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CMPF/UFERSA

Agregados

Adla Kellen
Materiais de Construção I 1
Objetivo

• Conhecer os tipos de agregados


• Compreender como os agregados podem
contribuir para o desempenho dos materiais
cimentícios

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O que são agregados?

Quais são os agregados


que você conhece?

Agregados – definição:
Material granular, de dimensões e propriedades adequadas
para o uso nas construções.

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Usos:
• Argamassas e
concretos
• Base p/ pavimentação
• Drenos
• Lastros de ferrovias Concreto
Lastro
• Gabiões
• Revestimento em
paredes
• Jardins

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Revestimento Drenos
Finalidade uso em concretos e argamassas

Econômicas: redução de custos

Técnicas: Minimiza a retração;


Minimiza o calor de hidratação;
Aumenta a resistência química;
Aumenta a resistência à abrasão.....

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Finalidade uso em concretos e argamassas

% médias por
volumes de um
concreto comum

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Classificação
Quanto à origem :
• Naturais: Areias e Seixos • Artificial: Pedrisco, britas

Cascalho
> 4,8 mm Brita
> 4,8 mm

Areia
< 4,8 mm
Areia
< 4,8 mm

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Classificação
Quanto à origem :
• Artificiais : vermiculita, argila expandida, granalha de aço

Vermiculita Argila expandida Granalha de aço

• Reciclados: escória de alto-forno, entulho de construção e


demolição

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Classificação
Quanto à dimensão dos grãos:
• Agregado graúdo: material retido # nº 4 (> 4,75 mm)
• Agregado miúdo: material passante na # nº 4 (< 4,75 mm)
• Fíler/Material pulverulento: material passante # nº 200 (0,075 mm)

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Mineração de areia

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Britados

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Britados

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Agregados (rochas britadas)

Basalto Calcário

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Granito Quartzo
Argila expandida Vermiculita Perlita

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Classificação em diferentes faixas de tamanhos
(por peneiramento)

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Classificação em diferentes faixas de tamanhos
(por peneiramento)
(NBR NM 248:2003)

Agregado
graúdo

Agregado
miúdo
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Classificação de tamanho (por peneiramento)

# 38 mm
# 25,4 mm (*) Brita 2
Agregado
# 19,0 mm Graúdo Pedrisco
Brita 1
# 12,7 mm (*) (75-4,75 mm) (12,7 – 4,75 mm)
# 9,5 mm
# 6,3 mm (#) Brita 0
#4,75 mm
Areia grossa
# 2,4 mm
Areia média Pó de
# 1,2 mm pedra
Agregado Miúdo (6,3 – 0
# 0,6 mm (4,75-0,075 mm) mm)
Areia fina
# 0,3 mm

# 0,015 mm
# 0,075 mm (*) Finos (<0,075 mm)
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Agregados
• Finos de Pedreiras (resíduos)
• Distâncias (pedreiras)
• Distâncias (minerações de areia)
• Obtidos por operações simples (britagem, peneiramento) de rochas
naturais
• Preço é muito influenciado pelo custo do transporte (logística
• Escassez localizada
• em regiões sem maciços rochosos próximos - Amazonas,
Acre (falta brita)
• em regiões com poucos terrenos sedimentares - Goiânia, São
Paulo (falta areia)
• Restrições ambientais, oposição de vizinhança, custos elevados de
exploração 18
Em caso de esgotamento de jazidas,
quais são as alternativas?

3 min

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Agregados reciclados

Demolição e britagem de estrutura de concreto


Resíduos de Construção ou Demolição (em geral)
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Agregados nos materiais cimentícios

50 a 70%
do volume argamassas e
concretos

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Quais funções os agregados
desempenham nos materiais
cimentícios?

3min
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Funções dos agregados nos materiais cimentícios

• Define o módulo elástico do concreto


• Módulo agregados > Módulo pasta
• Vol. Agregados > Vol. pasta
• Resistência do agregado pode limitar a do concreto
• Resistência agregado > Resistência da pasta
• Reduz a retração e fluência do concreto
• Reduz volume de vazios (empacotamento)
• Redução do consumo de pasta (cimento e água)
• Pode afetar a consistência do concreto
• Se o agregado tiver porosidade elevada
• Estabilidade Química

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Resistência e Módulo de Elasticidade
dos agregados

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Como medir o módulo dos agregados?

• Medido indiretamente, a partir de corpos de prova


(testemunhos) das rochas que dão origem aos agregados.
• Selecionar o agregado de acordo com sua origem e fornecedor

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Redução de vazios (empacotamento)

Maior volume Menor volume


de vazios de vazios

menor consumo de pasta (cimento e água)


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Como medir os vazios?

• São determinados indiretamente, a partir da


densidade das partículas.
• Há várias formas de se medir a densidade das
partículas.
• Há várias definições para a mesma medida de
densidade.
• Definições podem ser conflitantes.

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Massa Específica ME= massa / volume real

Massa Unitária MU= massa / volume TOTAL


(com vazios)
Valores habituais:
Areia natural: ME ≈ 2,6 g/cm³ (ou kg/litro = t/m³)
MU ≈ 1,4 g/cm³
Brita comum: ME ≈ 2,7 g/cm³ (ou kg/litro = t/m³)
MU ≈ 1,5 g/cm³

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Massa Unitária
• Leves: M. U. < 1 g/cm3 • Pesados: M. U. > 2 g/cm3

Vermiculita Argila expandida

Pérolas de isopor
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Massa Unitária

NBR NM 45:2006

Determinação M. U. Mistura compactada


compactada de britas. sofrendo arrasamento

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Determinação da Massa Específica

Agregado graúdo - NBR NM 53:2009

31
Agregado miúdo: NBR NM 52:2009

Picnômetro:
Picnômetro
com material
sendo pesado

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Vazios intergranulares

𝑉𝑜𝑙𝑎𝑔𝑟𝑒𝑔𝑎𝑑𝑜𝑠
𝑉𝑎𝑧𝑖𝑜𝑠 % = 1 −
𝑉𝑜𝑙𝑟𝑒𝑐𝑖𝑝𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒

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Como reduzir os vazios
intergranulares dos agregados?

