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RESUMO
1. INTRODUÇÃO
Enquanto os territórios norte e sul batalhavam pela questão territorial, ainda haviam
outras disputas territoriais que envolviam Brasil e Paraguai. Doratioto (2002) cita que o
império brasileiro e o governo paraguaio se mantinham irredutíveis em suas posições o
que condenavam as relações bilaterais entre os países, que não chegavam em um
consenso sobre as fronteiras. Carlos Lopez propunha o uso das fronteiras de forma
onerosa para o império, o que era considerado inadmissível para o governo brasileiro,
pois havia entre os países um acordo de navegação que estava em vigor no ano de
1856,
no entanto Lopez acusava o império brasileiro de prejudicar seu país com a navegação
brasileira.
“Esse diplomata tinha razão quanto aos preparativos bélicos do governo paraguaio. Em
6 de fevereiro de 1862, reuniram-se em Assunção, com Francisco Solano Lopez,
ministro da Guerra, os chefes militares vindos de diferentes pontos do país. Nessa
ocasião elaborou-se um “orçamento de gastos com a guerra” e iniciou-se a
mobilização militar, convocando-se todos os cidadãos entre dezessete e quarenta
anos de idade para o serviço militar. O major Pedro Duarte foi nomeado para
comandar o acampamento militar de Cerro Leon, a uns noventa quilômetros da capital
e centro daquela mobilização, que já contava entre 4 mil e 5 mil recrutas. Em 15 de
abril desse mesmo ano, Duarte recebeu ordens de Solano Lopez para regressar a seu
antigo posto, de comandante militar da vila de Encarnacion, na fronteira leste, para
organizar uma força militar de 10 mil soldados. 43 O Paraguai preparava-se para a
guerra.” (DORATIOTO; p. 39. 2002) o ano vem antes da página.
Recomendo usar a fonte 11, um pouco maior para facilitar para o seu leitor de
baixa de visão. E o recuo da margem esquerda é de 4 cm e não se usa aspas.
Era perceptível que o norte ainda possuía maior poder de decisão e influência,
ficando o lado sul dependente dos reflexos das políticas nortistas. Essa situação se
agravava devido ao fato de o governo federal considerar o sul apenas como elemento
de barganha ou suporte ao norte, o que aprofundava os sentimentos regionalistas dos
sulistas. E, é a partir deste sentimento, que se fundam os movimentos separatistas, o
que naquele momento culminava com o movimento migratório gaúcho, que sempre
almejou essa revolução sendo fortemente reprimidos nas lutas em seu próprio estado.
Os movimentos não queriam tomar o poder estadual, mas se constituir como
estado independente, o que era visto pelo governo estadual como um grande risco a
ser evitado. Assim os coronéis situacionistas eram acionados para reprimir as tentativas
revolucionárias, enquanto os coronéis sulistas se utilizavam de seu próprio arsenal para
financiar as lutas armadas na tentativa de conseguir suas demandas.
Corrêa (2006) menciona que o momento de instabilidade política causado pela
renúncia de Deodoro, onde assumiu Floriano Peixoto, repercutiu no Mato Grosso, pois
Murtinho havia defendido as medidas políticas tomadas por Deodoro, em 1892.
Nesse sentido, em primeira instância, os políticos do PNR, contaram com o apoio dos
militares e da burguesia mercantil de Corumbá. A aliança dos militares possibilitou ao
PNR uma força que permitiu não somente o controle do tráfego do rio Paraguai, como
também a derrubada do governo Murtinho. Por outro lado, representou uma tentativa
dos militares de retomar o controle político do estado, então perdido com a ascensão
da oligarquia tribal dos Murtinho (apesar da existência de militares no grupo
oligárquico estadual) (CORRÊA; p.93. 2006)
FAÇA COMO EU CORRIGI ANTERIORMENTE.
Após a tomada de Corumbá pelos movimentos revolucionários, quase que de
forma orgânica surgiram movimentos contrarrevolucionários comandados por Generoso
Ponce, buscando reverter a perda do território de Corumbá, o que foi conseguido, após
cinco longos meses de luta armada, em 1895, no entanto, as lutas e conflitos armados
entre norte e Sul de Mato Grosso estavam longe de acabar, tendo em vista que as
diversas forças repressivas ao Sul apenas fortaleciam o escopo separatista, gerando
verdadeira guerra entre o norte e sul. Estes conflitos ocorreram por cerca de um século
de maneira violenta e incessante, até que em 1977, foi promulgada a divisão entre os
territórios norte e sul, criando o Estado de Mato Grosso do Sul. (CORREA, 2006).
4. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS