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Humana
Fáscias, Compartimentos Fasciais, Bolsas e Espaços Virtuais .... 3 Músculos Salientes da Camada Profunda do
Compartimento Posterior do Antebraço ............................... 23
Ossos, cartilagens e articulações..................................................... 3
Músculos Intrínsecos da Mão .......................................................... 23
Classificação dos ossos ................................................................ 3
Músculos Tenares ......................................................................... 23
Classificação das articulações .................................................. 3
Músculos Hipotenares ................................................................. 23
Sistema Linfático .................................................................................. 4
Músculos Curtos da Mão ........................................................... 24
Exercícios................................................................................................ 5
Exercícios.............................................................................................. 27
Membro Superior ..............................................................................9
Membro Inferior .............................................................................. 31
Ossos do Membro Superior ................................................................ 9
Ossos do Membro Inferior ................................................................ 31
Vascularização e Drenagem do Membro Superior .................. 13
Vascularização e Drenagem do Membro Inferior ..................... 36
Inervação do Membro Superior ..................................................... 15
Inervação do Membro Inferior ....................................................... 38
Plexo Braquial ............................................................................... 15
Músculos Anteriores da Coxa ......................................................... 40
Músculos Toracoapendiculares Posteriores e
Escapuloumerais ................................................................................ 16 Flexores da Articulações do Quadril e Extensores do
Joelho ............................................................................................. 40
Músculos Toracoapendiculares Posteriores Superficiais ..... 16
Músculos do Compartimento Medial da Coxa (Grupo
Músculos Toracoapendiculares Posteriores Profundos ....... 17
Adutor) ................................................................................................. 41
Músculos Escapuloumerais ........................................................ 17 Músculos da Região Glútea (Abdutores e Rotadores da
Músculos do Compartimento Anterior do Braço ....................... 18 coxa) ..................................................................................................... 42
Músculos do Compartimento Posterior do Braço ...................... 19 Músculos Posteriores da Coxa (Extensores do Quadril e
Flexores do Joelho) ............................................................................ 43
Espaços Triangular e Quadrangular .............................................. 20
Músculos do Compartimento Anterior da Perna ....................... 44
Espaço Triangular......................................................................... 20
Músculos do Compartimento Lateral da Perna ......................... 45
Espaço Quadrangular ................................................................ 20
Músculos Posteriores da Perna ....................................................... 45
Músculos do Compartimento Anterior do Antebraço .............. 20
Músculos Superficiais Posteriores da Perna............................ 45
Músculos Superficiais do Compartimento Anterior do
Antebraço ..................................................................................... 20 Músculos Profundos Posteriores da Perna.............................. 46
Introdução
A anatomia é o estudo da estrutura do corpo humano. A anatomia regional considera que o corpo está organizado em
segmentos ou partes; a anatomia sistêmica considera que o corpo está organizado em sistemas. A anatomia de superfície fornece
informações sobre estruturas que podem ser observadas ou palpadas sob a pele, e a anatomia radiológica permite a observação de
estruturas no indivíduo vivo, que são afetadas pelo tônus muscular, líquidos corporais e pressões, e pela gravidade. A anatomia clínica
enfatiza a aplicação do conhecimento anatômico à prática da medicina.
Embora a gravidade cause um deslocamento inferior dos órgãos internos quando se assume a posição ortostática,
frequentemente é necessário descrever a posição dos órgãos na posição de decúbito dorsal, porque esta é a postura na qual as
pessoas costumam ser examinadas. Ao descrever pacientes, visualize mentalmente a posição anatômica, estejam eles em decúbito
lateral (deitados de lado), decúbito dorsal (deitados de costas) ou decúbito ventral (deitados de barriga para baixo).
A descrições anatômicas são baseadas em quatro planos imaginários (mediano, sagital, frontal e transverso) que cruzam o
corpo na posição anatômica.
O plano mediano divide o corpo em metades direita e esquerda
Planos sagitais são planos verticais que atravessam o corpo paralelamente ao plano mediano
Planos frontais (coronais) são planos verticais que atravessam o corpo formando ângulos de 90° com o plano mediano,
dividindo o corpo em partes anterior (frontal) e posterior (dorsal)
Planos transversos são planos verticais que atravessam o corpo formando ângulos retos com os planos mediano e frontal,
dividindo o corpo em partes superior e inferior
Vários adjetivos, apresentados como pares de opostos, descrevem a relação das partes do corpo na posição anatômica e
comparam a posição relativa de duas estruturas. Os termos superficial, intermédio e profundo descrevem a posição de estruturas em
relação à superfície do corpo ou a relação entre uma estrutura e outra subjacente ou sobrejacente. As estruturas mais próximas da
cabeça são superiores, cranianas ou cefálicas, enquanto as estruturas mais próximas dos pés são inferiores; o termo caudal é usado
frequentemente em embriologia porque o embrião humano possui uma eminência caudal, semelhante a uma cauda, até o meio da 8ª
semana. Medial e lateral são termos que indicam a proximidade ao plano medial, sendo medial mais próximo que o lateral. Anterior
(ventral) e posterior (dorsal) são usados para designar, respectivamente, estruturas situadas mais próximas às extremidades anterior e
posterior do corpo. Distal e proximal são usados ao comparar posições mais próximas ou mais distantes da inserção de um membro ou
da face central de uma estrutura lineal, respectivamente. Externo e interno designam a distância do centro de um órgão ou cavidade,
como, por exemplo, as camadas da parede corporal ou o córtex e a medula do rim. Ipsilateral significa “ao mesmo lado”, bilateral
significa “ambos os lados” e, contralateral, “do lado oposto”.
Vários termos descrevem movimentos dos membros e de outras partes do corpo. Flexão indica curvatura ou diminuição do
ângulo existente entre os ossos ou partes do corpo. Extensão indica fortalecimento ou aumento do ângulo entre os ossos ou as partes do
corpo; a extensão de um membro ou parte dele além do limite normal é a hiperextensão. Abdução significa movimento de
afastamento do plano mediano no plano frontal; na abdução dos dedos, o termo significa afastá-los em relação ao dedo médio (da
mão) ou 2º dedo (do pé). Adução significa movimento de aproximação do plano mediano; na adução dos dedos, o termo significa
reaproximar os dedos do dedo médio (da mão) ou 2º dedo (do pé). Circundação é um movimento circular que associa flexão,
extensão, abdução e adução de forma que a extremidade distal da parte se movimenta em círculo. Rotação envolve o giro ou
revolução de uma parte do corpo ao redor do seu eixo longitudinal, como ao virar a cabeça para o lado. Pronação e Supinação são
movimentos de rotação do antebraço e da mão que giram o rádio em torno de seu eixo longitudinal; na pronação, medialmente, de
forma que a palma da mão fique voltada posteriormente e seu dorso, anteriormente; na supinação, lateralmente, de forma que o dorso
da mão fique voltado posteriormente e sua palma, anteriormente (colocando-o em posição anatômica). Oposição é o movimento
pelo qual a polpa do 1º dedo da mão (polegar) é aproximada da polpa de outro dedo, é o movimento usado para pinção com os
dedos. Protrusão é o movimento anterior (para frente) e retrusão é o movimento posterior (para trás), como na protrusão/retrusão da
mandíbula (queixo). A elevação levanta ou desloca uma parte para cima e a depressão rebaixa ou desloca uma parte para baixo. A
eversão afasta a planta do pé do plano mediano e a inversão move a planta do pé em direção ao plano mediano.
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Uma articulação é a união ou junção entre dois ou mais ossos ou partes rígidas do esqueleto. As articulações se apresentam sob
várias formas e funções. Algumas articulações não têm movimento; outras apresentam pequeno grau de movimento; e outras são
livremente móveis.
Sistema Linfático
O sistema linfático constitui um sistema de hiperfluxo que permite a drenagem do excesso de líquido tecidual e das proteínas
plasmáticas que extravasam para a corrente sanguínea, e também a remoção de resíduos formados na decomposição celular e
infecção. Os componentes importantes do sistema linfático são:
Plexos Linfáticos: redes de capilares linfáticos que se originam em fundo cego nos espaços extracelulares da maioria dos
tecidos
Vasos Linfáticos: uma rede presente em quase todo o corpo, com vasos, com vasos de paredes finas com válvulas linfáticas
abundantes
Linfa: líquido residual que entra nos capilares linfáticos e é conduzido para vasos linfáticos
Linfonodos: pequenas massas de tecido linfático situadas ao longo do trajeto dos vasos linfáticos nas quais a linfa é filtrada em
seu trajeto até o sistema venoso
Linfócitos: células circulantes do sistema imune que reagem contra materiais estranhos
Tecido linfoide: locais que produzem linfócitos, como o agregado nas paredes do TGI; no baço, timo e nos linfonodos; e como
o tecido mieloide na medula óssea vermelha
Os vasos linfáticos superficiais e profundos atravessam os linfonodos em seu trajeto no sentido proximal, tornando-se maiores à
medida que se fundem com vasos que drenam regiões adjacentes. Os vasos linfáticos maiores entram em grandes vasos coletores,
denominados troncos linfáticos, que se unem para formar o ducto linfático direito ou o ducto torácico:
O Ducto linfático direito drena a linfa do quadrante superior direito do corpo. Na raiz do pescoço, entra na junção das veias
jugular interna direita e subclávia direita, denominada ângulo venoso direito
O Ducto torácico drena a linfa do restante do corpo
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c) Fibroso
Exercícios d) Fibrocartilagíneo
e) Reticular
1) Plano de secção que divide o corpo ou estrutura em
segmentos anterior e posterior: 9) O tecido muscular esquelético apresenta uma reserva
a) Mediano de glicogênio que por sua vez representa um:
b) Horizontal a) Polímero de frutose
c) Transversal b) Polímero de sacarose
d) Parassagital c) Polímero de glicose
e) Frontal d) Amido
e) Açúcar Invertido
2) Sobre planos de secção do corpo humano é correto
afirmar que: 10) A porção vermelha, carnosa e contrátil do músculo
a) O plano que divide o corpo em segmentos estriado esquelético é denominada:
anterior e posterior é horizontal a) Tendão
b) O plano que secciona o corpo em segmentos b) Ventre muscular
anterior e posterior é o mediano c) Aponeurose
c) O plano que divide o corpo em metades direita e d) Fáscia
esquerda é o paramediano e) Inserção
d) O plano de secção que divide o corpo ou
estrutura em segmentos anterior e posterior é o 11) Extremidade de fixação muscular de forma laminar:
coronal a) Fáscia
e) O plano de secção que divide o corpo ou
b) Tendão
estrutura em segmentos superior e inferior é o
c) Aponeurose
frontal
d) Ventre muscular
3) A existência do canal medular é uma característica e) Origem
típica dos ossos:
a) Curtos 12) A resistência vascular periférica que determina
b) Longos importantes alterações da pressão arterial sistêmica
c) Irregulares ocorre, sobretudo, ao nível dos seguintes vasos:
d) Laminares a) Artérias de grande calibre
e) Sesamoides b) Artérias de médio calibre
c) Capilares
4) A extremidade dos ossos longos é denominada: d) Arteríolas
a) Diáfise e) Veias de grande calibre
b) Metáfise
13) Sobre os linfonodos é incorreto afirmar que:
c) Epífise
a) Produzem linfócitos
d) Corpo
b) Fazem parte do sistema linfático
e) Disco epifisial
c) São pouco abundantes na região axilar
d) Funcionam como verdadeiros filtros de linfa
5) O canal medular dos ossos longos de adultos aloja a
e) Quando aumentados de volume, originam
medula óssea amarela e encontra-se ao nível da(o):
linfadenopatia
a) Epífise
b) Metáfise
c) Diáfise 14) Sobre a circulação linfática é incorreto:
d) Disco epifisial a) A linfa saturada de ácidos graxos e glicerol é
e) Córtex ósseo chamada de quilo
b) A cisterna de quilo é um saco dilatado na
6) As articulações que compõem o sistema osteoarticular extremidade inferior do ducto torácico
humano dividem-se em imóveis, semimóveis e móveis, c) O ducto torácico desemboca no ângulo venoso
isto implica dizer que são respectivamente: da jugular interna e subclávia direitas
a) Anfiartroses, sinartroses e diartroses d) A linfa termina misturando-se ao sangue venoso
b) Diartroses, sinartroses e anfiartroses e) A circulação linfática é uma via auxiliar de
c) Sinartroses, anfiartroses e diartroses drenagem
d) Sinartroses, diartroses, anfiartroses
e) Diartroses, anfiartroses e sinartroses 15) A tela subcutânea é denominada:
a) Epiderme
7) Representa um elemento constante das articulações b) Derme
sinoviais: c) Camada de Malpighi
a) Disco articular d) Hipoderme
b) Ligamento intra-articular e) Subderme
c) Menisco
d) Ligamento extracapsular 16) São elementos incostantes em articulações sinoviais,
e) Cápsula articular exceto:
a) Cartilagem articular
8) Via de regra, a cartilagem articular que recobre as b) Orla
superfícies ósseas das diartroses é do tipo: c) Disco articular
a) Elástico d) Menisco
b) Hialino e) Ligamentos
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35) O movimento pelo qual a polpa do 1 dedo (polegar) é 42) A anatomia de superfície fornece informações sobre
aproximada da polpa de outro dedo, o movimento de estruturas que podem ser observadas ou palpadas sob
pinça, é denominado: a pele, e a anatomia radiológica permite a
a) Protrusão observação de estruturas no indivíduo vivo. A
b) Circundação anatomia clínica enfatiza a aplicação do
c) Abdução conhecimento anatômico à prática da medicina.
d) Depressão a) A frase está correta
e) Oposição b) A frase está parcialmente incorreta, pois a
anatomia de superfície refere-se ao estudo
36) Na posição anatômica, o 5º dedo da mão (5º superficial da anatomia, sem pormenorizar
quirodáctilo) é ______ em relação ao Polegar ("dedão"; estruturas, dividindo o corpo em grandes setores
1º quirodáctilo) com funções específicas
a) Medial c) A frase está parcialmente incorreta, pois a
b) Anterior anatomia clínica refere-se à anatomia individual
c) Rostral do paciente, e deve ser estudada caso a caso,
d) Caudal uma vez que cada paciente possui certas
e) Lateral variações anatômicas únicas a seu próprio corpo
d) A frase está parcialmente incorreta, pois a
37) O movimento pelo qual uma parte do corpo se anatomia radiológica refere-se aos efeitos
desloca para cima, como ao "dar de ombros", é radiativos dos isótopos utilizados na prática
chamado radiológica
a) Supinação e) A frase está incorreta
b) Rotação
c) Inversão 43) Situado entre a pele sobrejacente e a fáscia muscular
d) Elevação subjacente, o tecido subcutâneo é formado
e) Reposicionamento principalmente por tecido conjuntivo frouxo e gordura
armazenada, e contém glândulas sudoríparas, vasos
38) ______ é uma área articular arredondada, que sanguíneos superficiais, vasos linfáticos e nervos
geralmente ocorre em pares cutâneos. Fora os efeitos do estado nutricional, a
a) Capítulo distribuição do tecido subcutâneo é relativamente
b) Côndilo homogênea em toda a extensão do corpo, exceto em
c) Forame caso de doença.
d) Linha a) A frase está correta
e) Tróclea b) A frase está parcialmente incorreta, pois o tecido
subcutâneo situa-se abaixo da fáscia muscular
39) ______ é uma depressão ou escavação alongada c) A frase está parcialmente incorreta, pois o tecido
a) Maléolo subcutâneo não apresenta glândulas
b) Trocanter d) A frase está parcialmente incorreta, pois a
c) Incisura distribuição do tecido subcutâneo em diferentes
d) Sulco partes do corpo é muito heterogênea, mesmo em
e) Fóvea um único indivíduo
e) A frase está incorreta
40) São sacos ou envoltórios de membrana serosa que se
encontram colapsados ou praticamente vazios, 44) Em anatomia, é comum dividir-se o esqueleto em
exceto por uma fina camada de líquido lubrificante esqueletos pericentral (crânio, pescoço, ossos dos
secretada pela membrana, geralmente ocorrendo em membros propriamente ditos) e central (tronco e
locais sujeitos a atrito. Esta frase refere-se a: cíngulos dos membros superior e inferior).
a) Pleura a) A frase está correta
b) Cartilagem b) A frase está parcialmente incorreta, pois o
c) Tecido subcutâneo esqueleto pericentral também concentra os ossos
d) Seio venoso dos cíngulos dos membros superior e inferior
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c) A frase está parcialmente incorreta, pois o 48) Os músculos são classificados em estriados
esqueleto central também concentra os ossos do esqueléticos, estriados cardíacos ou lisos. Os músculos
pescoço esqueléticos são ainda classificados, de acordo com
d) A frase está parcialmente incorreta, pois o seu formato, em planos, peniformes, fusiformes,
esqueleto central conta apenas com tronco e quadrados, circulares ou esfincterianos, e com
pescoço múltiplas cabeças (bíceps, tríceps, quadríceps) ou
e) A frase está incorreta múltiplos ventres (digástricos, poligástricos).
a) A frase está correta
45) Uma articulação é a união entre dois ou mais ossos ou b) A frase está parcialmente incorreta, pois o
partes rígidas do esqueleto. Existem seis tipos gerais de músculo cardíaco não é estriado
articulações: plana, gínglimo, selar, elipsoidea, c) A frase está parcialmente incorreta, pois não
esferoidea e trocoidea. As articulações são irrigadas existem músculos com mais de 1 ventre
por artérias articulares que frequentemente formam d) A frase está parcialmente incorreta, pois a
redes. As veias articulares geralmente estão classificação em planos, peniformes, fusiformes,
localizadas na membrana sinovial. As articulações são quadrados, circulares ou esfincterianos é para
ricamente inervadas e transmitem a sensação de músculos lisos
propriocepção, a consciência do movimento e da e) A frase está incorreta
posição das partes do corpo.
a) A frase está correta 49) A mão é a parte distal do membro superior; a coxa é a
b) A frase está parcialmente incorreta, pois as parte proximal do membro inferior; o úmero é profundo
articulações são irrigadas por artéria nutrícias, em relação aos músculos do braço.
geralmente únicas ou em pares, que entram por a) A frase está correta
forames nutrícios e irrigam a área interna e emitem b) A frase está parcialmente incorreta, pois o ombro
ramos para a área externa das estruturas que é a parte distal do membro superior
participam das articulações c) A frase está parcialmente incorreta, pois a região
c) A frase está parcialmente incorreta, pois os tipos glútea é a parte proximal do membro inferior
gerais de articulações são: fibrosa, cartilagínea e d) A frase está parcialmente incorreta, pois o úmero
sinovial. Os tipos de articulações citados são na está no antebraço
verdade os subtipos de articulações sinoviais e) A frase está incorreta
d) A frase está parcialmente incorreta, pois
articulações não são inervadas 50) A flexão dorsal descreve a flexão na articulação do
e) A frase está incorreta tornozelo, como ao subir uma ladeira ou levantar os
dedos do chão; e flexão plantar leva o pé ou os dedos
46) A drenagem linfática se dá basicamente por 3 do pé na direção da superfície plantar, como ao
caminhos: o ducto linfático direito, que drena a linfa apoiar-se nos tornozelos.
do quadrante superior direito do corpo; o ducto a) A frase está correta
torácico esquerdo, que drena a linfa do quadrante b) A frase está parcialmente incorreta, pois na flexão
superior esquerdo; e o ducto torácico, que drena a plantar apoia-se o corpo na ponta dos pés
linfa do restante do corpo. No abdome, pode ocorrer c) A frase está parcialmente incorreta, pois na flexão
uma fusão dos ductos que drenam a metade inferior dorsal apoiamos o pé pelas superfícies laterais de
do corpo, formando a cisterna do quilo. O sistema cada pé
linfático, então, drena a linfa para o sistema venoso, d) A frase está parcialmente incorreta, pois flexão
no ângulo venoso esquerdo. dorsal e flexão plantar são sinônimos
a) A frase está correta e) A frase está incorreta
b) A frase está parcialmente incorreta, pois a
drenagem da linfa para o sistema venoso ocorre
ao nível da veia cava superior, logo antes de
entrar no átrio direito do coração
c) A frase está parcialmente incorreta, pois não
existe ducto linfático esquerdo
d) A frase está parcialmente incorreta, pois a cisterna
do quilo é formada da confluência dos ductos
linfáticos direito e esquerdo
e) A frase está incorreta
Membro Superior
O membro superior apresenta desenvolvimento e estrutura semelhantes às do membro inferior, porém transformou-se em um órgão
especializado na manipulação, o que, juntamente com o encéfalo desenvolvido, permite que humanos não só respondam ao
ambiente, mas o manipulem e o controlem. É formado por 4 segmentos:
1. Ombro: segmento proximal do membro. Apresenta o cíngulo do membro superior, um anel ósseo incompleto formado
pelas escápulas, clavículas e manúbrio do esterno (faz parte do esqueleto axial)
2. Braço: primeiro segmento livre e o mais longo. Estende-se do ombro ao cotovelo e contém o úmero.
3. Antebraço: segundo segmento livre do membro. Estende-se do cotovelo ao punho e contém a ulna e o rádio.
4. Mão: segmento distal do membro. É formada ao redor do carpo, metacarpo e falanges. Contém punho, palma, dorso da
mão e dedos.
Plexo Braquial
A maioria dos nervos do membro superior origina-se do plexo braquial. O plexo braquial é formado pela união dos ramos anteriores dos
quatro últimos nervos cervicais (C5-C8, com contribuição inconstante de C4) e o primeiro nervo torácico (T1), constituindo as raízes do
plexo braquial. Na parte inferior do pescoço, as raízes do plexo braquial unem-se para formar três troncos: um superior, formado pela
união das raízes de C5 e C6; um médio, continuação da raiz de C7; um inferior, formado pela união das raízes de C8 e T1.
Cada tronco do plexo braquial forma divisões anterior e posterior quando atravessa o canal cervicoaxilar. As divisões anteriores suprem
os compartimentos anteriores (flexores) do membro superior, e as divisões posteriores suprem os compartimentos posteriores
(extensores). As divisões dos troncos formam três fascículos do plexo braquial: as divisões anteriores dos troncos superior e médio formam
o fascículo lateral; a divisão anterior do tronco inferior continua como fascículo medial; as divisões posteriores dos três troncos unem-se
para formar o fascículo posterior. Os ramos, então, dividem-se e anastomosam-se para formar os nervos do membro superior.
Os principais nervos derivados do plexo braquial são: N. Musculocutâneo (faz inervação motora da região anterior do braço e sensitiva
na região ântero-lateral e póstero-lateral do antebraço); N. Axilar (inerva os Mm. Deltoide e Redondo Menor, fornece inervação
cutânea para a região proximal do braço, anteriormente, lateralmente e medialmente; N. Mediano (inerva os músculos da região tenar,
os dois primeiros Mm. Lumbricais e todos os músculos da região anterior do antebraço, com exceção do M. Flexor Ulnar do Carpo e a
metade medial do flexor profundo dos dedos. Faz inervação cutânea de boa parte da palma da mão); N. Radial (inerva
principalmente a região posterior do membro superior e faz inervação cutânea de parte do dorso da mão e de parte da face posterior
do antebraço); N. Ulnar (inerva alguns dos Mm. Anteriores do antebraço e a maioria dos Mm. da mão. Faz inervação cutânea do terço
medial da mão).
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Latíssimo do dorso Processos espinhosos Sulco intertubercular do N. toracodorsal Estende, aduz e roda
das 6 vértebras úmero medialmente o úmero
torácicas inferiores,
fáscia toracolombar,
crista ilíaca e 3 ou 4
costelas inferiores
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Romboides Menor e Menor: Ligamento Menor: Extremidade N. dorsal da escápula Retrai a escápula e
Maior nucal; processos medial da espinha da deprime a cavidade
espinhosos das escápula glenoidal
vértebras C7 e T1 Maior: Margem medial
Maior: Processos da escápula, abaixo da
espinhosos das espinha da escápula
vértebras T2-T5
Músculos Escapuloumerais
Manguito Rotador
Os músculos Supra-espinal, Infra-espinal, Redondo Menor e Subescapular formam o manguito rotador. Os tendões desses músculos
fundem-se e reforçam a lâmina fibrosa da cápsula articular da articulação do ombro, conferindo estabilidade e proteção à
articulação.
Espaço Triangular
Limites: margem medial da cabeça longa do tríceps braquial; margem superior do redondo maior; margem inferior do redondo menor.
Conteúdo: Artéria e veia circunflexa da escápula.
Espaço Quadrangular
Limites: margem inferior do músculo subescapular; colo cirúrgico do úmero; margem superior do músculo redondo maior; margem
lateral da cabeça longa do músculo tríceps braquial. Conteúdo: nervo axilar e artéria e veia circunflexas posteriores do úmero.
M. Pronador Redondo M. Flexor Radial do Carpo M. Palmar Longo M. Flexor Ulnar do Carpo
21
Extensor Ulnar do Carpo Epicôndilo lateral do Face dorsal da base do N. interósseo posterior Estende e aduz a mão
úmero 5º metacarpal (ramo do n. radial) na articulação
radiocarpal
M. Oponente do Polegar Abdutor Curto do Polegar Flexor Curto do Polegar Adutor do Polegar
Músculo Origem Inserção Inervação Ação
Oponente do Polegar Retináculo dos Mm. Face lateral do 1º N. Medial Oposição do polegar
Flexores e tubérculos do metacarpal
escafoide e trapézio
Abdutor Curto do Retináculo dos Mm. Base da falange N. Medial Abduz o polegar e
Polegar Flexores e tubérculos do proximal do polegar ajuda a opô-lo
escafoide e trapézio
Flexor Curto do Polegar Retináculo dos Mm. Base da falange Nn. Medial e Ulnar Flete o polegar
Flexores e tubérculos do proximal do polegar
escafoide e trapézio
Adutor do Polegar Bases do 2º e 3º Base da falange N. Ulnar Aduz o polegar
metacarpais, capitato, proximal do polegar
carpais adjacentes e
face anterior do 3º
metacarpal
Músculos Hipotenares
Axila
A axila é o espaço piramidal inferior à articulação do ombro e superior à fáscia axilar na junção entre o braço e o tórax. Todas as
principais estruturas que entram ou saem do membro superior passam pela axila. A axila te um ápice, uma base e quatro paredes, três
das quais são musculares.
O ápice da axila é o canal cervicoaxilar, a passagem entre o pescoço e a axila, limitada pela 1ª costela, clavícula e margem superior
da escápula. A base da axila é formada pela pele côncava, pelo tecido subcutâneo e pela fáscia axilar que se estende do braço até
a parede torácica, formando a fossa axilar, limitada pelas pregas axilares anterior e posterior, pela parede torácica e pela face média
do braço. A parede anterior da axila é formada pelos músculos peitorais maior e menor e pelas fáscias peitoral e clavipeitoral. A prega
axilar anterior é a parte mais inferior da parede anterior. A parede posterior é formada principalmente pela escápula e pelo músculo
subescapular em sua face anterior e inferiormente pelo redondo menor e latíssimo do dorso. A prega axilar posterior é a parte mais
inferior da parede posterior. A parede medial da axila é formada pela parede torácica e pelo serrátil anterior. A parede lateral da axila
é uma parede óssea estreita formada pelo sulco intertubercular no úmero.
Os Conteúdos da axila são vasos sanguíneos axilares (artéria axilar e seus ramos, veia axilar e suas tributárias), vasos linfáticos e vários
grupos de linfonodos axilares, todos incrustados em uma matriz de gordura axilar. A axila também contém grandes nervos que formam
os fascículos e ramos do plexo braquial. Na região próxima, essas estruturas são envolvidas por uma extensão da fáscia cervical em
forma de bainha, chamada bainha axilar.
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Fossa Cubital
A Fossa Cubital está situada anteriormente à articulação do cotovelo.
A base da Fossa Cubital é uma linha imaginária entre os epicôndilos lateral
e medial do úmero, facilmente palpáveis. As margens lateral e medial são
formadas pelos músculos braquiorradial e pronador redondo,
respectivamente. Os Conteúdos da fossa cubital, de lateral para medial,
são o tendão do bíceps braquial, a artéria braquial e o nervo mediano.
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Tabaqueira Anatômica
A Tabaqueira Anatômica, ou Fossa Radial, é um aprofundamento triangular na região radial dorsal da mão - ao nível dos ossos carpais,
especificamente o escafoide e trapézio.
Quando o polegar é estendido, surge uma cavidade triangular entre o tendão do extensor longo do polegar medialmente e os tendões
do extensor curto do polegar e abdutor longo do polegar lateralmente.
O assoalho da tabaqueira anatômica, formado pelos ossos escafoide e trapézio, é cruzado pela artéria radial enquanto segue
diagonalmente a partir da face anterior do rádio até a face dorsal da mão.
3) Sobre o esqueleto do antebraço é incorreto afirmar 10) Músculo flexor do antebraço que possui inserção na
que: tuberosidade do rádio:
a) A ulna é o nosso medial a) Braquial
b) O rádio é o osso lateral b) Tríceps braquial
c) As diáfises da ulna e do rádio são unidas pela c) Bíceps braquial
membrana interóssea d) Braquiorradial
d) A cabeça do rádio localiza-se na sua epífise distal e) Coracobraquial
e) O olécrano localiza-se na extremidade proximal
da ulna 11) Músculo flexor do antebraço que possui inserção no
processo coronoide e tuberosidade da ulna:
4) Considerando o segmento do braço e fossa ulnar é a) Bíceps braquial
incorreto afirmar que: b) Tríceps braquial
a) O braço representa o segundo segmento do c) Braquial
membro superior, limitado superiormente pela d) Ancôneo
articulação do ombro e inferiormente pelo e) Flexor radial do carpo
cotovelo
b) A tróclea localiza-se medialmente em relação ao 12) Músculo que possui origem no tubérculo
capítulo e ao úmero supraglenoidal da escápula:
c) O sulco intertubercular está localizado entre os a) Braquial
tubérculos maior e menor do úmero b) Coracobraquial
d) O capítulo do úmero articula-se com a cabeça c) Braquiorradial
da ulna d) Cabeça longa do bíceps braquial
e) O epicôndilo medial do úmero encontra-se em e) Cabeça longa do tríceps braquial
sua epífise distal
13) Músculo que possui origem no tubérculo infraglenoidal
5) Representa um exemplo de articulação sinovial tipo da escápula:
selar: a) Braquial
a) Glenoumeral b) Braquiorradial
b) Atlanto-occipital c) Cabeça longa do tríceps braquial
c) Radiulnar proximal d) Coracobraquial
d) Umeroulnar e) Cabeça longa do bíceps braquial
e) Carpometacarpal do polegar
14) São considerados músculos intrínsecos do ombro,
6) Sobre a articulação do ombro é incorreto afirmar: exceto:
a) Também é chamada glenoumeral a) Deltoide
b) É uma anfiartrose b) Redondo maior
c) É uma juntura triaxial c) Redondo menor
d) É do tipo esferoide d) Supraespinal
e) Consiste no encaixe da cabeça do úmero na e) Levantador da escápula
cavidade glenoidal da escápula
15) Sobre o músculo trapézio, é incorreto afirmar:
7) São músculos que formam o manguito rotador, exceto: a) É um local de fixação direta do cíngulo do
a) Supraespinal membro superior ao tronco
b) Infraespinal b) Se trata de um grande músculo triangular que
c) Subescapular recobre a face posterior do pescoço e a metade
d) Redondo maior superior do tronco
e) Redondo menor c) Recebe esse nome pois os dois músculos
bilateralmente formam um trapézio
d) Possui fibras superiores, médias e inferiores
e) As fibras superiores deprimem a escápula
28
16) A articulação radiulnar proximal é uma articulação e) Lateralmente, pela parede torácica e pelo
sinovial do tipo: músculo serrátil anterior
a) Trocoide 23) A lesão que resulta na “mão em bênção” ocorre no
b) Esferoide nervo:
c) Selar a) Ulnar
d) Condilar b) Radial
e) Troclear c) Para o M. Subclávio
d) Ciático
17) A fossa cubital é limitada: e) Mediano
a) Superiormente pelo tendão do bíceps braquial e
lateralmente pelo tendão do músculo bíceps 24) A lesão que resulta na “mão em garra” ocorre no
braquial e pelo músculo extensor radial curto do nervo:
carpo a) Mediano
b) Superiormente pelo tendão do tríceps braquial, b) Ulnar
lateralmente pelos músculos supinador e cabeça c) Corda do Tímpano
profunda do pronador redondo d) Axilar
c) Superiormente pela linha imaginária entre e) Radial
epicôndilos do úmero e lateralmente pelos
músculos braquiorradial e pronador redondo 25) A lesão que resulta na “queda do punho” ocorre no
d) Superiormente pelo tendão do músculo braquial e nervo:
lateralmente pelos músculos braquiorradial e a) Radial
supinador b) Supraescapular
e) Superiormente pela linha intertubercular do úmero c) Ulnar
e lateralmente pelos tendões dos músculos bíceps d) Acessório
braquial e tríceps braquial e) Mediano
18) A fratura de Colles diz respeito à fratura da 26) A inervação cutânea (sensorial) da parte medial da
extremidade: face anterior do antebraço é feita, principalmente,
a) Proximal do rádio pelo nervo:
b) Distal da ulna a) Musculocutâneo
c) Proximal da ulna b) Radial
d) Distal do rádio c) Ulnar
e) nda d) Cutâneo medial do antebraço
e) Intercostobraquial
19) A lesão conhecida como dedo em martelo ou do
jogador de beisebol resulta da tensão súbita e forte de 27) A inervação cutânea (sensorial) da parte lateral da
um tendão do músculo: face posterior do antebraço é feita, principalmente,
a) Flexor superficial dos dedos pelo nervo:
b) Extensor dos dedos a) Radial
c) Flexor profundo dos dedos b) Musculocutâneo
d) Extensor ulnar do carpo c) Ulnar
e) Flexor radial do carpo d) Axilar
e) Acessório
20) Comumente descrita como a fratura do boxeador, é
caracterizada pelo envolvimento do: 28) Nervo responsável pela inervação do M. Trapézio:
a) Escafoide a) N. para o M. Trapézio:
b) 5º metacarpal b) Axilar
c) 1º metacarpal c) Acessório
d) Pisiforme d) Radial
e) 3º metacarpal e) Mediano
21) Na Síndrome de Poland há ausência dos músculos: 29) Nervo lesionado quando o paciente apresenta perda
a) Serrátil anterior e esternocleidomastoideo na amplitude e força na flexão do cotovelo e
b) Escalenos anterior e médio supinação do antebraço, e na sensibilidade da face
c) Peitorais maior e menor lateral do antebraço:
d) Oblíquo externo do abdome e transverso do tórax a) Radial
e) Transverso do abdome e piramidal b) Mediano
c) Acessório
22) Marque a afirmativa incorreta sobre os limites da
d) Musculocutâneo
região anatômica conhecida como Axila:
e) Intercostobraquial
a) Superiormente, pela 1ª costela, clavícula e
margem superior da escápula
30) Principal nervo para os Mm. do Compartimento
b) Inferiormente, pela pele, tecido subcutâneo e
Posterior do Braço:
fáscia axilar
a) Ulnar
c) Anteriormente pelos músculos peitorais maior e
b) Mediano
menor
c) Radial
d) Posteriormente, pela escápula, músculos
d) Femoral
subescapular, redondo maior e latíssimo do dorso
e) Acessório
29
31) Principal nervo para os Mm. Toracoapendiculares e) A artéria braquial origina o ramo troclear
Posteriores Profundos: na região do cotovelo, assim a vascularização da
a) Para o M. Subclávio articulação é isolada da vascularização do
b) Toracodorsal antebraço
c) Axilar
d) Dorsal da Escápula 38) A Veia cefálica drena o sangue da região:
e) Supra-escapular a) Medial do antebraço
b) Lateral da mão
32) Principal nervo para os Mm. do Compartimento c) Lateral de todo o Membro Superior
Anterior do Antebraço: d) Intermédia do braço
a) Ulnar e) Distal do Membro Superior
b) Radial
c) Acessório 39) A Veia Basílica drena o sangue da região:
d) Mediano a) Intermédia do antebraço
e) Cutâneo Medial do Antebraço b) Medial da mão
c) Medial de braço
33) Principal nervo para os Mm. Do Compartimento d) Lateral do braço
Posterior do Antebraço: e) Dorsal da mão
a) Radial
b) Acessório 40) Os vasos linfáticos do Membro Superior drenam a linfa:
c) Dorsal da Escápula a) Para os linfonodos Inguinais superficiais
d) Mediano b) Para os linfonodos Inguinais profundos
e) Musculocutâneo c) Para os linfonodos axilares
d) Para os linfonodos cervicais
34) A artéria radial no punho está localizada entre os e) Para os linfonodos paraesternais
tendões dos músculos:
a) Flexor ulnar do carpo (medialmente) e flexor radial Para as questões 41 a 50, avalie as frases e marque a
do carpo (lateralmente) alternativa correta.
b) Braquiorradial (lateralmente) e flexor radial do 41) O M. Tríceps Braquial é o principal extensor do
carpo (medialmente) antebraço e é inervado pelo N. Radial.
c) Ancôneo e palmar longo a) A frase está correta
d) Palmar longo e pronador redondo b) A frase está parcialmente incorreta, pois é o M.
e) Braquirradial (medialmente) e flexor ulnar do Bíceps Braquial o principal extensor do antebraço
carpo (lateralmente) c) A frase está parcialmente incorreta, pois o M.
Tríceps Braquial não é inervado pelo N. Radial
35) O Arco Palmar Profundo é composto pelas artérias: d) A frase está parcialmente incorreta, pois é o M.
a) Subclávia e Interóssea Anterior: Braquial o principal extensor do antebraço
b) Recorrente Radial e Radial e) A frase está incorreta
c) Mediana Persistente e Ramo Profundo da A. Ulnar
d) Radial e Ramo Profundo da A. Ulnar 42) Todos os músculos do manguito rotador, com exceção
e) Subclávia e Mediana Persistente do infra-espinal, são rotadores do úmero.
a) A frase está correta
36) Marque a alternativa correta com relação à técnica b) A frase está parcialmente incorreta, pois os
adequada para se controlar uma hemorragia no músculos do manguito rotador não são rotadores
membro superior sem impedir o aporte sanguíneo do úmero
completamente: c) A frase está parcialmente incorreta, pois é o M.
a) Pressionar a A. Axilar contra a clavícula supra-espinal que não é rotador do úmero
b) Pressionar a A. Ulnar contra a ulna d) A frase está parcialmente incorreta, pois todos os
c) Pressionar a A. Braquial contra o úmero músculos do manguito rotador são rotadores do
d) Pressionar a A. Radial contra o rádio úmero
e) Pressionar a A. Colateral Radial contra o úmero e) A frase está incorreta
37) Sobre a vascularização da articulação do cotovelo, 43) A articulação do ombro é uma articulação sinovial
marque a alternativa correta: trocoide que faz os movimentos de flexão-extensão,
a) A articulação do cotovelo é pouco vascularizada, abdução-adução, rotação e circundação.
razão pela qual lesões nessa área tendem a a) A frase está correta
comprometer todo um segmento do antebraço b) A frase está parcialmente incorreta, pois a
b) A articulação do cotovelo é principalmente articulação do ombro é do tipo gínglimo
vascularizada pela artéria colateral ulnar inferior e c) A frase está parcialmente incorreta, pois a
seus ramos, não possuindo contribuição articulação do ombro não faz rotação
importante de outras artérias d) A frase está parcialmente incorreta, pois a
c) A artéria braquial superficial é uma importante articulação do ombro é do tipo esferoidea
artéria dessa articulação, sendo a principal e) A frase está incorreta
responsável pela perda da função articular
quando lesões ocorrem nessa área 44) A articulação do cotovelo é uma articulação sinovial
d) Várias anastomoses ocorrem nessa área, razão do tipo dobradiça que faz os movimentos de flexão-
pela qual a lesão de uma ou algumas artérias extensão.
nessa região não comprometem totalmente a a) A frase está correta
vascularização do antebraço
30
b) A frase está parcialmente incorreta, pois a c) A frase está parcialmente incorreta, pois a artéria
articulação do cotovelo é do tipo gínglimo circunflexa posterior do úmero não passa pelo
c) A frase está parcialmente incorreta, pois a Espaço Quadrangular
articulação do cotovelo faz abdução-extensão d) A frase está parcialmente incorreta, pois são a
d) A frase está parcialmente incorreta, pois a artéria e veia circunflexas da escápula que
articulação do cotovelo não é sinovial passam com o nervo axilar no Espaço
e) A frase está incorreta Quadrangular
e) A frase está incorreta
45) A preensão palmar refere-se aos movimentos forçados
dos dedos contra a palma; os dedos passam ao redor 50) Anatomia é muito fácil e só vai mal quem não estuda.
de um objeto com contrapressão do polegar, por a) A frase está correta
exemplo, ao segurar uma estrutura cilíndrica. b) A frase está parcialmente incorreta, pois quem
a) A frase está correta não estuda, mas cola, também vai bem
b) A frase está parcialmente incorreta, pois na c) A frase está parcialmente incorreta, pois só vai mal
preensão palmar o polegar fica alinhado com os quem estuda
outros dedos d) A frase está parcialmente incorreta, pois ninguém
c) A frase está parcialmente incorreta, pois a vai mal em anatomia
preensão palmar é um movimento involuntário e) A frase está incorreta
d) A frase está parcialmente incorreta, pois a
descrição é da preensão dorsal
e) A frase está incorreta
Membro Inferior
O membro inferior é uma extensão do tronco especializada em sustentar o peso corpo, a fim de permitir a locomoção, a capacidade
de se deslocar de um lugar para outro e manter o equilíbrio. O membro inferior pode ser dividido em 6 regiões principais:
1. Região Glútea: região de transição entre o tronco e o membro inferior, incluindo as nádegas e o quadril. A região glútea é
limitada superiormente pela crista ilíaca, medialmente pela fenda interglútea, in inferiormente pela prega cutânea subjacente
à nádega, sulco infraglúteo
2. Coxa: situada entre a região glútea e joelho, contém a maior parte do fêmur. Faz limite com a região abdominal no ligamento
inguinal e no ramo isquiopúbico, no osso do quadril. A junção dessas duas regiões forma a região iguinal
3. Joelho: inclui os côndilos da parte distal do fêmur e da parte proximal da tíbia, a cabeça da fíbula, e a patela. A parte posterior
do joelho possui uma cavidade bem definida, cheia de gordura, que dá passagem a estruturas neurovasculares, denominada
fossa poplítea
4. Perna: região localizada entre o joelho e os maléolos da tíbia e da fíbula. A panturrilha é a proeminência posterior causada
pelo músculo tríceps sural, a partir do qual se estende o tendão do calcâneo, que termina no calcanhar
5. Tornozelo: inclui a parte distal e estreita da perna e os maléolos. A articulação do tornozelo está localizada entre os maléolos
6. Pé: o pé é a parte distal do membro inferior, contém tarso, metatarso e falanges (dos dedos do pé). A superfície superior é o
dorso do pé, e a superfície inferior é a planta do pé. O hálux, como o polegar, possui apenas 2 falanges, os outros dedos
possuem três
Plexo Lombossacral
O plexo lombar, localizado no interior do músculo psoas, é a porção superior do plexo lombo-sacral. É geralmente formado pelas
divisões anteriores dos três primeiros nervos lombares e parte do quarto, e em 50% dos casos ele recebe uma contribuição do último
nervo torácico. Os nervos L1, L2 e L4 dividem-se em superior e inferior. O ramo superior de L1 forma os nervos ílio-hipogástrico e ílio-
inguinal. O ramo inferior de L1 une-se ao ramo superior de L2 para formar o nervo gênito-femoral. O ramo inferior de L4 une-se a L5 para
formar o tronco lombo-sacral. O ramo inferior de L2, todos de L3 e o ramo superior de L4 dividem-se, cada um deles, em divisão anterior,
menor, e divisão posterior. As três divisões anteriores unem-se para formar o nervo obturatório. As três divisões posteriores unem-se para
formar o nervo femoral, e as duas superiores fornecem ramos que formam o nervo cutâneo lateral da coxa. Os ramos motores colaterais
inervam o músculo quadrado lombar e intertransversais a partir de L1 e L4, e o músculo psoas a partir de L2 e L3. A porção sacral do
plexo lombo-sacral localiza-se fazendo face ao músculo piriforme sobre a parede posterior da pelve. Em frente a ele estão o colo
pélvico, os vasos hipogástricos e o ureter. Geralmente origina-se através de cinco raízes do plexo, formadas pelas divisões primárias
anteriores do quinto nervo e parte do quarto nervo lombar (tronco lombo-sacral) e o primeiro, juntamente com partes do segundo e
terceiro nervos sacrais. Um ramo terminal principal, que é o nervo isquiático, e vários ramos colaterais são formados pelo plexo. Cada
uma das cinco raízes do plexo divide-se numa divisão anterior e posterior. As quatro divisões superiores posteriores juntam-se para formar
o nervo fibular comum. Todas as cinco divisões anteriores (L4,L5,S1,S2,S3) reúnem-se para formar o nervo tibial. (na coxa, os nervos tibial
e fibular estão fundidos formando o nervo isquiático). A divisão posterior de S3, juntamente com ramos das divisões anteriores de S2 e S3
contribuem para o plexo pudendo.
