Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
• •
EGAS ..
DOS '
DE
SÃO PAULO
PERI'ODO REPUBLICANO
t889 - 1920
VOLUME II
SÃo PAULO
'StC~;;'~ DE 09R'IS O' " O EITAOO oe • . 'AULQ"
- - - 1927 _.c....
. -
ADVERTENCIA
, Lo' _, " , _L c U _
•
S . exa .., depois de longos minas de trabalho act1'i.'O
eugenio afJas
Nlaio de .1927,
PRESIDENTES
•
, .
GOVERNO PROVISORIO
TRIUMVIRATO .
.
PRUDENTE JOSE' DE MORAES
. . BARROS
l)ltFn.EN''l'.E JOSE'
, DE MORA1{:S },oga res de ,mem bro da OonlDliss'ão d~
BARROS nasceu em Itú a. 4 de ou- Juslt,iÇla e Le'g ilsJação.
.
tubro de 1841, sen-d1O seus paes Jost"~ Na tl"i-b-una padamentar salientou-se
Marcel1in-o de Barros 'e D. Caltharina nos combates que emprehelldeu e sus-
Mari'a. de M·oraes. tentou contra a situação co nservadora.
Orp'h anl -de .pae nos· primei.r os a'C I Afina l, espirito dernocratico, desillu-
noo de ex,istencia Prudente· de MOl'aes
J
teve a gu iar-lhe oS passos ainda in- didóQ d·a vietoria dos principios d a 00 -
certos, os carinho s e os exemplos d e co la politioa a q ue se rUial'<l, alis tou- se
s u.a virtuosa mãe, fOI"Ill.ando nessa es· no P.artido Replllb.Iicau.a em 1 8 72, to-
coht. o iUlmaculado caracter Que todos mando parte na celebrada CmH'enção
de Itú. C01n,o se sa!}8, o p'artido repu-
lhe eonher.iam e a austeridade de cos-
blicano hrarsi;}eü ·o p·ubl·icou o seu pri-
t1111lf~5. , qu~ 'ajpanagio dn
S'enf[H'Ef foi
m eir o ma.nifesto a. :{ de dezernbro de
&u·a indivi<luali<l·ade. No CoHegio Del·
ga,do, da cidade qu,e lhe fôra berço, 1870.
estudou as p1'imeiras letras, tendo nel- No nov,O' p·a.,r,Udo a.c1q·uiriu logo gran-
•
Ie se l1l!ttriculado no ann ode 1855. Na de presti.g.i,O' pela ded'i'0ação com que
Cal>ital conUnuQu em 18,57 os seus es- s'e batia :em p ról de suas id1éas, e peJa
,·
t.udo s de pre'paratorios, revelando sem- elevaçã.o com QUr. prollaga:v·a o noyQ
pre inteIligencia e applicação, termi- eredo . ••
•
Il'a-n.do -os 'em 1859, quan-do se matri - Dun.l'n-le v i u t:e fl.nnos, al1·p roximada- ,
•
•
cubo'1l n a F,ac u,l<l'a de de Direito de São m ent-e , CQ·m bateu pe.o advento da Re-
Paulo pulbrlioa n a trj·bnna legisla-ti:V'a , Ilão s6
Bm 1863 terminou o curso; e um da s'u·a · e ntão pl"Ovinci'a como da capi-
a.rmo depüis, em Piracicaba, abria. tal do 1m.!J)eri.o, n os comi-cios po pul ar·as
ban ca de advogado, conseguindo, -na e onde quer qne sua. pa.lavra de pro·
profissã,Q que abraçou, justa nomeada. pa g.andist.a convi.cto ·p ud.ess-e conquis-
, ,: .
prineipalm ente na trihuna judiciaria. tar a'dept05' e fazer pro,selytos. Organi-
onde a. sua: palav'ra fluente era 8e111- sou o p'a·r ti"do e m mu,it{)s munidpios. .. .
pro ouvida com. sym.p athia e acata.- pre.~i-dindo C;O!Jl:gr8lssos locaes e l,e-v an_ ,
ment.o, d,a- os seus CO l1t5el,hns e a Sli'a opinião
.Pnuo,ente de Mof'la.es iniciou a sua sempre hem a,~ceit.a a t.odos os nucleos , :.
carreira p;o,Uti-ca. OoCcu'P'a ndo o cargo de por p·equ=enos que fossem. Onde hou-
·..
vereador da Ca·m ara Municipal de Pi- vesse b-atalhador·es d,a causa democra
r.a'Cica·b a. li';()·i presIdente d·a -m'asma no tica, aohi est.a:ria tam'hem Prudente de ·;,
qua t l'i enni" de 1865 a 1868 organi- Mpraes .. O seu oaralcter i.n>oorrUoptivel,
bandQ, e noo.o. o Codi-go de -Posturas d'o o seu eSlp"irUo p.omder-ado, a s ua mo- ..
mU;JJ1cip-i.o. d·eraçã,o e as suas virtudes civic3t) fi -
Esposando as adeantadas idéas do zeram_no I'Ü'g.o u;m d'os v<ultos ma-isemí-
-partido 1~lbera.], foi eleito- . em 1 8 67 n entes d{) Pa-rtido Repu:blicam.o. Tor-
d·epllt;:bdo. p·T-o,vin.cial,occupando um d os ll ou-se u-m o-raeu,!{).
•
,
,
-6-
. Em muitos cargos de eleição poPU-. : T eve o p""",er de ver termi,n wa a
-.•. Mi" o c<>Hocar·a m Os seu" C<lucidadãos f conJ lagração doo sertões da. Balhia "
I
e correJi,gion·a rios, Fai d-eput'ado pro - ' d-e faz·er a paci1'Lcação do Rio Gr,a:nd:e
vineial successivamente durante tres d·o Su'L
. legislaturas , no periodo de 1878 a Em 1898, t erminado o period.o pre_
. 1889 , tendo como seus companheiros sidencia.l, reoo'lheu-se á s'u a ci'<l.ade na-
Campos Salles, Bernardino de Cempos, tal
Cesario Motta, Gabriel Piza, Rangel ! Fallec<lu em Pil"acdcaba no dia 3 de
I
Pestana e Muniz d e Souza. dezemb ro d'e 1902, e .,"u .cOl~Po fO'i a!li
Em 1885 foi el,eito de jFu tado ger"l, sep1ultado. Prudente José d'e Moraes
derrotando em 2.° "es,crut'i,uio o canse- I Rarros é dos mai·ores h,ürmens polilico~
lih eiro Gavião Peixoto, Na Camara do. ' qne o BrasH tem produzid{), A sua
Deputados Geraes imp"",-se pela sua I adm,jn1&t.ração na · presid-encia da Repu-
lnteHigencia e a'usteridad,e, Pro·clamad::., bUlea foi notav'eI pela im<p1antação do
a IOOpu.blica, fez parte do governo pro- I civ,iUs'mo e do cu-lto á Lei e á JustI -
v·ilsorio d" S, Pa'UllJo com o coro<neJ Joa - Iça, Quando se fizer o estudo reg-u Iar
q'uim de Sauza Mur,sa e Francisco Ran- e co mpleto desse grandioso periodo
gei Pestana, sendo depois nom"ado go ' I de go'voerno, . a filgur,a de Pru'dellbe de
,
vernador, em 3 doe dezembro , pelo ma- I M.oM"" avultal"á tanto, <lu·e elle será
roohM Manrel Deod01'O da FonseC'a , i co.n.sid·erado -o grand'e ·e gloriús o fun -
"heie do Govenno Provisorlo, i
, dador da ordem e da paz, sendo a G:la
NeSse carg.o presto'u relevantes· se1' - obra de con~o:Hdação do novo r'egi:rn~n
viços- á sua te-rna natal, avul'tand<l en-
I sultf.i.cien1Je para: - im·m .ortalisar o seu
tre frIles o da creaçlio da Escola No.r_ nome abençoado, O seu pa.pel poUtico
ma~ d'e&ta cap1va'l, gl'and,e passo para i !5Ql deseill:penhad:o. ,prlncj.p'almente no
o incremento que mai~ tarde deu ao a.m'p,loo -scenari-o 'federa-I. Bln S. Paulo,
ellSÍn<lpublico a admin'st1"ação d<l dr: govoeróflou cerCa de um an'uo, es forçan -
Bernardino de Campos. Em 1890 foi- do -se por tornar a RepubUca presada
I,he oolllfiada a alta mi~são ' de pl'esid!r dos paulistas e i-mprimindo aos nRgo ·
aos trabalhos da Constitninte da Repu- cios 'pU:blíco'5 Ol'i~ta ç ão nov·a e segura..
blica. Austero, si.m:plilS, ene1"gi~o e !>orn, Pru-
Q IDod,o bri,lhrull!te e criterioso pelo I <lente de MOTa'ooé um ",uUo do~ mais
q-ua'l se cOnd\UZLU em car,go es_p inhooo e I representativos da Republica e do Bra-
de t-ão gra,n{(e re"P<l'nsa'bilida{('e d-eu ao I ail em todos os tempos.
. Paiz a certeza de que em Prudente de i Tendo goiVernado em perj'Odo de or-
,
Mora"" estava u·m dos fut'ur"s pres';- gaDlisaçoo, qua·n do aiindanão havia p.Q-
,
d<mOOs da Repwbhca.
popular realisou -se,
E a proiphecia I d'eres coustitu.cio·nlaes, o dr,
de M<>r.rueB, quer como me'lllbro do
Prudente
• • •
·
-7- •
i;\ se vu,u, em 1& de no'Vembr<l' de 1889 rae" ta;ba.~bou durante dez mooes como '.
•
- •
•
•
•
•
·
•
•
._ ..
·
•·
'-. -
•
•
· .
•
,.- ....... ,
•
'-
. - ', .'-
•
·
· , - --
· .... ; .
·
·.
... ,-
•
': "
--· :.,-
--
-:x~
•
• •
'. .- ,- •
- ~, -. .-.--,-.
•
10 •
•
,
do Sluip.rerfiO T'rlibun-al. Em 1896 voHo1J. apostolo immaclLla.d<l da Republica,
!tara, S, Pau;lo, nom_do advogado d'Ü tan,to mais Htn(pid-a, tr3.lllSparente e
Banco d-a Repu'b lica, fixando definiti- pura se nos apresenta a vida desse
v-a·m en re ~ma residencia noa. Capita-l . Es- - hom<>m, que só tri'tho'll. a linha recta
•
ereveu nessa época noS ju:r.naes- "La- em todas as relaçõe.s da sua. alvri--ssima
-VOtu.~a. e COnlmel"cio''t "Diario Popular)) ex: isten~ia.
•
• •
•
] ()AÇJ L'! M D! ': SOUZA
JOAQUIM DE SOUZA MURSA era :s.imas relações e o-nde se tornou
- Mr.ouel do Exercito, -e dü'igia a fabrica m uitiss'imo estimado pel'a sua pro-
de ferro d'e tp,m_e ma, nas proximidailes -V'erbiaI hOilles'tidaile, pela sua !uci-
de Sorcca;ba, Estado de S_ Paml0. Co - da iJntJeH;,g<encia e pela sua c.ons-
nlhecido dosreop-ublicanos , _p or oor de taneia n-o traba~ho. Qua'nd.o ,veIu
IdOOs adiantadas e d'escr€'llte da mo- _para S. Pau.]Q era ai'nda e'a pitã".
nar<ih-ia, sendo desde muit.o tempo con- Veiu como directer da Fabrica de
sidel'ad:o com.o correl'igional'i.o P.olitieo, Ferro do Lp'a nema, importante
dos che-f es democratie.os', e j1nspiránuo- iCom,m1.iSsão qu.e. dllrant1e muitos
f,he a mais per'fei,ta c.on-fiança p'e<la SUA annos, desemp'en'hou com pl'ofl-
loo.ldad~ e bra;v1u:racompro,vad-a, f{li ciencia _o otavel, e que lhe f .oi CO'll-
chamado e veiu para fazer parte do .fiada pelo imperador, o qual sem-
tr,ium:vira.to, q'lle S'e for.mof\l no dia 16 pre o distinguiu c.om provas el.o-
de OJ,(),vem;bro de 1889 p>ara as,s-wmir as quentes de particular coonsidera-
rede-a,,; d,o - g-ovenno em S.Paulo . .AJo çã.a, 3.'jl,e~:ar de cO'Ilhecer as suas
Lado dePnudente de Moraes, e Rangõl idJêas frallic-a menlte l'ép'ubl1ca nas_
Pestana, prestou a S. Pauloassignala- Quando se proclamof\l a R~pu b lioa,
dos ser,viços. Sã.odeficieutes .os dados ,pareceu aos direct.ol'es da politica
bi.ographicos que deUe se encontram no rea>ubloicana des te Estaào, que era
Almauach Militar, de 1 8 89 , e que llecessarta a presença de um mi-
abaixo, se transcrevem. 1itar de - prestigio no primeir.o go-
O coronel J.oaquim de Souza Mursa verno pro,visoirin de S. Paulo. O
f8l1aooeu a 21 @ .ou bU!br,o, d'e 1893, u';) nome do genera~ Mursa estava
Ri.o de _J aneiro. natur3>lmente tndi"ail.o para ess e
Em "O Estad.o de S. Paul.o", de 24 eminentle pos to, e pel.os paulistas
-
d oe {)1l1ubTo de 189,3, lê-<re: foi acceito -com vel'dadeIro enth u -
&iasin.o. Duranlte n pouco tempo
GENElt.>\I. MURSA - que esteve no GO'Vermo, o general
Muraa f-o:l u;mexcel1ente auxiliar
"Victima d 'e enfermida.
UID,a de Prudente -de Morwes e Rangel
{le d'o coração, f ..Ueceu n.o dia 21 'PeSltana, co·m os qna1es manteve
dO' corre>nte á noite, na cidade do ex~el:lente ca.ma-r ada-g em 'e abs.olu-
Ri.o de Ja'neôro, o -general refer- ta s.olidariedade n.os porimeiroo d if-
• mado J03iqu'ion de S<>uza Murna . 'ficeis e perigos.os -passos de U f i
O general Mursa era riogran" , g.overno -rlevo{'Ilcionario. Mais tal"
dense d.o sul, mas a maior e me-- . de foi eleito pelos pauHs,tas dep u -
UlJO!' par,te da sua l'.on,ga vid'" tad.o ã a:&seinbJ~ constituinte da
ide via t-er pouco mais .ou menos iRepublica, '8, se nã.o se póde dizer
-60 annos de €Idade passeu nes- que desempen.h.ou- com brllha-ntis-
- -
te Estado, ao qU3>I - pres-tou rele- mo o seu mandato-, porque não
1'1 ri ' -(''I'''' '1l • -, •
, -
•
.- - . . ' .
.. .
:'iit·
,
n ia.r, .
q·u'e nin~ulem se · soube ma;n-
.
no Almanach MIlit.ar de 1889:
.'"
' inô-da.de que o J.eV'Ou ao tumulo. 1.' Tenoo·te 2 d·" dez'9mbro de 1855.
!Caminhava
. oom dtHicu'ldade
. . Os Ca'l>i.tão 2 de dezembr·o de lSõ S • Ma-
eoll>egas e am. i,gos temiam q u" a i<>r 1),01' merecimento, 27 d'e outuol'O '
q u;üquer rn Om en'to eUe tom bass-e de 1·871, com amtigul<1ade de 1 3 de
fu·j;mimado da sua cadeira, e aeon - maÍ'o d-o 'nl'esm.o anno . , T-en!61l.ite-Col·o-
. , selharam -'n' o a que não sa)hiS,.,,· de nel 31 de outubro de 1875 por anti-
casa·. ENe, porém, resiS'Hu até o guidade (condecorado com Ch . 3 . A. 3)
üm
, a todos OS couS'elhos e até o - Oul1so com'l>leto de engenheir o pelo
' f~m e.steye Hrme no seu pO'Slto, regulam ento de 184-5.
vo-tarudo wmo . l'he parecia mai" Bacb'al'el em mathe matiocas
acert.ad{) naoqueJles allJgustiosos ,Ce>nta te mpo de serviço desd e S de
· momentos da vida da Repubi'ica, maTÇQ de 1-845. Direct o.r d" F a brica
· s'empre dentro de uma 3Jlitivez in- de Ferro ' ,de S. João do Ipanema."
quebrantavel, que era a linha
mais accentuada de ·s eu caracter, ,I
.e q.ue a'f''nal, não •m"'goava nem• *
desgostava. aos ' seus companheiros *
de lucta,porque t{)dos, absoluta- .
. BIBIJIOGRAPHIA Publi co u",,'
mente todos, 'reconheciam que ell"
•
•
latorios em consequenci a de carJ!os que ·
·era convict o e sinelerQ, que as ve- exerceu. Sobre el-lre n-a.da se conh·ece.
z.es pod-iã errar , mas que nu.nca
transigia CO'lU a sua consciencia •
*
por pequ.eninas -conveniencias pes -
• •
s oaês ou politicas.
Ul'timam'en'toe, por ca usa da o() tr.lu:mvlrato e:xopediu, entre· ou tros
·
· questão do Rio' Grande , t eve neces- dec'l"etús d~ ca:rac.ter ",dministativo, em
· ~idade d·e s·"parar-se poJiticamen-' vida norm3Jl, os se·g uirutes, ref.e.re-notes.
te d'es8'us com'panheiroo da ma,io- ã implantação do reg imen rep u blicano.:
ria da deputaçào de S . Paulo; não d·e a.dbesão d'O Estado d·" São
•
, se f-oi sentar, porém,' ·n a minoria. Paulo ã RepubHca do<; Estados Unid"s ..
A . mesa da CamaTa dos Depu· do BraS'U;
ta.dos l(}go que soube do S'eu. ial- exotlnguhbd.o os ge>verllOs provi30-'
lecim:entv, n.ormoou uma co.mmit:;- r.i os locaes, que se haoviam -cori-stituido ,'
-
sao para a re.presenta:r n,o enter-
logo após a proclamação da Rep:ublica;
eXlUlli~uindo
.a s.ecretari'a ·d .a as- ,-
ro,' 'COIDtpOtSta dOIS s,rs; d:rs. Frede-
•
s'emMéa pre>V'ilneial;
rico BO.l~geS , Franci·s eo G1ycerio,
EduaJl'd.o Gc:>nçatllves, ElI'i-co Cú·e!'ho dando oovo regu,l'amentQ !J a rao ,
e Efamipaoi'o Ferraz " 'serviço da Hospedaria de' Immig.f an-
teso
, A missão do trimmvirato foi exc.tusi-
.. * I vamente de manter a ordoem e fazer "
i fOOiU.e itar .a RenulhHca n~(,R.-ntp
,
, ,
,
"
, ,
,
r
,
•
.",'bc"\llEIA
~\.".
LEG'"
. '''U " " . 'I , ~
~ • .- . q-~..
''''I'''" ~'"
/ . ', '
•
•
• •
•
--
• •
•
•
-
•
•
..
.
, "
. . ••
• •
•
I
-'-"• .
• 1
I
•
•
•
•
Jorge Tibiriçá
•
2." GOVER.NADOR. ·
• •
•
".
7.1
•
:;:)
7.1
Çl
(T1
--
>-I
Cil
-
7.1
";:....
'{r
_.
,:ta~
:>;,
.."" ~
-- r---
::.J
rT\
.•
,,)
:>ti
n,
- ·
•
"- C'
~
.'::- •
, ,',
•
'
,
:.-;_:,',.- .
'.
••
•
,
-'
, Americo Braziliense de Almeida Mello
3.° GOVERNADOR
,
54: PRESIDENTE •
,
"-...
,
'- de dezembro de 1891)
':- - -
~;;
,
,i _-.
~, -. -
~.- -
<--
0,0:
,
o: :
/.
,
fY ,
,
,
i-: •
-' ,
•
•
?" -
F,_
•
-"'-'- •
•
•
,
,.
,
"
'..r' :.,
•
,- .
•
•
;
D R AMERICO BRAS IL IE NS E DE AL M EI DA ME LL O
•
• •
]lO do imperio. Foi 'J!le quem formu- obrigadOS tambem a deixar o poder.
lou o primeiro projecto de Constitui- Foi o que aconteceu ao dr. Americo
<,'ão Republh:ana . Nomeado .governa-• Brasiliense, cujo alto prestigio ainda
el or do Estado de São Paulo, exerceu se manteve,po-is que o proprio ma-
' > manda.to num periodo de ,graves agl- rechal Floriano Peixoto, que o apeára
ta.ções poJiticas; foi a.inda nomeado do governo, distinguiu-o com a nomea-
ll\ inistro do Brasil em 'Portugal, cargo .ção de ministro do 'Supremo Tribünal
que não chegou a exercer e finalmente, Federal. Com Luiz Gama, Americo .
ministro do Supremo Tribunal Fede- de Campos e outros fundou a LoJa
•
ra.l, até seu fallecimento. Desde 1873 America, fó co de propaganda republi~
• . •
,
.-
,<.,.
:- 24-
.cana e abolicionista. Nunca eSDlore- momento, collocou-se ao lado do dictâ-
ceu nos seus ardores de democrata. dor para hostilisar os seus amigos e
Em 1889, porém, eançado, doente e companheiros dos tempos mais .diffi-
.
·profundamente descrente dos homens ceis, que foranl os afflictivos e 1011g0S
e das coisas, não acreditou que a Re- annos <lecorridos de 1870 a 1889. Por
publica se proclamasse, ainda em vida occasião do seu falIecimento, HO Es-.
do imperador d. Pedro lI, e, quando tado de S. Paulo" de 27 de março de
Campos Salles, sabedor de todos os 1896 publicou o seguinte artigo, es-
planos e projectos da revolução, que cripto ou inspirado pelo de. Julio de
em breve estalaria para depôr a mo- fI.:Tesquita, redactor principal, ardoroso-
narchia, convidou-o para uma· cOllfe-• propagandista republicano, e adYersa~
rencia, eU1 que lhe daria notíCias dn rio do golpe de Estado de 3 de no-
proxima mudança do regimen politico vembro de 1891:
constitucional, por meio de uni levante
HAmerico Bl'asiliellse de Almei-.
militar, o dr. Am-erico Brasiliense não
da Mello Faneceu ás 6 1 [2 da.
Ug{)U ao entllusiasmo impetuoso· de
tarde do dia 25 de março de 1896,
Campc·s 8;:I..11e8 a devida consideração,
no Rio de Janeiro. '::::v~ltaYa cer~
pelo que o futuro ministro da Justh;a
deUe se despediu descrente e contra- ca de 6 O anuas de idade. Fez
riado. Ao facto de. não ter sido accei- seus estudos de direito na nossa
to o convite de Campos Salles, e não Aca-d-emía, e fel-os com tanto bri-
ter o dr. Americo Brasiliense demons-: lhantismo que, ao sahir doautigo
• •
resse em saber o que de grave estava grãu de doutor bril9. all témente
para acontecer no scenario da politica eonquistado em defeza de theses,
brasileira, prendem muitos dos con- era já um nome conhecido e res-
•
temporaneos,e prendem bem, a ausen- peitado em toda a antiga provin-
cia do dr. AmericQ Brasiliense nas pri- eia. Fixou aqui sua residencia
meiras scenas do novo regimen, inicia- e advogou por largos anuos, tra-
do a 15 de novembro de 1889. K um balhando sempre. ao mesmo tem-
periodo interessante da vida polltica po, -com extraordinaria dedicação,
de S. Paulo, esse em que o dr. Ame- pela vict')J·ia das idéas 'que abra-
rico Brasiliense. até então chefe re- çára. Por ,,-arias yezes fez figura
Dublieanú de enorme prestigio jnnto b-rilhantissima na tribuna da. nos-
de todos os republicanos, -resvala para sa Rssembléa; foi, durante uma le-
. segundo ·plano, separado dos seus ami- gislatura, nosso Fepreseutal"!te na
gos Prudente de Moraes, Campos BaI- assembléa geral e esteve. por aI·
les, Bernardino de Campos e Cerqueira ogum -ten1po,na presídencia da Pa-
Cesar, para só falar nesses, sendo logo rahyba do Norte e do Rio de Ja-
depoiS por elles tenazmente combatido neiro. Tinha, por conseguinte.
até sahir do governo, que abandonou u.ma. excellente posição na monar-
de • surpreza,e sent ·conhecimento de chia, e viria certamente a. ser um
quem ·querque fosse. A opinião pU1blico dos chefes mais illustres e mais
.
deS. Paulo e de todo o paiz foi-lhe .estimados d.o antigo partido libe-
então adversa. A h isü,ria conhecerá. j ral,se, cedendo a um natural
um dia 'Os porquês dessa inexplicavel i impulso -da sua consciencia de de-
attitudedo dr. Americo Brasiliense, moc-rata profundamente .convicto,
homem .próbo e bom~ que, ll'um rluflo , nao tivesse adherido· ao partidO
. '.' _. .
.".', " ), .'
'
" , '
25
•
I
•
republicano , logo nos primeirv!3 reali zar-se · em todo O' palZ urna
tempos da sua organisação. O que . eleição de depu tados geraes, e·
foi eUe no partido republicano como , paI' es~ tempo. já em Sào
não ha ninguem em S. Paulo que Paulo o partida republicano COD-
o ignore. Quer em Campinas, . quis tá r a um numero conSlu c r hv e l
onde estabeleceu escriptorio du- de e leito res e o nom.e do dr. Ame-
rante algum tempo, que r nesta rico Urasiliellse adQ uil'ira na nos-
capital, {>TIde voltou a r esidir at é sa provinda, em todos o s pq..rt i-
que o mar echal Floriano Peixo- dos , um prestigio verdadeir"lm e nte
to o nomeou ministro do Suprenlo inve jave l, os r epu hlica nos r eso l-
Tribunal Federal, o dr. Americo vera m pleitear se riamente a e lei-
Brasiliense de Almeida Mello foi, ção e a presentaram ao eleitora do.
incontestavelmente, . durante um com grande solemnidade, o n ome ,
1argo espaço de tempo, o primeiro festejado do se u estimadissimo
vulto -do p a r t ido, aq uelle a quem chefe . Foi renhi da a lu cta. O
todos se chegavam para ouvir COll- dr. Americo Bras iliense não ven -
selh,os e r,e ceber -ordens, conse.lho:~ ceu .
Derrotaram-n ·o. poré~l . por
que ninguem ueixava d e ::;e·g uir , um nu rn ero ins igu ifica lll:iss imo de
ordens a que se obedecia céga- votos. (menos d e 20 i e por isso·
mente O ~eu conhecidissimo eõ- pode-se dIzer qu e aquB lla esple n-
criptori" do largo da Sé foi, em di da d e rreta foi a primeira gran-
certa época. o centro de maior d e victoria da idéa ,
rep uh li eana.
•
actividade pOlitic·a em S . Paulo. neste paiz. D 'ahi pa ra cá.. a o nd a
Frequentavam-no com assiduidade nunca d eIxou de su bir até 1 ~ de·
os membr.os, mais illflu.entes do nove mbro de 89. Dl'. Am ~l"ko·
novo partid o. tanto os desta c"- Brasiliellf.e, não ,p ôde acompanhar
pUal -como os do interior , e mu i .. acth·amente o s ~e ns dedicados.
tos chefes dos partidos monar- correligionarios nos S Pll S u ltimús
c'h icos, que se não achavam mal esforços de um c0l11bate SP.ll1 tre-
naquellas reuniões, a que nunca guas d e quasi 20 a nnos. F er i rln·
deixou de .presidir a proverbial por uma pertinaz enfe!'midade dos
01h.08 e sentindo. além " di.sso , que
tolerancia e a ·captivante delica-
deza do dono da .casa, cu ja pales- o seu Jrganismc se mpre d e bil ));i<,
tra senlpre se ouvia com o maXl- podia. sup portar as incessantes fa-
mo prazer, porque elle era, além -digas do commando. pass.ou á Ou-
de um politico notave l , um cli,,- tras mãos mais f o rtes .o ha stão
lindo homem de letras, o que el<J- sym:búlico e entrou co n c\u'so·
IJ Ill
• •
" ' '.,
'. •
26
•
<la COllstltuição Federal,
.
para no- •
meal-o em seguida nosso ministro • •
-em Lisbõa e, finalmente, presi- Em 24 de janeiro de 1891 o 2." llil-
•
dente de .S. Paulo, ministro da nisterlo do marechal Deodoro da Fon ·
Fazenda nos ultimos tempos do seca promulgou o seu primeiro de-
governú do Marechal Deodoro e c~eto, mandando ·honrar de modo elÇ-
ministro do Supremo Tribunal Fec cepcional a memoria do general Ben-
d e ral, já. no governo do marechal jamin Constant de Magalhães, um dos
•
Floriano . Peixoto. fundadores da Republica. O ministerio
Nã.o acceJ.tou a embaixada de anterior de que faziam parte Ruy Bar-
Lisbõa, não accedeu tambem ao bosa, Campos Salles, Francisco Glyce-
• •
convite de Deodoro para mlllIS- . rio, Floriano Peixoto e ontros retira-
iro da Fazenda, mas occupou to- ra-se do poder. O marechal Deodoro
•
das as outras posições que lhe <.la Fonseca organison então govern'l
foram indicadas. Manteve-se em com o barão de Lucena. pesso:! de sua
todas com igual firmeza e su- inteira confiança. Em S. Paulo, com
pe.rioridade? a r etirada do governador, dI'. Jorge
Tibiriçá, delegado do prime;"" minigte-
_ ~ão e este o dia propl'io para'
rio, que formava com o marechal Df;'!o-
responder imparcialmente a esta
.ult.e-r rogaçao
" doro O chamado governo .provisorio,
...
constituido pelo Exercito e Armada, em
Apezar de todo o respeito, po- nome da Nação, houve mudança ,adi-
"-' .... ..
rém , que votamos á memoria do cal na pol!tica. O dI'. Americo .B rasi-
illustre morto, não podemos dei- llense substituiu ao dr. Jorge Tibiriçá
x~r de dizer que ainda hoje não e deu inicio á organlsação constitucio-
nos a.rrependemos da violenta op· nal do Estado de S. Paulo, a Patria
posição , qUE> lhe fizemos, quando Paulista, <:pmo diziam os escriptores
deixou de acompanhar a maiol'ia da época. Durante o governo do dI'.
dos seus soldados na vehemente . Americo Brasiliense não houve admi-
indignação com que receberam a nistração, nem podia _h aver. tal era
not.ida fatal do golpe de Estado a agitação e a confusão que lavrava
do Barão de Lucena. E' que .
na- .e m todo S. Paulo. Só . houve politka .
•
(Juella lucta pugnavam mais por A sórte do dr. · Americo ficou presa
e.!le do · que. por nÓs ... Quem sa- á sórte do chefe da Nação. De a.gi-
be o que seria o dr. Americo Bra- tação em agitação, de diffculdades em
•
s Hiense ao "morrer, si uma mal difficuldades, foi-se fOl'mando em tor-
entendida fidelidade não o tivesse no dos governantes um ambiente de
atado ás mãos conselheiras do apprehensóes e perigos, que só desap-
~
"Iorioso soldado; . que derribou o pareceram, .quando " marechal Deo-
thronú de D. Pedro II?! Em t'ldo doro cahiu,• e em .S. Paulo o governo
<:a.so, a inda que tivessemos com- voltou ao Partido Republicano chefiado
batido sem tregaas o seu grave por Prudente, Campos Salles,Glicerio
• •
erro. nunca delxámos de venerar e .Bernardi~o. Em taes cond·i ções, o
o homem immaculado e o chefe dI'. Amer.ico
.
Brasiliense não apresen-
1mdlclonal, e foi com uma pro- tou ao Congresso Legislativo de São
funda tristeza, que ainda hOje -nm~ Paulo relatorio dosnegocios adminis·
_domina, qUe recebemos aute-hon- trados; limitou-se a tratar em sua
"tem a trisfissima noticia da sua m.e nsagem de assnmptos politicos atti-
:m orte':. .nentes á organisação constitu-clonal
. . ·· .. .
.. .
27
'.
paulista:.. Documento importante, e que meira resposta foi uma recusa : mas
uão pôde ser resumido, é elIe digll.o de desde que invocaram o meu patriotis-
n. editada leitura .. . mo e me disseram que meus servi-
. E il-.o : - ços eram na occasião imprescindiveis
I( Srs. Representantes do Estado de para a con:!iliação rl os partidos e para
S. Paulo . Comparecend.o deantede a reorgánisação do Estado, declarei ac-
vós neste dia solemne em que sa ins-
l
ceitar a honrosa tarefa. Entre vós ha
t.alla o Congress.o C.onstituinte deste illustres cidadãos que conbecem estp.s:
J~ sta. do, cabe-me a honra de vos apre- factos e devem ter de memoria o que
sentar o Projecio de Constituiçã.o VrQ- deixo referido,
mulgado p.or decret.o de 15 de dezem- MedindQ bem as difficu Idades d.,
)"'0 de 1890 e posto em execuçãQ na momento, eu não seria digno Ja estima
parte referente. á eleição e formação que generosamente m e tem sido pro-
•
deste CQngressQ, que c.onvQquei para digalisada pelos paulistas, si me ne··
•
hoje , por decreto de 9 de m a io ultimo . gasse ao cumprimento de um dever
NãQ me é dado ir além d este dever, que me Chegava como h::al appello aos
pois benJ, con~prehendeis que no mo- meus sentimentos patrioticos. _-\0 Es-
•
mento -a minha commissão está )iIni- tadQ, de qu e sou filhQ. tudo devo :
tada. pela natureza do poder 'c onstituin- n ada mp. e licito recusar-lhe.
te a vós confiado, nãQ PQdendQ eu, Assu mi o difficil encal'go com a
expondo a situação dos nego cios pu- mesma serenidade de animo, - com a
.
blicos, vos sugg-erir lnedidas governa- mE;}sIDa calma e conl a lll~~ sma convic-
melltaes. Noroea.d:o Governador deste çãQ de bem, que me lev",ram áquelIa ,
Estado PQr d ecreto de 5 de março fin- já hoje celebre reunião, solemnemen-
do , tomei p,J s~f:: ·a 7. Conl um passado te reaIísada a 18 de abril de 1~73, e
de mais de 50 anu o s de vida p',blica, que pa.ssará á Historia com" a ,lenom i -
em que vivi 'sempre ás -c laras, no exer- nação de Convenção de ltú. SI ali nas-
ciciá de carg.o s de e leição PQPular, e ceu .o partido repub,l ieano paulista_
de nom,eação do G.oVel'llo. sujeitand-o que foi por tantos annos o exemplO •
28~
• " ,
, -
~ --
,- : --- ção as instrucções constantes das Sé- se no pleito e~eitoral, pela cooperação
; -- - .
..
,
,
todos vir.am, na missão que me foi tenção dos outros da União e qu,e . de
- ,conf·i ada 1 uma garantia ,de ordBm, de 'c erto, mais att'ráe '3.S vistas -dos extran-'
liberdade € de pror::n~s,;~) para ehegar- geiros. Si pelas vossas luzes, pelo
, '
•
29~
•
-
•
•
•
,'o ,
I
•
Bernardino de Campos
, .'.
55. 0
PRESIDENTE
• I
, •
• •
DR. BERNARDINO DE CAMPOS
'.-
.' ,
....' .. . ',,'" .' ' . . '. '., --.i.·--",''-''
__ 0 '" .' "
,'.
,,- '-.".'" . : -'.'-
,.
. ' ,' -,",'.
. . .; -
"',, .,' . "" ., .. , ." • '......
-'.'
•''' '' .. : '. " •
. ' ......
, :
"',: ,,/ ' ',',
;, -',i ,- -. " '
'.::'
'', .
" 'i."
,c·. culou-se na Faculdade de Direito, re- causa da R epublica sendo pelo então
" . cebendo o grau de bacharel em selen- preSidente da Republica dr. Prudente
-das sociaes e juridicac em dezembro José de Moraes Barros, escolhido e
d{-~ 1863.
convidado para occupar o espinhoso
~cargo de ministro e secretario de Estado
CaSOU-SE- a 6 de setembro de 1 ~ ti 5 d,QS Ne:goc-ios -da F'azenda da União .
•
.
com a sra,. d. Francisca Duarte de -Cam- Foi com muita insistencia que elle a
pos,' distincta. calupineira, filha de J 0- prinCipio recusou esse novo posto de
sé de Barros 'Dua rte e -de d. Ignacia. ser-vldor do Jpaiz; só o acceitando. ruf1:-
.To-aqui-na Duarte. Elln, 1863 fixou re';' nal, por instancia dos seus a1m:igo:s 'P'o-
ei·cle-nc:;a. na .cid·ade do Amparo, dedi- liticos, t,nclusive o presidente e vlce-
(~o u-se á propaganda das idéas repnbli-
pres id,ente -da 'Re;publi ca, drs.Pruden-
Ca.lla-S e exerceu , com ,gra-n·de brilho, a
te d·e Mooraes "Manuel Vi{)torin<J . O
_,.g,ua nobre proof"j~são ôe a dvogado; e ·d,r. Pruden1e de Moraes, seu annig·o
·Oro 1888 , s end·o eleit~ deputado li a s- devotado e graude a-dmirador julgou a
.
.
. . aembléa vr!>vincial, pelo p·a rtido r",pu- su·a co-tlabooraçao indü;pensav>e'l ao gO- '
-- - -blic.a no , mudou-se para a capitaL ver:no.
Elm 188,9, pr{)clamada a R"'pubUca.·"
{)rg-an~lS'ad.o o ,gove'r no ' do Estado, foi o
Assumindo a pasta da Faz~uda. tra-
,: .' vr,imei-r-o che-fe d'e ,policia -do nav,o re- balhou O dr. Bernardino com esforço,
prestando reaes serviços ao paiz .
.glmen; e1-eito deput,!;dc> ao üongr·es- •
::(f(l Constituinte .foi' lagoa depo:h;1 eleitoQ E' uma das mais activas e nobres
. quad'fas de sua vi'da.
, ' ~e\l PTissfd-ente. A 17 de maio de 1892,
ol<?ito pres1<:1ent·e de S. Paulo, tomou . Foi tam1)emsenad-or federa.l, exe'f·
•
,p o»" do carg{) a 23 de a ·g.a,sto d<J mes- oondo di vens-a s -com'mlssões, in·clueivé a
mo anuo . Tetminada 'a grande ·ca-ID:Ila- d., finança.", e do orçam-ento, <leque
ha constituctema'l -de oT.ganisaçá,o ju- f.oi r-elator e presidente, '8 -tO'IDO-U ·par...
•
-rlel i.c:1;.' Berna1'dino de iCan'llpos v-ein te em d iscussoes importantes. eluci-
:- -_I)r esi a r a S. Paulo. oC{).mo s-eu pres1den- dando ' 00' a;ssumptos ·s em pretender ""-
-tQ -OH ,j'mmenSO:8' serviços que S. -P.a-w}o pttvar a atteri'ção e benemerencia do
--~#-.Xlgia do e ·s·u a inteHig.e ncia, '-doe seu sa- 1 auditorio, mas convencendo-o plena-
•
- : br~r t~ -Yfl.tr1orisJl1.o. O quo€: durante '0 seu .mente, porqu.e qua-n do tratava dos lle-
••
34
•
gocios ptrbl>cos a sua lea'ldade era 'lJ'EIT- Grande vulto da historia republicana,
feita.
,e o "eu patrjot'is'fi'Ü tambem. Pu- um dos, maiores servidores da R:epu-b-li--
gn,ou sempre pela ",erdade e equtHbrlo oca, lllm, do·s seu's 'm ais a-paixouado.s
dOIS -o.rçamentoo e p"l_ med.ilia<> raC10- ap()stolos. um dn g. mais hene-meritos
naJes, . praÜcamente rea:Hsav.eis, par·a o executo~es dos' s-eu,g d·ogmas d~o.'C ra
•
pr·o,grelSSlo ,economii"co e rfina"llc:eir<l d·o ·ticos, eis o que e1'a e o que foi o dr.
paiz, 'pelo aug.mento ·e va.lorlsação da Bernardino de Campos. E'• teve a morte
prooucção nacion ..1. Em 1902 'S<lndo digna <ia sua incomparayel energia, da
el,(ijtl> presid·ente de S. Pau.lo pela 2.' sua inqurebrantavt&l . resi'Stencia; lIwr- ·
vez deixou a cadeira ·tLesenador. Nes- I'leu em lp.Jena act·ividade, zelanõ'o os a,I--·
•
se anno, a ·b a'ixa extra-o·r dinania dõOs t·os interesses do g lori·oso' ,par,tido re-
pr·eços do .café, ·encher·a to<ios os oopi- puMican o, >cercado da v"lleração do po-
ritos das 'mais funda<ias a PlPrehensóes. vo paulista, a cUjo.$ destinoo tão tndi..s- ·
•
Foi 'p ara (} gen,'o admini!StraUvo do dr. 's oluvelmente ligou a s ua ex1st<:l1ci·a .
Ber,nardino de Camp'o,s, que S. Paulo .seu nom'e 'ha -de ·sobreviver na Hist{)-
appellou nessa angustiosa conjunctura, ria 'co·mo um d'os .patriar·c·hás da. Re-
e. ainda desta vez, o 'presid-ente co.r· lPubHca . Ha tLe permaneCl'r, C<>In, um
res·p ondeu ao appeHo. E.coIHJ.mico. r ,i- ,brilho muito intenso e >IIlu.jto puro , na
g>or05Q e vIgilante, a sua admini<;tra- m,em·o ria das gerações, .c omo 11m dos. .
·ção,nes·sa p.hase, tão diHidl e d'eH-ca- grand:es benemeritos da U()...o;;sa civH isa-,
da. caracter:lsou-se pelo esforço em não ção e da 'nOSsa gran<leza.
despender mais do que a ' r.ec<lita arre-
Os contempor3.neos fizeram-lh e im- -
cad'ada, -cl>nsegu;ndo 'p elo ·seu vi·g or e
mensas demonstrações d 'e a.pr·eçopes-
'sabed'oria ia",er com que não não só o
s'oal e applaus-o ás S'Ufus quali<lade,s d.e
orçamento fosse equilibrado, mas d·ei- llomem ·p ublico.
xas'Se ain.da um superavit d e cinco mU
Os pósteros .falarão pelo livro da
eontos, approxima<iamente .
Historia, tecendo a Bernardino de
,Manteve assdom o dr. Bernardino o ICa:mpos os 'mais ju s tos ,e'logi.os rp:e'la <sua
"
.
equHibrio 'orçall1'<>ntario d·o Estado . .con- vid·a privada e ·pub1i:ca. exemp:l'Q ,t!:'
- fiado á sua ad1mi.nistração , cons'egui-n· . ceses-p ero ,dos que de sejam cumprir os
do amortisar a ddvida publica interna seus dev~res e servir á Nação. Repu-
e externa ·e aIDop'l'iar o ,progresso de S. blicano desde moço. convendonal de
Paulo. Itú, vereador, deputado prOVincIal. fe-
•
Deixando a presidenoj.a do Estad<l, (') deTal, ·senad(}r ,estadual e f 'ederaI, pre-
dr. Bem·ardino() ·de 'Caro poa 10i e leito sid-e-nt-e 'd'e S. Paulo, duas vezes. ,min-i'S--
senador estadual e investido das func- tro da Faz'enda ·no gov.erno d>e ·Pru-
ções de presidente da Com missão Di- d"nte deM·oraes, ·.q u.a"i 'presid'ente da
rectora -do Partido' RepubH-cano· Pau- Republica, posto a que não Che.g01'. 'P'OO-
. .
.Jista. Nesta p'h ase da sua v,ida IJlOliti- toerofi>cado cégo, o dTo Berna·r dino ,é dos .
:ea. o eminente ·bra.si.i.·liei-ro. ·como em to- maiores -8 .mais bri,l"h·antes fundad"Ores -
das aS 'outras, 'p restou a.ssignalad·OIS· e 'paü'iarchas da Republica BrasU"ira.
serviços. Em muita·s 18 te'-m,e rosas lucta.s p'olítkas
-Por -tres- vezes o preclaro €lstadilSta' se envo>J.veu: . na ,pTesi<lencIa da -oa- ,
esteve na ,Europa, tendo"lhe 'Ü ,go.v erno . maTa, cOIID.ibateu ao ,ma-l"e_ch-a.l · Deod.o· ·
[.. dera'! conced'ldo. na ulolima viagem, ro, entã{). omnip.otenbe; ,·eufrento'Ü-o,
as ,ho<n.rRs de enviado extraordinari,Q e quando ,foi da dissoluj)ãod-o Co·n gres-
. rntnistro pl,eni·potenciaTi·o do Brll$il. s'o,golpede E<>tado ·de 3 de nove'ID·br(}
FaUeceu , a 18 de janeiro de 1915 . de 1891.: foi o braço forte de Floria-
~~(,'\: ... ... .. -, .........
.,.",,,';""
... -;, ........ :. ... 'c.-··.. ' . - . -. - .
. ." -'---'
.,.' .. ' .
' '
:q:' -
:\p- ' .....
.. '...., '. 35
110 Pei-xoto,
occasiã,o da r,ervolta da p-OT tinho Nobre, diTi,gia-se 'para a su'aca-
Armada, Sd'e setembro de 1893, e um sa, rua doe' 18. Joa,quim, 2.
dos ''Prin-ci,-pa€s fact-ores da vktoria doa
Dotado de int"Uigen-cia aguda, ta-
!ogalidad·e; compateu energi-camente, .
Sobre 'esta, gra-ndoe :figura do soena- g}ene, ICO.gitOU 'dos meios d·e, drcu-lação
l'io da vida republicana do Brasil, no , ra,pi-d.?- no territorio paul"is'ta, e c'hamou
,
,." l",ri'O<do da prúpaganda, prodamação ., para a callital do Estado a attenção
,:.:-':'-~) consolid.ação, PO'Sr~opre-star meu de- dos forasteiros e dos na,cionaes. tor- !
,J)ohnento pessoaL ·Conhecide pert.o o nando-a uma c.idade de llrimeiraor- !
dI'. Bernardino deCam-pos, que tan- d'em,
to me honrou 'e distinguiu Ico-m a sua IS-eU<S auxH-ia:res foram, entre outros-,
Itmizad€, .contfiança ,e- i·m!m-en-sa S)llm'pa- Cesario Motta, A'!.frOO.Q Maia, Rnb-iao i
t.li i'a. Juntor e Jorg-e Tibiriçá, nomes, to·dols
Devi-lhe a escol-ha e pr€ferencia 'pa- cheiüs d·e gl;o-ria pe·lo seu v·alor p,oH't.i-
rncar-gos .pub-licos de nomeação -'e Idle co .e-CÜtmlJ)!eten·cia' technica. RaTas v.'6-
. oleiçfuo; -e, 'no Patronato A'gri-cÜ'la, re'-·· zes um Estado alcança a ,força, o vi-
lH'Lrtiçãoque . ainda 'dirijo a0 traç;-.tr gor e a per,feição. relativa a que S.
. . estas '.·linhas, ,rar-O ,er·a o dia >em que o Paulo attin-g,j-u, 'sob °
governo do dr.
velho e gI~ri-osoc'h-etfe não -ruPIParece.ss1e. B'ernardino de Campos. Os dog,m-as da
•
'., 1"'(:0 aqui, di~ia sempre, é unu\'esco- ordem e' do progresso, da liberd~'.(le e·
. tt_ de --civilização" Ea.ocrescentava: das,egurança, ;fúram r€'s~pei.ta,!d«::is e
"Nfl'O interro-ID'pa o seu trabalho. r.ro- mantidos, com ,satis1ação -e app·lausos
tna.r-ei ·caifé 'e 'i,r'ei á Commis-são Dire- de todos,
do ra". 'E ·ás Y'BZeS fica va-em m·eu ga;bi'-
Presidente d·o C,mgress<> F'eder",l,
Hp.f~ pül' largos -minutoS' narrand-o ep'Í-
ministro -da Fazend-a, senador da The..
ilOdios republicanos, muitos ainda iné- lPu,bI.ica, o dr. Bernardino- de 'Cam;p{)s
: 'dllos. ,PenSOU1€lID- e&Crev€r suas- ·m-em'o-
sou'be manter ,muito a1to o espirito -da
"J;L·::;; mIDS~S€:llllpre s'em la:õer-es paTa as justiça, a ilmpariCialidadõe ri-gorosa,e
:',.letras, foi adIando, foi , ad.iando,'até sev,era nas, .deciso'e-S~ a -calma:B ,co.n-
'fJlIC ·a m-orte o -e-olh:eu, doe repente, "fiança nos destinos da Patria,enl va-
•
'-'. dnlltr-o_ de um- autoIDov'el, nas i-mme- : rias ·occasiões d'e tao gravles pr-o-bl'e-
f1i:H~ões do !Oo-ng,resso, quando da -rua mas nac'ionaes, qu·e pareciam sem 80-
dH B-oa Vista, ,cúusultorio ,d'odr. Mu.r- ~u ão.
36
Ma·s e116,' COIID o seu ardoro'S·o amoI' s·em favor algum, era um :d·esses ho-
•
p,e la Re.p ubHca, com aquelle seu 'pa- mens que rece bem do Destino 'a tarefa
triotismD, oom . aquel1a sua bravur·a • ingrata, mas g.]oriosa, de . acoll"elhar e
n,.s attitudes 'e ·re~·oluçõ13Q, · removeu diri gir hom en~ de um 'paiz ,mIto e de
.
o'bstacu1ós, deu coragem a'Os, des..,len- uma nação aspirante a no-bres ideaes.
tados. mudou e transfor.mou os am- Nunca s'erã esquecida a s'ua a<!ção ao
•
bientes, c'On>seguindo, a final, que a tempo da revD!ta d e 6 d·e s.e tem bro,
atmosphera agitada, e des favorav el, quand,o se pretendeu d,er.ribar do po-
v·dltass e a tran.quiNidad·e pre'ci~a ·para d,er {) .i nclyto ll1'arecha-l Floriano Pei-
.
as· s-oluções proÍÍlcuas , nobr.es .e paci- xoto. Foi a crise mai-s grave por que
ficas. passou até hoj>e a RepuMi<ca.
E tudo eUe fazia sem alal'd-e, ,en- Uma t empestade d,e rev(}lta varreu
volv.ido nUlua modestia encantadora. o Brasil , e a orde ul .legal nal1 fl~ag:ar ta
. .
pare-cen-do que ellle eTa p'ouco, ·OS <lU- soe -não fossem 'a .bravura de Floriah'Ú
tros muito ; desejando qu'e os 'applau- e Hernard-ino. a energia -e a dedicação
sos e as f.lores fossem para os a.migos tncompal'aveis d ,e Florian o e Bernar-
• •
e ·não .para .<lHe. Grande alma, su:p.erior dino á causa da 1egalidad<l . 'l\odas as
esp-irit o . coraçã;o i-mnlenso! tE quando manhãs, a primeira cogitação dos 1e-
algu.em lhe dizia unia palavra de pa- ga.\istas era saber ·se aquelLes dD's' ho-
rabells. a s ua resposta infalli v('il era mens ainda se mantinham no -goV€r-
esta: "Oh! muito obri'gado; mas no. E quando se sabia que lá estaV'am
e u na:da mais >sou do q U~ U>Dl 'p equeno firmes e em caminho da victoria, a.s
servid or da RepubHca. O r,e gimen é aitdacias cr.es,ciam, a confiança au-
que pr·oduz tudo, por si mesmo. Os n·o- gmentava , ~ a certeza d,o trium:pho do-
mens valem .pouco" . 'minava. Tal <J efieito dos .grandes h'o -
Foi .r ea],mente 'extensa e profunda a m'ens no eSlpirito e animo dos povos,
-influe ncia deste homeln na sorte e agremJações o u par tido.s .
d.,stinos da R ep uMi ca, desde os seus Não seria plo,sstveI ·es-cr,ever a histo-
pri ~11eü'os dias {i-e-lla até -os seus ulti- ria da Republica, durante to.do o tem'
mas mament<:>s deUe. No sil",ncio do po da existencia politi ca de Bernardi-
seu ga bin ete , ou n o bulido da praça no de Campos, S€111 que f{)sse elle o ...
•
publica ou no ruido das discussões ca- centro de <con ver,gencia dDs malOnes
lorosa.s e violentas, ou ainda na. as- epi.so:d'ios, não IS'Õ :por sua 'pessoa e
sustadora agitação das lu-ctas n.nna- actos, ma'8 ain'<la por ter sid{) sempre
das. o dI'. Bernardino d·e Campos po.s- o . homem da confiança abs'(}luta dns
suia o dom d-e imPTess'ionar, agir, ·re...- 'seus amigos, que, conlO eHe, foram os
•
i ~:i~~:~~I!~;~P;::~eC::m:~ l~::mSei~~
tod os os meios republicanos e em to-
d8is aos cri's'e s do ne'gim~en. Por.que?
P or que ' o dI'. Bil'rnardino de Campos, I cer{) ad-m,irador. Nos .ultimos te1m'pos
• ,
•
•
•
•
37
(11' sua utiHssima -exisoo-ncia, vi'-o -qua- ção ,monarchica. Ulti'mah!:G?üe, inCOln-
•
J:u,eiro de 1915 1izeram-se soIemnes ·e Agora, não escrevia , mas se era ne-
itH lHHl,entes ·demonstrações doe· profun- cessarío, dictava, principalmente para
do pezar, ne llas t<>mando parte apo· d,efe n·der-se de algum ataqu€ <)·ontra o
rl\lla~ão , da Capital, sem distincções de qu'e tinha feIto l1'ÜS cargos que oc-
1 ·. la ~:s (~ s. partidos e nacionalidades. Seu I cupou. Não d e ixava pa.ssar se'm res'p os-
obras d., 'e mbell€'Zamento ·d'esta capi- carregada d,o estudo do projecto do '
1
tal. codigocivi·l. Deixou, em 3 d,e juIho d" 'i
.~
.Ne.ssa ooc.a"s;ião. 1893, o governo :da 190.2, a eadeira ·d·e se'nado.r ,para assu-
Re"pu,"blica este'V-8 a .b raços ,com a rev·o~
luçã(}, prestando~lhe o dr. Bernardino
mil' novament'e a presidenda de S.
Paulo. Na sua segunda administração,
II
·5
de Campos eff!caz collaboração, já cui- poude (} dr. Bernardino d'e Campos· vêr ~
dando da defeza de S'ant(}S, já or.gani- amor.ti-za<ia a dividapul>lka int'erna e
sando a res"lst-encia ·na 'Ír(}nteira do Pa- externa, reaHsando ai-n-da apreciaveis
Ta;ná e em . todo o littoraJ .do Estado. melho·r ame ntos.
•
Durante a revolta o . dr. Bernardiuo de Ultim.amlent" o dr. Bernardino oc-
·Campos sempre se m-o strou :i.nfenso ás 'cupava ,
uma ca-deir.a no Senado Pau-
prisoes de individuos apontados COlno ·lista, e:x-erc-en-do tam·bem o eargQ. de
conspiradores e a outras medidas ex- ;presidente ·da eOommissã,o directora do
cepcionaes' qu e foram executadas, di~ Partido RepUblicano do Estad<:.
rectamente , ·por a g entes do governo fe- QU'eSião de 3 d·i as atraz, i'sto é, 15
deral. ou 16 eLe janeiro d'e 1915 q'ue o dr.
Ao aS's um·ir o cargo d'e lninis,t-ro da Bernardino ·doe Campos vinha sentin-
Fazeuda, a instancias de Prudente de d'o~se inco.mmoda·do, t,endo até pensado
M-ora1e:s, Manoel Victor·i nü ·8 outros an- e · m .f ·i car ~e·m ·casa, ·em r-epoUlSo, a-fi:m· ;de
•
dj'minuiçã(} da deipeza pul>lica, oool>re- Tem'l reramento de ·f·i bra tão a'c oon-
tudo em ouro . AMm ·dessas moo,i das', o tuadamente combati,a, "ncontrau ;pe-
dr. BernaNllno de Camp(}s tratilu.de- lo c~minho., que per.correu, -m uitas e
•
realizar 'Outras, i'm ·p ostas -p elo mome-n- ~rand·es ·h oot·! Udades'. Em compensação,
to. criou amIgos e admiradores fervorosos
Para pôl-as em execução, o dI'. Be·r - e morr.s e€rcadod~ ,dedi-cações, qU1'> a
.'. '. .
.... .. .. . . " ':- .. .. . , ····· .. .. ', ·", ··' ···.. -':'--: :· ·':;':·':\ i ·.";:·"i_ ,..:'" ':,~, .::. -, .':i"',' ,·· '.' ';
'.. '
., ..' ',' .'-. .. -,. . .. ,,;. .;.,,' ..
"~ :'. ' .,.
. ". ,
' . , ."
.
, , "
.,
' •
.. ":,' .' ' .. -.
. . ,,, . .. : .. . -,..,~. ;'.-:'(,:.:; -_ . . - . ' -' . : .-:'- • - ,: j-t'>_ :'.:_
. . '. , .' . .'
c.. .'. , ..
'
'.' - -- .. . ;.
- -. -
..' '
39
.
'·OtT6('.çâo do se u m-od.esto v,iVler dia a lista ·por vua-tro vezes, sempre no dia
<{lia ia augmentando, que a sua ;n,dole 7 ·de abril de 1893, pela primeira vez
~ (~rviçal cu-ltiv-ava ·com carinho, e que e depois na mesma data em 1894 , 1895
(I. pe-r eunte a'ID\enisda-de do -se u trato e 1896.
111tD-Ca d~i-xou eSlm-oreC'er. Para bem se julgar do que foi o fe-
A sua carreira política, COlDO a de cundo quatt:iennio, por assim dizer
•
Be rnardino de Campos foi figura de sal' , já vos tinha dad,o suffidente co-
lanto relevo. . n-h-ecim<e nto ·da sua feeunda e correcta
Lembrámos apenas o primeiro ,pe-. ad·ministração.
riod,o pl'oo,jd'€.u·cial do dI'. nemardino Nos r.81latorios d-os dignos secretari os
·rle Cam.pos no nosso Estado . d,e' Estado, que me f·oram apresenta-
Outros servj ços. não tivess'e presta- 'dos e que v·os s'erão I8ntregues. ·encon-
de; a S . Paulo e á Repubolica e pres- trare-is copiosos ·e utilissim-os e lementos
1.'Ü'u-:-G-s s6 aq u·eB'e f-e-Uci·ssi1m o qua- que vas hablUt.arõ,o a form",r 'juizo
lri·e nuio bastaria para que o seu nome completo e seguro sob.", a vida admi-
.
perdurasse. por muito tempo, com..<> nis trativa ·e go.v'e l'na'mental.
·"xemplod'e traba.Jbo, doe. 'p·atrioüsmo, In1lP·nrtantes re·positorios ·de infor-
•
apparel-hos IpO'lit>coo destinados a con- Para garantir ...lhes estes bens ina-·
soUdar O novo regimen e a aguardar ·preciaveis, é bastante que não tirem ao
e ·imp-el!ir o pr'ogresso social: dahi Estado ,d.e 18. Pau:Jo as ·con.dições que
o impr,escindivelsignaJ -de ensaio, de já p-ossu·" e que constituem os car acte-
inidação, notado em. muitos serviços, ristieos de s ua indole paz, ordem',
de hesitação que traduz as ·a pprehen- trabalho.. ooonom!a.
sões e os cui-dados de quem abre sen- Assumi o Governo POUCo.S dias ant<l9·
das ainda não trilhadas . <:Ia elBição municxpal, primei-ra 110 actual
.Tm:portan~issi.mas as .funcções con- regimen, ,e,mexecuçã<> ua ,lei que orga-
fiadas ao Estad o. pela Constituição Fe- nizou os municipi,os no Estado, ·e im-
ileral; enorme a responsabilidade dos portantissima, jã pela fundação . em
eX'eéutores; ma·s grandiosos e fecun- baseelectiva da autonomia mUllici-pal,
dos os fru ctos já colhidos e ainda mais já pelo. caracter Po.lítico. que lhe qui-
os que a1l futuras mésses nos' promet- zeram dar os adversarios da situação ,.
tem. resultantes da plenitud'e d9 func- que se ·congregaram -por toda a parte,
ci-on 3Jmento do sabio regimen B&colhido
,
ligando-se todas as agremiaçoes , e in-
•
pela Nação, exer.cttando~e norma!,men- dividualidades divergentes dadirecção
te no \Seio da paz e da tranquillidad'e, governamental, . para dis.putar os car -
-transposto o lnomeuto -critico e!m que go.S municipaes no pJe ito, que corNU
s e opéra, desde a superfieie até ás pro- animadissimo, mas .liv.re e tTanquilla-
fundezasda vida socia l, a substituiçãO mente:
-das v,elhas 'pelas nova·s fórmulas. E.ste fa.ct-n, ,e m contraSt8 C01U o pIa-
•
41
" •
(~oüigos ,civ.i-l e -criminal com jurí-scon- dições hyg-ieni-cas dos -divel~:5-0':: ~:1 Unl--
• •
1<lIll,o·s a;balisados, obed:eoendo a() vot{l ClplOS e cida'des do .Estad'o. ,Já o meu
kgislativo. 'Ser-vo·s-á s ub<mettid·o o do Hlusire al1t8'CeSSor havia inicia·d o ~-ér ia
processo criminal, "que está conc1uid,o campan·ha contra a s ·epidemias que ul-
() publicado, tendo sido affecto ao exa- timamente affligem a nossa popu la ção.
Hle de uma COllilUissão que sobre elle 'Tenho sido
.
°
.execut<Jr ·de sábias re-
(fcu pa recer. soluções, que cO'! lfiaram a altas compe-
Constituido o po.der j udIciario, ·s<>- tencias &cienUfi.cas O ·encargo d e ela-
gll ndo as nórmas c-o-n-stitucio-naes·, en- borar planos systematicos e e.fficaz-es
t"ou em funcções regularmente, obser- ~ara debeUar a inv,"si'.o :period.jca · do
\limão ainda as regras' processnaes an- terrivel flagello em a·lg uns -po·nto·s do
lI/.:as e ·captando o res peito e a con- Estado. Além di~S<J, com o (;oncurso
fiança geraes. das -luzes e da apU.dão sei,enüfir.:a -do
A <Jrdem.a tranquillídade ·p ublica e digno secretario do hlt.erior , muitas
" segurança individual têm sido rigo- outras providencias têlll ,sido to,t11'adas
!'ocamente mantidas. Uma ,organização pelo Governo,. avultando, entre· outras,
"
policial forte, que se B;J>8·rfeiçôa dia- a dos proce s,sos de desinfe.cçã-o, por
I'hl1nente, aoses,f orços intelligentes d,i) mei{l de ap·parelhos adequados ao r.o n-
lUustrado e pat riotico cidadã{l a .quem seguimento <lo fim d.ese>jado. mon"9."do-
foi -em .bôa hora .entregue a sua di- I se para iss-o uma l'epal'tiçã.o propria.
l'l 'r:ção, garante ·0 direito a todos. A execuçã.o rigoros·a desta. medida tem
·Cum,prin:d·Q a.s vossas determinações, dado -re,sllltad os benéficos. e, o;:; dar·á
de,i a organizaçao prescripta aos, cor- Dla.is completos, q'uand--o runcci-on are·m
pos da força 'policial, .q ue, corredos e norma1mente as -pOderosas e -com:p'l~tas
disciplinados, sob o commalldo de che- instaI1ações que a administr;;tçãú t rata
-ros competentes. prestaln relevantes dB estabelecer .
p,')l'viços á causa publica. Deu-se natul'a·},m'e nte a ccJ:ê'Scim o e
Chamo a VOssa attençil.o para que ° aperfeiG oam , ~nto á assistel1cia pubtica,
0x'põ,e relativamente a varios assumptos ao h,olan1ento e tratamento dos conta-
.
da ,maior 'IDQnta,o IUlninoso relatorio g.ia.dos ,e a tO'dos os vari-os· e <!om'p li-
<lo distin.. ct{} secretario {ia Justiça, prin- cado-s serviços annexo-s.
cipalment e quanto á crea.ção ·de asy · F11l1daram-se, d .e accôrdo
los correcionaes ·para menino-s , quanto (l Instituto Bacteriologico, e os iabMa-
J)UO aus.tero € repar ador .do traba'lho alienadÜ'S, -d e ac-côrd·o ' COlll as nór1mas
il ()Xenlp"lo 'e m a.brigos conV011 ienteluente acc€H.as e ,co!lsagra.das na opiniã,o dos
competentes. In'fe'lizmentB uão oé ooss,i-
di rigi-do:s, ,assim co-mo urge dar \ápri-
ve'l realizar e.m pou·co tempo a v·a sta
-
';;\.0 dos indicados e á penaJidad€ o
-c:aracter corres-p ondente áJs exigencias' e custosa obra Q.·ue deve acu.d·ir, c-omo
d" .clvllisaçãoe ·da s.dellcia . remBdio efficaz, 3.0S que soff.r em de
.ff-em .(!-O·l n razão al)iSorvi:d.o granue
•
molestias mentaes .
•
42
cionaldo \''1 ,de ,SanitO's, regular,mente. systema de.ensino, tendo - sido elabo-
Na Capita.Lestá -em via-s de 'CO!lJStruc- -rado o seu regulamento.
ção um ,(lesinfectorio c€'n-tra.l -com to- A ref·arma. d'~' gra-fúfe ã,kance e lar-
das a.s accommodações e accessorios gos intuitÇl'8, -ere,au· um -r-egimen vasto
correspondentes ás necess-idades do ser- -e com'p,lexo. -co-mo era natural.' depen-,
•
V1ÇO. -dente -de -es·p-e·cial acbndi-c1onam-ento-,
Ta-rnhem se -des·eny.olve- a .cultura da para que" pàssa produzir os· de6'ejados
'lympha vaccinf.ca, devendo ·em pou,CO res ",1 tad-os. .
•
eon-str-u-ir-se Q -edifício proprlO, nas· co:n- Não é- fa-cH. nem é tarefa :para pou--
dições devidas. co te1m·po, -dar vi-da. pratica -ás institui-
.. . .
.. . ,'.';'". : "," " .. " , , . ' ... .
, .
. -. . i ' . ,
' .- . . '.
. ', "
-
,',
-- ,. .'
- ,
43 •
.. '
-... - -
j': JI',/I)'itrareis. bem elaborado
110 r~- não .p odem 'S'Sr adquiridos -COIm , ,a 'pr·e·s...:
--
In I ( 1 1' irl e anÁlexos da Secretaria -d·o In~ teza 'desejaveI.
1'IIJ' ior in&orma"çães.' -com,pletas sobre esta Entregue, -como está, a e·m presas par-
.
l!<Ir l ,' da. admi·nistt:a'Ção; e . para o que ticulares a nossa viação ferrea, ao Go-
!L,h i (. ~:,:x90sto e submettido ao vosso verno com pete a fiscalização ·do cum-
jlll,:; llil{:nto. peço toda a vossa atte.n- primento e observanc-ia .dos contractos
()iI (I dever este nao d'e s.curado.
i'a.ra dar-.vos conheci'mento cabal -do Têm bd-o -ex·ecução as ,leis que man-
..<':::-
-' -
tpll ' l i ;1 feito e ' do que 'Se acha em pro - -
daram abri r estrailas de &. Sebastião
,.... ... .
ou em via de execu ção, na parte
,!«,\dq ás raias de Minas, d~ Cananéa aI} sul
- -
-.... c. .
t'Hlill iva á. ag"ricultU'f'a, á industria e" ás do Estado e do rSalto Grande á mar-
0,_0......
-- -'-' !!d l r ;I ~; puhIi·ca'S. im)!l'ortallti:ssimos ~de- gem d o Paraná_
,~ .,:- - --
;'-:c.: IlIlI'l.a. m eilto& do t~~balhO'. vastas oUi-
~:_--;
. As exploraçõe.s contractadas das pri-
?:
-, .
dn:J.s · que em - $e
elaboram as riquezas meiras estão s-endo veri·ficadas; e a
?:::
;: ,.•.. ...
pud,nr iaes que dispõem :O IDstado aos ultima está acar.g.o d ·e uma tUflm·a de
·emprehen-d.im'eutos, . no engenheiros, acompa nhad-a de um <.les-
o
::_,Y - rWIIUd o do ·seu 1)r-ogresso e civiJisação, tacamen t o de força pubJ-iea.
:<, -
Iw r:", .su~fi.ci-e nte entr-egar ao vosso ·cri- E' digna de exame a situação agra.-
. ! 1',l"Ín;:;o exame as conscienciosas e exa- davel e ,prospera dos nucleos coloniaes
i' ! ll:-: exposições ,constantes ãore-latorio do Estado. Vivem ,f elizes nesses agru-
lto digno secretario. de -Estado da Agri- pamentos m.ilhares de colonos de dif-
. --
(:1I1I.u.ra ' e d~s. cllefes das repartições Cerentes nacionalidades, entregues a
,
- --- (11' li e d-evell d-entes. var.iadas -cuMuras, funda:ntdo. em con-
r~,omlpulsando ·a . vida rnaterial -dO' E s'" dições lisonjeiras, a pequeüa proprie-
1.'11rio. , vo's 'co.m:penetrare.i s, ,a inda mais. dade. e abasteceoo{) -os mer.cailos' de
- dI' que ·são bem 1undadas as espeTan- grande q'uantid-ade <le generos alimpl\-
{.:lI S depositadas na pujança e vita-li- ticios e outra-s p"l"oducções.
,
->
(la·d.e das nossa.s forças naturaes, já Hão resultados adquiridos de sábias
-- -
hom erJcalni.nh.a,da~t ·e apuradas __ pell a previsões e trabalhos anterio_res, qqe
•
lI'pphcação dos pr.oces·sos illdustriaes '6 augomell ta m o patrimonio das -conquis-
providencia·s ad-equadas ao -seu d-esen- tas r.ealizadas e ;(}ue conv-e·m desen-
volvimento, s Qb -o a-m :paro .d'Ü GovernQ, v·o.lv-er e .fomentar.
- d H poderos·as em,presas', da a·ctiv·idade !Tor'na-se cada v,ez mais urgente a
Individual .e de apropriadas installa- elaboração de uma lei que regule a
<;(,)es de nlachinas e utells ilios. posse e -p ropriedade das -terras' pllbli-
Os obsta-culoo 'mais gra.v-es -que- na oc as. tendo em vista o novo regimen
•
ud ualidade -embaraçam a nossa acti- constitucional e "a phase de transi-
v'ida de, pooem res'umi-r-se indubitavel- -.ção .. do dominio ,da Un-ião para ·0 do
m ente na carencia e deficiencia dos Estado. assim co,m o as concessões a
m-e}os· d·e tran.:sporte. que -tê m direito os Voluntarios da Pa-
A s olução da. -desast.rosa e prQlon- ' tria. Usando das auctorizações legisla-
ga:da'crise, ori-unda doa incapa-cid·ade tivas, O Governo contractou com a So-
,d as vias -de ,c,o:mmuui.ca'ção. não é as- ciedade Promotora da Immigração a
't.mpto e"tranho ao :Governo, que lh-e introducção de trabalhadores em nu-
ha dispensado todo o -seu esforço. ·m ero ·e condições cor.r espondentes ao
E ' -s a-bido, por-ém. q'u~ os {-a-otores que fôra prescripto .
-
pri·IlCipae.s para '0 resta'b.eleci-m-ento d·Q Continua em andamento o mesmo
l}rompto.e facil trafiSjporte. novas e systema até ago-ra -segu-ido na -execuçã-o
'~l1stosas obras ·e avultados materiaes. deste serv-i ço ..
,
44
Peço .que torneis em consideração nhia Canta.reira 'e IDxgottos -de S . Pau-
o que, attendendo aos ..vitaes interes- lo. feita de accôrd'D com 'a lei n. 62,
ses do E&tado, vos expõe o relatorio d e 17 de Agosto ·de 1890. com °d'e -
do illustre secretarIo d'e Estado da senvolvirnento dado aos· seTvIçDs a car-·
Agricultura ,e Obras Publicas. go dessa empresa, com a orga nização
A dil'ecção financ eira <lo Estado está de assisten-cia publica, e -outros, e·m exe-
confiada á perícia e competencia do cução de disposições legi~lativai3 .
illustre secretario dessa reparti-çã·o. O excesso <le 4 .951: 189$104 . attin-
E' liJs-ouJe-ira e fl1teiramente tran- gü}o pela d espesa ordinal'ia. com re-
.
quilhzadora a situa,ção .flnanceira do lação á importall.cia f ixada na ·lei do
Estad'o, assignaJiarrdo ° eX€lrcicio d,e
•
orçamento, foi determinado, por cau-
1892 a 1893 os mais consideraveis al- sas que não podiaUl seI' previstas pe-
•
garismos que têm sido produzidos pela l o poder legislativo, corno ?,~ apid.e- <
•
arrecad ação da~ rendas ilublicas que mía.s que reinaram co-m inteIl.;3idade em
lhe cabem. dif.fere·ntes 'pontos do Estado n o ve rão
Segundo o balanço do Thesouro ; foi antepassal(}o, e que l'evaran1 a um a. ci-
a receita, nesse p-eriodo, de ....... . fra elevada a verba ·destinada a 50'c cor-
38.478: 115$792, para a qualconcor- rOs publicas, o augmento de porc·e:nta-
r eram as reu'das orçam·entarias com a gens, proporci·onaes á Inaior E,r rE ca-da-
iill1Portancía de 38.105: 280$542, e as ção de impostos, e as diffel'er.ça;:; de
extra:ordinarias, provenientes de opera- r.alnbio no serviço da divida ~x~ e !·na,
çõ.e.s de -credito -e outras parcellas. com no paganlento de passag-ens a immi-
a de 372: 2,27 $2 50. verificarrdo-se ter a g rantes e na aequisição do material
a.rreeadação excedido as previsões le- que teve o . E,'3tado de impan.ar do ex-
gis-lativas na im'po-r tante somma de trangeiro, ou a insufficiencia das ver-
bas relativas a serviços novos, cujas do-
24.119:288$542.
tações não podianl ser c·ai~ulad as com
As regulares safras de café dos an- ,
45
I '" ~ ";;ixa do Thesouro. e 7 .0 70:958.$330 côrdo com o a rt . 5.' das dispos ições
l' l n " O'llta cor-rente co m os seg'uint-es transitoTias d a Constituição Federal.
•
!l illll"O,s desta praça : Com·m e rcio e In· O Governo do Estado, 'como lhe
dIL' :f !'j a ' 'de S. Pau'lo! Uni ão, London cumpre, tem dedicado a. esse assumpto
11 11': BTazilia.n, Bank e S. Pau-lo, -nos a importancia e consideração que elle
I { ' r !:I (~S da lei 11. 77, ae 25 d e Agosto exige.
di l 8 92, com p rehe ndendo a diff-eren- Por mais prospera q ue se ja a po-
1: 11. (I e mpres timo á municipa lidade de s ição financeira d o nosso Estado, co·
.
(~ : UII pinas e ontros responsabilizados mo se evidencJa desta exposição de a l-
!In r; l com o Estado. garismos, não poderá deixar d e des~
.:\ dívida pa,ssiva do Estado. cujo pertar a vossa at tenção a crescida ci-
(H:nri(O c,o ntinua a ser feito com pon- fra a que t em a ttingido a d espesa,
IU;J.lidade., é ac tua l ment e da quautia de quan.do é certo que serviços de natu ..
H .276: 962S1 65, compos ta da seguin- reza urgente, e imprescindíveis, que
I( ~ fórma.: divid ~ iundada e xte rn a precisam de ser iniciados ou comple-
10 .18D:513$465, ou lb. 1.195.983.13.0 , tados, terão ai nda de exigir m a iores
n n (;a.m bio de 2? d.; interna fundada sacri ficios da renda publica, des de que
:1.~!!7:000$(lOO em apoUces de 1:000$, se considere que as principaes ·fontes
d'.' G o/c. de Juros; e a divida fluctuan- do nosso systema tributario d ecorr e m
V '. interna . 299:428$700. dE' phenomenos natu raes ou eco nomi-
I
A divida e xte rna, Que era de .. • • • cos, que pode m va riar extraordinaria
1;.fi~1 8: 2!11$250 pelo empre-stimo de e TIl0mentaneamente, r edu zindo o u a
l S~ S , tf.'.ve o augmento de .. ..... . 'producção do n osso q u as i exclusivo
:L~ 182.: 2.2 2$215. correspo.ndente a lb. artig'o de exportação, ou o seu valor
í
4 S~.O I)ú. ao calnbio ·-de 27, importan- venal.
(';; ! dos enlprestünos desta natureza Dev611ào ser custeados por creditos
lidos .q u aes era o.b rigad a a Compa- especiaes os serviços extraordinarios
nh ia Canlare.ira e Exgottos de S. Pau- .es pec ificados 110 art. 3. 0 da l e i ll. 11 8
1o, e ·::u ja l'esponsa·b ilídade f o·i ·assu- de 3 de Outubro de 1892, que rege o
,
-
I II ida nela Estado. d.e ac.c ôrdo com a
. actual exercici o, não contemplados 'com
cit.ad a le i de 17 de Agosto. as respectivas dotações e não sendo
Foram anlortizadas~ na fórnla dos de esperar que a arrecadação das ~er.
cont rarto s , lb. 9.100-0-0 do empresti- das vá além d as previsões orçam e nta-
mu exte mo de 18'8 S e 99 a'poliees' da rias, pela infl ue n cia que sobre ellas
·(li vida. inte~'na. h a d e exer cer a insignificante safra
•
desses compronllS S0S~ pesa de café do corrente anno, é de presu-
(ünàa efiecüvalnente, COlno e ncargo do mir que o saldo legado pelos exerci-
Rsta.ào , R qu antia .de 7 % d e juros CQll - cios anteriores se ja eln grande pa rte
eedid a á Companhia Bragantina, so- •. bsorvido pelas d espesas necessar!as
bre o cap ital de 2.320:.000$000. áquelle serviço, c uja ul'gencia se im-
Pelo relà-torio da Secretaria ·da Fa- põe e foi reconhecida pelo poder 1e-
i':enda (:o n hecere is do estado da div i- gislati,:--o.
d3. activê. 'e d o movimento que teve Do vosso patrio t is mo conto que de-
no ?... n no fin do. 'dicareis os melhores esforços á manu-
Ainda não s.e acham· definitiva- tenção das lisonjeiras condições finan-
luente. L!quidadas as · 'con tas ;· da União ceiras do E stado, para as quaes po-
para eom o Estado, da arrecada- derosamente tem concorrido o r egl-
çào d. ?~g re ndas que passaram a fazer nlen .federativo, uma d as mais b enéfi-
. ,
parte do patl'lmonio est.adual , 'd e ac- cas conquistas ·da o r ganizaçã o poHtica
", ."."" , . . _- , ....
>":,"': '''::',;'''/ : .,' '. -' , " '
. .
·. •
46 •
47 -" •
\':1 dos pontos. medida indicada como dr. Secretario de Estado da Agricul-
r<~fIledio radical para a extincção de tura e Obras Publicas e os respecti-
rÚ(:os pernicioso~ que ultimanlente vos annexos que vos i',
apresento dão
inteira idéia da a dministracâo a seu
transfo rmavam em zonas per~gosas as
cargo.
-
qu e agora se apresentam rehabilítadas;
gra-ças a essas ol?ras ' e á intervenção Ainda não se haviam dissipa do os
da}} medidas ordillarias de hygiene. receios provenie ntes do perigo da pro-
A vasta organ-iza-çâo. que o Estado pagação do cholera em S. Pauio . quan-
~:n~ou
para attender ao serviço da hy- do foi o Governo s urpl'ehelldido pela
•
,,-:10118, tem sido posta á prova, quer r evo lta de unIa parte da Etl'm aáa, que
(lont-ribuindo poderosanlente para a desde logo poz o porto de Santos e
"'ti.ncção de epidemias qu e, vindas de outros do Estado em irb 111 inent e risco
lbnt, tendiam a acclimar-se enl S. Pau- de ataque e depredação.
', lo , quer para circumscrevel' e debeJ- De accôrd-o com os dignos iunccio-
- - "
llue o anuo passado visitou a Hospeda .. providencias que eram possiveis, por
ria de Inulli~rantes, e a diphteria que, parte do Estado, e.ntregando-se as ope-
1\01" vezes, se tem allí manIfestado. rações de defesa ao bravo " i1b,..t.l'c
paulista, Coronel .José Jardi nL em bô &
• Appareceuo -cllolera em Agosto de .
hora nomeado pelo GO"ilern O Federal
1};93. Surpr.ehendido por tão importuno
com nlandallte deste districto .
'h ospede, o digno Secretario do Inte-
S. exc., transferiu imluedia tamente a
t<iur, secundado pelús zelosos funccio.:..
s ua. residencia para. Santos. e dirigi.u
" narios da Dil'ectoria, d e Hygiene, ap-
"
-, -' , para aIli toda a força do exercito fe-
-:: , })licou conl o maior cuidado e diligen-
:( deral aqui estacionada.
. da todas as medidas preventivas e ex-
.'~ c_ Por sua vez, o Governo do Es tado
~t:,_ Unctivas, de tal modo que nada mais •
-, --o
- -- - elltreg-ou-Ihe os corpos d .e policia, re-
:---- -restava a ·fazer, segundo reconÍleceram
~--
48
•
· .
49
'. fixa da em
, despe nder durante o exerciclo, pela Se-
I
,I cretaría da Ju sti<~a. a somma de . . ..
~ i ,, ·,' :.: G48$3 1 8, attingiu , com os res-
i• <!.655:475$472.
íio.... 1 j ,. O) ,..; creditas s upple mentares. á
", Fl t OU I i! de 25.669: 224$530, manifes- I
Foi essa des pesa imperiosamente
i 'lllil .. ;:ssim um acc rescimo de ..... . impos ta pela necessidade de prover á
I :: ' ''; ~ ''·i()$212 , largamente justificado a dminis tração de todos os recursos in-
OO/li " :-;~~rviços que corr e m pela. Secre- dis pensaveis á manutenção da ordem
i n vii! d;;. F"azenda, na quál a liquidação durante os dias angustiosos em que ~
;111': coot.as feitas no exterior exigiU situação anorma l,. que, para o Paiz,
\1111 :illjlprimento á verba diffel"ença de creou O movimento revolucionario, ma-
;>
t'iHHhin da quantia de 5.359:949.$182, nifestado nos primeiros mezes do anno
J:'
;'.< tl(i pn!' :-;i s upe rior ao excesso verifica- ultimo em uma das fronteiras do ter-
~:7:··· .
,.
'. ; , (lo , (~ Há. sua maior parte referente a .rito rio nacional , cresceu de intensidade
:;:::.
,. , .' .. Ci '·' I' \' i (,',O ;" de caracter extraordinario. com a insurreição de uma parte ria
;:s/ : . ·:······ .... ' . .. - , ..
A def5pesa, r e lativa aos serviços ex- arma. d a de
.- .~ :~"". "' '' '
,',-' -
::~:c_ ll" !wrdinarios da Secreta.ria da Agl'icul-- Janeiro e na j ust a previsão dos lamen~
."
,"- -
I
~};_> Ui 1':1. , t? aos det~rm·inados por leis ~s- . taveis aco ntecimen tos que poderiam
i
1. I" '-" ' ia\-,'s, sem dotação no orçàmento, tornar imminente uma invasão no llOS-
-.~-
I
L- P lli{f'_ ~ada peJos creditos deixados á fa- 80 proprio territorio, pelas forças
:,-:'_- 1"l1 l dade da. administração. elevou-se á i daquelles que haviam hasteado a ban-
i. . 1'''II''I't.ante cifra de 17.930:7 37$435 . I deira da revolta.
~
I
e ncargos dessa natureza ~ Uma par cella importante dessa des-
•
~:,.': d~'~HI aean!-se, pelo volume de s~us al- 1 pesa foi a quantia de 2.000:000$000,
,':-- E:tril'imos : o serviço de desenvolvi- i destinada á acquisição de armas e mu-
;,. iHUI110 da rêde de ,e xgottos e o abaste- ( nições 110 exterior, do que se encarre-
',-;' .
les na vossa ulti'm a ;feunlão ex-traordi- áqnelles outr os serviços que não a leal-
'.00 ..-.
.. ..
~
li3ria, so b o n . 1 20, de 15 àe Março .d e dade e a dedicação com ql!e o acompà-
.~ .. 1 X93, o Governo, de accôrdo "om as nhou no supr e mo desideratom de res-
L. nHas conve niencias do Estado, impel- tabeleci·m ento da paz, da ordem e da
_ segurança publica, e da . consoHdação
. ..
.! ,..
lido pelos mais patrioticos sentimen-
·
.._.. tos que lhe devia m inspirar a mauute-n- do r egimell republicano.
-... .
c: :í ri da integridade da nossa patria e a Liquidou-se no exercício · a maior
h"tituição r.e publicana federal, teve de parte das contas correntes que tinha o
..>
>
50
",~r sustadas sem prejuizo dos mais ví- o ,Paiz; liquidadas as occorrencias e
Ines interesses do Estado, é de presu- factos consequentes de modo a desim-
!ti Ir que, sem ~ receita corresponden- pedir o andamento da administração;
ti'. encontre o Thesouro, no pedodo restabelecida finalmente a ordem cons-
IlIdicado, embaraços que só por aeto titucional na vida da União Federal,
.
I(~g-islativo poderão
.
ser removidos ou poude a acção do Estado exercer-se re-
f',vitados. gularmente, tranquilla e reflectida. so-
Espero que ha.biliteis o Governo a bre os assumptos de sua competellcia~
antecipar, por meio 'de' operações de com a calma e' isenção indispensaveÍs
('redito, parte da receita que terá de á resolução dos negocias
-, ..
publicos.
li I'fluir ·no segundo semestre do anno Graças á prevIdente divis'ão de at-
(~orrente, ou lh.e fornecereis, caf~O as- tribuições, á acertada distribuição dos
, Him julgueis necessario, meios para dar serviços, á capacidade e dedicação dos
í'·g-ual ou maior _expansão aos serviços funccionarios encarregados de exec.u-
q u€ reclamam as reaes necessidades tal-os, . o plano da administração se-
do Estado, na insufficiencia do recur- guiu sempre o curso normal, produ-
HO indicado. zindo os beneficios esperados e pre-
O vosso pa.triotismo, as vossas lu-, vistos, de modo que a sua actual pha-
zeH, o vosso dedicado amor aos inte- se é incontestavelmente compensadora
resses que dignamente representais, de . todos OS esforços e sacrificios des-
clã.o-me ,fundada 'segurança de que pendidos, e offerece cabal demonstra-
continuareis a prestar á situação fi- ção da excelleucia do organismo poH-
H;Ll1ceira e economica a attenção-e o tico que a lei fundamental crêoll e a
cuidado que reclamam, vinculadas co- 'Sua leal observancia poz eIn exercicio.
mo se acham á causa do prog-resso e Predominante no espírito publico,
('ngrandecimento do nosso Estado. tem orientado os poderes do Estado,
[Dis o que me cumpre relatar-vos, ao principalmente) a idéa de 'satisfazer as
ilJ iciardes os vossos trabalhos ordina- duas grandes aspirações corresponden-
rios do presente anno. tes ás necessidades primordiaes inde-
-elinaveis: a . elevação do ensino pu-
Pala cio do Gov1erno de S. Paulo, 7
d, Abril de 1894. I
•
blico a ponto de ser efficaz e provei-
toso e a constituição, de um meio hy-
o Presidente do Estado, gienic-o que garanta a saúde da popu-
Berna.rdino -de Campos. lação.
Tem aSS1,m consistido a politica go-
vernamental paulista nos cuidados pe-
*' '" la instrucção, pela hygiene, e ainda
Srs. Deputados e Senadores aoCon- pelo desenvolvimento e·conomico e or-
I<~resso de S. Paulo: ganisação financeira.
A não querer collocar-se fóra de
Venho cumprir o preceito do art.1 -sua epoca e da civilização a que está
:ir., n. 1i da Constituição do Estado, filiado, não podia o Estado basear a
,dq1Ois de um periodoC:u-ja termrnação sua -existencia -e o seu .progresso si
.
-llo1'mittiu ao -Governo voltar outra vez não na diffusão dos conheciInentos
Inda a sua a-ttenção ,e -actividade para, elementares -8 dos preceitos educatl-
.
(IH grandes interesses -geraes especial-· vos, tendo em vista, sobre tudo, Cl 110-
rnente confiados á sua ·gua-rda. va geração.
,[iJxtinetas asca-usa-s das lamentaveis : Só assim poderão ser adquiridos os
j)/,rturbações 'que -tanto prejudicaram, .functa.inentos, as 'condições e os recul'-
-
....
' -
52 -
Ha intimo e indissoluve
•
l nexo e 1'e- j offerecido pela Ca ma r a Municipa l. e a -
ciproca influ encia entre o ~ivel intel- : da segunda em Itapetininga. Actuaram
•
le et ual e mo!'al e a situa.ção economi- 1 para 'e sta resolução, além de outros
•
ca, que ferem l ogo a mente e obrigam I motivos, a -circumstancia de ser Cam-
,
a preoccupações e apropriadas provi- pinas um centro d e população capaz
de n.cias por parte d e todos q·uantos se de manter um externato de instrucção
interessam pelo solido estabelecimento ! 3ecund al~ia com os .cursos que o com-
-
da vida indu strial e pelo ' floresdmen- põenl e de estar Itapetiuluga s i~uada
,
to reg ular dos haveres em todas a::: j em uma zona propria para fornecer
I
zonas de trabalho. a]unUIOS que se preparem para o ma-
I
E' tamanho o vácuo deixado em tor- • gisterio, sem os onus da reside n cia na
no destas exigeucias iua diaveis p ela i Capital e c'ontribuindo efficazmente pa-
indisciplina de uma cultura deficien- I ~a a formaçã~ d e pr.o fessores que ve-
te. mérarr-ente lit teraria ou nle taphysi- I nham s upprir a grande falta notada
cal e pelo analphabe tismo , que muito
terão ainda os poderes pUblicos de la- ,
I •
n o provimento das ca deiras .
Relativa·m ente ao ensino p rim~río,
betar antes que fructifique a obra pa - i pensa O Governo que é esta tllna ques-
,•
trioUca nobremente emprehendida nos tã.o pra ticamente resolvida com a exe-
ultimas annos . cução da lei respectiva, sinão pela ap-
De facto , o Co ngresso compenetrado plicação . ·desde já , dos processos ado-
.de s ua alta missão, legislou sabiaulen- ptados e m todos os pontos do Estado,
te ~ refornlando o ensi-no primario e ' a ao menos pela fixação dos melhores
.instit uição fo rmadora do professorado methodos e sua applicação" d epois de
e creando o ensino secundario e o s u- -
consciencioso estudo e exnerie ncia., aos
perio r no Estado, pelo estabelecimento institutós competentes. A re-f órma rea-
-
dos gymnasios e da Escola Polytechni- lizada demonstra a vantagem e co nve-
ca, cabendo ao actual :periodo gover- nie'llcia do plano e m e ios escolhidos, e
nati''lO a honrosa e mais difficil t are- o r esultado satisfaz os entendidos
fa, de exec utar o pensamento contido
,
quanto á capacidade dos executor·e s.
n os preceitos legislativos. As escolas modelo e as outras destina-
O Governo poz toda a sua bôa von- das á f r equencia publica, na Capital e
tade a o serviço' desta meritoria causa , em m a is algumas cidades, offerecem
com af(ecto e sympathia, e julga ter exemplo , convincente do que affirma"
,
<)' ' t li nOl'icos, ,in v-estigações e :experiencias monstrando a competencia de seu , pes-
,;. ~ r:. i{" iltificas e applica-ções de principios soal. As .edificações e O valioso mate-
~
;',': (:- Iloutrinas, no sentido de conhecer as
•.
rial adquirido, que o gradual desen-
) h;is naturaes. se'g uil-as, e dellas tirar volvimento do t ra balho i az augmentar.
54
•
teem sido utilizadas com grande pro- quanto ao modo de dotar no orçamen-
veito . to todos esses serviços, de fórma a se-
O que tem o Estado colhido em be- rem convenientemente • attendldos.
neficio. da instituição de taes serviços, Além dos institutos Bacteriologi co e
é do dominio publico. Vaccinogenico e do Laboratorio de
As importantes obras de abasteci- Analyses Chimicas, que tão uteis se
~-"aostram. cumpre inquestionavelme nte
mento de agua .canalização de esgot-
j
. Entretanto, pensa o Governo que, tes ao Estado, em que pódem ser col-
.
-dentro da verba "Auxilios . aos., 'munici- locados nucleos colonlaes, 'desde que
pios", póde ser .gradualmente prestado · haja ' prompta communicação e trans-
.co-ncu ,rso conipativel COlll -a situação fi- porte .
•
:R-ancelra. Estão concluidas as explorações .d as
. .
O Cong-resso deliberará com ace'r to estradas de ferro projectadas de S ,
" ..... . .. . .. .. ..
- ,
.
, .,'
,
. ,. .
,, 55
' .. --
.~
<- . . •
•
56 •
58 -
tos a )uros d~s quantias recebidas dos il nas da sua final verificação a impor-
exactores pa.rafiança de suas gestões, tancia de 510:122$657, arrecadada pe-
,
e de varias outras parcellas.
, 6J:a, no I la Alfandeza da Capital Federal e
filIi do exercicio, de 387: 656$319. comprovada por documentos emanados
Estimada ao cambio par, segundo a dessa p·rop~ia I'epartição,
escripturação do Thesouro, a· divida Entre os serviços a cargo da Secre-
externa. sommam as obrigaçf\:::s actuaes taria da Fazenda, continúa a merecer
do Estado pela SlIa divk)":'' 000
o
passiva a a maior attenção do Governo a instal-
quantia de 1-3, 896: 100~'762, lação da Alfandega desta Capital,
Conforme, previsão que tive a hon- cujas construcções e . materiaes, pela
ra de manifestar ao Congresso Legis- lei de sua criação, teem de ser forne-
lativo na sua ultima reunião, foram cidos pela a dministração do Estado.
liquidadas dentro ilo anno financeiro. Com o inestimaveI .auxilio prestado
,
algumas antes do prazo convenciona- pelaComp , In'g leza S. Paulo Railway
do , pelOS recursos ordinarios, todas as e o valioso concurso do enearregado
responsa'bilidades assumidas pelo Tlle- dos trabalhos , é de esperar que den-
SOUi~O em antecipação da. receita cal- tro de poueos mezes estará satisfeito
culada para o segundo semestre do e reaUzado o melhoramento .instante-
exer"cicio. t om ex.cepção ap-enas de uma mente reclamado . pelo cO·ll1mercio im-
le t ra d a (/\lantia de 67: 500$OOO,que portador desta ·Capital.
já se ach<i resgatada, mas · que não ·0 O estudo do s algarismos, que deixo
podia ser antes do vencimento , por de- apontados à analyse imparcial dos
l)euder a. obrigação de pagamento de actos da administração e as .favora-
,cumprimento de cO,n dições especiaes. veis cond·i ções com que de anno a an-
est.abelec-:idas no contracto, no se apresenta a situação .economica
A divida desta natureza, contrahida do Estadó , pelo desenvolvimento da
e solvida no exercicio, attillg.iu á cifra . principal fonte de sua riqueza e pelo
de· 6.462 :,30 0$000, sendo ., .. ".'" accentuado progresso em todos os
1,062 ·: 3·00$000 · por emis~ão de letràs. g randes ra.mos de sua actividade so-
400: 01)0$00(1 de um e-l 1lprestimo .feito cial, . acredito serem garantia completa ,,
pelo Banco de Commercio e Industria para a permaneneia e estabilidade da ,
d e S, Paulo , e ~,OOO: 000$000 de em- pOSição satisfactoria eroque se achanl I.,
'.
Ac red ito ter sat isf eit o a nl iss ão qu e cra tic o , cid ad ão s, cu ja ex pe ne nC la, ca -
m e inc um be ao 'da r co nta do s ne go - pa cld ad e e fid eli da de a um pro gra m-
cia s pu bJi co s. ind ica r pro vid en cia s qu e ma de fin ido , j us to e sen sat o tin ha m
as lIe c:e 5si dad es ge rae s rec lam am , 'fa - sid o co mp rov ad as em ma is de um a
zen d o a ("o mp a nh a r .es ta ex po siç ão do s em erg en cia dif fic il. Er am eU es so lid a-
relat o rio ~ d os dig no s Se cre tar ias de rio s pe las idé as e sen tim en tos co m a
E sta d o, a ( ~ uj a co op era çã o eff ica z, de - op ini ão , cu jos s Uf fra gio s an im av am
•
61
0:-;(: 01" VO;; segundo o plano dado, preen- I de Bombeiros e bem fiscalizadas as '
\'h0.n,do -st:: os quadros, estabelecenfl o-se enfermarias existentes, emquanto não
;tS itE: eBSSarias, repartições no intuito ~ e conclue o ed·ificio proprio, em adean-
de reg ula.r a administração e a disci- t ado a ndamento.
Idin a, Elaborou-se o r eg ulamento npJ'Q-
Prisões Foi posta em vigor, sen-
priado á nova instituição.
do regulamentada, a lei que .providen-
:-
,/,-
.:
A este respeito convém mencionar o ciou sobre· carcereiros e prisões.
, ~-
,- .
~\ ; ostabelecüilellto de- officinas no Corpo ! Custas Judicial'ias Confecdonou-
.-';'--',- - ,
-
de Bo mbeiros , a C~~gO do proprio pes- se o regimentQ . das custas judiciarias,
soal, p'ar~ a factUl~a de objectos des- que está em vigor, na fórm:::t da lei.
:tinados ao seu mistér e repar.o das ma- Junta Commel'~ial Exeeutolh'3e a
·r.hi.nas e utensílios; e, s ub ordinados ao lei que criou a Junta Commercial do
Commandü Geral e ao Quartel-Mestra- Estado e confeccionou-se o respectivo
trado, a·s que se encarregam da con- regulamento,. apresentado ao Co ngres-
l'(:<:çàü do fardamento e peças de uni- so e PUl' este approvado.
forme. AlélTI da grande economÍa no E' incontes-
Rcfól'ma Jutliciaria.
n Isto da fabricação e das fazendas, tavel que a nossa organização judicia-
e::tte·5 estabelecilllentús b·o.uxe ram a ria offerece ple na garantia ao direito;
valltag.em de localizar no Estado o tra- entretanto, não ,i des-Jab ido cogitar em
I>al ho e o c.apital despend.ido, com mui- a lgumas modifkaçi3as que [-:. pratica e
,."F:., ta vantag'eln ainda, quer quanto á per- a, experiel!cia, ' v/iJ,-·.o .~~lggerindo. Têm· se
· •
feição da obra., quel' quanto á quali- sustentadc. a eoa;~·;-·~~.,~"\~·i l ";e ' espeeia-
d.",le do materlai empregado. I lisar a s . attrH')Il!I~êes ai -:G_ 'u.,-~ ica.tul·a,
Foi necessa.rio augmentar o mate- quanto ás mattn"ias subm ..l u3d as ao seu
rial para a extlncção de ince ndios, ins- I conhecimfJto, clas.;:;.ifitar ·.tcto-as segundO
.
taBar um perfeito e moderno systema a sua natre:m; p;" ...... f ·d'JLn de ser pro-
"
(Je avisos e criar mais duas estações, cedente all."":~i:i't:ttr relati 'lr;..n:..ente ao 1'2.-
além da Central. mo criminal, a necessida.de de <,onceu-
Além disto. IRediante convenientes trar a s ua adlllinistr:1.(.ã·:-
"
·rle modo a
j·\studos. providenciou-se para que os a.purar as vantd.g"t:jli;~ p 1"OVeni elltE'~ do
;;t (j uarteis e as· repartições policiaes e aprove itamento de aptidões , aperfei-
ri
~~'. l\loisoes seja-l u servidos por illulninação I çoadas pela observaç~o continua e H-
i:-,>; '·
ç ~" ·\'leetrica, visto as suas vantagens de nlitada a um objecto importante, com-
. '" .
~~~., (\(:o nomia e seguranl'a. I plexo e vasto, SUjeito a progressivas
>;'''
,~;:,,,
:r
I
-;:;'• :
• A actual organização dos corpos. e constantes alterações. ao qual estão
>"."
,,: ' '
V' IlHH·amentos. O assurnpto foi objecto cer differentes -categorias pa·r a as co-
dp estudo que se converteu em plano nlarcas, segundo o movimento fôrense
I
•
63
., .
>:
Ih· [)arte, pela illSufficiencia dos meios I gresso, de modo a ser traduzida em
- ih· que, a muitos respeitos, po-demos projecto , que obteve a approvação qua-
••
s i unani-m,e da Cam ara e óra de pen.c.e
•
1\ experiencia tem tambem demol1s- I da resolução do Senado .
.
,,.,,,10 que, ao lado do Chefe de PoU- Hygielle o ina diavel € gravis si-
" _ _ !\ IIi , deve ser collocado , pelo menos,
mo empre hendimento de extinguir as
, - ',
U 111 funccionariocoID. egual aUribui- differen tes molestias reinantes entre
1:(1.0 . clue." em dado momento, possa s e- nôs e de impedir novas acclimações, foi
1'1111<1<11' a superintendencia policial em
I
I
encarado resolutam-ente em toda a sua
~\i: pfll\.t.OS e casos diversos daqueHes aos grandeza, desde o t empo do meu di-
>.<" "
,',-
•
.
-
-- ' - .
'"risões - Os edifícios e o -regimen
•
Encon trei . já iniciado o contracto'
'.~'.
!1f1,~ prisões não têmestad o fóra das para os e s tudos e plano comple to do
j){~' vtNl.n~ e preoccupa ções do 'Governo, que , saneamento. de Santds com o enge-
"o
l'eriodo decorrido de 1 8 9 2 a 1896, nheiro am€rÍcano Fuel'tes, em preparo
r'W'. levantar, em -todo o E s tado ca- a organização dos institutos Vaccino-
I
I
"2~;:
!z
.~:_>
este respe.ito, a Capital jaz em
A. i medidas g eraes relativas ao a ssumpto.
A questâo a ~' re s olv'er consistia, em
~~-: (j Ollóí~ão relativamente inferior á d e 1
:0'-' I' summa, na verificação da natureza das
o~t , 1I.lg UIDa.S nutras ci-dades.
:.-,
enfermidades. suas causas e meio& de
]';xplica-se es te facto pelo queoccor-
as debellar. Os processos empregados
" 0 11 , quando se tratou d,e construir as
. têmcor·r espondido ao que delles se
IH' isôes da -Capital, que deviam obe-
esperava . Assim,installado em fin s de
fleeer a um plano elevado, realizando
;C', :. 1892, o Instituto Bacteriologico" tem
i.U'I typO tanto quanto p-OssiveI perf-ei-
(" .. funccionado proveitosamente em exa-
!L: U. a todos os respeitos.
$ :;: mes conducentes á ,f ixação de utels in-
~:. -Djscutiu-se ao mesmo t empo a con- formações e dados relativos ás febres
:;>',--
,f\' · dn um predio novo e · co'm pleto para que extirpou de ve·z a varíola, ende-
~:; ndsões - a menor d·emora na adapta- mica em S. Paulo, e acaba· de preser-
. ,
~;_ <;1\0 e a ci.rcumstaucla, decorr.es- va.r a po·pulação do Estado da invasão
};;· l!t)Hder o edificio ·da llospedaria ás com que o ameaçou a intensa e vasta
~:~. Hü lJdições do novo 'serviço de que se epidemia que assolou a Capital Fede-
f", t;ogitava. Esta consideração predominou
•.. "
ral ,8 · ·a s .z onas limitrophes ás nossas
, no animo -do Governo e no de mui- fronteiras. Como a.mos tra. de uma par-
... ' j,tI" ·dos senhores Membros dOCOD- te do seu labor ef-f.iciente , é bastante
•<' -
,' :'
~ , i·
'mencionar a expedição de cem mil tu- I
serum anti-tuberculoso de Mai"agliano.
'bos de purissima polpa vaccinica, con- I, Pro segue a paciente e cuidadosa ela-
t endo cada uma o necessario para 5 boração da nossa demographia sani-
pessoas, durante o anno findo. taria, sem receber, entretanto, todo.<'l
•
- 65 .
'.
'"
,'.' .
.
': . . ..,'.".
'. .'..,,' :; "; '.' .: ..' ',," . ,'...... ;, ... ' " . ,·,.,•• .
,· ···1 · ..· ·'· ·
'..,_.. '
~ ·.i' ..- " "·_.. '" . .-_ · :,
." • _,.--__. ...
.' -•. - .
. •.<"
. . -I,
," '71-
"1
-1
•
•
66 , ." - __ o c'
,
,
•
pelo beneficio inestlmavel do sanea- tavel e, no caso affirmativo, determi-
mento. nar-lhe o valor. -
Para desempenhar os comproIllis- Esse trabalho ,acha-se prompto 's
80S resultantes da lei e das oifertas servirá de base á resolução que o po-
municipaes, o Governo tem mandado der publ.ico deverá tomar, mediante
estudar e auctorizar as obras, recor- as devidas cautelas, no sentido de re- o'
,•
ce funesto não podia ser avaliado. nieio da laboriosa e competente Repar-
tição de Hygiene.
Nessa conjunctura, o Gove,r no , viu-se ,
,
" ': :'67""".' -,", .
' .
.
11", lerl'enosjunto á estação de Juque- Paiz explorado pelas mult-iplas ex-
da São Paulo Railway, e á margem
I' y , pansões do tr.a balho e da industria,•
do riO dó mesmo nome. centro de importantes riquezas, aberto
uma, paragem magnifica, reunin-
I~' .ao movimento do cosmopolitismo, em
do todas as condições naturaes, quan· directa . communlcação com povos ca-
'-o> ao fim desejado. racterizados por maior ou menor ci-
vilização e differentes gráus de salu-
se levantam os edificios, de
Abi
bridade ou de situação hygienica; não .
. ' " ""ôrdo com os melhores -typos. A po-
ha de ser na inobs ervancia de um fun-
Hlçã.o offerece, entre ou.tras, a vantagem
dalnental e regimen pre-
cI" uma perfeita colonia agrícola.
ventivo que 'entÍlesourar as
Obrigado pelas circumstancias, da-
vantagens da cõnvivencia universal,
dn. a impossihilidade de eontinuar por
sem os precalços da livre franq uia.
11 In lado a agglomeração de .enfermos
no actual hospicio, e, 'por outro, o E essa obra de res guardo, de cautel-
Ilbandono dos a.Jienados, que já não las racionalmente ·sy,~ tematicas, ou ba
)l()df-~ m ser admittidos, o Governo ad·" de ligar, solidariamente, os cidadãos,
quil'iu eln Soro'caba uma ca.sa ,e~paçosa, os municípios e o Estado, em um s6
(~om terrenos annexos, para attenuar empenho, ou s erá um esforço vão.
lI S necessidades do momento. A lei que, reformando a anterior,
regula o serviço sanitario, é de 4 de
~Iunlcipios Não· -foi es quecida a
Setembro de 1893. O decreto de 2 de
(·1istríbuição dos auxilios ás municipa-
Março de 1894 manda observar ali
lidades, s'e gundo as verbas orçanlt"nt"a-
disposições, que promulga, do codigo
nas, sem embargo do que 'interveiu
. sanitafio .
:-;empre a Administração com o seu
(:oncurso para a ,p revenção e extincção' Instrucção Publica Quando , em
tle casos de molestiail ' epidemicas . no" 23 de Agosto de 1892, assumi o Go-
pontos afféctados. en:viando-lhes -gran- VerDO do Esta-do, já estava quasi ter-
,Ies quantidades de desin·f ectantes, ap- minada no Congresso a elaboração da
parelhos e pessoal sob a direcção de lei que promulguei em 8 de Setembro
. inspe.ctores sanitarios. Estas medidas do mesmo anno, contendo as ba's es em
.
,ão tomadas com muita antecedeneia, que . assenta hoje toda
.
a organização
(j uanto ás .. é-p ocas epidemicas,- mas só do ensino publico .em S. Paulo. Por
p<fdem s urti-r todo o desejado effeito. decreto de 30 de Dezembro de 1892
"
,
.~. "-"6ff t
:, ': "':;::':",
,
" ,
anno, p~ovidenciou no mesmo sentido ! se a um c~rso restrictamente elemen- ~
quanto á ' Es,c ola Normal da Capital. tar e provisorlo, até' que sejam as ca- :
Quanto ao g.ymnasio do Estado é seu deiras regula-rmente ' providas, Conside- :
. .~
rando-se que ha' 19.54 escolas prellmi- '
regulamento determinado pelo de'creto
nares creadas no Estallo, far-se-á id'éa, ,
de 22 de Maio de 1895, , '
te as condições prescriptas,
Pritnario - O ensino prima~
}~ llsino
Emquanto não se formarem profes-
rio, propria mente, é dado pelas esco-
" sores normalistas em numero correg-
Ias preliminares e p'e las suas auxilia-o
, pon den te ás necessidades, e prevalecer '
res, as interm~dlas e as provisorias.
As primeiras, regidas por professores o , expedieJ,lte de os substituir proviso-
,
normalistas, são óbriga·das ao program- riamente, convém habilitar a adminis-
ma estatuido pela nova lei e estão tração a fiscalizar devidamente a ad-
fun ccionando em nUlnero de 819. As missão dos professores interinos. Neste
,
segundas, a cargo de professores habi- sentido, de par com outros, _emittiu o
litados segundo as antigas leis, não são Congresso P edagogico , reunido ha pou-
adstrictas ás mesmas materias. As ul- co, tempo na Capital, pareceres e al-
timas, prOVidas interinamente, na fal- vitres que bem resolvem o caso, ga-
ta de normalistas, por professores ·exa- rantíndo a um tempo o interesse pu-
m inados nos districtos e com a appro - blico e o dos funcclonarlos,
Yação do Conselho Superior, 'lírnitam:- Escolas Modelo Além das es-
··,,-:::,: ,: ·. !:Y ':!:<,<'.,~Y·":'ií:r:/,"', · ,:::>.' . .:.. ::._ .. ' ~;'..>' '-,' " ; 1' ',:-\
. . _._. 69 -
. .. .• • •
- '-,
o
. -:~-
- --
, " ___ o,
, " "
'
,•
, .' ~.' " ",''''':''::-':, . . . . . . . ,,:','.: ..:'::,:" ,"
. ,'ií : ,-
~ _ ...: ..
.
pans ões vit.aes das agremiações bem os quaes ainda pela dependencla da . "
orientadas. industria particular não são pequenas : ' .;
Estatística e .'\rchivo Publico O as despesas'. •
Publico. cujo valor. é . precioso, pelo guram a pratica do dlrt,ito, das instal- ' "
, . colleccionamento e apuração de da- lações que garantem a saude publica,
.
. dos e indicações indispensaveis ao en- . dos institutos que educam os o rganis-
"· camiri1iamento regular da administra- mos physicos e as vontades e esclare-
·
:-
.
.ção, e pela. conservação dos monu- cem os espíritos, cumpria abrir e aCQ-q.-
0-:-_-
'.>. mentos da nossa historia e dos dó- dicionar ' o vasto, campo em que se de-
• •
," cume ntos attinentes á bôa ordem e tra- senvolvem tantas actividades bem ori-
,: ' ·
, dição dos n ego cios pUhlicos, organi- entadas.
~:';: zado em fins 'de 1892, prosegue satis-
o _ - ,
AJ;rieultura, Industrias e Obras Pu- '
;;,: ; facto riamente, colhendo-se delle todos bUcas - A parte economiea da admi-
t:,'<.' os possiveis ~es ultados de mais vanta~ nistração , que corre pela Secretaria da
.':"~:,: josa applicação. Agricultura, Commercio e Obras Pu-
·-;c:;._,
.'
.' .
• Museu O museu collocado no blicas. teve o necessario impulso cor- ...
:.--- ..
-- .
;' Ypirauga e inaugurado em 7 de Se- respondente ã. grandeza e á importan-
_' c
;,: tembro do ann.o Vassado, offerece cam- cia destes serviços, aos quaes estão li-
gadas as industrias, a riqueza e a pros-
· po ao estudo pela .incontestavel util.i-
-':'
dade de suas collecções, entre as quaes peri<j.ade do Estado.
:" ---
;',;. (oi r ecentemente collocada a de num!s- Fuilccionaram, regularmente, sendo
·
fi'{f:
-;.>-- --.-
Convém que esta re_p ártição vã se indisp'e nsavel liquido elevou-se ' de .": i.
,lfp!)lllgmentando ã. proporção que' a mon- 3.500.000 litros diarios a 31, ~OO.OOO, ' :
'.":~-
~.' --"-- .
"i.Ulli:o m de novas installações forem pos- devendo ainda mais subir este alga- ",
.., '
'.-"
L_ ". , '
.. "
. ,
.t .'.....~jv"is,
', " .. para tomar a si todo o traba- rismo. · Foram adq uíridas para o Estado
. _.'
todas as nascentes dos mananciaes e ..
"
('l'II",
~, --
',"_o" -
de impressão e os annexos, eom
-<"-.;.-' ---
0-"- _,
,::-s< -,-
',"-, '.
" ... , . " . ..
· ,r,,:' • , .. '
;'; aS -- lll~~tas c'1rcumdantes; _COllstru' ~ra'm- I ' truc'ções de - -p ontes, .,.estráda.s e , ~u~:~;as
Se -solidas represas, aqueduct.o s, mo- obras esparsas em todo o Estado.
:-.'.,';, ',num:entaes reservatorios, est'abeleceram- Prosegue, aperfeiçoando-se o ser-
•
,' ..... ·se mais duas linhas de encanamentos viçodeimmigração. Em 1895 vieram
de ferro da Serra para a cidade, sen- para S" Paulo 114.763' immigrantes,
.. .. do uma de Om,60 de diametro, além 'sendo 4.78 2espontaneos. Instituiu-se,
,.·- . .
.· da exlstent.e , levando agua para to-
'-- sem onus para o Estado, a fiscalização'
'na Europa, quanto á qualidade dos
introduzidos, por conta official, e quan"
~ .
Desenvolveu-se a rêde de exgottos, tu aos mais ' pontos do cont)~acto, CODI
· . .
de modo a servira toda a área povoa- grande proveito até para o cabal co-
'. da, chegando as obras até aos extre- nhecimento do assumpto, desenvolvi-
inos da cidade, subordinadas a um mento e facilidade de acquisição do
" plano normal. melhor pessoal e providencias uteis e
· .;' . ..
~;< ~
. ~:.. . Os trabalhos de abastecimento de efficazes.
•
Para isso tem o 'Governo
•
unl .~
•
,
-':,,',' .' agua estão sendo levados tambem a representante que es tuda 'a s 'conveni-, 1
;'· :'.'. , diversas cidades do interior, das quaes encias e as circumstancias da questã o, .
. ''- . .
•
" já alg umas gozam desse melhoramento.
;. , '
.. '. .
Egualmente, . realizaram-se utilissi-
.
~ ,. o proprio paiz da .procedencla, infor-
. .
mando com precisão e criterio o qll:e :;
"
-.
•
- "'. " IDOS" consideraveis e be~ acabados ser- occorre, de nlodo a habilitar a adnti-
:-" .
viços, quanto á drenagem do sub-solo, nistração a proceder com seguro juizo_
·
o .'
"" , ,' ua Capital ,e Campinas, abrangendo ' as Não é extranha aos poderes publi"
o profundas e perfeitas galerias, cons- cos a necessidade de estabelecer e de-
•
i.· . truidas com o melhor material, grandes senvolver . a pequena cultura ao lado·
'.. ','
, ..
. Proseguem as obras de rectificação valor o seu producto,
. . . cria uma situa-
_ . do canal do Tamanduateby, desde a ção relativamente _ precaria, pela de-
• •
;" . confluencia do Ypiranga até o .Tieté. pendenCia de elementos extra nhos que
,' "
i ., · Estão construídas as pontes de ' ferro deve receber, á custa de pesados sa-
- ";',
· , ,· )las· ruas S. Caetano, João Theodoro e
l .
crificios, e p';or sujeitar..-se a " UHl unico-
o.: ., _, "
,{.:'. , Avenida TIradentes e em andamento I ponto de apoio, que pode ser fallivel.
alJ de cantaria, de notavel architectu- .E;stas contlngencias, provenientes,
::'.. ',ra, . . nos , aterrados do, Braz e Gazome- aliás, da prodigiosa opulencia e rique-
•
>; •' .. , V:ista . dos .planos a ' executar na VaÍ"zea resumem na necessidade de importar
o ,. .·. do Carmo e determinou-se o prolon- os gene,os destinados á alimep.tação. e
~ - ." . .
"';' .. , gamento do tram.way da Cantareira até · aos differentes mistéres da lavoura,
:i:' '. . " .
/,/ •....··,o .Mercado da rua 25. de Março. Estão das industrias 'e da vida commum, ge-·
', : .. , .
'
: ' .: ção de, · Osasco, bem corno . o revesti-
. ,
co 'tempo, ' completamente sanadas.
"" .. .. mento ': e cobertura do Anhagabahu'. Basta que, naturalmente, como ha de
·- . • • -
,:-:.., ., Comprehendeis a enormidade dos a"contecer, a sobra , de actividad'es em-'
- '. '
. ' •
empresas.
, ,
technica, a Escola Pratica de Plraci:C' . ,'".:i' ' .
Dominado por este intuito, não he- caba, além do , Instituto Agronoroic6 , ;.j , .•••' ,:.' o
. e explanaçõe:s conducentes ao re- riencias e observações que resultarã.o. .:' .::,- .. ,~.-
,
lotes em. que se estabeleçam peque- dos que têm a mesma pro<!ueção, afim
agricultores, Isto corresponderá de se empregarem os meios de tornar'
desejO das populações, que só emi- o genero conhecido e aeceito em algnns,
•
.'1,000 almas, produzindo a sua variada me e confronto a que . se sujeitaram os.· ·<
'-, cultura generos no valor, de cerca de , oblectos apresentados em considel a vel . .
· dous mil contos de réis. quantidade. .. .
Entre outras vantagens, a ampliação A lei que dispõe sobre as terras de-- ';'
regimen, 'e m grande :escaJa, con- volutas, ·,sua medição, demarcação,
. . -tribuiria para diminuir a importação. acquisição, legitimação ou revaÚda,ção -'
'. ,f::.' e para equilibrar a balan<;a commer- de . concessões e posse e discriminação·
., cial, em proveito de nosso, 'estado eco-
. .. , .
do dominio pUblico do particular, foi .
nomico e financeiro. ,cuidadosame1\-te r-egulamentada, acaute- , .
•
Mantem-se o esforço em prol do en- lando-se os , direitos e interesses, pro- ' : .
,
. sino agricola , e ind ustrial e do melho- videnciando-se de modo a bem se en- ,
, , .. ..c . '. ..,' ,,', . . ..
.. . ." ,,, " ,, , " ', , .' ' , " ... .' , ... .... ' , . " """."',:.,.'. '.' :.,., .... '." '-""" " . ' : ..' ,' ! ",""
,". "
- 74~ ..
"
...
"-. ,. ..- ' - ' .', .. ".... .
... .. , " • ~
,
.'
mento da obra alli realizada: ao exame das questões pendentes so- ,:';
,
Estão em estudos 'outras estradas, , '
bre limites, cuja solução será facil, I
á ',;.
como a de Jaboticabal ao porto do Ta- 1 vista das plantas exactas do territorio -;
,
accôrdo ~•_•.
•
.
fJoliUco e por necessidades de menta dado a esses serviços,elevou-se
relevancia, urgentes e reconhe- á importante somma de ......... ~ ..
11 ue cumpria ser atteildidas, não 50.107:
•
658$921, para a qual concor-
" .. ." .'
deixar de determinar pesados reram a Secretaria do Interior com a
' . , ;>' _ ' f!l~I'hO:'; á despes~ do Estado e nem quantia de 8.716: 374$685, a da Jus-
criam. ser delineados em linhas tão tiça com a ·de 9.174:206$845, a da
pletas, si não fôra a abundante . Agricultura com a de 23.787:622$933 ,
a de recursos fornecidos pelas im- e a da Fazenda com •
a de ... : ..... .
nt.es fontes da · receita orçamenta- 8 _429: 454$458. t
Na apreciação detalbada dessas ver-
•
res ultados colhidos no exercício bas, • occupa o mais importante logal
18!.J5. encerrado a 31 de Janeiro a de 20.659: 184$304, · applicada nos
em perfeita corresponden.cia trabalhos, . que correm pela Secretaria
•
o desenvolvimento sempre cres- da Agricultura .
riqueza publica , dão a mais Do confronto entre a receita geral
segurança da situação lison- do Estado e a despesa total do exerci-
em que continuam as condições cio, verifica-se em favor daquella a -
an ceiras do Estado. somma de 5.430:503$859, saldo que
A receita publica, apurada de ac- passou para o exercicio
•
corrente .
rdo com os lançamentos do balanço A mais significativa e eloquente pro-
Thesouro, attingiu ao algarismo de va do progresso real que tem tido o
.538:162$780 , concorrendo para es- Estad·o", e das vantagens que t em au-
elevada somma as rendas orçamen- ferido com a descentralização politica·
ias, com a importantissima verba e administrativa do novo regimen fe-,..,p
50.172: 167$479. derativo, lealmente
.
estabelecido e sin-
Do exame comparativo entre a ar- ceramente executado, ofierece de mo-
feita d·essas r endas e a que do incontestavel o augmento progres-
prevista na Lei 11. 310 de 1. 0 de sivo e consideravel que tem tido a re-
de 1894 , que estabeleceu o or- ceita pUblica arrecadada, sem o me-
"
;, i çamento do exercicio, conclue-se que
.
nor graváme, de accôrdo com as mes-
em favor daquella a differença mas fontes que já existiam sob o do-
15.964:918$460. minio do antigo regimen e com a.
Avaliada com relação ás mes mas transferencia que de algumas resultou
legaes do exercicio de 1894, da divisão estabelecida pelo artigo 9
o consideravel excesso de . . da Constituição Federal.
·< 12.889:941$119. Só no periodo da administração que ·
Tão notavel expansão ·nos recursos decorre de 1892 a Dezembro de 1895 ..
•
:' -ordinarios da Receita permittiu-me não elevaram-se os recursos dessa nature-
,,::', só satisfazer todos os ser.viços contem- za a 160.093:702$973 em uma diffe- "
•
,; pIados no orçamento da Despesa, co- •
rença a mais de cerca de . .. . .... ,.
