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Construção sócio-histórica do uso da

violência
A proposta é pensar sobre a aceitação social do bater para educar e conhecer os
efeitos negativos dessa prática para crianças e adolescentes.

Para
pensar!

Educação,
disciplina ou
Violência?
*Imagens obtidas no Google imagens

O hábito de bater nas crianças, maltratá-las e humilhá-las no processo


educativo é mesmo muito antigo. Segundo DeMause (1982, p.1):

“Quanto mais atrás regressamos na história, mais reduzido o nível de cuidado


com as crianças, maior probabilidade de que houvesse sido assassinadas,
espancadas, aterrorizadas e abusadas sexualmente.”

Pátrio poder instituído pelo Direito Romano.


Apenas no século XVI a criança começou a ser percebida e representada
como um ser frágil.
Após a segunda metade do século XX, a criança começa a ser valorizada
na sociedade e os casos de violência causam cada vez mais espanto e
questionamento.

Fonte: Pelo fim dos castigos corporais e do tratamento cruel e degradante: Manual de sensibilização para
conselheiros tutelares, conselheiros de direitos e profissionais dos sistema de garantia de direitos.
Construção sócio-histórica do uso da
violência
A proposta é pensar sobre a aceitação social do bater para educar e conhecer os
efeitos negativos dessa prática para crianças e adolescentes.

Para
pensar!

Educação,
disciplina ou
Violência?
*Imagens obtidas no Google imagens

Bater em crianças e em mulheres, assim como votar, era permitido ao chefe


da família. Por isso, é compreensível que nossos bisavós pensassem e
ensinassem assim a nossos avôs, e eles, a nossos pais”
(p. 14).

Até pouco tempo atrás, era permitido ter escravos no Brasil, onde a disciplina e
autoridade do “Senhor de escravos” era imposta pela violência física e tortura
dos negros.

Fonte: Pelo fim dos castigos corporais e do tratamento cruel e degradante: Manual de sensibilização para
conselheiros tutelares, conselheiros de direitos e profissionais dos sistema de garantia de direitos.
Vale lembrar: Disciplina e limites NÃO são
sinônimos de castigo físico.

De onde vêm os padrões de violência


no seio familiar?
Em muitos casos por ideias e conceitos
respaldados pelas mesmas tradições Até que uma pessoa
culturais da sociedade que a utiliza. decida interromper o
ciclo e procurar
ajuda para utilizar
práticas não
violentas, o que
chamamos de
“educação/disciplina
positiva”.

Fonte: imagem criada por Pedro Henrique


Resende Almeida, 24 anos, Belo Horizonte/MG
para o Concurso Cultural Não Bata, Eduque 2015
O modelo bíblico de
disciplina

Este estilo de disciplina, que alguns também chamam de "disciplina assertiva", pretende
observar Deus como um Pai terno e compassivo. Reforça a disciplina como um valor
constante para o bem da criança e do adolescente. Apoia e valoriza as crianças
moralmente, pessoalmente, emocionalmente e espiritualmente. Este é o tipo de disciplina
que, como cristãos, somos chamados a seguir e aplicar.

A instrução e a disciplina não são uma invenção da psicologia moderna, fazem parte do
propósito de Deus e podem ser vistos claramente nas Escrituras:

• “Castiga¹ o teu filho enquanto há esperança, mas não deixes que o teu ânimo se exalte até
o matar.” (Provérbios 19,18)
• “Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará
dele.” (Provérbios 22,6)
• “Castiga o teu filho, e te dará descanso; e dará delícias à tua alma.” (Provérbios 29,17)
• “Filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo.” "Honra a teu pai e a
tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa, para que vá bem, e vivas muito
tempo sobre a terra." (Efésios 6,1-3)
• “E vós, pais, não provoqueis à ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação
do Senhor. ” (Efésios 6.4)

Notas
1 - Um castigo é uma sanção usada para reprimir uma conduta considerada incorreta. Os castigos podem ter
caráter educativo (aplicados em casa e nas escolas), disciplinar ou judicial.

2 - Fonte: MORA, Alexander Cabezas. La Disciplina de los niños y las niñas – una visión de derecho y
protección. Viva juntos por la niñez.
O modelo bíblico de
disciplina

A disciplina cristã, aplicada à criança, considera todos os valores


fundamentais que permitem um desenvolvimento saudável e equilibrado
em geral.²

Notas
1 - Um castigo é uma sanção usada para reprimir uma conduta considerada incorreta. Os castigos podem ter
caráter educativo (aplicados em casa e nas escolas), disciplinar ou judicial.

2 - Fonte: MORA, Alexander Cabezas. La Disciplina de los niños y las niñas – una visión de derecho y
protección. Viva juntos por la niñez.

Na perspectiva da Rede Não Bata, Eduque, o castigo tem


função educativa e nunca punitiva.

Fonte: imagem criada por


Emerson Moraes Paz, 12
anos, Cachoeira do Sul/RS,
para o Concurso Cultural
Não Bata, Eduque 2015
Por que tanta gente pensa
que bater é um modo eficaz de
educar

“Porque o castigo físico produz uma resposta rápida que é,


aparentemente, funcional. A dor faz com que a criança
interrompa por algum tempo o comportamento considerado
indesejável...” (p.17).

Às vezes, os adultos consideram que as tentativas de explicar, pedir, falar,


ordenar ou ameaçar
Embora não sãopareça
o argumento suficientes para
fazer que a criança
sentido, mude ou
não resiste a
corrija seu comportamento. Dessa forma, recorrem ao castigo físico,
qualquer análise educativa, visto que o aprendizado que leva
depois de esgotados outros métodos de convencimento.
à mudança de comportamento é aquele que tem algum
significado para quem aprende.

Fonte: Pelo fim dos castigos corporais e do tratamento cruel e degradante: manual de
sensibilização para conselheiros tutelares, conselheiros de direitos e profissionais do
sistema de garantia de direitos.

Fonte: imagem criada por


André Góes Monteiro
Antônio, 16 anos,
Campinas/SP para o
Concurso Cultural Não
Bata, Eduque 2015
Por que tanta gente pensa
que bater é um modo eficaz de
educar

Atualmente, os pais têm obrigações e afazeres que


diminuem muito o tempo que podem dedicar às crianças.
Assim, é mais comum que sua atenção seja despertada
apenas nos momentos que elas fazem algo considerado
errado. Nesses momentos, a reação dos pais depende
muito mais de seu humor e grau de estresse do que do
comportamento das crianças. (p.16)
Fonte: Pelo fim dos castigos corporais e do tratamento cruel e degradante: manual de
sensibilização para conselheiros tutelares, conselheiros de direitos e profissionais do
sistema de garantia de direitos.

Fonte: imagem
criada por Kaillaine
Cardoso Pinheiro, 11
anos, Serra/ES.
Menção Honrosa na
categoria criança no
Concurso Cultural
Não Bata, Eduque
2015

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