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OBSERVAÇÃO IMPORTANTE
AULA 13
Olá pessoal!
Na aula de hoje vamos estudar o tema Controle da Administração
Pública, tendo como base o seguinte sumário:
SUMÁRIO
CONCEITO
União, serve para fixar as diretrizes gerais para os demais entes políticos
(Estados, Distrito Federal e Municípios).
Enfim, a atividade de controle permeia toda a Administração Pública,
em todos os Poderes. O que varia tão só é a espécie de controle, isto é,
como a atividade pode ser classificada. Vamos, então, a partir dessas
considerações iniciais, apresentar algumas classificações doutrinárias e
legais que se aplicam ao controle da gestão pública.
CLASSIFICAÇÕES
Espécies de controle
Controle Controle de
Controle interno Controle prévio
administrativo legalidade
Controle
Controle Judicial
posterior
QUANTO AO ALCANCE
1 A CGU só não atua sobre a Presidência e Vice-Presidência da República, o Ministério das Relações
QUANTO AO ÓRGÃO
QUANTO AO MOMENTO
caso das licitações para concessão de serviços públicos na esfera federal, cujo Edital
deve ser enviado ao TCU para aprovação antes de ser publicado.
QUANTO À NATUREZA
Verifica a
conformidade
do ato com o
ordenamento Controle de
Exercido pela própria Administração
jurídico legalidade interno
Verifica a conveniência e
oportunidade de atos discricionários
Privativo da própria Administração
Controle de mérito
Tem como resultado a confirmação da
conduta ou a revogação do ato
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CONTROLE ADMINISTRATIVO
Controle exercido
pela Administração
sobre suas próprias
condutas
Hierárquico Autotutela
Controle
administrativo Tutela
Não hierárquico
Órgãos especializados
de controle (ex: CGU)
5 Lembre-se que não há relação de hierarquia entre a administração direta e a indireta, mas apenas
vinculação.
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DIREITO DE PETIÇÃO
Pedido de reconsideração
Recurso
7 § 1o O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de
8 Art. 65. Os processos administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos, a qualquer tempo, a
pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a
inadequação da sanção aplicada.
Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar agravamento da sanção.
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A situação do administrado
pode ser agravada?
9 As bancas gostam de tentar confundir o candidato dizendo que a responsabilidade é subsidiária. NÃO É!
A responsabilidade é SOLIDÁRIA.
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CONTROLE LEGISLATIVO
10Art. 75. As normas estabelecidas nesta Seção [art. 70 a 75] aplicam-se, no que couber, à organização,
composição e fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais
e Conselhos de Contas dos Municípios.
11Veja bem: no que couber , ou seja, podem ocorrer alterações nas normas locais, levando-se em
consideração as especificidades de cada região, desde que não sejam incompatíveis com o modelo
estabelecido para a esfera federal.
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Art. 70 (...)
Natureza da
O que será fiscalizado Exemplo
fiscalização
á P L T
Processos
fim de verificar se a distribuição dos livros está
Operacional administrativos e
beneficiando os destinatários da forma e na
programas de governo
medida desejada pelo Programa.
Foco da
Característica Exemplo
fiscalização
prestação de contas deve ser feita ao mesmo Poder que definiu as regras,
o Legislativo, que é o titular de controle externo.
Como veremos, nem todas as atribuições do controle parlamentar
direto estão relacionadas ao controle externo financeiro. Muitas são
atribuições essencialmente políticas, e não necessariamente envolvem o
exame das receitas e despesas públicas, a exemplo da aprovação da
nomeação de autoridades.
Dentre as atribuições do controle parlamentar, o art. 49 da CF
enumera que é da competência exclusiva do Congresso Nacional:
16. (Cespe – TCDF 2014) O controle legislativo é tanto político quanto financeiro.
O controle financeiro, no âmbito parlamentar, é exercido por meio de suas casas e
respectivas comissões. Há comissões permanentes e temporárias, entre as quais
as CPIs. No caso do DF, cabe precipuamente à Comissão de Economia,
Orçamento e Finanças da Câmara Legislativa (CLDF) fiscalizar a execução
orçamentária e financeira.
Comentário: Afirmativa correta. Trata-se da comissão permanente
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12 ADIn 687
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13Diversamente, os demais Tribunais de Contas do País são compostos por sete Conselheiros (CF, art. 75,
parágrafo único).
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19. (Cespe – TCE/RS 2013) Cabe ao TCE/RS julgar as contas a serem prestadas
anualmente pelo governador do estado e pelos prefeitos municipais, nos termos da
Lei Orgânica do TCE/RS.
Comentário: O Tribunal de Contas não julga as contas do Chefe do Poder
Executivo. Apenas emite parecer prévio. Quem julga é o Poder Legislativo,
nas respectivas esferas de governo, ou seja, Congresso Nacional (Presidente
da República), Câmara Legislativa (Governador de DF), Assembleias
Legislativas (Governadores dos Estados) e Câmaras Municipais (Prefeitos dos
Municípios).
Gabarito: Errado
22. (CGU – AFC 2012 – ESAF) As contas de gestão do TCU são julgadas pela(o)
a) Congresso Nacional.
b) Câmara dos Deputados.
c) Tribunal de Contas da União.
d) Senado Federal.
e) Supremo Tribunal Federal.
Comentário: O art. 71, II da CF, que trata do julgamento das contas de
gestão, preceitua:
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o
auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros,
bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e
sociedades instituídas e mantidas pelo poder público federal, e as contas daqueles
que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao
erário público;
Portanto, quaisquer contas de gestão que envolvam recursos públicos
federais são julgadas pelo TCU, inclusive as dele próprio, referentes às suas
atividades administrativas (contratação de pessoal, aquisição de bens etc),
cujos responsáveis são os servidores da Secretaria e o Presidente do
Tribunal. Por isso, correta apenas a alternativa “c”.
Vale ressaltar que o §2º do art. 56 da LRF, que não foi suspenso pelo
STF, determina que a Comissão Mista de Orçamento (CMO) emita parecer
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23. (Cespe – TRT10 2013) Ao Tribunal de Contas da União não cabe julgar as
contas dos administradores de sociedades de economia mista e empresas públicas,
visto que a participação majoritária do Estado na composição do capital não
transmuda em públicos os bens dessas entidades.
Comentário: Por disposição constitucional expressa (CF, art. 70, caput)
as entidades da administração indireta estão sujeitas ao controle externo. Há
uma decisão antiga do STF que retirava as sociedades de economia mista
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Salvo por sua determinação, não podem ser cancelados pela autoridade
administrativa concedente, os atos originários ou de alterações, relativos a
aposentadoria, reformas e pensões, já registrados pelo Tribunal de Contas,
ao apreciar-lhes a legalidade, no uso da sua competência constitucional.
contratos pelo Tribunal de Contas Estadual, visto que tal competência não
está prevista na Constituição Federal para o Tribunal de Contas da União. É o
que disse o STF na ADI 916, cuja ementa é a seguinte:
EMENTA: CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO. TRIBUNAL DE
CONTAS. NORMA LOCAL QUE OBRIGA O TRIBUNAL DE CONTAS ESTADUAL A
EXAMINAR PREVIAMENTE A VALIDADE DE CONTRATOS FIRMADOS PELA
ADMINISTRAÇÃO. REGRA DA SIMETRIA. INEXISTÊNCIA DE OBRIGAÇÃO
SEMELHANTE IMPOSTA AO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. 1. Nos termos do
art. 75 da Constituição, as normas relativas à organização e fiscalização do Tribunal
de Contas da União se aplicam aos demais tribunais de contas. 2. O art. 71 da
Constituição não insere na competência do TCU a aptidão para examinar,
previamente, a validade de contratos administrativos celebrados pelo Poder
Público. Atividade que se insere no acervo de competência da Função Executiva. 3.
É inconstitucional norma local que estabeleça a competência do tribunal de
contas para realizar exame prévio de validade de contratos firmados com o
Poder Público (...)
Gabarito: Errado
16 MS 22.934/DF
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31. (Cespe – TCU 2010) No caso de o diretor de órgão público não atender à
determinação do TCU para anular um ato, competirá ao próprio TCU sustar a
execução do ato impugnado.
Comentário: O item está correto. Verificada a ilegalidade de ato
administrativo, o TCU determina ao órgão ou entidade que, no prazo de até 15
dias, adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, o que
pode envolver a correção ou a anulação do ato (CF, art. 71, IX). Caso o
responsável não adote as providências no prazo determinado, aí sim
competirá ao próprio TCU sustar a execução do ato impugnado, comunicando
a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal (CF, art. 71, X).
Gabarito: Certo
17 MS 23.550/DF
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não adotar as medidas que lhe sejam solicitadas, caberá ao TCU emitir decisão.
Comentário: O item está correto, nos termos do art. 71, §§ 1º e 2º da CF.
No caso de contrato, a competência primária para sustar é do Congresso
Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo, as medidas
cabíveis. Se, no prazo de 90 dias, o Congresso ou o Poder Executivo não
sanearem a ilegalidade, o TCU decidirá a respeito, podendo decidir pela
sustação ou não do contrato impugnado.
Gabarito: Certo
Art. 72. A comissão mista permanente a que se refere o art. 166, § 1º, diante de
indícios de despesas não autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos não
programados ou de subsídios não aprovados, poderá solicitar à autoridade
governamental responsável que, no prazo de cinco dias, preste os esclarecimentos
necessários.
§ 1º Não prestados os esclarecimentos, ou considerados estes insuficientes, a
comissão solicitará ao Tribunal pronunciamento conclusivo sobre a matéria, no
prazo de trinta dias.
§ 2º Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a comissão, se julgar que o
gasto possa causar dano irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá ao
Congresso Nacional sua sustação.
33. (Cespe – TCU 2007) Considere que uma lei federal dispense concurso público
para o provimento do cargo de consultor legislativo do Senado. Nesse caso, quando
o TCU for apreciar essas nomeações, deixará de aplicar a lei, julgando com
fundamento na Constituição Federal. Esse controle feito pelo tribunal é denominado
controle abstrato da constitucionalidade.
Comentário: A primeira parte do quesito, que diz que o TCU deverá
deixar de aplicar a lei, está correta. A referida lei, ao dispensar o concurso
público para provimento do cargo de consultor do Senado, flagrantemente
afronta o disposto no art. 37, II da Constituição Federal, o qual estabelece a
necessidade de aprovação prévia em concurso para a investidura em cargo
ou emprego público. Portanto, o TCU deve afastar a incidência da lei
inconstitucional ao apreciar as nomeações dos consultores, decidindo apenas
com base na própria Constituição Federal. Assim, a nomeação de um
consultor sem concurso deveria ser considerada ilegal pelo TCU, mesmo se a
Administração do Senado invocar a referida lei como fundamento para sua
defesa.
Não obstante, a parte final do quesito está errada, pois esse tipo de
controle de constitucionalidade exercido pelo TCU opera efeitos somente no
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34. (Cespe – TCE/PE 2004) Somente o Tribunal de Contas da União (TCU) pode
afastar a aplicação de uma lei federal por inconstitucionalidade. Aos tribunais de
contas dos estados e dos municípios é vedada essa prerrogativa.
Comentário: Os Tribunais de Contas apenas podem “apreciar” a
constitucionalidade de leis e atos normativos, mas não “declarar” uma lei ou
ato inconstitucional. Tal prerrogativa é extensiva aos tribunais de contas dos
estados e dos municípios. Por exemplo: se, ao examinar determinado ato de
gestão praticado por um de seus jurisdicionados com base em lei federal, o
TCE/PE avaliar que a aludida lei federal não condiz com a Constituição, deve
afastar sua incidência no caso concreto, independentemente da origem da lei,
sob de pena de sua decisão também afrontar a Constituição.
Gabarito: Errado
35. (Cespe – TCDF 2012) Embora os TCs não detenham competência para
declarar a inconstitucionalidade das leis ou dos atos normativos em abstrato, eles
podem, no caso concreto, reconhecer a desconformidade formal ou material de
normas jurídicas com a CF, deixando de aplicar, ou providenciando a sustação, de
atos que considerem inconstitucionais.
Comentário: É verdade que os TCs não possuem competência para
declarar a inconstitucionalidade de leis ou atos normativos em abstrato. Eles
apenas possuem competência para apreciar a constitucionalidade no caso
concreto, com efeitos entre as partes. Isso significa que, se entender que
determinada lei ou norma é contrária à Constituição, o TC deixa de aplica-la
no caso concreto. Mas a lei ou o ato normativo não deixa de existir ou de
produzir efeitos fora do caso apreciado pelo Tribunal. A banca considerou
correta a questão, não obstante a expressão “providenciando a sustação de
atos que considerem inconstitucionais” possa dar a entender que o TC
suspende os efeitos da norma de forma geral, o que não é verdade.
Gabarito: Certo
****
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CONTROLE JUDICIAL
poderão ser objeto de análise pelo Poder Judiciário nos casos em que
contrariarem princípios legais (como moralidade, imparcialidade e
eficiência) ou que forem desproporcionais ou não pautados em critérios
previstos em lei. Por exemplo, conforme ensina a Professora Di Pietro, a
ausência ou falsidade do motivo, isto é, dos fatos que precedem a
elaboração do ato, caracteriza ilegalidade, suscetível de invalidação pelo
Poder Judiciário, não constituindo invasão do mérito administrativo.
Mediante o exercício do controle judicial dos atos administrativos
pode-se decretar a sua anulação, nos casos em que existe ilegalidade ou
ilegitimidade, mas nunca a sua revogação, que é faculdade privativa da
própria Administração.
36. (Cespe – TCDF 2012) Caso não seja empregado o mínimo de recursos
destinados a saúde e educação no DF, poderá ocorrer o controle judicial de ofício
com vistas a garantir — mediante medida cautelar — a ocorrência dos atos
administrativos necessários para o direcionamento dessa parcela do orçamento.
Comentário: O controle judicial deve ser necessariamente provocado, ou
seja, não existe controle judicial de ofício, daí o erro do quesito.
Gabarito: Errado
37. (Cespe – MIN 2013) É vedado o controle prévio pelo Poder Judiciário de atos
a cargo da administração pública.
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38. (Cespe – TJRO 2012) O abuso de poder é conduta comissiva, que afronta,
dentre outros, o princípio da legalidade e o da moralidade, e se sujeita, portanto, ao
controle judicial, que se sobrepõe ao controle administrativo.
Comentário: O item está errado. Não há predominância entre as formas
de controle. Tanto o controle judicial como o administrativo, o parlamentar ou
o exercido pelos Tribunais de Contas derivam do sistema de freios e
contrapesos que rege a Administração Pública, o qual assegura a harmonia
entre os Poderes.
