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12/08/2021

UEM – Universidade Estadual de Maringá


Profa. Aline do Vale
Rodovias

RODOVIAS
Conceitos Iniciais e Classificação das vias
Aula 1

Conteúdo
1. Elementos básicos do Projeto Geométrico

2. Elaboração do projeto geométrico de rodovia em planta

3. Elaboração do projeto geométrico de rodovia em perfil

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Bibliografia
Rodovias

1. FRAENKEL, B. B. Engenharia rodoviária. Rio de Janeiro: Guanabara Dois, 1980.


2. PONTES FILHO, G. Estradas de rodagem: projeto geométrico. São Paulo: IPC-PIH, 1998.
3. SENÇO, W. de. Estradas de rodagem: projeto. São Paulo: USP/Escola Politécnica, 1980.
4. LEE, S.H. Introdução ao projeto geométrico de rodovias. Apostila. Florianópolis, 120p, 2000.
5. LEE, S.H. Introdução ao projeto geométrico de rodovias. Florianópolis: Editora UFSC 413p, 2005.
6. ANTAS, P.M.; VIEIRA, A.; GONÇALO, E.A.; LOPES, L.A.S. Estradas – projeto geométrico e de terraplenagem. 1ª ed. Editora
Interciência, 282 p., 2010.

7. DNER. Manual de projeto geométrico de rodovias rurais. Rio de Janeiro, 195p., 1999. (IPR, Publicação 706)
8. DNIT. Diretrizes básicas para estudos e projetos rodoviários: escopos básicos/ instruções de serviço. 3ª ed. Rio de Janeiro, 484p.,
2006. (IPR, Publicação 726)
9. DNIT. Diretrizes básicas para elaboração de estudos e projetos rodoviários: instruções para apresentação de relatórios. Rio de Janeiro,
313p., 2006. (IPR, Publicação 727)

Bibliografia

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Definição de Estradas
Rodovias
Estrada destinada a transferência de pessoas e/ou bens, entre dois locais geograficamente
separados, efetuada por veículos automotores como carros, motos, ônibus e caminhões,
também denominadas de estradas de rodagem.

Ferrovias
Estrada destinada a transferência de pessoas e/ou bens, entre dois locais geograficamente
separados, efetuada por um comboio, automotora ou outro veículo semelhante, também
denominadas de estradas de ferro.

História
Primeiros registros históricos no mundo do uso de estradas:
Pesquisas arqueológicas mostram que as primeiras estradas foram construídas a partir de
trilhas usadas por povos pré-históricos e se localizaram no sudoeste da Ásia, numa ampla
área delimitada pelo mar Negro, Cáspio, Mediterrâneo e o golfo Pérsico.

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História
Primeiros registros históricos no mundo do uso de estradas:
Durante a construção da grande Pirâmide (230m base x 146m altura) foram utilizados 2,3 milhões de
blocos de pedra, cada pesando 2,5 t. E cerca de 100.000 homens durante 20 anos.
Para isso construiu-se uma estrada pavimentada com grandes lajes de pedra com a face superior
trabalhada (pista lisa), os blocos eram arrastados sobre uma espécie de trenó arrastado por inúmeras
parelhas de escravos, para diminuir o atrito parte da pista era lubrificada com óleo e água.

História
O Império Romano:
Com a queda da Babilônia as civilizações que se sucederam (Persa e Grega)
não tiveram desempenho significativo nos transportes terrestres, mas no império
romano com seu domínio sobre todo o mudo civilizado ocidental, deu-se um
salto enorme. Os romanos construíram uma extensa rede de estradas que cobria
todo o império.
Para obter um traçado mais retilíneo possível (mais curto) eles não poupavam
esforços, assim era necessárias grandes obras de arte especiais (pontes, túneis,
etc);
Disposta em camadas de pedras de tal forma que camadas imediatamente
superiores, de menores dimensões enchessem os vazios das inferiores,
finalmente eram cobertas com lajes de pedra de calçamento (pavimentum).

