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INSTITUTO PRESIDENTE TANCREDO DE ALMEIDA NEVES

DO DIREITO DE ACRESCER DOS HERDEIROS E LEGATÁRIOS, DAS


SUBSTITUIÇÕES, DA DESERDAÇÃO, TESTAMENTEIRO, DOS SONEGADOS.

CAROLINA DE PAIVA

DIOGO ROCHA

GABRIEL CARDOSO

JOICIMARA HELENA

LUAN HENRIQUE

NATHALIA MOZZER

THAIS SOARES

São João Del Rei

2020
INTRODUÇÃO

O presente trabalho possui o objetivo de discutir acerca dos capítulos VIII,


IX, X, XII, XIII, XIV, do nosso Código Civil.

O primeiro capítulo de tal estudo, fala do direito de acrescer dos herdeiros


e legatários, já o capitulo IX versa sobre as substituições vulgar e recíproca e da
fideicomissária. O capitulo X versa sobre a deserdação, elencando as hipóteses
em que a mesma pode ocorrer. O capítulo XI nos trás o instituto da redução das
disposições testamentarias, o XIII vem dizer quando haverá o rompimento do
testamento e o XIV busca esclarecer a figura do testamenteiro e suas
responsabilidades.

No decorrer do presente trabalho buscaremos explanar melhor o tema do


nosso objeto de estudo, discutindo os referidos capítulos do nosso Código Civil.
1.0 DIREITO DE ACRESCER ENTRE HERDEIROS E LEGATÁRIOS

Morto o de cujus é aberta a sucessão, o que torna os herdeiros e legatários


instituídos no testamento, possuidores e detentores da herança, pelo princípio da
saisine.

O art. 1941 do Código Civil define que o direito de acrescer ocorre quando
vários herdeiros, pela mesma disposição testamentária, forem conjuntamente
chamados à herança em quinhões não determinados. Caso qualquer deles não
puder ou não quiser aceitá-la, a sua parte acrescerá à dos co-herdeiros, salvo o
direito do substituto.

1.1 Direito de acrescer entre coerdeiros

Haverá direito de acrescer entre coerdeiros que forem nomeados


conjuntamente na mesma disposição testamentária, sem que se faça qualquer
destinação de quinhões. Assim, diante da ausência de um dos herdeiros, sua
parte da herança retornará ao monte mor e acrescerá aos demais herdeiros. Por
exemplo: “Deixo meus bens para A, B e C”. Caso C venha a falecer antes do
testador, seja excluído por indignidade ou renuncie à herança, sua parte retornará
ao monte e acrescerá aos demais.

Tratando-se de quinhões fixos para cada herdeiro, a regra é outra. Como o


testador estabeleceu quanto cada um receberia, havendo renúncia à herança,
exclusão por indignidade ou morte antecipada ao testador, não se poderá
acrescer o quinhão do ausente. Neste caso, a parte do ausente será transmitida
aos herdeiros legítimos, como se não houvesse o testamento. Por Exemplo:
“Deixo 50% dos meus bens para A, 30% para B e 20% para C”. Supondo que C
morra antes do testador, que renuncie à herança ou que seja excluído por
indignidade, sua parte não acrescerá às partes de A e B, visto que, não era essa
a vontade do testador, que por sua vez, instituiu a cada um o valor de seu próprio
quinhão. Assim, a parte de C será transmitida aos herdeiros legítimos ou ao
cônjuge. Caso não haja legítimos e nem cônjuge, será transmitida aos parentes
de até quarto grau na linha colateral ou ao Estado.

Poderá também o testador deixar substitutos, pois na ausência do primeiro,


o substituto torna-se herdeiro da herança pelo testamento. Nestes casos, também
não há o direito de acrescer.

Os coerdeiros beneficiados com o acréscimo do quinhão recebem com ele


as obrigações e os encargos que o oneravam, desde que possível o
cumprimento. Ressalva-se que, os encargos personalíssimos são excluídos.

O legatário, bem como o herdeiro, não pode, em princípio, renunciar ao


objeto do direito de acrescer. Deste modo, dentro dessa regra geral, não se
permite que o herdeiro ou legatário cinda a aceitação da herança ou do legado
quando recebe um acréscimo decorrente do direito de acrescer. No entanto,
poderá repudiar o acréscimo que venha com encargos especiais.

1.2 Direito de acrescer entre legatários

Cuidando-se de legatários nomeados conjuntamente, vislumbram-se duas


hipóteses no direito de acrescer. A primeira é a respeito de uma só coisa,
determinada e certa, a segunda, quando o objeto do legado for indivisível.

Por exemplo: “Deixo meu carro a X e Y”. Se X morrer antes do testador,


renunciar à herança ou for excluído por indignidade, Y terá direito de acrescer em
sua parte e ficará com todo o carro.

