Você está na página 1de 5

26 DE MAIO DE 2013

Sonhei que estava na casa da Marina Erthal. Não era ela que morava lá, mas minha avó, que
havia ficado grávida daquele que seria meu irmão. Minha avó havia arrancado o útero com a
criança, porque não estava aguentando o peso. E a criança estava deitada no quarto,
dormindo ligada ao que parecia um órgão, pelo pé. A Natascha estava do meu lado e grávida
de uns três meses, orgulhosa disso e pedindo dicas de como lidar com a gravidez. Ela pegou a
criança como se pega um cachorro pela pele do pescoço. A criança abriu os olhos, mas não
emitia som. Tinha o nariz e boca tapados, pois nunca os havia usado. Não tinha nascido ainda,
teoricamente. O umbigo estava ligado ao órgão e por ali se alimentava. A pele do rosto parecia
uma toalha azul clara. Era macio. Os olhos eram extremamente escuros. De repente o sonho
mudou pra um momento em que a criança era um pouco mais nova que meu irmão. Vinicius
chegou da escola e conheceu quem ele estava ansioso por conhecer, seu irmão. Eles se
pareciam absurdamente, mas não eram iguais. A criança era mais bonita. Meu pai apareceu
nesse momento do sonho.

27 DE MAIO DE 2013

1) Sonhei que estava em uma estrada de serra com meu pai, andando a pé e correndo risco de
sermos atropelados por vários caminhões e carros enquanto andávamos. Comecei a ouvir
risada e pessoas conversando e quando nos aproximamos, estávamos ema um cachoeira que
me parecia familiar. As famílias se divertiam na água, apesar de ser um dia muito frio e água
estar congelante. Eu pisei em uma poça e a força da água era muito grande. Eu não conseguia
sair dali e me segurava nas pedras. Meu pai ria, perguntando se eu tinha perdido as forças, até
que me ajudou a sair. Tinha uma família do lado de pessoas loiras e muito bonitas, que ficaram
rindo com meu pai quando eu não conseguia sair da água, mas não me senti ofendia. Ria da
mesma maneira. Fomos embora, enquanto ouvíamos a família falar. Um deles parecia o
Henrique, ex-namorado da Marina. Por um momento, imaginei minha vida casando com uma
pessoa daquelas e quanto seria diferente. Mas continuei andando com meu pai e lembrando
que eu tinha um namorado que não trocaria por nada. Eu e meu pai nos deparamos com um
barranco que parecia ter azulejos ficados como escadas, e devíamos escalar. Ele subia e me
puxava, mas eu parecia pesada demais e sem força. Não conseguia de maneira nenhuma subir.
O sonho começou a ficar desfocado.

2) Sonhei que estava no meu quarto no apartamento de Botafogo, no Rio, com a Marina
Vilhena e a Clarissa Paiva. Era como se eu morasse com a Clarissa e ela estava de saída para
um curso profissionalizante. Mas o apartamento era como se fosse um hotel. Havia um
elevador social ao lado da minha cama e outra porta na parede oposta, no lugar do guarda-
roupa, que dava para um corredor de outro elevador. Desci o elevador e parei no andar
errado, no décimo andar, e vi o ator que faz o amigo do Matthew Perry, na série “Go On”.
Voltei com ele ao andar que estava e fiquei conversando com as meninas e ele.

3) Sonhei que estava na cozinha da casa da Tia Palmira, em Camará, com a Jucéia e a Marina.
Elas estavam se preparando para a formatura da Marina, que havia concluído seu supletivo de
Ensino Médio. Estava com um vestido branco e de véu. Enquanto a Jucéia via alguma coisa no
forno, a Marina estava jogando alguma coisa no lixo e falava comigo que não conseguia ligar
para o Henrique. Ela disse que precisava falar com ele, pois eles tinham mais ou menos que
combinado que se casariam depois da formatura. Ela precisava confirmar.

28 DE MAIO DE 2013

1) Sonhei que estava querendo um peixe de estimação. Estava em um pesqueiro e acabei


pescando um peixe. Para não me cortar, pedi ao moço que tirasse o peixe da isca pra mim.
Mesmo depois de ele tirar o peixe, pus o dedo indicador no anzol e cortei muito feio o dedo.
Ele disse que eu não poderia ficar com o peixe. Foi quando fiquei com ainda mais vontade de
ter um peixe, quando vi um peixe lindo, azul e amarelo, em um aquário grande. Fiquei
admirando. O sonho passou para um lago com um píer. Era como se fosse a gravação de uma
propaganda sobre roupas aquáticas. Eu estava na água assistindo pessoas pulando com as
roupas e elas olhavam pra mim. Ao mesmo tempo em que sentia ser a espectadora de uma
propaganda, senti que era a câmera que filmava.

