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A TRANSMISSÃO DO PECADO

Texto Base: Rm 5. 12-18


Pergunta para discussão:
Se o pecado é a essência da nossa natureza, de tal modo que
não podemos deixar de pecar, como Deus pode julgar-nos por
pecar?

Precisamos considerar como nossa natureza pecaminosa foi


transferida de Adão para sua descendência.

Nesta passagem, Paulo estabelece um contraste entre o


segundo Adão, Cristo, e o primeiro, mas também está
mostrando que eles tinham um tipo de relacionamento
semelhante.

Por meio da justiça de um homem nos somos redimidos, assim


como por meio da injustiça de outro homem fomos lançados em
ruína e morte.

Não reclamamos da transferência da justiça de Cristo para nós;


é a transferência da injustiça de Adão para nós que nos
dá tantos problemas.

Vamos seguir a linha teológica do FEDERALISMO.

Nesse ponto de vista, focamos no caráter representativo de


Adão.

No jardim, Adão agia como uma representação de nós, assim


como os oficiais numa república federativa representando o
povo.
Da mesma maneira, Jesus entrou numa solidariedade
corporativa com o povo de Deus.

Ele nos representava.

Então por meio de Cristo, Deus nos considera justo.

De acordo com este ponto de vista, a nossa salvação descansa


na validade de algum tipo de representação.

Se, em princípio, nos opomos à representação diante de Deus,


perdemos nossa salvação, porque a única maneira pela qual
podemos ser salvos é pela obra representativa de outra pessoa.

Adão, estava agindo como o cabeça federal da raça humana,


representando a si mesmo e a todas as pessoas nascidas em
seguida.

Logo, quando Adão caiu, todos que ele representava caíram


com ele.

Esta afirmação leva as pessoas a protestarem imediatamente


que não escolheram Adão como seu representante, isso porque
queremos o direito que nos garanta que seremos representados
apropriadamente, não queremos que alguém indique por nós os
nossos representantes.

No entanto, no caso de Adão, Deus selecionou nosso


representante, e aquela foi a única vez, exceto a cruz, em toda
a história humana, em que fomos perfeitamente representados.
E por isso que a escolha de Deus quanto a um representante foi
uma escolha justa, feita por um ser perfeitamente santo e feita
com base em seu conhecimento perfeito. Ele nos conhecia de
antemão e conhecia também nosso representante.

Pergunta para discussão:


O que você acha do nosso primeiro representante, ele
realmente nos representou corretamente?

Não podemos dizer a Deus que Adão nos representou mal, o


que é a suposição básica que fazemos ao tentarmos escapar da
transferência de culpa.

Pensamos que teríamos agido diferentemente de Adão, se


houvéssemos estado no jardim do Éden.

Entretanto, Adão nos representava perfeitamente porque era o


representante escolhido de Deus.

Conclusão
Se eu contrato um homem para matar alguém e asseguro-me
de estar fora da cidade enquanto ele comete o assassinato,
posso ser considerado responsável por homicídio qualificado
embora eu não tenha puxado o gatilho.

Mas essa analogia não funciona neste assunto, porque não


escolhemos Adão.

O fato é que Adão foi escolhido perfeitamente por um Deus


onisciente e justo, e Adão atuou realmente em nosso lugar, de
acordo com o julgamento de Deus.
Essa é a razão por que o pecado de um único homem produziu
nossa ruína, e nossa única esperança é a justiça de outro
representante, e ele é Cristo como diz em 1 Coríntios 15.3;

“Pois o que primeiramente lhes transmiti foi o que recebi: que


Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras”.

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