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UNIVERSIDADE DO ALGARVE

Instituto Superior de Engenharia

LICENCIATURA EM ENGENHARIA ALIMENTAR

Química dos Alimentos/1º Ano/ 2º Semestre.

TEMA

DETERMINAÇÃO COLORIMÉTRICA DE FOSFATO INORGANICO NO LEITE

Ingrid Johanna Luna Durango – 70849

Bárbara

Professor: Jaime Anibal

Faro, 04 de Janeiro de 2021


RESUMO
INDICE

INTRODUÇÃO……………………………………………………………………………. 1
1. MATERIAL E METODO……………………………………………………………….. 4
1.1. Materiais e Reagentes…………………………………………………………….. 4
1.2. Método Colorimetria ……………………………………………………………… 4
1.2.1. Procedimento………………………………………………………………………. 4
1.2.1.1 Preparação da solução padrão de fosfato ……………………………………. 4
1.2.1.2. Extração do fosfato ……………………………………………………………… 4
1.2.1.3. Preparação da curva de calibração e das amostras ………………………… 5
2. RESULTADOS…………………………………………………………………………. 12
2.1. Soluções padrão ………………………………………………………………… 12
2.2. Resultado da absorvência lida no espectrofotómetro ………………………. 12
2.3. Traçado do gráfico da absorvancia em função da concentração de fosfato . 12
CONCLUSÕES…………………………………………………………………………… 15
REFERENCIAS…………………………………………………………………………… 16
INTRODUÇÃO

As matérias minerais encontram-se em todos os leites em uma proporção de 3 a 12 g


por litro. Trata-se por tanto, de fracção pequena em relação com os três precedentes:
lípidos, glúcidos e prótidos; mas observa-se a importância considerável de varias
sales, sobre todo de aquelas que constituem a originalidade do leite, em sua natureza
e concentração. Estas estão formadas pelos ácidos fosfórico e cítricos, cálcio e
magnésio. (Charles Alais (1985). Ciencia de la Leche-Principios de técnica Lechera;
Editorial Reverté, S.A.; 205-215 pp). Neste caso estudou-se o fosfato inorgânico, como
se mostra na tabela 1.

Tabela nº 1. Distribuição do fósforo e cálcio no leite de vaca.

Imagem extraída de Charles Alais (1985). Ciencia de la Leche-Principios de técnica Lechera; Editorial Reverté,
S.A.; 205-215 pp
Para determinar a quantidade de minerais no leite ou suas concentrações, aplicam-se
diferentes métodos, como são os métodos gravimétricos, volumétricos, fotométricos,
espectrometrias de emissão e absorção atómica, electrométricos e de determinação
dos elementos indício. Neste caso precisar-se-á determinar o fosfato inorgânico no
Leite. O fósforo e o cálcio são os elementos que formam o essencial da parte minero-
coloidal que é uma das características do leite. Pois como sabe-se que o leite é de cor
branca e também opaca (Charles Alais (1985). Ciencia de la Leche-Principios de

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técnica Lechera; Editorial Reverté, S.A.; 3-5 pp), é então um colóide cujo disperso está
constituído por estes dois elementos principais, fósforo e cálcio. As partículas de
fósforo e cálcio são superiores a 1nm e inferiores a 1000 nm o que implica que ao
passar o feixe de luz através dele, esta dispersa-se parcialmente ao ser reflectida
pelas partículas e pode-se ver o feixe de luz facilmente (como quando consegue-se
ver a luz do sol a través do pó) Figura 1. Se as partículas foram inferiores a 1 nm não
é possível ver o feixe de luz.

Figura nº 1. Exemplo de Coloide

Imagem extraída de https://www.youtube.com/watch?v=YKzq5mpiIy8&t=117s

Para isto é preciso usar um método fotométrico conhecido como colorimetria, o qual
baseia-se no facto de que, quando o feixe de luz branca incide numa solução corada,
alguns cumprimentos de onda são mais absorvidos que outros. Para esto é usado os
espectrofotómetros, Figura 2 que são os mais usados para determinar os fosfatos em
forma de complexo azul com o molibdeno (Charles Alais (1985). Ciencia de la Leche-
Principios de técnica Lechera; Editorial Reverté, S.A.; 275 pp). O espectrómetro mede
a absorção em percentagem da transmissão ou em densidade óptica. Segundo a lei
de Beer e Lambert, a densidade óptica é proporcional à espessura atravessada e a
intensidade da cor, o que seria a concentração da sustância considerada na solução.

A= ɛ c I, Onde A é absorvência, ɛ é a absortividade molar do composto, c é a


concentração e I é a distancia percorrida pelo feixe de luz quando atravessa a
amostra.

Figura nº 2. Espectrofotómetro HITACHI.

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Imagem extraída de laboratório realizado pelos próprios.

O objectivo principal é determinar a concentração de fosfato inorgânico no leite de


duas amostras, a partir das soluções padrão cujas concentrações são já conhecidas,
por meio do método fotométrico conhecido como colorimetria.

1. MATERIAL E MÉTODO

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1.1 Materiais e Reagentes.
 Solução de Molibdato de Amonia (50 g/L)
 Solução tampão de acetato de Cobre pH 4.0
 Agente reductor
 Solução de acido tricloroacético 10%
 Solução stock de fosfato (100mg/100cm3)
 Vortex
 Espectrofotómetro
 8 Tubos de ensaio
 Suporte para tubos de ensaio

1.2 Método Colorimetria.


O método da colorimetria para a quantificação do fosfato inorgânico consiste
em fazer reagir o fosfato inorgânico com outras substâncias para formar um
produto corado, pois este é incoloro. O fosfato inorgânico reage com o
molibdato de amónia em meio ácido para formar acido fosfomolibdato,
adiciona-se um agente redutor que reduz o molibdénio do fosfomolibdato
originando uma cor azul, sem afectar o ácido molibdico não combinado. Nesta
experiencia o agente redutor é o sulfato de p-metilaminofenol e a presença de
cobre na solução tampão acelera a formação de cor.

1.2.1. Procedimento.

1.2.1.1. Preparação da solução padrão de fosfato: Preparou-se uma solução


padrão de fosfato de concentração de 1 mg/100 cm 3 por diluição da solução
stock de concentração 100 mg/100 cm 3 com uma solução de tricloroacético ao
10%. Para obter uma concentração de 1mg/100 cm3, usou-se a equação
C1V1=C2V2, para assim achar a quantidade de volume que precisou-se da
solução mais concentrada (V1).

1.2.1.2. Extração do fosfato: Mediu-se 0,5 cm3 da amostra de leite e passou-


se para um copo de precipitação, após isto, adicionou-se no copo de
precipitação 19,5 cm3 de solução de ácido tricloroacético ao 10%, misturou-se
bem e com o filtro pregueado filtrou-se a solução.

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Figura nº 3. Extração do fosfáto.

Imagem extraída de laboratório realizado pelos próprios.

1.2.1.3. Preparação da curva de calibração e das amostras: Preparou-se e


enumerou-se cada tubo de ensaio desde o numero 1 até o numero 6 (números
marcados em vermelho nos tubos de ensaio) para as amostras padrão, nas
quantidades estabelecidas e das quais conhece-se as suas respectivas
concentrações, como aparece na tabela 2 e figura 4. Tendo sempre o cuidado
de que nas soluções padrão tem que se adicionar as soluções na ordem
estabelecida na tabela 2. Quer disser que o primeiro vai ser a solução padrão e
depois a água destilada.

Tabela 2. Soluções a adicionar a cada tubo de ensaio.

Imagem extraída do protocolo de praticas de laboratório.

Figura nº 4. Soluções padrão e amostras.

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Imagem extraída de laboratório realizado pelos próprios.

Preparou-se mais 2 tubos de ensaio (marcados em preto) enumerados com os


números 7 e 8, para colocar em cada tubo 2 cm3 da solução de fosfato filtrada
do leite. Adicionou-se em cada tubo 6 cm 3 de solução tampão de acetato de
cobre, para acelerar a formação da cor nas soluções. Acrescentou-se 1 cm 3 de
molibdato de amónia para reagir e do agente redutor 1 cm 3 que neste caso foi
o sulfato de p-metilaminofenol para assim reduzir o molibdeno do
fosfomolibdato e originar a cor azul figura 5.

Figura nº 5. Soluções implicadas no procedimento para determinarem o fosfato


inorgânico.

Imagem extraída de laboratório realizado pelos próprios.

Figura nº 6. Soluções padrão e amostras.

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Imagem extraída de laboratório realizado pelos próprios.

Após cada adição nas amostras 7 e 8, procedeu-se a agita-las bem figura 7.

Figura nº 7. Soluções 7 e 8 sendo agitadas.

Imagem extraída de laboratório realizado pelos próprios.

Após ter todo pronto recomendou-se esperar 10 minutos para proceder a


leitura das absorvências a 880 nm, mas foi preferível esperar até a semana a
seguir. Após uma semana de espera procedeu-se a leitura das absorvências
usando o espectrofotómetro figura 8, o qual aplica a lei de Beer – Lambert,
onde a intensidade de cor é proporcional à concentração do composto e por
tanto também é proporcional a quantidade de luz absorvida.

Figura nº 8. Espectrofotómetro.

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Imagem extraída de laboratório realizado pelos próprios.

Passos para as leituras das absorvências das soluções padrão e a amostras:


1. Limpou-se os dois tubos quadrados do espectrofotómetro com água
destilada, figura 9.

Figura nº 9. Limpeza dos tubos quadrados do espectrofotómetro.