2) Sonhei que estava em um tipo de vila, em uma cabana, onde todas as pessoas da cidade
eram iguais a índios, mas não o eram. Eram morenas, pele avermelhada, só usavam um tipo de
saia marrom, sendo que as mulheres se vestiam com mais roupas, e todos os homens tinha um
cabelo que chegava ao final das costas. Cabelos totalmente negros e presos em uma trança,
desde os mais novos aos mais velhos. Assistia a todas essas pessoas pela janela. Era como se
eu estivesse visitando alguém naquela cabana. A hora do almoço chegou e os “índios”
sumiram. Eles estavam no segundo andar comendo e entravam por um buraco quadrado no
teto, mas não havia escada. Era como se isso fosse normal pra eles. Quem não tivesse esse
hábito, teria que se virar, ou não comia. Eu não sabia o que fazer. O sonho acaba comigo
tentando escalar a parede, que diminui.

3) O sonho começa como se eu estivesse assistindo a um filme ou noticiário, que conta a


história de uma família que era dona de um hotel e morava lá. Eram dois pais e vários irmãos,
sendo que a filha mais nova era tratada como um capacho, até que um dia ela foi assassinada
pela própria família. Tacaram fogo no hotel, como revolta pela atrocidade que a família havia
cometido. Aparecem imagens de janelas pegando fogo no hotel. A família morreu lá dentro e o
hotel nunca mais abriu.

10 DE OUTUBRO DE 2013

Sonhei que estava assistindo ao futuro de outra pessoa, conhecida. Não lembro ao certo
quem. Como se fosse um filme em uma TV. Alguém estava do meu lado me falando do vídeo.
Essa pessoa foi quem me convidou para ver esse vídeo. O vídeo mostrava uma sala, como um
estúdio, todo amadeirado, com instrumentos e pedestais para livros de música. Pelo que a
pessoa do meu lado falou, era um local difícil de estudantes conseguirem chegar, por ser
muito seletivo. Mas quem conseguia chegar até ali, significava que estava com o futuro sendo
garantido. Mulheres e homens negros, bem vestidos com roupas coloridas, entravam por uma
portinha ao fundo, centralizada bem no meio do vídeo, dançando, rindo e se divertindo.
Formavam um círculo no meio da sala conforme entravam. Não paravam de dançar. Muitos
outros, com blusas brancas, vinham atrás. Eram estudantes, que pareciam voluntários em um
intercambio. Entravam e iam sentando em cadeiras distribuídas nas paredes para que
pudessem assistir àquelas pessoas dançando. De repente, vejo a mim mesma entrando e
parando na porta. Eu estava extremamente magra. Linda! Rosto, braços e pernas, finas. Estava
impressionada por ter conseguido emagrecer tanto e estar do jeito que sempre imaginei poder
ficar. Nada estava diferente no meu rosto ou jeito. Apenas estava muito mais magra. As
pessoas pareciam felizes comigo entrando e eu ficava sem graça, mas feliz também. Como eu
estava assistindo a tudo aquilo, fiquei felicíssima ao ver que aquilo que eu estava assistindo era
o futuro e que eu não poderia fugir daquilo: eu realmente iria viajar para um lugar sensacional,
que seria um diferencial na minha vida, e iria emagrecer sim tudo o que eu lutava para
conseguir emagrecer. Fui ficando cada vez mais feliz e ansiosa com o que eu estava assistindo.
Sem acreditar que aquilo aconteceria comigo. Era um país importante, em um lugar
importante e eu estava linda. Sentei em uma das cadeiras. Depois disso eu não estava mais em
uma sala assistindo ao vídeo, eu estava no local, filmando o que estava acontecendo, e eu me
via ainda. Era como se eu filmasse, mas eu continuava no passado, filmando o futuro. E eu
filmava a mim mesma sentada. Percebo que o Pink está ao meu lado. Eu estava com uma
blusa cinza escura e um casaco cinza claro. E, nesse momento, nós dois levantamos das
cadeiras. O casaco cinza se afasta um pouco para lado, quando levanto com o Pink, e percebo
que deveria ser uma barriga de uns cinco meses de gravidez. Entro em pânico ao me deparar
com essa cena. Depois de choques de felicidade, fico desesperada ao ver que estou grávida e
começo a me questionar sobre como deixei isso acontecer e como meus pais lidaram com isso;
como minha vida estava? De repente, eu não estava mais filmando, eu estava mesmo ali e
éramos duas de mim, mas ninguém, além de mim, parecia surpresa com o fato. Nem mesmo o
meu outro eu. Chamei a mim mesma com a intenção de saber mais sobre a minha vida futura.
Ela (eu) me estendeu a mão. Puxei-a e sua unha acabou me arranhando e as mãos
escorregaram. Demos a mão novamente e a levei comigo para o banheiro feminino mais
próximo para que pudéssemos conversar. Ao entrar no banheiro, eu estava sozinha. E grávida.
Entrei em uma das cabines. Lembro que saí novamente e ficava olhando para as pessoas no
banheiro, que pareciam não me notar. Fiquei vagando por ali sem saber ao certo o que fazer.
O sonho foi ficando embaçado.

