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COLEP – LITERATURA – 2019

ROMANTISMO
Surgimento: Ascenção da burguesia europeia através do mercantilismo (séc XVI e XVII)

Contexto: Revolução Inglesa (1688), Independência dos EUA 1776, Revolução Francesa 1789
#LivreIniciativa #Ambição Abolição de privilégios seculares;
#Competição #MéritoIndividual fim das barreiras rígidas entre classes sociais;
#EraDoIndivíduo #Liberalismo liberdade de comunicação e de expressão.

Declaração de Direitos Humanos do Cidadão: Artigo 11 - Livre expressão de


pensamentos e opiniões  todo cidadão francês era um escritor em potencial  mais pessoas passaram a escrever

Movimento de alfabetização popular empreendido pelos revolucionários: os cidadãos precisavam ser alfabetizados para se
manter a par do novo regime (liberal capitalista, pós aristocrático).

População passa a consumir obras literárias em larga escala  Escritores podem então viver da venda de suas obras  a obra
literária se tornou mercadoria, inaugurando um novo mercado.

Ambiguidade de sentimentos do artista: euforia (pela liberdade de não mais precisar agradar os nobres para quem
costumavam trabalhar) e medo (por servir a um mercado desconhecido – como saber o que o novo público quer?). Artistas,
que antes exaltavam seu caráter sagrado, passam agora a produzi-la no momento em que ela perde sua sacralidade para
integrar o reino dos negócios, o mercado.

“O Romantismo nada mais era senão o liberalismo na literatura”


Alemanha (1770): surge o movimento Sturm und drang (tempestade e ímpeto) com jovens que valorizavam o folclórico, o
nacional e o popular em oposição ao universalismo clássico (i.e: particularização, voltar-se para o eu).

O romance era o meio através do qual um indivíduo particular (o autor) falava a outro indivíduo particular (o leitor), seu confidente.

Os Sofrimentos do Jovem Werther (Goethe, 1774), romance epistolar (cartas). Werther está apaixonado por Charlotte, mas
ela está comprometida com outro. A narrativa chega ao ápice no momento em que Werther a beija e ela corresponde, mas
quando se dá conta da imoralidade da ação, interrompe e diz que não quer vê-lo nunca mais. Werther tem a convicção de que
é amado, porém sabe que esse amor é impossível, de forma que sua única alternativa existencial é o suicídio. Ele então morre
para provar a intensidade do seu amor romântico. O público leitor, que também sofria com suas desilusões amorosas, se
identificou com a obra, o que levou a uma onda de suicídios na Europa.
#AmorPlatônico #Sofrência #Romantismo #Bad

CARACTERÍSTICAS:
1. INDIVIDUALISMO E SUBJETIVISMO: Ideologia burguesa de liberdade de expressão, celebração das infinitas
chances de autorrealização do indivíduo. Glorificação do particular, do singular, do íntimo.
a. O eu vitorioso: triunfo, capacidade do indivíduo de alcançar suas ambições e desejos. A figura de Napoleão, na
Rev. Francesa, significou uma conquista gigantesca para a humanidade, ninguém seduziu tanto a alma
romântica quanto ele.
b. O eu oprimido: tédio, frustração, impossibilidade de uma nova existência napoleônica (=grandiosa), a solidão e
a brutalidade do mundo esmagam o indivíduo. A vida medíocre da burguesia pós-revolucionária, voltada apenas
para a acumulação do capital, não traz satisfação pessoal.
O indivíduo sente que seus laços com o mundo foram rompidos, ele se sente frustrado, angustiado, incapaz de
mudar o mundo. O romantismo é o grito das subjetividades que confessam seus ideiais.

#Melancolia #ExistênciaInútil #BadExistencial


2. SENTIMENTALISMO: Contraposição/recusa ao racionalismo neoclássico. A burguesia percebe que a vida só tem
sentido na libertação das emoções. O amor romântico, por sua vez, e tornou sinônimo de quase tudo que entendemos
por felicidade individual: êxtase físico-emocional, segurança afetiva, parceria confiável, disponibilidade para ajuda
mútua, partilha de ideais, satisfação sexual, carinho, compreensão etc. Negar os sentimentos é ser insensível,
estúpido. “Amor romântico” = intenso, profundo, afeto desmedido.
“Pedimos ao amor o que, um dia, pedimos a Deus.”
3. CULTO À NATUREZA: a Natureza é a antítese da civilização que os oprime, gerando fascínio nos escritores.
Encontrar-se com a natureza é encontrar-se consigo mesmo, alargar a sensibilidade. Todos os elementos naturais
têm significação poética (as horas do dia, as estações do ano, a chuva, tormenta, sol, a noite etc.).
A Natureza constantemente se humaniza ou se diviniza, servindo até como mãe que protege o filho dos desconcertos
do universo. Seus fenômenos indicam o estado de espírito/sentimentos do autor, sendo quase uma prolongação do
eu.