Não haverá direito de acrescer entre legatários, se a cada um for destinada


coisa distinta; se houver substituto para o legatário ausente; se o testamento for
considerado nulo; se o legado for revogado e a coisa for transmitida para outra
pessoa e, por fim, se o legado caducar por perecimento do objeto.
Não havendo direito de acrescer entre os legatários, aquele bem do
legatário faltoso será transmitido ao herdeiro ou legatário incumbido de satisfazer
o legado; Não havendo, será transmitido a todos os herdeiros, em sua devida
proporção.

Exemplo: “Deixo R$10.000,00 para X, que deverá entregar R$5.000,00


para Y”. Se Y morrer antes do testador, renunciar à herança ou for excluído por
indignidade, X, o responsável da satisfação do legado, ficará com os R$5.000,00.

Caso se trate de hipótese entre herdeiro e legatário, o raciocínio continua o


mesmo, exemplo: “Deixo 40% dos meus bens para X, ficando ele com o dever de
entregar R$ 10.000,00 para Y”. Se Y, morrer antes do testador, renunciar à
herança ou for excluído por indignidade, X, o herdeiro encarregado do
cumprimento do legado, será beneficiado com o valor cabido a Y.

1.3 Direito de acrescer no usufruto

No legado de usufruto, transmite-se o direito de usar e gozar da coisa.


Podem dois ou mais legatários receberem a mesma coisa em usufruto. Se o
usufruto for deixado a mais de uma pessoa em disposição do mesmo testamento,
haverá direito de acrescer entre os usufrutuários. Porém, não haverá acréscimo
se a quota foi determinada ou a disposição não foi conjunta. Instituído o direito de
usufruto, é conveniente que o direito dos legatários usufrutuários em condomínio
se acresça até a morte do ultimo beneficiário. Na falta de norma é importante que
o testador estabeleça expressamente o direito de acrescer, se não desejar o
infortúnio de seus sucessores. Extingue-se o usufruto com a morte de todos os
legatários, se outro prazo não se estipulou.

2.0 SUBSTITUIÇÕES

Quando se trata de fideicomisso ou substituições, tratamos de cuidar da


vontade do testador.
A substituição se dá quando o testador nomear um segundo herdeiro ou
legatário, para substituir o primeiro nomeado, se, por qualquer razão, não se
operara a transmissão do benefício ao original indicado.

O fideicomisso é o instituto jurídico em que o testador transmite ao herdeiro


ou legatário temporário certa quantidade de bens, impondo-lhe a obrigação de,
por sua morte ou depois de transcorrido certo tempo ou sob condição
estabelecida, transmitir ao segundo beneficiário designado ou seu substituto, o
fideicomissário, o legado recebido como domínio resolúvel.

2.1- Substituição vulgar e recíproca

A substituição vulgar se constitui numa simples troca de titulares, sempre


condicionada ao fato do primeiro herdeiro instituído ou legatário não poderem
assumir a herança.

Visando melhor esclarecer o que constitui o artigo 1947, podemos dizer


que o não querer se refere à renúncia e o não poder está ligado às incapacidades
ou ilegitimidades previstas.

Portanto será chamado um substituto, se o herdeiro for pré-morto ao


testador, for considerado indigno ou renunciar à herança. Caso o testador deseje
a substituição para apenas uma das hipóteses, terá que deixar esta menção
expressa, senão a lei irá presumir que se refere às duas condições.

Se no testamento havia a necessidade de cumprimento de um encargo ou


condição pelo herdeiro, ela se transmite ao herdeiro, ou seja, a vontade do
testador acompanha o substituto, a não ser que seja de caráter personalíssimo.

Nada impede que o substituto seja alguém da ordem de vocação legítima,


que no caso se considera herdeiro instituído. Como não há representação na
sucessão testamentária, os descendentes do substituído só podem ser chamados
mediante vontade expressa do testador. Embora o testador tenha a prerrogativa
de nomear vários substitutos, a nomeação é considerada simples, pois deixará de
valer a substituição quando o herdeiro primitivo assumir a condição de sucessor.

A caducidade da substituição pode ocorrer até mesmo antes da morte,


caso venha o substituto falecer antes do autor da herança. Enquanto não
renunciada a herança pelo primeiro indicado, o substituto ou substituto não serão
herdeiros.

Pode o substituto se valer do artigo 1807 do CC, buscando interpelação


judicial com o intuito de que o herdeiro se manifeste ou não sobre a aceitação da
herança.

A substituição recíproca se dá quando o testador determina que entre os


vários herdeiros nomeados, na ausência de um, os outros o substituam, na parte
do nomeado ausente. Podemos exemplificar da seguinte forma: João deixa sua
herança para Jair, Augusto e José e determina que na ausência de Jair, Augusto
e José assumam a parte de Jair. Esta situação não pode ser confundida com o
direito de acrescer.

