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Manejo de vacas em

confinamento
Sistemas de confinamento
Free Stall
Free Stall
Free Stall
Free Stall
Free stall
Free stall
Free stall
Free stall
Free stall
Loose Housing
Loose Housing
Tie Stall
Tie Stall
Tie Stall
Tie Stall
Compost Bedded Pack
Compost Bedded Pack
Compost Bedded Pack

61m

25m 25m
3,6m 3,6m 3,6m

Área de descanso:
61 x 12,2 m = 744,2 m2
7,44 m2 por vaca
12,2m
17,7m

3,6m
1,8m
Compost Bedded Pack
Compost Bedded Pack

▪ Manejo
 0,5 a 0,6 m de cama para início
 Nova cama (5 a 20cm) quando começar
a acumular umidade
 Limpeza do stall (1 a 2 x por ano)
Compost Bedded Pack

▪ Aeração
 Quando vacas estão na ordenha
 Começar junto com nova cama
 25 a 30 cm
 Misturar nas duas direções
 Cultivador, sub-solador, enxada
rotativa
 Equipamento pesado e compactação
Compost Bedded Pack

▪ Por que não funciona sempre?


 Design
 Densidade
 Material
 Mistura inadequada
 Compactação
 Frio
 Umidade
Compost Bedded Pack

▪ Checagem
 Temperatura: 43 a 65 oC

 Umidade: 45 a 55%

 Maciez (“fofinhez”): subjetiva

 Distribuição das vacas

 Sujeira nas vacas

 CCS ou mastite subclínica


Compost Bedded Pack

▪ Estudo com 43 produtores (EUA)


 Melhorou o conforto das vacas (n = 28)
 Melhorou limpeza das vacas (n = 14)
 Baixa manutenção (n = 11)
 Bom para novilhas, vacas primíparas,
problemas e velhas (n = 10)
 Posição natural de deitada (n = 9)
 Melhora de pernas e pés (n = 8)
 Proximidade da ordenha (em comparação
ao pasto) (n = 8)
 Redução de CCS (n = 6)
Compost Bedded Pack

▪ Estudo com 43 produtores (EUA)


 Melhorou detecção de cio (n = 6)
 Melhora de manejo de dejetos (n = 3)
 Aumento no CMS (em comparação ao
pasto) (n = 3)
 Aumento na PL (n = 3)
 Aumento na longevidade (n = 3)
 Redução de injúrias de casco e tetos (n =
2)
 Redução do tempo no concreto (n = 2)
CCS

350000 antes depois


323692
300000 292146 299577
252859
250000

200000

150000

100000

50000
a b a a
0
Principal Especial

Norman et al. (2010)


Principal: para todas categorias
Especial: para categorias como: laminate, novilhas, vacas doentes
PL e CCS

Parâmetro Antes Transição Depois


PL (kg) 29a 30ab 30,6b
CCS (cels/mL) 411.230a 305.410b 275.510b

Antes: Representa os dados antes do ensaio


Transição: primeiros 12 meses
Depois: após 12 meses
Valor P: 0,05
Motivo para descarte

8
antes depois
7

4
%

0
Pernas e pés Perfil leiteiro PL Reprodução
Cochos
Cochos
Cochos
Detalhes
Detalhes
Detalhes
Detalhes
Higiene depende do manejo
Escore de Higiene

▪ Limpa, quase sem evidência de esterco


Escore de Higiene

▪ Limpa, apenas “espirros” de esterco


Escore de Higiene

▪ Suja, pequenas pontuações de esterco


Escore de Higiene

▪ Imunda, grandes placas de esterco


Escore de Cocho
Escore 0 – sem sobras
Escore 1 – até 2,5% de sobra
Escore 2 – até 5% de sobras
Escore 3 – até 10% de sobras
Escore 4 - > 10% de sobras
Escore 5 – Alimento intacto
AGRUPAMENTO

▪ Produção de leite:
 Desvantagens:
 Vacas não gestantes transferidas de
grupo;
 Mudanças constantes de animais;

