40 E 50 B
230

Órgãos genitais masculinos


Juntamente com o estudo dos órgãos genitais masculinos será feito o estudo das especificidades anatômicas dos órgãos pélvicos
masculinos

Uretra Masculina
A uretra masculina é um tubo muscular que conduz urina do óstio interno da uretra na bexiga até o óstio externo da uretra, na
extremidade da glande do pênis. A parte intramural da uretra varia em diâmetro e comprimento, dependendo de a bexiga estar se
enchendo ou se esvaziando. A característica mais proeminente da parte prostática da uretra é a crista uretral, uma crista mediana
entre sulcos bilaterais, os seios prostáticos. Os ductos secretores da próstata, os ductos prostáticos, se abrem nos seios prostáticos. O
colículo seminal é uma eminência arredondada no meio da crista uretral, com um orifício semelhante à fenda que se abre para um
fundo-de-saco pequeno, o utrículo prostático. O utrículo prostático é o vestígio remanescente do canal útero-vaginal embrionário. Os
ductos ejaculatórios se abrem na parte prostática da uretra através de pequenas aberturas semelhantes a fendas localizadas
adjacentes e algumas vezes imediatamente dentro do orifício do utrículo prostático. Assim, os tratos urinário e reprodutivo se fundem
nesse ponto.
A parte membranácea (intermediária) da uretra começa no ápice da próstata e atravessa o espaço profundo do períneo, circundada
pelo músculo esfíncter externo da uretra, terminando quando a uretra entra no bulbo do pênis. Póstero-lateralmente a essa parte da
uretra estão as pequenas glândulas bulbouretrais e seus ductos finos, que se abrem para a região proximal da parte esponjosa da
uretra. A parte esponjosa da uretra começa na extremidade distal da parte membranácea da uretra e termina no óstio externo da
uretra, que é ligeiramente mais estreito do que qualquer uma das partes da uretra. A luz da parte esponjosa da uretra possui
aproximadamente 5mm de diâmetro; entretanto, é expandida no bulbo do pênis para formar uma dilatação (fossa) intrabulbar e na
glande do pênis para formar a fossa navicular.
Vascularização: os dois terços proximais da uretra masculina são vascularizados por ramos prostáticos das artérias vesicais inferiores e
médias. O suprimento das partes membranácea e esponjosa da uretra masculina provém de ramos da artéria dorsal do pênis.
Drenagem: as veias das duas partes proximais da uretra drenam para o plexo venoso prostático. Os vasos linfáticos seguem
principalmente para os linfonodos ilíacos internos, alguns vasos drena para os linfonodos ilíacos externos. As veias das partes distais da
uretra possuem nomes semelhantes às artérias que acompanham. A drenagem linfática da parte membranácea drena para os
linfonodos ilíacos internos e a parte esponjosa para os linfonodos inguinais profundos, mas parte da linfa segue para os linfonodos ilíacos
externos.
Inervação: os nervos são derivados do plexo prostático. O plexo prostático é um dos plexos pélvicos (uma extensão inferior do plexo
vesical) que se originam como extensões órgão-específicas do plexo hipogástrico inferior. O nervo dorsal do pênis, um ramo do nervo
pudendo, oferece a inervação somática da parte esponjosa da uretra.
231

Escroto
O escroto é um saco fibromuscular cutâneo para os testículos e estruturas associadas. É formado por duas camadas: pele intensamente
pigmentada e a túnica dartos, uma lâmina fascial sem gordura que inclui fibras musculares lisas (músculo dartos) responsáveis pela
aparência rugosa do escroto. Está situado póstero-inferiormente ao pênis e abaixo da sínfise púbica. A rafe do escroto evidencia a
formação embrionária bilateral do escroto e, internamente, o escroto é dividido em 2 compartimentos, um para cada testículo, por um
prolongamento da túnica dartos, o septo do escroto.
Vascularização: as artérias escrotais anteriores, ramos terminais das artérias pudendas internas, suprem a face anterior do escroto; as
artérias escrotais posteriores, ramos dos ramos perineais superficiais das artérias pudendas internas, suprem a face posterior.
Drenagem: as veias escrotais possuem os mesmos nomes das artérias que acompanham, mas drenam principalmente para as veias
pudendas internas. Os vasos linfáticos drenam para os linfonodos inguinais superficiais.
Inervação: a face anterior do escroto é inervada por derivados do plexo lombar: nervos escrotais anteriores, derivados do nervo
ilioinguinal; A face ântero-lateral pelo ramo genital do nervo genitofemoral; As face posterior e inferior são inervadas por derivados do
plexo sacral: nervos escrotais posteriores, ramos dos ramos perineais do nervo pudendo, para a face posterior; A face inferior pelo ramo
perineal do nervo cutâneo femoral posterior.

Testículo
Os testículos são as gônadas masculinas. Estão suspensos no escroto pelo funículo espermático, e o testículo esquerdo geralmente
localiza-se em posição mais baixa do que o direito. Os testículos possuem uma superfície externa fibrosa e resistente, a túnica albugínea,
que se espessa em uma crista sobre a face interna, posterior, como o mediastino do testículo. A partir dessa estria interna, septos fibrosos
estendem-se internamente entre lóbulos de túbulos seminíferos pequenos, mas longos e muito espiralados, nos quais são produzidos os
espermatozoides. Os túbulos seminíferos são unidos por túbulos retos à rede do testículo, uma rede de canais no mediastino do testículo.
A túnica vaginal é um saco peritoneal fechado que circunda parcialmente o testículo. A lâmina visceral da túnica vaginal encontra-se
intimamente aplicada ao testículo, ao epidídimo e à parte inferior do ducto deferente. A lâmina parietal da túnica vaginal, adjacente à
fáscia espermática interna, é mais extensa do que a lâmina visceral e estende-se até a parte distal do funículo espermático. Uma
pequena quantidade de líquido entre as lâminas da túnica vaginal permite que o testículo se movimente livremente no escroto. O
revestimento do testículo é, de externo para interno, pele, túnica dartos, fáscia espermática externa, fáscia cremastérica, músculo
cremaster, fáscia espermática interna, lâmina parietal da túnica vaginal, lâmina visceral da túnica vaginal e túnica albugínea.
Vascularização: as longas e delgadas artérias testiculares originam-se da face ântero-lateral da parte abdominal da aorta,
imediatamente inferior às artérias renais. Seguem do abdome até os funículos espermáticos para suprir os testículos. A artéria testicular
ou um de seus ramos anastomosa-se com a artéria do ducto deferente.
232

Drenagem: as veias emergentes do testículo e do epidídimo formam o plexo venoso pampiniforme. As veias de cada plexo
pampiniforme convergem superiormente, formando uma veia testicular direita, que entra na VCI, e uma veia testicular esquerda, que
entra na veia renal esquerda. A drenagem linfática do testículo segue a artéria e a veia testiculares até os linfonodos lombares direito e
esquerdo e pré-aórticos.
Inervação: os nervos autônomos do testículo originam-se como o plexo testicular de nervos na artéria testicular, que contém fibras
parassimpáticas vagais e aferentes viscerais e fibras simpáticas do segmento T7 da medula espinhal.