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História das Rodovias


Os revestimentos até o início do século 19 eram executados com pedras, madeiras ou solo
selecionado (MS). A partir daquela época passou-se a usar o cimento e o asfalto nas
pavimentações rodoviárias.

Início - 1802 na França, 1838 – Estados Unidos e 1869 na Inglaterra (asfaltos naturais).
Os asfaltos derivados de petróleo foram utilizados a partir de 1909. (mais puros e mais
econômicos que os asfaltos naturais).

História das Rodovias


A primeira rodovia pavimentada no Brasil, foi a Estrada União e Indústria, que liga
Petrópolis (RJ) a Juiz de Fora (MG), que comemorou 160 anos em 2021, foi inaugurada em
23 de junho de 1861 pelo imperador dom Pedro II e construída com a mão de obra de
colonos alemães

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História das Rodovias


As estradas brasileiras tiveram sua construção iniciada apenas no século 19 e as rodovias surgiram só na década de
1920, primeiro no Nordeste, em programas de combate às secas. Em 1928 foi inaugurada a primeira rodovia
pavimentada, a Rio - Petrópolis, a rodovia Washington Luís, hoje pertencente ao trecho da BR-040.

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História das Rodovias


A partir das décadas de 1940 e 1950, a construção de rodovias ganhou poderoso impulso
devido a três fatores principais:
Criação do Fundo Rodoviário Nacional (lei Joppert), em 1946, que estabeleceu um
imposto sobre combustíveis líquidos, usado para financiar a construção de estradas
pelos estados e a União;
Criação dos Departamentos Estaduais de Estradas de Rodagem os DER’s, como
também o Departamento Nacional de Estradas de Rodagem – DNER em 1937;
Fundação da Petrobrás, em 1954, que passou a produzir asfalto em grande quantidade;
Implantação da indústria automobilística nacional, em 1957.

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História das Rodovias


A mudança da capital do Rio de Janeiro para Brasília levou à criação de um novo e ambicioso plano rodoviário para
ligar a nova capital a todas as regiões do país. Entre as rodovias construídas a partir desse plano destacam-se a
Brasília-Acre e a Belém-Brasília, que se estende por 2.070km, um terço dos quais através da selva amazônica.

Pará

Acre

Brasília

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Atualidade – Rodovias Brasil

SISTEMA RODOVIÁRIO
O Brasil é o país que tem a
maior concentração
rodoviária de transporte de
cargas e passageiros entre as
principais economias
mundiais, tendo 58% do
transporte no país feito por
rodovias.
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Atualidade – Rodovias Brasil

SISTEMA RODOVIÁRIO
O setor de transportes, entre os anos de
2018 e 2019, compôs aproximadamente
3,7% do valor do PIB (Produto Interno Bruto)

Em 2019, só o modal o rodoviário


representou 61% de todas as
movimentações de carga do país,
considerando os TKU’s (tonelada-quilômetro Fonte: CNT, Ilos,
2020
útil)
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Atualidade – Rodovias Brasil

SISTEMA RODOVIÁRIO
Situação Atual
A malha rodoviária atual é
composta por 1.720.700 km
de rodovias.
Somente 13,7% é
pavimentada.

Fonte: Banco de Informações de Transportes.-


Ministério da Infraestrutura.
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Atualidade – Rodovias Brasil

SISTEMA RODOVIÁRIO – Situação Atual


● Investimento cada vez menor na manutenção;

● Em 2019 o investimento em infraestrutura de transporte é o

menor em 16 anos;

Fonte: DNIT 2019.


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SISTEMA RODOVIÁRIO
Situação Atual

● 75%, em média ao longo dos anos, de


todo o transporte de cargas é feito
pelo sistema rodoviário;

● Em 2019 a venda de caminhões


cresceu 35,7%;

● Existem mais de 700 mil


transportadoras rodoviárias; Fonte: CNT, 2019.

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SISTEMA RODOVIÁRIO
Pesquisa CNT 2019

● Pesquisados 107.161 km da malha


rodoviária pavimentada;
● 57% foram classificados como regular,
ruim ou péssimo;

● Aumento do custo operacional;


● Aumento da emissão de gases estufa;
● Diminuição da segurança.