De acordo com o artigo 1950 do CC, a parte cabível ao substituto na


substituição recíproca se dará da seguinte forma:

a) Se os herdeiros ou legatários forem instituídos em partes iguais,


dever-se-á entender que os substitutos receberão partes iguais da parcela vaga.
Ex: Testador deixa a herança em partes iguais para A,B,C e D, ordenando que
sejam substituídos entre si; sua parte será divida igualmente entre os outros.

b) Se os herdeiros ou legatários forem agraciados com parcelas


desiguais da herança, entende-se que os substitutos receberão a mesma
proporção estabelecida anteriormente no testamento. Ex: A com 1/6 da herança,
B com 2/6, e C com 3/6, sendo substituídos entre si. Se A não aceitar a herança
sua cota será dividida entre B e C, na proporção fixada inicialmente, ou seja, duas
partes para B e três partes para C.
c) Se com herdeiros ou legatários instituídos em partes desiguais, for
incluída mais uma pessoa na substituição, o quinhão vago pertencerá em partes
iguais aos substitutos. Portanto o terceiro, substituto vulgar, concorrerá
igualmente com os substitutos recíprocos, pois a quota vaga será dividida em
partes iguais. Ex: A recebe 1/6, B 2/6 e C3/6 e determina que na falta de um deles
por falecimento, indignidade ou renúncia nomeia D como herdeiro, juntamente
com os demais. No caso de morte de A, 1/6 será dividido em partes iguais por
todos os outros herdeiros, inclusive D, que é substituto vulgar e concorre com os
substitutos recíprocos.

2.2- Fideicomisso

No fideicomisso, não há propriamente uma substituição. Existe uma


disposição testamentária complexa por meio do qual o testador institui alguém,
por certo tempo ou condição, ou até sua morte, seu herdeiro ou legatário, o qual
recebe bens em propriedade resolúvel, denominado fiduciário, para que com o
implemento da condição, advento do termo ou sua morte, passe os bens a outro
nomeado, o fideicomissário.

Tanto o fiduciário quanto o fideicomissário recebem os bens diretamente do


fideicomitente (o testador). A passagem do fiduciário ao fideicomissário apenas se
opera materialmente entre eles. Juridicamente, o fideicomissário recebe os bens
por direito causa mortis do autor da herança. Enquanto não recebe os bens, será
possuidor de um direito eventual.

O fideicomisso previsto no artigo 1951 do CC, só pode ser instituído por


testamento.

O fideicomisso pode ser particular ou universal. Particular se incidir em


certos bens ou determinados do acervo hereditário. Será universal quando
abranger a totalidade ou quota-parte significativa do espólio.

O fideicomisso pode ser composto de herança ou legado, coisas móveis e


imóveis, bens corpóreos e incorpóreos. O que se transfere ao fiduciário é a
propriedade, uma vez que no termo do domínio, segundo a doutrina tradicional,
só se compreendem coisas corpóreas. Destarte tudo que puder ser objeto de
herança e legado pode estar contido em um fideicomisso.

A primeira condição para sua existência é que o fideicomissário não exista


quando da morte do testador.

O fiduciário é dono dos bens, porém esta propriedade não é absoluta


sendo restrita e resolúvel. Ele detém a coisa poderá usufruí-la, porém a
determinado tempo conforme especificado no testamento terá que devolvê-la ao
fideicomissário. Por essa razão é que o fiduciário deve prestar caução, para
garantir a entrega dos bens sob sua confiança, se assim o exigir o fideicomissário
(artigo 1953 § único).

Quanto aos imóveis, o fideicomisso deverá constar de averbação no


registro imobiliário. Enquanto não houver registro, o fideicomisso só opera entre
fiduciário e fideicomissário. Alienado o bem pelo fiduciário, valerá para terceiros a
alienação, não podendo o fideicomissário reivindicá-lo. Deve-se observar primeiro
a boa-fé do terceiro adquirente. Se não puder reivindicar o bem, caberá ao
fideicomissário pedir o valor da herança ou legado ao fiduciário.

A instituição fideicomissária não pode passar da pessoa do fideicomissário.


Não se admite o fideicomisso além do segundo grau (art. 1959). Qualquer
disposição nesse sentido é nula. Assim temos o fiduciário e o fideicomissário e
ponto final. Não pode o testador controlar eternamente a sua herança. Contudo
ainda que inadvertidamente o testador institua mais um grau, a disposição valerá
apenas até p fideicomissário.

2.3- Fideicomitente, Fiduciário e Fideicomissário. Direito e Deveres.


Caducidade e Extinção do Fideicomisso

Como vimos, o fideicomisso atribui a propriedade primeiramente a alguém,


depois a outrem. O instituto não se liga automaticamente à inalienabilidade, como
parece à primeira vista.
Este é o grande inconveniente do fideicomisso, pois o fiduciário pode
vender os bens, se não forem gravados com a cláusula de inalienabilidade o
direito do fiduciário.

