JORNAL DE GRANDE CIRCULAÇÃO NO SUL DO ONTÁRIO - O OBJECTIVO

PORTUGUESE CANADIAN NEWSPAPER

Segunda -Feira, 25 de Abril 2011 | Ano I N.º45 www.pcnewsnetwork.com *www.abcpcn.ca *www.abcpcn.com DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

“Compasso” de tradição
2 d e Maio
A á
Canad tos
o
vai a v
Faltam apenas 8 dias. A votação deveria ser uma “obrigação”
de todos nós. Págs 2 e 10

Um Jovem
Campeão

...andou por aí!

Já não é a primeira vez. Bem ao contrário. É já uma tradição entre nós. Diferente foi, talvez, o que se passou em Jack´s Bakery.
Um grupo de gente interessada foi à Rogers buscar a Cruz, acompanhada de um sacerdote. Depois entrou na padaria.
Noutros locais, o hábito já se enraizou em clubes como o Arsenal do Minho e a Casa das Beiras. Tentámos acompanhar tudo.
Chama-se
Christopher
Santos. Tem
18 anos. E A procissão,
alguns aquela
títulos. que sai
Pág. 9 da igrejinha
de São Francisco,

Amigos do Minho
na Grace,
entre a
College
e a Dundas,
decorreu na
sexta-feira.
Por entre uma
multidão
calculada
em algumas
dezenas
de milhar
de fiéis,
uns, e de simples
curiosos, outros.
Págs 6 e 7

Antes a Paixão e Morte

Um Grupo Folclórico, que está agora a dar cartas. Completou
um ano e fez festa de aniversário na Sociedade de Deficientes
Portugueses. Foi uma tarde-noite cheia de interesse. Pág. 5
 2 . Nossa Gente 25 de Abril 2011
Uma semana
para chegar Diga lá... Por: Carlo Miguel Cruz Gomes

a uma decisão Pedro Jorge - Nesta Edição do Jornal ABC, a pergunta para o semanal “Inquérito da rua” era simples. Como sabemos, chegou a Primavera,
e queríamos descobrir o que de novo costumam fazer, ou então o que esperam poder fazer nesta estação do ano.
Costa Baptista A respostas variaram mas a que falou mais alto foi... o trabalho.
Meus caros leitores, nesta semana tomei a pesada, mas livre, decisão de fa-
lar de política, e da suprema responsabilidade dos indivíduos de escolherem
e participarem no sistema que nos rege e governa.
No segundo dia do mês de Maio (dia 2), os cidadãos do Canadá vão ser umas compras especiais de épo-
chamados a escolher os seus representantes, a votarem, a participarem na ca. Nesta altura do ano costu-
vida política da sua comunidade, elegendo assim quem se irá sentar em Ot- ma ser chuvoso e acho que uma
tawa, no partido que uma vez com maioria (absoluta ou relativa) irá propor sombrinha vai estar mesmo na
ao governador geral um governo. MIGUEL OLIVEIRA - O meu pro- CARMEN GOMES -
minha lista de compras. jecto de Primavera é diário. É dia Na primavera gosto de arrumar a
Sobre isto muito poderei eu falar, mas não irei falar deste tema quando algo
na minha mente se vinca como mais relevante. Estou a falar dos candidatos RUI OLIVEIRA - Na Prima- após dia poder trabalhar, um dia de casa e arredores, fazer qualquer
na GTA que pertencem à nossa comunidade (de luso canadianos). Temos vera costumo trabalhar. Para cada vez, sem fazer planos muito compra que possa faltar, como rou-
3 e dividem-se pelos 2 principais partidos do Canadá, o partido liberal e o este ano, ainda não tenho out- elaborados mas sim concentrar-me pa, para poder estar propriamente
partido conservador. Atenção que estes 3 são os que eu conheço, mas são ros planos se não mesmo o no preciso momento. agasalhada para trabalhar.
de certeza aqueles que vivem em áreas onde mais luso canadianos vivem. trabalho, e vim para cá mesmo
Mas desde já quero esclarecer dois pontos. Primeiro ao apontar e querer só para isso. Estou contente de
falar de candidatos que são luso canadianos, não quero orientar os leitores poder ter a saúde para o fazer.
a votar só em pessoas que tenham sangue português – vocês devem votar
nos candidatos que acharem mais competentes; segundo, não quero orientar
ninguém para nenhum partido em especial.
Assim, gostava de convidar os meus leitores a conhecerem os seus candi-
datos, em especial os portugueses. Vão falar com eles, discutam com eles, DIANE LOPES - Gosto de fa-
troquem ideias com os mesmos para melhor tirarem as vossas conclusões. zer compras e na primavera é MARCIA MONTEIRO - Agora que MARIA AUSENDA - Na Primav-
Dos 3 candidatos dois são bem conhecidos da comunidade, pois os dois já igual. Vou comprar uns sapa- acabei de graduar, com este tempo era faço uma limpeza geral à casa,
serviram mandatos, um no governo provincial, onde já ocupou dois cargos tos em modo para a primavera, vou ter que comprar um guarda plantar tudo no quintal como por
de ministério, e um é já por alguns anos membro da house of communs, no um saquinho, uma camisola e, chuvas, umas galochas para andar exemplo alface, e outros vegetais.
parlamento federal. por agora, é só o que me vem à lá fora, plantar umas flores para no Agora é altura para aproveitarmos
Mas vamos ser mais específicos, as pessoas de quem falo são: Peter Fonseca cabeça. E quanto aos planos... verão ter um jardim todo lindo e a primavera e estes tempos bons e
KATHLEEN GOMES - cheio de flores. Eu gosto de ajudar
por Cooksville em Mississauga, Theresa Rodrigues por Davenport Toronto é trabalhar. esperar que as flores apareçam e as
Na Primavera, gosto de fazer nas jardinagem necessárias em casa
e Mário Silva pelo mesma zona. O candidato de Mississauga é apoiado pelo plantas comecem a verdejar. Nesta

Clubes e Associações
partido liberal, os de Toronto são a Theresa pelo partido conservador e o quando posso. altura do ano costumo comprar
Mário pelo partido liberal. flores para poder plantar.
Eu convido os leitores e todos os que podem votar, a conhecerem os vossos
candidatos antes de o fazerem. Não votem só porque um já tem o lugar, Envie-nos a sua lista de eventos semanais
pensando que o que irá para o lugar do outro não irá fazer melhor; essa linha AMOR DA PÁTRIA - Sábado, 30 anunciado na festa, com prémio e entretenimento com o conjunto TRE - Sábado, 7 de Maio: Festa
de pensamento tem um chão fraco. de Abril: Baile do Sócio na Casa para o primeiro lugar. Informações Tony Tabu. Sábado, 7 de Maio: Jan- do Dia da Mãe com Tony Silveira
Eu pertenço ao circulo eleitoral de Cooksville – Mississauga, mas isso não dos Açores (1136 College St.) com e reservas: Fernando Faria, 905-417 tar do Dia da Mãe e entretenimento Band.
me impediu de ir conhecer um dos outros candidatos, a Theresa Rodrigues, o conjunto Os Vadios, pelas 19h00. 9375, ou Valter Ferreira, 905 775 com o conjunto Starlight e o lança- SPORT CLUBE ANGRENSE - Sá-
ao seu jantar de campanha. E deixem-me dizer, fiquei mesmo muito im- Sábado, 14 de Maio: Baile da Mãe 0314. mento do seu novo CD. bado, 30 de Abril: Jantar e Baile do
pressionado, conheci uma boa pessoa que tem boas convicções e excelentes às 19h00. Contactar: 647-764-5868. CENTRO CULTURAL PORTU- FIRST PORTUGUESE - Sexta- Sócio com o DJ Kevin Smooth.
ASAS DO ATLÂNTICO - Sába- GUÊS DE MISSISSAUGA - Sá- -feira, 29 de Abril, Almoço Mensal; SPORTING C PORTUGUÊS - Sá-
ideias, naturalmente está cheia de vontade de trabalhar. Uma senhora com bado, 30 de Abril: Sopas do Dívino Sábado, 30 de Abril: Noite Tropical. bado, 7 de Maio, Baile do Dia da
do, 30 de Abril: Noite de Fados e
bons valores, preocupada com as pessoas, com a educação de jovens (e dos Chamarrita com jantar e música. Espírito Santo, com jantar às 20h00 GRACIOSA COMMUNITY CEN- Mãe com jantar e baile abrilhantado
universitários também), com os negócios locais da nossa comunidade e uma Contactar: 647-802-4818 ou 416- pelo conjunto Os Panteras.
pessoa honesta. 532-8154. Sábado, 14 de Maio:

SP RTING
A minha impressão não deve ser vista como parcial, uma vez que nem posso Baile dedicado ao Dia das Mães,
votar pela zona dela, os meus sentimentos foram exactos, o que senti foi a com jantar e entretenimento com o
presença de uma mulher que verdadeiramente quer dar a sua contribuição, conjunto Mexe-Mexe.
para e pelo bem da sua comunidade. ASSOCIAÇÃO CULTURAL 25
Mas as conclusões devem vocês tirá-las, irem um bocadinho de cada dia e DE ABRIL - Sábado, 30 de Abril:
37.º Aniversário da “Revolução dos
vão conhecê-los, vejam por vocês mesmos e tirem as vossas conclusões. Cravos”. Jantar e convívio a reali-
Direi o contacto dos três, para assim marcarem uma entrevista: Peter Fon- zar-se no Europa Catering (1407
seca 905 270 8000, Theresa Rodrigues 416 537 2601 e Mário Silva 416 Dundas St. West), com início às
654 4560. 19h00. Presença do Coronel de Ca-

Acompanhe
valaria Joaquim Correia Bernardo
Espero que os meus leitores sigam o meu conselho, conheçam os vossos e o Alferes-Miliciano de Cavalaria
candidatos, tomem uma decisão que seja coerente com o que compararam. Fernando Sottomayor. Actuação da

as nossas
Até para a semana. Banda Lira Nossa Senhora de Fáti-
ma da Igreja Santa Inês de Toronto,
Luso-Can Tuna, dueto por Miguel

festas!
Domingos e Victoria Fragomeni,
Roger Leal e Martins Mix Enter-
tainment. Contactar: 416-618-0931
ou 416-450-0014.
.
CASA DO ALENTEJO – Segunda-
-Feira, 25 de Abril, celebração da Não se arrependerá
Ficha técnica “Revolução dos Cravos, com jan-
Propriedade:
tar e celebração da efeméride, com
participação de Helder Pereira e
sua Banda, Luso-Can Tuna, Grupo
Matricule os seus filhos
Na ACADEMIA
ABC Portuguese Canadian Newspaper Ltd Coral e Instrumental “Melodias de
Director: sempre”. Passagem de vídeo alusi-
Fernando Cruz Gomes vo ao 25 de Abril. Reservas, pelo
Conselho Empresarial: Fernando Cruz Gomes, Presidente; Paulo
Fernando, Vice-Presidente; Carlo Miguel, Tesoureiro;
416 537 7766.

