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CENTRO APOLOGÉTICO CRISTÃO DE PESQUISAS - CACP

Carta Aberta do CACP contra o


Ecumenismo
por Paulo Cristiano da Silva - CACP

Introdução
1A Igreja Católica tem feito um esforço descomunal em tentar unir católicos,
evangélicos e ortodoxos. Isso devido ao enorme déficit religioso que ela vem
enfrentando através dos tempos. Estima-se que 600 mil fiéis abandonam o
catolicismo todos os anos. Diante disso a cúpula romana não podendo usar
agora de modo explícito o poder da "Santa Inquisição" apelou para um outro
tipo de tática não menos eficaz - o ecumenismo.
De acordo com o ex-padre, Rev. Agricio do Vale, existem três movimentos da
Igreja Católica no sentido de coibir o crescimento das igrejas evangélicas no
Brasil e no mundo. São eles: o movimento ecumênico, a renovação carismática
e o focolares (este último, uma organização de discipulado leigo)
O ecumênico foi o primeiro movimento criado dentro da proposta católica para
fazer frente às igrejas evangélicas tradicionais e visou sempre barrar o
crescimento delas. O segundo movimento foi o da renovação carismática, que
vem fazendo frente às igrejas pentecostais e neo-pentecostais. Copiando
corinho como o das igrejas pentecostais, batendo palmas e montando grupos
de evangelização. O pop star carismático do momento é o padre Marcelo
Rossi, que não se inibe de usurpar músicas tipicamente evangélicas e adaptá-
las ao repertório católico. Isto valeu a ele um processo por ter se apropriado da
música que o levantou nas paradas de sucesso - "Anjos de Deus". Na verdade
fazem uma verdadeira clonagem. O terceiro movimento é o chamado de
focolares: que atinge a classe média alta. Esse movimento visa fazer frente às
igrejas evangélicas de forma geral.
Todavia, deste três, queremos analisar apenas, ainda que sucintamente, o
2ecumenismo. Pois ele é o maior perigo para as igrejas protestantes no
momento.
Ecumenismo de Fachada
Do Concílio de Trento até o Vaticano II, as coisas parecem ter mudado, pelo
menos na verbologia empregada pela igreja romana. No Concílio de Trento, da
Contra Reforma os protestantes foram chamados de "hereges" por defenderem
doutrinas genuinamente bíblicas, em detrimento das aberrações doutrinárias do
catolicismo, o qual, ao correr dos anos, havia unido no mesmo bojo, paganismo
e cristianismo. Já na década de sessenta, a hierarquia romana achou por bem
amenizar os termos para "irmãos separados". De lá para cá, o empenho do
papa, especialmente de João Paulo II, tem sido de procurar um diálogo inter-
religioso com as demais denominações cristãs. Isso foi estendido também às
religiões não cristãs, como o Islamismo, o Budismo e os cultos africanos.
Parece que realmente deu certo, pois em 1982 foi fundado o CONIC
(Conselho Nacional de Igrejas Cristãs), cujos membros são na maioria
membros de igrejas protestantes históricas, se bem que apenas uma pequena
parcela tenha aderido ao conselho. Em nível internacional temos o CMI
(Conselho Mundial de Igrejas).
Um passo significativo foi dado justamente no aniversário do principal
personagem que deu início à Reforma - Martinho Lutero. No dia 31/10/1999,
católicos e luteranos assinaram um acordo chamado "Declaração Conjunta
sobre a Doutrina da Justificação". A parceria parecia perfeita até que, logo em
seguida, no ano seguinte, o papa lançou a nova "Indulgência" para os seus
fiéis. Ora, foi justamente esse o estopim da Reforma Protestante! Lutero fixou
suas 95 teses na porta da igreja de Wittenberg na Alemanha, para protestar
contra essa vergonhosa heresia, a qual o papa não fazia menção de
abandonar.
Numa coisa temos de concordar com a Igreja Católica: "Roma Semper Eadem"
- Roma sempre a mesma! Sempre foi, é e sempre será irredutível em seus
pontos doutrinários. Os dogmas católicos não estão em negociação.
De lá para cá os pronunciamentos de João Paulo II tem sido ambíguos,
incoerentes, e por que não, hipócritas. Posto que, ao mesmo tempo que adere
a uma política religiosa visando a união dos demais cristãos sob a bandeira
ecumênica, ele tende a fortalecer os mesmos dogmas oficializados pelo
Concílio de Trento fixando anátemas contra todos os que não concordam com
as suas doutrinas.
Será que os ditos "protestantes ecumênicos" não percebem que esta união é
uma utopia? Será que não conseguem discernir que o único objetivo do
Catolicismo é trazer para dentro da Igreja Católica as demais Igrejas Cristãs?
Sim, pois o Catolicismo nunca admitiu de verdade a independência das demais
igrejas. Não as considera como Igreja de Cristo. O máximo que ele pode
admitir é que nessas denominações existe "algo de bom", mas a verdade, a
salvação e a exclusividade só se encontram dentro da Igreja Católica Romana.
Tomando com uma mão e dando com a outra, o papa João Paulo II vai,
sutilmente, entregando o seu recado de superioridade.