Gabarito: Errado
MANDADO DE SEGURANÇA
18 STF MS 24.167
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Súmula 632 – STF: "É constitucional lei que fixa prazo de decadência
para impetração de mandado de segurança".
19 Se o MS for impetrado contra uma omissão, os 120 dias começarão a contar da data em que se esgotar o
prazo fixado para a Administração editar o ato; se não existir um prazo legal expresso previsto para a
Administração atuar, não cabe falar em decadência, ou seja, o MS poderá ser impetrado a qualquer tempo,
enquanto persistir a omissão.
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20 STF MS 27.188/DF
21 STF - MS 21.274, STF.
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22 STF - MS 30.822.
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Súmula 630 – STF: "A entidade de classe tem legitimação para o mandado
de segurança ainda quando a pretensão veiculada interesse apenas a uma
parte da respectiva categoria".
AÇÃO POPULAR
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que
vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado
participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio
histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas
judiciais e do ônus da sucumbência;
Chama atenção o fato de que a ação popular pode ser proposta por
qualquer cidadão (não é qualquer pessoa física!).
Para os efeitos desse tipo de ação, cidadão é o brasileiro, nato ou
naturalizado, ou o português equiparado, no gozo dos direitos
políticos, ou seja, que tem a possibilidade de, ao menos, votar nos
processos eleitorais. Maria Sylvia Di Pietro explica que, “a rigor, basta a
qualidade de eleitor, uma vez que o artigo 1, §3º, da Lei 4.717/65 exige
que a prova da cidadania, para ingresso em juízo, seja feita com o título
eleitoral, ou com documento que a ele corresponda”.
Dessa forma, nem uma pessoa jurídica e nem mesmo o
Ministério Público são legitimados para propor ação popular, ante a falta
de previsão para tanto.
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Patrimônio
Público
Meio
ambiente
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A ação civil pública está prevista no art. 129 da CF, nos seguintes
termos:
(...)
III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do
patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses
difusos e coletivos;
§ 1º - A legitimação do Ministério Público para as ações civis previstas neste
artigo não impede a de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o disposto
nesta Constituição e na lei.
“não será cabível ação civil pública para veicular pretensões que envolvam
tributos, contribuições previdenciárias, o Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço - FGTS ou outros fundos de natureza institucional cujos
beneficiários podem ser individualmente determinados”.
consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico (VETADO) e dá
outras providências.
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Da mesma forma que a ação popular, a ação civil pública pode ter
finalidade preventiva ou repressiva, isto é, pode ter por escopo evitar
uma lesão, ou, se já ocorrida, repará-la (se possível) e responsabilizar os
que a ocasionaram, por ação ou omissão.
Uma peculiaridade da ação civil pública é que o conteúdo da sentença
judicial pode ser tanto uma obrigação de fazer ou não fazer como a
condenação em dinheiro do responsável por uma lesão ou ameaça de
lesão aos bens jurídicos por ela tutelados. Em regra, a sentença na ação
civil pública não anula algum ato, até porque, na maioria das vezes, o
desfazimento do dano causado não é possível (ex: a poluição de um rio,
com a consequente morte de milhares de peixes e outros animais
aquáticos, por exemplo, não pode ser desfeita 27 ). A ação popular, ao
contrário, visa à anulação de um ato que ocasiona lesão ou ameaça a
lesão (a eventual condenação do responsável é apenas subsidiária).
Dessa forma, tem-se que, na ação civil pública, a sentença é
preponderantemente condenatória (condenação em dinheiro) ou
mandamental (obrigação de fazer e não fazer), enquanto na ação
popular a sentença é preponderantemente desconstitutiva (anula o ato
lesivo) e apenas subsidiariamente condenatória.
Preponderantemente Preponderantemente
mandamental desconstitutiva
Preponderantemente Subsidiariamente
condenatória condenatória
Por fim, é oportuno registrar que a ação civil pública é utilizada para
apurar e sancionar os atos de improbidade administrativa. Mais
precisamente, a ação judicial de improbidade prevista na Lei 8.429/1992 –
a qual será estudada em aula específica – tem sido considerada uma
espécie de ação civil pública.
OUTRAS AÇÕES
40. (Cespe – MPTCDF 2013) O STF poderá, apenas após ação judicial, acolher
reclamação administrativa, anular o ato administrativo e determinar que outro seja
praticado.
Comentário: A questão trata das Súmulas Vinculantes, que são
enunciados pacificados na jurisprudência do STF de observância obrigatória
pelos demais tribunais do Judiciário, no exercício da função judicial, e
também pela Administração Pública, no exercício da função administrativa.
Caso um ato administrativo ou uma decisão judicial contrariem algum
enunciado de Súmula Vinculante, o prejudicado poderá interpor reclamação
perante o Supremo Tribunal Federal que, se considera-la procedente, anulará
o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará
que outra seja proferida. É o que diz o art. 103-A da Constituição Federal:
Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação,
mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre
matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa
oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à
administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem
como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei.
(...)
§ 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que
indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que,
julgando-a procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial
reclamada, e determinará que outra seja proferida com ou sem a aplicação da
súmula, conforme o caso.
O erro da questão é que a reclamação contra ato da Administração não
precisa ser precedida de ação judicial, ou seja, pode ser interposta
diretamente perante do STF. Detalhe é que, segundo o art. 7º. §1º da Lei
11.417/2006, caso a reclamação seja dirigida contra omissão ou ato da
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CONTROLE SOCIAL
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Pessoal, com isso terminamos a parte teórica da aula de hoje. Vamos
agora resolver algumas questões de prova.
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43. (Cespe – MIN 2013) O controle administrativo tem como fundamento o dever-
poder de autotutela que a administração pública tem sobre suas atividades, atos e
agentes, sendo um de seus instrumentos o direito de petição.
Comentário: Conforme ensina Maria Sylvia Di Pietro, “controle
administrativo é o poder de fiscalização e correção que a Administração
Pública (em sentido amplo) exerce sobre sua própria atuação, sob os aspectos
de legalidade e mérito, por iniciativa própria ou mediante provocação”.
Quando se fala em controle sobre sua “própria atuação”, imediatamente
relacionamos com o poder de autotutela, pelo qual a Administração tem o
poder-dever de anular seus próprios atos praticados de forma ilegal, bem
como revogar aqueles que se tornaram inoportunos e inconvenientes.
Portanto, o controle administrativo tem sim como fundamento o poder de
autotutela.
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44. (Cespe – AFRE/ES 2013) O controle exercido por determinado órgão público
sobre os seus departamentos denomina-se controle
a) interno.
b) de legalidade.
c) externo.
d) concomitante.
e) provocado.
Comentário: A questão aborda a classificação do controle segundo o
posicionamento do órgão controlador em relação ao controlado. Por esse
critério, o controle pode ser interno ou externo, consoante decorra de órgão
integrante ou não da própria estrutura em que se insere o órgão controlado.
Nesse sentido, o controle exercido por determinado órgão público sobre os
seus departamentos denomina-se controle interno, eis que representa o
controle de um órgão sobre outro integrante da sua própria estrutura.
