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Presidente do STF, ministro Luiz Fux em sessão realizada por videoconferência (25/03/2021) | Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF

DE SEGUNDA A SEXTA

FUX MANTÉM PASSAPORTE


SANITÁRIO CARIOCA
Ministro derrubou liminar de desembargador
De acordo com o deputado Márcio Gualberto, o prefeito Eduardo Paes está oprimindo
o cidadão carioca: “Talvez seja essa a questão fundamental a ser analisada, porque
o que o prefeito Eduardo Paes está fazendo é oprimir e maltratar o povo”
10 HORAS DA MANHÃ 8 HORAS DA NOITE 8 HORAS DA NOITE EDIÇÃO N° 345
BOLETIM BOLETIM RADAR 1 de outubro de 2021
Ano 1 - Desde 27/05/20
DA MANHÃ DA NOITE DA MÍDIA
DE SEGUNDA A SEXTA DE TERÇA A SEXTA TODA SEGUNDA
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DIÁRIO TERÇA LIVRE TV

O Diário Terça Livre tem a proposta para as pessoas que não têm tempo de acompanhar os boletins da
grade dos Boletins do Terça Livre, mas querem se manter sempre atualizadas. A primeira edição do Diário
foi feita em 27/05/20 até então e ininterruptas.

EXPEDIENTE
DIRETOR GERAL
Allan dos Santos

EDITOR CHEFE
Edivaldo de Carvalho

ANALISTAS
Allan dos Santos
Italo Lorenzon
Carlos Dias
Paulo Figueiredo
José Carlos Sepúlveda
Andreia Luíza Matias

ÂNCORA
Kássio Freitas
Max Cardoso

REDAÇÃO
Lilian Kremer
Rodrigo Marinho

REVISÃO
Leônidas Pellegrini

PAUTAS
Jornalistas do Portal Terça Livre

O Diário é uma publicação do Terça Livre - Canal Tl Produção de Vídeos e Cursos LTDA
Se você gostaria de acessar, corrigir, alterar ou excluir quaisquer informações pessoais que temos
sobre você, entre em contato através do e-mail suporte@tercalivre.com.br.
Editorial
Na edição do Diário de hoje mostramos que durante
depoimento na sessão da CPI da Pandemia nesta
quarta-feira (29), o empresário Luciano Hang expôs
um pedido de patrocínio, feito pelo senador Jorge
Kajuru. Depois dessa afirmação de Luciano Hang, o
senador Renan Calheiros chegou a questionar sobre
qual seria o problema de Kajuru ter pedido patrocínio
ao empresário.

Veja também: o senador Fernando Bezerra Coelho,


que é líder do governo no Senado Federal, enviou
um ofício ao jurista Ives Gandra pedindo um parecer
para subsidiar o relatório final da CPI da Pandemia. O
jurista recebeu dez perguntas, entre elas, se alguma
atitude do presidente da República configura crime
de exercício ilegal da medicina.

E mais: Aziz promete volta da CPMI das ‘Fake News’.


O presidente da CPI da pandemia, senador Omar Aziz,
prometeu nesta quinta-feira (30) o retorno da CPMI
das Fake News. A promessa foi feita depois que o
senador Jorginho Mello lembrou que o empresário
Otávio Fakhoury já foi vítima de fake news da velha
imprensa. Essas e outras notícias no Diário Terça Livre.
Boa leitura!
Editor chefe
Edivaldo de Carvalho
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BOLETIM
DA
MANHÃ

BOLETIM
DA
NOITE
BOLETIM
DA
MANHÃ

Imagem ilustrativa/CPIPANDEMIA - Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia | Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Descrição do vídeo
Título: CPI do circo: seu Creysson na relatoria
Âncora: Max Cardoso.
Participação: Ítalo Lorenzon; Ed Raposo.
Data: quinta-feira, 30 de setembro de 2021
Duração da live: 2h 07min 38seg

(Assista o vídeo na íntegra clicando no player acima)


CAPA DIÁRIO
Edição N° 345
1 de outubro de 2021
Ano 1 - desde 27/05/20
FUX MANTÉM PASSAPORTE SANITÁ-
RIO CARIOCA
Exibido dia 30/09/2021

BOLETIM
DA
MANHÃ
Sumário
Kajuru pediu financiamento, diz Hang............................ 9
CPI do Circo: Seu Creysson na relatoria......................... 14
Bolsonaro não cometeu crime na pandemia................19
Girão coleta assinaturas para CPMI dos estados..........25
CPI da impunidade.......................................................... 31
Imagem ilustrativa/Em pronunciamento, à bancada, senador Jorge Kajuru (PSB-GO) | Foto: Pedro França/Agência Senado

KAJURU PEDIU
FINANCIAMENTO, DIZ HANG
Empresário revelou que senador pediu financiamento à Havan
Italo Lorenzon demonstra que não há de ilegal no patrocínio de mídias conservadoras,
sendo que o empresário é livre para investir onde desejar: “Senhor Renan Calheiros,
qual o problema de pedir patrocínio? Qual a questão? Virou crime alguém pedir
patrocínio ao Luciano Hang? E se ele tivesse patrocinado, qual o problema? O dinheiro
é dele, não está praticando nenhum ilícito” | Análise: Italo Lorenzon/Fonte: TV Senado
D urante depoimento na sessão da CPI da Pan-
demia nesta quarta-feira (29), o empresário
Luciano Hang expôs um pedido de patrocínio,
feito pelo senador Jorge Kajuru. Depois dessa
afirmação de Luciano Hang, o senador Renan
Calheiros chegou a questionar sobre qual seria
o problema de Kajuru ter pedido patrocínio ao
empresário. 

