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Introdução
A padronização de dimensões possibilita uma redução significativa da quantidade de
produtos a serem utilizados e, portanto, simplifica a necessidade de manterem-se
estoques para reposição nas fábricas, diminuindo os custos de produção,
melhorando a qualidade, aumentando a segurança, possibilitando melhor controle na
comercialização do produto e evitando a realização de retrabalhos.
Segundo Corrêa e Gianesi (1994), os estoques têm sido utilizados para evitar
descontinuidades do processo produtivo, diante de problemas de produção que
podem ser classificados principalmente em: problemas de qualidade, problemas de
quebra de máquinas e problemas de preparação de máquinas. Assim, o estoque
funciona como um investimento necessário quando problemas como os citados
estão presentes no processo produtivo.
A figura 1.1 mostra esquematicamente o problema dos estoques. O estoque e, o
investimento que este representa, pode ser simbolizado pela água de um lago que
encobre as pedras que, por sua vez, representam os diversos problemas do
processo produtivo. Desse modo, o fluxo de produção, representado pelo barco,
consegue seguir à custa de altos investimentos em estoque.
1) Série aritmética
Como o próprio nome diz, é baseada nas progressões aritméticas.
an = a1 + (n – 1) . r ou an = an-1 + r (1.1)
an - an-1
Salto = ----------- x 100
an-1
Exemplo: Supõe-se que 5 peças são fabricadas padronizando 5 tamanhos diferentes
conforme as dimensões em milímetros abaixo:
10 – 20 – 30 – 40 – 50
Utilizando a equação de progressão aritmética obtém-se razão igual a 10, ou seja, o
salto de um termo ao outro é de razão 10, entretanto, percentualmente, do 1º ao 2º
termo o salto foi de 100%, mas do 4º ao 5º termo o salto foi de 25%.
Do 1º ao 2º termo:
an an 1 20 10 10
Salto = . 100 . 100 . 100 100%
an 1 10 10
Do 4º ao 5º termo:
an an 1 50 40 10
Salto = . 100 . 100 . 100 25%
an 1 40 40
Considerando unidades lineares ou de 1ª potência, pode-se utilizar a série aritmética,
mas não é muito aconselhável devido à variação percentual. Além disto, a série
aritmética não serve para escalonar superfícies (unidade quadrática ou de 2ª potência);
volumes (unidade cúbica ou de 3ª potência).
10 mm ≤ dimensão ≤ 50 mm
Utilizando a fórmula de progressão geométrica obtém-se razão igual a 1,49,
conforme mostra os cálculos abaixo.
a) Dados:
an = 50 mm;
a1 = 10 mm
q=?
n = 5.
b) Fórmulas:
an = a1 . qn-1
c) Solução:
an = a1 . qn-1 ⇔ 50 = 10 . q5-1 ⇔ q4 = 50 ⇔ q=4 5 ⇔ q= 1,49
10
Assim, o escalonamento será:
Conforme se pode observar, o último termo não é exatamente igual a 50 mm, mas de
acordo com a condição de que a dimensão deve ser menor ou igual a 50 mm, o último
termo se aproxima deste com um erro que se deve ao arredondamento do valor da
razão (q = 1,495348781...). Entretanto, o salto de um termo ao outro é de razão 1,49
com salto percentual de 49%.
Do 1º ao 2º termo:
Do 4º ao 5º termo:
Séries Renard
Charles Renard (STEMMER, 1974) propôs escalonamentos utilizando séries
k
geométricas com razão q = √10, onde “k“ pode ter os seguintes valores: 5, 10, 20, 40,
80 denominando-se série principal. Dividindo-se k por números inteiros, geralmente
ímpares, obtêm-se séries derivadas como: 20/3, 20/9; 40/3, 40/5, 40/7, 40/9. Estas
séries são representadas pela letra maiúscula R (de Renard) seguida do número da
série, como segue (KIRCHOFF, 1980):
Determinar a melhor série de Renard em um escalonamento significa determinar a
razão de uma série geométrica e utilizar uma série de Renard (principal ou derivada)
com razão muito próxima (levemente inferior) da geométrica.
a) Dados:
an = 87,1 mm;
a1 = 20,0 mm
q=?
n = 5.
b) Fórmulas:
c) Solução
a) Dados:
an = 180 mm;
a1 = 45 mm
q=?
n = 5.
b) Fórmulas:
c) Solução
b) Fórmulas:
c) Solução
Verificando as razões das séries principais e derivadas de Renard, novamente,
têm-se: