1) EXPLIQUE A IMPORTÂNCIA DO 2,3 BISFOSFOGLICERATO PARA O METABOLISMO DAS HEMÁCIAS
2) CARACTERIZE O CICLO DE LUEBERING-RAPOPORT 3) CARACTERIZE A CEDOACIDOSE DIABÉTICA E SEU TRATAMENTO 4) CARACTERIZE A ACIDOSE LÁCTICA E SEU TRATAMENTO 5) CARACTERIZE A ACIDOSE RESPIRATÓRIA E SEU TRATAMENTO 6) EXPLIQUE AS AÇÕES DA ANTIMICINA A E OLIGOMICINA A NA CADEIA TRANSPORTADORA DE ELÉTRONS 7) EXPLIQUE A AÇÃO DA GLUTATIONA NO METABOLISMO HUMANO 8) EXPLIQUE OS EFEITOS DE UMA DEFICIÊNCIA DE CARNITINA NO NOSSO METABOLISMO 9) CARACTERIZE E EXPLIQUE A IMPORTÂNCIA DO CICLO DE CORI 10) CARACTERIZE AS AÇÕES DA ENZIMA BIFUNCIONAL PFK2/FBP2
1) EXPLIQUE A IMPORTÂNCIA DO 2,3 BISFOSFOGLICERATO PARA O METABOLISMO DAS HEMÁCIAS
O 2,3 - DPG (DIFOSFOGLICERATO) é um composto químico encontrado no interior da hemácia. A principal função do 2,3 – DGP é reduzir a afinidade da hemoglobina pelo oxigênio, para facilitar a sua liberação nos tecidos. A pressão de oxigênio (PO2) é necessária para liberar o oxigênio nos tecidos. A transferência se torna mais lenta á medida que a pressão atmosférica diminui, mas o organismo responde começando a produzir quantidades maiores de difosfoglicerato (2,3-DPG). A enzima tem a capacidade de enfraquecer a ligação oxigênio-hemoglobina e permite que o oxigênio saia com menor pressão. Quanto mais elevada for a situação de hipóxia (menor PO2), mais 2,3-DPG será produzido. Esta enzima tem o potencial de deslocar o equilíbrio da curva de dissociação da hemoglobina para a esquerda, facilitando a liberação de O2 em tecidos onde há baixa pressão do mesmo, enquanto nos tecidos com alta pressão de O2 (pulmão), a molécula de 2,3-DPG é deslocada do centro da hemoglobina desoxigenada, facilitando a captação de O2. Quando O2 é descarregado, as cadeias β da globina são separadas, permitindo a entrada do metabólito 2,3- difosfoglicerato (2,3-DPG), diminuindo, assim, a afinidade molécula por 02. Ou seja, 2,3-DPG liga-se preferencialmente à hemoglobina desoxigenada à oxigenada. A ligação do 2,3-DPG com a hemoglobina provoca uma mudança conformacional na hemoglobina. Aelevação do pH intracelular estimula a glicólise, aumenta a atividade da DPG-mutase (enzima que converte 1,3-DPG em 2,3-DPG) e inibe a atividade da DPG-fosfatase (enzima que decompõe o 2,3-DPG em 3-fosfoglicerato), resultando numa maior síntese e menor degradação de 2,3-DPG. A 2,3-DPG então, age como fator fundamental no incremento da eficiência de transporte de oxigênio e sua essencialidade na liberação do oxigênio aos tecidos periféricos sob baixas pressões de O2.
5) CARACTERIZE A ACIDOSE RESPIRATÓRIA E SEU TRATAMENTO
A acidose respiratória se caracteriza pela redução da ventilação e aumento da pCO2, podendo acontecer em consequência de algumas patologias que danificam os centros respiratórios ou que diminuem a capacidade dos pulmões de eliminar CO2, como por exemplo, a lesão do centro respiratório do bulbo, a obstrução das vias respiratórias, a pneumonia, ou a diminuição da área da superfície pulmonar, bem como qualquer intervenção passível na troca de gases entre o sangue e o ar alveolar, podem provocar acidose respiratória. A alta concentração de CO2 nos pulmões, ao difundir-se na corrente sanguínea, combina-se instantaneamente com H2O, formando o ácido carbônico (H2CO3). Esta reação é mediada pela anidrase carbônica, que está presente nos eritrócitos: H2CO3 ↔ H2O + CO2. O ácido carbônico é um ácido fraco, que, devido a sua instabilidade, dissocia-se em H+ e HCO3. Nos eritrócitos, os íons H+ se ligam, na maior parte, à hemoglobina. A hipoxemia causa vasodilatação nos tecidos periféricos e maior retorno de sangue venoso para o coração. Há o aumento do débito cardíaco para o sistema vascular do pulmão. Nessas condições ocorre aumento da pressão arterial pulmonar, dificultando a passagem do sangue através dos capilares pulmonares, levando a redução da perfusão pulmonar, com menores trocas gasosas e hipóxia progressiva. Tratamento: Geralmente é necessária oxigenoterapia; bronco-dilatadores ajudam a diminuir os espasmos brônquicos; antibióticos são usados para as infecções respiratórias e os trombolíticos ou anticoagulantes são usados nos casos de embolia pulmonar; nunca utilizar bicarbonato, uma vez que pode elevar a pCO2 e causar narcose.