Gabarito: alternativa “a”
49. (Cespe – Polícia Federal 2014) Recursos administrativos são todos os meios
utilizáveis pelos administrados para provocar o reexame do ato administrativo pela
administração pública e, pelo fato de o processo administrativo ter impulsão de
ofício, tais recursos não podem ter efeito suspensivo em hipótese alguma.
Comentário: O recurso administrativo é apenas um dos meios pelos quais
o administrado pode provocar o reexame de ato administrativo pela
Administração Pública. Outro instituto que possui a mesma finalidade é o
pedido de reconsideração. A questão também erra ao afirmar que os recursos
administrativos não podem ter efeito suspensivo em hipótese alguma.
Segundo o art. 61 da Lei 9.784/99, “salvo disposição legal em contrário, o
recurso não tem efeito suspensivo”. Ou seja, a lei pode conferir efeito
suspensivo ao recurso administrativo. Ademais, conforme o parágrafo único
do art. 61 da mesma Lei 9.784/99, a autoridade competente (ou aquela
imediatamente superior) para apreciação do recurso administrativo poderá, de
ofício ou a pedido, de modo excepcional, conceder efeito suspensivo ao
expediente recursal, se houver justo receio de prejuízo de difícil ou incerta
reparação decorrente da decisão recorrida.
Gabarito: Errado
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Gabarito: Errado
51. (Cespe – TRT10 2013) Por força do princípio da separação de poderes, não se
admite o controle da administração pública pelo Poder Legislativo.
Comentário: O controle do Poder Legislativo sobre a Administração
Pública está expressamente previsto na Constituição Federal, notadamente no
art. 70. Faz parte do sistema de freios e contrapesos no qual os Poderes
exercem controles recíprocos entre si.
Gabarito: Errado
52. (Cespe – AGU 2013) O TCU tem o dever de prestar ao Congresso Nacional, a
qualquer de suas Casas ou de suas comissões, informações sobre a fiscalização
contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial que executar, bem como
sobre os resultados das auditorias e inspeções que realizar.
Comentário: O quesito está em conformidade com o art. 71, VII da CF:
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o
auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
(...)
VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas
Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil,
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e
inspeções realizadas;
Gabarito: Certo
53. (Cespe – AGU 2013) Uma autoridade pública federal responsável pelo sistema
de controle interno que, após tomar conhecimento de uma irregularidade ou
ilegalidade praticada no âmbito do órgão em que atue, dela não der ciência ao TCU
estará sujeita a ser solidariamente responsabilizada pelo ato irregular ou ilegal.
Comentário: O item está em conformidade com o art. 74, §1º da CF:
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§ 1º - Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer
irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob
pena de responsabilidade solidária.
Gabarito: Certo
56. (Cespe – TRT10 2013) Portaria de caráter normativo editada pelo Ministério da
Educação que seja ilegal poderá ser sustada pelo Congresso Nacional.
Comentário: De fato, o Congresso Nacional teria competência para sustar
o referido ato normativo do Ministério da Educação, conforme o art. 49, V da
CF:
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
(...)
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder
regulamentar ou dos limites de delegação legislativa;
Repare que a competência é do Congresso Nacional, não é da Câmara
dos Deputados ou do Senado Federal, isoladamente.
Gabarito: Certo
57. (Cespe – CNJ 2013) A decisão do Tribunal de Contas da União que, dentro de
suas atribuições constitucionais, julga ilegal a concessão de aposentadoria,
negando-lhe o registro, possui caráter impositivo e vinculante para a administração.
Comentário: As decisões do TCU tomadas no exercício das suas
competências constitucionais, dentre as quais efetuar o registro dos atos de
concessão de aposentadoria, possuem caráter impositivo e vinculante para a
Administração, significando que a Administração deve cumpri-las na forma e
no prazo determinado pelo Tribunal de Contas. Assim, por exemplo, se o TCU
negar o registro de determinada aposentadoria, a Administração deverá rever
o ato, adequando-o de acordo com as orientações do Tribunal de Contas,
inclusive no que tange à eventual necessidade de ressarcimento ao erário.
Gabarito: Certo
64. (Cespe – Ministério da Justiça 2013) O Poder Judiciário pode examinar atos
da administração pública de qualquer natureza, sejam gerais ou individuais,
unilaterais ou bilaterais, vinculados ou discricionários, mas sempre sob os aspectos
da legalidade e, também, da moralidade.
Comentário: Em nosso ordenamento jurídico prevalece o princípio da
inafastabilidade da tutela judicial, segundo o qual quaisquer atos
administrativos podem ser apreciados pelo Judiciário. O controle judicial,
contudo, se restringe aos aspectos de legalidade, aí incluída a verificação da
observância dos princípios administrativos, como moralidade, impessoalidade,
eficiência e publicidade.
Gabarito: Certo
65. (Cespe – Bacen 2013) O ato discricionário, dada sua natureza, não está
sujeito a apreciação judicial.
Comentário: O ato discricionário pode sim ser objeto de apreciação
judicial, mormente quando extrapole os limites estabelecidos em lei ou quando
editado em desobediência aos princípios administrativos, como a
proporcionalidade, a razoabilidade e a moralidade. Lembrando, ainda, que o
Judiciário pode atuar sobre a legalidade dos aspectos vinculados dos atos
discricionários, quais sejam, competência, finalidade e forma.
Gabarito: Errado
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67. (Cespe – MTE 2014) Na hipótese de um servidor, que foi demitido pelo
ministro do MTE, impetrar mandado de segurança em desfavor dessa autoridade,
estará sendo realizado, por meio do julgamento do mencionado remédio
constitucional, o controle judicial da administração pública.
Comentário: Existem diversos instrumentos pelos quais é exercido o
controle judicial sobre a Administração Pública, podendo-se destacar, dentre
eles, o mandado de segurança, a ação popular e a ação civil pública.
Gabarito: Certo
68. (ESAF – AFT 2010) O estudo do tema 'controle da administração pública' nos
revela que:
a) submetem-se a julgamento todas as contas prestadas por responsáveis por bens
ou valores públicos, aí incluído o Presidente da República.
b) no exercício do poder de autotutela, a administração pública pode rever seus
atos, mas não pode declará-los nulos.
c) em respeito ao princípio da separação dos poderes, é vedado o controle
transversal de um Poder sobre os outros.
d) o controle interno é exercido pelo Congresso Nacional, com o auxílio do Tribunal
de Contas da União.
e) o Poder Judiciário exerce apenas controle jurisdicional sobre seus atos
administrativos.
Comentário: Vamos analisar cada alternativa:
a) CERTA. O dever de prestar contas acerca da arrecadação e da
utilização dos recursos públicos constitui um dos pilares do Estado
Democrático de Direito. Afinal, trata-se da utilização de recursos arrecadados
compulsoriamente da sociedade, os quais, em tese, deveriam ser aplicados em
benefício de todos. Na Administração Pública, o dever de prestar contas é
bastante amplo, abrangendo desde o Presidente da República até pessoas
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físicas que, sem ter qualquer vínculo formal com a Administração, sejam de
alguma forma responsáveis pela aplicação de recursos públicos (ex:
beneficiários de bolsa de estudo do Governo) ou por provocar dano ao erário
(ex: licitante que frauda licitação e vende para a Administração produtos acima
do valor mercado). É isso que prescreve o art. 70, parágrafo único da CF:
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou
privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores
públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma
obrigações de natureza pecuniária.
Detalhe é que a prestação de contas do Presidente da República é julgada
pelo Congresso Nacional, após parecer prévio do Tribunal de Contas da União
(CF, art. 71, II). Já as contas dos demais administradores públicos, incluindo
os causadores de dano ao erário, são julgadas pelo Tribunal de Contas
competente, a depender da origem dos recursos administrados: recursos
federais = Tribunal de Contas da União; recursos estaduais = Tribunais de
Contas dos estados; recursos municipais = Tribunal de Contas Municipais ou
dos Municípios (CF, art. 71, II).
b) ERRADA. No exercício do poder de autotutela, a administração pública
pode tanto rever seus atos como declará-los nulos, em caso de ilegalidade.
c) ERRADA. O princípio da separação dos poderes, um dos pilares da
nossa democracia, conta com um sistema de freios e contrapesos, em que um
Poder fiscaliza o outro, de modo que nenhum deles é absoluto ou se sobressai
perante os demais. Dessa forma é que, por exemplo, o Poder Judiciário pode
anular atos administrativos praticados pelo Executivo; o Executivo pode vetar
projetos de lei aprovados pelo Legislativo, além de nomear membros para os
Tribunais superiores do Judiciário; e o Legislativo, por sua vez, exerce o
controle externo sobre toda a Administração Pública, fiscalizando as funções
administrativas dos órgãos e entidades de todos os Poderes.
d) ERRADA. Nos termos do art. 71, caput da CF, o controle externo (e não
o interno) é exercido pelo Congresso Nacional, com o auxílio do Tribunal de
Contas da União.
e) ERRADA. O Poder Judiciário, quando atua como Administração
Pública, também exerce controle administrativo sobre seus próprios atos.
Gabarito: alternativa “a”
72. (ESAF – AFT 2010) É sabido, nos termos do art. 50, inciso LXIX, da
Constituição da República Federativa do Brasil, que o mandado de segurança é
ação constitucional por intermédio da qual se dá ensejo ao controle jurisdicional dos
atos da Administração Pública. São considerados requisitos necessários ao
cabimento do mandado de segurança, exceto:
a) tratar-se de ato de autoridade pública, ou de particular, no exercício de funções
públicas.
b) tratar-se de ato que caiba recurso administrativo com efeito suspensivo,
independentemente de caução.
c) o ato importar lesão ou ameaça de lesão a direito subjetivo.
d) o ato importar ilegalidade ou abuso de poder.
e) o ato violar direito líquido e certo não amparado por habeas corpus ou habeas
data.
Comentário: Os requisitos principais para a interposição do mandado de
segurança são:
Tratar-se de ato ou omissão de autoridade pública, ou de particular, no
exercício de funções públicas.
O ato ou omissão importar lesão ou ameaça de lesão a direito subjetivo líquido
e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data.
O ato importar ilegalidade ou abuso de poder.
73. (Cespe – TRT2 – Juiz – 2013) À luz da lei e da jurisprudência dominante nos
tribunais superiores, assinale a opção correta a respeito do controle da
administração pública.
a) Salvo disposição legal específica, é de cinco dias o prazo para a interposição de
recurso administrativo.
b) Prescreve em cinco anos, contados da data do ilícito ambiental, a pretensão da
administração pública de promover a execução de multa por infração ambiental.
c) O MP não tem legitimidade para propor ação civil pública em defesa do patrimônio
público.
d) Segundo a jurisprudência do STF, é pacífico que o TCU, no exercício da
competência de controle externo da legalidade do ato de concessão inicial de
aposentadorias, reformas e pensões, não se submete ao prazo decadencial
estabelecido na Lei n.o 9.784/1999, iniciando-se o prazo quinquenal somente após a
publicação do registro na imprensa oficial.
e) Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de
mérito, devendo ele ser interposto perante a autoridade imediatamente superior à
que tiver proferido a decisão recorrida, a qual poderá, se entender necessário, dar
vistas dos autos à autoridade que proferiu a decisão, a qual poderá se retratar no
prazo de cinco dias.
Comentário: Vamos analisar cada alternativa:
a) ERRADA. Na esfera federal, o prazo para interposição de recurso
administrativo é de dez dias, conforme o art. 59 da Lei 9.784/99:
Art. 59. Salvo disposição legal específica, é de dez dias o prazo para interposição de
recurso administrativo, contado a partir da ciência ou divulgação oficial da decisão
recorrida.
b) ERRADA. Item bastante específico, retirado da Súmula 467 do STJ:
Prescreve em cinco anos, contados do término do processo administrativo, a
pretensão da Administração Pública de promover a execução da multa por infração
ambiental.
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JURISPRUDÊNCIA
(...)
*****
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RESUMÃO DA AULA
CLASSIFICAÇÕES DO CONTROLE:
Externo: exercido por um ente que não integra a mesma estrutura organizacional
do órgão fiscalizado (na CF, somente o exercido pelo Legislativo).
Quanto ao
Interno: exercido por órgão especializado, porém pertencente à mesma estrutura
alcance
do fiscalizado (Ex: CGU).
CONTROLE ADMINISTRATIVO:
Hierárquico = poder de autotutela. Ex: recursos administrativos, processos disciplinares etc.
Anulação refere-se a controle de legalidade: anulam-se atos ilegais. Revogação refere-se a
controle de mérito: revogam-se atos inconvenientes ou inoportunos.
Não hierárquico = tutela e órgãos especializados de controle (ex: CGU)
Direito de petição:
Representação: denúncia de irregularidades à Administração;
Reclamação administrativa: contra atos da Adm. que afetem os direitos do administrado;
Pedido de reconsideração: solicitação de reexame de um ato administrativo pela mesma
autoridade que o editou;
Recurso hierárquico próprio: pedido de reexame do ato dirigido à autoridade
hierarquicamente superior à que proferiu o ato;
Recurso hierárquico impróprio: dirigido à autoridade que não se insere na mesma
estrutura hierárquica do agente que proferiu o ato. Só quando houver previsão em lei.
CONTROLE JUDICIAL:
Exercido pelos órgãos do Poder Judiciário sobre os atos administrativos do Poder Executivo, do
Legislativo e do próprio Judiciário, quando realiza atividades administrativas. Necessariamente
provocado. Controle a posteriori (regra). Restrito ao controle de legalidade, adentrando no
mérito do ato administrativo apenas em caso de ilegalidade ou ilegitimidade. Pode anular, mas
não revogar o ato.
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Contra ato ou omissão que importar lesão ou ameaça de lesão a direito subjetivo líquido
e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data.
Contra ato ou omissão de autoridade pública, ou de particular no exercício de funções
públicas.
O ato ou omissão deve importar ilegalidade ou abuso de poder
Mandado de
É sempre uma ação de natureza civil
segurança
Pode ser repressivo ou preventivo
Prazo: 120 dias contados da ciência do ato impugnado.
Não poderá ser utilizado: contra lei em tese; contra atos de gestão comercial; decisão
judicial transitada em julgado; atos internos; ato do qual caiba recurso com efeito
suspensivo; substituto da ação de cobrança.
Legitimados:
Partidos políticos com representação no Congresso Nacional.
Organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e
Mandado de em funcionamento há pelo menos um ano.
segurança
coletivo Não é necessária autorização expressa dos associados.
Pode ser impetrado para defender parte dos associados.
Não beneficia o impetrante de MS individual que tenha o mesmo objeto, a menos que
haja desistência da ação individual no prazo de 30 dias da impetração da ação coletiva.