Análise de Italo Lorenzon

Senhor Renan Calheiros, qual o problema de pedir


patrocínio? Qual a questão? Virou crime alguém
pedir patrocínio ao Luciano Hang? E se ele tivesse
patrocinado, qual o problema? O dinheiro é dele,
não está praticando nenhum ilícito. E não adianta
vir com ilações dizendo: “ah, mas vocês estão
fazendo desinformação”. Ponto número 1: não
são vocês que decidem o que é ou não desin-
formação. Ponto número 2: para algo ser crime,
é preciso ter previsão legal, e não há previsão
legal para isso. Portanto, meus caros, somos um
veículo de mídia que tem as suas posições, os
seus valores, a sua linha editorial e pode sim pedir
patrocínio. Não conseguimos com o Luciano
Hang, e neste momento percebemos que não
poderíamos ficar pedindo para grandes empresá-
rios, esse pessoal tem escorpiões no bolso, eles
não têm coragem. Eles não têm a capacidade de
chegar e casar o dinheiro para ter uma mídia,
quem tem coragem mesmo é o povão.

Assim, o que fizemos? Decidimos pedir para as


pessoas, oferecemos um produto a elas, pedimos
para que elas assinem e vamos viver disso, e aí
está o Terça Livre Juntos, que é justamente isso,
o pedido que fazemos para que vocês coletiva-
mente façam as vezes daquilo que os empresá-
rios não fazem. Se fosse nos EUA, já haveria vários
empresários de médio e grande porte aportando
algum dinheiro, mas aqui não tem, infelizmente.
Deixem-me fazer um ponto de justiça aqui, me
provem que eu estou errado. Gostaria muito que
alguns empresários do Brasil entrassem em con-
tato com o Terça Livre e se dispusessem a finan-
ciar, a patrocinar o Terça Livre, como se faz na
TV, em troca de propaganda, como em qualquer
mídia. Por que nunca fizemos isso? Porque não
tínhamos também um sistema para arregimentar
as pessoas que queriam
fazer esse tipo de contri-
buição. Portanto, se você é
um empresário ou conhece
algum empresário que gos-
taria de fazer patrocínio
ao Terça Livre, nós esta-
mos abertos para isso,
tudo bem? Basta entrar
em contato conosco pelo
suporte@tercalivre.com.
br e daremos seguimento
a essa conversa. Gostaria
mesmo de saber que exis-
tem alguns empresários no
Brasil que realmente estão
dispostos a patrocinar
uma mídia independente,
e o mais importante, que
sabem que isso faz bem
para a marca deles. [saiba
mais]
>

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CPI DO CIRCO: SEU
CREYSSON NA RELATORIA

Imagem ilustrativa/CPIPANDEMIA - Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia | Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Senador disse ‘créptomoeda’ e ‘biticóio’


O analista Ed Raposo ironiza a linha seguida pelos senadores que estão à frente
da CPI e expõe a inépcia que apresentam: “É uma coisa complexa, eles falam
“biticóio”, “creptomoeda”, “comordidade”, tem um senador que não consegue
falar a palavra ‘réplica’” | Análise: Ed Raposo/Fonte: Poder 360
O senador Renan Calheiros também viralizou
na internet ao errar a pronúncia de cripto-
moedas e bitcoins.

Análise de Ed Raposo

Essa CPI é uma piada, porque já tivemos aquele


episódio da “corrupção em uma vacina que nunca
foi comprada”. É uma coisa complexa, eles falam
“biticóio”, “creptomoeda”, “comordidade”, tem
um senador que não consegue falar a palavra
“réplica”, mas eles pensam adiante, porque estão
falando a respeito de uma conversa de Whatsapp
de terceiros pedindo um patrocínio que nunca foi
concluído e que seria, na cabeça deles, um crime
não previsto no Código Penal. Como Italo falou,
não existe crime anterior que o defina, mas eles
estão pensando muito adiante, são grandes visio-
nários. O mais assustador de tudo, enquanto eu
estava acompanhando a CPI, é que embora seja
satisfatório ver o Luciano Hang dando aquelas
marretadas na cabeça dos patetas, quando para-
mos para pensar, a própria presença do Luciano
Hang naquela situação é tão bizarra e surreal que
isso por si só já é uma derrota.
Luciano Hang não podia estar lá. Por mais que
tenhamos conseguido várias micro vitórias ali
com cada resposta que ele dava, cada vez que
os senadores baixavam a cabeça, a presença do
Luciano Hang ali, pelo menos na minha opinião,
já foi uma grande derrota, um cidadão como
ele estar ali presente. Com relação à questão de
patrocínio, concordo também com Italo, existe o
temor, mas ele é irracional por parte dos empre-
sários em patrocinar as mídias conservadoras, e
por um motivo muito simples: o mercado está
onde as pessoas maduras estão, pois são elas
as pessoas conscientes da realidade do país e
da sociedade. Os grandes empresários precisam
aprender a ignorar esse pessoal da lacração,
porque não darão lucro a eles.  Quando escutei
o Renan Calheiros falando sobre “creptomoe-
das”, pensei que era o “Seu Creysson” falando
do show do Eric “Crépton”. O nível intelectual é
muito baixo. Como eu disse anteriormente, Davi
Alcolumbre, ex-presidente do Senado, não conse-
gue falar a palavra “réplica”, ele disse: “réprica,
léplica, relplica”, falou tudo, mas não conseguia
falar “réplica”.
Temos o Omar Aziz falando “comordidade”. Acre-
dito que um marimbondo picou a língua do Omar
Aziz e aí, temos o Renan Calheiros soltando essas
pérolas. É triste. Se você parar para pensar, Davi
Alcolumbre é o mais recente, antes do Rodrigo
Pacheco, como presidente do Senado, e o Renan
Calheiros é o anterior. Pelo menos o Pacheco,
apesar de ser um inútil, não comete erros de por-
tuguês, sabe falar. Mas até que ponto isso é bom
ou ruim para nós eu não sei, porém é realmente
muito triste ver que a mais alta Casa Legislativa
do Brasil é composta por pessoas como essas
aí. E cada vez que Renan Calheiros abre a boca
e começa a falar, realmente você percebe que
a tensão na sala aumenta. Omar Aziz, Randolfe
Rodrigues e outros senadores da oposição come-
çam a ficar preocupados porque sabem que a
qualquer momento pode sair uma pérola que no
dia seguinte vai virar meme e ridiculariza a CPI,
como foi o que aconteceu. [saiba mais]
>