Pênis
O pênis é o órgão masculino da cópula e, conduzindo a uretra, oferece a saída comum para a urina e o sêmen, e possui raiz, corpo e
glande, sendo formado por 3 corpos cilíndricos de tecido cavernoso erétil: dois corpos cavernosos e um corpo esponjoso. Cada corpo
cavernoso possui um revestimento fibroso externo, a túnica albugínea. Superficialmente ao revestimento está a fáscia do pênis (de
Buck). O corpo esponjoso contém a parte esponjosa da uretra e os corpos cavernosos estão fundidos um ao outro no plano mediano,
exceto posteriormente, onde se separam para formar os ramos do pênis. Internamente, o tecido cavernoso é separado pelo septo do
pênis.
A raiz do pênis é formada pelos ramos, pelo bulbo e pelos músculos isquiocavernoso e bulboesponjoso. A raiz está situada no espaço
superficial do períneo, entre a membrana do períneo e a fáscia do períneo. Os ramos e o bulbo do pênis contêm massas de tecido
erétil. O bulbo é perfurado póstero-superiormente pela uretra.
O corpo do pênis é formado por pele fina, tecido conjuntivo, vasos sanguíneos e linfáticos, fáscia, corpos cavernosos e corpo esponjoso
contendo a parte esponjosa da uretra. Distalmente, se expande para formar a glande do pênis. A coroa da glande é a margem
projetada para além das extremidades dos corpos cavernosos. A abertura da uretra, o óstio externo da uretra, está perto da
extremidade da glande.
A pele do pênis e fina, e unida à túnica albugínea por tecido conjuntivo frouxo. A pele e a fáscia do pênis se prolongam como uma
dupla camada de pele, o prepúcio. O frênulo do prepúcio é uma prega mediana que vai da camada profunda do prepúcio até a
face uretral da glande.
O ligamento suspensor do pênis fixa os corpos eréteis do pênis à sínfise púbica. Origina-se na face anterior da sínfise púbica, segue
inferiormente e divide-se para formar uma alça que se fixa à fáscia de revestimento do pênis na junção de sua raiz com o corpo. O
ligamento fundiforme do pênis situa-se anterior ao ligamento suspensor, que segue inferiormente da linha alba superior à sínfise púbica.
Divide-se para circundar o pênis e depois se une e se funde inferiormente à túnica dartos, formando o septo do escroto.
Vascularização: o pênis é suprido principalmente por ramos das artérias pudendas internas. As artérias dorsais do pênis suprem o tecido
fibroso ao redor dos corpos cavernosos, o corpo esponjoso, a parte esponjosa da uretra e a pele do pênis. As artérias profundas do
pênis suprem o tecido erétil dos corpos cavernosos. As artérias do bulbo do pênis suprem o bulbo do corpo esponjoso e a uretra em seu
interior, além da glândula bulbouretral. Ramos superficiais e profundos das artérias pudendas internas suprem a pele do pênis.
Drenagem: o sangue dos espaços cavernosos é drenado por um plexo venoso que se une à veia dorsal profunda do pênis, que drena
para o plexo venoso prostático. O sangue dos revestimentos superficiais do pênis drena para as veias dorsais superficiais que drenam
para a veia pudenda externa superficial. A linfa da pele drena inicialmente para os linfonodos inguinais superficiais, a linfa da glande e
da porção distal da parte esponjosa da uretra drena para os linfonodos inguinais profundos e ilíacos externos, e a linfa dos corpos
cavernosos e da porção proximal da parte esponjosa da uretra drena para os linfonodos ilíacos internos.
Inervação: A inervação sensitiva e simpática é fornecida principalmente pelo nervo dorsal do pênis, ramo terminal no nervo pudendo.
Ramos do nervo ilioinguinal suprem a pele na raiz do pênis.
233

Epidídimo
O epidídimo é uma estrutura alongada na face posterior do testículo. Os dúctulos eferentes do testículo transportam espermatozoides
recém-desenvolvidos da rede do testículo para o epidídimo. O epidídimo é formado pelas pequenas convoluções do ducto do
epidídimo. O epidídimo é formado por 3 partes: cabeça do epidídimo, parte superior, formada por 12-14 dúctulos eferentes; corpo do
epidídimo, formado pelo ducto contorcido; cauda do epidídimo, contínua com o ducto deferente.

Ducto Deferente
O ducto deferente é um canal pelo qual os espermatozoides saem do epidídimo. É componente primário do funículo espermático, e
une-se ao ducto da glândula seminal para formar o ducto ejaculatório. Posteriormente à bexiga, o ducto deferente se dilata para
formar a ampola do ducto deferente antes de seu fim.
Vascularização: A artéria para o ducto deferente geralmente origina-se de uma artéria vesical e termina anastomosando-se com a
artéria testicular, posteriormente ao testículo.
Drenagem: as veias da maior parte do ducto drenam para a veia testicular. Sua parte terminal drena para o plexo venoso
vesical/prostático. Os vasos linfáticos drenam para os linfonodos ilíacos externos.
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Glândulas Seminais
Cada glândula seminal é uma estrutura alongada situada entre o fundo da bexiga e o reto. As glândulas secretam um líquido alcalino
espesso com frutose e um agente coagulante que se mistura aos espermatozoides no seu trajeto para os ductos ejaculatórios e a uretra.
As extremidades superiores das glândulas seminais são recobertas por peritônio e situam-se posteriormente aos ureteres, onde o
peritônio da escavação retovesical as separa do reto. As extremidades inferiores estão intimamente relacionadas ao reto e estão
separadas dele apenas pelo septo retovesical. O ducto da glândula seminal une-se ao ducto deferente para formar o ducto
ejaculatório.
Vascularização: As artérias para as glândulas seminais originam-se das artérias vesical inferior e retal média.
Drenagem: as veias acompanham as artérias e possuem nomes semelhantes. A linfa da parte superior da glândulas seminais drena para
os linfonodos ilíacos externos, e a parte inferior para os linfonodos ilíacos internos.

Ductos Ejaculatórios
Os ductos ejaculatórios originam-se, perto do colo da bexiga, da união dos ductos das glândulas seminais com os ductos deferentes.
Convergem para se abrir no colículo seminal por meio de pequenas aberturas semelhantes a fendas sobre a abertura do utrículo
prostático. As secreções prostáticas se unem ao líquido seminal na parte prostática da uretra após o fim dos ductos ejaculatórios.
Vascularização: Artérias para o ducto deferente.
Drenagem: As veias unem os plexos venosos prostático e vesical. Os vasos linfáticos drenam para os linfonodos ilíacos externos.

Próstata
A próstata é uma glândula do tamanho de uma noz que circunda a parte prostática da uretra masculina. Dois terços de sua estrutura
são glandulares, enquanto o outro terço é fibromuscular. A cápsula fibrosa da próstata é densa e neurovascular, incorporando os plexos
prostáticos de veias e nervos. É circundada pela lâmina visceral da fáscia da pelve, formando uma bainha prostática que é fina
anteriormente, contínua ântero-lateralmente com os ligamentos puboprostático e densa posteriormente onde se funde com o septo
retovesical. Tradicionalmente, são descritas 6 faces e 5 lobos da próstata: base, ápice, face anterior, face posterior e faces ínfero-
laterais; istmo da próstata (lobo anterior), lobo ínfero-posterior, lobo direito, lobo esquerdo e lobo médio.
Os ductos prostáticos se abrem principalmente para os sulcos situados de cada lado do colículo seminal. O líquido prostático representa
cerca de 20% do volume do sêmen e tem um papel na ativação dos espermatozoides.
Vascularização: As artérias prostáticas são principalmente ramos da artéria ilíaca anterior.
Drenagem: as veias se unem para formar o plexo venoso prostático, que drena para as veias ilíacas internas. Os vasos linfáticos
terminam principalmente nos linfonodos ilíacos internos, podendo passar para os linfonodos sacrais.
236

Glândulas Bulbouretrais
As duas glândulas bulbouretrais situam-se póstero-lateralmente à parte membranácea da uretra, incrustadas no esfíncter externo da
uretra. Os ductos das glândulas bulbouretrais atravessam a membrana do períneo com a parte membranácea da uretra e se abrem
através de pequenas aberturas na região proximal da parte esponjosa da uretra no bulbo do pênis. Sua secreção mucosa entra na
uretra durante a excitação sexual.
237

Funículo Espermático
O funículo espermático contém estruturas que entram e saem do testículo e suspende o testículo no escroto. Começa no anel inguinal
profundo, atravessa o canal inguinal, sai no anel inguinal superficial e termina no escroto. O revestimento do funículo espermático inclui:
fáscia espermática interna, fáscia cremastérica e fáscia espermática externa. Os constituintes do funículo espermático são: ducto
deferente, artéria testicular, artéria do ducto deferente, artéria cremastérica, plexo venoso pampiniforme, fibras nervosas, ramo genital
do nervo genitofemoral, vasos linfáticos e vestígio do processo vaginal (pode não ser detectável).