·• mo a dar todo o impulso que as auto- 60.461: 066$799 sobre a somma total
'. rizações legaes me faeulta.vam áquelles de toda a arrecadação da antiga pro- ·
•
, que mais directa e immediatamente se vincia desde o seu inicio, em 1835, até
relacionam com o bem estar e o pro- Dezembro de 1889.
'.
,· . gresso do ·E stado, como sejam a ins- ConsignandO esses · algarismos, com-
·
trucção publica, os trabalhos do sa- pletarei o multo que exprimem em
neamento e o supprimento de braços pról das instituições politícas que nos ·
á agricultura. regem, constatando os bene-ficlos el:-
A despésa publica, pelo d esenvolvi- traordinarios que delles decorreram
. . .. ' '.' .'
' .-.
. '. '. .-;
,'. , ':'-
\'i': ~':" ..
>::<:',.:C--,,- . . ~\.
'.
•- gração, 11.073:963$152 aos trabalhos tractos .. •
,;:' -
do salÍeamento, 3L459:067$632 ao Durante o exercício foram alnortiza-'-
O:
,'c> .'
abastecimento de agua e á réde de ex- das 122 apolices da divida interna,..
..
"
O:
::::,"
cia total da divida passiva, calculada
.'
10.6 OO do empre'sÚmo da autiga Pro-,
(,0,,> ". a inlportancia dos _compro,missos ex- V'incia e lbs. 4.800 do emprestimo de
•. ternos segundo os lançamentos do The- 1881 da Companhia Cantareita de·
;', ..
souro,. ao cambio, sobre Londres, de 27
'
:" .'
Dessa quantia, pe!"tence,m á .divida a divida, despendeu o Thesouro, eRl
.'. fundada 13.249:555$554, e á flu- 1895, a quantia de 2.426:606$145,
cttiante 513:H9$888. comprehendidas as differenças de cam~
_,-o .
',". A divida fundada interna, na som- bio e'm relação ao serviço das obriga-
~'-:":.:.'
:--. . ma de 2. 958:000$00Q, é representada ções exter:t;las.
'::_;.: . .'
" . ,por 2.958 apolices do valor nominal Comparada a divida fundada actual
CC' . de conto de réis e de 6 por cento de
. .-, ..
com a de 13.977: 513$465, que tinhá.
.' juros annuaes, provenientes" 917 do o Estado ,logo após a encampação dos
,i ..... emprestimo á Companhia União Soro- bens e onus da Companhia Cantareira.
". .' .
, ... "
. cabana, 1.741 do emprestimo á Mu-
,
de Água e Exgottos de S. Paulo, veri-'
L nicipalidade de Campinas e 300 do em-
•
fica-se que de 1893 até D<lzembro .dE>
.;
{'presUmo á Commissão do Monumento 1895, soffreu esta a redueção de ..•
.;.,,' do Ypiranga . 727:957$911 ao mesmo cambio par,
...
, ., . .'.
.
(', • gestão. O augmento que ,teve essa par- de outros' paizes e da propria União,
· '-" .
:;",cella
, ,
no decurso do exercicio financei- revelam perfeitamente o alto gráu de
... ' .:.." : . ... ,",:,',"': : : ':':':::""" .' ;'.";:>'::}; ::... ' '
,.,." ': ', ,' " ':;.".':;,';:/,'....'y.,,(,": .....
.•.•. >
·"" , ' ',' .'
. ........' . , "
. '. '.
.
.:.
."
' .' .', ,. . ",. ', ' .
. ~ ,
, > ""',' "
"
~.~:~""" ,: i,. ": ', ",': "'. 'r'",', ".:
·· r :"·'· : ·":~' ::·:"!,,,~"·
·· . - 77 ' . ":,' '.' . . . .,.,.," ";" ':.' ::. ":,'::<':'(.
. ...., ..,'
,\"' . , '"
,::,",: .
..• . . . . -. ." .'
"",
. ' . <.'
. ".
.', '.
.'
"
" . " . ,.':',;.',',
,', '"
divida activa, considerada unica- A safra de 1895 a 1896, pEllos dados ' :
·
. lt~ nas suas parcellas perfeitamen- já apuradas no porto de Santos
.
até 1.0 .'. '.',
. idas e garantidas, é de ..... de Março ultimo,' subia a 2.672.226 ;;i
· a!12:S72S978 total das obrigações saecas, sendo de esperar que ' attinja .;."
'. Companhia União Sorocabana, da á somma de tres milhões
.
de saccas com .,'.',. .
•
ipalidade de Campinas, da Com- os productos que . ainda não desceram " " i
• • ,
in . Bragantina e do Thesouro da ao mercado e com ,os provenientes da ' ~'. .':',;. ';
•
pela . arrecadação dos impostos zona do Estado em relação com o mer- c:.
,,' .
tes ao Estado e arre.cadados cada da Capital Fedéral. " .:
da sua organização. A produeção do anno correllte e 50" '
pagamen to dessa ultima divida na bre a qu'al tem de se 'basear a. arreca- ,. ,
volvimento que tem tido a sua foi inaugurada a alfandega desta Ca- . '.-.
base principal da fortuna pital, tendo a administração do Estado ' :. ,• , ,'.
vel somnia de ......... . mercio,. ainila não lhe foi p'e rmittido ·C.
.295:419$366, concorrendo para funccionar, 'r egularmente, pelos em-
resultado o movimento commer- baraços oppostos pela empresa Docas de . ;, •
•
. da pl'àça de Santos com a elevada
•
Santos á execução das instrucções que . ........
.,
, .... ~
•
"
..·
,,'.'
•
_. ... ... <.... :', '.' . . ":
..... , ' . " ,o. '. "
• , ', .':
, '. " .. .
.
. . '
78 - .
• ..
'. ' •
.: "
,- ,.
•
· ' .'
a
,-
interesses da éausa publica, 'si- posição, entregues ao vosso exame, ' os :~'\,
•• lnação financeira, pelos fundamentos seus copiosos e bem lançados relato~ .::. ' .'
' . ' s"lidos em que se assenta, e pelas tra- rios, nos quaes se encontram. os mais ;
..
de honra, glorioso legado de to- completos 'elementos 'Para a forma- •:.
·· das as administrações, é minha con- ção de juizo cabal acerca do periodo •...
•
· .
·.. · Vicção profunda, será sempre o fiel re- de Governo decorrido.
.
a imagem perfeita, real e ver- Nelles achar-se-á a historia da ad- .
do desenvolvimento imposto ministração
. queiinda, de suas asplra-
:Estado, pela pujante iniciativa de ções, de seus planos e da execução que.
. ~eus filhos, pela patriotica previdencia deu ao programma concebido, tendQ
. •
• ·•
• •
.'·
•
.. .:
•
..
' .'
.'
,- .'.'
,. " , : ", " , "''' '',' '' ~.;
" ,
,
. "
•
• •
•
• •
56. 0
PRESIDENTE
•
•
..
:," ,
--' , •
•
>"
.
o.' •
•
· .. "
:' "
..o. o. -
'
•
''-
.. . , •
•
,
!
,
, "
_ _ _o
,
, o. "
~;"';
"'r',:·' ,::,"
". ' : ',: ":'~',:. .,~(i,'"~ :Y!4:~!í':::,:~~ ::'.':'}:·'::<:'i "', "".'~j ':. .. !' ' : ,,~ : . ' ....: ' ~ ,,;~; 'f ~~~.'.'}{~~·::i5 /?\ '=.;;y':;~1,';':~,::r~i ':. . ~ :..:.:.
:', : ...'.-, ' . :' ",: .:,,. ,~." "''-' . ' "' .. 0.,: ' ' "
>: . . ,"'., "'·<'\,i~\·',:,:'" ::':'::')--~~5t~\~;; '<: .:,,:":':;'!~,,~:~
... . .....
,' , .'\."'> ' ,,,.1.- . ," , '; __ 0' '",' ., "",~,}, ' ,-, ",'" ,''-'' -' " " : ' ,' ... ,' ......".. ' , ' . '~'.-,',' , . -- " <";,::,' ~ :,:-::':' " ',' , ~,
~.--,
t' '.. ".'-"-'
..
jf:r .....""+........~~.;;:.* lW,;."':.~~~.:.±.!,:;~:~':.::.:::.:.!.:::.:::.!+!.:+±.::.:.:::.:::.:::.!.::.±~~~:.::.:.::.:.:.:.:::.:.:::.:.:.:.±•.:.:::.:.:.:.:::.±.~ "
~~~~ ~
.-
"
-
,
--
' . '
:;:,:' , " "
-----,-,.'-.,",-. ._, .--- -
'
; . '
•
".
'. '.
· •
,.
,,' •
•
·
~-- .
, ,.
:;':.0' . ,.
::,~,. ,
.',. . .'-
· ...
:'~..
'
, ·
, •
•
", .
';--;'. .-.-
; ' . --,
· •,
;c',. " • •
. 'i· :
l<'ERR-\Z DE CAMPOS ,I, foi rigorosamente com batido pelos li- .;."
~rANOEL
,'fSAIJLES nasceu em Campinas. Estado : beraes, que o qualificaram de presente
t ·, . . I 'o,
Ui
,.,--,.,-,
'~,,',
de Si. Paulo,
'
em 13 de Fevereiro de I funesto.
I ,,' ':'i
.'
'iV. 184L Seus paes foram Francisco de Campos Salles foi dos primeiros que · . .~;,
~',">':..' Paula Salles . e D. Anna Candida dê se desligaram do denominado partido ..
"
' "
:r:./\
- .' .
palavra e o espirito nos embates da Tôa, a' sua abusiva interferencia na po,,=, ' _
;~r '~':'1'118c ussao" : litica do paiz; censurou a- ' Cl.t~.itude "'a- ._.
~_.-- ' "
.
Em 1863 recebeu . o diplo- jà era republicano declarado e conhe- ' ,
bacharel em direito. Quatro an- cido ·.
•
(1867) apresentou-se Cam- Em 1872 f.oi eleito . vereador, de
candidato â ASsembléa Pro- Campinas . Foi essa à primeira eleicao - '.,-,,-'. "
•
seIldo eleito. ;; pleit~ada pelo partid() !'epublicano e.m •
~: ~
> . • ·. •
..' '
'.}~
, -,'
,.-
,
",.
,: meetings'~ popú~ 'lt'f.>s. Estava-se. :10 re- ,Junior.. A dissolução da Camara em .,
gimen da lei, Saraiva. Junho de 1889, abriu a ultima cam-.
Marcada a eleição para o dia 31 üe panha eleitoral de monarchia. O vis- ':
•
'Outubro :de ,'1881, percorreu o Dr. conde de Ouro-Preto, chefe do Gabi-
Campos SalIes uma a uma, todas as nete de 7 de Junho, tinha declarado
localidades pertencentes ao districto, que era ponto capital do seu pro-
,
•
, ','
Nenhum dos candidatos republica- Parlamento •
os adversa
•
rios da monar-
·• .-
!" vinciaes. Campos Salles foi eleito. No dia 6 de Novembro d'> 1889, ,
-:
O dia 1.' de Dezembro daquelle ficou predisposto,
•
aguardando-se o mo-
ânno foi designado ·para a eleição de 'mento decisiv.o, de tal forma, que ao
deputados geraes, chegarem ,as pFimeiras noticias tele-
• •
. ,. " ,.
, .. ,
•
"
, ,
Bocayuva, chamando-o com ur- da politi~a nacional conseguiram de- ' ""_':
para o Rio de Janeiro, afim de mOlVel-o do proposito' em que se ac'h a-
miT a pasta da .1 ustiça, . no Go- va de não mais voltar á vida publica., ,
. • J. •
•
86
-87-
1I :;ua posição anterior nas luctas po~ constitue-se o representante ofUclal d~
Ill.k<ls, o cidadão, uma vez eleito. I'as~ uma maioria, não se apaga todavia a
"" ;). ser o ~hefe do Estado, Elle deixa distlncção fundamental entre o chefe
I,' ~uperinteIidencia dos intel'esses ex- politico e o deposita rio do poder.
d Ilsivos do partido para assumir a alta Aquelle qu·e é ele vado ao gover no pela
',- .
.- J!.I ::-: tao dos nego cios geraes da commti~ voto popular. deixa na arena ardente
,- . '
'"~
,. i [I ade. das Illcta.q e das paixões, os sentimen-
: .-
lilntretanto. representante das ideias tos q ne armam a efficacia da resisten-
~'~ ,
{'._ ela maioria que lhe deu a investidura cia ou. da aggl'essão lá onde se agita o
•
~;-- , ,I" poder, corre~lhe, sem contestação. incessante cOllflicto dos interesses e
~', ,
~,"
~ ,, ;
n dever de, fazer effectivas, na esphe-
. das opiniões para levar ás regiões se-
;.
>; ra governamental, os principÍos e a~ renas da applicação s6 os grande.
~<'
;:t ideaes que a alma do combatente aca-
'c:--
" Iwrmas _ que foram os compromissos
•
>.. t'olltrahidos v_ela agremiação politica lentara como necessid a des primordiaes,
: "que se achara liga do. Afastar-se des- do progresso social.
,I
,.-."- - la linha de cc·nd!lcta seria : -- ou a
>
,
Entre os modernos estadistas nin-
.- ' «Hlfissão de que houvera pertencido guem levou mais longe do, que Gam-
,~ fi um partido sem ideal e sem intuitos betta a energia. a firmeza, o valor
t de gove'rno; ou o repudio das aspira- pessoal na acção politica; e no emtan-
,• -- c;f1 es, em Dome das quaes recebera a
~.
o,:' :_.
to tambem não houve quem, antes del-
(;onsagração do suffragio, le, tivesse dado mais amplitude ás li-
No partido que elege o presidente d o nhas dessa poiitica. que em prinCipio'
.'
-- ,
J<}stado. ha certamente uma somma de exclua as intransigencias e as normas
:. u.:-J pirações, de intuitos políticos, qu e absolutas para repousar sobre o cri-
tdumpham. e qUG o eleito, como a ex· terio conciliador da relatividade, su-
pJ'essão individual da victor ia colle- . bordinando as soluções, antes de tudo ,
diva. recebe u em deposito de cor:tfip ao ímperio das circumstancias; dessa
allga para rea.lisar no poder. E' este· vasta e generosa polit1ca de tolerancla
mecanismo que torna necessarios · os ' e concordi.a , <lue . fundou uma nOva es-
pa rtidos ~ legitima a sua acção no go- !
'
" '''' C_. O' ' ' ' " , " '.
•·
'" ' -'
• -' :,.\
- 96 .- . ,~
\...l
:
h
.
,
•
-dos Estados, ainda os mais prósperos . lhorado sensivelmente as condições sa-
Como vos fiz sentir, os titulos da di- Ilitarias do E stado, o que faz nutrir a
vida " paulista que, na especie, corres- esperança de vêr extincta a epidemia,
ponderiam ao valor representativo de que periodicamente tem invadido . .
al-
's ua moeda, eram cotados nos merca~ gumas das nossas cidades do interior
<los acima do par, O que Significava e a de Santos, desde que possam ser
uma posição absolutamente vantajosa reallz·a das as obras do saneamento.
na taxação internacional; e , !lO em- A este respeito muito se ha conse-
tanto, não obstante a autonomia fi- guido, e, si nâo podemos annunciar des:
nanceira estadual. cujo caracter de fi- de já resultados completos das medidas
xidez é garantido pela cons tituição fe- adoptadas, podemos, comtudo, registrar
deral, (arts. 7, ° e 9.° ), o preço da os signaes caracteristieo,s do enfraque~
elUi~ sào pal~a o projeetado erupr~stimo cimento d!esse terrivel flagello. Algu-
:segundo as oUertas, descia .:1(1 nível da mas localidades, como Moy-mIrim, Casa
cotação dos titulos da divida federal. Branca, Cordeiros, São Carlos, Arara-
E' este certamente um proveitoso en - quara, Jaboticabal, Brótas e Descal-
,E inamento para a _orientação dos ho- vado 1 que elll annos anteriores fOTam
mEns publicos a q'uem cabe a alta mis- 'fol'temente aco'lli-metti<las, pudera.m, .
. .
COéstitutivos da União, para que, da ' épidemico, mas sem grande intensida- .
. prosperidade desta, da solidez dos seus de, o morbo só se desenvolveu em Dois
recursos e àa ,normalidade continua Corregos, Jahu', Leme, Pirassununga
<la sua administração se derivem para e ytu'.
-os Estados os elementos de grandeza :!!l' digno de nota o caracter beni-
'8 progresso em sua triplice manifes- gno que comEça a revestir a febre
.çao - social, politica e economica . •
I
amarella. Ontr'ora excepcionalmente
97
' 1IIul'lif erH. eÜa se apresenta agora SQb localidades do interior do Estado. em
•
!I oI IH 'Ct.OSbrandos, dando loga.r a uma virtude da lei n. 432 de 3 .de agosto
~'rd d tistica mortuaria muito merros des- de 1896 e respectivo regulamento.
r,"v<,ravel do que as da primeiraépo- Mas, para que os seus resultados se-
I'" do seu apparecimento. Isto parece jam completos, reputo, como vos disse.
11l!! icar que a m-olestia vae perdendo indispensavel r ealizar as obras do sa-
Q !'lr~ n typo primitivo e tend-e a extin- neamento, muitas das quaes se acham
1,r. ulr-€8. em andamento e outras estão selld{) eS- .
Temos a m e lhor prova do que affif- I tudadas. Recentemente o sr. Buoual' -
!lI ; UIlOS nos seguintes dados : deI.. cuja competeucia scientífica se as-
I';m .janeiro de 18·96 deram-se em .ignala pelo alto posto que occupa em
~t l 11 tos 26 casos e 14 óbitos, e em fe- seu paiz, interrogado sobre a poss i-
Y e l"<-:' Il' O 8 4 ,.casos e 42 óbitos; no cor- bilidade de ser ou não a cidade de
nmte anuo houve apenas em ja- Marselha invadida pela peste bubo-
noi ro 3 casos e 2 obitos, e em feve- :nica que Lanto alarmou a.s populações
-:• .,
.
c: · rl ~ i ro 3 ca.sos e 2 óbitos. dos portos do Mediterraneo, respondeu
li;m Ca.m pinas houve: em janeiro de que considerava aqu~lla importante c i-
. I S !1.6 , 14 casos e 4 óbitos, e eill {c- dade indefesa, visto não possuir um
, ·,·,'('Ü'Q 174 casos e 50 óbitos; ao pas- systema completo de exgottos. O Sr.
,, \1 qne no corrent.e. allUO se deraln - Yves Guyot. no seu. recente e notavel
\ ' 11\ janeiro , 3 casos e 1 óbito , e em fe- ]jyro TI.'ois iI.uS a.u nludstél'e des
\- (,·)·eiro 42 casos e 19 obitos. ~l\l'a.vaux Publics disse:
I';m Rio Clül'o . ünde em meiados de lIDepuig 1873, éllOque oú j'ava.ís étu ..
",,,eiro de 1896 era avultado o numero dié la questiono .j'éta.1s. convaincu de
d,:' d08nt€S, poü; que no correr do mes- la lléccssité du tout á régout ... H.
11111 anuo a totalidade cresceu a 500, . .:B ' , portanto·, ilidist":utivel que, para
II l' KI,e aUl1Q, tivemos, de janeiro a te- I,
I
dar combate decisivo á e.pidemia, t01'-
n'l'eiro, 6 casos a:oenas.
•
, na-se necessario dotar as nossas prin··
Segund o a obs ervação das commis- I cipaes 'c ldades, por elIa flagelladas, das
•
~:iies s a nitarias, o nunlero dos casos ' vbras de. saneamento que a scÍen<."Ía
heuignos excede em muito o dos casos e a exp'eriencia a.conselhaln. Sp.r~ essa
~~· raves. a base de um bom serviço de prophy- .
"[TIm presença destas Cil'CUlnstancias, I• laxia &anitarÍa.
p" rece bem fundado um prognóstico Immigração O serviço de immi-
,lttlnUtÔOl' a respeito da marcha dfJ tP.l'~ 'I'ração tem merecido particular cuida-
rivAl flagello. qt1e, além de outl'os ma- do da parte do poder publico, sendo,
l,,, que ha produzido, tem sido mesmo
•
como é, o braço europeu o principal
"111 eleme.nto de perturbação e emba- l actor da nossa pl'oducção agricola.
r,H:O á administração do Estado, acar- Como sabeis. o Governo Federal res-
I'(~I ando enormes despesas e occupando cindiu os contractos que mantinha para
li ma hélu pa.rte da actividade adminis- o mesmo serviçO. cabendo por isso de
•
I ra.tiva. Podemos felizmente esperar óra em deante ao E s tado exclusiva-
m e lhorES t empos. mente promover o supprimento de bra. -
;o.;aneamento . E' .. cedo para se po- ços ás suas industrias. A Uniã·o li-
de l'em formular juizos definitivos, mas toel'tou-se assim de um pesado encargo
" , iluação relativamente favoravel pa- que, sem razão, recabia sobre o sell
,'fce dever ser attribuida á acção da Thesouro. Não obstante, durante o
.
»olicia sanital'ia, agora desenvolvida e anno de 1896, a entrada total de im-
i IIstituída conl mais· l'egularidp,de nas , migrantes attingiu a 74.918, dos· quaes
. '.
• • , , . .,""
98-
4 2 . 6 61 viera,n por COnta. do governo listas dividem-se, pelos fins a que se·
-geral e o rest(l ã custa do Estado. Jun- destinam, em duas categorias bem di-
tanC!.o aquella cifra á dos annas ante- versas, embora sejam todos attrahidos,<
riores, temos qne até hoje, a partir i
•
em com'muro
, estimulo, pela sacl'a. fa--
,
de 1827 (anuo em que J'ecebemoó a lnes aUI'!:' os o,!>el'al'io-s a.·grico-Ias , que se'
primeira leva de immigl'antes), o t.el'- collocam, satisfeitos, ao serviço da
ritorio paulista ha acolhido uma tota- grande lavoura, nas fazendas e os co-
lidade de 700.211 immígrautes, sendo lonos propriamente ditos, ou peq ueuos·
italianos 493.535. e portuguezes, proprietal'ios, que p·ovôam OS nuci·eüs
hespanhóes, allemães austríacos, etc. colonia.es e que difficillnente t.orual'iaIll
206.676. outro destino. A observação tem de ~
A nacionalidade tIos ' inunlg"antes ~ monstradó que esta d.iversid3.d~ de es-
Destes dados verifica-se que não Ü;lll timulos se relaciona com a de 'úacio-
razãoos que nos attribuem um certo n-alidades. Mas" desde que cada. uma
exclusivismo de nacionalidade, porven- I destas categorias corresponde por egual
tura inconveniente. Ao contrario~ o ! si bem que em condições áÍ\"ersas, ás
que ahi se vê é que todos os povos, necessidades do pOVOalll€u to e do tra-
que concorrem .com algulll contingente ,
balho', parece certo que. ao poder pu-
. para alimentar o movimento emigra- blico cabe tomar o problema e con-
to rio geral, se acham áq ui rcpresenta- duzil-o á solução debaixo deste duplo
.
dos em escala relativamente aprecia- . aSDecto. Pl'oceâer àe outl'O modo, u.do·
, ve1. O que se dá entre n6s, e tAm-sc i ptando pontos de vista exclusivi.tas",
dado em todos os paizes colonisadores I illlDor-taria sacrjficar o mais vital inte-
'" '
99
visto s erem os que . ma.is procuram har- zes fo.i como si se tivesse decretado a
• •
mOnlzar os seus mteresses com os dos I suspensão da entrada de ilnmig rantes.
proprieta.rios agricolas. I E', Duiz, minha convicção que dei-
O "etol'no dos immigrantcs .- Nem xar de subsidiar a immigração, equi-
prevalecem as duvidas que se formu- vale a suppriinil-a.
lam quanto á sua fixidez no terrilorio Nucleos coloniaes - Não basta, po-
paulista. Ao contrario, tomada ? es- rém, como já vos disse, cuidar . da in·
.
tatistl ca das entrada" e sahidas nos troducç1iKl de operarios agricolas. A
tres ultimos annos (1894-1896), ve· I differenciação de culturas, · que encer-
••
. -,"
'-,'
. ..' .'
_ '
•
101
"f'Hiill\ por uma. estrada de ferro 8111 reaes que Jiodem ser colhidas da n~nI...
: IH!! t'un,;fto e subvencionada pelo Go- tiplieidade de culturas.
\,:':'tÍfli'lIlI do Estado, de accôrdo com a lei
. ...." .
Não posso deixar de consignar aqui
11 ,I l:l
j !)or vós. Tenho - fundada.s es- 1, o importante e intelligente auxilio que
''','''" nos resultados desta tentati- i 8. este respeito o dr. Pedro Sodré, di-
!11'l"i',(litando nú~smo que ahi terem05, gno consul geral do Brazil na Suissa
rui IIro, um excellente modelo para ' . ha prestado C0111 interesse e dedicação
• i
'II~{ emprehendimentos desta ordem, ao Governo do Estado.
va.ntajosas me parecem as suas I
Estã nas minhas vistas fuudar ou-
:'<~iiHI
. .' i(ües no ponto de vista do clima, I tr-os nucleos, cada unI COIU cl€mentos
11 J.,'rclade das terras, da facilidade I exclusivos de uma só nacionalida.de.
,•
! 1'.1 nsporte, da communicação com 1 Sobre os beneficios apontados. terenlO$:
g!",wdes mercados e de outras com- I assim a possibilidade de estudar e co-
>1 ilnidades naturalmente rec1amadf'.s Ii nhecer, eln seus resultados praticos,
() fa.cil incremento da pequena i quaes as nacionalidades que offerecem
,
os melhores typOS para o trabalho e po-
I ';; rI! povoar este nucleo, entrei em I
voamento do Estado, além de ficarem
fi" hinaçãú com uma commissão sui.s- \ constitui dos esU~s poderosos centros de
do cantão de Zurich, que veiu, a I attracção, por meio. dos quaes podere-
,'onvite e a expensas do Estado, es- !,
mos chegar a quebrar a obstinação dos
I' (' conhecer de v.isu as vanf:agens I governos extrang-eiros que, mal in for-
li "coilocação. O accôrdo foi Ioga i lnaodos, persistem eUl 111anter medidas
::.;>':t. ahdecido, regressando os membros !, de excepção contra nós.
eommissão para sua patria, -ani·- I Ahi estão, em meu conceito os dois
;;:' . u.dos dos mais lisongeiros prognós- iI processos que o Goverllo do
,
I .
com relação aos destinos dos seus deve adoptar para solução 8') duplO
I
!)atriotas, que viérem poYo:-!r ~i nova I
problema do poyoamellto e do Ctrt,bft.-
Confessaram elles, em officio J,ho. Em assumpto desta me.gnitllde. e
'1
rig-ido ao Governo, que tudo quan- dadas as n6c0ssidades que se 'nos im-
haviam observado no prospero Es- pôeln, cunlpr~ eanünhar prUdCllt01.!!Bute
() de S. Paulo, desde as suas cida- e obedecer, antes de tudo, aos conse-
" até os seus magnificos campos. lhos da experiencia. Nilo se vae de um
•
llllha excedido á espectativa que trou- salto, de extremo a extremo, em ques-
tões que pelas suas naturaes difficuI-
A planta do terreno foi levantada e dades e,dgem do poder 'publico uma
('fiam-se já iniciadas as obras de cons- I
couducta refIectida e cautelosa . .Jámais
Espero . que em pouco mais deixarei de ponderar que a questão de
um anno estarão alli estabelecidas immigração é a questão vital do Es-
". 'Ilzentas familias, tiradas, dentre os' tado de S. Paulo.
'n,IS educados e morigerados Caml)O- Obras Publicas, Viação Têm tido
da Suissa. Em se tratando de I regular andameuto as obras publicas
intelligentes e industrio-
I
em geral, merecendo partiCUlar soli-
como serão estes, pelas condiçõ8s ,I citude as que se referem á viação.
I
trabalho no paiz da origem, tudo Si o primeiro dever do Estado, dis-
n<luz a esperar que alIi venha a for- 5e-o emerito economista,
, é o de manter
, um interessante campo de obser- a segurança no interior e no exterior
·c.:vação, de vasto proveito aos proprios outro dever que lhe incumbe i.UE!1e.-
, • - •
• -
"
.. .' , . • , , ,,<
•
102
•
- . 103 -'
.
1011(1 " a lgum justificada pelos aconte- I a exaltação · dos animos, não contri-
o:; . ' 1!lt P UtÚS, sobretudÜ'1 co mo ponderei, J buia pouco para crear uma situação
l o 11 iH monlento em que nada 'f azia <luvt- tensa e cheia de perigos para a ordem
':.. 11;, r '.ta ·estabilidade dos vinculos moraes publica. Devo ao prestigio moral da
\- " d~iS relaçõe_s df.' elevadQs iutcresses, a uctoridade e ao acerto das providen-
; -
~-:'. ' [ U\' têrn Hga:.io os dojs povos. A inl' cias adoptadas o não termos que re-
•
:r ]11 c:-.;5ii.o deixada por esta entrevista não gistrar graves successos, que poderiam
W roi. jnfelizmente, tranquillizadol'a. Era , ter sido os lamentaveis fructos desse
x·
f ' I\:~ l.a a situação dos espiritos, quando,
-';'
primeiro momento. Os dias seguintes
~:. : ;, :~2. recebi do sr. con~:!.ll UUl officitl foram ainda de fortes perturbações,
" ..
.' .
.<
', I ~id" <lueinw,da por estudantes, na pra- re'stabrelec1mento da calma e da tra",-
._ ';:t da Academia, unIa bandeira italia·· oquiJildade sem que os ·acontecimentos
J
--- .
:, lab orar num equivoco. visto que. nã.o completa normalidade. Tudo isto re-
\\le cabendo. o. direito de propOr, nem vela, para honra dos dois povos, que
a mim o de acceitar soluções di plo- não existem sentimentos rivaes entre
1I1aticas, mais curia~ se me affigurava brazileiros e italianos e muito' menos
declinarmos ambos da nossa compe- entre estes e os paulistas, que . aqui
•
t.encia para os altos poderes das duas os acolhem como €xcellentes collabo-
-
uaçoes. radores dó seu progresso, da sua ri-
queza e da sua civil!zação.
Tomando, entretanto, como uma ad-
verten'Cia a singular att itude da aucto- Resta-me registrar um triumpho que
ridade consular, tratei de tomn.r todas coube ao Governo do Estado no C01l-
•
antigo regimen. ,
Nunca commetti a ' amplitude, normalmente e sob a osten~
falta . de duvidar da estabilidade da , siva responsabilidade do poder publi- ' ,
i
Republica e da solidez das novas ins' co , para deter a marcha da politica re-
tituições, o que equivale a dizer que a ccionaria, obrigando-a a desistir de
•
" jámais temi os que combatem. Mas, sua s crimin osas tentativas. Não hesi to
nera por isso, deixo de considerar r~ em affirmar que é este o (leveI' de
volucionaria e, consequentemente, cri- todo a quelle que se acha invesiido de
• ,
-
minosa, em face da legislac1~o vigente,. au cl.o r iltade em nome da Repuhliea .
essa polit ica, c"jo objectivo declarado
, SucceSROS de Aral'aqual'a Os sue- o
consiste positivamente na f.ranoforma-
1 cessas do nlez de fevereiro . que ta.o
ção radical da fórma do governo ado-
vivamente impressionaranl o espírito ·
ptada pela constituição de 24 de fe- publico, trouxeram por al g um tempo
•
. vereiro, perante a qual é vedado aos p er,t uI'bada a ordem puhlica na co mar<,a
• •
propl'ios pOderes da RepllbJica agitar de Araraquara. A profunda emoção
essa questão. O partido que se cons- produzida em t~do o Estado' 1'6 j08 bar-
titue para. taes intuitos propõe-se evi- Ílaros assassinatos alli praticados, com·
, dentemente a um fim criminoso; está o concurso de circumsta:ncius que pu-
fóra da. lei. Os clubs, as fárças con- nha m em evidencia . a excepcional per-
gregadas, os instr,u mentos de combate yersidade de seus agentes. foi uma
e todos os meios de acção postos ao consoladora demonstração de qu a nto
serviço da idéa reaccionaria, sâo ele- são rep ugnantes á civilização e aos
Inentos desordeiros e anarchicOB. \..125- costUl1"l.es paulistas essas scenas de bru-
tinados a , perturbarem os interesses tal selvageria. O Governo tem a plena
,
105
. : "
. ',,:,.- "
. portanto, maior o numero das que se Matric ula nas quatro escolas- .,
,. · ,
acham vagas. Este facto é devido uni- .modelo. . • • • • • 2.032 '
• • • •
· camente .á falta de professores prella- Matricula nOs grupos escolares
"
.•. Tados na oonformidade . das exigencias " da Capital • • • • • 1.083 ,
.'
•
·
.' .
. . ..
. '. -'. .': ' . . :..- ,-- -.' _. . - _.
.... - ',--<.-... "--'." . --,'-,' ,--
"
- .. '.' - ---.
'
(' JHodHicar a extensão das res- bra benéfica das instituições republi-.:
; :':''-
.. --: '-
,.. '
-:.~:~::- <1)111.: L} vu8 (:j,rc-umscripções;· tendo em vis- canas. .'
, .• .'
" -- .
1!'inanças ' - Ainda que não haja a
rnenos numeroso, mas de reconhe-
CGIlstituição do Estado especificado, ..
corupetencia, tem todas as pro-
e.ntre . as v,l'erogativas do executivo~ a,S,
ida.des de ser. feito COIU Jnais_ pro-
de collaborar na 'orgallizaçilo do plano .
'Ho pfl.ra a causa do ensino, Assum-
do orçamento. é todavia certo que, se-"
é este merecedor das vossas cogj- ·
gundo . as praticas adoptadas, este po-
•
der é chamado a ocoperar nas . leis de
-egualrnente a vossa atten~ão
finanças, prestando o concurso do seu
(> papel que representa o Con-
conselho e entrando com o subsidio de
.,,:.'i 1ho Superior na direcção do ensi- dados e informações que só elle poso>
COUl.O tOrllOração' consultiva, con",:
, sue. ,
sem utilidade pratica a sua
"
,pIeta inutilidade. Parece-:ID'e, POT isso, no parlamentar; paJ.'a ter logar o govel'.
,
convenlenre .
a sua suppressao. - no do parlamento..
Escola. Polytechnica, Gyrúnasios e Dadas as differenças características
Esco]a. Normal Matricula Na Es- e da esseneia dos dois systemas, egual
cola Polytec.hnica, em 1895, existiam cC}lliceito reooe sobre o regimen pre- , .-.
120• matriculados e assistentes; em .' sidencial, em se tratando das leis de
1895-18%, 71 matriculados e 64 natureza administrativa, sobretudo a
ouvintes, total 135; em 1896 .. do or~amellto, para as quaes se requer,.-
"," 1897, 101 matriculados, 87 ouvintes e não só a intervenção; mas até a inl-
'. 2 praticante., total 190 . c';ativa do Governo. No regimen par"
.
No Gy,nma.do da Capital, em 1895- lamentar o voto da camara nas leis de
, 1896' as matriculas a>ttingiram a 9.3; meios produz a quéda do gabinete, No . '
•
·em 1896-1897, swbiram a 96. systema presidencial esse voto é mais .'
Na Escola Normal, em 1895, ma- grave: produz a as]).hyxia da adminis- ..... " , . .
..,>
tricuIãr.am-se
, 136 altÍmnos; em 1896 tí'ação; o governo fica sem horizontes. - .' .'
Si estes resultados não são comple- afim de que" as finanças do Estado não . --. ".
.",' "
tos, são "orutndo bastante satisfacto- sejam entregues á anal'",hia dos inte"
rios, pois que áttestam, de modo irre- resses desencontrados e em opposiçâ.o :.
'Cusaivel, o enorme desenvolvimento a toda a tentativa de firmar
que tem tido o ensino publico, á som- brio e consolidar o credito.
'. . , ': :
. .- .
..
. ....
. .. ,'
. \,' . ' . ,',,, :. ""'- .. , --
', ;
. ,",'." ; ,
"': ' "",, .' - .. .' , " , .. ':, '. -' ; :'
..
. , ,.,"
• '.. .. , .
"o • : .•. • , . .
. . . -,:--. '
, ':. ,
•
. . ., .
'. ,,' .
.' ..
.' ,",',.' , .,"
'.
108-'-
"
.' ••
- -- . .:
, " . " . .
"' :-':,- .. ' •
:,,':- '; Acontece, porém, que o piano finan· ! 5.522:847$682 (Ia divida d. Fniàc>
{··' ceiro delineado na contextura geral do para com o Estado, provenieute ele im-
;', ;:órçamento p6de, entretanto, vir a ser postos por ella arrecadad()s; ...... .
<<-,-o"'··
: _:
e m . grande parte prejudicado,
.
sinão
'
928: 86 O$ 8 7 5 de illde mn izações diver-
VYtotalmente
-" .-
destruido em artigos desta- , sas: e 211: 286$9 87 de receita even-
~ /> . ,
"/ cados ou em leis especiaes. segundo tual e renda dos estabelecimentos do
_·X, : . , .
": " as praticas abusivas,
. , que se acolhem á . Estado.
': <'-';.'.
·.·. , .sombra de mal comprehendidas ou
_, " - o • •
Juntand{)-se 422:356$3ô7 do co fre·
·;.'· mal de.finidas prerogativas, legislati- dos orpbams, 51: 14 7 $16 2 de beus de
"-.···vas. Os serviços que essas leis Contem- defullltos e 'ausentes re'cebidos no cor-
:j :.. plam. devem ser subordinados quando .rer do anno financ eiro. 5.096:571$764
"'. , '
' ·.ente da applicação do nosso systema juntando-s e todas estas pa rce llas li
:f:'., .~olitico, não n:,e parece inopportuno somma constituida pela receita ordina~
/ •. (:hamar assim a V{)ssa attenção para a ria e extraordina.ria,' • ve r-ifi'C a-se o total
-.-
"
> .liecessidade de se estabelecerem as nó r - de 57.326:364$791, importan cias dos
'-- -- ..
_ ., ' . '
_.--
•
i- :
t-
,,-
•
.--- •
,-;r
.. '/ ,
, .. ", ,.
~.#' ,'1 .,'-,....
.-,"
,'f' '. ,..
f; "
•1 I ' .
'."~.,
'
, ." ( '.) ,, ,
9' ,,
, ~
I I' .. , i I
,
I ,"''''-,
'.
-;::>
( .,. ~ "
""":
-, "
U·
., "" -
_....-
~ ..,."I
Ol -"
.. ~c<' '- _,
r "I....
"•
~ ~ .;?~, t·~·"'~
~ ~ V-:~ ~,.'
~ ~\ c): ( ), <
Ol '~~t'.
,
""
;::> '", .....-.
... ~ ..-" ~
~
..:J
<r'•
--
r.
Cf)
W
f-<
Cf)
~
-,
;-,
P-.
o
r,
~
Z
<r'•
Z
~
p::
""..:J
~
, , Z
C
Ç<:
....~"t.
C
, '
'-'
,
.P'
" -,-
i ..
,
, "
ela para pleiwar a V'Í(!e,presideooia da cia em fins de 1899, fazendo em pouco' "
RepllJblica, em Chapa de que Ruy Bar- tempo mais de mil "ictimas, O apa-"
!bosa era o candidatfr á pr'esidencia, o recimento da peste oubonica a 17 de',
Coronel Fernando Prestes de novo go- setembro de 1899 na cidade de San-: ,
,
vernou ,o Est3ido .de S. Paulo, exercendo tos foi outro calamitoso facto que imo:
,
,
,
em Indaiatuba, Casa Branca e Soro-
'
dificuldade era a acquisição do
caba, tendo irrompido, nesta ultima anti"pesto,so de Yel'sin, resolveu
localidade com extraordinariai violen- no Estado um instituto d"
'. .:< >-:', .. '"-. .'
,
.- ',,'
, '.."' ." ,,
. ..'. --- . --', .
. . ' ,' .
, ' '
"
uma área, de mais de 200 al- nel Fernando' Prestes, e que servem
" OH e bemfeitorias orçadas em para el'plicar e justifidl.1' o seu grande
, ",, 000$000, pelo preço de
, ,
....•.... prestigio no seio do partido politico a
; OOOf,OOO rs. O presidente , do Es- que pertence. Inchtido na chapa de
na sua mep.sagem enviada ao deputados federaes pelo L " districto,
a 7 de abril de 1900, tra- fez-se derrotar por um candidato avul-
,
da' referida acqulsição diz: so, nas eleições dê, 30 'de janeiro de
19 O6, afim de não sacrificar um dos
.: - . desse. proprlo do Estado,
, ',situação e outras clrcumstancias seus companheiros de chapa, e que
que nelle ainda sejam ins- fôra derrotado. Até hoje o coronel Fer-
institutos para a fabricação nando Prestes conserva em seu poder '
, 'soros Roux, Calmette, Pasteur, as actas das eleições do collegio elei-
,' . O eminente sabio patri'cio, ,dr. toral que lhe davam maioria de mais ,
"
capital vem senipre q'ue o's altos vehiculos eram raros, e grande o pe- ,
,
--
politicos exigem o seu con- rigo para qUem ' affrontasse o movi- ., -
-
e audiencia, ou quando o Se- meuto das ruas. Os telephones lunc- .' .....
, -,
- .
'F'
,;;~.;
com tanto .ctiterio, zelo, competencía, ,.
.
<.0-.
pas e do material. Commandava ahi tiça sómente nestas palavras. Du-
>-.' -'- .
~;.:' .~ "
~~~ -
",- .'.'",,.' ',"
a praça o coronel Fernando Prestes, rante a criteriosa administração
" .. ' . ' ,
a cuja intelligencia, pre"isão, presti-
.'
h """ .
União de 1l-
de agosto de e temerosa; os melhoramen tos
r:."
;,.'
"'>- ,
. .. '
~. :
1894 pUl;licou o decreto do dia aute- nlateriaes, se não tiveram notavel
;',. , . dor em que foram concedidas as hon-
;\>.
K~>: ras do coronel do Exercito ao eo.r onel
, desenvolvimeuto, tamhem não · se
paralysaram; a ordem puhlica foi
~.Oi;"" ,. - .
:P·:. da Guarda Nacional de Itapetíninga, severamente man tida, a hygiene
:';;" :' . Fernando Prestes de Albuquerque, "pe-' teve os indispensaveis cuidados ' e .
fc" '. 'los valiosos servitos prest~dos em de- desvelos, a instruhção popular pro-
~t/- .
tesa da Republica". Quando o coronel grediu e, ao traçarmos estas
Fernando Prestes deixou a presideneia, linhas, não nos lembramos de ne":
. .
O Estado de S. Paulo grande nhuma arbitrariedade e denenhu-
.'
, ,
' - ..
O'.- . ' , ,
-- - : -----: :' .
,", , :; .
- 117--"
" " .
,
,
. ".. . , "
.. ..
,::; , (} nos obriguem a pôr alguma re- de 1898, rece bendoa administração das '" " "
,- '.:' ~,
M(~ rV'a. llas saudações sinceras que mãos do vice-presidente, dI'. Francis- ',,,""- - ~
, ,
..
':.:
,'
, . -,'
biJitado durante o anno 'de 1898" dOIS ultimos cinCo, annos, 4.160, com, 2. 077 :
.<.. -. , professores e, 21 professoras, convindo obitos. As medidas hygienicas deram "
_.'
que o programma fosse Simplificado, optimos resultados ' e era com" funda- ,;
:-- ' ---~ -
-'
-·--- .
--- .
-'- tanto quanto possivelaf-im de que hou- das esperanças , que o governo pred.izia i
-'}--.- vesse maior procura de matriculas e para breve a extlncção de todos os ' ,
. . •
a , escola produzisse mais profesores em
'
Complementar , annexa ,á Normal ha- peciaes não puderam arcar com as des- ,;
~ ,
'
bilitou 10 alu,m nos e 3,3 alumnas para pezas destinadas a proteger a popula~ ,
' " o cargo de professores preliminares. ção a tacada por epidemias, receberam ,
,
'
• '",'.
,
, .. '. "
,. . '. - ., ..,
,
. , ,.
•
," . ."
"
. to, encarregada dos serviços em todo ' .
' neparos na, ponte roetallica sobre o Estado foi dissolvida,com apreciavel ..
Pnrahyba, na estação da Ca- economia para, o Thesouro, em · con- _ '.'.
· ... '
.
" . ·
em
.'
quasi·. sua ' totalidâde . dI' to brevemente. O Corpo Policial '
feitos a estradas de interior' egualmente precisava de ser ,.,:~ ."
augmentado , '
- O . presidente esperava InstrucçíW Publica As
primarias funccionavam com
ao progresso de S . Pau- Na Escola Polytechnica matricularam- .:. :-
!iWHlgurava q'u.e de sua parte tudo se 141 alumnos; existiam mais 46 OU7
,
ultra alcançar tão nobre deside- vintes e receberam diplomas 63. O : '.,'
lt,,-yortava-se aos relatorios dos Gymnasio da Capital tinha 150 aluni" ':':,.",
Hü<:reta,rlos onde os legisladores nos matriculados e diplomou 3; no
iam jnformações pormenorisa- Campinas existiam nos 5 annos 63 ',r
alumnos dos quaes 7 passaram para o ,
• sexto anno que ia ser installado. A
* • Escola Normal da Capital diplomoU: ' <,.:',
40 alumnas e 9 alumnos; as, Escolas '. .
SlIa mensagem de 7 de abril de Complementares de . Itapetininga, Pi- . .,':'. '.
. - ...
.' -
'l'ambah't\ e ' Guararema. preciso . destacar as da Capital, San- ' .
'.
uillidade Publica Em Itú
, "
tos e Campinas.
.
-Se successos lamentaveis devido · Hospicio de Alienados Estavam ,
poHtíca , de grupos ' adverso_o a terininar as obras do Hospicio em .. , .','. , ,
tendo o "hei" de pOlicia se- remov.idos para aUi parte dos doeÍl..:. ",::':,:.. r~i':
para "'q uella cidade, afim de. tes existentes na Capital. A
os doelinquentes. · do Hospicio foi de 10:710$000 rs. e a
e Cadeias o Esta- d·espeza de 293:381$028 rs.
" hecessitava . de uma. . Penitenciaria Saúde Publica - Pela primeira vez .,.
e aS cadeias da Capital e prin- appareceu no porto de Santos em 1899, ', '. .:
. .' '
cidades já eram pequenas. A a: peste buboníca, o que alarmou toda .' ·i . ..'
tinha, sido augmentada. a população, Em agosto daq nelle ann,o
Publica 'Recebera nova or- o governo portuguez anDunciou
ficando a Gual'da Civica da na cidade do Porto peste bubonica · com ' ,.: .:,- .
com 530 praças e 8 officiaes,
•
caractel' epidemico; e, desde então, '0 .<:;..,
üsse numero precisaria de augmen- governo paulista voltou suas vistas para ':'. ,!,
. . • '.0 '. '
,
,, ' ', .. . .. . •
,"• . .,," ' ''... '. '' . . ' •
. ''' .
' \j ;'-','.' .• ';
, '\. , . , '
'.' - '." ,." ,
, , . .. '
'.' .-.:- -
•
• ~122 '.
. ,
•
.. .
redobrando de <:..1' . ·Entre
,
as numerosas victimas que CaU-
{ ., ,-dados afim de evitar não s6 que a mo-. . sou achava-se monsenhor João Soares
.- ' '
\<,' lestla alli apparecesse,. como tambem , do Amaral, que cahiu em consequencia
'. '
":. : ·. .que se propagasse para outros pontos. do seu zelo em pról dos doentes desam-
/;',.
.. .'
Apezar d e tudo, a peste bubonica ape' parados. O mal começava a declinar;
"';'., pareceu, tendo-se antes notado gran-
-' ' •
e o governo prOVidenciava no sentido
· '
.' ',de numero de ratos mortos nos arma- de evitar que tão grande ' calamidade
,.
.
. .', '
,
~
" , 'certeza de conseguir tão precioso re- nucleos de S. Bernardo, Sabaúna, Pa- "
-.. . medio, quando se queria, o presidjlnte riquera-Assú, Piaguy e Campos Salles. ":
,:, resolveu montar um Instituto para a Tinha sido montado o serviço . agro-
.,}
,o
." fabri'ca ção do referido sôro , podendo nomico com' sMe na Capital, Campinas, ·, '1
:.; . mais t arde o m esmo Instituto instaUa- Ribeirão Preto, S. Carlos do Pinhal. i
"
.... -do no Blltantan proximo da Capital pro- Sorocaba e Iguape com o fim de dis- '
•
, duzir os sôros de Roux, Calmette, Pag- tribuir sementes e mudas e zelar por
, , ,teur e outros. Estava pois fundado tudo quanto fosse relacionado com a ;
""
,
•
'<> Instituto que grande s serviços pres"- agricultura e industria. A Secretaria .
, taria a S. Paulo. da Agricultura distribuiu ' 18 . 496 ki- !
. . .
.
.. Febl'e· Amarélla
,
Houve em In- , los de sementes por 7.734 pessoas. As "i
. daiatuba, Casa Branca, Mogy-Mlrim, obras do edifício na Fazenda . de s. ":
,
,
~
" Itú e Cruzeiro; e ao terminar () anno 'João da Montau!i'a em Piracicaba onde .
•
,
,, irrompeu violentamente em Sorocaba. seria Installada a escola pratica de agri-
, '.'
)
,
,
..
'-, -;_.- ", :.-, " '_.-. "",,··:',;'i·:
.-
. ...... :-:., -: .... ,.'<,' "-'::',-::.," ',. -, ",-,,: ,,, ..., -':,',-'..... -.,::.. -., . ;.: .... .,.
.-
~.. : ",:
.- .- .- .- "
',; :-
-' 123 - ....
. " ..
,
:q
iH'H ('ontinuavam de modo satisfa- pela importanciade 29.120:284$383
i'\o, A verba el'a de, iiO:OOO$OOO rs, rs, Tinha em caixa saldos na impor-
,:
-, "
VlI<çã.o Fel'l'ea
" .-
Ao encerrar-se o tancia de cerca de 11.000: 000$000 rs.;
(1(, 1S99, o Estado, de S. Paulo tudo isso reunido representava um
~m trafego 3,313 kilometros activo real de 100.000: 000$000 rs.
840 de concessão federal; 2.176 (cem mil contos).
" 276 da Central do Brasil e Conclusão - O presidente depois de
Cantare ira. Existiam mais 574 fazer agradecimentos e louvores aos
tros de navegação nuvial, em que o auxiliaram na ardua tarefa de
sendo 200 no Mogy-Guassú; governar S. Paulo, em periodo de dif-
Piracicaba e Tieté; e 154 no ficuldades, assim terminou a sua men-
sagem de 7 de abril de 1900, "Re-
- O anno de 1899 expirou tirando-me em breves dias para a vida,
melhores auspicios para a vida ecO- obscura de simples cidadão" faço os mais
A alta do café, a melhor co- sinceros e ardentes votos para que vós,
d"Ú' caro hio e a severa economia srs. membros do Congresso Legislativo; ,
" •todos os ramos da administração; e aquelles que nos succederem, guia-
'. nda o excesso de renda sobre a cal- dos pela sabia lição da experiencia e
foranl os elementos principáes· animados pelo nobre incitamento do
, '
externo celebrado com os ban- ': hirão sobre as cabeças dos benemeritos
... '".
ciros J. Henry Schroder & Comp., ' da Patria, que, realizando a felicidade
"
Ao en- *
o exerci cio de 1899. o Estado * *
28.785:528$572 rs. sendo a(1l- BIBLIOGRAPHIA - O coronel Fer- . : ,- .
........
fundada interna e externa de .. ' nando Prestes de Albuquerque escre- :: : ,':' .
. .' ....
. 292: 220$239 rs" Ao encerrar-se o veu relatorlt>s e mensagens presiden- " ": :-, " . , . . .
de 1899, O Estado devia ... ciaes. Sobre elle ver jorilaes da época , .. 0,_ .... ,
:- <'.
,472:854$900. O valor do abaste- de suas eleições e de suas retiradas - .
.... ,-"
.. .." '.
. .
:
-
'..
..., ..:.:",
. - <,..{:
. '.-
. ":
.":
.
•
::'.' .... "
.'~'
::::.c..-
' . " ....
"
""
"
"
58. 0
PR.ESIDENTE
""
"
"
,
"
"
" "
"
•
c- ,._ "
- .'.' .'.'
:.-.-.',
- "
"
.'
.'
.' .'.'
á pagina 68,5 do •
1.' volume nhores, falando aos representantes
delle se tratou como 50.' pre- do Estado, eu affirmava que não
da . então província ,de S. tinha o espirito preparado para,
Proclamada a Re'publka a 1, voltar dê novo ao exercicio de car-
de 1889, os republicanos gos administrativos. Tive, entre-
procuraram o concurso do tanto, de obedecer á imposição 0.0
estadista, conse1heiro Rodri- voto dos meus amigos e fa!tou-
,
AIres" residente em Guaratin- me coragem para resistir á honra ' , ' ,"C
, 'c .• ,'.
,_-",.
:'-> primeiro magistrado da Nação de- pondendo á confiánça com que iu;'" - :
, :. ...
" . ' ..
.'. . ,
:, " ve sempre corôar os banquetes honrado, ha de dar-me forças para
· . -':,<:
:,'ii;desta natureza. Permitti, porém, levar a fim a' minha missão, aID-',":',,;
, .
que antes de tudo eu manifeste os parado sempre pelo apoio e de-i"
:. -: ;:
meus agradecimentos á benevolen- dicação que tão benevolamente me _', -'.': :',c- ·
-'. ,'.::.',
'
-'. .:".'.,
concidadãos a honra que me con- ,de manter e desenvolver as liber.;. .';'-,:,'-., . -"
, ,".-
,
" , , "
,'. ,. , ' '
. ••
-'-0" 128 -
.
da Republka e os IH'incipios ado- , deres publlcos é a grande v!a-
, •
ptados no codigo ' fundamental do ; ção pOr via férrea do nosso Estado
,,\:.'_"
-, "
~ Estado. Dir-vos-ei, . porém, que ha I• com os. do sul por um lado, com
',,- ,-," '
de ser meu esf-orço cpnstante en-
treter as relações da mais perfeita I
I os de Matto-Grosso e Goyaz por
outro, constituindo-nos o centro da
.-, . I
·- . - harmonia entre o Estado e a União, con vergencia da produccão desses '
-
'
I
, ' ,
, "
recer os receios de . desmembra-
mento; arma de que ' se têm ser- I circumstancias financeiras do Es-
tado, e dedicando-nos ao desen •
..
·
.- --, vido os inimigos da' R.epublica, den- volvimento . da . instrucção publi-
tro e f6ra do paiz, para guerreal- , ca em todos -os seus gráus, ao
J
-; <
· ... .
•
' .. ' . '; a, e convencer a todos que a nos- !• serviço de hygiene e salubridade'
· ·.
sa patria só será grande e forte das nossas differentes ' ZOllas, .
·, -. . pela união de todos os Estados. procurando e este será um dos :'
Na vida interior, hei de dedicar mais constantes cnidados da ad- ,
. - . ' .
: --,,:': ministração elevaro nivel da :
, .. - ', a minha actividade aos interesses
•
mais importantes do Estado, e á magistratura para que constitua"
_.: a verdadeira garantia. de todos os ;
. '- .-
lavoura em primeiro logar. Sa-
beis que essa grande classe tem direitos; é certo temos um plano '
·
-;--
·
"
merecido sempre oS mais desve- vastíssimo a desenvolver, pata o
·r:
- '- .
qual será; pouca a actividade do
-- - .
lados cuidadso dos poderes.
publi- '
- .- -
·. coso Ha effectivamente muito a governo se não o auxiliarem com ,'
fazer· no que concerne aos serviços suas luzes, e experiencias os seus :- ,.
da immi,gração, de transportes e honrados amigos. Julgando
de fomooim,mto de capitaes. A' llleu dever, elU hOll}enagem ás
· .
-.:';:- - inieiativa dos lavrad,Q·r es . que é "t manifestações de
'.' .,
· -,. -
,,""--- grande força que boi de 'dar mo- , expõr, e m brevissilIl:as palavras. -,,-
.'.'- .
'.---,' -
f·"_- - vimento á industria, ao esforço
. essas idéas, tenho a honra
· ..
' '-
.
propor-vos um brinde ao
das camaras municlpaes, que t êm,
·· sr. presidente ' da Republlca,
.n este regimen um salientissimo , .,
•
I poderia amparar melhor
papel a representar porque cons~ i
idéas do que collocando-as
:.:;. - tituem a base da federação, não ,
, .-- hra .d este · brinde e
:'-~ - -
ha de faltar concurso paciente, te.- .
'-:: . , a apOiar com dedicação e
naz e confia nte da administração . .t ismo o trabalho ingente
··. . .
--, . do Estado. • Tenho por aquellea ; gno chefe da Nação, 'cujos
'. C,,'- , serviços maximo fO.teresse · e a el- ços, co-m o estaes ven,do i vão
les hei de votar a maxima atten- . do coroados de exitofeliz.
i
" ' " - çiio. No desenvolvimento da nos- ; serei. eu quem, falando no
.-
·
'
-._----
.
--
•
sa viàção ferrea está o grande
segredo da nossa prosperidade,
I de paulistas, . pretenda
.
quem é o dr, Campos Salles.
dizer-vos ·
· .' -
· 0-- _. _.
como na immigração o grande ele- todos sabeis com que sollc1tude
,'·, mento para chegarmos a esse de.- cuidado, com que illustração,
'
,
~ ,"
sideratum. Ha quanto aos trans- velo e patriotismo elle serve
':
portes um vasto assumpto que causa pu,bl'ica. Propon'ho o
'
.
,'. .-
não interessa menos ao Estado de honra 'ao eminente cidadão
"· - . que á União e deve ser objec to das exerce o cargo de presidente
•• mais sérias 'preoccupações dos po- Repub\ica., faço sinceros
--'.-.-
';"-",,, '''.'-,, .
. , '"
que o seu governo seja feli~ nesta parte (l.~.,: ~e"pu\bHca, r-e'clamá'ndü'
•
lnospero)
•
conduzindo O palz" aos. soÍuções para·a ;sua peI'lfeita garantia:
riosos destinos que lhe estão e desen'Volvimento, dão á m'edida das
• nossasmutuas responsabilidades e
ad3firma;,m a convenie'll'Cia 'de-" serem
• * . . aprO'Veitadas todas as forças .uteis do
• • i Estado, S'em a preo1c'cupação estreita
I de veIhas rivalidades 'e com o elevado··.
H,f) presídenteem 15 de
fever.eiro . , --' , ,
'-,,'
"
- ",: --'.'
progresso. - '.-
.-', "
',,:,-, ',,'-
,
•
A 7 de abril de. 1901, o
,
''''''.': --
, do t Estado, apresentou a
adhêsão da quasi totalidade dos brazi- , ."
,,:.' ";
sessão que ia rever, pela prl-· acção bemfazeja devem o impulso para --"'-', ,
: '
(l presidente: Erram os que, por espírito de hosti- , .'
pletado o primeiro d'ecennio nuam, dentro e fóra do Paiz, que conS- - , -',.-':'
:' ,; , --
incumbe-vos neste pú- tituem um defeito do regimen e' uma ·'" '-
revisão integral
•
da constitui- ameaça, á integridade do nosso terri- .',::: --
',,- -,
': ,',
"de verificardes" si algumas torio, as franquezas largam~nte, CO~ --:';
:.,
,
--
,"
"",:,:<
do Estado qUe vos sêrão des'ap_pa~ecer de uma vez com o pro-
offerecidos,, e, para o seguimento firme f resoluto, e leal nes- •
fim, solicitei dos funccionartos sa norma de conducta politica e admi-
de , mais elevada hierarchia o nistrativa, observada pelos', Governos
.:
de suas luzes ·sobre as idéas dos Estadós e que se inspira na neces-
, "
'-;,<:{
" •
,"".',.",
" .,.; , " ,.,
, :' .-
. .. ' , '
. ... •
"',' '. ",
.'i . solução
, .
daquellacrise, a!legando-se. to crescer a' receita de alguns
• •
•. '.que não foi a União sufficientemente onde a producção tem tido enorrúe '
"'dotada de recursos para o custeio dos senvolvimento. ..
-i'"
","
:.' · serviços federaes e satisfacção dos en-
' ,
Verifica-se entretanto, por um
>;""
--'. .
cargos que a:neram :0 seu _orçamento. "do reflectido e consciencioso, que o
I
,
,', : Em 1896, convindo que pOdia ter sid'o impostos ·attribuidos aos Estados ou
- --
.. maisbem formulada a divisão das ren-
~-
pertenciam ás al1tigas .províncias,
'i das . .
pelo legislador constituinte, tive no consenso , geral, deviam . lhes
•
'.. occasião de aIludir em documento offi- transferidos e assim oplnou a
:.., ' ela!" Há Cl'ença habilmente explora-' são incumbida e m 1883 dê il1dicar
'.
•
A leitura reflectlda dos orçàinentos O que cumpre é respeitar a area
.. - . •
. geraes convence-nos de. que a lei cons- signada á União 'e aos Estados pelo
-: titucioual' não foi imprevidente e ar- glslador constituinte.
' . : mou a administração de recursos suffi- Quanto • aos direitos •
de exportação, "
- ' "
(), -fónte
C'~-; ,:, - .
de receita era então, como é • .0 remedio é tambem ' conhecido ·e ·
:Y"ac.t ualmente, a que provém -dos direitos
;"'-'- . '
está sendo corajosa e tenazmente ap-
.'> de importação, ruooreseell1do que 'a ren~ plicado economia na despesa, es- '
r,.
c'.'": '
da' interna
'
tem-se des'e;':vl>lvido larga- · forço e zelo· Da arrecadação .e · resgate
+"'::' mente
, ,'.,' " . e l1€lIa estão Os pode·r es ·f ederaes do pape! moeda. Com essas providen-
. '.-; ..
' ' ,
•
. · ;.. _.c··· .... ".· .
. 131-
. " :' .
Illitfl () com a cobrança em ouro de uma cos . é a grande ligação por via:-ferrea
fHii'l:o dos direitos de- importação,
, .. ...
sem- do 110SSO
. Estado com os dQ sul. por um.
nr(j nos pareéeu que a crise ~war2€eira
•
lado, com os' de Matto Grosso e Goyaz
~líJ'jll dominada. • por outro, constituindo-nos o centro da
" . . . ~
A cotação dos nossos titulos no. ex- convergencia da producção desses gran-.
, a elevação da taxa cambial no des territorios.· Não . era então, como
e a perspectiva do restabeleci- não sou neste momento, dominado de
dos pagamentos em especie pela séntimento bairrista, sinão do· empenho
do regimen. do funding-loan, de brazíleiro que confia nas forças eco-
clausulas têm sido lealmente nomicas do paiz e vê no augmento da
aÚestam a efficacia do reme.- producção e da. ,iqueza a base segura
e. a necessidade de •perseverar no da prosperidade geral".
•
•
ad{):ptado, cujos effeifos serão Administração' policial O des'en-
mas fataes e seguros. Os esfor- vol'Vimento do' Estado trazia) ~omo
da União não p.odem prescindir era logico, a ne'cessidade de llma
y
vém dizel-o, do concurso dos Esta- administração policial activa e bem or-
A estes pertencem as terras devo- I', gailisada nos diversos ramos de- sua
e as minas; incumbe.:.lhes· o tra- neção; as faculdades legaes deviam ser
do povoamento do solo, e é do ~x'ercidas com prestes a e unidade. de
vimento da riqueza ed{) for- vistas. Convinha, portanto, supprlmir
da' nossa vida eco no mica a secretaria da Justiça, afim de volta-
depende principalmente a firmeza rem.. á auctorTdade do' chefe de policia"
@ a consolidação da situação financei- e á sua secretaria, os serviços que lhes
ra da Republica. eram proprios.
Sob este 'Ponto de vista, ~ nossa col- Tranquillj.dade Publica A' eXC8-
laboração como grande productor tem pção de pequenas occorrencias en1 va-.
sido e continuará a ser da maior im- rios municípiOS, houve completa calma
)lortancia. Basta reflectir que até este e tranquillidade na Capital e interior.
momento tem descido ao mercado de O governo' muito fez para prender
Santos, da safra actual, mais de 7 mi- grande numero de criminosos que fo-
lhões de saccas de café, que represen- ram entregues á justiça. Existindo gra-
• .
tam o valor approximado de 250 mil ves desordens no estado de- Matto-
contos. I
Grosso,' justamente em J;llumClplOS
.
• • •
tei ainda, um vasto plano que não in- . ve mOdificações sendo pensamento do
teressa menos ao Estado do que á legislador que a brigada tivesse 01'-
.
União e deve ser o bjecto das. mais sé- ganisação' militar e ficasse concen... •
rias preoccupações dos poderes pubii- trada' na Capital, dando apenas guar-
••
. ,-, .. ",' .. . . ".-" .
.
'>.nição para Santos e Campinas:,O Cor-dos no cnmprimento das funcções de ."
'.-c.::' " . - . .-,'"
.
(: 'po Policial· do interior não prestava
, .--
seus cargos;
,( . todos os serviços esperados, pelo de- a creação dearehivos fôrenses que
•
:. . feito. da dispersão dos destacamentos, conservem a tradição do serviço judi- ·,
·.
.....•.••.. ô que não pernlittia que as praças. re- 'ciario do Estado,' colleccionando-se em
--
.-.. . . • •
.. . -"
"
. .
.
,eas que podiam ser supprimidas; to-, nal de ,Justiça, dividindo-o em duas j
•••... das não pOdiam ter a mesma catego- camaras civil e criminal e de aggravos.~,1 '.:~.
',..
.- '-
.,-'"
. '. curaram sempre cercar juizes e tribu- ,o,;'
beas-coí'pus 113; antiguidade. deser- '.~
::naes de todas as garantias para que ções, prorogações de praso 46.
'.' • pudessem desempenhar .com 'desaBaor,,- Saúde Publi"" Continuava a sel' ,i~[-
.
:. bro a sua elevada missão . .Achava-se
,
um dos mais serias. problemas da ad- ;t 'i;
,;.- em estudos
. um projecto de organisa- ministração. As municipalidades iam- •. ~
.... - . .
i; : . " '
- '- _. no de 19 OO, algumas localidades fo- i!-.".
,-'" a independencia
.
. real do, poder· Judi-.. ram acommettidas pela febre amarella: '1 :i·
',<". -:
a separação completa das funcções Na. Capital houve alguns casos da mes-' c:..
"'.'. judiciarias das do Ministerio PuJ>lico, . . -~,
- , . '
ma inolestia, notadamente no' Braz e".;
'.' desenvolvendo-se estas de modo a per- Sta, Ephigenia. desapparecendo ioga ');,!
'mittir a effieaeia da intervenção . dos' devido a medidas hygienicas de fiscali -'i
.
-
<:, -. . - . -
.. 'o,
o ,
:seus agentes na defesa dos altos .inte-
:. ,': .... sação, limpeza domiciliaria e lotação <:
resses de ordem geral; das h",bitações. Hou,ve ainda na Cap'ital "':,
, " ' . ,'i
a <)omminação de perias gradua c 22 casos de pestebubonica, dos. quaes ",
'/
...••.•.. das, desde a de simples adverteneia 21 foram promptamente rémovidos pa- '1
,
......
;
.até a de perda aó emprego, •. como' cor- ra ó Hospital de Isolámento,sahin!io ,.
< .reetivo para os que foremnlenos exa- curados 14. Das
_ .
, .
medidas tomadas a ,i;
: :':- ": .. " .
,
, "
......,
. .... ..'_ ....
• - ' 133 .
•
.
l't)lH.'esenta verdadeira conquista é ·grupos que absorveram as escolas lo .. '
_:' nna domiciliar,que vae sendo· caes; e assim se explicava. a despro-
vem accé1ta em todo Estado, porção entre escolas creadas e provi-
, /
aos • exemplos de Santos e Cam- das. Embora estivesse auctorisado a •
•
O Congresso Latino Americano, reformar a instrucção, "Governo jul-'
do em Montevidéo, declarou ser gou conveniente adiar qualquer refor-
de S. Paulo a que occupava ma· para melhor apreciar os resultados
Illeiro lugar no Brasil, quanto " da legislação em vigor. Não obstante,
e organisação sanitaria. O o Governo achava necessario classifi-
sanitario funccionava regular- car de. novo as escolas, de modo que fi-
com as seguintes
-
. . repartições : gurassem no quadro .em. razão das 10- •
O ensino primario •
. na effectivo no interior. Os grupos escola-
e em numerosas cidades pauJis- res continuavam' a produzir magníficos -":0,'
necessano '
.
que
.
as camaras munl- . escolas isoladas foi de. 32 alumnos em.i ,\' .
se dedfCassem com zelo e vivo 1901, contra 30 em 1900; a dos gru- .... •
pela causa da instrucção, no. pos escolares, de 12.905 alumnos em "
-::'c'.:
de maior frequencia e bôa fis- 43 grupos; nas cinc() esco.Jas-modelo '.T
,- , . ,',
1900,.existiam
' creadas' 2.55·S
.
o Gymnasio da Capital teve 180, dos . .. ' ....
i'
isola.das• das. quaes 5.34 provi" quaes 7 concluíram o cursp; o de Cam-: :_ ;, ...... .."
1~úL» ·;..~···. ;- < ---""" ; :~-'_: _"'.~-"".: ' - . ,;'. '- : "-,' ...,::,:: ... .. - o::
· '-:-.n " . . ,. , .; --.- .' , . ., • _, • .' y ,"_ - --- .
~'h~
......."" -.', - ...
~-,-.-
" ·."'F',
. .
.'
.'
. .
.• - o"~
..,.
.
"",,- ,.- / ,
lista o emperramento ou defeitodp ·
g.?/.
-_.--. -,
memoria do saudoso paulista. Eín ju- cuidar
.
exclusivamente do café. . Po·
\~e( : nho do meslllo anno foi dis tribuido o dia-se entretanto
.
dizer que Q café cons-
.
;"- -'0_-__ • •
/ <,:·.primeiro numero do Annuario da Es- tituia a riqueza do paiz. Era a ' fonte
primordial da receita, '0 grande forne-
cedor de cambiaes
. e o principal ta- .
• EXERCICIOS
. . Kllogrammas Valor official
. •
•
· .
•
.. , ' o Em 1892.
• · • • • • 245.456.719 251. 815:025$228 •
• • •
•
·•
•
.
262.375.176 294. 295:419$366
· . '. .
0''-''
:: <
'' -
•
, '. . 1896.
1897.
• • • • • 240.395.503
343.521.826
, 272.506:960$749
304.578:830$542
· ,,- .', '. ..- • • • • • •
-:- .:.
· ..'.':: .
'.- .--_.-
- -- '
. 1898.
1899.
• • • • • 346.077.230 •
363.465.115
252 ..827 :639$560
264,076:940$548
'.'-.... · • • • • •
" . • •
-( --:--- • • • • •
- .-- " •
•
· .. .. . •
--
:. ;, funccionar regularmente, e' prestando '. Os preços' baixos .e a ~ expansão da
li
--'.. .bons .
serviços. o Seminario de Edu-
'
cultura do café eram objecto. da mais
'i,'-- , :,- . candas. Hospicio de Alienados. Biblio, .
séria l'eflexão por parte dos governos
'S:.· ,..theca Publica. Museu Paulista, Esta-
'.
,tJ. culdades, mas o agricultor enfrentára abril 'de 1901 iIiferior a 6$000 rs ., por
. .
%.-y., - a situação; movimentando-se
.- . "
para (Ie- 1'5 kilos, o seu· p'reço no m ercado de
i.,::"
....
senvolver e activar as . forças economi-
, '.
Santos. O momento .era difficll; mas .
-'.. ':' ..
..
", ,
- -, - - '
.
.
,', . ' .. " . ".
, ,. '
" .
. .
'.
- . "
., ,. ,
. "- -- ;~
j Uilo terá recursos para augmen- , a lueta no melhor trato que derem .ao <-. .. '.\ <-. -.
'~ ,
,tçües como sacrificará aquel- café, pela segurança de melhor Ilreço ',/:.1,
':":;;:
não . compensarem os gastos · na venda. . -<·..,' .--',.
- :_.-_ .. <,;-~
problema; fez sensatas- e pro-, · cia. contra a acção dos especuladores,. ' .>:: -. ' .'
}}onderações, nas 'quaes, m'als supprimindo-se os interm'e diari.as, inu- :.---' ;":, · '-.' .
" ':' v ~I" a sua comprovada ' sabedoria teis, reduzindo-se as commissões, ap-- . ---'.;) ,.~-.,.-.
e larga experiencia
. dos
. ne- · proximando o prodúcto do consumidor . , ',,: _o""~,
--- ,
fi ti blkos ficou plenamente com- e nobilitando-o pela affirmação de sua ', -' '. ,
..
"
· '. >,
.. '"
•
·.
e de sacrificios e CO~ o em:" procurar .exercer, pondo em contribui-: ·.. ~- ~
•
.
. ·
' .
• · .
·
collaborem, cada qual na bom renome do café brasileiro, injus- • .' ...
•
.',,
• "
,
·
'
. '-
propria, -para o ' fim, · almejado., tamellte depreciado pelos mercadores , . .' , "
·
- : ';O ,
"
'
,'
que. não .têm . a .v irtude de Não é menor a responsabilidade <to - ,;:::~ -. " '
os gastos .da adminis,tra- concOTre ' para as rec~itas no OTçamento - -,,' ...
, ',
',' '-:-." ~
fazendas; melhorar obenefi· . com a sua q uasi totalidade, e' os . po- ..·-.....
do producto;: procurar orga- deres publicos, convem' repeti.r , não .' .'
,
bem o trabalho, garaníindo-se têm sido indifferentes á sorte da gran- .- ,...: " " ~"
•
? 'permarie ncfa. e. _ esiabilid?-d-e do de industr!a. ImpUlsionando o servi- .'. " . '
.- .
,
-, .
.' .
.
a.bsolutamente esquecer- Q -fa- portes : moderando os. frétes nas es_ " .~,
.os paizes de . menor· pro- tradas; diffundindo o ensino por melo ...,.
',,, ·
-' . '
de escolas .praticas de agricUltura; 'ze- .. . .-
dos consules~ confia~ para lando os institutos de ' crenito, se'm fa- r ' .:
':..
.
.. •
_o, >:.'~
--- -..-,
•
, . .. .-
. ".
.-0. ',:.
. _
:_--."., . ,
l' .
:- :,-.__ .
'
". • ' ,
"
,':'
.',
, "
.
..
'
, . ..
.' ,
,", '
':
,, '. . '
.
.
'-'-:.-~ .
.. -"
.."
. '.' ,
,' "
",
, '
"",.-,'
,
,,',,"
. ,
. '. . ''-'
", ' .
.•.. '
:' '.', .'
.;-., ,__ ' o
, ','
"
",'
,
.'
,
'
,
- 13,6 ' ' , ! :'
-' .'." .
- ,
,
,
que interessam á classe dos lavradores .. em 'seu paiz de origem. vinha na , '
tem o Governo uma área vas,t is- completa pobresa procurar entre
alma de acção em proveito da lavoura. o posslvel bem eslar que o seu
Terminava lembrando a . necessidade não lhe poude dar. Convinha -. '
pleto, verdaaeiro ,
e propriamente pau- mar centros de trabalhadores com , '
' balho rural nas fazendas paulista~ não mente o.s titulos hypotbecarios por ,
', era embaraço ao bem e's t8r do trilba- emittidos. Estabeleceucse ', a ' , ,
Ihador que procurava o Estado 'de ' S. de não serem fenos emprestimos '
Paulo ; p elo contra. r io, tiDlha -a- seU fa- verifThação de renda annuaI,
, , '
.
." ' , ),'~1
dou-se tam bem da melhor fÓl'lna sidente. o insuccesso da lei 'era a falta '-" >
.- '-" ', '
de valorisar. a letra lançada
. de dinheiro disponjvel e a desconfiança .. ,,-
.
:< ,
,, , - ,'
- ... '
"
" .-
, ,~'
-- , , -.,
"
. Dividendo em ',;,
Câpital realizado , 31 - U .. 1900 · . .,, ' ,
,
BANCOS Capital subscrlpto ,
· ,','· " o.
de Piracicaba ;-. . ' . I 1.120 :000$000 448 :000$000 8%, . " . .,,:-,"
..
Regional de Mocóca 550 :000$000 414:000$000 20 % "
"
"
' .'
, .,
,
,,
,
'
., .' "
naneo Melhoramentos de
.
• "
-: i '
'. , ': '" Jahú. . . . . , 1,000:000~000 821 :780$000 12 % ,
· "
,- '.
,
, ,
'
: ,',~'
•
guela.
Banco Municipal Pindamo- .
. , , . . , 500:000$000 399 :620$000 6% " ..
nhangabense . . . 400:000$000 279 :040$000 6% " .
vantajosãs aos . o anno· , "',--:-,
·
Creditó Agrícola. Bancos· Locaes - de 1900 fizeram-se diversas e impor- ".
. - :-\.
a preoccupação de auxiliar a la- tantes obras,. entre as quaes
. figura-
. . '"
- - .-:.-:.'
votou-se a, lei 682 -de 14 de se- varo as seguintes" que ficaram con- ' . ' i-'
, ':'ex:
de 1899, auctorlsando
.
o· Go- cluidas: Escola Normal de Itape-, -/' .. ,
a garantir 7 % ao anno sobre tininga, cadeias
.
de Redempção,
.
Perei- .. ".,'.--..,i'
20,000:000$000 aos bancos que se ' ras, S. Carlos, Santa Cruz ·do Rio Par~. .:< ---,. _'v~
, da, ou por falta. de capita~s disponiveis, medidas, accusando a extensão doi ... . . C·
. . . ~ . - "':,,"
,
. ,~
masse o emprehendimento dessa na- damento além de cadeias e . pontes as_ :-.:'}" -'-" i
tureza; era certo entretanto que ' os seguintes obras: Hospicio de Ju.. ··:.,',:i,
bancos de credito . agricola' não foram query; Escoia JJãi-nabé, em Bantos';, ne~ _' ,~:': ;~
,
; ensaiados até agora. Quanto , ao pre- cebedoria de Santos: , Grupo ,Escolar de- - :_'--':'\"
~, - - -, -:-_.
;-,
~s
,.
.' .. .. •
.- , ' - .
.. :--~--- ;
- ' -
.
•
..•• .
.
.
-
.:-.-. '\
. - -. .
-",:,.'
. _.
. -'
. , " ,
' ''Existem hÓ' Estado, abastecidas de roz em homenagem ao .doador; o ', "
.' ,':
. . ." agua ás cidãaêS . de Espirito
.
Santo do
.
l .metro,
.
e 20 com a bitola de 60 cen-
... .. ,.. . . Pinhal, .Jundiáhy, Faxina, S. Vicente
. .
·timetros. Todas as companhias ' exis-
L ', .';" Santa ' Rita do Passa Quatro, e .em r
,tentes tra'babhayam no prolo'ngamento
>: ' .' . exame os do abastecimento da cidade i dos seus frilhos.Em 1900 hOuve ap.e-
-' :',
' ,' .. . de Tieté. Foram egualmente appro- ' nas a concessão de uma linha (lue,
"/'. vados os estudos para0 serviço de ex, partindo dI!- estação Engenheiro . . . Go-
" . ..'': gottos das cidades de SoTocaba, . Rio mide, fosse a Guaxupé, Estado de Mi-
c' - ., . "
•
,"
.. '. '
" ,'
' . ".
,; ",
,,
" ,.' --- 139 '::'
,
, ,
, 1 8~S • ,
• •
34.481 :984$941 50.172 :167$479 15,690 :182$538
• •
1896 ' , • • 36 .308:000$000 5Ó.807:820$867 14.499 :820$867
,"
, ,'- '
'",
lR97 , • • 47,270:000$000 48.571 :165$491 1,301 :165$491
..'", .
,
: .,
, . , lB98 • • , 41. 962 :000$000 42.279:559$926' 317:559$92(5
18()<) , • 39.650:000$000 57.341 :105$916 17.691 :105$91 6
1<)()(l , •
,38.296 :000$000 42.651 :253$690 4.355:253~90
':
'
,,, ',
, , "" ...
.. "
"'.,' ,. ' ' .. .....
; ' ,
". -.', " ' i ,.".. .
."' .
, " :' " ': ",'<',
, .. ,
,
",;, ,,:. - ," - -., ,
,. ,
.... . ., -.
, ., " ,
'
.~ 140 .:-. ,
,
,
,
, .
,
'.
,
.. -.
,~ -" ,
, ' ,
,
--
lanço rigoroso entre a r.eceita é a des- , todos os ramos da administração
'
,
de rs. 16.858:536$950. curso e inteIligente coo\,era~ão
- .. '-
, Divida Passiva - Elevou-se, durante confesso em extremo recoÍlhecido.
,
, o exerei'cio. de 1900 a 21.536: 899$900
, rDou-vQs .tam bem a segurança "de q .
-,
.-_-.-.: - . rs. e ao encerrar:se o mesmo exercício serei solicito ' e'm ministrar todos
. '
esclarecimentos qu~ forem -
-.", - - ,
so(freu uma , reducção de L 000 con-
,,
, . ,
l1.ara ,o, desempenho. d'e vossa
tos. A divida passiva desdobrava-se
assim: convencido de que haveis
, . de ,
terna (cambio de , •
•
- _c__ _
27) , .' . 671:999$998
, ,
I •
,
*
,
,
•
• •
•
• •
•
•
•
•
.
•
•
..
•
•
•
•
Bernardino de Campos
•
.
59. . PRESIDENTE
0
•
•
•
•
. .
,,
'-'..
" -
-. ' "
,.'-'--
- :,- ',-
-;~ '?
" '-
" '"."-',
'-,',,'.":
:. -"'- " ,
,\RDINO DE CAIUPOS
, ,
Eio- turas a acção particular e a publica -
. gmphia -- Veja pago 33 quando deI- aqueIla, aproveitando, com intelligente -', -,
" ,'.
te. se tI'atou cumo 55. 0 pTesidente. e característica energia e labor tenaz. , -,.
e em aperfeiçoai-as, apurando aS
para produzil-o. i>
suas, vantagens.
,
valor do artigo remunerava far- Este crescimento da producção, ex-
os mais extremos ~sforços
.. do traordinario e sem medida, despertou
a despeito da mais franca as attenções. Pareceu a alguns espiri- , ", -':
São Paulo, collaboraram na obra, não era prudente cogitar apenas das
,iosa e admiravel das vastas cul- installações agrícolas que 'os mais, , .--
•
.
.'.' .,' ,,,.
, -'
'
,
,
. '
>' ".' __ o
'-
,' -.-
.'; ". c --_ .- ," ",--
~. ...•
--' . '-
- .. • .
c);':;:;,, · ',' .. ." .. -., ., , ", ' , ' ;::
, .. ,'" .. . _.
...,,' ,,;
.
,
,
',\.;: :i'·:'
"
" '
,
'
. ' .' ,
,
- ' . ' -. , -
~},.\' _-ab~stados havianl já el~Yado ao maior I. um credito especial c;le oítocentos con-'-
Y:';', gráu de primor. Convinha que os pose tos de réis; destinado' a occorrer ás
.. _..--
,,',',
~"
d
, -,.:
.
', .
suidores da enorme massa de callitaes"
'-
despezas ,com esse serviço. Em 11 de
, '
- ' ;";, . '
.;,',
empregada exclusivamente nas planta-
,
Agosto communicou o Governo do Es-
",,1'
..,,,.,'
__ r·.
,~ ... .'
' "
ções de café e nos custosos apparelhos tado da Bahia que a respectiva legisla-
.
,
,;.,' : '.
",<,' do seu preparo, tratassem de lançar as tura, fundada 'em que a execução, do ..
C<-,; .
:.
--,-- ..
....
'
vistas 'para horizoll!too mais ,liOngin- accôrdo trazia despesa excessiva para ,
...
<"
,
... . <l uos, além dos contorn,os dos preciosos oS rollMtados, a seu ver d;uvidoôos, p.a " •
-'
'-, .
O' .'
c, ,,'
' catézaes, examinando a situação com- propaganda, recusára a sua
'.'
.. . "
'
mercial do seu producto.
"
cão, ao oo'llvenio, e3!S&!·rn deixava ,:
·
':: ,
... ' ., Elem'entar era aoaut<l!lla : só a ·pos· aquelle ' Estado de ·cooperar. Então
sibilidade de pl'Ollunciar-se o. excesso rigiu-se o Governo de São 'Paulo aos ::
-". .'
dá producç~o sobre o consumo a jus-' dos Estados de Minas Geraes, Rio de,'
'. , '
hia, convidando-os para uma conferen- ta, veiu a communicação de' que o , '
, cia, em que se assenta,s sem as bases de verno do Estado de Minas , Geraes con- - ,
- .. ,.'
.- , um trabalho systematico, continuo e cordavaem que ficasse ·sem etfeito
•
', pa,cient.e , con' a intervenção do pes- accôrdo, tendo o do Rio de
·•
soal mais competente dentre , os lavra- participado que,, ,por achar-se ,
, ,
o convenio; foi elle considerado
-o' . lizou-se em Petropolis ' a reunião dos
feito. "
!
apparecendo mesmo a convicção 'de
>, lação e custeio, por todo o t empo que ,
," ..
a crise, que aliát'? já sur-gia, erá de - ,
", e"em(pla'I' .deJil:e a ' cada Estad.o rot€ll"es- abundan.0ia do :produclo, como a sua, '
" sado, pela Resolução ri. 425, de , 31 ' de
,
Ju}ho ultimo, foi apil'rovadá pelo Con-. em que 'se : elaboram muitas das . ,
. - .:... _---
. ,
,
..
~. ~' .,
. ,.. -
,-, __ o • - .. _.
" " •• , • • •" • • -- __o
- 1(, .'"
-::;.;:.{ ~.:::
, :" ., , ". --
, - .- '
:'.::': 'i:-' ,
-. " "
. ,.
-;-. ',:,":" '
,,' .
,
'"0''". ''' .
f?·::'. dêvo
.,,, . dizer-vos, com franqueza, que o plementares e da estabilidade dos t ra-
~;7"ip(>der pUbliCó não terá muito mais a balhadores, Cabe-lhe tambem influir
~., " . " .
'>;> ~azer além das medidas e~boçadas, e nas rela'ç ões commetciaes, ' impedindo a
,'..,'".. .
"i~ '.~õ:\ nem
" ,
~~·tj~·:: verte
~.', ,
;::;<....actividades
,
f;;-,
:-,
sciencias natnraes; it fundação de no-
::.~.
I A criar nm imposto até 20 %,'
'" .v, as culturas como fonte
.:,.' ", . 'de rendas sup- que será cobrado de 1.0 de Julho em.
< o""~
--
,
. ',> .0 '. ;;",.- .~,;~ .. _ ./~::~";~; ..~;,,."'.;'.,,~,;:-::._' _ ," ,':' <' "-,/'; ':'_:;;.::;":_-"_(.:_:';-":"';':";':"":_::"'," ':::;::.-.- :'-'.:._:':'" .' .. ,\',,", ,'" _;"'._,' :'-;0-":,'::,:, ,_ .'
.' .' "--:.;':--,;' .... ,.. _.,-,-,,' ' ....... - ,',:--'. :-'., :""'-"-'.. jJ,"i:
.'. 147-' ' ", ..
.' ,'.'
,
,
-'-... .
-,' .- . .".'
. .;'-;" . ..... - . " . ' ".
"',,'.-
,."
-.', '.' .... ,
, 148 - ' ,
,
deste pro dueto e
",
,
serviços policiaes .
sobre a materia constante dos artigos
Administração policial- Estes ser-,
, , 1.0 e 7.°.
.. ...
sições em contrario. ,
1903.
çar a nossa administração, já pres-
-- .
'.'
•••
. • ça pUblic3:-, com um de seus principaes '.•
,
;'.' , .
Senhores Membros do Congresso elementos de acção, organizada e fixa-
".' ':' -
Legislativo de ,São Paulo. 'da segundo as leis que lbe dão effe-,
ctividade, continúa, por sua disciplina,',
C, Em o bediencia ao preceito consti-
.- " .. a prestar reaes serviços á ordem e á
tucional, venho dar-vos conta dos ne- , segurança geral.•
:,'
'.,;...
,goeios publicos do Estado e indicar-vos
Carece, porém',' de' reforma o regu-'
a.s providencias que me parecem di-
lam,ênto vigente da Força Policial,:
:';
,..
',' gnas de nota, a bem do interesse de
,
quanto ao que se refere ao julga-'-
..
'
,
sua administração.
, mento dos officiaes e praças, Ja am-:", '
'.' . . Ao iniciar este trabalho, seja-me li- pliando as funcções do Auditor, que '.
" ..
· . " -' .
cito congratular-me comvosco, por vos actualmente se limitam á simples fis-,
ver de novo reun'idos, reunião de calização dos processos, e já excluin-',
'.'- .. cujas sábias e patrioticas deliberações, do da alçada dos conselhos de Justiça ';
tudo se deve esperar para o. -engran- crimes communs, para que não te- :-
.- '-.
decimento de São Paulo . nham dous fóros diversos.
Obrigado por grave incommodo de Institutos Correccionaes Foi efe-:~
saúde". tive que interromper por mais cutada, em parte, a lei n. 844, de 10,;
de uma vez, o exe'l,:ci-cio ,da Jtlresi!deDlcia,'
. ',-'; ~
d" 'e que me ausentar para a Capital Fe- do Instituro Disciplinar, por ella crea-)
;:' 'deral,. consoante com a faculdade le- do, tend,., lficado para wmla época d'p)]
:: 'gal respectiva, tendo sido substituido mais amplos recursos o estabeleci-':;.:',
"> /pelo honrado e distincto Sr. Dr. Do- mentó da Colonia Correccional, que,;
," mingos Corrêa de Moraes, Vice-Presi- virá completar esse util e tão preco-!
dente do Estado. Dizado systema de -regeneração de me-:;~
;'"
... ,Nesta exposição, inclúo, tambem es-
' --'
nores passiveis de punição legal e de ','
'.... ,' ,se periodo administrativo. repressão da v a d i a g e m . -
'- , Ordem
,,- Publica Devido certamen- O Instituto Disciplinar foi inaugu-_';
',,'. .
imdos fun-ociona;ri(}s, aos qua-e:s (esteve tura, Juizes e' Tribunaes A nossa o::
, ,
· -"
.- .'. . ' . .'
, , ,
•
.-':, .- .
, , .' . ;;,
. ..
,', ,'.' ,' " " ,:, ..... '..-.'. . :...' J . . .'.. .,<.'., ':'
, ',' , .".' ...'.
', ' . '
, ~ ,.' "
\ ,,'
..... '
: , :- c. ~ \
., . ... tn he, precisa de reformas que lhe para · lá transferidos todos os doeutes
..- .". . , !lIam, como · medidas de grande Que se achavam no antigo predio des-
, .'
'
ta Capital, de maneira•
que, a 31 de
uma nova Classe de juizes di- Dezembro do anno passado, já aquel-
.
'. aelos, que forme o primeiro gráu Ir, estabelecimento asylava ·751 enfer-
te da judicatura, verda- rrlOS de- aro bos os sexos.
.... . e indispensavel aprendizado para Para ultimar
. o plano geral de cons-. .• '"
•
eSllinhosas
•
func·ç ões e, ao mesmo trucção desse estabelecimento, faltam
, mais adequada substituição dos apenas os pavilhões destinados ao traJo .'
•
de Direito,,,. tamento de doentes de . molestias in- .' , .' .'
· .. ' ,' .
o ..
Saude Publica - A febre amarella verem de funccionar e segundo as ci- ,.'/"( '."'. ,
a peste bubonica apparecel'am em fraJS 4e sua pOlJlu,lação. . Assim tam- .:; ...
\ .
pontos do Estado, nOS quaes, !>em, para que o· nivel do ensino pu- . ·".':.
",:..: . ,
.'~
,'
';
. .'.' --
as devidas providencias, taes blico seja egual em todo o Estado, <'c.,"'
·. "
. . perfeiçoar-se pela observação, pelo cadeiras da Capital. Além disso, essa · . :'.'
do e pelos ensinamentos scientifi- medida terá outra consequencia bene- · :::;."
que diariamente nos vem ,dos cen~ fica: - - a procura das cadeiras da ::';! ',' "
éultos ·do extrangeiro. Interior, hoje vagas em grande nume" ' :;,, ,:.i
.. ;
•
•
sino Ideal .. a que devem servir . ~" .
.. ," ,,;\
adveiu para São Paulo . da atti- , ,., "
postas pela · referida descoberta . , do .os · seus fins a Bibliotheca . Pul)lica, " . '...
_. -
-.- - " "
, - _,. ,
~,
, ,
. '., '
--,
." , ' '. •
, ,
-. .
, "
'
, ,,
O Seniínario (ias Educandas, o · Museu nomico, forneceram grande
,
,
'
,
attender principalmente ' os
-. ., do seu principal producto, o café,
,
do ensino pratico lá ministra do,
não foi bôa durante o anno de 1903. pôde obed.e cer o '!lIesmo, plano de
, ,
,
,
não desmentiram os conhecidos ele- -de diversas culturas e, COlll
mentos da sua vitalidade e resisten- ,dade, da do arroz, muito propria
,
da, que tanto vão contribuindo para la zona. Na de Sorocaba, for a m
•
o advento de um periodo ' de mais 11- ctuados, Para ' preparai-o , os
songeiros resultados. de installação e adaptação da
O serviço agronomico do Estado, de ' offerecida pela MU,n icipalidade.
accôrdo COln a respectiva auctoriza- , '
No , Instituto Agronomico
•
ção, foi' r eduzido de seis a tres dis-
rom os serviços de gabinetes e
•
tl'ictos, cada qual com o seu inspector. ,
torios, ,para estudos e analyses
.,', Institutos Agrícolas Pela Escola rentes a questões praticas da
Pratica Luiz de Queiroz~ que inicio u , tura.·
, o anno lectivo com, ~9 alumnos, fora'm
'. , . ,No Horto Botanico os trabalhos
conferidos 7 diplomas aos que, comple'-
,
reram como de costume.
.
-,- taram seus cursos ; e a Fazenda ,l\10-
,
•
, delo, a ella annexa, continuou a , func- .o serytÇO de distribuição de ,
cola, que tem, por fim preparar , cul- 20.121 volumes de sementes,
e , ' tlyadores aptos 'para os diversos traba" por 18.322 peasôas é com o peso
lhos das propriedades ruraes, tendo de 28 .632.935 grammas: 125.8
,' em 'vista os elemen tos theo'ricos e ,os mudas ' a fazendeiros e a Camaras
" ' preceitos praticas do ensino mais fa- nicipaes. ' 16.157, para arborização,
',cU ·'e, mais proveitoso. ' 258áryores fructiferas.
,
'. .,. '
-'
','
bnrnigração
, P equeno foi o ,
.. ' .-
.' -. ' .•
· - , ...
. " 152 · . . . . "
"" ",
. '
. _' -"-.
_" . -__ c. ,o.
~;;:::.z~.
'--:'~ . :'. ' .. .
.
,
'-c.::
o-o. _.-
~,,---
mações coibidas nós. relatorios das Se- Anneis finaes para esquelet,?s
-
. .
~" "
ereta rias da Agricultura 'e Fazenda des ~ de virólas. . . .
-> - ,
..
>- '
" te Estado, verifica-se que o •
mOVlllJ.en- Tu bos fabricados 1. 716 m 572'
to de importação e exportação, pelo Virólas fabricadas . . • 572
;
' .. ..
porto de Santos, no mesmo periodo, Para o serviço de transporte· de tu- · "
,
~ .:
: ---
. . attingiu,
.
.'.:
a 1.073.773:
. . 965$000, o que bos e de movimento de terra na CODSw"'...
'"- -.
-, -- dá a média annual de 357 .924:655$000, trucção do collector principal. foi cons- ..
~' ,
",
,
agua, o que exige forte e '
,
, . de projecto que comprehendeu as se· .
- ' e"gottamento, n oite e dia.
,
guintes operações: Na secção de cus teio, continuou
,.
.. -- .
a) Unha de ensaio do colIector ge- •
serviço de conservação da
rai, cujo levantamento foi começado
, r ~ de de exgottos e da fiscalização
·.' .' .
'.
em fins de Dezembro de 1902 e na
.
,.'
, :---' -
-'
abastecimento de ag'ua feito pela
··
. '.-
qnal se mediram 9,487m42; of Santos Improvements Company.
,:'- - ~
ro da anno passado e que ficou 10- trucção, prolongamento e ' rebaixamen- · ~'.
•
cada ' em 8.320m; to de collectores, tendo funccionado, · ·
.:.-;. c) levantamento topographico e
.' •
; -;- '. . , sem accidente s ério, as bombas de ele<.'
· . - ' "
planta cadastral da cidade · de Santos,
,
.. vação.
: ' na , qual foram medidos 203 .306m e •
, ,
" ... ', plano da nova rMe das bombas de Obras Publicas Dentre a s obras
· .
elevação. auctorizadas . o anno passado, merecem .: -
. . .
.C;i" .'. .• •
-i)- ~ ':- : tubos ' . • • • , 21. 8 03 ficio para o grupo escolar de LoTena, :!
:j{::>'- - Annei-s de _resisten c i~ para 's erviço de exgottos no grupo escolar' ,
ÚT:_- ' ~ , virolaa ·. . . . .' . 7.521 de Jaboticabal, melhoramentos no gru- .~
--"'..
" 'O'. -'
j .•' Barras para esqueletos de tu- po esoolar .dó Braz, r€il>aTOS na ES<)ola
,
'0>:"".:"
"--::.: bos . • • • • • • 2.657 Com'llllementar de Itapetinin,ga, r e Da ..
•
•. Barras• para esqueletos de vi- ros e melhoramentos nos grupos esco-
- .'.. .
,
".
c' ,'-'
.
rólas , • • • • • 42.498 larês de Guaratinguetá,
, Mocóca, S. Ro- ·
Anneis 'finaes para esqueletos que, Amparo, ·S. Luiz do Parahytlnga,
, •
•
. ' -.- ' " , ' ' .. .'''.
, ' "' "
,' ',: ... "-' . ... .\., ,.,'.. ," . ' .. . '. , "
,,' . "
.. , , ..
.' . .: , ' ,"," ,'.
" .'- "',;. , .. ,·.i "
': ' ''''- ,,'-'
" , "
. '.
" , ,
' .. ', -.':
,
. ".'-' " , ' 1
" ' 5'3',...,'. ,
. .
.~';;"';'; ', '. ,'
. ,',,' . "''': •
, " ,
•
,.
,
- ,
,
.. ,
,
"
.. , . ,
".'-:"<,':
_."'" ',-
.., .... ..... -., .
. . .... - .
,
.. ... _. ... ..
" ..: - " .
- _, __ '
-,-.
•• ','0 _._ ,_,_ . " , ••••
"-"',',
' _ " · - ' , __
_ .....
·'·'.-'.,',-·",v.··,-, ,_ ....•. ,',,' _;', ,"-_' -''C,:''-
".,.'--._,. . . . . . . . . - .. , ...•, ..
•
. -.-.. , ..,
. ".... :
- 156 - " " ' - ..
. . ...' .
abandonado pela sedueção dos preços com denomLnações 'ou rotu}o:s que
elevados; offerece, no momento, aos di.cam falsas procedencias.
,
•
Além disto, é incontestavel que, no' ~obte o genero ~, excluir. ou o im
Quer pela
,
enormidade dos capitaes ,em relação a cada safra sobre o quan-,'
e esforços empregados, quer pelo ac- tUID das más qualidades, que' não 'ex-,i,
cumulo deexperiencias e. conhecimen- cedem, na' peior hypothese, a 20 %'.:
tos obtidos, e quer, finalmente, por-: pois é certo que só será entregue
que' constituam o principal fundamen- los possuidores, em satisfacção do im-
to de nossa riqueza, as admiraveis
, ins- posto in natura, o que fôl' de menor.
,
'tallações agricolas deste Estado devem valia, •
'
, ser tenazmente defendidas, e este em- Esta sabia disposição de nossa lei
penho explica as medidas applicadas, ainda não -começou a ser executada -
",-"-,',"
.
., . ".-"
. ,
..... " . . . . ,,' , ,''- , .... ,',. ..
' ~ . ' .. - , " ,
, " " , . . .
:''-'''>:'''. ''
..., ",
, ":',-- ' . ' . '
' .. ', "", "
,, ,,'
~ 151:< ... ' <.',:.,:
,- - '
, · ·
eg- llal " medida . . excepto o Rio Grande do Sul, que só · ' .-
Ot;sa lei podeI1'\- , ainda ser au- tributa os g>eneros dos Estados que
pelo Estado os syndicatos e - ta ro.b em lhe sobrec·arregaram O\S seus.
agricolas que se , o-r- Como é sabido, o Estado de S. Paulo
sobre bases approvadas pelo S€:IDpre observou o preceito constitucio-
___ o
,
e cujo . fim seja.: approximar nal que .p rohibE\· os · impostos ~ter -- ;-
"i'"
.. a.gricultura em bases seguras e O~ extrangeiros, aqui entram. transitam
, ' '
.. , . ' '
.- ': . :',' U'.lúl horar' as relações commerciaes, . s saem livres de quaesquer impostos
a .intervenção dos interes- deste Estado ,
por meio de associações normal- Entreltanto, calcula-se, com '!irra.
-O' -
dirigidas . . ra.zoaveis, que a adopção da pratica • •
•
. > ... actualidade não foi ainda propi- hOje systematica em todo o Iirazll,
{ormação regular destas podero- em relação a esses imp1ostos, fornec eria
•
agremiações que, antes de tudo, ao Thesouro do E stado alguns milhares
de encontrar os elementos do contos de réis,
-, .
no seio da proprla sociedade. I, A illustre . representação federal de •
,, ,
. . .
.
-",..', " ': '
.' . ' "" ',.
. , ' ,' °1
,
,'"" ' • .
. ", , ,"
'., " ,,- ,",' :t-- ",' ",
,
· . -, "'.;':..',<'
., ..' " . :1·58
, · .'.. ',"
. .
"
, . - -.. -
,. ..
.
..
, , .
- .-- , ..
, , ,
• ' .
.
I
" .
, . ' ",--:.;
f':,:..rórços e emprehendimentos abriu, nó Contém este , qua dro' os pro duetos:
'" ::' Estado, campo fecundo a outras indus- ' da pequena cultura e· de div" rsas in'
· '
7i. - trIas.
-. . . .
dustrias, sahidos do Estâdo" não com'
E' muito para assignalar o desenvol- prehendendo, portanto, artigos da mes-
;(,' vlmento das ·edificações nesta Capital,
- 0'-- •
ma natureza, consumidos dentro do Es·
,' ém · Santos e outras cidades do Estado, tado.
.:- > 0 'que revela a existencia de valiosos Estes devem attingir a um alto aI·'
:< ,,:-;-
recursos disponiveis. garis mo; que mal pÔde ser avaliado.
·
' No bem elaborado relato rio do sr. com excepção dos Productos da !nd·u s.',
'
:'C·"
~'\, . Secretario da Fazenda ha a este res-
,
/,' .st' tornam mui Significa tivas, no ex- sumo interno e para a exportação.
;'.'C., <, ,pressivo quadro lá inserido , e que é o
'-
Parece-me que não se rá exaggerado,
'> , seguinte:
: '
dar á totalidade dos productos das in-
--· .'".,... . .
.' -. _.' .
•
·
Generos de produeção do Estado de S. Paulo, exportados livres
,
, de direitos, durante o exercido de 1903
- ,
-Aramina • • • • • • • •
,
• Kilogrammas ,1.776
Tecidos de algodão
•
• • •
•
• • " 1.866.049
.- -,
" " amagem e saccana •
.," , 1.281.797 •
- .. .
.
, " 1.579.551
,• Ferrage ns e machinismos • • • · " 469.124
' ...... ,
Productos chimicos e medic.inaes " 154.326
Cerveja e bebidas • • • • • • " l. 328.384
.
, , ,
• •
Fruetas e conservas • • • • •
,
Salames e carnes • . • • • • •
,
. 132 .226
188.577
. .","
.
....
. .
- -'-'.',,'
' "
,
•
Valor offie",l dos qeneras ac-una • • • • • 20.069:398$950
, ,
..
.' . •
T.
_/f ...
Valor officIal dos generos diver- dustrlas extranhas ao café a média.
•
:,c,- ' .80S de producção do 'Estado de S. Pau-
. , .
annual de 100.000: 000$000. ,
' 30 :123$140
.... .' . . .
Chifres. • • • • • • •
•
• •
.
Valor officia!
. Couros: • • • • • • • •
•
•
. .
"
. ,
,
374:137$900
'-'.-
,
_.__ . " ,
,
. Fumos. • • · •
Lastro para •
navIos
'
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
. "
425 :462$571
14 :650$009
•
.
-;:~--
·,
-:
'
:'
Pelles • , • • • •
Diversos generos •
,
•
• ,
•
•
•
•
•
•
,•
•
,
.
"
•
•
", ,
•
3:770$977
79 :223$387
, ,
. . ......
I
', --.'. .
.. " . - • • • • • 20 .996:766$925 •
,
-' . -.
:'
. ..
,.
-
.
,
•
,
. '-. .." , ..' .", . '..
','~
.. " .
'.
.
.. :. " '
,
. " ...
, . - 159
. .
_.- ...
-.-
- -
assim todos o s recursos de'" que o S<lU capital e o valor das letras'"
. I . .
::'
,.I!.~ ..'ssita, e ' por preços commodos. em circulação não exc:;edessem _ de .. .. '.-- .'
.-
,
,Ie Credito Bc·a] Em exe- 13 .500: 000$000, limite maximo pa,ra a .-:.-.- .- .-
... . .
..
,- .- • •
.. _.
. .
.
sa quadra , todavia , o res ultado · de tal Com a deficie ncia na renda do im·
,"..c . exportação foi para a lavoura muito posto de ex portação e do de transmi"
inferior aos dos ultimos -doze annos, I são de propriedades inter-vivos, expU
•
'. . •
Exportação do café paulista desde 189Z até 1903
· .
-- -- ,
.
-.
.
,
•
. . · Imposto de expor-
,•, . Quantidade
.
Valor offieiaL t ação arrecadado
I
I,Em 1892
. . • 245.456.7l9 251 .815 :025$228 26.553:473$824
.. ' ..
I" 1893. • 169.216.720 214.057:479$968 •
23. 312:547$028
i " 1894. • 174.414.912 232:346:430$888 25.560:839$246
i " 1895. • 262.375.176 ' 294 .295 :419$366 32 .396:699$960
!
i " 1896. • 240.395.50;1 272.506 :960$749 29 .598:782$153
" 1897. • 343.521. 826 304. 578 :830$542 33 .492 :267$383 11
" 1898. • 346..077.230 ,. 252. 827 :639$550 26. 026 :275$273
" 1899. • 363.465. 115 264 .076:940$548 29.050 :730$688
n
1900. • 366 .700.935 266 . 780 :094$879 29.282 :31l$338
" 1901. ·• 602 .005. 632 290.482 :447$261. 31.989 :404$656
" 1902 . • 508. 290.160 226.588:204$884 24. 918 :583$792
" 1903. • 473.667. 486 201 :324:425$035 22. 145 :686$754
•
.
- --- - - - _ . - -_.-._-- --
Em 1892. • 26.553 :473$82·1 10$250 por 10
., kilos ,•
". 1893. • 23.312:547$028 12$640 " " ,,• •
•
, ~
" ,••
" 1897. ·· 33.492:267$383 8$660 " " '
.
. .
•
R<lnda ordlna ria. . • • • • • • • • 3 3. 449: 475 $ 794
•
R enda extraordinaria • • • • • • • 6 77 : 709$198
• , 34 , 127:1 8 4$992
•
. " . • • •
•·
• ,,, o,' ·, . ', . ' , :' .:' ,'
. •
. ·
..
• ·
.. •
· · ··
161 •
,
•
••••
• ••"·
•
De po sit os • .
, ·
• • • • • • • • • • • 16 5 :48 5$ 73 5 •
•
Saldo" do exercl•Cio de 19 02 .'
. ··
,
• • • .'
• • • 12 .27 3:8 38 $0 18
•
;,•
·
, To tal • • • • - • . 46 . 56 6:5 08 $7 45
•
•
sessões do Co ng res so Le gis lat iva
..
do Es tad o • • • • • • • 70 0 : 00 0$ 00 0
pu bli ca s •
• • • • • • 80 0:0 00 $0 00
Co mp lem en tar es de Ca mp.in as •
.
Au xil io ao Go ve rno da Un ião , pa ra
j •• .
.
~; fo.r tif ica çã o do po rto de Sa nto s .
i: . 20 0:0 00 $0 00
': Au xil io do Ba nc o de Cr éd ito Re al de
•
"
·'. S • Pa ulo •
•
· .' • • • 2 .5 00 :00 0$ 00 0
•- •
•
: Li qu ida çã o de se nte nç aª pro fer ida s
,. .
co ntr a o Es tad o . • • • • 76 : 65 5$ 94 2 ' 5.6 83 :75 4$ 33 0
Do nd e se vê qu e a de sp esa tot al do
: ex erc ici o; fix ad a ou au tor iza da em
leis.. se ele vo u - a . . • • · - . 45 .32 8: 31 1$ 53 0
, , , '
.' . . , , -- ' -
"
. .'
" ,.
- • 0"0
""..i':,
. . '
A ii~iipesa,
,
porém, effectivamente' pa·ga riessepérii>do 'foi a seguinte:
, ."
1
Secretaria do Interior e ,da Justiça . 22 . 162:745$301
Secretaria da Agricultura, inclusivé as •
•
do no valor, de . . . . . 5.823:51 8 ~283
.
. que passa para o exercicio vigente. .,
,
•
Deante das contingencias expressas minho que foi , seguido com lealdade ;
por e~tes algal'ismos, ' só cabia aos po- e firmeza .
.'.,< ,.'deres publicos do Estado uma attitude Este empenho se acha realizad.., ,n a ,
,'.,,' correspi(mdenw ás, indicações implici- l ei 896, de 30 de Novembro de 1903, •
,
tamente contidas na q uéda da renda Que fixou · a despesa para o exerc1cio -.:~;
publica, _. e isso para <evitar o de- vigente e offerece, por -suas cautela- ~
•
•
y''(1)1l;ft,''." ,<,-'I>'
_. , _',o )'• •·.'~-':; 1
-.--~ ...~. -.. __~.~:..
'<.~6
.' '''-3
.:~'·:~':,i'>\:,
,_,'I'"
: ;. :->-.,. ,.
:,': " " ',:':_, ' -0 , .> .
:.::.~:"'
,- . '.:. "," , ,', .~",,: ,:~,, : ,
., ~ ~ -. _ . . ,,'--.. . . . - . . ..- . -
-, .; -.- " '_ , :, ;'"
. . • -i
.
._ '
-' '.'
Somma ,. • • • • • • • • • • 36.843:427$990
DIVIDa PASSIVA
.
o movimento da divida passiva do Estado de S. Paulo, no exercicio de 1903,
foi o seguinte:
, , •
Interna •
•
348 apólices dos emprestimos
•
ás Com· •
•
Externa •
61;3.200
•
f. 'do emprestimo de 1888, com
.1.0!li8 ·Cohen . & Sons . . . . 5.628:444$446 ,.
,.
41.800 i. do .:eniprestimo de 1881, feito
á extincta Companhia Cantareira
,.
e Exgottos . . . • • • • 371:565$555 •
340 .5 00 .f .do emprestimo de 1888, feito ,.
ti. .me'sma Companhia . • • • • 3.0.26:666$666
. ,.
•
•
9.026:666$667
. .
•
. . '.
- ,. 165~
..
, 17.894:777$778
,
•
Interna
Externa
1.352:444$442
Intel'na
. .
. 251 apólices dos· em-
prestimos da Com- ,
. panhia Ytúana e
de Navegação
..
Flu- •
Obras do Monu-
mento do . Ypl- • •
ranga . • • • 60:0'00$000
,.
166 .
,
1.130 apÓlices do. em" ' · .
presUmo feito ã
,
Municipalidade de
Campinas • • • • ~.130:000$000 1. 441: OOO$MIO,
., . , . ..
---'---..",~-,--~,~
'
J!ix.terna •
•
IH 7 . 61) O /; do empres-
mo de 1888, co:fu
•
Louis Cohen &;,
Sons . . . . 5.489: 777$780
.,..
327.000 /; do empl'es-
timo de 1888, fei- ,
to á Companhia .
'.
Cantareira e Ex- •
Rs. • • • 17.~94:177$7T8
À divida passiva do Estado de ,
São
Paulo, ao termiliar o exercício de
1903, era de." ' .. • • • • · 22.573:748$583'
a saber:
Divida interna consolidada, representa-
da por 1.441 apolices . . . . 1. 441:000$000
Divida externa consolidada, no valor de
Lbs. · 1.708.900,-0-0, ao cambio de
27 d. . . . . . . . . 15.101:333$326
])epositos ,' - Fianças de Exactores e
.
cauções
.
de contractos . . • • 1.398:874$646
Dinheiro pertencente a orphams. • • •. 4.23:827$140
Bens de defunctos e ausentes . • 178:485$650
Saldos a favor de diversos, sujeitos a li-
quidação final de contas. . • . 30: 217$'821
•
Rs. · . • . · 22.573:748'$583
,
Quanto ã divida passiva,
•
verifica-se ÀSdemais dil'idas .sofifrera.m .sensivé1í11
. que, no exercicio
. . de que. .{ ratamos, '.ficou roouoCçõEiS, pelo .p ontual prugame,n to dQJo
Inteiramente extincta. a. divida exterIla jur·"" e am<>rtigações contractuaes.
contrahida pela ex-Companhia Cantarei-
ra, em 18"81, e qUe aindà importav.... em Conclusão. Eis, ,senh<)~e.8 ,MembrQl
Lbs. 41.800, e pela qual era O Estado' 'do , Congresso, as ideias e {n.t ormaçõ,llI
responsaveJ. · -. que jillgo dever apresentar-vos.
,
.' . .. ... . . " " ., ." , ' ..·.i
- 167 -:.
- '"
"
. .: .
.
,
'c' eontrareis DOS rehitorios dos srs. Secre- S. Paulo,. 7 de Abril de 1904.
"
', 1.lIri05 de Estado, os quaes contêm excel-
"
o Presidente do Estado; ' '
" I<!ntes elementos, que vos' habilitarão a Bernardino de Campos ',..'
"tonhecer inteiramente o estado da pu- '.
;,hlit
,. -.
/:
a 'administração.
-
,
• • ,
L'
•
cnrdiaimente a valiosa coadjuvação quando se tratou do dr. Berna rdinó::'
.; »r€stada ao meu governo . ....
. '':i
.'. '
p.e Campos como 55 .0 Presidente. ,
• •
•
• •
• •
-- _. _
- ,-- ..
•
,
,
.
•
• •
..
-."
•
• •
•
. '
--~ , ~---~-----------
•
•
Jorge Tibiriçá
60. PRESIDENTE
0
•
•
,
, ,
(De 1.° de Maio de 1904 a 1.0 de Maio de 1908)
,.
I
•
, •
"
':' •
•
",
•
-
·
. '.• .
• •
;;-
, ..'
• ·
• • . -',.'.'
,
"
• • •
·• ••.
•
•
• -.
•
•
• ··.
• •
, ...•.
"
"
." ,
':'
"
, .;
".
. , .:;;
l.'IB~ÇA 'u""ceu em Pari, dual e presidente do senado de S. Pau- ' .. ,
de novem'bro d,,' 1855. Seu pae lo. E' tambem presidente da commis-
o dr. João de Almeida Prado Tibi. são dlrectora do P. R. P. No quatrien- ,. . ,
',. hado Illustre paulista conde do entre tôuitos ~outros beneficios, a po- ..,..:.
'. .
Os mais intransigentes re_ ' licia de carreira, a missão. militar frarr- ' .' "'. ,
o - ', ,--
bro de 1890 a 7 de março 'de 18111) . tractlvo. O dr. Jorge Tibiriça continúa ·"
•
Iire~ldente eleito para o qua- a ',ser 'o presidente da direcção. ·do .-,.... '
·
de 1904 a 1908. P . R. P. 'e é uma das mais respeita-o...·,,-'
. '
vei,s figu'ras do meio paulistano, .;,k
do governo o dr. Jorge Tibi- r .'~
,:-.'."';;.
""
.,
'"
"" . ". ':
.
," '____ . " ," :, :- " , " " ', ~ .; ': ..:.'
.,
'. ' :,:" .
.
.
.
. '
\
I
'. .
. . :r. . •
•
Apresentado ca'ndidato á. presiden-. foi votada pelo Congresso Estad ual .
cia para .S\lbstituir ao dr. Bernardino . lei de qualíficação de eleitores que
de Campos, teve occasião de ler a . s ua l1:a.rantlÍas a todos os eldadãos "em con- '
, plataforma de ·governo a 2 de maio de dições de serem .
alistados. Obedecendo '
1904, perante os representantes . de . S. ao mesmo intuito, cumpre· nos
Paulo, reúnldos em banquete oftereci- reformar a lei que regula .a eleição
•
· .11.<1 ao presidente que se la retirar do membros da Camara dos
I •
poder. . Dlss.e então o dr. Jorge Tibi. no . sentido de facilitar a .
riçá: das minorias e dar ingerenéia
.
··Senhores. Venho agr.adecer-vos a directa nas eleições ás differentes
saudação, que por intermedio" de meu giões do Estado_ Estes' fins serão
~ ., '
ços á. causa publica manteve a direc- " candidatos a eleger-se. Assim '
• ção dos negocios lla altura em que el- differenciado o modo de investidura
les têm estado. Anima-me, porém, o . Camarados Dep.utados e da dos
desejo de bem ser~ir, a cooperação de doras.
•
Reilresentand~'
•
aquella mais
homens de . reconhecida capacidade, . rectamente os interesses das
que, esquecendo seus interesses ' i.n di- · des do interior e est a os interesses
vlduaes . . consentiram em . auxiliar-me··· .
· raes do Estado .
no desempenilO 4a 'missão que me foi A lei, ·que organisou a
confiada pela
, . partido republlcano paú- "
ra, deve ser modificada no sentido
lista; a cooperação do Congresso do attender: •
cla não poderá ser, como não fQram os entrancias, supprimindo-se as que
precedentes, de simples l),dminist~ação :.. •. nham diminútomovlmento forense;
' , ' '.
. • •
.a vigent~
.
organisação judicia-
.
iuizo das escolas que os municlpios
pllra proceder-se á inspecção geral queiram estabelecer. •
.
, . todas as comarcas;
. .' Em um palz novo de população disse"
..... : aposentadoria' dos magistrados .8, minada, possuindo• ainda terrenos des-
"
. geral, de todos os · funccionarios, .povoados, não pode o governo descurar
a lei sobre a materia; o problema da colonlsaçãci, E' poiS seu
custa-s .' judicfarias, revendo-se a , intento auxiliar ' aos particulares, que
a ctual no sentido de alliar a pretendam vender terras. em lotes, . ad- .
•
das partes á justa re'
•
Publico,
- ...
para que possa preen- mo sYBtema qUe deva pe-rdurar, mas
':" . a sua ·tàrefa de ' 'vigTIancia e fisca- apenas como um exem/llo'(lu" 'mostre . .
a facilidad'e com . que os lotes serão
das leis sobre officiaes de vendidos, e ànlme os particulares 'a re-
dando-se acção ao poder exe- talhar as terras, que desejam pOr á
quanto ás attribuições' de natu- venda, auferindo assim maiol' lucro do
. ":': ':' administrafiva exerCidas pelos s~r que péla venda em globo .
. '~ ::" os
i-nc-~u iin-d o escrivãe.g de O imposto lançado. sobre novas pla n-
. na categoria dos funccionarios vi- tações de café teve como resultado a
providos por concurso, de mo- pa ralysação destas. Isso permittirá que
alcançar-se a precisa ordem -nos se. trate da immigração, sem receio que
. •
dos passados governos a maior pressão das rendas ' estadua<lS não nos
continuara. a attrahir a at- permitte cogitar de grande- desenvol-
do governo, que a manterá sob vimento nas obras publicas. Ha, po-
' . dlrecçâo e fiscal!sação, selt! pre- rém, algumas que precisam ser conti- •
_._--, - - '- " - _...,.
. '. . .' ,
, '"
.. mos agora em ponto importante, a li- torla1. .Cumpre, pois, remediar . ·este
•.•.•. , '. nha de caracter' . estrategico. Todos tado de ' co usas, substituindo o .
. coinprehendem hoje a grande vantagem de exportação
. ''por um imposto .
.
", . ' de possuir o Brasil vias-ferreas que li· sobre as rendas, ' que poderá
•
todos os Estados costeiros desde repartidamente sobre estas e' o
· . o Pará até o ' Rio Grande do· Sul, cor- fixo quando produzidos com '
,.•", ':' tando em seu percurso as estradas que i deste, ou mesmo para a
"-.. demandam
- . ·os portos br'lsileiros. A ! territorial exclusivamente sobre o
•·' :Viação l\.ssim constituida é em , tempo pital sem cogitar-se da renda.
" .d e · paz, um Instrumento de progresso, Esta reforma só pode ser feita
.
·· , muita cautela, proc.edenuo..s8 a
e em caso de uma aggressão ao Bra-
',: ,. .
· '. -"
i _' ,-
,--
,
'. sil um instrumento de defesa, Aos Eg- :titulção gradual do Imposto de
,, .'
'. tados . . cabe ' o 'dever de secundar a tação pelo . novo de modo a .
c" • ." .. .
. .. 'União, . auxiliando li construcção da surpr,e sas desagradaveis, que
" ',.> .
" , '. parte desslI' grande via-ferrea que per- affectar as finanças do Estado.
-. -- .
:. ':corra os
,:-:~. ,
seus respectivos territorios. bem se ,deverá evitar que na •
.·- ; ..' . A S. Paulo caberá o auxilio para a ção de um pai'a outro imposto,
. ', .
.; ' renda liquida das estradas, e a' qu~ tl'angeiros, Pitra o emprego em
...• • porcentageml correspondem do capital de credito agricola, modificando-se .
empregado, SÓ então, governo e com- actual lei nos. pontos que :f'6i'em
,
•
justo; taxando a dasse agricola, S'l- bUcano possuindo um nome feito,
•
commendam, ,
corrigindo-as de accôrdo com ' as fiscalização dos negocios qUe lhe fô-
necessidades do interesse publi- rem affectos. .. ,
,
-177
.".
