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Universidade Federal de Sergipe - UFS

Centro de Ciências Exatas e Tecnologia - CCET


Departamento de Engenharia Civil - DEC

SISTEMA DE DRENAGEM URBANA

Dimensionamento Hidráulico de Microdrenagem:


Microdrenagem:
SARJETAS

Professora Tatiana Máximo Almeida Albuquerque


Conteúdo

1. Classificação das vias Públicas


2. Etapas do Dimensionamento Hidráulico
3. Sarjeta: Definição
4. Capacidade Hidráulica
5. Capacidade Teórica
6. Coeficiente de rugosidade
7. Dimensões Padrão
8. Descarga admissível
9. Informes gerais para projetos
10. Exercícios
Vias Públicas

As vias públicas são importantes


elementos da drenagem urbana porque,
além de receber diretamente parte das
precipitações, também orientam e
conduzem as descargas provenientes do
interior das quadras.
Classificação das Vias Públicas
O Sistema de drenagem a ser projetado para as vias
públicas depende da sua classe de uso e do seu tipo
de construção:
Inundação Máxima Admissível
Etapas do Dimensionamento Hidráulico
O projeto de um sistema de
microdrenagem é composto por três
conjuntos de cálculos:

capacidade admissível das sarjetas;


capacidade admissível das bocas de
lobo;
capacidade admissível das sistema de
galerias pluviais
Definição
São canais, em geral de seção transversal triangular, situados
nas laterais das ruas, entre o leito viário e os passeios para
pedestres destinados a coletar as águas de escoamento
superficial e transportá-las ate as bocas coletoras;

Limitadas verticalmente pela guia de passeio, têm seu leito


em concreto ou no mesmo material de revestimento da pista de
rolamento;

Em vias públicas sem pavimentação é freqüente a utilização


de paralelepípedos na confecção do leito das sarjetas, sendo
neste caso, conhecidas como linhas d’água;
Definição
O escoamento das águas pluviais ao longo das
sarjetas, é necessário para conduzi-las até as bocas
coletoras que, por sua vez, as captam para as
galerias. Um bom planejamento do sistema viário
pode reduzir substancialmente o custo do sistema de
drenagem, e até dispensar a necessidade de galerias
de águas pluviais;

Um bom projeto de drenagem proporciona


benefícios direitos ao tráfego e menores custos de
manutenção das ruas.
Definição
A sarjeta padrão, quando incorporada a uma guia,
devera ter 15 cm de profundidade e 60 de largura, e
a parte mais profunda adjacente a guia.
Capacidade Hidráulica
A capacidade de descarga das sarjetas depende de
sua declividade, rugosidade e forma.
Pode- calcular a capacidade de condução das ruas e
sarjetas sob duas hipóteses:
Capacidade Teórica de Escoamento
O cálculo da capacidade teórica de escoamento pode
ser feito com a fórmula de Izzard que é uma
adaptação da fórmula de Manning para sarjetas:

1. Para seções simples a vazão será:

z 8/3
Qo = 0,375. I . Yo
n
Onde:
Qo é a vazão descarregada em [m3/s],
yo é a lâmina d'água em [m],
I é a declividade longitudinal do trecho em [m/m],
n é o coeficiente de rugosidade de Manning
z é a tangente do ângulo entre a sarjeta e a guia.
Capacidade Teórica de Escoamento
Capacidade Teórica de Escoamento
2. Para sarjeta parcialmente cheia:

A vazão transportada Q (< Qo ) é calculada aplicando-se


a fórmula anterior substituindo-se “Yo” por “Y” (Y < Yo)

z 8/3
Q = 0,375. I . Y
n
Onde:
Q é a vazão descarregada em [m3/s],
y é a lâmina d'água em [m],
I é a declividade longitudinal do trecho em [m/m],
n é o coeficiente de rugosidade de Manning
z é a tangente do ângulo entre a sarjeta e a guia.
Capacidade Teórica de Escoamento
3. Para seções composta (Casos em que a água avança
sobre a seção transversal do pavimento):

Calcula-se como se fossem duas sarjetas independentes


e da soma desse cálculo subtrai-se a vazão
correspondente a que escoaria pela parte da seção que
lhes é comum, ou seja:
Capacidade Teórica de Escoamento
Capacidade Teórica de Escoamento

4. Porção da Sarjeta:

Situação freqüente em ruas onde sobre a pista de


rolamento, em geral paralelepípedos, é lançado um outro
tipo de revestimento, normalmente asfáltico. Neste caso
calcula-se o valor para a sarjeta original e subtrai-se a
parcela correspondente a ocupação de seção pelo novo
pavimento, resultando:
Capacidade Teórica de Escoamento
Capacidade Teórica de Escoamento
5. Sarjetões:

Para Sarjetões, o valor de z deve ser calculado por:

Substituindo (II) em (I) têm-se


Capacidade Teórica de Escoamento
5. Sarjetões:

Para Sarjetões, o valor de z deve ser calculado por:

Substituindo (II) em (I) têm-se


Capacidade Teórica de Escoamento
Sarjetões:

São utilizados para cruzar, superficialmente,


descargas por ruas secundárias e eventualmente ruas
principais.

Algumas vezes, na implantação das ruas surgem


pontos baixos localizados (A) que se situam próximos
(mas descontínuos) a outros pontos mais baixos (B).
Uma solução econômica é ligar esses pontos baixos
através de soluções superficiais (sem bocas de lobo e
sem galerias enterradas). Como exemplo do exposto
temos os sarjetões;
Capacidade Teórica de Escoamento
Sarjetões:

O sarjetão é construído, preferencialmente,


transversalmente a rua de menor fluxo de veículos. No
exemplo a seguir a rua M é principal em relação a rua
P;
Capacidade Teórica de Escoamento
Sarjetão
Coeficiente de Rugosidade
O coeficiente de rugosidade a ser adotado na maioria dos casos,
é de n=0,016. No entanto, na tabela abaixo são apresentados
alguns coeficientes de rugosidade de Manning
Dimensões Padrões de Sarjetas
Descarga Admissível
 No dimensionamento de sarjetas deve-se considerar
uma certa margem de segurança na sua capacidade,
tendo em vista problemas funcionais que tanto podem
reduzir seu poder de escoamento como provocar
danos materiais com velocidades excessivas.

Nas declividades inferiores é freqüente o fenômeno


do assoreamento e obstruções parciais através de
sedimentação de areia e recolhimento de pequenas
pedras reduzindo assim, a capacidade de escoamento

Nas declividades maiores a limitação da velocidade


de escoamento torna-se um fato necessário para a
devida proteção aos pedestres e ao próprio pavimento.
Descarga Admissível
 Essa margem de segurança é obtida pelo
emprego do “fator de redução F”, o qual pode ser
obtido pela Figura 01. Neste caso quando se
calcula a capacidade máxima de projeto a
expressão da vazão torna-se:

Qadm = F.Qo = F. [0,375.I 1/2. (z/n). yo8/3]


Descarga Admissível

Figura 01 – Fator de Redução F


Informes Gerais para Projetos
Valores limites e usuais que devem ser observados
quando da elaboração de projetos de vias públicas

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