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Imagem ilustrativa/Execução do Hino Nacional Brasileiro (Boa Vista - RR, 29/09/2021) | Foto: Alan Santos/PR

BOLSONARO NÃO COMETEU


CRIME NA PANDEMIA
Afirmação é do jurista Ives Gandra
O analista Italo Lorenzon enfatiza que, mediante a chantagem financeira realizada
por governadores sobre os municípios, baseada em decisão do STF, o presidente
não é o culpado pelo caos no país: “O estado, em relação ao município, tinha essa
moeda de barganha. Jair Bolsonaro até teria essa moeda também, mas ele escolheu
não usar. Ele tanto escolheu não usar, que destinou, além do orçamento impositivo,
algo em torno de 180 bilhões de reais. E boa parte disso foi desviado pelo Covidão,
mas ele destinou” | Análise: Italo Lorenzon/Fonte: Portal Terça Livre
O senador Fernando Bezerra Coelho, que é líder
do governo no Senado Federal, enviou um
ofício ao jurista Ives Gandra pedindo um parecer
para subsidiar o relatório final da CPI da Pande-
mia. O jurista recebeu dez perguntas, entre elas,
se alguma atitude do presidente da República
configura crime de exercício ilegal da medicina.
Além do professor Ives Gandra, também foram
consultados os professores de direito constitu-
cional e direito administrativo, Adilson Dallari,
Samantha Pluft e Dircêo Torrecillas.

O parecer diz que o presidente Jair Bolsonaro


não cometeu os crimes de exercício ilegal da
medicina e de perigo para a vida ou saúde de
outros. O documento afirma que o presidente
não praticou crime contra a humanidade, nem
ato de improbidade administrativa, nem falhou
ao demorar a comprar a vacina da Pfizer. Além
disso, os juristas opinam que a participação do
presidente em eventos públicos não configura o
crime de perigo para a vida ou saúde de outrem,
pois ele não teve dolo de ameaçar tais pessoas.
Também consideram que a decisão do STF de
que estados e municípios também têm compe-
tência para implementar medidas sanitárias fez
com que o papel da União no combate à epide-
mia ficasse "bastante reduzido".

Análise de Italo Lorenzon

Disseram aquilo que até as pedras sabem. Tenho


usado essa expressão porque é a realidade, até
as pedras sabem disso. Só não sabe quem não
admite, na verdade. A questão, por exemplo, da
decisão do STF: “Ah, vamos atribuir a estados e
municípios também responsabilidade, mas olha,
não estamos tirando da União, estamos apenas
distribuindo para estados e municípios”. Isso
é a teoria, o abstrato, vamos para o concreto?
No concreto, com base nessa decisão, nenhum
estado ou município deixou de praticar algum
ato administrativo restritivo porque teve oposi-
ção do governo federal. Vocês conseguem pen-
sar em alguma ocasião, algum episódio, nesse
último um ano e meio, em que um governador
queria fechar e por causa de uma decisão con-
trária do presidente da República ele não fechou
o comércio? Alguém lembra de algo desse tipo?
Não teve. Portanto, não venham me dizer que
“a responsabilidade está distribuída”, porque a
responsabilidade pode até estar distribuída, mas
o poder de ação, não. O poder de ação estava
sempre sendo restrito à esfera mais local.

“Ah, mas então, por que o município não peitou


o governador?” Porque aí tem uma outra dinâ-
mica muito interessante, pois no Brasil, o pre-
feito é uma espécie de pessoa que está sempre
com o pires na mão, o muito pouco dos impostos
que injeta, muito pouco, a maior parte sobe, é
estadual ou federal. Assim, para o prefeito pagar
até mesmo a folha de pagamento dos funcioná-
rios públicos dele, depende de repasses desse
imposto. Se ele não tiver repasse, o governo
municipal dele vai para o chapéu. O que ele tem
que fazer é ficar com o pires na mão e os gover-
nadores de vários estados - São Paulo é um deles,
vide o caso do prefeito de Mirandópolis - pres-
sionaram de uma maneira tributária de tal forma
esses municípios que parece que o Ministério
Público se fez de cego, surdo e mudo, pois não
interveio de maneira alguma, e disseram que se
os prefeitos não cumpris-
sem aquilo que eles esta-
vam determinando, eles
fechariam a torneira para
os prefeitos, que teriam
complicações. O estado,
em relação ao município,
tinha essa moeda de bar-
ganha. Jair Bolsonaro até
teria essa moeda tam-
bém, mas ele escolheu
não usar. Ele tanto esco-
lheu não usar, que desti-
nou, além do orçamento
impositivo, algo em torno
de 180 bilhões de reais. E
boa parte disso foi des-
viado pelo Covidão, mas
ele destinou. [saiba mais]
>

