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UNIVERSIDADE PAULISTA

PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA


MBA EM LOGISTICA EMPRESARIAL E SUPPLY CHAIN

RÓGER SANTOS DE LIMA

LOGÍSTICA MODERNA UTILIZADA COMO UM DIFERENCIAL


COMPETITIVO

Campinas – SP
2014
RÓGER SANTOS DE LIMA

LOGÍSTICA MODERNA UTILIZADA COMO UM DIFERENCIAL


COMPETITIVO

Monografia apresentada como


requisito para a aprovação no
programa de Pós-Graduação Latu
Sensu – MBA em Logística
empresarial e Supply Chain sob a
orientação do Prof. Maurício Cassar.

Campinas – SP
2014
RÓGER SANTOS DE LIMA
R.A 9119068

LOGÍSTICA MODERNA UTILIZADA COMO UM DIFERENCIAL


COMPETITIVO

Trabalho monográfico apresentado como requisito para a aprovação no


programa de Pós-Graduação Latu Sensu – MBA em Logística empresarial e
Supply Chain, avaliado conforme segue.

Conceito Final:

Data da Avaliação:

Professores Avaliadores:
DEDICATORIA

Dedico aos meus Pais Luiz Carlos de Lima e Nilza dos santos de Lima,
“Quero expressar o mais profundo carinho e reconhecimento a eles”.
AGRADECIMENTOS

Aos colegas e mestres, que me apoiaram nos bons e nos maus


momentos. Em especial agradeço a Deus que sempre me concede força e
perseverança.
EPÍGRAFE

“O que sabemos é uma gota, o


que Ignoramos é um oceano”.

Isaac Newton
RESUMO

Neste trabalho monográfico abordaremos assuntos relativos à logística


moderna com foco principal em logística de transportes.
Alvarenga e Novaes (2002), nos diz que para se montar um sistema de
transporte organizado é preciso ter uma visão sistêmica, que englobe
planejamentos, mas para isso é preciso ter conhecimentos sobre: o nível de
serviço atual; o nível de serviço desejado; os fluxos nas diversas ligações da
rede; as características ou parâmetros sobre a carga; os tipos de equipamentos
disponíveis e suas particularidades.
Dependendo das características do serviço, será realizada a seleção de
um modal de transporte ou do serviço oferecido dentro de um modal. Segundo
Ballou (2006), a escolha de um modal de transporte pode ser usada para criar
uma vantagem competitiva.

Palavras Chave: Logística Moderna, Modais, Competitivo.


SUMARIO

INTRODUÇÃO 08

1. A LOGÍSTICA MODERNA 09
1.1. Elementos da logística Moderna 09
1.2. Estratégias da Logística moderna 09

2. A LOGÍSTICA NO BRASIL 11
2.1. O futuro da logística no Pais 11

3. O TRANSPORTE COMO ESTRATÉGIA LOGISTICA 12


3.1. Integração do transporte com outras funções logísticas 12
3.2. Transporte x Estoque 12
3.3. Serviço ao Cliente x Transporte 13

4. MODAIS DE TRANSPORTE 14
4.1 Características dos modais De transporte 14
4.2 Transporte Ferroviário 14
4.3 Transporte Marítimo 14
4.4 Transporte Aéreo 15
4.5 Transporte Rodoviário 17

5. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NA LOGÍSTICA 19


5.2. Melhoria contínua 19

6. UTILIZANDO LOGÍSTICA MODERNA COMO UM


DIFERENCIAL COMPETITIVO 20

CONSIDERAÇÕES FINAIS 21

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 22
8

INTRODUÇÃO

A logística é o que existe de mais interessante dentro de uma organização pois a


mesma esta presente em todas as áreas das empresas e tem o compromisso que se
inicia desde organizar mesas de escritórios e se estendem ao estoque e produção onde
ela age com foco em entregar ao cliente um produto final de qualidade, no local
combinado, na hora exata, na quantidade pedida e de maneira ágil e se possível com
baixo custo para cliente e transportador. Logística sem duvida nenhuma é o mais amplo
campo de atuação existente. Seus profissionais devem buscar sempre serem
dinâmicos, proativos e ágeis, porque as organizações sejam qual for o seu segmento
de atuação estão, cada vez mais, competindo entre si em busca de uma estratégia
logística que as destaquem na preferência dos clientes. A logística também é
encontrada nos campos de controladoria, expedição, coordenação e de estoque.
9

