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EMENTA
2 – Ondas Eletromagnéticas
2.1 – Introdução
2.2 – Equações de Maxwell na propagação ondulatória
2.3 – Equação de onda para o campo elétrico e solução
escalar
2.4 – Equação de onda para o campo magnético (E e H)
2.5 – Solução escalar completa: espaço e tempo
2.6 – Velocidade de fase
2.7 – Impedância ondulatória
2.8 – Constante de propagação (atenuação e fase) e
velocidade de fase
2.9 – Profundidade de penetração da onda em um
condutor
2.10 – Índice de refração
2.11 – Potência e energia das ondas
2.12 – Velocidade de grupo e de propagação
2.13 – Polarização das ondas
Referências:
1 - William H. Hayt Jr. e John A. Buck, “Eletromagnetismo”, McGraw Hill,
8a edição (2013): Capítulo 11, pgs. 367-405.
1
2 – Ondas eletromagnéticas planas
2.1 – Introdução
"∇⃑•𝐷
"⃑ = 0 "∇⃑•𝐵
"⃑ = 0
"∇⃑•𝐸"⃑ = 0 "⃑•𝐻
∇ "⃑ = 0
2
Þ A solução temporal para os campos eletromagnéticos já é conhecida como sendo do
"∇⃑•𝐸"⃑ = 0 "⃑•𝐻
∇ "⃑ = 0
"∇⃑ × 𝐸"⃑ = −𝑗𝜇𝜔𝐻
"⃑ "⃑ × 𝐻
∇ "⃑ = (𝜎 + 𝑗𝜀𝜔)𝐸"⃑
"∇⃑•𝐸"⃑ = 0 "⃑•𝐻
∇ "⃑ = 0
"∇⃑ × 𝐸"⃑ = −𝑗𝜇𝜔𝐻
"⃑ "⃑ × 𝐻
∇ "⃑ = (𝜎 + 𝑗𝜀𝜔)𝐸"⃑
"∇⃑ × 𝐸"⃑ = −𝑗𝜇𝜔𝐻
"⃑ Þ ( )
∇ × ∇ × E = − jωµ ∇ × H ( )
Usando "∇⃑ × 𝐻
"⃑ = (𝜎 + 𝑗𝜀𝜔)𝐸"⃑ Þ ( ) (
∇ × ∇ × E = − jωµ σ E + jωε E )
Usando a identidade vetorial: ( ) (
∇ × ∇ × E = ∇ ∇ • E − ∇2 E )
( )
∇ ∇ • E − ∇ 2 E = − jωµ (σ + jωε ) E
3
em conta a existência das fontes, em particular, re ¹ 0 não é suportado por materiais
condutores.
"∇⃑•𝐸"⃑ = 0 Þ ∇ 2 E − jωµ (σ + jωε ) E = 0
Constante de propagação
γ 2 ≡ jωµ (σ + jωε )
Þ A equação vetorial de onda do campo elétrico propagante fica então em uma forma
compacta como sendo.
∇2 E − γ 2 E = 0
Þ A solução mais simples possível da equação vetorial de onda para o campo elétrico,
é uma onda plana formada apenas por uma de suas componentes, digamos Ex, que se
propaga ao longo de uma direção, digamos direção z: Ex ¹ 0, Ey = 0 e Ez = 0
∂E x ∂E x ∂E x
Portanto: =0 =0 ≠0
∂x ∂y ∂z
4
" ∂2 ∂2 ∂2 %
∇2 E − γ 2 E = 0 Þ 2
$ 2 + 2 + 2 ' Ex − γ Ex = 0
# ∂x ∂y ∂z &
∂2 E x 2
− γ Ex = 0
∂z 2
d 2 Ex 2 d 2 Ex
Como Ex = Ex(z) Þ − γ Ex = 0 Þ = γ 2 Ex
dz 2 dz 2
Þ A equação diferencial anterior é a equação de onda escalar que admite solução sob a
forma de uma combinação de exponenciais complexas que em última instância descrevem
fenômenos periódicos.
eγ z e e −γ z ® São soluções que podem ser facilmente verificadas substituindo cada uma
d 2 Ex
na equação de onda escalar 2
= γ 2 Ex
dz
Þ Uma combinação linear das exponenciais eγ z e e−γ z também será uma solução, o
que pode ser verificado mais uma vez por substituição na equação diferencial.
E x ( z ) = E0+e−γ z + E0−eγ z
"∇⃑•𝐸"⃑ = 0 "⃑•𝐻
∇ "⃑ = 0
"∇⃑ × 𝐸"⃑ = −𝑗𝜇𝜔𝐻
"⃑ "⃑ × 𝐻
∇ "⃑ = (𝜎 + 𝑗𝜀𝜔)𝐸"⃑
5
"∇⃑ × 𝐻
"⃑ = (𝜎 + 𝑗𝜀𝜔)𝐸"⃑ Þ ( )
∇ × ∇ × H = (σ + jωε ) ∇ × E ( )
"⃑ × 𝐸"⃑ = −𝑗𝜇𝜔𝐻
Substituindo ∇ "⃑ na equação anterior.
( )
∇ × ∇ × H = − (σ + jωε ) jωµ H
Usando a identidade vetorial: ( ) (
∇ × ∇ × H = ∇ ∇ • H − ∇2 H )
( )
∇ ∇ • H − ∇ 2 H = − (σ + jωε ) jωµ H
Relação entre E e H
1
∇ × E = − jω B Þ ∇ × E = − jωµ H Þ H =− ∇×E
jωµ
Do ítem anterior (caso particular): E = E x x̂
6
1 #∂ ∂ ∂ &
H =− % x̂ + ŷ + ẑ ( × E x x̂
jωµ $ ∂x ∂y ∂z '
Þ Como Ex só depende de z.
1 ∂E x
H =− ŷ
jωµ ∂z
1 ∂ ( E0 e + E0 e )
+ −γ z − γz
1
H=
jωµ
(γ E0+e−γ z − γ E0−eγ z ) ŷ
γ
H=
jωµ
( E0+e−γ z − E0−eγ z ) ŷ
γ
H y ( z) = E0+e−γ z
jωµ
E x jωµ
=
Hy γ
7
2.5 – Solução escalar completa: espaço e tempo
Þ Portanto “a” assume o papel de “coeficiente de atenuação” enquanto que “b” assume
o papel de uma “constante de fase”.
E x ( z, t ) = Re !" E x ( z ) e jωt #$
E x ( z, t ) = Re "# E0+e−α z e (
j ω t−β z ) $
%
Þ Deve-se ter em mente que E0+ é de maneira geral uma quantidade matematicamente
complexa, que pode então ser posta na forma polar onde θ 0+ é a fase inicial do campo
elétrico.
8
+
E0+ = E0+ e jθ0
cos (ω t − β z + θ 0+ ) → Parcela que descreve a oscilação da onda sem a afetar a sua amplitude.
e−α z → Parcela que descreve o decaimento da amplitude da onda (atenuação) a medida que se
propaga ao longo de +z.
Þ Portanto, com exceção do vácuo absoluto, qualquer meio material impõe em maior ou
menor grau uma certa atenuação da onda propagante que é descrita pelo coeficiente “a”.