16 DE OUTUBRO DE 2013

Eu estava em uma festa com muitas pessoas que me eram conhecidas de Bom Jardim e
Friburgo. A festa era de dia, mas acontecia em um lugar fechado. Estava tudo muito
organizado e bem decorado. Eu estava com o Pink. A Mari também estava na festa e a Ju, sua
irmã, de igual forma. Em um momento eu estava olhando para a Ju, que estava cercada por
muitas amigas suas. Amigas que reconheci. Todas de Friburgo. Reparei que a Ju estava com
uma barriguinha. Ela estava grávida. Foi um choque. Não fui falar nada com ela. Em outro
momento na festa, ela estava exibindo sua barriga para as pessoas que estavam ao seu redor.
Eu estava ao lado do Pink e da Mari, que tinha um rosto um tanto triste. Quando a Ju me
reparou, veio até mim e fez questão de me mostrar, toda feliz, sua barriga. A barriga pareceu
ainda maior. Perguntei com quantos meses ela estava. A resposta que tive foi a de que estava
“acabando”. Perguntei novamente: “Mas quantos meses?” Ela disse: “Já tá para nascer. Só
estou esperando.” Enquanto falava isso, consultava um homem atrás dela que lhe confirmava
tudo o que falava. Nesse momento, percebi que era seu noivo. Não era seu namorado atual, o
que me assustou. Vestia uma blusa vermelha, e tinha cabelo apenas nas partes laterais da
cabeça. Cabelo bem preto. Parecia uma pessoa simpática, mas deveria ter uns trinta e tantos
anos. Era muito velho para a Ju. Eles saíram andando para continuar dando atenção às outras
pessoas. O casal destoava bastante. Aquela festa, fui percebendo, era uma festa do noivado
dos dois. Não via mais a Mari. Sumiu sem avisar. Comecei a me preocupar com ela. Eu e o Pink
começamos a nos perguntar onde estaria a Mari e como ela estaria se sentido com tudo isso,
pois eu não havia tomado conhecimento de nada disso. Apenas sabia que ela ainda não havia
tido nenhum tipo de relacionamento com nenhuma pessoa, enquanto sua irmã já iria casar e
estava grávida. Fomos andando e descemos uma escada que dava pra um bar. Lá estava ela,
no primeiro banco do balcão, tomando alguma coisa. Quando olhou pra mim, tinha uma
tristeza no olhar. A mesma de quando estávamos falando com a Ju sobre sua gravidez. Optei
por não falar nada. Simplesmente peguei seus braços e ela começou a chorar muito. Um choro
de dor. Apenas fiquei abraçando-a. Sentia sua dor. A dor de ainda não ter tido tudo o que sua
irmã mais nova estava tendo e a preocupação de nunca ter. O sonho muda. Passa a ser o dia
do casamento. Acontecia ao ar livre, no gramado. Havia cadeiras brancas espalhadas de forma
que houvesse um vão no meio, onde a noiva andaria. Mas as cadeiras e o púlpito não estavam
diretamente no chão, estavam em palanques. Isso deixava o púlpito e as cadeiras bem altas.
Eu estava assistindo tudo lá da frente, do púlpito. A visão que eu tinha era da posição que fica
uma madrinha. E a Ju aparece. Entra, mas espera. Não sei o que espera. Mas fica parada. Não
usava um vestido branco, usada um vestido goiaba. Estava muito bonita com cabelos longos,
terminados em cachos. E ainda resguardava sua barriga de nove meses. O sonho se confundiu.
Parecia que havia algum problema no casamento, faltava algo. E, de repete, eu estava em
casa, correndo atrás das coisas que faltavam do casamento, mas não sabia o que eram. Apenas
sabia que deveria chegar um carro com várias pessoas da minha família trazendo algo. Era
noite. Eu estava na garagem da minha casa em Bom Jardim e chovia absurdamente. Eu
esperava.