39
Os principais nervos que inervam o membro inferior são: N. Femoral (faz inervação motora da parte anterior da coxa e sensitiva nas
partes anterior e medial da coxa, parte medial da perna e pé; também emite ramos articulares para o quadril e o joelho); N. Obturatório
(faz inervação motora da parte medial da coxa e sensitiva da parte medial da coxa e perna); N. Isquiático (faz inervação motora da
parte posterior da coxa); N. Tibial ( faz inervação motora da parte posterior da perna e sensitiva da parte posterior da panturrilha, bordas
medial e lateral do calcanhar, planta e borda lateral dorso do pé); N. Fibular comum (faz inervação motora das partes anterior e lateral
da perna e sensitiva das partes lateral e anterolateral da per e maior parte do dorso do pé)
40
Adutor Curto Corpo e ramo inferior Linha pectínea e linha N. Obturatório Aduz a coxa
do púbis áspera do fêmur
Adutor Magno Aduz a coxa
Parte Adutora Ramo inferior do Tuberosidade glútea, N. Obturatório Flete a coxa
púbis, ramo do ísquio linha áspera, linha
supracondilar medial
Parte associada aos Túber isquiático Tubérculo adutor do N. Isquiático Estende a coxa
Mm. do Jarrete fêmur
Grácil Corpo e ramo inferior Face medial da tíbia N. Obturatório Aduz a coxa; flete a perna
do púbis
Obturador Externo Margens do forame Fossa trocantérica do N. Obturatório Roda lateralmente a coxa;
obturado e fêmur estabiliza a cabeça do fêmur
membrana no acetábulo
obturadora
Fossa Poplítea
A fossa poplítea é um espaço em formato de diamante localizado atrás da articulação do joelho e formado entre os músculos
posteriores da coxa e da perna.
As margens superficiais da parte superior do diamante são formadas medialmente pelas extremidades distais dos músculos
semitendíneo e semimembranáceo e lateralmente pela extremidade distal do músculo bíceps femoral; As margens da parte inferior do
espaço são formadas medialmente pela cabeça medial do músculo gastrocnêmio e lateralmente pelo músculo plantar e pela cabeça
lateral do músculo gastrocnêmio; O assoalho é formado pela cápsula da articulação do joelho e pelas superfícies adjacentes do fêmur
e tíbia, além do músculo poplíteo; O teto é formado pela fáscia, que é contínua acima com a fáscia lata da coxa e abaixo com a
fáscia da perna. Profundamente, os limites superiores são formados pelas linhas supraepicondilar medial e lateral do fêmur, e o inferior é
formado pela linha para o músculo sóleo da tíbia
O conteúdo da fossa poplítea é artéria poplítea, veias poplítea e parva, nervos cutâneo femoral posterior, tibial e fibular
comum, linfonodos e vasos linfáticos poplíteos.
M. Tibial Anterior M. Extensor longo dos dedos M. Extensor longo do hálux M. Fibular terceiro
Músculo Origem Inserção Inervação Ação
Tibial Anterior Côndilo lateral, metade Faces medial e inferior N. fibular profundo Flete dorsalmente o
superior da face lateral do cuneiforme medial e tornozelo e inverte o
da tíbia e membrana base do 1º metatarsal pé
interóssea
Extensor longo dos Côndilo lateral da tíbia, Falanges média e distal N. fibular profundo Estende os quatro
dedos ¾ superiores da face dos quatro dedos dedos laterais e
medial da fíbula e laterais produz dorsiflexão do
membrana interóssea tornozelo
45
Extensor longo do hálux Parte média da face Face dorsal da base da N. fibular profundo Estende o hálux e faz
anterior da fíbula e falange do hálux a dorsiflexão do
membrana interóssea tornozelo
Fibular terceiro Terço inferior da face Dorso da base do 5º N. fibular profundo Faz a dorsiflexão do
anterior da fíbula e metatarsal tornozelo e ajuda na
membrana interóssea eversão do pé
M. Fibular Longo
2/3 inferiores da face Face dorsal da N. Fibular superficial Everte o pé e faz a
lateral da fíbula tuberosidade na face flexão plantar fraca
lateral da base do 5º do tornozelo
metatarsal
M. Fibular Curto
M. Poplíteo M. Flexor longo do hálux M. Flexor longo dos dedos M. Tibial posterior
Músculo Origem Inserção Inervação Ação
Poplíteo Côndilo lateral do fêmur Face posterior da tíbia, N. Tibial Flete fracamente o
e menisco lateral superiormente à linha joelho e destrava-o
para o m. sóleo girando o fêmur sobre
a tíbia fixa; gira
medialmente a tíbia
do membro não
apoiado
Flexor longo do hálux 2/3 inferiores da face Base da falange distal N. Tibial Flete o hálux em todas
posterior da fíbula; parte do hálux as articulações;
inferior da membrana produz flexão plantar
interóssea leve do tornozelo;
sustenta a parte
medial do arco
longitudinal do pé
Flexor longo dos dedos Face posterior da tíbia Bases das falanges N. Tibial Flete os quatro dedos
inferiormente à linha distais dos quatro dedos laterais; produz flexão
para o m. sóleo; fíbula laterais plantar do tornozelo;
(por um tendão largo) sustenta o arco
longitudinal do pé
Tibial posterior Membrana interóssea; Tuberosidade do N. Tibial Produz flexão plantar
face posterior da tíbia navicular, cuneiforme e do tornozelo; inverte o
inferiormente à linha cuboide; bases do 2º, 3º pé
para o m. sóleo; face e 4º metatarsais
posterior da fíbula
Músculos do Pé
1ª e 2ª Camadas da Planta
Quadrado plantar Face medial e margem Margem póstero-lateral N. Plantar lateral Ajuda o flexor longo
lateral da face plantar do tendão do flexor dos dedos a fletir os
do calcâneo longo dos dedos quatro dedos laterais
Lumbricais Tendões do músculo Face medial da Medial: N. Plantar Fletem as falanges
flexor longo dos dedos expansão sobre os medial proximais, estendem
quatro dedos laterais Os 3 laterais: N. Plantar as falanges média e
lateral distal dos 4 dedos
laterais
3ª e 4ª Camadas da Planta
Músculos do dorso do Pé
6) Sobre a articulação do joelho é incorreto afirmar 14) São conhecidos como músculos do jarrete:
a) É uma juntura sinovial tipo condilar a) Bíceps femoral, adutor magno e semitendíneo
b) Sua concavidade posterior é denominada fossa b) Cabeça curta do bíceps da coxa, semitendíneo e
poplítea pectíneo
c) Os meniscos são placas de fibrocartilagem em c) Semitendíneo, semimembranáceo e quadríceps
forma de crescente femoral
d) Os ligamentos cruzados anterior e posterior são d) Cabeça longa do bíceps da coxa, semitendíneo e
intra-articulares semimembranáceo
e) O ligamento colateral tibial é lateral e) Adutor magno, adutor longo e adutor curto
7) Músculo que se insere no côndilo lateral da tíbia 15) É considerado o músculo mais longo do corpo humano
através do trato iliotibial a) Grácil
a) Sartório b) Reto femoral
b) Adutor magno c) Adutor magno
c) Vasto lateral d) Reto do abdome
d) Tensor da fáscia lata e) Sartório
e) Semimembranáceo
16) A linha solear ou linha do sóleo encontra-se na:
8) Exceto a cabeça curta do bíceps femoral, os músculos a) Extremidade proximal da tíbia
do Jarrete possuem origem no: b) Extremidade distal da fíbula
a) Espinha isquiática c) Face posterior da diáfise da tíbia
b) Espinha ilíaca póstero-inferior d) Face anterior do corpo da tíbia
c) Túber isquiático e) Nda
d) Forame obturado
e) Púbis 17) Sobre o músculo tríceps sural é incorreto afirmar que
49
21) O sulco maleolar localizado na parte posterior da 30) Os vasos sanguíneos para a epífise proximal do fêmur
epífise distal da tíbia aloja o tendão do músculo são derivados, principalmente, das artérias circunflexas
a) Tibial anterior medial e lateral da coxa, provenientes da artéria
b) Extensor longo dos dedos a) Femoral
c) Tibial posterior b) Obturatória
d) Fibular longo c) Femoral profunda
e) Fibular terceiro d) Ilíaca externa
e) Nda
22) A inserção comum do M. Quadríceps Femoral é
a) Na linha áspera do fêmur 31) O nervo fibular comum possui íntima relação
b) Na tuberosidade da tíbia
anatômica com o (a)
c) Na parte superior da patela
a) Ápice da cabeça da fíbula
d) Na face lateral da fíbula
e) No côndilo lateral da tíbia b) Diáfise da fíbula
c) Maléolo lateral
23) A origem comum dos Mm. posteriores da coxa é d) Sulco maleolar
a) Linha áspera do fêmur e) Colo da fíbula
b) Tuberosidade da tíbia
c) Tubérculo púbico 32) Principal nervo para os Mm. anteriores da coxa
d) Linha glútea inferior a) N. Fibular comum
e) Túber isquiático b) N. Tibial
c) N. Fibular comum
24) Quando o pé é invertido abrupta e violentamente, a d) N. Femoral
tuberosidade do ___ metatarsal pode ser avulsionada e) N. Isquiático
pelo tendão do m. fibular curto
a) I 33) Principal nervo para os Mm. do compartimento medial
b) II da coxa
c) III a) N. Isquiático
d) IV b) N. Perineal
e) V c) N. Tibial
d) N. Pudendo
25) Os ossos sesamoides do hálux no tendão do músculo e) N. Obturatório
_____ sustentam o peso do corpo, principalmente,
durante a última fase de estação da marcha 34) O N. Glúteo Superior inerva os músculos que têm,
a) Flexor longo do hálux como função comum
b) Extensor longo do hálux a) Fletir o joelho
50
Pele, tecido subcutâneo e fáscias do Pescoço ........................ 74 Pálpebras e Aparelho Lacrimal ....................................................113
Vista Anterior
O osso frontal, especificamente sua escama forma o esqueleto da fronte, articulando-se inferiormente com os ossos nasal e
zigomático, em alguns adultos há um remanescente de sutura, a sutura frontal (metópica), visível na linha mediana da glabela, a área
lisa, ligeiramente deprimida entre os arcos superciliares. A sutura frontal divide os ossos frontais no crânio fetal. A intersecção dos ossos
frontal e nasal é o násio, que na maioria das pessoas está relacionado com uma área distintamente deprimida (ponte do nariz). O osso
frontal também se articula com o lacrimal, etmoide e esfenoide, e uma parte do osso (a parte orbital do osso frontal) forma o teto da
órbita e parte do assoalho da parte anterior da cavidade craniana.
A margem supraorbital do osso frontal possui um forame supraorbital para a passagem do nervo e dos vasos supraorbitais.
Dentro das órbitas estão as fissuras orbitais superior e inferior e os canais ópticos.
Os ossos zigomáticos, que formam as proeminências das bochechas, situam-se nas paredes inferior e lateral das órbitas e
repousam sobre as maxilas. As margens anterolaterais, paredes, assoalho e grande parte das margens infraorbitais das órbitas são
formados por esses ossos quadriláteros. Um pequeno forame zigomaticofacial perfura a face lateral de cada osso. Os ossos zigomáticos
articulam-se com os ossos frontal, esfenoide, temporal e maxila. O septo nasal ósseo pode ser observado pela abertura situada
inferiormente aos ossos nasais (abertura piriforme) e divide-a em duas partes (direita e esquerda). Na parede lateral de cada cavidade
nasal há lâminas ósseas curvas, as conchas nasais (as conchas nasais suprema – inconstante –, superior e média fazem parte do osso
etmoide e a concha nasal inferior é um osso separado).
As maxilas formam o esqueleto da arcada dentária superior.
Órbita
A parte superior da face é ocupada pelas órbitas e pela ponte do nariz. A órbita pode ser analisada como um espaço de
abertura quadrilátera, contendo quatro margens:
A margem superior da órbita é formada completamente pelo osso frontal, apresentando o forame supraorbital, que permite a
passagem dos vasos e nervo supraorbitais
A margem lateral da órbita é formada em grande parte pelo processo frontal do osso zigomático e é concluída acima pelo
processo zigomático do osso frontal
A margem inferior é formada pelo osso zigomático lateralmente e maxila medialmente
A margem medial da órbita é formada acima pelo osso frontal e abaixo pela crista lacrimal anterior do processo frontal da
maxila
E quatro paredes:
O teto da órbita é formado principalmente pela fina lâmina orbital do osso frontal e parcialmente pela asa menor do esfenoide
A parede medial da órbita é formada principalmente pela lâmina orbital do osso etmoide, com contribuições da lâmina orbital
do osso frontal, corpo do esfenoide e osso lacrimal
O assoalho é formado principalmente pela face orbital da maxila, que se articula com o osso zigomático anterolateralmente e
o pequeno processo orbital do osso palatino posteromedialmente
A parede lateral é formada pela face orbital da asa maior do esfenoide posteriormente e o processo frontal do zigomático
anteriormente
Na órbita é possível observar fissuras, forames, fossas e sulcos, pelos quais passam várias estruturas importantes. São eles: canal
óptico, fissuras orbitais superior e inferior, forames etmoidais anteriores e posteriores, sulco infraorbital e fossa lacrimal
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Cavidade Nasal
A cavidade nasal é um espaço irregular entre o teto da cavidade oral e a base do crânio. É mais ampla abaixo do que acima
e tem sua maior extensão e profundidade vertical na sua região central, onde é dividida por um septo osteocartilagíneo vertical que
tem posição aproximadamente mediana. A parte óssea do septo atinge o limite posterior da cavidade.
A cavidade nasal comunica-se com o seio frontal, com as células etmoidais, com o seio maxilar e com o seio esfenoidal e se
abre na parte nasal da faringe através de um par de aberturas ovais, as coanas. Cada coana tem um teto, um assoalho, paredes
medial (septal) e lateral e um vestíbulo.
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O teto é horizontal na sua parte central e inclina para baixo na frente e atrás. A inclinação anterior é formada pela espinha
nasal dos ossos frontais e pelos ossos nasais. A região central é formada pela lâmina cribiforme (crivosa) do osso etmoide. A inclinação
posterior é formada pela face anterior do corpo do esfenoide, interrompida em cada lado pela abertura do seio esfenoidal e pela
concha esfenoidal.
O assoalho da cavidade nasal é liso e côncavo transversalmente, e inclina-se para cima e a partir da abertura anterior até a
posterior. A parte maior é formada pelos processos palatinos das maxilas que se articulam posteriormente com as lâminas horizontais
dos ossos palatinos.
A parede medial da cavidade nasal é o septo nasal, uma lâmina fina de osso (posteriormente) e cartilagem (anteriormente)
que se situa entre o teto e o assoalho da cavidade. A parte óssea do septo nasal em geral é relativamente inexpressiva. A região
posterossuperior do septo nasal e sua margem posterior são formadas pelo vômer, que se estende desde o corpo do esfenoide até o
palato duro. Sua superfície é marcada pelos sulcos dos nervos e vasos nasopalatinos. A região anterossuperiora do septo é formada
pela lâmina perpendicular do osso etmoide, que é contínua acima com a lâmina cribiforme. Outros ossos que dão contribuições
menores para a parte óssea do septo nasal nos limites superior e inferior da parede medial são os ossos nasais e a espinha nasal dos
ossos frontais, o rostro e a crista esfenoidal do esfenoide, as cristas nasais da maxila e os ossos palatinos.
A parede lateral da cavidade nasal é formada anteroinferiormente pela maxila e seus fontículos anterior e posterior;
posteriormente pela lâmina perpendicular do osso palatino; e superiormente pelo labirinto etmoidal do osso etmoide. Ela contém três
projeções de tamanho variável: as conchas nasais inferior, média e superior (e, ocasionalmente, suprema). As conchas nasais
geralmente se curvam inferiomedialmente, possuindo um meato nasal, que é aberto para a cavidade nasal. A concha nasal inferior é
um osso independente e, em seu meato nasal, há a abertura do canal lacrimonasal. As conchas nasais média e superior (e a suprema)
são processos do osso etmoide. A concha nasal média pode apresentar um seio próprio e é ligada ao seio maxilar, podendo também
ser ligada ao seio frontal. A concha nasal superior é ligada ao seio esfenoidal e às células etmoidais. A concha nasal suprema, quando
presente, pode apresentar ligação com a célula etmoidal posterior.
O forame esfenopalatino é uma das vias mais importantes pelas quais os nervos e vasos entram e saem da cavidade nasal.
Localizado na parede póstero-lateral do meato nasal inferior. Este forame é uma via de comunicação entre a cavidade nasal e a fossa
pterigopalatina. Passam pelo forame o ramo esfenopalatino da a. maxilar, o ramo nasopalatino e ramos nasais superiores do nervo V2.
Outra via de acesso das estruturas destinadas às cavidades nasais é o forame incisivo, no assoalho das cavidades nasais. Por ele
passam o nervo nasopalatino da cavidade nasal para a cavidade oral e a extremidade terminal da artéria palatina maior, da
cavidade oral para a cavidade nasal.
Vista Superior
A face exterior da calvária é percebida na vista superior do crânio, em geral um pouco oval, alarga-se posterolateralmente
nas eminências parietais. Em algumas pessoas, as eminências frontais também são visíveis, conferindo à calvária uma aparência quase
quadrada. A sutura coronal separa os ossos frontal e parietal, a sutura sagital separa os ossos parietais e a sutura lambdoide separa os
ossos parietais e temporal do occipital. O bregma é o ponto de referência formado pela intersecção das suturas sagital e coronal. O
vértice, o ponto mais alto da calvária, está perto do ponto médio da sutura sagital. O lambda é o ponto de encontro das suturas
lambdoide e sagital.
O forame parietal é uma abertura pequena e inconstante localizada posteriormente no osso parietal, perto da sutura sagital,
podendo ser par. Forames mais irregulares, os forames emissários, dão passagem a veias emissárias, veias que unem as veias do couro
cabeludo aos seios venosos da dura-máter.
do seio sagital e anteriores à sutura lambdoide: admitem veias emissárias associadas ao seio sagital superior. As faces internas dos ossos
frontal e parietal são sulcadas por ranhuras que abrigam os ramos frontal e parietal dos vasos meníngeos médios.
A foice do cérebro, uma partição dural que passa entre os dois hemisférios cerebrais, é anexada anteriormente a uma crista
frontal anteromediana que se projeta para trás. A crista apresenta um sulco que se amplia à medida que passa para trás, abaixo da
sutura sagital e torna-se contínuo com o seio sagital superior. Depressões irregulares, as favéolas granulares – impressões das granulações
aracnoideas –, podem estar presentes.
Vista Inferior
A face inferior do crânio estende-se desde os dentes incisivos anteriormente até as linhas nucais superiores do osso occipital
posteriormente. A região contém muitos dos forames através dos quais estruturas saem e entram da cavidade do crânio. A face inferior
pode ser dividida em porções anterior, média, posterior e lateral. A parte anterior contém o palato duro e a dentição da maxila e fica
em um nível inferior em relação ao restante da base do crânio. As partes média e posterior podem ser divididas arbitrariamente por um
plano transversal que passa através da margem anterior do forame magno. A parte média é ocupada principalmente pela base do
esfenoide, os ápices das partes petrosas dos ossos temporais e a parte basilar do occipital. A parte lateral contém os arcos zigomáticos,
fossa mandibular, parte timpânica e processos estiloide e mastoide. A parte posterior encontra-se na linha mediana e é formada
exclusivamente a partir do osso occipital. Embora as partes média e posterior estejam diretamente relacionadas com a cavidade do
crânio, a parte anterior é um pouco distante da fossa anterior do crânio, sendo separada dela pelas cavidades nasais.
Mandíbula
A mandíbula é um osso único, independente, que se articula com o crânio na articulação temporomandibular (ATM). Possui
forma de “U” ou “ferradura”, tendo importante função na sustentação da arcada dentária inferior e mastigação. A mandíbula é
formada por um corpo, que se continua de cada lado com um ramo, que forma um ângulo ao curvar-se para cima, e então forma dois
processos importantes, o processo coronoide da mandíbula e o processo condilar da mandíbula.
O processo coronoide é o mais anterior dos processos, tem forma pontiaguda, serve de inserção para os músculos temporal e
masseter. O processo condilar é o mais posterior dos processos, tem forma arredondada e é parte da ATM, articulando-se com a fossa
mandibular do osso temporal. No colo do processo condilar fixa-se o músculo pterigoideo lateral.
Externamente, observam-se os acidentes: protuberância mentoniana, sínfise mentoniana, forame mentoniano e linha oblíqua
externa. Internamente, observam-se os acidentes: espinha mentoniana, fossa digástrica, fossa sublingual, fossa submandibular, linha
milo-hioidea.
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Pontos Craniométricos
Ptério (grego, “asa”) Ponto onde os ossos esfenoide, temporal, frontal e parietal se
encontram. Situado sobre o trajeto da divisão anterior da a.
meníngea média
Bregma (grego, “topo da cabeça”) Ponto de junção das suturas coronal e sagital
Astério (grego, “estrela”) Ponto onde os ossos occipital, parietal e temporal se encontram
Vértex (latim, “vértice”) Ponto superior do neurocrânio
Lambda (grego, a letra grega λ) Ponto de junção das suturas lambdoide e sagital
Glabela (latim, “liso”) Proeminência lisa no osso frontal, superiormente ao násio
Ínio (grego, “nuca”) Ponto mais proeminente da protuberância occipital externa
Násio (latim, “nariz”) Ponto de encontro dos ossos nasais e frontal
Gnátio (grego, “mandíbula”) Ponto inferior na linha mediana da mandíbula
Gônio (grego, “ângulo”) Ângulo da mandíbula
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Esqueleto do pescoço
O esqueleto do pescoço é formado pelas vértebras cervicais, pelo osso hioide, pelo manúbrio do esterno e pelas clavículas.
Vértebras Cervicais
Sete vértebras cervicais formam a região cervical da coluna vertebral. As vértebras C3-C6 são as vértebras cervicais típicas,
apresentando as seguintes características:
Corpo vertebral pequeno, mais longo laterolateralmente do que anteroposteriormente
A face superior é côncava, e a face inferior é convexa
O forame vertebral é grande e triangular
Os processos transversos de todas as vértebras cervicais (típicas ou atípicas) incluem forames transversários para os vasos
vertebrais
As faces superiores dos processos articulares estão voltadas superoanteriormente, e as faces inferiores estão voltadas
inferoposteriormente
Seus processos espinhosos são curvos e bíficos
Osso Hioide
O osso hioide é um osso em forma de U que não se articula com outros ossos, ficando suspenso, ao nível de C3, pelos
ligamentos e músculos da região. Possui um corpo, dois cornos maiores e dois cornos menores. Funcionalmente, o hioide serve como
fixação para os músculos anteriores do pescoço e como suporte para manter a via aérea aberta.
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Músculos da cabeça e do
pescoço Os músculos estriados da cabeça e do pescoço produzem os movimentos dos tecidos moles faciais que animam várias
expressões da comunicação; os movimentos na articulação temporomandibular que ocorrem durante a mastigação e a fala; os
movimentos conjugados do bulbo do olho; e os movimentos coordenados que ocorrem durante atividades como deglutição, fala e
virar a cabeça em resposta a estímulos visuais e/ou auditivos. Os músculos extrínsecos que passam entre o esqueleto axial e o membro
superior atuam sobre a escápula e o úmero. Nesse capítulo serão estudados os músculos do couro cabeludo, da face e da mastigação,
bem como os músculos que formam os trígono do pescoço. Os músculos extrínsecos e intrínsecos do bulbo do olho, os músculos da
faringe e da laringe, os músculos pré-vertebrais e laterais do pescoço e os músculos da língua serão estudados em outros capítulos.
Músculos da cabeça
Os músculos da cabeça podem ser divididos em quatro grupos:
Músculos epicrânicos
Músculos auriculares
Músculos da face, incluindo músculos da órbita, músculos do nariz e músculos da boca
Músculos da mastigação
Músculos Epicrânicos
Os músculos epicânicos são o músculo occipitofrontal e o m. temporoparietal
O occipitofrontal cobre a cúpula do crânio a partir das linhas nucais mais altas até as sobrancelhas. É uma camada
musculofibrosa ampla constituída por quatro partes quadrilaterais musculares finas, duas occipitais e duas frontais, conectadas pela
aponeurose epicrânica. O ventre occipital liga-se à linha nucal superior, e o ventre frontal liga-se à fáscia superficial, especialmente das
sobrancelhas.
O M. Temporoparietal (ou auricular superior) é uma lâmina de músculo variavelmente desenvolvida que se situa entre as partes
frontais do occipitofrontal e os mm. auriculares anterior e posterior.
Músculo Origem Inserção Inervação Ação
Ventre frontal do Pele das sobrancelhas Aponeurose epicrânica N. VII Franze a fronte, eleva a
Occipitofrontal sobrancelha
Ventre occipital do Parte lateral da linha Aponeurose epicrânica N. VII Traciona o couro
Occipitofrontal nucal superior do osso cabeludo para trás
occipital e processo
mastoide do osso
temporal
Músculos Auriculares
Os músculos auriculares (extrínsecos da orelha) são os mm. auriculares anterior, superior e posterior.
O auricular anterior é o menor dos três, origina-se da margem lateral da aponeurose epicrânica e fixa-se na espinha da hélice
(da cartilagem auricular).
O auricular superior é o maior dos três, parte da aponeurose epicrânica e fixa-se na parte superior da face craniana da orelha.
O auricular posterior origina-se a partir da parte mastoidea do osso temporal e se insere no ponticula na eminência da concha
(da cartilagem auricular).
Músculo Origem Inserção Inervação Ação
Auricular anterior Parte anterior da fáscia Hélice da orelha N. VII Traciona a orelha para
temporal cima e para a frente
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Auricular superior Aponeurose epicrânica Parte superior da orelha N. VII Eleva a orelha
no lado da cabeça
Músculos da Órbita
Os músculos da órbita são os músculos corrugador do supercílio, orbicular do olho e depressor do supercílio.
O corrugador do supercílio é um pequeno músculo piramidal localizado na extremidade medial de cada sobrancelha,
situando-se abaixo da parte frontal do occipitofrontal e orbicular do olho, com o qual é parcialmente mesclado. Origina-se na
extremidade medial do arco superciliar e fixa-se mais lateralmente, de forma que sua flexão faz tração na pele acima do meio da
margem supraorbital.
O orbicular do olho é um músculo elíptico, plano, largo, que circunda a circunferência da órbita. Apresenta 4 partes: orbital,
palpebral, lacrimal, e um pequeno feixe ciliar. A parte orbital origina-se do componente nasal do osso frontal, do processo frontal da
maxila e do ligamento palpebral medial. As fibras formam elipses completas, inserindo-se na pele ao redor da margem da órbita e nas
lâminas tarsais superior e inferior (lâminas finas alongadas de tecido fibroso firme, denso, presentes uma em cada pálpebra, fornecendo
suporte e formato a elas).
O depressor do supercílio é um pequeno feixe de fibras musculares que parte da margem da órbita e parte nasal do osso
frontal, fixando-se na pele do supercílio.
Parte orbital do orbicular Parte nasal do osso As fibras formam uma N. VII Fecha as pálpebras
do olho frontal, processo frontal elipse sem interrupção de maneira forçada
da maxila, ligamento em torno da órbita
palpebral medial
Depressor do supercílio Parte nasal do osso Pele do supercílio N. VII Ajuda as lágrimas a
frontal caírem no saco
lacrimal
Corrugador do supercílio Parte medial do arco Pele da metade medial N. VII Puxa as
superciliar da sobrancelha sobrancelhas medial
e caudalmente
Músculos do Nariz
O grupo muscular nasal inclui o prócero, o nasal, o dilatador anterior das narinas, o abaixador do septo nasal e o levantador do
lábio superior e da asa do nariz.
O prócero é um músculo triangular que fica perto do lado medial do ventre frontal do músculo occipitofrontal. Origina-se em
uma fáscia aponeurótica fixada ao periósteo que cobre a parte transversa do músculo nasal e fixa-se na pele da região da glabela.
O nasal apresenta duas partes – transversa e alar. A parte transversa está fixada na maxila lateral à fossa incisiva e à parte alar.
Medialmente, suas fibras expandem-se em uma aponeurose que se funde com o músculo contralateral. A parte alar está fixada na
maxila acima do incisivo lateral e do canino. Lateral à inserção óssea do músculo abaixador do septo nasal, e medial à parte transversa,
com a qual funde-se parcialmente. Fixa-se à pele da asa do nariz acima do ramo lateral da cartilagem alar maior, e na região posterior
da parte móvel do septo nasal.
O músculo dilatador anterior das narinas é um músculo muito pequeno, fixado no processo lateral da cartilagem do septo
nasal, na parte alar do m. nasal e à margem caudal do ramo lateral da cartilagem alar maior. Circunda as narinas e atua como um
dilatador delas.
O m. abaixador do septo nasal fixa-se no periósteo que cobre a maxila, acima dos incisivos central e lateral e da espinha nasal
anterior, e nas fibras do m. orbicular da boca acima do incisivo central.
O m. levantador do lábio superior e da asa do nariz origina-se da parte superior do processo frontal da maxila e, passando
obliquamente para baixo e lateralmente, divide-se em fascículos medial e lateral, fixando-se no pericôndrio da cartilagem alar maior do
nariz e no assoalho da derme na parte superior do sulco e da crista nasolabiais.
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Parte alar do M. Nasal Maxila, sobre o incisivo Cartilagem alar do nariz N. VII Traciona a cartilagem
lateral para baixo e
lateralmente,
dilatando a narina
Prócero Osso nasal e parte Pele da parte inferior da N. VII Traciona para baixo o
superior da cartilagem fronte, entre as ângulo medial das
lateral do nariz sobrancelhas sobrancelhas
Abaixador do septo Maxila, acima do Parte móvel do septo N. VII Traciona inferiormente
nasal incisivo central nasal o nariz
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Músculos da Boca
A forma da boca e a postura dos lábios são controladas por uma montagem complexa tridimensional de feixes musculares.
O m. levantador do lábio superior origina-se da maxila e osso zigomático acima do forame infraorbital. Suas fibras convergem
para a substância muscular do lábio superior entre a tira lateral do levantador do lábio superior e da asa do nariz e o zigomático menor.
O m. zigomático maior origina-se do osso zigomático, imediatamente em frente a sutura zigomaticotemporal, e passa para o
ângulo da boca, onde se mistura com as fibras do levantador do ângulo da boca, orbicular da boca e faixas musculares situadas mais
profundamente.
O m. levantador do ângulo da boca origina-se na fossa canina da maxila e insere-se no ângulo da boca. Suas fibras misturam-
se com outras fibras musculares (zigomático maior, abaixador do ângulo da boca e orbicular da boca).
O malar é uma lâmina fina de músculo, contínuo com o limite inferior do orbicular do olho, a partir do qual se origina. Suas fibras
inclinam-se medial e inferiormente, fixando-se na pele da crista e do sulco nasolabiais, ou ainda se misturando com o orbicular da boca.
O mentual é um fascículo cônico que se situa ao lado do frênulo do lábio inferior. Suas fibras originam-se na fossa incisiva da
mandíbula e descem fixando-se à pele do queixo.
O m. abaixador do lábio inferior é um músculo originado na linha oblíqua da mandíbula, entre a sínfise mentual e o forame
mentual. Passa para cima e medialmente para a pele e mucosa do lábio inferior, misturando-se com seu semelhante contralateral e
com o orbicular da boca. Continua abaixo e lateralmente com o platisma.
O m. abaixador do ângulo da boca tem uma origem longa e linear a partir do tubérculo mentual da mandíbula e sua
continuação (a linha oblíqua), inferior e lateralmente ao abaixador do lábio inferior. Converge em um fascículo que se mistura ao
orbicular da boca no ângulo da boca e risório. Abaixo é contínuo com o platisma e as fáscias cervicais.
O bucinador, o músculo da bochecha, ocupa o intervalo entre a maxila e a mandíbula. Origina-se da mandíbula, dos
processos alveolares da maxila e da mandíbula e margem anterior da rafe pterigomandibular. A parte posterior do bucinador situa-se
profundamente, interna ao ramo mandibular e no plano da lâmina pterigoidea medial, inserindo-se no modíolo (ângulo da boca) e
fundindo-se parcialmente ao orbicular da boca.
O orbicular da boca circunda a boca nos lábios, controlando a entrada e a saída através da rima da boca. Apesar de saber-
se, atualmente, que o orbicular da boca na verdade é constituído por 4 porções independentes (superior, inferior, esquerda e direita),
cada qual dividida em partes periférica e marginal, nos limitaremos a um estudo direto, considerando-as como um músculo único.
Origina-se das partes mediais da maxila e da mandíbula, da superfície profunda da pele perioral e do modíolo, inserindo-se na mucosa
dos lábios.
Abaixador do lábio Parte anterior da linha Lábio inferior na linha N. VII Traciona o lábio
inferior oblíqua da mandíbula média; une-se ao inferior para baixo e
músculo do lado oposto lateralmente
Mentual Mandíbula, inferior aos Pele do mento N. VII Eleva e faz protrusão
incisivos do lábio inferior à
medida que o
enruga a pele no
mento
Risório Fáscia sobre o músculo Pele no ângulo da boca N. VII Retrai o ângulo da
masseter boca
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Zigomático maior Parte posterior da face Pele no ângulo da boca N. VII Traciona o ângulo
lateral do osso da boca para cima
zigomático e lateralmente
Zigomático menor Parte anterior da face Lábio superior, N. VII Traciona o lábio
lateral do osso imediatamente medial superior para cima
zigomático ao ângulo da boca
Levantador do lábio Margem infra-orbital da Pele da metade lateral N. VII Eleva o lábio superior
superior maxila e superior do lábio
superior
Levantador do lábio Processo frontal da Cartilagem alar do nariz N. VII Eleva o lábio superior
superior e da asa do maxila e lábio superior e dilata a narina
nariz
Levantador do ângulo Maxila, abaixo do Pele no ângulo da boca N. VII Eleva o ângulo da
da boca forame infra-orbital boca
Orbicular da boca Músculos da área, Forma um elipse em N. VII Fecha os lábios, faz
maxila e mandíbula, na torno da boca protrusão dos lábios
linha média
Músculos da Mastigação
Os quatro principais músculos da mastigação são os pterigoideos medial e lateral, o masseter e o temporal.
O masseter origina-se por uma espessa aponeurose no processo maxilar do osso zigomático e arco zigomático. Suas fibras
passam para baixo e para trás, para se inserirem no ângulo inferior e na superfície lateral do ramo da mandíbula.
O temporal origina-se na fossa temporal acima da linha temporal inferior e insere-se na superfície medial, ápice, margens
anterior e posterior do processo coronoide e à margem anterior do ramo da mandíbula até aproximadamente o 3º molar.
O pterigoideo lateral é um músculo curto e espesso composto por duas partes. A cabeça superior origina-se da superfície
infratemporal e a crista infratemporal, da asa maior do osso esfenoide. A cabeça inferior origina-se da superfície lateral da lâmina lateral
do processo pterigoide. A partir das duas origens, as fibras convergem e inserem-se na fóvea pterigoidea, uma depressão na parte
anterior do colo da mandíbula.
O pterigoideo medial é um músculo espesso com duas cabeças de origem. O principal componente é a cabeça profunda
que se origina da face medial da lâmina lateral do processo pterigoide do osso esfenoide e fica, portanto, abaixo da cabeça inferior
do pterigoideo lateral. A cabeça superficial origina-se do túber da maxila e do processo piramidal do osso palatino e repousa sobre a
cabeça inferior do pterigoideo lateral. As fibras do pterigoideo medial descem posterolateralmente e estão inseridas à parte
posteroinferior da superfície medial do ramo e ângulo da mandíbula.
74
Temporal Osso da fossa temporal Processo coronoide da Nervo Mandibular (V3) Eleva e retrai a
e fáscia temporal mandíbula e margem mandíbula
anterior do ramo da
mandíbula
Pterigoideo medial Cabeça Profunda – Face medial da Nervo Mandibular (V3) Eleva e movimenta
face medial da lâmina mandíbula, perto do lateralmente a
lateral do processo ângulo mandíbula
pterigoide e processo
piramidal do osso
palatino
Cabeça Superior –
túber da maxila e
processo piramidal do
palatino
Pterigoideo lateral Cabeça Superior – teto Cápsula da articulação Nervo Mandibular (V3) Protrusão e move
da fossa infratemporal temporomandibular na lateralmente a
Cabeça Inferior – face região de fixação do mandíbula
lateral da lâmina lateral disco articular na
do processo pterigoide região de fixação do
disco articular e fóvea
pterigoidea no colo da
mandíbula
A lâmina pré-vertebral forma uma bainha tubular para a coluna vertebral e os músculos associados a ela, formando um assoalho fascial
para o trígono posterior do pescoço. Como a artéria subclávia e o plexo braquial emergem posteriormente ao escaleno anterior, eles
transportam a fáscia pré-vertebral inferolateral e posteriormente à clavícula como a bainha axilar. Está fixada à base do crânio
superiormente e funde-se à fáscia endotorácica e ao ligamento longitudinal anterior inferiormente.
A bainha carótica é um revestimento fascial tubular que se estende da base do crânio até a raiz do pescoço. É uma condensação da
fáscia cervical profunda em torno das artérias carótidas comum e interna, da veia jugular interna, do nervo vago e dos componentes
da alça cervical. Perifericamente, a bainha fixa-se às camadas fasciais adjacentes.
O espaço retrofaríngeo é o maior e mais importante espaço interfascial no pescoço. É um espaço virtual que consiste em tecido
conjuntivo frouxo entre a parte visceral da lâmina pré-vertebral da fáscia cervical e a fáscia bucofaríngea que circunda a faringe
superficialmente. O espaço retrofaríngeo permite o movimento da faringe, esôfago, laringe e traqueia em relação à coluna vertebral
durante a deglutição e é fechado superiormente pela base do crânio e de cada lado pela bainha carótica, abrindo-se inferiormente
no mediastino superior.
76
Músculos do Pescoço
Para permitir comunicações claras a respeito da localização de estruturas, lesões ou doenças, o pescoço é dividido em regiões. Entre o
crânio e as clavículas, o pescoço é dividido em quatro regiões principais com base nas margens geralmente visíveis e/ou palpáveis dos
músculos grandes e relativamente superficiais, esternocleidomastoideo e trapézio, que estão contidos pela lâmina superficial da fáscia
cervical.
Platisma
O platisma é uma lâmina larga e fina de músculo que se origina na fáscia que cobre os músculos deltoide e peitoral maior. Suas fibras
cruzam a clavícula e ascendem medialmente na face lateral do pescoço. As fibras anteriores entrelaçam através da linha média com
as fibras do músculo contralateral, inferoposteriormente à sínfise da mandíbula. Aqui pode fundir-se com outros músculos faciais. O
platisma alivia a pressão sobre as veias superficiais e, agindo como um músculo da expressão facial, o platisma participa na formação
da expressão de tensão ou estresse. Sua inervação ocorre pelo ramo cervical do nervo facial (NC VII).
Região Esternocleidomastóidea
A região esternocleidomastóidea é a região que corresponde à posição do ECM. O ECM possui duas cabeças: a cabeça esternal fixa-
se ao manúbrio do esterno; a cabeça clavicular fixa-se à superfície superior do terço médio da clavícula. As duas cabeças são
separadas inferiormente por um espaço, visível superficialmente como uma pequena depressão triangular, a fossa supraclavicular
menor.
Levantador da Escápula Processos transversos de Parte superior da C3, C4 e N. escapular Eleva a escápula
C1-C4 margem medial da dorsal (C4, C5)
escápula
Escaleno posterior Tubérculos posteriores Face superior da 2ª Ramos anteriores de Eleva a 2ª costela
dos processos costela C5-C7
transversos das
vértebras C4-C6
Escaleno médio Processos transversos de Face superior da 1ª Ramos anteriores de Eleva a 1ª costela
C2-C7 costela entre o C3-C7
tubérculo e o sulco
para a A. subclávia
Escaleno anterior Tubérculos posteriores Tubérculo dos Ramos anteriores de Eleva a 1ª costela
dos processos escalenos e face C4-C7
transversos das superior da 1ª costela
vértebras C3-C6
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Digástrico Ventre anterior: Fossa Inserção de tendão Ventre Anterior: N. milo- Abre a boca por
digástrica na parte entre dois ventres até o hioideo (ramo do V2) abaixamento da
inferior interna da corpo do osso hioide Ventre Posterior: N. VII mandíbula e eleva o
mandíbula osso hioide
Ventre Posterior: Incisura
mastoidea no lado
medial do processo
mastoide do osso
temporal
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Milo-hioideo Linha milo-hioidea na Corpo do osso hioide e N. milo-hioideo (ramo Sustenta e eleva o
mandíbula fibras do músculo no do V2) assoalho da boca,
lado oposto eleva o hioide
Genio-hioideo Espinha geniana inferior Face anterior do corpo Ramo anterior de C1 Eleva e traciona o
na face interna da do osso hioide conduzido por XII osso hioide para
mandíbula frente ou traciona a
mandíbula para
baixo e
posteriormente
Músculos infra-hioideos
Esterno-hioideo Parte posterior da Corpo do osso hioide Ramos anteriores de C1- Deprime o osso hioide
articulação medialmente à inserção C3 através da alça depois da deglutição
esternoclavicular e do músculo omo- cervical
manúbrio do esterno hioideo
adjacente
Omo-hioideo Margem superior da Margem inferior do Ramos anteriores de C1- Deprime e fixa o osso
escápula medialmente corpo do osso hioide, C3 através da alça hioide
à incisura da escápula imediatamente lateral à cervical
inserção do esterno-
hioideo
Tireo-hioideo Linha oblíqua da Corno maior e parte Ramo anterior de C1 Deprime o osso hioide
cartilagem tireóidea adjacente do corpo do conduzido por XII ou eleva a laringe
osso hioide
Esternotireoideo Face posterior do Linha oblíqua da Ramos anteriores de C1- Traciona a laringe e o
manúbrio do esterno cartilagem tireóidea C3 através da alça hioide para baixo
cervical
80
16) O músculo temporal possui inserção: 23) As vértebras cervicais típicas possuem as seguintes
a) Somente no processo coronoide da mandíbula características, exceto
b) Somente no processo condilar da mandíbula a) Forame vertebral
c) Na linha temporal inferior e na face medial do b) Forame transversário
processo coronoide da mandíbula c) Corpo vertebral
d) Na linha temporal superior e na face lateral do d) Processo espinhoso longo
processo coronoide da mandíbula e) Processo espinhoso curto e bífido
e) No trígono retromolar
24) Músculo da expressão facial citado como músculo do
17) Na fossa pterigoidea do processo pterigoide do riso sardônico
esfenoide tem origem o seguinte músculo da a) Zigomático maior
mastigação: b) Risório
a) Cabeça superior do pterigoideo lateral c) Zigomático menor
b) Pterigoideo medial d) Platisma
c) Cabeça inferior do pterigoideo lateral e) Abaixador do lábio inferior
d) Masseter
e) Temporal 25) O seio maxilar abre-se através do hiato semilunar ao
nível do meato nasal
18) Ponto craniométrico mediano resultante da a) Superior
intersecção do plano mediano com a sutura b) Inferior
frontonasal c) Médio
a) Ínio d) Supremo
b) Prostio e) Posterior
c) Bregma
d) Násio 26) São estruturas contidas na bainha carótica, exceto
e) Glabela a) Nervo vago
b) Veia jugular interna
19) O osso hioide é um componente do esqueleto axial, c) Artéria carótida comum
situado na região anterior do pescoço, na altura da d) Artéria carótida interna
seguinte vértebra cervical e) Veia jugular externa
a) C1
b) C2 27) São estruturas anatômicas que transitam pelo forame
c) C3 jugular, exceto
d) C4 a) Nervo acessório
e) C5 b) Veia jugular interna
c) Nervo glossofaríngeo
20) O torcicolo é comumente causado pelo espasmo d) Nervo vago
involuntário do músculo e) Artéria meníngea média
a) Temporal
b) Platisma 28) Pelo meato acústico interno transitam as seguintes
c) Trapézio estruturas, exceto
d) Esplênio a) Artéria espinal anterior
e) Esternocleidomastoideo b) Nervo facial (NC VII)
c) Artéria do labirinto
21) Sobre o músculo esternocleidomastoideo é incorreto d) Nervo vestibulococlear (NC VIII)
afirmar e) Veias do labirinto
a) Cruza obliquamente o pescoço
b) É um músculo longo
c) Possui duas cabeças de origem, sendo exemplo
de músculo bíceps
d) Uma cabeça possui origem na incisura jugular do
esterno
82
c) Forame magno
29) Representa a parede lateral da fossa infratemporal d) Forame jugular
a) Face medial do ramo da mandíbula e) Fissura orbital superior
b) Face infratemporal da asa maior do esfenoide
c) Face lateral da lâmina lateral do processo
pterigoide do esfenoide
d) Face zigomática do túber da maxila
37) O cóanos (ou coanas) são aberturas elípticas definidas
e) Face medial da lâmina lateral do processo
pelos ossos
pterigoide do esfenoide
a) Palatino e esfenoide
b) Temporal, zigomático e vômer
30) A fossa infratemporal comunica-se com a fossa média c) Temporal, vômer e palatino
do crânio, através da seguinte abertura d) Esfenoide, palatino e vômer
a) Fissura orbital inferior e) Etmoide, palatino e temporal
b) Fossa pterigopalatina
c) Fissura pterigomaxilar
38) Pelo canal óptico e pela fissura orbital superior passam,
d) Forame redondo
respectivamente
e) Forame oval
a) NC V2; artéria e veia meníngeas médias e ramo
meníngeo do NC V3
31) A parede medial da fossa pterigopalatina é formada b) Nervo petroso maior e ramo petroso da artéria
pela seguinte estrutura meníngea média; NC V2
a) Face anterior do corpo da maxila c) NC III; Artérias e veias oftálmicas, NC V1, II, IV e VI
b) Lâmina lateral do processo pterigoide do d) Artéria e veia meníngeas médias e ramo
esfenoide meníngeo do NC V3; NC III
c) Lâmina perpendicular do palatino e) NC II e artéria oftálmica; Veias oftálmicas, NC V1,
d) Asa maior do esfenoide III, IV e VI
e) Lâmina perpendicular do etmoide
39) Passam pelo forame magno, exceto
32) A fossa pterigopalatina comunica-se com a fossa nasal a) Ramo meníngeo da artéria faríngea ascendente
correspondente, através da seguinte abertura b) Bulbo
a) Fissura orbital inferior c) Artéria vertebral
b) Forame redondo d) NC XI
c) Forame espinhoso e) Artéria espinal anterior
d) Fissura pterigomaxilar
e) Forame esfenopalatino
40) A fossa média do crânio comunica-se com a fossa
pterigopalatina através do forame
33) A maxila representa um osso irregular e pneumático do a) Oval
viscerocrânio e possui conexão com os seguintes ossos b) Lacerado
do neurocrânio c) Espinhoso
a) Frontal e esfenoide d) Etmoidal anterior
b) Etmoide e vômer e) Redondo
c) Frontal e concha nasal inferior
d) Esfenoide e zigomático
Para as questões 41 a 50, avalie as frases e marque a
e) Nasal e etmoide alternativa correta.
