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EMPREENDEDORISMO

VOLUME 02
Luciano Guimarães Parreira

EMPREENDEDORISMO
VOLUME 02

Barra do Garças - MT
UniCathedral
2019
Produzido por
Luciano Guimarães Parreira

Revisão Gramatical do Texto


Vander Simão Menezes

Projeto Gráfico
Atila Cezar Rodrigues Lima e Coelho
Georgya Politowski Teixeira
Matheus Antônio dos Santos Abreu

BARRA DO GARÇAS - MT
JULHO 2019
Copyright © by UniCathedral, 2019
Nenhuma parte desta publicação pode ser gravada,
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sem autorização prévia do(s) autor(es).

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) – Catalogação na Fonte


Ficha catalográfica elaborada pela Bibliotecária Roberta M. M. Caetano – CRB-1/2914

P259e Parreira, Luciano Guimarães


Empreendedorismo, volume 1 / Luciano Guimarães Parreira.
Barra do Garças: UniCathedral – Centro Universitário (Educação a
Distância), 2019.

56 p. ; il. color.
ISBN: 978-85-54298-50-0

Conteúdo de disciplina EaD do Núcleo de Ensino a Distância


(NEaD) do UniCathedral – Centro Universitário.
.
1. Empreendedorismo. 2. Empreendedor. 3. Profissões. 4. Negó-
cios. I. Título. II. UniCathedral – Centro Universitário.

CDU 658.012.2

UniCathedral – Centro Universitário


Av. Antônio Francisco Cortes, 2501
Cidade Universitária - Barra do Garças / MT
www.unicathedral.edu.br
SUMÁRIO
UNIDADE V...................................................................................................................................... 11
Fontes de Assessoria .............................................................................................................................. 11
Fonte de Assessoria e Financiamento ................................................................................................ 11
Alguns conceitos sobre franquia: ....................................................................................................... 14
Fontes de Financiamento ....................................................................................................................... 15
Financiamentos de curto prazo .......................................................................................................... 16
Financiamentos de médio e longo prazo ........................................................................................... 17
Startup .................................................................................................................................................... 18
Características de uma startup........................................................................................................... 19
Referências Bibliográficas....................................................................................................................... 22

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Autor(a) da Unidade
Luiz Felipe Petusk Corona

Ao final da unidade, esperamos que você seja capaz de:

 Conhecer as principais fontes de assessoria;


 Compreender como funcionam os tipos de assessorias e as suas características;
 Conhecer as principais fontes de financiamento;
 Avaliar a necessidade de adquirir uma assessoria ou financiamento para o empreendimento.

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UNIDADEV

FONTES DE ASSESSORIA

FONTE DE ASSESSORIA E FINANCIAMENTO


É muito comum ouvir, no mundo de hoje, as pessoas
falarem aquela célebre frase “ah, não tenho o dinheiro que
preciso para abrir uma empresa” ou ainda “ah, se eu tivesse
dinheiro suficiente, eu montava meu próprio negócio”. Essas
e mais várias outras frases que tentam apenas justificar a
razão para ainda não ter empreendido ou ainda não ter
iniciado o próprio negócio.
A verdade é que muitos não iniciam o seu próprio negócio
por puramente falta de iniciativa e de coragem, e não pelo
simples fato de faltar recursos financeiros, pois eles atribuem
toda a carga da culpa unicamente ao quesito “dinheiro”.

Mas será que não existem formas de captar recursos


financeiros?
Outras pessoas alegam ainda que não possui conhecimento técnico necessário sobre o ramo que deseja
abrir a empresa, assim não tem coragem para começar. Há ainda aqueles que com coragem até iniciam as
suas atividades, mas com pouco ou quase nada de recursos financeiros ou também sem conhecimento algum
sobre o ramo que está inserindo, mas que decidiram abrir o próprio negócio e ponto! O resultado disso tudo
se traduz em muita dificuldade e muito pesadelo enfrentado nos primeiros passos do negócio.
Em um ambiente de incertezas e decisões duvidosas alguns até sobrevivem por um determinado tempo,
outros desistem da jornada e encerram o negócio.

