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DISPOSIÇÃO FINAL AMBIENTALMENTE ADEQUADA DE RESÍDUOS

SÓLIDOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

¹JEFFERSON SANTANA KRAEMER, ²VANDA ZAGO LUPEPSA


¹Discente do Curso de Engenharia Civil da Universidade Paranaense - UNIPAR
²Docente do Curso de Engenharia Civil da Universidade Paranaense - UNIPAR

Introdução: A geração de resíduos sólidos da construção civil e sua destinação ainda é


um dos maiores problemas da sociedade, mesmo após aprovação e determinação de
muitas leis e diretrizes, é comum encontrar despejo irregular de resíduo sólido no
ambito das cidades. A destinação adequada de resíduo é benéfica quando todos seguem
as normas para deposição do mesmo, no entanto somente isso não é suficiente, é preciso
uma mudança efetiva tanto social quanto economica da sociedade para que esses
sistemas de gestão apresentem resultados (JESUS, 2013). A destinação final de resíduos
da construção civil de forma irregular impacta diretamente no meio ambiente, e
acarretam diversos problemas como a contaminação do solo, das águas subterrâneas,
superficiais, além de gerar um aspecto desagradável para o ambiente, influenciando de
forma direta e negativa na qualidade de vida da população (SILVA et al, 2015).
Objetivo: Demonstrar quais os locais corretos para disposição adequada de resíduos
sólidos da construção civil.
Desenvolvimento: Os resíduos da construção civil são separados em quatros classes:
Classe A: resíduos que são recicláveis ou reutilizados como agregado; Classe B:
resíduos que são recicláveis, mas para outras destinações não necessariamente da área
da construção civil; Classe C: são os resíduos que nos dias atuais ainda não se tem sua
reciclagem de forma viável por causa do alto custo; Classe D: são os resíduos perigosos
obtidos no processo construtivo (FERREIRA et al, 2014). O descarte final dos resíduos
sólidos da construção civil deve ser feito seguindos as normas de descarte do Conselho
Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) através da resolução n° 307 de 2002, uma vez
que os resíduos têm tratamento e disposição diferentes de acordo com as classes
pertencentes. Os Resíduos de classe A devem ser armazenados em aterros que possuam
area de transbordo e triagem para que possam ser reutilizados para usos futuros; os
resíduos de classe B podem ter seu reuso na obra e os que não forem reaproveitados
podem ser encaminhados a usinas de reciclagem; os resíduos de classe C ainda não
possuem reciclagem viável economicamente e devem ser encaminhados a aterros
industriais para resíduos não perigosos e não inertes; os resíduos da classe D por sua
vez devem ser enviados para aterros industriais que possuam tecnologia para minimizar
os danos ambientais desses agentes poluidores (SILVA et al, 2015). Nos dias atuais a
geração de resíduos pelo setor da construção civil é inevitavel, mas é preciso minimizá-
los para que possamos diminuir os danos causados ao meio ambiente, uma vez que essa
atividade é necessária para o desenvolvimento das cidades, no entanto o mesmo precisa
de uma gestão adequada para que ocorra a disposição final correta desses resíduos e
possamos desfrutar dos beneficios que este setor tras para a sociedade sem acabar com
os recursos naturais existentes (FERREIRA et al, 2014).

Conclusão: Conclui-se que no meio da construção civil ainda se faz necessário


implantação, adequadação e cumprimento das normativas existentes que servem para
controle e fiscalização e ainda tem a funçao de previnir e reparar danos causados ao
meio ambiente em si, visando sempre o manejo adequado dos resíduos gerados após o
beneficiamento dos insumos, uma vez que esse setor é um dos grandes responsáveis
pela degração ambiental, tanto pela exploração desenfreada de matérias - primas quanto
pela disposição inadequada, que nos dias atuais ainda existem em grande escala.
Referências:
SILVA, Otavio Henrique Da; UMADA, Murilo Keith; POLASTRI, Paula;
ANGELIS, Generoso Neto; ANGELIS, Bruno Luiz Domingos De; MIOTTO,
José Luiz, Etapas do gerenciamento de resíduos da construção civil. Revista
Eletrônica em Gestão, Educação e Tecnologia Ambiental, v. 19, 2015, p. 39
– 48. Maringá, 2015. Disponivel em:
https://periodicos.ufsm.br/reget/article/viewFile/20558/pdf. Acessado em: 30
Agosto. 2020.
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA. Resolução
Nº 307, de 05 de julho de 2002. Estabelece Diretrizes, Critérios e
Procedimentos para a Gestão dos Resíduos da Construção Civil. Disponível em:
Acesso em: 29 Agosto. 2020.
FERREIRA, Alice Cristina Alves; COSTA, Fernanda Monteiro Vieira da;
DIAS, Isabella De Cássia Teotônio, SANTOS, Silvino, Gestão De Resíduos
Sólidos na Construção Civil. Revista Pensar Engenharia, v.2, n. 2, Jul./2014.
Belo Horizonte, 2014 Disponivel em:
http://revistapensar.com.br/engenharia/pasta_upload/artigos/a140.pdf. Acessado
em: 30 Jul. 2020.
JESUS, Willian Ferraz De. Caracterização Das Formas De Destinação Final
Impostas Pela Política Nacional De Resíduos Sólidos e Identificação De
Seus Principais Aspectos e Potenciais Impactos. Trabalho de Conclusão de
Curso apresentado para obtenção do título de Engenheiro Ambiental na
Universidade Tecnológica Federal Do Paraná- CAMPUS LONDRINA, 2013.

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