3min

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Definir a distribuição granulométrica

ABNT NM 248: 2001


# 19,0 mm

# 9,5 mm

#4,75 mm

# 2,4 mm

# 1,2 mm

# 0,6 mm

# 0,3 mm

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Distribuição granulométrica
(NBR NM 248:2003)

36
Distribuição granulométrica

37
38
Distribuição granulométrica

(Faixa de distribuição das dimensões das partículas)

Afeta as propriedades do concreto e argamassas

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Distribuição granulométrica
• Pode ser expressa também em termos de:

• Dimensão máxima característica (DMC)


Abertura nominal em milímetros da malha da peneira na
qual o agregado apresenta uma porcentagem retida
acumulada igual ou imediatamente inferior a 5% em
massa

pelo menos 95% do agregado


(em massa) passa pela peneira

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Distribuição granulométrica
• Módulo de finura

Soma das porcentagens retidas acumuladas, em massa


de um agregado, nas peneiras da série normal (somente)
dividida por 100.

“quanto maior o módulo de finura, mais graúdo


é o agregado”

41
Distribuição granulométrica NBR 7211

42
Distribuição granulométrica

Limites granulométricos de agregado graúdo

43
Distribuição granulométrica

44
Distribuição granulométrica

MF – usa as %
acumuladas das peneiras
da série normal.

DMC – usa as %
acumuladas das peneiras da
série normal e da série
auxiliar.

45
Distribuição granulométrica

Efeito da composição granulométrica:

Maior quantidade de
vazios exige um maior
consumo de pasta de
cimento

Aumenta custo
Aumenta retração
Aumenta calor ....
46
47
Distribuição granulométrica NBR 7211

48
Distribuição granulométrica NBR 7211

Módulo de Finura - MF

49
Distribuição granulométrica

50
Distribuição granulométrica

51
Distribuição granulométrica

Classificação - MF

NBR-7211 (ABNT, 1982) – Norma cancelada!!

52
Forma e textura superficial dos agregados

Menor índice de vazios Maior índice de vazios


Movimentação facilitada Movimentação dificultada
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Forma e textura superficial dos agregados

Verificação da textura superficial:

LISOS x RUGOSOS - avaliação visual

Verificação da forma:

ÍNDICE DE FORMA DE AGREGADOS GRAÚDOS

NBR 7809/2006
Determinação do índice de forma pelo método do
paquímetro.

54
Forma e textura superficial dos agregados

Agregado miúdo – NBR 7389 -1

Forma e textura típica de areia de jazida tipo leito de rio 55


Forma e textura superficial dos agregados

Agregado graúdo – NBR 7389 - 2

Alongado Lamelar

Normal Semi-arredondado Normal Arredondado 56


Forma e textura superficial dos agregados
Medição da forma
NBR 7809:2006

57
Forma e textura superficial dos agregados
Medição da forma

Análise de imagens
por fluxo dinâmico de
partículas

Equipamento Retsch -
Camsizer

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Inchamento (areia)

• Alteração de volume devido a


presença de umidade (teores
reduzidos)
• Ocorre apenas na areia (material
fino)
• Durante a molhagem dos
agregados, a tensão superficial da
água causa afastamento das
partículas

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NBR 6467:2006

Umidade crítica = 3,7%


Coeficiente de inchamento médio = 1,33
O coeficiente de inchamento é determinado pela média aritmética
entre os coeficientes de inchamento máximo (ponto A) e aquele
correspondente à umidade crítica (ponto B) 60
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ABSORÇÃO DE ÁGUA (ensaio indireto)

• Por que a absorção de água é importante?


• Medida indireta da porosidade dos agregados
- Maior porosidade, menor resistência, menor módulo
• Pode retirar água da pasta de cimento, caso o
agregado não seja pré-saturado
• Umidade superficial
• Pode aumentar a água de mistura
- aumento da relação água/cimento (maior porosidade)
- redução da resistência do concreto
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ABSORÇÃO DE ÁGUA

63
ABSORÇÃO DE ÁGUA

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Umidade superficial

Agregado graúdo - Secagem em estufa e queima com


álcool

Estufa

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Umidade superficial

Agregado miúdo • Secagem por aquecimento ao


fogo
• Método do Frasco de
Chapman - NBR 9775:2011

• Sensor por
micro-ondas 66
Ensaio de Abrasão Los Angeles – NBR NM
51:2001
Agregados graúdos

67
Ensaio de Abrasão Los Angeles – NBR NM
51:2001
Agregados graúdos

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Substâncias nocivas nos agregados

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Estabilidade química

Reações álcali-agregado

Bloco de fundações seriamente afetado -


70
Recife -PE
Ensaios de controle

• Granulometria
• Forma
• Densidade
• Absorção de água
• Inchamento (areia)
• Reação álcali-agregado

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Leitura recomendada

Cap. 4 - BAUER, L.A. Materiais de Construção, Livros


Técnicos e Científicos Editora Ltda., Vol. 1, 6ª edição,
2019.

Cap. 6 - NEVILLE, A. M; BROOKS, J. J. Tecnologia do


concreto. 2.ed. Porto Alegre: Bookman, 2013. 448p.
ISBN: 9788582600719.
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Atividade 4

Questionário no SIGAA

Fazer até 09/11 às 23h59min


Atividade 5

Atividade de especificação

Enviar até 10/11 às 23h59min

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