Fonte: CNT, 2019.


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Fonte: CNT, 2018

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Fonte: CNT, 2018

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Condições das Rodovias Brasileiras

Fonte: CNT, 2018


Regular, ruim e péssimo somados representam 57% do total

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Fonte: CNT, 2018

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Fonte: CNT, 2018

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Fonte: CNT, 2018

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HISTÓRIA
ATUALIDADE
DO PAVIMENTO
DO PAVIMENTO
AC-010

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HISTÓRIA
ATUALIDADE
DO PAVIMENTO
DO PAVIMENTO
MA-346

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HISTÓRIA
ATUALIDADE
DO PAVIMENTO
DO PAVIMENTO
SC-282

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HISTÓRIA
ATUALIDADE
DO PAVIMENTO
DO PAVIMENTO
PR-376

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ATUALIDADE
HISTÓRIA DODO
PAVIMENTO
PAVIMENTO - PARANÁ

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ATUALIDADE
HISTÓRIA DODO
PAVIMENTO
PAVIMENTO - PARANÁ

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Classificação das rodovias

1. Quanto á posição Geográfica

2. Quanto Jurisdição

3. Quanto às condições técnicas (Classificação Técnica) ou Classe de projeto

4. Quanto aos Aspectos Topográficos

5. Quanto ao Nível de Serviço

6. Classificação Funcional

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Classificação das rodovias


1. Quanto á posição Geográfica
As rodovias federais no Brasil são identificadas pela sigla BR-
XXX/YY, seguindo-se um traço, uma centena, uma barra e outra
sigla correspondente ao estado da federação onde está implantada.
Exemplos:
BR-101/BA (Trecho BR-101 localizada no Estado da Bahia).
BR-101/PR (Trecho da BR-101localizada no Estado do Paraná

O primeiro algarismo define a direção dominante da rodovia.


Ter-se-á, portanto, o seguinte:

0 → Rodovias Radiais;
1 → Rodovias Longitudinais;
2 → Rodovias Transversais;
3 → Rodovias Diagonais;
4 → Rodovias de Ligação;
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Classificação das rodovias


1. Quanto á posição Geográfica
RADIAIS – Partem de Brasília, ligando as capitais e principais cidades. Têm a
numeração de 010 a 080, no sentido horário. Ex. BR-020 (Brasília–Fortaleza).

LONGITUDINAIS – Têm direção geral norte-sul. Começam com o número 1,


variam de 100 a 199, (em Brasília 150). Ex: BR-116 (Fortaleza/CE – Jaguarão/RS).
TRANSVERSAIS – Tem direção Leste-Oeste. A numeração varia de 200 no
extremo norte a 250 em Brasília, indo até 299 no extremo sul. Ex: BR-230
(Transamazônica).
DIAGONAIS – As pares têm direção noroeste-sudeste (NO-SE). A numeração
varia de 300 no extremo nordeste a 398 no extremo sudeste (350 em Brasília). O
número é obtido por interpolação. As ímpares têm direção nordeste-sudoeste (NE-
SO) e a numeração varia de 301 no noroeste a 399 no extremo sudeste, (351 em
Brasília). Ex: BR-319 (Manaus – Porto Velho).
LIGAÇÃO – Ligam pontos importantes das outras categorias. A numeração varia
de 400 a 450 se a ligação estiver para o norte de Brasília e de 451 a 499, se para o
Sul de Brasília. Apesar de serem de ligação podem ter grandes e pequenas
extensões.
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Radiais Transversais