7
Figura 2.1 – Ilustração de uma oscilação ondulatória no espaço com amortecimento. A linha
pontilhada é o envelope de decaimento exponencial.
9
2.6 – Velocidade de fase
Þ Devemos ter em mente que na realidade não é possível produzir uma onda
eletromagnética com frequência pura w.
(ωt − β z + θ ) = +
0
Fase constante (observador solidário com a onda)
d (ω t − β z + θ 0+ ) d(constante)
= =0
dt dt
dz
ω −β =0
dt
Þ Da mesma forma que temos uma relação entre frequência angular (temporal) w com
frequência linear (temporal) f dada por w = 2pf, e entre frequência angular e período
2π
temporal T dada por ω = , podemos obter uma relação entre frequência espacial b e
T
comprimento de onda (ou período espacial) l.
10
ω 2π f v f 2π
vf = Þ vf = Þ =
β β f β
1 1 2π
Como. f= ou T= Þ vf T =
T f β
ω
(ωt + β z + θ ) =
+
0
Fase constante Þ vf = −
β
γ
Solução para Hy: H y ( z) = E0+e−γ z
jωµ
[h]unidade = W
Expressão aproximada de h
jωµ
Þ Substituindo g na expressão de h: η=
γ
jωµ
η=
jωµ (σ + jωε )
12
2
η=
( jωµ ) Þ η=
jωµ
Þ η=
µ /ε
jωµ (σ + jωε ) (σ + jωε ) 1+
σ
jωε
µ /ε
Þ η= 1/2
" jσ %
$1− '
# ωε &
Þ Na expressão anterior (ainda sem aproximação), da forma como está, fica explicitada a
razão s/we que será útil adiante para confrontar as características da condutividade
elétrica s e da permissividade elétrica e de um meio material, simultaneamente levando
em conta a frequência w da onda eletromagnética que se propaga no referido meio
material.
1/2
" jσ %
$1+ ' 1/2
µ / ε # ωε & µ /ε ! jσ $
η= 1/2 1/2
Þ η= 1/4 #1+ &
" jσ % " jσ % ' ! σ $2 * " ωε %
$1− ' $1+ ' )1+ # & ,
# ωε & # ωε & )( " ωε % ,+
13
jωµ jωµ
η= Þ γ=
γ η
1/2
µ /ε ! jσ $
Expressão sem aproximação: η= 1/4 #
1+ &
' ! σ $ * " ωε %
2
)1+ # & ,
)( " ωε % ,+
jσ
→ Parcela matemática que descreve à dissipação ôhmica devido à s ¹ 0.
ωε
Equação de Ampère-Maxwell no domínio da frequência: ∇ × H = JC + jω D
14
Equações constitutivas: JC = σ E (lei de Ohm) e D = ε E
∇ × H = σ E + jωε E
Portanto:
JC = σ E ® Densidade de corrente de condução
J D = jωε E ® Densidade de corrente de deslocamento
Em módulo:
JC = σ E
JC σ E JC σ Þ JC
Þ = Þ = tgθ =
J D ωε E J D ωε JD
J D = ωε E
Þ O termo tgq é chamado de tangente das perdas (loss tangent) e é um parâmetro muito
importante e utilizado na indústria de componentes de RF/Microondas.
Quando s = 0 Þ tgq = 0 Þ Diz-se que o material não apresenta perdas ôhmicas (material
ideal).
15
Aproximações de parâmetros eletromagnéticos de meios materiais
a) Vácuo: s=0 e = e0 µ = µ0
σ
c) Dielétrico real: s@0 e=e µ = µ0 << 1
ωε
σ
Critério mais preciso: < 0, 01
ωε
σ
d) Condutor real: s ¹ 0 (porém s < ¥) e = e0 µ = µ0 >> 1
ωε
σ
Critério mais preciso: > 100
ωε
a) Vácuo ou ar (free-space)
s=0 e = e0 µ = µ0
µ0
η0 =
ε0
h0 = 120p W Þ h0 = 377 W
16
b) Dielétrico perfeito (lossless)
s=0 e=e µ = µ0
µ0
η=
ε
Como e > e0 Þ h < h0 Þ h < 377 W
s@0 e=e µ = µ0
σ
<< 1
ωε
σ
Critério mais preciso: < 0, 01
ωε
µ0
Em uma 1a aproximação: η ≅
ε
Em uma 2a aproximação:
1/4
' ! σ $2 *
)1+ # & , ≅ 1
)( " ωε % ,+
1/2
! jσ $ 1 jσ
#1+ & ≅ 1+ (expansão em série de Taylor)
" ωε % 2 ωε
µ0 " 1 σ %
η≅ $1+ j '
ε # 2 ωε &
17
jωµ jωµ 0 µ0
η= Þ η= Þ η=
(σ + jωε ) ! σ $ ! σ $
jωε 0 #1+ & ε 0 #1+ &
" jωε 0 % " jωε 0 %
σ µ0 µ0
Levando em conta que > 100 Þ ηC ≅ Þ ηC ≅
ωε σ σ
ε0
jωε 0 jω
jωµ 0 ωµ 0
ηC ≅ Þ ηC ≅ j
σ σ
π π
j j
j=e 2 Þ j =e 4
ωµ 0 j π4 ωµ 0
ηC ≅ e Þ ηC ≅
σ σ
ωµ 0 j π4
Ex = hHy Þ Ex = hCHy Þ Ex ≅ e Hy
σ
ωµ 0
Þ A relação entre as magnitudes é dada por: Ex ≅ Hy
σ
Þ Porém, surge uma defasagem de 45o entre Ex e Hy.
ωµ 0 µ0
ηC ≅ η0 =
σ ε0
ωµ 0 ω
ηC ηC ηC ωε 0
≅ σ Þ ≅ σ Þ ≅
η0 µ0 η0 1 η0 σ
ε0 ε0
ωε 0
ηC ≅ η0
σ
σ ωε 0
>> 1 Þ << 1 Þ ηC << η0
ωε 0 σ
18
Þ Logo, o campo elétrico Ex num condutor fica atenuado e defasado de 45o com relação
ao Ex caso se propagasse no vácuo.
ωµ 0
ηC ≅
σ
s=¥ Þ hC = 0 Þ Ex = 0
γ 2 ≡ jωµ (σ + jωε )
Þ Para extrair de que forma “g” afeta a amplitude e a fase da onda, devemos calcular a
sua componente real “a” e imaginária “b”, lembrando que “g” é um número complexo.
g = a + jb
19
Þ Substituindo “g” em Ex(z).
E x ( z ) = E0+e−α z e− jβ z
e−α z → Termo que descreve a atenuação da onda (amplitude) a medida que se propaga.
e− jβ z → Termo que não implica na atenuação da onda pois sendo do tipo sen(bz) ou cos(bz)
regula a oscilação da onda. Como há dependência com a velocidade de propagação
ω
vf = , o termo regula a fase da onda.
β
Þ Igualando as expressões.
Þ É então gerado um sistema de duas equações e duas incógnitas, uma para a componente
real e outra para a componente imaginária.