4. EVASÃO: a inconformidade do artista com o mundo bruto e cruel o leva a buscar fugas.
a. Sonho e fantasia (devaneios) – resposta romântica à hostilidade do mundo.
b. O “mal do século” – tédio extremo, enfermidade moral, aborrecimento desolado e cínico, ressalta tanto a falta
de grandeza da existência cotidiana quanto o vazio dos corações juvenis, que acreditam ter vivido tudo que a
vida tem para oferecer (amores, desilusões, experiências etc.). Sentimento mórbido de insatisfação, manso
desespero, melancolia
c. Culto ao passado – os artistas encontram no passado ideais sublimes, seja no passado histórico (idade média)
ou no individual (infância, adolescência). “Paraíso perdido”, “época de ouro”  nega o presente

5. LIBERDADE ARTÍSTICA: Regras/normas/padrões foram abolidos. A criação artística passa a obedecer somente
aos estímulos da interioridade do artista.

6. ESTILO ROMÂNTICO:
a. Uso intenso de adjetivos devido à sua força expressiva e seu poder de ampliar ao máximo a conotação emotiva
das palavras.
b. Figuras de linguagem: metáforas, hipérboles etc. Predominância de imagens extraídas de fenômenos naturais
(tempestades, correntezas, flores etc.)
c. Abundância de interjeições e exclamações (Oh, minha amada!)  Exaltação retórica
d. Na poesia, há uma grande variedade métrica em função da liberdade artística.
e. Impressão de grandiloquência, ênfase declamatória e busca exagerada do sublime

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3. CULTO À NATUREZA: a Natureza é a antítese da civilização que os oprime, gerando fascínio nos escritores.
Encontrar-se com a natureza é encontrar-se consigo mesmo, alargar a sensibilidade. Todos os elementos naturais
têm significação poética (as horas do dia, as estações do ano, a chuva, tormenta, sol, a noite etc.).
A Natureza constantemente se humaniza ou se diviniza, servindo até como mãe que protege o filho dos desconcertos
do universo. Seus fenômenos indicam o estado de espírito/sentimentos do autor, sendo quase uma prolongação do
eu.

4. EVASÃO: a inconformidade do artista com o mundo bruto e cruel o leva a buscar fugas.
a. Sonho e fantasia (devaneios) – resposta romântica à hostilidade do mundo.
b. O “mal do século” – tédio extremo, enfermidade moral, aborrecimento desolado e cínico, ressalta tanto a falta
de grandeza da existência cotidiana quanto o vazio dos corações juvenis, que acreditam ter vivido tudo que a
vida tem para oferecer (amores, desilusões, experiências etc.). Sentimento mórbido de insatisfação, manso
desespero, melancolia
c. Culto ao passado – os artistas encontram no passado ideais sublimes, seja no passado histórico (idade média)
ou no individual (infância, adolescência). “Paraíso perdido”, “época de ouro”  nega o presente

5. LIBERDADE ARTÍSTICA: Regras/normas/padrões foram abolidos. A criação artística passa a obedecer somente
aos estímulos da interioridade do artista.

6. ESTILO ROMÂNTICO:
d. Uso intenso de adjetivos devido à sua força expressiva e seu poder de ampliar ao máximo a conotação emotiva
das palavras.
e. Figuras de linguagem: metáforas, hipérboles etc. Predominância de imagens extraídas de fenômenos naturais
(tempestades, correntezas, flores etc.)
f. Abundância de interjeições e exclamações (Oh, minha amada!)  Exaltação retórica
g. Na poesia, há uma grande variedade métrica em função da liberdade artística.
h. Impressão de grandiloquência, ênfase declamatória e busca exagerada do sublime

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