41) O viscerocrânio é o revestimento ósseo do encéfalo e
34) Sobre a ATM é incorreto afirmar seus revestimentos membranáceos, as meninges
a) Suas superfícies articulares possuem um cranianas. O neurocrânio compreende os ossos da
revestimento de fibrocartilagem face que se desenvolvem principalmente no
b) Suas faces articulares são discordantes mesênquima dos arcos faríngeos embrionários
c) Possui disco articular a) A frase está correta
d) Realiza movimentos em dois eixos (biaxial) b) A frase está parcialmente errada, pois o
e) Possui menisco viscerocrânio não reveste as meninges
c) A frase está parcialmente errada, viscerocrânio e
neurocrânio são duas denominações diferentes
35) Na mandíbula, os forames mentuais se localizam à para a mesma coisa
altura dos d) A frase está parcialmente errada, pois o
a) 1º molares neurocrânio não compreende todos os ossos da
b) 2º Pré-molares face
c) Caninos e) A frase está incorreta
d) 3º molares
e) Incisivos mediais
42) A espessura das paredes da cavidade craniana varia b) A frase está parcialmente errada, pois os músculos
em diferentes regiões. Em geral, são mais finas nas supra-hioideos são inervados por ramos de NC VII
mulheres do que em homens e mais finas em crianças c) A frase está parcialmente errada, pois a descrição
e idosos. Os ossos tendem a ser mais espessos em áreas é dos músculos infra-hioideos
bem cobertas por músculos d) A frase está parcialmente errada, pois é o tireo-
a) A frase está correta hioideo que não tem inserção no osso hioide
b) A frase está parcialmente errada, pois as paredes e) A frase está incorreta
cranianas das mulheres são geralmente mais
espessas do que a dos homens
c) A frase está parcialmente errada, pois as paredes 47) O platisma é um músculo superficial presente no
cranianas possuem, geralmente, a mesma tecido subcutâneo da pele do pescoço, é inervado
espessura em todo o crânio por ramos do nervo facial, apresenta-se
d) A frase está parcialmente errada, pois em locais superficialmente à VJE e aos principais nervos
bem cobertas por músculos as paredes cranianas cutâneos do pescoço e pode se apresentar como tiras
tendem a ser mais finas musculares separadas, ao invés de uma única lâmina
e) A frase está incorreta muscular larga
a) A frase está correta
b) A frase está parcialmente errada, pois a VJE é
43) O bucinador é um músculo retangular, plano e fino superficial ao platisma
que se fixa lateralmente aos processos alveolares da c) A frase está parcialmente errada, pois a inervação
maxila e mandíbula, oposto aos dentes molares, e na do platisma é mista, contendo ramos cervicais de
rafe pterigomandibular e é inervado pelo nervo facial C1-C3, NC V3 e NC VII
(NC VII) d) A frase está parcialmente errada, pois o platisma
a) A frase está correta sempre se apresenta como uma única lâmina
b) A frase está parcialmente errada, pois o muscular longa
bucinador se fixa medialmente aos processos e) A frase está incorreta
alveolares da maxila e mandíbula
c) A frase está parcialmente errada, pois a descrição
é do músculo buceter 48) A lâmina pré-traqueal da fáscia cervical forma uma
d) A frase está parcialmente errada, pois o bainha complexa de tecido conjuntivo que em alguns
bucinador é inervado pelo Nervo Mandibular (V3) locais passa a linha mediana do pescoço e, em outros,
e) A frase está incorreta não passa. A trama produzida por essa lâmina e os
músculos infra-hioideos produz a força necessária para
impedir que a via respiratória alta obstrua o início do
44) A ATM é uma articulação sinovial tipo gínglimo que faz TGI
os movimentos de elevação, depressão, protrusão, a) A frase está correta
retrusão e movimentos laterais. b) A frase está parcialmente errada, pois a descrição
a) A frase está correta é da lâmina pré-vertebral da fáscia cervical
b) A frase está parcialmente errada, pois a ATM é c) A frase está parcialmente errada, pois são os
uma articulação sinovial tipo condilar músculos supra-hioideos que ajudam a lâmina pré-
c) A frase está parcialmente errada, pois a ATM é traqueal a impedir que a via respiratória alta
uma sinartrose tipo sindesmose obstrua o início do TGI
d) A frase está parcialmente errada, pois a ATM é d) B e C estão corretas
incapaz de produzir retrusão e protrusão e) A frase está incorreta
e) A frase está incorreta
Respostas:
1 D 11 D 21 D 31 C 41 E
2 C 12 C 22 C 32 E 42 D
3 E 13 C 23 D 33 A 43 D
4 D 14 D 24 B 34 E 44 A
5 B 15 A 25 C 35 B 45 D
6 C 16 C 26 E 36 D 46 C
7 E 17 B 27 E 37 D 47 A
8 E 18 D 28 A 38 E 48 E
9 B 19 C 29 A 39 A 49 A
10 D 20 E 30 E 40 E 50 A
85
Músculos pré-vertebrais
Os músculos pré-vertebrais (ou vertebrais anteriores e laterais) situam-se profundamente à lâmina pré-vertebral da fáscia
cervical.
Os músculos vertebrais anteriores (músculos longos da cabeça e do pescoço, reto anterior da cabeça e escaleno anterior)
situam-se diretamente posteriores ao espaço retrofaríngeo e mediais ao plano neurovascular dos plexos cervical e braquial e à artéria
subclávia.
Músculo Origem Inserção Inervação Ação
Reto Anterior da Face anterior da parte Face inferior da parte Ramos de C1 e C2 Flexiona a cabeça na
cabeça lateral do atlas e seu basilar do osso occipital articulação atlanto-
processo transverso occipital
Longo do pescoço – Tubérculos anteriores Tubérculo do arco Ramos de C2-C6 Flexiona o pescoço
Parte oblíqua superior dos processos anterior do Atlas anterior e lateralmente
transversos das e uma pequena
vértebras C3-C5 rotação para o lado
oposto
Longo do pescoço – Face anterior dos Tubérculos anteriores Ramos de C2-C6 Flexiona o pescoço
Parte oblíqua inferior corpos das vértebras T1 dos processos anteriores anterior e lateralmente
e T2, com possível das vértebras C5 e C6 e uma pequena
origem em T3 rotação para o lado
oposto
Longo do pescoço – Face anterior dos Face anterior dos Ramos de C2-C6 Flexiona o pescoço
Parte vertical corpos de T1-T3 e C5-C7 corpos de vértebras C2- anterior e lateralmente
C4 e uma pequena
rotação para o lado
oposto
Longo da cabeça Rampas tendíneas para Face inferior da parte Ramos de C1-C3 Flexiona a cabeça
processos transversos basilar do osso occipital
das vértebras C3-C6
86
Escaleno anterior Tubérculos posteriores Tubérculo dos escalenos Ramos anteriores de Eleva a 1ª costela
dos processos e face superior da 1ª C4-C7
transversos das costela
vértebras C3-C6
Os músculos vertebrais laterais (reto lateral da cabeça, esplênio da cabeça, levantador da escápula, escalenos médio e
posterior) localizam-se posteriores a este plano neurovascular e (com exceção do reto lateral da cabeça, em posição alta) formam o
assoalho da região cervical lateral.
Músculo Origem Inserção Inervação Ação
Reto Lateral da cabeça Face superior do Face inferior do Ramos de C1 e C2 Flexiona a cabeça
processo transverso do processo jugular do osso lateralmente para o
Atlas occipital mesmo lado
Esplênio da cabeça Metade inferior do Processo mastoide, Ramos posteriores dos Move a cabeça para o
ligamento nucal; crânio abaixo do terço Nn. Cervicais médios mesmo lado. Agindo em
processos espinhosos lateral da linha nucal conjunto, move a
das vértebras C7-T4 superior cabeça para trás
Levantador da Escápula Processos transversos de Parte superior da C3, C4 e N. escapular Eleva a escápula
C1-C4 margem medial da dorsal (C4, C5)
escápula
Escaleno posterior Tubérculos posteriores Face superior da 2ª Ramos anteriores de C5- Eleva a 2ª costela
dos processos costela C7
transversos das
vértebras C4-C6
Escaleno médio Processos transversos de Face superior da 1ª Ramos anteriores de C3- Eleva a 1ª costela
C2-C7 costela entre o C7
tubérculo e o sulco para
a A. subclávia
87
Vascularização
O principal suprimento arterial da cabeça e do pescoço deriva dos ramos da artéria carótida e da artéria subclávia.
A porção cervical da artéria carótida é semelhante em ambos os lados. Cada um se situa dentro da bainha carótica da fáscia
cervical, juntamente com a VJI e o NC X. Na parte inferior do pescoço as artérias são separadas por um espaço estreito que contém a
traqueia, e mais acima separadas pela glândula tireoide, laringe e faringe. Ao nível da margem superior da cartilagem tireóidea (a
altura da vértebra C4) a artéria carótida comum se bifurca em artérias carótidas interna e externa. A artéria carótida externa segue em
trajeto ascendente pelo pescoço e logo começa a dar ramos. O primeiro, geralmente, é a artéria tireóidea superior, seguida pelas
artérias faríngea ascendente, lingual, facial, occipital e auricular posterior, para então passar pela glândula parótida, onde divide-se em
seus ramos terminais, a artéria temporal superficial e a artéria maxilar.
As artérias subclávias dão origem a vários ramos que suprem estruturas na cabeça e no pescoço. As artérias vertebrais suprem
a parte superior da medula espinal, o tronco encefálico, o cerebelo e o lobo occipital do cérebro. Ramos do tronco tireocervical
suprem os polos inferiores da glândula tireoide, as glândulas paratireoides, a laringe e a faringe e ramos dos troncos costocervicais
suprem os músculos cervicais profundos.
Para um melhor entendimento do rico suprimento arterial do pescoço e da cabeça, vamos elaborar um esquema simples das
artérias, com os ramos mais importantes.
Ramo Parietal
Ramo Frontal Ramo Auricular Anterior
Artéria ziomático-orbital
Artéria Facial Tranvsersa
A.
A.
A.
A.
A.
A.
A.
Massetérica
Meníngea acessória
Meníngea Média
Timpânica anterior
Auricular
Artéria Angular
Infraorbital
Esfenopalatina
A. Maxilar
A.
A.
A. Alveolar Inferior
Artéria Labial
Superior
Bucal
Alveolar superior
profunda
Artéria submentual
A. Carótida Externa
Artéria profunda
da língua Artéria Lingual
Drenagem Venosa
As veias do pescoço situam-se superficial ou profundamente à fáscia de revestimento profunda. A drenagem venosa da
cabeça e do pescoço se dá, principalmente, pelas veias tributárias das veias jugulares internas (VJI) e externas (VJE). As veias
superficiais, por fim, drenam para as VJE, anteriores ou posteriores e drenam um volume muito menor de tecido do que as veias
profundas. As veias profundas tendem a drenar para a VJI ou para a veia subclávia.
O trajeto e a formação das principais veias da cabeça é, assim como em outras partes do corpo, variável e com várias
anastomoses.
As veias faciais, que seguem as artérias faciais ou paralelas a elas, são veias sem válvulas que proporcionam a drenagem
superficial primária da face. As tributárias da veia facial incluem a veia facial profunda, que drena o plexo venoso pterigoideo da fossa
infratemporal. Inferiormente à margem da mandíbula, a veia facial se une ao ramo anterior da veia retromandibular. A veia facial
drena direta ou indiretamente para a VJI. No ângulo medial do olho, a veia facial comunica-se com a veia oftálmica superior, que
drena para o seio cavernoso.
A veia retromandibular é uma veia profunda da face que resulta da união das veias temporal superficial e veia maxilar (a qual
drena o plexo pterigoideo).
A veia jugular interna drena sangue do crânio, cérebro, face superficial e grande parte do pescoço. Ela desce no pescoço
para o interior da bainha carótica e une-se com a veia braquiocefálica. Na junção com a VJI, a veia subclávia esquerda normalmente
recebe o ducto torácico e a veia subclávia direita recebe o ducto linfático direito.
Inervação
Os vários músculos da expressão facial são supridos pelo nervo facial, enquanto os músculos da mastigação são inervados pela
divisão mandibular do nervo trigêmio (V3). A inervação sensorial da face é realizada principalmente a partir das três divisões do nervo
trigêmeo, com contribuições menores dos nervos espinhais cervicais (do plexo cervical), especialmente na parte posterior do pescoço e
do couro cabeludo.
O NC V (trigêmeo) é o nervo sensitivo da face e motor para os músculos da mastigação e vários músculos pequenos. Divide-se
em três: nervo oftálmico (V1), nervo maxilar (V2) e nervo mandibular (V3). As duas primeiras divisões são completamente sensoriais; o
nervo mandibular é principalmente sensitivo, mas possui um componente motor, que inerva principalmente os músculos da mastigação.
Na face, três grandes áreas podem ser mapeadas para indicar os campos nervosos periféricos associados às três divisões do nervo
trigêmeo. Os campos não são horizontais, mas curvam-se em direção ascendente, aparentemente pelo fato de a pele facial mover-se
para cima, com o crescimento do cérebro e do crânio.
Os ramos cutâneos do nervo oftálmico suprem a conjuntiva, a pele sobre a testa, a pálpebra superior e uma grande parte da
superfície externa do nariz. Tem, como principais ramos, os nervos supratroclear, supraorbital, lacrimal, infratroclear e nasal externo.
O nervo maxilar atravessa a órbita suprindo a pele da pálpebra inferior, a proeminência da bochecha, a parte da asa do nariz,
parte da têmpora e o lábio superior. Tem três ramos cutâneos: zigomaticotemporal, zigomaticofacial e infraorbital.
O nervo mandibular supre a pele sobre a mandíbula, o lábio inferior, a parte carnosa da bochecha, parte da aurícula da
orelha e parte da têmpora através dos nervos bucal, mentual e auriculotemporal.
O NC VII (facial) possui uma raiz motora e uma raiz sensitiva. A raiz motora do NC VII inerva os músculos da expressão facial,
incluindo o platisma, mm. auriculares, mm. do couro cabeludo e alguns outros músculos derivados do mesoderma no segundo arco
faríngeo embrionário. O nervo facial emerge a partir da base do crânio no forame estilomastoideo e dá origem, quase imediatamente,
aos nervos para o ventre posterior do digástrico e estilo-hioideo, bem como ao n. auricular posterior, que supre o ventre occipital do
occipitofrontal e o m. auricular posterior. O nervo entra na glândula parótida, onde forma o plexo parotídeo, que dá origem aos 5 ramos
terminais do n. facial: temporal, zigomático, bucal, marginal da mandíbula e cervical.
A pele, as articulações, as vísceras e os músculos do pescoço são inervados por ramos dos nervos glossofaríngeo, vago, ramo
espinhal do nervo acessório, espinais cervicais e pelo tronco simpático cervical. Os quatro ramos cervicais dorsais (anteriores) formam o
plexo cervical. Com exceção do 1º nervo cervical, dividem-se em partes ascendente e descendente, que se unem em alças
comunicantes.
O plexo cervical é formado pelos ramos ventrais dos quatro nervos cervicais superiores e inervam alguns músculos do pescoço
e do diafragma e áreas da pele na cabeça, pescoço e tórax. Encontra-se abaixo da VJI, da fáscia profunda e do
esternocleidomastoideo. Os ramos do plexo cervical que se originam da alça nervosa entre os ramos anteriores de C2 e C3 são: N.
Occipital menor (C2); N. Auricular magno (C2-3); N. Cervical transverso (C2-3). A alça formada entre C3 e C4 forma os Nn.
Supraclaviculares.
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Orelha A orelha é formada por partes externa, média e interna. As partes externa e média estão relacionadas principalmente com a
transferência de som para a orelha interna, que contém o órgão para o equilíbrio e também para a audição. A membrana timpânica
separa a orelha externa da orelha média. A tuba auditiva une a orelha média à parte nasal da faringe.
A orelha externa é formada pela orelha (pavilhão auditivo) e pelo meato acústico externo, que conduz o som até a
membrana timpânica. A orelha é uma lâmina fina única de fibrocartilagem elástica coberta por pele, sua superfície é moldada por
eminências e depressões. Ela é conectada às partes circundantes por ligamentos e músculos e é contínua com a cartilagem do meato
acústico externo. Não há cartilagem no lóbulo ou entre o trago e o ramo da hélice.
Músculos auriculares extrínsecos (auricular anterior, superior e posterior) conectam a orelha ao crânio e couro cabeludo e
movem a orelha como um todo. Músculos auriculares intrínsecos conectam as diferentes partes da orelha. Os músculos intrínsecos são
limitados a poucas e pequenas faixas musculares e podem não ter função.
A artéria auricular posterior, ramo da artéria carótida externa, fornece o principal suprimento sanguíneo da orelha, com uma
participação importante da artéria temporal superficial. A drenagem venosa ocorre por veias que correspondem às artérias. A
inervação sensitiva da orelha ocorre pelos nervos auricular magno, occipital menor e auriculotemporal.
O meato acústico externo se estende da concha a membrana timpânica e mede aproximadamente 2,5cm. Possui duas partes
estruturalmente diferentes: o terço lateral é cartilagíneo e os dois terços mediais são ósseos. A pele da porção cartilagínea apresenta
células ceruminosas que produzem cerume (“cera de ouvido”).
O suprimento arterial do meato acústico externo é derivado da artéria auricular posterior, da artéria auricular profunda (ramo
da artéria maxilar) e os ramos auriculares da artéria temporal superficial. A drenagem venosa ocorre por veias correspondentes que
drenam para a VJE, veia maxilar e plexo pterigoideo. A inervação sensitiva é derivada do n. auriculotemporal, nas paredes anterior e
superior; e do ramo auricular do NC X, nas paredes posterior e inferior. O NC VII também pode contribuir por meio da sua comunicação
com o NC X.
A membrana timpânica separa a cavidade timpânica do meato acústico externo. Ela apresenta aproximadamente 1 cm de
diâmetro, é uma membrana fina, oval e semitransparente na extremidade medial do meato acústico externo. É coberta por pele fina
externamente e pela mucosa da orelha média internamente. Superiormente ao processo lateral do martelo, a membrana é fina e
denominada parte flácida. Não possui as fibras radiais e circulares presentes no restante da membrana, denominada parte tensa. A
parte flácida forma a parede lateral do recesso superior da cavidade timpânica. A membrana timpânica vibra em resposta às
vibrações do ar que atravessam o meato acústico externo e chegam até ela. Os movimentos da membrana são transmitidos pelos
ossículos da audição através da orelha média até a orelha interna. A face externa da membrana timpânica é inervada principalmente
pelo nervo auriculotemporal, com alguma contribuição do NC X. A superfície interna é inervada pelo NC IX.
A orelha média é um espaço irregular, lateralmente comprimido na parte petrosa do osso temporal. Ela é revestida por uma
membrana mucosa e cheia de ar, proveniente da parte nasal da faringe por meio da tuba auditiva. A orelha média contém três
pequenos ossos, o martelo, a bigorna e o estribo. O martelo fixa-se à membrana timpânica e apresenta uma cabeça, um colo e um
cabo, que fica em contato com a membrana timpânica. A bigorna localiza-se entre o martelo e o estribo e possui um corpo e dois
ramos (ramo longo e ramo curto). O estribo é o menor dos ossículos, apresenta uma cabeça, dois ramos e uma base. Sua cabeça
articula-se com a bigorna e sua base encaixa-se na janela do vestíbulo na parede medial da cavidade timpânica.
A cavidade possui duas partes: a cavidade timpânica propriamente dita, e o recesso epitimpânico. O conteúdo da orelha
média é: ossículos da audição; músculos estapédio e tensor do tímpano; n. corda do tímpano (ramo de NC VII); plexo timpânico
nervoso.
Os músculos associados aos ossículos da audição são o m. estapédio, e o m. tensor do tímpano. O m. estapédio é um pequeno
músculo no interior da eminência piramidal, presente na parede posterior da cavidade timpânica. Seu tendão entra na cavidade
timpânica emergindo de um forame no ápice da eminência e se insere no colo do estribo. O estapédio reduz a amplitude de oscilação
da janela do vestíbulo e impede o movimento excessivo do estribo, sua inervação á pelo n. para o m. estapédio (ramo de NC VII). O m.
tensor do tímpano é um músculo curto que se origina da face superior da parte cartilagínea da tuba auditiva, a asa maior do
esfenoide, e da parte petrosa do osso temporal. Insere-se no cabo do martelo, puxando-o e tencionando a membrana timpânica,
assim reduzindo sua amplitude de oscilação. Sua inervação se dá pelo NC V3.
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A parede tegmental (teto tegmental) é formada pelo tegme timpânico, que separa a cavidade timpânica da dura-máter no
assoalho da fossa média do crânio; a parede jugular (assoalho) é formada por uma lâmina óssea que separa a cavidade timpânica do
bulbo superior da VJI; a parede membranácea (parede lateral) é formada quase totalmente pela convexidade em pico da membrana
timpânica. Superiormente, é formada pela parede óssea lateral do recesso epitimpânico; a parede labiríntica (parede medial) separa a
cavidade timpânica da orelha interna. Também possui o promontório da parede labiríntica, formado pela parte inicial da cóclea, e as
janelas do vestíbulo e da cóclea que, em um crânio seco, comunicam-se com o ouvido interno; a parede carótica anterior separa a
cavidade timpânica do canal carótico. Superiormente, possui a abertura da tuba auditiva e o canal para o m. tensor do tímpano; a
parede mastoidea (parede posterior) possui uma abertura em sua parte superior, o ádito no antro mastoideo, que une a cavidade
timpânica às células mastoideas. O canal para o n. facial desce entre a parede posterior e o antro, medialmente ao ádito.
Diversas artérias suprem as paredes e o conteúdo da cavidade timpânica. As artérias auricular profunda, timpânica anterior
(ramos da 1ª parte da a. maxilar) e estilomastoidea (ramo da artéria occipital ou da auricular posterior) são maiores que as outras. A
cavidade timpânica contém o plexo timpânico e o nervo facial. Ramos do plexo e do nervo facial inervam as estruturas no interior da
cavidade timpânica, mas também deixam a cavidade para inervar outras estruturas. O n. corda do tímpano sai do NC VII acima do
forame estilomastoideo e segue anterossuperiormente em um canal para entrar na cavidade timpânica pelo canalículo posterior. Então
curva-se anteriormente na substância da membrana timpânica entre suas camadas mucosa e fibrosa e cruza medial à parte superior
do cabo do martelo para a parede anterior da cavidade timpânica, onde entra no canalículo anterior. Sai do crânio na fissura
petrotimpânica e entra na região da fossa infratemporal. O nervo desce medialmente à espinha do osso esfenoide, posterolateral ao m.
tensor do véu palatino. Junta-se ao n. lingual, transportando fibras gustativas para os 2/3 anteriores da língua e fibras parassimpáticas
pré-ganglionares eferentes (secretomotoras) destinadas às glândulas salivares submandibular e sublingual.
A orelha interna contém o órgão vestibulococlear relacionado com a recepção do som e a manutenção do equilíbrio. A
cóclea é relacionada à audição e o utrículo, o sáculo e os canais semicirculares são responsáveis pelo equilíbrio. A orelha interna
consiste no labirinto ósseo, uma série de cavidades interligadas, presentes na parte petrosa do osso temporal, e o labirinto
membranáceo, formado por sacos e ductos interconectados contendo a endolinfa que se localizam dentro do labirinto ósseo,
contendo perilinfa. A cápsula ótica é formada por osso mais denso do que o restante da parte petrosa do osso temporal e pode ser
isolada dele. A cápsula ótica é frequentemente confundida com o labirinto ósseo, que na verdade é o espaço cheio de líquido,
circundado pela cápsula ótica. A cóclea é a parte em forma de concha do labirinto ósseo que contém o ducto coclear, a parte da
orelha interna relacionada com a audição. O canal espiral da cóclea começa no vestíbulo e faz 2 voltas e meia ao redor do modíolo,
que contém canais para os vasos sanguíneos e para distribuição dos ramos do nervo coclear (parte coclear do nervo vestibulococlear).
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Na volta basal, o labirinto ósseo comunica-se com o espaço subaracnóideo superior ao forame jugular através do aqueduto da cóclea.
Também possui a janela da cóclea, fechada pela membrana timpânica secundária.
O vestíbulo é a parte central do labirinto ósseo e localiza-se medial à cavidade timpânica, posterior à cóclea e anterior aos
canais semicirculares. Na sua parede lateral fica a abertura da janela do vestíbulo, na qual se insere a base do estribo, fixada por um
ligamento anular. Anteriormente, na parede medial, existe um pequeno recesso esférico que contém o sáculo. O sáculo comunica-se,
por meio do ducto utriculossacular, com o utrículo, presente no recesso elíptico, posterossuperior à crista do vestíbulo. O vestíbulo é
contínuo com a cóclea óssea anteriormente, com os canais semicirculares posteriormente a com a fossa posterior do crânio pelo
aqueduto do vestíbulo. O aqueduto dá passagem ao ducto endolinfático e a dois pequenos vasos sanguíneos.
Os canais semicirculares comunicam-se com o vestíbulo do labirinto ósseo, sendo localizados posterossuperiores ao vestíbulo.
Eles são comprimidos lado a lado e cada um forma aproximadamente 2/3 de um círculo. São desiguais em comprimento, mas similares
em diâmetro ao longo do seu comprimento, exceto onde apresentam uma dilatação terminal, a ampola óssea, que tem quase 2x o
diâmetro do canal. Apesar de serem 3 os canais semicirculares (anterior/superior, posterior e lateral/horizontal), existem apenas 5
aberturas no vestíbulo para eles, pois os canais anterior e posterior possuem um pilar comum para ambos.
O labirinto membranáceo é separado do periósteo por um espaço que contém perilinfa e uma rede semelhante a uma teia de
finos vasos sanguíneos. O labirinto membranáceo é cheio de endolinfa, um líquido produzido pelas células marginais da estria vascular e
as células escuras do vestíbulo. Ele pode ser dividido em duas regiões: o labirinto vestibular e o labirinto coclear. O labirinto vestibular
compreende o utrículo e o sáculo, dois pequenos sacos comunicantes no vestíbulo do labirinto ósseo. O labirinto coclear é
representado pelo ducto coclear, presente na cóclea. Ainda o labirinto membranáceo apresenta três ductos semicirculares, presentes
nos canais semicirculares do labirinto ósseo.
O ducto coclear é um tubo espiral, fechado em uma extremidade e triangular ao corte transversal. O ducto coclear, cheio de
endolinfa, atravessa o canal coclear, dividindo-o em dois canais contínuos no ápice da cóclea, no helicotrema. Ondas de pressão
hidráulica criadas na perilinfa do vestíbulo pelas vibrações da base do estribo ascendem até o ápice da cóclea por um canal, a rampa
do vestíbulo. As ondas de pressão então atravessam o helicotrema e depois voltam a descer até a volta basal da cóclea pela rampa
do tímpano. Então as ondas são dissipadas para o ar da cavidade timpânica através da membrana timpânica secundária.
O receptor dos estímulos auditivos é o órgão espiral (de Corti), situado sobre a lâmina basilar, que é superposto pela membrana
tectória. O órgão espiral contém células pilosas, cujas extremidades estão incrustadas na membrana tectória.
96
O suprimento arterial da orelha interna provém principalmente da artéria do labirinto. O ramo estilomastoideo da artéria
occipital ou a artéria auricular posterior também suprem os canais semicirculares. A artéria do labirinto origina-se da artéria basilar ou da
artéria cerebelar anterior. Divide-se no fundo do meato acústico interno em ramos coclear e vestibular. O ramo coclear divide-se em
até 24 pequenos ramos que atravessam os canais no modíolo, formando um plexo capilar para a lâmina espiral, lâmina basal, estria
vascular e outras estruturas da cóclea. Ramos arteriais vestibulares suprem o utrículo, o sáculo e os ductos semicirculares. A drenagem
venosa do vestíbulo e dos canais semicirculares ocorre paralela às artérias, com veias correspondentes. As veias cocleares na base do
modíolo formam a veia do labirinto, que termina na parte petrosa do seio petroso superior ou no seio transverso. Um pequeno vaso a
partir da volta basal da cóclea atravessa o canalículo coclear para se unir à VJI.
Região Oral
A região oral inclui cavidade oral, gengivas, dentes, palato, região das tonsilas palatinas e a língua.
Cavidade Oral
A cavidade oral, ou boca, estende-se desde os lábios e bochechas externamente até os arcos palatoglossos das fauces
internamente, onde se continua na parte oral da faringe. A boca pode ser dividida em vestíbulo da boca, externo aos dentes, e
cavidade própria da boca, interna aos dentes. A boca está relacionada principalmente com a ingestão e a mastigação dos alimentos,
que é essencialmente função dos dentes. A boca também está associada à fonação e à ventilação.
Os lábios são pregas musculofibrosas móveis que circundam a boca, estendendo-se dos sulcos nasolabiais e das narinas lateral
e superiormente até o sulco mentolabial inferiormente. Eles contêm os músculos orbicular da boca e labiais superior e inferior, vasos e
nervos. Os lábios são cobertos externamente por pele fina e internamente por mucosa. Funcionam como válvulas para a rima da boca
(a abertura da boca), contendo o esfíncter (m. orbicular da boca) que controla a entrada e a saída da boca e dos tratos alimentar
superior e respiratório. Os frênulos dos lábios são pregas de margem livre da mucosa na linha mediana, que se estendem da gengiva
vestibular até a mucosa dos lábios superior e inferior, sendo que o que se estende até o lábio inferior é menor. O suprimento sanguíneo
do lábio provém principalmente das artérias labiais superior e inferior, ramos da artéria facial. A inervação do lábio superior se dá por
ramos labiais superiores do nervo infraorbital e o lábio inferior é inervado pelo ramo mentual de V3.
As bochechas possuem praticamente a mesma estrutura que os lábios, com os quais são contínuas. As bochechas formam as
paredes móveis da cavidade oral. Os principais músculos das bochechas são os bucinadores. Várias pequenas glândulas bucais situam-
se entre a mucosa e os bucinadores. Superficialmente aos bucinadores há coleções encapsuladas de gordura. A bochecha recebe seu
suprimento sanguíneo arterial principalmente da artéria bucal, ramo da artéria maxilar, e é inervada por ramos cutâneos de V2, através
do ramo zigomaticofacial e nervo infraorbital, e pelo nervo bucal de V3.
Gengivas
As gengivas são formadas por tecido fibroso coberto por mucosa. A gengiva propriamente dita (gengiva fixa ou inserida) está
firmemente ligada ao periósteo alveolar e aos dentes, enquanto a gengiva livre, que constitui uma margem de aproximadamente 1mm
da gengiva, situa-se não-inserida em torno da região cervical de cada dente. Os tecidos gengivais têm seu suprimento sanguíneo
através das artérias maxilares e linguais. A gengiva ao redor dos molares superiores é irrigada pelos ramos gengivais e perfurantes da
artéria alveolar superior posterior e pela artéria bucal, ramo da artéria maxilar. As gengivas vestibulares dos dentes anteriores são
irrigadas pelos ramos labiais da artéria infraorbital e por ramos perfurantes da artéria alveolar superior anterior. As gengivas palatinas são
irrigadas principalmente por ramos da artéria palatina maior. As gengivas associadas aos dentes molares inferiores são irrigadas pela
artéria bucal, e por ramos perfurantes da artéria alveolar inferior. A porção anterior das gengivas ao redor dos dentes anteriores é
irrigada pela artéria mentual e por ramos perfurantes da artéria incisiva. A porção posterior das gengivas é irrigada pelos ramos
perfurantes da artéria alveolar inferior e por seu ramo lingual e pela artéria lingual principal, ramo da carótida externa. A drenagem
venosa das gengivas é complexa, porém acredita-se que as veias bucal, lingual, palatina maior e nasopalatina estejam envolvidas.
Estas veias correm em direção aos plexos pterigoideos (exceto as veias linguais, que drenam diretamente para as VJI). Os nervos que
inervam as gengivas da maxila provêm do nervo maxilar, através dos nervos palatino maior, nasopalatino e ramos alveolares superiores
anterior, médio e posterior. O nervo mandibular inerva a gengiva na mandíbula por meio dos nervos alveolar inferior, lingual e bucal.
Dentes
Os dentes possuem funções de cortar e misturar os alimentos com a saliva durante a mastigação e participam da articulação
da fala. Nos humanos, um dente é identificado como sendo decíduo (primário, da dentição da criança) ou permanente (secundário da
dentição do adulto). As crianças possuem normalmente 20 dentes decíduos; os adultos apresentam 32 dentes permanentes. Os tipos de
dentes são identificados por suas características (nº por arcada dentária):
a) Incisivos: com margens cortantes finas (4)
b) Caninos: cones proeminentes únicos (2)
c) Pré-molares: com duas cúspides (4)
d) Molares: três ou mais cúspides (6)
A maior parte do dente é formada por dentina, que é coberta por esmalte sobre a coroa (parte que se projeta a partir da
gengiva) e cemento sobre a raiz (parte fixada no alvéolo dental pelo periodonto). As raízes dos dentes são unidas ao osso do alvéolo
por uma suspensão espiral que forma um tipo especial de articulação fibrosa denominada sindesmose dentoalveolar ou gonfose. As
artérias alveolares superior e inferior suprem os dentes maxilares e mandibulares, respectivamente. Veias alveolares com os mesmos
nomes e distribuição acompanham as artérias. Os ramos dos nervos alveolar superior e inferior dão origem aos plexos dentais que
inervam os dentes maxilares e mandibulares.
Palato
O palato forma o céu-da-boca e é dividido em duas regiões: o palato duro (ósseo), anteriormente, e o palato mole
posteriormente. O esqueleto do palato duro é formado pelo processo palatino da maxila e pela lâmina horizontal do osso palatino. A
fossa incisiva é uma depressão na linha mediana do palato ósseo posterior aos dentes incisivos centrais, na qual se abrem os canais
palatinos. Os vasos e nervos palatinos maiores emergem a partir do forame palatino maior, na altura do 3º molar e, posteriormente a
ele, o forame palatino menor dá passagem aos vasos e nervos palatinos menores. O palato mole possui uma parte aponeurótica
(anterior) e uma parte muscular (posterior). Lateralmente, o palato mole é contínuo com a parede da faringe e é unido à língua e à
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faringe pelos arcos palatoglossos e palatofaríngeo, respectivamente. Os músculos da parte posterior do palato mole são: tensor do véu
palatino; levantador do véu palatino; palatoglossos; palatofaríngeo e músculo da úvula. Os músculos do palato mole agem de forma
que o alimento e o ar passem apenas pela boca, ou apenas pelo nariz. As tonsilas palatinas localizam-se nas fossas tonsilares, limitadas
pelos arcos palatoglossos e palatofaríngeo e pela língua. A rafe do palato, uma linha mediana que segue em sentido anteroposterior no
palato, marca o local de fusão dos processos palatinos embrionários. O palato é vascularizado pela artéria palatina maior,
principalmente, e pelas artérias palatinas menor e ascendente, que acabam por anastomosar-se. As veias do palato acompanham as
artérias e drenam principalmente para o plexo pterigoideo. Os nervos palatinos maior, menor e nasopalatino inervam a maior parte do
palato duro, a palato mole e a porção mais anterior do palato duro, respectivamente. Com exceção do tensor do véu palatino
(inervado por NC V2), todos os músculos do palato mole são inervados por ramos do plexo faríngeo.
Língua
A língua é um órgão muscular que participa na deglutição, paladar e fala. Localiza-se parcialmente na boca e parcialmente
na faringe. É fixada por seus músculos ao osso hioide, mandíbula, processos estiloides, palato mole e parede da faringe. A mucosa
dorsal é coberta por inúmeras papilas. As papilas circunvaladas, folhadas e fungiformes apresentam os calículos (botões) gustatórios. As
papilas filiformes contêm terminações nervosas aferentes sensíveis ao toque. A mucosa da parte posterior da língua não apresenta
papilas, mas uma coleção de tecido linfoide chamada tonsila lingual. A superfície inferior da língua é ligada ao assoalho da boca pelo
frênulo da língua. De cada lado do frênulo, abrem-se os óstios dos ductos submandibulares das glândulas salivares submandibulares. A
inervação sensitiva da língua ocorre da forma como se mostra na seguinte tabela:
Porção da língua Sensibilidade Geral Sensibilidade Especial (gustativa)
2/3 anteriores N. Lingual (ramo de NC V3) N. Corda do Tímpano (Ramo de NC VII)
1/3 posterior Ramo lingual de NC IX e N. laríngeo interno (Ramo de NC X)
Dos 8 músculos da língua, 4 são conhecidos como músculos extrínsecos da língua e modificam sua posição; e 4 são conhecidos
como músculos intrínsecos da língua e modificam seu formato. Os músculos extrínsecos da língua são os músculos genioglosso,
hioglosso, estiloglosso e palatoglosso. Os músculos intrínsecos são os músculos longitudinal superior, longitudinal inferior, transverso e
vertical da língua. Todos eles, exceto o palatoglosso (inervado pelo plexo faríngeo), são inervados pelo NC XII.
As artérias da língua são derivadas da artéria lingual. As artérias dorsais da língua suprem a parte posterior e as artérias
profundas da língua suprem a parte anterior. As veias da língua seguem as artérias e drenam para a VJI.
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Músculos da Língua
Intrínsecos
Músculo Origem Inserção Inervação Ação
Longitudinal Superior Tecido conjuntivo da Tecido conjuntivo da N. XII Encurta a língua;
submucosa submucosa e mucosa enrola o ápice e as
margens da língua
Longitudinal Inferior Raiz da língua Ápice da língua N. XII Encurta a língua;
desenrola o ápice e
vira-o para baixo
Transverso Septo da língua Tecido conjuntivo da N. XII Estreita e alonga a
submucosa língua
Vertical Tecido conjuntivo da Tecido conjuntivo N. XII Achata e alarga a
submucosa língua
Extrínsecos
Músculo Origem Inserção Inervação Ação
Genioglosso Espinhas genianas Corpo do hioide; toda a N. XII Protrusão da língua;
superiores extensão da língua deprime o centro da
língua
Hioglosso Cornos maior e menor Face lateral da língua N. XII Deprime a língua
do osso hioide
Estiloglosso Processo estiloide Face lateral da língua N. XII Eleva e retrai a língua
Palatoglosso Face inferior da Margem da língua N. X Deprime o palato:
aponeurose palatina movimenta o arco
palatoglosso em
direção à linha média;
eleva o dorso da
língua
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Nariz O nariz é a primeira parte das vias aéreas superiores e é responsável pelo aquecimento, umidificação e, de certa forma, pela
filtragem do ar inspirado. Ele também abriga o epitélio olfatório, que contém neurônios receptores olfatórios, responsáveis pela
detecção de moléculas odoríferas transmitidas pelo ar. O nariz pode ser subdividido em nariz externo e cavidade nasal, dividida em
duas cavidades pelo septo nasal. O esqueleto de sustentação do nariz é formado por osso e cartilagem hialina. A parte óssea do nariz
consiste nos ossos nasais, nos processos frontais das maxilas, na parte nasal do osso frontal e sua espinha nasal, e nas partes ósseas do
septo nasal. A parte cartilagínea do nariz é formada por cinco partes cartilaginosas principais. O septo nasal divide a cavidade do nariz
em duas cavidades e possui uma parte óssea (vômer e lâmina perpendicular do etmoide) e uma parte cartilagínea (cartilagem septal).
A cavidade nasal (pode se referir a toda a cavidade nasal ou apenas a uma das metades) é alcançada anteriormente através das
narinas e, posteriormente, através das coanas. A cavidade nasal é revestida por uma mucosa de íntima relação com o periósteo e o
pericôndrio dos ossos e cartilagens de sustentação do nariz e é contínua com as mucosas das outras cavidades com as quais a
cavidade nasal se comunica. Os dois terços inferiores da mucosa correspondem à área respiratória e o terço superior à área olfatória.
Os limites da cavidade nasal são:
a) Teto: dividido em três partes: frontonasal, etmoidal e esfenoidal. As partes recebem os nomes dos ossos com que se relacionam
b) Assoalho: formado pelos processos palatinos da maxila e lâminas horizontais dos ossos palatinos
c) Parede medial: formada pelo septo nasal
d) Parede lateral: são irregulares devido ás três conchas nasais que se projetam inferiormente
Relacionados com as conchas nasais, existem recessos e meatos que se comunicam com outras cavidades:
a) Recesso esfenoetmoidal: situado posterossuperiormente à concha nasal superior. Recebe a abertura do seio esfenoidal
b) Meato nasal superior: situado entre as conchas nasais superior e média, onde abrem-se as células etmoidais posteriores
c) Meato nasal médio: entre as conchas nasais média e inferior, comunica-se com o seio frontal através do hiato semilunar
d) Meato nasal inferior: situa-se abaixo da concha nasal inferior e recebe o ducto lacrimonasal
e) Meato nasal comum ou medial: parte medial da cavidade nasal entre as conchas e o septo nasal, no qual se abrem os
recessos laterais e o meato
O suprimento arterial das paredes medial e lateral da cavidade nasal provém de cinco fontes:
a) Artéria etmoidal anterior (ramo da artéria oftálmica)
b) Artéria etmoidal posterior (ramo da artéria oftálmica)
c) Artéria esfenopalatina (ramo da artéria maxilar)
d) Artéria palatina maior (ramo da artéria maxilar)
e) Ramo septal da artéria labial superior (da artéria facial)
A drenagem venosa do nariz ocorre por meio do plexo venoso submucoso, que drena para as veias esfenopalatina, facial e
oftálmica.
101
A pele do nariz é inervada pelo nervo infratroclear, pelo ramo nasal externo do nervo nasociliar e pelo ramo nasal do nervo
infraorbital. O olfato é mediado através dos nervos olfatórios. As sensações gerais a partir da túnica mucosa nasal são percebidas pelos
ramos de NC V2 e V3.
Os seios paranasais são extensões cheias de ar da parte respiratória da cavidade nasal para os ossos frontal, etmoide, esfenoide e
maxila. Os seios frontais localizam-se posteriormente aos arcos superciliares e à raiz do nariz. Cada seio frontal drena através do ducto
frontonasal para o infundíbulo etmoidal, que se abre no hiato semilunar do meato nasal médio. As células etmoidais localizam-se entre a
cavidade nasal e a órbita. As células etmoidais anteriores drenam para o meato nasal médio através do infundíbulo etmoidal; as células
etmoidais médias abrem-se diretamente no meato nasal médio; as células etmoidais posteriores abrem-se diretamente no meato nasal
superior. Os seios esfenoidais estão presentes no corpo do esfenoide e podem estender-se até as asas desse osso e abrem-se no recesso
esfenoetmoidal. Os seios maxilares ocupam os corpos das maxilas e comunicam-se com o meato nasal médio, por meio do hiato
semilunar.
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a) Carótida interna
Exercícios b) Basilar
c) Carótida externa
1) Em relação à vascularização dental e dos tecidos d) Temporal superficial
perimaxilares é incorreto afirmar que e) Tronco linguofacial
a) A artéria palatina descendente, através de seus
ramos, irriga a firomucosa palatina
9) A bifurcação da artéria carótida comum, por via de
b) Os ramos dentais das artérias alveolares penetram
regra, ocorre na altura da
as raízes dentais pelos forames apicais
a) Margem superior da cartilagem tireóidea
c) O osso mandibular apresenta um suprimento
b) Cartilagem cricoidea
sanguíneo limitado e assegurado pela artéria
c) Margem inferior da cartilagem tireóidea
alveolar inferior
d) Junção faringoesofágica
d) A maxila é menos vascularizada que a mandíbula
e) Incisura jugular
e) A artéria mentual é ramo da alveolar inferior
45) A mucosa na parte anterior da língua é rugosa devido d) A frase está parcialmente incorreta, pois a
à presença de muitas pequenas papilas linguais: deglutição inicia-se com uma fase automática,
circunvaladas; folhadas; filiformes; e fungiformes. Todas depois parte para uma fase voluntária pelos
as papilas contêm receptores gustativos nos botões dentes. A faringe serve como tubo imóvel que
gustativos. apenas passa o bolo alimentar da boca para o
a) A frase está correta esôfago
b) A frase está parcialmente incorreta, pois somente e) A frase está incorreta
as papilas circunvaladas e filiformes apresentam
receptores gustativos
c) A frase está parcialmente incorreta, pois as papilas 49) A língua é um órgão altamente muscular, que
circunvaladas, folhadas e fungiformes apresentam participa na deglutição, paladar e fala. Tem posição
receptores gustativos parcialmente oral e parcialmente faríngea e é fixada
d) A frase está parcialmente incorreta, pois as papilas por seus músculos ao osso hioide, mandíbula processos
linguais são ovoides; digitiformes; filiformes; e estiloides dos ossos temporais, palato mole e parede
fungiformes da faringe. Possui uma raiz anterior, que se apoia no
e) A frase está incorreta assoalho da boca; um corpo nos dois terços
posteriores; e um ápice que é a extremidade anterior,
que se apoia contra os dentes incisivos.