α 2 − β 2 = −ω 2εµ
2αβ = ωµσ
20
Isto produzirá uma equação algébrica biquadrada (4o grau) que pode ser solucionada por
substituição e pela aplicação do formato de solução de equações de 2o grau, bem
conhecido!
. ( 2 +2
0 µε !σ $ 0
α =ω / * 1+ # & −1-3
0 2 * " ωε % -,0
1 ) 4
- ' 2 *1
/ µε !σ $ /
β =ω . ) 1+ # & +1,2
/ 2 ) " ωε % ,+/
0 ( 3
. ( 2 +2 - ' 2 *1
0 µε !σ $ 0 / µε !σ $ /
α =ω / * 1+ # & −1-3 β =ω . ) 1+ # & +1,2
0 2 * " ωε % -,0 / 2 ) " ωε % ,+/
1 ) 4 0 ( 3
a) Vácuo ou ar (free-space)
s=0 e = e0 µ = µ0
a0 = 0 β0 = ω ε0µ0
21
ω ω ω
Comparando v f0 = com v f0 = c Þ c = Þ β0 =
β0 β0 c
ω ω 1
Comparando β0 = ω ε 0 µ 0 com β0 = Þ = ω ε0µ0 Þ c=
c c ε0µ0
a = 0 e β = ω εµ 0
ω
Velocidade de fase: vf =
β
ω ω 1
Substituindo β = ω εµ 0 em v f = Þ vf = Þ vf =
β ω εµ 0 εµ 0
σ σ
Critério mais preciso: << 1 ou < 0, 01
ωε ωε
. +2 - *1
0µ ε ( !σ $
2
0 / µ 0ε ' 2
/
Þ Das expressões α = ω / 0 * 1+ # & −1-3 e β = ω . ) 1+ !# σ $& +1,2 , pode-
0 2 *) " ωε % -,0 / 2 )( " ωε % ,+/
1 4 0 3
2
!σ $
se notar que devemos expandir 1+ # & numa série de Taylor considerando que
" ωε %
σ
<< 1.
ωε
2 2
!σ $ 1! σ $
1+ # & ≈ 1+ # &
" ωε % 2 " ωε %
22
/1 µ ε ) 1 " σ %2 ,31 .0 µ ε ( 1 " σ %2 +20 µ 0ε " σ %
2
µ 0ε σ 2 µ0 σ 2 σ µ 0ω 2 σ µ0
α ≈ω 2 2
Þ α ≈ ω 2
Þ α≈ Þ α≈
4 ωε 4 ωε 2 ω 2ε 2 ε
µ0
em 1a aproximação por: η ≅
ε
σ
α≈ η
2
"µ ε %
β ≈ ω # 0 2& Þ β ≈ ω µ 0ε
$ 2 '
σ σ
Critério mais preciso: >> 1 ou > 100
ωε ωε
. ( +2 . 2
0 µε ! σ $
2
0 0 µ 0ε ( ! σ $2 +0
α = ω / * 1+ # & −1-3 Þ α = ω / * # & −1-3 Þ
0 2 * " ωε % -,0 0 2 *) " ωε % -,0
1 ) 4 1 4
/ µ ε )" σ % ,2 " % ωµ 0σ
Þ α ≈ ω 0 0 +$ ' −1.3 Þ α ≈ ω # µ 0ε σ & Þ α≈
1 2 *# ωε & -4 $ 2 ωε ' 2
23
- ' *1 - 1
/ µε !σ $
2
/ / µ 0ε ' ! σ $2 */ ωµ 0σ
β =ω . ) 1+ # & +1,2 Þ β = ω . ) # & +1 2 Þ
, β≈
/ 2 ) " ωε % ,+/ / 2 )( " ωε % ,+/ 2
0 ( 3 0 3
ωµ 0σ
Þ Então, toda vez que ocorrer α = β ≈ , o meio material envolvido será um
2
condutor.
ω ω22 2ω
Velocidade de fase: v f = Þ vf ≈ Þ vf ≈
β ωµ 0σ µ 0σ
e) Condutor perfeito
s=¥
a=¥ b=¥ vf = 0
24
Figura 2.2 – Ilustra o decaimento exponencial de um campo elétrico dentro de um meio condutor,
ressaltando o coeficiente de atenuação a e a profundidade típica dp.
Þ A energia (potência) da onda incidente é dissipada por efeito Joule pelos elétrons livres
e de grande mobilidade que existem no condutor. Esta dissipação é descrita pelo coeficiente
de atenuação “a”.
E + ( z ) = E0+e−α z
Þ Þ
−αδ p −αδ p −αδ p
E + ( z = δ p ) = E0+e = E0+e−1 E0+e = E0+e−1 e = e−1
1
δp =
α
25
Þ Portanto, as potências eletromagnéticas incidentes na interface e transmitida para o meio
condutor são dadas por.
2
Pinc ∝ E0+
2 2 2 2 2
Pt ∝ E + ( z ) Þ Pt ∝ E0+e−α z Þ Pt ∝ E0+ e−α z Þ Pt ∝ E0+ e−2α z
Pt = Pinc e−2α z
Þ A atenuação de potência sofrida pela onda num ponto z qualquer dentro do meio
condutor, pode ser calculada pela definição (em dB) como.
# P &
A ( dB) ≡ −10 log % t (
$ Pinc '
" P %
AdB ( z ) = 10 log $ inc−2α z ' Þ AdB ( z ) = 10 log ( e 2α z ) Þ AdB ( z ) ≡ 20 log ( e) α z
# Pinc e &
log(e) = 0,434 é o fator de conversão da base “e” para a base “10”.
Observação: O fator “20”, ao invés do fator “10”, surge porque usamos e-2az (fator “2”)
para expressar o decaimento da potência.
26
Þ Deve-se observar da expressão anterior, que a entrada de “a” deve ser em termos da
base Neperiana, enquanto que o resultado obtido AdB(z) será em dB. Portanto 8,68 é o fator
de conversão apropriado.
AdB ( z = δ p ) = 8, 68αδ p
1
Þ Porém, pela própria definição de dp, já calculamos que δ p = , e então substituindo em
α
AdB(z).
AdB ( z = δ p ) = 8, 68αδ p
1
AdB ( z = δ p ) = 8, 68α Þ AdB ( z = δ p ) = 8, 68 dB
α
Figura 2.3 – Ilustra a propagação de um campo elétrico (oscilante) dentro de um meio condutor,
incluindo o decaimento exponencial e ressaltando o coeficiente de atenuação a e a profundidade dp
obtida pelo critério de e-1.
27
Exercício 2.1 – Uma onda plana, polarizada em determinado eixo, penetra num sólido
condutor e sofre uma atenuação de potência na taxa de 15 dB/m. Calcule a profundidade
de penetração típica de uma onda no referido meio condutor.