Inervação dos Órgãos genitais Internos Masculinos


Ducto deferente, glândulas seminais, ductos ejaculatórios e próstata são inervados por fibras nervosas simpáticas vindas de T12-L2 (ou
L3), que se tornam componentes dos nervos esplâncnicos lombares e dos plexos hipogástricos e pélvicos e fibras parassimpáticas de S2
e S3, que atravessam os nervos esplâncnicos pélvicos, que também se unem aos plexos hipogástrico inferior e pélvico.
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Órgãos Genitais Femininos


Juntamente com o estudo dos órgãos genitais femininos, será feito o estudo das particularidades anatômicas dos órgãos pélvicos
femininos.

Uretra feminina
A uretra feminina passa ântero-inferiormente do óstio interno da uretra na bexiga, posterior e depois inferior à sínfise púbica, até o óstio
externo da uretra. Em mulheres, o óstio externo da uretra está localizada no vestíbulo, diretamente anterior ao óstio da vagina. Há
glândulas uretrais, particularmente na parte superior da uretra, que são homólogos à próstata. Essas glândulas, a cada lado, possuem
um ducto parauretral comum, que se abre perto do óstio externo da uretra.
Vascularização: a uretra feminina é vascularizada pelas artérias pudenda interna e vaginal.
Drenagem: as veias seguem as artérias e têm nomes semelhantes. A maioria dos vasos linfáticos segue até os linfonodos sacrais e ilíacos
internos, mas alguns vasos da parte distal da uretra drenam para os linfonodos inguinais.
Inervação: os nervos para a uretra originam-se do plexo vesical e do nervo pudendo. As fibras aferentes viscerais da maior parte da
uretra seguem nos nervos esplâncnicos pélvicos, mas a terminação recebe fibras aferentes somáticas do nervo pudendo. As fibras
aferentes viscerais e somáticas estendem-se dos corpos celulares nos gânglios sensitivos dos nervos espinhais S2-S4.

Vagina
A vagina, um tubo musculomembranáceo, estende-se do colo do útero até o vestíbulo, a fenda entre os lábios menores. Contém os
óstios da vagina e externo da uretra e as aberturas das duas maiores glândulas vestibulares. A extremidade superior da vagina circunda
o colo do útero. A vagina serve como canal para o líquido menstrual, forma a parte inferior do canal pélvico, recebe o pênis e o
ejaculado durante a relação sexual, comunica-se superiormente com o canal cervical e inferiormente com o vestíbulo. O fórnice da
vagina, o recesso ao redor do colo, possui partes anterior, posterior e laterais. O fórnice posterior é a parte mais profunda e está
intimamente relacionado à escavação retouterina. Quatro músculos comprimem a vagina e atuam como esfíncteres: pubovaginal,
esfíncter externo da uretra, esfíncter uretrovaginal e bulboesponjoso.
Vascularização: a parte superior é suprida por ramos das artérias uterinas, as partes média e inferior são supridas por derivadas das
artérias vaginal e pudenda interna.
Drenagem: plexo venoso vaginal e uterovaginal -> veia uterina -> veia ilíaca interna. Os vasos linfáticos da parte superior drenam para
linfonodos ilíacos internos e externos; da parte média para os linfonodos ilíacos internos; da parte inferior para os linfonodos sacrais; o
óstio drena para os linfonodos inguinais superficiais.
Inervação: parte inferior - nervos perineal profundo e pudendo (somática); superior - plexo uterovaginal -> plexo hipogástrico inferior
(simpáticas, parassimpáticas e eferentes viscerais).

Útero
O útero é um órgão muscular oco, piriforme, com paredes espessas. Na mulher adulta, o útero geralmente encontra-se antevertido e
antefletido, de forma que sua massa está sobre a bexiga. O corpo do útero, que forma os 2/3 superiores do órgão, inclui o fundo do
útero, a parte arredondada situada acima dos óstios uterinos das tubas. O corpo está situado entre as lâminas do ligamento largo e é
livremente móvel. Possui duas faces: anterior e posterior. O corpo é separado do colo do útero pelo istmo do útero, um segmento
relativamente estreitado, com cerca de 1cm de comprimento. O colo é o terço inferior cilíndrico e relativamente estreito do útero. Pode
ser descrito possuindo duas porções: uma porção supravaginal, entre o istmo e a vagina, e uma porção vaginal, que se salienta para a
vagina. A sustentação do útero se dá de duas formas: dinâmica ou ativa e passiva. A sustentação dinâmica se dá pelo diafragma da
pelve e a passiva se dá pela posição do útero, apoiado sobre a bexiga. O colo do útero é a parte menos móvel devido à sustentação
passiva proporcionada por ligamentos (ligamentos transversos do colo, do colo e das partes laterais do fórnice às paredes laterais da
pelve, e os ligamentos retouterinos, das laterais do colo até o meio do sacro), que também podem conter músculo liso.
A cavidade uterina tem cerca de 6cm do óstio externo até a parede do fundo. Os cornos do útero são as regiões súpero-laterais da
cavidade uterina, onde entram as tubas uterinas. A fusão incompleta dos ductos paramesonéfricos embrionários que formam o útero
resulta em várias anomalias congênitas. A cavidade uterina continua inferiormente como o canal do colo do útero. O canal estende-se
do óstio anatômico interno, através das partes supravaginal e vaginal do colo, comunicando-se com a luz da vagina através do óstio
do útero. A parede do corpo do útero é formada por três camadas:
Perimétrio: serosa ou revestimento seroso externo. Constitui em peritônio sustentado por uma fina lâmina de tecido conjuntivo.
Miométrio: camada média de músculo liso. Os principais ramos dos vasos sanguíneos e nervos do útero estão localizados aqui.
Endométrio: camada mucosa interna, está firmemente aderida ao miométrio subjacente. Se houver concepção, o blastocisto
é implantado nessa camada; se não houver concepção, a parte mais superficial dessa camada será eliminada pela
menstruação.
O Colo é principalmente fibroso formado principalmente por colágeno, com uma pequena quantidade de músculo liso e elastina.
Externamente, o ligamento útero-ovárico fixa-se ao útero póstero-inferior à junção uterotubária. O ligamento redondo do útero fixa-se
ântero-inferiormente a essa junção. O ligamento largo do útero é uma dupla lâmina de peritônio que se estende das laterais do útero
até as paredes laterais e assoalho da pelve. Lateralmente, o peritônio do ligamento longo é prolongado superiormente sobre os vasos
como o ligamento suspensor do ovário. A tuba uterina situa-se na margem livre ântero-superior do ligamento largo, dentro se um
pequeno mesentério chamado mesossalpinge. Da mesma forma, o ovário situa-se dentro de um pequeno mesentério denominado
mesovário, na face posterior do ligamento largo.
Vascularização: principalmente pelas artérias uterinas, com possível suprimento colateral das artérias ováricas.
Drenagem: as veias uterinas entram nos ligamentos largos com as artérias e formam um plexo venoso uterino de cada lado do colo e
suas veias drenam para as veias ilíacas internas. A maioria dos vasos linfáticos do fundo e da parte superior do corpo do útero segue ao
longo dos vasos ováricos até os linfonodos lombares, mas alguns vasos do fundo seguem ao longo do ligamento redondo até os
linfonodos inguinais superficiais. Os vasos da maior parte do corpo do útero e alguns do colo seguem dentro do ligamento largo até os
linfonodos ilíacos externos. Os vasos do colo do útero também seguem ao longo dos vasos uterinos, até os linfonodos ilíacos internos, e
ao longo dos ligamentos retouterinos até os linfonodos sacrais.
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Tubas Uterinas
As tubas uterinas conduzem o ovócito da cavidade peritoneal periovariana para a cavidade uterina. As tubas estendem-se
lateralmente a partir dos cornos uterinos e se abrem na cavidade peritoneal porto dos ovários. As tubas estão em um mesentério
estreito, o mesossalpinge, que forma as margens livres anterossuperiores dos ligamentos largos. As tubas uterinas podem ser divididas em
quatro partes, da região lateral para a medial:
O infundíbulo é a extremidade distal afunilada da tuba que se abre na cavidade peritoneal através do óstio abdominal. Os processos
digitiformes da extremidade fimbriada do infundíbulo (fímbrias) abrem-se sobre a face medial do ovário; uma grande fímbria ovárica
está fixada ao polo superior do ovário. A ampola é a parte mais larga e longa da tuba, que começa na extremidade medial do
infundíbulo. A fertilização do ovócito geralmente ocorre na ampola. O istmo é a parte da tuba que possui parede espessa e entra no
corno uterino. A parte uterina da tuba é o segmento intramural curto da tuba que atravessa a parede do útero e se abre, através do
óstio uterino, para a cavidade do útero no corno do útero.
Vascularização: A artéria ovárica e a artéria uterina ascendente bifurcam-se em ramos ovários e tubários, que irrigam ovários e tubas
uterinas das extremidades opostas e anastomosam-se, criando uma circulação colateral de origem abdominal e pélvica.
Drenagem: as veias tubárias drenam para as veias ováricas e para o plexo venoso uterino. Os vasos linfáticos das tubas uterinas unem-se
aos ováricos e seguem os vasos sanguíneos ováricos enquanto ascendem até os linfonodos lombares direitos e esquerdos.
Inervação: a inervação é parcialmente derivada do plexo ovárico, descendo com os vasos ováricos, e parcialmente do plexo uterino.
As tubas estão localizadas acima da linha de dor pélvica, assim, fibras aferentes viscerais ascendem até os corpos celulares nos gânglios
sensitivos dos nervos T11-L1. As fibras reflexas aferentes viscerais seguem até os corpos celulares nos gânglios sensitivos dos nervos S2-S4.