CASA DA MADEIRA – Sábado, 7

DE FUTEBOL
e Lara Ingrid, Secretária.
Redacção e Cronistas:
de Maio, a partir das 6 e 30, Dia das
Mães e Festa da Flor, Jantar espe-
cial e espectáculo com Marcelo Ne-
DO SPORTING
António Pedro Costa (Ponta Delgada), António dos Santos
ves. Exposição de flotres naturais e
plantas, a lembrar a Madeira. Todos
podem levar plantas. Reservas para
Todas as sextas-feiras, jantar
Vicente, Carlo Miguel, Cristina Alves (Lisboa), Custódio António
Barros, Edgar Quinquino (Hamilton), Fernando Cruz Gomes,
Luci, 416 795 7553 ou directamente
para o clube, 416 533 2401. seguido de Karaoke
com BLUE STAR... Venha jantar
Fernando Jorge, Guida Micael, Helder Freire (Lisboa), Humberto
Costa (Luanda), John Paz (Bradford), Lara Ingrid, Luis Esgáio, CENTRO CULTURAL PORTU-
GUÊS DE MISSISSAUGA – Sá-
Maria João Rafael (Lisboa), Pedro Jorge Costa Baptista, bado, dia 30 de Abril, tradicionais
Sérgio Alexandre, Sónia Catarina Micael.
Secretária de Redacção:
sopas do Divino Espirito Santo com
carne assada, arroz doce e rosqui-
lhas de massa. Música a cargo do
e aproveite para cantar...
Lara Ingrid Conjunto Tabu. Sábado, dia 7 de
Chefe Gráfico: Maio, Jantar do Dia da Mãe, com
o conjunto Starlight e o lançamento
Sábado, 7 de Maio, Baile do Dia da Mãe com
Telefones:
Sérgio Alexandre do seu novo CD. Faça a sua reserva
com antecedência, 905 286-1311. jantar e baile abrilhantado
416 995-9904 * 647 962-6568 * 416 828 6568.
PORTUGUESE CULTURAL
CLUB OF VAUGHAN – Sábado, pelo conjunto Os Panteras.
E-mail: admin@abcpcn.com 28 de Maio, 1.º Evento, no St David
director@abcpcn.com
Parish Hall, 2601 Major Mackenzie
Drive, jantar e actuação do Conjun-
1650 Dupont Street Toronto * Telefone (416) 763-1707
advertising@abcpcn.com to Jovem Império. Actuação dos
Ranchos Folclóricos. Está a ser fei-
725 College St. PO Box 31064 TORONTO ON M6G 1C0 to concurso para o desenho do logo
da colectividade. O vencedor será
 25 de Abril 2011
EDITORIAL
Para onde
caminha Portugal?
Não restam dúvidas. Apetece-nos, aqui mesmo, em secção nobre
deste Jornal, falar em... previsões. E a verdade é que, ao ver tudo
quanto se vai passando em Portugal, ao anotar o aproveitamento
que o “alquimista mor” vai tirando de uma cartola velha... há a
quase certeza de que o povo – o nosso bom povo, nós sabemos...
– não mudou. Sócrates vai ganhar. E o PSD, que teve a faca e o
queijo na mão... vai ficar, de novo, na apagada e vil tristeza de ser
Oposição... por muitos e bons tempos, já que o homem do leme
da parte do PS tem uma força de histrião – com desculpas para os
palhaços – que pede meças ao mais pintado...
Há, de facto, uma espécie de confraria “socretina” e há, também,
Helder Freire
Jornalista(Lisboa)
Eu sei que não podemos meter dez milhões de
chalupas no Júlio de Matos e no Miguel Bom-
barda. Mas, se não tivessem fechado este último
hospital, creio que, para uma primeira leva, a
coisa ainda dava.
Então não é que em plena crise, com o pessoal todo
(ou quase) em pânico, com raios e coriscos a pairar
sobre as nossas cabeças, os portugueses esgotaram
os hotéis do Algarve, os voos para o Brasil e Cabo
Verde e os charters para as Caraíbas, nesta quadra
pascal?
Está tudo cheio de dinheiro?
Quero antes acreditar que, ou é o canto do cisne, ou
está tudo com um parafuso a menos.
FMI? PFFFFF!!!!!
Se não vejamos: A rapaziada do FMI, mais os seus
parceiros do BCE e da UE, instalaram-se em Por-
tugal, porque nós os chamámos. Como a geração
à rasca, estávamos mesmo aflitinhos para pagar os
salários da Função Pública e satisfazer os credores
que estavam já a bater à porta.
Mal os homens chegaram, o Primeiro-Ministro
fez-se de desentendido e continuou entretido a ga-
rantir que, se não fosse a oposição, Portugal não
precisava de pedir o resgate da dívida. Mas, então,
porque é que se demitiu? Onde está o patriotismo e
o interesse nacional e o resto das frases feitas que
se debitam nestas circunstâncias? Sócrates deixou
o Ministro das Finanças com a criança nos braços
e lá foi inaugurar meia dúzia de metros de estrada,
com direito a rancho folclórico e tudo, como se es-
tivessemos na Wonderland.
E os partidos de protesto, o PCP, o Bloco e os Ver-
des, que malcriadamente nem quiseram falar com
os componentes da Troika? Então o País de que
eles fazem parte, pede dinheiro emprestado e eles
nem sequer dizem obrigado? Têm eles alguma so-
lução inovadora para a eminência da bancarrota?
Têm, dizem, a reestruturação da dívida; mas, como
para dançar o tango são precisos dois, também para
Se não vejamos…
a reestruturação da dívida, era preciso que os cre-
dores quisessem «dançar» segundo a nossa música.
E está visto que eles não querem. E se os homens
da Troika se aborrecessem de vez, com esta trupe
de malucos e se fosse embora?
Já sei o que iria acontecer: aquela metade do país
que viajou na Páscoa, provavelmente não regressa-
ria a este sítio mal frequentado. Ficaria pelos Bra-
sis e pelas Caraíbas, enquanto durassem os últimos
cêntimos e o crédito que ninguém tenciona pagar,
até ver se a coisa passava.
Enquanto isso, a Troika não faz ponte, nem feria-
do, nem sequer vai de férias. Fica cá a trabalhar.
Arrisca-se é a não ter ninguém com quem falar até
quarta-feira.
E depois? FMI? Pfff!!
como ainda agora dizia alguém, uma “choraminguice” pegada com
falta de rigor e conhecimento, por parte da Oposição. Quando as-
sim é, e porque ninguém quer dar o salto para a esquerda ou para a
direita, aí temos nós, de novo, mais do mesmo... para nos tornar a
vida quase insuportável.
Se pudéssemos, e tivéssemos conhecimentos profundos da matéria
(que não temos) éramos bem capazes de exorcizar certos banquei-
ros portugueses. Que estão a ajudar para que tudo fique como dan-
tes. Endividaram-se demais. Ficaram à rasca, como o povo diz. Pre-
cisam agora de dinheiro “fresco”. Não sabendo se tinham ou não
maneira de tornear a coisa, e de impedir que tudo se transformasse
em pântano... a verdade é que de 2000 a 2010, a dívida total líquida
do País aumentou 269 por cento. O Banco de Portugal mostra que
a dívida líquida do Estado cresceu “só” 122,6 por cento, ou seja,
menos de metade da dívida geral do país. E aí entra a dívida líquida
da banca e das empresas... que aumentou 629%. O que vem a dar
Esperança
“Optimismo é esperar pelo melhor, mas confiança é saber
lidar com o pior” dizia Roberto Simonsen, e acrescento que
a esperança está sempre cheia de confiança sobretudo nos
momentos como aqueles que atravessamos.
A crise económica que se vive em muitas partes do mundo e
que nos assola de forma assustadora, foi gerada não apenas
pelo excessivos e tresloucados gastos, quer na função públi-
ca, quer na vida privada de cada um de nós, mas numa con-
cepção materialista que se enraizou na nossa vida moderna.
O progresso e o desenvolvimento desenfreado, num ímpeto
de se possuir sempre mais, ganhando-se a ilusão que ter era
sinónimo de felicidade, resultou na ruína das economias de
mercado abertos, cujas virtualidades são bem melhores, se
forem devidamente controladas pelo Estado
Os momentos de crise são também momentos e oportunida-
des para o homem lutar e ter esperança não só numa conver-
são pessoal mas também numa conversão social. A esperança
leva-nos a descobrir oportunidades, onde a ciência e a socio-
logia vêem dificuldades insuperáveis.
A crise é também uma ocasião para nos lembrarmos dos
nossos amigos e vizinhos que estão em situação ainda mais
precária do que a nossa. Ainda me lembro da partilha cons-
tante de outros tempos, em que as pessoas estavam sempre
disponíveis para acudir aos que mais precisavam, pois todos
nós mais tarde ou mais cedo poderíamos passar por um mo-
mento de auxílio.
São Vicente de Paula afirmava que “só os pobres estão na
disposição de ajudar os pobres. E por isso, poderemos con-
cluir, que Deus permitiu os apuros do momento presente,
para que sejamos mais sensíveis e mais generosos com quem
Ainda dizem que a justiça é cega!
Assim como em qualquer país, muitos foram os processos
judiciais por resolver que têm vindo a manchar a imagem
de Portugal, a começar pela morte de Francisco Sá Carnei-
ro e do eterno mistério que a rodeia, à semelhança do que
também aconteceu com o desaparecimento de Madeleine
McCann e da outra miúda da Figueira da Foz. Tudo isto sem
esquecermos os casos Casa Pia, Portucale e os das Universi-
dades Independente e Moderna.
Mas não foi só, neste pequeno país à beira mar plantado tam-
bém já muito se falou de submarinos, principalmente da sua
compra; das escutas ao Primeiro-Ministro; do Futebol Clube
do Porto e do Sport Lisboa Benfica. Só a nível de corrupção
lembro-me de casos tão flagrantes como os ocorridos entre a
classe dos árbitros e dos autarcas (Fátima Felgueiras e Isalti-
no Morais são apenas dois dos exemplos mais conhecidos).
Então e os doentes infectados por acidente, e negligência de
Leonor Beleza, com o vírus da SIDA e aquele médico do
Hospital de Santa Maria suspeito de ter assassinado doentes
por negligência?!
Mas depois de todos estes “lapsos”, fez-se, finalmente, justi-
ça em Portugal. Após anos e anos a batalhar eis que surgem
os primeiros resultados. Pois é, a justiça portuguesa está de
parabéns porque finalmente foi multado um agricultor por
conduzir embriagado uma carroça puxada por um burra, na
EN 17, em Celorico da Beira. A multa, no valor de 450 eu-
ros, pode ser substituída por trabalho comunitário.
Neste caso, a juíza do Tribunal Judicial, que considerou
“muito grave” o crime pelo qual o agricultor ia acusado,
Material Editorial . 3
o bonito número... de cinco vezes mais do que a dívida externa
do Estado.
É por tudo isto que se diz já que grande parte dos 80 mil milhões
da ajuda a Portugal... será canalizada para a banca portuguesa.
Mesmo não embarcando no alarmismo inconsequente de certos
partidos da esquerda, são capazes de ter razão em muitos dos
seus ataques à actual direcção da Banca e aos que, no Governo, a
apoiam tenazmente.
Tudo visto – e só levantamos a ponta de véu, por não termos co-
nhecimentos para mais... – vamos continuar como até aqui a ter
mais do mesmo. Com um primeiro-ministro minoritário (valha-
-nos ao menos isso...) e uma oposição mais ou menos esfranga-
lhada. E nós, cá de longe, a fazer votos para que assim não seja...
mas a reconhecer que para lá caminhamos.
António Pedro Costa
Deputado Regional
dos Açores
sofre o açoite da pobreza”.
Por outro lado, no momento em que Portugal se vê cair no
abismo, fica irremediavelmente dependente da ajuda externa
e dos apoios da União Europeia e do FMI, numa interven-
ção cujas garras e tentáculos serão muitos agressivos para a
vida de todos nós. Urge, tal como no capitalismo selvagem,
controlar o absolutismo das agências de rating, que surgem
como formas agressivas de intervenção, num combate co-
mum das irracionalidades e crimes destes mercados finan-
ceiros sem rosto.
Infelizmente, Portugal é visto pelo mundo fora, como um
país comparável à fábula da cigarra, pois enquanto os por-
tugueses vivem à grande e à francesa, sem eira nem beira,
os seus parceiros da União trabalham afanosamente como as
laboriosas formigas para ter o sustento nos dias de invernia.
Temos que limpar esta má imagem, pelo esforço de cada um
em deixar de sonhar muito alto, de forma utópica e numa
quimera embalada por gastos supérfluos, absolutamente des-
necessários.
Por isso, nestes tempos difíceis, precisamos de lideranças
mobilizadoras, credíveis e inspiradoras, capazes de nos fazer
acreditar que o sacrifício vale a pena e que juntos nós con-
seguiremos ultrapassar a tempestade, num combate solidário
que não deixe ninguém para trás. A esperança é a última a
morrer, como diz o nosso povo e por isso, vamos vencer.
Cristina Alves
jornalista (Lisboa)
aconselhou-o a nunca pegar num veículo, seja ele a motor ou
de tracção animal, depois de ter bebido e condenou o homem
a uma pena de 90 dias de multa, à razão de cinco euros por
dia, por ter sido apanhado a conduzir o veículo de tracção
animal com uma taxa de alcoolemia de 2,85 g/l no sangue.
O valor mínimo da multa aplicada teve em conta a situa-
ção social do arguido, que trabalha e não vive com qualquer
subsidio do Governo, e o facto de este ser primário. Foi-lhe
ainda aplicada, como pena acessória, a inibição de conduzir
qualquer veículo motorizado por um período de sete meses.
A pena exclui a proibição do arguido guiar a carroça puxada
pela burra, o meio de transporte que mais utiliza, pese em-
bora ter licença, segundo o próprio, para conduzir tractores
e motociclos.
Até que enfim que a justiça foi célere.... e em tempo recorde!
Em oito dias este agricultor foi julgado e condenado. E ainda
dizem que os tribunais não trabalham bem...
Agora sim! Sinto-me mais segura!
 4 . Comunidades/Canadá 25 de Abril 2011

Royal LePage Supreme faz o Impossível...

Páscoa... para Crianças

Quisemos pôr este titulo porque simplesmente estivemos por la,
nesta já festa anual, e vimos com os nossos próprios olhos. Os
anos anteriores, sem tirar nenhum empenho, e esforço do passado,
não foram iguais. No Sábado, dia 23 de Abril, na “plaza” da Gal-
leria em Toronto localizada na Dufferin e Dupont mais concreta-
mente, o escritório de Royal LePage Supreme Realty levou a efeito
o Chamado “Easter for Kids 2011” (Páscoa para crianças 2011)
ABC já tinha anunciado como também outros órgãos de informa-
ção nomeadamente a CIRV Radio 88.9. Quem por lá passou com
os seus mais novos não ficou desapontado.

Ao entrar nas portas principais que ficam em frente a Dufferin, o

quiosque do Royal Lepage estava cheio de Agentes em toda volta,
a encher balões, empacotar chocolates para os mais novos, e a sor-
rir com as tradicionais boas vindas pascais para quem lá parava.
Depois de passar uns momentos com os simpáticos Agentes demos
uns passos até ao centro daquele pequena “plazza” que já viu tantos
Tivemos oportunidade de falar com Manny Andrade, Broker e
Proprietário do escritório, que na altura estava acompanhado por
uma das nossas estrelas mais brilhantes locais, Inês Henriques, que
se preparava para dar o salto ao palco e fazer vibrar ainda mais a
numerosa multidão que presenciava o o espetáculo. Humildemente
Manny disse-nos estar muito contente por o publico ter aderido ao
evento e quis sublinhar o esforço dos seus agentes e da sua equipa
em vez de falar de si propriamente.
Quando é assim... a equipa é que ganha, e enfim o cliente também.
Antes de sair do local onde fomos acompanhados também por um
dos nossos mais novos - o filho mais novo deste Repórter ABC
- tivemos tempo para assistir a um espetáculo de Magia propor-
cionado pelo Magico James Harrison. Ficamos ainda mais de boca
aberta. Para o ano la estaremos outra vez para acompanhar esta
grande iniciativa se DEUS Quiser. Carlo Miguel Cruz Gomes

Portugueses por lá passar através dos anos. No centro encontrava-

se um palco bastante grande com músicos a tocar. No momento
em que nos aproximamos... só vimos os mais novos a correr de um
lado para o outro sorridentes, e a brincarem com os balões feitos
por palhaços que por la também se encontravam. Aquele Centro
Conmercial parecia, de facto, outro.

Crianças ate os 14 anos de idade preenchiam o seu nome num sor-

teio para poder ter a sorte de ganhar 1 de 30 bicicletas novas tam-
bém oferecidas pelo escritório imobiliário.

A acompanhar
o dia-a-dia das comunidades
 25 de Abril 2011
Quem os viu nunca diria que tinham só um ano
Amigos do Minho
festejam mais um aniversário
Tudo começou há um ano e, desde já, começamos por dizer, logo
de inicio em vez de no fim do artigo, que gostaríamos de alertar a
quem lê o jornal ABC para as nossas intenções redactoriais em fa-
zer uma pequena entrevista com os responsáveis pela criação deste
rancho que começa a dar que falar um pouco por toda parte muito
em breve.
No Domingo, dia 24 de Abril, Dia de Pascoa 2011, celebrou-se no
Salão do Luso Canadian Charitable Society situado na 2295 St.
Clair Ave West, o primeiro aniversario do Rancho Folclórico Ami-
gos do Minho. Este Rancho jovem mas recheado de - se me derem
licença... - “Profissionais” de danças deste tipo completa agora o
seu primeiro ano de existência.
Esse Primeiro ano cheio de altos e baixos, como o próprio Presiden-
te declarava na sala, também deu para mostrar a apreciadores das
danças tradicionais do nosso pais, que O Rancho Amigos do Minho
veio para ficar e fazer história entre nós.
Para Octávio Barros, Presidente do Rancho, este dia marcava, pri-
meiro de tudo. “a Pascoa e as festas pascais, mas em teremos do
Primeiro Ano.
Em estilo.
Com muito
movimento
e a certeza
de que há
ainda muito
que se pode
esperar de
um Rancho
em progressão.
Rancho, uma data feita ao longo de 365 dias de esforço, empe-
nho, dedicação e de muito amor e carinho demonstrado por
todos os membros do Rancho.” Octávio Barros deixou escapar
que “para o futuro vêm aí umas boas surpresas para a nossa co-
munidade e planos talvez de umas festas maiores... quem sabe.”
Antes de sair do bonito salão, falamos ainda com José Monteiro
um dos responsáveis pela criação do Rancho que nos disse: “Isto
é uma alegria imensa, festejarmos o nosso primeiro ano. Nao
foi aqui no Canada que nós nos desenvolvemos no Folclore. Foi
mais propriamente em Portugal. Este bichinho que nasceu em
nós, no nosso país de origem... chamado Rancho, nós consegui-
mos transmitir às nossas filhas e aos nossos filhos e trouxemos
aqui para o Canada.”
Com a sala cheia, este rancho não desapontou quem por lá apareceu
para apreciar e celebrar. Quem os viu... certamente viu o espec-
táculo que esperavam. Para nós, que já sabíamos, já os tínhamos
visto umas vezes, não ficamos admirados com nada, e cá estaremos
se DEUS Quiser para os poderemos ver outras vezes no futuro.
Parabéns do Jornal ABC. - CMCG
Canadá/Comunidades . 5
25 de Abril
A Associação 25 de Abril – Núcleo Salgueiro Maia – vai
levar a efeito, como habitualmente, uma comemoração re-
lativa à “Revolução dos Cravos”. O encontro, com jantar-
-convívio, a comemorar o 37.º aniversário do 25 de Abril,
vai decorrer no sábado, dia 30 de Abril, pelas 19.30 h., no
salão do Europa Catering, no 1407 da Dundas Street West.
Presença do Coronel de Cavalaria Joaquim Correia Bernardo
e do Alferes-Miliciano de Cavalaria Fernando Sottomayor.
Actuação da Banda Lira Nossa Senhora de Fátima da Igre-
ja Santa Inês de Toronto, Luso-Can Tuna, dueto por Miguel
Domingos e Victoria Fragomeni, Roger Leal e Martins Mix
Entertainment.
Uma efeméride que vale a pena comemorar. E que marcou,
naturalmente, o nosso País de origem quando a Revolução
dos Cravos devolveu ao povo a liberdade e a paz.
Os interessados podem ainda obter mais informações com o
presidente do Executivo da Associação, Rogério Vieira, pelo
416-618-0931.
Mesa Redonda
com Charles Sousa
e Laura Albanese
Laura Albanese com Charles Sousa,
Mário do Couto, conselheira Frances Nunziata,
George Dereza, Alan Tonks, Happie Testa,
Carlos Sousa, Marilene Santos e Jose Eustaquio.
Na quarta-feira, 20 de Abril, a deputada Laura Albanese,
muito envolvida com temas relacionados com a Comunidade
Portuguesa e Charles Sousa, ministro do Trabalho, esteve em
mesa redonda informal, na Luso Charitable Canadian Soci-
ety.
Ao evento estiveram presentes vários membros da comu-
nidade local, proprietários de estabelecimentos comerciais e
vários políticos locais, como a vereadora Frances Nunziata,
Alan Tonks, Jose Eustaquio, da ACAPO, bem como a direc-
tora executiva da Sociedade, Marilene Santos.
Os representantes eleitos manifestaram-se, desde logo, mui-
to satisfeitos, por terem recebido indicações da parte de em-
presários locais e de líderes comunitários, num importante
número de temas locais e provinciais.
Saudaram, desde logo, a forma como tudo foi organizado,
designadamente para interesse do círculo eleitoral da York
South-Weston.
 6 . Crónica do tempo que passa 25 de Abril 2011
Na Igreja de Santa Helena “Ecce Homo” “vivido” nas ruas de Toronto Fernando Cruz Gomes

“Enterro Sexta-Feira Santa fez encher ruas

Do Senhor” de uma cidade cosmopolita

Domingo de Páscoa foi ontem.
Na sexta-feira santa, entretanto,
foi dia de oração e penitência,
nos hábitos cristãos que se per-
dem na memória dos tempos.
Entre nós, porém, foram vários
os cerimoniais. Não apenas nas
do a temática religiosa, é que
fomos salvos. No fundo, é essa
a temática geral.
Ninguém sabe... mas a tradição
veio também para cá. Trazida
– assim o acreditamos – pelos
primeiros imigrantes que vie-
Sexta-Feira Santa. Páginas da
História antes da vitória de
Cristo por sobre a Morte, que
é, afinal, o mote da Páscoa que
agora se viveu também. O Mun-
do inteiro, de lés a lés, lembra
o drama da Paixão e Morte de
Cristo. É apresentado aos fiéis
como o “Ecce Homo”, na pá-
gina dolorosa que antecede a
data da Ressureição. Mesmo
apresentado ao Povo, que será,
eventualmente, o continuador
de quantos, lá longe – no tempo
e no espaço – acompanharam o
Deus feito Homem até ao Calvá-
rio, pedindo para Ele a Morte de
Cruz. E o Povo, que na altura o
ajudou a crucificar, lembra, ago-
ra, com uma quase indiferença,

igrejas... mas também à volta ram dos Açores. O “Enterro do

Desejamos-lhe um PRÓSPERO ANO NOVO... com Saúde!

das igrejas, em procissões reli- Senhor”, na Igreja de Santa He-

giosas de muito significado para
os fiéis. A procissão do Enterro
do Senhor, na área adjacente à
igreja de Santa Helena, foi inte-
ressante de seguir.
O evangelista São João teria
sido aquele que mais de perto
teria vivido a Paixão de Cristo.
Segundo ele, da morte do Mes-
sias nascerá um povo novo, a
Igreja. Pela sua morte, e segun-
lena, tem muito de tradição, de
religiosidade e de fé. E ganha
particular redundância a presen-
ça dos Romeiros que, com as
suas orações-canção, parecem
dar o tom geral de meditação.
Muitos sacerdotes. Muitos fiéis.
A certeza de que as nossas tradi-
ções estão para ficar. Estão para
ser transmitidas, afinal, de pais
para filhos. E para perdurarem...

