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037.02
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037
037.00
Plano Diretor e
Identidade Cultural em
Porto Alegre
(editorial)
Flávio Kiefer
037.01
Nove anos sem Burle
Marx
Ana Rosa de Oliveira
A maneira como os espaços são usados e lugares são retratados nos filmes
lhes dá significados que podem contribuir, intencionalmente ou não, para
a difusão de um conjunto de crenças e valores muitas vezes ligados a
estruturas de dominação cultural, política e econômica. É preciso,
portanto, tratar os discursos e representações sobre a cidade como
construções simbólicas que estão plenas de valores sociais e produzem
efeitos bastante concretos na forma da cidade e na vida de seus
habitantes.
O cinema veio atender uma necessidade presente desde meados do século XIX
e posteriormente intensificada de forma gradual no metropolitano: uma
espécie de voyeurismo cotidiano, da valorização do olhar e do instante e
da espetacularização da realidade. A centralidade do olhar, que vinha
consolidando-se desde o Renascimento, e a espetacularização do cotidiano,
que assume contornos mais nítidos no final do século XIX, popularizam-se
no gosto pelas caricaturas e faits divers na imprensa, pelos panoramas,
pelas exibições de variedades nos vaudevilles, pelas exposições
universais e pelos museus de cera.
notas
1
Este texto é um resumo da comunicação oral feita em 29 de maio de 2003 no X
Encontro Nacional da ANPUR. O artigo completo está em: NAME, Leonardo. O espaço
urbano entre a lente e a retina: imersão nos escritos sobre cinema e cidade.
Anais no X Encontro Nacional da ANPUR. ST 7.5, Temas emergentes. Belo
Horizonte, ANPUR, 2003 (cd-rom).
2
L’arrivée d`un train à la Ciotat, Auguste Lumière e Louis Lumière, França,
1895.
3
BRUNO, Giuliana. City views: the voyage of film images. In: CLARKE, David B.
(ed.). The cinematic city. London: Routledge, 1997, p. 46-51.
4
HOPKINS, Jeff. Mapping of cinematic places: icons, ideology and the power of
(mis)representation. In: AITKEN, Stuart C.; ZONN, Leo E. Place, power,
situation and spectacle. A geography of film. Lanham: Rowman & Littlefield
Publishers, 1994, p. 47-65.
5
Metropolis, Fritz Lang, Alemanha, 1927.
6
Blade runner, Ridley Scott, EUA, 1982.
7
The Truman Show, Peter Weir, EUA, 1998.
8
Sobre o assunto ver: NAME, Leonardo. O cinema e a cidade: simulação, vivência e
influência. http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq033/arq033_02.asp.
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