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EU G E N 1·-0

• •
EGAS ..

DOS '
DE

SÃO PAULO

PERI'ODO REPUBLICANO
t889 - 1920

PUBLICAÇÃO OFFICIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO .


.
COMMEMORATIVA DO I.' CENTENARIO
DA INDEPENDENCIA DO BRAZIL

VOLUME II

SÃo PAULO
'StC~;;'~ DE 09R'IS O' " O EITAOO oe • . 'AULQ"
- - - 1927 _.c....
. -
ADVERTENCIA
, Lo' _, " , _L c U _

UNANTE a romfJosirão c seyun-, -


1/nprcss!.Jo do

do ,lO/Unte da. - Galeria - dcralil.-sC acontccí-


l11.entos que. não fOl'o.m 1,tlgistrados 110 lugar f'l'ofm:o:


- o fallecimenlO do fwcs/{Ientc Albuquerque Lins, rr.f':'-
na.s indicado eln ligeira nota final de sua biogl'a-'
lU>

plúa.: e a 1'cf'i.nula. do presidc·nte J orge Tibú'-iç(~ da, 'i/ida,


l'olitica. pa.ra o fu.nccionalismo publico .


S . exa .., depois de longos minas de trabalho act1'i.'O

li(/, pl'opaganda da Rej'ublica, e de gml1des senJiços


110 ad111,inistl'ação superior do Esta.do. no S cna.do pau.-
lista., que fwesidíiu POl' muito tem}lo.. e na direcção ·~Çl'­
j>rC'lna. do partido republicano j'Qulisf:a, deixou a /'0-
litica
. . e t, actuallnentc, 11únisfro presiden.te .do Tn:Znmal
de Contas de São Pa·ulo.

eugenio afJas
Nlaio de .1927,
PRESIDENTES


, .
GOVERNO PROVISORIO
TRIUMVIRATO .
.
PRUDENTE JOSE' DE MORAES
. . BARROS

FRANCISCO RANGEL PESTANA

CORONEL JOAQUIM DE SOUZA MURSA

(De 16 de novembro a H de ' dezembro de 1889)


PRUDENn: JOSE' DE MORAES BARROS
:,"
'f
',:

l)ltFn.EN''l'.E JOSE'
, DE MORA1{:S },oga res de ,mem bro da OonlDliss'ão d~
BARROS nasceu em Itú a. 4 de ou- Juslt,iÇla e Le'g ilsJação.
.
tubro de 1841, sen-d1O seus paes Jost"~ Na tl"i-b-una padamentar salientou-se
Marcel1in-o de Barros 'e D. Caltharina nos combates que emprehelldeu e sus-
Mari'a. de M·oraes. tentou contra a situação co nservadora.
Orp'h anl -de .pae nos· primei.r os a'C I Afina l, espirito dernocratico, desillu-
noo de ex,istencia Prudente· de MOl'aes
J

teve a gu iar-lhe oS passos ainda in- didóQ d·a vietoria dos principios d a 00 -
certos, os carinho s e os exemplos d e co la politioa a q ue se rUial'<l, alis tou- se
s u.a virtuosa mãe, fOI"Ill.ando nessa es· no P.artido Replllb.Iicau.a em 1 8 72, to-
coht. o iUlmaculado caracter Que todos mando parte na celebrada CmH'enção
de Itú. C01n,o se sa!}8, o p'artido repu-
lhe eonher.iam e a austeridade de cos-
blicano hrarsi;}eü ·o p·ubl·icou o seu pri-
t1111lf~5. , qu~ 'ajpanagio dn
S'enf[H'Ef foi
m eir o ma.nifesto a. :{ de dezernbro de
&u·a indivi<luali<l·ade. No CoHegio Del·
ga,do, da cidade qu,e lhe fôra berço, 1870.
estudou as p1'imeiras letras, tendo nel- No nov,O' p·a.,r,Udo a.c1q·uiriu logo gran-

Ie se l1l!ttriculado no ann ode 1855. Na de presti.g.i,O' pela ded'i'0ação com que
Cal>ital conUnuQu em 18,57 os seus es- s'e batia :em p ról de suas id1éas, e peJa

t.udo s de pre'paratorios, revelando sem- elevaçã.o com QUr. prollaga:v·a o noyQ
pre inteIligencia e applicação, termi- eredo . ••

Il'a-n.do -os 'em 1859, quan-do se matri - Dun.l'n-le v i u t:e fl.nnos, al1·p roximada- ,


cubo'1l n a F,ac u,l<l'a de de Direito de São m ent-e , CQ·m bateu pe.o advento da Re-
Paulo pulbrlioa n a trj·bnna legisla-ti:V'a , Ilão s6
Bm 1863 terminou o curso; e um da s'u·a · e ntão pl"Ovinci'a como da capi-
a.rmo depüis, em Piracicaba, abria. tal do 1m.!J)eri.o, n os comi-cios po pul ar·as
ban ca de advogado, conseguindo, -na e onde quer qne sua. pa.lavra de pro·
profissã,Q que abraçou, justa nomeada. pa g.andist.a convi.cto ·p ud.ess-e conquis-
, ,: .
prineipalm ente na trihuna judiciaria. tar a'dept05' e fazer pro,selytos. Organi-
onde a. sua: palav'ra fluente era 8e111- sou o p'a·r ti"do e m mu,it{)s munidpios. .. .
pro ouvida com. sym.p athia e acata.- pre.~i-dindo C;O!Jl:gr8lssos locaes e l,e-v an_ ,
ment.o, d,a- os seus CO l1t5el,hns e a Sli'a opinião
.Pnuo,ente de Mof'la.es iniciou a sua sempre hem a,~ceit.a a t.odos os nucleos , :.
carreira p;o,Uti-ca. OoCcu'P'a ndo o cargo de por p·equ=enos que fossem. Onde hou-
·..
vereador da Ca·m ara Municipal de Pi- vesse b-atalhador·es d,a causa democra
r.a'Cica·b a. li';()·i presIdente d·a -m'asma no tica, aohi est.a:ria tam'hem Prudente de ·;,
qua t l'i enni" de 1865 a 1868 organi- Mpraes .. O seu oaralcter i.n>oorrUoptivel,
bandQ, e noo.o. o Codi-go de -Posturas d'o o seu eSlp"irUo p.omder-ado, a s ua mo- ..
mU;JJ1cip-i.o. d·eraçã,o e as suas virtudes civic3t) fi -
Esposando as adeantadas idéas do zeram_no I'Ü'g.o u;m d'os v<ultos ma-isemí-
-partido 1~lbera.], foi eleito- . em 1 8 67 n entes d{) Pa-rtido Repu:blicam.o. Tor-
d·epllt;:bdo. p·T-o,vin.cial,occupando um d os ll ou-se u-m o-raeu,!{).

,
,
-6-
. Em muitos cargos de eleição poPU-. : T eve o p""",er de ver termi,n wa a
-.•. Mi" o c<>Hocar·a m Os seu" C<lucidadãos f conJ lagração doo sertões da. Balhia "
I
e correJi,gion·a rios, Fai d-eput'ado pro - ' d-e faz·er a paci1'Lcação do Rio Gr,a:nd:e
vineial successivamente durante tres d·o Su'L
. legislaturas , no periodo de 1878 a Em 1898, t erminado o period.o pre_
. 1889 , tendo como seus companheiros sidencia.l, reoo'lheu-se á s'u a ci'<l.ade na-
Campos Salles, Bernardino de Cempos, tal
Cesario Motta, Gabriel Piza, Rangel ! Fallec<lu em Pil"acdcaba no dia 3 de
I
Pestana e Muniz d e Souza. dezemb ro d'e 1902, e .,"u .cOl~Po fO'i a!li
Em 1885 foi el,eito de jFu tado ger"l, sep1ultado. Prudente José d'e Moraes
derrotando em 2.° "es,crut'i,uio o canse- I Rarros é dos mai·ores h,ürmens polilico~
lih eiro Gavião Peixoto, Na Camara do. ' qne o BrasH tem produzid{), A sua
Deputados Geraes imp"",-se pela sua I adm,jn1&t.ração na · presid-encia da Repu-
lnteHigencia e a'usteridad,e, Pro·clamad::., bUlea foi notav'eI pela im<p1antação do
a IOOpu.blica, fez parte do governo pro- I civ,iUs'mo e do cu-lto á Lei e á JustI -
v·ilsorio d" S, Pa'UllJo com o coro<neJ Joa - Iça, Quando se fizer o estudo reg-u Iar
q'uim de Sauza Mur,sa e Francisco Ran- e co mpleto desse grandioso periodo
gei Pestana, sendo depois nom"ado go ' I de go'voerno, . a filgur,a de Pru'dellbe de

,
vernador, em 3 doe dezembro , pelo ma- I M.oM"" avultal"á tanto, <lu·e elle será
roohM Manrel Deod01'O da FonseC'a , i co.n.sid·erado -o grand'e ·e gloriús o fun -
"heie do Govenno Provisorlo, i
, dador da ordem e da paz, sendo a G:la
NeSse carg.o presto'u relevantes· se1' - obra de con~o:Hdação do novo r'egi:rn~n
viços- á sua te-rna natal, avul'tand<l en-
I sultf.i.cien1Je para: - im·m .ortalisar o seu
tre frIles o da creaçlio da Escola No.r_ nome abençoado, O seu pa.pel poUtico
ma~ d'e&ta cap1va'l, gl'and,e passo para i !5Ql deseill:penhad:o. ,prlncj.p'almente no
o incremento que mai~ tarde deu ao a.m'p,loo -scenari-o 'federa-I. Bln S. Paulo,
ellSÍn<lpublico a admin'st1"ação d<l dr: govoeróflou cerCa de um an'uo, es forçan -
Bernardino de Campos. Em 1890 foi- do -se por tornar a RepubUca presada
I,he oolllfiada a alta mi~são ' de pl'esid!r dos paulistas e i-mprimindo aos nRgo ·
aos trabalhos da Constitninte da Repu- cios 'pU:blíco'5 Ol'i~ta ç ão nov·a e segura..
blica. Austero, si.m:plilS, ene1"gi~o e !>orn, Pru-
Q IDod,o bri,lhrull!te e criterioso pelo I <lente de MOTa'ooé um ",uUo do~ mais
q-ua'l se cOnd\UZLU em car,go es_p inhooo e I representativos da Republica e do Bra-
de t-ão gra,n{(e re"P<l'nsa'bilida{('e d-eu ao I ail em todos os tempos.
. Paiz a certeza de que em Prudente de i Tendo goiVernado em perj'Odo de or-
,
Mora"" estava u·m dos fut'ur"s pres';- gaDlisaçoo, qua·n do aiindanão havia p.Q-

,
d<mOOs da Repwbhca.
popular realisou -se,
E a proiphecia I d'eres coustitu.cio·nlaes, o dr,
de M<>r.rueB, quer como me'lllbro do
Prudente

lF<>i da Sua personalidade {j:l1e se lem- I triumvirato acclamado a 16 de no-


braram os seus concid,a:d-ãos para oc - 11 vembro de 1889, quer co·mo· primeiro
cu,p ar o a lto e honroso lagar de pr,i - I, governador de S ,Pau:lo, nã.o pOdia ter
meiro ,presidente ai'v il da Republ1ca, feito mensagens nem ro}atorios presi-
seudo eleito, em 1,· <lie Marco de 1894 I' denciaes, Methodico e respeitador das
i
.para a magi~tra.tura suprema do, Bra- I l·eis e .o:piniãlo publica, 'e sse h'om'e m ex-
sil! , I traordiuario, -e verdad-ei-I'ia:mente s'u pe-
Q seu governo fo'i, a'git",d<> e· cheio I r,.or, dena iw<>s 0'8 sem,. actosde go -
d'e difticu'ldades, oliundJas dOs' em:1la- , v'frrn<l a maior plLbHcrdad,e; de modo
'i J
tes d,os parti'doo p{)liticos, aggrav&'dà:s I qu.e é poss;v<el fazer-se um resumo dos
peIa saJl,'g renta guerra de Ca'nudos e ! amas eresultaxioodesse perrodo d'a
t>elrus Iuctas ci:vÍ5 d'os Estado,s do SlLl, I. sua aeção, período qu", se inicIou, como


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i;\ se vu,u, em 1& de no'Vembr<l' de 1889 rae" ta;ba.~bou durante dez mooes como '.

e foi a,té 18 di! ou.tubro de 1890, s·.m- pr.imeiro g{)v'ern'ador de S. Pa,u!<l.


d·o que d", H de novembro até 14 de
d"zem·bno d~ 1889, vinte e oito dias, •
Pr·u-den-le de Mora'as foi membro do • •
governo p.ruvisorLo·, trabalhando com •
Ra'n,gel Pesta na e Souz'"' Murea.. DiS6o'l - BIBIIIOGIMJPHliA Y,eja pago 16

vido o trhrmY'iJ'ato, Prud~nt~ de Mo- quarn.do se trata do 1.0 gov-eru,BJdor.

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"FRANCISCO RANGEL PESTANA

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I'<'RASOISCO R.ANGEJ, PESrrANA libertou os escra.v·os qu,e lhe C'ou-bel'am


nasceu em' Iguarssu, E:st,ad.o do Ri,o de em .partUha; o mies'm·o f.azen-dú com os
Ja<1leiro, a 26 de nOV'6mbro de 18·39, l'l,u,e Isua esposa possuia em Campinas.
selldo seu.s paes J'o:ão Jacintho Pesta- Hua consorte foi a sra. d. Damia,na
na e d. Luiza Rangel Pestana. Em Quirino dos Santos, irmã" dos drs. João
1859 m·atri.oU!l{)ru-s-e na Aoademia da Quirino e Francisco Quirino dos San-
DiTeito de S. Pauto, r,ece1hendo grau de tOfi. Aiuda com os s€'u,s am'igos Os drs.
bachareil em sCiienci-as juriidicas e 5Q- Limipo d·e Abreu, lVIJgu,e'l \Tieir<;t Fer_
eiaes em 18 S 3. Desd'e moço foi par- rei.ra ~ J. TeUes ele ~Ienezes fundo'u
tidariü das id:éas 'plOli-ticas m'Ms- adean- uma Bsc-Gla ques,e oh·a-m·ou - E'5c·o-Ia.
tad;as. Jor:na,Joista desd,e a ju-v·emtud-e. do Povo n,a qual a j'ustI'u-cção era·
fundou e'm 18-60 o "'TYID'bira", Em mtnis.tra,da gratuitamente. Em 1874 o·
1862 es'crevia :no "F'utU:rO'~ e no anno dr. R'angtel' Pestama le-cciono'u r-heto-
se,~u'i!nte na "E'-pocha". Não se satis- rica e portuguez no Go·Hegi·Q Aln-eri-
fazia RangelPesta,na co'm -a a'ctivida- ca.no de Cam'ptnas, roeve-lando-::€ eximia
d!e jornal!i:stiqa,; frelq,uentla:va tam hem professor. Em 1875 fundou na Ca-
fLS asiSo'ciações litt'erari.as. tomando- pital d<8 S. p.amJo um esta he!<ecim811to
p ar:t~e nas d-it8-cu-slSões com esp.e.cial in M de ens'Íno p-ara m~ninas. Em fins de
ter€'Ss~ e a-grrudo do a uditúritO,. Em 1874, os rep..u,bUcanos pauH'6t,as eri,a-
1864,. voltou ao Rio !de Janeil'o pr<eten- ram "1\ Provincia d~ 8. Paulo", que é
dendo um lQgar doe pTo·mOrtor publico l o IDesffi'Ú j<ornal HO Estado de S. Pau-
qu'e não obtB'Vie. Con;;-.Íld,a;do peta- cün_ lo". O dr. RalIllgel Pestana foi. &eu re-
se.1:heiro Zaoharjoas d'e ·GÓes e Va-s·:!Qll- dactor ,por lTI'U-itos allnos em compa-
cellos, foi redactor-chefe do "Diario o,hi'a do dr. Americo de Campos. Em
," ... O:fificial" por al:gull1 -tBlmipo. Em 1866 1884, foi eleito· deputado provindal.
fu,n\dtNl co-m Os seus a·mig:Qs Li,m-p{} de tendo S·id'D reel~i'to por mais d,c uma
Abreu e MiOlnueiro -d-e Souza a "OpInião vez. Procl·a~ad·a a re-publica, ú dr.
Lihe-fa.l", um -diOIS melhores jornaBs Ra.ngel P-estana f.ez parte do Governo
l'oHticos d",quell€ tempo. Em lS6R Provisorio de S. Pa'ulo (triumv:ra,to),
'" .- .' fund-o-u () "·Coo'reio Na-cional n. Em com Pru,dente de Mor,a.es:Ç coronel
lS70, Os -tres júrnaes roo'ircaes qU-B se Souza Mursa. Em 1890, o GoVeTllO'
pualicarv.a.m no Ri'o, f,uu-à:iram-se Hum Pro-vi.s-orio nú;m:eo\u --o m'em:bro da COID-
-;c' ..
só: "A RJf:'!Pu,b~tca" :que alPipa- missão e-nc,ar.r.e~ada de elabo-rar -o p1'o-

receu n.o dd.a 3 de de·z'em!br-o do me,s,mo jBct{) de Con<ltituLição da Republk'l..
anno; tra:zendo o celebre ma.nUesto re_ Nesse l11'e&m,o an'no foi el.eito senadn'f'.
p'u1bloicano. Lo<go dE;W<>is -o d,r. Hangel Em 1895 ex-erceu o elevad',o ca,rgo de·
',;--_: P-e-stan,a p'ass'Üu a r~i.di.r n:a cidade de pr.e;so:iJdente do Baneo da Rep'ublíca do··
oa.m-pina.s, ond;e a-br:hl 'banca de auyo- Br-asi,l p.a.ra o -q·uwl fôra ,no-meado na
gad'o, escrevendo tam'btem na "GazE>- vaga. que se a-briu por mor-te do co'n-
ta -de Campinas".' Quando ponde dis- s'e-Jheir.o M'anoei Pinto d,e S'OUZ.:';l Dan-
pôr dos bens da su:a hera.nç,a paterna t.as. N-ão acceit-o.u o cargo d·e mi.n·i-s-tro·,
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10 •

,
do Sluip.rerfiO T'rlibun-al. Em 1896 voHo1J. apostolo immaclLla.d<l da Republica,
!tara, S, Pau;lo, nom_do advogado d'Ü tan,to mais Htn(pid-a, tr3.lllSparente e
Banco d-a Repu'b lica, fixando definiti- pura se nos apresenta a vida desse
v-a·m en re ~ma residencia noa. Capita-l . Es- - hom<>m, que só tri'tho'll. a linha recta

ereveu nessa época noS ju:r.naes- "La- em todas as relaçõe.s da sua. alvri--ssima
-VOtu.~a. e COnlmel"cio''t "Diario Popular)) ex: isten~ia.

e uGa·;reta. de Not·icias". Muitos desses -


arti:gooS fora.m
.
,
re-untdos em fo]lh~to sob •
o titulo - "A Reacção e a Politica *' *
do marechal Flol'iano". Jilm 1899 foi
·eleito depu't'..cto' fed'era,1 representando BIBLIOORAPIDA - J or.na;J.ista, o
o Blsta.<lo do Rio de Jall<Üro. Foi egnal- dr. Francwco Rangel Pesta.na escre'Veu
.,
mente vice-presidente do mesmo, Es- mucHo nos jorn'aes referidos .na biogra-
tado <I'U e. em 19 O2, o elegeu senador ph-ia, e, IltOIt,adamoote, em "A PI'OVin-
'fia vag,a do dTo Poroitu;ncu1a. FaNeceu ria ~e S. Paulo)}, hoje "O Estado (I~
na ca'j)'ilal do Est ado d.. S. Paulo no S. Paulo". Muitos dos seus- artigos fo-
di·a 17 de. ma.r ço de 1903, contando 64 !'am coLlecciônados em fOI'heto.s
, . e sob
anno~ d e €'rl~e, dos quaes m.:li-s de 40 o p,seu.d<lnymo de Thomaz Jeffers.o,n.
cons'llmi:d-os nv.s $t!rv·iços á \!ausa p-u- Ve ja Sacramento Blacke, Dicc. Bib.
bldúa €' °a o~· idea-es rep'uJ>licanoo. O seu BrasHeiro; J. 3. Ribeiro, Chron-olog·i a
co,r,pQ f.oi, .*plLl'(ad", no "emiterio da Paulista; Almanaque Brasileiro, 1904.
Consolaç.ão ; e, por , <>cc'asião de sua Além , dessas fontes de consnlta, veja
morte, f.i'Z!&am -se as m'a is Sülemnes e as jornae.; da época do fallecimenlo do
tocan!t-e.s· m.anifestações 'de' pesar, COlm dr. Rangel Pestan'a. O pranteado 1'e-
'que .se pód", holt'rar· a mel!Ilo,ria dos pu,bUcano ,delx01t varios fnhos, entre
grandes
. .
,ho·m'ens. De fru~to, Francisw os quaes o economista Pa.ulo Ra.p.ge.l
Range l Pestan8i foi digno de todas es- Pesta;na, di.rector da Direetoria de In-
S 'M hom enagens, q'U6 se lthe fiWTrum em d ustr.ia e Commerc;'Ü' da Secretaria da
vióda, '" .Ia proif'Uill,di~sima tristeza que Agricultura do Estado de S. Paulo. E'
e n'Vo~v~u o coração de todos os , pa u- ellcrilltor acatadQ e publica seu,s estu-
lásias . <l'1lando, a·inda CleId<l, desappare- dos cÜ'm a assignatul'a P. P. Escre""u
Ceu na .paz eterna d() tu.ro'ulo(}. Quanto ,
e pu·blicou varias obras de finanç3S e
mais j,uz Se j&ga 8'o bre o seu vulto, 9S,tatistioa-s, ap,reciadas e seguras em
ta.nto major se rev-e la a ·s ua -figura de. s-ua.s informaçõoo.
!


• •

] ()AÇJ L'! M D! ': SOUZA
JOAQUIM DE SOUZA MURSA era :s.imas relações e o-nde se tornou
- Mr.ouel do Exercito, -e dü'igia a fabrica m uitiss'imo estimado pel'a sua pro-
de ferro d'e tp,m_e ma, nas proximidailes -V'erbiaI hOilles'tidaile, pela sua !uci-
de Sorcca;ba, Estado de S_ Paml0. Co - da iJntJeH;,g<encia e pela sua c.ons-
nlhecido dosreop-ublicanos , _p or oor de taneia n-o traba~ho. Qua'nd.o ,veIu
IdOOs adiantadas e d'escr€'llte da mo- _para S. Pau.]Q era ai'nda e'a pitã".
nar<ih-ia, sendo desde muit.o tempo con- Veiu como directer da Fabrica de
sidel'ad:o com.o correl'igional'i.o P.olitieo, Ferro do Lp'a nema, importante
dos che-f es democratie.os', e j1nspiránuo- iCom,m1.iSsão qu.e. dllrant1e muitos
f,he a mais per'fei,ta c.on-fiança p'e<la SUA annos, desemp'en'hou com pl'ofl-
loo.ldad~ e bra;v1u:racompro,vad-a, f{li ciencia _o otavel, e que lhe f .oi CO'll-
chamado e veiu para fazer parte do .fiada pelo imperador, o qual sem-
tr,ium:vira.to, q'lle S'e for.mof\l no dia 16 pre o distinguiu c.om provas el.o-
de OJ,(),vem;bro de 1889 p>ara as,s-wmir as quentes de particular coonsidera-
rede-a,,; d,o - g-ovenno em S.Paulo . .AJo çã.a, 3.'jl,e~:ar de cO'Ilhecer as suas
Lado dePnudente de Moraes, e Rangõl idJêas frallic-a menlte l'ép'ubl1ca nas_
Pestana, prestou a S. Pauloassignala- Quando se proclamof\l a R~pu b lioa,
dos ser,viços. Sã.odeficieutes .os dados ,pareceu aos direct.ol'es da politica
bi.ographicos que deUe se encontram no rea>ubloicana des te Estaào, que era
Almauach Militar, de 1 8 89 , e que llecessarta a presença de um mi-
abaixo, se transcrevem. 1itar de - prestigio no primeir.o go-
O coronel J.oaquim de Souza Mursa verno pro,visoirin de S. Paulo. O
f8l1aooeu a 21 @ .ou bU!br,o, d'e 1893, u';) nome do genera~ Mursa estava
Ri.o de _J aneiro. natur3>lmente tndi"ail.o para ess e
Em "O Estad.o de S. Paul.o", de 24 eminentle pos to, e pel.os paulistas
-
d oe {)1l1ubTo de 189,3, lê-<re: foi acceito -com vel'dadeIro enth u -
&iasin.o. Duranlte n pouco tempo
GENElt.>\I. MURSA - que esteve no GO'Vermo, o general
Muraa f-o:l u;mexcel1ente auxiliar
"Victima d 'e enfermida.
UID,a de Prudente -de Morwes e Rangel
{le d'o coração, f ..Ueceu n.o dia 21 'PeSltana, co·m os qna1es manteve
dO' corre>nte á noite, na cidade do ex~el:lente ca.ma-r ada-g em 'e abs.olu-
Ri.o de Ja'neôro, o -general refer- ta s.olidariedade n.os porimeiroo d if-
• mado J03iqu'ion de S<>uza Murna . 'ficeis e perigos.os -passos de U f i
O general Mursa era riogran" , g.overno -rlevo{'Ilcionario. Mais tal"
dense d.o sul, mas a maior e me-- . de foi eleito pelos pauHs,tas dep u -
UlJO!' par,te da sua l'.on,ga vid'" tad.o ã a:&seinbJ~ constituinte da
ide via t-er pouco mais .ou menos iRepublica, '8, se nã.o se póde dizer
-60 annos de €Idade passeu nes- que desempen.h.ou- com brllha-ntis-
- -
te Estado, ao qU3>I - pres-tou rele- mo o seu mandato-, porque não
1'1 ri ' -(''I'''' '1l • -, •
, -

.- - . . ' .
.. .
:'iit·
,
n ia.r, .
q·u'e nin~ulem se · soube ma;n-
.
no Almanach MIlit.ar de 1889:
.'"

;:t~ em sua cadei'ra de reTPresen-


.' ",. o", ,
.,t;a.nte do povo com ma.j~ escrllpll- .. "Tenente- Coronel J oaqu.im de Souza .

·JeisacorJ'ecção. MurBa (tEstado Maior). Praça 20 de ·

.. N.os ultimos dias da ' legislatura, julho de 18050 A. A 16 de abril d'e
.•,Jàesta.va a.dia·n iadissima· a ' '"n'fer- 1851. 2.' Te nente 18 de j-uJ.ho de 1853 .

' inô-da.de que o J.eV'Ou ao tumulo. 1.' Tenoo·te 2 d·" dez'9mbro de 1855.
!Caminhava
. oom dtHicu'ldade
. . Os Ca'l>i.tão 2 de dezembr·o de lSõ S • Ma-
eoll>egas e am. i,gos temiam q u" a i<>r 1),01' merecimento, 27 d'e outuol'O '
q u;üquer rn Om en'to eUe tom bass-e de 1·871, com amtigul<1ade de 1 3 de
fu·j;mimado da sua cadeira, e aeon - maÍ'o d-o 'nl'esm.o anno . , T-en!61l.ite-Col·o-
. , selharam -'n' o a que não sa)hiS,.,,· de nel 31 de outubro de 1875 por anti-
casa·. ENe, porém, resiS'Hu até o guidade (condecorado com Ch . 3 . A. 3)
üm
, a todos OS couS'elhos e até o - Oul1so com'l>leto de engenheir o pelo
' f~m e.steye Hrme no seu pO'Slto, regulam ento de 184-5.
vo-tarudo wmo . l'he parecia mai" Bacb'al'el em mathe matiocas
acert.ad{) naoqueJles allJgustiosos ,Ce>nta te mpo de serviço desd e S de
· momentos da vida da Repubi'ica, maTÇQ de 1-845. Direct o.r d" F a brica
· s'empre dentro de uma 3Jlitivez in- de Ferro ' ,de S. João do Ipanema."
quebrantavel, que era a linha
mais accentuada de ·s eu caracter, ,I
.e q.ue a'f''nal, não •m"'goava nem• *
desgostava. aos ' seus companheiros *
de lucta,porque t{)dos, absoluta- .
. BIBIJIOGRAPHIA Publi co u",,'
mente todos, 'reconheciam que ell"


latorios em consequenci a de carJ!os que ·
·era convict o e sinelerQ, que as ve- exerceu. Sobre el-lre n-a.da se conh·ece.
z.es pod-iã errar , mas que nu.nca
transigia CO'lU a sua consciencia •
*
por pequ.eninas -conveniencias pes -
• •
s oaês ou politicas.
Ul'timam'en'toe, por ca usa da o() tr.lu:mvlrato e:xopediu, entre· ou tros
·
· questão do Rio' Grande , t eve neces- dec'l"etús d~ ca:rac.ter ",dministativo, em
· ~idade d·e s·"parar-se poJiticamen-' vida norm3Jl, os se·g uirutes, ref.e.re-notes.
te d'es8'us com'panheiroo da ma,io- ã implantação do reg imen rep u blicano.:
ria da deputaçào de S . Paulo; não d·e a.dbesão d'O Estado d·" São

, se f-oi sentar, porém,' ·n a minoria. Paulo ã RepubHca do<; Estados Unid"s ..
A . mesa da CamaTa dos Depu· do BraS'U;
ta.dos l(}go que soube do S'eu. ial- exotlnguhbd.o os ge>verllOs provi30-'
lecim:entv, n.ormoou uma co.mmit:;- r.i os locaes, que se haoviam -cori-stituido ,'
-
sao para a re.presenta:r n,o enter-
logo após a proclamação da Rep:ublica;
eXlUlli~uindo
.a s.ecretari'a ·d .a as- ,-
ro,' 'COIDtpOtSta dOIS s,rs; d:rs. Frede-

s'emMéa pre>V'ilneial;
rico BO.l~geS , Franci·s eo G1ycerio,
EduaJl'd.o Gc:>nçatllves, ElI'i-co Cú·e!'ho dando oovo regu,l'amentQ !J a rao ,
e Efamipaoi'o Ferraz " 'serviço da Hospedaria de' Immig.f an-
teso
, A missão do trimmvirato foi exc.tusi-
.. * I vamente de manter a ordoem e fazer "
i fOOiU.e itar .a RenulhHca n~(,R.-ntp
,

, ,
,

"

, ,

'Prudente José de Moraes Barros


v GOVER.NADOR.
• •

(De 14 de Oezembro de 1889 a 18 de outubro de 1890)

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LEG'"
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BIOGRAPHIA Vide pago "5 -Observa-se claramente a preoccupa-


quando delJe se tratou no Governo ção do gov.ernador em administrar con:
Provisorio (Triumvirato). elevado espirito de justiça, tornando
a Republica e seu g-overno bem vistos-
• pela opinião."
* * Em todos os actos e decretos expe-
didos pelo governador, dr. Prudente
o DR. PRUDENTE DE MORAES, d~ Moraes, sente-se o espirito de or-

como .primeiro governador de S. Pau- dem e m-ethodo do preclaro estadista.


lo. substituiu o triumvirato; e desde E, nas disposições geraes do .orçamento
a sua posse até passar og-overno ao da despezae receita do Estado. appa-
segundo g-pvernador, -expediu varios recem novas ide ias e o ardente de2ejo
d·ecretos, entre os' quaes acham-se es- de melhoramentos indispensaveis. S.
tes: Paulo ia entrar, evidentelnente, na se11-
"

Creando a Superintendenda de da de um progresso rapido e pujaniê.


Obras Publicas; E' assim que naquellas disposições ge-
Extinguinqo a repartição de raes já se cogita do saneamento, ajar-
obras e osen-genheiros fiseaes; dinamento e aformoseamento da var-
Regulando a -administração mu- .zea do Carmo em túda a sua extensão;
nicipal no Estado; . do desenvolvimento -da il1uminação pu-
Reformando a Escola Nonnal; blica, rêde de exgottos e abastecim_ento
Fixando a força policial de São de agua á Capital; de crear uma phar-
Paulo no Corpo de Permanentes, c~m­ mada do Estado; de organisar uma
panhia de Urbanos, e secção de Bom- repartição de hygiBne na Capital. Ter-
beiros, num total de 2. 2"67 homen~. minada a commissão política. e admi-
com a despeza de 1.928:106$500 rs.; nistrativa do primeiro governador, .o
. - Supprimindo a educação religio- dr. Prudente de Moraes foi para O
sado programma d-eensino nas es- Rio, para tomar parte llOS ,?'9rviços le-
colas publicas; gislativos, tendo sido o preSidente da
Fixando a despeza e orçando a Constituinte. Nesse alto posto pres-
receita de S. Paulo para o exercicio tou á Nação os mais brilhantes. patrio-
)
de 1890-91; a despeza em· ...... . ticos e extraordinarios se I"víços. Tal
"6.243:460$000 rs.; a receita em ... " foi o seu tra'balho, e tal prestigio ad-
6.243:802$000 rs.; quiriU no seio da re,presentação nacio-
Augmeri-tando os -. ven.cimentos nal. _que para logo 'Se firmou na opi-
dos empregados da Secretaria do Go- niáo do paiz a certeza de que Prudente
verno, Thesouro e Directoria de Ins- de Moraes chegaria, como chegou, á
trucção Publica. suprema magistratura da Republica.
Foram tambem ex. edidoB varios re- O dr. Prudente .José de Moraes Bar-
-
...~
.. . .16 , .
.
Cic3;'b~ - rios quatriennios de 186$-69; quatrienniode 1 '$ de novembro de
18.77 ..81; ·1887-90;
. . ,, ' , 1894 a 15 de novembro de 1898 ..
- . -
..Deputado provincial, nos biennios Todos os documentos e diplomas,
tie 1868-69; 1878-79; 1882-83; 1888- expedidos em f"-vor do dr. ' Prudente
8 '9 ; , de Moraes para o exercicio das func-
'Deputado geral por S. Paulo, eleit0 cões dos diversos cargos que desem-
li 9 de janeiro de 1885, para a 19.' penhou, acham-se archlvados no Mu-
legislatura de 1885-1888; seu Hü~torico HConven~ão de Itú".
Governado l' de S. Paulo de' 3 de de-
zeinbro de 1 3S9 a -18 de outubro (1e
1890:

. . *
'

S'mador Fed.e 'r al. eleito a 15 de no-


" 'embro de 1 89 0;
HIBLIOGRAJ'Iiia - O 1r. l';,uden-
Presidente da Constituinte, de 22
. te de Moraes escreveu discursos, re-
,de . novembro de 1890 a 26 dfl feY9- .
latarias, men6agens e manifestos .
reiro de 1891;
Sobre elle veja-se: Sacramento Bla-
Vice-presidente do Senado Fedem!' _cke, Dicc. Bibliog. Brasileiro; J. J.
.
·de 1891-1S94; Ribeiro, Chranologia . Paulista; jar-
Presidente
.
da Republica, eleito
.
em naes da época de sua p'o sse, sahida do
:prirn'eiro de mar.ç o de 1894. para o governo da Rqlublica. e falleclmento .


• •

--
• •


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Jorge Tibiriçá

2." GOVER.NADOR. ·

(o.e 18 de outubro de 1890 a 7 de março de 1891)

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BIOGRAPHIA Veja pago 171 abrindo lucta com os republicanos bis-


quando deIJe se tratou como Su.· 'Pre- toricos e confiando o Governo Federal
"idente de S. Paulo. ao barão de Lucena. occasionaram a
retirada do dI'. Jorge Tibiriçá, que foi
substituido pelo dI'. Americo Brasili-
ense de Almeida Mello.
* E' difficU o estudo dessa quadra ca-
.
Durante o periodô do seu exerciciv, lamitosa, mas inevitavel em circum-
eomo 2,· governador de S. Paulo, o stancias semelhantes. A Republica, era
'~r, Jorge Tibiriçá preoccupou-se,. prin-
fatll.l, teria de passar por graves aba-
cipalmente, é isso natural, da manu- los até a sua <j,efinitiva consolidação.
tenção da ordem e do~ assumptos ten- O . dI'. Americo Brasiliense foi egual-
dentes á consolidação da Republica, mente deposto, quando o marechal Flo-
agindo de modo a tornal-a sympathica riano . Peixoto destituiu o marechal
-
e bem vista. Entre' os seus ·decretos
"
Deodoro e fez respeita~"'6 regimen cons-
merecem especial referencia os seguin- titucional)' Os jornaes da época são
tes: provwenciando sobre melho- o unieo repositorioque se póde con-
ramento do abastecimento de agua da sultar para bem conhecer aquella qua-
Capital; convocando o pl'bneiroCon- dra penosa que a Republica atravessou.
. . "'_ ,."""," c"~~"",,,. _. ,_"'" - ., . . . c'

gresso do' Estado e publicando. a pri- •


IIleiraCónsÜtúição Politic~ de S. Pau- • •
" lo; . ;;,ugmentandO o efte~tivo' da Com-
o'. . .•

panhia de Ur·banos e creando uma BIBLIOGRAPOIA Veja pago 258


secçãó de ·cavallaria annexa á mesma quando se tratou do dr. Jorge Tibiriçá,


Os .graves acontecimentos que se de- como fiO.· Presidente. J. J. Ribeiro,
ram no Rio com. a demissão do minis- Chl'onolog. Paulista, 2." v. 2,' parte.
terio do governo provisorio; e attitude O dI'. Jorge TLbiriçá escreveu relato-
do marechal Deodoro da Fonseca, . rios, mensagens e man';·festos.


,

-'
, Americo Braziliense de Almeida Mello
3.° GOVERNADOR

• (De 7 de março a 11 de junho de 1891)

,
54: PRESIDENTE •

. (De II a 13 de junho de 1891; de 16 de julho a 15


,

,
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'- de dezembro de 1891)

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D R AMERICO BRAS IL IE NS E DE AL M EI DA ME LL O

• •

AMERIC"O BRASILmNSE DE AL- era' socio do Instituto Historico e Geo-


'MElD& ];fEliIf,O nasceu na cidade de graphico Brasileiro, devido a seus es-
S. Paulo a 8 de a.gosto de 1833, sendo tudos e trabalhos sobre historio. pa-
seus pa.es o dI. Francisco Antonio de tria. Falleceu no Rio de Janeiro no
.Almeida Mello € d. Felizarda Joaquina dia 25 de março de 1896. O dr. Am ü-
Pinto e Mello. Concluidos os prepa- rico Brasiliense foi um dos próceres
ratorios, IDatli,·.ulou-se na 'Faculdade do partido republicano paulista. Quan-
de Direito <le S. Paulo, recebendo o do o marechal Deodoro da Fonseca deu
gráu de baeharel em sciencias juridi- o golpe de estado chamado de 3 de
.
·cas e sociae8 em 18 5 5, e o de doutor novembro de 1891, o dr. Americo Bra-
em 1860. A principio, advogou em siliense manteve-se fiel ao governo di-
S. Paulo ; depois foi juiz municipal ctatorial pero que se Inconipatibilisou
e de orpbãos de Faxina. Dedicando- com a opinião republicana paulista.
se á vida publica e politica foi depu- Isolado, e so ffrendo grande opposição,
tado pyovineial, por diversas vezes; e abandonou ·0 poder nas mãos do major
geral , em 1867; vereador do município Sergio Tertuliano Castello Branco, que
da capital de S. Paul~ -em 1878; pre- o transferiu ao vice-presidente dI'. José
. sidlu as :províncias da Parabyba do Alves de Cerqueira Cesar. A 23 de
.N o rte e R io de Janeiro. Em 1864es- nO'Ve filbro d'e 1891, o marech...l }<'Io-
t.eve na Europa.; em 1882 foi nomeado riano Peixoto restabeleceu a ordem

lente substituto da }<'aculdade de Di- constitucional, derrubandü do governo


reito de S. Paulo e depois catbedratico federal o presidente marechal Deodo- .
de Direito das Gent.es. ro da Fonseca, e asS'li.'mindo o poder
Com a proclamação da Republica o central na sua qualidade de vice-pre-
,
dr. Americo Brasiliense, que na sua sidente da Republica. Em consequeIi-
mocidade f ôra liberal, abolicionista e cia desses graves e impO'rtantissimos
r epublicano, t.eve opportunidade de pOr acontecimentos, os , governadores e pre-
·ü m pratica. os principios de democra- sidentes de Estado, que formaram ao
ci a que pregou e. defendeu no periodo lado do marechal Deodoro da Fonseca,
da propaganda rel>ubJicana, ao tem- tiveraffi a mesma sorte delle e foram

]lO do imperio. Foi 'J!le quem formu- obrigadOS tambem a deixar o poder.
lou o primeiro projecto de Constitui- Foi o que aconteceu ao dr. Americo
<,'ão Republh:ana . Nomeado .governa-• Brasiliense, cujo alto prestigio ainda
el or do Estado de São Paulo, exerceu se manteve,po-is que o proprio ma-
' > manda.to num periodo de ,graves agl- rechal Floriano Peixoto, que o apeára
ta.ções poJiticas; foi a.inda nomeado do governo, distinguiu-o com a nomea-
ll\ inistro do Brasil em 'Portugal, cargo .ção de ministro do 'Supremo Tribünal
que não chegou a exercer e finalmente, Federal. Com Luiz Gama, Americo .
ministro do Supremo Tribunal Fede- de Campos e outros fundou a LoJa

ra.l, até seu fallecimento. Desde 1873 America, fó co de propaganda republi~

• . •
,
.-
,<.,.

:- 24-
.cana e abolicionista. Nunca eSDlore- momento, collocou-se ao lado do dictâ-
ceu nos seus ardores de democrata. dor para hostilisar os seus amigos e
Em 1889, porém, eançado, doente e companheiros dos tempos mais .diffi-
.
·profundamente descrente dos homens ceis, que foranl os afflictivos e 1011g0S
e das coisas, não acreditou que a Re- annos <lecorridos de 1870 a 1889. Por
publica se proclamasse, ainda em vida occasião do seu falIecimento, HO Es-.
do imperador d. Pedro lI, e, quando tado de S. Paulo" de 27 de março de
Campos Salles, sabedor de todos os 1896 publicou o seguinte artigo, es-
planos e projectos da revolução, que cripto ou inspirado pelo de. Julio de
em breve estalaria para depôr a mo- fI.:Tesquita, redactor principal, ardoroso-
narchia, convidou-o para uma· cOllfe-• propagandista republicano, e adYersa~
rencia, eU1 que lhe daria notíCias dn rio do golpe de Estado de 3 de no-
proxima mudança do regimen politico vembro de 1891:
constitucional, por meio de uni levante
HAmerico Bl'asiliellse de Almei-.
militar, o dr. Am-erico Brasiliense não
da Mello Faneceu ás 6 1 [2 da.
Ug{)U ao entllusiasmo impetuoso· de
tarde do dia 25 de março de 1896,
Campc·s 8;:I..11e8 a devida consideração,
no Rio de Janeiro. '::::v~ltaYa cer~
pelo que o futuro ministro da Justh;a
deUe se despediu descrente e contra- ca de 6 O anuas de idade. Fez
riado. Ao facto de. não ter sido accei- seus estudos de direito na nossa
to o convite de Campos Salles, e não Aca-d-emía, e fel-os com tanto bri-
ter o dr. Americo Brasiliense demons-: lhantismo que, ao sahir doautigo
• •

trado a menor curiosidade nem illte- cDnvento de S. Francisco, com o


. .

resse em saber o que de grave estava grãu de doutor bril9. all témente
para acontecer no scenario da politica eonquistado em defeza de theses,
brasileira, prendem muitos dos con- era já um nome conhecido e res-

temporaneos,e prendem bem, a ausen- peitado em toda a antiga provin-
cia do dr. AmericQ Brasiliense nas pri- eia. Fixou aqui sua residencia
meiras scenas do novo regimen, inicia- e advogou por largos anuos, tra-
do a 15 de novembro de 1889. K um balhando sempre. ao mesmo tem-
periodo interessante da vida polltica po, -com extraordinaria dedicação,
de S. Paulo, esse em que o dr. Ame- pela vict')J·ia das idéas 'que abra-
rico Brasiliense. até então chefe re- çára. Por ,,-arias yezes fez figura
Dublieanú de enorme prestigio jnnto b-rilhantissima na tribuna da. nos-
de todos os republicanos, -resvala para sa Rssembléa; foi, durante uma le-
. segundo ·plano, separado dos seus ami- gislatura, nosso Fepreseutal"!te na
gos Prudente de Moraes, Campos BaI- assembléa geral e esteve. por aI·
les, Bernardino de Campos e Cerqueira ogum -ten1po,na presídencia da Pa-
Cesar, para só falar nesses, sendo logo rahyba do Norte e do Rio de Ja-
depoiS por elles tenazmente combatido neiro. Tinha, por conseguinte.
até sahir do governo, que abandonou u.ma. excellente posição na monar-
de • surpreza,e sent ·conhecimento de chia, e viria certamente a. ser um
quem ·querque fosse. A opinião pU1blico dos chefes mais illustres e mais
.
deS. Paulo e de todo o paiz foi-lhe .estimados d.o antigo partido libe-
então adversa. A h isü,ria conhecerá. j ral,se, cedendo a um natural
um dia 'Os porquês dessa inexplicavel i impulso -da sua consciencia de de-
attitudedo dr. Americo Brasiliense, moc-rata profundamente .convicto,
homem .próbo e bom~ que, ll'um rluflo , nao tivesse adherido· ao partidO
. '.' _. .
.".', " ), .'
'
" , '

25

I

republicano , logo nos primeirv!3 reali zar-se · em todo O' palZ urna
tempos da sua organisação. O que . eleição de depu tados geraes, e·
foi eUe no partido republicano como , paI' es~ tempo. já em Sào
não ha ninguem em S. Paulo que Paulo o partida republicano COD-
o ignore. Quer em Campinas, . quis tá r a um numero conSlu c r hv e l
onde estabeleceu escriptorio du- de e leito res e o nom.e do dr. Ame-
rante algum tempo, que r nesta rico Urasiliellse adQ uil'ira na nos-
capital, {>TIde voltou a r esidir at é sa provinda, em todos o s pq..rt i-
que o mar echal Floriano Peixo- dos , um prestigio verdadeir"lm e nte
to o nomeou ministro do Suprenlo inve jave l, os r epu hlica nos r eso l-
Tribunal Federal, o dr. Americo vera m pleitear se riamente a e lei-
Brasiliense de Almeida Mello foi, ção e a presentaram ao eleitora do.
incontestavelmente, . durante um com grande solemnidade, o n ome ,
1argo espaço de tempo, o primeiro festejado do se u estimadissimo
vulto -do p a r t ido, aq uelle a quem chefe . Foi renhi da a lu cta. O
todos se chegavam para ouvir COll- dr. Americo Bras iliense não ven -
selh,os e r,e ceber -ordens, conse.lho:~ ceu .
Derrotaram-n ·o. poré~l . por
que ninguem ueixava d e ::;e·g uir , um nu rn ero ins igu ifica lll:iss imo de
ordens a que se obedecia céga- votos. (menos d e 20 i e por isso·
mente O ~eu conhecidissimo eõ- pode-se dIzer qu e aquB lla esple n-
criptori" do largo da Sé foi, em di da d e rreta foi a primeira gran-
certa época. o centro de maior d e victoria da idéa ,
rep uh li eana.

actividade pOlitic·a em S . Paulo. neste paiz. D 'ahi pa ra cá.. a o nd a
Frequentavam-no com assiduidade nunca d eIxou de su bir até 1 ~ de·
os membr.os, mais illflu.entes do nove mbro de 89. Dl'. Am ~l"ko·
novo partid o. tanto os desta c"- Brasiliellf.e, não ,p ôde acompanhar
pUal -como os do interior , e mu i .. acth·amente o s ~e ns dedicados.
tos chefes dos partidos monar- correligionarios nos S Pll S u ltimús
c'h icos, que se não achavam mal esforços de um c0l11bate SP.ll1 tre-
naquellas reuniões, a que nunca guas d e quasi 20 a nnos. F er i rln·
deixou de .presidir a proverbial por uma pertinaz enfe!'midade dos
01h.08 e sentindo. além " di.sso , que
tolerancia e a ·captivante delica-
deza do dono da .casa, cu ja pales- o seu Jrganismc se mpre d e bil ));i<,
tra senlpre se ouvia com o maXl- podia. sup portar as incessantes fa-
mo prazer, porque elle era, além -digas do commando. pass.ou á Ou-
de um politico notave l , um cli,,- tras mãos mais f o rtes .o ha stão
lindo homem de letras, o que el<J- sym:búlico e entrou co n c\u'so·
IJ Ill

quentem.ente demonstrou nas suas para um a cadeü'a vaga na nossa


llções de "HistDria Patri'a", do Faculdade. ':'J'inguem se apresen-
coIlegio Caldeira de Campinas, que tou a dis putar-lhe a cadeira amhi-
ahi existem ímpressas ·p or José cionada e foi nomea do lente em
~ Maria Lis'b ôa; no . H Programma 1881, 8alvo engano. Foi ahi , n essa
.' . quasi a posentadoria vo lu!ltaria que
dos ' Partidos", o·bra infelizmente
deixada em meio, e em duas ou a Republica o veiu encontrar e
tres fulgu,r antes ' ca-m·p an·h as jorna- da·h ·i O arrancou para ericarre-
listicas qu e sustentou contra ad- gal-o, primeira d e r e digir o pró-
versarias nas ,co]unlnas desta f-o- jecto d,e cons.títuição deste . Esta-
lha. Em fin s de 1876 tinha de do, depois de redig ir o- Drojecto·

• •
" ' '.,

'. •
26

<la COllstltuição Federal,
.
para no- •
meal-o em seguida nosso ministro • •
-em Lisbõa e, finalmente, presi- Em 24 de janeiro de 1891 o 2." llil-

dente de .S. Paulo, ministro da nisterlo do marechal Deodoro da Fon ·
Fazenda nos ultimos tempos do seca promulgou o seu primeiro de-
governú do Marechal Deodoro e c~eto, mandando ·honrar de modo elÇ-
ministro do Supremo Tribunal Fec cepcional a memoria do general Ben-
d e ral, já. no governo do marechal jamin Constant de Magalhães, um dos

Floriano . Peixoto. fundadores da Republica. O ministerio
Nã.o acceJ.tou a embaixada de anterior de que faziam parte Ruy Bar-
Lisbõa, não accedeu tambem ao bosa, Campos Salles, Francisco Glyce-
• •
convite de Deodoro para mlllIS- . rio, Floriano Peixoto e ontros retira-
iro da Fazenda, mas occupou to- ra-se do poder. O marechal Deodoro

das as outras posições que lhe <.la Fonseca organison então govern'l
foram indicadas. Manteve-se em com o barão de Lucena. pesso:! de sua
todas com igual firmeza e su- inteira confiança. Em S. Paulo, com
pe.rioridade? a r etirada do governador, dI'. Jorge
Tibiriçá, delegado do prime;"" minigte-
_ ~ão e este o dia propl'io para'
rio, que formava com o marechal Df;'!o-
responder imparcialmente a esta
.ult.e-r rogaçao
" doro O chamado governo .provisorio,
...
constituido pelo Exercito e Armada, em
Apezar de todo o respeito, po- nome da Nação, houve mudança ,adi-
"-' .... ..
rém , que votamos á memoria do cal na pol!tica. O dI'. Americo .B rasi-
illustre morto, não podemos dei- llense substituiu ao dr. Jorge Tibiriçá
x~r de dizer que ainda hoje não e deu inicio á organlsação constitucio-
nos a.rrependemos da violenta op· nal do Estado de S. Paulo, a Patria
posição , qUE> lhe fizemos, quando Paulista, <:pmo diziam os escriptores
deixou de acompanhar a maiol'ia da época. Durante o governo do dI'.
dos seus soldados na vehemente . Americo Brasiliense não houve admi-
indignação com que receberam a nistração, nem podia _h aver. tal era
not.ida fatal do golpe de Estado a agitação e a confusão que lavrava
do Barão de Lucena. E' que .
na- .e m todo S. Paulo. Só . houve politka .

(Juella lucta pugnavam mais por A sórte do dr. · Americo ficou presa
e.!le do · que. por nÓs ... Quem sa- á sórte do chefe da Nação. De a.gi-
be o que seria o dr. Americo Bra- tação em agitação, de diffculdades em

s Hiense ao "morrer, si uma mal difficuldades, foi-se fOl'mando em tor-
entendida fidelidade não o tivesse no dos governantes um ambiente de
atado ás mãos conselheiras do apprehensóes e perigos, que só desap-
~
"Iorioso soldado; . que derribou o pareceram, .quando " marechal Deo-
thronú de D. Pedro II?! Em t'ldo doro cahiu,• e em .S. Paulo o governo
<:a.so, a inda que tivessemos com- voltou ao Partido Republicano chefiado
batido sem tregaas o seu grave por Prudente, Campos Salles,Glicerio
• •
erro. nunca delxámos de venerar e .Bernardi~o. Em taes cond·i ções, o
o homem immaculado e o chefe dI'. Amer.ico
.
Brasiliense não apresen-
1mdlclonal, e foi com uma pro- tou ao Congresso Legislativo de São
funda tristeza, que ainda hOje -nm~ Paulo relatorio dosnegocios adminis·
_domina, qUe recebemos aute-hon- trados; limitou-se a tratar em sua
"tem a trisfissima noticia da sua m.e nsagem de assnmptos politicos atti-
:m orte':. .nentes á organisação constitu-clonal
. . ·· .. .
.. .

27
'.

paulista:.. Documento importante, e que meira resposta foi uma recusa : mas
uão pôde ser resumido, é elIe digll.o de desde que invocaram o meu patriotis-
n. editada leitura .. . mo e me disseram que meus servi-
. E il-.o : - ços eram na occasião imprescindiveis
I( Srs. Representantes do Estado de para a con:!iliação rl os partidos e para
S. Paulo . Comparecend.o deantede a reorgánisação do Estado, declarei ac-
vós neste dia solemne em que sa ins-
l
ceitar a honrosa tarefa. Entre vós ha
t.alla o Congress.o C.onstituinte deste illustres cidadãos que conbecem estp.s:
J~ sta. do, cabe-me a honra de vos apre- factos e devem ter de memoria o que
sentar o Projecio de Constituiçã.o VrQ- deixo referido,
mulgado p.or decret.o de 15 de dezem- MedindQ bem as difficu Idades d.,
)"'0 de 1890 e posto em execuçãQ na momento, eu não seria digno Ja estima
parte referente. á eleição e formação que generosamente m e tem sido pro-

deste CQngressQ, que c.onvQquei para digalisada pelos paulistas, si me ne··

hoje , por decreto de 9 de m a io ultimo . gasse ao cumprimento de um dever
NãQ me é dado ir além d este dever, que me Chegava como h::al appello aos
pois benJ, con~prehendeis que no mo- meus sentimentos patrioticos. _-\0 Es-

mento -a minha commissão está )iIni- tadQ, de qu e sou filhQ. tudo devo :
tada. pela natureza do poder 'c onstituin- n ada mp. e licito recusar-lhe.
te a vós confiado, nãQ PQdendQ eu, Assu mi o difficil encal'go com a
expondo a situação dos nego cios pu- mesma serenidade de animo, - com a
.
blicos, vos sugg-erir lnedidas governa- mE;}sIDa calma e conl a lll~~ sma convic-
melltaes. Noroea.d:o Governador deste çãQ de bem, que me lev",ram áquelIa ,
Estado PQr d ecreto de 5 de março fin- já hoje celebre reunião, solemnemen-
do , tomei p,J s~f:: ·a 7. Conl um passado te reaIísada a 18 de abril de 1~73, e
de mais de 50 anu o s de vida p',blica, que pa.ssará á Historia com" a ,lenom i -
em que vivi 'sempre ás -c laras, no exer- nação de Convenção de ltú. SI ali nas-
ciciá de carg.o s de e leição PQPular, e ceu .o partido repub,l ieano paulista_
de nom,eação do G.oVel'llo. sujeitand-o que foi por tantos annos o exemplO •

meuS aetQS á critica d e amigos e de da abnegação, da disciplina e do bom


.
adversarios, bem vêdes que não sou doutrinamento. servindo de estimulo
um homem novo, sahindo da. obscuri- ás outras
agremiações nas antigas
dade para .o scenario da poJltiea, ou provincias, eu, fortalecendo-me no re-
devendo a a l g uem .o favor de -ter-me l1igoramento daquel-la convicçã.o, na
feito apparecer 110 a.lto cargo q'ue . lembrança d aquellas doutrinas, se,guro
<

actua1mente ·exerço. e tranquillo, julguei-m8capaz de re·


De accôrdo com -esse passado, em ce·b er a commissãode con stituir, com
Que tenho guarda do a mais sincera os legitimos representantes do povo,
iealdad·e de proceder,penso não de: o Estado de S. Paulo, autonomo, re-
ver ·occuHar.:.yos, as occurrencias que puhlicano e forte na grande Federação
se prendem á p osição que hOje oc- Brasileira. Não . fui tocado pelo SQ-
cupo. Achava-m e de partida pam Por - p~o de uma ambição ineonfessavel ou
f:u g·a l. uom~ado E!lviado Extraordiua- im.p ulsionado pela aggl'esstva _preten-
j'iO ·e 1\1:inistro Pleni-p otenciario -do Bra- çãQ de fazer polit!ca de odios e de
sil junto ao ' go ve r·no , ,daquelle paiz, perseguições. E si, pOe' ventura, eu
quando fui cons ulta do p.or d-i versos pretendesse afastar-me deste nobre ca-
ehetes politic.os, ·r esidentes nesta Ca- mlnhQ, seria impedido por dever de
pital, -si at'!ceitaria a i:l-Omea~ão de 00- -f id'elidade ao Governo }1"'ederal, de quenl
''''-t-rnadol' dest.e "Esta-do. A !Rinha pri~ . r.ecehi, com o tituJ.o de minha nomea-
.
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28~
• " ,

, -
~ --

,- : --- ção as instrucções constantes das Sé- se no pleito e~eitoral, pela cooperação
; -- - .
..
,
,

gufutes phrases : "sois o mais idoneo espontanea na indicação dos r 3preS(\l!-


,
'-- - t&.ntes, pela cc-relação de idéas, 'Pela
para desempenhar o difficil e meHn -
. droso encargo de constituir a l'atria harmonia de vistas no trabalho de re-
, -,' ..
Paulistana em bases largas e firmes, constituição do Estado, harmonia tan-
Iniciando uma politlca de confrater- to quanto possivel no 1l10111eu'to dado ,
n.lsaçã.o de todos DS elementos apro- , ·m as. em todo o caso, garant.ia de uma
.
--- . veitav·eis dos antigos e novos parti- affirmação positiva e clara d a r~spon­
dos" . sabilidade na oonstituição da Republi-
• •
Na. ordem natu_l'al do:; fados, tira.vn.. ca Federal. Vós representaes aqui esse
de ' actos anteriores, a certeza de leal- justo e nobre pe nsamento politico; sois
dade da minha investidura no cargo n fiel expressão da sobe~'ania do F)s-
de Gov~l-nadol' deste E s tado: vice-pre- tado. Como brasileiro, republicano e
~idente da Commissáo . encarregada de . patriota posso, pois , ao terminar a ul-
- - formu'lar
-" o ~Hojecto da Constltu-iç::i'(l tima phaseda dictadura, entregar-vo_,
, ,F e deral e incumbido de fazer o da des- tranquillo e contente , a constituição {lf} -
te ·Est.a.do, ac-reditei que, si ID_e faltas·· cretada para base de vossos trabalhos,

serr:I, outros t.itulos para rnel'~cel' a ~Oll- ·Comprehendeis pei'fe-itam·ente a u,r g,e n-
f.iança dos paulistas, ,em tão m-elindi'osa <:ia de se completar a. obra do ,COll-
'.' . situação, estes erani sufficientes para. g-r,peso Federal, constitui-Eclo ü~ Esta.-
,

que eu a. esperasse . E não meiHudL dos, para .r .egular o pr-o-mpto fUl1ccio-


Ahi está sign:ificati-v.o • o íran-co s es~ , name-nto das novas institu-i"ções federaes
,--.
_ pontaneo apoio que en-contrei no povo, e estaduaes. Tendes d 'e an-te -de v,6 s um
se· m distincçõe5 partidarias, pOis que importante Estado, que prende a at-
" ..

todos vir.am, na missão que me foi tenção dos outros da União e qu,e . de
- ,conf·i ada 1 uma garantia ,de ordBm, de 'c erto, mais att'ráe '3.S vistas -dos extran-'
liberdade € de pror::n~s,;~) para ehegar- geiros. Si pelas vossas luzes, pelo
, '

'..__ se ã organisaçào do Estac.o republicano vosso -p atriotismo e ori-g'e m impolluta


.
, -_. e á: r,e a-lidade do r-egl'''\le~l federal. Umá do vosso mandato tendes toda !l com

.'-ez d-e posse -do Governo, (:om est€'- in- ,p etencia para ·f azer a. g,ran-de lei que
tuito , adiei a eiei·ção que estava mar- nftirme a sobera.11Ül. do Estado e ga..:..
. cada para ° dia 14 d e m nr ~;~ .~ por, de-

ranta todas as liberdades publicas,
,- . '. ereto -de 7 desse mesmo mez marqU€l-a f-ontes de l'áqueza, de pa.z e íÍe feJic i-
,', . para 3'0 de abril e convoque:i O Con-gres- dade do ,povo, não é menos certo QUO
,',' ,

_. so para 8 do cO\Tente. Tive a {;,licidade maior é a vossa auctoridade para ,


-,"';'---
~:_; ,de vêr o pleito _ correi livre, 'c.almo. reconhecendo as necessidades sociaes. I
_ is~nto de fra.udes e de v-iolencias, e pos- teg i~ lardes sobre a org-an isa-ção dó. I
~':' " 50 hoje ap parecer no meio de vós, ~()m I magistratuT'a e ad'm inistração, a. àuto-
,: a ,collsciencia de hav~r procedido. ,
cor- nomia dos ,'•muni-ciplos e o processo
'.: .. reclam.e nte, elevando os 'crelHtos do nleitoral. São os cOTollarios da le i fun-
.- Estado de S. Panlo e ilonrando a al- damentaI e hão de traduzir, na a ppli-
'-'->- ,
.,'''-' tivez e • moralidade do povo paulista. cação de detalhos, os pontos .capitaes
- Dell1ocl'ata~ republic,anl), outl'a não po- da doutrina ali eonsubstanciada. Não
dia ser a minha orientaçãopolitka, , me cumpre, c.onfiado na vossa compe-
neste pel"iodo de reor.ga:nl!'iru;ão da p~. -
,
tencia, tra-çar-vos os delineamentos
~:. :iria. ~INão bastava a,nnuncia!' a. -disso- da.s construeções que hão de formar , o·
lução dos velhos partidos ,e o seu con- ·Estado de S Paulo, como um orga-
-:"'-'_ . , graçamento: era preciso tambe-ffi assi~ nismo político na Federação. Eleit.os

~:-:_ --m 'j)al-os pela approximação do in-teres: do po-vo , sa-bidos de .toda-s as classes
, --
.


29~

sociaes, l'epresE;ntandú 0S diversos nos influentes na formação da ri-


I.Vl! 5 1
da democracia. sentindo e conhecendo. I'
queza, na garantia da paz e na bôa
as exígencias da época. e ,obedecendo I execução dos preceitos cOllstitucio-
às mesmas leis. que preparam prati- !
neles. O meio em que SO'is chamado a
,
ca rnen-te o po!iüco e o administrador, operar é um grande aUlphitheatro
c:ondvendo na. lnesma corrente phHo- para vossa15 observaç ões. A intensida-
8C'phica, que enobI"ece e fortalece o ho- de com que se apresentaram os phe~

mem nas sociedades modernas, conhe- .


nomenos economiços. neste período da.
cais hem qual o rumo que deveis I Republlca, é um pOli to , que provoca
seguir para o desempenho do vosso I estudo e interessa a vossa nlissão de
mandato. Acredito ,que a(~tuamem vós I
legisladore5. Mas si é ce rto que a com-
eSEas qualidades que passarão atra- !
plexidade dos phenomenos sociaes au··
vez da h-istol'Ía. reco mmendando sem- gmenta todos os dia·s . inlpondo-se aos
pre a terra paulista: a ousadia noS que go\~ernam, é fóra de duvida Que
~omlne ttjznento s. a firme za na dedica- o p.ovo deve !<eceber uma in st)"ucç~ o
ç'ão e a prudencia na ·escolha dos que o habilite a pl'o"ceder com acerto
meios. Ainda agora, após a revolução. na escolh9. de seus representantes , en-
neste .ver iodo , que pod ia ser de tristes I
carregados de tao al.ta mi.ssw. E stá
iIiuslies e de crueis decepçôeg, tudo nisto a força crescente da ·de.Plocracia..
correu aqui senl perigos e a adm inis- A . manifestaçào do phellOme110 econo~
tração l-5eguiu a lnarch~ ·normal, ape- mico que surprehende u a todos ' por
nas accommodada ã. m 'o flificação do . coiucidir com O perio<Lo s ubsequente á
re·g fmen transita rio, mas sem violen- revolução. no passo flUE- attesta. a con-
das e vexam·es. F·elizmente. para o fiança, na \'it a.lidade nacional e o ne-
emp·rehe.lldimeuto da obra que vos e.stà nhunl receio dessa 111 udança for-na
entregue, tend·es um largo campo cte mação da riqueza pubUca.. nfio deixa.,
.
acção e p.orleis ·contar. no pre~ cnt.e . entretant.o
. .. de pedir séria observação
\'! om os recursos verificados no ex-er- das s u as ('a ·tlsas e effeitos. E' preciso,
dcio . financeiro . e conl o natural au- pois, que os cidadãos que assumirem
g-mento das rendas, -em virtude dil a responsabilidade da dü'ecção do Es-
classificação d eterminada pelo regl- tado comprehelldam bem os perigos
~nen fed·eral. Kão esca'pa-rã ao vosso que a excitação indu stl'ialista• ·e a agi-
{~l e vado critCrlO a urgenC'ia de a3sen:" ) tação <:ommercial podern trazer ao Es··

tar .a instrucçã.o publica em hases fir- tado. Entre o recuar bruscamen te e o


rnes . ·C o.n sidero a -lei ·daorganisação do avançar precipite ha um meio teru1.o.
(~ n$ino ·como u·rna ·d as s u,plrlemenlarr·s· Que dâ á calma, á refl exão e a me ..
c ju·J go que a Re'p ubli ca nao pó de '. lhores preyjsõe2. Apresentando-me n:-,

prescin'dil' de pôr ao lado dos poderes meio de VÓE. senhores representantes
T.lubliCI)S os cida.dã.-os capazes de fisca- do Estado de S. Pau-lo. venho com-
"lisal-os e de exercer a ·supr·elua aucto- partir COU1.VoseQ a alegria , que a todos ~
r idade de opinião, a fO'r ça real em todo nos causou o modo por que se reali-
() re.gímen democratico . Eu seI• que zou a mudança radical de fórma de
(:omp rehendeis perfeitalneute a vossa governo: .. - pD,ssámos de Ulll regimen
responsa-bilidadf neste pel!iodo de n().,··
l a outro na mais perfeita paz, guar-
sa or.ganisaçã.'Ü politica ·e que assal- Jadn a ordem , :;ar~n.tida a. tranquilli-
1.3o·m o -vosso ·e sph-íto os problemas com- dade publica e sem (o menor indício d'.? "
.
lüexos da nossa v-ida social. Não me i.nterrupção no progresso. Este ·facto.
((emor,o. páis, em :.falar-vos das lei.s inteiramente noyú. excepcional i1.a vida
fle ord.em 'secundar.ia. mas .não m.e- 1 das nações . affü ma o p resti giO com
,
. "
. ..
" ' .'
• -. . .

30 -

que a Republica dos Estados Unidos . BffiLIOGRAProA. Sobre o dI'.


do Brasil vai transpôr o seculo deze- Americo BrasHiense vêr jOl'naes por
nove, tão notavel pelos seus lumino- oceasião da sua deposição do govel'llo
sos traços na civllisação da humáni- e do seu fallecimento, e filais: ,J~
d.ade. Confio a võs, senhores represen- J, Ribeiro, Chronologia Paulis ta, 2."
tantes, a coustituiç1i.o do .Estado de S. voI. 1." parte, pago 17 2; Sacl'anlent-o.
Paulo e sinto-me feliz por me tocar Blake, Dicc. Bibliog., vol. 1. ' pago 71 ;
hoje, já no domínio constitucional da Almeida Nogneira, Tradições e Rem i-
União, a honra de vos apresenta.. o niseencias, 3.' vol. pago 8 6 ; D,'. Car-
Projecto da Constituição a que já me los Villalva, Blog raphia do dr. Ame-
referi e que é uma modificação da- rico Brasiliense, São Paulo, Dial'io Of-·
quelle que organisei, quando commis- fieiaJ, 17 paginas, 8.'. O dr. Americo
.
sionado pelo primeiro delegado da di- Bl'asiliense escreveu e pUblicou:
ctadura. Que a Constit uição, que ide s These para obter o g,'áll de douto.';
fazer, seja uma obra perfeita, tal é o Os programmas dos pal·tidos c o se~·
desejo, que aqui deixo expresso, pe- gundo imperio; Exposições de historia..
dindo-vos permissã.o ·p ara ser inter- patria; Lieções de bistoriapatt-ia. Além
prete do sentimento da Patr~a Pau- dessas obras, ha outras menos impor-o
lista. tantes, segundo Sacralucnto Bla.ke, que.
S. Paulo, 8 de Junho de 1891. Ame- não as me neio'n a; e ainda artigos de
rice Brasiliense de Almeida Mello " . 'imprensa e o Elogio aos paulistas, pu-
. blicado no Almanach de 'Campinas, de
• • 1873 .
I
,
• •


-


,'o ,

I

Bernardino de Campos
, .'.

55. 0
PRESIDENTE

(De 23 de agosto de 1892 a 15 de abril de 1896)


• I

, •

• •
DR. BERNARDINO DE CAMPOS
'.-
.' ,
....' .. . ',,'" .' ' . . '. '., --.i.·--",''-''
__ 0 '" .' "
,'.
,,- '-.".'" . : -'.'-
,.
. ' ,' -,",'.
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"',, .,' . "" ., .. , ." • '......
-'.'
•''' '' .. : '. " •
. ' ......
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"',: ,,/ ' ',',
;, -',i ,- -. " '
'.::'
'', .
" 'i."

BERNARDINO DE CAMPOS nasceu ·gov-e-r·no foi Deito são obra-s estav-e&s,


a 6 d·e s'etem,bro de 1841 em Pouso p,erenu·e:s. que co'nstitu-em -e representam
Aleg."", ,Estad'o de Mirras Geraes. Era ,não só a riqUlez'a -d.e S, Paul.o, com·o
!ilha legitimo elo dr. Bernardino José tam bem a g,randoeza ID'Üral e apenf-eita
deCa.mvos e da .'ta. d. FeUsbina Gon, e patriotica or,ientação do seu presi -
>.-'> çalves de Campos, Com seu pae .veiu dente. Passando o governo do Estado a
ainda muito moço para S. Paulo. "eu substItuto legal foram logo apro-
'.' c Na cidade de Campinas, f.,z os seus v-eitad os os seus .serviços, a s'ua acti-
. :--;-
;" es tudos e, em março de 1859 , matri- vl-d ade e a s u·a admira"",l dedicação á.
.-: -

,c·. culou-se na Faculdade de Direito, re- causa da R epublica sendo pelo então
" . cebendo o grau de bacharel em selen- preSidente da Republica dr. Prudente
-das sociaes e juridicac em dezembro José de Moraes Barros, escolhido e
d{-~ 1863.
convidado para occupar o espinhoso
~cargo de ministro e secretario de Estado
CaSOU-SE- a 6 de setembro de 1 ~ ti 5 d,QS Ne:goc-ios -da F'azenda da União .

.
com a sra,. d. Francisca Duarte de -Cam- Foi com muita insistencia que elle a
pos,' distincta. calupineira, filha de J 0- prinCipio recusou esse novo posto de
sé de Barros 'Dua rte e -de d. Ignacia. ser-vldor do Jpaiz; só o acceitando. ruf1:-
.To-aqui-na Duarte. Elln, 1863 fixou re';' nal, por instancia dos seus a1m:igo:s 'P'o-
ei·cle-nc:;a. na .cid·ade do Amparo, dedi- liticos, t,nclusive o presidente e vlce-
(~o u-se á propaganda das idéas repnbli-
pres id,ente -da 'Re;publi ca, drs.Pruden-
Ca.lla-S e exerceu , com ,gra-n·de brilho, a
te d·e Mooraes "Manuel Vi{)torin<J . O
_,.g,ua nobre proof"j~são ôe a dvogado; e ·d,r. Pruden1e de Moraes, seu annig·o
·Oro 1888 , s end·o eleit~ deputado li a s- devotado e graude a-dmirador julgou a
.
.
. . aembléa vr!>vincial, pelo p·a rtido r",pu- su·a co-tlabooraçao indü;pensav>e'l ao gO- '
-- - -blic.a no , mudou-se para a capitaL ver:no.
Elm 188,9, pr{)clamada a R"'pubUca.·"
{)rg-an~lS'ad.o o ,gove'r no ' do Estado, foi o
Assumindo a pasta da Faz~uda. tra-
,: .' vr,imei-r-o che-fe d'e ,policia -do nav,o re- balhou O dr. Bernardino com esforço,
prestando reaes serviços ao paiz .
.glmen; e1-eito deput,!;dc> ao üongr·es- •

::(f(l Constituinte .foi' lagoa depo:h;1 eleitoQ E' uma das mais activas e nobres
. quad'fas de sua vi'da.
, ' ~e\l PTissfd-ente. A 17 de maio de 1892,
ol<?ito pres1<:1ent·e de S. Paulo, tomou . Foi tam1)emsenad-or federa.l, exe'f·

,p o»" do carg{) a 23 de a ·g.a,sto d<J mes- oondo di vens-a s -com'mlssões, in·clueivé a
mo anuo . Tetminada 'a grande ·ca-ID:Ila- d., finança.", e do orçam-ento, <leque
ha constituctema'l -de oT.ganisaçá,o ju- f.oi r-elator e presidente, '8 -tO'IDO-U ·par...

-rlel i.c:1;.' Berna1'dino de iCan'llpos v-ein te em d iscussoes importantes. eluci-
:- -_I)r esi a r a S. Paulo. oC{).mo s-eu pres1den- dando ' 00' a;ssumptos ·s em pretender ""-
-tQ -OH ,j'mmenSO:8' serviços que S. -P.a-w}o pttvar a atteri'ção e benemerencia do
--~#-.Xlgia do e ·s·u a inteHig.e ncia, '-doe seu sa- 1 auditorio, mas convencendo-o plena-

- : br~r t~ -Yfl.tr1orisJl1.o. O quo€: durante '0 seu .mente, porqu.e qua-n do tratava dos lle-
••

34

gocios ptrbl>cos a sua lea'ldade era 'lJ'EIT- Grande vulto da historia republicana,
feita.
,e o "eu patrjot'is'fi'Ü tambem. Pu- um dos, maiores servidores da R:epu-b-li--
gn,ou sempre pela ",erdade e equtHbrlo oca, lllm, do·s seu's 'm ais a-paixouado.s
dOIS -o.rçamentoo e p"l_ med.ilia<> raC10- ap()stolos. um dn g. mais hene-meritos
naJes, . praÜcamente rea:Hsav.eis, par·a o executo~es dos' s-eu,g d·ogmas d~o.'C ra­

pr·o,grelSSlo ,economii"co e rfina"llc:eir<l d·o ·ticos, eis o que e1'a e o que foi o dr.
paiz, 'pelo aug.mento ·e va.lorlsação da Bernardino de Campos. E'• teve a morte
prooucção nacion ..1. Em 1902 'S<lndo digna <ia sua incomparayel energia, da
el,(ijtl> presid·ente de S. Pau.lo pela 2.' sua inqurebrantavt&l . resi'Stencia; lIwr- ·
vez deixou a cadeira ·tLesenador. Nes- I'leu em lp.Jena act·ividade, zelanõ'o os a,I--·

se anno, a ·b a'ixa extra-o·r dinania dõOs t·os interesses do g lori·oso' ,par,tido re-
pr·eços do .café, ·encher·a to<ios os oopi- puMican o, >cercado da v"lleração do po-
ritos das 'mais funda<ias a PlPrehensóes. vo paulista, a cUjo.$ destinoo tão tndi..s- ·

Foi 'p ara (} gen,'o admini!StraUvo do dr. 's oluvelmente ligou a s ua ex1st<:l1ci·a .
Ber,nardino de Camp'o,s, que S. Paulo .seu nom'e 'ha -de ·sobreviver na Hist{)-
appellou nessa angustiosa conjunctura, ria 'co·mo um d'os .patriar·c·hás da. Re-
e. ainda desta vez, o 'presid-ente co.r· lPubHca . Ha tLe permaneCl'r, C<>In, um
res·p ondeu ao appeHo. E.coIHJ.mico. r ,i- ,brilho muito intenso e >IIlu.jto puro , na
g>or05Q e vIgilante, a sua admini<;tra- m,em·o ria das gerações, .c omo 11m dos. .
·ção,nes·sa p.hase, tão diHidl e d'eH-ca- grand:es benemeritos da U()...o;;sa civH isa-,
da. caracter:lsou-se pelo esforço em não ção e da 'nOSsa gran<leza.
despender mais do que a ' r.ec<lita arre-
Os contempor3.neos fizeram-lh e im- -
cad'ada, -cl>nsegu;ndo 'p elo ·seu vi·g or e
mensas demonstrações d 'e a.pr·eçopes-
'sabed'oria ia",er com que não não só o
s'oal e applaus-o ás S'Ufus quali<lade,s d.e
orçamento fosse equilibrado, mas d·ei- llomem ·p ublico.
xas'Se ain.da um superavit d e cinco mU
Os pósteros .falarão pelo livro da
eontos, approxima<iamente .
Historia, tecendo a Bernardino de
,Manteve assdom o dr. Bernardino o ICa:mpos os 'mais ju s tos ,e'logi.os rp:e'la <sua
"
.
equHibrio 'orçall1'<>ntario d·o Estado . .con- vid·a privada e ·pub1i:ca. exemp:l'Q ,t!:'
- fiado á sua ad1mi.nistração , cons'egui-n· . ceses-p ero ,dos que de sejam cumprir os
do amortisar a ddvida publica interna seus dev~res e servir á Nação. Repu-
e externa ·e aIDop'l'iar o ,progresso de S. blicano desde moço. convendonal de
Paulo. Itú, vereador, deputado prOVincIal. fe-

Deixando a presidenoj.a do Estad<l, (') deTal, ·senad(}r ,estadual e f 'ederaI, pre-
dr. Bem·ardino() ·de 'Caro poa 10i e leito sid-e-nt-e 'd'e S. Paulo, duas vezes. ,min-i'S--
senador estadual e investido das func- tro da Faz'enda ·no gov.erno d>e ·Pru-
ções de presidente da Com missão Di- d"nte deM·oraes, ·.q u.a"i 'presid'ente da
rectora -do Partido' RepubH-cano· Pau- Republica, posto a que não Che.g01'. 'P'OO-
. .
.Jista. Nesta p'h ase da sua v,ida IJlOliti- toerofi>cado cégo, o dTo Berna·r dino ,é dos .
:ea. o eminente ·bra.si.i.·liei-ro. ·como em to- maiores -8 .mais bri,l"h·antes fundad"Ores -
das aS 'outras, 'p restou a.ssignalad·OIS· e 'paü'iarchas da Republica BrasU"ira.
serviços. Em muita·s 18 te'-m,e rosas lucta.s p'olítkas
-Por -tres- vezes o preclaro €lstadilSta' se envo>J.veu: . na ,pTesi<lencIa da -oa- ,
esteve na ,Europa, tendo"lhe 'Ü ,go.v erno . maTa, cOIID.ibateu ao ,ma-l"e_ch-a.l · Deod.o· ·
[.. dera'! conced'ldo. na ulolima viagem, ro, entã{). omnip.otenbe; ,·eufrento'Ü-o,
as ,ho<n.rRs de enviado extraordinari,Q e quando ,foi da dissoluj)ãod-o Co·n gres-
. rntnistro pl,eni·potenciaTi·o do Brll$il. s'o,golpede E<>tado ·de 3 de nove'ID·br(}
FaUeceu , a 18 de janeiro de 1915 . de 1891.: foi o braço forte de Floria-
~~(,'\: ... ... .. -, .........
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. ." -'---'
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.. '...., '. 35

110 Pei-xoto,
occasiã,o da r,ervolta da p-OT tinho Nobre, diTi,gia-se 'para a su'aca-
Armada, Sd'e setembro de 1893, e um sa, rua doe' 18. Joa,quim, 2.
dos ''Prin-ci,-pa€s fact-ores da vktoria doa
Dotado de int"Uigen-cia aguda, ta-
!ogalidad·e; compateu energi-camente, .

Jento~o e p·ensador, o dr. Bernardin-o


fomo dir·ector s'uprern<Q' do P. R. P. a
d,e ,Campos tinha a intuição perfeita
t.an,diüatura d,o marechal H,eormes da
do que devia s'er um estado -r'8publica-
li'on-s-eca e apo'iou com enthu:sirusmo a
no. 'Oha'mou para junto ,dle 'si Ü's ho-
t!{\ Ruy Barbosa. Apenas citam-se estes
. mem; tol!erantes, -e-n'erg.icos, e probos .
l~pi~odi'os,. da
. vida po-litica de Bernar-
Com eHes formou u,ma élite inteH·e-
,:V' filno dê Çatfi'pos; e não :outros, porque
ctual; 'epoudle, assim, 8·Ob. sua dir-e-
::':'" Hí'i.o tantos 'e nu m·-erosos·, que consti-tui-
cção immediata, ':on-stitnir um governo
::_',: )'1t.rn apropria hi'storiada .R·epubUca.,
de grente culta e zelos.a. As sociedad'€lS
do que -eHe, Prudente, Cam1p·os Sa-Ul€'s,
repu bhcanas necess1tam,para 'seu de.g-
1'1('~Ktana. :2 G'ly.cerioforam d'Üs· pri'llci-
envol'vimento, de 'S,ab:e-r, hy.giene, trans-
pa('-"s 'e 'mais 'glorioHo's iPy-opag.andis1.as,
'p'ort"s e conforto, Elei,to president'e 'de
pl'Ü'c1-a:madoifes e defensores.
IS. Pau'lo, o -dr. Be·rnardino de ,Ca:m,pos
dsse'nvolveu
. rapidam1ente. a instrucção
* publica em todos os seus ramos e ~Ila­
*
,
* nif,estações; ,fundou os Is'erviços' de hy-
,

Sobre 'esta, gra-ndoe :figura do soena- g}ene, ICO.gitOU 'dos meios d·e, drcu-lação
l'io da vida republicana do Brasil, no , ra,pi-d.?- no territorio paul"is'ta, e c'hamou
,
,." l",ri'O<do da prúpaganda, prodamação ., para a callital do Estado a attenção
,:.:-':'-~) consolid.ação, PO'Sr~opre-star meu de- dos forasteiros e dos na,cionaes. tor- !
,J)ohnento pessoaL ·Conhecide pert.o o nando-a uma c.idade de llrimeiraor- !
dI'. Bernardino deCam-pos, que tan- d'em,
to me honrou 'e distinguiu Ico-m a sua IS-eU<S auxH-ia:res foram, entre outros-,
Itmizad€, .contfiança ,e- i·m!m-en-sa S)llm'pa- Cesario Motta, A'!.frOO.Q Maia, Rnb-iao i
t.li i'a. Juntor e Jorg-e Tibiriçá, nomes, to·dols
Devi-lhe a escol-ha e pr€ferencia 'pa- cheiüs d·e gl;o-ria pe·lo seu v·alor p,oH't.i-
rncar-gos .pub-licos de nomeação -'e Idle co .e-CÜtmlJ)!eten·cia' technica. RaTas v.'6-
. oleiçfuo; -e, 'no Patronato A'gri-cÜ'la, re'-·· zes um Estado alcança a ,força, o vi-
lH'Lrtiçãoque . ainda 'dirijo a0 traç;-.tr gor e a per,feição. relativa a que S.
. . estas '.·linhas, ,rar-O ,er·a o dia >em que o Paulo attin-g,j-u, 'sob °
governo do dr.
velho e gI~ri-osoc'h-etfe não -ruPIParece.ss1e. B'ernardino de Campos. Os dog,m-as da

'., 1"'(:0 aqui, di~ia sempre, é unu\'esco- ordem e' do progresso, da liberd~'.(le e·
. tt_ de --civilização" Ea.ocrescentava: das,egurança, ;fúram r€'s~pei.ta,!d«::is e
"Nfl'O interro-ID'pa o seu trabalho. r.ro- mantidos, com ,satis1ação -e app·lausos
tna.r-ei ·caifé 'e 'i,r'ei á Commis-são Dire- de todos,
do ra". 'E ·ás Y'BZeS fica va-em m·eu ga;bi'-
Presidente d·o C,mgress<> F'eder",l,
Hp.f~ pül' largos -minutoS' narrand-o ep'Í-
ministro -da Fazend-a, senador da The..
ilOdios republicanos, muitos ainda iné- lPu,bI.ica, o dr. Bernardino- de 'Cam;p{)s
: 'dllos. ,PenSOU1€lID- e&Crev€r suas- ·m-em'o-
sou'be manter ,muito a1to o espirito -da
"J;L·::;; mIDS~S€:llllpre s'em la:õer-es paTa as justiça, a ilmpariCialidadõe ri-gorosa,e
:',.letras, foi adIando, foi , ad.iando,'até sev,era nas, .deciso'e-S~ a -calma:B ,co.n-
'fJlIC ·a m-orte o -e-olh:eu, doe repente, "fiança nos destinos da Patria,enl va-

'-'. dnlltr-o_ de um- autoIDov'el, nas i-mme- : rias ·occasiões d'e tao gravles pr-o-bl'e-
f1i:H~ões do !Oo-ng,resso, quando da -rua mas nac'ionaes, qu·e pareciam sem 80-
dH B-oa Vista, ,cúusultorio ,d'odr. Mu.r- ~u ão.
36

Ma·s e116,' COIID o seu ardoro'S·o amoI' s·em favor algum, era um :d·esses ho-

p,e la Re.p ubHca, com aquelle seu 'pa- mens que rece bem do Destino 'a tarefa
triotismD, oom . aquel1a sua bravur·a • ingrata, mas g.]oriosa, de . acoll"elhar e
n,.s attitudes 'e ·re~·oluçõ13Q, · removeu diri gir hom en~ de um 'paiz ,mIto e de
.
o'bstacu1ós, deu coragem a'Os, des..,len- uma nação aspirante a no-bres ideaes.
tados. mudou e transfor.mou os am- Nunca s'erã esquecida a s'ua a<!ção ao

bientes, c'On>seguindo, a final, que a tempo da revD!ta d e 6 d·e s.e tem bro,
atmosphera agitada, e des favorav el, quand,o se pretendeu d,er.ribar do po-
v·dltass e a tran.quiNidad·e pre'ci~a ·para d,er {) .i nclyto ll1'arecha-l Floriano Pei-
.
as· s-oluções proÍÍlcuas , nobr.es .e paci- xoto. Foi a crise mai-s grave por que
ficas. passou até hoj>e a RepuMi<ca.
E tudo eUe fazia sem alal'd-e, ,en- Uma t empestade d,e rev(}lta varreu
volv.ido nUlua modestia encantadora. o Brasil , e a orde ul .legal nal1 fl~ag:ar ta
. .
pare-cen-do que ellle eTa p'ouco, ·OS <lU- soe -não fossem 'a .bravura de Floriah'Ú
tros muito ; desejando qu'e os 'applau- e Hernard-ino. a energia -e a dedicação
sos e as f.lores fossem para os a.migos tncompal'aveis d ,e Florian o e Bernar-
• •
e ·não .para .<lHe. Grande alma, su:p.erior dino á causa da 1egalidad<l . 'l\odas as
esp-irit o . coraçã;o i-mnlenso! tE quando manhãs, a primeira cogitação dos 1e-
algu.em lhe dizia unia palavra de pa- ga.\istas era saber ·se aquelLes dD's' ho-
rabells. a s ua resposta infalli v('il era mens ainda se mantinham no -goV€r-
esta: "Oh! muito obri'gado; mas no. E quando se sabia que lá estaV'am
e u na:da mais >sou do q U~ U>Dl 'p equeno firmes e em caminho da victoria, a.s
servid or da RepubHca. O r,e gimen é aitdacias cr.es,ciam, a confiança au-
que pr·oduz tudo, por si mesmo. Os n·o- gmentava , ~ a certeza d,o trium:pho do-
mens valem .pouco" . 'minava. Tal <J efieito dos .grandes h'o -
Foi .r ea],mente 'extensa e profunda a m'ens no eSlpirito e animo dos povos,
-influe ncia deste homeln na sorte e agremJações o u par tido.s .
d.,stinos da R ep uMi ca, desde os seus Não seria plo,sstveI ·es-cr,ever a histo-
pri ~11eü'os dias {i-e-lla até -os seus ulti- ria da Republica, durante to.do o tem'
mas mament<:>s deUe. No sil",ncio do po da existencia politi ca de Bernardi-
seu ga bin ete , ou n o bulido da praça no de Campos, S€111 que f{)sse elle o ...