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Imagem ilustrativa/Em pronunciamento, à bancada, senador Eduardo Girão (Podemos-CE) | Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado

GIRÃO COLETA ASSINATURAS


PARA CPMI DOS ESTADOS
 Iniciativa é do senador Eduardo Girão
Perante o cenário nacional de impunidade que prolonga suas aberrações há anos, o
comentarista Ed Raposo considera que será muito difícil avançar a iniciativa da CPMI:
“A iniciativa é maravilhosa, se ele conseguir colher o número mínimo de assinaturas
necessárias será sensacional, mas eu duvido muito que o Pacheco permita que essa
CPMI vá à frente, a impunidade desses governadores tende a permanecer” | Análise:
Ed Raposo/Fonte: Agência Senado
O senador Eduardo Girão está coletando assi-
naturas de senadores e deputados para a
instalação de uma Comissão Parlamentar Mista
de Inquérito para apurar desvios de recursos
federais repassados a estados e municípios. O
anúncio foi feito em discurso no Plenário do
Senado. Ele disse que a decisão foi tomada pois
a CPI da Covid ignorou seu requerimento que
buscava investigar denúncias de irregularidades
nos outros entes federativos. Girão disse esperar
que, se for criado, o novo colegiado possa ter
imparcialidade. O parlamentar também disse que
casos de corrupção “matam mais que o vírus”.

Análise de Ed Raposo

Há uma outra questão importante aí, que é a


seguinte: a dilapidação do sistema de saúde do
Brasil já vem de muito antes dessa pandemia.
Para citar um exemplo, falo do presidente da CPI.
A família dele é acusada de desviar centenas de
milhões de reais do sistema de saúde do estado
do Amazonas. É o mesmo estado que teve a famo-
síssima crise dos respiradores em janeiro deste
ano. O sujeito hoje é presidente da CPI e acusa o
presidente Bolsonaro de matar gente no estado
dele. A família dele desviou centenas de milhares
de reais do sistema de saúde do estado do Ama-
zonas! Imaginem se todo esse dinheiro tivesse
sido investido em infraestrutura nos hospitais
de Manaus e de outros municípios do estado
do Amazonas! Com toda certeza do mundo não
teriam passado por aquela crise, não teria preci-
sado do Luciano Hang para enviar oxigênio, 200
cilindros, mais de 1 milhão de reais enviados para
o Amazonas do senador Omar Aziz. Inclusive, a
esposa de Aziz foi presa, irmãos dele foram pre-
sos na época e até hoje esse crime está sendo
apurado. Algo que vai bem além das datas da
pandemia. Esse é um processo que vem aconte-
cendo no Brasil há muitos e muitos anos, desde
o fim do regime militar.

Aconteceu de haver essa pandemia e ela ter


encontrado o cenário perfeito para se propagar,
um país recheado de políticos corruptos e um sis-
tema de saúde completamente destruído, e assim
chegamos nesses números terríveis que o Renan
Calheiros adora ostentar. Ele também é parte
daquilo. Omar Aziz chegou ontem ao cúmulo de
olhar para o Luciano Hang e dizer: “você é o res-
ponsável por muitas dessas mortes”. Essa CPMI
do Girão tem como grande questão o Rodrigo
Pacheco. Duvido muito que Rodrigo Pacheco per-
mita que essa CPMI seja instaurada, será difícil
dele colher as assinaturas. A iniciativa é maravi-
lhosa, se ele conseguir colher o número mínimo
de assinaturas necessárias será sensacional, mas
eu duvido muito que o Pacheco permita que essa
CPMI vá à frente, a impunidade desses governa-
dores tende a permanecer. Até porque, temos
aqui no Brasil essa figura bizarra que é a pres-
crição, daqui há alguns anos isso vai prescrever,
eles têm foro privilegiado, os processos serão
enviados ao STF, vão criar mofo nas gavetas dos
ministros e quando, um belo dia, esses gestores
deixarem de ocupar esses cargos, os crimes já
estarão prescritos e nada acontecerá com eles.
Por isso era realmente importante essa CPI.