1. A LOGÍSTICA MODERNA

A logística moderna é um meio para conseguir se adaptar as necessidades do


mercado, ela integra conceitos que explicam como deve ser realizada a administração
de uma organização.
A logística moderna está presente em todas as empresas e ela se mostra ser
muito importante no mundo. Algumas questões são fundamentais para a Logística.

1.1. Elementos da logística Moderna

Segundo Neto (2008), a logística vem introduzindo ideias em vários


departamentos da empresa, como qualidade, finanças, marketing, e planejamento,
tornando-se uma ferramenta essencial uma para a organização, contribuindo muito
para uma gestão mais integrada. Colocando no mesmo plano de ação as necessidades
internas e a atenção necessária para os clientes. Portanto a logística evoluiu do
conceito de operacional para estratégico.
Neto (2008), ainda explana que a logística permite uma visão geral da empresa e
da cadeia produtiva, podendo analisar sistematicamente os fluxos da cadeia produtiva.
O primeiro é o fluxo dos materiais, que englobam os fornecedores e a entrega do
produto final para o cliente. O segundo é o fluxo da informação, no qual o cliente pode
até ficar informado em tempo real em que etapa de produção está o seu pedido.
Realizando com perfeita sincronia todos estes fluxos a organização ganha economias
com matéria prima, redução de estoques, e propicia uma melhor informação para seu
cliente, melhorando também o fluxo financeiro da empresa, pois a partir do momento
em que se produz apenas o que realmente precisa a empresa mantêm o seu capital
girando de forma saudável.

1.2. Estratégias da Logística moderna

Segundo Machado (2008), uma logística bem executada e entendida ajuda à


organização na redução de custos e aumenta a gama de produtos ou serviços
disponíveis ao cliente. Buscando disponibilizar um diferencial competitivo em seu
mercado de atuação. Esses caminhos são utilizados por vários setores da economia
nacional como o automobilístico e o varejo. Nos últimos anos inúmeras organizações
montadoras de automóveis vem construindo amplos centros produtivos, utilizando o
que ha de mais moderno quando se fala em conceitos de logística. São fábricas
compactadas, com grande eficiência operacional e que produzem automóveis em
escala mundial.
Machado (2008), ainda explica que além de empresas investindo em logística,
temos também países inteiros. Nações como Estados Unidos e Japão utilizam há
muitas décadas esses conceitos de logística e também pesquisando e desenvolvendo
conceitos. Suas superioridades competitivas são vistas a todo instante, e, com certeza,
foi um fator determinante em seu desenvolvimento econômico.
10

No Portal da Administração (2007), foi deixado bem clara a importância da


logística na cadência de custos. Realmente um dos grandes diferenciais competitivos é
o controle dos custos. Essa vantagem é alcançada através de uma administração
logística em uma planta de produção compacta que englobe, número de produtos mais
controlados, estoques reduzidos, com o objetivo de obter economia em escala e
centralização da compra de matéria prima. E com todo esse esforço produtivo a
empresa poderá oferecer um produto ou serviço de melhor qualidade e preço pra seu
cliente, conquistando uma grande vantagem competitiva contra seus concorrentes.
Em Portugal a logística moderna rende prêmios, àqueles que mais se destacam
ao longo do ano no setor.
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2. A LOGÍSTICA NO BRASIL

Para Fleury (2006), a administração da logística no Brasil é um conceito recente.


