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Vinho ! / Vinho
Vinho – Iain
A palavra “vinho” vem de um termo hebraico que é “iain” e que signiCca o vinho em seu
estado de maturação completo, ou seja, pronto para ser consumido. Neste estado o
processo de fermentação já ocorreu e existe um grau de álcool natural da fermentação
das uvas. Esta palavra ocorre em 55 versículos na Tanach. Existe uma outra palavra que é
traduzida por “vinho” mas que vem do termo hebraico “tirosh” que signiCca “vinho
fresco” ou “vinho novo” e que aparece somente sete vezes na Tanach. Isso não implica na
ausência de teor alcoólico, mas sim a sua recente produção no processo de espremer as
uvas e prepará-las para a continuidade do processo de amadurecimento e
envelhecimento do vinho.
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Vejamos o que nos diz a tradição
judaica sobre o “vinho”.
Na bênção de Ia´acov a seu Clho Iehuda, ele abençoa os olhos para que se tornem
vermelhos por causa do vinho bom. Disso entendemos que o vinho – que em si é
vermelho e até chamado na Torah de “sangue das uvas” – provoca vermelhidão nos
olhos. O vermelho nos olhos re]ete o “hei” do Nome Havaya, e corresponde ao poder
do entendimento (o poder intelectual esquerdo) – a capacidade da alma de meditar
sobre o Divino (o serviço espiritual mencionado na Torah, metaforicamente, como “beber
vinho”) – e seu derivado emotivo, a força do poder (junto com sua propriedade intrínseca,
o poder da reverência). Estes são os atributos espirituais de nosso segundo antepassado,
Itschac”.
Baseados nisso vejamos então alguns versos das Escrituras acerca do vinho:
“E despertou Noé do seu vinho, e soube o que seu Clho menor lhe Czera” Gn 9:24.
“E o rei de justiça, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e era este sacerdote do El Altíssimo”
Gn 14:18.
“Vem, demos de beber vinho a nosso pai, e deitemo-nos com ele, para que em vida
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conservemos a descendência de nosso pai. E deram de beber vinho a seu pai naquela
noite; e veio a primogênita e deitou-se com seu pai, e não sentiu ele quando ela se
deitou, nem quando se levantou. E sucedeu, no outro dia, que a primogênita disse à
menor: Vês aqui, eu já ontem à noite me deitei com meu pai; demos-lhe de beber vinho
também esta noite, e então entra tu, deita-te com ele, para que em vida conservemos a
descendência de nosso pai. E deram de beber vinho a seu pai também naquela noite; e
levantou-se a menor, e deitou-se com ele; e não sentiu ele quando ela se deitou, nem
quando se levantou” Gn 19:32-35.
“Com um cordeiro a décima parte de ]or de farinha, misturada com a quarta parte de um
him de azeite batido, e para libação a quarta parte de um him de vinho” Ex 29:40.
“Não bebereis vinho nem vos embriagareis, nem tu nem teus Clhos contigo, quando
entrardes na tenda da congregação, para que não morrais; estatuto perpétuo será isso
entre as vossas gerações” Lv 10:9.
Em todos estes exemplos a palavra é “iain”. Podemos perceber que até mesmo no
exemplo de Gn 14.18 que muitos líderes atribuem a “primeira ceia” da história, o rei de
justiça – esta é a real tradução da palavra que foi grafada erradamente em português
como “Melquisedeque” – o vinho servido ali tinha um teor alcoólico da fermentação
natural que se consumido exageradamente poderia causar a embriaguês, conforme visto
no caso de Noach – Noé.
“Nem se deita vinho novo em odres velhos; aliás rompem-se os odres, e entorna-se o
vinho, e os odres estragam-se; mas deita-se vinho novo em odres novos, e assim ambos
se conservam” Mt 9:17.
“E deram-lhe a beber vinho com mirra, mas ele não o tomou” Mc 15:23.
“E, faltando vinho, a mãe de Ieshua lhe disse: Não têm vinho” Jo 2:3.
“E, logo que o mestre-sala provou a água feita vinho (não sabendo de onde viera, se bem
que o sabiam os serventes que tinham tirado a água), chamou o mestre-sala ao esposo,
e disse-lhe: Todo o homem põe primeiro o vinho bom e, quando já têm bebido bem,
então o inferior; mas tu guardaste até agora o bom vinho” Jo 2:9-10.
“Da mesma sorte os diáconos sejam honestos, não de língua dobre, não dados a muito
vinho, não cobiçosos de torpe ganância” I Tm 3:8.
“As mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias no seu viver, como convém a
santas, não caluniadoras, não dadas a muito vinho, mestras no bem” Tt 2:3.
“E da sua boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com
vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do El Todo-
Poderoso” Ap 19:15.
Obs.: os demais versos contendo a palavra “vinho” – tanto na Tanach quanto na Brit
Hadasha – foram omitidos para não tornar este artigo muito longo.
Nas Escrituras o vinho não é proibido por um motivo: os judeus eram ensinados a
consumirem vinho no Shabat e fazem isso com moderação. Ninguém usa o Shabat
como uma “válvula de escape” para beber. No judaísmo o vinho signiCca a santiCcação e
é isso que norteia a vida do judeu religioso. É claro que existem as “exceções” e é aí que
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as Escrituras aconselham a moderação para estes. Quem é equilibrado não tem
necessidade de se exceder no vinho; porém existem aqueles que precisam ter o “fruto
do Espírito” para exercitarem seu domínio próprio. Somos ensinados a consumir o vinho
de forma a santiCcarmos nossas vidas através dele – conforme escrito acima. O próprio
Ieshua bebeu vinho e transformou água em vinho! Isso é suCciente para dizermos que
precisamos entender que o vinho é permitido nas Escrituras dentro dos padrões
aceitáveis. Se alguém não pode beber nem mesmo uma taça de vinho que se abstenha.
Porém proibir a ingestão do vinho deforma moderada e usar as Escrituras para “provar”
isso chega às raias do ridículo! Não existe qualquer verso nas Escrituras que proíba a
ingestão do vinho!
Por isso precisamos ensinar aos nossos irmãos que quando Ieshua liberta uma pessoa de
fato e de verdade ela nunca mais se excederá na bebida, pois ela foi liberta. Caso isso
ainda não tenha acontecido, meu conselho é que se abstenha até que a total libertação
esteja consumada.
Fica para nós então um ensino: ser moderados traz consigo grandes bênçãos em
qualquer área de nossas vidas. A ingestão de vinho neste padrão traz consigo benefícios
para a nossa saúde e também nos permite desfrutar de um produto que representa
Israel e o próprio Ieshua. O vinho na tradição judaica representa alegria assim como a
aliança através do sangue do Ungido – Messias. Para nós o vinho é isso: alegria e aliança
no sangue do Ungido que foi derramado por nós a Cm de termos uma vida cercada das
bênçãos do Eterno.
Que o Eterno nos abençoe em nome de Ieshua e que tenhamos todas as condições de
desfrutar do melhor que o Eterno nos dá através de Sua Palavra!
Mário Moreno.
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