CONTROLE LEGISLATIVO:
Responsabilidade pelo controle externo: depende da origem orçamentária primária dos recursos.
Apreciar as contas anuais prestadas pelo Presidente O parecer prévio é conclusivo, mas não vinculante. O
da República, mediante parecer prévio. julgamento é a cargo do Congresso Nacional.
Julgar as contas dos responsáveis por recursos Examina e julga contas de gestão. Única atribuição na
públicos e dos causadores de prejuízo ao erário. qual o TCU profere um julgamento.
Realizar inspeções e auditorias, por iniciativa própria Em qualquer unidade da administração pública direta
ou por solicitação do Congresso Nacional. e indireta, de todos os Poderes.
1. (Cespe – TCE/ES 2012) Uma das funções precípuas do Poder Judiciário é realizar o
controle de mérito dos atos administrativos do Poder Executivo que contribuem para o
melhor interesse da sociedade.
3. (Cespe – TJ/RO 2012) O abuso de poder é conduta comissiva, que afronta, dentre
outros, o princípio da legalidade e o da moralidade, e se sujeita, portanto, ao controle
judicial, que se sobrepõe ao controle administrativo.
11. (FCC – TCE/PR 2011) Nos termos previstos na Constituição Federal, os responsáveis
pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade,
dela darão ciência ao Tribunal de Contas, sob pena de
a) demissão a bem do serviço público.
b) responsabilidade subsidiária.
c) responsabilidade solidária.
d) exoneração.
e) suspensão.
12. (Cespe – MPTCDF 2013) Em relação ao controle externo exercido pelo Congresso
Nacional, a fiscalização financeira diz respeito ao acompanhamento da execução do
orçamento e da verificação dos registros adequados nas rubricas orçamentárias.
13. (Cespe – AFT 2013) O controle da administração realizado pelo Poder Legislativo com
o auxílio do TCU abrange o denominado controle de economicidade, pelo qual se verifica se
o órgão público procedeu da maneira mais econômica na aplicação da despesa, atendendo
à adequada relação de custo-benefício.
16. (Cespe – TCDF 2014) O controle legislativo é tanto político quanto financeiro. O
controle financeiro, no âmbito parlamentar, é exercido por meio de suas casas e respectivas
comissões. Há comissões permanentes e temporárias, entre as quais as CPIs. No caso do
DF, cabe precipuamente à Comissão de Economia, Orçamento e Finanças da Câmara
Legislativa (CLDF) fiscalizar a execução orçamentária e financeira.
18. (Cespe – TCDF 2012) De acordo com a Lei Orgânica do TCDF, é de competência
desse tribunal julgar as contas do governador do DF e elaborar relatório sintético a esse
respeito, emitindo parecer definitivo, no qual o conselheiro relator — antes de se pronunciar
sobre o mérito das contas — ordena a citação dos responsáveis.
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19. (Cespe – TCE/RS 2013) Cabe ao TCE/RS julgar as contas a serem prestadas
anualmente pelo governador do estado e pelos prefeitos municipais, nos termos da Lei
Orgânica do TCE/RS.
21. (Cespe – TCE/ES 2012) Uma das incumbências do tribunal de contas do estado é a
emissão de parecer prévio sobre as contas de prefeito municipal, que deverá ser aprovado
ou rejeitado pela câmara municipal, sempre por maioria absoluta. Sendo divergente a
posição dos vereadores, o parecer do tribunal deixará de prevalecer por decisão de três
quartos dos membros da câmara municipal.
22. (CGU – AFC 2012 – ESAF) As contas de gestão do TCU são julgadas pela(o)
a) Congresso Nacional.
b) Câmara dos Deputados.
c) Tribunal de Contas da União.
d) Senado Federal.
e) Supremo Tribunal Federal.
23. (Cespe – TRT10 2013) Ao Tribunal de Contas da União não cabe julgar as contas dos
administradores de sociedades de economia mista e empresas públicas, visto que a
participação majoritária do Estado na composição do capital não transmuda em públicos os
bens dessas entidades.
24. (Cespe – TCE/RS 2013) Considere que o titular de um órgão do governo estadual
tenha nomeado determinado cidadão para o cargo de chefe do seu gabinete. Nesse caso, o
TCE/RS não precisa apreciar, para fins de registro, a referida nomeação.
26. (Cespe – TCDF 2014) A concessão de pensão por morte de servidor do governo
federal e os reajustes de seu valor, ainda que não alterem o fundamento legal do ato
concessório, deverão ser apreciados pelo TCU.
27. (TCE/ES – Auditor 2012 – Cespe) De acordo com o entendimento do STF, seria
constitucional lei ordinária estadual que determinasse que todos os contratos celebrados
entre o governo do estado e as empresas particulares dependessem de registro prévio no
tribunal de contas estadual.
29. (Cespe – TCU 2009) A CF conferiu ao TCU a competência para julgar as contas dos
administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da
administração direta e indireta, porém não atribuiu a esse tribunal competência para aplicar
sanções aos responsáveis quando constatada a ocorrência de ilegalidade de despesa ou de
irregularidade de contas, por se tratar de competência exclusiva do Congresso Nacional.
30. (Cespe – TCE/ES 2009) O TCU, no exercício de sua missão constitucional de auxiliar
o Congresso Nacional no controle externo, tem competência para determinar a quebra de
sigilo bancário dos responsáveis por dinheiros e bens públicos.
31. (Cespe – TCU 2010) No caso de o diretor de órgão público não atender à
determinação do TCU para anular um ato, competirá ao próprio TCU sustar a execução do
ato impugnado.
32. (Cespe – TCU 2011) No caso de irregularidade em contrato administrativo, este será
sustado diretamente pelo Congresso Nacional, que terá de solicitar, de imediato, ao Poder
Executivo as medidas cabíveis. Nessa situação, se, no prazo de noventa dias, o Congresso
Nacional permanecer inerte ou se o Poder Executivo não adotar as medidas que lhe sejam
solicitadas, caberá ao TCU emitir decisão.
33. (Cespe – TCU 2007) Considere que uma lei federal dispense concurso público para o
provimento do cargo de consultor legislativo do Senado. Nesse caso, quando o TCU for
apreciar essas nomeações, deixará de aplicar a lei, julgando com fundamento na
Constituição Federal. Esse controle feito pelo tribunal é denominado controle abstrato da
constitucionalidade.
34. (Cespe – TCE/PE 2004) Somente o Tribunal de Contas da União (TCU) pode afastar
a aplicação de uma lei federal por inconstitucionalidade. Aos tribunais de contas dos estados
e dos municípios é vedada essa prerrogativa.
35. (Cespe – TCDF 2012) Embora os TCs não detenham competência para declarar a
inconstitucionalidade das leis ou dos atos normativos em abstrato, eles podem, no caso
concreto, reconhecer a desconformidade formal ou material de normas jurídicas com a CF,
deixando de aplicar, ou providenciando a sustação, de atos que considerem
inconstitucionais.
36. (Cespe – TCDF 2012) Caso não seja empregado o mínimo de recursos destinados a
saúde e educação no DF, poderá ocorrer o controle judicial de ofício com vistas a garantir —
mediante medida cautelar — a ocorrência dos atos administrativos necessários para o
direcionamento dessa parcela do orçamento.
37. (Cespe – MIN 2013) É vedado o controle prévio pelo Poder Judiciário de atos a cargo
da administração pública.
