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Profecia Cumprida : Evidência da Inspiração das Escrituras

A Bíblia é um livro cheio de instruções para uma vida bem sucedida, mas há
muitos livros que oferecem conselho semelhante. O que torna a Bíblia
diferente ou distinta, entre tais livros? A Bíblia proclama ser a Palavra de
Deus, uma revelação divina!

A Bíblia tem tido uma enorme influência na História do homem. Ela continua
sendo o livro mais freqüentemente traduzido. É inquestionável que a Bíblia
seja amplamente acreditada como sendo a Palavra de Deus, um livro
divinamente inspirado. Mas qual evidência existe para apoiar esta crença?
Seria sem fundamento esta fé? O que poderemos oferecer à pessoa que tem
dúvidas sobre a inspiração da Bíblia?

A inspiração é a influência do Espírito Santo sobre os escritores da Bíblia,


para que as coisas que eles escreveram sejam exatamente o que Deus
desejou revelar ao homem. A Bíblia declara ser o produto da inspiração.
Paulo escreveu, "Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino,
para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de
que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda
boa obra" (2 Timóteo 3:16-17). Aos Coríntios, ele escreveu que o Espírito
Santo revelou as verdadeiras palavras que ele e outros usaram para ensinar
a Palavra de Deus (1 Coríntios 2:10-13). Pedro afirmou que os profetas do
Velho Testamento também falaram como foram levados pelo Espírito Santo
(1 Pedro 1:11-12; 2 Pedro 1:20-21). Os próprios profetas declararam que
estavam falando as palavras de Deus (por exemplo, Jeremias 1:2, 4, 9).

A questão da inspiração da Bíblia é fundamental. Se a Bíblia é simplesmente


um produto dos homens, então ela não tem mais autoridade do que
qualquer outro padrão moral que o homem possa inventar. Por outro lado,
se ela é na verdade a Palavra de Deus, então o padrão moral que ela
apresenta é a expressão da autoridade de Deus.

Profecia Cumprida: Evidência de Inspiração


Há, naturalmente, muitas evidências da origem divina da Bíblia, mas a mais
forte é a profecia cumprida, que é, em essência, a assinatura de Deus em
seu livro, uma indicação inigualável de que ela é sua obra.

O homem não pode conhecer o futuro; somente Deus pode predizer a


História ou os acontecimentos. Somente Deus, pela sua onisciência, pode
predizer com minúcias o que acontecerá a centenas de anos no futuro!
Através do profeta Isaías, Deus emitiu o seguinte desafio aos falsos deuses
adorados pelos homens: "Trazei e anunciai-nos as cousas que hão de
acontecer; relatai-nos as profecias anteriores, para que atentemos para elas
e saibamos se se cumpriram; ou fazei-nos ouvir as cousas futuras. Anunciai-
nos as cousas que ainda hão de vir, para que saibamos que sois deuses;
fazei bem ou fazei mal, para que nos assombremos, e juntamente o
veremos" (41:22-23; veja também 42:8-9; 44:6-8). Deus indicou que a
capacidade de predizer o futuro era um sinal de verdadeira divindade.

A Bíblia predisse os destinos de nações e cidades. O Velho Testamento está


repleto de minuciosas profecias a respeito da vinda do Messias: a natureza
de seu nascimento, a vida e a maneira de sua morte.

Se apenas Deus pode predizer o futuro e a Bíblia contem profecia cumprida,


então a Bíblia é claramente a obra de Deus, um livro inspirado.

De acordo com o Velho Testamento, a profecia cumprida era um dos sinais


de um verdadeiro profeta, um guiado por Deus. Por outro lado, profecia
falhada é o sinal de um falso profeta (Deuteronômio 18:20-22).

Critérios de profecia
Os assim chamados psíquicos freqüentemente fazem predições sobre o
futuro, mas a maioria, se não todos, não consegue passar. Muitas vezes tais
predições são claramente "palpites" sobre eventos futuros, baseados nos
eventos correntes. A profecia não é o resultado de cálculo matemático, nem
a projeção da sabedoria política ou científica, nem mesmo uma conjectura
feliz. A profecia é a predição de eventos além do poder natural de um
homem para prever.

Obviamente, uma profecia precisa ser feita antes que o evento aconteça.
Quanto mais tempo passar entre a profecia e seu cumprimento, é menos
provável que a profecia seja meramente um "palpite" treinado sobre o
futuro. Talvez se possa imaginar quem será o próximo presidente do Brasil,
mas predizer hoje quem será o presidente do Brasil no ano 2090 seria uma
verdadeira profecia!

A profecia precisa ter um cumprimento claro, isto é, é preciso que se seja


capaz de ver uma relação clara entre a profecia e o evento que
supostamente a cumpre. Alguns homens fazem "profecias" que são
enquadradas numa tal linguagem geral que permita o cumprimento por um
grande número de eventos futuros, antes que por um algum evento
explícito. A linguagem da profecia precisa não ser ambígua nem enganosa,
para que seu cumprimento seja claramente reconhecível.