46) As glândulas sublinguais são as menores e mais a) A frase está correta
profundas glândulas salivares. Cada glândula, em b) A frase está parcialmente incorreta, pois a língua
forma de amêndoa situa-se no assoalho da boca não é um órgão muscular
entre a mandíbula e o músculo genioglosso. c) A frase está parcialmente incorreta, pois a raiz da
a) A frase está correta língua é seu terço posterior, e o corpo os dois
b) A frase está parcialmente incorreta, pois a terços anteriores
descrição é das glândulas submandibulares d) A frase está parcialmente incorreta, pois a língua
c) A frase está parcialmente incorreta, pois as não tem fixação nos processos estiloides do osso
glândulas sublinguais são as maiores glândulas temporal
salivares e) A frase está incorreta
d) A frase está parcialmente incorreta, pois as
glândulas sublinguais situam-se entre a mandíbula
e o músculo hioglosso 50) Um dente possui uma coroa, colo e raiz. A coroa
e) A frase está incorreta projeta-se a partir da gengiva. O colo está situado
entre a coroa e a raiz. A raiz está fixada no alvéolo
dental pelo periodonto; o número de raízes varia. A
47) O ducto parotídeo segue horizontalmente a partir da maior parte do dente é formada por dentina, que é
margem anterior da glândula parótida. Na margem coberta por esmalte sobre a coroa e cemento sobre a
posterior do masseter, o ducto volta-se medialmente, raiz. A cavidade pulpar contém tecido conjuntivo,
perfura o bucinador e entra na cavidade oral através vasos sanguíneos e nervos. O canal da raiz dá
de uma pequena abertura oposta ao 2º dente molar passagem a nervos e vasos que entram e saem da
maxilar. cavidade pulpar através do forame do ápice do
a) A frase está correta dente.
b) A frase está parcialmente incorreta, pois o ducto a) A frase está correta, porém vamos deixar os
parotídeo segue horizontalmente a partir da dentes com os dentistas e focar nas coisas mais
margem posterior da glândula parótida importantes
c) A frase está parcialmente incorreta, pois o ducto b) A frase está parcialmente incorreta, pois a dentina
volta-se medialmente na margem anterior do é que cobre o cemento
masseter c) A frase está parcialmente incorreta, pois mão há
d) A frase está parcialmente incorreta, pois o ducto tecido conjuntivo, vasos sanguíneos e nervos nos
perfura o risório dentes
e) A frase está incorreta d) A frase está parcialmente incorreta, pois os vasos e
nervos entram e saem da cavidade pulpar pelo
forame da base do dente
48) A cavidade oral é o local onde o alimento é ingerido e e) A frase está incorreta
preparado para digestão no estômago e intestino
delgado. O alimento é mastigado pelos dentes, e a
saliva proveniente das glândulas salivares facilita a
formação de um bolo alimentar macio. A deglutição é
iniciada voluntariamente na cavidade oral. A fase
voluntária do processo empurra o bolo da cavidade
oral para a faringe, onde ocorre a fase automática da Respostas:
deglutição. 1 D 11 B 21 B 31 A 41 C
a) A frase está correta 2 C 12 C 22 D 32 B 42 A
b) A frase está parcialmente incorreta, pois a 3 D 13 E 23 D 33 A 43 D
4 C 14 E 24 E 34 B 44 B
digestão do alimento não ocorre no estômago e
5 A 15 C 25 D 35 A 45 C
intestino delgado
6 E 16 C 26 D 36 C 46 A
c) A frase está parcialmente incorreta, pois a saliva
7 C 17 C 27 E 37 A 47 C
tem função digestória, e não ajuda na formação
8 C 18 D 28 E 38 C 48 A
do bolo alimentar, função esta dos dentes molares
9 A 19 A 29 D 39 D 49 C
e pré-molares
10 B 20 E 30 D 40 C 50 A
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Túnica Fibrosa
A esclera é a parte opaca resistente da túnica fibrosa do bulbo do olho que cobre os cinco sextos posteriores do bulbo do
olho. É o esqueleto fibroso do bulbo do olho, que confere seu formato e resistência, bem como a fixação para os músculos extrínsecos e
intrínsecos do bulbo do olho. A parte anterior da esclera corresponde ao “branco do olho” e a córnea é a parte transparente da túnica
fibrosa que cobre a sexta parte anterior do bulbo do olho.
Túnica Vascular
A corioide, uma camada marrom-avermelhada escura situada entre a esclera e a retina, forma a maior parte da túnica
vascular do olho e reveste a maior parte da esclera. Dentro desse leito vascular pigmentado e denso, os vasos maiores da lâmina
vascular estão localizados externamente. Os vasos mais finos são mais internos, adjacentes à camada fotossensível avascular da retina,
que supre com oxigênio e nutrientes. A corioide é contínua anteriormente com o corpo ciliar e fixa-se firmemente ao estrato pigmentoso
da retina, mas pode ser facilmente arrancada da esclera. O corpo ciliar une a corioide à circunferência da íris. O corpo ciliar fornece
fixação para a lente, e a contração de suas fibras musculares lisas controlam a espessura da lente. A íris é um diafragma contrátil fino
com uma abertura central, a pupila, para dar passagem à luz. A pupila altera seu diâmetro para acomodar-se à luminosidade do
ambiente, através de dois músculos involuntários: o esfíncter da pupila e o dilatador da pupila.
Túnica Interna
Macroscopicamente, a retina é formada por duas partes funcionais com locais distintos: uma parte óptica e uma parte não-
visual. A parte óptica é sensível aos raios luminosos visuais e possui dois estratos: o estrato nervoso é sensível à luz. O estrato pigmentoso é
formado por uma única camada de células que reforça a propriedade de absorção de luz da corioide na redução da dispersão da luz
no bulbo do olho. A parte cega da retina é uma continuação anterior do estrato pigmentoso e uma camada de células de sustentação
sobre o corpo ciliar (parte ciliar da retina) e a superfície posterior da íris parte irídica da retina), respecitamente.
O fundo do olho é a parte posterior do bulbo do olho. Possui uma área deprimida circular denominada disco do nervo óptico,
onde as fibras sensitivas e os vasos conduzidos pelo nervo óptico entram no bulbo do olho. Como não contém fotorreceptores, o disco
óptico não é sensível à luz. Consequentemente, essa parte da retina costuma ser denominada ponto cego. Imediatamente lateral ao
disco óptico está a macula lútea, uma pequena área oval da retina, com cones fotorreceptores especiais, especializada para
acuidade visual. No centro da mácula há uma depressão, a fóvea central, a área de visão mais aguda.
A parte óptica funcional da retina termina anteriormente ao longo da ora serrata, uma margem irregular ligeiramente posterior
ao corpo ciliar. A ora serrata marca o término anterior da parte fotossensível da retina. Com exceção dos cones e bastonetes do estrato
nervoso, a retina é suprida pela a. central da retina, ramo da a. oftálmica. Um sistema de veias retinianas une-se para formar a v. central
da retina.
Reto superior Parte superior do anel Metade anterior do Nervo Oculomotor (III) – Eleva, aduz e roda
tendíneo comum bulbo do olho, ramo superior medialmente o
superiormente bulbo do olho
Reto inferior Parte inferior do anel Metade anterior do Nervo Oculomotor (III) – Deprime, aduz e
tendíneo comum bulbo do olho, ramo inferior roda lateralmente o
inferiormente bulbo do olho
Reto medial Parte medial do anel Metade anterior do Nervo Oculomotor (III) – Aduz o bulbo do
tendíneo comum bulbo do olho, ramo inferior olho
medialmente
Reto lateral Parte lateral do anel Metade anterior do Nervo Abducente (VI) Abduz o bulbo do
tendíneo comum bulbo do olho, olho
lateralmente
Oblíquo superior Corpo do esfenoide, Quadrante posterior Nervo Troclear (IV) Deprime, aduz e
superior e medialmente externo do bulbo do roda medialmente o
ao canal óptico olho bulbo do olho
Oblíquo inferior Assoalho medial da Quadrante posterior Nervo Oculomotor (III) – Eleva, abduz e roda
órbita; maxila, externo do bulbo do ramo inferior lateralmente o bulbo
lateralmente ao sulco olho do olho
lacrimonasal
111
112
Inervação da órbita
Além do nervo óptico (NCII), os nervos da órbita incluem aqueles que atravessam a fissura orbital superior e suprem os músculos
oculares: nervos oculomotor (NC III), troclear (NC IV) e abducente (NC VI). Os três ramos terminais do nervo oftálmico, NCV1 (os nervos
frontal, nasociliar e lacrimal), atravessam a fissura orbital superior e suprem estruturas relacionadas à parte anterior da órbita, face e
couro cabeludo.
O gânglio ciliar é um pequeno grupo de corpos de neurônios parassimpáticos pós-sinápticos associados ao NC V1. Está
localizado entre o nervo óptico e o reto lateral em direção ao limite posterior da órbita. O gânglio recebe fibras nervosas de três fontes:
Fibras sensitivas de NC V1, através do ramo comunicante do nervo ciliar
Fibras parassimpáticas pré-sinápticas do NC III através da raiz parassimpática ou oculomotora do gânglio ciliar
Fibras simpáticas pós-sinápticas do plexo carótico interno através da raiz simpática do gânglio ciliar
Os nervos ciliares curtos originam-se do gânglio ciliar e são considerados ramos de NC V1. Conduzem fibras parassimpáticas e
simpáticas para o corpo ciliar. Os nervos ciliares longos, ramos do nervo nasociliar (NC V1) que seguem até o bulbo do olho, conduzem
fibras simpáticas pós-sinápticas para o dilatador da pupila e fibras aferentes da íris e da córnea.
Vascularização da órbita
O suprimento sanguíneo da órbita provém principalmente da artéria oftálmica, um ramo da artéria carótida interna. A artéria
infraorbital, um ramo da distribuição da artéria carótida externa, também leva sangue para estruturas relacionadas ao assoalho da
órbita.
A artéria central da retina perfura o nervo óptico e segue no seu interior, emergindo no disco óptico. Seus ramos espalham-se
sobre a superfície interna da retina. Os ramos terminais são artérias terminais, únicas responsáveis pelo suprimento sanguíneo da face
interna da retina. A face externa da retina também é suprida pela lâmina corioideo-capilar. As aa. ciliares posteriores curtas (ramos da
a. oftálmica) suprem diretamente a corioide, que nutre a lâmina não-vascular externa da retina. As aa. ciliares posteriores longas, uma
de cada lado do bulbo do olho, seguem entre a esclera e corioide para se anastomosarem com as aa. ciliares anteriores (ramos da a.
oftálmica) para suprir o plexo ciliar.
A drenagem venosa da órbita se faz através das vv. oftálmicas superior e inferior, que atravessam a fissura orbital superior e
entram no seio cavernoso. A veia central da retina geralmente entra diretamente no seio cavernoso, mas pode se unir a uma das veias
oftálmicas. As vv. vorticosas da lâmina vascular do bulbo do olho drenam para a v. oftálmica inferior. O seio venoso da esclera é uma
estrutura vascular que circunda a câmara anterior do bulbo do olho através da qual o humor aquoso retorna à circulação sanguínea.
113
Faringe e Laringe
Faringe
A faringe é um tubo musculomembranoso longo de 12-14 cm de comprimento moldado como um cone invertido. Estende-se
desde a base do crânio até a margem inferior da cartilagem cricoidea (ao nível de C6), onde se torna contínua com o esôfago. A
largura da faringe varia constantemente, pois é dependente do tônus muscular, especialmente dos constritores. A faringe é delimitada
acima pela parte posterior do corpo do esfenoide e pela parte basilar do osso occipital, e é contínua com o esôfago abaixo.
Posteriormente, é separada da parte cervical da coluna vertebral e da lâmina pré-vertebral que cobre os mm. longo do pescoço e
longo da cabeça por tecido conjuntivo frouxo no espaço retrofaríngeo, superiormente, e no espaço retrovesical, inferiormente. Sua
mucosa de revestimento é contínua com aquela que reveste os tubos faringotimpânicos, cavidade nasal, cavidade oral e laringe.
Os músculos da faringe são três constritores (superior, médio e inferior) circulares e três levantadores (palatofaríngeo,
estilofaríngeo e salpingofaríngeo) longitudinais. Os constritores podem ser considerados como três cones sobrepostos que surgem de
estruturas nas regiões laterais da cabeça e pescoço e passam posteriormente, inserindo-se em uma faixa fibrosa mediana, a rafe da
faringe. A faringe situa-se posteriormente às cavidades nasal, oral e laríngea, e comunica-se com elas através da nasofaringe,
orofaringe e laringofaringe, respectivamente.
A nasofaringe possui paredes rígidas (exceto o assoalho, que é em parte representado pelo palato mole), e assim nunca é
obliterada por ação muscular, ao contrário das cavidades da orofaringe e da laringofaringe. As partes nasal e oral da faringe
comunicam-se através do istmo da faringe, que se situa entre a margem posterior do palato mole e a parede faríngea posterior. A
elevação do palato mole e a constrição do esfíncter palatofaríngeo fecham o istmo durante a deglutição. As paredes laterais da
nasofaringe exibem uma série de importantes características superficiais. Em cada uma das duas paredes situa-se a abertura do tubo
faringotimpânico (tuba auditiva), situado posteroinferiormente à extremidade posterior da concha nasal inferior. À medida que o m.
levantador do véu palatino entra no palato mole, ele produz uma elevação da mucosa imediatamente ao redor do óstio faríngeo da
tuba auditiva. Uma massa variável de tecido linfoide, a tonsila tubária, situa-se na mucosa imediatamente posterior à abertura da tuba
auditiva, e ainda mais posteriormente à elevação tubária há uma depressão variável na parede lateral, o recesso faríngeo.
A orofaringe estende-se da parte inferior do palato mole até a margem superior da epiglote. Ela abre-se para a cavidade oral
através do istmo orofaríngeo. Sua parede lateral consiste no arco palatofaríngeo e tonsila palatina. Posteriormente, está ao nível dos
corpos da C2 e parte superior de C3. A parede lateral da orofaringe apresenta duas pregas proeminentes, as pregas palatoglosso e
palatofaríngea. O arco palatoglosso corre a partir do palato mole até a parte lateral da língua e contém o m. palatoglosso. O arco
palatofaríngeo projeta-se mais medialmente e passa a partir do palato mole, fundindo-se com a parede lateral da faringe e contém o
m. palatofaríngeo. Uma fossa tonsilar triangular (seio tonsilar) reside em cada lado da orofaringe entre os arcos divergentes
palatofaríngeo e palatoglosso e contém a tonsila palatina.
A laringofaringe está situada posteriormente a todo o comprimento da laringe (conhecida clinicamente como hipofaringe) e
estende-se a partir da margem superior da epiglote, onde é delineada a partir da orofaringe pelas pregas glossoepiglóticas laterais, até
a margem inferior da cartilagem cricoidea, onde se torna contínua com o esôfago. A abertura da laringe situa-se na parte superior de
sua parede anterior incompleta e as superfícies posteriores das cartilagens aritenoidea e cricoidea situam-se abaixo dessa abertura. A
abertura oblíqua da laringe encontra-se na parte anterior da laringofaringe e é delimitada acima pela epiglote, abaixo pelas
cartilagens aritenoideas da laringe e lateralmente pelas pregas ariepiglóticas. Abaixo da abertura, a parede anterior da laringofaringe é
formada pela superfície posterior da cartilagem cricoidea.
A fáscia da faringe consiste em duas camadas de fáscia, as fáscias faringobasilar e bucofaríngea. A camada fibrosa que
sustenta a mucosa faríngea é espessada acima do m. constritor superior, formando a fáscia faringobasilar. Insere-se na parte basilar do
osso occipital e parte petrosa do osso temporal medial à tuba auditiva, e à parte posterior da lâmina lateral do processo pterigoide e à
rafe pterigomandibular. Inferiormente, diminui de espessura, mas é reforçada posteriormente por uma banda fibrosa inserida ao
tubérculo faríngeo do osso occipital que desce como rafe faríngea mediana dos mm. constritores. Esta camada fibrosa é na verdade a
114
cobertura epimisial interna dos músculos e sua inserção aponeurótica à base do crânio. A parte externa mais fina do epimísio é a fáscia
bucofaríngea, que recobre o m. constritor superior e passa anteriormente sobre a rafe pterigomandibular, cobrindo o bucinador.
Vascularização da Faringe
Um ramo da a. facial, a artéria tonsilar atravessa o m. constritor superior e entra no polo inferior da tonsila. A tonsila também
recebe brotos arteriais das artérias palatina ascendente, lingual, palatina descendente e faríngea ascendente. A veia palatina externa
desce do palato mole e passa perto da superfície lateral da tonsila antes de entrar no plexo venoso faríngeo.
Inervação da Faringe
A inervação da faringe (motora e maior parte da sensitiva) deriva do plexo nervoso faríngeo. As fibras motoras no plexo são
derivadas do NC X através de seu ramo ou ramos faríngeos. Elas suprem todos os músculos da faringe e do palato mole, com exceção
do estilofaríngeo (suprido pelo NC IX) e tensor do véu palatino (Suprido pelo NC V3)
Laringe
A laringe é o complexo órgão de produção de voz (“a caixa de voz”), formada por nove cartilagens unidas por membranas e
ligamentos e contendo as pregas vocais. A laringe está situada na região anterior do pescoço ao nível de C3-6. Une a parte inferior da
faringe (laringofaringe) à traqueia.
A estrutura do esqueleto da laringe é formada por uma série de cartilagens interligadas por ligamentos e membranas fibrosas, e
movida por vários músculos. O osso hioide é inserido na laringe, porém é geralmente considerado como uma estrutura separada, e já foi
descrito na parte 1 desse módulo. As cartilagens laríngeas são as cartilagens ímpares tireóidea, cricoidea e epiglótica, e as cartilagens
pares aritenóidea, cuneiforme, corniculada e tritícea. As cartilagens corniculada, cuneiforme, tritícea e epiglótica e os ápices da
aritenóidea são compostos por fibrocartilagem elástica, com pouca tendência à calcificação. As cartilagens tireóidea, cricoidea e a
116
maior parte das cartilagens aritenóideas consistem em cartilagem hialina e podem sofrer calcificação com aspecto mosqueado à
medida que a idade avança.
A cavidade da laringe estende-se do ádito da laringe, através do qual se comunica com a laringofaringe, até o nível da
margem inferior da cartilagem cricoidea. Aqui a cavidade da laringe é contínua com a cavidade da traqueia.
Vestíbulo da laringe: entre o ádito da laringe e as pregas vestibulares
Parte média da cavidade da laringe: a cavidade central (via aérea) entre as pregas vestibulares e vocais
Ventrículo da laringe: recessos que se estendem lateralmente da parte média da cavidade da laringe entre as pregas
vestibulares e vocais. O sáculo da laringe é uma bolsa cega que se abre para cada ventrículo revestido por glândulas mucosas
Cavidade infraglótica: a cavidade inferior da laringe entre as pregas vocais e a margem inferior da cartilagem cricoidea, onde
é contínua com a luz da traqueia
As pregas vocais controlam a produção do som. O ápice de cada prega cuneiforme projeta-se medialmente para a cavidade
da laringe. Cada prega vocal contém um ligamento vocal e um músculo vocal. As pregas vocais dão origem aos sons que provém da
laringe. Essas pregas produzem vibrações audíveis quando suas margens livres estão intimamente apostas durante a fonação, e o ar é
expirado forçadamente de forma intermitente. As pregas vocais também server como o principal esfíncter inspiratório da laringe
quando são firmemente fechadas. A adução completa das pregas forma um esfíncter efetivo que impede a entrada de ar.
A glote forma as pregas e os processos vocais, juntamente com a rima da glote, a abertura entre as pregas vocais. A variação
na tensão e no comprimento das pregas vocais, na largura da rima da glote e na intensidade do esforço expiratório produz alterações
na altura da voz.
As pregas vestibulares, que se estendem entre a tireoide e as cartilagens aritenoideas, têm pequeno ou nenhum papel na
produção da voz, tendo função protetora. Consistem em duas pregas espessas de mucosa que encerram os ligamentos vestibulares. O
espaço entre esses ligamentos é a rima do vestíbulo. Os recessos laterais entre as pregas vocais e vestibulares são os ventrículos da
laringe.
Cricoaritenoideo lateral Face superior do arco Face anterior do N. laríngeo recorrente Rotação e abdução da
da cartilagem processo muscular da (ramo do N. X) cartilagem aritenóidea
cricóidea cartilagem aritenóidea
Aritenoideo transverso Margem lateral da face Margem lateral da face N. laríngeo recorrente Adução da cartilagem
posterior da cartilagem posterior da cartilagem (ramo do N. X) aritenóidea
aritenóidea aritenóidea oposta
Aritenoideo oblíquo Face posterior do Face posterior do ápice N. laríngeo recorrente Esfíncter do ádito da
processo muscular da da cartilagem (ramo do N. X) laringe
cartilagem aritenóidea aritenóidea
Vascularização da Laringe
As artérias laríngeas, ramos das aa. tireóideas superior e inferior, suprem a laringe. A artéria laríngea superior acompanha o
ramo interno do nervo laríngeo superior através da membrana tireo-hióidea e emite ramos para suprir a face interna da laringe. A artéria
cricotireóidea, um pequeno ramo da a. tireóidea superior, supre o m. cricotireóideo. A artéria laríngea inferior, um ramo da a. tireóidea
inferior, acompanha o n. laríngeo inferior (parte terminal do n. laríngeo recorrente) e supre a mucosa e os músculos na parte inferior da
laringe.
As veias laríngeas acompanham as artérias laríngeas. A veia laríngea superior geralmente se une à veia tireóidea superior e
através dela drena para a VJI. A veia laríngea inferior une-se à veia tireóidea inferior ou ao plexo venoso sobre a face anterior da
traqueia, que drena para a veia braquiocefálica esquerda.
Inervação da Laringe
Os nervos da laringe são os ramos laríngeos superior e recorrente dos NC X. O nervo laríngeo superior origina-se do gânglio
vagal inferior na extremidade superior do trígono carótico. O nervo divide-se em dois ramos terminais na bainha carótica: o n. laríngeo
interno (sensitivo e autônomo) e o n. laríngeo externo (motor). O nervo laríngeo inferior, continuação do n. laríngeo recorrente (ramo do
NC X), entra na laringe passando profundamente à margem inferior do músculo constritor inferior da faringe e medial à lâmina da
cartilagem tireóidea. Divide-se em ramos anterior e posterior, que acompanham a a. laríngea inferior até a laringe. Como supre todos os
músculos intrínsecos, com exceção do cricotireóideo, é o nervo motor primário da laringe. Entretanto, também envia fibras sensitivas
para a mucosa da cavidade infraglótica
Tireoide e Paratireoides
A glândula tireoide situa-se anteriormente na região inferior do pescoço, ao nível das vértebras C5-T1. É embainhada pela
camada pré-traqueal da fáscia cervical profunda e consiste em lobos direito e esquerdo, geralmente unidos por um ismo estreito,
mediano. Os lobos da glândula são aproximadamente cônicos, cada lodo geralmente com 5 cm de comprimento. Um lobo piramidal
cônico frequentemente sobre em direção ao osso hioide a partir do istmo ou parte adjacente de um dos outros lobos. O músculo
levantador da glândula tireoide às vezes desce a partir do corpo do hioide até o istmo ou lobo piramidal.
A glândula tireoide é suprida pelas artérias tireóideas superior e inferior e, às vezes, por uma artéria tireóidea ima proveniente
do tronco braquiocefálico ou do arco aórtico. A artéria tireóidea superior divide-se em ramos anterior (supre a superfície anterior) e
posterior (supre a superfícies lateral e medial). A artéria tireóidea inferior divide-se em ramos superior (supre a superfície inferior) e inferior
(supre a superfície posterior). A drenagem venosa da glândula tireoide é através das veias tireóideas superior, média e inferior ,que
formam um plexo venoso pré-traqueal (ou tireóideo). A inervação da glândula tireoide é somente vasomotora, derivada dos gânglios
simpáticos cervicais superiores, médios e inferiores, que chegam à glândula através dos plexos cardíaco e periarteriais tireóideos
superior e inferior.
As glândulas paratireoides são estruturas pequenas, ovoides ou lentiformes, geralmente em número de 4 (2 superiores e 2
inferiores). Ambas as glândulas paratireoides superiores e inferiores são em geral supridas pelas artérias tireóideas inferiores; a
paratireoide superior pode ser suprida pela artéria tireóidea superior ou a partir de anastomoses entre as artérias tireóidea superior e
inferior. A drenagem venosa se dá pelo plexo venoso tireóideo. A inervação das paratireoides também é vasomotora e derivada da
inervação da tireoide.
119
a) Canalículos lacrimais
b) Dúctulos excretores
16) A voz, em sua produção, depende de: c) Sacos lacrimais
a) Pressão subglótica d) Glândulas lacrimais
b) Fluxo aéreo e) Ducto lacrimonasal
c) Resistência glótica
d) Lubrificação
e) Todas as alternativas estão corretas 23) Os limites da faringe são:
a) Superiormente, corpo do etmoide e base do
etmoide
17) Sobre a laringe é incorreto afirmar que: b) Inferiormente, esôfago
a) Na criança, é mais cranial, reduzindo a c) Inferiormente, laringe
possibilidade de aspiração de corpos estranhos d) Superiormente, corpo do esfenoide e parte
b) A prega vocal na mulher é mais curta e mais petrosa do temporal
esticada por ação hormonal e) Superiormente, corpo do esfenoide e parte
c) A cartilagem cricoidea na criança encontra-se ao timpânica do temporal
nível de C3
d) Possui, dentre outras funções, a respiratória e
esfincteriana 24) Com exceção do músculo ________, todos os músculos
e) Na criança a voz é mais grave da faringe são inervados pelo NC ___.
a) Salpingofaríngeo e VII
b) Constritor médio e IX
18) Sobre músculos intrínsecos e extrínsecos da laringe é c) Constritor superior e VII
incorreto afirmar que: d) Estilofaríngeo e X
a) O cricoaritenoideo lateral é intrínseco, cuja e) Palatofaríngeo e X
adução provoca fechamento da rima da glote
b) Os infra-hioideos são extrínsecos e agem
abaixando a laringe 25) É um músculo extrínseco da laringe
c) Os supra-hioideos elevam a laringe a) Cricoaritenoideo lateral
d) Os músculos tireoaritenoideos são extrínsecos b) Cricotireoideo
e) O músculo cricoaritenoideo realiza um movimento c) Estilofaríngeo
de báscula d) Aritenoideo transverso
e) Tireoaritenoideo
30) São cartilagens da laringe que não apresentam 37) Transmitir luz, manter a retina no lugar e sustentar a
tendência à calcificação, exceto lente são funções de qual estrutura do olho?
a) Cuneiforme a) Córnea
b) Cricoidea b) Humor Aquoso
c) Tritícea c) Humor Vítreo
d) Epiglote d) Fibras Zonulares
e) Todas apresentam tendência à calcificação e) Ora Serrata
31) O tubo faringotimpânico (tuba auditiva) abre-se na 38) Dos músculos extrínsecos do olho, aquele que tem
a) Orofaringe função de aduzir, rodar lateralmente e deprimir o
b) Laringe bulbo do olho é
c) Concha nasal suprema a) Reto lateral
d) Nasofaringe b) Reto inferior
e) Laringofaringe c) Reto medial
d) Oblíquo superior
e) Reto superior
32) A fáscia faringobasilar insere-se nesses locais, exceto:
a) Asa menor do esfenoide
b) Parte basilar do occipital 39) Em uma lesão do NC III, esses sinais estarão presentes,
c) Parte petrosa do temporal exceto
d) Lâmina lateral do processo pterigoide a) Ptose palpebral
e) Rafe pterigomandibular b) Perda da adução do bulbo
c) Perda da elevação do bulbo
d) Perda da abdução do olho
33) A inervação da glândula lacrimal se dá e) Midríase
a) Pelo SNA Parassimpático através do NC VII e
Simpático pelo n. petroso profundo
b) Apenas pelo SNA Parassimpático através do NC VII 40) As cartilagens pares da laringe são ____, ____ e ____;
c) Apenas pelo SNA Simpático através do n. petroso enquanto as ímpares são ____, ____ e ____
profundo a) Tireóidea, aritenóidea e epiglótica; cricoidea,
d) Apenas pelo SNA Parassimpático através do n. corniculada e cuneiforme
petroso profundo b) Tireóidea, cricoidea e epiglótica; aritenóidea,
e) Pelo SNA Parassimpático através do NC V e corniculada e cuneiforme
Simpático pelo NC VII c) Aritenóidea, corniculada e epiglótica; tireóidea,
cricoidea e cuneiforme
34) A camada fotossensível da retina obtém nutrientes e d) Aritenóidea, corniculada e cuneiforme; tireóidea,
oxigênio através: cricoidea e epiglótica
a) Da a. ciliar anterior e) Tireóidea, aritenóidea e cuneiforme; cricoidea,
b) Dos vasos finos da corioide corniculada e epiglótica
c) Da a. orbicular maior
d) Da a. irídica anterior
e) Dos vasos maiores da corioide
Para as questões 41 a 50, avalie as frases e marque a
alternativa correta.
35) Quais artérias vascularizam a Laringe?
a) A. laríngea anterior e a. laríngea posterior 41) Quando a estimulação parassimpática causa
b) A. cricotireoidea, a. laríngea anterior e a. laríngea contração do músculo liso do corpo ciliar circular, o
posterior círculo, como um esfíncter, diminui de tamanho e a
c) A. cricoaritenoidea anterior, a. cricoaritenoidea tensão da lente é reduzida, permitindo o
posterior e a. laríngea inferior arredondamento da lente. O aumento da
d) A. cricotireoidea, a. laríngea inferior e a. laríngea convexidade torna sua refração adequada para a
superior visão de perto. Na ausência da estimulação
e) A. cricoaritenoidea anterior, a. cricoaritenoidea parassimpática, os músculos ciliares relaxam
posterior e a. laríngea novamente e a lente é tracionada e assume um
formato mais plano, para a visão de longe.
a) A frase está correta
36) A inervação da Faringe se dá b) A frase está parcialmente errada, pois a
a) Pelo n. faríngeo recorrente estimulação parassimpática relaxa as fibras do
b) Principalmente pelos ramos faríngeos recorrentes músculo liso do corpo ciliar
do NC X, com contribuições dos NC VII e VIII c) A frase está parcialmente errada, pois a
c) Pelos ramos faríngeos do NC X contração do músculo liso do corpo ciliar
d) Principalmente pelo plexo nervoso faríngeo, com aumenta a tensão sobre a lente
contribuições dos NC IX e V3 d) A frase está parcialmente errada, pois o aumento
e) Pelos nn. faríngeo recorrente superior, faríngeo da convexidade da lente adequa a visão para
recorrente inferior e faríngeo anterior, com longe
contribuições do n. laríngeo superior e) A frase está incorreta
122
42) A faringe estende-se da base do crânio até a margem a cavidade da laringe. Cada prega contém um
inferior da cartilagem cricoidea anteriormente e a ligamento vocal e um músculo vocal. As pregas
margem inferior da vértebra C6 posteriormente. A também servem como o principal esfíncter inspiratório
faringe é mais larga oposta ao hioide e mais estreita da laringe quando são firmemente fechadas.
em sua extremidade inferior, onde é contínua com a a) A frase está correta
laringe. A parede posterior plana da faringe situa-se b) A frase está parcialmente errada, pois cada prega
contra a lâmina pré-vertebral da fáscia cervical. vestibular apresenta dois ligamentos e um músculo
a) A frase está correta vocal
b) A frase está parcialmente errada, pois a faringe é c) A frase está parcialmente errada, pois a descrição
mais estreita superiormente e mais larga se refere às pregas vocais
inferiormente d) A frase está parcialmente errada, pois cada prega
c) A frase está parcialmente errada, pois a faringe é vestibular apresenta um ligamento e dois músculos
contínua inferiormente com o esôfago vocais
d) A frase está parcialmente errada, pois a parede e) A frase está incorreta
posterior da faringe é irregular e contém massas
de tecido linfoide (tonsilas)
e) A frase está incorreta 47) As articulações cricoaritenoideas são um par de
articulações sinoviais entre as facetas sobre as partes
laterais da margem superior da lâmina da cartilagem
43) A parte laríngea da faringe está situada anteriormente cricoidea e as bases das aritenóideas. Cada
à laringe, estendendo-se da margem superior da articulação é envolta por um ligamento capsular e
epiglote e das pregas faringoepiglóticas até a reforçada por um ligamento que, embora
margem inferior da cartilagem cricoidea. tradicionalmente denominado ligamento
a) A frase está correta cricoaritenoideo posterior, é em grande medida de
b) A frase está parcialmente errada, pois a posição medial
laringofaringe estende-se até a margem inferior a) A frase está correta
da epiglote b) A frase está parcialmente errada, pois as
c) A frase está parcialmente errada, pois a articulações cricoaritenoideas são sindesmoses
laringofaringe está situada posteriormente à c) A frase está parcialmente errada, pois o ligamento
laringe cricoaritenoideo posterior não reforça a cápsula
d) A frase está parcialmente errada, pois a articular
laringofaringe está situada entre as cartilagens d) A frase está parcialmente errada, pois as
aritenóideas e parte superior da cartilagem articulações cricoaritenoideas são articulações
cricoidea entre as facetas sobre as partes mediais da
e) A frase está incorreta margem superior da cartilagem cricoidea e as
bases das aritenóideas
e) A frase está incorreta
44) Os mm. constritores da faringe possuem um
revestimento fascial interno forte, a fáscia
faringobasilar, e um revestimento fascial externo fino, a 48) A íris é um diafragma contrátil fino com uma abertura
fáscia bucofaríngea. Inferiormente, a fáscia central, a pupila. Dois músculos involuntários controlam
bucofaríngea funde-se com a lâmina pré-traqueal de o tamanho da pupila: o esfíncter da pupila, estimulado
fáscia cervical. pelo simpático, fecha a pupila; e o dilatador da
a) A frase está correta pupila, estimulado pelo parassimpático, abre.
b) A frase está parcialmente errada, pois a fáscia a) A frase está correta
faringobasilar é externa b) A frase está parcialmente errada, pois o esfíncter
c) A frase está parcialmente errada, pois a fáscia da pupila abre a pupila; e o dilatador da pupila,
bucofaríngea é interna fecha
d) B e C estão corretas c) A frase está parcialmente errada, pois o esfíncter
e) A frase está incorreta da pupila é estimulado pelo parassimpático; e o
dilatador da pupila é estimulado pelo simpático
d) B e C estão corretas
45) Os músculos adutores e abdutores da laringe e) A frase está incorreta
movimentam as pregas vocais para abrir e fechar a
rima da glote. Os principais músculos adutores da
laringe são os cricoaritenoideos posteriores, e os únicos 49) A mácula lútea representa o ponto cego do olho.
abdutores são os cricoaritenoideos laterais. Nela, existe uma concentração de vasos que se
a) A frase está correta ramificam com vasos finos, a partir dos quais a retina
b) A frase está parcialmente errada, pois os mm. retira seus nutrientes e oxigênio
cricoaritenoideos posteriores são os únicos a) A frase está correta
abdutores da laringe b) A frase está parcialmente errada, pois a mácula
c) A frase está parcialmente errada, pois os mm. lútea não representa o ponto cego do olho
cricoaritenoideos laterais são os principais c) A frase está parcialmente errada, pois não há
adutores da laringe concentração de vasos na mácula lútea
d) B e C estão corretas d) A frase está parcialmente errada, pois a retina não
e) A frase está incorreta retira nutrientes e oxigênio a partir de vasos da
mácula lútea
e) A frase está incorreta
46) As pregas vestibulares controlam a produção de som.
O ápice de cada prega projeta-se medialmente para
123
Respostas:
1 D 11 C 21 E 31 D 41 A
2 B 12 A 22 B 32 A 42 C
3 D 13 C 23 D 33 A 43 C
4 B 14 D 24 D 34 B 44 A
5 D 15 C 25 C 35 D 45 D
6 E 16 E 26 E 36 D 46 C
7 C 17 E 27 B 37 C 47 A
8 B 18 D 28 B 38 B 48 C
9 D 19 D 29 C 39 D 49 E
10 C 20 D 30 B 40 D 50 A
124
Tórax...............................................................................................125 Exercícios............................................................................................157
Coluna Vertebral .......................................................................125 Peritônio e Formações Peritoneais.............................................. 161
Vértebras Torácicas...................................................................126 Peritônio .............................................................................................161
Vértebras Lombares ..................................................................127 Formações Peritoneais ...................................................................161
Tórax O tórax é a parte superior do tronco. É constituído por uma caixa musculoesquelética externa, a parede torácica, e por uma
cavidade interna que contém o coração, os pulmões, o esôfago, a traqueia, o timo, os nervos vago e frênico, os troncos simpáticos
direito e esquerdo, o ducto torácico e os principais vasos sanguíneos sistêmicos e pulmonares. Inferiormente, o tórax é separado da
cavidade abdominal pelo diafragma e superiormente comunica-se com o pescoço e com os membros superiores.
O esqueleto do tórax é formado por 12 vértebras torácicas e seus discos intervertebrais interpostos, 12 pares de costelas e suas
cartilagens costais e o esterno. Lateralmente, a caixa torácica é convexa e formada por costelas, enquanto anteriormente é levemente
côncava e formada pelo esterno e pelas partes distais das costelas e de suas cartilagens costais. Os primeiros 7 pares de costelas estão
conectados ao esterno pelas cartilagens costais, as cartilagens costais das costelas 8-10 geralmente se articulam com a cartilagem
suprajacente e as costelas 11 e 12 são livres. As costelas e as cartilagens costais estão separadas pelos espaços intercostais, que são
mais profundos anteriormente e entre as costelas superiores. Cada espaço intercostal está preenchido por 3 camadas de músculos
planos e suas aponeuroses, feixes neurovasculares e canais linfáticos.
A abertura superior do tórax é limitada pelo corpo vertebral da primeira vértebra torácica posteriormente, pela margem medial
das primeiras costelas de cada lado e pela margem superior do manúbrio do esterno anteriormente. Está inclinada para baixo e para
frente, de modo que o ápice do pulmão se estenda para cima e para dentro do pescoço. A abertura inferior do tórax é limitada
posteriormente pelo corpo vertebral da 12ª vértebra torácica, posterolateralmente pela 12ª costela e extremidade distal da 11ª costela,
anterolateralmente pela extremidade distal das cartilagens costais das costelas 7-10 (margem costal) e anteriormente pelo processo
xifoide.
Coluna Vertebral
A coluna vertebral em um adulto é formada normalmente por 32 a 34 vértebras, organizadas em cinco regiões:
7 cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e 3 a 5 coccígeas. Didaticamente, pode-se separar o segmento torácico em 2
subsegmentos, um com 7 vértebras e o outro com 5. Assim a sequência de vértebras fica 7-7-5-5-5-4 (mais fácil de lembrar)
Só há movimento significativo entre as 25 vértebras. Das 9 vértebras inferiores, as 5 vértebras sacrais estão fundidas em adultos
formando o sacro e, após aproximadamente 30 anos de idade, vértebras coccígeas se fundem para formar o cóccix. O ângulo
lombossacral situa-se na junção dos eixos longitudinais da região lombar da coluna vertebral e do sacro. As vértebras tornam-se maiores
gradualmente à medida que a coluna vertebral desce até o sacro e depois se tornam progressivamente menores em direção ao ápice
do cóccix. A mudança de tamanho está relacionada com a carga de peso crescente sobre as vértebras. As vértebras atingem seu
tamanho máximo no sacro, que transfere o peso para o cíngulo do membro inferior nas articulações sacroilícas.
As vértebras normalmente variam em tamanho e outras características de uma região da coluna vertebral para outra, e em
menor grau dentro de cada região. Entretanto, sua estrutura básica é a mesma. Uma vértebra é formada por um corpo vertebral, um
arco vertebral e sete processos.
O corpo vertebral é a parte anterior do osso, maior, aproximadamente cilíndrica, que confere resistência à coluna vertebral e
sustenta o peso do corpo. O tamanho dos corpos vertebrais aumenta nas regiões inferiores da coluna, principalmente de T4 para baixo,
pois cada um sustenta uma parte progressivamente maior do peso corporal.
126
O arco vertebral está situado posteriormente ao corpo vertebral e consiste em dois pedículos e lâminas (direitos e esquerdos).
Os pedículos são processos cilíndricos sólidos e curtos que se projetam posteriormente do corpo vertebral para encontrar duas placas
ósseas largas e achatadas, denominadas lâminas, que se unem na linha mediana. O arco vertebral e a superfície posterior do corpo
vertebral formam as paredes do forame vertebral. A sucessão de forames vertebrais na coluna vertebral forma o canal vertebral (canal
medular), que contém a medula espinal e as raízes dos nervos espinais, juntamente com as meninges, gordura e vasos que as
circundam e servem. As incisuras vertebrais são entalhes observados em vista lateral das vértebras acima e abaixo de cada pedículo. A
incisura vertebral inferior da vértebra superior e a incisura vertebral superior da vértebra inferior formam os forames intervertebrais, nos
quais estão localizados os gânglios sensitivos dos nervos espinais e através dos quais os nervos espinais emergem da coluna vertebral
com seus vasos associados.
Sete processos originam-se do arco vertebral de uma vértebra:
Um processo espinhoso mediano projeta-se posteriormente (e, geralmente, superpõe-se à vértebra inferior) a partir do arco
vertebral na junção das lâminas
Dois processos transversos projetam-se posterolateralmente a partir das junções dos pedículos e lâminas
Quatro processos articulares, dois superiores e dois inferiores também originam-se das junções dos pedículos e lâminas,
cada um com uma face articular
Através dos processos articulares, as vértebras articulam-se umas com as outras. A disposição (horizontal, vertical, sagital e coronal)
desses processos determina a direção dos movimentos que essas vértebras possibilitam. A seguir, vamos estudar as peculiaridades dos
tipos de vértebra.
Vértebras Torácicas
As vértebras torácicas estão localizadas na parte superior do dorso e fornecem fixação para as costelas. A característica
primária delas é a presença das fóveas costais para articulação com as costelas. As vértebras T5-T8 possuem todas as características
típicas das vértebras torácicas. Os processos articulares das vértebras torácicas estendem-se verticalmente com pares de faces
articulares, com orientação quase coronal, que definem um arco centralizado no disco IV. Esse arco permite rotação e algum grau de
flexão lateral da coluna vertebral (o maior grau de rotação ocorre aqui).
As vértebras T1-T4 possuem algumas características em comum com as vértebras cervicais. T1 é atípica em relação às vertebras
torácicas porque possui um processo espinhoso longo, quase horizontal. Também possui uma fóvea costal completa na margem
superior de seu corpo para a 1ª costela e uma hemifóvea em sua margem inferior que contribui para a superfície articula para a 2ª
costela.
T9-T12 possuem algumas características de vértebras lombares, incluindo tubérculos semelhantes aos processos acessórios e
mamilares das vértebras lombares. T12 apresenta, em sua metade superior, caráter torácico, possuindo fóveas costais e processos
articulares que permitem movimento basicamente giratório, enquanto sua metade inferior tem caráter lombar, sem fóveas costais e
com processos articulares que permitem apenas flexão e extensão.
127
Vértebras Lombares
As vértebras lombares estão localizadas na região lombar entre o tórax e o sacro. Como o peso que sustentam aumenta em
direção à extremidade inferior da coluna vertebral, as vértebras lombares têm corpos grandes. Seus processos articulares estendem-se
verticalmente, com as faces articulares orientadas sagitalmente no início, mas passando a uma orientação mais coronal à medida que
a coluna desce. Nas articulações superiores com orientação mais sagital, as faces dos processos inferiores da vértebra acima, voltadas
lateralmente, são “seguras” pelas faces voltadas medialmente dos processos superiores da vértebra abaixo, de forma que facilita a
flexão e extensão, permite a flexão lateral, mas impede a rotação. Os processos transversos projetam-se um pouco
posterosuperiormente e também lateralmente. Na superfície posterior da base de cada processo transverso há um pequeno processo
acessório, que permite fixação muscular. Na superfície posterior dos processos articulares superiores há processos mamilares, que
também permitem fixações musculares.
128
A vértebra L5 é a maior de todas as vértebras móveis, sustenta o peso de toda a parte superior do corpo. Apresenta corpo e processo
transverso grande. Seu corpo é bem mais profundo anteriormente; portanto, é amplamente responsável pelo ângulo lombossacral entre
o eixo longitudinal da região lombar da coluna vertebral e do sacro.
Disco Intervertebral
Cada disco IV é formado por um anel fibroso, uma parte fibrosa externa, composta de lamelas concêntricas de
fibrocartilagem, e uma massa central gelatinosa, denominada núcleo pulposo. O anel fibroso é um anel formado por lamelas
concêntricas de fibrocartilagem que formam a circunferência do disco IV. O núcleo pulposo é o núcleo central do disco IV. No recém-
nascido, esse núcleo é constituído basicamente de água e a quantidade de água diminui com o avanço da idade. Como as lamelas
do anel fibroso são mais finas e menos numerosas posteriormente do que anterolateralmente, o núcleo fica levemente deslocado em
sentido posterior. O núcleo é avascular, recebe sua nutrição por difusão de vasos sanguíneos na periferia do anel fibroso e do corpo
vertebral.