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38. (Cespe – TJRO 2012) O abuso de poder é conduta comissiva, que afronta, dentre
outros, o princípio da legalidade e o da moralidade, e se sujeita, portanto, ao controle
judicial, que se sobrepõe ao controle administrativo.
39. (Cespe – Ministério da Justiça 2013) O mandado de segurança é uma das mais
importantes ações judiciais de controle dos atos da administração pública. Quando o ato for
praticado por autoridade no exercício de competência delegada, o mandado de segurança
caberá contra a autoridade delegante.
40. (Cespe – MPTCDF 2013) O STF poderá, apenas após ação judicial, acolher
reclamação administrativa, anular o ato administrativo e determinar que outro seja praticado.
43. (Cespe – MIN 2013) O controle administrativo tem como fundamento o dever-poder de
autotutela que a administração pública tem sobre suas atividades, atos e agentes, sendo um
de seus instrumentos o direito de petição.
44. (Cespe – AFRE/ES 2013) O controle exercido por determinado órgão público sobre os
seus departamentos denomina-se controle
a) interno.
b) de legalidade.
c) externo.
d) concomitante.
e) provocado.
45. (Cespe – MDIC 2014) As formas de controle interno na administração pública incluem
o controle ministerial, exercido pelos ministérios sobre os órgãos de sua estrutura interna, e
a supervisão ministerial, exercida por determinado ministério sobre as entidades da
administração indireta a ele vinculadas.
46. (Cespe – PM/CE 2014) Considera-se controle por vinculação o poder de fiscalização e
correção que os órgãos da administração centralizada exercem sobre as pessoas jurídicas
que integram a administração indireta.
48. (Cespe – TCDF 2014) Na esfera federal, o controle administrativo é identificado com a
supervisão ministerial, que, no caso da administração indireta, caracteriza a tutela. A sua
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autonomia, estabelecida nas próprias leis instituidoras, deve ser assegurada, sem prejuízo
da fiscalização na aplicação da receita pública e da atenção com a eficiência e a eficácia no
desempenho da administração.
49. (Cespe – Polícia Federal 2014) Recursos administrativos são todos os meios
utilizáveis pelos administrados para provocar o reexame do ato administrativo pela
administração pública e, pelo fato de o processo administrativo ter impulsão de ofício, tais
recursos não podem ter efeito suspensivo em hipótese alguma.
51. (Cespe – TRT10 2013) Por força do princípio da separação de poderes, não se admite
o controle da administração pública pelo Poder Legislativo.
52. (Cespe – AGU 2013) O TCU tem o dever de prestar ao Congresso Nacional, a
qualquer de suas Casas ou de suas comissões, informações sobre a fiscalização contábil,
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial que executar, bem como sobre os
resultados das auditorias e inspeções que realizar.
53. (Cespe – AGU 2013) Uma autoridade pública federal responsável pelo sistema de
controle interno que, após tomar conhecimento de uma irregularidade ou ilegalidade
praticada no âmbito do órgão em que atue, dela não der ciência ao TCU estará sujeita a ser
solidariamente responsabilizada pelo ato irregular ou ilegal.
56. (Cespe – TRT10 2013) Portaria de caráter normativo editada pelo Ministério da
Educação que seja ilegal poderá ser sustada pelo Congresso Nacional.
57. (Cespe – CNJ 2013) A decisão do Tribunal de Contas da União que, dentro de suas
atribuições constitucionais, julga ilegal a concessão de aposentadoria, negando-lhe o
registro, possui caráter impositivo e vinculante para a administração.
58. (Cespe – MPTCDF 2013) O julgamento das contas dos administradores públicos é
exercido pela Controladoria Geral da União (CGU), órgão central de controle interno do
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Poder Executivo, e seu resultado deve ser informado ao TCU, dentro dos prazos
estabelecidos na legislação vigente.
60. (Cespe – CADE 2014) A função fiscalizatória exercida pelos tribunais de contas dos
estados inclui-se entre as hipóteses de controle do Poder Legislativo sobre os atos da
administração pública.
61. (Cespe – MPTCDF 2013) Segundo o entendimento firmado no âmbito do STJ, quando
se tratar de ato de demissão de servidor público, é permitido questionar o Poder Judiciário
acerca da legalidade da pena a ele imposta, até porque, em tais circunstâncias, o controle
jurisdicional é amplo, no sentido de verificar se há motivação para o ato de demissão.
62. (Cespe – TRT10 2013) Conforme a jurisprudência, o ato administrativo que impõe
sanção disciplinar a servidor público vincula-se aos princípios da proporcionalidade,
dignidade da pessoa humana e culpabilidade. Dessa forma, o controle jurisdicional desse
ato é amplo, não se limitando aos aspectos formais do procedimento sancionatório.
63. (Cespe – TRT10 2013) Os atos discricionários praticados pela administração pública
estão sujeitos ao controle pelo Poder Judiciário quanto à legalidade formal e substancial,
observada a vinculação da administração aos motivos embasadores dos atos por ela
praticados, os quais conferem a eles legitimidade e validade.
64. (Cespe – Ministério da Justiça 2013) O Poder Judiciário pode examinar atos da
administração pública de qualquer natureza, sejam gerais ou individuais, unilaterais ou
bilaterais, vinculados ou discricionários, mas sempre sob os aspectos da legalidade e,
também, da moralidade.
65. (Cespe – Bacen 2013) O ato discricionário, dada sua natureza, não está sujeito a
apreciação judicial.
66. (Cespe – Suframa 2014) Uma das formas de controle da administração pública é o
controle judicial, que incide tanto sobre o mérito quanto sobre a legalidade dos atos da
administração pública.
67. (Cespe – MTE 2014) Na hipótese de um servidor, que foi demitido pelo ministro do
MTE, impetrar mandado de segurança em desfavor dessa autoridade, estará sendo
realizado, por meio do julgamento do mencionado remédio constitucional, o controle judicial
da administração pública.
68. (ESAF – AFT 2010) O estudo do tema 'controle da administração pública' nos revela
que:
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a) submetem-se a julgamento todas as contas prestadas por responsáveis por bens ou
valores públicos, aí incluído o Presidente da República.
b) no exercício do poder de autotutela, a administração pública pode rever seus atos, mas
não pode declará-los nulos.
c) em respeito ao princípio da separação dos poderes, é vedado o controle transversal de
um Poder sobre os outros.
d) o controle interno é exercido pelo Congresso Nacional, com o auxílio do Tribunal de
Contas da União.
e) o Poder Judiciário exerce apenas controle jurisdicional sobre seus atos administrativos.
70. (ESAF – ATRFB 2009) O controle externo da Administração Pública, no que está
afeto ao Tribunal de Contas da União (TCU), compreende
a) o julgamento das contas prestadas anualmente pelo Presidente da República.
b) a fiscalização da aplicação dos recursos financeiros repassados pela União para os
Estados, mediante convênio.
c) o julgamento das contas relativas à aplicação das cotas dos Fundos de Participação
transferidas para os Estados e Municípios.
d) o registro prévio das licitações e respectivos contratos, para compras, obras e serviços.
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e) o registro prévio dos atos de admissão dos servidores públicos federais, bem como o das
concessões de aposentadorias, reformas e pensões.
71. (ESAF – AFRFB 2012) Ex-presidente de uma autarquia sofre tomada de contas
especial determinada pelo Tribunal de Contas da União – TCU em razão de apuração de
denúncia recebida naquele Tribunal.
A autarquia instaurou a tomada de contas especial com a finalidade de quantificar o
montante de recursos gastos com o fretamento de aeronaves (taxi aéreo) pelo seu ex-
presidente.
Tal procedimento resultou na apuração de despesas relativas a 59 (cinquenta e nove) voos
no período de sua gestão desde sua posse até a data em que foi afastado do cargo.
A comissão condutora da tomada de contas especial, não obstante as considerações do
interessado, concluiu pela ausência de motivação para a contratação dos voos realizados.
A referida comissão ressaltou também que encontrou reportagens de jornais da época do
fato, todas juntadas aos autos, noticiando que o então presidente da autarquia, por ter
pretensão de ocupar cargo político, acompanhava o governante do Estado onde a autarquia
era sediada em viagens e auxiliava outros governantes em suas respectivas plataformas
políticas, com a utilização da autarquia que presidia como "trampolim político".
Endossando o entendimento da comissão de tomada de contas especial, o TCU considerou
que o ex-presidente da referida autarquia praticou ato antieconômico e julgou pela
irregularidade de suas contas, aplicando-lhe multa.
Considerando o caso concreto acima narrado e a jurisprudência do TCU acerca do seu
papel no exercício do controle da administração pública, avalie as questões a seguir,
assinalando falso (F) ou verdadeiro (V) para cada uma delas, em seguida, marque a opção
que apresenta a sequência correta.
( ) A motivação para a instauração da tomada de contas especial foi indevida, porquanto
invadiu o mérito administrativo, na medida em que compete ao administrador a escolha do
meio de transporte que melhor lhe aprouver.
( ) Quando se examina o interesse público sob a ótica da economicidade, a partir de
parâmetros e metas de eficiência, eficácia e efetividade e tendo presente o princípio da
razoabilidade, devem ser identificadas as situações em que os administradores públicos
tenham adotado soluções absurdamente antieconômicas. Caso seja possível identificar, a
partir da razoabilidade essas soluções, a conclusão é a de que elas são ilegítimas.
( ) Não é da competência do TCU, invocando os princípios da razoabilidade e da
proporcionalidade, manifestar-se sobre o mérito administrativo, posto que teria sido tomado
na órbita da discricionariedade a que a lei reserva ao administrador público.
( ) A análise da discricionariedade administrativa mostra-se viável para a verificação da sua
regularidade em relação às causas, aos motivos e à finalidade que ensejam os dispêndios
de recursos públicos, devendo o gestor público observar os critérios da proporcionalidade e
da razoabilidade no exercício de suas funções administrativas.
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Teoria e exercícios comentados
Prof. Erick Alves Aula 13
( ) O controle da economicidade envolve questão de mérito para verificar se o órgão
procedeu, na aplicação da despesa pública, de modo mais econômico, atendendo, por
exemplo, a uma adequada relação custo-benefício.
a) F, V, V, V, F
b) F, V, F, V, F
c) F, V, F, V, V
d) V, F, F, V, F
e) F, F, F, V, V
72. (ESAF – AFT 2010) É sabido, nos termos do art. 50, inciso LXIX, da Constituição da
República Federativa do Brasil, que o mandado de segurança é ação constitucional por
intermédio da qual se dá ensejo ao controle jurisdicional dos atos da Administração Pública.
São considerados requisitos necessários ao cabimento do mandado de segurança, exceto:
a) tratar-se de ato de autoridade pública, ou de particular, no exercício de funções públicas.
b) tratar-se de ato que caiba recurso administrativo com efeito suspensivo,
independentemente de caução.
c) o ato importar lesão ou ameaça de lesão a direito subjetivo.
d) o ato importar ilegalidade ou abuso de poder.
e) o ato violar direito líquido e certo não amparado por habeas corpus ou habeas data.
73. (Cespe – TRT2 – Juiz – 2013) À luz da lei e da jurisprudência dominante nos tribunais
superiores, assinale a opção correta a respeito do controle da administração pública.
a) Salvo disposição legal específica, é de cinco dias o prazo para a interposição de recurso
administrativo.
b) Prescreve em cinco anos, contados da data do ilícito ambiental, a pretensão da
administração pública de promover a execução de multa por infração ambiental.
c) O MP não tem legitimidade para propor ação civil pública em defesa do patrimônio
público.
d) Segundo a jurisprudência do STF, é pacífico que o TCU, no exercício da competência de
controle externo da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadorias, reformas e
pensões, não se submete ao prazo decadencial estabelecido na Lei n.o 9.784/1999,
iniciando-se o prazo quinquenal somente após a publicação do registro na imprensa oficial.
e) Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de mérito,
devendo ele ser interposto perante a autoridade imediatamente superior à que tiver proferido
a decisão recorrida, a qual poderá, se entender necessário, dar vistas dos autos à
autoridade que proferiu a decisão, a qual poderá se retratar no prazo de cinco dias.
75. (Cespe – TCE/AC 2009) Em conformidade com a CF, os atos relacionados a pessoal
que são apreciados pelo TCU para fins de registro ou reexame não incluem:
a) a admissão de pessoal nas empresas públicas.
b) a admissão de pessoal nas fundações instituídas e mantidas pelo poder público.
c) as nomeações para cargo de provimento em comissão na administração direta.
d) a concessão inicial de pensão.
e) as melhorias posteriores em aposentadorias que tenham alterado o fundamento legal da
concessão inicial.
GABARITO
2) a 3) E 4) E 5) E
1) E
7) E 8) E 9) C 10) E
6) E
12) E 13) C 14) E 15) E
11) c
17) E 18) E 19) E 20) E
16) C
22) c 23) E 24) C 25) C
21) E
27) E 28) C 29) E 30) E
26) E
32) C 33) E 34) E 35) C
31) C
37) E 38) E 39) E 40) E
36) E
42) E 43) C 44) a 45) C
41) C
47) C 48) C 49) E 50) E
46) C
52) C 53) C 54) C 55) E
51) E
57) C 58) E 59) C 60) C
56) C
62) C 63) C 64) C 65) E
61) C
67) C 68) a 69) e 70) b
66) E
72) b 73) d 74) a 75) c
71) c
77) d
76) b
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Teoria e exercícios comentados
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Referências:
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Método, 2014.
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2015.
Borges, C.; Sá, A. Direito Administrativo Facilitado. São Paulo: Método, 2015.
Carvalho Filho, J. S. Manual de Direito Administrativo. 27ª ed. São Paulo: Atlas, 2014.
Di Pietro, M. S. Z. Direito Administrativo. 28ª ed. São Paulo: Editora Atlas, 2014.
Furtado, L. R. Curso de Direito Administrativo. 4ª ed. Belo Horizonte: Fórum, 2013.
Knoplock, G. M. Manual de Direito Administrativo: teoria e questões. 7ª ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2013.
Justen Filho, Marçal. Curso de direito administrativo. 10ª ed. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2014.
Marrara, Thiago. As fontes do direito administrativo e o princípio da legalidade. Revista
Digital de Direito Administrativo. Ribeirão Preto. V. 1, n. 1, p. 23-51, 2014.
Meirelles, H. L. Direito administrativo brasileiro. 41ª ed. São Paulo: Malheiros, 2015.
Scatolino, G. Trindade, J. Manual de Direito Administrativo. 2ª ed. JusPODIVM, 2014.