▪ Período de lactação:
 Desvantagens:
 penaliza animais com produção alta,
mesmo em estágio avançado de lactação.
AGRUPAMENTO

▪ Produção de leite corrigida p/ 4% de


gordura:
 0,4 × (kg de leite) + 0,15 × (kg de leite) × (%
gordura)

▪ Mérito leiteiro:
 ML = Produção de Leite × PC0,75
 ML = PL corrigido para 4% de gordura × PC0,75
AGRUPAMENTO
▪ Nutrientes requeridos por kg de
matéria seca (Método Cluster)
 Desvantagens:
 Exige o uso de tecnologia computacional.

▪ Condição corporal (ECC)


 Associado a outros critérios

▪ Ordem de Lactação
 Primíparas × Pluríparas

CCS
Transferência de grupo

▪ No pós-parto todas as vacas (e


também novilhas) devem entrar no
grupo de mais alta produção;

▪ Movimentar pequenos grupo ao invés


de aniamais individualmente;

▪ Movimentar as vacas durante o


período de alimentação ou na sala de
ordenha para minimizar o transtorno
Importância de misturar a ração (RTM ou
TMR)

Ingestão Ingestão Produção Produção


Proporção MS MS de leite de leite
Referências Tipo de forragem
V/C
DC SF DC SF
Stanley e Morita (1967) Polpa de abacaxi 50/50 13,6 13,6 14,8 14,3
Villavicencio et al. (1968) Feno de alfafa 30/70 20,4 19,8 28,5 27,2
Wiktorsson e Bengtsson (1973) Silagem de gramínea 44/56 16,6 16,1 25,0 24,5
Silagem de gramínea
Holter et al. (1977) 39/61 15,3 15,0 24,1 22,8
Silagem de milho
Silagem de milho 40/60 16,5 14,3 22,2 22,1
Phipps et al. (1984)
Silagem de alfafa 50/50 16,4 16,1 23,6 24,2
Silagem de milho
Nocek et al. (1986) 50/50 21,5 20,0 28,3 28,5
Silagem de alfafa
60/40 17,0 15,4 24,3 23,3
Istasse et al. (1986) Feno
35/65 18,6 14,9 28,2 24,3
16,3 12,9 28,5 27,4
Dulphy et al. (1994) Silagem de gramínea 72/28
13,0 11,6 21,9 22,6
Agnew et al. (1996) Silagem de gramínea 67/33 13,9 12,9 20,0 19,8
Silagem de gramínea 57/43 15,8 15,7 22,7 22,8
Frequência de fornecimento

Freqüência de
Fonte Resultado (Produção de leite)
alimentação

Campel e Merilan (1961) 2 para 4 vezes ao dia Aumento de 1,6 kg/dia

2,7 % produção de leite


Gibson (1984) 1 ; 2; 4
7,3 % gordura de leite

Klusmeyer et al. (1990) 2 ; 4 vezes ao dia 1,4 kg/dia

Média de produção de 28,6 para


MaCleod et al. (1994) 2; 3; 6 vezes ao dia
30,1 kg/dia.
Frequência de fornecimento
Efeitos da freq. sobre pH ruminal

2x vs 12x

French & Kennelly, JDS, 73: 1857


Push up
Espaço de cocho

>24% de tempo
No cocho
Frequência de ordenha

 Henderseson & Peaker (1984): aumento da pressão sobre as


células alveolares, c/  Fluxo sangüíneo.

 Stelwagen et al. (1993): limitada capacidade de


armazenamento de leite na cisterna da glândula.

 Wilde et al. (1995): atribuído à remoção de uma proteína


sintetizada dentro das células alveolares mamárias, o
hormônio conhecido como "inibidor da lactação" (FIL -
feedback inhibitor of lactation), descrito por Wilde et al.
(1995).
Frequência de ordenha

 Capuco et al. (2001): não há aumento de células


mamárias. Concluíram que há um aumento na
diferenciação celular.