. --'.-'-
. .' -'
•
,
" , i7.aram-se, a 4 de Junho e a 22 de serviços -urgentes, e tudo esperando
as eleições para o. preenchi- dos auxilios do Thesouro do Estado.
" " de vagas occorridas no Senado, A construcçã'o de edificios para gru-
no dia 30 de Outubro, pos escolares, cadeias, hospitaes, as
_,'~;":' ül{,:tw geral de vereadores e juizes obras 'de saneamento, de' agua e exgot-
em todo o Estado. tos, importaram, em muitas cidades, em
observancia do' compromiss~ que crescidas despesas, para as quaes a ad-
, . perante os meus concidadãos, ministr,;Thção local, ou não contribuiu
'9 .
!tendo-lhes, por' todos os meios com qualquer somma,- ou s6 concorreu
alcance, manter a plena liber- numa proporção diminuta.
. de votos, fiz constar aos funccio- A somma das receitas dos munici-
auxiliares do pod'er executivo o' pios no ul1timo qu;nqu'E>müo attingiu
em que me aéhava de conse- ap:p:roxiauadamente, lá Iquantia de ....
aq uelle resultado, e cumpre-me di- 102.557:000$000, e, no emtanto, tal
•
salvo incidentes de somenos renda·" deveria apreciando-as no _ seu . l
:",
·
" -"
, ' , ' , ." ',',"--,
,'-
/ ~' ~' . .. . ' ,
- .
" 0,
".
' , .... ,
'
'i : ',,"',
,
_, 0 "
'-- '
. " -__ , ..i ·
• _
-- ,--
,
'.
'
, ..:. .. . . -'..:'...178
.. '
---'c... ..: ..
: " _"" ', " 'i :.': ' ,:.:,., .. '_' "
í'.-:- ._ _ - • . , ,
,- ,
0----- • ,
---- '
, . '
"
•
t.-
··.'identico o resultado . das obserVações I em tratamento .228 doentes, dos quaes
,. , quanto á malaria,
'
apenas 1 ij 3 foram acommettidos de ,
..
Houve diminuição ilo numero de . molestias contagiosas, não se tendo
,. ,obitos 'causados pela ' tuberculose, que confirmado o diagnostico quanto aos ·
"- outros, Dos 228 enfermos, sahiram
·i·,- - ainda assim ascendeu . a 358 na Capital '
'
...... .
' ," ,:__-.:] 79-" ,~>':, i:', , :i:'-.,:;:,':,: :'~ ;"" :'~'::./""" ::;. ,,, ::", ,':: ': ",', , .:: -, --,,'" :" ::'.~ <;':.;:{,.:.;,/:\}?:.~':\:
" "".
I , '
",",
' , ,'" ' _. ;. :., ":',""::,".: " ",' ,' " ',""" ',.," "', ' , : " - :',:
' ,·:,: :: ,' :,;::':> -·: :·,·:'.:.,>n\~};(
. . ..
. ,,1 ",:'" ":,, '
, ,"
. .. " ~ ' . ," .' I " ':'" . • ,~ ..,: ,, - ,, ' " '~' :··' ':'···,:·:?:;}·}~X.
, . ' ~ ., "',',' .l,,: ,,'<:j ~:
, al.umnos na secção ,
.masculina e 107 na
feminina, Na de Guaratinguetá ma-
.
tricularam-se
.
127 alumnos,do's quae •
exigenCias do ensino e até da hygiene. 64 no 1.'· anno; e 63 no 2,- Na de
, '.. . '
1Q.;': '" O vosso .conhecimento dos negocies Piracicaba , foi de 29' o numero dos
;f., publicoa indicará as refórmas attinen-' · alumnos diplolnados em 1904, Na
;: ';:.
tes a. tornar o ensino official sempre de Itapetininga matricularam-se 118
.-~,., .
;., . '
-,'.
Na Escola Polytechnica . freqnenta- mnos.
;:":" ram 'a ,aulas de 181 alu,m.nos, tendo 9
,
. ," , '.
Destes ultimos são : . 10, 589 do sex.o
',':,'
~~; ~: .
,ccmpletado o curso de engenheiros ci-
masculino, 10,100 do &8XO feminino :
\. vis, 2 o de engenheiros iildustriaes, e •
'. '."
provado I, e não compareceram á cha- .
Pary, da Liberdade e do Arouche, na ·;, -
,
", . , "
mada 24. " " ,
',.'
,','
Capital, e bem.
assim os -de S. Carlos .')
"}".
., .. .
No Gymnasio daCapita:I matricula- '
· do Pinhal, da Fra,'nca, de Atibaia, de '.;
,\ . ram-se 136 alumnos; foram promovi-
>::;" '
,'·.,',
S. Simão, de S, João' da Bôa Vista e de ::
.cc: .. '.
"
dos nos, exames da primeira época 7 3, '''
'~
L. • Pirajú, no interior do Estado,
.,.'.' e concluiram o curso 6. No Gymnasio
~
."
•
... . '"
'·
'.;:' de Campinas matric.ularam-se 9'0 alu- Existem cr<;adas 2,616 escolas pre-oi
'." ." { . liminares,sendo
.'
'1 ,412 para o sexo 'j.
<(c • . mnos .e 4 habilitaram-se nas ' materias ' . "
,·".: do 6,' anno, para receberem oÚáu masculino, 889 para o femluino, e 293 A ','
.
'. ,
,;,
>':', .
6 . cóm approvação pléna e' 5 com ap" no Intuito de dotar todos os pontos do )
'i,;i' provação' Simples, Estado de eséõlas preliminares, tenho, ;:i
;,i' Na Escola .C omplementar, annexa ' á nas nomeações para taes .
escolas, pre- ·;'"~
''',.;: Escola Normal, matricularam-se 3,67 " ferido sempre os municipios que ainda';:;
, ..
;;';,: alumnos e obtiveram o diploma 69 .. não as tinham ' ou ,os que 'as contavam .
·i;
;,
· ,.
:.... ' . Na Escola Complementar .· .. Prudente em numero iusufficiente. ,
·',;: :
:,;' foeminina, tendo sido diplomados .26,- . ·diversa ao enwno aIl d>stri,!}uiodo,
...
. . '
cul-
,,
,Px
,
.. ', . ' .
. .
. .
..'>.. Na. de Campinas ' mátriclilaram-se 42 , dg,,,,do--se SO'bretudo de fac'l'i,1a,r {L. ''bi), ",:
",' .
,
' , ','
:..
,-
. - , . .
,
.
.... - '.
181- '.' ..'
"'<,
.
'\l{~1:U1das - o exed'dC'lo de adeantou a idéa de separal-as,
<-'o
e rle-mun,erad'oras.
, {'Oi8 mesmo sob o ponto de vista da
, .
Penso qneadeantariamos bastante são do trabalho. '. ,-
-"
" "
,
a civil e a crimfnal, -pois não, tores Publicos, que continuam a en- ,'<
, ,--'
". . .
,
,
. . ' ,
, .- '
pontualmente;, - á Secretaria do In- 'da justiçà prompta e ao' alcance de ' tó-
e da' Justiça, os boletins refe- dos, ,
á visltà. mensal -das cadeias e Mais sensivel ainda ,é, -a falta de re-
cartorios do registro , civil. ,
gras claras e precisas sobre ' a respon-
',' Tiveram tambem grande impulso os sabilidade dos ' empregados e fUllccio-
,
O Curador Fiscal de , Massas FaIli- litico, afim de qU'e todo cidadão fique
da Capital tem etr' dia o seu ex- 's empre ao abrigo de, abusos ou exces-
e tanto o Sub-Procurador co,- , sos,praticados por aqueIles que exer-
Procurador ' Geral déram cabal , cem uma, parcella do' poder' publico,
.;, ',.-
ás multlplas obrigações
,
--
Serviço policial Para melhorar ()
:,,' ,: ":'';" dos seus Cargos. ,;.
funccionamento das instituições poli-
Refiro-me, por , ultimo, aos Promo-
.-
'.J
: , ' tras fundações publicas, ou de utilida-
', . Não custa, ' sem grandes ,despesas, ",
publica" que recebam , legados, ou ensaiar a idéa nos municípios, nas sé,, ".;'
• , r
o Thesouro do Estado subvencione
,
para a ~x~cução <daquella lei, e verem func~ionando em predio ad-ecY, .' ...',
elaboração se acha bastante ade- quado s,e tornará opportuno dar-lheS'};]
';, t1ntada, procJJrarei,
l:!:.
nos limites dasfa- novo regúlamento, O que, entretanto., ,,/
',o
.', ,
;'" ""Idades do '~poder executivo, inclnir depende das normas contidas nas leis '. ,i
:,:::.a8 deterrrflnações assenciaes' á regula- sobre o systema geral das prisões do,;
,i" I'idade dos trabalhos 'em que se occu-
.', .
Éstado, de que nem todas se acham na""
devida ord~m. '::"'" .
:,'pam os diversos corpos e batalhões. ,
,,,---
Tenho, porém, de solicitar a vossa Taes leis ainda não foram decreta- :,
para o imprescindivel au- das e essa falta não deixa de embara-
de praças, tanto na Capital co- çar a, execução de effiéazes providen-
."
no interior, em vista das respecti- " "
cias ao alcance do
,
poder -executivo, ": , '.
Suggiro-vos a "riação do l{)gar de do inrerior, onde ma'" se'-lhe notam, " ',',
ario 'de' quem se .exija uma Continúa o Instituto Disciplinar ,'. ",'
razoavel, com o que cessará a prestando o seu util concurso ao fim ,,' " , ,'-'
, ,,'.
Prisões Empenho-me pelo inicio duetores de café, encarreguei o sr. dr. 'i?
,~. "">;;::
obras de construcção da' cà:deiada Augusto Ramos de percorl'er aS repu- ,..;,
::,:.çc:
da Penitenciaria, contando blicas da America Central, e as do, ',!"
• , ::/P
votareis os recursos' necessarios á
, '
norte da America Meridional. ",,)
installação daq uelles dois Nessa excursão, deve aquelle pro- ,,",i .:,','.::"
"
>',-, -,,', :. '-,' .... ." ... -. - , -..,:'- . . : ',c .... , . -.. .
-184-
. .
.... .." .
. . .
':'.', . ." -' , .
.......,
.
-- .
. __:-.A ..
aos elementos ,:om que tem contado B ,,~'
•
•
. -.-,:p
evIdente que, para a propagação ao melO em que se encontra, p"6de-se .)'
· .. c ;
conhecimentos uteis á lavoura, dizer que melhores resultados ainda" . ,."' ·
,.
""-, '.
G78, difficil será conseguir re- nos ás aulas, obstada por differentes
apreciayeis, sem a creação, causas, fôr garantida com a creação d~
dos campos de demonstração, internato, que é fórma preferivel pa c
o lav:r:-ador observe e aprecie as ra as oo'colws agrircolas, s~egundo de- -- .;,' · . .
" , · " .:
. do emprego de novos pro- Injoootra a ex:p:eri'en c-ia e·m toda a .pa r .. -_'-,:
":
', .
, ..
--
.
culturaes~" quer dos postos zoo- te . .
. '"
IC{ onde se ' facilite aos crea- Entretanto, os trabalhos escolares
' -.-" :'." '.
melhor escolha das raças ade- no ministrado pelo lnspector de agl'i- .- ':
•
·.
•
....
e dos typoS mais convenientes cultura do districto, que, parasatis- ....
--- ' .-'
aos fins que cada um fazer as exigencias do programma de -- " . ,',
· :.\
em vista. ensino, teve de organizar cerca de cem
· .... '
'"'. ·
· •.. '
fructiferas . . , .'. .
se c<Ínsegulr o engrandecimento
do Estado. Pelo Horto Botanico foram ainda - .::( ,.':",. .'
• .
t.a das pelo estabelecimento, á requisi- . ·, ;:.';<, .;
Apprendizado dr. Bernardino de ção de lavradores 'e Industrlaes. ----.
-"-:.,
.
:
. .; ,
. ·
.-.:-
'.' '. " .:":.'
.' '. .. ": ", ,::
'. . , .'. '.'
', ' .
:"~: ::: . . referentes ao tratamento das.' moles- tes, ' que roiam pelQ sólo, se presta
· " '," -',
" .. . .'
'.' , . tias de plantas cultivaveis; ,em analy- ser ' ct\ltivadà com ' outras
~(::-_.- ·ses de diversas materias; em - indaga-
_:; .~--,-,:,' -
de modo que ' possam constituir
X::'' ,,-'--
ções sobre' a , vinificação, as ' proprieda- ~Ilente prad,o de forragem rica
;;-: : . des pbysicas de amostras de algodão abundante.
•--.-
'-'-,_.,'
em analyses de terra do Estado e de desse novo processo de cnltura,
·- - -"',
", .
'
;. -- . -'
feitas desde a fundação do esta beleei- mente, de 1.300 pés o numero de
-filento . tas,
~:>- . ,
,
,. ~
sua ' cultivação.
..
"
Além dos estudos de selecção da
-. . Deram bons resultados as
canna de assucar, e das d~versas ox- eias feitas sobre a cultura do linho
,
peri,mcias ' com algumas variedades de da juta, favorecidas, principalmente
"" ' algodão do Egypto, de trigo, de ce- ultima, pelo clima. da zona, e com
· '.'
vada, de quarenta , e duas variedades mesmo exito se tentou_ a da
.. . de batatas
•
européas, 'e , de outras , di-
".'
de Zanzibar .
. , versas culturas de particular interesse
'.
,
No campo de experiencias de
•
. para a lavoura ,
do Estado, está sendo ba, continuaram em regular
,
: - -
·
.- -
objecto de egua'Cs estudos e expeÍ'ien- to os estudos e ensaios das.
'-
eias a alfafa de sementes espinho~as,
-" , '
apropriadas á região.
· ,
planta, encontrada "em Campinas, de Commissão Geographica e
. _" ..
-' - ·crescimento
.
espontaneo, e .que, pela -Prosegue\ll r,e gularmente os
• , . riqueza de produ(:ções baetetigeTI3!lI de a cango desta Repoartição, .
.. " suas , raizes .. ' grande . numero de has- Na secção botanica activaram-se
..
.. , , ., . .'
.- 187 .
" , '. ' ." .
•
pa.ra ~on se~vação do ' grande · fim de se con'hecer a marcha dos n08-
coordenaçã9 ,6 d.etenmin'ação
-
· sos elementos cllmato.logic.os, relativa-
adquiridas nas ultimás ex- mente á agrlculturà. '
e preparo.. e r.otulação. das Além da distribuição do. b.oletim an-
.'
co.m que a referida secção. co.n- nual de .observações meteoro.l.ogicaS
para a nov ~ 'obra s.obre a flo.- fornecidas semanalmente sobre o es-
Regni Vegetabilis tado. do. tempo., .organizaram-se . qua-
dros graphicos, relativos á distribuição. .
•
de co.nservação. d.oherba- das chuvas e sua influencia so.bre a
irreprehensivel e, . apezar de. se lavoura, bem assim as instrucções so-
. verifica·do nenhuma, grande ex~ bre o. m.odo de . evitar os effeitos das
em 1904 , houve, \todavia, al- geadas e das chuvas de pedra.
Na secção, nli.o s.otireram interrupção.
secçao- t.opo.graphica, além das os exames de terrenos, rochas, mine-
.
has já publicadas, abrangendo. raes, fosseis, etc.
de ·4 5 . 411 kil.ometro.s qua-
Horto Botanico - Os trabalhos des-
acham-se co.mpletas e esperan-
te estabelecimento, que . c.ontinuam em
ura· 6 fo.lhas , estando. ainda 5
crescente desenvolvimento, mantive-
. promptas . Referem-se as primei-
ram-se em perfeita ordem durante o·
. municipios de Pirassununga,
· anno.
Ouro. Fino., Bragança,
Co.m . referencla ás arvo.res . fructife-
e Tatuhy, e as ul-
ra e com o fim de estudar quaes as
" ao.s de Caldas, S. Bento. do. Sa-
variedades que melho.r se adaptem ás .
Taubaté, Salleso.p.o!is e Apia-
diversas · zonas do. Estado., co.ntinúa o.
uma área de 28.605
Ho.rto a prOVidenciar so.bre a obtenção.
quadrado.s.
de uma collecção authenti.ca ·de taes
está levan.tado. appr.oximadamente
variedades.
da área to.tal, calculando. a
A c.oUecção. actual de arv.ores origi-
que dentro. de quatro. .ou
••
naes já attinge ao numero ·de 236 va-
anno.s ficará co.mpleto. o levan-
• riedades, representando. 832 exempla-
.topo.graphic.o ,da parte p.ov,oa- ..
res.
Estado.. •
· "
o. anno. 16 estações d.e 1.., · çã'o e armadores, · que dispuzerem . de c
2:', 9 de 3. '" e 8 ' de 4.-; vapo.res c.om as neeessarias · condições
um t.otal de 4 O pOst.o.s. de . hygiene e de · rapidez de viagens,
observato.rlo. da Avenida Paulista assim se discriminam,'
. estudos especiaes, com o dades: - . ",,,~,,,\.t:\A LEGISLA,, · .
~" I;'.
"O" Bl·S·
....
·
l 1lJ
j.
Tr: " '4
I:. li~, " ,. .'
, ' ..
• •
• •
Hespanhóes • • • • 3 . 791 de 17de IYezembro ultimo, ' em 10. OO~ ,
•
•
Portuguezes • • • • 1.324 o numero de 'i mmigrantes a intr01u7.lt
Brasileiros • • • • 1.840 em 1905, neste · Estado, mediante Jul),•
Austriacos • • • • 50 venção ás companhias de navegação ' 0.
- . aos armadores, no~ termos da l~l n,
Total • • • 7.005 763, de 9 de Setembro de 1899.
Tambem não tem sido descurado O
•
Quanto ás respectivas edades,' era In : . problema da colonização, poiS o C·o.~
•
verno prQcura incitar particulares .'4'
.. 'M aiores de 12 annos . • 4.003 venda de terras em lotes, facilitando'il.
•
• De 7 a 12 annos . • • 1.040 por todos os meios ao seu· alcance.
De 3 a 7 annos . • • 1. 027 Este serviço ' acha-se' apenas em itijO
.. Menores de 3 annos . 935
• cio, mas é meu empenho dar-lhe <I
.
• •
maior impulso.
Total . • • • 7.0v5 . ·No int€1reSlõe do p<>voamen'to de te r-
ras devolutas, . foram creadas COml1li:1~
Quanto ás profissões: sões para o estudo ' da zona desconhe~
cida do Estado. Parte desta será el\\
Agricultores • • • • 6.335 breve atravessada pela estrada de fel';"
Artistas . • • • • 593 1'0 da Companhia Noróesté do Brasil,.
Diversas • • • • • 77 . e ficará assim ' apta a receber uma po-
-- -- pulação laboriosa, devendo a outr~
Total • • • 7.005 parte constituir a zona por onde, de
futuro, terá de se d'Csenvolver a Es-
·Os 1.840 immigrantes brasileil'Os trada Sorocabana.
eram retirantes do Estado do Rio
Grande do Norte, sendo de · 296 o nu- . Nucleos ColoIÚaes Nos nucleo8
mero de familias e . de 207 o de indi- colo.n iaes do Estado, emancipados em .
•
viduos solteiros. Desses immigrantes, differentes épocas, continuou o movi,
seguiram para a lavoura do . Estado menta de concessão de lotes e de pa-
1. 756, ficaram na Capitâl 43, regres- gamento de debitas de coionos, tendo
saram para outros Estados 9, e falle- subido a mais de 60:000$000 as im-
ceram 32. portancias árrecadadas o alÍno pas-·
O• movimento da Hospedaria da Ca- sado.
•
. " lbcarem na lavoura por intermedio da- ção, tanto as de construcção de ' pre-
quelle estabelecimento. Dessas pes- dias, destinados. a grupos.escolares e.
soas, seguiram para a lavoura 15.204; cadeias, .c omo as de e stradas de roda -
foram para outros Estados 38; fica- gem e de novas pontes ..
•
ram na Capital 73 4 ; falleceram 52; .Abastecimento de Agua e Serviço de
foram repatriados por conta dOR respe- Exgottos da Capital Afim de at-
ctivos Consulados 989, e existiam, . em tender ás immediatas tiecessidades de
31 ' de Dezembro ultimo, 524. augmento do abast'Cclmento de agua da
Com o fim ainda de ·fornecer braços Capital, que continúa a ser objecto de
á. lavoura do Estado, al'ém de outras toda a attenção, além dos estudos pa-
•
medidas postas em pratica pelo Oover- ra a elaboração do projecto sobre a
.. no; toi fixado, pelo decreto n: 1.255, elevação das aguas do rio Tieté, rea-
' , - ,. , .." , ,'
.'-' ·189,·' -'- "
.-- .
o ,de uma linha para aprovei- fim do exercicio, de 3'92.867 metros.
das agu'a s do Engordador, ' Foram feitas , durante
;
o ,anno, 928 li-
"a e outros affluentes da Cai- gações de .- agua, subindo a 22.889 as
(;onçalves, com a extensão total ligações existentes, e continuando a
,
, /128 metros, e que foi coustrui- distribuição a ser feita por hydróme-
:;."' encanamentos de ~ 5" de dia- tro, por penna € por cobrança de taxa
"," , podendo fornecer até ...... . fixa. Foram reparados, durante o an.,..
.'
Ita , para attender _ás nec<!e ssidades I cluído, ' com a levantame nto da linha
- serviço e gara"n tir a conservação e I .
o abastecimento
, . geraL
, rolas . . . . . 2.469
a elevação das aguas foi cons· ,
--,-.-,-,
•
•
' _.-'
.-.:c-. --
_c; "
__ o
-
_-o
,
geral, no a:nno findo, sendo ex:eavadas
SocCorro. A rues'ma Companhia, i
-:;C; '
.,
8 G. 39'7 rlÍetros cúbicos de terra e as- '
como a Paulista, e a estrada de
~ .--
- -- -
~ ".
,~-
_'o -- -. ,
~
· -- -, , . ' . . .
;-' .
União Soroca bana e Itúana, r eal
. sentados, 59~ tubos e 518 virolas. A
•
.-
- '.' ' .. chos concedidos pelo Estado,
são de 1. 6 OO metros, estando o c01le- dos qu '
-,;'.,', , .
-'
ctor .concl uido na extensão de 1. 9 () O
Hc.aram entregues ao trafego 34
:met.ros·, tendo a'i nda 318
metros. metros de
tubos assentados, promptos para rece-
Até o presente , as construcções
-.· .".
, :-- . -
- - .- . bel' 'alvenaria, 318 metros de valias re-
v:.tas ferreas visavam
-.. .
as communic a çõ~s de Santo s e de ,'
ce bendo alvenaria de pedra secca, e
,'
274 metros
.. de valia, já atacados.
Pa ulo co~ , o. interior . do Es t'ado .
·...
Na secção de custeio continuaram . systema de zóii'ã's privilegiadas
..·. .. .
tuou ainda ma is e ssa ·tímdencia,
-',
·.
"
, _-o
" . r espeito aos. direitos adquiridos ,.
Santos Improv ements , o cont'ra cto, p-.l '
-
,
•
.'
curará remediar tal estado de
•
ra esse fim celebrado com o Governo. (,
.
··
Viação Ferrea A extensão total · Exposição de São Luiz Co "
..
': •. das estradas de ferro em trafego, no • preparativos da Exposição· Up.iversa,l·
:C-' i ' - t erritorio de S. r'aulo, elevava-se, em São Luiz, a Sociedade Paullsta d'e
". 31 de Dezembro ultimo,' a 3.770 kilo- cultura, por sollcltação do Governo
.,.'.'-.- metros, sendo 1.117, de concessão ou Estado, promoveu nesta Capital u
,:" propriedade da União, e 2. 653, do Es- exposição de tudo quanto temos
.:-,. . duzido
· •
no dominio da indus tria,
:. ' . tado.
~'-'-.
o':
--
iN.este u1ltimo num:eroa:eham-<l'e•. in- sciencia e das artes.
~:,- .' .
'. :. cluidos 41 kilometros da via-ferrea Veiu o sympathico certame.n ·
indiscutivel progresso nos diversos
3-'.
.
que pertenceu á Companhia Carri.
.
l
mos da no'ssa .actividade, e, com
. . .
" ,
f erro no
','-
'Estado, oecorrida
'
. , .. .- --.,
" •
, :."
pela fórma que pareceu mais O encerramento do balanço da re C '
e como lhes era permittido celta e despesa accusou a existencia de
•
Sen\lo:
30.705:309$111
.. .
divida interna fundada; e, com Estas difretenças de cotações expll-
•
de cinco annos ficará extincta. ções, havendo peq'u enas oscillações, pa- '
r,', baixa, logo depoiS de realizados taell " -
titulos de juro de 6 % ' ao an- ' ,
RECEITA
,
,] mportancia' do emprestimo
,
externo'
de Lbs.
'1. 000.000 , contractado com o London and Bra-
" '
•
sjlian' Bank, calcula~a a libra esterlina ao cam~
blo de 27 d .
,
. . . . . . . . . 8.888:888$8118
, • ,
,
DESPESA · --
•
-'
_ _o
,~ --
• ,
lmportanciapaga pór serviços pertencentes' ás di- ·
· .... ,-.
,
Supprimentos
,
Jeitos ti. caixa do exercicio de 19 O5 ,. 13 . 800: 00'0$000 > ", -' -.,
,
-- .
, .~
-' -,'"
, -' -, '
951$702 o::
Restituição de saldos a favor , por encontro de contas ,
-'
,
.'-,-,
· . .-
,
•
, "
,
"
- - - . , : ., . .
"
." .
,
..
.
- . ,.-
" ,
..
" " l!Jm dinheiro , , 307:8-34$576 ' , "
• • • •
•
.. A' disposição do Thesouro, em
. diversos ' bancos •
'
• • •• 5.990:381$617,
Em poder "de diversos responsaveis 1.522:58.4$988 7.820: 8 01$18l.
•
•
Rs . " • • • • • • 57" 512: 965$548,
,
Indemnizações . • • • • "
419: 092~,, 661 •
•
,
Renda de estabelecimentos do .. • ,
,
•
os saques já feitos , pelo The- , ..
,
souro, por conta do, . empr.e s- "
•
timo contractaao ' com o
London Bank ' ,' . . 5.021: n2$267 5.777:801$074 ,
..
',"
Rs. • • • • • • .. 42. 603: 824~052
"
(;
,
comparada com a despesa fixada na lei do orça-
mento, ,
• • • • • • • • • • , • 33,414; 261$050
, apresenta nm
• .
accreSCllliO
'
'"',, , - - ",
organização dos municipios.
i!';ionstituição do Estado, venho dar-vos A lei actuaJmente'
, em vigor tem re-
~onta da ge.stãodos negoeit,s publi- velado na pratica diversas Ílnperfef.. -,' ,
~",' ""
~ôs a meu cargo- e, sug'gerir as medi- ções ou omissões, ás quaes cumpre 1'e:..
-"~'c' , - -
:lias
!,.
que me parecem
, ,
acertadas, a' bem mediar. .
'~o bom andamento da administração .
COD.Y'em .d e t_l?rmrll3.!'
. e,r.:m:-
., ela re'r.a as
·r<,', ,
fJ>ublica. condições necessarias para, creação de
Eleições O Governo tem mantido novos .municipios, afim de evitar~se o
~, conipromJsso de nito' :fntervir no plei- entraq uecimento dos actuaes e a crea-
•
" . . "
.....
:": .'
·,
'.'
.'
....
·, --. ... .. gão de novos, sem
.
' as condições indis- • do-se .registrado '2 . Oi 7 para o
•
./.. ". . pensaveis para. o seu bOI!! funcciona- . do Estado .
~ ;-' .
-, - -. menta . Por esta estatística ' verifica-se
.-:~-.-
•
·
~,
-' . -- ,
.
E ) da maxima
.
importancia a discri- esta moles tia te m declinado no
• •
."
-:i_-_ - · minação das f6ntes de renda .estaduaes . mo decennio.
,, ---
, --. •
'---, - é municípaes, ,p ara· evitar. a concomit- O saramp~o occupa o segundo
r..· . . · ta.ncia de impostos. . na· estatistica mortuaria. A
Lembro mais que podia ficar ex- de foi, na Capital, de 116, e, TIO
pressos os casos em q \le a administra- rlor, de 1.010. . .
. .
gão do Estado deve substituir a do mu- Nestes .ultimos aTInoS tem
nicipio, o u por se achar esta ultima dq, havendo-se própagado em
- .. '.
acephala., ou porque não queira,sem tes ,zonas do oéste do Estado, a
motivo justo, cump;';r as determina- jUTIctivite granulosa, "trachoma" ,
ções que a lei lhe tiver imposto. 'tesUa ~ta que, sendo deseui'dada ,
· .
.. Era meu intuito apresentar Um qua- ·comio eonlOOqueDlc:iia a ce'g ueira.
d'r o completo do movimento ' economi- 1IlpI'bo era i.n-leilramente descon
.. ·
co das camaras IÍmnicipaes em 1904, ·em '0 nosso Estado; os primeiros
• -- .
- '
•
. ' .
- L __ , :
- , -- -- · mas, não · foi possivel reunir todos os :ver'Uca:d'OS . foram elm
· '.
, - -- · dados,
. .
porqne sõ 133 daquellas cama- ~u,ropeus .
- - ..
, . ras enviaram á Repartição de Estatis- O Governo está providenciando
... . .
·
.
tlca os balanços relativos ao ultimo os meios , de combater este mal.
. - .'
· . ·
lei.'. da de em: S. Paulo, a diminuir a
• .
O estado sanita-. talidade, e a crescer o numero de .-
.- ..
.;
.. Saúde 'Publica
.
-'
"..... -.. '. 'n o, 32 obitos; s.e ndo 5· na Capital e 27 te o a nno,
.
60.316 visitas em
. ' '110 interior. Estes .casos vieram do Rio As intimações, expedidas. foram
:'-, ' ·de ·Jalleiro, alguns, e outros foram de
"
Os p.redios . em construcção
. (immigrantes, que desembarcaram de foram 2.874. .. .
.• ' .' :navios ' .infecciona-dos.
.- -- - Vacclnaram-se · 32.459 pessoas, e
.. ' . . , . - Occorreram .14 obitos de peste em vaccinaram~s{ 1.664 .
,
- ,"
,
, . ..
. :',_'.-,
.. ....' todo '0 ' Estado. . No • Hospital de Is'o lamento,
..
•• .. •• . Deram-se 51 o bitos de febre typhoi-
F- ' -.. entrada, . durante . o anno, 801
.' ' . ' ,
:/:.. .de. na. Capital e 353 em todo o Estado. Em 740 fof. confirmado (,
-- - ,
, "' ..
..
~;::-,; -~
Foi de 93 O ' numero de obit05 . pela. não o tendo sido nos 61 restantes.
.. -inalaria, na Capital; e de 809, no in- . Nos '740 ' casos que ' se regis~raram
',.- -
-.. . . · te,ior.
·
,
.
. .
I
moles tias infeccio~s, . 613 foram de
De 3·44 foi. a contribuição ' da tuber- i r a mpão.' Convém . co.nsignar que
I
,'.- . .eulosé para
. . o· obitua.rio
. da Capital,
, . ten- I eram immigrantes .
.. .
·" "
. ..
. ..' . "'-.-.- . . ,,' .'
'.-- -'. :.- '-'< ,'.' .. -....-;-- --' - ' ' - - ' ' - ' .-"
,
---_." . .-.
.. , .
. .
. ." ·; .-
, '.- ~ . .
-
'.
197 ,.
-
'.
" ..
.
'-'
· '...
. .
completo, as suas obrigações, no ,
. A educação, pois, do alumno de gru-
á saúde publica. po custa ao Estado 112$500 annuaes
..' .. . '--_... -- ..'.':--- ~,'''''
"" .. "..
. ·,"0·_,:·,·.· •.. ..,' . .-.<._, ......... ,;
,. 'o· '.' -' ' .....- : . . ., .cc'.',·'-
" ~',,::.';-:/:.'J_: .'-:,C"."
__ -
',: .
,... _ ,,,. ,,' ..-......-:-_.:.,.-':-.-',:,>
· -. . ,.-
,-t·'.: .--....
._ .': ",' .:' . • . n.,. "_,'_-'_ :'.
• • • __ -
:':'.' _':--.:-'
',',-.:-.....
• - ""
"
,.
.-'-:_;_'-: __ :.',
","
.
, .
_, ....
--,'-
O'
... ,':.. , ,
. '
,',
-. ,'.-
,,_.~: . ",,-
..
. '.- : , ' . , - ,
• '. ",'"
" -.
, ....- ...
"
.
. ,,:
. c·' .....
'.'
',"·C·,' • . ' , __
'
._ .-
. .' "
- " .'.
,
•
;, ,,' ou
'.' -
9$375
-- .
menSltes;
,
os de escolas 180- 1 ga,Santa' Rita do Passa Quatro e
.
.;"": . •
Omov;mento das escolas do interior " do, 136 alumnos, dos quaes eram
foio seguinte:- escolás providas, ,725; , cionaes 135, e, eJ<trangeiro, 1; " . ,
;' .: ;. 8 no 6. b , · 9. •
tados de apparelhos e ' utensilios que sê ·':.'
. •• • • •
Habilitaram-se
•
em exames de ad- faziam ,precisos . .
: ao 1.' anno, 1l6; dos quaes fo- Realizaram-se os exercicioS' 'praticos
matriculados apenas 43, que, com das diversas . cadeiras. \ .
.- ,',
, •
7 repetentes, completaram a lota- Os alumnos deste importante ·esta- ... .... >",:
- . .
•
..',-.: ,, ' " ': " ' , : ....-.- '. ,,''" .. '-':":', .-"., .''.'- .. . "'''. -.... - '< .;.. ",., ',' ,..
,,- . ';.'~'
...." -" .. ' -', "
....- .. "
.- '
;";;" ''-'"
~ ,., '
,.'
,
. ..
'.o·- ·· , -~ .·
,",..
' "',", ,., .,, :'"
; . -'·-200,,',:,~::;'·'·,:·:: '.'" ' •
.
~[ ';(ri .. ... . ." . . . . . . .' .. •
"!(:~':';
.2/. . "' bEir"Cimeilto
'-<- " ' . .
' conduziram-se Da matriculada no . 2.° ' anno; a qua l irrepl'e-
'. . , .
'iU;, . . . . .hensivelmente.
~ -"".-".----
completou o enrso.
"'----,,--, - ', ' .
~t . · . ··.. Vari9s donativos foram feitos á " Es-
.-.- " " ,
Entretanto.
.. como nos annos anterio-
i~ > cola. por ~eni';s e particulares. . ' .
. '
. · ."
~T/ para matricula nil .. Escola Normal" 2-; ... o'. ,resultado ', . .
dos exames'
. .. ,,; . .
foi
'" : .o se. ... ..: ' .' ,~
' .
-"-' - - -
~::.:~_-,> easaram:-se" 2; empregaram-se em · ca-
'1.::- -- - , ' . . - -
guinte:
· . .. .·,.
,.·..
..
:;,_;,:,:.,,-'
--"--.-
-sa8 . de modas, 2; e sabiram para
-- , - -
aaxi- .'
. ' 1.0 ADno " . · , , • •
.'
'.
., •
"•,
','-',__-_-
=r.,~
,' .' .liar suas mães ou protectoras. 8. ... . ._.- .. ., -.
..'•
--- ... - -.
. Approvadós . • • •
, •
,-- ': .. j' . .. . , •
•
ReprDvados
Retiraram-s'e •
• •
•
•
•
• .
,:,;,.,'
•
' 7
2
, :,.
,'
'. i
..
. ,"
2.° Anuo, -"" " " · , .. .
". '. . -',\j
'.
" ..... '
-". ' , Approvados . • • • • ' . ' 18 •
';,1;
..-. -- --
-.".. '
. .. ,'.
,,'
.
. Houve. portanto. em 1905. um ex- • • Reprovados . . '- ',- 10 .
..
/.!,
. --'
. .,.
. ,
, 'i~
'--' ,
c esso apetias de 7 consultantes sobre ' 3.° Anno
• "
-»:-. , 'i
:;> . . menor o numero. de consultns. produ-
.
Os -alúmnos têm feito !!xcursões" ás. ,;~
..~.
-~-:'- .
···· zindo. assim nma differen~a de 106 pa· principaes fabricas do Estado ; ;afim de .m '1
.,
,"
:;%.-' ;_::-
,.-<'. _ _ -r a menos. estudar-lbes a; organização e installa- ,,~
,?y---~
,"-<
'o);. Museu O numero de visitnntes çao. .
-.- ~ ~
'({~
-
8': . que. em· 1904. foi de 37 .781. subiu.
. ' _ • ,v
· O" Go'Vernil do Estado subvencIOna a .<'·~;ít.l
EscQla. desde ' 1902. com 12:000$000 ;i.l
?;"', .. . no anno de 1905, aO. numero de .... .....
~( .. .-' .- ' 4· 8. ·7 58. . . ... , ,-;:~
~;:;:";' -
' . aunuaes~
'.
4',.
... .. ..."'"-,..
" .~
.
'" . #.,
.:ê' .as diversas collecções. dar o trienniQ de 1903 a 1905. man- , '\1~
.."
..
:",';.
;~'
';j
:i,,::'
O pessoal do estabelecimento occn': . tinha esta asso.ciação: , .fi.
':;1/,
{;
'--'. .-
. pou-.e semp~!" com os trabalhos de ob-
.. ' . seis classes para o ensino " das pri- :,!~
:,".
t\' - ' .
. .ervação S'Cientlfica. e alguns dos es- : meiras letras. lingua portugu"eza. ari- 'i:~. ~
,~
;> tudos mais Inter.e ss;lDtes serão inser- thmetlca e noções de algebra. de geo- ':~
f{;},j'-'-tos na "Revista ' do Museu". , . . metrla e ' de 'c ontabili<lade; . ' i1l
'.', ,
· ". " -
• I
;/ -'
~':Escola ·de Pbarrnacia - Omovímen-
-
- -
••
~
----~-_:: -
-......
.:-: - to de :alumnos manteve-se crescido nos ção ás . artes e As industrias;
uma para o de modelagem em "har- '~:.;
:
.. . --
~- - ~
'
~ ~
.. ,'" "
~ --." . ... "ll
." .' '. .... .".'-_.
': . "'.-
...
. - ...'. -- ... -- - ..
.....
.... :-- .- ..' . .. .
'.:':-.--
.
. .
,.. ,,'_ .'.
_. :., ':';:"'.'-'"
_.
,
',' c' ... _
-c".':.".
- ....
, , 201- "
.. ,. .
.
....•..
. . .
'
.: .
..:-'
: '.' .-. .
. .
Posta em execução esta lei, no mez 1 trictos a que ll;le ref-eri, ou então,
'-~. '., Ide Janeiro' do' corrente anno, ficaranl sejando nâo· 'e'ntorpec'er, retardar
. ,
':, .. · ~de no""'!o separados,' além de outros, os
",
dispensar a acção
"o .
,. , '
, ,
. .· '.'--.-,
" .
-, .
referentes á Justiça e á Segu- oaes em suas respectivas :comarcaf$, noiJ ,. ;L_:
Publica, a ella já pertenCentes. termos da lei n ,· 365, de 2 de Sete';;'- -:::~,
, summa, não se faz mais - qu~, .'de bro de 1895, tem o Governo custeado. '
i(o, levantar a Chefia de Policia a o serviço nas d'e mais comarcas. ", '
,,'-, ~" :
fazendo o Congresso obra san,por- estã bem d·efinida a posição do Estado; ' ;.
- . ." ' ..
.' "', .' legislar não -é sinão das regras pa· que. em face do artigo _L O da supraci- ','
.
.' os actos existentes. tnda lei, se considerou' responsavel -·
• ..-
da Justica - A jus- apenas pelo pagamento das despesas
•
. .
que se _referem aos proc.essos de réus _ -'.
publica continuou a ser adminis·
pObres condemnados, deixando ãs mu-
a co nfórme a organização decreta-
0-: ' " ' ' . niCipalidades o encargo de satisfazer as .
., a 10 de Novemhro de 1892, em vlr-
". ' '
dos processos de réus absolvidos, ao
das ' leis n. 18, de 21<l.e Novem- •
(lue as mesmas se recusam, allegando
de 1891, e n. 80, de 25 de Agosto .
que todo o serviço passou
, a ser custea- '.' ,'.-",
anno.
do pelo E".t ado.
demonstrado a conve-
• ·
. da refórma dessas l~is, atten ~ Officios de Justiça Esse serviço . .
'a o estabelecimento de uma c·o ntinuou ·a ser feito de 2.ccôl'do coDi .:,
, de magistrados coD:), at:.trlbnições as determiuações do decreto n, 123 , de '
.
ticas ás do~ antigos Juizes -1llluni- 10 de Novembro de 1892. com o recur-
. , '" .~
,,
dos juizes singulares para o nrG- Inven tarios.
·
e j-ulgamento dos crimes affia.,- • , ',"
," .
'
. · ', '
Serviço do Jury A' excepçãi>
', .- das
,
sa-mortis", e nas arrecadações de be ns ;.-- ;
'maras m uniclpaes de I\.ragança, Fa- de ausentes, cujo producto liquido te- ..•.
· '. ,' ,
.' . a e ' Tatuhy, que declararam ficar nha. de ser recolhido .a os cofres do Es- . •._-
-m o encargo -das despesas do . Tri- ' ,, tado,continu .
3 s i&e ll1 a ser l'ep'resentan_ ,:
. .
' h. " nal do Jury e do pagamento de! · tes legaes da Fazenda do Estado, O pri, .,' "
...
<:.
••
com os procesSos crl.mi- ·I meiro Proc~.rador-Fiscal -e seus auxi- -<;'::
":'"
,
, ' .'
., ,,,' . ' ., .- . . ... .. -.-. ..' .. - , ' ." ', '" . . ..... " "<'
.. -,,-
, ". ;"; ",,." ' : .
... , .~" ", .. ,.'
" '- " - ; .- " . ' C" . ,
, 0' ',."~'/' .' , , :" ~,.
,,,. ,
' ,'0 ' ." ' .' . .'.
, ....
. . . - ., ,',
... ' 204 '. ' ' ' .," ·',:u
,
, ',', .
• -c- : .. .'
, " ',,'.,' ; . '"
, ,', .,
" , ...
"
." .".'_ '.,. .. .,
, ~.i
. -c
,:". : '
',' '
. :2"<l
• o, '.'
• , - ;'.:;
"
~>I-
-.,.:
·
. ,
' ---'-
-,
.
.'
, -'-',
:i"
: : -- -
!iares, lia comarca da Capital, e 'os exa- c unlprrmento das suas àispos ições, inaís ,\~~
-.-•
~:-:. -- ctores, nas outras comarcas. ' tem concorrido, e se interessa o Go- <.~
,"
,i Terminou por esta fôrma o' conflicto verno do Éstado : -, f·
".
:<
" de jurisdicção que parecia existir en-
Ordem e Trallquillidade P"bli,,,," :.'
.' tre a Sub-Procuradoria Geral e os . ..,'
-
-.' , mais , completa o'tdem.
.
-- , -
Baixando o decreto n, 1.330, de 20
Nà cidade de Santos manifestaram- .'
,
de Novembro do annO findo, estabelEi-
'..
•
ceu o Governo uma noV'a divisão dos
se,. no de'correr ·do anno, duas ·' g~·,es'\ -> , .
'; • uma de. opera rios 'estivadores. a 12
,
districtos criminaes da Capital, para
,
,
Junho,
,
e outra de carroceiros, a 13
attender, a uma melhor e mai's equita-
, Setembro.
tiva distribuição do serViço entre as Em anlbas as emergencias
tres pr6motorias da comàrcà, nos 10- •
ciou o Governo, de prompto e com
. gares >em que devam ' funccionar como
· meza, de . modo que o 'soce_go
'" . orgams. do Mínisterio Publico. ficou logo restabelecido, sem ter
-'.. ; - -
,"
,i Casamento Civil -,'- São tambem con-
" vi do necessidades da applicação de
,,' sideraveis e' dignos de nota os esfor- didas extremas.
ços empregados pelo Governo.
para ra- Serviço Policial Auxiliandc;> O meu."
•
;" . dicar nos nossos costumes a institui- empénho em dotar o Estado de São .
. '
, ,
,
ção do casamento , civil, decretada a 24 Paulo de melhor .sarviço policial, vo- ,
de Janeiro de 18,90., teu 'O Congresso a lei n, 979, de 2 3
Além das providencias de ,ordem ad- Dezembro, instituindo a policia de
-,. . ' " .
:' cfeslasticàs, soiicitando o seu conCUT- baixar por intermedio ela Chefia de
•
,-, -c_- 80 na organização ' da familia, sob à licia.
-, . ponto de vista legal consagrado na,- ' ..
-:, " '
Regulamento e instrucções que
' . quelle decreto. se acham em vigor. e constam do,
5; -
·", .T ambem sobre este assumpto da
' , '
to de 23 de Févereiro, sob o D.
'.,., . mais alta .relevancia· se ' tem descuida- e do acto de 30 de Março do .
•..
'- --. --
do o poder competente, sobrecarrega,n - anno.
'-. .
" . do o . Estado da · Jiel execução da lei; Tem sido muito satisfactorio ti..
• • •
· .
"por intermedio da sua justiça lo·~al. sdtado da instituição da policia
Registro Civil Esle · serviço COllti- carreira." Por esse facto, vai dia a
. cr~scendo_o "seu prestigio.
" "
>,; ~to á arrecadação das 'm ultas ' impostas O Governo do Estado a fundar um"
. . , '
· -- - . -
" aos infractores do respectivo ' reguia- lonta, .destinada
.-
á conecção,
,
· pelQ
••
?i"
, . ,
mento; entendendo
. uns que constitue balho, . dos vadios e vagabundos,
~".'
,' ,renda do Estado" e, outros que pf!rteil-
'
taes condemnados, nos termos dos
, '. ce aos , cofres federaes, ' por se referir 374, 399 e 400' do COdigo Penal, e
)··.·:a
, .
Um decreto balxa.do pelogoyerno ge-
.
lei n. 145, deU de Julho de 1893,
,. •
~:;;:' ;_ -ral; sendo certo, porém" ,que, pa.ra o ram _,dad-as - as providencias
,,
. , ,: "';-
-- . -
.. '. -'
.
. ,
.'
------,_ .
•
a , fnstall~ç'ão daqu~l\e . estabeleci- ' lhorar a organização,• desenvolver os · "'.
·
conhecimentos- e aUgIUentar, o espirito
de disciplina
. . desta Força. - _.',
·•
las "Dr. Bernardino de Campos", ' em .
l'risõe. do Estado A lei n. 967-A, {.guape, e ' " João 'Tibiriçá", . em São Se-
.24 de Novembro de 1905; autorizou . bastião, sendo este ultimo de recente
Governo a construit uma nova Pe- '. creação.
em substituição á actual, . , ,
O anno lectivo, findo em 31 de De-
não . te~ accO"mmodações ne- •
....
la. Para O terceiro anno passaram tres •
com o ,s eu sustento, as qua-es, des- , __ o'.
,'.;
•
"
-- : "
• Tem dado resultado satisfactorio os Fawnda Modelo distante. da Cidade, ",. '
•
empregados no intuito de me- onde residem os alumnos e com a qual
•
- .-• :
206 -
,
t r ansportes ~ n c ommodos e deficientes . I Agricola I; Dr. Be ('ua rdino d E'. Call1··
P ara. obvia r a· esse inconv.eniente é ! pos" , e m Iguape, fe z-s e com a l J; uma
I
couvicto de que sem o internato· o en- irreg ula ridade, UUi'ante o an HO i)assa -·
sino profissional agricola não póde ter I do, e m co n sequ e ncia d a mudança de rli-
em I'ealidade o caract er essencialmen- !
t
recção. Em 190 5) s ómente oi(f.l alu-
te pratico, que a administração publi- , mnos prestara.m exa mes, tendo ha vido·
ca deseja imprimir-lhe, c uidou o Go - 'I a fr e q ue n cia d e m a is d e v inte E: ci n co.
vel'no, des d e o principio do actual pe- No A ppre nd izad o Ag r ícola .. J O?o Ti-·
ri o do presidencia.l , d e m a ndar construir biriçá", e m S. Sebast ião. ha POU(;() c:r ea-·
o e dificio pa ra o inte rnato da Escola de- so bre os mold es do ele Iguape. as·
,
Ag ricola Prat ica "Luiz de Queiroz", as- aulas co nle çaram a fUllccionar e m :25
sim como to d as a s d e m a is dependen- d e Ma io do an n o fin do, com a fre qu en-·
eias e os a nnexos indis pensaveis a um I cia d e 111 .a.lunulOS. Dos a lum n(l~ m a -
esta belecime nt o daqu ella ordem. tric ul a d os, s ómen te u m de ixou de co m-···
O fo"and e edifício para , o internato e parecer a.os exam es, e quin ze fo ram
ma.is d.epend e ncias d a E scola e Fazen- prom ov idos para o segu nd o an HO .
da Modelo. acha m-se presentemente O r es ult a do d os exam es n o pri me iro
qu a~ i inteiral'ne nte a caba dos , obedecen- anno lectivo d o Appre n d i zado ·· :João·
do, quanto áq u elle. com mui pequenas Tibiriçá ", e os p edi d os de m a.tr i(·ula de.
a lterações a o projecto qu e fôra deli- S. Sebas tiã o e Villa Bella deix" 'H es-
neado , quand o, em 1 89 4, o Gove rno pfra r maio r fr equ encia. no co r rente a n-·
c uid o u pela . prim e ira. vez d·e · adapt a r no.
ao fllnccio n amell t o d e. uma e scola a g rt- ! Em a. mb os esses app l'e nd iza clo:r; o en -
c.o la pratica a a ntiga fazenda de Sã o sino pratico da. ·ag; ri cllltura é f eito nos·
J oão da Mon ta n ha. nue fôr a doada ao campos d.e expe rt e nc iàs, an nex(Js, nos;
E s tado, expressa m-ente pa r a esse fim. qua:es cad a alulllllo t.enl a se u cargo
•
Quanto ás d ependenc ias. isto é, cons - um lo te para cultivar.
tr ucções, so br et.udo da Fazenda Mo- A algun s que, po!' f a lta ele. recul':'iO S,
delo, foi executado novo plano, intel- não p6de m ser ass id nos ás a tI la!-!. ('on-~
r a.m e nte d e accô rdo eonl a.s exigencias cedeu-s e a mod ica r em ún eração pel os
do ensino pra.t1co mode rno . , serviços prestados nQs campos de: ex-o
Ta.es constru cções co mprehendem r e- perie n cias, cre a nd o ~ se • . assim , & clas s e
sidencias do a dministrador e do .chefe de a lumnos-ope ra rlos. que t em dado
,
' d e 'cultura s. p'a ió1, leiteria, casa de ma - bons 'resultados.
chinas, para be neficio dos produ ctos' Na vis ita que t eve o en sejo de fa zer"
"
ag ri cola.s; estrebatias e estabnlos, po- aos dois appre ndi zados , o d \'. Secre-
cilgas , apris cos, ·e strumeiras, etc. Todo tario d a, Agricultura verificou a \ltilie ,
est e conjunto de edificações a.cha.-se á dade dess es modestos·. institut os . aue,
vis ta, porém, distante do internato. rfJ.ontados e custeados conl a maior·
Como compleme nto dos se.l 'viços pa- parcimonia, estã.o j á p restand o i n~ o n
•
•
207
[leia Secretaria ' da Agricultura attin- lyses, contra 402 feitas em 1904, Rea-
"iH, em 1906, o elevado algarismo de ~izaram-se, além disso, nos mesmos la-o
'I ,1 , 812 exemplares, boratorios. muitos estudos e ensaios.
o
"Boletim de Agricultura" conti- de fibras vegetaes,
"IJOU a ser , reg'ularmente publicado, Chegaram a seu tel'll10 alguma-z da s
, I
" !lH~mentando bastante a sua Circulação. interess-antes experiencias que o InsU-·
I
I
'III~ foi de 3,313 exemplares, ' mensal- tuto Agronomlco vem continuando de
JrlC=·.nte . Teve tambem regular pu oiica- I annas anterio:res, tendo sido eUectua-
6, i.(1 o Boletim de Estatistica do Com-
U I
das ou iniciadas outras novas, y·-e-rsan-
n:el'cio do Porto de Santos com os paí- do todas pTinc~pa;Lm"ute \Sobre o café,
1.('~ extrangeiros". e, no. corrente anno. canna de assucar, algo-dão, ~lantas·.
208 -
"er o prod neto no merca:do, melhor das de ameixeiras, lnacieiras, llereiraK o;:
~; , \, tS, não contando os alumnos dos di- de São Carlos do Pinhal, que satisfez
\ ' \ ' I' ~ OS coUegios. muito, ainda que não se fizessem 1'e-
'I'am bem foram iniciadas ali, no an- pl'esentar muitos municipios, que o po-
no passado experiencias para a crea-
7 deriam ter feito com vantagem'.
~ il!J de carpas, mandadas vir dos Es- Ahi verificou-se a tendencia dos
I " ,dos Unidos. criadores para o melhoramento das ra-
'~;xposíçãode Aniniaes Julgando ças, com a orientação san e pratica im-
l) (toverno que era chegada a oppor- pressa já pela experiencia de muitos
I.unidade de promover a primeira Ex- lavradores da região. cujos ensina-
posição Estadual ' de Animaes, resol- mentos serão seguidos, com proveito,
•
Hm, a. 6 de Abril do anno findo, con-
por maIor num€ro.
vidar as CamaTas Municipaes de Cam- Foram innumeros os productos ex-
pinas. São , Carlos do Pinhal, Batataes, pos tos nesse certámen, sobresaindo 08
Pindamonhangaba e Itapetininga, como equid,e os em primeiro lugar e, logo em
N' ntros dos cinco districtos agricolas seguida, os bovideos.
'~ Ill 'que fôra dividido °
Estado, a to- Os ovi-deos e suideos foram mais
lHarem a iniciativa da organização de parcamente representados, contra a ex-
l~,xposições l'egionaes , preparãtorias da
pectativa de todos, visto o desenvolvi-
r~8 ta.dua1.
m e nto que' tem tido entre nós, os ul-
No intuit o de alcançar o fim dese- timos particularmente.
j9,do, O Governo não poupou esforços, As aves e outros animaes compre-
qu er distribuindo premios aos exposi- hendidos na 5.:t classe da 1. ... secção,
lores cujos prod\lctos mais mereces- concorreram em luaior numero, nada
:>em, quer facilitando os transportes deixando a desejar quanto ao valor dos
das estradas de ferro, quer ainda pon- I exernplares expostos, Foram distribui-
do á disposição das commissões orga- dos 34 premias.
nizadoras regionaes os conhecimentos A 20 de Junho, teve logar a exposi-
praticas e theoricos dos melhores au- ção de Batataes.
xiliares. direct.amente orie utados pela Muito interessante foi este certã-
SecretaÍ"ia da Agricultura. men, particularmente na parte relati-
va ao gado vaccum, como aliás era de
A prim eira exposição regional rea- ,
e muar, não sendo por isso de extra- classificação, sendo confel'ido.il 64 pre- ·
•
J!naT que nessa exposição se exhibissem ntios em dinheiro. além de 'i ~~ meda-
belIos typos de ambas a s especies, em lhas de ouro, 10 de prata, 11 de bron-·
maior numero do que as bovinas, sui-
nas e outras ainda mais pobremente
ze · e unla menção honrosa. ,
Como ensaio, satisfez muitü essa ex-
representadas. posição e espera o Governo que 06 t! l'ia-
Ass im, com quanto a exportação de dores. tomem gosto nestes certâmens .e
llapetininga não alcançasse a impor- que os futuro s se tOl'llenl se !Upr~ l11ais
tancia da de S. Carlos, foi melhor do attl'ahentes.
que as de Pindamonhallgaba e Bata- Com o intuito ele excitar eScl8'. att ra-
taes, distingnindo-se ' de todos, por cção, foi organizado um con-curso hyp-
apresentar a conconencia de outros pico, o primeiro em São Paulo , .que
municipios e produetos industriaes de- TIl uito agradou.
f
rivados da pecuaria, como não se vi- A ·orga nização da. Exposiç{\o Esta-
i
r<'~ !'ll nas outras.
,I, d"al e do Concurso HYPPlcQ (", toda
Ahi, exhibiram os seus productos os entregue aos cuid ados. d a Sode d t•.de
municipios de Tatuhy, Tieté, Espirito Paulista de Ag ricultura. Que soube,
Santo da Bôa Vista, S. Mano,"l, etc. como senlpre, fazer jus á confiança do
N otou-se particularmente nessa ex-
posição a parca concorr.encia de ovi-
I Governo.
I Estatistica Agl'icola e Zoote<:iuú<;:t.. -
nos e caprinos. quando é certo que a
Pelo decre to 11 . 1 . 323 , de O u t. nbl·o
região parece das mais fadadas para o
ultilno, foranl apPI'ovadas as il'.stru ·
bom exito dessa c.riação. concorrendo
grandement'e o clima mais frio do· que
cções para °
levantanlento da (:!8tatis-
e "a natural que concorressem em tado dividido eln cinco zonas, (:0 1"1'e8"-
maior quantidade os mais lindos spe- pondendo aos districtos agricola", 'fi-
cimens das ' differentes raças de ani- cando a cal'go de um delegado . em ca-
.
maes domesticos e corresPolldeu per- da uma, a superintendencia do iie;'viço
feitamente á expectativa. Sómente a e a distribuição de . mappas e o torne-
secção de equideos estava um pouco cimento de instrucções aos a.uxilla,'es
mais fraca do que as ·outras. Foram nomeados em cada nlunicipio, pa ra rea-
distrlbuidos 50 premios . . lização
. do levantame
. nto da estatística.
Finalmente, a 15 de Julho, realizou- o serviço ficou conlpletamente orga-
se a inauguração ' da 1.' Exposição ' Es- nizado,
. .
com a celeI'idade compativel
'
•
Todas as classes apresentam senSJ- ciavel, os couro s e a borracha da man-
vel augmento sobre o anno anterior. gabeira, além dos chifres, banana.s e
A importação de moedas metallicas abacaxis, que representam muito pe-
" fiduciarias foi de 8.402:547$000 em CJ. ue no valor.
- 4: ,
, , ,, -- _..._--• .,----- ..... .•
,
,
ENTRADAS SAHIDAS ,
," ,
,I ,I.
I...
,
1905 .,.'"
, 190.
1_.
,
I
"
"
[I
--
1904
"
, 1905
="
1904
- -
1905
i 1'04
--- _
1905
I
i J .68/A6E
,
TOTAL
- • · ' • 1.1;21 -\2311,1.551.425
.
I
1.733,114 1 L 12C 1232/ J ,548,362 ' 1.725.974
214
rificando que .
a margem esquerda des- I tria de lIIuminação e haver hoj", no ,
te rio era coberta de extensos' banha-- I merca do urna notavel procura de mi-
neraes tantaliferos.
dos, desviou a linha um pouco para
a esquerda e foi de novo encoutrar o A secção botanica realizou excur-
referido rio· nas proximidades do acam-_ sões pelo Estado, com o fim de obter
pa.mento denominado Rio do Peixe. plantas e estudar a nossa flora. Orga-
Deste ponto em deante o picadão nizou-se o h-erbarlo, que se acha devi-
at)erto . pela turma seguiu mais ou me- damente rotulado e catalogado,
,
nos de perto a margem esquerda do' Esta secção publicou durante o an-
rio -do Peixe até a ban'a do ribeirão 00 findo dois boletins:o ' n, 15 - , c',
•
da Panella, Flora Pauli.ta, IV · Familia de J\olyrse-
•
A margem direita desse rio foi le- nace1lS; .- e o n. 16 Ensaio para
vantada a bussola e podo metro, por Ulna· sYllonl~lnia. dos nOlnes populares
secções Jigadas ás transversaes, le,ran- .das }>lantas . ind~genas do Estado de
tadas a tacheometro na linha -·g eral. São Pnulo. .. _. .
,
•
•
- • 215
A ;.;;ecçao meteorologi ca lnan t eve co m 1 sa estrada, até o logar onde devia al-
•
tod a if. r'2gu1 a ridade o serviço de o b- cançar o ponto de partida dos traba-
•
-:I': I: Va,ÇÔo?s. syst ematizando a publica- lhos d e. discriminação, resolve u o Go-
I;;io. pela im p re nsa dia ria da Capital . I ve rno pl'oseguir a abertura d a m esma
d;:..s O b :8i'. l' va ç õe~ feitas diarianleute , em estrada até São Sebastião , serviço es-
S. P a.nlo. Sa n tos, Iguape, Piracicaba, ! se em via de proxima conclusão .
.. !
f { j be}r;~. (J Pre t o, Taubaté, Itú, S. Pau- I RealizaTa m-se t ambem, no a uno fiu·
I
11) d os A;:: udos , R io Claro, Bro t as , Cam-
Immigrantes Emigrantes
. Saldo ou .Deficit
Annos Entrados Sahldos • • • • • •
1902 40.386 31. 4. 37 3.949
1903 18.161 36.410 28.249
1904 27.751 32.679 4.92f5
.
1905 47.817 34.819 12.99;3
,
Os 47.817 immigra.ntes entrados du- Brasileiros • • • 1 .978
rante o anno findo, assim se discrimi- Austriacos • . •. 203
•
nam , por nacionalidades: Diversos . .
•
•
•
•
4 • 034
Italianos • • • • • 13 : 596
Portugue2!es • • • 5.878 Desses immigrantes, 21.8-02 vieram
'i:;"
" . ' ,, '
- .'
': :
.:, "
•
217
•
,<npoutaneamente, tendo pago suas pas- 'Vendo ser em breve exped ~d o G aeto-
1!I1.gc ns até Santos, e 26,015 vierãfu no que as deve regulamentar .
•
n :t;imen da subvenção •. com passagem O problema de immigração tem me-
I'''.~''. pelo Estado. recido a melhor attenção do pOdêr pu,
Dos immigrantes entrados dnrante blico e deverá continuar a ser uma das
" a nno passado, 2 1.185, por serem suas primeiras preoccupações. tal a im-
:1,J!;l'icultores , localizaram-se na lavoura porta ncia que eUa tem para O desen-
(lo Estado, tendo passadO pelá Hospe- volvimento do Estado.
dada e seguindo para seu s destinos no O Governo te m posto em pra tiea já
IlIterior, com passagens gratuitas em varias providencias no s ent itk: de au-
estrada de ferro. Naquelle numero •
se gmentar a immig-ração e de multipli-
Il(;ham comprehendidos 5 .319 immi- car as fontes de supprimellto de bra.-
gl'a.ntes italianos, vindos ~spontanea ços á lavoura ou para o lwvOdm e nto
mente, do sólo. pel a fixação do im!l1 igraute.
Por decreto n. 1. 3;;5, de 10 de Abril A creação do Commissariado Geral
ultimo , e de confornl.idade conl a auto- em Alltuerpia, como centro de acção'
"ização da lei n. 984 , de 29 de Dezem- para attrahir novas correntes de im-
bro do anno findo, foi creaila, a Agen-: migralltes, já vai produzindo resulta-
cia Official de Colonização e Trabalho, dos . encaminhando-se para S~,O Paulo,
destinada a facilitar aos immigrantes I, espontaneamente, á vista das in t'orma -
c trabalhadores em geral s ua collo ca- I ções hoje facilitadas aos ím migra.ntes
•
ção na 1avoura e n as industl'ias, ou em naquelle Commissariado. áqnelles qne,
terras publícas ou particula l'es, como I por desconhecerem até mes mo .a exis-
.
proprietarios, arrenda ta rios ou parcei- tencia do nosso Estado, se dirigiram
ros. ! para outros paizes. Póde-se já confia.r.
A nova repartição. nos t!'8R primei- , á vista dos resultados até 'i.gora obti-
ros mezes de seu funccionamento , tem d.os, que. de ntro de um prazo !'e lativa.·
mostrado, pelo moviment.o que tem ti- lnente curto. aos pouc-os, irá se avolu-
do, e pela regularização que trouxe ao mando a corrente immigratoria do NO!'·
.
serviço de colIoca.ção dos irnrnigrantes. te da Europa, com a qual só pOderão
que ella correspollderá aos intuitos que llHlltiplicar os llucleo s colo!lüles,
a administração publica teve em vista , Não tem o Governo descurado tam-
Quando pr,omoveu a sua cr eação. bem das m e didas attinentes (\ protee-
Afim de dotar' o servfço de immigra- ção e amparo dos immigran~~ s, no seu
ção. e colonização com todos os appa- primeiro estabelecilnento.
re1hos indispensaveis, permittindo aO Com a creação da Agen cia Official
Gov-erno agir firme e desembaraçada- . de Colonização e Trabalho . deu j á a.
• •
mente na a ttracção do imnligl'ante e na administração publica um largo passo
sua localização e fixação e ntre nós, naQuelle sentid{), creando, embora senl
para o povoamento do s610, devem ain- obrigatoriedade. por não ser isso da
da ser estabelecidas, ,conforn.1c autori-• sua. competellcia, o cont l'u c to d~ traba-·
zaÇões existentes na lei do orçament.o lho para os immigrantes 011 trabalha-
vigente, a Inspectoria de Immigração . dores diversos que se engajarem por
no porto de Santos e a Directoria de I .intermedio da Agencia, e llrocuTando
,
Terras. Colonização e Immiglã.ção, par- I facilitar •
a resolução das questões en -
te integrante da Secretaria da Agri- tre patrões e trabalhadores, pe lo juizo
cultura. arbitral, ao qual se sujeita!u todos os
O plano de organização destas duas. I que contractarem seus serviços naquel-.
r e partições .lá se acha elaborado, de- , la repartição.
218-
Entreta nto , outras medidas devem I Nos antigos nucleos. co lanhes de S"
,ainda se I' adop tad as.. sempre com o I. baú n a , Piaguhy, " Campos Salles". P a. ·
lll esmo intuito de protecção e amparo riquerá.- ass ú e S. Bernardo foi regular
·a o immigrante e m se u primeiro esta- o movimento de concessãp e pagame Jl
belecime nto, as quaes sÓ poderão ser to dos lotes. Elevou-se a 53 o nume ro
pos ta.s e m p -:~, tic :: '3 , ~) ::-r deiiberação do de lotes concedidos nos mencionados
-Congresso. ' nucleos, t endú si.do expedidos, a colo -
A adopção d o juizo arbitral paI'!' nos dos mesm os. 67 titulos definiti vo:->
resolver a s ques tões resultantes da de propriedad·e. •
terá. (> trabalhador de dirigir-oe ao jui- i no findo, existiam , no fim do"' annn . •,
.zo (:.ommum e e perante este que se !I seis lotes occupados e 67 vagos, no pri~ .'
•
-cousas do Paiz, qu e lhe pe rmittam pro- ,I g al', .quasi t odos os lotes desses .'do i"
·
1 900 :
!I 71 kms.
6I
Pelo producto d e um hnposto ' 1906
de ~ . 2 % sobre o valor da s t~rras da- I
das a registro, ll[W podendo ser infe- i Cerqueira Cesar a Mandury.
riOI' a 1$000 a contribuição de cada ' ! bitola de 1 m., E . F . S01'O-
proprietario ou possei ro,• > ficandQ eg- • cabana • • • • 21 kms.
):;as H: l'ra S is entas do imposto de ca-
pit a l sobre a propriedade immovel ru- No regimen da lei n. 30. d e 13 de
ral. cl'eado pel a Lei n. , 920, de 4 de I Junho de 1892. foram feitas. depois de
Ag os to de O4.. l' I Dezembl"O de 1904 , tres cou('essões de
•
220
f ( ('( "" lÜl: total • • 6 7,626: 964$936 de Dezembro, no qual já foi a mes ma
,
1)" "1
.< 1" "'",. ~C(. total • 36,280:644$820 dirigida por agentes do Governo . Tal
1I 1r1dn • • 31.346:320$116 distribuição é a seguinte:
,
" capital , !. 585: 836$2 15 , que l'epresen- zem espera r os estudos feitos a res-
l.; t.1n a penas parte da verba de - lbs. I peito.
27,00 0-0-0, r eserva da para lHes obras . ~ A presumpção acima é confirmada
do total do emprestimo . pelos resultados dos mezes decorridos
deste an no, nos quaes tem a estrada
ESU'acL'l. {l~ Fet'J'o FuuilcllSP produzidO renda liquida, si bem que'
escassa, por perdurarem ainda as con-
I't/=ceita • • • • · • 90:382$950 dições onerosas da r eorganização do
n ~ spesa • • • • • 91:019$954 serviço .
,
,
l>e fi cit • • • 6378004 Sommando as importancias que ja
haviam sido empregadas pelo Governo
Este resultado deve ser d istribuido na Funile nse, quando · entrou na posse
por dois periodos distinctos: o de pri- da mesma, ás que depois foram des-
me jro de Jane iro a 31 d e Agosto, no pendidas e ás que provavelmente ain-
'lu a l a via fe rrea esteve ainda s ob a da o deverão ser, e m conta de capital,
".d minist ração do C. R . ,F elTeo Cam- conclue-se que a via ferrea, prolonga-
pineiro, por ajuste com a C. Funilen- da, alargada, tornada independente,
" '. e o de prime iro de Setembro a 31 mediante a linha de Guanabara á pra-
•
222
•
1904, o que re d uz o " d e f'lei't" -a ..... genhos centraes s itu ados n o E s tado;
55:636$881.
o regÍl1len de economias começado I
I adopção de unIa tar ifa diffel'endal.
de baRes . reduzidas e applicavel em t.o-·
,
I
e m 1905, e continuado nos mezes já da~ as linha s de trafego l1Hiftl n, l) ..r: a
decorridos deste anno, permitte espe-
! leite, verduras, ovos . e te ..
rar que desappareça a superioridade
da despesa so15 re a receita, nesta linha,
I
Nas linhas de pro priedade do J';s-
,,'
tado, em vartic.ular, fizel'arn-:c.::e al tera-
aliás de caracter especial e tarificação ,
ções fa voraveis ao
1, procedido a
publico. tendo-:::.e
revisão das tarifas do
muito baixa.
~ Tramway da 'Canfal'e ira, nl'"~d.ida fam-
;;0 * I bem r esolvida com re lação á F u n ilf. n-
o trafego r ealizou-se em toda a rê- se.
de paulista sem anormalidades no ta- Aquella nlesma p-reoccupaçào ro i tra.-
• •
velS. no anno prOXlffiO passado, s alvo duzida em l'ecommendação ao ~u p er-·
pequenas interrupções oC!corrjdas na intendente da E. F. Sorocauanu. no
época das ch uvas. sentido de se modifica r em aF; ba.ses das
No corrente a nno, porém, afóra os I tabellas, que fo ssem menos liberaeB
accidentes da especie, foi o funcciona- ali do qu e nas outras estrad a :;..
•
\:1!:1 reduzidos, depois adoptados ta.m~ que interessam a toda linha Rio-San-
IH'III em outras linhas, tos, que o sr. J~ Garcia explora, ao pas-
N;ts tarifas d,e nossa rêde ferrovia- so que a receita é e:xdusivamente re-
'I". porém, ainda ha mnito que melho- lativa ao serviço entre Santos e Uba-
nll" e nesse sentido continüam os es- tuba.
((11'4;08 do Governo, As viagens e os transportes foram
feitos regularmente, tendo havido ape-
N<I.vegação o Estado mantém 2 nas de notavel, a falta da prirneira via-
I~f\rvjços de navegação, por contracto, gem de Março, por motivo de força
i'· ambos subvencionados: o do littoral maior .
:::.
.
: norte, entre Santos e Ubatuba, e o da
Ribeira de Iguape - O serviço ac!la-
. HiI>eira de Iguape, cüm as linhas de
se a cargo da empresa Silva. Martins
,',\irírica, do Juquiá, e de Sabaúna.
& Comp., vigorando o contracto' de·
Santos lJbatuba. _ . O serviço foi 1902 e a novação de 1903.
. fnito no anno passado aind,l COln um Omaterial fluctuante f(li mantido-
QÚ Havio: o paquete "Garcia ~', e no re- em bom estado, effectuando-se as~'.i'ia
p,llHen do CO!l\:·C':. ~c ~'.-,:<gnado em 1.900 gens com regularidade.
j'(lIH o sr. Joaquim Garcia, o qual vi- O movilnento financeiro foi o se-o
je',(H'OU até 30 de Novembro. guinte:
N"essa data, foi o contra('tant.e auto- Receita
\'fsado a continuar as viagens, de ac- .
"''''rlo com as clausulas daqueUe ajus- Subvenção • • • • 45:232~~2R
! f_!, que não foi renovado, por estar. já 1.459 passageiros • 5:132SBGO·
.ontão, resolvida a abertura dÇlo concor- 1 . 294 tons. de cargas e
.
rencia publica para a navegação de to- encommendas . • •
' '1..'), 4~,,, ...,) ~! O
12 .\
,li!, a costa, de Ubatu ba . a Iguape, pro- Diversas . • • • • 12 211$740
,
,'[!lenda que se deve tornar effectiva - ... _ - - -
110 corrente anno. 74:f11$;:03
O movimento financeiro oa empresa
,I. Garcia foi o seguinte: Despesa , • • • • 61:756$260
226
.
abastecimento em tres zonas foi subs· dade e duas linhas prillcipa t?=: dB 25\',
tituida pela seguinte.: ligandO um "chateau d'eau " . ::d tuado
ZONA ALTISSIMA, abastecida pela :na Luz, aos bairros elo 'Bra;. ~ parte
ala esquerda da Cantareira (tubos de baixa do Bom Retiro. Perd ize5,. f':tc.
12") ; Os reservatorios !=>ão de 6. '.' () " m ,e··
ZONA ALTA , abastecida ainda pelos tr08 cu bicos de capacidadn jo!: :ora-lll
mananciaes da ala esquerda (tubos de projectados de cimento armado , já ten·
do sido iniciada a construcção .
12") e futuramente pelos da ala di·
reita;
•
I I
A nova adducção das aguag do Bar-
[ rocada e do Cabuçú foi projec tada e
.. ZONA MEDIA, abaste cida pela ala
,
já está sendo executada .. A' acid ucção
direita; e
das aguas do Cabuçú é talvez a mais
ZONA BAIXA, abastecida pelo Ypi· importante do BrasiL O volume ad-
ranga e pelos novos manallciaes que duzido é d·e 500 litros 1)01' segundo, de
estão sendo captados e adduzidos (Ca· sorte que ' o ahastechllento act.ual vai
buçú e Barrocada) e até pelo Tieté ser duplicado. A zona haixa. oue é a
convenientemente filtrado, para um
. . mais vasta e que cOl'l'es ponde mais ou
caso excepcional. menos á .metade da cidade , a hs orverá
- .'"
Todas essas zonas foram ligadas toda essa agua, enlquanto que as
unlas ás outras, por meio de estações aguas actuaes. que abasteciant H. parte
elevatorias, de maneira a se podel;em baixa, passarão a abastecer as lonas·
soccorrer mutuanl€ute, em caso de ru- altas, augmentando tambem ('I \e' {)lu me
ptura. dos
, encanamentos. que e llas recebem actualnlentB.
A segunda idéa adoptada, com rela· I
A add.ucção das aguas ct o C(I.bllÇÚ
ção a esse serviço, foi que toda a dis- conlpõ e":se de 28 aqueductos . e fli7 28
tribuição deve ser feita · directamente syphões, .os aqueductos são d ~ c i!uen-
pelO lnanallcial, -existindo um res€rv a ~ to armado ; a fórma· adop tada foi a
torio na "extremidade da canalizaçft.o, ,,: de dupla ellipse. O grande e ixo da el·
para armazenar as aguas em exces~o, lipse de base coincide com o p~queno
.
durante as horas de pequeno conSll" I eixo da ellipse qu e constitue ,,\' ahoba-
má , e reinjecta. l-as na r ê de, durante ela. Assim , obter-se-ã uma larga hase
as horas de consumo maximo, I para distri buição das pressoes sobre·
I
Essa disposição de alimentar uma ,I o 8610 e uma abobada superelevada,
I
rêde pelas .suas duas extremidades: I para resistir ao peso das terl';).s e me--
além da grande vantage m de estabe- lhor perrnittir a visita. Essas ca,naliza-
lecer grande uniformidade de pres- I ções já começaram a ser construídas e-
do Tietê ou de Cutia .
I m o até a conflue n c;. do ·Ypi ra n ga.. A
•
i pa.r te comprehendida ent.re o Tieté e
Afim de melhor garantir a pureza·
a. ponte de ca nta ria, será excava da
das aguas captadas na Serra da Can-
por uma draga, fabricada pela propria
lareira e augmentar o abastecimento
r ei)a.rtiçã.o encar r egada dos serviços.
da s zonas altas da cidade, durante a
Corre ram eom maio r regularidade,
(~s tiagem. sem nada des pender com
durante o anno p a ssado, as obt"as re-
(:analizações . . foram proje ctadas duas
fe re n tes ao cus teio e conserva ção do
barragens: uma na ala esquerda, d e
s erviço de abas tecimento de ag ua da
12 metros de altnra, no va lle do ., En- ' I .' .
I CapItaL
I~'ordador" e a outra, de 15 metros de'
o numero de liga ções a predjos , que
,.l t ura, na a.la direita , do valle do I
a inda não estava m abastecidos de ag ua ,
'· Guara hú . Cada UUla dellas armaze- i
· Cl'esce de anno para anno, n a razR o
na 500 . 000 metros c ubicos, augmen- :
. . , do progress ivo augmenlo da populn-
tando , a~sim . durante a s chuvas. o vo- ! ção da cidade. E' a ssim qu-e, de ! S~ S
lume da a gua <listribuida, durante 100
dias de estiagem, de 10. OOO metros ,i a 1904, existia m 22.889 ligações , nu-
mero este que, junto ao de 853 liga-
r:ubicos diarios, o que representa, ap-
•
ções feitas durante o anuo findo, per-
proximàdamente, a quantidade de que
faz o total d e 23 . 742 ligações.
diminuem os mananciaes e m tempo de
·
•• A rêde de distribuição teve, duran -
secca.
•
E ssas duas barragens são de .. Cor- I
••
te o anno, um prolong'amento de " .
)·oi ", mistura de are ia , a rgilla e cal , I 4. 953ms.,55 .
rJrotegidas por. unI re ves timento de ci- I Funccionou r e gularmente a oftid-
mento armado, que faz corpo COlll os na de hydrome tros, tendo executado,
t.ubos de tomada de agua, que são <lo durante o anno, 2 .614 ligações e pro-
mesmo material, evitando assim os cedido a asse ntamentos e trocas des-
pontos critlcos pOI' onde costumam ses apparelhos, além de pequenos re-
•
serv,atorios ~a Consolação e da Ave- I,' uma linha de 12" na rua Florencio d.·
nfda . A breu, as de reparação de collectol'
Regular andamento ' tiveram os ser' . de 18", que atravessa o Jardim d"
'Viços de exgottos, havendo os collecto- , Luz, e as da galeria existente nas ruas
res ao longo das ruas recebido um
• •
i
Helvetia e Palmeiras, cujas condições
augmento de 2. 761ms.,90. , I não offereciam sufficiente estabilida .. ,
, No tim do anno passado" a rêde de de.
exgottos da cidade tinha o d·esenvol- O serviço de elevação dos despejos
'Vimento de 800ms.048,17, send,' de dos bairros do Braz e do Cambucy fo -
21.882 o numero de predios ligados ram feitos com regularidade pela"
•
á mesma, de 43,203 o numero de ap- I bombas installadas na casa de macbi-
parelhos sanitarios assentados e de
, nas da Ponte Pequena.
1.708 o de ventiladores existentes.
Numa das dependencias da Repa r'
Foram continuados os trabalhos da (Ição de Aguas e Exgottos, foi illstalla·
planta cadastral da cidade com a rê- do, e está funccionando um labor~ to ·
de, procedendo-se ao levantamento de rio de analyses chimicas e bacteriolo ·
novas plantas e cadastrando-se todos g-lcas, com todos os apparelhos e uten-
os predlos novos. 511108 indispensaveis, permittindo ' a
De entre as obras de conservação execução de 12 analyses chimicas de
realizadas durante o anno; devem ser ag ua por semana, e o exame bacterio- , '
• •
Receita e Despesa do Est.arlo A receita e despesa do exerC1ClO
RECEITA ,
125.118:877$082
,
DESPESA
Sujeitos a liquidação:
Em poder de exactores . • • 27:323$085
Em poder das Estradas de Ferro 260:596$395 287:919~~10
,
--- - - - ----~ -
125 , 118:S71$1I 82
-- -~--
cadação. . • • 3,284:294$043
._-----
31.449 : 619$357
A receita extl'aordinal'ia proveio do seguinte:
lndemnizações, compl'ehendida a importancia de 8. 391: 206$059 ,
divida da Estrada de , Ferro Sorocabana e ltúana, liquidada com a
•
compra da dita estrada de ferro e que está computada na escriptura-
cão, no custo da mesma estrada 8.919:183$594.
67.346: 641$040
•
-
A despesa paga pelo Thesouro, classifica_se da seguinte fórma,
pelas tres Secretarias de Estado:
• • • • 73.398:075$624
-
76.760:731$630
•
231 ,
Estampilhas . • • • • 36.307:964$900
Papel sellado • • . .. 182:500$000
Apolices em substituição . • 128:000$000 37.884:028$33'
215.632:616$~3~
-' IJ(H' eompleta e prompta, como o bem i traçado. sendo a sua maior ae~. ãQ eO\-
. ..
.; prega-da no desenvolvimeufo e organi-
I!:mquanto isto, deveremos agir pe- zação de importantes serviços reclama-
,- ; -.
-' .. '
'/ '
111 IHHisa parte, providenciando e acau w
dos pela bem publico; e os resultados
~/ .. Id:I.IH]O tanto quanto possam per- beneficos que de alguns já se vão co·
, Inlll ir os proprios elementos e attri- lhendo são compensadores dos esfor-
J , ,
f'-: -
,' -'
Nos relatorios dos srs. Secretarios
E:-:• (In Estado encontrareis mais minueio· de prosperidade em que se acha .
;,~-- "os -esclal"ecimentos. com os det.alhes e Effectuaram-se, em
-i -_ . Eleições
" Il.H indicações que sempre constam de 19 06, as eleições geraes para o Con-
":';
, taes documentos e que revelam a so- gresso Federal e para Preside nte €.
.,' ,
,
diversos muniCípios; YealiZal'am-se'
t a mbem eleições para juizes ·de paz de
Srs. Membros do Congresso Legis-
{, Jatlvo do Estado. districtos novos' e em alguns que as
--', : • não fizeram opportunarllente. ou que
~~:: Vindo, pela terceira vez, em cum-
a.s tiveram annulladas pelo Tribunal
,: primento do preceito constitucional,
< - --
d., Justiça.
, dar conta dos negocios publicos e in- .
·
< d icar-vos· as providencias que julgo . Em todas ellas foi mantida plena li-
necessarlas ao bem e aos interesses do berdade de voto e não se deu altera-
'I':stado, sejam minhas primeiras pala-o ção da ordem publica.
vras a manifestação dos meus senti- Saude Publica ContinÍla a ser ex-
mentos' de jubilo pela vossa auspicio- ' cellente o estado sanita rio em todo o
sa reunião e dos meus votos para que ler rito rio paulista, nenhuma moles tia
a vossa sabia e criteriosa assistencia . pestilencial tendo-se desenvolvido na
aos publicos negocias seja fecunda em Capital eno interior.
beneficios. Febl'e Amarella Da febre amarel-
Administração No .periodo decor- la está S. Paulo felizmente livre ha já
rido entre a ultima e a actual sessão tres annos, não tendo oecorrido, em
<lo Congresso, proseguiu o Governo na 1906, um unico caso .
.,xecução do plano d e admiuistração todo o Estado. c.~\'4\B\~~\_~__~~!i!S!"L· rl'.-
~v 'O.I 1:., ' f ' , .' ... . ':-: ~
'"04 '; ' .· I·I~ /"
•
Variola - Póde-se dizer que a va- tos, 1.65,6 casamentos e 6.027 obito>l
l'iola. tarn bem .está extincta, e nenhum e, em todo o Estado, 98,123 nasei·
caso haveria a registrar no anuo findo, mentos, 17.019 casamentos e- 64.31:'
-si não fôra um caso de varioloide de obitos. Comquanto o numero relativo
um doente vindo da Europa e que foi a nascimentos não exprima a realida.·
o rigem para os 18 casos .de variola de, devido a que as populações do li!
verificados na Capital. No interior, toral e do Norte mantêm-se ainda re-
nellb um caso occorreu. fractarias ao registro dos nascimentos,
todavia, os numeras do registro de··
Peste Em Santos e em cinco 10-
mostram um saldo de 33.808 nasci"
calidad.es do Norte do Estado, appare-
m.entos sobre os obitos.
ceram alguns casos de peste bubonica,
mas, devido ás promptasprovidencias Serviço Sanitario - Foram executa-
tomadas, o mal não se desenvolveu; dos com regularidade os serviços a
continuam a ser 8lnpregadas, nas 10- cargo da Directoria do Serviço Sanita-
calída.oes infeccionadas, medidas de rio e respectivas secções annexas. Em
prophylaxia, no intuito de evitar o execução da lei n, 432, de 3 de Agos·
Teappar.ecimento desta molestia. ' to de 1896, foi .expedido o decreto 11.
1343, de 27 de Janeiro de 1906, divi-
Trachoma - Aconjuntivite granu,
dindo o territo.rio do Estado em 14
lo~a. ou trachoma estava se propagan-
districtos sanitarios e estabelecendo a"
doem' differentes zonas do Estado e
attribuições dos respectivos inspecto-
sacrificando urna bô'a parte da nossa
res sanitarios. Por este modo, é a po-
população. rural. Tendo o Governo, pe-
licia sanitaria exercida com melhor re-
10 estudo feito acerca da extensão des-
sultado em todo o Estado.
se ma!, ehegado á conclusão de que
era inadiavel o emprego de medidas Hospicio de Alienados Foi em
immediatas e energicas para comba- geral bom o estado sanitario do Hos-
te l-a e evitar que nlaÍor desenvolvi- I picio de Alienados. A media de doen-
mento tivesse. organizou um' serviço tes no anno foi de 946, sendo 57 pen-
especial para a prophylaxia e o trata- sionistas particulares; o movimento
.
nlento daquella nlolestia, expedindo delles foi o seguinte:
. para esse fim o decreto fi. 1.395, de Existiam , 925
•
3 de Setembro de 1906. São animado- Entraram . , 252 1.177
•
res os resultados já obtidos no curto
lapso de tempo em que .está funccio- Sahiram , , , 67
nando este serviço. Falleceram • 157
• •
sendo 469 do sexo masculino, 397 dó minados 10, reprovados 16, promovi-
feminino, 140 mixtas, com o total de dos 100 e diplomados 46.
29.195 alumnos. Funccionaram tam- De Guaratinguetá: 'matriculados
bem 18 cursos nocturnos. 203, eliminados 20, l"epro\Cado, 11.
Era de 1.846 o numero das escolas promovidos 125 e diplomados 47.
•
vagas em 31 de Dezembro, mas já fo- Escola Normal - As aula::. do eí.lr-
ram providas 135, 'no corrente anno. so normal funccionaranl conl regula·
Existiam, mantidas por 70 munici- ridade e a matricula foi de :31" al!t-
palidades, 291 escolas, com a media mnos, assim distribuídos peloR -4 a.n-
de 5 OO ai umnos. nos: 1.0 anno 149, 2. 0 52, :)."- -_ ... 57
Grnpos Escolares - Matricularam- e 4.0
51, ·dos quaes perd~ram ü c.1n-
se, nos 72 grupos escolares que func- no 9, faltaram 5, foram reprovados 56
cionaram em 1906" alumnos em nume- e approvados 239; foranl prom.tNidos
ro de 24.536,. dos quaes 23.525 na- 188 e diplomados 51.
•
- 237
(·oIL.., tdtantes. o
numero de volumes da propl'ios do sexo, assim co'mo deve ser
l,jhliotheca é de cerca de 10.0(\0. fixada a edade em que devem deixar
(;ymnasios A matricu 1;< n05 dois o estabe1ecimento. •
, '"
_, )0 ... ,. ,
•
t J c' •
~
_.,"'1. :, tiragem média de
"' .".('::-; . (·otn a ria, aproveitados em servlço5 novo!"',
1 . 7!í(l '·· x(~ ml>]ares por dia e com o to- que foram creados e que já se ac hêUll
t.a l, <le .j!)8.750 exemplares e ., .... em 'acção.
fi .168.750 paginas no anno. As publi- Para execução dessa lei foi exp-edid (I
, ' "..
....<,-,.
239 - ".
" .
•
i)s benefic io s colhidos conl a remo- está á dis posição das autoridades 90-
, :. ,1,.1a.(;5.0 da policia são attestados p ela liciaes. COIU essa' organização. em pnr-
" ... Ie m e tranquillidade que reina m te inici a da ha pou cos mezes. tenho as-
,
j l" ,~ !ogares onde ha delegados de car- segurado , com efficacia. a oraem pu-
.
i'n lr<t. blica e colligido os meios par i;. a I'e-
pressão dos delictos.
:-k.l'vico Policial Segundo as dis-
"
pCl ~dGões das duas leis cita d as. o servi- A Força Publica do Estado te m me-
,
•
.; " I'olicial do E s t a do d e São Paulo é recido especial cuida do do a ctual l.lO -
" " "
ra to m (i:. sociedade, cuja segurança .el- repres entantes das diversas prorlseõea.
le é obrigado a manter. com existencia legal, IDas com assis'
Foi expedido o decreto n. 1.358, de tencia numerosa, que deliberava impo -
19 de Abril de 1906, dando regula- sições e enviava ultimatum aos patrõct>,
mento para a Pagadoria da Força Pu- dirigindo. emfim, o movimento pare-
blica, secção civil que funcciona bem dista em São Paulo, que logo se pro--
e está installada numa dep.mdencia do pagou a Santos, Campinas e Ribeirã.o
q uarlel da Guarda Civica. Preto.
.
Por decreto n. 1.407, de 3 de Ou- A principio, calma e dentro da lei.
>
sões. sob a direcção de ofticiaes ' da rias, que se tornaram illicitos, do:-; .'
••
Força Pu blica e so b a fiscalização da quaes partiam movimentos que, conl ",
Secretaria da Justiça. ameaças e violençias materiaes, per-
Ordem c Tl'anquillidade Publicas ' turbavam a ordem publica, e mandan- ,
"
Polic iamento
.
da Capital Na Capi- do recolher á prisão preventiva diver- ..·
tal foi feita uma nova divisão policial. 60S cabeças, que foram depois ' postO" •
•
de fórma a tornar o serviço equitativo em liberdad·e. Muitos foram snbmetti- ..·
aos delegados, e, pelo decreto n. 1.425 .dos a processo, tendo sido diversos ,
·
de 23 de . DezemlJro de 1906, foram.. condemnados. A ordem publica resta-
tambem novamente divididas as respe" beleceu-se immediatamente. sem haV'er
cUvas subdelegaclas. aecessidade da força armada, que es-
A Guarda Cívica, ÇOlU a nova Ol'ga· teve aquarteliada durante o tempo da
n izHção est.abelecida na ultima lei da agitação.
. .
Força , de aeeõrdo com instrucções da Interior do Estado O policlamell'
Secretaria da Jus tiça, foi applicada to do interior do Estado foi fornecido
exdusivamente ao policiamento das pelo 2.', 3.' e 4.' batalhões ·de infan-
ruas . taria.
Energica. e severamente tem sido •
A ordem publica, no interior do Es-
- . feita a polieia preventiva, com o pro- tado, foi mantida, não tendo havido
cesso e julgamento dos vadios e vaga- graves alterações.
bundos. e consequente internação des- Houve agitações partidarias, por
tes na Colonia Correccional. Só no causa da administração municipal, em
primeiro senlestl'e a policia iniciou e Bebedouro, Caçapava e RibeirãoziúD.o.
cemeluiu 220 processos p or vadiagem. logo restabelecidas sem emprego de
Dos processados, 23, por 's erem extran- força, devido principalmente á itnpãr-
geiros. f{)ram deportados, em virtnde cialidade dos delegados de carreira.
de sentença judlciaria. Em Ribelrãozinho, que, como muníci-
(;l'éve Nos principios de Maio ul- pio, é delegacia de 6.' classe, sem re-
timo , os operarias de diversos mís,té- muneração, e não tem delegado de ·'
res declarara.m-se em parede, dese- carreira, a agitação foi mais duradon-
jando ril:uitos o augmento de salarias .ra e s6 ,terminou com a deliberação que
e todos os estabelecimentos das "oito tomou o Governo de mandar para lá,
'h o ras de trabalho". como antoridade policial, um tn~O
Funccionava na Capital, á Travessa formado e extranho .
li. terra e .s em li-
da S.é n. 2, a. chamada. "Fede ração Ope- gações partldarias. ·
raria
f) , composta, segundo se dizia, de Recentemente houve perturbações
241 -
•
III ; t l~ri&.~ ordem. chegando até a
0.1:1 lhões destinados a presos, afim de, com
d(' ,.. a.mamento de _sangue. em Doura- a maior brevidade, para lá fazer a re-
do e Itaporanga; em ambas as locali- moção de vadios e vagabundos, E ten-
dades o Governo procedeu com pru- do-se. ultimado a 27 de Março ultimo
d'~!H:ia. e energia, restabelecendo a or- a éonstrucção de um pavilhão, foi
df'm e entregando os criminosos á Jus- transportada a primeira leva de 24
I it.:a . condemnados, acompanhada do desta-
camento poliCial de 20 praças, e que
h l:Oj:tttuto Discipüna.,' ---- O Institu to
" lá deve permanecer.
Disciplinar, "destinado a incutir habi-
I' ()~ de t.rabalho e " a educar, fornecen- Por decreto lI, 1,438, de 1.4 de Fe-
do instrucção literaria, profissional e vereiro do corrente a~no, foi expedi-
industrial. de preferencia agrícola". do o regulame nto administrativo para
tenl plenamente satlsfeito seus fins. a Colonia CorrecCÍonal, estabelecendo
F'unccionando regularlnente, no seu as attribuiçoes do respectivo pessoal,
(: ti rto período de
existencia, tem já Está prompto o regulamento e m que
~alvado individuos que vão ser uteis I é feita a consolidação de todas as dis-
á sociedade a que foram restituídos. posições em vigor re"f erentes aos pro-
Solicitado por instantes e continuos cessos de julgamento e internação no
pedidos para internação de menores, Instituto Disciplinar e na Colonia Cor-
e nelIa vendo proficuos resultados e reccio llal, e acha-se em elaboração o
antevendo ainda maiores, applicou o I regulamento interno deste ultimo es-
Govet'no, com solicitude, a verba or- tabelecimento, no Qual são estabeleci-
çamentaria destinada ao augmento do das as normas para a correcção e para
edificio do Instituto, Os trabalhos já. ~. regeneração ,dos internados.
para a' s ua reunião e consequentes jul- gulamento pelo d ecreto 11. 1 .:~ -!fI, df'
gamentos de réus, nas épocas legaes. 31 de Agosto d e 1906, para • os • oW.-
•
Não obstante serem D1ensaes as reu- cios do registro especial de titulo~,
niões do jury na Capital, devem func, actos, contractos, documentos e m air.~
cionar durante 15 dias e pOderem ser papeis. Na Capital, foi provido O offi-
proroga das por mais 5 dias, raros são cio privativo para esse fim ins tall ado.
os processos julgados. Ha numerosos Ministerio Publico ' Sobl'e este ra-
réus presos, que esperam mezes e nle-
mo de serviço publico, continua em
zes o " veridictum " qu e os absolve.
observancia o regulamento D . 1,23'1
Co mo esses têm preferencia, e o seu
de 23 de Setembro de 1904, Q~'e, em
numero nunca .se exgotta, os réus af-
virtude da lei n. 937 de 18 de Agosto
flan çados nunca cheltam a ser julga-
do mesmo anno, o organizou, defini U··
dos , com grave prejulzo para elles, si •
vamente.
são innocentes. e não menor para a
T em o Ministerio Publico prest ad o
sociedade, si s ão criminosos.
bons serviços na fiscalização do re.g is-
E ' essa uma anomalia que não deve
tro ..civil.
escalla r á esclarecida attenção . do Po-
d er Legislativo .. Registro Civil - Considel'a.ndo o I'e-
gistro civil de nascimentos, casamen tos
Regtnlellto de Custas b regimen-
e ohitas corno ma t e ria de ordem admi-
to de custas, que baixou com o d ecre-
nistrativa, entrou o Governo a fiseaJi-
to n. 178 de 6 de J unho de 1893 , con-
zal-o severamente, devido âs co ntinll a ~.
fuso e lacunoso, precisa ser revis to e
qu eixas e reclamações que frequ ente-
posto ao alcance das partes, sem pre-
mente recebia das victimas do s abu-
juiZO da justa remun er ação do traba-
50S; e essa fiscalização se impunha ao
lho dos serventuarios.
Estado, porqne esse registro estava en-
Comarca de Sertãozinho - A lei .
n. tregue a fun ccionarios creados por le j
1. 018 de 26 de Outubro de 1906 , estaduaL
creou, no Estado, mais uma comarca,
A principio, com· instrucções .qu e · fa-
com s éde em Sertãozinho.
ziam reviver as esq decidas r egr as so-
Tendo o Governo dado todas as pro-
bre custas, depois com' multas, s uspen-
videncias no sentido de ser a mesma
,. sões e até prisões, iniciou o Governe
devidam ente installada, .está a. justiça
"J uma série de providencias, que de r am
funccionando regularmente nessa nova
. . -
CIrCUmSCrlpçao.
em resulta d o a regularização completa
desse importantlsslmo, rilmo d o servi-
]\fonte Pio dos Maglstl'ados A lei ço publico.
n . 998, de 18 de agosto de 1906, que Para regulamentação da cobJ'ança
Instituiu o Monte Pio dos Magistrados, das custas, processo administrativo pa-
teve immediato
. .
cumprimento da parte ra demissão dos ofriciaes do regis tro ,
do Poder E:x:ecutivo, t a mbem interes- que são ao m esmo t empo escrivães de
sado em prevenir o futuro da família paz, concursos para as suas nO.l nea-
desses ju iz.es, que dedicam, com a ções, licenças etc., foi expedido o d e-
competencia, o melhor dos seus esfor- creto \l. 1. 437 d e 7 de Fevereiro de
ços na alta missão que o Estado lhes 1907, que resula mentou as leis ns.
confiou. 906 de 30 d e Junho de 1904 e 1 . 037
•
243 •
{~:--
~ --
('outra o numero de 40, em 1905. de sementes, a 10 . 073 pessoas , prin-
~,---
i:... ílll'.eresse no animo publico pela educa· de plantas forra ,~eiras. em maioria pro-
~-. I.: ;1.0 agrico la. duzidas e selecc(onadas nos campos de
" . .-.
o grande edifi.cio para o internato experiellcias e d~monst1"ação do Ins-
~: _. e as demais dependencias para a ins- tituto Agronomico.
, ~,
••
~;-~- ., l.aHação completa de todos os sel'vicos A distribuição de baceIlos e enraIza-
,~:: <la. escola "Luiz de Queiroz", de -accór- dos de videiras elevúu-se a 33 , 471
i,_
,-: do com o plano ·delineado, achanl-se exemplares, fornecidos por aq uelle es-
'.
•
: <,oncluidos, tendo-se realizado, a 14 de tabelecimento. Foram distribuidas . .
~ -.-
Maio ultimo, a. sua inauguração solen - 30.405 mudas de arvores fructife ras,
ne. tendo-se elevado a 44.562 o numero
Para o ensino e a pratica de api- de mudas de arvores de sombra e de
n ;ltura. fó i _contractado um especialis- ornamentação, proveniente do Instit.u-
la , que, em Outubro ultimo, iniciou os to Agronomico e do Horto Bo tanico.
·· trabalhos para a creação de um apia· O Instituto distribuiu ainda -!2. ~~3U
rio. Na Fazenda Modelo annexa á es- mudas de canllas de assucar e forra-
cola, foi consid'eravelmente alargada. a geiras, além de 6.000 muda.s de café
área das culturas, que hoje occupanl Bourbon e Marag;ogipe, tendo o Horto.
• 74,67 hectares. As principaes plantas. I Botanico tambem fornecido 466 ga-
de valor na lavoura do Paiz conti- ,, lhos para enxertos.
.mam a ser cultivadas. de con[ormida- Hist.l'ibuição de Pnblica~:ões A
de com a importancla de cada uma em cti,t.dbuição ,de publicações, a cargo da
nossa Agricultura.
S ecretaria da Agricultura, nunca at-
Nos apprendizados agricolas õ' Dl'. tingiu o num€ro a que se elevou no
Beruardino de Campos" e "João Tibi " uno passado, 140 . 572 publicações de
•
ríçá" inscreveram-se, durante o anuo
propagandas agricola e outras foram
passado, 49 · alumnos, dos quaas 22
dis tribuidas a pedido dos interessados.
pertenciam ao primeiro e 27 ao se-
As publicações .periodicas, taes come o
gundo daquelles estabelecimentos. Des-
"Boletim de Agricultura", o "Criador
Fies aluron'o s, 17 concluiram o ClU·80. no
anno passado. Paulista" e o "Boletim de Estatistica
do Commercio do Porto de Santos",
No apprendizado de S. Sebastião fo-
continuaram a ser estampados reglllar-
ram dadas 893 licções tbeoricas, e ' ou-
me.nt.e, merecen.cJo sempre a melhol' ae-
tras tantas . approximadamente. no de
[guape. Nos campos de experiencias ceitação.
annexos aos apprendizados, . mantive" Instituto Agronotnico Continua-
ram~se as culturas ' necessaria.s espe- ram activos os multiplos traballlos ' a
cialmente as mais proprias da reg'lã.o. cargo deste estabelecimento. O dr. Gus-
.t endo sido inaugurada, no àe Iguape. tavo d'Utra, ex-director do Instituto,
em fins de junho, a primeira exposição nomeado em Abril do corrente anno,
municipal, que teve pleno 9uccesso. director da Directoria de Agricultura
.. •
244 -
no agricola e a organização -dos servi· a concessão dos premios » 0 1' ella pro·
ços de interesse para a agricultura. O mettidos.
pessoal technico deste importante es- Horto Botanico - Contin uaram nes-
tabelecimento ficará em breve reorga- te Horto as sementeiras e tl'ans;;ilanta--
nizado . com a ·chegada do pessoal ções para a producçã<J de mudas des-
competente, contractado na Europa, tinadas á ·distrlbuição. Para este Hor-
por intermedio do dI'. Dafert, actual •
to deve chegar, no corrente anno, um.-',
director do Imperial Instituto Agrono- collecção de arvores fructife l'as. man-
mico de Vienna d'Aus tria, e que já dada vir de Montevideu. O s eu di!'e·
exerceu o cargo de director de estabe- ctor tem já em elaboração um trabalha .
lecimento identico neste Estado. sobre as arvores fl'uCtiferas exoticas.
Dos traballlOs realizados. durante o salientando as que pa recem adaptar-
anno passado, pelo Instituto . merecem se. conl vantagelll , ás condições do Es-
especial destaque os seguintes: tado.
illstatlação do laboratorio zootechni- Tem sido satísfactorio o .resultado
co , instituição de grande alcance para obtido com os castanheiros e as 110-
resolver as questões relativas á ali- gueiras, e com o ;;pyretll1'um cinera-
men tação do gado; rirefolium". que fornece o verdadeiro
233 analyses nos laboratorios chi- pó da Persia. • •
245
roz, pois taes pro cessos são bastante nentemente entre nós. De grande van·
atrazados nos traba lhos da cultura e tagem seria uma lei que tornasse obri-·
da colheita. gatol'io a todos o concurso para a m a.-
tança, durante um · certo ·numero de
Assim, em consideração ás enormes
dias. Além di~so. seria util que os' E s-·
vantagens obtidas nos Estados Uni-
tados limitrophes celebrasseln um ac~
dos na cultura do arroz, pelos proces-
côrdo , obrigando-se a promover a ex-
sos de alag adiço ou de irl'ig-J.ção, foi
contractado, naquelle palz , um espe-
pectivos territorios, por meio de m'e-
cialista recommendado por attest"dos •
I
didas que sejam pra.ticaveis com intei·-
valiosos, o sr. ·Welman Bradford, o
qual está 'áfrente do primeiro campo I
ra uniformidade de vistas.
! No relatorio do Secretariada Agrj-
de demons tração, creado para a p1'.1- !
c ultura encontrar-se-á a exposição
paganda da cultura do arroz, por pro- completa das , medidas e providencias
CESSOS racionaes, e situado na _est::l.ção
adoptadas, pela referida commissão.
H Moreira Cesar", eln Pindamonhanga· pa.ra a extincção dos gafanhotos .
ba.
Cooperativa. de LacUcinÍos At-
A Commissã{)l Directora do campo d ·~ .
t endendo a que -as 'cooperativas de la-
demonstração tem, além do seu ch,,-
r.ticinios devem ser um complemento
fe, que é o dI'. Bradfol'd, diversos a.u- necessario á industria pastoril, a Se-
xiliares praticantes, enge nhelros-agro~ cretaria' da Agricultura incumbiu p'ro-
nomos, formados por
-naes ou
escolas nado-
extrangeiras reconhecidas,
I fissional competente de prOlnover a
J . organização dessas associações, nos
com o ' fim de ·formar-se neste E stado ! principaes centros de criaçã~ de gado
yessoa l technico com conhecimento ! neste Estado.
pratico do novo processo de cultura, I 'Já estão organizadas duas dess ..s
•
para creação d e outros campos de . de- I cooperativas, em S . .Carlos do Pinhal e
monstração de cultura do arroz ou pa- 1 Franca, dispondo ambas· do apoio e
ra a direcção de vastos empr-ehendi- concurso de importantes .cria dores e de
lnentos particul~res, que , por ventura, todas as condições que, assegurando a
•
. . ..:":, ",
, ......' ....
' , ', '
, .....
, ,, , '
'
, , '." , ,, " ,
,
"
', '.',
. "
, ,",
, " , ,',
'. ,"
247
•
',. 11:1 prosperidade , constituirão exce!- Para o augmento da imllligraçã)
t"lI.l.e padrã,o por aquellas que tivererp concorreram os italianos, aUemães,
,I< . };:cr oíganizadas futuramente. Pa·· austriacos, russos e outros, tendo de-
I"ll [uncclonai'em, aguardam a chega.- crescido sómente a entrada de immi-
li" !le um perito contractado. gralÍtes hespanhoes e portuguezes. por
Ue vollitn.s
·! '\.' t· I·U~ Proseguiu re- effelto de susp.ensão da immigração
l ~ trl a rm e nte. durante o anno passado, subsidiada.
" 8crviço de discriminação de terra~ E' not ave! o augmento havido na
d(~voluta.s , que continuou . pelas ver· entrada de ilnmigrautes italianos. não
JI'nt.es dos rios Branco .e Cubatão, e obstante continuar prohibida, na [ta-
('Ilmarca. d'e S. Sebastião. lia, a .emigração para o Brasil. Ani-
fi'ez-se um reconhecimento na baci;-" madores são tambem ·os algarismos re-
do rio Pardo, para esclarecer um pau- ferentes aos allemães, austriacos (:- l'U8--
•
Iti duvidoso no curso desse rio, qUf.' SOS, que começam a salientar-se lla es-
11m; di:r.iam vert ia para o interi6r do tatisUca , tendo , durante muitos an-
l!.:~t ado: e outros para o mar, sendo nos, deixado de figurar.. Jela in8!gni-
.. "" I.a ultima h y pothese confirmada. ficancia do seu numero.
~m condições de poderem ser en- A propaganda ha pouco iniciada em
.
..,
com o labor das colheitas, unico a que nucleos denonli"llados "Nova Europa ", ·
••
··
deve ficar adstricto o colono. "Nova Paulicéa" e "Conselheiro GS4 ,
••
vião Peixoto", os quaes vão ser cor- .,•
Assim, terá de evoluir o systema do
tados pelo prolongamento d a estrada .•."•••·
trabalho na producção do café, como ••
·
aliás está evoluindo o seu comm-ercío. de ferro de Dourado.
A Camara Municfpal de Ubatuba, i:
Agencia Official de Colonização e
tendo obtido de varios proprietarios • •
Trabalho . Esta agencia, que foi
daquella localidade cessão das terras •
-250 -
-eampo, vh": :llI do um primeiro eixo en- 31 kllom<ltros que faltam á Estrada d"
tre a\ludlc::: porto e Mogy das Cruzes, Ferro de Pitangueiras pal'a chegar ao
fOI'a ul iniciados e no fim do anno es- districto de Viradouro. autorizou a
tavam quasi concluidos. Apresentou-se Lei n. 1. 045 -B, de 27 de Dezembrn
já um pretendente para a construcção ultimo, o auxilio de 10: 000$000, por
e exploração desse systema ferrovia- kilometro.
rio, o sr. engenheiro Augusto Carlos
Fiscalização, Trafego e Taru';;'
da Silva. TeUes, ao qual a Lei n. 1.063,
Nenhuln facto anormal Decorreu no
de 29 de . Dezembro ultimo, outorgou a
serviço de fiscalização da rêde da con-
concessão da garantia de juros e de
oossão estadual, além da gréve havida
·outros favores ,
eln Maio. no pessoal das conlpallhias
O movimento financeiro da rêde em
Paulfsta, Mogyana e Ramai Fel'l'eo
trafego, no terrltorlo paulista, foi, em
Camplnelro, a qual teve solução con-
numero,~ redondos:
veniente.
Receita {,ataI • 89.651:000$000 Nos preços de transportes foram tei-
D t1Spe Séi to ta l 39 ,8 42:0"00$0"00 tas alterações a facilitar a circulação
--
•
---- de produetos, constando do relatorio
Saldo • do Secretario da Agricultura e a enu-
49.809:000$000
meração das concessões obtidas da,
. ".' norcentagem
~
da receita para a '
empresas, quer por ped.do do Gover ·
despesa., em 1905, de 54,12 %, baixou , r' no , quer por espontanea resolução des-
·em 1906, a 44,44 %. t as.
252
.
do fn !H:óollado regularmente os I[;,bo- 1, Ohl'a.s ~()vas de S,anealuentc) ,,' A.bH~-
rat.ol'ios de analyses ehüuicas e hacte- tecÍmento de agua á Capital _.- . .;\:-;
riologicas, annexos á repartição incum- obras novas para o augmento do aba::;··
,.
bida d'esses serviços. tec:imento de agua á cidade f.~yeral1l
necessarios estudos' para o r-elnaneja- realizar algumas obras,' que uã.o pUdi'·
•
11" .'lqJCl'eto, - umcorn Om,60 de ,diame- calizado vela Comnlissão, e a ser dh;-
11'(1 (' outro conl os diametros de .... tribuido com regularidade ..
,
Total. • • • • • • 26.286:979$872
RECEITA
•• •
Saldo· do exerclClO ne 1905 • • • • • • 10.62"'7:236$208
Receita ordinaria e extraordinaria . • • • • 58.993:213$821"
Arrecadação de dinheiro de orphams, bens de d€-
functos e ausentes e depositos de - diversas ori-
gens • • • • • • • • • 1.992:986$46€
•
Supprimentos recebidos das e~uxas dos 1exercicios
de 1905 e 1907 • • • 17.757:662$04>
Divida interna. fundada • • • • • • 2.687: 500$OOj]
•
Emprestimo para a va.Iorizaç;áo (lO café • • 61.932.: OOO$(lÚl)
Correspondentes da valorização do café. • • • 62.045:786$915
Montepio dos magistrados. • • • • • 19:980$000
Taxa
. de tres francos • • • • • • 1.971:051$957
Saldo a. favor de exactores • • • • • • 10:368$121
218.037: 785$5%
DESPESA
,
Importancia paga por serviços pertencentes ás di- .
versas Secretarias de Estado. . • 51.614: 8!'5ifi592
Restituição de dinheiros de orphams, bens de de-
functos e ausentes e depositos diversas origens '1.802:097$810
Restituição de saldos a favor, por €ncontro de COntas 3: 542$500
Despesas -da valorização do café:
Pa.go 'por differenças no typo, nos emprestimos ex-
ternos, commissões, juros, publicações, viagens
e outras despesas a. amortisar pela taxa de tres
•
francos. • • • • • • • • • • 7.014:512$358
Valores em café:
• •
Pelos existentes ao enc€rrar-se o exerclClO. • • 89.017:976$761
Saldos para 1907 . • • • • • 58.584:800$015
218.037:785$536
38, 843:1l7$7~1)
A Receita Extraordinaria 1l1'Oveiu do seguinte:
Iudemnizações: ,
20,150:096$077
Desta demonstração se. verifica. que a receita escri-
•,
pturada pelo Thesouro, foi de . . . , • 58,993:213$827
deduzindo desta importancia a parcella proveniente
da differença de cambio na venda de saques
so bre Londres, por conta dos emprestimos con-
trahidos, que se elevou a ,.. , . 6,133:229$283
ACTIVO
359.533:287$712
89.017:976$761
... . .
, "
.. - -
258 -
t"4"o corrente exercicio, () li;sLado con- firmado com o acolhimento que teve o'
tinuou CODl as compras de café, com- projecto para o emprestimo de Ibs. '"
pletando approximadamente . ...... . 3.000.000-0-0 ao Estado de São Pau- ,
8.000.000 de saccas. Este café está lo, cuja realização pende da delibera. ,
todo pago, estando tambem pagas t0- çã.o do Congresso Federal e cUjo pro-
das as margens devidas em cons'e queu- d ucto é de$tinado a auxillar o Govel"
cia das baixas havidas nos preços, e no na inteira execução desta parte di!
acha-se armazenado nas praças do H a- , se u plano economico. .
vre, Hamburgo, Nova York. Bremen. I Con.clusão São estas, s rã. Merrt··
Londres, Antuerpia
,
e em o utras da
,i
bros do Cong resso, as informaçõe,"
Europa e da America do Norte , me- i acerca dos negocios publicos do . Esta··
diante contractos para consignação ce- II do, as idéas e providencias em bem do
I
.
,- ctos anteriores. I
I
"'warra,ntadas" na fórma dos contra- , zo completo a respeito do estudo dos
,I serviços a cargo da pUblica ad minis··
,
Tendo o Governo retir a do dos mer- ,, I tração, vos serão foru-ecidos pe los re-
,
cados de café mais do que o excesso I, latorios dos sr s, Secretarios de E stado ,
,
proveniente' da sa.fra de 1906-1 907, ,, A estes meus honrados e ' dignos au-
julg ou desnecessario ' continuar a sua I !,
xiliares, que , com inteira capacidade e -
cheios de patriotismo e abnegação,
Intervenção directa e continúa nos I
,
, •
•
,
,
•
•
•
•
.... -.' . -.
-0'-
• '
~. -
,~..
.~ '-
-.•
O<
•
• '.
- -'~ - - - .
,---------------------------------------------------------
•
•
•
- 262 •
.
Ui(~ animo a levantar-me, para agra- i Foi nesse lll0mellto
, e sob "essa im-
d(~cer com prazer esta carinhosa maní- pressão que .o Partido Republicano teve
I'estação dos m.eus chefes e amigos em de fazer a escolha do seu candidato á
rr~sposta á saudação eloquente que eUl presidencia do Estado para o futuro
Ilome de todos ãcaba de dirigir-m'e, em quatriennio constitucional.
tor.fiOS tão animadüres e benevolos Foi lembrada em tempo opportuno,
para mim, o preclaro "republicano, .di- em boa hora e com muita justiça, por
g-uo "leader"~ da camara dos deputados eminente e festejado representante
do Estado, dr. Julio Mesquita, tão acos- nosso, aqui presente, a alta convenien-
tumado a formar e dirigir a opinião I cia, ou antes, como foi dito, o dever
publica entre nós,. nas ma.is agitadas politico de ser reeleito, e apOiado até
',' "
E. tudo isto foi feito em virtude de nunciou, de modo a prevenir desde logo
amplas auctorisações concedidas, por que continuasse a agitação em COll-
.
força de leis votadas, com applauso trario, foi o proprio que dev·eria ser
geral e, pode-se dizer, com a inteira reeleito, e conl aquella superior correc-
responsabilidade do povo paulista, em . ção que o tem feito respeitado e admi-
repetidas manifestações não só de ca- rado· eln todos os seus actos e delibe-
racter official como de iniciativa par- rações.
ticular. Devois, disto, era natural que a opl-
E' uma situação que interessa a to- níão se voltasse para outrem que re-·
dos e que tem de ser levada a bom ter- pr~sentasse O n18smo pensamento, iden-
-lUO, por honra nossa, pelo credito e tificado com o mesmo programma,
pela fortuna do nosso Estado. mais de perto compromettido com a
264-
I'",ra tranquillidade dos mais appre- I outros j,á prevenidos e de facil aqui-
heHSiv:os e timidos, vem a proposito sição, SI necessario fôl'. e conhecidos
r!'I::istar que, mesmo aos preços actuaes, como já estão todo o mectlanismo e
J'i,!';nrada a hypothese de uma liquida- todos os ,meios de acção, e vencida~
çfi.o possivel e conveniente, o producto todas as difficuldades e prevenções,
.10 café, que o governo tem conservado Não pareça que, passado o periodo
fjm deposito ãaria para solver com van- superveniente é ã-gud,o da crise, ha que
tagem todos ,os comprOlnissos cDntra- ficar parado, como quem tem conse-
!lidos para este effeito. sem 'exceptuar gUido o almejado fim. Ao contrari-o.
0:-;: ultimos emprestimos cuja impor- muito ha ainda que continua!' a fazer_
I,mcia liquida não está aindâ toda re- até a definitiva e completa solução de
eebida e applicada, um problema tão difficil e tãoü com-
Não fique ist-o dito, porém, senl a plexo,
immediata e formal resalva de que o Ainda que o consumo do café no
fundo de resistencia formado pelo ,café mundo tenha realmente augmentado
adquirido, do qual até agora não se de modo que possa considerar-se ga·
tem retirado siquer o valor de uma rantida a sahida de toda. a nossa pro-
«acca como principio de liq uidaçao, ducç-ão em sua actual media normaL
não será liquidado, senãõ á proporção sendo certo que esse augmento tende
que as necessidades do commercio e selnpre a crescer, como é demonstrado
do consumo do mundo o forem re- por estatisti"2ãs que não podem falhar;
(;lamando, pela melhor fonna que as I esta evolução natural não pode sa-
circumstancias possam indicar, sem tisfazer ás eXigencias de urna activi-
concorrencia ás "existencias" dos nos- dade que tende a expandir-ge sempre
sos mercados, oom a maxÍlna prudencia, ao convite de uma natureza l-wivilegia-
não sem alguma compensação rasoa- da em sua exuberancia.
vel, si possivel,nunca por processos e Mas, tralJalhar muito, produzir mui-
com intuitos de especulação, ..
to, para accumular unl. pr6ducto sem
Pode. pois, a lavoura, pode o COIú- procura e - sem valor, para não criar
merda, podem todos os interessados fi- riq ueza, antes, para fazer a ruina pro-
car tranquill08, ante a posição definida pria, seria verdadeira insensatez.
e firme já agora alcançada, Dahi, o sabio e prudente conselho
Dispensavel. é a exposição de cifras que '8spontanealnente a todos oecorreu
-
para a confirmação de tal asserto; aliás e que uma lei pr.ovidenciai sanccionou,
são eUas já em parte conhoecidas, e pondo limites ás novas plantações de
deverão ter publicidade conveniente e café, até que o maior augmento do
completa em devido tempo e em do- consumo aconselhe maior augmento de
cumento proprio. producção,
São factos que se vão realisando qua- Emquanto isto, a energia paulista
si C<lm precisão mathematlca; nem têm se vae retemperando, por novas cultu.-
falhado os factores naturaes que fo- ras, por novas industrias. por novos-
ram levados em conta com a prudente -ramos de commercio, por novas ex-
previsão que as boas normas de ad- plorações, avançando selnpre, como a
ministração não condemnam, e que a
,
apregoar que, além do café, e com o
experiencia e as circumstancias cla- café, existem· em S, Paulo muito tra-
ramente apontavam. balho e muita riqueza mais,
O que resta, não ,
é o mais difficil, Seguro e efficaz em' seus resultados,
e está. asseguradQ pelos contractos exis- si constante e activo em sua marcha,
tentes, pelos _recursos actuaes e por I um bom serviço de propaganda é a me-
•
- 266
direitos individuaes cada dia mais avul- reitos individuaes e .politico8, a c arJ;n
tam, a proporção que a população das auctoridades judiciarias e policianr:l .
cresce e que a fortuna augmenta, e pela distribuição da justiça e
em que, - por isso mesmo, cumpre -alto nutenção da ordem.
assegurar, não menos de facto que de Bem comprehendida na prat ica estiO
direito, Iiberda'éle e justiça. discriminação. e respeitada çom o ri ·
gor e sinceridade de que está dado ()
Está a nossa policia "com uma orga-.
exemplo, funccionará perfeitamente ()
nisação e uma disciplina, cujos resul-
lllunicipio com a base que é da org-;). ~
tados constituem a sua melhor recom-
nisação social, autonomo e hannon-j('.o
mendação. Entretanto, a verdade é que
DO Estado e:" com o Estado.
neste serviço muito ha de haver sem-
E é esta mesma liberdade eleitoral
pre a fazer e a desejar, por maior de~
que será para o poder legislath'o o nH:-'
dicação e intelligencia com que seja i
Ihor titulo para o seu prestigio e r e·
exercido, por mais activa e sagaz que
alce , como .o mais alto rE:pl'eSen tanta
seja a vigilancia e a prevenção, ante o
que é o orgam legitimo da opinião po-
imprevisto e o sem numero dos casos,
pular, o mais elevado tribunal politi.
em terrltorio tão vasto em que, além
co, verdade iro poder soberano pa no~·
da população estabelecida e laboriosa,
não faltam maus elementos diariamen-
I sa organisação constitucional.
il w lI prestante ant igo coronel Fernan- ! desempenhada mais tarde, por meio de
li .. I·reste~ . a personific.ação do valor ,I mensagens especiaes, quando me jul-
. ' >I" virt ude paulista, escolhido igual- gar mais ,seguro sobre as medidas que
Ii l t ' l! l f~ para candidato á vice-presiden- interessem o nosso progresso e desen-
,"111 til) Esta.do n a, mesma e le ição. volvimento.