Vamos reproduzir aqui trechos de alguns documentos que o Vaticano tem


produzido de modo a não deixar dúvidas quanto ao verdadeiro papel
desempenhado pela Igreja Católica no ecumenismo. O primeiro é o famoso
documento "Dominus Iesus" publicado sob a permissão e o aval de João Paulo
II, pelo cardeal Joseph Ratzinger, presidente da Congregação para a Doutrina
da Fé, o ex-"Santo Ofício da Inquisição". Este documento abalou os alicerces
do acordo ecumênico, o que levou vários teólogos do mundo inteiro a rejeitá-lo.
Entre outras coisas o documento traz as seguintes declarações
comprometedoras:
I DOCUMENTO -

3 "DOMINUS IESUS"
IV. UNICIDADE E UNIDADE DA IGREJA

"Assim, e em relação com a unicidade e universalidade da mediação salvífica


de Jesus Cristo, deve aceitar, firmemente, como verdade de fé católica, a
unicidade da Igreja por Ele fundada. Como existe um só Cristo, também existe
um só seu Corpo e uma só sua Esposa: « uma só Igreja católica e
apostólica..."

"Os fiéis são obrigados a professar que existe uma continuidade histórica -
radicada na sucessão apostólica53 - entre a Igreja fundada por Cristo e a Igreja
Católica: « Esta é a única Igreja de Cristo [...] que o nosso Salvador, depois da
sua ressurreição, confiou a Pedro para apascentar (cf. Jo 21,17),
encarregando-o a Ele e aos demais Apóstolos de a difundirem e de a
governarem (cf. Mt 28,18ss.); levantando-a para sempre como coluna e esteio
da verdade..."

"Com a expressão « subsistit in », o Concílio Vaticano II quis harmonizar duas


afirmações doutrinais: por um lado, a de que a Igreja de Cristo, não obstante as
divisões dos cristãos, continua a existir plenamente só na Igreja Católica e, por
outro, a de que « existem numerosos elementos de santificação e de verdade
fora da sua composição..."

"Acerca destas, porém, deve afirmar-se que « o seu valor (das demais
denominações)deriva da mesma plenitude da graça e da verdade que foi
confiada à Igreja Católica...
. Existe portanto uma única Igreja de Cristo, que subsiste na Igreja Católica,
governada pelo Sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão com ele.58
As Igrejas que, embora não estando em perfeita comunhão com a Igreja
Católica, se mantêm unidas a esta por vínculos estreitíssimos, como são a
sucessão apostólica e uma válida Eucaristia, são verdadeiras Igrejas
particulares.59 Por isso, também nestas Igrejas está presente e atua a Igreja
de Cristo, embora lhes falte a plena comunhão com a Igreja católica, enquanto
não aceitam a doutrina católica do Primado que, por vontade de Deus, o Bispo
de Roma objetivamente tem e exerce sobre toda a Igreja..."
"As Comunidades eclesiais, invés, que não conservaram um válido episcopado
e a genuína e íntegra substância do mistério eucarístico,61 não são Igrejas em
sentido próprio. Os que, porém, foram batizados nestas Comunidades estão
pelo Batismo incorporados em Cristo e, portanto, vivem numa certa comunhão,
se bem que imperfeita, com a Igreja..."