publica ou no ruido das discussões ca- centro de <con ver,gencia dDs malOnes
lorosa.s e violentas, ou ainda na. as- epi.so:d'ios, não IS'Õ :por sua 'pessoa e
sustadora agitação das lu-ctas n.nna- actos, ma'8 ain'<la por ter sid{) sempre
das. o dI'. Bernardino d·e Campos po.s- o . homem da confiança abs'(}luta dns
suia o dom d-e imPTess'ionar, agir, ·re...- 'seus amigos, que, conlO eHe, foram os

~~~::.r :a~:l>o;lla ~~lap~:~:ã~~:o ~;;~,


chete1!, os grand'es chefes d·o .p artià{)
repúhUcano brasileiro ,
. bem em todo {) Brasil, jamais ipou<le . Para m 'Ílm. Bernardino de Campos
v-iver sem os :conse·l'hos· e ·ex-em,pJos de foi grande presid-ellte, grande adm'i-
Pl'\td.ellte. Glycerio, Cam.pos SaHes, 1 nistrador. g-rand.a 'poJ.iti-co, _e grande
Rangel Pestana, Rodrig u,eg .Alves e I d~mocnita. 'Patriota ,p'erfieito, cuja vida
He-rnar-dino d€ Ca-m·pos·. Mas, a v e rda- 1_ é Uln -exemplo de Simplicidade ~ pun~-
.
d e é que o ultimo era Sempl'il Duvido, za. Não é D pode·r , mas acon.. tancia
e a·s s uas d-ecisões a'c atadas, pelos, o~ ­ .nos ·bons "no·bre.s sentimentos que
tros. ·Sua asc=endencia f.oi notor iaem fÓl'ma os homens, s u,poe.rfores, disse D

i ~:i~~:~~I!~;~P;::~eC::m:~ l~::mSei~~
tod os os meios republicanos e em to-
d8is aos cri's'e s do ne'gim~en. Por.que?
P or que ' o dI'. Bil'rnardino de Campos, I cer{) ad-m,irador. Nos .ultimos te1m'pos
• ,




37

(11' sua utiHssima -exisoo-ncia, vi'-o -qua- ção ,monarchica. Ulti'mah!:G?üe, inCOln-

l 'Hle ,di.ariamente. paUb-iHsada pel a e.egueita com func-


I~; SCN>/VO, 'portanto. estas notas á sua ções de maiores responsabUidades, nãl}
.
h\ ;.lgra.phia ·co-m 'plell'Ü' . conhecimento era ma-is que ·s enador estadltaL Não
li, · pessoas .e facto-s. fa1tava ·á s s essões, se'n ão :pO i' .:notivo
l~ a{) terroinal·as repito as pa-lavras de força 'maior. Nunca foi .propria-
,In ~abío: "1\ familiaridade do ho· mente um j.ornaHsta lnar.;' ·es·cr'e via bem
J

hwm superior exaspera, porqur, não se e antigamente não raro distinguia as


Ih' a. póde ret'ribuir". coJumnas do ~'·C orreio Paulis tano" com
I "I}r oBcasião d1l 6ua morté a 18 de artigos -de doutrina 'e :pole-mica. •

J:u,eiro de 1915 1izeram-se soIemnes ·e Agora, não escrevia , mas se era ne-
itH lHHl,entes ·demonstrações doe· profun- cessarío, dictava, principalmente para
do pezar, ne llas t<>mando parte apo· d,efe n·der-se de algum ataqu€ <)·ontra o
rl\lla~ão , da Capital, sem distincções de qu'e tinha feIto l1'ÜS cargos que oc-
1 ·. la ~:s (~ s. partidos e nacionalidades. Seu I cupou. Não d e ixava pa.ssar se'm res'p os-

!,o r po foi sepultado no oomiterio da ta aggressão .alguma qU1l a merecesse.


C')lI s olação, onde s e ergueu m 'onumell- Dr. Bernardino de Campos formou-
I lunerario em sua honra ·e mema-
(I
saem direito p'ela Faculdade de S. '
" ;' 1. O monumento ,foi feito por S'ubs- Paulo , em 1863, contandQ 22 annOs de
"'" I [l'JIO pub1ica em que tomar am parte idade, d,edi cando,se á advoca.cia. Ca-
1\ Il~.sta-do, os mu:uicipios ·e Os amigos sou-s'e em 1864, s·endo eleito deputada
· d" pranteado estadista. O mausoléo é provincial pelo llar tiu<J republican.o,
· 11'" beNo trabalho artistico do eseul· em 1888, Pr-o'clamada a Republi ca foi
·
1'1M Julio Starace , "O EstadQ de S. o dr. Bernardlno de Campos o ·p rimei·
,';t' fW!O': ·8Jm sua ed"icão de 19 de janeir-o ro chJefe '<Ie pol,
i cia .do regim en , a o or-
· i
0. ,",11" í !Jl5 pubIi-cou () seguinte arUgo : i ,ganisar-s-e ·o governo d'e-ste E stado(};
I 'ele'ito 'deputado ao Congres·so 'Consti-

tuinte, foi indicado 'para represe-lltar


S . Pau,lo na oo-m missão dos 21 con-
gressis ta-s en carr:e-ga,dos de da::: ilarecer
sobre a constituição. Em 1891 foi elcl-
to preSid'ente da ·Camara. Em 17 de
(j(~ g .:Üento·u a cegueira que .para Qu- maio d e 189 2 foi eleito presidente des-
é a morte -em vida. Já eracégo, , te E s tado, tendo Wmado posse 'do car-
o.

UH. ndo ::s-e impoz ·ao paiz a eandidatura I


go e m 2·3 d e a gosto d<õss1l annO . Tendo
marechal Hoermes da F{)~ca. sido el€Ho se nador e m julhO de 1896,
Ningu-em a cOTIlba t en com mais ar- d.eixQu deex-eT·cel' {} mandato 'p ara ser
1' , n i:ngue·m 'Se .reve:lou tão moço -e: I ministro da Fazenda, de 20 de novem-
\! i ri} no -protest'O na-cion3tl, que -fe.z bro d·o re·r erido anno .a 15 de nOvem bro
li lI" trium-phante das urnas livres o de 1"898. R eel-eito sena·do.r em 1900 e
. I":10rioso de Ruy Barbosa. presid.ente do ®stad·Q em 21 d,e maio
i.'o l d o
n as vezes presidr.nt l~ d-o Esta,- de 1902, 'exer,ceu este 'ultimo cargo até
p l"esidente d·a Cannara 'd<>s ' De'jlu- I 30 de abril 'de 1904 . Em 1869, fez
da Uniã,o, ministro da Fazenda, parte ·do grupo qThe fun.dou o partido
i rlo~' federal. Quasi chegou á ,:ore- radi<)al na então província de S. Pau-
. (,ia da RepubHca, quando e·l-ei to ]0 , .co<m Prudente de Moraes·, Campos

'~ ! IIL,:,elh'ei'ro ' Af.fonso Púnna . Sal.les , Fr.ancisco Glycerlo, QUirino dos

., OJ';~ aniso'u em Ampa1;"o um (los ":uaJs Santos, Jorge Miranda, il'ibiriçá, Ame-
. ~~ I"e.ductos de combate á illstitui-
.
.'. .. . • "'C; ~

. .'. < r1
38 - •• .•,

"l
'j
tros que perteucia'lll ' a·opartido lIberal nardino eHectuou o accordo fi-na;ncei- '

historica. 1'0 (fund·ing-Ioan) d" 15 de junho d" ;
Foi sob sua presidencia que se or- 1898. C(}m'Ü senador, o dI'. Berna·rdino
·
ganisou em S . Paulo o ensino primaria, de :Camp(}s fez ;parte de diV'ersas com- :
que se em!j)·r.ehend·er.am as obras de missões, inc,lusivé a d~ ·F inança e de 1.
6aneament(} da ca'pitaI, Santos, -Gam- Orçamento, de que foi relator. Foi í)
. J
,pfnas e o'utras cidades do interior" as memb-ro da commio>são ,
do Senado en- .
~

obras d., 'e mbell€'Zamento ·d'esta capi- carregada d,o estudo do projecto do '
1
tal. codigocivi·l. Deixou, em 3 d,e juIho d" 'i
.~
.Ne.ssa ooc.a"s;ião. 1893, o governo :da 190.2, a eadeira ·d·e se'nado.r ,para assu-
Re"pu,"blica este'V-8 a .b raços ,com a rev·o~
luçã(}, prestando~lhe o dr. Bernardino
mil' novament'e a presidenda de S.
Paulo. Na sua segunda administração,
II
·5
de Campos eff!caz collaboração, já cui- poude (} dr. Bernardino d'e Campos· vêr ~
dando da defeza de S'ant(}S, já or.gani- amor.ti-za<ia a dividapul>lka int'erna e
sando a res"lst-encia ·na 'Ír(}nteira do Pa- externa, reaHsando ai-n-da apreciaveis
Ta;ná e em . todo o littoraJ .do Estado. melho·r ame ntos.

Durante a revolta o . dr. Bernardiuo de Ultim.amlent" o dr. Bernardino oc-
·Campos sempre se m-o strou :i.nfenso ás 'cupava ,
uma ca-deir.a no Senado Pau-
prisoes de individuos apontados COlno ·lista, e:x-erc-en-do tam·bem o eargQ. de
conspiradores e a outras medidas ex- ;presidente ·da eOommissã,o directora do
cepcionaes' qu e foram executadas, di~ Partido RepUblicano do Estad<:.
rectamente , ·por a g entes do governo fe- QU'eSião de 3 d·i as atraz, i'sto é, 15
deral. ou 16 eLe janeiro d'e 1915 q'ue o dr.
Ao aS's um·ir o cargo d'e lninis,t-ro da Bernardino ·doe Campos vinha sentin-
Fazeuda, a instancias de Prudente de d'o~se inco.mmoda·do, t,endo até pensado
M-ora1e:s, Manoel Victor·i nü ·8 outros an- e · m .f ·i car ~e·m ·casa, ·em r-epoUlSo, a-fi:m· ;de

tig·o,s eompanh·eir·os de' 'propaganda, tratar-se da indisposição que o incom-



trabalhou O dI'. • Bernardino de Cam- m(}dava. HO'ntem v.eiu á cidad·e oe quan-
:p os para y .erlficar a ve·r dadeira situa: do volta-va ás 15 horas', mais {lU menos,
çãa das finanças do ,paiz e os' compro- á sua ·casa, e m ·companhia de seu se-
missos do ThesouTo, bem -como os re· . cretario: particular, sr. Alvaro F errei-
curGOS c(}m que ,p odia -contar para sa- ra -de Abreu , em automo-v·el , Joi brus'Ca-
tis.fazel-os. Para m elhorar a: a-ng-ustiosa mellt,., .acilmmettido de ·um desfaUeci-
s'ituação eco·no·mica de, então, t(}mou dI' . mento. Todos os ·es.forços' medicos que-
Bernardino divel'sas pr.ovidencias, co- braram-se ante a agonia que ·se apo-
mo sej",m.: a) .tratou de demonstrar a derava do iHustre homem:
.
' .
nece.s·si-d-ade ·da orgalusaçao - .
e·cono-mICa
. Falleceu,

pois, no dia 18 de janeiro
do paiz em . ·suas verdadeira·s l:Iase\S; b)
de 1915 .
.promoveu medidas 'p ara (} equiHbrio

o~çamentar,io p'elo augmellto da reoeIta
Com;pareeeram a ·sua resjdencia,..
probidosaroentearrecadada, com ele- pess-oa'5 de sua >família, amigos -e as
vação dos impostos e ' com o emprego mais a'ltas llersonalidades do Estado ,
das .mais sy·st-ematicas econ-o.m-ia-s, p~ra civis oe ,mHitar. e s. •

dj'minuiçã(} da deipeza pul>lica, oool>re- Tem'l reramento de ·f·i bra tão a'c oon-
tudo em ouro . AMm ·dessas moo,i das', o tuadamente combati,a, "ncontrau ;pe-
dr. BernaNllno de Camp(}s tratilu.de- lo c~minho., que per.correu, -m uitas e

realizar 'Outras, i'm ·p ostas -p elo mome-n- ~rand·es ·h oot·! Udades'. Em compensação,
to. criou amIgos e admiradores fervorosos
Para pôl-as em execução, o dI'. Be·r - e morr.s e€rcadod~ ,dedi-cações, qU1'> a
.'. '. .
.... .. .. . . " ':- .. .. . , ····· .. .. ', ·", ··' ···.. -':'--: :· ·':;':·':\ i ·.";:·"i_ ,..:'" ':,~, .::. -, .':i"',' ,·· '.' ';
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..' '

39
.
'·OtT6('.çâo do se u m-od.esto v,iVler dia a lista ·por vua-tro vezes, sempre no dia
<{lia ia augmentando, que a sua ;n,dole 7 ·de abril de 1893, pela primeira vez
~ (~rviçal cu-ltiv-ava ·com carinho, e que e depois na mesma data em 1894 , 1895
(I. pe-r eunte a'ID\enisda-de do -se u trato e 1896.
111tD-Ca d~i-xou eSlm-oreC'er. Para bem se julgar do que foi o fe-
A sua carreira política, COlDO a de cundo quatt:iennio, por assim dizer

lodos os seus -coIDpanh·eiros. foi e ha inaugural do regimen republicano cons-


U" ser diver·s amente julgada. porq'u e titucional em S. Paulo , abaixo •
se re-
nã.o _é possivel que reuna unanimidade produzeln as mensagens presidenciaes
de suffragios quem surgiu para a vida por ordem chronologica.

pub-lica em época tão agitada e tumul- Srs. Membros ' do OongTesso de S.
1.1\>08a. .de correlltes tão. apaixonad84'l" Paul·o.
Nessa carreira, porém, ha trechos quoe DeposHario das attribuiçõ€'S do
s e imp~m " admiração geraL Não te- Poder ExecutLvo deste Estado . .p ela
mos ·esrpaço.nem tempo, para do- :. indi.ca~ão do suttragio popular, cab'e-me
(:urneI!tar abundantemente a nossa af-
firmativa. Docum'€utO's não fa·ltariam.
o ;:!",ver d€ occu par a vossa attenção
,com os negocios pubUcos, rel ativos ao I
Outros já os trouxeram ao publico. pel'iodo decorrido no intervallo das
Talvez haja mat s tar.de que m conve- vossas reuniões.
..;,
ll'ie ntem ente os d.e.sen:volva e elucide. A expo'Sição com que me foi trans-
porque é de esperar quealguem eSCl'e'"- mi.ttid·ooGov'erno pelo illustre vice-
Vtl um dia a histo r ia -destes :vinte e cin- pre,üdente do Esta<io. o honrado ci-
,
(~O annos de l:epublica,elu ·que o dI' . .1 dadâodr. José Alv€s de Cerqueira Ge-

Be rnardino de Campos foi figura de sal' , já vos tinha dad,o suffidente co-
lanto relevo. . n-h-ecim<e nto ·da sua feeunda e correcta
Lembrámos apenas o primeiro ,pe-. ad·ministração.
riod,o pl'oo,jd'€.u·cial do dI'. nemardino Nos r.81latorios d-os dignos secretari os
·rle Cam.pos no nosso Estado . d,e' Estado, que me f·oram apresenta-
Outros servj ços. não tivess'e presta- 'dos e que v·os s'erão I8ntregues. ·encon-
de; a S . Paulo e á Repubolica e pres- trare-is copiosos ·e utilissim-os e lementos
1.'Ü'u-:-G-s s6 aq u·eB'e f-e-Uci·ssi1m o qua- que vas hablUt.arõ,o a form",r 'juizo
lri·e nuio bastaria para que o seu nome completo e seguro sob.", a vida admi-
.
perdurasse. por muito tempo, com..<> nis trativa ·e go.v'e l'na'mental.
·"xemplod'e traba.Jbo, doe. 'p·atrioüsmo, In1lP·nrtantes re·positorios ·de infor-

de ·firm eia e de tolerancia. na ·m e mo- Inações <8 dados valiosos. os r.elatorios


ria e n a gratidão dos re.p'ublicanos bra- das Secretarias, acompanhados de an-


s·i j'eiros e -dos ·paulistas de todas as nexos, cont'endo as '8x·p'o sições· par-ciaes
cl"·e-nça s" . das · varias .e numerosas t"e.1)artiçõe8 en-
• carregadas d:e y.erjifíc~r e -realizar a
• • acção do Governo, apresentam. sob
agradavel e animador aspecto, a admi-

Dur.ante a. sua primeira .prBsidencia nistração do ·E stado,e eu peço per-


que rol bril'hantiSsima e durante a ,m issão para assig-n alar aqui a precio-
qual se lançaram os soUdos alicerces ,;a collaboração trazida ás funcções do
"obre que a Republ-icaergueria a Governo pelos ·d!stinctos s~cretarios de
nsta .construcçãopolitica que é o Es- . Estado. •

I.a do de S. Paulo, o dr. Bernardino de . E' -cerlo que a pha&ede or.ga·nização


Camoos dirigiu-se ao ·Con~resso Pau- . nue at.raveS\.t;amM A-RVO).VP,: O$:' nronrio.~


-40 •

apparel-hos IpO'lit>coo destinados a con- Para garantir ...lhes estes bens ina-·
soUdar O novo regimen e a aguardar ·preciaveis, é bastante que não tirem ao
e ·imp-el!ir o pr'ogresso social: dahi Estado ,d.e 18. Pau:Jo as ·con.dições que
o impr,escindivelsignaJ -de ensaio, de já p-ossu·" e que constituem os car acte-
inidação, notado em. muitos serviços, ristieos de s ua indole paz, ordem',
de hesitação que traduz as ·a pprehen- trabalho.. ooonom!a.
sões e os cui-dados de quem abre sen- Assumi o Governo POUCo.S dias ant<l9·
das ainda não trilhadas . <:Ia elBição municxpal, primei-ra 110 actual
.Tm:portan~issi.mas as .funcções con- regimen, ,e,mexecuçã<> ua ,lei que orga-
fiadas ao Estad o. pela Constituição Fe- nizou os municipi,os no Estado, ·e im-
ileral; enorme a responsabilidade dos portantissima, jã pela fundação . em
eX'eéutores; ma·s grandiosos e fecun- baseelectiva da autonomia mUllici-pal,
dos os fru ctos já colhidos e ainda mais já pelo. caracter Po.lítico. que lhe qui-
os que a1l futuras mésses nos' promet- zeram dar os adversarios da situação ,.
tem. resultantes da plenitud'e d9 func- que se ·congregaram -por toda a parte,
ci-on 3Jmento do sabio regimen B&colhido
,
ligando-se todas as agremiaçoes , e in-

pela Nação, exer.cttando~e norma!,men- dividualidades divergentes dadirecção
te no \Seio da paz e da tranquillidad'e, governamental, . para dis.putar os car -
-transposto o lnomeuto -critico e!m que go.S municipaes no pJe ito, que corNU
s e opéra, desde a superfieie até ás pro- animadissimo, mas .liv.re e tTanquilla-
fundezasda vida socia l, a substituiçãO mente:
-das v,elhas 'pelas nova·s fórmulas. E.ste fa.ct-n, ,e m contraSt8 C01U o pIa-

O qu·e é', ·0 que ·contéme o que se no de abstenção antes seguidO, com a


dá aes·p erar. di.l-o d e si, eloquente- cir-cRmstancia d·e serem as !mesas elei-
mente, a instituição Federal no que já toraes co.mpostas e 'organizadas insus-
ha -realizado ' nBste Estado e ' facHmen- peitamente pelas au ctoridades munici-
.
te se colhe da 'IBitura das peças oHi- -paes eleitas n<> anterior regim'Em, ·d~- ·
ciaes que entrego ao vo·s soexame_ ram extraordinario relevo á victoria
Vereis a'hi renasoere agit ar-se a vida que, com !poucas excepçõ-es, obte-ve o',
nova, em mil valiosas manifestações. Partido Republicano nos muni.cipios do
São as eneÍ"gicas exigencias de n e - E stado.
cessidades, ·desde as mais e lBmentares, I Verdadeira consagração outorgada,
da vida ·e da civilização, até agora aban em so-lenn e suffragio, ao regi.men crea-
donadas 'pelo. feroz centralismo abso.r- do. lIrelas c,bnstituições federal e d<>
v-ente, qu-e ,encontra.m o seu .c-u rso na- E&tado, seria, s·l f.OOSB n'ec essario, a
tural, desenv-olv;em-se, regularizam-se, ratificação inconcu s·sa c1as eleições an-
satisf.azem-se ao fertll impul,so dos re- teriores, verificado. ,COlDO ficoQu, que as
cursos e 'Tendas ·que o nos·so ·meio pro- absten{;ões ras u'l iam do reC(}D hBCimen-
porCiona e offBreoe, mas que só agora to .dB se a charem em minoria os q·ue ·
são. applkados em beneficiar e engran- I se o.Ppõem á ord em de cousas vigentes.
decer as ,forças que as pro.d územ. i Co.u'b e-me a m.issão de executar a
-Ca·da vez mais se confirma que . o .! lei da · organização jUdlciaria, a ·de of\fi-
actua,l r·egimenfornec·e ao Esta'do os ' ei'os de jU'stiça ·e sua ,rBgulamentação,
-mais amplos eefficazeselementos de a's slm 'ç o,m o .o p'f ovimento dos l'eSll&C
4
'

felicid'ade e riq'ueza, em pleno goso dB



! tives cargos.
uma esplendida civilizaçã<J, desde que Enco.ntram-se no r elatorio da Se cre-
a sua actividaüe se desenvo.lva pac!-
_. 1
I t aria de Justiça ·oS acto's concernentes
.
.
'." . .,
. , ", .. . , , ' ," ." . ....- . ... ,
.. • ,'"• .•

.. . ' . " '. - .
.. ' ,

41
" •
(~oüigos ,civ.i-l e -criminal com jurí-scon- dições hyg-ieni-cas dos -divel~:5-0':: ~:1 Unl--
• •
1<lIll,o·s a;balisados, obed:eoendo a() vot{l ClplOS e cida'des do .Estad'o. ,Já o meu
kgislativo. 'Ser-vo·s-á s ub<mettid·o o do Hlusire al1t8'CeSSor havia inicia·d o ~-ér ia
processo criminal, "que está conc1uid,o campan·ha contra a s ·epidemias que ul-
() publicado, tendo sido affecto ao exa- timamente affligem a nossa popu la ção.
Hle de uma COllilUissão que sobre elle 'Tenho sido
.
°
.execut<Jr ·de sábias re-
(fcu pa recer. soluções, que cO'! lfiaram a altas compe-
Constituido o po.der j udIciario, ·s<>- tencias &cienUfi.cas O ·encargo d e ela-
gll ndo as nórmas c-o-n-stitucio-naes·, en- borar planos systematicos e e.fficaz-es
t"ou em funcções regularmente, obser- ~ara debeUar a inv,"si'.o :period.jca · do
\limão ainda as regras' processnaes an- terrivel flagello em a·lg uns -po·nto·s do
lI/.:as e ·captando o res peito e a con- Estado. Além di~S<J, com o (;oncurso
fiança geraes. das -luzes e da apU.dão sei,enüfir.:a -do
A <Jrdem.a tranquillídade ·p ublica e digno secretario do hlt.erior , muitas
" segurança individual têm sido rigo- outras providencias têlll ,sido to,t11'adas
!'ocamente mantidas. Uma ,organização pelo Governo,. avultando, entre· outras,
"
policial forte, que se B;J>8·rfeiçôa dia- a dos proce s,sos de desinfe.cçã-o, por
I'hl1nente, aoses,f orços intelligentes d,i) mei{l de ap·parelhos adequados ao r.o n-
lUustrado e pat riotico cidadã{l a .quem seguimento <lo fim d.ese>jado. mon"9."do-
foi -em .bôa hora .entregue a sua di- I se para iss-o uma l'epal'tiçã.o propria.
l'l 'r:ção, garante ·0 direito a todos. A execuçã.o rigoros·a desta. medida tem
·Cum,prin:d·Q a.s vossas determinações, dado -re,sllltad os benéficos. e, o;:; dar·á
de,i a organizaçao prescripta aos, cor- Dla.is completos, q'uand--o runcci-on are·m
pos da força 'policial, .q ue, corredos e norma1mente as -pOderosas e -com:p'l~tas
disciplinados, sob o commalldo de che- instaI1ações que a administr;;tçãú t rata
-ros competentes. prestaln relevantes dB estabelecer .
p,')l'viços á causa publica. Deu-se natul'a·},m'e nte a ccJ:ê'Scim o e
Chamo a VOssa attençil.o para que ° aperfeiG oam , ~nto á assistel1cia pubtica,
0x'põ,e relativamente a varios assumptos ao h,olan1ento e tratamento dos conta-
.
da ,maior 'IDQnta,o IUlninoso relatorio g.ia.dos ,e a tO'dos os vari-os· e <!om'p li-
<lo distin.. ct{} secretario {ia Justiça, prin- cado-s serviços annexo-s.
cipalment e quanto á crea.ção ·de asy · F11l1daram-se, d .e accôrdo
los correcionaes ·para menino-s , quanto (l Instituto Bacteriologico, e os iabMa-

ao r.egim;en ,peniten ciaria. :.í detençã.o e torios chimico e phal'lnacElltico. nan-


eadeias, e ,á manuten ção das forças lo- do-se-Ihes o lle,c essario regula m e nto.
{~llBS. Os ]Jrilneiros e~tão sob a dlrecção dos
E' 'e x-cusadQ en-care-cer quanto inte- espeeialistas contra.ctados no Bxtrv.n gei-
r c~sa á sociedade o afa.star a juventu- 1'0 , e o ultimo so b a do me, mo a nt.!go

de {lo c<Jntágio do vicio e do crime, e I ·d.j reeto-r.


[, !'ehabilitação <los d<lcah.i dos pelo am- ln>ciou-se a creação do de hos~l<::io

J)UO aus.tero € repar ador .do traba'lho alienadÜ'S, -d e ac-côrd·o ' COlll as nór1mas
il ()Xenlp"lo 'e m a.brigos conV011 ienteluente acc€H.as e ,co!lsagra.das na opiniã,o dos
competentes. In'fe'lizmentB uão oé ooss,i-
di rigi-do:s, ,assim co-mo urge dar \ápri-
ve'l realizar e.m pou·co tempo a v·a sta
-
';;\.0 dos indicados e á penaJidad€ o
-c:aracter corres-p ondente áJs exigencias' e custosa obra Q.·ue deve acu.d·ir, c-omo
d" .clvllisaçãoe ·da s.dellcia . remBdio efficaz, 3.0S que soff.r em de
.ff-em .(!-O·l n razão al)iSorvi:d.o granue

molestias mentaes .

42

{ermo-s recol'lüdos ao h.OB'p-ital existente, i é um dos seus primeiTí..'s e instan-


ao qual ,fal-ta'm a'8 m-ais €,lem-entare:s tes deveres a pol-icia san.,itaria local.
,condições para u-m estabelecimento de A sua inercia ou fraqueza· póde des-
tal ordem, a ,despeito da s-oUcitudee ·faz'er ·OS mai'S sabios' e ,cust:osos pla-
-d1e-di-cação- do seu dir-ector e dos seus nos:.
'medi,cos. Ha neste Estado 'exe-mlp.lo el-oquelu-
'.
Apesar da im;pro,priedade da casa, tissi-mo die que os .esforços doe tod.os,
estão alli reclus.os aUenados em ll'u-me- inteHigente;mente ,combinados; - re'atam
ro lS'Uper-ioT a·o duplo de ·sua capa-ci- o curso da vida e do progresso e.m ci-
,

dade. dad·es que par-e.ciam condremnadas'.


Acham·s-e em·con-strucção nesta Ca- A i-nstrucção publicaattrãe, na pro-
pital· 8 em varias cidades .d-a Estado porçao deyi-da a tão elevado a'ssumpt-o,
,

hospHaes de isolaim'euto para -enferm-os as vistas e os cuidados do 'Governo.


-de müle-stiws contagiosas, tendo já func:'" Ex.ecuta-se '.a, ilei -qwe' r€'Íorm:ou o
,

cionaldo \''1 ,de ,SanitO's, regular,mente. systema de.ensino, tendo - sido elabo-
Na Capita.Lestá -em via-s de 'CO!lJStruc- -rado o seu regulamento.
ção um ,(lesinfectorio c€'n-tra.l -com to- A ref·arma. d'~' gra-fúfe ã,kance e lar-
das a.s accommodações e accessorios gos intuitÇl'8, -ere,au· um -r-egimen vasto
correspondentes ás necess-idades do ser- -e com'p,lexo. -co-mo era natural.' depen-,

V1ÇO. -dente -de -es·p-e·cial acbndi-c1onam-ento-,
Ta-rnhem se -des·eny.olve- a .cultura da para que" pàssa produzir os· de6'ejados
'lympha vaccinf.ca, devendo ·em pou,CO res ",1 tad-os. .

eon-str-u-ir-se Q -edifício proprlO, nas· co:n- Não é- fa-cH. nem é tarefa :para pou--
dições devidas. co te1m·po, -dar vi-da. pratica -ás institui-

O estado- sanitario, no ulti.mo verão-, -


ções auctorizada-s ,nela rert:PT-ma, fazer
,

funccionar devi-danl-ente -os differentes


,m'anteV8---se bo,m. :não se havend-o de-
apparelhos do seu, complicado organis-
senv-olvid·o epide.mkam'ente <f-ebre,s -de '

mo. Entretanto, para esse grandioso


m'áu ca.racter,excepto e'm Santos, on-
emprehendim-ento, volta-se toda a de-
-de tiveram grand·e i-ncr·emento.
não
dicada bôa vontade dó Governo.
tendo-se apenas manifestado a vario-
Effectuou-se a reorganização da Es-
la. com intensidade, em - varias locali-
cola Normal da ,
Capital, segundo o ty.c
dades.
po ,da lei. Não 'f·oram ainda ·creados
No andam-ento em que vão as obras o curso sU'per-i-o:r das -escolas, os gym-
em -exoe.cução, com a acqui,gição de ma- na-siüs .:e as' outras es-C'olas 1J,ormae's.
cuinas, a'pparel·hos '8 utensiUos e com- Não funcciona tambern nenhuma es-
a actividade da Directm:ia de Hy.giell'e caIa c-omplementar. ,

e da-s repartições annexas, -ac~har-se-á _Exp.Hca-<s,e isto, considerando .q·ue a


o Estado prevenido, dentrú d'epouco lei "foi .prom u-lgada e re-gu·lam'entada em
te.mpo. ,para 'g-arantir a saud-e publka, fi-us ,do a.nno .passada -e
qu·e, -em p-ontos
n~ 1-imite!S das suas attri,buições. Não ca;pitaes, depende sua 'execução do Con-
serrã, porém. i-sto tastante p,ara satis- s'fl1-ho Superior d,e lristrucção. que só
faz-er a. tu-do quanto é nec-essario,e ag.ora se in'St",Ua. ,
qualquer d1efi.c"lencia poderá ínutHizar Além disto, 'occo'rre a; .falta de ,pre-
-os" maiores -sacrificiüoS.
E' indispensavel a acção publica e
particu-lar 'barmo,nica e conjuncta. ,

Sobr.etud,o, <é essen.cial , - que as cama- da l1ãose fundou a Escola de Enge~


:ras municipaes se compenetrem de que nharia.
' ..' . " ". , " . ..... - . , " . , ." . ""~
'"i' ... ,. ,-.', -

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.. . ,'.';'". : "," " .. " , , . ' ... .
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-- ,. .'

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43 •

.. '
-... - -
j': JI',/I)'itrareis. bem elaborado
110 r~- não .p odem 'S'Sr adquiridos -COIm , ,a 'pr·e·s...:
--
In I ( 1 1' irl e anÁlexos da Secretaria -d·o In~ teza 'desejaveI.
1'IIJ' ior in&orma"çães.' -com,pletas sobre esta Entregue, -como está, a e·m presas par-
.

l!<Ir l ,' da. admi·nistt:a'Ção; e . para o que ticulares a nossa viação ferrea, ao Go-
!L,h i (. ~:,:x90sto e submettido ao vosso verno com pete a fiscalização ·do cum-
jlll,:; llil{:nto. peço toda a vossa atte.n- primento e observanc-ia .dos contractos
()iI (I dever este nao d'e s.curado.
i'a.ra dar-.vos conheci'mento cabal -do Têm bd-o -ex·ecução as ,leis que man-
..<':::-
-' -
tpll ' l i ;1 feito e ' do que 'Se acha em pro - -
daram abri r estrailas de &. Sebastião
,.... ... .
ou em via de execu ção, na parte
,!«,\dq ás raias de Minas, d~ Cananéa aI} sul
- -
-.... c. .
t'Hlill iva á. ag"ricultU'f'a, á industria e" ás do Estado e do rSalto Grande á mar-
0,_0......
-- -'-' !!d l r ;I ~; puhIi·ca'S. im)!l'ortallti:ssimos ~de- gem d o Paraná_
,~ .,:- - --
;'-:c.: IlIlI'l.a. m eilto& do t~~balhO'. vastas oUi-
~:_--;
. As exploraçõe.s contractadas das pri-
?:
-, .
dn:J.s · que em - $e
elaboram as riquezas meiras estão s-endo veri·ficadas; e a
?:::
;: ,.•.. ...
pud,nr iaes que dispõem :O IDstado aos ultima está acar.g.o d ·e uma tUflm·a de
·emprehen-d.im'eutos, . no engenheiros, acompa nhad-a de um <.les-
o
::_,Y - rWIIUd o do ·seu 1)r-ogresso e civiJisação, tacamen t o de força pubJ-iea.
:<, -
Iw r:", .su~fi.ci-e nte entr-egar ao vosso ·cri- E' digna de exame a situação agra.-
. ! 1',l"Ín;:;o exame as conscienciosas e exa- davel e ,prospera dos nucleos coloniaes
i' ! ll:-: exposições ,constantes ãore-latorio do Estado. Vivem ,f elizes nesses agru-
lto digno secretario. de -Estado da Agri- pamentos m.ilhares de colonos de dif-
. --
(:1I1I.u.ra ' e d~s. cllefes das repartições Cerentes nacionalidades, entregues a
,
- --- (11' li e d-evell d-entes. var.iadas -cuMuras, funda:ntdo. em con-
r~,omlpulsando ·a . vida rnaterial -dO' E s'" dições lisonjeiras, a pequeüa proprie-
1.'11rio. , vo's 'co.m:penetrare.i s, ,a inda mais. dade. e abasteceoo{) -os mer.cailos' de
- dI' que ·são bem 1undadas as espeTan- grande q'uantid-ade <le generos alimpl\-
{.:lI S depositadas na pujança e vita-li- ticios e outra-s p"l"oducções.
,
->
(la·d.e das nossa.s forças naturaes, já Hão resultados adquiridos de sábias
-- -
hom erJcalni.nh.a,da~t ·e apuradas __ pell a previsões e trabalhos anterio_res, qqe

lI'pphcação dos pr.oces·sos illdustriaes '6 augomell ta m o patrimonio das -conquis-
providencia·s ad-equadas ao -seu d-esen- tas r.ealizadas e ;(}ue conv-e·m desen-
volvimento, s Qb -o a-m :paro .d'Ü GovernQ, v·o.lv-er e .fomentar.
- d H poderos·as em,presas', da a·ctiv·idade !Tor'na-se cada v,ez mais urgente a
Individual .e de apropriadas installa- elaboração de uma lei que regule a
<;(,)es de nlachinas e utells ilios. posse e -p ropriedade das -terras' pllbli-
Os obsta-culoo 'mais gra.v-es -que- na oc as. tendo em vista o novo regimen

ud ualidade -embaraçam a nossa acti- constitucional e "a phase de transi-
v'ida de, pooem res'umi-r-se indubitavel- -.ção .. do dominio ,da Un-ião para ·0 do
m ente na carencia e deficiencia dos Estado. assim co,m o as concessões a
m-e}os· d·e tran.:sporte. que -tê m direito os Voluntarios da Pa-
A s olução da. -desast.rosa e prQlon- ' tria. Usando das auctorizações legisla-
ga:da'crise, ori-unda doa incapa-cid·ade tivas, O Governo contractou com a So-
,d as vias -de ,c,o:mmuui.ca'ção. não é as- ciedade Promotora da Immigração a
't.mpto e"tranho ao :Governo, que lh-e introducção de trabalhadores em nu-
ha dispensado todo o -seu esforço. ·m ero ·e condições cor.r espondentes ao
E ' -s a-bido, por-ém. q'u~ os {-a-otores que fôra prescripto .
-
pri·IlCipae.s para '0 resta'b.eleci-m-ento d·Q Continua em andamento o mesmo
l}rompto.e facil trafiSjporte. novas e systema até ago-ra -segu-ido na -execuçã-o
'~l1stosas obras ·e avultados materiaes. deste serv-i ço ..
,

44

No respectivo relatorio enc{)ntrareis 30.884: 490$303, .sendo a ordinaria de


,o s preciosos esclarecimentos- rpara as 18.559:061$1'39,-8 a extraor<ünaJia,
providencias que de vós dependem, no ,p or creditas especlaes e amortização
intuito de alim€ntar-se €sta fonte d e da divida, de 12.325: 429$164 ,

bTaços para' a nossa .p rindpal indus- Esta parte da 'despes a foi absorvi'da
tria. co·m a enca'lllpação dos ben-s da Compa-
,

Peço .que torneis em consideração nhia Canta.reira 'e IDxgottos -de S . Pau-
o que, attendendo aos ..vitaes interes- lo. feita de accôrd'D com 'a lei n. 62,
ses do E&tado, vos expõe o relatorio d e 17 de Agosto ·de 1890. com °d'e -
do illustre secretarIo d'e Estado da senvolvirnento dado aos· seTvIçDs a car-·
Agricultura ,e Obras Publicas. go dessa empresa, com a orga nização
A dil'ecção financ eira <lo Estado está de assisten-cia publica, e -outros, e·m exe-
confiada á perícia e competencia do cução de disposições legi~lativai3 .
illustre secretario dessa reparti-çã·o. O excesso <le 4 .951: 189$104 . attin-
E' liJs-ouJe-ira e fl1teiramente tran- gü}o pela d espesa ordinal'ia. com re-
.
quilhzadora a situa,ção .flnanceira do lação á importall.cia f ixada na ·lei do
Estad'o, assignaJiarrdo ° eX€lrcicio d,e

orçamento, foi determinado, por cau-
1892 a 1893 os mais consideraveis al- sas que não podiaUl seI' previstas pe-

garismos que têm sido produzidos pela l o poder legislativo, corno ?,~ apid.e- <


arrecad ação da~ rendas ilublicas que mía.s que reinaram co-m inteIl.;3idade em
lhe cabem. dif.fere·ntes 'pontos do Estado n o ve rão
Segundo o balanço do Thesouro ; foi antepassal(}o, e que l'evaran1 a um a. ci-
a receita, nesse p-eriodo, de ....... . fra elevada a verba ·destinada a 50'c cor-
38.478: 115$792, para a qualconcor- rOs publicas, o augmento de porc·e:nta-
r eram as reu'das orçam·entarias com a gens, proporci·onaes á Inaior E,r rE ca-da-
iill1Portancía de 38.105: 280$542, e as ção de impostos, e as diffel'er.ça;:; de
extra:ordinarias, provenientes de opera- r.alnbio no serviço da divida ~x~ e !·na,
çõ.e.s de -credito -e outras parcellas. com no paganlento de passag-ens a immi-
a de 372: 2,27 $2 50. verificarrdo-se ter a g rantes e na aequisição do material
a.rreeadação excedido as previsões le- que teve o . E,'3tado de impan.ar do ex-
gis-lativas na im'po-r tante somma de trangeiro, ou a insufficiencia das ver-
bas relativas a serviços novos, cujas do-
24.119:288$542.
tações não podianl ser c·ai~ulad as com
As regulares safras de café dos an- ,

, precisão, como reconhecereis do exame


nos de 18~1 e 1892, d etel',mínand,ó uma
dos creditos ~upplemel1ta;:es que a a.d-
eontinua e avultada ·exportação ' desse
ministração foi forçada a decretar no
genero para as ·principaes praças CO'ID -
uso de auctorizações que lhe fOl'a lJl
merciaes d'DS Kstados Uníd·QS da AmB- conferidas. Do confr.onto entre a recej.-
ri·ca . do Norte e da EUfopa, ·coincidindo ta e a despesa, vet'ifica-se que I)• .~a ldo
com a alta de pre~os res uItanted" de- com que se encerrou o exel'eicio de
pressão

saf-frida e em que se man- 1892 a 1893 fo i de '7.593: 625$48~1,
,

t eve a taxa do cambio i-nternaeiona'), que, reunindo ao legado pele anterior.


explicam em grande parte_ esse -ex- . de 7 .962:486$334,perfaz o de . .. ..
tra<lrdlnarío resultad,o, que, eloquen- 15.556: 111$8 23 , a. qua·ntose eleva o
temente , attesta ° aJproveitamento pro- recurso _que po·r 'e ssa .ve-rba rece,beu -G
gressiv·Q ·das nossa's f,orça.s e ·recursos actual-· exer-cicio.
naturaes e o dBsenvolvimento .da for- 'D essa quantia, póde sei' c:ou s i-derada
tuna publica e 'particular do Estado. em moeda a im'p ortallcia {le ... . . .. .

A despesa foi da hilpo;rtan.cia de 13.068: 3 8 6'$921, sendo 5.977 : 3~H591


C

45

I '" ~ ";;ixa do Thesouro. e 7 .0 70:958.$330 côrdo com o a rt . 5.' das dispos ições
l' l n " O'llta cor-rente co m os seg'uint-es transitoTias d a Constituição Federal.

!l illll"O,s desta praça : Com·m e rcio e In· O Governo do Estado, 'como lhe
dIL' :f !'j a ' 'de S. Pau'lo! Uni ão, London cumpre, tem dedicado a. esse assumpto
11 11': BTazilia.n, Bank e S. Pau-lo, -nos a importancia e consideração que elle
I { ' r !:I (~S da lei 11. 77, ae 25 d e Agosto exige.
di l 8 92, com p rehe ndendo a diff-eren- Por mais prospera q ue se ja a po-
1: 11. (I e mpres timo á municipa lidade de s ição financeira d o nosso Estado, co·
.
(~ : UII pinas e ontros responsabilizados mo se evidencJa desta exposição de a l-
!In r; l com o Estado. garismos, não poderá deixar d e des~
.:\ dívida pa,ssiva do Estado. cujo pertar a vossa at tenção a crescida ci-
(H:nri(O c,o ntinua a ser feito com pon- fra a que t em a ttingido a d espesa,
IU;J.lidade., é ac tua l ment e da quautia de quan.do é certo que serviços de natu ..
H .276: 962S1 65, compos ta da seguin- reza urgente, e imprescindíveis, que
I( ~ fórma.: divid ~ iundada e xte rn a precisam de ser iniciados ou comple-
10 .18D:513$465, ou lb. 1.195.983.13.0 , tados, terão ai nda de exigir m a iores
n n (;a.m bio de 2? d.; interna fundada sacri ficios da renda publica, des de que
:1.~!!7:000$(lOO em apoUces de 1:000$, se considere que as principaes ·fontes
d'.' G o/c. de Juros; e a divida fluctuan- do nosso systema tributario d ecorr e m
V '. interna . 299:428$700. dE' phenomenos natu raes ou eco nomi-
I
A divida e xte rna, Que era de .. • • • cos, que pode m va riar extraordinaria
1;.fi~1 8: 2!11$250 pelo empre-stimo de e TIl0mentaneamente, r edu zindo o u a
l S~ S , tf.'.ve o augmento de .. ..... . 'producção do n osso q u as i exclusivo
:L~ 182.: 2.2 2$215. correspo.ndente a lb. artig'o de exportação, ou o seu valor
í
4 S~.O I)ú. ao calnbio ·-de 27, importan- venal.
(';; ! dos enlprestünos desta natureza Dev611ào ser custeados por creditos
lidos .q u aes era o.b rigad a a Compa- especiaes os serviços extraordinarios
nh ia Canlare.ira e Exgottos de S. Pau- .es pec ificados 110 art. 3. 0 da l e i ll. 11 8
1o, e ·::u ja l'esponsa·b ilídade f o·i ·assu- de 3 de Outubro de 1892, que rege o
,

-
I II ida nela Estado. d.e ac.c ôrdo com a
. actual exercici o, não contemplados 'com
cit.ad a le i de 17 de Agosto. as respectivas dotações e não sendo
Foram anlortizadas~ na fórnla dos de esperar que a arrecadação das ~er.­
cont rarto s , lb. 9.100-0-0 do empresti- das vá além d as previsões orçam e nta-
mu exte mo de 18'8 S e 99 a'poliees' da rias, pela infl ue n cia que sobre ellas
·(li vida. inte~'na. h a d e exer cer a insignificante safra

desses compronllS S0S~ pesa de café do corrente anno, é de presu-
(ünàa efiecüvalnente, COlno e ncargo do mir que o saldo legado pelos exerci-
Rsta.ào , R qu antia .de 7 % d e juros CQll - cios anteriores se ja eln grande pa rte
eedid a á Companhia Bragantina, so- •. bsorvido pelas d espesas necessar!as
bre o cap ital de 2.320:.000$000. áquelle serviço, c uja ul'gencia se im-
Pelo relà-torio da Secretaria ·da Fa- põe e foi reconhecida pelo poder 1e-
i':enda (:o n hecere is do estado da div i- gislati,:--o.
d3. activê. 'e d o movimento que teve Do vosso patrio t is mo conto que de-
no ?... n no fin do. 'dicareis os melhores esforços á manu-
Ainda não s.e acham· definitiva- tenção das lisonjeiras condições finan-
luente. L!quidadas as · 'con tas ;· da União ceiras do E stado, para as quaes po-
para eom o Estado, da arrecada- derosamente tem concorrido o r egl-
çào d. ?~g re ndas que passaram a fazer nlen .federativo, uma d as mais b enéfi-
. ,
parte do patl'lmonio est.adual , 'd e ac- cas conquistas ·da o r ganizaçã o poHtica
", ."."" , . . _- , ....
>":,"': '''::',;'''/ : .,' '. -' , " '
. .
·. •
46 •

inaugurada a 15 de Novembro de 1889. competencias e aptidões. e àe exerce r


São estas as informações qu~ me a mais severa fiscalização quanto á
cabe apresentar-vos, contingente regularidade do funccionamento das-
prestado á formação do .vosso esclare- instHuições escolares .
.
cido juizo a respeito dos .negocios pu- Os funccionarios -encarregados de
blicas. promover o melhoramento tão neces-
S. Paulo, 7 de Abril de 1893. sario desta importantíssima região da
.
- Ber'lU\1'dino de Ca.mpos. vida social, tendo á s ua fre nte O aus-
tero e competente secret ario do Inte-
• ••• rior, acham-se possuidos de muita es-
perança quant o aos effeitos das insti-
Senhores Membros .do Congres'so tuições Cl"eadas e aos resultados dos.

Legislativo do Estado de São Paulo:. t rabalhos que com ardor desen\"o l vem .

E ' motivo do maior regosijo a re- E' excusado lembrar que só a per-
união do corpo legis lativo do Estado , severança na exec ução do plano ,,h10-
principalmente na phase critica, fe- ptado e na sev-era a·p-Plicação de me<l~··
lizmente emdeclinio, que vai o Paiz das criterio sas póde colher Of3 resul-
atravessando, e que tantos males -c au· tados· da instituição , e que o te.mpo

sou á terra paulista . vem a ser indispensav·el facto r o;;;.s van-
Vossa . -criteriosa e sábia assistencia tagens a obter.
aos publícos negocios será, como sem- O systema acceíto por lei ou po r :':.iI-
pre, fecunda em beneficios. ctori-zação legislativa, para q ne a hy-
O periodo decorrido entre a ultima giene publica seja uma realidade , e
e a actual sessão do Congresso exigiu d esa.ppar-eçam os males que ameaçavam
a maior actividade do Governo, tendo modifkal' a proverbial salubridade do
reclamado a acção mais vasta e iute n- Estado',está quasi em pleno vigor,
sa, já a organização de -serviços da tendo-se cODseg'uido vencer â , maior
.
maxima impor-t ancia, já a superveni- somma de embaraços e difficu lda d-es.
enela de factos -e acontecimentos ines- Testando que se co-m -pleteln a s obras
• •
pera dos, que sujeitaram a provas diffi- exigidas, algumas dispendiosissima s e
cilimas os apparelhos incipientes de de {adura demorada.
governo e a vitalidade do Estado. Neí?te empenho. têm-se "::3alieniado a

Executaram-se as leis votadas, e dedicação e os eSforços do digno Se-


prenderam sobretudo ·a attenção do c'r etario -das Obras Publicas. conse-
Governo os assumptos relat-ivos á ins- guindo, dentro de pouco tempo , á fre.n-
trucção publica e á hygiene e ordem te . dos seus competentes .auxiliares,
publicas. . dotar a Capital e outras -cidades com
Dos Importantes trabalhos que cons- serviços de alta lnoúta, insistentemente
titu·em o relato rio do digno Secretario reclamados, quer para a normalidade
·do Estado do Interior, que apresell41' da
..
vida, quer para o saneamento de
colhereis todas as iu.forma"Ções -neces- Jogares -s.ujeitos a infecções.

s'a :rias á -for'm ação de esclarecido 'j uiz'o E ' notavel a p·r esteza com flue Sl::
acerca da situação do ensino publico, ~xecutaram c ustosas e fundamentaes
. d,e sde o .p rimario até o superior, e do obras, co-mo as que, depoiS da encam-
modo como demos cumprimento ás de- ,p ação da compa-nhiaCantaf'Bira e Ex-
terminações legaes. gottos, se reaUzaram na Serra da Can-

Tem presidido aos actos do Gove r- lareira -e na cidade, para o abasteci-
no o decidido empenho de não coHocar mento -de -agua, assim Como a extensa
.n o magistetio sinâo as verdadeiras e profunda gaLe.i"ia de drenage m em

, ,'. ,
" "
"

47 -" •

\':1 dos pontos. medida indicada como dr. Secretario de Estado da Agricul-
r<~fIledio radical para a extincção de tura e Obras Publicas e os respecti-
rÚ(:os pernicioso~ que ultimanlente vos annexos que vos i',
apresento dão
inteira idéia da a dministracâo a seu
transfo rmavam em zonas per~gosas as
cargo.
-
qu e agora se apresentam rehabilítadas;
gra-ças a essas ol?ras ' e á intervenção Ainda não se haviam dissipa do os
da}} medidas ordillarias de hygiene. receios provenie ntes do perigo da pro-
A vasta organ-iza-çâo. que o Estado pagação do cholera em S. Pauio . quan-
~:n~ou
para attender ao serviço da hy- do foi o Governo s urpl'ehelldido pela

,,-:10118, tem sido posta á prova, quer r evo lta de unIa parte da Etl'm aáa, que
(lont-ribuindo poderosanlente para a desde logo poz o porto de Santos e
"'ti.ncção de epidemias qu e, vindas de outros do Estado em irb 111 inent e risco
lbnt, tendiam a acclimar-se enl S. Pau- de ataque e depredação.
', lo , quer para circumscrevel' e debeJ- De accôrd-o com os dignos iunccio-
- - "

lu r, em sua erupção inicial entre nós, narios, drs . Secretario da .J us tiça €.


" . cbefe . de policia. foram tomadas as
, pCI"igosos contágios, como o cholera,
-:.; . .' .'

llue o anuo passado visitou a Hospeda .. providencias que eram possiveis, por
ria de Inulli~rantes, e a diphteria que, parte do Estado, e.ntregando-se as ope-
1\01" vezes, se tem allí manIfestado. rações de defesa ao bravo " i1b,..t.l'c
paulista, Coronel .José Jardi nL em bô &
• Appareceuo -cllolera em Agosto de .
hora nomeado pelo GO"ilern O Federal
1};93. Surpr.ehendido por tão importuno
com nlandallte deste districto .
'h ospede, o digno Secretario do Inte-
S. exc., transferiu imluedia tamente a
t<iur, secundado pelús zelosos funccio.:..
s ua. residencia para. Santos. e dirigi.u
" narios da Dil'ectoria, d e Hygiene, ap-
"
-, -' , para aIli toda a força do exercito fe-
-:: , })licou conl o maior cuidado e diligen-
:( deral aqui estacionada.
. da todas as medidas preventivas e ex-
.'~ c_ Por sua vez, o Governo do Es tado
~t:,_ Unctivas, de tal modo que nada mais •
-, --o
- -- - elltreg-ou-Ihe os corpos d .e policia, re-
:---- -restava a ·fazer, segundo reconÍleceram
~--

,,~, - lll'ofissionaes abalisados, que nos vi-


. tirando do interior os desta(~amentos
,
;- .. , locaes e concentrando os corpos em
"o''';:' " ijitaram durante a t-erriveI ·crise.
'

-"~--c c"~ .- Santos e no littoral, junctamente com'


E de ,facto o mal não se propagou. as forças patrioticas.
;fi-''- '
co.' A e xposição da Secl'etal'Ía do lilte- Com as medidas tomadas com O au-
;;-/:-
;';". .. Im' co mpleta os dados 'sobre hygiene. xílio e dedicação de cidadãos cheios
~:{? - ftntretanto, não era possivel manter de ardente patriotismo , conseguiu-se
~~~/:---
", __ .
n corrente imnligratoria abundantissi-
-" imped.j·r que o porto de Santos fosse
'':,::'. - .
:'tf::' ma. naquella occasião , porque o tomad-o, sendo rep ellidos os naVIOS 1'e-
.
B~~'>' tYholel'.a lavrava com intensidade no's voltosos que ,o atacaranI, e ficand o a
:i-:F'- •
>!):t~ontos de procedencia, e os navios cidade illesa.
:'-'':'',
/L- traziam passa-g,eiros atacados de epi-
'

Não aconteceu o mesmo â cid8.de de


Zi-;:;~;; dmnia. S. Sebastião, que foi bombardeada sem
~'.-':.'----: .
t'"!>'-
::'~F-'
Trata actualmente o Governo d-e resultado para. os atacaI;lte~. que não
"-''O'- -

..?.\.• ' f<"tabelecer a introducção de traba-


'- ~-- " '
conseguiram a lli tomar :pé. obstados
:>: ','" Iha dores, de accôrdo com a Socieãade
,-,-'): pela . guarnição de terra, composta de
::-:;'
--
:.'. .-l'J·omotora, quanto, aos contràctos rea-
,.',
contingentes de policia e da gua.rda na-
IIzados e interrompidos; e de estudar cional da Capital, do 2.' batalhão .
:i-;,:
~:;':- Itfl bases para o con.curso, quanto á au- Outros pontos foram defendidos, co-
J'i·
., . -
~c-"
cl."rização 'consignada ·n a lei de 1893,
.'
mo a serra de Ubatuba, o valle da Ri-
~. ", --
;._o:_,~, _ A luci<la e completa exposição do bei·ra e a sena da Piedade .
:Çj-:,~­
'~~;>,':-
'., ' ., . .

48

Eguahnen t e fortes columnas estabe- que já o Governo e"studava e procura-


lece ram-se na fronteira sul do Es- va inirciar, como o estabelecimento da
tado , em Apiahy, Itararé, Rio Verde,

Alfandega· nesta Capital.
Fartura, Piraju' , desde_ que o Paraná Nos relatorlos dos honrados Secre-
foi invadido . .tarios da Justiça e da Fazenda encon-
A' requisição do Governo Fede ral, trareis esclarecimentos que aqui seria
lllarc. h o u par a o P a raná, com auxilio longo e xpô r , relativos ás suas sensa-
á d~ v isã.o a o mando do illustre Coronel ,tas e laboriosas gestões.
.
Gort16S Carneiro, em Dezembro do anno Ahi encontrareis t a mbem tudo o que
,
p assa,d G, uma columna composta de concerne á e ne rgica e justa adminis-
forç as dos bata.lhões 1.°, 2.°, 108 .° e tração policial.
.
111. " da ~' u a l'rla nacional da Capital, I,
A despeito das apprehensões que
com n ma seF :Jão de artilharia, ás or-
natu.r almellte deviam despertar a di-
dens do di:,'" incto Coronel Adriano Pi-
minuição sensivel na producção do Es-
mente1.
tado, sobre a qual principa lmente se
Os n (. 3S0::; briosos patricios honra- ! baseia a sua organização tributaria,
ran1 alJi a s t radIções de sua terra e a ! e a perturbação causada ' á sua acti-
ba nctel ra republicana . v irlade commercial pelo lamentavel
.
Mais ' t.arde, seguiram para a fron- movimento revolucionaria que agitou
teir?: n ovos contige ntes da guarda. na- Q Paiz dura nte o anno ultimo, ainda;
c ic>11 a l dE to d o o E st ado e 'dos batalhões assim foi altame nte satisfactoria a si-
lOS. ' , '111. -: 164.', 165.', L' e 2.' da I. tuação finan ceira · l-egada ao actuaI
Capital. e xer~ ici o pelo exercicio findo em 31 de
Aetualment e acham-se eSS?3 - f Ol' ç a ~ Dezembro de 1893.
intern a das n o Estado do P a ran:5.. jUl'-
Apesar das reducções -soffridas por
ctamente co m ou t r as do exer~i tiJ e da
essas causas em suas principaes fontes
policia, em marcha victoriosa contra
dE: receita, a.inda assim s~ rendas ,d o
os t€ vo ltosos .
Estado foram s ufficie ntes para cobrir
P e r r!l: a necem ainda eln Itarar-é o 2.°
t ocla a despesa ordinaria, embora ac-
corp o d e Volunt.al'ÍoS Paulistas, outros
conrige ntes da guarda nacional e di-
i crescida com a abertura dos creditos
s uppl em e ntares, ·que fo·r am exigidos
ver sos corD os do exercito . Para San-
para o ,custeio dos s e rviços determi . .
tos mar;::~ha.ranl o l .n batalhão e uma
nados no orçamento, como tambem
ala do ll ü ." da gua rda nacional da
C Rplt.aL'· - I pára s a tisfazer a grande parte dos
avultados creditosextraordinarios, in-,
o l eVâ,!lr a lnento destas tropas ' ope- I
rou-se· (:o:m o valioso co nc u rso e a bôa
! dispel1saveis á ·r ealização de .custosos
, melhora mentos e serviços reclamados
,,-onta de d os dig·nos" commandantes,
credores d a gratidã o nacional, e de
i pelas necessidades publicas,
lnuitos c ida d ã os pres tigiosos, cabendo I A receita, calculada pela lei do 01'-
ao E s ta.do fornecer o fardanlento 1 equi- , çamellto em 22.125:000$000, foi ex-

panlento E' a rmamen to e pagar os 'v en- , cedida em 12 . 409 :020$592, pel'faZell-
cimentos a-té' o prin cipio do corr.ente ! do a sua effectiva arrecadação a Im-
anno. , portallcia d e 34.534:-020$592, que,
• I
A -O tratal', além, da situação finan- :• com o producto d-os' depositos liquidos,
••
c'eira., outras informações relat-ivas á operações de credito de balanço e os
revolta serão conhecidas, podendo-se 1 saldos ,v erificados nosexercicios ante-
• .
avaliar do impedimento que eUa aear- I ,r iores. se elevo u á somma ·de ... . . .
retou a. r ealizaçã o de comettimentos I 50,26 2 :717$93 3.
, ., . .

. " , ',',
. · . ,., .


· .

49

'. fixa da em
, despe nder durante o exerciclo, pela Se-
I
,I cretaría da Ju sti<~a. a somma de . . ..
~ i ,, ·,' :.: G48$3 1 8, attingiu , com os res-

i• <!.655:475$472.
íio.... 1 j ,. O) ,..; creditas s upple mentares. á
", Fl t OU I i! de 25.669: 224$530, manifes- I
Foi essa des pesa imperiosamente
i 'lllil .. ;:ssim um acc rescimo de ..... . impos ta pela necessidade de prover á
I :: ' ''; ~ ''·i()$212 , largamente justificado a dminis tração de todos os recursos in-
OO/li " :-;~~rviços que corr e m pela. Secre- dis pensaveis á manutenção da ordem
i n vii! d;;. F"azenda, na quál a liquidação durante os dias angustiosos em que ~
;111': coot.as feitas no exterior exigiU situação anorma l,. que, para o Paiz,
\1111 :illjlprimento á verba diffel"ença de creou O movimento revolucionario, ma-
;>
t'iHHhin da quantia de 5.359:949.$182, nifestado nos primeiros mezes do anno
J:'
;'.< tl(i pn!' :-;i s upe rior ao excesso verifica- ultimo em uma das fronteiras do ter-
~:7:··· .
,.
'. ; , (lo , (~ Há. sua maior parte referente a .rito rio nacional , cresceu de intensidade
:;:::.
,. , .' .. Ci '·' I' \' i (,',O ;" de caracter extraordinario. com a insurreição de uma parte ria
;:s/ : . ·:······ .... ' . .. - , ..
A def5pesa, r e lativa aos serviços ex- arma. d a de
.- .~ :~"". "' '' '

,',-' -
::~:c_ ll" !wrdinarios da Secreta.ria da Agl'icul-- Janeiro e na j ust a previsão dos lamen~
."
,"- -
I
~};_> Ui 1':1. , t? aos det~rm·inados por leis ~s- . taveis aco ntecimen tos que poderiam
i
1. I" '-" ' ia\-,'s, sem dotação no orçàmento, tornar imminente uma invasão no llOS-
-.~-

I
L- P lli{f'_ ~ada peJos creditos deixados á fa- 80 proprio territorio, pelas forças
:,-:'_- 1"l1 l dade da. administração. elevou-se á i daquelles que haviam hasteado a ban-
i. . 1'''II''I't.ante cifra de 17.930:7 37$435 . I deira da revolta.
~

I
e ncargos dessa natureza ~ Uma par cella importante dessa des-

~:,.': d~'~HI aean!-se, pelo volume de s~us al- 1 pesa foi a quantia de 2.000:000$000,
,':-- E:tril'imos : o serviço de desenvolvi- i destinada á acquisição de armas e mu-
;,. iHUI110 da rêde de ,e xgottos e o abaste- ( nições 110 exterior, do que se encarre-

:~f: dnwnt.o de agua ã Capital, na impor- ( g'OU °


Governo Federal, conforme o
~,';" Ll\\!.;ía de 6.231:072$913; o sanea- ! accórdo a que com este chegou a admi-
8oi' -: 1l lt'.lLto do Estado, na importancia de ;' "lst l'ação do Estado, sobre os meios e
I
~{ :: . [, li'; ::, O1$ 4 9 5: O serviço de introduc- providencias· de maior efficacia na rea-
lização do pensa mento daqúelle acto
f;;;:: !:íí !) fIe immigl'antes. na de . . . . ... .
~~>
~{~.. f) . !I !i ·1 : 474 S 9 9.5. perfazendo essas tres legislativo .
~?, \,( ,"' , o.s a somma de 14.794:049$403,'
"~,"...'

=2'::. ·. Inf'l nsive a difterença de cambio.


I
Essa quantia teve e terá essa appll-
. cação especial, devendo ser considerada
~~r;·· lteunid a a· despesa ordinaria á .ex- ·I
como verdadeiro adeantamento, su-
'C !.I'".ordinaria, -foi a ·despesa geral do , j eito á . responsabilidade de contas por

deixando, no encon- Nenhum auxilio directo OI. indire-


,", ',' ':',
11'0 com toda a receita ver-ificada,
, ·0 cto foi pelo Governo do Estado pres-
, ,. •
<,:. f!n.Jdo de 6.662: 255$968, conforme ta-do , ao·s representantes 1l3gae;:; da au-
.. '.". '

n halanço do exerci-cio. cLoridade em q,u alquer dOR :)utnl~ E s-


-,;,:: Dando fiel execução ã. lei que votas- tados da União, e nem e.ste presro'tl
.. .

',-;' .
les na vossa ulti'm a ;feunlão ex-traordi- áqnelles outr os serviços que não a leal-
'.00 ..-.

.. ..
~
li3ria, so b o n . 1 20, de 15 àe Março .d e dade e a dedicação com ql!e o acompà-
.~ .. 1 X93, o Governo, de accôrdo "om as nhou no supr e mo desideratom de res-
L. nHas conve niencias do Estado, impel- tabeleci·m ento da paz, da ordem e da
_ segurança publica, e da . consoHdação
. ..
.! ,..
lido pelos mais patrioticos sentimen-
·
.._.. tos que lhe devia m inspirar a mauute-n- do r egimell republicano.
-... .
c: :í ri da integridade da nossa patria e a Liquidou-se no exercício · a maior
h"tituição r.e publicana federal, teve de parte das contas correntes que tinha o
..>
>

50

Estado nos estabelecimentos bancarlos pinas e 55 dos emprestimos pelos' quase·


da Capital, tendo sido recolhidos ao (:. responsavel a companhia União So-
Thesouro os saldos do capital e juros rocabana.
nelles verificados: Foram amortizados titulos da di-
Das operações auctorízadas pela lei vida externa na somma de Ih . 13.900,
n. 76, de 25 de Agosto de 1892, resn. sendo I·b . 9.600 do emprestimo de·
presentemente, quantia inferior a .... 1888 e Ih. 5.300 do emprestimo da
200: 000$0'00 no Banco União de São companhia Oantareil'a d" Agua e Ex.
Paulo, saldo que em breve desappa- gottos de São Paulo.
recerá, pelo mov~mé~to que o Thesouro Foram pagos 25:396$000 da divida.
tem tido necessidade de ' dar a essa con- fluctnante proveniente do deposito dos
ta corrente.' beneficios das loterias do Yplranga e
Ainda não está reg,ilada de modó de caução sobre exactores,
.
definitivo a conta das rendas esta- A divida passiva éactualmente da
duaesarrecadadas pelo Governo da quantia de 14.058:146$032 -represen-· ,,
União no períodO decorrido de 14 de , tada a interna por 3.189 apoUces
Julho a 13 de· Novembro de 1891. de -conto de réis, de, 6 % de juros, ,8 '
Apesar de já ter sido verificada por a 'externa por titulos na .i mportan-
-uma commissão mixta, composta de cia lb. 1.187 .700, ·calculadas ao cam··
fuuccionarios de uma e ' outra admi- bio ao par; a f1uctuante, por de positos,
nistração, pende ainda o reconheci- na importanciade 311:812$700.
mento des sa responsabilidade , por par- Ainda que lisongeiras as condições
.te do Governo Federal, do exame de em .o,ue deixou a fazenda publica o
uma com missão de funccionar-ios do ultimo exercicio financeiro, e por maior
proprio Theso.uro Nacional. que seja a confiança. que nos inspi-
Com os elemen tos que hOje offere- ram -os inestima vets re.cursos do Es-
.ee o trabalho já realizado e pelo cui- tadó, o exercicio actual poderá, de um .
. ,•
dado com que este foi levado a eftei- momento para outro, apresentar diff·I ·· :i ,
to, é de esperár que estará em breve cu Idades ao Thesouro , durant.e o se-·
ultimado e inteira mente 'r esolvido esse m estre que corre.
assumpto" ao qual continua -o Gover- E' já conhecida a defficiencia da.
no do Estado a prestar a 'm axima at- renda produzida pela qtiasi cessação
tenção. dos direitos de sahida, pelo exgotta.-
SegundO o res ultado a que ·c·h egou mento da exportacão ' da safr~ do an-
,
a commissão mixta, e que pouca -ou ·ne- no de 1893.
nhuma alteração , a credito, soffre rá A nova safra que vaÍ' ser recolhida.
pelo novo exame é da quantia de' embora pela renda que terá de produ-
6.199: 213$448 a• restituição a que está Zir <leja ma·; s do que sl'.fficiente para
obrigado o' Thesouro Fed·eral. dar á· receita o supprimento que della
O serV'iço da divida passiva do Es- esperou o orçamento vigente não
tado, tanto interna como externa, tem poderá chegar ao mercado de exporta-
sido pontualmente feito, quer com re- ção sinão no 'segundo semestre do an-'
• •
lação aos juros, quer quant9 á amor- no e com o limite inlposto pela capaci-
tização estipulada nos respectivos con- dade dos meios de transporte e pelas
•• •
tractos. convenlenClas commerClaes.
Foram resgatadas -du'r ante o anDO Pesando, como ·c ontinuam a pesar,
108 apollces, representando a soroma mensalmente sobre o Thesouro os gran-
de 108 contos de réis, sendo 53 do des encargo's das despesa.s ordinarias
,e mprestimo á ,municipalidade de Cam- e extra-ordinarias, que nã.o pode-riam
,
51

",~r sustadas sem prejuizo dos mais ví- o ,Paiz; liquidadas as occorrencias e
Ines interesses do Estado, é de presu- factos consequentes de modo a desim-
!ti Ir que, sem ~ receita corresponden- pedir o andamento da administração;
ti'. encontre o Thesouro, no pedodo restabelecida finalmente a ordem cons-
IlIdicado, embaraços que só por aeto titucional na vida da União Federal,
.
I(~g-islativo poderão
.
ser removidos ou poude a acção do Estado exercer-se re-
f',vitados. gularmente, tranquilla e reflectida. so-
Espero que ha.biliteis o Governo a bre os assumptos de sua competellcia~
antecipar, por meio 'de' operações de com a calma e' isenção indispensaveÍs
('redito, parte da receita que terá de á resolução dos negocias
-, ..
publicos.
li I'fluir ·no segundo semestre do anno Graças á prevIdente divis'ão de at-
(~orrente, ou lh.e fornecereis, caf~O as- tribuições, á acertada distribuição dos
, Him julgueis necessario, meios para dar serviços, á capacidade e dedicação dos
í'·g-ual ou maior _expansão aos serviços funccionarios encarregados de exec.u-
q u€ reclamam as reaes necessidades tal-os, . o plano da administração se-
do Estado, na insufficiencia do recur- guiu sempre o curso normal, produ-
HO indicado. zindo os beneficios esperados e pre-
O vosso pa.triotismo, as vossas lu-, vistos, de modo que a sua actual pha-
zeH, o vosso dedicado amor aos inte- se é incontestavelmente compensadora
resses que dignamente representais, de . todos OS esforços e sacrificios des-
clã.o-me ,fundada 'segurança de que pendidos, e offerece cabal demonstra-
continuareis a prestar á situação fi- ção da excelleucia do organismo poH-
H;Ll1ceira e economica a attenção-e o tico que a lei fundamental crêoll e a
cuidado que reclamam, vinculadas co- 'Sua leal observancia poz eIn exercicio.
mo se acham á causa do prog-resso e Predominante no espírito publico,
('ngrandecimento do nosso Estado. tem orientado os poderes do Estado,
[Dis o que me cumpre relatar-vos, ao principalmente) a idéa de 'satisfazer as
ilJ iciardes os vossos trabalhos ordina- duas grandes aspirações corresponden-
rios do presente anno. tes ás necessidades primordiaes inde-
-elinaveis: a . elevação do ensino pu-
Pala cio do Gov1erno de S. Paulo, 7
d, Abril de 1894. I

blico a ponto de ser efficaz e provei-
toso e a constituição, de um meio hy-
o Presidente do Estado, gienic-o que garanta a saúde da popu-
Berna.rdino -de Campos. lação.
Tem aSS1,m consistido a politica go-
vernamental paulista nos cuidados pe-
*' '" la instrucção, pela hygiene, e ainda
Srs. Deputados e Senadores aoCon- pelo desenvolvimento e·conomico e or-
I<~resso de S. Paulo: ganisação financeira.
A não querer collocar-se fóra de
Venho cumprir o preceito do art.1 -sua epoca e da civilização a que está
:ir., n. 1i da Constituição do Estado, filiado, não podia o Estado basear a
,dq1Ois de um periodoC:u-ja termrnação sua -existencia -e o seu .progresso si
.
-llo1'mittiu ao -Governo voltar outra vez não na diffusão dos conheciInentos
Inda a sua a-ttenção ,e -actividade para, elementares -8 dos preceitos educatl-
.
(IH grandes interesses -geraes especial-· vos, tendo em vista, sobre tudo, Cl 110-
rnente confiados á sua ·gua-rda. va geração.
,[iJxtinetas asca-usa-s das lamentaveis : Só assim poderão ser adquiridos os
j)/,rturbações 'que -tanto prejudicaram, .functa.inentos, as 'condições e os recul'-
-
....
' -
52 -

sos proprios á ternliuação. generaliza- desde já pelos beneficios pres tados e


i
d a no seIo da nossa ' sociedade, de I que 111aia avultarão no· futuro ; sen·do de
id é~. s uteis e applicaveis. d e habitas e ; esperar dos ultimas eg uaes r esultados.
,
costumes esclarecidos, de actividades. !

Quanto ao GYlnnasio e á Es cola Nor-
m ethodos e processos que fecundem ,6 i; mal , cuja fundaçã.o foi autorizada nos
,

t ornem proveitosas e reproductoras ri- 1, pontos mais convenientes, f6ra da Ca-


quezas e forças latentes , em parte des- i pital, o Governo decretou a collocação
conhec:idaH. do prime,i ro em Campinas, no predio

Ha intimo e indissoluve

l nexo e 1'e- j offerecido pela Ca ma r a Municipa l. e a -
ciproca influ encia entre o ~ivel intel- : da segunda em Itapetininga. Actuaram

le et ual e mo!'al e a situa.ção economi- 1 para 'e sta resolução, além de outros

ca, que ferem l ogo a mente e obrigam I motivos, a -circumstancia de ser Cam-
,
a preoccupações e apropriadas provi- pinas um centro d e população capaz
de n.cias por parte d e todos q·uantos se de manter um externato de instrucção
interessam pelo solido estabelecimento ! 3ecund al~ia com os .cursos que o com-
-
da vida indu strial e pelo ' floresdmen- põenl e de estar Itapetiuluga s i~uada
,
to reg ular dos haveres em todas a::: j em uma zona propria para fornecer
I
zonas de trabalho. a]unUIOS que se preparem para o ma-
I
E' tamanho o vácuo deixado em tor- • gisterio, sem os onus da reside n cia na
no destas exigeucias iua diaveis p ela i Capital e c'ontribuindo efficazmente pa-
indisciplina de uma cultura deficien- I ~a a formaçã~ d e pr.o fessores que ve-
te. mérarr-ente lit teraria ou nle taphysi- I nham s upprir a grande falta notada
cal e pelo analphabe tismo , que muito
terão ainda os poderes pUblicos de la- ,
I •
n o provimento das ca deiras .
Relativa·m ente ao ensino p rim~río,
betar antes que fructifique a obra pa - i pensa O Governo que é esta tllna ques-
,•
trioUca nobremente emprehendida nos tã.o pra ticamente resolvida com a exe-
ultimas annos . cução da lei respectiva, sinão pela ap-
De facto , o Co ngresso compenetrado plicação . ·desde já , dos processos ado-
.de s ua alta missão, legislou sabiaulen- ptados e m todos os pontos do Estado,
te ~ refornlando o ensi-no primario e ' a ao menos pela fixação dos melhores
.instit uição fo rmadora do professorado methodos e sua applicação" d epois de
e creando o ensino secundario e o s u- -
consciencioso estudo e exnerie ncia., aos
perio r no Estado, pelo estabelecimento institutós competentes. A re-f órma rea-
-
dos gymnasios e da Escola Polytechni- lizada demonstra a vantagem e co nve-
ca, cabendo ao actual :periodo gover- nie'llcia do plano e m e ios escolhidos, e
nati''lO a honrosa e mais difficil t are- o r esultado satisfaz os entendidos
fa, de exec utar o pensamento contido
,
quanto á capacidade dos executor·e s.
n os preceitos legislativos. As escolas modelo e as outras destina-
O Governo poz toda a sua bôa von- das á f r equencia publica, na Capital e
tade a o serviço' desta meritoria causa , em m a is algumas cidades, offerecem
com af(ecto e sympathia, e julga ter exemplo , convincente do que affirma"
,

feito' o que o tempo e as circum&tan- mos. A pratica _confirma a grande uti-


eias. permittiam. lidade da reunião das escolas em um'
EstãÇ>funccionando regularmente na só predio ·com as devidas accommoda-
, Capital a Escola Polytechnlca, a Esco- ções, moveis; utensiIios e livros s-u-
la Normal e o ' , Gymnasio. Das duas bordinados ao mesmo r eghuen, sob ze-
primeiras que teem por mais longa losa .direcção, divididos os alumnos em
I
, ,

existencia dado campo á observação, classes, 'segundo


, .
a aptidão
.' e capacida-
cumpre aHirma r _ ·que se ass.fgnalam de. € " correlativamente

aproveitada á
53
(', 10 peração dos pl'ofessol'.es. Por isso partido e m bem do normal aprove ita-
'. ' I Tl s ido reunidas as escola.s em gru- m e nto de todo o esforço d edicado ás
Ih;;) em muitos munidpios do Estado. industrias.
N;lo podendo desd e lo go !evar , o me- O plano e projecto para o desenvol-
1110 ramento a todos, t e nl o Governo vimento e regular instalIação da Es-

ope rado d e ntro das verbas do orça- cola Agl'icola de' Piracicaba ser-vos-ão
1!](~lIto, attendendo , as eamaras que se apresentados.
IlIo ~ tram compenetradae õa vantagem E, a este respeito, cumpre assigna. .
tI;I, instituição, disposta.s a prestar-lhe lar com jubilo' e louvor o movimento
il llXilios.. offerecendo predios aproprja- 'animador da iniciativa particular, que
du::, ou contribuindo com parte da so m- já muito tem produzido e pÓde to mar
.
I lI ; 1 precisa para a construcção; co n ':o mais util incremento, impulsionado
form a-se assim a. administração com o pelo patriotismo de cidadãos co mpe-
pn~(';eito legal e espera ver dent ro em tentes.
!lUUCO transformado o ensino publico De aceõrdo com a lei respectiva,
;' Nll todo o Estado, segundo a lnelhor installou-se n o edificio den olninaào
n ri(~ ntação. MonUluento do Ipiranga o Museu

Tendo em vista a imperiosa neces- Paulista, collocando-se ali as collecções
t:id: Lde de desenvolver o aproveita-! existentes e os nla is objectos adquiri-
lIH'nto d as aptidões e o melhor pl'ep~- dos, iniciando-se a galeria de bailas
"(I dos cidá dãos dedicados ao util e artes com o quadro da Independencia
Ílllportante lnistér -das artes e offi- e outros obtIdos pelo Estado.
I' io!->, o GoverDo, dando o devido ap re- .E' "indispen savelque o Congresso
(:II a o assumpto, antes que sejam pos- conceda as ver bas necessarias p a ra a
~ Iv (,ds mais cOlllpletas pro'Tidencias, definitiva organização do Museu, bem
II'; d,a de promov-er o melhoramento d o como para conclusão d e edificios e es-
I.yce u de Artes e Officios, instituição tabelecimento de horto botanico e zoo-
,' ,
.,' .I ú. existente nesta Capita l, disposto .
a lo·g ico que a lei ins tituiu.
i.:' 11 11 x- ilial-o de D\Gdo a poder augluentar E' excusado encarecer a. utilidade da
11 }\omma de serviço que -pode .prestar . criação, que honra a alta conlpre hen-
" •
t: () e nsino pr,ofissiona.l, na. parte Gon- são do Congresso q u.anto á vantagelll
;:)" "!'d d ~l'ada deficiente , está supprido e
c' · '
que vai eUa 'proporcionar o progresso
;;'.;': n:--;::>entà com firmeza nas ·disposi~ões da sciencia. da arte e á diffusão de
." .
{C;"~ krdslativasque ao Governo coube exe- ·conhecimentos necessarios,
~.", •. " u!.ar. Assim, desde a E scola Púlyte- O justo empenho manifestado pelos
:ri: d Hli ea , curso superior d e mathematiea poderes publicas, por actos reitel'ades,
~ 1','"'' •
o::' t\ (k sciencias applica das ás artes e in- de melhorar sempre o estado sanitario
." .
<;...",' 11 ustl'ia,s, contendo as . séries deenge-
'
e v,edar a invasão das -enfermidades
','
,:y t1 h~tri a in dustrial, agricola e artes me- ' que a nossa posição geographica e as
,,;,,
);:. ~.'lla, nicas, que terão em ,tempo' o seu necessida des sociaes possam trazer, tem
:-. ' ,

,.-/ (1 m~d.obrarnento ·e m esoolas .p raticas e sido escrupulosamente mantido pelO


;r !inicinas de al'plicação . até o Instituto
fL:' AJ!Tonomico ·de Campinas e a Escola
Governo.
:,' '
T eem funccionado regularmente to-
':., , Á;(I·i c.ola do Posto Zootechnico de Pi-
'
das as repartições destinadas á hygie-
~L. i'IJdeab.a , nota-se o concurso de estud·os ne, ao saneamento e correlatas, de-
: . •

<)' ' t li nOl'icos, ,in v-estigações e :experiencias monstrando a competencia de seu , pes-
,;. ~ r:. i{" iltificas e applica-ções de principios soal. As .edificações e O valioso mate-
~
;',': (:- Iloutrinas, no sentido de conhecer as
•.
rial adquirido, que o gradual desen-
) h;is naturaes. se'g uil-as, e dellas tirar volvimento do t ra balho i az augmentar.
54

teem sido utilizadas com grande pro- quanto ao modo de dotar no orçamen-
veito . to todos esses serviços, de fórma a se-
O que tem o Estado colhido em be- rem convenientemente • attendldos.
neficio. da instituição de taes serviços, Além dos institutos Bacteriologi co e
é do dominio publico. Vaccinogenico e do Laboratorio de
As importantes obras de abasteci- Analyses Chimicas, que tão uteis se
~-"aostram. cumpre inquestionavelme nte
mento de agua .canalização de esgot-
j

. tos, drenagem do sub-solo, derivação que sejam criados estabelecimentos


de aguas e condições vitaes da cidade, apropriados á applicação dos processos
continuam ·com a -mesma regularidade. .destinados ao tratamento da ra~va e
da dipltteria.
O plano de saneamento de Santos, •
Não é . admissIvel que estejamos des-
orçamentos, plantas a cargo do enge-
apparethados dos meios de vencer tão
nheiro americano, sr. Fuertes, vasto e
perigosos males, desde que é possive!
complicado conjunto
, de obras e ·ser-
,p ossuil-os.
viços, tem estado em estudo para a sua
Inspirados nestes sentimentos, o Go ..
execução, ul'gindo que o Congresso •

~·erno. prevalecendo-se de estarem _ na


consigne verba para o seu inicio, sen- •

Europa medicos paulistas habilitados.


do certo que o seu custo tótal deverá
· commissionou dols delles para realiza-
ser distribuido pelos annos ·que {)s tra-
rem os estudos referen tes ao assumpto.
balhos hão de consumir.
Não tem descurado a administração
..
Proseg-uem em Canlpinas as o·bras · de tudo que concerne á conservação
de saneamento. Alem destas, mandou das actuaes e ahertura de -novas vias
o Governo e"stu,d·a-r as que se tornàm T> de communieação.
cessarias em Pírassununga, Descalva- Além das que teem sido referidas,
do, Limeira e outros pontos . fez-se a .ex.ploração e locação da estra- ·
Ha tambem estudos feitos por de- da de rodagem de S. Miguel Archanjo
terminação de algumas Camaras M.u- ao Porto de Sete Barras, na Ribei.r a de
• •
l11Clpaes. Iguape ~eftectuou-se o reconhecimento
,
O Governo comprehende a necessi- · e autorizaram-se outros trahalhos da
dade de le var o auxilio do Estado a estr.ada de rodagem de Jaboticabal ao
todos os nl-unicipios, quanto a obras Porto do Taboado, no rio Paraná, oi-
llecessarias para tornaI-os . in expugna- to kilometros
, abaixo da confluencia
veis deantede qualquer assalto das dos rios Grande e Parnahy.ba e nove
enfermidades que possam apparecer. leguas a.cima <la barra do Tieté; estu-
Por hora tem facilitado os estudos dou-se o melhor traçado para a estra-
...
das localidades por engenheiros com- da de rodagem de Santa Cruz do Rio
petentes e ~xperimentados nesta 0-1"- Pardo ao porto Salvação. no rio Pa-
.
dem de trabalhos . ranapanerna;continua -em estudos a
Não é possivel exec utar as obras em estrada d esta Ca:p ital ao rio S. Lou-
tod·os os pontos ao mesmo tempo, nem renço e ao valle da ril;>eira de 19ua-
haveria recursos para tão elevadas pe, que atrav_essa _g-rande exten'São de
..despezas . ex.cellentes ter.ras incuHas, pertencen-

. Entretanto, pensa o Governo que, tes ao Estado, em que pódem ser col-
.
-dentro da verba "Auxilios . aos., 'munici- locados nucleos colonlaes, 'desde que
pios", póde ser .gradualmente prestado · haja ' prompta communicação e trans-
.co-ncu ,rso conipativel COlll -a situação fi- porte .

:R-ancelra. Estão concluidas as explorações .d as
. .
O Cong-resso deliberará com ace'r to estradas de ferro projectadas de S ,
" ..... . .. . .. .. ..
- ,
.
, .,'
,

. ,. .
,, 55

"S(-hastião ás raias de Minas e do valle communica-ções , pela intervenção do


do Paranapanema a Cananéa. Estado, promove o povoamento de terc
Ultimou-se a construcção da estrada ras abandonadas e o fornecimento de
de rodagenl do Salto Grande á mar- g"Emeros q,ue ainda importamos, indis-
t:::e m esquerda do rio Paraná. pensaveis ao consumo.
-
Não estão ainda abertas communi- Além das vantagens geraes, são taes
(;ações regulares no territorio da mar- centros de trabalbo · agricola pontos de
gem direita, pertencente ao Estado de apoio e seguros aux·lliares das proprlas
Matto Grosso, e o Governo cogita nos g randes -culturas.

meios de estabelecer o transito, orga- E' sabido que foram emancipadas
nizando tambem o serviço d,e passagem muitas colonias, restando apenas 5 sob
dI! rio. a direcção do Estado.
Nenhum ideal é mais · digno de at- Isto significa que os territorios
t,'nção. depo-í s do - ensino e da saúde emancipados foram vendidos em lotes,
-IHI blica, do que o das vias de -commu- e que os comprauores que os pagaram
-
n .lcaçao com os pontos longinquos, co ~ o .producto de suas pequenas cul-

.-tinda desprovidos de meios de con- turas souberam aprov-eital-os e conti-


•i n cção e transporte. nuaram por si a explorai-os .
Hanes te sentido muito .q ue fazer, Não tomaudo para investigar as co-
quant o· a. ~onas limitrophes com os Es- lonias fundadas ainda no regimen an-

I ados do Paraná, Matto 'G rosso e terior pelo Gove rno Geral, relativa-
<: oyaz. mente ás que o Estado cr.e ou, póde o
Comprehen-de o -Governo dentro des - Governo informa·r , quanto á mais im-
1,;1. .1ustissima aspiração a importante portante a de Piajuby - em Gua-
faix a que constitue ,o nosso littoral, sé- . ratinguetá, que a .so mma do quantum
<I,., d as comarcas de Ubatuba, S. Sebas- por que foi ven·d ido cada lote per~'az o
ti ão, Vína Belia, I-guape e Cananéa. preço total das terras adquiridas pelo
Se m caminhos r.egula·res. jaz 'pa-ra- Governo.
· .
lysad a essa -r egião que . aliás, tem ele- Isto não significa, entretanto. que
mentos n.aturaesde riqueza e póde de va o Estado , no assumpto, medir li.
colla.bol'a. r grandenl-ente no concerto da s ua acção, tendo em v ista o reembolso
1:<"''') prosperidade paulista. de ,numerario dis pe ndido em cada co-
Invoco a sabedoria do -Congresso, no lonia, porque não . figura elle como la-
JlIl.lIito ã e dar a possível solução a es- vl'ador ou industrial, mas visa interes-
~~- - i.as necessidades, lem·b rando a -conve-
--,
ses geraes e de outra ol'de-m . .
'I_- uÜ~ ll cia. de subvenciúnar-se a navegação A população " ctual dos 5 nucleoa
0;-. ' .JIlIj"(~ Vba€nba, S. ·Seba·s tião .e 19uape, administrados pelo Estado é de 6.602
tig·ando-seeste-s dois portos ao de San- habitantes; a sua producção em ce-

lo~ . . - O que se poderá ,conseguir com r.e aes, legumes , vi1lh. o, aguardente , as-
-- HIt.cUCO sacrifício. sucar,carvão vegetal, algodão e café.
Outro ass.u-mpto ·p ara O qual conti- attingiu, no anno 'f indo, a importancia
"--' Il ua r á o Governo a pedir a criteriosa de 2.253 :565$220 .
,,--
~- 11 I I.enção do Con-gresso, é o que se re- O café entra nesta paçeella com 7 a
-_

, ff" !'e aos nucleos colou-iaes. 8 %. .


Considero-os -centros ,• .utilissimos e O serviço da Im migração continua
. - font es importantes de producçáo, por- em andamento, tendo o Governo dado
1)IJ e fixam pequen.os proprietarios que execução á ultima auctorização do
:{i ' (:ntregam a culturas variadas. Congresso para a introducção de cin-
.\ fac iJid?dede 'eslabelecimentodas coenta mil trabalhadores,effectuando
;• --

' .. --
.~
<- . . •

56 •

o respectivo contracto com clausulas r á economia, achando-se todos :em con~·


garantidoras de interesse publico. Por dições regulares.
conta deste ultimo contracto ainda ha Sendo de intuitiva necessida4.e 1)1'0.-
muita gente a transportar. videnciar convenientemente no sentido
O perigo constante da propagação de de evitar a propagação de vicios e cri-
molestias contagiosas trazidas pelos mes, e sobre tudo extinguir uma das
immigrantes, ou càntrahidas no porto fontes que mais contribuem para a
da chegada, acabrunha a administra- perdição de pessoas aproveitaveis, des-
ção pelos subitos e variados expedien- de- que. o Estado enlpregue ,medidas,
tes a que tem de recorrer para se pre- aliás já methodizadas e applicadas em
"servar os immigrantes e a população, paizescultos, é inadiavel legislar o
dadas as differentes emergencias. Congresso, instituindo asylo para cre-
Assiln, ora permaneC€lll os recem- anças abandonadas e a colonia peni-
chegadas no alojamento de Itapema, na tenciaria para 111elldigos e vagabundos .

ilha de Santo Amaro, em Santos, ora Não pode a sociedade prescindi;' dos
em S. Bernardo, ora na Hospedaria da meios de preven.ção e repressão d~sti­
Capital. nados a conter e dirigir elementos que,
Satisfeito por haver afé agora po- descurados, constituem um flagello e
dido conjurar os terriveis males que um per-igoso contagio moral.
por vezes ameaçaram a saúde da po-
A relevancia do assumpto não a des-
pulaçãoe dos immigran tes, o Governo
conhece o Congresso, que já deIle tem
pede vossa attenção para a coilvenien-
cuidado.
cia de se estabelecer, definitivamente,
em ponto conveniente, entre o Alto da o andamento da ad"nlinistraçáo tem,
Serra e a Capital, um posto quaren- demonstrado a necessidade de ser re-
-
tenario, em que sejam abrigados os guiada a disposição do art. B4 da Cons-
immigrantes, dado o caso de não de- "tituição, ,de modo a -bem finna.r~se a
verem ficar. em Santos, nem chegar á inlellig.enciade seus termos, em vista
Capital. das relações dos poderes publicas,
Ultimamente pôde conseguir-se que suas attribuições e funccionaznento a-u-
os navios. entrem coril tempo de sereu! tonomico.
Tambem já o Congresso tratou de
desembarcados os immigrantes. e trans-
portados. para a Capital, evitando-se preencher esta lacuna da nossa legis~
a permanencia dos mesmos durante a Iação.
noite naquelle porto. E' egualmente da maior convenien-
A administração policial e a for,a cia regulamentar~se o preceito dQ art.
publica te8m' continuado no desempe- 36, n. 5, da Constituição, de modo. a
nho de sua alta missão de manter a poder o Executivo estabelecer certa
.
ordem publica e garantir o direito. norma de cond·ucta pelo confronto e
A Repartição Central de Policia f Di apreciação dos casos submettidos á sua

convenientemente reorganizada, segun- decisão.
do autorização legislativa, com gran- Sufficientes teem sido os T8cursos
de vantagem para o fim a que se das- ordinarios do Thesouro para os multi-
. tina. pIos encargos dos serviços pernlanen-·
Os .corpos da força do Estado volta- tese extraordinarios que correm pelas.
ram ás respectivas sédes, terminando differentes secções da actividade ad-
o "serviç;) extraordi-Iíario a que se preB- ministrativa. continuando em condi--
taram, sendo melhor o seu estado, -ções lisongeiras a situaçào . . .'
~ .
man-celra,
quer quanto á disciplina, quer quanto i do "Estado.
• 57

,\ despeito das a.pprehensões naturaes sa, o d o deseuvolvime nto Ja r ede de·


dl~ !-) pertadas pela escassez da renda pu- exgottos e de agua da Capital. na 1111-
hl i.ea no primeiro semestre de 1894, portaiÍ.c.!a de 8 . 6 90:73 7 $424 , o de sa -
(' pelas circumstancias excepcionaes do n eam e nto na de . 3 . 132 : 21 8$867. , e O
I~aiz, que continuavaul a exigir do The- de immigração na (le 1 .436 ~i)<)1)$7 3 2.
:i l) Ul'O do E stad o pesados sacrifícios n a A despesa r ealizarla co m o a.u xilio
.' ""cução da le i n. 1 20, .de 15 de Mar- prestado ao Governo da Un iã.o , a que
4:.0 de 1893, p elos auxilios -que se tor-' me ref eri, foi , no exercicio. de . . . . .
:,.u"a m n ecessarios ao Gove r no Fed e- 3.557: 729$019, que, reunid ,. J. Bife-
.. a i para defesa de sua au to ridade e ctuada n o exercicio anterior, na impol'-
(lo regimen republicano , profundarnen- t ancia d e 4.~ 55: 745$472_ perfaz o to-
1." ameaçado com a revolta de 6 d e tal de S. 21 3 : 474H91. a u to riz<\do e j á
!:iet.embro de 18 9"3, a inda assim conse- approvado pelO art. 30 ela lei n. 310,

guiu o exercicio e n cerrado em 31 d e I <le L" de Agosto de 1.894.


Dezembro ultimo liquidar-se senI ag- Do con fronto e nt re a· S 0 111 m ;:). r e-
,(ravar o 'credito do Estado, satisfazen- ceita e a da d espesa do e xel'!' id rl, 'v e ri-
do poutualInente todos os COlnpromis - fica-se em fav or daquelia um " diffe-
,:.lO S da d espesa publica, legando ainda rença de 3.03'/ : 240$126. (tU€- ..:- a. im-
~;<\.ldo ao exercicio corre nte . pOl'tallcia do saldo qu e o HIWfi fin a n-

A recei t a arr.ecadada -de accô rdo com cei ro de 1~94 lego u a o eX € l" (' H~lO

(' 01'-

() a rt. 12 da lei u. 239, de 4 de Se tem- r ente.


lJT O de 1 8 93. foi da quantia de .. . . . o serv iço d a divida passh'1~ do E sta-
:l9 . 282: 226$360 , excedendo em .. .. . do continua fjelmente executado , de
11.80 2 : 226$360 o calculo ol'çamenta- accô rd.o co nI os contl'ac tos. tan r.o na.
• •
rí o , e apresentando sobre o exerclClO parte re l ativa a juros , como ,: i] ül1. to
de 1 893 uma diffe r ença d e mais • • • ás a mortizações estipuladas.
2.748:205$.768. A divida fundada int.erna, C! ne era
AddiciQnados ás rendas propl'ias do em 31 d e Dezen1bro d e 189.:; de ..
exercicio os saldos legados pelo a nto- I 3.189:000$0 00 ,. represen tada. !lo r •

rior, reconhecidos no balanço ger.al 3.169 apoUces do ya lor nom ina.l d e


das operações de Thesouro, foi a re- .
I .
1 : 000 $000, a juros de I) %. (l ~'1 ~;.. nno ,
c:cita total de 45.465:282$532. .
A d espesa publica do E stado attin- I
, ! é actuallnente da quantia df:..l . . . . . . .
3. 080 :000$000, tendo sido aUHH'tiza-
giu á cifra de 42 _367: 728 $82 3, con- I d as cent.O ·e nov·e a-polices , das Quae!5
.
correndo para ella com o elevado a l- cincoenta e CÜlco do enlpreRtim e) ã
garismo de 18 .320 : 279$ 552 os ser vi-I Comp. Un-ião Soro cabana e d ncc en i.a
(~OS de natureza extra ordin ar-ia, aucto- e quatro do emprestinlo á Munici índi -
rizados, mas sem dotação n a lei dO" dade de Campinas.
.
orçanlento. .1 A divida fundada exteru ..L resn!rHil-
A des.p esa propriani ente ordinaria, I te do emprestimo di l'ec t o feito e m
. para a qual estava fix a da a quantia de 1 8 S 8 pela admiuistração da e x-pro-
25 .320 : 2-65$511 , foi de . . ... . . . . . . vincia e das re sponsab·i lidades assumi-
24.047: 149$271 apresentando assim d as pelo Governo d o E sta.do "om a
lima d iffe rença para. menos de • • ·• • • e ncampação dos bens da C.olnp. Can-
1 . 272: 816$240. tare ira d e Ag-uas e Exgo ttos d(7 S. Pa ll -
Entre os serviçosextraordinarios sa- l o . era., em 31 de Dezembro ultimo , de
lientam-se ainda. .p elas necessidades Ibs. 4. 172. 200, tendo sido amortiza-
nrgentes que tiveram em vista atten- dos titulos no valor de Ibs . 14 . 5i)f). A
de" e pelos en cargos t r a zidos á despe- divida fluctuante, oriunda do , .ieposi-
, ." . ,

58 -

tos a )uros d~s quantias recebidas dos il nas da sua final verificação a impor-
exactores pa.rafiança de suas gestões, tancia de 510:122$657, arrecadada pe-
,
e de varias outras parcellas.
, 6J:a, no I la Alfandeza da Capital Federal e
filIi do exercicio, de 387: 656$319. comprovada por documentos emanados
Estimada ao cambio par, segundo a dessa p·rop~ia I'epartição,
escripturação do Thesouro, a· divida Entre os serviços a cargo da Secre-
externa. sommam as obrigaçf\:::s actuaes taria da Fazenda, continúa a merecer
do Estado pela SlIa divk)":'' 000
o
passiva a a maior attenção do Governo a instal-
quantia de 1-3, 896: 100~'762, lação da Alfandega desta Capital,
Conforme, previsão que tive a hon- cujas construcções e . materiaes, pela
ra de manifestar ao Congresso Legis- lei de sua criação, teem de ser forne-
lativo na sua ultima reunião, foram cidos pela a dministração do Estado.
liquidadas dentro ilo anno financeiro. Com o inestimaveI .auxilio prestado
,
algumas antes do prazo convenciona- pelaComp , In'g leza S. Paulo Railway
do , pelOS recursos ordinarios, todas as e o valioso concurso do enearregado
responsa'bilidades assumidas pelo Tlle- dos trabalhos , é de esperar que den-
SOUi~O em antecipação da. receita cal- tro de poueos mezes estará satisfeito
culada para o segundo semestre do e reaUzado o melhoramento .instante-
exer"cicio. t om ex.cepção ap-enas de uma mente reclamado . pelo cO·ll1mercio im-
le t ra d a (/\lantia de 67: 500$OOO,que portador desta ·Capital.
já se ach<i resgatada, mas · que não ·0 O estudo do s algarismos, que deixo
podia ser antes do vencimento , por de- apontados à analyse imparcial dos
l)euder a. obrigação de pagamento de actos da administração e as .favora-
,cumprimento de cO,n dições especiaes. veis cond·i ções com que de anno a an-
est.abelec-:idas no contracto, no se apresenta a situação .economica
A divida desta natureza, contrahida do Estadó , pelo desenvolvimento da
e solvida no exercicio, attillg.iu á cifra . principal fonte de sua riqueza e pelo
de· 6.462 :,30 0$000, sendo ., .. ".'" accentuado progresso em todos os
1,062 ·: 3·00$000 · por emis~ão de letràs. g randes ra.mos de sua actividade so-
400: 01)0$00(1 de um e-l 1lprestimo .feito cial, . acredito serem garantia completa ,,
pelo Banco de Commercio e Industria para a permaneneia e estabilidade da ,
d e S, Paulo , e ~,OOO: 000$000 de em- pOSição satisfactoria eroque se achanl I.,
'.

presUmo nO Banco da Republiea do as n.ossas finanças. ,,,


,
,
Brasil. A nossa organização tributaria, que
. A divida a,cliva do Estado, prove- já tem p or si asaneção de tempo e o
niente de im postos não arrecadados desejavel acolhimento do contribuinte·,
em tempo e, ,resu ltante de emprestimo, assegura recursos correspondentes aos
garantias d e ,juros e de outras origens, encargos da ,d espesa ·nos varios titu-
o

eleva-se à somma de 17.331:590$865, los, já decretados pelo poder legislati-


concorrendo os impostos para esse re- vo, e aco mpanhará, como indica o as-
sultado com . a quantia de " . " " ... cendente lllovimento da arrecadação.
666:'459$715" as exigencias que forem sendo deter-
A · divida da União, de impostoses- minadas por novas .necessidades publi-
tadua.es por ella arrecadados depois ,cas~ op.p ortunamente apl'ecia{las e re-

da organização do Estado. que figu-r a ·solvidas.


nesse quadro pela importancia de " , Invidando a administração todos os
5,522:747$682, já se acha reconheci- .esfo.rços para a reprod ucção constante
.da pelo Governo Federal na., sua mais dos fav.o rave,i s .r es ultados que consi-
.'

important e IlarceHa, ·dependendo ape- gnam e assigna:lam os balanços do


,.,.';,' " " " . ,'
• ..
59-

T he so ur o d o Es tad o, ten ho po r ce rto Em Sã o Pa u.J o, on de o Pa rti do rep u-



q ue a.in d a ne sse em pe nh o se rá o po - bli ca no , já no reg im en im pe ria l, era
de r e x€ (:u ti\' o or ga m ·fiel d-os vo sso s um a for ça rec on he cid a e ac ata da , es-
pa tri oti co s sen tim en tos e ele va da s as- tav a a ge stã o da ca us a pu bli ca , co nfi a-
pir açõ es. da ao s reP I'e sen tan tes do ide al de mo -
• •

Ac red ito ter sat isf eit o a nl iss ão qu e cra tic o , cid ad ão s, cu ja ex pe ne nC la, ca -
m e inc um be ao 'da r co nta do s ne go - pa cld ad e e fid eli da de a um pro gra m-
cia s pu bJi co s. ind ica r pro vid en cia s qu e ma de fin ido , j us to e sen sat o tin ha m
as lIe c:e 5si dad es ge rae s rec lam am , 'fa - sid o co mp rov ad as em ma is de um a
zen d o a ("o mp a nh a r .es ta ex po siç ão do s em erg en cia dif fic il. Er am eU es so lid a-
relat o rio ~ d os dig no s Se cre tar ias de rio s pe las idé as e sen tim en tos co m a
E sta d o, a ( ~ uj a co op era çã o eff ica z, de - op ini ão , cu jos s Uf fra gio s an im av am

dic aà a e· fom pe t en te mu ito de ve m o ,a ssi m a dir e cçã o go ve rna m. en ta1 .


Go ve rno e a cau sa pu bli ca, e sob cu ja Es tas r es po ns ab ili da de s qu e pre n-
im m ed ia.tét dir ec ção co rre ram os ma - dia m a sit ua çã o a to do o pa ssa do ,
g no s ini flre SS ef: â su a so lic itu de co n- ' ch eio de tra diç õe s lum ino sas , cin gia m
f iad o1:\. ,os de p os ita rio s do po de r ao s ma is gra -
ve s e s.e rio s co mp rom iss os .
7 de ab r il de 1 8 95 .
Cu mp ria -lh es co nv ert ere m em r ea li-
O P res id e nte do E s tad o, da de fag ue ira e sa tis fac tor ia a do utr i-
Be l'n al' d ill{ ) de Ca nlp os.
na pr ec on iza da .
,•. Na da pod -ia se rv ir me lho r pa ra CO ll-

ve nc er os esp iri tos ret rac tar ios , e pe r-
su ad ir e co nte nta r o po vo co nfi an te ,
do qu e a uti lid ad e de mo ns tra da , a su f-
Se n h o r e-s De.pl~tRdos e Se na do res ao fic ien cia , a eff ica cia do s pro ce sso s e
Co ng re. sso <le Sã o Pa ulo . do s ap pa rel ho s off ere cid os e pro pa ga -
AO d ar -v os do s co mo a ex ac ta rel aç ão . lig an d'o as
cô n ta d o::: n eg oc ias pu bli co s, pe la ul - asp ira çõ es do be m . pu bli co á. s ua no r-
til' na Vt:'.,z. ap.r ese nt. an do os r,el ato rio s ma l ex ecu çã o .
.
d as Sf.' ('r H ,al' ias de E sta d o , e ind i-ca lld o Er a pre cis o qu e se ina ug ur ass e um a
as n. r ü v!d e ncia!5 'n ece ssa ria s ao int ere . s- ép oc a de pa z , de tra nq uil lid ad e, pro -
se ge ral : s eja -m e pe rm itt ido lan ça r um pr ia á for ma çã o e ma nu ten çã o da or-
rap ido .go.Jpe de vis ta so bre a pIt a's e de m e co llo nli ca e fin an ce ira , á se gu -
d ec ol' t ida . d esd e qu e, ob ed ece nd o ao ran ça do dir eit o, ga r a nti nd o a est a-
vo to .po pu lar . ass u mi as fun cç ôe s do bil ida de ,e a pe nu an en cia do s ele me n-
GOyel'llO·. no int uit o de fa cil ita r o ex a- tos co mp on en tes da. vid a pu bli ca .
m e e. a pl' eci açã.o do s fac tos e d'o ex a- Be m co ns cie nte s de sse de ve r fo ram
eto (" o nh e('.i nle nto do esp iri to qu e ori en - os e sfo rço s em pe nh ad os em da r-l he
lo u a ad m in ist r aç ão . fie l cu mp rim en to; fai na lab ori os a. pa -
A qu a.d ra. po lit ica en tre g ue á mi nh a cie nte . bu sca nd o na co ns cie nc ia esc la-
dir ec çâo e qu e já vin ha .co nd uz ida ·co m rec ida do s ac tos o est im ulo e ap oio
.fir·m eza e sab ed ori a .p elo me u pa tri o- pa ra de be lla r a ho sti lid ad e e a luc ta
. tic o an tec ess or, O sen ho r dr . Jo sé Al - op po sta s pe la-s am biç õe s irr eq uie tas e
ve s d~ Ce l'q ne il'a Ge zar , res en tiu -se .f og os as do s pre ten de nte s ao po de r e
da s pr of un da s agi taç õel ? qu e ass igl la- do s ad ep tos do im pe rio ab oli do , qu e,
lar am 00 an no s de 18 9 1 e 1 89 2 e qu e alh'e los ao mo vim en to .n ac ion al, sem
tiv era .m a su a cu l-m ina nc ia na de sas - raz õe s ,c on fes sav .ei s, jul ga m su pp lan tar
. tro.s a r ::>;1Q)t·a de '6 de Se tem bro . as ins tit uiç õe s rep ub lic an as pe lo ma ne -
60

jo da intriga no intenor e do descre- regularização de suas il.1st it UiÇÕBB ,iu~-


dito no exterior, propalando - o aleive, ridicas.
diariamente desfeito e engendrando
Ordeln Judicíaría Coube-lhe a
planos medrosos, que mal alinham ten-
promulgação das. leis de ordem judi-·
tativas excusas.
da.ria. Celebrou-se· o contracto para a
Dominando esta série de contratem- confecção dos codigos de processo ci-
pos, que não acarretaram perturba- viI e criminal, com jurisconsultos de-
ções mais profundas e extensas do que nota, e os seus trabalhos já fDram su}j-
.

as que ensanguentaram e encheram de mettidos á vossa apreciaçAo. Execu-·


lucto os primeiros annos do Imperio, tou-se a lei organica do PodBr Judi-
o periodo transposto offerece á obser- dario do Estado, sendo-lhB dado o
vação inlparcial a obra consoladora de neces~ario regulamento, que está e111
uma acção inteUigente, benefica, fe- vigor. Teve appUcação· a lei Que criou
cunda, gra.dual, naturalmente erguen~ e organizou os officios de justiça, sen-·
do, mn toda a vastidão do Paiz, a for- do tall1bem regulamentada. Iustallou-·
ça progressiva, livre de peias e que se o Tribunal de Justiça, nornea.ndo-se
toma o seu impulso pelo rumo que lhe e fazendo elnpossar os seus rninistros.
convém, de accôrdo coni as necessida- Installa.ram-se as noven ta. e seis co-
des e os ten1peramentos. marcas do Estado, nOllleados os l'espe
E os resultados desse desdobmmen- ctivos juizes de direito, 12!l1 l1UlaerO
to de elementos, até então desconheci- de cento e dois, attenta á plura.lidade
dos, por que sopitados, ostentam-se na de varas nas comarcas da Capital. San-
abastança dos Estados e· dos munici- tos e Campinas.
pios, antes miserrimas õependencias do
Ins~a.llou-se egualm·ente o ::\Iinisterio·
centro perdulario, hoje grp,udezas im-
Publico: nomeados o Procurador Ge-
ponentes, prestes a enriquecerem toda
ral, os Pr0111otOl'eS Pu.blicos 1 Curadores
a Nação,
geraes de orphams e Promo~ores de
lncomprehensiveís os que não sabelll residuos.
concluir a prosperidade da Nação da
Proveram-se, segundo o typo·
opulencia de cada uma das partes que
legal, as comarcas, quanto ae!:.: sel'ven-
-
a ·compoem.
tuarios de justiça.
Obcecados pelo despeito, on pela pre- •
Foi regutanlelltada e executada a
terição de interesses da passada oli-
nova lei que nonnalizou o custeio do
garchia., não podem comparar as -épo-
serviço do jury e arrecadação das l11Ul-
cas e os factos, não enxergam a fede-
tas impostas aos juizes de facto.
ração vivaz, promissora, justa, occu-
pando, para se-mpre, na conSClenCla
, . Policia A autorização legi:::lativa.
brasileira, como penhor de felicidade, para a Teorg-an-ização da RBpa:rtiçào de-
o logar que o regimen decahido não Policia teve o devido andamento, sen-
. pôde manter, depois de possuil-o sem -do estabelecidas as bases e prBscri·· .
contestação por dezenas de annos, não 'pções que reformaram -este importall-
deixando 'uma obra de valor notavel, te ramo da administração, qUB func-·
siquer. corre?-pondente á enormidad'8 cionou -desde então, corl'8spondendo
dos recursos que coneentrou e consu- muito lnelhor ás necessida-des Pi.l bli-
miu, quasi em pura perda. I .cas.
Organização do Estado Foi nes- Força Publica. ProllluIgou-se e
te periodo que se -operou a organiza- executou-se a lei que reo1'gauizon a.
,.
ção do Estado; definitivamente, pela , "Worça Publica do Estado. (~riaraIn-se

