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Algumas características dos laços amorosos nos dias atuais

Algumas características
dos laços amorosos nos dias atuais
Some characteristics about love relation nowadays
Ana Cristina Teixeira da Costa Salles
Nina Rosa Artuzo Sanches
Rosa Maria Gouvêa Abras

Resumo
Através de conceitos freudianos e lacanianos e usando de exemplos da clínica, as autoras ana-
lisam as mudanças nas relações amorosas nos dias atuais.

Palavras-chave: Relação anaclítica, Relação narcísica, Objeto-fetiche, Objeto-devastação, Ge-


ração Y.

Introdução Em vez de propormos um discurso fe-


A psicanálise tem um discurso próprio, re- chado sobre a sexualidade e a vida amorosa,
sultante de mais de um século de produção pensamos ampliar nossa escuta para poder-
teórico-clínica de Freud e seus seguidores. Se, mos captar o que ocorre hoje, neste início de
de início, ela causou escândalo, com sua nova século, tomando a sexualidade em sentido
visão de homem e suas relações, com o pas- lato, assim como as variações quanto às for-
sar do tempo, seu discurso foi sendo maciça- mas de escolhas próprias do nosso tempo.
mente assimilado pela cultura, correndo ris- As grandes mudanças sociais, políticas,
co de perder sua virulência e sua capacidade tecnológicas e científicas das últimas déca-
de inovação. Essa absorção se fez notar de for- das transformaram as sociedades ocidentais
ma mais enfática a partir dos anos cinquenta. em sociedades globalizadas onde quem dita
Em relação à vida amorosa, em que a às regras é o mercado.
sexualidade faz seus laços, vemos com fre- Baumann define a vida líquida na socie-
quência a incorporação de conceitos psi- dade “líquido-moderna” como uma “vida
canalíticos ser usada pelo discurso social, de consumo” que projeta o mundo e todos
com o objetivo de julgar e medir o grau de os seus fragmentos animados e inanimados
adaptação e patologia dos relacionamentos. como objetos de consumo” (Baumann,
A apropriação da psicanálise por ideologias 2007, p. 16).
de cunho moralizante, ao propor um ideal Segundo Pereira Mendes (2013, p. 1)
de felicidade amorosa, nada mais faz do que
tentar transformá-la em um instrumento de Se a sociedade freudiana era vitoriana e patriar-
controle social no sentido da higienização e cal, favorecendo a histeria e o mascaramento
medicalização da vida privada. das pulsões e do desejo, a sociedade atual, que
Como Freud, pensamos que a felicidade teve lugar a partir da década de 60, se nota-
não está na programação do homem (O mal- biliza pela radicalização das sensações e pelo
-estar na civilização, Freud, 1974, p. 94), não deslizamento veloz em torno de novos objetos
cabendo ao psicanalista estabelecer modelos de desejo, proporcionando o aparecimento do
para um casal feliz e adaptado. gozo, da depressão e das montagens perversas.

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Algumas características dos laços amorosos nos dias atuais