Subcostais Face interna das Margem superior da 2ª N. Intercostal Mesma ação dos
costelas inferiores perto ou da 3ª costela mm. intercostais
de seus ângulos abaixo internos
Transverso do Tórax Face posterior da Face interna das 2ª-6ª N. Intercostal Deprime levemente
parte inferior do cartilagens costais as costelas
esterno
Levantador da costela Processos transversos Costelas subjacentes Ramos primários Eleva as costelas
de T7-11 entre o tubérculo e o posteriores de C8-T11
ângulo
Serrátil Posterior Superior Ligamento nucal, Margens superiores da 2º ao 5º nn. Intercostais Eleva as costelas
processos espinhosos 2ª-4ª costelas
de C7-T3
Serrátil Posterior Inferior Processos espinhosos Margens inferiores das Ramos anteriores de Deprime as costelas
de T11-L2 costelas 8-12, perto de T9-12
seus ângulos
130
À esquerda, artérias da parede torácica e da parte torácica da aorta; à direita, veias da parede do tórax e sistema ázigo.
Parede Anterolateral do
Abdome A Parede Anterolateral do Abdome é limitada superiormente pelas cartilagens das costelas 7-10 e processo xifoide do esterno e
inferiormente pelo ligamento inguinal e margens superiores das faces anterolaterais do cíngulo do membro inferior. Ela se sobrepõe e
está conectada tanto à parede abdominal posterior como aos tecidos paravertebrais. Ela forma uma lâmina contínua, porém flexível,
de tecido através das faces anterior e laterais do abdome. A parede é formada por pele e tecido subcutâneo, que pode ser dividido
em várias camadas (veja na imagem). Camper – fáscia intermediária de revestimento; Scarpa – estrato membranáceo. Ela tem um
papel importante na manutenção do formato do abdome e está envolvida em muitas atividades fisiológicas. Os tecidos da parede
abdominal anterior formam o canal inguinal que conecta a cavidade abdominal ao escroto em homens ou os lábios maiores em
mulheres, e também forma o umbigo. O tegumento da parede anterolateral do abdome inclui a pele, os tecidos moles, as estruturas
linfáticas e vasculares e os nervos segmentares.
131
A fáscia superficial da parede abdominal consiste principalmente em uma camada única que contém uma quantidade
variável de gordura, sendo uma das áreas nas quais o excesso de gordura é armazenado durante períodos de obesidade,
especialmente em homens. Ela se localiza entre a pele e os músculos da parede abdominal anterior. Na parte inferior, a fáscia se
diferencia em camada adiposa superficial (fáscia de Camper) e camada membranácea profunda (fáscia de Scarpa), entre as quais se
encontram os vasos e os nervos superficiais e, na região da virilha, os linfonodos inguinais superficiais.
A fáscia transversal é uma camada delgada de tecido conjunto localizada entre a superfície interna do músculo transverso do
abdome e a gordura extraperitoneal. Ela é parte da camada geral de fáscia entre o peritônio e a parede abdominal. Posteriormente, é
contínua com a camada anterior da fáscia toracolombar e forma uma lâmina contínua anteriormente. Inferiormente, ela é contínua
com as fáscias ilíaca e pélvica e superiormente se funde com a cobertura fascial da superfície inferior do diafragma. Anteriormente aos
vasos femorais, a fáscia estende-se para baixo para formar a parte anterior da bainha femoral. Neste ponto a fáscia é reforçada por
fibras, que se arqueiam transversalmente, constituindo o arco crural profundo. As fibras curvas do arco crural profundo espessam a parte
inferomedial da borda do anel inguinal profundo. O cordão espermático, no homem, ou o ligamento redondo do útero, na mulher,
passam através da fáscia transversal no anel inguinal profundo. A fáscia espermática interna, contínua com a fáscia transversal,
circunda o testículo e se funde com o tecido conjuntivo frouxo sobre a camada parietal da túnica vaginal: ela pode conter fibras
musculares lisas.
O tecido conjuntivo extraperitoneal é uma camada de tecido conjuntivo frouxo que se localiza entre o peritônio e as fáscias
que recobrem as cavidades abdominal e pélvica.
Para propósitos descritivos, o abdome pode ser dividido por várias linhas horizontais e verticais imaginárias, traçadas com o uso
de marcos anatômicos esqueléticos do tórax e do abdome, em 9 regiões arbitrárias. Essas regiões são utilizadas na prática para a
localização descritiva da posição de uma massa ou a localização da dor do paciente e também pode ser utilizado na descrição da
localização de uma víscera abdominal. As 9 regiões formadas são: epigástrio; hipocôndrios direito e esquerdo; central (umbilical);
laterais (lombares) direita e esquerda; púbica (hipogástrio); inguinais direita e esquerda.
132
133
Transverso do abdome Faces internas das Linha alba, crista Nn. toracoabdominais Comprime e sustenta
cartilagens costais 7-12, púbica e linha (ramos anteriores dos 6 as vísceras
fáscia toracolombar, pectínea do púbis nervos torácicos abdominais
crista ilíaca e terço através de tendão inferiores) e primeiros
lateral do ligamento conjunto nervos lombares
inguinal
Oblíquo interno Fáscia toracolombar, Margens inferiores das Nn. toracoabdominais Comprime e sustenta
dois terços anteriores costelas 10-12, linha (ramos anteriores dos 6 as viscerais, flexiona e
da crista ilíaca e alba e linha pectínea nervos torácicos roda o tronco
metade lateral do do púbis através de inferiores) e primeiros
ligamento inguinal tendão conjunto nervos lombares
Oblíquo Externo Faces externas das Linha alba, tubérculo Nn. toracoabdominais Contribui para a
costelas 5-12 púbico e metade (ramos anteriores dos 5 manutenção do
nervos torácicos tônus abdominal e
inferiores) e n. subcostal aumenta a pressão
intra-abdominal e a
flexão lateral do
tronco
Piramidal Face anterior do púbis Linha alba Nn. toracoabdominais Tenciona a Linha
e Ligamento púbico Alba
anterior
A Linha Alba separa as bainhas do reto bilateralmente, ela dá passagem a pequenos nervos e vasos para a pele. Subjacente
ao umbigo, ela contém o anel umbilical, através do qual os vasos umbilicais fetais entravam e saíam do cordão umbilical e da
placenta. Todas as camadas da Parede Anterolateral do Abdome se fundem no umbigo.
135
As depressões laterais às pregas umbilicais são as fossas peritoneais, e cada uma é um local de possível hérnia.
Fossas supravesicais entre as pregas umbilicais medianas e mediais. O nível da fossa supravesical sobe e desce com o
enchimento/esvaziamento da bexiga.
Fossas inguinais mediais entre as pregas umbilicais mediais e laterais, comumente denominadas de trígono inguinais (trígono de
Hesselbach).
Fossas inguinais laterais, laterais às pregas umbilicais laterais, incluem os anéis inguinais profundos.
A parte supra umbilical da face interna da parede anterior do abdome possui uma reflexão peritoneal com orientação sagital,
o ligamento falciforme do fígado. Encerra o ligamento redondo do fígado e veias paraumbilicais em sua margem livre inferior.
Região Inguinal
A região inguinal é a região compreendida entre a Espinha Ilíaca ântero-superior e o tubérculo púbico. É a região onde a
maioria das hérnias abdominais ocorre.
Ligamento Inguinal e Trato Iliopúbico
O ligamento inguinal e o trato iliopúbico se estendem da Espinha Ilíaca ântero-superior até o tubérculo púbico e constituem um
retináculo anterior bilaminar da articulação do quadril. O retináculo cobre o espaço subinguinal, através do qual passam os flexores do
quadril e as estruturas neurovasculares que servem à grande parte do membro inferior.
O ligamento inguinal é uma faixa densa que constitui a parte mais inferior da aponeurose do músculo oblíquo externo. Embora
a maioria das fibras da extremidade medial do ligamento se insira no tubérculo púbico, algumas seguem outros trajetos. Algumas fibras
seguem para se fixarem ao ramo superior do púbis, formando o ligamento lacunar. As fibras mais laterais continuam ao longo da linha
137
pectínea do púbis, como o ligamento pectíneo. Algumas fibras se abrem em leque para cima, para se fundirem com as fibras inferiores
da aponeurose do músculo oblíquo externo e formam o ligamento inguinal refletido.
O trato iliopúbico é a margem inferior espessa da fáscia transversal, reforça a parede posterior e o assoalho do canal inguinal,
enquanto une as estruturas que atravessam o espaço subinguinal.
O ligamento inguinal e o trato iliopúbico cobrem uma área de fraqueza inata na parede do corpo na região inguinal
denominada orifício miopectíneo, que é o local de hérnias inguinais.
Canal Inguinal
O canal inguinal é uma passagem oblíqua com cerca de 4cm de comprimento, que segue em sentido ínfero-medial através
da parte inferior da parede ântero-lateral do abdome. O principal ocupante do canal inguinal é o funículo espermático em homens e o
ligamento redondo do útero em mulheres. Também contém vasos e o nervo ilioinguinal em ambos os sexos. O canal inguinal possui uma
abertura em cada extremidade:
Anel inguinal profundo: Através dessa abertura, o ducto deferente e os vasos testiculares no homem ou o ligamento redondo
do útero na mulher entram no canal inguinal.
138
Anel inguinal superficial: É a saída pela qual o funículo espermático em homens, ou o ligamento redondo em mulheres, emerge
do canal inguinal.
O tendão conjunto (foice inguinal) é uma formação que ocorre na fusão das fibras tendíneas inferiores do músculo oblíquo
interno e as fibras aponeurótica do músculo transverso do abdome. Insere-se na crista púbica, podendo fixar-se também na linha
pectínea. O tendão cruza o plano do anel inguinal superficial e reforça a porção medial da parede posterior do canal inguinal.
Ilíaco (parte do Iliopsoas*) Crista ilíaca, fossa Tendão do psoas N. Femoral Atua em conjunto
ilíaca, asa do sacro e maior, trocanter menor com o psoas maior
ligamentos sacroilíacos e fêmur
anteriores
Quadrado lombar Metade medial da Ligamento iliolombar e Ramos anteriores de Estende e flete
margem inferior da 12ª lábio interno da crista T12 e L1-4 lateralmente a
costela e extremidades ilíaca coluna vertebral
dos processos
transversos lombares
*O músculo iliopsoas foi estudado no primeiro módulo, em estudo do membro inferior, lá foram evidenciadas as funções ligadas aos
MMII, aqui são evidenciadas as funções relacionadas à parede posterior do abdome
4) O sistema ázigo é composto pelas seguintes veias 12) A coluna vertebral, no sentido craniocaudal, divide-se
a) Ázigo respectivamente em regiões
a) Cervical, lombar, torácica, sacral e coccígea
b) Hemiázigo
b) Torácica, lombar, cervical, sacral e coccígea
c) Hemiázigo acessória
c) Cervical, torácica, sacral, lombar e coccígea
d) Braquiocefálica
d) Cervical, torácica, lombar, sacral e coccígea
e) A, B e C estão corretas
e) Lombar, cervical, torácica, sacral e coccígea
5) A maior parte do sangue do dorso e das paredes
torácica e abdominal é drenada por veias situadas ao 13) As articulações dos corpos vertebrais e dos arcos
longo dos corpos vertebrais e que constituem o vertebrais das vértebras são, respectivamente,
sistema classificadas como
a) Sindesmoses e Sínfises
a) Cava
b) Sínfises e Sinoviais planas
b) Jugular
c) Sinoviais planas e Sindesmoses
c) Coronário
d) Gonfoses e Sincondroses
d) Ázigo
e) Sincondroses e Sinoviais selares
e) Ilíaco
6) Sobre o abdome pode-se afirmar que 14) As artérias que vascularizam a parede posterior do
a) Faz parte do tronco abdome são os ramos
b) Se situa entre o tórax, superiormente, e a pelve, a) Superiores da Aorta Abdominal
b) Pares e Ímpares Viscerais da Aorta Torácica
inferiormente
c) Pares e Ímpares Viscerais da Aorta Abdominal
c) O esqueleto situado nessa região está
d) Anteriores da Aorta Abdominal
representado pelas vértebras lombares e seus
e) Pares e Ímpares Parietais da Aorta Abdominal
discos intervertebrais
d) A cavidade abdominal está separada da torácica
15) A aorta abdominal é uma continuação da aorta
pelo músculo diafragma
e) Todas as alternativas estão corretas torácica. Inicia-se no hiato aórtico do diafragma, ao
nível do disco IV entre ___ e ___ e termina
7) As aponeuroses dos três músculos largos da parede aproximadamente na altura da vértebra ___. Assinale
a alternativa que preenche corretamente as lacunas
abdominal formam a bainha do músculo reto do
a) T11 e T12; L5
abdome e na linha mediana anterior se entrelaçam
b) T12 e L1; L4
com as do lado contralateral constituindo uma rafe
c) T10 e T11; L5
longitudinal mediana, denominada
d) T11 e T12; L4
a) Linha alba
e) T12 e L1; L3
b) Linha semilunar
c) Linha arqueada
d) Linha pectínea 16) O único ramo parietal ímpar da aorta abdominal é a
e) Linha solear artéria:
a) Esplênica
b) Gastroduodenal
8) Sobre o esqueleto do tórax é correto afirmar que
c) Suprarrenal média
a) O osso esterno possui três segmentos no sentido
d) Lombar
craniocaudal: manúbrio, corpo e processo xifoide
e) Sacral mediana
b) As vértebras torácicas são em número de sete
c) As costelas são em número de 12
d) As vértebras cervicais são em número de oito
e) As costelas são ossos pneumáticos
141
17) O canal inguinal na mulher é atravessado 25) Sobre hérnias inguinais, assinale a alternativa que
a) Pelo n. ilioinguinal e a. ovárica mostra, característica da hérnia inguinal direta e
b) Pelo n. pudendo e ligamento largo do útero indireta, respectivamente
c) Pelo n. ilioinguinal e a. epigástrica inferior a) Origem: Congênita; Adquirida
d) Pelo n. ilioinguinal e ligamento redondo do útero b) Saída da cavidade abdominal: Peritônio da fáscia
e) Pelo n. ilioinguinal e funículo espermático transversal; peritônio da fáscia oblíqua externa
c) Trajeto: atravessa o canal inguinal dentro do
18) O canal inguinal no homem é travessado processo vaginal; atravessa o canal inguinal
a) Somente pelo n. ilioinguinal externamente ao vestígio do processo vaginal
b) Pelo ducto deferente e n. pudendo d) Frequência: Menos comum; mais comum
c) Pelo funículo espermático e n. ilioinguinal e) Saída da parede anterior do abdome: através do
d) Somente pela a. testicular anel profundo; através do anel superficial
e) Pela a. obturatória
26) Assinale a alternativa correta sobre a face interna da
19) São características das vértebras lombares, exceto parede anterolateral do abdome
a) Corpo reniforme (em forma de rim) a) A fossa supravesical situa-se entre as pregas
b) Processo espinhoso curto e quadrilátero umbilicais mediana e lateral
c) Fóveas costais b) As pregas umbilicais mediais situam-se sobre os
d) Facetas articulares situadas em plano anterior e vasos epigástricos inferiores
posterior c) As pregas umbilicais laterais situam-se sobre os
e) Processo espinhoso situado no mesmo plano ligamentos umbilicais laterais
horizontal do corpo vertebral d) A prega um umbilical mediana situa-se sobre o
ligamento umbilical mediano
20) Sobre os discos intervertebrais é incorreto o que se e) As fossas inguinais mediais situam-se entre as
afirma em pregas umbilicais mediana e lateral
a) Se situam entre os corpos das vértebras,
promovendo união, alinhamento e certa 27) Assinale a alternativa incorreta sobre a face interna da
mobilidade parede anterolateral do abdome
b) São coxins compressíveis de fibrocartilagem a) As fossas inguinais mediais situam-se entre as
c) Possuem uma parte periférica denominada anel pregas umbilicais mediais e laterais
fibroso, constituída por anéis concêntricos mais b) O ligamento falciforme do fígado é uma reflexão
fibrosas que cartilagíneos peritoneal com orientação coronal
d) Possuem uma parte central, com predomínio c) As fossas inguinais mediais são também chamadas
cartilagíneo, chamado de núcleo pulposo de trígonos de hasselbach
e) Durante a vida, a rigidez do núcleo pulposo tende d) As fossas inguinais laterais situam-se laterais às
a diminuir progressivamente, em virtude da pregas umbilicais laterais
redução do colágeno e) As fossas supravesicais sobem e descem com o
enchimento/esvaziamento da bexiga
21) A artéria torácica interna é ramo da
a) Axilar 28) A parede posterior do terço médio do canal inguinal
b) Subclávia corresponde a(o):
c) Subcostal a) Fáscia transversal
d) Intercostal superior b) Aponeurose do M. Oblíquo Interno
e) Intercostal posterior c) Aponeurose do M. Oblíquo Externo
d) Ligamento Inguinal
22) A articulação esternoclavicular é uma articulação do e) Trato Iliopúbico
tipo
a) Sinovial plana 29) Assinale a alternativa que marca erroneamente a
b) Sincondrose relação entre limite/parede do canal inguinal e
c) Sínfise estrutura
d) Sinovial selar a) Parede posterior do anel profundo; Fáscia
e) Sinovial esferoide Transversal
b) Parede anterior do terço médio; Aponeurose do
23) São características de uma vértebra torácica, exceto M. Oblíquo Externo
a) Faces articulares superiores em direção posterior e c) Teto do anel profundo Trato Iliopúbico
ligeiramente lateral d) Assoalho do anel superficial: Aponeurose do M.
b) Faces articulares inferiores em direção anterior e Oblíquo Externo
ligeiramente medial e) Todas as alternativas estão corretas
c) Corpo pequeno mais largo látero-lateralmente do
que anteroposteriormente 30) Não faz parte da parede posterior do abdome
d) Forame vertebral circular a) Diafragma
e) Processos espinhosos longos e inclinados b) Músculo reto do abdome
posteroinferiormente c) Fáscia toracolombar
d) Músculos oblíquos
24) As artérias intercostal suprema e torácica superior são e) Músculo transverso do abdome
ramos, respectivamente, das artérias
a) Subclávia e aorta 31) Assinale a alternativa que traz uma correspondência
b) Ambas são ramos da subclávia incorreta sobre a parede posterior do abdome
c) Axilar e aorta a) Fáscia do m. iliopsoas e ligamento arqueado
d) Ambas são ramos da aorta medial (formação)
e) Subclávia e axilar b) Lâmina anterior da aponeurose toracolombar e m.
quadrado do lombo (revestimento)
c) Fáscia do m. quadrado do lombo e ligamento
arqueado lateral (formação)
142
42) A bainha do músculo reto é o compartimento fibroso c) A frase está parcialmente incorreta pois nem
incompleto e forte dos músculos reto do abdome e todas artérias intercostais posteriores são ramos da
piramidal. A bainha é formada pela decussação e aorta torácica
pelo entrelaçamento das aponeuroses dos músculos d) A frase está parcialmente incorreta pois a artéria
planos do abdome. intercostal posterior (e seu ramo) é pequena; a
a) A frase está correta artéria intercostal anterior é maior
b) A frase está parcialmente incorreta pois a bainha e) A frase está incorreta
do músculo reto não é um compartimento
incompleto 46) Os músculos toracoapendiculares são músculos do
c) A frase está parcialmente incorreta pois o músculo membro superior que se fixam à caixa torácica. Os
piramidal não participa da formação da bainha músculos toracoapendiculares romboide maior,
do músculo reto romboide menor, latíssimo do dorso e serrátil anterior
d) A frase está parcialmente incorreta pois não há atuam como acessórios durante a respiração.
entrelaçamento de aponeuroses na formação da a) A frase está correta
bainha do músculo reto, senão uma difícil b) A frase está parcialmente incorreta, pois os
determinação de onde uma aponeurose passa músculos toracoapendiculares não atuam na
para o plano anterior e outra passa para o plano respiração
posterior c) A frase está parcialmente incorreta, pois os
e) A frase está incorreta músculos toracoapendiculares que atuam na
respiração são os peitorais maior e menor, serrátil
43) O ligamento inguinal é uma faixa densa que constitui a anterior e latíssimo do dorso
parte mais inferior da aponeurose do músculo oblíquo d) A frase está parcialmente incorreta, pois o
externo. O trato iliopúbico é a margem inferior espessa músculo latíssimo do dorso não é um músculo
da fáscia transversal. O ligamento inguinal e o trato toracoapendicular
iliopúbico cobrem uma área de fraqueza inata na e) A frase está incorreta
região inguinal denominada orifício miopectíneo.
a) A frase está correta 47) O ligamento inguinal é um espessamento da
b) A frase está parcialmente incorreta pois o aponeurose do m. oblíquo interno, que segue da
tratoiliopúbico é formado pela aponeurose do espinha ilíaca anterossuperior ao tubérculo púbico.
músculo oblíquo interno Pode ser palpado pressionando-se profundamente ao
c) A frase está parcialmente incorreta pois o centro da prega entre a coxa e o tronco e
ligamento inguinal é a parte mais inferior da deslocando os dedos para cima e para baixo. O
aponeurose do m. oblíquo interno ligamento serve como um retináculo para as estruturas
d) A frase está parcialmente incorreta pois o orifício que passam profundamente a ele para entrar na
miopectíneo é um orifício anatômico e não deve coxa.
ser coberto para permitir a livre passagem de a) A frase está correta
estruturas b) A frase está parcialmente incorreta pois o
e) A frase está incorreta ligamento inguinal não pode ser definido como
um retináculo
44) A drenagem venosa da pele e do tecido subcutâneo c) A frase está parcialmente incorreta pois o
da parede anterolateral do abdome se dá por uma ligamento inguinal é um espessamento da
rede anastomótica de veias. As veias cutâneas que aponeurose do m. oblíquo externo
circundam o umbigo anastomosam-se com as veias d) B e C estão corretas
paraumbilicais, tributárias da veia porta. A veia e) A frase está incorreta
toracoepigástrica é um canal superficial que liga as
veias epigástrica superficial e torácica lateral, 48) Os músculos intrínsecos da parede do tórax são
permitindo um canal alternativo de drenagem em inervados por nervos intercostais adjacentes derivados
casos de hipertensão portal. dos ramos anteriores dos nervos espinhais torácicos. Os
a) A frase está correta músculos intercostais ocupam cada um dos espaços
b) A frase está parcialmente incorreta pois não há intercostais e são denominados de acordo com seu
rede anastomótica de drenagem superficial no plano de profundidade (externo, intermédio e interno).
abdome, apenas no tórax a) A frase está correta
c) A frase está parcialmente incorreta pois não há b) A frase está parcialmente incorreta pois os
comunicação entre a drenagem porta (profunda) músculos levantadores das costelas são inervados
com a drenagem cutânea e subcutânea pelos ramos posteriores dos nervos espinhais
(superficial) torácicos
d) A frase está parcialmente incorreta pois a veia c) A frase está parcialmente incorreta pois os planos
toracoepigástrica une as veias epigástrica de profundidade são externo, interno e íntimo
superficial e torácica maior d) B e C estão corretas
e) A frase está incorreta e) A frase está incorreta
45) As artérias intercostais seguem através da parede 49) Os processos espinhosos de vértebras torácicas típicas
torácica entre as costelas. Com exceção do 10º e do são curtos e retificados. As faces articulares superiores
11º espaços intercostais, cada espaço intercostal é estão voltadas em sentido posterior e ligeiramente
suprido por três artérias: uma artéria intercostal lateral, enquanto as faces articulares inferiores são
posterior (e seu ramo colateral; ramos da aorta voltadas em sentido anterior e ligeiramente medial
torácica) e um pequeno par de artérias intercostais a) A frase está correta
anteriores (ramos das artérias torácicas internas -1º ao b) A frase está parcialmente incorreta, pois as faces
6º espaços intercostais-; e das aa. musculofrênicas -7º articulares superiores de vértebras torácicas são
ao 9º espaços intercostais) voltadas em sentido lateral, enquanto as faces
a) A frase está correta articulares inferiores são voltadas em sentido
b) A frase está parcialmente incorreta pois todos os medial
espaços intercostais são supridos por 3 artérias
144
Respostas:
1 E 11 D 21 B 31 E 41 D
2 D 12 D 22 D 32 D 42 A
3 B 13 B 23 C 33 B 43 A
4 E 14 E 24 E 34 D 44 A
5 D 15 B 25 D 35 A 45 C
6 E 16 E 26 D 36 D 46 C
7 A 17 D 27 B 37 B 47 C
8 A 18 C 28 A 38 D 48 D
9 E 19 C 29 C 39 E 49 C
10 E 20 E 30 B 40 B 50 B
145
Coração O coração é uma bomba dupla, auto ajustável, de sucção e pressão, cujas porções trabalham em conjunto para impulsionar
o sangue para todas as partes do corpo. Fica localizado no mediastino, 2/3 à esquerda e 1/3 a direita. O lado direito do coração
(coração direito) recebe sangue pouco oxigenado (sangue venoso) através das Veias Cava e bombeia-o, através do tronco pulmonar
(artérias pulmonares) para ser oxigenado nos pulmões (hematose). O lado esquerdo do coração (coração esquerdo) recebe sangue
bem oxigenado (sangue arterial) dos pulmões, através das veias pulmonares e bombeia-o para a Artéria Aorta, e então para o resto do
corpo. O coração é dividido em 4 câmaras, sendo elas 2 ventrículos (expulsam o sangue para fora do coração) e 2 átrios (recebem o
sangue dos pulmões ou do corpo).
Vascularização do Coração
A vascularização do Coração ocorre por meio das artérias coronárias, e a drenagem, através das veias cardíacas. As artérias
coronárias Direita e Esquerda são os primeiros ramos da Aorta. Essas artérias circundam o coração, seguindo pelo sulco coronário, e
fazem sua vascularização.
A Artéria Coronária Direita, ao passar pela margem Direita do Coração, emite um ramo chamado ramo marginal direito, então
segue o sulco coronário até chegar na Cruz do Coração. A Artéria Coronária Esquerda, ao passar pelo Sulco Interventricular Anterior,
divide-se em Ramo Interventricular Anterior (RIVA) e Ramo Circunflexo. O RIVA segue ao longo do sulco IV até o ápice do coração,
segue em direção ao sulco IV posterior e pode anastomosar-se com o Ramo Interventricular Posterior da Coronária Direita. O Ramo
Circunflexo segue o sulco coronário até a face posterior emitindo um ramo marginal esquerdo na margem esquerda do coração.
A dominância na circulação coronária é definida pela artéria que dá origem ao ramo interventricular posterior. Em 2/3(~67%)
dos casos, é a coronária direita, em 15% dos casos, é a coronária esquerda e, em 18%, existe a codominância.
A drenagem venosa do coração ocorre pelas veias cardíacas. A principal veia do coração, chamada Seio Coronário, segue
posteriormente no sulco coronário, da esquerda para a direita. O seio coronário recebe as veias cardíacas magna, IV posterior e veia
marginal esquerda.
146
A inervação do coração ocorre por vias simpáticas e parassimpáticas do plexo cardíaco. As fibras são distribuídas ao longo e
para os vasos coronários e para componentes do complexo estimulante, particularmente o nó SA. A estimulação simpática aumenta a
frequência cardíaca; a condução de impulso; a força de contração e, ao mesmo tempo, aumento do fluxo sanguíneo. A estimulação
parassimpática diminui a frequência cardíaca; a força de contração; contrai as artérias coronárias, poupando energia.
148
O Átrio Direito forma a margem direita do coração e recebe sangue das VC e do seio coronário, a aurícula direita é uma bolsa
muscular que se projeta do átrio direito como uma câmara adicional, aumentando a capacidade do átrio. Possui uma parte posterior
lisa, na qual recebe sangue pouco oxigenado das VC e do seio coronário; uma parte anterior muscular rugosa, formada pelos músculos
pectíneos; O óstio AV direito com o qual se comunica com o ventrículo direito; a crista terminal, a porção final dos músculos pectíneos;
a fossa oval, resquício da circulação fetal, em que o átrio direito comunica-se com o átrio esquerdo.
O Ventrículo Direito forma a maior parte da face esternocostal, uma pequena parte da face diafragmática e quase toda a
margem inferior do coração. Superiormente, afila-se em um cone arterial, que conduz o sangue ao tronco pulmonar (artérias
pulmonares). O interior do ventrículo possui elevações musculares chamadas trabéculas cárneas. A crista supraventricular separa a
musculatura rugosa da lisa. O ventrículo recebe sangue do átrio pelo óstio AV direito. A Valva Tricúspide (ou atrioventricular direita)
protege o óstio do refluxo sanguíneo, é composta por 3 válvulas (anterior, posterior e septal). A cada válvula, está ligada uma porção
de cordas tendíneas, que ligam as válvulas aos músculos papilares, proeminências musculares da parede interna do ventrículo. A
trabécula septomarginal (banda moderadora) é um feixe muscular curvo que atravessa a câmara ventricular direita.
149
O Átrio Esquerdo forma a maior parte da base do coração. A aurícula esquerda, com músculos pectíneos, forma a parte
superior da margem esquerda do coração e monta-se sobre a raiz do tronco pulmonar. O assoalho da fossa oval pode ser percebido
pela presença de uma depressão semilunar no septo interatrial e a crista adjacente a ele é a válvula do forame oval. O átrio esquerdo
recebe sangue oxigenado pelas veias pulmonares.
150
O Ventrículo Esquerdo forma o ápice do coração, quase toda a face esquerda e margem esquerda, e a maior parte da face
diafragmática. Suas paredes são mais grossas porque precisa expulsar o sangue para toda a extensão do corpo. Possui uma parede
interna com trabéculas cárneas mais numerosas e finas do que as do Ventrículo Direito; Músculos papilares maiores do que os do
Ventrículo Direito; Uma parede lisa, súpero-anterior, o vestíbulo da aorta, levando ao óstio da aorta, com valva da aorta; Uma valva
bicúspide (atrioventricular esquerda ou mitral), composta por 2 válvulas: anterior e posterior.
O esqueleto fibroso do coração é uma estrutura de colágeno que forma quatro anéis fibrosos que circundam os óstios das
válvulas, um trígono fibroso direito e outro esquerdo, e as partes membranáceas dos septos interatrial e interventricular. Ele mantém os
orifícios das valvas permeáveis e impede que sejam excessivamente distendidos por um aumento do volume de sangue bombeado
através deles; oferece fixação para as válvulas; Forma um isolante elétrico, separando os impulsos conduzidos mioentericamente (pelo
músculo).
151
Mediastino
No mediastino passam várias estruturas importantes como coração, timo, vasos da base, aorta torácica, croça da aorta
descendente, esôfago torácico e vasos linfáticos. A aorta fica do lado esquerdo do mediastino. A veia cava inferior e a veia ázigos
ficam do lado direito.
Os limites do mediastino são:
Inferiormente diafragma
Superiormente introito torácico (que é a base do pescoço, ou abertura superior do tórax)
Posteriormente coluna vertebral
Anteriormente o osso esterno e
Lateralmente pleuras mediastinais.
A veia ázigos é uma veia importante que drena as veias intercostais e desemboca na veia cava superior.
Existem algumas divisões do mediastino para facilitar o seu entendimento. Estas divisões estão relacionadas com as várias estruturas
anatômicas contidas nele.
Mediastino superior (que fica acima do coração)
Mediastino inferior
Mediastino anterior (que fica na frente dos vasos da base)
Mediastino médio (que compreende principalmente o coração)
Mediastino posterior (atrás, junto da coluna; onde estão passando os ramos da aorta e o esôfago).
A separação entre Mediastino Superior e Inferior ocorre no plano imaginário chamado plano transverso do tórax, que é
delimitado pela junção (disco intervertebral) entre as vértebras T4 e T5.
Outras estruturas que passam pelo mediastino são:
Nervo frênico - nervo espinhal
Nervo vago - nervo cerebral (passa pelo forame jugular)
Hiato aórtico - aorta, v. ázigos, nervo vago
Forame veia cava - veia cava, nervo frênico direito
DiafragmaO Diafragma é uma divisória musculotendínea, que separa as cavidades torácica e abdominal. Está intimamente relacionado
à respiração, em que se movimenta verticalmente para baixo, diminuindo a pressão interior nos pulmões. Apenas sua parte central se
abaixa, no entendo, já que sua área periférica se encontra fixada à margem inferior da caixa torácica e às vértebras lombares
superiores. Possui duas cúpulas, e normalmente a cúpula direita é maior pois o fígado se encontra sob ela. A parte central do diafragma
é chamada centro tendíneo. É perfurado por hiatos e forames.
O forame da veia cava, por onde a VCI passa para entrar no coração. Também passam os ramos terminais do nervo frênico direito e
alguns vasos linfáticos.
O hiato esofágico, formado pelo pilar esquerdo, por onde passa o esôfago, os troncos vagais anterior e posterior, ramos dos vasos
esofágicos e alguns vasos linfáticos.
O hiato aórtico, formado pelos pilares esquerdo e direito e pelo ligamento arqueado mediano, por onde passa a artéria aorta
descendente, o ducto torácico, e, algumas vezes, às veias ázigo e hemiázigo.
As pequenas aberturas do diafragma são três pequenas passagens por onde passam vasos e nervos. O trígono esternocostal dá
passagem a vasos linfáticos da face diafragmática do fígado e aos vasos epigástricos superiores. As outras duas pequenas aberturas
dão passagem, uma, ao nervo esplâncnico maior e, a outra, ao menor.
A Face Superior do Diafragma (torácica) é suprida pelas artérias frênicas superiores (ramos da aorta descendente) e pelas artérias
musculocutâneas e pericardiofrênicas (ramos das artérias torácicas internas). É drenada pelas veias musculocutâneas e
pericardiofrênicas, que drenam para as veias torácicas internas e pela veia frênica superior, que drena para a VCI.
A Face Inferior do Diafragma (abdominal) é suprida pelas artérias frênicas inferiores (ramos abdominais da aorta descendente). É
drenada pelas veias frênicas inferiores, que drenam para a VCI e para a veia suprarrenal.
Ambas as faces são inervadas pelos nervos frênicos (inervação motora e, centralmente, sensitiva), nervos intercostais e subcostais
(inervação sensitiva da parte periférica)
153
154
Traqueia A traqueia é um órgão constituído por aproximadamente 20 anéis cartilagíneos incompletos para trás denominados anéis
traqueais. Os anéis traqueais são unidos entre si por ligamentos anulares (tecido conjuntivo). A face posterior das cartilagens traqueais é
obliterada por uma parede membranácea que contém fibras musculares que formam o músculo traqueal. Internamente a traqueia é
revestida por mucosa com glândulas e epitélio ciliado. A parte inferior da bifurcação traqueal apresenta um esporão sagital
denominado carina da traqueia.
A bifurcação da Traqueia dá origem aos Brônquios Principais Direito e Esquerdo. O direito é mais calibroso, mais curto e mais
verticalizado do que o esquerdo, pois entra diretamente no hilo do pulmão direito. O esquerdo segue abaixo do arco da aorta e
anterior ao esôfago e à aorta torácica, para então entrar no hilo do pulmão esquerdo.
Os Brônquios Principais (primários) se ramificam e formam os Brônquios Lobares (secundários), dois à esquerda e três à direita.
Cada Brônquio Lombar supre um lobo do pulmão correspondente. Cada Brônquio Lombar se divide em vários Brônquios Segmentares
(terciários).
Além de se dividir em Brônquios Segmentares, os Brônquios se dividem mais ainda em estruturas cada vez mais finas, os
Bronquíolos. Esses são divididos em Condutores, Terminais e Respiratórios, de acordo com a posição relativa ao Brônquio que o deu
origem. Isto é, os mais próximos dos Brônquios são chamados Condutores e os mais afastados, Respiratórios, que já fazem troca gasosa
com os vasos sanguíneos. Ao final dos Bronquíolos Respiratórios, existem os Ductos Alveolares, que dão origem aos Sacos Alveolares,
revestidos por alvéolos.
O Alvéolo pulmonar é a unidade básica de troca gasosa. Por volta deles, encontra-se uma vasta rede de capilares. Possuem
uma parede muito fina e, assim, proporcionam a troca de gases entre os capilares e seu interior (hematose).
Pulmões Os Pulmões são órgãos esponjosos, infláveis, e estão presentes nas cavidades pulmonares. Os pulmões estão fixos ao coração e
à traqueia pela sua raiz (brônquios e vasos) e pelo ligamento pulmonar. Cada pulmão apresenta: Ápice, Base, Raiz do Pulmão e Hilo; 3
faces: costal, mediastinal e diafragmática; 3 margens: anterior, inferior e posterior;
O Hilo é uma área cuneiforme da superfície medial de cada pulmão, o ponto no qual as estruturas que formam a raiz entram e
saem do pulmão (raiz ou pedículo do pulmão). É importante saber que, no hilo, as veias pulmonares são ínfero-anteriores, os brônquios,
posteriores e, as artérias pulmonares, superiores. Há, também, vasos brônquicos, nervos, vasos linfáticos e linfonodos no Hilo.
O Pulmão direito possui 2 Fissuras: Oblíqua e horizontal, que delimitam 3 Lobos: Superior, médio e Inferior. Ele é maior e mais
pesado do que o Esquerdo, porém é mais curto e largo.
155
O Pulmão esquerdo possui apenas uma Fissura: Oblíqua, que delimita 2 Lobos: Superior e Inferior. A borda anterior do pulmão
esquerdo possui uma incisura cardíaca profunda, causada pelo desvio do ápice do coração. A incisura faz com que exista um processo
linguiforme no pulmão esquerdo, chamado língula.
É importante lembrar que os pulmões são divididos em segmentos, porque a própria distribuição dos brônquios e bronquíolos
segue essa divisão. No ápice fica o Segmento Apical, na base os segmentos basilares. O Pulmão direito possui o lobo médio dividido em
segmentos lateral e medial. O Pulmão esquerdo possui, na parte inferior do lobo superior, os segmentos lingular superior e lingular inferior.
A vascularização dos pulmões se dá pelas artérias pulmonares, artérias bronquiais, à direita, por ramos da aorta e, à esquerda,
pela artéria intercostal posterior superior OU artéria bronquial superior esquerda OU 3ª artéria intercostal posterior direita. As veias
pulmonares drenam o sangue da pleura visceral e dos brônquios (ou seja, possuem sangue arterial que sofreu hematose e sangue
venoso). Também drenam o sangue as veias bronquiais, veia ázigo ao lado direito e hemiázigo ao lado esquerdo.
A drenagem linfática do Pulmão direito se dá pelos linfonodos do lado direito. O Lobo Superior do Pulmão esquerdo drena para
linfonodos do lado esquerdo. O Lobo Inferior do Pulmão esquerdo drena para linfonodos superiores direitos.
Pulmão Direito
156
Pulmão Esquerdo
Pleura
A pleura é uma membrana dupla, semelhante a um saco, que envolve o pulmão. Cada pulmão tem sua pleura e elas não se
comunicam.
É uma fina capa membranosa formada por dois folhetos:
a) Pleura parietal que recobre internamente a parede costal da cavidade, está intimamente ligada com a caixa torácica, sendo
subdividida em quatro partes:
1. A pleura costal que cobre as faces internas da parede torácica.
2. A pleura mediastinal que cobre as faces laterais do mediastino.
3. A pleura diafragmática que cobre a face superior do diafragma.
4. A cúpula pleural que recobre a o ápice pulmonar.
b) Pleura visceral que recobre os pulmões.
A pleura é, portanto, uma membrana envoltória intratorácica, em cujo interior há um espaço laminar (espaço pleural), também
denominado de cavidade pleural.
A Cavidade Pleural – espaço virtual entre as duas camadas da pleura – possui uma camada capilar de líquido pleural seroso, que
lubrifica as superfícies pleurais e possibilita que elas deslizem entre si na respiração, sem se atritar. As paredes externas se “refletem”
(continuam para uma direção, “batem” e voltam), formando as reflexões pleurais. Os espaços da pleura não preenchidos pelos
pulmões são chamados recessos.
Na raiz do pulmão, as duas pleuras se juntam e formam o ligamento pulmonar, inferiormente à raiz.
A vascularização da Pleura Parietal se dá pelos vasos intercostais, e a inervação pelos nervos intercostais e pelo nervo frênico.
A vascularização da Pleura Visceral se dá pelos ramos terminais das artérias bronquiais que anastomosam com ramos das artérias
pulmonares. Drenam para as veias pulmonares. A inervação se dá pelo nervo vago.
