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RESILIENTES…
Manter a esperança e o equilíbrio emocional nos momentos difíceis faz com que
criemos confianças em nós e, consequentemente, aprendemos a lidar com os
obstáculos da vida. Para isso, precisamos ser resilientes. Precisamos manter aquela
voz dentro da gente que diz: tudo vai dar certo, as coisas vão mudar para melhor.
“Às vezes perder o equilíbrio por amor, faz parte de uma vida equilibrada.”
O livro é extremamente detalhado e aborda muitas curiosidades de cada cultura,
tornando-se impossível não gostar de cada uma delas. O filme, claro, não deixa a
desejar com ótimas canções (inclusive brasileiras) e não peca no conteúdo. Mas, o
mais importante, é a mensagem que ambos nos passam depois de um olhar mais
demorado sob a história. Liz foi resiliênte, e decidiu encarar as mudanças como uma
oportunidade de melhoria. E, assim como tudo na vida, não obteve sucesso logo de
cara.
Ao nos depararmos com a frustração pessoal e infelicidade, por exemplo, podemos
compreendê-las de duas formas: primeiro podemos ter uma interpretação mais
negativa dos fatos. Nesta posição não exibimos nenhuma atitude de mudança. E,
assim, assumimos uma postura de vítima das circunstâncias da vida. Uma segunda
possibilidade diz respeito a uma interpretação mais ativa dos fatos, onde podemos
assumir que parte dos problemas e das dificuldades que vivemos dizem única e
exclusivamente respeito a nossa forma de agir no mundo. Ou seja, só colheremos o
que plantar. Mas, oportunidade de mudar, todos temos.
O trecho abaixo, retirado de “Comer Rezar Amar” relata um dos momentos em que Liz
percebe o quão importante é mudar, mesmo que isso seja causado por momentos
inesperados: “Outro dia, um amigo me levou a um lugar incrível: o Augusteum.
Otaviano Augusto o construiu para abrigar seus restos mortais. Quando os bárbaros
vieram, eles o demoliram junto com todo o resto. Como Augusto, o primeiro grande
imperador de Roma, imaginaria que Roma e que todo o mundo como ele o conhecia
ficaria em ruínas? É um dos locais mais sossegados e solitários de Roma. A cidade
cresceu ao seu redor ao longo dos séculos.
O lugar é como uma ferida, um coração partido ao qual você se apega, pois a dor é
boa. Todos queremos que as coisas permaneçam iguais, David. Aceitamos viver
infelizes porque temos medo da mudança, que as coisas acabem em ruínas. Aí, eu
olhei esse lugar, o caos que ele suportou, o modo como foi adaptado, queimado,
pilhado e depois encontrou uma maneira de ser reconstruído, e me tranquilizei. Talvez
minha vida não tenha sido tão caótica. O mundo que é, e a única armadilha real é nos
apegarmos às coisas. A ruína é uma dádiva. A ruína é o caminho que leva à
transformação.”
Portanto, sejamos realistas, e vamos seguir fazendo da dificuldade a nossa
motivação, aceitar a resiliência como a nossa capacidade de renovar as atitudes e
continuar aprendendo com cada lição.
Obrigada pelo ensinamento, Liz.
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Por: Raquel Rocha – Via: Obvious