Nos dias atuais, ou seja, tempo da hiper- mente é o que conta. Viver no presente e pelo
modernidade, verifica-se uma diversidade presente obtendo o máximo de satisfação pos-
tanto na composição quanto nas formas de sível, evitando as inquietudes e sofrimentos,
relacionamentos.  priorizando os finais rápidos e indolores, pois
Existe um número considerável de pes- sem eles seria impossível recomeçar é um im-
soas adultas que moram sozinhas. Cresce perativo.
também consideravelmente o número de
mulheres que não desejam mais ter filhos Evitar o luto, atenuar a dor, diminuir a an-
(Revista Veja, maio 2013). O casamento tra- gústia e calar o sofrimento frente às perdas e
dicional homem-mulher, onde o homem é o decepções afetivas são as soluções mais bus-
provedor, e a mulher é principalmente a es- cadas atualmente.
pectadora e suporte da vida do marido e dos Quanto aos namoros, alguns mantêm o
filhos, não é mais o único modelo. A entrada padrão tradicional como um treinamento
da mulher no mercado de trabalho mudou para um futuro compromisso, mas, na maio-
radicalmente as relações familiares. ria das vezes, ninguém é responsável por
Ao mesmo tempo, avanços tecnológi- ninguém... Cada um que cuide de si e procu-
cos transformaram a noção de concepção e re se defender dos sofrimentos da separação.
paternidade, através de pesquisas e estudos Frente a tantas transformações da era vi-
no campo da infertilidade proporcionando toriana aos dias atuais, gostaríamos de saber
o aparecimento de famílias monoparentais, o que mudou nos registros simbólico e ima-
onde a presença do pai não tem mais o mes- ginário.
mo peso de antigamente. Outra grande mu- As eleições amorosas ainda seguem os
dança diz respeito à legalização das relações mesmos padrões descritos por Freud e La-
homoafetivas e a adoção de crianças por ca- can?
sais homossexuais.
Tipos de escolhas de objetos em Freud
O discurso amoroso do século XXI Em Freud vamos encontrar dois tipos de es-
O discurso amoroso do século XXI, decor- colha de objeto: a escolha de objeto narcísi-
rente das mudanças advindas da nova moral ca e a escolha de objeto anaclítica (FREUD,
cultural e das características das sociedades 1974, p. 94). Na escolha de objeto narcísica
de consumo apresenta traços particulares: o modelo é a relação do indivíduo consigo
as relações são instáveis e fugazes, o objeto mesmo. É uma relação marcada pela onipo-
amoroso é descartável como qualquer objeto tência, onde as limitações, os enganos e os
na lógica do consumo. erros são vividos como ofensa pessoal.
As relações têm que ser light no sentido da Na escolha de objeto anaclítica, a pulsão
falta de compromisso, mas ao mesmo tempo sexual está apoiada na pulsão de autocon-
têm de ser algo da ordem de um excesso e servação. É uma escolha regressiva e com-
do espetacular. Não há diferença entre o pú- plementar — mulher que alimenta e homem
blico e o privado, Encontros e rompimentos que protege. Infantilizante para um, acentua
são vividos e totalmente compartilhados nas o papel parental do outro.
redes sociais. A escolha narcísica ativa está do lado
Como disse Baumann (2007, p. 11), masculino, e a escolha anaclítica, passiva,
está do lado do feminino Em relação à mu-
[...] ligações frouxas e compromissos revogáveis lher, Freud estabeleceu duas condições que
são os preceitos que orientam os laços entre os determinam a escolha. O objeto deverá ser
indivíduos. Ligar-se ligeiramente a qualquer um substituto paterno: o complexo de cas-
coisa que se apresente e abandoná-la rapida- tração leva a mulher a se afastar da mãe (a

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quem atribui à falta de um pênis) e a achar respeito à vida pública parecia preocupá-la.
no pai uma posição de descanso. Isabel confirmava as impressões do pai: lugar
O homem deve redundar num filho: que da mulher era não na política, mas em casa.
seu homem seja um pai e que seu homem Só lhe importava a vida privada, o ninho dos
seja um filho. A síntese deve caminhar para a pombos. Quando Gastão parte para a Guerra
resolução da maternidade: seu homem é pai do Paraguai, ela escreve: “Meu querido, meu
de seu filho. bem-amado, meu amigo, meu tudo”. Sem ro-
Dentro dessa perspectiva, a escolha con- deios, dizia-lhe que sentia falta de suas ca-
jugal é correlativa às fixações infantis, mar- rícias e da cama vazia. Com o nascimento
cas deixadas pelo encontro com os pais. Se dos filhos, passam a viver cada vez mais uma
para Freud o encontro com o objeto é sem- vida burguesa. Diferentemente dos casamen-
pre um reencontro, o laço amoroso teria um tos das elites, eram amigos, companheiros e
valor de um sintoma, tentativa de restituição dormiam juntos. Quando Gastão parte para
e montagem de um fantasma. Nos interessa uma viagem, Isabel lhe escreve: “Vou me dei-
saber se encontraremos hoje as mesmas con- tar bem só! Bem triste e bem saudosa!!! Boa
dições descritas por Freud, isto é, o peso do noite querido do meu coração!!!”.
operador narcísico e do complexo de Édipo Isabel detestava substituir o pai quando
nas eleições do objeto. ele viajava. Nada queria saber sobre a aboli-
ção dos escravos e o movimento republicano.
Um exemplo A oposição a acusava de pouco inteligente,
da mulher freudiana do século XIX histérica, fanática religiosa e incompetente.
Isabel Orléans de Bragança, Condessa d’Eu, Acusava o casal de fútil e egoísta. Após a Pro-
nasceu em 13 jul. 1847. Com 4 anos foi reco- clamação da República, a família parte para
nhecida como herdeira da Coroa brasileira. o exílio.
Cresceu como princesa que teria de forta-
lecer o princípio monárquico, apesar de ser As contribuições de Lacan
mulher... Ser mulher naquela época signifi-
cava “o belo defeito da natureza”, “o vaso frá- Lacan, em sua teorização, contribuiu para a
gil” no qual o homem depositava sua semen- compreensão freudiana ao mostrar que o su-
te. A inferioridade feminina era um dado jeito pode ficar preso numa captura narcísica,
natural, e o marido seu guardião e tutor por para evitar o encontro angustiante do que ele é
excelência. como objeto para o Outro. No início, essa cap-
Isabel era uma criança gorda, dócil, obe- tura narcísica inscreve-se no sujeito quando ele
diente e bondosa. Sua mãe era pacata e reli- reflete a imagem que corresponde ao desejo dos
giosa. Seu pai, o imperador Dom Pedro II, pais ou da família e está articulada à constitui-
embora a valorizasse como filha, parecia in- ção do sujeito como um tempo lógico e estrutu-
capaz de aceitá-la como sua sucessora. Aos rante, o Estádio do espelho, em que sua ima-
19 anos se casa com Dom Gastão d’Eu, con- gem refletida é autenticada pelo Outro. Essa
de francês, em um casamento arranjado, mas ilusão narcísica de completude é a condição
por quem se apaixonou imediatamente. Ele necessária do sujeito e sua inscrição no campo
era carinhoso, e ela fazia tudo para agradá- do Outro, no simbólico. Corre-se, entretanto, o
-lo. Isabel era o retrato acabado da noiva ro- risco de se ficar preso no imaginário, ao ideal,
mântica do século XIX. numa alienação à imagem e, portanto, detido,
Gastão queria participar da política e dos paralisado. O encontro com o desejo do outro é
negócios da corte, mas Dom Pedro o impe- sempre enigmático e angustiante para o sujeito,
dia. Isabel, por seu lado, era totalmente de- pois nunca se sabe o que pode advir. As relações
sinteressada pelo reino. Nada do que dissesse amorosas, que são expressões de laços sociais,

