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BIM A0. Introdução ao BIM


T1 Introdução
C3 Contexto Internacional
Autor: Rafael Riera López
Co-autor: Silvia Imperatriz de Azevedo Rojas

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BIM A0. Introdução ao BIM
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C3 Contexto Internacional

Este capítulo descreve a situação atual da implementação do BIM em todo o mundo através do

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levantamentos dos diferentes países que já adotaram estratégias para a utilização destes sistemas.

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Esta ampla visão sobre o contexto atual internacional nos abriu os olhos sobre a importância de começar

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a se especializar em BIM e introduzir uma metodologia de trabalho que em muitos casos já é uma

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exigência internacional e que, em breve será mais um requisito em nossos países, tanto pela

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concorrência de empresas, tanto pelos órgãos governamentais.
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Alemanha: Foi definido que em 2017 a utilização de sistemas de BIM será obrigatória para projetos
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superiores a 100 milhões de euros. Em 2010, o governo alemão realizou uma investigação I+D chamada:
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BIM – Potentials and Barriers, na qual foi feito um estudo sobre a situação do BIM no país, os benefícios

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e as barreiras que existem para a aplicação desta metodologia.

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Austrália: Iniciativa nacional sobre o uso de BIM, liderada pelo governo junto com a buildingSMART

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Austrália. Exigências de projeto desenvolvidos em BIM serão consideradas a partir de 01 de julho de


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2016.
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Canadá: Um dos países mais ativos do mundo na implementação de sistemas BIM, que através do IBC
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(Institute for BIM in Canada) e do Canada BIM Council (CanBIM) criaram protocolos, padrões, soluções
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para o trabalho 100% colaborativo.
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Coreia do Sul: A partir de 2016 o uso do BIM para projetos públicos superiores a 50 milhões de dólares

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será obrigatório.
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China: Embora seja verdade que a China ainda não tem uma obrigatoriedade para utilização do BIM, ela
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já está desenvolvendo sua primeira National BIM Guideline. Um dos principais objetivos governamentais
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planejados pela China é a redução dos custos ambientais através da eficiência energética no setor da
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construção e por este motivo, que os chineses consideram o BIM como uma das principais soluções para
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abordar a sustentabilidade do país. Uma prova disto é que o governo e alguns dos seus ministérios já
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solicitaram que várias empresas desenvolvam padrões BIM com o objetivo de lançar uma iniciativa do

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governo estrutura de acordo com as necessidades do país.


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Dinamarca: Entre os anos 2003-2006 houve uma iniciativa do governo chamada Will to Grow, na qual
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foi investido 2,5 milhões euros em educação, produtividade e licenças de softwares.


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Um ano mais tarde, em 2007, foi lançado o mandato que obrigava que qualquer projeto de mais de 1
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milhão de euros deveria ser desenvolvido e apresentado com ferramentas digitais. Em 2011, o governo
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dinamarquês apresentou uma regulamentação que tornava obrigatório a utilização do BIM para
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qualquer tipo de projeto que superasse 2,7 Milhões de euros e/ou qualquer projeto público que tivesse
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um orçamento maior que 677 mil euros.


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Espanha: A associação buildingSMART Spanish Chapter lançou em 2014 o primeiro Guía uBIM, guia de
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protocolos BIM em espanhol para acesso de todos os profissionais interessados.


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Este documento é uma iniciativa para a normalização do BIM no setor da construção da língua espanhola
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e muito útil para desenvolver projetos seguindo padrões eficazes.


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Em julho de 2015, o Ministério organizou a Comisión para la implantación de la metodología BIM en


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España, nesta comissão foram estabelecidas bases e roteiros para o uso obrigatório de BIM em
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concursos públicos, tanto de construção, como infraestrutura para os anos de 2018 e 2019.
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Na região da Catalunha, foi publicado o Manifiesto BIMCAT durante o European BIM Summit (2015),

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onde frisou-se o objetivo por parte da Generalitat de Catalunya e do Ajuntament de Barcelona em

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adotar o BIM para o ano de 2018 (em qualquer projeto público de construção e infraestruturas que

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supere o orçamento de 2 milhões de euros).

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Também foi estabelecido que o ano de 2017 seria o momento para publicar diversos padrões BIM, como:

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arquivos IFC, diretrizes e guias, procedimentos e processos para o desenvolvimento e entrega do modelo
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digital.
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E no ano de 2020, o uso do BIM será obrigatório para qualquer infraestrutura pública, em todas suas
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fases: concepção, construção e operação (Manutenção e Facility Management), tanto para obras novas,
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tanto para reabilitações.

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Estados Unidos: Em 2003, a General Service Administration (GSA) lançou uma iniciativa para o uso de

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3D e 4D BIM com the Public Buildings Service Office of Chief Architect. Este programa foi destinado a

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promover as tecnologias da modelagem digital visando a melhoraria da qualidade e eficiência da


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construção ao longo de todo seu ciclo de vida.


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Desde o ano de 2007, a GSA exige como requisito mínimo modelos BIM para a apresentação de projetos.
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A GSA desenvolveu o guia BIM Guide Overview que aborda os seguintes temas: 3D-4D-BIM Overview,
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Spatial Program Validation, 3D Laser Scanning, 4D Phasing and Energy Performance and Operations.

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E, 2006, The US Army Corps of Engineers (USACE), publicou o caminho para o BIM, no qual foi abordado

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os fluxos de trabalho no setor da construção através de softwares Bentley.


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Estônia: Embora o BIM na Estônia ainda não seja obrigatório, uma das grandes empresas do setor da
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construção do país, Riigi Kinisvara, promoveu uma iniciativa de implementação de BIM em projetos
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públicos em 2008-2009. Em 2013, a empresa publicou seu primeiro manual de BIM.
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Finlândia: Desde 2007 o uso do BIM é obrigatório, e a intenção é que o país atinja o nível 3 o mais rápido
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possível.

