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Sacos de cimento
Índice
1 História
2 Composição
o 2.1 Clínquer
o 2.2 Gesso
o 2.3 Escória siderúrgica
o 2.4 Argila pozolânica
o 2.5 Calcário
3 Processo de produção
o 3.1 Mineração
o 3.2 Clínquer
4 Combustíveis
5 Coprocessamento
6 Ver também
7 Referências
8 Ligações externas
História
No Antigo Egito era utilizada um material feito de gesso calcinado como aglomerante.
Entre os gregos e romanos, eram usados solos vulcânicos das proximidades de Pozzuoli
ou da ilha de Santorini, que endureciam depois de misturadas com água.
A palavra é originada do latim CAEMENTU, é uma referencia a velha Roma que era
construída com pedra natural de rochedos e sentadas com argamassa e aditivos
especiais.
Em 1786 o inglês John Smeaton criou uma mistura resistente através da calcinação de
calcários argilosos e moles. Esse é o marco da criação do cimento artificial. Em 1818, o
francês Vicat obteve resultados semelhantes aos de Smeaton, pela mistura de
componentes argilosos e calcários. Tempos depois, em 1824, o construtor inglês Joseph
Aspdin queimou conjuntamente pedras calcárias e argila, transformando-as num pó
fino. Percebeu que obtinha uma mistura que, após secar, tornava-se tão dura quanto as
pedras empregadas nas construções. A mistura não se dissolvia em água e foi patenteada
pelo construtor no mesmo ano, com o nome de cimento Portland, que recebeu esse
nome por apresentar cor e propriedades de durabilidade e solidez semelhantes às rochas
da ilha britânica de Portland.
Composição
Clínquer Escória Material Material
Cimentos Resistências
Tipo + Gesso siderúrgica pozolânico carbonático
no Brasil (MPa)
(%) (%) (%) (%)
CP I[1][2] Comum 95-100 0-5 25,32,40
CP I - S[1]
[2] Comum 90-94 0 0 6-10 25,32,40
CP II -
Composto 51-94 6-34 0 0-15 25,32,40
E[1][2]
CP II -
Composto 71-94 0 6-14 0-15 25,32,40
Z[1][2]
CP II -
Composto 75-89 0 0 11-25 25,32,40
F[1][2]
CP III[1] Alto-forno 25-65 35-75 0 0-10 25,32,40
CP IV [1][2] Pozolânico 45-85 0 15-50 0-10 25,32
Alta Maior que
CP V -
resistência 90-100 0 0 0-10 14 MPa a 1
ARI[1][2]
inicial dia de idade
Clínquer
Gesso
Escória siderúrgica
A escória, de aparência semelhante a areia grossa, é um subproduto de alto-fornos,
reatores que produzem o ferro gusa a partir de uma carga composta por minério de
ferro, fonte de Fe, e carvão vegetal ou coque, fonte de carbono. Entre diversas
impurezas como outros metais, se concentram na escória silicatos, que apesar de
rejeitados no processo de metalização, proporcionam-na características de ligante
hidráulico.
Argila pozolânica
As pozolanas ativadas reagem espontaneamente com CaO em fase aquosa, por conterem
elevado teor de sílica ativa SiO2. Esta característica levou ao uso de pozolanas como
ligante hidráulico complementar ao clínquer, com a característica de tornar os concretos
mais impermeáveis o que é útil na construção de barragens, por exemplo.
Calcário
Processo de produção
Mineração
As fábricas de cimento tipicamente se instalam ao lado de jazidas de calcário e argila de
modo a minimizar os custos de transporte. A extração destes materiais se realiza em
geral em lavras de superfície, com auxílio de explosivos. As rochas extraídas são
britadas até atingirem tamanhos de aproximadamente 200 mm ou menos e transportadas
para a fábrica em transportadores de correia.
Clínquer
Pré-homogeneização de matérias-primas
Moagem de matérias-primas
Pré-aquecimento
Quase a totalidade dos fornos de cimento atualmente operantes contam com torres de
pré-aquecimento, responsáveis por remover a umidade ainda restante no material
(inferior a 1%) e iniciar a descarbonatação do calcário. Os fornos de maior capacidade e
mais modernos contam com torres maiores capazes de completar quase totalmente o
processo de descarbonatação. Quanto mais eficaz o pré-aquecimento, mais curtos são
fornos.
Clinquerização
Resfriamento
Hoje os resfriadores modernos além de propiciarem uma ótima troca térmica também
possibilitam a recuperação de gases quentes que são reutilizados no processo de
fabricação, que seriam o ar secundário - auxiliar na combustão na zona de queima; ar
terciário - auxiliar na combustão do calcinador; e o ar de excesso - em algumas plantas,
na troca de calor do moinho de matéria prima. O produto (clínquer) ainda é moído e
diluído em gesso, calcário e/ou escória siderúrgica para se chegar ao produto final.
Combustíveis
A produção de cimento consome muito combustível. Geralmente utiliza-se uma
combinação de diversos produtos como óleo, coque de petróleo e resíduos industriais.
Cerca de 7% das emissões de CO2 no planeta são decorrentes da produção de cimento,
devido à combustão e ao processo de descarbonatação da matéria-prima.
Coprocessamento
O Coprocessamento é uma técnica já há muito tempo utilizada em países da Europa,
Japão e EUA, onde consiste em transformar resíduos em combustíveis alternativos e/ou
substitutos de matéria prima, desta forma reduzindo o consumo de combustível fóssil e
assim contribuindo com o meio ambiente.