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ESG - Environmental, Social and Corporate Governance (ASG - Ambiente, Social e

Governança) Disserte sobre ESG/ASG, novo paradigma mundial de negócios e governança
sustentável. - Surgimento; - Evolução; - Desenvolvimento no Brasil. - Princípios básicos.
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A terminologia ESG tem sido usada em práticas empresariais e de investimentos

que visam a sustentabilidade, ou seja, são práticas que se preocupam, além do lucro,
com o meio ambiente. A adoção do ESG representa uma grande mudança no paradigma
nas relações entre as empresas e seus investidores, já que o assunto da sustentabilidade
tem sido discutido cada vez mais e além disso, também passou a ser considerado uma
estratégia financeira, uma vez que as pessoas que se identifiquem com as ideologias de
um mundo mais justo, vão aderir empresas e investimentos que também tenham a
mesma preocupação.
A sigla surgiu pela primeira vez em um relatório, em 2005, liderado pela ONU,
intitulado ‘’Who Cares Wins’’, que em português pode ser traduzido como ‘’Ganha quem
se importa’’. Na época, cerca de 20 instituições financeiras de 9 países diferentes,
incluindo o Brasil, se reuniram para debater diretrizes e recomendações sobre incluir
questões ambientais, sociais e de governança na gestão de ativos, serviços de corretagem
de títulos e pesquisas relacionadas ao tema. Ao final do relatório, foi concluído que se
incorporassem esses fatores no mercado financeiro, o resultado traria melhores condições
para a sociedade e gerava um mercado mais sustentável.
O ESG trata de questões como impactos ambientais e sociais da cadeia de
negócios, emissões de carbono, gestão dos resíduos e rejeitos oriundos de determinada
atividade, questões trabalhistas e de inclusão dos trabalhadores e a metodologia de
contabilidade, entre outros. Isso ganha mais força quando grandes empresas têm ações
listadas em bolsas de valores e há uma certa cobrança por parte dos acionistas e fundos
de investimentos por práticas que garantam a sobrevivência da empresa a longo prazo.
Um estudo realizado pela consultoria BCG, mostrou que empresas que adotam
melhores práticas ambientais, sociais e de governança, possuem maior lucratividade e
até uma valorização do valor da empresa no mercado.
Além disso, muitas são as vantagens do ESG em uma empresa como redução
dos custos operacionais e ganhos de produtividade; fidelização de clientes que
valorizam o consumo de produtos e serviços sustentáveis; Mitigação de possíveis riscos
socioambientais; Redução de interferências regulatórias e legais; Possibilidade de
emitir green bonds, isto é, títulos de dívida com destinação exclusiva para projetos que
promovam impactos positivos no meio ambiente; Acesso às linhas de crédito verde, ou
seja, aquelas voltadas para o financiamento de projetos sustentáveis e que contam com
taxas de juros menores e prazos mais acessíveis; Maior diversidade social, que permite
opiniões e pontos de vista diferentes, os quais contribuem positivamente para o processo
decisório da empresa, entre outros.
No Brasil, segundo a pesquisa ‘’A evolução do ESG no Brasil’’, da Rede Brasil
Pacto Global e da Stilingue, de abril de 2021, 78% da geração dos Millennials e 84% da
geração Z declaram optar por este tipo de investimento. E no ano de 2020 a discussão
deste tema cresceu sete vezes mais, em relação ao ano anterior. Outra parte dessa mesma
pesquisa mostra ainda que 84% dos representantes do setor empresarial afirmaram que
aumentou o interesse em 2020 em relação a entender mais sobre esta agenda e sobre os
critérios ESG.