Desse modo, o testador pode gravar com inalienabilidade o bem


fideicomitido, como também pode condicionar o direito do fiduciário à
apresentação de caução, tornando-a obrigatória (art. 1953).

Do mesmo modo ocorre se o fideicomissário renuncia à herança ou legado


(art. 1955), caducando o fideicomisso e ficando os bens com o fiduciário, salvo
disposição em contrário do testador.

De acordo com o artigo 1954, salvo disposição diversa do testador, se o


fiduciário renunciar à herança, ou ao legado, defere-se ao fideicomissário o poder
de aceitar.

O fiduciário responderá por danos que excederem o mero desgaste pelo


uso. De outra forma, se o fiduciário não puder ou não quiser receber a herança,
os bens irão diretamente para o fideicomissário, se já for vivo, que adquire a
propriedade plena, deixando de existir o fideicomisso. O mesmo ocorre se o
fiduciário tiver pré-morrido ao autor da herança. Contudo o testador pode inserir
substitutos para o fiduciário.

Pode ocorrer que a renúncia do fiduciário, ocorra antes da existência da


prole (fideicomissária). Os bens, nesta situação, deverão ser entregues a um
administrador, aguardando a solução com o surgimento dos beneficiários. O
administrador não assume a posição de fiduciário.

Se o fiduciário abrir mão do terno, o qual se presume instituído a seu favor,


poderá passar antecipadamente os bens ao fideicomissário.

O fideicomissário, sendo um herdeiro ou legatário, pode ceder seus direitos


a terceiros, como podem fazer os demais herdeiros. Pode também o
fideicomissário concordar com a alienação feita pelo fiduciário, transmitindo-se,
assim, o bem livre e sem embaraços.

O fideicomissário recebe os bens com os acréscimos ou benfeitorias


realizadas pelo fiduciário (artigo 1956). Nestes casos não cabe qualquer
indenização ao fiduciário. Responde, porém, por culpa ou dolo no caso de perda
ou deterioração dos objetos fideicomitidos.

Durante o período fiducial, o fiduciário exerce todos os direitos e ações


inerentes à propriedade, porque ele é o proprietário. Só ocorre a ação de
alienação que houver feito no momento em que a propriedade passar ao
fideicomissário. A locação do imóvel acertada com o fiduciário só cessa com o fim
do fideicomisso, salvo se o fideicomissário anuiu por escrito, no contrato.

É obrigação do fiduciário, inventariar os bens fideicomitidos (artigo 1953,


parágrafo único), caso contrário pode ser acionado pelo fideicomissário, pelo
testamenteiro ou qualquer interessado na herança, já que esta porção de bens
deve ser separada do restante da massa.

Se nem o fiduciário nem o fideicomissário aceitarem a herança ou legado,


devolvem-se os bens ao monte. Os credores do herdeiro fiduciário ou
fideicomissário renunciante podem aceitar o benefício.

Também pela prescrição se extingue o fideicomisso, no artigo 205 é


estabelecido o prazo máximo de 10 anos, sendo conveniente que o testador
estabeleça um prazo para o nascimento da prole eventual beneficiada como
fideicomissária.

Nos termos do artigo 1800, parágrafo quarto, se decorrido dois anos após a
abertura da sucessão, o herdeiro esperado não for concebido, a disposição
testamentária tornar-se-á ineficaz, logo os bens que lhe foram destinados
passarão aos herdeiros legítimos do autor da herança (artigo 1829), salvo se o
contrário estiver estipulado no testamento. Se o herdeiro não for concebido dentro
do biênio previsto em lei, a verba testamentária caducará e a parte que lhe era
cabível será devolvida aos herdeiros legítimos ou ao substituto testamentário,
retroagindo, obviamente, aquela devolução à data da abertura da sucessão.

Se a coisa, objeto da disposição, desaparecer, também se extingue o


fideicomisso. Caberá indenização, se a perda, ou deterioração, ocorreu por culpa
do fiduciário.

2.4- Fideicomisso e Usufruto

Embora não se deva confundir o fideicomisso com o usufruto, seus efeitos


práticos são semelhantes. Enquanto que no usufruto há uma bipartição dos
poderes da propriedade, entre o proprietário e o usufrutuário, no fideicomisso, há
uma disposição sucessiva. Ambos são proprietários, em diferente nível, da
mesma coisa.

No caso de o testador determinar na disposição que os bens passem a


outra pessoa, estaremos diante do fideicomisso, porém se a instituição do
benefício é simultânea, haverá usufruto.

Sendo o fiduciário efetivamente proprietário, pode até mesmo onerar e


alienar o bem, se não houver proibição do testador. O usufrutuário não possui
este poder, tendo somente a fruição e utilização da coisa, No usufruto com a
morte do nu-proprietário, o direito passa a seus herdeiros, permanecendo o direito
dos usufrutuários. No fideicomisso, morrendo o fiduciário, aflora a propriedade do
fideicomissário.

