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26/12/2019 AVA UNINOVE

Dispositivos auxiliares da marcha


COMPREENDER OS CONCEITOS E APLICAÇÕES DOS DISPOSITIVOS AUXILIARES, SUA UTILIZAÇÃO E

VARIAÇÕES DURANTE A MARCHA.

AUTOR(A): PROF. CAROLINA MARCIELA HERPICH

AUTOR(A): PROF. RODRIGO ALCORINTE HUBINGER

DISPOSITIVOS AUXILIARES DE MARCHA


Para  discutir sobre a utilização de dispositivos que auxiliam os pacientes com dificuldades para deambular,
 precisamos diferenciar próteses de órteses, PRÓTESES é  um  dispositivo destinado a substituir um órgão,

de um membro ou parte do membro destruído ou gravemente acometido, e ÓRTESES é o aparelho destinado


a suprir ou corrigir a alteração morfológica de um órgão, de um membro ou de um segmento de um

membro, ou a deficiência de uma função.


De acordo com a definição acima, podemos concluir que, os dispositivos que estudaremos a seguir se

encaixam na categoria das órteses, vamos agora conhece-los e discutir como poderemos utiliza-los de

maneira correta.
Existem três categorias de dispositivos deambulatórios auxiliares: bengalas, muletas e andadores. Esses

dispositivos auxiliares da marcha são prescritos por uma série de fatores, como problemas de equilíbrio,
dor, fadiga, fraqueza, instabilidade articular, carga esquelética excessiva. Uma das funções dos dispositivos

auxiliares é a eliminação da carga de modo parcial ou completo, sobre um membro inferior, e isto se dá pela
transmissão da força dos membros superiores até o solo.
 

Legenda: RECURSOS AUXILIARES

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Bengala
 A bengala serve para ampliar a base de sustentação e melhorar o equilíbrio do paciente. Bengalas não são
projetadas para o uso em marchas em que há restrições de sustentação do peso. Os pacientes devem ser
instruídos para segurar a bengala com a mão OPOSTA ao membro afetado, este posicionamento da bengala,

se aproxima mais ao padrão recíproco da marcha normal, com braço e perna opostos movimentando-se
simultaneamente e também amplia a base de sustentação, com menor desvio lateral do centro de gravidade,
do que quando a bengala está segura do mesmo lado.
A bengala pode ser útil em casos que temos alterações de equilíbrio ou instabilidade, fraqueza nas pernas

ou tronco, lesões ou dor em idosos, uma bengala de ponta única pode auxiliá-lo a manter uma vida
independente. As bengalas se diferenciam em bengala padrão e de 4 pontos, A bengala padrão possui um
ponto e pode ser de madeira ou alumínio ajustável, a de 4 pontos garante uma base mais larga, ambas
devem ser ajustadas na altura do trocânter  maior ou ângulo do cotovelo (flexionado 20 a 30 graus), durante

a marcha a bengala deve ser posicionada a 15 cm da borda lateral dos artelhos e sempre a bengala e o
membro acometido avançam simultaneamente. Para subir escada, segure o corrimão (se possível) e suba o
degrau primeiro com a perna boa, com a bengala na mão oposta à perna lesada. Então leve a perna lesada
degrau acima. Para descer a escada, primeiro posicione a bengala no degrau, então apoie a perna lesada e
finalmente a perna boa, que suporta o peso do corpo. 

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Legenda: TIPOS DE BENGALA.

Muletas
Frequentemente utilizadas para melhorar o equilíbrio e aliviar, total ou parcialmente, a  sustentação de
peso por um membro inferior. A utilização de muletas propicia a transferência de peso através dos membros
superiores, o que permite uma deambulação funcional. Elas são comumente usadas bilateralmente e tem
como função: aumentar a base de sustentação, melhorar a estabilidade lateral e permitir que os membros
superiores transfiram o peso corporal para solo. Existem basicamente 2 tipos de muletas: a  axilar  e

a canadense.
 

Muleta Axilar:
  Material pode ser de alumínio ou madeira leve, em geral possibilitam o ajuste do comprimento total e

também para o apoio da mão.

Em ortostatismo estático, o ponto mais alto da muleta, deve situar-se 2 a 3 dedos abaixo da axila até um
ponto cerca de 15 cm afastado lateralmente do seu pé, as mãos devem estar posicionadas de tal forma que

permitam uma flexão de cotovelo de cerca de 20 a  30º. É importante frisar que, não se deve apoiar as axilas

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na muleta durante a marcha, a força toda deve acontecer no cotovelo e punho. O apoio da muleta na axila

pode desencadear uma compressão no plexo braquial, ocasionando dor no paciente.

Legenda: MULETAS AXILARES

Muleta Canadense
A   braçadeira permite uso das mãos  sem que a muleta seja solta; são fáceis de  ajustar e possibilitam

atividades funcionais, mais propiciam menos apoio em comparação as axilares, ou seja são menos estáveis,
o posicionamento deve permitir uma flexão de cerca de 20 a   30°, a braçadeira deve ser posicionada 1/3

proximal do antebraço, 2,5 a 3,75cm abaixo do cotovelo, em pé a extremidade distal da muleta deve ser 

posicionada em um ponto a 5cm lateral e 15cm  anterior ao pé.

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Legenda: MULETAS CANADENSES

Existem variações da  marcha durante com muletas


Marcha de três pontos: utilizada quando se  requer a ausência de sustentação de peso em  um membro
inferior;

Marcha com Sustentação Parcial de Peso: é uma modificação da de 3 pontos; durante a progressão do
membro afetado para a frente, o peso é sustentado parcialmente por ambas as muletas e pelo membro

afetado.
Marcha de quatro pontos: O peso é sustentado por ambos os membros inferiores, usada em
comprometimento bilateral, falta de equilíbrio e coordenação ou fraqueza muscular, primeiramente se
move uma bengala, posteriormente membro contralateral, seguido pela muleta, e membro contralateral.

Marcha de dois pontos: Simula a marcha normal, uma vez que os MMII e MMSS (com as muletas) se
movimentam juntos, mas sempre contralateral.

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Andadores
Os andadores  são usados para melhorar o equilíbrio e para diminuir a sustentação de peso, completa ou
parcialmente, sobre um membro inferior. propiciam quatro pontos de  contato com o solo, tendo uma BA

larga;  conferem um alto nível de estabilidade e dão  sensação de segurança para pacientes que  têm medo
de deambular;

Uma das principais desvantagens lentidão, inadequados a  pequenas áreas e são difíceis de manobrar,  além
de eliminar o balanço dos braços. Existem várias modificações do modelo quanto ao mecanismo de dobra,

rodas, cestas, a apoios de mão. A mensuração é realizada da mesma forma que se mede uma bengala, na
altura do trocânter  maior e permitir uma flexão de 20 a 30 graus de cotovelo. As quatro  pernas devem ser 

levantadas  ou  baixada no solo ao mesmo tempo garantindo maior estabilidade; Manter postura e cabeça

erguida; Paciente    não deve      aproximar-se demais da              barra frontal, pois ↓ a BA e pode provocar
quedas.

A três variações da marcha com andador: Marcha com sustentação total de peso, onde a andador é
levantado e levado à frente, à distância aproximada de um braço; o MI é levado à frente seguido pelo MI

oposto.  Marcha sem sustentação de peso, onde o andador é levado a frente, em seguida o peso é transferido
ao andador por meio dos MMSS, e a marcha com sustentação parcial de peso onde o andador é levantado e

levado a frente; o membro afetado é levado à frente com transferência parcial de peso, enquanto o restante

é transferido pelo andador, seguido pelo membro inferior não afetado.


 

Legenda: ANDADORES

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Legenda: ANDADOR

ATIVIDADE

Paciente do sexo masculino, 60 anos, foi submetida a uma artroplastia

total do quadril direito, devido a osteoartrose severa de quadril. Com


relação ao uso de dispositivos auxiliares para marcha dessa paciente,
assinale a alternativa correta.

A. A bengala é indicada sempre do lado oposto da lesão, na altura da EIAS.


B. A bengala deve ser usada do lado direito.

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C. Ao subir escadas a paciente deve primeiro subir o membro inferior

esquerdo e ao descer a bengala e o membro inferior direito devem


descer primeiro.
D. Ao subir escadas a paciente deve primeiro subir o membro inferior

direito e ao descer a bengala e o membro inferior esquerdo devem


descer primeiro.

ATIVIDADE

A marcha de 3 pontos é indicada quando:

A. Utilizada quando se  requer a ausência de sustentação de peso em  um

membro inferior;
B. Enfatizar o uso de uma progressão normal;
C. Tipicamente usada em comprometimento bilateral;
D. Utilizada quando o paciente não consegue apoias ambos os MMII.

REFERÊNCIA
O¿SULLIVAN, S.B.; SCHMITZ, T.J. Fisioterapia: avaliação e tratamento. Barueri: Manole, 2004.
PERRY, J. Análise de Marcha. Barueri: Manole, 2005. v.3, pp.57-58

GLISOI, S.F.N; ANSAI, J. H; SILVA, T. O; FERREIRA, F.P.C; SOARES, A. T; CABRAL, K. N; SERA, C.T. N;
PASCHOAL, S. Dispositivos auxiliares de marcha: orientação quanto ao uso, adequação e prevenção de
quedas em idosos, Geriatria & Gerontologia, 2012.

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