Fatores como estabilidade econômica, mercado globalizado e a realização de
privatizações, impulsionaram o processo de mudanças da forma de gestão. O comércio
internacional brasileiro cresceu cerca de 50% em três anos, obrigando as indústrias a
se adaptarem aos padrões mundiais. A privatização de infraestruturas como ferrovias,
rodovias e portos, geram uma demanda muito grande por logística internacional,
entrando em uma área quase não explorada e onde não se possui quase nenhum
conhecimento no Brasil. Mas não existem dúvidas, o fim da inflação no Brasil
impulsionou e muito a área de logística no Brasil. Com a inflação em alta e as
constantes mudanças de preços, era quase impossível realizar um plano de controle de
estoque ou talvez uma melhor análise de necessidade de compra de matéria-prima
para um determinado período. O processo de especulação era grande o que
impossibilitava tais controles. Porem com o fim da inflação as empresas começaram a
poder controlar melhor seus estoques e até conseguiram desenvolver uma cooperação
entre seus clientes e fornecedores.

2.1. O futuro da logística no Pais

Para Fleury (2006), a logística no Brasil está perto de revolucionar, e isso em


termos de práticas de eficiência, qualidade e infraestrutura de transportes e
comunicação, que são elementos essenciais para a logística moderna. As empresas
brasileiras devem enfrentar dificuldades devido as mudanças que precisam ser
implementadas, devido à falta de experiência, porém, existem as oportunidades de
realizarem melhorias dos serviços prestados e produtos oferecidos e o aumento de
produtividade, criando uma vantagem competitiva perante os seus concorrentes.
Para Machado (2008), a realidade brasileira em comparação com os outros
países chega a ser preocupante. Isso porque os custos logísticos do Brasil são
altíssimos, giram em torno de 18% do PIB anual, e em outros países giram em torno de
8% a 10%. Fatores como a deficiente infraestrutura, concentração no transporte
rodoviário de cargas, falta de mão de obra preparada e pouco incentivo para as
pesquisas no setor, contribuem para o desempenho do Brasil estar tão baixo com
relação a outros países.
Machado (2008), também identificou o que é necessário fazer para mudar a
situação do país. Para ele a iniciativa privada e o governo federal tem que se unir para
que o país possa alcançar um nível desenvolvimento acima da média atual no setor, e
para alcançar este objetivo se faz necessária a construção em parceria de portos,
rodovias, e ferrovias. Caso isto não aconteça o mercado brasileiro ficará sempre atrás
quando comparado ao forte mercado mundial. As empresas deverão realizar melhorias
em sua base e implantar conceitos logísticos em todos os seus setores, para que
possam competir com seus concorrentes nacionais e internacionais, devido ao
crescimento do comércio globalizado, aumentam fortemente as chances de produtos
estrangeiros entrarem no mercado brasileiro.
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3. O TRANSPORTE COMO ESTRATÉGIA LOGÍSTICA

Segundo Fleury (2006), uma das principais funções logísticas é o transporte.


Pois representa em muitos casos a maior parte dos custos logísticos, sua execução
reflete diretamente na qualidade do serviço prestado. Seu custo chega a ser em média
60% do custo total em despesas logísticas.
A função do transporte na Logística é ligada a duas dimensões, tempo e lugar. O
transporte de produtos é utilizado para levar produtos onde existe demanda, dentro do
prazo estipulado. Apesar do visível avanço de tecnologias que realizam a transferência
de dados em tempo real, o transporte continua sendo o pilar principal para que seja
possível atingir os objetivos logísticos, ou seja o produto pedido, na quantidade
desejada, na hora certa, no lugar combinado ao menor custo. As organizações
brasileiras vêm buscando atingir tal marco em suas operações. Buscando na Logística
de transporte, uma forma de obter diferencial competitivo. Entre todas as iniciativas que
visam aprimorar as atividades de transporte, está em destaque os investimentos
realizados em tecnologia de informação que fornecem às empresas um melhor
planejamento e controle em suas operações, assim como a busca por soluções
intermodais que possibilitem uma redução nos custos.