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Todo começo de negócio é difícil e árduo, exige muita disciplina, estudos e comprometimento, além de
ter muita cautela nas decisões tomadas e saber aprender com os próprios erros, pois costumam ser os
tempos mais difíceis do empreendimento, marcados por insegurança, anseios, incertezas e erros dia após
dia.

O empreendedor deve ser otimista, mas ainda que seja dos mais otimistas, ocorre que, na etapa inicial
do empreendimento, encontrará dificuldades e isto é normal e natural. Uma vez que as habilidades e as
atitudes empreendedoras estejam em um nível avançado, as dificuldades certamente serão menores. Caso
contrário, o empreendedor deve buscar desenvolver o seu perfil empreendedor o quanto antes.
Para minimizar ainda mais as dificuldades iniciais, o empreendedor tem a possibilidade de adquirir
financiamentos e também receber apoio de assessorias empresariais, que irão dar suporte às suas atividades.
Vamos ver alguns tipos a seguir:

Sebrae
Os empreendedores que desejam receber ajudas e orientações sobre negócios podem buscar serviços de
informação e assessoria no Sebrae - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, que é uma
entidade responsável por apoiar os empreendedores brasileiros.
O Sebrae surgiu em 1990 por lei de iniciativa do Poder Executivo para atender as necessidades políticas e
empresariais associadas a criação, manutenção e fomento do empreendedorismo nas mais diversas áreas.
Seus principais serviços consistem em:
• dar conselhos sobre a abertura de empresa;
• consultoria empresarial;
• cursos e minicursos sobre gestão;
• palestras e workshops;
• marketing;
• finanças;
• produção
• qualidade;
• atendimento ao cliente, entre outros.

O Sebrae possui agências em todos os estados do país e em diversas cidades, oferecendo serviços de
atendimento à população em geral. Para saber mais sobre o Sebrae, os serviços oferecidos a população e
para maiores informações, acesse o site www.sebrae.com.br.

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Assessoria jurídica e contábil
O empreendedor que optar por não ter um setor interno que fica responsável por fazer a contabilidade
da empresam, pode contratar uma assessoria contábil que se responsabilizará por todas as atividades
relacionadas à contabilidade e os registros contábeis da empresa.
O mesmo serve para as atividades relacionadas às questões jurídicas e legais da empresa, se o negócio
não possuir um departamento ou colaborador encarregado do jurídico, a empresa pode contratar um
advogado particular ou uma assessoria jurídica.
Mas qual a importância de uma assessoria jurídica e contábil para um empreendimento?

Assessoria Jurídica
Quando se faz abertura de empresa, existem documentos, procedimentos formais e legais para
regularizar e constituir uma empresa, todo esse trabalho deve ser feito ou por um profissional competente
ou por uma assessoria capacitada para tal. A assessoria além de ajudar nesses quesitos também pode atuar
em:
• causas processuais;
• defesa do patrimônio da empresa;
• esclarecer dúvidas sobre os quesitos legais e formais da empresa;
• elaborar modelos de contrato de trabalho;
• instruir como recolher tributos, entre outros.

Assessoria contábil
A contabilidade é uma ciência que registra e interpreta os fatos contábeis de uma entidade, isto é, cuida
de registrar devidamente o patrimônio de uma empresa.
Nem sempre o empreendedor tem conhecimentos contábeis e em alguns casos não tem a figura do
contador dentro da empresa, então faz-se necessário a ajuda externa de uma assessoria contábil. Não é
somente para ter os registros corretos sobre as operações da empresa, mas também por questões legais,
mas principalmente por ser uma das maneiras de se ter um relatório que representa de forma fidedigna a
situação financeira da empresa.
Já parou para pensar numa empresa que esteja dando prejuízo há muitos e muitos meses e nem mesmo
o proprietário do negócio tem conhecimento disso, por simples questão de ausência de um balanço
patrimonial e de sua análise técnica?
É perfeitamente possível que o dinheiro esteja “pingando” todo mês na conta bancária do empreendedor,
mas que no balanço a empresa esteja fechando todo mês no “vermelho”. O empreendedor não pode se dar
ao luxo de tirar recursos financeiros sem que ao menos esteja apurando lucro ao final do mês, caso contrário,
uma hora chegará a uma situação irreversível, que nem fechando a empresa pagará todas as dívidas, com
governo, funcionários, fornecedores e etc.