Não quero colocar água no chope de ninguém,


mas é muito difícil que o Pacheco coloque isso
para frente. Estou muito curioso para saber
também sobre a CPI que está
sendo feita no estado do Rio
Grande do Norte, e que tinha
convocado o Carlos Gabas para
depor, o pedido tinha sido aco-
lhido, mas não temos mais notí-
cias e ninguém sabe de abso-
lutamente mais nada, não se
sabe até que ponto a gover-
nadora do estado do RN tem
alguma coisa a ver com isso.
Mas, enfim, particularmente,
acredito que, principalmente
nesse cenário, nesse país em
que vivemos hoje em dia, com
o Judiciário que temos, é muito
improvável que esses gestores
sejam responsabilizados algum
dia pelos crimes que comete-
ram, e, se forem, os crimes
já estarão prescritos. Duvido
muito que aconteça alguma
coisa. [saiba mais]
>

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FAÇA PARTE DISSO
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Imagem ilustrativa/Sen. Humberto Costa (PT-PE); relator da CPIPANDEMIA, Sen. Renan Calheiros (MDB-AL) | Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

CPI DA IMPUNIDADE
Trecho da CPI apresenta falas de senadores
O analista Ed Raposo avalia a fala dos senadores e reforça a realidade de impunidade
de muitos deles: “vimos a fala de alguns senadores como Humberto Costa, Randolfe
Rodrigues e Marcos Rogério. Por incrível que pareça, o senador Humberto Costa é
médico, ele foi ministro da Saúde nos governos do PT e tem processos por corrupção
(oh, que novidade!) criando mofo no STF por sua atuação como ministro da Saúde”
| Artigo: Ed Raposo
A cabamos de ver um trecho do que está acon-
tecendo na CPI agora pela manhã e vimos a
fala de alguns senadores como Humberto Costa,
Randolfe Rodrigues e Marcos Rogério. Por incrível
que pareça o senador Humberto Costa é médico,
ele foi ministro da Saúde nos governos do PT e
tem processos por corrupção (oh, que novidade!)
criando mofo no STF por sua atuação como minis-
tro da Saúde. Randolfe Rodrigues falou ali, em
determinado momento, a respeito da aprova-
ção da CPI, que estaria em 60%. Há dois pontos
a analisar nesse sentido. Primeiro: quais são as
instituições que estão fazendo essas pesquisas?
Instituto no Brasil não tem mais credibilidade
nenhuma. Em segundo lugar, se você abordar na
rua uma pessoa que não acompanha, temos que
entender que a maior parte da população não
acompanha o que está acontecendo, sabe que
existe uma CPI, mas não está vendo o dia a dia,
não vê depoimentos nem coisa alguma. Essa pes-
soa é abordada na rua por um instituto desse (se
é que existe essa abordagem, mas vamos supor
que sim) que pergunta a esse cidadão: “o senhor
aprova uma CPI que apure responsabilidade por
desvio de verba pública durante a pandemia?”
É claro que o cidadão que não sabe o que está
acontecendo e que não acompanha o circo em
que se transformou essa CPI vai dizer que sim.
Essa pesquisa não diz nada.

Com relação a essa operação da Polícia Fede-


ral e da Receita Federal de que o senador Mar-
cos Rogério falou na CPI, tem um detalhe inte-
ressante: essa empresa, a Global, transferiu 9
milhões de reais para um cidadão chamado Mil-
ton Lira, e esse Milton Lira, alegadamente, é o
operador financeiro do senhor Renan Calheiros,
ou seja, essa operação tem grandes chances de
chegar até o Renan vagabundo, ou melhor, Renan
Calheiros. Porém, vai cair naquele mesmo ciclo de
que falamos aqui mais cedo, vai dar no mesmo.
São 9 milhões, eles vão investigar, vão fazer o
rastreamento, vão descobrir que boa parte desse
dinheiro foi parar nas contas do Renan Calheiros
e isso vai se transformar em um processo que
será levado até o STF e ficará lá até o crime pres-
crever, antes mesmo de ser apurado. [saiba mais]
>

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BOLETIM
DA
NOITE

Presidente do STF, ministro Luiz Fux em sessão realizada por videoconferência (25/03/2021) | Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF
Descrição do vídeo
Título: Fux mantém passaporte sanitário no Rio
Âncora: Kássio Freitas.
Participação: Allan dos Santos; Andreia L. Matias; Dep.
Márcio Gualberto.
Data: quinta-feira, 30 de setembro de 2021
Duração da live: 2h 03min 56seg

(Assista o vídeo na íntegra clicando no player acima)


CAPA DIÁRIO
Edição N° 345
1 de outubro de 2021
Ano 1 - desde 27/05/20
FUX MANTÉM PASSAPORTE SANITÁ-
RIO CARIOCA
Exibido dia 30/09/2021

BOLETIM
DA
NOITE
Sumário
O lado negro da Força....................................................37
Fux mantém passaporte sanitário carioca....................42
Fakhoury depõe na CPI.................................................. 47
Aziz promete volta da CPMI das ‘Fake News’...............52
Global é alvo de operação da PF....................................57
Imagem ilustrativa/Darth Vader | Foto: Onur Köklük

O LADO NEGRO DA
FORÇA
Nossa liberdade está sendo retirada sob aplausos  
O jornalista Allan dos Santos utiliza a saga Star Wars para exemplificar como a
liberdade é necessária para a humanidade: “A liberdade vale mais do que qualquer
coisa, vale mais do que qualquer sistema político, nós precisamos ser livres, sem
liberdade nós não conseguimos nada” | Artigo: Allan dos Santos
N a história da saga Star Wars existe um sena-
dor chamado Palpatine, e na saga é contado
como esse senador criou todo um ambiente de
discórdia para que ele pudesse virar imperador,
ou seja, ele tira a República e inicia o Império, que
seria uma tirania regida pelo lado negro da Força.
Nós falaremos muito sobre esse lado negro da
Força, esse pessoal que gosta de vestir capa preta
para autoritarismo, e não estou falando de Darth
Vader. É muito interessante que no episódio 3 da
saga o senador Palpatine fala o seguinte: “A fim
de garantir nossa segurança e estabilidade con-
tínua, a República será reorganizada no primeiro
Império Galáctico, para uma sociedade segura
e protegida”. Essa palavrinha está sendo utili-
zada o tempo todo. Uma das senadoras que é
a Padmé, que vem a ser a mãe do Luke Skywal-
ker, o herói do episódio 4 em diante, e ela vem a
ter um relacionamento escondido com o Anakin
Skywalker, que acaba recebendo o treinamento
Jedi mas vai para o lado negro da Força.