SOLUÇÃO
AdB
AdB ( z) = 8, 68α z Þ = 8, 68α
z
AdB
É informado que = 15 dB / m Þ 15 = 8, 68α Þ a = 1,728 Np/m
z
1 1
δp = Þ δp = Þ dp = 0,58m = 58cm
α 1, 728
Þ A definição do índice de refração “n” é dada pela razão entre a velocidade “c” de um
sinal eletromagnético se propagando no vácuo, pela velocidade de fase “vf” do sinal
propagando-se através da matéria.
c
n≡
vf
a) Vácuo ou ar (free-space)
s=0 e = e0 µ = µ0
c
vf0 = c Þ n0 = Þ n0 = 1
n
28
b) Dielétrico perfeito (lossless)
s=0 e=e µ = µ0
1
1 1 εµ εµ 0
vf = e c= Þ n= 0 0 Þ n= Þ
εµ 0 ε0µ0 1 ε0µ0
εµ 0
Þ ε ou
n= n = εr
ε0
σ σ
Critério mais preciso: << 1 ou < 0, 01
ωε ωε
β ≈ ω µ 0ε
ω ω 1 ε ou
Como v f = Þ vf ≈ Þ vf ≈ Þ n≈ n ≈ εr
β ω µ 0ε µ 0ε ε0
1
c ε0µ0 1 µ 0σ σ
n≡ Þ n≈ Þ n≈ Þ n≈
vf 2ω ε0µ0 2ω 2ε 0ω
µ 0σ
29
d) Condutor perfeito
s=¥
n=¥
Exercício 2.2 – Dado o campo magnético H = H 0 ( ŷ + 2 jẑ ) e−α x e− jβ x , calcule o que se
pede abaixo levando em conta os seguintes dados: s = 10-4 S/m, er = 9 e f = 1 GHz
(a) O campo elétrico associado
(b) A constante de atenuação
(c) A constante de fase
(d) A impedância ondulatória do meio
(e) A velocidade de fase
(f) O comprimento de onda
(g) A profundidade típica de penetração da onda
SOLUÇÃO
(a)
∇ × H = JC + jω D
D = εE
JC = σ E (lei de Ohm)
1
∇ × H = σ E + jωε E Þ (σ + jωε ) E = ∇ × H Þ E= ∇×H
(σ + jωε )
Levando em conta que o campo magnético só possui dependência espacial em x, apenas a
derivada parcial ¶/¶x irá atuar.
γ
E= H 0 e−γ x ( 2 jŷ − ẑ )
(σ + jωε )
g = a + jb
30
(b)
10 −4
α≈ x125, 67 Þ a @ 0,0063 Np/m
2
(c)
Para um “bom dielétrico”: β ≈ ω µ 0ε
β ≈ 2π f µ 0εrε 0 = 2π f εr µ 0ε 0
1 2π f εr
Porém c = Þ β≈
ε0µ0 c
2π 10 9 9
β≈ Þ b @ 62,8 rad/m
3x108
(d)
" %
Para um “bom dielétrico”: η ≅ µ 0 $1+ j 1 σ ' (2a aproximação)
ε # 2 ωε &
" 1 %
η ≅ 125, 67 $1+ j 0, 0002 ' Þ η ≅ 125, 7 (1+ j0, 0001) Ω
# 2 &
31
(e)
1
Para um “bom dielétrico”: v f ≈
µ 0ε
1 1 1 c c
vf ≈ = = = Þ vf = 108 m/s
µ 0εrε 0 εr µ 0ε 0 εr 3
(f)
vf
l = vfT ou λ =
f
108
λ= Þ l = 0,1m = 10cm
10 9
(g)
1
δp =
α
Como a = 0,0063 Np/m Þ dp = 158,7 m
32
Vetor de Poynting instantâneo
p ( r, t ) → Fornece a magnitude da intensidade instantânea ou densidade de
E ( z, t ) = E0+e−α z cos (ω t − β z ) x̂
H ( z, t ) = H 0+e−α z cos (ω t − β z ) ŷ
E0+ E0+
η= Þ H 0+ =
H 0+ η
p (r, t ) ≡ E (r, t ) × H (r, t )
p ( z, t ) = E0+e−α z cos (ω t − β z ) x̂ × H 0+e−α z cos (ω t − β z ) ŷ
p ( z, t ) = E0+ H 0+e−α z e−α z cos (ω t − β z ) cos (ω t − β z ) ( x̂ × ŷ)
E+
p ( z, t ) = E0+ 0 e−2α z cos2 (ω t − β z ) ẑ
η
2
E0+ −2α z
p ( z, t ) = e cos2 (ω t − β z ) ẑ
η
33
Vetor de Poynting médio e casos particulares
1
S ( r ) = Re "# E ( r ) × H * ( r )$%
2
E ( z ) = E0+e−α z e− jβ z x̂ ® E ( z ) = E0+e− jβ z x̂ ® E ( z ) = E0+e− jβ z x̂
+
H ( z ) = H 0+e−α z e− jβ z ŷ ® H ( z ) = H 0+e− jβ z ŷ ® H ( z ) = E0 e− jβ z ŷ
η0
1 1 # E+ * &
S ( r ) = Re "# E ( r ) × H * ( r )$% S ( r ) = Re % E0+e− jβ z x̂ × 0 e jβ z ŷ(
2 2 $ η0 '
1 "1 2 % 1 !1 2 $
S ( r ) = Re $ E0+ x̂ × ŷ' = Re # E0+ ẑ &
2 # η0 & 2 " η0 %
1 2
S0 = E0+ ẑ
2η0
34
Þ Deve-se observar que a densidade de potência para uma onda plana é
também uniforme num dielétrico perfeito, ou seja, não varia ao longo de z.
Em uma 1a aproximação: η ≅ µ0
ε
1/2
a µ /ε ! jσ $
Em uma 2 aproximação: η= 1/4 #1+ &
' ! σ $2 * " ωε %
)1+ # & ,
)( " ωε % ,+
µ0 " 1 σ % para σ
η≅ $1+ j ' < 0, 01
ε # 2 ωε & ωε
E ( z ) = E0+e−α z e− jβ z x̂
E+
H ( z ) = 0 e−α z e− jβ z ŷ
η
1 1 # E+ * &
S ( r ) = Re "# E ( r ) × H * ( r )$% S ( z ) = Re % E0+e−α z e− jβ z x̂ × 0 e−α z e jβ z ŷ(
2 2 $ η* '
1 # 2 1 & 1 # 2 1 &
S ( z ) = Re % E0+ e−2α z x̂ × ŷ( = Re % E0+ e−2α z ẑ (
2 $ η* ' 2 $ η* '
1 2 " 1 %
S ( z ) = E0+ e−2α z Re $ ' ẑ
2 #η * &
35
Expressando h na forma polar: η = η e jθ η
1 2 " 1 % 1 2 1
' ẑ = E0+ e−2α z Re "#e η %& ẑ
− jθ
S ( z ) = E0+ e−2α z Re $ jθη
2 $# η e '& 2 η
1 2
S ( z) = E0+ e−2α z cosθη ẑ
2η
Þ Deve-se observar que a densidade de potência para uma onda plana decai
exponencialmente num dielétrico real, ou seja, varia ao longo de z.
s ¹ 0 (porém s < ¥) e = e0 µ = µ0
jωµ jωµ 0 µ0
η= Þ η= Þ η=
(σ + jωε ) ! σ $ ! σ $
jωε 0 #1+ & ε 0 #1+ &
" jωε 0 % " jωε 0 %
jωµ 0
Levando em conta que σ > 100 Þ ηC ≅ µ0 Þ ηC ≅
ωε σ σ
ε0
jωε 0
1 2
SC ( z ) = E0+ e−2αC z cosθηC ẑ
2 ηC
Þ Deve-se observar que a densidade de potência para uma onda plana decai
exponencialmente (e “rapidamente”) num metal, ou seja, varia ao longo de z.