 Thivierge et al. (2002): analisando amostra de sangue da


artéria e veia mamária, observaram que o fluxo
sangüíneo não variou com o gradual enchimento do
úbere nas 12 horas seguintes à ordenha.

 Experimentos com utilização de BST resultaram em


aumentos na produção de leite em animais ordenhados
uma vez ao dia.
Frequência de ordenha

 Está em vigor : (Delamaires e Guinard-Flament, 2006)

➢ Período maiores entre ordenhas alteram a

permeabilidade a membrana à da extração de glicose,

aminoácidos, beta-hidroxibutirato e glicerol pela glândula

mamária.
Tipo de ordenha
Balde ao pé
Balde ao pé
Balde ao pé
Espinha de peixe
Espinha de peixe
Espinha de peixe
Ordenha em paralelo
Ordenha em paralelo
Ordenha em paralelo
Ordenha em paralelo
Carrossel
Carrossel
Carrossel
Ordenha Robótica
Ordenha Robótica
Ordenha Robótica
Sistemas Automáticos de Ordenha

▪ Necessidade de mão-de-obra
 Hogeveen et al. (2004)

▪ Revisão (Erdman & Varner, 1995)


 Aumento médio de 3,5 kg/d na lactação

 Aumento da freqüência

 Independente do nível de PL

▪ Wagner-Storch & Palmer (2003)


 Efeito positivo na PL
Sistemas Automáticos de Ordenha

▪ Hogeveen et al. (2001)


 Aumento de 10 a 15% na PL

▪ Bach & Busto (2005)


 Irregularidade de visitas (multíparas)

 Impasse à PL

▪ Fornecimento de concentrado no SAO


 Halachmi et al. (2005)

 Sem eficiência
Curva de lactação

Dunn et al. (2014)


Curva de lactação

▪ Estudo da curva de lactação:

 Melhor entendimento do sistema de


produção;

 Identificação de falhas de manejo;


 Alimentação deficiente;
 Instalações inadequadas;
 Patologias não aparentes;
 Conhecimento dos animais mais produtivos.
Curva de lactação
▪ Características da curva de
lactação:
 Persistência da lactação;
 Pico de lactação;
 Produção inicial;
 Produção total.

Dunn et al. (2014)


Curva de lactação Hol-Gir

Number of test-day milk yield (TDMY) records (▲) and average TDMY
(□) at approximately one-month intervals during the lactation period.

Canaza-cayo et al. (2015) AAJAS 28:1407


Curva de lactação

▪ Fatores que influenciam as


características da curva de lactação:
 Ligados ao ambiente

 Idade da vaca;

 Ordem do parto;

 Duração da lactação;

 Gestação;

 Período de serviço
Uso de bST
Uso de bST
Uso de bST

Compilação dos principais trabalhos, realizados no Brasil, para a


utilização do bST, abrangendo intervalos de injeção, doses, períodos
de lactação e produção de leite, em condições experimentais

Dose e frequência de
Fonte Raça Resultados
aplicação
Controle - 21,6 l/d
Intervalos injeção (14;21;28 14 dias - 26,5 l/d
Lucci et al. (1998) Holandes
dias) 21 dias - 25,5 l/d
28 dias - 24,5 l/d
Oliveira Neto (2001) 5 aplicações a cada 14 dias Mestiças Aumento de 2,4 l/d
Aumento produção de leite.
(0;250;350;500mg) Intervalo de 250 mg - 1,8 l/d
Santos et al. (2001) Holandes
14 dias 350 mg - 5,4 l/d
500 mg - 1,4 l/d
Aumento produção de leite
Rennó et al. (2005) Diferentes períodos de lactação Holandes 60 dias do parto - 14,0 %
100 dias do parto - 13,2 %
Uso de bST

insulin IGF1 GH

-20 0 20 40 60 80 100 120

Days from calving

Kaewlamun et al. (2018)


