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REDAÇÃO

Água: Mercadoria ou direito?

“Água: Mercadoria ou direito?” Tem sido um tema polêmico, sobretudo, porque a sua falta resulta
em impactos sociais, ambientais e econômicos. Contudo, é reconhecido internacionalmente como
um direito que deve ser oferecido a todos de forma digna e acessível e não uma mercadoria com
valor econômico. Por isso, a necessidade de conscientizar a todos de que a água é um bem finito.
Além disso, em 2010, a assembleia geral da Organização das nações unidas(ONU), reconheceu que o
acesso a água e ao saneamento básico são direitos de todos. Todavia, a privatização do saneamento
básico tem sido visto como um retrocesso.

O Brasil é o pais que conta com os dois maiores reservatórios de água doce do mundo. O maior
fica na Amazônia, tem tanta agua que seria capaz de abastecer todo o planeta por 250 anos, o outro
é o guarani que se estende por partes do Uruguai, argentina e Paraguai. No entanto, já é considerado
escasso. Visto que praticamente 98% do total de água do planeta não é considerado potável, sua
falta resulta em impactos sociais, ambientais e econômicos. Apesar de, o brasil ter os 2 maiores
aquíferos e que eles podem abastecer o mundo, ainda assim, está longe da população que necessita.
Segundo a Organização Mundial de Saúde(OMS), uma em cada seis pessoas no planeta não tem
acesso a esse bem natural, a cada ano 2 milhões de pessoas morrem por dia, por doenças ligadas a
falta de saneamento básico. Ao mesmo tempo, mesmo que haja um processo de renovação através
da chuva, está havendo um aumento da contaminação dos corpos de água, e quase nenhum
tratamento. Nesse contexto, em 2010 a assembleia geral da ONU, reconheceu de maneira formal
que o acesso água e o saneamento básico são direitos humanos fundamentais que devem ser
oferecidos a todos de forma digna e acessível e não uma mercadoria com valor econômico.

A privatização do saneamento básico tem sido visto como um retrocesso, devido a estudos que
comprovam que nos últimos 15 anos, houve pelo menos 180 casos de remunicipalização da água em
35 países, tanto no Norte como no Sul globais, incluindo casos de grande destaque na Europa,
Américas, Ásia e África. Segundo o Relator Especial do Direito Humano, à Água e ao Esgotamento
Sanitário, das Nações Unidas. “A empresa privada não investe o suficiente e adota política de
exclusão de populações mais pobres, impondo tarifas mais altas. Além disso, não atingem as metas
dos contratos”, declarou Heller, lembrando que o próprio Banco Mundial, antes defensor das
privatizações no saneamento, já reconheceu que as privatizações não são uma “panaceia para todos
os problemas”. Contudo, o relatório mundial de desenvolvimento hídrico da ONU de 2018, estima
que até 2050, mais de 5 bilhões de pessoas terão baixo acesso a água. Para a ONU a solução está
baseada na natureza e não apenas em infraestrutura é preciso aumentar as áreas verdes, proteger as
zonas úmidas do planeta (mangues e pântanos) que são responsáveis pela filtragem e limpeza da
agua. O saneamento não está acompanhando o crescimento populacional. Porque o processo de
depuração da agua é mais longo do que a necessidade diária de consumo.

Portanto, é notável que a fata de políticas públicas capazes de aumentar e melhorar a quantidade
de água para toda a população, vem agravando um problema que já existe e que já afeta grandes
cidades, que é a falta de água. A falha de investimento maciço em saneamento básico, faz com que
falte água, e com isso os governos investem mais para trazer água de lugares cada vez mais longe, ao
invés de tratar a água que já foi usada e descartada. além disso, o desmatamento também e fator
agravante. Desse modo, os governos, empresas e a própria população precisam entender que tratar
a água, com reuso e alternância de fontes d’água e preservar as áreas verdes, ainda é a melhor
solução para que esse bem continue abastecendo as próximas gerações e garantindo assim o futuro
da humanidade.

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