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geralmente refletem essa forma de vínculo alie- -se de uma devastação, nunca ser amada por
nante em que o sujeito evita a renúncia de ser inteiro. Por isso também, o amor é tão insis-
o objeto imaginário que obtura a falta do Ou- tente e tão importante para a mulher, assim
tro, renúncia que possibilita o acesso ao desejo como as palavras de amor, que representam
(Salles; Ceccarelli, 2010, p. 22). para ela uma restauração narcísica. O senti-
mento de perda de amor é muitas vezes vivi-
Para Lacan, a escolha narcisista é marcada do como uma devastação.
pelo imaginário: elege-se um semelhante. É
um tipo de eleição ativa, onde o que importa Uma mulher lacaniana - a devastação
para o sujeito é amar; não importa se o outro Eles estão por volta dos trinta anos. Ele é
ama ou não. Já na escolha anaclítica, o que profissional liberal bem-sucedido, preocu-
importa é ser amado. Faz-se a escolha de um pado com a aparência, mora sozinho. Ela é
outro que o apoia e quer. É mais uma relação funcionária pública federal com alto salário.
com o grande Outro. Muito bonita, mora com os pais. Estão jun-
A posição anaclítica é a que melhor con- tos há seis anos, mas ele não quer casar. A
vém ao homem, pois é ele que tem algo para justificativa dele é “preciso de liberdade”. Ele
satisfazer a mulher. A mulher encontra nele exige que ela se apresente sempre impecável,
o objeto que lhe falta. O que Lacan eviden- que tenha um bom carro, que se exercite, que
cia é o poder feminino que se funda sobre a mantenha o peso. Controla o tempo todo o
pobreza, o não ter e, em nome da falta, obter, que ela come. Viajam muito e sempre divi-
pedir e perseguir. Nessa relação o homem dem todas as contas. Ela cuida da casa dele,
sofre por não poder deixar de dar à mulher o desde a decoração até as contas, lavanderia,
objeto que lhe falta. supermercado, empresta seu carro quando o
A mulher sofre de duas faltas: a falta-a- dele vai para a oficina. Ele sai semanalmente
-ser, que constitui todo ser humano e a falta sozinho para encontrar os amigos e as ami-
de um significante, que define a feminilida- gas. Muitas vezes ela o leva e busca nesses
de. Por isso, ela se aproxima do homem na encontros. Quando ele chega em casa e não a
relação amorosa pedindo que ele a defina. Se encontra, liga reclamando que não tem nada
uma mulher aspira encontrar seu homem, para comer. Certa noite, ao sair da casa dele
é precisamente como uma consequência de às duas da madrugada, teve um pneu furado
não “ser toda” e precisar de uma ancoragem e a roda do carro quebrada, em uma rua es-
para seu ser e para o seu gozo. Para isso, ela cura e perigosa. Teve de resolver o problema
aceita ser as diversas mascaradas, inclusive a com o porteiro de um prédio. Não pode li-
“masoquista”; “ela é capaz de dar tudo para gar para o namorado, porque ele sempre avi-
o homem, seu corpo, sua alma, seus bens” sa quando ela sai da sua casa “não me ligue
(Zalcberg, 2007, p. 141). Uma mulher faz quando chegar em casa, porque já vou estar
tudo para ser amada. Ela, na falta de defini- dormindo”. Devastada, chega ao analista.
ção, precisa de palavras, palavras de amor,
e se elas não vêm, advém uma verdadeira Para finalizar, mais algumas questões
devastação que, ao final das contas, revive o Um homem faz da mulher o objeto a como
relacionamento mortífero com a figura ma- mais-de-gozar em sua fantasia, mas o inverso
terna na infância. não é verdadeiro. Os objetos a na fantasia de
A mulher é para o homem um sintoma uma mulher são seus filhos. Como fica essa
(objeto a). Por isso, o sintoma do homem (o máxima psicanalítica nos dias atuais? Como
de que só pode amar uma parte da mulher, dissemos anteriormente, cresce o número
nunca ela por inteiro) tem uma profunda de pessoas solteiras que moram sozinhas e
repercussão sobre a mulher. Para ela, trata- de mulheres que não querem mais ser mães.

