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PRÁTICAS
DE MANEJO
PARA ADOÇÃO DO SISTEMA ROTACIONADO DE PASTEJO
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Antes
de optarmos
por adotar qualquer prática de manejo, no que diz
respeito à condução de pastagens, devemos
estar atentos às necessidades fisiológicas das gramíneas
tropicais. Apesar de pesquisas terem nos fornecido ao
longo dos últimos anos, bases mais sólidas para nos
auxiliar nas tomadas de decisões, devemos ter em
mente que muito mais precisa ser definido para melhor
utilização e consequentemente maior produção nos
trabalhos com as diversas espécies forrageiras, hoje
disponíveis.
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principal
A
ação
para adotar de maneira eficiente o manejo rotacionado, consiste em
respeitar as alturas de entrada e saída dos animais, definidas para
uma determinada espécie forrageira. Pesquisas comprovam a grande
correlação que existe entre a altura da planta e a interceptação de luz
na base da touceira. (tabela 1)
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Na Tabela 1, estão reunidos alguns dados sobre o manejo do pastejo
para as principais espécies forrageiras gramíneas exploradas
em pastagens no Brasil.
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Quando
falamos Panicum Maximum - Mombaça
Resíduo de 50 cm e pastejo com 100% IL
em índice de interceptação luminosa na base da
250
touceira, queremos dizer que de toda luminosidade 95% IL
(cm/perfilho.dia)
determinada porção estará realmente disponível em
Acúmulo de hastes
(cm/perfilho.dia)
150 12
sua base.
100 8
Quando, de toda luz disponível apenas 5% chega
50 4
à base da touceira, ou seja 95% foi interceptada Hestes
Senescência
pela estrutura da planta, fisiologicamente ela passa 0 0
a diminuir o alongamento de folhas e começa a Fonte: GEPF, 2002
alongar hastes.
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altura
Ao atingir uma
que corresponde à
95%
de interceptação luminosa, não mais teremos
acúmulo de folhas e sim de colmos e material
senescente, passando assim a comprometer
a capacidade de produção e a qualidade da
forrageira disponível aos animais. 95% IL 100% IL
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Entender e
consolidar
conhecimento nesse primeiro conceito será primordial para o sucesso
na condução do manejo das pastagens, seja ele rotacionado ou não.
é fundamental,
porque não haverá manejo eficiente
se o monitoramento não o for.
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Com relação a altura de saída,
o ideal é sempre trabalhar com: pré-pastejo prós-pastejo
Áreas adubadas Áreas NÂO adubadas
50% 20%
de altura de altura
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A recomendação de altura de saída visa atender Composição da forragem consumida durante
a demanda da planta para nova fase de rebrota, o rebaixamento dos pastos de capim-mulato
mantendo uma quantidade suficiente de folhas
para que ocorra os processos de fotossíntese, Lâminas foliares na extrusa (%)
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Ao definirmos o nosso manejo pelas alturas de entrada e essas são variáveis de fazenda para fazenda e de
e saída preconizada para uma determinada espécie acordo com a época do ano, os dias de intervalo e
forrageira, não mais teremos predefinidos os dias ocupação de cada piquete em pastejo serão, também
de intervalo entre pastejo. Como o crescimento das variáveis. Dependendo das condições, podemos usar
plantas é determinado por fatores variáveis que são: os piques com intervalos menores ou maiores.
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Condições ótimas Condições adversas
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Dessa forma, para melhor exploramos as
potencialidades de nossas forrageiras, devemos
estar conscientes que apesar de simples, o
monitoramento das alturas de entrada e saída,
deve ser
frequente e
bem
feito, realizado por pessoas treinadas, com bom embasamento
teórico, a fim de promover as ações de maneira eficaz
visando o melhor desempenho das plantas e animais em pastejo.
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Assim, podemos concluir
que precisamos começar a tratar de nossos pastos como tratamos
de qualquer outra cultura, ficando atentos ao manejo correto e ao
momento ideal de colheita, que se negligenciado pode impactar
negativamente em nosso resultado. Além disso, sabendo que
o momento ideal de entrada para pastejo é quando as plantas
atingem 95% de IL e essa tem alta relação com altura de manejo,
este pode ser um parâmetro para nos ajudar nas situações do
dia a dia. Conforme as estações do ano, as taxas de crescimento
das plantas vão acompanhando essas mudanças e é essencial
entendermos que as alturas de manejo serão alcançadas em
diferentes intervalos de tempo. Dessa forma, o manejo fixado em
dias não é o mais apropriado.
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Referências:
BARBOSA, Rodrigo Amorim. Características morfofisiológicas e acúmulo de forragem em
capim- tanzânia (Panicum maximum Jacq.cv. TANZÂNIA). Viçosa, Minas Gerais, 2004.
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