Um exemplo de profecia cumprida: Ezequiel e Tiro

Ezequiel profetizou durante o período de 592-570 a. C. Além de outras


nações e cidades, ele profetizou contra Tiro, uma cidade costeira da Fenícia.
Ezequiel predisse que:

· Muitas nações subiriam contra Tiro (Ezequiel 26:3)


· Os muros de Tiro seriam derrubados e a cidade completamente varrida
(26:4)
· O local da cidade se tornaria um lugar para os pescadores estenderem suas
redes (26:5,14)
· Os escombros de Tiro seriam atirados ao mar (26:12)
· Tiro jamais seria reconstruída (26:14)

O cumprimento destas profecias é surpreendente! Ezequiel identificou


Nabucodonosor, rei da Babilônia, como aquele que atacaria a cidade de Tiro
e a destruiria (26:7). Nabucodonosor assediou esta cidade na praia do Mar
Mediterrâneo de 585 a 572 a. C. e quando, finalmente, rompeu as portas da
cidade, ele descobriu que o seu povo, na maior parte, tinha evacuado a
cidade por navio e fortificado outra cidade numa ilha a cerca de um
quilômetro da costa. Nabucodonosor destruiu a cidade da terra firme (572
a.C.), mas foi incapaz de destruir a cidade da ilha. Estes acontecimentos não
são, talvez, muito admiráveis porque aconteceram não muitos anos depois
das profecias de Ezequiel. Contudo, a história de Tiro não tinha terminado.

O império medo-persa substituiu o dos babilônios e, por sua vez, o general


grego Alexandre, o Magno, capturou o território dos persas. Depois de
vencer Dario III na Ásia Menor, Alexandre se mudou para o Egito e
conclamou as cidades fenícias a abrirem suas portas (332 a. C.). A cidade na
ilhota de Tiro se recusou e por isso Alexandre assediou-a e começou a
construir uma ponte flutuante com 60 metros de largura, desde a praia até a
ilha. Ele usou os escombros da velha cidade de Tiro, limpando completa-
mente o terreno, para fazer sua "estrada" levando-a até a cidade na ilha.
Depois de um cerco de sete meses, ele tomou a cidade. Sua fúria contra os
tírios foi grande; ele matou 8.000 dos habitantes e vendeu outros 30.000
para a escravidão.

Muitas cidades antigas, que foram destruídas de tempos em tempos, foram


reconstruídas, mas nenhuma cidade jamais foi reconstruída no antigo local
de Tiro. O terreno, até mesmo hoje, é usado por pescadores para estender
suas redes para limpar, remendar e secar.
Como teria sido possível a Ezequiel saber o que Alexandre, o Magno, faria
para capturar a cidade de Tiro 250 anos mais tarde? Nenhum homem
poderia ter previsto com tal pormenor o futuro incomum de Tiro; profecias
como estas são claramente a obra de Deus.

As profecias contra Tiro são apenas um exemplo entre muitas que poderiam
ser citadas. Por exemplo, Isaías predisse que Jerusalém e o templo seriam
reconstruídos por ordem de Ciro, o persa, que permitiria aos israelitas
regressarem do cativeiro (44:28 - 45:13). Quando Isaías fez estas profecias
cerca do ano 700 a. C. a cidade de Jerusalém e o templo ainda estavam em
pé, o reino do sul de Judá ainda não tinha sido levado em cativeiro, e os
assírios eram a potência mundial. Ciro não libertaria os cativos de Judá
antes do ano 536 a.C., 160 anos mais tarde, e entretanto Isaías o chamou
pelo nome!

Também foi Isaías quem profetizou que o Messias nasceria de uma virgem,
700 anos antes que isso acontecesse (Isaías 7:14; Mateus 1:22-23). O
profeta Miquéias, que viveu no mesmo tempo que Isaías, predisse o lugar de
nascimento do Messias, observando que seria a pequena cidade de Belém,
no sul, não a Belém do norte (Miquéias 5:2; Mateus 2:1, 5-6). Como
poderiam estes homens ter predito estas coisas sobre o Messias a menos
que Deus os estivesse guiando?

Conclusão
A Bíblia contém algumas profecias que satisfazem os critérios antes
mencionados de verdadeira profecia e deste modo demonstram a natureza
inspirada das Escrituras? Os exemplos já citados respondem essa questão
com um sonoro "sim"!

Talvez alguém diga, "Deveríamos aceitar a Bíblia como inspirada sem


necessidade de qualquer evidência. A fé não exige evidência." Com tal tipo
de raciocínio, aceitaremos virtualmente qualquer livro que se declare ser
revelação divina! Se a Bíblia não é a palavra de Deus, como declara, então
não é um bom livro. É uma tentativa para enganar.

Por outro lado, se a profecia cumprida confirma a origem divina da Bíblia,


então ela é obra de Deus e contém um padrão moral com autoridade para
nossas vidas, governando a conduta de todos que queiram viver
eternamente na presença de seu Criador. A evidência, a profecia cumprida,
está disponível para nosso estudo. O que você concluirá sobre a Bíblia?

Allen Dvorak

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