3.1. Integração do transporte com outras funções logísticas

O tendão de aquiles da logística empresarial moderna é sem dúvidas a logística


integrada. Através deste conceito as funções logísticas não mais são vistas de forma
separada e passam a ser como um componente operacional. Contudo, o transporte
passa a ter papel fundamental nas estratégias logísticas, tornando necessária a
geração de planos que possibilitem uma maior velocidade na resposta ao cliente e
flexibilidade, ao menor custo possível, conseguindo gerar uma maior competitividade
para a organização.

3.2. Transporte x Estoque

Segundo Fleury (2006), o gestor de estoques possui o dever de minimizar os


custos com estoque. Porem este tipo de procedimento impacta deliberadamente de
forma negativa outras atividades logísticas, por exemplo, o setor produtivo que tende a
precisar de uma maior flexibilidade (lotes pequenos e mais repetitivos, gerando um
custo maior e perda de produtividade) e gerando uma gestão de transporte marcada
pelo transporte picado, aumentando de uma forma significativa o custo com transporte.
E dependendo do modal escolhido, o transit time poderá variar em dias. Por
exemplo, um transporte típico de São Paulo para Recife pelo modal rodoviário demora
cerca de cinco dias, enquanto o ferroviário pode ser realizado em dezoito dias. A
escolha dependerá evidentemente do nível de serviço que o cliente deseja receber, e
dos custos amarrados a cada opção. O custo total deve condizer com todos os custos
de um transporte portaria a portaria mais os custos com estoque, somando também o
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estoque que estiver em trânsito. Para produtos mais valorosos deve ser estudado o uso
de modais mais caros porém de maior velocidade.

3.3. Serviço ao Cliente x Transporte

Fleury (2006) não possui duvidas sobre os impactos que as funções logísticas
têm sobre o nível de serviço que uma organização realiza aos seus clientes. O
transporte é de fato considerado um dos mais relevantes e as principais exigências
geralmente estão ligadas à pontualidade, à capacidade de prover um serviço portaria a
portaria; à flexibilidade, quando de diz respeito a distribuição de uma gama variada de
produtos; à gerência dos riscos associados a roubos e interceptações, danos e avarias
e à capacidade do transportador em disponibilizar mais que um serviço básico,
tornando-se capaz de executar funções logísticas mais complexas.
14

4. MODAIS DE TRANSPORTE

Hoje dispomos de cinco modais de transporte são eles o ferroviário, o rodoviário,


o aquaviário, o dutoviário e o aéreo.

4.1 Características dos modais De transporte

Cada modal de transporte possui suas características, finalidades próprias,


custos, vantagens e desvantagens. Deste modo cada modal irá adequar-se ao tipo de
carga a ser transportada, avaliada pela capacidade, rapidez, segurança, enfim toda a
versatilidade do meio para suprir a necessidade de cliente.

4.2 Transporte Ferroviário

O modal ferroviário é o mais adequado para o transporte de mercadorias


grandes quantidades.

O transporte ferroviário tem custo baixo, porém


não tem muita flexibilidade e os prazos de entrega são
longos e variáveis, além de haver necessidade em alguns
casos, de baldeação para troca de trem, pois há
ferrovias que possuem bitola estreita, enquanto outras
possuem bitola larga. Este tipo de transporte é indicado
para grandes quantidades de produtos, longas distâncias e
produtos não perecíveis e não frágeis. (MARTINS,
LAUGENI, 2006, p.271).

A malha ferroviária brasileira é pequena e não tem muitos recursos, e conta com
pouco investimento, porem ainda existem malhas que operam em pequenas distâncias.

As vantagens conforme Caxito (2011) são:

1) é extremamente adequado para grandes distâncias e quantidades


exorbitantes de carga;
2) possui um baixo custo;
3) e conta também com baixo custo de infraestrutura.