36
e) Condutor perfeito
s=¥ e = e0 µ = µ0
r = Coordenada radial
Prad = Potência emitida ou irradiada
P
S = rad 2 r̂
4π r
37
" %
Energia$ 1eletromagnética
Pmag (t ) = µ ∫ $
∂ H '
' dv
( )
Þ Pmag (
2
t
e µsua∂ densidade
) = ∫
H
dv Þ P
em um
mag ( t ) =
( )
% ∫
2
∂ # µ meio
2 não-
H dv
&
(
V $2 ∂t ' 2 V ∂t ∂t $ 2 V '
dissipativo # &
s = 0 ou s @ 0
ε 2 µ 2
∫ E dv e ∫ H dv Þ Possuem ambos a dimensão física de energia.
2ηV = µ ou2 Vη ≅ µ
ε ε
ε 2
Wele (t ) = ∫E dv ® Energia instantânea armazenada no campo elétrico.
2 V
µ 2
Wmag (t ) = ∫H dv ® Energia instantânea armazenada no campo magnético.
2 V
ε 2 ε 2 ε 2 εµ 2
ρele (t ) = E ® ρele (t ) = η H ® ρele (t ) = η 2 H ® ρele (t ) = H
1.7.2 – Densidade
2 de Energia
2 Eletromagnética
2 2ε
µ 2 Þ
ρele (t ) = H ρele (t ) = ρ mag (t )
Þ Das expressões
2 de Wele(t) e Wmag(t) obtidas anteriormente, podemos observar a
presença do volume infinitesimal dv, sendo o restante a densidade de energia
Þ Portanto, em meios materiais com pouca ou nenhuma dissipação Joule,
instantânea armazenada no campo elétrico e magnético, respectivamente.
a energia
ε armazenada
2 fica equidistribuída entre os campos elétrico e
ρele (t ) = E ® Densidade volumétrica instantânea de energia armazenada no
magnético,
2 ou seja, ρele (t ) = ρmag (t ) .
campo elétrico.
µ 2
ε 2 então a densidade
Þρmag (t ) = ρHele (t ) =®ρmagDensidade
Como ( t ) = E ,volumétrica instantâneavolumétrica instantâneanode
de energia armazenada
2 2
campo magnético.
energia eletromagnética total dada pelas somas das parcelas elétrica e
magnética fica sendo:
ρtot (t ) = ρele (t ) + ρ mag (t )
ε 2 ε 2 2
ρtot (t ) = E + E Þ ρtot (t ) = ε E
2 2
38
30
Na média temporal:
T
1
ρele =
T
∫ ρ (t ) dt
ele
0
ε 2 1 T
ε 2 ε T 2
ρele (t ) = E Þ ρele = ∫ E dt Þ ρele = ∫E dt
2 T 0 2 2T 0
T T
ε ε +2
Þ
2
ρele = ∫ E0+ cos2 (ω t − β z ) dt ρele = E0 2
∫ cos (ωt − β z) dt
2T 0 2T 0
T
T
Porém: 2
∫ cos (ωt − β z) dt = 2
0
ε +2T Þ ε +2
ρele = E0 ρele = E0
2T 2 4
4
ε +2
ρtot = E0
2
39
refração diferente, então a onda como um todo terá uma velocidade de grupo,
que é a velocidade da envoltória do sinal.
Dois sinais:
E2 x = E0+ cos#$(ω + Δω ) t − ( β + Δβ ) z%&
Þ
E2 x = E0+ cos [ω t + Δω t − β z − Δβ z ] E2 x = E0+ cos#$(ω t − β z ) + ( Δω t − Δβ z )%&
40
E x = 2E0+ cos (ω t − β z ) cos ( Δω t − Δβ z ) ⇒ E x = 2E
cosβ
(Δω t − Δβ z) → Termo que descreve oscilações lentas no tempo e no espaço.
( "ω %+ ( " Δω %+
Δω
E x = 2E0+ cos (ω t − β z ) cos ( Δω t − Δβ z ) Þ E x = 2E0+ cos*β $ t − z '- cos*Δβ $
⇒ Velocidade de grupo do sinal.
t − z '-
vg = ) #β &, ) # Δβ &,
Δω β
v = Þ Velocidade de fase do sinal.
f
β
Δω
vg = Þ Velocidade de grupo do sinal.
dω
De forma mais Δβ
precisa: vg =
De forma mais precisa: v = dω
dβ
g
dβ
Figura 2.4 – Ilustra a superposição de duas ondas planas com frequências muito próximas entre si
(batimento), a velocidade de fase e a velocidade de grupo.
dω d ( β c) d (β )
vg = Þ vg = Þ vg = c Þ v g = c =v f
dβ dβ dβ
41
Þ Portanto, no vácuo a velocidade de grupo de um sinal eletromagnético é
a mesma que a velocidade de fase, então o vácuo é dito ser um meio não-
dispersivo. Este resultado também é válido para um sinal policromático (no
vácuo).
2.13.1 – Geral
Þ Ondas eletromagnéticas que se propagam sem confinamento no espaço
(livre ou na matéria) são de natureza puramente transversal.
2 - Especifica a geometria que o vetor E (r, t ) traça no plano de polarização
42
Descrição trigonométrica
E ( z, t ) = E0+ cos (ω t − β z + θ )
E y ( z, t ) = E y+ cos (ω t − β z + θ y )
d º qy - qx
d = Defasagem da componente y com relação à componente x do campo
elétrico.
qy = d + q x
E x ( z, t ) = E x+ cos (ω t − β z + θ x )
E y ( z, t ) = E y+ cos (ω t − β z + δ + θ x )
E y ( z, t ) = E y+ cos (ω t − β z + δ )
43
2.13.2 – Onda não-polarizada
Þ Significa ausência de polarização definida ou polarização aleatória da
onda eletromagnética.
Þ A amplitude e o sentido de rotação de E (r, t ) são ambos aleatórios.
44
2.13.3 – Polarização linear
Þ O campo elétrico E (r, t ) oscila em uma única direção.
Exemplos: Radiação emitida por boa parte das antenas de rádio, lasers
semicondutores e luz não–polarizada filtrada com um polarizador.
E x ( z, t ) = E x+ cos (ω t − β z )
E y ( z, t ) = E y+ cos (ω t − β z + δ )
Figura
E y+ = 0 → E x ( z, t ) 2.5
≠0 – polarizaçãoda
⇒Ilustração linear horizontallinear
polarização horizontal.