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 25 de Abril 2011
*O “Martírio do Senhor”
teatralizado em estilo
o drama que se abateu por so-
bre a Humanidade que ajudou
a dar a Morte ao Deus. Uma
indiferença que é bem capaz de
prolongar o martírio e dar mais
uma razão ao pedido de Cristo,
ainda no Gólgota, quando disse
ao Pai para perdoar àqueles que
não sabem o que fazem.
São cenas que se vivem. E se
repetem, afinal, todos os anos,
um pouco por todo o mundo,
onde a religião que tem em
Cristo o Mestre e o Fundador
filhou raízes.
A procissão, aquela que sai da
igrejinha de São Francisco,
na Grace, entre a College e a
Dundas – onde os Portugue-
ses se vão acantonando desde
há muito – decorreu na sexta-
-feira. Por entre uma multidão
calculada em algumas dezenas
de milhar de fiéis, uns, e de
simples curiosos, outros. Com o
tráfego a ser desviado das ruas
por onde a procissão passava.
E com muitos figurantes, numa
teatralização que chega a em-
polgar. Talvez que este ano com
menos gente. O frio agreste e o
vento cortanto são capazes de
ter afastado as pessoas. Mesmo
assim, a mensagem foi entendi-
da e passada.
O “Ecce Homo” – “Eis o Ho-
mem”, que a pusilanimidade
de Pilatos atirou para a Morte
– passeou as suas chagas pelas
ruas que delimitam o Templo.
E foi, mais uma vez, esbofete-
ado e massacrado, puseram-lhe,
novamente, a coroa de espinhos
e o manto de púrpura. Deram-
-lhe punhadas e obrigaram-no a
carregar a sua própria Cruz. Só
as orações e os cânticos religio-
sos impediram, talvez, de ver e
ouvir o drama dos dichotes da
ordem. Ele, o “Ecce Homo”, ali
teatralizado, foi passando. Em
várias “nuances” e em várias
temáticas.
Uma Procissão
bem sui generis
Os componentes desta procis-
são que se repete, ano após ano,
são diferentes de uma época
para outra. Portugueses e seus
descendentes, que organizam e
enformam outras procissões si-
milares, já não vão tanto por ali.
O sistema é o mesmo. Algumas
Bandas – designadamente a
nossa, da Lira de Nossa Senho-
ra de Fátima, da vizinha igreja
de Santa Inês – muitos pendões
religiosos e algumas imagens.
As mesmas orações. Os mes-
mos solilóquios de quem passa
ou vê passar. Só que o Povo é
mais multifacetado. Os de ori-
gem italiana, que na sua maio-
ria já ali não residem, vêm de
outras zonas da cidade para se
integrarem na procissão que
vem já de longe (no tempo).
Hoje, mais do que ontem, há
um pouco de tudo.
Das filas que passavam, havia
um ou outro acenar para a mul-
Crónica do tempo que passa . 7
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tidão dos curiosos da berma da
estrada. Não apenas dos políti-
cos e entidades – que compa-
receram, naturalmente – mas
de elementos pouco ou muito COM JUROS
conhecidos na área.
E mesmo quando o Cristo era DESDE 0.9
vergastado – que também o foi
– a cena era vista, tão sómen- QUEM GANHA
te, como uma peça de Teatro
que se vivia. E os políticos ou ÉS TU.
as entidades oficiais – que para
o caso é o mesmo – saudavam VENHA VER
também a multidão. Em estado
anímico diferente, até porque JUROS
assim foi desde sempre.
Muita gente ilustre INCRÍVEIS
Muita gente ilustre. A dar o seu
contributo a toda esta panóplia NOS MODELOS
de intenções e de preces. Vimos
muitos deputados federais e PREMIADOS.
provinciais. Vimos gente da Câ-
mara Municipal. Vimos, afinal,
a certeza de que o povo ilustre
da nossa praça já se rendeu –
está a render-se – à “força” do
Homem que, sendo Deus, se
deixou crucificar.
O mayor Rob Ford integrou-se
A SALA DE ESTAR QUE SEMPRE QUIS.
na procissão. E ali vimos, tam-
bém, entre outros, Allan Tonks,
que +e deputado liberal e está
a recandidatar-se. Decerto que
outros por ali passaram. Muitos,
muitos outros. Que o bloco de O NOVO ODYSSEY 2011 LX
repórter nem comportou, certos
como estamos de que o impor-
tante é mesmo a presença. In- TAMBÉM TEMOS MAIS DE 100 VEÍCULOS USADOS
tegrada no meio das multidões
que se foram formando. COM CERTIFICADO “HONDA”
Muitas preces lançadas aos
céus, durante a procissão. Ter-
Se teve ou tem problemas com o seu credito
ços rezados. Canções entoa-
das. Com gente de todas as
podemos ajudar.
condições. A área em que tudo
se desenrola já foi tipicamente
*Facilitamos na troca do seu carro usado Fernando Martins
italiana. E hoje, que já o não é, se pretende troca-lo por outro. sales and leasing consultant
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“sinais”. E este – da procissão
de Cristo, em dia de comemora-
ção da sua morte – deve ser dos Selling price and payment include freight/PDI, EHF tires and filters, A/C tax, and OMVIC fee, and exclude taxes. *# † Lease and finance offers are based on new 2011 Honda models. Lease examples based on new
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 8 . Comunidades 25 de Abril 2011

Arsenal do Minho tem nova Direcção

A Festa era de Páscoa. Designadamente para a tradição do Beijar
da Cruz. Serviu, ao mesmo tempo, para apresentar os novos Corpos
Gerentes do Arsenal do Minho.

O objectivo do novo elenco é, afinal, continuar o programa habitu-

al. Manter tudo o que se tem vindo a fazer e tentar ir até mais longe,
se possível. De resto, em conversa com a nossa reportagem, o novo
presidente João Azeredo disse-nos estar muito esperançado, desig-
nadamente, em alguns jovens que se juntaram ao elenco e que irão,
decerto, ser uma mais valia para a colectividade.

António Letra continua a presidir à Assembleia-Geral, com Bento

Silva e Frank Ferreira. O Conselho Fiscal é presidido por Abílio
Ribeiro, tendo como vice-presidente Diana Correia. O novo
elenco
A Direcção: Presidente, João Azeredo; vice-presidente, Manuel directivo
Moreira; 1.º secretário, João Costa; 2.º secretário, Mário José; te- do Arsenal
soureiros, João Novo e António Carvalho; vogais Manuel Gaspar do Minho.
Aqui os
Religião e fé saudamos.

A lei é a sombra Silva, Jorge Gonçalves, Manuel Silva, Joaquim Gomes, Fernando
Ramos, José Amorim e Kyle Gomes. Cultura e Recreio – Jorge
Jorge Gonçalves e Diana Correia.
As nossas saudações aos novos dirigentes, com votos de muitos
da graça Rev. João Duarte
Gonçalves e Manuel Silva: e Relações Públicas, António Letra, sucessos.

As Sagradas Escrituras do Velho Testamento são confusas

Mensagem do Embaixador e do Cônsul

Não a um “gueto linguístico”

para muitos, especialmente para aqueles que não nasceram de
novo e não têm o Espírito Santo para os iluminar e esclarecer
o significado das Sagradas Escrituras. Todavia, não podemos
ignorar, nem separar, nem interpretar o que lemos no Novo
Testamento sem estudar primeiro o que está no Velho Testamento. O embaixador de Portugal no Canadá e o cônsul português em “Não tenho a informação de que tal projeto exista. O que há atu-
O Velho Testamento é necessário para entender o que lemos Toronto insurgem-se contra a ideia de criação de uma escola es- almente é um grupo de trabalho criado e que por nossa sugestão
no Novo Testamento. Reparem que Cristo quando ensinava as pecial para alunos portugueses, advertindo que tal será um “gueto irá incluir a Coordenação do Ensino de Português [no Canadá], o
linguístico”. A agência Lusa refere-se à possível criação de uma qual irá avaliar a situação, ver o que está na origem do problema e
pessoas mencionava sempre as Sagradas Escrituras do Velho escola especial para alunos de origem portuguesa com o objetivo sugerir medidas que podem ser tomadas a médio prazo”, asseverou
Testamento. Também os escritores que escreveram o Novo de ajudar a combater a taxa de abandono escolar. Júlio Vilela.
Testamento estão sempre dizendo aos leitores que tudo aquilo
que eles estão escrevendo foi mencionado no Velho Testamento.
Como noticiámos em ABC, a ideia de uma escola para alunos de Eduardo Viana também não gosta
origem portuguesa surgiu após a divulgação do último relatório do Junto da comunidade portuguesa, o projeto recebe igualmente du-
TDSB, que enumera na lista das conclusões, e como parâmetro re- ras críticas.
Ora, neste fim da semana passada, mais de um bilião de pessoas incidente, que os alunos que “falam português, espanhol ou somali O mais antigo administrador escolar português no Canadá, Eduardo
celebraram a Paixão e a Resurreição do Senhor Jesus Cristo. Mas em casa” figuram entre os que certamente não terminarão os seus Viana, considerou que “não é uma boa ideia separar os alunos e vai
o que eu acho interessante é que centenas e milhares de anos, antes estudos secundários. prejudicar a imagem da comunidade portuguesa”.
de Jesus morrer e ressuscitar dos mortos, os profetas do Velho No período 2004-2009, segundo o relatório, só 66 por cento do total “Na nossa comissão escolar [Halton-Oakville] temos 30 mil estu-
de 103 alunos no 9.º ano que falam português concluíram o liceu. dantes, dos quais cerca de cinco mil de origem portuguesa e feliz-
Testamento foram usados por Deus para profetizar estes eventos Trata-se da segunda pior taxa de graduação da TDSB, a seguir aos
históricos do futuro na vida de Cristo, que para nós são coisas mente não temos portugueses com necessidades especiais de ensino
alunos falantes de somali (67,5%) e antes dos de espanhol (57,8%). por mau aproveitamento escolar”, disse.
que foram cumpridas há dois mil anos atrás, mas que para eles O embaixador de Portugal no Canadá, Pedro Moitinho de Almeida, “As notícias sobre esse estudo só têm o efeito de rotular todas as
eram sombras dos bens futuros. Reparem que o escritor da carta referiu que a mediatização de dados sobre o insucesso escolar de crianças de origem portuguesa, com a mensagem de que não vale
de Hebreus escreveu o seguinte: “Porque tendo a lei a sombra alunos de origem portuguesa originou “uma tentadora atribuição a pena investir nelas pois já se sabe que irão falhar. Esquece-se até
dos bens futuros, e não a imagem exacta das coisas, nunca, pelos de uma etiqueta de conotação negativa à comunidade (portuguesa) que elas são canadianas”, disse.
mesmos sacrifícios, que continuamente se oferecem, cada ano, em geral”.
poderá aperfeiçoar os que a eles se chegam.” (Hebreus 10:1). O embaixador frisou à Agência Lusa que “não é possível aferir com
rigor qual a verdadeira situação do abandono escolar de alunos de
origem portuguesa em Toronto, no Ontário ou no Canadá”, por não
Todos nós sabemos que a sombra só mostra algo acerca da existirem estudos com dados completos e aprofundados.
pessoa ou da coisa mas nunca nos poderá dar exactamente a Por seu lado, o cônsul português em Toronto, Júlio Vilela, embora
imagem daquilo que a pessoa ou a coisa realmente o é. Assim reconheça que possam existir problemas de desempenho escolar
são os rituais da lei que lemos no Velho Testamento. A pessoa por parte de alunos de origem portuguesa, salientou à Lusa que
que lê só o Velho Testamento e não tem o ensinamento do Novo “não é pela via de criação de um gueto linguístico que se melhora o
Testamento irá sempre ficar às escuras porque só vê sombras das desempenho escolar dos alunos. É pela via da integração”.
coisas espirituais futuras.
Familias separadas por causa Alergias e doencas são provocadas pelo pó, por pelos de animais,
ou por bacterias e fungos que permanecem no sistema...
Por isso o escritor de Hebreus foi guiado por Deus para
esclarecer que os rituais dos sacrificios dos animais que Moisés
da politica de Imigração
escreveu nos primeiros cinco livros do Velho Testamento eram Há pessoas que esperam até 14 A reunificação familiar é uma A SOLUÇÃO
sombras do sacrifício que Jesus um dia faria pela humanidade anos para se reunir com os seus das traves mestras do sistema de SERÁ CONTACTAR
(Hebreus 10:1-4). João Baptista descerniu este facto quando pais ou avós, por causa de um imigração canadiano, e todos os
apontou para Cristo e disse: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o
pecado do mundo” (João 1:29).
governo que diz apoiar as famí- incansáveis imigrantes que tra- Manuel ou Mike
lias. Não é justo e os eleitores balham para construir este país
devem tomar isto em considera- estão a enfrentar incríveis de- telf: (416) 536 3828
Igualmente, os rituais das três festas religiosas anuais do ção quando forem votar no dia moras para conseguirem trazer
Velho Testamento eram sombras dos bens futuros do concerto
(416) 537 4296
2 de Maio. os seus pais e avós, por causa da
da graça (Exodo 23:14-19). Uma dessas festas foi a páscoa que Esta situação é triste especial- política deste governo. É contra
Deus mandou a nação de Israel celebrar pela primeira vez na terra mente porque muitos pais e os valores da sociedade canadi- EUROPA DUCT CLEANING
do Egipto (Êxodo 12:1-28). Quando examinamos em detalhe a avós já não têm mais 14 anos. ana e nós canadianos de origem (Uma divisão de EUROPA HEATING & AIR CONDITIONING)
páscoa dos judeus observamos que ela é uma sombra da páscoa Esta nação constituída por imi- imigrante não devemos aceitar
que celebramos nos nossos dias. O castigo que Deus trouxe sobre grantes não devia deixar que isso. A minha mensagem hoje é Email - info@europaair.net
a terra do Egipto é uma sombra do julgamento final que Deus famílias estivessem separadas bem clara: Este assunto, directa europa@rogers.com
trarará no fim do mundo (Exodo 11:1,4-6,7; Mateus 25:41-46). A durante tanto tempo. O gov- ou indirectamente, afecta-nos a Webpage - www.europaair.net
vítima inocente, o cordeiro sem mancha, era um sombra profética erno do Harper diz que apoia todos. Na segunda feira vamos
de Cristo o Cordeiro perfeito de Deus (Exodo 12:3,5; João 1:29; I as famílias mas esse apoio não todos votar pelos candidatos
Coríntios 5:7). O sangue do cordeiro que protegeu os Israelitas do se estende às famílias dos imi- que apoiam a reunificação fa-
julgamento de Deus no Egipto é uma sombra profética do sangue grantes. miliar, e dar um pontapé aos
de Cristo que protegerá do julgamento final todos aqueles que O numero de visas para pais que já demonstraram que só
põem a sua fé em Cristo como o seu Salvador (Exodo 12:12:12- e avós em 2011 vai ser 33% querem dificultar essa aspira-
13; João 3:16-18; Romanos 8:33-34; Apocalipse 12:10-11). abaixo do numero que foi dado ção fundamental das famílias
um ano antes. Mais de 150 mil separadas.
Portanto, quem pôr a sua fé no poder do sangue de Cristo está pessoas estão à espera numa
protegido. O texto de I Coríntios 5:7 claramente explica isto ao lista a que apenas vao ser con- Peter Ferreira, Consultor de
dizer o seguinte: “...Cristo nossa páscoa, foi sacrificada por nós.” cedidas menos de 12 mil visas. Imigração e Trustee Escolar Deslocações a várias cidades do Ontário
 25 de Abril 2011 Comunidades . 9

