Analisando as matérias jornalísticas “Depois de aumentar renda com
pejotização, classe média sente saudades da CLT”, e, “O controverso armazém da Amazon no meio da favela”, publicadas pelo jornal Folha de S. Paulo, fica evidente a clara distopia entre os dois textos.Uma vez que a matéria que trata de um suposto “aumento de renda”, com a política PJ, foi publicada apenas alguns dias após o texto que trata da desigualdade capitalista.
Inicialmente o texto que aborda o suposto aumento de renda deixa claro
, através dos entrevistados, de que público alvo está tratando. Os valores salariais usados para exemplificar o acréscimo, são superiores aos salários de muitos brasileiros. A classe social abordada não engloba a maioria dos trabalhadores do país, que é composto em grande maioria por pessoas da classe “D” e “E”, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.
Da mesma forma, o discurso do jornal é de que a Pejotização foi uma
opção, quando na verdade na maioria dos casos a empresa não deu outra escolha ao trabalhador, como ficou claro na fala do trabalhador Maurício "Eu queria um aumento de salário e a empresa não topou, porque iria aumentar os custos dela. Mas ficou acertado que eu abriria a empresa e prestaria serviços".
Ao longo do texto podemos notar que as novas relações de trabalho
vividas pela classe média no Brasil, trouxeram um novo empecilho para o trabalhador. Uma vez que a ideia central de ganhar mais abrindo mão dos seus direitos trabalhistas, se mostra muito cara quando o trabalhador tem que arcar com seus tributos, como plano de saúde e seguro de vida. A matéria que trata da empresa Amazon, localizada em meio a uma área fragilizada, pode ser um exemplo de como as políticas de flexibilização trabalhista atuam na realidade. Em “Um relatório especial da Reuters apontou em abril que os funcionários de um centro de distribuição da Amazon perto da Cidade do México estavam sendo forçados a trabalhar mais horas do que o exigido por lei”, fica clara a real atuação de uma empresa tão rica em um cenário tão pobre e necessitado.
O investimentos de empresas e relações de trabalho, abordados nos
textos não estão caminhando juntos para contribuir para uma reativação econômica e um bem-estar dos trabalhadores. O que em maioria acontece é uma romantização de miséria, em um mundo capitalista, que como fica claro nas matérias, só está buscando o maior lucro e não políticas efetivas e práticas ao trabalhador assalariado.
O Futuro de uma Ilusão Sigmund Freud I Quando já se viveu por muito tempo numa civilização específica e com freqüência se tentou descobrir quais foram suas origens e ao longo de que caminho ela se desenvolveu