0Ex Þ
( z, t ) ≠polarização linear horizontal
a
b)
+ t2 ≠
E y+ = 0 → E x E( z, ) →possibilidade 0 ⇒ polarização linear horizontal
y =0
b) 2a possibilidade
b) 2a possibilidade: polarização linear vertical
c) 3a possibilidade
=00→ EFigura 2.6 - Ilustração da polarização linear vertical.
y ( z, t ) ≠ 0 ⇒ polarização linear vertical
+
Eδ
x =
E x ( z, t ) = E x+ cos (ω t − β z )
45
c) E3ya( z,possibilidade
t ) = E y+ cos (ω t − β z )
δ=0
E x ( z, t ) = E x+ cos (ω t − β z ) 5
E y ( z, t ) = E y+ cos (ω t − β z )
E x+ = 0 → E y ( z, t ) ≠ 0 Þ polarização linear vertical
E y ( z, t ) = E y+ cos (ω t − β z )
⇒ Dividindo
Figura membro a membro
2.7 - Ilustração uma equaçãolinear
da polarização pela outra. oblíqua (1ºQ – 3ºQ).
+
E x ( z, t ) E x+ E x ( z, t ) E y ( z, t ) Ey
= ⇒ = ou E y ( z, t ) = + E x ( z, t )
E y ( z, t ) E y+ E x+ E y+ Ex
E y ( z, t ) E y+ E y+
+
Ex x Ex
d) 4a possibilidade
δ = ±π
Þ Obtemos então, a equação da reta passando pela origem e com coeficiente
+
E ( z, t ) = E cos (ω t − β z )
x x
E y+ E ( z, t ) = E +
cos (ω t − β z ± π )
angular de .
y y
E x+
6
46
d) 4a possibilidade: polarização linear oblíqua nos 2o/4o quadrantes
d = ±p
E x ( z, t ) = E x+ cos (ω t − β z )
E y ( z, t ) = E y+ cos (ω t − β z ± π )
E x ( z, t ) = E x+ cos (ω t − β z )
E z, t ) = E x+ cos (ω t − β z )
E y ( z, t ) = Ex (y+ "#cos (ω t − β z) cos π sen (ω t − β z) senπ $%
E y ( z, t ) = E y+ "#cos (ω t − β z ) cos π sen (ω t − β z ) senπ $%
E x ( z, t ) =EE(x+z,cos
t ) =(E + cos (ω t)− β z )
ωt − β z
x x
+
E y ( z, t ) =E−E
y ( z,y t cos (ωy+ cos
) = −E t − (βωzt )− β z )
Figuramembro
⇒ Dividindo 2.8 - Ilustração da polarização
a membro uma equaçãolinear
pelaoblíqua
outra. (2ºQ – 4ºQ).
E x ( z, t ) E+ E ( z, t ) E ( z, t ) E+
= − x+ ⇒ x + = − y + ou E y ( z, t ) = − y+ E x ( z, t )
E y ( z, t ) Ey Ex Ey Ex
7
Þ Obtemos então a equação da reta passando pela origem e com coeficiente
E y+
angular de − .
E x+
E x ( z, t ) = E x+ cos (ω t − β z )
E y ( z, t ) = E y+ cos (ω t − β z + δ )
d = ±p/2
Û polarização circular
E x+ = E y+
Fazendo: E x+ = E y+ = E0+
E x ( z, t ) = E0+ cos (ω t − β z )
" π%
E y ( z, t ) = E0+ cos $ω t − β z ± '
# 2&
E x ( z, t ) = E0+ cos (ω t − β z )
48
( "π % "π % +
E y ( z, t ) = E0+ *cos (ω t − β z ) cos $ ' sen $ ' sen (ω t − β z )-
) #2& #2& ,
E x ( z, t ) = E0+ cos (ω t − β z )
E y ( z, t ) = E0+ sen (ω t − β z )
E y (t ) = E0+ senω t
" E0 % " E0 %
49
Análise do sentido da rotação
" π%
E y (t ) = E0+ cos $ω t − '
# 2&
" π%
E y (t ) = E0+ cos $ω t − '
# 2&
E x (t ) =EE0+t cos (+ω t )
x ( ) = E0 cos (ω t )
E y (t ) =EEy (0+tsen
) = E(ω
+
t ) (ω t )
0 sen
Figura⇒
δ = -π/2 2.9 -POLARIZAÇÃO
Ilustração da polarização circular no sentido
CIRCULAR anti-horário.ANTI-
NO SENTIDO
HORÁRIO
E x (t ) = E0+ cos (ω t )
E y (t ) = −E0+ sen (ω t ) 50
10
2 – Para uma defasagem de d = + p/2
E x (t ) = E0+ cos (ω t )
! π$
E y (t ) = E0+ cos #ω t + &
" 2%
E x (t ) = E0+ cos (ω t )
E y (t ) = −E0+ sen (ω t )
+
E x (t ) = E( cos
) =(Eωy+tcos
E y xz, t ) (ωt − β z + δ )
⇒ Analisando no plano z = 0. 51
E x (t ) = E x+ cos (ω t )
E y (t ) = E y+ cos (ω t + δ )
E y (t ) = E y+ cos (ω t + δ )
E x2 (t ) = (E x+ )2 cos2 (ω t )
E y2 (t ) = (E y+ )2 cos2 (ω t + δ )
E x2 (t ) = (E x+ )2 cos2 (ω t )
2
E y2 (t ) = (E y+ )2 "#cos (ω t ) cos δ − sen (ω t ) senδ $%
Se d = 0 ou d = ± p Þ POLARIZAÇÃO LINEAR
Se E x+ = E y+ e d = ± p/2 Þ POLARIZAÇÃO CIRCULAR
a) 1a possibilidade
E x+ ≠ E y+ e d = ± p/2
E x2 (t ) = (E x+ )2 cos2 (ω t ) Þ E x2 (t ) = (E x+ )2 cos2 (ω t )
Þ
2
E y2 (t ) = (E y+ )2 !"sen (ω t )#$ E y2 (t ) = (E y+ )2 sen 2 (ω t )
E x2 E y2
cos2 (ω t ) = e sen 2 (ω t ) =
(E x+ )2 (E y+ )2
E y2 E x2
+ =1
(E y+ )2 (E x+ )2
52
Þ Foi então obtida a equação analítica de uma elipse com semi-eixos maior
e menor alinhados ao longo de y e x, respectivamente, ou o inverso.
Figura 2.11 - Ilustração da polarização elíptica com as elipses alinhadas ao longo do eixo x ou do eixo
y.
⇒ De forma inteiramente análoga à polarização circular.
HORÁRIO
E x+ ≠ E y+ e δ = +π/2 ⇒ POLARIZAÇÃO ELÍPTICA NO SENTIDO
HORÁRIO
b) 2a possibilidade
d⇒¹ ±Neste
p/2 ecaso,
d ¹ ±pa polarização será elíptica, porém a elipse resultante não
Þestará alinhada
Neste caso, aao longo dosserá
polarização eixos x e y. porém a elipse resultante não estará
elíptica,
alinhada ao longo dos eixos x ou y.
⇒ A avaliação do sentido de rotação da polarização deve ser feita utilizando
53
o mesmo método apresentado.
Þ A avaliação do sentido de rotação da polarização deve ser feita utilizando
o mesmo método apresentado anteriormente.