Longitudinais Diagonais 35

Classificação das rodovias


1. Quanto á posição Geográfica

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Classificação das rodovias

1. Quanto á posição Geográfica

2. Quanto Jurisdição

3. Quanto às condições técnicas (Classificação Técnica) ou Classe de projeto

4. Quanto aos Aspectos Topográficos

5. Quanto ao Nível de Serviço

6. Classificação Funcional

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Classificação das rodovias


2. Quanto Jurisdição

FEDERAIS – são em geral vias arteriais e interessam diretamente à Nação, quase sempre percorrendo mais de
um Estado. Mantidas pelo Governo Federal;
ESTADUAIS – ligam entre si cidades e a capital de um Estado. Atende às necessidades de um Estado, ficando
contida em seu território. Têm usualmente a função de arterial ou coletora;
MUNICIPAIS – são construídas e mantidas pelos governos municipais. São de interesse de um município ou dos
municípios vizinhos.
VICINAIS – são em geral estradas municipais, pavimentadas ou não, de uma só pista, locais e de padrão técnico
modesto. Promovem a integração demográfica e a territorial da região na qual se situam e possibilitam a elevação
do nível de renda do setor primário. (Escoamento das safras).

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Classificação das rodovias


1. Quanto á posição Geográfica

2. Quanto Jurisdição

3. Quanto às Condições Técnicas (Classificação Técnica) ou Classe de projeto

4. Quanto aos Aspectos Topográficos

5. Quanto ao Nível de Serviço

6. Classificação Funcional

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Classificação das rodovias


3. Quanto às condições técnicas (Classificação Técnica) ou Classe de projeto
No Brasil o DNIT adota uma padronização das características técnicas das rodovias, agrupando-as em CLASSES
DE PROJETO. O principal parâmetro considerado na classificação técnica ou de projeto é o VMD (volume
médio diário) – quantidade de veículos/dia que passam pela rodovia. Adotamos como critério de classificação o
volume de tráfego do 10º ano após sua abertura ao tráfego (projeção).

CLASSE CARACTERÍSTICAS CRITÉRIO DE CLASSIFICAÇÃO TÉCNICA


Via expressa
0 Decisão Administrativa
Controle total de acessos
Pista Dupla Os volumes de tráfego previstos ocasionarem
Controle Parcial de acessos níveis de serviço em rodovia de pista simples
A inferiores aos níveis C ou D.
I
Pista Simples Volume horário de projeto (VMH) > 200.
B Controle parcial de acesso Volume Médio Diário (VMD) > 1400.

II Pista Simples V M D – 700 a 1400 veículos


III Pista Simples V M D – 300 a 700 veículos
A Pista Simples V M D – 50 a 300 veículos
IV
B Pista Simples V M D < 50 veículos
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Classificação das rodovias


3. Quanto às condições técnicas (Classificação Técnica) ou Classe de projeto
Classe 0: Via Expressa: rodovia do mais elevado padrão técnico, com controle total de acesso. O critério de seleção dessas
rodovias será o de decisão administrativa dos órgãos competentes.

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Classificação das rodovias


Vias expressas em áreas urbanas
Via expressa (Expressway) - uma via rápida ou via reservada é uma via de comunicação
terrestre, quase sempre dentro de uma área urbana. É sempre asfaltada e fechada para ciclistas e
pedestres, com o intuito de maximizar o movimento e a velocidade média dos veículos
motorizados que a usam. Além disso, cruzamentos e semáforos não são usados em uma via
expressa, embora, naturalmente, restrições de velocidade máxima existam, mesmo que sejam
mais altas que numa rua ou uma avenida.

Auto-Estrada (Freeway) - As auto-estradas são vias de comunicação destinadas apenas ao


tráfego motorizado, dotada de duas vias (pelo menos) em cada sentido, separadas por elementos
físicos, com cruzamentos desnivelados ou seja, não possui cruzamentos (e sim rampas de
acesso), e serve primariamente para atender ao tráfego entre áreas urbanas ou dentro de uma
metrópole. Ainda são dotadas de serviços especiais, como: postos telefônicos, postos de
segurança e pronto-socorro, etc.
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Via expressa (Expressway)

Marginal do Rio Tiête em São Paulo

Auto-Estrada (Freeway)

Rodovia dos Bandeirantes, é considerada uma das melhores auto-estradas do mundo 43

Auto-Estrada (Freeway) -
Sistema Anchieta-
Imigrantes (SAI)

O Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI) é a


principal ligação entre a região metropolitana
de São Paulo e o Porto de Santos.

