A terminologia hospitalar é uma padronização proposta pelo Ministério da
Saúde e que significa unificar os termos utilizados pelos diferentes hospitais do país, integrantes do SUS, na elaboração do censo hospitalar. Tem por objetivo principal dar maior confiabilidade aos dados estatísticos fornecidos pelos hospitais. No ano de 1974, a antiga Coordenação de Assistência Médica e Hospitalar, que hoje conhecemos como Secretaria de Assistência Médica do Ministério da Saúde, incluiu na publicação “Normas de Administração e Controle do Hospital” alguns capítulos sobre terminologia hospitalar . Em 1975, um grupo de trabalho foi formado, através da Portaria nº 517, de 28 de novembro de 1975, que deveria realizar estudos sobre conceitos e definições que possibilitassem a padronização terminológica nos campos dos serviços sanitários e, especialmente, da assistência médico-hospitalar. Como resultado deste trabalho foi saiu a Portaria nº 30, de 11 de fevereiro de 1977, que aprovou os mencionados conceitos e definições. Estes foram publicados, também, pela Coordenação de Assistência Médica e Hospitalar, atual Divisão Nacional de Organização de Serviços de Saúde (DNOSS). A publicação tomou o título de “Conceitos e Definições em Saúde”. Tais acontecimentos surgiram, só e somente só da necessidade, como já citado anteriormente da uniformização de conceitos e termos, já que, o Brasil é um país com divergência e um vasto campo cultural, conseqüentemente, temos uma gama de pluralidades culturais. O então documento criado e instituído como elemento facilitador das comunicações no sistema de saúde, e todas as contribuições enviadas serão levadas em consideração em seu contínuo aprimoramento e aplicados em áreas como saúde, administração hospitalar e outras áreas que possam ter qualquer tipo de afinidade com o a terminologia hospitalar. Podemos definir a terminologia hospitalar em três campos específicos: terminologia geral – que contem conceitos abrangentes sobre a área de saúde e afins; a terminologia física que é composta pela administração, gestão, contabilidade, etc; e as estatísticas de saúde que são utilizadas para definirem pesquisas, estudos etc. O incentivo ao avanço tecnológico, assim como a complexidade dos estudos efetuados cumpre um papel essencial na formulação do remanejamento dos quadros funcionais. A assistência hospitalar é um dos principais termos que embasam nosso estudo. Conceitua-se tal termo como a prestação de serviços de saúde que tem por base o hospital. A classificação de um Hospital pode ser feita da seguinte forma: a) hospital geral - capacitado a assistir pacientes de várias especialidades clínicas e cirúrgicas, podendo ser limitado a um grupo etário (hospital infantil), a um determinado grupo da comunidade (hospital militar) ou a finalidade específica (hospital de ensino).b) hospital especializado - são aqueles capacitados à assistir, predominantemente, pacientes portadores de uma determinada doença, como exemplo doentes de câncer, do coração, etc. c) hospitais oficiais – são os que pertence a órgãos oficiais da administração direta ou indireta, federal, estadual ou municipal; d) hospital particular - pertence à pessoas jurídicas, não distribui benefícios a qualquer titulo; aplicando integralmente os seus recursos na manutenção e desenvolvimento dos objetivos e em caso de extinção, seu patrimônio líquido é doado a outra instituição, com objetivos sociais idênticos; e) hospital filantrópico - é aquele que não visa lucro e destina um percentual de sua lotação gratuitamente a pacientes desprovidos de qualquer plano de saúde e de recursos e não concede remuneração, gratificação, de qualquer título. Fazem parte desse quadro também os hospitais de pequeno porte, de grande porte, de médio porte, etc. Ao procedimento do corpo clínico o hospital pode classificar-se em: corpo clínico fechado – funcionários efetivos, sendo o exercício de profissionais estranhos facultado apenas em caráter eventual e mediante permissão especial; corpo clínico aberto tendo ou não médicos efetivos, permite a outros médicos a internação e o cuidado de seus pacientes. A estrutura de um hospital é composta de elementos, unidades e equipamentos. Para isso temos de forma direta e compreensiva