Ovários
Os ovários são as gônadas femininas, com tamanho e formato semelhante aos de uma amêndoa. Também são glândulas endócrinas
que produzem hormônios. Os ovários estão normalmente localizados perto da fixação do ligamento largo nas paredes laterais da pelve,
suspensos por pregas peritoneais da face póstero-superior do ligamento largo pelo mesovário e das paredes laterais da pelve pelos
ligamentos suspensores dos ovários. O ovário também se fixa ao útero pelo ligamento útero-ovárico, que segue dentro do mesovário.
Como o ovário está suspenso na cavidade peritoneal e sua superfície não é coberta por peritônio, o ovócito expelido na ovulação
passa para a cavidade peritoneal. Entretanto, geralmente é rapidamente aprisionado pelas fímbrias do infundíbulo da tuba uterina e
conduzido para a ampola, onde pode ser fertilizado.
Vascularização: as artérias ováricas originam-se da parte abdominal da aorta e descem ao longo da parede posterior do abdome. Os
ramos ascendentes das artérias uterinas seguem ao longo das faces laterais do útero e se aproximam das faces mediais dos ovários e
das tubas. A artéria ovárica e a artéria uterina ascendente bifurcam-se em ramos ovários e tubários, que irrigam ovários e tubas uterinas
das extremidades opostas e anastomosam-se, criando uma circulação colateral de origem abdominal e pélvica.
Drenagem: As veias que drenam o ovário formam um plexo venoso pampiniforme, semelhante a uma trepadeira, no ligamento largo
do ovário e da tuba uterina. As veias do plexo geralmente fundem-se para formar uma única veia ovárica. A veia ovárica direita
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ascende para entrar na VCI e a esquerda drena para a veia renal esquerda. Os vasos linfáticos unem-se àqueles das tubas uterinas e
seguem os vasos sanguíneos ováricos enquanto ascendem até os linfonodos lombares direitos e esquerdos.
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Órgãos genitais externos femininos


O termo vulva é usado para englobar todos os órgãos genitais externos femininos.
O monte púbico é a eminência adiposa, arredondada, anterior à sínfise púbica, tubérculos púbicos e ramo superior do púbis.
Os lábios maiores são pregas cutâneas proeminentes que proporcionam proteção indireta para os óstios da uretra e vagina. Cada
lábio maior preenchido por um “processo digital” de panículo adiposo contendo músculo liso e a extremidade do ligamento redondo
do útero segue ínfero-posteriormente do monte do púbis em direção ao ânus. Os lábios são mais grossos anteriormente, onde se unem
para formar a comissura anterior. Posteriormente, em mulheres nulíparas, fundem-se para formar a comissura posterior, que situa-se
sobre o corpor do períneo e é o limite posterior da vulva.
Os lábios menores são pregas arredondadas da pele sem pelos e sem gordura. Possuem um núcleo de tecido conjuntivo esponjoso
contendo tecido erétil em sua base e muitos pequenos vasos sanguíneos. Anteriormente, lâminas mediais formadas pelos lábios se
unem como o frênulo do clitóris. E lâminas laterais se unem como o prepúcio do clitóris. Em mulheres jovens, os lábios menores estão
unidos posteriormente por uma pequena prega transversal, o frênulo dos lábios do pudendo. Contém muitas glândulas sebáceas e
terminações nervosas sensitivas.
O clitóris é um órgão erétil localizado no ponto de encontro dos lábios menores anteriormente. O clitóris consiste de uma raiz e um
corpo, formados por dois ramos, dois corpos cavernosos e a glande do clitóris, que é coberta por um prepúcio. A glande é a parte mais
inervada do clitóris e é densamente suprida por terminações sensitivas.
O vestíbulo é o espaço circundado pelos lábios menores no qual se abrem os óstios da uretra e da vagina e os ductos das glândulas
vestibulares maiores e menores. De cada lado do óstio externo da uretra há aberturas dos ductos das glândulas parauretrais. O
tamanho e a aparência do óstio da vagina variam com a condição do hímen, uma prega anular fina e mucosa, que circunda a luz,
imediatamente dentro do óstio da vagina. Após sua ruptura, apenas remanescentes do hímen, as carúnculas himenais, são visíveis.
Os bulbos do vestíbulo são massas pares de tecido erétil alongado. Os bulbos situam-se ao longo das laterais do óstio da vagina,
superior ou profundamente aos lábios menores, imediatamente abaixo da membrana do períneo. São cobertos inferiormente e
lateralmente pelos músculos bulboesponjosos que se estendem ao longo de seu comprimento.
As glândulas vestibulares maiores são redondas ou ovais e estão parcialmente superpostas posteriormente pelos bulbos do vestíbulo, e,
como eles, são parcialmente circundados pelos músculos bulboesponjosos. Os ductos dessa glândula seguem profundamente aos
bulbos do vestíbulo e abrem-se para o vestíbulo de cada lado do óstio vaginal. Essas glândulas secretam muco para o vestíbulo durante
a excitação sexual. As glândulas vestibulares menores são pequenas glândulas de cada lado do vestíbulo que se abrem nele entre os
óstios da uretra e da vagina. Essas glândulas secretam muco para o vestíbulo, o que umedece os lábios e o vestíbulo.
Vascularização: O suprimento da vulva provém das as artérias pudendas externas e internas.
Drenagem: As veias labiais são tributárias das veias pudendas externas e veias acompanhantes da artéria pudenda interna. A vulva
contém uma rica rede de vasos linfáticos que seguem lateralmente até os linfonodos inguinais superficiais. A glande do clitóris e a parte
anterior dos lábios menores também podem drenar para os linfonodos inguinais profundos ou diretamente para os linfonodos ilíacos
internos.
Inervação: A face anterior da vulva é suprida por derivados do plexo lombar: os nervos labiais anteriores, derivados do nervo ilioinguinal,
e o ramo genital do nervo genitofemoral. A face posterior da vulva é suprida por derivados do plexo sacral: o ramo perineal do nervo
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cutâneo femoral posterior lateralmente e o nervo pudendo centralmente. Seus nervos labiais posteriores suprem os lábios, ramos
profundos e musculares do nervo perineal suprem o óstio da vagina e os músculos superficiais do períneo, e o nervo dorsal do clitóris
supre os músculos profundos do períneo e a sensibilidade do clitóris. O bulbo do vestíbulo e os corpos eréteis do clitóris recebem fibras
parassimpáticas através dos nervos cavernosos do plexo nervoso uterovaginal.

Mamas
Mama
As mamas estão presentes tanto em homens quanto em mulheres, mas os homens normalmente apenas apresentam resquícios
embrionários, enquanto mulheres geralmente apresentam mamas bem desenvolvidas. As glândulas mamárias das mulheres são
acessórias para a reprodução, mas em homens são rudimentares e sem função. As glândulas estão localizadas na tela subcutânea
sobre os músculos peitoral maior e menor. A quantidade de gordura que circunda o tecido glandular determina o tamanho das mamas
não-lactantes. Na parte mais proeminente da mama está a papila mamária, circundada por uma área cutânea pigmentada circular, a
aréola.

Mama Feminina
Dois terços do leito da mama são formados pela fáscia peitoral sobre o músculo peitoral maior, o outro terço pela fáscia que cobre o
músculo serrátil anterior. Entre a mama e a fáscia peitoral há um espaço, o espaço retromamário, que contém uma pequena
quantidade de gordura, permite que a mama tenha um pequeno grau de movimento sobre a fáscia peitoral. As glândulas mamárias
são glândulas sudoríparas modificadas, sem cápsula ou bainha especial. A glândula mamária está firmemente fixada à derme da pele
sobrejacente, principalmente por ligamentos cutâneos significativos, os ligamentos suspensores da mama. O tecido adiposo e fibroso,
com os ligamentos suspensores formam o estroma da mama.
O tamanho e a forma da mama são determinados geneticamente e pela alimentação. Os ductos lactíferos dão origem a botões que
formam 15-20 lóbulos de tecido glandular, que constituem o parênquima da glândula mamária. Cada lóbulo é drenado por um ducto
lactífero que em geral se abre independentemente na papila. Profundamente à aréola, cada ducto tem uma parte dilatada, o seio
lactífero, no qual uma pequena gotícula de leite se acumula ou permanece na lactante. Os alvéolos que secretam leite são
organizados semelhantes a cachos de uva.
As aréolas contêm muitas glândulas sebáceas, que aumentam durante a gravidez e secretam uma substância oleosa que serve como
lubrificante protetor para a aréola e o mamilo, que estão particularmente sujeitos a atrito e irritação quando a mãe e o bebê iniciam a
experiência da amamentação. As papilas são proeminências cônicas ou cilíndricas situadas nos centros das aréolas. As papilas
245

mamárias não têm gordura, pelos, nem glândulas sudoríparas. As extremidades das papilas são fissuradas, com os ductos lactíferos
abrindo-se nelas. As papilas são formadas principalmente por fibras musculares lisas circulares que comprimem os ductos lactíferos
durante a lactação e causam ereção dos mamilos em resposta à estimulação.
Vascularização: o suprimento arterial da mama provém de ramos mamários mediais de ramos perfurantes e de ramos intercostais
anteriores da artéria torácica interna, da artéria subclávia; das artérias torácicas lateral e toracroacromial; das artérias intercostais
posteriores, ramos da aorta torácica no 2º, 3º e 4º espaços intercostais.
Drenagem: a drenagem venosa se dá principalmente para a veia axilar. A linfa da papila, aréola e lóbulos da glândula drena para o
plexo linfático subareolar. Desse plexo, 75% drena para os linfonodos axilares e 25% para os linfonodos paraesternais ou para a mama
oposta. A linfa da pele da mama, exceto a papila e aréola, drena para os linfonodos axilares, cervicais profundos inferiores e
infraclaviculares ipsilaterais, e também para os linfonodos paraesternais de ambos os lados.
Inervação: os nervos da mama derivam dos ramos cutâneos anteriores e laterais dos 4º, 5º e 6º nervos intercostais. Os ramos
comunicantes conectam cada ramo anterior a um tronco simpático. Os ramos dos nervos intercostais conduzem fibras sensitivas para a
pele da mama e fibras simpáticas para os vasos sanguíneos nas mamas e músculo liso na pele e papila sobrejacentes.
246
247

Anomalias do desenvolvimento da mama


Existem dois tipos de anomalias do desenvolvimento da mama, anomalias de volume e anomalias de número.
Volume: hipomastia (a mama é subdesenvolvida), hipermastia (a mama é grande demais, geralmente trazendo problemas);
ginecomastia (desenvolvimento das mamas no homem, podendo ou não ser hermafrodita)
Número: Amastia (sem mamas); Amazia (complexo areolo-mamilar sem tecido mamário); Atelia (ausência do complexo areolo-
mamilar); Polimastia (mama supranumerária); Politelia (papila acessória)

Crista mamária, mostrando os possíveis locais para aparecimento de mamas supranumerárias


248

c) Após a ejaculação e orgasmo, o pênis


Exercícios gradualmente retorna ao seu estado flácido, um
processo denominado detumescência
1) Sobre a uretra é incorreto afirmar: d) A detumescência resulta da estimulação
a) No homem é uma via comum para a micção e simpática que causa constrição do músculo liso
ejaculação das artérias helicinas
b) Na mulher serve apenas para a excreção urinária e) Quando da detumescência, o sangue é
c) No homem a parte esponjosa da uretra mede em lentamente drenado dos espaços cavernosos
torno de 15 cm de comprimento para a veia dorsal superficial
d) Os nervos da uretra masculina são ramos do nervo
pudendo 7) Sobre os testículos é correto afirmar que:
e) A uretra feminina tem suprimento sanguíneo a) São glândulas imóveis dentro do escroto
assegurado pelas artérias pudenda externa e b) São impalpáveis
vaginal c) Se originam embriologicamente no escroto
d) Produzem o hormônio denominado testosterona
2) Os ductos ejaculatórios desembocam ao nível da e) São irremovíveis em qualquer situação
parte:
a) Esponjosa da uretra 8) A vasectomia representa um procedimento cirúrgico
b) Membranácea da uretra de esterilização masculina, realizado ao nível da (o):
c) Intramural da uretra a) Parte prostática da uretra
d) Prostática da uretra b) Cauda do epidídimo
e) Nenhuma das alternativas c) Ducto deferente
d) Ducto da glândula seminal
3) Em relação ao ducto deferente é incorreto afirmar e) Parte esponjosa da uretra
que:
a) Possui paredes musculares relativamente espessas 9) Sobre o sistema genital masculino é correto afirmar
b) É o componente primário do funículo espermático que:
c) Cruza sobre os vasos ilíacos internos e entra na a) Os testículos são estruturas intrapélvicas
pelve b) O ducto deferente possui uma trajetória
d) Penetra a parede anterior do abdome através do descendente no funículo espermático em direção
canal inguinal ao canal inguinal
e) Termina unindo-se ao ducto da glândula seminal c) Os testículos ocupam o mesmo compartimento no
para formar o ducto ejaculatório interior do escroto
d) O ducto deferente estende-se da cabeça do
4) Em se tratando de varicocele é incorreto afirmar: epidídimo até o ducto da glândula seminal
a) Se refere a varicosidade do plexo venoso e) O corpo esponjoso situa-se ventralmente no pênis
pampiniforme
b) Ocorre predominantemente no lado direito 10) Sobre a ejaculação é incorreto afirmar que:
c) Geralmente só é visível quando o indivíduo se a) Se realiza em duas fases, primeiro há emissão de
encontra em posição bípede ou fazendo esforço espermatozoides e secreções dos ductos
d) Em alguns casos, deve-se suspeitar de neoplasia ejaculatórios para as partes prostática e
retroperitoneal na região terminal da veia membranácea da uretra
testicular b) A fase de emissão resulta da peristalse nos ductos
e) Problemas renais ou da veia renal podem causar deferentes e glândulas seminais e da contração
distensão do plexo pampiniforme das glândulas bulbo uretrais e do músculo liso da
próstata
5) Sobre a torção do funículo espermático pode-se c) A emissão de sêmen é uma resposta simpática
afirmar que: d) A expulsão do sêmen da parte esponjosa da
a) Representa uma emergência cirúrgica uretra sucede a estimulação simpática
b) Pode provocar necrose testicular e) É acompanhada por espasmo clônico dos
c) Pode ocorrer em qualquer idade, porém é mais músculos bulboesponjoso e isquiocavernoso
comum na adolescência
d) Geralmente ocorre logo acima do polo superior 11) Considerando o sistema genital masculino é incorreto
do testículo afirmar que:
e) Todas as alternativas estão corretas a) O escroto apresenta um músculo liso denominado
dartos
6) Considerando a base anatômica da ereção é b) Os testículos originam-se embriologicamente no
incorreto afirmar que: escroto
a) Quando um homem é estimulado eroticamente, o c) A próstata é uma glândula anexa e pode ser
músculo liso das trabéculas fibrosas e das artérias palpada in vivo, por via retal
helicinas relaxa, devido à estimulação d) A vasectomia é realizada ao nível do ducto
parassimpática deferente, bilateralmente
b) Os músculos bulboesponjoso e isquiocavernoso e) Os testículos são glândulas móveis no interior do
comprimem plexos venosos na periferia dos escroto
corpos cavernosas e impedem o retorno do
sangue venoso 12) Em relação ao pênis é incorreto afirmar que:
a) O corpo esponjoso situa-se ventralmente no pênis
249

b) A dilatação distal do corpo esponjoso é b) O processo axilar é uma estensão da glândula


denominada glande mamária ao longo da margem inferolateral do
c) Sua raiz compõe-se somente de bulbo do pênis músculo peitoral maior, em direção à fossa axilar
d) Apresenta uma raiz e um corpo c) Os ductos lactíferos dão origem a botões que
e) Os corpos cavernosos encontram-se na região forma 15-20 lóbulos de tecido mamário, que
dorsolateral do pênis constituem o córtex da glândula mamária
d) A glândula mamária está firmemente fixada à
13) Em relação à vascularização dos órgãos genitais derme da pele sobrejacente principalmente pelos
masculinos, assinale a alternativa que marca um ramo ligamentos suspensores da mama
da artéria pudenda externa: e) Profundamente à aréola, cada ducto tem uma
a) Artérias escrotais posteriores parte dilatada, o seio lactífero, no qual uma
b) Artérias dorsais do pênis pequena gotícula de leite se acumula ou
c) Artérias profundas do pênis permanece na lactante
d) Artérias escrotais anteriores
e) Artérias do bulbo do pênis 19) A vascularização da mama se dá por ramos da (s)
artéria (s):
14) Não faz parte do revestimento do funículo a) Torácica interna
espermático: b) Intercostais anteriores
a) Fáscia espermática interna c) Torácica lateral
b) Túnica dartos d) As alternativas A, B e C estão corretas
c) Fáscia espermática externa e) Nenhuma das alternativas
d) Fáscia cremastérica
e) Nenhuma das alternativas 20) A principal drenagem venosa da mama é feita para a
(s) veia (s):
15) Não é constituinte do funículo espermático: a) Torácica interna
a) Ducto deferente b) Axilar
b) Vestígio do processo vaginal c) Torácica lateral
c) Artéria do ducto deferente d) Intercostais
d) Plexo Pampiniforme e) Gástricas
e) Ducto ejaculatório
21) A maior parte da drenagem linfática (75%) da mama é
16) São estruturas que fazem parte do funículo feita para os linfonodos axilares, principalmente do
espermático, exceto: grupo de linfonodos:
a) Fibras nervosas simpáticas e parassimpáticas a) Peitoral
b) Artéria cremastérica b) Lateral
c) Artéria testicular c) Subescapular
d) Ramo genital do nervo genitofemoral d) Infraclavicular
e) Artéria helicina e) Apical

17) A criptorquidia é: 22) Assinale a alternativa correta sobre as alterações da


a) Uma doença caracterizada por rápido mama:
movimento hipopressórico no tórax, causando a) Um nódulo pequeno, móvel, de consistência dura,
rápida e forte contração no músculo dartos e é provavelmente maligno
consequente subida do testículo para a cavidade b) A mama com aspecto de casca de laranja é uma
abdominal mama com uma doença benigna que não traz
b) Uma falha no mecanismo de migração do grandes alterações, se não na aparência
testículo, no período fetal ou pós-natal, que c) A dor na área da mama deve ser investigada com
impede o testículo de descer para a bolsa cuidado, pois é sinal comum de malignidade
escrotal, podendo aumentar o risco de d) A retração ou desvio da papila mamária é um
desenvolver neoplasia maligna sinal de malignidade
c) Uma característica de homens de algumas etnias, e) A mamografia, apesar de indicada para o
em que as bolsas escrotais são exageradamente acompanhamento médico da mama, não é
longas e soltas, podendo causar desconforto e sensível para massas malignas
infertilidade
d) Uma doença extremamente rara relacionada a 23) A anomalia da mama na qual aparecem mamas
casos de hermafroditismo em humanos, se não supranumerárias é chamada:
curada cirurgicamente pode levar à morte do a) Politelia
indivíduo em poucos meses b) Polidactilia
e) Uma doença na qual a tela subcutânea da bolsa c) Poliorquidia
escrotal acumula muita gordura e impede o d) Polimastia
mecanismo de subida e/ou descida do testículo e) Polidontia
pelo músculo dartos, causando desconforto e
podendo levar à infertilidade parcial ou total se 24) Assinale a alternativa que não apresenta um tecido
bilateral que compõe a anatomia interna normal da mama
feminina:
18) Assinale a alternativa incorreta sobre a mama: a) Tecido adiposo
a) Dois terços do seu leito são formados pela fáscia b) Tecido fibroso
peitoral sobre o músculo peitoral maior c) Tecido glandular
d) Tecido epitelial
250

e) Ligamentos suspensores 31) Membrana mucosa que fecha parcialmente o óstio


da vagina na mulher virgem:
a) Comissura anterior dos lábios
25) Assinale a alternativa incorreta sobre o trajeto da b) Comissura posterior dos lábios
artéria uterina: c) Hímen
a) Origina-se da artéria ilíaca interna ou da umbilical d) Prepúcio do clitóris
b) Desce pela parede lateral da pelve, e) Rima do pudendo
anteriormente à ilíaca interna
c) Entra na raiz do ligamento largo e segue 32) O conjunto de órgãos genitais externos femininos
medialmente denomina-se:
d) Ao se aproximar do útero, a artéria uterina divide- a) Vestíbulo da vagina
se em ramos ascendente (vaginal) e b) Monte do púbis
descendente, que segue ao longo da parede c) Clitóris
posterior do útero d) Pudendo feminino
e) O ramo ascendente bifurca-se em ramos ovárico e) Nenhuma das alternativas
e tubário, que acabam anastomosando-se com
os ramos ovárico e tubário da artéria ovárica
33) A parede de músculo liso do útero denomina-se:
a) Endométrio
26) O ligamento largo do útero é formado por: b) Perimétrio
a) Perimétrio, miométrio e endométrio c) Epimétrio
b) Ligamento redondo do útero e ligamento d) Miométrio
suspensor do útero e) Epimísio
c) Mesocolon e mesoapêndice
d) Mesovário, mesossalpinge e mesométrio
e) Ligamentos cardinais do útero e retouterinos 34) As glândulas vestibulares maiores recebem o epônimo
de:
27) Sobre o clitóris é incorreto afirmar que: a) Bartholin
a) Representa uma estrutura erétil e homóloga ao b) Rivinus
pênis c) ven Ebner
b) É uma zona erógena extravaginal d) Blandin-Nuhn
c) Possui glande e prepúcio e) Kuma Kuma
d) No pudendo feminino, encontra-se anteriormente
ao óstio externo da uretra e óstio da vagina
e) É pobremente inervado 35) Camada do útero que se descama parcialmente por
ocasião da menstruação:
28) As três camadas do útero (de externo para interno) a) Perimétrio
são: b) Endométrio
a) Miométrio, endométrio e perimétrio c) Epimétrio
b) Endométrio, miométrio e perimétrio d) Miométrio
c) Perimétrio, miométrio e endométrio e) Nenhuma das anteriores
d) Endométrio, perimétrio e miométrio
e) Endomísio, miomísio e perimísio
36) Parte do útero localizada acima da inserção das tubas
uterinas:
29) Sobre o sistema genital feminino é incorreto afirmar
a) Colo
que:
b) Istmo
a) O pudendo feminino representa o conjunto de
c) Corpo
órgãos genitais externos
d) Fundo
b) O canal do parto compõe-se de cavidade uterina
e) Nenhuma das alternativas
e vagina
c) Perimétrio, miométrio e endométrio são,
respectivamente, as túnicas externa, média e 37) Sobre a vagina pode-se afirmar que:
interna do útero a) Funciona como um canal para o líquido menstrual
d) A maior parte do útero é formada pelo colo b) Forma a parte inferior do canal do parto
e) O vestíbulo da vagina é um espaço delimitado c) Recebe o pênis e o ejaculado durante a relação
pelos lábios menores do pudendo sexual
d) Se comunica superiormente com o canal cervical
30) A parte da tuba uterina em que geralmente ocorre e inferiormente com o vestíbulo da vagina
fusão dos gametas masculino e feminino, originando a e) Todas as alternativas estão corretas
célula ovo (zigoto) que se desloca no sentido do corpo
do útero para o processo de nidação é o (a):
a) Istmo 38) Quatro músculos comprimem a vagina e atuam como
b) Ampola esfíncteres, exceto:
c) Infundíbulo a) Pubococcígeo
d) Intramural b) Pubovaginal
e) Intraparietal c) Esfíncter externo da uretra
d) Bulboesponjoso
e) Esfíncter uretrovaginal
251

39) Sobre a vagina é incorreto afirmar que: pudendo e ramos perineais do nervo cutâneo femoral
a) É particularmente distendida pelo feto durante o posterior).
parto, principalmente no sentido AP a) A frase está correta
(anteroposterior) b) A frase está parcialmente incorreta, pois é
b) Serve como canal para o líquido menstrual vascularizado por ramos da artéria pudenda
c) A distensão lateral é limitada pelos túberes externa, artérias cremastérica e artéria perineal
isquiáticos c) A frase está parcialmente incorreta, pois é
d) Forma a parte inferior do canal do parto inervado poelos nervos esplâncnicos pélvicos e
plexo retal
e) Se estende do colo do útero até o vestíbulo da
d) B e C estão corretas
vagina
e) A frase está incorreta