Desde 1998, o trecho é administrado pela


empresa Ecovias dos Imigrantes

176,8 km de extensão

30 milhões de veículos recebidos no


Sistema Anchieta-Imigrantes anualmente.

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Auto-Estrada (Freeway) - Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI)

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Classificação das rodovias


3. Quanto às condições técnicas (Classificação Técnica) ou Classe de projeto
Classe I: as rodovias integrantes desta classe são subdivididas em estradas de Classe IA (pista dupla) e Classe IB (pista
simples). A rodovia classificada na Classe IA possui pista dupla e controle parcial de acesso. Sua necessidade decorrerá
quando os volumes de tráfego causarem níveis de serviço inferiores aos níveis C ou D, numa pista simples. O número total
de faixas será função dos volumes de tráfego previstos para o ano-horizonte de projeto. Já as estradas pertencentes a Classe
IB são caracterizadas por rodovias de alto padrão, suportando volumes de tráfego, conforme projetados para o 10o ano após
a abertura ao tráfego, com Volume Médio Horário (VMH) > 200 veículos, bidirecionais, ou VMD > 1400 veículos,
bidirecionais.

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Classificação das rodovias


3. Quanto às condições técnicas (Classificação Técnica) ou Classe de projeto
Classe II: rodovia de pista simples, suportando volumes de tráfego (10o ano) compreendidos entre os seguintes limites:
700 < VMD ≤ 1400 veículos, bidirecionais.

Classe III: rodovia de pista simples, suportando volumes de tráfego (10o ano) compreendidos entre os seguintes limites:
300 ≤ VMD ≤ 700 veículos, bidirecionais.

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Classificação das rodovias


3. Quanto às condições técnicas (Classificação Técnica) ou Classe de projeto
Classe IV: rodovia de pista simples, as quais podem ser subdivididas em estradas Classe IVA ( veículos, bidirecionais) e
estradas Classe IVB (VMD < 50 veículos, bidirecionais). Os volumes de tráfego também referem-se ao 10o ano.

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Classificação das rodovias

1. Quanto á posição Geográfica

2. Quanto Jurisdição

3. Quanto às condições técnicas (Classificação Técnica) ou Classe de projeto

4. Quanto aos Aspectos Topográficos

5. Quanto ao Nível de Serviço

6. Classificação Funcional

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Classificação das rodovias


4. Quanto aos Aspectos Topográficos
Tendo-se em vista que a topografia das regiões abrangidas influi sensivelmente no custo da
construção das rodovias, temos 3 tipos, que são diferenciadas pelas diferenças máximas de cota
por km percorrido, dentro dos seguintes limites:

PLANA (declividade de até 8%);

ONDULADA (declividade entre 8% e 20%);

MONTANHOSA (declividade maiores que 20%);

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Classificação das rodovias

1. Quanto á posição Geográfica

2. Quanto Jurisdição

3. Quanto às condições técnicas (Classificação Técnica) ou Classe de projeto

4. Quanto aos Aspectos Topográficos

5. Quanto ao Nível de Serviço

6. Classificação Funcional

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Classificação das rodovias


5. Quanto ao Nível de Serviço
Medida qualitativa da influência de vários fatores que incluem, a velocidade e o tempo de percurso,
interrupções do tráfego, liberdade de manobra, segurança, comodidade de condução e custos de transportes.
Variam de “A” (escoamento e velocidade livre) a “F” (velocidade e fluxo quase zero)

Nível A: - Fluxo Livre - Condição de escoamento livre, acompanhada por baixos volumes e altas
velocidades.A densidade do tráfego é baixa.

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Classificação das rodovias


5. Quanto ao Nível de Serviço
Nível B: - Fluxo estável - com velocidades de operação a serem restringidas pelas condições de tráfego.
Os motoristas possuem razoável liberdade de escolha da velocidade e ainda têm condições de
ultrapassagem.

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Classificação das rodovias


5. Quanto ao Nível de Serviço
Nível C: - Fluxo ainda estável - Fluxo ainda estável, porém as velocidades e as ultrapassagens já são
controladas pelo alto volume de tráfego. Portanto, muitos dos motoristas não têm liberdade de escolher
faixa e velocidade. É a situação da via apresentada na Figura.