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Hong-Kong: O roteiro para a implementação BIM em Hong Kong foi desenvolvido em 2014 pela
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buildingSMART Hong Kong, HKIBIM, Construction Industry Council (CIC) e várias empresas de diferentes
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setores. Os seus objetivos são: Modelo BIM eficiente, gestão de informações e controle dos fluxos de
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trabalho.
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Islândia: Government Construction Contracting Agency (GCCA), Reykjavik Energy, the Innovation Centre
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of Iceland y The Division of Planning and Construction of Reykjavik City realizou entre os anos de 2008-
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2011 um projeto chamado BIM-Iceland, no qual foi estudado a melhora da qualidade nos desenhos e na
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construção de projetos públicos e a redução dos gastos durante todo ciclo de vida dos edifícios.
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Em 2012, foi publicado o BIM Handbook. Embora Government Construction Contracting Agency (GCCA)
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ainda não obrigue o uso do BIM, a Islândia está na “vanguarda” da implementação dos sistemas de BIM.
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Irlanda: Na Irlanda, encontramos o CITA BIM Group (2010), o projeto da CITA Enterprise Innovation
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Network (EIN) visa analisar as vantagens do BIM e tudo que é relacionado a novas tecnologias do setor
AEC; promover a adoção do BIM; estudar os obstáculos para implementação de novas plataformas nas
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empresas da construção e facilitar o networking entre elas a fim de debater as possibilidades e


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interesses do BIM no país.


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Itália: The INNOVance Project é uma iniciativa do governo italiano que visa promover o desenvolvimento

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e a inovação no setor da construção através da criação de uma base de dados italiano contendo todas

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as informações relevantes relacionadas com o ciclo de vida dos edifícios.

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Esta base de dados (Big Data) foi criada a fim de alcançar uma maior eficiência tanto nos processos de

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construção, tanto na gestão e manutenção dos edifícios, sendo interligada, atualizada e estendida para

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softwares independentes através de modelos BIM por meio do arquivo IFC de buildingSMART.
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Noruega: Statsbygg é uma agência governamental que usa o BIM para todos os projetos públicos desde

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2010. Statsbygg publicou em 2011 o 1.2.1. Neste país é obrigatório entregar os modelos BIM em
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formato IFC a qualquer envolvido no ciclo de vida de um edifício, sejam eles clientes, gerentes de
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projeto, construtoras, escritórios de arquitetura e outros perfis.

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Nueva Zelândia: Em 2012 o governo publicou a iniciativa Building and Construction Productivity

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Partnership com o objetivo de aumentar a produtividade no setor da construção em 20% até 2020. O

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Bim foi considerado como a metodologia para alcançar o objetivo estipulado.


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Além disso, em 2012, a Masterpec publicou a National BIM Survey 2012 para definir o posicionamento
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do BIM no país, neste documento se define a classificação nacional e neutra de sistemas BIM, a criação
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de uma biblioteca nacional BIM e o desenvolvimento de guias nacionais para o desenvolvimento de
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modelos eficientes.

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Países Baixos: The Dutch Ministry of the Interior and Kingdom Relations exige a adoção de BIM e publica

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a versão em inglês da BIM Standards of Netherlands. Este documento define as especificações dos
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contratos e a documentação exigida em projetos.


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Singapura: É considerado como um dos países mais ativo e empreendedor do “Mundo BIM” (junto com
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Estados Unidos e Reino Unido). The Building Construction Authority of Singapore (BCA) é uma iniciativa
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do governo que define o desenvolvimento dos modelos. gu
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Em 2012, foi publicado o Singapore BIM Guide, que foi atualizado em 2013 com BIM Particular

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Conditions V2, que define as responsabilidades legais de cada um dos participantes de um projeto de
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construção.
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Suécia: Embora o uso do BIM ainda não seja obrigatório na Suécia, cinco empresas públicas (Akademiska
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Hus, Fortifikationsverket, Riksdagsförvaltningen, Specialfastigheter Sverige e Statens Fastighetsverk),


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estão desenvolvendo padrões e requisitos relacionados com a implementação de processos BIM no país.
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Em 2014 foi publicado o Guia BIM de Suécia.


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Reino Unido: A crise económica obrigou o governo do Reino Unido desenvolver novas estratégias para
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controlar os gastos da construção. Em 2011, foi publicado um tratado em que exigia a colaboração em
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3D BIM para o ano de 2016 (Nível 2). O governo do Reino Unido, durante estes anos, já publicou algumas
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documentações sobre a implementação e aplicação do Bim em projetos: AEC (UK) BIM Protocol e o
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Government Construction Strategy.


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Para finalizar este cenário, no seguinte link podemos ver um portal na internet que informa sobre os
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guias governamentais e as organizações que direcionam a implementação do BIM em diferentes países:


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http://bim.natspec.org/index.php/resources/bim-guidelines
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Podemos observar que já existem muitos recursos nos países que implementaram o BIM, em

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contrapartida a implementação desses sistemas em diferentes países é relativamente moderna

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(Estados Unidos é o líder mais velho, desde 2003).

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Hoje, existe uma clara aposta internacional para a adoção desta metodologia em todo o mundo, pois

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com isso os governos teriam maior controle sobre gastos de desenvolvimento, construção e

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manutenção das construções, levando o setor da construção a uma industrialização.
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Neste gráfico estatístico da McGraw Hill Construction (2013) podemos observar o tempo que os

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profissionais da construção (de diversos países) utilizam BIM.
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Figura 1. Estadística sobre quanto anos os países já levan trabalhando em BIM.

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