Um Jovem Campeão... de Hóquei

Entre nós, fala-se muito em
Desporto... e, às vezes, pou-
co em Desporto entre nós. A
Ontario Federation Hockey
tem nos seus quadros um
campeão. Chama-se Chris-
topher Santos. Tem 18 anos.
E foi campeão, não apenas
uma vez... mas três vezes.
O Hóquei patinado é a sua
paixão. É do Mississauga
North Stars e entende que
vale a pena lutar pelos son-
hos de cada qual.
O Christopher sente-se feliz.
E recorda que tudo começou
com o seu próprio sonho.
Um sonho que foi levando
a sério... e que o alcandor-
ou aos lugares do pódio. É
número 12, Forward” e fez
o seu melhor...
A família... a família esteve
com ele. E recorda que foi o
pai, Peter Santos, que o em-
purrou, afinal, para a prática
do Desporto. O Hóquei foi
escolhido por ele. Na Escola
Michael Power St. Joseph,
de Etobicoke.
De resto, ele próprio diz que
o avô, o João Santos – que
todos conhecemos, desde há
muito – é um dos seus prin-
cipais “fans”. E quando as-
sim é...
A Federação do Ontario
de Hóquei já lhe conhece
o nome. E os feitos até. Os
feitos desportivos... que não
vão durar muito, porque o
tempo passou para ir para
o National Hockey League,
designadamente. Os anos?
Para um jovem de 18? –
Pois... mas é assim.
E fala no irmão... o Mathew...
agora com 16 anos e já ho-
quista de mérito...
Fala no irmão e nos colegas
de Escola. Alguns saudam-

no e vêem nele um exemplo
a seguir. Ainda lhe pergun-
támos o que é que se pas-
sava com as colegas da Es-
cola. Pois... pelos vistos, o
Hóquei passa-lhes ao lado.
Não ligam muito a isso.
No fim... deixa uma mensa-
gem interessante aos jovens
que acreditam nos seus son-
hos. Uma mensagem talvez
de modelo... que lutem, que
avancem... que concretizem
os sonhos.
E pronto. O jovem Chris-
topher Santos aí fica. De
corpo inteiro. De medalha
ao pescoço. E de orgulho no
coração.
E só temos pena de não ter,
nesta edição, nem mais tem-
pos nem mais espaço para
avançarmos mais. – FCG
 10 . Canadá 25 de Abril 2011

O Canadá à espera dos votos de hoje a 8 dias

Já não falta muito para as eleições de 2 de Maio. Fal-
tam apenas 8 dias. E o teor das campanhas, bem como
o muito que está em jogo, parecem dar a entender que o
povo eleitor tem de estar, de facto, atento. O primeiro-
-ministro Stephen Harper está a fazer campanha, aber-
tamente, para ter uma maioria. Durante o debate dos
líderes, foi isso que mais veio ao de cima.
esquece que, quando você não gosta de algo, como se
viu no Facebook, relativamente a uma jovem, expulsa-
-a da sua reunião.
Quando um veterano lhe quer fazer uma pergunta difí-
cil, você tem de ter a certeza que ele não entra no salão.
Que tipo de relação é essa?”
Coisas que se dizem em campanha...

O líder liberal Michael Ignatieff argumenta, por seu
lado, que Harper não pode ter uma maioria. “Você não
ganhou a maioria. A maioria é uma coisa que você
ganha quando ganha a confiança do povo”, acentuou,
dirigindo-se a Harper. “De resto, você nem merece a
maioria, por não respeitar as nossas instituições demo-
cráticas. Nem tão pouco a confiança do povo, que não
A Davenport em foco
*Teresa Rodrigues apresenta-se...
O círculo eleitoral da Davenport parece estar em foco. Pelo menos
entre a nossa gente. O Partido Conservador continua a apostar na
mesma candidata. Teresa Rodrigues está, mais uma vez, a concor-
rer. No dia 2 de Maio, os eleitores têm a sua escolha a fazer. De
resto, Teresa Rodrigues esteve, agora numa festa de angariação de
fundos, a que compareceram várias pessoas luso-canadianas.
Teresa Rodrigues entende que “estamos melhores”. Mais prepara-
dos. Decerto com elementos que conhece, entende a força política
dos Conservadores como mais uma força com que os eleitores po-
dem contar a 2 de Maio.
Com ela, na campanha em que está envolvida, Teresa Rodrigues
tem Ed Komarmcki, que é secretário parlamentar do Ministério dos
Recursos Humanos. Ambos entendem que a missão está ao alcance
do Partido Conservador.
Agora é mesmo só esperar. Porque o voto pode ditar tudo... nós, portugueses, que temos obrigação de o fazer. Quando se anali-
E Teresa Rodrigues diz o que espera da comunidade. zam os resultados eleitores... e vêem que nós não estamos lá... que
“Da comunidade portuguesa, o que eu espero é que a comunidade não participamos... não é bom para ninguém”.
vote. Até porque esta eleição vai ser extremamente importante, não Para 2 de Maio... os dados estão lançados. Há agora que escolher. E
só para a nossa comunidade, para toda a área da Davenport. E para escolher é, afinal, do foro íntimo de cada um...

Jack Layton Comentário Semanal

de Economia e Mercados
“cresce”nas últimas semanas – Semana de 18 a 22 de Abril de 11 Parceria ABC/Montepio

Michael Ignatieff tem reabil-
itado a sua imagem, durante a
campanha eleitoral, sendo agora
visto tão favoravelmente pelos
potenciais eleitores como o pri-
meiro-ministro Stephen Harper.
Uma nova pesquisa de opinião
sugere, no entanto, que os dois
políticos estão bastante àquém
do líder do NDP Jack Layton.
A pesquisa da Harris-Decima
indica que Ignatieff recuperou
a liderança nas avaliações fa-
voráveis. Tanto como tinha em
2009, quando assumiu a lider-
ança dos Liberais, e antes de um
“bombardeamento incessante
de anúncios de ataque conser-
vador”.
A sua liderança é agora vista
positivamente por 42 por cento
dos inquiridos - cinco pontos
ganhos numa semana - e nega-
tivamente por 50 por cento.
Os números são praticamente
idênticos aos de Harper, que
tem permanecido relativamente
inalterável: 43 por cento positi-
vos, 52 por cento negativos.
Layton tem sido o líder nacio-
nal mais popular e o seu desem-
penho nos debates televisivos
da semana passada parece ter
impulsionado a sua classifi-
cação favorável de 11 pontos.
O líder do NDP agora é visto
positivamente por 68 por cento,
negativamente, por apenas 26
por cento.
O líder do Bloc Quebecois,
Gilles Duceppe, permanece
popular no Quebec, onde 65
por cento têm uma opinião fa-
vorável e 29 por cento, um pa-
recer desfavorável.
O presidente da Harris-Decima,
Allan Gregg, disse, a propósito,
que as mudanças no desem-
penho dos líderes precedem,
frequentemente, uma mudança
nas intenções de voto.
“Até o momento, estas diferen-
ças não se tinham manifestado
de forma significativa na prefer-
ência do eleitor, mas, se isso
acontecer, podemos esperar
para ver essa corrida a transfor-
mar-se, ao longo dos dias que
faltam para a eleição”, disse.
A pesquisa também sugere que
Layton tem um desempenho
melhor do que o esperado em
campanha, enquanto o desem-
penho de Ignatieff foi recebido
com críticas mistas e Harper se
apresenta com um desempenho
em alguns casos considerado
como “decepcionante”.
Trinta e quatro por cento dis-
seram que Layton superou as
expectativas, 50 por cento en-
tendem que ele se portou como
era esperado e nove por cento
disseram que ele teve um des-
empenho pior que o esperado.
Para Ignatieff, 23 por cento dis-
seram que ele superou as expec-
tativas, 24 por cento disseram
que ele está abaixo das expec-
tativas, e 43 por cento disseram
que ele atingiu as expectativas.
Apenas 12 por cento disseram
que Harper superou as expec-
tativas, enquanto 19 por cento
disseram que ele esteve abaixo
das expectativas, e 62 por cento
disseram que ele fez o que era
esperado.
A pesquisa também sugere que
Ignatieff permanece o menos
conhecido dos principais lí-
deres dos partidos federais, com
pouco mais de um terço dos
entrevistados a dizer que não
conhecem bem o líder do Par-
tido Liberal. Por outro lado, 83
por cento disseram que conhe-
cem Harper muito ou um pouco
assim-assim, e 74 por cento dis-
seram o mesmo de Layton.
Economia Americana
A história do Imobiliário americano continua, de certa forma, a repetir-se, mês após mês. O elevado
número de Execuções Hipotecárias pressiona em baixo os Preços das Casas, ganhando um peso cres-
cente no total das transacções e constituindo um importante óbice para o segmento de Casas Novas,
desincentivando as novas construções. Com efeito, apesar da subida mensal dos Fogos Iniciados,
estes permanecem muito mais perto dos mínimos do que da média histórica.
Além disso, a própria descida dos Preços, quando se consubstancia na formação de expectativas de
quedas adicionais no futuro, provoca, tipicamente, um adiamento das decisões de compra, que, por
sua vez, pode, também, desencadear novas descidas dos Preços, nomeadamente quando, do lado
vendedor, estão, tipicamente, instituições que apenas querem recuperar o valor de uma hipoteca em
incumprimento. A solução para os problemas do Imobiliário passa, assim, pelo estancar das Execu-
ções Hipotecarias, as quais dependem, decisivamente, dos próprios desenvolvimentos ao nível do
Mercado Laboral.
A revitalização do Mercado de Crédito é, também, da máxima importância e está, obviamente, al-
tamente dependente quer da recuperação do Mercado Laboral (os bancos não vão querer conceder
crédito enquanto permanecer elevado o risco do mutuário cair numa situação de desemprego), quer
da própria redução do incumprimento, uma vez que os fundos, em vez de serem aplicados em novos
créditos, acabam por ser utilizados para constituir provisões para crédito em incumprimento.
A solução do problema do Imobiliário tem, também, importantes efeitos do ponto de vista macroeco-
nómico. A Grande Recessão teve a sua génese exactamente no Imobiliário e teve como uma das suas
consequências o aumento da importância do Estado na economia americana. Veja-se que, antes da
recessão, os Gastos Públicos (Consumo e Investimento) representavam cerca de 18.5% do PIB, en-
quanto, no final da Recessão, já representava 20%. Ao mesmo tempo, o Défice Orçamental dos EUA
passou de 2.7%, em 2007, para 12.7%, em 2009. Ou seja, não é preciso ser um fervoroso keynesiano
para perceber que, se não fosse o Estado, quer por via do funcionamento dos estabilizadores automá-
ticos, quer através de medidas discricionárias de combate à crise, certamente que a Grande Recessão
poderia ter sido ainda muito mais profunda (provavelmente teríamos tido uma 2ª Grande Depressão),
sendo que grande parte dessa profundidade se deveria, justamente, ao colapso do Imobiliário (quer
o Residencial, quer o Não-Residencial), que, no auge do boom Imobiliário, chegou a ter um peso no
PIB americano de quase o dobro do que tem actualmente.
É óbvio que esta revitalização do Imobiliário é de extrema importância também ao nível da própria
recuperação do Mercado Laboral – parece que estamos aqui com uma “pescadinha de rabo na boca”
–, já que o Emprego neste segmento, não só foi o mais atingido durante a Recessão, como, também,
não dá mostra de ter iniciado uma trajectória ascendente. Refira-se que, em termos das próprias Fi-
nanças Públicas (que começam a estar na mira das agências de rating), a recuperação do Imobiliário é
de uma importância capital, já que se trata de um sector que está associado a muitas receitas públicas,
nomeadamente ao nível do licenciamento, mas, também, uma maior cobrança em sede de impostos
directos, sendo que a própria Segurança Social viria os seus cofres mais aliviados.
.
Rui Bernardes Serra (RBSerra@Montepio.pt)
José Miguel Moreira (JoseMoreira@Montepio.pt)
 25 de Abril 2011 Comunidades . 11

Uma Escola de “craques” Fernando Cruz Gomes/Carlo Miguel C Gomes

na Academia Peniche-Belenenses
*As inscrições estão em curso
No mundo do Desporto, especialmente do Futebol, sempre o
Peniche Community Club of Toronto esteve em bom plano. Nos
seus primeiros anos de actividade... era mesmo o clube de origem
portuguesa que mais títulos conseguia. Há por aí muitos que se
lembram de ter vestido a camisola do Peniche. E de ter vencido
a ser profissionais, se tiverem possibilidades de ir para
Belém... o Belenenses está, agora, com uma parceria com uma
Universidade de Lisboa, onde os atletas podem ficar até com
alojamento e habitação, estudar na Universidade, em Lisboa, e
praticar Futebol no Belenenses”.
Entusiasmo a rodos
Há dias, estivemos na colectividade do 1264 da College Street. E,
pelos vistos, há por ali, entusiasmo pela fase seguinte da actividade. ali um campo de uma Escola, perto da Alliance, um outro na
E espera o melhor... como nos dizem o presidente e o vice- Caledonia ao sul da Eglinton, temos a Oakwood Colegiate,
presidente, respectivamente, Luis Filipe e João Freixo. estamos a estudar a hipótese do West Toronto... e estamos em
Onde é que os meninos treinam? É pergunta que vamos deixando boas negociações com o Sporting (falei já com o sr. Pires) a
cair. João Freixo, vice-presidente da colectividade, tem uma propósito do estádio da Brock, que podemos ter o campo para
palavra a dizer... “Actualmente, temos uns 6 pavilhões, ginásios, usar durante o Verão, durante o dia...”
com contractos que vão de um para o outro ano”. O que, em A inscrição já começou para meninos dos 6 aos 10 anos e, para
termos de Inverno, é óptimo. No Verão, entretanto, e segundo Luis equipas competitivas, dos 10 aos 18 anos. Daqui a uns tempos...
Filipe, há já vários contactos que estamos a estabelecer. “Temos temos verdadeiros craques.

vários torneios. E isso, que serve de reminiscências salutares... dá a

ideia de que os mais novos podem fazer o mesmo.

Desporto... Desporto é também treino. É competição. É, afinal,

aproveitar a força anímica dos mais jovens e dar-lhe um bom
conceito de vida. O Peniche Community Club está agora a avançar
com a sua Academia de Futebol, em parceria com o Clube Os
Belenenses de Portugal. Uma Academia que estará ainda talvez em
fase embrionária... mas que parece prometer um Verão diferente.

Uma boa Academia

Para Luis Filipe, o actual presidente da colectividade, “o Peniche
está actualmente a arranjar boas condições para ter uma boa
Academia”. Pensa que “ter uma boa Academia é ter sítios
próprios para as crianças treinarem e as contas que os pais
pagam... esse dinheiro deve ser usado para eles próprios e não
para outros fundos...”
É um clube que, ao longo dos anos, foi ganhando títulos. Que
continua, afinal, integrado nas associações locais de futebol. E que
quer, afinal, continuar, não parando no tempo. E quando se fala em
Academia de Futebol... há coisas, decerto, a oferecer. Luis Filipe, o
presidente da colectividade, diz-nos algumas. “Podemos afirmar
aos pais que aquelas horas em que os filhos estão connosco...
vão aprender a ter respeito, a cumprir certos horários... tudo
isso faz parte da educação de uma criança”.
De resto, “se algum dia, algumas dessas crianças venham

Borges em BBQ
29 anos de uma iniciativa
já popular
No domingo, 29 de Maio, a partir da 1 hora da tarde, Borges Foods
leva a efeito o que, todos os anos, vai sendo habitual. Um popular
BBQ, na sua sede – 1831 Mattawa Av., em Mississauga – junta
como habitualmente vários milhares de pessoas. E este ano, a festa
promete. Vão passar por ali, vários Ranchos Folclóricos, como Es-
trelas do Norte, Nazaré, Arsenal do Minho, designadamente com o
seu grupo de concertinas sempre do agrado da nossa gente.
Entre os artistas – que vão ser apresentados por Carlos Firmino e
Sónia Silva – Porfírio Ribeiro, Carlos Martins, Manuel Augusto,
Ricardo Cidades, Cláudia Pereira e Jordan Pereira.
Os donativos angariados durante o BBQ revertem para o Princess
Margaret Hospital, para “The Ride To Conquer Cancer”, uma ini-
ciativa que vale a pena enaltecer.