1(, ,'t.2.-nos aguardar o suUragio dos Entretanto, espero, que o Congres-
!l1t:,so s <:oncida.dãos. so L egisla tivo que tantas provas tem
I';' (:om os mais sinceros agradeci- dado do seu patriotismo e interesse pe-
IIlt' lllw~ gene r oso Partido Republi-
.8 0 lo bem publico,
,
em sua alta sabedoria,
i';illn P:1Uhs la. qu e levanto com elle a lem bre e vote as medidas que julgar
illin!lH taçíh Pela grandeza do Estado de necessarias para o desenvolvimento e
,
:1. Paulo na pessoa do seu illustre e be- prosperidade do nosso Estado, que tão
IH 'ltler ir.o presidente, o exmo sr. dr. dignamente representa.
,
,I q rge Tíbirt ç, ;l~' .
I
I INTERIOR
I
" ,••
,
• • i Eleições Realizaram-se, em De-
Di rig ind o-s e ao Congresso Legislati- ! zembro do anno ·findo, as eleições ge-
\'" de S. Pail lo. a 14 de Julho de 1908, raes para verea(lore~, prefeito e juizes
~) pre~idente Albuquerque Lins assím de paz. Extraordinariamente concorri-
~i tuaç~o dos ne g ocios publi- do e disputado correu o pleito, na
I 'X POZ
coR:
;'1
! mais perfeita calma; o que bem d e-
monstra, a par do espirito eminente-
mente ordeiro do povo paulista, o gran-
81'S. M~.mbros do Congresso Legisla- de inte resse que nelle desperta a sua
tivo: representação municipaL
De " c"óTd'o com o precê'ito consti- Effectuáram-se egualmente eleições
tucional venho,' pela primeira vez, pe- parciaes em divetsas localidades, e, no
!
rante o) Congresso d o Estado , para ex- , mez de . Jui'iho ultimo, realizou-se, no
por- ,i ma.rcha dos negocias pl1blicos seg undo dis tricto, a eleição para pre-
t1urante o anno d ecorrido . e~cher uma vaga existente na Cama-
Nesta E'xposiçã.Q tive e m vista prin- Ta dos Deputados do Estado.
- ~ i pa.lnlent e as infornlações que me fô-
Em nenhuma dellas se deu a ltera-
ram prEstfi da s por meu distincto an te-
ç1í.o alguma da ordem publica,
eessor em. escla.r ecido e minucioso do-
cunl enLO . (·.om que me pass ou o Gover- Saude Publica São lisongeiras
no do ~J8t:Hlo '. em 1.0 dé Maio do cor- actualmente as condições sanitarias em
rente a nHf) . todo o Estado. Apenas em Santos, Lo-
Nos r~latorios dos. 81'S. Secretarias rena e n esta Capital, ultimamBnte,
de Estad o. encontrareis, em todos os têm apparecido diversos casos de va-
seus det al hes. a exposição de todos os riola por contagio importado do Rio
actos da ad ministra.ção publica em de Janeiro. Pela Directoria do Serviço
se us differentes ramos. Sanitario fôram tomadas incontinente
Estando a penas n o inicio do meu as precisas providencias, para que o
Gove rn O', n ão j ulgo opportuno apresen- mal não tomasse o caracter de uma
• •
tar li vossa eonside ração qualquer pla- fran ca e pideniiã; o que se tem conse-
no de modíficações de serviços exis- guido.
- -
tentes. nem mesmo propor-vos a crea- -Nesta Capital fôram tambem noti-
·.ção de n ovos serviços,; esta tarefa será ficados alguns casos de peste; mas,
• . ...-'··A .
.."....,'
., i;
- 270 • •
graças aos meios empregados, não I trucção, para attender á necE"s ~ h-lftc1E' ri .,
constituíram elles fócos de dissemina- retirada de doentes, t1 ue não ti ra "li ;1 111
ção.
I
I
mais vantagens do trataluento ph a r
maceutico, mas que precisaY ct m con i j .
Tl'achollm Tendo diminuido de ,
,
nuar asylados, resolveu o Gov-a rllo <1,11 '
Intensidade. de modo sensível , o nume- ,
Emqua nto o Estado não possue sa- I Alélll di sso foi o di r ect o l'
lecimento auctol'izado, em. rvla,rço lll "
i
nata rias departamentaes especiaes, pa-
timo. a pôr em pratica a a i-iSisten c1,)
ra· Ull1 t r atanlento mais aproveitavel
dessa mo le.stia. , p a. rece de conven ien- I
familiar aos a lie nados , o h m:o.r-diJlg -
II out, - - como é usad.o na E."i ~'th;;o:.;j<J.
cia. que seja entregue este serviço ás
• , I está dando hons resultados.
('.asas de ca.ridade, nos loga.r es onde as
•
!
Apesar de todas es tas pr o vide ncias.
ne{'.ess id a des publicas o eXlgn"ern
•
.
I urg e augm e llta r aind a nU1is a (·apiH:i d n-
Repa.l 'tições Sa.ntt.al'ias Dirigidas I
de hospitala r deste ins tituto. por Íssu
por ])rofissiouaes de provada compe- que grande €i o 1'inmero d I? rd j~ nad () : :
tenda. contínuanl todas as repartições i reco Ih'd "
1 os p rO VlSOl'lanlente n as ca deia :-:
do , serviço sanitario a funccionar com J' do Estado, â espera. de lo g:a r n (l
i á" escolas isoladas do mesmo modo 291 escolas municipaes. com S. 234
·
, <lHe a "Escola Modelo Caetano de Cam- alumnos.
L\.
-; -
!H)f;'1 serve de 'tyPO aos grupos escola- Mate rial Escolar - o Go'\'el'110 cel1l- ·
tinúa a, auxiliar eonl o nlaterial es-
co1ar, adoptado nas escolas d.o Estado .
'.C •
Para fazer face ás despesas crÊ'adas
.'" -
a muitas municipalidad€s-, bem con;, o
- com esses servIços, foi , pêlo Decreto
a estabelecjmentos de ensino mantid os
;• 11. 1.594, de 10 de Abril findo , aberto
por instituições pa rticulares de r eeo-
11 m credito especial e extraol'dinario
nhecida utilidade publica.
(l o duze ntos contos d e réis __ ...... .
(200: 000$000), acto este que oppor- Ensino Secundario o
ensin o 3 0 - '
tUllamente será sujeito á vossa deli- I cundarío é minis trado, com o maior'
heração. pr.Qve ito. nos gymnasios e na.') escola~
complementares.
Fiscalização do Ensino Ainda é
Nestas. o movimento do anno findo.
deficiente a fiscalização do ensino, prin-
foi o seguinte:
cipalmente em r elação ás escolas iso- , Capital
la.das.
Mat.riculados
O numero de inspectores escolares é, Diplomados . - •
, ainda hoje, o mesmo de ha dez annos
passados, quando o numero das esco- ITãpetininga
la.s era pouco superior ao te}'ço do
"ctua!. •
M atrieulados • • 217
Grupos Escolares - Os grupos esco- Diplomados • 36
lares oontinualn a produzir excel1entes
resultados. Piracicaba
Existem actualmente 80 em fnne-
dona.men to 'e 1 em organização. Ou - Matricu1ããos , • , 201
tros estão creados; porém, sua instal- Diplomados • • • 22
lação depende da necessaria dotação.
Campinas
Esses estabelecimentos fôram fre-
'luentados o anno passado por 25.498 Matriculados • • • 172
alumnos. Diplomados • • • 35
O G<lverno tem recebido e acceito II
de diversas municipalidades importan- , Guaratlnguetá
. . • •
•
tes offertas de terrenos, materiaes e •
--- -
' .> '
i~-- d t;l u-ü s em direito, maiores de 28 an- regimen republicano, fez exlgencias e
-::'--
.' " "" . bem conceituados. tendo pelo me- estabeleceu ifovos r equisitos para for-
""s, quatro annos de prática de fôro, mação de um corpo de juradOS digno,
~ulquirida nos effectivos exercicios de moralizado e honesto. a quem se con-
iHl vocacia ou de ministerio pUblico do fiasse o julgamento de seus pares. E,
como uma das principaes causas da ir...
•
274 .
I':"t"do e que serão fundados, logo que "Curso para inferioresJ~, "Curso para
0,';1 nossos recursos fina~ceiros o pel'-
:. officiaes", "Curso para Policiamento",
miLtam. "Aula de ' e C/uitação" e "Exercicio de
Set'Viço Policial - . A reorganização tiro" .
da policia, quer na parte civil quer
.
Todos' funccionam regularmente com
1
"cntado beneficos ' resultados, desem- mensaes. Póde, pois, sem prejUízo pa-
haraçando a administtação de preoc- ra a Caixa Beneficente, e alliviado o
I Estado, do onus que lhe pesa actua.l-
•
"upações subalternas.
mente, ser modificada a Lei que creou
As ultimas eleições municipaes rea -
esse instituto utilissimo, no sentido de
lizadas, eleições que interessam e agi-
só constituirem renda as contribuições
tam todo o Estado, como é facil de I
dos oificiaes e praças, os saldos da
(',omprehender, correram na maior or-
banda de m usica e os donativos.
d.em e calma, sentindo-se garantidas
Pelas reclamações contínuas para
todas as facçõ es e fracções partidárias,
augmento de destacamentos, vê-se que
devido em grali1!e parte á imparciali-
o actual effectlvo da Força Publica já
dade com que. comprehendendo os seus
não é s uffícientepara as necessidades
deveres, se manteve a policia.
de S. Paulo. Infelizmente, não se póde
A .Força Publica, devido á dedica -
ção de seus membros e á. competen-
, pensar /lO augmento desse effectivo.
A Escola Pratica "Luiz de Qllei- dos, ·dos quaes 13.256 são pastos. Nel·
roz", em Piracicaba, acha·se agora do- , le se faze1l1 trabalhos de cultura u"
tada de todos os edificios apropriados, : milho, arroz, leguminosas diversas, vi
de accôrdo com os melhores typos ex- deiras, mamona, sO t'ghos, araruta, CI ' -
trangeiros. O pessoal, porém, assim boIlas, e t c. Tambem se crêou ahi 11111
! •
•
O secretario da Ag ricultu"a estuda
Inverno,
as modificações e melhoramentos a in-
O posto zootéchnico da Fazenda con-
troduzir nesses institutos, de modo a
ta actualmente 150 cabeças, entre equi-
.Imprlmir-Ihes um cunho essencialmen -
nos, bovinos, ôvinos e suinas, 8, no
apiario, existem 74 colmeias. te pratico e a reduzir as despesas com -
Foi creado um curso pratico de Hor- sua manutenção. "sem desorganizar ser-
ticultura, na Escola, sob a direcção de viços reconhecidamente úteis. ·
um especialista. Estabelecimentos Agronõmicos O
o Aplu-endizado AgricoJa "João Tibi. Instituto Agronomico, em Campinas.
riça.", em S. Sebastião, régis trou J em sob a direcção de um . especialista
. con-
1907, a .matriênla de 24 alumnos, dos tractado I na Europa, contin~a a pres-
quaes 20 p ertencem á categoria de tar Bons serviços .á lavoura paulista.
operarios. Concluíram o curso sóm en- Nos seus laboratorios chimicos effectua-
te 3 dos 19 i.uscriptos no 1.0 anno , em raln-se 290 aualyses durante o anno
1906. findo. A distribuição de sementes, por
O campo de culturas desse estabe- esse estabelecimento, . elevou·se a 18
lecimento mede 63.000 metros quadra- mil litros e · a de mudas attingiu a .'
,
,
•
-277
278
, ,
Exposiçiíes . - Os tra balhos para a I cional. E' assim · que, pelo porto de
,,í Sa ntos, o lnovimento commercial com
Exp osição. - de Animaes e pa.ra a Expo-
sição preparato ria de 19 0 8 , foram con- i, o extrangeÍl'O alcançou. em 190 7, o va-
fiados ao Cofrlfelho Consu ltivo dos Cria- ' lor total de 477,363:323$000, papel, ou
da res Paulistas e ' a ,Socieda de Paulista .26
I
6,797:417$000, ouro c<)ntra " "
de Agricultura, Commercioe Industria, I 404.553:988$000 , papel, ou " ', " "
•
A Exposiçil-o de Animaes realizou-se
i 23 7,204:570$000 , ouro, em 1906, '
'no anno .corrente com, notavel êxito,
! Ho uve , porta nt.o , um augmento de .'
72, 809:236$'000, papel, ou " " " " ,
obse rvando, maior concorrencia de ani-
,
29 ,592:847$000, ouro, no ultimo anno ,
m"es, inclusivé a lgu,ns bellos exem- ,
eomparado com o anterior, que, por
plares, qúe attestaram os.. progressos
já conseguid'os, entre nós , pela pe- sua vez, já tivera sobre o de 1905
cuaria . um accrescimo de 106,565:387$00 0,
-GO lll g i'ande interesse para o pu- pa pel, ou 62,082:335$000, ourO,
-bUca , ' a Exp osição - Preparatoria para Em 1907, a importação do extran·
a Naciona l do Rio de Janeiro, .. abriu-se geiro foi de IH, 674: 868$000, papel,
,
281 •
os immigrantes desembarcados conse- guhy", " Bo.lU Successo ", ' ~São B ernar-
g uindo simultaneamente regularizar a do", "Sa.baúna" . " Rodrigo Si! "" ",
estatistica do movimento migratório. "Campos Salles " e "Pa riq ué ra-Assú "
A titulo de ensaio , como fonte d e proseg ue a exped ição de t it ulos . e a.
.
supprimento de braços á lavoura ca- arrecadação da. divida dos (:Qlonos.
féeira, celebro u-se um contracto com i Comnlissão Geogntl)hlca e Geologit'a.
li "Companhia Imperial de Emigração" j
- - Do s importantes tra,halho8 a (:ar-
com séde em Tokio, Japão, para in- I go des t a Commissão, acham-se con-
troducção de 3.000 immigrantes japo- cluidos os es tudos cO l'n pletos do Extre-
nezes. A primeira leva ch egou a 19 mo sertão do Estado, do Rio Rjb eh'a
d e junhO ultimo, dand o entrada na Hos- e se us a fflu e n tes . do Juquery-qu,er É' e
pedaria de Immigrantes 793 pessôas, li ttoraI. Oceu Da-se a Co mmissão p l·e-
"endo 7 81 contractadas e 12 esponta- sentemente de estudos e levanta,ment.os
neos, que tomaranl o seg uinte des- nas fr onteiras eom o visi"nho ffista.do
•
tino:
I
de Min as, o qu e lnuíto faf;ilitará o ne-
cessaria accôrdo sobre a linha divi-
São Paulo Coife (São Simão) 161 I
soria entre o nosso e a quelle Estado .
:m stação Pimen fa (Dl' . Godofredo !
Durante o anno findo ficou defin iti-
da FonsecâJ • • • • 170 I
vamente levantada a par te dessa fron -
Guatapará. • • • • • • 90 I
teira, des de os ãrre dores de Ca lda.
. São Martinho . • • • ?8 até I o norte d e Guaratinguetá, compre-
Companhia . 'Dumont (Ribeirão
201 hendendo quatl'o folhas topográphicas ,
Preto) . • • • • • •
, " , ," I
, i" ,.
.'
- 282 "
•
•
Estradas
,
de Ferro No regimen tensão
,
totãl de 1', 107 kilometros, "
4a lei n. 30, de 13 de junho de 1902 saber:
foi feita a concessão de duas novas
vias-ferreas: de Ibitirama (estação da E s trada de Ferro Soroca-
,C ompa nhia Paulista de Vias Férreas bana • • • • • 1.041 km :-> .
e Fluviaes) a Monte-Alto" e de Lagôa Estrada de F erro lt.... uni-
(esta~ão da Companhia Mog1ana de lense • • • • • 41 "
Estradas de F erro) a Várgem Grande. Tramway da Cantareira 25 "
De accOrdo com disposições legis-
lativas que' a'uctorizaram concessão de A primeira destas estradas começo1/.
garantia de Jtrros e outros favores es- em 1.0 de julho ultimo, a ser admini",
peciaes. obtiveram tambem, no decur- tfada, pela Companhia Soro cabana RaH..
130 do anno próximo findo, licença para waYI e m consequencia do contraCÍ'(j
'construcção, uso e goso, as seguintes de arrendamento de 22 de maio, appr,' ·
"stradas: vado pela lei n. 1.076 de 23 de agosto
de São Pa ulo a Sanm Antonio de 1907.
do Juquiá ; ,i .
Pelo decreto federal n. 6.623 , d"
- de Santos a Santo Antonio do Ju- ,: 29 de agosto de 1907, fôram reval i-
..
-qura. ou a ponto mais c.onveniente ; •
i dadas as concessões relativas aos ra-
•
de São Sebas tião ás raias de Mi- ! maes de Tibagy e Itararé, cuja con ~ ··
nas-Geraes, com um ramal pelo valle ,I, trucção, a carg o do Governo, coriti-
-do Rio Parahytinga. núa a ser feita activamente, ,pela Com-
Com relação ao ultimo destes empre- missão dos Prolongamentos e Desen-
hendimelltos, o Governo torn.ou a si a volvimento da Estrada de Ferro So.-
-execução dos estudos necessarios. rocabana.
R epresentando ainda auxilio do Es- Na Estrada de Ferro Funilense.
tado á viação-ferrea, foram entregues, ficara m promptos, no fim do anno e
no exercicio de 1907, subvenções na ! foram ha pouco entregues ao trafego..
importancia total de 105 contos de dois novos trechos de linha: prolon-
réis ás estradas de Dourado, do Gna- gamento de Cosmópolis a Arthur No-
rujã, Rezende a Bocaina e do Bananal , , g ueira (10 kilometros) e ligação de
sendo reemoolsavel apenas a parcella Guanabara • (entroucamento na Estrada
,
relativa á primeira (99:0003000), de Ferro Mogyana) ao centro da ci-
Na "êde ae concessão estadual, fo- dade de Campinas (1. 200 metros),
ram - feitas , nas respectivas tarifas, al- Ficou eleval!'a a 4. 082 kilometros
terações destinadas a facilitar os trans- a cifra do desenvolvimento da rêde
portes, quer •
por solicitações do Go- ferrea act ual, dividida desta maneira:
verno, quer por espontanea resolução
das empresas. Construidos pelo Estado 51 kms.
Com o fim de bem conhecer o que " pela União 61 "
nesse particular se poderia exigir, Concedidos pelo Estado 2.962 "
creou-se, com:o sabeis, a Commissão de " pela União 1. 008 "
'Tomada de Contas do capital das es-
tradas de ferro de concesão do Estado, Total • • , • 4.082 "
cujos trabalhos estão
,
sendo convenien-
temente utilizados. ,
Deste total, 2.656 kilometros per-
As linhas pertencentes ao Estado, tencem a ,C ompanhias ou particulare,
,accrescldas, em 1907, de 54 kilometros, e 1.426 ao Estado e á União.
-apresen tavam, no fim do anno, a ex- Estão em construcção mais 585 ki-
," , '.' , ,
; .. '- : ' , '
283
\omeaos de linha,s ferreas, dos quaes I c:ões é de 26.:370, sem contar os ra-
:cR4 pertencentes ao Estado e 301 a maes de 2.003 prédios tributarios de
dt\'t~rsa.s enlpre~as ou Companhias. outras ligações.
(J material ródante das estradas de I A rêde de' exgottos da Capital, em
["I'n'il constava, em dezembro ultimo, I 1907, media 874.548,m32. O numero
'd •. seguinte~ de ' prédios a eUa ligados era de " .
24.217.
LoC'omotivas . • • 489 Para saneamento desta cidade, a
Carros • • • 66& I Com missão de Obras Novas continuou
Vagões. • .. • 8.770 I a canalização do rio Tamanduatehy .
na extensão de 440 metros.
o
movimento financeiro de todas as Pro seguem com regularidade as
estradas de ferro accusa, para a 1'e-
f'ieita de eonjuncto, 84.862:201$,.10 e.
I obras do saneameuto de Santos, a car-
go da respectiva cOlnnlissão., Em
('ara a despesa, 45.037: 527$514. Don- agosto do anuo passado. foram festi-
-de re:sulta. um saldo de .......... . vamente inaugurados os dois primeiros
:i~. 860: 6688797.
kilometi'os de canaes de drenagem, en-
Obm, Publkas Para o abasteci- tregues á Camara Municipal para os
mento de agua á Capital, inaugupou- conservar. Quanto aos exgottos sani-
se. no anno passado, com excellente tarios, que fazem parte do plano eDl
,,':dto, a linha adductora do Cabuçú, execução, a construcção telre notayel
a eargo da Cem missão de Obras No- augmento, dando-se á rêde um desen-
,'as, já extillcta. Com a distribuição volvimento de 25.671 metros.
das agnas dessa origem pelo bairro Navegação Maritu1l3 e Fluvial O
do Bra,z. representando um supprimen- serviço de navegação costeira continua
to de H. 060 .000 litros, em 24 horas. a ser feito com regularidade, entre
'.
·deverão fica.r unendidas as necessida- Santos e Ubatuba, cóm escalas por
odes aciuaes do consumo 'exigido pela São Sebastião '8 Villa-Bella. regulando-
população. ficando, por esse motivo. se pelo mesmo contracto COllI que em
adiada a captação do ribeirão Barro- 1900 foi iniciado. Comquanto o con-
cada, mana.llcial que se projectára apro- tractante desde abril do anno findo
veitar eonjllnctamente com aquelle, -tenha se obrigado a relilizar mensal-
serviço a.liás de rapida execução, quan- mente pelo nlenos UIna viagem a Ca-
-do neeessario. nanéa e Iguape, llldependentemente de
A insta Ilação de bombas centrif,u-. subvenção, é certo que o littoral sul
gas na linha distribuidora do Bom precisa ser servIdo' COll1. uma navega-
Retiro e no l'eservatóri.o da Consolação ção costeira regular, cuja falta. tem
'8 a realizaçã,Q de outros trabalhos, com sido sentida, acarretando sérios pre-
identico fim. reforçáram o f-ornecimen- juizos áquellas localidades. Ja que o
to de agua as zonas altas da cidade. Lloyd Brazileiro não tem feito COln a
Fitou inteiramente concluída· a bar- indispensavel reg'ularidade o serviço
ragem do Engordador, formando um a seu cargo, o Estado de São Paulo
•
lago artificial de 500.000 metros cubi- deve procurar estabelecel-o convenien-
cos, destinado a assegurar o funccio- temente, para dar sahida e expansão a
nament.o da bomba alli montada.
,. E seus variados pro duetos,
a do Guarahú foi inaugurada ha pouco. Em 31 de dezembro ultimo, esta-
O desenvolvimellto total da rêde dIs- vam em trafego regular as seguintes
tribuidora de agua a cidade attinge linhas de navegação fluvial, com a ex-
" 416. 336,m31. O numero de liga- tensão total de 507 kilometros:
•
284 --
FAZENDA ,·
•
Fjnall~.as A receita e a d espesa do Estado de São Paulo. n o
exerciclo de 1907, foram as constantes do seguinte balanço: .
•
RECEITA
Saldo do exerci cio de 19 O6 • • • • • • 58 . 5 8 4 : 8 I) O :~ I) 10·
Receita -ordinaria e extraordinar-la . . . . . 66.400:439S17 1
Taxa especial de tres francos por sacca de café ex-
portado. . .. . . . . . . . . . 21_ 275: 98 8 $022'
Valor nominal do emprestimo de lbs. 2.000.000,0-0,
contractado com a Soro cabana Railway, ao
cambio par. • •• • • • • • 17.778: 000$00 0,
•
--~--- - ---
•
A transportar • • • · 363.786:9~7Sl:I~ ~
- 285
Transporte • • • · 363.786:947$099•
~{ ontepio dos Magistrados '. . . • • • 48:540$000
('aixa Beneficente da Força Publica . • • , • 125:6703037
"-'senda OHicial -de Colonização e Trabalho. • • 22:665$625
;':: upprimen to recebido da caixa do exercício de 1908 7.465:988$110
371.449:810$811
DESPESA
Pa.go pelos s erviços classificados nas quatro S ecre-
tarias • • • • • • • 68.569:960$004
Re stituição de dinheiros de orphams, bens de defun-
etos e ausentes, e d epositos de diversas origens 1. 595:315$437
8u pprimentos feitos á caixa do exercicio de 1906 . 17.727:662$042
'Saldo a favor de exactores . restituido-durante o anno. 96:029$566
Pagamentos realizados por conta ' do Montepio dos
Magistrados'. '" .. • • 60:000$000
rde111 á Ca ixa Beneficente da Força Publica , • • 117: 466$588
I d e m á Agencia Orrjcia l de Colonização e Trabalho 620$000
('o r~pras de ca fé realizadas durante o exercicio. . 181.560: 578$187
Jl.es gate de lettras emittidas por intemedio do Brazl-
Iia.ni~ch e Bank für Deutschland, no valor de
Ibs. 1.000.000-0-0 . . . . . . 15.483:000$000
Despesas com os diversos serviços decorrentes da
defesa do café . ..... . • 14.113:216$395
'Saldo 'lue passou para o exercício de 1908. • • • 72.125:902$652
371.449 : 8 10$871
A re<,eita ordinaría proveiu do seguinte:
Di reitos de exportaçã.o do café. • • • • • 27.776: 278$713
Imp0sto de transmissão de propriedade inter-vivos. 4.226:680$595
Imposto d e transporte ou de transito. • • 1.163:590$236
Imposto sobre predios na Capital. , • • 1. 067: 801$800
Taxa de exgottos na Capital e em Santos, . . . 1.186:008$608
Taxa de consumo de agua e obras extraordlnarias. 1.657:925$620
ü uiros impost os ou fontes de arrecadação, que pro-
duziram, cada uma, quantia inferior a mil con-
tos de réis . • , • • • • • • 5.463:177$176
42.531:468$748
A receita extraordinaria proveiu do seguinte:
,
Indemnlzações:
Recebido da Sorocabana Railway, para fazer face ao
• •
serviço do emprestimo de Ibs. 3,800.000-0-0 .
o. _
1.635:200$000
Id'em de diversas empre sas. para despesas com "a sua
fiscalização ... . . . , . . . . , 16:200$000
Rendas não entregues no exercicio de sua arrecadação 67: 529$112
Ol.ltras proveniencias • • • , • • • • 622:083$566
2,241:015$678
•
- 286 -
Eventua l:
Differenças de cambio entre a
taxa de 27 d . e aquella por .
que foram vendidos _os sa-
ques por conta de empres- .
tim05 de Ibs. 2.00 0.000-0-0,
da Sorocaba.na Railway. • 14.222 : 000$000
Juros de dinheiros em conta-cor-
rente . . • • • 62:887$072
Multas por infracção de leis ou
regulamentos . • • • • 64 :382$ 326
Outras proveniencias • • • 63 : 779$185 14.418:0481683
Renda de estabelecimentos:
-
Estradade F erro Soro cabana
(1. o Sem.) • • • • • 6.360:743$113
Tramway da Cantarei,.a • • • 117:590$200
Est. d e Ferro Funllense • • 108:979$660
Hospicio de Alienados • • • 110:135$000
Outros estabelecime ntos • • • 50:218$189 6.747:666$162
---.......,..---
, -
23.368:970$423
•
•
•
- 800$000
3.10 0:529$ 8-70
-
•
375 . 471 : 73 0 ~441
-
Da demonstração da receita, verifica-se qu e a r enda
,
esêripturada pelO Thesouro importou em . • 66.400:439$171
da qual, d eduzindo-se a differe nça de cambio na •
68.569:950$004
. ,
Esta despesa foi escriptllrada pela seguinte forma:
Secretaria do Interior:
Secretaria da Justiça:
Secretaria da Agricultura:
Secretaria da Fazenda:
as despezas extraordinar ias com SOCC01'- i tes dos saldos -dos e mpres timos ill o
colouizat:ão e hUIUigl'a.ção. c ustea dos dida de prudencia , pois ten:t verifica d,)
com os saldos de em pres tim os internos qu.~ não , é prova ve} qu e a ar reca daçfi.o
-- .'.-
••
ACTIVO - "
Valor das proprieda des immoveis
pertencentes ao E stado , 145.656: 892$527
Valor de titulos diversos per- -- -,
--;
•
tencentes ao E stado ' , , 39:695$836 •
•
,
Sa Ido qu e passa para o 'e xerCl-
cio d e 1908:
Em. Bancos e correspondentes no •
Paiz • , , • • • , 27.540:764$599
- - -- -- - •
547.451:220$3n
..
PASSIVO
- . . 290
547.451: 220$:;74
.;H.. ; pOis forneceu 802.000 tubos de • sejam augmentadOs, como a Santa Casa
Iy"'pha vaccinlca pura ou 1.604.000 de Misericordia da Capital. cujos gran-
,
80 que
,
precisa eIle ser remodelado e das no orçam ento, e ficando, por isso ,
desenvolvido de accôrdo com as neces- sujeito ás cOlltillgencias da renda 01'-
sidades publicas do Estado. dinaria, o ensino publico não só não
As diversas a~sociações de carida- está bem garantido em sua estabili-
de subvencionadas pelo Estado conti- dade, como não póde ter o desenvol-
nuam a prestar os seus melhores ser- vimento exigido pelo augmento da nos-
viços. sa população e correspondente ao grau
Pela eBtatist1ca a que se tem pro- de nosso · adeantamento. Melhor é o
cedido por determinação legislativa, ve- systema adaptadO em muitos outros
reis que convém fazer uma distribui- paizes em que são destinadas â instruc-
ção m a is equitativa das subvenções con- ção publica, verbas extraordinarias for-
signadas, annualmente. nas leis orça- necidas por tributos especiaes.
mentarias, a essàs associações; insti- Comtudo, para bem avaliar-se quan-
tuições existem que pódem prescindir to temos feito neste particular, basta
de auxilios; outras pOdem recebeI-os lembrar , que , em 1891. a verba para
. reduzidos; algumas merecem que elles a instrucção, em geral, foi de J . 343
•
-- 294 •
contos de réis, emquanto que no or- maior proveito para o ensino, os gru,
çamento vigente eUa se eleva a quasi pos escolares, cujo nunlero s-e eleva
dez mil contos, sem incluir as sub- actualmente
.
a 96, inclusivé os desdo
venções a diversos estabelecimentos brados, e as escolas reunidas.
particulares; que o numero das escolas Foram creádos, no corrente anno.
providas uaqueUe anno era de 889, mais 12 grupos, sendo 6 nesta Capital,
ao passo que, actualmente, é d·e 1.281 com a denominação de: VilIa Marian-
o numero· de escolas• isoladas, além de na, Avenida, Sant'Ann,a, Bom Retiro .
96 grupos com 928 classes o qne Lapa, e Belémzinho,· e os outros nas
corresponde a 2. 2 O9 "scolas. Convém seguintes cidades: Cajurú, Jardinopo-
consignar que pela mesma verba des- lis: Cravinhos, Dourado e Ribeirão Bo ..
tinada á instrucçã() são feitas tamhem I nito, não' estando os dois ultimas d0-
as despesas com o ensino superior e finitivamente • instaIlados. Foi desdo-
secundaria, distrihuido . pela Escola brado o grupo "Dl'. Quirino dos San-
Polytechnica, pela Escola Agricola de tos", em Canlpinas.
Piracicaha, por tres gymnasios, pela
Em muitas grupos, principalmente,
Escola Normal, com sens cursos des-
nesta Capital e em Santos, foi augmen-
dobrados, e por einco escolas comple-
tado o numero de classes, cuja tota-
mentares, que, em 1891, lião exis-
tiam.
! !idade se eleva a 928, contra 818 do
anno anterior.
Accusa a estatistica levantada pela
Est~s institutos, que são verdadei-
directoria da Instrucção Publica que
tio anno findo foram matriculados nas ras escolas graduadas devem substituir
escolas primarias-publicas estaduaes e as escolas isoladas em todas as cida-
municipaes 82.622 alumnos e nas pri- des, As suas vantagens são reaes e
maria-particulares 14.866, o que dá positivas
, sob todos os aspectos; com-
um total de 97.488 alumnos matri- portanto maior numero de alumnos,
culados em todo o Estado, nelles O ensino é melhor e mais apro-
veitado, a· sua fisca1isação, é mais ra-
Tem a experlencia demonstrado que
ci! e efficaz e· desenvolvem maior es-
é de conveniencia a modificação do
timulo, até entre os mestres.
systema de provimento das escolas iso-
ladas e a alteração dos seus program- ! A diversos grupos foram annexadas
mas, que devem ser postos de accôr- , as escolas isoladas que lhe estavam
do com as necessidades das populações mais proximas ou tinham _ matricula
a que se destinam, muito reduzida.
Para que fique completo o nosso ,Na falta de uma distribuição pro-
systema escolar, faltam-nos cursos pro- porcional das escolas Cl'eadas em di-
fissíonaes, em que os alumnos se ha- versos municípios do Estado, tem sido
bilitem para o trabalho em suas dif- app!icada a respectiva verba orçamen,
lerentes formas e cursos nocturnos, taria, de preferencia no provimento de
para os adultos; os que existem, nesse escolas para os municipios mais ne-
gener,o, a maior parte de iniciativa par- cessitados,
ticular, são insufficientes. Além disso,
, Presentemente, estão matriculados
penso que seria tambem conveniente ,'nos grupos escolares, e nas escolas iso-
que, na escola nonnal. nas escolas ladas, 75.868
, alumnos, s'endo 40 .. 103
complementares e nos grupos escola- nestas e 35.765 naquelles, contra .,
res, se ensinassem noções elementares 70.455 no anno anterior, existindo pois,
de agricultura. um augmento de' 5.413, a favor do
Continuam a funccionar, com o corrente anno.
~. 295 -
pectiva repartição central, que, ape- ctiva com missão especial a. fazet· a sua.
sar de todos os esforços empregados, classificação e catalogaÇão.
não tem podido desempenhar de modo
Bibliotheca Publica Com alguma
completo sua proveitosa missão, pela
irregularidade correu o serviço da Bi-
dependencia em que está. de dados e
bliotheca Publica, por causa das in-
informações que lhe faltam, e que
terrup!':ões devidas a concertos no pre-
não póde conseguir, dada a sua actual
dia em que funcciona . Por esse fa cto .
organização.
diminuiu o numero de consultantes,
Estão concluidos os trabalhos esta- que, todavia, foi de 7.673 .
•
tlstlcos .relativos ao anno de 19 O7 e
o respectivo Annuário, -dependente de Museu do Estado Elevou-se a.
. -
lmpressao. 40.374 o numero de visitantes do Mu-
seu Paulista, sendo satisfactorio o es-
Em todo o Estado deram-se, em ..
tado de conservação de suas valiosas
1908:
collecções. que vão . de anno para an-
117.028 nascimentos no, em augmento.
59.819 obitos Acha-se terminado o ajardinamento
22.523 casamentos da praça fronteira ao '·M.allumento H, o'
Contra, no anno anterior: que muito contribue paTa augmenta r
a belleza deste edificio historico.
109.510 nascimentos
O parque, situado nos terrenos con··
59.0 ,19 obitos
tiguos e destinado á cultura · de plan-
19.977 casamentos.
tas indigenas, acha-se hem adeantado.
Nesta Capital, houve: DiUI'io Official A repartição do
11.501 nascimentos "Diario Official" continua• a prestar bons·
6.435 obitos serviços á administração, contando o
2 . 142 casamentos Governo reorganizar em breve as an-
tigas officinas nella existentes. de ac-
Contra, no anno anterjor: •
côrdo com autorização constante do.
10.893 nascimentos orçamento em vIgor.
5.761 obitos
1 . 922 casamentos JUSTIÇA E SEGUR.<\NÇA PUBLICA.
Nos nascimentos e obilos se incluém •
•
os naU-mortos. Administl'ação da .Justiça Con-
.
tinua a reclamar sériamente a atten-
Archivo Fôram executados todos
ção do Congresso uma reforma geral
08 serviços a cargo do Archivo Publi-
las leis de nossa organização judida...
co e attendidas todas as requisições
ria, em moldes · que garantam ~ com;-
de repartições estaduaes e federaes,
pie ta distribuição da justiça, como de-
assim como todos os pedidos de par- ·
ve ser, principalmente em um Estad.9
tlculares. novo que tanto depende do capital e
•
Ficou ultimada e distribuida a im- I do trabalho, nacional e extrangeiro,
pressão da 11 Divisão Administrativa e para a sua riqueza e · o seu engrande-
Divisas Municipaes do Estado"_ cimento. .
trabalbo de compilação de todas as Excuso repetir sobre o assumpto al-
leis provlnciaes e estaduaes . sobre dI- gumas das medidas já lembradas na
visas dos municípiOS do Estado. mensagem anterior, . que tive
. a honra
Achando~se concluldos. os trabalhos de dirigir-vos; al!ás, tudo é de confiar
de seleeção ae papeis, passo'u'a respe- e esperar da vossa elevada cultura ju ..·
•
•
•
•
297-
•
-
talJelecimentos nao correspondem ás Contém eUe uma superficie de ~ !I
-actuaes e modernas exigencias' penaes~ alqueires, da qual bôa parte está pIa,'" .
.
Exigindo as necessidades da admí- tada de numerosas arvores fructifef"a~ ; '.
-nistração que a Penitenciaria fique sob possúe já uma . moderna e grande ';a;.,i\ :;
-as immedfaCás vistas do Governo, para de moradia, que, pela sua posição . ml ~
sua vigilante fiscalisação, tem elta que tá destinada á futura admin·istraçào ~f,
'ser construida na proximidade da Ca- estabelecimento,
•
com pequenas des!>,, '
pitaL onde a actividade dos presos • as de adaptação, além de outras "" .
possa ser convenientemente applicada' sas de ligeira construcção, aprove!!",
•
•
."iiiil I"instancia, tod,os, os te-r mos das 1.117 kms., tem 3 delegados auxilia-
'." i\qllii;I.}-; e nego cios que interessam a• res e o Esfãao de S. Paulo, com
í'!i!/f'lIda do Estado, 3.000.000 habitantes e 270.000 kms.,
,'" ra o completo funccionamento d.o só possúe duas delegacias auxiliares..
_ !\-iílli~:l€rio Publico, nos termos do § Parece, pois, de toda • a· conveniencia,
•
'., tllilrn do art. 34 da citada lei n. 1.16U a creação de mais duas delegacias au-
-'-"!lj, :~~J de Dezembro de 1908, será em xiliares, sendo uma dellas confiada·
....
-·hrp\'(~ f;xpedido _ J'egularnento, no qual principalménte á direcçãodo ser'\'iço de
IH; t~t;tabelE'('erá a melhor e a mais capturas de crimi:nosos foragidos, para
:;Vq lIltativa distribuição de serviços en- captura dos quaes é inefficaz a acção
,jl'l~ o procurador e o sub-procurador dos delegados de municípios, que só
'. Jtl'ral.
dentro dos limites' destes têm a sua
jurisdicção.
R~~gist.I'O (,i:dl Completamente
Em uma estatistica ha pouco levan-
ilormalizadó. tell1 continuado a func- !
tada pela Secretaria da Justiça, é ap-
dnll<ll' o registro civil, sem reclanla-
proximadamente de 4.000 o numero de
~úcs, a ca rgo dos escrivães de paz.
criminosos foragidos.
A lei n. 1.162 de 30 de Dezembro i
Ordem Publica E" com satisfa-
dI' 1908 crêou o registro facultativo
çao que informo que a ordem pública
dc~ anirnaes nluares e cavallares, a !
não foi, em geral, alterada.
f:argo dos escrivães de paz; esta lei
roi convenieIltemente regulam'entada Em Santos, houve uma parêde de
pdo dee. n. 1.741 de 27 de Maio de operarias, em tietembro, que, Se es-
I H07, estando .hí. installados algun.s tendendo a carroceiros,· carregadores
desses registros. e estivadores,· paralisou por muitos
• 1 dias a vida commercial d'aquella ci-
Polici.a - A policia de carreira, ins-
dade. Nesse movimento, que teve· :tior
Utuida pela lei n. 976 de 23 de De- causa principal o ter a COIy.paI1hla
zembro de 1905, continúa a prestar •
bro de 1907. sob a forma dactyloscopi- senta uma média mensal dE' eG1ÜO I·
te, () serviço se fez regularmente, ini- pital, onde se faz a collecção das ficha"
ciado .com o emprego de simples dacty- e das provas de identidade reunida. c:
•
.. '" .. '
303 - ,
l:?th 1)itàes Labrouse e Stat MuÚer. ficio,está sendo cOI!-sidera velmeni8 me-
<'o'" .
;::{
;",'
A instrucção, que tem sido minis-
.
lhorado; com os recursos orçamenta-
ç . ;, .-
,,1+1.<1
" ,.'
.. á Força com o mesmo m<lthodo, rios,' foi renovado todo o material de
,""
'c ...
~:.j~ IH-f.~sidida pela lllesnlO espirito, eon- bombas,
,}<~ ,
0JJn (il) a se desenvolver cada vez mais, Ha na cidade toda apenas .! 8;:; hoc--
,."""".' .
;·~'Hi IIsando admiração e m,erecendo ap- cas de agua, das quaes 101 em esta-
y,;;'.'. -
t1!ln usos dos que têm assistido aos seus belecimentos publicos e partkuiares .
.:;.'.~';-,-
':,'lhent.e por todos os corpos da Força res, mais seguros e mais baratos.
'. '.
:;)',l,jul. ~em que, tendo bôa conducta, te- A remonta do Corpo de Ca vallana,
;';'llIHI sido approvado no respectivo cut'- feita com os recursos ordinarios do
i:· .
?~o. e a presente certificado de instruc- orçamento, subiu neste anno a 11 (,
:~>çfi() rnHitar. cavallos, todos nacionaes.
() serviço de extincção de incendios
,
A preferencia de productos nacio-
'hw'zal' do corpo de bombeiros estar naes retardou 8' difficultou a remonta~
-,304 -
•
dar novos moldes á Escola, tendo -tam- cultura, continuam a funccionar com
bem ell~ providenciado para confiar a regularidade os apredizados agrícol".
pessoal prepa.rado, scientifica e prati- "João Tíbirlçá", em ,S. Sebastíão, o
,
camente, as cadeiras de Agricultura, Dr. Bernardino de Campos em Igua-
li,
. Sel"viço~
Agricolas Diversos Não ceu a installação dos machinismos pa J-; r
tem sido descurada a i·n specção e o beneficiamento do arroz, devendo e lla
serviço sanita rio para impedir a pro- restituir J • em prestações, a importan -
pagação de moles tias contagiosas com cia com isso dispendi·da. E além da
a impO'rtação de ' animaes, ou para li- do nueleo colonial "Nova Odessa". j ;'t
mitar as manifestações epizoóticas que - mencionada, procura-se levar a efrei-
appareceram ultimamente no . inferior - t.o a de lactlcinios de Franca, que aind"
do Estado. No, emtanto, o assumpto não foi ' instalJada, porque se agual-da
precisa de uma regulamentação effi- que os interessados realizem o qu(:,~
cáz, que depende 'de providencias le- lhes incumbe.
gislativas dos poderes .estaduaes e fe- o. bomexito de taes emprehendimen -
deraes. • tos animará, talvez, a multiplicação df"
O "Serviço Meteorologico". vai se cooperativas eongeneres, que auxilia-
tornando cada vez mais util para ( rão poderosamente aos productores, so -
estudo da climatologia do Estado e bretudo ãquelles que dispõem de pe--
para a previsão do tempo. No anne q lÍenos capitaes.
passado estivera.m em constante aeti- Relativamente á estatistica agricola, .
vidade . 7 estações principaes de pre- a cargo da Directoria de Industria 'e
visão do tempo e 7 auxiliares, 20 prin- Commercio, publicaram-se os dados re-
cipaes e 8 auxiliares de climatologia. . Cerentes a mais de cincoenta municipios .
•
A praga de gafanhotos, que ainda do Estado, faltando agora 46 munici-
no anno passado c·ausou preju'izos á pios para completar-se todo o traba-·
lavoura, exigiu a intervenção desta -Se- lho.
cretaria, que' auxiliou a extincção des-
Tão Importante serviço, pela primel--
.,
ses damninhos insectos.
ra vez feito em São Paulo e unico em
Este trabalho muito depende dos
todo o Brasil, comquanto se resinta
partieulal:es e das nlunieipalidades, au-
de naturaes lacunas, deve ser conti..:·
xiliados pelo pe~soal da Secretaria tia.
nuado com os melhoramentos que a
Agrlcnltura, ' que acudirá, quando a
experlen.cla tem indicado, sendo de eS-
iniciativa partieular fôr insufficiellte
pe rar, por isso, que o Congresso con-
para debellar o mal .
ceda, oppottunamente, verba no orça-
Para combater a praga das formi -
mento para 191 O, de modo a poder-se
gas, que causa graves damnos á la-
levanta r a estatistica agricola e zooté--
voura, a Secret1\ria da Agricultura de-
chnica do anno de 1909-1910.
verá dispôr de material aperfeiçoado e
pessoal apto; de modo a poder acudir Propaganda do Café - A propagan--
comelles aS localidades infestadas, da do café nos paizes estrangeiros, para
forn;;cendo aos particulares, ou ás mu- augmento do consumo, constitue uma.
nicipalidades, as instrucções e demons- das maiores preoccupações do Gover-
.
trações de:' q.u e .precisarem, para um no do Estado . A iniciativa particular
efficaz trabalho
. de extincç.ão
. • da: pra- tem procurado colJaborar com a ad-
•
ií'rJl vnrs & Sons, de Londres; e outro mos da exportação. para mercados na-
· ,,,"n os srs. Rio Midzuno e dr. Raphaei cionaes estrangeiros, das quantidades
· MClIlteiro. O primeiro, para a In- que sobrarem do consumo no Estado.
· .~ Inlerra, já está em execução, com· a Estando a lavoura de arroz nesse
·unranização da "São Paulo (Brazil) caso, com o já extraordinario augmen-
J'lIre Coffe Co., Limited", que annun- to da sua producçã.o, procurou o Go-
(:lrl e vende cafés paulistas com a mar- verno garantir a sahida desse cereal
nn "Fazenda';. O segundo, relativo ao para o mercado da Capital da Re·pu-
.
;111 pào, ainda não deu resultados pra- blica, obtendo para eIle reducção de
Ot'os, porque os cc-::ltractantes, luctan- frétes na Estrad'l Central <lo BrasH,
do com grandes embaraços, pediram nas mesmas condiçües concedidas pe-
.Ilrorogação do prazo mar·cado pa'ra ini- las tarifas vigeutes aos similares dos
"lo dos trabalhos. Estados do Rio e de Minas-Geraes. Tão
Por outro lado, concederam-se, por util medida tem facilitado bastante
(luas vezes~ pequenas subvenções á fir": a collocação do nosso arroz no maior
ma Charles Hü & Comp., para com- mer"ado do Paiz.
~"trecer a duas exposições em França, Ainda a respeito do arroz, estuda-
diHtribuindo o nosso café e delle fazen- se com cuidado a possibilidade de o
(lo réclame inteIligente e proficuo. , . exportarmos para varios pa'Ízes consu-
Considerando que a propaganda de Imidores. Os dados já colhidos augu-
I'afé interessa, tanto a São Paulo, como 'ram bom exito da <lxportação para a
a União e aos demais Estados pro- Republica Argentina e a do Uruguay,
ductores, soUcitei a attenção -do -Miuis- e a Secretaria da Agricultura está pro-
lerio da Industria, Viação e Obras Pu- movendo outras experienc1as de ex-
•
blicas para a conveniencia de celebrar- portação, de que opportunamente dara
se um convenio que regule a acção .dos conhecimento aos productores,
Governos estaduaes interessados. Tal Fazenl-se egualmente investigações
iniciativa mereceu o melhor acolhi- sobre os .meios de desenvolver a ex-
mento do Governo Federal, com o qual portação de fructas, que já é bem en-
foram accôrdadas as bases sob as quaes caminhada para o Rio da Prata.
<leverá ser feito O serviço de propa-
ganda. Exposições --Em abril do anno fin-
do, reali~ou-se, no Posto ZootéchnicO'
Novos Productos de Propaganda ~ Central "Dr,. Carlos Botelho" a Ex-
Por motivos bem conhecidos, foi o posição de Animaes, prepara to ria para
café, até ha bem pouco, quasi que o a Nacional do Rio de Janeiro. Figura-
nOSSO unÍ-eo pr-odueto de ~xportação, ram ahi, entre bovideos e cavallares,
mas, com a baixa nos .preços dessa 253 auimaes, contra o 149 que se apre-
mercadoria, que constituirá ainda por
sentaram no certamen de 1906. Da-
nIuito tempo a nossa maior riqueza.
. quelIes foram para a Exposição Na-
os lavrad.ores vão .se entregando ã ex-
cional. 37 bovideos, entre os. quaes 3
ploração de outras fontes da industria .
agricola, contando com o mercado in- touros e 15 vaccas "caracú", todos:
terno, convenientemente pTotegido con- premiados com 2 medalhas de ouro,.
tra o similar estrángeiro. O consumo 20 de prata e 15 de bronze. Outra
local, entretanto, não basta para ga- Exposição preparatoria para o certa-
rantir uma remuneração estavel, si aS men do Rio de Janeiro abriu-se a 31
•
colheitas avultarem, como é de pre- de maio e encerrou-se em fins de ju-
vêr. - ·Dahi, a conveniencia de cuidar- nho. Ficou elIa ins'taIlada no pavilhão
~ . ..' . .. , .
308 -
•
- 309
, 11 fIli e dá -p ara cada habitante o cO- gens em nosso Estad.o, que se está tor ~
rridente· de lbs. 8-8-7. isto é, egual
I .• nando mais .conheci-do no estrangeiro.
!In I'egistrado annualmente na Allema- Dos 4 O. 225 immigrantes chegados
,,11;1 e França. e superior aos verif1ca- em 1908, 11. 855 eram POTtUguezes,
dnr: na Italia, POTlugaJ, Hespanha, 9 . 89 f hespanhoes e 9. 7 O4 italianos .
•'1 L) . Os de outras nacionalidades vieram em
(.!uanto ao movim ento maritimo, con- menor numero. Mas entre estes, cum"
Unüa elIe a creSlJdr nos Ires portos do pre salientar 883 russos e 817 alle-
1;:H l.ado, indicando maior intens idade do mães, cujas entradas tendem a cres w
I rafego , cer.
No porto de Santos entráram 1.452 . E ' digno de registrar-se tambem que
na v ios a vapor e a vela, com _ .... os immigrantes procedentes do Rio da
:<.062.041 toneladas de registro, e sa- Prata, em 1908, attingiram ao total
hiram 1.454 ' navios, com 3.071.794 de 7.904, ao passo que em 1907 fo-
'""eJadas, em 190 8. Ainda e m 190 3, ram 5.885. As sahidas, por outro
os algarismüs correspondentes não pas - lado. baixaram de 9.040, em 1907,
f:(avam de 932 navios entrados, com .' para 8. 668, no a nno passado .
1.382 . 054 toneladas, e de 930 navios Os immigralltes espontaneos, que em
,'ahidos, com 1. 381.154 toneladas. 1908 obt iveram restituição da impor-
No porto de Iguape, em 1908, hou- taneia despendida com passage ns , fo-
t' l! as e ntradas e sahidas de 86 navios
I ram 2.157. Nesta somma estão in-
a vapor e a vela, com 24.350 tonela-
cluldos 1.245 italian9s, que acharam
tias, contra 80 navios, com 21.714 lucrativo localizarem-se em a 'nossa
toneladas, em 1907. lavoura, apezar da injusta campanha
No porto de Ubatuba registrou-se a
entrada e a sahida. de 48 navios a va-
l que contra nós se -tem feito na Halia.
A im'm igração japoneza parece não
por e a vela, com 9.502 toneladas, produzir os resultados esperados. Os
em 1908, contra 43 navios, com ." 781 primeiros immigrantes, in t roduzi-
10.431 toneladas em 1907.
dos na vigencia do contracto de 6 de
M;ovimento de Immigl'antes Du- novembro de 1907, deram entrada na
l'ante o anno de 1908. entraram no Hospedaria da Capital e m junho do
Esta<lo 40.225 immigrantes, contra anno findo; mas, . na maioria,
, indivi-
31.681 no anllo ant&d·or, Sahiram .. duos solteiros e pouco habituados á
30.750 , contra 36.269, sendo as sa- lav:oura, esquiVal'anl-Se a certos servi-
Mdas do anno passado bem menorClS do ços agrico]as, que abandonaram aos
que a d·os outros annos, desde 1902. poucos. Sómente ficaram nas fazen-
Dos 40.225 Immigrantes entrados das algumas familias constituidas por
em 1908, vieram á propria custa . . verdadeiros' agricultores, que trabalham
30.792, cOlltra 26.819, em 1907. Os muito a contento dos fazende iros em
que ·c hegaram com passagens pagas cujas propriedades se localizaram .
pelo Estado ou pela União foram . " AI vis ta de taes circumstancias, foi
9.433, dos quaes 8.095 por conta do modificado o contracto com a Com-
Governo Estadual e 1. 338 á custa do panhia Imperial de Immigração de To-
Governo ~"ederal. kio, ficando estabelecido que as lévas
Desde 1903 cresce a entrada annual não exced-eriam de 650 individuos,
de immigrantes espontaneos, que en- cada uma. reduzindo-se I()S preços das-
tão não ' excediam de 17.932. E' um passagens e os frétes para o café. A
facto que prova que os estrangeiros Companhia tem encontrado difficu!da-
cada vez mais vâo encontrando vanta- de para executa r seus compronli-ssos ..
310
-pois até hoje não fez a viso de ,'em bar- ' possuia bens no valor de 860:855$1).11,
que da primeira léva, que deve ser sÓ d-evendo ao Estado 164:785$2111,
introduzida no corrente anno. pela compra de terras e pelOS auxilin~-,
A "Agencia Official de Colonização recebid-os. Em "Nova Odessa". o \'':.l'
<.8 trabalho", creada para facHitar o en-
101' dos bens dos colonos eleva-se 1
.caminhamento dos immigrantes, vai sa- 385:221$000 e o debito a 80:636$20íl:
tisfazendo ao fim visado, sendo cres- em "Jorge Tibiriçá" os bens attingíaru
-
-cente o seu movimento. Em 1908, eHa a 259: 156$000 contra O debito de .. ' _
collocou 26-.540 pessoas, contra .,. 80:499$060; em "Nova Europa." ",'
18.661, em 1907. Daquellas, 16.431 algarismos correspondentes eram . _ ,
el'lam immigrantes recem-chégados e, 278:013$000 e 119:144$480, respé<"ii.
,
10.109 trabalhadores já residentes no vamente.
Estado. Para a lavoura caféeira fo- Esforçando-se para estimular
.... areia
ram dirigidos 18. 716 individuas; para lhamen to das grandes propriedade"
-os nucleos coloniaes, 899; para estra- para a colonização, o Governo tem l':t
das de ferro em construcção, 4.717; cilitado a uxilios para a medição e d i--
e para diversas fabricas e .officinas, visão de terras particulares em iH'''
2,206. qU8nos lotes, na zona da Estrada dp
A "Inspectoria de Immigraçãol! no Ferro Funileuse, -cujos trilhos são pro
porto de Santos continuou a dar bom longados com o mesmo intuito.
desempenho ao seu encargo de fisca- No anno passado, assigllou-se um COI)-
lizar e internar a immigração. Seus tracto com egual fim, para a divisào
funccionarios visitaram, no anno fin- de duas fazendas situadas no muni-
do, 1,454 embarcações e internaram çipio de Campinas. E' de esperar qu"
15.070 immigrantes, De resto, dis- o facto auspicioso se repita COIU outro:-;
tribuiram diversos trabalhos de pro- proprietarios, desejosos de vender SlW ~
-
paganda a passageiros em transito. pes" terras, retalhadas, aos pequenos agri·
soaI das tripulações, bibliothecas dos çultores,
vapores, etc. Tanlbenl visando as necessidades da
colonização, pro~eguiu com a possível
-
Colonizacão Tem sido activa ,.
procura de lótes e a localizacão de co-
regularidade a discriminação das ter-
-
lo nos em os nucleos coloniaes "Nova
ras devolutas do Estado, Ficaram COll-
cluidos os trabalhos em Cubatão ,.
Europa JJ. "Nova Paulicéa", "Gavião
Areias, na ·comarca· de Santos, tendo
Peixoto", "Nova Odessa'l, IIJorge Tibi-
sido a discriminação homologada na
riçá .,
I <I Pariq uéra-assú !, e ,< Campos
forma da lei. Iniciou-se, na referidél
SaIles". Para apressar mais o povoa- C.Qlnarca, similhante serviço no Alb·
mento dos tres primeiros, de recente da Serra; e na comarca de S, Sebas-
creação, reduziram-se os preços dos tião terminou o que se estava effe
•
lotes e alongou-se o prazo para os pa- ctuando na bacia do Juquery-querê, fal-
gamentos, Demais, facultou-se a. con- tando apenas tirar copias da planta "
"essão de lotes, em quaesquer llucleos, do memorial para cumprimento das dis-
a todas as famílias de agricultores, sem posições regulamentares.
dlstincção de nacionalidades. - Com o avançamento das estradas de
A situação dos colonos de todos os ferro Noroeste e S.orocabana para a,·,
nucleos mostra-se prospera. Num dos regiões despovoadas do Estado, urg"
mais antigos, o "Campos SaUes", com tratar de resguardar da invasão de in-
2 3 4 lotes occupados e apeuas um vago, trus'os ,as terras devolutas existentes,
uma população rural de 1172 pessoas Com esse intuito. crearam-se duas com-
'.> ..
•
•
311
IIIissões para discriminaI-as: uma ope- de algumas das empresas, sendo que
ra nd o nas comarcas de Agudos e São outras protestaram contra a apuração
J OB-I? do Rio p.reto e autora nas de tS'anta feita, O estudo das duvidas levanta-
Cruz do Rio Pardo e Campos Novos das bem como os restantes trabalhos
4j(J Paranapanema. relativos a capital e custeio, continúa
Estradas de Ferro No regimBn a ser feito na repartição fiscal.
ri" lei n. 30 de 13 de junho de 1892, As linha~ pertencentes ao Estado,
,
roi feita a concessão de 5 novas vias- acerescidas de 260 kilometros, depois
ferreas; de Bebedouro a Barretos, de· da ultima mensagem, apresentam,
Santa Josepha a Ibitillga, de Ribeirâo actualmente a extensão total de 1.367
Bonito a São João da Bocaina, de São kilometros, a saber:
João da Bocaina a Bariry e de Bebe-
Estrada de Ferro 8'01'0-
douro a Monte-Azul. cabana. • • • • 1.290 kms.
De ac.côrdo com as disposições le- Estrada de Ferro Funi-
•
g-islativas que auctorizam concessões de lense • • • • 52 "
garantia de juros, subvenção kilometri- Tramway da Cantare ira 25 "
ca e Qutros favores especiaes, foram
tam bem. concedidas licenças para cons- A primeira dessas estradas continúa
trucção, US{) e goso das seguintes es- a ser administrada pela Companhia
tradas de ferro: de Taq uaratinga a São Sorocabana Railway, em consequencia
.José do Rio Preto, de uma ponte na do contracto de 22 de maio de 1907 .
estrada de -rodagem de Araraquara a A construcção das linhas de Agua-
Ibiting.a, até a villa de Ibitinga e de Bôa e Itararé, cujo proseguimento fi-,
312 -
MaÍ8 tar·d e , ,rerificou-se que as aguas sar a mais séria attenção da adminis-
dos lagos artifíciaes do Engordador ti ação publica.
I) do Cabuçú não pOdiam s-er utiliza- Bairros importantes, como VHla Ma-
das, por se terem tornado impotaveis, rianna, Perdizes. Agua Branca, Lapa e
~hlPois de accumuladas. O -mesmo se Belemzinho, não têm exgottos . Ou-
d"u com relação ao lago Guarahú, que tTOS, com.o, Cambucy, Hygienopo li-s,
ru,nccionou a principio bem, mas qu e Moõca, Bom Retiro e Barra Funda, aion-
(t~ tá hoje isolado do abastecimento . da estão incompletamente servidos.
Quanto ' aos dois primeiros, o mal é , Quanto ao abas t ecimento de ag ua
<Im parte attenuado pela circumstan- ' urge r ealizar o remanejamento da rêde
(',ia de não haver nas linhas ·adductoras de distribuição, CUJOS defeitos são cau-
(~a,pacid.ade disponível para transpor- sa de frequentes · perturbações neste
I.•!.I' as aguas acumuladas no Engor- importa nte serviço, a.lém de ser im-
dador, e por se poder obter da re- prescindível cuidar, sem demora, de
)>resa do Cabuçú, situada a montante completar o abastecimento nos hair-
do lago,' o volume de agua necessario. ros das Perdizes, Agua Branca ,. Ld.pa,
Mas não se póde prescindir. sem pre- Vílla Cerqueira Cesar, Pinheü·os e Be-
j uizo para o abastecime nto da contri- lemzinho .
buição do lago do Guara hú, estando , Convém tambem não des('urar o es-
flor isso, a Repartição d e Agua e Ex- tudo dos mananclaes que terão no fu-
~ottos empenhada em resolver urgen· turo de r e forçar o supprimento d e agua
temente a questão do aproveitamento á. cidade, exigido pelo se u sempre cres-
•
destas aguas, sem prej-uizo d-o estudo, centé desenvolvimento. geria mesmo
que tem feito, dos meios que possam de grande prudenc ia ir desaprop r ian-
tambem tor:nar aproveita·v eis as aguas do desde logo as ba cias hydro gra phi-
<los lagos do Engordador e Cabuçú. cas escolhidas depois de se adoptar um
Durante o anJ:.lo findo , fez-se a subs- . plano gera.) e d e finitivo de abas t.eci-
l.ituição de 2.790 metros de canalisa· mento da Capital.
ção de agua e assentaram-se 19.17 5 A -Repartição de Agua e Exgottos
metros de encanamentos novos, COlnO teve occasião de estudar 11a pouco as
desenv<>lvimento da rêde, cOOltra .... aguas de importantes maJH1 n d aes que
12: 599 metros em 1907, attingindo a poderão assegurar um volume 'con-
eXtensão total desta, presentemente a sideravel para o a bastecimento fu tu ro
435.541 metros. Os numero" - -
de pre- - da Capital e ser adquiridos em con-
dios ligadOS á rêde de agua continúa dições vantajosas pa ra o Estado .
sempre a crescer, tendo sido de 1.587 No relatorio da Secretaria da Agri-
e m 1908, elevando·se agora a 27 483 . cultura estão consignadas informações
Foram ligados á rêde 'de exgottos, minu·ciosas sobre o ass umpio, qu e me-
no mesmo perlodo 1.153 predios, sen- rece a attenção do Congress-o, va'lpitan·
do agora de 25.369 " numero dos que te como é a ne·c ces idad e de pro>segui-
gozam desse beneficio_ Para o desen- rem, até que possam ser completado;
volvimento da rêde de exgottos foram os serviços de agua e exgottos da Ca-
construidos 6.471 metros 1e coUeéto- pital.
res. Attendendo, porém, á importancia
Com quanto esteja a cidade actual- dos recursos necessariós, que não pode-
•
mente abastecida de agua, de m o do rão sahir da renda ordinaria~ parecs
n não- dar , '0gar a reclainaÇ!Ões, os opportuno considerar si a. melhor so-
"erviços de agua e exgottos da Capital lução da questão não está no arrenda-
o~t.ão ainda longe de poderem dispen- mento dos serviços d.e aglla e exgottos
314 -
tltli~ s a
e italiana, admittindo-se, porém , Turvo a Campos N ovos e de Atibaia
BUla justa excepção pMR os 'propri~ta a Piracaia.
fíl}l-) que ced·erem gratuitamente os ter- Foram celebrados. durante o anno.
n~ n (}s. .Até hoje. em Santos . os terra- 93 cOlltractos para con ser va ção de es~
11111') têm sido cedidos ao Governo sem tradas, com a extensão total de . ...
d irfic u ldade , mas a lei lembrada previ- 2.446 kllometros e 485 metros, ele-
n irã. a exigencia de indemnizações des- vando-se a despesa a 193:788$546.
:l.rrazoadas e g-a r·antirá a fa-cHi-d·a de .para Durante o anuo f i nd o, concluiram M
d a.s as ohras .da ponte sobre o ·rio Mogy- Ribeirão Bonito, da Escola Mixta de
guassú , em Ma l'tinho Prado, sendú fei ~ Dourado, do Posto Policial do Avaré,
t os importantes r e paros nas estradas da continuando em andame n to as d a.s ea·
Capital a ltapece rica, de São Pedro do deías de Jahú e Barretos.
FAZENDA
Receita e Despesa A receita e a despesa do exercic io de 190 8
foram as que cons tam do seguinte Balanço:
RECEITA.
'Saldo do exercicio de 1907 . • • • • • • • 72 .12 5:902$652
Receita o rdinaria e extraordinaria , arrecadadas, 42.69 3:415 $2 6 2
Renda com applicação especial . . . 20 .. 371: 298$692
Apolices e mittidas p a r a a construcção da E. d e F.
Soro cabana . • • • • • • • • • 4 .33 4:500$0 0 0
Dinheiros doe orphams, bens de defunctos e aw:;e ntes,
e depos itas de diversas origens . . . 2 .540:531$45 5
Valor nominal do emprestimo d e Ibs. 15.000 .000-0 -0.
para defesa do café • • • • • • • · 240.000:000$000
Correspondentes da valo"r ização, pela transferencia de
saques contra embarques de café para o cr e dito .
dos con s ignatarios . . . .. . 14 8. 1 58: 776$631
Producto d e vendas de café. . .. '. 27.532:088$548 .
•
Transporte . . , , • • • • , 5 '7 256'" 1 ") :::' ,{ /'/ \I. .tJ '~ '. _.
Lettras emittidas • • • • ·,
• • • • • 36.554 : 5:H.$60ü
Supprimentos' rec~bidos da Caixa do eXArei cio de
1909 . . . • 3.439:389f399
• •
Outras provenlenClas , • • , • • 369:517$842
•
•
•
DESPESA
•
Rs. • • · 622.033:7~14$38,5
•
Vendas de terras publicas . , • • • • • •
A transportar . , , , • • • •
317 -'
Transporte . • • • • • • • • 33.044:~89$827
"
o Capital das Empresas Industriaes. 108:393$382
"
., o Capital das Sociedades Anonymas. 578:084$484
" ,
Rs. • • • • • 37.009:861$479
RECEITA EXTRAORDINARIA
Indemnizações • • • • • • • • • • • 4.290:150$450
Renda de estabelecimentos. • • • • • • 677:252$485
Eventual. • • • • • • • • • 269:560$848
Imposto sobre Loterias. • • • • • • • • 446:590$000
5.683:553$783
314.855:495$743
•
• •
, -318 -
Ra. • 67.988:ii40$851
14.526:804$618
------
SECRETARIA DA JlJSTIÇA
12.656:631$615
SECRETARIA DA AGRICULTURA
23.167:794$104
•
SECRETARIA DA FAZENDA
Transporte . • • • • • • • 15 .5 45:809$650
t\ nxiJios e su'bvenções . • • • • 1.990:649$860
Ou tros serviços . • • • • • • 99:951$004
17 . 636:410$514 .
Como se vê - pela demonstração aci- adiaveis, tud o se·m maior inCOJ1 Veni ~ n
ml(, grande parte da despesa feita te para a vida do Estado.
:lHH1Htitue,' por sua vez, augmento da O Governo continuará a manter e S-
í'!"ucza do . patrimon!o do Estado. sa linha de conducta, e tem certeza
Prevendo. com razão , que a lrnpor- do apoio do Congresso, para que não
tftTH;ia da receita- arrecadada não at. · sejam votadas despezas que não tra"
Ungiria ao quantum em que fôra or- duzam, no momento, uma necessi-da,de
"Ól\(i(t, e tendo muíto em vista os gran- urgente .
.(106 compromissos que já pesavam so- Activo e Passivo Ao ence.rrar-se
Iore o Thesouro, julguei prudente ado- o exercicio de 1908, o balanço do-
t-".a.r um regjmen de cautellosa eco- Activo e Passivo do Estado era o se-
riO rn ia, susDendendo alguns serviços , I guinte.
ACTIVO
Proprios do .\'ls tado:
Valor dos existentes • • • • 165.441:822$187
Valores do Estado:
Apolices Federaes. .• • • 25:000$000 .
Lettras Hypothecarias do Banco
de Credito Re al • • • • 10 : 920$000
Em cambiaes, Ibs . 424-15-10, ao
cambio de 27 • • • 3:775$836
Apolices do Esta do • • • 2:000$000 41:695$836
Sa ldo s pa ra 19 09 :
Em Ba nc os e Co rre sp on de nte s no •
"
Ide m , no Pa iz. • • • • 4.3 40 :31 6$ 60 1
Em . Ca.ixa . 29 :40 4$ 84 9
Na. Ca ixa da So bre -ta xa fra nc os 1$ 90 8
Sald~ da Ca ixa da Pa ga do ria da
Ag ric ult ura · . , . . 8: 39 2$ 02 3
Ide m, da co nta " Es tra da de Fe rro " 42 :74 2$ 11 8
Idem de Div-ersos Re s po ns av eis . 10 :28 2$ 00 0 18 9.3 20 : 99 6$ 62 1
74 4.3 08 :03 6$ 59 0
• PA SS IV O
Di vid a Ex ter na Fu nd ad a :
Ca lcu lad a ao ca mb io de 27. E m-
pl' est im o de 18 8 8 L ou is
Co he n & So ns, Ihs . . .. ... •
.
94 7.5 40 -0- 0 • • • • 8.4 22 :57 1$ 26 6
Ide m de 19 O5 __ Dr esd en Ra nk ,
o
Di vid a In ter na Fu nd ad a:
A po [ Ice
. s da 9 ao<. ' Séfie
' . . • • 57 6:0 00 $0 00
Ide m da . 3." Sé rie . , . • • 4.9 64 :50 0$ 00 0
.
A tra ns po rta r . • • 5.5 40 :50 0$ 00 0 17 7 .88 3 :18 4$ 79 0
• •
321
•
•
•
•
• •
•
3 . 986:5 00$000 ,
Idem d a 6 .• Série . • • • • 2.2 96:000 $000 1 5 . 109:500'000
•
Divida Fluctuante: •
.
Cofre de Orphams . • • • • 5. 650:2 56$ 235
Bens d e Ausentes • • • ·
• 310 : 439$154
Depositos • • • • • • 1. 801 : 009$825 7. 76 1: 705$214
Correspondentes da valorização :
.
, Saldos eredore s e Dl conta-corrente 17 5 .051:7 64$ 941
Emprestimos para a valorização:
Emprestimo de 1906 J. Henry
•
Schrõed e r e Natio nal City
Bank . Ibs . 211.600-0-0 . . 3.276 : 202$8 00
Idem de 190 7 Go ve rno Fe-
deral . lbs. 3.00 0.000-0-0. . 48.000 : OOO ~O OO
I de m de 1 908 J. H e nry Schrõe- .
der & C. . Soc iété Gén é rale,
de P a r is, e Banque de Paris
et des Pays-Bas . . ....... .
Ib. . . . 15 .00 0 . 000-0-0 240 . 000:00 0$000 29 1.2 76: 202$800
..S a ldo
. d est.a conta • • • • • • • •
• • • 1 2.:240$94 2
Caixa de 1909:
744.30S:f}:l6$5~0
"
,
.. .. I Todas, estas despesas terão afinal
I de ser cobertas com a sobretaxa de 5
Defesa do café A acção do Go- francos, que, durante o exerciCio, pro-
verno, no anno de 1908, limitou-se ás duziu frs. 32.279.329,00 e tem mere-
operações indispensaveis para defen-
der o stock de seus cafés, mantendo-
I
cido do Th-esouro o maior cuidado na
sua escripturação, para que, em tem ..
,
324
•
..
'
~
•"
.. sua. exportação a 9.000.000 de sac- I Outros pretendentes. apresentaram-s l~
c..pltal garantido em 400:000$000 . dos srs, Loste & Com., de Paris, par.
A mesma Companhia
,
contractou com a organização do Banco de Credito
o Governo o estabelecimento de tr<ls Hypothecario e Agricola do Estado de
armazena geraes juntos ás estradas de S. Paulo.
ferro Paulista, Mogyana e Sorocabana, Para este fim celebrou, nesta Capi-
com o capital de 1.200: 000$000, a tal, em 19' de Abril do corrente anno,
23 de Junho de 1908, ass ignando nessa um ·contracto p.r ovisorio e, em 7 de
data o contracto provlsorio de gaTan- ' Junho proJOimo passado , ocontracto de-
ti.• . de juros. i flnitivo .
325 -
.:\ I~tua]mente. o - numero de escolas Tapava, Salto Ide Itú, Ita-raré, Amparo,
ltJ"()vidas e de classes de grupos ele- Santa Cruz do Rio Pardo, Baurú, Cam-
\" f\ -;";f': ao total de 2.475. pinas, S, Vicente, Itapetini'llga, Brótas,
,
() mov-imento, nos ultimas annas, Mogy das Cruzes, 8orocaba, S. Pedro
•
IL(:..: escolas perte;ncente ao Estado, foi I
I
e adaptação dos ediflcios destinado;'
I
:~(:gu iDte:
, aos de Rio Claro e Hú.
"
L Estão, com plantas approvadas OH
1904 , , , , 47,513
em concorrencia publica, edifícios nos
191)5
1-906 ,
,
,
,
,
,
,
50.757
54.379
I seguintes logares:
o
19ü7 , , 61,084 Ituverava, Mattão, S, Bento de Sa-
1908 pucahy, Pereiras, Porto-Ferreira, San-
, , , , 70,453
19 Oli , , 80,469 ta Rita de Passa Quatro, Santos, Pi-
•
1910 tangueiras e Cruzeiro .
, , , 99,203
Estão em elaboração plantas e or-
E' de 4 o numero de escolas reuni- çamentos para -edificios em muitas OU- -
rias, com 17 classes. tras localidades,
O movimento geral de alumnos ins- Foram terminadas as obras dos gru-
nas escolas preliminares, esta-
(~riptos p"OS de: Bocáina, Batataes, Soecorro e
duaes, municipaes e particulares tOI, Palmeiras,
no annofindo, de 142,616 e o nume-I
Ensino Profissional Não lie tem
rü de alumnos de todos os cursos, in- I,
egualmente o Governo descurãcro do
cluidos os superiores, foi de 150_643, ensino profissional. De accôrdo com as -
A inspecção e' a fiscalização das es- disposições legislativas, vão ~r ins-
colas. apezar do numero reduzido de tallados, nesta Capital, dois institutos,
[nspectores. fizeram-se com proveito, sendo um· para o sexo feminino, onde
" certa regularidade, I será ministrado o ensino de artes do-
Por Decreto n, 1915, de 18 de Ju- mesticas, € outro para o sexo. mascu-
!tiO de 1910, expediu-se o regulamen- lino, o qual se ·proporcionará o ensino
to das escolas nocturnas crêadas pela . de pro.fissões manuaes, como as de
Lei n, 1.195, de 24 de Dezembro de mechanicos, pedreiros, pintores· etc.
1909, . Já estão em andamento as necessa-
Por Decreto n, 2,005, de 13 de Fe- rias installações, tendo' sido escolhjdo
vereiro do corrente anno foi apprú'Vaüo para a sua séde o bairro do Rraz," visto
.
o novo programma para as escola~ ser al1i maios densa a população ope~
isoladas, raria.
Construcções escolares De ac- Amparo e Jacarehy vão tambem ser,
côrdo com a Lei n, 1.214, de 24 de em breve, dotados de eguaes institu-
Outubro de 1910, que concedeu aueto- tos. nos quaes d4? preferencia será mi-
rização para a abertura de um credito nistrado
, o ensino das
. prOfissões mais
especial para a construcção de edifi- adeq uadas ao. meio industrial de cada
cios escola.res, tiveram estes notava] uma daquellas cidades,
lncremento j estando em construcção, Escola Polytechn.ica A nova _01'-
nas seguintes localidades: ganização dada á Escola. Polytechni{:a,
Capital (3), Barretos, ,Mogy-guassú já está produzindo l,leneficos resulta-
.
Faxina, Jardinopolis, Tatuhy, Rio das tados,
Pedras, S, João da Bocaina,. Bôa Es- O numero de alumnos. matriculados
perança, Mocóca, S. Barbara, Bebe- no anno prelin1i.nar ,e~evO,u-!3.e de modo
d.ouro, Taquaritinga, Descalvado, Iga- extraordina-rio, pois foi,. no· corrente. an-
i
328
.
. no, de 122, contra 84 no anno ante- O movimento dessas Bsçol as n, flÚ
329
330 -
partição. Com a. methodica distrIbui- calização das hospeda rias · da Cap ll;d
ção feita por duas directorias, e pe los por melo de visitas diarias para ver! . \
differentes gabinetes e secções, rea- cação das listas de hospedes. conh . . ·· i
lizou-se efficaz melhoramento para o mento pessoal dos mesmos. e sua 1Il",~
variado expediente de tão importante cedencia, como é attrlbuição deste ". ,
departamento, com r eal beneficio para binete.
o publico , e pa ra a administração.
Gabinete d e identificação T i VII
•
Ordem Publica A ordem publica ram consideravel e progressIvo :1.1.1 .
.
foi sempre mantida Inalterada em to- gmento os serviço.s d-o ga·b inete de j-fl( ~ I· I ~
do o Estado . apesar da explicavel agi- tificação, depois ·da reforma feita r' UI
tação · politica dos ultimos tempos. virtude do Decreto n . 1.892, de 2:l ""
Nem mesmo conseguiram alteral-a as Junho do anno findo.
differentes eleições havidas entre as A identificação criminal e civil ·cPll ··
quaes a de 30 de Outubro ultimo, tlnúa a ser feita pelo systema de \ '".
para vereadores e juizes de paz, que, cetich, que vae sendo · adoptado anj ·
por affectar mais dlrectamente a vida versalmente, pelas vantagens que .\ll"
local e os interesse populares, costu- ferece.
ma ser entre nós o pleito ma is renhido A identificação civil expandiu-se <1"
e o mais apaixonado . modo notavel, . tendo o gabinete pj'O '
Conflictos isolados seria impossivel cedido á identificação não só dos ofri ·
ev.itar, como não podem deixar de oc-
correr mesrpo nas épocas as mais cal-
I eiaes, inferiores e praças existentes )la
Força Publica; como de todos os ca"·
mas, e · nos centros os mais cultos: l1,idatos ás fileiras 'ua
mesma Força :
nunca faltou , porém. a imparcial in- egualmente procedeu-se á identific<l.·
tervenção da auctoridade, nem a prom- ção de todos os. cocheiros, "chauf-
pta expedição das necessarias medidas feurs·· , guardas-nocturnos, carregado-
de segurança e repressão. res e, em geral, dos que a policia jul-
l
Gabinete. de· queixas e dos ohjE'ctos gou conveniente ter prova de ide nti--
a.cltados No correr do ultimo anno, dade, e de muitos outros que . liv re -
tiveram grande desenvolvimento os .mente solicitaram do gabinete tal p)"()-
varios se rviços a cargo deste gabinete. va ou documento.
.
Apesar da facilidade com que são· A identificação criminal tambem
levadas a esta Secretaria as queixas e sentiu sensível progressão, quer no ga -
reclams,ões, do exame estatistico dos binete central, quer nas delegacias.
registros feitos durante o anno, veri- sédes de comarca.
. fica-se que decresceu o seu numero Como os serviços de identificaçt.o .
em re lação a.o do anuo anterior, pro- tambem cresceram na mesma prop or-
vandg a efficacia da acção fiscaliza- ção os do "atelier" pllOtographico e 03
dora exercida por este meio. do exped·iente do gabinete.
Na ,~ecção de deposito de objectos Comquanto r eformado, em virt\1de
aclÍrudos não foram menos dignos de do citado Decl'eto n . 1.892, este gah,-
•
nota os serviços auleTidos pelo pubJ.i- l!ete já se resente da falta de empr c-
co ; para ' se julgar o desenvolvimento I . gados para attender com regularidade
que teve, basta salientar que, só em i, aOS multíplos e variados serviços q ue
Ulll mez do anno findo, recebeu mais hoie lhe s ão affectos; torna-se desde
i
objectos do que no decorrer de todo • j á necessaria a creação de maisd olf;
o anno ultimo. I logares de terceiros escripturarios ~
I
1U~ ' nto dos e-nfer'mos que necessitam qui.ridos, n<la este gabinete awarelha-
dos pri-meiros cuidados. do de meios rapidos , com modos e se-
(~. índispellsavel a cODstrucção d e guros para attenrder a todos os " ,servi-
11 lU necroterici moderno, que disponha ços do polirciamento e da assístencia, a
,k salas apropriadas par.. o deposito seu cargo.
1\ reconhecimento de cadaveres, para Estes melhoramentos loram todos
nu t6psias e de laboratorios e camaras levados a effeito em virtude d·e aucto-
fri,gorMicas. como já fi,cou d"isposto na rização concedida pela lei n. 468 de
1('; n. 10 de 26 de Outubro de 1891. 27 d e Setembro de 1.910, e vieram sa-
tisfazer Importantes necessidades pu-
Gabinete chimico-legal O gabine-
blicas. creadas pelo progressivo desen-
1,0 chimicti-legal ficou conveniente- •
o esforço e a dedicação com que o dis- jUdiciaria, de ' accôrdo com o• pensa.-
tlncto Chefe da Missão Franceza e . mento externado em mensagens ante-
seus dignos auxiliares têm dado de- riores.
sempel).ho a sua delicada comffiissão. Em virtude de leis especiaes. toi
Não estando concluido o preparo da dividida a coinarca de Ribeirão Preto
Força Publica e sendo necessario evi- em duas varas e foram creadas a:; co -
tar uma repentina alteração no regi- . marcas de Baurú e Pitangueiras, ten-
men de Instrucções militares actual- do sido todas devidamente providas e
mente em vigOT. julga o Gover.no con- lnstalladas.
veniente aproveitar ainda, por algum Em diversas comarcas deram-.il e . du-
•
- 333
,::Jootlo a poder o nOSSo Estado ser do":' sidade de uma reforma neste departa-
,'t.ftdo. dentro do mais br~ve prazo, com mento da ãdministração publica do
~,UUl estabelecimento d~sse genefa, tão Estado, para melhorar os serviços exis-
:1'(lela maào por seu adeantamento e pe- tentes e attender á creação de ou-
ht sua c-.ivilização. trolS ex1gidos pelo desenvolvimento
1!;!-cÕcúla~ ('€H'l'eccionaes Em vir- e progresso de São Paulo.
tud~ de auc.torização da Lei n. 1.167 Foi creado o cargo de Consu·ltor Ju-
de " 7 de Setembro de 1907, foram rídico, organizaram-se os serviços de
i~n~adoB mais tres institutos discipli .. defesa agricola e de ensino agricola
fI:tn~s. no::.:. moldes do instituto existel1~ ambulante; creou-se o Museu Com-
te nesta CapitaL mercial; e normalizou-se o serviço de
Penso que. d·eve haver uma reforma tomada de contas do capital das es-
n" ])ei Il. S84, de 10 de Outubro de tradas de ferro de concessão do Es-
UH) 2. afim de que o Instituto da Ca- tado.
pital. por ella creado, seja exclusiva- A tabella dos vencióuentos do pes-
mente destinado a receber m·eninos soal foi revista, .attendéndo ao escopo
maiores de 9 anuas e menores de 14, de melhorar a situação dos funccio-
no "a5O do art. 30 de Codigo Penal, narios, como já fora feito nas outras
\' ()s maiores de 14 e menores de 21, Secretarias de Estado.
enndemnados por infracção do art. 39"1
do mesmo Codigo, ficando os outros Directoria de agricultnra Os
Institut.os. destinados a receber, exclu- serviços a cargo da DirectOl'ia de Agri-
,\lÍvament.E'. os pequenos mendigos, va.- cultura continuaram activos, mere-
dios, vi('.iosos. abandonados. maiores rendo menção, entr.e elIes, os de Dis ...
rJe 9é. menores de 14 anuas. tribuição de sementes e mudas aos la-
A Colonia Correccional da Ilha dos . vradores do Estado.
• •
Porcol'3 está prestando os serVlços a Muitas foram as consultas attendi-
que é <ie.stinada, continuando a serem das pela ~irectoria sobre assumptos de'
lH:,lla int.ernados os vadios e vagabun- technica agricola, sendo elaborados
dos, c::ondemnados nesta Capital e no pareceres e instrucções, que foram re-
íuteriol' do Estado. mettidos aos interessados e publica-
dos no Boletim de AgricnltUJ'a.
"oli";a. <lo Porto de Santos - Julgo
conv·enieine e reorganização ':da Poli- O Sel'viço de diStribuição de semeJl-
da do Porto de Santos afim de que tes vai merecendo a melhor atfenção,
esse serviço seja mais efficaz, collo- procurando-se, com a observação e a
caudo-sE" ·á altura do desenvolvilnento experiencia, tornaI-Q cada v·ez mais ef-
t:ommereial deste Porto. ficiente.
•
,,
" 334
Póde-se dizer que, caIU as medidas No 1.0 districto ag,ricola, O i't~};:Jl\'i'l h ',',:'
,
ro caba. .,•
e bem assím á commissãó dada a um
No 4. districto , tev e o respectivo jJl!'i ~
0
triculados exigiu a creação dos car- d e numero d'e e nsa iÕs, exames.~ analyses
.~OS de a1ijunctos das primeiras ca- de terras,· adnbM, cafés, aguas . vin hos,
deiras, o que foi levado a ,effeito por mostos, leHes, assucar , cannas. ·caldos.
Decreto n. 1. 982, de 13 de janeiro forragens, farélos, fibras diversas. pê-
ultimo, no qual tambem se incluiram los de algodão, materias tállifel'as. ana-
outras providencias, para a melhor dis- Iysesphysiologicas, exames phytopatho-
tribuição das materias d o curso da log icos, entom ológicos , e nsajos d e se-
Escola. , mentes, e visitas a fa7;e n da3 e usinas.
336 ~
339 -
rias em moeda ingleza a importaçào rOl saldo das entrad·a s so bre as sa h i /I:\ 'I.
de 9.515.538 libras esterlinas e a ex- em 1910, o que vem confir.mar o (:,. •.;t
portaçã.o de 18 . 935.746 librás, em cimento', da immi·gração, a data!' .1; .
1910. Dahi, um bello saldo • de ... . 1903 . .
9.420.208 libras est-erlinas, a favor E' preciso. corntudo, l'econhece r IpI"
.
do Estado. a immigração neste Estado não se 11 ) 111
Sem incluir moedas met"Uicas e fi- avolumado na proporção das facili(t ll
duciarias, o valor do inter-cambio cor- des que ' em S. Paulo se offerecElm ~U):,I
respondeu a 28.451.284 libras. Esta imnügl'antes.
Bomma representa 25 por cento de
. Tem ' .c oncorrtdo
muito vara o retnl '
commercio externo do · Brasil inteiro
híInento da CP'f.rente immi.gratoria "
só se considorando o valor das mer-
cadorias importadas e exportadas.
propaganda que tem sido feita no 'IX · \
teriOl~ contra a situação dos colontHi
Movimento lIlarttimo Quanto ao na nossa lav.Qura, affirmando-se COII\
movimento maritimo pelo porto de flagrante violação da verdade, se ..
Santos. em 1910, mostrou-se bem mais aquella slutação geralmente pr.ec'!.ri.a .
•
activo do que no anuo anterior. En- Servem de ponto de partida as aC '
traram 1.574 embarcações a vapor e cusações diffamatorias, certos. caSO:i
342
•
commerClaes .. do Estado, incluindo a representaçtw
Dos nucleos do "Conchal, constituí- de todos os tralJalhos até aqui exoclll" , .
dos Idas fazendas 11 Barra", "Ferraz~!, dos. Tambem foi confeccionada um"
"Leme", "Nova Zelandia", "Conchal" ,
. carta dos nlunici:pios situados na zonn ..
c · "Campininhas", ultimamente adqui- suéste do Estado~ abrangendo 91 d ei ·
ridas pelo Estado, já se acham divi- les com as respectivas divisas. EstH
didas e demarcadas as duas primeiras trabalho tem sido muito difficultado.
fazendas, começada a divisão da tN- devid() á deficiencia e falta de c1are",
eeira e iniciados os t.r"balhos de di";- e aos erros das leis que estabeleceram
8ão e dern~Tca.ção das outras. as divisas entre os differentes muni-
Te... ·as devolutas "Os trabalhos cipios. Acham-se publicadas, até a g() ~
da dis(oriminação das terras devolutas ra, 22 folhas topographicas da carli'
do Estado já vão tomando grande im- , do Estado; em gravura -- as de Frall
pulso. i •
Carta Geral do Estado - Tendo sido truidos pelo Estado ou pela União:
concluldos os trabalhos de exploração 1 . 718 de propriedade da União ou do
do extremo' sertão do Estado, na re· , Estado e 3.483 pertencentes a empre·
gião dos rios Tleté, Paraná, Feio e I
sas particulares.
Peixe ; na dos ~ios Ribeira de Iguaw I Foram approvados, depois de exam~
" seus '. affluenles, e Juqueryquerê e o I na repartição . competente, estudos de-
levantamento da fronteira de Minas, I
finitivos .para a. COllstl'U.cção -de varios
falta"a ainda para o levantamento da , trechos. com a extensão total de 3 O+
"Carta Geral do Estado", operar na ji kllometros.
•
.. ...
-- 343
11 . 0~2 : 2428036
2.395 em 1909, 1.621 em 1908, .' partir da pequena repreza náo a.l'lI~:J'.'· .',
J . 237 em 1 9 O7 e 1. 9 O1 em 19 n~ . da pelo lago até a barragem acollqm,· "
Esse desenvolvinl€'!l to crescp.ute da nhando a valleta de protecção da "li
população de S. Paulo preoccupa o Grj- costa da margelll: direita. Da barragl\fII
verno no que diz respeito á necessidade ao filtro foi construido um cõiitlU('1or
de se ~l1elhorarem cada vez mais as forçado de Om,25 de diametro p
condiçoes do saneamento da cidade, au- 293m,50 do desenvolvimento, termlt\;! 11'
.!nnelltando-se conRidF'~-avelmente o VQ- do em repucho .
!ume de agua de que se deve dispô,' e Com essa providencia consegulu-::i(, I' ,<
ampliando-se a rêde de exgottos. aproveitamento de grande' partI; <I"
Sob a influencia dessa preoccupação volume outr'ora fornecido pelo rihnl·'
foi a. Reparfição éomp·etente aucto.ri- rão de Guarahú.
•
zada a estudar todas as soluções pos- A julgar pelas observações feiL<;'
siveis para o reforço de supprimento até ·então, é de suppor que não fiq"ü'"
'de agua. formulando um programnUt, perdidas as obras executadas de COlHI'
que deve ser posto ·em pratica á me- trucção de barragens para formação.
dida das necessidades, cumprindo des- de lagos artificiaes, <Iil.~ devem con~'
de já. trazer maior contingente de agua t.ltuir resenTas para aS!3egur~r o func('j,,·
potave!. namento normal das linhas adll.ct.o'·",;
Este estudo está quasi concluido e dnrante os periodos das seccas.
constará do relatorio da Repartiçiio (j e Continna a prestar relevantes ser·
Aguae Exgottos. viços o Laboratorio de , Analyses Ch i
O volume minimo aceusndo pelos micas e Bacteriologica.o;:; d8.. Repa:.rtiçao,
tnanancíaes captados forneceu a con- que fez. 758 analyses de potabilídade
tribuição de 125 litros "per capita", e 5 O2 exames bacteriologíros.
I;m 24 horas. quota insignificante para Durante o anno de 1910, foram subs-
.
uma cIdade de 320.000 habitantes. tituidos, por outros de maior õiarnf'tro,
Para. nao haver ('rise
. mais séria
. na 6 . 4 O9 metros de canalização e assen-
zona alta: da cidade, foi necessarío o taram-se 23.65'6 metros de encanamen-
concurso da bomba do Engordador, que tos novos, contra 19.272,7 em 1909,
elevou aguas do lago artífícal do mes- elevândo-se, portanto. a 178.470 m,,-
mo nome, junctamente com as do car- tros a extensão total da rêde.
rego do Cnrrupira. Foi indispensavel Foram executados, no mesmo perío-
esse concurso do lago Engordador, que
•
do: 3.049 ligações, contra 2.150 fei-
estava isolado do abastecimento; e a tas no exercicio anterior; 187 religa-
Repartição sÓ pozem pratica esse al- ções e 321 deslígações; o que elevou
vitre, de setembro em deante, quando a 32.474 o numero total de ligações
,
os resu>tâ-dos das analyses o permitti-. independentes até 31' de ,d€'zembro
ranl. nltimo.
Tem melhorado sensivelmente â q ua- I Permanecem ainda. em promiscuida-
lidade das aguas dos lagos do Engor- de os tres systemas' de supprimento de
dador e Cabuçú, conservando-se ainda a.gua; medidos por hydrometros, regu-
impotaveis af?~ do Guarahú. lados por pennase sem restricção, con-
Por esse nlotivo, e para não haver vindo que seja reformada a lei que
llrejuizo á zona média com o desfaJ-, regula a cobrança de taxas de con-
t:iue do ríbeil'ào do Guarahú, a Repar- sumo de agua.
•
'tição construiu unI pequeno aquedu- Foi notavel o impulso dado á. cons-
e.to 4e Om,3 (I de. diam,etro intern·o e o trucção da rêde de exgottos para S0r-
desenvolvimento total de 840m,80, a vir os arrabaldes e ruas, ainda priva-
"i '
347 -
..
cOlls trucção d e uma ponte suspensa Cinco desses canaes foram orçados
sobre o estual'io de S. Vicente. e considerados d~ construc<;ão actual:
Para a realização d.essa obra, o Go- tendo sido concluido e inaugurado um
·vel' no F'ederal tambem concorreu as- delles, estando prompta a parte mais
348 -
.
difficil e- onerósa do outro, e em via_ Já se providenciou, portanto, sohnJ
de conclusão um terceiro. projectos e consfrucção d,e 47 edif1tioH
O serviço de custeio da rêde antiga nov,()s para grupos escolares.
de exgottos e de installações domicilia- Além das obras que estão sendo eX(l-
rias, -pro seguiram regularmente, ~onti cutadas e vão ser:, construídas por (;00-
FAZENDA
RECEITA
Renda do Estado:
Ordinaria • • , • 36 . 118:378$660
.Extraordin3 ria. • , • 7 . 162:490$414 43.280:869$074
•
Renda com applicação especial:
Arrecadação da sobretaxa de 5
francos por sacca de café
exportada , · .- , 21.164: 814$2~8
Divida fluctuante:
A transportar . 95 . 036:105$729
, :' '. .' '.'
'. . '
350 -
.
Tra n8pOl"le ~5, 036: 105 :S7~!~'
Lettras do Thesouro:
Emittidas no exercicio • • • 76 .. 127:993$89?
Valores em café:
•
Saldos de 19 O9:
Conforme .. o respectivo balanço . 24.415:3"1.$9 ·1 7
- - - ----'.-
216.451:703$094
DESPESA
Secretarias de Estado:
Secretaria .do Interior . • • 15.265:868$728
Secretaria da Justiça • • • 14.015:845$915
Secretaria da Agrjeultura • • 14.572: 973$067
Secretaria da Fazenda • • • 21.997:0138600 65.851:701$ :lllJ
-
Divida fluctuante:
Cofre de orphams • • • • 1 . 633:460$387
Bens de ausentes . • • • • 184:783$860
Depositos . . • • • • • 1.337:014$460 3. 155:258$ 707
•
•
•
Bancos e Correspondentes no •
Paiz e no extrang.eiro:
.
Liquidação de contas neste exer-
cicio • • • • • • • 14.657.478$6,H
• A transportar . • • 83 .6 64: 43 S$ 62 1
, ': ..-;. ':'.
•
•
•
•
351 •
,
Transporte .
Lettras do Thesouro: •
blica . . . .. .
Caixa Beneficente dos Funcciona-
rios Publicos. . . . . 496 : 9:l5$507
• •
Depositario Publico da Capital. 426 : ~')2$,?gl}
Directoria da Hospedaria de
Immlgrantes:
Pagamento em conta de seus de-
positos • • • • • • 30 : 795$870
Caixa de 19 9 : ° •
Supprlmentos feitos a esta caIxa. 2.468: Slift$(HJt'
Saldos para 1910:
Em Bancos e Correspondentes no
extrangeiro • • • • • 14.018:997$156
Idem, no Paiz. • • • • 17.343:115$417
Em caixa . • • • • • • 318:707$710
Na caixa da sobre-taxa ouro. . 275$648
Na caixa da . P a gadorla da Agri-
•
cultura • • • • • • 15:691$821
Saldo da conta 11 Estradas de
•
Ferro" · . " . . . . 51: 719$282 •
36.118: 378$660
RENDA EXTRAORDINARIA
Indemnizações • • • • • • • • • • • 4.577:161$228
.
Eventual, • • • • • • • • • • • • 718:715$867
.
A transportar • • · -, . 5.295:877$095
- 353
7.162: 490$414
,
242.643:998$299
•
-354 -
A transportal' . • • • • • 13.159:689$876
355
13.199:689$876
Creditos especiaes:
Avisos de incendios. • ••• • • • • • • 312:881$2H
Cadeia de Casa Branca. • • • • • • 40:000$000
Reorganização da Secretaria . • • • • • • 134:148$515
Melhoramentos no Corpo de Rombeiros . • • • 299:126$250
~feias custas • • • • • • • aO:OOO$OOO
-------
•
14.015 :8 45$91 5
Secretaria da Agricultura:
1.· Secretaria de Estado. . • • • • 771:416$292
2." Inspectoria de Jmmigração do porto ne San-
tos . . . . .
. . ' .. . . . "
57: 248$100
3. ,. - Serviço de Immigração' e Colonização . 2.927:564S133
4.· Serviço Agronomico • • • • • • •
246:503$928
I v' .• Transportes em estradas de ferro 50:000$000
14. o Commissão de ,tomadas de contas • • 7: 506íl400
15. " Despesas eventuaes • • • • • 50:000$000
"
12 .540:89 5$107
•
Creditos' especiaes:
Novas construcções da Estrada de Ferro Sorocabana 1.175:463$500
Construcçãodo ramal do Guapira . • • • • 196:958$5 7(\
Prolongamento da E. de Ferro Funilense. 133:1378557
Propaganda do café . . . . • 235:264$30 0
Canal do Tamanduatehy . • • • • • 1 05.982$604
Estrada de Ferro de S. Sebastião ás raias de Minas.
Construcção do novo palacio do Governo. . •
14.572 :9733967
,
, - 356
Secreta.ria da Fazenda:
Reposições e Restituições •
• •
• •
•
•
675:466$436
238:446$631
6. ' Juros Divel'sos . .
7. " _. Differenças de Cambio
• •
•
•
•
•
•
• 8.448 :848$091
4.245:648$100
8. ' . Aposentados • • • • • 654:459$836
~. ~ Reformados • • • • • 313: 125$344 ·
10. " Auxilios e Subvenções • • • 2.316:382$679
11. " - Eventuaes • • • • • • 50:000$000 ••
·•
---- - --
19.9 81: 098$619
Credita s Especiaes: ·
•
Gara.ntia de Jnros ao Banco de Credito Hypotheca.rio
••
e Agrícola de S. Paulo. . . • • • • 1.153:239$1~Lí
21.997:013$600
, . .- 357
,
•
Transporte • • • • 4.16~:836$074
Saneamento ' de Santos. . • • • • • • 2.212:521$782
Serviço de avisos telegraphicos policiaes, e melho-
ramentos no Corpo de Bombeiros. • • • 612:007$524
Rs. 6.990:365$380
va, tanto interna, como externa, ten- desenvolvidas 110 Relataria da Secre-
do sido pagos pontualmente os juros to ria da F a ze llda.
Balanço do activo e passivo do Estado de S. Paulo ao terminal'
o exel'cicio de 1910
ACTIVO
Proprios do Estado:
Valor dos escripturados até o en-
cerramento do exerci cio . . 167.790:522$326
Valores pertencentes ao Estado:
Apolices Federies. . . . • 25:000$000
Apolices Estaduaes • • • • 1:000$000 26:000$000
tado • • • • • •
1.000:000$000
Café armazenad,o :
Valor do existente, calculado ao
preço do custo . . . • 212.744:435$360
A transportal' . 403.429:887$686
, ". . .' .
, I
,
358 -
Paiz • • • • •• 17.343:115$417
Em Caixa • • • • •• • 318: 707$710
Na Caixa da Sobretaxa-ouro . 275$648
Na Caixa da Pagadoria da Agrl-
cultura • • • • • 15:691$821
Em poder de estradas de ferro,. 51: 719$282
Em poder de diversos responsa-
•
veIS • • • • • • • 42:263$000 31.790:770$034
ces. • • • • •• • 708:660$000
Estampilhas e papel sellado exis-
tentes no Thesouro e nas
estações de arrecadação . 29.066: 133$000
Caixa especial d.e apolices a
emittir . • • • • • 803:000$000 34.205:806$219
• •
---- .
Somma. • • 544.879: 251$294
- - -----
•
· PASSIVO
Divida externa fundada:
Calculada ao cambio de 27
Saldo em circulação:
Emprestimo de 1888, Louls Co- •
A transportar . 6.255:091$012
.. .-
_. 359-
Transporte. . 6.255:091$012
I'~mpr€stlmo de 1~99. .T. Henry
SchrÕ€der & Co. lbs ..... . •
272.500-0-0 . . . • 2.350:176$053
• • •
I'~rnprestimo de 1904 London &
Brazilian Bank; Ltd.. Ibs ..
909.18(1-0-0 .... 8.081: 589$226
J':mprestlmo de 1905, Dresdner
Bank, Iba. 3.713.700-12-6. 33 . 010:657$077
E:m prestimo . de Soroca-1907
bana Rallway Company Ibs.
2.000.000-0-0. · ' . 17.778 : 0005000 67.475:513$368
- - - - ---
Ib~ . 7.599.080-12-6
Divida interna fundada:
•
Apolices da 2.' série. . • 305:000$000
.. " 3.· . • • • • 4.924:500$000
.. ,. 4.n .. • • • 3.956:500$000
., ., 5.'1 .. 3 . 956:500$000
.. ..
• • • •
.. 6. " • • • • 8.000:000$000
., " 7' " .. • • • • 3.082:
.
000$000
.. ., 8. ~ .. • • 10.000:000$000
..
• •
Divida tluctuante:
Dinheiro de orpbams. • • • 6.259:598$059
Dinheiro de ausentes. • • • 356:518$102
Deposit.oR diversos • • • • 2.388:891$886 9.005:008$047
Ibs. 14.989.474-0-0 •
A
360 -
Letras do Thesouro:
•
Saldo da conta Caixa Beneficente
da Força Publica. . , 10: 715$280
Saldo da conta Directoria da Hos-
pedaria de Immigrantes . 42:027$114
Saldo da conta Depositario Publi-
co da Capital. .. . 393:638$162
Saldo conta Exactores . 8:393$629
Saldo da conta Pagadoria do
Thesouro • • • • 927$230 526:709$62 ~
Exerciclo de 1911:
Supprimentos recebidos da Caixa
deste exercicio no periodo
addicional de Janeiro a Fe-
vereiro • • • • • • •
2,445: 400$000
•
, Somma • • • • • • 432.062:214$824
Patrimonio do Estado: ,
•
Activo liquido ao encerrar'"88 o ,
•
•
exerCJCIO • • • • • • 78.611: 230$,251
•
Somma . • • • • • 510.673:445$07 5
Valores de Compensação no
•
Activo:
Garantias• hypotbecarlas <le estra-
, das de ferro . • • • • ' 801:000$000
Valores diversos recebidos 'e m
caução e em deposito. . 2.827:013$219
Juros de apolices depositados em
' Caixa Especial . . . . 708:660$000
· ,
Rs.
,:
-
Deduz-se :
Trieste • • • • • • • • • • • 109.807
Marselha. • • •
•
• • • • • • • 86.807
"
Bremen • • • • • • • • • • • • 83.907 ..
6.305.133 "
363
,
_-~jh IH·t:::~ ~ a<1o excellentes se l' viço~ á la· principalmente nos ultimos tempos em
~l!
,'
llr i l do Estado, e tendo conseguido que tanto se rea.nimou e desenvolveu
•
1iOlft assim outras medidas attinentes E' certo que a primeira phase do
~O desenvolviment·o da acção do quatriennio não foi a mais facll para
', '
J,o IHoO. o lueu governo sob o ponto de "'rista
I ~~ s tas modificações não foram ain- financeiro, perdurando então em aua
li,.. l.>Ostas em pratica, ,estando, no en- maior Intensidade, a grande crise eco-
,
Ú·t)f.anto, em estudos Pai' parte do Ban- nomica que des<ie algnns annos vlnha-
(!o e por parte do Governo, para se-
mos atravessando. Felizmente a noto-
tom e xe cutadas opportunamente. ria resistencia e actividade dos paulis -
tas, fortemente secundadas pela coo-
peração fecunda do elemento extran -
*
geiro, conseguiram o resurgime nto
-* * I de
todas as nossas forças productõras,
permittindo nos chegar a esta situa-
De accôrdo com o dispositivo legal, '
ção de franca prosperidade, em cuia
" ()residente expoz ao Congresso Le-
gtot a tivo o estado dos negocios publi- estabilidade muIto devemos confIar.
COR em sua 3. a Mensagem, que é a O alento extraordlnario que anima
floguinte: hoje a nossa vida agricola; a expan-
•
são surprehendente de industrlas de
Termina hoje o quatriennio -d~ 1908 toda ordem, não só na capital, como
n 1912, durante o qual tive' a supre- no interior do Estado; a cOllstrucção
UH' honra de ser o Presidente do Es- das pequenas, como das grandes vias
tado de São pauló; sinto-me feliz ferreas, estas a penetrarem por fer-
,n'este momento em que, na forma de tillissimas regIões até agora desapro-
n.ossa lei constitucional e pelo voto li- veitadas'e tão grande como um novo
ne do povo paulista, venho passar o E s tado; o crescimento ' admiravel da
Governo do Estado a V.- Excia. cuja nossa capital, desde o elegante pala-
Nabedoria administrativa, já tantas ve- cio até a modesta casa do operario; o
zes comprovada e consagr"ada no des- desenvolvimento da instrucção publí-
empenho de commissões iguaes e de ('a . cujo pessoal e cujos programmas,
outras até mais elevadas e difficeis, é
methodos, inatariaes e edifícios têm
garantia segura de uma éra cada vez sido solicitamente melhorados; .a polí-
mais plena de prosperidade para a ' cia. organisada como está, sob os mais
amada terra paulista e de maximo
modernos moldes, dispondo de pessoal
brilho para o nome brasileiro.
dedicado e instruido, com' meios aper-
Cumpro o grato dev e r de npresentar feiçoados de ass!Btencla pu blica; as
a V. Excia. uma synopse nos princi- municipalidades realisando os mais
paes aetos e occorrencias da lninha ad- proficuos melhoramentos e bem apro-
ministraçã o e da situação actual dos veitando os seus recursos locaes; tu-
negocios publicos. do isso, por 11m lado constitue uma
Atravessei um periodo da expansão somma consideravel de factores que
de todas as forças vivas do Estado, hão, de asseguraI' a prosperidade e a
. ..'.;
- 364
estabilidade da nossa -vida economica dera veis despendidas na sol açãr. dI 1(lIm
e' financeira. e representa por outro magno problema. Entretanto. dl,- ,;(:
lado uma nota forte de civiliaação su- avolunla e se cOlnplica de ~nn,) 'i'II"1 !' ..
perior. anno.
Nâo posso e não devo deixar do re- A expansão extraordinaria da !"t!1I1
gistrar n' esta occasião o concurso po- lação do Estado, pelo saldo da I1i-t!;dl
deroso que o Congresso Legi31ativo do dade e pela corrente immigratori:l, 11";.
Estado prestou ao meu g·overno, es- plica essa grandedifficuldade da. :\(1
tudando e resolvendo com solicitude lução do problema. Em verdade. 1',,11',
todas as .medfdas dependentes do po- o maximo sacrificio, forçando.) a;:.l d ! l l i ·
der legislatlvo, inspirado sempre nos pezas publicas, o Estado :secun;J;ll!o,,'
superiores interesses do Estado. •
por algumas municipalidades e PI\III'
E' com satisfação que me. refiro, iniciativa particular chega i:l offeF'I.'i!I';'
com merecido destaq nos, ao periodo. em escolas a cerca de 140 ,(li}!) alun1!;oH ..
que a administração do Estado esteve Entl'etant-o, ainda reclamam in:Stnlí",
confiada ao muito digno Vice-Presi- ção, approximadaluente 301). ÜI)(l JH'U-',.
dente o Exmo. Sr. Cel. Fernal1co Pres- soas em edade escolar. E São Pau !li:
tes de Albuquerque, quando por mo- é preconisado como o Esti:ido mádnl:l r.:
tivo justo tive de deixar o exercício em materia de instrucçào publica.
do cargo, entrando elll gozo de .licen- O governo que agora :::e~'mina SUH 0-
ça que pelo Congresso me foi conce- missão fez nesse terreno o maxirno í~~
dida. Mais uma vez o eminente paulis- forço, augmentando a diffusão do (~I\
ta teve ensejo de confirmar nos actos de . . . -
SIno prInlarlO na proporçao de mais dl).,
.
==~==~.~
_. _·-~=-="T11-19=08"9"1=1=90=99
· 1~1=91~O=;""1 1=9=11='' ' '[=19~!2.....
•
. _.• .
. I
•
Capital: Normal Secundaria • • • • 451 5i5 593 785 94(\ ,
,
Complementar • • • • • 313 321 362
Primaria • • • • • • • 491 f ' .... "
J~)II I
S. Carlos: Secundaria • • • • • •
, 62 i 2·\ :
.
Piracicaba: Primaria • . • • • • • :217 234 251 315 . 283
. 30,l
Guaratinguetã: Primaria • • • • • 212 230 298 395
Campinas: Primaria • • • • • 195 235 243 270 341 ,
Botucatú: Primaria. • • • • •
•I , 79 14.)
• •
I
Pirassununga: Primaria ·
Itapetininga: Secundaria •
•
•
•
•
•
•
·I
•
87
85
"0'"I r
;:..
147
1
•
1. 6.37 1.773 ,2.024 2.635 3.560
._- _.. . ·- a" _.-.-
de Classes matriculados
•
.
..
•
---- ... " _ .. • ,
Escolas Isoladas Em 19 O8 havia Escolas Reunidas - A t endencia do-
1.331 escolas isoladas com 38.152 goverllo foi reunir escolas ~ernpre" qu e
alumnos, em 19 O9. 1. 333 eseol2..s com isso foi possivel.
•
39.194 alumnos, ·em 1910. As escolas reunidas actua lmente
A lei 1.191, de 16 de junho de 1909 existentes são:
creou as escolas nocturnas para adul- 1 Apparecida com. '7 classes-
tos estando já diversas funccionando 2 Areias com. • • • 7 "
•
• 367
I;ão de uma lei auctorizando a emis- polis, Ribeirão Preto, Mogy das Cru-
Hão do emprestimo de 10.500 contos zes, Guaratinguetá, Lorena, S. Bento
,Iestinados ás construcções escolares. do Sapucahy, Cunha, Santa Branca,
I';m verdade. era uma necessidade que Cruzeiro, Cachoeira, Redempcão, Que-
He impunna. Havia,. fora da capital, luz, 19uape, Santos, S. Vicente, Naza-
apenas 49 cidades providas . de predios reth, Piracicaba e CurraIlnho.
,,"colares pertencentes ao Estado. E
Estão com planta approvada e or-
além disso. cidades grandes como São çamento os predios escolare" de Mon-
Paulo, Campinas, Santos, Ribeirão · . te Alto, 2.' de Taubat<!, Santos (ViIla
Preto, Amparo, Piracicaba, etc., pre-
Macuco), Bragança, Fartura. Cl'avi-
t:isavam de mais predios escolares. O
ohos, Capão Bonito do Pal'anapanema ,
,lesdobramento não resolvia o proble-
Cabreúva, Itapetininga.. Ribeirão Bran-
ma; apresentando se rios inconvenien-
co, Ribeir3;, escolas norDlaes de Piras-
tes para a dl~ciplina, para a hygiene,
e para o ensino.
sununga e Botucatú.
Durante o q uatriennio ficaram con- Ensino Profissional No a11UO de
cluldas as obras de constrllcção dos 1911 foram creados quatro institutos
predios escolar·es de Batataes, Sertão- profisslonaes, sendo dois na c"pital -
.•Inho, Palmeiras, Leme, Santo Ama- um pal'a cada sexo, um em A mpal'o e
ro, S. José dos Campos e a adaptação outro em Jacarehy,
dos predlos de Areias, 2.· Grupo de . Na escola profissional feminina o
nú e 2.· do Rio Claro. programma comprehende . • lém do de-
Estão em construcção nesta capital senho profissional, o ensino do córte
n5 edificios escolares de Belemzinho, e costura de roupa branca. eórte e
Hraz, e Bom Retiro, de 20 classes ca- confecção de vestidos, bo rdados e ren-
da um, 08 de Barra Funda. Lapa, das, confecção de chapeus e Hore. ar- o
('armo, S. .Joaquim e Moõca, de · 12, tificiaes, arte culinaria e ec'onomia do~
dasses cada um, e da Penha, de 8 mestica. Está i)lstallada á rua Monse-
•
...
•
368
.
nhol' Andrade, em predio adquirido os 3. 0 4.0 5. 0 e. 6.° annos,
. ' e nomeac1oli
pelo governo. os respectivos lentes.
A escola profissional masculina acha- Os cursos d-os Los annos dos GYIII '
8e funccionando á rua Muller, com nasios da Capital, e Campinas fora In
excellelÚe fr equencia tambem. O pro- desdobrados.
gramma tornprehende, além das ' ma- Serniuario das Educandas O,•
•
thematicas e desenho profissional, os seus dive rsos cursos funccionaram n' ~
cursos de pintores de letras e paredes, gUlarmente e com proveito geral. Sa ·
funileiro s E': s o ldadores, ferr eiros, ser- hiram do curso secundario: diver:-:a.:'\
ralheiro:: e fllndidorp ~ . "challf{elJrs " e alumnas para a Escola Normal. O OH" •
•
CostR o ' sen . programma de mathema- pelo Governo do Estado em 1894, roi
ticas, desenho profissional, ferreiros. por este dotada de todos os melhora .. -
s erl'alheiros, ~ R. rpint6h: os e tecelões . mentos e installações adoptadas nes","
Para a esco la de Amparo offereceu e poca nas melhores escolas de iglla l ,
•
. ... .'
- ,. c
'. c;. .. "~.'
-369~
.c-'":',~;
, I"I~presenta um' attestado eminente- ao ensino pratico desses ramos de en-
(·lf1!Hl te expressivo da utilidade dos la- genharia. Restava ao governo dar au-
::> !to ratorios de engenharia, dando uma
, ,
to ris ação para a construcção do novo
.c· . ,
• •
t1HHlida de nossa propria experlenCla edificio necessario e autorisar a orga-
, ,
para os ,
que precisam de tra.tamento nistração. casa de porteiro, lava ndr..-
, ,
372 -
para corresponder ás exigencias cada dos os dias. todas as horas, preveni ll~
vez mais prementes do progresso de do, accudiudo, providenciando ,. sem um
S. Paulo. Os 16 departamentos que fi.o nlento de negligencia para evitar
~ compõem 'a Secl'etaria funcciollam . a peI·turbação d essa paz geral. 0"<1,
para assim dizer, automaticamente, tudo isso enl grande parte representa
tendo cada gabinete uma certa auto- effectivamente a acção silenciosa de
uomia que lhe garante' attender de uma
.
' forte engrenagem, cujos directo-
prompto, sem os enleios de despachos les não podem abandonal-a sem ris('.f\
e ordens dispensaveis, aos reclamos mas não constitue uma massa de fa-
do serviço publico. Occorrido um facto, ctos que, possam ser descriptos 'u'um
dado o aviso, accodem respeetivanletlte. relatorio.
cada qual na sua funcção, as differen- A organisação policial e da Força
tes repartições, assistencla, delegado Publica com que ultimamente ficou
respectivo, Investigações, exame medi- dot.ado O Estado de São Paulo, t em
.
co legaI~ clinico legal, etc. Essa auto- merecido de competencias no assum-
nomia dos departamentos administra- I pto, nacionaes P. extrangeirol'), as mai~
Uvos é de eUicacia evidente paI'a a Ihonrosas referencias.
promptidão das providencias policiaes . 1
,
Tudo isso, porém, não foi feito ~p
Pessoalmente, o Secretario, "isitando afogadllho. Foi obje'cto de estudo cons-
sempre os gabinetes, superintende to - i tante das necessidades, JU'ocurando
dos esses serviços e delIes toma ainda I, sempre o governo . apparBlha.r-se dos
conhecimento minucioso em I'onferen- "!• melhores e mais modernos elementos
da e pelo boletim diario que cada re- ,: para realizar os fins da Secretaria.
partição lh e envia com a relação de I
I
todas as occorrenCias. O Secl'etRrio tf'm , •
assim sob os olhos, ç.iariamente, to- Ii * •
dos os actos· de seus subordinados. E'. I•
•
pois, uma fiscalização minuciosa e ef- Em virtude da lei n. 1.006 de 17 de
fectiva. Setembro de 1906 , regulamentada pelo
A vida intensa do Estado de S. decreto n . 1.414 de 24 de Outubro do
Paulo e principalniente da capital onde mesmo &nnQ, a Secreta.r ia da. Jus tiça
.
já se movimenta uma grande popula- e a da Repartição da Policia passaram
ção e onde Irrornpe em cada bairro, a constituir a actual Recretaria. da Jus-
em cada canto, a cada hOl'a, uma oc- tiça e da Segurança Publica, compe-
correncia a accudir, recl8.lmava imperio- tindo ao Secretario além das attribui-
samente uma organização dessa or- ções que pelas leis em vigor perten·
dem, com apparelhos de acção prom- clam ao Secretario da Justiça, dirigir
pla para attender a c'.da solicitação e superintender a administração poli-
do serviço publico. ciai do Estado, providenciar sobre tudo
•
O que foi a administra<;ão policial o que pertencer á prevenção dos de-
durante o quatriennio - n população lictos e á manutenção da segurança
, e
do Estado é, verdadeiramente, quem tranquillidaãe publica, _ velar q·ue a s
pode attestar. 'Os serviços prestados autoridades pollciaes cumpram seus
pela policia são, a bem dizer impon- regulamentos e desempenhem seus de-
deraveis, irregistraveis, são como os veres, distribuir e deõtacar a Força
serviços da bygiene publica: o estado Publica segundo as exigencias da or-
sanitario assim como a paz, .3. segu- dem publica, determinar que os dele-
rança publica, são os resultados be- gados auxiliares se transportem para
neficos dessa obra afanosissima de to- qualquer ponto do Estado e ahi exer-
373
•
i'."'.' ·' ~ ':' :' " .. ",
..
, " '. ' ," -" - 'I ," , . , . .. ." ". '.' . " ._ ' " ., ..... ' " .. • • • •
.
..
-374 ~
- 375 -
lhido o Estad o de S. Paulo. E' essa l'aJlela rne nte, exige in t eira actividade
uma ,ques tão de algarismo, uma ques- dos d elegados, que d evem ded icar ex-
tão que a est a tística se . incumbe ae • ,
E' verdade que para essa tranquilli- a nova organização policí al , satisfa-
da dee para essa segurança , muito tem zendo a uma necessida de publica , res-
conco rrido o espirito ordeiro da po- pondeu a uma as piração pop ul,u·.
381
•
gll.l-a . i pois na secção; em seguida a secção
'. -- " \" "', ',' , '. ." .
-382 -
sivos pelos quaes iam passando as dif- I l'amentos " consideraveis foram feitos
ferentes unidades da Força, officiaes j DOS uniformes de officiaes e praças,
•
. . .. . .."
': . , " ' . • • .
•
" '
383 - •
viço hospitalar para a Força Publica, do-se actualmente o numero -de caixas
ficando, portanto, esses servidores do de aviso a 160. Aperfeiçoou-se o ma-
Estado; rodeados de todo o conforto terial de extincção e salvação : no-
em suas <)nfermidades. Quanto á pre- vas e mais poderosas mangueiras, es-
videncia, a ultima lei votada assegu- cadas especiaes, para·quedas. saccos de
rou m·gIhor a pensão para a familia do salvação etc. Foram adquiridos 5 au-
offi~ial ou da praça falleclda: cabe tomoveis, sendo 3 para extincção de
á familia do Coronel 250 $ mensaes; incendios, dá reputada casa Merry-
a do tenente coronel 200$; a do Veather & Sons e dois já usados par ..
major 175$; a do capitão 150$; o ensino de motoristas.
a do tenente 125$; e a do alferes A 25 de abril proximo passado foi
110$; para a familia das praças lançada a pedra fundamental do novO
a pensão será egual a 20 vezes a con- quartel do Corpo de Bombeiros á rua
tribuição mensal de cada uma. Annita Garibaldi.
Como se vê, o governo de São
.
Paulo O pessoal completo do Corpo de Bom-
•
tem dispensado os mais sollcitos cui- beiros eleva-se actualmente a 413 ho-
d.a dos para tornar a Forç·a Publica mens.
uma corporação digna da elevada cul- Guarda Civica Seu effectivo cons-
tura do nosso Estado. E felizmente a ta hoje de 8 companhias com o total
Força correspondeu plenamente a esses de
•
i
activamente na propaganda do Estado
Para animar a sylvicl)ltura a distribui · ,I de São Paulo. Em publicações desti-
ção de mudas aos interessados atting; ,• nadas a ori'Elntar os lavradores f: c rea-
•
em 1911 a 250.141, especialmente eu- i dores. (oram distribuidas 2~ 1 . 275
,
calyptus . i exemplares . São distribuidas eratui-·
, -
Com o fim' de
Industl'ia. Aninlal ': lamente as segu intes publicações da
impulsionar a creação de animaes, ! Secretaria: Boletim de Agricu ltura. .
ereou-se a Directoria de Ind ustria Ani- •• Creador Paulista, Boletim de Industria
• •
•
glOnaes. O Estado dispõe de excellen-
• Porto de Santos e Boletim Meteoro-·
tes reprod uctores de raças finas, no logico .