Quando o Palpatine fala isso no Senado, todos


aplaudem, mas Padmé fala a frase que o George
Lucas colocou em Star Wars, e na minha opinião
essa é uma das cenas mais impressionantes da
saga. Ela fala o seguinte: “Então é assim que a
LIBERDADE morre, com aplausos estrondosos”. 
Essa cena é muito marcante, porque embora a
palavra democracia seja utilizada muitas vezes no
filme, ela não existe na Constituição americana.
Eu coloquei o seguinte em meu Twitter: “Vale
lembrar que a palavra democracia não existe na
Constituição americana, pois a liberdade vale
mais que a voz da maioria e está acima da pró-
pria República. Por isso que George Lucas usou
a palavra liberdade.” A liberdade vale mais do
que qualquer coisa, vale mais do que qualquer
sistema político, nós precisamos ser livres, sem
liberdade nós não conseguimos nada. Comen-
tei em meu Twitter sobre esse episódio de Star
Wars bem antes da decisão do Fux de manter o
passaporte sanitário no Rio de Janeiro.

Mas mostra bem como sempre é em nome de


ficarmos “seguros e protegidos”, e tiram a nossa
liberdade, eles utilizam o discurso de “acredite
em mim, precisamos tirar a sua liberdade para
manter uma sociedade segura e protegida”. Isso
inclusive foi tema da live do presidente Bolso-
naro, onde ele destacou a importância da liber-
dade. Este é o cenário que nós estamos vendo
hoje, mas diferente de Star Wars, nós não temos
Jedi. Se eles existem, são aquelas mulheres que
estão nos conventos e os homens que estão no
monastérios rezando por nós, eles poderiam ser
os líderes religiosos, mas infelizmente os exem-
plos estão ficando cada vez mais escassos. Cada
vez mais nós estamos vendo líderes religiosos
acovardados, deixando de lado tudo que apren-
deram com a Sagrada Escritura, deixaram tudo
de lado e estão abrindo mão da sua liberdade,
algo sem o qual é impossível viver. Mas nós pode-
mos ter pessoas corajosas como a Padmé, que
falou no filme que a nossa liberdade estava mor-
rendo. Nós podemos ter pessoas como você em
casa, que está financiando o Terça Livre e faz com
que nós consigamos comunicar a verdade para
as pessoas. [saiba mais]
>

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Presidente do STF, ministro Luiz Fux em sessão realizada por videoconferência (25/03/2021) | Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF

FUX MANTÉM PASSAPORTE


SANITÁRIO CARIOCA
Ministro derrubou liminar de desembargador
De acordo com o deputado Márcio Gualberto, o prefeito Eduardo Paes está oprimindo
o cidadão carioca: “Talvez seja essa a questão fundamental a ser analisada, porque
o que o prefeito Eduardo Paes está fazendo é oprimir e maltratar o povo” | Análise:
Márcio Gualberto/Fonte: G1
O presidente do Supremo Tribunal Federal,
ministro Luiz Fux, derrubou a liminar que
suspendia o passaporte sanitário na cidade do
Rio de Janeiro. Na decisão, Fux ressaltou que o
município do Rio tem competência para legislar
sobre questões relacionadas à pandemia. vale
lembrar que o STF deu permissão para estados
e municípios tomarem decisões durante a pan-
demia. Fux atendeu a um recurso apresentado
pela prefeitura do Rio.  Os procuradores do muni-
cípio do Rio de Janeiro alegaram que a decisão
de suspender o passaporte sanitário representa
“risco à saúde pública". No trecho desse recurso
da prefeitura diz o seguinte, "a decisão proferida,
em flagrante violência aos princípios da solidarie-
dade social e da supremacia do interesse público,
expõe injustamente a população a risco de saúde
pública, além de inviabilizar o programa munici-
pal de enfrentamento à pandemia, demandando,
assim, a sua imediata suspensão".