De acordo com as disposições do Código Civil de 2002, temos em seu


artigo 1799, um dispositivo que permite que na sucessão testamentária podem
ser chamados a suceder os filhos, ainda não concebidos, de pessoas indicadas
pelo testador, desde que vivas estas ao abrir-se a sucessão. Nessa situação, os
bens respectivos serão confiados, após a liquidação ou partilha, a curador
nomeado pelo Juiz. Essa possibilidade, dependendo da necessidade do testador,
poderá substituir com vantagem as dificuldades concretas do fideicomisso.
Lembrando que se decorridos 02 (dois) anos após a abertura da sucessão, não
for concebido o herdeiro esperado, os bens reservados, salvo disposição imposta
pelo testador, caberão aos herdeiros legítimos. Esse prazo por analogia ao
fideicomisso, quando o testador não for claro quanto a esse respeito. A finalidade
deste dispositivo é evitar que a propriedade resolúvel, permaneça nas mãos do
fiduciário por muito tempo.

3. 0 DA DESERDAÇÃO

Deserdação é a exclusão ou a privação que certa pessoa pode sofrer de


uma herança ou sucessão, que anteriormente lhe era devida mediante disposição
testamentária motivada em uma das causas previstas em lei.

Um exemplo clássico aqui no nosso país que pode ser utilizada na intenção
de explicar uma deserdação é o caso da Suzane Richtofen. Suzane, após ter sido
presa por matar os pais de uma forma bárbara com a ajuda de seu namorado,
teve seu direito de herança negado em uma ação judicial que foi movida para a
exclusão de sua parte no inventário por seu irmão, o único herdeiro além de
Suzane. Usando este exemplo notório, vale dizer que a ação contra Suzane para
que ela perdesse o direito à herança, poderia ser movida por avós, pais ou
qualquer pessoa que tivesse algum tipo de parentesco ou fosse um herdeiro
direto da vítima.

3.1 Distinção entre deserdação e indignidade:

A indignidade e a deserdação são sanções civis aplicáveis àqueles que


não se comportaram bem com o autor da herança. Indigno e deserdado são
considerados incompatíveis com a herança. As causas da indignidade estão
previstas no art. 1.814 e as da deserdação nos arts. 1.814, 1.962 e 1.963.

A indignidade é ato reconhecido mediante uma ação de indignidade,


prevista no art. 1.185 do Código Civil. Já a deserdação se manifesta por ato de
vontade do autor da herança por meio do testamento, logo, somente o autor da
herança pode deserdar.
Qualquer sucessor (seja herdeiro ou legatário) pode ser indigno, mas
somente o herdeiro necessário pode ser deserdado. A indignidade é reconhecida
por ato praticado antes ou depois da abertura da sucessão, a deserdação se dá
por ato praticado antes da abertura da sucessão.

Ambos os institutos têm o mesmo fundamento — a vontade do de cujus —,


com a diferença que, para a indignidade, o fundamento é vontade presumida,
enquanto a deserdação só pode fundar-se na vontade expressa do testador.

3.2 Requisitos de eficácia da deserdação:

a) Existência de herdeiros necessários: A lei assegura aos herdeiros


necessários a legítima, ou reserva. A deserdação constitui uma exceção a essa
garantia que a lei confere aos descendentes, ascendentes e cônjuge. Sendo a
deserdação o único meio legal de afastá-los da sucessão.
b) Testamento válido: O testamento é o único meio legal admitido para
a deserdação de herdeiro necessário. Não pode ser substituído por escritura
pública, instrumento particular autenticado, termo judicial ou codicilo.

c) Expressa declaração de causa prevista em lei: As causas da


deserdação estão enumeradas nos arts. 1.962 e 1.963 do Código Civil, cujo rol é
taxativo. Não se admite nenhuma outra, nem mesmo mediante o emprego da
analogia. É essencial que o testador mencione no testamento a causa que o leva
a deserdar seu herdeiro. A deserdação tem de ser fundamentada e a causa deve
ser expressamente estabelecida pelo legislador.

d) Propositura de ação ordinária: Não basta a exclusão expressa do


herdeiro no testamento, para que seja deserdado. É necessário que o herdeiro
instituído no lugar do deserdado, ou aquele a quem aproveite a deserdação
promova ação ordinária e prove, em seu curso, a veracidade da causa alegada
pelo testador. O direito de provar a causa da deserdação por meio da referida
ação extingue-se no prazo decadencial “de quatro anos, a contar da data da
abertura do testamento”, como prescreve o parágrafo único do art. 1.965.
3.3 Causas de deserdação:

Assim dispõe o art. 1.814:

“São excluídos da sucessão os herdeiros ou legatários:


I - que houverem sido autores, coautores ou partícipes de homicídio
doloso, ou tentativa deste, contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, seu
cônjuge, companheiro, ascendente ou descendente;
II - que houverem acusado caluniosamente em juízo o autor da herança ou
incorrerem em crime contra a sua honra, ou de seu cônjuge ou companheiro;
III - que, por violência ou meios fraudulentos, inibirem ou obstarem o autor
da herança de dispor livremente de seus bens por ato de última vontade”.