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Classificação das rodovias


5. Quanto ao Nível de Serviço
Nível D: - Fluxo Próximo a Situação Instável: Fluxo aproximando-se da situação instável com
velocidades de operação toleráveis, mas afetadas pelas condições de operação, cujas flutuações no volume
e as restrições temporárias podem causar quedas substanciais na velocidade de operação. Pouca liberdade
para o motorista. Aceitável por curtos períodos de tempo. Fixado como Nível de Serviço Econômico para
projetos de rodovias situadas em regiões montanhosas

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Classificação das rodovias


5. Quanto ao Nível de Serviço

Nível E: - Fluxo Instável: A via trabalha a plena carga e o fluxo é instável, sem condições de
ultrapassagem, sendo que a velocidade é controlada pelo tráfego (40 ou 50 Km/h). Essa condição permite
o máximo volume de tráfego, ou seja, o volume de tráfego correspondente ao NÍVEL DE SERVIÇO é
igual à CAPACIDADE DA RODOVIA

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Classificação das rodovias


5. Quanto ao Nível de Serviço
Nível F: - Fluxo Forçado - Descreve o escoamento forçado, com velocidades baixas e com volumes acima
da capacidade da via. Formam-se extensas filas e impossibilita a manobra. Em situações extremas, velocidade
e fluxo podem reduzir-se a zero.

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Classificação das rodovias

1. Quanto á posição Geográfica

2. Quanto Jurisdição

3. Quanto às condições técnicas (Classificação Técnica) ou Classe de projeto

4. Quanto aos Aspectos Topográficos

5. Quanto ao Nível de Serviço

6. Classificação Funcional

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Classificação das rodovias


6. Classificação Funcional
SISTEMA ARTERIAL – Proporcionam alto nível de
mobilidade para grandes volumes de tráfego. Atendem ao
tráfego de longa extensão interestadual ou internacional.
SISTEMA COLETOR – Atendem a núcleos populacionais
ou centros geradores de tráfego de menor vulto não servidos
pelo Sistema Arterial. A função deste sistema é proporcionar
mobilidade e acesso dentro de uma área específica.
SISTEMA LOCAL – Constituído por rodovias de pequenas
extensões, destinadas basicamente a proporcionar acesso ao
tráfego intra-municipal de áreas rurais e de pequenas
localidades às rodovias mais importantes.

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Classificação das rodovias


6. Classificação Funcional
Estes sistemas são por sua vez, subdivididos em subsistemas em função do VMD, fluxo de tráfego, da
seguinte forma:
SISTEMAARTERIAL
Sistema Arterial Principal: Cidades com mais de 150.000 veículos.
Sistema Arterial Primário: Cidades com mais de 50.000 veículos.
Sistema Arterial Secundário: Cidades com mais de 10.000 veículos.
SISTEMA COLETOR
Sistema Coletor Primário : Cidades com mais de 5.000 veículos
Sistema Coletor Secundário : Cidades com mais de 2.000 veículos.
SISTEMA LOCAL: Servem a pequenas localidades.

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Estradas no Mundo

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Estradas no Mundo

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Estradas no Mundo

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Autobahn – Alemanha

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Maryland, EUA

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Estrada Atlântica - Noruega 70

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Oberalp Pass - Suíça 72

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Guoliang Tunnel Road - China 73

Guoliang Tunnel Road - China 74

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Los Caracoles Pass - Andes 75

Rota Alpina Kurobe-Tateyama, Japão 76

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Chengdu, China

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Guangzhou, China

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Kyiv, Ucrânia

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Dubai, Emirados Árabes Unidos

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Lat. 28°23'57.31"S
Long. 49°32'51.26"O

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VÍDEOS
10 ESTRADAS MAIS PERIGOSAS DO MUNDO
https://www.youtube.com/watch?v=fSrlQmuPysI

TOP 10: AS ESTRADAS MAIS INCRÍVEIS, LINDAS E PERIGOSAS DO MUNDO


https://www.youtube.com/watch?v=tojEQBfRZLg

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