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E qual é o novo fetiche dessas mulheres? A dias atuais, que afetaram principalmente as
carreira? O próprio corpo perfeito? A inde- relações amorosas. Entretanto, permanece o
pendência financeira? desejo de fazer vínculos, a tentativa de sair
Uma das afirmações psicanalíticas é que da solidão e, cada um, à sua maneira, tenta
o homem chega ao amor através do sexo, iludir o desamparo e a incompletude, pois
e a mulher chega ao sexo através do amor. o amor, afinal, é ainda o que consegue fazer
Como fica isso hoje? Na atualidade, uma das laço entre o real e o simbólico.
dimensões do masculino está atrofiada: o ca-
valheirismo. As mulheres se ressentem, por Abstract
outro lado, estão bem mais ativas e arrojadas The authors analyze changing in nowadays
quanto à abordagem sexual dispensando a love relationships, using Freudian and Laca-
corte masculina e até a dimensão do amor nian concepts, besides clinical vignettes.
na relação.
A clínica demonstra que geralmente as re- Keywords: Anaclitic relations, Narcissistic re-
lações anaclíticas têm mais estabilidade e du- lations, Fetish-object, Devastation-object , Y
ração, enquanto as relações narcísicas, muito Generation
embora mostrem um alto teor de atração se-
xual, em geral têm uma durabilidade menor,
pois são atravessadas por um alto grau de Referências
agressividade e competitividade,
Existe também uma certa incongruên-
cia entre o discurso e a prática nas escolhas Abras, R. M. G; Sanches, N. R. A. Abrindo o
amorosas atuais. Estamos nos referindo ago- jogo. In: Revista Vorstellung, Belo Horizonte, n. 1. out.
1997. Publicação do Grupo de Estudos Psicanalíticos
ra aos mais jovens. A escolha é predomi- (GREP).
nantemente narcísica, mas as queixas são de
falta de cuidado, atenção, isto é, a demanda Alves NETO, G. F. O amor é dar o que não se tem.
é anaclítica. Os relacionamentos são aber- In: CESAROTTO, O. Ideias de Lacan. São Paulo: Ilu-
tos, fugazes, mas se invade a privacidade do minuras, 1995.
outro através de telefone, email, GPS, crises Bauman, Z. Vida líquida. Rio de Janeiro: Zahar,
de ciúmes por causa de mensagens, telefone- 2007.
mas não atendidos, porque a pessoa não está
onde disseque estaria. Debord, G. A sociedade do espetáculo. Rio de Janei-
Um novo fenômeno que se apresenta é a ro: Contraponto, 1997.
geração Y. Nascida após a década de 1980 e FREUD, S. O mal-estar na civilização [1930 (1929)].
conhecida como geração do milênio ou da In: Edição standard brasileira das obras psicológicas
internet, usufruiu dos confortos e dos avan- completas de Sigmund Freud. Direção-geral da tradu-
ços tecnológicos desconhecidos pelos pais. Já ção de Jayme Salomão. Rio de Janeiro: Imago, 1974, v.
foi acusada de ser distraída, egoísta, superfi- XXI, p. 81-171.
cial e incapaz de sustentar a longo prazo um FREUD, S. O tabu da virgindade (Contribuições à
compromisso profissional ou amoroso. Não psicologia do amor III) (1912). In: Edição standard
é que não tenha valores morais, pois defende brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund
intensamente o meio ambiente. Eo calor com Freud. Direção-geral da tradução de Jayme Salomão.
que participou dos movimentos políticos Rio de Janeiro: Imago, 1970, v. XI, p. 179-192.
que ocorreram em junho deste ano, nos fez FREUD, S. Sobre a tendência universal à deprecia-
ter finalmente mais esperança nessa geração. ção na esfera do amor (Contribuições à psicologia
Para finalizar, pensamos que houve de do amor II) (1912). In: Edição standard brasileira
fato mudanças radicais da era vitoriana aos das obras psicológicas completas de Sigmund Freud.