os seguintes conceitos: elemento do hospital - é a área ou dependência que entra na composição de uma unidade do hospital, que pode ser uma unidade física que é o conjunto de elementos físicos, funcionalmente agrupados, visando à execução de atividades afins, já a unidade de administração é o conjunto de elementos onde se desenvolvem as atividades administrativas do hospital. Quando fala-se em estrutura não falamos apenas em partes físicas, falamos também sobre sua “sustentação” ou seja, as sólidas bases que compõem a estrutura da organização. A administração hospitalar não é apenas um procedimento técnico; ele tem implicações sociais e políticas. A administração deve entender que Hospital envolve também aspectos legais e éticos, como os decorrentes do direito de todos a saúde e à correspondente educação, e os relacionados à vida. A complexidade da Administração Hospitalar (complexa e desafiante) exige conhecimento para a tomada de decisões em áreas cada dia mais técnicas (computação e eletrônica), em ciências políticas, em economia, em finanças e teorias organizacionais, incluindo comunicação e relacionamento humano. Para que haja organização é necessário que hajam administradores, e para que ela seja visada, e gere lucros é necessário a disponibilização de serviços, produtos. Para tal movimentação, e necessário que haja clientela, que são os principais movimentadores de tal economia: A clientela classifica-se em: a) paciente do hospital toda pessoa que utiliza os serviços do hospital, tanto em regime de internação como de atendimento externo; b) paciente externo é o que utiliza os serviços do hospital, sem ocupar regularmente em leito hospitalar, o interno ou internado é o que, admitido no hospital, passa a ocupar regularmente um leito; c) paciente novo é o que procura o hospital pela primeira vez e para o qual deve ser feito à matrícula o antigo é o que já foi atendido anteriormente, quer como paciente interno ou externo, devendo, portanto, obrigatoriamente estar matriculado e ter prontuário médico; d) paciente contribuinte é o que retribui, com pagamento total ou parcial direta ou indiretamente pela assistência recebida; e) não-contribuinte é o que não retribui com qualquer pagamento pela assistência recebida. O estudo da Terminologia Hospitalar é composto de uma vasta quantidade de conceitos e termos. Entre eles estão os tipos de infecção hospitalar, as redes de saúde e os indicadores estatísticos. Os indicadores estatísticos foram criados para facilitar as comparações de dados e informações dentro dos hospitais e entre hospitais, a terminologia, as definições, o vocabulário e a nomenclatura utilizada devem estar acordados e padronizados, de maneira uniforme. Os dados coletados em setores do hospital são de extrema utilidade para a realização de pesquisas, etc. O administrador hospitalar necessita de muitas informações diretamente relacionadas com o exercício de suas funções, para que seja cumprida a sua responsabilidade. Ele precisa conhecer tudo, senão, uma parcela do que pode, a respeito de suas posições a fim de poder oferecer o necessário apoio à causa da administração e garantir efetivo atendimento aos beneficiários dos serviços de saúde que dirige. O Administrador deve querer saber como desempenhar melhor sua função e, para isto, deve interessar-se por um processo de educação continuada a ser iniciada imediatamente. Reciclar-se para gerir uma organização, é indispensável para um profissional que atual como exemplo em áreas administrativas. Passados alguns destes deveres e funções o Administrador Hospitalar se destingirá por uma série de características peculiares. Administrar tem sido um papel desenvolvido de forma sólida e eficiente em algumas organizações. O aprofundamento em áreas especificas de atuação faz com que qualquer profissional tenha certo respaldo dentro duma organização. Conclui-se então a partir da análise desses itens que a administração hospitalar faz parte do quadro do graduando de administração, não somente ficando restrita a profissionais da área de saúde. Para isso é necessário um empenho satisfatório para que o envolvimento e a interação do meio seja notada e conseqüentemente a isso haja a satisfação de toda a organização