I.
Posto Zootechnico Central. Seus pro- : A Biblíotheca da Secretaria conta
ductos são vendidos em leilão. O Es- I bOjE, 3.750 volumes para consulta dos
•
tado tem import.ado tambem reprodu- : fun ccionarios e do publico.
ctores que vende em leilão aos crea- :i
• Depal·tan\(~ nt,() Estadoal do TI>alJalho,
dores. !
~aciona-l !
•
Posto de Selecção de Gado
em Nova Odessa Faz actualmente
objecto dessa selecção o gado Caracú,
.
pará o que dispõe o Estado de esplen-
didos exemplares.
•
A leiteria annexa,
tado.
Postos Zootechnicps Regionaes -
São Carlos Itapetlninga e Batataes -
Junto de cada um existe um cainpo de
experiencia e demonst)'ação para f 01·- fabris este inquerito já abrange 10.20 4
operarios. Tudo isto é objecto d e um
ragens, afim de facllitar aos creado-
res, o conhecimento da sementeira, boas
. . ,
boletim que serve para orientar os que
.
variedades, {enação, valor nutritivo, desejal~em vil' para . este Estado .
etc. As agencias postal, telegraph ica
..
" , . , ", '.- .,
387
Pl'oduc.
•
t os
•
• • • • • 1909-10 l!HO-ll
· " . -
':Filmo ' ·(àl'ro·b !ls). · • •
• • • 136.53.2 •
130.118
-Arroz . ·(lit.ros) . . • • • • • 107 . 665.800 104,982.700
• • • • •
•
'F..,ijâo .. (litros) . • • • • • 14~
·. .,456.'000.
.. . .. ia6. 744. 000
Milho· ,{ IUros) . •
• • • 940.000.000
.. . 955.676.000
· . A · iil~êri6rÚIa:de: da ' safra do café em I, ladQ nota-se a, q UaU tidade de. impor-
1911
· .
-em
reliiçãQ ii de ''1910 fai bem :
. . .. . I
tação para lux{). bem estar . seda,
comp\!nsadá pelá, 'alta dos preços, Ape- linl.1o, obie.ctQ~ 4.e conforto domestico,
•
zar de ' não ter' ·sido grande' a safra de automoveis, etc.
arroz de 1911 ainda exportamos ... Na 'exportação continúa a avultar
9 ,'sSl 'lone1a'd as beneficiadas. A colhei- o café .. Em ..1908 no principio do qua-.
•
tá;' de algodão em 1911 foi a maior I trlenn10
•
era o valor medio de uma sac-
dÔs' ultimos 20 ' annos. \la, a ..bordo, 30$770,.
' Em 1911 .
passou
· ,. a ,valer uma sacca 54~7S0.
· . , .Iuler~,m,bio com.
. . os paize8 extrau-
..
gejJ;p~ ; .
.
FOI n.otavel a expansão . do Movimento ' Marítilllo- De anno I •
. nosso
. . . ,. ....moviment.o
. . .: . . ' com
commercial. . - os para anno augmenta o movimento do I
paizes extrangeiros no q uatriennio I porto de Santos, como se evidencia dos
findo:.
·, '
dad<ls seguintes: . I
1908 • · • • ." 390.934:146$000 Annos . ElltradO\s Sahidas
•
• . · • •
1909 . •
• • •
•
• 547.642:837$000 'ton. ton.
19'10 ,, ,• •
· . ' 429.752:808$000
• • 1909 ,," .3.062.041 3,071.794
•
1911 • , • 675.267:614$000 1910'·. .
• 3.336.291 3.342,063
1911' : : . ' 3.556.780 3.567.264
· A ilUI,lortação subiu de 113.910 con- •
a
" ; .
·
1911, .
crescendo
. .' ' 80.457 coutos
.
de réIS. . •
bandeira brasileira, Por todos o.s por-
. . • • ' .
A exportação
. . passou .
de 277.023 . em
19.08 . a. 480.900 em 1911, augmentan- tos.
dó,0-_ Estado,
" , >
em 1909,entraram ..
• • •• • • •
linas, . tocand9 a S.I'aulo 32 .140. ~66, ção fei'rea forte .. impulso 110, quatrien-
libras esterlinas isto é, 48 % 'da ex- nio, A rede geral contava eIu 1908 ..
portação brasileira total. . 4 ·: 082.. kilometros ·e· em 31.dede:tem-
•
'Ejn 1911 a. impotbição brasileira: to- . bl'o. doe .19H "contava 5.46·4 kilometros,
tai ioi de 52.798,016 Übras ester.linas, havendo augmento' de .1.382 kilo- um
éabendo - aO porto ' de"Sâi1tos ..... . metI'íl&, ..ne~se periodo, Havia em cons-
'
i2. 834: 969', Apurou-se em 1911urn trucção, o," " ' "
.. , , " , .em.:
fins
o ."
d.e. 1911 619, e 1.3 .68
.. ' , -,"
saldo de 286 .532: 958*000 ' eni nossa kllometros em estudos. •
ba.lança commerclál. Relativamente ás estradas em cons-
• • •
E' digno de •nota na nossa Impor- trucção, destacam-se a Estrada de Fer-
tação o augmento
~ .
de m~eriaes
.. _. repro- ro Funilense .ás margens . do : Mogy-
.
ductivo$ ' q lIe revelam progresso. eeono- Guassú , do Salto Grande .
ao Porto Ti-
.' . -
mico' ,'' ' , ferro, aço . . .
brllto e manúfaCtu-
.
birlçá, prolongamento da' E. de F. Ara-
rado;'.,machlnas . 'para lndustria, . lavou- raquara a Rio Preto . e E. ~e F. Bra-
ra. c" at"ão d'e pedra; .e"te: Por outro gantina As ralas de Minas.
- 389
, Pela reforma da Secretaria em 1911 taes predios' dos pontos de vista hy-
regulariZ<lu-se o ·'servlço de · tomada de gienico, esthetico e economl'Co, m-aut...
contas 'das companhias de estradas de festando exigencias so bre-a escoll1a do
ferro, estando' j?- concluido o' de ai" terreno. Os edificios q'lie ;planeJou "'ao
guma.s companhias. ' ,
desde as escolas reunida's" com quatro
,
classes e custand'o c"ei:c:l ile :t4 cont08
Ob•.,.,;, Publicas
, , - Nestes q Q,atro an- .
,.c
no~ 'c:res~e':l . viç-orosamente' o esforço
até os grupos escolares C'()'m "mte clas-
ses e custando 3 4'3 'c'onIos, approxima-
administrativo, PlLra dotlLr o Estado
.damente, cada: 11m'_'
com as o bras publlcas reclamadas pelo
,
giu o . emprego de
,
. sommas.. cada
. vez volvimentp dos.. seIviGos de. aguas, . e, ,ell:.
mais elevadas. E assim ficaram incor- gottos.
p·oTada.f; ao ,
5. 2~~: 2 .68$6~{}. . .1[1 ~:!:t~)!:!~I';~~J~r'~ Ainda com l'elação a tal serviço, re-
O ~nno de :-. 911 pri~cl~.2:~!!le~~~ :y,IO~, r. a construcção das obras de
muitó fecundo em trabilhoã:"1ai!ã""át- :' do ribeirão Bar-
tender
.
ao'
~rôg~am~a. ~a~o·Góy~&gr ~d~::
• """'I"
.c.'U ;J"" " ' :.( . "' ""
" .~ ' -:".? õ>
.. :->.. •• ••
flítr de aproveitar
construir predios escQlares em quas; a 'do aQueductt>
todas as ~idades dO' llt~t;âó:~j?~é~ ~~~~ o volume
fim. foi :a:'berto o ~Vedfl6~~de-:,.3fÜ;~~OO7'f de abastecimento em quanto
. 9hj'hb .'I> !s·r.:..~ .... 1.f»f;
contos, Já quasi exgott'adÍl, põ{tereiii- não se concluirem os do Co-
sido cpniractadiIá ;!ciu~ãf.fhWi~1; '1i~,l ;~~~-i ~ tia. Com o mesmo intuito, cuida-se
. trucçõespla.li~j.Pdãi:oõ~ 'fí%1~tÕ~ e, ' da Installação provisorla de duas bom-
,
'. .' . ." a:9H!.b1}~tUlml
orça.mentos em 'execuçao, pQr conta de bas a vapor Q.ue ~leva.rão doze mllhoes
. . il"~r r: IPL !!1..A bD,e."'"{fillO')
tal credlt<l 'cõnstám- <le H'3 ,pre/ho. para de litros do Ca buçu ao aqueducto du
grupos escohrres e es'c olas rel1ll1das mesmo nome, Também se trata de
cujas despezas de c:oDstrucção foram duplicar as intallações de bombas da
orçadas em 1.158:07U011l. l\Ióoca, Palmeiras e Consolação, afim
A Direct<lria de Obro,. Ptl.blicas en- de prevenir certas eventualidades pre-
carou o problema da. CODstruCÇ\o de judíciaes,
•
390 -
• Com relação á rêde de exgottos, de- praça na rua Direita, etc. Para isto,
ve~se mencionar que eBa se vae esten- effectuou numerosissimas desapropria-
dendo. Em 1908 media 911.635 me- ções de predios e terrenos nesses 10-
.
tros com 25.369 ligações de predios; eaes, contractou a cOllstrucção de unI
em 1911 tinha 1.144.300 metros. com viaducto da rua da Bôa Vista ao largo
32.444 ligações. do Pala cio eom a Companhia Mecha-
Durante os annos de 1910 e 1911 nlca e Importadora e iniciou o aterro
construíra.m-se as rêdes do Belelnzi-, I e nivelamento da l'ua Libero Badaró
nho, da parte do Camb'lcy. tributaria e valle do Anhangabahú.
do Jardim de AcclimaçL" da parte do Ao executar esses planos de l'efor-
arrabalde de ViIla Ma, ianna situada ma, o -Governo conseguiu que, ao
na vertente do Tmnanduate'llY e de pai"- computar as indemnisações dos pro-
te do bairro da M,oóca, estando em , prietarios, se obtivesse' a coliaboração
.
elaboração o projecto para o Ypirallga II destes nos melhoramentos. E" aHsim
.
e VilIa Prudente. I que ·0 sr. Conde de Prates se obrigou
.
Em 1910 reencetaram -se as obras'·' I a constru.ir diversos palacetes em ter-
de canalisação do rio Tamanduatehy, renos de sua propi'iedade, Outros pro-
Desde então até 1911 ficaram prom.:..' I prietarios ainda sé comprometteram a
ptos 1.197 metros de canal, onde o re- construir novos predios em harmonia
vestimento de alvenaria de pedra foi com o plano geral, como sejam os des-
substituido por concreto armado. Late- tinados ao Theatro Polytheama, ao
•
ralmente a esse canal são construidas Bijou'-Théatre, a um Grande Hotel, á
duas avenidas de 18m,50 de largura, Casa Weiszf1og, e outros de inen01'8S
,
I
cada uma. I dimensões e menos importancia.
i.\felhoraUlentos da Capital li A lna- Sa.nealuento d~. S~ntos A cargo
l'avilhosa expansão da nossa capital i da Commissão de Saneamento de San-
I,
impoz aos poderes publicos o alarga- tos continuaram as importantes obras do
nlento e, embellezamento da zona cel1- plano que o Estado tomou a si exe-
traI urbana. Para effectuar os melho- ~ cutar, para o saneamento do nosso prin-
1'amentos illdispensaveis, o Congresso: cipal porto. Em. principios de 1911
Estadual concedeu, em 1910, uma' ver- I esses trabalhos foram ampliados com
ba de dez mil contos. E assim pôde autorisações novas, para construcção
o Governo dar execução ao -projecto de I d e mais duas galerias de aguas plu-
!'
reformas elaborado pelO engenheiro ,
, viaes e para conCIúsão de todos os ca-
Samuel das Neves, com as modifica~ , naes iniciados;'
I
.ções suggeridas pelo notavel arehite- i Deis trabalhos ex-ecutados são d-ignos
eto francez Bouvard. f de menção especial: a. conclusão da
Tendo a propriedade se valorisado I planta geral da cidade de Santos com
em proporção tal que tornou exigua I; pláno de expansão da mesma cidade;
a dotação orçamentaria para realizar e a elaboração projecto do novo "Ho-
todos os mellioramentos combinados' tel de Immigrantes",
,
cuja construcçao
com a "Municipalidade, o Govel'no teve.
- será começada em 1912 num terreno
de limitar sua acção as obras d€ alar-' do Estado. Tambem cumpre notar a
gamento da rua Libero Badaró, melho- I construcção do edifieio
•
.
onde funccio-
ramento do valle do Anhangabahú, na o eseriptorio da ,
Commsisão Salli-
abertura de ruas e eonstrucção de via-·· taria e' do novo Hospital
.
de Isolamento,
duetos, vendo-se obrigado a adiar ou- cujas obras. tiveram grande.
impulso.
tros serviços, cômo a abertura de uma No actual exercicio será iniciada a
,
• • • . , I
•
•
391
.
"onstrucção da rêde de exg.ottos de São consideravelmente o intercambio das
\Tjcent.e, cu.io projecto já está appro- nações europeas com o nosso Estado'.
.
vado. Para isso continuará a séde, o centro
A nova rêde de exgottos sanitarios, director, em BruxeUas, sendo creados
M mposta de collectores principaes de diversos departamentos em outros pai-
alvenaria , col1ectores secundarios de zes . tendo o pessoal uma certa a utono-
In anilha, emissarios districtaes, de fer- mia administrativa, embora sob a de-
1'0, citnalisações especiaes de siphões pendencla do centro dlrector. em Bru-
·e emissario geral, funcciona em parte l xeUas. Cada um desses departamentos
movimentando regularmente cinco es- agirá de accôrdo com o meio, com · a
lações districtaes. quatro siphões e a
-
natureza dos mercados, procurando pro--
usina. terminal. pagar; reputar os nossos productos e
Está funccionando a install:.ção ele- desenvolver as nossas relações. E' claro
ctrolytica para o tratamento dos que todo esse trabalho de propaganda
g.ottOB. bem orientada, concorrendo para dar
Todas as gale rias projectadas para ás praças e ás differentes populações
drenagem superficial e escoamento das auropeas um conhecilnento mais exacto
•
aguas pluviaes, f.oram terminadas. Dos e minucioso da nossa vida e das van-
ca.naes fícaram pron;tptos os de n. 3,
tagens economicas que a lavoura e as
industrias offerecem aqui ao extran-
7 e 9, faltando apenas pequenos deta-
lhes. Está assim elevada a 2.795 g.airo será sem duvida um agente
metros a. extensão de canaes exe-
poderoso para o desenvolvimento da
corrente emigratoria.
cutada. •
, em 1909 , 56.659:990$204
paiz..es europeus. uma· missão desta or- •
..
392
•
sendo que o café contribuio para este A avultada despesa que se nota nes-
resultado com os seguintes algarismos: ta resenha é proveniente de serviços ex-
Saca..s Valor offJc,jaJ traordinarios que o Estado tem sido
,
•
•
•
• •
, ,'" .'
'" - . •
•
•
•
• ..
•
•
t;aa ~:e3 J>: II I .18~~ J reI !l1 S
"
~.~ --~ .. -..- -- _. -.- -- - -.- .. ; ({I j âa.B (,fHlSJ rI 9 U! :g1J~ . I..R",6 ~ m~ ~s.·. . t :;;
•
BALANÇO DA RECEI'rA DESPESA DO ES
'7 J5 .. ,
.. _. -
I
RECEITA
Renda do Estado
•
Ordinaria . . · . • • • • • • • • • • 57.284 :867$647 ,
Extraordillaria . • • • • • • • • • • • 6.661 :300$044 63.946:167$691
Valores em café
Pelas vendas realisadas no exercicio e lançadas pelo
preço de custo. . . , , . . . . • • • • • 40. SHO : 193$269
Montepio dos Magistrados . . . . . . . • • • • • 53:730$0011
Caixa Beneficente da Força Publica . . . . . • •
51 :701$272
Caixa Beneficente dos Funccionarios Publicos . • • •
684 :7()7$876
Director da Hospedaria de Imn;igrantes. . . • • •
4 :327$X15
Deposi.tario Publico da Capital. . . . . . • • • • •
1.254 :174$000
Caixa de 1912
Supprimento recebido desta Caixa .. . 2. (iO{) :000$000
• • • •
•
Diversos Saldos
Saldo da Pagadoria do Thesouro . · . . . . 599$530
.
. SOMMA. • • • • •
258.298:653$763
Saldos d. 1910
Conforme o respectivo balanço . • • • • •
31. 790 :770$034
290.089:423$797
" F
---- - - --- - - ._---------
DESPESA
Secretarias de Estado
Secrdaria do Interior • • • • • • • • 20.256 :132$354
Secretaria da Justiça . • • • • • • • • • 14.870:384$263
Secretaria da Agricultur"l • • • • • • • • 25.386:173$211
Secretaria da Fazenda . • • • • • • • • 23.347:158$096 83.859:847$924
Divida Flucíuanie
Cofre de Orphams • • • • • • • • • • • 1.791 :885$683
Bens de Ausentes • • • • • • • • • • • 241:234$955
Depositas . . . • • • • • • • • • • • 1.493 :954$483 3.527:075$121
•• • • •
8oliços e Correspondentea no Paiz e no Exírangeiro
Liquidação de contas correntes feitas no exercido . •
88:257$560
Letras do Thesouro
lmportancia das resgatadas no exercido . • • • • •
74.011 :895$443
Smprestimos da Valori7;ução
Emprestimo de 1908, de i 15.UOO.000-0-0. •
Amortizaçüo no exercido. ... · i4.350.ooo-0-O 69.600:000$000
Emprestimo de 1907, de i. 3.000.000-0-0. 73.177 :120$000
Amortização no exercido. · i 223.570-0-0 3 . 577 :120$000
M. 573. 570-0-0
.
Despesa da Valorisação
J mos dos emprestimos da defesa do café,
differcnças de cambio, conservação dos
cafés armazenados c outras despesas _26.099 :612$317
Menos: lucro nas vendas de cafés no •
•
exercício, differenças de cambio e
nllJr~s l1Idemllis;tçõ('!:. 19.306:116$690 6.793:495$627
Caixa de 1910
Supprimento feito a esta Caixa . .2 ' '14 S A(J()$(JOO
• • • •
SOM MA • • • • •
Soldos para 191Z
Em Bancos e Cornespondcntes no Extrangdro . • • 15.678:717$522
Idem, idem, no Paiz. . . . .. .. • • • 28.652:194$748
Em Caixa . . . . . . . . . . . . •.. • • 112 :254$670
Na Caixa da Sobretaxa-ouro. .. .. • • • 49 :307$648
Na Caixa da Pagadoria da Agricultura. . • • 199:018$613
Em poder de Estradas de Ferro . . • 141 :479$798
Diversos Responsaveis. . ..... • • • 37 :449$945 44 .870 :422$944
290.089 :423$797
395 -
FAZENDA
Receita
.
e Despes.. A Receita e Despesa do Estado de São P~u!o , no
exercício . de 1911, que acaba de ser encerrado. é a constante do seguinte :
. .-
~
.
Comparada a receita arrecadada. . . . . 63,946:167$691
com a que foi orçada pela Lei n,· 1245 de 30 de
Dezembro de 1910 , , , , , ' , , 58,341:000$000
_._ - - - , - -
verifica-se urna maior arrecadação, na tmportancia de 5,605: 1~7$691
ou mais . , , , , , , , 7,401:7'H$508
• • Total . • • •
--'---'-
381.117:453$663
397
'quasi todo (") 8.n1l0 o valor official de 460 réis por kilo como base
para cobrança dos direitos de exportação. $
Secretaria. do Interior:
•
•
•
•
•
•
•
• 506:722$979
~.,. Camara dos Deputados • • • 863:164$619
4 , {, Se(Tetaria de Estado 277:960$000
,fi . ,. Almoxarifado. . • 20:360$000
. 6 ." Bibliotheca Publica • • • • • 32:400$000
7.'" Direct.oria Gera1 de Instrucção Publica • 187:800$000
"" . . Mscola NOrlnal, Escola Complementar, Escola
Modelo e Jardim de Infancia. . . 498:579$656
•Q • " Escola Complementar € Grupo Escolar de
Itapetíninga '" • • • • • 174:000$000
J O... Escola Complementar de Piracicaba • 77: 453$140
11. ,. Escola Complementar de Campinas 81:604$017
12. (. Escola Complementar de Guaratinguetá • • 82:503$823
1 3. {, Ensino publico Primario • • • • • • 8.977:436S886
;4." GymnaSill da Capital . • • • • 192:006$540
1[1." Gymnasio de Campinas. • • 172:209$337
16." Gymnasio d·e Ribeirão Preto • • 127:131$169
17. <, Escola. Polytechnica. • • • 442':942$42 1
'
18. <, Seminario de Educandas • • • • 77:740$000
19." Hospicio de Alienados . • • • • • 698:318$376
20. (, Repartição de Estatistica e Archivo do Estado 100:841$941
21. (. Diario Official . • • • • • 220:000$000
22. " ~fuseu do Estado . . • • • 78:838$350
Serviço Sanitario . • • • • • 1. :397: 520$000
.
24. " Socco1'r08 Publicos • • • .. 1.405:623$024
" ..
2 o. Pinacoteca do Estado • • • 19:196$700
•
Subvenções .. • • 34:879$100
Eve-ntuaes e Representações • 10:000$000
--_. __. -
Somnla. • 16.893:632$078
," . .'
•
398 •
•
.
Creditos Especiaes:
Somma . • • 20 . 25 u
"'1 ' )')!)"~
..) _ "'" .J oJ '(
'1:"
-_._ - - - -
Secretaria da Justiça : •
..
•
Creditos E speciaes :
•
14.870 : 3 84$2 6 3
. "•
.. .'
,
Secretaria da Agricultura:
, .' : • <
. ,. .'"
•
• 16.220:733$59ü
•
Creditas ·Especiaes:
. .,.
.E1'p.o.sição
. , de Turim .
'.
• •
.
146:738$05 8 ,
N0vas Construcções da E. F. " So-
, roca bana . . . • • 869:223$343
Aguaj;; e Exgottos de Pirajú. • 135:000$000
Canal do Tamall-duatehy . • 100: 584$629
Propaganda do Café . • 313:398$061
•• • .
Prolonga
'.,
mento da E. F. Funilense
'
645:928$097
•
Escola de Aprendizes e Artifices. 12:000$000
Melhoramentos da Capital • • 6.056:484$290
.
Ramal do Gllapil'a. • • • 27:373$502
E : F. de Pilldamonhallgaba .aos
• •
. Campos ' do JOl'dão • • 41: 998$273
Constl'ucçã,Q do Novo Palacio do
Governo • • • • 2:395$700
•
Ext.incçào de Gafanhotos. • • 5:157$450
• Indemnisação ao Concessionario
da E . F·erro de São Sebastião
ás Raias de Minas . • • 600:000$000
Repnõ'sentação do Estado na Ex-
posição Nacional de 1908. 12$000
Congresso
, Agricola • • • • 46:931$100
COll.'; t.ruc çilo do No.o Quartel de •
BOlubeiros • • • • • 30:000$000
Nova Penitenciaria da Capital 132: 215$118 9.165:439$621
.
25.386: 173$211
, •
• •
.
..
..- ..."-."
- .. _ .... '.
-. . ' .
''''' "
. -
.
. '.- '-'0'0
400 -
,
•
Secretaria da Fazenda:
,8 . .. Aposentados • • • •. • , • 684:445$262
5-}. o Reformados•
• • • • • • • • 360:024$932'
10." Auxilios e subvenções • • • • • • 2.673:033$060'
11." Eventua-es. • • • • • • • • • 45: 463$288
• Somma. •
Ó
1 ()
J;, •
64'" 8~' ') ....... f" q,
.~'.' 'o, ""'";'<.' .;1.
Creditos -especiaes:
•
_. - _.-
•
--- .......- - - "--"" '- -- _ .•.....•_ ....•...... .. .. _- _.. .. .. ... . ......... . .. ...
_ __ _ _ _ __ _ _ _ __ A_ C
_T_ I _V_O_ __ _ _ _,....._"._
•• "~•. _._._"'_I.
•
Proprios do estado
Valor dos escripturados a t é o encerrame nto do exercido 170.&:i9 :864$71:)9
•
Apolices Feder aes . . . . • • • •
Apolices Estadoaes . . . . . . • • • • • •
Diversas catnbiaes e outros valores . • • • 58 :804$97U
•
Divida Activ4
•
Sa ldo escripturado a.t é o encerramen to do exercicio . • 22 .836 :125$030
•
Bancos de Custeio ~ural
•
"
.
. .
Em Bancos e Corr espondeuks no Extrangeiro .
" Pa ia · . . •
•
•
•
•
15.678 :717$522
28 .652 : 1 94~748
• Caixa · . . . . . . . • • • • 112 :254$67H
da" sobretaxa-oul'O . . . • • • 49 ,307$64R
• •
" da" Pagadoria da Agricultura . • • • 199 :018$613
Em poder de Estradas cle Ferro. . • • • • 141 :479$798
" " de diversos responsaveis . • • • • • • 37 :449$945
\
•
I
•
· _ .. ~ ... _._._ .. __ . _~
.... ... - c- ........ -
468.998 ,550$992
Sf l MMA . • •
•
468. 998:550$992
Valores de Compensaçiio no pasSJ VO
403 .
Empresti:~:nos internos:
gmprestimos externos:
•
1.919:385$5'5')'
•
.
Dos emprestimos para a defesa do café fo-i amortisado o seguinte:-
~Jmprestüno de f 3.000.000 do
GOV€l'110 Federal, ""o ..... .
223.570-0-0 . • • • 3.577:120$000
Emprestimo de f 15.000.000
S; 4.350.000-0-0 • • 69.600:000$000 73.177:120${}OI~'
nteute ar-recadada. . . • • • •
,
1.339,on,
Arrecadação liquida erilpregada no serviço da defesa •
do café . . . . . • • • • • 42.210.730-",1'
404
•
'Passara.nl . para o anuo de 19 11 • • • • 6.3 05 . 1 33 _Saccas
F o-ra m vendidas e m 19 11 • • 1.203.665 "
•
.-
·Pa.ssara m para o a nno de 1 9 1 2 • • • 5. 1 0 1 .468
_._ ,.
"
d;. tr ib u id as pelos seguin tes portos:
,
" :',: :',: ,d, ,,' ' " " "" .. ' ,
'. , . . ...:, ....
405
E stado dos . Negocios da Fazenda, se exigido por esta operação, desde seu
-encontram com os mais minuciosos de- inicio, em 1906 até 31 de dezembro
talhes as informações sobre este ser- de 1911.
viço . O Thesouro de S. Paulo, teve ao seu
E ' c urioso, no entretanto. conhecer dispôr os seguintes recursos:
-
-em svnthese., o movimento de fundos • •
Rs . 841.091:225$562
Rs . 841.091:225$562
'.
Ao 'mcerrar-se O anuo de 1911 a situação do Estado, com rela-
'ção ao serviço defesa do café era a seguinte:
Encargos do Estado:
Resto a pagar ao Governo Federal do emprestimo
de lO 3.000.000-0-0 • • • • • • • • 41.101:184$000
Resto em circo do emprestimo de $15.000.000-0-0 125 . 553: 280$000
Supprimentos que têm de ser Indemnisados á Caixa
•
Commum do Thesouro • • • • • • 62.708:869$259 •
- - - - _.-
229 . 363:333$259
Transporte • • • • • · 254.124:5621000
Producto da venda de 700.000 saccas de café em
1912 (em liquidação) . .. . . . 45.000:000$001.'
-Sa.ldo em poder dos banqueiros em 31 de Dezembro
de 1912. . .' .... • • • 6.454:103$96"
Saldo. de cambiaes do exereicio de 1911 . • • • 49: 307$64,~
Sohretaxa arrecadada no corrente anno de 1912,
Frs, 8.302.996,92 • • • • • • 4.930:022$704
•
310.357:996$3t2
•
•
407
•
•
412
•
dos no e<mjuncto da op-eração. Não -nagem qu-e deVi) aos meus amigos
tive a fortuna de esta·r d·e accôrdo deste Elstado na occa·sião em que
com algumas das idéas, que se en~ enc-ontro reunidos, em um s6 pen-
trelaçaram no encaminhamento da- ·samento, os que a·cceitaram " os
quella solução, sem que essa di- que combat.iam o grand;oso pla-
vergencj·a pud'esse significar desa- no; é, tambem, o cumprimento de
preço aos que a promoveram. ou a um dever - Q de contestar rumo-
•
's uspeita de ficar abandonada a res qml tive·r am éco em altas re-
riqúeza do Estado e a . sorte dos giões officiaes e que chegaram tal-
lavrado·res aos azares de uma cri- vez aos vossos ouvidos, attl'ibuindo-
se realm·en t.e' tem-erosa. Os procels- me propositos impatrioticos contra
sos de administração vRTÍa,m con- a operação
, financeira. que se pro-
forme a escola eeonomiea em . qUi! jectava realisar . Murmurar,am in-
se filiaram os ho<mens' de Thtado lustamente. No IDom·ento em lIue
que os têm adoptadQ e os compro- ficaram assen tadas as l>a""'5 do
miss-os contTahidos no d:ectmso ·e plano v.alor,i'sa:dor, o m;eu p·en'8a-
nas phases diversa:s ,de sua vida menta, como O de todos ·QS bra"S-i-
publica_ Essas diver.gencias, po- leiros, foi par.a que se- realisasse·m
rém. por mais profundas e- radi· as esperanças qU'e nene dieposita-
caes que se manife,stem, não si.gni- :raro os s-eu·sc·riad,on~s. E. hoJe. que·
•
rendo aliãs coneorri.do para .(} em- do nos encontrar, de nov-o, na es-
-
prego de providenci,as d,e o·utra 0'1'- trada larga da vrda pu,blica, como
dem que, no momento, pa'Tleciam velhos amigos e companh,eiros de
indicadas como capazes de levan- ludas, após a evolução daquelles
tar, nos mercados, o preço do ca- acontecimentos. Os que a,ssim ra-
fé, ,ci-oei·n·am e<stão ·pe-rsuadidos que as
E, fóra do governo e l'Onge da .opiniõ-es. por mim manifestadas.
patria, tive opportunidad'e de in- sobre a Caixa de Conv-er.são e a
valo.ri~ação d·o café não podem eX-
v(>Car a attenção de notaveis [i -
nanceiros -europeus para a CO'Il ve- plicar a mdnha convÍ"eneia políti-
•
nlencia de ser auxilia;do o nosso ca com os homen,s publicoo, que
Estado no emp'enho de attrahir ca- tiveram a responsabilvd·ad·e dessas
pitaes, que tornassem e xequivel grande.s provide'n cias e as exe-
•
-
aquelle .projecto_ Isto OCCOr1'la, cutaram.
•
·exacta;mente, quando se aUirmava E' um desaccerto de apreciação,
que não eram faceis as negocia- Instituições fundada~ em lei, ã
ções e o meu voto' não p(}dia ex",,- S01llbra d,eUas foram c·M adas nu-
cer alguma influencia no espirit-o merosas relações de direi to , fize-
•
413
dever, não se afastar âas no'rmas ! lavoura que gosa., nestE' momento,
institui-das e que, no eonceitp- 'ge- ,das vantagens que O~ mercados
ral, o tem elevado ao grau de pros- vão a.ssegurando ao preço do seu
peridilde em que se ach.a. De fado. principal producto. rBputo de ma-
os importantes serviços da viação, ximo interesse o problema do-
os de hygiene, . . -
~mmlgraçao,
.
IUS- ti'abalho, que tem. sido objecto de
trucção publica e todos quantos ,. attenção soUcita do~ que govBr-
podem constituir a preo.ceupaçao - i l1am e dos. que legislam, Menos
dos governns, têm, no territQ·rio' de nós do que da a.eçâ-o dos pod'e-
do nosso Estad,o, UID'a organi'sação res fed.erae.s depend-e o m.aior der-
m,ethodtca, regular e digna de ser senvülvim,ento do serdço de im-
c-ons'ervad,a e d'8-senvolvida COIU ze- . -
filgraçao; .
lnaS o governo .raClQ-
lo e solicitude. O crescimento as- nal e a cooperação bellefioa e in-
sombroso desta capital, quer se telligente do agT.icultor, assegu-
con,sider,e o lado material ou mo- rando a tranquillidade. os direitos,
•
"al, qu,er se attenda ao movimento as recompensas devida8 ao homem •
e riqueza de suas industrias, que que trabalha, criar,am uma excel~
414
•
mentos de rique'z a e grande valor •
poraUe<Js quando doutrinam sobr"
moral do homem'. Só é preciso os meios de serem bem governa-
caminhar, isto é, traba.lhar e pro- das as nações. E ' nesse pl-eito ta-
-duz.i'r. Pois, caminhemos: as es- moso, que 'Se ferin renhido, nin-
trada.s estão abertas e· -os .roteiroo guem se queixou de violencias ;
bem assígnalad·os. O que vos pos- ninguem foi sac·r ificado· em .seu dl-
so pr-nmetter é o maximo esforço r",to de vot". Finda a eleição e
no <mmprímentQ doe meu dev-er. proclamado pelo poder competen-
Dev-eria, talvez, -encerrar .com esta-s te o resultado das urnas, o nosso
palav,ras o que tinha de vos ·diz",., Estado "cruzou nobremente as ar-
pedíndo uma sauq,ação ' calorosa ao mas", como di'sse o grand·e orga-m
Estado· de São Paul" e ao honrado da Imprensa flumInense, -e sem
presideni e que, com alta oompe- di8'putar despojos aos vencedores.,
I.eneia. o tem administrado, mas entrou franca, leal e dignamente
nã.o- te.riamos, s-eguramente corres- a faz·er o trabalho da administra-
•
p"ndid" ás exig<lncias da actuali- ção, procuTandQ apaziguar os es-
·da.d,€'. e á co nfiança de nO'sS'os con- piritas e dem<>nstra ndo esse pro·
-cidadãos. se nos m-ostrassemos in- poslto 'p or uma attitude invariavel
·dÍff~rentes á sorte do paiz, quan- .de calma, tolerancia e' jus tiça,
.
do sérja.s preoc-cupações de ordem ,Correspondia, aliás, essa nobre
'.
publica se espalham por todas as conducta ao sentimento, geral d'Ú
c.amadas socia·oo. agitan-do-as di- I Estado, sempre inimigo de agita-
versament-e . São recentes o.s ,: ções e carecendo .de tranquillidade
•
, a,contecí·mentos po-Jiticos. que oC- para o seu trabalho e segurança
,(:or.reram por ' occasião do, pleito para a sua riqueza. Oriaram~'e
•
para a eleição presidencial de 1.. • no entanto, contra nós, injustas e
<le março do anno proximo findo. i
•
malevolas presumpções, geradas e
Duat:: ,grandes correntes se forma- ,: nutridas por vistas estreitas de um
ralli, ambas respeitaveis, entre os I ,partidarIsmo exaltado, nascendo.
•
bomens políticos que disputavam, 11 numa a,tmosphera de inquietações,
para o seu candidato, a investidu- a desconfiança de que Se prepara-
i
Ta lll) ca·rgo de ' presIdente da : va terreno 'para forçar o movimen-
Repu blica , t.o de ,u ma intervenção- a'l'mada nes-
A maior parte dos nossos C<lr- ' ta zona paCifica e laboriosa da
•
religiúnarios tomou _p'o sição ao la· União, violencia ou loucura que
do dos que desejavam., para honra. nada poderia 1-egitimar. A Con·
-ela\,!: classes armadas ~ vêl-as afasta- venção de 28 de setembro, fazen -
das das Iueta's p-oliticas, fugindo ás do recahLr a escolha do S<lU can·
responsabilidades que neUa ,se con- didato á successão presidencial, no
traem para, livres do influxo das proximo quatriennio, em um dos
'paixões, pod·er-em
,
cumpriT com de- eompanheiros que se conservára
sassúmbro o nobilíssimo encargo, afastado dOS movlment'Ús poUticos
'que )h~s foi confiado, da <lefesa € havia contrahid-o grandes 're's-
·n acional. Era essa a lição do· espi- ponsa bilidades no exercicio do cal"
rito clarividente .de Wash·i ngton, gO de p'l'esidente da Republica ,
·depois das Iu ct",s gloriosas pela in- quíz, evidentemente, dissipar
·dependeucia de sua patria; é a dos aquella's prevenções e aUirmar os
:ma-ü: eminentes estadistas c·o-ntem- ·seus sentiment<>s de ordem e res-
415
. .
pE>ito aos prindpios ca:rdeaes do re- I do mais perfeito accordQ ~ ..ill'tas
•
gi·men . Foi essa a im.p ressão geral: com o governo dos Estados de mo-
houve . não obstanite vozes que des- do que, res.p eitarlas· as respectivas
t.oaram d·esse accôrc1o, e, para im- attribuições, haja o pensamento
pedk a.(Juelle resultado, o:usaram since-ro. lnas inaltera vel e cQnsta n··
qualifica.r de a.gitador O VOSSo ean- , te, de se ajuda rem mutuamente.
didato e. de ·r 'e accionaria a sua .eoD·correndo coro o maxÍnlo esfor-
candIdatura. procurando desvir- ço para -que se apertem -os laços
tuar alSsim 0'5 intuito.s da escolha. I qUe os prendem e a unidade na-
que fizestes. Nã'Ü, senhores, n-em cional se fortaleça de modo indis-
agitador, nenl reaccionario. Nunca s oluvel". Não ha o que alterar
fui , não é mais temp{)· de o ser. nestas palavras e nos conceitos
Tive a. honra de oecupar o cargo de que eIlas exprimem. O que a COll -
ministro da Fa.zenda em duas si- venção q uiz, honrand-o-me com o
tuações muit.o diffe rentes : em am- seu voto, foi, sim, affirmar o di-
ba'!$ v€-.rjfiquei, em uma dellas prin- rE>ito que os Estados da Federação
cipalmente. ao lado de Prudente ·possuem d·e s·erem elIes os juízes ·
<le M·ora.es o g.rande brasileiro, i de sua convenieucia .po1itica ·s e m
cuja. me·moria. Cl"€s<:e na veneração , I
,
•
a tutela de influencias extranhad.
na..cj'ona.l , qua.nto mais ·0 tempo vae ,i Nem poderia ser eu um agente d~
passa.ndo ,
que as agitaçõ'e s- sã1> o i perturbações -em um período tão
-(} inim igo mais perntciooo do pr-o- : d elicado dE> nossa vida politica .
gT e~s-o . po-rque espalham o susto e , Não ha para o homem de Estado,
• •
a. desconfia.nça por ·toda a parte, ' a quenl estão- confiados Os desti-
pa.,-a.lysa.ndo o traba.lho e enfraque- , nos de uma nação, pesar maior e
,,""do o credito das nações·. E de- ~ mais offensivo() aos melindres do
I
v·eis ac·r edita,r-me, quem uma v-ez : seu eS'p irito do que· sentir, em tor..
a.travessou as alta.s regiões do po- •~ no de si, inquietações pela d·escou·
(leT onde sopra.m , frequentes e 1
I fiança d e que é capaz do arhitrio ,
alterna.da.mente, -os ventos frios da I,• da illegandade e violencia e de 1>" "
política ou suas quentes lufadas; -der sacrUicar, po.r interesse ou pai-
qu-em sentiu, nessa.s paragens, o xão, a le-i e o· direitQ. Os que, pe:!fJ
.peso das responsabilidades do po- prestigio da posição politica ou
i m·
der : ouvindo a c·a.da pa.sso, co·m o !I
posições de um mandato, Tooehe-
•
um (~}am .ol' in-cessante, o éc.o das ram o encargo de dirigir a. opi-
a.spiraçõeas de um paiz novo, qU~ I
! niao devem oriental-a com a·n i-
qru-e.r ca.nünha.r e crescer, ha de ser 1 mo i~ento " patl'iotic<>, evitando
sempre um elemento de ordem, um I que seja perturbada, por malev,,-
•.gente ·de concordia e de paz. ii laS .us·peitas, a acção salutar dos
I
Lembrei, -sem cessar, como -norma governos na defesa · dos íntttress-ea
de govern-o, a necess·ídad-e- de tOT- nacionae-s. Mas. incumbe a · quero
nal' poplI.l ar e amada a· Republica gov·erna estar alerta e vigilante
pelo respert.o á ordem·, á justiça e para imperur que o. partidos· ou
á -1ibel"da,de. Mais de uma vez pro- aggremiações politicas se afastem
clamei o que é mister repetir da esphera em que devem gyrar e
.a todo o inst.ante - "que a mora- verificar até ond'e os conselhos "
lidade da vida da União depende, suggestões dos amigos correspo·n ·
print'i])alm-ente. no actual regimen, dem ao · bem do paiz e quando 3Q '
416 .-
dos. Pudesse· a 'minha voz ecoar nos têm enfl'aq1ue-ci-do. Foi aqui,
fóra deste recil! to e eu ousaria neste· solo bemdicto, qlle guarda
concitar oS homens polítiCOS a re- as mais brilhantes tradlçoos de
f1.ectirem seriamente sobre a nos- nossa historia -politica. qu.e se
sa .eituação orçam·entaria e a ne- fundou Q' grande centro da. acção
cessidade Indeclinavel de ser re- repubIicana para a forma.ção do
Vigorado o poder naval da Repu- actual .regimen. Muitos dos que
.
bliea. Muito nOS falta para seT- ,m·e ouvem foraln directores ou
mo s uma nação poderosa e bem a-gentes i-ntrepidos dessa ~ampa
organisada, mas "sses dois pro- !lha triumphantoe . Permitt! que
blemas vltaes para o nOsso re- vos diga: é preci.s o valor para
gimen conseguirem impressionar que não seja falseada em sens
o espirito publico, libeTtando-nos fundamentos a obra , 'JU.e fizestes
<Ia l!lfluenda de . uma lucta pes-• com tanto denodo, e á qual nós
soaI e damni'n ha, que a ninguem -outro s sincera:mellt-e adher,i mos .
aproveita;' poderemos -caminhar Como minha ahua . de · brasileiro
com firmeza por entre as diffi- regosijará se formo s nós repre-
culdades que se accumulam. Se- sentantes de um 'õos grandes Es-
Tia acto da maior benemerencia I tados' da Republica ,o$ continua-
o do govern{) que tivesse a cora~ I dores daquella sallpl'opaganda
gem precisa para extinguir o de- , pela pratí-ca severa -e <!onstante·
siquiIibrio irritante dos O'rçamen- , dos 1prin'cipios · co""titu~onaes .
to s o grallde pesadelo dos ho- I ISe pudermos Bel' uma -escola d-e·
mens de Estado, normalisando (> I' 'educação polltlca, onde possam
processo viciado de sua confec-' I todQS aprender a conhecer a foro.
ção e revendo com eq'tlidade. o ça de seu direito e a extensão de
nosso exaggerado regimen tribu- suas responsabilidades êm um
tario. Ter!am'Üs assegurado, por reg.imen demo-cratico .e ;tivre; a.
essa forma, o credito da .Republi- respeitar
, o prinCipio da ordem,
ca e as sympathias e confianças estigmatisando o f.lageUo da
dos mercados financeiros do anarchia; uma esco la de educa'
.mundo. Com a <reconstituição de ção politica em que o dogma <la
nossa marinha de guerra, daria- , autonomia dos Estados !Seja
i
mos alento a uma · nobre classe. eomprehendldo com verdade e
tão ri-c·a de glorias, qUe âesgraças I restabelecido em s~us moldes le-
recentes têm rudemente acabru- gitimos. de l11'Üdo que ninguem,
nhado e prepararíamos para nos· seja qual fór a sua pOSição n.
sa patria dias mslhores manten- hierar,chia social, possa·, fóra d.o
do e desenvolvendo essa politica I . territ-orio de cada um delles,
internacional de la·ego descortino r·eputar-se com direito de influir
'que vem, de annOs passados, co 1- nos negocias de sua economia .. in-
•
loeando o Brasil em posição sa- terna, politieos ou economícos;
lient e entre as nações sul-ameri- . em que não haja preferencias in·
.
canas . Pertenceis ao grande mun- devidas nem barreira"s para a e011-·
do politico. Desculpa" as eX'pan- quista de posição, salvo as cün,·
sões d·" um espirito devotado ao dições impo stas p"la capacidade
bem da patria . .e que tem fé nO de cada um: uma es·cola dE) civis-
futuro, a despeito dos erros que mo e educação pOlitica, onde se-
•
-- 419 - •
AÚá.s, temos dado á opinião do mun- café, no mez de Abril, s-e destinIlvam
..
do todos os 'elementos para poder áquelle departamento.
ajuizár' cQnl ' segurança da regularidade Estava o Governo do Estado tran-
. . . " '. I
de noss'a aUHu-d'e politica e e-con,omlca· I qu . Ul0 quanto ao trabalho dessas in-
O E'g'tado de São Paulo não cogitou I yesti-gações, q'ue rev.elavam aliás al-
de
.
va lorizal' O seu ca.f~ com animo de guma
. d.escoD'Íiança -oontre.
. a n-OS-sa at -
.
-lucro
.
ou . de especu.la~ão: moveu-o o tituJde; ~quanl()o surgiu ·a noticia de
sentimento patriotico de salvar valo- que um do" Tr'buna.es de New'York
r_e ~ colossaes empregados na cultura estava agindQ 'contra os m-emlbros do
-- d:esse pl"od \wto e ' so\bre os quaes re- comité da valorização, pondo em du-
pousa , em grande parte, o credito na. vi\da, d'e m~do .m.ud,to singular, a si-
ci<Jnal. A sua attitud,e foi sem,pre ex-,· tuação l'ega.l dos depositos do nosso
posta' <:o,m fra'll'qu'8za llelos Governos caf,é.
d~, União e do Estado e os seus intuitos i[ IE foi oom o mais peno-so CO:DiStran-
apreciados com justiça e s'em sus,pei- g.im\en-to que pudem-os cOTIlhecer dos'
,
-'ta.:-- nos maiores mercados' do Inundo. !
ter.~os d ,a ' petição- dirigida em nome
C',;m . relaçã n a'o s' Estados-Uni·d'os, 80- do governo am.ericano ao Tribuna!
twet.udo. tem os 'bu·sca.do m:a·l1if·estal' districtal de New-York. Da leitura
com sin.ceridade ' os melhores senti- desse -dO'Cumento· transpar,e-ce o _receio
o 'm-ento-s de e..mizad'e e não era licito de estar mos assistind'O á \ quebra dos
imaginar que as nossas intenções gra.ndes m·Qlldes que a scien'cia poliUca
pudel5Se:lll. ser mal compr~hendj,das 011 , creou para a com.pleta segurança d&.
d«~urpadas. ! justiça "ntre as nações.
.' - Deveis vos recordar que, em prill- I Eltifootivam.ente, para se pode,' af-
dJJios do anuo passa·d'Ú, o Gúver:no firmar que os membros <to· comite da
americano d·esejou se-r inifo·rmado das valorização' do crufé incorreram n,\.8
condições da venda do café da valori- disposições d·a lei de 2 de Julho de
zação. ' I'ealizada no mez de A'bril. O 1890 (Dei Sherma;n), foi aprese-ntada
deputad.o Norris, de. Nebraska, havia 0-
ln.querld'o na Camar·a dos Rep-resen - da qual sóm",nbe v<>s posso da.r., nes-
tantes si 'hã.o havia . meio, na lei das te ..ffio,m~n.to, as linhas geraes.
Tarifas, de rataljar contra o Brazil uA a·cção foi proposta pe-rante o 'fri-
qu·t'. lide a·ccord·o 'c om capitalistas bunal Districtal' de New-York, pelos
americanos e 'europeus Ílez ' a~-g.mentat Esbadas Unidos da America., conira 03
.
·d.e 40. a 50 . % o preç<> do 'oooié, dando m-eIlllbros do 'eomi:té ,da -valorização".
a.f>-sim,. aos Estados·Unidos - um pr~ju i - IAllega-se que pessôas interessadas
20 aln.Rual de cerea de ' 3·5 milhões de em manter o preço doc ..(.é o mais 61-
.
Jh,; iars. Perguntou tam'b em "si o to posstve~. conôéberam _a idéa não
, ...:, ..,,,..,.
. . ..'
. --.. . .
',' ,, ' ,' "" ,.o' • ." , -, " ••• .' ", "',
, .,.-
, ',," . '
...
'_ , . • : .., ... . .. ;--: .. ' . • ! -
-. ....
. ' ,·1··"·
. "
422 ' .
423
zer directam,ente em defesa dos noS'- quelle illustre- deputad,(} não ch'egoll a.
sos direitos. sináo reaffirmal~os de i.lnpressionar a opinião de Fr·ança.
modo categorico ao Governo Fede- Convém tirar' dos factos os ensina~
ral, que foi pessúal1mente informado mentos que d"Ues deeorrem natural-
pelo Secretario das Finanças do Esta- mente. Os Estados-Unidos são o' maior
•
do d-e todos os elementos que entrá- consumid·o,r -do nosso café, ;que -entra.
•
ram na -formação e execução de um •
colonias e outr3Js providencias. O mi- riqueza e .dó crédito- publioco não s&
nistro do, commercio combateu a mo- pertmbe e a Republica, se fortaleça
ção, informando lealmente o que ha- I
politica,e economieamente, de modo a
via oceorrid·o no Brazil com relação á não termos que rooear da competen..
valorização do café. f2eordando qU'e a cia dos outros productores e possa-
In€Slma cousa .se pretendeu fazer em m,Ü's assegurar '8 ,fazer valler os nossos
França para a alta. do "preço do trigo direitos,quando forem· cont€stados.
""
e af,firmando que não via ,meio legal O Estado de São Paulo desenvol-
de se proceder Ic·nntra os actos de um ve-se com intenso vigor. Os granrles:
Estado independente" E, com esta in- prohlemas, ,que constituem a preoccu-
tervençã-o. clára € justa, a moção ela,. ,
paçã,o od·os .pOVOS que progridem' oUt
424 -
. ~
têm poderosos elementos 'para progre- , sociaes e po Hticos. Era portanto de-
' <lü·. ,movem·se todos. nesta zona da ver primordial trabalhar ' pela diffusão
Federação. reclamandoo soluções ou da instrucção pUblica porque todos os
provocand,o dos poderes· publicas pro- sacrificios com eUa feitos seriam lar-
"idenciÍts capazes
•
de alcançaI-as. gamente recompenSIl!<1Os·. Convinh a
E' da intensidade e ef.fIcacia do nos- c.uidar da construcção annual de 50 a
so es-forco em bem -encaminhaI-os co"m 100 casas escolares de twpo modesto.
o maximo uroveito para o Estado e para assim possuir O Estado dentro
engrandecim.mto d'a Republica, que de alguns annos predios sufticientes
ba de pr-Ü'vir a nossa força e nos re- pa:ra esco1a e l'esidencia do profess o!'
commendar ao braço - e . capital extran- lIOS lugar"s afastados. Além do ensi-
geiros: os dois melhores factores da no primaria convinha cuidar do supe--
prooperid·ade das nações . rlor. A ·Iei n.' i 9 de 24 de novembro
•
• - 426-
que o pres';dente Rodr.igu·oo Alves fa- leiro dI''' Manuel Ferraz de < Campos
Java ao Congresso não pOdia expan- SaUes, um dos fundadores do l'egimen
dir-se c&.m segurança 's'Obre varioo aoS- republleano e ao qualS'erviu nos poso
sumptos que estavam sendo por elle tos mais erevado.s do governo e admi-
estudados e que fariam objecto das nistração. Presid.ju a R<>pu blka, o Es-
proximas tInl8'lls a-gell's. ta.do de S. Paulo e era s·e na.dor. O
Conv.enio e • accô)'do com Minas - triste desenlace deu-se no Guarujá no
Em 25 d·e Maio de 1912 foi as·signa- dia 28 de Junho de 1913. Por serem
do com o Estado de . Minas Geraes um d'e alota relevancia "" ·observações e
-nonv,enio cont'e'll',d·o' · 'as has,es. co-m!bi.na- oons el,hos constant<>s
•
da mensagem de .
~
427-
-428 - •
e as tradições doo povos doota parte não pOdia se'r prevista porque todos O ~.
do mundo não têin conconido pouco -elementos eram favoraveis á con·s er·
•
para que a'1uellas desconfianças pro- vação dos hons preços do prO'ducto:
voquem. contra nós, sérias_ apprehen- As praças dO' €'x terior e a de Santos
- 'Soes· . muito aJudal'am a · inesperada ba:ixá
Certo, dissipadas lOS inquietações exag·g erand" os negociO's a · termo, que
com o restab'eléchriento da vida nor- dei:'Ç:aram d-e · ser 6peração comm·e-rcial
mall, d€s"'Pllarece~á o receio de pod'e- legitima a ' constituirem~se em jogo e •
rem ser ' perturbados os Estados para especulaçãO' de · ' pessimas consequen' .
.fins eI·eitoraes., por int~Tv€nçõ'es inde- cia·s. Conviria que o <com,jn.ercio de
bit... e violentas, . o que 'seria . agora pa- SantO's resistisse a esse trabalho es -
ra a RepU·b"ca a suprema desgraça. pecuJalivo até extinguil-o. Por es.se
E' mister que os laços que prendem m·eio a grande' praça commer·cial do
os Estados á União não se affrouxem. Estado d·e S. Paulo não perderia '0
Oon,s1 (lero moes'mo um gntnde ,p erigo prestigio de que sempre gosou. ,Para
'pa1'a . o I'€gimen que, por falta de ju&- favorecer o trabalho dos 'b aixistas (,,>(}-
tiça e 'san or·ientação dos grandes di .. meçou a circular a noticia de planta:
rigentes, possam os Estados se habi- ções de um café chamadO' - rabus-
tuar á vida do isolamento e a consi- ta de ra.pido crescllll.ento e fac:HHi-"
derar 'pou-co valioso o concur-so da ma produéçãO', e tão abundante que
União. am€açava d es equilibrar os mercados
'1'emos ,e ncaminhado a nossa acção consumidores. Apesar de tantas con'
ad:mtnis"trativa e politica no_ sentido 1 trariedades a situação economica do
d€ fazer desapparecer essas possiveis Estado mantinha-se prospera: ' ~.s
d.esinteUig·encias e -continuare,mos a rendas augmentaram; a lmp-ortaçãú 'e.
a·gir a'ssinn, con1iand,o no- patriotismo exporta~ão de 1912 foram considera"
dos que governam e no criteria de Do.S- veis; a in'dustria progrediu; desenvol'
sos concidadãos" ,. veram-se as cultu·r as não só di:! ' café,
.Depressão ecoitomic.. A escassez mas do arroz, algodão e ·cer-eaes. S en 4
. .'
sa. <iê ,': iundos
' .. '. '.. .
.. . para . custeio. A grande
' -
accôr-do com os contracto's decorrsn -
"
import.a ção.:. de, ' 1912
II. ~ < . .
bem mostrou a ies da valorização do café, em princi-
•
•
extensão ·, " ···.. . dos
i·.
,. ~ , ·~
.
compromissos
. .
que
- _ esta- pio dia anlDO corren'te. · a venda dê'
"
varo -.. ,.senoJo
· .. . ..... .
.. . ...... . . . .
' " . ~
contrahldos. . IDsIperava-se, uma certa quóta . do producto em
" • .
porém, . gue·. t.a l estado de. ... cousas me-
-_ .. .. .... ':~· ll': ' ~:. .
dep-O:sito,
. fOIÍ- julgado .p-rud·e;p.te prefe-
. .
lhorasse. A bajxa do café entretanto rir p ..ra essa o.p,eração o ~·afé depo,;;-:
lado em New- y,ork, para demonstrar t,end:e a d'esap.'Parecer ou reduz.ir"s-e
dess'e.r.te,· ao goV'er·no RIIlIe.rl.CanO, n consider<1V1ElJmente, resgatada com r~
nosso pm,posito de não contrariar as cursos resultant"s desta operação e da .
leis dleSrSe pa,iz, não ohstante .consid€4 . venda do ·caofé ai:nda existente. Re~ul-"
rar.m'os injusta a acção judici'ária, a ta, de ,·quanto temos expendido, a per-
que já nosuamos referido. fetta 'c.onvlcção de que €-sta operaçã"o
A venda se tfez, . d.e couf.ormi-dad..e foi brHhantissima e é, sem duyida~ a
com as reso.}uções do comité,. em Lon- ll1!8'lIhor Ique tem realizado o grandB p ..
dres, e os preced,entes ado,ptados para prospero Es'ladode S'ão Paulo".
taes op'eraçües. Como o produ·eto d·es- "Te fieis, O'PPÜ'l':tunament<J, C(}nhecl-
sa y,enda podem dar para a liquida- mento da operação, em todos os seU5,
. •
ção d'ef,inltiva do emprestimo de 15 detalhes. ,
milh'ões .egterHn08, pensou logo o Go- Na primeira meúsag"m que tive a
verno, anctorizado pela Lei n.' 1.362, honra de vos dirigir, referindo-me á
de 27 de Dezembro de 1912, fazer, situação {inanoei·ra do Estado, pro'
dentro e fóra do Paiz, operaçõ'es de curei manilf.estrur-me COU1 pre.ciisã-o e
crédito qne o habilitassem a r.es,gatar clareza. Acharam alguns q u-e era '"e-o
a divida -f.lUlc.tuante, que eonstitua Iada a mi-nha lingua.~em, e que conti·
sempre um grande em,baraç,o: para o nha recrim:ínações contra os go-vern-Q-"e
desenvolviule:nto normal d'e nossa vi- passados.
daB'cono'mi,ea e regularidad,e· da si- Quero desfazer essa injusta impres-
tuação financeira. Além de crescida são. Nunca, no exercício dos ca.rgos
divid"a flu-otuante int,erna, tinhamos qu,e tenho occu-pado, fiz ou auctorizei
de satisfa'zer a externa d'e lbs. recri'minações d"e tal natU}'leza aotl
3.000.000-0-0 contrafiida com ban- meus ante.cess-ores. ·Não viria queb:rar
queiros inglezes e cuja reforma o es· essa norln'a de conducta, neste Estado!
tado das praças ewropiéas não permit- onde rooonheço que a ad.ministração
tia no momento. pu·bJ.ica tem sido sempre compete",t"
,
,Em eJ<ecução daquelle pensamento, e digna".
co:utrafmos, pÚ'r .intennedio da casa Exportação, impol'ta.~.ão e hmnigra....
Schroelder, de Londres, um empresti- - ção. Expunha a mensagem:
mo de lbs. 7.500.000-0"0, a juro ua "O extraordinario movimento de inl-'
5 % e ty;po Uquido de 92, salvo o sel- portação e "",portação verHieado no
lo d'Byid1o" ao governQ inglez. de!l),U,rso .do anno findo, vein demons-
Não "eram favoravejs a.s condi~ões trar a insuffi.ciemeia dos grandes ap-
•
pareth'os de que esbá dotado o porto ,
dos mercados monetarios, parecend.Q-
.
nos que realizamos, ain'da as~inl, unIa para o fU'nccionau1enío-
eJ<cellente operação. 1"oi ro,esmo essa n:orm-al dos serviços de entrada e sa-
a im:pressão. ge:r~!, manLfestada pe.la hida das lTIler-cador,ia.s·
•
imprensa. do paiz e do exterior._ Da'n- A Alfa,ndega, as nocas, a Estrada
do notide. dessa operação, o grande de Ferro Iugl,eza, que paredam ter
orga-m da i,m,pr,e.nsa fluminense -téve proporções . para, durante largo pe-
estas lisoo,g:eiras pal~vrail para' apre' dodo, servir co-rn amplitud'e áquell-e.s
cial-a: 1'0 novo empl"esUmo, ora CO'll- interesses, revelarRm-s·e acanha,das e
trahido, não pesará nà.s finenças de inca:paz-es de corre.s:ponderem ás exj·
São Paulo, desdce que, como se annun- g,encias do futuro, si o movimento d' •
•
cia, parte 'd-elle - vae ser ap'PUcado :i carga e -descarga po·r a;quelle POl"to
.
consolIdação da divida fluctuwnte, ,que c-onti\nuar em -augm1ento.
.. ,'.
.'. '.
.
.'"..... ,.. . . . "
, .
. '
. .: •
"
430
Estado.
maçõés . da.s companhias de navegação • •
3_ • As 9'bras a executar -constarão
-como as do c·O'mni·e rcio e lavoura do •
•
definitiva deUas pelo Governo obras a .executar. cQ;n stan do- de
da Uniã4? , s e-ndo a prilt:1'eira d·:"! ,, plantas ·
'.or~a;mell'tos; iniciará.
431 - '
razões para assim pe.nsar. que, sug- 'rneuto cres'ceute de nossas industrias.
gerindo aquella idéa, iamos auxiljftr a extraordinaria expansão agricola
-o Gov·eT·no da Repu·blica. a resolver um em varias zonas do Estado, e. nota-
pr<:>blema de interesse capital para a dameIl!te, na da Estrada -d'e Ferro No-
União € o· Estado. O' nosso pedido' não roéste, nos Qe.ouselham a não esmore-
'teye solução até agora, queren'do al- cermos no esforço 'emipre'gado até ago-
.guns enxerg-ar na attitu'de deste Es- ra para o desenvolvi.m,snto da entra-
tado ou o 'desejo de em:bamçar,mos a . da de trabalhadores, E q nantos che-
aeção - da grande empr,esa das docas gaIíl ao territorio d'o Est·ado em bus-
d~ Santos. ou o proposHo de irmos- ca de trabalho ,encontram l<>go col1o-
:atráz. de vantag·e·ns oom a construcção cação remuneradora, s·em que cesse,
do prolongamento' do caes, aUáÍs, o clamor da. lavou-ra, pela vinda
,E' inju..ta eSEa su.speita, O Estad .. , de no'Vo p'essoal.
acha necessario' esse p.r-olem.ga:mento e As entradas V'erificadas -no anno
,a red'ucção das taxas, para POd€f at- fdndo foram eonsideraveis, e, cnooe'ci-
tend!8T ás grand,e.s CQ·nveniencias ,do das as difficuldades oppostas nos pai-
seu com-mer.cio e da sua la·voura. ne- zes de emigraçã<:> á sahida de traba-
clarou daramente as condições -me- "lhadores, ellas attestam o empenho
·diarute as qua:es se propunha· realizar da admi,uis-treção puhlica para atten-
a c<>nstrucção,E' indliffer,,;nte ao Es- der ao gral1Jwe reolamo do,s agriculto-
tado que s,eja eUa, feita por nó,s ou' res·
por outros: o' 'que queremos é que se- ·Referimo·n()ls, d·e industria, aos em-
ja f.eita. e que as taxas seja,m fieduzi- baraços ,c,reados lem certos paiz-es da
das Europa á vinda de i-mmigrantes IJ"ra
Não é jusLO qu,~ , este Estado conti- o Brazil, afim de p<ldermos nos quei-
n u.e a 'exgottar as suas rendas, fazen" xar da Injustiça com que nestes ultl-
•
·d'o estradas de ferro. Que cüncorrem mos tempos temos sido tratados por
aunua.Jme.l1.'te prura augm:enrtar a. sua. Governos a.migose al·gllills d{)s seuoS
llroducção, que vai quasi .toda dire- , a'll'entes,
432
,
E' aSsi!ID, que, para attend~er a um<:t ,A. grande colonia italiana, por-
vel.ha aa,piraçáQ do nosso e do Gover- exem1plo, tão respeita"VIe-I e laboriosa. .. ,
no italiano, e á cU'sta de nã-Q pequ-ena tem 'grandes ri\(}u-ezas no', Pai-z e pos"
sUibvenção<, assigna,.mos um contra·eto sue n-q.:m·er·osas propriedades ,rura-es._
com o Governai Federal e vatia.,g C(}lll- An:nualm.ente, rnUhares d,e co-n'tos se
panhias d·e navegação dlr:ecta entre os movem, Ou .nob-o-lso . d10ls im,migranrte-s
por,tos ·da Italia e os de ,santo.s e Ria ou por i,nterm-edio dos ·bancos, cüm
de J-aneiroo. Frizemo.1~() :na -convicção destino á ltalia, e: em toda a extensão
d1e· estarmos concorr·e11dó para. um bo.m de nosso territoll'Í:o' encontra.m-se, , no'
serviço. e certos de que esse trabalho üo'mnl-er.ci'O, g,en,eros itaBanos de to--
seria do agrad.o do Governo Italiano. das ",s qualidades. São vantagens di -
Entretanto, . o cantracta não obteve a gnag de sro" ass;'gnaladas, jl·orq ue re-
appr-ovação ·esperada., .sob o pr1ertexto dle presenta:m -
com-p'enlSaçao suH/den te
que viria tornar máis intenso o mo- para os que saem em 'bus-ca d'e melhor
vimento -de Ínl;mi.grant1es para o Bra~ situação .
•
zil. Esta preoccupaçãa de crear emba- INão nos d:eve,mos, entretanto, apal- •
raças á vinda de trrubal'had'ares para o xonar, em.boTa -cheios de. justas quel-"
verri'taria do Estado vem s~ accen· xa.se continuaremos, 'como e nosso-,
•
tuando, ha algum temp'Ü, a :nosso ver, dever, a dar aiOS qu'e p'rocuralu o ter-
muirto' Í1n.j'u.stamente. rito rio <lo ]!]stad'Ü t-odas a'S s-egurança.s:.
,Sabem as quanta a traba~hadareu plj,ra o seu trabalho, louvarudo e ani-
rapeu e de ou tras pr.ocedeneias tem ! m'ando -o &eu esforço, ·de ln-odo que 3~'
conC'or-rid,o. para o des1envolvím'ent-o (}OnVençRm, senl ~he-sirt:ação, de que SO~'.
ecouomi"co ·do EstaJdio, e - não temos -mos dignos d·e os acolher em collabo-
pOUlpado sa-edfici'Os, não só para as- ração com o>snacionaes.
segurar amplas 'gara.ntia~ a. seus direi- .Com esta conduüta, da qual pro-
tos e bem_..estar no P.aiz, como para ourarem·os não 1110S afas.tar, ·ha de,
dar faoilidades ao seu traJbalho e' se- des-appar-e-cer- a.qu-ella má yontade, si
gur,ança aos saladas que perceber. Ao r.ealmel1lte existir, e todoo os povos a-
pa'sso que a lei fed'eraI _a.ssi:gnou van- güV1ernos se hâJo de Co.llv'sncer .que não
tn.gens :oo1ll1tple'tas a ·estes salarios. a encontrarão outro vai.z -Com melhor-~~-
da Estado organizou a Patronat.o Agri- . garantias e cond'Í!ções de subsistenqla
'Cola e O-utras repartições, com ° intui- para os seus filhos que pensarem €im'.
to ode i,ntervirem em favor d<> traba- emigrar" .
lhad'Úl" e promovere.m ;l. sua coHocação
Inst.l"Uccão Publica Oontinuava- ti.
'em bans centros de trabalho. Essas -
merecer a melhor a'ut"llção da Gover-
medidas foram e continuam a' ser.
no, pois era o ele-men'to basico de t6~
muito· applauididas, .parque revelam
da a' pl'ogres·so maral, intel1eotual "
claramente o nosso ponto de -vista, ab-
m'ateriaL S'e·ria ainda por largos annas
solutamente favor-avel ao elemento ex-
o problema_ de sérias pl'eoccupações á.
trang.eir.o, mas,. a que sentimas, ob-
servand'o as factos, é que, apesar da vista do augmento da pOllulaçãa sem-
li-s-ura de nossa ,conducta, não lestá ha- pre crescente e de pou,ca den·sidade·
VIlndo . sympa'bhia . para cClmnosca·. E, em <territori!o .tão e:x?tens-o. Existialn
·aLiJás, é oanv·en/en'te IlSsignalar que o 1.192 escolas isoladas providas, sen-"
Estado de São., Paulo tem oorrespon- . da 664 de 8Me e 528 de bairras com
dÍldo g·ener-osamente ào ISSfOfOo- de to- 52.·674 alumnasmatriculados; des-
dos que nós trazem o concurso de sua pr-oyj'das ,exietia.m 2.,4,81 esco.las quasf
3ic'iJividaode. to,da-s de bairros. Durante oanno' de·
." :
433
.
1912 funccionaram na ()apital 26 ,l Salld>e Publica Durante o anno)
g,.upo~ c",m 4.2·6 "lasses e 20.925 d'e 1912 f·oi satisfaotol'io o estado" sa-
.aIu"m.no-s matriculad:os; Ino interior nritari-o da ·Capital e int-er-ior. Houve
8 9 . grupos com 1.099 classes e matri- ape.nas Q co;queluoh-e e casos d'e va-
·cula. de 50.717 alumnos; na Ca;Pital riala em maior num ero do que nos
.. augmentaram-se 3,4 classes nos gru- annos anteriores. Fizeralll-He 12 9.850
pos existentes; no inter.ior inaugura- vaccina-çõ!e s. .A febre a marel1a desap"
ram-se 4 grupos novos e augmenta- pareceu ·completa'lneute, -coruti,n uando
ram-se 135 ela"ses nos· grupos ant.!- p.or·ém a vigHancia sanita ria especial ~
gOg· Em 1913, ao tempo da Mensa- I
ment-e e~n S·a,rut-os. A commis·são COD-
gem j á tinha·m si'do inaúgura-d'os 8 tra o tl'ach-om~ cont,inuava €:m seus
g rupos e seriam inaugurados até o 'tr",bal'h os. O Instiotu'to Bact"reol"goi~o
fim do mesm·o aJUDo mais 25. O 'tin·ha con'lr3!Ctad'o o prDlfessor Martim
numero de alumnos matriculados nos Fioker, da Un;i,versi,(Jade de BerUm
gymnasio$ da Capital, Campinas e p·a ra desenvo"lver os seus estudos e
Ribeirão Preto era de 541. Na Es- p esquisas . Em 1912 o Hospido dJe Ju-
cola POlytechnica matriculara m-se 215 query tinha 1. 3·38 ,doentes. iEm vir.tu -
candjda t"s pe lo qu·e foi desdobrado o de de tão elevado numero de enfer-
curs{)I preUm:inar. ·· m,as ,tornlára-s'e Ill'eces's ario construir
•
'Coll'Cluira;m o' curso 10 en~enhei-.· n ovo .ed·i fício 'e pavilhões ·p ara tnb-er ~
l"O~. civis e um industrial. A Faculda- culosos e delinquBntes. 0' dir ector di)
de de Medicina e Cirurgia foi inau- esta·belechne.llIto insistia pelo 11.:esen-
.gu rad a a 2 ide abl'lH d'e 1914 , sendo vo:1:v im-ento do sys tema d'e a.ssistencia
coJl!f·i ada a ·sua direcção ao dT. Arnal- fam iliar -que ia produzindo bons re -
d(· Vieira de Canalha. 'M atrlcula- s ul'tados.
r a m -·se .180 a lumonos. Em 191·5 oome-
Pina,cotlleca Co.n·tinuava inSltal-
ç.aria o ensino das ·clinicas Infedica e
.la'd a em salas Lyceu de Ar~es e
. ci rur gica. Existia.m tl'es escolas nor-
OCfieios e as suas co llecções iam au-
nlaes secundarias e oito· primarias na
gmen1tando.
C3I!)'ital e, no in1terJor . Durante o anno
leC't'ilvo matri<cularam -'s·e nessas esco- Museu do Ypirauga FuncC:iona ya
.
las nOI"rID'aes 3·'611 almII1.nos e recebe· l'egular,ml8rn~. Devia, p.orém, ser d'ivi-
Ordem Publica Con ti,nuou iil1al- teria.l e t'Ürnal'a-se u·ma -verdadeira' - as-
•
oom viSiv,ej pl'oveilto. o Governo co- tt'. -n:tati vas de reforma. 'Seria 4eseja ve r
gitava de fundar Villas Militares para que, no pensam-ento superior de dO :llr
residenei,a deoUielaes e soldados. o Estado de urna iei tão llecessaria. "
Procu,rav(V-s,e organisar tam bem uma ori.e ntação a dar ilJos t,r"halhos fo_, e
cooperativa de consum.o enl moldes mais pratica, tl'a.usig.en;te e -concilia-
inglooes.
. Com estas d nas providencias
, to ria, afim -de se chegar a um resulta~
'h a""ria , estaJbi:lidarle no· pessoal da d·o util- para os in·teress-es da justiça..
Força Pu,bHca. Cogiltava-se da creaçã!> Ots codi·gos ~ppaT'entemente mais }>€r-
definitiva da Escola de A viação que o feitos, em todos os povos, são alt€ra~
G(}y,erno -fundáre. 'C'ontractando o aVia- dos e mel:horados !>ela evolução j udi-
lClor Edua,,,do Chaves para i.nstructor. Oiard'a. Quem nutrir a p-reoccupaçáo
Na Missão Franceza O chefe, coronel de fa.z·er soment'e obra !}er'fBite. e Im·
Paulo Balaguy seria substituido pelo peccavel, ficará sempre pairando na·g·
tenente coroue,l ' Autonio Francisco alturas da theoria " dos project.os,
Nénel, visto s'er o c<lronel ' Bal<l.gny Com grande prejuizo par-'-ã as neces~:;i
obrigado a vo,lltar ao serviço <Ictivo do dades teN~-ene.s e d.ia ria s da justiça.
exercito franooez. O pre,s idente elogiou E~ tratando-se de reforma na admi-
calorosa-mente· não só ao· cnf.oncl. nistroção da justiça, y2-111 de mo!',de
Paulo Balagny chêfeda • missão fran-
• as\3i'gnalar algnn s costumes a-busivo.•
cez:a. como tam bam ao ,j:nstructor da que '''' tem introdUlOido em detrim en·
arma de ca vaHar!a tellJe'llt~ coronel De to do' serviço publico taes 'são o
La H<lrie Fanneau Alphouse quP. . a.fa,stam<eDto do- cargo, sem que vs·
,
igualmente se retirava. I fUIThCciollarios se ha'b ilitem cO.m as for':'
,
fts correições; a elevação ·dos venci:. !amma- O Governo tem procurado co-
, 'm entos; e fi1nal,m-ent!8 a
revisão dos hlbir esses abusos e vai ·c'Ü'utÍlIluar a
•
pJ'locessos com o fi.m de acti.var a mar,,: agir com a mruXlma p~rsever.ança para
ch'3. € d~senla-ce das qu~sltõ.es. Dizia f) normalizar esse este..do de cousa,:;. Não
I>resi'C!en te: ha ad,;m-i-nist-ração J}OIssiveI. ~~em uma.
-
"E' de e'''l'erar do pllitrio,tismo e dedicaçãoconst"'Me ao cargo e sem
da sabedoria do Congresso que não se um exae!to cumpri'lTI·e.nto d-~ seus' de\.' e-
adi.e mais essl3l r~Ol"lna, tão imperio- res por parte dos respectivos titula'
sam~Mf\ r-€'Clamada pela administra- t·es. A frDuxidão no fUllccionalismo
,
ção da justiça. ln'feli7lment.e , até ago- da justiça é mais grave do que em
ra, opf.nlõ"" "'Xltremadas ou'rreducti- qualquer outro re.nlO ad-minÍBtrati:v·o.
vels, e..spiTaÇÔes de, obra perfdta, ten- porque, afinal, nas funcções judieia-
d_cias exclusivis1las de es"piritos brio riaS" re/pousa a gara·nHa de todos os
lhantes, mas radicaes e insaciaveis lnte,resses na , soc1,.dade, quer patl'l-
emfim, uma I(lllga série de obstaculoe moniaes, qllie~
-de famHkl. NUln paiz
tem ca·use do o fre:caSBO d·e toe as as eUl ' -formação , principalnletlte. B fun-
~ 436-
:t-es de varias .especies e no anno ante- bre ·os . preços locaes, os rendimentoo
!"ior 6 seu numero foi de 55 5 . O leilão medios , a s pr·a gas ·s outros elementos
-R.llnu·al d·e animaes de raças nascidos para a estatistlca, não s6 das nossas
na Capital subiu a mais di! 3 O contos condi~ões economi-cas. como para a nos-
de réis. O Serviço Veterinal'io pre- sa efficaz propaganda no ext~rior . No
.l"-isava ser o-rganisado. O «Haras Pau· anuo agricola de 1911 a 1912 a prD-
Hsta" estabelecido em Pindamonhanga- ducção de café no Estado foi de ... ..
.
ba .empenhava·se na cr-eação de um ty- 10.5 80. 17 2 saccas, contra 8.524.245
))0 de cavallo nacional, apto para todo saccas, em 1910 a 1911. O conSlUmo
'. ú serviç'Ü. O I : Museu Comuiercial" ,o. no Estado foi de 656.217 saccas, no
funccionava em locai acanhad'o até que mesmo periodo. O alg-odão s{)f[reu pre- I
. !,
fosse mudad·o para o Palacio das In' juizos ca usados p'elaschuvas e pela pra-
dllstrias. Na H·Galeria de Demonstraçãc t ga do '''curuquerê'', de modo que a sa-
:de Machinas" foram admittidos em fraem 1911 a 1912 rendeu s6mente ... !
1912, machfriismos para café, arroz e 1 . 249.214 arrobas em caroço. contra !
outros mi ster-es em numero de 139, dos I 1.466.378, ·em 1910 a 1911. A área
'q uaes 102 machinas e 37 arados. O I' plantada, foi de 50 % maior em alg-uns
E:;tado mantinha com·missarios em Ber- municipi·os. em comparação com o an-
-h m, Vi-enna e Madrid subordinad-os ao no ant:erior. A lavoura .de fumo , pro-
•
Commissariado GOeral em Bruxellas, t porcionou em 1911 a 1912, 131.820
,
·com o fim de obter tnformaçõ,es de que a·r robas de fum{) em rôlo ou ~orda. con-
necessitasse. 11 Propaganda do café". t ra 130.118 arrobas em 1910-1911. A
.Actualm-ente acha-se em vigor um uni-- safra do assucar, começada em junho-
(';o contracto p ar a a propaganda do ca- de ' 1912, elevou-s·e a 437.894 sacoas.
fé. celebrado em 11 de Outubro de 1910 .com notavel superioridad,e sobre a an-
tom a Companhia Café .Paulista Goohi- tecedente, qu e não attingiu a mais de
kaiska, ele Tokio, no Japão. Essa Co·m· 398.590 saccas. Apezar d·., ter augmen-
panhla. tem um capital de 100.000 .... ta do a n.ossa pl'oducção, o consumo exi-
yens, moeda japon eza, e, além, de sua giu que se importassem dos EstadoB
matriz situada na Capital do Imperio do Norte 61 . 332 t oneladas em 1912.
do Extremo Oriente, mantem filiaes em Fabricaram-se nos enge nhos e engenho~
-Ozaka, no parque Mino-mo e nas ther- cas 124 . 942.8 80 litros de alcool ... I
maes Takuzuka. em Nagoya e Shiznoka ag-uardente durante o anno de 1911 a.
para a venda do café e deg-ustação da 1912 . O arroz em 1911-1912 produ-
bebiqa em chícaras. Em virtude da lei ziu uma s afra de 1.742.130 sacc"," de
"fi.O 1 . 318 de 31 de de:rembro di! 1912, cem litros em casca, em quanto que em
foi ri!!ta a renovação do contracto . com 1910·1911 não exced·eu de 1.049:827.
,
ile tecidos de algodão, lan e juta, cha· juntar·se um valor global de 70.000-
peus de homen·s e senhoI"as, calçados, contos para as industrias não menciona-
ohapeus de chuva, bengala.<;, cervejas e das, como a metallurgica, a moageira r .
bebidas, vinagre, conservas alim€nU· a de construcção, a de vidros, moveis
cias, especialidades pharmac-euticas, etc. temos uma producção total de • • •
perfum,arias, ph<osph-oros, fumo e seus 210.885 contos em 1911.
preparados, foi de 96.217:830$438 rS. Commercio com os pa.izes esbangei"·
Em 1911 a producção desses mesmos ros O intercambio do porto de San··
artigos subiu a rs. 140.885: 336$357. tos com Os paizes estrangeiros teve um
Se aos 140.885 contos do valor da extraordinario augmento em 1912, eo-·
producção dessas industrias em 1911 mo prova. a oompar·ação abaixo:
•
Movimento Mal'ltimo As entradas• de Setembro do anno findo,• o oontracto··
foram de 1. 761 navios com 4.229.316 com as Companhias de navegação
. .
ita-
toneladas, contra 1.634 navios, com .. lianas - Na viga"ione Generale ItaU..· ·
3.785.896 tonelad,as, n·o anno anterior. na, La V'eloce, Lloyd Italiano, e ltaIla,
Aos sahidas foram de· 1 . 748 navios, com em virtl/de do qual fõi estabelecida.
4.401,650 toneladas, emquanto que uma linha de navegação directa, Bub-
em 1911 ' não passa·r am de 1. 628 na · vencionada, entre os portos de nenova
vios, com 3; 733.059 toneladas. ou Napoles e o de Santos, tocando no
. ,
Linha de Navegação dlrecta entre a Ri-o e, -alternadamente, na- Bahia e Per·
[tal!,. e o Porto de Santos Auctori· nambuco;
, . - -.
zad·o pela lei n.• 1.2'9'2;
•
de 21 de Dezem·
•
Esse serviço teve o seu inicio em No·
•
bro de 1911, · o Governo do Estado, de vembro ultimo e sem duvida delle re-·
accõrdo com ,o da União, firmou, a "10 sultariam vantagens considera veis e re-
•
•
439
cipr'Ü~as para o dessn volvimento das re- , e os demais por conta do Estado. Enlr&
(ações commerciaes _-existentes entre o as nacionalidad·es que mais contribui-
nosso 'Paíz e a H-alia. si a sua execução ram para a immigração em S. Paulo s
•
não tivesse sido profundamente preju- cabe .m en-cionar os portuguezes com ..
,licada pelo aeto do <k>verno italiano, 29.101 immigranes; os hespanhoes com
suspendendo a faculdade, de que gosa- 25.577; os italianos, com 23_749; e
vam ()s vapores da mesm·a linha, de os turcos (syrios) com 4.098. As sa-
transportarem pass~geir·os de terceira hidas de passageiros de terceira clas-
classe ou immigrantes espontane-os. s·e,considerados emigrantes por San-
Em virtude da situação creada por tos elevaram-se a 37.400, contra . . . .
ass" acto do Governo italiano, foi cele- 27.331, em 19 : 1. O saldo do movi-
brado pelo Governo da União, e o deste mento Immigrai )rio foi em 1912, de
Estado e as Companhias italianas de 64.547, a favor da immigração ·contra
navegação, um accõrdo, declarando o de 37.659, em 1911. Podia Ser ava-
.s uspensos os S€rviços contractados para liado em 110.000 o num..,ro de immi-
a linha directa, por um anuo, 'ficando grantes que devJ' riam entrar no Esta-
..:;em ·effeito o -contracto anterio·r, si até dê no anno de 1913. O ",Patronato
c fim desse prazo não fôr possivel res- Agric-ola 1t funcci<>nou Co-m perfeita re..
tabelecer os serviços ajustados; gularidade, prestando assistencia legal
Terras Devolutas Desde 1904, até a todos os que a alie recorreram. Esta
o presente, apenas f{)·r am homologadas Repartição já consegui.'a organisar em
as seguintes discriminações: diversas fazendas e nucl-eos coloniaes
.
10 . 113 hectáres nos bairros do cooperativas .para o ensino primario dos
Cubatã-o e areiaes, município de San- filhos dos colonos, algumas das qnaes
tos; 12.967 hectáres, n",s vertentes dos se achavam trabalhando com bom exi-
!'ias Branco e Cuba tão ; 9 _999 hectáres, to. "O Deparfámento Estadual do Tra-
na "Boracéa"; 2.749 hectãres, •
no alto balh{) .. desempenhava-se satis·factoria-
da Herra; 2.911 hectáres, nas verten- mente das incumbencias que lhe com-
t·es dos carregas de Araribá e Laran- petiam, facilitando a collocação dos Im-
jeiras; 13,647 hectal'es, no vaUe do migrantes e de 'q uaesquer trabalhado-
ribeirão do Palmital; 771.272 hecta- res; estudando as condições do traha-
res. na comarca de BauT1Í. Montam lho, para fomecer aos po<ieres compe-
pois, a pouco mais de. 820 mil hecta- tentes os. elementos de que careçam pa-
res, ou cerca de 340 mil alquei-res. as ra a solução dos problemas a elIe at-
terra.s cuia diSCriminação póde ser con- tinentes.
sid·erada acabada. De",e-se entretanto,
Colonisação Os nucleos coloniae.
notar que ·essa superfi-cie não apresen-
ta sómente terras devolutas, pois, den-
que o Estado mantin. h a. eram o", de
tro dos respectivos p·erim,etros dem,a.r- Conde de Parnahyba, Viscond·e de ln-
cados encontram-tSe pósses. que cmnp-re daiatuba, Martinho Prado, Nova Odes-
resp"itar_ , sa, Jorge Tiblrlçá, Campos Salles, No-
Immig.'ação Em 1912 entraram va Veneza, Nova Europa, Gavião Pei-
•
440
Viaç~10 :Fet'.·ea - A viação ferrea do uma nova c;trta geral do Estado, seu-
•
Estado recebeu um accrescimo de 134 ào confeccionada .uma da cidade do S.
ldJom€tros que elevou a 5-591. kilo~ Pa1l10 e seus arredores, mostrando por-
m·etras a cifra do desenvolvimento to- m-enorisadamente o seu desenvolvimen-
tal da rêue em trafeg·o, sendo: 3.747 to,
ltilometros concedidos pelo Estado, ... Illuminação da Capital - Elev,ou-se
1.628 pela União e 21i: construidos
a 8.706 o n." de apparelhos de gaz em
pelO Estado ou pela União; 1.777 de funccionam-ento para a -illuminação
propriedade da União ou d.Q Estado; e
·public.a da Capital. O numero de f"co"
:3.814 pertencentes a empresas parti-
electricos foi ele'vado a 6TI5. uns como
culares. ü mávimellt-o finallceir-o das reforço da illuminação das principaes
estradas de ferro (com excepção das ruas e 'Outros para illuminação exclusi~
•
mero de- pl'edios servidos. Além das rua Capitão Salomão, Travessa da Es-
, ,
obras de exgottos foi in icia.da a cons· perança e rua Marechal Deodoro, obri· ·
trucção das galerias de aguas pluviaes gaudo-se a Municipalidade, nessaes-
das ruas Tres Rios, Correia d" Mello, criptura pe doação, a dar á nova Ca-
Rodrigo de Barros, Alfredo Maia e , a I thedral "a pOSição combinada.
(\0 valle do Anhangabaliu'. As obras do Saneamento de Santos - Prooeguiam
,
tão entaboladas
,
negociações papa se- organisadoo 58 prolectos de accôrdo
rem completadas as compras dos ter' Co.Ul o programma da Secretaria, d'o
renos nec€ssari·os. No centro da cidade,
Interior, destacando-se, pela s ua im-
f·oram completadas as desapropriações portancia, os seguintes: Escola Norm'al
entre as rua,s Marech'al Deodoro, Capi· de Pirassununga; Grupos Escolares d"
•
• 442
•
Sant'Anna e Bom Retiro (Capital), San- Cordeiro", Santo Antonio da ' Alegria .
tos I e m vma Mac uco) , Ribeirão Preto, Bôa Esperança, Monte Alto ; in:;titutos
Bt'ag'" nça, Taubaté, Capão Bonito dú disciplinares de Taubaté e de Mogy-
I
Paranapanema, Cacond·e, Mont'8 Alto, I Mirim: Lyceu d e Artes e Olficios de
S. ·Bernardo, Pitangu·eiras, Cabreu'va, Jacarehy, Escola de Artes e Offic!os de
ltaporanga, Santa R!osa, Itatinga, Cra- Amparo; pontes so bre o rio Tietê. em
, ,
extraordinaria elevou-se a • • • • • •
como os projectos para : No v.o Quart-el
75,640:562$561, havendo um exce::);:;o
do Corpo de Bombeiros da Capital ,
de rs. 5.580:000$000 sobre a ,r eceita
Quarte l de Campinas, InstItutos Disc i'
calculada. O valor official dos gen·eros
pl!nares de Mog-y-Mlrlll1 e Taubaté, edi·
sobre Os quaes recahiu '0 imposto re.fe-
fiei-oIS pa·ra cadeia e fórum em Campos
, rido foi de r8. 407.613:550$000, ca ·
Novos do Paranapanem.a. Capivary, i
, bendo ao café a som ma de r 8 , ... , ....
Pindamonhangaba, Fra n ca, Baurú , Ta·
: 407.279:079$200, corr-espondente a, .
quaritinga, São Roqu e, assim como pa- •
i 8.939.436 saccM, com 536.366.165
ra pontes e obras de a rte e estradas de
kHos. O valor olficial de outros gene-
, , rodage m, convindo destacar dentre 91-
ros exportados, não sujeitos ao imposto
les, o de uma ponte Ille tallica sobre o
I de sahida, foi de rs. 90.311:748$324 ,
rio Piracicaba, proxlmo de Santa Bar" ~
bara e o de uma estrada de -rodagem I : superior ao do anno ante-r ioT que foi
de rS. 74.410 :487$00 0. A renda .c om
que, partindo de F a xina, vae a Apiahy,
passando pela cidade d,e Rib eirão Bran' , I applicação especi'al ao serviço d·e defe·
·sa d o café pr<ldu z!u frs. 45,315.472 ,00.
co. •Dentre as <lbra,s em andamento, I
que se destacam pela sua importancia. j Despeza - A despeza geral do Eg·
,
I
convém m-enci-onar as seguintes: t.a·do, no exercicio findo, orçada em rs ,
I 69,741:407$693, su biu a rs .........
Grupos esçolares d,e Orlandia, Carmc i
('Capital) , LOl"tlna,
'. M{)gy das Cruzes ,
,
i 96,643:449$415, havendo um exeesso
Moóca (Capital), Nazareth, Redempçiio, , d.., rs, • 21.002 :88'6$854 sobre a receita
I
Ribeirão Preto, São Bento do Sapuca ' ,, arrecadada. ,
, hy. Amparo, Guaratinguetá, Leme, E' este excedente devido, em gran ·
Monte Alto, Sã-o JoaqUim (Càpital), de. parte, a d·espes·a-s com s~!"viços não
Santos (Vma Mathias), 'Serra Negra, S. I
previstos no -orçamento, determinado!::
José do Cnrralinho, Saut' Anna (Capi JlOr lei,s especiaes. Avultam, entre eUes,
-- •
tal), São Bernardo, Tambahu', Cravi' os melhoramentos da Capital, a con s-
,
•
443 -
Lb~.
l' Einprestimo de 1888. com o British Bank of
South America, Limited . • • • • 181.000-0-0
.,
- .. Emprestimo de 1888, com L. Cohell &
Sons • • • • • • • • 437.100-0-0
.", .,. Emprestimo de 1899, com J. Henry
Sehroeder & Comp. • • • 103.700-0-0
4." Emprestimo de 1904, com o London & Bra-
zilian Bank, Limited • • • • 869.040-0-0
::;. .,-
o.~ Enlprestimo de 1905, com o Dresdner
Bank, de Berlim . • • • • • • 3.618.600-0-0
6." Emprestimo de 1907, com a Sorocabana
Ra.i1way Company • , • 1.987.698-0-0
Lbs. 7.197.138-0-0
• 444
•
No valor das letras em circulação l<}mpl'estimo de Lbs. 7.500.000 DE
inelu<lm.,ge ad·eant..men~os
. . feito~ pela a~,cô"do com" .lei n. 1.362, de 27 de
Caixa Commum á Conta da D<lfesa do Dezelnbra. 'findo, realisou o Estwo com
Ca·fé, na im.portancia de· ............. . J. Henry Schrõeder & Com. e outroB ..
68.274:321$44'3, ,que dev,erlÍ. o'ppor'tu' um e'ffilpr-esthno ext erno' de Ilos. r
. ...
namente ser reS!tHui,da -e á 'oonta de 7.500.000-0-0, a juros de 5%, praw dE
obras nov..s da 'ES"trada de Ferro So- 10 anno,s etyp"Q. de 92, salvo o selio
l'"ocabana, na imtporlancia a,p-prox!,ma-
devrido ao gOVl9rno ith,gle-z, sendo o con ~
da d€ 7.000:000$000, que deverá ser
tramo lavrado a 8 -de AbrH ultimo.
:NlSgwtaldia por meto. d-e apoUcas, na
fórma dos contractos. Comprehende ü produ·cto ,desbe em'prestimo, tH:1
• ,
ajnda aJquelle toltal a q'uamtia de .... -fôrma d"O' di-s'p,ositivo legal, 'vae sendl}
9.386:000$000. desp·end.da cam me- applicado ao resgate da' divida flu-
lhoramentos na Cap·!ta!. ctuante, estando já satisfeitos compro--
'Com toda a pO·ITtualid ..d<l têm sido
. mis'sos do Thesouro, de valôr exced't'n~
])ag·os os juros da nossa divida.
..0 ,s€;·rviço de jur'os e a'm'Ortisação da
te a 70.000:000$000 . .. ,. -
divid~ . externa e interna co.n- . O l"estante dess,a divida será da. mes-
tr..hida para a compra da E"trada de mo mord·Q pa,.gü, á proporção dos rc!'-
•
Ferro Sorocabana e para as suas pecUvosvenci'ment'Qs,
obras novas e prolongamentos, conti- '.
núa. a. ser feito com a renda da mes- ValO'l'ização do Café - O "",fé per-
ma Estrada, na fôrma dos respectivos tencente a'o Estad-O t>6'V'e· o seguintf:
eon-traototS. movimento, no ex'eroicio ultimo:
.
•
Recebidos do exercício anterior . • • • 5.101.468 saccas
Vendidas em 1912 • • • • • • 723.565 ..
Ficaram d-épositadas em diversos portos . • 4.377.903
.
.. •
• •
•
·0 producto liquido do café vendido I da di'vi'fia ext!erna contrahidapal'::;'
(723.565 s'accaJl) orçon em francos este serviço. For,alll1 amortizados t.itu··
63: 346.941,07. los do valor' de lbs. 78.280-0-0 (l",
A sobretaxa d.e 5 !l'ancos rendeu, em,prestimo do Gover,no Fe'd-eral (h.
no mesmo período, a. quantia. de fran- ]'bs. 3.000.000-0-0, o qual s'e acha"'-
cos 45.315.472,32. reduzido" ibs. 2.490.544-0-0.
Com a devida regularidade, foram . Do grande emprestimo de Ih." .
pagos os JUTOS. e feita a amortização 15.000.000-0-0 foram resgatados ti·
445
'-
<oon'fiwdo-s ·á sua guar.da neste' l"eg;umen
estão ,mpportando o cJló,que da ca- o est3Jd.o das finamças puhlicas "e-
tastl'o'l'h>e e procurando se acaute'llar. U"ct""se ime:lOO'l'av-elmente nas dos Es'
:por toldtas as formas, contra a. rudeza tados, sohI'etUillo quando uma crise
-
-de seus gol-P-:2S. mundial fecha os mercados moneta-
GO'In.prerhenu1sndo as difficlIldades r rios ao ,cI'édilbo- e torna impossi'V€is 'lS
:da situa-ção. bem peswudo .as r:esp·on- o,pera-ções com o exterior. Dahi, a. ne-
sabiJitdooes que cabem ao nosso Esta- cessi'd.aJd-e -do noSSo (}()ll'(}urso, COIID'O do
do, na o-rd'8!ll.1 poHttc6 ·como na or.de'l11- d'e todros os IDst3Jdosda Um.lião, para
-
•
•• l'ha:dor nu ind ustriad e 'llào nos d,ev'e-
riamo<s arrepender de hav·er 'Consa-
grad.o a melhol' p,orçáJo da nossa acU· .
IRaras vezles se a:ccum wlam tantas vi-dade á pJ;a-ntação do ca'fé, a g.rande
:caU1sas e. tãJo ffi'eUll!dro,sas, p·ara de- ! dqueza do Estado e da R'epu1bHca.
primirem a sÍ'tuação €'c·on(}mica de Nenhu\IDa ZOlla pode existir lllaiB·
um povo, como· no actual mOID'9·n-to· apl'o;p·riada para essa euItura do que
Não' ha t3!mlbem melJhor op.portunida- a ·do nosso Estado, onde avulta a 'fer-
de para sé pOld.'e'r apre!cla..r a r;oois- dlildade asso'mbrosa da berra e a e:x:-·
tenda das grandes ~<>rças,que se mo- 'C'eUenc-ia de' um producto que 'en'Con'
vem. ten-az,es, 'Sln demand'a. do capi.tatl .tra a'c-ceitaçã;(} Inos ·maiores paizes do
e do augment·o- da ri\queza. mundo. IAssegurada a sua preea:ninen--'
Temüs d1to- .muitas v,ez'8'S que' o nl1s- eia, se.ria um crÍlné- não a'prov-eitar as
50 Estado é ·umazona de la.bor inten- .con!d'j.çôes ex.cep'Ciü'na'es do 80:110. R'e··-
..•.
449
- 451
tado, tive oocasião de· proferir estas dor. Ha alguns annos, na Camara dos·
pa'ia-vras: , Deputados, um dos seus illustres mem ..
"Com relação ao serviço, de viação bros, cuja perda lament",m<Jlll, apre-
fer'r ea devn diwr-vos que não pode- sentou. ao projecto de orçamento, a se-
-
mos pensar em construcções novas gutnte emeuda: fi Fica o Governo do
neste momento de grandes apertos Estado auctorizado a 'estudar as condi-
paTa o 'l1hesouru: nem temos dinllei- ções e clausulas, em que julgar - P08-
ro para fazel-as, riem credit<> para siv,el e conv.enie nte o resgate da.. li-
OIbter os recursos que ellas reclama- nhas ferreas da .. Companh ia Paulista
riam, Ha, porém, a'J,guma coisa a re- de Vias Fer-r eas e da Companhia Me>-
gularlsar em nosso regi'meti de vias
gyana de Estradas d;; Ferro e Navega-
terreas e eu pr,esOltrei ao assumpto a
ção", nos termos dos r.espectiv-os con-
maior att~nção, Não sou sympathico
tractooem vigor, podendo entrar em
á id<\a de <>r,ganisação de "trusts"
accôrdo com aquellas empresas, Ó qual'
para a ,exploração d;;sses serviços, Se
será snhmettido a ulterior approvação
·h'Ouver necessidade da sua unificaçã'O,
do Congresso Legis lativo",
prefillo que eBa se faça s~b as vi s-
tas e respon~abHidade do Est",do", Falava-se, então, em um plano de
encampação das duas gl'andes estradas·
tOonv:ém l'e<novar
ções, A grande d'ispu,ta se>bre a con- paulistas po'r uma empl'flSa poderooa '
com séde no exterior, a qual, dispondo-
veniencia de serem ou não as estra~
das de ferro eJ<ploradas pelos E&ta- d·e fortes recursos e envolvida em mui·
-
dos ou por meio de COlllc~sões a par- tiplos negocias, pensava fazer delIa.., a
treulares, não preoccupava o meu es- base de uma grande organização fi-
pklto, q'uando pr()feri aqueHas pala- i, nanceira.
vras; e, aliás, tenho conhecimento da Para os interess'es economicos do() ·Es~ '
"que o Estado .de São Paulo en- i realizados p-e lo Governo e mediante
tendeu atacar e perturbar os di- concorrencia publica a ser opportuna-
reitos da Companhia". mente aberta, quando fôr "verif.icada a
necessidade e conveniencia da execuçã.o
Referindo-se , depois, a uma proposta
,
dos trabalhos, resalvados o direito de
de abatimento de 33 % na taxa de preferencia -da Companhia, em ~gualda
capatazias do café e 50 % na de ce- de ' às condições " .
Téae., fructas e outros generos produ - E o requerimento do Governo do Es-
zidos no Estado, escreveu o seguinte: tado de São Paulo, pedindo concessão
para melhorar o pOTtO de Santos, de
"O co,m mercio, a industria e "a Outeirinhos á Barra, foi assim despa-
lavoura do Estado podiam estar chado: -
-gozando esses grandes favo~es no A construcção pedida só po"derá ser
/I
porto d,e ' Santos, além de outros, le-vada a efreito dep'ois de estudos rea-
-
si os dirigent e-s deste Estado,' em lizados pelo Governo e mediante con-
vez do ataque ~ystematico, injusto, I correncia publica a ser aberta opportu-
,
aos direitos -da Companhia Docas nam-ente, q1}.ando fôr verificada a ne-
de Santos, , apoiass~m moralmente cessidade ., conveniencia ' da exeeução
a: empresa concessionaria D ". das obras."
, Estas decisões constam 110 expediente
,
Não é acertada esta ltnguagem por do Ministerio' de Viação e Obras Publi-
parte de uma empr.,sa que tem sido cas, -exarado DO" "Diario Of.ficial" da
.. " - "
1.>.;' :
453 ' -
_. 454-
•
-- 456 -
. .
foram feitas pelas Municipalid.ades. Si No LaboratO'rio• Pharmaceutic o !-o-'
& .e.s sas cifras accreseentarmos as im - ra<m ' avia-das ,4 9.771 pres'c ripçõe 5 me-
-
munizações feitas pelos clinieos, certa- dicas, 764 requisições para estabeleci-
mente nos approximare,m os de ..... . mentos da Capital, e 966 amliulancias
400.000 pessôas protegidas !lo Estado. para .o interior. Alé m disso, o Labo.ra-
dwrante o anno findo. contra a variola. todo cuidou da tabricaçã<J de produ-
- .
Contra a f-ebre typhoide fizeram-se eto" officinaes.
~
-- 457
d·e doentes do
111 811'0
. .
Hos picio Central, de 1914 . não tendo havido nenhum,.
"ttingiu a 727, .
.
send·o 382 homens e occol'rencia. anormal.
::15 mulheres. Os 759 que não estão
}'orçá Publi('.a - - Com relação á For-
110 Hospicio Central. acham-se distri-
ça Publica co-n sta da mensagem : "
lJuid<ls pe.l·as tres colonias. pelas fa-
Têm sido conservadas na Força Pnb.li-
zendas Cresciuma e Velha e pela As-
ca as tradições de trabalho e disciplina
,istencia Familiar. O serviço da secção
que fazem tanta honra a essa corpo-
de tratamento . que é o Hospicio Cen- I
ração. Algu ns melhoramentos, recla-
trai, é fdto [)or lI!" tota l de 159 ero-
IDados por conveniencias do serviçor.
pregados. ,os ins anos vaJi::los continuam
não puderam ser adiados, mas· foram
" trabalhar e m beneficio do estabele-
realizados Com proveito e ecoilOroia_
cimento. A roupa dos 1.476 dõentes I Ao lado do quartel do 1.. Batalhão tol o
foi toda feita no estabel ecimento. A
construido um amplo Gymnasio. aber-
despeza com eSSe serviço at tingi u. no
to, para os eX6ToC:lcios da força e fize.-
maximo, a 37$500 por pessoa e por
ram-se completas instaJlaçõ·es san.it .. -
anDO, incluindo cO'bertores, toalhas de
rias. No edificio do 2.· Batalhão foram
banho -etc. Existiam no estabelecimoo- .
•
alteradas as divisões da ala es querda.
to 29 pensionistas contribníntes; acba:-
- afim_ de transfol1ID.al-as eln alojamentos:
vam-se tamb " m reC'Olhido.s 122 l<luCOS
amplos e hygienicos, eguaes aos da ala
delinquentes. O estado sanita'fÍo do
nova; ao lado do" ·e difkio foi construi-
Hospicio durante o anno foi bom, não I .
, do nm bom refeltorlo para as praças.
tendo apparecido nenhuma epidemia. •
I O 3.· Batalhão continúa no quartel.
A A:ssist~ncia Fa:miliar pr~stava b<lns
serviços. Em 1914 o numero de doentes
i 'mandada construir no Cam bucy e o 4.",
que funccionava no Braz, foi transfer.i-
desta Secção era de 83. As desp·ezas
do para um predio da Ala'meda Ribei-
com todas as s€eçÕ€.s do Hospicio im-
TO da SUva, com grande economia e
portaram em 871:100$166; mas, feito
melhQr€s condições de alojamento. No
o abatecimento de 41: 515$000, qU€ foi
Hospital Militar realisaram-se tambem
a renda do Hospicio, a asslstancia aos
algumas reformas e melhoramentos.
alienados custou ao Estado ........ ,
829: 558$166 rS. A despeza de alimen- Instrllcçã<> Militar - Referindo-se '"
tação não excedia a 617 rs. p<>r dia Instrucção Militar diz a mensagem:
e por pessô'a . A escoIa de enfel'111eiros A Instrucção Militar da Força Publi-
continuava a ser mantida pelo medico ca· continúa a ser 'feita segundo os m~.,.
interno d·r. Peixoto G<>mide. Durante thodos de orientação adaptado. pela
.
o ann<l de 1914, falleceram no Hospl- Missão F'ranceza até ha pouco tempo
• •
cio. .em suas varias secções, 156 pes- entre nós. O Commandante-Ge.ral. of-
soas. No "Recolhimento de Alienados da ficiaes e praças, comprehendendo a res-
Cidade," em 1.. de Janeiro de 1914, I ponsabilidade que assumiram cOtn a re-
existiam 122 doentes, sendo 36 ho- I tirada da Missão, muito se têm esfore
mens e 87 mulheres. Entraram duo I çado para manter a nossa mHicia no
Tante o anno, 253 doentes; 'obtiveram II alto gráu de preparo a que havia at-
alta 73 e faneceram 31. Foram remo- Ungido. Nunca será d,e mais elogiar a;
vido.s paTa o Hospicio de Juquery 150 I obra dos inst·ructo.res francezes, que,
doontes e existiam a 31 de deze.mbro I sob a direcção do bravo e competente
121, sendo 17 homens e 104 mulheres . coronel Nérel, conseguiram dar realce
á Força Publica do Estado.
Ordem Publica O nosso Estado
gOBOU de inteIra paz durante o anno Gabinete Medico Legal e Chimico I.e-
458
•
• ,
-459 -
•
que fóram expedddtos e se aC'h alm em adiamento das sessões do jury e O de
exee ução. outros serviços impo,r tantes, o que de
Assim . . é que, po·,. decr,eto n ..2.550 ordinariG se dava por falta de substi-
de 9 ·de F'e"'e'",,,iro deste' anno·, deter- tutos togados. A nova lei de substi-
"milll'ou·se ' a nOVa fÓl\IDa doe substituição tuiçãG dGS juiz'es de direito pelos jui--
erutre OS juiz'es cr'mi·naes da Capital, zesde paz erlge a cmgamisação de uma
cuja ' comarca fi~ou dl'Vidlda em 4 cir- tabeUa, 'Que deverá. OIbooeiCerao ente-
ou·msc ri pçOes, para () ;fitm da insp-e.cção rio das distancias e da facilidade ;<1'8
d,os ca.rtorios d:e .p az e para determi- communicação entre os varios distri-
l1ar-se a -oO'ffipetencia de cada mm dos I ctos de paz e a séde das respectivas
prolD!otores na formação' .d·o,s pro,cessos c(}marcas. A Secretar,j'a ,"espectiva está
crhninaes. cObUgindo ns d!l!dos nec'essarios a este
·COIm . a tl'ansd'ereucia da Colonla trabalho, que. espera c(}[lclU'ir dentro
Correccional da Ilha dos Porcos para de breve prazo".
Tawba'tlé, G Gov·ernG teve n"",essidade Escola AgricG)a "Luiz de Queiroz"
we expedir um IWVG regulame.nto, G Diz a mensagem :
que fez pe'lo dec,ret!o· n · 2.5,52 de 2 de "O funccionamento
, desta Escola foi
MarçG deste anno, estabelecendo, para perfeitamente normal, de accôrdo com
os in.t.ernados, o regtmen do trabalho a ultima reforma realizada, tendo sido
compativel com a aptidão e as antece- - satisfactorias a frequencia e a appli-
den'tes oCoupaçôes de cada um, e dan- cação dGS alumnos .
•
d04hea m'El'Stres po:ra a aI>prendIza- M.,trieularam-se, em 1914, 127 alu-
-gem dos diversos officios enumerados
1Il0 § 1.0 d,o art. 9.G do referido re-
I mnos, sendo 51 no primeiro anno, 42
•
no segundo e 34 no ter"eiro. Aos exa-
gnlamento. mes de admissão no 1.0 anno concor-
O Instituto Correccional, org·anizado reram 8,2 camdIdatos, dos quaes fGl'am
com-() se aClha presen,telm,ente, 'preenche. approvados 24.•
COJlJCluiram o curso,
·bem os lfins para que f.()! creadG, não no mesmo anno, 23' allumnGs.
•
extensos alitri'aes e outras plantações não pôde ulUmar os seus estudos, por
Ílorrageiras, e~isti,ndo tam1bem um ca- ter sobrev'indo em Algosto ",Ltimo a
fezal com 9. 113 c..feeiros para o eu· conlflagração européa. Tendo esse"
--sino :das .diversas o'peraQões cul-turaes alum"nos regressado ímmedia:tamente"
. dessa :nossa prin,cipa! fonte de rique- para este Estado, a cham<lido do Go-
. za agr'cola. verno, foram alguus delles aproveita'
Annexo á cadeira de Horticultura, dos no exercício de cargOS tech,nícfl.:3
cGntinu<>u o pa~que da Esw!a are· da Secretaria da Agricultura". ~,
'caber mais ampliações e melhoramen- Ensino AgricoIa ambulante o
- tos, sendo o pO'mar accres-cido com ensino agricola amlbulante continuava.
arv,ores fruotilfere.s de dtve'Tsas €spe-· a ser ministrad'o pelos inspe<>tores de
mes, a;u,gmentando-se a secção de fru- agricultura, por meio de palestras na.·
ct1cultura e merecendo o vinhêdo e a locaHda,des visitadas e <1os Campos de
horta os devidos cuidados. Dem(}nstração estalbe!ecidos em fazen-
Dependente da cadeira de Zoote- das e"tÍuC'leos coloniaes. O ensino am~"
ch,nia, funccionou o Posto Zootechni- bulante dea,ute dos bata'taes foi feito
co, oerêado com o f-i::q1, de servir parti~ no-s mun:i!ci!pjos de Monte Mór, In-daia-
cularmente ao ensino profissional dos t,noba, Piracica'ba," Rio Claro, 'Mo.gy
alumnos e ao mesmo tempo auxiliar das Cruzes, Itú, Salto, S'ão Roque,
o melhoramento da Iudustria Animal Br<l;gança, Atiba,ia, SOl'ocabae Pinda-
na região de Piracicaba. O Posto Zoo· monhangaba, e nas estações de Itaicy f""
da com o posto de .são José dos Cam- Jardim de .Quaua'bara, pro' segU'HJ' .m 3.8-
pos e com a insta Ilação définitiva do experjenci:as e cu-ltuTas diversa.s.
"lObserva:toráo Thenuo'"'pluviometrico"
de Espirito Sarnto do Pinhal. E.Jeva- Cougressüs Ag"l'kolas Pro:m.o'ddos-
ram-se a 32 os postos meteorologicos, pela Sociedade Pa;'ulista de A,gricultura,
·fun.cci(ma·ndo regularm,mte. A União em 1914 hOuve mais dois congressos
:Continuava. auxHia'ndo o s~rviço meteo~ a-gricolas, sando o oitavo llrOoS dias 25 s.
rologicopauli"ta com a subvenç;;'o· de 26 e 27 de JRneiro, na cidade de Sã"
4'5:000$000 annuaes. O serviço da Manuel. e o ll'ono nos mesmos dia,g do-
hora O'tfi>cial estava prestes a ser delfi- mez de Julho em Ribeirão Preto. A
. nltivamente instaHa;d'O. S~eretaria da Agr·icu·ltura esteve repre-
sentada nesses congressos pelo dire·
[Seco iço Florestal Continuava elor da Agricultura que tomou parte
desenvolvelndo-se Kradualmente' a dis- !{lJas discussõ:es, pe!-o chefe da Sa-cção
tribuição gratuita de mudas de pIau- de Inspecção e DefBsa Agri,eola, dire-·
tas al1boreas, a cargo do Serviço Fio· dor do Instítuto .A.gro!1omico (:;: ou-
restal d<J Estado. Em 1914, .0 numero tros funcciO'narios tech,nicos daq-uBIle
de mudas distribuidas attingiu' a ." Departamento. As theses apreseni<l.das
1.263.390 exemplares. Continuava a t.iveram largo debate·
ser feito o reHorestamento' da Fa-
"enda da' Chapada, ocou·pando-se o Ser- Pecuaria Consta da luensagem:
viço Florestal tam bem da conservação "A c.onifl'a,gração européa muito contri-
da antiga ES\tação Biologica do Alto buiu para o au'grnento dlo consumo da
da Serra, bem. como da installação da carne, da qual necessitam os pai.zes em
secção de fructicultura, tendo sido dis· I 'Iucta para o abastecimento dos seus
tri.buidas cetlca de 31 mil mudas de grandes exercitas. E como se reduzis-·
atIVores fructtferas. Além das mudas sem, devido á mesma causa, as font€'s.
distribuidas, foram plantadas ~erca de locaes de produlcção ,de gado, recorre-
25'0.000 na FazeD!da da Chapada e ram os belligera,.ntes aos nl.ercadios as-
33.071 no H"rto Florestal. I trall·geiros, pedindo-lhes Ul",iw sup,prl-
,
co-nta-giosa e die cara1cter grave. Taes perando a de 1912-13, quú naü exee~
difüculdades só poderão. ser removi- deu de 9.470.833 saccas. incluind·Q "
das oC·om o concurso, do GoveI'tno da consumo interno. Daquella S<.!Ira. en-
•
União, de modo a ser organisado um -traram somenúe 10.855.454 .",ccag
codigo de veterinaria e policia sanita- e·m Santos, fi·gurando nesses abgar-is-'
ria animal para todo o territorio da I 1110S 688.796 sac,cas procedentes d~
Repulblica. Com o i'ntuito de fomentar Minas Gera€"S. Piê'Jla Estra-da die Ferro
o mel·horamen'to do gado, foram crea· Central do Brazil" sa.hri:ram apenas.
dos os serviços das esta·çõ1es d1e m·onta 86.186 sac-cas, com de.g'tiono a() . ruerca-
em dítferentes J}onto's do 'Estado. Ido do Rio.
Funccionando regularmente, existiam ,E:m virtude da crise indus.trial, da.
as d'e -Faxina, Santo Atntonio da Boa secca e d·e p'ragas diV'~H~sas. a ·cúlhaita
Vista. :Mo.gy..Mirim '8 Pi·rassununga. -de alg·o.dão foi a meu·or d·os Jjlti;mo8
além das estações zootechnicas regio- seis annos: não ex·cedeu d-e 628.550
naes de São Carlos e Itall"tin'nga, arrobas, em 1913-14. contra 2. G54. 497"
mantidas pelas resplelctivas municipali- ·arr.()!bas .e;m caroço, 'no anuo pfle.ced.en-
dades. Em Nova Odessa, hoje séde da 1:e. ..4.:ss1m. esta cultura. clün desel1-
Fazenda Modelo de Criação, prosegui- volvinlento nlostrava-se tão auspi-
ramo CO'ID toda a soU,citud<e·, e an~ma cioso, so·ftf.reu uma re'cl ueçãú cO'llside-
dor resultado, os serviços de selecção j rav·el, diminuindo bastante a âl'lea
do gado naciona.l. A fixação das raças plantada, porlque muitos lavrad-ore.g
-- caracú e môcha augmento de . não renOVara111 as plantaçõAA.
precocidade, desenvolvimento das mas' A produ·cção de allgüdão blh caroço,.
sas ID'U'S'culares, e filnalmen·te, a fixi- no anno de 1913-14, eq·uivaie a ....
dez dos dem·reis caraetsris1:i-cos, vão-se ! 2.8.28.47'5 kilos dia algodão em rama·
a·oc<en tuando dia a dia. Como isto fosse illsufficienle para o·
O Ha.ras Paulista, de recente 01'00.- I trahal.ho em nossas fabricas de te-
-
~ao. a.pfe'se.nta d·ois ",nno" de p.rodn- i cidos, ,houve necessidade d,e· im'portar-
-
~çao animal bem satisfactorios e co-m •
I m'Os, dura:ntie o anno de 1914. . . .
typos Já .de a:gradaV18l aspecto. Em i 6.38-8:127 kllos desse util textil. dOE
todos as es!talbelêcimentoo zoote'chni.- I: Es.taidos do Norte e espeda-lms-:tte de
cos a cultura das plantas forrageiras, Pernambuco.
mais prec-onisada·s. foi fletita com toda iE dle ·crêr que, passadas estas Clf-
•
planta geral da cidade d" São Paulo, te certa pha.,e. u.m.,a :paraJlysação quasl
eom mdieaçõoo- idtl.rvoosas, e -a .carta ge- completa de todas as relações do vasto
ral do Estado, com grande somma de intercam bi,o 'das. d-iy·ers'as nações, uma
d",dos estatist>cos. Em 1914. a Com_ v·erdadeira syncope no grand'e systema
missão <!om,eguiu in'for.maçõe® det",lha- circul-atorio que aUmenta o c-omlmlsl"cio
das 50br.. ,67 propri€idadJe6 situadas i'llter·nacional1.
na !ronteir~ d·e' Minas- Geraes," para o ,O ref'llexo dessas dLep.l'Or·av.eis Ü'Ceor-
esrtudo da questão de limit..... Nas fron- rencia's, sobre todas. as classes a;ctiy,a~
teiras com o Paraná foram feit"" .pes- d'a s!Ü'ciedade 'e sobre o Thesouro, ha-
qUiz"s ,;.m diV1eTS3!S l ioca:Iidades, tendo via -de provocar gra v-es apprehensÕes.
sido cO'lhidos 115 docuimlentos relativos A situação financeira do nosso paiz,
ás· l'especUvas divisa". que j.á ,era 'muito criüca, aggravou-:se
pro-fundam-ente. O abalo da declaração
Obras Diversas Para o pro segui-
mento da construcção dos edHicios des- da gu'erra teve o .gIBU a'pogeude gravi-
•
o aruno d·e 1914 ficaram conclu1dos 'O os n>(\~cios do Est",do. Apesar da soli-
pl'edl". da ,Es'c",la de Arti,lic"'l' de· Am- dez da nossa .organ-ios'açã'o .e,conomica -
:paro, divensos gru,pos escoLare's. ,f3'S>cO- bo,"" fontes de recedta, r·egular appare-
las reunidas l8,cad'eia:s. tharnlento bancario e bom serviço de
.
Situação Financeira Ponderava o transI>ortes~errov1iari"s, ·"m Agosto
presidente: e Setembro .tivemos umaphas,e de d,,!()-
"A situação IInanceira do Estado. rosa -e .som·bria 'e'Xp-ectativa.
desde a mensagem de 14 de· julho de Difficuldades da ExportaçiW - Prin-
19·1~. não p-odia dJeixar de ,,,,,Ur·,,r os cipalmente a crise de transportes ma-
"treltos perturbadores que a ·conflagra- riti-mos r<e.pres·antava :p'ara nós um phe-
• •
ção <luropsa tém produzido na v-ida de nomeuo das InalJSI graves cons'equen.-C13S.
todos os povos. Sobretudo. os prim"i- Era a paraly.ação de toda a nossa vida
ros mezes de guerra causaram uma ec.ornomÍca, .perigo Ipara 9 'Thesouro e
convu:I'Sã:o no mundo e01ffil1llleI"cial. como para todas as clas>s'oo ·acl!ivas e produ-
jámais se havia registrado: perturba- ctoras - lavoura. commercio e indus_
ção da mari·nha m,ercante. d",s com~ trias. A arrecadação geral dos impostos
municações telegraphicas, dos negocios accusou logo uma depressão nunca r.e-
b"ncarios. das bolsas. hav-endo, d'uran- gistrada. Basta recordar que a Recebe-
•
• •
-4 7 0 -
•
do ria de Re nd a.; d'e "Sa nto sd e$ pa 'cb ou tes da s n·o ssa s for ças , da reo &it a ;r:e d u_
du ze nta .s <6 po ucas, ,rnlH sae:oas de ca,,!é zid a de qu e dis pu nb ·arrnoo .
em ag os to d e 19 14 . me . em qu e os de s- An t"" da gu,er ra, tlnha;m.os · a ·exp·e -.
,p ac ho s oo stu ma ma tti ng ir a ma ;.. de cta Hv a da co llc lJU " ão do em pre s.U ru o 'de
•
um mi Lb ão de sac ca s. E, co m eff",ü<>, "Ib • . 10 .00 0.0 00 -0- 0, de qu e já ha vía mo s
tud o db ffi cultav a a ex po rta çã. o ,m." ,-
ree eb ido Ibs . 4.2 00 .00 0-0 -0, 'em Feire l·ei ·~
Tin ha .rn:erc a:n te. ,em pa rte 'S up-p rim jda , . ro de 19 14 .
em pa rt e pe rtu rb ad a, gra nd es dif fic ul- . Co m a guerr a, -de-sa pp a reoo u; po r-
da de s 11!\S Un ba s tel eg rap bic as 'e, sobre.- co mp let o, ess e rec urs o co m qu e "-con ta -·
o
tud o - a ce' 5sa ção do.s· cre dit os no est ran _ va mo s :pa ra co ns ol id ar i-nteiraullf':r,t'e' - a
ge iro €, ·po rta nto , a .s up .pr ess ão do s sa- sit ua .çã o fi-nan oei·ra do Es t", do .
ques ea mb iar ios pa ra .os em'ba rgu es ~
Ti ve mo s d e rec or r er a e m.p r.e.5ti mos
mo vim e'! lto do imlerc ad o. ·
inte rn os po r le tra s do Th es ou rO
Pr ov ide nc ias <10 go ve rno Ne s"a s pa ra su pp rir a de fic ien cia cO lls ide ra, ve l
co nju n'c tur ws a'ffli-cti,v as , o go ve rn o no
da ren da . Nã o fal ta ram jui zos eTr 'on eo s
te a s ma is so bre es ta <JJ per açã o, all eg a nd o-" ", qu e
Es tad,o tom ou r·es oIu lam.en
·em ex be r- o Th eso uro faz ia o
, on .oo rre nci -a ãs ' cla s-
ur ge nt-es Iprov1id'enc ias d'e ord
o ,po r tod os ses a-c ti"v as -da .so .cie da doe . Pu ro ,a ug a- ·
na '6 int'e rna , pro cu ra: nd
an ce e pe los bo ns no . O Th eso uro , to.m an d o '17S Sr8 Du m8 -
.~ os me ios ao se u alc
ta- r"a lr, i o ruo
- s ,pa rti ieu lla res , tQl 'llo u ..:;·e
..... ' um
of,fi cio•s da n-o ssa di'p lom ac ia - - res
y€ rda rde iro org ,am de -cir .cu ·la çào .. po r·
l, o
be lec . er ." tan to qu an to era possí ve
" "
, p
' or qu e nã o 'ha via ca mb ia e~ pa ra m en da cri s e: .co m a ;m a"i'S est r k ta. r-ec . ti-
"íl xa d'a .