Vale ressaltar que os relatórios contábeis assim como os relatórios financeiros de uma empresa são fontes
basilares para tomada de decisão estratégica. Portanto, o empreendedor deve ter um carinho e cuidado com
a priorização da geração desses documentos.

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Universidades e institutos de pesquisa
Muitas universidades e centros de ensino oferecem serviços de assessoria e consultoria empresarial para
o público em geral. Geralmente o serviço prestado por um centro de ensino é composto por um grupo de
acadêmicos empenhados nos projetos e pesquisas relacionados ao tema empreendedorismo e negócios.
Em grande parte, são escolas tradicionais em cursos de Administração e Negócios que são envolvidas na
boa formação de seus acadêmicos e também trabalham ações sociais, por isso prestam esse tipo de apoio à
sociedade, por exemplo:
• a criação de empresas júnior;
• consultoria empresarial;
• assessoria empresarial, entre outras.

Franchising
O franchising ou franquia (como é mais conhecido) pode ser considerado como um modelo de negócio,
com a finalidade de ampliar o alcance da marca e o aumento do faturamento por meio de uma estratégia de
distribuição e comercialização de produtos e serviços. A franquia compreende uma relação de parceria entre
o franqueador e o franqueado. É considerada como uma parceria pelo fato de se estabelecer uma relação do
tipo ganha-ganha, o qual todos saem ganhando.

ALGUNS CONCEITOS SOBRE FRANQUIA:


Franqueador
O franqueador é uma empresa que é proprietária e detentora da marca que está sendo comercializada, e
também fica responsável por estabelecer os padrões da franquia, o seu formato, os valores e toda a
concepção do modelo de negócio. Após o estabelecimento da franquia é colocado no mercado a negociação
de seu modelo de negócio para os futuros franqueados.

O primeiro franchising ocorreu nos Estados Unidos, e o caso mais conhecido de sucesso é o do
McDonald’s, que surgiu em 1954, tornando-se o maior franqueador do mundo. O Brasil é um dos países com
maior número de franquias no mundo, nos mais variados setores. Aderir a esse sistema é uma boa
possibilidade para os empreendedores brasileiros, que são assessorados pelo franqueador e, portanto, têm
mais segurança na abertura do próprio negócio. A ABF possui vários programas voltados a auxiliar tanto
franqueadores como franqueados e os possíveis candidatos a empreendedores no mundo do franchising.
Esses programas têm o objetivo de fortalecer o sistema de franquias, dar suporte a questões de legislação e
oferecer capacitação em gestão empresarial, crédito e assessoria técnica.
Fonte: Dornelas (2018)

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FONTES DE FINANCIAMENTO

Muitas são as pessoas que tem boas ideias e bons projetos, mas não abrem uma empresa por falta de
recursos financeiros próprios. Elas alegam que sem dinheiro não se pode montar um negócio. Outras
desistem ainda na fase inicial do empreendimento por falta de recursos próprios. Mas o que elas também
não sabem é que existem várias formas de se obter financiamentos de recursos financeiros que podem ser
de boa ajuda nas atividades empreendedoras.

Existem várias formas de se obter recursos financeiros hoje em dia, não se pode dar o luxo de dizer que
não abriu uma empresa ou que não realizou um projeto por simples falta de recursos financeiros.

Uma das formas de se iniciar um empreendimento quando não se tem recursos financeiros próprios é
conseguindo recursos de terceiros através de financiamentos.
O financiamento consiste em uma operação de crédito da qual uma entidade obtém recursos financeiros
de terceiros com a finalidade de utilizá-los para:
• investimentos;
• capital de giro;

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• aquisição de máquinas e equipamentos;
• compra de matéria prima;
• compra de móveis e utensílios;
• aquisição de frota de veículos;
• compra de mercadorias para a revenda, etc.