8
Imagem extraída de laboratório realizado pelos próprios.

2. Encheu-se os dois tubos quadrados a ¾ da altura total com água


destilada, colocou-se os tubos nas duas posições do espectrofotómetro
para assim ser calibrado a zero, figura 10.

Figura nº 10. Calibração do espectrofotómetro.


Tubo com água destilada para calibração

Maquina calibrada a Zero

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Imagem extraída de laboratório realizado pelos próprios.

3. Iniciou-se com as leituras desde a primeira solução padrão deixando na


máquina como padrão de cor o tubo quadrado superior e activou-se o
botão start. Após a primeira solução, o procedimento repetiu-se com a
solução de todos os tubos e finalizou-se com as amostras 7 e 8, figura
11.

Figura nº 11. Procedimento de Leitura.


Primeira solução padrão

A agua destilada de base vs solução padrão

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Activo a primeira leitura do espectrofotómetro

Imagem extraída de laboratório realizado pelos próprios.

Assim foram medidas todas as absorvências em percentagem, para assim


ter todos os valores.

2. RESULTADOS

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Como resultado de esta prática laboratorial obteve-se o seguinte:

2.1. Soluções padrão: Para a preparação de uma solução padrão de fosfato,


calculou-se o volume necessário para obter uma concentração de 1 mg/100
cm3 a partir da solução stock com concentração de 100 mg/100 cm 3. Por tanto
o resultado foi 1 cm3 de volume da solução stock, usou-se a igualação
C1V1=C2V2, onde ao isolar V1, ficou V1= (C2V2)/ C1, e o resultado foi 1 cm3.
2.2. Resultado da absorvência lida no espectrofotómetro: Após ler as soluções
padrão no espectrofotómetro, passou-se as amostras obtendo como resultado
a figura 12 e tabela 3.

Figura nº 12. Leituras do espectrofotómetro.

Imagem extraída de laboratório realizado pelos próprios.

Tabela nº 3. Leituras do espectrofotómetro


Nº Tubo Conc. Solução [PO43] (mg/100 cm3) Absorvência
1 0.0 0.275
Reta de calibração

2 0.1 0.400
3 0.3 0.582
4 0.5 0.803
5 0.7 1.078
6 1.0 1.381
7 -- 1.348
Amostras

8 -- 1.465

2.3. Traçado do gráfico da absorvancia em função da concentração de


fosfato: Para achar os resultados das concentrações de fosfato nos tubos 7 e
8 usou-se a regressão linear dos dados de concentração e absorvancia dos
tubos das soluções padrão, desde o tubo 1até o 6. Assim após traçar o gráfico
a equação linear y=ax+b com os dados das soluções padrão, gráfico 1, achou-
se os valores constantes de a e b.

Gráfico nº 1. Regressão linear dos dados das soluções padrão.

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Resultados Espectrofotómetro
1.500

1.350 f(x) = 1.11 x + 0.27

1.200

1.050
Absorvancia

0.900

0.750
Linear ()

0.600

0.450

0.300

0.150

0.000
0.0 0.2 0.3 0.5 0.6 0.8 0.9 1.1 1.2

Concentrações de [PO4]

Gráfico em Excel realizado pelos próprios com os dados lidos


Por tanto o resultado foi: Para a=1,1123 e para b=0,2712. Com estos valores
achados, facilitou-se o calculo para achar as concentrações de fosfato
inorgânico das amostras 7 e 8.

Partindo da equação linear Abs=a[PO43]+b, conhecendo a absorvancia de cada


amostra lida no espectrofotómetro e usando os valores constantes de a e b
achados, calculou-se as concentrações das amostras 7 e 8, da seguinte
maneira: [PO43]=(Abs-b)/a.

Amostra 7 : [PO43]7=(1.348-0.2712)/1.1123 = 0.968 mg/100 cm3.

[PO43]7= = 0.968 mg/100 cm3.

Amostra 8 : [PO43]8=(1.465-0.2712)/1.1123 = 1.073 mg/100 cm3.

[PO43]7= 1.073 mg/100 cm3.

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Ao comparar com a seguinte tabela de composição de diversas leites em
minerais e ácidos cítricos (Charles Alais (1985). Ciencia de la Leche-Principios
de técnica Lechera; Editorial Reverté, S.A.; 205-215 pp). Tabela 4.

Achou-se que os nossos resultados são muito próximos aos valores extremos,
estão dentro do intervalo descrito nesta tabela.

Tabela nº 4: Regressão linear dos dados das soluções padrão.

Gráfico em Excel realizado pelos próprios com os dados lidos

CONCLUSÕES

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REFERÊNCIAS

1. Charles Alais (1985). Ciencia de la Leche-Principios de técnica Lechera;


Editorial Reverté, S.A.; 205-215 pp-

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