E suas desvantagens de acordo com caxito (2011) são:

1) existe uma diferença na largura dos trilhos;


2) possui a maior necessidade de transbordo;
3) tempo de viagem é longo e não muito previsível
4) possui uma menor flexibilidade no trajeto devido a fraca infraestrutura do
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país;
5) é um modal muito exposto a furtos devido a sua rota ser em muitos casos
única.

A composição de frete fica relacionada a dois fatores que podem de alguma


forma influenciar o seu cálculo. Segundo Caxito (2011), o cálculo do frete ferroviário é
baseado pelo peso da mercadoria e pela distância percorrida.
É normal que o frete seja cobrado por taxa de estadia cobrada por dia ou por
vagão, também existe um valor de frete mínimo para o caso de cargas leves que
enchem o vagão sem chegar a um peso que compense a realização do frete.

4.3 Transporte Marítimo

O modal marítimo é o mais utilizado no comércio intercontinental. E no Brasil,


mais de 90% do transporte internacional é realizado sobre as aguas afirma Caxito
(2011).
Sua capacidade de transporte é realmente colossal é realizada por navios
gigantescos, altamente equipados e que possuem infraestrutura adequada para
transportar a quase se não forem todos os tipos de mercadoria.
Na composição de seu frete os valores são influenciados por características das
cargas, fragilidade, embalagem, valor, como peso e volume cúbico, distância entre os
portos de desembarque e embarque, e localização geográfica dos portos, segundo
Caxito (2011).

As vantagens são:

1) possuem maior capacidade de carga;


2) podem carregar qualquer tipo de carga;
3) e conta com o menor custo de transporte.

E suas desvantagens:

1) precisa de transbordo nos portos;


2) ficam a uma certa distancia dos pontos de produção;
3) é necessária uma maior exigência de embalagens;
4) possuem uma menor flexibilidade;

Os portos marítimos são rígidos, não é tão fácil exportar é preciso possuir o
conhecimento certo da mercadoria.
O conhecimento de embarque marítimo B/L (Bill of Landing) é o documento de
maior relevância na contratação do transporte.

Suas funções básicas conforme Caxito (2011):


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1) serve como recibo de entrega do carregamento ao transportador;


2) prova a existência de um contrato de transporte entre o usuário e a companhia
marítima;
3) é um título de posse da mercadoria (negociável e transferível).

O transporte marítimo possui regras e leis que devem ser seguidas a risca para
evitar complicações e transtornos na hora do embarque das mercadorias.
É feita uma ficha de cadastramento que são vistoriadas e analisadas pelos
responsáveis do embarque, para evitar ilegalidades, e que ocorra desvio de
mercadoria, por isso existe toda esta burocracia no momento de utilizar tal modal.

4.4 Transporte Aéreo

O transporte aéreo é de alto valor agregado, o principal órgão regulador no Brasil


é a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), do Comando da Aeronáutica.
O transporte aéreo é mais rápido modal existente, pelo fato de percorrer longas
distâncias em pouco tempo, seguro e cômodo. O transporte é feito por aviões de
cargueiros exclusivos, há também aquele transporte aéreo de pessoas, que são
chamados de passageiros em voos domésticos.

As vantagens no para Caxito (2011) são:

1) transporte mais rápido;


2) não necessita de embalagem mais reforçada (manuseio mais cuidadoso);
3) os aeroportos normalmente estão localizados mais próximos dos centros de
produção;

E as desvantagens no entender de Caxito ( 2011) são:

1) possuem uma menor capacidade de carga;


2) o valor do frete é o mais elevado em relação a todos os outros tipos de
modais.