Os financiamentos podem ser classificados de duas formas: os de curto prazo e os de médio e longo
prazo.

FINANCIAMENTOS DE CURTO PRAZO


São os financiamentos obtidos com terceiros por um período inferior a um ano, como uma espécie de
capital de giro. São recursos levantado para proporcionar a empresa dinheiro rápido para cumprir com
compromissos urgentes e relevantes.
As instituições que concedem esses financiamentos de curto prazo (cp) são:
• Bancos comerciais;
• Bancos privados e públicos;
• Empresas de crédito, financiamento e investimentos;
• Financiadoras.

As formas de financiamento de curto prazo mais comuns são:

• Crédito direto ao consumidor


Consiste nas operações de financiamento de crédito direcionada ao consumidor final dos
produtos e serviços de uma empresa. O consumidor assina um contrato de financiamento com uma
financiadora de crédito, esta repassa o valor da operação para a empresa que vendeu seu produto
para o consumidor, mas o produto fica alienado à financeira até a quitação total das parcelas no
montante da operação.
Esse tipo de operação proporciona um volume de vendas maior quando a empresa não tem
condições de vender à prazos longos, ou não tem capital de giro ou próprio para dar crédito ao
consumidor, assim o consumidor consegue o recurso financeiro com terceiros e a empresa vende os
seus produtos fazendo esse elo com a financiadora.

• Desconto de duplicatas
As duplicatas são títulos de valor idêntico às faturas emitidas pela empresa sobre uma venda. As
operações de desconto de duplicatas funcionam como forma de antecipar o recebimento de uma
venda a prazo. Quando uma empresa faz a venda de produto ou serviço a prazo, ela emite um título
de crédito, o qual tem uma importância a receber do cliente, esse título pode ser descontando junto
à operadora de crédito a fim de antecipar o recebimento, mas sobre essa operação é claro que irá
pagar uma taxa de juros para realizá-la.
Esse tipo de operação é comum em títulos emitidos a prazo, mas que a empresa precisa de
recursos financeiros por necessidades de capital de giro ou para pagar um compromisso urgente.
Para estas operações de desconto de duplicatas as instituições comerciais geralmente exigem
garantias como:
• saldo razoável disponível em sua conta corrente;
• os títulos de duplicatas devem ser prováveis de recebimento, idôneos e certo de liquidez.

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• Empréstimos bancários
Os empréstimos bancários são linhas de créditos que são oferecidas pelas instituições financeiras,
e que constituem um de seus principais produtos comercializados.
A empresa quando adquire um empréstimo junto a uma instituição bancária recebe o direito de
receber certa quantia de dinheiro solicitada em conta corrente, em contrapartida assume o
compromisso de pagar o valor emprestado mais os acréscimos de juros correspondentes.
Geralmente para concretizar esse tipo de operação os bancos exigem:
 garantia;
 taxa de juros.

FINANCIAMENTOS DE MÉDIO E LONGO PRAZO


Os financiamentos de médio e longo prazo são aqueles destinados a períodos superiores a 1 ano.
Geralmente são concedidos por bancos públicos, privados, instituições públicas. O Sebrae também oferece
linhas de financiamentos para o micro e pequeno empreendedor.
A seguir será apresentado as principais formas de aquisição de financiamento de médio e longo prazo.

Fundos especiais de instituições públicas


Esses fundos são aqueles em que instituições governamentais disponibilizam para investimentos públicos
ou privados. As instituições que fornecem esses fundos são:
• BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social;
• BB – Banco do Brasil S.A.;
• Bancos estaduais e regionais como: BNB – Banco do Nordeste do Brasil e o Basa – Banco da
Amazônia;
• CEF - Caixa Econômica Federal;
• Finame – Agência Especial de Financiamento Industrial.

Debêntures
As debêntures são espécies de títulos de dívida que são emitidas por uma empresa com a finalidade de
captar recursos em grande volume a longo prazo, o qual tem como alvo grupos de emprestadores ou
aplicadores de recursos. No momento da emissão de debêntures o comprador recebe um certificado que dá
o direito de receber o valor nominal acrescidos de juros já prefixados no título.

Recursos Próprios
São os recursos de origem no capital social, os lucros apurados no final do exercício, ou os lucros
acumulados que não foram distribuídos entre os sócios e também os aportes de capital.

É possível também aumentar o capital social através da abertura de capital, emitindo assim ações para
que investidores externos comprem essas ações e a empresa faz a captação de recursos.

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STARTUP

Definir um negócio para como uma startup ainda gera muita controvérsia, por se tratar de um modelo de
negócio relativamente novo, mas ao tentar defini-lo pode ser entendido como startup aquele
empreendimento que visa crescer de forma escalável, ou seja, começar pequeno, com pouco volume e
crescer mais e mais a cada dia que passa, aumentando a receita de forma exponencial, mas com os custos
avançando de forma discreta, assim a sua margem de lucro será cada vez maior. E também ser repetível, isto
é, produzir o mesmo produto para muitos, e
que possa ser consumido de forma repetida.
Geralmente esses negócios estão mais
associados a tecnologias digitais e aplicativos
eletrônicos, que se iniciam com baixo valor de
investimentos e assim que amadurecem no
mercado alcançam receitas incríveis ao passo
que os seus custos são relativamente baixos,
fazendo com que novos “milionários” surjam
de forma “inusitada”.
Ao falar em controvérsias quanto à sua
caracterização, ainda há muitas pessoas que
afirmam como sendo uma startup qualquer
empresa pequena que esteja em seu estágio
inicial de vida. Já para outros afirmam que para uma empresa ser considerada uma startup é necessário que
a empresa tenha custos de operação e manutenção muito baixos e conseguem crescer rapidamente e
continuar gerando receita cada vez mais.
Fazendo uma brincadeira com o termo startup, em inglês, seria a grosso modo “iniciar acima”, mas todo
cuidado é pouco, não se pode considerar toda e qualquer empresa que comece um negócio e cresça.
Portanto, deixemos as controvérsias de lado e vamos ver algumas de suas características.

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A origem do termo startup
A utilização do termo começou durante a crise das empresas ponto-com, entre 1996 e 2001. Na época,
foi formada uma bolha especulativa caracterizada pela alta das ações das novas empresas de tecnologia da
informação e comunicação alocadas no espaço da Internet. A Bolha da Internet, como ficou comumente
conhecida, adotou e começou a utilizar o termo startup, que até então apenas significava um grupo de
pessoas trabalhando por uma ideia diferente e com potencial de fazer dinheiro. Além disso, startup, na
etimologia da palavra, também sempre foi sinônimo de iniciar algo e colocá-lo em funcionamento.

CARACTERÍSTICAS DE UMA STARTUP


São modelos de negócios que não são usuais ou comuns e possui as seguintes características:
• Inovadores;
• Repetível;
• Escalável;
• surgem em cenário de incertezas.

Modelo de negócios
Uma empresa startup é considerada como um modelo de negócios por ter um foco centrado no valor e
na rentabilidade que se espera dela. Geralmente esse tipo de modelo já se inicia com o foco em atender uma
necessidade de mercado existente e que por alguma razão não está sendo atendida ou também por criar
desejos e necessidades como as expectativas de investir poucos recursos e de ganhar muito com a abertura
do negócio.

Cuidado para não confundir modelo de negócios com plano de negócios!


Modelo de negócios: São formas de organizar, pensar e fazer o negócio com foco em algo específico. Por
exemplo, modelo de negócio com ênfase em produção em série.
Plano de negócios: São documentos que contem estratégias, métodos, metas e planejamento de forma
detalhada para alcançar os resultados. Funciona como uma espécie de guia inicial do empreendimento.

As empresas startups são consideradas como modelos de negócios inovadores, com ideias criativas, com
poder e capacidade de fazer algo novo ou de reinventar novas formas de se fazer a mesma coisa.