Estatui, efetivamente, o art. 1.962 do Código Civil:

“Além das causas mencionadas no art. 1.814, autorizam a deserdação dos


descendentes por seus ascendentes:
I - ofensa física;
II - injúria grave;
III - relações ilícitas com a madrasta ou com o padrasto;
IV - desamparo do ascendente em alienação mental ou grave enfermidade”

3.4 Efeitos da deserdação:

O Código Civil, não faz menção aos efeitos da deserdação. O


entendimento é de que os efeitos da deserdação por terem a mesma natureza de
penalidade dos casos de indignidade, também são pessoais e não podem ir além
do herdeiro que se portou de forma reprovável.

Para afastar qualquer dúvida o Projeto de Lei n. 6.960/02, propôs o


acréscimo de novo parágrafo ao art. 1.965, possuindo a seguinte redação: "São
pessoais os efeitos da deserdação: os descendentes do herdeiro deserdado
sucedem, como se ele morto fosse antes da abertura da sucessão. Mas o
deserdado não terá direito ao usufruto ou à administração dos bens que a seus
sucessores couberem na herança, nem à sucessão eventual desses bens”.

4.0 TESTAMENTEIRO

Para que o testador fique tranquilo, ele indica alguém para que suas
deliberações sejam cumpridas, chamado de testamenteiro. Sua nomeação
poderá ser feita no testamento ou por meio de codicilo. Tem papel fundamental
para fazer cumprir o testamento
.
A principal função do testamenteiro é dar cumprimento ao testamento e
defender sua validade, bem como poderá desempenhar possíveis atribuições
que delegue o testador, sendo, pois, também chamado de executor
testamentário.

4.1 Natureza jurídica


A doutrina divide-se afirmando que a natureza jurídica do testamenteiro é
do encargo, enquanto outra parte afirma ser uma espécie de mandato.

De acordo com Silvio Rodrigues, “é uma instituição autônoma, com


características próprias, que não se confunde com o mandato nem com outros
institutos, apesar de algumas semelhanças”.

Para Pontes de Miranda, não é um mandado, trata-se na verdade de um


“cargo” privado.

4.2 Escolha e nomeação do testamenteiro

O testador poderá nomear um ou mais testamenteiros para atuarem em


conjunto ou separadamente.

Poderão ser nomeados de maneira sucessiva, ou seja, ordem de


nomeação de maneira que apenas na falta ou impedimento do primeiro, deve
ser chamado o segundo, e assim por diante.

Quando tiverem os testamenteiros funções distintas, nomeados


separadamente, cada um exercerá a atividade que lhe foi imposta pelo testador.
A nomeação poderá ser feita pelo Juiz ou o testador poderá indicar o
inventariante.

Havendo controvérsia sobre quem irá exercer a inventariança, mister a


nomeação de um administrador provisório, para as providencias que se
revelarem urgentes. O administrador provisório é a pessoa que estava na posse
e administração da herança quando do falecimento do seu autor, podendo
portanto, requerer a abertura de inventário.

O cônjuge ou companheiro sobrevivente são os primeiros indicados para


o exercício da inventariança, porém é necessário que estivessem convivendo
com o falecido.

Ex-cônjuges e ex-companheiros somente dispõem de legitimidade para


requerer a abertura do inventário se existirem bens a partilhar dos quais sejam
titulares.

Só não é concedida a inventariança ao cônjuge ou companheiro quando o


regime é o da separação convencional de bens, de acordo com a Lei
nº 12.195/2010.

4.3 Obrigações do testamenteiro

Compete ao testamenteiro requerer o inventário e cumprir o testamento,


desde que tenha a posse e administração dos bens, conforme o que determina o
art. 1978 do Código Civil.

O testamenteiro, ou qualquer interessado, poderá requerer, podendo


também o juiz ordenar, de ofício que o detentor do testamento o leve a registro
(art. 1979 do CC).

No prazo marcado pelo testador, o testamenteiro é obrigado a cumprir as


disposições testamentárias e dar contas do que recebeu e despendeu,
continuando a sua responsabilidade, enquanto durar a execução do testamento,
sendo ineficaz qualquer disposição de o eximir de prestar contas (art. 1980 do
CC). Nos termos do art. 1983 do CC, o testamenteiro, quando o testador não lhe
concedeu prazo maior, terá de cumprir o testamento e prestar contas no lapso de
180 (cento e oitenta) dias, contados da data da aceitação das testamentaria,
podendo haver a prorrogação se houver motivo suficiente.