Existem várias vertentes na composição de fretes aéreos tudo depende do tipo


de serviço e mercadoria a ser transportada. Alguns dos tipos de fretes citados por
Caxito (2011) são:

1) tarifa mínima: tarifa aplicada a encomendas de pequeno porte que não


chegam a atingir um determinado valor a partir do cálculo por peso;
2) tarifa geral de carga: é aplicada a expedições que não possuam mercadorias
valiosas e que não estejam estipuladas nas tarifas especificas ou nas tarifas
classificadas;
3) tarifa classificada: é aplicada à mercadoria não acompanhada, ou seja,
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animais vivos, restos mortais, jornais e equivalentes, ouro, platina;


4) tarifa para mercadoria específica: possuem normalmente tarifas mais baixas e
geralmente são utilizadas para mercadorias transportadas de um ponto de origem a um
ponto de destino determinado;
5) tarifa normal: aplica se a cargas até 45 kg, porem em alguns países pode
chegar até os 100 kg;
6) tarifa quantitativa: geralmente é aplicada de acordo com o peso do embarque,
seguindo faixas de 45 a 100 kg, ou 100 a 300 kg, ou 300 a 500 kg e depois acima de
500 kg.

Deste modo o transporte aéreo segue, com custo elevado, porem é disparado o
modal mais rápido, o transportador tende a fazer uso deste modal apenas quando
possui extrema necessidade de entrega rápida de seu produto, devido ao valor alto do
frete deste modal.

4.5 Transporte Rodoviário

As dificuldades relacionadas ao modal rodoviário ainda são muitas no Brasil. A


falta de manutenção das rodovias prejudica muito o trabalho dos motoristas a
infraestrutura é precária, o nível de conservação das rodovias é ruim e também estão
presentes no cenário brasileiro e devido a esta má conservação ocorre um aumento no
tempo da viagem, pois a atenção e tem que ser dobrada para evitar acidentes e à
elevação dos custos operacionais.

Conforme Caxito (2011) suas vantagens são:

1) é o mais indicado para curtas e medias distâncias;


2) conta com a maior agilidade no acesso as cargas;
3) necessita de um menor manejamento da carga e conta com uma menor
exigência de embalagem;
4) o desembaraço na alfândega pode ser feito pela transportadora nos portos;
5) é usado para complementar outros modais, sendo um agente possibilitador
da intermodalidade e a multimodalidade;
6) talvez seja o único versátil a ponto de atender a vendas do tipo entrega
portaria a portaria, o que traz uma maior comodidade e confiança para exportador e
importador;

Porem suas desvantagens segundo caxito (2011) são:

1) é portador de um dos fretes mais caros em muitos casos;


2) sua capacidade de carga é a menor entre todos os outros modais;
3) para longas distâncias não é o mais indicado devido ao seu alto preço.

Segundo Caixeta Filho e Martins (2007) o mercado deixa claro quem são os
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principais agentes no transporte rodoviário:

1) ofertante: dependendo do nível de análise, o ofertante pode vir a ser desde


uma organização de construção e conservação da infraestrutura de transporte até
organizações que locam veículos.
2) operador: é a organização prestadora do serviço, que diariamente toma
decisão a decisão da regularidade da prestação do serviço e das rotas a serem
realizadas.
3) embarcador: é o cliente que precisa da viagem; é o solicitante da carga. É
com base nas necessidades do embarcador que se decidira o nível do serviço
prestado.
d) regulador: entidade que possui alguma forma de controle sobre a operação
dos transportes.

No modal rodoviário a composição do frete é calculada sobre o peso (kg) ou por


volume (metro cúbico), porem neste modal o método mais utilizado é o que estipula um
preço fixo por tonelada/veículo, afirma Caxito (2011)

O modo rodoviário é o mais expressivo no


transporte de cargas no Brasil, e atinge
praticamente todos os pontos do território nacional.
Com a implantação da indústria automobilística na
década de 50, com a pavimentação das principais
rodovias, o modo rodoviário se expandiu de tal
forma que hoje domina amplamente o transporte de
mercadorias no país. (ALVARENGA; NOVAES,
2000, p. 82).
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5. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NA LOGISTICA

Os Sistemas de Informação são os sistemas ou práticas utilizadas pelas


empresas para que possam ter um melhor desempenho e são importantes ferramentas
na busca de se ter um custo operacional adequado, processos logísticos inteligentes e
integração com fornecedores e clientes através de ferramentas que serão listadas logo
mais.