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Algumas características dos laços amorosos nos dias atuais

Direção-geral da tradução de Jayme Salomão. Rio de S ob r e as Autoras


Janeiro: Imago, 1970, v. XI, p. 163-173.
Ana Cristina Teixeira da Costa Salles
FREUD, S. Sobre o narcisismo: uma introdução Psicóloga. Especialista em psicologia clínica.
(1914). In: Edição standard brasileira das obras psico- Psicanalista. Sócia do CPMG.
lógicas completas de Sigmund Freud. Direção-geral da
tradução de Jayme Salomão. Rio de Janeiro: Imago, Nina Rosa Artuzo Sanches
1974, v. XIV, p. 89-119. Psicóloga. Especialista em psicologia clínica.
Psicanalista. Sócia do CPMG.
FREUD, S. Um tipo especial de escolha de objeto dei- E-mail: nr.artuzo@uol.com.br
ta pelos homens (Contribuições à psicologia do amor
I) (1910). In: Edição standard brasileira das obras psi- Rosa Maria Gouvêa Abras
cológicas completas de Sigmund Freud. Direção-geral Psicóloga. Especialista em psicologia clínica.
da tradução de Jayme Salomão. Rio de Janeiro: Imago, Psicanalista. Sócia do CPMG.
1970, v. XI, p. 147-157.
Endereço para correspondência
Jimenez, G. Filhos? Não, obrigada. Veja. São Paulo,
Abril, v. 46, n. 22, 29 maio 2013. p. 114-120. Ana Cristina T. C. Salles
Rua Piauí, 778/503 - Santa Efigênia
Lacan, J. O seminário, livro 20: mais ainda. Rio de 30150-320 - Belo Horizonte/MG
Janeiro: Zahar, 1982. (31) 3273-4335
E-mail: anacristinatcsalles@hotmail.com
Lacan, J. O seminário, livro 5: as formações do in-
consciente. Rio de Janeiro: Zahar, 1999. Nina Rosa A. Sanches
Rua Levindo Lopes, 333/804 - Funcionários
Lipovetsky, G. A era do vazio: ensaios sobre o indi- 30140-911 - Belo Horizonte/MG
vidualismo contemporâneo. São Paulo: Manole, 2005. (31) 3281-0699
E-mail: nr.artuzo@uol.com.br
Mendes, E. R. P. Os últimos cinquenta anos da
psicanálise. Aula inaugural. CPMG. Belo Horizonte, Rosa Maria Gouvêa Abras
2013. Rua Alagoas, 1270/301 - Savassi
30130-160 - Belo Horizonte/MG
Priore, M. O castelo de papel. Rio de Janeiro: Rocco, E-mail: rosa.abras@gmail.com
2013.

Salles, A. C. T. C.; Ceccarelli, P. R. A invenção


da sexualidade. In: Revista Reverso, Belo Horizonte.
n. 60, set. 2010. Publicação do Círculo Psicanalítico
de Minas Gerais.

Salles, A. C. T. C.; Ceccarelli, P. R. Angústia,


separação e desamparo na clínica contemporânea.
In: Estudos de Psicanálise, Belo Horizonte, n. 38, dez.
2012. Publicação do Círculo Brasileiro de Psicanálise.

Soller, C. A psicanálise na civilização. Rio de Janei-


ro: Contracapa, 1998.

Zalcberg, M. Amor, paixão feminina. Rio de Janei-


ro: Elsevier, 2007.

R ecebido e m : 1 0 / 0 9 / 2 0 1 3
A provado e m : 2 9 / 1 0 / 2 0 1 3

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