Co
- m . tod as e3 sa ~ dã o ",m t od os> os g,e us pa ga me nto s .
€H;e:s paga me ntos . ,
s esc o ou -se f ~li zm ent e tod a To d'a a d·i vid a ex ter na est á em d'ia,
pro vid en cia . '
a · .ec op. om ica -e fin an - go s. o 'f un cc ion ali sm o r ec ebe .seu s ·y:e n-·
qu asi tod a a vid
cim en tos COO Il a oo st um a da po nt ua lid .. a-
ce ir·a do Es tad o.
tou , sem . te e ass im o ,Es tad ,o tem sa ti&f€ íto ,
In te rna me nt' s, ' o. go ve rno tra !
io g~ ,co m a ma xim a r'e gu lar ida de . tod ils . oS
de mo ra ,: de r eaHsa r um inven tar •
sab iH da de s po r ob ras seu s. co mp ro, m ISS OS.
ral ;9" sn as r e"p -on
De sp esa s Ex tl'a ol- din al" ias - Em nl~n- ·
e ser viç os pU bli co s es us p'&ndeu tud o
qua. nt<> co mp or tav
a ad iam en t-o raz oa - ga·g en s . an ter ior es te.m.os po sto em re.-
v.eJ.,·: afi m. de· red uz ir e .co nte r O'S .en car - ,le vo os ·fa cto res qu e t êm pe rtu rb ad o a.·
go s da . ad.mini-str aç ão de ntr o do s Iim i- 'no rm ali da de das no osa s fin an ç a«. ("t e '
'.
471
RECEITA
65.711:403$534, sendo:
Rs. • • • 65.711:403$534
• •
•
13.965:591$698
deduzindo a maior arrecadação havida nos seguintes
impostos:
taxa de consumo de agua . 272:157$396
imposto
•
sobre o capital' empre-
gado em emprestimos • 60:697$591
A transportar • • • • . . 332:854$987
,
-472 -
Transporte • 332:854$987 •
•
verifica-se a diUerel1ça asslgna-
lada de • U.483:596$466
RENDA EXTRAORDINARIA
Indemnizaçõe. • • • • 4. 540: 669$738
Receita eventual • • • 1.132:129$509
Renda de estabelecimentos do Estado • 639:377$134
Imposto sobre loterias • • • • 750:000$000
65.711: 403$534
.
VALOR DA EXPORTAÇÃO
•
Sujeito a -direitos de exportação:
Café. • • • · . 386.217:930$700
Couros • • • • 238:600$000
A tr>;lnsportar . • • . 386.456:530$700
•
.. ,
•
473 - .
- . •
••
.~
27 . 110: 1 92$095 •
Menos:
Sa ldo em a.lgl.1ma s verbas • • • • • 6.125:025$990
Rs . 20 .985 :1 66 $105
A despesa total paga foi assim. distribuida:
Secretal'ia do Interior. • • • 26.208: 1 02$89'0
Secretaria
.
da Justiça . • • • • • • •• • 21.183:587$49 3
Secretaria da Agricultu ra • • • • • 26.105:938$121
Secretaria da Fazenda . • • • • • • 26.662:232$269
100.159:860FB
•
•
-474-
Emprestimo de 1888
The British Bank of Soutll America . • • Lbs . 138.600-0-0
Louis Cohen & Sons. . • • , • · . , Lbs. 385.000-0-0
Emprestimo d" 19 O4
London & Brazilie fi Bank , • , • • • Lbs. 822.740-0 O
Emprestimo de 1905
Dresdner Bank, de Berlim (compra da Soro-
' ,
cabana) . • • • • , • • • Lbs. 3.513.800-12-6
Empr<lstimo de 19 O7
•
Sorocabana Rai1way Co. , • • • • • Lbs. 1. 961. 210-9-5
DIVIDA FLUCTUANTE
A divida fIuctuante, ao encerrar-se o exercicio de 1914, era a
seguinte:
DIVIDA ACTIVA
. . •
21. 742: 488$490
•
•
•
PROPRIOS DO • ESTADO
o
valor dos propl"ios do Estado escripturados até 31 de Dezem-
"b.ro de 1914, conforme o inventario geral ultimamente. realizado , era
<I seguinte:
E8trad"
•
de Ferro Soro cabana • • • • 93.943:621$ílO
Estrada de Ferro FUl1ilense • • • • • • 3.729:315$870
'Tr a,Ulway da Cantare ira . • • • • • • • 2.307:336$480
. •
ext-ern és, porque a situação -ex-a·cta d -es- quldação fin&j d·" todo o "stc>ck" ul-
· . •
foi remettida r.egularmente a sobMtaxa Ou tras medidas derem ainda se,r to·
de oinco francos'. p.ar·a atte'nd-er aO' pa_ madas para a nossa defesa, e neste f
["-mento de juros e resgate dessas divi- sen'Uido, o Governo do Estado tem tra-
das -tem O' gOVle:rno Iam 'pod.er dos ban- ibal-ha'do com o maior emp,e-nho junto
queiroo, lbs. 1.343.525-0-0. ao Oovern·o FederaL A d,efesa da nossa
O ·emrprestilmú de 1908, co·ntrahido prodllcção hoje, mais do que em ou-
•
Dom governo 'rf.ederal' para a valorisa-
O' ,tra .quaLquer época, é uma .questão emi-
ção do café, estava neduzido, 'em 31 de nentem,ente nacional. A jSafra brasi-
Dez~:bro de 1914, a Ibs. 2.157,359-0-0. leira ·de cal5é 191,5-1916, vendida pela-
Situação do Café - . Nunca foi tão média de preços dos ultimos dois an-
favora"""l a sItuação do ·café. Ãs auto_ nos, poderá produzir cincoenta mi-
ridades mais competentes no assumpto lhões esterlinos (lbs. 50.000.000-0-0).
calculam e reputam o consumo supe- Ora, não € provav,el que a nOMa impor-
rior .á ,prod-ucção. O ,sup.pr.ilmento visi- tação exceda de Ibs. 30.000.000·0-0.
•
vel do mundo, a 30 de Junho d·" 1915, Assim, só <CCom a ex-portação do café, o
era de 7.538.000 'saccas. TiiD pequeno Brazil poderá ver um saldl> de 20 m;-
lhõ<es esterlinos, o que consti,tuirá um
sup:primen:to é fa'cto 'qUle não se r.egista
ha 1.5 annas. A producção' mu·n'd'ial de solido fundamento para a situação cam-
-hial, e, p-ortanto, pare, as nnalTIças na-
café, no periodo de 1.' de Jul'ho deste
anno a 30 doe J'unho de 1916, será d·e: cionaes. Basta esta pO'ndera-cão; para
dJeterrni'nar med'idas gov·er,namentaw em
Saecas defesa deste producto privilegiado, que
S. Pau:lo . • • • 12.000.000 no m1e.j,Q de, uma crise iusólita como
Rio, H"hia e V'ictoria. • 3.000.000 'a que atravessa-IDOS, póde consti,tuir o
Outras ,procedeucias . • 4.000.000 sus'ventáC'Ulo da situação finanlCeira de-
-
uma naçao.
1'9.000.000
Bancos Funccionam, regularmente
O consUJm.o de 1913 foi de 17.200.000 neste Estado, os B",ncos do Commercio
. saccas; o··d'e 1914 de 18.500.000 saocas; e Iud ustria de S. Paulo, Commereial do
o de 1915, segundo o parecer das me- Estado de S. Pa-ulo, de Crédito Hyp()-
I'hoN'S autoridades. attingirá a ..... thecario e Agricola do Estado de S_
21.000.000 de saCC"". Portanto, aeLmit- Paulo, de 8-. Paulo, d,e Co-nstrucções e
tido ·qw" ·0 con~nmo eLe 1916 seja ape- Reservas, Brunca Italiama e Frane.ese
•
n~s a ,mlédia dO~l t:res- ultimas annos, a per I'AmerkadeI Sud, Banque Fran-
s"fra de 191,5-,1'916, >dará avenas para çruse pour 1\3 BI1ésDI, Balllq'lle Ita'lo-
o -consumo, m·anten·do-se, portanto, ma-
•
Belg·e, Bri'Ush Bank of South Ameriea,
.
gnifica, a· posição estatistica do café. London and Brazilian Bank, London
IEnt"1"êta,nto. não devlHm-os esque-ce,r and River Plate Bank, Brasilianische
que estamos DJeste momento sO.b a Bank für Deutschland, Banco Allemão
ameaça >de alguns fa<ltores, capazes de Transatlantico e Banco Espanol 001 Rio
perturbar a venda regular da safra. E' de la Plata. O movimento destes Ba-n-
essencial, pois. que tod·os os interes- COS, até 31 de m~do ultimo. foi (I se-
sados unam os seus esfo-rços1 para d~· guinte:
•
fesa da producção. Uma das primeiras
I •
•
477 - •
Letras a Receber • • • •
• • 73.068: 724$!:\ 1
Letras e Valores Cau cionados • • • 177.57(1:0:19$t01
Contas Correntes. G~rantias e outras , • • 128.541::3S6$9ti~
•
Correspondentes e C. Correntes no Palz • 23.164:4:.':1$ .:, 61
Valores Deposit.a dos • • • • • • 277.387:on$IS:;
COJ:respondentes no Extrangeiro • • • • • 22.989:S4>{$53!)
Caixa, em moeda corrente • • • • • • 108 . 635:5,, '$ 040
Penhores de Emprestimos etc. • • • 110.124: !,"j.j~7t) "
Ca;xa de Filiaes e Agencias. • • • • • 20.558:2<)1~151
Diversas contas • • • • • • 39.534:307$O8 ~
_ _ _ o
-
Total. • • • 1 . 071.054 : 729$9a1
das, O Go v,erno tem ulti-lnamen-te em- Exactamente para facilitar ~ssas mo...
penhado o maior es-forço em r.emode,lar dí!fkaÇ'Ões, o Go.verno adrquirlU ,s.e.is mH
esse instituto, que já se a-cha organi- acções do Ban.oo. Assim, da5 vinte 11l.~1
zad,o com ' a garantia do Estado. O ca- acções -d~ que se compõe o capital i)an-
pital de que dispunha o Banco está em- cario. os accionistas brasileí t os. pos-
pregado em hypothecas ruraes, e, ul- sÜ1em trez'8 m.il. Em a-t-tençã{) a essa
timamente, tendo sido v otada a lei f·e- ma;ioria, na última assemlb'IJéa geral -
deral n. 2.8 63 de 24 dle A.gvsto de ficou a Directoria respectiva composta
1914, contra.hiu o Banco d" Crédito Hy- d~ tres brazlleiros e d<>is franceres . -
pothecario Agricola, co m o Thesolll'o Acl"!!l>ditamos que, dentro d" pouco
Na-cional .~ com a. responsa.biHdade 80- tem'p o,podero o Banco entra.r a pr~s
lidaria do Governo do Estado, um em'- tar serviços mais rel,evantes á tavo,ura.
prestimo por letras, para. auxiliar a e ao commercio de café, dispondo. pa.ra
•
lavoufp.,
•
que a ,esse te"mpo luctava com Isso, d'e um ca.pital C011siderav-eol.
graniles dif-fi.culdades· ,A situação financeira de> Estad'o,
Prestou assim .;sse Banco um bom a.llezar dos ·fact<>res que têm pertur.bado
e opportu'D'O serviço aos lavradores, a vida e a economia de tod o.:'! 05 p OYOS,
emj>rest'alldo, sob penhor agricola, para se tem mantido com regul aridade. Já
custeio das fazenda·s, cêrea de dlez mil vimos que, liquidado o o;stock" da va.lo-
~ontas de réis. rização do Café, o Estado de São PaulO
Contamos que em breve opportuni- ,ficará com uma Mvida. externa dim!- ·
dOide pO<ler,á, ser o Banco dotado com nuta, que pouco excederá de 3 lnilhões
outros necursos, de accôrdo com a au· d.e li'bras <>S'terli·nas. Seu croolt .. no ex-
ctarização . constante da Lei n. 1.412 t e ri,or, pois J bte·m merece a3 reiteradas
de 20 de Dezemibro dle 1913. Serão 1e- referendas Iis'lll'g1e>iras de que tem 3ido '.
vll>da.s, então, a elifetto algumas modi- alvo por parte de representa.ntes da
ficações no oogimem desse estabeleci- a lta finança européa.
mento, no sentido de t<>rnar os sens :Mas, o que é absolutamel\t", ind:i.-
serviços mais accessiveis e profícuos á ve-nsa,vel, é normalizãr a nOS5a sit'Uação
la'V'()ura, salientand.o-se, e.ntre essas al~ orçamentaria. Para est e fim . ~ mistér
478
• •
..•
•
•
•
Altino Arantes
• .
63. 0
PR.ESIDENTE
•
DR • ALTINO ARANTES
•
.. -'
i, i
", "', .._. ", .... ......... .- ... .- . .... . . " . ,. "
",,, .. ...,,,
•
•
ao seu sue,cessor as redeas do poder o do de governo; mas, quando SE' l.he fi--
presidente Altino Arantes expôz c:ara- zer a devida justiça, em seutença d'lfi-
mente os factos e acontecimentos que ! nitiva, esta lhe será favora're l "3 sem.
mais o impressionaram e cuidado lhe a].Jpellação. A figura do dI'. Altino
deram na sua difficil presidencia. Arantes sahirá maior e mais hrilhante
Deixando a presidencia do Estado, o do .rigo roso j ulgalnento .
dr. Altino Arantes passou novamente O dI', Leopo~do 'de F,eitas tm" llt o·
a representar o Estado de S. Paulo na .: Esboço PoliUco e Bio.grap·hico " Jo
•
Camara dos Deputados Federaes. Tra- dr. A lUno Arantes nos seguinte."'i tN'-·
ta-se de um- homem novo, c uja actua- mos:
•
Cão no seio da. d irecção partidaria é
constante e elevada. Com effeito, o dl'. "La politique est un al't (\'3 r é-o
Altino Arantes tem deante de si um flexioll et (1 'éxpérience.
•
largo futuro, largo e brilhantisslmo, V. R('I .;';,~~s· '.
483 -
484 -
suas phrases a calma das aguas de unl individual, .pois nas· as·sembltéas delibe··
arroio~ não se precipitam em torren- rantes é que os oradores sustentam
tes. prin-cipio,s, defendem <)s interesses das
O S'elll olhar, ora firme, .ora tranquil- . .-
reformas, discutem oplnloes
, e .
encam1-
lo, traduz a expressão dos seus senti- nham a direcção administrativa de
mento~; os gestos têm sobriedade; na seus paizes.
singeleza da sua fórma de dizer, per- Os povos indifferentes à sua sobe-
eebe-se a naturalidade dos oradores da rania, desprezam os debates politicos.
tribuna moderna. Ao ouvil-o, tem-s"~ assim como os da imprensa e os 'da tri-
immediatamente a impressão da COllt- buna, Eis porque, no regimen democra-
petencia e da pratica de quem se ha- I tico, a arte da palavra é nma grande
Mtuou ao manejo da palavra, tal como força propnlsora ,da liberdade, flores-
os eximios esgrimistas se adextraranl cente desde os aureos periodos de ci-
- no uso de suas armas. Entretanto, ra·· vilização da Grecia. classica.
TO é que S. Exa. _ \ffscreva discursos e
'Périeles, no dizer -de Plutarchfr. não
•. !Iocuções. Não Se repete. Cada vez subia á tribuna sem implorar aos Deu-
que discursa, fal-o eom espontaneida- ses qu~ lhe dessem a graça de não
de e sinceridade. Eis porque tem ca· proferir imprudencias ou palavras des-
bimento o conceito de que "O ID'8'lhor
'necessarias e inconvenientes.
discurso vem a ser o que não é pre-
!Observando os preceitos da corre-
-parad.o".
cção oratoria, o talentoso dr. Altino
Com o perfeito conhecimento do as-
Arantes estudou as literaturas
, e a so- ..
sumpto a ventilar, sobre eIle se e.<pri-
ciologia, para saber exprimir-se em pu-
me com facilidade" bem dispõe o au-
blico, com elegancia, brilhantismo e·
ditorlo, sem o menor esforço, saben·
conelsão. O senes'pirita progressista
do dar ao pensamento
,
encanto e bri-
tem estimulo para o trabalho, bem co-
lho.
mo ideaes e esperanças sinceras, so-
,A sua linguagem não tem neglige,,-
bretudo quando tem em vista os deR-
cia no estylo, assim como não tem in-
tinos da Patria ~ da Republíca.
~orrec~ões: Simples e clara, enuncia-se
Em todas as questões politicas, a
puram,mte:
sua attitude jamais se desvia dos prin-
,
"li sait admirablement ce qu'i! vent
cipias republicanos; mostra-se, ao con-
dire et ou 'il veut alIer ... "
trario, com firmeza e coragem, sempre
.
Não diz de imais nem rdl8 menos. Pen- que é preciso,em,bora essa posiq.lo Lhe
sa e fala S'8'ID recorrer a annotações, acarrete acerbas- contraril€dades.
sem se perturbar e sem monotonia. Os No s)'stema 'presidenCial, o "hefe
discursos e allocuções do dr, Altina
• •
d'Estado o é tambem do partido que o
Arantes, ao mesmo tempo lmprOVH;OS -
elegeu. Pois ;1pesar de ser assim, o dI',
floreados e concisos, têm muito de Altino Arantes, sabe harmonizar a
agradaveis e substancias "causeries" energia das suas convicções com o sen-
em torno de qualquer assumpta. timento da maior tolerancia.
Um principe
,
da oratoria franceza, ') Delibera com os seus secretarias
eloquente parlamentar Berryer, disse d'Estado,
que "a tribuna é o campo de batalha Espirito fundamentalmente crente
ORE- intelligencias". na religião catholica romana, "Jesus
Com a palavra 'Pratica-se Q liberdade Christo é, na sua fé, o divino exemplo
e o governo da lei. ideal das insti- dos homens". Para S. Exa., tal como
tuições reprBsentativas consideran- para L. Rucho.nnet. estadista suisso, "a
do-se a. elorquencia como 'arte e dom , liberdade religiosa. que comprehende a
I
. ."
, ','
" .'
• ,
- 485
elo trem presidenciaJ, com o fim dE" fes:- Guerra!'~ Foram estas as suas paia~
.
tejar a passagem do illustre magistra- vras, na sessão -solemne do C()ngresso
<10. c~ja. palavra eloquente e vlbraut.e da Mocidade, em 15 de Novembro de
era sempre ouvida com agrado e en- 1917:
thusiasmo. Taes excur.sões se revestiam "Vamos para a guerra, na de-
sempre de significação civic3:, poIs S. fesa resoluta e intransigente do
Exa. as realizou com o objectivo .de as- ideal de ordem e progresso. que
sistir a inauguração de escolas e de a nossa indole e as nossas inst!-
.melhoramentos agrarios, ao assenta- tui~õesacertadamente consagra~
mento de trilhos para novas linhas ram como lemma de nossa nacio-
ferreas, como, por exemplo, o de ROl- nalidade.
tuva a Porto Feliz, etc., etc. A' Capi· Vamos para a guerra,' afim de
tal do visinho Estado do Paraná rea- garantir piua nós e para nossos
lisou S. Exa. ultimamente, uma bella filhos, a P"8S8 integral dos direi-
excursão, com o fim - de assignar. eo- tos e da,s liberdades, que nOSSOB
•
mo effectivam-ente assignou, com o maiores nos legaram, a custa de
presidente daquelle Estado, um accõr- luctas e provações seculares, c0-
do para. a solução a~iga.vel do tra~â mo conquistas eternas e inaliena-
do de linlites entre os dois Estadof'. veis da humanidade civilizada.
Em Curity,ba, o dr. AlUno Arantes e Sim, vamos para a guerra; pa-
~:;ua comitiva foram recebidos com to- ra. a guerra a que fomos violenta~
das as honras e com .o mais a.~fectuo mente arrastados e que já agora
.0 e captivante aco}hlmento. nos bate ás portas, bradando pela
Por toda a parte, e toda a vez que ~lJocca tonitruante Idos canhões-
s. Exa.. te\'"2 opportunidade
de faz,êr assestados, á sombra insidiosa do-
uso da palavra, os seus discursos, quer oceano, contra pedaços fluetuan-
quanto ao fundo, quer qnanto á fór- tes do inérine territorio brasilei·
wa fora·m sempre ouyi-dos com e5pe~ ro .
a cruel intimativa: Vence
dai agt·ado. ou morre!"
O prestigio intellectual de S. l!lxa. Tal é, na verdade, o terrivel di·
não é sómente derivado da cultura lemma. que se 110S antolha. amea-
classica e moderna, adquirida nos es-· çador e insophismavel. , .
tudos, meãitações e leituras, mas, ain- Queremos vencer; preeisamoB'
da. da arte que possue de adaptar , os vencer; havemos de vencer".
seus discursos ás situações. .
O exito da sua carreira, tão rapida O effeito que as suas palavras pro-
.
na vida publica. provém da educação. duziram no enthusiasmo da mocidade
da habilidade e da comprehen.ão dM das escolas, nas classes liberaes e na
metho\dos administrativos que um Es- multidão que se expandia em explosões
tado moderno e progressista, como São de patriotismo, foi dos maiores .e dos
Paulo, teve necessariamente ,que ado- mais eBpOlltane~s q ne temos o bsel'va-
ptar no seu apparelho g.overn,\mental. do.
..
Quando o Governo brasileiro, acom- Essa patriotica ora~ão re;percutiu.
panhando .os da U Entente.",' rompeu re- como toque de clari~, por todos os' 1"8;
lações diplomaticas com Q Imperio AI- cantos do Estado e do Paiz inteiro,
•
lemáo e lhe declarou guerra, o presi- cujas fronteiras transpoz) sendo ouvi··
<tente Altino Arantes, no seu vibrante do, com enthusiasmo' e applausos. 1)e-
discurso do Theatro. . Municipal, disse las pott!ncias estrangeiras ás quafls <'
ao povo desta cidade: "Vamos para a Brasil se "assocla1'8.
488
O dI'. Altino Arantes é natural de quella q.ue, em vida, foi sua doce oi
Batataes, onde nasceu aos 29 de Se- meiga companbeira, de inexcedivel de~
t.embrO de 1876. Seus paes foram o dlcação.
.
coronel Francisco Arantes Maroues e ·Em· 19105 , quando enviuvou . exer-
,. sra. D. Maria Carolina de Arantes. cia o dI'. Altino A~antes o cargo de S~-
.
que o ed ucaram, carinhosamente-, no cretal'io do Interior, no governo do
•
lar da familia, modesta oi honraaa. FOI sau'doso Conselheiro Rodrigues Alves.
alumno interno do collegio São' Luiz, De 1911 a 1916, prestou eIlE;, neste al-
on'de estudou, com excellente proveito, to posto, os mais assignalados serviços ,
.as materias do curso de humanidade . não só á instrucção publica, como
e ali deixou um nome cercado de inve- ainda á hygiene e a todos os ramos d ..
javel auréola 'de estima e de sympa· administração paulista, dependentes
thia. da que Ila Secretaria d'Estado.
Em 1892 matriculou-se na Faculda· Quando occorreu o lamentavel fal-
. de de Direito de São Paulo, 'da qual, lecimento do dI'. Rubiã.o Junior, can-
após proveitosos estudos, recebeú o di- didato á. presidencia de São Paulo, o
ploma de bacharel em ScienciasJuri- dI'. Altino Arantes, indicado para a VI-
dicas e Sociaes. Uma vez diplomado, ce-Presidencia. passou, logicamente, a
seguiu eUe para a sua ci'dade ' natal, ser o candidato da situação dominante
onde instaUou o se u escrlptorio de ad- para o cargo de Presidente.
vocacia. Não tardou que o novel advo- Eleito e empossado, começou S. Exa.
gado. já por sua honestidade,' já pelo I a. administrar o Estado no mais agu-
valor de seus conhecimentos e pelo do e terrivel periodo da Guerra euro-
'telo co m que defeutdia os interesS'es de . péa, cujos maléficos effeitos se fazíam
seus constituintes. adquirisse' vasta. sentir em São Paulo. como , de resto.
clienteUa, não só em Batataes', como por toda parte, no mundo, inteiro. Mas,
nas comarcas vizinhas. com inteireza de animo, dedicação ci-
1I
491 --
493 --
Para esse labéo, que t anto nos cons ~ ponciouar, assi-m. aos discípulos a
(tange, concorrem principalmente as conste.n.cia
. . e a unif o·foml·dade do eu·
'l.onas ruraleS, onde a acção do govor· sino.
!w) por mais d Hilg'e'nlJe- que se mostre,
-Parece..me, O'utrosi-m, aCO'D$e-J havel
li entravruda. pe'la negligencia dos paes
a mod.ilficação dos program,mas a se-
.- ás vezes, e quasi .sempre pela in-
rem Ü'bserv·ados nessa classe de e~co
congtancia 'd o mestr.e-.
las; d'e sOl'te -qu-e, sim·phfi-cados quan-
Este, -com e.flfeito, extrallJho o-u to possive-l, se orientem no sentido de
tenso á vida simp.Ies do campo, mal arrwilgar no 'espírito- dos pequenos
term.frna o seu 'estrugio regula-mentar camponezes tão facilmente attre,hi-
em cadeira ' <'Ie bairro, reclama a sua dos para o 'b ulicio e para o esplendor
. ' transferenc!" para as cidades e vilIas, I das c1dades a convic ção profunda
onde, a mais favoraveis 'Condições de I de que é na agricultura, no amor e
vida .e de sociabmdade, a,ccr"soem as no trabalho da terra. S"llipre prodiga
yanta,gens de mel'hor vencimento e de nas suas recompensas, q·ue reside'm o
(acH e dec.,nt,e ins1allação. i
lhem-estar, a abundancia e a pros pe-
O ' facto é, portanto, natural e até I
ridade.
certq pout.o justiJficavel. Mas dene I
,A par disso, cumpr-e cuidar assidua'
promanam para o interesse geral mente da e<'luéação profissional. do
eonveni,en'te!; serias, que cumpre r e- apprendizado de artes e ruficios. p'Jla
•
mediar op-p ortunamente. Ij oP1>orLuna fundação de esta.belecimen-
Comprshen:deu-o, -em boa hora , t) tos, que a esse tim eminente'ID,e nte
actual presid ente do .Estado, quan'do, 'pratico se destinem, nos - moldes dos
n~ ~s ua mensage m ao Congresso, em que já existem nesta capital; mas lo-
1912, pediu para o caso a attençã,Q calizados &go.ra em poy-oac:;_õ e"s', cujo
d{) J.Jegislat.ivo, su,g.gerindo-lIhe o alv!- movimento industrial ou fabril seJ ....
.
tre de se ed.ificarem, nos bairros, ca~ por si só, uma garantia. segura para a
sas sim'pies e hygienicas , onde, 8em {requeneia regular de taes institutos.
maior dispend,o para o professor. S'e TeTemos dest'arte aberto mais uma
pudesse eBe installar ·com · 'a sua es-
valvula contra a avalanche cada dia
co.Ia · recrescente dos ,qu:e, de~e!!lcorajadQs
lOs em,baraços fina1l'ce·iros sOlbrevln· para a conco-rren-eia da vida, se atiram
dos im;p ediram qu·e 'esse prOl,jecto tos· á caça do emprego pulbUc6 .. miude
:!e então discutido; e receio m'nito qu.e in-eerta, sempre extenuante ...
i-denticas razões determioom ainda o Em referenda ao ensino secu-ndario
•
seu adiamento para :quadra mais ,foI· e superior, não é temerario· afftrmar
gada. q we estamos Rpoparel,hados para as
,
lA boa. semente aJhi bcou. entretan· exigenclas actuae. do nosso Estado; o
to; e penso que si a situa~ão vies· qual d..we registar no seu acUvo.
!Ia a müjdUicar-se sensivelmente.a nos'" como valioso seTV.iço prestado á cau-
so f'avor . I não ser;a desacertado. sa da instruc-ção no · Brasil. a resisten-
•
•
neste caso , iJlidar, com vagar e pru- Cla estrJ<ltamente legal. mas Infleooi-
dencia. a execução desse plano. que vel, que soube oppor, d-entro do seu
teria a vanta!glem im'm ediata, de ines" ter~tdrto, ·e<>m a'piplausos p"'rael;. á
tim",,,el valor pedagogico, de estabi- invasão dos abusos decol'r·entes da
lizar ' o mestre na escola rural e pro· chamada 'ILei Organica", hoje feiiz-
•
496 -
•
* •
As questões e os serviços attinentes
li hygien.~ pu,b:lica devem continuar a
ser tratados com esmerada solieitude; cabe, pois que a sua G.,cção não ,"e ma-
afim de 'Que paÍlZ de i·mm i.graçâo I nifesta slnão Quando provocada; a po-
q'ue somos não nos aTrooeemos d ·e derosa iilifluencia moral, qu e pussu e.
arrerecer franca e sadia hospitalidade é a resultante da propria ' maj.,stade
aos extrangeiros, que nos queiram da lei , .que ~LI'e applici:\ ao influxo ex-
trazer o precioso concurso de sua I clusivo dos s'entimentos de .
j!lst1<:a.
llictiv'dade. Assim compre:hend·e.ndo fi indole d~ste
Um Co-di'go de Hy,gie'ne Rural, 01'- pod·er. não h'e sito em ' dizer que o seu
ganiz",d,o' de accordo <lom as municipa- p a;p'eL no jogO da.s funcçôe-s CG llStitu-
lidades e c(}m prescripções sanitarias ciona-es. se caractt:;r"iza essel1cia.tmen te
reduzidas ao minimo possivel, pode- pelo afastamento do t·erren o. em flue
r·ia, sem 2"ra'V'amp. para o Iavl'aQor, au' se pleiteam os i.nter·esses dos partid os.
xiliar ellfi<:ient"men~e a administro -- E ' lon.ge dahi, ampara:ldo I) direito
ção estad'ual na defesa contra um sob a égi-de de uma conscien"Cia, .sem-
gra'nde numerü de mo.lestias, ta Q~ p)',e serena , selupre ill:COnu'ptivel·, e
como o paludismo, a ankylo&!:(}mIQse assegurando, pe la · pureza imol.:!Ci..i.l ad a
e o trachoma, que de pr6'ferencia do julgamento, a EHec tivi--o!ad e das ga-
assolam as nossas r egiões agraria.s I rant}as soeiaes,q'ue lhe cabe l'nlStar '
e dô"imam os SEl'IlS 'h·a :bitahtes· benefieo concurso e salutar I!o llabora-
O problema da lepra, e d.o· typhiJ já ção na esp,h'era gove rnat.i.va . "
tem preoc:cupa,do os governos anter!o Ess-e é, 'na v,erdade, o c()u.curso que
res; e af1gura~se-me arrisca'do 'contem- eu desejo; essa é a colla,boração que
porizar ind"finidam..n-til na campanha eu p-e ço. E.". para que uma e· outro lTle.
~
.,.'"
".
" I no.ssa m!'llcla. marchando flanco a f1au-
• r co com eUa, -com -o m-esmo d·esgarr,e e
!Sãtt 6ssigna.ladog os benefi.cios pres- ! a m·ooma precisão, deSllra;}dando a m'eS~
tados &., ord'em e á segura'nça p·ublicas ma bandeira e ao sl>m do lneSlliO hy -
1.16'la jl1 l:'itH.uição da poliCia de carreira . m.n o) esses vaLentes moças. que as-
,
,LLh.,ia 1' ór eompleto ás ligações pe"' I -SIm se preparam para o -serV'iço da pa-
I
,
soaes ~ a.os 1.11 teresses partidariDS das trla. são bem dignos d{) apoio ·e do es-
!acalidaó es, ond·e t-em de ex-er.cer a timu10 qu·e. nesta s,iofil!>les ffi'9'Ilção. l'hes
"ua jurisdieçào .
I quero '8 devo adiantar,
Por isso me-s,mo é qu,e, essa institul- :
I
ção, j-b. agora definit'ivam-ente in corpo- I
1
••
{'a·da. a·o;!> nossos costum·es, dev;e ser .cui-
IAssu-m pto de capital importancia,
dada . .~ Oln1- e'Slp'e'cial ·ca;riu-ho, a.fim de
que deve sOlbreleval' a quaesquer OU~
que nã.ú minta aos s'e:us intuitos e ne,m
d 9Caia d·~ sua autorÍ"dad~_
l
tras preoccupações éo que se refere
Seria igual-me.nt'e inju'Sto desconhe c:er ,
i ás finanças d0 Estado.
os J)r-e<.: j o so~ s-e~v iços. que a organisa- I Não é licito, C{)lm efif.ffito, diMarçar
çãt> e e. disCiplina de nOSSa brUhante as d'ifficuldades do momento 'qUê atra-
Força. PoHcia-l d-ev-em á Mi$São Fran- vessanlOs e cujas causas se pr.end'em a
ceza qu,= prOlfici e'ntemente a instruIu. factores e a aeontS'C~m·.entos d-e ordem
g.eral, sU'periore,s ás m·ais atiladas 1)1'e-
Recolhidos agüra, em consequencia
-.
·vuwes_
da guerra. os illustres oifficiae,s. que a - ,
co·mpu·r;:ham, ne-fi :por isso 980 p.er-- 'o u} timD relatorio da :Secretaria ·da
'de-ra·m, antes, foram conservados e des - I Faz.e·nd.a e o llucido 1n'elll'Oria!, que o
envolvid-os com exito notave.}, os en'Sl- honra.do gestor desse departamento
nam,ento~ d-es·sa magn'ifiica aoprendiza- apr·esentou ha. I>em poucos dias
g'em f i Hüa.l', ao sr, pr.esi-d'ente do Estado) assiigna.~
Attt'S-tam-no COm i rrecU!.save:! '8010- Iam. co-m ,}ouvav:el fra-uquoeza. a insu1-
qu'enci-a, Oi'- constantes -exõerci-ci-os, os fi.ci,encia da noS4Soa rec·e·i ta para as des-
garbOl..<:;us des·filJes e as irrepr-ehellsiveis pesas da adm;ntstração; originando-s'e
manobras, a que todos temos aooistido dahi o udeficit" orç3JID:entario, V'BrlfilCa-
com ftp·plau,so e enthu,sia-s-mo, tão l'egi;" do 'e'm 'axerc'icios conse.cutirvos e torna-
ti'mos ô-t nossa parte, quão honr·o-sos do inevitav'''l pc,l as necessidad€s per-
para a t r opa e para os seus es·forçados manentes ou p;Or exig'encias i'ro·p eriosas
comm2.ndantes e oHidaes, cio serviço ·publico,
•
•
• •
corre. por s-e u eff'eico rapido. e .seguro.inte-iro', n06 tiv-esse sid :J 'IE~dacla a
• •
,"Do Brasil pód'ei-se,ia ' fazer com I artigo.s, como es,p·ecia:l'mIEHlte pa.ra nos.
..~erto a'lU'iIlo que, da sua patria, di-s- ,! tOTna·r ·m os -e-xpOl~tadore-s d-eNles .
se u,m e'S'oriptor contre-m,pora'll!eo: " ,0 0- ,, A fOTtuna publica e privada não ,')0-
mos natural'm:ente rioos, mas 'e conomi. ! doem continuar a..poiadas num 5Ó pro-o
1
!
camenJte pobres", dueto. p-or m ais TemulNH'·ador qiJ'e e-tle·
'N ão nos faltann, de fact.o, variadas e ,
; s-eja. A vari.edade da producção forra
opulentas, condições 'de prospe.ridade e ,
. o gover-no -e os particu-I'ares a apertu-
ras ,e aos prejuizos dBcorr.e-nte.i; doe. os>-
de progresso; mas estas condições na ·
cilllações de p~eço, d'e pheno<meonos na-
turaes, sem a fecundação do tra,balho,
tUl'aes e de outros a'ContecimentcR for-
sem as ~x pl()oraçõe s da indust.ria, sãú .
) tu;iio.s , os quaes, por v ia -d-e- regr a, a.f-
valores hibernados i-nertes e im- I
f'ectam so:m,ente, ou d e pre·{-Bl'lEmc i.a .. cer-
produiCtivO·S. Precisa;m,os movimentaI-os,
tos e dete·r minados g eneros.
acUval-os, infundir-11hes o alento qu e
A industria p-a;s.tol'il, cujo incre·m-en-
lhe.s falta 11.
to se a-coentua ani-ma.dorame·u:te na
Ahi e"tácomo a solução do proble- oriaçã.o de gado, no fahrico u-e .[aetici-
ma f.inan.ceir:o(). se entrouca e se conju- nios e na ·ex·portação d e carn~s refri-
ga com a do probl1ema eC-OIlomtco. gerad'"", e cong,eladas, promette consti-
I
tuir, dentro em breve· jl111'portante -p ar-
Não basta di,miuu'ir despesas; faz- se I
mister ainda ad-duzir e avolumar as I ceM·a de nossa bRllanca i.nt-e-rna.ciona l.
fontes d'e receita. As nossas -espolendi<lalS lll·v ernada'S,
de seus direitos. Nem 'p ara outros fjns Il<lS a t odos a impr&ssão de ter sido afi-
cria:moo
. .
e. conser-v amo.s O Patronat.o nalenoContrada a 'fol'mula deti·n itiva
Agricola, C) Departamento do Trabalho para a .pratica d·o credito agricora <ln-
.e a. Dil'€lCto.l'ia d,e Terras e Colonisação, tre nós'.
'C'ujos 'Slel'vjço~ e attrtbuiçõ8S conv€'m ' Aoontecilrruentos posteriorelS, cuj-a re.s_
aperf·"içoar e arnd).J'a·r . pOlllSabHidade não nos cabe apu.rar nes-
A multiplicação e a .rna:i'Dr cormmo· te :m,.o;m lento, acarretaram a ruina !pre-
di'dad·" das via,s de tranosporLe terre·stre. matura desses ·esta-heleci.mentos, que,
thlvia] e !mardthno, ,e· a l~edu,cção dos wm o v·estig·i.as d'e s,ua fugaz exist<mcia.
frele s. das taxas de ;p<>,r tos e das taTi- . d:eixarrum. apena's am·a rgas d'ecepções e
fas a1ià·rrdegaria.s,proanovidas a seu I avultados preitrizos.
bellllPo pélos ·meios regulat'es, ra-ciol'ita- ! E' de d'esejar, .e n;tretanto, que
riam o escoamento dos d·iv·ersos produ- \ con'hecida·s agora as falha,s, da o.rgani-
etos ou b-arateal"I3Jln o se.u custo, acar- j saçã.o en·saiada e as causas de s·eu mal~
r-eand:o. como resu;ltados immediat-os, a logro. uma .o utra a venha substituir,
abertura. de novos ;mercados de cansu- dentro em bl'~ve. co.m ~ necess·a rios
ro·o, a rn..e1:hol' remuneração dos produ- ele<mentos d" vlabiJi.dade e d'e reslsten-
ctores. e o cons\8'qu,ente redobramento
cia. .
de sua activid8>de. .
'Para tanto ná<> lihe havia de !altar
A eW<\ m'e<;im<> Q.bjoecti V<l d<lve con- ' I
a pr'o tecção ",ffi'd,ü; " de bom grado
-
ven<ir o acauool-ado, mas i'mip'DElGcindi-
'y.a l, 'fornecirmento de capUa:e;s, :m:eo.ian-
deveria ella abranger tambem o ins-
tituto de cr<ldito hy.pothe<oario ora exis-
te juros ofiodicos, aos agrIeultores e a·os
tente. se - desdo,brando o s,eu capital
iiidustriaes do ,Estooo. para eusteamen-
e fundando a·gencias ou -SUCCUfsa'8JS em
to d·e 'S'ua-s lavouras e de suas ex-pll() ...
todos 0$ centros agricolas do Estado -
J'Ial<iÕe5 .
• fosse eUe proprio levar ás classes pro-
E' UD13,. questão d·e ·l"el'eva'nte inter€s-
ductoras o conf-o,rto p-ecuniario. que ga-
se i)aTa o gove·r no, 'pois dell'a d'epende
rante a sua tranqutnidad" " favorece
à ' estabiUd",de da vid". doo productores. .
a sua eX!pansao. -
q·n er acobertando-os de &obresaltos que
Lb'es ' am.o,rt!81eerrn a energia, qll~r d·efen- A ess·e meSlno ' instituto ou a outro
d<enldlo-os contra a U'sura, que ou d'epre- cong-em·er·e· in,cu'rnlb:i-ri a, oCOOl'com itan te~
cia os prO'd u cto,s ou 3Jbsorve os 1ueros mente, dotar os ',nos's os mercados ex~
neU"" apu rad O'S. portad.or-es COm recul'6'()s mo·n etarios.
A •iuieiat'iva part>cwlar, que é in-
•
que lhes permHti.ssern.
.
em moment"
qu'estionavelm.entle um dos mais he!l<ls d",d'O. resistir vIctodosam.ente ás mano-
traç.as do 'cara.cter pauli.~,ta:: aventurou- bras dos es'peculadores, gra,duando a
se a resolver o problema. appellando oUerta , dos prooUoct03 no sentido de
-501
,-:tlstenta~'-lhes
um pr'eço equitativam'en- . la sem tibieza es'em tergiv-ersações.
jp comp'&lllsado.r. Pürquauto é credo.r da maxímo. acata-
A criação d,e caixas econo.m'icas ru- m.entoe. da mais decidida apaio. a c<>m-
r:l0cl, qu-e recolhaJm: as pequenas r.eSeT- patriota iUustre, que em meio aos
ViL'K do .interio,r, sob a condição o-briga- estorvo.s e ás agitações da horapre-
·toria de devolve l-as immediatam<,mte á "",nte - vae dirigindo (}'S d·e'SUnos da
C'Íl~culação~ nos p.rOip'l'!ios oe'ntros, onde Reprlb'Uca, com prudencia, rectidão e
tfmha:m, de op,erar. impartará em fa- hanestidrude inexcediveis.
;. cultar ~~ l'avoura '6 á indUlstria, s-em
; ma.ior úll'us para o Thesouro, um d,epo-
-
•
aito s'Ubsid'iario de capitaes, de facil *' *
c p-rompto aoces-so. Tal é. meus s'Mlho.r,€/3, em traço.s ge-
Com a pratica desta~ medidas e d,e ra,eg. -o m'eu progra.mma d·e gOV'lerno:
·•.
• outrals a'C'cessol~iaB, QU:8 as 'oonvenien_ taes os propositós COIID que me apre-
:-:
cias d·a admini-st'ração fo.remsuggerin.- s,enta ao.s comicio.s' de I." de Março.
· .-,
,Par3.( tão élre~ado ·escopo não nos deslumbrantes miragens.; antes. lem-
fa.ltará, sem duvida, a d'E>vo.tado. e pa_ bram a ne.coes-sidade ."6 eneaf\ecem o ,de-
trioUco concurso dI{) lPOYO pauUg,ta, que ver inelu'ctav·el ·d'e "esforço e de sacri-
jamais, d<lixo.u de amparar e de presti- fi'cio.. de trabalho. e de ecanamia, em
giar Ü'S go~ernot1 e as i'nstituições, que pra.! d<> nasso. Estad()e de sua prospe-
gabem aS"égurar a paz imperturbada de ridad'e.
sua ·exi.stencia .laboriosa. a posse inte·- Mas, se apesar disso o resultado dos
gral de s"'us d>reitas e d'e "uas gal'an- eseruUnios m'a fôr fav.orav.el; s.e as ur-
tias :constitucionaes. nas canfirmarem a e"calha daCan-
vençãa de 7 de N ove:m bro, po.deis
Cansc1o. de -suas grandes r.espo.nsabi-
ficar certos de qll'e na firmeza de mi-
Udades pérantE> a ca'mmunhão nacianal,
nha consciencia e ·nos brios do meu
a n{)ssa Esta:do tudo fará par manter
caracter hei de encontrar a co.ragem
com a União o. m.ais penfeita aceôrdo.
e a farça 'precisaspal'a levar a bam
d,e v'stas; afim d'e 'lU." guardado sem-
termo. a tarefa que me fôr confiada. -
pre o. I"es,peita devid,o ás respectivas
attribulções, coincidam as esforças. de Affirmo~a ·"m minha hanra. Nunca
to.dos os p-o.der,es pubUC{)s na mesma lhe' faltei e, mer,cê de Deus, canto. não.
.
franca e leal ooUab.oração, para o ale_ lhe faltar jamais ...
vantado. intuito de tornar o., Bras-H ca- A s. exc. a sr. presidente da Estado.
da V'ez :maiar na grandeza de seus Es- d,evo as minhas ultimas palavr·as, neste
tados, cada vez mais farte na unidade so.!.enne canviviopalitico.
indisso.luv.el
. da Federação.. Aproxim~-se o. dia. em qu'e ex-
Esta .. tem sido., aliá", a tradição. cons- pirada .o seu manldato. deverá o. sr.
tante dapolitica paulista; e haje, co.m can ..elh·eira Radrigues Alves deixar "
do.brada razão., d·evemos praseguir nel- gov'ernQ a que, em, co-njunctura m,eHn-
. . ,
502
.
o
•
drosa. foi chamado pelas reiterada s papel preeminente de S. Paulo na ori·
instancias d", seus conterraneol!. Il'em e na evotução da nacioDalidad~
Vae eUe -descer asescMias do po- bra.-si,Ieirà; e que I'h ., ae<>n-a, agora e
der; mas. · numa singular inversão das para o futuro. á continuidade gloriosa
leis naturaes. €'ll-o ,que ·sobe. e cresce de.sse fecundo ministerio de paz , de
3$censionalm1ente, no cOll'ceito da Na- progresso e d·e dvi'llJsação peTa P a-
•
ção, qu'e s e ant-0Jclpa ao juizo iudefecti- tria e ,pela RJePu'blica.
vel da posteridade, 'para proclamaI-o, iEm honra do Estado de S. Paul " .
d.esde já. um dos seus mais preclaros levantemos as noss!l;S t-açalS, e ·brind'·, ,.
•
l>em.feitores ... mos ao seu grande presidente,
Tntellig·encia ""m neVQas: honradez s·r. -conseJ'heiro ROdrigu·es "Alves". "
tI,e:m macula; operl{}sldad~ ..sem treguas;
patriotismo sem desalentos; lealdade
que não conhece embustes n'e m toler~ •• •
cavill"çoe,.; animo inquebrantavel e
ser·e no, qne não se deixa conturbar .peI·a Emllos·s ado no alto cargo <I", presi- .·,
JisQnja, nem v·encer pela injustiça, - dente do ·Estado de S. Paulo. ' presi-°
s. exa.. bem póde or.gulhar-<3e j ·e ser den w Alti-no Ar·ant"s d.Jrigiu_9El aO
o maLs lidtmo 'expoente da d~gnidade e Ocng·r.esso Legislati-vo pela prÍllIl.e!ra
do ·civi·s mo do Estado deR Paulo. vez em 14 de Jwl'h o de 1916, dan.d o
Deste, asseverou s. exa.. uma vez· conta da situação d·os negociaS. publi,
que "a d'espeito das dHfjculliades que cos <Ilauli'
•
s las nos .segu·intes termos:
ass·edirum os Po.v'Üs, . .;..... trabalha, r.esis- I, .
-S enhores -m lsmbros do Congresso Lc ..
te e confia ti •
gislativo:
,'<esLa o;.ynth""", varonil- vj'bra um~. I
voz de cum,m ando; p·eT,pa·ssa u-m sopro
ele energia; canta um hymno de vict{~
I Ao com~arecer pela prim-e!r-a vez p".
rente vós, no desempenho do encarJ;o
•
na. que me 'conter,e o art. 38, pa·ragrapho
Seja ella, meus senhores, o lemma , 7." da Constituioção do Estado. p"'rmil-
do futuro quatri.ennio. i ti que ,me aproveite d·esta feliz oppor . .
Trabalhar"i, .pO'is, trabauharei SeJIIl. tunida"de, para reiterar e confirmar 1·---.,
do-se. assim, o (I deficit" a que necessi- ao estudo e á solução dos poderes pu-
dades extraordinarias, de caracter . Im- I
blicas incumbidos de velar pela exis ..
perioso, nos tem eompellido, .mas que tencia e pelo futuro d<lsta região.
C!1mpre, a todo transe, <lxpungir para I Sob a' mais profunda emoção, trago
sempre de nossos balanços officiaes. : ao vosso conhecimento a morte do
A excelIente posição estatistica que I eminente paulista e benemerito brasi -
o café nossa primordial riqlleza -- I !Edro, GE;neral Francisco Glycerio,
occupa, neste momento, no commereio I occorrida no Rio de Janeiro, a 12 dú
I
mundial, autoriza as mais fundada" i Abril do corrente ann.o. Com elIe, des ..
esperanças <l corrobora a convicção, em appareceu o derradeiro sobrevivente de,
que estão todos os I
interessados, de , heroic"; patrulha:, que entre nós foi o
que a actual safra será . vendida por primeiro nucleo e formou a primeira
preços que
,
5.739:112$000 o valor de ' nossa ex- ,. "lea·d'er'" da' Camara Federal, senador
portação de . carnes frigorificadas,' da Reliubliêa, ninguem o excedeu ' na
quando é certo que,. em 1914, éUa n'á o bondade e na gràndeza da alma, no
excedera de 1: 100$000. A enorme dif- ,
amor accim<lrado pelas Instituições, na
,
ferença entre estas duas cifras ' dir- dedlcaçãoconEitante ' pelos interesses do
ferença que os dados colligidos 'pela São 'PailÚ,.: Por isso mesmo, o luctuoso
repartição competente, até Maioulti-. desenlace ' provocou, aqui e no Brasil
,mo, fazem prever se accentue ttnüto inteiro, Ilnanimes demonstrações de
pesar, as- quaes se ., associou tambem .
,
m·ais· no corrente exerc'icio '" --b asta,
por si só, para bem traduzir o desenc com~' era. de':lndeclinavel justiça, o Go-
volvimento extraordinario que a " ';Io'· ' I verno deste' 'Estado, promovendo fune-,
• ! . .
:'-..;:'''.': '
?{,:.,.. ' •
. .
;:h~"
~
..
"
,'
-,.-
,,
-- 505
",
rOles c01?-dignos do emi.n elite cidadão, sidell te,,, do. Estado, para o quatriennio
(:ujos despojos repousam, por disPoSi.
-
t;ao expressa .d e .sua- vontade
"
de 1916-1920. •
- . ' na cidade Novos ' MlInicipios
,I c Campinas ' seu berço glorioso. Installal'am-se
Centenal"Ío da Independencia Ap- em 11 de Dezembro de 1915 e 15 de
lll"Oximando":'se a data da comme~ora'~
Abril de 1916, os novos municipiOs de
ção , do centenario da ' nossa Indepen- Ipaussil e Platina; creados respectiva-
..
~
, tl encia., tive a. honra de enviar ao sr. mente pelas leis ns , 1. 465 e 1 . 478,
Presidente -da Republica e aos 51;5, de 20 de Setembro e 2 4 de Novembro
Presidente's e Governadores dos Esta- "' do anno proximo passado.
dos o texto da lei n. 1,324, votada pe- O lil unicipio de Santa Adelia , crea-
lo Congresso Legislativo e promulga- do pela lei n. 1,491, de 22 de Março
,la em 31 de Outubro de 1912. Assim de 1916, ainda não foi instaUado.
o fiz, para qUe a commemoração que Ensino Primaria - O ensino pri-
In'ojectamos tenha caracter verdadeira- mario ainda não atÚngiu, no EStado de
mente nacional, cooperando nella to- São Paulo, ao ideal desejado, apezar
das as unidades da Federação, dos esforços e da solicitude das nos-
,
506
•
trados predios, on~.e. as escolas possam I empreguem todos os meios para l1ào
.e installar com proveito ao ensino e i excitar a tendencia natural na mocida-
•
á hygiene. de de largar os instrumentos de prn ·
SerIa conveniente que o Congresso , ducção pela vida apparentemente fa··
•
melhorasse a sorte do professor de cil, mas realmente precaría, do fun c-
bairro, dandQ-Ihe melhores vencimen- cionalismo ou de qualquer genero OI,
tos ou predio para a aula, ao mesmo ociosidade. Que, principalmente, se fa-
tempo que o obrigasse a permanecer ça cr escer, paraJlela com a educaçãü.
um certo tempo na escola para a qual dos Jovens dos dois sexos, a confiança
. ,.
tiver sido nomeado. j nos meios proprios e a conv.icção de
Sob este ponto de v,:~~ta, os municí- que a mais solida felicidade está na
pios muito pÓd'e m fazer no sentido de !ndependencía, que a vida agrícola per-
auxiliar a acção do Governo, As Ca- mitte" .
maras Municipaes de Guaratinguetá e . Por isso, .que um dos ídeaes da edn '
de Jabú acabam de dar um nobilíssimo cação é realizar no individuo, quant.1i
exemplo dessa salutar orientação, au-
•
torizando
•
a construcção de casas para I possivel, O classico preceito da . 1 meu:"\
sana in corpore sano", ao Govern(1
escolas raraes; e é de desejar que tão . não deve continuar indifferente o e 5 '
patriotica iniciativa seja imitada pelas pectaculo contristador de ·crianças, etl l
demais Municipalidades. numerO relativamente avultado, que _ ..
Outra medida para a qual solicito a por defeitos congenitos, physicos <)Il
vossa attenção. refere-se á ·modifica- psychicos, on perturbações traMito-
ção dos programmas a observar nesta. rias na sua v'ida -de rei.ação não
classe de escolas. ,
pÓdem, por maIS q.ue se esforcem .
Desconhecendo os beneficios
.
da ins-
acompanhar os , progressos de seus rol -
trucção, luctalldo com aperturas de vi-
legas de .c1asse . Este facto ou perj'lll'-
da que os forçam a exigir trabalho"
os ba a marcna regular dos trabalho s ~ s-
dos filhos, mesmo pequenos, .
•
,.
du um . horario menos· dilatado, reme- 1 bora, ·de duas escolas, nesta Capita I. :,
•
•
•
diariá' esse Inconveniente; maximé si !- !
uma para as creanças anormaes , {' .~
.:" i
6. sua . confecção presidisse o empenJio,
. ,, outroa para as debeis ou atrazadas. .'
·.
::
já por mim e-nca·r ecido, "tie arraigar" !
I Até a presente data, é de 1.414 rJ .,•
.. ,.;.
110 espirito dos pequenos camponezes
numero de escolas isoladas, funccio , ::.:;
tão,, facilmente attrahidos para o . /
!laudo · no Estado. Existindo· um grau ·· .,~,
bulício, pàra o esplendor das cidades ·
• • de numero delias seIU provim·ento, n .:;
,
- a convicção profunda de que é na
·agricultura, no amor e no tl'abalho da Governo está procedendo a uma re" i
terra, sempre pl'odiga nas suas recom- são systematica das mesmas, sou 1 i
. • • ,
que residem O · bem-estar, a . ponto de vista de sua localização e lHO ·
abundancia e a prosperidade
ti,
vavel frequencia; e, emquanto se u:,,,
.
"IQue os uleaders" officiaes ou es- concl1le esse trabalho estatístico, pa r.·
pontaneos da sociedade assim fal", ce-me mate ria adiavel a creação de no
" emerito patriota Dr. Assis Brasil - ! vas escolas isoladas,
-, ,
-., ' " " " .. , ,-'-,--- '-'. -- .. "
.. "
'
- 507 •
" ""-.
•
508 --
Visitas a escolas isoladas . • 3467 riz e ouvidos, m-uJto· freq·ueutes entre--
JJ a escolas m unicipaes e as nossas creanças e cujas conseq'tien-
particulares .' . • 311 eias tão perniciosamente actúam sobre
Com missões especiaes em esco- o desenvolvimento physico -e intelle-
las normaes. grupos escola- ctual dellas.
-res1 escolas reunidas e isola- -Nelle fizeram-se, durailte 'os'mezes
das.
.
. . . . • • • de Maio e Junho findos, 256 interven-
Com missões especiaes perante cões de sua especialt1lad e. '
Camaras Municipaes . • • 56 Bastam essas considerações j}ara' jU<5-·
Processos e syndicaI;lcias • • 48 tificar o auxilio, modico aliás, que os·
Pareceres e informações • •
poderes publicos já têm prestado 3.
Serviços diversos . . • • 1 ,. ":-.. .
~
509 -
•
-
510 --
"LU 500.00(1 almas, o coe fficiente de tempo, obterá a extrema rareação des-
mortalidade de 1915 é de 15,24 por ses i'nse-ctos, .perigosos vehilCUlaldores
I . 000, cifra bem lisonjeira, e o de na- de molestias.
laUdade sóbe a 33 ,.39, egualmente anl- A mortalidade pela febre typhoide
i
",adom. Calculada a população do Es- :, baixou, tanto na Capital como no inte-
".
ti\UO em 2 . 700.000 habitantes, o seu ·; rio r, devido . em grande parte, ã ap-
!.'oefficiente de natalidade foi de 47 plicação da vaccina anti-typhica, pre-
por . 1,000 . e o de mortalidade, de 21 parada desde 1913 pelo Instituto B!l.-
. I
I)or 1. OO(L Poucos territorios da Ame - I cteriOlogico. Quasi 25.000 pessoas têm
•
rica pode rão a presentar es tas porcen- sido immunizadas em todo o Estado.
lagens. sendo 15.000 na C3Jjlital, sem que nrna
·
" .
o
O Serviço Sa nitario continuou a só dellas tenha adquirido a m01estia,
,•
Pl'eoccupar-se com a campanha contra ! apezar da permanenciR nos fóeos em
·
aS molestias evitaveis, quer nas cída- t que ella reina,
"
(ies, quer nos meios ruraes. GrAças á revisão das rêdes de abas"
Por m e io da vaccinação, levada até , tecimento de agua, e . de exgottos da"
~ ... os confins do Es tado. a va ríola foi localidades do interior, iniciada pela
\'artida do s-e.u territorio e a -cifra 'das Engenharia Sanitaria, tem-se obtido a
vaccinações praticadas pelos auxilia- correcção de irregularidades perigosa"
res do Servi ço Sanitario, pelas munici- e m varias cidades. Conviria muito que
palidades e pelos clinicos, com lymphC1 ide ntica providencia fosse tomada em
•
fo rnecid a pe la Dil'e ctoria, elevou-se a r·elação a e.sta Capital , es-tendendo-se
mais de 9 0 d.OOO , no tríennio de 191 3 i tambem a rêde de exgottos á zona ur-
•
a 1915. I bana ainda não dotada deste melhora-
A continuação desta campanha pá.- mento.
I, riotica e h u manita.ria manterá a va - i• A adopção e a pratica de Um "Co -
o
doIa par.a $em.p re rufastada das f r o n~ ; digo Sanitario Rural ", que encerre dis-
te lras do Estado , onde essa moles ti" posições relativas á protecção do s610.
fez mais doe. 2. 00 O v·ictima .5. no decen · dos mananciaes, dos cursos de agua, á
, nio de ]~ (15 a. 1914 . co .. recção de accidentes topographicos
·
Contn~. a febre t.yphoide, que se ala~ ·· ' geradores. de fócos de mosquitos. á s
t rou por lodo o Estado, tendo pl'oduzi- cons trucções e á vida do campo, ã po -
do na Ca pita l mortífera epidemia, em- • licia s anitaria dos animaes, para im-
1
paganda nos meios agrarios mais ricos fecções cOllseqU€lltes e o ex-purgo da::;
e mllis productivos, onde as referidas casas vazias.
molestias, a começar pela raiva,' rei- Passou por varios l11elhoramentos
nante endenlicam.ente entre os cães va- complmnentares, de modo que- pÓde sm'
dios, fazem devastações lamentaveis. considerado um estabelecimento mode-
Assumpto da maior importancia e lar, graças á sua boa organização ~ b.~
que está exigindo uma solução prom- r.eprehensiveI funccionaluento.
pta, é o referente á prophylaxia da le-
pra, que, infelizm,mte, tem tomado
Instituto Bactel'iologico o Inst;·
tu to Bacteriologico, além dos estudos
grande incremento nos ultimos tem-
relativos ás aguas de abastecimento da
pos, pelo grande numero de doentes
Capital e do interior, continuou o pr,,-
que nos vêm de fóra. O Governo está ,
curados 719, falleceram 167 e 27 pas- teur foi entregue ao Governo do Es-
saram para 1916.
, tado pela Associação que o dirigia, pas-
Alguma.s ,dependencias deste depar-, sando a. fazer parte do Serviço Sani-
tamento foram reformadas e todas me- tario. Com a entrada desse n1}-VO de- ,
lhoradas. , partam8nto, ao qual será pf~-ciS() dar
'Desinfectorio Central O Desinfe- uma or~g~nisação de.finitiva . fiea fecha~
ctorio Central continuou a prestar re- do o cyclo da de,fesa. do Estado contra
levantes serviços, encarregando-se da as moles tias transn1issiveis. Pôde-se·
hygiene aggressiva, com a remoção, o iníciaf agora a obra de confederação
isolamento dos contagiosos, as desin- dos varias estabelecimentos. para a
" :. ..... ," " ". ' .. . : " '
513
514 -
doentes das.
differentes secções
. do Hos- Justiça e Segurança Publica Sup
picio de Juquery subiu aI, 464, O nu· primido o cargo de chefe de pOlicia e
m<lro de doentes da secção de trata- annexadas as funcções deste ás de Se-
mento, instaUada no Hospicio Central, cretario de Justiça e Segurança Publi·
foi de 697, sendo 354 homens e 343 ca, houve, por, certo, uma grandB. yan-
mulheres, Os restantes achavam-se dis- tagem para a boa marcha da adminis-
tribuidos pela primeira, segunda e ter- tração: a unidade na direcção de serVI-
ceira colonias, pela farenda Cresci uma, ços de caracter relevante, que fre·
. 'Com suas dependencias, pela fazenda quente mente Se tocanl -e se entrelaçanL
Velha e pela Assisteneia Familiar, Ao lado dessa vantagem, porém, SU!'-
Os insanos validos, que pódem pres- gem alguns inconvenientes, que não se-
tar serviços, trabalham em beneficio do ria difficil remediar, Sobreleva, entre
estab€lecimento, de accôrdo com as eUes, a accumulação pesadissima d0
suas aptidões. Esse trabalho é feito funcções, que demandam constante vi·
sem fadiga para os enfermos, que não gilancia e solicita actividade, num só
tSó passam o tempo mais suavemente. individuo, Basta considerar que a For-
como tambem auxiliam as despesas do ça Publica, a Policia da Capital e do
-hospício que os .acolhe. interior, cada uma de per si seria mais
Nenhuma epidemia reinou durante o ,, que sufficiente para occupar a atten--
anno no estabelecimento. Das molestias , ção e a diligencia de um homem. Ac-
Intercorrentes, a tuberculose foi a mais I crescentem-se-l'hes -agora ° departa'mell-
frequente, e será de grande vantag-enl to da Justiça, com todas as suas de--
qU<l ,cada secção dohospiclo tenha um i pende-ncias, a -dire·eção da ?enitenciaria,
pavilhão para tratamento dos portado· I a fiscalização da Cad'lÍa Publica, dos
res dessa terrível molestia. Institutos Disciplinar e Correccional , .
Os pensionistas contribuintes sã", dos serviços d<l Assisteucia, etc,; e ter-
Itctualmente, em numero de 31. Em se-á uma idéa approximada da enorme
1904, as respectivas contribuições subi· carga de responsabilidades que actua,
ram a 41: 300$000, que foram recollti- mente pesa sobre o titular da Justiça
dos ao Thesouro. e Segurança Publica,
A AsSistencia Familiar continúa a Penso, pois, que, guardada .a unida--
,
prestar bons serviços e vae sempre au- , de de orientação e sem augmento de
gmentando, de anno e:m anno. Existem, despesa, poderia ser confiado o encar-
no momento, 101 doentes nessa secção, go de mais direcl:amen te superintender
•
installada nos arredores do hospicio, os nego cios concernentes -á policia a um
no municipio de Juquery, funccionario, qu-e agisse sob a direcção
As despesas com todas as secções do Secretario da Justiça e como orgarn
•
- 515
vil Brasileiro, que trouxe modificaçõ~s so soldado bom alojamento, boa comi-
"0 direito vigente, e os estudos sobl'e a da, bom vestual'io, bom hospital.
refórma do Codigo CommerciaJ. tOra Ha, porém. unIa medida que não po-
«:~ m andamento no Congresso Federal, demos adiar: a creação de uma peque·
tornam mais nrgente ainda a decreta- na casa de sau<!e, nos Campos do Jor-
·
.
• ção dos Codigos Processuaes elo Estado. dão, para as praças aftectadas de tu-
'Para esse .co·mmettimento de alta 1'e- berculose. Infelizmente, não são rarool
.. levancia social e juridica, poderiam :::e1" os casos dessa moles tia na Força Pu-
utilizados, com vantagens, os estudop blica. E, até agora, os atacados do mal
já feitos pelo Congresso Estadual e os ficam quasi sempre ao desamparo.
· tl'a.balhos antigos e recentes de dIver- Não devemos cruzar os braços dean-
sas com missões {)fficiaes encarregadas te desse grave caso. Com pequeno dis-
• dessa tarefa. Com esse a hundante e pendio, não superior a 40: 000$000 ano
precioso material, e aproveitadas as nuaes. poderemos corrigir essa fa!h l
em a nossa q uasi modelar iostallacã"o
disposições ainda não revogadas 'dQ sa-
militar.
-
• bia regulamento n. 737, de 25 de No-
vembro de 1850, acredito que se po-
Nova Penitencial'ia - - Necessidade
deria fazer uma satisfactoria CO,nsoli-
das mais urgentes é a terminação das
dação de nossas leis processuaes.
obras da nova Penitencia.ria. Já nãO' le-
Ordem Publica -No correr de 1915 vando em conta o dever de hunlanida-
e nos primeiros mezes do presente an~ de para os sentenciados, ora em um-
I
, .
no, tem sido de completa paz a villa do I regimen desmoralizador que mais per- o
,
Estado, cuja população, civlllzada e or- \rerte OS pervertidos e que termina a
deira, é sempré um seguro elemento (l'e obra de perversão nos que ainda po..
defesa para a tranquillidade publica. diam se corrigir, tem o Estado a maior
A Policia exerce, aliás, severa acção conveniencia financ.eira, em remover pa-
preventiva; na Capital e no interior. ra U'Ill logar unico de traibalbo, disci-
e as medidas levadas a etf<lito nesse plina e ordem as muitas centenas de
incessante proposito têm su rtido a ·1e- co.ndemuados, que se acham nas ca-
s<ljada efficacia. deias do interior.
Força Publica A Força Publica Não será exagg.erado cateulai' em
tem-se conservado no mesmo apuro d oe cêrca de mil cont.os annua;e.g· a econo-
disciplina e instrucção, em Que a dej- mia resultant'e de'S>Sa transfeT'encia.
xou a Missão Fl'anceza, a9 retirar-se pa- ICU'mpre ir estudando, d·eSde já, o
ra " Europa, por occasião de declarar- reg,m<ln penttenci'ário que t.er·e:mog de
se a guerra. appHcar em o no-vo estahelecimento ..
Estão em andamento, dentro dos li- procUl'ando concil'i"r, quant.o posslrel,
mites da maior economia, varios mc-
as exigeticias de nossa "egislação p.e- -
lhoramentos em quarteis.
• nal -cum os .enEdnaru,-ento.s da sciencia·
Realizar-5e-á dentro em breve uma moderna s·obre tão ,delicada e impor-
das grandes aspirações da Força Pu- tante ma<béria.
blica: - - a constl'ucção de casas para I •
co nf;jd ~:"t",\ velmentedo , quadro dos õ '~ ' eia Policia l estende. cada vez mais . . a
Hctot:> os furtos, e 06 assaltos â -9foprie- sua. ",,·pIlera
.
d·e benefica acção. IDmbo_.
"ade. ra ..por seu caracter de'\"esse _tal gervi~
- . - .
O pr;'meiro deosses Institutos, s itU'a- ço i-ncu'mbi-r, de pref.ere-ncia, á Munici-
do no bairro d·o Belemzi'nho , nesta Ca- palidade não podemos hOje dispensaI-o
pitaL ap'ez::J,r das amlP'Vações e refór- antes, temos que ampliaI-o constante-
mas 'dtectuadas du-rante a passada ad- mente.
'ministra.ção. não tem mais espaço pa- Novas in.staBações se fizeram ainda
ra receber novos d·etento6. Sua l"otação l'eClenteunente, na PoHc!a Centrai, de-
esta coom.!>leta, com 202 menores. F·e- monstrando o cuidado Que- e&Sa repar-
lizmente., a. c;ba-Be q'uasi conclui'do o tição nos cnntínu'·a a mer'8-cer.
ecHfkio do Instituto Di'SCi'plinar de Situa.ção ecollomica. -- A confla-
Mogy-..Mi ri·m, que importa fQzer fu"nc- gra.ção eU·l'o-péa. que tão gravemente
cioDa.! brev,emoente. está p.erturba!ldo a vida dos póvos, nãO
·ColDiprehende-se 'f a cillll1ente que ne- abateu , -en tretanto. o anim·o resoluto
nhmn sacrifício é melhor recompensa- e ' empre1hendedol' dos nossos c-onterra-
do do que aqusUe que se "m.prega na ueos.
cr,eação e . manutenção de estabeleci- I Apesar de entraves de toda ordem
mentos dessa natureza. O pequeno d.e- , taes 'como retrahimlento de capitllles
li"l>quente, (I p'equeno d'oooccup",do, re-
muvi<los que sejam para. ' u'll\. meio de
I
, encaJ.'edme!lto da frétes, ·oocassez de
•
b.raços e de tran·sportes, a n'ossa pro-
trabalho e moralidade. quasi sempre d ucção crssc.eu, ·n.o anno findo, de
se regeneram. Forças perdid·ss q lI'<, I
m'o4o muito li·song>eiro. A lavoura, o
eratm lpara a ·sO'Cil2-dad·e. ·p ara e lla vo !~ I, com1m.ercio, a'S indu'Strias ID'anu·factu-
tam revigoradas e sano r-eira's e a pastori,l continuaram a d-es-
•
Não dev.e , porém, o Estado. creIO dobr<lr-"Se sem remissão, ampliandO
eu. d.eixar a obra. inco'mpl!eta. 'rem.as o dia a dia a nossa capaCidade ,pl'odudo
Instituto do B-ele'IlJ.zinho e vamos t e r 0 T8..
• •
v-emos. p.Qr l'SSO, con)'ugar os DOS'S'OS de de~ejaT, ao coilvit-e {fa Secretaria
. . .
oesfol'9<YS para augmOóntar
m~l'h<;>res da Agricnltura para a impo.rtação. d.·
por todas as formas a nossa produc- repyoductor:e:s, oo.m o auxiUo do Es-
ção, nos ·seus 'multipI!(}'s< ru3·p ectos, ''' p.or- tado. Em, con'seq \Jen~i'a, dehberou o
que - - não a'erá d,emai.s r.epeUI-o no gO'Vlerno m'andar adquirir, por sua -con-
augmento progress'ivo de m<;>ssa rique- ta, um certo numero de exemplares.
za exportavel é ·que repousa a base ·bovin-os e suinÓ'S. aChn de iniciar a
mais ·solida para ID'BI'h orla. de nossa..::; criaç1tó de reproduct.ores de raç.a , que .
•
finamça" e para <;> 'coonpl~to restabele- possam ser vendidos já ace,l'i:mados. a<>s,_
. cimento do equH'íbr.i'o orçamentario". criadores do. Estado.
Diminuir, portanto. -o. custo da pro- tAssim agind.o, não entende o gover.
ducção pe1a abundancia e pela bara- no abandonar o proceso de selecção-
teza d'. braç<;>s, 'pela red ucção de f,r<!- que. ha an·no&. vem IpraHcando. no in- •
·
~es , p.ela factlidade d·e credito a juros tuito de tlxar o tyPode puro sangue
mod'i cos e pe·la 'minoração gradual das crioulo. Esse jJ.TOCeSS<l que constitue
taxas de portos e d'OS -i-mpostos ql!e ev-id.enlJemren-te uma das faces mais in .. .',
"
•
surt{) de n-o'S'Sas índ \lJStrias; realisar. da parte do governo, quer da dos par-.
por meio de uma propaganda activa
.i
'.;;
Ucwla""",, a eonvenioo,te attencão. Ma,$. •
·
e inteUigente, a conquista d" novos co.mo 08 'seus resultadospraticos são .~
D'l.Je'T'cadÜ's consumidor-es :para os nos- morosos ·e u.r~e. aprov:eitar as condi- ';
".;.
sos prod'uctos, ·e is todo um pro- ções. exce·pclona:lmenoo ia voraveis dI> ,
,
•
operação esclarecida. •
:,:
IDlenbo representam medidas . que, exe ... ,
.,
q
Industria pastoril () serviçO de cuiadas eom·co·n rlttantemente co-m *"
industl'ia pasto.df continua a prestar ~Jlecção, pel"mittirr-ão. ~ ao tf:osso ga<l<;< :1:
"•
-c
á p'e cuaria ipau],j~ta as uUlidades com- ooncol'I:et' . com va.ntagem Si 'SieID de-- ,;';
·•.
pat1:v1eils -com a sua aetual organisação. m·ora àos ·m·8l'1cados m.uudia.es. · -;
•
•
·
.Mtendeu em grande numero a con· l'J'oImam-'S!e, dest' a'rte,re<c<>m m,enda .. ••
sultas sobre criação; distribqiu 26.000 vei<; ao vowo estudo e deliberação as •
d&s.es d", vaccina ' contra o carbuncu,Io con<l!usões do memoria l que; sobl"a ee-
•
sympwmati-co esu!per:intendiSu ao <le impol"tante assumpto foi, nos uUi.
fU1Jeciona:mento regular da fazenda mos dlas do quatriennh) findo, apre-
de Nova Odessa, d ..stinada ao melho- sentado ao meu illustre a'lltecessor, e·
ramento do ga'do nalCional, do Hara~ que assilm se podem r·e$u,m:i·r ~
de Pinda.monhangaba, onde se faz >I
criação dlQ -cava!llo :para tir·o '2 seUa, :1) ·esta\bellsoi1m'snto. .e-m ZOlla5
e d·as oito estações de monta actual- ooequa.daj;, <lie ,fazendas
mente exi.. tent.es em d;.fterentes mu- ofiodei'Os 'p'a l'a a criação de·
ni·cipios. rep-roduct.ores bO'\-i.nos de
Ou po"'lue ~he8 ·f alta:ssem · os ·"s.cl.- puro sa.ngu'9, ,por ' se.lecção ·
•
re-cimentos neeessari'oo, ou po,rqu-e re- ou por ·c ru.zamento: .
•
•
'" ", .. ' ,,' ,
..
1'.0. são entre n6s de custo re,lativa~ I podia d:ils;pôro governo paTa com,pe-
mente ~levado. lir . as respectivas em-pres·as a reduzir,
Não foi 'feito até agora. com a "13'0- ~s :SIUalS' tarifa·s: o resUllltad,o da'S in-
roca'bana Railway", o contracto espe- vestigações então realisadas fo,i nega-.
cialde cO'lonisação de que wgita a
•
Uva, não· -só po.fique ne-m t~da\S as: con-
escri'ptura d:e arr:e·nda'mlento des-sa es- c:es-sõ·es era'm ·ea:tadua·es, cam·o tamlJ.e·m.
trada. estand'O aÍlllda por fa2ler. d~pen pOrlque os contractos vigentes nessa.
dente de Se eombinarem as Tesveeti- época não outorgavam ao governo ü
vas bases. o contra'cto de eolonisaçãc !direito a qualquer iniciatirva 'provei-
das t'e.:rTas margina·es da estrada de tosa.
. .
f'&rro di" Santo,s a Santo Antonio do .Desde logo. a en'campação das nos-
Juquiá. mediante concessão de a",,.as sas Jlrinc'iJpaesvias feIT~ começou
.
devolutaJs. a ap,par,e.cer CO'ID,O o· unico recurso e 3.
•
O contraet.o· para a colonisação ia- unica ~<>"ução para ·éste vital proMema .
. poneza na zona {Ia Ribeira não pôde
Roi'e. porém. 'I")ssa medida não seMI!.
ter começa de execução, .porque ainda I
aconselhada tão somente p&la 'face
não foi pos'S'iV'sl encontrar, em u.m 1
nnilateral: dos fretes. Outros factos a;
!:fI'<leo suffident'e. as terra·s concooi-
i'mip-õem '9 dão-lh's um caracter in,g.tante"
{Ias por lei á companhia controctante .
e ne'c:eoSOOJrias para _permittir a ·form.a- o.s capitaes
.
estrangeiros af1lluiram
I
'.
uão hou,""em ,S. Pa'Ulo goV'e.:rno al- o queconstit:ne o ma"s valioso attes-
gum. de vinte annos a esta ,parte. que tado de no~'sa operolsidade e d~ nos's,,"
•
deixa:s'se de -consid'8f'ar o assum:pto, in- energIa.
teres-sando-se. por esta '1> outra<; for- N(} . anno fill'(lo, houve o accre-s-cinlO
mas. pela sort..~ da lavoura. principal de 142 kilometros na viação . ferrea
fonte de nossa riqueza. . do Estado, ·elevaJUdo-se a·sSim. a 6.279
O .mal, por.ém. vem de Ionge, Já em kHom.etros 'a cifra do de'Senvolvhnc-nt)().
1900.examil1ara-m-.se t"Iios os cc>ntra" t&taJI ,da rêde ferroviaria, -em :~ 1. de
etos de concessão das estradas de .ferro Dez'e'mb-r-o daqueHe anno. DeSoB1C lot.a:J,
paulistas, afim d,e ve·r de que re'Cur-sos 4.355 kiJo"Irl etros peroouC'ern a -em pre..
•
522
523 -
para. que os poderes publicos do Esta- raes e a tingua ingle"a, visto ser a ti-
. .
,do, com previdencia e acerto, adoptem teratura norte-americana a que mais
med-idas que, em tempo habito conju- interessa ao curso da escola.
rem tão graves males. Ensino Agricola
•
A divulgação·
Escola AgrÍ<'ola ""Luiz de Queiroz" dos conheGlmentos praticos de agricul-
- Tendo sempre a sua attenção volta- tura continuou a fazer-se por meio dos
·da para. o a.perfeiçoamento das condi- campos de demonstração, localizados
ções do ensino agricola na Escola" Luiz nos estabelecim.mtos officiaes e nas fa-
de Que.iroz·~, o Governo continuou a zendas e nucleos coloniaes.
,
apparelhal-a com os • meios n,ecessarios Foi objecto dá maior.attênção o cUl-
:para a perfeita regularidade de seu tivo do algodão nos campos creadós em
•
funccionamento. 1911 e em propriedades particulares,
Assim, ficou terminada a installa- tendo-se feito, ao lado da demonstra-
·ção do j:abinete de' Physica Agricola, ção da cultura mechanica e economi-
no amplo local que lhe fôra destinado; ca, a distribuição das sementes ali co-
os laboratorios da cadeira de Agricul- lhidas.
tura" dotados do material indispensa- São em numero de quatorze os cam-
vel, permittiram a realização, no se-
pos eristelntes e estã-o assim distribui-
gundo semestre. de trabalhos de phy- dos: um na linha Funilens·e, quatro
Bica do só1o; foram desenvolvidas as
. . na Paulista, oito na Sorocabana e um
culturas demonstrativas da Fazenda na Central.
Modelo. da venda de cujos productos
se vae apurando razoav.el renda. Instituto Agronomico eon tin u o u
,
Ifios'
. -'" .-
do' ·sr. Presidente
.. ... ,. ..... .
' da Republica . -
. , . " . . .- - - •
'Para ' . os'."éong'r' esBos agrícolas do Es- rios e sobre as sêccas e outros pheno-·
-
, ., ",.- . . " , . o". - • • . , _ . .- , .
tiiCloe bem assim para os de producto- menos que affectam a lavoura.
" ... .. •
•
- - 525
Março do cortente anno, o Serviço Flo- Por esta fórma, o Serviço' Florestal,
festal distribuiu 4.582.973 mudas, o entregue inteiramente ás suas funcções
que dá uma média annual de 916 _594. proprias, terá mais ensejo para prose'
A distribuição de arvores fructiferas, guir na sua tarefa de impulsionar. a
feita pela secção de fructicultura, re- sylvicultura em São Paulo, intensifi-
centemente cr.eada, elevou-se a 49,695 cando o trabalho de reflorestamento
•
exemplares de 36 especies diversas. das terras pertencentes ao Estado, co-
A partir de Março de 1915, com o mo as da Serra da Cantareira, da ba-
fim de incitar o melhor aproveítamen- cia do Cutia e outras. Estudará, além
to das mudas de plantas fructiferas, . disso, as medidas convinhaveis para
resolveu o Governo 'substituir o syste- impedir, a devastação das mattas, co,
ma de gratuidade pelo de venda, por mo se faz urgentemente necessario, á
preços infimos, porque a experiencia vista do que se verifica na Serra de
havia comprovado que essa gratuidade Santos, onde foi de mistér a interven-
muito influia pal'a a perda de grande ção official para cohibir abusos. .
quantidade de exemplares, abandona-
dos nas estações de destino ou planta- Defesa Agrícola O pessoal encar-
dos sem o devido cu idado. regado do serviço de defesa agrícola
esteve, durante parte do ann() findo.
Convém notar que esta medida não
provocou a diminuição dos pedidos de occupado na extincção de gafanhotos,
mudas, pois que dellas foram distri- em -varios municípios do Estado. Para
buidas 31.049; gratuitamente, em __ _ isso, foram os inspectores agrícolas
1914; ao passo que, em 1915, foram
I
,
munidos do apparelhamento adequado,
expedidas, mediante pagamento, .. ".. . ministrando aos lavradores esclareci-
49 _695, na importancia total de ... . mentossobre o modo de utilizar o ma-
9: 887$20'0_ terial e de de bellar a terrivel praga.
A cargo do Serviço Florestal conti- Terras Devolutas Proseguiu ain-
núam os trabalhos do Horto Tropical da, durante o anno passado, o s-erviço
•
de Ubatuba, da Estação Biologica do de discriminação de terras devolutas,
Alto da Serra, do reflorestamento da operando. em diversas regiões do Es-
Fazenda da Chapada na Serra da Can- tado as tres commissões incumbidas
tareira e ·do Campo d€ CaféicuItura. desse serviço e com jUl'isdicção nas co-
As secções de fructicultura e de ca- n;tarcas da Capital, Santos, Mogy das
•
féicultura não estão bem situadas no Cruzes, São Sebastião, Santa Branca,
Horto Florestal, não só porque"o cli- Santa Cruz do Rio Pardo, Campos No-
ma ali não lhes é favoravel. como por- vos do Paranápanema, Rio Preto, Agu~
que a sua transferencia é indicada pe- dos, Baurú, Lguape, Can·anoo e Xirí-
13, necessidade de não complícar os -
fIca.
.
Existem, por outro lado, grandes ex- entre São Paulo e Jacarehy, e, benl
tensões de terras, cujo processo de~ assim, do sub-sólo
.
da Capital, na par-
mar.catário (:orreu sem e-mbaraços, mas te Central, entre os valles do Taman-
que, offerecidas, á venda em hasta pu- duatehy e do Anhangabahú.
blica, sobr" a base do preço minÍ!no da
llluminação da Capital O nume-
lei, não encontram licitantes.
ro de combustores de gaz de illumina-
Commissão Geographica e Geologica ção publica foi accrescido com 102 fó-
Os trabalhos da Commissão Geogra- cos permanentes e 20 variaveis, o que
vhica. e Geologica continuaram com produz um total de 9,396, sendo 9.002
menor intensidade, devido ás medidas de illuminação permanente· e 394 de
restrictivas tomadas pelo Governo. variavel.
Os serviços de triangulação partiram Attendendo á solicitação da Prefei-
da base Campo Alegre-Ityrapina - tura M\lnicipal, foi autorizada a illu-
desenvolveram-se pelo meridiano de minação, por electricidade, do Miradou-
5" ,20' W. <do Rio de Janeirü, até as ro recentemente inaugurado na Aveni-
proximidades da cidade de Barretos, da Paulista.
no parallelo-20' 30' S.
Serviço Telephonico Durante o
Os trabalhos topographicos foram
anno, fizeram-s.e quatro concessões de
effectuados na região comprehenodida
novas linhas telephonicas, todas sob o
entre Itapetininga, Serra do Paraná-
regimen da lei n. 1.1, de 28 de Outu-
piacaba até Apiahy, na contra vertente,
bro de 1891.
-estrada de ferrQ Sorocabana •
e Itararé
e, bem assim, na zona correspondente Agua e Exgottos da Capital - A ca-
•
á folha topographica que se denomi11f- I reneia· de agua, verificada nos annos
rã São Simão. anteriores, manifestou-se aindã· enl
Foram publicadas a planta geral da 1915, devido á .excepcional estiagem.
cidade deS. Paulo, as folhas topographi- Os mananciaes continuaram muito re-
cas denominadas Caldas " Rifaina e a duzidos em sel! volume normal, que
.
carta· economica, com indicações sobre depende de chuvas abundantes e nem
.
agricultura, commercio, industria, co- distribuídas durante os varios mezes
lonização e instrucção publica. do anno.
Publicou-se, tambem, o relato rio da Acham-se em via de conclusão as
exploração do Iittoral, 1. a secção da obras de captação do Cutia, para refol'-
•
.tal do Bele mzinho não pôde ser con- ainda a fiscalização do abaatecimeut<t
cluída por falta' do materíal necessario, de agua áquella cidade, . contractauo
'cuia acquizição · tem sido dlfficultada com a "City of Santos Improvements
pela guerra. Company".
•
•
a) ponte de madeira sobre o rio continuação de zerviços iniciar!os em
Paranãpanema. em Porto Un~ão, pro~ exercicios anteriores. Assim, a cons-
xima á estação de Ourinhos, na divisa trucção dos edificios para escolas nor-
deste Estado com o do Paraná. Esta maes de São Carlos, Botucatú. PIracI-
ponte tem 184,m50 de comprimento e caba e Pirassununga, continuaram em
as obras foram contractadas em 15 de andamento. O edificio da escola Nor-
Maio de 1915. Acham-se em andamen- mal de Botucatú foi inaugurado em 24
to e devem ficar cone] uidas no cor- de Maio proximo passado e os ,las e8-
rente anno; colas normaes de São Carlos e de Pi-
b) ponte sobre o rio Parão, na racicaba estão quasi concluidos.
estrada de Barrêtos a Guayra, coio. .. Foi contractada, durante o anno de '
230,mOO de comprimento, tendo ainda.
1915, a conclusão dos seguintes edi-ri-
7 pontilhões e 2 grandes aterros, por cios: cadeia e forum de Itapetininga,
serem as margens do fio sujeitas a en- Villa Bella, S'ertãozilliho, Franca, Ba·
chentes. Os serviços foram contracta- tataes, Pindamonl\angaba e postos po-
dos em 20 de Outubro de 1915. As liciaes de Altinopolis, São Miguel Ar-
obras estão em andamento e tambem cbanjo, São Sebastião do ·Turvo , Vi-
deverão ficar concluidas no corrente radouro, Serra Azul e São J03!Cluim,
anno. não estando terminadas, apenas. a.s
Além desses dois' projectos, cujas obras de ItapetiniÍlga, Vira douro. F'ran-
obras foram contractadas, outros fo- . ca e Batataes. . '
ram feitos e adiada a sua execução pa· I As obras do Palacio das lndustrias,
ra occasião opportuna. na Capital, vão tendo um andamento
Concluiu-se a ponte sobre o rio Pia- muito moroso. Póde-se dizer que o Es-
guby. na estra:da de Guaratinguetá ,. I
tado até hoje pouco dispendeu nessa
•
Minas, iniciada em exercicio anterior. I construcção, a qual Veln sendo custea-
Foram feitas diversas obras de re- da com os donativos das Estradas de
..
paros em estradas e balsas, assim como Ferro lngleza, Paulista , Mogyanae
a reconstrucção de pontes e pontilhões. Sorocabana. .•
Continúa em andamento as obras de Convém, talvez, não deíxar as -obras
reconstrucção da estrada Vergueiro, assim estacionarias e proseguir nellas,
entre ,são Paulo e Santos. afim de corresponder á boa vontade
Tambem mandou o Governo execu- daquelIas empresas que, tão solicitas,
tar as obras de reparos da estrada de acudiram ao nosso appelJo . .
Barretos ao Porto do Tabôado via N e s s e ed~fioí()'1 potderia'm.os, COlL
. .
Rio Preto • já tendo sido concluido grandes vantagens para o melhor co-
o serviço ' que foi contractado com a nbecimento de nossa capacidade . pro-
Companhia Paulista de Estradas . de ductiva, insta llar, ao lado do mostrua-
Ferro. Essa estrada de rodagem tem rio 'propriamente industrial, um museu
312 kilometros de extensão, sendo do- agricola para exposição permanente
tada, de distancia em distancia, de be- dos productos da lavoura paulista.
bedouros para
. anirnaes e de
. rancho. e Secretaria da Fa.zenda e Estações
mangueiras para pousos, facilitando Arrecadadoras A arrecadação re-
assim, o transito
.
de boiadas que, de, . guIar dos- impostos e a sua rigorosa
Estado de Matto Grosso, demandam as appUcação, r epresentam do facto!'es im.-
invernadas de Barretos ecircumvizi-
• portantes da normalidade da vida fl-
nhanças. nan·ceir-a do Estado, continuam a ser
Na parte referente a edifícios, as · obJécto de preoccupação constante . do
obras mais importantes foram as de Governo.
•
529
na-se preciso que hajà absoluta confi- mento na offerta e na venda dos tI- ·
ança por parte do publico, fUlndada na tulos.
serieda.de e na: exactidão com que se- Empl"cstbnos nlunicipaes Aests,
531
proposito, devo ainda solicitar a espe- !Com a i'l11·p ortancía d~U es . oc-ct) r, r ~ r a OS
eial attenção do Congresso para a si - ' 'gastos da administração 10001.
tu ação de algumas municipalidades E' a conselhaveI uma provide ncia
que, confiando d.emasiado em seu cre- que, r e sa)vadas as concessões porv-en-
. .'.
"Uto e cO'ntra.hindo emprestimos d e tura existentes, abl"1gue os ffil:l:n.í cipios
c~teio superior a'DS propri os re'curso~, e o E s ta do contra evelltua,lidades de
estão hoje em mora no pagamento de desa,grad a veis conseQue n·cia:::;.
alguns semestres,
Fisca.1i7..ação de lot.erias - -- A fisc3.*
Essa impontualidade. s obre trazer
I lização da lote ria do Estado res e nte-se
em baraços para a vida dos lU unicipios,
de falha s , m e rcê das quaes, ço m grande
ve m reflectir-se, de modo nocivo, so-
prejuizo para os contractantes -e para
br a o credito do Estado .
o Thesouro , são vendid os, dentro dO'
A lei n . 1.09'4 de 23 de Outubro de
nosso te rritorio , bilhetes de lot ..
e rias de
1907, estabelece u, cO'm" limite maximo outros Est ados.
,
longo prazo. do, cr€dito agricola para moeda ,na-cional, lnuito contr·ibuirda
custeio das propriedades, dos descontos • para alliviar os prestamistas dos en-
e redescontos de titulos e da cau~ão cargos a que ora se- tem de sujeitar.
I
de "wá:iTants l~ • I, O Governo está habilitado. pela lei
•
533
quasi impossivel . será levar a efteito " desses institutos, agora e"pur~adosdos
•
simil!hante operaçÍi.o. vicios , e falhas que occasionaram o
No empenho, porem, em que está. o mallogro dos primeiros ensaios.
Go"erno de fornecer a todas as fontes As cooperativas agricolas ou caixas
. de producção os re'cursos necessarios rl1raes. constituidas pela associação dos
para o seu dese nvolvimento, que im- la vradores e ligadas ' ,a um estabele-
porta em accrescimo da fortuna do Es- cimento· central, que exerça sobre el-
tado, providienciará opportunamente, las relativa superintendencia' e lhes
e pelos meios mais -convenientes, para proporcione os fundos necessarios 'p ara
que sejam satisfeitas essas legitimas o seu regular fuucc·iona.mento, repre-
aspirações. ' sentam, elementos da maior efficacia
rEm.trementes, penso que, com as 1'e· I ua expansão do credito agricola.
servas
,
de que possa dispor o ThesourO , ;Alem das operações de ' credito, que
e com O concurso de capitaes colhidos
, ,
lhes sejam facultadas para provimento
nas economias do povo paulista, fiqne dos recursos tndispensaveis, · as caixas
o Banco desde logo apparelhado a vir furaes poderão tam·bem recolher as
ao encontro dos desejos das classes pequenas economias realizadas nas ci-
ll'roductoras, dades do interior, com a obrigação de
,
Obdecendo a esses propog.itos, o 'd evolverem-nas á circulação. em ap-
Governo facilitou, com a sua respon- plicações reproductivas e em proveito
sabilidade, um em'PI'estlmo. de . . . da lavoura e das industrias locaes.
10.000: 000$000 no Banco do Brasil, Esta forma de mutualidade, que en-
affectando-o principalmente a attender tre outros povos tanto tem prosperado
ao custeio da lavo ura no .corrente 'h a-'de ' forçosamente implantar-se no
, "anno., •
"
nosso Estado .
(
Cooperativas agt1colas A inicia- A' iniciativa dos particulares e das
\ tiva particular paulista, orientando-se I classes interessadas não faltarão, pOr
.
" na bcção de outros povos, procurou, certo, o apoio e o auxílio dos poderes
"
-com. vJgor e perseverança, ' resolver, publicos.
" pela mntnalidade, o prOblema do cre- Caixas economicaB Emquanto na
dito agrícola. !Europa e na America do Norte as cai-
. ' (ls Bancos de Custeio Rural, funda- xas ecouomicas são iustituições livres
dos nas pr,ineipaes cidades e centros ou simplesmente fiscalisadas, cujos
agricolas do 'Estado, estavam já pres- . depositos 'voltam immediatamente á
tando relevantes serviços á lavoura, circulação, para serem applicados em
afigurando-se a todos que
, , .elles, dentro
'
fins reproductivos e em beneficio da
·em brev·e, -viriam satisfazer, por comple- lavoura, do commercio e da industria
to asexígencias do custeio das proprie- no Brasil, reguladas ainda , pelos pr!n-
" dades .'a gricolas. c·iVios consagrados na lei n. L 083 de
Defeitos de organização e, quiçá, 22 de Agosto de 1860, elIas não pas-
•
falta de uma severa vigtlanc!a no ', mo- ,sam de méras agencias ,
cYfficiaes de
vimento desses estabelecimentos, fi. , emprestimos ao Governo·,· o qual, otn
, ' ,
': . zeram com. que elIes, fr~8trando a sua vez de empregar os fundos recolli!do"
missão, se arruinassem prematura- no 'desdolbrwmento' da ' riqueza nar:I .. ·
mente, nal. se contenta· em applical-os, q tllt.n{
, ' ,
O desastre occorrido ,não deve, en-
.
sempre, ao pagániento ·· das d08pnlUltt
tretanto, desanimar aos particulares e publicas. "
aos' poderes
, '
publlcos. De sorte- que. a,lié-m de drO IlH I't:, 111
Convem insistir no restabelecimento para (i· c·entro ·as ·economias arnwll.,lh ;·
534
.
dada ou nas despezas
. '
, •
ordinarias
. ,
do • • <
claramente dispoz, nos arts. 7 e 9, que '
Estado.
".
.,
535
(~ P. pr oc ed en cia ex tra ng eir a, dir eit os
• ,Pa ra att en de r ao s Oll US or iun do s d/e:
de en trr ud a e sah<id.. de na v;o s. , ta- ,
. . - 536 "-
" •
, . . , . · , ..
-
Uma revisão das tabellas dos impos- • : . • • '. 1
Em 1911, ' a receita geral do Estado
-t08 sobre o capital das empresas ~ das foi de 63.946:167$091; em 1912, de
. sociedades anonymas.; . dos. impostos de 75 .' 640 : 562$561 ; em 1913, de .. ... .
•
commercio , de
.
se110
. . .e viação e das ta- ' . . .
76.007 : 986$377; em 1914, de . .. .. . .
•
xas doe expediente, assim como uma 65.711:403$534 e em 1915 elevou-se a
remodelação completa no processo de 77.8·97:331$·36,5, conforme o balanço
arrecadação do . imposto sobre predioa ' .
encerrado a 31 de Dezembro.
·
rusticos e outros, .são medidas , indís- A receita 'ordinaria de 1915 foi •cal-
pensaveis para...melhor "
,
e mais
' -
equita- culada em 65.655:000$000 e a extraor-
.
·tiva distribuição " .d,elles e para maior ". dinaria em 8.830:000$000, tendo sid o
receita do Thesouro... effectivamente arrecadadas, da receita
Situação Financeit'a As Rendas
ordinarla, a quantia de 70.134: 774$36 3
Publicas Apesar das enormes diffi- e da extraordinaria, a quantia de . .. .
. culdades, creadas pela guerra, .
e da 7.762:557$002; formando assim U1ll
sensivel reducção feita · ' .
. pelo Congresso " .t otal de 77.897:331$365, superior em
no valor officlal do café, que serVe de 3.412:331$365 á receita orçada.
base para a cobrauça da principal fon-
.
.. "
•
•
•
•
•
•
•
. ". , ,
•
•
•
• • •
5J7 -
!tENDA I
-.----c------.
Orçada I : Arrecadada
I "
.
• . r
ORDINARIA , I
Direitos de exportaç~o .. 35.140:000$000. 41.294:615$578 !
Taxa de expedient.e . . 100 :000$000 112 :094$162
Imposto de transmissao inter-vivos 8.000 :000$000 6.444 :287$170
Imposto de transmissão caus&'Omortis 1.200:000$000 1.818:962$044
Sello do Estado . • 1. 350 :OOO$ÓOO 1. 400 :251$277
Imposto de viação. • • 2.200:000$000 2.084:615$900
Imposto sobre prcdios 11;1 capita! l' taxa
de exgottos . • • • • 5.000:000$QOO 4.972:726$884
Taxa de consumo de agua • 3.800:000$000 3.640:694$968
Taxa de 11latricu~as . • • 300:000$000 322:209$900 I
Venda de terras publicas • 400:000$000 169:455$864
Cobrança da divida activa 1.200:000$000 1.102:422$178
Taxa addícional .. 1. 850 :0.00$000 1.755:357$644
Imposto sobre propriedade immovcl . I 200:000$000 158:343$786
Imposto sobre o capital commercial. .
I
1.100:000$000 1. 080 :156$640
Imposto sobre o capital de empresas i11- i
dustriaes .. 150:000$000 149 :757$152
Imposto sobre o capital das sociedades
anonymas . . . . 1.000:000$000 1. 224 :760$183
Imposto sobre o capital particular em- ,
pregado ·em cmprestimos. , I 1.200:000$000 1.019 :980$930
Imposto sobre o consumo de aguardente 750:000$000 727 :073$473 i
Taxa Judiciaria.. . . , 300:000$000 301 :666$525
Taxa sobre feira de gado.. . i 5:000$000 -
Imposto sobre terrenos em Santos. .. il 10 :000$000 -
Imposto sobre subsidias '--' vencimentos ~\ 400:000$000 355 :342$105
.
EXTRAORDINARIA il 65.655:000$000 70.134:774$363
·". •
~
Jndemnizações . • 6.800:000$000 5.590:915$746
Receita eventual • 500:000$000 663:201$926
Renda dos estabelecimentos • 11 750:000$000 745:939$330
Imposto sobre loterias . • ,~ 780:000$000 762:500$000
I
• ,
RESUMO ,i• 8.830:000$000 7,762:557$002
Renda ordinaria . . • • 65.655:000$000 70.134:774$363
Renda extraordinarla • • • 8.830:000$000 7.762 :557$002
•
74.485:000$000 77.897:381$365
- '.. .. . .'
- 538 •
..
.
.'\s Despesas do Estado -- A despesa quantia de 9.463: 633$136, dispendlda
ordinaria do Estado, fixada p'ara o án- CO-in serviçós extraordinarios da capta-
..o .de
,
1915 em 74.480:499$836, e16- ção de agua do Cutia e do prolonga-
vou-se a 92.6·56:443$534, conforme mento da Sorocabana, os quaes, tendo
ba.lanço encerr·a.d,o em 31 de Dezembro creditos especiaes, foram. entretanto.
•tltimo: c}l.steados pela renda ordinaria .
I
o excesso de despesa provém: na Se- O' Equirlibl'io Orça-mel1t.al'io - A ~i ri·
-eretaria do Interior, -de gastos extraor- gorosas economias realizadas no exer-
dinarios com soccorros publicos, hospi- cicio passado e as severas instrucçõe~
cio de alienados e subsidio aos mem- dadas pelo pre,:laro ex-presidente, para
bros do Congresso; na Secretaria da o corte pro['un ',~O naS despesa.s, levaram.
Justiça, da alime.ntação, vestuario e a situaQão d0 Estado ao quasi equilí-
•
-eurativos de presos pobres recolhidos á brio orç,amB:i.1tario.
Pen1irt.enciaria e ás prisões do, Estado, e Urge pro:-;eguir, (üm firmeza e per-
·de detentos dos Institutos Disciplinar 8evera~ça, nessa sabia orientação.
e Correccional; na Secretaria da Agri-
Economisar a todo o custo foi.
cultura, dos serviços de captação de
, na ordenl financeira, o primeiro dever
aguas do rio Cutia e do prolongamen- . ,
que me lmpuz a mIm mesmo e que
to da Estrada Sorocabana; e, final- •
'poder que a executa, visando reducção fez diversas operações de credito, das
'<los gastos ás indlspensaveis necessida- quaes restam os saldos constantes de. ·
·des do Estado. conseguirá, bem depres- te balanço:
•
BALANÇO DO SERVIÇO DA DEFESA DO CAFE', AO
ENCERRAR-SE O EXERCICIO DE 1915
ACTIVO
Cafés al"lnazenados:
da venda de 1.274.236 saccas de 60 kilos do
I
café existentt em Marselha (saccas 57.651),
e . no Havre (1.216.585 saccas), equivalentes a
1..529.083, 2 saccas de 50 kilos, de custo, para
. o Estado, de 42.496 :240$699, e avaliadas pela
.. cotação ·do H a vre de 70 francos, por sacca -de
50 kilos, ou sejam 1\4.681.240 francos, equiva-
• lentes enl moeda ingleza, ao cambio de 25,20, a Ib s. 4.247.453- 6-8
Vendas de cafés:
.
apurada da venda de 1.832.530 saccas
de cai.<' dos stocks de Hamburgo, Antuerpia,
Trieste c Bremen, 124.445.362,05 marcos. ao
cambio de 20,40 . • • • • • • Ibs. 6 .100.202-17- O
J. Henry Schrõeder &. C.o:
a favor do Thesouro nas contas do
serviço dos. emprestimos de libra s 7. 500.000-0-0
e libras 4.200 .000-0-0.. . .. Ib s. 451. 348- 4- 3
Société (jénérale de Paris:
fa\<-or do Thespuro na conta do serviço do
. ét.
emprestimo de libras 7.S00.000-0·0 e 2.898.957,49
francos a 25,20 . . . . . Ihs. 115.043-14- O
Banque de Paris et des Pays Ba.:
. idem, 592 .363,04, ao mesmo cambio . • • Ibs. 37.847-00- O
• • • • • • • • • • Ibs. 11.647.271-00- O
'promover l!. defesa do café, que é o seu haveres que figuram, no activo do qua-
melhor pl!.trimonio, o Estado, para pro- d1'o acima, com o valor de ........ . I
.seguir nl!. execução do plauo adoptado, ! 10 . 951.895-1-11 , hoje accrescldo com
',';>.. ,. . . . .- -
540 -' '
. . -' ..
- ,
•
Brasileira: faz
Deposito da Casa Bleisch"õdel' - Parte, portanto, ,do patrimollio nacional
"Ultimadas as vendas do café de An- e está servindo de garantia a' ~mpres~·
tuerpia, temos hoje, em deposito, na tilllos regulados por contl'actos a cuje
casa Bleischrõd~r, de Berlim, a somma CU~primento estão presos a: honra e os
avultada de mks, 124.445.362,05. creditos do • Estado de São Paulo,
Foi indicada aos banqueiros a con- Nos ultimos dias do mez de Março
veniencia de ser ella transferida para findo, o· sr.' Ministro do Exterior nos
algum estabelecimento banca rio de paiz c01ll.municou
,
que o Governo allemâ0 }l~; ...
. .
o
oO"uns pâizes, está sendo promovida a
" I
!
TOlnando-se por base as estatisticas
prohibição do commercio de" varias pio- : deste e dos annos anteriores, o consu,.
duetos. e, em outros, fala-se na fi xa· J mo mundial de 1916-1917 será d" ...
ção arbitraria e violenta de preços pa- I
25.500.000 saccas , e o s t ock , e m 30
ra certos generoso entte os quaes está de Junho de 1917 , não excederá de ...
contemplado o café". 3.900.000 saccas.
O Governo prosegue solicitamente São d eve ras anim adores estas a lga-
.
nas negociações afim de obter comple- l'ismos . Não devemos, entretanto, d.es-
ta satisfação ás providenclás reclama- curar me didas e providencias . que as-
daS; do mesmo modo se desvela quan- segurem a exportaçao .e garantam 03 -
to aOS stocks de café do Havre e de bons preços.
Marselba, não s6 oppondo-se á venda A graduação da offerta j,ela regula--'
.denes .em épocas innpportuJnas', C0IDO rização das entradas: a normalidádn
defendendo o preço real da mercadoria. nos transportes maritim.os.: I) resia ho-
•
J,iquidação da· Valorização Ter- lecimento das transacções
•
com. a~ pn\ ·
mina.da. a guerra. teremos 'occasião de ças consumidoras: o fornee:im' eutr.1 (h
. , •
,
" , '
• - 542
·
- 1tI(~ i(IS a defesa do producto nos ; a lta o
~ar a preço da nossa principal 1'1-
mereados exportadores ; a propaganda , queza.
,•
para a açquisiçã.o de novos e importall - , Divida Extet'lla Fundada. Ao fim I
._- , ,
I
I,
,,
[
TlTULOS Saldo para 1916
•
"
_.._--=--- -- -=.-
I
[
- "- . • _-.C:C." " _. L
, ,... --"-.--
~
[
, · ,[ ,I
I Terceira se n e
Quarta sene • •
•
•
I,
,•
,
4.801 :500$000
3.863 :500$000 I
3.863:500$000 I,I
• • •
• •
Quinta se n e I,
7,844:000$000 ,,
• • •
• •
Sexta sen e . • I
Setima sent'• •
• • ,
I
10.000 :000$000 II
• •
Oitava sen{~
•
• • 10.000:000$000
• •
Nona sene 10.500 :000$000
•
Dccima Sen('
.'
, • • •
•
•
•
•
• ,,, 15.098:000$000 I,
I
I
. I
.. TOTAL • • •
I
,I 65.970 :500$000,1
543 •
Thesouro Nacional
I
I I
h h-m, idem . como acima . 7. 151:338$726
•
•
I .
7.15 1 :338$726
•
7SU :000$000
525 :000$000
:
I - 750 :000$000
52: :000$000 1
Mocóca • • 1 :598$400 1 :598$400
I Pirassununga. .., , 1í70:0oo$000 670:000$000
, Rih!_·irii (I Preto . . ... i 859:394$940 - 859 :394$940
. Rio Garo.
I S ã (. Carlo s .
. . . .. :
. :
36 :935$000 - • 36:935$000
1.22: :000$000
1 .225 :000$000 -
I São Luiz .
'I! S~ '".L
'
Srlllão
·. .. . ., '. I I 3 :000$000
4 :774$960
,.
.
-- 3:000$000
4 :774$960
I
:1 Estradas de Ferro I
I Companhia Bragantina . . . I 2 . 048 :90<J$13') 2 .048 :IJ(J')$139
I, Companhía 11elhoramentos de I
i
•
•
M unte-Alto • • • • • 36 :000$000 I - 36 :000$000
,•
• Banco de Crédito R.eal de •
!,
•
São Paulo
I
,,"
I •
I
I Déhjt.o demgnstrado - em re ld- 1
1
•
tori o anterior. . . . • •
2.820 :OOO$ooÚ I, - ,,
• 2 . 820 :000$000 '
• ,,
I ,, · .'
Santa Casa de Misericordia
I da Capital ,, ,I •
.I , I
•
•
...., ' ,. ' ," " ' . .... .... " .... . .., .
.".'
'
- 544 ,
- - I
- I,
E strada de Ferro Sorocabana • • • ,I, 93 ,943 :üZl$711! ,,
Estrada de Ferro F.unilense , , , ,
,,I 3,729:315$870 ,,,
Tramway da Cantare '- ira , ,
•
,
•
• · , , ;, 2.307:336$430 ,,
Abastecimento de Agua e Ex,gottos • ,
••
ó7,400:000$OOO ,,,
•
Propriedades na Capital ••
• • •
,
II . 49 .915:000$000
,,
,,
,,•
, ,
I Propriedades em Santos .
Propriedades em . Campinas
,
•
•
, •
,
•
•
, ·
•
,
•
,
I, 12,099 :613$440
825:000$00(1
Propriedades no mtenor do Estado. .
, • • • 25 ,043:320$500
Adquiridos em 1915 . , • , , "'71
, :.::>-1-$2"
, ",-,,'':'' ,
,,I
• ,,
• TOTAL , • •
I
.,_~"
S5 RJL.) ..-"
/ _ _1$~
. ':" ':l"
L- :" ,,
I _ _ __ 'O _ . , •
. _.- - ___ o , ..... _ ,
,,
-- 545
548
todo esse prodigioso esforço da ini- tração do municipio. até que se pro-
ciativa particular, em pról da expan- cedesse ao novo escrutinio.
são de nossa's:""nquezàs -e da consequen- Sobreveiu, então, uma dualidade de
te prosperidade publica. .p-reteítos \q ue trouxe para a.quelle munl-
.
E' iildispensavel proporcionar aos cipio uma situação de deploravel anar-
que luctam e moirejam; aos que pro- chia administrativa, á qual entendeu
duzem e conh'lbuem para o incremento o Governo de seu imprescindível dever
•
da exportação brasileira, os recursos PÔ? teImo, uma vez que o E'gregi(}Tri~
e' as facilidades, de que carecem, para bunal de Justiça, chamado a pronun-
desdobrar as suas culturas, para desen- ciar-se s,o .b re o caso, mediante recurso
volv~r as. suas industrias e para es.ca- de um dos interessados, decIdira es-
par, assim, ao desastre de ~mccumbi- I capar o assumpto á sua ' competencia
'rem victimas de seu trabalho e de e incidir nas hypotheses figuradas nos
seu esforço, em meio da fortuna que artigos 20 § 10 e 54 da Constituição
criaram ê que, desamparada agora, do Estado
•
.
. .:teria de ruir e de esmagai-os sob seu
. Expedi, em conseq uancia, o decreto
llropno peso . . .
de 26 de março do corrente anno, cuja
Comprehenderam-no, em bôa hora, legalidade toi recentemente reconheci-
•
os poderes competentes da União, d·e da pelo Supremo Tribunal Fed'eral, em
cujo lucldo patriotismo se aguarda a accordam de 6 de juuho findo.
: decretação de medidas, que venham,
",' com segurança e presteza, soccorrer as Novos municipios e districtos de paz
classes productoras e, com ellas, o pa- Foram criados no correr de 1916
trimonio da Nação. os ·municípios de Conchas, na· comarca
de .Tieté; de Viradouro, ' na de ' Pitan-
o Estado de São Paulo, por seu gueiras; de Novo Horizonte na de Ita-
,
governo e por sua representação no
polis; e, bem assim, os seguiiltes distri-
COllgresso Federal, não tem cessado de I
I ctos de paz: de ArtJh'ur Nogueira, em
pugl,lar por
, essa nobre causa, na qual
Mogy Mirim; de Capoeira, em Apiahy;
·.e ntram em jogo com a sorte da
de Pal:mital, em 'Campos Nov·os 110
lavoura, do commercio e da industria
Paranapanema; de Pradopolis, em Ser-
- 08 mais . vitaes interesses da Re-
tãozillliltO'; de P,erdões, em Nazarelh; de
publica.
. São Caetano, em São Bernardo; e de
Eleições Munlcipaes As eleições San1a Gertrudes, em Rio CI·a ro.
para a renovação geral de vereadores
e de. juizes de paz realisadas, na for- Ensino Prbnario - O ensino prima-
rio continúa a ser ministrado pelos
ma legal, no dia 30 de outubro pro-
grupos escolares e pelas escolas iso-
, ximo findo, correra'm na mais perfeita
ladas.
ordem em todo o Estado, tendo ha-
vido
' .
da par.te do Go 'rern<l o maximo Si aqu-elles progridem e apresentam
empenho em garantir a liberdade de annualmente animadores resultados. ou-
v.oto e a regularidade do processo elei- tro tanto não acontece com as esco-
toral. las isoladas, que, Infelizmente, não têm
Annullada a eleição de vereadores correspondido ao que deUas era 11-
.
para a Camara Municipal de Taquari- cito esperar. Convem reerguel-as for-
tlnga. foi, de accôrdo com 'as leis vi- necendo-lhes novos elementos de vida
gentes, convocada a Camara do trien- e impulsionando-as mais vigorosamen-
010 anterior para reassumir a adminis- te. Nisso está seriamente interessado
- 549-
•
- 550-
(~onv-nllil\nda
deste ou daquelle curso quasi a quarta parte de suas rendas;
"nt(,lco; pois só as necessidades da, mais de 14 mil contos só com o ensino-
zona em q ne a escola estiver localizada primario.
•
e as lições da experiencia é que po- Ainda é muito grande, com pesa,.
deriam indicar a melhor orientação a o digo, o numero de analphabetos
seguir. O que quer dizer - é preciso existentes no Estado. Por outro lado, si
fazer ensaios, sem a pretenção de ter Inão• houver uma .contri.buiçãn, com Um
•
encontrado desde logo a resolução fi- especial' par'a a .instrucção, não será
nal do problema. possivel desen1'olver-se em larga es-
Nas escolas normaes secundarias é eala o ensino primario.
de recomm'endar-se o provimento por O problema tem sido resolvido por
profissional competente, contractado, varios paizes com a. criação do "Fundo-
da cadeira de agricultura e zootechnia; Escolar", constitui do de contribüições
pois. essas disciplinas constituem uma diversas. Peço a vossa solicitude para
necessidade real para os nossos pro- o assumpto, de grande relevancia para
fessores, afim de q ne possam .trans- . o nosso futuro.
mittir o conhecimento dellas' aos alum- Estatistica escolar - .Funccionaram.
nos das -escolas primariàs, que nun- no Estado 161 grupos escolares, dos
ca será demais repetir devem ser quaes 28 na capital e 133 no interior,
,
encaminhados para os campos e não não se computando entre os primei-
para as cidades. ros o grupo, recentemente criadQ nesta.
Existem ainda outras questões para cidade, com a d·enominação de Re·
U
Brigadeiro To h ia.:-l, que, além {Ie ve- de Paula Souza. notavel paulista e pro-
lhos e sem condições de hYl<i,,"e e con- . vecto director da Escola Polytechnica.
torto, não cOlllportam o lla!;ura] desPII- que lhe deve relevantes serviços.
volvim'ento dos curSOR. Por falt~l d(~
Museu do Estado Foi muito ano r-
espaço, as. duas novas cadeiras de Pa-
mal a situação do Museu do Estado.
thologia Geral e Tlwrapeutica. 1':1.0 pu-
Tendo sido apuradas pela commis-
deram ser dotadas de laboratoriO:-:í, seu·
sâo encarregada de proceder á ins-
do~ ;com grwJlde prejuizo p-<l.ra o enai..
. . pecção do estabel·ecimento gt:aves irre-
no, aproveitados os de IV! iero'biologia
gularidades contra la SUl'. Hernlann VOll
e Plhysiologia para nel1es serem' dados
. !hering, que exercia as funcções de di-
as CU!·SoS prat-ieos rn(~(~rn-c,tia-dos. No
rector, foi o mesmo dispensado do
anno prox'i1mo ter-ellHlS l',epro!ducção da
cargo.
mesrn'a falta, COllll a 'installação das ca-
Com a nova ·administração, vae-se
deiras de Hygiellc e Medicina Legal. I normalizando a situação. Foi feito o
Os alunmos da Faculdade começaram
.. inventario dos objectos e collecções e
a prestar os s.eus serviços, como in-
ternos, em diversos estabelecimentos do iniciado o serYiço de catalogação d"
biblio'vheca, que está q·nasi concluido·
Estado, taes como o Hospital de 1so- ,I
, Dentro de pouco tempo, deVoe ser pu-
lamento, o Hospital da Força Pnblica
blicado um novo tomo da Revista, e
e a Assistencia Policial.
• .
já ,foram reencetados os trabalho,
Realizaram-se em 1916, pela primei-
s·cisntilfi'cos.
ra vez. os exames de habilitação para
08 medicos estrangeiros, pl~atica essa . As ·salas de exposição for",JU. visita·
que vem facilitar ao Serviço Sanitario I das por 66.247 pesso·as, ou 2.185 mah
a repressão -do exerci cio iIlegal da me· do que no anno anterior; só no dia 7
dicina. de setembro, foi o estabelecimento vi-
sitado por 4.453 pessoas.
EscolaPolrteclmica - Foi de 202
'Ú numero de alumuns matriculados na
Ainda hoje é o Museu regido pelo
Escola Polytechnica. primitivo regulamento de 1894. Com
Concluiranl 'Ü - curso de engenheiros um pessoal technico deficiente, dispon-
•
do de poucos recursos materiaes, não-
civis 20 aluIDnos, e 3 o de enge-nh€iros
póde absolutamente corresponder aos
mechanicos e electricistas.
Obteve. o premio de viagem á Eu-
Topa ou de co.llo,eação ,eH"ctiva em
I
seus fins, nem· está de accôrdo com
o nosso progresso e o nosso desenvol-
vimento.
umas das repartições technicas do Es-
Além disso, approximando-se a data
tado o Sr. Oscar Machado de Almeida,
que completou o curso de engenheiros I
do centenario da nossa Independe,ncia
e devendo realizar-se no Ipiranga par-
<
civis com distincção em todos os annos.
te das festas commemorativas desse
Os trabalhos de construcção do edi-
magno acontecimento, será conv'eniente
fieio destinado ao Instituto Electrote-
cuidaI' desde já do· Museu, dando-lhe
chnico estavam suspen;,os ha dois an-
nova Qrganlzaçao.. -
nos, com gl'ave prejuizo para a Escola
e para o proprio edifício. Com a ver- ilbnoxadfado O Estado despen-
ba que votastes no anno passado. já deu 364:719$000 com dotações esco-
estão em andamento às obras para a lares, não se levando em conta o ma-
~ua conclusão. terial fornecido p€!a arrecadação e pe-
Occorreu este anno o lamentavel pas- las officínas do. almoxarifado.
samento do doutor Antonio Francisco IMontadas comlO simples ensaio e CODl
, .. , . . "
. '.
•
- 553
26.612 casame·nto<s" contra' 19.284 em tos. que inf·estavam, em certaH é '>I 111 ,
tor alli installadq e outras dependen- soas. O Instituto precisa. de uma re-
_eias,. entre ,as qua.es se destaca a sec~
o
modelação, que melhore as condições
ção de productos opotherapicos. precarias das suas actuaes installa-
, .;,. iSf;rá egu~~'mente
inaugurado um ções.
.. Horto Botanico, Mm a denominação de .
',0" _ .' . , '
O Instituto Pasteur, recem"creado em
•.
si~eiro. O referido
, -'
Horto
'. .tem á sua gado para o tratamento da raiva, pre-
. ,.'
.
testa um botanico contractado para f.erencia esta lisonjeira para os' credi-·
estudar as plantas venenosas '8 medi- tos do estabelecimento, porquanto no·
557 -
•
paiz existem instituições congeneres Tias ás commíssões sanitê1rias. que fo-
muito mais antigas. ram ao interior e ás solicitações pro-
venientes de grande numero de muni-o
Laboratorio de Analyses _ . O La-
cipalldades. As instatlações do Labo- .
boratorio de AnaIyses Chimicas e Bro-
ratol'io são obsoleta.s e necessi.tam ser"
matologicas iniciou pesquizas para fi-
xa~ão do padrão do leite utilizado em
modernizadas.
São Paulo. Engenharia S"DÍtal'ia A secção de
Dada a grande impol'tancia dos es- Engenharia Sanitarla executou varios
t.udos bromatologicos, força é reconhe- trabalhos na capital e no int.. rior, in-
cer que o Laboratorio não est.á em clusive alguns attinentes ã prophyla-
condições de attender ao desen'Volvi- lda da malaria. ao abastecimento de·
mento geral do Estado, convindo, por- agua e á rêde de eX'gottos: no interior"
tanto, ampliar as intallações e appa- do Estado.
relhamento actuaes, de modo a poder
Comulissões Sa.Jlita.rias
o Serviço Sanitarlo emprehender, com
missões sanita rias têm attendido re-
toda a efficacia, uma campanha em
gularmente aos serviços de hygiene,
pról da população, exposta aos incon-
'que lhes são aflfectos nas respectivas
venientes de productos alimenticios e
zonas, Algumas delIas. nomeadamen-
drogas falsificados.
te as de Ribeirão Preto e Ce.mpinas,
Estatistica Demogl'apho-Sanitada resentem-se de !faltas sensiveis nas
Foram melhorados os boletins hebdo-· <lompetentes Installações, couvindo ou-
madarios da secção .. Estatistica Demo- torgar a todas maior autonom.ia ad4"
grapho-Sanitaria" e vae-se dar maior míni-strativa, a'fi.m de. _ que possam
desenvolvimento ao seu annuario, ond€ mais e~peditamente acudir· á.s exigen-
eias do policiamento sanita,rio.