II DOCUMENTO -
3CARTA ENCÍCLICA ECCLESIA DE EUCHARISTIA DO SUMO PONTÍFICE
JOÃO PAULO II.
AOS BISPOS AOS PRESBÍTEROS E DIÁCONOS ÀS PESSOAS
CONSAGRADAS E A TODOS OS FIÉIS LEIGOS SOBRE A EUCARISTIA...
"30. Tanto esta doutrina da Igreja Católica sobre o ministério sacerdotal na sua
relação com a Eucaristia, como a referente ao sacrifício eucarístico foram, nos
últimos decênios, objeto de profícuo diálogo no âmbito da ação ecumênica.
Devemos dar graças à Santíssima Trindade pelos significativos progressos e
aproximações que se verificaram e que nos ajudam a esperar um futuro de
plena partilha da fé. Permanece plenamente válida ainda a observação feita
pelo Concílio Vaticano II acerca das Comunidades eclesiais surgidas no
ocidente depois do século XVI e separadas da Igreja Católica: « Embora falte
às Comunidades eclesiais de nós separadas a unidade plena conosco
proveniente do Batismo, e embora cremos que elas não tenham conservado a
genuína e íntegra substância do mistério eucarístico, sobretudo por causa da
falta do sacramento da Ordem, contudo, quando na santa Ceia comemoram a
morte e a ressurreição do Senhor, elas confessam ser significada a vida na
comunhão de Cristo e esperam o seu glorioso advento ».(62)..."
"Por isso, os fiéis católicos, embora respeitando as convicções religiosas
destes seus irmãos separados, devem abster-se de participar na comunhão
distribuída nas suas celebrações, para não dar o seu aval a ambigüidades
sobre a natureza da Eucaristia e, conseqüentemente, faltar à sua obrigação de
testemunhar com clareza a verdade. Isso acabaria por atrasar o caminho para
a plena unidade visível. De igual modo, não se pode pensar em substituir a
Missa do domingo por celebrações ecumênicas da Palavra, encontros de
oração comum com cristãos pertencentes às referidas Comunidades eclesiais,
ou pela participação no seu serviço litúrgico. Tais celebrações e encontros, em
si mesmos louváveis quando em circunstâncias oportunas, preparam para a
almejada comunhão plena incluindo a comunhão eucarística, mas não podem
substituí-la..."
Este último foi rejeitado pela Igreja Protestante na alemanha
Com esses dois documentos, recentemente publicados pelos maiores líderes
do Catolicismo no mundo, a Igreja de Roma demonstrou, de forma inequívoca,
que a Igreja Católica nunca abandonará suas prerrogativas exclusivistas. Roma
não está disposta a diálogo algum. Ela vive de conveniências e oportunismo;
dança conforme a música: se é o Nazismo que está no poder, sua hierarquia
fica ao lado de Hitler, se é a evolução que está em voga, então ela rechaça os
textos bíblicos criacionistas com historietas ou figuras de linguagem; se está
perdendo fiéis para os pentecostais, ela inventa uma versão carismática,
também, e se ela está perdendo fiéis para as demais denominações, faz de
conta que passa por cima dos anátemas de Trento e procura se unir aos
antigos “hereges”, criando o ecumenismo. Roma nunca vai mudar, sua política
é estritamente camaleônica! Ela precisa disso para sobreviver! Ela nunca vai
mudar.
Está na hora de acordarmos para a advertência do profeta, a qual, ecoa
através do texto bíblico dizendo:
"Acaso andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?" [Amós 3:3]
Nunca uma igreja genuinamente protestante e/ou evangélica poderá sustentar
as doutrinas bíblicas em uma mão e na outra andar de mãos dadas com a
Igreja Católica Romana e suas doutrinas heréticas. Isso é confusão, e das mais
graves!
Dizer sim ao ecumenismo é jogar por terra o esforço dos reformadores em
abandonar o paganismo do qual a Igreja de Roma estava impregnada.
Dizer sim ao ecumenismo é pisar no sangue dos mártires protestantes, vítimas
da Santa Inquisição.
Dizer sim ao ecumenismo é abraçar de vez a apostasia; é voltar às algemas
ideológicas e religiosas da idade média.
Dizer sim, ao ecumenismo é renegar e envergonhar o bravo nome de
protestante. Protestantes contra os abusos e heresias do catolicismo;
protestantes contra o pecado.
Por isso, é que o CACP diz não ao ecumenismo!
1-Carta enviada ao CACP pelo ex-padre Agricio do Vale
2- Para saber mais sobre ecumenismo acesse o site www.cacp.org.br
3- Dados colhidos no site do Vaticano

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