Análise de Márcio Gualberto

Recebi essa notícia hoje como a maioria dos mora-


dores do Rio de Janeiro, com muita frustração e
decepção, mas sem perder a esperança em dias
melhores, e tenho a certeza de que nada está
perdido. Nós estaremos lutando, uma vez que
o combate que estamos combatendo é muito
importante e a nossa luta é fundamental para
que tenhamos liberdade e para que deixemos um
legado para as próximas gerações. Não tenho a
menor dúvida de que diante das decisões emana-
das pelo STF, o prefeito Eduardo Paes pode sim
legislar sobre essa matéria, mas a minha dúvida
paira sobre se Eduardo Paes tem permissão da
Constituição ou do STF para maltratar os cida-
dãos do Rio de Janeiro, para oprimir seu povo.
Talvez seja essa a questão fundamental a ser ana-
lisada, porque o que o prefeito Eduardo Paes está
fazendo é oprimir e maltratar o povo. No que diz
respeito à decisão brilhante, magistral do desem-
bargador Paulo Rangel, me parece muito mais
do que uma decisão. O desembargador Paulo
Rangel, de maneira corajosa e quase profética,
faz um alerta à sociedade, ele diz que a nossa
democracia está ameaçada por esses decretos
de alguns prefeitos tiranetes, isso é muito sério.
A decisão é uma verdadeira aula jurídica, histórica
e também filosófica. Essa decisão precisa ser ana-
lisada por todos, porque ela é um grande alerta
não só para a população do Rio de Janeiro, mas
como para todos os brasileiros. Os decretos do
Eduardo Paes não estão respeitando a dignidade
das pessoas, não estão respeitando os direitos
humanos mais fundamentais como, por exem-
plo, o direito de um ser humano fazer uma cirur-
gia eletiva mesmo não estando vacinado. Outro
exemplo é o direito humano básico de uma pes-
soa de receber um auxílio da prefeitura, que é
o Bolsa Família Carioca, que o valor é cerca de
R$80, uma pessoa para receber esse benefício
tem que estar na extrema pobreza, para uma
pessoa necessitada isso é tudo, mas o prefeito
proibiu pessoas pobres não vacinadas de receber
esse auxílio. Será que isso não fere os direitos
humanos? [saiba mais]
>

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Imagem ilustrativa/O empresário Otávio Oscar Fakhoury chega ao Senado Federal. Depoimento começará em instantes | Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

FAKHOURY DEPÕE
NA CPI
Empresário foi questionado sobre assinatura do Terça Livre
O jornalista Allan dos Santos aponta como a CPI não consegue provar crimes em suas
acusações:  “ninguém consegue encontrar um mísero crime, ninguém pode dizer o
que está em jogo aqui, se é uma violação, uma lei, um decreto etc.” | Análise: Allan
dos Santos/Fonte: Correio Braziliense 
E mpresário Otávio Fakhoury prestou depoi-
mento à CPI da pandemia nesta quinta-feira
(30). Ele foi convocado para falar sobre o suposto
financiamento a divulgação de fake news durante
a pandemia. Fakhoury foi questionado sobre uma
doação que fez a uma entidade chamada Centro
de Estudos da Liberdade.  Os senadores fizeram
zombaria da ação de Fakhoury e sobre as mani-
festações do dia sete. O senador Renan Calhei-
ros também questionou Fakhoury sobre o Terça
Livre. Em um outro momento, Fakhouri foi ques-
tionado se seria financiador da Brasil Paralelo. Na
resposta, o empresário falou também sobre o
Terça Livre.

Análise de Allan dos Santos

O que está em jogo e que nós precisamos ter


claro? O jornalismo tem como prerrogativa cons-
titucional, o sigilo de fonte, e a técnica utilizada
nestes casos é a seguinte: nós temos a quebra de
sigilo feita em um inquérito inconstitucional que
se iniciou com Alexandre de Moraes, e a tese que
ele sustenta é anterior a ele, ela vai remontar até
ao Luciano Ayan, que era o codinome utilizado
por Carlos Afonso que foi pego com material
pornográfico infantil, drogas ilícitas etc. Mas o
Alexandre de Moraes começa pegando compu-
tadores, celulares, invadindo casas para poder
pegar o sigilo de fonte das pessoas e assim criar
na cabeça dele o que seria uma rede que ele sus-
tenta como gabinete do ódio, gabinete paralelo
etc. Explicando melhor o que acontece, tudo
começa com o Alexandre de Moraes invadindo
os computadores das pessoas por meio da Polícia
Federal, e de alguma maneira que ninguém sabe,
esse material acaba nas mãos da imprensa.

Depois disso entram os partidos políticos na his-


tória, e esses partidos alegam o seguinte: “como
amplamente divulgado pela imprensa...” Um
material que foi ilegal e inconstitucionalmente
obtido pelo Poder Judiciário e pela força poli-
cial que está ao seu serviço como capangas, os
“capangas” do Alexandre, todos eles entram na
burocracia, como um sanduíche. Nesse sanduí-
che fica esse circo que nós estamos vendo, onde
ninguém consegue encontrar um mísero crime,
ninguém pode dizer o que está em jogo aqui,
se é uma violação, uma lei, um
decreto etc., é só uma análise
estética de críticas feitas a quem
exerce o poder público no Bra-
sil. Seja ele no Judiciário, seja ele
no Executivo, como foi o caso
da Dilma, do Temer. No caso do
Bolsonaro, a crítica ao Executivo
é aquela que todo mundo vê
quando ele visita alguns lugares.
Milhares de pessoas, ou milhões
como foi em São Paulo, mas
milhares de pessoas ao redor
do presidente, que mal conse-
gue caminhar, isso a mídia não
mostra. Mas eles querem pegar
a estética da crítica e dizer que
essa estética é criminosa. Veja
a que cúmulo nós chegamos,
nós estamos discutindo em uma
casa legislativa a estética da crí-
tica. [saiba mais]
>

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Imagem ilustrativa/Presidente da CPIPANDEMIA, senador Omar Aziz (PSD-AM) conversa com o relator da CPIPANDEMIA, senador Renan Calheiros (MDB-AL) | Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

AZIZ PROMETE VOLTA DA


CPMI DAS ‘FAKE NEWS’
Senador afirmou que CPI compartilhará dados
Segundo o jornalista Allan dos Santos, a CPI utiliza a máquina pública para desgastar
a imagem do presidente Bolsonaro: “Eles utilizam a máquina do Estado para criar
todo um ambiente de desgaste para dominar  o debate público” | Análise: Allan dos
santos/Fonte: CNN
P residente da CPI da pandemia, senador Omar
Aziz, prometeu nesta quinta-feira (30) o
retorno da CPMI das Fake News. A promessa
foi feita depois que o senador Jorginho Mello
lembrou que o empresário Otávio Fakhoury já
foi vítima de fake news da velha imprensa. Jor-
ginho Mello também disse que o empresário já
teve documentos sigilosos vazados no inquérito
dos atos antidemocráticos. Omar Aziz afirmou
que a CPI da pandemia vai compartilhar docu-
mentos para que a comissão das fake news seja
alimentada.