Segundo Thalis Mario (2010), algumas das ferramentas usadas são:

ERP/ERPII – Enterprise Resourses Planning: Essa ferramenta possui módulos


para cada área da empresa.
Ferramenta de CRM – Customer Relationship management Systems: É utilizada
em Nível Tático e Operacional do mercado, faz a relação dos clientes com os produtos.
Controle e foco no consumidor (monitora o cliente) para vender para ele, e informa os
prognósticos da região.
TMS – Transportation Management System: administra relacionamento com a
transportadora e recursos de transporte, rotas, pneus, desempenho. Empregada em
organizações com frotas grandes (ex.: frota de 500 caminhões). Pertence ao Nível
Tático Operacional.
WMS: Warehouse Management System: essa ferramenta é usada no
gerenciamento de armazenamento, os grandes centros de distribuição normalmente às
empregam. É utilizado a Nível Operacional. Umas das suas facilidades é que permite
localizar o produto, o fluxo do produto, inventário. Pode ainda ler o código de barra,
integrar a rádio frequência, e o endereçamento do produto (dinâmico ou estático).
Utiliza-se de Coletores de Dados: Hardware de leitura de dados de forma
automática (rádio frequência). Pertence ao Nível Operacional.
Utiliza-se de Smart Labels: Etiquetas Inteligentes, chips com diversas
informações que podem ser lidas a distância por rádio frequência. Está na concepção
do mercado do Futuro.

5.2. Melhoria contínua

Segundo Thalis Mario (2010), podemos utilizar sistemas de informação para


monitorar e aprimorar processos de todos os campos da logística, pois através dos
dados coletados pelos sistemas de informação podemos realizar a criação de
indicadores de desempenho que servem para medir as características do processo de
forma contínua. Segundo ele os profissionais de logística e administração, poderiam se
atualizar para saber usar e até mesmo, auxiliar o desenvolvimento dessas ferramentas.
Para ele essa área é muito carente de colaboradores proativos.
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6. UTILIZANDO LOGÍSTICA MODERNA COMO UM DIFERENCIAL COMPETITIVO

A L’Oréal Brasil conta com duas fábricas no país, uma no Rio de Janeiro e outra
em São Paulo, que movimentam mais de 400 milhões de unidades de produtos. O
Grupo L’Oréal obteve faturamento recorde em 2011, com crescimento de 5,1%, em
dados comparáveis com o ano anterior, alcançando o valor de 20,3 bilhões de euros.
De acordo com Arthur Pinho (2012) a empresa L’Oréal Brasil investiu cerca de
R$ 7 milhões nos últimos três anos, Para desenvolvimento técnico e gerencial com foco
em logística, buscando talentos em programas de cursos locais e internacionais. E seus
parceiros logísticos também vêm investindo em aumento das frotas e armazenagem.
Apesar de existir 05 modais o transporte dos produtos L’Oréal Brasil atualmente
é realizado em sua maioria através do modal rodoviário. O transporte rodoviário no
Brasil conseguiu seu crescimento em torno do século XX. O transporte rodoviário é
desenvolvido através de ruas, estradas e rodovias. Porem o sistema rodoviário tem o
custo mais alto em relação ao ferroviário e hidroviário, pois muitos são os problemas,
como: estradas em más condições; elevados preços dos combustíveis; manutenção
periódica dos veículos e altas taxas de impostos.
Na visão de Arthur Pinho (2012) a empresa L’Oréal trabalha sempre com o
pensamento em negócio sustentável, o dinheiro economizado por meio da otimização
das operações logísticas é revertido em investimento no mercado e na expansão do
negócio. Para equilibrar custo, a busca é sempre por projetos que otimizem o trabalho
da empresa e o de seus fornecedores.
Acreditam fortemente que a logística, internamente e mesmo com parceiros e
clientes, traz efetivamente números melhores para os resultados da empresa.
Segundo Denner Evangelio (2013), em 2013, a L’Oréal realizou a inauguração
da Central de Distribuição L’Oréal na Rodovia Washington Luís (CD WL), a empresa
continuou investindo em logística e deu início a operações na Unidade Caxias que fica
localizada na estrada Rio Magé, nº 4791 (antigo km 3,5), Galpão 1, em Nova Campinas,
bairro de Duque de Caxias (RJ). Fatos que representam um marco na busca pela
excelência em operações logísticas e um avanço de modernização de sistemas,
operação e capacidade de crescimento da área. O centro de distribuição conta com um
terreno com 35.292m² de área de armazenagem, 800 m² de áreas administrativas, 96
docas de distribuição (iniciando com 48), capacidade para expedição de 33 milhões
unidades/mês e potencial para distribuição de 400 milhões/ano. Atualmente, cerca de
300 colaboradores terceirizados e 10 da L’Oréal atuam na Unidade.
Para Arthur Pinho (2012) o Brasil é uma fonte inesgotável de inspiração pela
riqueza de sua diversidade e cultura, além de ser um dos mercados mundiais mais
fortes em crescimento, com potencial excepcional de desenvolvimento.
Porem seria importante ressaltar que a L’Oréal Brasil poderia buscar meios da
utilização da intermodalidade que é a utilização de dois ou mais modais de transporte,
hoje é o meio mais vantajoso, para redução de custos no preço do combustível, na
geração de emprego, na geração de renda, ganhos para a logística, ganhos
energéticos e ganhos para o meio ambiente.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O emprego correto da logística de transporte garante um diferencial competitivo,


por ser uma ferramenta essencial na contenção de custos e na distribuição de produtos.
Para L’Oréal Brasil, o país é um dos responsáveis pelo avanço do Grupo na
América Latina. Porém existe uma grande dependência na utilização do modal
rodoviário para o transporte de seus produtos.
No Brasil, apesar de iniciativas como a privatização de portos e ferrovias, o
modal rodoviário ainda é dominante na matriz de transporte. Este fato, dependendo das
características do produto, pode ser um obstáculo para o atingimento de um maior nível
de competitividade em termos de custo.
O desenvolvimento do setor é de suma importância para a integração do país.
Com uma infraestrutura apropriada, a produção se fortalece, conseguindo reduzir
custos, provocando preços mais competitivos no produto, motivando um maior
desenvolvimento econômico.
Para que exista melhorias no setor de transportes de fato, é preciso um maior
comprometimento do governo na definição de políticas e planejamentos mais claros e
objetivos, definidos e específicos para cada modalidade, havendo parcerias entre as
empresas privadas e públicas.
A malha férrea no país é pequena e atinge áreas isoladas do território nacional,
os investimentos partem na grande maioria apenas do setor privado e com interesse
próprio. O transporte pelas ferrovias é o que possui um dos menores custos para o
transporte de mercadorias e poderia aumentar o nível de competitividade do Brasil.
Porem fica travado pela falta de investimento pelo governo.
No modal hidroviário existem grandes investimentos e projetos em
multimodalidade, este interligado ao modal dutoviário.
O transporte é um componente importantíssimo de uma organização, e deve
sempre estar integrado com os demais setores, para que sejam realizadas as
atividades de distribuição dos produtos da melhor maneira possível. Como percebemos
ao longo deste trabalho monográfico o transporte representa grande parte dos custos
das organizações, então fica clara a ideia de que o campo precisa ser melhor analisado
e explorado, seus parâmetros devem ser friamente analisados para que as empresas
não percam tanto o seu lucro no final das contas.
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REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

PORTAL DA ADMINISTRAÇÃO. Ferramentas de T.I Para Logística - Disponível


em: http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/ferramentas-de-ti-para-a-
logistica/49692/ Acessado em: 20/05/2014

TRANPORTA BRASIL. Loreal brasil investe em logística para aumentar a


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