Figura 2.12 - Ilustração da polarização elíptica com as elipses alinhadas em 45º ou 135º com relação
ao eixo x.
c) 3a possibilidade
a
c) 3 possibilidade
E =+ E y+ e+ a diferença de fase d pode ser qualquer, porém com exceções: d ¹ 0,
+
d ¹ ± p/2 e d ¹ ±p
±π
(tx)(=t )E=0+Ecos
Ex E + (ω t ) Þ
⇒ EEx ((tt)) == E +
cos((ωωtt))
E 0+ cos
0 cos (ω t ) x 0
(ty)(=t )E=0+Ecos
Ey E +
(ω(ωt +t +δδ) )
0 cos
Þ
⇒ EEyy (t ) = E0+0+ [[cos(
cos(ωωt)cos(
t)cos(
δδ) −) −sen(
sen(
ωω δ )]δ )]
t)sen(
t)sen(
E E2
E x (t ) = E0+ cos (ω t ) Þ cos (ω t ) = +x Þ cos2 (ω t ) = 2+x 2
E E
E x (t ) = E0+ cos (ω t ) ⇒ cos (ω t ) = E0+x ⇒ cos2 (ω t ) = (E+x0 2)
E0 (E0 )
2
E x2 2 E x22 E
1− sen (ω2
t ) = +E2x Þ sen 2(ω t ) = 1− E+x 2 Þ sen (ω t ) = 1− E x + 2
2 2 x
1− sen 2 (ω t ) =
(E0 )+ 2 ⇒ sen (ω t ) = 1− (E0+ )2 ⇒ sen (ω t ) = 1− (E
+ 02
)
(E0 ) (E0 ) (E0 )
Þ Substituindo cos(wt) e sen(wt) em Ey.
⇒ Substituindo cos(ωt) e sen(ωt) em Ey.
"E " 2 % %
E x δ ) − 1− E x Esen(
E y E= E(t0+) $= E+x +cos(
2
$ cos(δ ) − 1−+ 2 + 2 sen('δ )'
x δ )
y
$# E0 0 $# E0+ (E0 (E
) 0) '& '&
Þ⇒
Esta é aé aequação
Esta equaçãoanalítica
analítica de elipse fazendo ângulos de ±45o com os
uma elipse.
de uma
eixos coordenados.
54
14
Exercício 2.3 – Seja uma onda plana que se propaga através de um meio
material com perdas, onde a sua velocidade de fase é dada por vf = c/2, e cujo
campo elétrico é dado pela seguinte expressão.
E = e− π z e− jπ z [ jx̂ + (1− j) ŷ ] V/m
Calcule o seguinte:
a) O estado de polarização da onda, incluindo o sentido de rotação, se houver.
b) O coeficiente de atenuação.
c) O comprimento de onda.
d) A frequência da onda.
SOLUÇÃO
a)
Para a análise do estado de polarização, basta inicialmente fixar um plano, por
exemplo o plano z = 0.
E = jx̂ + (1− j) ŷ Þ Ex = j e E y = (1− j)
(
E (t ) = Re Ee jωt )
E (t ) = Re {[ jx̂ + (1− j) ŷ ] e jωt }
E (t ) = Re "# jx̂e jωt + (1− j) ŷe jωt $%
Lembrando que: j = e jπ /2
E (t ) = Re "#e jπ /2 x̂e jωt + (1− e jπ /2 ) ŷe jωt $%
E (t ) = Re "# x̂e j(ωt+π /2) + ŷe jωt − ŷe j(ωt+π /2) $%
E (t ) = cos (ω t + π / 2 ) x̂ + cos (ω t ) ŷ − cos (ω t + π / 2 ) ŷ
55
Em componentes x e y:
E x (t ) = cos (ω t + π / 2 )
E y (t ) = cos (ω t ) − cos (ω t + π / 2 )
E y (t ) = cos (ω t ) − cos (ω t + π / 2 )
" % " %
Identidade trigonométrica: cos A − cos B = 2sen $" 1 ( A + B)'% sen $" 1 ( B − A)'%
1 1
Identidade trigonométrica: cos A − cos B = 2sen #$ 2 ( A + B)&' sen#$ 2 ( B − A)&'
#2 & #2 &
"1 % "1 %
cos (ω t ) − cos (ω t + π / 2 ) = 2sen"$ (ω t + ω t + π / 2 )%' sen"$ (ω t + π / 2 − ω t )%'
1 1
cos (ω t ) − cos (ω t + π / 2 ) = 2sen $# 2 (ω t + ω t + π / 2 )'&sen $# 2 (ω t + π / 2 − ω t )'&
#2 & #2 &
"1 % "1 %
cos (ω t ) − cos (ω t + π / 2) = 2sen $ ( 2ω t + π / 2)' sen $ ( π / 2)'
#2 & #2 &
E x (t ) = −sen (ω t )
E y (t ) = 2sen (ω t + π / 4)
Como dδ ¹≠ 0,
0, dδ ¹≠ ±±π/2
p/2 e dδ ¹≠ ±±π,
p, então
então aa onda possui polarização ELÍPTICA.
ELÍPTICA.
b)
b)
Da expressão do campo elétrico, é imediato que a = p Np/m
c)
Da expressão do campo elétrico, é imediato que b = p rad/m
2π
β= Þ π = 2π Þ l = 2 m
λ λ
d)
vf Þ vf Þ c 3x108
λ= f= f= = = 0, 75x108 = 7,5x10 7 Hz
f λ 2x2 4
f = 75 MHz
Exercício 2.4 – Seja o campo elétrico de uma onda plana que se propaga no
espaço livre (ar) dado pela seguinte expressão.
E = 10 −3 ( x̂ + jŷ ) e− jβ z V/m
Calcule o seguinte:
a) O estado de polarização da onda.
b) O sentido de rotação, caso exista.
SOLUÇÃO
(
E (t ) = Re Ee jωt )
a)
Fazendo z = 0 Þ E = 10−3 ( x̂ + jŷ)
E (t ) = Re "#10 −3 ( x̂ + jŷ) e jωt $%
57
E (t ) = 10 −3 Re "#( x̂ + jŷ) e jωt $% = 10 −3 Re "# x̂e jωt + jŷe jωt $%
Lembrando que: j = e jπ /2
Lembrando
E (t ) = 10 −3 Reque: j =e jeπ /2jπ ŷe
"# x̂e jωt + /2 jω t
$% = 10 −3 Re "#e jωt x̂ + e j(ωt+π /2) ŷ$%
E (t ) = 10 −3 (Re "# x̂e jωt + e jπ /2 ŷe jω t $
" % =π10
−3 " jωt
% + Re #e x̂ + e
j (ω t+π /2) $
ŷ%
−3
E (t ) = 10 *cos(ω t) x̂ + cos $ω t + ' ŷ-
() # 2& ,
−3 " π% +
E (t ) = 10 *cos(ω t) x̂ + cos $ω t + ' ŷ-
) # 2& ,
E xx (t ) = 10 −3 cos(ω t)
" π%
E yy (t ) = 10 −3
−3
cos $ω t + '
# 2&
b)
E xx (t ) = 10 −3 cos(ω t) Þ
⇒ E x (t ) = 10−3 cos(ω t)
" π%
E yy (t ) = 10 −3
−3
cos $ω t + ' Þ E yy (t ) = −10−3 sen (ω t )
⇒
# 2&
58
4a Lista de exercícios (livro-texto, 1a edição) - Capítulo 4: 4.5, 4.8, 4.11-
4.14, 4.20-4.26.