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Ser repetível
Ser repetível é ser capaz de produzir e comercializar o mesmo produto ou serviço repetidamente em
grande escala e de forma continua. Não há muito espaço para customizações para cada cliente, pois a ideia
é multiplicar sem perder tempo com exigências específicas de clientes, o produto ou serviço deve estar lá,
sempre disponível para o consumidor.

Ser escalável
Ser escalável é crescer de forma vertical, cada vez mais, aumentando as receitas e gerando lucratividade.
As junções desses dois fatores, repetível e escalável, costumam ser a chave para o sucesso de uma startup
uma vez que esses tipos de modelos de negócios atuam em um cenário de incertezas, logo as chances de
fracassar são maiores se negligenciar esses fatores apresentados.

Cenário de incertezas
Como o modelo de negócios das startups é inovador e arriscado, tende-se a admitir que elas entram no
campo das incertezas, pois elas fogem do tradicional jeito de fazer negócio. Não se pode ter certeza dos
resultados de uma startup no momento inicial de suas atividades.
Geralmente uma startup começa com pouco ou baixo capital de giro, e assim permanece até encontrar
um ponto de equilíbrio e a estabilização do negócio. Após conquistar o mercado novos investimentos são
incluídos no planejamento da empresa. Essas empresas entram em um mercado de incertezas, motivo
suficiente para não incorporar grande quantia de recursos financeiros em seus primeiros passos.

Tipos de startups
Para fins didáticos vamos dividir as startups em três tipos diferentes. A seguir é apresentado os tipos de
negócios:
B2B (Business to Business): são negócios para negócios, esse tipo de startup atende outras empresas ao
invés do consumidor final diretamente.
B2C (Business to Consumer): são negócios voltados para consumidores, essas startups fornecem serviços
diretamente para o consumidor final.
B2B2C (Business to Business to Consumer): são negócios para empresas para consumidores, é utilizada
quando uma empresa faz negócios com outra visando uma venda para o cliente final.
Exemplo: O aplicativo iFood é uma startup que faz parceria com outras empresas (restaurantes) e cadastra
eles para ajudar na venda de seus produtos/serviços, assim funcionam como uma espécie de
“intermediador” entre a empresa que produz para os consumidores.

Quando se trata de abrir uma empresa com o modelo de uma startup, o empreendedor deve mais do que
nunca estar em dia com o seu espírito empreendedor, isto é, muito bem desenvolvido e apurado, pois não é
qualquer um que arrisca entrar nesse tipo de ramo, que como vimos anteriormente ele atua em um cenário
de incertezas.

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Além de dominar as TI’s e saber usar muito bem as redes sociais, o empreendedor deve estar preparado
para navegar em um mar de incertezas e grandes turbulências, afinal, quanto maior o risco, maior as
recompensas.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AVENI, Alessandro. Empreendedorismo contemporâneo: teorias e tipologia. São Paulo: Atlas, 2014. [Minha
Biblioteca].

BESSANT, John; TIDD, Joe. Inovação e empreendedorismo. Tradução: Elizamari Rodrigues Becker; Gabriela
Perizzolo; Patrícia Lessa Flores da Cunha. Porto Alegre: Bookman, 2009. [Minha Biblioteca].

DOLABELA, F. Oficina do empreendedor: a metodologia do ensino que ajuda a transformar conhecimento


em riqueza. São Paulo: Editora Cultural, 1999.

DORNELAS, José. Empreendedorismo, transformando ideias em negócios 7. ed. São Paulo: Empreende,
2018. [Minha Biblioteca].

HISRICH, Robert D. Empreendedorismo. Tradução: Francisco Araújo da Costa. 9. ed. Porto Alegre: AMGH,
2014. [Minha Biblioteca].

SCHUMPETER, J. The theory of economic development. Harvard University Press, 1949.

TAJRA, Sanmya Feitosa. Empreendedorismo: conceitos e práticas inovadoras. 1. ed. São Paulo: Érica, 2014.
[Minha Biblioteca].

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