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Revisão de literatura sobre possíveis causas genéticas da

depressão

A depressão, segundo a OMS, além de ser o transtorno psiquiátrico mais


comum, é uma condição médica incapacitante, podendo representar uma das
principais causas de invalidez até 2030. Portanto é de extrema importância
determinar quais os fatores, sejam eles genéticos ou ambientais, que podem
ocasionar esta doença que costuma ser multifatorial.
Uma das causas citadas nos 3 artigos que essa revisão tem como base é a
hipótese monoaminérgica da depressão postula que a desordem depressiva é
causada por uma diminuição da função das monoaminas no cérebro. Na
década de 1950, medicamentos como a iproniazida (IMAO) demonstraram
excelentes resultados na reversão do quadro depressivo em ensaios duplo-
cego (Schatzberg, 2009). Mais tarde, descobriu-se que o medicamento inibia a
ação da monoaminoxidase, enzima responsável pela degradação de
serotonina e norepinefrina. Então, a depressão foi entendida como um déficit
funcional dos transmissores de monoaminas em certos locais do cérebro.
Houve uma pesquisa cujo objetivo era determinar se a extinção de uma
recompensa poderia relacionar-se coma queda da função das monoaminas
que por fim conseguiu confirmar a importância da liberação de DA no NAc
durante estados relacionado com recompensa. Também fornece primeira
evidência de que durante a retirada da recompensa esperada, a liberação de
DA diminui no compartimento central, mas não no periférico, do NAc, e que
esta diminuição aparece apenas após um intervalo entre a liberação da
recompensa e a extinção. Esta diminuição na liberação de DA deve refletir a
resposta de neurônios dopaminérgicos a erros de predição (SCHULTZ, 2010).
Enquanto outras pesquisas sobre os fatores genéticos da depressão tem a
seguinte menção sobre essa hipótese: Alterações da função dos sistemas
neurotransmissores podem ocorrer através da mudança na sensibilidade de
receptores pré e pós-sinápticos, sem alteração da quantidade do próprio
neurotransmissor. Essa observação permitiu que a hipótese de deficiência de
neurotransmissores fosse modificada e, em seu lugar, proposta a hipótese de
dessensibilização dos receptores. Tal hipótese propunha que o atraso no
aparecimento do efeito terapêutico dos antidepressivos estava relacionado a
alterações no número e sensibilidade dos receptores monoaminérgicos. Como
esse efeito demora dias ou semanas para ocorrer, os investigadores
propunham que a depressão podia ser explicada por uma supersensitividade
de receptores beta-adrenérgicos.( Charney DS, Menekes DB, Heninger GR) .C

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