40) Em se tratando do colo do útero é correto afirmar que: 44) Os revestimentos do testículo são, de mais interno para
a) Representa o 3º inferior cilíndrico e estreito do mais externo: túnica albugínea, camada fibrosa
útero resistente; túnica vaginal, derivada do peritônio;
b) Possui aproximadamente 2,5 cm de comprimento músculo cremaster e fáscia cremastérica, continuação
numa mulher adulta não grávida da fáscia transversal; fáscia espermática interna,
c) Apresenta porções supravaginal e vaginal continuação do músculo oblíquo interno do abdome;
d) A porção supravaginal é separada do reto, fáscia espermática externa, continuação da fáscia do
posteriormente, pela escavação retouterina músculo oblíquo externo; túnica dartos, uma lâmina
e) Todas as alternativas estão corretas fascial sem gordura que inclui fibras musculares lisas
responsáveis pela aparência rugosa da pele do
escroto; e pele do escroto.
Para as questões 41 a 50, avalie as frases e marque a a) A frase está correta
alternativa correta. b) A frase está parcialmente incorreta, pois o
41) A inervação da mama deriva dos ramos cutâneos músculo cremaster é derivado do músculo oblíquo
anteriores e laterais dos 4º-6º nervos intercostais; sua externo, e a fáscia espermática externa é
derivada da fáscia do músculo transverso do
vascularização se dá basicamente por ramos das
abdome
artérias torácica interna, axilar e aorta torácica.
c) A frase está parcialmente incorreta, pois a túnica
a) A frase está correta
albugínea é a invaginação do peritônio que
b) A frase está parcialmente incorreta, pois a
desce juntamente com o testículo do abdome
inervação da mama se dá por ramos cutâneos da
para a bolsa escrotal, e a túnica vaginal é a
alça toracobraquial, de T1-T5
camada superficial fibrosa do testículo
c) A frase está parcialmente incorreta, pois a
d) B e C estão corretas
vascularização da mama se dá principalmente
e) A frase está incorreta
por ramos diretos da aorta torácica, tendo
pouquíssima participação de outros ramos
45) O epidídimo é formado pelo ducto do epidídimo,
d) B e C estão corretas
e) A frase está incorreta altamente contorcido e compactado, que comunica
os dúctulos deferentes com o ducto eferente.
42) A linfa da mama passa da papila, aréola e lóbulos da Formado por cabeça, corpo e cauda, é o local de
glândula para o plexo linfático subareolar. A partir daí, formação e armazenamento dos espermatozoides. O
3/4 da linfa, especialmente dos quadrantes mediais da epidídimo adere às faces superior e posterior mais
mama, drena para os linfonodos axilares. A maior delgadas do testículo.
parte do outro 1/4 da linfa drena para os linfonodos a) A frase está correta
b) A frase está parcialmente incorreta, pois o
paraesternais ou para a mama oposta, e o restante
epidídimo é formado pelos dúctulos deferentes
pode seguir profundamente para os linfonodos
que transportam os espermatozoides para o ducto
abdominais.
eferente
a) A frase está correta c) A frase está parcialmente incorreta, pois o
b) A frase está parcialmente incorreta, pois a maior epidídimo não armazena espermatozoides
parte da linfa das mamas drena para o plexo d) A frase está parcialmente incorreta, pois o
cervical superior de linfonodos epidídimo adere às faces anterior e inferior do
c) A frase está parcialmente incorreta, pois a parte testículo, que são mais protegidas
que drena para os linfonodos axilares é e) A frase está incorreta
principalmente dos quadrantes laterais
d) A frase está parcialmente incorreta, pois a
46) A uretra masculina é dividida em partes intramural,
drenagem linfática não segue um padrão muito
prostática, membranáceas e esponjosa. É
constante e é muito variável de pessoa para
pessoa vascularizada por ramos das artérias vesicais inferiores,
e) A frase está incorreta retais médias e dorsal do pênis. Sua inervação se dá
pelo plexo prostático para fibras autônomas e
43) O escroto é vascularizado por ramos escrotais eferentes viscerais, e a inervação somática se dá pelo
posteriores da artéria perineal transversa (ramo da nervo dorsal do pênis (ramo do n. pudendo).
artéria pudenda interna); ramos escrotais anteriores da a) A frase está correta
artéria perineal (ramo da artéria femoral); e artéria b) A frase está parcialmente incorreta, pois a
dartos (ramo da artéria epigástrica inferior). A vascularização do a uretra masculina se dá pelas
artérias uretrais internas e externas,
inervação do escroto se dá por ramos do plexo lombar
respectivamente ramos das artérias profundas do
(ramo genital do genitofemoral e nervos escrotais
pênis e dorsal do pênis
anteriroes ramos do ilioinguinal) e do plexo sacral c) A frase está parcialmente incorreta, pois a uretra
(nervos escrotais posteriores do ramo perineal do nervo masculina não tem inervação somática
252

d) A frase está parcialmente incorreta, pois a uretra 50) As tubas uterinas estendem-se a partir dos cornos
masculina é dividida em apenas 3 partes uterinos e ligam-se aos ovários pelas fímbrias, através
e) A frase está incorreta das quais os óvulos (ovócito II) seguem para o
infundíbulo e ampola, onde geralmente ocorre a
47) O pênis é o órgão copulatório masculino e o condutor fecundação. As tubas estão no mesossalpinge, o
final comum de urina e sêmen. É formado peritônio que reveste a tuba uterina.
principalmente por pele fina e móvel que cobre três a) A frase está correta
corpos cilíndricos de tecido cavernoso erétil, o corpo b) A frase está parcialmente incorreta, pois as tubas
cavernoso propriamente dito e o par de corpos uterinas estendem-se a partir do colo do útero
esponjosos, entre os quais passa a parte esponjosa da c) A frase está parcialmente incorreta, pois as tubas
uretra. Cada um dos corpos eréteis é revestido por uterinas não se ligam aos ovários
uma camada de tecido fibroso, a túnica albugínea. d) A frase está parcialmente incorreta, pois a
Os corpos eréteis são unidos pela fáscia do pênis, fecundação não ocorre nas tubas uterinas, mas
exceto posteriormente (na raiz). no útero
a) A frase está correta e) A frase está incorreta
b) A frase está parcialmente incorreta, pois a fáscia
do pênis cobre os três corpos eréteis do pênis em
toda sua extensão, exceto no caso de operação
de retirada do ligamento suspensor do pênis
c) A frase está parcialmente incorreta, pois apenas o
testículo apresenta túnica albugínea
d) A frase está parcialmente incorreta, pois os três
corpos cilíndricos do pênis são dois corpos
cavernosos e um corpo esponjoso
e) A frase está incorreta

48) A maior parte da vagina está localizada na pelve,


recebendo sangue através dos ramos pélvicos da
artéria ilíaca interna (artérias uterina e vaginal) e
drenando diretamente para o plexo venoso
uterovaginal e, através das vias profundas, para os
linfonodos ilíacos internos e externos e sacrais. A parte
mais inferior da vagina está localizada no períneo,
recebendo sangue da artéria pudenda interna e
drenando através das vias superficiais para os
linfonodos inguinais superficiais.
a) A frase está correta
b) A frase está parcialmente incorreta, pois as artérias
uterina e vaginal são ramos da ilíaca externa
c) A frase está parcialmente incorreta, pois a vagina
não tem parte no períneo, a artéria pudenda
interna vasculariza a vulva
d) A frase está parcialmente incorreta, pois ambos as
vias de drenagem linfática superficial e profunda
da vagina terminam nos linfonodos inguinais,
superficiais ou profundos
e) A frase está incorreta

49) A parede do útero é formada por 3 camadas:


perimétrio – mucosa de revestimento externo –,
miométrio – camada de músculo liso – e endométrio –
camada serosa interna –. O útero é separado da
vagina pela escavação vesicouterina e do reto pela
escavação retouterina (fundo de saco de Douglas).
Sua vascularização é feita por ramos da divisão
anterior da artéria ilíaca externa.
a) A frase está correta
b) A frase está parcialmente incorreta, pois o
perimétrio é a camada serosa externa, e o Respostas:
endométrio é a camada mucosa interna 1 E 11 B 21 A 31 C 41 A
c) A frase está parcialmente incorreta, pois a 2 D 12 C 22 D 32 D 42 C
vascularização do útero se dá pelas artérias 3 C 13 D 23 D 33 D 43 B
uterinas, ramos da divisão anterior da artéria ilíaca 4 B 14 B 24 D 34 A 44 B
interna, com alguma contribuição das artérias 5 E 15 E 25 D 35 B 45 E
ováricas, ramos da aorta abdominal 6 E 16 E 26 D 36 D 46 A
d) B e C estão corretas
7 D 17 B 27 E 37 E 47 D
e) A frase está incorreta
8 C 18 C 28 C 38 A 48 A
9 E 19 D 29 D 39 C 49 D
10 D 20 B 30 B 40 E 50 A
253

Referências
1. MOORE, K.L., DALLEY, A. F. – ANATOMIA ORIENTADA PARA A CLÍNICA, 6ªED, GUANABARA KOOGAN, 2011
2. SOBOTTA. – ATLAS DE ANATOMIA HUMANA, 22ªED, GUANABARA KOOGAN, 2006
3. STANDRING, S. – GRAY’S ANATOMIA, 40ªED, ELSEVIER, 2010
4. DRAKE, R.L.; VOGL, A.W.; MITCHELL, A. – GRAY’S ANATOMIA PARA ESTUDANTES, 3ªED, ELSEVIER, 2015
5. NETTER, F.H. – ATLAS DE ANATOMIA HUMANA 3/E, 3ªED, ELSEVIER, 2006
6. SCORTEGAGNA, A. – ANATOMIA HUMANA, ANATOMIA DA CABEÇA E DO PESCOÇO E NEUROANATOMIA EM 800 QUESTÕES
COMENTADAS, 1ªED, JURUÁ EDITORA, 2012

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