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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO ____ JUIZADO

ESPECIAL CÍVEL DE JACAREPGUÁ – RJ

PROCESSO N° 1458/2021

LURDES DA SILVA, pessoa física, inscrita no CPF n° 452.012.784-96,


residente e domiciliada na Rua das Estrelas, 51, Freguesia, Rio de Janeiro, RJ,
CEP ____, vem a presença desse juízo através de seu advogado abaixo
assinado apresentar sua contestação com fundamento no artigo 30 da Lei
9099/95 na ação que lhe move RENATA MARIA FERREIRA, já qualificada nos
autos do processo em epígrafe pelas razões e fundamentos que passa a expor:

I. DAS INTIMAÇÕES

Requer a parte Ré que as intimações sejam realizadas em nome do


Patrono ____, OAB ____, sob pena de nulidade dos atos processuais
praticados.

II. DOS FATOS

A Autora alega ter contratado o serviço de buffet e animação para uma


festa infantil com a Ré.
Ocorre que dois dias antes da realização do evento, a Ré entrou em
contato com a Autora alegando que não poderia realizar o evento, uma vez que
o local, alugado de terceiro, estava interditado pela Defesa Civil por apresentar
danos estruturais após chuvas torrenciais ocorrida naquela semana.
A Autora inconformada solicitou que Ré realizasse o evento ou
devolvesse integralmente o valor pago, ou ingressaria com a presente ação
judicial.
Após a citação, a Ré procurou seu Patrono e informou que realmente
havia um contrato e que procurou a Autora a fim de restituir o valor de 75%
(setenta e cinco por cento) do montante recebido, porém a mesma não aceitou.
A Ré também afirma que não seria justo restituir o valor integral, uma
vez que também teve gastos para a realização do evento e que não seria
possível realizar o evento uma vez que o local não estava seguro para a
realização do evento.

III. DA REALIDADE FÁTICA

Como podemos perceber Excelência, a Autora demonstra total falta de


empatia para resolver a questão. A Ré apresentou documentos que
comprovam que a não realização do evento foi causada por uma força maior
na qual ela não tem o controle. Apresenta ainda laudo de órgão competente
que deixa claro que realizar o evento é por em risco a vida dos convidados.
Não podemos falar em devolução integral do valor, uma vez que como
comprovado a Ré teve custos com a organização e compra de objetos para a
realização do evento.
Diante do fato exposto, fica comprovado que a Ré tentou resolver a
questão de forma amigável e menos prejudicial possível para ambas as partes.

IV. DO MÉRITO

Conforme o artigo 393 do Código Civil o devedor não responde pelo


nexo causal, quando o prejuízo é resultante de caso fortuito ou força maior,
pois o cancelamento do evento se deu por conta de uma interdição da Defesa
Civil, após fortes chuvas na semana do evento.
Verifica- se portanto que a parte Ré não teve uma conduta para prática
de ato ilícito, alegada na Petição Inicial.
É notório a exclusão da responsabilidade civil com observância no artigo
14, § 3°, II do Código de Defesa do Consumidor. A relação aqui é de consumo
em que pese que responsabilidade seja objetiva, aplicando-se a excludente
conforme acima mencionado.
Não obstante, vejamos que a parte Ré buscou a parte Autora para a
devolução de 75% (setenta e cinco por cento) do valor, ficando nitidamente
claro que não houve má-fé ou enriquecimento ilícito, condutas que são
reprovados pelo ordenamento jurídico.
Deste modo, não resta outra alternativa para esse juízo que não seja a
improcedência dos pedidos arguidos na inicial.

V. DOS PEDIDOS

Que seja recebida a presente contestação nos termos da lei para que:
a) Seja recebida a contestação tempestiva, apresentada no prazo legal;
b) Seja julgado improcedente os pedidos autorais;
c) A Ré seja condenada ao pagamento de 75% do valor do contrato.

VI. DAS PROVAS

Indica produção de todas as provas admitidas em direito, em especial a


prova documental.

Nestes Termos,
Pede Deferimento.

Local/Data

Advogado
OAB/UF

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