'Virão, além dos dados usuaes, os re- l
I
latorios mais interessantes apresenta- Assistencla. a alienados - Durante
dos ao Serviço Sanitario e que mere- I o anno de 1916, a Bomma total de doen-
çam divulgação.
tes das diversas secções do Hospício
Protecção á, Primeira Infancia de Alienados attingiu ao numero de ·
A secção de Protecção á Primeira ln- 1.462; sendo que, no HospíCio Cen-
fancia continúa instaIlada em local tral, o numero foi 718, dos quaes 368
acanhadissimo e cada anno que passa homens e - 350 mulheres. Os 744 res- ·
vem' redobrar as difficuldades, com tantels acbavam-se distribuidos pela pri-
que lucta a sua administração, em con- m,eira, segunda e terceira calonias, pela
sequencia do desenvolvimento crescen- Fazenda V!llha e pela Assistencia Fa-
te da população infantil. miliar.
-,o 558 - •
rizaç.âo que me foi cOlllcedida para a ln- serviço. Ol'çava em "perto de seis eou- o
pliar as intallações do Juquery, deter- tos m ensaes ou setenta e dois contos
minei a construcção de uma nova co- por 'anno: ao passo que, pela transacção
lonia, que deverá estar concluida até 'feita, o Governo despenderá aanual-
o fim do anno. mente 34: 500$, além de ficar com a
Como, porém . as obras auctoriza- propriedade da empreza.
•
ueante (kx~e.s acontecimentos, -que ' rio ' -dos encarcel"ados. quer - pri'n -
todos sineenlmente deploramos. a Se- ; cipalmente pela methodização e
i
cretari" <Ia Jqstiça e ·da · Segurança aproveitamento do trabalho delles.
Publica redobrou de vigilancia e de Vem a proiJ)osito notar que a lei 11,°
preeHuç ões. no sentido de' evitar novos 1406, de 26 de dezembro de 1913, re-
aUentados contra a vida e os bens de gulando o emprego dos . sentenciados
estrangeiros aqui d'Ümlciliados, tendo na factura de estradas, começou a ser
conseguido restabelecer completamente executada entre nós cOm os melhores
a ordem, que, desde então, não foi , resultados, á semelhança do que se
mais alterada. observa em outros paizes e, especial-
mente, nos Estados Unidos da Ame-
Policia A criação da Delegacia
Geral e das Delegacias Regionaes, por i
rica do Norte. •
mim a.lv.itrada em mensagem. anterior . E' assim que a estrada São Paulo-
e Que houvestes por bem decretar pelo Jundiahy já conta quatro kilometros
lei n.' 1510, de 17 de novembro de promptos e em magnificas condiçõeIl
1916 , está concorrendo ·efficiente- technicas. Em algumas outras locali-
mente para a melhoria da organização dad·es. como Taubaté, São J.osé" do Rio
e dos serviços de policia. Pardo, Campinas e Casa Branca, tam-
bem estão sendo proficuamente uti-
A acção das a uctoridades, na pre-
lizados os se,·viçosdos detentos em
venção e na repressão dos delktos, se
exerce mais promptamente; e, ao mes- obras e melhoramentos de viação inter-
•
muniCipal. •
ção moral, ,e até com economia sen- tu to DiSCiplinar da capital, que com-
sivel para os cofres publicas, quer pelo p.o rtava naquelle tempo apenas
.
oitenta
decrescimo nas despesas, agora mais internados, abriga hoje duzentos e ses-
pesadas, com a alimentação e vestua- senta menores, commodamente Instal-
•
561
lados • prestando bons serViços em fornecidas 8593 fichas. para fins \~ lei ·
oftícinas completas de mechanica, ser- toraes, sem prejuizo dos d.emais tra -
ralheria, fundição, modelagem, serra- balhos affectos ao Gabinete, que cor-
ria; carpinta.ria, marcenaria, pintura e rem normalmente.
concerto!3' de auto moveis. ! FOl'ÇD Publica A Força Policial
Nessas o,:f;fi'dnas adlq uir.em elles, com do Estado, sempre disciplinada e leal,
o habito do trabalho, os conhecimen- continúa a prestar optimoB serviços
tos indis pe.nsaveis para mais tarde pro- á de'fesa e á manutenção da ordem
verem hone.stamente á propria subsis- pUbl,ca.
Succedem-se regularmente os exerci ~
cios de instrucção e de campanha, es-
forçando-se todos officiaes e sol-
.
dados - por não olvidarem as brilhan-
toes lições, que receberam da Missão
Franceza e que tão lisonjeiro conceito
lecimento , continuam a ser - feltos en- ,j lhes grallgeara m em t'odo o palz.
saios de agricultura e de pequena cria- 1
Taes têm sido, entretanto, os pro-
ção, occupando-se nelles, de preferen- i
gressos que, nestes ultimos tres afi-
cia, os rnen{)res procedentes do campo. I, nos, teln - feito a arte da guerra; tão
Comoleta,
. como se a cha,. a lotaçao
desta t<1:sa e não sendo passivel am- !
I profundasas alterações sobrevindas á
I estrategia e á organização militar,
pilar-Ih" agora 'a~, ' iustallações, está i
, que seria acertada a reconducção e o
o Governo providenciando para. que se I
reforço dessa Missão, logo que, cessa-
faça brevemente a inauguração do Ins-
das as hostilidade.s, fosse possivel tra-
tituto Disciplinar de Mogy-Mirim, já
tar-se do assumpto por via diploma-
termi nado.
I tica.
Instituto eorl'eccional - o Instituto I O Curso Especial Militar, destinado
Correccional de Taubaté, que, como sa- a.o preparo dos futuros officiaes. está
beis, ante.s fnnccionava .na Ilha dos I'! produzindo -os mais beueficos effeitos,
Porcos. sob a denominação de Colonia pela rigorosa selecção d e vocações e de
CorreceionaL está perfeitamente capacidades, A' matricula do primei-
-montado e. a.inda ultimamente, foi en~ ro anno apresentaram-se, em 1917, 34
r~que'c tdv (".om a a'cquisição de uma area candidatos, dos quaes só 17 éonsegui-
fJonsiãe.ra vel de terras de cultura. si- I·am approvaçâo; o que hem demonstra
tuadas nas suas proximidades e desti- " seriedade dos exames de admissão .
nadas ao melhor aproveitamento do
A experiencia acons·elha, com tudo, .
t l'abath o doIS re!~'lusos, cujo numero,
que se tratJe de aperfeiçoar ainda .mais
em 30 de junho findo, era de 144.
este curso, au:gm€:ntando o numero de
Gablnetc de Identificação Para mate rias nelle ensinadas e desenvol-
attender á exigencia da ultima refor- vendo outras já contempladas no pro-
ma eleitoral, installou-se, como depen- gramma.
deneia rio Gabinete de Identificação e Consoante o proposito de melhorar,
•
com caracter provisorio, um serviço es-. cada vez mais, as intallações da Força
pecial liara a expedição ' commoda e Publica, concluíram-se as obras do
rapida de carteiras de identidade aos quartel do 2," Batalhão, que poude, as-
candidatos ao alistamento. sim, ser inaugurado no dia 13 de maio
Até 3 (l de junho, já ha.viam sido ultimo .
•
•
• •
. ..".. ..' "
. ....•. .•. ..,: .. . .
( '" •
.. 562
563
nistrar aos lavradores o elllsino pratico tica da renovação dos cafeeiros . pó da,
.-,• attinente á mesma cultura. adubação, lavras, arações. estudo com-
Os demais funccionarios occuparam- parativo d as variedades, selecção, cru-
se da supertntendencia dos campos de zamentos -e enxertias dos cafeeiros, para
•
demonstração de -cultures de algo"d[w> melhorar as variedades que possuimos.
da extincção d,e lagartas e gafanhotos, Foram inaugurados os estagioe. de po-
que assolaram algumas lavolJ.ras, do dadol'es, permittindo habilitar pessoa.l
p.xam·e de terras O'flferecida'S para ins·· pratico na póda dos cafeeiros.
tallação de novos e ampos de demons-
tração de varias ,culturas e dos traba-
tinuou
-a
Set'vlco Florestal - Este serviço eon-
fornecer mudas :aos ia vra-
lhos .pre Limlnares para installação, por
particulares, da cultura do arroz por dor"s do Estado a preços modioos, e.
•
7l0VO. com.
uma. vacc1na que o serviço rior, foram maiores as safras de ca f(~ ..
,federal pr.e para e da qual
.
forneceu algodão, fumo , assucar, arroz e fei-
·3.000 doses. jão. As dos tres ultlmos g.meros ex-
Foi introduzido neste Estado, no cederam ás dos ultimos dez anno ~;
-anno findo} o Uprotosan ", fabricado em todavia, alcançaram venda facil e r en -
Manguinhos, contra a peste de cadeiras dosa. Apenas o milho e aguardente fi-
dos . equideos e cuja applícação foi guram com . quantidades pouco infe-
efficaz., .
'
riores ás do anno precedente,
. As estações de monta de Mogy-Mi- Tendo sido mais elevados os pre-
Tim, de Santo Antonio da Bôa .
Vista ços de quasi todos . os oito productos
'e de Espírito Santo do Turvo; as as- agricolas acima indicados, o volume da
:tações zootechnicas mantidas pelas cao producção attingiu aos seg ulutes a l-
maras .municipaes de Itapetininga, de garismos em 1915-16:
,São Carlos ·e de Pirassununga e o Ha-
l:as Paulista funccionaram regular- Café . • • 11.711.200 saccas
'mente. Algodão , • 1.632...635 arrobas
Realizaram-se, com auxilfo do Es- Assucar . . 615.951 saccas
t ado, uma ·exposição de anlmaes
• Aguardente e
em
S ão Carlos e outra em São José do aleool . • 1. 134. 941 hectolitros
Rio Pardo, Arroz. •• · .. 1.943.989 saecas
Feijão , • 3.135.170 saccas
Propaganda. (lo café Por contl'a- Milho. • • 1'0.897.260 saccas
'cto de 6 de julho de 1916, celebrado Fumo • • 158 . 270 arrobas
"com o Sr, Eugenio Dahne, foi conce-
· dido auxilio para a prllpaganda do café,
Com o decrefo n." 2.672, . de 23 de
. na Exposição de San Diego, CaUfor-
maio de 1916, expediu-se regUlamento
· nia. ,Para o mesmo serviço. na Hes-
para execução da lei n.· 1. 481, de 4
· -panha, foi asslgnado contracto com
de dezembro de 1915, que estabeleceu
Antunes dos Santos & Cia., em 19 de
premios aos colonos localizados nos nu-
. setem'bro ultimo, obrlgan'do-se os con- •
566 -
567
lho, que permuta com as melhores das quaes não se obtiv·eram dados até
pu blicações eongeneres de todo' o m un_ a elaboração desta mensagem; foram,
do. An'llotaram-se fielm ente as varia- segundo communicação das mesmas 9
Alto I?: o pauto luais 'conve niente nas nndeos coloniaes s e rvidos pela es--
proxinoldades da estrada do Taboado, U"ada.
COm a extensfto' de .cerca de 35 kilo·· . O resultado do movimento financeiro
m.,t.l'Os ; e ~ ntre o kilometro 393-80IJ do Tramway da Cantareira, em 191 6,
da linha tl'onlco da , ru o F. goroeahalla foi p seguinte:
.8 a rai z da 'serra dos Agudos, pas.'i(u lflo
pela povoação de Boreby, com a ex- Receita . • • • • 435 : 934$000
tensão de 19,550 kilometros. Despesa. • • • • 629: 591$2 89
,Proseguem os traba-Lho,B do prolon- UDeficit" . • • 19 3 :7 87 $2 89
· gamento
.
de Salto Gnu"l" a POTtO Ti-
. .
biriçá, tendo sido entregue ao tra- Em 1915 verificara-se o " deficit " d e
fego publico o trecho compreheildido 105: 778$142.
entre õI Cardoso de Almeida" e 11 Bar- Houve augmento de todas as ver-
tyra", com a extensão de 89,503 kilo- bas da receita, relativamente ao exer-
metros. cicio anterior, principalmente da de
A receita e a despesa da Estrada de passageiros; maiS conslderavel foi, po-
•
· Ferro Funilense, em 1916, foram, res- l'ém, o · encarecimento dos materiaes
pectiva.mente, de 3.6·7 :734$380
.
e . . . de ·custeio. o qual, só no que res peita
357:274$539, tendo havido, pois, o ao combustlvel, contribuiu para ele-
saldo de lO : 469$841. var a despesa a mais 115: 000$000 do
Nã.o obstante as severas economias que no exercicio anterior.
nas despesas de custeio, vinha sendo Tambem influiu para o aug mento
de "deficit U o regimen financeiro da dos "deficits", nos dois ultimos exer-
estrada, devido á clrcumstaucia de pre- cicios, a reducção de tarifas levada a
dominarem no respectiv.Q movimento effeito e m 1915.
de ·trafego os tra'llsportes de merca- A 1.. de dezembro, abriu-se ao tra-
lIorias, · taes como lenha e cereae-s, os fego pUblico a es tação de VilIa Au-
quaes, por estarem sUjeitos a tarifas · gusta, no kilometro 20 da linha de
de . preços obaixos, contriíbuem fra.ca- Guarulhos.
mente para a r eceita. A lei n.· 1508 ; de 24 ·de outubro de
•
- 570
,.
,u~ .. o
foram feitas tres concessões de de uma empreza, com a qual fosse.
linhas "telephonicas, todas no -regi"
m-ell afinal, contractado esse serviçO'.
~a lei n. 11, de 28 de outubmde 1891.
Aguas e exgottos da Capital E 111
,
Qnédas <le Agua Ainda está de- consequencia da extraordinaria ele '
•
pendendo de deliberação do Congresso vaçãO' de· preços '" dos materiaes de cons -
o projecto de lei' regulando o importan- trucção e da difficuldade. cada ve z
te problema do aproveitamento de qué- maior, -da sua importação, foi preciso
das de agua, producção e distribuição , restringir as obras d~ desenvolvime nt.o
de energ-ia électrica. : dos serviços de aguas e exgottos .
•
Navegação fluvial e M,-,rlt.itl'.<t Des- Não obstante, foram ultimados tra ,
de 1915 vinham sendo est.udadas as balhos em andamento e proseguiu-s"
modificações do serviço de navegação na execuçãO' de "obras importantes.
fluvial no Ribeira de Iguape, as quaes Entre O'S primeiros, destacam-se a.s
se tornaram necessarias " com a che- rédes ' de exgottos e distribuidora de
gada da. estrada de ferro . a Juquiá, agua da Lapa e Agua Branca, arrabal -
- ,
para o eJflfeito de eSiabel e"er entre des populosos, que ainda estavam pri-
essas emllrezas ligação e trafego mll- vados desse melhoramento imprescin-
•
tuo. dive!.
De accôrdo com a ' autorização da A construcção do filtro do Cotia esta
lei n . 1 . 418, 'de 14 de setembro de <::omprehendido entre os segundos.
-
1914, foi assignada em 30 de maIO "
A' extensão total da rMe de agua
•
ultimo a novação dos contractos da i elevou-se a 598.414 metros e o numerO'
Companhia de Navegação Fluvial Su J I
de ligações independentes subiu a ..
Paulista, prorogando por tres annos o I 47,587, descontando-se a differença en-
termo delles. tre desligações e rellgações,
O Estado continúa a 'não "subvencio-
Proseguem os trabalhos da commis- '
nar serviço algum de' navegação cos,
são technica incumbida de avresentar
'teim, tendo sido o Ilttoral servido, si
parecer indi<::ando O' tratament.O' a que
bem que , deficientemente; pelas linhas
devem ser submettidas as aguas do
federaes.
abastecimento publico, de modo a ga-
Em solução ao alvitre suggerido ao
rantir a permanencia de sua pureza e
Congresso em minha primeira mensa- i '
a evitar a tur'biidez e coloraçãO' aecen-
gem, votastes a lei n.' 1538, de 30 de
tuadas em tempos de chuva,
dezembro desse anno, "auctol'izando o
Com refereneta aO's serviços de ex-
Governo a garantir os juros de 6 %
até o capital de 20 Iilil contos, durante gottos, preponderam os mesrttos moti~
vos para attenuar ou quasi pa~'alysar
'20 annos, á companhia de navegação,
a marcha das obras.
que se organizasse para fazer O' ser~ ,
nu_eDte , qu €'. nã o co mp ort a a pri mi tiv a ca na liz aç ão da "C ity ", co mo me did a
•
• (:a na liz açã o. pre ve nti va , pa ra fun cc ion ar . qu an do se
.
·· A ext<msão tot al d .. rêd e de co lle cto - tor na sse ne ce ssa rio ref or ça r o ab a.t e ·
res e ram ae s ele vo u-s e a 1. 62 1. 32 5 cim én to mu nic ipa l.
",e tro . e o nu me ro de pre dio s lig ad os
• li. rêd e su biu a 46 .64 2 . Ob ras div ers as No d:e cur so '1.10
an no fin do , for am org.a,ni~ad9$ diver~
Sa ne am en to de Sa nto s Os tra ba - sos pro j'e ctos pa ra a ex ecu ção de ob ras
lho s da Re pa rti çã o de Sa ne am en to de co ,mpl'em'entare~ d·e a.l gu ns do s nOVO l:\
·• Sa nto s, du ran te o an no de 19 16 , co n- pre dlo s esc ola res , co ns tru cç ão de ca-
sis tir am em co ns erv ar a rêd e de ex - 'de ias , po sto s po lic iae s e ou tro s ed ill -
,"
~
•
go tto s da s cid ad es de Sa nto s e Sã o Vi - cio s, pe nte s pa ra <>s.~mdas de rod ag .·..., .
een te, ze lan do pe lo pe rfe ito fun cc ion a- etc ., att lng ind o os res pe cti vo s orç a-
,
•
,"
me nto de tod os os ap pa rel ho s e am - m· en to. a·o va i-oI' tot aJ .d-e· '. .. .. .. .
pli an do o nu me ro de no va s ins tal laç õe s 1.0 23 : 10 6$ 43 1. Su bs ist ind o, j}o rém , a
•
de ex go tto s. seg un do as pre .cr lpç õe s ne ce ssi da de de ec on om ias ,
·•
po uc as
3an lta rla s. obre. s no va s for am ini cia da s.
Co nti nu ara m pa l'a lys ad as as ob ras da
A!s do taç õe s- g,eNIJes orç a-m en tar 'i •.s
Ho sp ed ari a de Im mi gr an tes e a co ns- •
for am a:p 'pl ica das , co·m pa rci mo nia , na
t l"ucção do s ca na es de dre na ge m; em rep ara çã o e co ns erv aç ão de edUi'cio~..Ij.
r~lação a. est es ve rif ico u-s e, po r pa rte
em po nte s e es tra da s de rod ag em . em
do s pro pri eta rio s de ter ren os na Po nta
c-o n:s tru cçõ es no va s de 'Ca ra- cte r ina dia . -
da Pr aia , gr an de em pe nh o pe la ex e- veI e 'na ·co nc lus ão -d'e ob Ta s· '6 s erv iço ::>
cu çã o im me dia ta do qu e fig ura na -co ntr a'c tai do s em ex-erci'Cios anteriore ~ .
p lan ta co m o n. 6.
De ntr e "s ob ras ma is tm pc >rt an te:;
Re alm en te. ess e ca na l vir á be ne fi-
conctu-iid,as du ra nt e o an uo de 19 16 e
cia r a. ZQna. ma is att ing ida pe la ma la- .
atié a pre sen t-e da ta, oConrve,ID m·e nc io-
ria e on de se ten l ve rif ica do ma ior nu -
·n ar as seg uin tes . ese ola s DO rm aes
me ro de cas os, pro vo ca do s pe lo est a-
de Bo tuc atu ', de S . Ca.rl-os· e de Pir a-
gn am en to da s ag ua s do rio Co nra do .
cic ab a; gru po 9ISoo,!-3.lr de 'lg-u1a·p e; es-
O Go ve rno ))01 ' iss o, au cto riz ou ess a
col as reu nid a> ; -d,e Ril >e ira ; ca de ias e
ob ra.
Ifo rum s de Ba lta tae s, de Fr an ca , d e Se r-
De ac cô rdo co m o co ntr ac to de 28 tã< lzi nh o, de It" ,pe tin ing·a, de Vi lla
de ag os to de 19 14 , en tre a Pr efe itu ra B9'lla e de Ita Í>o ran.ga ; po sto l>o.Jicl~J
Mu nic ipa l de Sã o Vi ce nte e a "C lty ",
d'e • Vi ra- do uro e qu at'r o 'pavÍIl'hõ',;e paT a
o ab ast ec im en to de ag ua de ssa cid a.d e
era de riv ad o do d.e Sa nto s, po r um
° lnistitu-to Dlsdipli'llaT de Mo gy Mh ,im .
Os editf-i-cios ea co la'r es , m,a nd ad os
en ca na me nto ins tal lad o pa ra ess e fim .
('.on tst rui r pa ra o funrcci-o..nam-en tn d a:;
Ju lga nd o on ero so ess e co ntr ac to, a
esc ola s. no r'm a.e s do intea-iGr do Es tn -
mu nic ipa lid ad e vic en Un a res olv eu i.n-
d.Q. a'p en as nã o fÍ'cou ain da cOll'cluiot! ( I
ter ro mp er o ser viç o qu e faz ia obj-ecto
o de Pir asS un uD ,ga , cu jas ob ras , en·
de lle , co mm un !ca nd o ao Es tad o as ra-
zõ es de ord em ec on om ica q úe a le- tre tan to, -e'stã-o 'enl a:n da mle nto re,g u] a r
va ram a tal pro ce dim en to. e,p ro va ve lm en te, fi-earã.o pro IIl pta s at e
Es tud ad o o ass um pto e de mo ns - o fim d.o co nre nte an no .
-
tra :ao qu e a ag ua em Sã o Vi ce nte vir ia O pre diO de sti na do :\ Es co la Pr ofi«-
for ço sam en te a fal tar , de vid o a ins uff l- sio na l Ma:scu.J.i'lla de sta c", pit a!. "'1:1
cie nc ia do ma na nc ial ca pta do pe la Pr e- co ns tru "çã o á ru a Pi rat tni ng a. es tá em
fei tur a.. res olv eu o Es tad o ad qu iri r a v-i a doe c.o ncl us·â o, d'sv en do s'eT ini cia dn
•
.
572
em ·breve a installacão das novas orri- zinho. construída COlIl auxilio do go_.
•
elnas. verno do Estado do Pal'aná; ponte <l·e
Qu'a nt-o ás 'estradas de rodagem. es- madoeiJra. de 230 metros de exÜinsão r
taduae,s. telIl sido mantid'Ü regulrur- sobre o rio Par.do, na.. ilSt·r ada · de Bar-·
. m'ente o serviço d'e ' con~rvacão das retos a GUahyra; ponte d e made;ra.
:mesmas. Em a,lguma,s· foram executa- so bre o ruo Tie'té, em Parm':hyba ·COlD.
dos melhorame ntos diversos. q'Uer d·e 70 metros de 'comprimento.
repllIl'acão e r:econstrucção de ' lJont$ , Foram .iniciadas reformas geraeg in-
pontilhões
, e outras obras de arte. ad~av·ei.g na grande ponte- 08obroe o rio ·
quer relatlvo~ a abertura doa- varia.nt0s Piracicaba. ·na <lidade deg'se nOID:e; na,
destinadas á melhoria drus· eondições ponte sObr,e o rio Parahyba, ·€m Qui-
technicas. ririm; na ponte sobre o rio Tietê. n:\ '
POI1' administraçíW e stão sendo Te - estrada de Poá a Santa Isabel ; na pon-·
ce}fistruid'"" as. tres seguint'8IS' estradas · te ,sobre o rio Pa-rahy.ba. em Jacare'h y,
de . rodagem: estrada V'ergueiro, de S. e em outras menos importantes'. .
Paulo a Santos, já estando bem adian- Rendas publicas No anno de 1916 • .
•
t.a.do o oorviço de revestime nto do leit.o a receita geral <io Estado . ine!usivé ·
com .maeadaan; es trada de Boi.tuya a movLm!entode fu.ndos, attingiu a 1 u'a n-,
Porto F·eJ'iz; es'torada d € S. Pa'u-lo •. tia de 230.769:467$320.
Jund~ahy. Os saldos a favor do Thesouro d'e S"
A construcção desta ultima é r~ita Paulo, recebidos do a·llno d" 1915. im-
pelos eondemnados que eU1ll;prem pena portaram êm 156.335 : 671$ 86 0 e oa
na Penitenciaria desta capital, e de ae- saldos; tambem a favor do ThesoUl'o,:
cOrda com a l e i 11' 1.406, d·e 15 de tranos,feridos para o anno de 1917, im-
Julho de 1913. Poelo primeIm trec'h<l· . portam em 175.104: 700$5.30. doe, onde ·
quas-\ terminoo<l, entre a pont,e metal- "" apura DDl augoOliElnto de . . .. .... .
Iica sobre o 1'10 'J1;'eté e a estação de .P i- 18.769: 028$670 no sal{}o do exercicio:
rituba da S. Paulo Rallway .
está de- ant€il'Ior .
lll'onstrado o re"J aproV'eitalll'euto d n Areooita propriamente o·r ça.rnenta. ,.
trabalho .d os sentendados. ria, i<sto é, a .renda pr,ovenJ:en·t e-- de i!TI~ ;
•
Varias pontes';mp<lrtantes fj ca'ram pootos. taxas. e mais contr·Lbui ções, foi. ·
concl'uida.s em. 1916 e no ·começo d1lSt,~ orçada :para o exercicIo de . 1916 em
anno, a ,gaber: ponte meta1il1oa de 80.648: 399$770, tendo sido , ,,{feeth'a-
65 metros de vão, 'sobre '0 rio Piraci- mente arreea.dada a quant ia de . ... .. ....,
caba; ',em Porto João Alfredo; ponte 79.248:019$165, dahi resulta.ooo .en-
da madeira ('o ferro. de 184 -metros
.
de tre a !'ecelta orçada e a recebida .uma
roIDíprimento, sobre o rio Paranapane. diJHerença de ,apenas 1.400:380$605,.
ma, na estrada {}eOurinhos a Jacar6- ·col1lforme consta deste q uaAlro :
•
575
•
A ,prineipal ver.ba da receita tem s;do do BrasiL para o €Istl'runge'!rf) .a, p~.··a os
fornecida pelo imposto de exportação portos ll'Rcionaes, foi' <i'e, ......... _
<\'e productos do Elsitado. ,Em 1916 'oo'se 594.644:936$199, dos quaes ,,·uj·eito.s a
•
imposto rendeu 33.861: 00 7 $2 5 8. imposto de exportação 375.766:067$46"
O 'vaJIoOr ;o.it:ficl al ~s8·a 19XpC)!"tatçâo
l
e unicaID'sute a taxa de expooient!;.', ..
nesse annú, f·eita .p·elo p<>rto de San- 218.878:868$730, conforme COD8tó des-
tos e pel-aIDst.:ra;da d·e F'lwro Centra.1 ta e<ltatios~i",a.
Café • • • • • • · 372.640:106$940
Fumo • • • • • • • 496: 531$629
Couro • • • • • • • • 2.624:888$900
.
Carvão e lenha • • • 4:540$000 375.766:Q.7$469
Aniagem • • • • • 5.008:183$000
Arlllarinh o .' . • • • • • 1'0.014:472$550
Arroz • • • • • • 4.668:345$760
Assucar. • • • • • • • 1.142:517$500
Bananas • • • • • 2.335:895$000
· Batatas . • • • • • • • 1.394:173$000
•
Bebidas. • • • • • • 1.080:166$000
Biscoutos • • • • • • • 1.684:019$850 •
•
Calçados. • • • • • • 11.543:644$300 !,
Chapéos. • • • • • • 3.999:075$850
Drogas . • • • • • • • 3.086:496$070
· Farello . 581:265$400 ..
• • • • •
,
Farinha de trigo • • • • 2.170:748$400
Feijão • • • • • • • • 17.~39:096$890
Ferragens • • • • • • • 6,629: 299$400
Fios de• algodão • • • • 2.046:016$200
Forragens • • • • • • • 521:652$400
Garrafas vasias • • • • 1.939:179$500
Impressos • • • • • • • 6.054:903$150
Milho . • • • • • • • 77:088$100
•
Papeis • • • • • • • 1.701:362$680
Ronpas feitas • • • • • 1.728:757$200
Saccos vasios • • • • 3.591:288$680
Solas . . • • • • • • 3.289:9~3$800
Tecidos de algodão • • • 65.175:963$740
· Tecidos de lã . • • • 7.585:775$000
Tecidos diversos • • •• • 890.412$690
Ontros generos • • • • 25.266:512$620 218.818:868$18&
, ..
59 4 . 6 44 : 9:1.6.$.19 9-
, ,. . .
,
576
,
o valo,r da exportação
(:~~fI{i,a-rad!o "ão d'e pl',opriedade. de seHo, d'8, via-
[,,[rui <Ie 1916 com a d,e 1915. ,orUi· çã,o, d·e cQllll<luer'cio. d·e indu'stria, sobre
",,·se uma 'd'f:ferença de . . •
, • ' capital de sociedad,,*, anonyma pre.
26.130: 144$886; motivada pela drmi~ dial, taxa d'e aguas' e e'&gotos. quota de
1l!uição na exp,ortaçao• do café, QU'. ten· arrenda·m,entoda 'Estrada SÚ'rocabana,
,
..
,
•
•
578-
de desafogo, . ani.y,iada dos onus que café Soem. o pagall1!e:nto d·o -devido im .•:
pl'esentem<ente supporta. posto; á cobrança da di'v4da activa P'&-
Arrecadação das rendas Para a los promotof 8S puhlicos e perante os
o
mul,ta para as pessoas que. 'P'eJas froll- E' 'o que d'2Il11onstra o seguinte- qua-
teiras ou portos d·o Estado. ex,port'em dro:
,
- 579 -
•
,.UlJi I 3fl>par,ece uma dJi'i!f1>rença -de I ca·mbio e indemni·saçõe,s, -p l'oV'en-ielltel'<
910:656$792 na Secretaria do lonrtel'ior. de s'ent€>l1~",s judi·claes·.
EUa leve or:.gem na despesa de . . .
Da despesa tot",l de 87.444:201$1,u
558:670;485 com o sUJbsidio a sena·
foram gasto<; 18.709:765$317 oom O
dores e depuitados, durante as proro-
ensi·nQ pubU.:o dm quaes ..... .... .
gações dos tra,balhOls do Congresso; I13.930: 104$651 só com o .enslno pri-
299:806$080 com soceonos publi'eo.s
mario; 2.195:650$999 Com a saude ,p u.
e 116:695$058 com er€'ditos extraor-
'blica; 8~9: 806$080 co·m. 6oocorros r.u·
dinarios .para a Faculdade de Medi·
b'llcO's 'em &,eral, e cOlmbate, a,o impa] u·
cina. e Cirurgia.
dismoem part.icular: 1.695:069$485.
Vê -.s~, portanto , que o exoes·so nws com O S_ado e 'l. Camar.a dos Depu-
verbas oTd:i'nairiaifl ·{la Secretaria nã-o tados; 1.5405:784$299, com a adminis- .
pass'Ou de 2'35:146$3.29. por ter ha. bra~ão da Just'i'ça; 467: 558$995, com
'v .ido, 'E!lm outras ver·bas um saldo d'e o Millislterio Pu'b-lieo; 1.579:919$938 ,
64:709$751. com O' serviço . policial; 4.008:034$298,
N" Secre>tar·ia da Ju,stiça tambem com a;l1mlentaçãJo~ v.e.'S/tua:rios re mais
h-ouvre u~ ex"C--e'sso entre a 1iotação or- despesas com 3S' prisões do Estado:
çamentaria. ea des·pes'a ,p aga -d'e ..... 12.219:926$901, com , a ,força publica;
2.081:199$556; o 'qual explica-se pela 1.722:422$812, com a immig·r ação e
insuMioi$TII('.'ül. dia verba votada p'a·ra colonJisação; 1.031:380$686 com o en-
"Pri,s'õ es do &itad'o". pela qual eOJ'll'e· sin.o agTIiloo'la 'e serviço
•
agrono'mioo do
l'a·m muito,s gastQ-3 com a aUmentação Estado; 2.028: 280$485, com obras JYU-
ministra,lda a grande ll'um\E}ro de aJ.ie- blIcas; 4.654:962$403 com a lUumina·
nados e dc.}inquent,es re-collhidos ás . ca- ção da ,capital" ;subvenções a estradas de
deias, e mais ainda, pela alta eX<lessi- r.eno. empres·as d·enavegação, et'c.;
va noo preços -dos generos de primelora .
3.252: 975$,506, CO>lll o ,,·erviço de agua
llecessi·d",de e dos tecido. para' ves- 'e exgottos na capital e Santos; .....
tu aro os dos detentos. 1.158: 883$9,55, com o Tramway da
Os gasto", e'Xtraol'd'na·rios coon a in. Cantareira e estrada de. Ferro F·unUen_
tl'oducção d e immigralltJeos" coloniS'ação, se; 3.194:837$937, com a arrecadação
contractos e su~vençôes. serviço de das ren<las; 11.117: 930$692, com. juros
agua e exgottos da cavltal, estrada de d.i-v<>rSos; '5.421:205$826, com differeu.
ferro d e Camp-o. do Jordão, prolon- cas <le eam'b io; 941:·416$372, com apo·
gamento da. E&trada Soroea,bwna e. iSentados e reformados e . . . . . •
•
581
.'
naes e excessivos vencimentos. Foi I
I
de serviços, para melhor fiseal izacão
descentralizada a cobrança da divida das despesas publicas.
a.ctiva, tornando a arrecadação mais Activo e Passivo do Estado Eis
pr'1mpta e mais segura; e, finalmente, o balanço do aclivo e passivo do Es-
foram concentrados no Thesouro todos · tado, encerrado 'a 28 de fevereiro do
os pagamentos de obras, de pessoal e corrente anno:
'. . '
,
. .
•
•
• •
•
•
'
•
.
•
.
-
ACTIVO
Proprios do Estado ,
t,
•
•
542.797:985$462
PASSIVO
, ---
585-
Por esses quadros, verifica-se que, ~ 10.443 . 295-0-0; mas, de facto. , uma
. ·eonfrontando o activo na importancia parte dessa divida externa. no valor
- -, d~SOO .433 : 114$493 com o passivo n o de f 3.398.200-12-6, não representa
( -
. vi\lor de 449 .608:648$169, existia, ao propriamente responsabilidades do Es-
encerrar-se. o exercicio, um saldo de tado, e os compromissos da valoriza-
50.824:466$324. ção têm no activo r ecursos d e sobra
Addicionando-se. porém, o valor ac- para o seu integral pagamento.
f·:rescido nos proprios estadoaes, em Com o produeto liquido da valori-
,,' irtuàe de novas obras e serviços, e a zação do café. com os recursos de que
dífferença entre o preço do café de- dispõe o Thesouro, e que são superio-
.
positado. que figura no balanço, pelo res aos seus compromissos, e com a
seu custo na occasião em que foi ad- deducção na divida externa da s omma
quirido.,' e o se u preço actual te- acima indicada, o passivo de São Paulo
re mos o activo liquido elevado a uma fica limitado, sem se contarem as di-
BOmma superiOI' a 100: 000$000. vidas interna e flu ctuante, que figu-
Figuram no passivo do Estado . par- ram no balanço, a!: 3.123.043-11-4.
cellas da divida externa, que attingem •
67.919 :448$160 I
,
Prop6edades na Capital • • • 49.915:000$000 ,I
Propriedades em Santos • • • 12.118:033$440
Propriedades em Campinas • • • 825:000$000
Propriedades no interior do Estado 25.051 :070$500 ,
Adquiridos em 1916. • • • • • • 3.358:616$413 I
,I
259.194 :839$645 ,
•
i
I
E 1 certo , entretanto, que o valor des- executados dará o valor real desses
:i;es proprios é muito s uperior ao que bens.
lhes attribúe este quadro.
A revisão; que está senno feita no Divida Aetiva A divida activa em
-custo das obras, nas acqu1sições rea- 31 de dezembro de 1916 era a se-
liza.ds8 e nos a cer-escimos de serviços guinte:
..-.•...... .;:.e.."'>:-"'.
-. -.....; '""""'"-
",.", I.t,.a/c, ~."",
'-' i.." ,.
.. _ - --- ~;., ?>
. ,~'-, "'~'
,
,'" - fi; ~
. I....
C td4 .
•
.. ---
'J
,
:
. . p,\\ .......
",' .....
.' ' r...::_ " ". .
.\ _..
-
\:
,
r
•
•
586 -
,,
DEVEDORES SALDO DE 1916 SALDO P.AR.A m1 I:
,.
Governo Federal i i
Debito demonstrado etn relatorio anterio. J 117 :846$540 117:84ú$54C I
Tbesouro Nacional
Idem, idem. . . • • • • • , • • 7.151 :338$726 7.151 :338$726
Camarás Municipaes
I
Amparo . . . • • • • • • • • 18:044$520' Q ·ll"4··')(l
1u. "'t 'P'~~ ~
•
• • • • •
•
36 :935$000'1
1 .225 :000$000,
36:'.135$000
1. 225 :üOÜ$OOO i
São Luiz . . •
• • • • •
•
3 :000$000: 3 :000$000 i
São Simão . . .
•
•
•
•
•
• •
•
•
• •
• · 1
4 :774$960!,
. fi
4:774$960 !1
,
,1
Estradas de Ferro 1
,,:j, i
Companhia Bragantina . . . . L.048 :909$139{ ?
..... 04R' 0"'''''1'9'
\.:7 _'_'.~, J.
• • •
,,
Companhia Melhoramentos de Monte, .
A!t O . . . . • • • . . . . 11• 36 :000$000 II 36 :(lf)I.l$OOO i
;,
I ir
Banco de Credito Real de São Paulo I'!' . .,'I, .
,
Debito demonstrado em relatoria anterior 2.820000$OOO~
, "
Santa Casa de Misericordia da Capital , I
.
.!
I
Idem, como acIma . . • • • • · ~:'__1_._00_0_:_00_0_$0_0_0, 1.000 :iu)l)~noo ;
•
. , " '.
•
587
o• r
Saldo existente em Caixa • 204:629$139
I • • j
o o
•
I
EMPRESTIMOS
) exHncção Ir ~ ! circulação - :e
-,-_...~--~~-~~.~--~.~=
~ _....-'- -''--
-_ ..-_. --- "" -,-=,=-.=... _~-
'_ '-_'[. " .-, ._- ~. - - ~.~ =~~ ----, . -
·i .'
i.l
1888 ~ The British Bankl ,
,•
of South America Ltdo' 1-10-1920 'r 350.000- O-O 91.800- 0- O
188&--Louis Cohen & Sons 1- 10-1925 ; 787.500- O-O i: 327.600- 0- O •
1904 - Loudon & Brazi- . I
lian Bank Ltd. . . , o 1- 4-193S ~ 1.000.000- O-O ~ 771. 700- 0- O II .
1905 - Dresdner Bank oi• 1-10-1943 :: 3.800.000-12-6 13. :198.200-12- li
1907 · - Société Générale ••
lo'e ita nesse total de E 6 . 521. 244 - ~ - 10 ções desses e mprestilnos têm sido fei-
a deducção de!l 3 . 398.200-12-6, do I to com a costumada pontualidade.
emprestimo contrahido com o Dresdner
•
Bank, cujo pagamento está a cargo .. da Divida. Ext.erna
Sel'vÍco Hon-.
•
da estrada de fen'o Sorocabana . . .. e é rando os seus comprom issos COIU in:-
realizado com as suas renda.s, . ..resulta
. variavel pontualidade . o Thesoul'o do
que a divida exteTna fundada, de res- Estado fez em 1916, remessas destinac
ponsa.bilidade directa do Estado e das ao pagamento de juros e anl0rti-
custeada com os recursos do Thesouro, zação de suas dividas externas. na im -:-
é apenas de II 3.123 _043-11-4 o portancia de 45.778:564$049, confor-
O pagamento dos juros e amortiza- me se demonstra no qua.dro seguinte:
~ ,,\,~,~. , :'.::.... " :' , ",
-
', ..
•• , i" , '
· .
--.', ..
-,
'.'
..·"'.I'f "' "_ '
588 -
.
Com essas remessas, o Thesoul'o de
São Paulo attendeu, com a maxima so- A dlvig3
Divida. interna fundada -
licitude e nas épocas contractuaes, ao interna fundada importa em ..... . . .
pagamento de todo o serviço de sua 72.490:500$000, assim dividida:
divida externa.
•
. ' -'. " . ..
" ~ :':' :' -. '.,' ',,', ' .. '"" ,".,0 ' "
-."'.'
" "•
. ,"
589 - •
•
•
3.' sene • •
• • • · I, 4. 772 :500$000 .
5.'
4."
"
!~
•
•
•
-I
•
3.841 :500$000
3.841 :500$000
6.' ~,
- • • 7 .807 :000$000
7.' "., • • 9. 597 :500$000
8.' • • • 10.000:000$000
9. ' ,." • • 10. 500 :000$000
10.' • • • 22.130:500$000
72 .490 :500$000
•
•
..
• •
• •
•
•
•
•
A C T IV O Libras PÀ S51 V O Libras
Café. Armazenados
Emprestimo de f ' 7.500.000-0-0
Valor de venda de 1.182.869 saccas de 60 kilos Saldo em circulação . . • • • •• • 5.713.710- 0- ú
do café existente em Marselha (57.385
saccas) e n o Havre ( 1.125.484 saccas), . Emprestimo de f 4.200~000-0.0 !
va lentes a 1.419.443 saccas de 50 kí1os, Saldo em circulação . . . . .
cu sto, par a o Estado, d e 39.449 :873$460 • • • • 2.94.0.000- 0- O
avaliadas p ela cotação do Havre de 85 Emprestimo Federal de · li 3.000.000-0-0
por sacca d e 50 kilos, ou sejam ....... .
120.652.655 Frs., equivalentes em moeda
Saldo em • c'itculação • • • ,. . . 1.789.58.5- 0- O
·
ing leza, ao cambio de 25.20 a . . 4.787.843- 0- 11 Thesouro Nacional •
•
. , -c•
591 •
quer com o dinheiro que se acha em lavoura e das industrias, está hoje,
podeI' dos. banqueiros do Estado, o de accôrdo com o disposto no art. 7.' ,
oneràm a sobre taxa criada para a de- lar, sejam devolvidas á circulação em
fesa do café, os pOderes competentes beueficio das classes productoras ..
cogitarão. sem demora, de extinguir A conv·ersão em moeda nacional dos
esse encargo, que pesa sobre a lavou- emprestimos feitos em ouro pelo re-
ra; mesmo porque, não tendo sido elle ,
beneficar·enormemente a lavoura.
Estado QU. siquer, derivado para fim
Para levar-se a effeito esse propo-
diverso do que lhe fôra consignado, a
sito, seria necessaria "a acq uisição, pelo
sua conservação não mais se justifica-
Estado, das acções e obrigações ouro
ria, ao, passo que de sua extincção
em circulação.
advirá um grande allivio e' um vigo-
roso , alento para a nossa laboriosa E' evidente que, neste momento não
clrus"e agricola. seria faci! realizar-se essa operação,
,
mas, eUa d"ve ser- posta eni pratica ,na
Eniprestlmos á. lavoura e á industria
Ó'ccaslião opportuna, com relevantes
Visando o desdobramento das nos-
vantagens para o interesse publico e
sas fóntes de producção, a par das
privado.
providencias relativas ao fornecime'nto
de braços para a lavoura, á facilidade Caixas Economicas Acudindo ' ao
e ao barateamento dos transportes, á appello que vos dirigi ém' niinha ulti-
reducção 'das' taxas de' docas e' de ou- ma mensagem e satisfazendo' a' unia
tros impostos que pesam sobre o pro- antiga e legitima aspiração do 'povo
ductor ." tem sido objecto de acura- pauHsla, decretastes. na sessão do anuo
do estudo do Governo o estabelecimen- , find'O, a lei n.· 1544, de 30 de dezem-
to ~, " remodelação de institutos de' bro de 1916, que auctol'izou a criação
" '" ' .
,'o',', " , '
•
592
dt\
- .
caixas eCOllOIDlcas nas principaes zalldo o Gcwerno a auxUiar a fu ndacãao'
eidades do Estado. daquelles estabelecimentos.
Depois de regulamentadas pelo de- As caixas ' eeonomicas e os bancos de-
creto n .' 2765, de 19 de jaIieiro- deste credito popular são dois apparelhoB-
" - anno, foram installada:s' e estão func- que se completam: um trata de reco·-
cionando, com' toda a regularidade, as lher as economias do -povo, frequen-
-
caixas autonomas da Capital, Santos, temente aferrolhados sem o mínimo-
Campinas e Ribeirão Preto.' proveito; o outro cuida de devolvel-as.
• á circulação, em applicações garanti-
FQÍ tal a acceitação que esses insti-
das e reprod uctlvas,
tutos tiveram da parte do publico que
- Os bancos de credito popnlar, fun- -
em pouco tempo de funccionamento,
. - dados sob a fórma de cooperativas de·
.accusam depositos no valor de .....
credito de responsabilidade limitada,_
2.935:868$978.
- , .. . nas prlncipaes cidades dü interior, exer-
Pelos decretos n-.' 2792, de 19 de
cerão o papel de verdadeiras agencias-
abril de 1917 e n.' 2805, de 31 de
do banco central, para facilitar 'aos
maio do mesmo anno, forãm criadas -
gran~es e pequenos "lavradores 8 cria... ·
caixas "economicas annexas ás colleéto-
dores a. obtenção de recu'rSDS para o-
rias de Agudas, Amparo, Araraquara,
cultivo de suas terras ou para -augmen-·
Araras ,-Avaré, Barretos, Batataes, Bau·
to de seus rebanhos.
rú, Botucatú,,, Bragança, Caconde, Casa -
Dada a cuidadosa organização plane--
'BranCà, Descalvado, -E spírito Santo do
Pinhal, Faxina, Franca, Guaratinguetá, I jada para as eODp erativas de {!redito, .
sob a denominação de bancos de cre-
Igarapava, Itapetininga, Itapira, Itati-
dito popular, deve-se confiar que ellas
ba, ltú, Jaboticabal, Jahú, Jundiahy.,
não tardem a ser coroadas de pleno-
Linii!lra, Lorena, Mocóca, Mogy das I -
exíto.
Cruze-s, MogY-Mirim, Orlandia', Palmei-
Os vlclos e defeitos, verificados pela
ra8, Pindamonhangaba, Piracicaba,' Pi-
experi~ncia em instituições congeneres,
rajú, Rio Claro, São João da Bôa Vista,
foram corrigidos, de mod{) que as que·
São Bernardo, São Carlos, São José
agora ·se estão instaUando em muitas
do Rio Pardo, São Manoel, São Simão,
localidades, hão de, desde logo, con-.
Sorocaba, Tatuhy, Taubaté e Tieté, de
quis tar a confiança do publico e pres-
cuja installaçã,o já se está cuidando.
tar aqui beneficios eguaes aos que
Esses apparelho~, taes como foram . delIas rece bem os outros povos.
instituídos, , constituirão,. com certeza,
Além das operações bancarias com--
grandes factores da expansão econo-
muns, revestidas das mais solidas ga-·
mica do Estado; e, .sendo uma verda-
rantias, Os baneos de -credito _popular-
deira escola de economia e de previ-
poderão recolher aos seus cofres, em
dencia, vão proporcionar recursos para
conta corrente, as pequenas economias
o incremento de nossa producção.
levadas â sua séde, comtanto que as--
Bancos de Credito Popular - A ins- sumam o com·prO"misiso· -de devo"lveI-as
tituição de _bancos de credito popular á circu-lação na propria localidade em
é o complemento logico do plano de que fUDccionam.
organização do credito agricola. Isso constituirá um ~erdadeiro ensaio
. Por isso) aventei-a em minha pri- para o estabelecimento de caixas eco~ ·
•
meira mensagem e. satisfazendo esse nomicas livres, entregues unicamente á
jnsto reclamo, votastes a lei n.' 1520-A, iniciativa particular e á confiança do·
de 23 de d_e zembro de 1916, anelori- publico.
593
•
.
Arnla.
. z ens. Gera,e s Os armazens criou, na praça de Santos, .uma bolsa
. .
g.,raes existentes no Estado, na fórma olfieial de café e uma Caixa de Li-
das leia federaes attinentes ao assum- quidações.'"
pto,.. estão destinados a prestar opti- Pareceu-me não dever demorar por
mos serviços á nossa producção. mais tempo a execução dessa lei, que
Esses apparelhos. co mo verdadeiros viria impedir a jogatina desenfreada
reguladores da oiferta, poderão repre- que punha em risco o frueto do labor '
sentar papel importantissimo na de- honrado dos nossos lavradores.
tesa da nossa exportação contra os Com applauso geral e com grande
manejos dos especuladores e, ao. lues- proveito para a lavoura e para a ga-
mo tempo, amparar os productores -
rantia ·s regularidade dos negocios em
deante das difficuldades de transportes.
!Santo·s, esses dois institutos estão.
Depositadas as mercadorias de pro- ;fun;ccionando com a maior regulal'i-·
ducção nacional nos armazens geraes, dard e.
os seus proprieta rios poderão. com fa- Pelos decretos n. 2.797 de 28 de
cilidade, por meio da e lnissão de "war- abril, n ." 2.798 e 2.798-A. de 30 do
rants", encontrar nos bancos as som- mesmo mez. foram approy~dos Q re-
mas de que necessitem até. que " pos- I gulamento da Bolsa, da Caixa d e Li-
sam alcançar no mercado preço. re- , quidações da Caixa Regü;trado'fa.
munerador para o. seu p-r odu'o to ou I
conveniente escoamento. para e11e. I I\:
•
o;:
O Governo, convencido da utilidade
desses estabelecimentos e do efficaz Taes são, senhores membros do Con-
auxilia que elles pÓdem prestar á la-
gresso Legislativo, as informações que
voura e ás industrias, tem favorecido me cumpria prestar-vos, .para esclare-
até com garantia de juros para. os ca- cimento e orientação de vossa intelli-
pitaes, a sua fundação e, ainda mais,
gente e solicita acção legislativa.
tem 'procurado ' criar e remodelar ins-
Si de out ras mais minuciosas hou-
titutos de credito que possa.m fornecer
• •
verdets mister, podere-is en'contral-as
aos productores recursos pecuulanos em nos relatorlos 'p ar-cíaes d·a~ Secrefarias·
emprestimos, garantidos por titulos "de 'Es tado ou r equisital-"s odo Governo,.
emittidos por esses armazens. q ne sinceramente deseja a vossa pa-
E ' de toda conveniencia, para o COffi- triotica collaboração e tem, como vós,
mercio e para a lavoura, que esses ar- por primordial empenho o engrandeci
mazens tenham•
melhor aproveitamento, menta progressivo do Estado de Sã"
e •que as operações so bre ';lwarrants" Paulo .
sejam mais generalizadas, com O que
se evitarão mais facilmente o sacrificio São Paulo, em 14 .de julho de 191 7 . .
da producção e o prejuizo do produ- Altino Arantes.
ctor.
Bolsa Off1cial de Café e Cab:a de -
* •
Uquidações Convencido da necesBi-
dade de libertar a principal riqueza Senhores Membros do Congresso Le-
do Estado da especulação iIIegitima gislativo.
.
flue , não
. rar-o-, tornava aleatorio o pre· Desempenhando-me do encargo cons-
ço real do caté, i ulguei coo veniente titucional de informar-vos sobre a mar-
e opportuno dar ' execução á lei n.· cha dos negocias publicas, durante o
.
1.416, de 14 de iulho de 1914, que ultimo anno, e de. alvitrar-vos as me-
, ,
,
, 594
,
, , ,
,
,<lidas 'que ao Poder Executivo pare- maras Municipaes nos seguintes ter~
-çam ' mais convinhaveis á. administra- mos:
ção do Estado, tenho a subida honra "O momento historico de excepcío-
,de con'g ratular-me comvosco pelo Ini- 'nal relevancia que a Nação atravessa,
'cio d·e·: vossos trabalhos. na sessão le- com a guerra a ' que foi arrastado pelo
gislativa que hOje se installa, augu- Imperio AlIemão, está a exigir de todos
:rando sinceIamente que, á semelhança os brasileiros uma serie de providen-
das outras, seja ella fecunda
, em bene- cias que hão de redundar em beneficio
.ficios pa. ra. a terra generosa e prospera, da nobre causa que o Brasil tão sln'
que , tão dignamente representaes. eerament-e desposou . .E' indispensav~l
uma immediata congregação de esfor-
A' situação internacional do Brasil,
ços etn prol da nossa preparação mili-
neste melin<l.-oso mo'mento <le .sua his-
tar. Para tanto peço o seu maximo
toria, cabem , de direito, as minhas pri-
empenho em prol da constituição de
'meiras referencias. E estas não pódem
linhas de tiro nas localidades que ainda
ser sinão a re iterada e sempre sincera , - .
as nao possuam e para '0 crescente de-
,affirmacão
, - do apoio e da solidariedade
,
senvolvimento das já existentes.
inquebrantavels, com que o Estado de
'São Panlo, o seu povo e o seu Go- Como medida complementar, para as
'verno acompanham e secundam a orien- cidades em que ainda não exIsta ins-
tação e os esforços dos Poderes Fe- truetor do exercito, ficam os comman-
derae., na defesa da dignidade e dos dantes dos destacamentos da Força
direitos da Nação Brasileira. Publica auctorizados a ministrar pre-
• paração militar aos civis que para esse
Os innomlnaveis
,
attentados pratica- fim se apresentarem.
dos pelo Imperio Allemão' contra diver-
" ,
Unam-se todos. os paulistas, sem dis -
sas unidades
"
de nossa marinha mer-
. .
,
- '
tincção de partidos ou de crenças, re-
cante , denunciando, da parte da po-
solvidos a cumprir sem vacillações as
tencia aggressora, o deliberado propo-
ordens do Governo da RePribllca, me-
sito de tolher a liberdade de navega-
, ,
recedor da conf iança 'Iue .toda a Nação
ção e impedir o intercamblo mundial,
nelIe deposita. Respeitem-se a vida e,
·com flagrante violação dos mais rudi-
, as propriedades dos subditos allemães
menta,res preceitos do Direito das Gen-
o ,
domiciliados no Estado, emquantQ elles
tes . e ,' da.;:; lConvenções fnternaeionaes;
,
se .mantiverem submissos ás nossas leis
levaram o Gover'no da Repu'bJica, de.s-
e ás nossas auctoridades e evitem·se
,a-ttendido nos seus energi'Cos 'Protestos
attentados contra a segurança publica.
pacificos, a reconhecer officialmente o
O patriotismo não se exteriorisa pela
es tado de guerra, que, dest'arte, acin-
. . " . pratica censul"avel de violencias e sim.
tosa'm en'te, lhe era imposto pela Alle- principalmente, pelo empenho sincero,
.nlaI!ha ". que a todos deve animar, de conseguir
Inteirado que fui da grave decisão, o maior prestigio para o Brasil na
to mada pelo Congresso Nacional, dei- victoria , final de seus elevados ideaes
,
me pressa em offerecer desde logo , a.
, ,
de Justiça, de Liberdade e de Civili-
Uniãó; por intermedio de seu digno zação" .
Presidente, sem condições e sem re- A este appello corres ponderam as
se rvas;" o amparo moral e o concurso auctoridades judiciarias, as corporações
material do nosso Estado, ' ao mes- administrativas e a população de 'São
mo tempo que me dirigia a todos "os Paulo com pressurosa e inexcedivel so-
,JUiMS de Dire ito e Presidentes de Ca- licitude, empenhando-se todos, nun\a
,, .' .. '
595
" , ,
.ad mfra
,
,,-e1 unifQrmidade de pensament.o para os des tinos de nossa nacionali-
·,e d e a,('.~ã o, 'por apparelhar , na medida dade,
de ' suas possibilidades, os elemento s
,
•
necessarios ao desaggl'avo de nossos
,
brios e ' á salvaguarda de nossa inte-
' gridade, A insigne h o ni'a que ao nosso 'E stado
O Governo do Es tado , a seu turno, acaba de conferir Sua Excellencla o
, ,
O Estado
,
de São P aulo muito se nha e pela ItaTia, sob a brilhante di-.
desvanece com o facto, que reputa de recção dos respectivos Embaixadores,
,
elevado alcance p ara os interesse da
,
I Sir Maurice de Bunsan e Deputado Vito
Federação, de ter a escolha das urnas Luciani, tambem nos captival'am co m
, ,
:isso ' lnt'f!110, a mais sotida garantia ln le n sos se ll time nto !=; de a mi zade e de-
•
; - '.
_"
_:
596 - --
.
: J ' "
..
, ,,,,"
,,' ..
,', ''. ,- '
'
f.\\1nl1l'ação para cpm as duas Dobres Novos lllunici}>ios e distl'Íctos (te paz
nações, hoje nossas alliadas. que tão -- Foram criados• no anno de 1917,
~ .'
erticientemente têm collaborado, pelas os municipios de Laranjal, n a comarca
suas idéas, pelo seu capital e pelo de Tieté; de Cerqueira Cesar. na de.
seu trabalho, na obra conectiva da Avaré; de Guariba, na de Janoticahal;
prosperidade nacional. de Catanduva, na de Rio Preto: de
OIympia, na de Barretos ; de Oleo, na
Eleições Além de varias elei- de Santa Cruz !do Rio 'Pardo ; <ie ,Assis,
ções parciaes para vereadores e juizes na de Campos Novos do Paranapane-
de paz, em diversos municipios e dis- ma; de São J oaquim , na de Orlandia e,
trlctos do Estado, realizaram-se, nO dia bem ass.im, os seguintes districtos de
1. 11 :de-o março· do -correlite anno, os es- paz: de Villa Rezende. em Piracicaba ;
crutinios para a escolha de Presidente de Nova Granada, em Rio Preto: de
e Vice-Presidente da Republica, para Areopolis;' em São Manoel; de Bernar-
•
o quatriennio de 1918-1922, e de depu- dino de Campos, em Santa Cruz do Rio
tados e senador federaL Pardo; de Collina , em Barretos; de
Por este Estado, foram eleitos se- eOl"rego Rico, em Jaboticabal: de Ara-
nador o sr. Alfredo Ellis e deputadOS: çat uba, em Pennapolis; de Lavrinhas.
pelo 1. 0 districto, os srs. João Gal-eão em Pinheiros e de Pindorama. em San-
Carvalhal. Francisco Ferreira Braga, ! ta Adelia .
Raul R. Cardoso de Mello, Antonio C. Quasi todos estes municipios e dis-
de SalIes Junior, Cincinato C. da Silva trictos de paz já se acham legalmente
Braga, Carlos A. Garcia . Ferreira; pelo inst allados.
.
,
2. o, os srs. Alvar-o A. da Costa Carva- Ensino pl'ima.l 'io Já elllrou em
lho, Prudente de '- Moraes Filho, ' Al- vigor a lei n .' 1579, de 19 de dezem- ·
berto lS3!rmento, ,Oe-sar <le L. Vergueiro, bro de 1917, que assegurou ao Poder '
Joaquim A. de Barros Penteado, Mar- Executivo uma acção mais ampla e
colino L. Barreto; pelo 3. o, os srs. efficaz pa'r a attender ás necessidades
.. cArthur Palm.eira Ri'pper, Raphael A. do ensin-o e, ao mesmo tempo, preen.. ,
SampaiO Vi<lal, J ..P. da Veiga M·i randa, cbeu sensiveis lacunas do nosso appa·
José Manoel Lobo, João de Faria; pelo relho escolar, cujas peças, a pouco e'
4.°, os srs, Francisco de Paula Rodri- POUCO, se vão combinando ·Jium todo
gues Alves Filho, Arnolpho R. de Aze- harmonico, graduado e completo.
vedo, Carlos de Campos, Manoel P . D'óra em diante, desde as escolas .
ViIlabolm e Pedro L. de Oliveira Costa. preliminares até 'ás normaes, Q ensino ,
será ministrado sem solução de eon- ·
A primeirQ de junhO findo, proc~
tinuidade.
deu-se tam'bem á eleição para o pl'eetl-
As escolas isoladas, de accõrdo com
chimento de . uma vaga no Senado Es-
a citada lei, estão sendo classificadas ,
tadual e de tres outras na Camara dos
em diversas categorias. Para o seu
Deputados.
provimento, o Governo tem dado pre-
Desvaneço-me em poder affirmar que ferencia aos municipios novos ou lon-
o meu Governo põz o maior empenho ginquos, e aos que são grandes nucleo,,'
•
em assegurar, por todos os meios ao de população extrangeira ou se encon-
seu al'canc'e, a '1iIberdade :do voto e a tram menos prOVidos de instrucção.
seriedade <lo processo eleitoral nesses Dentro em pouco, serão Installadas .
differentes pleitos, que, aliás, decorre- as escolas ruraes, que deverão fune-
ram todos na mais completa ordem . clonar nos centros agrícolas. onde a.
•
.~ ...
597
Retiro ~ Perdizes , nos terrenos que o mes ind ivid uaes, 11 . 795 inspecções me-
Estad ü a dq nirira em tempo para esse dicas ge raes, 1 . 478 véI.ccinações, COI1-
•
tim . t ra a · val'i ola , 9. 6 S0 t"evaccinaçôes ,
598
,
I . .1 88 prelecções· sobre hygiene indi- especialmente aestinado ao tratamento
• •
•
A mudança da Escola vae permittir alumnos .
augmento de matricula e aperfeiçoa- Torna-se cada vez malf; 11 n:;·~ n u= u.
•
' -, .- ... .~ '
•
":." '-'
, ," . , :~
.. . -
.
600
.. .' ,
('III IIi! de um edificio para a Fa'':
l'u q ,; ã o
•
espe cializar, durante dois annos; em
cllldade. Actualmeute está elIa func- bacteriof-ogia: e, nas mesmas .- condi-
ciona.ndo em tres predios da rua Bri- ,ç ões, seguirá proximamente o dr. Ge·,J
gade.l!'o Tobias, todos elles velhos e raldo de Paüla Souza, com o fiin de se
adaptados Hgeil;alne nte ao ensino das aperfeiçoar em chimica · biologiCa.
ditfereute8 disciplinas . Com isto mui- Acredito, pois, :que eS'ta criação veill
to solt!fre. a fis'calisação, alem de que dotar o Estado de mais um orgam
.
·as des pezas crescem em 1'elação dír~cta scientifico de g rande utilidade prática.
<ia mulüplicaçáodos edifíCios occupa-
dos. 'g essa.s . des·pezas av'uItam aind3. Escola Pob'te-
• chnica.-
• Funccionaram
.
n1ais .pú'!\t1ue .rr~ta-·se de prediO's velhos,
com regularidade todas as secções da
cu ja. a-daptação e reparo s cOlUpetem ao Escola Polytechnica .
Estado. o numero total de alumnos matri-
No t.oJ'reüte ânno, e após concurso culados, nos diversos cursos, elevou-
feit o, entl',e alumnos do 4.° e 5.° anno, I se a 185 e 6 ouvintes. Completaram
,
estão sendo nomeados 'os internos para o 'Curso de engenheiros -civis 19 alum-
,a s diversas clinicas da Faculdade .
,
nos, 4 o · de engenheeiros mechanl cos e
electricistas e 1 o de engenheiro ar-
De acc.ôrdo com as negociações en- •
'chitecto.
taboladas entre o Governo e a "Ro-
Obtive ram o premio de viagem ao
ckfeller Foundation", foi criado o Ins-
estrangell'O ou collocação definitiva em
titutO de Hygiene, annexo á Faculdade
uma das repartições teçhnicas do Es-
e no qual funcciona. tambem a cadeira -
tado, os srs. Leopoldo A. da Silveira
da mesrn a clÍscipHna do n oSSO curso
l1ledi ~~o.
I
França e Octa vio Ferraz de Sampaio,
que completaram, com distlncção em
E' sell director, desempenhando ao -
todos os a'nnos, respectivamente, os :;
·.
mesmo tempo as .funcções -de lente de 1 ..•"•
I cursos, de engen!heiros civis e engenhei- •
Hygiene, o . dI' . Samuel Darling, nota- i ,:~
,--.
•
'
,
De accô,l'do COlll o contracto , a .. Ro- anno passado-, teve o Museu a sua vida
ckfeIler Foundation" já enviou, por completalnente normalisada, com a ter-
s ua, conta. , para <>s Est&dos Unidos da minação dos trabalhos da commissão
AUleriúa. do Norte um medico paulis~a, de inquerito a nomeação do dr. Es-
.
o dr, Frandsco Borges 'Vieira. para se cragnolle Taunay para seu dil'ector .
- 601
•
602 - •
.
canto , pintura'e esclI,l ptllra. Desses, dois pessoas contra 8.176 em 1916 ; {) que
.
estavam na França e cinco na Jtalia. dá uoma média d e 1ll0rtaHdade g eral
A 'Commis&ão Fiflcal continua ve- d,e 2 L660bitos P'ú.f dia paro.. 1917. con_
lrando ·c al1inlmsamente pelos pensionls- Ira 22,40 e'm 1916 , r.e presentan<lo um
tas,qu'a, pelo seu esforço e com:prova . cooef<ficiente allllua.[ de 16.79 ·em UH7,.
do o>pl1oveitamen to. têm p"Joenamen te contra 16.86 em 1916: o qu e d·1'mons-·
COl'U'"es pondido á conf'iança d·o Governo. tra que as condições de "Salub-;:id~~d.e da
•
A Biblioth·e.ca Publica do ·Estado capiroal melhorara m .
e o Seminarjo das FAucand-as funccio- Em üO'n fronto com algumas eida-.
naram com regula'f-i'dade. das do es.tran·g,e,iro. São Paulo tem. o'
• seu coeffici,ent,,, d·e mortalidade m<>lhtll""
Centellal'io da ludepel1tlo11cia
qU>e Madrid. BerJi.m, Trieste. Ha.mbu'r-·
J ·á <es~á concluida a planta d{) ·parq·ue
go, Rooo,ri-o. Lyon e IVIo.llte-\r id e u; e,
que .s~rá cOll'strui-do ~'m fre-nte ao ooi- com referellcia a cidades d o Brasil,.
Licio do lpirailga e da g.r anàeavenida
nota-se que somell"te Bello Horizo nte e.
que da-r·á a<:eooso ao ,M onum.ento.
S ão Sa:lvlldor lhe levam vantagem .
A·ctuaIilnenfe, prol:<ed·e-.s e ao levau-
trum,e.nto d,os terrell,os, afim de- serem
.Registrarall11_s'e em todo o Est.ado
a-s. obras iniciadas'. o ·que se ·dará 26.917 casamentos contra 26.612 . ·em
dentro depóuco tem.po. 1.916 , i.sto é, ·mlari-s 303 em 1917 . Na·
O Pr.,f",ilo 'Municipal e os dr·s. Oap'ita;l: o llum·eq"O de <: as-amentt.~ foi.
Ramos <ie Azeved·o e Adolllho Pinto, a de 3. 564 . ou maios 406 que .e m H16,
pedido do g.,Dretario .do Interior, já equivalente a 'm<ldia diari. de ,9.76 ' 'l>'
escolh e ram o local onde d "e ve &er -e.ri- ao ,c oefficiente anll'lla! ·de 7,55. por' mil
gúdo 'o! Mop.umento, em bronze, aos he- h'abltantes. •
•
603-
e'fi tQld10 o Estado 1 bendo realisado dacidad,e, foram l'eaMs",doo com todo
82.688 vacdnações .e 111.799 revac· o >!lxito, .·endo ,e'iiJmdnadoo os grand~s
c'iIlJaçõ.e·s; e, para preveruir qIlJe G con· [6cos 'p'roximos das .partes mais po-
tagio do 'mal sle fize~"e pela NGroeste, voadas da OapLtal' e procu·ran,do com-
para ondoe .se d,esllOcava glrande maSlSla. ,bater os restantes, existentes nas P(>r·
d", população, t·eve ,de soiidtar ·a per_ dizels, Agua Branca e Lapa.
mwsão d'o Interventor. F1ederal no E<;- Para soccorrer' as zonas atacadas
tad'o de .Matto Grosso, ~fi.m (te v'acc;" peJo ,i,mpaludisLIDO,- '.,fortam d-estacadas
nar nas ·cidades dJe'Tres Lagôa,s e . . ..
varIas cOID1rnls'soes, que em!p'l'fehende ..
Camlpo Grande, n"'quene Estado, com ra.m, com exito, o ataque ao mal em
o intuito 'd!ep,r"venir \IJma erupção de Villa American,t, Nova Odessa, Santa
varíola naq·ueUas" lnca1idad'es, ·am c,o,n;s:- ,
604
•o
-.•
ness:e s·enNdo d.".,rum re.su~ta·p.o n"gat!- dos alijd obtid'o,s fOT·am verdade!ram·en-
\'0 , Entretaruto, COmo existe a .p ossl. te · b~Hhan>tes, ten,do " commi!lsão sa- ."-,
bflfdade de se encontrar quina nativa 'hido ·h·on..ar as tt1adi'ções de que gosa ,
•
em oortas zonas do B)'ael1, o Governo °
IlJOSSO Ins,tltuto Ba·cwr!()logl>co. •
•
•
•
- 605
segunda 'edição, que d,ev·erá eliminar grudo toda a sua melhor actividade na.
as lacunlas e d,eUcien-cié!ls nota'da.s na re:pre&sào 'd5Sse abuso, mas nâo pode-
pr·tme1r-a, pr,o'Curando-iS'e Imodel-al-a, no rá a sua acção surtIr O effeito colHma-
que fôr possivel, p,e1a obTa 'fiais im_ do, ·si outra. medidas complementares
l>ortante no gene!'o, que é a pharma- não IIhe Vi€í1'l€ilnem auxilio. .E assi:m.
co!,}éa norte-aJm~eoricana. 'é q·ue 'se faz s>enür a necesS'ida-de de
. AJfi,m de :SIQ-ccorrer varia.s zonas um en'te'nJdi'mento COlro o Go:v·erno F'e-
,lo inteTior, atacadas I)el'a malaria e deral, para se 'conseguir uma lei que
outr.3JS !e.nfermid.ad'6S, o Serviço Sani- pro-hiba, por mei:o de oneroso innposto,
ta-rio ·eu viou 3 O in,s'pe'ctores q Ul&, aléríl a importação de bagas de sabugueiro.
de aHender aOls' enfermos'. ef-fiectuaram cuja utHidad,e. só ,é conhecida para a
p,m al!gu-mas ,ltocalidad,e\S' !pesqlÜZas que falsificação de vInho!!'.
~ervirão .de bas1e papa ,futuros traba- Umla, ou.tra eon:s.equencia da gll'er-
!hos dia prop·hyJax,i1a. raé o Slurto de u-ma industria, que
O OodúgoQ Sandtar'io, decretado em já existia emIbryonaria e ago-ra se
fI d-~ Abril dà corrente -3Juno, já esttl ~p-resenta grandemlsnte desenvú'l vid,a,
::'fi'cont'IIando aIJiplicação, não <só nO --- a colheita de trapos.
(j u·e coneerne á pa;rte ruraJ, co-mo ain- Hr'arud.'e numer.Q d:e crianças e ·m·u-
,h na defooa do ID&tado cOIitra a llos- lheres a eUIa se -entrega, ,(':om grave.
:-:ivel ilnpol~t.a-ção -de el1eme.ntos inidese- damno para a sande pUlbUca; COfi \rém.
.lave·is, vindo's do ,aM,m, Iluar, 'e que pois. 'erradicaI-a, .}lago que cessem as
•
qUi-z3S, conclu.indo
, , além disso, os es· Além dissp , nas cadeias do Estado
tudos referentes á fixação do typo do ! e no recolhimento das Perdizes eX lS-
•
bastante satisfactol'io. Como succede, Imperio AlIemão, foi o ultimo anno ex-
sempre, foi a tuberculose a molestia tremamente trabalhoso
•
para a Secre-
Intercorrente mais commum, determi- taria da Justiça e da Segurança Pu-
nando 32 obitos. Logo que seja pos- b'liea.
~ivel, será conveniente que se dote o De um lado, era mister exercer unla
•
estabelecimento de um pavilhão para severa vigilancia so:b re os .s ubditos da
molestias intercorrentes e contagiosas. nação inimiga, que, máis que quaes-
: As despesas com todas as secções quer outros, conservalU muito vivas
Importaram no total de 997:158$425; suas ligações com a mãe Patria e~
deduzida, nessa conta, a quantia de de outro, conter ou canalizar para -Uln
59:822$'600, que foi a renda do esta- elevado fim os movimentos oriundos
belecimento no anno lindo, a as- da justa exaltação do patriotismo na-
sistencia aos aliénados custou ao Es- cional.
•
ça-da em 1\ n:-;;() E~sta-do por esse pro- grande augmento s<Ybre a ,precedente.
dueto . E' de notar qu'e n{) anno fiondo iniciá-
.'\. . pl'Hd ut:ç:ã o de a1 godão em caroço mos a exportação deste cereal para o.
Uo :tllUO de 1916-17 equivale a .... paizes extrang'eiros.
1 I .122.426 kilos de algodão em rama. Restringindo e encarecendo a nossa
Como isto fosse insufficiente para 0- importação de' artigos mann1alltura-
trabalh{) em nossas fabricas de tecidos, dos, a guerra européa forçou a expan-
houve necessidade de importarmos .. são das nossas industrias. Não só a
14.245.740 kilos desse util textil dos pro'ducção industrial se ampliou par"
Estados do Norte, especialmente de Per· attender as exi,gencias dos .mercados
nambuco. -1)facü:maes, como nova's fabricas ~e
Da safra de fumo, embora soffresse fundaram, dedicando~se a llOV08 ramos
um tanto com a secca em alguns mu- de a,ctivida,de industrial. ainda não
nicipios da região da Estrada Central explorados entre nós.
elo BrasiL em 1916-17, apuraram-se De 1915 a 1917, c'riaram-se no Es-
"'
190.496 arrobas para todo o Estado tado 325 est.a-lJoelecimentos ind nstriaes.
eontra 158.270 arrobas em 1915-16. com nm capital de 14.087:624$000.
O volume da produ·cção de assucar Den,tre eUes ·se destacam 21 fa'bricas
não passou d'e 61,2. 924 s'accas em .... 1e calçados, com o callitalde 647 con-
1916·]7 011 pouco menos do qne ai ,tos; 7 de tecidos, com 295 contos; 5
615.951 saccas d,e 1915-16. Os 16 en- de ,ohapéos e ·bon,ets, oom 174 contos;
genhos Jornec-eram 541.644 saccas em 5 de lacticillios, COm 606 contos; 17
tres jactos. vendend·o-as por excel1en- de productos chimi,cos, com 429 cor..-
.
te. preços. Sem embar·go, para atten- tos; 14 fundiçõ'es de ferro e bronze,
der ao .consumo interno. import:!.mos com 656 contos; e 3 de 01e08 e lubri ..
dos 'EJstados do Norte 4,5.299 lünela- ficantes com 530 contos.
das desse arUgo. .A nossa principal indnstrla, a de te-
,1\ extensão das plantações, de par cidos de algodão, ad,quire um desenvol-
-com as favo-raveis condições climateri- vimento assombroso. Em 1915 as nossas
caa fizeram com q'ue a sa-fra de arroz fa.bricas· produziram 1.21 . 5.8,9 .728 me-
. se elevasse a 2.592.157 saCCas de cem tros de tecidos, valendo' 58.968 con-
litros, em casca, no anno agr!co'la de tos e em 1916 a metragem montou a
Un6-17, eIDIquanto qu,e em 1915-16 134.448.470 metr08,'com o valor de
não foi a-Mm de 1. 9~3. 989 saccas. 117.649 contos. Em 19'17 alcançaram
Esse' augmento, peJ'feitamen-te visivel o record elevando o numero de me-
nos transp{)rte.s ferroviarlos, teve 00- , tros a cerca de 191.200.000, cujo va-
mo consequ'encia uma exportaç:.ão lor subiu a 1,51.350 contos, o que se
mai,or: expedimos em 1917, pejo por- explica sobretudo p'eJos altos preços
to d'e Santos, 2,2.204 tonelada.. de determina'ílos• pela carestia da materia
arroz .beneficiado, só para as nações prima.
•
e.xtrang.elras. CODlmercio Internacional No anno
A colheita de feijão em 1916--17, passadO! o nosso commercio com os
toi avaliada ,em 2.589.540 saccas dp. paizes extrangeiros continuou a resen-
•
'Coonvertido
: ,. .
O intercambioem libra> mais com a prolongação da guerra.
esterlinas, a. importação alcançou em consotitúe um dos prOblemas mais ur,
•
1917 a. 12,117.495
.
libras e a expor- gentes da actualidade. A reducção ti.l
t ação reRde'u 2'2,181. 225. Consequen- tonelagem disponivel para Os inwrcall'-
t-emente, o saldo a .favor do EIltado bios commerciaes. dete rmina'ndo a ai·
foi apenas de 10, 063 . 73 O libras eS' ta extraordinaria, dos fretes, concor-
.
terlinas, contra 13,395,000 no anno re para que os artigos ode importação
a.nterio.r , elOt1'al~geir a attinjalll preços quasi pro·
. . .
Mais con'COl'reu 'para o au-gmento htbitivos. , en.carecendo
.. a vida e ame 'l -
de 12 mil cO'ntos, papel ,na importa- cando. de paral,y"IO!!:'ão '· variall {",d,us-
.
ção de 1917 a classe das materlas trias .
p'rimas par'a as ' artes e industrias, por Por o·ut ro lado , a falta d e praç,
UlOtivo da forçada expansão de nossas .
- dis'p onivel para a exportação, l'edllz
lndustrias. .Em compensação, houve consideravelmente a sabida de gene-
uma diminuição na classe 'dos ' artil<o~ ros d e prDdu<:ção do paiz, esi>eCialmen-
,
doestinad-os a aJimentação, como o tri- te o café, determinando aqueda do
go em grão , os vinhos, o bacalhão, as seu valor.
,
terras vão sempr-e tornando '. a a·cção tancia apontada, cresceram as diffi-
dos encarregodos da discriminação culdades para a introdu'Cção de im..
muito complexa e ilnsegura ... migrantes', que são'solieiJtado. pela la"
Torna-se, pois, necessaria Q tnter . . voura, não só calfeeira mas tam,bem
v~nção do P(}der ,Legislativo para a re- para o desenvolvimento da producção
or.ga'niza-ção do 6·erviço sob moldes de cerOOes.
mais ",t'ficientes, seja de conformi·da- .o Governo, dentro dos recursos de
de com o plrun'o que o Governo lhe sub- que dispõe, auctórizou, para o -eo1'-
mebteu em' uma das ultimas sessões rente anno o augmento de 5,000 pa-
legislativas, ou como em sua alta aa- ra 9.000 no numero dos immigrantes
•
bedoria melhor lhe par8C<lr. japonezoes, .concedendo um accrescimo
no preço fixado pelas l'assagens,
bnrnigI'ação Durante o anno de
1917, entrararm no Estado 'de ,São Paulo IA situação, - porém, indica qUF!. a.
26.776 immigrantes, dos quaes 22.995 continuar a deficieilcia de meios de·
desembarcaram em Santos e 3.781 tralJlsportes nm'Ús e ,1l1'aiores sa'CrHi-
vi'eram por estrada de ferro'. cios deverá o arar.io fazer. a-fim «!le-
tO nu'mero ·de passageiros de 3.:\ que se possa "incrementar, como 'ê mis-
ter, a íntrodu(lj)ão de braços para ..
classe, SQ.hidÓs por santos, considera~ <.
lavoura.
dos emigrantes, foi, no mesmo perio-
do, de 9.397, l'esnHando dahi O saldo OoIonização - Existem actualmente.
de 17.379 ·no m<>vimento migratorio ainda não' emancipados, 9· nUi!leos co-
do anno. loniaes. Esses lllU'eleos oCCupam um ..
•
A immigração esp(}ntanoo foi 'quasi area d'e 54.666 hectares, divididos em
nnHa. Quanto á subsidiada, só em 2.15·8 -lotes rure.es, 1.51{ urbanos &
1912 e 1913 , no ultimo decennio, ex· 71 su'bur,banos. D<>s 2.158 lotes rurae••
cedeu eUa a de 1917. estão o~upadoJs 2.066.
,Attendendo-se ás circumstancias qUI! iPóde-se, pOi.'<, affirmar que os nu-
atravessamos, pode":se considerar sa.tis· cleos . coJoniaes ot'!fi.ciaes .- a.cham-s6:
•
,,-~""'''''' ," "
• -619-
620 -
, ,
nor,malistas, o serviço melhorou consi - I gamento d'e Salto .Grande a r'orto Ti '
deravelmente, porque eBas 'mefhodiza- I blrlçá~ que" em , 31 de dezembro de
'" ,
ram o enBmo e aconlieÍhàram as pro' I 1917, haviam ..
attlngido
" .,
,", ,:-
ao kHometro
.
teseoras
..
leigas no desempenlLo
, '
das 306, seud'o entregue ao trafego publi-
suas 'obrigaçoos, As escolas
,
do Patro- co o trecho
' ,
ent". Bartyra e Indiana,
, '
I
rentes á tomada de contas á )!l, F. So'
, tros na viação fer,,,~ do ,E stado, "Ie - i rocabana.
vando-se assim a 6,5,6 2,116 kilome- Tendo vista as conveniendas
tr09 a cifra do desenvolvimento da rê- d,esse serviço e ,do da organização da
de .ferrovlaria em trafego, em 31 ,de estatistica da viação ferrea do Estado,
>d.ezenl'bro dwqueHe annÇ) , ~ndo _, . foi, pela lei u . 1.590-B, de 27 de, de-
• ,'34,631 kilometros pertencentes , a zem)bro · .de 1917. criada, na Dil'ectona
empr,6'~as p&l'ticulares, 26, 000 ao mu- de Vlaç'ã o, uma secção especialmente
, niciplode Pi'raiú, 1. 746,985 ao Esta- incumbid'a d.elles; e o decreto n.
do e 354,600 á União, 2.929, de 28 de maio d'e.ste anno, alte-
A receita " a d<l<lIJ<)';a das estradas rou, de accordo <:om a citada l&i. a 'S
solu~ão essa q-ue o Governo, louvan- rafi e s'e ampliaram as concessões dai
do-se no voto ·dliverg~me do rElll'I'e- linhas da Companllflt Rêde TeJ."phoni-
se'l1tantedo Serviço Sanitario Ila allu- ca. Bragantiua. pe'rmHtindo a livre li-
dida oomm.!ssão, ·res<>lveu não aceeltar. gação entre 184 municipios do Estado.
mailt-endü o teôr de 10 % de oxido dit
carbono, -conforme fôra resolvi,doe-m Na,vegaçilo Fluvial e Mal'itim~ _.
1916, e de accordo tambem com o pa- Oe serviços de navegação fluvial na
recer daqueIla repartição. Antes fôra ba-cia d() Ribeira " o de 'lanchas ..
auctorizado o pagamento' de 874 lam- gazolina entre '3'antos e· Berti-oga. con-
peõeS' d'e' gaz na's ruas já ilIuminadas tinuaram a se·r feitos nos termos dos
porelectTiddade, medida essa que foi contracto-so assigll'wdo~ com o E~tado
•
posta immediatamente· em pratica e pela Campanhia de Navegação Fluvial
da qual resultou uma pequ'ena eco- Sul Paulista e pela firma Affoonso P.or-
•
•
. . ... .
•
624 -
.
"ccõrdo .c om a liquidação ia feita. lOOa- - j,mportaneia, O" relativos ao' ~ru!,o . , ,"-
lisada ~sá acquisiçãn, 'por oscrip.tur·a colar de iPoo.erneÚ'll.s, · ao GYlI\nasio d...
. ;: " ' -;
\lubli<:a de 9 de Março docorrerute aU- Ribeirão Preto,
. á cadeia de Cravinho8 . " .'
.' .
..
no, O ·Gov.erno, ai-n:da. 100Im. animo ( ·0.& á.s estações 'de JIIl<mta de ltaP'ltlnlnga
cUiatorio, convidou a .1 City of Santos I. o Botucatli e ·á s navas arclÜ6a.ncadas-
'" vir ·receber, a titulo ,g·ra;tu!.to, ,pel,o do HLppoo·romo. Paulistano . Eiltaa
.' .
..
ul-
, . -'
t.entes no referido sitio e ruecessarios ao .rockey C1l1b, qne ~deu aq'llAlle 111'0-
abasteeini.enlo -de a,g ua, e a a:cceitar prio para n'eUe ser mantido o Post·c·
plena e geral .qultação das indemnisa- Zooteehni.co de ,São Paulo.
·
c,ões e restituição de rendimentos, a Continua a ser feito r'egularruen-
qu;:, fôra 'Condemn.. da e de que se tor- te o serviço de conservaçfí.o das es-
nára -concesslonarlo o Estado, m'e-dian- t.rad..s d·e rodagem a cargo do Est e< ..
te asolbrigações q ua já acima deixei do . Jã foi eniTegu.e 110 transito vu-
expostas. blico a estrada de roda.gem de. Boltti-
· .
Não tendo a '''Clty of Santos" q ue- ya a Porto Fello:. 'mandaej'a c<lnstrull'
•
rido aOJluir ao 'aClcôNlo, e. ao contra- em r·Mão das. ,p essimas condiç.õ ee da
· ••
rio, . tenJdo apreseu.tado exlgencias até antiga, .qu'e era 13, 'lloi-ca existent~ para
.
enUo' d1!ll<lOn'h ecidas. não co.n vinha ao o serviço de Importação e .de eX'porta-·
•
Estado por mais tempo "",:rutinuar nes- Cão desse ·m'1l.n icipio.
sa situação; 1'E!10 que, ·n o Interesse do As obras de re-st •. uração UIl-,.."E<l-
ThesouTo e da ·pOlPu:lação I;"-ntista, de- tra da Vergue'ro" acham-se bastante
vidamente auetol'lsado pelO!- lei n. 1590-A adiantada's , 'proceàendo....sie ~g(}ra a
•
citada ·e pelos arts. ~8 e 21 do eoutra-
•
obras de protecção dos trechos ll<'rlgo-
eto ide 24 de Maio de 1897, resolveu. cos na 'descida d·a .se"ra do -Mar., .
.
por decretoiie n. 2935, d·e 25 do mez j Acham-"6 concluidas as ilonstruc-
rue Juuho findo, el',eampar o serviço . e çãe. ruraes 'na Fazenda Modelo de
abastecimento de agua . .para entregaI-o, Baruery, e o novo edifi-cio' 'da Escola
mal.. tard'e •.ã, Commissão 'd e San~men_ Normal ~e Pi'r a'ssunnnga aguarda,. pa- •
_to, que ' já ~m a 0011 cargo a Têde 1I-~ ra ser Inaugurado, a con·clusão da'5
eigohos da mesma cidade. obTas ,eom.p leomentares indispensavels. .~
'.'
·- COID"-O·. áSosum.p to . .
sado ' ·tol grande ó {iesenvolvlmento"{!ae
,;' .... .... .
~:'~ -;
. "
"
.. . . Obras- PubliCAS Dentre osro ulti- .forças produ~toras do Estado, "arras. "
•
·j;io.i .'p roiectos, or,ganieados ' peia Dire;· pO'nclend()o-l'h e Um .
augmento,
- ,"
' igial-
.
•
cÚ,r;a . de .oliras' 'P ubli'cas,no ' decurso mente conslderavel, d3&rendas publi-
·" ,,
' Ílo anno findo, destacam ...", 1>el<l. suá cas o
.. . " " " ' i: ; . 1,
•
•
•
.- 625 -
. .
A ~ltP<>T-taçãogemi dos produetos do á falta de mercados euro<~us. ·wn-
p·aulistas para o estrangeiro e .para tribuido somente com 274. 770:662$40fr
•
os outros Estados, feita ~lo po,rto d'e e sendo os. restantes 471. 5t5:871$027
Santos ~ pela Estraua 'Central do Bra- fornecLdos ,pel1apequena lavoura e pe-
sil, attingiu, com 'effeito, ao valor de las industrias p6.storH .., fabril, eorol)
746.316:633$427, tendo o ·café, devl- se vêd'ss·te qua<1ro: .. , ,
•
•
:I 965:510$700
. 1. 584 :679$250
•
sO'flfrido, no s nlf.itnlos t1" ....~ an no s, gr an' pa rta xi.o<; n<e<!te u'lti-mo an no : tec ido s
M
doe tdi m: inu içã o; a-SS-Í!ID.: e tu 19 15 foi de de alg od ão 15 8.4 63 :31 4$ 49 0; feijã<>o
46 6.5 0< ;:8 92 $0 00 . em 33 .64 8: 94 1$ 80 0; ca rne s res fri ad as
19 16 foi de
37 2.6 40 :16 0$ 94 0 e em 19 17 .fo! de 29 .66 0 :1 85 $0 00 ;ca lça ld as . . . . . . . ,
•
•
••
•
•
•
•
• ,
•
,,
~
Valor dos generos de producção do Estado de S. Paulo, exportados livres de imposto de
exportação no periodo de 1913 a 1917 ,
I I i
===. ,"'.=.,..'
GBNBROS 1913 'I 1914 I 1915 I 1916 ! 191,
". ._ t _ • _ ___ _ . __ _ _ _ . _.__ _. _ I __. ~ I
•._. __ __ __ _........... _ _•••, .•• _______ ..• • :... ,_.__ ._. ___ .• _ _ __ _ _ •• _
Aniage.in. :-'~- . .1- 1.828:282$150! 1.714~~7$2oo! . 3.089~87$000 i . ;.~08 : 183$000 ' ! ... 5.989:319$000
Arma nnho , . .. . . 2.426 :806$850 1. 817:197$100 10 .967 :447$200 ! 10 .014 :472$550 3.283 :866$400
Arroz , . " . 3.641:785$900 4.054:621$500 4.968: 939$000 4.668 :345$760 19.486:331$100
Ass uca r . . . . , . I 410 :449$200 693 :120$000 779 :637$200 1.142 :517$500 4.094:594$500
Bananas . • • 1.677 :304$000 1.051 :983$500 1.965 :006$160 2.335 :895$000 1.625 :901$000
Bata tas . • • • • 196 :640$800 218:780$800 665:618$600 1.394:173$000 2.077 :290$000
Bebidas . 772:523$100 903:515$100 1.930 :622$000 1.080 :166$000 2.797 :786$700
• • • •
, 1.273:394$400 1.887:779$200 3.012:861$800 1.684:019$850 3 . 445 :206$600
Biscoutos. . . • i,
Calçados , . . i 7.189 :240$800 7.454 :488$500 9.228 :186$370 11 .543 :644$300 24.907:438$900
Carn es resfriad,a s •
,I - " : .-: 5.902 :425$300 17 .216 :248$800 29.660:185$000
Carnes salgadas , · . I 250:067$000 : 395:090$000 1.565:381$000 4.371:878$400 13 .331 :840$000
Cervejas . .. . . 3.882 :010$200 ' 4.557 :735$800 3.571 :982$800 4.544 :436$800 6.355:358$700 I
Chapéos ... . 7.203:908$000 7.943 :974$700 3.525 :201$000 3.999 :075$850 8.432 :061$300
Drogas . . .. 1.018:781$500 470 :130$000 633 :080$500 3.086 :496$070 4.899 :720$400 ~
'>
Farello ' • 764:595$000 527:436$600 766:033$150 581 :265$400 20:900$000
Farinha de trigo
•
., 455:395$200 392:368$400 1.775:613$500 2.170 :748$400 3.719 :628$000 I
Feijão. . , . . ! 853:276$600
1.895 :648$830
760:484$000
2.641:947$480
10 .223:117$300
1.909 :049$030
17 .539 :096$890
6.629 :299$400
33 .548 :941$800
11 .935 :286$790
Ferragens . ...
Fios de algodão . . . 95:622$200 1.124:926$700 1.745 :836$800 . 2 .046 :016$200 , 3.668 :965$100
F orrag,e ns . . • • 501 :177$000 601 :528~25O 1.194 :087$750 521:652$400 870 :834$200
Garrafas. . , • • 1.379:777$800 1.188:289$000 1.425:975$500 1. 939:179$500 2,775:442$213
Impressos . . . . . 1,109:529$000 307 :981$500 6.591 :548$600 .6 .054:903$150 12.707:~42$90Q
Milho. . . . " 96:067$000 250 :518$100 883 :304$900 77 :088$100 965:510$700
Papeis. ..... I 1.004 :465$500 783:065$000 1. 176 :343$100 1.701 :362$680 I . 584 :679$250
Roupas feitas . , 2.356 :075$300 5. 038:627$700 2. 098 :672$000 1.728 :757$200 I .9# :931$100
Saccos vasiol . . . 693:955$000 1.364:450$100 2.917:806$200 3, 591 :288$680 7.154 :745$700
Solas . . . . . . 1.449:643$500 1.080:818~000 5.270:983$527 3,289:993$800 3 . 115 :832$700
Tecidos de algodão li . 199 :284$970 19 .763 :020$:120 38.625 :639$718 65.175 :963$740 158.463 :314$490
Tecidos de lã . • 1.801 :309$590 5 , 122:666~000 12 ,411 :319$000 7.585:775$000 14 .926 :068$700
Tecidos diversos • , 16:223$600 390:951~900
. 7.700:434$300 890:412$690 . L253 :444$250
Outros generos . . . 13 .549:745$050 14 .757:301$990 14.437:015$020 25 .266 :512$620 78 ,637 :057$180
• .- - - - ._--- 0 ' _ _ _-
628
No. Imesmo
. aBno de 1917 , a expoi"- A l'eceitageraI, inclu.sive m.uvi- o
çãQ geral do Brami foi d'e ... .... . mlento de fundos, foi de .....•.....
136.454: 735$000, tendo São Paulo 492.37}:363$129.
ntribuido ,para eSlSe tota.1 com • • • • .sol'Vi<los todos 00 compro.m.t•Ssos
:2 . 334:512$000. da administração e ,p agos, com 1'igo-
·r osa pontualidade, 0=8 juros e anlorti-
No mesmo periodo, a importação
.. ai foi de 837.778:349$000, caben- ' sações das dividas i.nterna e exte~·na •
, a São Paulo a quantia de .... . . foi ainda tra.nsferido para o exercicio
actual um sa.1<l0 de 159. 932:HT6$322 .
7 . 546:877$000.
em pOder d·e banq uei·ros e correspon_
'Se consi'rueraveI foi a .expansão . / d·entes, no paiz 'e no es'trangeiro, e de·
•
S forças economieas do Estado, gran- ou1;O:0& oosponsaveis. A 'rece!'lta jpro..
.
foi tambem o augmento das rendas priamente orçamerutaria foi de . ... _
.blicas no ex·ereleio de 1917. 82.556:094$887, assj'lll discrimi.nada ~ •
•
•
_. ..
. .
•
•
•
•
- •
• •
•
RECEITA DO ESTADO DE S. PAULO EM 1917
(Inclusive o periodo addicional em::etrado ti 28 de fevereiro de -1918)
:Z.c. =
___ _ ___ _ 1.
-- ====
TITULOS DE RENDA .... ..... - _.... . __.-
REilmÃ
.-,----:-:--
.. Orçada A~ecadada
Renda Ordinaria
I - RENDA DOS TRIBUTOS:
1.0 _ Imposto de Exportação. . . . 38.800 :000$000 27. 169 ]29$198
2." - Taxa de expediente. . . . . 4()() :(J{1()$O{){) 1.047 :156$368
3.. - Imposto sobre transmissão de
propriedade inter~vivos. . . . 6.800 :()(){)$(JOO 8.210 :534$803
4." - Imposto sobre transmissão tle
propriedade - Causa-mortis . . 1 .500 :000$0011 1. 885 :000$654
• 5. ' _ Imposto do seBo-. . . . . .
0
1.800 :000$000 1.457 :263$147
6.~ - Imposto de Viação. . . , . 3.500 :()(){)$OOO ó.017 :055$620
7. 0 - Imposto de sellos sobre bilhetes
•
de entradas em logares de di- '
versões. . . . . . . . . . 200 :000$000 331 ,603$870
8," -- Imposto Predial na Capital . . 2.200 :0001000' 2.389:275$179
•
Q," - Imposto sobre terrenos com ften-
~ para o canal do Mangue, . em
Santos . . . . . . . . . .
1(J. ~ - Imposto de Commercio. . . .
2 :000$000
3.400 :000$000
-
4.487 :976$816
11.° - Impos to de Industria. . . 1 • 600:000$000 510 :992$868
12,- - Imposto sobre o capital das So-
ciedades Anonymas. . . . . 1 .900 :000$000 1. 461 :912$403
13." - Imposto sobre o capital particular
empregado em emprestlmos . . 1.000 :000$000 1. 107 :690$683
14.- - Imposto sobre o capital empr ega-
, "do em predios de aluguel . . . 1.200 :000$000 865 :88i1$122
lS,o _ I mposto territorial. . . . . . 200 :000$000 571 :550$326
16,0 _ I mposto sobre o consumo de •
aguardente . . . . . . . ; 750 :000$000 602:387$200
17,° - Imposto sobre Loterias. , . . 780 :000$000 780 :000$000
18.0 - Impost o sobre subsidios e venci-
m ent os, . . . . . . . . . 1 .100 :000$000 1.116 :587$607
II - RENDAS DIVERSAS:
1. 0 T axa - de matriculas . • • 500 :000$000 512 :271$114
2.0 - Taxa addicional . . • • • • 2.200 :000$000 2.544:395$913
3.° - T axa judiciaria. . . • • • 300 :000$000 307:603$864
4," - Ta xa
.lll - RENDAS INDUSTRIAES:
de feira de gado ' • 1 :OOO$()(){) -
1.0 _ Quota de arrendamento da E, F .
Sorocabana , , , . . . . . 500 :000$000 t 419 :583$022
2," - Renda da . Estrada de Ferro ,
Funilense. . . . . . . . 330 :000$000 393 :592$000
3." - Renda do Tramway da Camarei ra 260 :000$000 347 :582$000
4.° - Taxa de e.'<:gottos na Capital, San- I .
tos e S. Vicente. . . . . . 3 . 500 :000$000 ,,. 3.363 :987$285
S." - Taxa de consu mo d e agua na
, Capital. . . , . . . . . . J . 4()() :000$000 i 3.570 :223$905
6.0 - Renda da Repart ição d e Agua s
da Capital , , , . , , , , :000$000
4()() 420:738$500
7,· - Renda do Hospicio de Alienados. 45 :000$000 S9 :822$500
8: - Renda do Diario Oíficial, ' . 75 :000$000 66:871$931
9,· - Renda de outros estabelecimentos 50:000$000 53 :449$475
IV - RENDAS PATRIMONIAES:
1.0 _ Venda de terras publicas . 10 :000$000 2:894$285
2,0 _ Venda de 10t85 em nuc\eos
coloniaes. , . . , ' • 280 :000$()(){) 156:068$507
Somma , • • • 77 .- 983
...... :()(){)$OOO 72.236:681$165
Renda Extraordinaria
1.' - Indernnisações. , . . . . . 250 :000$000 157:638$994
2" - Eventual e multas , , . . . 835 :000$000 2.925 ,639$532
:1 . ~ - Contribuição de companhia~ pata
fiscali.zaçóes . . . . , , . 60 :0011$000 48 :600$000
4," - Cobrança da divida activa , . . . 1. 160 :000$000 1.511 :668$156
S" - Contribuição da E strada de Ferro
Soroea bana . . . . . . . . , 5. 500 :000$000 5.675,867$040
$omma . . . ..
.- ~
805-._-_
..7......
,~, .,-,
;OOO$OOú -., '
RESUMO:
Renda Ordin.rla . . . • • •
77 .983 :000$000 72 .236 :681$165
• Renda Extraordlnarill , ' • • •
7.805 :000$000 10.319 :41:)$722
" "" .... ' , , ' .,",,, . , ., ... . ,,~, . c· • • ''''. ~.
c· ·
.'."
': "
.'
•
•
. '.
631
Se todo o café p·r oduzido e de&l>a- estadc f'~ujeito .e. que, -con<!()mitanterueu-
chado paTa ISa·n tos tiv·esse si'<io expor .. t'6. {fornecerá recursos reaes e perma-
<
lado. a rooeHa g""'al de 1917 teria or- u"ntes ,pa'r a o eust'eio <1.0. serviÇ06 68-
. .. . .
çado por 93.000 : 000$000 ou mais tad-uaoo .
1: 212$000 do que a quantia .prevlsta. Activo e Passivo do Estado ()
Para a formação da receita total balanço >do acttv.o e ·passi vo do Estado
de 82 . 1)56:094$887, o imi>O.to de ea, ean. 28 ·de Fev,e reiro ultimo era o se-
llortaçã.o (! e café, contribuiu com . . . guinte:
• •
<
, ,
, 5 555 5
ACTIVO
• • •
- 950:000$000
Caiés Annazenados
•
Valor do existente, calculado ao preço de custo • • •
- .12.782:406$850
----- -_.".,_.,. ,.
li ._~--
, ,
PASSIVO
------.- --------_. __ .
603.054 :343$369
.. . .
.' .
" .
635
•
As princi·p aes veJ'ba,s do activo paiz 'e ·n o -e strangeiro, ·e outros res'poll.-
•
..ão representadas iPolos propri"" do B8VelS.
lllBtado. pela divida activa. peLos cafés
al'ma:1lenados e pelos ·s aldos em ,poder Proprios do Estado Os proprl09
de banqueIros e correSpon'deut'es. no do Estado são os seguinte<!:
N AT UItIlZA VALORES
-_... .. _....
- - - _ ._ .- -- "._-
Estrada de Ferro Sorocabana
I· 93.945 :121$710
- - •
•
•
•
• •
•
'. " . ," .' ,
,.
."
•
- 636 - ' .
•
Federal
Debito demonstrado em relatorio anterior . 117 117 :846$540
de Ferro
Companhia Bragantina . • • • 2.048 2.048
Companhia Melhora m entos de Monte 36 32
===~.=
' =
•
I
1888 - The British Bank
of South America Lld. 1-10-1920 . 350.000- O-O 66.600- O-O
188S-'-Louis Cohen & Sons 1-10-1925 787.500- o-o 296.800- O-O
1904 _ London & Brazilian
. Bank Lld. - Londres . I · 4-1935 1.000.000- O-O 745 .290- O-O
1905 - ' Dres<jner Bank . 1-10-1943 3.800.000-12-6 3.336.000-12-6
1907 - Société Généralê
e Banque de Paris et does
Pays Ba. '" 1-6-1957 2.000.000- O-O I. 916.168-18-8 .
7.937.500-12-6 , 6.360'.859-11-2 I
====~~======~======~
Deduzi:nd;o-se, p()]'ém, desse total séries de apolices seguintes:
de ! ·6 '. 3.60.869-11-2 a quantia de
,E 3,.336.000-,1 2.6, -saldo ;do ern'presti-
-
APOLICES Saldo por. 1918
mo feito com .1) Dresdner 'Bank e que
•
nãopei;a I90bre os cofres do Thesouro, •
3." seTl e
.
•
.~ 4.741 :500$000
,
• •
por ser custeado pela Estrada de Fer-
4.- ,
• • • 3.818 :000$000"
TO Soroca,ban!'-; resulta que os compro- 5. ' " • • • • · 3.818 :000$000'
,
638 -
•
-
[)IFFE~ENÇA
639 -
o
excesso da de-SiP~S'a ;realisada
-
emba.l"iUe, (-: a.s de'apesas extraordill.a-
sobre a fixada foi motivado pela insuf- rias citadas, o :exeT'ciciode 1 &1 'l
Hei,encia de ,muitas yer1bas do orç-a- seria en,eer·rado com; intei-ro equilibriQ
me'uto para o custeio de SlC1"viços cria- o-rçanleuT.ario.
dos, como tambem por g.alStos não .pr'e- Preo<)cupado com a. verdade dos
vistos, 'taes como saneam·entú de. zonas nossos orçautentos, tenho procuTad0tl
atacadas pelo impaluüisffioo; subsidio ,ao ar.ganrsarals reSlp:ectivas- tabelolas~
a sel1ado'roo e deputaclos; augm~nto da dotal' todos· os serviços :\!om 05 recur..
força -publica; altmentação e vestuarío sOE!su:fficienlies, afi.m d·e que a de:.3,pe-
de pr·8'Sos -pobres; fmmligração J agua e sa fiq'ue li:mitada exclusivanlente ás
exgottos da capital e de Santos; pro- respeotivas rver>bas.
:ongamento doa Sorocabanae pagamen_ A salutar providencia ad,optada
tGS '<le conta's' de exercícios anterio- pela r-e-forma constitucional de 1911.
~'es . ptohibindo que, nas l,eis orçameutariat>
Por conta d·e creditas especiaes do: Estado, sejanu illcluidas aut.orisa-
;atados -pelo Congresso do Estado, foi çoes para novais despesas, muito tem
despendida aqual1tia d", ........ . contribuido para 'que os nossos orça-
2.039:310$950, com a acquisição do mento"; se façam Com regularidade ,;
serviço dá ilIuminação do Hospício de com observancia, dos bons ,prinCipios
Juqu8l1'YJ'cOIml OIS mausoleus aos dou- Cl1:1e 'reg~m a materia.
-
tores Campos Salles e Cerqueira Ce- Restava, ellJtretanto,· a faelLhia<i"
:::lar, ·-co·m a -const'rucção de estradas 'de para abertura de cTeditos, supplemen~
rodagem, com a en{lailllpação da Es- tares, que -têm, sido o grande -pertur-
(mda de Ferro do's Cam_pos do J ordão, b8Jdo-r de toda vida orgamentaria da
com a compra dos serviço:s de aguas de União e dos Eostados.
Sáo Vi1oente, -com a a,cquisi!,lão l{).e Ima- A iniciativa, que tomei, ,e que.
terial para o Tramway da Cant.areira • meTeceu os VOLSOOS applau'sOoS, ode J .co-
com a instaHação da Bolsa de Café e mo complemento da di:S'posição c()nti_
das Üaixas IDconÜ'micas e 'COlro o paga- da na Constituição de 1911, di&pensar
mento doe al<>anees dos ex-depositarios auctorisação para abertura de creditas
de. capital e de Campinas. Hupp'lrone-ntares nas lei,s annuaes. ha
Equilibrio ol'çaulentario - - Nào de 's·er ·u:m factor importal1t'e ·para o,
foasem .8iS difficuldUides dog- m€ios de equHibrio O'rçruill1entario.
transportes e o tec-llamento dos gran .. A valol'isação do café e .. sobre
dp.s mercados europeus, que i'ID~pedi taxa Em 31 ,de Dezembro ultimo,
ram a cobrança do imposto do café o balanço do serviço da valorleação dI!>
depositado em Santos. e prompto para café era o seguinte:
•
,
:,1
-
:.
__._ =c_,-_.·,.= _ _ -,..-........-'-_.- '=--- --,
I .~ .
lc
-\
'~ =~~=:::=::~
ACTIVO Libras PASSIVO Libras
i1 "_ "
,=-- - - m.... "
a .........".
•
Cafés AI Jliuenados Emprestimo de f 7.500.000. 0-0
Valor de venda de 982,879 saccas de 60 kilos de café Saldo ,em circulação ' • , , , 4 .461 , 190·00-00
existente em Marselha (57,385 saccas) e no Havre
(925.494 saccas) equivalentes a L 179.454 de 50 ki- Em'p restimo de f 4.Z00.000·0-0 ,! ,- ,
'
._"
..:,
,
61. 968-00·00
emprestimo de 1913, Frs, 1.561'582,20 a 25,20, '
"~ • I.
"c
,,
__~
S. BJeischroeder , ,'.
""
• , '.,;
6.157,294- 0- 2 ,, '>
Mks, 125,608.800,80 a 20,40 , , • • • • , , "
;
Caixa de Cambiaes da Sobre-taxa •
Saldo existente nesta caixa, Frs , 2,545 a 25,20 101-00-00
- ----- , .... " - '- U ...-' - ----
SOMMA , , • • , 11.107.461-13- 9 SOMMA ' , . , 11 , 107,461-13- 9
.... ...
- 641 !•
.
Como se vê, o emprestlmo de l' . . . i Auxilio á- Lavoura e ás Industl'ias '
7.2,00.000 está reduzido a l' 4.461.190, l Caixas E,c onomicas Por lnterllledla
o de l' 4.200.000 a l' 1.890.000 e O do Banco de Credito Hypothecario 6
de l: 3.000.000 a i 2.645.332-14-5 . Agricola, das Caixas Economlcas e doa
'Com a remessa da soore-taxa arre- Bancos Populares, têm sido postos "-
cadada no anuo passado e com o pro- disposição dos lavradores e Indus-
dueto da venda de parte do stock de triaes os meios necessarios para o am-
café existente no Havre, os compro- paro e desenvolvim ento de suas Ini-
missos resultantes das ope rações para ciativas prod uetoras.
valorização do ca1ié tiveram uma te- Além do capital de frs. 5 0. 000.000
ducção de l' 2.363.725-16-6. em grande parte subscripto pelo The-
Ao encerrar-se o exercicio, o saldo souro do Estado, o Banco de Credito
devedor da valorização era de l: .. . .. Hypothecario e Agricola está habili-
8.996.522-14-5 , tendo o Thesourõ, pa- tado com maia de 20.000: 000$000 for-
l'a solução desse debito, a quantia de necidos pelas Caixas Economicas, pelo
l: 11.107.461-13-9 em poder de ban- Banco do Brasil e pelo Governo do
queiros e correspondentes. Estado para operações de credito hy-
JUlgando de 'toda conveniencia a potheeario, custeio das lavouras, em-
venda de 982.879 saccas de café ainda prestimas garantido s com "wa"t'rants" de
armazenado na Europa, eSsa operação productos agricolas e Industriaes e des-
[01 effectuada com grande successo e conto de letras e ordens de agriculto-
por optimos preços, tendo sido, no dia res sacadas contra. commissarios.
17 de junho ultimo, posto em leilão
As Cai:x.as Economicas e os Bancos
uo Havre o resto do stock lá existente . Populares, fundados no Estado de ac-
De accordo com os contractos em cordo com os ensinamentos modernos,
vigor, o producto da venda foi appli- vão desempenhar papel saliente u. so-
cado na amortização dos emprestimos lução de Importantes problemas econlr
a que os cafés vendidos serviam de micos.
g arantia. Já estão criadas e funccionando re-
O Governo aguarda unicamente a gularmente 65 Caixas, sendo antono-
terminação da ' gu erra para liquidar mas as da Capital, Santos, Campinas
definitivamente essa operação. e Ribeirão Preto e as demais annexaa
Os recurso em poder dos nossos ban- ás coUectorias locae •.
queiros em Londres, Paris e 'Berlim As economias do povo paulista as-
s ão superiores em mais de /', 2.000.000 sim depositadas nas Caixas Economi-
aos debitos da va.lorização. cas não entram , para o Thesouro ou
•
Liquidados todos os compromIssos, para as Collectorias a titulo de em-
a que a sobre-taxa' sobre o café serve ~p,:restimo~ e,om", 'receitaeventua, ,dOi
de garantia, terá então o Governo en .. Estado; mas são immediatamente re-
s ejo de promover a extincção .desse colhidas aos estabelecimentos banca-
onus. que ha tantos anDQS vem pezan· rios encarregados de sua distl'lbuição
do sobore a nossa' lavoura . ' em proveito do desenvolvimento da.
Com a Inaxima sinceridade, reaffir· forças productoras da nossa riqueza.
mo o proposito , em que está o meu Até o dia 30 de junho ultimo era
i
Governo, de cumprir, logO que as çir- r
de 12.469:217$200 o total dos dep'o -
•
promessa de propor a suppressão des- do quaBi todo applicado aos fins já In-
s e tributo. I dicados.
.. . . . . ,
•
- ·642 -
•
. ..
•
644
. ,- .' . .
" ,.
.
cursos certos e seguros para" attender mente a esses lucros, para- satisfacção
á. necessidades publicas. dos encargos da administração · 'ecor-
O esquecimento de disposições cons- respondente allivio das outrali classe.
I itucionaes, que delimitam a competen- de contribuintes.
da da União e dos Estado, em mate- No imposto' sobre a .renda, genera li ..
da de tributação, tem sido o maior zado por todas as classes · e por tod" "
obstaculo para que estes possam rea- as industrias e profissões lucrativas "
l"izar uma reforma accorde com os proporcional aos respectivos 'lucros, a s··
hons principlos e capaz de enriquecer sim como no imposto territorial .basea ·
os respectivos Thesouros, sem sacrlfi- do no vaJlor das terras livre de 'bem ·
cios exaggerados para o -povo. feitorias, é que deve repousar a refo" ,
•
Para bem de todos e para garantia ma do nosso regimen tributario ~ a :-; ··
do progresso da Federação, é indls- sumpto de flagrante actualidade, qlH~
pensaval
. que,
. conciliados os . interesses deve lDerecer a vossa melbor attençã.o.
nacionaes com (lS regionaes, fiq ne de . .
Defesa do Café O bloqueio do"
vez respeitada a partilha de rendas •
grandes centros importadores de café.
feita pela Constituição de 24 de feve- a escassez de transportes 'e' as restrit-
reiro. ções oppostas á ent·rada. desse producto,
O Congresso· do Estado, em 1904, nos mercados europeus; criaram uín (~
tendo reduzido a taxa de exportação situação de graves apprehen~ões par"
de café de 11 para 9 %, procurou nó a nossa lavou ra.-
hnposto, que então criou. sobre o ca-
. Calculada em 12.000 .00 0 de sacca H
pital empregado em iminovel rural,
a safra de café de 1917 -191 8, difflcll-
. em casa de commercio, em, emprezas
mente poderlamos exportar dois tel'-
industriaes, em ·s ociedades anonYqlas e •
ços, siquer, desse total.
em. emprestlmos, chamar novas clas-
8es li contribuição para o era rio e des- O excesso, de producção SObre o co n-
cobrir novos rec,ursos, que supprissem sumo, avaliado em 4,000.UOO de sac-
a reducção feita em beneficio da la- cas, viria trazer forte oppressão ás
voura. praças exportadoras, grande baixa nos
. O imposto sobre capital, além de preços e incalculaveis prejulzos para
•
-
, ,," . , , .... .
., , - , , ,," ' , .. ,'
' .., . ,,' " ' . '" .. ' " ,
, ,"
-- " ,'
', ,,
,
-,,"
-. " "
,, 645 - ,
esse fim viria prestar. no momento, lucro , mas sim com a JlTe.occupação
grandes serviços ã principal riqueza de auxiliar a lavoura cafeeíra de Sã..
do paiz, sem que dUl'adoira mente pu- Paulo e as de Minas" do Pa ranã , tri-
desse influir no augmento da circ ula~ butarias do porto de Santos ,
ção de curso forçado; por isso que, Aproveitando-se, para isso, dos a p-
liquidada a <l'peração, a somma appli- parelhos oificlaes existentes e m San-
cada Beria reslituida ao Thes ouro Na- t os ' Recebedor!a de Rendas. Bolea
ciona-l para ser incine rada, ou, então, OHicial de -Café e Ca ixa de Liquida -
reservado o ouro resultante
,
da venda ção -- o Governo do Estado, mantido
do café, poderia elle servir , de lastro o p;'eço minimo da cotação do dia e '
para uma reforma' baucaria, visando mediante uma classificação equltatlva
attender ás necessidades do commercio de todas as casas commissarlas. baBea,
e das classes product<lras, da na proporção dos respectivos rece-
No contracto então ceJebrado com bimentos , operou fran camente no mer~
o Governo da Uriião , para execução do cada cafeeiro, fazeudo, na medida dos
plano ,combinaão, o nosso E stado não recursos fornecidos peja União . a com-
figurou como um s olicitante de e m- pra desse producto.
prestimo para s atisfacção d e seus com- Sem preferencia por quem !luer que
promissos ou de suas necessidades 10-. seja, sem intermediarlos extranhos a os
('aes; mas, Simplesmente, recebeu do insti tutos - officiaes, com (I'. mai~ es-
Governo Federal a honrosa incumben- crupulosa correcção e imparcialidade, o •
da de promover a de fesa do café, pro- '\ ' Governo do Esta do, por intermedio des-
dncto nacional por excelIencia, com os '( ses Institutos e com a coHa boraçl!.o ,
recursos ;que · lhe .se rialn ;'fo'rne~ildos: ; que solicitára, de todo o commerclo
promptificando-se. entretanto, como de Santos, conseguin desafogar a pra-
boni e honesto gestor, a prestar con- ça, amparando a producção e , t ranquil- ,
sim, assumindo todos os riscos da ope- Foi, de tal modo bene!ica ," etricaz,
ração , C'OlU o compromiss.fr de re stituir a - intervenção official no -. me-r~.a.do - Q·ue..-
,
. ,. ,- ' , ,
, " , . " .""
• - 646
ainda mesmo antes de seu termo, a da honrosa commissão · de que fôr·a en-
Associação Commercial de Santos por carregado pelo Governo . da Republica.
Intermedio de umaCommlssão. com- Até á data acima .referida, tinham si-
.posta doa 8rs. A. A. de Azevedo junlor, do adquiridas por conta do Estado "
doutor Antonio Carlos de Assumpção retiradas dos mercados de Santos e do
'e doutor Henrique' de Souza Queiroz, do Rio 3.073.686 saceas, em sua maio-
em otrtclo que, a 7 de março deste an- ria, de optima qualidade, pOis que a
.
no, enviou ao Governo do Estado. as- média das compras é superior ao typo
sim se pronunciou: It A Commlssão, 4 de Nova York.
em nome da praça de Santos, rende <10 A retirada do gy.ro dos nego cios de
Governo do Estado e ao seu operoso tã<l grande quantidade de café, oorno
Secretario ·da. Fazeilda a mais sincera era de esperar, prodUZiu os etreltos de-
homenagem, reconhecendo o seu mais sejados,desopprimindo a praça, regu-
decidido esforço e a sua maior Isenção larizando a exportação do resto da aa-
4e animo', na fórma por que tem ope- tra e supprindo a falta de mercados
rado. Mais ainda reconhece e proclama .europeus completamente fechados.
bem alto o inestlmavel serviço presta-
Por .outro lado, vendido, como está
do á nossa praça e á nossa lavoura,
hoje, todo o café da valorização, exis-
Bem o qua'l·.o ,.,nosso commercio estaria
tente na Europa, o stock formado pelo
desmantelado. com aviltamento de pre- Governo em Santos e no Rio ba de
ços, e a nossa .lavoura completamente
ser, em tempo -opportuno, collocado a
a.rruinada -'.
preços elevados, ficando então o Es-
Com o mesmo proposito de defesa tado de São Paulo babilitado a resti-
do café, o Governo do Estado, por .in- tuir Integralmente ao Thesouro Nacio-
termedlo da. Recebedoria de Minas e nal as Bom mas recebidas e que tão &8-
dos Armazens Geraes, interveio na signal'adoB serviços prestaram I!.s clas-
praça do Rio, fazendo a0quisição de ses prod uetoras e á economia nacli>~
parte do stock lá existente p'rovenien- nal.
te de Minas, do Rio e do Esplrito San- Além da intervenção oftieial no mer-
to .. cado, por si só sufflclente para nOr-
Por conta do credito aberto pelo mallsar o commercio do café e impe-
Governo Federal, até o dia 3 O de ju- dir a calamidade que se annunclava.
nho ultimo, tinha o Governo do Es- o Governo do Estado agiu, ju~to ao
tado recebido a quantia de ..... . . Governo Federal, atim de que no con-
110.000;000$000, dos quaes já pres- vanio, então em negociações com a
tou contas da. quantia de . . ..... . . . França, fosse Incluida uma clausula
100.000:000$000, estando se'lldo pro- estabelecendo, como compensação pelo
-cessadas as dU "'somma restante. arrendamento dos navios, de que lamos
Essas contas, acompanhadas dos fiéarp~:::"ados para õ transporte .da
... ~ ~:
- 647
648
•
-
dedicação, que sabem votar á sua ter- entendimento directo entre os interes~
ra, elles hão de encontrar os estimu- sados ou por acto legislativo; , " 10l'ne-
los precisos para emprehender e ·rea- cimento, a juros modicos, de recursos
li.ar, dentro de pouco tempo, a obra sufficientes para o(} reparo e custeio
da restauração de sua fortuna. das lavouras; a inte'f\'enção nos
A tarefa é, em verdade, das mais grandes mercados de café para defen-
,
existentes entre patrões e. colonos, en- mais uma vez asseguro que ti meu Go-
tre credores e devedores, entre çom- verno, enfrentando, cahna mas reso-·
missaríos e committentes; ao mesmo lutam ente, o infol'tunio que a todos
tempo que vieram trazer sérios emba- nos attingiu, tomará todas as inicia-
raços ao comm.l"rcio de café, na pra- tivas, assim como apOiará to.d as as me-
ça de Santos. didas que se façam necessariaa, para a
,
649 -
,
por cuja necessaria victorla tanto an- I mero dos vivos, tornára-se, em verda-
ciavam" os noSSos votos de patriotas e de, por suas peregrinas virtudes civi.-
os nossos' sentimentos de solidariedade cas e privadas; por seus extraordina-
humana., rea liza-se a vossa reunião rios dotes de espirito e de caracter:
annual e installa-s<l, com eU a, a 11 .·
le,g lslatura republicana do Estado de
por seu alevantado e intransigente pa-
triotismo; pela desassombrada visão.
, .
.sfV) Paulo. com que enfrentava e resolvia os mais
Congratulo-me co rdialmente comvos- intrincados problemas Bociaes e admi-
~o por essa. circumstancia duplamente nistrativos do paiz; a, sobretudo, pelo~
feliz, que vos proporciona a elevada incontestaveis e relevantes serviços, que
bonra, a par da grande responsabilida- prestára. em sua longa· carreira publi-
de, de represe'n tardes os interesses e as ca, ao Brasil e á São Paulo, a tlgu-
aspirações de nossos concidadãos, nes- ra de maior e de mais sympathlco re'
ta quad'ra brilhante, mas melindrosa e levo em nosso scenario politico, neste::;
dlfficil, de regeneração social e de re- ultimos tempos.
surgimento economico. Deputado provincial, deputado ge-
No ' fiel cumprimento desse nobre rrul e Presidente ' de Provincia, no Tegi-
mandato, estamos todos bem certos de men monarchico; deputado ao Con-
que não desmentireis as vossas' tradi- gresso Constituinte; senador fedéral;
ções de intell!gent<l operosidade, nem duas vezes Ministro da Fazenda; Presi-
faltareis â confiança do povo livre e dente do Estado de São Paulo em dois
esforçado-, que tão acertadamente V.QS quatriennios e Presidente da Republi-
,e legeu para delegados de sua sobera- ca no periodi> de '1902 a 1906, o
'nia e para cooperadores de sus gran- Conselheiro Rodrigues Alves soube, des-
deza e de sua prosperidade. empenhar-se de todos esses multiplos
Dominado ainda por profundo,- pesar, e dedicados encargos com inteUigencia. '
evoco á vossa com movida lembrança o •
correcção e fulgor excepcionaes, lo-
infausto fallecimento do preclaro bra- grando , dest':3Jrte, a rara fortuna de vêr
sileiro. nosso benemerito conterraneo, o seu nome aureolado da admiração e
o Sr. Conselheiro Francisco de Pau- do respeito inalteraveis de seus con-
la Rodrigues Alves, occorrido na Capi- temporaneos, e de têl-o inscripto agora
,
tal, da Repu blica, em 16 de Janeiro do nos fastos de nossa Historia, como
corrent<; anno. exemplo perenne e luminoso de inte-
' Sobreyeio-Ihe a morte, exactamente gridade e de civismo.
quando o eleitorado nacional, numa es- Ao Estado de São Paulo cabe o im-
pontanea , consagração aos seus incon- perioso dever de prestar ao seu nota-
testaveis meritos de cidadão e ás suas vel filho e devotado servidor as home-
comprovadas qualidades de estadista, nagens de veneração e de reconheci-
acabava de reelegel-o para a suprema mento, que elle bem mereceu, fazendo
magistratura da União; no quatriennlo erigir um monumento condigno á sua
que ora vae decorrendo. memoria gloriosa.
O lutuoso acontecimento repercutiu Verificado o impedimento do Presi-
dolorosamente por todos os recantos de dente eleito da R-epublica, assumiu
nosso territorio, enchendo de magoa e o Governo', no dia 15 de Novembro dó
de ,a pprehensões a quantos sinceramen- anno proximo findo, na fórma da Cons-
te estremecem sobre a tranquillidade e tituição, o Vice-Presidente, Sr. Dr. Del-
sobre o futuro de nossa Patria. fim Moreira da Costa Ribeiro, o qual,
O grande cidadã6;-que assim desa'p- desde então, exerce as funcções de sua
pareceu,: . quasi r.epentinament~, do nu- elevada investidura, com superwrida-
.. ', . .. ... " . . . . . . .. . '. . .. ,"
. " '
,' , .-" ' . . ' " . ' , "", , " .
.
" '~. ~, ' "
. ,,' .. ,'.
- 650
652 •
4 . grupo.
G foram o bsr,rva·dos em S.J osé do Rio
O numero de classes, nos grupos da Pardo.
Capital, foi <Ie 618, e nos do interior, No empenho ainda de deduzir as me-
de 1.794, o que importa num total de dias -estaturaes e ponderaes dos esco-
2 _412 classes. lares de todo o Estado, fez o medico-
chefe um appello aos d,rectores dos
Duplicou-se o numero das escolas
diversos estabelecimentos offlclaes de
reunidas: de 1'5, existentes em 1917,
ensino, organizando, para isso, a "fi-
passou a 31 , em 1918. Tiveram elIas
• cha anthropo-pedagogica" e as lnstue-
149 classes.
ções pa'ra o seu pr'eenchimento.
As escolas isoladas foram em nume-
Com estes subsldios, tornar-se-á pos-
ro de 1.596, sendo 637 urbanas, 794
sivel estabelecer as medias reglonaes
41atrlctaes e 164 I'uraes. No fim do an-
no, funccionavam apenas 1.570. e traçar-lhes a carta cadastral sanita-
ria, representando, por melo , de côres
Inspecção ?.ledlca Escolar A Ins- convencionaes, as enfermidades que
pecção Medica Escolar trabalhou com contribuam para as deflcienclas nota-
,
' .' '-
.;Oc'
;., .: -
.' .".' .' . •
1,.,
,;
653
I
.
a seu (;argo, odebecendo ás instrucções quatr-o materias, a todos aquelles que
da iilspectoria central. Deste modo, os
directores de escolas seriam auxiliados
por esses profissionaes, no que lhes
i
os requere·ram . .Q Gymnasío da Capital
expediu 17 .103 certif.icados; o de Cam-
• pinas 3. 423; e o de Ribeiril.o Preto ...
faltasse para O complemento da ficha 2.244, ou um total de 22.700.
sanitaria. de altunnos enfer~iços, escla-
No anno de 1917 foram expedidos
recendo-os 'acerca de medidas pl'ophy-
certificados de approvação em numero
lacticas e ditando normas therapeuti- de 2.432.
c-as aos doentes. As vantagens decorren-
Já está concluido o novo predio do
tes de um tal organização, compensa-
Gymuasio de Ribeirão Preto e o Gover-
riam largamente as despesas que ella no vae Iniciar a construcçãó do edifí-
a.carretasse aos cofres publicas. cio para o da Capital.
As clinicas escolares da Capital, su-
Escolas Normaes Funccionaram
bordinadas á Inspecção Medica Esco-
no Estado, durante o anno, 11 escolas
iar, fun ccíonaram com reaes vantagens,
normaes. COll.l 3.423 a]umnos,. sendo
tendo sido accrescidas de novas espe~
999 do sexo masculino e 2.424 do fe- .
cialid~des · no Dispensario HMaria Theo-
minino .
dora. .Arantes~'. onde foram praticadas
1.216 Intervenções medicas, as quaes, Em· todas ellas, de accôrdo com a lei
addicionadt>s de 27 _174 intervenções n. " 1.579, de 19 de Dezembro de 1917,
odontologiclIs nos 5 dispensa rios, perfa- foi installado o curso complementar,
zem o total de 28.390 intervenções me- disso resultando ficar cada escola nor-
,. . . mal dotada de todos os grAus de eusl-
-
dico-odontologicas, realizadas nas chm- .
..
- 654
feridas pelo sexo feminino, dahl seevi- I orrerecendo O edltlcio escolar calracida-
denclando a necessidade, que tem o Es- de para maior numero.
tado, de trans(o"ftnar a maior parte E' tal o Incremento que a .. scola tem
dellas
.
em escolas exclusivamente fe- tomado ultimamente, e tantos e tão
mlnfnas, deixando sómente algumas uteis são os •
trabalhos executados nas
mlxtas. suas officinas, que ella está longe de
Diplomaram-se 856 álumnos, sendo poder attender ao crescido numero de
228 do sexo masculino e 633 do femi- candidatas, que alli deixam de receber
nino. ensino, 'por falta de vagas.
As escolasnormaes de Campinas e Installados que sejam os cursos de'
.
de Casa Branca ainda continúam mal economia domestica e os ·de dactylo-·
, -
installadas, em predios alugados; õ Go- graphla e commerclo, que nunca func-
verno, porém, estuda osprojectos de cionaram, mas, foram criados pelo de-
eonstrucção de novos edificios pafã es- creto n.O 2.118-B de 28 de Setembro d e
sas escolas, tendo já iniciado a éons- 1911, ficará a ·escola apparelhada para
trucção do novo predio para a escola corresponder ás actuaes necessidades
de Guaratiilguetá. da vida operaria e aos pr.incipaes mi s ~
Escol"", Profissionaes Attendendo- téres da vida pratica da mulher.
se ao brilhante resultado apresentado Conclulram os cursos, no anno fin-
pelos nossos ·estabeleclmentos de ensino do, 89 alumnas; ás quaes loram entr<!-·
profissional, torna-se
• •
precIso augmen- gues os pecullos, a que tinham direito,
tar-lhes o numero, criando-se escolas na importancla de 2:120$000 .
de typo mais simples e de accôrdo com Devido á interrupção, motivada pela
as necessidades das zonas em qüe fo- grippe, o anno lectivo ficou reduzido
rem localizadas. a poueo mais de 6 mezes, e nesse es-
A Escola Profissional Masculina paço de tempo , a renda roi de . . , .
apresentava, no fim do anno, 7·64 alu~ 13: 275$240,
.
mnos matriculados nos · dlfferentes cur- As offlcinas da escola concorreram
sos, tendo sido diplomadps 36 delles. para a exposição escolar ultima, cOm
A renda bruta da Escola, provenien- productos confeccionados. na i mpol'ta n-.
te das vendas, de Janeiro a Setembro, eia de 11:963$300 , tendo s id o vendidos
foi de 16:764$240, dos quaes ..... . trabalhos
. no valor . de 3 : 117$700. . .
1:420$600 appllcados em pagamentos, A Escola de· •
Artes e Officios. de Am-·
na propria escola; 743$410 pagos aos paro,
. . melhorou sensivelmente -com a
alumnos, de suas porcentagens, nessas orientação mais . pratica qne lhe . foi
vendas; e · 14: 600$230 recolhidos ao dada.): .: ,atbcu:sand·o uma ma,tr!cu la ~ f-
Thesouro do Estad.o. -
tectiva de 170 alumnos, o. dobro. da. .
'.
De .accOrdo com o regulamento, fo- do anuo anterior.
. '.
rampagas diárias aos alumnos, na im- A producção da escola fOI de
portancia de 5: 644$000 . 13: 933$560, sendo de 4: 736$940 a im-·
•
•
A Escola Profissional Feminina, da portancia das vendas realizadas.
Capital, mantém prese ntemente quatro Faculdade de MedicÍlll\ e Cirurgi!l -
,
cursos geTaes, alé m de uma classe de InstaIlado, ultimamente, o 6. · anno,
pintura e de um curso de desenho pro- ficou definitivamente organizada a Fa-
fissional ou technico, obrlgatorief para culdade de Medicina e Cirurgia .
todas as
•
educandas. Estão· esses cursos A matricula total attinglu a 243
desdobrados em 14 officlnas, com a alumnos e completou o curso medico·
. I t · l · e596 I s. ão a. ri . eir tnr a e nUn1Prro
655
..
doutorandos. O brilho, por estes
.
em- transferidos para a 2,' quinzena de Ja-
.
prestado ás suas provas tinaes, foi o neiro de ~ 919 os ~ltimos exames par-
o • , • '
melho!' premio que a Congrega~ão po- ciaes e os exames finaes, que deviam
dia alcançar para os seus esforços, ten- ter-se realizado em Novembro de 1918.
dentes a Implantar, em São. Paulo, um O. numero total de alumnos matri-
curso medico Igual aos melhores con- culados, :nos diversos cursos, eleVOU-Sê
•
generes do mundo. a 185 e seis ouvintes. Completaram
A Escola !unccionou de modo me- o curso de engenheiros civis 18 alum-
uos regular que o costumado, em con- nos,
.
e o de engenheiros
.
mechanicol
sequencia da grippe, por cuja causa e electricistas 6.
houve necessidade de interromper os Para praticarem, dural\te um anno f
quadros representando O São Paulo an· se11os, seguro predial, etc. As publica ..
tigo, e lla qual lia vêem ainda preciosos ções de particulares im))'O'l"ta.l'am. em
documentos do archivo da cidade, em- 79: 500$000, e a venda avulsa rendeu
prestados pela eamara Municipal. . 1: 854$700,
Editou-se o tomo X da Revista do Fun"ccibnando em predio velho e ca-
,
,
- 657
Diversos
Servl~'Qs A "Bibliotheca
,
"ante o anno findo, falleceram 14.811
•
Publica do Estado" foi frequentada por
, ,
pessoas, contra 7.9 O8 em 1917.
18.955 pessoas ,qUe consultaram 27.61~" A media da mortalidade geral foi d,e
obra8 diversas . 40,57 obitos por dia, contra 21,66 em
Procedeu-se a uma ligeira reforma 1917, tendo sido o co efficiente annual .
•
'do predlo que já não está de accôrdo por mil habitantes, de 31,45 c'ontra
com o progresso e o desenvolvimento de 16,79 em 1917.
São Paulo, tendo sido ainda feita a O numero de obitos por doenças
, ,
tina, que se assignalaram, este anno, dia dia ria de 8,69 e ao coefflciente an-
o • • • ( .
melra, cuja dlfferença, para menos, fOI é a decima setima dentre as 48 prln-
••
de 832. clpaes cidades do UnNerso.
A mortalidade geral do Estado, que A forte e louvavel tendenc!a para
tinha sido de 76.680 em 1917, elevou-
, o matrimonio, vel'ificada em São Paulo,
se a 89.289; isto é, excedeu á anterior explica e dá a razão por que a porcen-
~m 12.609 obitos, facto de que foi so- tagem ,da iIIegitimidade, na filiação, é
. 1_ - .
mente causa a epidemia de, grippe, Co- ' aqui tão diminuta, Em cada 100 nasci-
mo consequencia, a relação entre a mor- mentos, nesta Capital, ha uma media de
,
talidade por doenças transmissiveis e 6 a 7 filhos iIlegitimos , apenas.
o total dos obitos, foi de 44.21 contTa Isso é o mais seguro indice dos nbs<
, . .
14.03, em 1917. 80S bons costumes. ..
Semelhante alteração foi também no- , Na escala da illegitimidade, o decl-
tada relativamente á Capital, onde, ' du-! Ino logar pertence a São Paul,,; com
•
' .. ': '. :'.. '.",' ".
658 -
,
les que vivem nas cercanias do rio. Estado; o qUe evidencia, ainda mais,
,
•
.. , -, -"... ·
.'
.'.
.' '. ., ' " ": ' ,'''' ,,'~
660
•
-·66l
- 663
' O lnstituto, além do fornecimento 'de I A nova séde desta Secçã.o, construída
•
que intensifique a matança de cães va- tassern de preço, e isso graças aos rei-
dios, sendo de louvar a iniciativa to- terados avisos, dados á população, de
mada. pelo municipio de Araraquara, ; que se achava eUe apto a fornecel-os,
que jã providenciou a esse respeito, pelo seu preço de custo .
,dando execução pratica a semelhante Estatlstica Demogl'apho Sall.ltal'm -
serviço, não só na cidade " como na zona
Foi melhorado o archivo e iniciada a
'rural. organizaçlio da biblloth"ca da secção de
Laboratorio de Analyses Chimicas 'e Estatlstlca Demographo Sanltarla, a
'Bromatologicas Acha-se em via dG qual tem recebido, com maia regulari-
conclusão o amplo e confortavel edifi- dade, os mappas do Registo Civil. Fo-
•
cio, em que se vae installar o Laborato- ram regularmente publicados e dlstri-
rio de AnalY8<l!, ' actualmente .o'ccupan- buldos os boletins hebdomadari.os, sn-
d.o um pr.oprio estadual, .onde ha ca- blnd.o .o numero de exemplares Impres-
reneia de tü,!Oi 08 requisitos para os sos, de 800 a 1.000, e s"ndo augmen-
"seus ~ ra1,Hl 11 O ~ . " .. tada a &Ua materia, com a inclusã.o dos
•
• • •
" .. ' '. ".. :., ' .- "" .
, .' .
", '>'~' :.''''':-'::/ ' '.'''
.
. , ",
-
,," ..•.
664- -
para o efteito de não serem relnovidos tubro, foi removido O bacharel Pacffi c
senão a pedido seu, por accesso, nos co Gomes de Oliveira Lima, juiz de di-
termos da lei, ou 'p or pl'Olp<l~ta do Tri. reito da comarca de Campos Novos do
•
bunal de Justiça, approvada pelo Sena- Paranápanema.·
do, quando . assim o exigir o serviço Não se achando reunido o Senado,
publico". E na lei n . 338, de 7 de Agos- V. Exa., recebendo a' proposta do. Egre-
to de 1895, que estwtue: "Art. 4.0 - - gio Tribunal de Justiça, para remo-
Have.ndo no Intervallo das sessões le- ção dos dois juizes a que se refere es ..
gislativas propostas do Tribunal de ta exposição. resolveu, nos termos ex-
Justiça para remoção de algum juiz de pressos do art. 4.· da citada
.
lei n.
.
338,
direito. o Governo upoderã determinar Buspendel-os do exereicio do cargo, até
que o mesmo Juiz deixe toga o e.xel'.c1- ulterior deliberação 'd aquelle ramo do
cio do cargo, até ulterior deliberação poder legislativo, e não rernovel-os. \;0 -
do Senado". mo se apregOa no recurso interposto.
O dispositivo da Constituição vigen- Agora, como nos demais casos.es-
•
te é a reproducção . do das Constitui- ton certo, o Egregio Tribunal 30 se
•• • •
ções anteriores, .d esde a de 1891. lnSplrOU nos superIores interesses da
De accôrdo com e11e, varias remo-
•
distribuição da Justiça, e o POder .
Exe-
ções tem o Egregio Tribunal de Jus- cutivo nada . mais fez do que acceder
tiça proposto e o Senado appro.vado. á iniciativa do Tribunal. que propoz
'PoOr decreto de 21 d·e .Maio de 1896, a medida de utilidade publica. Esta
foi removido • o bacharel João Antunes utilidade é da competencia exciusiva do
de Araujo Pinheiro , juiz de direito da Tribunal conhecer, para pmpor a re-
•
"
comarca de Franca. moção.
.
Em 1897 (decreto de 10 de Maio), Não é demasiado accrescentar que,
foi removido o dr. Antonio Ferreira quasi todas as constituições vigentes,
França, juiz de direito da co marca de dos Estados, auctorfzam a remoção com~
Bananal. pulsorla dos juizes de direito.
Em 18 de Maio de 1900; foi remo- Entre ellas, as do Espirlto Santo,
vido () bacha'r2ll' Leocadio Leopoldino de. Rio de Janeiro, Paraná. Maranhão,
Fonseca e Sllva, juiz de direito da co- Ceará, Goyaz, prescindem. {~omo a de
marca de Lençóes, o qual deixou o São Paulo, de processo para essa remo-
exercicio fmmediatamente. ção. E' de notar que· a do Rio de Ja-
Por decreto de 22 de Maio de 1900, neiro a auctoriza. quau-do deliberada
o bacharel Hypolito de Camargo, juiz por uma junta, compos!.a do presidente
de direito da Capital, foi suspenso do do Tribunal, do Chefe "do Minlstel'io
exercicio, nos termos da lei n. 338 de Publico e do Secretario Geral do Es-
1895, e removido por decreto de 13 de tado.
Agosto. Assim, pois, São Paulo não está iso-
Em 29 de Outubro de 1912, foi re- lado, mantendo um dispOSitivo consti-
movido o bacharel J osephino Fernan- tucional que vem de sua primeira
des, juiz de direito da comarca ' de Constituição, elaborada por uma Cons-
Campos Novos do Paranápanema. tituinte em que figuram jurisconsultos
. .
Em 1914, llor decreto de 24 de Ju- do valor de João Monteir". Brasi!l"
lho, . foi removido o bacharel Antonio dos Santos e Pedro Lessa.
.
Augusto Cavalcanti de Albuquerque Tambem não.
foi o Governo
.
de V.
Pessoa, juiz de direito da comarca de Exa. que inaugurou a l'emQção dç jui M
668
'.
669 -
. 670 -
•
as difficuldades da actual situação. E' funcções proprias. como ainda no que-
a8sumpto esse que bem merece a' escla- concerne á epidemia de grippe. que I!S-
recida attenção do Congresso Legisla- solou grande parte do territorio do Es-
•
tivo. tado , .
E' conveniente e oPPol'tuno regulari-
Policia de Oal'reira A policia de
zar a situação dos escrivães e escre-
carreira foi' contemp'l'ada com du.,,, leIs
ventBos das nova" delegaCias da Ca,p'i-
que muito concorreram para melho-
tal e das delegaCias regionaes, assim
. ral-a. Pela primeira deblas. a de n."
como a dos escreventes de todas as ou-
1607. de 12 de Novembro do ..,nno ·p as-
t ras . fixando-os no quadro dp pessoal
sado. foi crIada a Delegacia Regional
da Secretaria.
de , Sorocaba. assim como o foram as ,
d e 4.' classe Jardinopolis e Santo Gabinete Medico Le~l - O Gablne-
te Medico Legal, com a sua primitiva
..
· Amaro. oOmo de 4> classe, foram res-
tabelecidas. pela citada lei. ,\8 delega- orgamza -
. çao que data de dez annos,
cias de Parahybuna e Quelu'z, Poste- continúa installado em duas salas aca-
riormente. ale! n. o 1641, de 31 de De- nhadas, com o reduzido pessoal technl-
zembro criou mais tres d·elegacias de co que o compõe, e, s6 mesmo com mui-
eircumscripção na Capital, e elevou á to sacrificio
.
e graças á · dedicação
- .' .
d<l
categoria de 4,' classe as. d e Tam bah Ú , seus funccionarios . obrigados a pIan-
Mogy Guassú . Casa Branca, Caçapava, o tões extenuantes, consegue, de , modo
Mogy das Cruzes, Pirassununga. Ta- satisfactorio, preencher os seus fins.
quaritinga. Iguape e Itapira. assim co- Dura nte o anno findo. passaram pe-
mo as vinte e duas seg uintes : Apia- lo Gabinete 5396 casos. assim dis crI-
·hy. Areias. Brodowski. Cananéa. Ca- minados: 119 8 exames e 419 8 ve-
tanduva. Ipaussú. Jambeiro. OIympia, rificações de o bitos, occorridos sem as-
PatroCínio do Sapucahy. Pederneiras. sistencia medica. Os serviços tiveram
P!€dade. Sànta Branca. Santa Izabel , um augmento fóra d o commum. devi-
São Bernardo. São João da Bocaina, do, em grande parte. ao ef·flcaz. tn- '
São Jósé do Barreiro. Sarapuhy. SIl- cessante e opportuno auxilio que, no
veiras. Vbatu,ba. Una. Villa Bella e Xi- periodo agudo da grippe epidemlca. o
rirlca. cessando assim os effeitos da pessoal do Gabinete prestou á popula-
lei n,' 1510 de 1916, que havia sup- ção dest a iCapita)l. VeriJficou-se. lPor is-
primido a policia de carre ira em neze- so, um augmento correspondente a
sete dessas comarcas. 16,5 . % . sobre os trabalhos do anno
anterior.
Actualmente. as delegacias de poli-
Por força da lei n. ' 1537. o Gabine-
cia são em numero de duzentas e d oze,
assim ..distribuidas:
- .
de L " classe 4 ;
te Chimico Legal continúa annexo ao
Medico Legal. e sob a direcção do che-
de . .2.· •. 18. sendo 8 regionaes; de 3.' ,
fe deste ultimo.
H; de, 4.' • .72 .. As de 5, - classe. não
numeradas. elevam-se a 77 . s endo qne Durante o anno findo. forám 'feitas
algumas della s . pela importancia das 42 analyses. entre toxicologicas. ba-·
zonas a que servem e pela distancia. cteriologlcas e micro-chimicas , tendo
em que se 'ac-h am, d3iS oodes das respe - sido 12 delIas de r esultados ..eguro.
•
ctivas comarcas •. reclamam melhor clas- e positivos. o que representa uma por-
sificação.Justo é consIgnar •
aquI• os centagem de 40 % de delictos. elucl- ·
bons serviços prestados. indistinctamen - dados pela acção do Gabinete.
te, por todas as anctoridadespoliciaes . Gabinete de Jnvestigações e Captll-
'lão só naquillo que diz respeito ás suas I'aS O Gabinete de Investigações e
" . ." .,; ' " ''''~ :'" " "" " " • " . ", "
.
'
- 671 • •
..
Capturas tem .,.~() consideravel · desen- I publicos, carregadores, cocheiros, mo-
volv>mento n"s varia" .secçõoo e'ln <lue toristas; vendedores de jornaes e de bi-
se divide, desenvolvimento esse que s~ lhetes de loteria.
vem accentuando, de modo progressi- Na secção photographica, fizerarn-sc'
VO, em todos os ramos de tão impor- 17 .831 . photographias,é executaram-
tan,te depa"rtament-o. As-&i,m é que, na se 49. 671 cópias photographlcas, Para
secção referente a captul'as, foram re- melhor se 'a valiar do desenvolvimento
•
gistados 931 delinquentes, dos quaes, assignalado nesta secção, basta referir
503 capturados no interior; 410, na que as cópias executadas em 1916, fo-
Capital; e 18, nos outros Estados, por ram em numero de vinte mil; e que
meio de extradição. as photogl'aphlas . feitas, não attingi-
Desses delinq uentes, 611 eram na- ram a .aete mil. ' . .
cionaes e 320 estrangeiros, pr-ed"omi-
nau do entre estes os de nacioualidade Assistencia Policial . O Posto me-
italiana, portugueza, hespauhola e sy· dico da Assistencia Policial já não cor-
ria, em um total de 142. responde ás exlgenclas da actualidade,
O numero de promptuarios abertos O conceito alcançado por esse departa-
•
e organizados, no ultimo annó, attill- mento, e, bem assim, a justa nomeada
giu a 21. 066, verificando-se um ac- de que gosa o Estado de S. Paulo , pela
cresclmo de 5.554 perfeição de seu apparelho administra-
. , em relação a 1917.
,
• tivo , impõem, quanto á. parte medica
No mesmo périodo, a totalidade dos
da . Assistencia , uma refórma radical,
I'egistos promptuarlados foi de .....
que a colloque em situação de bem
73.713 . Refere m. .. e elmes a d,,,linqueu-
preencher os seus fin s. Sob o ponto de
tes e investigações, não só da Capital · . vista da technica, torna-se da mais ur-
e do interior, como de outros Estados
gente necessidade que o Posto seja do·
e do exterior, tendo-se em Vista uma
tado de uma pequena .. sala aseptica" ;
investigação especializada, a respeito
porquanto, com uma sala unica, para
dos elementos perturbadores da socie-
intervenções, e essa mesma occupada
dade e nocivos á moral publica.
com apparelhós de esterelização, não
•
Ga.binete de Identifica.ção - A sec-. podem ser, como não ' são favoraveis.
ção de Identificação
-
continüa
-
a ter, .'
as circumstancias em que os trabalhos
"
. ".
ClrUrglcos --
se operam.
e m todos os seus serviços, "apreciavel
·.
desenvolvimento , coIp.o o demonstram Dnrante os mezes da grippe, e tão
os seguintes dados: identificação só mente nesse pedodo, os serviços do
na Capital, de individuos que não re- Posto ' attingiJ'am á elevada cifra .de
gistavam antecedentes máus, 1. 410; 3.799 casos. Por outro lado, QS soe-
identificação d·e reincidentes em geral, corro~ ·commults·, motivados por desas-
1.573, ou seljam2.~83pa·ra ",mbas' as tres e accidentes em ge"ral. e ainda por
classes . No Interior, foram idéntiflca- "delicto~; suicidt>s e tentativas de suieI..
das 2,806 pessoas sem antecedentes dio, eleval'am-se a 10.862, perfazendo
máus, e 723, com antecedent~, ou se- tudo. um total. de 14 . 661 casos. Esse
jam 3,529, nas duas categorias. augmento, confrontado com a somma
O registo civil continuou a ter gran- dos serviços registados em 1912, pri-
de procura, tendo sido nelle inscriptas meiro ·aDn{) do, -reguI.ar funccionament? "
12.143 pessoas; que requereram e ob- do Posto, assignala uma porcentagem
tiveram carteiras de identidade. Fo-· equivalente a 41 %.
ram ainda expedidas, como medida ad- . Pelo dec'reto n. 2.215, de 15 li..
O
672 -
á Assistencia, foi o seu pessoal fixajo r fer.entesa factos oecorridos nas lnais
em quatro medicos, quatro enfermeI- remotas zonas do nosso Estado,
ros e quatro ajudantes de enfermei- Por outro lado, aquella Delegacia
ros. Verificou-se, desde logo, a insuf- mandou fazer, a' todas as auctoridades
fieiencia de medicos no Posto; e por ,e a{}s centros industriaes da Capital e
isso, a ,l;ei ll. o 1.34,2 desse ln.es'm·o anuo-. do interior, uma profusa distribuiçãO'
.cr"i1o'u mais doi.s rogares d·e ,med·i,eos. De do já mencionado regulamento.
então para cá, é esse ,mesmo resumido
Escola Agricola uLuiz de Queiroz"
pessoal que vem attendendo aos servi-
-Na Escola Agricola "Luiz de Quei-
ço's, que se desrd·obram, nu,ma prog-res~
roz" t foram admittid.os· á m'atricula in1~
sâo imprevista.
cial, no anno findo, 42 alumnos, sendO'
A secção de transportes de enfermos de 92 o numero de estudantes nos di-
(:! feridos oobá a ex;igir, não .só augmen- versos cursos. DiplO'maram-se 17 den-
to de vehiculos, como a substituição tre elles, elevando-se, assim, a 98, o
das ambulancias de tra·cção animada, total de agronomos formados no a11u-
a que faltam os re,quj.sitos d'e rapidez dido estabelecimento, desde 1913.
e de commodidade. Tendo o Governo Federal posto em
100S soec-orrospreBltados a indegentes, execução a lei n,' 3.454, de 6 de Ja-
foram em numero de 4, 7ll, assim Ileiro de 1908, que, em seu art. 97 §
di.<Jtribuidos: internados na Santa 4.° n. 1. instituíra premias de víagem
O
Casa, 4.301; no Asylo do Guapira, 19; aos alumnos que mais se distinguissem
na Maternidade, 135. Nesta classe de
nos cursos de agronomia; conseguiu a
benefici,o,s, nota~se que as pessoas' de Escola que seis, dentre os seus diplo-
nacionalidrude 'eoc,rangeira, que pediram mados, fossem destacados para, nos
Estados Unidos, aperfeiçoarem os seus
'é obtiveram assistencia, foram em n u--
conhecimentos.
mero de 2.191, porcel).tagem equiva-
Está concluido o edificio para a es-
. lente a dos auxilios prestados aos na"
tação de Bromatologia e Agrostologia,
Cionàes.
criada pela lei n.' 1.534, de 29 de De-
Accidentes do Trabalho Operal'io zembro de 1916.
Logo após a pu:MicaçÕ!o do decreto fe-
Defesa Agricola Tendo appareci-
deral, ,sob n,' 13.498, de 12 de 'Março
do a lagarta rosada nos algodO'aes do
ultimo, que deu regulamento á lei n.'
EstadO', a Secretaria da Agricultura
3 . 727, de 15 de Janeiro a qual dis-
providenciou, immediatamente, quanto
p;;e sobre accidentes no trabalho ope-
aos meios de combatel-a. Foi, para is-
~arlo a Secretaria da Justiça, por
so, nomeada uma commissão de te-
jnte;rmed'io da Deilegacia Geral de Po-
chnicos, a qual se incumbiu de pôr em
licia, expediu as necessarias instru-
pratica diversas medidas, tendentes a
cções a todas as auctoridades policiaes ,
extinguir semellilrnte praga.
dO' Estado, no sentido de prestarem
Nas 'estradas de ferro, o livre tran-
ellas o sÉm concurso á integral execu- sito das sementes doe algodão. bem eo-
..
ção da citada leI. mo o dO' algodão em carO'ço antes
Com O' maior desvanecimento, devo de previamente desinfectados foi
- a.qui consignar que essas. instrueções prohibido. Foram divulgadOS, pela im-
têm sido fielmente observadas e que, prensa e por outros meios. os a.visos
, . -
até a presente data, já foram feitos, que pudessem prevenir o agricultor
.-
BO bre accidentes, mais de uma cente- contra o perigo do alastram,mto da la-
..
na' de processos, muitos dos quaes re- garta rosada, sendo fiscalizados os de-
•
.. ..
673
nas porções. a Secretaria adquiriu. pa- respectivas tiragens. tal a procura que
I'a mais extensas plantações. e vendeu. têm tido.
pelO custo. as seguintes quantidades: A secção. mantendo o serviço de in-
sementes de algodão. 680.840 Ii:i- formações. remetten para o estrangei-
los; de alfara. 645 'k llos; e de sorgho. ro grande numero de dados. folheto • .
684 kllos. m.apl>as e ·p hotographias. além. de va ·
rios outros impressos, contendo infor-
Serviço de 'Publicações COlltiuua-
mações sobre differentes .
assumptos.
~am acUvos os serviços de publicações.
. A Bibliotheca. annexa ao Serviço de
de illstrucção e de propaganda agrico-
Publicações. teve crescente frequencia.
la•.
sendo de 250 a média mensal -dos con-
As necessidades orhmdas da guerra. sul.ta1\te.s que a procuraram. com o fim
despertando maior Interesse pela cul- de se instruir sobre novas industrias.
tura decereaes e vela .Industria pasto-
ril. provocaram intensa procura das Sel'Vlço }'lol'estal O Serviço Flo-
varias publi~ações sobre alimentação res tal distribuiu 1 . 196 . 879 mudas, das
. . quaes. 1 . 116.1 7. 6 eram de plantas or-
racional dos animaes e sobre cultura
das melhores plantas forrageiras. além namentaes. e 80 .7 03. de pla'ntas (ru -
de publicações outras, destinadas a ctiferas. Dessas mudas . 1. 082 .6 O4 fo -
propaganda da polycultura. ram vendidas. e 114.275. cedidas. 'gra-
tuitamente, ás Camaras MUllicipaes.
Afim de tornar mais racional, mais aos hospitaes. as escolas e as reparti-
methodíco e 'nienos dispersivo, o ser- t ções publicas .
viço de divulgação agrlcola, foi orde- A . renda do Horto Florestal foi de
nada a elaboração
.
de uma série de mo- 27: 6.81$600 : ·
•
nographias praticas. comprehendendo O serviço de reflorestamento do"
assunlptos relevantes, como: os pre- terr·e.110S d a serra da <Callltar-eira, de pro-
•
•
,
liminares das culturas especiaes; ins- priedade do Es tado. proseguiu. com a ',
'. lnlportação pelo porto de Santos" e mica, e isso, não só no que diz respei-
"Boletim do Departámento
•
Estadual to ás pesqulzas de caracter theor\co .
do Trabalho" continuaram a ser como no que concerne ás applicaçõeR
editadas e d;stri1;>..uldas. . regnlarment9. imrn.~dlatas. relaÜvas' á determinação e
tornanao-se
. necessario , o , augmento
- ... das á divulgação da Hora Legal. por tôdas
-
'." . ,, ' . '.. - -
- 675
'as linhas ferreas do Estado e ainda pe- Com o fim de se assentarem regras
lo puMico da Capital. praticas e economicas para O' cultivo
Merécem particular inte~esse os es- dMl plantas mais uteis á pecuarla e ás
tudos e a publicação que foram f:altos Industrias agrlcolas do nosso Estado,
ilobre a Meteorologia ~ral e a Clima- os respectivos ensaios culturae. foram
tologia Agricola de S. Paulo. multiplicado •.
Acham-se funcclonando, com regula- Foram Igualmente multipllcada.s as
.
Tldade, cerca de 7.0 observatorios, dis- demonstrações praticas, não só para os
.emlnados pelo terrltorio do Estado e visitantes ou consultantes,
. cujo llUme-
.
.Iubordinados ao Observatorio da Ca- ro foi de 1.632, corno para os prati-
pital. A previsão -do tempo a curto pra- cantes que desejaram habilitar-se nos
zo, publicada diariamente, continuou a processos de póda,
•
de renovação e de
·dar 90 % a 95 %, como taxa de acer- tratamento racional dos cafésaes; so-
to dos annuncios dados, o que, Se con- bretudo dos que foram attingld08 pe-
. sid·era COlno bom resultado, neste gen-e .. las ultimas geadas .
TO de serviço . Com grande empenho, foi melhora-
Instituto Agronomico A activida- do o serviço de distribuição de mudas
de . do Instituto Agronomico, foi satis-
e de sementes, tendo sido selecciona-
la·cto1ria.. como resuroli'da'lO€'nte o dê :- das e augmentadas as boas variedades
de umas e de outras. Distribuiram-se,
monstram os seguintes dados sobre
trabalhos technicos, ali realizados: assim, 97.885 mudas e 18.352 litros
de sementes.
Aualyses e estudos div·e rsos 554 As variedades de milho, seleccionadas
Consultas • • • • 1.118 no -InsUtuto, olbtiveram cinco premio;)
.Forneclmentos de fermentos in- na 4.' Exposição, realizada no Rio de
dustriaes . .. 38 Janeiro.
Experiencias agronomicas, em
vasos, matas 'Ol\ i. in "iSoi.tl.l" 2 . 280 Iudus"..ia Pastoril No
Paulista", tratou-se de melhorar o seu.
•
Com este expediente e com estes nu- apparelhamento para a prodllcção do
moerosissimos trabalhos de lalioratorlo, cavallo destinado a serviços militares,
em progressl1v.) augmento nestes ulti- adquirindo-se, para isso, garanhões e
mos annos, foram iniciados e conclui- eguas de puro sangue inglez, mais pro-
dos importantes estudos, alguns de prios, para o fim almejdo, do que os
premente actualldade, como •
sejam os animaes anteriormente utilizados no
de renovação dos cafésaes velhos e dos estabelecimento.
•
'q uelmados pela geada; os de pÓda ra- A' "Fazenda de Baruery", destinada
.
cional e os das doenças dos cafeeiros á criação das raças de sulnos mais con-
em S. Paulo; os de adaptação da póda venientes a essa zona, juntou-se uma
racional ás arvores fructlferas; os de secção bovina, de gado SChwytz, que
'adubações experimentaes e os das ter- ali se vai desenvolvendo gradativamen-
"as do .E s.tado; os de forragens, . pra- te. Entretanto, tendo o estabelecimen- .
dos artlficiaes, 'pastagens, feno e fe- to, por fim principal, a criação de por-
nação; e os de succedaneos da farinha cos, ' foram importadOS dos Estados
de ·trigo (an1l.lys,,", vaI"". c<>mparati,"o , Unidos diversos reproductores e repro-
'" panlticação pratica). ductoras pertencentes ! raça Duroc-
Noo dUtereutE>s c.. mlpos do InsUtu- Jersey, tendo sido adquiridos, aqui
to. foram aml'lIadas as grandes cultu- mesmo, diversos exemplares da raça
ras rendosas. Polland-Chlna.
, .. '
, .. . , '. . . ' • ,,"
676 '-
•
Esses animaes que estão sendo cria- Foi instaHado o ,;. Bos to Zo.otechnico.
dos, isentos . de toda mestiçagem, vão Regional de B otuoatú ", tendo por obje-
se adaptando . bem ás condições am- cto a conservação dos reproductores
,
bientes e, dentro em pouco, poderá o que são necessarios ao melhoramento
Governo começar a 'Vender, por preços do gado da região.
reduzidos, . .
os productos nascidos na al- O "/Instituto de Vebsri,naria ", .::riado
ludida "Fazenda".
.
Ao lado das raças pela lei n. 1. 597, de 31 de Dezembro
exóticas, continúa a fazer-se, com exi- de 1917, começou a funccionar a par-
to, a selecção do porco Canastrão, que tir de 25 de Junho de 1918.
se tem revelado como optimo elemento InstaIlado provisoriamente em de-
para cruzamentos com as raças estran- pendencias do Instituto de Bntantan.
•
genas. emquanto se constróe o edifício que
() restabelecimento do "Posto Zoote- lhe é d·e.stinad0.. v·a e funcciona'ndo r e-
.
chni1co ü , flIoota Capita·l, vem se j-usti-fi~ gularmente, tendo já produzido algu-
<!andopel<Js serviços que está .p restan- ma cousa de util.
do á pecuaria paulista. Nelle são rece- Dentre outros trabalhos interessan-
bidos os animaes em tl'3.t,l1sito e os im- te, o "Instituto?' entregou-se a o preparo
portados do estrangeiro, soffr-endo es-
- do sóro ant;-aph!toso 'que t e m dad" re·
tes, no Posto, a immunização confra a sultados satisfactorios.
piroplasmose bovina, de modo a pode- Na "Fazenda Campinlnha ", em Nov~l.
rem, sem perigo, ser enviados ás fa- Odessa, s ecção d·o .. Posto d e So;;·lecção
zendas a que se destinam. do Gado N",cional", estalbel"ceu -se ,;
Durante o anno, passaram pelo Pos- criação do gado MOcho, com o fim de
to 7 ~ 3 anlmaes, bovinos em sua maior se promov-er o seu aperfeiçoamento .
•
parte. O serviço do 11 Censo Agro-Pecunia.-
Com o intuito de promover a cria- rio", fá alcançou 102 municípios, em
ção de gado puro-sangue, das raças 93 dos quaes se acha concluido, estan -
destinadas á producção ·de carne, ini- do quasi terminado nos 9 restantes.
ci<>u-se, em terras de propriedade do Pelo decreto n. 2 . 975, de 30 de Ou-
Elslt8ido, a ,j,nstaHação da " Fazenda Pa$" tubro, foi criado o "Registo d e Cria-
tori! de Itapetininga". dores", o qual vem dando bons !'esulta-
Dos trabalhos de construcção de pre- dos, achando-se neUe inscriptos 161 fa-
dias, cocheiras, estabulos e outros, as- zendeiros, com 94 . 8~3 cabeças de ga-
sim como dos de pr81par() do sólo pa- do.
ra o plantio de forragens, uns ' ficaram Exposição Estadual <le Anima".
concluidos, achando-se outros em fran- A 21 de Abril ultimo , inaugurou-se,
co andamento, de modo que, estean- nesta Capital, a Exposição Estadual de
no, poderá ser ali iniciada a criação Animaes,
•
a qual alcançou franco suc-
de animaes das raças Hereford e Dur- cesso.
han,das quaes, foram já a dquiridos . Compareceram a ella 132 exposito-
·ex<ml'Plares, em ' regnlar quantidade . . res, com 93.5 animaes, !:lendo: 570'
•
IA"':F-azenda de Amlparo'!, -destina:{Ía bovinos, 265 suinos, 72 e quinos, ' 11
á criação do gado Red-poIled, vem Bsininos e muares. 7 caprinos e 12 ovi-
satisfazendo o seu . fim.. O rebanho exis- nos. Compareceram ainda 14 e'iPosito-
t-ellJte tem se mantido em bo a~ condi_ res, com 240 cabeças de a \'es, ' 0 que
ções, tendo augmentado os nascimen- eleva a 1.035 o numero de animae.
tos, o que, na ultima exposição, per- apresentados.
mittiu a venda de um numero regular A venda, em hasta. publica. de ani-
de reproductores puros. maes. do Gov-erno, pToduziu· .. .. ... .
677
678
.
sumo interno, houve, pois, necessidade mente na producção de tecidos, OU,,-
4e
-
importarmos
do Norte mais 65,0.0.0 péus, calçados e espeCialidades phar-
toneladas de assucar.
, , ma;ceuticas. Notwrwm-se deCTes.cimos na
A producção de aguardente e de al- producção de bebidas; conservas, bls-
cool . baixou, em 1917-1918, a • • • • • coutos e phosphoroa.
•
62.729.698 litros, ,. contra ......... . . A ind u'stria de tecidos de ãlgodão', ..
,10.3.186.255, em 1916-1917. m:3lis lm!portante do tE.stado, r·-ealizo-I.l
,
A safra de arroz, iniciada em Mar- grandes ,rogressos nos ultimos seis
ço, eomquanto houvesse sido preiudi- annos. A producção, que fOra de .. . .
cada pela secca, no semestre do plan- 75.833.470. metros, no valor de ... .
tio, e, 'depoÍs, pela praga dos gafanho- 38.747: ,676$060, em 1910., elevou-se a
tos; foi maior do que a anterior. 160..254.139, no valor de . . ... . .. .
Effectivamente,
" .
foram colhidos • • • 183.818:0.81$10.0., em 1917.
.
3 : 20.7.0.0.0. saccos de arroz em casca,
I
. .
dos, nlo · se afastam muito dos d" 191 'i, com 10..644 toneladas, contra 10..578;
. '
llllu.lto embora a ces5'ação da guer·ra, no a farinha de frigo, com 43.837 tonela-
.' fim do ·: .nno, Já fÍ'le sse
,
ISenNr em seas ef- .das, contra 29.378. Houve, porém, ac-
leitos, determinando a desv'J.lo1'ização.
cresci mo na classe das mate rias pri-
-
-. de alguns artigos, e quasi paralys3ndo mas, para as artes e para as ind ustrias •
o trahalho em ,yarlas fabricas. como na de certo's" productos chimicos
,
Veriflcara,m-se augmentos, !lrÍlICij,al- que não temos ainda, e que são indis-
" ' ," . ' ' " . ,' ', ' . ' ', ' , , .' .
,
q ,
679
. - 680
681
jou, du·rante o anno, 18 .718 indivl- despesa, 76 .~OJ :'351$663, tend·o havi-
duos, entre Immlgrantes e trabalha- do, pois, um saldo de 34.808:168$521-
dores, procedentes da Capital e do In- No resultado acima, não estão in-
terior. cluidos, por não terem chegado ' a tem-
•
•
682 -
•
(estrada de ferro), com uma elIas, de preferencia, á União.. E' de
víagem redonda mensal; crer, pois, que o Governo Federal nao
c) augmento de 26 para 36 deixe de. considerar, como merece, €SSH
gens por anno, na linha de inadiavel problema, de cuja solução
Iguape a Peropava; depende a prosperidade de uma das
d) augmento de 26 para 52, as mais ricas regiões do terrHorio pau-
viagens de Cananéa a Arara- lista.
o pira; Cal·ta Geral ,lo Estado Os ser-
estabelecimento de uma nova viços de levantamento da Carta Geral
linha entre Iguape e Rio Pe-
do E'stado, a car,go' da Commi-ssão
queno (affluente do Una), com
Geographica e Geologica, proseguiram
uma viagem mensal.
regularmente durante o anno findo.
Foi celebrado, com o Governo do
A Companhia, para a execução dos
Estado do Paraná, um accôrdo que se
novos se!viços obrigou-se a augmentar
acha em adeantada execução, e em,vir-
o seu material fluctuante com um va-
tude do qual. poderão ser dentro em
por que tenha ,accommodações para
breve, demarcados definitivamente os
passageiros e cargas, e com mais duas
limites entre São Paulo e aquelle Es-
grandes chatas de ferro.
tado.
A subvenção annual foi augmenta- Não foi, infelizmente, possivel, até
da de 118:303$428 para 150:000$; e agora, chegar a um ajuste identico
o prazo do contracto, que se extingui- cpm o Governo do Estado de Minas,
.'ia a 14 de Julho de .1922, foi proro- e do qual reBultaria, como é tanto do
gado até 31 de Dezembro de 1926, au- desejo do Governo paulista, a cessação
gmentando-se tambem de 400$000 das constantes reclamações dos inte-
para 500$000 o desconto mensal na
ressados, contra. incursões de auctori-
subvenção, para limpeza dos rios.
dades mineiras, em territorios tidos,
Barra de Icapal'a Com o intuito até hoj-e, como pertencentes ao Es-
de concorrer para o melhoramento das tado de São Paulo.
condições do porto de Iguape, o Go-
llhuninação da Capital Q servi-
verno do Estado vem se preoccupando,
ço de illuminação da Capital, no que
ha muito tempo, com a realização dos
concerne ao gaz, continuou a ser feito
<lstudos pare. a abertura da barra de
nos termos dos ajustes celebrados en-
Icapara e para o f-echamento do deno- tre o Governo do Estado e a "São
, lllinado ~'Va.llo Grande" de Iguape.
Paulo Gas Company, Limited".
Trata-se de factor Importante para O total dos combustores da illumi-
o desenvolvimento de unia região, cuja nação publica attingiu a 9.810.
actividade se acha manietada, dev,iio Q Governo do Estado, attendendo a
ás más condições daquelle porto. Rea- difficuldades na importação de car-
lizadas as o bras, cuJos estudos foram vão, motivadas pela guerra européa,
•
já emwrehendidos pelo governo, e es- celebrou com a Companhia, um accôr-
tabeiecida a navegação franca da bar- do, pelo prazo de um anno, e no qual
ra, ficará a distancia de Santos a Igua- foram estabelecidas as seguintes condi-
pe diminuida de 160 kilometros, mais ções:
ou menos.
Não se trata entretanto, de obras a.) auctorização para o fabrico de
para as q uaes só deva concorrer o gaz mixto de agua, hulha ou
Estado exclusivamente, cOJ.llpetindo I . qualquer outra substancia, ten-
••
•
• 685
686
jas, ferro esmaltado, crystaes, etc., tos de exportação todos .os productos
que, rivalizando com os de melhores da pequena lavo ura, das indu strias e
•
I'l'ocedencias estrangeiras, ávolumam dos frigorifjcos; importando repro-
a riqueza exportavel de São Paulo. ductores de raça; installando escolas
A ind'ustria pastoril, em bryonarja, agricolas, o Instituto Agronomico , pos-
até ha poucos annos, teve tambem no- tos zootechnicos, estações de monta, o
tavel desenvolvimento. • Institu to de _Veterinaria, postos de se-
Por meio da selecção e. do cruza.,. lecção e fazendas modelo de criação;
mento, temos conseguido melhorar e conferindo premiaS a lavradores "
augmenu.r <> nosso reban.h o de bovi-
•
criadores; defendendo os productos da
•
nos. equlnos, •
SUInas •
e oVInos; e por lavoura cafeeira, as administrações
inter media dos matadouros trigorlfi- paulistas têm , pór sua ,vez contribuido,
cos, tivemos a iniciativa da exportação efficazmente, para a notavel prospe-
das carnes congeladas, ridade economica de seu Estado.
Mas, si grandes e dignos dos mais Conforme se verifica do quadro se-
calorosos a:pplaUilos têm sido o e510r- guinte, a exportação dos nossos prl>-
co e a te'na'Cidade da.;, cl8Jl!ses producto- duetos, feita pelo porto de Santos e
ras, em :pról do engrande cimento do pela Estrada de Ferro Central do Bra-
Fjstado, não tem sido menor o cmpe- . "li, tlurante o anno de 1918 , foi de
11110 dos poderes publicos ' em incre- 622.683:106$602, dos quaes, '" '" ..
mentar e desenv<>lver as forças . Pil'odu- 202.956:641$600, correspondentes á
cloras, e-wj.a. expansão tem procurado "enda do eafé, e 419.726:46 5$ 002, a
amparar, por todas as formas ao seu de outros productos da lavoura e das
a. lcance. industriRS. ,
• •
'.
.. . . .. .-
•
" " ,
. ... , .
•
- 688-
,>. -.-. . •
•
32 . 132 :589$000
8.204:878$05h
,
F ios de algodão .
Forragen s. _ .
• • • 4.597 :977$90C I
• • • • 632 :822$400
.Garrafas va sias . . • • • 1.843:846$500
Impressos . . . • • . 10.310 :208$050
Milho . . . . , . • • • 1.017:582$700
Papeis . . . . • • 1.603 :963$900
Roupas feit as . • • , , 1.576 :450$700
. Saccos vasios . . • • 14 ,317:623$000
Sola .. . . . • 2. 025:416$000
Tecidos de algodão . • • 101 .443 :370$590 •
T,ecidos de lã. . • , 7.836:898$900
T ecidos diversos . • 1.140:781$000
Outros generos . . • • , 98.677:076$090 413.254:012$605
TOTAL . • •
• • • • • • • • 622.683 :106$602
• • ,
No mesmo anno de 1918, a e xpor- ieira a nossa situação
•
financeira.
tação geral do Brasil foi de ... . . . A dinlinuição, accusada no imposto
1.137.100:000$000, t endo o Estado de de exportação de café, não tem feliz-
São Paulo concorrido,
•
para eSSa som- mente causado ma.lores perturbações
ma, com 371,446: 000$000. •
na vida finance ira do Estado, g raças
Si <! de franca prosperidade a si- á remod"lação por que vae passando
•
689
.
consta do quadro seguinte:
• •
•
DEMONS'fRAÇÃO DA RECEI'fA DO ES'fADO DE S. PAULO
NO EXERCI CIO DE 1918
TI1'ULOS DE R ECE ITA ·'IT'· ---'-'-;;~:r' " .- T:[1---- -.. R Ec-i -" T
O
Menor
--
~==~.=--===== ===== = .=."'.,..",._. . ".. _= ===__=-_-~~.:...-_._l__Ar~~~·.t· I_ Arreç.d·~ J
RECEITA ORDI NARIA II .. ['I i
I - REN DA DOS TRIBUTOS: !I II
Imposto de exportação . I 38.800:001)$000 . 18.834 :885$693 - 19.965:114$307
Taxa de expediente . . '. . ' . .!
Imposto sobre transmissão de propriedade inter-vivos
600:()()(}$OOO
7.600 :000$000
.. 2.074 :861$,:315 1
9,001 :690$596 11
l.47H61$315
1 AOl ,690$596
--
"
,','
"
d,,' " .110,"
" "
•
" call.$a-mot,tis '
.•• ·
1 500 -000$000
I 2.000:000$000
. - i
1 457 1'''078
.: """fI
1.444:925$134 I
'
-- 4HI5$922 .
555,0741866
3.500 :000$000! 6. 187 :087$274 1,'
"
Vlar;;ao
" ~ello ..sobre bill)etes e.
• • • • • . • • ,
clltrauas em Ioga- j
• • '['
: 2.687 ,087$2741 -
"
res de dl'~ersoes ' . ' , .
I mposto predIal na capItal . .
51 terrenos com frente
. . . . • ' li
. . . . - . _li
' para o canal ·do I'
300 :000$000 i
2 .600:Q()/J$OOO
669 :179$234
_2".417 :154$502
I - -
182,845$'98
Ma ng ue em S antos _ i 2 :000$000 I - - 2 ,000$000
.
Im posto de (:ommercio . _ _' 5.000 :000$000 4, 387:139$151 1 - 612 :860$849
" industrias ' " • 600 :000$000 :
'i
698 :879$387 98,879$387 -
"
"
sobrol!! o capital das sociedades anonymas .
,.
" " particular empregado em
1.600:000$000
i
1. 767 :502$988 ,
I 167,502$988 -
emprest imo5 " , 1. 400 :000$000 il,i 1.108 :284$438
,,.
i - 291 ,71 5$562
Imposto sobre o capital empr egad~) em predios desti- ,
llados a al uguel ,
, 1.200 :OOO$O()() ! Q27 :823$999 ,I - mJ76$001
Imposto, territorial .
..!
500 ,000$000 ! 669 ,590$693 : 169,590$693 -
.. sobre c.onsumo de agua rd~nte 700 ,000$000 '. 644 :328$000 : - 5S :672$000
" ,.. loterias
..
•"
""
780 ,000$000 .,
L200 ,000$000 I:
780 ,000$000 -
- -
II -
.. " subsidios e vencimentos
REND.... S D lVERSAS:
·
t~
ii
,,li. I .126 :977$606
•
73,022$39'
T axa de matriculas soa :000$000 ,: 455 ,853$900 I1 - 44 :146$100
.. . addicional
11' 2.600:000$000 ,, 2.652 :442$355 11 52 :442$35$ -
-
"
..
..
judidaria
de fei ra de gado
" ma"tam;a de vitdlo$ •
J 300 ;)00$000
1:000$000
1 ,000$000
:,
:
.1
307 :411$380 \1,
100$000
7 :411$380
-
1 ;000$000
900$000
111 - RE ND""S lNDVSTRIAES: i I
Quota de arrendamento da . E. de Fe!'ro Sorocabana
Renda da Estrada de Ferro Ftlllilen~e .
"I'
500 ,000$000 i
350:000$000 i!
81 :413$429 )
370 :14S.'P60 '
-
20 :145$760 1
418 :586$571
-
.. do ·Tramway da Camarei ra . . . !
'Taxa de exgottos na capital, SanlM e Sli\""> V icente. i
300 ,000$000 "
J.600 :OOO$OOQ iI
407 :872$265
3. 487 :255$417 i
107 :~72$265 1, -
112 :744$5RJ
-, consumo de agua 11a capital ' ;1 3.500 :000$00() i: 3.759 :330$431 ! "259 :,130$431 -
Renda da Repartição de Agua:: po!' ~e n'iÇl)s u trao r- :I " •
dinarios . , ' -~ 400 ,000$000 1I
40,000$000 I
400 :308$165 !
I 3OR$165 -
Remi;! do H ospicio de Alienad(,s ' [~ 82 J9!\$500 42 :198$500 -"
" " Oiario O fficial ' I; 80,QIlO$OOO I 73 :318$219 [ -- ,• 6: 681 5i21
" de outros estabelecirnento ~ 120 ,000$000 93 :660$350 ,<
_. :.''31"\..~ ' ' ,'
"~ ~' :-' ,'
, •
J
•
1 :;
i -
- ,242$184 ,_.22. 663,696$024
-IV - Rr.l'l" OAS P A1RIM ONIAES: •
39 :434$255
10 :000$000 29 :434$255
Vendas 'de terras publicas · • • •
" " lotes em nudeos cololliaes.
·
·
•
·
• •
·
100 ,000$000 191 :307$586
-82 284 ,OOO$ÕÕ~I. 66. S99 :546$160
I 91 :307$586
-,- 6.979 -
_--- ..
REC EITA EXTRAORDINARI A •
I ndemninções . • • • · · • • · · " · 600 ;)00$000 2. 184 :253$617 1. 584253$617 -
Event ual e multas • • · · · · · • · • · ! USO ,000$000
60 ,000$000
1.825,695$467
52 ,600$000
475,695$467
-- .
-
nOOIOOO
Contribuição de companhias p"" f i~cll li :tação • · ,
Cobrança da divida aetiva · · · • · I 1. 400 ,0001000 . 1. 07H89$.145 32S :3t0$65S
Conlribuiçi\o da Estrada de
• • •
Fe rro Soro( ílhotna · 5.50<) ,000$000
· ------ -
8.910 ,000$000
5.90H90$256 _._-
11 .042 :928$685
405,690$256
-_.2._---
465 :6.19S340
,-'-- -
:<12 ,710$655
RESUMO:
Receita Ordinarill. · · · • · · • · 82.284 ,000$000 66.599,546$160 6.979,242$184 22.663 :696$024
It«elta Extraordinaria · • • • · ·
•
_._-
8 . 910 ,000$000
- - 11.042:928$685 . __...2. 465 :639$340
- 332 ,710$65,
•
-- ...•- - -
- 693
.A diUerença.
,
elltl'e a quantia orçada representa mais de 30 % da receita
e a. effectivamente <tl'reeadada. proveio· geral.
da cobrança do impost.o de exportaç1l.o· Não, obstante, ·as rendas ,pu'blicas t"m
do calflé • .que, ealcula.<la. em _ . . .'. . tido cousideravel augmento nestes ui·
38.800:000$000. sú produziu, ..... . timos quatro annos. EUas produziram.
18.834:885$693. com effeito, 79.315:931$168 em 1915;
Com ,excepçã.o desse Impos'to que, 79.248: 019$165 em 1916; ....... .
.
devido ás diUlculdades de transporte 82.556:094$887 em 1917; • • • • • • • •
e ao ••fechamento dos mercados dos Im- 77.642:474$845 em 1918, teudo con-
perio" Centraes da Europa, não attin- tI'ibuido, para essa receita, o imposto
giu á somma. orçada, quasi todas as de exportaç1l.o, com 41.085:530$171
•
demais verbas da receita excederam em 1915; 33.537:609$688 em 1916;
ás .estimativas feitas. 24.729;379$379 em 1917; a, final"
Si o café, que está armazenado em mente, 18.266:140$877 em 1918.
Santos, pudesse ter sido exportado, '" A diminuição na renda proveniente
receita gera) de 1918 teria. sido su- do imposto de exportação, está com-
perior a 95.000:000$000, ou mais de pensada com outras e com a melhoria
3 .1>00: 000$000 . acima das previsões na arrecadação, podendo-se calcnlar
orçamentarias. em cerca de 15.000: 000$000 o au-
.
As reformas por que tem passado o gmento que essas provide-ncias trouxe-
nosso systema trjbutario; as novas l'am aos recursos orçamentarios;
fontes de receita; a melhor e mais
Uma vez nornlalizados os meios de
equitativa <ilstribuiçã.o de impostos,.
transpol'ta, e a,bertos os mercados de
assim como a sua regular e honesta
consumo de café, as novas fontes de
arrecadação. têm contribuido, de mo-
receita, reunidas ao imposto de -expor-
do etficaz, para a normalidade da vida
tação, hão de fornecer recursos suffi-
financeira do Estado,' collocando, ao
cientes para inteiro equilibrio orça-
mesmo tempo,' o Thesouro a salvo de
mentario e para completa. normalidade
in"certezas,' resultantes da -baixa de pre~ •
nas nossas finanças.
ços e da dimin uição de colheitas.
. O imposto de exporta~ão, sobre o Despezas puhlica.s A despeza orça-
qual a receita publica vinha se apoian- mentaria, no exenc"icio de 1918, fixada
do, compntava-se entre 50 e 60 % em 91.193.:673$480, f.oi de . . . . .
da arrecadação; hoje. esse imposto. não 96.979: 3 80$3 68, assim discriminada:
694-
•
•
•
,
, .' ,
,
,
,
- 695
, ,
vel somma, destinada, aos juros de a sobre-taxa · de cinco francos por· , sae...
tacs titulas. ca, o Congresso do Estado, de accórdo
Remessas 'p ara o Estrangeit·o Pa- com o Governo, resolveu. no intuito
ra a solução dos compromissos oriun- de
.
beneficiar indlrectamente
.
a classe
dos da divida externa e da valorização agricola, que fosse mantida a mesma
do café; fizeram-se, pontualmente, no pauta de 700 réis, quando, já. nessa.
correr do anno de 1918, as remessaS occasião, o preço era de 1$200 por ki-
seguintes: ~ 239.079-8-11; Fran-
10. No momento; o pereço médio é sn- ·
cos 19;781.593,70; e D01lar8 .... : . perior' a 1$800 por kilo, continuando,-
•
tava inteiramente liquidado; ' o de J; . men. Antuerpia e Trieste. ·' 0 seu pro-
1,500.000 estava reduzido a l! ,., ..
, ,
dueto foi depositado nlllque1,la casa
4.444.260; o de Il 4.200.000 a J; ." bancaria, por não ter o Governo Ar-
2.940.000; o de J; 3.000.000 a J; ' .. lemão consentido em que o dinheiro
.. .. ." .'
2.263.011; e o de l! 800.000 não ti- fosse r"tirado do paiz.
aba softrido reducção alguma, Mallogradas todas as tentativas pa -
Elevavam-se, pois, nessa época, a Il ra que nos fosse paga aquella quantia,
1 Z. 447 . 271 , as responsabilidades do conseguimos apenas que o alludldo Go-
Thesouro, no tocante aos compromis- verno assumisse a responsabilidade da
sos derivados da valorização do café. restituição integral do deposito.
Essas responsabilidades soffreram as
.egu.intes reducções: as Il ...... . Cessadas as hostilidades, na guerra
,
emprestimo de II 4,200 . 000, foram pa- Exmo. Sr. Dr. Epitacio Pessoa, chefe
gas, em 1.' de Janeiro de 1918, lO , . . da delegação brasileira junto :!.quel!a
1.050,000, sendo o restante, doe .I! •••
Conferencia, fez O historico da questão
1.890.000, liquidado, no dia 1.' do do café depositado ' antes da guerra
, , .
com o VOIUllH.' (1:1 H:ll'l'n, ~;(~lI1 tl'unspor- beneficiar as classes productoras, pela
te e sem eOll:Ju III/), abundancia de numerario e pelá ba,ra-
Para isso, oblnvl'. por emprestimo, teamento dos juros.
do' Governo (1;1 lf'lil'io, a quantia de Convencido da conveniencia desBa
llO.OOO:OOO$IHln. "",·,1 i 11 ,,<Ia e>.elusiva- medida, o Congresso Nacional, por ini-
mente á compra (li- l'al'ú em Santos e ciativa da illustre bancada paulista~
no' Rio, retiralldo. pu" nxta forma, da auctorizou o Governo 'a criar, no Ball-
tIas necessi-d·ades ,j co 'do Brasil; uma carteira especial de~:;
~fjferta, o (~x('(·dt~lIj~·
do consumo, e i IH pt'd i lido a desvalori- I tina da a l'edesconto de titulas banca-
iaçãode toda a ~lil.l'ra. , rios, emittindo-s·e, para esse fim, até
Com a imlHlrlalll:ia do emprestimo, I
a quantia de 100.000:000$000.
fo'ram adquirida:: :1. il7:l. 585 saccas do
Está dependente . apenas
. do Governo
referido ]l}"()(llIdo, scndo 2.949.454,
Federal a installação dessa carteira
em Santos. " I 2 ,( . l:ll. no Rio. que, por certo, virá prestar inestima-
Essa Oll(··nlt~ào. ah~m das vantagens ve·is serviços á lavoura, ao commercio,
que trouxe A lavoura eafeeira, redun-
e ás industrias.
dou em eou:·dll·!~I·av(~1 lucro para -o Es-
Ao Banco de Credito Hypothecario
tado e par<-l a [lnt:l.o.
e Agricola de São Paulo., fundado para
Confrontando-~e 08 preços da com-
, auxiliar as classes agricolas, o Governo
pra ICUro 0'" (la ael.llal cotação" a ven-
j tem prestado todo o seu apoio, forne-
da dos café::; d(w(-~ produzir um lucro
cendo recursos que lhe permittam rea-
de mais (\e lfiO .OOU: 000$000, que, de
lizar os fins para que foi instituido.
accôrdo com 41 eOIl tl'acto do empresti-
Perto de 35.000:000$000 já foram
mo, deve Ijür dividido, em partes
postos á disposição desse Banco, pelo
iguaes, en(I'(~ a União.e O Estado.
Th·esouro do Estado.
Os lucros que eouherem ao Esta'do,
~erão, de preJ'el'nncia, applicados em Com esses recursos e com os seus
•
cil\s.
..
os applique em beneficio dos pro- I tiuúa a ser ,objecto de séria~ preoccu-
ductores. pações do Governo.
Estão funccionando, - regularmente, E' indispensavel que as finanças dI>
64 caixas, sendo 4 autouomas e 60 an- Estado se a:poiem em bases soUdas e-
.
nexas ás respectivas coIlectorias. seguras, libertas, de tal arte. do, regi-
As autonomas funccionam na Capi- men de incertezas em que têm vivido;
tal, em Santos, em Campinas e em Ri- assim como é de justiça que os tribu-
beirão Preto; e as annexas, nas 'se- tos sejam dIstribuídos proporcional-
guintes cidades: Amparo, Arara- mente' aos lucros auferidos por todas
quara, Araras, Avaré; Atibaia, Bariry, as actividades ou class~s, -e não inci M
701
702
,
.
com um . auxilio
. .. pecuniario não inferior toria seja ' festejada com raro esplen -
a cento e cincoenta contos de réis. dor. •
,
Continúo' a.pensar, entretanto, que Para esse· fim, foram iniciadas, nes-
'esses magníficos institutos devem ser ta Capital, grandes obras prepara to- ,
,
,,
"
•
,
-rem da. lavollra,.preciososelementos de , para a construcção .domonumento na- ,
"·i
•
.{,
Os serviços de hygiene" a que está signalou um memoravel succeSBO ar~
ligada a nossa perfeita constituição tistico .
,
~th,nica , tivere.m notavel desenvolvi- Ao importante certamen concorre-
,•
.','
•
..).,•
,• •
, ,:,-.:,
,",'. ~, , "',-'"
,- - '
,
,
-703 -
704-
..
• 2.836.113 : 324$000 ; e a importação, Q'
•
1.238.720:105$000, deixando-nos, poro.
· ~ ' " ,
.. -O . movimento
•
•
-705
•
. .. . '
-.' " . .
, ' " "" ,-, : , .. ... . :' . .. ,:,.'.:':" .... '
707 -
o
GoveI'no uíW se ..rastou da leUra. só a indemnização prevista na citada
do contracto de a'T(~ndnmento e n ão clausula xvn attingiria a importan-
fez aos seus benefieiados concessão de cia nunca menor de . 85.000:000$000,
especie alguma, tendo conseguido, até, conforme calculos baseados em baixos
a desistencia de ind e mnizações pre- coetticientes de trafego; e isto' sem
vistas no mesmo eontracto. contar com o capital já reconhecido
Antes de ser concluldo o accordo e que. com os accrescimos ann uaes,.
.
com os representantes da empresa ar- orçaria, a esse tempo, por cerca de.-
rendataria, {<>ram ouvidas . as Commis- 45 . 000:000$Ono.
sões de Fazenda e Contas do Senado Não será demais salientar ainda
•
e da Camara. Ministrou-lhes o Governo que a operação realizada não criou
todos os document.os, j:llfOrnlações e es- onu·s QJg'um para .Q. 'l1h'esouro, . visto
. -' en-
clareclmelltos Hobrc aS negoclaçoes como a renda liquida, apurada aUllual-
. ta'boladas, nflo ten,lo havido, no seio mente, bastará de sobra, para O mo-
dellas, um só volo divergente, contes- vimento de amortização e juros, não
tando -os 011 impugnando-os; antes, só do restante do emprestimo .primi-
foram to<lO" de parecer que se deveria tivo, contrahido para acquisição da Es-
dar immediato cumprimento á resci- trada, e hoje reduzido a . . . . . .
são , nos termos e condicões.aSBentados.. ;1:3.319.800-12-6, como da rescente
Assim taimlbem o entend-eu o Congres- emissão de ap611ees, feita 'para oc-
s o Legislativo, appl'ovando os actos do COrl"er aos encargos da rescisão; A im~
Governo. portancia total dessas amortizações já"
O Estado pagou aos arrenda ta rios a mais ultrapassará a 6,974:000$000
importancia de 21.036:673$866, em · por anno; e a renda liquida, verificada
apólices da divida publica, a juros de até 1919 e em quadras desfavora-
6 % e resgataveis em 40 'annos, como veis tem sido, em média, superio~
indemnização determinada pela clau- a essa quantia, havendo tendencia
sula XVII do c.ont,...ctp de 22 de Maio p~ra maior desenvolvimento, e m con-:
de 1907; e u de 27 .658:308$383, cor- sequencia da regularização dos servk '
respondente ao capital reconhecido em ço~ e da abertura. ao trafego, de no-
30 d·e Maio de 1919. vos ramaes em construcção.
A acquisição do material existente
no almoxul'ifado, depois de feita rigo-
rosa verificação, Importou em_ • • ,
* '1=
.
4.168:383$761. Em referencia á. Estrada ,. S. Pau)ó
. .
Al\lém dás ra"ões referidas, que jus- Northern", de ha muito -que era in-
tificavam de sobejo a. medida l'esci- sistentemente
. solicitada pelos agrlcul-,
soria, outras existia.m e da maior re- tpres e populações interessadas a , i~
levancia, aconselhando a solução afi- terve'nção dos poder,es publIcos, aJ!im
•
nai tomada pelos poderes publicos <lo de ser normalizado o trafego . dessa
Estado. via-fel'rea, em franco descalabro.
Dado que os alTendatarios cumpris- O movimento delle desceu ao mi-
sem o eon.tl'act.o originaria, a somma a nimo de dez vagões por dia. quandO .
paga", em 1937 - -- época estipulada é certo que as estações estavam abar-
para. que o Estado pudesse promover rotadas de mercadorias. Diversas co.
•
a rescis ão ------seria muito superiol' ao Iheitas <le cereaes perderam-se por falta
•
•
va.lor da. propria W~lnHta. . porquanto de transporte.
. , .. . , .' ,, ; " .' , ' '
. .. .
"" ' , ." " . ,
708~ •
709
710 -
do café adquirido; operação essa que para indemnizações por sentenças , ju-
não se completou nó exerci cio findo. diciaes. Foram pagos, por esaas ru-,
. Por e'sse motivo; dos 24.695:700$000, bricas, pela Secretaria do Interior,
consignados no orçameDto~ foi tão 86~ 4.876: 909$869; pela da Justiça e, See
mente arrecadada a quantia de . . . gurança Publica, 326:090$184; pela
5.510: 396$838. da Agricultura, 2.425: 909$061; e pela
•
•
DJtterença pata
• SECRETARIAS Fixada Realizada
meuos
. , ,
,
- 711 ._
. •
lidade ' do' costume, as prestações de supervelliencia das geadas. <l cifras já-
juros, assim como foi feita a amor- mais attingidas.
tização da divida externa do Estado A .lavoura de café cobrou alento" ,
tudo no valor de J: 2.125.515-13-4 auferiu notaveis lucros e. com isso"
e no de Frs. 3.089.402, ou sejam avultou a fortuna publica.
34.085:762$970, em moeda nacional. Para cabal demonstração do acerto
Em 31 de Março ultimo. o The- do empreheridimento oUicla!, basta re-'
souro dispunha do saldo de . • • • ferir que a safra ant.erior á. operação '
35.801: U19$348, do qual . - . • • não alcançou sique!' 300.1)f)1):000$00(),
30.501: 119$166 estavam depositadOS ao passo que a seguinte . ~mbora .in-·
em diversos óancos e 5.299: 900$182 ferior em quantidade, produziu ma-Ís
em Caixa. de 650 . 000:000$000.
'Durante o quatriennio; foram cria- Aproveitando a opportunidade em
das 110 caixas economicas, das quaes que a offerta do grande stock de café
80 estão funccionando, com real pro- não poderia affectar, !lrejudicialmente,
.' velto para a economia individual e os preços do artigo, iniciou o Banco
,
X'
, para expausão da riqueza publica. A Commel'cio e Ind ustria de accôrdo ,
\. 31 de março findo, era de ...... . com o Governo as respectivas .vén- .. .
43 :,355: 179$720 o saldo existenteues- das que já orçam por mais de . dois
&as repartições. I milhões de saccas, a um ]lreGo médio, ,.
Para atteuder aos justos reclamos da de 80$000 por sacca.
lavoura paulista, acautelando simulta- E s te feliz .. esultado para0 qual
neamente vultosa parcella da riqueza muito cooper.ou a acção intelllgente 8.
nacional, resolve-u, em tempo, o meu discreta do acreditado estalllelecimento,
V ' Governo intervir no mercado de café, bancaria, ' já facultou ao Estado pagar
/\ afim de evitar que os ruinosos pre- integralmente á União a s-omma de
;" . ços, então correntes, pudessem depri- 110.000:000$000, qne esta lhe adian-
mir-se ainda mais ou permanecer na ta .. a para a transacção. ·
cotação desanimadora em que se acha- Sobreleva ainda notar que os lucros
vam. já apuradOS e os que provierem da .... , '
•
•
• 712
Não devo terminar es~a rapida ex- gueiros da P.az, que eUe se e,mpossa
•
posição, sem deUa fazer constar a affe- nas suas ei~ev3)da" f1l:DJcções; e os me-
ctuosa, intelligente e dedicada coUa- ritos comprovados de Vossa ExceUen-
!lo ração de meus illustres auxiliares I cia, Senhor Presidente, sobejamente
Doutores Candido Nazianzeno Noguei- afiançam as congratulações e, os votos.
•
Ta da Motta, Oscar Rodrigues Alves,
•
com que os pauIlstas saúdam o pro-
Ulaãisláo Herculano 'de Freitas e João missor quatriennio, que hoje se abre
Galeão Carvalha.J, aos quaes aqui dei- e que esperamo l-o todos ha de
•
permittido volver ao soe ego e á mo- Exmo. Snr. Dl'. Altin" Arantes, M.
destia. do meu lar; reaffirmo ao Eg- D. Presidente do Estado de S. Paulo .
•
tado de São Pa.ulo a minha perenne I -
I .
" . gratidil.o pela honra inestimavel, com Os abaixo assignados, F. de P. Ra-
que, 'para todo o sempre, colmou as mos de Azevedo e Prudente de Moraes •
minhas asph'ações de cidadão, confe- Filho, incumbidos pêlo Governo do Es-
rindo-me a sua suprema magistratUl"a tado de S. Paulo de, com os:- Drs. An-
.
·.p0litica, em quadra de excepcional gra- dré Gustavo Paulo de Frontln e An-
vidade, no 'decurso da qual como tonio Augusto de Lima, delegados do
Vossa Excellencia' mesmo o reconheceu Governo do Estado de Minas Geraes.
.. instituiçõ es seculares se desata- traçarem a linha natural extremad-ora
ram, organisações forLes e apparente- dos territorios paulista e mineiro, nos
- "mentesóHdas
. ". .. se
, esboroaram e "impe- termos dO ,'Accõrdo celebrado em Bello
rios millemifios ruiram" . Horizonte, aos 15 de setembro de 1919,
.
Mercê de Deus, nesta derradeira .cumprem o dever de communicar a
•
hora da aspei'a . jornada, posso , sem V. Exa. que, infelizmente; - depois de
~'.. a.f oiteza, augurar dias ~elhores e mais accordadas as bases pal'a o traçado da
bonançoS<ls lIara a nossa terra e para linha de fronteiras e quando já ini-
o seu novo governo. ciada a execução do plano combinado
E'. .. com ",!feito, sob os influxos fa- , por todos os delegados, após longas
•
," "
, '1 ' , •
713 •
•
discul$sõef3. (f(:tido oxarne e estudo das I tado de S, Paulo , .do dÍl'eito do Estado
·dausulas (la <I lH:.d l(~ A(;cõrdo, dos do- de Minas Geraes a todo o territorio
,eumentos ,,(da I íVOH aos limites em ques- contestado, quer historicamente, quer
tão e muit~l :-; ('~;Hl.a K geographicas e to- actualmente, ou na desistencia do seu
pographic:4:íf:', :-: lIl',1.d ll e ntre os delegados direito a qualquer porção desse con-
•
·profund . { diw·/"1.(ell(·ia, da qual dão no- testado; e não era de suppôr que o
communi-
ticia eXâ('_t.ó.l. ;I S il.ctas , a esta Governo de S, Paulo, por esse Accôr-
cação jnnta~ por copias authenticas, do, houvesse feito um tal reconheci-
•
das 6. ", 7," (' :-:." n!llniões ultimas por mento, ou uma tal desistencia.
·elles rNt.H1••l.d;I!-i . Demais, não depararam no Accôrdo
Havia. m I.cHlns OK · delegados enten- qualquer clausula d'eterminativa da su-
dido Que, firma lido o Accôrdo de Bello bordinação da linha extremadora a tra-
Horizont.e . r6nl intuito dos Estados pa- çar á do "statu-qno", Ahi, '0 Que pa-
•
ctuantes fiar ~oltl«ã() definitiva á sua ctuaram os Governos dos Estados con-
oi-secular IH"Hh~IH:ia. de fronteiras, in- finantes foi que essa linha seria
cumbindo aO::; mes mos delegados de "natural e facilmente reconhecivel por
' traçar a 1j,n ha extremadora, depoiS accidentes geographicos de importan-
de exam.imHlos todo~ .os documentos. ' cia " . Claro é que não ficára aos de-
.
'yelhos (~ llO V()~" Rem distíncção, relati- , legados a faculdade de escolher ar-
\' OS â mmatJ;'1 pündencia, não ficando ;. hítrariamente o rumo ou direcção de s~
elles adsh·id.(}S a subordinar a divisa í
, sa linha e de procurar onde entendes-
definitiva. ú. linha do õ'statu-quo", da ! sem. sem nenhum embaraço, os acci-
qual os-; doi~ gsta.dos só cogitaram an- ,i dentes geographiéos de importancia
te.riorment(~ f ' i) mo. linha extTemaüora que a assignalassem. Liberdade para
pl"ovisoría. isso elles só a teriam quando os do-
Não )h(:' ~ pare<~e H que os Governos cumentos [ossenl omissos ou .obscuros
dos doi s I~ f"i.l do~ houvessem, por esse e, mesmo nesse caso, deveriam attell-
. ~-\. ooô:rdo , 1','_sol'Vi<lo desde logo a sua an·· de r ao que lnes parecesse mais justo
tiquissima. de limites. -O que
(I\w:'-l l.fw e equitativo. Qua.es os doculnentos que
-lhes pan~('.eu foi que os ditos Gover- os delegados deveriam tomar em con-
nos, por ta.l Ae(·Jq"<lo, incumbiram des- s ideração para traçar a linha definitiva
..- "'
sa solução <lmlJ;avel aos delegados Que de limites, o pro'Pri<l A"côrdo os· indi-
'nomearttul. A suhordinação da linha (:o u os existentes anteriores a 15
de -divi·sa. d efin itiva ú. do 4l S te.tu-quo" de novembro de 1889 e o Couvenio
importaria., lll (:olll.est.avelmente, na so- de 25 de maio de 1912; na falta des-
' lu~ão da. (I\H~Stii.O pelos proprios Go'- I ses documentos, as informações fide-
vernos pa<:.tu'lnl(\8. (IUe, - nesse caso, te- dignas ou technicas Que lhes fossem
l·iam então (;o ll!'ia(}o aos seus qelega- fornecidas, Sobre quaes fossem esses
. ','
dos unicameujp a d e marcação geogra- .- "documentos existentes anteriores
·phica da divhm (;ont..·;t.(:t.ada, a execução a 15 de novembro de 1889" pare-
da strfuçã() a..i \IH! ad a, não lhes sendo. ceu aos delegados não haver duvida
de modo algul\I, 1'"" "ltado alterar o que eram "todos" os documentos his-
estado de [<lel.o, IlHtM gim sómente ave- toricos relativos aos limites das duas
l'fgual,,:,o e IlHI.II(:ol .. o . . capitanias e provincias e ás respectivas
•
Além disso, :-to IH olhall te subordina- jurisdicções, O Accôrdo não fez ex-
, ção, se hOllv( ·::&~n Hldo p.<Leluada no Ac- clusão, uem estabeleceu excepção de
c6rào de BoBo IJol'lzonte, importaria I, especie alguma, T.o dos deveriam ser
. pur IHu'.te do Es- J considerados pelos delegados, aos Quaes
... " " . :'
. .,'
- . ....
,,' ' ...... _.: .'," : :....~ .'t·e':':,::(:',' -:-C': r:;.::.'-"..' • •, ': , J:' ~' .:,.' ' ~
" "
. :- -', - ,.:',:."',:".-"
..
' .,'.,' ,
- 714-'-
• •
cumpria considerar tam bem o · Conve- sem desprezar .os relativos á jurisdlc-
nlo de 25 de maio de 1912 e as infor- ção actual e ao actual estado de facto.
mações fidedi·g nas ou technicas que Acceita por todos os delegados essa
lhes fossem prestadas, isso para base solução, era mistér reconstituir-se a
dos seus estudos e para dahi tirarem linha historica adoptada como base da
06 elementos para o traçado da UIliha, . linha definitiva e entraram elles en"
•
que deveria satisfazer ás condições tão na execução da solução unanime-
exigidas pelo Accôrdo, Isto é, ser uma · mente tomada.
linha . natural, facilmente reconheci- Como surgissem duviJlas sobre as
vaI por accidentes geographicos de lm- balizas dessa linha, nO trecho que liga
portancia~' . a serra da Mantiqueira ao Rio Grande
Por essas considerações e attenden- Morro do Lopo, Serra do Mogy-
do a que não seria mesmo possivel Guassú e pOJrto do Desem'b aque -
orientar a linha divisoria definitiva. e não chegando os delegados a accôr-
segundo os titulos de propriedades par- do quanto ao pico da Serra de Mogl'-
ticulares, .o que estava verificado pelas G"uassú ou das Ca'I:da.s,p que deveria as-.-
tentativas mallogradas de 19 O3 e ... . signalar a passagem da mesma, assen-
1912, para o traçado de uma linha taram traçar uma linha reeta do Lopo
provlsorla, até que fosse resolvida a ao Desem'boque, ordenando dillgencla.e
questão· de limites, e a que, sendo es- para a verificação da existencia de um
sencial, conforme resulta dos proprios marco naquelle ponto e da verdadeira
termos do Accôrdo, que a linha extre- posição ge·ographica deste outro pon-
madora fosse "natural -e facilmente re- to, na margem do Rio Grande. Feitas
conh~ivel IPor accidentes geogr"<!l'hi,cos essas duas diligencias e apurados 06
•
..
. . .
- ", ,,- :-'-:_,:, _____ " :;. : ',0'-"
.' , -
715- •
.- 716
ambos investidos dos necessarios .po- Imes.mo prazo já dito, aos üo"(.-ernm~·
deres', conforme os instrumentos que interessados os seUB laudos", com' 011'·
ficam archivados, accord'aram nas se- esclarecimentos que julgarem uteis.
guintes bases para a definitiva fixa- Nesta hypothese, os Gove1'll0s Paulista
ção .d" divi.a entre os d{}is Estados: e Mineiro escolherão, no termo de 60
. 1.") O E'stado de S .. Paulo nomeia dias, um a~bitro u'nieo, o qual tra!:arit,
os Drs. Francisco de, pauÍa Ramos de a linha divisoria definitiva, que pode-
Azevedo e Prudente de Moraes Filho rá ser alguma das propostas pelos de··
e o Estado de Minas Geraes nomeia legados divergentes, ou uma terceira,.
os Drs. André Gustavo paulo de Fron- comtanto que obedeça ao criterio ins-
tiu e Antonio Augusto de Lima, in- pirador deste accôrdo linha natu.-
cumbidos de, conjunctamente, traça- ral, em toda a sua extensão facilmente-
rem a linha de limites dos territorios reconhecível por accidentes geographi-
paulista e mineiro. 2.') A linha cos de importancia. -- 8.l\) Aos dele-o
extremadora será uma linha natural, gados ministrarão os Governos pa-·
em toda sua extensão facilmente re- ctuantes todos Os documentos, in.
conhecivel por accidentes geographi- cIusivé cartographicos,· de que dispo-
COs de import",ncia. 3.") Para base nham, para lhes facilitar a realização
..
de seus estudos, devem os delegados da incumbencia. 9.") Proferido o
considerar primeiramente os documen- ,
laudo collectivo ou singular, será des-
tos existentes, anteriores a 15 de no- r de logo observado e cumprid.o pelos
vembro de 1889, e Convenio de 25 Governos interessados, que o submet--
d·e maio de 1912, e depois as· infor- terão im.mediatamente á ratificação le·
mações fidedignas ou technicas .que gislativa, na forma da. clausula 5.",_
lhes forem fornecidas. 4."J.Nos pon- E por assim terem convencionado,
tos em que os documootos f01'em omis- lavrou-se em duplicata
•
o presente tel'-
sos ou obscuros, resolverão os dele- mo, para que cada Ulna das vias fique
gados as duvidas suscitadas conforme archivada na repartição propria do
lhes parecer mais justo e equitativo. respectivo Estado. Pela Secretaria do·
5.") Dentro do prazo de seis me- Interior do Estado de Minas Geraes
zes, a contar da data do presente ac- será remettida uma copia do presente
côrdoi os quatro delegados dos Esta- termo a cada um dos delegados nelle
dos contractantes' apresentarão o re- nomeados. (assignados) João P. Car-
sultado do seu trabalho aos Governos doso ,F. Mendes PimenteL HVerifi-·
interessados, os quaes o submetter!lo cad<>s assim os poderes dos arbitro"
á approvação dos respectivos Congres- ou delegados, passaram estes a inter-
-'lOS estad uaes vara os fins ·constitucio- pretar as clauBulas do Accõrdo e &
naes. 6.")' Em caso de falta , por trocar ideias sobre o modo de desem-
qualquer motivo, de algum dos dele- penhar a incumbencia e o plapo do
gados ora nomeados, o ·Governo res- trabalho, ficando deliberado, apenas,
pectivo nomeará o substituto. dentro requisitar, desde logo, dos Governos
do prazo' de 60 dias. 7.') . SI, no dos dois Estados interessados todos os
prazo da clausula 5.", os delegados não documentos historie os e cal'tographicos
tiverem podido chegar a aceordo sobre relativos á questão de divisas entre
a linha divisoria, e si não houver maio- eUes, indispensaveis ao estudo desta;
ria em favor de alguma das soluções fazer as reuniões" que forem liecessa-
p:ropostas, os delegados divergentes rias, nesta Capital, ou em S. Paulo,
apresentarão, separadamente, mas no ou em BeIlo Horizonte ou, ainda, eIR
•
717
qualquer I01!:.Lr d;t~ pl'oprias fr·onteiras delegado Dl'. Prudente de . Moraes Fi-
dos doiH 111Hta.chm (~ marcar a reunião lho e assignada por todos. Rio de Ja-
seguinte a (~~Üa T):),ra O dia 29 deste neiro, 29 de novembtlo de 1919.
mez (h~ HOVl.'Hlhl'O, nesta. cidade e no
F. P. Ramos de. Azevedo Paulo
m'e~mo ed i.fi(:io da IHbliotheca Nacio-
de Frontin Augusto de Lima
nal. E náo hav~~lIdo mais nada a tra- Prudente de Moraes Fi\jlO.
tar, foi, lÍ.:-i 17 honts, encerrada a reu-
nião .da. qual lavrou-se a presente aeta,
*
que é csedpta. pelo delegado Dr. Pru.-
dente de M() I'am, F'ilha e assignada por
• •
todos. Rio d~·~ Janeiro, 10 de novem- Acta da 8." reunião dos delegatlos de
bro de I !I] !. Minas Gel'aes e de S. Paulo in·
Dr. An<lr(l (:ustavo Paulo de FrOll- cumbidos de traçar a linha de li·
. tin _... -, Antonio Augusto de Lima lnites dos territol'ios desses "Esta ..
F_ P. !tamm·; de Azevedo Prudente dos.
de Morac!-õ II'ilho.
Aos 15 dias do mez de dezembro
...,.
do anno 1919, ás tres horas da tarde,
• * nesta cidade do Rio de Janeiro, capi-
Acta (la, ~-" 1·(~llllin.() dos delegados <Ie tal da Republica, e no edificio da Bi-
, Rito Pa.ulo e Minas Gel'aes, incum- bliotheca Nacional, reuniram-se os Drs.
.
bidos de tI-aça.r a linha de lnllites Paulo de Frontin, Ramos de Azevedo.
dos t(",)I'1-if,OI'ios desses Esta.dos. Augusto de Lima e Prud.ente de Mo-
raes, delegado's dos Estados de Minas
Aos 2!) dia.~ do mez
de novembro <do Gera", e d·e S. Paulo, incumbidos de
anDO de 1~) 1 H, ás 14 horas, nesta cidade traçar a linha de limites dos territorios
do Rio de .JaneiJI"o, capital da RepubTica, . dos mesmos F~stados) e deram começo
e no edifieio cf.-). BihliQtheca Nacional, aos trabalhos immediatamente depoiS
reunir3.ím-se os D1'::':. Ramos de Azevedo) de lida e approvada a ac:ta da reunião
Paulo de !i'~·()utill. Augusto de Lima e anterior. Foram examinados novos do-
;E\rudente de Moraoô, delegados dos Es- cumentos e cartas e discutidos diver-
tados de S. Paulo l~ Minas Geraes, in- sos pontos da questão de liInites. Re-
cumbidos de traçar a linha de limites solveram os delegados solicitar da Com... -
dos territorios dos meSlllOS Estados, e missão Geographica e G-eologica do
deram começo aos trabalhos immedia- Estado de S. Paulo duas cartas topo-
tamente depois de lida e approvada a graphicas da zona de fronteiras dos
acta da reunião anterior. Foram exa- dois Estados, sendo uma com a linha
•
.minadás diversaH exvosi~ões
. sobre o de limites traçada pela mesma Com-
assumpto e COIHm1tados documentos e missão Geographica e outra sem essa
cartas geogl'allhieaô, discutindo os de- linha, afim de que, em Minas e pela
legados algun~ .pont.os da qu'estão, senl, repartição competente seja ahi traça-
entretanto, nada 1(:'1' fkado resolvido, da a linha de limites. As duas cart.as
senão proseguil' no ef-{tudo desta e co- deverão ser afinal entregues aos dele-
lher mais dados d(~ informação e es- gados acompanhadas da descripção dos
•
cla~ecimento. A'H:1 G horas e
meia. limites assignalados em uma e outra.
por nada mais haver a tratar, deu-se A's 4, digo, ás 16 horas, por nada
por
.. terminada
. ,
a reuniüo, da. qual la- mais haver a tratar. deu-se por termi-
vrou~se a present.e ada.. t-~seripta pelo nada a reunião, da qual se lavrou a
· ....... .'.'-,.'
,-
' "., ' , '
.
..
'." ;:," ,. ,,. :. , .'
>, • ', ,: , :.-;:-...... , .. ' ..
...
-·. :.
·. . . ' , ", "
" "
. ' ,
,,' '.
"... .
•
-718 -
~
___ ·presente acfa, escripta por um e as- Acta da 5.' reunião dos delegados de
.. " 'signada por todos os delegados. Rio Minas Gemes e de S. Paulo, in-
de' ·Janeiro,
. 15 de dezembro de. 1919. cumbidos de traçar a linha de lI-
Antonio Augusto de Lima Pru- mites - dos tel"ritolios desses Esta.-
· dente.. de Moraes Filho Paulo de dos.
· Frontln F. P. Ramos de Azevedo.
Aos 23 dias do mez de janeiro do
c_- • anrio de 1920, á 1 · hora da tarde, nes-
.
·. •• • •
ta cidad" do Rio de' Jal>l,iro, capital
da Republica, e · noedificio da Bibllo-
Acta da 4.' reunião dos delegados de theca Nacional, reuniram-se os Drs.
. •
São Paulo e Minas Gel'aes, incum • Paulo de Frontin, Ramos de Azevedo,
'. bidos de t,r aça·r a linha de limites Augusto de Lima e Prudente de Mo-
• •• do. terrltorlos desses Estados . raes, delegados dos 'Estados ' de Minas
.
Geraes e de S. Paulo, incumbidos de
..
Aos 22 dias do mez de janeiro do traçar a linha de, limites dos ter rUo-
anQO de 1920, ás 2 horas da tarde, rios dos mesmos Estados, e lida, ap-
nesta cidade do Rio de Janeiro, ca- provada e assignada a acta da sessão
· pital da RepuJbilÍica, e no edi,ficio da anterÍor, proseguiram no estudo e dis-
Biblioth-eca Nacional, reunÍram-se os cussão da questão
.
de limites, tendo
Drs. Ramos de Azevedo, Paulo de Fron- deliberado mandar verificar se no mor-
.. .tin, Augusto de Lima e Prudente de ro do Lopo existe algum marco antigo,
Moraes, delegados dos Estados de S. e qual a verdade ira posição geogra-
J'aulo .e. de Minas Geraes, incumbidos phica do Desemboque, na margem do
.d e traçar a linha de limites dos terri- Rio Grande. A's 4 boras da tarde, por
Jorios dos mesmos Estados e deram nada mais haver a ' tratar, deu-se por
começo aos trabalhos, immedlatamente ~erminada a reunião, da qual se la-
•
· depol/! de lida, approvada e assignada vrou a presente acta, que uma vez ap-
•
a slCta da reumião anterior. Examina- provada, será por todos assignada. Rio
•
dos n.Qvos documentos, cartas e l>lantas de Janeiro, 23 de janeiro de 1920.
e discutidos diversos pau tos da ques-. F. P. Ramos de Azevedo Paulo
tão, deram por terminada a ' reunião de Frontin . Prudente de Moraes Fi-
: :ás 4 horas da tarde, ficando marcada lho Antonio Augusto de Lima.
:.' ,outra para o dia seguinte, 23. De
-
tudo se lavrou a presente, assignada •
· ,
- . 719
,Moraes. delt')I!."(LdoH dos Estados de ' S. raso Vol tando á Vargem tomamos ani-
,Paulo e Mlnu" (;"mes, incumbidos de maes e com um bom guia, senhor Ge-
traçar a linha do limites dos ter rito- raldino de Oliveira, perfeito conhece·
. •
'rios dos mH3 1H()H r!:aL-\.dos, e, lida, ap- dor daquella zona, fomQs examinar a
provada. e <-lH9 igllada a, a.cta da reunião região da Extrema e o ponto avançado
anterior. celeorada a 2:~ de janeiro do de um espigão que, com a sallencia da
cor.r~nte anuo de 1920, deram come- Extrema, forma a ' grota onde nasce
ço aos trabalhos . I·'oram communica- O carrego do mesmo nome. que vae
,
dos os resultado!:' das duas diligencias desaguar no Rio J aguary. Essa região
-ordenadas pHlot:4 delegad os. na reunião I tem actualmente muitos moradores, al-
anterior, para a averiguação da exis-
, '
guns dos quaes já bem velhos e que
tencia
. . - - de um tnan;o no Morro do Lopo
conhecem perfeitamente o lagar por
e da verdade i ra posição geographica terem sempre ahl residido e mesm~
do ' Desemboque, l1a margem do Rio
,
palmilhado,o em continuas caçadas.
Gra,nde ·wfim de :;c reconstituir a linha Nenhum, porém, conhecia nestes dous
,
de Luiz Diogo, que. segundo tinham logares signal de qualquer importan-
assentado. ll e H::ia mesma reunião, sel'- cia, que pudesse indicar ao meno~ li-
viria de base para se traçar a linha mites de propriedade; apesar disso pro-
definitiva de limites. O resultado da cedemos a uma minuciosainvestlga-
primeira dilige uda consta da seguinte ção nesse ultimo espigão, hoje intei-
carta';, "São Paulo, 30 de janeiro de ramente cultivado e onde" nada dé' DO-
1920. rUmos. Srs. Drs. André Gustavo tavel encontramoe, que pudesse
Paulo de ~'rontin e Francisco de Pau· , car ter sido ahi o ponto inicial da
. indi- -
,
que deveriamos seguir. A' pouca dis· raso Deixando ahi os animaes, . coDie--
·-.
tancia do ponto da lIOSS" partida avis- çamos a subir a serra em deDianda. da .
, ,
tamos a serra ou morro do Lopo, dis- Pedrada Guarayuva, por uma rudl~
tinguindo'se perreltamente • os '3 mais mentar picada, previamente' aberta.' por, '
altos pontos desso massiço. e que são uma turma de trabalhadores que noi "
conhecidos por I'~d ra. das Flores, Pe- havia precedido. Depois de 3 ' horas de' ,"
dra da Gual'üytrva () P e dra da Extrema, aspera caminhada, por ' essà ·Ingreme.:' '
sendo que esta ultima. adl.u-ae em cota picada, que em muitos' pontos a'preseoo '{ ,
visivelmf;nte lnt(wior ás duas primei- tava 'uma inclinação superior a 60. '.:
,,, " . • " o \ ' .: ,'
',' ',. ' , ' . '" , .'(', . .'i,,;';': :,-· '
" :' .
720 -
tráos, e onde mal ' nos pOdiamos sus- effectuadas, quanto ao Morro do Lopo
tentar apoiaóos nas pequenas moitas e ao Desemboque, o Dr. Au·g usto 4e
de vegetação, que crescem nas anfra- Lima, delegado do Estado de MiuaS,
ctuosldades da rocha, consegulmoB fi- declara que um mais aprofundado es-
. nalmente galgar o alto da referida pe- tudo d{)s documentos hlstoricos já co-
•
dra. Verificamos então que de facto nheeidos e de algunB nov<>s qU'e en-
no ponto maiB elevado da alludlda contrára no Jrr"cnivo Publico Mineir'O,
pedra, existe gravada na rocha, uma bem como o detido exame que fizera
cruz, tendo os .( braços sensivelmente dos termos do Accôrdo de Bell'O Ho-
.guaes d'e dez centímetros de compri- riz{)nte, á luz de informações, que co-
mento, dous e meio de largura e um lheu, relativas ao mesmo AccÔrdo,
de profundidade. Desse ponto, que obrigaram-n'o a mudar de orientação
constltué uma magniflca baliza,' avis- e ã não mais acceitar a U'Ilha de Lub
tam-se t()das aB elevações clrcumvisi- Diogo para a base da linha definitiva
nhas, que parecem estar, visivelmente, de limites. Os documentos a qU", S6
em cota inferior. Deixamos de subir refere são: o acto de 6 àe a/lr·i! de . ,
•
aos dous outros pontos desse massiço, 1714, de repartição das comarcas de
porque, segundo informações prestadas Minas, dando como limite da do . rio
por pesBõas que lá tem ido, nada de das Mortes a serra da Mantiqueira, e
notavel lá existe. Assim, nada mais os relativos á creação da v!lla de Cam-
restando afazer, .
demos por finda a panha, que estabeleceram, segundo
nossa missão, apressando-nos em tra- pensa, a divisa da capitania de Minas,
zer ao c-leclmento de VV. SS . as com a de S. Paulo, pelo Rio ' Pardo.
informações acima referidas. Aprovei- Esses documentos, no seu modo de
tando a opportunidade apresentam' a entender, têm importancia historica
. VV. SS. os protestos de alta estima e capital, pois, vêm mostrar: o primeiro,
distincta consideração, os Ams. e Col- que quando a comarca de Guaratin-
'egas Adm :rs M. W1lately, J. Dunham". guetá, a 16 de setembro de ' 1714, fez
A seg'u nda dlligencla foi elevada a ef- collocar o marco da dIvisa no morro
·
· feito pela Commissão Geographica e do Caxambú, 1t essa divisa tinha sido
." ' : Geologica de S. Paulo, segundo deter- feita pela serra da Mantiqu eira, em 6
· minaçlío dos delegados, e essa Com- de abril do mesmo anno; os outros,
'" ,'.• missão forneceu os resultados apura-
• que houve tempo em que a divisa le-
"
• dos em plantaB que foram exhibidas na gai das duas capitanias foi pelo rio
reunião, . baseadas na determinação de Pardo. No tocante ao Accôrdo de Bello
coordenadas geographicas, taes como Horizonte, as informações .iue colheu
. . I1B da barra do ribeirão S. João ou o convenceram de que a Inten!)ão. dos
•
Jacuhy, 2', 26', 40", de latitude e ' 3', Estados pactuantes foi subordinar 11
H', 37", de longitude approximada a linha natural definitiva de limites . . o
. Oeste do Ri'O 'de
· .: . Janeiro, e a do porto tanto quanto possivel, á linha do "statu-
do Desembarque ou da Joanna, com quo" e abandonar por completo as
;" . '2 0'; 17',03", de latitude e 3', Ce9', . linhas hlstoricas para base da sol ução
i 6 ", de longitude a Oeste do RI.,. de da questão de divisas. Por essas con-
'. Janeiro; e bem assim por meio de ca~ siderações não podia mais aeceitar a
'.
ininhamentoB feitos na região e prin- linha de Luiz Dlogo para base da linha
:",' '" lpalmente ao longo do curso do Rio definitiva. Os delegados de S. Paulo,
••
•• •
, Grande. Antes de entrarem os delega- Drs. Ramos de Azevedo e Prudente de
.
dosem resoluções sobre as diligenciaB Moraes, ponderaram que tinham 8U-
721
bordinado todos os seus estudos e tra- ra.m os E.stados, nem pOdia 's el-o, por-
balhos 'ao Que ficára assentado na I que estavam convencidos, segundo se
reunião anterior e que a esta vinham dêprehende dos ultimos olHeios tro-
para examina"f, com os seus collegas, cados pelOS seus respectivos Governos,
os resultados das diligencias ordena- sobre o assumpto, que esse convento
das para a reconBtltuição da linha de era inexequível, tanto a"ssim que, por
Luiz Diogo e para proseguir · no estudo esse fundamento, fôra denunciado pelO
e execução daquelle plano, segundo o 'Estado de Minas. Quanto aos
,,
do-
Qual essa linha constituiria a base da cumentos hlstoricos a que se referira
deHnitiva, estabelecendo-se compensa- o seu collega Dl'. Augusto de Lima, não
ções das áreas de invasão da mesma eram de molde a alterar a feição da.
linha, de modo a evitar, o tanto quanto questão de Iimil<'s e a Obrigar os de-
possivel, que qualquer .cidade mineira I legados a tomar 3m consideração mais
•
vlass·e a ser pauH!Ota, ou Q'Ilalquer ci- essa divisa pelo rio Pardo, que não
dade paulista viesse a ser mIneira, pelo consta ter sido adoptada de facto em
traçado da linha nat\lral extremadora tempo algum, nem ter sido decretada
>I ser adoptada como definitiva. Ac- ou reconhecida por qualqner acto re-
. crescentou o delegado paulIsta, Dl' . lativo aos limItes das Capitanias. Os
Prudente de Moraes,que se não con- documentos que o seu colIega • invoca
formava com o novo pOnto de vIsta f' que se referem, apenas se referem.
•
em que se collocára; nesta reunião, o ao rio Pardo, como divisa, são rela~
delegado mineiro, e com o abandono tivos aos limites de villas mineiras,
do , plano anteriormente assentado. Não umas com as outras, e não pOdem mo-
via e não vê no A<:côrdo de Bello Ho- dificar o aspecto hlstorico da questão,
•
rizonte a restricção agora Invocada á como se propõe a demonstrar, se hou-
acção dos delegados,' segundo a qual ver aInda opportunidade para iJsso.
eates não podem tomar para base da Finalmente, e em vista do. que expõe,
,
,," .
nião. Pondera o Dr. Prudente de Mo- I Drs. Paulo de Frontin, Ramos de Aze-
.. .
. rae. que. essa carta. é anterior aO Ac- i vedo, Augusto de Lima e Prudente de
cordo de Bello Horizonte e como nella Moraes, delegados dos Estados de Mi-
. .-'
se propoz qUe de duas clausulas do nas Geraes e S. Paulo, incumbidos de
Accôrdo constasse expressamente que a traçar a linha de limites dos territorios
linha definitiva coineidisse o mais que dos mesmos Estados. Conversaram so-
fosse possivel com a linha do ."statu- bre os termos da acta da reunião an-
quo '" wfim de restringir a acçã,Q do~ terior a ser lavrada e como o Dr. ,Au-
..
deleg.ados incnmbidos de traçai-a, e em gusto- de Lima de<clarasse que ai'nda não
nenhnma das duas clausulas corres- tinha recehido resposta ao telegram-
pondentes do Accordo figure essa res- I
ma que passara ao Dr. Mendes Pimen-
tricção proposta, é de se concluir que te<l, foi, por proposta do Dr. P",ulo de
semelhante restricção não houvesse Frontin, suspensa a reunião, ás qua-
:c-
sido acceita pela outra parte contra- tro horas da tarde, ficando deliberada
ctante. Alvitrou, então, o Dr. Paulo outra para o dia immediato. Da mes-
de Frontin qne o Dr. Augusto de Lima ma lavrou-B<e a .pres·ente acta que, uma
telegraphasse ao Dr. Mendes Pimentel, vez approvada, será por todos assi-
signatario do Accõrdo por parte de ganada. Rio de Janeiro, 27 de fe-
Minas,. perguntando porque motivo não vereiro de 1920 .
figura no mesmo Accôrdo a clausula
Antonio Augusto de Lima . Paulo
por eUe suggerida de fiCarem os de-
de Frontin -- F. P. Ramos de Azeverlo
legados . obrigados a fazer coincidir,
Prudente de Moraes Filho .
o tanto quanto possivel, a linha defi-
. nltivaa ser traçada, com a do ,; "tatu-
•
_quo" .. Ficou isso combinado entre os
dois delegados mineiros. A's 4 horaA
da tarde•
deu-se por termInada a reu- Acta da 8." e ultima reunião dos dele-
.
nião, da qual foi lavrada a presente gados de S. Paulo e Minas Geraes,
acta, que uma vez approvada será por incumbidos de traçar a, linha dt\
todos assignada. Rio de Janeiro, 26 limites <los territorios desses Es-
de fevereiro de 1920. tados.
Paulo de Frontin Antonio Au- •
gusto de Lima F. P. Ramos de Aos 28 dias do mez de Fevereiro do
•
Azevedo Prudente de Moraes Fi- anno de 192 O, • á 1 hora da tarde, nes-
lho. ta cidade do Rio. de Janeiro, capital
•
•
- rios dos mesmos Estados. Lidas, appro-
Aos 27 dias do mez de fevereiro do vadas ir assignadas as actas das duas
anno de. 1920, ás li horas da tarde, reuniÕes anteriores, o 1)r. Augusto de
nesta cidade do Rio de Janeiro,ca- Lima exhibe'. o telegramma.do Dr. Men-
pital da Republica, e, no edificio da des Pimentel em resposta ",o que lhe di-
llihliotheca
• •
Nacional, reuniram-se 08 rigira, conforme consta da acta da reu-
•
•
•
•••• 0 . · ' , _',: :: •• - . -
. '. - . -'
•
-- 723
•
nião do dia 26 do corrente. Esse tel6- i tas eq ue ora fôra adaptada anterior-
gramma é do teor seguinte: "Deput.ado mente' por todos os delegados. Pensa
Augusto de Lima Camara Depu- assim que, para poder ser util a con-
tados Rio Urgente B. Ho- tin uação dos trabalhos da fixação da
rizonte, n. 2535, pIs. 183, data 27, ho- linha extremadora dos dois Estados,
ras 10 Resposta seus telegrammas conviria que entre elIes ficasse preli-
de hontem: Con.firmo minha exposição minarmente- decidida a interpretação
ao Dr. Bernardes, da qual lhe dei copi'a a adoptar, lembrando a conveniencia
de uma consulta aos presidentes dos
authenticada; referencia expressa clau-
Estados de Minas e S. Paulo. Os dele-
sula segunda ao ·Convenio de 1912 não
gados paulistas entendem que não ha
significa que actuaes delegados este-
razão para se consultar ao President.e
jam adstl'ictos á execução desse Con-
de S. Paulo sobre a interpretação do
venio que só teve por fim averiguar
Accordo, porque elles nenhuma duvi-
Unha '·,statu-quo; mas quer bem clara-
da têm sobre a meSlna interpretação
mente dizer que, sendo intuito dos
e essa consulta poderia fazer suppôr
governos obter traçado linha viva com
que a tivessem; parecendo-lhes que, á
o minimo possível de modificação do
v-ista do occorrido, nada mais ha a fazer
actual estado de facto, este será apu-
do que cOIDmullicarem os delegados aos
rado pelo criterio do Convenio de 1912
t"espectivos governos a divel'genda que
nos pontos em que o 'istatu-:quo" fo!' .
surgiu já em vesperas da terminação
contestado, não para que esta opera-
do prazo marcado pelO Accôrdo. Os de-
ção deva incondicionalmente prevale-
legados, mu seguida, resolveram (~om
cer na demarcação definitiva, e sim
municar ~ divergencja havid~ quanto
unicamente para base desta segunda
ás clausulas _do Accôrdo, -fazendo aCom-
letra espirito C.onvenio Setembro. Foi
panhar as respectivas (,0l11muni('a~õe8
isto que propuz e acceitou Dr. Altino I
de copias das actas de todas ;:',8 l'~U
Arantes; foi isto que Dl'. Cardoso de-
nióes dos delegados, copias que serão
clarou aqui ser intenç~o paulista; foi
authenticadas pelo DI'. Prudente de
com este animo que Presidente Minas
Moraes. E por nada mais haver a t1'a-
me mandou assignar Convenio 1919.
tal', foi suspensa a reunião, depois de
Tal accordo. não investe delegados ar-
lavrada, aJpprova~a e Ilssignada a pre·
bitrio traçar limites por onde lhes
. ~ente acu.. Rio de Ja'l1ei1'o, 28 <lo Fe-
aprouver; outorga faculdade fazer de-
vereiro de 1920.
marcação por meio
•
de linha assigna-
lada por accidentes geographicos e Antonio Augusto de Lima Paulo
tanto quanto possivel approxima da de Frontin F. P. Ramos de Aze-
actual extremação. Abraço affectuoso. V'edo Prudente de MOl"aeS Filho.
Mendes Pimentel". O Dr. Paulo de Fron-
till diz que em vista dos ~e~mos do te-
. . •
legramma que acaba de ser lido, ve-
* *
rifica. que a interpretação mineira da-
o' ' •
da á clausula s~gllnda
. do, Accordo
. '
é Rio de Janeiro, 4 de Març' de
a que foi defendida na sessão 'de 26. 1920.
pelo Dr. Augusto de Lima'e contraria·
á sustenta da pelo~ delegados paulis- ! (a) Prudente de Moraes Filho .
•
•
•
..
BA LA NC O 00 SE RV ICO DA DE FE SA DO CA FE '
ANNEXO N,o -
?
-',
S. Bld JCh rhd er Ban ca Fra ncu e e Ital iana per I' Am edc a det Sud
\
Sald o C.nI con ta corr ente a favo r do Th-tsou tO. : Adi a ntam ento rece bido . . . . . . 2 .010,000- 0-00
Mks . 153.881.833,04, a o ca mbi o de 20,40 Mk s. I
J, Hen ry Sch roede r &. Cla.
:pór l ', . ', 7. 543. 227- O-O
Sald o a $eu !avo r nas segu int e:s co ntas ; i
Sob reta xa Fran cos Con ta corr en te g er a! . i 80.3 47· 7- 5 :
Sob reta xa arrc :cad ada de 10 de J unh o de 1918 . Strv iço do etnp rest imo (1(' .
a 31 d e D e:r.c:mbro d e: 1919, F n. 46.588.326.76.. : 1913 . . . . i 818.397-12-11 898,945- 0- 4
a 40 F r s. pOr f. . . . . . . . 1. 11>4 .708· 3·4 I
SOln mll.
!, .1 4 .074.423 - 5- 3
'- - -,
" ..
Act ivo liquidO
,
,
,
, D iffe:rcn çOl eatr e o Acti vo e O
Val oriz ação
Pas ~ i vo da i .,
-, -- --
,
,
-
M ~,~
ANNEXO N.' :$
J, o!, I,.l,
, , ,,
~ o
~ - I N,' ,
8 ,....
~
~
-,'I
N
~
' ~. ~~- _~~-- T~' ~ ~._.-.~
,
~-._. I······~··
~ .... .,,; I
j
TI T U L O S DE RE NOA __ 1915 j 1916 , ]917 1918 1919
_._., .. ", ------------' _3""' . ' ,. ~~, __ .... -",-_~r ~ --,,~ --'--~-~-'.-. ,'...•.. ,. r._ ~I__ _ _ .~ , .. _'~_~' _ _ •. ~ c_ ~ ._.~,· __._ ·_,_ ~ __.__~·_·__ KY_.~ '.' ..•• ".,.' •. " . ~. __.._.~, _~_ ~ ,_~. _n ____.__~ __,-._ .. ,',',",
- -
o
<
c 17." -
18." -
..
•
Joter;a~.
subsidio" c v~"",menlú$
[ 762 :500$000
366 :tí4(i$ó38 i
780 :0(10$000
912 ;(&:i$430
i
7ilO :OüO$IJ[)(j
1.llk'i87$riIJ7
780 :000$000
, 120 ;977~ tí06
780 :OOO~{)()()
175 ;129$SR2
•, II _ ·RENDAS DIVERSAS:
1:i-
~
,
~
,
~
J" --Taxa de matriculas
.. 322 :209$900 sn ,515${){lO SI2 :271$114 4S5 :853$900 484:781$800
2." .-
li' •
addicional . 1.770 :244$861 2, 159 :80[~735 , 544 :,195$9l.l 2,fi52 :442$355 .1.265 :827$054
!
-- - I o:>
N
: 00 I
:'
3."
' .'
.
judiciaria .
d~ matança
111 _
d~ vitellos
RENDAS INDUSTI(IAES:
304 :254$52tí
-
291 :224$585 .>07 ;(,(}."l~&>1 .107 411$380
100WOO
428 :284$577
300~OOO
.1
,. Quota de arrendamento da Estrada de Ferro So,'ocabana (,-015 :196$916 419;583$022 81 :413$429
2: T~xa de Exgottos na Capital, Santos e São Viçent~ . 2. 'Ni! :O~2$J57 .\. ,'\(>3 ;0R7$2S5 .1.4S7:255$417 3,831 :848$765
3." , . " consumo d~ agu.. na Capital .1,638:100S263 3.~,W;11~)$12() '- 570 :22J~Q()5 ,1. 7S9 :,'lJO$431 4 .040 :943$71)0
4." _ R~nda da Repartição de Agua~ na Capital, por serviços extraDrdinarios . I JI'H : \I "l~,'iil 4.?[) :738$Sm 400 :308$165 385 :128$100
5." " 37.~
6.'
. dú"EStr .. da de Ferro Funilense
Tramway da Cantareira 743 ;917$5,,6 .\I~
:.<;1l.1$'J21J
:7·12,p(K)'
.!'JS :,';92$111.11)
347 :SP'2$OÜO
370 :145$760
·W7 :872$265
"456:916$560
411 :349$223
, " Hospit .. l de Ali en.. dos , 41 ~12,'i$1J( ~ 1
7.'
8' . .. Diario Oftiáal 7~; I .'1Il:j:851
.W:822$,'iliU
,11'1:871$9:>1
82 :198$5{X)
73 :318$279
64:350$000
90:782$861
9.' .. de outro~ cstabtlecimenl0$ 112 :(I(ll~(rno S,l :4·f\l~47S 9.1 :6CO$3SO ISO :108$870
IV - RENDAS P.URUIO"L\ES:
\." - Vendad~ . terras publicas . , , 169 :456$241 7:731i-U71 2:894$285 .\9 :434$255 37 :195$71.1·
.. -
~ .. i
I!
2." lotes ~m nucIeo~ colonil!e ~ IKi ;3<)<'W43 , I Sl'i :068$5117 191 :307$.'>86
-_.. _--
127 :232~16
5 RENDA EXTRAORDlNARIA 71. ~')·I :,lo2~ H~) 72 !.),,:(i8J$II,~ (i,. ,'10 :.:;46$160 88,724 :476$677
"•
,
I: _ Indemnizl!ç5es . . .\1,1 :717:,,(,10 1S7 :(~1K.'l';'J')'1 2, IH4 :253$617 218:888$017
,:: ! 2.' _ Eventual e multas ,~7~ :,1l9~9l? ! , '12.'1 :1",'):jSn 1,H25 :695$467 1,805:963$414
J' __ Contribuição de companhias para fiscalizl!çãu. . .'.) ;IK~)~lHkl IX H ~ )~IKIO .'>2 ü.l$(X)O S4 :(Í(lO$OIKl
"• • 4:
5.·
_
_
Cobrança da Divida Activa
C.ontribuição da Estrada de Ferro Sorocabana . -
"ir,.': :~I'I.t~.N 1 . .'\11 ;(1I,,:j;J;;{,
-' (i7SXhl1<J·j(J
,,i
1 ./ln :ll)l')l.l~5
S. ')1'l5 :1i'J(J$25{i
1.(148:011$731
2.382:933$676
RESUMO: 79.315 :931$168 i 7;). 248 C,U~l,,=10~,5 82. 551, ;.I~.I'I~g871 77.1>42 :474$845
• _A'
" ... ,o->'j- :873$515
. ,
Renda Oj'd{,roria 71.287 :962$753 76.294 :452$1O~ 72 ,2.11', :',~ 1]'- 11.>5 66.599:546$160 88.724 :476$677
8.027 :968$4-15 2.953 :567$056 !O , J I <i :,IU:pn Ii .042 ;928$685 5.510:396$838
Reflda E:>:lraordinaria.
_._, .
j)EMONST~ACÃO
>
DA OlVID A EXTE~NA FU NOADA AO ENCE~~AR ,SE O EXERCICIO DE 1919· -,
-
. :.
LIQUIDO EM
CIRCULAÇÃO
BM tt.:!1
F. MPRESTl M OS
,,
27 . 7(1().0-0; 103,300·0- 12.500-0-0
34 .000-0-0 126.700·0- O 230.30/)- O-O
,
197 .880· 0- o: Zf>.180· Q· 1) .26.410· O-O 29 . J3()...O· O 29.360.0·0 I1 i .280-0- 686.600- 0-0
3.457.400-12- 59.ZOO-0·0 _ 24 .tm, O-O 26 .120-0 O 27 .400·0·U 137.600·0- 3. 319 . 800- 12-6 ,
1.946,923-1-1 - ; 14 .980-3-\ !
-=-=::-: 1,- -
15.774-12-8 11) .567-9-11 17.361-2-2
- .
64 .683-7- 1
_.1. 882.240- 6-7
6.675.004- 6- 11 153.160. 3-1 123.064-12-8 130.917-9· 11 135 .821 -2-2 543.563-7-1 fi . 131. 440-19- 1
1
~=d.-~-'=~
A/>;>;FXO N." S
DEMONSTRAÇÃO IH DIVJJ)A INTERNA fUNDADA
EMISSÃO R.F.SGATE
TlTULOS
SALDO
tm 1915
•
•
•
.
•
•
·
___
•
•
•
, .
·
•
•
- -, . -
, ,' . - - - ',: ;" , ",." - " : ": ",,,
•
- .. , ':. .. . ,
:~
• •
•
• . . ~I
INDICE CHRONOLOGICO
(PERIODO REPUBLICANO)
•
•
• •
•
•
'.
.. •
.. .- .. .. . , . !, ", '. ' ' ,'
:. ,
, .,. .. ,' ", "
... ",. , '. ,
" ."
,.
. "',,,' ,
. . , ,
·
. " .
~ .'
..
' .
.'
•
..
TRIUMVlRA TO
:-<OME5 Paginas
P rudente José de Moraes Barros • • • •
-
~
. GO VERNADORES
P RES IDENTES
.~
)
4.() . Dr. Amerioo ErasiHense de Almeida Mello 23
• • • • • •
Q
Dr. Manoel Ferraz de Campos SaUe. • • • • • 83
57.' Coronel Fernando Prestes de Albuquerque • • • • • ll 3
58.' Dr. Francisco de Paula Rodrigues Alves • • • • • • • 127
.. . . ' ... 59.' Dr . Bernardino de Campos • • • • • • • • • • 143
..... 60.' Dr. Jorge Tibiriçá • • • • • • • • • • • • 171
~.- 61.' Dr. Manoel J oaquim de Albuque rque L ins • • • • • • 261
....... . _ ~ 62. 0 D r Francisco de Paula Rodrigues Alv.es
• • • • • • • • 411
"'-"' 63'
. . Dr. Altino Arantes Marques • • • • • • • • • • • 479
• •
•
•