157
18) A fossa oval no coração marca o local primitivo do 26) O tronco pulmonar possui aproximadamente 5 cm de
forame oval, que no feto comunica comprimento e representa uma continuação do
a) Ventrículo direito com o esquerdo a) Átrio direito
b) Átrio e ventrículo direitos b) Ventrículo esquerdo
c) Átrio e ventrículo esquerdos c) Átrio esquerdo
d) Átrio direito com o esquerdo d) Ventrículo direito
e) Átrio direito e ventrículo esquerdo e) Nenhuma das alternativas
19) São estruturas observadas no átrio direito do coração, 27) Acerca do sistema cardiovascular é incorreto afirmar
exceto que
a) Músculos pectíneos a) O coração é constituído por três túnicas:
b) Óstio da veia cava superior epicárdio, miocárdio e endocárdio
c) Óstio do seio coronário b) O coração apresenta quatro câmaras, dois átrios
d) Óstio da veia cava inferior e dois ventrículos e localiza-se no mediastino
e) Valva mitral médio
c) A irrigação do coração é assegurada pelas
20) A inervação autônoma do coração é feita pelo plexo artérias coronárias direita e esquerda
cardíaco, para o qual contribuem d) O sistema de condução cardíaco se fundamenta
a) Nervos cardíacos cervicais do simpático (superior, nas seguintes estruturas: nó sinoatrial (SA), nó
médio e inferior) atrioventricular (AV) e fascículo atrioventricular
b) Nervos que partem dos gânglios simpáticos e) A grande circulação inclui o trajeto do sangue do
torácicos (T1 a T4) coração aos pulmões e a pequena circulação, o
c) Nervos cardíacos do vago trajeto do sangue do coração aos órgãos e
d) NCX sistemas
e) Todas as alternativas estão corretas
28) O acesso ao seio oblíquo do pericárdio se faz
21) Sobre hérnias diafragmáticas pode-se afirmar que a) Entre VCI e Aorta
a) Dizem respeito, ao deslocamento de uma víscera b) Posterior a VCS e Aorta
abdominal através de uma área de fragilidade ou c) Posterior as Veias pulmonares e tronco pulmonar
defeito do diafragma para a cavidade torácica d) Entre Veias pulmonares e VCI
b) Podem ser congênitas ou adquiridas e) Entre Veias pulmonares e VCS
c) As hérnias congênitas ocorrem, sobretudo, por
falta de fechamento do canal pleuroperitoneal do 29) O acesso ao seio transverso do pericárdio se faz
embrião a) Posterior a Aorta e VCS
d) Na grande maioria das vezes, se fazem pelo hiato b) Entre Aorta e tronco pulmonar
esofágico e são então denominadas hérnias de c) Posterior a Aorta e tronco pulmonar
hiato d) Entre Aorta e VCS
e) Todas as alternativas estão corretas e) Posterior às veias pulmonares
22) A parte torácica da traqueia termina bifurcando-se 30) O esqueleto fibroso do coração
em brônquios principais direito e esquerdo, ao nível do a) É uma estrutura de colágeno denso
(a) b) Dá sustentação ao miocárdio
a) Manúbrio do esterno c) Mantém a forma dos óstios AV
b) Processo xifoide d) Impede que um estímulo elétrico errôneo se
c) Mesoesterno dissipe para outra câmara
d) Ângulo do esterno e) Todas estão corretas
e) Nenhuma das alternativas
31) Assinale a alternativa correta quanto às faces do
23) O óstio da aorta localiza-se no coração
a) Átrio direito a) A face inferior é formada principalmente pelo
b) Ventrículo esquerdo ventrículo esquerdo
c) Átrio esquerdo b) A face anterior é formada principalmente pelo
d) Ventrículo direito ventrículo esquerdo
e) Nenhuma das alternativas c) A face diafragmática é formada principalmente
pelo átrio direito
24) Sobre o sistema respiratório é incorreto afirmar que d) A face pulmonar direita é formada principalmente
a) A traqueia compõe-se de anéis de cartilagem pelo ventrículo direito
hialina, unidos pelos ligamentos anulares e) A face esternocostal é formada principalmente
b) O músculo traqueal é liso e encontra-se na parede pelo átrio direito
membranácea
c) O seio maxilar representa o maior seio paranasal 32) As cordas tendíneas
d) A traqueia bifurca-se ao nível da carina traqueal a) Fixam os folhetos das valvas cardíacas ao
em brônquios lobares miocárdio
e) O pulmão direito compõe-se de três lobos e duas b) Aumentam a forma de contração do miocárdio
fissuras c) Ligam os músculos papilares às margens livres das
válvulas das valvas atrioventriculares
25) A maior espessura das câmaras cardíacas é verificada d) Permitem a condução elétrica no miocárdio
ao nível do e) Aumentam a capacidade volumétrica dos
a) Átrio direito ventrículos ao permitir que mais sangue entre na
b) Ventrículo direito câmara
c) Átrio esquerdo
d) Ventrículo esquerdo
e) Aurícula direita
159
33) Sobre o ventrículo direito, é correto e) Sua incisura cardíaca é maior do que a do
a) Apresenta trabéculas cárneas mais finas e mais pulmão esquerdo
numerosas que o ventrículo direito
b) Suas paredes são mais espessas que as do 39) Sobre a parte torácica do sistema respiratório, é
ventrículo esquerdo correto
c) É mais cônico e mais longo que o ventrículo a) O brônquio principal direito é mais calibroso, curto
esquerdo e verticalizado do que o esquerdo
d) Apresenta o vestíbulo da aorta, formação lisa que b) A divisão segmentar dos pulmões não
leva à valva aórtica corresponde à divisão segmentar dos brônquios,
e) Apresenta a crista supraventricular, uma linha motivo pelo qual não é possível ressecar um
muscular espessa que separa a parede muscular segmento específico do pulmão
rugosa da parede lisa do cone arterial c) Os anéis traqueais, incompletos posteriormente,
apresentam, em sua face anterior, o músculo
34) Sobre o ventrículo esquerdo, é correto traqueal
a) Suas paredes são finas devido à pouca força de d) O alvéolo pulmonar faz a troca gasosa
ejeção necessária na sístole diretamente com o ar, sendo que a troca com os
b) Apresenta dois grupos de músculos papilares para gases no sangue ocorre ao nível dos bronquíolos
a fixação das cordas tendíneas de sua valva condutores
atrioventricular bicúspide e) As pleuras dos pulmões comunicam-se na parte
c) Afila-se superiormente, no cone arterial, que posterior do mediastino, por meio do canalículo
conduz sangue ao tronco pulmonar pleural
d) Recebe sangue venoso do átrio esquerdo
e) Pode ter parte de sua estrutura retirada sem 40) Em relação ao diafragma, é correto
grandes repercussões, como por exemplo na a) O diafragma movimenta-se a partir de seu centro
Operação Batista, procedimento realizado muscular, e insere-se à parede torácica pelo anel
comumente em casos de hipertrofia do miocárdio tendíneo periférico
b) Pelo hiato esofágico passam o esôfago, vasos
35) Sobre a vascularização do coração, é incorreto esofágicos e troncos vagais anterior e posterior
a) A veia cardíaca magna recebe a veia IV c) A face inferior do diafragma é suprida pelas
posterior, e a veia cardíaca parva recebe a veia artérias pericárdicofrênica, musculofrênica e
IV anterior; quando as duas se juntam, formam o frênicas inferiores
seio coronário d) Durante a inspiração, o diafragma relaxa; durante
b) Na maioria das pessoas, a artéria coronária direita a expiração, ele contrai
supre tanto o nó SA quanto o nó AV e) O hiato aórtico faz com que o pulso arterial afete
c) As artérias coronárias são os primeiros ramos da o movimento do diafragma e vice-versa
aorta
d) A artéria coronária esquerda dá origem ao ramo Para as questões 41 a 50, avalie as frases e marque a
IV anterior alternativa correta.
e) Em 2/3 das pessoas, a ACD dá origem ao ramo
interventricular posterior 41) Os pulmões são os órgãos vitais da respiração nos
quais o sangue venoso troca oxigênio e dióxido de
36) Sobre as pleuras, assinale a incorreta carbono com um fluxo corrente de ar. Cada pulmão
a) A pleura visceral cobre o pulmão contornando possui duas artérias pulmonares que o irrigam e uma
intimamente o órgão, inclusive nas fissuras grande veia pulmonar que drena seu sangue
b) As pleuras parietal e visceral são contínuas no hilo a) A frase está correta
do pulmão b) A frase está parcialmente incorreta pois cada
c) A presença de líquido entre os folhetos da pleura pulmão possui uma artéria pulmonar e uma ou
é indício de doença duas veias pulmonares
d) A pleura parietal reveste as cavidades c) A frase está parcialmente incorreta pois os
pulmonares, aderindo-se à parede torácica, ao pulmões não são necessários para a respiração
mediastino e ao diafragma d) A frase está parcialmente incorreta pois durante a
e) A continuidade dos folhetos da pleura forma, hematose, o sangue arterial perde oxigênio e
inferiormente à raiz do pulmão, o ligamento ganha dióxido de carbono
pulmonar e) A frase está incorreta
37) Em relação ao pulmão esquerdo, é correto 42) Os nervos dos pulmões e da pleura visceral são
a) Possui três lobos: superior, inferior e língula derivados dos plexos pulmonares anteriores e
b) É maior e mais pesado que o direito posteriores às raízes dos pulmões. Essas redes nervosas
c) A artéria pulmonar esquerda divide-se em três contêm fibras simpáticas dos nervos esplâncnicos
artérias lobares pélvicos e fibras parassimpáticas do nervo
d) Apresenta uma incisura cardíaca em sua face toracoabdominal anterior
anteromedial a) A frase está correta
e) Corpos estranhos que entrem na traqueia b) A frase está parcialmente incorreta pois não
preferencialmente caem no pulmão esquerdo existem plexos pulmonares anteriores
c) A frase está parcialmente incorreta pois as fibras
38) Em relação ao pulmão direito, é correto simpáticas provêm dos troncos simpáticos e as
a) É mais longo e estreito do que o pulmão esquerdo fibras parassimpáticas provêm do nervo vago
b) Apresenta apenas dois lobos e duas fissuras (NCX)
c) Assim como o pulmão esquerdo, apresenta duas d) B e C estão corretas
veias pulmonares que levam sangue oxigenado e) A frase está incorreta
ao coração
d) Suas duas artérias lobares são ais longas e mais
calibrosas que as do pulmão esquerdo
160
43) A bifurcação da traqueia é assimétrica: o brônquio c) A frase está parcialmente incorreta pois o SNAS
principal direito é mais vertical e tem maior calibre do aumenta a frequência e a velocidade dos
que o esquerdo. Os brônquios e as artérias pulmonares impulsos, e o SNAP diminui
seguem e se ramificam juntos: os brônquios principais e d) A frase está parcialmente incorreta pois não há
artérias servem cada um a um pulmão, os ramos interação entre o SNA e o complexo estimulante
lobares de segunda ordem supre os dois ou três lobos, do coração
e os ramos segmentares de terceira ordem suprem os e) A frase está incorreta
8-10 segmentos broncopulmonares de cada pulmão
a) A frase está correta 48) O mediastino inferior estende-se inferiormente da
b) A frase está parcialmente incorreta pois o bronco abertura superior do tórax até o plano horizontal que
pulmonar direito é mais horizontal e tem menor inclui o ângulo esternal anteriormente e passa
calibre que o direito aproximadamente através da junção (disco IV) das
c) A frase está parcialmente incorreta pois a vértebras T6 e T7 posteriormente, frequentemente
ramificação das artérias não segue a ramificação definido como o plano transverso do tórax.
brônquica a) A frase está correta
d) A frase está parcialmente incorreta pois os b) A frase está parcialmente incorreta pois a
pulmões têm 12 segmentos descrição é do mediastino superior
e) A frase está incorreta c) A frase está parcialmente incorreta pois o plano
transverso do tórax fica entre as vértebras T4 e T5
44) O mediastino superior - situado entre o plano d) B e C estão corretas
transverso do tórax e o mediastino - é subdividido pelo e) A frase está incorreta
pericárdio em partes anterior, média e posterior. O
pericárdio e seu conteúdo (o coração e as raízes dos 49) O timo é um órgão linfoide primário que se localiza na
grandes vasos) constituem o mediastino médio. parte inferior do pescoço, na parte anterior do
a) A frase está correta mediastino superior. O timo é vascularizado por ramos
b) A frase está parcialmente incorreta pois a intercostais anteriores e mediastinais anteriores das
descrição é do mediastino inferior artérias torácicas internas, suas veias drenam para a
c) A frase está parcialmente incorreta pois o braquiocefálica esquerda, torácica interna e tireóidea
coração e as raízes dos grandes vasos não são inferior
conteúdo do pericárdio a) A frase está correta
d) B e C estão corretas b) A frase está parcialmente incorreta pois o timo
e) A frase está incorreta não é um órgão linfoide primário
c) A frase está parcialmente incorreta pois o timo
45) O pericárdio fibroso é a camada externa do localiza-se mais comumente inferiormente ao
pericárdio; é a camada mais resistente, é contínua diafragma, alojado superiormente ao estômago
com a túnica adventícia dos grandes vasos e com o d) A frase está parcialmente incorreta pois as artérias
tendão central do diafragma, no ligamento do timo são ramos diretos do arco da aorta
pericardicofrênico. e) O timo não existe
a) A frase está correta
b) A frase está parcialmente incorreta pois o 50) O diafragma é uma divisória musculotendínea com
pericárdio fibroso é a camada interna do dupla cúpula. Normalmente, a cúpula esquerda é
pericárdio mais alta do que a esquerda devido à presença do
c) A frase está parcialmente incorreta pois o estômago. O diafragma é vascularizado pelas artérias
pericárdio fibroso é contínuo com a túnica média pericárdicofrênica e musculofrênica, ramos da artéria
dos grandes vasos torácica interna, e as artérias frênicas superiores, ramos
d) B e C estão corretas da aorta torácica. As artérias frênicas inferiores
e) A frase está incorreta vascularizam a face inferior do diafragma. Toda a
inervação do diafragma provém dos nervos frênicos
46) O recesso em formato de bolsa na cavidade direito e esquerdo
pericárdica que se localiza posterior à base (face a) A frase está correta
posterior) do coração é chamado seio transverso do b) A frase está parcialmente incorreta pois a cúpula
pericárdio direita é comumente mais alta devido à presença
a) A frase está correta do fígado
b) A frase está parcialmente incorreta pois a c) A frase está parcialmente incorreta pois toda a
descrição é do seio oblíquo do pericárdio vascularização do diafragma é derivada
c) A frase está parcialmente incorreta pois o recesso diretamente da aorta, seja da parte torácica ou
localiza-se medial ao átrio direito da parte abdominal
d) A frase está parcialmente incorreta pois a base do d) A frase está parcialmente incorreta pois a
coração é a face inferior inervação do diafragma é derivada do nervo
e) A frase está incorreta vago (NCX)
e) A frase está incorreta
47) O complexo estimulante do coração é formado por
nós intrínsecos especializados que geram estímulos e Respostas:
por feixes de músculo cardíaco especializados em 1 C 11 E 21 E 31 A 41 B
transmitir esses impulsos. A frequência de geração e a 2 E 12 E 22 D 32 C 42 C
velocidade dos impulsos são diminuídas pelo SNA 3 E 13 B 23 B 33 B 43 A
simpático aumentadas pelo SNA parassimpático 4 B 14 E 24 D 34 B 44 B
a) A frase está correta 5 D 15 B 25 D 35 A 45 A
b) A frase está parcialmente incorreta pois o 6 E 16 C 26 D 36 C 46 B
complexo estimulante do coração é formado por 7 C 17 C 27 E 37 D 47 C
fibras nervosas especializadas que saem de T1-T4 8 E 18 D 28 D 38 C 48 D
formam os nós AV e SA
9 D 19 E 29 C 39 A 49 A
10 B 20 E 30 E 40 B 50 B
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Peritônio e Formações
Peritoneais
Peritônio
O Peritônio é uma membrana serosa transparente, contínua, brilhante e escorregadia. Reveste a cavidade abdominopélvica e
recobre as vísceras. Possui duas camadas, uma que é virada para a parede, peritônio parietal, e outra virada para as vísceras, peritônio
visceral. O Peritônio parietal possui a mesma vascularização e inervação da região da parede que reveste. O peritônio parietal é
sensível à dor, à pressão, ao calor e frio. O Peritônio visceral possui a mesma vascularização e inervação dos órgãos que reveste. É
insensível à laceração, ao toque, ao calor e frio. É estimulado basicamente pela distensão.
Os órgãos intraperitoneais são órgãos revestido quase totalmente pelo peritônio. Eles não estão dentro do peritônio. Os órgãos
extraperitoneais, retroperitoneais e subperitoneais também se situam fora da cavidade peritoneal e são apenas parcialmente revestidos
por peritônio.
A cavidade peritoneal está situada entre as duas lâminas do peritônio e possui um líquido peritoneal, que é composto de água,
eletrólitos e outras substâncias derivadas do líquido intersticial de tecidos adjacentes. O líquido lubrifica as lâminas peritoneais e ajuda
na proteção pois possui anticorpos e leucócitos. A cavidade é aberta para o exterior na mulher, através da cavidade uterina e vagina.
Formações Peritoneais
O peritônio reveste e une órgãos a outros órgãos ou à parede abdominal e, assim, forma compartimentos e recessos.
Mesentério é uma lâmina dupla de peritônio formada pela invaginação do peritônio por um órgão, conecta um órgão à
parede do corpo. O mesentério pode receber nomes dependendo do lugar onde está: mesocolos, mesoesôfago, mesoapêndice. O
mesentério possui um centro de tecido conjuntivo contendo sangue, vasos linfáticos, nervos, linfonodos e gordura.
Omento é uma extensão dupla do peritônio que passa do estômago e da parte proximal do duodeno para órgãos adjacentes
na cavidade peritoneal.
Omento maior pende como um avental da curvatura maior do estômago e da parte proximal do duodeno. Após descer, volta
e se fixa à superfície anterior do colo transverso e seu mesentério.
Omento menor conecta a curvatura menor do estômago e a parte proximal do duodeno ao fígado; também conecta o
estômago a uma tríade de estruturas que seguem entre o duodeno e o fígado na margem livre do omento menor. O Omento menor é
formado pelos Ligamentos hepatogástrico e hepatoduonedal. Por trás do ligamento hepatoduodenal, existe o forame omental (de
Winslow). Por ele, passam A artéria hepática anteriormente, o ducto colédoco lateralmente e a veia porta posteriormente.
Ligamento peritoneal é uma dupla camada de peritônio que une órgão a órgão ou à parede.
Área nua é a área do órgão não revestida pelo peritônio. Essas áreas são necessárias para a entrada e saída de vasos e nervos.
Prega peritoneal é uma reflexão de peritônio elevada por vasos sanguíneos, ductos e vasos fetais obliterados.
Recesso peritoneal é uma bolsa de peritônio formada por uma prega peritoneal.
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Esôfago e Estômago
Esôfago
O Esôfago é um tubo muscular que conduz o alimento da faringe ao estômago. Começa imediatamente posterior à margem
inferior da cartilagem cricóidea no plano mediano, na junção faringoesofágica. Segue a coluna vertebral enquanto desce através do
pescoço e do mediastino.
Consiste em músculo estriado (voluntário) em seu terço superior, músculo liso (involuntário) em seu terço inferior e uma mistura
de músculo estriado e liso no terço médio. Possui lâminas musculares circulares internas e longitudinais externas. Atravessa o hiato
esofágico elíptico no pilar muscular direito do diafragma, logo à esquerda do plano mediano no nível da vértebra T10 e está ligado a
esse pelo ligamento frenicoesofágico, este ligamento permite a movimentação independente do esôfago e do diafragma durante a
respiração e a deglutição. Na passagem do esôfago pelo diafragma, a musculatura diafragmática funciona como um esfíncter inferior
do esôfago, que se contrai e relaxa. Esse esfíncter impede a passagem rápida do alimento do esôfago ao estômago e também impede
o refluxo do conteúdo gástrico para o esôfago. Termina entrando no estômago, no óstio cárdico do estômago. É circundado pelo plexo
nervoso esofágico distalmente. O alimento atravessa rapidamente o esôfago devido aos movimentos peristálticos e à gravidade
(porém é possível engolir alimentos de cabeça para baixo). A junção esofagogástrica é localizada por cirurgiões na Linha Z, uma
mudança abrupta na mucosa esofágica para a mucosa gástrica.
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Inervação do Esôfago
O Esôfago é inervado pelo Plexo Nervoso Esofágico, formado pelos troncos vagais e troncos simpáticos torácicos através dos
nervos esplâncnicos (abdominopélvicos) maiores e plexos periarteriais ao redor das artérias gástrica esquerda e frênica inferior. O
esôfago cervical recebe fibras somáticas através de ramos dos nervos laríngeos recorrentes e fibras vasomotoras dos troncos simpáticos
cervicais através do plexo ao redor da artéria tireóidea inferior.
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Estômago
O Estômago é a parte expandida do trato alimentar entre o esôfago e o intestino delgado. É especializado para o acúmulo de
alimento ingerido, que é química e mecanicamente preparado para a digestão e passagem para o duodeno. O suco gástrico
converte gradualmente uma massa de alimento em uma mistura semilíquida, o quimo. O estômago tem 4 partes:
1. Cárdia, a parte que circunda o óstio cárdico;
2. Fundo, a parte superior dilatada que se relaciona à cúpula esquerda do diafragma e é limitada inferiormente pelo plano
horizontal do óstio cárdico. A incisura cárdica está situada entre o esôfago e o fundo. O fundo pode ser dilatado por gás,
líquido, alimento ou qualquer combinação desses;
3. Corpo, a parte principal do estômago;
4. Parte pilórica, a região afunilada de saída do estômago; sua parte larga, o antro pilórico, leva ao canal pilórico, sua parte
estreita
O estômago também possui 2 curvaturas: a curvatura menor forma a margem côncava mais curta do estômago. A incisura angular
é o entalhe agudo que indica a junção do corpo e da parte pilórica do estômago; a curvatura maior forma a borda convexa mais
longa do estômago.
A superfície lisa da mucosa gástrica é castanho-avermelhada durante a vida, exceto na parte pilórica, onde é rósea. Em vida, é
coberta por uma mucosa contínua que protege sua superfície do ácido gástrico secretado pelas glândulas gástricas. A mucosa forma
estrias chamadas pregas gástricas ou rugas gástricas. São mais acentuadas em direção à parte pilórica e ao longo da curvatura maior.
Há formação de um canal gástrico durante a deglutição, por onde o alimento preferencialmente passa, entre as pregas da mucosa ao
longo da curvatura menor.
Inervação do Estômago
A inervação parassimpática do estômago provém dos troncos vagais anterior e posterior e de seus ramos. A inervação
simpática do estômago provém dos segmentos T6 a T9 da medula espinhal segue para o plexo celíaco através do nervo esplâncnico
maior.
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Vascularização
O estômago possui um rico suprimento arterial, originado no tronco celíaco e em seus ramos. A maior parte do sangue provém
de anastomoses formadas ao longo da curvatura menor pelas artérias gástricas direita e esquerda, e ao redor da curvatura maior pelas
artérias gastromentais direita e esquerda. O fundo e a parte superior do corpo recebem sangue das artérias gástricas curtas e
posteriores.
As veias gástricas acompanham as artérias em relação ao trajeto e à posição. As veias gástricas direita e esquerda drenam
para a veia porta. As veias gástricas curtas e as veias gastromentais esquerdas drenam para a veia esplênica, que se une à veia
mesentérica superior (VMS) para formar a veia porta. A veia gastromental direita drena para a VMS. A veia pré-pilórica ascende sobre o
piloro até a veia gástrica direita.
Os vasos linfáticos gástricos drenam linfa para os linfonodos gástricos e gastromentais. Os vasos eferentes desses linfonodos
acompanham as grandes artérias até os linfonodos celíacos. A linfa dos dois terços superiores do estômago drena para os linfonodos
gástricos. A linfa do fundo e da parte superior do corpo do estômago também drena para os linfonodos pancreaticoesplênicos. A linfa
dos dois terços direitos do terço inferior do estômago drena ao longo dos vasos gastromentais direitos até os linfonodos pilóricos. A linfa
do terço esquerdo da curvatura maior drena ao longo dos vasos gástricos esquerdos e esplênicos para os linfonodos
pancreaticoduodenais.
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Duodeno
O duodedo é a primeira e mais curta parte do intestino delgado (25cm, em média) e também a mais larga e mais fixa.
Começa no piloro e termina na junção duodenojejunal, que ocorre aproximadamente ao nível da vértebra L2, e assume um formato de
ângulo agudo, a flexura duodenojejunal. A maior parte do duodeno está fixa por peritônio e é considerada parcialmente
retroperitoneal. O duodeno pode ser dividido em 4 partes: Parte Superior, curta (aprox. 5cm), possui a ampola (bulbo duodenal), é
revestida parcialmente por peritônio e possui mesentério apenas na parte inicial; Parte descendente, longa (7–10 cm), os ductos
colédoco e pancreático principal entram em sua parede póstero-medial, podendo unir-se e formar a ampola hepatopancreática, que
se abre na papila maior. Essa parte do duodeno é totalmente retroperitoneal; Parte horizontal, longa (6–8 cm), sua face anterior é
coberta por peritônio; Parte Ascendente, curta (aprox. 5cm), curva-se para se ligar ao jejuno na junção duodenojejunal, sustentada
pela fixação do músculo suspensor do duodedo (ligamento de Treitz). A contração desse músculo alarga o ângulo da flexura
duodenojejunal, facilitando o movimento do conteúdo intestinal.
Vascularização: as artérias do duodeno originam-se do tronco celíaco e da artéria mesentérica superior. Do tronco celíaco
origina-se a artéria pancreaticoduodenal superior, que nutre as duas primeiras porções do duodeno e, da mesentérica superior, a artéria
pancreaticoduodenal inferior, que nutre as porções finais do duodeno.
Drenagem: as veias do duodeno seguem as artérias e drenam para a veia porta, direta ou indiretamente, por intermédio das
veias mesentéricas superior e inferior.
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Musculatura do Duodeno:
O Duodeno possui 2 camadas musculares: uma longitudinal, mais externa, que é chamada de helicoidal de passo longo; e
uma circular, mais interna, chamada de helicoidal de passo curto.
174
Jejuno e Íleo
O jejuno é a segunda parte do intestino delgado, começa na junção duodenojejunal e continua, formando o íleo, a terceira
parte do intestino delgado, que termina na junção ileocecal. Não há uma divisória própria entre jejuno e íleo, porém apresentam
características diferentes:
Jejuno Íleo
Vermelho Rosado
Parede Espessa Parede Fina
Mais vascularizado Menos vascularizado
Vasos retos longos e alças longas Vasos retos curtos e alças menores
Menos gordura e linfonodos Mais gorduras e linfonodos
Pregas Circulares altas e próximas Pregas Circulares baixas e distantes
*Macete: O Jejuno tem nome MAIOR, então é tudo MAIS, menos na GORDURA e LINFONODOS.
Vascularização: a artéria mesentérica superior (AMS) supre o jejuno e o íleo. A AMS segue pelo mesentério enviando de 15 a 18
ramos para o jejuno e o íleo. Esses ramos se unem e formam alças ou arcos (arcos arteriais), que dão origem a artérias retas, chamadas
vasos retos.
Drenagem: a veia mesentérica superior (VMS) drena o jejuno e o íleo. A VMS termina posteriormente ao colo do pâncreas,
onde se une à veia esplênica para formar a veia porta.
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Intestino Grosso
O Intestino Grosso é formado por Ceco, apêndice, Colos Ascendente, Transverso, Descendente e Sigmoide, Reto e Canal Anal.
É no intestino grosso que nosso organismo absorve água, transformando o quimo (massa semilíquida) em fezes, praticamente secas. O
Intestino grosso, ao contrário do delgado, apresenta as Tênias (faixas espessas de músculo liso que representam a maior parte da
camada longitudinal): começam na base do apêndice e se dividem em três faixas. Mesocólica, à qual fixam-se os mesocolos
transverso e sigmoide; Omental, à qual fixam-se os apêndices omentais; Livre, à qual não se fixam mesocolos nem apêndices. As tênias
seguem o comprimento do Intestino Grosso até juntarem-se novamente na junção retossigmoide.
Apêndices Omentais (epiplóticos) são glóbulos de gordura revestidos por peritônio, produzem algumas células de defesa pra melhorar a
proteção dos cólos. Presentes até o colo sigmoide, não presente no reto.
Haustros (ou Saculações) são dilatações saculiformes em todo seu trajeto
Tênias são fitas (reforços) musculares em número de três (mesocólica, omental e livre) que percorrem o intestino grosso no sentido
longitudinal, presentes até o colo sigmoide, não presente no reto.
Ceco e Apêndice
O ceco é a primeira parte do intestino grosso, é uma bolsa cega, com aproximadamente 7,5cm de largura e comprimento. É
quase totalmente revestido por peritônio e pode ser levantado livremente. Apesar de sua relativa liberdade, está ligado à parede do
abdome por pregas cecais do peritônio. O Íleo terminal entra no ceco, formando os lábios ileocólico e ileocecal, que juntos formam a
papila ileal e, entre eles, o óstio ileal. É vascularizado pela artéria ileocólica (ramo da AMS) e é drenado pela veia ileocólica, a qual
drena para a VMS.
O apêndice (apêndice vermiforme) é um divertículo intestinal que termina em um fundo cego, tem cerca de 6cm e contém
tecido linfoide. Origina-se inferiormente à junção ileocecal. Possui um mesentério triangular curto, o mesoapêndice, por onde passa a
artéria apendicular (ramo da ileocólica). É drenado pela veia ileocólica.
Colo Ascendente
O Colo Ascendente é a 2ª parte do intestino grosso, segue em direção rostral até o lobo direito do fígado, onde vira para a
direita na flexura direita do colo. É coberto por peritônio anteriormente e nas laterais. Não possui mesocolo, sendo, assim, fixo. A
vascularização se dá pelas artérias ileocólica e cólica direita, ramos da AMS. A drenagem venosa é feita pelas veias ileocólica e cólica
direita, tributárias da VMS.
Colo Transverso
O Colo Transverso é a 3ª, mais móvel e maior parte do intestino grosso. Atravessa o abdome da flexura direita do colo até a
flexura esquerda do colo (flexura esplênica), onde se curva para baixo, tornando-se o colo descendente. O mesentério do colo
transverso, o mesocolo transverso, está aderido à parede posterior da bolsa omental. O suprimento arterial é feito pela artéria cólica
média, ramo da AMS. A drenagem venosa se dá pela VMS.
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Colo Descendente
O Colo Descendente ocupa uma posição secundariamente retroperitonial entre a flexura esquerda do colo e a fossa ilíaca
esquerda, onde é contínuo com o colo sigmoide. É coberto anterior e lateralmente por peritônio, e por esse é ligado à parede posterior
do abdome.
Colo Sigmoide
O Colo Sigmoide, caracterizado por sua alça em forma de S, tem, em geral, 40cm e une o colo descendente ao reto. O fim das
tênias do colo, a aprox. 15 cm do ânus, indica a junção retossigmoide. O colo sigmoide geralmente apresenta um longo mesentério,
sendo, assim, muito livre. Os apêndices omentais do colo sigmoide são longos e desaparecem quando o mesentério sigmoide termina.
As Tênias também desaparece na porção final do colo sigmoide. A irrigação arterial do colo sigmoide é feita pelas artérias cólica
esquerda e sigmoides (ramos da AMI). É drenado pela VMI, que tributa para a veia esplênica e depois para a veia porta.
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O Canal Anal é a parte final do intestino grosso e de todo o canal alimentar. O canal começa no ponto onde a ampola retal
se estreita, e termina no ânus, a abertura de saída do trato alimentar. O canal é circundado pelos músculos esfíncteres interno e externo
do ânus. O músculo esfíncter interno do ânus é um esfíncter involuntário que fica, a maior parte do tempo, contraído. O músculo
esfíncter externo do ânus é um esfíncter voluntário. Para a liberação de fezes ou gás, ambos os esfíncteres devem sem relaxados.
Internamente, a metade superior da mucosa anal é caracterizada pela presença de estrias longitudinais chamadas colunas anais. A
junção anorretal, indicada pelas extremidades superiores das colunas anais, é o local onde o reto se une ao canal anal. A linha
pectinada (semelhante a um pente) é o local onde as partes superior (visceral) e inferior (somática) do canal anal se juntam.
O canal anal é suprido pelas artérias retal superior (acima da linha pectinada), médias (ajudam na vascularização de todo o
canal anal) e inferiores (abaixo da linha pectinada). A drenagem venosa, superiormente à linha pectinada, o plexo venoso retal interno
drena para a veia retal superior (drena para a VMI e sistema porta) e inferiormente à linha pectinada, drena para as veias retais
inferiores (tributárias da cava). As veias retais médias drenam a túnica muscular externa da ampola e formam anastomoses com as
veias retais superiores e inferiores e drenam para as veias ilíacas internas.
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que conduzia sangue bem oxigenado e rico em nutrientes da placenta para o feto. O ligamento venoso é o remanescente fibroso do
ducto venoso fetal, que desviava sangue da veia umbilical para a VCI.
O Omento menor, que encerra a tríade portal (ducto colédoco, artéria hepática própria e veia porta) segue do fígado até a curvatura
menor do estômago e nos primeiros 2cm da parte superior do duodeno. A margem livre e espessa do omento menor estende-se entre a
porta do fígado e do duodeno (no ligamento hepatoduodenal). O restante do omento menor, semelhante a uma lâmina, o ligamento
hepatogástrico, estende-se entre o sulco do ligamento venoso do fígado e a curvatura menor do estômago.
A vascularização do fígado é dupla: cerca de 80% do sangue que vai para o fígado é levado pela veia porta, e o restante pela artéria
hepática. A drenagem se dá pelas veias hepáticas direita, intermediária e esquerda, que drenam para a VCI.
186
Vias biliares
Os ductos biliares conduzem a bile do fígado até o duodeno. A bile é liberada no duodeno quando comemos, a bile emulsifica
a gordura no duodeno, permitindo que seja absorvida. Os hepatócitos (células do fígado) secretam a bile para canalículos biliares, os
quais drenam para ductos biliares interlobulares e, em seguida, para os ductos biliares coletores da tríade portal intra-hepática, que se
fundirão para formar os ductos hepáticos direito e esquerdo. Esses, então, saem da porta do fígado e formam o ducto hepático comum,
que se une ao ducto cístico para formar o ducto colédoco.
O ducto colédoco conduz a bile até a 2ª parte do duodeno, onde liberará ela. Esse ducto entra em contato com o ducto
pancreático e seguem juntos até o duodeno, podendo se unir e formar a ampola hepatopancreática. Onde a ampola entra no
duodeno, forma-se a papila maior do duodeno. Ao redor da extremidade distal do ducto colédoco há um músculo espessado que
forma o esfíncter do ducto colédoco. O esfíncter controla a entrada da bile no duodeno. A vascularização do ducto colédoco é feita
pelas artérias cística, hepática direita, pancreaticoduodenal superior posterior e gastroduodenal. A drenagem venosa é feita por veias
que entram diretamente no fígado e pela veia pancreaticaduodenal superior posterior que drena para a veia porta.
A vesícula biliar situa-se na fossa da vesícula biliar na face visceral do fígado. Ela armazena a bile produzida pelos hepatócitos
e, quanto estimulada, libera-a para o duodeno. O peritônio circunda completamente o fundo da vesícula biliar e liga seu corpo e colo
ao fígado.
O ducto cístico une o colo da vesícula biliar ao ducto hepático comum. A mucosa do colo forma a prega espiral. A prega dá
resistência ao esvaziamento súbito de bile quando os esfíncteres estão fechados. O ducto cístico segue paralelo ao ducto hepático
comum, ao qual se une para formar o ducto colédoco. A artéria cística irriga o ducto cístico, a vesícula biliar e o ducto colédoco e
geralmente origina-se da artéria hepática direita. As veias císticas drenam o sangue da vesícula biliar e do ducto cístico, entram
diretamente no fígado ou drenam para a veia porta.
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Pâncreas
O Pâncreas é uma glândula acessória ao sistema digestório, retroperitoneal, posterior ao estômago. O pâncreas produz: uma
secreção exócrina, o suco pancreático, que entra no duodeno através dos ductos pancreáticos principal e acessório; secreções
endócrinas, glucagon e insulina, que regulam o nível de glicose no sangue. O Pâncreas pode ser dividido em 4 partes: cabeça, colo,
corpo e cauda (para lembrar: caco-coca). A cabeça do pâncreas é a parte expandida da glândula que é circundada pela curva em
C do duodeno. O processo uncinado, uma projeção da cabeça do pâncreas, estende-se medialmente para a esquerda, posterior à
AMS. Em seu trajeto para se abrir na parte descendente do duodeno, o ducto colédoco situa-se em um sulco na face póstero-superior
da cabeça. O colo do pâncreas é curto, e está situado sobre os vasos mesentéricos superiores. A face posterior do colo, coberta por
peritônio, está situada adjacente ao piloro do estômago. A VMS une-se à veia esplênica, posteriormente ao colo, para formar a veia
porta. O corpo do pâncreas continua a partir do colo. Sua face anterior é desprovida de peritônio e está em contato com aorta, AMS,
suprarrenal esquerda, rim e vasos renais esquerdos. A cauda do pâncreas situa-se anteriormente ao rim esquerdo e está intimamente
relacionada ao hilo esplênico e à flexura cólica esquerda. A extremidade da cauda geralmente é romba e voltada para cima.
188
O ducto pancreático principal começa na cauda e atravessa o parênquima da glândula até a cabeça do pâncreas, aí se
volta inferiormente e está intimamente relacionado ao ducto colédoco. Quando se junta ao ducto colédoco, formam a ampola
hepatopancreática que entra na 2ª parte do duodeno, na papila maior do duodeno. Os esfíncteres do ducto pancreático, do ducto
colédoco e o da ampola hepatopancreática (de Oddi) são esfíncteres de músculo liso que controlamo fluxo de bile e de suco
pancreático para o duodeno.
O ducto pancreático acessório se abre no duodeno no cume da papila menor do duodeno.
As artérias pancreáticas são provenientes principalmente dos ramos da artéria esplênica muito tortuosa, que forma vários arcos
com ramos pancreáticos das artérias gastroduodenal e mesentérica superior. As veias pancreáticas correspondentes são tributárias das
partes esplênicas e mesentérica superior da veia porta.
189
Baço
O Baço é o maior dos órgãos linfáticos, tendo, no período fetal, função hematopoiética, mas após o nascimento, está
envolvido basicamente na identificação, remoção e destruição de hemácias antigas e de plaquetas fragmentadas, e na reciclagem
de ferro e globina. Serve como reservatório de sangue e plaquetas e, em grau limitado, pode oferecer um tipo de “autotransfusão” em
resposta ao estresse imposto por uma hemorragia. É totalmente circundado por peritônio, exceto no hilo esplênico, onde os ramos da
artéria esplênica e veia esplênica entram e saem.
O baço toca a parede posterior do estômago e está ligado a sua curvatura maior pelo ligamento gastroesplênico e ao rim
esquerdo pelo ligamento esplenorrenal. O hilo esplênico frequentemente está em contato com a cauda do pâncreas e constitui o
limite esquerdo da bolsa omental.
A artéria esplênica é o maior ramo do tronco celíaco. Entre as camadas do ligamento esplenorrenal, a artéria esplênica divide-
se em cinco ou mais ramos que entram no hilo. A veia esplênica é formada por várias tributárias que emergem do hilo. Recebe a VMI e
une-se à VMS para formar a veia porta.
190
191
1) Membrana serosa que reveste as paredes da 9) Sobre a veia porta do fígado é incorreto afirmar
cavidade abdominal e forma a túnica externa de a) Conduz sangue venoso rico em nutrientes
algumas vísceras abdominais e pélvicas: b) É uma veia que estabelece a comunicação entre
a) Pleura capilares sanguíneos do intestino delgado e os
b) Pericárdio sinusoides hepáticos
c) Peritônio c) Conduz sangue arterial rico em nutrientes
d) Endotélio d) É formada geralmente pela união das veias
e) Perimísio mesentérica superior e esplênica
e) Penetra o fígado pela sua face visceral
2) A artéria mesentérica superior e o tronco celíaco são
ramos da: 10) A ampola hepatopancreática que desemboca ao
a) Parte torácica da aorta nível do ápice da papila maior do duodeno resulta da
b) Arco da aorta confluência dos ductos:
c) Parte abdominal da aorta a) Cístico e pancreático principal
d) Ilíaca comum b) Cístico e pancreático acessório
e) Têm origens diferentes c) Colédoco e pancreático principal
d) Cístico e de Wirsung
3) O baço encontra-se ao nível do: e) Hepáticos direito e esquerdo
a) Hipocôndrio direito
b) Hemitórax esquerdo 11) A artéria esplênica irriga o _____ e é ramo da:
c) Hemitórax direito a) Duodeno; mesentérica superior
d) Hipocôndrio esquerdo b) Reto; sacral mediana
e) Região pélvica c) Baço; tronco celíaco
d) Baço; mesentérica inferior
4) Sobre o baço é incorreto afirmar: e) Duodeno; gastroduodenal
a) É o maior órgão linfoide do corpo humano
b) É protegido pelas costelas esquerdas 9, 10 e 11 12) Em relação ao sistema digestório é incorreto afirmar
c) Localiza-se na loja subfrênica esquerda que:
d) É principalmente irrigado por ramos da artéria a) O estômago é uma víscera oca
hepática comum b) O reto é a porção final do intestino grosso
e) É ricamente vascularizado c) O fígado produz a bile
d) A vesícula biliar armazena e concentra a bile
5) O tronco celíaco origina os seguintes ramos, exceto: e) O apêndice vermiforme pertence ao colo
a) Artéria gástrica esquerda ascendente
b) Artéria esplênica
c) Artéria hepática comum 13) Em relação ao esôfago é correto:
d) Artéria lienal a) Localiza-se entre a traqueia, anteriormente, e a
e) Artéria gastroduodenal coluna vertebral, posteriormente
b) É a continuação da orofaringe
6) Sobre o baço, é incorreto o se afirmar que: c) Possui uma trajetória exclusivamente torácica
a) Funciona como um reservatório de sangue d) Desemboca no duodeno
b) É uma víscera maciça e) Possui somente músculo liso
c) Possui função imunológica
d) Realiza a hemólise fisiológica (hemocatarese) 14) Em relação ao sistema digestório é incorreto afirmar
e) O hilo esplênico situa-se na sua face que:
diafragmática a) A camada muscular do estômago apresenta três
túnicas
7) A maior parte do volume sanguíneo que chega ao b) O fígado ocupa a maior parte do quadrante
fígado é assegurada pela (o) superior direito do abdome, sendo responsável
a) Artéria hepática própria pela produção de bile, dentre outras funções
b) Tronco celíaco c) No sentido próximo distal, as partes do intestino
c) Artéria hepática comum delgado são: duodeno, jejuno e íleo
d) Veia porta do fígado d) O pâncreas localiza-se entre as margens inferior
e) Artéria hepatoduodenal do estômago e superior do colo transverso
e) O pâncreas divide-se em cabeça, colo, corpo e
8) Considerando as vias biliares extra-hepáticas é cauda e desemboca-se no jejuno
incorreto afirmar que:
a) Possuem a função de conduzir e armazenar bile 15) Em relação ao sistema digestório é correto:
b) Se compõem de vesícula biliar, ducto cístico, a) O esôfago possui somente músculo liso
ductos hepáticos direito e esquerdo, ducto b) O esfíncter esofágico superior é formado pela
hepático comum e ducto colédoco porção cricofaríngea do músculo constritor inferior
c) O ducto colédoco é formado pela união dos da faringe
dutos cístico e hepático comum c) O estômago é uma víscera maciça situada entre
d) O ducto colédoco desemboca ao nível da papila o esôfago e o duodeno
menor do duodeno d) O duodeno recebe secreções digestórias
provenientes somente do fígado
192
21) As flexuras direita e esquerda de colo são também 27) As comunicações portossistêmicas ao nível do anel
denominadas, respectivamente, flexuras: umbilical, quando dilatadas na hipertensão portal,
a) Hepática e esplênica original um aspecto característico, conhecido com o
b) Renal e lienal nome de:
c) Hepática e gástrica a) Ascite
d) Hepática e pancreática b) Hidroperitônio
e) Renal e esplênica c) Cabeça de medusa
d) Linhas albicantes
22) O intestino grosso pode ser facilmente distinguido do e) Tentáculos de polvo
intestino delgado, por suas três faixas espessas de
músculo longitudinal, denominadas, ____; os haustros 28) Sobre o omento maior pode-se afirmar que:
chamados de ____ e pequenas bolsas de omento a) É repleto de tecido adiposo
preenchidas por gordura, denominadas ____:: b) Protege os órgãos abdominais contra lesão e
a) Tênias do colo; apêndices omentais; saculações promove isolamento contra a parda de calor
do colo corporal
b) Tênias do colo; saculações do colo; apêndices c) Se desloca em torno da cavidade peritoneal, com
omentais os movimentos peristálticos das vísceras
c) Apêndices omentais; saculações do colo; tênias d) No passado era denominado grande epíplon
do colo e) Todas alternativas estão corretas
d) Saculações do colo; tênias do colo; apêndices
omentais 29) Em relação ao esôfago é correto afirmar que:
e) Saculações do colo, apêndices omentais; tênias a) Se localiza anteriormente à traqueia
do colo b) Possui uma trajetória exclusivamente torácica
193
35) Sobre o duodeno, marque a correta: 39) Assinale a alternativa que mostra corretamente a
a) Sua primeira porção é o ceco, uma pequena formação da veia porta:
projeção aproximadamente cúbica, que leva ao a) Veia esplênica junta-se com veia pancreática,
duodeno forma VMI e junta-se com VMS
b) A ampola hepatopancreática abre-se na papila b) Veia gástrica magna junta-se com veia
maior na primeira parte do duodeno pancreática, forma veia esplênica, cai na VMI e
c) O m. suspensor do duodeno (ligamento de Treitz) junta-se com VMS
contém fibras dos pilares do diafragma e sua c) VMI drena para veia esplênica e junta-se com
contração acentua o ângulo da flexura VMS
duodenojejunal, impedindo o movimento do d) Veia esplênica drena para VMI e junta-se com
conteúdo intestinal VMS
d) O duodeno representa uma exceção em relação e) Veias gástricas drenam para veia esplênica, forma
às camadas musculares do trato digestório, pois a VMI e junta-se com VMS
apresenta apenas 2 camadas
e) As veias do duodeno seguem as artérias e drenam
diretamente para a VCI
194
40) Assinale a afirmação incorreta sobre o baço: c) A frase está parcialmente incorreta, pois as artérias
a) É um órgão retroperitoneal gástricas (direita e esquerda) são ramos da artéria
b) É o maior dos órgãos linfáticos gástrica própria, ramo do tronco celíaco
c) Está envolvido na destruição de hemácias antigas d) A frase está parcialmente incorreta, pois a artéria
e plaquetas fragmentadas gastroduodenal é ramo da artéria esplênica
d) Está envolvido na reciclagem de ferro e globina e) A frase está incorreta
e) Serve como reservatório de sangue e plaquetas
45) Um cálculo biliar é uma concreção na vesícula biliar,
no ducto cístico ou ducto colédoco formada
Para as questões 41 a 50, avalie as frases e marque a principalmente por cristais de colesterol. Os cálculos
alternativa correta. biliares são muito mais comuns em homens, e a
41) Tênias do intestino grosso são 3 fitas musculares que incidência aumenta com a idade. Para que os
percorrem o intestino grosso no sentido longitudinal, cálculos biliares causem sintomas clínicos, devem
presentes desde a base do apêndice até a junção obter um tamanho suficiente para produzir lesão
retoanal. mecânica da vesícula biliar ou obstrução do trato
a) A frase está correta biliar.
b) A frase está parcialmente incorreta, pois as tênias a) A frase está correta
são em número de 4 b) A frase está parcialmente incorreta, pois os
c) A frase está parcialmente incorreta, pois a cálculos biliares são principalmente formados por
descrição é dos haustros cristais de cloreto de sódio hidrolisado
d) A frase está parcialmente incorreta, pois as tênias c) A frase está parcialmente incorreta, pois os
acabam na junção retossigmoide cálculos biliares são mais comuns em mulheres
e) A frase está incorreta d) A frase está parcialmente incorreta, pois todo
paciente com cálculo biliar apresenta sintoma,
42) Os colos ascendente e descendente são fixos; os colos em maior ou menor grau
transverso e sigmoide são livres; os colos ascendente e e) A frase está incorreta
transverso são irrigados por ramos da AMS; os colos
descendente e sigmoide são irrigados por ramos da 46) O omento maior impede a aderência do peritônio
AMI; as veias que drenam os colos fazem parte da visceral ao peritônio parietal. Possui considerável
formação da veia porta. mobilidade e desloca-se ao redor da cavidade
a) A frase está correta peritoneal com movimentos peristálticos das vísceras.
b) A frase está parcialmente incorreta, pois todos os Frequentemente forma aderências adjacentes a um
colos são fixos órgão inflamado, como o apêndice, algumas vezes
c) A frase está parcialmente incorreta, pois, exceto o isolando-o e assim protegendo outras vísceras.
sigmoide, todos os colos são irrigados por ramos a) A frase está correta
da AMS b) A frase está parcialmente incorreta, pois o omento
d) A frase está parcialmente incorreta, pois a veia maior permite a aderência entre peritônio visceral
porta não drena sangue do TGI e parietal
e) A frase está incorreta c) A frase está parcialmente incorreta, pois um
omento maior muito móvel é sinal de doença
43) A ampola hepatopancreática é um ponto indireto do d) A frase está parcialmente incorreta, pois o omento
local de liberação da bile e do suco pancreático. A maior mais permite a disseminação de infecções
ampola encontra-se entre as papilas maior e menor do do que isola um órgão inflamado
duodeno. A bile é liberada pelo ducto cístico na e) A frase está incorreta
papila maior, enquanto o suco pancreático é liberado
pelo ducto pancreático na papila menor. 47) A hérnia de hiato é a protrusão de uma parte do
a) A frase está correta estômago para o mediastino através do hiato
b) A frase está parcialmente incorreta, pois a ampola esofágico do diafragma. As hérnias são mais
é um local de importância em casos de cistos frequentes após a meia-idade, possivelmente devido
sebáceos, não tendo relação com os ductos ao enfraquecimento da parte muscular do diafragma
cístico e pancreático e alargamento do hiato esofágico. As hérnias
c) A frase está parcialmente incorreta, pois o ducto frequentemente são indolores e assintomáticas, se não
cístico abre-se na papila menor, e o pancreático pela disfunção gástrica, resultante em gastrite.
na papila maior a) A frase está correta
d) A frase está parcialmente incorreta, pois a bile é b) A frase está parcialmente incorreta, pois as hérnias
liberada pelo ducto pancreático e o suco cístico são mais frequentes nos jovens, e a incidência
pelo ducto cístico diminui com o avanço da idade
e) A frase está incorreta c) A frase está parcialmente incorreta, pois a causa
da hérnia é o enfraquecimento da musculatura
44) O tronco celíaco forma a artéria hepática comum, a própria do estômago, não do diafragma
artéria gástrica esquerda e a artéria esplênica. A d) A frase está parcialmente incorreta, pois as hérnias
artéria hepática comum dá origem às artérias são frequentemente dolorosas e incômodas
hepática própria, gastroduodenal e artéria gástrica e) A frase está incorreta
direita (que pode sair da hepática própria). A artéria
esplênica dá origem à gastromental esquerda e a
gastroduodenal à gastromental direita. 48) O estômago é a porção dilatada do trato alimentar
a) A frase está correta situada ente o esôfago e o duodeno, especializado
b) A frase está parcialmente incorreta, pois a artéria para acumular alimentos ingeridos e prepará-los
hepática própria é ramo direto do tronco celíaco química e mecanicamente para a digestão. O
estômago está situado assimetricamente na cavidade
abdominal, à direita da linha mediana e geralmente
195
Respostas:
1 C 11 C 21 A 31 E 41 D
2 C 12 E 22 B 32 E 42 A
3 D 13 A 23 B 33 C 43 E
4 D 14 E 24 E 34 D 44 A
5 E 15 B 25 E 35 D 45 C
6 E 16 E 26 E 36 D 46 A
7 D 17 D 27 C 37 C 47 D
8 D 18 D 28 E 38 B 48 C
9 C 19 C 29 C 39 C 49 D
10 C 20 D 30 E 40 A 50 A
196
Pelve A Pelve é o compartimento circundado pelo cíngulo do membro inferior. É dividida em pelve maior ou falsa e pelve menor ou
verdadeira. Na pelve maior encontram-se órgãos abdominais e na pelve menor, órgãos pélvicos na cavidade pélvica e o períneo.