Há familias inteiras que passam por lá, e este ano – na 29.ª edi-
ção – decerto que o objectivo vai repetir-se. Muita gente. Muito
entusiasmo.
 12 . Desporto
FC Porto vence na Luz
e apura-se para a final da Taça
Mais uma demonstração de classe e raça do FC Porto. Mexeram no
destino os dragões. Anularam a desvantagem da primeira mão (0-2)
e foram à Luz vencer, por 3-1. E a final da Taça de Portugal à vista.
Três golos em 11 minutos, 61, 63 e 74 - Cardozo, aos 79 minutos,
de penalty, ainda deu uma restia de
esperança às águias - , garantiram ao
FC Porto, o novo campeão nacional,
a presença no Estádio Nacional, onde
os dragões vão, agora, defrontar o Vi-
tória de Guimarães.
Adeptos dos «Dragões» festejam vi-
tória nas ruas do Porto
Várias dezenas de adeptos foram para
a ruas do Porto festejar a vitória sobre
o Benfica e o apuramento para a final
da Taça de Portugal.
Embora não tivesse a dimensão dos festejos, após a vitória na Luz
para o campeonato, dezenas de adeptos foram para a Praça da Li-
berdade e Avenida dos Aliados festejar o resultado dos «dragões».
Jorge Jesus reconhece
mérito do Porto
Eis a análise de Jorge Jesus:
«Na segunda parte, perdemos
alguns posicionamentos, baixa-
mos as nossas linhas e FC Porto
soube aproveitá-las bem. O se-
gundo golo deu maior capaci-
dade emocional ao FC Porto e,
aí, tivemos dificuldades. Apesar
das alterações que fizemos, ti-
veram mérito», destaca Jorge
Jesus, admitindo o óbvio: «Tí-
nhamos três taças para conquis-
tar. Neste momento, estamos
vivos em duas competições.
Resta-nos olhar para a frente.
Quando os jogadores ganham, a
vitória é deles, quando perdem,
a derrota é do treinador.»
E será que Jorge Jesus sente o
lugar em perigo depois do de-
saire na Luz?
«As opções são sempre mi-
nhas, haja o que houver, corra
bem ou mal o jogo... As nossas
prioridades eram o campeonato
25 de Abril 2011
e a Taça. Estivemos perto de
vencer ambos. Assumimos esse
fracasso. Foi uma noite que nos
deixou desmoralizados», acres-
centa, completando, já focaliza-
do na final da Taça da Liga:
«No sábado temos uma final.
Emocionalmente não vai ser fá-
cil recuperar os jogadores, mas,
não temos alternativa. Vamos
entrar para ganhar, obviamen-
te.»
Pinto da Costa feliz
O presidente do FC Porto, Pin-
to da Costa, defendeu que a
«superioridade» da sua equipa
perante o eterno rival, após ter
eliminado o Benfica, na Luz, da
Taça de Portugal.
«Só quem não quiser é que
não aceita a superioridade do
FC Porto. Foi a quarta vitória
categórica frente ao Benfica.
A nossa equipa bateu-se até à
exaustão. Vamos deixar os ou-
tros a serem uma super equipa
e nós vamos continuar a fazer o
nosso trabalho», afirmou Pinto
da Costa.
 25 de Abril 2011 Desporto . 13
Moreira o salvador de Jesus
Sofrido - Benfica conquista Taça da Liga
Franco Jara e Javi García, autores de mais de metade dos 13 go-
los do Benfica nesta competição, garantiram a conquista da terceira
Taça da Liga consecutiva, mas foi o guarda-redes Moreira o herói
improvável de uma final que o Paços de Ferreira merecia levar às
grandes penalidades e que terminou com os adeptos da equipa e do
treinador vencedores a assobiá-los estridentemente pela péssima se-
gunda parte. João Querido Manha e Nuno Madureira comentaram,
assim, no “Correio da Manhã”.

Um remate de Saviola ao poste logo a abrir o jogo e um golo no

segundo remate serenaram o Benfica, que ultrapassou sem ansie-
dade a fase melhor do Paços de Ferreira na primeira meia hora,
resistindo mesmo nas mãos de Moreira à provação mais exigente de
um penálti, mal cobrado por Manuel José.
Nervosa e com mau tempo de entrada sobre a bola, a equipa pacense
não conseguiu dar uma resposta bem estruturada no contra-ataque, gunda vez antes do intervalo, na sequência de um livre, com as Pedro Proença em jogo fácil: assinalou um penálti ridículo a Maxi
apesar da disponibilidade de Maykon para chegar à frente. Mais torres Luisão e García a imporem-se no centro da área nortenha e o Pereira e depois fez que não viu outro bem evidente de Cohene
coeso no meio-campo com Aimar e Martins, o Benfica limitou-se espanhol a marcar pelo quarto jogo consecutivo nesta competição. sobre Saviola.
a aproveitar os erros contrários e ainda conseguiu marcar pela se- Quando tudo parecia resolvido, um erro de Luisão reduziu a dife- BENFICA: MOREIRA CONTRA A TRAGÉDIA - Moreira - A

BORGES
rença para o mínimo e o Benfica acusou seriamente o golpe, sub-
metendo-se então a vinte minutos de grande pressão, com Moreira
a resolver duas ou três situações complicadas, salvando a equipa e
o treinador.
Jorge Jesus foi obrigado a fortalecer o meio-campo, ouvindo asso-
FOODS APRESENTA bios ao retirar Saviola, e o Paços de Ferreira não voltou a incomo-
dar depois da entrada de Airton. Com César Peixoto atrás de Fábio
Coentrão, também recuperou profundidade e chegou a criar uma
ocasião, desperdiçada por Cardozo.
II DIVISÃO POSITIVO: MOREIRA SALVA - Grande regresso à baliza mal-
dita, defendendo um penálti e mais um punhado de remates na se-
gunda parte, aguentando a vantagem magra.
Série Centro, 29.ª jornada, resultados: NEGATIVO:SOBRE BRASAS - O autogolo de Luisão e a falta de
Aliados Lordelo - União da Serra, 1-1 convicção de Cardozo no momento do remate foram sintomas do
Sporting de Espinho – Tondela, 1-2 nervosismo e da falta de confiança do Benfica.
Cesarense – Tourizense, 3-3 ARBITRAGEM: INEXPLICÁVEL - Dois erros inexplicáveis de
Pampilhosa – Anadia, 3-1
figura da noite, pelo penálti defendido e por mais três defesas deci-
sivas na fase da tremideira.
PAÇOS DE FERREIRA: MANUEL JOSÉ NO BOM E NO MAU -
Manuel José - Um dos melhores, apesar do penálti falhado. Esteve
em quase todos os lances de perigo.
SURPRESA FOI ESTRELA DA FINAL - Moreira foi a grande sur-
presa de Jorge Jesus no onze de ontem e acabou por ser decisivo
na conquista de mais um título ao defender a grande penalidade de
Manuel José. Especialista em defender castigos máximos, o guarda-
redes tem sido a terceira escolha do técnico encarnado nesta tempo-
rada. “Foi muito bom vencer após um momento difícil, fiz o meu
trabalho, mas toda a equipa está de parabéns”, disse o guardião,
eleito o melhor jogador da final. Antes desta partida, Moreira tinha
realizado quatro jogos (três na Taça da Liga e um na Liga). Aos 29
anos, o guarda-redes vai para a décima primeira época de águia ao
peito e tem contrato com o Benfica até 2014.

PENICHE
Esmoriz – Boavista, 0-1
Eléctrico – Pombal, 0-1 «É o primeiro
Padroense – Sertanense, 3-0
Gondomar – Coimbrões, 5-1 título da
Série Norte, 29.ª jornada, resultados:
União da Madeira – Andorinha, 1-0 temporada»
Fafe – Camacha, 3-1
Merelinense - Marítimo B, 2-2
Tirsense - Macedo Cavaleiros, 0-0 – Jorge Jesus Community Club of Toronto
Oliveirense – Caniçal, 2-1
Bragança – Vizela, 1-1
Ribeirão – Lousada, 3-0
Pontassolense - Desportivo de Chaves, 1-4 Academia
PENICHE-OS BELENENSES
Série Sul, 29.ª jornada, resultados:
Real – Praiense, 1-2
Madalena - Juventude de Évora, 1-0
Louletano – Oriental, 2-3
Atlético de Reguengos – Torreense, 1-1 Registo para o VERÃO 2011
Mafra – Farense, 6-0
Casa Pia – Operário, 1-1
Atlético – Lagoa, 3-0
Carregado – Pinhalnovense, 0-2 Inscreva os seus filhos
I DIVISÃO na Academia
Com idades entre
Próxima Jornada os 6 e os 10 anos
Equipas competitivas
O treinador encarnado enal-
teceu a vitória na final da
Com idades entre
Taça da Liga frente a um os 10 e os 18 anos.
Paços de Ferreira (2-1) com-
plicado. Jorge Jesus realçou
que é o primeiro troféu da
temporada e é «importantís-
simo» para o Benfica.
Registo no Peniche
«Foi um bom Benfica en- Community Club of Toronto
quanto capacidade física e
dentro daquilo que tem feito. 1264 College St. Toronto
O Paços de Ferreira é uma
equipa difícil e mesmo quan- Informações: 416 536-7063
do estava a perder por 2-0»,
afirmou Jorge Jesus. Email: penichecctoronto@rogers.com
O treinador alertou que os
jogadores estão algo cansa-
dos: «A equipa praticamente
FABRICANTES DE ENCHIDOS não teve tempo para recupe-
PARA TODO O CANADÁ rar e as pessoas viram isso.
1831 Mattawa Ave., Mississauga Felizmente vencemos e este
www.borgesfoods.com
troféu é importantíssimo.

905 277 0677 É o primeiro título da tem-

porada, tal como foi na épo-
SEMPRE À SUA MESA ca passada. Agora, temos a

BORGES Liga Europa e é preciso re-

cuperar estar equipa a nível
psicológico e físico».
 14 . Comunidades
Top Choice Magazine
Num patamar diferente... para ir mais longe
Não é todos os dias que uma
nova revista é apresentada à
comunidade, mas na terça-feira
foi isso que aconteceu no esta-
belecimento Vinsanto na cidade
de Vaughan. Bem... explique-
mos, desde já, que em parte
não se trata de uma “nova” re-
vista mas sim da apresentação
de uma nova edição da revista
Top Choice. TOP CHOICE
MAGAZINE... Num patamar
diferente.
Há vários anos conhecida e co-
meçada no seio da comunidade
Portuguesa, a Top Choice foi
crescendo, foi-se desenvolven-
do, e metamorfoseou-se para
algo novo e virado, não só para
a comunidade Luso Canadiana,
mas sim para a comunidade
maior, para a comunidade Ca-
nadiana em geral.
Na terça-feira, quando o Repór-
ter ABC chegou ao local esco-
lhido para apresentação da nova
edição do Top Choice Magazi-
ne, encontrámos pessoas de ori-
gem Italiana, Polaca, falámos
com um senhor da Nova Islân-
dia. Resumindo... Portugueses
eram uma raridade no local. A
Top Choice tinha atingido um
patamar diferente, servia e era
aceite agora pela comunidade
Canadiana em geral. O que,
francamente, foi bonito de ver.
O leitão... não faltou
Depois de mais uns quantos
apertos de mãos e conversas
com alguma das muitas pessoas
que iam chegando, finalmente
num canto do restaurante Vin-
santo... cheirámos algo conhe-
cido... era leitão. Quem o pre-
parava era também conhecido,
e era Português! Rui Gomes,
proprietário de Talho e Salsi-
charia Rui Gomes, estava lá
com a filha Stephanie, vestido
a rigor a cortar Leitão e a dar a
provar aos que gostassem uma
das delicias da culinária Portu-
guesa. “É um enorme prazer
estar aqui com Top Choice. Isto
significa não só mais um even-
to, mas sim como um evento
que dá a oportunidade para eu
mostrar a outras comunidades
neste Pais o que nós, Portugue-
ses, temos de bom.” Era Rui
Gomes a dizer, com a sua filha
Stephanie ao lado concordar.
Tivemos oportunidade de falar
com Sandy Caetano que traba-
lha na equipa de Top Choice
Magazine e que é uma analis-
ta de variados negócios e es-
tabelecimentos e que também
escreve para a revista. Disse-
-nos que “tudo isto só podia
ser visto como positivo, pois
a Top Choice proporcionava
oportunidades a pessoas em
diferentes comunidades no
Canada de poder expôr os
seus produtos e dar a conhe-
cer a outros”.
Antes de sair, ainda tivemos
oportunidade de falar com Da-
vid Silvestre e Mónica Couto,
proprietários da revista Top
Choice, ao mesmo tempo que
são Administradores dos já fa-
mosos Prémios “Top Choice
Awards”. Disseram-nos ser
25 de Abril 2011
“tudo aquilo o resultado de
um esforço muito grande, que
começou com uma iniciativa
que tivemos há sensivelmente
seis anos que começou na co-
munidade Portuguesa e depois
se desenvolveu na Top Choice
Media Group que, devido ao
bom trabalho feito, trabalho de
equipa, teve acesso á comuni-
dade Canadiana de Toronto e
arredores e por causa de aceita- felizes por tudo isto e esta acei- mais sobre Top Choice Media
ção geral, hoje já tem represen- tação”. Group ou querer votar em al-
tantes em Calgary, Vancouver e Ao David e a Mónica só nos gum negocio seja ele uma pei-
Winnipeg. É uma equipa que resta desejar prosperidade e xaria, um restaurante, um jornal
tem como base tentar ajudar ne- continuidade de saúde e paz. comunitário ou A-B ou C (sem
gócios médios a serem maiores, Os nossos parabéns para todo querer sugerir influencia exter-
equipa do Top Choice Maga- na) podem fazê-lo através da
e os maiores a serem reconhe-
cidos. Estamos aos poucos a zine. Para quem lê este artigo Internet ao clicar www.topchoi-
e estiver interessado em saber ceawards.com. CMCG-ABC
conseguir isso, e hoje estamos
 25 de Abril 2011
No 37.º aniversário do “25 de Abril”
Quatro presidentes juntos contra a crise
Não há memória de os três ex-chefes do Estado e do actual Presidente da
República falarem ao País no mesmo púlpito e na mesma ocasião. Será hoje,
segunda-feira, a partir do 12h00 no Palácio de Belém.
As comemorações do 37º aniversário do 25 de Abril de 1974 levaram Ca-
vaco Silva a chamar Ramalho Eanes, Mário Soares e Jorge Sampaio, num
momento em que uma missão conjunta do Banco Central Europeu, Fundo
Monetário Europeu e Comissão Europeia avalia o pedido de ajuda externa
financeira e há eleições a 5 de Junho.
Cavaco quebra hoje o seu silêncio, em intervenções públicas, sobre a situ-
ação do País. O Chefe do Estado tem sido alvo de várias críticas por só se
Portugal . 15
pronunciar sobre os desafios do País no Facebook. A última mensagem é de
19 de Abril. O Presidente apelou, então, à continuidade do projecto de uma
Europa unida, sem “egoísmos nacionais”. Soares já sustentou que Cavaco
Silva deveria ser mais interventivo e sublinhou, em entrevista ao ‘i’, que o
Facebook não compensa o desejo popular de o ouvir. Há um ano, Cavaco
Silva alertou para dúvidas quanto ao futuro do País, nomeadamente as de-
sigualdades sociais.
JOSÉ SÓCRATES, PASSOS E PORTAS CONVIDADOS
O primeiro-ministro, José Sócrates, várias instâncias do Estado, os líderes
do PSD e do CDS-PP, Pedro Passos Coelho e Paulo Portas, representantes

Reformas milionárias duplicam

nos primeiros cinco meses do ano
Há cada vez mais portugueses a reformarem-se e com pensões 41 euros por pensão este ano face aos cinco primeiros meses de dos partidos com assento parlamentar, além de entidades ligadas ao 25 de
mais altas. Segundo os dados da Caixa Geral de Aposentações 2010. Abril integram a lista de convidados para a cerimónia do aniversário da
(CGA), as reformas milionárias quase que duplicaram. Entre Janei- ‘Revolução dos Cravos’ no Palácio de Belém. Cavaco Silva irá agraciar
ro e Maio de 2011 (a CGA já divulgou as listas do próximo mês), Ainda de acordo com os dados da Caixa Geral de Aposentações, ainda sete personalidades, entre elas, o antigo presidente da Assembleia da
República Barbosa de Melo, bem como o Banco Alimentar Contra a Fome.
há 218 pessoas com pensões acima dos quatro mil euros. Em igual nos primeiros cinco meses do ano reformaram-se quase 10 mil pes- Este ano, recorde-se, o Parlamento optou por não fazer a tradicional evo-
período do ano passado, havia 118. soas, mais duas mil que no ano passado. cação da data com discursos no Plenário por se ter sido dissolvido. A par
da cerimónia em Belém, realiza-se também o habitual desfile na avenida da
É no Ministério da Justiça que se encontram muitas dessas pen- Tudo somado, isto significa que as despesas com as pensões são Liberdade, em Lisboa, que contará com dirigentes do BE, PCP, PS e Verdes.
sões, beneficiando juízes desembargadores, juízes conselheiros, cada vez maiores, numa altura em que o país enfrenta sérias di- HISTORIADORA DETESTOU DECLARAÇÃO DE OTELO
procuradores da república e procuradores gerais-adjuntos. No ficuldades financeiras. Os novos pensionistas de 2011 vão custar A historiadora Irene Pimentel não gostou de declarações recentes de Otelo
entanto, não é só neste Ministério que se encontram estes casos: ao Estado 12 milhões de euros por mês. Isto significa um aumento Saraiva de Carvalho, que disse que, se soubesse como o País ia ficar, não
professores catedráticos, chefes de serviço hospitalares e embaixa- de 28% relativamente a 2010, uma vez que, em igual período do teria feito a Revolução, contrapondo que “todos os portugueses são donos
dores são outros exemplos de trabalhadores com direito a pensões ano ano passado, os novos pensionistas de então representavam um do 25 de Abril”.
Numa entrevista recente à Lusa, o capitão de Abril Otelo Saraiva de Car-
acima dos quatro mil euros. custo de quase 10 milhões de euros. valho afirmou: “Não teria feito o 25 de Abril se pensasse que íamos cair na
Os números de 2011 também confirmam a tendência de reformas situação em que estamos actualmente.”
O valor médio das pensões também regista uma tendência de su- no sector da saúde. Nos primeiros cinco meses do ano, a tutela re- “Detestei essa declaração”, reconhece Irene Pimentel. “É como se Otelo
bida.Nos primeiros cinco meses de 2010, era de 1.319 euros; este gista a saída de 1.611 trabalhadores, mais 500 que no mesmo perí- Saraiva de Carvalho fosse dono de um movimento que implicou muitas
ano, vai nos 1.360 euros. Ou seja, e em média, o Estado gasta mais odo do ano passado. pessoas, e não só militares”, contesta. “As situações políticas têm recuos,
têm avanços. O que devemos fazer é tentar que não se recue demasiado.”
Passos Coelho já vai dizendo:
“Tenho o Governo na minha cabeça”
O líder do PSD, Pedro Passos mente com a Agricultura, con-
Coelho, afirmou, na quarta- sidera estratégico para o país,
-feira, que já tem na cabeça a para absorverem uma parte do
composição do Governo que desemprego e substituir impor-
pretende formar se ganhar as tações.
eleições legislativas de 5 de Mesmo reduzindo Ministérios,
Junho. a Agricultura e Pescas vão ter
Durante uma visita ao porto de lugar de destaque, mas Passos
pesca de Sesimbra, no distrito Coelho não se compromete.
de Setúbal, questionado se já “Criou-se uma ficção, há muito
sabe a quem vai entregar a pas- tempo, de que o PSD defendia a
ta das Pescas, Passos Coelho extinção do Ministério da Agri-
respondeu: “Eu tenho o Gover- cultura. Foi uma coisa que o
no na minha cabeça, sim”. PSD nunca defendeu. Hoje são está em questão que tem que
Não quer revelar nomes, para 16, se viermos a ter dez minis- existir um Ministério com a
já, e nesta visita aproveitou tros é natural que cada um deles forte preocupação de tudo o que
para falar com os homens do possa ter mais responsabilida- tem que ver com a Agricultura e
mar sobre um sector que, junta- des do que hoje tem, mas não Pescas”, sublinha.

Duarte Freitas em Ponta Delgada:

Um Governo PSD vai ter
um Ministério da Agricultura
O líder parlamentar do PSD/
Açores foi claro, quarta-feira,
ao dizer que “leiam os meus
lábios, um governo do PSD vai
ter um ministério da agricul-
tura”, afirmou Duarte Freitas
à saída de uma reunião com o
director do campus de Angra
da Universidade dos Açores,
considerando “muito importan-
te que isto fique claro, para que
não sejam os mesmos que, em
2009, venderam ilusões, a vir
agora vender temores em rela-
ção aos outros”, referiu.
O social-democrata reforçou
que “é claro e explícito que um
futuro governo da república do
PSD terá um ministério da agri-
cultura, não só na sua orgânica,
mas especialmente destinado a
ajudar um sector que tem sido
maltratado pelos sucessivos go-
vernos socialistas em Lisboa,
contando sempre com os silên-
cios cúmplices e incomodados
do governo regional e do PS/
Açores”, afirmou.
O encontro com Alfredo Bor-
ba serviu para os deputados do
PSD apresentarem uma propos-
ta de resolução, “que visa a cer-
tificação da manteiga açoriana,
um produto diferenciado e de
valor intrínseco nutricional pró-
prio, sendo que queremos que
seja proposto ao governo o iní-
cio de um conjunto de estudos
que resultem na qualificação
certificada de mais um produto
agrícola açoriano de qualida-
de”, disse o parlamentar.
“Esta proposta, que vamos
apresentar à Assembleia Regio-
nal, vem na sequência de outras
já avançadas, caso da propos-
ta para a certificação do leite
açoriano aprovada em 2007”,
recordou Duarte Freitas, que
acentuou “a necessidade da va-
lorização dos nossos produtos,
face às características naturais
únicas que apresentam na sua
produção, e ao mesmo tempo
de forma a garantir um ganho
para a própria fileira do leite,
que teria assim outra valia im-
portante”, concluiu o líder da
bancada laranja na assembleia
regional.
16 . Mensagens 25 de Abril 2011
 25 de Abril 2011
Papa faz apelo à Paz
Diplomacia e diálogo
devem tomar o lugar das armas
O papa Bento XVI afirmou, ontem, na tradicional mensagem de
Páscoa “urbi et Orbi”, que a “diplomacia e o diálogo devem tomar o lugar
das armas” na Líbia. “Que na Líbia, a diplomacia e o diálogo tomem o lugar
das armas e que seja facilitado, na atual situação de conflito, o acesso à
ajuda humanitária a todos os que sofrem as consequências dos confrontos”,
afirmou Bento XVI.
O papa abordou também a situação no Médio Oriente apelando
para que a “luz da paz e da dignidade humana supere as trevas da divisão,
do ódio e da violência”.
Bento XVI sublinhou o papel dos jovens na construção de uma
“Não faltou quem avisasse para esta crise”
Os Portugueses têm de viver
de forma mais modesta
*Bispo do Porto em análise à situação actual
D. Manuel Clemente, bispo do
Porto, diz que os portugueses têm
de viver de forma mais modesta
e acredita que ainda estão para
chegar os sacrifícios.
Numa entrevista publicada no
Correio da Manhã, o Bispo acentua
que se costuma dizer que o papel
da Igreja é alimentar a esperança,
e não alimentá-la de uma maneira
muito exterior às coisas, mas
exactamente por dentro delas. “Não
encontramos melhor radicação da
vida portuguesa do que esta rede de
paróquias que temos espalhadas de
norte a sul”.
- Mas tem defendido que tem de
haver uma maior intervenção.
- A este nível, até por uma razão
muito simples: se formos a qualquer
comunidade cristã, encontramos
lá praticamente todas as simpatias
ideológicas e partidárias, umas
mais do que outras. De maneira
que é muito difícil concretizar
isto, e sempre que se tem tentado
encarreirar a pertença eclesial para
um significado político específico
não dá, e as desilusões são muito
grandes. Fracasso na sociedade
portuguesa- Há um sentimento de
fracasso na sociedade portuguesa
que pode, inclusive, levar a actos
de violência?
- É a tal história da decadência.
Que em Portugal tem tendência
a agudizar-se porque todos nós
transportamos na nossa memória
colectiva - às vezes muito pouco
explicitada, mas está cá - a
lembrança de que já fomos muito
grandes. E, portanto, custa mais
ser pequeno para quem tem
essa lembrança. E vivemos mal
connosco. Nunca nos conseguimos
realizar.
- O Estado, as empresas e as
famílias foram-se endividando
para lá de tudo aquilo que é
sustentável. Acha que os agentes
Ainda a tempo . 17
Em Vila Chão do Marão (Amarante)
Três mortos
em atropelamento
democracia tolerante, exortando os jovens dos países do Norte de África
e do Médio Oriente a trabalharem para a promoção do bem comum e de
na procissão de velas
sociedades onde “a pobreza seja vencida e onde as escolhas políticas sejam
inspiradas no respeito pela pessoa humana”.
Na mensagem, perante milhares de fiéis que acorreram à praça de
S. Pedro, Bento XVI apelou também a todos os países para que manifestem
solidariedade e “abram o coração ao acolhimento” dos “numerosos exilados
e refugiados provenientes de África”.
“Que se manifeste aos numerosos exilados e refugiados
provenientes de diferentes países africanos a solidariedade de todos”, disse
Bento XVI, que pronunciou a benção “urbi et orbi” em 65 línguas.
Cardial lembra “momento muito duro”
O cardeal-patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, lembrou,
ontem, que os portugueses estão a viver um “momento muito duro”.
Na sua homilia pascal, José Policarpo lembrou que a Páscoa é,
este ano, celebrada “num momento muito duro para muitos portugueses”,
numa alusão à crise económica e financeira que o país está a atravessar.
Contudo, o responsável pelo patriarcado de Lisboa fez um
apelo para que haja esperança e força para que as dificuldades possam ser
ultrapassadas. “Se acreditarmos que Cristo está vivo, teremos forças para
tudo superar, as dificuldades não nos impedem de desejar, e o Espírito Santo
dar-nos-á força para lutar e a coragem para esperar”, disse.
D. José Policarpo exortou ainda à prática da caridade, neste
momento difícil.
“O amor dos irmãos, que é a caridade, tem de ser o grande
testemunho de que vivemos com o Senhor vivo”, referiu. Três pessoas morreram e pelo menos sete pessoas ficaram feri-
das, três com gravidade, depois de terem sido atropeladas por um
carro desgovernado durante a procissão de velas, na sexta-feira, às
21h30, na freguesia de Vila Chã do Marão, em Amarante.
Uma das vítimas mortais, de 70 anos, é mãe do presidente da Junta
de Freguesia, que seguia na procissão também com a mulher e o
filho de 15 anos, que acabou por assistir à morte da avó. Maria dos
Prazeres Jesus Ribeiro terá sido uma das primeiras pessoas a ser
colhida.
O carro era conduzido por um jovem de 27 anos, morador na lo-
calidade, e terá apanhado um grupo de pessoas que se encontravam
concentradas a rezar. O padre e alguns acólitos tiveram mesmo de
políticos, as elites, deviam ter tido que “gostaria de reforçar aquilo se desviar para não serem colhidos.
um outro comportamento? que até pessoalmente já tenho Na procissão seguiam cerca de cem pessoas e, segundo explicou
- Com certeza. E vamos lá ver, dito nalguns encontros: temos
ao Còrreio da Manhã – de onde tiramos estas notas - Maria Luísa
não faltou quem avisasse. Tenho de ser todos muito sérios, muito
alguns amigos na área da economia claros, muito convictos e muito Seixas, presente no local, o condutor perdeu o controlo da viatura
que, conversássemos o que solidários, até nesta primeira quando não se apercebeu atempadamente da presença de um carro
conversássemos, pelo menos de há solidariedade que é escutarmo- parado na via.
dez anos a esta parte, a conversa nos mutuamente. Ninguém tem
ia sempre parar a ‘nada disso é a razão toda, o problema é muito “Ouvi um estrondo enorme e seguiram-se muitos gritos. As pessoas
possível se não resolvermos o complexo, é muito importante, estavam em pânico. Percebemos logo que alguns tinham morrido”,
défice’, constantemente. até com pedagogia social, que nos contou Maria Luísa. O condutor pôs-se em fuga, mas foi capturado
E em análise mais aguda, D. envolva, nos comprometa, que os minutos depois pela GNR que está agora a proceder a investiga-
Manuel Clemente vai dizendo que vários candidatos sejam claros, se
ções. O homem já foi submetido a um teste de alcoolemia, mas não
“ninguém está disposto a descer oiçam, que tudo corra com uma
assim abruptamente de um patamar urbanidade que faça disto uma acusou álcool no sangue.
que foi alcandorado. Criou um urbe, uma cidade de todos, isso
certo tipo de vida e um certo tipo de é muito importante. Depois, com No local estiveram dez ambulâncias dos Bombeiros de Amarante,
parecença, portanto, uma maneira tudo aquilo que é a exactidão dos uma dos Bombeiros da Lixa e outra de Vila Meã.
de estar na sociedade, da qual não números e das previsões, e destes Os fiéis que seguiam na procissão estão a ser acompanhados por
se desiste rapidamente”. E isto é contornos internacionais que sobre psicólogos do INEM.
lógico até pelos excessos que todos nós impendem. Portanto, espero Os feridos estão a ser transferidos para o Porto. No Hospital de
conhecem. Excessos que levaram o que seja tudo muito claro e que São João deram entrada duas mulheres, uma delas em estado muito
País a recorrer à ajuda externa. nós cresçamos com o exercício
grave. Ambas apresentam vários traumatismos.
Temos de viver mais democrático.
modestamente
Para o Bispo, “teremos todos
de viver mais modestamente, e
isso terá de ser mesmo global,
porque se não for, e se não nos
incentivarmos mutuamente nesse
sentido com mais convicção,
então as tais discrepâncias sociais
podem agudizar-se”. Há, assim, um
caminho estreito e “a poupança tem
de crescer com aquilo que houver
para poupar - já não sei bem onde
- mas os gastos têm de ser muito
menos”.
- O pedido de ajuda externa já
deveria ter sido feito há mais
tempo?
- Atendendo àquilo que nos vão
dizendo, chega-se a essa conclusão.
Mas a este propósito queria abrir
mais o horizonte. Hoje, fala-se
em crise, mas dá-me ideia de que
a crise define o País e a sociedade
portuguesa. Tenho dificuldade em
acreditar num tempo ou verificar
uma época em que a crise não tenha
estado aberta ou latente”.
A campanha eleitoral
em curso
D. Manuel Clemente fala ainda no
momento presente. Na campanha
eleitoral que está em curso. E diz
 18 . Escrever e contar 25 de Abril 2011

Cubano que combateu em Angola

escreve livro
*Lázaro Cardenas combateu em Angola em 1975 e 1978
e regressou mais tarde como adido militar
Lázaro Cardenas Sierra combateu em Angola durante a guer-
ra civil, regressou, posteriormente, como adido militar cuba-
no em Luanda, e passou os últimos 10 anos a reunir material
para publicar no seu livro “Angola e a África Austral: Apon-
tamentos para o processo negocial para a paz (1976-1992)”.
O livro foi apresentado ao público, na quinta-feira, na Casa
de Angola, em Lisboa, e numa entrevista à Voz da América,
Cardenas afirma que a presença militar cubana em Angola
foi “muito importante” para a paz na região.

UM HOMEM
NOVO
--Sinopse
Acabámos de publicar, na semana passada, em jeito de “fo-
lhetim” – não se zanguem com a compartação – o livro “Um
Homem Novo”, que em breve vai ser editado. Algumas pessoas
que não acompanharam todas as edições, pediram que o repe-
tíssemos. É evidente que não faz sentido. Deixamos, porém, por
aqui, a sinopse do livro. Talvez valha a pena!
Um Jornalista já de certa idade está em Toronto, Canadá. Sente-se
velho, sem o dizer, cansado sem o manifestar e quando o médi-
co vai a casa, a família é informada de que não há nada a fazer.
Não por ele estar doente ou qualquer coisa assim. É como que uma
nostalgia-saudade aguda... que ninguém pode curar. “Já viu - diz o
médico - que ele acaba por confundir, em mente, os flocos de neve
que vão caindo por cá... com as faúlhas das queimadas de África,
com muitos cafeeiros à mistura”?
Atribui a Resolução 435 do Conselho de Segurança da ONU
(que serviria de base para a independência da Namíbia) à
diplomacia angolana e às vitórias militares sobre os sul-afri-
canos em Angola.
O livro tem mais de 800 páginas sobre a guerra civil an-
Mas, dito isso, rejeita a ideia de que sem os militares cuba- golana, e sobre o papel cubano na mesma, mas o seu autor
nos não teria havido paz em Angola. “Dizer que se Cuba não
rejeita que a obra seja uma tentativa de justificação política
estivesse poresente não havia paz, nem a independência da da participação cubana no conflicto angolano.
Namíbia seria um pouco pretensioso da minha parte”, disse “A minha intenção é realçar as verdadeiras raízes históri-
Cardenas, salientando que, “Cuba fez o que tinha que fazer”.
cas das perpspectivas de paz que se produziram na África
Orgulhoso de ter participado Austral, primeiramente em Angola e na Namíbia e depois,
“Penso que a presença [cubana] desempenhou um papel im- também, na Áfrfioca do Sul,” disse, concluindo: “Não tento
portante e, pessoalmente, sinto-me orgulhoso de ter partici-
justificar política nenhuma. O que eu tento é narrar factos,
pado”, declara o veterano internacionalista cubano. aquilo que aconteceu”.

E a história começa então, não antes de algumas cenas mais ou me-
nos caricatas acerca das dificuldades de adaptação dos que chegam
para um país diferente e de língua diferente e onde a neve é “dona
e senhora”.
Carmona (Uige), nos anos 60, era uma cidade maneirinha. Só que
por lá abundavam os que hoje se chamam “caciques” que, na maior
parte dos casos, sem saber, iam fazendo o jogo dos que, de facto,
eram os donos da terra, os que mandavam.
Em 60, era a independência do Congo (então Belga). E a leva de
refugiados que iam chegando à modesta cidade de Carmona. Com
A MOCHILA
Hoje uma pequena história. Minha, que a conto. E sua, que a lê.
Com contornos que já vieram de outros também.
Quando começámos a caminhada, pouco depois de nascer, talvez
quando demandamos a primeira escola, trazemos a nossa bagagem.
Uma mala pequenina. A nossa mala... com as nossas coisas. Não
pesam nada. Tanto que a levamos, cantando e rindo, por aí...
Só que no ardor do caminho... a pequena mala que nada pesava...
Fernando Cruz Gomes
E pronto. Tudo cá fora. Tudo à vista. Faça agora, de novo, a sua
mochila. Vai ver que fica mais leve, menos pesada. Pense bem no
que vai meter lá dentro, de novo. Olhe que o caminho é ainda lon-
go... muito longo! Não tão longo como pensava em criança... mas
suficientemente longo!

Dra. Ema Secca

muita gente que queria, também, afinal, refazer por ali a sua vida.
Um deles, um padre franciscano, haveria de dar o mote para “Um
Homem Novo”. É que nas aulas (ele integrou-se como professor)
foi falando na necessidade de criar um homem novo que entendesse
a África. E lhe desse um rumo. Há uma cena em que ele, frente
aos alunos - negros e brancos - é interrogado por um rapaz de cor
sobre como é que ele entendia a luta dos negros... se ele era bran-
co. A resposta, por entre a algazarra dos que ouviam: “Eu não sou
branco”. E perante a insistência: “Também não sou negro... sou só
um homem”
Maiato Antunes, o tal jornalista, vivia lá. Estava a fazer um sema-
nário por ali existente, enquanto a mulher era locutora num Rádio
de lá. Tinham dois filhos, um rapaz e uma rapariga. Com eles vivia
uma empregada (das muitas que por lá havia) que tinha também um
filho a viver com eles. Os dois rapazes - um branco e outro negro -
tornaram-se amigos inseparáveis. Estavam na aula do tal padre... e
discutiam o assunto do tal homem novo. Curiosamente, o branco (o
Tó Zé) era mais de acordo com as ideias de justiça social do que o
próprio negro (o Domingos). Este só haveria de mudar um pouco -
e só um pouco - quando um dia, indo passar as férias de natal com
a mãe à aldeia algo longínqua onde vivia o avô... e indo mais tarde
do que ela... só encontrou os restos da modesta quinta. A mãe, o avô
e toda a família... tinham ficado por lá mortos.
Domingos, mesmo assim, acreditava na Justiça. Sabia que tinha
sido um fazendeiro branco, que não conseguindo comprar por tuta
e meia a tal fazenda... achou que a deveria incendiar, para anexar
tudo.
----------------------------------------------------------: PAG- 19
começa a pesar. Lá dentro, bugigangas mil, acumuladas ao longo
do tempo. Coisas que são nossas, bem nossas.
E o peso começa a ser tanto que chegamos a pensar no que fazer.
Talvez sentarmo-nos à beira da estrada. Pensando no assunto. Es- ADVOGADA
perando até que alguém nos ajude. Só que ninguém nos vai ajudar.
Todos têm igualmente a sua mala, a sua mochila, a sua bagagem. em Portugal
O melhor é mesmo tirar tudo lá de dentro. E fazer novamente a
mala, com o que for mais importante. Tire tudo cá para fora. Olhe, Pode resolver-lhe todos os assuntos
ali, AMOR, AMIZADE, AMIZADE, AMOR... mas isso nem pesa
nada. Tire outras coisas. Esse peso está difícil, não é?! Tire... cha- em qualquer área jurídica
ma-se RAIVA. Como ela pesa! Esforce-se, vá. E o MEDO... vem a
seguir. O PESSIMISMO também. São pesados, eu sei.
Se não estiver atento... esse aí vai atirá-lo a si para dentro da mala.
Chama-se DESÂNIMO... que você é capaz de não querer agora.
Tire.
Olhe logo a seguir... aí está, qual raio de sol, o SORRISO que você
CONTACTE E TERÁ
nem pensava ter lá dentro. O sorriso, mais outro sorriso... e aí está a
FELICIDADE. Não antes de você atirar cá para fora a TRISTEZA. BONS RESULTADOS
Está quase tudo cá fora. Depois vai ter de arrumar tudo, de fazer de
novo a sua bagagem. E, para isso, procure lá dentro algo de que vai
precisar. Chama-se PACIÊNCIA que a mãe ou a avó velha lhe pôs
lá dentro. E que você já tinha esquecido. A Paciência, sim, que você
vai precisar dela para a longa caminhada.
É preciso tirar mais coisas. Estavam no fim... tão no fim, que você
Tel: 214418910 (Lisboa)
já delas se tinha esquecido. ENTUSIASMO, ESPERANÇA, CO-
RAGEM, FORÇA, TOLERÂNCIA...
Cel: 918825577
Olhe, ali quase no fundo, até o BOM HUMOR. E isso aí que se
chama PREOCUPAÇÃO... tire. Deixe para lá. Você depois pensa
e-mail: emaseca@netcabo.pt
no que fazer com ela.
 25 de Abril 2011 Escrever e contar . 19

Crianças expõem em Ponta Delgada Mas ele acreditava na Justiça, que nunca chegou, porque o tal fa-
zendeiro ia fugindo de Carmona para Luanda e de Luanda para
Lisboa e Nova Iorque - onde tinha o negócio do café - sempre que

cestas de Páscoa
o oficial de diligências chegava para lhe entregar a ordem de se
apresentar em Tribunal...

Contra isso, lutava mais o Tó Zé do que o Domingos...

As crianças dos 28 ATL e jardins-de-infância municipais da
Câmara de Ponta Delgada tiveram patente ao público, no
Centro Cívico e Cultural de Santa Clara, uma exposição de
Cestas de Páscoa. Os 21 trabalhos expostos até quinta-feira
mereceram, da parte do Vereador da Cultura e Juventude da
Câmara de Ponta Delgada, um grande elogio, sobretudo pela
criatividade e pelo empenho que as crianças dedicaram a
esta tarefa.
José Andrade, que presidiu à inauguração da exposição, em
representação da Presidente da autarquia, Berta Cabral, afir-
mou mesmo que “os trabalhos elaborados pelas crianças dos
ATL e Jardins-de-infância municipais merecem ser aprecia-
dos por todos, uma vez que materiais aparentemente insig-
nificantes foram transformados em autênticas obras de arte”.
“A vossa criatividade, persistência e empenho são de lou-
var. Estes trabalhos são autênticas obras de arte e simboli-
zam uma época tão importante como a Páscoa” - disse José
Andrade, incentivando as crianças dos ATL e Jardins-de-
-infância municipais a elaborarem mais trabalhos de género
e noutras épocas do ano.
Considerando a rede de ATL municipais e os Jardins-de-in-
fância como “incubadoras” que ajudam as crianças a cons-
truir o futuro que se pretende melhor e a preparar a vida de
cada uma delas, José Andrade elogiou também o trabalho
que tem vindo a ser desenvolvido pela Divisão de Acção So-
cial da Câmara Municipal de Ponta Delgada nesta área.
Na exposição “Cestas de Páscoa” são recordados todos os
elementos alusivos à presente quadra festiva, mas destaque
vai, como não podia deixar de ser, para os ovos e para o
coelho, embora outros elementos, como os pintainhos e os
ninhos por exemplo, façam também parte integrante dos tra-
balhos patentes.
Dezenas de crianças, animadores e educadores trabalharam
em conjunto para elaborar a mostra “Cestas de Páscoa” que
serviu, sobretudo, para mostrar que é possível usar materiais
que, à partida, podem não ter qualquer significado e transfor-
má-los em obras de arte. Mas o grande objectivo é mostrar
que as crianças dos ATL e jardins-de-infância municipais de
Ponta Delgada têm espaços nos quais podem mostrar as suas
capacidades e ocupar-se com actividades lúdicas e pedagó-
gicas.
Kanimambo, João... Kanimambo!
Morreu João Maria
Tudela
Começa por essa altura o 15 de Março. Pessoa importante (porque
jornalista) o Maiato recebeu uma arma para a eventual defesa de
Carmona, que foi atacada 24 horas depois de todas as aldeias e vilas
do Norte. Maiato nunca tinha visto uma arma... quando a usou - e
porque era a velhinha Enfield da guerra de 14-18 - fez fogo a pri-
meira vez “para o monte” e não conseguiu mais do que pegar nela
como se de cajado se tratasse... já que nem sabia que era preciso pôr
sempre a bala na câmara...
Nessa época, mais do que noutras, Tó Zé e Domingos davam-se
como irmãos... entendendo-se mesmo como irmãos. Maiato achou
que deveriam sair todos para Luanda - e os rapazes também iam - já
que o norte de Angola não era propício a crianças nem a mulheres...
Pouco depois, Tó Zé ofereceu-se para comando. Domingos tam-
bém. Não eram do mesmo curso, mas entendiam-se fàcilmente na
aprendizagem que era preciso fazer.
Dá-se, então, toda a luta um pouco por toda a parte. Os dois rapa-
zes, já comandos e já em missões de risco, tinham apenas como
tristeza o facto do Maiato - de quem ambos gostavam muito - estar
sòzinho por lá, por Carmona. Um ano depois, o jornalista é convi-
dado para um diário, em Luanda, e aceita, indo para lá trabalhar.
A acompanhar a acção dos dois rapazes, vai entendendo que, de
facto, é necessário UM HOMEM NOVO. Presidente da secção de
Angola do Sindicato Nacional dos Jornalistas, é eleito pelos outros
sindicatos como representante dos trabalhadores na Organização
Internacional do Trabalho, que se realizou em Genebra.
À passagem por Lisboa, é chamado à PIDE, que lhe pede para
ter cuidado porque em Genebra, para onde ele ia... havia muitos
“turras” que estavam por lá a estudar. Algo caricato, o facto de o
chamarem à PIDE duas vezes... para lhe dizerem exactamente o
mesmo.
Peripécias muitas. E em Genebra encontra um jovem que estava a
estudar... mas que morria por voltar a Angola. Palavra puxa pala-
vra... o rapaz era irmão de uma jovem que namoriscava então o Do-
mingos. E queria voltar. Pedia mesmo ao Maiato... que fizesse com
que o deixassem voltar. “Tanto mais que Angola agora está a andar,
não é verdade”? Era o princípio da época de Marcello Caetano.
Com o 25 de Abril, desmantelam-se as estruturas de Angola. Maia-
to e a família vão para o Canadá. O Tozé, à espera de ser desmo-
bilizado, vai para Portugal, esperando juntar-se em breve aos pais.
Domingos fica em Angola. Já não ao serviço das Forças Armadas
Portuguesas, mas do Governo (MPLA). O que mais custa a um e
outro... é efectivamente a despedida.

Nunca mais se encontraram... a não ser na parte final da história.

Tó Zé não consegue adaptar-se ao viver da aldeia para onde foi.
Consideravam-no no mínimo... maluco, ele que, com um ou outro
dos amigos que arranjou, chegou a ir fazer “uma operação ao ce-
mitério”, entrando lá fardado, como um autêntico comando, à meia
noite, com os amigos, cá fora... a tremer de medo. Lá dentro grita
palavras de ordem dos comandos. Chama vários nomes dos muitos
que morreram em África. Sauda-os a todos. E sai.
O cantor e apresentador de televisão João Maria
Tudela morreu, sexta-feira, no hospital de Cascais,
dois dias depois de sofrer um Acidente Vascular
Cerebral (AVC) “fulminante”, como afirmou fonte
familiar.
A mulher de João Maria Tudela informou que o
AVC ocorreu na quarta-feira, tendo o artista en-
trado depois em “coma profundo”.
Segundo informações do hospital, João Maria
Tudela morreu às 09:30 da manhã.
João Maria Tudela nasceu em Moçambique em
1929 na antiga capital Lourenço Marques, actu-
al Maputo, começando a actuar como solista no
Liceu Salazar. Sem saber música tocava vários
instrumentos como piano, guitarra, viola e har-
mónica. Os seus estudos continuaram em Coim-
bra antes de voltar a Moçambique, onde trabalhou
como agente comercial em empresas.
Segundo notas biográficas encontradas em vários
sites da Internet, Tudela destaca-se nesta altura
como jogador de ténis. Mas continuaria a cantar,
sobretudo fado de Coimbra, começando também a
ter sucesso na música africana. Em 1959 surge o
primeiro e maior êxito da sua carreira, Kanimam-
bo, que levou Tudela a Portugal, Estados Unidos
e América do Sul. João Maria Tudela afirma-se
depois no meio artístico português e soma vários
prémios na televisão.
Em 1968, depois de ter cantado “Ao Vento e às
Andorinhas” no Festival nacional da Canção,
Tudela interpretou um poema de Ary dos Santos
e Nuno Nazareth Fernandes intitulado “Cama 4,
Sala 5” que foi censurado e o cantor foi proibido
de voltar a trabalhar na RTP, decidindo terminar a
sua carreira.
Depois do 25 de Abril de 1974, Tudela voltou a
participar em programas da RTP e em peças de
teatro e noutros espectáculos.
Entre os seus principais êxitos estão: Kanimambo,
Hambanine, O Meu Chapéu, Diz que Gostas de
Mim, Menina das Tranças, No País do Sol, Solda-
do Português, Moçambique, Liberdade, Fuzilaram
um Homem num País Distante.
 20 . Automobilismo 25 de Abril 2011

Tiago Monteiro no pódio no WTCC Paulo Alves – Carlos Moreira

Os pilotos da SEAT conseguiram um resultado espetacular na
segunda corrida em Zolder, onde Gabriele Tarquini venceu depois
de segurar os Chevrolet e Tiago Monteiro terminou em terceiro
lugar.
Tarquini conseguiu segurar o primeiro lugar no arranque e manteve-
se sempre à frente dos três Chevrolet Cruze oficiais, apesar de
ser notoriamente mais lento. O piloto italiano quase perdeu o
comando na oitava volta quando Robert Huff tentou passá-lo na
curva Villeneuve, mas os dois pilotos tocaram-se e Huff caiu para
a quinta posição.
Com o atraso de Huff e o abandono de Yvan Muller devido a um
furo e problemas no motor, coube a Alain Menu atacar Tarquini,
mas o veterano suíço não conseguiu encontrar uma abertura para
roubar o comando, pois o italiano defendia-se bem nas travagens
para as curvas lentas.
Depois de arrancar de sexto, Tiago Monteiro subiu ao quinto lugar
depois de um desentendimento com Kristian Poulsen e aproveitou
os problemas dos dois Chevrolet para subir mais dois lugares. Até
ao final da corrida, o piloto português foi sempre pressionado pelo
Chevrolet privado de Darryl O’Young, que ganhou o Troféu de
Independentes.
Michel Nykjaer conseguiu segurar o quinto lugar, à frente de Rob
Huff, nas últimas voltas. Com o abandono de Pepe Oriola, Robert
Dahlgren ascendeu ao sétimo lugar e o piloto da Volvo conquistou
os primeiros pontos do ano. Norbert Michelisz foi o melhor BMW
em oitavo.

Massa e os
‘corneteiros’ Nissan Leaf Nismo RC A preparação deste modelo esteve a cargo da Nismo, a divisão
mais desportiva da Nissan, que trabalha os modelos da marca que
correm no Super GT e FIA GT1.

Carlos Tavares, presidente da Nissan Américas, afirma que o Nis-

san Leaf Nismo RC ‘irá servir como laboratório móvel para o de-
senvolvimento acelerado dos VE e dos sistemas aerodinâmicos e
também como uma plataforma para o desenvolvimento de novas
séries ecológicas para desportos motorizados’.

Muito se fala sobre o início de temporada de Felipe Massa. Ao
mesmo tempo, tenho lido muitas críticas ao brasileiro. Não concordo
com a maioria dessas criticas. Aliás, toda esta “cornetagem” (como
diz Brasileiro), para fazer uma comparação, parece coisa de adepto
de futebol impaciente, que vaia a equipe com cinco minutos de
jogo, mesmo sem motivos ou razão para isso. Após três provas, ele
está apenas dois pontos atrás do companheiro Fernando Alonso e
chegou duas vezes à frente do espanhol, nos GPs da Malásia e da
China. É um bom indicativo da disputa que poderemos ver em 2011
na equipe italiana.
Após o GP da China, conversei com um amigo, que é um grande
fã de Alonso. Ele dizia não reconhecer o espanhol em Xangai por
causa da falta de combatividade na corrida. O bicampeão terminou
a prova mais de 15 segundos atrás de Massa, sendo que ambos
tiveram a mesma tática e pararam nos boxes em voltas próximas.
Ou seja, o brasileiro deu um banho no espanhol. Para quem torce
por Felipe, é um grande alento. Finalmente ele mostra sinais de
recuperação após o episódio do rádio em Hockenheim, no ano
passado. O piloto aguerrido de antes do acidente na Hungria parece
estar de volta.
Das três corridas deste ano, Massa não andou bem apenas na
Continua ecológico, mas acaba de receber uma versão com aero-
dinâmica reforçada e 107 CV que o tornam muito mais desporti-
vo. Conheça o Nissan Leaf Nismo RC.
RC, de Racing Competiton. É assim designada a versão mais des-
portiva do Nissan Leaf, que apresenta uma carroçaria totalmente
revestida a fibra de carbono para o ataque às pistas de competição.
Com estreia mundial no Salão Automóvel de Nova Iorque, a nova
proposta da Nissan mantem-se fiel à propulsão eléctrica, mas uti-
liza desta vez um pacote de baterias mais potentes. Com os en-
genheiros a libertarem-se de tudo o que pudesse contribuir para o
excesso de peso (nada de sistema de áudio, navegação ou outras
comidades), com a carroçaria a não apresentar, sequer, portas tra-
seiras ou tampa da mala.
A carroçaria em fibra de carbono inclui secções dianteira e trasei-
ra amovíveis, janelas fixas, faróis e luzes traseiras em LED e um
deflector traseiro ajustável pelo condutor. A distância entre eixos
é 10 cm mais curta do que o Leaf convencional, sendo dois cm
mais comprido e 17 cm mais largo. Mas é na altura que o Leaf RC
surpreende, sendo 35 cm mais baixo do que a versão de produção.
Com um peso de apenas 938 kg (menos 40% face ao original), o
Leaf RC está apenas a 6 cm do solo e apresenta um motor síncro-
no de 80 kW alimentado por uma bateria de iões de lítio.
A potência gerada é de 107 CV, com o binário a situar-se nos
281 Nm e a aceleração até aos 100 km/h a ser cumprida em 6,85
segundos.
A velocidade máxima é de 150 km/h e a Nissan garante uma au-
tonomia de 20 km em condições de corrida.