20 DE AGOSTO DE 2014

Estava no quarto aqui do apartamento perto da Urca, junto com a Thais. Dobrava minhas
cobertas, arrumando minha cama. Quando ouvi vozes de pessoas chegando na sala. Era do
meu avô Milton. Fui reconhecendo as outras vozes como as da minha avó Célia, meu pai e
tios. Meus avós sentaram na mesa com meu pai e ficaram conversando. De repente, me dei
conta que eles, na verdade, estavam mortos. Então, me dei conta de que estava sonhando.
Nesse momento, corri para que conseguisse falar com eles antes que eu acordasse. Pedi a
minha mãe que terminasse de dobrar meus cobertores para que eu pudesse falar com eles.
Cheguei na mesa e olhei para a minha avó, e ela disse: “Minha filha, 2016 vai ser um bom ano
para você.” Depois não lembro mais. Acordei.
15 DE OUTUBRO DE 2019

Mari me mandou um vídeo pelo Whatsapp em que ele contava que algo perturbador
aconteceu com ela, a ponto dela quase se matar, se jogando em um lago congelado. A partir, a
voz dela virava a narração de um vídeo que eu fazia parte. Era como se ela contasse uma
história e eu ia vivendo essa história. Fui eu quem caí no lago congelado e achei que morreria,
mas a sensação não era ruim, era boa. Eu era levada a fazer tudo que ela ia narradando, como
se um vento, uma força, me levasse para todos os lados. Primeiro, eu mergulhei no lago
congeado, acho que na verdade era o mar do polo norte ou sul, e nadava por ele semprecisar
respirar. Eu saía do lago e logo estava voando, quando rompia uma epécie de véu e
sobrevoava um campo florido, cheio de girassóis. Chegou um ponto em que a narração era
minha, e eu sobrevoava o lugar que me vinha à cabeça. Bastava eu pensar que o cenário
aparecia, e eu continuava voado e atravenssandovéus, cenários, florestas, girassóis,
amanhacer, por do sol, LINDO! Até que voltei a cair no lago congelado e acordei. Estava no
quarto dos meus pais em Camará. Mari e Pink estavam deitados na cama e eu, como se tivesse
saído de um transe, levantei do chão. Falei que tinha tido uma experiência incrível e que o Pink
devia experimentar, mas ele disse que já tinha acabado de experimentar e não tinha achado
tão incrível assim, o que me irritou. Falei que ele era insensível, apertando o rosto dele.
Enquanto isso, saímos os 3 do quarto, ao mesmo tempo que Mari contava como essa
experiência tinha mantido ela viva. Saímos em um corredor de uma faculdade, mas parecia um
hospício de filme de terror. Nós nos dispersamos nesse momento. Era uma faculdade em SP.
Cheguei na minha sala e vi que as cadeiras eram dispostas em duplas e as pessoas pareciam
fechadas, reservadas. Percebi que Marina era quem sentava ao meu lado, mas ainda não tinha
chegado. Percebi que quem sentava em duplas era quem na verdade tinha afinidade, quem
não sentava perto praticamente não se comunicacava. Um ambiente gelado, sem interação.
Tinham algumas meninas de São Paulo, como a Camila e a Ana. Parecia que era a hora do
almoço ou lanche e que a sala virava um refeitório. De repente, uma das duplas cantarolou
uma espécie de música que, teoricamente, era da Ariana Grande, e outra dupla fez coro. O
som que elas faziam parecia de um sino. Como se fosse um código para começar a comer.

Você também pode gostar