61

0:-;(: 01" VO;; segundo o plano dado, preen- I de Bombeiros e bem fiscalizadas as '
\'h0.n,do -st:: os quadros, estabelecenfl o-se enfermarias existentes, emquanto não
;tS itE: eBSSarias, repartições no intuito ~ e conclue o ed·ificio proprio, em adean-
de reg ula.r a administração e a disci- t ado a ndamento.
Idin a, Elaborou-se o r eg ulamento npJ'Q-
Prisões Foi posta em vigor, sen-
priado á nova instituição.
do regulamentada, a lei que .providen-
:-
,/,-
.:
A este respeito convém mencionar o ciou sobre· carcereiros e prisões.
, ~-
,- .
~\ ; ostabelecüilellto de- officinas no Corpo ! Custas Judicial'ias Confecdonou-
.-';'--',- - ,
-
de Bo mbeiros , a C~~gO do proprio pes- se o regimentQ . das custas judiciarias,
soal, p'ar~ a factUl~a de objectos des- que está em vigor, na fórm:::t da lei.
:tinados ao seu mistér e repar.o das ma- Junta Commel'~ial Exeeutolh'3e a
·r.hi.nas e utensílios; e, s ub ordinados ao lei que criou a Junta Commercial do
Commandü Geral e ao Quartel-Mestra- Estado e confeccionou-se o respectivo
trado, a·s que se encarregam da con- regulamento,. apresentado ao Co ngres-
l'(:<:çàü do fardamento e peças de uni- so e PUl' este approvado.
forme. AlélTI da grande economÍa no E' incontes-
Rcfól'ma Jutliciaria.
n Isto da fabricação e das fazendas, tavel que a nossa organização judicia-
e::tte·5 estabelecilllentús b·o.uxe ram a ria offerece ple na garantia ao direito;
valltag.em de localizar no Estado o tra- entretanto, não ,i des-Jab ido cogitar em
I>al ho e o c.apital despend.ido, com mui- a lgumas modifkaçi3as que [-:. pratica e
,."F:., ta vantag'eln ainda, quer quanto á per- a, experiel!cia, ' v/iJ,-·.o .~~lggerindo. Têm· se
· •
feição da obra., quel' quanto á quali- sustentadc. a eoa;~·;-·~~.,~"\~·i l ";e ' espeeia-
d.",le do materlai empregado. I lisar a s . attrH')Il!I~êes ai -:G_ 'u.,-~ ica.tul·a,
Foi necessa.rio augmentar o mate- quanto ás mattn"ias subm ..l u3d as ao seu
rial para a extlncção de ince ndios, ins- I conhecimfJto, clas.;:;.ifitar ·.tcto-as segundO
.
taBar um perfeito e moderno systema a sua natre:m; p;" ...... f ·d'JLn de ser pro-
"
(Je avisos e criar mais duas estações, cedente all."":~i:i't:ttr relati 'lr;..n:..ente ao 1'2.-
além da Central. mo criminal, a necessida.de de <,onceu-
Além disto. IRediante convenientes trar a s ua adlllinistr:1.(.ã·:-
"
·rle modo a
j·\studos. providenciou-se para que os a.purar as vantd.g"t:jli;~ p 1"OVeni elltE'~ do
;;t (j uarteis e as· repartições policiaes e aprove itamento de aptidões , aperfei-
ri
~~'. l\loisoes seja-l u servidos por illulninação I çoadas pela observaç~o continua e H-
i:-,>; '·
ç ~" ·\'leetrica, visto as suas vantagens de nlitada a um objecto importante, com-
. '" .
~~~., (\(:o nomia e seguranl'a. I plexo e vasto, SUjeito a progressivas
>;'''
,~;:,,,
:r
I
-;:;'• :
• A actual organização dos corpos. e constantes alterações. ao qual estão
>"."
,,: ' '

}/ ainda que tenha, d urante os tres a intiLYlan1ente, ligadas a vida e a sor-


~.--. quatro annas de exis tencia, se mostra-
.-
-.;"
< .
te da sociedade, co mo a apreciac:ão e·
h -: julgamento dos delictos.
~- capaz de produzir os resultados de-
(lo
'ic "ejados, é todavia, susceptiv·el de me- Seria tambem util ·e justo estabele-
' .'
.. '\.
..

V' IlHH·amentos. O assurnpto foi objecto cer differentes -categorias pa·r a as co-
dp estudo que se converteu em plano nlarcas, segundo o movimento fôrense
I

;:.: of(erecido á apreciação do Congresso. e as considerações attendiveis de or-


~~. 1\-Iereceu a devida attenção .a neces- Io dem geral. Propordonaria este plano
rneio de criar a carreira e o tirocí-
,; ",idade !tygienica, eco no mica· e discipli-
·
1) 11X de aQU&l"tel1ar regular.mente ·os COf- nio da magistratura, de~de o noviciado
,
·fln~ e de nor·m alizar o serviço hospita- até os mais elevados encargos, afferi-
'lar,pelo que foralll convenientemente dos os serviços e bem comprovadas as
·· I l(~ a.hadas as ' obras dos quarteis da Luz. capacidades.
62
·
Actuahnel1te, na carencia de outros em subita carreira, tornava-se impos-
estadios para observação · e reconheet- stvel; mandou-se _edificar o predio.
mento das vocações, que já não offe- óra em conclusão , no qual Q serviço
rece a instituição dos juizes substitu- ha de receber o cuidado e (I espaço
tos e municipaes, abolida, tem o Go- necessarios ás varias -e com plicadas
verno recorrido ao quadro dos promoto- lnstallações; mas ainda não foi dado
res publicos, co-m o meio- de apreciar o ao Governo realizara definitiva col-·
merecimento e os predicados para a locação, tendo por ultimo obtido uma
investidura no cargo de juiz de di- sltua,ç ão p~ovisor~a, que permítte
reito. aguardar a terminação da obra.

}'OI'Ulll FUllccionavam os juizes Secretaria da Justiça A Secreta-


da Capital. o Tribunal do Jnry e as ria da Justiça está egualmBute em pré-
varias repartições annexas, separada- dio alugado; para elIa e para a da
mente e mal collo·c adas; o serviço fO- Agri-cuItul'a oonstr-uiu-se o notavei edi-
,•
renSe resentia-se, , como todos os raDIOS ticio do larg o do Palacio, llo qual já ,

da adminis tração, de falta co:J_npleta funccionam a s repartições da Agr icul- ,


de accommodações toleraveis; isto coin- tura e Obras Publicas. ,·

cidia com a impossibilidade de obter. •,
Estat.istica Policia-l São nota veis ;
;
de prompto, um predio em que pudes-
os benefic ios .colhidos da reorganiza·
,

se installar-se convenientemente o .. Fo- - porque passou a Repartição Cen- •

çao
.
• •
i
,.um". Nesta situaçã~" . , . teve o Estado tral, salientand-o-se, entre outros. a re-
de adquirir )a ~"~":;a,s~ da rua cb Quartel,
gularidade de sua escr-ipturação e i~e­
em que fO:nis~üle estabeiecido depois dos
gistros, ·da'n d'o" copiosos, pr,ecisos e uteis
necessarios 'ar:,e paros, adap:a;ão e au-
-elementos para a esta-tistica criminal,
gmentos. ..
,cujo valor é .e xcusado· encareCEr.
Vae ·ella servinoV' . . 1.ecentmente, em-
quanto , não se constróe v' ~rojectado Antbl:opOnteh'ia E' indispeuaay.el
Palacio da J'ustiça. "ha·b ilital-a a ' completar . a sua inestl-
Como todas as instituições que ne- mavel obra, dotando-a com o serviço
cessitam, para. preencher os seus ·f ins, anth-ropometrico para a identífkação e
acompanhar o rapldo progredir de um classificação dos c-rimi-l losoS. Já tendo
po-vo llOVO em seu accelerado cresci- a photographia, com pequeno onus
mento e coml>l~xas e varias manifesta- mais poderá ser montada a in s taHação
- -ções, a nossa or,ganização - policial ha · cQmpleta.
.
de forçosamente su bmetter-se ás modi- ,R egílncn Penitellcia·l'Ío e EScolal' -
ficações que as nossas' circu mstancias Não será' ocioso pedir ainda a "ossa
forem exigindo . attenção pa.ra a inadiavel necessidade
Entretanto, eUa se adapta á situa- de fundar a penitenciaria agrícola e
ção, pr.estando os mais assignalados o 'estabelecimento industrial institui-

serviços na manutenção da ordem, pre- dos no codigo crinlinal para o cum-
venção e repressão do crime e dos vi- primento das penas e com applicação
cios sociaes; pelo que tem concitado aos vadios e mendigos, aSSim •
como
o applauso e o respeito da opinião ge- a.syld para menores.
ral. . Não se tem a administração descura-
Predio Policial A Policia Cen- do do importante almejo do melhor
trai andava tambem por casas aluga- preparo e educação ·do pesseal inc.u m-
das de pequenas di-m ansões, nas quaes bido da melindrosa missão da vigilan-
o ln'o-vimento de negocios, avolumado da policial, aliás deficiente, em grau-
... , ' , . '. : ..

63
., .
>:
Ih· [)arte, pela illSufficiencia dos meios I gresso, de modo a ser traduzida em
- ih· que, a muitos respeitos, po-demos projecto , que obteve a approvação qua-
••
s i unani-m,e da Cam ara e óra de pen.c.e

1\ experiencia tem tambem demol1s- I da resolução do Senado .
.
,,.,,,10 que, ao lado do Chefe de PoU- Hygielle o ina diavel € gravis si-
" _ _ !\ IIi , deve ser collocado , pelo menos,
mo empre hendimento de extinguir as
, - ',
U 111 funccionariocoID. egual aUribui- differen tes molestias reinantes entre
1:(1.0 . clue." em dado momento, possa s e- nôs e de impedir novas acclimações, foi
1'1111<1<11' a superintendencia policial em
I
I
encarado resolutam-ente em toda a sua
~\i: pfll\.t.OS e casos diversos daqueHes aos grandeza, desde o t empo do meu di-
>.<" "
,',-

.

preste a sua assis tencia a pri-


i
gnissimo antecessor , o s enhor do utor
I

auctoridade. Cergueira Cesar.
".':' -
"::;,"'
" -'
:-".-
- - ~-

-
-- ' - .
'"risões - Os edifícios e o -regimen

Encon trei . já iniciado o contracto'
'.~'.

!1f1,~ prisões não têmestad o fóra das para os e s tudos e plano comple to do
j){~' vtNl.n~ e preoccupa ções do 'Governo, que , saneamento. de Santds com o enge-
"o
l'eriodo decorrido de 1 8 9 2 a 1896, nheiro am€rÍcano Fuel'tes, em preparo
r'W'. levantar, em -todo o E s tado ca- a organização dos institutos Vaccino-
I
I
"2~;:

(I oias novas, em numero avultado, ten- genico , Ba cteriologico e de Analyses


IfO ta.mbem maR,dado reparar outras já Chimicas , o Hospital de Isolamento da
t'-"·:
..
_;.:::
.
-(IX I ~ tentes_
Capital, o Desinfectorio Central e as

!z
.~:_>
este respe.ito, a Capital jaz em
A. i medidas g eraes relativas ao a ssumpto.
A questâo a ~' re s olv'er consistia, em
~~-: (j Ollóí~ão relativamente inferior á d e 1
:0'-' I' summa, na verificação da natureza das
o~t , 1I.lg UIDa.S nutras ci-dades.
:.-,
enfermidades. suas causas e meio& de
]';xplica-se es te facto pelo queoccor-
as debellar. Os processos empregados
" 0 11 , quando se tratou d,e construir as
. têmcor·r espondido ao que delles se
IH' isôes da -Capital, que deviam obe-
esperava . Assim,installado em fin s de
fleeer a um plano elevado, realizando
;C', :. 1892, o Instituto Bacteriologico" tem
i.U'I typO tanto quanto p-OssiveI perf-ei-
(" .. funccionado proveitosamente em exa-
!L: U. a todos os respeitos.
$ :;: mes conducentes á ,f ixação de utels in-
~:. -Djscutiu-se ao mesmo t empo a con- formações e dados relativos ás febres
:;>',--

t:(j~ vüniencia hygienica e economica da typhoide e amareUa, á malaria, a o cho-


".'" .
~;;_: t'nudança da Hospedaria -de Immigran-
-

~- -- ,. lera, á ·diphteria, á tuberculose etc.,


"'. ''''' para S. Berna·r uo; surgiu a idéa d e tendo o btido resuitados ap-reciaveis e
j}i:.,
:;t"'.
cCJnverter....;se em prisões a a ctual ·h os- acceitos p ela comprovação, dos estabe·
~; , I'odaria do Braz. Feitos os .estudos ne- lecimentos congeneres e competentes
~~r:
;'.)" (1üssarios,chegou-se. á convicção de que pelos .c red·itos scientificos. O Instituto
'li. n alvitre se justificava por motivos
~,_: Vaccinoge nico, poueo depois ina,ugu-
'.'" -
~g . IlHr.isivos, quaes são ~ menor custo rado, tem sido o manancial inexgotta-
-,"" ..

fci il.,"ta s installações, relativamente ao veI a produzir o victorioso pre ventivo


--'-" " '
..

,f\' · dn um predio novo e · co'm pleto para que extirpou de ve·z a varíola, ende-
~:; ndsões - a menor d·emora na adapta- mica em S. Paulo, e acaba· de preser-
. ,
~;_ <;1\0 e a ci.rcumstaucla, decorr.es- va.r a po·pulação do Estado da invasão
};;· l!t)Hder o edificio ·da llospedaria ás com que o ameaçou a intensa e vasta
~:~. Hü lJdições do novo 'serviço de que se epidemia que assolou a Capital Fede-
f", t;ogitava. Esta consideração predominou
•.. "
ral ,8 · ·a s .z onas limitrophes ás nossas
, no animo -do Governo e no de mui- fronteiras. Como a.mos tra. de uma par-
... ' j,tI" ·dos senhores Membros dOCOD- te do seu labor ef-f.iciente , é bastante
•<' -
,' :'
~ , i·
'mencionar a expedição de cem mil tu- I
serum anti-tuberculoso de Mai"agliano.
'bos de purissima polpa vaccinica, con- I, Pro segue a paciente e cuidadosa ela-
t endo cada uma o necessario para 5 boração da nossa demographia sani-
pessoas, durante o anno findo. taria, sem receber, entretanto, todo.<'l

O Laboratorio de Analyses Chimjcas fa cH, m as ' proveitosissimo auxilio que


. '

tem-se desempenhado ' desde 1893 da poderia prestar-lhe· o registro 'CIviL


• •
sua tarefa de investigar as substancias Esta longa e. minuciosa preoccupa-,

submettidas ao seu exame, sobretudo ção quanto á saude publica, pó de pa-


quanto á alimentação , publica. r ecer um estado sanitariô calamitoso.
O Desinfectorio Central ' e' os hospi- quando exprime o contrario, pois é, a
' taes de Isolamento representam os calma ~ systematica disposi<;ão dos
elemen tos mais ,efficazes na campanha meios adequados a combater os diffe-

,contra a propagação das Bnfermidades rentes virus epidemicos 'que affectam


contagiosas que por v.ezes, nos hão todas as agre miações bumanas, ain-
l

assaltado. De par com outros facto- da as mais sadias e cultas, e cujo :l.banc
res, a eUes se deve a immunidade da dono denota incontestavel inferiorida-
Capital em meio de perigosas epide- de social.
,

mias, attendendo-se a que esta cidade E tambem cump"e lembrar ~ lm-
,não repelIe, antes recebe e , dá. o con- portancia dada ao assum:ptc, "erindo
veniente tratamento , aos contagiados a attenção geral, avolumando embora
que a procuram. Tambem contribue as creações imaginarias, de facto con-
po derosamente em seu funccionamento tribue para a eliminaçjio d,< males que,
para 'a uxiliar outros pontos do Esta- outr'ora des:percebidos, minavam as ci-
do, ·quando affectados, já pelo abrigo dades, desembaraçadamente, prepa-
e serviço organizados, já pela pl'om- I rando as terriv-eis devasta~ões. cujo
ptidao e competeucia do. pessoal ames- • alarma tardio provocou a acção ora
t1"ado na capacidade do trabalho, di- bem, orHmtada do Estado,
ligente em acudir ás necessidades 'oc-
,
O que aos :poderes pUblicos in"umbe
'correntes. Excusado é declarar que" neste empenho constitue obra vasta e
:para a collo~ação de todos esses ins- grandihsa.
titutos, preciso foi construir edificios Não basta ,conhecer o mal, definir
,a:propriados,começando :pela acquisi- g classificar e nfermidades, segmido a
ção dos terrenos necessarios, desde que,
para serviços já existentes, não pos-
sua ilatureza e apontar os meios de
,

extingull-as. Ha a parte doutrinaria,


.
,
suía a antiga provincia os indispensa- ha as providencias va-riaveis;" transi-
veis predios. Esses edificios, além de tórias , que :previnem ou combatem a~
serem typos normaes 'e m' seu genero, invasões mórbidas e as fundamentaes
, constituem padrões de elegante ' ar-chi-
• de caracter :permanente, que transfor- .
tectura. ,

roam o meio em que ellas se des8nvol-


,
O Governo , não descurou os estabe- vem, eliminando-as ,·adiclRmente.
lecimen tos destinados ao tratamento ,

·da raiva e dlphteria, e valiosos Bstu- Saneamento O Estado já trans,


dos e diligencias, realizaram-se,. com ·-o pôz a phase mais theorica da sua ta-
intuito , de se, Instituir uma completa refa.
,
installação da: serumthera:pia. Entrou de ' vez' no caminho da exe-

- 65 .

hem combinado e assente em bases


.
exactas.
Ha construcções monumentaes que,
a um t,,>mpo, asseguram a effectividade
dos serviços e a capacidade dos 'pro- .
fissionaes, como o são as destinadas

ao abastecimento de agua, á rêde de


exgottos, á drenagem do sub-solo, quer
nesta cidade, quer em outras do ES-
tado, grande numero de hospitaes re-
gulares levantados em muitas cidades,
applicados ao indeclinavel mistér de
isolar

doentes em épocas epidemicas;
a nova canalização e rectificação dos
rios Tamanduatehy' e Tieté, para im-
pedir a extravasão das aguas e o con-
se.quente alagamento da parte baixa
o da cidade, eausa periodica de intoxica-
-ções palustres;' a drenagem ·superficial,
o dissecamento de pantanos; o escôa-
luen-to de aguas estagnadas, a remoção
o de fócos de infecção e o calçamento
'de ruas, na Capital, em Santos e Cam-
pinas; a canalização e cobertura do
·Anha-ngabahu' e o seu revestimento de
. pedra.
o que se fez, porém, dentro do pe- se dos exgottos. Não sendo possivel
o

riodo decorrido e com os recursos de emprehender nas cidades contribuin-


renda ordinaria, embora constitua avul- tes as obras de agua e <:lxgottos, simul-
tadissima obra, ainda não completa
o taneamente, entendeu o Governo dever
o quadro dos trabalhos exigidos, para cuidar sóment<:l do abastecimento
.
de
que, não sómente a Capital, mas todo •
agua, e tem sido este. o -- seu emp'enho.
o Estado, se considere livre dos ger- Taesserviços, importantíssimos por
lnens epidenlicos acaso já aeclimados affectarem a saude publica, pelo seu
.em alguns pontos do seu territorio e' alto valor, e dependerem de material
apto para debellar promptamente as escolhido, quasi todo importado, deve
_pOSSlv.els -
. .'.lnvasoes. . estar sob adir.seção do Governo, que
Esta situação não está fóra das vis- dispõe de repartições montadas e aptas
o

tas do poder publico e foi objecto de e de pessoal technico competente e


o

medidas acertadas. expe'l'im<:lntado nos mais difficeis en-


Evidentemente não era Ilossivel, de cargos d·esta ordem. E' justo reconhe-
golpe, realizar em todo o Estado as cer tambem que •
ás municipalidades
obras colossaes que o idéal de um re- ",a'be ainda muito maior esforço no
gular saneamento impõe. Seriam . es- sentido de auxiliar o Estado na rea-
cassos o tempo' e os recursos pecunia- lização destes melhoramentos de na-
rios. Em Santos deve . -ser l<:lvadoa tur<:lza puramente local, e que, entre-
, , , • , • • •
'. .' ... .. - -. :".', .' .' '.-, . .
.. .. ,

'.
'"
,'.' .
.
': . . ..,'.".
'. .'..,,' :; "; '.' .: ..' ',," . ,'...... ;, ... ' " . ,·,.,•• .
,· ···1 · ..· ·'· ·
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~ ·.i' ..- " "·_.. '" . .-_ · :,
." • _,.--__. ...
.' -•. - .
. •.<"
. . -I,
," '71-
"1
-1


66 , ." - __ o c'
,
,

pelo beneficio inestlmavel do sanea- tavel e, no caso affirmativo, determi-
mento. nar-lhe o valor. -
Para desempenhar os comproIllis- Esse trabalho ,acha-se prompto 's
80S resultantes da lei e das oifertas servirá de base á resolução que o po-
municipaes, o Governo tem mandado der publ.ico deverá tomar, mediante
estudar e auctorizar as obras, recor- as devidas cautelas, no sentido de re- o'

rendo ao credito da lei de 1895 e á mover esta grande causa permanente


de infecção.
consignação do actual orçamento.
.
Em relação a Santos, havendo sido
. ,
Entretanto, urge q ua seja .levado
avante o plano radicai do saneamento
apresentados os'.". estudos e planos a
. ",,'

cargo do engenh'eirõ Fuertes, o Go- I de Santos, onde, , aJiás, deha muito


executa o Governo todos os serviços
verno dirigiu-se á Camara Municipal,
possiveis para prevenir e combater a
no intuito de conhecer as relações do
' epidemia que periodicamente assalta
governo local com as emprezas con-
aqueJla cldaile.
,tractantes do serviço de agua e exgot-
Tem aUi uma commissão medica per.
tos, poiS era imprescindivel ter em
manente e uma secção da repartição do
vista tal assumpto no plano a executar.
, I Saneamento, ambas em constante tra-
Não obteve o 'Govierno 'resposta da
balho.
Camara de Santos esó poude entender-
se com a administração , municipál eni Como o anno passado, appareceram
fins de 1895, quando o abandono dos casos de febres em cidades do interior,
trabalhos por parte da empresa de mas não em todas as que têm sido
exgottos, acarretando o não funcciona- affectadas . O Governo auxiliou as ca-
mento das machinas, ~aineaçou a cida- maras, tomando mesmo a si, em qua-
,

de de uma tremenda infecção, que de- si todos os casos, a dtrecção de todo ,

terminaria uma epidemia, cuj.o alcan-' o serviço de prevenção e combate, por ,

,•
ce funesto não podia ser avaliado. nieio da laboriosa e competente Repar-
tição de Hygiene.
Nessa conjunctura, o Gove,r no , viu-se ,

na necessidade de tomar a si o ser- ii Hospicios , Tem o Governo pres- ,


viço, entregando-o ao pessoal cómpe- ! ' tado ás instituições hospitalares, man-
I
tente da Commissão de Saneamento, tidas pela caridade particular, os au-
queefféctuou um accôrdo com a Ca- xilios au--ctorizados por lei, reconheceu-
. ' ~ ,

mara e com ' o representante da empr<Í- do a necessidade ,e a ' justiça de regu-


sa, depois do que restabeleceu o func- larizar-se esta contribuicão de accôrdo -
cionamento dos a,pparelhos', realizou -co·m a estatistica do movi-m ento de ~ a­
estudos e melhorou multo o escôa- da uma dest'!-s instituições ,
mento das mate rias fécaes, tratando ,
' Tem egualmente merecido a attenção
de as desviar das galerias de aguas do Governo a Maternidade da Capital,
illuviaes, ás quaes 'criminosamente ha- estabelecimento de, incontestavel uti-
viam sido 'ligados os canos de exgottos, lidade.
razão pela qual se dava a infecção no Considerando a urgencia de collocar
ancoradouro dos navios, junto ás do- em situação regular o abrigo , e o tra-
cas. tamento dos alienados, e dando cum-
Por essa occasião, de accôrdo ' ain- primento á auctorização legislativa, o
da com os representante's ' da empresa" Governo resolveu fundar uma institui-
o Governo mandou fazer um exame ri- ção que realizasse, no seu genero, tudo
goroso em todas as oUras e verificar o que a sciencia ' modernamente pres-
si havia nellas alguma cousa aprovei- creve. Adquiriu . COlll e~se intu~to. va$-
'..,.: -~ ..'i:':' ":,,"';."."" .

,
" ': :'67""".' -,", .
' .
.
11", lerl'enosjunto á estação de Juque- Paiz explorado pelas mult-iplas ex-
da São Paulo Railway, e á margem
I' y , pansões do tr.a balho e da industria,•
do riO dó mesmo nome. centro de importantes riquezas, aberto
uma, paragem magnifica, reunin-
I~' .ao movimento do cosmopolitismo, em
do todas as condições naturaes, quan· directa . communlcação com povos ca-
'-o> ao fim desejado. racterizados por maior ou menor ci-
vilização e differentes gráus de salu-
se levantam os edificios, de
Abi
bridade ou de situação hygienica; não .
. ' " ""ôrdo com os melhores -typos. A po-
ha de ser na inobs ervancia de um fun-
Hlçã.o offerece, entre ou.tras, a vantagem
dalnental e regimen pre-
cI" uma perfeita colonia agrícola.
ventivo que 'entÍlesourar as
Obrigado pelas circumstancias, da-
vantagens da cõnvivencia universal,
dn. a impossihilidade de eontinuar por
sem os precalços da livre franq uia.
11 In lado a agglomeração de .enfermos
no actual hospicio, e, 'por outro, o E essa obra de res guardo, de cautel-
Ilbandono dos a.Jienados, que já não las racionalmente ·sy,~ tematicas, ou ba
)l()df-~ m ser admittidos, o Governo ad·" de ligar, solidariamente, os cidadãos,
quil'iu eln Soro'caba uma ca.sa ,e~paçosa, os municípios e o Estado, em um s6
(~om terrenos annexos, para attenuar empenho, ou s erá um esforço vão.
lI S necessidades do momento. A lei que, reformando a anterior,
regula o serviço sanitario, é de 4 de
~Iunlcipios Não· -foi es quecida a
Setembro de 1893. O decreto de 2 de
(·1istríbuição dos auxilios ás municipa-
Março de 1894 manda observar ali
lidades, s'e gundo as verbas orçanlt"nt"a-
disposições, que promulga, do codigo
nas, sem embargo do que 'interveiu
. sanitafio .
:-;empre a Administração com o seu
(:oncurso para a ,p revenção e extincção' Instrucção Publica Quando , em
tle casos de molestiail ' epidemicas . no" 23 de Agosto de 1892, assumi o Go-
pontos afféctados. en:viando-lhes -gran- VerDO do Esta-do, já estava quasi ter-
,Ies quantidades de desin·f ectantes, ap- minada no Congresso a elaboração da
parelhos e pessoal sob a direcção de lei que promulguei em 8 de Setembro
. inspe.ctores sanitarios. Estas medidas do mesmo anno, contendo as ba's es em
.
,ão tomadas com muita antecedeneia, que . assenta hoje toda
.
a organização
(j uanto ás .. é-p ocas epidemicas,- mas só do ensino publico .em S. Paulo. Por
p<fdem s urti-r todo o desejado effeito. decreto de 30 de Dezembro de 1892
"

'Iuando acompanhados, por parte da" foi-ihe dado o respectivo regulamento.


carnara s, da execução dos preceitos da T.endo a lei de 7 de Ag'osto de 1893
hygiente, que. lhe são a'conselhados e additado á anterior diversas disposi-
elas providencias de policia municipal, ções, o regulamento tambem foi modi-
(1 ue o Governo não póde effectuar. fi cado por decreto de 27 de Novem-
E' intuitivo que não póde o. Estado , bro de 1893. Finalmente. as le is de

tomar a si a elaboração e a execução ,) de Julho de 1894 e de 3 de Se-
de medidas peculiares ás povoações e , tembro de 1895 trouxeram pres cri-
que constituem o objecto de posturas pções uteis no sentido de ampliar , com-
munieipaes; entretanto, na maio-ria dos pletar e desenvolver o systemaestabe-
casos, é p.e lo esq uecimen.tode <!uida- lecido, de accôrdocom os conselhos
dos desta ·ordem que se formam 08 da o bservação e ' da experiencia.
elementosger.a dores das febres de máu O decreto de 26 de Julho .de 1894
earacter, que têm assaltado as locali- deu o .r egimento interno ás escolas .pu-
hlkas: fi d-p. 23 elA .Tnlho . 110 mp.R.mo
,,_O ",',, ~ ,:.; ... , '.';': ',;,''-,:·'1, ':

,
.~. "-"6ff t
:, ': "':;::':",

,
" ,
anno, p~ovidenciou no mesmo sentido ! se a um c~rso restrictamente elemen- ~
quanto á ' Es,c ola Normal da Capital. tar e provisorlo, até' que sejam as ca- :
Quanto ao g.ymnasio do Estado é seu deiras regula-rmente ' providas, Conside- :
. .~
rando-se que ha' 19.54 escolas prellmi- '
regulamento determinado pelo de'creto
nares creadas no Estallo, far-se-á id'éa, ,
de 22 de Maio de 1895, , '

pelo numero das providas, normalmen- ;


A Escola Polytechnica' rége-se pela
t.e, d o enorme desequilibrio entre o :
re'gulamento dado pelo decreto de 20 escasso numero de prOfessores habili-:
de Novembro de 1894, que compendiou tados e o das cadeiras e:iistentes.
e applicou as prescripções das ,leis an-
teriores creadoras deste estabeleci- Escola NOl'mal , A Escola Nar- ",
mento de instrucção superior, mal da Capital não tem podidO for e '
necer o pessoal necessario, Attendendo '
Ha ainda a -l, ei de 1895, desenvole a isto, o Governo usando da faculdade
vendo a que fundou a Escola Agricola legal, creou a segunda Escola Normal
de S, João da ,Montanha, em Piracica- e a colloeou na zona sul do Estado,
ba, adop tando o plano e ptogramma de , em Itapetininga, onde parece mais fa-
ensino e regulamentando a institui<;ão, ci! ' e accessivel a frequencia dos can-
A legislação pa ulista, quanto á ins- didatos ao magistério, Ainda, como
' tmcção primaria e secundaria é com- reruedio a este mal, ãcuãiu a vossa
pleta, fornece os elementos para a for- ,
sabia resolução, determinando na lei
mação de um conjuncto, perfeito em de 1 89,5, modificativa do curso com-
estabelecimentos, harmonica e logica- plementar, que os alumnos que con-
mente concatenados, funccion'ando pela cluirem este curso- e tiverem um anno
applieação sensata dos mais perfeitos de pratica de ensino, nas escolas mo-
processos e methodos de ensino, gra- delo do Estado, poderão ser nomeados
duai e intuitivamente ministrado, des- p.rofessores preliminares, com' as mes-
de as noções as mais elementares e mas vantagens concedidas aos diplO-
concretas. até as mais abstractas e ge- mados pela Escola Normal. E g ual-'
nera lizadas, segundo o grãu de capa- mente tem o mesmo intuito o bem fun-
,
cidad'e , das creallças,, de modo a apro- dado projecto, pendente de vossa de-
veitar as condições e circumstancias 1 cisão, pelo 'qual se confere o predicado

naturaes, tendo em vista a instrução l de llormalistas ás alumnas do Semina-


-
integral. II rio de Edu candas da ,Gloria, median- '

te as condições prescriptas,
Pritnario - O ensino prima~
}~ llsino
Emquanto não se formarem profes-
rio, propria mente, é dado pelas esco-
" sores normalistas em numero correg-
Ias preliminares e p'e las suas auxilia-o
, pon den te ás necessidades, e prevalecer '
res, as interm~dlas e as provisorias.
As primeiras, regidas por professores o , expedieJ,lte de os substituir proviso-
,
normalistas, são óbriga·das ao program- riamente, convém habilitar a adminis-
ma estatuido pela nova lei e estão tração a fiscalizar devidamente a ad-
fun ccionando em nUlnero de 819. As missão dos professores interinos. Neste
,
segundas, a cargo de professores habi- sentido, de par com outros, _emittiu o
litados segundo as antigas leis, não são Congresso P edagogico , reunido ha pou-
adstrictas ás mesmas materias. As ul- co, tempo na Capital, pareceres e al-
timas, prOVidas interinamente, na fal- vitres que bem resolvem o caso, ga-
ta de normalistas, por professores ·exa- rantíndo a um tempo o interesse pu-
m inados nos districtos e com a appro - blico e o dos funcclonarlos,
Yação do Conselho Superior, 'lírnitam:- Escolas Modelo Além das es-
··,,-:::,: ,: ·. !:Y ':!:<,<'.,~Y·":'ií:r:/,"', · ,:::>.' . .:.. ::._ .. ' ~;'..>' '-,' " ; 1' ',:-\

. . _._. 69 -
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espar&as, existem cinco escolas- dous edifícios, eguaes ao da Luz, um


: . -,
sendo quatro · na Capital, su- no Braz, outro na Liberdade, tendo ·
.
á Escola Normal, para a . já adquirido o terreno para o primeiro · .
do ensino, e uma em Itapeti- e decretado a ilesapropriação

do se-

annexa á respectiva EscolaN or- gundo. Estas casas, levantadas de ac-
• ..
em via de organi~ação, tendo-s~ cOrdo com os melhores typos, possuem
mandado edificar O respectivo pre- vastas sa:las, compartimentos
. .
accommo-
dados aos fins, .ofticinas para traba-
(~rupos Escolal'es \ Funccionaw lhos manuaes, arranjos para' exercí-
29 grupos escolares, devendo-se cios naturaes de gymnastica, apropria- ,
brevemente mais 7. E' esta dos á generalidade dos alumnos. Além
instituiçâo victoriosa, . eviden- disto, acham-se em co"nstrucção, em
pela pratica e esclarecida obser- ,muitas cidades do interior, excellentes
. .
Está comprovado que a reunião edificios para os grupos esc~o'ares.
professores e alumnos, em um só o
Governo tem prestadO a devida
sol>. uma só d-írecção é de ines- attenção aos livros adoptados e a ado-
beneficio para o ensino, pela ptar para o ensino e Se esforça por de-
dos alumnos e sua dis- senvolver entre nós este utilíssimo ge-
\lição pelos professores, segundo nero de litteratul'a, que mnito con-
aptidões, pela efficácia da fisca- \Tem acclimar. no ponto de yista e du-
pelo estimulo e economi-a quan- caUvo e civico.
a edificios, utensílios e material. Produziu os melhores resultados a
• •
}~dificios Escolares Compenetra- exposição escolar, ' organizada no edi-
do , espirito da lei e consciente da flcio da Praça da Republica, demonsc
e da Influencia sobre a trada a bem orientada direcção dos
dos mestres e das creanças e mestres e o aproveitado esforço dos
a disciplina escolar, ligados ás alumnos. Chamo a vos sa attenção para
de conforto e decenci"" das a necessidade de propoTcionar aos inl;l4
de ensino e dos objectos em- pec~ores de distric,t o os recursos para

não iem o Governo des- que possam e~ercer a fiscalizaçã. o in-


este . assumpto. Foram con- dispensavel ã , manutenção do regimen
.
as grandiosas obras da Escola estabelecido. No intuito de completar
o elegante · ediflcio da Escola a série de instituições, orgams do en-
Luz, que denominei '~Prudente de sino. primario, e dentro das faculdades
:-_ Mol'aes". como denominâra antes Cae- <I da lei, creei o Jardim da Infancia , su-
UlUO de Campos;' á da Praça da Repu- bordinado
.
á Escola. Normal da Capital.
hlka., gravando assim, nesses estabe- Adquiriu-se um predio 'em excellentes
lú<:lmentos, os nomes benemeritos dos condições, junto á mesma Escola. á
·· Inkiadoresdo moderno regimen de en- qual fiCou ligado pela concessão que a
willo em S. Paulo. digna Camara Municipal fez da parte
.A cceitou-se a generosa offerta do dr. do terreno municipal que se interpu-
jt' nrnando de Albuquel':""que de um -bom nha.

{1I"(,l(lio no bairro da Bella-Vista e nelle Seria incompleto e deficiente o 110g-
Illstallou-se .a 4.' escola-modelo, man- so systema de ensino, si nâo. pudesse
lendo-se a do Carmo, em que, ,primiti- acolher a creança, desde que é possi-
vamente,; ensaiou-se e estábeleceu-se a vel aproveitar e. dirigir as suas facul-
J .' escola-modelo. . dades e' os seus orgams ' sensor.ios, afim
.
Auctorizei a construcção de .mais •
de encaminbaI-os naturalmente e pre ~
.. - . -.
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. '. .. . . -... -.,_ ...... .
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. . ..
·.· .•.: .'paral-os para as primeiras impressões. abertos os concursos para admissão '
.•
/ .M andando a lei observar com rigor os dos lentes que delles dependem.
•..••. principIás do methodo intuitivo, im- . Estão' em andamento as obras da
.
plicitamente auctorizou 'o estabeleci- Escola Agricola de Piracicaba, lança-
.. mento dos processos e dos meios ade- dos os fuudamentos do edificio prin-
quados á realização do seu pensamen- cipal, além de outras c~nstrucções ,
to, Quanto á Escola

de Medicina jul-
· Além disto, é indispensavel que .a guel conveni'mte submetter á vossa
Escola Normal, que professa a theoria . consideração os planos que vos serão .
. ,e pratica do magisterio, congregue o apresentados .
conjuncto completo âlis instituições que Cuida o Governo em tornar effecti-

formam o seu pat'rimonio profissional. va a subvenção ao Lyceu de Artes e
E' compondo alli um typo perfeito, Officios, para o levantamento do pre-

·
,que se, ha . de obter o resultado de uma dio em que deve ser definitivamente
aprendizagem pratica '
e segura e offe- collocada essa utilissima instituição,
. •

. tecer" modelo justificado pela experi- considerada o elemento primordial para


-e)lcia ás futuras creaÇões. fundação de um curso regular de b!lllas
artes.
A lei paulista sobre instrucção pri- •
Vê-se que caminhamos gradativa-
- m~ria, não é mais uma ;1spiração, é '. .. .

mente, mas continuamente, pela justa


'uma realidade indiscutiveL Não esta-
· posição das suas peças componentes,
mos deante de um problema, ' mas de
· para. a completa montagem
. da opnlenta
.
um assumpto resolvido. O plano da lei
. ' . e efficiente organização escolar que
vai sendo executado' com verdade e . , "

abrange todos os elementos do saber,


sensatez, .gradual e harmonicamente e desde os rudimentares até os superio-
;a melhor das provas os seus re- •
res', ostentando em sua cupula, como
sultados abona, em todos os pontos brilhante efflorescencia, o cultivo da
o seu triumpho. arte.
· O Jardim de Infancia era um com- Nem póde . essa ' estructura, presa
J;>lemento que a logica impunha, inevi- pela )ogica connexão de suas partes,
ta velmente. soUrer desligações que a fragmentem

Ensino Secundario A Instrucçao ou desfaçam"


, São indispensaveis todas as discipli-
. secun.daria é ministrada pelo Gymnasio
. da· Capital e pela 1.' Escola Comple- nas que ministram o conhecimento
.
mentar, fundada no edificio da Praça essencial a respeito ' das cousas que
da Republica, que ' se mandou accres- constituem. o meio em que a sociedade
centar ao já ·alli . existente. se desenvolve, desde que se pretende.
aperfeiçoal-a pelo preparo intellectual
Trau.. o Governo de fundar outra
e moral do individuo.
em Piracicaba, no predio patriotica-
. " "
Cumpre que este se habilite a dis-
mente offertado pela digna Camara
cernir, a julgar a respeito das cousas
Municipal.
que o cercam, relacionando-as,
. elas
.
si-
Ensino Snperior A Escola Poly- ficando-as, sabendo como. deve agir. e
-techniça co~tinua a h'o nrar os fins 'de qual a direcção mais util . e justa qne
-'sua instituição,' Crearam-se ani, ul- v.orlerá. impri-mir á sua actividad-e .
--- ·timamente, os cursos de mechanico!3 e Só assim· fructíficarão as f.o~ças .la-
. . 'machinistas, sendo nomeados os pro- tentes no ·se io da sociedade, produzin-
_f-essores de accôrdo com a a uc~oriza- - do as benéficaS trans-formações, as
. .
ção dada ao Governo. Tambem foram creações da industria e as varias ex-
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pans ões vit.aes das agremiações bem os quaes ainda pela dependencla da . "
orientadas. industria particular não são pequenas : ' .;
Estatística e .'\rchivo Publico O as despesas'. •

serviço da Estatistica e do Archivo Ao lado das prescripções que asse- -_-.' •

Publico. cujo valor. é . precioso, pelo guram a pratica do dlrt,ito, das instal- ' "
, . colleccionamento e apuração de da- lações que garantem a saude publica,
.
. dos e indicações indispensaveis ao en- . dos institutos que educam os o rganis-
"· camiri1iamento regular da administra- mos physicos e as vontades e esclare-
·
:-
.

.ção, e pela. conservação dos monu- cem os espíritos, cumpria abrir e aCQ-q.-
0-:-_-
'.>. mentos da nossa historia e dos dó- dicionar ' o vasto, campo em que se de-
• •

," cume ntos attinentes á bôa ordem e tra- senvolvem tantas actividades bem ori-
,: ' ·
, dição dos n ego cios pUhlicos, organi- entadas.
~:';: zado em fins 'de 1892, prosegue satis-
o _ - ,
AJ;rieultura, Industrias e Obras Pu- '
;;,: ; facto riamente, colhendo-se delle todos bUcas - A parte economiea da admi-
t:,'<.' os possiveis ~es ultados de mais vanta~ nistração , que corre pela Secretaria da
.':"~:,: josa applicação. Agricultura, Commercio e Obras Pu-
·-;c:;._,
.'
.' .
• Museu O museu collocado no blicas. teve o necessario impulso cor- ...
:.--- ..
-- .
;' Ypirauga e inaugurado em 7 de Se- respondente ã. grandeza e á importan-
_' c
;,: tembro do ann.o Vassado, offerece cam- cia destes serviços, aos quaes estão li-
gadas as industrias, a riqueza e a pros-
· po ao estudo pela .incontestavel util.i-
-':'
dade de suas collecções, entre as quaes peri<j.ade do Estado.
:" ---
;',;. (oi r ecentemente collocada a de num!s- Fuilccionaram, regularmente, sendo
·

.' . rnatica, pertencente' ao esvolio do fi- algumas reorganizadas, a Superinten-


e nado Julio Ribeiro e adquirida pelO
,
dencia, de Obras Publicas, a Inspectoria
. Estado. de Terras, Colonização e Immigração,
. a Commissão Geographica e Geol'ogica,
~'.:- -:' Bibliotheca A biblíotheca publí- •
- ,--
' ..- lendo s ido creada a CQmmissão de Sa-
-~·:----. e, a. l cr,ea.ção ultima, vai ser franqueada
neamento" composta de engenheiros
;'-:I\OS leitores, apresentando não p.equena
encarregados de serviços sanitarios.
X'. q Ilantidade de livros bem escolhidos '
.,....
, ;-, ., .
'
São notabilissimos os trabalhos a car-
;t?:-,ti.o intuito de prestarem a sua provei- ,
':-f,::--- - go das Repartições technicas, pela s ua .
",,;,tosa contribuição á vulgarização dos •
belleza ; perfeita execução e completo
1;j~conhecimentos necessarios,
--,0.'1 ' . ,
como tem I •
exito e aproveitamento.
í...·)flln vista o estabelecimento.
~ _ ~ l" '
· ."

Tendo, em obediencia a acertada re-


j!},', ,'
}~;~_:-,-'"
. mario Official O Diario Offieial solução vossa, encampado as obras da
~.",'trnnsportado para um edifício proprio,
j~<--- -- - Companhia
,
Cantare ira, defici entissi-
~;".,,(,(»)n · as accommoda<;ões Indispensaveis mas para satisfazer as necessidades da
j:W 'á , hôa collocação das machinas e offi~ crescente população, qllanto ao abaste- · ',
<·C.' i " _ ,

f~,:~,;~ ~t.u as, tomou maior desenvolvimento, ·.


'''''-' -. cimento de agua e aos exgottos, con-
@fno. sentido de não sõmente
- ,-.,.<--~, - publicar o seguiu a acção do · Governo, secundada ,
- .. ,
;:tiAornal. como tambem de dar as obras pela competencia, energia e dedicaçãO' "',
J\'.:.,", ,' . "
:~,!>:tH~cessarias ao serviço das impressões ·
-.' ;. i.,.:..'. ' , ' . de, ill ustres profisslonaes, ampliai-as' .'
, .' ;"
~t~'i : o ,' preparo das edições officiaes.
)
}{J/
"'- ....:
.
de tal modo, ·que o fornecimento
. do ' . , '

fi'{f:
-;.>-- --.-
Convém que esta re_p ártição vã se indisp'e nsavel liquido elevou-se ' de .": i.
,lfp!)lllgmentando ã. proporção que' a mon- 3.500.000 litros diarios a 31, ~OO.OOO, ' :
'.":~-
~.' --"-- .

"i.Ulli:o m de novas installações forem pos- devendo ainda mais subir este alga- ",
.., '
'.-"
L_ ". , '
.. "
. ,

.t .'.....~jv"is,
', " .. para tomar a si todo o traba- rismo. · Foram adq uíridas para o Estado
. _.'
todas as nascentes dos mananciaes e ..
"

('l'II",
~, --
',"_o" -
de impressão e os annexos, eom
-<"-.;.-' ---
0-"- _,
,::-s< -,-
',"-, '.
" ... , . " . ..
· ,r,,:' • , .. '

;'; aS -- lll~~tas c'1rcumdantes; _COllstru' ~ra'm- I ' truc'ções de - -p ontes, .,.estráda.s e , ~u~:~;as
Se -solidas represas, aqueduct.o s, mo- obras esparsas em todo o Estado.
:-.'.,';, ',num:entaes reservatorios, est'abeleceram- Prosegue, aperfeiçoando-se o ser-

,' ..... ·se mais duas linhas de encanamentos viçodeimmigração. Em 1895 vieram
de ferro da Serra para a cidade, sen- para S" Paulo 114.763' immigrantes,
.. .. do uma de Om,60 de diametro, além 'sendo 4.78 2espontaneos. Instituiu-se,
,.·- . .
.· da exlstent.e , levando agua para to-
'-- sem onus para o Estado, a fiscalização'
'na Europa, quanto á qualidade dos
introduzidos, por conta official, e quan"
~ .
Desenvolveu-se a rêde de exgottos, tu aos mais ' pontos do cont)~acto, CODI
· . .
de modo a servira toda a área povoa- grande proveito até para o cabal co-
'. da, chegando as obras até aos extre- nhecimento do assumpto, desenvolvi-
inos da cidade, subordinadas a um mento e facilidade de acquisição do
" plano normal. melhor pessoal e providencias uteis e
· .;' . ..
~;< ~
. ~:.. . Os trabalhos de abastecimento de efficazes.

Para isso tem o 'Governo

unl .~


,
-':,,',' .' agua estão sendo levados tambem a representante que es tuda 'a s 'conveni-, 1
;'· :'.'. , diversas cidades do interior, das quaes encias e as circumstancias da questã o, .
. ''- . .

" já alg umas gozam desse melhoramento.
;. , '
.. '. .
Egualmente, . realizaram-se utilissi-
.
~ ,. o proprio paiz da .procedencla, infor-
. .
mando com precisão e criterio o qll:e :;
"
-.

- "'. " IDOS" consideraveis e be~ acabados ser- occorre, de nlodo a habilitar a adnti-
:-" .
viços, quanto á drenagem do sub-solo, nistração a proceder com seguro juizo_
·
o .'
"" , ,' ua Capital ,e Campinas, abrangendo ' as Não é extranha aos poderes publi"
o profundas e perfeitas galerias, cons- cos a necessidade de estabelecer e de-

i.· . truidas com o melhor material, grandes senvolver . a pequena cultura ao lado·
'.. ','

: zonas dos districtos de Santa Ephige- da vasta e opulenta exploração do café.


·
-.
'., nia, Consolação, Santa Cecilia e ' Bom Está na convicção de .todos· os que se .
'.' •
" o'
Retiro, na e.x tensão de muitos kilome- occupam d!lstas materias, que a c ultU"
• - tros, nesta cld,\de. ra exclusiva, embora sendo de subido
--; ,

, ..
. Proseguem as obras de rectificação valor o seu producto,
. . . cria uma situa-
_ . do canal do Tamanduateby, desde a ção relativamente _ precaria, pela de-
• •
;" . confluencia do Ypiranga até o .Tieté. pendenCia de elementos extra nhos que
,' "

i ., · Estão construídas as pontes de ' ferro deve receber, á custa de pesados sa-
- ";',
· , ,· )las· ruas S. Caetano, João Theodoro e
l .
crificios, e p';or sujeitar..-se a " UHl unico-
o.: ., _, "
,{.:'. , Avenida TIradentes e em andamento I ponto de apoio, que pode ser fallivel.
alJ de cantaria, de notavel architectu- .E;stas contlngencias, provenientes,
::'.. ',ra, . . nos , aterrados do, Braz e Gazome- aliás, da prodigiosa opulencia e rique-

tro. Desapropriaram-se terrenos em


'; "

~{ za da· nossa · grande cultura, e. que se


-,', ;

>; •' .. , V:ista . dos .planos a ' executar na VaÍ"zea resumem na necessidade de importar
o ,. .·. do Carmo e determinou-se o prolon- os gene,os destinados á alimep.tação. e
~ - ." . .
"';' .. , gamento do tram.way da Cantareira até · aos differentes mistéres da lavoura,
:i:' '. . " .
/,/ •....··,o .Mercado da rua 25. de Março. Estão das industrias 'e da vida commum, ge-·
', : .. , .

i.'i·k:;:·.' ' q,.u asi; . concluidos os novos


-,'-.c.',' canaes do neros que podemos prOduzir facilmente
' . . .
;;;.:'.,:
.:/ C· .
. T.ieté;. · . noAÍlastacio e perto da Esta- e com excesso, -serão. dentro em pou-
• •

'
: ' .: ção de, · Osasco, bem corno . o revesti-
. ,
co 'tempo, ' completamente sanadas.
"" .. .. mento ': e cobertura do Anhagabahu'. Basta que, naturalmente, como ha de
·- . • • -
,:-:.., ., Comprehendeis a enormidade dos a"contecer, a sobra , de actividad'es em-'
- '. '
. ' •

, ••.; •• .satltificios que .e stas obras gigantescas


; i:'·" . " , . '
pregadas nas ·g randes plantações ex-
'~" !.: . .iPip,õem' ,ao er:ario publico. ainda me.s mo clusivas, procure a sua inevitavel ap- '
/l~' ' ,
'. :':.;,. :sem levar em conta as fnnumeras cons- piicação ; no arroteamento das zonas de:,
". " .,
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_! -.- .' ' :<;:ft :
lentes terras que possuimos. por ramento dos processos applicados ,ã.,<~~}
qualidade, destinadas ao plantio' nossa principal industria; assim. clen~ · .. , " \" " >/
cereaes forragens e mais objectoa
7 tro em .Pouco tempo, funccionarão o~' '." : <;. ,.
enorme e necessario consumo, e em ' Curso de Agronomia da Escola Poly~ ,
"'·· ·i
',.' , c

empresas.
, ,
technica, a Escola Pratica de Plraci:C' . ,'".:i' ' .

Dominado por este intuito, não he- caba, além do , Instituto Agronoroic6 , ;.j , .•••' ,:.' o

II O Governo em auctorizar estu- d,e Campinas e das applicações, expe" "i


. . .. - ~

. e explanaçõe:s conducentes ao re- riencias e observações que resultarã.o. .:' .::,- .. ,~.-
,

de algumas fontes de da cultura florestal e do horto oot.. -, '\\ , ,

valiosas e de elementos ada- aico,


.
que. deve ser installado, aprovei-. ,:,o .. ,'
a vantaj osas applicações, q uaes tando-se as roattas 'e propriedades do> \ >.
as · propriedades dasaguas e . a Estado, na' Cantareira.
,
do littoral para o estabeleci-
,
Tem-se tambem tratado. por meio ,...
. .!.
de salinas e de depositos de de publicações distrlbuidas gratuita- .,"
acaso existentes nas ·ilhas que mente, de vulgarizar conhecimentos
uteis sobre ~ estes assumptos.
sentido a JUlgando ser objecto de grdnde pon~ ....,...
' particular, a,glndo de modo deraç.ão· o alargamento das zonas con-:
,

serem as terras, que não se prestam sumidoras do café, no intuito de dar•


cultura do café, empregadas na for- maior vasão a este prod ucto, alig~en-
. . . . ."

de colonias, pela alienação , a tando a sua procura, entrou · o Governo-


modico e pagamênto ,gradual, em· accôrdo eOD;l os dos outros Esta-
,

lotes em. que se estabeleçam peque- dos que têm a mesma pro<!ueção, afim
agricultores, Isto corresponderá de se empregarem os meios de tornar'
desejO das populações, que só emi- o genero conhecido e aeceito em algnns,

te.n do a certeza de acquizição, paizes que ainda não o adoptam ,


menos, de uma pequena propriedade Ser-vos-ão apresentadas as bases da, ."
que não acceitaro a posição de sim- convenção realizada entre os represen- . ,
es locadores de serviços. tantes dos Estados con vocado ,,~
O Estado, ha muito, empenha-se De accôrdo ' com a deliberação t0 1l13- .,.;.: .

esforço, adquirindo terras que da, o Governo ,p romoveu a represe nta-


sido distribuidas e m lotes, desen- ção do Estado na exposição columbia: "
pequenos estabelecimentos. na de Chicago. onde foram devida-,
mente. expostos a apreciados os nos-
porque os tratos de teryas fo- sos productos, ,
,

pagos, existindo ainda cinco sob Egualmente, concorreu. o Estado "L ,

administração ofHcia1, nos quaes se exposição industrial effectuada no Rio, ,' :


. "','
. já uma população de mais de em 1895, obtendo g rande exito o exa" . ':,,
, .

.'1,000 almas, produzindo a sua variada me e confronto a que . se sujeitaram os.· ·<
'-, cultura generos no valor, de cerca de , oblectos apresentados em considel a vel . .
· dous mil contos de réis. quantidade. .. .
Entre outras vantagens, a ampliação A lei que dispõe sobre as terras de-- ';'
regimen, 'e m grande :escaJa, con- volutas, ·,sua medição, demarcação,
. . -tribuiria para diminuir a importação. acquisição, legitimação ou revaÚda,ção -'
'. ,f::.' e para equilibrar a balan<;a commer- de . concessões e posse e discriminação·
., cial, em proveito de nosso, 'estado eco-
. .. , .
do dominio pUblico do particular, foi .
nomico e financeiro. ,cuidadosame1\-te r-egulamentada, acaute- , .

Mantem-se o esforço em prol do en- lando-se os , direitos e interesses, pro- ' : .
,
. sino agricola , e ind ustrial e do melho- videnciando-se de modo a bem se en- ,
, , .. ..c . '. ..,' ,,', . . ..
.. . ." ,,, " ,, , " ', , .' ' , " ... .' , ... .... ' , . " """."',:.,.'. '.' :.,., .... '." '-""" " . ' : ..' ,' ! ",""
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... .. , " • ~
,

caminharem os negocias . attinentes a que será facilimo, obtendo um rainal '


.
tão importante assumpto. a partir da estação de Boituva, .,
·
·· Contém O Regulamento disposições Esta as piração , incontestavelmente
salutares, de que tereis conhecimento, -representa,
uma convenien-cia publica ,.~
,
quando fôr elle submettido á vossa de g'r ande monta.
,
apreciação. Quanto á navegação costeira, desti- ~
.~
--. -
A viação publica tem sido objecto nada a ligar entre si os portos do lit- ,.,
•• de assíduas cogitacões, têm-se construi- ' toral, objecto da lei 'q ue lhe concedeu i
" .
do muitas estradas de rodagem, mere- subvenção como meio de a desenvol- "':
':
cendo maior attenção a que do Salto. ver, 'procedeu o Governo aos estudos . :: .'
::
· Grande vai ter á margem esquerda do necessarios para organisar as bases do t·.,
Rio . Paraná, nas fronteiras de Matto contracto
,
a effectuar, as quaes cons- ':.
., '

Grosso. tituem as clausulas do edital publica- -j,


Esta via de communicação tende a do, em que se abre o concurso para "j

,
relacionar
, S, Paulo com aquella par- esse SerVlçG. ,
,
·
te ' do territorio nacional. Como pode- A ' Commissão Glfogràphica e Geolo- :
-raso au.xiliar desta aspiração e no in- I gica canIpete, como sabeis, o levanta- ~
. tiüto de povoar a zona por el)a per- menta da carta do Estado, o estudo, e \
-corrida e de sua conservação, pela fre- 'o conbecimento de ' sua situação. cons- ,
,

quencia de trarisito é conveniente o tituição physica, propriedades do seu ,'.-


e'stabelecimento de colonias nos terre- terrltorio e .a sua flóra, Desempenha :,
·,
nos marginaes que, provavelmente, ella conscienciosam.ente as 'suas func- ,'
pertencem a o Estado, ou, por outro ções e vão adeantados os' seus traba- . .
, •

modo, facilitar a exploração naquellas lhos


".
,
.
paragens, Será o necessario comple- Pela
. sua natureza, prestam-se elles .) I •

.'

mento da obra alli realizada: ao exame das questões pendentes so- ,:';
,
Estão em estudos 'outras estradas, , '
bre limites, cuja solução será facil, I
á ',;.
como a de Jaboticabal ao porto do Ta- 1 vista das plantas exactas do territorio -;
,
accôrdo ~•_•.

bõado, no rio Paraná, deliberada em limitrophe , o rganizadas por


.1894, e ·de que ' já vos dei noticia em entre a commissão Geographica de S . .: I ,
minha anterior mensagem-; a da Capi-
· tal ao rio S, Lourenço e valle da Ri-
Paulo e as dos Estados vizinhos.
Estes ;e outros serv-iços, como o da ~
•,
, - .
- . beira, ' atravessando ex.c.e llentes terras organização
.
das bases' do. novo contra- '
·
de cultura pertencentes ao Estado, per- .. cto pa ra a iIIuminação publica, custo- c'
feitamente adaptaveis á colonização; a sas e ' -grandes edificações para diHe- .;
,
de S, Miguel Archanjo ao porto das rentes. instaIla ções, como os laborato-
.
Sete Barras, taro.bem no valle da Ri- rios da Escola POlytechnica. o Gymna- '
beira, e outras de menorextensãó. nía~, sio e ' innumeras necessidades attendi-
de grande utilidade. das no interior do Estado, têm OCOU"
Quanto ás linhas ferreas; estão' em pado a acti-vidàde da Secretaria da
· trafego no E stado 2,961 kilometros, i AgTicultura, que foi reorganizada por

sem contar 173 kilometros de linhas a melQ de' novos regulàmentos, recente-
. .
.' serviço de estabelecimento's particula- men te p.romulgados,. I
res, Acham-se em construcção . 5 02 ki-
I-
A exe.c ução de grande parte dos ser- I
lometros, viços publicas, o encaminhamento de
,

A este respeito é justo reconhecer outros; e m .solução do complexo prp-


· que cumpre ter eIft vista a necessidade gramma' imposto ao Governo na or-
de ligar. a cidade de Porto Feliz. á rêc ganização dos apparelhos -iridisperisa-
de da União Sorocabana e Itúana, o veis á vida ad·m inistrativa do novo re-
., •

;
•• •
- '. ,
." ,

.
fJoliUco e por necessidades de menta dado a esses serviços,elevou-se
relevancia, urgentes e reconhe- á importante somma de ......... ~ ..
11 ue cumpria ser atteildidas, não 50.107:

658$921, para a qual concor-
" .. ." .'
deixar de determinar pesados reram a Secretaria do Interior com a
' . , ;>' _ ' f!l~I'hO:'; á despes~ do Estado e nem quantia de 8.716: 374$685, a da Jus-
criam. ser delineados em linhas tão tiça com a ·de 9.174:206$845, a da
pletas, si não fôra a abundante . Agricultura com a de 23.787:622$933 ,
a de recursos fornecidos pelas im- e a da Fazenda com •
a de ... : ..... .
nt.es fontes da · receita orçamenta- 8 _429: 454$458. t
Na apreciação detalbada dessas ver-

res ultados colhidos no exercício bas, • occupa o mais importante logal
18!.J5. encerrado a 31 de Janeiro a de 20.659: 184$304, · applicada nos
em perfeita corresponden.cia trabalhos, . que correm pela Secretaria

o desenvolvimento sempre cres- da Agricultura .
riqueza publica , dão a mais Do confronto entre a receita geral
segurança da situação lison- do Estado e a despesa total do exerci-
em que continuam as condições cio, verifica-se em favor daquella a -
an ceiras do Estado. somma de 5.430:503$859, saldo que
A receita publica, apurada de ac- passou para o exercicio

corrente .
rdo com os lançamentos do balanço A mais significativa e eloquente pro-
Thesouro, attingiu ao algarismo de va do progresso real que tem tido o
.538:162$780 , concorrendo para es- Estad·o", e das vantagens que t em au-
elevada somma as rendas orçamen- ferido com a descentralização politica·
ias, com a importantissima verba e administrativa do novo regimen fe-,..,p
50.172: 167$479. derativo, lealmente
.
estabelecido e sin-
Do exame comparativo entre a ar- ceramente executado, ofierece de mo-
feita d·essas r endas e a que do incontestavel o augmento progres-
prevista na Lei 11. 310 de 1. 0 de sivo e consideravel que tem tido a re-
de 1894 , que estabeleceu o or- ceita pUblica arrecadada, sem o me-
"
;, i çamento do exercicio, conclue-se que
.
nor graváme, de accôrdo com as mes-
em favor daquella a differença mas fontes que já existiam sob o do-
15.964:918$460. minio do antigo regimen e com a.
Avaliada com relação ás mes mas transferencia que de algumas resultou
legaes do exercicio de 1894, da divisão estabelecida pelo artigo 9
o consideravel excesso de . . da Constituição Federal.
·< 12.889:941$119. Só no periodo da administração que ·
Tão notavel expansão ·nos recursos decorre de 1892 a Dezembro de 1895 ..

:' -ordinarios da Receita permittiu-me não elevaram-se os recursos dessa nature-
,,::', só satisfazer todos os ser.viços contem- za a 160.093:702$973 em uma diffe- "


,; pIados no orçamento da Despesa, co- •
rença a mais de cerca de . .. . .... ,.
·• mo a dar todo o impulso que as auto- 60.461: 066$799 sobre a somma total
'. rizações legaes me faeulta.vam áquelles de toda a arrecadação da antiga pro- ·

, que mais directa e immediatamente se vincia desde o seu inicio, em 1835, até
relacionam com o bem estar e o pro- Dezembro de 1889.
'.
,· . gresso do ·E stado, como sejam a ins- ConsignandO esses · algarismos, com-
·
trucção publica, os trabalhos do sa- pletarei o multo que exprimem em
neamento e o supprimento de braços pról das instituições politícas que nos ·
á agricultura. regem, constatando os bene-ficlos el:-
A despésa publica, pelo d esenvolvi- traordinarios que delles decorreram
. . .. ' '.' .'
' .-.
. '. '. .-;

,'. , ':'-

\'i': ~':" ..
>::<:',.:C--,,- . . ~\.

<r<i·para o Estado pelo emprego de mais


-,,;",:.,.: .,'
ro de 1895 foi o resultadq immediatoi! , , " . .-"-

i-,....'., de metad'e das rendas . apuradas em


. . , ,-
da execução do Decreto 1). 298 de 31'
}:..-. serviços da mais palpitante utilidade
-, ".
de Julho desse anno, que regularizou)
ir .
".-'. :.
e que, só com tão extraorqinarios re-
:.
as cfi~ncas d'esses funccionarios.
-
/' cursos, poderiam ser satiSfeitos na es- O serviço da amortização e i uros de
::, •cala em que foram considerados. toda a divida passiva do Estado cont;':;
.
.)
.. ',,"
Nesse periodo fopm applicados ...
,
núa a ser feito com a regularidade e.:,
" 18,74j):161$662 ao serviço da immi- a pontualidade estabelecidas noscon..',
,,-,
-' . .-. .

'.
•- gração, 11.073:963$152 aos trabalhos tractos .. •

,;:' -
do salÍeamento, 3L459:067$632 ao Durante o exercício foram alnortiza-'-
O:
,'c> .'
abastecimento de agua e á réde de ex- das 122 apolices da divida interna,..
..
"

" gottos da Capital, 7.459:323$209 á sendo 64 do emprestimo á Companhia


i;:"
'." ,',
installação e despesas referentes á sau- União Sorocabana, e 58 do emprestimo.
>''.-- - . •.. de publica, e 12.336: 533$956 á ins-
..
.
á MuniCipalidade de Campinas, e lbs ..
• , trncção publica do Estado .. 15.400 de. -bonus e debentures ,dos
.".' .

· ., E' de 13.762: 705$442 a importan-


, compromissos 'externos, sendo 11>s . ....
I
, ','

O:
::::,"
cia total da divida passiva, calculada
.'
10.6 OO do empre'sÚmo da autiga Pro-,
(,0,,> ". a inlportancia dos _compro,missos ex- V'incia e lbs. 4.800 do emprestimo de
•. ternos segundo os lançamentos do The- 1881 da Companhia Cantareita de·
;', ..
souro,. ao cambio, sobre Londres, de 27
'

Agua e Exgottos de S. Paulo,


.: .. dinbeiros po!" mil réis.
.
Com a amortização e juros de toda
.. - ."

:" .'
Dessa quantia, pe!"tence,m á .divida a divida, despendeu o Thesouro, eRl
.'. fundada 13.249:555$554, e á flu- 1895, a quantia de 2.426:606$145,
cttiante 513:H9$888. comprehendidas as differenças de cam~
_,-o .
',". A divida fundada interna, na som- bio e'm relação ao serviço das obriga-
~'-:":.:.'
:--. . ma de 2. 958:000$00Q, é representada ções exter:t;las.
'::_;.: . .'

" . ,por 2.958 apolices do valor nominal Comparada a divida fundada actual
CC' . de conto de réis e de 6 por cento de
. .-, ..
com a de 13.977: 513$465, que tinhá.
.' juros annuaes, provenientes" 917 do o Estado ,logo após a encampação dos
,i ..... emprestimo á Companhia União Soro- bens e onus da Companhia Cantareira.
". .' .
, ... "
. cabana, 1.741 do emprestimo á Mu-
,
de Água e Exgottos de S. Paulo, veri-'
L nicipalidade de Campinas e 300 do em-

fica-se que de 1893 até D<lzembro .dE>
.;
{'presUmo á Commissão do Monumento 1895, soffreu esta a redueção de ..•
.;.,,' do Ypiranga . 727:957$911 ao mesmo cambio par,
...
, ., . .'.
.

. A divida fundada externa é de .. , em que são calculados os compromis-


;f,
....•. ,,-.......
10.291: 555$554,'
, correspondentes a ,
sos externos .
:".'.Ibs. 1.155.800, provenientes lbs. Com o serviço da amortização e ju-,
'i .. ::. .
,',721
;::'-":'
. 4 OO do emprestimo da antiga Pro-
.'
ros desp~ndeu o Thesouro nesse peria-,
:c' vincia de S.Paulo, lbs. 84.000 do em-

'do a som ma de 6.144:627!880, inclu-

't,', · -' prestimo de 1881 á Companhia Canta-
., .-
sive differenças de cambio.
'.: ...... '--
.. ' reira de Agua e Exgottos de S. Paull,l O valor venal que têm os titulQs da
,'-'.,'.:-
: ' e lbs. 350.000 do emprestimo de 1888, divida do Estado nos mercados em que,.
',:.:~-,:'

J/ .da mesma Companhia. são négociados. é notadamente as co-


' ..
"- " ,-
A divida fluctuante de . . . . . . . . '. . tações que com firmeza alcançam , nos.
:0:',513:149$888 compõe-se, exclusivamen- mercados extrangeiros os da divida ex-
',' " . te, dos depositos feitos pelos exacto- terna, mais favoraveis que os relati-
(;" .'·res . do Estado ,para garantia da sua .
, . . . .' -' .
vos a obrigações
..
da mesma natureza
'). " .

(', • gestão. O augmento que ,teve essa par- de outros' paizes e da propria União,
· '-" .

:;",cella
, ,
no decurso do exercicio financei- revelam perfeitamente o alto gráu de
... ' .:.." : . ... ,",:,',"': : : ':':':::""" .' ;'.";:>'::}; ::... ' '
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que inspira o credito publi- parcella


.
de. 4.194.588 saccas,
.
n()'valo/ <'i
." .'.
• ..' 'I'
.. '.
.' . .'
Estado. official de 279.177:016$790. · ...;
.

divida activa, considerada unica- A safra de 1895 a 1896, pEllos dados ' :
·
. lt~ nas suas parcellas perfeitamen- já apuradas no porto de Santos
.
até 1.0 .'. '.',
. idas e garantidas, é de ..... de Março ultimo,' subia a 2.672.226 ;;i
· a!12:S72S978 total das obrigações saecas, sendo de esperar que ' attinja .;."
'. Companhia União Sorocabana, da á somma de tres milhões
.
de saccas com .,'.',. .

ipalidade de Campinas, da Com- os productos que . ainda não desceram " " i
• • ,

in . Bragantina e do Thesouro da ao mercado e com ,os provenientes da ' ~'. .':',;. ';

pela . arrecadação dos impostos zona do Estado em relação com o mer- c:.
,,' .
tes ao Estado e arre.cadados cada da Capital Fedéral. " .:
da sua organização. A produeção do anno correllte e 50" '
pagamen to dessa ultima divida na bre a qu'al tem de se 'basear a. arreca- ,. ,

de 5.522: 847$082, can- dação dos princlpaes impostos do Esta- .:


a verificação feita pela Minis- do, segundo as estimativas geraes, de- ..... · ~

da Fa.zenda, depende apenas do verá exceder de quatrQ e meio milhões


1.0 qU.e, já votado na Camara dos de saccas.
Deputados, pende de discus- Pende do . vosso exame e decisão o .
votação do Senado Federal. convenio celebrado em 1.0 de Agosto
conseq ue ncia da 'responsabilida- do anno ultimo pelo Governo do Esta~
dos deveres que para a adminis- do com o Governo do Estado ' de Mi-
· ." '
do Estado decorriam do artigo nas, para a regularização da cobrança •

6 da Lei geral n. 265 de 24 dos impostos de exportação na cidade '


bro de 1894, que autorizava de Sitntos, a que estão sujeitos os pro-
da União a liquidar e pa- duetos de um e outro Estado.
Governos dos Estados as des- Pela experiencia dos mezes decorri-
por estes . feitas por motivo da dos, são manifestas as vantagens re-
foi ao' Ministerio da Fazenda 'c iprocas que resultam desse accôrdo.
em 29 de Novembro de Pelo decreto n. 336 de 15 de Feve-
a relação das despesas dessa na- reiro de 1896, expedido de accôrdo com
realizadas pelo Thesouro do Es- a autorização concedida pelo artigo 10 .::. .
na· impórtancia de ........... .
3: 479$491, ficando por .
essa f6r-
I da Lei n . 380 de 23 de Setembro de
1895, ficou o Thesouro do Estado, pe-
o processo de verificação la nova organização que recebeu, ha-
uidação • dessa conta . bilitado a executar, com a precisa re- "
.' 'exportação dos generos de prod u('~ gularidade, todos os trabalhos que lhe .
do Estado, principalmente a do cabem no mechanismo· administrativo.
eontinúa a accentuar o grande A 15 de Novembro dO.anno passado · '. '

volvimento que tem tido a sua foi inaugurada a alfandega desta Ca- . '.-.
base principal da fortuna pital, tendo a administração do Estado ' :. ,• , ,'.

e particular. cumprido fielmente todos os encargos


. • •

rante o anno ' de 1895 foram em- que lhe foram impostos pela .
lei fede- . ; ..
· . .-•
~om destino aos mercados ral que criou essa repartição.
·,
tm"dores 4.372.920 saccas, . que Apesa~ de inteiramente apparelhada
para' satisfazer as necessidades do com- .'
segundo ' o valor official, • •

vel somnia de ......... . mercio,. ainila não lhe foi p'e rmittido ·C.
.295:419$366, concorrendo para funccionar, 'r egularmente, pelos em-
resultado o movimento commer- baraços oppostos pela empresa Docas de . ;, •

. da pl'àça de Santos com a elevada

Santos á execução das instrucções que . ........
.,
, .... ~

"
..·
,,'.'

_. ... ... <.... :', '.' . . ":
..... , ' . " ,o. '. "
• , ', .':
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.
. . '
78 - .
• ..
'. ' •
.: "
,- ,.

· ' .'

organizaram o modo pratico do . servi- áo parceUas que ficam indicadas se ad·



, 1)0.
.
.dicione · O valor dos proprios que, co_o
Do Governo Federal depende estabe- mo os da a ntiga Companhia Cantarei-
, lecer definitivamente aS -relações e!ltre ra, não estão ligados aos serviços pe-·

essa empresa e a nova repartição adua- cuUares á administração, não poderá.
neira, de fórma a se converter em ef- por certo justificar quaesquer appre-·

rectiva realidade • tão grande melho- hensóes em sen tido contrario .
.
-. . raÍnento, de accõrdo com as mais jus- Bastará considerar que a somma to _o
tas aspirações do importante commer- tal d essas Obrigações é infe!~ior ren-· ãs
cio do Estado. das orçamentar,ias de. um' só exercicio,.
Das informações que acabo de pres- e que o serviço actual, abrangendo ju-
. ,

tar-vossobre o movimento da receita ros e amortizações ,estipulados. foi,


e• da despesa publica, da posição da apesar das differenças de cambio, in-
.
divida activa e passiva, e das condi- t~irar~el1te satisfeito. com menos d-e-
ções em que se manifesta a principal 5 por • cento dos resultados alcançados
. .-
. fonte da producção, é patente, é incon- pela a rrecad ação do alluo ultimo . '
" testa vel a situação prospera e lison-
Si. pois, as necessidades. - forem doe '
geiTa em que se acham as finanças do
tal magnitude, que exijam o empre go' .
·· Estado. ,
desse rec urso, estou certo, corno de-o
Os recursos ordlnarios da sua recei-
monstram as cotações dos títuios da di-
ta,. com o desenvolvimento' progressivo
. vida do E stado. poucas circumscri-
que accusa a ' arrecadação de cada exer-
pções administrativas estarão em con - ,
cicio~ estou certo serão sufficientes pa-
diçõ-es t.ã.o fa voraveis para iazel-o . .
ra os pesados encargos que á despesa •
publica possam determinar os serviços A r ep ro<jyctibilidade da applicação
será m a is um poderoso facto r para a '
complementares dos grandes commet-
timentos .já executados, ou o desdobra- prosperidade do presente e um largo'-
'
passo para a grandeza do Estado , com-
, mento dos que já foram encetados.
Si; porém" contra toda a previsão,
patível com os elementos llaturaes e'
circumstancias excepcionaes determina- o seu progresso, em não remoto f u tu-
ro. .)
, rem e exigirem mai6r impulso áqnel-
les que mais de perto affectam á saú-' . Senl a imminencia ou ul'essão des- . -
de publica e ás condições primordiaes sas clrcumstancias, acredito fírmelnen-
" do desenvolvimento do Estado, émi- te que o · desenvolvimento natural da'
,. nha convicção que com vantagem po- despesa acompanhará e será perfeita-o
derão ser levados a effeito com maior m é nte compensado pelo 'augmento da'
presteza e e.f fleacia, appellando a ad- ·producção e pela expallsão de todos os ·

·
ministraÇ.ão com confiança' para os elementos de actividade e de riqueza,.
grandes recursos 'do credito pnblico, em que' se baseiam os recursos ordina--
- '--sem maiores onus para os contribuin- rios do Estado.
tes e sem prejuizo dos outros serviços As difficuldades momentaneas pode-o
a seu cargo. rão ser, com o até agora, suppridas por'
. A divida passiva do Estado, que não operações in te iramente transito rias, co-
foiabsoluta.mente augmentada pelos mo antecipação de receita certa e se-o
.
.' governos ' republicanos para auxilio da gura, e i.n teiramente. liquidadas den~·
despesa publica, que é inferior ao acti- tro do proprio exercicio em que se rea-
'" vo real, ainda calculados os compro- lizaram.
" ~íssos externos segundo . a " deprecia- Quaes Quer, .porém, que sejam os. no-
ção actual do papel-moeda, desde que vos . compromissos inspirados no~ gran-
"

a
,-

interesses da éausa publica, 'si- posição, entregues ao vosso exame, ' os :~'\,
•• lnação financeira, pelos fundamentos seus copiosos e bem lançados relato~ .::. ' .'

' . ' s"lidos em que se assenta, e pelas tra- rios, nos quaes se encontram. os mais ;
..
de honra, glorioso legado de to- completos 'elementos 'Para a forma- •:.
·· das as administrações, é minha con- ção de juizo cabal acerca do periodo •...

· .
·.. · Vicção profunda, será sempre o fiel re- de Governo decorrido.
.
a imagem perfeita, real e ver- Nelles achar-se-á a historia da ad- .
do desenvolvimento imposto ministração
. queiinda, de suas asplra-
:Estado, pela pujante iniciativa de ções, de seus planos e da execução que.
. ~eus filhos, pela patriotica previdencia deu ao programma concebido, tendQ
. •

representantes do Poder Pnblico e em vista as necessidades fundamentaes


fatalidade das leis sociologicas. do Estado. '
Terminando esta exposição, seja-me Eis, Srs. Membros do Congresso , o
• que me cumpre expôr-vos.
conSIgnar aqUI• os meus pro-
e sinceros agradeCimentos aos ' o presidente do Estado,
Secretarios de :Estado pe- BERNARDINO

DE CAMPOS
7 de abril d e 1&96.
que prestaram ao Goyerno,
o prazo da sua duração', não
*
como funccionarios competentes, por • •
inteira capacidade, mas tambem
cidadãos e patriotas cheios de
,•

. BmLIOGRAPHIA O dr. Bernardino


e dedicação á causa publi- de Campos escreveu e publicou disc.ur-
.
.' ca. sos, manifestos, relatorios e mensa-
Devo fazer extensiva esta declaração gens; e ainda uma brochura de 7 t pa-
illustres cidadãos que exercelanl ginas, publicada em S,. Paulo sob o
delicadas e complexas attribuições titulo Funding I.oan, impresso na ty-
Chefes de Policia, de tão complica- pograpbia de' Duprat & Comp. -·· 1909.
responsabilidades e a todoS os dis- Sobre o dr. Bernardino de Campos,
directores dos outros departa- Yejam-se os Annaes dos Congressos Es-
da administração, por cujos es- ta.dual e Federal; os jornaes da épó- .
pôde elevar-se tão notavelmen- ca em que deixou os cargos que .des-
te o nivel da civilização paulista, quer empenhava e ainda: A Defesa do dr.
quanto á instrucção, quer quanto á Bernardino de Campos na ~amara• Fe-
. saúde publica, já nas relações de or- deral, pelos drs. Alvaro de Carvalbo e
dem juridica, já nas de ordem econo- Jesuino Cardoso; Rio de Janeiro, ty-
,::
.,
mica, industrial e financeira.
" pograpbia Altina 1905: J. J. Ri-
" ' .
Para bem avaliar a extensão e pro- beiro Chronologia Paulista, 2.' vol.
: . ' flcnldade dos relevantisslmos serviços 1.' parte, pago 32&. (Merece attell. ·
prestados' ao Estado pelos illustres ci- ta leitura) Coronel Pedro Dias ' de
.
da<lãos que desempenharam os cargos Can:ipos Historia da Revolta de seis
de . sécretarios; ahi ficam á vossa dis- de Setembro, 1 vol.
'"

• ·•
• •

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• • • .' ,;-'--. ' ·


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·

• •

• •

Manoel Ferraz de Campos Salles •


,

56. 0
PRESIDENTE

(De 1." de ' Maio de 1896 a 31 de Outubro de 1897)


• •

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DR. MANOEL FERRAZ DE CAMPOS SALLES


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l<'ERR-\Z DE CAMPOS ,I, foi rigorosamente com batido pelos li- .;."
~rANOEL
,'fSAIJLES nasceu em Campinas. Estado : beraes, que o qualificaram de presente
t ·, . . I 'o,

Ui
,.,--,.,-,
'~,,',
de Si. Paulo,
'
em 13 de Fevereiro de I funesto.
I ,,' ':'i
.'

'iV. 184L Seus paes foram Francisco de Campos Salles foi dos primeiros que · . .~;,
~',">':..' Paula Salles . e D. Anna Candida dê se desligaram do denominado partido ..
"
' "

i;:. SaUes. liberal para alistar-se no. republicano. ,


,
. .
<; ";" ".
"<--'. . .. Manoel Ferraz de Campos Sanes, Na sessão de 1869 verberou Campos " ·
::':< .'. . •

12'
-<;C,.,.
diz um dos seus btographos, adestrou Salles a exorbitante influencia.. d .. co-.- ' .

:r:./\
- .' .
palavra e o espirito nos embates da Tôa, a' sua abusiva interferencia na po,,=, ' _
;~r '~':'1'118c ussao" : litica do paiz; censurou a- ' Cl.t~.itude "'a- ._.
~_.-- ' "

;":.... l';m 186·2 , epoca em que o espirito .


cillante e medrosa do partido liberal '. "

i' [H)I\UCO agitou mais vivamente a mo- àeante da usurpação da Monarchia, ,


:;': ddt\de academlca de S, Paulo, redigiU criticou o deficiente programma que o .'.--
· ,

'.', Cl.q))Poa Salles a "Razão".


-- " .
com Fl'an- directorio liberal da côrte lançára a "

. ' Qulrino dos .Santos,
, . ., Jorge·l\Uran- pu blicidade, com o lemma Reforma ' ',;..
· --"
·Quirino · do NascimeIlto e Belfort ou Rev~lnção; e proclamou a neces- . ,
.
defendendo com o fervoroso· sidade' e legitimidade do novo partido ,
aiasnlo dos primeiros annos os redemptor. "Em politica, disse elle, ..,
.. ·
.da escola ultra liberal, en- parar é recuar". Quando em 3 de De- "
ll1ais . adiantada do paiz. Alli fez zembro de 1870 definiu"se . claramente
. ' -"i ,\. "

primeiras armas' no jornalis- . (j partido republicano, . Campos SaUes ."(..


> •

.
Em 1863 recebeu . o diplo- jà era republicano declarado e conhe- ' ,
bacharel em direito. Quatro an- cido ·.

(1867) apresentou-se Cam- Em 1872 f.oi eleito . vereador, de
candidato â ASsembléa Pro- Campinas . Foi essa à primeira eleicao - '.,-,,-'. "

seIldo eleito. ;; pleit~ada pelo partid() !'epublicano e.m •
~: ~

sua cil"cular ao eleitorado, o S, Paulo. .:' ,,'.', ,

> . • ·. •

declarou -se franca- Continuando cada vez mais agitada , "'~



" ' ...

opposiçãoao governo. di- a lucta • pela Republica, Campinas fol e·
"tomava por guia a ban- por muito temp." o fóco mais aniJnado'. , ,' ..

a qual militavam os liberaes ! e brilhante do grandioso movimento, .'


porque nelIa via escripta JI e logo tomaram grande desenvolvl~ "; I
legenda que sempre conduzira .
mento outros nucleos republicanos :'-:, ,,'.
..
partido liberal ás luctaS heroi- , paulistas.
. . .
. 'Outros tempos" . . O nome de Campos Salles foi Ind!- ''-:..
8-. de combinação com o depu- cado ao. eleitorado " do 7.· districto, ','.':
de Mirando, apresentou um cuja s.éde era Campinas, para : deputado . ;,
de reforma da Instrucção .
PU" geral. Pela primeira vez, ' e por . ini- . .:
o ens:i.r..o livre e a ciativa dos candidatos republicanos,
obriga to ria. O projécto as eleições ' iam ser pleit",adas em·
. •
.- ,-
--:cc '
- ,',;', ",-,,- ";",,,;; .. ;, _'0:,:, _'
-" ..;,- . , "

..' '

'.}~
, -,'
,.-

,
",.
,: meetings'~ popú~ 'lt'f.>s. Estava-se. :10 re- ,Junior.. A dissolução da Camara em .,
gimen da lei, Saraiva. Junho de 1889, abriu a ultima cam-.
Marcada a eleição para o dia 31 üe panha eleitoral de monarchia. O vis- ':

'Outubro :de ,'1881, percorreu o Dr. conde de Ouro-Preto, chefe do Gabi-
Campos SalIes uma a uma, todas as nete de 7 de Junho, tinha declarado
localidades pertencentes ao districto, que era ponto capital do seu pro-
,

fazendo ,; meetings" eleiõ:ol'n.es. Por 7 , gramma de governo "enfraquecer


;j
votos apenas deixou de entrar em a corrente da idéa republical1a e ihu- ••
segundo escrutinio o' candidato repu- tilisal-a, . não a deixand:o avolumar-
blicano-. que necessariamente seria Ee". ' Ordens expressas., instrucções es-

"S(Jffragado por grande numero de elei-
,
peciaes foram transmittidas para to- ,• ,i
,

, tores conservadores, derrotandp assim ,


. dos os . pontos
, . em que a corrente re-
-,',:
o candidato libera.1. . publÍ<lan-a pud!esse impellir para o ,


, ','
Nenhum dos candidatos republica- Parlamento •
os adversa

rios da monar-
·• .-

nos 'conseguiu triumphar nessa eleí-


, ,
chia. ..
ção. A 4 de Novembro de 1881 l'eali- Os republicanos foram vencidos em
sou-se a eleição, para deputados pro- S. Paulo. •
,

!" vinciaes. Campos Salles foi eleito. No dia 6 de Novembro d'> 1889, ,

A legislatura. provincial de 1882- Campos Salles recebia uma carta de


1883, da qual faziam parte: Campos Aristides Lobo, communicando-Ihe que
Salles, Prudente de. Moraes, Gabriel se iniciava, com ,boas prObabilidades
'Piza, Martinho ,:Prado Junior e Ran- de exito, um movim,ento revoluciona-
-"
gel Pestana, exerceu poderosa influ- rio, ap.oiad.o pelo exercito, com o fim
encia sobre os destinos da propaganda de proclamar-se a Republic'a.
republicana em S. Paulo, e tambem Os revolucionarios pediam o con-
no B r a s i l . e u r s o dos paulistas. Campos SaJles,
Dissolvida a Camara em Setel!\bro que era então o presidente da Com-
de 1~84, gmvirtude da resistencia op- missão Permanente do Partido Repu-
posta ao- gabinete de 6 de Junho por blicano, em S. Paulo, assumiu a di-

, "causa do seu program,ma de. , - ema'llIci- . recção do movimento, convocou reu-
,

"pação gradual do elemento servil, niões secretas de algumas das mais


abriu-se a mais renhida campanha'elei- 'auctorisadas influencias do Partido;,
. toral• dos ultimos tempos da monar-, 'estabeleceu correspondencias reserva-
'-ela.h· •
das com o's republicanos do Rio e tudo ,

-:
O dia 1.' de Dezembro daquelle ficou predisposto,

aguardando-se o mo-
ânno foi designado ·para a eleição de 'mento decisiv.o, de tal forma, que ao
deputados geraes, chegarem ,as pFimeiras noticias tele-
• •

No 2.' escrutinio, 31 de Dezembro, 'graphicas a;> meio dia de 15 de No-


'foi o DI'. Campos Sâlles eleito depu- 'vembl'o, já os republicanos reunidos
, tado ger'l-l. na sala do escriptorio em qúe traba- , .
Infelizmente para.os republicanos Ihavam Campos Salles e Bernardino l ,

•, teve curta existencia legislatura, de' Campos, acclamavam a Repu blica .


pois que a Camara dissolvid.a ao Campos Salles" que tinha passadO
, findar-se a primeü'a sessão'. . fora de casa {) dia e a noite, dando
Eleito deputado provincial na legiS- providencias. ,'conferenciando com os
latura de 1888-89 teve como 'compa- commândantes da Força Publica, é pro-
, nheiros Prudente de Moraes, Bernar- curâdo por um enviado especial para
• •
.' <lino de Campos e Martinho Prado entregâr-Ihe um telegramma de Quin-
.. ,. ....
,

. ,. " ,.
, .. ,

"

, ,
Bocayuva, chamando-o com ur- da politi~a nacional conseguiram de- ' ""_':
para o Rio de Janeiro, afim de mOlVel-o do proposito' em que se ac'h a-
miT a pasta da .1 ustiça, . no Go- va de não mais voltar á vida publica., ,

Provisorio. Foi assim que em 1910 tornava o Dr.,



....
.
"Na tarde de 17 de Novembro de Campos Salles ao Senado da Repu- '
. :" ' Sg9 chsgou ao Rio de Janeiro, assu- bHca, pelO voto de S. Paulo, ,
a pasta no dia seguinte. Nesse posto foi o Dr, Lauro ... ul-
Realisadas as primeiras eleições re- ler, buscai-o para a alta e nobre mis-
blicanas, foi Campos SaBes eleito são de embaixador junto á RepubUca ,
,
Argentina, em missão extraordinaria e",
especial.
do Estado de S. Paulo, car- Tendo dado cabal desempenho á inis-
deixou para ir exercer o d~ são que lhe confiara o governo da
da Republica. Republica, o Dl'. Campos Salles re- "
Em 10 de Outubro de 1897 reuniu-
,
gressou ao Rio de Janeiro em Julho
a Convenção do Partido Republi- de 1911.
na Capital Federal e resolveu Em 1913 a opinião publica voltou-
,

Naçàú o se para a respeitavel e encanecida f.i-


prestigioso de Campos SalIes ' gura do grande brasileiro, offerecen-
o elevado cargo de presidente da do·lhe pela segunda vez a presiden~
cia da Republica .

Em 1.. de Março de 1898, proce- A nlorte, porem, O arrebatou no dia
ndo-se ,em todo o paiz á eleição foi 28 de junho de 1913. O dr, Campos
seu nome suffragado e o Congresso Salles fa11eceu r epe,ntinamente na
em' sessão !le 29 de J unho do 'praia do Guarujá, e seu corpo foi se-
<,,:: esmo apno. o proclamou eleito presi- pultado no cemiterio da Consolação,
' da Republica para o quatriennio onde se ' ergue em sua mamona- . ma..
" 898-1902, ' No ', dia 20 de Abril desse jestoso m\lDumento funerario, eonce..
. . . .

anno embarcou com destino •


á pção do esculptor Rodolpho Bernar-
aonde ia desempenhar deli- delll.
missão
, financeira,
, como delegado Manoel Ferraz de Campos Salles é
governo fedeml. um deEises v,ultos excepcionaes de qu"e ,
A 15 de Novembro de 1898 assu- as nações se orgulham justamente.. .'
" •
o governo da Republica. Propagandista, legislador municipal,
O que foi ' a obra da Dr. Campos . provincial, geral e federal, deputado
,
no quatriennio de 1898-1902; ,a e senador, presidente do Esta'tti)' e da
já pr.oclamou. Um assombro .H epublica,

sonbe manter-se em altura
, ,

e en&gia. Campos Sane~ fóra do commum. A , sua personalidade ·


ci'edito e a~ finanças do nobre, pura, patrloTIca e benemerita, é
• ,

assumpto para livro historico, que


Deixando' <l Governo da RepubÍica abrangeria largo perlodo da vida 1'e-, ",:' :: .
Dr. Campos Salles volven á vida , ~e publicana, desde a primeira reunião . ,:',
radar, sendo ' de notar ,a s difficul- preliminàr em casa de Americo Bra-
economicas que, então, o asso- siliense, antes da Convenção de Itú,
Sempre tinha sido pobre. até os ultimos tempos da "ctualidade.
achava'se pauperrimo. ' Campos Sa11es 's'offreu grande opposi- '
Consagrado aos trabalhos de 'sua
,
ção; nem podia serde outra forma,pois,
agricola, conservou-se' o o seu governo) cudo O!bjJ€-cti-vo prin-,
i"tincto 'I!atricio até que os dirigente~ cipal foi a restauração das nnanças,

. • J. •

86

viu-se na contingencia de contrariar a ções do cargo de que se trata, só por


muitos. creando impostos e pondo as si, basta para, obrigar-me preliminar-
despezas publ1cas no regimen da mais mente a uma franca e leal intelligen-
severa economia. Teve, porem, o gran- cia com aquelles que accaso se dispo-

de estadista a suprema ventura de, Ilham a prestar-me o seu desinteres-


ainda em vida, assistir ao seu julga- sado apoio.
mento pelos contemporaneos. Os mes- Como ponto de partida para o de-
mos que o combateranl atrozmente vie- sem.penha deste dé..'v8!', seja-nle licito
ram applaudil-(J e pedir-lhe que de suggerir ao eleitOl.· a necessidade que

:g,ovo assumisse a responsabilidade da 1he cürre de levantar ante o seu pro-


suprema magistratura da Republica. prio espírito, certamente já eseudado
Campos Salles a uma intelligencia nos mais patrioticos escrupulos, esta
fulgurante e poderosa, alliava a ener- dupla e salutar adverteI!cia: que
gia dos apostolos, a severidade dos são os proprios destinos do IDstado de
juizes integros e a tolerancia dos pn- S .. Paulo que se encontram enl jOg0.
ros e dos bons. Grande paulista e bra- - e que o voto será o indissoluvel vin-
sileiro amou a Republica e estremeceu culo de cumplicidade com os actos da·
o Brasil. quelle que vier a ser o seu mandata-
, 10', .
• ! rio na gestão de tão vitaes illt5resses .
'" ". [ Depois, eonvern não p"erder de vista
tambem, na reciprocidade das relações
Candidato . á presidencia· de S. que se vão estabelecer, que a sobera-
Paulo. o dI'. Campôs Salles apresentou nia do pOder eleito deve derivar-se
o seu progranlma de governo nos ter- originari~n:ente da Íli.üependencia da-
.
mos constantes da seguinte plata- quelle a quem cabe o direito de eleger.
forma: condições estas -que tornam inadmis-
• síveis os pactos ou condescendencias
que possam afrouxar os escrupulos e
" liberdade da escolha.
a A apresentação da minha candida- No decurso de minha vida publica
tura ao cargo de presidente do Estado I já houve tempo bastante para que eu

de S. Paulo, feita pela com missão Cen- tive'sse sidp, em ph~ses diversas, ho-
trai em virtude da indicação previa mem d., combate, legislador € membrr
dos dil'ectorios locaes do partido repu- (10 governo. O que eu fui elU carla. um
blicano, não pode dislH:llsar-me do de- destes postos, todos arriscados e de
ver de concorrer eom os esclarecimen.." evidente responsabilidade, presUmo não
tos, Que reputo indispensaveis, para o ser causa desconhecida aos meus con-
consciencioso pronUnda111Sutc· das ur- cidadãos. O calor da minha combati-
nas. 1 vida de parece-me. não pérturbou jaa-
Nada impede, de rest.o. que essa in- I mais o criterio do legislador nem
dicaçã.o, méra formalidade inicial e serenidade do depositario do poder.
portanto sem caracter de!finitivo, pos- Abordando desde logo esta delicada
sa ser rectificado pelo v·oto de 15 de questão, que antes de qualquer outra
Fevereiro. impõe-se á minha lealdade, ?1leclaro
Não é, poiS o sinlples preenchimento '1úe não sou dos que entendem que o
de uma praxe por ventura banal, que depositario unipessoal do poder, neste
agora me colloca em presença do elei- systema, seja propriamente um chefe
torado paulista. A natureza das func- : de partido. Qualquer que tenha sido
, ',."'. , . '. :.,", .. ,: .,. ,', ' .... " . ' .. " .. : ' ,'

-87-
1I :;ua posição anterior nas luctas po~ constitue-se o representante ofUclal d~
Ill.k<ls, o cidadão, uma vez eleito. I'as~ uma maioria, não se apaga todavia a
"" ;). ser o ~hefe do Estado, Elle deixa distlncção fundamental entre o chefe
I,' ~uperinteIidencia dos intel'esses ex- politico e o deposita rio do poder.
d Ilsivos do partido para assumir a alta Aquelle qu·e é ele vado ao gover no pela
',- .
.- J!.I ::-: tao dos nego cios geraes da commti~ voto popular. deixa na arena ardente
,- . '

'"~
,. i [I ade. das Illcta.q e das paixões, os sentimen-
: .-
lilntretanto. representante das ideias tos q ne armam a efficacia da resisten-
~'~ ,
{'._ ela maioria que lhe deu a investidura cia ou. da aggl'essão lá onde se agita o

~;-- , ,I" poder, corre~lhe, sem contestação. incessante cOllflicto dos interesses e
~', ,
~,"

~ ,, ;
n dever de, fazer effectivas, na esphe-
. das opiniões para levar ás regiões se-
;.
>; ra governamental, os principÍos e a~ renas da applicação s6 os grande.
~<'
;:t ideaes que a alma do combatente aca-
'c:--
" Iwrmas _ que foram os compromissos

>.. t'olltrahidos v_ela agremiação politica lentara como necessid a des primordiaes,
: "que se achara liga do. Afastar-se des- do progresso social.
,I
,.-."- - la linha de cc·nd!lcta seria : -- ou a
>
,
Entre os modernos estadistas nin-
.- ' «Hlfissão de que houvera pertencido guem levou mais longe do, que Gam-
,~ fi um partido sem ideal e sem intuitos betta a energia. a firmeza, o valor
t de gove'rno; ou o repudio das aspira- pessoal na acção politica; e no emtan-
,• -- c;f1 es, em Dome das quaes recebera a
~.
o,:' :_.
to tambem não houve quem, antes del-
(;onsagração do suffragio, le, tivesse dado mais amplitude ás li-
No partido que elege o presidente d o nhas dessa poiitica. que em prinCipio'
.'
-- ,
J<}stado. ha certamente uma somma de exclua as intransigencias e as normas
:. u.:-J pirações, de intuitos políticos, qu e absolutas para repousar sobre o cri-
tdumpham. e qUG o eleito, como a ex· terio conciliador da relatividade, su-
pJ'essão individual da victor ia colle- . bordinando as soluções, antes de tudo ,
diva. recebe u em deposito de cor:tfip ao ímperio das circumstancias; dessa
allga para rea.lisar no poder. E' este· vasta e generosa polit1ca de tolerancla
mecanismo que torna necessarios · os ' e concordi.a , <lue . fundou uma nOva es-
pa rtidos ~ legitima a sua acção no go- !
'

cola para os homens de estado.


verno popula.r, ou representativo. 1 Um dos maiores espiritos, dentre os
I
Os que têm estudado as praticas que se educaram nos modernos prin-
1.1 merican,a s no ponto de vista das rela- cipios, Waldeck Rousseau o confidente '
<;ões entre o represe ntante do execu~ intimo do glorioso' fundador da ter-
Uvo e o partido que o elege, reconb~ ­ ceira republica, tratando de definir o
('e ln que es t.e partido j~ntra no pode r que se pode te r por um bom governo,

f,om o eleito, acompanhando-o no go· disse: é "aq uelle que governa". Ser
ve rno com a partilha da responsabiH- um governo é saber o que se quer, e
dade. Mas, o que. llão é' licilo a nenhu- querer firmemente o que se pode que-,
ma ·das duas grandes entidades deixar rer. Donde resulta Que a antiga for-
em olvido quaesquer que s,~jam
l
::-: .... :.,
,
os mula governar é prever pOde
vinculos preexistentes, é que e:flste lle- 1 mais justamente ser sUbstitu\da por
cessariamente uma justa medida pún~ esta outra governar é querer.
de rativa dos interesses em jogo, de tal Mas entenda-se bem : um govern o
Corma que no crlterio do governo a de vontade não é o qúe erradamente

dedicação ao partido jamais possa sub·· Se possa ter por um governo arbitro,-
stituir a dedicação do Estad(\. rio, despotico ou violento: é, ao con-
Quer Isto dizer que, se o eleito trario, aquelle que na orblta da lei
.' ..,. . .. . . , ,. :::.~.:

, ,
. ' ;"-:-'.":"':".
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" '''' C_. O' ' ' ' " , " '.
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- 96 .- . ,~
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.
,

-ap resenta ram , .no meio de circumstan- Ao v"obr-se a parte da constituição


-cias tao contl'arias, e foram muitas, não federal, que sempre hei considerado
l)odiam ~atisfazer ás aspirações do go- o ponto fundamental do systema fe-
vern-o do Estado. Julguei dever aguar- derativo, eu disse na Gons"tltuinte Re-
·dar melhor opportunidade. Trarei ao publicana que o meti programma seria '
,vosso eonhecinlento o que oecorrer pos~ -- a. União indestructivel, com os Es. .
teriornlertte, tados indestructiveis. A experiencia
Vinculos de interesses entre a União adquirida na applicação do systema,
e os Estados Os factos que ahi fi- longe de afastar-me, mais me vincula
·caru expoostos (;l1Certam valiosa. adver- ao programma da prImeira bora. Tudo
(encia, que não se deve perder de nos aconselha a dirigir, sIncera e leal- ,
vista: é que a vida e.:onomica dos Es- mente. a eonvergencia dos nossos me-
tados acha-se por tal fôrnla vincula- Ibores es forços para o engrandecimento
..-la á da União.> que uma situaçao me_o I da Patria, unico fundamento seguro
nos vanta.josa nas fiuanças ou na 'poli- da prosperIdade dos Estados.
• • "
tica da R epublica tem o seu immedia- Saúde Publica - Cabe-me a fortuna
"
"
to e des favoravel reflexo no credito de poder communical'-vos que tem me-
"


-dos Estados, ainda os mais prósperos . lhorado sensivelmente as condições sa-
Como vos fiz sentir, os titulos da di- Ilitarias do E stado, o que faz nutrir a
vida " paulista que, na especie, corres- esperança de vêr extincta a epidemia,
ponderiam ao valor representativo de que periodicamente tem invadido . .
al-
's ua moeda, eram cotados nos merca~ gumas das nossas cidades do interior
<los acima do par, O que Significava e a de Santos, desde que possam ser
uma posição absolutamente vantajosa reallz·a das as obras do saneamento.
na taxação internacional; e , !lO em- A este respeito muito se ha conse-
tanto, não obstante a autonomia fi- guido, e, si nâo podemos annunciar des:
nanceira estadual. cujo caracter de fi- de já resultados completos das medidas
xidez é garantido pela cons tituição fe- adoptadas, podemos, comtudo, registrar
deral, (arts. 7, ° e 9.° ), o preço da os signaes caracteristieo,s do enfraque~
elUi~ sào pal~a o projeetado erupr~stimo cimento d!esse terrivel flagello. Algu-
:segundo as oUertas, descia .:1(1 nível da mas localidades, como Moy-mIrim, Casa
cotação dos titulos da divida federal. Branca, Cordeiros, São Carlos, Arara-
E' este certamente um proveitoso en - quara, Jaboticabal, Brótas e Descal-
,E inamento para a _orientação dos ho- vado 1 que elll annos anteriores fOTam
mEns publicos a q'uem cabe a alta mis- 'fol'temente aco'lli-metti<las, pudera.m, .
. .

são de encaminhar e dirigir os destinos (~ntretanto, atravessar indemnes are..



da Republica. · O principio federativo, cente estação estiva!. Outras, como
que na. sua exacta comprehensão tem Can:1pinas , S. Simão, Lt: •
,neira, Rio ela..
por fim antes fortificar do que eufra- ro e Santos, por vezes devastadas, ape-
quecer os sentimentos e os laços de nas tivéram agora casos ' esporádi~os, .
cohesão n a cional ~ reclama a contribui- que não cbegaram a tomar as propor-
'ção dos esforços de todos os membros • ções de uma epidemia. Com caracter
"

COéstitutivos da União, para que, da ' épidemico, mas sem grande intensida- .
. prosperidade desta, da solidez dos seus de, o morbo só se desenvolveu em Dois
recursos e àa ,normalidade continua Corregos, Jahu', Leme, Pirassununga
<la sua administração se derivem para e ytu'.
-os Estados os elementos de grandeza :!!l' digno de nota o caracter beni-
'8 progresso em sua triplice manifes- gno que comEça a revestir a febre
.çao - social, politica e economica . •
I
amarella. Ontr'ora excepcionalmente
97

' 1IIul'lif erH. eÜa se apresenta agora SQb localidades do interior do Estado. em

!I oI IH 'Ct.OSbrandos, dando loga.r a uma virtude da lei n. 432 de 3 .de agosto
~'rd d tistica mortuaria muito merros des- de 1896 e respectivo regulamento.
r,"v<,ravel do que as da primeiraépo- Mas, para que os seus resultados se-
I'" do seu apparecimento. Isto parece jam completos, reputo, como vos disse.
11l!! icar que a m-olestia vae perdendo indispensavel r ealizar as obras do sa-
Q !'lr~ n typo primitivo e tend-e a extin- neamento, muitas das quaes se acham
1,r. ulr-€8. em andamento e outras estão selld{) eS- .
Temos a m e lhor prova do que affif- I tudadas. Recentemente o sr. Buoual' -
!lI ; UIlOS nos seguintes dados : deI.. cuja competeucia scientífica se as-
I';m .janeiro de 18·96 deram-se em .ignala pelo alto posto que occupa em
~t l 11 tos 26 casos e 14 óbitos, e em fe- seu paiz, interrogado sobre a poss i-
Y e l"<-:' Il' O 8 4 ,.casos e 42 óbitos; no cor- bilidade de ser ou não a cidade de
nmte anuo houve apenas em ja- Marselha invadida pela peste bubo-
noi ro 3 casos e 2 obitos, e em feve- :nica que Lanto alarmou a.s populações
-:• .,
.
c: · rl ~ i ro 3 ca.sos e 2 óbitos. dos portos do Mediterraneo, respondeu
li;m Ca.m pinas houve: em janeiro de que considerava aqu~lla importante c i-
. I S !1.6 , 14 casos e 4 óbitos, e eill {c- dade indefesa, visto não possuir um
, ·,·,'('Ü'Q 174 casos e 50 óbitos; ao pas- systema completo de exgottos. O Sr.
,, \1 qne no corrent.e. allUO se deraln - Yves Guyot. no seu. recente e notavel
\ ' 11\ janeiro , 3 casos e 1 óbito , e em fe- ]jyro TI.'ois iI.uS a.u nludstél'e des
\- (,·)·eiro 42 casos e 19 obitos. ~l\l'a.vaux Publics disse:
I';m Rio Clül'o . ünde em meiados de lIDepuig 1873, éllOque oú j'ava.ís étu ..
",,,eiro de 1896 era avultado o numero dié la questiono .j'éta.1s. convaincu de
d,:' d08nt€S, poü; que no correr do mes- la lléccssité du tout á régout ... H.
11111 anuo a totalidade cresceu a 500, . .:B ' , portanto·, ilidist":utivel que, para
II l' KI,e aUl1Q, tivemos, de janeiro a te- I,
I
dar combate decisivo á e.pidemia, t01'-
n'l'eiro, 6 casos a:oenas.

, na-se necessario dotar as nossas prin··
Segund o a obs ervação das commis- I cipaes 'c ldades, por elIa flagelladas, das

~:iies s a nitarias, o nunlero dos casos ' vbras de. saneamento que a scÍen<."Ía
heuignos excede em muito o dos casos e a exp'eriencia a.conselhaln. Sp.r~ essa
~~· raves. a base de um bom serviço de prophy- .
"[TIm presença destas Cil'CUlnstancias, I• laxia &anitarÍa.
p" rece bem fundado um prognóstico Immigração O serviço de immi-
,lttlnUtÔOl' a respeito da marcha dfJ tP.l'~ 'I'ração tem merecido particular cuida-
rivAl flagello. qt1e, além de outl'os ma- do da parte do poder publico, sendo,
l,,, que ha produzido, tem sido mesmo

como é, o braço europeu o principal
"111 eleme.nto de perturbação e emba- l actor da nossa pl'oducção agricola.
r,H:O á administração do Estado, acar- Como sabeis. o Governo Federal res-
I'(~I ando enormes despesas e occupando cindiu os contractos que mantinha para
li ma hélu pa.rte da actividade adminis- o mesmo serviçO. cabendo por isso de

I ra.tiva. Podemos felizmente esperar óra em deante ao E s tado exclusiva-
m e lhorES t empos. mente promover o supprimento de bra. -
;o.;aneamento . E' .. cedo para se po- ços ás suas industrias. A Uniã·o li-
de l'em formular juizos definitivos, mas toel'tou-se assim de um pesado encargo
" , iluação relativamente favoravel pa- que, sem razão, recabia sobre o sell
,'fce dever ser attribuida á acção da Thesouro. Não obstante, durante o
.
»olicia sanital'ia, agora desenvolvida e anno de 1896, a entrada total de im-
i IIstituída conl mais· l'egularidp,de nas , migrantes attingiu a 74.918, dos· quaes
. '.
• • , , . .,""

98-

4 2 . 6 61 viera,n por COnta. do governo listas dividem-se, pelos fins a que se·
-geral e o rest(l ã custa do Estado. Jun- destinam, em duas categorias bem di-
tanC!.o aquella cifra á dos annas ante- versas, embora sejam todos attrahidos,<
riores, temos qne até hoje, a partir i

em com'muro
, estimulo, pela sacl'a. fa--
,
de 1827 (anuo em que J'ecebemoó a lnes aUI'!:' os o,!>el'al'io-s a.·grico-Ias , que se'
primeira leva de immigl'antes), o t.el'- collocam, satisfeitos, ao serviço da
ritorio paulista ha acolhido uma tota- grande lavoura, nas fazendas e os co-
lidade de 700.211 immígrautes, sendo lonos propriamente ditos, ou peq ueuos·
italianos 493.535. e portuguezes, proprietal'ios, que p·ovôam OS nuci·eüs
hespanhóes, allemães austríacos, etc. colonia.es e que difficillnente t.orual'iaIll
206.676. outro destino. A observação tem de ~
A nacionalidade tIos ' inunlg"antes ~ monstradó que esta d.iversid3.d~ de es-
Destes dados verifica-se que não Ü;lll timulos se relaciona com a de 'úacio-
razãoos que nos attribuem um certo n-alidades. Mas" desde que cada. uma
exclusivismo de nacionalidade, porven- I destas categorias corresponde por egual
tura inconveniente. Ao contrario~ o ! si bem que em condições áÍ\"ersas, ás
que ahi se vê é que todos os povos, necessidades do pOVOalll€u to e do tra-
que concorrem .com algulll contingente ,
balho', parece certo que. ao poder pu-
. para alimentar o movimento emigra- blico cabe tomar o problema e con-
to rio geral, se acham áq ui rcpresenta- duzil-o á solução debaixo deste duplo
.
dos em escala relativamente aprecia- . aSDecto. Pl'oceâer àe outl'O modo, u.do·
, ve1. O que se dá entre n6s, e tAm-sc i ptando pontos de vista exclusivi.tas",
dado em todos os paizes colonisadores I illlDor-taria sacrjficar o mais vital inte-
'" '

é a preponüeraucia que decorre lHl.tü- resse da administração paulista.


l'almente das affinidades ethnicas e Opel'al'ios agl'icolas . Enlbora este-
constitue -pbenomeno co'mmum na bis- ja no pensamento do governo cUldar at-
t'Úria. da emigração, Predomina aqui, tentamente . da fundação e desenvol vi-·
como na immigração argentina, a. raça mento dos nucleos cololliaes, não pôde
'.
latina, do mesmo modo que ha pre- comtndo, ser esse o olJjectivo exclu-
dominado a saxonia na Ameríca <lo sivo ou principal I.~a admini.stração de
.
Norte. Debalde tentar-se-ia afastar " unl Esta.do, comô este, em que a "asta
influencia dessa lei; e de todos os pai· extensão da éultura existente e o seu
zes latinos é a Italia que, seguramente, I progressivo augmento reclamam um
ha de conco,r rer com maior força para continuo esforço no sUPPl'imento de
. .
a nossa lmmlgraçao - . braços. Esta é, seguramente, uma ne·

Muitos ha~ porém, que julgam ne- , cessidade que se assignala por seu
cessaria mesclar (é a expressão con- I caracter actuaI e urgente. Sã" os ope-
sagrada) mais ainda as nacionalidades rariQs agricolas que acodem ás exi-·
de· origem, alJrindo novas fontes ou de- gencias do trabalho v.a grande pro-
senvolvendo algumas

das que já exis· priedade e fecundam esta poderosa fon-
tem. Confesso que não se me afigura te da receita publica: COllsQguintemen-'
de faci! solução este problema, sendo te, esto, classe de il11ll1igrante6 terá, por'
certo q ué estamos adstrictos a pro- muito tempo; de preoccupar a especial
('urar elementos consôantes ás neces- attenção do poder publico.
sidades do nosso , trabalho, tal como lnqué.'ito no extrangeiro Tendo
se acha orglmlzado. em vista estes motivos e desejando co-
No exame desta interess"nte ques- nhecer até onde seria PDsslvel contar'
tão, é mister antss de tudo não per- com bon. ;elerneiltos para dar á im-
der de vista ·que os immigrantes pau- migração paulista mOils variedade, no-
,",' .',..' , . , ,
., . ,
,

99

de vista das nacionali'darles, re- no que respeita á região paulista, Ha,


solicitar directamente, dos repre- todavia, uma circumstancia caractel'ts·
''''111 antes brazUeiros em alguns paizes tica, que convem assigna.lar: é que para
1':llropa, infol'mações que devessem ! 05 tres Estados meridionaes da Re-
hilitar-me a um pro cedimento se- I pu blica afflúe precisamente a emigra-
,,111'" nesta importante questão, In- ' ção européa dos que preferem a con-
l'l, men te, não me é permittido dizer dição de peq uenos propl'ietarios á de
este inquérito tenha sido de re- operarias agrícolas. E' certo, pOl'trrnto.
favoraveis ã~ nossas preten- que quando se tratar de poyôar nu-
cleos colonlaes, e por emquanto só
,
1.1" legação de Berlim informaram- ! nesse caso, não , h de ser difficil obter
que em quasi todos ()~ Estados Con-
r
, o concurso do imperio allemão, Por
1 6ra, preeÍsamos resignarmo-llos a iss o.
da AlJ.nnanha prevalece aill-
.
o regimen restricto das licenças,
111 as q uaes T.!..;ío podem funccionn r ' as
I Não . é diversa a attitud,o do governo·
do imperlo austl'o-hungaro, cujas au-
, . neias de enligração, excepto nas ctaridades são · obrigadas a a pplicar,
, :,. '1II a<1es hanseatieas que, não fornecell - e0 1ll todo o rigor , uledi<1a-s repressivas
(·~ migrant e s, mas sendo interessa das i q11E, não pe-rmit.tem que levas d~ emi-
xeu ti'ansporte pela s ua poderosa I f':; l'a ntes traEsponham a.s fr oll teira s, si-
'I'i uha mercante, adaptam um regi- j Htif) quando consiga lu, á custa. de ~a.­
: .' ·ll ~ n rnais liberal. No reino da Prus- crlficlos e perigos, iIludir a vig·i!ancia·
I. (~stá ainda eln vigor \l decreto do ; das 111eSll\3s anctoridades. Nü em.tan-
, II1.isterio do commercio, chamado ,!., to, a Galicia, a Estyria e o alto Tyrol
vou der Hyílt., de nOVf;Jn b1'o 1 l'e.g·orgitam de trabalhadores Yigorosos
.. ·1 °"9
) ;) I.
, prohib1ndo a cou.c essão de li~ H lnoraliza.dos. que beln desejarialu uma
1 .
agencia de emigraçã o para co llo('.açào aqui, onde o trnbalh o . luais
Bl'azil e cassando as que então exis- remunerati-Y-o do que enl sua paJria,
Simllhante medida t em prati- I 1l1es proporcionasse facilidade de eco-
o resultado de suppriru.ir a i nonlizarem para a \relhice. As infor-
.: ITente enligratoria da Prussia e, in- ,i mações colhidas das auctoridades cone
a dos oufros Estados I ,mIares r esidentes no Paiz fazem ('s-

gsta gravissima .injustiça, que de-


I ,
perar . que, como os alIe mães , oS aus-
triacos virã" facilmente, na qualidade
.. m ter cessado quando o governo pro- de pequenos proprletarlos,
Iso .. io da Republica expediu o de·· I Nos Estados Escandinavos, de onde
. 1.0 de 22 de fe vereiro de 1890, por, iambem· pouel"iumos espera:.' lones (:.on··
In referenuad.O como ministro da Jus-
i
,
tingentes de exceUentes tl'a balhad,Ol'es,
. ~, " e que eliminou as causas ou pre-
' encoutraulÚS e,nbaraços identicos, fun-
da excep'Cional medida , foi, en- dados em motivos similhantes, 'Tive
" ~ Iallto, SÓlnente reparada cqm refe: disso cOllllecinlento pftr U:Pl;:t. min:1.ClO-
, ",,,,da
. aos Estados do Rio Grande do sa e inteIligente pesquiza a que pro-
::':, Mui , Santa Catharina e Paraná, quan- cederanl os nQSSOS representantes con-
.. • ,1(, " certo que o juizo formulado. .pelo '
sulares,
', illu s t.re representante diplomatico . da Desuecessc..rio ' é. por certo, fazer re- .
,
;" . li IIcmanha, após minucioso conheci-
.
ferencia ao insuccesso da immigração
tH OIl f:o . pessoal das condições favora· canadense, affagada por muitos como
""h; deste Estado, parece indicar ao uma esperança e Que, no emtanto, pro-
IU;I , governo a injustificabilidade da duziu resultados a·bsolutamente nega-
l!C'-1'wanencia dessa medida de eX('clJ~ão I tiV(\s. ,
100

\}:: povos latinos) ex<.:eptuada a Frau- Desd·e que se trata da iutl·odlKÇ.Ú"


ça, nã.o tênl E:;guaes exigenciaG, e os de operarios a gricolas, uma de duas ,
I etivectivos governos permitt~re que as o.U ella será estipendiada.,ou não exio-
agencias de emigraç~o funccionem coin tirá. Na a.ltít ltalía, para formular
"erta liberdade.. Elles não ambicionam um exemplo, pUde verificar por mim
chegar ao paiz do destino comQ pro- mesmo que os camponezes desejam ar-
prietarios. Espiritos praticos. e ití ago- dentemente emigrar para S. Paulo..
ra instrui(l(;s p_e la propria exp&riencia. que.. naquelles campos é mais couhe-
sabem que, podendo iniciar a obra da cido do. que o Brazil, si assim posso ex·
formação do seu lleculio, desde a hora primir"me. Mas, ha grande differença
da s ua chegada á fazenda, com a lar- entre qn<wer e poder emigrar. Entre-
ga. r e muneração que percebem, e sem gues aos seus proprios recu"rsos. qUE'··
se ac harem oberaclos dp. dividas e ou- são na gene!alidade absolutamente nul-
tros encargos, não lhes é difficil ac- I los, muito raros serão. os que accaso
cumula.r em pouco tempo o necessario Po.ssam vir em busca de uma nova pa-

pa ra adquirirem propriedades ou ' para 1 trla. Nillguem se faça iIlusiies a este
se a.pplicarenl, conl a independencia respeito.. Por duas vezes foi o go.-
pessoal garantida, a qualquer mistér verno do Estado obrigado., em virtude.
indu strial. São estes nocessariametJte de aco.ntecimentos extraol'dinarios, a
os que terão de vir em grandes fIlas- decretar a suspensào de transporte gra-
sas, tal como tein acontecido até hoje , tuito dos immigrantes, e das duas ve- •

visto s erem os que . ma.is procuram har- zes fo.i como si se tivesse decretado a
• •
mOnlzar os seus mteresses com os dos I suspensão da entrada de ilnmig rantes.
proprieta.rios agricolas. I E', Duiz, minha convicção que dei-
O "etol'no dos immigrantcs .- Nem xar de subsidiar a immigração, equi-
prevalecem as duvidas que se formu- vale a suppriinil-a.
lam quanto á sua fixidez no terrilorio Nucleos coloniaes - Não basta, po-
paulista. Ao contrario, tomada ? es- rém, como já vos disse, cuidar . da in·
.
tatistl ca das entrada" e sahidas nos troducç1iKl de operarios agricolas. A
tres ultimos annos (1894-1896), ve· I differenciação de culturas, · que encer-
••

rificamos que apenas temos tido. uma ra um importante problema economico


perd a, média anDual, correspondente a ilo Estado, é por Isso mesmo outra face
23 % ,fracções desprezadas. Ora , si da questão, que reclama o estudo e a
se con s iderar que o. cOllflicto. italiano ~o licitllc!e 'lo pOder publico. A solu-
do ulUmo . anno devia ter produzido ção parece estar na formação da pe-
uma. retirada ·excepcio.nal, ver-se-á que quena propl'iedade, tal como é consti-

a porcentagem do.S que se fixam é t uida nos nucleos coloniaes, po.r melo
ba s tante vantajosa para não auctori- da distribuiçãQ. dos lotes de terras. A
.
zar as apprehensões que, sem razão, deMidade do povoamento e a intensi-
se têm .procurado. fazer gerar no es- dade da cultura, eis como se ha d e
pirito pu blico.. Que m Viaja o inte rio.r r esolver a importante questão.

do Estado sabe· que elles se fixam. · Trato Co.ro decidido empenho deste
A immigl'ação estipendiada Fala- aSSUlnpto, que assim const.itue 'uma das

se tam bem da immigl'ação. estipendiada principaes preo.ccupações de minha ad-


e censura-se o systema paulista. E' este ministração. • Já iniciei, e vae relati·

um ponto. que deve ficar esclarecido, . vamente bem adeantada, à fundaçã.c do
pois que delle depende essencialmente nucleo. que emprehendi nas t erras do

l'. orientação a imprimir-se a futuras Funil, importante centro. de pequena



resoluções legislativas, lavoura, que se llgará a cidade de Caro-
.... -' -:. .
-'-,'
.. ,'._~ -', .... - -""-,-:.'
.... - . . . ','.... . :..
...... , . " ',"

, .' ;-.. .. ....._.: .. ',-

. -,"
'-,'
. ..' .'
_ '


101

"f'Hiill\ por uma. estrada de ferro 8111 reaes que Jiodem ser colhidas da n~nI...
: IH!! t'un,;fto e subvencionada pelo Go- tiplieidade de culturas.
\,:':'tÍfli'lIlI do Estado, de accôrdo com a lei
. ...." .
Não posso deixar de consignar aqui
11 ,I l:l
j !)or vós. Tenho - fundada.s es- 1, o importante e intelligente auxilio que
''','''" nos resultados desta tentati- i 8. este respeito o dr. Pedro Sodré, di-
!11'l"i',(litando nú~smo que ahi terem05, gno consul geral do Brazil na Suissa
rui IIro, um excellente modelo para ' . ha prestado C0111 interesse e dedicação
• i
'II~{ emprehendimentos desta ordem, ao Governo do Estado.
va.ntajosas me parecem as suas I
Estã nas minhas vistas fuudar ou-
:'<~iiHI
. .' i(ües no ponto de vista do clima, I tr-os nucleos, cada unI COIU cl€mentos
11 J.,'rclade das terras, da facilidade I exclusivos de uma só nacionalida.de.
,•
! 1'.1 nsporte, da communicação com 1 Sobre os beneficios apontados. terenlO$:
g!",wdes mercados e de outras com- I assim a possibilidade de estudar e co-
>1 ilnidades naturalmente rec1amadf'.s Ii nhecer, eln seus resultados praticos,
() fa.cil incremento da pequena i quaes as nacionalidades que offerecem
,
os melhores typOS para o trabalho e po-
I ';; rI! povoar este nucleo, entrei em I
voamento do Estado, além de ficarem
fi" hinaçãú com uma commissão sui.s- \ constitui dos esU~s poderosos centros de

do cantão de Zurich, que veiu, a I attracção, por meio. dos quaes podere-
,'onvite e a expensas do Estado, es- !,
mos chegar a quebrar a obstinação dos
I' (' conhecer de v.isu as vanf:agens I governos extrang-eiros que, mal in for-
li "coilocação. O accôrdo foi Ioga i lnaodos, persistem eUl 111anter medidas
::.;>':t. ahdecido, regressando os membros !, de excepção contra nós.
eommissão para sua patria, -ani·- I Ahi estão, em meu conceito os dois
;;:' . u.dos dos mais lisongeiros prognós- iI processos que o Goverllo do
,
I .
com relação aos destinos dos seus deve adoptar para solução 8') duplO
I
!)atriotas, que viérem poYo:-!r ~i nova I
problema do poyoamellto e do Ctrt,bft.-
Confessaram elles, em officio J,ho. Em assumpto desta me.gnitllde. e
'1

rig-ido ao Governo, que tudo quan- dadas as n6c0ssidades que se 'nos im-
haviam observado no prospero Es- pôeln, cunlpr~ eanünhar prUdCllt01.!!Bute
() de S. Paulo, desde as suas cida- e obedecer, antes de tudo, aos conse-
" até os seus magnificos campos. lhos da experiencia. Nilo se vae de um

llllha excedido á espectativa que trou- salto, de extremo a extremo, em ques-
tões que pelas suas naturaes difficuI-
A planta do terreno foi levantada e dades e,dgem do poder 'publico uma
('fiam-se já iniciadas as obras de cons- I
couducta refIectida e cautelosa . .Jámais
Espero . que em pouco mais deixarei de ponderar que a questão de
um anno estarão alli estabelecidas immigração é a questão vital do Es-
". 'Ilzentas familias, tiradas, dentre os' tado de S. Paulo.
'n,IS educados e morigerados Caml)O- Obras Publicas, Viação Têm tido
da Suissa. Em se tratando de I regular andameuto as obras publicas
intelligentes e industrio-
I
em geral, merecendo partiCUlar soli-
como serão estes, pelas condiçõ8s ,I citude as que se referem á viação.
I
trabalho no paiz da origem, tudo Si o primeiro dever do Estado, dis-
n<luz a esperar que alIi venha a for- 5e-o emerito economista,
, é o de manter
, um interessante campo de obser- a segurança no interior e no exterior
·c.:vação, de vasto proveito aos proprios outro dever que lhe incumbe i.UE!1e.-
, • - •
• -
"
.. .' , . • , , ,,<

102

as regiões do territorio llaeiouaL F'e modestos e 111e1105 dispendiosos. Só as-


lizmente é assim, que se tem pen- •. sim se conseguirá accommodar dentro
!
sado e praticado entre nós, graças no- dos recursos orçamentarios a maior
bretuda a iniciativa caracteristica dos somma dos serviços reclamados.
paulistas . E' por isso que podemos Tranquillidade Publica Eu disse
apresentar os seguintes dados, sem du- no meu manifesto eleitoral que uma
vida bastante.
lisongeiros, com relação bôa, policia · ê condição de um bom go-
ao estado ' da viação:' venlo, e posso asseg·urar-Yos que não
perdi ainda de vista o compromiss() que
Extensão das linhas fer- assim contrahi. O respeito á aut oridade ,
reas em t rafego . . 3. O3 7 kilms. t em sido devidamente mantido, e é
Extensão das linhas fer- dahi que iecorre a pa z publica, a cuja
r-eas contra'cta-das. ' . 2,043 " ' 1 sombra geram-se e desenvolvem-se os ·
Extensão das linhas fer- direitos e 'ts garantias do cidadão. ,
reas em constru'c ção. 413 " Tivéram êxito completo as medidas .'
sobre a policia de costumes e a represo :
A navegação dos rios Mogy-gliassú, sii.o do jogo. Todavia não cessa a vi- :,,
Piracicaba, Tietê, Ribeira, Una, Ja- gilancia da policia, que será porseve-
cupiranga e Juqulá tem nma extensão rante " continua . contra qualqu er tenta-,,:
total de 356 kilometros. Uva que, por ventura, venha a surgir::
Quanto ás estradas .de rodagem, o no intuito de restaurar tão perniciosos'
Governo tem julga do preferivel suspen- abusos. Posso assegurar-vos que a au-
der os trabalhos .' de construcção, aliás ctoridade não terá desfallecímentos no
cumprimento deste imperioso dever. - . ,
bastante dispendiosos, das que se dl-
rigiam para regiões ainda incultas, afim I Cumpre-me, porém, dar-vos.
conta de'
de se occupar com mais intensidade. alguns incidentes, que viéram de pas-, ,,
dos concertos, reparos e conservação sagem perturbar a tranquilIldade pu-'
das que servem a zona cultivada, e por blica, durante o períOdo a que me hei'
isso mesmo com um movimento activo referido. ;
e continuo de transportes. Comprehen- Conflicto Italiano As manifesta-,
de-se aqui o pensamento de abrir Íaln·· ções populares, contrárias ao voto da:'·
bem communicações eom as regrões Camara Federal, na questão dos pro to-

contiguas, em que se vão estendendo co11os italianos, occasionaram nesta Ca-
as novas plantações. pital. durante ns <lias 22, 23 e 24 de
Cadeias . Não podem nlerecer me- agosto ultimo, uma forte agitação, que
nos attenção do poder publico as cOns- por vezes pareceu degenerar em gra-
trucções destinada.s ás prisões do Es- ves coruflictos entre nacionaes e ai' •

tado. O qu.e existe a respeito está guns .membros da laborio sa c(}lO!Jlia


bem longe de c!)JTesponder á mais m~ · Italiana; que aliás sempre tenho repu-

(liocre das aspirações. Justas reclama- tado inspirada no sentimento de ordem ,

ções surgem de todos os pontos, a co- e de respeito á auctoridade. Após o


meçar da proprla Capital, onde a ca- primeiro voto da camara, e .quando
deia e a ,p enitenciaria são de U!lla in~ nenhum caracter de rivalidade nacional
sufticiencia deplorave!. tinham tomado os pronunciamento" po-

Estuda-se um plano geral, tendo em pulares,· fui,. com certa surpreza.. pro- .•.
vista satisfa.7.er- as necessi<1ades de ca- eura no pelo sr. conde de Brichanteuu.
racter mais urgente. E' minha oplniil.o então consul da Italia nes!.? Capit;;.l,
que, nas construcções dos edifícios para tratar de providencias, cuja na-
;


- . 103 -'

.
1011(1 " a lgum justificada pelos aconte- I a exaltação · dos animos, não contri-
o:; . ' 1!lt P UtÚS, sobretudÜ'1 co mo ponderei, J buia pouco para crear uma situação
l o 11 iH monlento em que nada 'f azia <luvt- tensa e cheia de perigos para a ordem
':.. 11;, r '.ta ·estabilidade dos vinculos moraes publica. Devo ao prestigio moral da
\- " d~iS relaçõe_s df.' elevadQs iutcresses, a uctoridade e ao acerto das providen-
; -
~-:'. ' [ U\' têrn Hga:.io os dojs povos. A inl' cias adoptadas o não termos que re-

:r ]11 c:-.;5ii.o deixada por esta entrevista não gistrar graves successos, que poderiam
W roi. jnfelizmente, tranquillizadol'a. Era , ter sido os lamentaveis fructos desse

f ' I\:~ l.a a situação dos espiritos, quando,
-';'
primeiro momento. Os dias seguintes
~:. : ;, :~2. recebi do sr. con~:!.ll UUl officitl foram ainda de fortes perturbações,
" ..
.' .

~; ' í' llI qne.. exprimindo-se com extr~ma vi-


"-,.-
cabendó, entretanto, ao Governo a sa-
to• \' tL('idaG:é, queixava-se do facto de ter tis (a~1:ão de haver conseguido afinal o
::~ ,

.<
', I ~id" <lueinw,da por estudantes, na pra- re'stabrelec1mento da calma e da tra",-
._ ';:t da Academia, unIa bandeira italia·· oquiJildade sem que os ·acontecimentos
J
--- .

;: lia. S. e.x. concluia reclamando do tivessem chegado ás g ravissimas pro-


c.
-.. .
Uov€rno do Estado ele S. Paulo uma porções qu e, com razão, a prinCipio se
c-

..' fe pa.ração immedia;ta. R€pliq'uei que o receíavanl, e, o que é sobretudo apre-


f;tdo em ~i não revestia a gravidade ciavel, sore :0 mínimo enfraquecimento
'1 11 " l'to.,. a;ttri'buia o sr. consul , evidente- dos sentimentos de reciproca estima en-
.
jwmte lnaI infonnado, e que, nüo 'Obs- tre os nacionaes e os membros da co-
j" nte, o Governo do Estado tomaria lonia italiana.
" ..
· l:ouhecimento da occurrencia, para
Facto digno de nota é que nos cen-
1:1 1 mprir o se u dever. Assegurei tam-
• tros agricolas, onde se acham ;:gglo-
/)('ln que. os Cidadãos italianos se acha- i
! meradas grandes massas de italianos,
vam debaixo da garantia dan auclod-
na mais intima solidariedade de inte-
Ilades do Estado e das leis da R epu-
resses com os brazileiros, os successos
LUca . Respo.l!dendo o tõpico em ·que
da Capital não encontraram a · mais li-
vinha formulada a ex.i gencia de uma
geira · repercussão. _ Nas· zonas do in-
nm ara ~ã o imlnediata, permitti-me pon- •
.
terior manteve-se, sem perturbação,
d( ! r~r ao sr. co ns u] que s. ex. pare-cia

:, lab orar num equivoco. visto que. nã.o completa normalidade. Tudo isto re-
\\le cabendo. o. direito de propOr, nem vela, para honra dos dois povos, que
a mim o de acceitar soluções di plo- não existem sentimentos rivaes entre
1I1aticas, mais curia~ se me affigurava brazileiros e italianos e muito' menos
declinarmos ambos da nossa compe- entre estes e os paulistas, que . aqui

t.encia para os altos poderes das duas os acolhem como €xcellentes collabo-
-
uaçoes. radores dó seu progresso, da sua ri-
queza e da sua civil!zação.
Tomando, entretanto, como uma ad-
verten'Cia a singular att itude da aucto- Resta-me registrar um triumpho que
ridade consular, tratei de tomn.r todas coube ao Governo do Estado no C01l-

0,8 precauções, na previs,w de aconte- flicto diplomatico com . a Italia. Apesar


cimentos extraordinarios que presumi- das graves occorrencias que ficam ex-
velmente se dariam nesta noite, E não postas e das quaes poderiam ter re3111- .
me illudi, infelizmente. A presença do ta do sérias complicaç(jes, tive o des-
.
s r. conde . de Brichanteau á frente de valleclmento de ouvir do digno minis-
nn.meroso grupo de compatriotas, nos tra 'das relações exteriores da . União,
,:eutros. de maior circ:ulação .desta ci- que os acontecimentos de S. Paulo não
dade, e quando se tornava sensivel , conconeram de modo algum 'para em-
, ,'.,
104- •

bat'aça.r as negociações com o govet'no i ctiva. Combater a anarchia, é aglr


da Italia. Iem nonie da lei.
Em nome do Governo do Estado fo- I ];.m face déstes principi"s, e evideute ,
ram a.presentados a.o governo italiano i que a medida .posta em execução pela '
'

expressões de congratulação, pela hon- policia obedeceu a uma necessidade de


rosa terminação da pendeneia diplo- ordem publica e correspon.deu a um
matica. I fim social.
A questão foi submettida ã ,decisão

Centro ~Ional'chista - Cabe-me tam- ., do pnder judiciario. O Trihunal de
bem inteirar-vos dos motivos que me
:
I
Justiça do Estado e o S-upremo T .-i-
levaram a fazer dissolver a associação ,! buna! .Federal consagraram. por se u
,

politica denominada Centro J\fona,r chis- •i soberano julgamento, o principio em
ta, que . funccionava desde algum tem- I
que se apoiál'a a a cção do Executiyo.
po nesta Capital com o manifesto in- I Está, portanto, firlllada a _doutrina jn-
tuito de promover · a restauração do I ridica, e não !ta sinão applical-a em sua
,

antigo regimen. ,
Nunca commetti a ' amplitude, normalmente e sob a osten~
falta . de duvidar da estabilidade da , siva responsabilidade do poder publi- ' ,
i
Republica e da solidez das novas ins' co , para deter a marcha da politica re-
tituições, o que equivale a dizer que a ccionaria, obrigando-a a desistir de

" jámais temi os que combatem. Mas, sua s crimin osas tentativas. Não hesi to
nera por isso, deixo de considerar r~­ em affirmar que é este o (leveI' de
volucionaria e, consequentemente, cri- todo a quelle que se acha invesiido de
• ,

-
minosa, em face da legislac1~o vigente,. au cl.o r iltade em nome da Repuhliea .
essa polit ica, c"jo objectivo declarado
, SucceSROS de Aral'aqual'a Os sue- o
consiste positivamente na f.ranoforma-
1 cessas do nlez de fevereiro . que ta.o
ção radical da fórma do governo ado-
vivamente impressionaranl o espírito ·
ptada pela constituição de 24 de fe- publico, trouxeram por al g um tempo

. vereiro, perante a qual é vedado aos p er,t uI'bada a ordem puhlica na co mar<,a
• •
propl'ios pOderes da RepllbJica agitar de Araraquara. A profunda emoção
essa questão. O partido que se cons- produzida em t~do o Estado' 1'6 j08 bar-
titue para. taes intuitos propõe-se evi- Ílaros assassinatos alli praticados, com·
, dentemente a um fim criminoso; está o concurso de circumsta:ncius que pu-
fóra da. lei. Os clubs, as fárças con- nha m em evidencia . a excepcional per-
gregadas, os instr,u mentos de combate yersidade de seus agentes. foi uma
e todos os meios de acção postos ao consoladora demonstração de qu a nto
serviço da idéa reaccionaria, sâo ele- são rep ugnantes á civilização e aos
Inentos desordeiros e anarchicOB. \..125- costUl1"l.es paulistas essas scenas de bru-
tinados a , perturbarem os interesses tal selvageria. O Governo tem a plena
,

conservadores da sociedade. Ora, o pri- cOllviçção de haver cumprido o seu


,

meiro dever de um governo constituído, dev er nessa. triste enlergencia. promo-


s! este não é fraco, é garantir, a to- vendo por t odos os modos o desaggra -
dos quantos se coUocam sob a protec- vo da lei.
ção de sua auctoridade e de suas leis, Entre,gue a questão, como se acha, .
uma vida de paz e' de tranquilJidade á acção da justiça, restabeleceu-sé fe-

pa,r a que cada um possa deixar ex- · lizme nte a calma, manifestando-se . li,
pandir-se a sua actividade
. , como quizer, opinião confiante na condu cta a.ustera
sem tropeços, sem ,sobresaltos, na gran- e justiceira dos .iuizes do ' Estad ..,. ,
diosa coUaboração <la felicidade col1e- ; Repito, exceptuados . est, ~~ I'~ etc, ., ,
,-,,,
... . ' ..
. .,. . .... ." . :\ .•
'
.' :'-> ." ,) . .. ..

105

sá-o inevita veis incidentes da vida desenvolvimento da nossa população e.


a ordem pUblica tem sido man- com as exigencias do adeanta..do estado
Ç) os direitos lndividuaes têm sido de nossa civilização. E' pre cIso que
. ,"nut.idos na sua plenitude. "bodos possanl aqui viver tra.nqf.!illos
Fut'\.:a PubJica da A ~rganiza~ào s ob a vígllancia da a uctoridade.

. ., .'. :. Publica softreu li ma grande mo- Ensino Publico As lei" d~ cara-


. >.,
.. .
fi""ção, segundo os termos da lei
.. ' cter organko deveul revestir '.lnl cunho
· ·191 de 29 de dezembro de 1896. de permanencia e estabilidade, que
ella composta de duas grandes não se compadece COlll as tendeucias
,"Üe8 : a brigada policial e a guarda
I' 1 demasiadamente reformistas. Os seus
. ;;:' : I(~a.. fruetos, em regra tardios, nâo se pro-
, 'o·.:·
c' , A brigada policial constitue jlfopria- duzem s inão com alguma lentidão. E)'
. .' " nt.e a guarnição militar do E&tado, Dor isso que taes leis de,vem ser estu-
.>: ,"por isso mesmo vae ser militarmente dadas em seus effeitos com o se nti-
, •.' lustruiqa, disciplillaria e mento eonservador, com o -espirito de
<m a.d a . Compõe-se 'de tres corpos de . eontinuidade. que apenas visa luodHicar'
fitaria e um regfment.o de c,,, .3.lla- e não tra.nsformar. Cumpre, po-rtanto,
,",oro o seguinte effectivo : •
reprimir o desejo, nenl selnpre j Uf;; tifi-
, ~avel, de fazer obra nova üu de en-
Officiaes . • • • 89 g-endrar novas creações , antes de ha-
luferiores • • • 123 ver da.d o tempo para que produza. se us

• •
.Praças • • • 2.196 • •
beneficios aquillo que la. ·pOSSUIIDOS.
Só a experieneia deve aC(Juselha.r a8
A ;·.erescE:l.ltnndo-se c c"Ú,rpo de bom- reformas.
com 17 officiaes. 1 R inferiores Neste caso, estão as leis (.l~ie dfranl
praças, e mais a guarda civica organ!zação ao ensino public(> ., do J<~s- ·
Ca pital. com 2 officiaes e 100 pra- ta do, sob a influencia das ü.lsLituiçôes
· ,... ..
":',.' (-) , ter-se-á um t.otal de 2.883 da for- republicanas. Muitos são "8 fructos
' ',.;,: .
.... -
" " eonceutrada na Capital. Da bri- já -colhidos, e tudo induz a eSllp.rar q ue
" policial sahirá a gua.rnição para. aiIJda m e lhores serão os que virão ap-
Jl lo~ e Campinas. As demais locall-

parecendo na sua continna applicação,
do interior ser&o policiadas pela dadas a.s ligeiras modificações ' que se
1
-
',r dH civica.. aue nellas será a.listad a tornarem necessarias. sJgllmaS da.s.
lJormanecerâ, . não pOdendo ser desta- quaes vou indicar-vos.
sinão para os diversos pontos da"
. . - Os dados 'lue passo a expor ta',b""
Clfcumscnpçoes, em nume ro
conhec.er a.s eondições dest€' sp"rviço no
1.0 . em que está dividido o territo-
Estado .
do Estado . A guarda cívica do in-
A verba consignada no orçamento
comjlÕr-se-á de 32 offieiae., 1116
para o e nsino publico, não contando as.
e 2'.16·0 praças . ao todo
su bven ções a diversos estabelecimentos"
é de 6 . 736: 820$000.
,
To tal da força publica do Estado - - Exi st ,~ m 2.246 escolas crêada,s. a
178: saber:
p ,·, posito grande c"<lnflança nos re Preliminares • 1.t90
11IIlI:ados desta nova organiza~iio. Pa- Intermédias • 40()
·· . I'('"IHl1e queella proporciõnarâ recur- Provisorias • • • .~5 6
·
" I"'" para um policiamento mais de ae-

I
: " íH'rlo com as necessida.de 1 n .. '.)
..:.:, . .' . " . , , .,' . -" , - . . ., . -::: . .
, " . ' ,,. ". - "'.' '. ,,' ' :' : . ',
"
",.. , - . .'-, ",' . _ .... ",.'"
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...
. .
•. ".'. ,. . . ..' 106· ' ..• . -- -- • -- - -, ' .. _-.....
.
- • - "-' ~ "---
.. "",

. : "
. ',,:,.- "

. portanto, maior o numero das que se Matric ula nas quatro escolas- .,
,. · ,
acham vagas. Este facto é devido uni- .modelo. . • • • • • 2.032 '
• • • •
· camente .á falta de professores prella- Matricula nOs grupos escolares
"
.•. Tados na oonformidade . das exigencias " da Capital • • • • • 1.083 ,
.'

. . . <io regimen estal:!elecido, falta, que ten-


· <ie a desapparecer, á proporção que oS · . Tota! . • • • • 3.115
'. nossos institutos forem habilitando O Média para cada escola - 476. '

'" pessoal de que carecem as escolas. To-
.
<lavia, emquanto< se aguarda esse re- InSpecção das escolas A inspec- .'
sultado, cumpre. reflectir na. necessi- 'ção das escolas representa papel im-
dade de .estimular por melhores van- portante neste r egimen. As' funcções doS"
"
,
tagens.o pessoal que concorre para a inspectores são de ta'! natureza e exer-.
· regencla das . escolas provisorias. cem uma ' influencia tão directa e pre- ·.,
Em 1895, o numero de escolas pro- ponderante que, póde-se dizer, é ao '

vidas foi de 819: temos, portanto; ;,má seu bom desempenho que se ha
<iifferença a mais, no ultimo anuo, de .1 dever a maior parte do progresso
158, o que

r evela uma progressão ani- ensino primario. E' por intermedio
· madora. I'es. lendo os seus relato rios e ouvin- .",
Quanto á matricula, em '1895 attin- do-os assiduamente, que o Governo se
giu a 24.32,9. alumnos, e a frequencia "olIoca em coutacto com o movimento
média mensal fOi de 16.800. Em 1896 escolar, informando-se da capacidade

.a . matricula é calculada em 30.390 dos professores, dos ' progressos dos

alumnos, e si ,!-ccrescentarmos as 2.077 alumnos, da applicação dos methodos. '
<ias escolas-modelo, teremos um total do caracter ' moral · da . escola; do
, ' -de 32.41l7. A frequeucia deste periodo estado material etc. O inspector• prI- .,
· •

guarda.. a mesma proporção. mario, no conceito de uma alta au- ·,


··
·•
Não sendo possível dar a estatistica . ctoridade, é o agente mais activo do ..
· <ia matricula do corrente anno de ... serviço; póde-se mes mo dizer que ' é .

·.
1897, nas escolas do Estad"" offere- a sua pedra angular ou a sua cavilha ,
"
'Ço-vos, entretanto, os seg.uintes dados, mestra.
que se referem ás escolas-modelo e Está visto que, para o
aos ~ gr)lpos e$colares da Capital: de . funcções l aes, deve-se procurar uma •.
Escola-modelo annexa á Escola competencia equIvalente. Em
Normal:
p!lizes se tem exigido . que o cargo

inspector seja preenchido por quem
Curso complementar . • • 206
.. " tenha feito tirocínio na adminIstraçã();.
·. " preliminar • • • 502
· do ensino. Entre nós alguns inoonve- .
,• Jardim da Iurancia • • • 97
• nlente; se ha notado no modo porque'
.... Total de alumnos . 805 se acha constituIda a inspecção
• • •
. escolas. O contacLo immedíato ou dire- . '
de ·, ambos
.
os sexos. . . '
cto< com influencias extranhas tira , ao .' •

· . Segunda Escola-modelo (Car~o) iDspector a ind'ispensavel Isenção, en-
350 . aI "mnos de amoos os sexos. volvendo-o, algulllas vezes, na confu- .:_:
, : '

Escola-modelo "Prudente de Mo- são de · interesses de .ordem diversa e


l'aes" 556. contrarios' aos intuitos da sua missão.

Escola-modelo "Maria José" 310 Parece que seria de utilidade dar ·


idem. nova fórma á organização dos distri-:
,. •


·
.' .
. . ..
. '. -'. .': ' . . :..- ,-- -.' _. . - _.
.... - ',--<.-... "--'." . --,'-,' ,--
"
- .. '.' - ---.
'

-107- - .' "';:"

(' JHodHicar a extensão das res- bra benéfica das instituições republi-.:
; :':''-
.. --: '-
,.. '
-:.~:~::- <1)111.: L} vu8 (:j,rc-umscripções;· tendo em vis- canas. .'

, .• .'

,- :;,:" ,'tIl que (J- serviço, ,entregue a um pes-


..-- .- . .',

" -- .
1!'inanças ' - Ainda que não haja a
rnenos numeroso, mas de reconhe-
CGIlstituição do Estado especificado, ..
corupetencia, tem todas as pro-
e.ntre . as v,l'erogativas do executivo~ a,S,
ida.des de ser. feito COIU Jnais_ pro-
de collaborar na 'orgallizaçilo do plano .
'Ho pfl.ra a causa do ensino, Assum-
do orçamento. é todavia certo que, se-"
é este merecedor das vossas cogj- ·
gundo . as praticas adoptadas, este po-

der é chamado a ocoperar nas . leis de
-egualrnente a vossa atten~ão
finanças, prestando o concurso do seu
(> papel que representa o Con-
conselho e entrando com o subsidio de
.,,:.'i 1ho Superior na direcção do ensi- dados e informações que só elle poso>
COUl.O tOrllOração' consultiva, con",:
, sue. ,
sem utilidade pratica a sua
"

IH:çã.o, sobretudo quando a Secreta- . ,Esereverrdo em 'face da r·epublica


de Estado, a que se adha swbordi- parlamentar, em que é o gabinete
',.' ' .

o serviço do ensino publico, pos- . quem .governa,· o eminente Léon Say,


appa.relhos indispensaveis para o na importante obra que foi publicada
a-pós sua Im-orte, tev€ uma p'hmse, que
e solução de· todos os assum-
Mas. si se lhe dá faculdade deli- é o feliz transumpto de rrma doutrina

torna-se' absolutamente in- inteira. Pondéra ·0 iIIustre economis.


eornpative.l coni um regiInen de con- ta ·que, si o parlam'ento, n<J desempe-
{~f;:mtraçã.o,. (::on10 é o nosso. Em taes nho 'do seu papel de fiscal , fôr ao
"ondições, o Conselho Superior deixa ponto de anlllullar, ruJ'astando, a aeção
dG' ser um étuxiliar benéfico, para ser do Executivo no que respeita á eon.fe-
a.ntes li:m embaraço, um elemento cção do orçamento, anníquillado assim
anarclüe(J, 0lt, relo nlenos, uma COID- este poder, deixará de existir o O'over: ",

,pIeta inutilidade. Parece-:ID'e, POT isso, no parlamentar; paJ.'a ter logar o govel'.
,
convenlenre .
a sua suppressao. - no do parlamento..
Escola. Polytechnica, Gyrúnasios e Dadas as differenças características
Esco]a. Normal Matricula Na Es- e da esseneia dos dois systemas, egual
cola Polytec.hnica, em 1895, existiam cC}lliceito reooe sobre o regimen pre- , .-.
120• matriculados e assistentes; em .' sidencial, em se tratando das leis de
1895-18%, 71 matriculados e 64 natureza administrativa, sobretudo a
ouvintes, total 135; em 1896 .. do or~amellto, para as quaes se requer,.-
"," 1897, 101 matriculados, 87 ouvintes e não só a intervenção; mas até a inl-
'. 2 praticante., total 190 . c';ativa do Governo. No regimen par"
.
No Gy,nma.do da Capital, em 1895- lamentar o voto da camara nas leis de
, 1896' as matriculas a>ttingiram a 9.3; meios produz a quéda do gabinete, No . '

·em 1896-1897, swbiram a 96. systema presidencial esse voto é mais .'
Na Escola Normal, em 1895, ma- grave: produz a as]).hyxia da adminis- ..... " , . .
..,>
tricuIãr.am-se
, 136 altÍmnos; em 1896 tí'ação; o governo fica sem horizontes. - .' .'

matricularam-se 191, descendo em ." De onde decorre a nec'essidade de ac-,.-


-- .... •
1897 a 180. , côrdo entr.e o governo e o Congresso, .. "'.-. . . .

Si estes resultados não são comple- afim de que" as finanças do Estado não . --. ".
.",' "

tos, são "orutndo bastante satisfacto- sejam entregues á anal'",hia dos inte"
rios, pois que áttestam, de modo irre- resses desencontrados e em opposiçâ.o :.
'Cusaivel, o enorme desenvolvimento a toda a tentativa de firmar
que tem tido o ensino publico, á som- brio e consolidar o credito.
'. . , ': :
. .- .
..
. ....
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108-'-
"
.' ••
- -- . .:
, " . " . .
"' :-':,- .. ' •

:,,':- '; Acontece, porém, que o piano finan· ! 5.522:847$682 (Ia divida d. Fniàc>
{··' ceiro delineado na contextura geral do para com o Estado, provenieute ele im-
;', ;:órçamento p6de, entretanto, vir a ser postos por ella arrecadad()s; ...... .
<<-,-o"'··
: _:
e m . grande parte prejudicado,
.
sinão
'
928: 86 O$ 8 7 5 de illde mn izações diver-
VYtotalmente
-" .-
destruido em artigos desta- , sas: e 211: 286$9 87 de receita even-
~ /> . ,
"/ cados ou em leis especiaes. segundo tual e renda dos estabelecimentos do
_·X, : . , .
": " as praticas abusivas,
. , que se acolhem á . Estado.
': <'-';.'.
·.·. , .sombra de mal comprehendidas ou
_, " - o • •
Juntand{)-se 422:356$3ô7 do co fre·
·;.'· mal de.finidas prerogativas, legislati- dos orpbams, 51: 14 7 $16 2 de beus de
"-.···vas. Os serviços que essas leis Contem- defullltos e 'ausentes re'cebidos no cor-
:j :.. plam. devem ser subordinados quando .rer do anno financ eiro. 5.096:571$764
"'. , '

:> , ~e tornem necessarios, ao plano finan-.


~--"
de saldo que passou do exercicio de
~t-: ceiro cot;lc.retizado no orçamento, para 1895 para o de 1896 e 9~1:468$631.
,
:.j~· nãt) lhe serem eúntrarios. . accrescimo da divida passi'ira, de cara-
,"'-:'> ' .
-,.> :, :~, No periodo, por assim dizer, incipi- cter fluctuante, havido no exe rcicio --
~,,--, . .

' ·.ente da applicação do nosso systema juntando-s e todas estas pa rce llas li
:f:'., .~olitico, não n:,e parece inopportuno somma constituida pela receita ordina~
/ •. (:hamar assim a V{)ssa attenção para a ria e extraordina.ria,' • ve r-ifi'C a-se o total
-.-

"
> .liecessidade de se estabelecerem as nó r - de 57.326:364$791, importan cias dos
'-- -- ..
_ ., ' . '

····mas mais salutares, que regulem o recursos de que dispoz o 'Thesouro do


.... !unccionamento dos' grandes pOderes ,Estado no anno ri'uan'Ceiro de 189 G.
:>, --;do Estado.• Disso . dependem essencial- Desta som ma foram des pendidos .' .
' •

;',;: ..", mente os creditos do systema. 51.712:337$251, passando. portanto,


..
.
".... Felizmente, a situação financeira do para o actual exercicio, um saldo de
--

U. Estado é de molde a conceituar na opl-


.;c':
5.617: 027$540.
.
':' " .nião o regimen adoptado. O aspecto <le A despesa ordina ria foi a s im distri-
:. .' prosperidade que ella apresenta de- buida pelas diversas secre t a rias de Es-
':.; '.' corre . dos dados que trago ao vosso tado .
••.•..conhecimento:
. Interior' 11.659:457 $29 0
::>, ., despem &ceita e
No anno fi- -~
• • •

. Jus tiça • • 9 .0 67 :3 40$416


;:. n a.nceiro de 1896 a ' receita ordinaria •
- -, ' Agricultura • 23.565 : 228 $890 .
\' foi de 44.144 : 83;;$323 e' a extraGrdi-
Fazenda • • 7.156:707$607
( riaria de 6.662:985$54( 'perfazendo
·.· 0 total de 50.80'7:820$867. Na receita . Apreciando comparativainelite a.
i;< ordinal'ia incluem-se 30.064: 610$832 somma da ·receita ord inaria e extraor-
.-,'::----- -~ .
.... ·<de direitos de sanida de generos e dinaria orçada para o exercicio de .
:.L inercadorias de producção do Estado; 1896, na importancia d~ .' .. . ..... .
C<·.- ~ L ' I

....... .. 7.816:390$374 de imposto de' trans- 36.308:000$000, C0111 a anecadada nt>


~:'. missão de propriedade inter-vivos; .. mesmo exercicio, qu e • foi de _ . ... ' .- .
{/,'871: 607~'lOO de transmissão causa 50.807 : 820$867, verifica·se um acc res-
'~ --~ '-' .
:.'j·... inol·tis; 1.134 : 885$352 de sellos do cimo .de arrecadação no. importanda
'Li .Éstado; 1.046:031$530 de impostos de 14,499:8209867. .

< de transito; 906:969$360 de imposto Por {)utro
. lado,. comparada a despe-o

'~; predial na Capital; 680:7Úi$(l68 de ta-
& '-' •
sa ordinaria fixada pa·r a o mesmo exer-
',;... xa . . de agua na Capital; 949:851$245
~
cicio de 1896 com a que foi realizada,
:::
,"..... , .d " taxa addícional; e 673:754U62 de . .
verifica-se um excesso de . ... ...... ,
,
.
' · . diversos. outros impostos. ' Na receita
~ : ,,,, ' , '" . 15.166: 788$70·3.
i/·. êxtraordinaria inclue'm -se ......... . ..
Divida activa O Estado julga-se
" .' , '

da União: 1.' na importancia espheras do trabalho.


., o progresso .- ..
, , .
"8.213: 474$491, de despesas feItas todas as regiões da actividadil.
',-,', "
r conta do governo federal ' o c - Firma-se a ordem, a tortuna

publica, , '. "

da revolta de .parte da armada se expan'de, tundaru-se' as industrias. o ,


daifevolução do Sul; na somma de tra'oo1ho fru<Jtifica e attrae O concurso
121.0'0;). proveniente de duas se- de braços . uteis, povoa-se o sólo, a IRO' ' ;:
cidade apprende, o povo se educa. e:c

pa)"te8 ' da indemnlzação paga
S. Paulo Railway Company, de no centro do 1ll0Vinlento enOl'lne. pro- . '\
e<;lm a clausula 33.' do con- i.ectando para todos os lados a luz vI , ..
,

de 26 de Abril de 1856. 'oificaIite da liberdade, ergue-se sC)he- ' ' .


. ,

R eclamei do governo federal o res- rana, imperecivel, inaccessivel a todos· :,


' pagamento e aguardo solução. os ataques, .- e sobranceira a todos os pe-
,

Divida passh"a. A divida pas!?,~yq rigos _. a Republlca.


14 .584: 703$00'5, sendo: S. Paulo, 7 de Abril de 1897.
, Fundada •

M. FERRAZ DE CAMP.OSSALLES,
• 12.949 :448$984
Flu ctuante • 1. 635: 254$021 Présidente do Estado.

Desta breve exposição se evidencia _....:.' - -


é prospera e animadora a situa-
. fina.nceira. Todavia, não se d·eve
, BffiLIOGRAPHIA - O dr.. Campos
de vista a necessidade de UlliU Salles alem dos seus discursos relato-
,i". - ('onducta circumspecta e prudente, para rios e mensagens, como deputado,
, mi-
c~rcumstancias ' imprevistas não nistro, presidente de S, Paulo e da Re-
,:.,. ,.. venham destruir os unicos fundamen- publica, escreveu e publicou as seguin-
,
,_'.' tos seguros do nosso progresso. A tes obras: Cartas da Europa, Rio
"
financeira, estejamos . disto de Janeiro, 1&94 ; 287 pag.; ,Da Pro- :.:
.
certos, resllme todos os grandes I paganda á Presidencla, S. Paulo, " .

do Estado. 1908; 44,8 pwgs. Fez reurnir 'e m tres vo·
Conclusão - Srs. Membros do Con- lun,es, impressos na Imprensa Nacio-
do Estado. nal, Rio, .OS. seus di,sc,ul'sOS e mensa-
de gens. assim distribuidos: Discur-
enCOl1tr~.reis informações com- sos na Propaganda, um voI.; Discur-
a cena dos serviços a cargo da sos na Republlca, um voI.; Manifesto e
E'-me ,grato poder com- mensagens, no Governo, um vol.
que o Governo muito de- Sobre elIe vejam-se: - Ribas, O dr,
ve, no desempenho de suas altas func- Campos Salles, longo estudo biograpbi- ,
. .
,ções, ao inestimavel concurso, á ~eal co, S. Paul.o; Guanabara, A Presiden"
dedicação e á intelligente solicitude
,
cia Campos SaBes, 1898-1902, Rio.
,destes dignos auxiliares . Laemmert & ela., 516 pags.; R. r. H.
O que abi fica succintamenteex- B. vol. 76 -- pago 668 e seguintes:

,
posto é a obra da Republica, que bem Sacramento Blake vo1. 6 ' pago 70; J. ' '.
se póde ' traduzir nesta grandiosa syn- J . Ribeiro Chronologia Paulista -
thes~: a prosperidade em todas as \"01. 1 pago 128.

., '

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,

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N!l.NDO PRESTES DEAJiBU- ' "ice-presidencia da Cantara. até fins de


nasceu a 2 ti de junho de 1894; em seguida foi eleito deputado
,
lia parte do munlcipio de !ta- fe deral, cargo que exerceu de 1895 até
que tomou o nome de Es- novembro de 1898, quando deixou, não
Santo da Bôa Vista, e que cons- só esse cargo, mas tambem o de
,:,",._'" l.I,etualmente o municipio de _An- membro da commissão direclora do ·
, Foram seus p'aes o temente-co- Partido Republicano Paulista, atlm de
Manoel Prestes de Albuquerque tomar posse da ' presidencia do Estado
d. Ignacia Vieira Prestes.' Fez de S. Paulo, como substituto do dI', Ma_
" ostudos em Itapetininga, no Col- noel Ferraz de Campos Salles, que dei-
do rv, Padre Francisco de Assum- xara o cárgo por ter sido eleito pr~­ -'- -
Albuquerque; depois, em Campo s idente da Republica. Como presidente,
de Sorocaba, no Collegio do pro- o coronel Fernando Prestes adminis-
J~ra ncisco de Paula Xavier de trou S, Paulo, desde 10 de novembro
. e, finalmente, em S. Paulo de 1898 até 1.' de maio de 1900, quan- •

. ) uo Collegio dirigido pelo pro· do transferiu o pOder ao presidente,


,

l sidoro José Pereira .. Termina- que o substituiu, conselbeiro dr. Fran-


os estudos collegiaes regressou cisco de Paula Rodrigues Alves. Vol",
" ' Itapetininga, onde se dedicou aos tando á actividade pOlitica, foi de ~o­
da lavoura a principio. -D e- \'0 eleito <leputado federa, em duas
.
.
,

i~ xeTceu a advocacia. conlO advo~


,
legislaturas seguidas, exercendo com
provisionado. Republicano pro- elevado criterio e patriotismo os car-
dista. Fernando Prestes, com QU- gos de chefe da bancada paulista e o
companheiros de idéas, democra- rle lesdel' da maiol'Ía da Camara dos
(Manoe! Lopes de Oliveira, ,An- Deputados federaes. Em 1912, após
,Moreira da Silva, Padre ]'ran- ter exercido o cargo de vi~e-presül-ente
de Albuquerque e Joaquim Foga- do Estado de S. Paulo, durante o im-
só citar estes) dedicou toda pedimento do pres.dentle dr. Manoel
energia e activjdade ern fav.or JOaJquim Albu'querque Lins, foi o coro--
republicana, sendo o centro nel Fernando Prestes eleito senador,, '
aquelle, Club de Itape- çujo ma;ndato. renovado pela s'egunda
que O dr. , Venauclo Ayres fun .. vez, terminara a 31 d~ dezemlbro de
: e presidiu . até se retirar para o 19M . Quando se tratou da suecessãlJ
, ': O"ande do Sul. Quando em 1889 ,
presidencial de S. Paulo, em se'g uimen-
a 15 de novembro a .. transfor- to ao quatriennio' do dr. Jorge Tibiriçá,
do regimen político brasileiro, 'fOi o coro·ne! Fernand'o Prestes ooco- , .

do Prestes era já um d<>s chefes lhido para ser o vioe-presidente da


' de maior prestigio na zo-, chapa em que o 'dr. Albuquerque Lins
s ua residencia. Em 1892. foi era candid'ato a' presidente. ' E porque

, deputado estadual, occupando a o presidente eleito deixasse a presiiiren-

114 ,

ela para pleiwar a V'Í(!e,presideooia da cia em fins de 1899, fazendo em pouco' "
RepllJblica, em Chapa de que Ruy Bar- tempo mais de mil "ictimas, O apa-"
!bosa era o candidatfr á pr'esidencia, o recimento da peste oubonica a 17 de',
Coronel Fernando Prestes de novo go- setembro de 1899 na cidade de San-: ,
,

vernou ,o Est3ido .de S. Paulo, exercendo tos foi outro calamitoso facto que imo:
,
,

o cargo desde 5 de fevereiro de 1910 pressionou muitissimo ao governo do .',


até 6 mezes depois, quando o presiden- Estado 'e povo paulista. Era
te Albuquerque Lins reassumiu o exer- época director do Serviço Sanita rio
cicio de suas funcções. O periodo pre- doutor Emilio Ribas, Foram,
sidencial em que foram eleitos o dr.
,
postos em pratica todos os meios
Albuquerque Lins, presidente, e o co-
,
que podia dispor a administração,
ronel Fernando Prestes vice-presidén- prehendendo-se uma lucta sem
te, é o que vae de 1908 a 1912. Du- contra mal tão insidioso e cruel.
rante a sua presldencia, o coronel , ram' recolhidos e tratados no
Fernando Prestes luctou com graves tal de Isolamento 35 doentes do
difficuldades para conseguir o equili- indiano, dos quaes falleceram 15.
,brio dos orçamentos e poder satisfa- zar de rigorosas medidas de yigilancia
zer QS compromissos do Thesouro do e desinfecções estabelecidas para
Estado de S. Paulo. Esse desequili- passageiros e mercadorias de Santos,
brio resultou de diversas causas, li- ,
terrivel molestia (peste bubonica)
gadas a profundos abalos soffridos na pareceu na capital do Estado a 30
vida agricola e commercial paulista. outubro de 1899, sendo recolhidos
Em 1899 o secretario da Fazenda de Hospital de Isolamento 16 doentes
então, dr. João Baptista de Mello Pei- 22 de janeiro de 1900, Diz o
xoto, assim falou ao presidente' Fer- te do' Estado na sua nwnsagem,
nando Prestes: "Um dos mais re- da ao Congresso a 7 de abril de
levantes serviços que honram a admi- "Tão pr{)mpta e rapida
nistração de v. excia. foi a rigorosa eco- da mais cruel das epidemias que a
nomia observada no dispendifr dos di- toria registra, importa, sem duvida
, ' ,
nheiros publicos, e o restabelecímento gulna um verdadeiro triumpho para
do equilibrio financeiro do Estado. Re- nossos fóros de povo civilisado,
duzindo as despezas muito aquem da
,
brilhante resultado não seria, com
fixação legal, e deixando larga mar-
,
feito, possivel sem os adiantados haoi;
gem aos recursos accumulados no the- tos da nossa população em materia
souro pela arrecadação das rendas, pres- hygiene particular e publica; e sem
tou v. excia, mais um serviço a g, seu concurso intelligente e assiduo
Paulo e ás instituições que nos regem". medidas administrativas postas em
O coronel Fernando Prestes deixou o ção: Por igual, essa victoria nos
governo achando-se €in dia os com- .
parIa, SI.. nao.
"" .
pOSSUIssemos a
'promissos do ,Estado e havendo em ção admiravel das nossas repartiçõe,'
eaixa um saldo em dinheiro na' im- de serviço sanitario e institutos
'Portancia de 10.921: 062$405 rs, Des- xos;e sem a conipetencia e o pr'
pertou .,ériojil ,cuidados ao ,;goVeí'Il,~: zelo dos seus dignos chefes e
o facto da manifestação da febre dos servidores j~. Verificando o
amarella debaixo da fórma epidemica no, bem a pezar seu, que de
"

,
em Indaiatuba, Casa Branca e Soro-
'
dificuldade era a acquisição do
caba, tendo irrompido, nesta ultima anti"pesto,so de Yel'sin, resolveu
localidade com extraordinariai violen- no Estado um instituto d"
'. .:< >-:', .. '"-. .'
,
.- ',,'
, '.."' ." ,,
. ..'. --- . --', .
. . ' ,' .
, ' '

"

.'I'l\nncionado serum, e para esse fim ' mocidade, deixando


,
muitos filhos. E'
fi acquisição da fazenda deno- preciso referir alguns casos que abo, '
,

Bntallta.n, proximo á capital nam a lealdade e o caracter do coro- ,

uma área, de mais de 200 al- nel Fernando' Prestes, e que servem
" OH e bemfeitorias orçadas em para el'plicar e justifidl.1' o seu grande
, ",, 000$000, pelo preço de
, ,
....•.... prestigio no seio do partido politico a
; OOOf,OOO rs. O presidente , do Es- que pertence. Inchtido na chapa de
na sua mep.sagem enviada ao deputados federaes pelo L " districto,
a 7 de abril de 1900, tra- fez-se derrotar por um candidato avul-
,

da' referida acqulsição diz: so, nas eleições dê, 30 'de janeiro de
19 O6, afim de não sacrificar um dos
.: - . desse. proprlo do Estado,
, ',situação e outras clrcumstancias seus companheiros de chapa, e que
que nelle ainda sejam ins- fôra derrotado. Até hoje o coronel Fer-
institutos para a fabricação nando Prestes conserva em seu poder '
, 'soros Roux, Calmette, Pasteur, as actas das eleições do collegio elei-
,' . O eminente sabio patri'cio, ,dr. toral que lhe davam maioria de mais ,
"

Pereira Ba rretw visitando o 11U!- de 240 votos sobre o menos votado ,

•• to do Butantan, a 27 de março de dos eleitos. ' Houve certa occasiií.o em


deixou no livro dos visitantes, que. no parla mento, o almirante Cus-
impressão: -~ ,. Ao coronel
, ' '
I todio de Mello atacou violentamente
Prestes devemos uma , im- ao senador Bernardino de Campos,
di..lda de gratidão por ter que era o. grande chefe politico de S.
'

o Instituto do Butantan, can- Paulo. Fico'\) assentado ~ que um dos


a sua direcção á competencia deputados paulistas respondesse ao
lIIustrado dr. Vital Brasil". Estas discurso do almirante, defendendo ao
de merecido elogio ao presi- dr. Bernardino a e ,Campos. Fez esse '.'
coronel Fernando ,
Prestes fo- discurso o deputado Padre dI'. Valois
egualmente subscrlptas pelo mi- de .Castro. Desse discurso resultou o ,_.-.. ~

de .Justiça, dI'. Mi.guel de Go- desafio que o almirante fez ao de-


Moreira e Costa, que aCOlilpa- putado Valois de Castro para , um "

ao grande medico enl sua duúllo. Reuniu-se a bancada I.aulista


profissional ao nascente insti- novamente, e o coronel , Fernando
hoje uma das •
melhores inata lla- Prestes 'o ffereceu-se para se bater com
,

no genero, sempre zelada pelo o almirante,~ e taes argumentos em-


e competencla dos goverl).os pregou que o almirante foi scientifl-
Quando se fizer o resumo ,
cado da resolução tomada. Felizmente,
administração do presidente' Fer- \> incidente fechou-se sem que o duello .'
Prestes ver-se-á quanto foi 11tH Se realisasse- De outra feita, houve le-
, ,

a slIa brilhante , adminis- vante , do povo do Rio de Janeiro; as ..


,
O coronel Fernando Pre8t"s rc- , tropas occupa vam as ruas da cidade,
em Hapetininga, onde é lavrador, o tiroteio era continuo e cerrado, OS -- - -

capital vem senipre q'ue o's altos vehiculos eram raros, e grande o pe- ,
,
--
politicos exigem o seu con- rigo para qUem ' affrontasse o movi- ., -
-

e audiencia, ou quando o Se- meuto das ruas. Os telephones lunc- .' .....
, -,
- .

de que é ornamento, 3e acha danavam mal, e houve necessidade de



- -'

, E' vluvo da exma. sra. d. serem transmittidas ordens confiden-


de Sant'Anna Prestes, ( ..I- ciaes expedidas pelo presidente da Re- . -
ha annos" em pleno vigor de publica ao Quartel General. Quem
guinte:
mente para ser o transmissor das . ar-
• . uO Governo do Estado . O;
dens, e com gJ'"ave risco atravessou .as
coronel Ferllallldo Prestes. de Alhu-
ruas da cidade, nos pontos mais peri- ,
querque passou hontem o govGr- 1,
gasos, e foi levar aos quarteis a pala-
no do Estado ao dr: Francisco d~ i
. . . vra de " ordem do presidente. Por oc-
Paula. Rodrigues Alves. Não foi, ;
casião da revolta' da armada, quando
," não podia, não d·evia ser um go "
--'.-' .'
'i ', ' os federa listas pretenderam invadir S.
'verno brilhante o governo que fin-
-',"
:;',.:",- "
Paulo, .foi criado em Itapetininga um
dou. Dois fortes ' motivos tinha .i
commando militar, e aquella cidade de-
clarada e convertida em praça de guer- eUe que lhe dictavam modera- ,',
;.'; "." "
-:f;:~"~
ção na iniciativa. ·- e, pruden cü:\ .~
.. :;. '. ra. O seu com mando foi confiado ao
nos actos: primeiro, ia comple~ :'
:::. ... co·ronel Fer·nand'o ·Prestes, que se houve
<':" "-" '
" .
tal' apenas um periodo presiden-. !
:

'F'
,;;~.;
com tanto .ctiterio, zelo, competencía, ,.

.," . cial; segundo, não eram prospe- j


energia e patriotismo que a .sua acção
raa, eram, ao contrario, muito me- ::'.
em bem da causa da legalidade tor- :~
; ....... ' . " , I lilldrosas as condições fiuanceirao.:/•
;;{\'<'; nou~se con hecida e abençoada dos ftau~
l~:,:. :,~:. do Estado quando teve ' de subs- '
c':·. liStas, bem seguros dos males que os
;,.;:
tituir a situação presidida pelo .l
~:\,.'
',''- ' ,''
ameaçavanl, se a invasão se realisas-
--:. : : .. , dr. Campos.
Salles. Nem por isto, '..
;'o,:!,"". , .,' se. Foi por esses serviços, que o go-
'-;-: '. porém, é elle menos merecedor dos :
verno da RepulJlica deu ao' coronel ·
applausos e da gratidão dos pau- .
Fernando Prestes o posto' de coronel
listas: Ao contral'io, se ha merito ,:·
, . -.' honorario do Exercito. No interessante
, • •
. "';-0 •
em governar bem em situações ;
,'~ ' ... , livro do tenente coronel Pedro Dias de
- ~';'::'
-"",-"-- llormaes, o me rito é inlmensa- :
i'O':',_..' Campos, A revolta de 6 de setem-
-'"'-"~o;
.,.,-;.,. ".. , mente maior quando a situação '
't. .'e:- '..
bro lê-se o seguinte: "Tendo o é naturalmente difficil e espinho-
,,' -, ," ,'
.'

~, >,:. ..' governo prolongado a estrada de fer-


. o. "

;>~ ; ';' '. sa. E o que é exacto


. é que, ape- .:.
'C: .. - · ·ro até Itapetininga, tornou-se esta oi- zar de tudo, o governo que findou '
,- ,-
", .., ~
---'- ;'
,. ' . .'.
dade a parte principal do percurso e o foi um excellente governo. Não ,;
. centro. de todo o movimento das tro- ha be.p evolencia,, ha rigorosa jus .. :

.
<.0-.
pas e do material. Commandava ahi tiça sómente nestas palavras. Du-
>-.' -'- .
~;.:' .~ "
~~~ -
",- .'.'",,.' ',"
a praça o coronel Fernando Prestes, rante a criteriosa administração
" .. ' . ' ,
a cuja intelligencia, pre"isão, presti-
.'

-:'-'-', :',-, do coron'el Fel'nando Prestes e dos '


',:', '.'
_i'"
'. . c-,'." •
'c, -".. ' gio e. 'sacrificios, indiziveis de toda a
.; ,----

::--;.:' . seus dignos companheiros, nor-


;-~,.-- -.
~
~<ç -.
ordem, deveu a causa legal tão rele-
,
malisaram-se as finanças do Es-
M>.,:;·," vántes e excepcionaes serviços q ue ~ã9 tado, gravemente perturbadas por
X:,'< ,,:::
:'X~ ·;:.i· ba medida para os avaliar". O Diarlo uma crise 'economica p'r olongada
-" "- :

~!;{ ' Omeial da


h """ .
União de 1l-
de agosto de e temerosa; os melhoramen tos
r:."
;,.'
"'>- ,
. .. '
~. :
1894 pUl;licou o decreto do dia aute- nlateriaes, se não tiveram notavel
;',. , . dor em que foram concedidas as hon-
;\>.
K~>: ras do coronel do Exercito ao eo.r onel
, desenvolvimeuto, tamhem não · se
paralysaram; a ordem puhlica foi
~.Oi;"" ,. - .
:P·:. da Guarda Nacional de Itapetíninga, severamente man tida, a hygiene
:';;" :' . Fernando Prestes de Albuquerque, "pe-' teve os indispensaveis cuidados ' e .
fc" '. 'los valiosos servitos prest~dos em de- desvelos, a instruhção popular pro-
~t/- .
tesa da Republica". Quando o coronel grediu e, ao traçarmos estas
Fernando Prestes deixou a presideneia, linhas, não nos lembramos de ne":
. .
O Estado de S. Paulo grande nhuma arbitrariedade e denenhu-
.'
, ,
' - ..
O'.- . ' , ,
-- - : -----: :' .
,", , :; .
- 117--"
" " .
,
,
. ".. . , "

.. ..

violencia., cujas funestas ton- Paulo, da qual o coronel Fernando


,je.quencias tenhamos de lamentar Prestes tomol> posse a 10 de novembro '''c:,j- -
.- :-~,

,::; , (} nos obriguem a pôr alguma re- de 1898, rece bendoa administração das '" " "
,- '.:' ~,
M(~ rV'a. llas saudações sinceras que mãos do vice-presidente, dI'. Francis- ',,,""- - ~

. .'.:::." li iríghnos aos beuemeritos cida-


• • < .. -- .. '
co de Assis Peixoto G o m i d e , ' .- . ' --
, ." -,; _
l!àos que se recolhem ás ii1eil'as , -,,'o
Allctoridades Consulares
do partido que os elegeu n, (O Es-
amistosas e cordiaes as relações do '
lado de S, Paulo de 2 de maio de
l!iúOl.
, governo com todas as auctoridades
cOj1sulares estrangeiras residentes no .
,
- - -'
" ..
" ---'
simples. de inaneiras dis- E_tado de S. Paulo. ''
, '."',, ,
e agradaveis; intelligente, per-: .. -. - .,:
.

Eleições Além 'ie eleições 'par- - - ~-


- -.
e bom; leal, corajoso e energico;
cia~s, 'l'eaUsaram-se durante o anDO de ''' '-_ : ~
Fernando Prestes de Albu- .- - ; .: , .

1898 as de presidente e vice-presidente '.- i:~,


ue é ,um dos maiore~ vultos repu...
da Republica, presidente do Estado, " ",
vindos ,da propaganda, O seu .
vereadores e juizes de paz em todos . -:<

é grande, reconhecido e ma-


os municlpios e distI'ictos paulistas.
Os seus sel~viços á po1itica. ao - ,O ,

Houve a mais comvleta ,liberdade nes-


P. á Republica são immEJll,sos,
,
,

ses pleitos que em regra correram em


nntes e, por vezes, extraordina-
, perfeita' ordem, tendo havido apenas
Ainda é cedo para proferir sobre
conflictos em Santos, A .. aré e Plrajú. "
sentença definitiva; mas,
nada mais é do que a re- Casas de C~~l'idade ~ Eram bem
,

do passado e do presente, já empregadas as subvenções concedidas


arfirmar, que o coronel Fer- ás casas de caridade que o Estado
, POR-

Prestes é desses homens cuja vuia el11 grande numero de cidades"


e lembrança ' nunca perecerão: , salientando-se
, pelo elevado numero de
devotadamente a Republica e enfermos e magllificas Installaçõc$ a9
, ,

nobremente a S, Paulo, Ha de casas de miseI'icordia de São Paulo,


,
como exemplo do que pódem con- ,
Santos e Campinas.
, na ' sociedade o trabalh.o honra-
JnstI'uc;çoo Publica. -
Fuuceiona.vam
a lealdade constante, a intelligen-
regularmente todos os cursos existen-
,. ' n.guda e o civismo digno, nobre e
, ,

O antigo presidente faz pal·te


tes e notavel foi augmento de ma- o
triculas em todas as aulas de ensino
dlrectora do Partido Re- primario e superior. A Escola Poly-
Pa ulista. Reside
. em Itape- , technica funccionava ,n.o edificio de
onde todos o estimam e ve-
recente inauguração, existindo 140
como a unl verdadeiro patriar-
alumnos matriculados e 48 ouvintes.
Os cursos de engenharia civil e archi- '
• tectura funccionavam perfeitamente e ,'"
• • para breve se esperava ' egual fa cto
mensageni enviada ao Congl'es- com outros cursos constantes do pro-'
Legislativo a 7 de 'abril de 18 9 9 O gramma, Os Gymnasios da capital e de
<>xpoz a situação , dos nego· Campinas haviam sido reorganizados,
publicos do Estado como' se se- cessando assim certas difficuldades que .;--
-
Tendo sido ele,ito presidente da se notavam no seu funccionamento. A
a L' de março de 1898, o in~tallação 'de novos' annos para os
", , ' " Manoel Ferraz de Campos Salles alumnos, promovidos fazia-se gradati-
, .., , ixou a presidencia do Estado de S. t vamellte. -A EscolA NOl'mal tillOh
' a ha-
, .....
.. , .
...-.-.-
,,- .". ' :; "" ' .1 ".!
. .. . ':.<' .
" ,"...." . '>' '"
. . ."
.. . .-.•:':- >',': ..,.~ '<.: '1 '1'á:'- -
"" .. .
'.' :.

, ' '

, ,
..
':.:
,'

, . -,'

biJitado durante o anno 'de 1898" dOIS ultimos cinCo, annos, 4.160, com, 2. 077 :
.<.. -. , professores e, 21 professoras, convindo obitos. As medidas hygienicas deram "
_.'
que o programma fosse Simplificado, optimos resultados ' e era com" funda- ,;
:-- ' ---~ -
-'

-·--- .
--- .
-'- tanto quanto possivelaf-im de que hou- das esperanças , que o governo pred.izia i
-'}--.- vesse maior procura de matriculas e para breve a extlncção de todos os ' ,
. . •
a , escola produzisse mais profesores em
'

fócos epidemicos em S. Paulo. As 10- ,:


" ',, ' menos tempo ,de estudos. A Escola I calidades que por , Circumstancias
I
,

Complementar , annexa ,á Normal ha- peciaes não puderam arcar com as des- ,;
~ ,
'

bilitou 10 alu,m nos e 3,3 alumnas para pezas destinadas a proteger a popula~ ,
' " o cargo de professores preliminares. ção a tacada por epidemias, receberam ,
,

Escolas semelhantes funccionavam tam-


, ' do governo soccorros com O fim de ,',
bem em Piracicaba e Itapetininga. AS
,
nlinoral' seus so'ffrimentos.
.' -- Escolas Modelo e os Grupos EscOlaI'es
· -. Hospicio "de Alienados
-.

'

produziam 'excellentes resultados no sendo encarado com especial


ensino primario de todo O Estado. Pa- o serviço confiado ao Hosplcio,
recia conve~iente que ' 'o programma se encontravam enfermos em
fosse resumido e as materias ensina- excessivo a tal ponto, que já não
.-
,
--.~
,- .
das em 4 annos. As, Escolas Modelo , possivel receber novos enfermos.
tinham matriculados 1. 979 al~mnos; uham sido removidos para o
• ,
os Grupos Escolares 9. 474 ; existiam Agrienla do Juquery 150 alienados;
i,157 escolas primarias com a ' fre- logo que se terminassem as obras
q uel'lcia de 22. 671 ai umnos de am- novo Hospicio" que ficaria
bos os sexos, Tinham sido suspensa~ mente installado em Juquery, para
· . 82 por falta de frequencia; e 'pelo
; iriam todos os doentes existentes

m esmo motivo foram dissolvidos 0$ capital.
grupos escolare.s de Ubatuba,Cauanéa, , ,
Tl'anquillidade Publica
Bananal e S. José dos Campos. .A ins-
, '-
se sem alteração durant e todo o anuo
pecção do ensino contrib,u ia para o au_
1898, ' registrando,-se apenas,
,gmento das matriculas, melhoria , dos •
ções em Avaré,, Pirajú, Santos e
,

methodos e conveniente localisaçã'o de


onde se deram occorrencias mais
escolas. O 'n umero de inspectores era
menos graves or,iundas de luctas
pequeno e O systema de concentraçã,o
liticas locaes. O governo
na capital não era o melhor, Conviria e os culpadOS foram entregues á
"resolver o problema de modo que a tiça.
,
'inspecção foss e constante não só na AdmillistJ'açâo da Justiça -
capital, mas em todo o Estado. '
cionava de modo satisfactorio, e,

Saúde Publica - O es tado san!te.rio
,

durante o anno de 1898 foi lisongeiro


I Publica
,
As alt;::~:o,
na quasi totalidade das iocalidades , do introduzidas na Força Publica ,

Estado. Em S. Carlos do ' Pinhal e j'educção de praças na Brigada e


· '
,

Ribeirão Bonito appareceu a fehre ama- , inferiores no Corpo Policial do ,

reUa com caracter epidemico, verlfie I rio1', e o augmênto de 100


' cando-se 1.601 casos ,
nas duas loca- na Guarda Civica da capital
IIdades, sendo a mortalidade de pouco satisfa ziam completamente os , ' '

mais de 33 % ; na capital houve vario-


, ,
economicos do governo. O
la contando-se 9,2-8 casos dos quaes 228 pedia a suppressão de um ,
fataes;' em Santos houve 417 casos 'de da Brigada e o augmento da
febrli amarelJa, com 233 obitos; nos Civica para o poliCiamento da
-
, ,
, ", ,.
.. '
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,."",\ ',,',, .',",'''.:' ,,
" ,

• '",'.
,

, .. '. "

,. . '. - ., ..,
,

. , ,.

," . ."

. . . PubliCas - . Continuaram · a, Construcção dos grupos eSCOla" ·.


. feitas vaÍ'ias e importantes dentre r es do Braz, Tietê, Jaboticabal; da '
'/Ilaes deviam ser destacadas as se- Escola Normal de ItapetIninga; da ga-
lules: . leria de abrigo da Escola-modelo "Pru-
Construcção de quatro balsas dente de Moraes" ,
o serviço de passagens nos rio!, Reparos no grupo escolar de'
S'a])Y, Itaguary e Guaratu'b a, na Jundiahy e no edificio' edependencia.s
de Santos a S, Sebastião. do Jardim da Infancia, desta.' Capital.
Construcção d~ uma estrada de Construcção do Hospital Militar
-.
Ranchos á freguezia do · 0leo. e do edificio para instaJlação dos mo-
.
Reparos na estrada .de São José tores da luz electrica nos edificios pU-
, Barreiro a Areias. blicos da Luz,
. .
Reparo" na estrada de ' Queluz -- Pro seguiram as obras do Asylo
do Salto; na de I'arahybuna d~ Aliena dos de Juquery, Laboratorios
• e Officinas da Escola Polytechnica e
; na de ltapira a "Mogy-
reconstruêção da ponte metallica so- ·
, na ,da capital a Sorocaba.; na
bre o rio Pardo , em S, José do RIO · •
de Rebouças a Monte Mór;
Pardo, .
Ja.mbeiro á serra de Samambaia; .
S, Sebastião a Caraguatatuba; Saneamento - Continuaram as im-
. .
Vbatuba a S'. Luiz do I'arahy- . portantes obras de saneamento na Ca-
-
pital
. e no interior, Na Capital au- .
gmentou-se o supprimento de agua po- '
Construcção da ponte metallica
tavel e, a titulo de experiencia, abri- '·
o rio I'arahyba em Guaratin-
r a ro-se 3 poços artesianos; deu-se co-
meço a construcção de uma galeria fil-
Con,s tl'llcção da ponte de madeira .
. trante sobre o Tieté; continuou-se a "
o rio Parahyba em São José dos ' .
r'econstrucção das galerias de exgottos
. • •
, arruinadas. Terminaram-se as ob.r8.!! ·. ';,
Constl'ucção dás pontes do Cuba- llarciaes da canalisação do Tieté , para ,
1',:11 . estrada desta Capital a Santos;
enxugo da s varzeas, No interior pro- . . .
Pardo a P01'to Salvador; do seguiam-se as obras de saneamento nas .· ,.,,
P eixe, . na estrada de ltapira an lo calidades accomettidas por epidemias,.
Santo do Pinhal; do Cubatão, e estavam sendo feitas pelo governo; · ......
de Cajurú, á . Estação do e pelas municipalidades, de modo que . '

. do, rio Turvo, na estrada de as camaras municipae.s se constituiam .


llo 'l'urvo, ao Espirito Santo devedoras ao Estado pelas importan- ':' •
; de S, João, na estrada 'de cias deIle ' rece bidas em dinheiro ou .:,..
do Turvo a Santa Cruz do • '

m ateriaes, A commissão do saneamen- ,

"
. to, encarregada dos serviços em todo ' .
' neparos na, ponte roetallica sobre o Estado foi dissolvida,com apreciavel ..
Pnrahyba, na estação da Ca- economia para, o Thesouro, em · con- _ '.'.
· ... '

.
" . ·

. sequencia creou-se a repartição de .... .' ,,. ·

das cadeias de Be- Águas e Exgottos da Capital, cujo ca- ' . f.


,
Cabreúva, Botucatll,. Avaré, raeter permanente se impunha,
" • . , , "'.'l
.. · ..

Araras, Caçapava, posto Immigl'ação Em 1898 entraram


no districto da Ilha Grande no Estado 27,21'4 immigrantes, sendo ".. . ~.,

da cadeia de Santo Anto- por conta de S. Paulo .25,213 'e espon- ??


Bocaina. taneos 1. 732; faltavam ainda 30,193"";
; ;'
,.
. '
, ,: " ,:',','
" .'," I.' "

em
.'
quasi·. sua ' totalidâde . dI' to brevemente. O Corpo Policial '
feitos a estradas de interior' egualmente precisava de ser ,.,:~ ."
augmentado , '
- O . presidente esperava InstrucçíW Publica As
primarias funccionavam com
ao progresso de S . Pau- Na Escola Polytechnica matricularam- .:. :-
!iWHlgurava q'u.e de sua parte tudo se 141 alumnos; existiam mais 46 OU7
,
ultra alcançar tão nobre deside- vintes e receberam diplomas 63. O : '.,'
lt,,-yortava-se aos relatorios dos Gymnasio da Capital tinha 150 aluni" ':':,.",
Hü<:reta,rlos onde os legisladores nos matriculados e diplomou 3; no
iam jnformações pormenorisa- Campinas existiam nos 5 annos 63 ',r
alumnos dos quaes 7 passaram para o ,
• sexto anno que ia ser installado. A
* • Escola Normal da Capital diplomoU: ' <,.:',
40 alumnas e 9 alumnos; as, Escolas '. .
SlIa mensagem de 7 de abril de Complementares de . Itapetininga, Pi- . .,':'. '.

. " I>residente Fernando Prestes di- racicaba e Escola Modelo Prudente de


ao Congreso Legislativo ex- Moraes da Caprtal tinham em 1899 a ' .", , .

situação dos .n egocios .publicos. frequencla média de 63 5 alumnos ~m
da mensagem não se farão 701 matriculados. Nas escolas publi-
,ás Tubricas que não tive- cas primarias em numero de 2',354,
. Hoffrído alteração, em confronto das quaes 1,304 estavam vagas, exis-
. JUi da mensagem anterior. tiam 4'6 ..577 alu'mlnos nlatri;culados~ '
---'-.. Realisaram-se. em todo nas escoJas~modelo a matricula era de ".".:,,'" :':,:",:<"":
em ordem e com plena li- 2.357 · alumnos e nos Grupos Escolares '."
as eleições para deputados de 10,469. InstalIaram-se mais 8 gru- .'
e renovação do ter~o do se- pos escolares, durante o anno de 1899, . .•. .•.
da União, no dia 31' de dezem- existindo, portanto, em todo o :Ersta- , :".::'
,te 1899. do, 41.
Municípios ' InstaJlaram-se Casas de Caridade Todas elIas
.. . ,
. Jardinopolls, Bôa Espérança, Mat-
- -,
;
funccionavam
. regularmente, mas era ··. ·" . '. ' .'

. - ...
.' -
'l'ambah't\ e ' Guararema. preciso . destacar as da Capital, San- ' .
'.
uillidade Publica Em Itú
, "

tos e Campinas.
.
-Se successos lamentaveis devido · Hospicio de Alienados Estavam ,
poHtíca , de grupos ' adverso_o a terininar as obras do Hospicio em .. , .','. , ,

de 14 d€ fevereiro de 1900, Juquery, cuja inauguração devia dar-. " .' .


• , ,:,!, ..:.;.
ntedmentos revestiram-se -de se nO' correr ·do anno de 1900, séndo" ',:: ,,, ' :~ ' ,..
",
" ' , .,,",';'
,

tendo o "hei" de pOlicia se- remov.idos para aUi parte dos doeÍl..:. ",::':,:.. r~i':
para "'q uella cidade, afim de. tes existentes na Capital. A
os doelinquentes. · do Hospicio foi de 10:710$000 rs. e a
e Cadeias o Esta- d·espeza de 293:381$028 rs.
" hecessitava . de uma. . Penitenciaria Saúde Publica - Pela primeira vez .,.
e aS cadeias da Capital e prin- appareceu no porto de Santos em 1899, ', '. .:
. .' '

cidades já eram pequenas. A a: peste buboníca, o que alarmou toda .' ·i . ..'
tinha, sido augmentada. a população, Em agosto daq nelle ann,o
Publica 'Recebera nova or- o governo portuguez anDunciou
ficando a Gual'da Civica da na cidade do Porto peste bubonica · com ' ,.: .:,- .
com 530 praças e 8 officiaes,

caractel' epidemico; e, desde então, '0 .<:;..,
üsse numero precisaria de augmen- governo paulista voltou suas vistas para ':'. ,!,
. . • '.0 '. '

,
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' \j ;'-','.' .• ';
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'.' - '." ,." ,
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'.' .-.:- -

• ~122 '.
. ,

.. .
redobrando de <:..1' . ·Entre
,
as numerosas victimas que CaU-
{ ., ,-dados afim de evitar não s6 que a mo-. . sou achava-se monsenhor João Soares
.- ' '

\<,' lestla alli apparecesse,. como tambem , do Amaral, que cahiu em consequencia
'. '

":. : ·. .que se propagasse para outros pontos. do seu zelo em pról dos doentes desam-
/;',.
.. .'
Apezar d e tudo, a peste bubonica ape' parados. O mal começava a declinar;
"';'., pareceu, tendo-se antes notado gran-
-' ' •
e o governo prOVidenciava no sentido
· '

.' ',de numero de ratos mortos nos arma- de evitar que tão grande ' calamidade
,.
.
. .', '
,

- . :"ens das D6cas e ruas adjacentes. A


-- .
se reproduzisse.
-, -' .. ' '
primeira v1ctima foi Pellegro Faridoni. Obras Publicas Além de reparos
'S eguiram-se-Ihe outras. Já· então o ser- em muitas obras de varios generos,
' :viço saIi.itario tinha a certe za de que como estradas; pontes e edificios foram
" , {) mal indiano invadira a cidade de construidos grupos escolarEis em Ara- .
..... 'Santos: ,De 14 de outubro a 28 de de·
~ , ~"
raquara, Mogy-Mirim e Amparo; pos-
'zembro de 1899 foram isolados 35 pes- tos policiaes, pontes e uma estrada en-
tosos, dos quaes falleceram
, .
15. Ape- tre Mattão e Bôa-Vista das Pedras.
':zar de todos os cuidados e severa vi- , Continnavam as obras do Hospicio de
'," -
·• gilancia a molestia appareceu na Ca- . Juquery e a construcção da ponte me-
pital a 3 O de outubro; e dessa data tall!ca sobre o Rio Pardo. . I
até 22 de jllUeiro seguinte (1900) iso- . Obras- de Saneamenro Prosegni-
-- '.

. laram-se 15 doentes, dos quaes falle- ram as da Capítal; estavam


. concluidas '

" ceram 6. Os casos foram 16, porque as obras de abastecimento de agua do


.. um doente falleeeu em Conceição de Rio Claro, Limeira e ,S. Carlos do Pi-
· . , ,
.''. .
-Guarulhos no proprio domicilio. I
Tão nhal e as camaras municipaes de 26

' . prompta e rapida extincção dahorri c cidades receberam material para as suas '
pilante molestia constituiu verdadeiro obras no valor de réis 2.446: 575$089. ,'

,
triumpho para a hygiene do nosso A responsabilidade pecuniaria dos mu- .i
·
;
., ,meio, pelo que o presidente elogiOU e nic!pios perante o Thesouro montava \
-' . '"
·~i
..,
".
•>" ~gradece u a todos quantos se ~mpe- a 9 . 725: 000"$000 rs .
,.<, nharam na lucta em pról da' saúde pu- llnmigração, Durante o anno de i
,"':, ,bl'lca. 1899, entraram no E.s tado 36 ~ 012 in- -,
,~.,
-.
' -- Instituto Sermnt.hel·apico Após dividuos, tendosahido 31.319 o que ;i
·
~l
" '

" madura reflexão e sabendO "que o sôto


"
dá um saldo de . 4. 693 immigrantes que .~ ~

~nti~pestoso de Yersin é o unico meio ficaram em S. Paulo. Esperavam-se ,
':
, , -de prevenir . e curar tão
. cruel . enfer- 2 O . 960 em virtude dos oontractos exis- '";i'.
d-
, midade; e
não havendo facilidade nem

tentes, O Estado administrava - os

~
" , 'certeza de conseguir tão precioso re- nucleos de S. Bernardo, Sabaúna, Pa- "
-.. . medio, quando se queria, o presidjlnte riquera-Assú, Piaguy e Campos Salles. ":
,:, resolveu montar um Instituto para a Tinha sido montado o serviço . agro-
.,}
,o

." fabri'ca ção do referido sôro , podendo nomico com' sMe na Capital, Campinas, ·, '1
:.; . mais t arde o m esmo Instituto instaUa- Ribeirão Preto, S. Carlos do Pinhal. i
"
.... -do no Blltantan proximo da Capital pro- Sorocaba e Iguape com o fim de dis- '

, duzir os sôros de Roux, Calmette, Pag- tribuir sementes e mudas e zelar por
, , ,teur e outros. Estava pois fundado tudo quanto fosse relacionado com a ;
""
,


'<> Instituto que grande s serviços pres"- agricultura e industria. A Secretaria .
, taria a S. Paulo. da Agricultura distribuiu ' 18 . 496 ki- !
. . .
.
.. Febl'e· Amarélla
,
Houve em In- , los de sementes por 7.734 pessoas. As "i
. daiatuba, Casa Branca, Mogy-Mlrim, obras do edifício na Fazenda . de s. ":
,
,

~
" Itú e Cruzeiro; e ao terminar () anno 'João da Montau!i'a em Piracicaba onde .

,
,, irrompeu violentamente em Sorocaba. seria Installada a escola pratica de agri-
, '.'
)
,
,
..
'-, -;_.- ", :.-, " '_.-. "",,··:',;'i·:
.-
. ...... :-:., -: .... ,.'<,' "-'::',-::.," ',. -, ",-,,: ,,, ..., -':,',-'..... -.,::.. -., . ;.: .... .,.
.-
~.. : ",:

.- .- .- .- "

',; :-
-' 123 - ....

. " ..
,
:q
iH'H ('ontinuavam de modo satisfa- pela importanciade 29.120:284$383
i'\o, A verba el'a de, iiO:OOO$OOO rs, rs, Tinha em caixa saldos na impor-
,:
-, "
VlI<çã.o Fel'l'ea
" .-
Ao encerrar-se o tancia de cerca de 11.000: 000$000 rs.;
(1(, 1S99, o Estado, de S. Paulo tudo isso reunido representava um
~m trafego 3,313 kilometros activo real de 100.000: 000$000 rs.
840 de concessão federal; 2.176 (cem mil contos).
" 276 da Central do Brasil e Conclusão - O presidente depois de
Cantare ira. Existiam mais 574 fazer agradecimentos e louvores aos
tros de navegação nuvial, em que o auxiliaram na ardua tarefa de
sendo 200 no Mogy-Guassú; governar S. Paulo, em periodo de dif-
Piracicaba e Tieté; e 154 no ficuldades, assim terminou a sua men-
sagem de 7 de abril de 1900, "Re-
- O anno de 1899 expirou tirando-me em breves dias para a vida,
melhores auspicios para a vida ecO- obscura de simples cidadão" faço os mais
A alta do café, a melhor co- sinceros e ardentes votos para que vós,
d"Ú' caro hio e a severa economia srs. membros do Congresso Legislativo; ,
" •todos os ramos da administração; e aquelles que nos succederem, guia-
'. nda o excesso de renda sobre a cal- dos pela sabia lição da experiencia e
foranl os elementos principáes· animados pelo nobre incitamento do
, '

melhoria da situação. A receita patriotismo, cumulem de beneficios' e '


lurada no exercicio de 1899 elevou- propulsionem o desenvolvimento da
,

li 57,748: 889$352 rs. e a despeza actividade do laborioso povo paulista,


,
42,941:91)5$"41 r8. O saldo exis- em cujo seio as virtudes civicas se
em poder de diversos responsa- manifestam em honrosa concorrencia
i 18 e na caixa do Thesouro era de com as que nobilitam o homem no lar -' . ,

921:062$405 rs,; a divida fluctuan- dafamilia e na oi~ficina do trabalho


"
de 23,400: 022$840 rs. Tendo o em- privado. E as 'bençams populares reca- ,

externo celebrado com os ban- ': hirão sobre as cabeças dos benemeritos
... '".

ciros J. Henry Schroder & Comp., ' da Patria, que, realizando a felicidade
"

Londres, produzido 23.394: 296$815' I" do nosso Estado, contribuirão para o


foram resgatadas todas as Íetras brilho do nosso•
tempo, honra da nossa
constituíam a divida fluctuante, geração e gloria da Republica".
,

o apenas uma de 263: 000$000 ", , .

Ao en- *
o exerci cio de 1899. o Estado * *
28.785:528$572 rs. sendo a(1l- BIBLIOGRAPHIA - O coronel Fer- . : ,- .

........
fundada interna e externa de .. ' nando Prestes de Albuquerque escre- :: : ,':' .

. .' ....

. 292: 220$239 rs" Ao encerrar-se o veu relatorlt>s e mensagens presiden- " ": :-, " . , . . .

de 1899, O Estado devia ... ciaes. Sobre elle ver jorilaes da época , .. 0,_ .... ,

:- <'.
,472:854$900. O valor do abaste- de suas eleições e de suas retiradas - .
.... ,-"
.. .." '.
. .

de agua e rêde de exgottos da do governo; Leopoldo de Freitas O


__ :',CC

era de mais de 60,000:000$000 Coronel. Fernando Prestes Esboçá>


R Paulo era credor de diversos Politico, S" Paulo, 1908.
.......
.

:
-
'..
..., ..:.:",
. - <,..{:

. '.-
. ":
.":
.

::'.' .... "
.'~'

::::.c..-
' . " ....
"

""
"

"

Francisco de "Paula Rodrigues Alves


"

58. 0
PR.ESIDENTE

(De 1." de Maio de 1900 a Zl: de Outubro de 1901; "de 28 de ""


Outubro de 1901 a 13 de Fevereiro de 1902) "

""
"
"

,
"

"

" "

"

CONS. FRANCISCO DE PAULA RODRIGUES ALVES


-' .'.' .'

.' .' .'.'

c- ,._ "
- .'.' .'.'

, .' .' .",

:.-.-.',
- "
"
.'
.'

.' .'.'

lt"llANCISCO DE PA1JLA RODRI· meiro posto da adininistração d-o- -- '-'


· .',.
.
· .'~,
,'
ALvliJS. A sua
, . biographia en- Estado. Ha bem poucos dias, se- ,
..

á pagina 68,5 do •
1.' volume nhores, falando aos representantes
delle se tratou como 50.' pre- do Estado, eu affirmava que não
da . então província ,de S. tinha o espirito preparado para,
Proclamada a Re'publka a 1, voltar dê novo ao exercicio de car-
de 1889, os republicanos gos administrativos. Tive, entre-
procuraram o concurso do tanto, de obedecer á imposição 0.0
estadista, conse1heiro Rodri- voto dos meus amigos e fa!tou-
,
AIres" residente em Guaratin- me coragem para resistir á honra ' , ' ,"C

'I'erndo elIe ac:ceito o novo re de presidir o Estado de S. Paulo. ':' ,:


tornou.;;se logo um dÚJS ma.is Eu bem s,ei que governar S. Paulo -:i
coll'i'bora;dores da organisação como muito bem disse o illustre
Ill>licatia ,ifederativa em S. Paulo paulista que com tanto brilhantis-
BI·asil. , Com effeito, recebeu man- mo e exaggero me saudou, ,é quasi
de eleição popular, primeiro; de- governar uma nação, tantos e tão
exerceu cargos de administração multiplos são os serviços e en-' ,
.. --',

'fi( federal; e, por duas vezes, cargos de sua administração.' Eu ".C.','


, .... "

ao Estado 'de S. Paulo. Quan- não acceitei, entretanto, o carg(}


escolhido para candidato do par- de presidente de São Paulo senão
fi( paulista á presidencia 'contando com o vosso apoio, com · <. ,'::

'dê S. Paulo, no quatriennio o concurso das vossas luzes, da - '.:--, ..

, 'c .• ,'.

900 ,a 1904,proferiu no banquete vossa competencia, com o auxilio':",


· . -:',' ;C.'

pelo mesmo partido (1.' de de vossos conselhos e de vossos . ,:


.. \,
1900) ao coronel Fernando esforços. Sem elles eu nunca go- ,".' ,

,_-",.

que então deixou a presidencia, vernarei. Já não tenho ambições .. <'


-'" '-', ·
discurso, no qual traçou o 'na vida. pu'bUca, tão c'heia de tra- :'
, ".'

'. programma de' governo: balhos e preocc'upações. A am- · :':;-'-<


.
-,', '.

Senhores. O brinde de honra ao bição dá bem governar, corres-:':'.'.' - .'. ".

:'-> primeiro magistrado da Nação de- pondendo á confiánça com que iu;'" - :
, :. ...
" . ' ..
.'. . ,
:, " ve sempre corôar os banquetes honrado, ha de dar-me forças para
· . -':,<:
:,'ii;desta natureza. Permitti, porém, levar a fim a' minha missão, aID-',":',,;
, .
que antes de tudo eu manifeste os parado sempre pelo apoio e de-i"
:. -: ;:

meus agradecimentos á benevolen- dicação que tão benevolamente me _', -'.': :',c- ·
-'. ,'.::.',
'
-'. .:".'.,

cia das vossas saudações e me . offereceis, Não tenho programma -\:


" · - "c'"
aproveite do brilho desta grande de governo e os programmas, como ""'.:--:
. -.-:'i:
. e imponente reunião para agra- sabeis, não valem muito desde que , .:',:/i
, , :':_':'
decer eguaTmente aos meus dignos o enlpenho commum deve ser o ::-::', -: ·
.. . .. - '

concidadãos a honra que me con- ,de manter e desenvolver as liber.;. .';'-,:,'-., . -"

feriram,elegendo-me para ,o pri- ,


dades cOJlSà:gradasna constituição': .. ,-:-: "
.. .. ' :'- . . .' '
.-' . " ,","", " "
'
. ,'
--, '

, ,".-
,
" , , "
,'. ,. , ' '

. ••
-'-0" 128 -
.
da Republka e os IH'incipios ado- , deres publlcos é a grande v!a-
, •

ptados no codigo ' fundamental do ; ção pOr via férrea do nosso Estado
,,\:.'_"
-, "
~ Estado. Dir-vos-ei, . porém, que ha I• com os. do sul por um lado, com
',,- ,-," '
de ser meu esf-orço cpnstante en-
treter as relações da mais perfeita I
I os de Matto-Grosso e Goyaz por
outro, constituindo-nos o centro da
.-, . I
·- . - harmonia entre o Estado e a União, con vergencia da produccão desses '
-
'

I
, ' ,

procurando por actos de bôa e •


grandes territorios. Com estes '
san ad ministração fazer desappa- I, elementos, dependentes, aliás das
- .; , 'o
:,.~,_: -:--
·.- -' .
;:'
, "
-
,

, "
recer os receios de . desmembra-
mento; arma de que ' se têm ser- I circumstancias financeiras do Es-
tado, e dedicando-nos ao desen •
..
·
.- --, vido os inimigos da' R.epublica, den- volvimento . da . instrucção publi-
tro e f6ra do paiz, para guerreal- , ca em todos -os seus gráus, ao
J

-; <
· ... .

' .. ' . '; a, e convencer a todos que a nos- !• serviço de hygiene e salubridade'
· ·.
sa patria só será grande e forte das nossas differentes ' ZOllas, .
·, -. . pela união de todos os Estados. procurando e este será um dos :'
Na vida interior, hei de dedicar mais constantes cnidados da ad- ,
. - . ' .
: --,,:': ministração elevaro nivel da :
, .. - ', a minha actividade aos interesses

mais importantes do Estado, e á magistratura para que constitua"
_.: a verdadeira garantia. de todos os ;
. '- .-
lavoura em primeiro logar. Sa-
beis que essa grande classe tem direitos; é certo temos um plano '
·
-;--
·
"
merecido sempre oS mais desve- vastíssimo a desenvolver, pata o
·r:
- '- .
qual será; pouca a actividade do
-- - .
lados cuidadso dos poderes.
publi- '
- .- -
·. coso Ha effectivamente muito a governo se não o auxiliarem com ,'
fazer· no que concerne aos serviços suas luzes, e experiencias os seus :- ,.
da immi,gração, de transportes e honrados amigos. Julgando
de fomooim,mto de capitaes. A' llleu dever, elU hOll}enagem ás
· .
-.:';:- - inieiativa dos lavrad,Q·r es . que é "t manifestações de
'.' .,
· -,. -
,,""--- grande força que boi de 'dar mo- , expõr, e m brevissilIl:as palavras. -,,-
.'.'- .
'.---,' -
f·"_- - vimento á industria, ao esforço
. essas idéas, tenho a honra
· ..
' '-
.
propor-vos um brinde ao
das camaras municlpaes, que t êm,
·· sr. presidente ' da Republlca,
.n este regimen um salientissimo , .,

I poderia amparar melhor
papel a representar porque cons~ i
idéas do que collocando-as
:.:;. - tituem a base da federação, não ,
, .-- hra .d este · brinde e
:'-~ - -
ha de faltar concurso paciente, te.- .
'-:: . , a apOiar com dedicação e
naz e confia nte da administração . .t ismo o trabalho ingente
··. . .
--, . do Estado. • Tenho por aquellea ; gno chefe da Nação, 'cujos
'. C,,'- , serviços maximo fO.teresse · e a el- ços, co-m o estaes ven,do i vão
les hei de votar a maxima atten- . do coroados de exitofeliz.
i
" ' " - çiio. No desenvolvimento da nos- ; serei. eu quem, falando no
.-

·
'

-._----
.
--

sa viàção ferrea está o grande
segredo da nossa prosperidade,
I de paulistas, . pretenda
.
quem é o dr, Campos Salles.
dizer-vos ·

· .' -
· 0-- _. _.
como na immigração o grande ele- todos sabeis com que sollc1tude
,'·, mento para chegarmos a esse de.- cuidado, com que illustração,
'
,
~ ,"
sideratum. Ha quanto aos trans- velo e patriotismo elle serve
':
portes um vasto assumpto que causa pu,bl'ica. Propon'ho o
'

.
,'. .-
não interessa menos ao Estado de honra 'ao eminente cidadão
"· - . que á União e deve ser objec to das exerce o cargo de presidente
•• mais sérias 'preoccupações dos po- Repub\ica., faço sinceros
--'.-.-
';"-",,, '''.'-,, .
. , '"

que o seu governo seja feli~ nesta parte (l.~.,: ~e"pu\bHca, r-e'clamá'ndü'

lnospero)

conduzindo O palz" aos. soÍuções para·a ;sua peI'lfeita garantia:
riosos destinos que lhe estão e desen'Volvimento, dão á m'edida das
• nossasmutuas responsabilidades e
ad3firma;,m a convenie'll'Cia 'de-" serem
• * . . aprO'Veitadas todas as forças .uteis do
• • i Estado, S'em a preo1c'cupação estreita
I de veIhas rivalidades 'e com o elevado··.
H,f) presídenteem 15 de
fever.eiro . , --' , ,
'-,,'

pensamento de uma collaboração com- :,:",


.. . O: 'proclamado a 25 de abril .mum e de franca harmonia em favor " ,--
'-:
tomou posse do seu eleva- das suas tendencias e asp'irações de . --', ,
--

"

no di~ 1.0 de maio do mes-


, ,

- ",: --'.'

progresso. - '.-
.-', "
',,:,-, ',,'-
,


A 7 de abril de. 1901, o
,

Felizmente o regimen republicano


·Rodrigues Alves, por oc-
installação do J congresso está radicado no Paiz (pela sincera - -- ,'.

''''''.': --

, do t Estado, apresentou a
adhêsão da quasi totalidade dos brazi- , ."

"ensagem na· qual expoz a si-


leiros, e seria tarefa improba e. direi ",>
..
'.

dos negocios publicos do Es- mesmo, impossivel a que pretendesse , '

-':,:-. Congratulou-se, pela' auspiciosa·' convencer os Estados que poderiam ,"C .-

dos representantes paulistas, abrir mão das vantagens q.ue a Fede-


a excepcional, importan- ,ração lhes tem outorgado e a cuja . '-'

,,:.' ";
sessão que ia rever, pela prl-· acção bemfazeja devem o impulso para --"'-', ,

vez, a constituição' estadual.. a prosperidade de que gozam. ',-- --;

: '
(l presidente: Erram os que, por espírito de hosti- , .'

lidade ou por falso patriotismo, insi- -


,
,
,- ,

pletado o primeiro d'ecennio nuam, dentro e fóra do Paiz, que conS- - , -',.-':'

:' ,; , --

incumbe-vos neste pú- tituem um defeito do regimen e' uma ·'" '-

revisão integral

da constitui- ameaça, á integridade do nosso terri- .',::: --

',,- -,
': ,',
"de verificardes" si algumas torio, as franquezas largam~nte, CO~­ --:';
:.,
,

--

,"

disposições estão· no C3JSQ, de cedidas- aos Estados. Essa mesquinha


'or Com o pensamento de . insinuação que tem conseguido apenas
no dBsempenho dessa alta retardar o restabelecimento completo
cooperei para a pu blica~ão de da confiança do capital extrangeiro na .. "
" ,--',"
"

trabalhos sobre a exploração das nossas riquezas, ha de -;:.-, "

"",:,:<
do Estado qUe vos sêrão des'ap_pa~ecer de uma vez com o pro-
offerecidos,, e, para o seguimento firme f resoluto, e leal nes- •
fim, solicitei dos funccionartos sa norma de conducta politica e admi-
de , mais elevada hierarchia o nistrativa, observada pelos', Governos
.:
de suas luzes ·sobre as idéas dos Estadós e que se inspira na neces-
, "

que a experiencia lhes hou.- . sidade da mais completa solidariedade


no exercicio, de. seus car- para que hão se afrouxem. os laços de .':,;
unidade nacional, que é a condição su- ., >:( i}
• •
confia plenamente no pa·
,
prema de no~sa grandeza" ~ ,'~~:;~
:, ';,;,'; ,
, ',,;,>·:"1
e no juizoes(!larecido de seus Situação .Geral. Era l!songeira'y;
" ' .
aguardandO cOm a maIS._ apezar das difficuldades creadas pela);·}
.. «
traruquillidade e cheio de. es-
. crise financeira do pa,iz, aggrava.das,_ r , _'-:;::J-\~
o resultado de seus esforços no momento, pela baixa do pre~o do . · ' i
_' :,:i;:]:
sessão.· Osmultip'los eVa- café.. Essas difficuldades porem yi~.::"
interesses que, se agitam ' nham de longe. A situação, entretanto.<;Z~

'-;,<:{
" •
,"".',.",
" .,.; , " ,.,
, :' .-
. .. ' , '
. ... •
"',' '. ",

. ás gran~es. forçaSencontraàdo uma vasta área de


• productoras • do territorio paulista. .' tação. O que tem impressionado
:: . , Tem-se attríbuido, escreveu .
o presi- guns espiritos, em desfavor do
'. , - --
.. tem-se atlribuido a defeito d-e men ' instituido pela constituição. é
,
'r ' llOSSO systema tributario ou ' á deficien- tumulto ou a irregularidade
-.' • -'- •
· ,,_ ., - te classificação '<l€ r€D,das adopta1ia na decretação de alguns . Impos tos
da
'

i.>" pela Consti,tuição Repulbliea a maior importação inter-estad ua! e a


:.t ·somma .de . e~lbaraços oceorridos para a · avolumada de exportação que tem
-" , " ' '

.'i . solução
, .
daquellacrise, a!legando-se. to crescer a' receita de alguns
• •
•. '.que não foi a União sufficientemente onde a producção tem tido enorrúe '
"'dotada de recursos para o custeio dos senvolvimento. ..
-i'"

","
:.' · serviços federaes e satisfacção dos en-
' ,
Verifica-se entretanto, por um
>;""
--'. .
cargos que a:neram :0 seu _orçamento. "do reflectido e consciencioso, que o
I
,

,', : Em 1896, convindo que pOdia ter sid'o impostos ·attribuidos aos Estados ou
- --
.. maisbem formulada a divisão das ren-
~-
pertenciam ás al1tigas .províncias,
'i das . .
pelo legislador constituinte, tive no consenso , geral, deviam . lhes

'.. occasião de aIludir em documento offi- transferidos e assim oplnou a
:.., ' ela!" Há Cl'ença habilmente explora-' são incumbida e m 1883 dê il1dicar
'.

':-' da de que na parl.i lha das rendas a ' .


melhor classificação de rendas em
<" federação ficára desprovida de recur- sequencia dos movimentos que agita- .
- e.sos pàra OCCOl"'rer ás suas despesa,s " ram varias circumscripções . do
· . •
- . affirmando a improcedencia dessa nessa época por causa mesmo das
apreciação •
. tões dos impostos.
-- ."


A leitura reflectlda dos orçàinentos O que cumpre é respeitar a area
.. - . •

. geraes convence-nos de. que a lei cons- signada á União 'e aos Estados pelo
-: titucioual' não foi imprevidente e ar- glslador constituinte.
' . : mou a administração de recursos suffi- Quanto • aos direitos •
de exportação, "
- ' "

não podem absolutamente servir. de ..


.... cientes para a satisfacção de suas .

( , grandes responsabilidades. OuItimo base ás finanças da União, ·eé'mbora '.


-.0,_ -
- ,
de caracter provisQrio e a tendericia •.
>' . orçamento. do ' imperio . àpprovado pela
,~

para substituil-os, é na sua renda que '


}', le1 n : 3396 de 24 de Novembro de 1888, .
- ":-~--
os Estados enconÜ'am a quasi totali- .:
;.... orçou a receita geral em .. -: ..... '.,
dade dos recursos de que vivem ..

.( H7.200:000$000 e fixon a desp~a


O mal não. lestá na deficiencia ou es- .,
'.. para 1889 em 153.148:44,2$297.
·
·. cassez da renda, que não tenl faltado;
': . Para o exercicio corrente, a receita está, sim; na desvalorização da moeda ... '
-.o"

.' foi orça1ia em


286.082:200$400, pa-
"

Teve razão o 'honrado Ministro da Fa- .:


..
.pel,
" '-. ,
e 46.191:667$000, oUro, exclnidos
' zenda quando affirmou em seu rélato-· :
.) desta parcella os recursos provenientes rio de. 1899 que a crise financeira não
.
:: <da emissão do !nndÍDgloa.n, de accôr- era a expressão de uma grande deca-·
_o ; :' , -
c/ do com o contra'cto de 15 de Junho de deneia nas fontes ' de renda do Estado,.
, / 1898 ou a quantia de 12.678:074$000. mas .do regimen que produzia a super-
c'-
.. - ., ' ,-
,
.
,.,.",',
A renila, como se vê, não tem sido
.'
abundancia de papel moeda no ' mer-
(- ,escassa ou ... insufficiente. A grande
~
cado.
"_i f __ ,_ • •

(), -fónte
C'~-; ,:, - .
de receita era então, como é • .0 remedio é tambem ' conhecido ·e ·
:Y"ac.t ualmente, a que provém -dos direitos
;"'-'- . '
está sendo corajosa e tenazmente ap-
.'> de importação, ruooreseell1do que 'a ren~ plicado economia na despesa, es- '
r,.
c'.'": '
da' interna
'
tem-se des'e;':vl>lvido larga- · forço e zelo· Da arrecadação .e · resgate
+"'::' mente
, ,'.,' " . e l1€lIa estão Os pode·r es ·f ederaes do pape! moeda. Com essas providen-
. '.-; ..
' ' ,

. · ;.. _.c··· .... ".· .

. 131-
. " :' .

Illitfl () com a cobrança em ouro de uma cos . é a grande ligação por via:-ferrea
fHii'l:o dos direitos de- importação,
, .. ...
sem- do 110SSO
. Estado com os dQ sul. por um.
nr(j nos pareéeu que a crise ~war2€eira

lado, com os' de Matto Grosso e Goyaz
~líJ'jll dominada. • por outro, constituindo-nos o centro da
" . . . ~

A cotação dos nossos titulos no. ex- convergencia da producção desses gran-.
, a elevação da taxa cambial no des territorios.· Não . era então, como
e a perspectiva do restabeleci- não sou neste momento, dominado de
dos pagamentos em especie pela séntimento bairrista, sinão do· empenho
do regimen. do funding-loan, de brazíleiro que confia nas forças eco-
clausulas têm sido lealmente nomicas do paiz e vê no augmento da
aÚestam a efficacia do reme.- producção e da. ,iqueza a base segura
e. a necessidade de •perseverar no da prosperidade geral".


ad{):ptado, cujos effeifos serão Administração' policial O des'en-
mas fataes e seguros. Os esfor- vol'Vimento do' Estado trazia) ~omo
da União não p.odem prescindir era logico, a ne'cessidade de llma
y

vém dizel-o, do concurso dos Esta- administração policial activa e bem or-
A estes pertencem as terras devo- I', gailisada nos diversos ramos de- sua
e as minas; incumbe.:.lhes· o tra- neção; as faculdades legaes deviam ser
do povoamento do solo, e é do ~x'ercidas com prestes a e unidade. de
vimento da riqueza ed{) for- vistas. Convinha, portanto, supprlmir
da' nossa vida eco no mica a secretaria da Justiça, afim de volta-
depende principalmente a firmeza rem.. á auctorTdade do' chefe de policia"
@ a consolidação da situação financei- e á sua secretaria, os serviços que lhes
ra da Republica. eram proprios.
Sob este 'Ponto de vista, ~ nossa col- Tranquillj.dade Publica A' eXC8-
laboração como grande productor tem pção de pequenas occorrencias en1 va-.
sido e continuará a ser da maior im- rios municípiOS, houve completa calma
)lortancia. Basta reflectir que até este e tranquillidade na Capital e interior.
momento tem descido ao mercado de O governo' muito fez para prender
Santos, da safra actual, mais de 7 mi- grande numero de criminosos que fo-
lhões de saccas de café, que represen- ram entregues á justiça. Existindo gra-
• .
tam o valor approximado de 250 mil ves desordens no estado de- Matto-
contos. I
Grosso,' justamente em J;llumClplOS
.
• • •

Inspirado nestas idéas, ao


.
assumir. o confinantes do Estado de S. Paulo, tor-
governo do Estado, e referindo-me aos nou-se necessário mobilisar alguma
, - . . . . •
força policiãI- com o unico fim de ga-
seus grandes interesses e em prImeIrO
logar aos da lavoura, por sua incon- rantir -a popUlação . paulista da fron-
testavel importancia,. tive o enseio, de . teira, contra possiveis .
lncursoes arrna- -
affirmar que· a prosperidade do paiz das.
dependia, antes de tudo, do desenvol- FOl;ca-:-Publica Compunha-se de
vimento da nossa viação ferrea e que duas grandes divisões: a' brigada poli-
-
• •

era a immigração de trabalhadores o cial e· a guarda civica do interior ê


mais. seguro elemento de alcançaI-a. da Capital (lei n.· 491 de 29 de de-
o .
Ha, quanto aos transportes, accrescen- zembro de 1896); posteriormente hotl- •

tei ainda, um vasto plano que não in- . ve mOdificações sendo pensamento do
teressa menos ao Estado do que á legislador que a brigada tivesse 01'-
.
União e deve ser o bjecto das. mais sé- ganisação' militar e ficasse concen... •

rias preoccupações dos poderes pubii- trada' na Capital, dando apenas guar-
••
. ,-, .. ",' .. . . ".-" .

.
'>.nição para Santos e Campinas:,O Cor-dos no cnmprimento das funcções de ."
'.-c.::' " . - . .-,'"
.
(: 'po Policial· do interior não prestava
, .--
seus cargos;
,( . todos os serviços esperados, pelo de- a creação dearehivos fôrenses que

:. . feito. da dispersão dos destacamentos, conservem a tradição do serviço judi- ·,
·.
.....•.••.. ô que não pernlittia que as praças. re- 'ciario do Estado,' colleccionando-se em
--
.-.. . . • •

'cebessem instrucção com regular!da- cartorios, especiaesos livros, documen-


c, .: . .

' •.• de. Preciso era corrigir esse defeito.


',':-
tos e papeis relativos ao direito de ca-
da um e que constituam o registro dos •
°
Corpo Policial devia ser organisa!io de
" "

-' .... .- -'


.

.. . -"
"
. .
.

- modo que se concentrasse o seu ser- julgados das diversas instancias;


X viço para obter-se unidade de acção e a determinação de regras proces-'---~
.' '.' harmonia na disciplina. effectivo da

°
suaes mais simples e de applicação me-':
-força publica com todos os corpos (bri-, nos demorada;
. gada, bombeiros, guarda civica) era e garantias completas aos juizes no'-;,
•.•• de 102 officiaes e 4.719 praças, ex~' desempenho das respectivas funcções. '••1
-:,'-
:, "'.- clusive os seus auxiliares. .
Juizes e TI'ibunaes A lei n.' 757 .j
'i:
""," . . Organisação Judicíaria de 17 de novembro de 1900 elevou a <1
PrecisaY'~--
........
:- ser reyista pois havia muitas comar- 15 o numero dos ministros do Tribu-, I .;, ·

,eas que podiam ser supprimidas; to-, nal de ,Justiça, dividindo-o em duas j
•••... das não pOdiam ter a mesma catego- camaras civil e criminal e de aggravos.~,1 '.:~.

',..
.- '-

ria.' A substituição d·os juizes de di- O Tribunal de Justiça julgou em 1900, Z


.-" - . .

2.627 feitos assim distribuidos; ap-,-,'.:


: reito pelos de paz merecia justos re- ·

pellações eriminaes 261 ; recursos cri.: ;;;;,.,


:-,-paros; era necessario crear um syste- )j
minaes 156; appellações civis 340; ag- ·;:.:~

: . 'ma de substituição que attendesse ef-


gravos 442; embargos 113; cartas tes- ...:~
.' .•. ficazmeute as conveniencias da justi- -,'"
i-," . • temu'nlla'Veis 13; co·nflictos d" iurisdic-'j,,'-
'-.",
ça. Os poderes publicos '(10 Estado pro-
. ção 4; recursos eleitoraes 1.132; ha-';
.

.,-'"
. '. curaram sempre cercar juizes e tribu- ,o,;'
beas-coí'pus 113; antiguidade. deser- '.~
::naes de todas as garantias para que ções, prorogações de praso 46.
'.' • pudessem desempenhar .com 'desaBaor,,- Saúde Publi"" Continuava a sel' ,i~[-
.
:. bro a sua elevada missão . .Achava-se
,
um dos mais serias. problemas da ad- ;t 'i;
,;.- em estudos
. um projecto de organisa- ministração. As municipalidades iam- •. ~
.... - . .

. çã.o judiciaria. Esse estudo seria· pre- se compenetrando da impõrtancia do y~ ~ - - : g

sente opportunamente ao congresso le- assumpto e foi de efficacia o auxilio . ~


.' gislativo. 4s bases da projectàda Ol'ga- que o governo lhes deu para os servi-'Ê
' 9
,........·nisaçã.o eram as seguintes:· ços de agua e exgottos .. Durante o an -.~
-- ,- .

i; : . " '
- '- _. no de 19 OO, algumas localidades fo- i!-.".
,-'" a independencia
.
. real do, poder· Judi-.. ram acommettidas pela febre amarella: '1 :i·

. '- ciario, de accôrdo com a importancia


Santos, Sorocaba.Santa Cruz das '.~
: :·e elevação do seu fim politiéo; Palmeiras, -Areia, ,Tieté e Casa Branca. <\:!.
-';l

',<". -:
a separação completa das funcções Na. Capital houve alguns casos da mes-' c:..
"'.'. judiciarias das do Ministerio PuJ>lico, . . -~,

- , . '
ma inolestia, notadamente no' Braz e".;
'.' desenvolvendo-se estas de modo a per- Sta, Ephigenia. desapparecendo ioga ');,!
'mittir a effieaeia da intervenção . dos' devido a medidas hygienicas de fiscali -'i
.

-
<:, -. . - . -
.. 'o,

o ,
:seus agentes na defesa dos altos .inte-
:. ,': .... sação, limpeza domiciliaria e lotação <:
resses de ordem geral; das h",bitações. Hou,ve ainda na Cap'ital "':,
, " ' . ,'i
a <)omminação de perias gradua c 22 casos de pestebubonica, dos. quaes ",
'/
...••.•.. das, desde a de simples adverteneia 21 foram promptamente rémovidos pa- '1
,

......
;
.até a de perda aó emprego, •. como' cor- ra ó Hospital de Isolámento,sahin!io ,.
< .reetivo para os que foremnlenos exa- curados 14. Das
_ .

, .
medidas tomadas a ,i;
: :':- ": .. " .
,
, "
......,
. .... ..'_ ....
• - ' 133 .

.
l't)lH.'esenta verdadeira conquista é ·grupos que absorveram as escolas lo .. '
_:' nna domiciliar,que vae sendo· caes; e assim se explicava. a despro-
vem accé1ta em todo Estado, porção entre escolas creadas e provi-
, /
aos • exemplos de Santos e Cam- das. Embora estivesse auctorisado a •

O Congresso Latino Americano, reformar a instrucção, "Governo jul-'
do em Montevidéo, declarou ser gou conveniente adiar qualquer refor-
de S. Paulo a que occupava ma· para melhor apreciar os resultados
Illeiro lugar no Brasil, quanto " da legislação em vigor. Não obstante,
e organisação sanitaria. O o Governo achava necessario classifi-
sanitario funccionava regular- car de. novo as escolas, de modo que fi-
com as seguintes
-
. . repartições : gurassem no quadro .em. razão das 10- •

Bacteriologieo; de!Analyses calidades e não do titulo dos professo- . . ',',

res; era tambem necessario melhorar,a


distribuição dellas, reduzir os pr.ogram-
.mas e tornar menos faceis as matricu-
las nas escolas normae$ e- complementa-
res. Sentia-se ainda à necessidade de ."

provimento das escolas isoladas no in-


terior, pÔis havia uma grande procura

das escolas" na Capital" quando,

en--
• tretanto, a instrucção exigia que se não
Publica - Sempre me- abandonassem as escolas dos pequenos
o mais franco apoio e animação, povoados. Convinha que fossem trans...
.'
os resultados obtidos não podem ;feridos para a Capital os professores
.
reputados como perfeitamente sa- que tivessem dois aimos' de exercicio - " . "

O ensino primario •
. na effectivo no interior. Os grupos escola-
e em numerosas cidades pauJis- res continuavam' a produzir magníficos -":0,'

• teve um impUlso magnifico. Fóra resultados. Em 1900 installaram-se 11<


cidades e grandes centros povoa- grupos novos; e em 19 O1 até o mez de
porém, desenvolvia"se lentamente. abril mais 4. A frequencia média nas
. . .
, - .:- - ,;: . .

necessano '
.
que
.
as camaras munl- . escolas isoladas foi de. 32 alumnos em.i ,\' .

se dedfCassem com zelo e vivo 1901, contra 30 em 1900; a dos gru- .... •
pela causa da instrucção, no. pos escolares, de 12.905 alumnos em "
-::'c'.:
de maior frequencia e bôa fis- 43 grupos; nas cinc() esco.Jas-modelo '.T
,- , . ,',

nas escolas, cuja' localizaçã.o 2.285; nas quatro complementareà,·,i


· " ,'"
va se.r lYem estudada e niThguem 910; e no Jardim da Infancia, 151 .•. -, .... " .

.para isso do que as municipali- alumnos. Em 1900 receberam diplo->' "c;


A inspecção escolar fazia-se pela mas de professor 180alumnos pelas'
", . ' ..

geral e seus 10 auxiliares differentes escolas complementares . e ' .


percorriam. o interior do Estado. . normal. Na Escola Normal, em 1900, . i-.','...
.
. .

resultados obtidos eram bons, mas m3!tricularam-se 274 alumnos, e em ..X


ser melhores. Em dez em- 1901, o numero delles subiu a 334;'.,/
- - " . " .. ....

1900,.existiam
' creadas' 2.55·S
.
o Gymnasio da Capital teve 180, dos . .. ' ....

i'
isola.das• das. quaes 5.34 provi" quaes 7 concluíram o cursp; o de Cam-: :_ ;, ...... .."

<das com 15.551 alumnos. Das escolas


.. pinas 53, dos' quaes tambem 7 ba.- .
- - . . ,"

i.creadas, 547 tinham passado para as charelaram-se. A Escola Polytechni!lll


icamaras municipaes (lei 686 de 16 de foi frequentada em .19'M por 167 \
.,<',' .
.• setembro . de 1899) foram creados 11 alumnos, . dos quaes 39 concluiram o '.,: - ,:
. .... ,.,.,....
.. .
.. " .. " ' " , .'. -" "' . ,. ' . . , .... -. .". , •., · ,,"I ""' ~ ' ·· ' · . .' - '_. ' , -', -,.,'. ' ., .,." .,......, ',. '·"" ·""·'·'-'','~ ·\~ '~f.t.)i'.,.r,,,,,:;·. '' ''':F-'' ''>·:'''-' '<' ' i· ,:·"~"'; ., i:': " ,,, "·"' ci_':Y'''; ·

1~úL» ·;..~···. ;- < ---""" ; :~-'_: _"'.~-"".: ' - . ,;'. '- : "-,' ...,::,:: ... .. - o::
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.'
.'

. .
.• - o"~
..,.
.

~f/;" · curso. · A Congregação ci'eouuma m e-


C:;;/ ' . ': ..
de fabricar o vinho .Via-se (Jue in· '
m('·/''';.; 'dalha de
-:-; .",· · '
merito escolar denominada
, . "
justos eram osque 'attribuiam ao pau- ;
.:. " .,.
><; ". "Cesario Motta", justa homenagem. á
~

"",,- ,.- / ,
lista o emperramento ou defeitodp ·
g.?/.
-_.--. -,
memoria do saudoso paulista. Eín ju- cuidar
.
exclusivamente do café. . Po·
\~e( : nho do meslllo anno foi dis tribuido o dia-se entretanto
.
dizer que Q café cons-
.
;"- -'0_-__ • •

/ <,:·.primeiro numero do Annuario da Es- tituia a riqueza do paiz. Era a ' fonte
primordial da receita, '0 grande forne-
cedor de cambiaes
. e o principal ta- .

etor' na balança da permuta de '\laJore".