Novo Volkswagen Beetle

Austrália, pista em que historicamente nunca se deu bem. Ainda
assim, salvou pontos importantes. Entretanto, o brasileiro fez
boas largadas em todas elas, superou o companheiro espanhol e
ganhou posições. Na Malásia, por exemplo, além do bom início,
teve um ritmo de corrida excepcional e só foi superado por Alonso
na primeira parte porque a Ferrari errou na sua paragem nas boxes.
Como o bicampeão acabou tendo problemas ao acertar Lewis
Hamilton, Massa voltou à frente e segurou a pressão de Alonso
nas últimas voltas, mesmo com pneus mais desgastados. Ótimo
resultado.
Outra coisa: apesar de ter vencido dois dos três confrontos diretos
com Alonso nesta temporada, Massa ainda está dois pontos atrás
do espanhol. E chegou na China com desvantagem no campeonato,
além de ter ficado bem aquém do companheiro no campeonato de
2010. Por isso, nada mais natural que a Ferrari desse a primazia
de testar sua nova asa dianteira ao espanhol. Nada de mais, digo.
Após os testes, a equipe italiana chegou à conclusão de que ela não
era eficiente e a abandonou no fim de semana. Valeu a pena criar
esta polêmica? Lembrando que o brasileiro em momento nenhum
reclamou de ter sido preterido na questão.
O início de temporada de Massa é excelente, ainda mais sabendo
que Alonso é o melhor piloto da Fórmula 1 atual. O poder de reação
que ele apresentou quando correu com Michael Schumacher e Kimi
Raikkonen dentro da equipe parece estar começando a aparecer.
Tanto é verdade, que a própria imprensa italiana, que criticou
muito o brasileiro no ano passado, começa a elogiá-lo. Foi assim
na Malásia e na China. Em Xangai, em especial, os jornais da velha
bota (Italia) criticaram o espanhol. Entretanto, nada disso adiantará
se Felipe não mantiver o ritmo na temporada europeia, que começa
na familiar Turquia, onde ele venceu três vezes.
Apesar de todos estes argumentos, é impressionante como alguns
torcedores gostam de “cornetar” o desempenho de Massa. É
impressionante o que eles fazem para tentar diminuir os resultados
do brasileiro neste ano. Já ouvi até que Alonso estaria desmotivado
por estar perto de se aposentar (?!?!?!?!?!). É difícil reconhecer
que ele está andando bem? por exemplo, eu critiquei o piloto
da Ferrari quando ele estava mal, mas sempre o elogiei quando
estava bem. É questão de justiça, simples assim. Não dá é para
alguns “corneteiros” criticarem sem razão aparente. Ser racional
é importante.
Maior, mais largo e mais masculino. O novo Beetle emanci-
pou-se, ganhando um visual retocado, espaço interior e uma
gama de motores complete.
Um dos maiores ícones automóveis de sempre acaba de ser
renovado. A Volkswagen revelou a segunda geração do Be-
etle, tentando recuperar o sucesso do modelo original com
um desenho mais próximo do célebre carocha. Um modelo
cujas vendas registaram o número impressionante de 21.5
milhões de unidades.
A nova geração mede 4,2 m de comprimento, 1,8 m de largu-
ra e 1,4 m de altura. O aumento das dimensões permitiu-lhe
um habitáculo mais confortável, mantendo-se, no entanto, a
lotação para quatro passageiros. A bagageira também cres-
ceu, de 209 para 310 litros.
Como já é habitual, o interior vai contar com vários equipa-
mentos multimédia como o sistema mãos livres e de navega-
ção. Novidade é a inclusão de um tecto panorâmico.
A gama de motores será composta por três unidades a gaso-
lina e dois motores a gasóleo. A oferta TSI incorporará os
motores 1.2 de 105 CV, 1.4 de 160 CV e 2.0 de 200 CV, ao
passo que os TDI estarão representados pelas unidades 1.6
de 105 CV e 2.0 de 140 CV.
Em 2012, o novo Beetle deverá ainda receber a versão ca-
brio, estando também previsto o desenvolvimento de uma Com argumentos reforçados, a comercialização do novo VW
variante híbrida. Beetle inicia-se em Outubro de 2011.
 25 de Abril 2011
Tradições Pascais ganham “asas” entre nós
É uma tradição. E é uma
tradição que até por lá, no
nosso País de origem, já
não tem a força que tinha
há uns anos atrás.
Por cá, entretanto, sobre-
tudo em clubes e associa-
ções, o “Beijar da Cruz”
– a jeito de “Compasso”
de terras portuguesas –
começou a ser uma nota
de destaque por alturas
Aqui era ainda o Jaison do Domingo de Páscoa.
E mesmo que muitos se
interroguem sobre se vai
continuar assim... há a
ideia de que vai até cres-
cer.
Interessante foi a for-
ma como tudo correu na
Jack´s Bakery. Jack Car-
valho e seu filho reveza-
ram-se na orientação do
quase ritual, sob a atenção
do padre Alberto Cunha,
que, de há muito, tem vin-
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do a oficiar o acto popular
em várias colectividades.
Da Oakwood... passou-
-se para a Rogers, onde se
foi buscar a Cruz. Depois,
em jeito de cortejo – o tal
“Compasso” – foi-se an-
dando para a Padaria, cujo
espaço fronteiro estava
atapetado de flores.
Depois, ali, a Cruz mudou
de mão. De Jason Carva-
lho passou para o pai Jack Com banda e tudo
Carvalho. E foi ele que a
foi dando a beijar. Lá den-
tro, o salão estava repleto
e o padre Cunha disse al-
gumas palavras apropria-
das ao momento.
Por nossa parte, estive-
mos em várias colecti-
vidades. Do Arsenal do
Minho à Casa das Beiras,
entendemos que é tradi-
ção de lá... que está tam-
bém a ficar por cá.
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 22 . Passatempos 25 de Abril 2011

Gossip Horóscopo
Carneiro
Conheça o casal mais azarado do mundo. 21-3 A 20-4
Amor e compreensão mútuas estão na ordem do dia. Os amores
Quando Stefan e Erika Svanstrom partiram da Suécia retiram-lhe a capacidade de concentração nas suas tarefas.
juntamente com o seu bebé para a viagem de lua-de-mel
de quatro meses, mal podiam imaginar que o itinerário Touro
incluiria uma tempestade de neve, um ciclone, cheias, 21-4 A 20-5
incêndios, um sismo e no final um desastre nuclear. Cultive o diálogo ameno e apaziguador com o ser que partilha
a sua vida. Os seus amigos manifestarão carinho por si.

“Começou com uma tempestade de neve na Alemanha,

que nos fez perder um dia… Depois foram os incêndios Gémeos
em Perth, as monções e as tempestades no Bali, na 21-5 A 20-6
Indonésia… De seguida em Queensland, na Austrália, apanhámos o ciclone Yasi, que foi o mais violento de A pressão que irá sentir nestes dias será muito forte pelo que
sempre. Partimos para a Nova Zelândia, e a minha mãe telefonou-me durante o voo: Estás bem? Onde estás? Estás deverá fazer um esforço para se autocontrolar.
na zona do terramoto? Pois é, terminámos com um sismo em Tóquio. Na Austrália também fomos de automóvel
para Brisbane depois das cheias. Eis um breve resumo do que aconteceu”, relatou o casal sobrevivente…
Caranguejo
21-6 A 20-7
Semana difícil de ultrapassar, contudo a responsabilidade será
sua, pois terá tendência para o pessimismo.

Sudoku Palavras Cruzadas Leão

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 21-7 A 20-8
5 2 3 A sua compreensão fará com que seja apreciado. Saia da sua
1 concha e tente comunicar mais com aqueles que o rodeiam.
6 7 2
3 Virgem
1 6 2 8
21-8 A 20-9
4 Procure distanciar-se de tudo o que possa destabilizar a sua
9 7 6 relação amorosa ou mesmo uma sólida amizade.
5
1 9 6
Balança
3 7 21-9 A 20-10
As suas relações afectivas serão mais centradas ao nível social,
8 onde encontra maior segurança.
5 8 3 1 2
9
2 10 Escorpião
11 21-10 A 20-11
8 3 9 Segurança é a palavra de ordem. Após um período de
instabilidade é chegado o momento de encontrar a paz.
11- Maré; Afiara 11- Iam; Ala; Asa Horizontais Protecção (fig.);
10- Ano; Cebos 10- Ermo; Amor
9- Sabota; Coma
8- Nó; Aida
9- Ser; Adoba
8- Outras; Icei 1- Doença/Tanto/O tio dos Verticais Sagitário
7- Órfã; Or 7- Sus; Ara; Cf americanos; 21-11 A 20-12
6- Ac; Canas; Ol 6- Ano
2- Ovários dos peixes (pop.)/ 1- Satírico (fig.)/Elem. de Deverá ter uma atenção especial com alguns problemas
Gera; formação que exprime a ideia
5- Ga; Alma 5- Aa; Aga; Oto
4- Sola; Sr. 4- Dial; Cânone inerentes à sua vida conjugal. Não tome posições irredutíveis.
3- Lama; Nutrem 3- Remos; Bar 3- Vara comprida de madeira, de osso;
2- Aveia; Sue 2- Ovas; Cria para impelir, na água, pequenas 2- Planta gramínea/Transpire;
embarcações (pl.)/Un. de 3- Baixeza/Alimentam; Capricórnio
1- Mordaz; Ossi 1- Mal; Tão; Sam
VERTICAIS HORIZONTAIS
pressão equivalente a um 4- Planta do pé/Abrev. de
Palavras Cruzadas milhão de bárias; senhor; 21-12 A 20-1
4- Quotidiano/Preceito; 5- Gálio (s. q.)/Sensibilidade; Viva a sua vida em plenitude. Ponha de lado todos os tabus e
6 9 5 2 1 7 4 3 8 5- Lavas ásperas e escoriáceas/ 6- Actíneo (s. q.)/Utensílios preconceitos que possa ter. Conseguirá atingir os objectivos.
Nome de letra/Elem. de de pesca/Suf. nom. que, em
formação que exprime a ideia química, ocorre em palavras
4 3 8 5 9 6 2 7 1

2 1 7 4 3 8 9 5 6 de ouvido; que designam álcoois; Aquário

6- Período de 12 meses; 7- Desamparada (fig.)/Suf. 21-1 A 20-2
7- Coragem!/O m. q. arara nominal que designa o agente;
3 8 2 1 7 9 5 6 4
Poderá sentir-se instável e inseguro, mas mostre-se positivo e
5 7 9 8 6 4 1 2 3 (ornit.)/Califórnio (s.q.); 8- Embaraço/Nome feminino; optimista perante os outros. Confie na sua intuição.
8- Diversas/Levantei; 9- Destrói/Juba;
9- Existir/Faz adobes; 10- Suf. nom., que exprime
1 4 6 3 2 5 7 8 9

10- Deserto/Objecto da nossa a ideia de origem, autoria/

Peixes
8 2 4 6 5 1 3 9 7
afeição; Alimentos;
11- Progrediam/Flanco/ 11- Ensejo/Amolara; 21-2 A 20-3
9 5 1 7 8 3 6 4 2

7 6 3 9 4 2 8 1 5 Sudoku As suas relações pessoais evoluem em harmonia, trazendo-lhe

harmonia. Podem surgir encontros decisivos para o amor.

LEIA E DIVULGUE ABC

 25 de Abril 2011 Coisas e loisas . 23
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E nós sem sabermos o que é que a apoquenta, qual será a -Carpinteiro/cofragem (rough ethnics are welcome
necessidade que lhe mudou o humor e a faz chorar, por vezes sem -Instalador de cerâmica e soal- framing) com ou sem experiên- (Spanish/Italian) We
parar, não dormindo ela nem deixando descansar os progenitores, hos com alguma experiencia. cia. 416-894-0456. have our own recording
o que provoca muitas vezes a exaustão da mãe, pai e da própria - Contactar Carlos. 905-452- studio; we are ready to PROFESSORA
criança? 0716. -Ajudante de cozinha de make original music.
Entre um quarto a um terço dos casos ,o que provoca a irritabilidade churrascaria em Bolton. 416- PARA PORTUGUÊS
e o desespero nas crianças, nomeadamente nos recém-nascidos, é o -Empregados de balcão com 565-0868. Anos 5, 6, 7,8
aparecimento de cólicas. A maioria das crianças em que as cólicas
surgem são extremamente saudáveis, embora haja uma minoria que
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podem ter um problema de saúde, moderado ou grave, o habitual é 3700. cos, fluente inglês e com carro.
serem completamente saudáveis. 416-451-3673.
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Seja como for, quando as crianças são, atingidas pelas cólicas, so-
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podem aparecer logo após a criança ter saído do Hospital ou algu-
mas semanas depois, pode acontecer de dia ou de noite, algumas
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crianças choram de tal forma e durante tanto tempo, que engolem
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 Acontecimento da Semana * Acontecimento da Semana * Acontecimento da Semana
Ecos de Portugal em nova “roupagem...”
O nascimento – ou baptizado,
se quiserem... – deu-se na Casa
dos Açores. Nasceu um novo
agrupamento musical. Um
novo agrupamento musical
com o nome de ECOS DE
PORTUGAL. Já andavam por aí
muitos dos seus componentes.
Andavam por aí e mostravam
“garra” musical. De resto,
tinham parceria certa e marcada
com a Banda do Sagrado
Coração de Jesus. Estivemos
presentes na conferência de
Imprensa, que foi mais do que
isso, já que foi demonstração
do muito que o Grupo Musical
parece capaz de fazer.
O nome é mesmo ECOS OF
PORTUGAL. Tem a marca
solene de um percurso notável.
Sobretudo um percurso
acompanhado pela Banda do
Sagrado Coração de Jesus.
Tem pernas para andar. Tem
caminho a percorrer para atingir
o coração dos Portugueses que
apreciam o género.
Uma familia de musicos
Joseph Resendes,
quase doutorado
O coral afinado
55 membros de um
grupo “forte”
O Maestro José Manuel
Resendes é o “criador”. Foi ele
que pugnou pelo aparecimento
do conjunto que tem 55
membros, uns 30 do coro e uns
25 músicos.
“Ecos de Portugal – é José
Manuel Resendes que o
diz – é um grupo de música
que a gente acredita ter
possibilidades de tocar e
apresentar toda a espécie
de música. A nossa função é
fazer Música para entreter.
Não é um Orfeão, como é o
caso do Stella Maris (muito
bom, como diz), mas sim
fazer música popular. Sempre
foi essa a função... e vamos
continuar por aí...”
Isto, em boa verdade, não é
um novo projecto. Ou melhor,
é um novo projecto mas
com outro estilo de ser. Há
alguma explicação? – “Temos
membros que já existiam.
O violino a dar o tom
Temos a nossa própria banda.
Temos o nosso próprio grupo
e queremos usar os nossos
meios para fazer o que
sabemos fazer...”
Tudo visto... é um novo conjunto
que fica a atestar a criatividade e
o trabalho do maestro Resendes
e de quantos o acompanharam,
e acompanham, nestas suas
lides. Os Resendes mais novos
estão por lá. E o Joseph diz-
nos que está a acabar o seu
doutoramento em Música. E
que a Música lhe está quase nas
veias... quase desde o tempo
do bisavô. Rosa Maria, por
exemplo, é uma jovem que está
em tudo quanto seja pugnar
pela música. Ela e, no fundo, a
mãe que também anda por ali.
Raul Travado é, por sua vez,
um entusiasta destas coisas. E
esteve presente... para apoiar.
Aí temos nós, portanto, mais
um conjunto. Ou... uma
roupagem nova num conjunto
que já existia. Os mais velhos
têm também lugar por aqui... O Maestro no meio do grupo