Análise de Allan dos Santos

Existem vários modos de poder manipular a buro-


cracia do Estado e fazer com que tudo tenha
uma cara democrática, como se tudo estivesse
dentro das regras do jogo. É óbvio que nós esta-
mos em desvantagem, a direita está em desvan-
tagem, a direita ainda não tem um partido. Por
esse motivo que falo para as pessoas pararem
de criticar o pessoal do PTB, do Republicanos,
nós precisamos ter gente de direita em outros
partidos, fiquem atentos a não deixar apenas
um único partido crescer junto com a vitória, se
Deus quiser, do presidente Bolsonaro em 2022 e
dos deputados de direita apoiados por ele. Nós
precisamos ter gente em vários partidos, e por
quê? Eles utilizam a máquina do Estado para criar
todo um ambiente de desgaste para dominar o
debate público. Sem audiência e relevância nacio-
nal, qualquer investigação que seja feita ali dará
com a “cara na parede”.

Mas eles precisam ficar aquecendo o “trenzi-


nho” deles, porque só eles têm o “trenzinho”,
só eles têm o “carvão” para fazer a locomotiva
andar, e o combustível deles é a mentira. Isso
tudo serve para tentar criar um desgaste ao redor
do presidente e seus apoiadores, para colocá-lo
quase como um leproso para a opinião pública. É
óbvio que não funciona, mas eles sabem utilizar
a máquina pública, acredito que essa seja a lição
que tem que ficar para nós. O deputado Eduardo
Bolsonaro está até agora tentando obter assi-
naturas para abrir a CPI do Foro de São Paulo,
não consegue, porque faltam deputados. É um
desafio, demora, temos que ter paciência, mas
não podemos desistir. Mas é melhor do que ficar
tentando comparar o presidente perfeito com
o Bolsonaro, melhor que ficar tentando compa-
rar o conservadorismo perfeito com o que nós
temos hoje. Bem-vindo ao mundo real, no mundo
real você não tem a casa ideal, os filhos ideais,
a família ideal, o emprego ideal, o salário ideal
etc. O que eles farão nesta CPI é utilizar-se dessa
tríade que falei para vocês. Alexandre de Moraes
invade a casa das pessoas, a Polícia Federal
obtém os materiais, isso magicamente vaza para
a imprensa. Aqui já dou uma dica para os deputa-
dos, parem de querer processar a imprensa nes-
ses vazamentos, a imprensa tem sigilo de fonte.
Vá para a PGR investigar quem naquele órgão
vazou a documentação. [saiba mais]
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Imagem ilustrativa de S K por Pixabay

GLOBAL É ALVO DE
OPERAÇÃO DA PF
Suspeita é de lavagem de dinheiro
A jornalista Andreia Luíza Matias explica que essa investigação se refere a casos da
época do governo Dilma: “eles trouxeram de forma manipulada essa questão da
investigação da Global, para que desse a entender que seria algo relacionado à CPI
da Pandemia, mas na verdade foi algo que aconteceu durante o governo Dilma” |
Análise:  Andreia Luíza Matias/Fonte: G1
S ede da empresa 'Global Gestão em Saúde' foi
alvo de uma operação da Polícia Federal.  A
suspeita é de lavagem de dinheiro em contra-
tos de quinhentos e cinquenta milhões de reais,
firmados em dois mil e quinze com a Petrobras.
Dilma Rousseff era presidente na época. A Glo-
bal ficou conhecida na CPI da pandemia depois
de indícios de supostas irregularidades na com-
pra da Covaxin, vacina que sequer foi comprada
pelo governo federal. A PF sustenta que o grupo
investigado simulou várias operações comerciais
e financeiras inexistentes. A finalidade seria des-
viar dinheiro de empresas que atuam na área de
medicamentos para companhias de fachada. A
base das investigações é uma delação de 2019,
do advogado Luiz Carlos d'Afonseca Claro — que
também é cantor e tem nome artístico de 'Lulli
Chiaro' — e do também advogado Gabriel Claro,
filho de Luiz Carlos.

Análise de Andreia Luíza Matias

Conflito de interesses virou brincadeira, porque


isso nós temos visto em pelo menos dois Pode-
res de uma forma muito clara, no Judiciário e
no Legislativo. Conflito de
interesses, ou seja, alguém
que não poderia investigar
e julgar determinada pessoa
porque existe um conflito
de interesses, uma proximi-
dade, mas isso foi jogado no
lixo aqui no Brasil. Mas uma
coisa curiosa é que bem no
início da sessão de hoje da
CPI, eles trouxeram de forma
manipulada essa questão
da investigação da Global,
para que desse a entender
que seria algo relacionado
à CPI da Pandemia, mas na
verdade foi algo que acon-
teceu durante o governo
Dilma. Depois que eles fala-
ram, alguém trouxe essa
informação e todos ficaram
tentando mudar de assunto.
[saiba mais]
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