Uso de bST

▪ Recomendações atuais:
 6 doses 500mg a cada 14 dias
 (Holandês é dose responsivo)
 Mestiços HG reposta máxima com 250
mg
 Não há resposta antes do pico e em
intervalos inferiores a 14 dias
 Não há resposta financeiramente
viável após 6 aplicações
 Resposta varia de 10 a 20% (maior
efeito sobre persistência)
Uso de bST

▪ Efeito da somatotropina bovina (bST) sobre a produção de


leite de vacas mestiças (Bos taurus x Bos indicus) criadas
no semi-árido do Nordeste (OLIVEIRA NETO et al., 2001).
15
14,2 14,0
14
13,3 13,30a
kg/dia

13 12,6 12,5
controle
12 11,3 11,3 bST
11,2
10,9b
11 10,6
10,3

10
1 2 3 4 5 Média
Aplicações de bST
Uso de bST

Mito ou Realidade

Efeito apenas entre


aplicações

Não há diferença na
PL/lactação
Manejo da vaca seca
Redução do período seco

Tamanho do período Pico de PL no


Reference Modelo Resultados
seco controle
25 redução PL na 2a lactação
38% redução na 3a lactação
Swanson, 1965 Gêmeos idênticos Ordenha contínua 18-20 kg
Melhorou peso
Sem efeitos na quarta lactação
Smith et al., 1967 Meio úbere Ordenha contínua 23% redução na PL 20-25 kg
20-d, 30-d, 40-d reduziu a PL em 10, 7 e 1%
Periodos >40d não afetam PL
Coppock et al., 1974 Entre Animais 20, 30, 40, e 50 d 6726 kg 305d
Resultado sem efeitos na
Sem efeitos de longo prazo da OPS caso haja
secagem
PL
Reduziu a PL com 2 meses de lactação mas sem
Lotan and Alder, 1976 Entre Animais 30 d < 34 kg
Recomendação: uso de 30
efeito para 305d
Sorensen and
Enevoldsen, 1991
Entre Animais 28 d a 50d
4 semanas de PS apenas em situações25 kg
reduziu PL 10%

Reduziude
a PLperfeito manejo < 30 kg
Entre Animais
Remond et al., 1992 Ordenha contínua em 17%
(primíparas)
Bachman, 2002 Entre Animais 30 d Sem diferenças com PL 305d 46 kg
Sem redução de leite com 28d PS
Rastani et al., 2003 Entre Animais 28 d e OC 42 kg
14% redução de leite com OPS
Sem efeitos em multíparas > 45 kg
Annen et al., 2004d Entre Animais 28 d e OC
Perdas de 13 a 20% em primíparas > 50 kg
53% redução com ou sem BST
Annen et al., 2004a Meio-úbere (primíparas) Ordenha contínua > 45 kg
BST aumentou a PL em 20%
Meio-úbere (1a e 2a Redução de 50 e 32% na PL, respectivamente
Annen et al., 2004b Ordenha contínua > 49 kg
lactações) Prostaglandina E2 nao recuperou a produção
Fitzgerald et al., 2004 Meio-úbere (primíparas) Ordenha contínua Redução de 35 a 40% com BTS o 4 ordenhas > 45 kg
Período seco

- Involução;
- Regeneração da GM
- remodelação.
- Tratamento da vaca seca

- Observação do EC (3,0 a 3,50)

- Adaptação a dieta pós parto;

- prevenção distúrbios metabólicos


Manejo de secagem

▪ Vacas com PL < 5 L/dia


▪ Vacas entre 5 a 10 L/dia
▪ Vacas com mais de 10 L/dia

▪ Alimentação após a secagem


 Superalimentação (confinamento)
 Subalimentação (pasto)
Terapia da vaca seca

▪ Objetivos e vantagens da terapia


antimicrobiana na secagem:
 Taxa de cura maior do que o tratamento
durante lactação;
 Redução das novas infecções no período seco;

 Possibilidade de regeneração do tecido


mamário lesado na lactação anterior;
 Tratamento é seguro: não causa risco de
contaminação do leite com antibiótico
Uso de selantes

▪ Selantes Externos

▪ Selantes Internos

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