O quadro' seguinte demonstra a Quan-
tidade e o 'valor 'official do café du-
. - .,
'
:::;. ~ ..
.
America e ·Europa. Continuaram a rante novo annos: .
• •

?~~.-_ -
."'----:
_;,,-
. . . .

• EXERCICIOS
. . Kllogrammas Valor official
. •

· .

.. , ' o Em 1892.
• · • • • • 245.456.719 251. 815:025$228 •

1893. • • • • • • 169 .216 .720 214.057:479$968


" 1894 . 174 .444.912 I
'.:- · •
. 232 ..346 :430$888
_:~,

~:~-;x;- .' '",. 1895.




• • •

·•

.
262.375.176 294. 295:419$366
· . '. .
0''-''
:: <
'' -


, '. . 1896.
1897.
• • • • • 240.395.503
343.521.826
, 272.506:960$749
304.578:830$542
· ,,- .', '. ..- • • • • • •
-:- .:.
· ..'.':: .
'.- .--_.-
- -- '
. 1898.
1899.
• • • • • 346.077.230 •
363.465.115
252 ..827 :639$560
264,076:940$548
'.'-.... · • • • • •
" . • •

. 1900.. 366.700.93& 266.784 :094$879


.-'

-( --:--- • • • • •
- .-- " •

· .. .. . •
--
:. ;, funccionar regularmente, e' prestando '. Os preços' baixos .e a ~ expansão da
li
--'.. .bons .
serviços. o Seminario de Edu-
'
cultura do café eram objecto. da mais
'i,'-- , :,- . candas. Hospicio de Alienados. Biblio, .
séria l'eflexão por parte dos governos
'S:.· ,..theca Publica. Museu Paulista, Esta-
'.

paulistas. Em 1896 S. Paulo dirigiu-


:1':, ' tistica e Archivo e Diario OfficiaL se aos . outros 'Estados cafeeiros, con-
. .
.'"
. ' .-
.. Eleições - As despezas com o alis-
.. vidando-os para 'uina conferencia cujo .
U:.--< tamento eleitoral subira m a ..... .. .
:--~ .\fim era ' or·ganisar à' propa;ganda syste·
;',""
v' .
'19:
.
000$000 rs. , Realisaram-se
. -
eleições matica e cbntinua ' para a COnqUista
. , . .
:{. " . para senador da Repu blica e renova- de novoS mercados, O esforço dos go-
... <
-, :-._'.
ção do Congresso do Estado, correndo
,
vernadores, porém, não deu resultados; , . '

,-·--. - todas na melhor ordem e com a ma-


"'
e foi r epu tado como' inconveniente pelo
/' ...'- xlma
~.':.--.: I
liberdade. •
alarma que provocaria nos mercados • ,
f;.. . . Interesses Agricolas São dâ Diaior com a divulgação di' haver excesso
'-,-'-:>," '; . relevancia em S. Paulo . . A baixa do
.. ,
do genero.
no mercado productor. A
\{ . , preço do café trouxe grandes diffF
-'1, ' , ' . .
baixa do 'c afé continuava, sendo em
J '" . . . ,"

,tJ. culdades, mas o agricultor enfrentára abril 'de 1901 iIiferior a 6$000 rs ., por
. .
%.-y., - a situação; movimentando-se
.- . "
para (Ie- 1'5 kilos, o seu· p'reço no m ercado de
i.,::"
....
senvolver e activar as . forças economi-
, '.
Santos. O momento .era difficll; mas .
-'.. ':' ..

". , cas do Estado. Plantaram-se em . lar- preCiso se tornava encarar a situação


:'.. l~a escala cereaes de toda · a espede, com calma. sem exaggero, nem desa-
.,:'---- .
",--.,. algodão, videiras, canna de assucar. lentos. ·As ctises r.e~ultazi.tes de su-
-' .
.. ma)ilçoba. fumo. trigo, alfafa e ara- per-producção têm: . em si mesmas o

' . . ' ~DJina. O dr. Luiz Pereira Barrettoaca.- remedio possivel. · Com o baixo preço
bava de publicar o seu livro A arte o consu'ino se dilatará; e o agricultor
' .' .

..
", ,
- -, - - '
.
.
,', . ' .. " . ".
, ,. '

" .

. .
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- . "
., ,. ,
. "- -- ;~

j Uilo terá recursos para augmen- , a lueta no melhor trato que derem .ao <-. .. '.\ <-. -.
'~ ,

,tçües como sacrificará aquel- café, pela segurança de melhor Ilreço ',/:.1,
':":;;:
não . compensarem os gastos · na venda. . -<·..,' .--',.
- :_.-_ .. <,;-~

O p,r esidente .Rodri- Alargar e organizar os mercados, _ :'_ }\~


Alvüs; a proposito .do então .mo- fortal.ec'mdo os · elementos de resisten- ' ··Cc- ..'.;:'. .-
· . ".;,

problema; fez sensatas- e pro-, · cia. contra a acção dos especuladores,. ' .>:: -. ' .'

}}onderações, nas 'quaes, m'als supprimindo-se os interm'e diari.as, inu- :.---' ;":, · '-.' .

" ':' v ~I" a sua comprovada ' sabedoria teis, reduzindo-se as commissões, ap-- . ---'.;) ,.~-.,.-.

e larga experiencia
. dos
. ne- · proximando o prodúcto do consumidor . , ',,: _o""~,
--- ,
fi ti blkos ficou plenamente com- e nobilitando-o pela affirmação de sua ', -' '. ,
..
"
· '. >,
.. '"

procedencia ~ ·são funcções que a res- .. " •.... .-


, · ,,
peitavel classe d:os commissarios dev~ --'-,',..
.•..
.... . elo se tem conseguido á força de .'


·.
e de sacrificios e CO~ o em:" procurar .exercer, pondo em contribui-: ·.. ~- ~

.
. ·
' .

ele a vultadissimos capitaes· ele- ção o esforço e a actividade dos seus ·. ·

, \' cultura ao grau de importan- membros. O grande mercado de San- : .-', .


·
.
," ..
, ..:,
.'
- '

S . adeantamento áttingido pela do tos já deve ser considerado pequeno ".,•


para o movimento de venda e expor- - -,'...
· ' ~,

:. é um erro "abandonar o -terreno


A fertilidade extraordi- tação do café. Sabemos que algumas
nossas terras;. as cOJtdições casas importantes pensam na convenien-

ao desenvolvimento dessa . eia de crearem filiaes em differentes .',
, ,, '. ,
.'

e, sobretudo, o espirito labo- pontos da Europa e da Ameriéa e que


tenaz · do n{)sso agricultor asse- l'lguns .fazendeiros têm ensaiado eom · - --,-· :
que a s difficuldades do mo- exito a venda do seu café directamente -
.
" -,
"

• · .
·

hão de desapparecer e ' que, si ao consumid<;lr. O esforço fia de ne-



.• ..força das circumstancias e pelos eessariamente produzir bom resultado , ' .-,--: .'
.'
'" '
.

e a agitação vai se operando 'com pro- - ,. '-':".'•..


· . . , '.'.
da crise . iUguma zona ' ..

tiver de ser sacrif~cada,


. , - não
.
veito p"ra a lavoura. Nos ultimos dias . :--";' .,."
deste Estado que.' conta com do mez de janeiro fol inaugurada, em ' . ;:;. · ",

elementos . para a resistencia e Pariz, a casa brasileira "Café S. Pau..


apparelhado de longa 'data . para lo", do sr. M. Conceição, visando. diz
do riquissimo' produdo. o Brésil -de li de fevereiro, eXlclusiva-
preciso que todos o tazen- mente uma propaganda effectiva para
-- C" "

o intermediaria 'n as vendas ' e o desenvolvimento do consumo e o' "" .,,:, ·


....
'
, "~

collaborem, cada qual na bom renome do café brasileiro, injus- • .' ...

.',,
• "
,
·
'
. '-

propria, -para o ' fim, · almejado., tamellte depreciado pelos mercadores , . .' , "
·
- : ';O ,
"

'
,'

aiban<lo·narem· á phantasia de a retalho. -" --,

que. não .têm . a .v irtude de Não é menor a responsabilidade <to - ,;:::~ -. " '

o m al e pOdem antes aggra.- Governo em face de tantas difílculda- ".',


des, tratando-se de uma classe .
que' . /i : :'. _ ... .

os gastos .da adminis,tra- concOTre ' para as rec~itas no OTçamento - -,,' ...
, ',
',' '-:-." ~

fazendas; melhorar obenefi· . com a sua q uasi totalidade, e' os . po- ..·-.....
do producto;: procurar orga- deres publicos, convem' repeti.r , não .' .'
,
bem o trabalho, garaníindo-se têm sido indifferentes á sorte da gran- .- ,...: " " ~"

? 'permarie ncfa. e. _ esiabilid?-d-e do de industr!a. ImpUlsionando o servi- .'. " . '
.- .
,

. , são deveres de • que não .



ço de immigraçã'o;
· facilitando os trans- - ...
';'

-, .
.' .

.
a.bsolutamente esquecer- Q -fa- portes : moderando os. frétes nas es_ " .~,
.os paizes de . menor· pro- tradas; diffundindo o ensino por melo ...,.
',,, ·

-' . '
de escolas .praticas de agricUltura; 'ze- .. . .-

estamos lendodili.rla!llente no~ , · .' .-'.'


· .. -'

dos consules~ confia~ para lando os institutos de ' crenito, se'm fa- r ' .:
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,
- 13,6 ' ' , ! :'

-' .'." .
- ,
,
,

lar, na 'multidão de outros serviços o mais pratico 'para quem, sem , ,

que interessam á classe dos lavradores .. em 'seu paiz de origem. vinha na , '

tem o Governo uma área vas,t is- completa pobresa procurar entre
alma de acção em proveito da lavoura. o posslvel bem eslar que o seu
Terminava lembrando a . necessidade não lhe poude dar. Convinha -. '

inadlavel de ,s er organizado um ' serio ,volver' a fundação de n ucleos


trabalho de ' estatistica que fo'ssecom- , bem localisados, com o intuito de
, ,

pleto, verdaaeiro ,
e propriamente pau- mar centros de trabalhadores com , '

, lista. Só assim seria possivel agir os fazendeiros pudessem contar na


; .. com ' segurança.. , ca do , maior serviço em suas
ImmigJ'aÇão e Colonisação - Não dades. ' Obedecendo a esse
se podia conte,star que os dois impor- fôra fundado , o nucleo do Funil ,

,tantes assumptos constituissem servi- ,Campinas ; e bem assim ia ser co


ço primordial ' para a " producção, ri- truida uma estrada de ferro que,
queza, povo.amento. e prosperidade do tindo da, Capital, fosse ter á
Estado. Tendo o Governo federalres- de Iguape para desenvolver os
cindido os contractos de immigração, de ,povoação, localisando ali
-.ficaram ' os' Estados com -essa in~um- . na'c ionaes e estrangeiros. Os
beneia. Como, porém, não se tratava rios vindos á 'propria custa foraill
de um serviço de embarque e des,eme 11 . 693; ' e os introduzidos em '
:i.' _
barque de braços, mas lambem de re- de contracto, 11.109; total,
,
laçÕes oi ' entendimento com paizes e ', PromQven-se a , ida para as
,

governos estra\1geiros, a , União não de todos quantos na Capital


podia retirar-se completamente' do as- Iheram á Hospeaaria dos
sumpto; tinha antes o dever de acom- com o fim de se coIlocarem na,
panhar de perto os negocios de imml- ra. O Governo
, contracton tambem ,' ,

gração. ' e , colo.nisação, para po.der afas- ,Introducç,ão de 6,0 0 famillas de la


, '

.tar preconceitos e apagar má vo.ntade, dores japonezes a titulo de



, '

que surgissem em qualquer pai" co.n" . Cla . ,



tra qualquer do.s Estado.s brasileiro.s, Credito Real - Deaccôrdo com •
necessitados de braços estr.angeiros. auétorisação legal foi celebrado em ,

Estava co.ntratada a jntroducção.' de de dezerfibro de 1899 novo


' 30. ,000 ,o perarios agricolas ' e oppor- o' Banco de Credito Real de ,
com
tunamente seria contractada 'a de mais Paulo, reformando o anterior . 'Em
20.000. ' Em 1900, entraram 22.802 tude disso,
,
o Capital ·do' Banco , foi

,immigrantes e sahiram outros em maior vado a 10.000;000$000 r5. (dez
numero, ' facto esse que impressionou contos) com garantia de jUros de 7
"
a opinião. A estabilidade dos opera- prazo de 20 annos, gozando dos
, . . nas fazendas e~a um assumpto
rios ' - ,
mos favores o 'capital primitivo .

conhecido e debatido pelos fazendeiros, era de ra. 5,000:000$000. O


os q uaés muito ' se esforçavam pela fi- 'c ontracto tinha por objectivó
xação do trabalhador, promovendo tudo collocaró Bauco em condições
quanto' e"tivesse o seu alcance para

tar melhor auxilio á lavoura, - -_o - - •

conseguil-a.' O actual systema do' tra- ao mesmo tempo prestigiados


~,
, ,
, , '

' balho rural nas fazendas paulista~ não mente o.s titulos hypotbecarios por ,

', era embaraço ao bem e's t8r do trilba- emittidos. Estabeleceucse ', a ' , ,

Ihador que procurava o Estado 'de ' S. de não serem fenos emprestimos '
Paulo ; p elo contra. r io, tiDlha -a- seU fa- verifThação de renda annuaI,
, , '

, vor ' a larga demonstração de que era para o servIço da divida


. . ..., , .,.'." .
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, ,
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137' .. '.,. ....' " .


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"
:.- \:~<::>~;.:

.
." ' , ),'~1
dou-se tam bem da melhor fÓl'lna sidente. o insuccesso da lei 'era a falta '-" >
.- '-" ', '
de valorisar. a letra lançada
. de dinheiro disponjvel e a desconfiança .. ,,-
.
:< ,

emprestlmo pelo Instituto



Ban- resultante das especulações ruinosas,. :-./.
" ,

As letras hypothecarlas do vi>- que tanto CODlprometteram anteriores " -'~;,"-i~t


:, "
lIominal de ' 100$000 rs, eram co- tentativas. O credito agricola, tlorém, "
, a 80$000 rs. e foram cahindo
que em 3.1 ' de dezembro de 1900
s~ria de grandes result~dos aos inte- .
',' ,).:
',r
. resses da lavoura. Sem falar nos gran- ..,
. , . alcançavam' o preço de 60$000 rs.
des bancos qúã funccionavam ·na Ca- '
Oa1901) . Depois de outras con- .

o presidente esperava que pital, convinha"assignalar o funcciona-


-"' ,i
. . ()perações bancarias feitas em vir- mento de ' estabelecimentos 'de credito ', ';:_, ~

,, , - ,'

no interior do Estado ,como se via do , -


do nOVO contracto se revestissem
,'"
, ~-;
• - ;;:~
: segurança que a lei reclamava, e seguinte quadro: ,-
· , ,_ .

- ... '
"

" .-
, ,~'

-- , , -.,
"
. Dividendo em ',;,
Câpital realizado , 31 - U .. 1900 · . .,, ' ,
,
BANCOS Capital subscrlpto ,
· ,','· " o.

á razão de -- -" " ' "

'.é,=:====~===I ==== = = = == = ,..__,... ,_=,=~'"~


,
-' .' ",
-- -':',

União de 5, Carlos ' 5,000 :000$000 4,325:000$000 25 % ao anno ,


· ·.. - ,- .
' -

de Piracicaba ;-. . ' . I 1.120 :000$000 448 :000$000 8%, . " . .,,:-,"
..
Regional de Mocóca 550 :000$000 414:000$000 20 % "
"
"
' .'
, .,
,

,,
,

'
., .' "

naneo Melhoramentos de
.
• "
-: i '
'. , ': '" Jahú. . . . . , 1,000:000~000 821 :780$000 12 % ,
· "

,- '.
,

'. , "' Ballco Norte de S, Paulo. ' .-.;.' '"


I
Taubaté , , . , 800:000$000 397 :000$000 · .'

. , .." .' Ba nco da Industr;a e Com- , " :, "


,

merCio de Piracicaba . , ~OO:OOO$OOO 300:000$000 lO % "


,-,'""
·.
" • '. ,
de Ribeirão Preto,
'. Banco Popular de Guarati" "
500:000$000 500:000$000 12 % ,' . '

, ,
'

: ,',~'


guela.
Banco Municipal Pindamo- .
. , , . . , 500:000$000 399 :620$000 6% " ..
nhangabense . . . 400:000$000 279 :040$000 6% " .
vantajosãs aos . o anno· , "',--:-,
·
Creditó Agrícola. Bancos· Locaes - de 1900 fizeram-se diversas e impor- ".
. - :-\.
a preoccupação de auxiliar a la- tantes obras,. entre as quaes
. figura-
. . '"
- - .-:.-:.'
votou-se a, lei 682 -de 14 de se- varo as seguintes" que ficaram con- ' . ' i-'
, ':'ex:
de 1899, auctorlsando
.
o· Go- cluidas: Escola Normal de Itape-, -/' .. ,
a garantir 7 % ao anno sobre tininga, cadeias
.
de Redempção,
.
Perei- .. ".,'.--..,i'
20,000:000$000 aos bancos que se ' ras, S. Carlos, Santa Cruz ·do Rio Par~. .:< ---,. _'v~

a operações de credito do e São José do Morro. Agudo; ada- . ,:",) "..;':.


Aquelle capital seria empre- , ptação d a de S. João da Mon~ .'" '"
· , ~:,'
em seis bancos: --" dois na Ca- tanha á Escolá Agrlcola de PiràcicaM,; <"
pitid e quatro no interior; os primei- instaJlação do' Instituto do' Butantan. :g
ros ,com 5.000 contos Cada um e os Além dessas fizeram~se muitaspontes ,~;j
ultimas
.
com 2. ,5 00 contos cada qual. sobre rios e 'ribeirões; repararam-s!i/ 'i-@
A lei porém não tinha sido executa- muitas estradâá dás quaes 26 foram./ ,--,,, ~,;) ,

, da, ou por falta. de capita~s disponiveis, medidas, accusando a extensão doi ... . . C·
. . . ~ . - "':,,"
,
. ,~

, ou porque não existisse quem se ani- 578 . 750 metros, Continuaram .


em an· ·,i~,... ,,- ', _
.-{

masse o emprehendimento dessa na- damento além de cadeias e . pontes as_ :-.:'}" -'-" i
tureza; era certo entretanto que ' os seguintes obras: Hospicio de Ju.. ··:.,',:i,
bancos de credito . agricola' não foram query; Escoia JJãi-nabé, em Bantos';, ne~ _' ,~:': ;~
,
; ensaiados até agora. Quanto , ao pre- cebedoria de Santos: , Grupo ,Escolar de- - :_'--':'\"
~, - - -, -:-_.
;-,
~s
,.
.' .. .. •
.- , ' - .
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- ' -

.

..•• .
.
.
-
.:-.-. '\
. - -. .
-",:,.'
. _.
. -'

. , " ,

Ma.lIQel, cadeias de Batataes,


. -" . S. Si- .,Ch.ro, Pirassununga e GUàrlitinguetá, .'
. . ..... mão e Hapira, convindo Dotar por sua' estão dependendo de approvação os
importancia pontes 'sobre oS rios Mog)·· .cidade de Limeira. Presentemente
Guassú e Pardo, em S. José do Rio tão em andamento as obras de
Pardo . das cidades de Amparo,
Obras de Saneamento Continua-

Itapira e S. Carlos 'do Pinhal,
· vam com r~gularidade . . Não' houve fal- sido fornecidos materiaes de • •

ta de agua; a galeria filtrante do Be- . para as cidades de Bragança, S.


lemzioho ainda não fôra . utilisada; ul- S. João da Bôa Vista,
. .- . . '
tinmÍl-se a perfuração dá oito poços Mocóca, Piracicaba,

artesianos,
. mandados fazer pelo go-
.
Amparo, Itapira, Lorena, Jahú e
veroo anterior. -. .
A rêde de exgottos. . <:Iaro, na importanciade310:189$920.
foi augmentada de 5.. 707 metros; os N ucleos Coloniaes Eram
-,
collectores do "Braz ficaram reparados nistrados pelo Estado os seguintes
:. . '" . ,

" .. e as bombas elevatorias da Ponte Pe- Campos Salles, S. Bernardo, . Pirajuhy, · . •

quena fUDccionavam regula~mente. Aín-': Sabaúna, e pariquéra-assií.; O


da não ·tlnham começado as obras dos deIles povoava-se rapidamente; os oU- ." .'

exgottos de Santos. A cidade de 80- tros em breve seriam emancipados.


rocaba, cruelmente victimada pela fe- Serviços Auxili .....es da Agricultnra
~' bre amarella em 1.899, foi abastecida ~. O serviço agronomico' do Estado

de 'agua e exgottos, em virtude de au- (lei. n.' 678<1:e i3 de setembro de 1899)


ctorisação legislativa, ao passo que as tinha começado em 1900; a primeira •
·demais cidades .
tinham esses serviços escola
. agrico'lapratica
. seria breve ins·
.a-- cargo das - suas camaras, limitando- taUada ' na fazenda de S. João da Mon- •
se o Governo ao .
tornec(mento do ma-' tanha, municipio de Piracicaba e re- ..
terial ·n ecessario. Dizia o presidente: •
ceberia o nome de Luiz de Quel- •; •

' ''Existem hÓ' Estado, abastecidas de roz em homenagem ao .doador; o ', "

agu.a,as segUintes cidades: Capital, serviço meteorologlco ia ser ampliado.


Santos, Campinas·, Limeira, Rio Claro, A Secretaria da Agricultura, em 1900, ,
S. Carlos do Pinhal, Araraquara, Jahú, distribuiu 32.236 exemplares de pu-
,Brotas, Pirassununga, Belém. do Des- blicações diversas; e tambem 12.325
· calvado, . Santa Cruz das Palmeiras, volumes de.1ementes a 9.326 pessoas.

, . ··i' Mogy-Mirim, Itapira, Ribeirão Preto, As municlparnl'ttlles de Mogy-mirim e
.- ... ,,' , "Guaratinguetá, Lorella, ' Itapetininga, - Pirb,ssununga
. . ,
. .
receberam auxilios . para
> , Itú, Ta.tuhy, Piracicaba, Santo Amaro, installação de campos de .demonstra-
,'-.- , ': Ribeirão Bonito, Bragança. Itatiba, Am- . ção:
';paro, Taubaté, Pindamonhangaba, Ity-
"

..Viação Ferre.. - Em 31 de dezem-


.
. .
· .rapina e Cutia. Estão providas do ser- , bro de 1900, o Estado de S, Paulo
<: ,.':··viço de .exgottos: Capital, Santos, Cam- tinha em trafego 3. 373 kilometros de
:<- _....: pinas. Arar~quara , Jahú, Ribeirão Pre- estradas de ferrp. No correr do mes-

'. to e Piracicaba
.,,
. . Já estão approvados mo . anno foram entregues ao publico
,:", {)S estudos par!! ' o abastecimento de 6 O kilometros, sendo 4 O de bitola de
, ..,' : "

.' ,':
. . ." agua ás cidãaêS . de Espirito
.
Santo do
.
l .metro,
.
e 20 com a bitola de 60 cen-
... .. ,.. . . Pinhal, .Jundiáhy, Faxina, S. Vicente
. .
·timetros. Todas as companhias ' exis-
L ', .';" Santa ' Rita do Passa Quatro, e .em r
,tentes tra'babhayam no prolo'ngamento
>: ' .' . exame os do abastecimento da cidade i dos seus frilhos.Em 1900 hOuve ap.e-
-' :',
' ,' .. . de Tieté. Foram egualmente appro- ' nas a concessão de uma linha (lue,
"/'. vados os estudos para0 serviço de ex, partindo dI!- estação Engenheiro . . . Go-
" . ..'': gottos das cidades de SoTocaba, . Rio mide, fosse a Guaxupé, Estado de Mi-
c' - ., . "


,"
.. '. '
" ,'
' . ".
,; ",
,,
" ,.' --- 139 '::'
,

,""I·P it ..1. de todas as companhias ,


(1899) a primeira consignação foi de
, ,

.I"" de ferro paulistas elevou- 379:159$460 ri;. 'e a segunda de ., ..


anno a rs. . ........ .
(11 11:-;010 113;418$040
,
rs .. Era preciso não per. ,
H : ,1\ :1 :"!:d 21
'1' . ,
verificando-se uma der de vista o seu movimento, pois a

,. ".. , il'lll id" de 1'S. ..35,806:017$262, verba insi~uava-se nos orçanlentos e
.. lIu reunia elem entos para
. ·· VIJj· . ' -
in- ia sempre crescendo . .
,

" 11111 Lo das estradas no sentido Finanças , As rendas • do Esfudo


diminuidas as despezas com continuavam em aúgmento como , se vê
rte do café, do seguinte quadro:
" ....

R.ecelta orçada R.eceita arrecadada Maior receita


"
,
,
,
18Q2

,
• • 13.986 :000$000 38.105 :288$542 ' 24.119 :288$542
,
'18'13 , 22.125 :000$000 34.534:020$592 12,409 :020$592
,
,,
25.480 :000$000 37.282:226$36) 11 ,802 :226$360
,

, ,
,, 1894 , • ,

, ,
, 1 8~S • ,
• •
34.481 :984$941 50.172 :167$479 15,690 :182$538
• •
1896 ' , • • 36 .308:000$000 5Ó.807:820$867 14.499 :820$867
,"
, ,'- '
'",
lR97 , • • 47,270:000$000 48.571 :165$491 1,301 :165$491
..'", .
,
: .,
, . , lB98 • • , 41. 962 :000$000 42.279:559$926' 317:559$92(5
18()<) , • 39.650:000$000 57.341 :105$916 17.691 :105$91 6
1<)()(l , •
,38.296 :000$000 42.651 :253$690 4.355:253~90

299 . 558 :984$941 401,744:608$863 102 ,391 :623$922


,
,
,
O transporte fluvial Convinha notar que a receita do anno ,
alteração em 1900. O tra- de' 1899 teve a renda eventnal de ...
feito em 576 kilometros nos 14.467:602$'146' rs. por venda de cam-
..•... ' .

" : )\fogy-Guassú, Tieté, Piracicaba e biaes do ultimo emprestimo ' externo.


' Estudavacse o modo , de me- Assim exprhniu-se' () presidente a pro- ,
a navegação do ultimo rio. Em posito do regimen tributario:
,
setembro, de 1900, contractou-se ':E', não obstante, muito lisonjeiro
a vapor dos, portos do este quadro, e aliás o nosso regimen
,

dó Estado, isto é, de Ubatuba a tributario não tem soffrido alteração.


-com escalas. A pri~eira via- Os impostos, que figuram no orça- '
'-' ,'o • mento e alimentam a no_s sa receita,
, redonda fOI em io de novembro
(100. A subvenção annual era de são os que que já existiam no' velho
,
00$000 rs. para duas viagens men- regimen. Não temos a convicção de ,
que o systema adoptado seja isento
• de reparos e não possa ser melhorado .
Governo cha- O
Nesta materia, porêm, tem-se dito á
a attenção para a necessidade de
,
saciedade, a substituição reclama cui- '
, '
e regularisar de um modo con-
dados extremos, attentos os encargos
a concessão das aposentado-
, da administração
,
e o desenvolvimento
pois o movImento da despeza nes- crescente dos seus serviços, convindo
" p a rticular era crescen(1e. O orça- não perder de vista que as novas con-

,,' -de 1901, consignou a verba de tribuições são em geral recebidas com
i.--' . . ' .' . .;
, ',,:'3:
. . ..
.
231$.770 I'S., para pagamento de desagrado e constrangimento" .
; e de 129: 945$050 rs. Tndo aconselhava, a maior cautela
pagamento de praças e ' officiaes no dispendlo dos dinheiros ' publicos. O
Para o exercici'o anterior ideal seria que o Thesouro tivesse 're- ,
.... • ; .:- :::,..:. . " "

':
'

,,, ',
, , "" ...
.. "
"'.,' ,. ' ' .. .....
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,. ,
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'
.~ 140 .:-. ,
,
,
,
, .
,
'.
,

.. -.
,~ -" ,
, ' ,

servas' para att~emtder 'encar,gos extraor- Divida Activa' - Eleva va-se a


--, . ,

,.. - , dinatlos .ou' imprevIstos


'-
,
e manter em ,
32.823: 460$730 1'8 . , provéniente
, bom nivelo credito do Estado, que não garantia de juros a estradas de ,
', pod,,i a ol)ter antecipaçAode
,
receita com adeantamentos á União por,
emissão de titulos como fazia o Go- da revolta de 1$93; 217 partes da
verno da União, nos periodos em que ,
demnisação paga pela S, Paulo ,
baixa a arrecad;tção. Em S. Paulo, way ao Thesouro Federal, e 'que
• o primeiro semestre ' era ·f raco. -porq ne , viam ser restítuidas,
ao , Esta'd o;
a exportação, em grande, só ,
se dava xilio ás municipalidades 'para obras
no segundo. Não havendo reservas dis- ,
saneamento; subvenção á
, ponlveis e não podendo ,o Estado emit- Funilense; e Impostos a cobrar,
til' bilhetes, do seu Thesouro, seria im- ,
Conclusão São estas as
,

pellido ao uso do credito, oorrendo o, da Mensagem: ,


"
-:;- :- risco de càliír no mau regimen das •
,
",Com estes elementos" que
, '
,
dividas fluctuantes, que não raro ge- a honra. de submetter á vossa
..
,
,
, '

, rall). grandes difficuldades, , da apreciação, podeis a.juizar do


' Receita é Despeza A receita de vimento que têm tido os negoGlos
,'1900
. ,
subiu ars, 42.651:253$690, sen- " .
Estado, onde os' serviços mais 1m
do m!!.",,' da metade obtida pelos di- tantes estão organizados e
,
reitos de exportação , que constituem com regularidade,
, '

O se.u factor preponderante. ,


Dado ba- Informações ,mais cO,mpletas
.
,
,~

,
--
lanço rigoroso entre a r.eceita é a des- , todos os ramos da administração
'

, cont~areis nos relatoÚos de meus


,

peza, verificou-::se passar.! -do exercicio ,

de 1900 para o. de'1 901, o. importante guos .secretarios, a cujo utili~simo


.',' ,. saldo,

,
de rs. 16.858:536$950. curso e inteIligente coo\,era~ão
- .. '-
, Divida Passiva - Elevou-se, durante confesso em extremo recoÍlhecido.
,
, o exerei'cio. de 1900 a 21.536: 899$900
, rDou-vQs .tam bem a segurança "de q .
-,
.-_-.-.: - . rs. e ao encerrar:se o mesmo exercício serei solicito ' e'm ministrar todos
. '
esclarecimentos qu~ forem -
-.", - - ,
so(freu uma , reducção de L 000 con-
,,
, . ,
l1.ara ,o, desempenho. d'e vossa
tos. A divida passiva desdobrava-se
assim: convencido de que haveis
, . de ,

Divida fundada gar com o maior , proveito todos os ,

, Interna , , • 2.093:000$000 ,soS esforços e as luzes, de vossa.


"
,
~- -- Divida fundada clarecida experlencia, em benefic,io
, ,
-' -
.~
· --- -- -
,
externa '( cam bio , , iuteresses do Estado.
de 27) • • 17.620:442$527 •

S. Paulo, 7 de abril de 19 O1.
· , ... --" Divida flucíuante
, ...- 799:664$554
, 'A amortização ,da divida passiva foi, Fra,ncisco .de Paula Rodl'igues
,pois; de 1.023:792$819, assim appll-
,
Presidente do , Estado ", '
cada:'
,
,
. , " Divida fluctuante
-..

"
,
fianças restl- • • *
· -- -
tuldas • • • • 179:792$,821 Biblio~ai>hla Vide
. '
Resgate de apó- , ,
ROdrigues Alves, pa<gina685 d~ , ,

lices • • , • " 172:000$000


lume quando se tratou do 50,· "
- Resgate de titu- '" dente da provln'cia,
' los d,à divida ex- ,

terna (cambio de , •

- _c__ _
27) , .' . 671:999$998
, ,
I •
,

*
,
,

• •

• •



.

..



Bernardino de Campos

.
59. . PRESIDENTE
0

(De 3 de Julho de 190Z a . l,<' . de Maio de 1904)




. .
,,
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" -
-. ' "
,.'-'--

- :,- ',-
-;~ '?
" '-

" '"."-',

'-,',,'.":

:. -"'- " ,

,\RDINO DE CAIUPOS
, ,
Eio- turas a acção particular e a publica -
. gmphia -- Veja pago 33 quando deI- aqueIla, aproveitando, com intelligente -', -,

" ,'.

te. se tI'atou cumo 55. 0 pTesidente. e característica energia e labor tenaz. , -,.

sua segunda prestdencia o dr. a portentosa uberdade das.. , terras;


d,e Campos dirigiu-se 'ao esta, mantendo o direito, garantiudo , ,
,,' "

o credito, a propriedade e o trabalho, - ,-;


,'resso Paulista por duas vezes: a
março de 1903 e a 7 de abril de ·abrindo- faceis communicações, propor-
" dando conta da ~ituação dos ne- ,cionando "a rapidez no trausito pela ,-
publicos de S. Paulo como se navegação e pelas vias ferreas, desen-
I.' das mensagens abaixo reprodu-
volvendo o povoamento e a immigra- , ,.,
ção, diffundindo o ensino ,geral e o
"profissional, saneando as cidades e as
Membros do Congresso do' povoaçç;es. " ·co

Formára-se um meio propicio ás ele-


va.das e sans exigencias da vida social,
situação enl que se acha o ramo "
,
que impunha confiança e concitava as
importante da nossa agricultura,
sympathias e adhesões naturaes.
profundamente a sacieda"" !
Todos 'Ihe adjudicavam seus haveres
ista e pr"ejudicando os interes-
e esforços.
"geraes do Paiz, determinou a
convocação do Corpo Legislati- Dalli '·vinham os recursos que en-
• •

cuja esc~arecida competencia .gl'andeciam as povoações e as.- cidades,


providencias reparadoras. que se viam dotadas de todos 08 me- '-' --

crise do café reflecte-se grande- lhoramentos mantenedores das condi-


a influencia da sua propria ri- 'ções de vida e saúde; que ministravam
o ensino aperfeiçoado ás novas, gera"':
ções; 'que promoviam a: ordem e a paz,
privilegiada por suas
e organizavam, os apparelhos da civili-
intrinsecas e pela limitação
zação.
itorios apropriados á sua' eul-
, Em regra. não se accumula'raul reser- ,

o café, por sua nobreza e opu-


vas. As sobras do movimento da recei-
no commercio do mundo, legi-
t8. e", despesa voltavam a consolidar-se
attrahiu a activídade de to-
em novas culturas do. mesmo' genero,
que dispunham dos elementós -':" '

e em aperfeiçoai-as, apurando aS
para produzil-o. i>
suas, vantagens.
,
valor do artigo remunerava far- Este crescimento da producção, ex-
os mais extremos ~sforços
.. do traordinario e sem medida, despertou
a despeito da mais franca as attenções. Pareceu a alguns espiri- , ", -':

, tos preoccupados com o assumpto, que " "",'

São Paulo, collaboraram na obra, não era prudente cogitar apenas das
,iosa e admiravel das vastas cul- installações agrícolas que 'os mais, , .--

.
.'.' .,' ,,,.
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'
,
,
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,
,

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,
'
. ' .' ,
,
- ' . ' -. , -
~},.\' _-ab~stados havianl já el~Yado ao maior I. um credito especial c;le oítocentos con-'-
Y:';', gráu de primor. Convinha que os pose tos de réis; destinado' a occorrer ás
.. _..--
,,',',
~"

d
, -,.:
.
', .
suidores da enorme massa de callitaes"
'-
despezas ,com esse serviço. Em 11 de
, '
- ' ;";, . '
.;,',
empregada exclusivamente nas planta-
,
Agosto communicou o Governo do Es-
",,1'
..,,,.,'
__ r·.
,~ ... .'
' "

ções de café e nos custosos apparelhos tado da Bahia que a respectiva legisla-
.
,
,;.,' : '.

",<,' do seu preparo, tratassem de lançar as tura, fundada 'em que a execução, do ..
C<-,; .
:.
--,-- ..
....
'
vistas 'para horizoll!too mais ,liOngin- accôrdo trazia despesa excessiva para ,
...
<"
,
... . <l uos, além dos contorn,os dos preciosos oS rollMtados, a seu ver d;uvidoôos, p.a " •
-'
'-, .
O' .'
c, ,,'
' catézaes, examinando a situação com- propaganda, recusára a sua
'.'
.. . "
'
mercial do seu producto.
"
cão, ao oo'llvenio, e3!S&!·rn deixava ,:
·
':: ,
... ' ., Elem'entar era aoaut<l!lla : só a ·pos· aquelle ' Estado de ·cooperar. Então
sibilidade de pl'Ollunciar-se o. excesso rigiu-se o Governo de São 'Paulo aos ::
-". .'
dá producç~o sobre o consumo a jus-' dos Estados de Minas Geraes, Rio de,'
'. , '

.; ~ tiflcava. Janeiro e , Espirito Santo,


, Em Janeiro de 1896, os presidentes cando-Ihes a declaração da Bahia, '
.., consultando si, á vista deUa, 'devia ou ".,
de São Paulo e do ' Espirito Santo, com- , '
• ,
binados, dirigiram-se aos de , Mina~ não considerar sem effeito o accôrdo ;,:
_,-': i 0:'1 _ '
,
: ,' , Geraes. do ' Rio de Janeiro , e da Ba- como parecia conveniente. Em
':

.

hia, convidando-os para uma conferen- ta, veiu a communicação de' que o , '

, cia, em que se assenta,s sem as bases de verno do Estado de Minas , Geraes con- - ,

- .. ,.'
.- , um trabalho systematico, continuo e cordavaem que ficasse ·sem etfeito

', pa,cient.e , con' a intervenção do pes- accôrdo, tendo o do Rio de
·•
soal mais competente dentre , os lavra- participado que,, ,por achar-se ,

.. nio su bmettido á deliberação da


.." dores, no sentido ' de alargar o 'c onsu-
,
:.

.· ', mo do café. lembrando as tentativas ctiva legislatura, nada podia dizer
'

, , anteriores-o de uma patriotica associa- bre a consulta.


ção e a conveniencia de interessar a O Estado de Espirlto Santo não

" União, que dispunha dos meios dipl?- pronunciou.


' nlaticos. Dada, porém, a acq uiescencia de tr
, '

Em 2 de Março do lllesmo anno, "rea·".


doS, cinco Estados que' haviam , ,

, ,
o convenio; foi elle considerado
-o' . lizou-se em Petropolis ' a reunião dos
feito. "

/, '" represent.antes dos Estados de Minas


Por outro lado, o Congresso
' Ge,:aes, 'Rio de Ja.neiro, Esphito SaI).-
"
la de São Paulo, reunido em
" to, Bahia e São Paulo. ,
do mesmo
.. anno, estudanao a
o objecto principal da conferencia do café, abandonára a idéa de ,

foi a nomeação da Commissão Directo- se do- ,ieu aspecto commercial, ' e


ra do Serviço de Propaganda e o con- quatlsqúer, 'p'~ovidendas ifóra de> ' Paiz, .. ,
· , curso material que cada um dos Es- , q não se ' referissem á
I ué
tados devia prestar para a sua instaI.
'

!
apparecendo mesmo a convicção 'de
>, lação e custeio, por todo o t empo que ,
," ..
a crise, que aliát'? já sur-gia, erá de - ,

fosse conveniente mantel~a, ou duran- racter financeiro e · não - econoinico. - , '

te o período, que se cOl;lvencionasse. , Na actualidade; - . é elIa .bem ctlnlleci" -- ,

Celebrado o accôrdo e remettidó' um da. e g€lral'mente


,
· ·0
assignalla-se li; super-,..
'

", e"em(pla'I' .deJil:e a ' cada Estad.o rot€ll"es- abundan.0ia do :produclo, como a sua, '
" sado, pela Resolução ri. 425, de , 31 ' de
,

principal · causa, constituindo o melO <'.


. .
,
.
" ,
.

Ju}ho ultimo, foi apil'rovadá pelo Con-. em que 'se : elaboram muitas das . ,

" ' gl'esso deste, ,


Estado, senlIo concedida culações que, lhe aggravam os , effei- ," ' ,

.. aei Governo a 'autorização para ,abrir I , tos.


. . '. _. '. .-'."
,'- ...
. . . . . - ...
" " .- , ,.. . ....
'. . ."'
, '-',:."-- , '. ... - -
......
'.
'
.
. . ' .
- 145-
~

. quanto tem a desvalorização .fies do Congresso Legislativo. Não


'. eu fé enfraquecido os nossos ele. . podendo, porém, applicar-se a medida ~

economicos e financeiros, e que sinão á parte da safra de 1902, q.ue


.
falhar os recursos que ainda poderia ser apanhada pela nova Lei,
a situação da lavoura~ desegual, injusta e improficuamente,_
1899 tem o Estado decretado entendeu-se conveniente adial-a para
>videncüis no sentido de desenvol- o anno càrrente.
o credito real, já existente, e de Além desta razão, occorre . a cir-
o credito agricola, por meio de cumstancia de não prescindir do ac-
institutos garantidos pelo The- côrdo com os outros Estados producto-
.
res de café, a exclusão (dos merca-
de execução, actualmente, a dos) de uma parte das safras, sob pe-
1902, ampliando as. garantias na de vir eUa a constituir um anus
}avor dos capitaes que se incorpo- parcial e sem a totalidade dos seus ef-
nos estabelecimentos de credi- feitos.
Esse accôrdo foi entabolado, e pen-
regulamentadas e postas em samos que ha-de realizar-se, depen-
a lei qne criou o imposto so- dendo, naturalmente, do voto dos le-
novas plantações de café, a contar gisladores.
~

: Janeiro do corrente :anno, e a· que Quanto ao modo, divergem as opi-


o imposto de exportação sobre niões, pronunciando-se uns pelo im-
acondicionado em involucros de posto prohibitivo e outros pelo impos-
ou algodão, afim· de estimu- to in natura.
estas industrias. Esperamos fixar brevemente o accôr-
primeira fixa o limite da produc- do em todos os seus pontos.
do Estado, fornecendo a base cer- Não tendo logrado exito as dispo-
"-para o seu calculo,8. impedindo sições anteriormente votadas com re-
plantações, valoriza ao mesmo lação á instituição màis completa e
as já existentes libertando equitativa do credito· agricola, accen-
• •
lavradores do circulo VIClOSO em tuou-se o pensamento de accreséent.ar
se acham de abrir, com enor- ao mechauismo estatuido nas leis exis-
onus, novas culturas, como meio t€;ntes~ que, entretanto, observam as
manter os trabalhadores para as melhores normas quanto ás institui-
já conservam com difficuldade. ÇÕ€S deste genero, de caracter regu-
influencia sobre, os stocks ac-. lar e permanente, disposições que at-
que aliás não estão bem t6ndam com mais celeridade ás urgen-
ha-de ser real, embora cias do momento.
ou menos lenta, dependendo tam- Estas duas ultimas questões e ou-
do movimento do consumo, que tras referentes á navegação costeira
realmente ascendente. e. aos impostos inter-estaduaes
.
que in-
Agita-se, ha muito, a questão de constitucionalmente criam barreiras ao
o q~Ja.nt1Jm das safras a ex- eommercio, e os a;ssumptos

concernen-
pela exclusão do café de bai- tes ás· relações com os mercados ex- •

qualidades, por meio'do imposto ternos, são o objecto da presente ses-


ou do imposto in natura, são extraordinaria. ,
é, pela eliminação de 15 ou 2 O % o Governo conta com a reducção
café a exportar. dos fretes nas estradas paulistas, já
A idéa foi estudada com muito in- para a safra proxima.
teresse pelo Governo e pelas commis- Antes de terminar esta expos::z.çao, .-
,
;;:ô~:~":~;~:"i:-:/. <· :;·, ' ~,i.;"'~< , ' . "c''.'::_',': . ';,: . , ,"".'.. ':.':- :: . , '
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,,' .
,
'"0''". ''' .

f?·::'. dêvo
.,,, . dizer-vos, com franqueza, que o plementares e da estabilidade dos t ra-
~;7"ip(>der pUbliCó não terá muito mais a balhadores, Cabe-lhe tambem influir
~., " . " .
'>;> ~azer além das medidas e~boçadas, e nas rela'ç ões commetciaes, ' impedindo a
,'..,'".. .
"i~ '.~õ:\ nem
" ,

x> __ o - estas mesmas 's erão proveitosas.


.' •
falsificação e o descredito do produ-
t;·· .- '
-: , .. ··.St a pro pria ,soCiedade, em relação á
-' "
cto, ,ampliando o · consumo interno e ·
são ellas decretadas, não,
se col- externo, promovendo a eliminação ' de
das suas disposições, o bstaculos á liberdade de transito.,.
,',: .
> , • .
';"
, .
,
Tratando-se, de phenomenos de or-
.
. de communicações. ,
. .'.-: '.
"
;'v:,
." .... dem . economica e commerClal, a lei
.
Só . a acção collectiva,
.
resultante da
'·?/. .apenas abre os caminhos, acondiciona associação ' dos esforços individnaes,
. '

;. ; ", ga~ante os movimentos, mas não pó- mesmo co m o auxilio. official,


. poderá.
'<, ne substituir a acção indispensavel dos tornar efficazes as medidas que a si-
,. -.
\::;':-individuos e da sociedade, que consti-. tuação reclama.
" .. ," ..
-,,:, túe o fundamento fecundo de tO<las O exemplo dos outros paizes offere-
Y\"
;1 . ·. a~ operaçoes. ,
I - ce ensinamento proveitoso.
~_:'.". ,

:'-;':';.. Si a sociedade é inerte, a lei se con- Ent re nós, . o assumpto é conhecido:


"

~~·tj~·:: verte
~.', ,

em letra morta, ou a sua inter-


'
por estudos e planos de cidadãos com-
,,' .
.
''';'''~ '
petentes, e já tem sido objecto de lar-
,'i ':,' ;venção é ruidosa, prejudicial_
",'"" \
ga propaganda, até constante de do-
" .. Entretanto. o que prese:ncl.amo5 e o
.>.. ,".. , ,
_ .
.p: proprlO meIO em que VlvemOS
. .
de-
. cumentos officiaes .
{C , ... ,f

:ç:;',: 'I Donstram a


pujança , de energias ' e E' opportuno tudo Isso, e .acredita-·


: . .
~,,: ~ ,

;::;<....actividades
,

preciosas e effectivas, mos que veremos brevemente os Ínte--


. .
<c:
~

...:_, .'.'. /El'Iia>s crearam :riquezas mO'.r;aes e


ressados lançarem mão de tão util ins-
trumento em profícua campanha e pe-
;':".';;"'."..':;."m 1ater.ÍJaes ' adru,jiraveiS;
. ,
,co D,s tituiram
'· l,,·. , los prOCessos praticos que as aspira-
:::.",:io .Um centro :cubto e pord€iroS{), ,cujo trá-
ções e as conveniencias geraes im-o
·/X·b;'lJho cootribue para as maiores ac-
:;;":'. , põem . .
M:;', 'quisiçõe,s doS' valores reaes que e'qui" .
Senhores Membros do Congresso do '
Ê.\,,: -, libralm a;; nossas finanças ~ cou'Cone
'.C~ .
E stado.
'://"
-.,...,',-, .. ,..'.
r.9,m eêre.a da setima :p arte da receita
, '
A' vossa sabedoria é entregue o pen--
i:'>cc',:·federa1>, :am impost<ls, arrecadando ,
. .
samento do Governo,constante da pro-
;t~:a.índa pouco menos '!>ara aS' necC'Sl&ida"
>c_o; " •
.. .
posta que acõmpanha a presente men- ·
"~':
""" .0
d,"
es.!lo,caes,
," "
I .
sagem.
d;';' Estamos certos de que estas forças •
~ --. . . De voss o patriotismo ' espera o . Es-·
;1!':>.·l).ão s ~ hão de estagnar e se volverão
tado que fareis o que melhor corres- ·
;:X"'" é om .em'penho 'para os pontoR que as
" '. . ponder ás necessidades publicas.
J;\ (: solicitam.
o"." -. •
_.--
~- '."
Palaclo do Governo do Estado de-
>":,
- .'
.'
Cumpre aproveitar os beneficios 'que
'. . . São P a ulo, 5 ' de Março de 1903,
'\(Y,'ó fferece o principio da associação, já
,~"-:', , Berna.m ino de CamJ>Os.
,,~. 'traduzido em lei, em 's uas varias fór-
:.,;'.. ' . --
~'i, ..
\,." '",':
.>·:mas. '.
.
'; "" . Póde elle ser applicado com vanta-'
>' , ._ •••.

:{",gem á organização do credito, descen- PROPOSTA APRESENTADA AO CON-·


,;...'.', ,' o . '
GRESSO LEGISLATIVO DO ESTADO-
?; .
....
. traHzado em suas modalidades locaes;
,<', -
":"' "
!/;.
. '
DE SÃO PAULO
.. ~ organização do trab~lho, no intuito ,

:<de alliviar o custo da producção; ao Artigo . 1.. - Fica O Governo auto- ·


'':: emprego
~ ,l'.. .
da machina e das
'
noções -
das rlzado: ,
,

f;;-,
:-,
sciencias natnraes; it fundação de no-
::.~.
I A criar nm imposto até 20 %,'
'" .v, as culturas como fonte
.:,.' ", . 'de rendas sup- que será cobrado de 1.0 de Julho em.
< o""~
--

,
. ',> .0 '. ;;",.- .~,;~ .. _ ./~::~";~; ..~;,,."'.;'.,,~,;:-::._' _ ," ,':' <' "-,/'; ':'_:;;.::;":_-"_(.:_:';-":"';':";':"":_::"'," ':::;::.-.- :'-'.:._:':'" .' .. ,\',,", ,'" _;"'._,' :'-;0-":,'::,:, ,_ .'
.' .' "--:.;':--,;' .... ,.. _.,-,-,,' ' ....... - ,',:--'. :-'., :""'-"-'.. jJ,"i:
.'. 147-' ' ", ..
.' ,'.'

.' .' .'.' ' o .. .'.' " ;;

in natura.' sobre todos os cafés o Banco de Credito AgI'icoIa no prazo ."",-«i


..
-'-':_<f!J{/)nl"tar; ou.' ad valorem sobre as marcado pela lei n. 865, de 17 de De- , . ,

<baixas, calculado sobre o zembro de 1902, o producto do impos- •....
• •
pauta official,. sem preJulzo to de transito será applicado ao servi-
. 'c.'
1m postos existentes. ç(' de iuros, amortização e dlfferença
H 11 ico Na primeira hypothese, o de cambio, resultantes das operações _:"
a.rrecadado será eliminado pelo . autorizadas no artigo antecedente' e dá
que fôr adoptaào. subvenção a que se refere o numero
,',- A punir, coin a multa equiva- ui: do artigo i.'. ,
,10 décuplo do valor do p:rodu- Artigo 4.° Os auxilias aos Lavra-
àS misturas feitas no sentido de dores. serão prestados sobre primeira
• iII udida a disposiçãO da. segunda hypotheca de imtilov,;eis urbanos ou ru-
to do artigo L'. ráes, sob penhor agricola, com garan-
- A conceder ás companhias de' tia subsidiaria, a juizo do prestamis-
de
.
cabotagem a subvenção ta,. sob caução de acções de estradas
.,.[ até a quantia. de ........... . de ferro ou titulos da divida publica
: 000$000, desde que ,reduzam os federal ou estadual, por intermedio
para o transporte do café, do . e com responsabilidade de bancos ou
de Santos para' os outros Esta-
.
de 'syn>dicwtos agr>col,a's aPlp,roYados; ,pe' .
. '.' da Republica não productores, des- lo Governo, C01U a fiscalização qu-e fôr
artigo; de accôrdo com as tarifas estabeleçida nos respectivos contra-
forem pelo mesmo.' Governo ap- ctos.
Artigo 5,' Nenhum auxilio ou em-
IV A criartypos officiaes do ca- prestimo a lavrador excederá de cin-
para regularizar a cobrança, de coenta .contos de réis, juros não exce-
• •
que os superiores •
sejam menos dentes de 8 %. inclusivé commissões. ,j

do que os inferiores, gradual- Artigo 6.' Os emprestimos hypo-


thecarios não serão feitos por prazo
- A providenciar sobre o estabe- maior de tres annos, sendo pagos os
de torrefacções para 'explo- iuros annualmente e amortizados em
(
e propaganda dos cafés torra- prestações de 20, 30 e 50 % do capitaL
no interior do Paiz, livres de im- .' . .
§ unico - Sendo o emprestimo rea-
inter-estaduaes. lizado sob penhor agricola ou caução
. .'.'

VI - A auxiliar a fundação de ca- de titulos, o prazo' será de um anno, .,.


commerciaes ou industriaes no ex- prorogavel por mais um, . a juizo do
mediante protecção e favo- prestamista, si o mutuario amortizar~_
do Governo para venda dos ca- 7 no minimo, 50 % do valor da divida.
,'-, '
Artigo 7,0 Fica o Governo auto-'
A fiscalizar, rigorosamente o rizado a entender-se com o Governo
de café torrado e moido, da União, para o fim de promoverem " :' " ,

qualquer mistura ou fal- a reunião de um congresso infernacio-


nal de agricultores de café nestaCa-
..
Artigo 2.', E' o Governo autorisa- pital, para resolver sobre o . melhor
a despender até dez mil ,.! contos
. de' meio de., defender a cultura, producção " ,
para auxiliar .a lavoura de café .
e consumo deste genero em todos os" •
Estado, podendo para esse effei- paizes.
fazer as necessarias operações de . Artigo 8.' Fica o Governo egual- .
dentro ou f6ra dopaiz. mente autorizado a entrar em accôr-
• . .
Artigo 3.' - Caso rião se organize do com os governos dos outros Esta- "
: ':' : .
, , , ",
.
"~

,
,
-'-... .
-,' .- . .".'
. .;'-;" . ..... - . " . ' ".
"',,'.-
,."
-.', '.' .... ,
, 148 - ' ,

dos productores' de café e da União, successivamente


, confiada a chefia dos
."
- '.- para a valorização
.•...
,

,
deste pro dueto e
",
,
serviços policiaes .
sobre a materia constante dos artigos
Administração policial- Estes ser-,
, , 1.0 e 7.°.
.. ...

jf"'>- . viços, levados a efteito dentro das con-


..
.. Artigo
," 9." - Revogam-se as dispo-
dições de, que o Estado dispõe, e que
'

sições em contrario. ,

Pala,cio do Governo, 5 de Março de


se vão desdobrando de accôrdo com
as suas necessidades, continúanl a real-
. ,

1903.
çar a nossa administração, já pres-
-- .
'.'

Bernar,dino de Call!-pos. tigiada por honrosas tradições.


' ..',. '.
".::
-,,'-,
'
-
• FOI'ça Publica Bem assim,' a for- .
· -'-.;
'." .
·__'.-.
o
, ",

•••
. • ça pUblic3:-, com um de seus principaes '.•
,
;'.' , .
Senhores Membros do Congresso elementos de acção, organizada e fixa-
".' ':' -
Legislativo de ,São Paulo. 'da segundo as leis que lbe dão effe-,
ctividade, continúa, por sua disciplina,',
C, Em o bediencia ao preceito consti-
.- " .. a prestar reaes serviços á ordem e á
tucional, venho dar-vos conta dos ne- , segurança geral.•
:,'
'.,;...
,goeios publicos do Estado e indicar-vos
Carece, porém',' de' reforma o regu-'
a.s providencias que me parecem di-
lam,ênto vigente da Força Policial,:
:';
,..
',' gnas de nota, a bem do interesse de
,
quanto ao que se refere ao julga-'-
..
'
,

sua administração.
, mento dos officiaes e praças, Ja am-:", '

'.' . . Ao iniciar este trabalho, seja-me li- pliando as funcções do Auditor, que '.
" ..
· . " -' .
cito congratular-me comvosco, por vos actualmente se limitam á simples fis-,
ver de novo reun'idos, reunião de calização dos processos, e já excluin-',
'.'- .. cujas sábias e patrioticas deliberações, do da alçada dos conselhos de Justiça ';
tudo se deve esperar para o. -engran- crimes communs, para que não te- :-
.- '-.
decimento de São Paulo . nham dous fóros diversos.
Obrigado por grave incommodo de Institutos Correccionaes Foi efe-:~
saúde". tive que interromper por mais cutada, em parte, a lei n. 844, de 10,;
de uma vez, o exe'l,:ci-cio ,da Jtlresi!deDlcia,'
. ',-'; ~

de Outubro de 1902, pela installaçao.j . ' ..

d" 'e que me ausentar para a Capital Fe- do Instituro Disciplinar, por ella crea-)
;:' 'deral,. consoante com a faculdade le- do, tend,., lficado para wmla época d'p)]
:: 'gal respectiva, tendo sido substituido mais amplos recursos o estabeleci-':;.:',
"> /pelo honrado e distincto Sr. Dr. Do- mentó da Colonia Correccional, que,;
," mingos Corrêa de Moraes, Vice-Presi- virá completar esse util e tão preco-!
dente do Estado. Dizado systema de -regeneração de me-:;~
;'"
... ,Nesta exposição, inclúo, tambem es-
' --'
nores passiveis de punição legal e de ','
'.... ,' ,se periodo administrativo. repressão da v a d i a g e m . -
'- , Ordem
,,- Publica Devido certamen- O Instituto Disciplinar foi inaugu-_';
',,'. .

te á reconh.eeida' indole calma' e labo- rado a 2 3de Fevereiro de 19 O3 e, a,.


:'i'; . /.
- -
, 1'-
ti, .
"

riosa . da população e á solicita vlgi- 31 de Dezembro desse anno, contava ·i


-,o::
- ".
.'
laneia das autoridades.
,.
competentes, já 35 menores internados. E favora-,
;- '.-.
;c .. ' .
nenhumõa perlunbação séria tev:e DO .veis têm sido os trabalhos de explo-;
, .' : Estado a ordem publica, tão nécessa- ração da Ilha dos Busios, cujas con- .,.
~ .

,ria ao desenvD1v,imentú ,de sua acttvi-


, . .-

dições vantajosas a' indicam para séde , ;


dade ,prograSiSi!lita. Grato é salientar, a da Colonia Correccional.
. . - " " ,
,:.--.- J udicial'ia,
Organização- Magistra- , "'.
· propolsitD, o vaiDoSio concurso dos de di-
'
.
,

imdos fun-ociona;ri(}s, aos qua-e:s (esteve tura, Juizes e' Tribunaes A nossa o::
, ,

· -"
.- .'. . ' . .'
, , ,

.-':, .- .
, , .' . ;;,
. ..
,', ,'.' ,' " " ,:, ..... '..-.'. . :...' J . . .'.. .,<.'., ':'
, ',' , .".' ...'.
', ' . '
, ~ ,.' "
\ ,,'
..... '
: , :- c. ~ \

, . -' ' ~ >'', ' "


· ·..
• • .
- '- -
• o•
judiciaria, posto · que com Ho·~piciode Alienados Tendo fi- " ', o

integridade,c~mpetencia e pa- cado concluidas as installações prin-


. 1110 tenham ·os, seus orgams d.e - cipaes do Hospicio de Alienados e da
.
lJ'mhado a· elevada missão que lhes Colonia Agricola de Juquery, [oram
• •

., . ... tn he, precisa de reformas que lhe para · lá transferidos todos os doeutes
..- .". . , !lIam, como · medidas de grande Que se achavam no antigo predio des-
, .'
'
ta Capital, de maneira•
que, a 31 de
uma nova Classe de juizes di- Dezembro do anno passado, já aquel-
.
'. aelos, que forme o primeiro gráu Ir, estabelecimento asylava ·751 enfer-
te da judicatura, verda- rrlOS de- aro bos os sexos.
.... . e indispensavel aprendizado para Para ultimar
. o plano geral de cons-. .• '"

eSllinhosas

func·ç ões e, ao mesmo trucção desse estabelecimento, faltam
, mais adequada substituição dos apenas os pavilhões destinados ao traJo .'

de Direito,,,. tamento de doentes de . molestias in- .' , .' .'

melhor, menos dispendiosa e tercorrentes.


completa .
· d·is tribuição da justiça, Instrucç.ao . Publi';" A instrucção .'

meio ele li ma nova classificação publica do Estado mantem-se no nivel
elas comarcas, supprimidas a que chegou, nesse grãu de adeanta- · · "
([ue forem desnecessarias. mento que tão merecidos encomios lhe

: .... ,. Antecessores meus: já tiveram que tem grangeado. E, para que ella mais
quanto ao que convinha fazer , fl'uctifique, seria de maior corivenien-
,;' -",
necessidades desse tão eia que se· modificasse· a actual dis- ·

ramo do · Poder Publico. tribuição das escolas (que não satis-


Ji'oram providas, ' na forma da lei, faz os interesses do ensino), estabele- " . " ," ,

· .. ' ,' .

vagas de Juizes de Direito e· de - cendo-as e classificando-as conforme a · . .' ,',:,


nistros do Tribunal de Justiça. importancia das localidades e m que ti- ·· :. .
"

o ..
Saude Publica - A febre amarella verem de funccionar e segundo as ci- ,.'/"( '."'. ,

a peste bubonica apparecel'am em fraJS 4e sua pOlJlu,lação. . Assim tam- .:; ...
\ .
pontos do Estado, nOS quaes, !>em, para que o· nivel do ensino pu- . ·".':.
",:..: . ,

.'~
,'
';

. .'.' --
as devidas providencias, taes blico seja egual em todo o Estado, <'c.,"'
·. "

não . só não se alastraram; e para que equitativamente se con- . .;'!.' '


· . ,
,,',
,

(o que ainda é melhor), foram sultem os interesses e a !donei- ; :;, ~>,\

debelladas, assim se confir- dade dos professores , um tirocinio ra- . ,;.;.._:


mais uma vez a excellencia do zoavel .' nas escolas
. do Interior ,teve " J"'. ,

ser condição para o provimento 'das . <.:...' ,


o ". " .

Set'viç.o Sanita.J'io, Qll'8 continua a ·

. . perfeiçoar-se pela observação, pelo cadeiras da Capital. Além disso, essa · . :'.'
do e pelos ensinamentos scientifi- medida terá outra consequencia bene- · :::;."
que diariamente nos vem ,dos cen~ fica: - - a procura das cadeiras da ::';! ',' "

éultos ·do extrangeiro. Interior, hoje vagas em grande nume" ' :;,, ,:.i
.. ;

ro e com -. graves prejuizos ' para o en- .::\...


:-'~
',-

Foi assim, por exemplo,



que. grande " . '
·



sino Ideal .. a que devem servir . ~" .
.. ," ,,;\
adveiu para São Paulo . da atti- , ,., "

assumida · pelO Sel'viço Sanitario; A Escola polytechn.ica, os gymnasios.' ·· ) ::


. - : '':;'. ':;:

que surgiu em campo a questão -as escolas NornJal e . complementares . ~:~


. o • ,
:. da descoberta scientifica" do transmis- do Estado continuam a dar os resulta- . ·.....". '
• •
"
dos que lhes justificam a creação.
,','

.. 801' da febre amarella, attitude essa " , .1


, ,,- , '''' '-
" ..
. · que, ao .mesmo temp'l, se acercou de Estabelecimentos dtverso~
:- . : tCldas - as providencias accessórias im- m.e sma forma , vão tambem
, preencheu.. ..~ . ~:;', " ,-(-
. , " ,

postas pela · referida descoberta . , do .os · seus fins a Bibliotheca . Pul)lica, " . '...
_. -
-.- - " "
, - _,. ,
~,
, ,
. '., '
--,
." , ' '. •
, ,

-. .
, "

'
, ,,
O Seniínario (ias Educandas, o · Museu nomico, forneceram grande
,
,
'

PalJlista e oDiado Officia! do Estado. d!' de sementes , e , mudas, cujo



, , pÓde ser estimado em 24:000$00
Eleições Com a devida regulari-
despesa essa que renderá um
,,/ .: dade e &em perturbação da ordem pu-
," cio de valor multlssimo maior,
blica effectuaram-se as eleições para
que se considerem: não só o
. ,,'
o, Congressos Legislativos Federal e
estimulo que vai resultar da
Estadnal e para presidente e vice-p,re-
, desses productos por todo E s ta do,
: '._ r

(;idente do Estado, no proximo quatri-


mo 'Os melhoramentos obtidos e m
·""--- --,.. •
ennlO.
-,.
" "
'-
,"
, ção á quantidade e qualidade de
"

" Agl'icultura - A situação geral da gumas culturas. O de Igliape,


· agricultura paulista, ainda grande- ae , Aprendizado Agricola,
-- . .
" .

· mente affectada pela crise do preço


,",,
,
.'

,
attender principalmente ' os
-. ., do seu principal producto, o café,
,
do ensino pratico lá ministra do,
não foi bôa durante o anno de 1903. pôde obed.e cer o '!lIesmo, plano de
, ,

Entretanto, assim postas em tão dura balhos do Instituto, Agronomico;


-
o- _
·
pt'ovação, as energias da nossa lavoura
.,' . ,
cupou-se, entretanto, durante o,
-, ,
,

,
,
não desmentiram os conhecidos ele- -de diversas culturas e, COlll
mentos da sua vitalidade e resisten- ,dade, da do arroz, muito propria
,
da, que tanto vão contribuindo para la zona. Na de Sorocaba, for a m

o advento de um periodo ' de mais 11- ctuados, Para ' preparai-o , os
songeiros resultados. de installação e adaptação da
O serviço agronomico do Estado, de ' offerecida pela MU,n icipalidade.
accôrdo COln a respectiva auctoriza- , '

No , Instituto Agronomico

ção, foi' r eduzido de seis a tres dis-
rom os serviços de gabinetes e

tl'ictos, cada qual com o seu inspector. ,
torios, ,para estudos e analyses
.,', Institutos Agrícolas Pela Escola rentes a questões praticas da
Pratica Luiz de Queiroz~ que inicio u , tura.·
, o anno lectivo com, ~9 alumnos, fora'm
'. , . ,No Horto Botanico os trabalhos
conferidos 7 diplomas aos que, comple'-
,
reram como de costume.
.
-,- taram seus cursos ; e a Fazenda ,l\10-
,

, delo, a ella annexa, continuou a , func- .o serytÇO de distribuição de ,

clonar fiei aos mistéres do ensino tes e mudas, que a ugmentou


-- . ' ..
e xperimental de que está incumbida., dinariat;l1ente -esté anno, accusou
-:- Foi ' creado em ' Iguape e está em seguintes algaflsmos: remettidos
. ' funccionamento o Apl'endizado Agri- correio e .pelas estradas .
de, ferro .

cola, que tem, por fim preparar , cul- 20.121 volumes de sementes,
e , ' tlyadores aptos 'para os diversos traba" por 18.322 peasôas é com o peso
lhos das propriedades ruraes, tendo de 28 .632.935 grammas: 125.8
,' em 'vista os elemen tos theo'ricos e ,os mudas ' a fazendeiros e a Camaras
" ' preceitos praticas do ensino mais fa- nicipaes. ' 16.157, para arborização,
',cU ·'e, mais proveitoso. ' 258áryores fructiferas.
,
'. .,. '

Mantiveram-se em constante activi-


,

-'
','

bnrnigração
, P equeno foi o ,

·...,.. da de 0"8 campos de · experiencia"· d ~ que •


· . menta' immigratorio relativamente
o Estado 'actualmente dispõe, e ,que annos anteriores,
,
porque foi
estão localizados em Campinas, Iguape ,

de 18 .161 entradas. , das quaes


'

' .e Sorocaba~ , "


immigralltes esponta neos e 229 de
.' ., .' " ,

Os de Campinas, no Instituto AgI'o- sidiados,


", --.".... , ',",.-
......
,-
--,.,,
",-' ,,, ',,-'"
'."','"-...
-", .... " .-', ,',
. ,
'".-' "< .,.'
. , . . .-. ·;·c: , .. . - ','
>-
-
• " ,c"o

.. ' .-

.' -. ' .•

Nucleo$ .Agricolas - Pelo Decreto Quanto a ,eoneessões de ootradas


1181, de 13 de Dezembro ultimo, ferro, só houve uma, e essa para·
modificadas as .condições de pa- gar a pOVlOação d'S M'Boy a esta
:ut, dos lotes do nucleo Campos pita\.
extincta o foi tambem a admi- O trafego nas linhas concedidas
da Colonia, por causa de ter Estado foi proporcional ao dos
a sua verba reduzida pelo orça- annos.
::;,i !€lltO em vigor. E, tanto nesse grupo,
Navegação - O serviço de
nos demais emancipados, conti--
nos. rios Piracicaba e Tieté não' :.-.-',:: ""
o movimento de concessão de .

• como seria para desejar. devido, não --i-'_<-:;


lotes e de 'pagamento de debitos
só á falta de agua no primeiro daquele /':
·colonos, tendo subido a mais de
les rios, mas tambem a outras falt.as',:.-':":;?:'·
: 000$000 as iml?ortancias arrecada-.
que serão corrigidas 'por
"-deq uadas.
Commissão Geographica e Geolo ..
. Correu bem, no emtanto, a
Não houve interrupção nos gação entre Santos e Ubatuba.
da Commissão Geographica
Na secção topographica Saneamento de Santos _ Tendo
vista que o Porto de Santos é
o serviço de levantamen-
a. ·unioo r·egu:lar do Estado, e ,,-om
da zona
.
entre este Estado e o de
inas-Geraes, e proseguiu-se no que teza o primeiro do Brazil, pela
refere a outros po.ntos do interior,cidade e perfeição das suas
operações numa área de ções e apparélhos maritimos e , ainda;,:::);'.-,,:
kilometros quadrados, cifra que, pelo volume e importancia de seu mo~·" ..
á dos levantamentos an- vimento commercial; 8, mais,que
já a totalidade de 75.610
trava como uma das principaes
dições de salubridade daquella
,a realização definitiva do. seu serv,Íç(l
Na secção geologica foram feitos
de exgottos, incompleto e defeituoso
costumados estudos de terrenos e
desde longo tempo, não duvidei
gabinete, ora de min~r~s,. ora de
abrir uma excepção ao severo
estudos de grande interes:se,
de economias que para a minha
particular para S. Paulo, quer
nistração havia traçado, de modo
.para o Brazil. para todo o
pUdesse levar a effeito, consoante
scientifico. Na secção
".
bota- •
a melhor orientação a proposito,
N>d'o o tra'ba!.ho
serviços de saneamento que alli
; á <coofidellação _e &'con·serva.-
estão executando.
do nO'SSQ Herbario.
E que não exaggero a
. Estradas de 1!'el'l'o e Navegação - desse po"rto, vê-se dos seguintes
.31 de Dezembro, a e.xtensão total das officiaes: o relatorio do
de Ferro, em trafego no Es-' da Fazenda da União,. no anno
era de 3.739, k .. 010, tendo sido e os trabalhos de serviço da
inaugurados' mais 200 kilome- ,

para o movimento total de

Companhias Paulistã, Mogy",na, e exportação realizado pelo porto
SOI'ocabana· e Ituana,. e' Dou.. Capital Féderal, no triennio de
fizeram, durante o anno,cons- a 1902, a "cifra de 1.059.533:067$00""
e melhoramentos em trechos o que produz uma média annual'
,~,
o,. .
...
, IU.d. concessão estadual. 353.177: 689$000, e, por outras
i C,- .-' ,
'::;.:;,-'_<.'.> ....'~.' :·,"; 't:: :,':i:,\';';.", -.;-:: ':' . '":' .~ _. '." -. ;.'.:' ':.;. ," .:.:. :'"'.-:,"',',:" ;: ",':'.' '.' ";' :.-•...:. .' :,'-0'-;::'.::'," .- ,.... .,.,' •.":-- ;"",.,' .',, .. ,',.'.., .... .... --: . '" . ,."" , ,, ( , , ' '' ' ' , ' . . , ' . ' ,,' " , "
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mações coibidas nós. relatorios das Se- Anneis finaes para esquelet,?s
-
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ereta rias da Agricultura 'e Fazenda des ~ de virólas. . . .
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>- '
" te Estado, verifica-se que o •
mOVlllJ.en- Tu bos fabricados 1. 716 m 572'
to de importação e exportação, pelo Virólas fabricadas . . • 572
;
' .. ..
porto de Santos, no mesmo periodo, Para o serviço de transporte· de tu- · "
,
~ .:

: ---
. . attingiu,
.
.'.:
a 1.073.773:
. . 965$000, o que bos e de movimento de terra na CODSw"'...
'"- -.
-, -- dá a média annual de 357 .924:655$000, trucção do collector principal. foi cons- ..
~' ,

;~ .... superior, portanto, á do porto da Ca- truido um tramway, que é


J=-- --': pital da. Republica. por duas locomotivas e doze vagões. ': ,
:- ' . Para esse serviço de saneamento foi
. Têm sido penosos e atribulados
,'cc " . .
\',:, nOllleada uma. commlssão de mais alta
.
trabalhos do coIlector, que óra s e
,~ ,. '
competencia, e cujos trabalhos já rea-
. tendem por mais de 1.400m,.
7-
- - -- ,
-..' _lizados são os seg uintes: a o terreno ser composto de areia
., .,~ Na secção de construcção, e para e movediça, COIU grande quantidade
.- -
.:;

".--- - as novas obras, procedeu-se ao estudo


__ o •

",
,
agua, o que exige forte e '
,
, . de projecto que comprehendeu as se· .
- ' e"gottamento, n oite e dia.
,
guintes operações: Na secção de cus teio, continuou
,.
.. -- .
a) Unha de ensaio do colIector ge- •
serviço de conservação da
rai, cujo levantamento foi começado
, r ~ de de exgottos e da fiscalização
·.' .' .
'.
em fins de Dezembro de 1902 e na
.
,.'
, :---' -
-'
abastecimento de ag'ua feito pela
··
. '.-
qnal se mediram 9,487m42; of Santos Improvements Company.
,:'- - ~

, .- b) creação ·'\ie uma linha do col-,


, --
0_'; _
No serviço d e conservaçã.o da r êde,
~~:' . .
-- . .
lector geral, iniciada em 25 de Janei- foram realizados trabalnos de
-" - .

ro da anno passado e que ficou 10- trucção, prolongamento e ' rebaixamen- · ~'.­

cada ' em 8.320m; to de collectores, tendo funccionado, · ·
.:.-;. c) levantamento topographico e
.' •
; -;- '. . , sem accidente s ério, as bombas de ele<.'
· . - ' "
planta cadastral da cidade · de Santos,
,
.. vação.
: ' na , qual foram medidos 203 .306m e •

~:-, --; O serviço de 'Ítbastecimento correu '


': •• : encontrados 5.208
'--'1--·
._ ~ '- . .
~: '-~-\- . ; urbanos, servidos por exgottos e 1. 547
predios, sendo 3.668 '
. regnlarmente, não tendo havido a cci-

dente a'ig\1:m nem interru-p~ão na~ li_
i ' suburbanos. nhas .mdiductoras.
Foi feito tambem o levantamen to
O serviço 4e r emoção do lixo con-
. .-...
.y . .
--' '.'
topographico das ilhas Urubuquiçaba
tinuou a ser feito pela Camara Mu- ' :
.

~, . , e Porchat e sondagens e observações •


- :'~-'--- - , , nicipaI.
." ... , de marés junto ás . mesmas ilhas'; e
0--
. ~

, ,

" ... ', plano da nova rMe das bombas de Obras Publicas Dentre a s obras
· .
elevação. auctorizadas . o anno passado, merecem .: -
. . .

No serviço de ,fabr~cacã o de· tubos d e especial menção. por sua: i~portancia, .


:V- '-. cimento armado foram preparados: as seguintes: construcção do grupo es- .:
;:-.' . ..

Anneis de resistencia para os colar do Rio Claro, adaptação do ·e.di-


..• ,

.C;i" .'. .• •
-i)- ~ ':- : tubos ' . • • • , 21. 8 03 ficio para o grupo escolar de LoTena, :!
:j{::>'- - Annei-s de _resisten c i~ para 's erviço de exgottos no grupo escolar' ,
ÚT:_- ' ~ , virolaa ·. . . . .' . 7.521 de Jaboticabal, melhoramentos no gru- .~
--"'..
" 'O'. -'

j .•' Barras para esqueletos de tu- po esoolar .dó Braz, r€il>aTOS na ES<)ola
,
'0>:"".:"
"--::.: bos . • • • • • • 2.657 Com'llllementar de Itapetinin,ga, r e Da ..

•. Barras• para esqueletos de vi- ros e melhoramentos nos grupos esco-
- .'.. .
,

".
c' ,'-'
.
rólas , • • • • • 42.498 larês de Guaratinguetá,
, Mocóca, S. Ro- ·
Anneis 'finaes para esqueletos que, Amparo, ·S. Luiz do Parahytlnga,
, •

de tubos • • · • 1. 746 .' Taubaté, Espirito Santo do Pinhal , Ita-,




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S, Carlos do Pinhal, .Mogy-mirim, res de Araras, ' Jahu', Ribeiráo Preto, .


Jahú Araras" Ribeirão Pre- Parahybuna, e das cadeias de Santa
'I'ieté; construcção da cadeia de Isabel, Soccorro, Apparecida de Sertão-
e do quartel de Campinas, zinho, Ribeirãozinho, Guaratinguetá,
. ,

e melhoramentos nas cadeias Apparecida de S. Manoel e S. Pedro


pinas, Avaré, Soccorro Capi- d~ Piracicaba; concertos nas estradas
, , . " Plrajú, S. Carlos, S. José do Bar- de Fartura a Piraju',Mattão a Bôa
Taubaté,.
Iüipetinlnga, Sorocaba, Vista das Pedras, Ibitinga a Mattão,
S. Pedro do Turv<>, Patrocinio Espirito Santo do Turvo a Bôa Vista
Cajurú, Mogy-mirim, Ita- das Pedras, Rio Claro a Piracicaba,
' Huquira, Lorena, Xiririca, Espi- Guaratinguetá a Cunha, Natividade a ,
,

do p>nhal; eon'certos nas Redempção, Capital a Piuheiros, Jam-


de CapãoBonito do 'Para- beiro a Caçapava, Pederneiras a Bem-

ao porto de Batataes, Mat- -tóca, ytu' a Porto Feliz, Tatuhy a Rio


Pedras, Jatahy a Rio Bonito, Bonito e Monte-Alegre a Soccorro; re-
lIeira Cesar a Pirajú, Caçapava formas nas pontes do rio , Parahytinga.
Bariry a Jahú, e de Para- em S, Luiz do Parahytinga; do rio
,

aJam beiro; reformas nas Cubatão, na Estrada da Capital a San-


do rio Parahyba, em Caça- tos; dos rios Pardo e Peixe. na, estrada ,
do mesmo rio. -em Bpcaina e de S. José do Rio Pardo a Caconde;
; do rio Pardo, em do rio Tieté, em ParlÍahyba; do rio
Cruz do Rio Pardo; do rw Pálmital, na estrada de Lorena a Bo-
na estrada de Santos á caina; do rio Verde, em Itaporanga;

; do rio Tieté, na estrada de do rio Jurubatuba, na estrada de Sau-
,
Isabel; do rio Parahytinga na to Amaro a, ltapecerica; do rio Mogy
de au:baié; do rio P,araná- guassu', ,na estrada de Pirassununga
na estrada de Avaré; dos rios a Santa Cruz das Palmeiras: do rio
grande e peq ueno, na , estrada Tietê, em Salto de Ytu'; do rio Para-
,' Hariry; do rio Casqueiro, na es-. hyba, em Guaratinguetá ; do rio Para-
hyba, em Bocaina; construcção das
do Capital a Santos e do rio
pontes do rio Piraquama, na estrada
na estrada de Avaré
de S. Bento do Sapucahy a Pindamo-,
Antonio da Bôa Vista.
, nhangaba; do rio Parahybuna. em Pa- ,
as obras concluidasdurante rahybuna; do rio Juquery-guassu', na
tornam-se dignas de referen- estrada da Capital a Jundiahy; do rio
.
as seguintes: hospital de Parahy- Lençóes, em Lençóes; do rio Pardo,
a, hospital de Jacal'ehy, installa- na estrada de Cerqueira Ce"ar a Es-
de exgottos na cadeia de Descal- pirito Santo do Turvo, e do rio Cubatão,
; reparos nos Grupos-Escolares de na estrada da Capital a Santos.
Manoel do Paraiso, Jaboticabal, ..
nas obras executadas por adminis-
Guaratinguetá,

S. Roque, "
tração foram 'lambem concluidas as de
Amparo, e Espirito Santo do coustrucção, reparação e melhoramen-
; . reparos nas cadeias de Patro- tos dos ' edifícios do Museu Panllsta,
de Sapucahy, Piraju', Ubatuba, cadeia da Capital, cadeia de Cajuru',
Casa Bra;nca', Cajuru',- Bro- Desinfectorio Centl'al, Escola B;... nabé,
Descalvado, S. Bento de SapucahY, em Santos, Quartel de Bombeiros e ca-
Piedade, Mocóca, Taubaté, deia de Campinas,
,
GrllPos-Escolares
Espírito Santo 'do do Braz e ' de Araras, e cadeia do Pa-
; edificação dos Grupos-Escola- ; trocinio de Sapucahy.
. . -. .
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,
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,
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,
"
.. , . ,

' Exposição de S. I.,uiz ,


Tendo o de oito milhões de litros de agua
....
",' .
~stado de , se fazer represéntar, por repreza do Engordador, foram
'seus productos, na proxima Exposição
,
um . recurso de occasião para
Universal de S, Luiz, incumbi a Socic- a deficiencia constante do volume
,
·dade Paulista de Agricuitura, Commer- agua, aggravada pela depressão
cio e Artes de, sob ' os auspicios do Go- mananciaes da Serra da Cantareira,
verno, preparar e dispôr os precisos - opportuno lembrar a necessidade
elementos para esse nobre fim.
,
gente que lIa de recorrer a novos
, Essa Sociedade,. que patrioticamente nanciaes' e effectuar novas
.acceito u tal incumbencia, começou por
,
que garantam o abastecimento da
promover uma Exposição Preparatoria pital.
, '
nesta Capital, e que, realizada com O augmento da rêde geral de
grande ,
suecesso para as nossas indus- tribuição de agua, durante o anno
tl'ias, veiu a fornecer-lhe 'base segura sado, ' foi 7.841ms,85, tendo sido,
de selecção , que bem acreditasse os anno anterior, de 9.980ms.,09.
, ,productos destinados ao extrangeiro. A' rêde de distribuição de agua
Tendo o Governo da Republica re- zeram-se, em 1903, a titulo de
,
c'o nhecido•
o bom exito desse certamen, volvimento: 682 ligações ou ,
resolveu escolher um dos membros da de agua, ou mais 138 de que no
commissão directora,, para fazer parte anterior; assentaram-se 302 ,
,da commissão federàl nomeada para a de metal, '6 75 tampos para os
Exposição norte-americana. . mos e colloca-ram-se, para o
'E, assim, vai ter O Estado de S. Pau- proprio da rêde, 17 registros de
',lo ' opportunidade de ' tornar mais co- e 3 valvulas de incendio.
nhecida a sua civilização e a sua ri· A titulo de custeio , no serviço
,
·queza. terno da ,rêde de distribuição,
se 18 mudanças de derivações, 345
Agua e Exgottos da Capital De
danças de tampos, 212 concertos
,
" accôrdo
,
com a lei orçamentaria para ,

,19 03, foi reorganizada, por decreto n.


arrebentamentos e vasame/ltos
~idos nas ligações e 63' na rêde.
1166, de 14 de Setembro do mesmo
anno,. e com economia notavel para Com: custeio, mão de obra,
' .Q$ cofres publicos, a Repartição de desenvolv;1nentb e' trabalhos
, ,

Agua e ExgQttos, á qual incumbem os narios r!lalizados durante o anno,


,serviços de administração" custeio e ram dispendidOs 400:923$840 .
·desenvolvimento de• agua e exgottos ,d a A rêde de exgottos da Capital
• •

,Capital. beu. ' em 190,3. ' um


A secca aaormal que se manif~stou de 16 .. 0l4ms,60, ficando assim
',nos mezes de Agosto a Dezembro 'do a 749.047ms,85, sendo 1.853ms,10 '
' anno' passado, e que .foi geral em todo cc.lIetores e 14.161ms,50, nas
.9 Estado, occasionou despesas impre- domiciliarias .
vistas" com, trabalhos executados em Durante o mesmo periodó, , foram
" ,curto ,periodo de tempo, pará diminuir , gados á rêde mais 591 predios.
,a falta de agu,a na Capital. elevando-se no fim ,do anno, a 20.0
Attendendo-se, porém, a que' essas o numero de predios servidos de
-obras, que consistiram no aproveita- ,tes, nesta Capital.
',mento das aguas do Tieté para o abas- Crise Economica,
,
o periodo,
tecimento da , cidade e na montagem que pela segunda vez, tomei a
-de uma bomba a vapor 'para a elevação cargo a administração do Estado;
. "

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de rigor por parte do Governo, graças Attendendo ás representações de,


,
ao espirito sensato e educado de nossa delegação de lavradores, o Governo
"

população, 'vocou o, Congresso,_ para uma


Comprehende-se que tal providencia extraordinaria que se· abriu a 5
é de caracter provisorio J e que nao en- - Março de 1903, para tomar ,
cerra nem a condemnação da cultura mento dos assumptos concernentes
, ' 'do café, nem o proposito de limitar lavoura e resolver como julgasse
definitivamente a producção, tado quanto ao seu provimento.
A pretenção contraria significaria o A lei n, 866, de 7 de ,Abril de
desconhecimento da economia social, contém as providencias
que não sujeita a quadros prefixados pelo Poder Legislativo, no empenho
a actividade humana, o desenvolvi- satisfazer, na orbita de suas
mento das industrias, a circulação e as necessidades -oecorrentes.
,

consumo dos productos e o movimento . Cogita esta lei da conveniencia


,
, ,comnierciaL impedir a exportação das escorias
Em um dado periodo, porém' e como do café de infima qualidade, de
,

medida que attende a imposições pas- ta com os produetos regulares,


sageiras, a prohibição de novàs plan- nleio de acreditar o artigo. nos
tações de café se justifica, por seus cados e de reduzir os stocks ás
beneficos effeitos, das proporções, contribuindo esta
Assim é que ella conduz os lavrado- . didapara, junetanlente com-
res á concentração de seus esforços combater a pratica,
nas culturas actuaes, tirando dellas ~stabelecidá no extrani'eiro,
,

maiores" vantagens, com menores des- apresentarem como café


pesas; permitte o exame e a verifica- aquellas ruins especies,
ção de melhores condições das, terras' za;d;o' to:d'o oca.fé hom que., entretanto~','
a:proveitaveis, o :que havia sido can'S'tiitue a ,maio-r 'pRl'tp. d'as remeSlS'a~,)'
,

abandonado pela sedueção dos preços com denomLnações 'ou rotu}o:s que
elevados; offerece, no momento, aos di.cam falsas procedencias.
,

,mercados, os meios de, dentro de um Para realizar o seu intuito.


periodo determinado, fix<tr a realidade esta lei dois processos: o
quanto ao algarismo da producção, prohibitivo de 300 rs, !lor, kiloe:ramm
'. ~


Além disto, é incontestavel que, no' ~obte o genero ~, excluir. ou o im

estado evolutivo em que se acha a so- to de 2 O % in natul'a, lnaximo,


ciedade paulista, pódem dar-se, rela- a tota!fdade da exportação.
, tivamente á agricultura, mutações que Qualquer dos dois alvitres
affectem profundamente, a sua situação, o pensamento da lei, porque tanto
já pelo povoamento do solo e pela dis- evita a sahlda do máu producto
tribuição das terras,' e já pela reorga- meio da taxa prohibitiya, como
nização do trabalho, meio do imposto in natm'a, calcula .li:
,

Quer pela
,
enormidade dos capitaes ,em relação a cada safra sobre o quan-,'
e esforços empregados, quer pelo ac- tUID das más qualidades, que' não 'ex-,i,
cumulo deexperiencias e. conhecimen- cedem, na' peior hypothese, a 20 %'.:
tos obtidos, e quer, finalmente, por-: pois é certo que só será entregue
que' constituam o principal fundamen- los possuidores, em satisfacção do im-
to de nossa riqueza, as admiraveis
, ins- posto in natura, o que fôl' de menor.
,
'tallações agricolas deste Estado devem valia, •
'
, ser tenazmente defendidas, e este em- Esta sabia disposição de nossa lei
penho explica as medidas applicadas, ainda não -começou a ser executada -
",-"-,',"
.
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porque os ;)utros Esta- nomillações, obstam em cada Es tado · .


. · .
de café a inda llãoado - a entrada dos productos dos outr.os,
-- ,

eg- llal " medida . . excepto o Rio Grande do Sul, que só · ' .-

Ot;sa lei podeI1'\- , ainda ser au- tributa os g>eneros dos Estados que
pelo Estado os syndicatos e - ta ro.b em lhe sobrec·arregaram O\S seus.
agricolas que se , o-r- Como é sabido, o Estado de S. Paulo
sobre bases approvadas pelo S€:IDpre observou o preceito constitucio-
___ o

,
e cujo . fim seja.: approximar nal que .p rohibE\· os · impostos ~ter­ -- ;-

-d o consumidor. estaduaes, e, apesar de victimad~ pela


idéa, cuja effectividade trará pratica contraria, a~é ' agora os pro·
"'",: ': ,ula.veis vantagens por assentar a duetos dos outros Estados, assim como
",,','
'

"i'"
.. a.gricultura em bases seguras e O~ extrangeiros, aqui entram. transitam
, ' '
.. , . ' '

.- ': . :',' U'.lúl horar' as relações commerciaes, . s saem livres de quaesquer impostos
a .intervenção dos interes- deste Estado ,
por meio de associações normal- Entreltanto, calcula-se, com '!irra.
-O' -
dirigidas . . ra.zoaveis, que a adopção da pratica • •

. > ... actualidade não foi ainda propi- hOje systematica em todo o Iirazll,
{ormação regular destas podero- em relação a esses imp1ostos, fornec eria

agremiações que, antes de tudo, ao Thesouro do E stado alguns milhares
de encontrar os elementos do contos de réis,
-, .
no seio da proprla sociedade. I, A illustre . representação federal de •

porém, faz crêr que~ dissemi- S. Paulo, emprebendeu, na Camara dos


como estão no seio de nossas Deputados, na sessáo de 1903, patrio-
laboriosas e intelligentes os tlca campanha no intuito de restaurar
heclin e ntos' mais adeantados e uteis, a disposição constitucional relativa ao ·
á vida e ao progresso dos ins- aSlsum1

p to. aHás já ·sabia.m!8nte enun-
dentro em pouco o cia da e sustentada em luminosos · ac-
pensamento do legislador córdamsproferidO$ Pelo Supremo Tri-
.
terá correspondente execução, bunal Federal.
-o : :: Outras providencias contém a lei, Apesar de muito ·moderado em suas
effectividade depende. da inter- prescripções, o projecto ainda não foi
de poderes extranhos ao Es- approvado pelo Congresso Federal.
bem como de · estudos, de con- Tambem não foram ainda postas em .
preparo. e de medidas legis- pratica as auctorizrações relativas á
fundação de institutos d·e credito, prin-.
Ha ainda nessa lei dispos ições muito clpalmente com particular appllcação
e ' uteis 'quanto a transporte á agricultura, e outras medidas egual-
• •
p.oragua e quanto ao alarga- mente não O foram, aependentes · de
.do. . .seu consumo nos· Estados operações financeiras, cuja realização.
que o não produzem. não · foi julgada opportuna pelo Go-
transporte do café por navegação verno, e isso por consideração do ·
foi sensivelmente facilitado mais alto interesse. •
/
reducção dos frétes ef(ectuado As descriptas clrcumstanclas com ... ,.
Lloyd Brazileiro . mas o de- .que t em luctado a cultura do café vie- ·
, ",

commerclal dos nossos ram enfraquecer a cárrente dos que a .


=>< pro duetos no território, nacional tor- preferiam para emprego de seus capt-
· .-' .-
u-se multo· e muito difficil por• cau-

taes e de sua activldade, ambos assim ·
dos impostos chamados Inter-esta- desviados para novas ·applicações. '
. que ,soódiversas formas e de- O concurso InteIligente de taes es- · .

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I
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f':,:..rórços e emprehendimentos abriu, nó Contém este , qua dro' os pro duetos:
'" ::' Estado, campo fecundo a outras indus- ' da pequena cultura e· de div" rsas in'
· '

7i. - trIas.
-. . . .
dustrias, sahidos do Estâdo" não com'
E' muito para assignalar o desenvol- prehendendo, portanto, artigos da mes-
;(,' vlmento das ·edificações nesta Capital,
- 0'-- •
ma natureza, consumidos dentro do Es·
,' ém · Santos e outras cidades do Estado, tado.
.:- > 0 'que revela a existencia de valiosos Estes devem attingir a um alto aI·'
:< ,,:-;-
recursos disponiveis. garis mo; que mal pÔde ser avaliado.
·
' No bem elaborado relato rio do sr. com excepção dos Productos da !nd·u s.',
'

:'C·"
~'\, . Secretario da Fazenda ha a este res-
,

tria d e tecidos, que são estimados no-


, p'elto interessantes informações, ' que valor de 45.000:0 0'0$000 para o COlh
~

/,' .st' tornam mui Significa tivas, no ex- sumo interno e para a exportação.
;'.'C., <, ,pressivo quadro lá inserido , e que é o
'-
Parece-me que não se rá exaggerado,
'> , seguinte:
: '
dar á totalidade dos productos das in-
--· .'".,... . .

.' -. _.' .

·
Generos de produeção do Estado de S. Paulo, exportados livres
,
, de direitos, durante o exercido de 1903
- ,

-Aramina • • • • • • • •
,
• Kilogrammas ,1.776
Tecidos de algodão

• • •

• • " 1.866.049
.- -,
" " amagem e saccana •
.," , 1.281.797 •

- .. .
.

, 'Fios e tecidos diversos • • • • •


• 54 .15Q'
,
! •
_.' -
;f ,•
" Calçados • • • • • • • • • ,11 ~.
, 53.468
Sólas e couros preparados • • I " 343.335
" -- -
Garrafas e louças • • • • • •
~

, " 1.579.551
,• Ferrage ns e machinismos • • • · " 469.124
' ...... ,
Productos chimicos e medic.inaes " 154.326
Cerveja e bebidas • • • • • • " l. 328.384
.
, , ,
• •
Fruetas e conservas • • • • •
,
Salames e carnes • . • • • • •
,
. 132 .226
188.577
. .","
.
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. .
- -'-'.',,'
' "

Sementes. • • • • • • • • , " 1.292. 243 ,

Bananas • • • • • • • • • " 802.807


-,: : . "
Feijão • • • • • • • • • • , " ,
6.164.210
"- - Milho • • • • • • • • • • " 2.724.064
Arroz • • • • . • • • • • • ,
" • 379.033
• , "
" '
Farinha de trigo e farelo • • • " . 3.818.878
.., -- Diversos • • • • • • • • • " 1.393.854 ,

,

Valor offie",l dos qeneras ac-una • • • • • 20.069:398$950
, ,

..
.' . •
T.
_/f ...
Valor officIal dos generos diver- dustrlas extranhas ao café a média.

:,c,- ' .80S de producção do 'Estado de S. Pau-
. , .
annual de 100.000: 000$000. ,

<>,10" e~ortados, e sobre os quaesfo- Inestimavel, é a vantagem que dessa


:', ' "am cobrados Direitos de Expor- variedade e abundanCia de 'produetos
(". . tapão: ~
rt'sulta para a vida da: pol>ulação, que ..
/0'-'- ,
,,';--
: .-
, .. __ . "
,
,
= ._-
.
- ,

' 30 :123$140
.... .' . . .
Chifres. • • • • • • •

• •
.
Valor officia!
. Couros: • • • • • • • •


. .
"
. ,
,
374:137$900

'-'.-
,
_.__ . " ,
,
. Fumos. • • · •
Lastro para •
navIos
'







. "
425 :462$571
14 :650$009

.
-;:~--
·,
-:
'

:'
Pelles • , • • • •
Diversos generos •
,

• ,






,•

,
.
"


", ,


3:770$977
79 :223$387
, ,
. . ......

I
', --.'. .

.. " . - • • • • • 20 .996:766$925 •
,
-' . -.
:'
. ..
,.
-
.
,

,
. '-. .." , ..' .", . '..
','~
.. " .
'.
.
.. :. " '
,
. " ...
, . - 159
. .
_.- ...
-.-
- -

assim todos o s recursos de'" que o S<lU capital e o valor das letras'"
. I . .
::'
,.I!.~ ..'ssita, e ' por preços commodos. em circulação não exc:;edessem _ de .. .. '.-- .'
.-

,
,Ie Credito Bc·a] Em exe- 13 .500: 000$000, limite maximo pa,ra a .-:.-.- .- .-

lei n. 814, de 31 de Outubro


. garantia de ' juros ,. que a referida lei .,
J , o Governo do Estado, pelo tambem concede ás letras hypotheca-.., _

(:elebrado a 27 de Março de rias e, ao mesmo tempo, a auxiliar ao - .- :

modificou oS contractos existen- banco com a quantia de 1.000:000$000, -..--

.. Banco de cr~ito Real, ten- computada nella a de , 500:000$000,


vista intervir dit°ectamente na jEi. recebida e empregada no pagamen- ·
in!stração, nomeando para Di- to dos juros vencidos em 30 de Se-
..-
o Dl'. Cardoso de Almei- tEombro ultimo. .-

tomou posse do cargo em 31 Em cumprimento dessa lei, a DI- ·


do anno pa'Ssado e ainda rectoria do Banco convidou os s,e us .
o referido logar. accionistas para uma reunião em que
nos ultimos semestres, o Ban- s~ tratasse da reforma dos estatutos,

Real, em consequencia da tendo sido deliberado que o capital fi-


de seus mutua" r ios, da casse reduzido á metade e que se pro-
reservas e da crise que atra- puzesse aOs portadores de letras hypo-
,. lavoura, não podendo pagar thl\carias o abatimento de 5 O % fixa-
Outubro os juros das lettras do na alludida lei.
.em circulação, recorreu Couvidados estes ultimos, por annun-·
do Estado, solkitando um cio, apresentaram-se diversos, 'que de-
da quantia de 500: 000$000, clararam acceitar a proposta d~ r e-·
fazer face a. esses compromis- ducção, havendo outros (em rettnião ,
especial, que fizetam em Janeiro pro-
xlmo passado e por meio de officio ·
. overno do Estado, aUendendo a
falta desse pagamento poderia endereçado á Directorio do Banco)
, déclaràdo uão só que não acceitavam
,na -liquidação do estabeleci- ,
. o abatimento m encionado, como que
o que viria trazer enormes pre- I
á grande somma de interesses ; confiavam em absoluto na administra -
ao banco, além do serio abalo ção do <Bstabelecimento, de forma que .
facto" causaria na vida eco- fossem respeitados
.
os seus direitos,
,
d{) Es.tado, ,foi em auxi:Jio do de accôrdo com as leis e circumstan- ·
evitando assim as consequen- eias.
tanto para os particulares, como O accôrdo .proposto tornou-se impra--
os Thesouros da União e do Es- tlcavel por que só se manifestou a .
. de uma liquidação forçada. respeito uma quinta parte, mais ou
depois, o Congresso 'do Es~ menos, dos portadores das referidas. ,
letras.
inspirando-se' DOS mesmos- "senti- .
e procurando, pelos meios que Situacão

financeira A situação fi- ·· •

dictava . a sua sabedoria, impedir . nanceira do Estado resentiu-se, natu-·


do estabelecimento, que tem ralmente, dos effeitos produzidos na
.
e ainda 'póde prestar gran- lavoura do café pela crise, sem pre-
serviços á lavoura paulista, votou cedentes, que ella atravessou durante·
n: S94, de 18 de Novembro de o anuo findo. ,
auetorizando
. o Governo
, a refor- O quadro seguinte demonstra de ·
os contractos existentes com o modo evidente que, embora não tenha
afim de reorganizal-o . com tanto a exportação de ,café sido pequena nes-·
.. .,. i - " , '. ' .. ":; :
. ... ... . . " ,,','

, . . ... .- 160 ' . . . .


'

... . .

..
,- .- • •
.. _.
. .
.
sa quadra , todavia , o res ultado · de tal Com a deficie ncia na renda do im·
,"..c . exportação foi para a lavoura muito posto de ex portação e do de transmi"
inferior aos dos ultimos -doze annos, I são de propriedades inter-vivos, expU

'. . •
Exportação do café paulista desde 189Z até 1903
· .
-- -- ,
.
-.

.
,

. . · Imposto de expor-
,•, . Quantidade
.
Valor offieiaL t ação arrecadado
I
I,Em 1892
. . • 245.456.7l9 251 .815 :025$228 26.553:473$824
.. ' ..
I" 1893. • 169.216.720 214.057:479$968 •
23. 312:547$028
i " 1894. • 174.414.912 232:346:430$888 25.560:839$246
i " 1895. • 262.375.176 ' 294 .295 :419$366 32 .396:699$960
!
i " 1896. • 240.395.50;1 272.506 :960$749 29 .598:782$153
" 1897. • 343.521. 826 304. 578 :830$542 33 .492 :267$383 11
" 1898. • 346..077.230 ,. 252. 827 :639$550 26. 026 :275$273
" 1899. • 363.465. 115 264 .076:940$548 29.050 :730$688
n
1900. • 366 .700.935 266 . 780 :094$879 29.282 :31l$338
" 1901. ·• 602 .005. 632 290.482 :447$261. 31.989 :404$656
" 1902 . • 508. 290.160 226.588:204$884 24. 918 :583$792
" 1903. • 473.667. 486 201 :324:425$035 22. 145 :686$754

.

Como as fon t es principaes da recei- ca-se a menor arrecadação da receiUi(


ta orçamenta rla do Es tado provêm d e d o exer cicio, ,com parada com a estl'l.
sua producção · de café, o ·que se dá é m a tiva da lei n. 861-A, de 16 d e De'-
que a r eceita deve . apresentar. a mes-
. z ~ mbr o d e 190.2, que calculava essa
ma de pressão notada nos elementos r eceita na importancia de ....... '"
de que proced e. · 39.7 44 :0. 00 $0. 00, quando, entretanto,
Com affeit o , a arrecadação dos di-
a 'a rrecadação no exercicio apenas at~
reitos de expor tação de•
café do Est a-
• tin g iu a 3 4 .12 7 : 1 8 4$ 992 .
do foi a mais reduzida que se tem ve-
rificado nos ultimos dOze annos, con- o
m ovime nto' fina n ceiro do Estad~~
fo rme se vê do qua dro abaixo trans- e m 1 903 , r esumido e m seus traços ge;:
-crlpto : • r a es, foi o ,seguinte :

- --- - - - _ . - -_.-._-- --
Em 1892. • 26.553 :473$82·1 10$250 por 10
., kilos ,•
". 1893. • 23.312:547$028 12$640 " " ,,• •


, ~

1894. • 25.560:839$246 . 13$320 " " " ·, .


" 1895. • 32.396:699$960 11$210 " " 'l

" 1896. • • 29.598:782$153 11$330 " " " , •

" ,••
" 1897. ·· 33.492:267$383 8$660 " " '

1898 . 26.026:275$273 7$300 " " " I


" •
, . I
29.050:730$688 II
,
" 1899. , 7$260 " "

" 1900. • 29.282:311$338 I 7$270 " ,-" "
" 1901. . • 31. 989 :40~656 4$825 " "
II
,-

• " 1902 . • 24. 918 :583$792 4$449 " "


.
" 1903 . • 22 .145,:686$754 4$250 . " " .!

.
. .

R<lnda ordlna ria. . • • • • • • • • 3 3. 449: 475 $ 794

R enda extraordinaria • • • • • • • 6 77 : 709$198

• , 34 , 127:1 8 4$992

. " . • • •
•·
• ,,, o,' ·, . ', . ' , :' .:' ,'
. •
. ·
..
• ·
.. •
· · ··
161 •
,

••••
• ••"·

De po sit os • .
, ·
• • • • • • • • • • • 16 5 :48 5$ 73 5 •

Saldo" do exercl•Cio de 19 02 .'
. ··
,
• • • .'
• • • 12 .27 3:8 38 $0 18

;,•
·
, To tal • • • • - • . 46 . 56 6:5 08 $7 45

EU mi na da s de sse cõ m1pu to as im po -rt an cia s do s


de po sit as e sal do s de 19 02 ' . . . . . , 12 .43 9:3 23 $7 53
'.
res ult a qu e a arr ec ad aç ão pr op ria do ex erc iei o •
att ing iu a '.. . . . . . .
· - · . - 34 .12 7:1 84 $9 92
e co mp ara nd o ess a arr ec ad aç ão co m a rec eit a orç a-
da no art . 9.· da lei n. 86 1-A , de 16 de De z·e m-
br o de 19 02 , na im po rta nc la de .
. . ' . . . . 39 .74 4: 00 0$ 00 0
ve rif ica -se . da s fon tes pro pri as do pe río do fis ca l, •

e pre vis tas na lei cit ad a, um a me Dor rec eit a, na


im po rta nc ia de . • • • • • • • • • 5.6 16 :81 5$ 00 8
de sp esa or din ári a, fix ad a pa ra o .
dic ion ar · os cre dit os ab aix o co ns ign a-.
no s art igo s 1 a 7 da lei a do s em lei s esp ec iae s ou ab ert os pe lo
no s ref eri mo s, pe las div ers as Se - Go ve rno , em vir tud e da s au tor iza çõ es
foi da qu an tia de .. .. _ .. da lei or ça me nta ria :
.64 4:5 57 $2 00 , á qu al se. de ve m a d-
..
pa ga me nto da s - de sp ez as co m aS •


sessões do Co ng res so Le gis lat iva
..
do Es tad o • • • • • • • 70 0 : 00 0$ 00 0
pu bli ca s •
• • • • • • 80 0:0 00 $0 00
Co mp lem en tar es de Ca mp.in as •

e Gu ara tin gu etá • • • • • 80 :00 0$ 00 0


a• Es tra da de Fe rro de •
. Do ura do s 17 0:0 00 $0 00 .'
• • • • • • •
-
mp ra de nla ter iae s pa ra o serVI• ço •

de ag ua e ex go tte s do int eri or . 75 : 14 4$ 32 4



ao s no vo s en ge nh eir os da Es -
. co la Po lyt ec hn ica , qu e se dls tin - ,
gu ira m nO cu rso • • • • • 21 :98 4$ 06 4
fin do s • • • • • • 1.0 00 :00 0$ 00 0
ã So cie da de Pa uli sta de
::;.. Ag ric ult ur a . • • • • • - 60 :00 0$ 00 0
*":'
"

.
Au xil io ao Go ve rno da Un ião , pa ra
j •• .
.
~; fo.r tif ica çã o do po rto de Sa nto s .
i: . 20 0:0 00 $0 00
': Au xil io do Ba nc o de Cr éd ito Re al de

"
·'. S • Pa ulo •

· .' • • • 2 .5 00 :00 0$ 00 0
•- •

: Li qu ida çã o de se nte nç aª pro fer ida s
,. .
co ntr a o Es tad o . • • • • 76 : 65 5$ 94 2 ' 5.6 83 :75 4$ 33 0
Do nd e se vê qu e a de sp esa tot al do
: ex erc ici o; fix ad a ou au tor iza da em
leis.. se ele vo u - a . . • • · - . 45 .32 8: 31 1$ 53 0
, , , '
.' . . , , -- ' -
"
. .'
" ,.
- • 0"0

""..i':,
. . '
A ii~iipesa,
,
porém, effectivamente' pa·ga riessepérii>do 'foi a seguinte:
, ."
1
Secretaria do Interior e ,da Justiça . 22 . 162:745$301
Secretaria da Agricultura, inclusivé as •

obras do ' saneamento de Santos 5.8~6:944$983 .,


Secretaria da Fazenda. . . . . 12.713:300$168 40.742:990$45~

Donde resulta uma menor despesa na


linportancia de . . . . • 4.585: 3 21$078

' Deduzindo da somma dos re~ursos,



co'm o acima· vimos, de . • • 46.566:508$735

toda a despesa paga •



• • • • 40.742:990$45 2

"' , verifica-fie em favor daquella um sal- ,


do no valor, de . . . . . 5.823:51 8 ~283
.
. que passa para o exercicio vigente. .,
,

Deante das contingencias expressas minho que foi , seguido com lealdade ;
por e~tes algal'ismos, ' só cabia aos po- e firmeza .
.'.,< ,.'deres publicos do Estado uma attitude Este empenho se acha realizad.., ,n a ,
,'.,,' correspi(mdenw ás, indicações implici- l ei 896, de 30 de Novembro de 1903, •
,

tamente contidas na q uéda da renda Que fixou · a despesa para o exerc1cio -.:~;
publica, _. e isso para <evitar o de- vigente e offerece, por -suas cautela- ~

orçam entario é o regimen _ sa:s e prudentes restricções, segura ga- ,


,
,do deficit. rantia de ordem e regula.rida.de para
.'
qualquer espectatlva de recursos
A as . nossas finanças. "

poderiam, no emtanto, falhar, eta, , 'Divida. actlva e passiva - - ' Ü~ qua- "~
o caminho escabroso das re- dros seguintes demonstram o' estado "
, •
ducções do orçamenw da despesa , ca- dE: nossa divida actíva e pass iva:

DIVIDA ACTIV..,. ~ ..,;:


--,,
.. ;
,
Ao terminar o exercicio de 1903, a. divida activa ..•
do Estado era de .. • • • . • • • • 36 . 843:427.,$ 990

• ••,

das seguintes procedencias: ,

Divida da Compánhla Vnião Soro cabana e ytúa-


• na, proven,iente do restante dos e mprestimos ,
feitos às Companhias Ytúana e Fluvial Pau-
IIstll· . . '. . . . . . • • • • 1.286:194$118 •
,
Dita da mesma Companhia, proveniente de ga- ,"
",

rantia de juros pagos às antigas . Companhias,,

ytliana e Sorocabana. . .. . .' . . . . 6.232 : 16 2$158 "


Idem da mesma Companhia, proveniente do restante do


imposto de transito' arrecadado "m suas linhas até

21 de Dezembro de 1900, e não r ecolhido ao Thesou-
,
ro no devido prazo . • • • • • • • • • 796:50~$970 ,



y''(1)1l;ft,''." ,<,-'I>'
_. , _',o )'• •·.'~-':; 1
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. . • -i
.
._ '
-' '.'

.i;1"t' I(J)\lda 'S;;:o ,Paulo ":Railwa,y Conipa.ny, Lúult<.>d, prove: ,


,>
'; , !deme de su!>rogação de débito da ' Companhia da • • . >.
'Estrada de Ferro,. Bragantina, por garantia de juros
" '

pag'Os até 31 ,oe"Dezembro de 1898 . " . ;L048:909$l39


IliJ"'lll ,ao "Thesouro 'F ederal ,' proveniente ,de 2/7 partes da
indemuização paga pela São Paulo Railway Company,
. '<le' acCôrdo com li! clausula 33." do contracto de 2~ de
, '

J\!bTll de 1856 . . . . . . . • • • • L, 075: 790$OnO '

':'Í)<l'iiti; ';do (J-overno Federal, ' pi'oveniente de' adeantamen-


,

tos feitos á União ' por "occasião 'da revolta de 1893,


«o'l!tfor.me a liquidação feita pela commissão nomea-
'da 'péios Governos ' Federal "e ,do Estado, em execução ,
,00, art. 9.' da Lei. Federal n. 266, de 24 de Dezexn,J.'. '
,

br.o .,de 18,9


,
4. . . . . ' . .. ". . ' . 6.075:548$72&
.dl·M liito;da Companhia Campineira de Agua e Exgottos, , ,

pr.oveniente do restante do emprestimo feito pelo


Esta<lo á MuniCipalidade de Campinas, em virtude da
'IJe1 'lI. :194; de 5 de .Junho de 1889 e contracto de 11

, ,<le 'Outubro do dito anno . • • • • • • •


" , '
1.130,000$000
';(nébito ,ilo Banco de Credito Rural de S. Paulo, prove-
o' • .

tii'e nte ,dos auxilios prestados em execução das Leis


,n. 'SÜ, de 31 de Outubro de 1901 e n, 894, de 18 de

'No''''In'bro de 19 O3" • • • • • • • • • • 3.000,000$000 .
H~ bito aa ,Camara Municipal de Campinas, em 31 de De-
.. zenfbro 'de 1902, proveniente de prestações atrazadas
de 'aano"tização e juros do emprestimo de 1899,. . 773, 876~645

, D;vlda da Companhia Carril, Agricola Funilense, pelo au-
xilio pl'estado em virtude do Decreto n. 675 de 18
de '!\la"" (de 1899. . . . . . . . • • 641: 500$OOQ '
,
' 1I!lébito das municipaJidades para as quaes foram execu-
•,
tadas obras de saneamento e abastecimento de agua
a expensas do Estado, mediante a indemnização re-
, ,

guladape1a lei n. 594, de 5 de Setembro de 1893,


artigo 2'3. :a >saber:
, .'. ",,'--"., . . ,

• • • - _. .
• •
..' Itio ',Claro '. • • • • • • • 36: 935$004>
Ribeirão
. . Preto . • • • • • • 859:394$940
S. ,. Simão . • • • • • • • • 4:774$960
.Pirassunu~ga • • • • • • • 670:000$000 6.645:562$080
,
.
32.309: 074$356,
••
.
Pi',ida
, da Companhia Carril de Ferro de Dourado • • • • ,. 280:000,'000
·
Divida proveniente de responsabilidades de exactores e · .

outros responsaveis. . • • • • • • • • . 257:284$088
,. Divida proveniente de impostos devidamente ajuizados, .
conforme 0 __quadro respectivo. . . . . . " .3.641: 069$54 6'
Divida da Companhia E. de F. de Araraquara, pelo auxilio
. . prestado em ,virtude do Decreto n. 891 de 11 de •
• , :o
Abril de 1901 . . • • • • • • • 356:000$000

Somma ,. • • • • • • • • • • 36.843:427$990

DIVIDa PASSIVA
.
o movimento da divida passiva do Estado de S. Paulo, no exercicio de 1903,
foi o seguinte:

,. Divide. recebida do exercicio de 1902:



FUNDADA •

, , •
Interna •


348 apólices dos emprestimos

ás Com· •

panhias ytüana e de Navegação Flu-


vial Paulista ". •

• • • • • 348: 000$000 ,~ . ,

90 apólicee do emprestimo á Commis· ·
são de Obras do Monumento ' do
Ypiranga • • • • • • • • 90:000$000
• •
1.223 apólices do emprestimo á 'm unici-
. palidade de . Campinas • • • • 1 . 223:000$000


Externa •

61;3.200

f. 'do emprestimo de 1888, com
.1.0!li8 ·Cohen . & Sons . . . . 5.628:444$446 ,.
,.
41.800 i. do .:eniprestimo de 1881, feito
á extincta Companhia Cantareira
,.
e Exgottos . . . • • • • 371:565$555 •
340 .5 00 .f .do emprestimo de 1888, feito ,.
ti. .me'sma Companhia . • • • • 3.0.26:666$666
. ,.


9.026:666$667
. .

. . '.

- ,. 165~
..

S 1 O . S OO ;1;' do emprestimo de 189 9 com •


J. Henry Schroeder & Comp. , . 7.2>67:111$111 , 16,233: 777$778

, 17.894:777$778
,

DIVIDA AMORTIZADA El\1 1903


Interna

97 apólices dos emprestimos ás Compa-


nhias Ytúana e de Navegação Flu-
via!' Paulista , • • • • • • 97:000$000
3 O apólices do emprestimo á Commis-
são de Obras do Monumento do
Ypiranga . ' . • • • • • • '30:000$000
..
93 apólices do emprestimo á Municipa-
Iidade de Campinas . , . . , 93:000$000 220:000$000
' .

Externa

15 . 6 OO i do emprestimo de 1888, com •

Lou is Cohen & Sons . • • • • 138:666$666


• •
41 . ~ 00 f. do emprestimo de 18-8,8, feito
pela extill.cta CompalÍl1ia, Cantare ira
e Exgottos . . . . " . 371: 555$555
•.. 1 2 . 7 OO i. do emprestlmo de 1;3.8'8,feito
,

á mesma Companhia. . . • • 112: 888$8S8


. 57,300 i' do emprestlmo de 1899, com
J. Henry Schroeder & Comp. . • • 509:333$333 1.132:444$442
" "

1.352:444$442

DIVIDA. QUE' PASSA PARA O EXERCICIO DE ·1904


Intel'na
. .
. 251 apólices dos· em-
prestimos da Com- ,
. panhia Ytúana e
de Navegação
..
Flu- •

vial Paulista. • 251:000'000


.60 apólices do em-

presUmo.
.
feito A
Com missão de •

Obras do Monu-
mento do . Ypl- • •

ranga . • • • 60:0'00$000
,.
166 .
,
1.130 apÓlices do. em" ' · .
presUmo feito ã
,
Municipalidade de
Campinas • • • • ~.130:000$000 1. 441: OOO$MIO,
., . , . ..
---'---..",~-,--~,~
'

J!ix.terna •

IH 7 . 61) O /; do empres-
mo de 1888, co:fu

Louis Cohen &;,
Sons . . . . 5.489: 777$780
.,..
327.000 /; do empl'es-
timo de 1888, fei- ,
to á Companhia .
'.

Cantareira e Ex- •

. , gotios, pelo' Bri- •

tish Bank ' of


.
.
South America . 2.913 : 177$778
753.00fl, I do empres-
timo de 1899,
com J. Henry
.
Schrõeder & C. 6 . 697 : 117$768 15.101:33 .3$32~ 16,. 5oll\:
. 333$32&
.

Rs. • • • 17.~94:177$7T8
À divida passiva do Estado de ,
São
Paulo, ao termiliar o exercício de
1903, era de." ' .. • • • • · 22.573:748$583'
a saber:
Divida interna consolidada, representa-
da por 1.441 apolices . . . . 1. 441:000$000
Divida externa consolidada, no valor de
Lbs. · 1.708.900,-0-0, ao cambio de
27 d. . . . . . . . . 15.101:333$326
])epositos ,' - Fianças de Exactores e
.
cauções
.
de contractos . . • • 1.398:874$646
Dinheiro pertencente a orphams. • • •. 4.23:827$140
Bens de defunctos e ausentes . • 178:485$650
Saldos a favor de diversos, sujeitos a li-
quidação final de contas. . • . 30: 217$'821

Rs. · . • . · 22.573:748'$583

,
Quanto ã divida passiva,

verifica-se ÀSdemais dil'idas .sofifrera.m .sensivé1í11
. que, no exercicio
. . de que. .{ ratamos, '.ficou roouoCçõEiS, pelo .p ontual prugame,n to dQJo
Inteiramente extincta. a. divida exterIla jur·"" e am<>rtigações contractuaes.
contrahida pela ex-Companhia Cantarei-
ra, em 18"81, e qUe aindà importav.... em Conclusão. Eis, ,senh<)~e.8 ,MembrQl
Lbs. 41.800, e pela qual era O Estado' 'do , Congresso, as ideias e {n.t ormaçõ,llI
responsaveJ. · -. que jillgo dever apresentar-vos.
,
.' . .. ... . . " " ., ." , ' ..·.i

, " ' '

- 167 -:.
- '"
"

. .: .

.
,

Esclarecimentos mais minuciosos en- Palacio do Governo dó Estado '

'c' eontrareis DOS rehitorios dos srs. Secre- S. Paulo,. 7 de Abril de 1904.
"
', 1.lIri05 de Estado, os quaes contêm excel-
"
o Presidente do Estado; ' '
" I<!ntes elementos, que vos' habilitarão a Bernardino de Campos ',..'
"tonhecer inteiramente o estado da pu- '.
;,hlit
,. -.
/:
a 'administração.
-
,
• • ,

. Aos meus dignos auxiliares agradeço BmLIOGRAPIDA ..


,

L'

cnrdiaimente a valiosa coadjuvação quando se tratou do dr. Berna rdinó::'
.; »r€stada ao meu governo . ....
. '':i
.'. '
p.e Campos como 55 .0 Presidente. ,

• •


• •

• •

-- _. _
- ,-- ..


,
,
.


• •

..
-."

• •

. '

--~ , ~---~-----------


Jorge Tibiriçá
60. PRESIDENTE
0


,
, ,
(De 1.° de Maio de 1904 a 1.0 de Maio de 1908)

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l.'IB~ÇA 'u""ceu em Pari, dual e presidente do senado de S. Pau- ' .. ,
de novem'bro d,,' 1855. Seu pae lo. E' tambem presidente da commis-
o dr. João de Almeida Prado Tibi. são dlrectora do P. R. P. No quatrien- ,. . ,

Pi·r atitilnga, notavel , paulista per- - nlo do dr. Bernardino de Campos,


a famiJia ttua'na das fi-ais an - exerceu a pasta da Agricultura e Obras ..:--
O progenitor do dr: Jorge Tibi- Publicas tendo prestado exéellentes
o

:Il'r·esldiu á famo. aConvenção d <j. se rviços de que resultaram melhora- •

que se reun1u em abri.l dfl - 187 3. mentos materiaes na Capital e interior.


.'
' n es.g~ convenção .que o part,ido ·r e- Para o seu governo soube escolher au- ,:.'
.p aulwta lançou 'as .lnus-es da xiliares que se notabilisaram na poli- ..:.•
or.gauisaç·ão. {) . dr. Jor.ge Tib'r·içá Eca e administração
. de S. Paulo. Bas-
.
!.
• ••

seus estudo na Europa e quand~



ta citar-lhes os nomes para se conhe-
"n u ' a S. Paul~ illi-Ihe tacilcon- cer do seu valor:
.
'
Albuquerque Lins, .·
prestigio pojitiéo e social de- Washington Luis, , Carlos Bótelho e •
á sua ilH ulstra~ão e d:istillctas Gustavo de Godoy. Quando se estudar
"de ho mem ,fino e- primorosa- detidamente o quatriennio do dr: Jor-
diplomas de ge Tlblriçá será o distincto cidadão '. ',..
e de philosophia pelas fa- considerado dos melhores entre os me- ." ,

, ,.

de Hohenbeim e Zurich res- l-h-ares J>1'e'Sidentes de IS. Paulo. _:


o ,

Em 187genlregou-se aos AuxiJ1ia~. por sec:retadoos de real "..


agricolas e co.iJ.sagrou-se á merecimento o dr. Jorge Tibiriçá viu ':: •
re pu bllcana: Consorcio u-se cumpridos os dlfnceis pontos do seu ';-
. · .,
a sra. d. Anna ·d,,· Queiroz Telles, . progra·m ma de gov~rno . Devem-se-Ihe ..'... '

',. hado Illustre paulista conde do entre tôuitos ~outros beneficios, a po- ..,..:.
'. .
Os mais intransigentes re_ ' licia de carreira, a missão. militar frarr- ' .' "'. ,
o - ', ,--

, , blicanos . da época :depositavam-Ihe ceza, a reforma eleitoral' por turnos, ,.'


e esperanças. e' nao se enga- :
·
- ' o reconhecimento dos terrenos "máis ..,:';':;
O .d r. Jorge Tibiriçá' sempre , afastados dos s"rtões paulistas, os no- :)
um democrata distincto e conven- vos pro~essos agricolas, o désellvolviC :
, .' ' . .

o das,. suas grandes r"sponsabilida- . mento da pecuaria,


.
os novoS m"thodo. .·.:. ''

e foi um dos ,• maiores e melhores. p'.ra cultura do arroz, a valorisação do ·,:'..


que S. Paulo teve, . Por· café e tantas e tantas outras cousas '",
, 'Vézes teve em ' mãos o destino do da maior relevancia e sufficientes pa- ,,;..
do:como governador - nomeàdo ra a glorificação de
.
tão fecundo e · 80- " .':
. - - ~ '.

berbo quatrlennio , politico e admlnis- ,;


governo da Republica
. '
(18 de ou.-. •

bro de 1890 a 7 de março 'de 18111) . tractlvo. O dr. Jorge Tibiriça continúa ·"

Iire~ldente eleito para o qua- a ',ser 'o presidente da direcção. ·do .-,.... '
·
de 1904 a 1908. P . R. P. 'e é uma das mais respeita-o...·,,-'
. '
vei,s figu'ras do meio paulistano, .;,k
do governo o dr. Jorge Tibi- r .'~

. tem serv~do ", como senador esta- '. ,,' .,.\.:


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'." . . •


Apresentado ca'ndidato á. presiden-. foi votada pelo Congresso Estad ual .
cia para .S\lbstituir ao dr. Bernardino . lei de qualíficação de eleitores que
de Campos, teve occasião de ler a . s ua l1:a.rantlÍas a todos os eldadãos "em con- '
, plataforma de ·governo a 2 de maio de dições de serem .
alistados. Obedecendo '
1904, perante os representantes . de . S. ao mesmo intuito, cumpre· nos
Paulo, reúnldos em banquete oftereci- reformar a lei que regula .a eleição

· .11.<1 ao presidente que se la retirar do membros da Camara dos
I •
poder. . Dlss.e então o dr. Jorge Tibi. no . sentido de facilitar a .
riçá: das minorias e dar ingerenéia
.
··Senhores. Venho agr.adecer-vos a directa nas eleições ás differentes
saudação, que por intermedio" de meu giões do Estado_ Estes' fins serão
~ ., '

illustre amigo sr. Siqueira Campos, aca- tlllgidos adoptando-se o systema


baes de dlrigir-Die. Os conceitos que eleição por districtos de diversos
ella. externou em relação á. minha pes-. ta dos voto uninominal,
.
soa, resultam de vossa benevolencia. eleiltios os q·ue conseguirem numero
Ardua é, sem duvida, a tareJa de votos correspondente ' ao quociente
substituir ' no governo do Estado um < sultante .
da divisão do nume ro de
· hcmem, cujo passado cheio de servi- tores que votarem pelo . numero

ços á. causa publica manteve a direc- " candidatos a eleger-se. Assim '
• ção dos negocios lla altura em que el- differenciado o modo de investidura
les têm estado. Anima-me, porém, o . Camarados Dep.utados e da dos
desejo de bem ser~ir, a cooperação de doras.

Reilresentand~'

aquella mais
homens de . reconhecida capacidade, . rectamente os interesses das
que, esquecendo seus interesses ' i.n di- · des do interior e est a os interesses
vlduaes . . consentiram em . auxiliar-me··· .
· raes do Estado .
no desempenilO 4a 'missão que me foi A lei, ·que organisou a
confiada pela
, . partido republlcano paú- "
ra, deve ser modificada no sentido
lista; a cooperação do Congresso do attender: •

Estado, composto de homens de . prova.- A' escolha


.
dos membros do
da' competencla e dedicação ' ao . bem ' nal .de Justiça, não só dentre os '
. .
publico . .0 conjunto destes eleme.n tos zes' mais .ll-ntigos,
, ' como tambem
.
conseguirá, acredito, realisar os · pro_o : tre os mais capazes, que tiverem

· gressos,· que o Estado de S. Paulo po- • tirocinio na magistratura;


· da -'aspa,ar do seu governo. o
á creação dos termos judiciarios;
O periodo governamental que se inl- á classificação ' das, coma rcas
. •

cla não poderá ser, como não fQram os entrancias, supprimindo-se as que
precedentes, de simples l),dminist~ação :.. •. nham diminútomovlmento forense;
' , ' '.

a marcha do progres~o paulista J~lg~ '


, ' , ,

.. ã· extensão da competencia dos


• • p , • .' .
, reformas qüe. tendam a afastar ' o.s zes . de direito conferindo-se-lhes a
.'.
. obstaeul08 qu~ . eUa encontre e outroi tribuição ' .
de . julgar todos os crimes
que contribuam a abrir novas veredas fiançaveia;
. por onde ella possa encaminhar-se... . á Instituição de . varas privativas
· Já toi . por todos reconhecida" a ria- coinàrca ' da capital, ou á
-. •
c.e ssidade 'da .. reforma. da' . Constituição da competencla do.s .respectivos
.estadual e clarl),mente Indicados os pon-' . por meio de-·uroa· leio, qlOO' regule a
., •
tos que precisam sar alterados. _ tI"ibuição efflcazmente;

. Tem. sido preoccupl),ção dos gojer- .. . ás regras do processo civil e
nos no regimen republicano. a realida- nal;
de do suftragio popular. Nesse Intuito ao serviço das correições, de
..; "
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-- 173-
. .

. • •
.a vigent~
.
organisação judicia-
.
iuizo das escolas que os municlpios
pllra proceder-se á inspecção geral queiram estabelecer. •
.
, . todas as comarcas;
. .' Em um palz novo de população disse"
..... : aposentadoria' dos magistrados .8, minada, possuindo• ainda terrenos des-
"
. geral, de todos os · funccionarios, .povoados, não pode o governo descurar
a lei sobre a materia; o problema da colonlsaçãci, E' poiS seu
custa-s .' judicfarias, revendo-se a , intento auxiliar ' aos particulares, que
a ctual no sentido de alliar a pretendam vender terras. em lotes, . ad- .

das partes á justa re'

quirlt,. se preciso fôr, terras boas' e, de


lção dbs· funccionarios; faci! lavra para dividil-as em lotes e
. ' .' regular funcclonamento do Mi- revendel-as ao preço do custo, não co-
o o
,,',
• •

Publico,
- ...
para que possa preen- mo sYBtema qUe deva pe-rdurar, mas
':" . a sua ·tàrefa de ' 'vigTIancia e fisca- apenas como um exem/llo'(lu" 'mostre . .
a facilidad'e com . que os lotes serão
das leis sobre officiaes de vendidos, e ànlme os particulares 'a re-
dando-se acção ao poder exe- talhar as terras, que desejam pOr á
quanto ás attribuições' de natu- venda, auferindo assim maiol' lucro do
. ":': ':' administrafiva exerCidas pelos s~r­ que péla venda em globo .
. '~ ::" os
i-nc-~u iin-d o escrivãe.g de O imposto lançado. sobre novas pla n-
. na categoria dos funccionarios vi- tações de café teve como resultado a
providos por concurso, de mo- pa ralysação destas. Isso permittirá que
alcançar-se a precisa ordem -nos se. trate da immigração, sem receio que
. •

ca.rtorios. onde se processam -e ella venha · contrilruir para o angmen- •

documentos de indiscutivel to da area cultivada, o que seria p.r e- ·


como os ref.erentes ao re- judicial na actualldade. Os braços Im-.
civil. portados servirão, portanto, para pre-
regi~en de plena autonomia mu- encher as faltas da lavoura existente
nem sempre tem sido bem ·en- e permittirão aos lavradores cogitar
Sem cercear a liberdade e ' a de outras culturas_
dos municípios, convém, en- O serviço agronomico do Estado de-
ampliarem-s.e os casos 'de ré- verá ter como fim principal levar á
contra possivels abusos e arbi- convicção dos fazendeiros a necessida-
Dentro do municipio faz- d e e .utilidade do emprego de appare-
a necessid ade• de dar-se. vida lhos aperfeiçoados como meio de pro~
inistra tiva aos distrlctos de paz

duzir barato e ·'P0der assim enfrentar a
". que possam ' applicar em beneficio concorrencia de outros paizes no mer-
. li ma parte 'da r enda arrecada- cado universal. Com o mesmo Intuito
'municipio em seu territorio. deverá.
estudar ac'u radamente as ques-
assim satisfeitas as legitimas tões attinentes á• cultura int'insiva, ap-
dos districto's de paz, evi- plicada ao nosso meio. As nossas 9SCO-·
.
a "" creação . de novos munici- las agricolas serão desenvolvidas e
que nem sempre possuem- os ele- aperfeiçoadas, afim de estimular a nos-
necessarios para . uma vida sa. mocidade para o 'estudo da agrono·
mia.

instrucção publica, quê tem me- O momento que atravessamos de de- .

dos passados governos a maior pressão das rendas ' estadua<lS não nos
continuara. a attrahir a at- permitte cogitar de grande- desenvol-
do governo, que a manterá sob vimento nas obras publicas. Ha, po-
' . dlrecçâo e fiscal!sação, selt! pre- rém, algumas que precisam ser conti- •
_._--, - - '- " - _...,.

. '. . .' ,
, '"

cómo as' do sanea:méntó tras. i:it~s 1901 e :, 19


nosso principal porto de mar,as - _. - -
do os ·:direltos de, .expcirtação
- - - .corresponde-
' .'
de aguas á capital e ou- ram, : em 'media, 'a 68, 6 % - da ·â. rreca~., ,,: " .
,

.tFas de menor , Importancia.


, .
Na viação dação total. Se considerarmos
,
qlle
: , ".
aio- ..1o
, . ferrea convem animar a construcção da pesa sobre a "lavoura o impQsto de -,
'ci . das ÍlÍlhas comnierciaes que irão em trànsito so bre o café e o de trailsm is-.:;,
demanda dos · Estados fronteiros, para · são da propriedade agricola, verifIca- i:'
,... . attrahil-os aos mercados de S. Paulo; remos o quanto se acha onerado .
. "
o livre i
,as' linhas• que abram ao povoamento transito dos nossos productos
novas '. zonas '.. do nosso Estado;' e, toca- e a mobilisação da propriedade •

.. mos agora em ponto importante, a li- torla1. .Cumpre, pois, remediar . ·este
•.•.•. , '. nha de caracter' . estrategico. Todos tado de ' co usas, substituindo o .
. coinprehendem hoje a grande vantagem de exportação
. ''por um imposto .
.
", . ' de possuir o Brasil vias-ferreas que li· sobre as rendas, ' que poderá

todos os Estados costeiros desde repartidamente sobre estas e' o
· . o Pará até o ' Rio Grande do· Sul, cor- fixo quando produzidos com '
,.•", ':' tando em seu percurso as estradas que i deste, ou mesmo para a
"-.. demandam
- . ·os portos br'lsileiros. A ! territorial exclusivamente sobre o
•·' :Viação l\.ssim constituida é em , tempo pital sem cogitar-se da renda.
" .d e · paz, um Instrumento de progresso, Esta reforma só pode ser feita
.
·· , muita cautela, proc.edenuo..s8 a
e em caso de uma aggressão ao Bra-
',: ,. .
· '. -"
i _' ,-
,--
,
'. sil um instrumento de defesa, Aos Eg- :titulção gradual do Imposto de
,, .'

'. tados . . cabe ' o 'dever de secundar a tação pelo . novo de modo a .
c" • ." .. .
. .. 'União, . auxiliando li construcção da surpr,e sas desagradaveis, que
" ',.> .
" , '. parte desslI' grande via-ferrea que per- affectar as finanças do Estado.
-. -- .

:. ':corra os
,:-:~. ,
seus respectivos territorios. bem se ,deverá evitar que na •

.·- ; ..' . A S. Paulo caberá o auxilio para a ção de um pai'a outro imposto,
. ', .

..., .. .lInha de ltapetlninga a Itararé,' que · a lavoura a pagar os dois


;-, .
::.; ,,, Irá encontrar a linha da Companhia S. mente.
-
<'(
· -' , :Paulo-RiO ' Grande. A lei, que autorisa a crea~ão
é:"~
._:-,_ . . . Para as estradas em trafego que tem
bancos de credito agricola, não
'{"~ o contracto com o governo do Estado; , ziu o effelto que se esperava,
:- : - .
c':; .. . torna-se. necessaria a fixação da con- dHido ao retrahimento dos
>- - . ."
'X, . ta . de capital, . que ficará aberta a fim• quandO a situação commercial do
---. - •

' -' , de serem nella incluidas as despesas


'-'. '. ' -
.
era precaria. Hoje, que a confiança
,
:. de caracter permanente. Assim será ,nv,sce, podér-se-á tentar"novamente
': \:;'-.
:' possivel determinar-se com precisão a 'caminhar os capitaes nacionaes ou
· -. .

.; ' renda liquida das estradas, e a' qu~ tl'angeiros, Pitra o emprego em
...• • porcentageml correspondem do capital de credito agricola, modificando-se .
empregado, SÓ então, governo e com- actual lei nos. pontos que :f'6i'em
,

panhias poder10' saber' até que ponto cessàrios.


se lloderão' redu~br as ta<rifas fer,r ovia- Vou agora desempenhar-.me da
rias sem . . prejulzo dos capitaes .que se éumbencia .que recebi dos meus
-. . .-

/J , . embarcaram nasI . constrncções e me-


~-.- . '
· de saudar ci benemeri~o paulista o
- --- -
C" .. lh~ramentos das diversas estradas de
.- ~~
,dr. Francisco de Paula Rodrigues

.• 'ves. '
. fer·r o.
:'. . O systema trlbutario tem sido in-
- •

Sua exa. veiu para o partido


justo; taxando a dasse agricola, S'l- bUcano possuindo um nome feito,

bretudo a cafeeira, mais do que aS ou-, . jà no. tempo da monarchia tinha



,

, , t<' , .. ~' '. "


, -. - ,

uusao paíz relevantes serviços. es~orc~i-me p'o r ' niiIiistra; .


,

commendam, ,

a Repu'b lica" comprehen-


,
, os esclareclmentosnecessarios ' á Justa
oUa estava d-efinitivamente im- apreciação das medidas , de natureza
,
no Brasil, e, que não pode- administrativa, que 'lnais ' dignas se tor-
- ao seu paiz sem servir a Re- nem de vosso exame.
Acceitou, pois, lealmente o no-
cujos interesses Identifl- Situação geral ' -, Graças' ás vanta-
os da 'nossa patriá. Como g<>ns do regimento federativo, á , pu-
, '

á constituinte, ,niinistro da jança de suas forças, ao espirito pro:'


presidentê de S. Paulo e ho- gr,esslsta de seus filhos, á indole de
da Republica, tem o sr. seus operosos habitantes, é de todo li.
Alves ,revelado as mais bel- songeira a situação. politi ca e eeono-.
de estadista, captand,o mica do Éstado, notando-se no S 'd'lver-
J
'
mais a nossa sympathia .e im- sos ramos da administração publica, ,

á nossa confiança. de par com


.
a maior ordem , a' · m R1S
' com.
pleta regularidade.
sau,do, pOis esse nome do par- ,
p,a uI;sta ", Secretal'ias de Estado Na distri-
buição' de serviços pelas tres Secreta-
rias , de Estado, observa-se uma des-
* .' , egualdade que, convem reparar.
t.res vezes o dr. Jorge Tibiriçá
, A Secretaria do Interior 'e da Justi-
em mensagem ao Congresso ,
" ça, acb.;l.-se por demais sobrecarregada.
: 7 de abril de 1905; 14 de d"pois da lei n. 778, de 28 de Junh~
1906 e de '1907. Nesses
, tres de 1901, que, SUpprimindo a da Justi- .
, que abaixo são reproduzl- ça, confiou a um s6 funccionari'; a,
presidente expoz a situação dos gestão de duas pastas.
,•
Ipn,bllcos, como se vae ver.
A:p6s ues annos de s~milhant e re-
Membros do Congresso Legis- g;rnen, parece evidente a ,im<praticahi_,
lidiaJde da medida p~,r aquella lei ado,p_
obedi-encia ao disposto na l-ej tada, e de, que resultou consideravp,j
,
e,"cesso de trabMho, com preJul~O
" 'Para
venho dar conta da ges-
O serviço publico.
negocios publicos, que a gene-
do eleitorado paulista me con- Votada a refórma jUdiciaria, orga-
mesmo tem'I><> suggerir as ilisadas convenientemente a policia e a
que julgo acertadas, a bem força, desenvolvidas as funcções do Mie
interesses do ' Estado. nisterio Publico, regUlado o serviço dos
a importancia "a obrigação officios de , JUStiça, , estatuidas as pro-
ao poder executivo, . prlncipal- v,i dencias sobre o regimen das prisões!

' na sessão deste anno, em que - - o restabelecimento da Secretaria
de resolver sobre as alterações da Justiça torna~se necessario a bem
Constituição e das leis orga- do perfeito andamento e da ri,gorosa ,
,

corrigindo-as de accôrdo com ' as fiscalização dos negocios qUe lhe fô-
necessidades do interesse publi- rem affectos. .. ,
,

Ordem e tl'anquillidade Tenho a


a magnl.tude de satisfação de declarar que se conser-
tarefa' na pres'e nte reunião, e sa- varam inalteradas a ordem e tranquil.·
quanto devemos esperar ' da sa- lidade, em todo o Estado. Os passa-
e, do patriotismo que vos re- geiros incidentes occorridos em poucas
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localidades 'do interior, .p or occasião f 'das minorias, o que, par-ece-me.
., ' de pleito eleitoral de 30 de Outubro, cC'nseguido . com -a divisão do
.. • .
ttv.eram immediata. repressão' e termí- em districtos, para a escolha de
naram logo, sem graves consequenclas. ,
tados e com o systema do voto
Apraz-me accentuar este facto, já minaI.
que, consignando a solicitude, a ener- Entregue ' ao poder judiciario a
gia das autoridades, se me depara en- Uficação el,eitoral, proseguem
'sejo de render merecida homenagem ctoriamente . os .respectivos
,
ás virtudes e aos sentimentos da la- todavia~ de desejar que
,. sendo,
'. ' . "

' \loriosa população de . São Paulo. . de vez supprldas as lacunas que


A sua tradicional educação, no aus- dem a sincera manifestação dos
tero regimen de paz e de trabalho, fragios, tão essencial ao inteiro
.
: '1:1 bstou, por oorto, ' a que ' aq ui se re- cimento da vontade popular, a

ffectissem os etreitos dos .deploraveis indicações tem · o poder pUblico 'de
. .acontecimentos, com que foi surpre-
. ,
cmglr em suas normas de· conducta
hendida a Capital da Republica, a 14 de acção.
d,' Novembro ultimo. Julgo do meu dever referir
A's primeiras noticias .das desordens. lei federal n., 1269, de 15 de
' ..que se succediam, :aI'Tessei~mre em pôr bro de 1904. em seu art. 1.',

á dlS,poS/Íção dos pOder.es fedelaes " 1. ' lec," que, nas eleições federaes,
e o 2.· dos batalhões da nossa Força duaes e municlpaes,
/'
sómen'te serão
' .. PoHJc!81V. . e. accei'to
.
{) oIf[,ereciJm:ento do mittidos a votar os cidadãos
Governo do Estado, com admiravel . ros maiores de 21 annos, que
presteza seguiram aquelles dois corpos tarem na f6rma das suas

para o Rio de .Tan·e iro. Parece-me que essa lei, com
Muito emvora já houvesse. o motim offensa da autonomia do Estado,
·diminuído quando lá chegaram, com- bita da competencia attribuida ao
ludo os seus serviços ainda foram gresso Nacional pelo art. 34, n. 22,
. aprovE),itados durante um mez, tendo- Constituição da Republica, que
se conduzido os officiaes . e as praças lhe dá a faculdade de legislar
defórma a merecerem vivos elogios, as condições e o . processo de
dentre os quaes destaco os que lhes para os cafgos federaes, em todo
foram dirigidos pelos srs. Presideute Pai.. .'
da Republica e Ministro da .Tustiça Não podendo considerar a lei
·e Negocios Interiores. ' ral do Estado revogad.a pela da
Eleições - A lei garantidora do di- tenho . recommendado
.
que.
o ,

rei to do voto, da verdade eleitoral, to se faça conforme o prescrlpto


.". constitl1e uma das solidas bases do ultima, sem . prejuizo, porém, da ·
,

verdadeiro regimen repu blicano. E' lificação, que se deve organizar


-obrfgação imperiosa de todo governo gundo o disposto no regulamento
' . .
·democratico, proteger os ctdadãos em t .. dual n. 761, de 24 de Março
seu. concúrso ás urnas, . assegurando- .
1900 .
· lhes o livre exercicio . da mais' alta Para esse assumpto da maior
funcção política. V2 ncia, solicito a vossa esclarecida
Não podemos, por mais tempo, tenção, afim de determinardes as
·1'1 escindir das . modificações da nossa videncias legislativas que vos

. lei vigente. que estabeleçam com se- aconselhadas pelos altos interesses
gurança o priucipio da representação Estado.
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,
" , i7.aram-se, a 4 de Junho e a 22 de serviços -urgentes, e tudo esperando
as eleições para o. preenchi- dos auxilios do Thesouro do Estado.
" " de vagas occorridas no Senado, A construcçã'o de edificios para gru-
no dia 30 de Outubro, pos escolares, cadeias, hospitaes, as
_,'~;":' ül{,:tw geral de vereadores e juizes obras 'de saneamento, de' agua e exgot-
em todo o Estado. tos, importaram, em muitas cidades, em
observancia do' compromiss~ que crescidas despesas, para as quaes a ad-
, . perante os meus concidadãos, ministr,;Thção local, ou não contribuiu
'9 .
!tendo-lhes, por' todos os meios com qualquer somma,- ou s6 concorreu
alcance, manter a plena liber- numa proporção diminuta.
. de votos, fiz constar aos funccio- A somma das receitas dos munici-
auxiliares do pod'er executivo o' pios no ul1timo qu;nqu'E>müo attingiu
em que me aéhava de conse- ap:p:roxiauadamente, lá Iquantia de ....
aq uelle resultado, e cumpre-me di- 102.557:000$000, e, no emtanto, tal

salvo incidentes de somenos renda·" deveria apreciando-as no _ seu . l

rtancia, além de ter refnado com- conjunto, trazer-lhes maior somma de


ordem nas eleições, de in uUo 'va.., beneficios do que a realmente obtida.
:>'>"0 concurso das autoridades a que
Penso que, sem ferir o principio da
'dirigi, para se alc!,'nçar o absoluto,
autonomia· dos municípios e sem pre~
. ao pronunciamento do eleito~ ,
juizo para os que têm sabido aprovei-
tai-a, pOderiamos tollier subsequentes
,':"Ol'ganiza.ção muniçipal. A auto no- abusos, facilitando os casos de recurso
, dos municipios, umB;- ,das grand~s contra 03 actos das edilidades, e limi-
do regimen republicano, ain- ,
tando a comp:etencia das camaras, pa-
foi justamente comprehendida r". que se não excedam no calculo dos
impostos, ás vezes quasi prohibitivos.
, ,
se limitou o legislador consti- Providencia que tambem me parece , ,

de 1891 a ,garantil-a em tudo acertada é a de dar aos distríctos de


l'espeita ao peculiar interesse das -
paz certa autonomia, afim de, por in-
,

localidades, e na esphera das termedio de um conselho executivo,


de ordem puramente adminis- habilitaI-os a cuidar· de seus s~rviços
tendo mesmo chegado, aconfe- particulares e especiaes, deixando-:-se-
algumas attribuições de cara-
a de estabelecer e
lhes então uma parte da renda com -
que ajudam as despesas dos munici-
o processo das

eleições muni- pios a qU€' pertencem .
,

. E'· esSe o meio de attender. ás fun-


Repugna-me o cerceamento da liber-
dadas queixas dos habitantes de povoa-
dos municipios, mas não desco~
a necessidade de viverem eIles ções inteiramente esquecidas por par-
absoluta harmonia com o Estado, te da administração municipal, e de
não póde permanecer alheio ou in- evitar a creaçãode novos m~nícipios
á direcção dada aos nego- 'sem condições para -a vida' auiononia..
. ,.
,locaes, tão intimamente ligados Registro com prà-
Saúde publica - , :
, ,. -.,.-,'~
outros interess-es de ordem' geral. Zér a noticia de terem apenas oçcorrI-
A verdade é que, em sua quasi to- do quatro casos de febre amarella du-
os munici-pios não têm sabido rante -o anno finq,o, tendo sido 3 em
utilmente os impostos que ,Santos e 1 em Queluz. Decresceu a
adiando sempre a execu~ão mortalidade por febretyphoide, e ~
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··.'identico o resultado . das obserVações I em tratamento .228 doentes, dos quaes
,. , quanto á malaria,
'
apenas 1 ij 3 foram acommettidos de ,
..
Houve diminuição ilo numero de . molestias contagiosas, não se tendo
,. ,obitos 'causados pela ' tuberculose, que confirmado o diagnostico quanto aos ·
"- outros, Dos 228 enfermos, sahiram
·i·,- - ainda assim ascendeu . a 358 na Capital '

· e a 1.771 no interior. A variolapro- 164, falleceram 44, e continuaram. 'em


.
duziu, na Capital 19 obitos, tendo en-' ·tratamento 20 . .
·
, trado para '. o Hospital de Isolamento O Instituto Vaccinogenico preparou .
·· 64 enfermos. Tainbemhouve alguns . . '
162.000 tubos de Iympha e o Institu- ,
casos .d, a mesma . molestia em Cachoei- . to Bacteriologico procedeu a todos os '.
., . ra, Roseira, Guaratinguetá, Lorena, Le- exames scientificos
. de qUe foi encar- : ,

'. . • me e . Santa Cr.uz "


' da 'Conceição . cum- regado, continuando a se occupar
,' , prindo, porém, salientar qUe os doen- estudos e investigações, no
. '

tes eraDi pessoas vindas do Rio de Ja- da hygiene publica.


neiro. No Instituto Serumtherapico
Na Capital houve 6 obitos por peste; - .

ptaram-se 6. 068 tubos d€ vaccina


em Taubaté, 3; em Santos, 4; ' em Pin- I ti-pestoSa; 3,236 de serum
damonhangaba, 5; e em Guaratingue- toso; 1.053 de serum anti-ophidlco;
tá, 9. 76'2 de serum a'lti-brothróp!co'; e 6 Q
, Deram-se, na Capital, 9.993 nasci- dE serum anti-crotalico.
,

, mentos e 5,505 obitos, dentre os Realizaram-se no Laboratorio


·quaes, 793 de molestias infecciosas,. o Analyses 283 analyses bromatologicas; ., .
. que demonstra ter sido de 14, 4 a por- 75 chimicas e 19 toxicdl<J.gÍIC3S.
centagem da mortalidade por essas mo-
. Incumbiu-se o Deslnf"ctorlo
lestias sobre o total dos obitos . .
de 3. 037 desinfecções nos
· . Do confronto desses algarismos re- sanitarios dos 'edifícios, publicos e
suIta um ·excesso de 4. 488 nascimen-
o'

ticulares; de 779 preventivas; de


. ,
tos. de sóIos de predios particulares; e
Tal circumstancia é bastante ani- 225 nos estabulos, com pulverizador
· madora, ' e os diagrammas organizadOS vapor.
pela' repartição competente accusam,
no periodo de 1895 a .1904, a reducção
A secção de , Estatística .
pho-Sanitaria iniciou a publicação
' do numero de obitos, ao passo que 'au-
boletjns he):ldomadarios da Capital,
.gnientou a população e se desenvolveu
, , Santos e de Campinas, e vai ser
· a· cidade.
tribuido o Annuario 'de 1904 , que
.Repartições
,..
. sanitarlas
. _.
Executà- tém ' inter€ssante" informações.
·.
ram-se com a '· devida regularidade os Correu, . finalmente, ""m
·' 'trabalhos
..',
a cargo da Directoria do Ser- digna de nota o seryiço das
.., viço . Sanitario,
. ,
tendo sido de 53. 74 7 sôes sanitarias de Santos, Campinas
.' :tJ numero de casas vIsitadas; de ... '.
. ' . ' Ribeirão Preto.
' 27.525 '0' -de pessoas v'accinadas; de
. - . - . . . ,
,

· 2.;391 ' o de visrorias de predios em Serviço sanitario Já não ha


" . ,

· construcção; de 1. 933 o de intimações duvidas sobre a vantagem de


, expedidas; de 596 o de desinfecçÕes; lizar o " serviço sanitario.
d~ . 2 A 1 O o de visitas de vigilancia, e A interferencia das .
· de . 20 o de ordens de interdicção de . não correspondeu ás esperanças do
predios: gislador, e muitas são as camaras
;No Hospital de Isolamento estiveram têm descurado, por completo, as
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, . ' ~ ., "',',' .l,,: ,,'<:j ~:

no. tocante á saúde publi-. esse Intuito, Iloré _ , i;:


, ' ó t . !:n, nao se preenche '.'.'
s m.,n
. e com a -~u lt·Ip I'ICldade
. ' ,
das es- "",
. Nesta parte, faz-se mistér abando- colas ·ou cO!:n o · i" "
. augmento do numero' '"','
os preceitos da lei n. 432 , de 3 de professores desd ···i'
.. ' e que se não cogi- .,,,
Agosto de 189'6, 'resolvendo-se que
tt~' de eVitarC a agglomeração destes ul~
Imos na apit I ' . ... i;
:.:i:
com o Estado todo o serviço de
· '.. h . a ou nas localidades .:\
,embora ha'jam as niunicipa- clrcum.vls.l n as, CO"h--." ' . <.~;.~
. t ~,o rnfehzmentesuc- ' ..
de contribuir com uma parte ce d la an es de v . . .:
d la' d A otardes a lei n. 930, .c,:
suas rendas para a ,manutenção de e . e gOsto findo .,'-;,'
encargo. ' Foi das ! : n a i a ' _ . '.'
. '. ' . ' acertadas a resoluçao '. ' ':':
" •. Não dispensa o codigo sanitario em contida Dessa lei d b' ' "" .'
. . , . e o, ~lgar os pro",:, '"'":,',1'.:
umasérla revisão, de modo. que f,·ssores dlplolU " d' os I "
I t , ~. pa as escolas com- '"
obsel'vados os ensinamentos da p ~men ares a iniciar o magisterio nos "<:,;
e que sempre se tenha em bairros ou nos dI' t . . ... ,'
. · . s rlctos de paz e 08 . '.'
a harmonia dos · direitos indivi- dIplomados pela " "
-"'scola Normal nas '. '.
<
c<)m o interesse commum da sédes dos municipios, sõ pOdend~ tan- ',' ,.
publica. to uns como Outro ' ",",
. S ser nomeados .pa- ; )-
Espero submetter, dentro em pouco,
.
ra os. grupos eScola res ou para as es- '' ';..
vossa approvação, o projecto de um , co Ias Iso1adas da C it I . . ,:,'
.' ap a, os primei-
codigo sanitario. que já está sen- ros, depOiS de tres ' ., '.'
annos de exerclcii>
' do elaborado. nas localidades do . t . "
In erlor, e os se- ;.;
,
· Hospicio de Alienados e Institutos
. gundos, dep.ols de dois. ... <-
Resta ainda mOd'f"
c.divcrsos No Hospicio de Alienados, . . _ 1 Ical' noutros pon .
tos as dlsposiçoes . -' .
.. existlam em 1.' de Janeiro,758 doen- · d . t Vigentes sobre o ser- :""
VIÇO a ms rucção .. ". .
tes, dos quaes 464 homens e 294 mu- pela simplifica _ PUbhca, a começar·, ., '
' Iheres, tendo entrado, durante o. anno" Çao do programma de
ensino da ESCOla ~, . .
, 167 do sexo masculino e 100 do sexo '1 "Ormal, tão oneroso
para os a umn.os P b ." .
;femin'ÍIIlo. TOT.nam -.s e aJ;TI~ elSS~ndaes o .' o res e, por conse~ " "c
gurnte, para a In' . . ' .'
.,Hlgm.,n<tO d·a secção do Asyl0 .AgriooJa , al.orla dos que cursam ': : .
aquelle estabeleciIn~-n t o. . , ' .. ,.:.
c'e a construcção de enfermarias para
· OS atacados de molestias intercorren-
EtxPlicam-tse desta · arte as .censuras '
c.on ra o .,x enso pIa ..
,·I.,s. no de complicados >
estudos, que, mais
·, São dignos de louvores os relevan- apropriado para · , .

fornecer. as bases da cu It ura de sabios
'. tes serviços ' que prestam á · causa da
·
.sallde publica algllns estabelecimentos . eruditos, nã.o Se conCl'1'la com·. o
ou
)8CtivO
. _ de forInar pr f: . . .
o essores de reaL .',
mantidos pela iniciativa privada, como aptIdao pedagogica. .
;. as Casas de Misericordia da Capital, •
Faz-se
'. _ tambem' Inl'sté' It .
. raerara
· d" SaIitos e de Campinas, o Instituto
gaDlzaçao das eScolas
Pasteur, o Dispensario "Clemente Fer-
ou então r evogar a lei n. 374 de 3 . .
rEira", a Maternidade e .. os demais hoa- de Setembro de 1895 f . ... . .:.,
pitaes do Interior, a que o Governo do . . . , que con erlua","' .',.":
. seus . diplomados
. .o dI' rei
"to de regerem .'....... ',
Estado tão justamente auxilia, conce-
dendo-lhes subvenção compativel com escolas preliminares, "Isto ter cessadO'.:··' "
o motivo que deterIninára essa.
os nossos 'recursos Orçamentarios.
são, isto é, O da falta de
Instrucção Publica - Entre os de- ã carreira ,do magiste1'0.I
veres primordiaes do Estado se com-

Instituição reCOIn~~ d .
~~n avel ' é a
prehende o 'd e disseminar o ensino, es- ' grupos escolares q'Ue . .
. ' Importa
palhando os beneficios' da InBtrucção; volver, . annexaUd.o_Ihe
. • S as escolas
, '. . .., ' ':.
, "

, al.umnos na secção ,
.masculina e 107 na
feminina, Na de Guaratinguetá ma-
.
tricularam-se
.
127 alumnos,do's quae •
exigenCias do ensino e até da hygiene. 64 no 1.'· anno; e 63 no 2,- Na de
, '.. . '
1Q.;': '" O vosso .conhecimento dos negocies Piracicaba , foi de 29' o numero dos
;f., publicoa indicará as refórmas attinen-' · alumnos diplolnados em 1904, Na
;: ';:.
tes a. tornar o ensino official sempre de Itapetininga matricularam-se 118
.-~,., .

";'o'". . accessivel a todas as classes,


. ','\ ."
al'umnos na
. secção
.
masculina e 153 na
. '. : ."
:;
.
.,.. .,. Acredito que essa deve constituir a feminina, tendo concluido o' curso 65,
b--'. . , preoccupação dominante do corpo 1e-.
.
dos q uaes 33 da secção masculina e
ê gislativo, para qU'e, de facto, a todos, 32 da feminina.
.;:<
" ". .-
': sem distincções a respeito da condição Na Escola ' Modelo que

funcciona .
; / . , indivIdual, aproveite a existencia de junto á Escola Normal, o uumero de
U.'''','
- .. '. ".
um . serviço que cU'sta kLrgas sommas •
matriculados attingiu a 563, e no Jar-
;'>.
'.
. aos · cofres do Thesouro. dim da Infancia foi regula, a frequen-
: , 0- , Funccionaram regularmente duran- eia média,
te ,o anno os estabelecimentos de erisi- Acham-se funccionando no Estado
.' ..
no superior, sel.!und~rio e ptimarfo. 6~ grupos escolares, com 20,689 alu-
,", '

;., . '
-,'.
Na Escola Polytechnica . freqnenta- mnos.
;:":" ram 'a ,aulas de 181 alu,m.nos, tendo 9
,
. ," , '.
Destes ultimos são : . 10, 589 do sex.o
',':,'
~~; ~: .
,ccmpletado o curso de engenheiros ci-
masculino, 10,100 do &8XO feminino :
\. vis, 2 o de engenheiros iildustriaes, e •

· . ," '. 19.463 nacionaes, e 1.226 , extrangei- .


". ;. 3 o de engenheiros ·agronomos. Nos
:;:.:
.. ' . _ros .
'- ::"',: exames, em que se inscrev.e ram 129 ,

',' , '. Estão creados, devendo ser em bre- ·,


candidatos, foram approvados 104, re- ,
v(' iilstallados. os grupos escolares do ,"
··
•... ,

'. '."
provado I, e não compareceram á cha- .
Pary, da Liberdade e do Arouche, na ·;, -
,
", . , "
mada 24. " " ,

',.'
,','
Capital, e bem.
assim os -de S. Carlos .')
"}".
., .. .
No Gymnasio daCapita:I matricula- '
· do Pinhal, da Fra,'nca, de Atibaia, de '.;
,\ . ram-se 136 alumnos; foram promovi-
>::;" '
,'·.,',
S. Simão, de S, João' da Bôa Vista e de ::
.cc: .. '.
"
dos nos, exames da primeira época 7 3, '''
'~
L. • Pirajú, no interior do Estado,
.,.'.' e concluiram o curso 6. No Gymnasio
~
."

... . '"

'.;:' de Campinas matric.ularam-se 9'0 alu- Existem cr<;adas 2,616 escolas pre-oi
'." ." { . liminares,sendo
.'
'1 ,412 para o sexo 'j.
<(c • . mnos .e 4 habilitaram-se nas ' materias ' . "
,·".: do 6,' anno, para receberem oÚáu masculino, 889 para o femluino, e 293 A ','
.
'. ,

,: ,.' de ba'charel' em seiencias e letras. mlxtas, '$:"


" .
, .' !.
O"~
Na Escola Normal matricularam-se Estão providas 808, das quaes 563 :i ,
"'. ' ,
,.:
·,
.,",':,'
83 alul)1nos ' na secção masculina e 184 preliminares, e 245 intérmediai;. . }
_..'.:~.
L,
1,> • • .
;) ··'",,· na secção reminina;. termina·r am. o Utilizando-me da autorização . que i.i', ,
,,~;:.' .
"... curso .16, dos q uaes 5 com distincção, concedestes e da .verba' que votastes, ':
· .. ~'" . ~

,;,
>':', .
6 . cóm approvação pléna e' 5 com ap" no Intuito de dotar todos os pontos do )
'i,;i' provação' Simples, Estado de eséõlas preliminares, tenho, ;:i
;,i' Na Escola .C omplementar, annexa ' á nas nomeações para taes .
escolas, pre- ·;'"~
''',.;: Escola Normal, matricularam-se 3,67 " ferido sempre os municipios que ainda';:;
, ..

;;';,: alumnos e obtiveram o diploma 69 .. não as tinham ' ou ,os que 'as contavam .
·i;
;,
· ,.
:.... ' . Na Escola Complementar .· .. Prudente em numero iusufficiente. ,
·',;: :

.'" ., .' . . - . ' "'

.";', de Moraes", matricularam-se ,36 . alu-


, .
Com relação ao Seminarlo .
da Glo- .','~)"
>: .;. .. .
:;"" mnos na se.cçao masculina e 102 na ., •ria, acolho a idéa de imprimir !eição :,..
-. c . ... ' ' .

:,;' foeminina, tendo sido diplomados .26,- . ·diversa ao enwno aIl d>stri,!}uiodo,
...
. . '
cul-
,,
,Px
,

.. ', . ' .
. .
. .
..'>.. Na. de Campinas ' mátriclilaram-se 42 , dg,,,,do--se SO'bretudo de fac'l'i,1a,r {L. ''bi), ",:

",' .
,
' , ','
:..
,-

. - , . .
,
.

.... - '.
181- '.' ..'

"'<,
.
'\l{~1:U1das - o exed'dC'lo de adeantou a idéa de separal-as,
<-'o

e rle-mun,erad'oras.
, {'Oi8 mesmo sob o ponto de vista da
, .
Penso qneadeantariamos bastante são do trabalho. '. ,-

a determinação' de, completada a A creação de varas privativas,se-' '"_: ,

das aI umnas e tendo' elJas gundo a natureza dacau:sa ou :con.~


a certa edade,

serem os seus forme a divisão territorial, na coma r':' '''.,
ou protectores obrigados a re- C? da Capital e onde houver mais de,
com o que haveria, logar para uma vara, é outra medida a estabele- ~
de outras menores tam- cer-se.
- .
e que m.uito contribuirá 'para
"

elevar b prestigio da magistratura do"


.
de nova organiza- Estado. . , '.- .-

a Inspectoria Geral do Ensino. Justifica-S€ a solução de ampliar, a, " ,


pessoal reduzido, quasi sem ailto- competencia dos juizes singulares, ,pa-'
. sobre o professorado publico, ra, o proceSRO e julgamento dos crimes "
até agora faltado os elemen- affiançaveis, attentas a celeridade que ,

indispensaveis ao desempenho de devem ter. as causas e" a grave impu-,' , ,,'

proveitosa tarefa de vigilancia e nidade dos autores desses delktos,


,favorecida com os defeitos do funccio-
a se distinguir, no nn- namento da instituição do jury.
dos estabelecimentos particula- I A commodidade das partes, sobretn- .',
que ministram - o ensino, a Escola do .das de inferior' condição economica,
Pharmacia, a Escola Pratica dO dignas do maximo apOio por parte dos
e O' Lyceu de Artes e Of-
-
Governos, -obriga á revisão da tabella ".- ';
, ''-

cuja prosperidade é do meu de- das custas judiciarias, afim de que as


,
aqui assignalar. conveniencias dos cidaããos se alUem
" '",

da Justiça Ligo a com o. principio da justa retribuição


llOr íIDportancia aos eminentes ser- dos funccionarios.
0' ___ ,

do poder judiciario .. cuja missão Espero qne, ao discutirdes a refór-


se engrandece nas _democracia!'!., ma judiciaria,' não esquecereis' o mon-
certo -doe m)lito lucrarmos, es- te-pio dos magistrados, garantido pela
a classe' de magistrados lei n. 18, de 21 de Novembro de 1891,
att'ri,bulçõe,ssem"lhallte:s as dos e q-ue, cumpre levar a effeito, premian- ,
" '" ' "

juize,s municipaes, não só afim do -com os . incentivos.


. da moralizadora,"
/, .'

bter o indispensavel noviciado nas instituição ° devotamento 'daquelles '.,


da' judicatura, como ainda no que nobremente servem á causa da jus-
de entregar a substitui~ão de tiça e do supr~mo interesse da com-
: ..

de direito a jnizes togados. m unhão social.
::'i
--.

-"
" "
,

creação dos termos judiciarios Ministerio Publico . Em virtude· .',


como immediata conseq uencia a da i"i n. 937, de 18 de Agosto e do de-, "-: .''-:'
dé todas as comareas pot- ereto n. 1273, d'e 23 de Setembro, fi-
e, assim, o·fferecerá i no- cou organizada a instituição do' Minis-'
carreira da magistratura po-- terio Publico, assim como, estabelecida
',': " "

estimu~os . aos_o, que venham fi classificação hierarchica dos respe-',,'; ,:,'-

ctivos funccionarios, se acham discri-


menos urgente do que essas pro- minadas as suas attribnições de mais ,',.
afigura-se-me 'a da rennião importancia. ':',',. , ,

camaras do 'Tribnnal de Jus- Activaram-se os serviços dos Pro mo- • '


, , ' "

a civil e a crimfnal, -pois não, tores Publicos, que continuam a en- ,'<
, ,--'
". . .
,
,

. . ' ,

, .- '

pontualmente;, - á Secretaria do In- 'da justiçà prompta e ao' alcance de ' tó-
e da' Justiça, os boletins refe- dos, ,

á visltà. mensal -das cadeias e Mais sensivel ainda ,é, -a falta de re-
cartorios do registro , civil. ,
gras claras e precisas sobre ' a respon-
',' Tiveram tambem grande impulso os sabilidade dos ' empregados e fUllccio-
,

incumbidos aos Curadores narios de qualquer categoria, que con-


, ,

de Orphams e Ausentes, SObre- , vém tornar effectiva e que , reputo


,' tudo no ramo orphanologico. questão capital no ' nosso 's ystema po-
,

O Curador Fiscal de , Massas FaIli- litico, afim de qU'e todo cidadão fique
da Capital tem etr' dia o seu ex- 's empre ao abrigo de, abusos ou exces-
e tanto o Sub-Procurador co,- , sos,praticados por aqueIles que exer-
Procurador ' Geral déram cabal , cem uma, parcella do' poder' publico,

.;, ',.-
ás multlplas obrigações
,
--
Serviço policial Para melhorar ()
:,,' ,: ":'';" dos seus Cargos. ,;.
funccionamento das instituições poli-
Refiro-me, por , ultimo, aos Promo-
.-

cla'ls, urge , estabelecer a policia de ,

' de Residuos, para lembrar a , in- carreira, incumbindo o serViço a pes-


da r emuneração que per- soal escolbi40, de 'aptidões especiaes.
, ,

resultando dahi o obstaculo ao mediante um regular systenla de pro-


>, ,preenchimento do logar, em todas as moções, liue permitta obter, nos, car-
' :'-'''êomarcas do interior. E' de notar es- gos superiores,. o , concurso de auxilia-
se facto, tanto mais que cabem agora r'lS experientes, conhecedores, pela prll- '-
aos Promotores de Residuos actos do , tica, de todas as particúlaridades ' do
alto interesse
, administrativo, co- ,importante ramo da administração pu-
mo o de superintender a administração blica, destinado a manter a segurança ",
," :' dos hospitaes, àsylos -é quaesquer ou- '. . .'.
,

individual e da propriedade. '


.~

'.J
: , ' tras fundações publicas, ou de utilida-
', . Não custa, ' sem grandes ,despesas, ",
publica" que recebam , legados, ou ensaiar a idéa nos municípios, nas sé,, ".;'
• , r
o Thesouro do Estado subvencione
,

des de comatca, onde mais cuidados , .-


o seu auxilio. •
requer a protecção dos direitos dos Cl- ",(
"

Leis de , processo e responsabilidade , dadãos. , "

funccionarios, Pendem de , vossa Força policial Posto se não con- ~


• approvação os projectos do codigo ,do ,funda com oá ~'~rpos do' exercito, pois ~,'
civil e criminad, organizados, bem diversa é a tuncção adminlstrati- ~
"' nos termos da lei n , 55 de 25 de Agos- ', va da milicia do ' Estado, tambem a ;l
,' ,'.- to de 1892" pelos drs. Manoel Anto- força policial requer, ao lado da. seve- ,~
>nlo Duarte de Azevedo e João Per'li- , ridad'e da disciplina, inherente á oro}!
, . ,i',
Montelro, ,continuando ainda em dem de todo serviço publico, o 'lsti-fl
as ' disposições estabelecidas nos ' mulo á. bravura e ao civismo dos que%
),,
tempos do Imperio, e que a compõem. : ,',1
são em sua maior parte as dos regula- j,., lei n. 916-B, de 2 de Agosto doi!
<mentos n. 7'37 de ' 25 de Novembro de anno passado, veiucorrigir' alguns dOSK~
;:';, 1850 e 120 de 31 de Janeiro de 1842. graves defeitos da organização vigen-:l
Torna-se, portanto, necessaria a ado'- tE" pondo termo á anomalia do julga CX~
- de outr~s ,p receitos, maiseffica- ':"ento dos crimes ' communs p'llos con-,~
e mais consentaneos com o desen,- 'selhos de justiça, e " réstringindo-lhes,ji
dos nego cios 'fOrenses. " a competencia ' ás simples ,faltas disci-'~
, ,
, . . . ~

'Lacunosa, deficiente, a velha , legis- plinares. ,J~-j


i bção já não consulta o sabio principio No regulamento, que tenho de ex-i!
, , ~;i~
, - - . ,}",
,-'.:
" - . .' ,
,- '

para a ~x~cução <daquella lei, e verem func~ionando em predio ad-ecY, .' ...',
elaboração se acha bastante ade- quado s,e tornará opportuno dar-lheS'};]
';, t1ntada, procJJrarei,
l:!:.
nos limites dasfa- novo regúlamento, O que, entretanto., ,,/
',o
.', ,
;'" ""Idades do '~poder executivo, inclnir depende das normas contidas nas leis '. ,i
:,:::.a8 deterrrflnações assenciaes' á regula- sobre o systema geral das prisões do,;
,i" I'idade dos trabalhos 'em que se occu-
.', .
Éstado, de que nem todas se acham na""
devida ord~m. '::"'" .
:,'pam os diversos corpos e batalhões. ,

,,,---
Tenho, porém, de solicitar a vossa Taes leis ainda não foram decreta- :,
para o imprescindivel au- das e essa falta não deixa de embara-
de praças, tanto na Capital co- çar a, execução de effiéazes providen-
."
no interior, em vista das respecti- " "

cias ao alcance do
,
poder -executivo, ": , '.

e justas queixas motivadas pela como, entre outras, a do aproveita~


insufficiencia do pessoal e pe- mento do trabalho dos detentos,' e a
crescentes necessidades do policia-
do Estàdo.
, ,-
,da assidua inspecção do serviço das ':.'
cadeias, principalmente nas localidades ",
, ,

Suggiro-vos a "riação do l{)gar de do inrerior, onde ma'" se'-lhe notam, " ',',

da Força Policial, exercido por a& imperfeições. .. "::. '

ario 'de' quem se .exija uma Continúa o Instituto Disciplinar ,'. ",'

razoavel, com o que cessará a prestando o seu util concurso ao fim ,,' " , ,'-'
, ,,'.

praxe de se abonarem aoS da regeneração dos menores crimino- <


avultadas quantias sos ou vadios, e ainda este anno fica-
ao pagamento mensal dos ,
rá estabelecida a Cólonia Correccio c

e dos soldados, sem quaes- nal, que, nos t-ermos do art. 400 d o ,
er· garantias para os cofres publicos, Co digo Penal, o Governo ruo Estado .'
caso de desvio das sommas recebi- projeeta fundar na' ilha dos Búsios. "
''''
difficultando-se ainda o completo
da sua rigorosa applicação.
.".
Os bons serviços da nossa Força Po- ,

'dão-lhe direito á fundação da


beneficénte, organIzada
,
com o
de contribuições dos officiaes de sem duvida melhoral-a o maior es-,;, __:>'
praças, de descontós que' soffram, coamento dos productos, mas depen-
presos, em licença, ou em tra- ': ',;'
de elle da propaganda devidamente,";! ,;'"
no hospital, e de donativos
auxiliada pellOs poderes dos Estados' ,.-"'-.;
não havendo, portanto, , ,"

interessados, e nela! diminui'ção dos '/, ';"",


desp-esas para o Estado. ",':-'
,

,direitos de entrada nos paizes eon- " . ,,--


,
,', '.<"
Demais,' é facil, por 'essa fófíma, at- sumidores, o que só se poderá obter .:3
aos frequentes pedidos de , au- por meio de tratados d~ commercio, ':i;
ás famílias de bravos soldados da exclusiva eompetencia, do Governo .',"".)c.:';
como por vezes já tem aconteci- Federal.,!

affrontam a morte e sacrificam a
no cUlnprimento de seus deveres.
, . Com o intuito de conhecer as condi-'/S
-'" :./;:,
• ções economica:;J dos outros paizes pro-:;;'i/ ": __.Co' "

Prisões Empenho-me pelo inicio duetores de café, encarreguei o sr. dr. 'i?
,~. "">;;::
obras de construcção da' cà:deiada Augusto Ramos de percorl'er aS repu- ,..;,
::,:.çc:
da Penitenciaria, contando blicas da America Central, e as do, ',!"
• , ::/P
votareis os recursos' necessarios á
, '
norte da America Meridional. ",,)
installação daq uelles dois Nessa excursão, deve aquelle pro- ,,",i .:,','.::"
"

. Só depois que esti- fissional observar as condições da pro·,';'"


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. . .
':'.', . ." -' , .

.......,
.

-- .

. -ducção, da parte industrial, e ·dos ID€ios de um horto botanico, a cargo do


",' .
de transporte ou de commercio. Do fessor da respectiva cadeira, de
r€-iatorio que me fôr apresentado, de· campo de ensaio para a cultura'
penderá a adopção das outras medidas mareira, e outros para a
a estabelecer ...,m 'pról da lavoura de e desenvolvimento das culturas
.café, que tanto merece dos poderes no fim do anno, occupavâm unia

publicos, e .a cuja -sorte está intima· de cerca de 80 hectares. Dentre as
," •
. .

ffiente ligada a prosperidade economlCa fieações concluidas e indispensaveis


do Estado. bom funccionamento da Escola,
_a da casa de residencia do chefe
Escola Luiz de Queiroz e Ensino
cuJituras, achando-se em vias de
Agricola - De accôrdo com a autori·
clusão o posto zootechnico e uma,
zação legislativa, foi ultimamente re·
tufa, para a multiplicação de pian .... ,
fórmada a Escola "Luiz de Queiroz",
. tas. ensaio de. semeu tes etc .
imprimindo·se·lhe 'um caracter mais
As o bras da secção do
pratico, no sentido de facilitar a todos
que coilstaram apenas de
os que , desejam adquirir os elementos
proseguem so b a direcção do
da instrucção agrícola um .preparo sui·
nheiro architecto Washington
ficiente, conforme o gráu de. conheci·
Aguiar.
mentos a que aspirem os candidatos.
Além da instrucçãó á que é
Buscando' converter o estabelecimento
vativai ,das escolas -ag'ricolas, o
numa
, instituição modelo, quanto ao
verno activa, pela· imprensa'
ensino profissional agricola, determi·
nou o Governo as. prdvidencias mai.s pela distribuição de folhetos e
• adequados, a diffusão dos metho
illdicadas na - occasião, annexan~o á
de cultura racional.
EscoIa: a Fazenda Modelo, qu~ della
estava separada, contractando, nos Es· Reconhecendo a importancia
tados Unidos da America do Noi·te, o exposições - como meio de ensino,
'. .
sr. J .. W. Hart, professor da Universi· xiliou-se tambem a exposição -" de
~-

dade de Illinois, para dirigil·a; ins· godão, realizada com brilhante


talila1ndo o~cu.rg,os "theoricos 'Da cidacB pela Sociedade Panlista de
de Piracicaba, em quanto se não reali· tura.
zam as obras da secção do internato.: Durante o ânno, a frequencia
organizando a escripta d'a Fãzenda, em Escola foi de 17 alumÍlos, dos
.-
relação á exploração das cülturas; 5 completaram o curso.-
creando o archivo de agricultura pra· Serviço Agl'onomico Com
tica e experimental, que é constituido . rencia aos multiplos serviços .
por breves indicações sobre a vida das nados pela lei n. 678, de 13 de
plantas, em fórma de quádros synopti· . t'embro de 1899, que organizou o
. '., '.

cos; dando rapida solução ás questões viço agronomico do Estado; ha a


de interesse' pratico; e, finalmente, signar, além das informações
montando -b posto zootechnico da Fa- sobro as condições da lavoura e
-- -zenda, _cujas obras -estarão em breve campos de experiencias e de demo
concluidas. tração, prestadas pelos' inspectores'
0-_ Na Fazenda Modelo, além das obras Agricultura, os trabalhos do
- realizadas, ,para' melhoramento de' suas to Agronomico, estabelecimento

installações, foram ...,:iecutados os tra· creação anterior áquella lei, ·143 a
,' -
balhosde formação de um pequeno ca· nização, para o inicio do ensin.o· pro ... \
fézal, '.para a observação dos alumnos, 1issional agricola, da Escola· Agrico'la::< . 'I
. '. ,
<-:'i ,.'.T
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. - -' i -'-
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"
- -';'--".:~
'- ',.'~
.. ,---.,
, • - - :<':~"
Luiz de Queiroz", em Pira- ,
oi Iguape, 16 alumnos, dos quaes 9· con- ' ',,.,"', ,

e -do Apprendizado Agricola . , · ".


cluiram os seus cursos. '.. ,>
.- .',
. ·

Bernardino de Campos", 'em Igua- Attendendo-se á modesta fundação. "-'.:. .


, -" ~;
" '

. __:-.A ..
aos elementos ,:om que tem contado B ,,~'


. -.-,:p
evIdente que, para a propagação ao melO em que se encontra, p"6de-se .)'
· .. c ;
conhecimentos uteis á lavoura, dizer que melhores resultados ainda" . ,."' ·
,.
""-, '.

escopo visado pela referida obteremos, sÍ a frequencia dos alum- . )


.;: ~,

G78, difficil será conseguir re- nos ás aulas, obstada por differentes
apreciayeis, sem a creação, causas, fôr garantida com a creação d~
dos campos de demonstração, internato, que é fórma preferivel pa c
o lav:r:-ador observe e aprecie as ra as oo'colws agrircolas, s~egundo de- -- .;,' · . .
" , · " .:
. do emprego de novos pro- Injoootra a ex:p:eri'en c-ia e·m toda a .pa r .. -_'-,:
":
', .
, ..
--

.
culturaes~" quer dos postos zoo- te . .
. '"
IC{ onde se ' facilite aos crea- Entretanto, os trabalhos escolares
' -.-" :'." '.

a solução das questões praticas, corr·eram regularmente, sendo o ens i- .:,':.;. ;


·'
·

melhor escolha das raças ade- no ministrado pelo lnspector de agl'i- .- ':

·.

....
e dos typoS mais convenientes cultura do districto, que, parasatis- ....
--- ' .-'
aos fins que cada um fazer as exigencias do programma de -- " . ,',

· :.\
em vista. ensino, teve de organizar cerca de cem
· .... '

sentido, porém, me é grato quadros synopticos. , ·" .

que o Governo já está ha- Distribuição de mudas e sementes _


pela lei orçamentaria ' em vi- Com grande desenvolvimento con t i· •,
'"

com os recursos necessarios - para



nu ou este serviço durante o anno pas~ ' -__ ,~
,
nesta Capital e em diversos sado. ,'. ·

do Estado, de taes estabeleci- Pela Secretaria da Agricultura foram ':', ·

e para a organização e des- distribui dos 14 .117 volumes de se_o . ..."


-- '.'

de todos os serviços do mentes, .a 11.842 pessoas; 70.468 ba- - -- ,


·
citada lei n. 678, de 13 de ce.l1os de videiras, dos quaes 63 . 843 •

'"'. ·

de 1899,de modo que te- fornecidos pelo Instituto Agronomico,


, ",
afinal um funccionamento si", 'e 6.625 pelo' sr. dr. Luiz Pereira Bar- : .', ·
'.' .

· •.. '

e harmonico. como é indis- reto.


.
Além desses bacellos. o Instituto
. ___ O ,.·

para se preencher o intento Agronomico distribuiu mais 231 enrai- J· ..,


-."

fomentando a producção paulis- . zados e 125.4 25m udas de arvores , , .:"·. · ..

fructiferas . . , .'. .
se c<Ínsegulr o engrandecimento
do Estado. Pelo Horto Botanico foram ainda - .::( ,.':",. .'

distribuídos, -durante o anno. 1.737 , ;-": . ,


-{

o mesmo objectivo, procura o - - -"


--

mudas de arvores fruclireras e de som- · .<, '


facilitai a utilização' dos ins- ,
" ."
-,";. .
bra. :.- .-- ~'.
agrlcolas, para o que obte-
Instituto Agronomico Os traba- -- .
estradas de ferro. excepto da · .

e lhos nos gabinetes e laboratprios deste -:-,-.'-:'::'


..:;:
do 'Brasil,• o seu transporte -.' ",. -
. Instituto destacaram-se, no anno pa$- ..'

devendo isso ter contribui- .- .. .'


..

sado, por serem dos mais desenvolvi-


para o grande augmento verificado · ·. • .... ."

dos que se têm reaÜzado até agora. · .. ;. ','

commercio dos instrumentos ara- ~'-!'.


Numer:o sas foram as informações pres- ,:.: •

• .
t.a das pelo estabelecimento, á requisi- . ·, ;:.';<, .;
Apprendizado dr. Bernardino de ção de lavradores 'e Industrlaes. ----.
-"-:.,
.
:

. .; ,

(:Campos Frequenta'ram o · anno Ie- Taes trabalhos consistiram em est.u- . ,.


dos de assumptos d~ grande Interesse' - .. /.
__ o

'.. ctlvo desta escola,


,
creada . em 19 O3 .. - '. '

_:;_-junto ao campo de experiencias de paTa a lavoura, pa·ra as industri·a s e · ' ·- ~,

. ·
.-.:-
'.' '. " .:":.'
.' '. .. ": ", ,::
'. . , .'. '.'
', ' .

"'>-"_:. ' . ". '


" ':, .
"'<,;, :.-> . . . o;· , . , , ,' . ,'
,
'. -. ':.':-. . '
,
, '~ :.
"

:"~: ::: . . referentes ao tratamento das.' moles- tes, ' que roiam pelQ sólo, se presta
· " '," -',
" .. . .'

'.' , . tias de plantas cultivaveis; ,em analy- ser ' ct\ltivadà com ' outras
~(::-_.- ·ses de diversas materias; em - indaga-
_:; .~--,-,:,' -
de modo que ' possam constituir
X::'' ,,-'--
ções sobre' a , vinificação, as ' proprieda- ~Ilente prad,o de forragem rica
;;-: : . des pbysicas de amostras de algodão abundante.
•--.-

e fibras de aramlna, e tambem sobre


.'

-; __o Tambem foram ultimamente


,,---
-/
" . o café como materla prima para a fa-
'.
. . . I
das as experienciasde inoculação
· ,'... ·
brícaçi>t' de aleool; em estrumação ch!-
"
. sementes e do s610 pobre com
;'," .
'. ... mica e organica dos cafézaes; em com-
.
baeteriana, não. se podendo,

. ".
· '''-.
,-,:.-' paração do valor nutritivo' dos feijões;
. ainda, julgar definitivamente do
,

'-'-,_.,'
em analyses de terra do Estado e de desse novo processo de cnltura,
·- - -"',
", .
'

:,;' adubos; ensaios de alcaloides em plan-


'. .
Augmentou-se o vinhêdo do
.-... ' . ,
. : ., ,tas indlgenas; e , na organização de qua- tuto com alguns novos , espeeimens
- '. ,
..... , dros para as analyses de forragens,. excellentes variedades, sendo,
-'-' .. '

;. -- . -'
feitas desde a fundação do esta beleei- mente, de 1.300 pés o numero de
-filento . tas,
~:>- . ,

..'-~, '- No campo de Iguape continuaram


"
Foram em numero de 402 as analy-

ses puramente chimicas, sendo 307 em experiencias de' diversas culturas, e
.
,
·
beneficio ' da lavoura, e tendo sido pa- peclalmente da do arroz, que aUi
gas apenas 32. te em doze variedades, e Que, no

do anno, occupava em cultura
Campo de' expel'lencias - Continuam
área de 21 , m2 933, além dos lotes
nos campos ' do Instituto Agronomico
cargo dos alumnos do
a,; experienclas sobre a estrumação,
· - As experiencias sobre a cultura
-
",,'
" pó da e hybrldação dos caféeiros, apre-
,

cacáueiro vão sendo animadoras e


,'.' sentando' resultados finaes, que vão , ,
rece que o lavrador da região
ser divulgados para "proveito do,! cul-
se neIfa encontrará o meio de
tivadores, e, attendendo-se á necessi-
· tuir vantajosamente a do café, para '
.. dade, já hoje Inllludivel, de acudir ef-
qual ha alli uma longa série de
, ... fkazmenie ao d,epauperamento dos ca-
, ções desfavoraveis.
'.' . fézaes antigos re á conveniencia de res-
' Os énsaios sobre o preparo da
. tituir ás terras dos cafézaes mais no-
nilha de Iguape ainda não
vos os elementos capazes de alimentar
· ficar coneI uidos, estando, porém,
· regularmente a producção 'p or tempo •
antados os estudos sobre 08_ meIOS
-- - . mais dilatado.
· .'..-
~

,
,. ~
sua ' cultivação.
..
"
Além dos estudos de selecção da
-. . Deram bons resultados as
canna de assucar, e das d~versas ox- eias feitas sobre a cultura do linho
,
peri,mcias ' com algumas variedades de da juta, favorecidas, principalmente
"" ' algodão do Egypto, de trigo, de ce- ultima, pelo clima. da zona, e com
· '.'
vada, de quarenta , e duas variedades mesmo exito se tentou_ a da
.. . de batatas

européas, 'e , de outras , di-
".'
de Zanzibar .
. , versas culturas de particular interesse
'.
,
No campo de experiencias de

. para a lavoura ,
do Estado, está sendo ba, continuaram em regular
,
: - -
·
.- -
objecto de egua'Cs estudos e expeÍ'ien- to os estudos e ensaios das.
'-
eias a alfafa de sementes espinho~as,
-" , '
apropriadas á região.
· ,
planta, encontrada "em Campinas, de Commissão Geographica e
. _" ..
-' - ·crescimento
.
espontaneo, e .que, pela -Prosegue\ll r,e gularmente os
• , . riqueza de produ(:ções baetetigeTI3!lI de a cango desta Repoartição, .
.. " suas , raizes .. ' grande . numero de has- Na secção botanica activaram-se
..
.. , , ., . .'

.- 187 .
" , '. ' ." .


pa.ra ~on se~vação do ' grande · fim de se con'hecer a marcha dos n08-
coordenaçã9 ,6 d.etenmin'ação
-
· sos elementos cllmato.logic.os, relativa-
adquiridas nas ultimás ex- mente á agrlculturà. '
e preparo.. e r.otulação. das Além da distribuição do. b.oletim an-
.'
co.m que a referida secção. co.n- nual de .observações meteoro.l.ogicaS
para a nov ~ 'obra s.obre a flo.- fornecidas semanalmente sobre o es-
Regni Vegetabilis tado. do. tempo., .organizaram-se . qua-
dros graphicos, relativos á distribuição. .

de co.nservação. d.oherba- das chuvas e sua influencia so.bre a
irreprehensivel e, . apezar de. se lavoura, bem assim as instrucções so-
. verifica·do nenhuma, grande ex~ bre o. m.odo de . evitar os effeitos das
em 1904 , houve, \todavia, al- geadas e das chuvas de pedra.
Na secção, nli.o s.otireram interrupção.
secçao- t.opo.graphica, além das os exames de terrenos, rochas, mine-
.
has já publicadas, abrangendo. raes, fosseis, etc.
de ·4 5 . 411 kil.ometro.s qua-
Horto Botanico - Os trabalhos des-
acham-se co.mpletas e esperan-
te estabelecimento, que . c.ontinuam em
ura· 6 fo.lhas , estando. ainda 5
crescente desenvolvimento, mantive-
. promptas . Referem-se as primei-
ram-se em perfeita ordem durante o·
. municipios de Pirassununga,
· anno.
Ouro. Fino., Bragança,
Co.m . referencla ás arvo.res . fructife-
e Tatuhy, e as ul-
ra e com o fim de estudar quaes as
" ao.s de Caldas, S. Bento. do. Sa-
variedades que melho.r se adaptem ás .
Taubaté, Salleso.p.o!is e Apia-
diversas · zonas do. Estado., co.ntinúa o.
uma área de 28.605
Ho.rto a prOVidenciar so.bre a obtenção.
quadrado.s.
de uma collecção authenti.ca ·de taes
está levan.tado. appr.oximadamente
variedades.
da área to.tal, calculando. a
A c.oUecção. actual de arv.ores origi-
que dentro. de quatro. .ou
••
naes já attinge ao numero ·de 236 va-
anno.s ficará co.mpleto. o levan-
• riedades, representando. 832 exempla-
.topo.graphic.o ,da parte p.ov,oa- ..
res.
Estado.. •

Na secção. fl.orestal pro.seguiram 0.8


desenvolvime nto ' teve o . es-
trabalho.s sem · maior alteração., exis-
divisas .co.m o. Estado. de Mi-
tindo no Horto. um t.otal de 16.800 ar-
achand-o-se levanta.dã .a ·to-
vores, q ua, com _outra~ sementeiras.
d'e· toda a zona .limitrophe,
passará em breve de 30.000.
a fronteira de Lorena até o Rio
ao ' no.rte de Po.ço.s de Caldas, Immigraçã.o No. correr do. · anno. ..

extensão. de cerca de 40.0 kilo- de 1904, entraram 27 . 761 immigran-


med.i da . pela divisa nominal, e tes, sendo espo.ntaneos 20.746,0, sub-
' proprio terreno estudaram-se cerca sidiados 7 . 005. Estes, intro.duzidos no
,
. " . '

13'0 kUome t1'Os do tTaçad,o da divi- regimen da )ei n. 673" de 9 de Setem-:


.. definitiva. •
bro de . 1899, que faculta a execução '
• •

secção. meteo.ro.logica funcciona- · .·do serviço. ás companbias . de navega- '


· "
o. anno. 16 estações d.e 1.., · çã'o e armadores, · que dispuzerem . de c
2:', 9 de 3. '" e 8 ' de 4.-; vapo.res c.om as neeessarias · condições
um t.otal de 4 O pOst.o.s. de . hygiene e de · rapidez de viagens,
observato.rlo. da Avenida Paulista assim se discriminam,'
. estudos especiaes, com o dades: - . ",,,~,,,\.t:\A LEGISLA,, · .
~" I;'.
"O" Bl·S·
....
·
l 1lJ
j.
Tr: " '4
I:. li~, " ,. .'
, ' ..
• •

• •
Hespanhóes • • • • 3 . 791 de 17de IYezembro ultimo, ' em 10. OO~ ,


Portuguezes • • • • 1.324 o numero de 'i mmigrantes a intr01u7.lt
Brasileiros • • • • 1.840 em 1905, neste · Estado, mediante Jul),•
Austriacos • • • • 50 venção ás companhias de navegação ' 0.
- . aos armadores, no~ termos da l~l n,
Total • • • 7.005 763, de 9 de Setembro de 1899.
Tambem não tem sido descurado O

Quanto ás respectivas edades,' era In : . problema da colonização, poiS o C·o.~

verno prQcura incitar particulares .'4'
.. 'M aiores de 12 annos . • 4.003 venda de terras em lotes, facilitando'il.

• De 7 a 12 annos . • • 1.040 por todos os meios ao seu· alcance.
De 3 a 7 annos . • • 1. 027 Este serviço ' acha-se' apenas em itijO
.. Menores de 3 annos . 935
• cio, mas é meu empenho dar-lhe <I
.
• •
maior impulso.
Total . • • • 7.0v5 . ·No int€1reSlõe do p<>voamen'to de te r-
ras devolutas, . foram creadas COml1li:1~
Quanto ás profissões: sões para o estudo ' da zona desconhe~
cida do Estado. Parte desta será el\\
Agricultores • • • • 6.335 breve atravessada pela estrada de fel';"
Artistas . • • • • 593 1'0 da Companhia Noróesté do Brasil,.
Diversas • • • • • 77 . e ficará assim ' apta a receber uma po-
-- -- pulação laboriosa, devendo a outr~
Total • • • 7.005 parte constituir a zona por onde, de
futuro, terá de se d'Csenvolver a Es-
·Os 1.840 immigrantes brasileil'Os trada Sorocabana.
eram retirantes do Estado do Rio
Grande do Norte, sendo de · 296 o nu- . Nucleos ColoIÚaes Nos nucleo8
mero de familias e . de 207 o de indi- colo.n iaes do Estado, emancipados em .

viduos solteiros. Desses immigrantes, differentes épocas, continuou o movi,
seguiram para a lavoura do . Estado menta de concessão de lotes e de pa-
1. 756, ficaram na Capitâl 43, regres- gamento de debitas de coionos, tendo
saram para outros Estados 9, e falle- subido a mais de 60:000$000 as im-
ceram 32. portancias árrecadadas o alÍno pas-·
O• movimento da Hospedaria da Ca- sado.

pital foj, durante o anno, de 17 .. 541 . Obl'asPubJicas Importam em .. '


..
pessoas, entre. immigrantes e trabalha- 987:323$093 as obras concluidas em
dare!; da Capital, entrados para se col- ' 1964., tendo merecido especial atten-
• •

. " lbcarem na lavoura por intermedio da- ção, tanto as de construcção de ' pre-
quelle estabelecimento. Dessas pes- dias, destinados. a grupos.escolares e.
soas, seguiram para a lavoura 15.204; cadeias, .c omo as de e stradas de roda -
foram para outros Estados 38; fica- gem e de novas pontes ..

ram na Capital 73 4 ; falleceram 52; .Abastecimento de Agua e Serviço de
foram repatriados por conta dOR respe- Exgottos da Capital Afim de at-
ctivos Consulados 989, e existiam, . em tender ás immediatas tiecessidades de
31 ' de Dezembro ultimo, 524. augmento do abast'Cclmento de agua da
Com o fim ainda de ·fornecer braços Capital, que continúa a ser objecto de
á. lavoura do Estado, al'ém de outras toda a attenção, além dos estudos pa-

medidas postas em pratica pelo Oover- ra a elaboração do projecto sobre a
.. no; toi fixado, pelo decreto n: 1.255, elevação das aguas do rio Tieté, rea-
' , - ,. , .." , ,'
.'-' ·189,·' -'- "
.-- .
o ,de uma linha para aprovei- fim do exercicio, de 3'92.867 metros.
das agu'a s do Engordador, ' Foram feitas , durante
;
o ,anno, 928 li-
"a e outros affluentes da Cai- gações de .- agua, subindo a 22.889 as
(;onçalves, com a extensão total ligações existentes, e continuando a
,
, /128 metros, e que foi coustrui- distribuição a ser feita por hydróme-
:;."' encanamentos de ~ 5" de dia- tro, por penna € por cobrança de taxa
"," , podendo fornecer até ...... . fixa. Foram reparados, durante o an.,..
.'

, :' 00,000 de litros em 24 horas. Fi- no, 3.439 hydrómetros , sendo de . . .


concluido o estudo de 10.200 o numero desses apparelhos em
, lillha para aproveitamento das serviço das ligações domiciliares.
, da Caixa!!.e Juncção, com dire- Teve regular desenvolvimento o ser-
! j), repreza do Guarahú, com a ex- viço de exgottos da Capital. Durante
de 3.562 metros, e que foi I o anno, foram feito s 7 .8 65 metros de
uida com , ,encanamentos de 12" collectores , e 21.769 metros de liga- '
fornecendo, e m 24 horas. ções domiciliares, sendo hoje a exten-
,
. 000 de litros. Augmentou-se o são ,da r êde de exgottos de 777.681
'mento de agua do Hospiciode m etros.
; construiu-se um colIector pa-
-
aos predios em construcção
Saneamento de Santos Tiveram
, regular andamento as obras para a
rzea do Carmo; executar?-m-se
realização d efinitiva do serviço de ex-
extraordinarlas na Serra da Can- .
gottos da cidade de ,S antos. Ficou con-
,

Ita , para attender _ás nec<!e ssidades I cluído, ' com a levantame nto da linha
- serviço e gara"n tir a conservação e I .

divisoria das aguas, o levantamento


dos manancia'es, e promoveu-se
topographlco da cidade, que occupa a
da Caixa do Gonçalves,
área total de 2.334 hectares, 39 ares
satisfazer as condições de e 56 centlares. -
das novas linhas.
A fabrica de tubos de cimento ar-
machina do Engordador, que está ,

• mado continuou a funccionar, tendo


tad'a no ·loca-1 das $obr'a s das' •
sido' fabricados, durante o anno;
do mesmo Engordador , e. das do
,

das P edras ou Corrupira, dis-


Ba.rras para esqueletos de tu-
de . força para elevar a columna
bos • • • • • • • 21.859
' .' agua até cem metros, e póde pro-
Bar.ras para esqueletos de vi-
em 24 horas, dez milhões de )i-
rolas . • • • • 15.654
Assim, COln' esta ma china, na
Anneis de resistencia para es-
estiagem se póde contar com O

queletos d e tubos.
• . • '( . 953
de mais 5.500'.000 litros , Ann,eis para esqueletos dé ' vi- •

o abastecimento
, . geraL
, rolas . . . . . 2.469
a elevação das aguas foi cons· ,

Anneis finaes para esqueletos


a partir da , machina, uma. '!i-
de tubos • • • • 2.957 '
de tubos de ferro fundido de 12"
Anneis para esq ueletos de
diameti-o, com a extensão de 737 . . viro las . . . . • • 938
Deu-se começo ao trabalho re- , Esqueletos para tubos
• , 492
da ,machina em 23' de . Julho,
Esqueletos para virolas . • 473
dez 'horas• por dia. até 31 •

Tubos fabricados . • • 514 , ,



mesmo mez. •
Vírolas fabricadas • • • 6Ql
rêde de dlstribuiçã,o de agua da
foi augmentada com 4.,792,. Correram, com aproveitamento, 08
.'

sendo a sua extensão total, no• trabalhos de construcção do collector


. o'· . · . .
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,
geral, no a:nno findo, sendo ex:eavadas
SocCorro. A rues'ma Companhia, i
-:;C; '
.,
8 G. 39'7 rlÍetros cúbicos de terra e as- '
como a Paulista, e a estrada de
~ .--
- -- -
~ ".
,~-

_'o -- -. ,
~

· -- -, , . ' . . .
;-' .
União Soroca bana e Itúana, r eal
. sentados, 59~ tubos e 518 virolas. A

>', -. valia já se acliava coberta na exten-


ram trabalbos de cOl1strucção em
:: . -, .

.-
- '.' ' .. chos concedidos pelo Estado,
são de 1. 6 OO metros, estando o c01le- dos qu '
-,;'.,', , .
-'
ctor .concl uido na extensão de 1. 9 () O
Hc.aram entregues ao trafego 34
:met.ros·, tendo a'i nda 318
metros. metros de
tubos assentados, promptos para rece-
Até o presente , as construcções
-.· .".
, :-- . -
- - .- . bel' 'alvenaria, 318 metros de valias re-
v:.tas ferreas visavam
-.. .
as communic a çõ~s de Santo s e de ,'
ce bendo alvenaria de pedra secca, e
,'

274 metros
.. de valia, já atacados.
Pa ulo co~ , o. interior . do Es t'ado .
·...
Na secção de custeio continuaram . systema de zóii'ã's privilegiadas
..·. .. .
tuou ainda ma is e ssa ·tímdencia,
-',

·.
"

os serviços de conservação da r êde


..'.- - existente . chegou ao p onto de deixar o
·
,'-- - .
- -..
~ --

~ dividido em tres zonas, . senI CO


-, -.
' ' '- . -
.0 serviço de abastecimento de agua •
:" ---- - -_.' . nicações ."ferr'o viarias entre s i. São
:' - -
"-:' .-'
;
• á cidade de Santos correu sem acciden-
'

· . ' " vias os inconvenientes q-ue


te, não tendo havido desastre algum
'." ,
de semelhante 'systema, e o
. . ou interrupção nas llnhas adductoras,
dentro dos limites; compativeis
.- ; e tendo sido observado, ' pela Cyty of
,

, _-o
" . r espeito aos. direitos adquiridos ,.
Santos Improv ements , o cont'ra cto, p-.l '
-
,

.'
curará remediar tal estado de

ra esse fim celebrado com o Governo. (,
.
··
Viação Ferrea A extensão total · Exposição de São Luiz Co "
..
': •. das estradas de ferro em trafego, no • preparativos da Exposição· Up.iversa,l·
:C-' i ' - t erritorio de S. r'aulo, elevava-se, em São Luiz, a Sociedade Paullsta d'e
". 31 de Dezembro ultimo,' a 3.770 kilo- cultura, por sollcltação do Governo
.,.'.'-.- metros, sendo 1.117, de concessão ou Estado, promoveu nesta Capital u
,:" propriedade da União, e 2. 653, do Es- exposição de tudo quanto temos
.:-,. . duzido
· •
no dominio da indus tria,
:. ' . tado.
~'-'-.

o':
--
iN.este u1ltimo num:eroa:eham-<l'e•. in- sciencia e das artes.
~:,- .' .
'. :. cluidos 41 kilometros da via-ferrea Veiu o sympathico certame.n ·
indiscutivel progresso nos diversos
3-'.
.
que pertenceu á Companhia Carri.
.
l
mos da no'ssa .actividade, e, com
. . .

/ - - Ag~1col a Funilense, e que, em virtu-


'-', '

" ,

;> .. de de obrigações assumidas por essa mensa satisfação , posso'


.
asseverar
I
- 0 -- , • •

~>',' empresa, passou ao dominio estadual, S. Paulo, ao .lado · dos de mais


;· ,, - por escriptura de dação "in solutum, honra no extrangeiro o nome do.
. •

o,, assignada em 8 de- Outubro. s ilo


,i . Outra mudança na organização das ' As grandes recompensas e
" empresas que exploram estradas de numero de premios obtid'os
,' ,

f erro no
','-

'Estado, oecorrida
'

no anno positores paullstas, em S. Luiz,



. .
...-- .- '. proximo findo,foi . a que diz respeito tam sufficientemente o · nosso gráu
.
.'
. cultura, _como recommend-a m os
";- . á Companbia ' União Sorocabana e
? ,. Ittlana, assumpto esse de que tratou a to rios esforços de todos que
mensagem que vos dirigi a 9 de ' Mar- pelo desenvolviment
, o e pela
\ , ço ultimo. . do nosso Estado.
.'"
" , No regimen da lein. 30, de 13 de
'
· Situação Economica Ao .. mal
' . Junho de 1892, concedeu-se llcença â sultante do excesso da producção
>-
Companbia Mogyana· para construir •café nã,o se mantiveram
.-- - uma Bnba ferrea de Monte Alegre a Oli poderes pUblicos, . cuidando de
-' .-.
., . , ., .
.. ,, ' . .. . ' , ,, , "r ' . . .'
., ... . .' .
,.
.
" ,
, .' , '. '. ' . ",
. ,
....... '
" . " , '.
,
- .' ' .
.' '
,
~
.
': 19,l
. . '
o'
.
.
, , , "
,
- -' .-,-

. , .. .- --.,
" •
, :."
pela fórma que pareceu mais O encerramento do balanço da re C '
e como lhes era permittido celta e despesa accusou a existencia de

. na solução de problema tão com- ,


um saldo não pequeno. Em quasi to- .
Os direitos de exportação •
foram dos os titulos da receita, o resultado
de, 2 %, e na lei sobre os . da arrecadação excedeu ás previsões
impostos fez-se exclusão das do legislador, prinCipalmente quanto
edad'*l e até dos, eapitaes, em- aos direitos de exportação sobre o ca-
, •
,peloo ,b ancoo , e pe,los , 'OOm- fé, ·não obstante ter ficado, de '1904,
nas tna.nsa-cções com os q·u e um grande "stock", pelo desejo que
dicam ,á Ia,v{)ura de café. tinham os interessados de se aprovei-
uve mais a suppressão do imposto tarem das vantagens da nova.' lei, que
qUe onerava o café pau- estabelece notavel reducção uaquelles
alguma reducção se poderá direitos. No quadro da despesa, estão ·
. ,
comprehendidas as fixadas e ' autorisa-
nos fretes das nossas estra-
ferro, . si vingar um systema das, inclusivé o que se refere a auxi-
conveniente de tarifas differe.n- lios, restituições, indemnizações e li-
quidações, tendo-se ' effectuado o res-
. em vigor a lei que creou pectivo pagamento, na fôrma devida .
.
sobre novas plantações de Os. novos impostos, votad~s pela lei
,

tão justificada, além do mais, pe- n. 920, de 4 de Agosto de +904, e pa-


transformação, que se vai ra; cuja execução baixou o regüla~en­
em a nossa lavoura. te, mandado observar pelo decreto n.
1 . 251, de 12 de Novembro do mesmo
das garantias, já convertidas
anno, ,além de attender ao pensamento.
a favor de estabelecrmentos de
de uma distribuição -niáis eq uitativa,
agrícola, no Estado, nenhuma
quanto ás contribuições exigidas dos
foi tentada para , este fim
. ' 'c idadãos, afim de occorrerem ás des-
elementos de seguro exito.
. pesas publicas, fornecem outra base
occasião se nos afigura propicia
para os cailculos orça.mental1Ío's, a,ntes
crear-se ' uma instituição desse ge- ,
sujeitos á natural influencia d as os-
cuja falta é da? mais sensivels
cillações do preço do café.
' classe dos agricultores, a que de-
O emprestimo externo . ultiniamente
a nossa principal fonte de ri-
contrahido, vem ainda contribuir para
Com o credito agricola, tendo, ,

a regularid,a de dos orçamentos, desti-


os nwarrants" como um dos

nando-se ao custeio de serviços, a cuja
principaes tltulos ou instrumen-
não faltarão recurSos com que a execnção completa não bastam as mo-
dicas dotações da le! annual.
se sustente, apparelhada para
O saneamento de Santos, o sanea-
til', na justa defesa dos seus' pro"
mento e abastecimento de agua da Ca-
"
pital, ÍJ serviço de immigração e colo-
Comqu3nto
Fiu8,nceira nização correspondem a melhoramentos
. ainda com alguma intensidade ,d e immediata' utilidade, para os cre-
da nossa lavoura, affectando ditos e para a riqueza do Estado. . Mas
a maior fonte da reoolta não ha meio de levaI-os a effeito, par-
.
constituida pelos dlrel- cialmente, com intei'rli-pções forçosas,
de exportação sobre o café, toda- sem lhes' sacrificar O 'p lano geral, e as·
apresenta a "situação financeira do avultadas despesas, que demandam,
evidentes slgiútes de franCa tambem justificam a necessidade de
procurar recursos extraordinario8, co-
, 192 -

mo oS 'q ue tivoeillOS de obter, contra- fez. por occasião da revolta de ·1893,


nindo o emprestimo, a que alludo. attingindo a somma destas dividas oi
• 7.1,51: 338$726 .
Divida Activa - A divi4a- activa do
Estado, em 31 de Dezembro de 1904, As dividas das municipalfdàdes, 'pro-
· , .
importava em 33.227: 261$888, e com venientes de adeantameutos feitos pe-
pouca differença da que existia ao en- lo Estado, para as obras de saneamen· •

cerrar-se o exercicio de 1903. to e de abastecimento de agua, me-


Nessa somma está incluida a quantia diante a iÍldemúização, regulada pela·
de 8.314: 863$246, a que se eleva o de- lei. n. 59'4 de 5 de Setembro de 1895,
bito da Companhia União Sorocabana art. 25, sobem a ' 8 : 298: 596$600, com~
e IItuana. prehendidos na . importancia total da
Com a a cqu isição da Estrada Soro- divida activa mencionada. . Acham-Sé
cabana pelo Estado de S. Paulo, ope- taes dividas garantidas por contractos,
.
ração realizada no córrente 'lxercicio, representando trabalhos de real valor,
e de que já vos d",i .conhecimento, em e, P"lra regularizar-lhes
. . . o pagamento,
mensagem que dirigi nãl? faltará ao Governo do Estado o
., ao Corpo Legis-
·lativo, a 9 do mez ultimo, desappare- concurso das municipalidades por e1,

ceu de facto aquella parcélla do acti- las responsaveis .


vo, ficando, porém, compensada pelo No quadro · da .divida actlva.. já n ão
· .
vaJlor tota'! .
da
.
referida empresa,m'co r- figura a da Companhia Agricola Fun i-

púrada ao . patrimonio . do Estado. . lense, por ter sido liquidada, tendó ,)
o E stado continúa credor da União, Estado recebido, em ' seu pagamento, a
pela parte a que tem direito na in de- estrada de ferro de propriedade daquc !·,
mnização paga pela São Paulo Rail- ID. empresa, por escriptura publica do
way Company, de accõ'r do com a clau- 8 de Outubro de 1904, em virtude do
sula 33.' do' contracto . de 26 de Abril disposto na lei n . 910'de. 9 de Julho' .

de 1856, e pelos adeantamentos que do mesmo anno.

Divida Passiva - A divida passiva do Estado, ao encerrar-se o


exercicio de 1904, importava em 30.705:309$111.

Sen\lo:

Divida externa fundada: ..


Ls . 2.609.900, ao cambio de 27 d. • • • • 23.199:111$104
Divida interna fundada:
1.209 apolices • • .. • • • • • • • • 1.209:000$000
Divida fluctuante:
Dinheiro de orphams, bens de defuntos
,
e ausen-
tes e depositos diversos • • • • • .. 6.297: 198$007

30.705:309$111

· No total da divida externa fundada constanoe do art. 28 da ]'''i n. 936, de


::1
está incluida ·a parcella rewrente ao 17 de Agosto do mesmo anno. ' -~ 1
..
emprestimo 'de Ls. 1.000.,000 contra- I Devendo ser applicado o pro dueto."
ctado com o 'L ondon and Brasilian deste emprestimo ao saneamento de';
• O J

.Bank, de Londres, em' 3 de Dezemhro ·', Santos . ao saneamento e abastecimen- ~
de 1904, ' em virtude da autorisaçao' i
. . -
to . de agua da' Capital, á lmmlgraça.Q:!
..;
~ . ..
'. ,,_o "_. __ ., ,... . , .
.' - , ',: <-- '. ::,:, ',. . ':"'" ,:." ".-' ·..'_'. :'.V' :
• ,'",1 ,. "
, : -. ' - -. , ,
'. . :" :- .
, ,
,
- ,
, '
,
.::':i'
." '.' :;>:
----..-, ,
·

todn elle passa para o e'inprestimos, ' externo,s,


. ' todos. do jnr<"" , ,' '
, '
,

elrerclcio de 1905, para ter d~ 5 % ao anno, tinham, na


á medida q ne' forem sendo data, as seguintes cotações: '
,

lados os serviços a que é destina- Emprestimo da antiga Companhia " '


I)ois as despesas feitàs durante o ,
"-,
i o findo estão pagas pelas res- ,
Cantareira, de , 1888 • , · 100 , ,-'
"

, Idem, de Luis Cohen & Sons,


verbasordinarins 'do orçamen- de 1888. . . , • • • 9'
,, Idem, de ' J. H. Schroder & ,
,

Comp., de 1899 • , 99 "


act ualmente bastante reduzida a • •

.. .
divida interna fundada; e, com Estas difretenças de cotações expll-

de amortização pelo resgate cam-se por serem diversas as épocas


,
,
,

, como continúa a ·ser feito, em dos pagamentos dos juros e ·amortiza- ,


,
,

de cinco annos ficará extincta. ções, havendo peq'u enas oscillações, pa- '
r,', baixa, logo depoiS de realizados taell " -
titulos de juro de 6 % ' ao an- ' ,

pagamentos, o que não impede de, ",'


' e do valor nominal de um conto de normalmente, ,podermos considerar
,

em 31 de Dezembro ultimo eram ! todos estes titulos como cotados ao


em 1: 026$000. Os titulos dos par.

Receita 'e DeRpeza A receita e despesa do exercicio foram as


,
"
que constam do seguinte balanço:

RECEITA
,

Saldo do exercicio de 19 O3 • • • • • • • 5.647: 830$808


Receita nrdinaria e extraordinaria, arrecadadas~ ' " 42 . 60,3:824$052
Producto liquido da arrecadação de dinheiros de
orphams , . . . . . . . . , ,
,
' 270:505$154
Idem, da arrecadação 'de bens de defuntos e au-
· . -'

sentes • • , • • • • • • • • · 43: 712$427 '

,] mportancia' do emprestimo
,
externo'
de Lbs.
'1. 000.000 , contractado com o London and Bra-
" '


sjlian' Bank, calcula~a a libra esterlina ao cam~
blo de 27 d .
,
. . . . . . . . . 8.888:888$8118
, • ,

Saldos a fayor de diversos, por differenças em contas . 58:204$219


· -' .'

Rs. • • · ' .• . • • 57.512:965$548


,
,
,
-' ---

,
DESPESA · --

-'
_ _o

,~ --

• ,
lmportanciapaga pór serviços pertencentes' ás di- ·
· .... ,-.
,

verSaS Secretarias de Estado. .' . • • 35.872:995$655 , . ' _. -


.,-: -
,

,'LiquidO do movimento da conta de, depositos por cau-


.. . -':
, ções ou fianças de contractos . ". . '. , 18:217$010 : . ~.

,· . . . --- -' -'

Supprimentos
,
Jeitos ti. caixa do exercicio de 19 O5 ,. 13 . 800: 00'0$000 > ", -' -.,
,
-- .
, .~

-' -,'"
, -' -, '

951$702 o::
Restituição de saldos a favor , por encontro de contas ,
-'

,
.'-,-,
· . .-
,


, "
,
"
- - - . , : ., . .
"
." .
,
..
.
- . ,.-
" ,

:' 'Saldo que passa para ,o exercicio' de 1905: ,


--" .-

..
" " l!Jm dinheiro , , 307:8-34$576 ' , "
• • • •

.. A' disposição do Thesouro, em
. diversos ' bancos •
'
• • •• 5.990:381$617,
Em poder "de diversos responsaveis 1.522:58.4$988 7.820: 8 01$18l.


Rs . " • • • • • • 57" 512: 965$548,
,

A receita ordinaria proveiu das seguintes fontes:


• "

Direitos de exportação • • 24':922:230$340


, Imposto de transmissão de pro-
priedade inter"v ivos . , • 3.856:907$714
Imposto de transito . • • • 1 ,"960:727$466
Taxa d'e" consumo de agua . • • ' 1 . 246:668$748
" , lmpo~to , ,de transmissão , ',~
de. pro- · '

. priedade cansa-mortis " . 1.111:445$159.


,

Outras, provenientes de m~nor

impottancia • • • • • • 3.728:043$551 , 36.826:022$97S


"

A receita extraordinaria proveiu do seguinte:


Indemnizações . • • • • "
419: 092~,, 661 •

,

Renda de estabelecimentos do .. • ,
,

Estado , . . •.. . • 216:849$100


Receita eventual e multas • • 120:.<137$146
Differença ' de cambio entre a
taxa de 27 d, e a de 13 29/ 32
. , " "
-
a que foram escflpturados os •


os saques já feitos , pelo The- , ..
,
souro, por conta do, . empr.e s- "


timo contractaao ' com o
London Bank ' ,' . . 5.021: n2$267 5.777:801$074 ,
..
',"
Rs. • • • • • • .. 42. 603: 824~052
"

Do que acima fica exposto, se verifica -que a receita escriptul"ada.


pelo, Thesoui'o foi de 42,"603:824$052,

Deduzindo "desta importancia a parcella reJerente


.a differenças de cambio, nos saques feitos por , ,

conta ' do ", ultimo emprestimo réallzado . • .. 5.021; 722$;;6T


,.
" ' teremos que o producto prOpriamenté 'da arrecada-
ção foi de . . . • • • • • • • • 37.582:101$785·
,
- o qual, comparado com a importancia orç,a da. ,. ', . • 34.893:00C$OOO .

prodUZ uma arrecadação " a mais do que a previsão


• orçamentaria, na importancfa de rs. . . . 3.689:101$,<85
, , ----_.