Externa à pelve encontra-se a parede anterolateral do abdome, a região glútea e o períneo.
Diferenças sexuais
Os cíngulos dos membros inferiores de homens e mulheres diferem em vários aspectos. Essas diferenças sexuais estão
relacionadas principalmente à constituição mais pesada e aos músculos maiores da maioria dos homens e à adaptação pelve em
mulheres para o parto.
Pelve Masculina Pelve Feminina
Espessa e pesada Fina e leve
Pelve maior mais profunda Pelve maior mais superficial
Pelve menor estreita e profunda Pelve menor larga e superficial
Abertura superior em forma de coração Abertura superior oval e arredondada
Ângulo subpúbico < 70º Ângulo subpúbico >80º
Forame obturado redondo Forame obturado oval
Acetábulo grande Acetábulo pequeno
O cíngulo do membro inferior é mais pesado e mais espesso nos homens do que nas mulheres. O cíngulo do membro inferior é
mais largo, raso e possui as aberturas superior e inferior da pelve maiores.
199
Articulações e ligamentos
As articulações primárias do cíngulo do membro inferior são as articulações sacroilíacas e sínfise púbica. As articulações
lombossacrais e sacrococcígeas não fazem parte do cíngulo, mas estão diretamente relacionadas a ele.
As articulações sacroilíacas são articulações compostas, fortes, formadas por uma articulação sinovial anterior e uma
sindesmose posterior. As articulações sacroilíacas diferem da maioria das articulações sinoviais porque a mobilidade é limitada, em
consequência de seu papel na transmissão de peso da maior parte do corpo para os ossos do quadril. O Sacro liga-se aos ossos ilíacos
pelos ligamentos sacroilíacos anteriores, sacroilíacos interósseos e sacroilíacos posteriores. O peso empurra o sacro para baixo e os ílios
para dentro, de forma que comprimem o sacro. Os ligamentos iliolombares são acessórios nesse mecanismo.
O ligamento sacrotuberal se forma da união dos ligamentos sacroilíacos inferiormente, da margem posterior do ílio e da base
do cóccix. Esse ligamento segue da parte posterior do ílio e da parte lateral do sacro até o túber isquiático, formando o forame
isquiático a partir da incisura isquiática. O ligamento sacroespinal segue da parte lateral do sacro e cóccix até a espinha isquiática
subdivide esse forame em forame isquiático menor e maior.
A Sínfise púbica é uma articulação cartilagínea secundária que consiste em um disco interpúbico fibrocartilaginoso e
ligamentos adjacentes. O ligamento púbico superior une as faces superiores dos corpos do púbis e disco interpúbico, estendendo-se
lateralmente até os tubérculos púbicos. O ligamento púbico inferior une as faces inferiores dos componentes articulares, arredondando
o ângulo subpúbico quando forma o ápice do arco púbico. As fibras das fixações dos músculos reto do abdome e oblíquo externo
também fortalecem a sínfise púbica anteriormente.
As vértebras L5 e S1 articulam-se na sínfise intervertebral anterior e nas duas articulações dos processos articulados, entre os
processos articulados dessas vértebras. Essas articulações são fortalecidas por ligamentos iliolombares, que se irradiam dos processos
transversos da vértebra L5 até os ílios.
A articulação sacrococcígea é uma articulação cartilagínea secundária. Os ligamentos sacrococcígeos anterior e posterior
reforçam a articulação, assim como os ligamentos longitudinais anteriores e posteriores fazem com as vértebras superiores.
Sacro
O Sacro tem forma triangular em cunha e é geralmente formado, nos adultos, por 5 vértebras fundidas. O formato triangular do
sacro resulta da rápida diminuição do tamanho das massas laterais das vértebras sacrais durante o desenvolvimento. A metade inferior
do sacro não sustenta peso, portanto, seu volume diminui consideravelmente. O sacro recebe o peso do corpo de L5 pela base do
sacro e transfere-o para o cíngulo do membro inferior, do qual faz parte. O canal sacral é a continuação do canal vertebral no sacro.
Contém o feixe de raízes dos nervos espinais originadas inferiormente à vertebra L1, conhecido como cauda equina. Nas faces pélvica
e dorsal do sacro, entre seus componentes vertebrais, há normalmente quatro pares de forames sacrais para a saída dos ramos
posteriores e anteriores dos nervos espinais. A base do sacro é formada pela superfície superior da vértebra S1. Seus processos articulares
superiores articulam-se com os processos articulares inferiores da vértebra L5. A margem projetada anteriormente do corpo da vértebra
S1 é o promontório sacral. O ápice do sacro, sua extremidade inferior afilada, tem uma face oval para a articulação com o cóccix. O
hiato sacral resulta da ausência das lâminas e do processo espinhoso de S5 e algumas vezes de S4. O hiato sacral leva ao canal sacral.
Sua profundidade varia, dependendo da quantidade de processo espinhoso e lâminas de S4. Os cornos sacrais, que representam os
processos articulares inferiores da vértebra S5, projetam-se inferiormente de cada lado do hiato sacral e são úteis como guia para sua
localização.
Cóccix
O cóccix é um pequeno osso triangular que geralmente é formado pela fusão de quatro vértebras coccígeas rudimentares,
podendo haver uma a mais ou uma a menos e algumas pessoas. Co1 é a maior e a mais larga das vértebras coccígeas. Seus processos
transversos curtos estão unidos ao sacro, e seus processos articulares rudimentares formam cornos coccígeos, que se articulam com os
cornos sacrais. O cóccix apenas recebe peso quando a pessoa está sentada, não recebendo quando em pé.
200
Cavidade Pélvica
A cavidade abdominopélvica estende-se superiormente para a caixa torácica e inferiormente para a pelve. A cavidade
pélvica – espaço limitado perifericamente pelas paredes e pelo assoalho pélvicos ósseos, ligamentares e musculares – é a parte ínfero-
posterior da cavidade abdominopélvica, contínua com a cavidade abdominal na abertura superior da pelve, mas angulada
posteriormente a partir dela.
A cavidade pélvica contém as partes terminais dos ureteres e a bexiga, o reto, os órgãos genitais pélvicos, vasos sanguíneos,
linfáticos e nervos, além de alças do intestino delgado e intestino grosso. A cavidade pélvica é limitada inferiormente pelo diafragma da
pelve, que está suspenso acima da abertura inferior da pelve, formando um assoalho pélvico semelhante a uma tigela. O limite
posterior é o cóccix e a parte inferior do sacro. Os corpos dos ossos púbicos e a sínfise púbica que os unem formam uma parede ântero-
inferior.
As paredes laterais da pelve são formadas pelos ossos do quadril direito e esquerdo, com um forame obturada cada, fechado
por uma membrana obturadora. Os músculos obturados internos cobrem a maior parte da parede lateral da pelve. As faces mediais
desses músculos são cobertas pela fáscia obturatória, espessada centralmente como um arco tendíneo que oferece fixação para o
diafragma da pelve. A parede posterior (póstero-lateral e teto) é formada pela parede e teto ósseos na linha mediana e pelos
ligamentos associados às articulações sacroilíacas e músculos piriformes. O assoalho pélvico é formado pelo diafragma da pelve, que
se forma pelos músculos isquicoccígeo e levantador do ânus, assim como as fáscias que recobrem as faces superior e inferior desses
músculos. Uma abertura anterior entre as margens mediais dos músculos levantadores do ânus de cada lado – o hiato urogenital – dá
passagem à uretra e, em mulheres, à vagina.
201
O músculo levantador do ânus possui 3 partes (puborretal, mais medial; pubococcígeo, intermediária e mais larga; iliococcígeo,
póstero-lateral, geralmente menos desenvolvida). O músculo pubococcígeo ainda pode ser dividido em duas partes: levantador da
próstata (puboprostático, em homens) ou pubovaginal (em mulheres) e puboanal. Perfurado centralmente pelo canal anal, o músculo
levantador do ânus é afunilado, com o puborretal em forma de U formando a alça ao redor do “bico do funil”. A contração voluntária
da porção puborretal é importante para a manutenção da continência fecal imediatamente após o enchimento retal ou durante a
peristalse quando o reto está cheio e o músculo esfincteriano involuntário é inibido. O músculo levantador do ânus deve se relaxar para
permitir a micção e a defecação.
Em mulheres que tiveram seus úteros removidos e em homens, o peritônio central desce por uma curta distância pela face
posterior da bexiga e depois é refletido superiormente sobre a face anterior da parte inferior do reto, formando a escavação
retovesical. No homem, uma pequena prega ou estria peritoneal, a prega uretérica, é formada quando o peritônio passa para cima e
sobre o ureter e o ducto deferente de cada lado da parte posterior da bexiga, separando as fossas paravesical e pararretal. Nesse
aspecto, é o equivalente masculino do ligamento largo das mulheres. Exceto pelas vesículas seminais, ampolas dos ductos deferentes e
o testículo, os órgãos reprodutivos masculinos não estão em contato com o peritônio.
Fáscia da Pelve
A fáscia pélvica é o tecido conjuntivo que ocupa o espaço entre o peritônio e as paredes e o assoalho pélvico musculares não
ocupadas pelas vísceras pélvicas. Essa “lâmina” é uma continuação da fáscia endoabdominal, situada entre as paredes musculares
abdominais e o peritônio superiormente. A fáscia parietal da pelve é uma lâmina de espessura variável que reveste a face interna dos
músculos que formam as paredes e o assoalho pélvico. Essa lâmina é contínua superiormente com as fáscias transversal e iliopsoas. A
fáscia visceral da pelve inclui a fáscia membranácea que reveste diretamente os órgãos pélvicos, formando a lâmina adventícia de
cada um. A fáscia parietal se espessa, formando o arco tendíneo da fáscia da pelve, que segue do púbis até o sacro ao longo do
assoalho pélvico adjacente às vísceras. A parte mais anterior desse arco é o ligamento puboprostático em homens ou o ligamento
pubovesical em mulheres. A parte mais posterior da faixa segue como os ligamentos sacrogenitais do sacro na lateral do reto para se
fixar à próstata no homem ou à vagina na mulher.
O tecido conjuntivo entre as lâminas membranáceas parietal e visceral pode ser considerado um estrato único de fáscia
chamado fáscia endopélvica. Essa fáscia forma uma matriz de tecido conjuntivo ou material para acondicionamento das vísceras
pélvicas. A fáscia endopélvica forma algumas condensações em certos locais, como a bainha hipogástrica, entre o espaço
retropúbico e o espaço pré-sacral. A bainha divide-se em três lâminas. A lâmina anterior forma o ligamento lateral da bexiga; a lâmina
média forma, no homem, o septo retovesical e, na mulher, o ligamento transverso do colo (de Mackenrodt); a lâmina posterior segue
até o reto, conduzindo a artéria e veia retais médias.
Nervos Pélvicos
A pelve é inervada pelos nervos espinais sacrais e coccígeos e pela parte pélvica do sistema nervoso autônomo. Na margem
da pelve a parte descendente do nervo L4 une-se ao ramo anterior do nervo L5 para formar o tronco lombossacral, semelhante a um
cordão, que segue inferiormente, para unir-se ao plexo sacral. O plexo sacral está localizado na parede póstero-lateral da pelve menor.
É formado principalmente pelos nervos isquiático e pudendo e a maioria de seus ramos sai da pelve através do forame isquiático maior.
O nervo isquiático é o maior nervo do corpo. Geralmente, atravessa o forame isquiático maior inferiormente ao músculo piriforme para
entrar na região glútea. Segue ao longo da face posterior da coxa para suprir a face posterior do membro inferior. O nervo pudendo é o
principal nervo do períneo e o principal nervo sensorial dos órgãos genitais externos. Acompanhado pela artéria pudenda interna, deixa
a pelve através do forame isquiático maior entre os músculos piriforme e coccígeo. Então entra no períneo através do forame isquiático
menor e inerva a pele e os músculos do períneo. O nervo glúteo superior deixa a pelve através do forame isquiático maior,
superiormente ao músculo piriforme. Inerva os músculos glúteos médio, mínimo e tensor da fáscia lata. O nervo glúteo inferior deixa a
pelve através do forame isquiático maior, inferiormente ao músculo piriforme e superficialmente ao nervo isquiático. Acompanha a
artéria glútea inferior e divide-se em vários ramos, que suprem o músculo glúteo máximo. O nervo obturatório segue do abdome até a
pelve menor pelo tecido adiposo extraperitoneal ao longo da parede lateral da pelve até o canal obturatório. Aí se divide em anterior
e posterior, que deixam a pelve através do forame obturado e suprem os músculos mediais da coxa. O plexo coccígeo é uma pequena
rede de fibras nervosas formada por ramos anteriores de S4 e S5 e pelos nervos coccígeos. Situa-se na face pélvica do músculo
isquicoccígeo e supre esse músculo, parte do levantador do ânus e a articulação sacrococcígea. Os nervos anococcígeos originados
nesse plexo perfuram o coccígeo e o corpo anococcígeo para suprir uma pequena área de pele entre a extremidade do cóccix e o
ânus. Os troncos simpáticos sacrais são a continuação inferior dos troncos simpáticos lombares. Os troncos sacrais descem na face
pélvica do sacro imediatamente medial aos forames sacrais pélvicos e convergem para formam o pequeno gânglio ímpar mediano
anterior ao cóccix. Descem posteriormente ao reto e enviam ramos comunicantes para cada um dos ramos anteriores dos nervos
sacrais e coccígeos, também enviando pequenos ramos para a artéria sacral mediana e o plexo hipogástrico inferior. Sua função
primária é fornecer fibras pós-sinápticas ao plexo sacral para inervação simpática. Os plexos periarteriais das artérias ováricas, retais
superiores e ilíacas internas pelas quais as fibras simpáticas entram na pelve. Sua principal função é o movimento vascular das artérias
que acompanham. Os plexos hipogástricos (superior e inferior) são redes de fibras nervosas aferentes simpáticas e viscerais. O plexo
hipogástrico superior entra na pelve, dividindo-se em nervos hipogástricos direito e esquerdo, que descem na face anterior do sacro.
Descem lateralmente ao reto nas bainhas hipogástricas e depois se abrem em leque à medida que se fundem com os nervos
esplâncnicos pélvicos para formar os plexos hipogástricos inferiores direito e esquerdo. Os plexos hipogástricos inferiores contêm fibras
simpáticas e parassimpáticas e fibras aferentes viscerais, as quais continuam através da bainha hipogástrica para as vísceras pélvicas,
sobre as quais formam subplexos coletivamente denominados de plexos pélvicos. Os nervos esplâncnicos pélvicos originam-se na pelve
a partir de ramos do plexo sacral, conduzem fibras parassimpáticas pré-sinápticas, que formam a saída sacral do sistema nervoso
parassimpático e fibras aferentes viscerais dos corpos celulares nos gânglios sensitivos dos nervos espinais correspondentes. O sistema
hipogástrico/pélvico dos plexos inerva as vísceras pélvicas. Embora o componente simpático seja amplamente vasomotor como em
outras partes, aqui ele também inibe a contração peristáltica do reto e estimula a contração dos órgãos genitais internos durante o
orgasmo. Portanto, a próxima vez que tiver o mais alto grau de excitação dos sentidos ou de um órgão, especificadamente, o clímax
do ato sexual, agradeça aos nervos esplâncnicos lombares. As fibras parassimpáticas distribuídas na pelve estimulam a contração do
reto e da bexiga para defecação e micção, respectivamente. As fibras parassimpáticas no plexo prostático penetram no assoalho
pélvico para chegar aos corpos eréteis dos órgãos genitais externos, causando ereção. As vias seguidas por fibras aferentes viscerais
que conduzem a dor das vísceras pélvicas diferem em termos de trajeto e destino, dependendo se a víscera ou parte da víscera de
origem da dor está localizada superior ou inferiormente à linha da dor pélvica. Exceto no caso do canal alimentar, em que a linha da
dor ocorre no meio do colo sigmoide, a linha de dor pélvica corresponde ao limite inferior do peritônio. As fibras aferentes viscerais que
conduzem impulsos de dor das vísceras abdominopélvicas superiores à linha da dor ascendem através dos plexos
hipogástricos/aórticos, nervos esplâncnicos abdominopélvicos, troncos simpáticos lombares e ramos comunicantes brancos para
chegarem aos corpos celulares nos gânglios sensitivos espinais torácicos inferiores/lombares superiores. As fibras aferentes das vísceras
abdominopélvicas inferiores à linha da dor seguem através dos plexos pélvicos e hipogástricos para chegarem aos corpos celulares nos
gânglios sensitivos espinais de S2-S4.
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204
Artérias Pélvicas
A pelve é ricamente suprida por artérias. Seis artérias principais entram na pelve menor de mulheres, enquanto que quatro
entram na pelve menor dos homens. As artérias ilíacas internas e ováricas (nas mulheres) são pares, enquanto que as artérias sacral
mediana e retal superior são ímpares. Cada artéria ilíaca interna é ramo de uma artéria ilíaca comum, que bifurca-se ao nível do disco
IV de L5 e S1. Ela é a artéria mais importante da pelve, principal responsável pela irrigação sanguínea das vísceras pélvicas e por parte
da irrigação da parte musculoesquelética da pelve, também enviando ramos para a região glútea, regiões mediais da coxa e períneo.
Ela bifurca-se ao nível da margem superior do forame isquiático maior, originando as divisões anterior e posterior. Os ramos da divisão
anterior são principalmente viscerais, mas também inclui ramos parietais que seguem até a nádega e coxa. Os ramos da divisão
anterior são: Aa. Umbilical, Obturatória, Vesical Inferior/Vaginal, Retal Média, Pudenda Interna e Glútea Superior. Antes do nascimento,
as artérias umbilicais conduzem sangue deficiente em oxigênio e nutrientes até a placenta para reposição. Quando o cordão umbilical
é seccionado, as partes distais desses vasos não funcionam mais e tornam-se ocluídas distalmente aos ramos que seguem até a bexiga.
As partes ocluídas formam cordões fibroses denominados ligamentos umbilicais mediais ou cordões das artérias umbilicais. Os
ligamentos elevam pregas de peritônio (as pregas umbilicais mediais) na superfície profunda da parede anterior do abdome. A parte
permeável dá origem à artéria vesical superior, que emite numerosas ramos para o fundo da bexiga. Em homens, a artéria para o ducto
deferente geralmente é ramo da artéria vesical superior. A artéria obturatória supre os músculos da face medial da coxa, vindo da pelve
pelo canal obturatório. Na pelve, emite ramos musculares, uma artéria nutrícia para o ílio e um ramo púbico. O ramo púbico origina-se
logo antes de a artéria obturatória deixar a pelve. A artéria vesical inferior irriga as glândulas seminais, a próstata, o fundo de bexiga e a
parte inferior do ureter. Emite ramos para o ducto deferente (artéria para o ducto deferente) e para a próstata (artéria prostática).
Ocorre apenas em homens, sendo substituída pela artéria vaginal nas mulheres. A artéria vaginal envia vários ramos, a partir da face
lateral da vagina, para as faces posterior e anterior da vagina, partes póstero-inferiores da bexiga e parte pélvica da uretra. A artéria
205
retal média irriga a parte inferior do reto, anastomosando-se com as artérias retais superior e inferior, suprindo as glândulas seminais e a
próstata em homens, e vagina em mulheres. A artéria uterina é homóloga à artéria para o ducto deferente do homem. Passa sobre o
ureter, próximo à parte lateral do fórnice da vagina (é a ponte quando se diz que “a água [ureter] passa sob a ponte [artéria uterina]”).
Ao chegar ao lado do colo, divide-se em ramo vaginal, descendente, que irriga o colo e a vagina e um ramo ascendente, que irriga o
corpo e o fundo do útero. O ramo ascendente divide-se em ramo ovárico e ramo tubário, que irão nutrir as extremidades mediais do
ovário e da tuba uterina, além de anastomosar-se com os ramos ovárico e tubário da artéria ovárica. A artéria ovárica segue em trajeto
descendente, e adere ao peritônio parietal, passando anteriormente ao ureter na parede posterior do abdome, geralmente emitindo
ramos para ele. Após entrar na pelve menor, divide-se em ramo ovárico e ramo tubário, ao entrar na parte súpero-lateral do ligamento
largo. A artéria pudenda interna, maior em homens, deixa a pelve atravessando a parte inferior do forame isquiático maior, entra na
fossa isquioanal através do forame isquiático menor e atravessa o canal do pudendo na parede lateral da fossa isquioanal. Então
divide-se artérias profunda e dorsal do pênis ou clitóris. A artéria glútea inferior deixa a pelve através da parte inferior do forame
isquiático maior. Supre os músculos e a pele das nádegas e a face posterior da coxa. Os ramos da divisão posterior da artéria ilíaca
interna são: Aa. Glútea Superior, Iliolombar, Sacrais Internas. A artéria glútea superior deixa a pelve através da parte superior do forame
isquiático maior, e supre os músculos glúteos nas nádegas. A artéria iliolombar segue até a fossa ilíaca. No interior da fossa, a artéria
divide-se em ramo ilíaco, que supre o músculo ilíaco e o ílio, e um ramo lombar, que supre os músculos psoas maior e quadrado do
lombo. As artérias sacrais laterais passam medialmente e descem anteriormente aos ramos sacrais anteriores, emitindo ramos espinais,
que atravessam os forames sacrais anteriores e suprem as meninges vertebrais que envolvem as raízes dos nervos sacrais. Alguns ramos
suprem os músculos eretores da espinha no dorso e a pele sobre o sacro. A artéria sacral mediana segue anteriormente aos corpos da
última ou das duas últimas vértebras lombares, do sacro e do cóccix e termina em uma série de alças anastomóticas, podendo dar
origem a um par de artérias L5. Emite pequenos ramos parietais ao descer sobre o sacro, que se anastomosam com as artérias sacrais
laterais, e dá origem a pequenos ramos viscerais para a parte posterior do reto, que se anastomosam com as artérias retais superior e
média. A artéria retal superior é a continuação direta da artéria mesentérica inferior. Ao nível de S3, divide-se em dois ramos, que desce
de cada lado do reto e suprem-no até o esfíncter interno do ânus inferiormente. Anastomosa-se com ramos da artéria retal média e
com a artéria retal inferior.
Veias Pélvicas
Os plexos venosos pélvicos são formados pelas veias que se anastomosam circundando as vísceras pélvicas. Os vários plexos
na pelve menor se unem e são drenados principalmente pelas veias ilíacas internas, mas alguns drenam para a veia mesentérica
inferior, para o plexo venoso vertebral interno, veia sacral mediana, veia retal superior (para o sistema porta) e, em mulheres, para as
veias ováricas.
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Linfonodos da Pelve
Os linfonodos que recebem drenagem linfática dos órgãos pélvicos são variáveis em número, tamanho e localização, e a
divisão em grupos definidos frequentemente é um pouco arbitrária. Quatro grupos primários de linfonodos estão localizados dentro da
pelve ou adjacentes a ela. Linfonodos ilíacos externos, recebem linfa principalmente dos linfonodos inguinais e de vísceras pélvicas,
drenam para os linfonodos ilíacos comuns. Linfonodos ilíacos internos recebem drenagem das vísceras pélvicas inferiores, do períneo
profundo e da região glútea, drenam para os linfonodos ilíacos comuns. Linfonodos sacrais recebem linfa das vísceras pélvicas póstero-
inferiores e drenam para os linfonodos ilíacos internos ou comuns. Linfonodos ilíacos comuns recebem a linfa dos outros três grupos de
linfonodos, iniciando uma via comum para drenagem da pelve que passa perto dos linfonodos lombares. Outros pequenos grupos de
linfonodos ocupam o tecido conjuntivo ao longo dos ramos dos vasos ilíacos internos. Os grupos primários e menores de linfonodos
pélvicos são altamente interconectados, de forma que muitos linfonodos podem ser removidos sem perturbar a drenagem.
Períneo Períneo refere-se tanto a uma área superficial externa quanto a um “compartimento” superficial do corpo. O períneo é limitado
pela abertura inferior da pelve e é separado da cavidade da pelve pelo diafragma da pelve, que é formado pelos músculos
levantador do ânus e isquicoccígeo.
Os limites do períneo são formados pela sínfise púbica, anteriormente; ramos inferiores do púbis e ramos isquiáticos, ântero-
lateralmente; túberes isquiáticos, lateralmente; ligamentos sacrotuberais, póstero-lateralmente; parte inferior do sacro e cóccix,
posteriormente.
O períneo é dividido em trígono anal e trígono urogenital por uma linha transversa que une as extremidades anteriores dos
túberes isquiáticos. O trígono urogenital se encontra “fechado” por uma lâmina de fáscia, a membrana do períneo, ao contrário do
trígono anal, que é “aberto”. A membrana e os ramos isquipúbicos fornecem uma base para os corpos eréteis dos órgãos genitais
externos.
O ponto médio da linha que une os túberes isquiáticos é o corpo do períneo (centro do períneo), uma massa irregular que
contém fibras colágenas e elásticas e músculos esqueléticos e lisos. O corpo do períneo é o encontro de fibras musculares de vários
músculos.
210
Em homens, contém: parte intermediária da uretra; músculos transversos profundos do períneo; glândulas bulbouretrais;
estruturas neurovasculares dorsais do pênis.
Em mulheres, contém: parte proximal da uretra; uma massa de músculo liso, associada ao corpo do períneo;
neurovascularização dorsal do clitóris.
212
1) Estrutura óssea que sustenta o peso do corpo quando 9) Na pelve óssea, os ângulos subpúbicos aproximados
o indivíduo se encontra sentado: em homens e mulheres são, respectivamente:
a) Tubérculo ilíaco a) 60° e 80°
b) Espinha isquiática b) 80° e 60°
c) Túber isquiático c) 60° e 90°
d) Tubérculo púbico d) 80° e 90°
e) Crista ilíaca e) 75° e 80°
2) Pelo forame isquiático menor, transitam, exceto: 10) São características observadas na pelve óssea
a) Tendão do m. obturador interno feminina, salvo:
b) Nervo pudendo a) Sacro longo e menos curvo
c) Nervo para o m. obturador interno b) Acetábulo grande
d) Vasos pudendos internos c) Cavidade pélvica cilíndrica e mais larga
e) Nervo isquiático d) Ossos do quadril mais leves
e) Incisura isquiática maior em quase 90°
3) Estrutura anatômica que separa as incisuras isquiáticas
maior e menor: 11) São características observadas na pelve óssea
a) Túber isquiático masculina, exceto:
b) Espinha isquiática a) Ossos do quadril mais pesados
c) Acetábulo b) Sacro estreito e mais curvo
d) Linha pectínea do púbis c) Abertura superior arredondada
e) Forame obturado d) Cavidade pélvica afunilada e estreita
e) Fossa ilíaca mais profunda
4) As artérias glúteas superior e inferior são ramos da:
a) Ilíaca externa 12) A margem superior da pelve é definida pelas
b) Ilíaca interna estruturas:
c) Femoral a) Linhas terminais, promontório e asa do sacro
d) Obturatória b) Linhas arqueadas, promontório e asa do sacro
e) Vesical inferior c) Linhas pectíneas, promontório e asa do sacro
d) Linhas arqueadas, linhas pectíneas e crista púbica
5) Sobre o osso do quadril é incorreto: e) Linhas arqueadas, linhas pectíneas, promontório e
a) A fossa ilíaca é uma concavidade localizada na asa do sacro
asa do ílio
b) O ílio forma os 2/3 superiores do osso do quadril 13) Sobre a pelve óssea, é correto:
c) A crista ilíaca representa a borda superior espessa a) O osso do quadril é formado pela união de 3
do ílio ossos: ílio, ísquio e sacro
d) As três porções do osso do quadril unem-se ao b) A pelve maior (verdadeira) é a parte entre as
nível do forame obturado aberturas superior e inferior da pelve
e) O ísquio forma o 1/3 superior e inferior do osso do c) A pelve menor (falsa) é a parte entre as aberturas
quadril superior e inferior da pelve
d) Na mulher, a pelve é mais espessa para
6) São porções do músculo levantador do ânus, exceto: acomodar o feto
a) Puborretal e) O ílio é um osso com uma margem óssea e uma
b) Levantador da próstata (em homens); parte lisa grandes, permitindo fixação muscular e
pubovaginal (em mulheres) acomodação para órgãos abdominopélvicos
c) Pubococcígeo
d) Iliococcígeo 14) Sobre os ligamentos sacroilíacos, é incorreto:
e) Isquiovaginal a) Os ligamentos sacroilíacos anteriores não tem
grande importância, sendo apenas a parte
7) Sobre o sacro é incorreto anterior da cápsula fibrosa da parte sinovial da
a) No adulto é formado pela fusão de cinco articulação sacroilíaca
vértebras sacrais b) Os ligamentos sacroilíacos posteriores são a
b) É um osso triangular curvo continuação posterior do tecido dos ligamentos
c) Se situa em cunha, entre os ossos do quadril, e sacroilíacos interósseos
fecha posteriormente a pelve óssea c) Os ligamentos sacroilíacos interósseos são as
d) O hiato sacral é o término do canal sacral e no estruturas primárias envolvidas na transferência de
vivente é ocluído por uma membrana fibrosa peso da parte superior do corpo para os dois ílios
e) A face auricular localiza-se na face dorsal d) Como as fibras dos ligamentos interósseos e
posteriores seguem do sacro para cima e para
8) Sobre o cóccix é incorreto: fora, o peso que empurra o sacro para baixo
a) É formado pela fusão de três ou quatro peças empurra os ílios para fora (lateralmente)
coccígeas e) Os ligamentos iliolombares são ligamentos
b) É um osso irregular afilado acessórios desse mecanismo
c) Representa o vestígio de cauda, no extremo
inferior da coluna vertebral
d) Suas vértebras articulam-se entre si por diartroses
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15) A articulação sacroilíacas são articulações compostas d) A prega retouterina é exclusiva da mulher e a
de: prega uretérica é exclusiva do homem
a) Uma sindesmose anterior e uma sincondrose e) A divisão anterior da artéria ilíaca interna forma
posterior principalmente ramos viscerais
b) Uma sinovial anterior e uma sincondrose posterior
c) Uma gonfose anterior e uma sindesmose posterior 21) Sobre a pelve, assinale a incorreta:
d) Uma sinovial anterior e uma sindesmose posterior a) Toda inervação pélvica é derivada do plexo
e) Uma sindesmose anterior e uma sinovial posterior sacral
b) As margens inferiores dos ramos isquiopúbicos
16) A sínfise púbica e as articulações sacrococcígeas são definem o ângulo subpúbico
exemplos, respectivamente, de articulações: c) A face superior do diafragma da pelve forma o
a) Cartilagínea secundária e sínfise assoalho da cavidade pélvica verdadeira
b) Sínfise e cartilagínea primária d) A artéria uterina pode se originar da artéria ilíaca
c) Sínfise e sincondrose interna ou da umbilical
d) Cartilagínea secundária e cartilagínea primária e) A artéria vesical inferior irriga as glândulas seminais,
e) Ambas são cartilagíneas primárias a próstata, o fundo da bexiga e a parte inferior do
ureter
17) Assinale a alternativa correta sobre as reflexões do
peritônio pélvico: 22) Sobre a pelve, assinale a incorreta:
a) Exclusivamente em mulheres, a fossa paravesical a) A artéria vaginal, nas mulheres, é homóloga da
surge da continuação do peritônio sobre a artéria vesical inferior nos homens
bexiga, quando este ascende na parede lateral b) A parte ocluída da artéria umbilical forma o
da pelve ligamento umbilical medial
b) Exclusivamente em homens, quando o peritônio se c) Em homens, a artéria para o ducto deferente se
reflete entre a bexiga e o reto, forma a origina da artéria vesical superior
escavação retouterina d) A artéria ovárica é ramo direto da aorta
c) Ao refletir-se sobre o reto, em homens e mulheres, abdominal
forma-se a escavação retovesical e) A artéria pudenda interna é maior em mulheres,
d) A reflexão peritoneal sobre a bexiga forma, em uma vez que circunda o útero
homens e mulheres, a fossa supravesical
e) A escavação retovesical estende-se lateral e 23) A linha de dor pélvica é:
posteriormente para formar fossas pararretais de a) Um sintoma comum em pacientes com lesões de
cada lado do reto em mulheres L5 a S4
b) Um sintoma comum em pacientes com necrose
18) Sobre a pelve, assinale a incorreta: de alça intestinal
a) A pelve é dividida em pelve falsa e pelve c) Um limite de origem da inervação dolorosa da
verdadeira pelve, abaixo dela a inervação é parassimpática;
b) O plexo sacral localiza-se na parede posterolateral acima é simpática
da pelve menor d) Uma linha imaginária que separa os órgãos
c) Na margem superior do forame isquiático maior, a intraperitoneais dos retroperitoneais
artéria ilíaca interna divide-se em divisões anterior e) Um plano transversal em S1, importante para
e posterior acessos cirúrgicos
d) O ligamento sacrotuberal é um dos limites da
pelve menor 24) Não é uma estrutura que marca os limites do períneo:
e) A pelve menor é limitada pelas asas do ílio a) Sínfise púbica
posterolateralmente e pela face anterossuperior b) Ligamentos sacrotuberais
da vértebra S1 posteriormente c) Túberes isquiáticos
d) Asa do ílio
19) Sobre a pelve, assinale a incorreta: e) Ramos inferiores do púbis
a) Os termos pelve, pelve menor e cavidade pélvica
são sinônimos
b) A artéria vesical superior é ramo da parte 25) Não é uma estrutura do trígono urogenital feminino:
permeável da artéria umbilical a) Corpo anococcígeo
c) O m. levantador do ânus é formado pelos b) Clitóris
músculos puborretal, pubococcígeo e c) Músculo isquiocavernoso
isquiococcígeo d) Bulbo do vestíbulo
d) Os nervos esplâncnicos pélvicos fazem a e) Glândulas vestibulares maiores
inervação parassimpática da pelve
e) No homem, a lâmina média da bainha
26) O corpo do períneo é:
hipogástrica forma o septo retovesical
a) Um encruzilhado de feixes nervosos no espaço
20) Sobre a pelve, assinale a incorreta: profundo do períneo
a) Na pelve, a inervação simpática se dá pelos b) Uma massa linfoide também chamada de
troncos simpáticos sacrais, plexos periarteriais e amígdala perineal
plexos hipogástricos c) Uma coleção de gordura no espaço superficial do
b) A linha terminal determina parte da abertura períneo
superior da pelve d) Parte mais posterior da rima do pudendo
c) A principal artéria da pelve é a artéria ilíaca e) Um local de convergência de fibras musculares,
externa colágenas e elásticas
215
Respostas:
48) A membrana plana do períneo divide o trígono
1 C 11 C 21 A 31 B 41 A
urogenital do períneo em espaços superficial e
2 E 12 A 22 E 32 E 42 D
profundo do períneo. O espaço superficial do períneo
3 B 13 E 23 C 33 C 43 C
está entre o estrato membranáceo do períneo e a
4 B 14 D 24 D 34 D 44 D
membrana do períneo, e é limitado lateralmente pelos
5 D 15 D 25 A 35 D 45 B
ramos isquiopúbicos. O espaço profundo do períneo
6 E 16 A 26 E 36 A 46 D
está situado entre a membrana do períneo e a fáscia 7 E 17 D 27 B 37 B 47 E
do inferior do diafragma da pelve, e é limitado 8 D 18 E 28 D 38 A 48 A
lateralmente pela fáscia obturatória. 9 C 19 C 29 A 39 B 49 A
a) A frase está correta 10 B 20 C 30 A 40 E 50 A
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Órgãos Urinários
O aparelho urinário é formado pelos órgãos uropoéticos, incumbidos de secretar (Rins) e excretar (cálices renais maiores;
cálices renais menores; pelve renal; Ureter direito e esquerdo; bexiga urinária; uretra) a urina. Estuda-se juntamente as glândulas
suprarrenais pela relação com os rins, apesar delas terem função endócrina e não participarem do aparelho urinário.
Rins
Os rins são órgãos que retiram o excesso de água, sais e resíduos do metabolismo proteico do sangue, enquanto devolvem
nutrientes e substâncias químicas ao sangue. São órgãos retroperitoneais, se localizando ao nível de T12-L3, sendo o rim direito
geralmente um pouco mais baixo que o esquerdo. Superiormente, estão associados ao diafragma; posteriormente, ao músculo
quadrado do lombo; anteriormente, no lado direito, ao duodeno, ao fígado e colo ascendente e, no lado esquerdo, estômago, baço,
pâncreas, jejuno e colo descendente.
Na margem medial (côncava) de cada rim há o hilo renal, onde a artéria renal entra e a veia renal e pelve renal deixam o seio
renal. O seio renal é o espaço interior ao rim após o hilo, é preenchido por gordura. Devido à protusão da coluna vertebral lombar para
a concavidade abdominal, os rins estão localizados obliquamente. Consequentemente, o diâmetro transverso do rim é reduzido em
radiografias anteroposteriores.
A pelve renal é a expansão afunilada, achatada da extremidade superior do ureter. A pelve renal recebe 2 ou 3 cálices
maiores, cada um se dividindo em dois ou três cálices menores. Cada cálice menor é entalhado pela papila renal, o ápice da pirâmide
renal, no qual a urina é excretada. As pirâmides e o córtex associado formam os lobos renais. Exteriormente, a divisão em lobos do rim só
é vista em fetos, podendo persistir evidências da divisão por algum tempo após o nascimento.
Vascularização: a artéria renal direita, que é mais longa, passa posteriormente à VCI. Cada artéria renal se divide, em 2 ramos
(anterior e posterior), em 5 artérias segmentares: artéria do segmento superior (apical), artéria do segmento anterior superior, artéria do
segmento anterior inferior, artéria do segmento inferior, que se originam do ramo anterior da artéria renal e artéria segmentar posterior,
que se origina do ramo posterior da artéria renal.
Drenagem: diversas veias renais drenam cada rim e se unem de forma variável para formar as veias renais direita e esquerda. A
veia renal esquerda, mais longa, recebe a veia suprarrenal esquerda, a veia gonadal (testicular ou ovárica) esquerda e uma
comunicação com a veia lombar ascendente. Todas as veias renais drenam para a VCI.
Inervação: O plexo nervoso renal é suprido por fibras dos nervos esplâncnicos abdominopélvicos.
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Glândulas Suprarrenais
As glândulas suprarrenais não fazem parte do aparelho urinário. Estão localizadas entre as faces súpero-mediais dos rins e o
diafragma, ao qual estão fixadas pela fáscia renal, sendo separadas dos rins por um septo. Há diferenças entre a suprarrenal direita e a
esquerda. A glândula direita, piramidal, é mais apical em relação ao rim direito, situa-se anterolateralmente ao pilar direito do
diafragma e faz contato com a VCI ântero-medialmente e com o fígado anterolateralmente. A glândula esquerda, em formato de
crescente, é medial à metade superior do rim esquerdo e está relacionada com o baço, estômago, pâncreas e o pilar esquerdo do
diafragma. Cada glândula possui um hilo, onde veias e vasos linfáticos saem e artérias e nervos entram, em múltiplos locais. Cada
glândula possui 2 partes distintas: o córtex e a medula.
O córtex suprarrenal é derivado do mesoderma e secreta corticosteroides e androgênios. A medula suprarrenal é uma massa
de tecido nervoso permeada por capilares sinusoide derivados das células da crista neural associadas ao sistema nervoso simpático. As
células cromafins secretam catecolaminas para a corrente sanguínea, em resposta a sinais de neurônios pré-sinápticos.
Vascularização: Artérias suprarrenais superiores (ramos das frênicas inferiores = diafragmáticas), médias (ramos da aorta) e
inferiores (ramos das renais).
Drenagem: 1 Veia suprarrenal esquerda (drena para veia renal esquerda) e 1 suprarrenal direita (drena para cava).
Inervação: plexo periarterial.
Ureteres
Os ureteres são tubos musculares, retro-peritoneais, com aproximadamente 25cm de comprimento, que unem os rins à bexiga.
Cruzam a bifurcação da artéria ilíaca comum ou o início da artéria ilíaca externa, passam sobre a abertura superior da pelve, deixando
o abdome e entrando na pelve menor. Curvam-se ântero-medialmente, acima do músculo levantador do ânus, para entrar na bexiga.
Vascularização: ramos das artérias ilíaca comum, ilíaca interna e ovárica estendem-se até as partes pélvicas dos ureteres e as
irrigam, anastomosando-se ao longo da extensão do ureter para formar um suprimento sanguíneo contínuo. As artérias uterinas em
mulheres, ou vesicais inferiores, em homens, irrigam as partes terminais dos ureteres.
Drenagem venosa e linfática: as veias dos ureteres acompanham as artérias e têm nomes correspondentes. A linfa drena da
região superior para a inferior, até os linfonodos lombares e ilíacos comuns (parte abdominal) e ilíacos internos e externos (parte
pélvica).
Inervação: Os nervos para os ureteres são provenientes dos plexos autônomos adjacentes (renais, aórticos, hipogástricos
superiores e inferiores). Os ureteres estão situados superiormente à linha de dor pélvica.
Bexiga
A bexiga urinária é uma víscera oca com paredes musculares, caracterizada por sua distensibilidade. Quando vazia, a bexiga
urinária do adulto está localizada na pelve menor, situada parcialmente superior e parcialmente posterior aos ossos púbicos. É separada
desses ossos pelo espaço retropúbico virtual e situa-se principalmente inferior ao peritônio, apoiada sobre os púbis e a sínfise púbica
anteriormente e sobre a próstata (nos homens) ou parede anterior da vagina (nas mulheres) posteriormente. O colo da bexiga é a
única parte fixa da bexiga, que é fixado firmemente pelos ligamentos laterais vesicais e o arco tendíneo da fáscia da pelve, sobretudo
seu componente anterior, o ligamento puboprostático em homens e ligamento pubovesical em mulheres. Quando vazia, a bexiga de
um adulto é semelhante a um tetraedro, tendo, externamente, ápice, corpo, fundo e colo. O ápice da bexiga aponta em direção à
margem superior da sínfise púbica quando a bexiga urinária está vazia. O fundo da bexiga é oposto ao ápice, formado pela parede
posterior um pouco convexa. O corpo da bexiga é a parte principal da bexiga, entre o ápice e o fundo. O fundo e as faces
inferolaterais encontram-se inferiormente no colo da bexiga.
As paredes da bexiga urinária são formadas principalmente pelo músculo detrusor da bexiga. As fibras musculares formam o
músculo esfíncter interno da bexiga. Nos homens, esse esfíncter se contrai durante a ejaculação para evitar a ejaculação retrógrada do
sêmen para a bexiga. Algumas fibras seguem radialmente e ajudam na abertura do óstio interno da uretra. Nos homens, as fibras
musculares no colo da bexiga são contínuas com o tecido fibromuscular da próstata, ao passo que nas mulheres essas fibras são
contínuas com fibras musculares da parede da uretra.
Os óstios uretéricos e o óstio interno da uretra estão nos ângulos do trígono da bexiga. Os óstios uretéricos contraem-se durante
a micção para evitar o refluxo de urina para os ureteres.
Vascularização: as principais artérias que irrigam a bexiga são ramos das artérias ilíacas internas. As artérias vesicais superiores
irrigam as partes anterossuperiores da bexiga urinária. Nos homens, as artérias vesicais inferiores irrigam o fundo e o colo da bexiga. Nas
mulheres, as artérias vaginais substituem as artérias vesicais inferiores e enviam pequenos ramos para as partes posteroinferiores da
bexiga. As artérias obturatória e glútea inferior também enviam pequenos ramos para a bexiga urinária.
Drenagem: as veias que drenam a bexiga correspondem às artérias e são tributárias das veias ilíacas internas. Em homens, o
plexo venoso vesical drena, principalmente pelas veias vesicais inferiores para as veias ilíacas internas, podendo drenar através das
veias sacrais para os plexos venosos vertebrais internos. Nas mulheres, o plexo venoso vesical envolve a parte pélvica da uretra e o colo
da bexiga, recebe sangue da veia dorsal do clitóris e comunica-se com o plexo venoso vaginal
Inervação: A inervação simpática provém principalmente através dos plexos e nervos hipogástricos, enquanto as fibras
parassimpáticas provêm dos nervos esplâncnicos pélvicos e plexo hipogástrico inferior. A face superior da bexiga é coberta por
peritônio e, portanto, é superior à linha da dor pélvica, assim, as fibras de dor da parte superior da bexiga seguem as fibras simpáticas
retrogradamente até os gânglios sensitivos espinais torácicos inferiores e lombares superiores (T11-L2 ou L3).