Não se transmite aos herdeiros do testamenteiros e nem é delegável o


encargo de testamentaria, mas ele pode fazer-se representar em juízo ou fora
dele, mediante procurador, desde que com poderes especiais (art. 1985 do CC).
Havendo mais de um testamenteiro simultaneamente nomeado, que tenha
aceitado o cargo, poderá cada qual exercê-lo em falta do outro, ficando
entretanto, todos solidariamente obrigados a dar conta dos bens que lhes foram
confiados, salvo se cada um tiver, pelo testamento, funções específicas e a elas
se limitar (art.1896 do CC).

4.4 Remuneração do testamenteiro (vintena)

A função do testamenteiro não é gratuita, mas se ele foi beneficiado pelo


testamento, não faz jus a remuneração. O testamenteiro que não é herdeiro ou
legatário, recebe um prêmio, denominado vintena.

A vintena é fixada em 5% e não incidi ITCMD, pois não trata de direito


sucessório, conforme afirma Maria Helena Diniz. Porém o testador poderá
estipular um valor a ser pago ao testamenteiro, e o excesso dos 5% caracteriza
legado.

4.5 Extinção da testamentaria

A atividade do testamenteiro se esvai com a execução completa do


testamento. No entanto, o cumprimento das disposições não se esgota pela
simples ultimação do inventário. Possível que os encargos impostos pelo
testador se prolonguem no tempo.

5.0 SONEGADOS
O inventário tem a finalidade de relacionar e descrever todos os bens
inclusos no patrimônio hereditário. A necessidade de declarações detalhadas
decorre da partilha. O interesse na correta relação e descrição de bens decai não
apenas ao fisco, acerca do recolhimento de impostos, mas também a aqueles que
tem interesse patrimonial na universalidade deixada pelo falecido. Não só os
herdeiros deverão estar atentos ao que consta no monte, mas também os
legatários; o testamentário, para cumprir as disposições do testamento, com
direito a receber a remuneração; os cessionários de direitos hereditários; e os
credores do espolio, ao quais tem no monte a garantia de seus créditos.

A expressão sonegado designa os bens os bens desviados, a pena civil


aplicada ao herdeiro e, também, a ação respectiva, para aplicação da pena. A
sonegação pode se dar: pela omissão do herdeiro no cumprimento do dever de
relacionar no inventário bens do espólio que estejam em seu poder ou em poder
de terceiros com conhecimento dele; pelo descumprimento da obrigação de
conferir bens à colação; e pela não restituição dos bens em seu poder. Aplicada a
pena de sonegados, o sonegador é considerado inexistente em relação aos bens
sonegados. A parte que lhe tocaria será partilhada entre os demais herdeiros. Se
a partilha já se efetuou, os bens sonegados são objetos de sobrepartilha.

5.1 Requisitos

O pressuposto para a aplicação da pena de sonegados é a existência do


dolo. Se o herdeiro deixa de descrever o bem no inventário por ignorância ou
mesmo por culpa em sentido estrito, não se aplica a pena.

Se o herdeiro acumular a função de inventariante, a sonegação ficará


caracterizada, em regra, ao apresentar as últimas declarações, momento no qual
pode sanar omissões das primeiras declarações. Não basta, porém, a omissão
em relação ao bem, sendo indispensável o dolo. Tratando-se de herdeiro não
inventariante, a sonegação ficará caracterizada a qualquer momento, desde que
evidenciado por algum ato o intuito fraudulento de desvio de bens. Não é
indispensável ser previamente interpelado sobre a existência do bem, mas a
interpelação será útil para evidenciar o dolo.

5.2 Ação de sonegados


Tratando-se do ônus da prova, diverge a doutrina sobre a quem recai na
ação de sonegados. Segundo Sílvio Rodrigues, ocorrendo omissão na descrição
de bens da herança, há presunção relativa sobre a existência de dolo, a ser ilidida
pelo réu, a quem imputada a sonegação. Em sentido oposto há os que, como
Orlando Gomes, sustentam que o ônus da prova do dolo compete ao acusador.
Parece razoável o entendimento de, tendo o herdeiro sido questionado
expressamente sobre o bem, e ainda assim negar presunção relativa de
sonegação dolosa. Do contrário, se não for interpelado expressamente a respeito,
o ônus da prova competirá ao autor da demanda.

A pena de sonegados é personalíssima e fica prejudicada caso o


sonegador morra no curso da ação de sonegados. Os herdeiros dele, nesse caso,
receberão por herança a parte que lhe tocaria nos bens sonegados. A sentença
da ação de sonegados, portanto, é constitutiva.

O testamentário que sonegar bens da herança está sujeito à perda da


vintena, do prêmio a que pode ter direito pelo exercício da testamentaria, que se
reverte, nesse caso, à herança. Se também for herdeiro perderá o direito aos
bens sonegados.