Exercício 2.5 – ONDA DE RÁDIO PROPAGANDO-SE EM TERRA
DISSIPATIVA
O campo magnético de uma onda plana propagando-se através da terra (meio
dissipativo) é descrito matematicamente como H = H 0e −αze − jβz ( xˆ + 2 jyˆ )A/m,
onde a amplitude injetada em z = 0 possui o valor H0 = 1 µA/m. Assumindo
-4
que a terra tenha uma condutividade elétrica
€ de 10 S/m, constante dielétrica
relativa de 9 e que a onda propagante tenha frequência linear de 1 GHz,
calcule o seguinte, considerando o interior da terra.
a) A expressão matemática do vetor campo elétrico correspondente.
b) O estado de polarização completo da onda.
c) O vetor densidade de potência média (magnitude em W/m2, direção e
sentido).
d) A constante de fase (rad/m).
e) A velocidade de fase (m/s).
f) O comprimento de onda (m).
g) A constante de atenuação (Np/m).
h) A profundidade pelicular (m).
Exercício 2.6 – Uma onda plana representada numa certa posição por 2(ejπ/3
x̂ + ej5π/6 ŷ ) V/m se propaga no ar. Calcule:
59
Exercício 2.7 – PARÂMETROS DE PROPAGAÇÃO NA TERRA
ÚMIDA
Os parâmetros eletromagnéticos constitutivos da terra úmida para f = 1 MHz
são s = 10-1 S/m, er = 4 e µr = 1. Assuma que a amplitude do campo elétrico
de uma onda plana uniforme incidente na interface ar/terra úmida (dentro já
da terra úmida) seja de 3x10-2 V/m, calcule e/ou responda os itens abaixo com
referência a terra úmida.
60
= 4 S/m, er = 81 e µr = 1, calcule ou responda o que se pede para a água do
mar.
(a) A constante de atenuação (em Np/m).
(b) A constante de propagação complexa (em m-1).
(c) A velocidade de fase (em m/s).
(d) O comprimento de onda (em m).
(e) A profundidade pelicular (em m).
(f) A frequência de 82 Hz é adequada para um enlace eletromagnético entre
submarinos submersos a longa distância entre si e que utilizem apenas a água
do mar como meio de propagação? Explique!
Exercício 2.9 – Seja o campo magnético H = H 0 e−α x e jβ x ( ŷ + j2 ẑ ) com f = 1 GHz,
SOLUÇÃO
(a)
∂D
Lei de Ampère-Maxwell: ∇ × H = JC +
∂t
Equações constitutivas: JC = σ E e D = ε E
∂(ε E) ∂E
∇×H =σE + Þ ∇ × H = σ E + ε Þ ∇ × H = σ E + jεω E
∂t ∂t
σ E + jεω E = ∇ × H Þ (σ + jεω ) E = ∇ × H Þ (σ + jεω ) E = ∇ × H
61
1
E= ∇×H
σ + jεω
1 "∂ ∂ ∂ %
$ x̂ + ŷ + ẑ ' × *+ H 0 e e ( ŷ + j2 ẑ ),-
−α x j β x
E=
σ + jεω # ∂x ∂y ∂z &
1 "∂ % *
$ x̂ ' × + H 0 e e ( ŷ + j2 ẑ ),-
−α x j β x
E=
σ + jεω # ∂x &
! H 0 $ ∂ −α x j β x
E =# & ( e e )*+ x̂ × ( ŷ + j2 ẑ ),-
" σ + jεω % ∂x
! H0 $
& (−α e e + j β e e ) ( ẑ − 2 jŷ)
−α x j β x −α x j β x
E =#
" σ + jεω %
! H0 $ −α x j β x
E =# & (−α + j β ) e e ( ẑ − 2 jŷ )
" σ + jεω %
! H0 $ −α x j β x
E =# & (α − j β ) e e ( 2 jŷ − ẑ )
" σ + jεω %
2
H 0 −2α x )" α − j β % ,
S (r ) = e Re +$ ' (−2 jŷ × j2 ẑ − ẑ × ŷ).
2 *# σ + jεω & -
2
H 0 −2α x )" α − j β %" σ − jεω % ,
S (r ) = e Re +$ '$ ' ( 4 ŷ × ẑ − x̂ ).
2 *# σ + jεω &# σ − jεω & -
2
H 0 −2α x *(" (α − j β ) (σ − jεω ) % ,*
S (r ) = e Re )$ 2 2 2 '( 4 x̂ − x̂ )-
2 +*# σ +ε ω & .*
62
(b)
σ
tgθ =
ωε
10!"
𝑡𝑔𝜃 =
2𝜋10# x9x8,85x10!$%
tgq » 0,0002 Þ “bom dielétrico”
1 1 1 c c
vf ≈ = = = Þ vf = 108 m/s
µ 0εrε 0 εr µ 0ε 0 εr 3
(c)
Como a onda é monocromática vg = v f
63
(a) Suponha que uma antena omnidirecional irradie 2 GHz no espaço livre
uma potência Prad, e depois é substituída por uma antena setorizada em 45°
que irradia ainda o mesmo valor. Calcule o aumento de nível (em dB) da
magnitude do vetor de Poynting médio numa distância arbitrária da antena.
(b) Calcule a magnitude do vetor de Poynting médio produzido pela antena
setorizada gerando 5 W em 45°, numa distância de 1 km da fonte, uniforme
em 50m de altura. Calcule também as magnitudes do campo elétrico e
magnético.
(c) A 10 km da mesma antena setorizada, você verifica que o sinal que chega
é muito fraco para a aplicação desejada. Então você resolve utilizar uma
antena parabólica de raio igual 20 cm para aumentar o nível de sinal. Calcule
a potência média que a antena parabólica captura supondo ainda irradiação
uniforme em 50m de altura.
(d) Entretanto, a 50m da antena setorizada está a sua casa. Com receio da
irradiação eletromagnética, você resolve cobrir toda a sua casa com folha de
papel alumínio de 20 µm de espessura. Calcule a magnitude do campo elétrico
fora e dentro da sua casa. Suponha ainda irradiação uniforme em 50m de
altura. Dado: condutividade elétrica do alumínio = 3,8 x 107 S/m.
! 100 $
& cos (10 t − β z ) r̂ V/m
8
E =#
" r %
Calcule:
(a) A constante de fase b.
(b) O coeficiente de atenuação a devido apenas ao polímero.
65
(c) O campo magnético instantâneo H correspondente.
(d) O vetor de Poynting instantâneo.
(e) A densidade volumétrica instantânea de energia armazenada no campo
elétrico e no campo magnético.
(f) A densidade de corrente de deslocamento J D instantânea.
(g) A densidade superficial instantânea de cargas sS(z,t) na interface mais
externa do polímero.
DADO (em coordenadas cilíndricas): ∇ = r̂ ∂ + φˆ 1 ∂ + ẑ ∂
∂r r ∂φ ∂z
66