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ESCOLA BÁSICA DE LAMEGO

EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE ADULTOS


Curso de Nível Secundário, Tipo A+B+C - 2019/2020

Ficha Informativa n.º 1

Área de Competência- Chave: Sociedade, Tecnologia e Ciência STC_7

Conteúdos: Aspectos metodológicos elementares da ciência enquanto prática social e


modo específico de produção de conhecimentos. Data:__/__/____

Formando:____________________________________ Formadora: Anabela Ribeiro

O ser humano é por natureza curioso o que sempre originou novas descobertas e
conhecimentos. Grande parte destes conhecimentos acumulados, ao longo de gerações,
constituem o senso comum. Por exemplo, o padeiro sabe quais os ingredientes que deve
usar, bem como a sua ordem e a sua quantidade para fazer o pão. Esses são
conhecimentos químicos, mas também do senso comum, pois não há uma organização
específica de como foram adquiridos e não são suficientes para explicar, por exemplo,
por que ocorre a transformação e qual é a reacção química envolvida no processo.

Assim, muitos conhecimentos que temos no nosso dia a dia são de senso comum
e não são aceites como dados ou conhecimentos científicos.

A diferença é que o conhecimento científico é obtido e organizado de uma


maneira específica, seguindo determinados critérios e métodos de investigação, o
chamado método científico.

A palavra “método” vem do grego méthodos, que significa “caminho para


chegar a um fim”. Seguir um método científico é o que define uma área de estudo como
uma Ciência (por exemplo a Química, a Biologia e a Física entre outras).
O método científico pode variar de acordo com a ciência em causa, mas o que é
atualmente usado foi derivado do trabalho de vários filósofos, como Francis Bacon e

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René Descartes, e de cientistas como Galileu Galilei, Robert Boyle e Antoine
Laurent Lavoisier. Estes precursores do método científico defendiam que a procura
pelo conhecimento deveria basear-se em experiências e lógicas matemáticas, com
medições precisas e exactas, bem como com a repetição intensiva de várias experiências
para provar as ideias.

As principais etapas do método científico são:

Observação:

Leva o observador/cientista ao levantamento de questões que precisam ser estudadas.


Essa observação pode ser a olho nu ou com a utilização de instrumentos de maior
precisão, como microscópios.
Por exemplo, a combustão ou queima de determinados materiais é um fenómeno muito
observado pelo ser humano.

Hipótese:

Na tentativa de responder às questões levantadas na observação, o cientista propõe


hipóteses, isto é, afirmações prévias para explicar os fenómenos. Essas hipóteses podem
ser comprovadas ou descartadas na próxima etapa.
Considerando o exemplo do estudo da combustão, uma hipótese levantada seria a de
que a queima só ocorreria quando o combustível (material inflamável) estivesse na
presença do oxigénio.

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Experiências:

Consistem em vários testes realizados para comprovar a hipótese. As experiências são


realizadas de forma criteriosa, envolvendo aspetos qualitativos e quantitativos. Todos os
dados obtidos e etapas da experiência são anotados e repetidos. Aspetos que possam
interferir e levar a novas hipóteses são incluídos.
Por exemplo, no caso da combustão, seria necessário realizar experiências na presença e
na ausência de oxigénio, a massa dos materiais da reação deveria ser pesada no início e
no final, além de ser necessária a realização de várias experiências envolvendo outros
gases para verificar se eles também eram responsáveis pela combustão.

Lei:
Com a repetição das experiências e comprovados os dados, o cientista pode chegar a
conclusões. Se os resultados levam a alguma generalização, ou seja, se eles se repetem,
o cientista formula uma lei científica. A lei descreve uma sequência de eventos que
ocorrem de forma uniforme e invariável, ou seja, é um enunciado que explica o
fenómeno, mas não explica por que ele ocorre.
No exemplo da combustão, os resultados das experiências levaram à conclusão de que
“a combustão só ocorre na presença de oxigénio”, essa é uma lei.

Teoria:

É o conjunto das afirmações consideradas válidas pela comunidade científica para


explicar a lei, é o porquê do fenómeno descrito pela lei.
Por exemplo, para que a combustão ocorra, é necessário que o material combustível,
como a parafina da vela, reaja com o gás oxigénio, resultante da combustão é libertada
energia na forma de calor e que mantém a reacção ocorrendo até que um dos dois
intervenientes acabe (ou a parafina ou o oxigénio). As ligações desses reagentes são
terminadas e novas ligações formam novas substâncias, como o dióxido de carbono e a
água.

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Em conjunto com a teoria, geralmente temos também o modelo, isto é uma
representação da realidade. O modelo não é a própria realidade, mas serve para explicar
suas propriedades. Por exemplo, o modelo atómico serve para representar o átomo, suas
propriedades e características, mas não é o próprio átomo.
Podem ser criados também outros símbolos e equações que representem os fatos
observados. Por exemplo, a combustão da parafina pode ser representada pela seguinte
equação química:
C23H48(s) + 35 O2(g) → 23 CO2(g) + 24 H2O(V)
parafina + gás oxigénio → dióxido de carbono + água

É importante salientar que este método não é rígido, outras etapas e métodos
podem ser incluídos. Além disso, pode repetir-se de forma contínua e indefinida,
levando à evolução das ciências.

fonte: https://manualdaquimica.uol.com.br/quimica-geral/metodo-cientifico.html

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