..
>,,-
195---:

'A despesa paga pelo Thesouro class1fica-se


"
da seguinte ,fórma, pelas

Ires Seeretarias~ dé Estado,:


' . !•

, Secretaria do Interior- e da Justiça. •, • • • '19.478;213$828


"
da Agricultura • • • • • • 5.958:939$556
'da Fazenda • • • • • • • 10.435:842$271
" •

(;
,
comparada com a despesa fixada na lei do orça-
mento, ,
• • • • • • • • • • , • 33,414; 261$050

, apresenta nm
• .
accreSCllliO
'

na importancia de réis. • 2.458:734$605

este acereseimo de despe~ fo- to eleitoral, respeitando assim as boas


:, abertos ,os necessarios - creditas, praticas do systema republican9.
em virtude de leis especiaes, quer Nas eleições realizadas durante o
expressa autorização da lei do or- anno, não houve, felizmente, perturba-
como ficará demonstrado, no ção da ordeul publica; e o 'dir-eito -de
,
da Secretaria da Fazenda, voto foi mantido em toda a sua pleni-
opportunamente será stibmettido á tude.
considera,ção,. _ Nas .ultimas eleições ,federaes, effe-
,

Eis, 8rs. membros' do etuadas' no dia 30 de Janeiro, a OPPO-


, Legislativo,' as informações sição conseguiu eleg€r tres de sens
tenho a ministrar-vos. . candidatos. •

mais desenvolvidas encontra- Em quatro municipios foram effe-


nos· relata rios 'dos srs. Secretarias ctuadas eleições geraes de vereadore!;-,
',Estado, cujo devotamento e eompe- por terem sido annulladas, pelO Tribu-
no exercício- de- suas altas func- nal dé Justiça, as de 30 de Out!lbro
devo consignar; ag~adecendo-lhes de 1904.
, auxi1.io, ,p.r-estado á admi'llis- · ,
,
. Tambem, pelo mesmo motivo, houve'
publica eá causa dô engrande-
eleição de Juizes' de paz em· um dis;.·:'
do Estado de São "Paulo.
tricto.
S. Paulo, 7 dé Abril de 1905. Realizaram-se ainda' outras eleições
Jorge Tibh'içá para preenchimento de vagas dadas no
Congr"sso Federál e no Estadual, a, no ..
.

. *' • dia 1.0 de Março, ,a de Presiden',e e'


* ", .* Vice-Presidente da Republiea.
Senhores Membros do '.
" ., Congresso Le- 'Camal'as j\rlunicipaes Está depen-
,1iislativo. d~ndo de yossa deliberação a lei de
.,tf~:"F" - Em cumprimento ao 'disposto _-n~
,',

'"',, , - - ",
organização dos municipios.
i!';ionstituição do Estado, venho dar-vos A lei actuaJmente'
, em vigor tem re-
~onta da ge.stãodos negoeit,s publi- velado na pratica diversas Ílnperfef.. -,' ,
~",' ""
~ôs a meu cargo- e, sug'gerir as medi- ções ou omissões, ás quaes cumpre 1'e:..
-"~'c' , - -
:lias
!,.
que me parecem
, ,
acertadas, a' bem mediar. .
'~o bom andamento da administração .
COD.Y'em .d e t_l?rmrll3.!'
. e,r.:m:-
., ela re'r.a as
·r<,', ,
fJ>ublica. condições necessarias para, creação de
Eleições O Governo tem mantido novos .municipios, afim de evitar~se o
~, conipromJsso de nito' :fntervir no plei- entraq uecimento dos actuaes e a crea-

" . . "

.....
:": .'
·,
'.'
.'
....
·, --. ... .. gão de novos, sem
.
' as condições indis- • do-se .registrado '2 . Oi 7 para o

./.. ". . pensaveis para. o seu bOI!! funcciona- . do Estado .
~ ;-' .
-, - -. menta . Por esta estatística ' verifica-se
.-:~-.-

·
~,
-' . -- ,

.
E ) da maxima
.
importancia a discri- esta moles tia te m declinado no
• •
."
-:i_-_ - · minação das f6ntes de renda .estaduaes . mo decennio.
,, ---
, --. •
'---, - é municípaes, ,p ara· evitar. a concomit- O saramp~o occupa o segundo
r..· . . · ta.ncia de impostos. . na· estatistica mortuaria. A
Lembro mais que podia ficar ex- de foi, na Capital, de 116, e, TIO
pressos os casos em q \le a administra- rlor, de 1.010. . .
. .
gão do Estado deve substituir a do mu- Nestes .ultimos aTInoS tem
nicipio, o u por se achar esta ultima dq, havendo-se própagado em
- .. '.
acephala., ou porque não queira,sem tes ,zonas do oéste do Estado, a
motivo justo, cump;';r as determina- jUTIctivite granulosa, "trachoma" ,
ções que a lei lhe tiver imposto. 'tesUa ~ta que, sendo deseui'dada ,
· .
.. Era meu intuito apresentar Um qua- ·comio eonlOOqueDlc:iia a ce'g ueira.
d'r o completo do movimento ' economi- 1IlpI'bo era i.n-leilramente descon
.. ·
co das camaras IÍmnicipaes em 1904, ·em '0 nosso Estado; os primeiros
• -- .
- '

. ' .
- L __ , :
- , -- -- · mas, não · foi possivel reunir todos os :ver'Uca:d'OS . foram elm
· '.

, - -- · dados,
. .
porqne sõ 133 daquellas cama- ~u,ropeus .
- - ..
, . ras enviaram á Repartição de Estatis- O Governo está providenciando
... . .
·
.
tlca os balanços relativos ao ultimo os meios , de combater este mal.
. - .'

" .' exercicio .. . Dura nte .o anno findo deram-se,


A obriga ção da remessa pontual de t.•. cida de, 10.267 nascimentos, 1,6
: .;. '. ;
taes informações e de outras de egual casamentos e .5 ..411 obitos, dos
interesse .. para ' o Governo do Estado é 792 por moles tias .
..
das que convem regular na mesma Continú&, pois. a ' augmentar a
-, - .',

· . ·
lei.'. da de em: S. Paulo, a diminuir a
• .
O estado sanita-. talidade, e a crescer o numero de .-
.- ..
.;
.. Saúde 'Publica
.

, rio canUnda bom. sa mentos. • Houve



..
um excesso de 4 . 8
. .
-- '.

purante o. anno findo apenas tiv('l· nascimentos sobre os obitos;' e


' . '. mos tres. casos de febre ama.rella, im- 155' . casamentos do que em '1904.
:·- ··- -. ,.1)O;tados do . Rio "de Jane iro : sendo dois
:_ ~ -
Repal·ti~ões S.a~tarias
( ' nesta Capital e um em Santos. com to da a regularidade o .
, .- -- , - - -
--.'
'. .:, .
De vario la deram-se, durante o an- to sanitario do. .Estado. Houv",
"

-'
"..... -.. '. 'n o, 32 obitos; s.e ndo 5· na Capital e 27 te o a nno,
.
60.316 visitas em
. ' '110 interior. Estes .casos vieram do Rio As intimações, expedidas. foram
:'-, ' ·de ·Jalleiro, alguns, e outros foram de
"
Os p.redios . em construcção
. (immigrantes, que desembarcaram de foram 2.874. .. .
.• ' .' :navios ' .infecciona-dos.
.- -- - Vacclnaram-se · 32.459 pessoas, e
.. ' . . , . - Occorreram .14 obitos de peste em vaccinaram~s{ 1.664 .
,
- ,"
,

, . ..
. :',_'.-,
.. ....' todo '0 ' Estado. . No • Hospital de Is'o lamento,
..
•• .. •• . Deram-se 51 o bitos de febre typhoi-
F- ' -.. entrada, . durante . o anno, 801
.' ' . ' ,

:/:.. .de. na. Capital e 353 em todo o Estado. Em 740 fof. confirmado (,
-- - ,
, "' ..
..
~;::-,; -~
Foi de 93 O ' numero de obit05 . pela. não o tendo sido nos 61 restantes.
.. -inalaria, na Capital; e de 809, no in- . Nos '740 ' casos que ' se regis~raram
',.- -

-.. . . · te,ior.
·
,
.
. .
I
moles tias infeccio~s, . 613 foram de
De 3·44 foi. a contribuição ' da tuber- i r a mpão.' Convém . co.nsignar que
I
,'.- . .eulosé para
. . o· obitua.rio
. da Capital,
, . ten- I eram immigrantes .
.. .
·" "
. ..
. ..' . "'-.-.- . . ,,' .'
'.-- -'. :.- '-'< ,'.' .. -....-;-- --' - ' ' - - ' ' - ' .-"
,

---_." . .-.

.. , .
. .
. ." ·; .-

, '.- ~ . .
-
'.
197 ,.
-
'.
" ..
.
'-'

· '...

recolhidos ao Hospi- "Nesta parte, faz-se mistér, abanq,o-



, falleceram apenas "nar os preceitos da lein. 422, de 3
,
"de Agosto de 1896, resolvendO-Se que
Vaccinogenico preparou "fique com o Estado todo o serviço de
tubos de Iympha vaccinlca, "hygiene,' embora ,hajam as municipa-

distribuidos 94.000 á Di- "!Idades de contribuir
.
com
.
uma parte
() a particulares, - ficando em "de suas rendas para a manutenção de
8.508. H semelhante' encargo".
: tulo Bacteriologico continuou No Hospicio de Alienados são trata-
com fnvestiga-ções scienti- dos actualmente 930 doentes, dos quaee
. interesse dá hygieue publica, 730 no hospicio propriamente dito, e
S"rumtherapico Vrepa- 2 OO na colonia.
tubos de se-rum . anti-:pestoso;
anti-crotalico, 319; de serum Homens • • • • • • 616
'ít", ropico, 2'.)3; de serum anti" Mulheres. • • • • 314
1. 308; de vaccina anti-pes-
Destes, 40 são pensionistas de L' e
Instituto já se deu o inicio ao 2.' classe.
do serum anti-diphterico, que E' urgente o augmemo da secção
, <experimentação no Hospital de do Asylo Agricola <e a construcção de,
. enfermarias para os acommettidos de
. Laboratorio de Analyses, no de- molestias· Intercorrentes.
<lo anno, realizaram-se 435 ana- Continuam a prestar relevantes ser-
8endo 282 requisitadas pela Re- viços á saúde publica os estabeleci-
da Policiá, pelo serviço de ap- mentos de iniciativa particular, como:
e determinadas pela Dire- as casas de Misericordia da Capital,
do Serviço sanitario, e 53 re-
• Santos. <e Campinas, o , Instituto PaB-
e pedidas por particulares, teu r, o Dispensario "Clemente Ferrel-
total de 1: 840$000.
Ta tJ, -a PollitC:lini~ca,'
.
a :Maternid'ade
.
e os
effectuou, durante o hospitaes do interior, auxiliados pelO
4.550 desinfecções em predios,

Estado. '
,

estabelecimento foram fei- Instrucção Publica Actualmente
desinf<ecções, em peças de funccionam 7 O grupos escolares, com
bagagens, etc. 24.292 alumnos,e 986 escolas isola-
das, com 31.503. Ao todo 55.801
de ' Estatistica Demogra-
• creanças, isto é, 2 % da população do
tem continuado a publi- ,

Estado; avaliando-se esta em • • • • • • ••


bO]E\tials he'bd-omadarios de San-
2.567.000 habitantes.
e Campinás.
A matricula méd;ia é d.e 43 alumnos
a pensar que seria de van-
por classe,' 'nos grupos, - sendo de 32,
a centralização do serviço sa-
nas escolas.
'10; pois, como disse' 'em a Mensa-
anno passad-o: "A interferencia A verba destinada ao ensino prima"',
. ' .

, municipalidades não correspondeu 1'10 é, para os grupos, de ...... ' ... .


: esperanças do legislador, e ~uitas 2.737: 770$000, sendo a das escolas
as 'camaras que, têm descurado, isoladas de 2.504: 620$000. • •

. .
completo, as suas obrigações, no ,
. A educação, pois, do alumno de gru-
á saúde publica. po custa ao Estado 112$500 annuaes
..' .. . '--_... -- ..'.':--- ~,'''''
"" .. "..
. ·,"0·_,:·,·.· •.. ..,' . .-.<._, ......... ,;
,. 'o· '.' -' ' .....- : . . ., .cc'.',·'-
" ~',,::.';-:/:.'J_: .'-:,C"."
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.. ' :
"
....... " ... '. ' .' -'. '
, '
' .. ' --:. '


;, ,,' ou
'.' -
9$375
-- .
menSltes;
,
os de escolas 180- 1 ga,Santa' Rita do Passa Quatro e
.
.;"": . •

lltdas, 79$489 e 6'$624. José do Rio Pardo,' no interior. ,


, ,

ConfÍ-dntando-se as quantias No anno de 1905, foi a Escola


,

pendidas ,emexercicios ,anteriores, no delo frequentada por. 488.


de 1898, por exemplo, vê-se' que, não sfindo do sexo masculino 229, e do ,
obstante a' -disseminação do ensino por xú feminino, 259.
todos os nluÍlicipios e a creação de 51 Continúa avultada a frequencia
grupos escolares! ha, para '0 erario pu- , alumnos do Jardim da Infancia,
blico, uma economia de quasi 50 % do-se procnrado aperfeiçoar os
,

'quanto a escollts" ,isoladas, e de 1 dos e processos de ensino, e


'1/3 % qultnto aos g\;'IPOS. ' zir certos
,
melhoramentos,
pela experiencia.
Essa differimça ' a favor do Estádo •
O movimBnto da Escola
deve-se attribuir, ,não só á fiscalização
tal' annexa á Normal. foi o
, ,

constltnte éxercidlt actualmente sobre


alumnos matriculados, , 282,
08 professores; o brigando-os assim a ,

sexo masculino, 96, e do


receber em suas escolas o' maior nume-
186; eliminados, 39; promovidos,
ro possivel de creanças,como tambem ..
repetentes, 19. .
á creação de grupos, que então eram
em num.ero· reduzido.
O da Escola Complementar"
, '

te de Moraes" foi este: alumnos m


Nas 140 escolas da Capital, apresen-
culados na secção masculina, 24;
taram-se a exame 3 . 855 dos 4.485 ma-
dE, trabalho, 218; frequencia média
triculados, estando nesse numero com:-
nual, 206; porcentagem annual de
" ,

prehen-didos os de dois cursos noctur-


,quencia, 88,4; alumnas da secção
nos.
minina, 55; eliminadas durante o
, Dos alumnos examinados, '25' con-
no, 2; dias de irabalho, 218;
'cluiram o curso preliminltr, sendo-lhes, cia média ,annual, 42,3;
por isso, concedidos os respectivos db anIl ual de freq'uencia, 79,8.
plomlts. Forltm' Itpprovados nas. mltte- Na escola Complementar de
rias em que foram eXltminados e habi- nas foram, em 1905, matriculados 1 •

litados a serem promovidos 2.559 alu- sBndo: do sexo masculino, 3,6 e do


mnos, conservando-se 1.326 nas mes- minino, 122; nacionaes, 150, e

mas classes que frequ'entaram. geiros, 8; <'Í'estes foram
• Dos alumnos ma triculados, 1. 898 134; reprovados, 8; faltaram, 2;
são do sexo masculino e 2.587' do se- . deram o anno, 9; retiraram-se, 4;
xo feminino. Cpmpareceram 1.162 do ram promovidos, 134; suspensos, 7
sexo masculino e 2.663 do feminino, expulso, 1.
sendo promovidos L, O78 do 'sexo mas- Na escola complementar de
, culino >e 1.481 do sexo, feminino. .,.,
caba matricularam-se em egual .

Omov;mento das escolas do interior " do, 136 alumnos, dos quaes eram
foio seguinte:- escolás providas, ,725; , cionaes 135, e, eJ<trangeiro, 1; " . ,

professores emexercicio, .725; alumnos approvados, 112;, e reprovados,


22.8'48, sendo, do sexo masculino,
, ; .. perderam o anno, 10; retiraram-se
• ,12.217, do sexo fBmlnino, 10.631;, na- ra outras escolas, 2; forám
-cionaes, _21: 722, e ~xtrangeiros, 1, 1~,5; dos 86, terminaram o curso 26; e
escolas vagas, 1.353. ramo sut3pensos, 2'. '.~' ., .

· .- Foram creado,s os seguintes gru)los O movimento da Escola


escolares: do Arouche e Moóca, na Ca· tar de GuaratinguBtá foi o
l'ital; de A varé, Batataes, Pirassunun- I alumnos matriculados; 163;,
.. '. - . . , -
•• •

dias de ' trabalho, 207;, total do


:jllJpa.recimento, 28.776; total das
I dos 23. .
ção, que é de 50,' ficando~ pois,

,,, 3.555; frequencia média, .... Foram <ad1mitt.irlos, p.qr promoção,


porcentagem da . frequencia, 2.° anno, 33; - ao 3.°, 22; ao' 4.°,
ao 5.°. 11; e .no 6.°, 9; com guia
.. ..: Na Escola Normal houve o movimen- transferencia: ao 2.°, 7; ao 3.°; . 2; -
.. que se segue: matricularam-se 236 4.°, 3; ao.. 5.°, 5; e, 'por exame
Jnnos, sendo do sexo masculino, 74., ao 3.°, 2.
feminino, 162; foram
.
approva- Dos matriculados, 153 são
224; reprovados, 3; faltaram, 5; ros, e 9 extrangeiros.
,
o anno, 4; foram' promovi- O Gymnasio. de . Campinas foi
158; terminaram o curso, 66. quentado no annode 1905 pelo . se..' ,.. - -:",>.
Quanto ao ensino, informa 0 - dire- guinte numero de alumnos: em Abrll, ' ...
da . Escola que o programma de 78; Maio, 78; Junho, 'r7; Agosto, 75 ; :.'. ,',
foi exgottado com a orienta- Setembro, 74; Outubro, 69; Novem- , .':
I\oje acceita: por todos OS educado- bro, 65; e Oezenihro, 60. Foram eli- ','
. : .. A lingua não S<l apprende pela minados 18 a.lumnos .
.
mas esta pela lingua". Foram approvados em, exames para
.: .. .

. Acho que . é impossivel desenvolver admissão ao 1.° anno, 21; e ao 2. 0 2. "

tres aulas por semana o program- ·
Na Escola Po.lytechnica concluiram
da cadeira 'de Historia Natural, o curso da primeira divisão do anno ' .
lentl>. tambem está encarregado de lectivo de 1904-1905 : engenheiros ci-
anatomia, physiologia e no- vis, 12; engenheiros architéctos, 3; en- ' .. ':
de hygiene. genheiro industrial, 1; engenheiros
... < . l.'oram reformados os methodos e agronamos, 2. •
de ensino da cadeira de Pe- Foi regular a frequencia nos labo- ·" .,
e Educação Civica, de ..accõrdo ratorios e gabinetes, sendo de notar o .': .
o que se faz nos Estados Unidos grande numero de experienclas feltas : , .. '
America do Norte. pelos alumnos e as realizadas nos la-,
·'·'. Nov;ts bases foram dadas ao ensino. ! boratorios de chimica.
desenho, gymnastica, calligraphia e .
Torna-se cada vez mais diftlcll at- ··.....,'
. tender ' ás cOnstantes solicitações de In_'
. '•.•. O ..lente de Pedagogia e Educaç'ão Ci- dustriaes; que procuram os laborato-
inaugurou" no curso secundario da rios da Escola, afim de obter dados
uma série de conferencias civi- precisos sobre analy~es e estudos ex-. '·'

.. de bom resultado para a éduca- perimentaes dos seus proquctos, o ·
dos nossos ' concidadãos. é sobremodo honroso para a Escolá. ' · ':'
- " i, '
Na Jaula de gymnastica f<;li iniciado,
Nas officinas 'de fundição, inaugura- '
sem esforço, o "sport" para o sexo " ,'"

. das apena's ha dois annos, têm


executados serviços ' de 'real mereeI- . . .~;
". No Gymnasio da Capital matricula-
no 1.. anno, 50 . alumnos; no
mento.
Durante o anno
D :~ _. J'
. .
ultimo, foram os /' .
.
, - - . . ', '
' , -'
43 ; no 3.·. 3:2; no 4.·, 12; no 5.·, 'gabinetes, laboratorios e officinas do" :::. • - . ' 0 '0 •

;' .: ;. 8 no 6. b , · 9. •
tados de apparelhos e ' utensilios que sê ·':.'
. •• • • •
Habilitaram-se

em exames de ad- faziam ,precisos . .
: ao 1.' anno, 1l6; dos quaes fo- Realizaram-se os exercicioS' 'praticos
matriculados apenas 43, que, com das diversas . cadeiras. \ .
.- ,',
, •
7 repetentes, completaram a lota- Os alumnos deste importante ·esta- ... .... >",:
- . .

..',-.: ,, ' " ': " ' , : ....-.- '. ,,''" .. '-':":', .-"., .''.'- .. . "'''. -.... - '< .;.. ",., ',' ,..
,,- . ';.'~'
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' "',", ,., .,, :'"
; . -'·-200,,',:,~::;'·'·,:·:: '.'" ' •
.
~[ ';(ri .. ... . ." . . . . . . .' .. •

"!(:~':';
.2/. . "' bEir"Cimeilto
'-<- " ' . .
' conduziram-se Da matriculada no . 2.° ' anno; a qua l irrepl'e-
'. . , .
'iU;, . . . . .hensivelmente.
~ -"".-".----
completou o enrso.
"'----,,--, - ', ' .
~t . · . ··.. Vari9s donativos foram feitos á " Es-
.-.- " " ,

Entretanto.
.. como nos annos anterio-
i~ > cola. por ~eni';s e particulares. . ' .
. '

. res; ' durante ' o anno de 190Õ. diversas


~.i "-"'-._, .- Seminario' de Educandas No cor- ,' parteiras
, .
diplomadas por faculdades
;1};.<..- '>':, " , ,
. extrangeiras fizeram o' -exame -. de' ·ha-
~J.t'~:-:-: -rer do. ;anno der~m-se 21 v.aga:~j con-
- -~

. bil!táção. para legalisar ' os seU. diplo-


~\:( . tinuando a não ser excedida a lotaçã9
" '- 'mas: ' , '

"8.......·" 'de . --100 alumnas,


' . qu·e
'.é fixada
," em lei. •
· Assim tambem varioS " phltrmaceuti-
;';; • A despesa com oestabelecimellto '
, 'cos e ~um cirurgião"::dentista submette-
t«loi. em 1 .9 95 • ,. ".de 73 :000$000.
"':)," ,'.:
':'.'.' ,--.
. .
raIp.:"s'e a taes exames .. '
,', ,

b'\'-' ,. ' 0 ,.m9v'ilQ.E)nt:o g.e ra.l, ,nesse Inef:1nio an-


"'/.no.
i_,::>__ .
foi, o segutl!te: habilitaram~~e pa- ..Escola de Commercio - Matricula-
:;y ra ' o lllagisterio • ..e, elllpregaramcse 00- rám~~e n.o curso geral 121 .' aluinno ••
-,-, ..-,- , .

·,X. :.. !IDp .p rofes50ras 'p arti1culares 7; . foram . assim .'.


divididos: 1.. anno 6?;
.- ,
2.°. .
Wy.,.aJirovadas em ' exá";'e . de suHiciencia . F; ~ ' . - 3 ..•• 17.
, . . .
" .

. · ."

~T/ para matricula nil .. Escola Normal" 2-; ... o'. ,resultado ', . .
dos exames'
. .. ,,; . .
foi
'" : .o se. ... ..: ' .' ,~
' .
-"-' - - -
~::.:~_-,> easaram:-se" 2; empregaram-se em · ca-
'1.::- -- - , ' . . - -
guinte:
· . .. .·,.
,.·..
..
:;,_;,:,:.,,-'
--"--.-
-sa8 . de modas, 2; e sabiram para
-- , - -
aaxi- .'
. ' 1.0 ADno " . · , , • •
.'
'.
., •

"•,
','-',__-_-
=r.,~
,' .' .liar suas mães ou protectoras. 8. ... . ._.- .. ., -.
..'•
--- ... - -.
. Approvadós . • • •
, •
,-- ': .. j' . .. . , •

ReprDvados
Retiraram-s'e •
• •



• .
,:,;,.,'

' 7
2
, :,.
,'
'. i
..
. ,"
2.° Anuo, -"" " " · , .. .
". '. . -',\j
'.
" ..... '
-". ' , Approvados . • • • • ' . ' 18 •
';,1;
..-. -- --
-.".. '
. .. ,'.
,,'
.
. Houve. portanto. em 1905. um ex- • • Reprovados . . '- ',- 10 .
..
/.!,
. --'
. .,.
. ,
, 'i~
'--' ,
c esso apetias de 7 consultantes sobre ' 3.° Anno
• "

';"" .:- . . '"


'j,
!T;. .. oS ' 8 . 653 do anno anterior; e. ao con- "
.~~
~,

". trario do que costuma succeder, . foi Approvados • • • · - . 20 ·, .

-»:-. , 'i
:;> . . menor o numero. de consultns. produ-
.
Os -alúmnos têm feito !!xcursões" ás. ,;~
..~.
-~-:'- .
···· zindo. assim nma differen~a de 106 pa· principaes fabricas do Estado ; ;afim de .m '1
.,
,"
:;%.-' ;_::-
,.-<'. _ _ -r a menos. estudar-lbes a; organização e installa- ,,~
,?y---~
,"-<
'o);. Museu O numero de visitnntes çao. .
-.- ~ ~
'({~
-
8': . que. em· 1904. foi de 37 .781. subiu.
. ' _ • ,v
· O" Go'Vernil do Estado subvencIOna a .<'·~;ít.l
EscQla. desde ' 1902. com 12:000$000 ;i.l
?;"', .. . no anno de 1905, aO. numero de .... .....
~( .. .-' .- ' 4· 8. ·7 58. . . ... , ,-;:~

~;:;:";' -
' . aunuaes~
'.
4',.
... .. ..."'"-,..
" .~

iL. .regularmente . augmentadas . Foram Lyceu de Artes e. Officios'- - A o f ln-·:j"


' ",'\~
,,',

.
'" . #.,
.:ê' .as diversas collecções. dar o trienniQ de 1903 a 1905. man- , '\1~
.."

..
:",';.
;~'
';j
:i,,::'
O pessoal do estabelecimento occn': . tinha esta asso.ciação: , .fi.
':;1/,
{;
'--'. .-
. pou-.e semp~!" com os trabalhos de ob-
.. ' . seis classes para o ensino " das pri- :,!~
:,".
t\' - ' .
. .ervação S'Cientlfica. e alguns dos es- : meiras letras. lingua portugu"eza. ari- 'i:~. ~
,~

;> tudos mais Inter.e ss;lDtes serão inser- thmetlca e noções de algebra. de geo- ':~
f{;},j'-'-tos na "Revista ' do Museu". , . . metrla e ' de 'c ontabili<lade; . ' i1l
'.', ,

· ". " -
• I

cinco para o desenho "com appllca- ~j


;/ -'
~':Escola ·de Pbarrnacia - Omovímen-
-
- -
••
~
----~-_:: -
-......
.:-: - to de :alumnos manteve-se crescido nos ção ás . artes e As industrias;
uma para o de modelagem em "har- '~:.;
:
.. . --
~- - ~

~ <,-- cursos de .phlj.rmacia


. . e de odontologia;
',;:-~-
- ,J! '1' •

1/."" aO contrário do que s,uccedeu com o. . ru · e gesso. etc.; - .. ..


', <',

\ .. de ohstetdoia. que só teve uma alum- .; uma para o de pintura; :~


..
~: .-' . .
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_.
,
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-c".':.".
- ....
, , 201- "

.. ,. .
.

para a i~strucção profissional, dos documentos e papeis de importan-


, ,

o corte 'e a sambladlira de da historica e de utilidade publica ou


para apPlicação na caríJinta- particular.
tnarcenaria e 18banistaria; a ta- Dial'io Official Em 1905 foram
ornamentação, em relevo sobre
publicados 461.127 avulsos e 91..2l5
a _união e acurvamento' exemplares de obras, sommando ....
,

para applicaçãona caldeira- 552.342, encommendas do Governo, a


rro' forjado e .serralharia. que se devem accrescentar 600 de par-
: '," frequeneia dos alumnos foi de ticulares, o que tudo perfaz o total de
,',',. para 663 matriculados em 19 O3 ;
.' .
552.942, ou, ...m diOlbeiro (só na' of-
77, para 895 matriculados em ficina de obras): 89:8,97M50. Mais:
id.., 5 5 O, 'para 8 O7 ma tric ulad os venda avulsa, 249$500.
Na officina de encadernação brocha-
ensino 'ministrado ram-se, durante o mesmo ·anno, ....
- nocturnos, foram creadas e 90.053 volumes, e encadernaram-se
".'tunccionando as officinas de car- 2 . 251. As brochuras importaram em,
. marcenaria e ebanist~ria, de 22: 129$620, e as encadernações em
ornatlsta, de i'orjador,de 11: 259$222.
de 'serralheiro, de fundidor
• A tiragem media do "Diario" foi de
e meta~s finos.
, 1 . 7 50 exemplares.
mmendam bastante o trabalho
O numero total dos exemplares do
, se faz nessas officinas a meda-
anito 'subiu a 500.500.
, , ouro' de 1. 4 classe que alcançou
'na' exposição de S. Luiz e 'a Almoxal'ifado Seria de ,'antagem,
que obteve na expOSição' an- o restabelecimento do Almoxarifado
Academia' de Bellas, Artes do da Secretaria do Interior, conforme o
. -.
JaneIro. '
pensamento do legislador de 1895,
de louvar os fins alta- dando-sB-lhe uma organização prati-
utilitarios da benemerita Insti- ca, com um pessoal' apropriado aos
do Lyceu de Artes e Officios, misteres, de modo a apparelhal-o aos
,
,
ha' muito os conhece e aprecia serviços que lhe são commettidos.
população. Uma repartição assim organizada
,
annualmente concedi- péde reunir todos os serviços seme-
Governo do Estado, é de .. , lhantes de outras, R.epartições sUjeita.
$000. á mesma Secretaria, referentes á acqui-
Estatistica e do Ar- sição de objectos que lhe ,são necessa-
- Está-se effectuando rios, de modo a imprimir a todos elIes
destaR"'llartição, do an- um só pensamento, e direcção un!for--
do Pala cio para o predio me e economica.
do Quartel, n. 58.
predio foi reformado e adapta
Secretaria de' Estado da ,Justica -
Attendendo aos motivos expostos na
exigencias deste serviço publico .. mensagem dirigida ao Congresso, por,
'salvar da obscuridade os "'im" occasião· de sua' abertura, a 7 de Abril "'-.
e ,preciosos documentos his~ do 'anno passado, votou o Poder Le-
o Governo do Estado, por acto gislativo a lei n. 974, de 20 de Dezem-
de Março deste anno, nomeou bro do mesmo anno, restabelecendo a
,

, commissão de pessoas competen- Secretaria de Estado dos Negocios da


a classificação, catalogação Justiça. .
..... _.... _,.....
- . : --... :-.,
" ...,..-,'.<-.. .-' .
'.:-", .,.;.-._ ... ,.,-".
: _::
"
. ..,,:.
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. --,.'. .
'.
.
..'
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"
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"

....•..
. . .
'
.: .
..:-'
: '.' .-. .
. .
Posta em execução esta lei, no mez 1 trictos a que ll;le ref-eri, ou então,
'-~. '., Ide Janeiro' do' corrente anno, ficaranl sejando nâo· 'e'ntorpec'er, retardar
. ,
':, .. · ~de no""'!o separados,' além de outros, os
",
dispensar a acção
"o .

importantes , ramos do serviço publico abriam mão dellas, deixando-se


,. - '

referentes á instrucção, hygieÍ1e, admi- de lado, e o Chefe de Policia trata


.•• nistração da Justiça e policiamento, tão directamente com o
• •

'que sobrecarregavam a pasta do lnte- delIe recebendo orientação' directa,


" 'rlor e da Justiça, creada pela lei n, do, sinão de direito, ao menos de
. 778, de 2.8 de Junho de 1901. cto, um Soecretario de Estado.
Solicito a esclarecida attenção do EXigindo as necessidades do
.. .,
'Congresso para' nma medida, sünpli-
.
ço publico, e consentindo os

:fkadora da administração e que não vos titulares, a Secretaria . ~a
.
foi ainda consagrada de direito,por foi se annullando, apagando,
· .mal entendido culto pelas palavras. sup'primida e' annexada á
. Estabelecida entre nós a republica Interior,. na qual passou 'a ser
"• '. ·presidencial. iniciada apenas a admi- .1' rectoria, ",dquirindo a Ch-efia de
nistração estadual, comeÇou-se logo a eia, de direito, maior auton'omia '
· ' .

· :sentir que um dos ramos do poder o alargamento de suas attribuições .


'-executivo não' se achava conveniente- Com o desenvolvimento sempre


_mente organizado, pois' que logo sur- cante dó Estado de. São . Paulo,
.giram attrictos entre a 'Chefia de Po- volveu-se parallelãmente a
... "
lida e a Secretaria da Justiça, á qual ção' publica, augmentando
'aquella . estava subordinada, attrictos
>, ..
· ,que, liquidados uns e dissimulados ou. foi reconhecida ser
·. '.; .
torneados outros, por causa da soli~
" . '. .
actividade 'de um só Secretario,
-dariedade existente entre os membros gerir os trabalhos das • duas pastas
do• Governo e do patriotismo qne sem- nidas Interior e Justiça -
,: '. -
.
· pre puzeram ao serviço do Estado, não . novo restabelecida a •
Secretaria
·
: . ' vieram a publico; mas que têm atra- Justiça.
, . '
v·essado e se, reproduzldo em tOdoo as
. Mas:, continuando os mesmos
-- .. .
administrações" mostrando assim que • •

.> .- . tos de organização,


.: : .
não eram filhos de temperamentos in- •
mesmos illconvenien-tes já
dividuaes. mas oriundos da nature7.a
reconhecidos de todos que pela
· ·das co usas.
ministração. tem passado.
Realmente, para completo desempe-
nho de suas delicadas funcções, tem o . Assim, será de bom aviso ,que o
,.. -
· ." .. ... Chefe de Policia absoluta necessidade gresso faça concentrarem uma só
.
' ,• ..
..
de promptidão e res,erva uas delibera- as attribuições, e attribuições
-.

ções a tomar, o que sÓ consegue, tra- e . tão intimamen.te·· lígadas, que


.-', tando directamente com o presidente. pódem andar separadas,que as
.
, {lo EMado, unico responsavel, segundo vigentes repartiram entre .0
,,' ..

. . ..' a Constituição. Entretanto, . no nossO' da justiça e o chefe de Policia,



.systema adminisj;rativo ficou elle su- . mindo~se a. Chefia de Policia.
" '.
'::.-,..
.

•'.' bordinado ao Secretario da Justiça, mindo-se, entretanto, esse cargo,


• .
.. ".
afastado, portauto,diJcentro respo'usa" . se supprimem as funcções;. que
vel pela governança; e, on os Secre- ser transferidas ao Secretario da
., ': .
ta rios da Justiça, ciosos de suas pre- tiça, qn,e as exercerá por si e por
. ,._ . l'o'gativas, pl'ocurava~ exerceras suas_ _ delegados-, e sem excesso de
.attribui~ões, e então appareciam os at- para á Secretaria, que ajun.tará os
.. , ',.
,
"" :,",. ":''':,'. ,' " "'-" ~" .. ' ' .. ,.' .. " '" , " · .. ' -
.
.,._,,' , ' , "
, '" , .' ,

,. , '
, ,
. .· '.'--.-,
" .

-, .
referentes á Justiça e á Segu- oaes em suas respectivas :comarcaf$, noiJ ,. ;L_:
Publica, a ella já pertenCentes. termos da lei n ,· 365, de 2 de Sete';;'- -:::~,
, summa, não se faz mais - qu~, .'de bro de 1895, tem o Governo custeado. '
i(o, levantar a Chefia de Policia a o serviço nas d'e mais comarcas. ", '

de Estano, que de facto já A respeito dessas meias-custas, não : -', ' -


· . ,"

,,'-, ~" :
fazendo o Congresso obra san,por- estã bem d·efinida a posição do Estado; ' ;.
- . ." ' ..

.' "', .' legislar não -é sinão das regras pa· que. em face do artigo _L O da supraci- ','
.
.' os actos existentes. tnda lei, se considerou' responsavel -·
• ..-
da Justica - A jus- apenas pelo pagamento das despesas

. .
que se _referem aos proc.essos de réus _ -'.
publica continuou a ser adminis·
pObres condemnados, deixando ãs mu-
a co nfórme a organização decreta-
0-: ' " ' ' . niCipalidades o encargo de satisfazer as .
., a 10 de Novemhro de 1892, em vlr-
". ' '
dos processos de réus absolvidos, ao
das ' leis n. 18, de 21<l.e Novem- •
(lue as mesmas se recusam, allegando
de 1891, e n. 80, de 25 de Agosto .
que todo o serviço passou
, a ser custea- '.' ,'.-",
anno.
do pelo E".t ado.
demonstrado a conve-
• ·
. da refórma dessas l~is, atten ~ Officios de Justiça Esse serviço . .
'a o estabelecimento de uma c·o ntinuou ·a ser feito de 2.ccôl'do coDi .:,
, de magistrados coD:), at:.trlbnições as determiuações do decreto n, 123 , de '
.
ticas ás do~ antigos Juizes -1llluni- 10 de Novembro de 1892. com o recur-
. , '" .~

no intuito de estabelecer un\. no- $0 da Legislação subsidiaria, contida ,


para o cargo de juiz de. direito no regulamento n , 9.420, de 18 · de ,_

proporcionar a _ substituição destes Abril de 1885.
.
i uizes togados. ' Penso, porém, em fazer baixar um
Egualmentese fal!' sentir a necessi- novo regulamento, consolidando todas
da classificação das comarcas por as disposições a respeito, com o ac-
, crescimo da .
parte referente ás es~riva- '.
·
A separação do Tribunal de Justiça nias de paz, ·que . tiveram nova· organí":' ,: .
.
.,' OI duas camaras não deu o resultao_o zação, em virtude da lei n. 906 , de 30 .
, ;

se es pera va. de Junho de 1904,


Contlullo tambem a pensar ser - ue- •
Miuistel'io Pnblico - Regulamentan-
o " _ •

: a creação de varas prÍvat1c do o serviço ' do Ministerio Pnblico pe-·.


segundo a natureza da causa ou I" decrllto n. 1'. 237, de 23 de Setembro '

a divisão territorial. na cc'-. de 1904, suscitaram-se duvidas quan- ·-


da Capital, e onde .houyer mais to ao funccionamento do Sub-Procllra~
.
um vara; a ampliação da compa- ·dor Geral do Estado nos proceSSQS de -' . '

,,
dos juizes singulares para o nrG- Inven tarios.
·
e j-ulgamento dos crimes affia.,- • , ',"
," .
'

A lei orçamentaria vigente de finiu .'


' ;a revisão da tabélla .d as custas
• claramente o assumpto, dispondo ·que. _é.
udiciarias, afim de alliar as conve- ·.
. no!? inve;ntaríos de heranças, ou sejf;l.m " .
ie ncias dos cidadãos com a justa'. ra-
d'~ testamentos ou "alf intestato'~. su- .,.'" /,
ibuição aos funccionarios. . jeitos ao imposto de transmissão " cau- .-.;
"

. · ', '
Serviço do Jury A' excepçãi>
', .- das
,
sa-mortis", e nas arrecadações de be ns ;.-- ;
'maras m uniclpaes de I\.ragança, Fa- de ausentes, cujo producto liquido te- ..•.
· '. ,' ,

.' . a e ' Tatuhy, que declararam ficar nha. de ser recolhido .a os cofres do Es- . •._-
-m o encargo -das despesas do . Tri- ' ,, tado,continu .
3 s i&e ll1 a ser l'ep'resentan_ ,:
. .

' h. " nal do Jury e do pagamento de! · tes legaes da Fazenda do Estado, O pri, .,' "
...
<:.
••
com os procesSos crl.mi- ·I meiro Proc~.rador-Fiscal -e seus auxi- -<;'::
":'"
,
, ' .'
., ,,,' . ' ., .- . . ... .. -.-. ..' .. - , ' ." ', '" . . ..... " "<'
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!iares, lia comarca da Capital, e 'os exa- c unlprrmento das suas àispos ições, inaís ,\~~
-.-•
~:-:. -- ctores, nas outras comarcas. ' tem concorrido, e se interessa o Go- <.~
,"
,i Terminou por esta fôrma o' conflicto verno do Éstado : -, f·
".
:<
" de jurisdicção que parecia existir en-
Ordem e Trallquillidade P"bli,,,," :.'
.' tre a Sub-Procuradoria Geral e os . ..,'

Reinou em todo o Estado, salvo pe-, '':


agentes do contencioso fiscal, repre- .
-- - .
quen..as occorrencias sem gra,,·idade.
-- - . sentantes do The~ouro do Estado,
.'

-
-.' , mais , completa o'tdem.
.
-- , -
Baixando o decreto n, 1.330, de 20
Nà cidade de Santos manifestaram- .'
,
de Novembro do annO findo, estabelEi-
'..

ceu o Governo uma noV'a divisão dos
se,. no de'correr ·do anno, duas ·' g~·,es'\ -> , .
'; • uma de. opera rios 'estivadores. a 12
,
districtos criminaes da Capital, para
,
,
Junho,
,
e outra de carroceiros, a 13
attender, a uma melhor e mai's equita-
, Setembro.
tiva distribuição do serViço entre as Em anlbas as emergencias
tres pr6motorias da comàrcà, nos 10- •
ciou o Governo, de prompto e com
. gares >em que devam ' funccionar como
· meza, de . modo que o 'soce_go
'" . orgams. do Mínisterio Publico. ficou logo restabelecido, sem ter
-'.. ; - -

,"
,i Casamento Civil -,'- São tambem con-
" vi do necessidades da applicação de
,,' sideraveis e' dignos de nota os esfor- didas extremas.
ços empregados pelo Governo.
para ra- Serviço Policial Auxiliandc;> O meu."

;" . dicar nos nossos costumes a institui- empénho em dotar o Estado de São .
. '

, ,
,
ção do casamento , civil, decretada a 24 Paulo de melhor .sarviço policial, vo- ,
de Janeiro de 18,90., teu 'O Congresso a lei n, 979, de 2 3
Além das providencias de ,ordem ad- Dezembro, instituindo a policia de
-,. . ' " .

ministrativa recommendadas -aos juizes' , •


reIra. ••
de paz encarregados désse serviço, tem Para a boa .execução dessa lei,
~. . â Secretaria da , Justiça se entendido
· . pediu o Governo o respectivo
,,>- , frequentemente com as autoridades eco
~ '- mento, ' além das instrucções que
,

:' cfeslasticàs, soiicitando o seu conCUT- baixar por intermedio ela Chefia de

,-, -c_- 80 na organização ' da familia, sob à licia.
-, . ponto de vista legal consagrado na,- ' ..
-:, " '
Regulamento e instrucções que
' . quelle decreto. se acham em vigor. e constam do,
5; -
·", .T ambem sobre este assumpto da
' , '
to de 23 de Févereiro, sob o D.
'.,., . mais alta .relevancia· se ' tem descuida- e do acto de 30 de Março do .
•..
'- --. --
do o poder competente, sobrecarrega,n - anno.
'-. .
" . do o . Estado da · Jiel execução da lei; Tem sido muito satisfactorio ti..
• • •

· .
"por intermedio da sua justiça lo·~al. sdtado da instituição da policia
Registro Civil Esle · serviço COllti- carreira." Por esse facto, vai dia a
. cr~scendo_o "seu prestigio.
" "

"· . . núa .a ser executado pelos escrivães de


.

> ', paz; ' debaixo da fiscalização do Secre- Colonia COl"l'ecc.ional _.


;'·, - tarJo dos Negocios da Justiça. o disposto no art, 5,' da lei n.
- - """ . ,
;:.:
.'- -- -
" Surge, entretanto, uma duvida quall- 10 <te' Outubro de 1902, que au. . . ,

>,; ~to á arrecadação das 'm ultas ' impostas O Governo do Estado a fundar um"
. . , '
· -- - . -
" aos infractores do respectivo ' reguia- lonta, .destinada
.-
á conecção,
,
· pelQ
••
?i"
, . ,
mento; entendendo
. uns que constitue balho, . dos vadios e vagabundos,
~".'
,' ,renda do Estado" e, outros que pf!rteil-
'
taes condemnados, nos termos dos
, '. ce aos , cofres federaes, ' por se referir 374, 399 e 400' do COdigo Penal, e
)··.·:a
, .
Um decreto balxa.do pelogoyerno ge-
.
lei n. 145, deU de Julho de 1893,
,. •
~:;;:' ;_ -ral; sendo certo, porém" ,que, pa.ra o ram _,dad-as - as providencias
,,
. , ,: "';-
-- . -
.. '. -'
.
. ,
.'

------,_ .

a , fnstall~ç'ão daqu~l\e . estabeleci- ' lhorar a organização,• desenvolver os · "'.
·
conhecimentos- e aUgIUentar, o espirito
de disciplina
. . desta Força. - _.',

Ensino Profissional Agricola -- Além ··


do curso de agronomia da EscolaPo-
Iytechnica, o ensino• protissional agri-
. cola é ministrado hoje por intermedio
Leite, . encarregado das cons-
de tres institutos officiaes, de ensino • ·•
sôbre plantas e orçamentos
essencialmente praticQ: a Escola Agri-
. . pelo engenheiro architect!)".
, ,~
cola Pr~tica. "Luiz de Queiroz", em
Capital, dr. Fràncisco de Paula
,P imcieab'a e os Ap'rendi&a.dos Agrkb- ,
mos de Azeveclo. , ,

·•
las "Dr. Bernardino de Campos", ' em .
l'risõe. do Estado A lei n. 967-A, {.guape, e ' " João 'Tibiriçá", . em São Se-
.24 de Novembro de 1905; autorizou . bastião, sendo este ultimo de recente
Governo a construit uma nova Pe- '. creação.
em substituição á actual, . , ,
O anno lectivo, findo em 31 de De-
não . te~ accO"mmodações ne- •

zembro ultimo, foi o primeiro . regido •·


para o elevado · numero de •
pelas diSposiçQes do regulamento do
B_ 'nem condições' .q ue .pe~mittam,
• Decreto n. 1.266,. de 18 de Fevereiro
cumprimento das diversas especies ,', .
de 1'905, . que estabeleceu novos moldes
.: '. puniçáo estatuidas no Codigo Pe-
para a admissão
. . dos alumnos da Esco- •
da Republica. la Prati~ "Luiz de Queiroz", impri-
Além disso, têm sido recolhidos a mindo ao ' ensino nella 'ministrado uma
estabelecimento e á Cadeia Pu- - - .-

orientação inteiramente I>ratica,


iea da Capital os individuos presos .
A .matricula, no primeiro foi de trin-
. disposição' da justiça federal.
ta -alumnos, no segundo -de . tres, no -
...... Apesar 'de . constantes. reclamações, , .'·
'

terceiro de sete. Para o segundo anno


tem o Governo Fed€ral providen-
passaram doze alumnos do primeiro
quer quanto á remoção de taes •

gráu, sendo esta a maior turma de se-


para estabelecime'ntos da União, • ·.. .•
gundo annistas que tem tido a Esco- •
quanto ao pagamento ' das despe- .
-
.'

....
la. Para O terceiro anno passaram tres •
com o ,s eu sustento, as qua-es, des- , __ o'.

a]umnos, ,uni.cos exist~noos no seguD-,


longa data, correm por conta dos •
do anno, do anno findo.
res do Estado. · :'
.
interior tainbem é escasso o nu- Fora!ll de real proveito as excursões
feitas, durai:Íte a segunda quinzena de · "
dé ' prisões com as necessarias
.'
dições de segurança e de hygiene. Junho, pelosalumnos do '. segundo e , '-'

tercejro gráus,. aos cafésaes de Ribei-


Pub\jca - A Força PÍlblica '
. . rão Preto, e pelos . alumnos do pri- ·

, .reorganizada de conformidade - ..·•


lei n. 958, de 28 de· Setembro ·meiro gráu, ás diversas culturas do
municipio de Piracicaba.
• •
..··
,'
.;: .::. Começou a funccionar a pagadoria
, " '
A frequenciada pratica da agricul-
.\. , li . de que trata O art. lO, cogita,ndo tura na Fazenda Mod.e lo, annexa á .,Es-
. "

,'.;

"

. Governo de regulamentar a Caixa cola, não. tem sido, porém, satlsfacto-


.
-.,
:.
. da Força, estabelecida · no ria, sendo esse mal devido, principal- _i
,..-
·11 da mesma lei: lÍ'lente,
,-
ás circumstanciás
.' . .. . ,'
de estar
.
a '" '.

-- : "

• Tem dado resultado satisfactorio os Fawnda Modelo distante. da Cidade, ",. '

empregados no intuito de me- onde residem os alumnos e com a qual

- .-• :
206 -

" ainda se cpmmullícam por meios de . O cu rso escola r d o A pprenüü·éufo-


,
t r ansportes ~ n c ommodos e deficientes . I Agricola I; Dr. Be ('ua rdino d E'. Call1··
P ara. obvia r a· esse inconv.eniente é ! pos" , e m Iguape, fe z-s e com a l J; uma
I
couvicto de que sem o internato· o en- irreg ula ridade, UUi'ante o an HO i)assa -·
sino profissional agricola não póde ter I do, e m co n sequ e ncia d a mudança de rli-
em I'ealidade o caract er essencialmen- !
t
recção. Em 190 5) s ómente oi(f.l alu-
te pratico, que a administração publi- , mnos prestara.m exa mes, tendo ha vido·
ca deseja imprimir-lhe, c uidou o Go - 'I a fr e q ue n cia d e m a is d e v inte E: ci n co.
vel'no, des d e o principio do actual pe- No A ppre nd izad o Ag r ícola .. J O?o Ti-·
ri o do presidencia.l , d e m a ndar construir biriçá", e m S. Sebast ião. ha POU(;() c:r ea-·
o e dificio pa ra o inte rnato da Escola de- so bre os mold es do ele Iguape. as·
,

Ag ricola Prat ica "Luiz de Queiroz", as- aulas co nle çaram a fUllccionar e m :25
sim como to d as a s d e m a is dependen- d e Ma io do an n o fin do, com a fre qu en-·
eias e os a nnexos indis pensaveis a um I cia d e 111 .a.lunulOS. Dos a lum n(l~ m a -
esta belecime nt o daqu ella ordem. tric ul a d os, s ómen te u m de ixou de co m-···
O fo"and e edifício para , o internato e parecer a.os exam es, e quin ze fo ram
ma.is d.epend e ncias d a E scola e Fazen- prom ov idos para o segu nd o an HO .
da Modelo. acha m-se presentemente O r es ult a do d os exam es n o pri me iro
qu a~ i inteiral'ne nte a caba dos , obedecen- anno lectivo d o Appre n d i zado ·· :João·
do, quanto áq u elle. com mui pequenas Tibiriçá ", e os p edi d os de m a.tr i(·ula de.
a lterações a o projecto qu e fôra deli- S. Sebas tiã o e Villa Bella deix" 'H es-
neado , quand o, em 1 89 4, o Gove rno pfra r maio r fr equ encia. no co r rente a n-·
c uid o u pela . prim e ira. vez d·e · adapt a r no.
ao fllnccio n amell t o d e. uma e scola a g rt- ! Em a. mb os esses app l'e nd iza clo:r; o en -
c.o la pratica a a ntiga fazenda de Sã o sino pratico da. ·ag; ri cllltura é f eito nos·
J oão da Mon ta n ha. nue fôr a doada ao campos d.e expe rt e nc iàs, an nex(Js, nos;
E s tado, expressa m-ente pa r a esse fim. qua:es cad a alulllllo t.enl a se u cargo

Quanto ás d ependenc ias. isto é, cons - um lo te para cultivar.
tr ucções, so br et.udo da Fazenda Mo- A algun s que, po!' f a lta ele. recul':'iO S,
delo, foi executado novo plano, intel- não p6de m ser ass id nos ás a tI la!-!. ('on-~
r a.m e nte d e accô rdo eonl a.s exigencias cedeu-s e a mod ica r em ún eração pel os
do ensino pra.t1co mode rno . , serviços prestados nQs campos de: ex-o
Ta.es constru cções co mprehendem r e- perie n cias, cre a nd o ~ se • . assim , & clas s e
sidencias do a dministrador e do .chefe de a lumnos-ope ra rlos. que t em dado
,
' d e 'cultura s. p'a ió1, leiteria, casa de ma - bons 'resultados.
chinas, para be neficio dos produ ctos' Na vis ita que t eve o en sejo de fa zer"
"

ag ri cola.s; estrebatias e estabnlos, po- aos dois appre ndi zados , o d \'. Secre-
cilgas , apris cos, ·e strumeiras, etc. Todo tario d a, Agricultura verificou a \ltilie ,
est e conjunto de edificações a.cha.-se á dade dess es modestos·. institut os . aue,
vis ta, porém, distante do internato. rfJ.ontados e custeados conl a maior·
Como compleme nto dos se.l 'viços pa- parcimonia, estã.o j á p restand o i n~ o n ­

r a a ioot",llação d efinitiva d a Escola. testaveis serviço s á zona em q UE" se·


foram ata".,d os os traba1.hos de cons-
,

I acham, preparando lavradores esr.lare-·


trucção do g r a nde par-que junto ao cidos. Como estimulo á frequ en c ia. B
edificio pri n-cipa l. . ao aproveitamento d os a.lumnos, fo rani
Foi u~timam;ente c.o utra.cta.a.o na I
,,
escolbldos dois já d ipl omados pelo Ap-
B e lgica,· .pa. r a e--ssa E sco\]Ia , ·para n. ca· prendizado Agl'icola, " DI'. Bernardino,
,

d"h'a de Ag ri cu ltura, o s r. prO>fessor de çampos ". em Iguape, afim de con-


Lou.js Misson . tinuarem os estudos na Escola A.g rico-


207

In I'nl.ti:ca. HLuiz de Qu-eiroz:~, em Pi- tT!ais um a publicação periodica aCHha


I' , H " Í.(-aba. de ser c r e ada pela Secretaria : o'
Ilist:ribuições de SementeS " :Mucl,,-" " Boletim do Criador Paulista" , i? uja.
(~ontinuou bastante activo este s~r-
acceltação entre os interessado!-=; na p p-
I
ct:aria t e m sido a mais promissora em
\· h~ (! . a. cargo da Secretaria (1;\ AgJ'i ··
I"Ulti , ra, pelo qual vão mostr':llldo sem-
I resu1tados
I
beneficos, pela propagand a
! dessa incll!stria, Além de taes puhlica-,
1.11'1 " Interesse os lavradores. ,I çf>es, foram distribuidos os
seg u in t es o
Ilurante o anuo findo fo!'anl ! boletins especiaes; Breve Notic:ia
I
. dldos. a. 9.925 pessoas, 1:~. !jS2 volu-
sobre 0 clima de S, Paulo: Cultura do,
ilW.~' de seJnente s, COIU o pec;o total de
Algodoe iro: algodão e sua cultura;
;~,:I .741.450 grammas, avultando lH~S ­
Lagartas do coruquerê; Culturú da
. lo" (otal as sementes de maniçoba <:! dI:
canna de assucar;A Industl'ifJ. A::;su-
"'. íllgoàão e as de milho e plantas forra-
i careira no Estado de S. Paulo; Fena--
í~'eiras, produzidas 'B s eleceionadas nos ,
I ção e ensillagem do milllO; S€l'\'iço flo -'
,'-- t;:~_ rnpos de experiencias- e

t'ú('l') do Instituto Agronomico.


demonstl'a-
I
restal de particulares; Algnma~ mole,'
:--- - :I t~as das aves domesticas; As moscas
,,- - Maior incremento teve ainda a dis- I das fru atas e a sua destruição : Formi-
,
, ,
I
.: I ribnição de mudas e bacellos" Foram ,, gas brancas ou cupins do cam-po: Ca-
,- f~xlledido s, á requisição de lan'adores i thecisllIo da agricultura pratica: R e -,
'lJi , 215 bac·ellos de . videiras, sendo
I
I
latario sobre uma viagem aos Estados
fi f.,,:146 provenientes do Instituto Agro- i Unidos da America do Norte e Reg'u-
-jl01Jlico e 10 . 869 adquiridos de parti-
I
lamento da Escola Agrieola Pratiea
", n.d'lfes. Distribllil'am-se 31. 636 mtHl«(.,~ "Luiz d e Queiroz ".
fie- arvores fructiferas, sendo 28.1 S 4 I
,lll'ov'enientes do In's tituto AgronoTI'.llo I
Institut.o Agl'OJlOlnko COIlsidera-
vel foi O numero de estudos, parecer eH
" :~,452 do Horto Botanico, Elevou"",,
€ instrucções elaborados nesse €stabele-·
,- li :2. 6 ' 204 o 11 umero dos exemplar€s de
cimento, dl:lrante o anno passado, pa.-
wHdas de arvores de sOlllbra e
ra attendeJ' a ~didos de agricultores
nwn ta.es distribuídos, dos quaes 2.4 :37
e industriaes ou para satisfazer a ;=; ex i-
. 110 Horto Botanico e 23 _857 do Insti- gencias dos serviços do Secretario da
---- '-" 1.0 Agronomico, que tambem distri- Agricultura, O "Allnuario do Instit\["
lJuiH 39 ' 739 cannas inteiras indus- to AgronQmico", a publicar-se em bre-
, t:l'iaes e 4.456 Can113.S inteiras forra- ve, dará conta minuciosa ·dos imp,o r-·
,
gelras. tantes trabalhos realizados,
I)jstribuiçâ:() de Pub1ica~'ões O mo- Nos laboratorios do Iustituto eHe-,
vimento de' distribuição de publicações ctuaram-se, durante o anno, 617 ana-o
,

[leia Secretaria ' da Agricultura attin- lyses, contra 402 feitas em 1904, Rea-
"iH, em 1906, o elevado algarismo de ~izaram-se, além disso, nos mesmos la-o
'I ,1 , 812 exemplares, boratorios. muitos estudos e ensaios.
o
"Boletim de Agricultura" conti- de fibras vegetaes,
"IJOU a ser , reg'ularmente publicado, Chegaram a seu tel'll10 alguma-z da s
, I
" !lH~mentando bastante a sua Circulação. interess-antes experiencias que o InsU-·
I
I

'III~ foi de 3,313 exemplares, ' mensal- tuto Agronomlco vem continuando de
JrlC=·.nte . Teve tambem regular pu oiica- I annas anterio:res, tendo sido eUectua-
6, i.(1 o Boletim de Estatistica do Com-
U I
das ou iniciadas outras novas, y·-e-rsan-
n:el'cio do Porto de Santos com os paí- do todas pTinc~pa;Lm"ute \Sobre o café,
1.('~ extrangeiros". e, no. corrente anno. canna de assucar, algo-dão, ~lantas·.
208 -

textil5 . t2 fO!Tageiras indigenas e eXQ- ta, está merecendo tambem a melhor


tiras. attenção do Horto. Agrario Tropical.
De entre as experiencias sobre o ca- afim de facilitar o seu incremento DO
té, constam do relataria do Instituto Cubatão, onde a referida cultura exiK-
Agrofiomico os resultados colhidos com te incipiente, e em toda a zona do 'IH·
a pód a. de formação, pó da de produ- toral, onde ella póde constituir vanta-
cção, estrumação , hybridação, mesti- josissima exploração industrial, rnaxi ·
çagem e selecção. roê quando associada á cultura do C;t·
. ,
(:u.uelro.
Como con sequencia des tas ultimas
e:-.periencias: iniciadas vai já para sete
Horto Botanico Durante o anno
armas no Instituto, póde-se considerar
proximo findo, tiveram o andam.ento
adquirido para a nossa lavoura de ca-
do costume os trabalhos a cargo desse
fé um novo caféeiro, que, reunindo á
estabelecimento.
robustez e á resistencia ás moles tias
outras qualidades, como abundancia de Foi augmentada a collecção das ar·
]Jl'oducção e superioridade de produ- vore.s fructiferas, tendo sido considera·· ,
cto, póde. merecer as hont:as . de geral tel o movimen~o dos respectivos vi-
acceitação, com pronlessas de um fu- veiros. Existiam no fim do anuo, d" '.
turo e conomico e vantajoso. mudas <mxertadas: 14.550 exempla-
Deste caféeiro, que é o ;mestiço Bour- res de ameixeiras, cerejeira'3, figuei - .:..
ras, kakis, laranjeiras. macieiras e pe ~
bon-Maragogipe, existem já 6.000 mu-
das no Instituto. A sua cultura pela reiras. Nos viveiros dos enx.ertos f(~i­
grande lavoUl'a e a acceitação que ti- tos em Agosto ultimo, havia 294 mu· "
-'-~

"er o prod neto no merca:do, melhor das de ameixeiras, lnacieiras, llereiraK o;:

confirmarão os resultados experimen- e p,ecegueiros. _'i


•••
·
t aes. Nos viveiros de arvores_ diversas ,Us - -,_~
Horto Agrado Tropical Foram põe o Horto Botanico, actualroente, pa· :·
iniCiados e vão .proseguindo com bas- ra a proxima época da distribuição, 'ie :--i.
tante actividad'e os trabalhos necessa- 68.450 mudas de differentes varie{ia. 0j
rios pa.ra que esse Horto, ha pouco- des.
creado no Cubatão. possa em breve.
produ.ir os innumeros beneficios que
delle se devem esperar para as zonas
do littora.I do Estado. •

Foram estabelecidos grandes vivei-


ros d" çacáueiros, iniciando-se· peque-
nasexperiencias de cultura de bauni-
lha, arroz,. fumo, mamona, cravo da"
India, pimenta dà Jamaica, etc.
O Horto possúe já 8.500 mudas de

.cacaueiros: que estão em cond'ições de
poderem ser distribuidas dentro de
poucos mezes. '>
f
A cultura. da bananeira, cUjo . fructo A passagem do Tramway da . Canta· '"
;.
constitúe. já. em alguns paizes, artigo reira por ali, em viagem redonda, veiu ·, -.<
·
..
de vaatajosa exportação para a Euro- chamar maior attenção para este esta- -,'
pa, e qu e., entre . nós, já tem sido ob- belecimento. Durante o ann,o fui o :'
jecto d.e commercio com o Rio 'da Pra- Horto Botanico visitado por 588 pes- :':\:
, -
~,/ ,:" ,
.. ,
' •
-,209

~; , \, tS, não contando os alumnos dos di- de São Carlos do Pinhal, que satisfez
\ ' \ ' I' ~ OS coUegios. muito, ainda que não se fizessem 1'e-
'I'am bem foram iniciadas ali, no an- pl'esentar muitos municipios, que o po-
no passado experiencias para a crea-
7 deriam ter feito com vantagem'.
~ il!J de carpas, mandadas vir dos Es- Ahi verificou-se a tendencia dos
I " ,dos Unidos. criadores para o melhoramento das ra-
'~;xposíçãode Aniniaes Julgando ças, com a orientação san e pratica im-
l) (toverno que era chegada a oppor- pressa já pela experiencia de muitos
I.unidade de promover a primeira Ex- lavradores da região. cujos ensina-
posição Estadual ' de Animaes, resol- mentos serão seguidos, com proveito,

Hm, a. 6 de Abril do anno findo, con-
por maIor num€ro.
vidar as CamaTas Municipaes de Cam- Foram innumeros os productos ex-
pinas. São , Carlos do Pinhal, Batataes, pos tos nesse certámen, sobresaindo 08
Pindamonhangaba e Itapetininga, como equid,e os em primeiro lugar e, logo em
N' ntros dos cinco districtos agricolas seguida, os bovideos.
'~ Ill 'que fôra dividido °
Estado, a to- Os ovi-deos e suideos foram mais
lHarem a iniciativa da organização de parcamente representados, contra a ex-
l~,xposições l'egionaes , preparãtorias da
pectativa de todos, visto o desenvolvi-
r~8 ta.dua1.
m e nto que' tem tido entre nós, os ul-
No intuit o de alcançar o fim dese- timos particularmente.
j9,do, O Governo não poupou esforços, As aves e outros animaes compre-
qu er distribuindo premios aos exposi- hendidos na 5.:t classe da 1. ... secção,
lores cujos prod\lctos mais mereces- concorreram em luaior numero, nada
:>em, quer facilitando os transportes deixando a desejar quanto ao valor dos
das estradas de ferro, quer ainda pon- I exernplares expostos, Foram distribui-
do á disposição das commissões orga- dos 34 premias.
nizadoras regionaes os conhecimentos A 20 de Junho, teve logar a exposi-
praticas e theoricos dos melhores au- ção de Batataes.
xiliares. direct.amente orie utados pela Muito interessante foi este certã-
SecretaÍ"ia da Agricultura. men, particularmente na parte relati-
va ao gado vaccum, como aliás era de
A prim eira exposição regional rea- ,

esperar daquella zona, salientando-se


lízou-se em Pindamonhangaba, a 24 de
os bons productos nacionaes, que indi-
Maio , com animadora concorrencia.
cam bem os esforços dos criadores pa-
O estad o de decadencia em que se
r::; a o btenção de exemplares de pri-
acha a lavo ura caféeira no norte do Es-
Dleira ordem.
tado impeli irá certamente os lavrado-
Os productos derivados da pecua-
res a se dedicarem á pecuarla e muito
ria tambem foram muito apreciados e
se pOderá esperar ainda daquella zo-
mereceram a animação que lhes deu O
na, si elles quizerem dirigir as suas
jury, conferindo-lhe varios premios. Os
vistas de modo serio e constante para
premios foram distribuidus em nume-
este ramo de actividade agrlcola, par-
ro de 15,
ticularmente importante como auxi-
A quarta exposição regional reall-
liar da lavoura.
zou-se em Itapetininga, a 24 de Maio
Muitos foram os ' exemplares, e p1'o- de 1905,
ductos derivados, apresentados á ex- As feiras, que desde longos annos
pos ição , sendo distribuidos 30 premias. têm sido realizados em varios pontos
Logo depois da exposição de Pinda- dessa região, concorreram muito para

monhangaba, a 28 de Maio , abriu-se a o desenvolvimento da creação cavallar
,
210 •

e muar, não sendo por isso de extra- classificação, sendo confel'ido.il 64 pre- ·

J!naT que nessa exposição se exhibissem ntios em dinheiro. além de 'i ~~ meda-
belIos typos de ambas a s especies, em lhas de ouro, 10 de prata, 11 de bron-·
maior numero do que as bovinas, sui-
nas e outras ainda mais pobremente
ze · e unla menção honrosa. ,
Como ensaio, satisfez muitü essa ex-
representadas. posição e espera o Governo que 06 t! l'ia-
Ass im, com quanto a exportação de dores. tomem gosto nestes certâmens .e
llapetininga não alcançasse a impor- que os futuro s se tOl'llenl se !Upr~ l11ais
tancia da de S. Carlos, foi melhor do attl'ahentes.
que as de Pindamonhallgaba e Bata- Com o intuito ele excitar eScl8'. att ra-
taes, distingnindo-se ' de todos, por cção, foi organizado um con-curso hyp-
apresentar a conconencia de outros pico, o primeiro em São Paulo , .que
municipios e produetos industriaes de- TIl uito agradou.
f
rivados da pecuaria, como não se vi- A ·orga nização da. Exposiç{\o Esta-
i
r<'~ !'ll nas outras.
,I, d"al e do Concurso HYPPlcQ (", toda
Ahi, exhibiram os seus productos os entregue aos cuid ados. d a Sode d t•.de
municipios de Tatuhy, Tieté, Espirito Paulista de Ag ricultura. Que soube,
Santo da Bôa Vista, S. Mano,"l, etc. como senlpre, fazer jus á confiança do
N otou-se particularmente nessa ex-
posição a parca concorr.encia de ovi-
I Governo.
I Estatistica Agl'icola e Zoote<:iuú<;:t.. -
nos e caprinos. quando é certo que a
Pelo decre to 11 . 1 . 323 , de O u t. nbl·o
região parece das mais fadadas para o
ultilno, foranl apPI'ovadas as il'.stru ·
bom exito dessa c.riação. concorrendo
grandement'e o clima mais frio do· que
cções para °
levantanlento da (:!8tatis-

o quente para o desenvolvimento da


tica agricola e
zootechnica do Esta(jzJ,
dentro dos recursos para esse fim ('.o n-
I
lan.
Nessa exposição foram distribuidos
I signados nos orçaluentos do anuo fi ndo
t -do corrente exe rcicio.
52 premios.
A exposição de Campinas, quinta e I

Afim de fa.cilitar a execuç~~\.\' d es$e
importante trabalho, com a m aior \~xa­
ultima das regionaes, foi inaugurada a
9 de Julho. ctidão possivel e sem avolumar d (,ma-
~:irido as respectivas despesas. f;)j f) Es-
Visto a Importaneia do municipio, •

e "a natural que concorressem em tado dividido eln cinco zonas, (:0 1"1'e8"-
maior quantidade os mais lindos spe- pondendo aos districtos agricola", 'fi-
cimens das ' differentes raças de ani- cando a cal'go de um delegado . em ca-
.
maes domesticos e corresPolldeu per- da uma, a superintendencia do iie;'viço
feitamente á expectativa. Sómente a e a distribuição de . mappas e o torne-
secção de equideos estava um pouco cimento de instrucções aos a.uxilla,'es
mais fraca do que as ·outras. Foram nomeados em cada nlunicipio, pa ra rea-
distrlbuidos 50 premios . . lização
. do levantame
. nto da estatística.
Finalmente, a 15 de Julho, realizou- o serviço ficou conlpletamente orga-
se a inauguração ' da 1.' Exposição ' Es- nizado,
. .
com a celeI'idade compativel
'

tadual de Animaes, nest.a Capital, á com a ' natureza do trabalho, achando-


qual concorreram, principalmente, os S~. actualmente já apurados os resul-
. ....".

pro duetos já premiados nas exposições todos de muitos municipios e sendo de


.
f{'gionaes, sendo . assim seleccionados epperar que dentro de pouco tempo fi-
naturalmente. cará o serviço inteiramente concluido. ·
A ' quanÚdade . de productos de pri- A publicação dos dados colligidos,
meira ordem diffieultou um póuco . a que será feita pela Secretaria da: Agri--
• 211

c' u!tura, deverá constituir um interes- mentos de ol'lgem que os acompanham


><;'. /lte documento do estado da nossa e as verificações feitas no referido Pos-
il g:ricultura e da inàustria pecuaria, to, conseguindo-se, assim, em garantia
JI~'l a primeira vez recenseada, de modo dos proprios importadores e no inte res-
;1 oermittir o conlílecinlent.o o mais exa- s e da ill-dustria, estabelecer a docu-

c/o da sua importancia . mentação rigorosa do valor dos ani-


maes introduzidos.
I mportação de Animaes de Ra\'a
,
Vile despertando o mais lisongeiro lD - j\IoviJnento Conlmel'cial do Port·o de
I f resse entre os criadores do Estado !'l;mios -- O movimento commercial do
;1. importação de anímaes de raça re- perto de Santos com os paizes extran-
(lroductores, depois que o Governo, de g<!iros, em 1905, ,egundo os dados col-
'.
;t.( ~ côl'do COlO as instru cções em vigor, lig-idos para a, S.acretaria da Agricul-

l.em auxiliado esse commettimento,

por tura, pela repar tição de Estatistica
I'l elo do pagamento das despesas de Co mmercial da Republica, foi 'quanto
l.I'ansporte e de tratamento a bordo , I á importação, d e ... . ...... ... . .. .
in c umbindo-se a'Secretaria da Agricul- 78.~72:959 $ 000, papel e . , .. ... .. .

t II ra das ellCOlllmendas. Durante o an - I 45.791:636$000, ouro, excluídas a.s



Ilú passado entra.ram com o auxilio· do I mo edas metallicas e fiduciarias , contra
I';;<tado 33 animaes reproductores, im- I, Si . . 373: 194$000, papel, e " , ... .. "
I"'l'lado s por 16 criadores, Estes ani- i 39.783 : 415 $ 000, ouro, em 1904 . A ex-
"' ,,-es cus taram lbs. 2,255, das quaes ,! pOl'tação foi, em 1905, de . .. .. . . . .
Il>s. 878 foram paga.s pelo Estado.
219.617:898$000, papel, e .. : .... ..
Todos , os <lninraes importados têm
1 2 9.3:35:821$000, ouro, contra .... .
transitado pelo Posto Zootechnico Cen-
2"4.857: 611$000, papel e ........ .
traI, nesta Capital, onde são entregues
115.849: 168.$000, ouro, em U04.
aos proprietarios. depois de inscriptos I
110 re gis tro creado na Secretaria da I
!
Por classes , a importação em 19 O5
a8s im s e dis crimina., em .ouro:
Agricultura, de accôrdo com . os dócu-

Animaes vivos e . diseccados . . , . . . , 85:380$OOÜ


Materias primas e artigos com appllcação ás artes e
industrias . . • • • • , • 9.054: 914$000
Artigos manufacturados • ,' , 19.591:206$000
Artigos destinados á alimentação e forragens 17.060:109$000


Todas as classes apresentam senSJ- ciavel, os couro s e a borracha da man-
vel augmento sobre o anno anterior. gabeira, além dos chifres, banana.s e
A importação de moedas metallicas abacaxis, que representam muito pe-
" fiduciarias foi de 8.402:547$000 em CJ. ue no valor.

1905, contra 2,500: 335$000, em 1904, A impol'taçã.o de mercadorias pro-


.
Na classe dos artigos manufactura- cedentes de outros Estados foi de .. '
dos continúa a crescer a importação de 22.517: 581$290, contra ...... . ... .
rnach!nas para a lavoura, que foi de 29: 409:723$890, ·em 1904, segunda os

207:218$000. ouro,em 19-05, contra dados fornecido. á Secretaria da Agri-


128: 225$000 em 1904, cultura pela Companhia Dócas de San-
Na exportação, depoiS do café, que tos, A exportação para ' os Estados foi
l'€presenta quas! todo o valor exporta- de 8,912: 509$750, em 1905, contra
do, vem o. !arello, em quantidade apre- 9 . 738:807$489 , em 1904 ,
-' 212

Em conjunto, o movimento commer·· I A primeira turma, que seguiu desta


eial do porto de Santos, em 19 Oli, ,foi Capital para encetar OH trahalhos, foi
de 329 ,420 :948$04 0, ou sejam .", a do rio Feio, seguindo-se-lhes as do~
100. 890:li40$290 para a importação e "ios Paraná, Peixe 'e Tieté.
228 . 539: 407$750 para a exportação, O serviço da turma ,do no Feio, roi,
contra em 1904, um movimento total porém, logo em principio embaraçado
d~ 382. 389:336$379, sendo ........ . por um sério ataque dos índios corôa-
117.782:917$890 da importação e . ,. dos, em ple'!-o sertão, á margem do
264 . 606: 418$489 de exportação, ex- Corredeira, e no qual foram feridos o
cluldas as entradas e sahidas de moe- chefe da turma, dr. Olavo Hummel;
das metallicas e fiduciarias. • um auxiliar e um trabalhador. Nas
o movimento maritimo de Santos , outras turmas, llão Decorreram, feliz-
Iguape e Ubatuba, durante o anuo fin - mente, incidentes destá natureza.
do, foi . o seguinte. comparado co m o A turma do rio Ti€té, tendo partido
anno anterior: desta Capital a 24 de Maio, iniciou os

- 4: ,
, , ,, -- _..._--• .,----- ..... .•
,

,
ENTRADAS SAHIDAS ,

- - --- . - ....._- - ._---


Navios •
e •
vapor!;
,, I
, Tonelagens '
Navios a vapor ,
e a ''i' Tonelagens
PORTOS " ,'
vela reunidos :!
, 0" - _._ • • ..• . .. _. vela. ~eunidos ! -_..__ .
, .
,
"

," ,
,I ,I.
I...
,

1905 .,.'"
, 190.
1_.
,

I
"
"
[I
--
1904
"
, 1905
="
1904
- -
1905
i 1'04
--- _
1905

I
i J .68/A6E
,

Sant os . • • • 984 1 .087 ,I; i.51L29C jI.694,641 ,983 1.084 1.508.241


Iguape . •• • , 90 981' 33.361 31.987 89 100' 33.353 32,020
48 46~ 48 'I 6,48()
,
Ubatuba • • • ,
,
6.768 .6.486 48 6.768

TOTAL
- • · ' • 1.1;21 -\2311,1.551.425
.
I
1.733,114 1 L 12C 1232/ J ,548,362 ' 1.725.974

Commissão Geog"aphica e Geologica I seus trabalhos ua barra do rio Jacaré


- Continuaram os trabalhos a cargo Grande, chegando, a 27 de Julho. ao
da secção topographica dessa commis- Salto de Avanhandava, depois de ter
são, sendo concluídas as folhas do levantado 157 kí1om€tros do 1'10. A 20
mappa geral do Estado, denominadas d» Agosto , a turma chegou ao Salto de
- , Pirassununga, Casa Branca e Plu- Itapura, depois de ter feito um per-
d" monhangaba, as quaes foram pulíli- curso d€ 212 kilometros e de vencer
ca.das durante o anno passado. innumeras corredeiras,
O trabalho mais importante, porém, Em Itapnra, a tur~a do rio Tieté di-
atacado e levado a termo no anno fin- vidiu-se em duas secções: uma para fa-
do, foi a exploração do extremo ser- zer o levantamento até o Salto do Uru-
tão do Estado, operação que apresen- bú-Pungá e a outra para levantar o
tava as mais 'sérias difficuldad"s. rio Caraná. a partir de UI'1,1bú-Pungá
Pelas instrucções approvadas pelo até a fóz do rio Parahyba. Foram le-
decreto n. 1.278, de 23 de Março do vantados, em todos os seus de talhes,
anno findo , foram organizadas as 0.,,;- , os Saltos do Avanhandava, Itapura e
pedlções com duas turmas cada uma. , Urubú-pungá. Os aiflueutes mais im-
A u ma expedição foi destinado o le- portantes, taes como: ribeirão dos
V8 ntamento dos rios Tleté e Paraná e Tres Irmãos, Aracanguá, etc. foram
á outra o dos rios Feio e do Peixe . bem determinados.
213 -
,".,

A partir do Salto do A vanhandava, são afastados do rio Paraná, havendo


fo i corrida uma linha, tacheOlnetrica, grande extensão de terras baixas e
Ii ~a ndoeste ponto a S. José do Rio hum idas, de permeio; mas, do rio Ti-
"reto, e outra a Bussola, entre o por- gre para o sul, até a barra do Para-
(.) do Garbarino e a povoação Novo Ho- nápanema, os terrenos altos c~legam
J"i?onte. até o rio Paraná.
Acompanhou a turma um geologo, A turma do rio Feio iniciou os seus
.
<e\le estudou todos os trechos encontra- trabalhos na fóz do Paca. Foram cor-

dos em todo o percurso do Tieté e no ridas linhas tacheometricas, ligando a
rio Paraná, desde a fóz daquelle até fazentta. da Paca á do Acanlpan\ento,
o Pontal' Mineiro. regressando do por- aos estudos da E. F . Noróeste · do Bra-
to do Taboado a esta Capital, por ter- . si! e li confluencia do ribeirão do Bar-
r a, tendo passado em São José do Rio reiro com o rio Feio.
Preto. A partir deste ribeirão, a turma ca-
A turma concluiu o seu serviço e I meçou a abrir picada pela margem es-
"hego u a S. Paulo a 4 de Novembro . querda do rio Feio, em demanda do
Os estudos confiados á turma do carrego da Corredeira Quando os ser-
rio Paraná- tiveram começo na barra viços pl'oseg uiam na margem eSqlier-
do Tieté com O Paraná, onde foi ·l ne- da do Corredeira, soffreu a turma um
dida uma base para ligação com os es- ataque a que. já me referi, em plena
I.udos a cargo da turma do Tieté; e matta virgem. Reforçada a turma e
proseguiram a.té a fóz do rio Paranã- dadas todas as demais providencias,
[lanema. foram reencetados os trabalhos. então
Determinou essa turma as condições mudados para o Can-Can, donde iol
geographicas dos saltos do Avanhanda- corrida uma linha, até encontrar o rio
va e Itapura e a barra do Tieté, bem Feio e outra a N. W. , HID del11a nd a do
como os rios Aguapehy, Tigl'e, Sto. sertão. Esta foi a verdadeira linh& de
Anastacio e Paranápanema, na barran- entrada feita pela turma, a qual foi
ea pa ulista, assim · como a dos rios Su- encontrar de novo o rio Feio, no velho
curiú, Verde e Pardo, na de Matto aldeameuto de indios Guaranys, deno-
Grosso. minado Guaranyava.

lr"oram levantadas ambas as mar- O rio Feio foi a directriz geral se-
gens do rio Paraná, sendo determina- guida até o acampamento denominado
das . todas as ilhas, pedreiras, bancos . Natal, a 101 kilometros de Can-Can.
de areia, etc., sendo tornadas muitas O picadão aberto pela turma cons-
secções transversaes, assim como assi- titúe uma verdadeira estrada de roda.-
gnalados todos os affluentes de ambas gem nos terrenos desconhecidos e ha~
aos margens. Foram estudados, com es- bitados pelos indios . que, ainda. uma
pecial cuidado, os rios Aguap1€hy e Ti- . vez, quando a turma terminava. os
gre, pelos quaes subiu a turma, afim seus serviços, atacara m o acampamen-
de verificar si eram os _desaguadoul'OS to "15 de Novembro" , felizmente sem
dos riQs Feio e Peixe. que ninguem fosse attingido por flexa.
Nas margens . do Paraná, proximo ao Da turma fazia parte unI botanico,

rio Orelha de Onça ou Taquarassú, lo·


.
que fez o estudo geral da região , tra-
ram encontrados indios, que se presu- zend'o grande .numero de plantas para
me serem Cayuás. enriquecer o h.erbario da Commissão.
A margem paulista tem excellentes Do acampamento Jaca ré em deante, a.
mattas, em boas terras. .Da fóz do rio turma foi dividida em duas, continuan-
.
Tieté à do Tigre, os espigões elevados do uma parte a abertura do picadão.
,, ' ,,"
'.1'

214

descendo · a outra · o . rio, ' -em ·canôas, . o maior affluente encontrado na


fazendo o respecÚvo lEivantamento de margem e s querda do rio do Peixe é
determinação dos ' a.ffluentes de ambas ' o ribeirão da Pan€lla, seguindo-se de-
as _margens. pOis o ribeirão do - Bar reiro. Na mar-
Esta expedição , depois de conve- gem direita, o maior é o ribeirão d a
nientemente apparelhada para o fim Ba.rra Grande, em cujas cabeceiras,
arrojado que tinha em vista, isto é, de que se acham a 18kilometros, existe
procurar exactamente o rio ·do qual o uma grande aldeia de Índios corôados.
Feio é affluent€ , partiu do acampa- A turma eneontrou differentes tri-
mento denominado Jacaré no dia. 15 de lhos de índios e muito~ vestigios des -
Novenlbro e, depois de um percurso ses selvicolas. tendo tido necessidade
de cerca de 6 OO kllometros, durante o de enfrentaI-os no ·Acampamento
qual soffreu mais ataques d,a indios, Anhúmas, n8. tarde de 6 de Novem-
tendo necessidade até de com enes bro, felizmente , sem consequencias fu~
travar combate, chegou ao fim de sua nestas.
,
jornada, verificando que o 1'10 Feio Esta turma s uspendeu os seus tra-
entra no rio Paraná com · o norne . de ualhos a 12 de Novembro.
Aguapehy, ficando ; portanto, afinal,
! Os trabalhos da secção geologica da
explorados os valles dos rios Feio e ' Commissão Geographica e Geologic&.
I
Aguapehy, não obstante a somma con- estive ram bastante activos durante o
sideravel de embr~ra.ç os que se ante- , anuo findo. Foram reorganizadas as
punham á fiel execução do plano con- collecções; foi desenhada a carta geo-

signado nas instru<;ções do Governo. logica d9 Estado, realizando-se . excur-


A turma do rio do Peixe deu inkio 1 sões de estudO' e analyses de diversas
aos seus trabalhos, pai'tindo da fa-
zenda daq ueUe rio,
!
I
amostras de mineraes.
De entre estes convém mencionar
. O caminho preferido foi o alto de um
dos contrafol'tes da Serra. do Mirante,
I uma amostra de tántalo, procedent~

de Itapecirica. A descoberta deste mi-


na margem direita do carrego do Ar-
n~ral, em geral raro, numa localidade
rependido·, Desoou a turma por este
, não muito distante desta Capital , não
espigão, até ganhar o referido carre-
deixa de ter certa importancia. · visto
go do Al'I'ependldo , que aco'mpanhou, I
t~r - se ·achado no anno passado uma
tomando-o como direcção geral até .a
sua coufIuencia no rio do Peixe. Ve-- I nOVá appllcação do tántalo na indus-

rificando que .
a margem esquerda des- I tria de lIIuminação e haver hoj", no ,
te rio era coberta de extensos' banha-- I merca do urna notavel procura de mi-
neraes tantaliferos.
dos, desviou a linha um pouco para
a esquerda e foi de novo encoutrar o A secção botanica realizou excur-
referido rio· nas proximidades do acam-_ sões pelo Estado, com o fim de obter
pa.mento denominado Rio do Peixe. plantas e estudar a nossa flora. Orga-
Deste ponto em deante o picadão nizou-se o h-erbarlo, que se acha devi-
at)erto . pela turma seguiu mais ou me- damente rotulado e catalogado,
,
nos de perto a margem esquerda do' Esta secção publicou durante o an-
rio -do Peixe até a ban'a do ribeirão 00 findo dois boletins:o ' n, 15 - , c',


da Panella, Flora Pauli.ta, IV · Familia de J\olyrse-

A margem direita desse rio foi le- nace1lS; .- e o n. 16 Ensaio para
vantada a bussola e podo metro, por Ulna· sYllonl~lnia. dos nOlnes populares
secções Jigadas ás transversaes, le,ran- .das }>lantas . ind~genas do Estado de
tadas a tacheometro na linha -·g eral. São Pnulo. .. _. .

,


- • 215

A ;.;;ecçao meteorologi ca lnan t eve co m 1 sa estrada, até o logar onde devia al-

tod a if. r'2gu1 a ridade o serviço de o b- cançar o ponto de partida dos traba-

-:I': I: Va,ÇÔo?s. syst ematizando a publica- lhos d e. discriminação, resolve u o Go-
I;;io. pela im p re nsa dia ria da Capital . I ve rno pl'oseguir a abertura d a m esma
d;:..s O b :8i'. l' va ç õe~ feitas diarianleute , em estrada até São Sebastião , serviço es-
S. P a.nlo. Sa n tos, Iguape, Piracicaba, ! se em via de proxima conclusão .
.. !
f { j be}r;~. (J Pre t o, Taubaté, Itú, S. Pau- I RealizaTa m-se t ambem, no a uno fiu·
I
11) d os A;:: udos , R io Claro, Bro t as , Cam-

.Il inas . A var é . Br agança e' São Carlos


,!
I
do , as diligencias preliminares pa ra o
reconhecimento d e te rras d evolutas no
• •
do P in haJ. a lé m das do Rio de Jane i- I litora l , d esd e a com arca d e São Se-
l" ú , CUl'ytiba. Flori.anopolis , Porto Al e- I bastião, passa.ndo pel os ba.irros de praia
;
.gT€
.
. Cordo ba e M.endoza. i; Preta , Juqui, Juréa, Duracéa , G uara-
i tu ba , T ag uaré, Enseada, De rt ioga e
flPTolutas
Tt":t.'r·as: Durante o a n - I
uma parte do Rio Tampa "haú, con-
110 findo. pro!:'eg u il"anl os t r a balhos de i
cluindo-se desse r econhecimen to exis-
dí$('. r iminaçào e detuarcaçã o . das terras
tir qua ntidade con sideravel d e t erras
da eo marca d e Sa.ntos, nos
devolutas sómente nas ca beceiras do
loga H" ~- d e n o mina dos Cuoatã o e
Ar e ia'::f . '2' inicia r a m-se identicos oorvi- I
I dito rio, e em qu a ntidades peque nas
nos bairros mencion ados.
ços n a .~ ~'oma r ca s de Santa Br anca, p a - Foram ainda r econhecidos , des de a
ra. h yt~una e Sito Sebastiã.o.
Bertioga a té San Ws, os t e rrenos da
T e.• min a d a C1 pl' inleira pa rte dos tl'a- lUal'gem d ireita do r io Bertioga, e n -
halh (\!-; ilf:' d i sC'l' iminação , en\ Cubatão e
contra ndo-se apen~s te rrenos partIcula-
A re i a.~s. foi e ncetada a s eg unda, n as res ; poré m, á marge m esquerda, na
ver tenteB d os r ios Bran co e Cubatão, Ilha d e Santo Amaro, parece que na
est a nd (r €' sse ser v iço eln v ia de proxi- , maior pa rte são devolutas as t erras,
ma (·ún d u sà.o. d e pe ndendo, entreta nto, de u.m r econhe-
.
As terras ahi dis crim in a das sã-o , e m cimen to mais minu cioso a verificação
·g r a n dE; pa rt.e. terrenos o ccu'pados e disso.
cu Jt.iva o'üs. :-.;em titulos legitimas , ' a. : Das informações colhidas e dos es-
I
cu jos J ~ü ~sei r os irá a pl'o ve itar, en t r e- tudos feitos, cheg ou-se á conclusã o de
.
ta. n w . 2. j us t a d is posi çã.o ·d o a rtig o 40 I que exis tem muitas e fe rteis terras de-
d r~ L'?:i l~ . 89 4, de 29 d e. Deze mbro ul- volutas nos rios Preto, Conceição , Gua-
· limo. autoriza ndo o Go ve rno a prefe- ; nhanhall, Azeite e Peixe. Cln ' Concei-

r ir a v(jnda das t erras devolutas aos ; ção d e Itanhaell , e nos rios Juquiá e
oec Ulía n tes que nas m,esm a s tivera Dl : São L o ure nço.

mOTada ha bitua l e cultu ra


· po r m :.'-Ís de cin co ann os.
effe ctiva. I o serviço de discriminação e de mar-
cação das terras devolutas tem sidQ
En tr o? San t.a B r a nca. e São Sebastião. custeado apenas com a verba d e 50
ve rifkou ·s:e a e xis tencia de . uma v as t a , contos , do orçame n t o vigente e ante-
á rea d E' t e r ras de volutas, prestando-se ,I •
rlOres.
pura é:. iunda.çã,o de nu cleos coloniaes: 1 Esse r ecurso é ev identemente escas-
O rd t! n ~<da a su a dis_crirninação, para I so para o Itesenvolvimento q ue preci-
fac ilitar a.s CO llllnunicações, procedeu- j sa ter esse serviço, hoje, que já .se co-
se â alJe-rt_ura de um- picadão transita- nhece a existencia de muitas te rras de-
vel a {:_arg·u eiros, aproveitando, para vohitas e q u~ o Governo dellas se põ-
,esse fim. a an tig a estrada "-Doria", · já. de utiliza r com vantagens, promovendo
.
.co mpletamente a bandonada. a sua col onização, pa ra o povoamento
A n t oes d e con cluir-se a abertura des · do _s 610 pa ulista, co m os novos eteme u -
,
• 216
.
tos immigratorios que vão aportando immigrantes elevaram-se a. 53.544, in-
a este Estado. i clusivé os immig rantes espontaneOE
l
Com esae intuito e para melhor ava- I chegados pela E. F. Central do Brasil •

liar os grandes elementos de que dis- contra 32.830 em 1904 . As sahidas de


põe o Esfado. nessa zona, percorreu o passageiros e immigralltes foram, n o
.dI'. Secretario dos Negocios da Agricul- anno passado, de 39.904, eontra .. ,
tura, pessoalmente, os municipios de I 37.304, em 1904, explicando-se o au-
Sallesopolia, São Luiz do Parahytinga, gmento pela consideravel elevação do
São Sebastião, Caraguatatuba, Ubatu- cambio, que naturalInente anima as·
ba, VilIa Bella e Cunha, estudando, a viagens ao exterior.
par das razõe~ que retardam o progres- I No que se refere propriamente ao
80 daqueIla zona, 08 meios de remo- movimento da ill1migraçào e emigração,
vei-as com beneficios para os referidos os . res ultados do anno findo foram
municipios e aproveita,m ento para . as animadores, pois que as entradas de
providencias que cabenl.ao Governo immigran tes elevaram-se" 47. S17 ,
adoptar em materia de colonização ( contra 27 . 751 e m 1904 . e isso apezar
povoamento do s610. de continuar s uspensa a imnl"igraçã.o
Outra importante excursão já havia subvencionada d e procedellcía italia n a .
antes realizado o Dr. Secretario da As sahidas d e vassageiros de :3. '" elas"
Agricultura, visaudo conhecer a -f utu - se, considerados emigranté~ , tOl"aro de

rosa zona da Ribeira de Iguape, e per- 34.819, no anno findo, contra ']2.679 ,
correndo os municipios de São Vicen- em 1904.
te, Conceição de Itanhaen, Iguape e Houve, portanto, no anno proxiu1 o
,
Xiririca, afim de verificar as suas ne- findo, um saldo de 12.998 a· favor da
cessidades mais urgentes, e que estão immigração , ao contrario dQ(j ue suc~·

S€ndo attendldas pela administração cedêra em 1904·, que ap!'esentou um
pnblica. "deficit" de 4.nS.
Immigl'sção O movimento migra- Os resultados do movirnento · da en-
torio neste Estado, durante. o anno fin- trada e sahlda de immigrautes e emi-
do, foi bastante satisfactorio,
.
si at- grantes em 1905, ainda se apresentam

tendermos ao momento economico que mais ·lisongeiros. si forem l)ostos e~l
.
atravessamos. confronto com os de a l g uR;;;' a,nnos·
As -entradas geraes de passageiros e passados.

Immigrantes Emigrantes
. Saldo ou .Deficit
Annos Entrados Sahldos • • • • • •
1902 40.386 31. 4. 37 3.949
1903 18.161 36.410 28.249
1904 27.751 32.679 4.92f5
.
1905 47.817 34.819 12.99;3

,
Os 47.817 immigra.ntes entrados du- Brasileiros • • • 1 .978
rante o anno findo, assim se discrimi- Austriacos • . •. 203

nam , por nacionalidades: Diversos . .




4 • 034

Hespanh6es • • • • 22. 128 Tota l • ~7.S 17

Italianos • • • • • 13 : 596
Portugue2!es • • • 5.878 Desses immigrantes, 21.8-02 vieram
'i:;"
" . ' ,, '
- .'
': :
.:, "

217

,<npoutaneamente, tendo pago suas pas- 'Vendo ser em breve exped ~d o G aeto-
1!I1.gc ns até Santos, e 26,015 vierãfu no que as deve regulamentar .

n :t;imen da subvenção •. com passagem O problema de immigração tem me-
I'''.~''. pelo Estado. recido a melhor attenção do pOdêr pu,
Dos immigrantes entrados dnrante blico e deverá continuar a ser uma das
" a nno passado, 2 1.185, por serem suas primeiras preoccupações. tal a im-
:1,J!;l'icultores , localizaram-se na lavoura porta ncia que eUa tem para O desen-
(lo Estado, tendo passadO pelá Hospe- volvimento do Estado.
dada e seguindo para seu s destinos no O Governo te m posto em pra tiea já
IlIterior, com passagens gratuitas em varias providencias no s ent itk: de au-
estrada de ferro. Naquelle numero •
se gmentar a immig-ração e de multipli-
Il(;ham comprehendidos 5 .319 immi- car as fontes de supprimellto de bra.-
gl'a.ntes italianos, vindos ~spontanea­ ços á lavoura ou para o lwvOdm e nto
mente, do sólo. pel a fixação do im!l1 igraute.
Por decreto n. 1. 3;;5, de 10 de Abril A creação do Commissariado Geral
ultimo , e de confornl.idade conl a auto- em Alltuerpia, como centro de acção'
"ização da lei n. 984 , de 29 de Dezem- para attrahir novas correntes de im-
bro do anno findo, foi creaila, a Agen-: migralltes, já vai produzindo resulta-
cia Official de Colonização e Trabalho, dos . encaminhando-se para S~,O Paulo,
destinada a facilitar aos immigrantes I, espontaneamente, á vista das in t'orma -
c trabalhadores em geral s ua collo ca- I ções hoje facilitadas aos ím migra.ntes

ção na 1avoura e n as industl'ias, ou em naquelle Commissariado. áqnelles qne,
terras publícas ou particula l'es, como I por desconhecerem até mes mo .a exis-
.
proprietarios, arrenda ta rios ou parcei- tencia do nosso Estado, se dirigiram
ros. ! para outros paizes. Póde-se já confia.r.
A nova repartição. nos t!'8R primei- , á vista dos resultados até 'i.gora obti-
ros mezes de seu funccionamento , tem d.os, que. de ntro de um prazo !'e lativa.·
mostrado, pelo moviment.o que tem ti- lnente curto. aos pouc-os, irá se avolu-
do, e pela regularização que trouxe ao mando a corrente immigratoria do NO!'·
.
serviço de colIoca.ção dos irnrnigrantes. te da Europa, com a qual só pOderão
que ella correspollderá aos intuitos que llHlltiplicar os llucleo s colo!lüles,
a administração publica teve em vista , Não tem o Governo descurado tam-
Quando pr,omoveu a sua cr eação. bem das m e didas attinentes (\ protee-
Afim de dotar' o servfço de immigra- ção e amparo dos immigran~~ s, no seu
ção. e colonização com todos os appa- primeiro estabelecilnento.
re1hos indispensaveis, permittindo aO Com a creação da Agen cia Official
Gov-erno agir firme e desembaraçada- . de Colonização e Trabalho . deu j á a.
• •
mente na a ttracção do imnligl'ante e na administração publica um largo passo
sua localização e fixação e ntre nós, naQuelle sentid{), creando, embora senl
para o povoamento do s610, devem ain- obrigatoriedade. por não ser isso da
da ser estabelecidas, ,conforn.1c autori-• sua. competellcia, o cont l'u c to d~ traba-·
zaÇões existentes na lei do orçament.o lho para os immigrantes 011 trabalha-
vigente, a Inspectoria de Immigração . dores diversos que se engajarem por
no porto de Santos e a Directoria de I .intermedio da Agencia, e llrocuTando
,
Terras. Colonização e Immiglã.ção, par- I facilitar •
a resolução das questões en -
te integrante da Secretaria da Agri- tre patrões e trabalhadores, pe lo juizo
cultura. arbitral, ao qual se sujeita!u todos os
O plano de organização destas duas. I que contractarem seus serviços naquel-.
r e partições .lá se acha elaborado, de- , la repartição.
218-

Entreta nto , outras medidas devem I Nos antigos nucleos. co lanhes de S"
,ainda se I' adop tad as.. sempre com o I. baú n a , Piaguhy, " Campos Salles". P a. ·
lll esmo intuito de protecção e amparo riquerá.- ass ú e S. Bernardo foi regular
·a o immigrante e m se u primeiro esta- o movimento de concessãp e pagame Jl
belecime nto, as quaes sÓ poderão ser to dos lotes. Elevou-se a 53 o nume ro
pos ta.s e m p -:~, tic :: '3 , ~) ::-r deiiberação do de lotes concedidos nos mencionados
-Congresso. ' nucleos, t endú si.do expedidos, a colo -
A adopção d o juizo arbitral paI'!' nos dos mesm os. 67 titulos definiti vo:->
resolver a s ques tões resultantes da de propriedad·e. •

'exeeução ou da Interpretação dos con- A importancía total recebida dos Co · "


tractos de t rabalho , não será garantia l onas, proveniente de prestações po r :)
$ufficiente para o trabalhador, sinão ; conta do preço de seus lotes, f.oi di' .
I
'.
<emquanto o patrão se sujeitar ao lau- ,, 45 : 332$97í
,, Nos nuc leos co lonia es "Nova Odes
·do prOfe rido. ,
w

Des de que este seja desobedecido . •, sa "~ e HJorge Tibiriçá" , Cl"eados no a u ·


I

terá. (> trabalhador de dirigir-oe ao jui- i no findo, existiam , no fim do"' annn . •,
.zo (:.ommum e e perante este que se !I seis lotes occupados e 67 vagos, no pri~ .'

torna n ecessario orgànizar a protecção m e iro , ,e 23 occupados e 78 vagos ~ iW


e amparo do immigrante, emquanto es- ultimo . Act ualmente, com os imm i·

te . náo' possúe ainda, nem o recurso g rantes procedentes do NQrte da E 1l w


suffi cieo t e, nem o conhecimento das I rapa, já localiza dos ou proxilnos a c he ~

-cousas do Paiz, qu e lhe pe rmittam pro- ,I g al', .quasi t odos os lotes desses .'do i"
·

_1110Ver a satisfação dos seus interesses , ,


· nucleos devenl ficar preenchidos, esw
,',

i tando, 'por isso, O Governo tratando já


e direit.os lesados. I
! de adqUirir mais terras, para creação
Dura.nte O primeiro anuo do seu es- i,
de outras colonias, onde possam ser 10-
tabelecimento , deve ria o imllligrante ;
I calizados os immigrantes quI' fore m
gosar do pat r ocinio gratuito nas cau-
·sas em '1ue elle tivesse de entender en: •• I ch egando.
A' vista d o incremento que deverá ,
viÇo ser prestado pelos curadores ge·
raes doe ol'l)hams ",e ausentes. Por outro
lado , . seria justo que, nas referidas
eau sas. se reduzisse m â metade a s
custas que d evessem ser pagas pelo
trabalhador , quando, ·terminada a cau-
é indispensavel que a
administração
'sa, tosse elle vencido; não devendo
publica disponha de recursos suffi-
tambem serem cobradas custas dos tra-
cientes para ir adquirindo e demar-
balhadores, sinão depois de decisão da
cando terras, á proporção que se fô"
·causa, p Od e ndo es ta seguir os seus
,, avolumando aquella corrente.
termos, independentemente de qualquer I
o Governo poderá, sem duvida , ir
-desembolso por parte do trabalhador.
tambem lançando mão das terras de-

ColonizaçiW
., . - Durante o anno pas- . volutas, para esse fim, mas, attenden-
,
• •
-:sado. . fora.m .cl'eados
. os nucleos colo- • do á situaçãu das terras publicas, não
niaes denominados "Jorge. Tibiriçá" e poderão ellas ser aproveitadas, s inão
. .
'''Nova Odessa", sendo alargada a área · mediante ámplos recursos, que permit o
• ;
·d o Ducleo " Campos Salles", com ter- ••• tam collocal-as nas mesmas condições
,
renos annexos. para esse fim transfe- ;• das terras particulares, quanto á faci·
.

l'idos ao Estado. i lidade das communicações e dos tran ~ ·


-- 219

!, c . n.:· ~ . illcli s p ensaveis . p a l'a o bom exi w


I Ficaria assim o "Fundo Permanente
I I ' d~ qualquer llucleo colonial. de Immigração e Colonização" dotado
("~' J}lsiderando lambem que a ímlni- de amplos e cons tantes recursOS . Den-
.l'.r ; !. (,~ ào e a. colonização são seryiços que tro' d e poucos annos é prova vel que
11 :1 0 podem d e ixar de ser ma.ntidos sem esses rec ursos viessem a se tornar ex-
lt!f (.,' ITl1pç.õe s, s ob pena d e in~ltilizare.m - oessivoQs para o cu s t eio dos serv iços de

: :1 ' a s nlntag ens adquiridas e de per-, immlgl'ação e colonização. e. nessa hy-
\k l' -:::.e todo O esforço empregado no pothese . poderiam as 50 bras ser appli-
;:1' 11 d' ee-envo]vimen t o. convém que os 1'e- cadas na despeza geral do Estado . alli-
, ' lI n :;(l S concedidos á administração pu- viando-se -o s contribuintes, em justa
III ie;:L para a limentaI-os. sejarll perma- proporção, de outros encargos que so-
i l l ' l) ~ e S, devend o. para isso, serem oriun· - bre elIes pesam.
du!-> de font. es q u e llossam a linlental-os Poder-se-ia, ass im, chegar em bre-
{ "O nst a n tem e o te. , ve tempo a realízar a l'efórma, j á ini-
:'\'estas condi ções. seria d e grande ciada. do nosso defeituoso systema tri-
vantagem a instituiçao d e um "Fundo butario, obtendo, ,pelo imposto terri-
l' e l'm a.nente de Immig-ração ' e Coloniza- torial, e outros, os recursos indispen-
(:fIO" p ~ ra oecorrer aos serviços de im- saveis á abolição do anti-economico im-
H1Ígr ação ' "e colonização, o q ual pode- posto de exportação.
ni .': € I' constituido e m a ntido pelas se·
Viação ji'el'l'ea A exten são total
~':; l lilH e s yerba s:
das ·estradas de ferro en1 trafeg o no
1Por uma quantia inicial , tirada
J
territorio de S. Paulo é actu a lmente de
,l o o r çamento o rdinario ou de uma
3.862 kilometros, sendo 1.117 de con-
Iq)era.ç ão ele credito;
cessão ou propriedade da Uniii,o. e .,.
2I Pelo p,'oducto da " enda d as 2.745, do Estado.
jc n as devolutas. á medida que el1as
Em 1905 . foram inaugurad os 71
[ore m send o discriminadas e concedi-
ktlometros , e no con"ente a nllo t 21, a
d as :
saber:
:l IPelo producto das prestações 1
fe it a s pelos colonos concess ionarios d e 1905
lo t e:: : no s nud eos coloniaes "l ctualmen-
le exi~teiltes o u que forem creados; Taperão a Piratininga. de
4I Pelo pro ducto das multas im- 1 m. , Companhia Paulista. 22 kU1S.

post a s por infracção da lei de terras; : Canindé a S. I}ita do Paraí-


1) ) Pelo produeto da taxa annual, J so, idenl , Companh,i a Mogya-
d e I {t (ISOO . pa ga pel<J proprietario ou , ! na . . . ... 22 kms .
pos!:>eiro, cuja s t erras não es tejam ins - . Agudos a Baurú, ide m, Es-
r.:l'iptas no registi'o publico r reado pe- I
trada d e Ferro Sorocaballa 27 k111S.