O inventariante que sonegar bens da herança perde a parte inventariança.


Tal disposição é repetida no art. 622, VI do CPC. A sonegação é incompatível
com o dever do inventariante de administrar a herança e velar pelos bens do
espólio como se seus fossem. O inventariante está sujeito à dupla sanção (perda
dos direitos sobre os bens as herança e remoção da inventariança). Quanto a
remoção da inventariança, não demanda, necessariamente, a ação promovida
pelo procedimento de remoção do inventariante, incidente do processo de
inventário. Também é possível a remoção pelo Juiz, de ofício, caso repute
provado o desvio de bens da herança, facultado ao inventariante, nesse caso, a
apresentação de defesa antes da decisão.

5.3 Pena

A pena de sonegados, de perda do direito hereditário sobre o bem


sonegado, só se aplica em ação própria, denominada ação de sonegados.

A legitimidade ativa é dos coerdeiros ou credores da herança. Os credores


tem interesse na recomposição dos bens desviados ao espólio, para que sirvam à
satisfação de seus créditos. Eles não têm, no entanto, interesse em reclamar a
aplicação da pena de sonegados, pois recebem seus créditos antes da partilha,
quando a herança ainda constitui um todo unitário. Inclui-se dentre os legitimados
ativos, naturalmente, o cessionário de direitos hereditários. O cedente, em
contrapartida, não tem legitimidade ativa.

Sílvio de Salvo Venosa, observa que há de se reconhecer legitimidade para


tal ação ao legatário. Com efeito, é possível que o herdeiro, incumbido de pagar o
legado, desvie o bem objeto do legado, sonegando-o do inventário. O legatário,
nesse caso, poderá ajuizar ação de sonegados, para reavê-lo. Não se aplicará,
contudo, a pena respectiva, de perda do direito sobre o bem sonegado, pois o
sonegador não tem direito hereditário sobre ele.

Como já dito anteriormente, a pena de sonegados é personalíssima e a


sentença é constitutiva. Só após há a perda do direito do sonegador sobre os
bens hereditários.

A sentença de sonegados, aplicando a pena respectiva ao sonegador,


aproveita a todos os demais coerdeiros, ainda que somente um ou alguns deles
tenham ajuizado a ação. Os demais coerdeiros poderão se habilitar como
assistentes do autor da ação. Também poderão ser assistentes os credores, na
ação ajuizada pelo herdeiro, ou vice-versa.

A ação de sonegados está sujeita ao praza máximo de prescrição, de dez


anos, contado data na qual praticado o ato que evidencia a sonegação.

5.4 Restituição

Se não houver a restituição dos bens sonegados, por mão mais estarem
em poder do sonegador, ele arcará com o valor respectivo, mais perdas e danos.
Se os bens estiverem em seu poder, a medida adequada será a busca e
apreensão. Os bens sonegados poderão não estar mais em poder do sonegador
por deterioração, consumo, perda, etc. Em qualquer das hipóteses, o sonegador
responde por perdas e danos. Se comprovado ter ocultado dolosamente a coisa,
sua perda, ainda que decorra de caso fortuito ou força maior, não o isenta de
indenizar os coerdeiros ou credores, salvo se provar que o fato ocorreria ainda
que tivesse sido apresentada e restituída. Caso o sonegador tenha alienado a
coisa, preserva-se o adquirente de boa-fé, impondo-se ao alienante sonegador a
obrigação de indenizar os coerdeiros ou credores da herança, repondo ao espólio
o valor da alienação, mais perdas e danos.
CONCLUSÃO

Diante o que discutimos e tudo o mais que conta nos dispositivos legais
mencionados, podemos compreender que o testamento é um negócio jurídico que
tem como característica, entre outras, o fato de ser unilateral e solene, quando
desejamos verificar se ele tem vida plena no campo do Direito, devem ser levados
em conta três níveis de exame: o da existência, da validade e o da eficácia.

Diante do breve estudo acerca dos temas explanados, pudemos


compreender melhor alguns institutos, como o do testamento, bem como
fideicomisso e substituições.

E podemos por fim concluir, em resumo, que sempre se deve buscar


afundo a vontade do testador, interpretando e analisando o verdadeiro interesse
no último ato do de cujus. Portanto, não basta analisar apenas o sentido literal da
linguagem, e sim a correspondência entre a intenção do agente e suas
declarações.
REFERÊNCIAS

GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro, V.7: direito das sucessões.
8. São Paulo Saraiva 2013.

VENOSA, Silvio de Salvo. Direito civil: sucessões. 17º.ed. – são Paulo: Atlas,
2017.

http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?
n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=2953

https://tudodireito.wordpress.com/2012/04/30/resumo-de-direito-das-sucessoes/

http://www.normaslegais.com.br/guia/clientes/direito-de-acrescer-herdeiros-
legatarios.htm

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