223
225
16) O rim direito: 23) Em homens a única estrutura que passa entre o ureter
a) Relaciona-se com a face visceral do fígado, 2ª e o peritônio é o (a):
porção do duodeno, cólon ascendente e jejuno- a) Ramo ascendente da artéria testicular
íleo b) Utrículo prostático
b) Tem uma veia renal direita mais curta que a veia c) Ducto deferente
renal esquerda d) Ducto prostático
c) Mede 3 cm de espessura, 6 de largura e 12 de e) Várias estruturas passam entre o ureter e o
comprimento, pela em torno de 160g e localiza-se peritônio em homens
ao nível de L1-L4
d) A e C estão corretas 24) Vascularizam o ureter as artérias:
e) A, B e C estão corretas a) Ilíaca comum
b) Ilíaca interna
17) A artéria renal esquerda: c) Vaginais / vesicais inferiores
a) Situa-se ventralmente à veia renal esquerda d) A e C estão corretas
b) Origina a artéria suprarrenal esquerda e) A, B e C estão corretas
c) Situa-se ventralmente à pelve renal e nasce da
aorta abdominal ao nível de L2
d) Nasce da aorta abdominal a um mesmo nível que 25) Assinale a alternativa que mostra uma estrutura que
o tronco celíaco não tem relação com a bexiga em homens:
e) É mais longa que a artéria renal direita e tem a) Sínfise púbica
comprimento mais longo que a veia renal b) Próstata
esquerda c) Reto
d) Peritônio
18) Sobre a bexiga urinária: e) Canal anal
a) Tem 4 túnicas (mucosa, submucosa, muscular e
serosa), exceto na área do trígono vesical
26) Assinale a alternativa que mostra uma estrutura que
b) É vascularizada pelas artérias vesicais ramos da
não tem relação com a bexiga em mulheres:
artéria ilíaca externa
a) Ligamento pubovesical
c) Os óstios uretéricos são circundados por alças da
b) Útero
musculatura do músculo detrusor, que se
c) Vagina
contraem quando a bexiga contrai, para ajudar a
d) Reto
evitar o refluxo da urina para o ureter
e) Peritônio
d) A e C estão corretas
e) A, B e C estão corretas
227
27) Assinale a alternativa errada acerca das glândulas b) Onde os ureteres cruzam a margem da abertura
suprarrenais: superior da pelve
a) Até cerca de 60 artérias podem penetrar na c) Quando a artéria vesical inferior ou uterina passam
cápsula que cobre a superfície das glândulas sobre ele
b) A medula suprarrenal assemelha-se ao tecido d) Durante a passagem através da parede da
nervoso bexiga
c) O córtex suprarrenal secreta corticosteroides e e) Todas estão corretas
androgênios
d) A suprarrenal direita tem formato de pirâmide, e a
esquerda tem formato de crescente 34) No hilo renal, a ordem AP (anteroposterior) mais
e) Por se tratar de uma glândula endócrina, a comum das estruturas que o atravessam é:
vascularização abundante da glândula é uma a) Veia - Pelve - Artéria
redundância, razão pela qual é possível retirar b) Artéria - Veia - Pelve
quase a totalidade das artérias que a c) Artéria - Pelve - Veia
vascularizam sem afetar seu funcionamento d) Pelve - Artéria - Veia
e) Veia - Artéria - Pelve
28) São ramos da artéria segmentar anterior do rim,
exceto:
35) As relações da bexiga urinária são:
a) Artéria segmentar superior
a) Inferiormente, nos homens, com a próstata
b) Artéria segmentar posterior
b) Inferiormente, nas mulheres, corpo do períneo
c) Artéria segmentar anteroposterior
c) Posteriormente, nas mulheres, com a parede
d) Artéria segmentar anteroinferior
anterior da vagina
e) Artéria segmentar inferior
d) Posteriormente, nos homens, com o reto
e) Anteriormente, com a sínfise púbica
29) Sobre o rim, assinale a correta:
a) O rim direito situa-se em um nível superior ao rim
esquerdo 36) O ligamento umbilical mediano:
b) Apesar da vascularização segmentada, não é a) Une o fundo da bexiga ao umbigo, em mulheres
possível ressecar apenas um segmento renal, impede que o útero esmague a bexiga, em
sendo necessária a nefrectomia total em casos de homens é considerado um resquício embrionário
tumor renal b) Une o ápice da bexiga ao umbigo, e é um
c) O hilo renal é o local onde os vasos, nervos e pelve resquício embrionário em ambos os sexos
renal saem ou entram c) Une a bexiga à próstata em homens, e a bexiga à
d) A cápsula do rim é um tecido conjuntivo denso sínfise púbica em mulheres
modelado que dá ao órgão o aspecto brilhante in d) Une as laterais do corpo da bexiga às laterais da
vivo parede abdominal, com cordões tendíneos que
e) No hilo renal, a pelve renal sempre sai seguem até o umbigo, ajuda na manutenção do
anteriormente aos vasos formato da bexiga vazia
e) É uma anomalia encontrada em neonatos
30) No seio renal, estão presentes: prematuros e pode ser palpado no abdome
a) Estruturas neurovasculares
b) Cálices renais
c) Pelve renal 37) Sobre a bexiga urinária, é incorreto:
d) Gordura a) Sua parede muscular possui uma porção
e) Todas as alternativas estão corretas autônoma e uma porção voluntária, por isso a
micção pode ser parcialmente controlada
31) Dentre as funções dos rins, não se pode citar: b) O trígono da bexiga é formado pelos óstios
a) Excreção uretéricos e pelo óstio interno da uretra. Em sua
b) Regulação da temperatura área, é possível encontrar a úvula da bexiga,
c) Manutenção da homeostase especialmente em homens idosos
d) Funções endócrinas c) As porções anterossuperiores da bexiga são
e) Manutenção dos elementos do sangue irrigadas pelas artérias vesicais superiores; o fundo
e o colo são irrigados pelas artérias vesicais
32) Sobre os rins, é errado: inferiores, em homens, e pelas vaginais, em
a) São órgãos retroperitoneais mulheres
b) Estão situados aproximadamente entre T12 e L3 d) A inervação simpática da bexiga provém
c) São inervados por fibras dos nervos esplâncnicos principalmente dos plexos e nervos hipogástricos,
abdominopélvicos enquanto as fibras parassimpáticas provêm dos
d) O córtex renal é composto por um tecido nervos esplâncnicos pélvicos e plexo hipogástrico
conjuntivo denso não modelado, também inferior
conhecido como cápsula renal e) Na criança e no neonato, a bexiga urinária pode
e) Apesar de segmentado, a representação externa estar presente no abdome, porém no adulto,
da segmentação só é visível em neonatos e quando vazia, se encontra na pelve menor
crianças
Uretra Masculina
A uretra masculina é um tubo muscular que conduz urina do óstio interno da uretra na bexiga até o óstio externo da uretra, na
extremidade da glande do pênis. A parte intramural da uretra varia em diâmetro e comprimento, dependendo de a bexiga estar se
enchendo ou se esvaziando. A característica mais proeminente da parte prostática da uretra é a crista uretral, uma crista mediana
entre sulcos bilaterais, os seios prostáticos. Os ductos secretores da próstata, os ductos prostáticos, se abrem nos seios prostáticos. O
colículo seminal é uma eminência arredondada no meio da crista uretral, com um orifício semelhante à fenda que se abre para um
fundo-de-saco pequeno, o utrículo prostático. O utrículo prostático é o vestígio remanescente do canal útero-vaginal embrionário. Os
ductos ejaculatórios se abrem na parte prostática da uretra através de pequenas aberturas semelhantes a fendas localizadas
adjacentes e algumas vezes imediatamente dentro do orifício do utrículo prostático. Assim, os tratos urinário e reprodutivo se fundem
nesse ponto.
A parte membranácea (intermediária) da uretra começa no ápice da próstata e atravessa o espaço profundo do períneo, circundada
pelo músculo esfíncter externo da uretra, terminando quando a uretra entra no bulbo do pênis. Póstero-lateralmente a essa parte da
uretra estão as pequenas glândulas bulbouretrais e seus ductos finos, que se abrem para a região proximal da parte esponjosa da
uretra. A parte esponjosa da uretra começa na extremidade distal da parte membranácea da uretra e termina no óstio externo da
uretra, que é ligeiramente mais estreito do que qualquer uma das partes da uretra. A luz da parte esponjosa da uretra possui
aproximadamente 5mm de diâmetro; entretanto, é expandida no bulbo do pênis para formar uma dilatação (fossa) intrabulbar e na
glande do pênis para formar a fossa navicular.
Vascularização: os dois terços proximais da uretra masculina são vascularizados por ramos prostáticos das artérias vesicais inferiores e
médias. O suprimento das partes membranácea e esponjosa da uretra masculina provém de ramos da artéria dorsal do pênis.
Drenagem: as veias das duas partes proximais da uretra drenam para o plexo venoso prostático. Os vasos linfáticos seguem
principalmente para os linfonodos ilíacos internos, alguns vasos drena para os linfonodos ilíacos externos. As veias das partes distais da
uretra possuem nomes semelhantes às artérias que acompanham. A drenagem linfática da parte membranácea drena para os
linfonodos ilíacos internos e a parte esponjosa para os linfonodos inguinais profundos, mas parte da linfa segue para os linfonodos ilíacos
externos.
Inervação: os nervos são derivados do plexo prostático. O plexo prostático é um dos plexos pélvicos (uma extensão inferior do plexo
vesical) que se originam como extensões órgão-específicas do plexo hipogástrico inferior. O nervo dorsal do pênis, um ramo do nervo
pudendo, oferece a inervação somática da parte esponjosa da uretra.
231
Escroto
O escroto é um saco fibromuscular cutâneo para os testículos e estruturas associadas. É formado por duas camadas: pele intensamente
pigmentada e a túnica dartos, uma lâmina fascial sem gordura que inclui fibras musculares lisas (músculo dartos) responsáveis pela
aparência rugosa do escroto. Está situado póstero-inferiormente ao pênis e abaixo da sínfise púbica. A rafe do escroto evidencia a
formação embrionária bilateral do escroto e, internamente, o escroto é dividido em 2 compartimentos, um para cada testículo, por um
prolongamento da túnica dartos, o septo do escroto.
Vascularização: as artérias escrotais anteriores, ramos terminais das artérias pudendas internas, suprem a face anterior do escroto; as
artérias escrotais posteriores, ramos dos ramos perineais superficiais das artérias pudendas internas, suprem a face posterior.
Drenagem: as veias escrotais possuem os mesmos nomes das artérias que acompanham, mas drenam principalmente para as veias
pudendas internas. Os vasos linfáticos drenam para os linfonodos inguinais superficiais.
Inervação: a face anterior do escroto é inervada por derivados do plexo lombar: nervos escrotais anteriores, derivados do nervo
ilioinguinal; A face ântero-lateral pelo ramo genital do nervo genitofemoral; As face posterior e inferior são inervadas por derivados do
plexo sacral: nervos escrotais posteriores, ramos dos ramos perineais do nervo pudendo, para a face posterior; A face inferior pelo ramo
perineal do nervo cutâneo femoral posterior.
Testículo
Os testículos são as gônadas masculinas. Estão suspensos no escroto pelo funículo espermático, e o testículo esquerdo geralmente
localiza-se em posição mais baixa do que o direito. Os testículos possuem uma superfície externa fibrosa e resistente, a túnica albugínea,
que se espessa em uma crista sobre a face interna, posterior, como o mediastino do testículo. A partir dessa estria interna, septos fibrosos
estendem-se internamente entre lóbulos de túbulos seminíferos pequenos, mas longos e muito espiralados, nos quais são produzidos os
espermatozoides. Os túbulos seminíferos são unidos por túbulos retos à rede do testículo, uma rede de canais no mediastino do testículo.
A túnica vaginal é um saco peritoneal fechado que circunda parcialmente o testículo. A lâmina visceral da túnica vaginal encontra-se
intimamente aplicada ao testículo, ao epidídimo e à parte inferior do ducto deferente. A lâmina parietal da túnica vaginal, adjacente à
fáscia espermática interna, é mais extensa do que a lâmina visceral e estende-se até a parte distal do funículo espermático. Uma
pequena quantidade de líquido entre as lâminas da túnica vaginal permite que o testículo se movimente livremente no escroto. O
revestimento do testículo é, de externo para interno, pele, túnica dartos, fáscia espermática externa, fáscia cremastérica, músculo
cremaster, fáscia espermática interna, lâmina parietal da túnica vaginal, lâmina visceral da túnica vaginal e túnica albugínea.
Vascularização: as longas e delgadas artérias testiculares originam-se da face ântero-lateral da parte abdominal da aorta,
imediatamente inferior às artérias renais. Seguem do abdome até os funículos espermáticos para suprir os testículos. A artéria testicular
ou um de seus ramos anastomosa-se com a artéria do ducto deferente.
232
Drenagem: as veias emergentes do testículo e do epidídimo formam o plexo venoso pampiniforme. As veias de cada plexo
pampiniforme convergem superiormente, formando uma veia testicular direita, que entra na VCI, e uma veia testicular esquerda, que
entra na veia renal esquerda. A drenagem linfática do testículo segue a artéria e a veia testiculares até os linfonodos lombares direito e
esquerdo e pré-aórticos.
Inervação: os nervos autônomos do testículo originam-se como o plexo testicular de nervos na artéria testicular, que contém fibras
parassimpáticas vagais e aferentes viscerais e fibras simpáticas do segmento T7 da medula espinhal.
Pênis
O pênis é o órgão masculino da cópula e, conduzindo a uretra, oferece a saída comum para a urina e o sêmen, e possui raiz, corpo e
glande, sendo formado por 3 corpos cilíndricos de tecido cavernoso erétil: dois corpos cavernosos e um corpo esponjoso. Cada corpo
cavernoso possui um revestimento fibroso externo, a túnica albugínea. Superficialmente ao revestimento está a fáscia do pênis (de
Buck). O corpo esponjoso contém a parte esponjosa da uretra e os corpos cavernosos estão fundidos um ao outro no plano mediano,
exceto posteriormente, onde se separam para formar os ramos do pênis. Internamente, o tecido cavernoso é separado pelo septo do
pênis.
A raiz do pênis é formada pelos ramos, pelo bulbo e pelos músculos isquiocavernoso e bulboesponjoso. A raiz está situada no espaço
superficial do períneo, entre a membrana do períneo e a fáscia do períneo. Os ramos e o bulbo do pênis contêm massas de tecido
erétil. O bulbo é perfurado póstero-superiormente pela uretra.
O corpo do pênis é formado por pele fina, tecido conjuntivo, vasos sanguíneos e linfáticos, fáscia, corpos cavernosos e corpo esponjoso
contendo a parte esponjosa da uretra. Distalmente, se expande para formar a glande do pênis. A coroa da glande é a margem
projetada para além das extremidades dos corpos cavernosos. A abertura da uretra, o óstio externo da uretra, está perto da
extremidade da glande.
A pele do pênis e fina, e unida à túnica albugínea por tecido conjuntivo frouxo. A pele e a fáscia do pênis se prolongam como uma
dupla camada de pele, o prepúcio. O frênulo do prepúcio é uma prega mediana que vai da camada profunda do prepúcio até a
face uretral da glande.
O ligamento suspensor do pênis fixa os corpos eréteis do pênis à sínfise púbica. Origina-se na face anterior da sínfise púbica, segue
inferiormente e divide-se para formar uma alça que se fixa à fáscia de revestimento do pênis na junção de sua raiz com o corpo. O
ligamento fundiforme do pênis situa-se anterior ao ligamento suspensor, que segue inferiormente da linha alba superior à sínfise púbica.
Divide-se para circundar o pênis e depois se une e se funde inferiormente à túnica dartos, formando o septo do escroto.
Vascularização: o pênis é suprido principalmente por ramos das artérias pudendas internas. As artérias dorsais do pênis suprem o tecido
fibroso ao redor dos corpos cavernosos, o corpo esponjoso, a parte esponjosa da uretra e a pele do pênis. As artérias profundas do
pênis suprem o tecido erétil dos corpos cavernosos. As artérias do bulbo do pênis suprem o bulbo do corpo esponjoso e a uretra em seu
interior, além da glândula bulbouretral. Ramos superficiais e profundos das artérias pudendas internas suprem a pele do pênis.
Drenagem: o sangue dos espaços cavernosos é drenado por um plexo venoso que se une à veia dorsal profunda do pênis, que drena
para o plexo venoso prostático. O sangue dos revestimentos superficiais do pênis drena para as veias dorsais superficiais que drenam
para a veia pudenda externa superficial. A linfa da pele drena inicialmente para os linfonodos inguinais superficiais, a linfa da glande e
da porção distal da parte esponjosa da uretra drena para os linfonodos inguinais profundos e ilíacos externos, e a linfa dos corpos
cavernosos e da porção proximal da parte esponjosa da uretra drena para os linfonodos ilíacos internos.
Inervação: A inervação sensitiva e simpática é fornecida principalmente pelo nervo dorsal do pênis, ramo terminal no nervo pudendo.
Ramos do nervo ilioinguinal suprem a pele na raiz do pênis.
233
Epidídimo
O epidídimo é uma estrutura alongada na face posterior do testículo. Os dúctulos eferentes do testículo transportam espermatozoides
recém-desenvolvidos da rede do testículo para o epidídimo. O epidídimo é formado pelas pequenas convoluções do ducto do
epidídimo. O epidídimo é formado por 3 partes: cabeça do epidídimo, parte superior, formada por 12-14 dúctulos eferentes; corpo do
epidídimo, formado pelo ducto contorcido; cauda do epidídimo, contínua com o ducto deferente.
Ducto Deferente
O ducto deferente é um canal pelo qual os espermatozoides saem do epidídimo. É componente primário do funículo espermático, e
une-se ao ducto da glândula seminal para formar o ducto ejaculatório. Posteriormente à bexiga, o ducto deferente se dilata para
formar a ampola do ducto deferente antes de seu fim.
Vascularização: A artéria para o ducto deferente geralmente origina-se de uma artéria vesical e termina anastomosando-se com a
artéria testicular, posteriormente ao testículo.
Drenagem: as veias da maior parte do ducto drenam para a veia testicular. Sua parte terminal drena para o plexo venoso
vesical/prostático. Os vasos linfáticos drenam para os linfonodos ilíacos externos.
234
235
Glândulas Seminais
Cada glândula seminal é uma estrutura alongada situada entre o fundo da bexiga e o reto. As glândulas secretam um líquido alcalino
espesso com frutose e um agente coagulante que se mistura aos espermatozoides no seu trajeto para os ductos ejaculatórios e a uretra.
As extremidades superiores das glândulas seminais são recobertas por peritônio e situam-se posteriormente aos ureteres, onde o
peritônio da escavação retovesical as separa do reto. As extremidades inferiores estão intimamente relacionadas ao reto e estão
separadas dele apenas pelo septo retovesical. O ducto da glândula seminal une-se ao ducto deferente para formar o ducto
ejaculatório.
Vascularização: As artérias para as glândulas seminais originam-se das artérias vesical inferior e retal média.
Drenagem: as veias acompanham as artérias e possuem nomes semelhantes. A linfa da parte superior da glândulas seminais drena para
os linfonodos ilíacos externos, e a parte inferior para os linfonodos ilíacos internos.
Ductos Ejaculatórios
Os ductos ejaculatórios originam-se, perto do colo da bexiga, da união dos ductos das glândulas seminais com os ductos deferentes.
Convergem para se abrir no colículo seminal por meio de pequenas aberturas semelhantes a fendas sobre a abertura do utrículo
prostático. As secreções prostáticas se unem ao líquido seminal na parte prostática da uretra após o fim dos ductos ejaculatórios.
Vascularização: Artérias para o ducto deferente.
Drenagem: As veias unem os plexos venosos prostático e vesical. Os vasos linfáticos drenam para os linfonodos ilíacos externos.
Próstata
A próstata é uma glândula do tamanho de uma noz que circunda a parte prostática da uretra masculina. Dois terços de sua estrutura
são glandulares, enquanto o outro terço é fibromuscular. A cápsula fibrosa da próstata é densa e neurovascular, incorporando os plexos
prostáticos de veias e nervos. É circundada pela lâmina visceral da fáscia da pelve, formando uma bainha prostática que é fina
anteriormente, contínua ântero-lateralmente com os ligamentos puboprostático e densa posteriormente onde se funde com o septo
retovesical. Tradicionalmente, são descritas 6 faces e 5 lobos da próstata: base, ápice, face anterior, face posterior e faces ínfero-
laterais; istmo da próstata (lobo anterior), lobo ínfero-posterior, lobo direito, lobo esquerdo e lobo médio.
Os ductos prostáticos se abrem principalmente para os sulcos situados de cada lado do colículo seminal. O líquido prostático representa
cerca de 20% do volume do sêmen e tem um papel na ativação dos espermatozoides.
Vascularização: As artérias prostáticas são principalmente ramos da artéria ilíaca anterior.
Drenagem: as veias se unem para formar o plexo venoso prostático, que drena para as veias ilíacas internas. Os vasos linfáticos
terminam principalmente nos linfonodos ilíacos internos, podendo passar para os linfonodos sacrais.
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Glândulas Bulbouretrais
As duas glândulas bulbouretrais situam-se póstero-lateralmente à parte membranácea da uretra, incrustadas no esfíncter externo da
uretra. Os ductos das glândulas bulbouretrais atravessam a membrana do períneo com a parte membranácea da uretra e se abrem
através de pequenas aberturas na região proximal da parte esponjosa da uretra no bulbo do pênis. Sua secreção mucosa entra na
uretra durante a excitação sexual.
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Funículo Espermático
O funículo espermático contém estruturas que entram e saem do testículo e suspende o testículo no escroto. Começa no anel inguinal
profundo, atravessa o canal inguinal, sai no anel inguinal superficial e termina no escroto. O revestimento do funículo espermático inclui:
fáscia espermática interna, fáscia cremastérica e fáscia espermática externa. Os constituintes do funículo espermático são: ducto
deferente, artéria testicular, artéria do ducto deferente, artéria cremastérica, plexo venoso pampiniforme, fibras nervosas, ramo genital
do nervo genitofemoral, vasos linfáticos e vestígio do processo vaginal (pode não ser detectável).
Uretra feminina
A uretra feminina passa ântero-inferiormente do óstio interno da uretra na bexiga, posterior e depois inferior à sínfise púbica, até o óstio
externo da uretra. Em mulheres, o óstio externo da uretra está localizada no vestíbulo, diretamente anterior ao óstio da vagina. Há
glândulas uretrais, particularmente na parte superior da uretra, que são homólogos à próstata. Essas glândulas, a cada lado, possuem
um ducto parauretral comum, que se abre perto do óstio externo da uretra.
Vascularização: a uretra feminina é vascularizada pelas artérias pudenda interna e vaginal.
Drenagem: as veias seguem as artérias e têm nomes semelhantes. A maioria dos vasos linfáticos segue até os linfonodos sacrais e ilíacos
internos, mas alguns vasos da parte distal da uretra drenam para os linfonodos inguinais.
Inervação: os nervos para a uretra originam-se do plexo vesical e do nervo pudendo. As fibras aferentes viscerais da maior parte da
uretra seguem nos nervos esplâncnicos pélvicos, mas a terminação recebe fibras aferentes somáticas do nervo pudendo. As fibras
aferentes viscerais e somáticas estendem-se dos corpos celulares nos gânglios sensitivos dos nervos espinhais S2-S4.
Vagina
A vagina, um tubo musculomembranáceo, estende-se do colo do útero até o vestíbulo, a fenda entre os lábios menores. Contém os
óstios da vagina e externo da uretra e as aberturas das duas maiores glândulas vestibulares. A extremidade superior da vagina circunda
o colo do útero. A vagina serve como canal para o líquido menstrual, forma a parte inferior do canal pélvico, recebe o pênis e o
ejaculado durante a relação sexual, comunica-se superiormente com o canal cervical e inferiormente com o vestíbulo. O fórnice da
vagina, o recesso ao redor do colo, possui partes anterior, posterior e laterais. O fórnice posterior é a parte mais profunda e está
intimamente relacionado à escavação retouterina. Quatro músculos comprimem a vagina e atuam como esfíncteres: pubovaginal,
esfíncter externo da uretra, esfíncter uretrovaginal e bulboesponjoso.
Vascularização: a parte superior é suprida por ramos das artérias uterinas, as partes média e inferior são supridas por derivadas das
artérias vaginal e pudenda interna.
Drenagem: plexo venoso vaginal e uterovaginal -> veia uterina -> veia ilíaca interna. Os vasos linfáticos da parte superior drenam para
linfonodos ilíacos internos e externos; da parte média para os linfonodos ilíacos internos; da parte inferior para os linfonodos sacrais; o
óstio drena para os linfonodos inguinais superficiais.
Inervação: parte inferior - nervos perineal profundo e pudendo (somática); superior - plexo uterovaginal -> plexo hipogástrico inferior
(simpáticas, parassimpáticas e eferentes viscerais).
Útero
O útero é um órgão muscular oco, piriforme, com paredes espessas. Na mulher adulta, o útero geralmente encontra-se antevertido e
antefletido, de forma que sua massa está sobre a bexiga. O corpo do útero, que forma os 2/3 superiores do órgão, inclui o fundo do
útero, a parte arredondada situada acima dos óstios uterinos das tubas. O corpo está situado entre as lâminas do ligamento largo e é
livremente móvel. Possui duas faces: anterior e posterior. O corpo é separado do colo do útero pelo istmo do útero, um segmento
relativamente estreitado, com cerca de 1cm de comprimento. O colo é o terço inferior cilíndrico e relativamente estreito do útero. Pode
ser descrito possuindo duas porções: uma porção supravaginal, entre o istmo e a vagina, e uma porção vaginal, que se salienta para a
vagina. A sustentação do útero se dá de duas formas: dinâmica ou ativa e passiva. A sustentação dinâmica se dá pelo diafragma da
pelve e a passiva se dá pela posição do útero, apoiado sobre a bexiga. O colo do útero é a parte menos móvel devido à sustentação
passiva proporcionada por ligamentos (ligamentos transversos do colo, do colo e das partes laterais do fórnice às paredes laterais da
pelve, e os ligamentos retouterinos, das laterais do colo até o meio do sacro), que também podem conter músculo liso.
A cavidade uterina tem cerca de 6cm do óstio externo até a parede do fundo. Os cornos do útero são as regiões súpero-laterais da
cavidade uterina, onde entram as tubas uterinas. A fusão incompleta dos ductos paramesonéfricos embrionários que formam o útero
resulta em várias anomalias congênitas. A cavidade uterina continua inferiormente como o canal do colo do útero. O canal estende-se
do óstio anatômico interno, através das partes supravaginal e vaginal do colo, comunicando-se com a luz da vagina através do óstio
do útero. A parede do corpo do útero é formada por três camadas:
Perimétrio: serosa ou revestimento seroso externo. Constitui em peritônio sustentado por uma fina lâmina de tecido conjuntivo.
Miométrio: camada média de músculo liso. Os principais ramos dos vasos sanguíneos e nervos do útero estão localizados aqui.
Endométrio: camada mucosa interna, está firmemente aderida ao miométrio subjacente. Se houver concepção, o blastocisto
é implantado nessa camada; se não houver concepção, a parte mais superficial dessa camada será eliminada pela
menstruação.
O Colo é principalmente fibroso formado principalmente por colágeno, com uma pequena quantidade de músculo liso e elastina.
Externamente, o ligamento útero-ovárico fixa-se ao útero póstero-inferior à junção uterotubária. O ligamento redondo do útero fixa-se
ântero-inferiormente a essa junção. O ligamento largo do útero é uma dupla lâmina de peritônio que se estende das laterais do útero
até as paredes laterais e assoalho da pelve. Lateralmente, o peritônio do ligamento longo é prolongado superiormente sobre os vasos
como o ligamento suspensor do ovário. A tuba uterina situa-se na margem livre ântero-superior do ligamento largo, dentro se um
pequeno mesentério chamado mesossalpinge. Da mesma forma, o ovário situa-se dentro de um pequeno mesentério denominado
mesovário, na face posterior do ligamento largo.
Vascularização: principalmente pelas artérias uterinas, com possível suprimento colateral das artérias ováricas.
Drenagem: as veias uterinas entram nos ligamentos largos com as artérias e formam um plexo venoso uterino de cada lado do colo e
suas veias drenam para as veias ilíacas internas. A maioria dos vasos linfáticos do fundo e da parte superior do corpo do útero segue ao
longo dos vasos ováricos até os linfonodos lombares, mas alguns vasos do fundo seguem ao longo do ligamento redondo até os
linfonodos inguinais superficiais. Os vasos da maior parte do corpo do útero e alguns do colo seguem dentro do ligamento largo até os
linfonodos ilíacos externos. Os vasos do colo do útero também seguem ao longo dos vasos uterinos, até os linfonodos ilíacos internos, e
ao longo dos ligamentos retouterinos até os linfonodos sacrais.
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Tubas Uterinas
As tubas uterinas conduzem o ovócito da cavidade peritoneal periovariana para a cavidade uterina. As tubas estendem-se
lateralmente a partir dos cornos uterinos e se abrem na cavidade peritoneal porto dos ovários. As tubas estão em um mesentério
estreito, o mesossalpinge, que forma as margens livres anterossuperiores dos ligamentos largos. As tubas uterinas podem ser divididas em
quatro partes, da região lateral para a medial:
O infundíbulo é a extremidade distal afunilada da tuba que se abre na cavidade peritoneal através do óstio abdominal. Os processos
digitiformes da extremidade fimbriada do infundíbulo (fímbrias) abrem-se sobre a face medial do ovário; uma grande fímbria ovárica
está fixada ao polo superior do ovário. A ampola é a parte mais larga e longa da tuba, que começa na extremidade medial do
infundíbulo. A fertilização do ovócito geralmente ocorre na ampola. O istmo é a parte da tuba que possui parede espessa e entra no
corno uterino. A parte uterina da tuba é o segmento intramural curto da tuba que atravessa a parede do útero e se abre, através do
óstio uterino, para a cavidade do útero no corno do útero.
Vascularização: A artéria ovárica e a artéria uterina ascendente bifurcam-se em ramos ovários e tubários, que irrigam ovários e tubas
uterinas das extremidades opostas e anastomosam-se, criando uma circulação colateral de origem abdominal e pélvica.
Drenagem: as veias tubárias drenam para as veias ováricas e para o plexo venoso uterino. Os vasos linfáticos das tubas uterinas unem-se
aos ováricos e seguem os vasos sanguíneos ováricos enquanto ascendem até os linfonodos lombares direitos e esquerdos.
Inervação: a inervação é parcialmente derivada do plexo ovárico, descendo com os vasos ováricos, e parcialmente do plexo uterino.
As tubas estão localizadas acima da linha de dor pélvica, assim, fibras aferentes viscerais ascendem até os corpos celulares nos gânglios
sensitivos dos nervos T11-L1. As fibras reflexas aferentes viscerais seguem até os corpos celulares nos gânglios sensitivos dos nervos S2-S4.
Ovários
Os ovários são as gônadas femininas, com tamanho e formato semelhante aos de uma amêndoa. Também são glândulas endócrinas
que produzem hormônios. Os ovários estão normalmente localizados perto da fixação do ligamento largo nas paredes laterais da pelve,
suspensos por pregas peritoneais da face póstero-superior do ligamento largo pelo mesovário e das paredes laterais da pelve pelos
ligamentos suspensores dos ovários. O ovário também se fixa ao útero pelo ligamento útero-ovárico, que segue dentro do mesovário.
Como o ovário está suspenso na cavidade peritoneal e sua superfície não é coberta por peritônio, o ovócito expelido na ovulação
passa para a cavidade peritoneal. Entretanto, geralmente é rapidamente aprisionado pelas fímbrias do infundíbulo da tuba uterina e
conduzido para a ampola, onde pode ser fertilizado.
Vascularização: as artérias ováricas originam-se da parte abdominal da aorta e descem ao longo da parede posterior do abdome. Os
ramos ascendentes das artérias uterinas seguem ao longo das faces laterais do útero e se aproximam das faces mediais dos ovários e
das tubas. A artéria ovárica e a artéria uterina ascendente bifurcam-se em ramos ovários e tubários, que irrigam ovários e tubas uterinas
das extremidades opostas e anastomosam-se, criando uma circulação colateral de origem abdominal e pélvica.
Drenagem: As veias que drenam o ovário formam um plexo venoso pampiniforme, semelhante a uma trepadeira, no ligamento largo
do ovário e da tuba uterina. As veias do plexo geralmente fundem-se para formar uma única veia ovárica. A veia ovárica direita
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ascende para entrar na VCI e a esquerda drena para a veia renal esquerda. Os vasos linfáticos unem-se àqueles das tubas uterinas e
seguem os vasos sanguíneos ováricos enquanto ascendem até os linfonodos lombares direitos e esquerdos.
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cutâneo femoral posterior lateralmente e o nervo pudendo centralmente. Seus nervos labiais posteriores suprem os lábios, ramos
profundos e musculares do nervo perineal suprem o óstio da vagina e os músculos superficiais do períneo, e o nervo dorsal do clitóris
supre os músculos profundos do períneo e a sensibilidade do clitóris. O bulbo do vestíbulo e os corpos eréteis do clitóris recebem fibras
parassimpáticas através dos nervos cavernosos do plexo nervoso uterovaginal.
Mamas
Mama
As mamas estão presentes tanto em homens quanto em mulheres, mas os homens normalmente apenas apresentam resquícios
embrionários, enquanto mulheres geralmente apresentam mamas bem desenvolvidas. As glândulas mamárias das mulheres são
acessórias para a reprodução, mas em homens são rudimentares e sem função. As glândulas estão localizadas na tela subcutânea
sobre os músculos peitoral maior e menor. A quantidade de gordura que circunda o tecido glandular determina o tamanho das mamas
não-lactantes. Na parte mais proeminente da mama está a papila mamária, circundada por uma área cutânea pigmentada circular, a
aréola.
Mama Feminina
Dois terços do leito da mama são formados pela fáscia peitoral sobre o músculo peitoral maior, o outro terço pela fáscia que cobre o
músculo serrátil anterior. Entre a mama e a fáscia peitoral há um espaço, o espaço retromamário, que contém uma pequena
quantidade de gordura, permite que a mama tenha um pequeno grau de movimento sobre a fáscia peitoral. As glândulas mamárias
são glândulas sudoríparas modificadas, sem cápsula ou bainha especial. A glândula mamária está firmemente fixada à derme da pele
sobrejacente, principalmente por ligamentos cutâneos significativos, os ligamentos suspensores da mama. O tecido adiposo e fibroso,
com os ligamentos suspensores formam o estroma da mama.
O tamanho e a forma da mama são determinados geneticamente e pela alimentação. Os ductos lactíferos dão origem a botões que
formam 15-20 lóbulos de tecido glandular, que constituem o parênquima da glândula mamária. Cada lóbulo é drenado por um ducto
lactífero que em geral se abre independentemente na papila. Profundamente à aréola, cada ducto tem uma parte dilatada, o seio
lactífero, no qual uma pequena gotícula de leite se acumula ou permanece na lactante. Os alvéolos que secretam leite são
organizados semelhantes a cachos de uva.
As aréolas contêm muitas glândulas sebáceas, que aumentam durante a gravidez e secretam uma substância oleosa que serve como
lubrificante protetor para a aréola e o mamilo, que estão particularmente sujeitos a atrito e irritação quando a mãe e o bebê iniciam a
experiência da amamentação. As papilas são proeminências cônicas ou cilíndricas situadas nos centros das aréolas. As papilas
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mamárias não têm gordura, pelos, nem glândulas sudoríparas. As extremidades das papilas são fissuradas, com os ductos lactíferos
abrindo-se nelas. As papilas são formadas principalmente por fibras musculares lisas circulares que comprimem os ductos lactíferos
durante a lactação e causam ereção dos mamilos em resposta à estimulação.
Vascularização: o suprimento arterial da mama provém de ramos mamários mediais de ramos perfurantes e de ramos intercostais
anteriores da artéria torácica interna, da artéria subclávia; das artérias torácicas lateral e toracroacromial; das artérias intercostais
posteriores, ramos da aorta torácica no 2º, 3º e 4º espaços intercostais.
Drenagem: a drenagem venosa se dá principalmente para a veia axilar. A linfa da papila, aréola e lóbulos da glândula drena para o
plexo linfático subareolar. Desse plexo, 75% drena para os linfonodos axilares e 25% para os linfonodos paraesternais ou para a mama
oposta. A linfa da pele da mama, exceto a papila e aréola, drena para os linfonodos axilares, cervicais profundos inferiores e
infraclaviculares ipsilaterais, e também para os linfonodos paraesternais de ambos os lados.
Inervação: os nervos da mama derivam dos ramos cutâneos anteriores e laterais dos 4º, 5º e 6º nervos intercostais. Os ramos
comunicantes conectam cada ramo anterior a um tronco simpático. Os ramos dos nervos intercostais conduzem fibras sensitivas para a
pele da mama e fibras simpáticas para os vasos sanguíneos nas mamas e músculo liso na pele e papila sobrejacentes.
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39) Sobre a vagina é incorreto afirmar que: pudendo e ramos perineais do nervo cutâneo femoral
a) É particularmente distendida pelo feto durante o posterior).
parto, principalmente no sentido AP a) A frase está correta
(anteroposterior) b) A frase está parcialmente incorreta, pois é
b) Serve como canal para o líquido menstrual vascularizado por ramos da artéria pudenda
c) A distensão lateral é limitada pelos túberes externa, artérias cremastérica e artéria perineal
isquiáticos c) A frase está parcialmente incorreta, pois é
d) Forma a parte inferior do canal do parto inervado poelos nervos esplâncnicos pélvicos e
plexo retal
e) Se estende do colo do útero até o vestíbulo da
d) B e C estão corretas
vagina
e) A frase está incorreta
40) Em se tratando do colo do útero é correto afirmar que: 44) Os revestimentos do testículo são, de mais interno para
a) Representa o 3º inferior cilíndrico e estreito do mais externo: túnica albugínea, camada fibrosa
útero resistente; túnica vaginal, derivada do peritônio;
b) Possui aproximadamente 2,5 cm de comprimento músculo cremaster e fáscia cremastérica, continuação
numa mulher adulta não grávida da fáscia transversal; fáscia espermática interna,
c) Apresenta porções supravaginal e vaginal continuação do músculo oblíquo interno do abdome;
d) A porção supravaginal é separada do reto, fáscia espermática externa, continuação da fáscia do
posteriormente, pela escavação retouterina músculo oblíquo externo; túnica dartos, uma lâmina
e) Todas as alternativas estão corretas fascial sem gordura que inclui fibras musculares lisas
responsáveis pela aparência rugosa da pele do
escroto; e pele do escroto.
Para as questões 41 a 50, avalie as frases e marque a a) A frase está correta
alternativa correta. b) A frase está parcialmente incorreta, pois o
41) A inervação da mama deriva dos ramos cutâneos músculo cremaster é derivado do músculo oblíquo
anteriores e laterais dos 4º-6º nervos intercostais; sua externo, e a fáscia espermática externa é
derivada da fáscia do músculo transverso do
vascularização se dá basicamente por ramos das
abdome
artérias torácica interna, axilar e aorta torácica.
c) A frase está parcialmente incorreta, pois a túnica
a) A frase está correta
albugínea é a invaginação do peritônio que
b) A frase está parcialmente incorreta, pois a
desce juntamente com o testículo do abdome
inervação da mama se dá por ramos cutâneos da
para a bolsa escrotal, e a túnica vaginal é a
alça toracobraquial, de T1-T5
camada superficial fibrosa do testículo
c) A frase está parcialmente incorreta, pois a
d) B e C estão corretas
vascularização da mama se dá principalmente
e) A frase está incorreta
por ramos diretos da aorta torácica, tendo
pouquíssima participação de outros ramos
45) O epidídimo é formado pelo ducto do epidídimo,
d) B e C estão corretas
e) A frase está incorreta altamente contorcido e compactado, que comunica
os dúctulos deferentes com o ducto eferente.
42) A linfa da mama passa da papila, aréola e lóbulos da Formado por cabeça, corpo e cauda, é o local de
glândula para o plexo linfático subareolar. A partir daí, formação e armazenamento dos espermatozoides. O
3/4 da linfa, especialmente dos quadrantes mediais da epidídimo adere às faces superior e posterior mais
mama, drena para os linfonodos axilares. A maior delgadas do testículo.
parte do outro 1/4 da linfa drena para os linfonodos a) A frase está correta
b) A frase está parcialmente incorreta, pois o
paraesternais ou para a mama oposta, e o restante
epidídimo é formado pelos dúctulos deferentes
pode seguir profundamente para os linfonodos
que transportam os espermatozoides para o ducto
abdominais.
eferente
a) A frase está correta c) A frase está parcialmente incorreta, pois o
b) A frase está parcialmente incorreta, pois a maior epidídimo não armazena espermatozoides
parte da linfa das mamas drena para o plexo d) A frase está parcialmente incorreta, pois o
cervical superior de linfonodos epidídimo adere às faces anterior e inferior do
c) A frase está parcialmente incorreta, pois a parte testículo, que são mais protegidas
que drena para os linfonodos axilares é e) A frase está incorreta
principalmente dos quadrantes laterais
d) A frase está parcialmente incorreta, pois a
46) A uretra masculina é dividida em partes intramural,
drenagem linfática não segue um padrão muito
prostática, membranáceas e esponjosa. É
constante e é muito variável de pessoa para
pessoa vascularizada por ramos das artérias vesicais inferiores,
e) A frase está incorreta retais médias e dorsal do pênis. Sua inervação se dá
pelo plexo prostático para fibras autônomas e
43) O escroto é vascularizado por ramos escrotais eferentes viscerais, e a inervação somática se dá pelo
posteriores da artéria perineal transversa (ramo da nervo dorsal do pênis (ramo do n. pudendo).
artéria pudenda interna); ramos escrotais anteriores da a) A frase está correta
artéria perineal (ramo da artéria femoral); e artéria b) A frase está parcialmente incorreta, pois a
dartos (ramo da artéria epigástrica inferior). A vascularização do a uretra masculina se dá pelas
artérias uretrais internas e externas,
inervação do escroto se dá por ramos do plexo lombar
respectivamente ramos das artérias profundas do
(ramo genital do genitofemoral e nervos escrotais
pênis e dorsal do pênis
anteriroes ramos do ilioinguinal) e do plexo sacral c) A frase está parcialmente incorreta, pois a uretra
(nervos escrotais posteriores do ramo perineal do nervo masculina não tem inervação somática
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d) A frase está parcialmente incorreta, pois a uretra 50) As tubas uterinas estendem-se a partir dos cornos
masculina é dividida em apenas 3 partes uterinos e ligam-se aos ovários pelas fímbrias, através
e) A frase está incorreta das quais os óvulos (ovócito II) seguem para o
infundíbulo e ampola, onde geralmente ocorre a
47) O pênis é o órgão copulatório masculino e o condutor fecundação. As tubas estão no mesossalpinge, o
final comum de urina e sêmen. É formado peritônio que reveste a tuba uterina.
principalmente por pele fina e móvel que cobre três a) A frase está correta
corpos cilíndricos de tecido cavernoso erétil, o corpo b) A frase está parcialmente incorreta, pois as tubas
cavernoso propriamente dito e o par de corpos uterinas estendem-se a partir do colo do útero
esponjosos, entre os quais passa a parte esponjosa da c) A frase está parcialmente incorreta, pois as tubas
uretra. Cada um dos corpos eréteis é revestido por uterinas não se ligam aos ovários
uma camada de tecido fibroso, a túnica albugínea. d) A frase está parcialmente incorreta, pois a
Os corpos eréteis são unidos pela fáscia do pênis, fecundação não ocorre nas tubas uterinas, mas
exceto posteriormente (na raiz). no útero
a) A frase está correta e) A frase está incorreta
b) A frase está parcialmente incorreta, pois a fáscia
do pênis cobre os três corpos eréteis do pênis em
toda sua extensão, exceto no caso de operação
de retirada do ligamento suspensor do pênis
c) A frase está parcialmente incorreta, pois apenas o
testículo apresenta túnica albugínea
d) A frase está parcialmente incorreta, pois os três
corpos cilíndricos do pênis são dois corpos
cavernosos e um corpo esponjoso
e) A frase está incorreta
Referências
1. MOORE, K.L., DALLEY, A. F. – ANATOMIA ORIENTADA PARA A CLÍNICA, 6ªED, GUANABARA KOOGAN, 2011
2. SOBOTTA. – ATLAS DE ANATOMIA HUMANA, 22ªED, GUANABARA KOOGAN, 2006
3. STANDRING, S. – GRAY’S ANATOMIA, 40ªED, ELSEVIER, 2010
4. DRAKE, R.L.; VOGL, A.W.; MITCHELL, A. – GRAY’S ANATOMIA PARA ESTUDANTES, 3ªED, ELSEVIER, 2015
5. NETTER, F.H. – ATLAS DE ANATOMIA HUMANA 3/E, 3ªED, ELSEVIER, 2006
6. SCORTEGAGNA, A. – ANATOMIA HUMANA, ANATOMIA DA CABEÇA E DO PESCOÇO E NEUROANATOMIA EM 800 QUESTÕES
COMENTADAS, 1ªED, JURUÁ EDITORA, 2012