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Colheita, conservação e

transporte de amostras biológicas

Profa. Dra. Márcia F.R.Sobreira


1. Introdução
 Exames laboratoriais

 Objetivos:
 Estabelecer DIAGNÓSTICOS
 Estabelecer PROGNÓSTICOS
 Monitorar TERAPIAS
 Avaliar o ESTADO GERAL de animais
1. Introdução
 Importância de colheita / conservação
/ transporte:
 Resultados confiáveis
 Evitar a DETERIORAÇÃO da amostra
 Colher material compatível com o exame
solicitado
2. Princípios básicos
 2.1. Representação da amostra
 Qualitativa (colher material compatível com o
exame solicitado)

 Quantitativa (colher volume que represente o


todo)
2. Princípios básicos
 2.2. Características do envase
 Recipiente
 Limpo

 Seco

 Vedado

 Capacidade
2. Princípios básicos
 2.3. Identificação
 Amostra

 Ficha de requisição
 identificação do animal (nome/número, espécie,
raça, sexo, idade)
 nome e endereço do proprietário
 histórico do animal e suspeita clínica
 amostra enviada (natureza, data da colheita,
conservação,..)
 exames requisitados
 médico veterinário requisitante
2. Princípios básicos
 2.4. Conservação
 Físicos
 refrigeração
 gelo úmido/reciclável
 outros

 Químicos
 fixadores: formol a 10% , álcool etílico,...
 bacteriostáticos: glicerina (a 100% ou a 50%), ácido
bórico, ...
 bactericidas: formol a 10% (para fezes), fenol 0,5% (1:9
de soro), ...
 anticoagulantes
 Anticoagulantes
 Enzimáticos
 Impedem a conversão da protrombina em trombina
 Ex.: heparina

 Quelantes do cálcio
 EDTA (indicado para hematologia e citologia)
 Citrato de sódio (indicado para coagulometria)
 Fluoreto de Sódio (indicado para determinação da
glicemia), ...
2. Princípios básicos
 2.5. Transporte
 Embalagens resistentes
 Manutenção da temperatura ideal
 Amostra fixada
3. Características referentes
a diferentes tipos de
amostras
3. 1.Urina
 Colheita
 Micção espontânea
 Sondagem vesical
 Cistocentese
3. 1.Urina - colheita
 Micção espontânea
 Desprezar porção inicial
 Método simples e fácil
 Amostra contaminada com material externo a
vesícula urinária
3. 1.Urina - colheita
 Sondagem vesical
 Desprezar porção inicial
 Método um pouco mais elaborado (exige
contenção, ...)
 Amostra um pouco menos contaminada
 Evitar sondagens repetidas – risco de
desenvolvimento de cistite
Material
Sondagem vesical - machos

Espécie canina Espécie felina

Fonte: OSBORNE, 1999


Sondagem vesical - machos

Espécie canina
Sondagem vesical - fêmeas

Fonte: OSBORNE, 1999


3. 1.Urina - colheita
 Cistocentese
 Só para animais de pequeno porte
 Método exige contenção e habilidade
 Amostra mais fiel
 Ideal para cultura de urina
Cistocentese – pequeno porte

Fonte: OSBORNE, 1999


Artefato de colheita
3. 1.Urina
 Conservação
 Ideal: realizar exame após a colheita

 Caso contrário:
 Refrigeração (no máximo 6 horas)
 Conservação química
(formol 40% - 1gota/mL de urina)
3. 2.Fezes
 Colheita
 Direto da ampola retal

 Defecação espontânea
 Amostra recém defecada
 Evitar amostra ressecada
Materiais
3. 2.Fezes
 Conservação
 Ideal: realizar exame após a colheita
 Pesquisa de protozoários, reação enzimática,...

 Caso contrário:
 Refrigeração (parasitológico – 24 horas)
 Conservação química
(formol 10% - 1:4)
3.3. Sangue
 Colheita
 Punção venosa
 Local
 Animais de grande porte – veia jugular
 Animais de pequeno porte – veias radial/cefálica,
safena e jugular

 Calibre da agulha
 Bovinos – 40x12 , 40x16
 Equinos – 40x12, 40x8, 30x8
 Caninos e felinos – 25x8, 25x7
Materiais
3.3. Sangue
 Cuidados na colheita (evitar o estresse e hemólise)

 Animais em repouso
 Animais devidamente contidos
 Agulhas com calibres adequados
 Não exercer excessiva pressão no momento da colheita
 Evitar manipulação da agulha quando dentro do vaso
 Desacoplar agulha-seringa antes de transferir o sangue ao
frasco
 Transferir o sangue encostando a seringa na borda do frasco
 Homogeneizar delicadamente o sangue com o
anticoagulante
 Utilizar a quantidade correta de anticoagulante
3.3. Sangue
 Conservação
 Física:
 refrigeração

 Química:
 Anticoagulantes (se necessário)

Associar os dois tipos ?


3.4. Efusões
 Colheita
 Local:
 Toracocentese (do 5º ao 11º espaço intercostal
direito)
 Abdominocentese (região da linha alba)
 Pericardicentese (do 3º ao 5º espaço intercostal
direito)
 Artrocentese (local mais “mole”)
 Liquor (cisterna atlanto-occiptal ou lombar)
Materiais
Abdominocentese
Toracocentese
Líquor
Líquor
Líquor
Líquor
Líquor
Líquor
Líquor
Líquor
3.4. Efusões
 Conservação
 Ideal – realizar o exame logo após a
colheita
 Se não for possível
 Fazer avaliação citológica
 refrigeração (por até 6horas)

 Importante:
 Colher sempre em dois frascos (um com
anticoagulante e outro sem)
3.5. Raspado de pele
 Colheita
 Áreas limítrofes (sã – lesão)
 Vários locais
 Ácaros
 Sarna sarcóptica (superficial)
 Sarna demodécica (profundo – atingindo vasos
sangüíneos)
 Dermatófitos (cultivo)
 Raspado muito superficial e com bastante pêlos
3.5. Raspado de pele
 Conservação
 Ideal – realizar o exame logo após a
colheita
 Se não for possível
 Colocar entre duas lâminas
 Deixar em temperatura ambiente / refrigeração
 Importante:
 Não adicionar nenhum material para colheita
Resumo

 Objetivos dos exames laboratoriais

 Importância da amostragem
 (colheita, envase e conservação)

 Características de cada tipo de material


biológico

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