)0 Decreto n , 734. de 5 d e Janeiro de

1 900 :
!I 71 kms.
6I
Pelo producto d e um hnposto ' 1906
de ~ . 2 % sobre o valor da s t~rras da- I
das a registro, ll[W podendo ser infe- i Cerqueira Cesar a Mandury.
riOI' a 1$000 a contribuição de cada ' ! bitola de 1 m., E . F . S01'O-
proprietario ou possei ro,• > ficandQ eg- • cabana • • • • 21 kms.
):;as H: l'ra S is entas do imposto de ca-
pit a l sobre a propriedade immovel ru- No regimen da lei n. 30. d e 13 de
ral. cl'eado pel a Lei n. , 920, de 4 de I Junho de 1892. foram feitas. depois de
Ag os to de O4.. l' I Dezembl"O de 1904 , tres cou('essões de

220

vias-ferreas: á Companhia Mogyana, Estas tres ultimas est1'8 das. como


em 'Julho, para o prolongamento de sabeis, pertencem ao Governo e sào
Sertãozinho a Vassoural, 11 kms.;, ao pelo mesmo administradas: a Soroca-
dr. Jorge Fairbanks, ,em setembro, pa- bana, desde que foi adquirida do Go-
ra. uma linha de Serra Azul ás raias verno Federal, por escriptura de 1X
de Minaes Geraes; 65 kms., approxi- de Janeiro de 1905; a FunilCHse, des-
madamente; e, em Outubro, á Cia. do de L' de Setembro de 1905. si bem
. Dourado, para o prolongamento além Que transferida ao patrimonio esta-
de Bôa Esperança, 25 kms. dual em Outubro de 1904; e o Tram-
Nesta data estão em anda.mento, no way· da Cantareil'a, desde 1894. anno
territorio do Estado, obras de cons- em que foi cOllstruida como linha de
.
trucção, nos seguintes trechos de li- serviço para o abastecimento de agua.
nhas novas: Assinl, a c·o"nstrucção dos ultimas
112 kms. acima enumerados, fepre.~
Companhia Mogya.na ,senta providencia da ad;ministl.'açã.o_·
Monte Alegre a Soccorro . publica, que a considera de .,e:rande al-
32 kms.
Sertãozinho a Vassoural cance, não só para valorização a sua
, 11 kms.
propriedade, como tam bem em ben8-
fido do progresso do Estado.
43 kms.
Na E. F. Funilense, além do prolon-
Companhia E. F. do Dourado gamento, foram iniciados os trabalho!'>
Prolongamento . • • • 25 kms. preparatórios do augmento de bitola
Serra Azul ás raias de Minas, de O,m60 para l,niOO, o qual se deve
a partir de Serra Azul . 5 kms. ultimar em breve.
---- Dessa medida, que virá desenvol-
30 kms. I ver a capacidade de transporte desta
via ferrea, e que se- impunha_: á vista
Companhia N ol'óeste do Bl'asil
da completa reorganização de que el-
(Concessão federal)
la necessitava, quando passou ao do-
A partir de Baurú . • · 236 kms. minio do Estado, será complemento a
mudança' do ponto inicial, de Guana-
Estl'ada de .F. SorocaballH bara, ondeentronca na Mogyana, pa--
ra a Praça Correia de Mello. que está
Além de Itapetininga . • 70 kms.
no centro commercial de Campinas, e
Além de Mandury . • • 26 kms.
será attingida com 1, 3 1\:m. de linha
nova.
96 kms.
Ficará assim a Funilense ligada á

Estrada de lt'. Funilense Mogyana para as relações de trafego


mutuo e tendo em Campinas, em pon-
Prolongamento . • • • 10 kms.
to mais conveniente, uma estaçáo de
trafego proprio. que é ali o p-reponde-
Tramway da Canta.l'e:i:t'a
rante.
Linha do Cambucy . • • 4,5 kms. .."
'

Linha do Tremembé • • 1,5 kms. • ...'.
-
Total • • • 6,0 kms. o 1110virnellto financeiro <ir_ rsde em
• trafego, no terl'itorÍo paulist.:i.. foi. em .
Total geral • 421 kms. 1905 :
,
-' 22 1 '-

f ( ('( "" lÜl: total • • 6 7,626: 964$936 de Dezembro, no qual já foi a mes ma
,

1)" "1
.< 1" "'",. ~C(. total • 36,280:644$820 dirigida por agentes do Governo . Tal
1I 1r1dn • • 31.346:320$116 distribuição é a seguinte:
,

I k'ssas cifras, c onvém destacar as Primeiro Periodo


11 LJI' :-;('. referem
,
ás linhas pertencentes
~I! , ! '~s tado. Receita • • • • • 58: 854$"790
Despesa • • • • • 59 :130$87 0
gstrada d e FeM'o SOI'oca ba.nn. Deficit • • • • • 276$080

p. ( ~ ( :i~ i t.a • 10 . IH:079$UOO


• Segundo Periodo
tl(l:' pesa • 6 .59;;' 271$145 I
- ti:! ld'-J • • 3 , 548:707$855 I Receita • • • • • 31:528$160
Despeza • I • • • • 31:889$084
( 'onforme· a previsão que expl'emi I Deficit • • • • • 360$924
" " mensagem d e 9 de Março de 1905 ,
"In l q ue trouxe ao vosso conhecimen- j Tendo-se e m conta que, ao iniciar-
In 1)8 negocias re fe rentes á acquisição i
se o segundo period<> , já estava quasi
fl.os ta via ferrea , a renda! liquida aci- 1 terminada a exportação de cereaes, al-
I
m;~ bastaria, folgadamente para o 8e1'- godão, aguardente e madeiras; que a
v 1(:'0 do emprestimo de lbs. ... ...... i estrada achava-se desapparelhada pa-
~ .~OO . 000-0-0, m esmo que houvessem ra os trans portes; que na despesa cor-
(h ' fie l' pagas em 2 pl'estaçães ' alinuaes. respondente ao mes mo periodo estão
Tendo sido, porém , no anno passa- incluidos 4: 536~990, aluguel de ma'
(')'0. necessario r ealizar sóm ente um des- teriai moveI; que h o uve consíderavel
~:I'\:-::' pagamentos, na impo!'t.ancia de despesa co m a cond ucção de materiaes
1 ,2 55: 765$870 , ' vê-se que . do s aldo , no serviço do alargamento, é perfei-
:linda ficou livre a so mma de .... . tamente justifip.ada a previsão de que
:l, 292: 941$985 . haja, no corrente exercicío, saldo, que
Em 1905, fo ram despendidos, para crescerá sensivelmente com o prolon-
.. 1 11p.lhoria da estra da, e em conta de gamento da via ferrea . conforme fa-
. ,

" capital , !. 585: 836$2 15 , que l'epresen- zem espera r os estudos feitos a res-
l.; t.1n a penas parte da verba de - lbs. I peito.
27,00 0-0-0, r eserva da para lHes obras . ~ A presumpção acima é confirmada
do total do emprestimo . pelos resultados dos mezes decorridos
deste an no, nos quaes tem a estrada
ESU'acL'l. {l~ Fet'J'o FuuilcllSP produzidO renda liquida, si bem que'
escassa, por perdurarem ainda as con-
I't/=ceita • • • • · • 90:382$950 dições onerosas da r eorganização do
n ~ spesa • • • • • 91:019$954 serviço .
,
,
l>e fi cit • • • 6378004 Sommando as importancias que ja
haviam sido empregadas pelo Governo
Este resultado deve ser d istribuido na Funile nse, quando · entrou na posse
por dois periodos distinctos: o de pri- da mesma, ás que depois foram des-
me jro de Jane iro a 31 d e Agosto, no pendidas e ás que provavelmente ain-
'lu a l a via fe rrea esteve ainda s ob a da o deverão ser, e m conta de capital,
".d minist ração do C. R . ,F elTeo Cam- conclue-se que a via ferrea, prolonga-
pineiro, por ajuste com a C. Funilen- da, alargada, tornada independente,
" '. e o de prime iro de Setembro a 31 mediante a linha de Guanabara á pra-

222

ça Correia de Mello, e installações pro- - Relativamente aos preços de tran~-



prias nesse local, e comple tamente ap- , porte, conseguiu Q Governo, (l as a dmi ..
parelhada
, para o trafeg'o, virá a custar nistrações das vias fetreas. alérn de
ao Estado. em num-ero redondo. . . . urna classificação ma is fav ol'arel pa ra
1. 370:000$00, que, divididos por 52 o melaço. utilizave) no prgparo df- for -
kilometros. mostram () cu sto médio de ragens, as seg'uintes va ntagens para Ci
26: 300$00, indicando, a quem conhe- publico:
ce a zona da Funilellse, que tal despe- abatimento de 20 %. nos rt'ete~ do~
sa se justifica cabalmente. mec h a nís mos importados dire cta me nte
, do extl'ange ü'o, por individn os ou em-
Tl'.:t-Jl1wa-y da. Cantal'eÍl'a presa.s e que se dest inem a.o h?ue ticia.-
mento e utilização industrial dos resi-
Receita . • • • 13~:606$800 duo s ou su b-pr oductos agric oh\:3 . hem
Despesa. • • • 205:436$647 I COlno a o fabrico de l actic ini o~. em p!'o-
Deflcit • • • 65:829$847 i priectades e estabelecimen to)oÕ ~lt:H1(toS
I, no territorio do Estado;
Na deSPesa estã.o incluídos • • • • • • • r ed u cção' de 25 %, em f ,i\'Or da!'<.
10:192$966 , r elativos ao exercício de ! cannas de assucal' despach ~tf ias <:! el1-
I •

1904, o que re d uz o " d e f'lei't" -a ..... genhos centraes s itu ados n o E s tado;
55:636$881.
o regÍl1len de economias começado I
I adopção de unIa tar ifa diffel'endal.
de baRes . reduzidas e applicavel em t.o-·
,
I
e m 1905, e continuado nos mezes já da~ as linha s de trafego l1Hiftl n, l) ..r: a
decorridos deste anno, permitte espe-
! leite, verduras, ovos . e te ..
rar que desappareça a superioridade
da despesa so15 re a receita, nesta linha,
I
Nas linhas de pro priedade do J';s-
,,'
tado, em vartic.ular, fizel'arn-:c.::e al tera-
aliás de caracter especial e tarificação ,
ções fa voraveis ao
1, procedido a
publico. tendo-:::.e
revisão das tarifas do
muito baixa.
~ Tramway da 'Canfal'e ira, nl'"~d.ida fam-
;;0 * I bem r esolvida com re lação á F u n ilf. n-
o trafego r ealizou-se em toda a rê- se.
de paulista sem anormalidades no ta- Aquella nlesma p-reoccupaçào ro i tra.-
• •
velS. no anno prOXlffiO passado, s alvo duzida em l'ecommendação ao ~u p er-·
pequenas interrupções oC!corrjdas na intendente da E. F. Sorocauanu. no
época das ch uvas. sentido de se modifica r em aF; ba.ses das
No corrente a nno, porém, afóra os I tabellas, que fo ssem menos liberaeB
accidentes da especie, foi o funcciona- ali do qu e nas outras estrad a :;..

mento da mesma perturbado pela 1'e- J Na Itatibense , em consequenci" de


cente parede do pessoal operario da convite da administração publica, fo-
Co mpanhia Paulista, primeiramente, e raro tam bem postas e m vigor n,Qvas ta.-
das Compauhias ,
Mogyana e Ramal F er- . rifas, co n signand o dimilluiçôHS de pre-
reo Campineiro, depois. ços. ,

Nessa emergencia, teve o Governo O Na linha de San tos a Juni)ia-hy. qu e


. l>tocedimento que lhe cabia: garantir foi concedida e é fis calizacl:·t pel o Go-
o trabalho dos que não ent.raram na verno Federal, ada ptaram-se egnal-
. combinação e be m assim a ordem pu- mente novas tarifas e m Abril de 190 5 .
blica ameaçada. faze ndo-se, depois, n as ma~)lnns, ' alte-
F e lizmente, · a perturbação durou rações favoraveis , ao publi.co, como é·
pouco, tendo-se restabelecido o trafe- a relativa ás passage ns Je f! xcursão.
go normal da rêde, em c urto prazo.

mediante bilhete de ida e volta a pre-
223

\:1!:1 reduzidos, depois adoptados ta.m~ que interessam a toda linha Rio-San-
IH'III em outras linhas, tos, que o sr. J~ Garcia explora, ao pas-
N;ts tarifas d,e nossa rêde ferrovia- so que a receita é e:xdusivamente re-
'I". porém, ainda ha mnito que melho- lativa ao serviço entre Santos e Uba-
nll" e nesse sentido continüam os es- tuba.
((11'4;08 do Governo, As viagens e os transportes foram
feitos regularmente, tendo havido ape-
N<I.vegação o Estado mantém 2 nas de notavel, a falta da prirneira via-
I~f\rvjços de navegação, por contracto, gem de Março, por motivo de força
i'· ambos subvencionados: o do littoral maior .
:::.
.
: norte, entre Santos e Ubatuba, e o da
Ribeira de Iguape - O serviço ac!la-
. HiI>eira de Iguape, cüm as linhas de
se a cargo da empresa Silva. Martins
,',\irírica, do Juquiá, e de Sabaúna.
& Comp., vigorando o contracto' de·
Santos lJbatuba. _ . O serviço foi 1902 e a novação de 1903.
. fnito no anno passado aind,l COln um Omaterial fluctuante f(li mantido-
QÚ Havio: o paquete "Garcia ~', e no re- em bom estado, effectuando-se as~'.i'ia­
p,llHen do CO!l\:·C':. ~c ~'.-,:<gnado em 1.900 gens com regularidade.
j'(lIH o sr. Joaquim Garcia, o qual vi- O movilnento financeiro foi o se-o
je',(H'OU até 30 de Novembro. guinte:
N"essa data, foi o contra('tant.e auto- Receita
\'fsado a continuar as viagens, de ac- .
"''''rlo com as clausulas daqueUe ajus- Subvenção • • • • 45:232~~2R

! f_!, que não foi renovado, por estar. já 1.459 passageiros • 5:132SBGO·
.ontão, resolvida a abertura dÇlo concor- 1 . 294 tons. de cargas e
.
rencia publica para a navegação de to- encommendas . • •
' '1..'), 4~,,, ...,) ~! O
12 .\
,li!, a costa, de Ubatu ba . a Iguape, pro- Diversas . • • • • 12 211$740
,
,'[!lenda que se deve tornar effectiva - ... _ - - -
110 corrente anno. 74:f11$;:03
O movimento financeiro oa empresa
,I. Garcia foi o seguinte: Despesa , • • • • 61:756$260

Receita Saldo . • • • • • 12:8553143


Obras Publicas Durante (l anuo
:-i ri bvenção . • • • 51:750$000 passado elevaram-se a. 348 os f:rçamen-
~l :16 passageiros . • • 15:623$300 tos organizadOS para as obras de cous--
i :::8,5 toneladas de mer- trucção, reparos e cons~,rvaGào de edi-
cadorias • • • • 3:164$600 fícios publicos, estradas e pontes, na
I!j'ncommendas, animaes, importancia total de 2.315: 178$048,.
valores, etc. • 771$300 Desses fora~ approvados 238, no va-
lor total de 1.447:143$571
71:309$200 De entre as obras autorizadas no·
j anno findo, merecem espedaJ menção.
I )espesa • • • • •
73:598$793
..
por sua importancia., as segulntr?s:'
Construcção do Posto Zootechnico._
! }eficit • • • • 2·289$593 no Instituto Agronomico; adaptacão - do

antigo Hospicio de Alienados para o
Cumpre explicar o :; deficit)·, notando Quartel e Almoxarifado da ~'orça Pu-
11 n8 na
despesa estão incluidas verbas blica; construcção do Post(l Z.:~('\te('llni-·

~ 224

co no Instituto Disciplinar; do posto zir-se a avultada iInportancia a quc~


policial em Boituva; do posto policial 'deviam montar as obras encetadas d('
em Apiahy; da cadeia em S. Luiz do accôrdo com o anterior projecto.
Parahytinga; do grupo escolar de Li- O primitivo orçàmento elevava-se a
meira; do posto policial de Lavrinhas; 15.000:000$000, para a nova rêde de
dos grupos escolares de S. José do Rio exg·ottos. A rêde antiga, da cidade
Pardo e de S. Simão, além da constru- act~al, seria conservada, menos na P9.1'-·
cção da Escola Agricola Pratica "Luiz te de Villa Mathias e Paquetá.
de QueIroz" e do Posto Zootechnico
A descarga seria feita na ilha Pot'-
Central. na Moóca, e de muitas outras
chat, sem dêpuração prévia, devendo
.obras importantes de accrescimo, em
as aguas • pluviaes dos telhado, e áreas
edifícios escolares e cadeias.
calçadas serem recebidas na canaliza.-
Foram tambem autorizadas, dentre
ção, até onde a capacidade de escoo.·
as "bras em estradas e pontes, as re-
mento o permittisse, indo o excedente,
parações das estradas de Taubaté ao •
por occasiã.o das _chuvas, fatalmente
Bicudinho; Vergueiro, entre Villa Ma- •
para o mar:, por verted{)u~os em cóta
rianpa e o rio Pequeno; ::->anta Cruz do,
~:
elevada, isto é, ficando a rêde pro-
Rio Pardo ao Salto Grande d.o Para-
funda totalmente abarrotada.
nápanema; Sabaúna ao nucleo colonial
O projecto substitutivo elaborado
de Pariquera-assú e de Itapetininga a
obedece ao systema de elevação distri-
Espirito Santo da Bôa Vista.
- etal ou seccional, formando-se peq ue-
Das obras concluidas, merecem des-
nas e distinetas bacias de escoamento,
taque, por seu valor, as de melhora-
com a separação' absoluta entre aguaH
mentos no Hospicio de Allenados de
pluviaes e despejos, de rigor em ca-
Juquery, de adaptação do predio para
sos como o de Santos.
o Grupo Escolar da Gloria, nesta Ca-
pital; de melhoramentos na Hospeda- De conformidade com esta orienta-
ria de Immigrantes;' de accrescimos no ção, foi elaborado o novo projecto.
Grupo Escolar de São Carlos do Pi- O orçamento organizado para estes
nhal; de reparos no Grupo Escolar de serviços substit~tivos dos serviços one-
.
·-Araras; de construcção nos Grupos Es- rosos do systema anteriormente prefe-
colares do Rio Claro e de Botucatú; rido foi, a principio, de ........ .
de construcção da cadeia de Pirajú; 3.977:577$994 apenas, com 10 % de
do Posto Zootechnico Central, na Moó- eventuaes; e a sua revisão ulterior o
ca; de reparação da Estrada de Ca- elevou ao valor de 4;127:843$610.
pão Bonito do Paranápanema ao por- Attendendo á vantagem considerav·el.
to de Batataes, no rio Ribeira e da foram alliados' ao serviço de exgottos

de Cutia á Capital. mais os seguintes, sendo que o pri-
No serviço de conservação das es- meiro lhe deve estar irremediavelmen-
tradas, por contracto, despendeu-se a te ligado, por quanto seria um desas-
'Somma de 155: 849$146. tre a descarga na ilha Porchat, sem.
. SaneaJnento de Santos Em mea- depuração, conforme estava projecta-
dos do anno findo ficaram concluídos do fazer-se:
o- p'fojecto e o orçamento geral da~ 1. o) depuração, no caso de descar ..
obras de saneamento de Santos, feitos ga na Ilha Porchat ou em qualtjuer

debaixo da' nova orientação dada á ponto da bahia, orçada em • • • • • • •
execução desse importante serviço, 715: 000$000, com 10 % de e-ven-
com o escopo de, sem prejuizo das tuàes;
respectivas condições technicas, redu- 2.") emissarios de aguas pluviaea


• 225

" drenagem s uperficial , no valor de , 2 .009 com hydrometros, 23 com pen-


". 1; 62: 068$967, idem; e 'las, e 3.605 com torneiras livres.
:)..) reformas das insta ilações do- o consumo de agua canalizada, se-
m ;d liarias, 1.501: 500$00 O. gundo o medidor .IVenturi", elevou-se
() total dos qua;tro serviços importa, a perto de 15 milhões de litros, em al-
I'O' S, em 9.006 : 413$577, ou menos guns mezes. Descontando o forneci-
1<.0000:000$000 que o serviço de ex- mento de cerca de um milhão, forne-

r:ottos unico que seria executa.do no cido a na.vios, etc., ficou para a popu-

pl'ojecto anterjor. lação de Santos, orçada em 35.000 •

Durante o anno findo, os trabalhos lIabltantes, a quot'! de 400 litros por


. (los novos exgottos, comprehenderam cabeça e por dia .
ti .. as phases : - a primeira,' elO que se
Abas~imento de Agua e Serviço de
n?matáram serviços em andamento, se-
Exgottos da Capital Ainda com p
.l.;"undo o ' primitivo projecto ; a. segun-
fim de attender ás immediatas neces-
fia, em que, além da cO'lservação das
sidades do abastecimento de agua da
installações, se procedeu ao novo pro:"
• Capital, e de accÔrdo ' com o disposto
iecto, cuja execução' teve inic';o, por ad-
nos artigos 28 e 30 da lei n. 936, de
ministração, em Agosto.
17 de Agosto de 1904, foi creada a
Terminados os trabalhos- da primei- Com missão de Obras Novas de Sanea·
I'aphase, ficou o collector d.o cimento mento e Abastecimento da Capital,
"om a extensão de• 2 .197 metros, dos repartição a cargo da qual ficaram os
f,!uaes 297' construidos no anno findo. estudos, projectoB, orçamentoS' e exe-
,
Os trabalhos do novo projecto tive- cução das obras referentes a esse tão
ram a. principio andamento demorado, importante, quanto urgente ramo de
visto a. probabilidade de uma adjudi- serviço publico.
,
ca.ção em condições
. . vantajosas
. não Organizada essa repartição e proce-
aconselhar " aequisição de material de dendo-se im.rnediatamente a novos
instaIlação, em larga escala. Hoje, po- estudos sobre o abastecimento de
rém que as obra$ , foram eontraetadas agua .da cidade, cuidou-se primeira-
por empreitada, entraram ellas na pha- mente de fazer a estatistica exacta da
se de franca, execução. I rêde de distribuição. de maneir.a a
Outro- serviço, complementar das poder ser projectado um remanejamen-
.
obras de sanea,mento de

Santos, foi ini- to, que viesse eliminar 08 inconvenien-
ciado no anno passado.

Refiro-me á tes resultantes da divisão de zonas até
rectificação do Ribeirão dos Soldados, então
. adoptada e as perdas' de aguas
.
visando corrigir os graves inconvenien- devidas ás fortes pressões nos encana-
tes das inunda'ções frequentes na Ave- mentos.
lIida Anna Costa e immediações. Afim, . pois, de ser projectada a dis-
O serviço de abastecimento de agua tribuição das novas aguas, que estão
a cargo da "City of Santos Improv,e- sendo captadas, e de melhorar a que
ments ", . foi feito com regularidade, de existia em relação ao serviço, a pri-
accôrdo com o contracto . .

meira idéa adoptada foi di' que ne-
Houve um accrescimo ,de 185 liga- nhum manancial deveria -abastecer
,
ções, durante o anno findo , "(·ndo 41 uma zona que ficasse ao niveI mais
com hydrometros, 4 com pennas e 140· baixo do que pudesse ser abastecido
com torneiras livres. pelo manancial immeditamente infe-
o numero total das ligações exis- I rior.
tentes· elevou-se a 5.638, das quaes Nesse intuito, a primitiva divisão do
,

226
.
abastecimento em tres zonas foi subs· dade e duas linhas prillcipa t?=: dB 25\',
tituida pela seguinte.: ligandO um "chateau d'eau " . ::d tuado
ZONA ALTISSIMA, abastecida pela :na Luz, aos bairros elo 'Bra;. ~ parte
ala esquerda da Cantareira (tubos de baixa do Bom Retiro. Perd ize5,. f':tc.
12") ; Os reservatorios !=>ão de 6. '.' () " m ,e··

ZONA ALTA , abastecida ainda pelos tr08 cu bicos de capacidadn jo!: :ora-lll
mananciaes da ala esquerda (tubos de projectados de cimento armado , já ten·
do sido iniciada a construcção .
12") e futuramente pelos da ala di·
reita;

I I
A nova adducção das aguag do Bar-
[ rocada e do Cabuçú foi projec tada e
.. ZONA MEDIA, abaste cida pela ala
,
já está sendo executada .. A' acid ucção
direita; e
das aguas do Cabuçú é talvez a mais
ZONA BAIXA, abastecida pelo Ypi· importante do BrasiL O volume ad-
ranga e pelos novos manallciaes que duzido é d·e 500 litros 1)01' segundo, de
estão sendo captados e adduzidos (Ca· sorte que ' o ahastechllento act.ual vai
buçú e Barrocada) e até pelo Tieté ser duplicado. A zona haixa. oue é a
convenientemente filtrado, para um
. . mais vasta e que cOl'l'es ponde mais ou
caso excepcional. menos á .metade da cidade , a hs orverá
- .'"
Todas essas zonas foram ligadas toda essa agua, enlquanto que as
unlas ás outras, por meio de estações aguas actuaes. que abasteciant H. parte
elevatorias, de maneira a se podel;em baixa, passarão a abastecer as lonas·
soccorrer mutuanl€ute, em caso de ru- altas, augmentando tambem ('I \e' {)lu me
ptura. dos
, encanamentos. que e llas recebem actualnlentB.
A segunda idéa adoptada, com rela· I
A add.ucção das aguas ct o C(I.bllÇÚ
ção a esse serviço, foi que toda a dis- conlpõ e":se de 28 aqueductos . e fli7 28
tribuição deve ser feita · directamente syphões, .os aqueductos são d ~ c i!uen-
pelO lnanallcial, -existindo um res€rv a ~ to armado ; a fórma· adop tada foi a
torio na "extremidade da canalizaçft.o, ,,: de dupla ellipse. O grande e ixo da el·
para armazenar as aguas em exces~o, lipse de base coincide com o p~queno
.
durante as horas de pequeno conSll" I eixo da ellipse qu e constitue ,,\' ahoba-
má , e reinjecta. l-as na r ê de, durante ela. Assim , obter-se-ã uma larga hase
as horas de consumo maximo, I para distri buição das pressoes sobre·
I
Essa disposição de alimentar uma ,I o 8610 e uma abobada superelevada,
I
rêde pelas .suas duas extremidades: I para resistir ao peso das terl';).s e me--
além da grande vantage m de estabe- lhor perrnittir a visita. Essas ca,naliza-
lecer grande uniformidade de pres- I ções já começaram a ser construídas e-

sões . no encanamento, o que diminúe I atravessarão os dois braços d() Tieté ,


muito o yerigo de ruptura, permitte ,I
assim corno o Tamanduatehy, por m·eio
uma reducção sensivel l"l:0s diametros de pontes de cimento armado .
. das novas canalizações a esta belecer, Quanto ás novas captaçoes. ~ uma
augmentando sensivelmente a capaci- V€:Z effectuado o .a bastecimento da zo-
dade das canalizações já existentes. na baixa pelo "Cab'uçú'", propôz a re-·
Já foi proj~ctada a distribuição di· partição encarregada das obra.s se jam
Tecta com,.re$ervatorio de extrelnidade encetados estudos no sentido, não só
na zona baixa, onde vão ser lançadas de serem melhoradas as condições . da
.

as aguas de Cabuçúe, na zonaaltis· captação dos mananciaes da Serra da.


sim .. , o estabelecimento de um reser- Cantare ira, como tambem ' de serem.
valorlo . esses mananciaes reforçados com ca-

As obras a executar e em via de ptações subterraneas, ' á medida, que as-


execução, são tres l'eservatorios na ci~ zonas altas se for€m desem·olyendo.
227

)1~ mbora a captação subterranea I dis tribuição e reservatorios; deverão


.... " s tftua o processo ideal para o I subir a 5.000 : 000$000 . .
ahas tecimento -de uma cidade, as ca- !.
;
Continuam em exe cução as obra s do
pl.açôes superficiaes póde m ser torna- ·canal do Tama.nduatehy projectado pe-
rias praticamente excellent es, peIa des- ! la antiga Commissão de Saneam·ento,
li I"'opríação das cabece iras dos corre- I empre ga.ndo-se , poré m, meios mechani-
1:tI" captados e, sobretudo, por um I, coso que têm reduzido cons idel'avel-
I
I ra tamento racional das aguas. !, me n te as despesas.
,
No ;; Cabuçú", onde os te rrenos tê m • o ··ca hre- way ··, que já está f'unccio-
po uco valor e as aguas são pratica- i nando com magllifico resultado, tem
mente puras, tão puras como as que excavado uma m~dia de 200 m etros
.
a etualm e nte se distribuem á cida.de, ,I cubicos, em l O: h o ra~ de serviço.
e:;se tra tamento nem sique r será dis- I
Por meio d e.~se ap pa. relho será fei t a
pendioso, como seria, por exe mplo , n o 'I
·, a e xc:avação, d esd e o a terrado do Car-
(~ aso de se rem apTove ita das a s aguas

do Tietê ou de Cutia .
I m o até a conflue n c;. do ·Ypi ra n ga.. A

i pa.r te comprehendida ent.re o Tieté e
Afim de melhor garantir a pureza·
a. ponte de ca nta ria, será excava da
das aguas captadas na Serra da Can-
por uma draga, fabricada pela propria
lareira e augmentar o abastecimento
r ei)a.rtiçã.o encar r egada dos serviços.
da s zonas altas da cidade, durante a
Corre ram eom maio r regularidade,
(~s tiagem. sem nada des pender com
durante o anno p a ssado, as obt"as re-
(:analizações . . foram proje ctadas duas
fe re n tes ao cus teio e conserva ção do
barragens: uma na ala esquerda, d e
s erviço de abas tecimento de ag ua da
12 metros de altnra, no va lle do ., En- ' I .' .
I CapItaL
I~'ordador" e a outra, de 15 metros de'
o numero de liga ções a predjos , que
,.l t ura, na a.la direita , do valle do I
a inda não estava m abastecidos de ag ua ,
'· Guara hú . Cada UUla dellas armaze- i
· Cl'esce de anno para anno, n a razR o
na 500 . 000 metros c ubicos, augmen- :
. . , do progress ivo augmenlo da populn-
tando , a~sim . durante a s chuvas. o vo- ! ção da cidade. E' a ssim qu-e, de ! S~ S
lume da a gua <listribuida, durante 100
dias de estiagem, de 10. OOO metros ,i a 1904, existia m 22.889 ligações , nu-
mero este que, junto ao de 853 liga-
r:ubicos diarios, o que representa, ap-

ções feitas durante o anuo findo, per-
proximàdamente, a quantidade de que
faz o total d e 23 . 742 ligações.
diminuem os mananciaes e m tempo de
·
•• A rêde de distribuição teve, duran -
secca.

E ssas duas barragens são de .. Cor- I
••
te o anno, um prolong'amento de " .
)·oi ", mistura de are ia , a rgilla e cal , I 4. 953ms.,55 .
rJrotegidas por. unI re ves timento de ci- I Funccionou r e gularmente a oftid-
mento armado, que faz corpo COlll os na de hydrome tros, tendo executado,
t.ubos de tomada de agua, que são <lo durante o anno, 2 .614 ligações e pro-
mesmo material, evitando assim os cedido a asse ntamentos e trocas des-
pontos critlcos pOI' onde costumam ses apparelhos, além de pequenos re-

peccar as obras do mesmo typo. paros locaes.


As barragens foranl contractada s, As bombas do Be lemzinho, para ' ...
uma por 115:000$000, e a outra por elevação das aguas do Tieté, traba-
-
130:000$000, com as obras extraordi· i Ih aram durante todo o anno, com
narias, devendo, porém, a despesa ele- !, maior · ou lnenor intensidade, de ac-
. var-se a 30U: 000$000 , quantia, aliás cOrda com as necessidades do abaste-
prevista pelo . projecto. cimento da · zona por ellas servida,
As obras .do " Cab\l~u" . incluindo I
continuando em boas condições os r e-
- 228

serv,atorios ~a Consolação e da Ave- I,' uma linha de 12" na rua Florencio d.·
nfda . A breu, as de reparação de collectol'
Regular andamento ' tiveram os ser' . de 18", que atravessa o Jardim d"
'Viços de exgottos, havendo os collecto- , Luz, e as da galeria existente nas ruas
res ao longo das ruas recebido um
• •
i
Helvetia e Palmeiras, cujas condições
augmento de 2. 761ms.,90. , I não offereciam sufficiente estabilida .. ,
, No tim do anno passado" a rêde de de.
exgottos da cidade tinha o d·esenvol- O serviço de elevação dos despejos
'Vimento de 800ms.048,17, send,' de dos bairros do Braz e do Cambucy fo -
21.882 o numero de predios ligados ram feitos com regularidade pela"

á mesma, de 43,203 o numero de ap- I bombas installadas na casa de macbi-
parelhos sanitarios assentados e de
, nas da Ponte Pequena.
1.708 o de ventiladores existentes.
Numa das dependencias da Repa r'
Foram continuados os trabalhos da (Ição de Aguas e Exgottos, foi illstalla·
planta cadastral da cidade com a rê- do, e está funccionando um labor~ to ·
de, procedendo-se ao levantamento de rio de analyses chimicas e bacteriolo ·
novas plantas e cadastrando-se todos g-lcas, com todos os apparelhos e uten-
os predlos novos. 511108 indispensaveis, permittindo ' a
De entre as obras de conservação execução de 12 analyses chimicas de
realizadas durante o anno; devem ser ag ua por semana, e o exame bacterio- , '

mencionadas: as · de construcção ' de logico diario de 10 aguas. -,

• •
Receita e Despesa do Est.arlo A receita e despesa do exerC1ClO

de 1905, foi a cOll.<tante do seguinte balanço:


RECEITA ,

Sald o do exe"cicio de 1904 • • • • •'. 5. 931:380$047


,
::


Receita ordinaria e , extraordinaria arrecadada. 67 .3 46:641$040 •
,
__ o -

Arrecada.ção de dinheiro de orpbams, bens de au-


sentes e defunctos, e depositos de diversas '

Orlgens • • • 2.734: 535$718
Importancia do e mprestimo externo de lbs"....... '
' 3 . 800.000-12 - 6. cOlltractado com o Dresdell •,

llank de Berlim, ao camtllo de 27 d. . , 33 , 77"',777$777 •

Importancia das apolices da 3 .;1 serie, emittidas no


·c orrer do exe rcicio. para fazer face á despesa
com o prolonga mento da Estrada de Ferro 80 -
roca bana • • • • • • • • • 1.525:000$000
Su pprimento 1'8c,e bido da caixa do exercicio de 1904 . 13 . 800:00'0$000
Sa ldos a favor de diyersos . . . . • • • 3:5423500 •

125.118:877$082
,

DESPESA

Importancia paga por serviços pertencentes ás di-


, versas Secretarias do Estado. . . . 111. 860 : 684 $ 4 73
Restituição de dinheiros de - orphams. beus de au-
229 -

sentes e defunctos, e depositos de diversas ori-


gens • • • • • • • • • • 2.525 :135$784
Supprimeutos feitos á Caixa do , exercicio de 1906. 30:000$000
Restituição de saldos a favor, por encontro de contas. 48:497$532

Saldo que passou para O exercicio de 1906:


A' disposição:
Em poder de Bancos no paiz e no
extrangeiro, em moeda nacio-
nal e e m ouro ao cambio de
27 d. • • • • 10.162: 215$546
Em moeda no Thesouro. • • 204:424$267 10.366:639$813

Sujeitos a liquidação:
Em poder de exactores . • • 27:323$085
Em poder das Estradas de Ferro 260:596$395 287:919~~10

,
--- - - - ----~ -

125 , 118:S71$1I 82
-- -~--

A receita ordinaria proveio do seguinte:



Direitos de exportação • • • • •• • 1 ".1 . "9 6"9••0<:)1
.. , 6 :),") -- "1
Imposto de transmissão de propriedade intet"-,'ivos 3.2 66: 115$074
Imposto de transporte OH de transito • 1.053:519S743
Taxa de exgottos na Capital e Santos. • • • • 1.042:363$026
Taxa. de consumo de agua e obras extraordinarlas 4.411:0Z'~~U

Impostos sobre a propriedade rUral não caféeira, e


outros creados pela lei n. 920 de 4 de Agosto
,d e 1904 . . . . . . . . . . . 2.095: ()63·~782

Rendas diversas provenientes de outros impostos de


menor importancia e de outras fontes de arre- o

cadação. . • • 3,284:294$043
._-----
31.449 : 619$357
A receita extl'aordinal'ia proveio do seguinte:
lndemnizações, compl'ehendida a importancia de 8. 391: 206$059 ,
divida da Estrada de , Ferro Sorocabana e ltúana, liquidada com a

compra da dita estrada de ferro e que está computada na escriptura-
cão, no custo da mesma estrada 8.919:183$594.

Receita eventual: "




Differença de cambio entre a taxa,
de 27 d. e a ' que vigorou

nos dias em que se fizeram
saques por cQnta dos fundos
prove nientes do emprestimo
de Ibs. 1.000.000-0-0 feito
pelo London and Brazilian ,
Bank, Limited, em 1904, e

do emprestiroo de lbs ..... .
3.800.000-12-6, feito pelo
230 -

Dr.esden Bank de Berlim, em


1905, para compra da Soro- ,

cabana. ' . , , . . , 16,337:575$403 ,-


-
Multas por infracção de leis ou
regulamentos, outras pro-
venienclas. " 246: .71$377
Renda de estabelecimentos do
Estado, comprehendidos rs,
10,145:821$502, renda bru-
ta da Estrada , de Ferro $0-
rocabana, recôlhida ao The-
souro no exerciclo de 1905. 10.393:691$309 35.897:021$683

67.346: 641$040

Desta exposição verifica-se que a receita escriptu-


-
rada pelo Thesouro, foi de. • • • • 67.346:641$040
Deduzindo-se desta importancia
as parcellas seguintes:
Divida da Sorocabana, liquidada
pela compra da estrada. . 8.391:206$059
Differença de cambio nos saques
, feitos por conta dos empres-
timos externos . . 16.337:575$403
Rénda da. Estrada de Ferro So-
rocabana, que não foi inclui-
da no calculo orçamentario •
para 1905 , • • • • 10.14D:821$501 34.874:6021964
------~

Vê-se q\le o producto, propl"iamente da arrecada-


ção, foi de . . . . . .- , . . 32.472:038$076
Comparada com a Importancia -orçada . • • • 36.775:000$000

Resulta que a arrecadação eftectuada foi menor do


que a previsão orçamentaria .. em . ' · - - . • 4,302:961$924


-
A despesa paga pelo Thesouro, classifica_se da seguinte fórma,
pelas tres Secretarias de Estado:

Secretaria do Interior e da Justiça. • • • • 21.095:167$162


.. da Agricultura • • • • • • 17.367:141$687
.. - da Fazenda . • • •

• • • • 73.398:075$624

A despesa fixada na lei do orçamento foi de.- • · 111.860:384$463


Houve,portanto um accrescimo de. 35.099:652$843
. .
• • ,

-
76.760:731$630

231 ,

110 ~)U i:d está incluida a Importancia s ubmettido á vossa consideração, no


.1" preç:o e despesas com a compra <da qual serão expostos com maior minu-
"!~ I I"ada. de ferro -Sorocabana realizada, ciosidade, dados ' e esclarecimentos
fiO (~x.er cicio de 1905. com o custeio, completos, não só quanto á despesa,
prolonganlento e refórnia da mesma es- como quanto á receita do Estado.
I r:u!a.: ta.mbem estão comprehendidas
Activo e Passivo do Estado Em
fl( :~te ac(~ rescimo as despesas e:x:traor-
,
execução do Decreto n. 1.335, de 12
rlinarias co m o desenvolvimento dado
de dezembro d e 1905 . foi creada fi">
ao:.; trabalhos d e abastecimento de
Thesouro do Estado a Secção de Con-
h~lla na Capital e saneamento de San-
tabilidade Geral.
10:-;, e ,c om os serviços ,de terras. co-
lonj,zação e inlmigração. Organizado por esta secção o
Em t e mpo foram abertos os neces- Balanço do Activo e Passivo do Esta-
~;tr jos creditos. Quel' em vÍrtude de do verifica-se que ao encerrar-se o
l eis especiaes, quer por autorização -da ex·ercicio de 1905, o Activo do
Jei do orçamento; como ficará demons- Estado de São Paulo era de .... . . '.
trado DO R"latorio da Secretaria da 215. 632:616$938 . assim discrim inado:
fl'azenda, que, opportunamente, será I do:
-
valor da propriedade immovel do Estado, inclusi-
ve a Estrad a de Ferro Soro cabana . . . · 143.479:203$851
Valor de diversos titulos pertencentes ao Estado . • 872:300$000
Divida activa de diversas origens. . . . . . 22 . 712:525$455
Valo r das estampilhas do sello adhesivo, existentes
na casa forte do Thesouro e nas ,estações de ar-
recadação • • • • • • • • • • • 36.307:946$900
Valor do papel sellado, existente na casa forte do
Thesouro e nas estações de arrecadação. . ' 182: 500$000 '
Va lor re presentado por divers os titulos depos ita-
dos como caução de contractos e outros. . . 1.258:723$439
lmportancia do saldo da caixa especlal , de juros de
apolices.. . -. . . . • • • 5:840$000
Idem da caixa de apolices em substituição. • • • 128:000$000
Saldo da conta de supprlmentos á caixa de 1906. • 30: 000$000
Residuos. activ os em contas de exactores, sujeitas
a liquidação final. ...... . 27:32 3$085
Saldos á disposição do Thesouro, no Paiz " no ex-
trangeiro • • • • • • • • • • • 10162:215$546
Saldos em poder das Estradas de Ferro, sujeitos á
liquidação de contas . • • • • • • • 260:596$395
Saldo em moeda, na caixa . do Thesouro. • • 204:424$267 '
.-
215 . 632 : 616$938

e o Pa.ssiyo - era assim demonstrado: ,


"

Patrimonio do Estado Saldo desta conta, resul-


tante da diffe r ença entre o Activo " o Passivo. 112 , 721.003$720
Divida externa fundada, lbs. 6.303 .2 00-12-6, calcula-
das ao cambio , d e 27 d . • • • • • • 56.028:444$438
..

232 - •

])Ividn interna fundada, <:onstante de 2.489 apolices. 2.489: OOO$i)i).}


Divida fluctuante - Dinheiros de orphams, bens de
defunctos .e ausentes, depositos de diversas ori-.
gens, feitos em dinheiro. . . . . . . 6.506:597$941
Saldos a favor de correspondentes extrangeiros. • :3: 54 2$!50~}

Valor que se compensam DO' Activo:


Cauções • • • • • • 1. 258: 723$439
Juros de apolices . • • • 6:840$000

Estampilhas . • • • • 36.307:964$900
Papel sellado • • . .. 182:500$000
Apolices em substituição . • 128:000$000 37.884:028$33'

215.632:616$~3~

A differença, notada' para menos, de todos os valor·es que -cOn8(Üue.m ã;

entre a receita orçada e a arrecadação riqu~a do Estado.


€'f.fectuada, .ex'J;iHca-,se ,"IIlI 'sua maior •
, .
parte .pelo pI1eço baixo ·em que se inan- Situação Financeira e Econolnica -'
teve o 0afé durante o exercido. Pl'eço Infelizmente não tem ainila melbora-
. do a nossa situação. nem financeira
este muito infe)r.i.or ao que natu1ra'J_
nem economica, tornando-se tanto mais
mente serviu de base ao calculo orça-
sensível os efieitas da crise. quantl'
m<entario; basta constderar que em 1904
mais prolongada ella vai sendo.
a média dOPl'BÇo do café .fe>j- de 5$910
por 10 kilos, ao passo que, em 1905, No convenio qu~ 'celebrei em. Tauba-·
esta média baixou a 4$740. té, a 26 de Fevereiro do corrente an-
E' de notar que em 1905 a expor- no, com os presidentes dàs Estados de
tação de café • Ipawl~sta, sobre o qual Minas e Rio de Janeiro, e que já me-
00 arrecadou o imposto rue eXiportação, receu a approvação do Poder Legisla-
não excedeu de 450.732 ton.e'l'ad3ls ou tivo deste Estado, pela lei n. 99 O, de
4 de Junho ultimo, estão consagradas
7 .. 512.200 .sacca!!.
as m"didas que foram julgadas nrgen-
Além disso, a arrecadação dos novos
tes e necessarias, não só para a solu-
impostos sóbI1e o capital e sobre a rem-
ção da crise nos Estados interessados,
da não correspondeu á pl'9IVisão orça-
como de natureza a assegurar a rique-
mentaria.,· como aliás era natural, tra-
za e o credito da Nação, consolidando
tando-se de imvostüs dependent,es de e impulsionando todas as fontes de
lança.m!entos, que il~m Bler fleitos .pela producção nacional.
primeira vez; sem um.'a base -segura,
c·onstituindopor ass1m dizer, um ver- A execução do plano adoptado de-
dadeiro eÍls",i,o d.e i'mllostos directos a pende' ainda de deliberação dos pode-
quo" o, .Ü!autro1buinte não está a<lostu- res publicos federaes, na fórma cons-
titucional, e o seu funccionamento de-
mado. ~
. finitivo e normal prende-se á solicita-
• •
Demais, em qUlllsi todas 'os títulos de da e imprescindivel refórma do nosso
receita em que a arrecadação dep.ende· regimen monetario, de que resúlte es-
do v·alor tribut",do, não podiad'eixar d·e tabilidade no valor da nossa moeda.
hav:er t·rumlbenp _correspandentê dimi- Collocada com'o • está agora esta.
nuição; s-aba' influe'Deja da crise geral questão, é de esperar que tenha solu-
. .
233

-' IJ(H' eompleta e prompta, como o bem i traçado. sendo a sua maior ae~. ãQ eO\-
. ..
.; prega-da no desenvolvimeufo e organi-
I!:mquanto isto, deveremos agir pe- zação de importantes serviços reclama-
,- ; -.
-' .. '
'/ '
111 IHHisa parte, providenciando e acau w
dos pela bem publico; e os resultados
~/ .. Id:I.IH]O tanto quanto possam per- beneficos que de alguns já se vão co·
, Inlll ir os proprios elementos e attri- lhendo são compensadores dos esfor-
J , ,

t::-;- hllh~i;es. de modo que ao menos em ços e sacrificios despendidos .


;~.
",cc __ _
""" ude parte seja beneficiada a nossa o Governo, inspirado nos g randes
colheita actual, como tanto se interesses do Estado, tem ligado a ma-
xima attenção aos assumptos que se
C""clusão Srs. Membros do Con- referem á nossa situação ecollomica,
i§.' 11,""""0 Legislativo do Estado.
'j::,.
-
procurando levanta r o animo aba lido
;~',:,', '
-.'( ; Na fórma do nosso preceito consti-
,
'
d as classes laboriosas, notadamente d a
~i<'
,·,c, __
f,uclonal, e como de costume. a pre- dos agricultores, assim como tem pos-
~\ !ii\tJ: te mensagem contém a exposição to o maior empenho em satisfaze r a.s
~~~,_-. I'l lX tl roida de todos os negocios publi- necessidades exigidas pelo noSSO esta.-
.
~t~C-- (~i)~ referentes ao anno findo, bem co- do de adeantamento, procurando assim
g::.,
/i: ,', 1110 as informações que me Decorreu corresponder á confiança nelle. depo-
-~:". ministrar-vos, a bem da publica admi- sitada pelo povo paulista, cuja pujan-
• •
~;F . iJ if;i:ração" t.e iniciativa e . dedicação ao trabalho
)':"
t êm elevado- o nosso Estado ao gr áu
'

f'-: -
,' -'
Nos relatorios dos srs. Secretarios
E:-:• (In Estado encontrareis mais minueio· de prosperidade em que se acha .
;,~-- "os -esclal"ecimentos. com os det.alhes e Effectuaram-se, em
-i -_ . Eleições
" Il.H indicações que sempre constam de 19 06, as eleições geraes para o Con-
":';
, taes documentos e que revelam a so- gresso Federal e para Preside nte €.
.,' ,

.,., licitude com que se dedicam ao servi · Vice-Presidente da Republica, e outras


'.

~;; , _': 0 do Estado. parciaes para preenchimento de vagas


,•.
_.~:

:,'- ' S. Paulo , 14 de .Julho de 1906. d e dois deputadOS ao Congresso Fede-


:.--;--
·'.õo-o:-__--____ J ol'ge ~ribÍl·içá.. ral, de senadores e deputados ao Con-
·
, ~ '-: gresso do Estado e de vereadores em
' .., '

,
diversos muniCípios; YealiZal'am-se'
t a mbem eleições para juizes ·de paz de
Srs. Membros do Congresso Legis-
{, Jatlvo do Estado. districtos novos' e em alguns que as
--', : • não fizeram opportunarllente. ou que
~~:: Vindo, pela terceira vez, em cum-
a.s tiveram annulladas pelo Tribunal
,: primento do preceito constitucional,
< - --
d., Justiça.
, dar conta dos negocios publicos e in- .
·
< d icar-vos· as providencias que julgo . Em todas ellas foi mantida plena li-
necessarlas ao bem e aos interesses do berdade de voto e não se deu altera-
'I':stado, sejam minhas primeiras pala-o ção da ordem publica.
vras a manifestação dos meus senti- Saude Publica ContinÍla a ser ex-
mentos' de jubilo pela vossa auspicio- ' cellente o estado sanita rio em todo o
sa reunião e dos meus votos para que ler rito rio paulista, nenhuma moles tia
a vossa sabia e criteriosa assistencia . pestilencial tendo-se desenvolvido na
aos publicos negocias seja fecunda em Capital eno interior.
beneficios. Febl'e Amarella Da febre amarel-
Administração No .periodo decor- la está S. Paulo felizmente livre ha já
rido entre a ultima e a actual sessão tres annos, não tendo oecorrido, em
<lo Congresso, proseguiu o Governo na 1906, um unico caso .
.,xecução do plano d e admiuistração todo o Estado. c.~\'4\B\~~\_~__~~!i!S!"L· rl'.-
~v 'O.I 1:., ' f ' , .' ... . ':-: ~
'"04 '; ' .· I·I~ /"

Variola - Póde-se dizer que a va- tos, 1.65,6 casamentos e 6.027 obito>l
l'iola. tarn bem .está extincta, e nenhum e, em todo o Estado, 98,123 nasei·
caso haveria a registrar no anuo findo, mentos, 17.019 casamentos e- 64.31:'
-si não fôra um caso de varioloide de obitos. Comquanto o numero relativo
um doente vindo da Europa e que foi a nascimentos não exprima a realida.·
o rigem para os 18 casos .de variola de, devido a que as populações do li!
verificados na Capital. No interior, toral e do Norte mantêm-se ainda re-
nellb um caso occorreu. fractarias ao registro dos nascimentos,
todavia, os numeras do registro de··
Peste Em Santos e em cinco 10-
mostram um saldo de 33.808 nasci"
calidad.es do Norte do Estado, appare-
m.entos sobre os obitos.
ceram alguns casos de peste bubonica,
mas, devido ás promptasprovidencias Serviço Sanitario - Foram executa-
tomadas, o mal não se desenvolveu; dos com regularidade os serviços a
continuam a ser 8lnpregadas, nas 10- cargo da Directoria do Serviço Sanita-
calída.oes infeccionadas, medidas de rio e respectivas secções annexas. Em
prophylaxia, no intuito de evitar o execução da lei n, 432, de 3 de Agos·
Teappar.ecimento desta molestia. ' to de 1896, foi .expedido o decreto 11.
1343, de 27 de Janeiro de 1906, divi-
Trachoma - Aconjuntivite granu,
dindo o territo.rio do Estado em 14
lo~a. ou trachoma estava se propagan-
districtos sanitarios e estabelecendo a"
doem' differentes zonas do Estado e
attribuições dos respectivos inspecto-
sacrificando urna bô'a parte da nossa
res sanitarios. Por este modo, é a po-
população. rural. Tendo o Governo, pe-
licia sanitaria exercida com melhor re-
10 estudo feito acerca da extensão des-
sultado em todo o Estado.
se ma!, ehegado á conclusão de que
era inadiavel o emprego de medidas Hospicio de Alienados Foi em
immediatas e energicas para comba- geral bom o estado sanitario do Hos-
te l-a e evitar que nlaÍor desenvolvi- I picio de Alienados. A media de doen-
mento tivesse. organizou um' serviço tes no anno foi de 946, sendo 57 pen-
especial para a prophylaxia e o trata- sionistas particulares; o movimento
.
nlento daquella nlolestia, expedindo delles foi o seguinte:
. para esse fim o decreto fi. 1.395, de Existiam , 925

3 de Setembro de 1906. São animado- Entraram . , 252 1.177

res os resultados já obtidos no curto
lapso de tempo em que .está funccio- Sahiram , , , 67
nando este serviço. Falleceram • 157
• •

Tuberculose E' a tuberculose a Ficaram em tratamento . 953 1.177


D101estia. que apresenta em toda a par-
te maior coefficiente d,e mortalidade, Ha necessidade de serem construi-
e, por isso, não é de extranhar o gran- dos um pavilhão para alienados delin-
de numero de obitos por ella produzi- quentes e uma enf.ermaria especial pa-
dos, em o nosso Estado, Merecem, ra doentes de molestias intercorrentes.
pois, o auxilió dos poderes publicos
Instituições de Assistencia Con·
as -iniciativas particulares que tenham I
tintiam a prestar relevantes serviços
por fim a fundação de sanatorios po-
ao publico as instituições d,e assisten-
pula.res para a prophylaxia e o trata-
cia de iniciativa particular, como as
ment.Q da tuberculose. •
casas de misericordiada Capital, de
Demog~'aphia Houve, no anno Santos, de Campinas e de outras loca-
findo, na Capital, 10.175 nascimen- lidades do interior, a Maternidade, o
?3-
- j

!jiL~t 11 i!fO Pasteur, os dispensarios "Cle- os males existentes, conl0 augmenta-


!iH,rlf~' F'err8ira" e "Claudio de Souza", rão, COIU o crescimento progressivo da
il ! 'I;! rdinica, os albergues nocturnos nossa população.
H 1111 i ros estabelecimentos desta natu- E' de toda a conveniencia. para o
r,· ':1. da Capital e do interior do Es- plano de desenvolvinlento do ensino,
I!ld<l. que as escolas situadas nos bairros se-
jarn transferidas ás Municipalidades,
I f! .... r l"tl('càoPublica
>
E' lisongeiro
continuando a cargo do Estado as dos
.r) r:tc!O que se observa no. . nosso Esta-
-;;l
districtos de paz e as das sédes de mu-
ilu. (It, serenl solicitados com instancia, , , ,
nlCIplO.
_ dl::pll1a.dos mesmo, os logares nas es-
A Inspectoria do Ensino p!'8cisa ser
1'01<1;';, € grupos escolares, signal cara-·
reorganizada, retirando della e pas-
f!lpri~{ico do estado de a<leantamento
sando para a Secretaria do In t ~rior. os
:'(Iu nosso povo. Ao passo que se vê em
serviços de natureza administrativa.
;:' 1)(1 iJ:~·.S cuitos o ·ell1prego de meios coer-
que são alheios ás suas funcções, e
-- í'H i\'08 para que as escolas sejam fre-
elevando a 15 o numero dos inspecto-
"I) iH'ntad'as, entre nós as escolas trans-
res escolares, afim de que possa ser
Itordam de alumnos e são insufficien-
mais efficaz -e profícua a sua acção.
:, \1-'.<-: pa.ra o grande nUlllero de crean-
Não póde continuar a subsistir O
f;W: que annualmeute as procuram.
programma de ensino estabelecido para
O Governo, nos limites das verbas
as escolas isoladas; não só as de bair-
('o!H:::ignadas para este serviço, tem-se
ro, mas mesmo as de séde de munici-
-.; i.l1l1lJenhado em prover o maior numero ,
ú . pio não o comportam, por exceSSIva-
c 11(, e.8colas, dando preferencia, na- di.s~
mente pesado e até inexequiveL De-

_. "
ve, pois, ser modificado e graduada
conforme a natureza de cada classe de
escolas: muito modesto para as de
',' . Ao começar o actual periodo presl- bairro, mais desenvolvido para as de
.,. ckucial,funccionavam 62 grupos es- cidad,e.
:·:i .
::..
tolares e 567 escolas isoladas; est.ão Os programmas das escolas comple-
:;;,_
,--,
pr·esentemente fUllccionando 76 gru- mentares e da Escola Normal tambem
i'- pos e 1.141 escolas. Foram, pois, precisam ser modificados, No daquel-
••.• nestes tres annos, constituidos m-ais 14 las devem ser supprimidas as disci-
g-rupos e providas mais 574 escolas.
'.i
plinas . - trigonometria, mechanica e
Entretanto, continúa a haver defi-
cíenciá de escolas e centenas de crean-
(:H_~ fic.am aUllualmente privadas do
b-eneficio do ensino; e tal estado de coi-
88S não se compadece dom o nosso
progresso e deve desapparecer.
Mas, para que cessem esses incon~
,
venlentes, - preCIsos
sao ,
recursos cor~
rnmondRntes
, ' . ás necessidades a satis-
fazer, cumpre que seja creada uma
fonte de renda especial, formando o
fundo escolar, para qU8vpossam ser
attendidos os reclamos do ensino. A
continuareln os encargos da instrucçao
a 11esar exclusivam,ente sobre a renda
ordinaria do Estad'J, não só perdurarão
• 236 -

Ias escolas complenlental'es e gymna- Escola )lodelo A matl'icula D,l


8ios de poderem ser nomeados profes- escola modelo elevou-se ao numero de
sores preliminares, como foi já nota- 463 alumnos,. sendo 215 do sexo mas-
do na minha mensagem de 1905, de- I culino € 248 do feminino: concluíra.m
vem ser revogados o § unico do arti- o curso 40 .
• ,
go 1.0 e o § 3. 0 do artigo 2.° da lei
Jardim da Infanda Matricula-
n. 374, de 3 de Setembro de 1895. ram-se, no Jardim da. Infancia. 185-
M"dida que reputo vantajosa e de alumnos assim distribuídos pelos tres
grande alcance para o ensino é a abo- periodos: 43-'-no 1,.°, 44 no :1." ~ ns no
lição dos concursos para o preenchi- 3.°, sendo 47 na 1.:1 secção E: 51 na
mento dos logares de professores e 2.:'1.; no decurso do anno. foram elimi-
lentes, sendo ·as nomeações feitas li- nados 18.
vre,mente € cons.iderado interino o pro-
vimento, que poderá ser declarado ef- Escolas Conl})leluelltaJ'e..;; Attíu··
fectivo, depois de determinado perio- giu ao numero de 1.042 alumnos ;;~
do de tempo e de verificadas certas matricula nas escolas complemen.tal'es~
condições. tendo 225 concluido o curso. O movi-
Ha necessidade de ser feita a revi- mento de alumnos, durante () anuo.
. são do co digo disciplinar do ens:ino.
nas escolas, foi o seguinte:
"1"
Da Capital: matriculados _>.),e1- l'
Inspecção do Ensino Durante o minados 35, reprovados 50. promovi-
anno findo visitaram os inspectores es- I dos 162 e diplomadOS 66.
I
.
colares 72 grupos escolares e 997 esco- De Itapetininga: matriculado" 196,
las. A inspecção não póde ser realiza- elimÍllados 47! promovidOS 111. e di-
da sinâo imperfeitamente e com resul- plomados 38.
tados pouco apreciaveis. d-evido aos De Piracicaba: luiltriculados 14 S,
inconveniente& apontados. eliminados 10, reprovados 16, pro-:no-
Escolas Isoladas Estavam provi- vidos 95 e diplomados 28.
das, ao findar o anno, 1.006 escolas, De Campinas: matriculados 181. eli-

sendo 469 do sexo masculino, 397 dó minados 10, reprovados 16, promovi-
feminino, 140 mixtas, com o total de dos 100 e diplomados 46.
29.195 alumnos. Funccionaram tam- De Guaratinguetá: 'matriculados
bem 18 cursos nocturnos. 203, eliminados 20, l"epro\Cado, 11.
Era de 1.846 o numero das escolas promovidos 125 e diplomados 47.

vagas em 31 de Dezembro, mas já fo- Escola Normal - As aula::. do eí.lr-
ram providas 135, 'no corrente anno. so normal funccionaranl conl regula·
Existiam, mantidas por 70 munici- ridade e a matricula foi de :31" al!t-
palidades, 291 escolas, com a media mnos, assim distribuídos peloR -4 a.n-
de 5 OO ai umnos. nos: 1.0 anno 149, 2. 0 52, :)."- -_ ... 57
Grnpos Escolares - Matricularam- e 4.0
51, ·dos quaes perd~ram ü c.1n-
se, nos 72 grupos escolares que func- no 9, faltaram 5, foram reprovados 56
cionaram em 1906" alumnos em nume- e approvados 239; foranl prom.tNidos
ro de 24.536,. dos quaes 23.525 na- 188 e diplomados 51.

cionaes e 1.011 extrangeiros. No cor- O ensino (J,e francez e inglez 0stâ


rente anno, foram installados os gru-. sendo ministrado doe modo pratico,
pos de. S. João, na Capital, de Caça- aprendendo' 1)S alumnos, além das re-
pava e de Avaré e restabelecido o de gras gramma tieaes, a: falar e a. t:e~re-

Villa Bella. Serão opportunamente ins- ver estas linguas.


tallados os do Cambucy, de Porto Fe- Na bibliotheca· da Escola hOllve "
liz, de Capivary e outros Já ereados. 'Consulta de 3.857 obras, po~ :j. 7118


- 237

(·oIL.., tdtantes. o
numero de volumes da propl'ios do sexo, assim co'mo deve ser
l,jhliotheca é de cerca de 10.0(\0. fixada a edade em que devem deixar
(;ymnasios A matricu 1;< n05 dois o estabe1ecimento. •

I!..\' Hloasios. no anno findo. foi de 2-67 BibUotheca Publica Angmentou a


"I"mnos. 187 no da Capital, 8()

no de frequencla de pessoas á Bibliotheca
Campinas. No da Capital foram elimi- Publica, no anno findo, tendo sido de
nados, 23, não compareceram a exame 8.887 o numero de consultantes e de
" ,. reprovados 7 5, promovidos 5 8 e 9.127 o de consultas feitas.
Hl'provados no 6." anno 6 ; no de Cam- Confrontando estes numeros com os
piuas. fora·m ·eliminados 15, promovi- do anno anterior, verifica-se ter havi-
do ~ 61 E' approvados no 6." anno, 4. do, em 1906, um augmento de 227
Foi instaliado,
.
a L" de abril deste consultantes e de 296 consultas .
anHO , o Gymnasio de Ribeirão Pr.eto ,
Museu Paulista Foram augmen-
ueado "ela. lei 1': 1.045 , de 27 de de-
tadas as collecções do Museu, não só
. . ;o;1.;\ mbro do anno passado.
por aequisições, como por offertas, re-
'B seola. 'P'ol:\'technica.

- - Continuam a.- cebendo tambem, por permuta, valio-
[unc<;ionar com aproveitamento os di- sas publicações.
\'er80S (:urs os da Escola Polyte(;hllica. Visitaram o Museu, n'\> :tuno findo.
Nos exames relativos ao anno IectiV'o 44 . 619 pessoas.
de 1905-1906. effectuados em junho Rep,,,·tição de Estatistica e de AI'-
do anno· passado . e para os quacs ins- chivo ' Foi concluida a transferen-
c: ,'everam-se 124 alumnos, foram 100 cia e installação desta repartição para
approvados nos div·ersos cursos, tendo os predios da praça dr. João Mendes
H não comparecido ou se retirado dos e do largo Sete de Setembro, adapta-
exa mes e 10 sido reprovados. dos para esse fim.
No armo lectivo de 1906-1907, ora A commissão nomeada para seleccio-
terminado . fei satisf~ctoria a frequen- nar e classificar os documentos bisto-
·cia á~ Hcções e aos trabalho's praticos. ricos e papeis de importancia, já fez
tendo se matriculado, nos diversos cur- incinerar muitos papeiS innteIs e sem
sos , ] (1.1 alnmnos, dos quaes · 33 ou- valor, e continúa a trabalhar com acti-
vintes. vidade.
EmviSla das multiplas applicações Os trabalhos de estatiBtica eftectua-
que eada dia · vae tendo a electricida- dos não são completos, por não dis-
de, torna-se' mistér a creação de um pôr a repartição de elementos suffi-
. curso especial desta materia, nesta cientes; todavia, na parte referente a
Escola. nascimentos, casamentos e. obitos, 08
Ha necessidade tambem de ser cons- numeros estatisticos pódem .servir pa-
truido n gabinete de astronomia e au- ra formar juizo acerca das condi~ões
gment.ado o terreno do , horto de cuJ- demographo-sanitarias dos municipios
tura . importantes do Estado.
Serninariu das J1Mucanda·s Conti- Por um trabalho elaborado nessa
nuou inalteravel o numero legal de repartição, tendo por base os dados do
cem educandas, tendo sido preenchidas registro dos nascimentos e dos obitos
as 15 vagas que se deram. no quinquennio de 1901 a 1905, foi a
Continúo a. pensar que se deve dar população do Estado calculada em "'-
2.861.176 habitantes.
feição differente ao ensino ministrado
neste instituto, proporcionando âs• edu- Dial'io Official Jornal Foi o
<:a ndas a apprendizagem de mistére c "Diario Official", em 1906, publicado
. • :'·i.•
...
, : :\

, '"
_, )0 ... ,. ,


t J c' •
~
_.,"'1. :, tiragem média de
"' .".('::-; . (·otn a ria, aproveitados em servlço5 novo!"',
1 . 7!í(l '·· x(~ ml>]ares por dia e com o to- que foram creados e que já se ac hêUll
t.a l, <le .j!)8.750 exemplares e ., .... em 'acção.
fi .168.750 paginas no anno. As publi- Para execução dessa lei foi exp-edid (I

cações oHieiaes importaram em ..... o decreto n. 1. 414, de 24 de O"tul ,]'"


I
,
54 : 676$300 e as particulares produzi- de 1906. que , dando regulaDl. eutn :\
ram a renda de 18: 575$000, produzin- Secretaria da Jus tiça e da S~~u·l"an ~} ,
do a. de 271$400 a venda avulsa do Publica. distribuiu o serviço !)ul'·oc r<, ~
jornal. tico , reorganizou todos os traha lho:--.
deu existencia leg,l l a outro s que dt~.
Officina de Obras Foram prepa-
facto já existiam, como 0- , ,Gahin e t ~ ~ .
rados 1.203.610 avulsos e 126 obras,
Anthropometrico. ~ creou novos . t:ae:,;
com a edição de 136.884 exemplares,
importando em 67:819$306 os traba-
como o Gabinete de Queixas ~ . Recla-
mações, o de Ohjectos Achad<)::\. e I) rl f~
lhos oHleiaes para o Senado, Secreta-
Identificação d e cada\rel'eS d escoll h-e-
rias <le Esta do e repartições publicas,
e em '4 5$600 os para particulares. A cidos.
,'enda de impressos produziu 194$000. A. l'efórr:'l<1.
levada. a cabo pela lei n. 1. OI) fi, dd 17
Officina d", Encadernação Foram
de Seteinhro de 1906 foi coml)l e,me:1 t.",·
brochados 1 04.275 volumes, encader- I
da iniciada pela lei n. 979, de 2 :( de
na.dos 2.:314 e riscad as e pautadas ... 1
Dezemhro de 19<15, que instituiu ,t po-
31.000 Colhas, para as Secretarias de
licia de carreira.
Estado ,
e o Congresso Legislativo, im-
portando este trabalho eln , ....... . Para a ordem e para a S~g- l~ 1'<U1Ç.1
27: 771$261. Para particnlares foram publicas, têm sido g randes 0:') t) e uefi-
brochados 204 volumes, na impOl·tan- . cios que, conl a instituição da IJ(lUcia
I de CáIT€ira, t enl. co lhido o Esthdo de
cia de 36$000.
São Paulo.
Jnstiça " Segm'ança, Publica Or- •
Policia ·seDl pol"i.tica e. port anio . im~
ganização da Secretaria Foi dada
parcial;· rmnunera-da e. por con5~ rfl; e n ­
immediat" execução á lei n. 1.006, de
cia , podendo applicar toda a su" acti-
17 de Setembro de 1906, que, elevan-
vidade á preve nção e repressão r!u;.õ de-
do a Chefia de pollciaá Secretaria de
lictos; C0111 cOlnpetencia llrofissio jl(l.l,
Estado, concentrou sobre uma só dire··
isto -é, C0111 conhecimentos -es;;)E=!c{ae:.:; d ~
cção todos os negocios referentes á.
direito e . de processo, il~dispe n :>a vels
justiça, á ordem e á. segurança publi-
em quem tem de garantir e ;l. g~e gul·aT
cas.
a liberdade, a honra, a vida P. a pro-
o novo apparelho administrativo, priedade, essa policia -constítlí·e uma.
como já esperava, funccionol). facil. ~ instituição util do Estado de S. Pau-
desafogadamente, sem embaraços, llem lo, que a rudoptou .
.. '

attritos nas suas m.ultiplas relações e


Além disso, ,e xtral1hos ás lo ca. lida.des
com economia de tempo e serviço. onde -trabalham, os seus repre~entnn­
Na part" burocratica, essa l'efórma tes são removidos ou demittídof; "enl.
simplificou a ad-m inistração, evitrl.:ndo abalo para a vida publica e com enor-
a duplicação do expediente. me proveito para a tl'anquillidade do
Passando o expediente a ser feito Estado, quando isso se faz necessarlo.
uma só vez, sobraram, naturalmente, Hoje, a· remoção de ,"una autoridade·
funccionar~os, que foram augmentar o boa, mas incompatihilizada . e a d~lnis­
pessoal ,em outras secções onde elle são de uma má autol'ida«e policial são
era escasso. sendo, porém, na sua maio- Simples pormenores de administração.

, ' "..
....<,-,.
239 - ".
" .

i)s benefic io s colhidos conl a remo- está á dis posição das autoridades 90-
, :. ,1,.1a.(;5.0 da policia são attestados p ela liciaes. COIU essa' organização. em pnr-
" ... Ie m e tranquillidade que reina m te inici a da ha pou cos mezes. tenho as-
,
j l" ,~ !ogares onde ha delegados de car- segurado , com efficacia. a oraem pu-
.
i'n lr<t. blica e colligido os meios par i;. a I'e-
pressão dos delictos.
:-k.l'vico Policial Segundo as dis-
"
pCl ~dGões das duas leis cita d as. o servi- A Força Publica do Estado te m me-
,

.; " I'olicial do E s t a do d e São Paulo é recido especial cuida do do a ctual l.lO -
" " "

.: - lmm ediatamente dirigido pelo Secreta- Ve l'n o .


ri " da Justiça e 'da Segurança Publi- COlll o fiuI de lnil1istrar-lh~ ,.:;:) lida e
:- 1:11 , que, enl todo o territorio paulis- proveitosa. instru cção lnilitar ~ in(,ll~
"

f :1 . directamente por si 011 por inter- tir-lhe o indispensavel sentimento de


IlIedio de seus auxiliares, exerce a po- disciplin a., bases para a hoa po lida,
lida adnlinistrativa e judic iaria. foi f e i to con tracto com a F r !tll~; a. qne .
pa.ra a quelle fim , n os enviou dist1 netos
Na. ord.em hi e rarchica, estão em se-
rn-embros do seu glm'ioso exer r.ito.·
,.t uida os dois delegados auxiliares, CODl
Com \Im ;~elo. ('cnn um a d\?dí cu çao,
jttl"isd icção pernla nente em todo o mu-
"icipio da Capital e . occasionalmente. com um a mor m e!:õlllO . fJ ue no~ e n al-
em todo o E stado, por d e t e rminação do tece e que engra.nd ece a F'ranÇ:v" n ('.0 -

Secr etario da Justiça e d a Segurança ronel BaJagny e se us auxHi ar~s têm


Pu blica: -..-.:.- são os delegados de 1 ::l, rea.lizado éi. sua tarefa. trull sfl) rmando
elass.e, as nossas praças e m ga rb(~Bv5 ~o ~dado s
Depois. vêm os delegados de séde
e Dlostrando assim o que o uaha lho e
a compe leueia póde m e nSi! H~r. quando
d.e CO Illarca, co m jurisdicção effect.i-.ra
encontra m o concurso dos que que reul
no municipio .onde está a séde da co~
apprender. Os officiaes e praças da
marca. e, eventu a lmente, por autol'iza-
Força Publica têm sabido' co rrespo nder
~ão do Secl'etarlo da Justiça e da Se-
ao que rer do Governo e ao~ ~H f orços
gu r a nça Publica. nos outros munici-
dos instl' l1.ctor.es fra.ncezes.
pios qu,e compõem a coma r ca: silo
os delega.dos de 2.'. 3.' , 4.' e 5.' clas- Mandei co orden a.r as ínst ruc~6e$ mi-
ses': e n t re os quaes não ha outra dit- nistradas ,i Força Publica, 8 publical-
ferença que a da remuneração. as em livros. Estão já puhl kados a.
"Escola do Soldado ", a "Escola d e Sec-
Por fim. existe um de legado em ca-
da municipio que não é séde de eo- - ção" e "Escola de Companhia " . para.
marca. constituindo a 6." classe, l e i~a. a Infan taria . a "Escola de Ca;"alleiro
a. pé " e a '"'Es('ola de Cavail e-ir r) a ca-
e nã.o remunerada.
valIa ". para a. cavallaria. •
Ha ainda. e m cada districto. em que
se subdividem os municipios, um sub- Manda ndo da.r instl'ucção mil it a r, não
d elegado e um inspector em cada quar- descurou o Govel"no da instru cçào in-
teirão. Em Santos, exis t e luais a po- telIectual. Foram creados para a For-
ça dois c ursos, abrangendo div€rsas
licia do porto . composta de um of!i-
elal e dois ajudantes. classes,

co m variadas disciplinas : u m
destinado aos officia es e outro aos in-

Força PubllcR A Força Publica, , ferior.es . Instituiu mais o Governo uma


su bordinada á Secretaria' da' Justiça e a ula de policiamento ". des tihada es-
da Segurança Publica, que a mobiliza pecialmente á Guarda Civica. na. qual
e dlstribúe. tem a organização esta- se ensinam ao guarda. os seus de~eres­
belecida. nas leis n: 1.022 e 1.027-A. e obrigações para com o publico. com
de 13 e 30 d e Novembro de 1906. e o qual está sempre em contacto. & pa-
- 240 .

ra to m (i:. sociedade, cuja segurança .el- repres entantes das diversas prorlseõea.
le é obrigado a manter. com existencia legal, IDas com assis'
Foi expedido o decreto n. 1.358, de tencia numerosa, que deliberava impo -
19 de Abril de 1906, dando regula- sições e enviava ultimatum aos patrõct>,
mento para a Pagadoria da Força Pu- dirigindo. emfim, o movimento pare-
blica, secção civil que funcciona bem dista em São Paulo, que logo se pro--
e está installada numa dep.mdencia do pagou a Santos, Campinas e Ribeirã.o
q uarlel da Guarda Civica. Preto.
.
Por decreto n. 1.407, de 3 de Ou- A principio, calma e dentro da lei.
>

tubro de 1906, foi dado regulamento logo a parede começou a manifestar·


á Caixa Beneficente da ' Força Publica, se por ameaças e violencias. T~ve en- .' '
cl'eada. sem onus para o Estado. Func- tão a poliCia de Intervir, fazendo dls- ·

, . •
ciona regula.rmente, fornecendo já pen- êolver estes ajuntamentos de opera- •

sões. sob a direcção de ofticiaes ' da rias, que se tornaram illicitos, do:-; .'
••
Força Pu blica e so b a fiscalização da quaes partiam movimentos que, conl ",
Secretaria da Justiça. ameaças e violençias materiaes, per-
Ordem c Tl'anquillidade Publicas ' turbavam a ordem publica, e mandan- ,
"

Polic iamento
.
da Capital Na Capi- do recolher á prisão preventiva diver- ..·
tal foi feita uma nova divisão policial. 60S cabeças, que foram depois ' postO" •

de fórma a tornar o serviço equitativo em liberdad·e. Muitos foram snbmetti- ..·
aos delegados, e, pelo decreto n. 1.425 .dos a processo, tendo sido diversos ,
·
de 23 de . DezemlJro de 1906, foram.. condemnados. A ordem publica resta-
tambem novamente divididas as respe" beleceu-se immediatamente. sem haV'er
cUvas subdelegaclas. aecessidade da força armada, que es-
A Guarda Cívica, ÇOlU a nova Ol'ga· teve aquarteliada durante o tempo da
n izHção est.abelecida na ultima lei da agitação.
. .
Força , de aeeõrdo com instrucções da Interior do Estado O policlamell'
Secretaria da Jus tiça, foi applicada to do interior do Estado foi fornecido
exdusivamente ao policiamento das pelo 2.', 3.' e 4.' batalhões ·de infan-
ruas . taria.
Energica. e severamente tem sido •
A ordem publica, no interior do Es-
- . feita a polieia preventiva, com o pro- tado, foi mantida, não tendo havido
cesso e julgamento dos vadios e vaga- graves alterações.
bundos. e consequente internação des- Houve agitações partidarias, por
tes na Colonia Correccional. Só no causa da administração municipal, em
primeiro senlestl'e a policia iniciou e Bebedouro, Caçapava e RibeirãoziúD.o.
cemeluiu 220 processos p or vadiagem. logo restabelecidas sem emprego de
Dos processados, 23, por 's erem extran- força, devido principalmente á itnpãr-
geiros. f{)ram deportados, em virtnde cialidade dos delegados de carreira.
de sentença judlciaria. Em Ribelrãozinho, que, como muníci-
(;l'éve Nos principios de Maio ul- pio, é delegacia de 6.' classe, sem re-
timo , os operarias de diversos mís,té- muneração, e não tem delegado de ·'
res declarara.m-se em parede, dese- carreira, a agitação foi mais duradon-
jando ril:uitos o augmento de salarias .ra e s6 ,terminou com a deliberação que
e todos os estabelecimentos das "oito tomou o Governo de mandar para lá,
'h o ras de trabalho". como antoridade policial, um tn~O
Funccionava na Capital, á Travessa formado e extranho .
li. terra e .s em li-
da S.é n. 2, a. chamada. "Fede ração Ope- gações partldarias. ·
raria
f) , composta, segundo se dizia, de Recentemente houve perturbações
241 -

III ; t l~ri&.~ ordem. chegando até a
0.1:1 lhões destinados a presos, afim de, com
d(' ,.. a.mamento de _sangue. em Doura- a maior brevidade, para lá fazer a re-
do e Itaporanga; em ambas as locali- moção de vadios e vagabundos, E ten-
dades o Governo procedeu com pru- do-se. ultimado a 27 de Março ultimo
d'~!H:ia. e energia, restabelecendo a or- a éonstrucção de um pavilhão, foi
df'm e entregando os criminosos á Jus- transportada a primeira leva de 24
I it.:a . condemnados, acompanhada do desta-
camento poliCial de 20 praças, e que
h l:Oj:tttuto Discipüna.,' ---- O Institu to
" lá deve permanecer.
Disciplinar, "destinado a incutir habi-
I' ()~ de t.rabalho e " a educar, fornecen- Por decreto lI, 1,438, de 1.4 de Fe-
do instrucção literaria, profissional e vereiro do corrente a~no, foi expedi-
industrial. de preferencia agrícola". do o regulame nto administrativo para
tenl plenamente satlsfeito seus fins. a Colonia CorrecCÍonal, estabelecendo
F'unccionando regularlnente, no seu as attribuiçoes do respectivo pessoal,
(: ti rto período de
existencia, tem já Está prompto o regulamento e m que
~alvado individuos que vão ser uteis I é feita a consolidação de todas as dis-
á sociedade a que foram restituídos. posições em vigor re"f erentes aos pro-
Solicitado por instantes e continuos cessos de julgamento e internação no
pedidos para internação de menores, Instituto Disciplinar e na Colonia Cor-
e nelIa vendo proficuos resultados e reccio llal, e acha-se em elaboração o
antevendo ainda maiores, applicou o I regulamento interno deste ultimo es-
Govet'no, com solicitude, a verba or- tabelecimento, no Qual são estabeleci-
çamentaria destinada ao augmento do das as normas para a correcção e para
edificio do Instituto, Os trabalhos já. ~. regeneração ,dos internados.

se acham quasi concluldos e cuido na o Governo tem posto o maior e m -


installação para a internaçao de mais penho na conclusão rapida dos edif!-
53 menores, elevando-se assim a lo- cios da Colonia, para dar cumprimen-
. .
tação a 100, to aos artigos 49, 50 , 51 e 52 <lo Co-
('A)lollia COl'l'cccional - Já vã~) bem digo Penal, Será, pois, dentro de pou -
adeantadas as obra~ d a Colonia Cor- cos mezes, no Estado de São Paulo, o
reccional, localizada na ilha dos Por- primeiro lagar no Brasil onde se vão
cos , proximo de Ubatuba, e destinada experimentar as salutares disposições
á correcção, pelo trabalho, dos vadios do nosso COdigo Penal, que permittem
. e vagabundos, e como tal condemna- a transformação da pena de p·risão
dos, e para internação de condemna- ceUular em internação em penitencia-
,
dos que pelo seu comportamento estão rias agricolas e. em seguida, a con-
destinados ao livramento cond icionaL cessão do livramento condicional.
Comprada a ilha e retirados os 9,1l·' Administ,t>ação da Justiça Relati-

tigos moradores, foi eUa entregue ao vamente á administração da Justiça,
Governo q ne, . de accôrdo com as leis nada occorreu digno -de nota,
em vigor. mandou iniciar immediat.a-
Permanecem , entretanto, s~bre a ne-
mente a construcção de edificios para.
cessidade indeclinada da refórma judi-
o pessoal da administração e para os
ciaria, as considerações já feitas nas
presos e espera vê l-as completamente
mensagens que tenho tido a honra de
acabadas em Novembro proximo:
enviar ao Congresso,
Correspondendo esse estabelecimen-
to a uma necessidade social urgente, JUl'Y - Os tribunaes do jury, nota-
mandou o Governo atacar de prefe- damente na comarca da Capital, lu-
rencla a construcção de um dos pavi- ctam com · embaraços e difficuldades
242 -

para a' s ua reunião e consequentes jul- gulamento pelo d ecreto 11. 1 .:~ -!fI, df'
gamentos de réus, nas épocas legaes. 31 de Agosto d e 1906, para • os • oW.-

Não obstante serem D1ensaes as reu- cios do registro especial de titulo~,
niões do jury na Capital, devem func, actos, contractos, documentos e m air.~
cionar durante 15 dias e pOderem ser papeis. Na Capital, foi provido O offi-
proroga das por mais 5 dias, raros são cio privativo para esse fim ins tall ado.
os processos julgados. Ha numerosos Ministerio Publico ' Sobl'e este ra-
réus presos, que esperam mezes e nle-
mo de serviço publico, continua em
zes o " veridictum " qu e os absolve.
observancia o regulamento D . 1,23'1
Co mo esses têm preferencia, e o seu
de 23 de Setembro de 1904, Q~'e, em
numero nunca .se exgotta, os réus af-
virtude da lei n. 937 de 18 de Agosto
flan çados nunca cheltam a ser julga-
do mesmo anno, o organizou, defini U··
dos , com grave prejulzo para elles, si •
vamente.
são innocentes. e não menor para a
T em o Ministerio Publico prest ad o
sociedade, si s ão criminosos.
bons serviços na fiscalização do re.g is-
E ' essa uma anomalia que não deve
tro ..civil.
escalla r á esclarecida attenção . do Po-
d er Legislativo .. Registro Civil - Considel'a.ndo o I'e-
gistro civil de nascimentos, casamen tos
Regtnlellto de Custas b regimen-
e ohitas corno ma t e ria de ordem admi-
to de custas, que baixou com o d ecre-
nistrativa, entrou o Governo a fiseaJi-
to n. 178 de 6 de J unho de 1893 , con-
zal-o severamente, devido âs co ntinll a ~.
fuso e lacunoso, precisa ser revis to e
qu eixas e reclamações que frequ ente-
posto ao alcance das partes, sem pre-
mente recebia das victimas do s abu-
juiZO da justa remun er ação do traba-
50S; e essa fiscalização se impunha ao
lho dos serventuarios.
Estado, porqne esse registro estava en-
Comarca de Sertãozinho - A lei .
n. tregue a fun ccionarios creados por le j
1. 018 de 26 de Outubro de 1906 , estaduaL
creou, no Estado, mais uma comarca,
A principio, com· instrucções .qu e · fa-
com s éde em Sertãozinho.
ziam reviver as esq decidas r egr as so-
Tendo o Governo dado todas as pro-
bre custas, depois com' multas, s uspen-
videncias no sentido de ser a mesma
,. sões e até prisões, iniciou o Governe
devidam ente installada, .está a. justiça
"J uma série de providencias, que de r am
funccionando regularmente nessa nova
. . -
CIrCUmSCrlpçao.
em resulta d o a regularização completa
desse importantlsslmo, rilmo d o servi-
]\fonte Pio dos Maglstl'ados A lei ço publico.
n . 998, de 18 de agosto de 1906, que Para regulamentação da cobJ'ança
Instituiu o Monte Pio dos Magistrados, das custas, processo administrativo pa-
teve immediato
. .
cumprimento da parte ra demissão dos ofriciaes do regis tro ,
do Poder E:x:ecutivo, t a mbem interes- que são ao m esmo t empo escrivães de
sado em prevenir o futuro da família paz, concursos para as suas nO.l nea-
desses ju iz.es, que dedicam, com a ções, licenças etc., foi expedido o d e-
competencia, o melhor dos seus esfor- creto \l. 1. 437 d e 7 de Fevereiro de
ços na alta missão que o Estado lhes 1907, que resula mentou as leis ns.
confiou. 906 de 30 d e Junho de 1904 e 1 . 037

.Para regulalllentaçi!.o dessa lei, foi de 18 de Dezembro de 1906 .



expedido o decreto n. 1.405 de 26 de Ensino P,'ofissioJlal Agl'icola O
.setembro de 1906. ensino profissional agl'icola contin nou
Registro de Titulos - Foi dado l'€·- a ser ministra do na Esco.1a Pratica

243 •

" 1,ld.z de Queiroz n, . em Piracicaba, e Distribuição de Mudas e Semenl." "


" .. " apprendizados agrlcolas "Dr. Ber- - Continuou bastante activo, denotan-
Il1tl"dino de Campos", em Iguape, e do cada vez maior interesse por parte
"J não Tibiriçá", em S.' Sebastião, dos agricultores, . o serviço de distri-
No primeiro dos estabelecimentos ci- buição d·e mudas e sementes, a cargo
/.
·
lados, foi de 49 o numero de alumnos da Secretaria da Agricultura.
,~-
~--
nl;I.Lricula-dos, durante ,O ,anno passado. Foram expedidos 24.531 volumes
c.

{~:--
~ --
('outra o numero de 40, em 1905. de sementes, a 10 . 073 pessoas , prin-
~,---­

i•__ cipalmente de milho, arroz, algodão e


-" A os poucos vai-se despertando maior
.' -

i:... ílll'.eresse no animo publico pela educa· de plantas forra ,~eiras. em maioria pro-
~-. I.: ;1.0 agrico la. duzidas e selecc(onadas nos campos de
" . .-.
o grande edifi.cio para o internato experiellcias e d~monst1"ação do Ins-
~: _. e as demais dependencias para a ins- tituto Agronomico.
, ~,
••
~;-~- ., l.aHação completa de todos os sel'vicos A distribuição de baceIlos e enraIza-
,~:: <la. escola "Luiz de Queiroz", de -accór- dos de videiras elevúu-se a 33 , 471
i,_
,-: do com o plano ·delineado, achanl-se exemplares, fornecidos por aq uelle es-
'.

: <,oncluidos, tendo-se realizado, a 14 de tabelecimento. Foram distribuidas . .
~ -.-
Maio ultimo, a. sua inauguração solen - 30.405 mudas de arvores fructife ras,
ne. tendo-se elevado a 44.562 o numero
Para o ensino e a pratica de api- de mudas de arvores de sombra e de
n ;ltura. fó i _contractado um especialis- ornamentação, proveniente do Instit.u-
la , que, em Outubro ultimo, iniciou os to Agronomico e do Horto Bo tanico.
·· trabalhos para a creação de um apia· O Instituto distribuiu ainda -!2. ~~3U
rio. Na Fazenda Modelo annexa á es- mudas de canllas de assucar e forra-
cola, foi consid'eravelmente alargada. a geiras, além de 6.000 muda.s de café
área das culturas, que hoje occupanl Bourbon e Marag;ogipe, tendo o Horto.
• 74,67 hectares. As principaes plantas. I Botanico tambem fornecido 466 ga-
de valor na lavoura do Paiz conti- ,, lhos para enxertos.
.mam a ser cultivadas. de con[ormida- Hist.l'ibuição de Pnblica~:ões A
de com a importancla de cada uma em cti,t.dbuição ,de publicações, a cargo da
nossa Agricultura.
S ecretaria da Agricultura, nunca at-
Nos apprendizados agricolas õ' Dl'. tingiu o num€ro a que se elevou no
Beruardino de Campos" e "João Tibi " uno passado, 140 . 572 publicações de

ríçá" inscreveram-se, durante o anuo
propagandas agricola e outras foram
passado, 49 · alumnos, dos quaas 22
dis tribuidas a pedido dos interessados.
pertenciam ao primeiro e 27 ao se-
As publicações .periodicas, taes come o
gundo daquelles estabelecimentos. Des-
"Boletim de Agricultura", o "Criador
Fies aluron'o s, 17 concluiram o ClU·80. no
anno passado. Paulista" e o "Boletim de Estatistica
do Commercio do Porto de Santos",
No apprendizado de S. Sebastião fo-
continuaram a ser estampados reglllar-
ram dadas 893 licções tbeoricas, e ' ou-
me.nt.e, merecen.cJo sempre a melhol' ae-
tras tantas . approximadamente. no de
[guape. Nos campos de experiencias ceitação.
annexos aos apprendizados, . mantive" Instituto Agronotnico Continua-
ram~se as culturas ' necessaria.s espe- ram activos os multiplos traballlos ' a
cialmente as mais proprias da reg'lã.o. cargo deste estabelecimento. O dr. Gus-
.t endo sido inaugurada, no àe Iguape. tavo d'Utra, ex-director do Instituto,
em fins de junho, a primeira exposição nomeado em Abril do corrente anno,
municipal, que teve pleno 9uccesso. director da Directoria de Agricultura
.. •
244 -

do Secretariado da Agricultura, foi. em interesse que será ainda maior, quan-


Maio do anno findo , cOlllmissionado pa~ do. com a regulamentação da lei fi


ra €studar, na Europa e nos Estados 1030, de 12 de Dezembro de 1906. fo-
Unidos da America do Norte, o ensi- rem estabelecidas as condições para a

no agricola e a organização -dos servi· a concessão dos premios » 0 1' ella pro·
ços de interesse para a agricultura. O mettidos.
pessoal technico deste importante es- Horto Botanico - Contin uaram nes-
tabelecimento ficará em breve reorga- te Horto as sementeiras e tl'ans;;ilanta--
nizado . com a ·chegada do pessoal ções para a producçã<J de mudas des-
competente, contractado na Europa, tinadas á ·distrlbuição. Para este Hor-
por intermedio do dI'. Dafert, actual •
to deve chegar, no corrente anno, um.-',
director do Imperial Instituto Agrono- collecção de arvores fructife l'as. man-
mico de Vienna d'Aus tria, e que já dada vir de Montevideu. O s eu di!'e·
exerceu o cargo de director de estabe- ctor tem já em elaboração um trabalha .
lecimento identico neste Estado. sobre as arvores fl'uCtiferas exoticas.
Dos traballlOs realizados. durante o salientando as que pa recem adaptar-
anno passado, pelo Instituto . merecem se. conl vantagelll , ás condições do Es-
especial destaque os seguintes: tado.
illstatlação do laboratorio zootechni- Tem sido satísfactorio o .resultado
co , instituição de grande alcance para obtido com os castanheiros e as 110-
resolver as questões relativas á ali- gueiras, e com o ;;pyretll1'um cinera-
men tação do gado; rirefolium". que fornece o verdadeiro
233 analyses nos laboratorios chi- pó da Persia. • •

micos, continuando nelles tambem o


Galeria de Denloustl'aç-.ão de iUadli-
estudo sobre o valor industrial das
nas Foi inaugurada officialmente.
cannas de assucar;
em 16 de Outubro do anno passado .
analys es de amostras de fibras tex-
esta utilissima instituição, creada. em
teis;
fius ·de 1905. Tem sido um meio de
ensaios de culturas, que versaram
. propaganda excelleute para facilita,
principalmente sobre o café, canua de
aos lavradores poderem acompanhar a
a.ssucar, cereaes, plantas texteis e for-
evolução da industria agricola, permit-
rageiras, indigenas e exoticas;
tindo aos fabricantes de machinas a
formação de um novo caféeiro, mes-
procura das mesmas.
tiço de "Bourbon" e "Maragogipe",
que tem tido muita procura; Para determinação das quantidades
. selecção ·das cannas de "a ssucar, com, beneficiadas por hora e da percenta-
a · qual se vae obtendo grande melho- g·em de quebra' e perda oecorridas na
ria das cannas do Estado. limpa, existem, funcclonando diarla-
i mente naquelle estabelecimento, ma-
Horto Ag'·....io Tropical Conti- chinas para o preparo do arroz, do al-
nuou com regular desenvolvimento eS-
. godão e das forragens.
te Horto, que foi creado €m 1905.Du-
rante o anno passado pôde este esta- O numero de visitantes

áquelle · esta··
·belecimento atteilder a 75 pedidos de belecimento tem crescido extraordina-
riamoente.
mudas de cacaueiro, distribuindo .. ,
. 5.354 exemplares, sendo de esperar Serviço Meteo,·ologico · - Presente-
que, no COITente _ anno, será muito mente; possúe este serviço quarenta e
maior o numero de pedidos, visto o tres postos, distribuIdos pelo Estado ,
..
interesse que -essa. cultura vae desper- formando uma rêde que permitte as
t;; "do entre os lavradores do · littoral. observações do tempo e o estudo da
,-- .

245

d illI.t1.tologia paulista.. No anno passa- perfeitamente aos fins da sua crea·


fIo. (l. rêde foi augmentada com os pos":' ção. tendo collaborado efficazmente na
jll ).; de S. Sebastião e Boracéa, estando sua organização o dI'. Hector Raquet.

(lH!. (~ situado na barra do Rio Novo . lente cathedratico da Escola Agricola

Uo Juquery-querê. em terras d€voIu- de Gembloux, na Belgica. .


I m~. que estão sendo discriminadas, pa- O estabelecimento foi dotado de
ra a fundação de um grande nucleo grande numero de reproductores, pa ~
t·oIünial. ra serem acclimados e experimentados
mste serviço, que foi augmentado em cruzamentos com as raças indíge-
('om as observações dos postos e das nas, devendo, em breve, o rebanh o do
,,,t.ações mantidas pela União. desde posto ficar completo. com a chegada
Manaus e Belém do Pará até o Rio dos animaes ultimamente enconlmen-
r: ntnde do Sul, continúa a fornecer ã .
dados e que servu'ao- para os diversos
-:.: '_mprensa e ás associações interessadas postos.
:l!:' suas observações, afim de dívul- Durante o anDO passado fÇlram pOSe

I'al-as o mais possivel. publicando tam- tas em culturas grandes extensões de


hem regularmente os seus boletins. terrenos do posto e ficou montada a
Exposições de Allinlaes , - As expo- leitaria, que funccionou satisfactoria-
~ições de animaes, que ~Jnll tanto suc-

mente por occasião da ultima exposi-
('.(~sso foram realizadas em 1905, fo- ção e posteriormente.
ram repetidas durante o anno passa.do, Estatistica Agl'icola e Zootechnica
(~()m as t.res exposições regiona-es de --Ficou conc1uida, no anuo passado,
s. Carlos, Itapetininga e Pindamon.han- a estatistica agricola e zootechUlca do
,~".ba. e da grande exposição estadual. Estado. com excepção de quatro mu-
'Iue se realizou nesta Capital. Nas ex- nicipios muito afastados, e cujo levan-
. posições regionaes inscreveranl~se 588 tamento só pôde se r terminado ulti.-
expositores, sendo premiados, na ex- mamente.
Ilosicão. - estadual. 131 expositores. Esta estatistica. que ficará publica-
Aproveitando as exposições de anl- da até o fim do corrente anno. é a
maes, foram realizadas feiras -e leilões mais completa que se tem l'ealizauo
(le animaes, sendo a mais concorrida e. attendendo-se ao plano adoptado
a que se . realizou na exposição desta para o seu levantamento :e ao cuidado
Capital. empregado na sua revisão, deyerá el·
Real1z;a.ra.m-.s e, tambem com exito, o la representar com grande approxima-
(:oncurso de vaccas leiteiras e o de ção. a realidade dos factos .
r.onduclores de machina.s ag:d colas, ao .
Impoi·tação de Anilllaes de Raça.
flual compareceram 26 candidatos, sen-
Continuou em progresso. duranbe o
,lo approvados 17 e premiados 11.
anno passado, a importação de ani ..
.Por occasião da ultima exposição maes reproductores. de raça. denota.n-
estadual de animaes, realizou-se tam- do o .i nteresse cada vez maior que 08
hem, no Posto Zootechnico, um con- . criadores vão ligando ao aperfeiçoa-
"urso entre os differentes fabricantes mento das raças de seus productos.
ele machitias e ingredientes para a 'ex- Foram importados, por conta d-e
tincção de formigas. inscrevendo-se 15
particulares. ·97 animaes. contra 34
~~ollcorrentes. dos quaes 7 '"foram pre-
em 19 O5. A despesa feita pelo Estado.
miados:
a titulo de auxilio. foi. porém. apenas
Posto Zootechn!co Central No de Ibs. 2.390-0-1. contra Ibs. . . . . ..
anno passado foi -este estabelecimento 2.255-9-2. em 1905 . em virtnde das
))Osto em condições de corr.espond-er instrucções do Decreto n . 1 . 351 . de
,I .: , I
"

20 /I n NI : u '(U d.~ limit:na.:l1 I se queira promover, para a producção


! :)Uti , (lll«~
ao j II s f.H. ~ 1';Ly.oa vel as importanciaB l deste cereal.
r.~)!1I 11 nc' o Coverno deve concorrer pa- !, Pl'it.ga de Gafanhot.os M a is uma
ra alltviar os criadores de ' un!a pa r - !
I \'ez foi. este Es tado invadido pela pr(l,.
le das despesas de acquisição dos l"e- I
ga doe g a fanhoto s, qu e causara m b a:-; ·
productores. I
i tante prej uizo á pequena lavoura, ata -
Cult-UI'U do Al'l'OZ Esta cultur:l., I cando lllesm o .alguns cafézaes.
que, depois da do café, é sem duvida, a Co m o credito extraordinario , COI1'
• mais importante e ntre nós, pe!a. pos - cedido pelo Congresso, para a s resp e
sibilidade de um largo desenvolvimen- ctiyas despesas, foi 1 nomeada um3
to, para abastecimento dos me rcado:; c ~mmissão de inspectores de agricul·

internos, onde esse cereal encontl':l tura, sob a direcção do phytopatholo·


I
. enorme consumo,ou talvez mes mo pa- gista do Instituto Agronomico, par"
ra 8. exportação, devia mereCE ~ f a at- promover e executar todas as medidas
tenção particular do Govel'llo, . empe- necessarias para O ataque e a extinc~
nhado ellf fom e ntar a polycultura. ção da praga.
.
Os · processos ainda eln uso entre Pal~ece que será indispe nsavel umi;:'

nós não podiam perm1ttir asental'-se providencia legislativa, para Impedi)'


sobre bases solidas a producção do ar- que essa pra~a se estabeleça perma'

roz, pois taes pro cessos são bastante nentemente entre nós. De grande van·
atrazados nos traba lhos da cultura e tagem seria uma lei que tornasse obri-·
da colheita. gatol'io a todos o concurso para a m a.-
tança, durante um · certo ·numero de
Assim, em consideração ás enormes
dias. Além di~so. seria util que os' E s-·
vantagens obtidas nos Estados Uni-
tados limitrophes celebrasseln um ac~
dos na cultura do arroz, pelos proces-
côrdo , obrigando-se a promover a ex-
sos de alag adiço ou de irl'ig-J.ção, foi
contractado, naquelle palz , um espe-
pectivos territorios, por meio de m'e-
cialista recommendado por attest"dos •

I
didas que sejam pra.ticaveis com intei·-
valiosos, o sr. ·Welman Bradford, o
qual está 'áfrente do primeiro campo I
ra uniformidade de vistas.
! No relatorio do Secretariada Agrj-
de demons tração, creado para a p1'.1- !
c ultura encontrar-se-á a exposição
paganda da cultura do arroz, por pro- completa das , medidas e providencias
CESSOS racionaes, e situado na _est::l.ção
adoptadas, pela referida commissão.
H Moreira Cesar", eln Pindamonhanga· pa.ra a extincção dos gafanhotos .
ba.
Cooperativa. de LacUcinÍos At-
A Commissã{)l Directora do campo d ·~ .
t endendo a que -as 'cooperativas de la-
demonstração tem, além do seu ch,,-
r.ticinios devem ser um complemento
fe, que é o dI'. Bradfol'd, diversos a.u- necessario á industria pastoril, a Se-
xiliares praticantes, enge nhelros-agro~ cretaria' da Agricultura incumbiu p'ro-
nomos, formados por
-naes ou
escolas nado-
extrangeiras reconhecidas,
I fissional competente de prOlnover a
J . organização dessas associações, nos
com o ' fim de ·formar-se neste E stado ! principaes centros de criaçã~ de gado
yessoa l technico com conhecimento ! neste Estado.
pratico do novo processo de cultura, I 'Já estão organizadas duas dess ..s

para creação d e outros campos de . de- I cooperativas, em S . .Carlos do Pinhal e
monstração de cultura do arroz ou pa- 1 Franca, dispondo ambas· do apoio e
ra a direcção de vastos empr-ehendi- concurso de importantes .cria dores e de
lnentos particul~res, que , por ventura, todas as condições que, assegurando a

. . ..:":, ",
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247

',. 11:1 prosperidade , constituirão exce!- Para o augmento da imllligraçã)
t"lI.l.e padrã,o por aquellas que tivererp concorreram os italianos, aUemães,
,I< . };:cr oíganizadas futuramente. Pa·· austriacos, russos e outros, tendo de-
I"ll [uncclonai'em, aguardam a chega.- crescido sómente a entrada de immi-
li" !le um perito contractado. gralÍtes hespanhoes e portuguezes. por
Ue vollitn.s
·! '\.' t· I·U~ Proseguiu re- effelto de susp.ensão da immigração
l ~ trl a rm e nte. durante o anno passado, subsidiada.
" 8crviço de discriminação de terra~ E' not ave! o augmento havido na
d(~voluta.s , que continuou . pelas ver· entrada de ilnmigrautes italianos. não
JI'nt.es dos rios Branco .e Cubatão, e obstante continuar prohibida, na [ta-
('Ilmarca. d'e S. Sebastião. lia, a .emigração para o Brasil. Ani-
fi'ez-se um reconhecimento na baci;-" madores são tambem ·os algarismos re-
do rio Pardo, para esclarecer um pau- ferentes aos allemães, austriacos (:- l'U8--

Iti duvidoso no curso desse rio, qUf.' SOS, que começam a salientar-se lla es-
11m; di:r.iam vert ia para o interi6r do tatisUca , tendo , durante muitos an-
l!.:~t ado: e outros para o mar, sendo nos, deixado de figurar.. Jela in8!gni-
.. "" I.a ultima h y pothese confirmada. ficancia do seu numero.
~m condições de poderem ser en- A propaganda ha pouco iniciada em
.

l:regues, em breve, á colonizaçao, es- o nOl'te da Europa. para a.ttrahir im-


Hio actualme.nte . discriminadas ner-:;td. migrantes destinados aos nucleos colo-
rcg·ião cerea. de 900 alqueires de terras •
Ulaes, • •
val, POIS. produzindo já seus
(hwolutar:; . . fructos.
Para. inst.a1Jação do nucleo colonial, A grande sahida de immigrantes,
qne a.li dev erá ser creado fizeram-se durante o anno passado, foi devida ás
roçadas pa.ra plantaçõ.e s e estabej"ci- i maiores retiradas para a Republica Ar-
mento de tres postos de cultura dis- gentina. As suas causas são, entretan-
t,mtes de oito a dez kilometros ·um do to, bem conhecidas, concorrendo. entre
outro. e construiram-se tres casa~ pa- ellas, a propagailda feita pelos ageutes
ra l'esidenc.ia dos respectivos vig-Ü'ts. I•
• ias companhias de navegação, já re-
Moviment.o i)1igratoi'io DUl'ani:.e ; duzindo ao minimo o preço da p'3.ssa-
i
·0 anno pas sado, o movimento IDigr~- . gem para o Rio da Prata. ja induzin-

torjo manteve-s e satisfa.ctorio qu . .t.ntQ 1 do os colonos, por iritermedio dos 3f\US
ás entra.da.s. mas foi menos favoravel i prepostos, a emigrar, sob promessa :5e-
«(ual1:to á.~ sabidas. ' ,; ductora de vantagens iIIusorias. A es-
Não o bstan te ter sido suspengn em ,, sa propaganda, movida .pelo lucro im-
Agosto a · immigração subsidiada, por i mediato, juntou-se a que foi feita por
!
estar sufficientemente
, . supprida de bra- ,, ,
meio de boletins e pamphlétos, noS
cos

a lavoura. caféeira, as entradas de q uaes se fazia o elogio. dos paizes vi-
immigrantes foram, em 1906, de ... zinhos, deprimindo-se o Brasil e o Es-
48.429, "outra 47.817,.em 1905. tado de S. Paulo.
As. sahidas, entretanto, foram, de O mal ha d.e perdurar, emquanto uão
41.349. contra 34.819 no anno ante- fôr uma realidade a fixação do immi-
rior. grante, ·pela facilidade que se lhe de-
Dos immigra,ntes entrados, 24.544 ve offerecer de adquirir boas terra8~

vieram espontaneamente, tendo paJ!'o situadas em condições vantajosas pa-
s uas passagens até Santos ·ou Rio, . e ra garantia ,do escoamento dos produ-
23 . 885 vieram com passagem paga ctos das mesmas. e é nesta tarefa que
\,elo Estado. Em 1905, os imm;gralltes o Governo se tem applica.do, com gran-
espontaneos foram 21. SÜ2. de empenho .
- 248 -

E'· certo que, a continuarem infru- Colonização Anhnadores são os


ctiferos os esforços da administração resultados que já se vão obtendo com
para tornar mais permanente o braço o novo systema de localização de Im-
junto da lavoura caféeira, deverá es- migrantes.
ta cogitar de modificar o actual sys- Para o desenvolvimento do serviço
tema de trabalho por outro de eguaJ de colonização, importantes acquis1çõe~
-
remuneraçao para os trabalhadores, foram feitas , durante o anno passado.
.,• "
porém, de mais garantias para a sua Por venda e doação feitas pelo Cor<.
estabilidade nas fazendas, como seja, selheiro Gavião Peixoto foram • íncor-
por exemplo, o que se deduz da entre- porados ao dominio do Estado mais
ga de terras sobresalentes para residen- cerca de 6. OOO alq ueires de terras,
· .•
cia e lavra em condições compativeis nas quaes já foram creados os novos ·"

..,
com o labor das colheitas, unico a que nucleos denonli"llados "Nova Europa ", ·
••
··
deve ficar adstricto o colono. "Nova Paulicéa" e "Conselheiro GS4 ,
••
vião Peixoto", os quaes vão ser cor- .,•
Assim, terá de evoluir o systema do
tados pelo prolongamento d a estrada .•."•••·
trabalho na producção do café, como ••
·
aliás está evoluindo o seu comm-ercío. de ferro de Dourado.
A Camara Municfpal de Ubatuba, i:
Agencia Official de Colonização e
tendo obtido de varios proprietarios • •
Trabalho . Esta agencia, que foi
daquella localidade cessão das terras •

inaugurada em 16 de Abril do anno


situadas no Ioga r dE:m ominado ' M atto
li
passada, teve um movim ento conside7
Dentro ". contractou com o Governo a
ravel e vai satisfazendo os intuitos da
colonização das mesmas terras, por- ,
·
sua creação. Foram contractadas, por ·
parceria, devendo ali, enl breve, ser
intermedio dessa repartição, 3.017 fa- areado o nucleo colonial <. Conde do PI- •
milias. e localizadas em nucleos colo- nhal", conforme propôz aquella muni-

niaes 141 famílias e 39 solteiros. Pro- cipalidade. Além disso, varias propos- •
.. ;

mOYeu-se, durante o tempo da colhei- tas para cessão de terras ao Estado,



'.
ta, o contracto de apanhadores de ca- . destinadas á . colonização, estão e!ll eS
4
, ,

fé, tendo sido localizadas nesse servi~" tudos na Secretaria da Agricultura, de ,


816 pessoas, das q uaes muitas eram maneira que tudo faz crêr que entra-
.
colonos estabelecidos em nucleos co- mos afinal num periodo de proYeito~a
loniaes e que. assim, tiveram opportn- actividade, para O povoamentc, do ~6 -

nidade de aproveitar com lucro o tem ~ lo, interessando-se já os particulares
po ero que estão desoccupadosnos lo· pelo assumpto, que hoje conta com os
teso esforços consorciados do Governo e õa
Além do pessoal para a lavoura, a iniciativa privada. As levas d~ immi-
repartição collocou grande numero de grantes que, ultimamente . . tê:n "-por-
trabalhadores de varias profissões, ten · tado a este Estado, encaminhadas pe-
do sido lambem concedidos, por seu lo Commissai-iado de Emigl'3ção em
intermedio, 120 lotes nos diversos U11- Antuerpia e procedentes do' úorte da
cleos coloniaes do Estado. Foi de ... Europa, denotam que se conseguiu en··
1.068 pessoas, constituindo 189 faml · contrar o elem€uto coliv€l1iente para.
lias, o total dos colonos localizados o povoamento dos nucleos ' coloní~e 2
nos · nucleos. entre immigrantes € co- . Posto ·que ainda em numero reduzi-o
lonos vindo de outros Estados e do do, como acontece quando S;8 inicia.
iÍlterlor. ·Foi de 32:447$092 a impor- qualquer ímmigração nOVR, os iIDlni~ ·
tanela arrecadada pela Agencia, em grautes, que têm chegado é vão son-
. conta•
de prestações dos lotes concedi- do collocados nos nucleos culonia.es .
dos. t';tn demonstrado as melhore5 co!.rlí-

249
.
VI('!-' para .se fixaI Blll perma n.t:"ntemen- artig<ls com ap- •

1f\ . plicação ás artes


I!;m todos. os nu cleos coloniaes do e ás industrias . 12.611:2:;3$00C'
l!iHJado continuou regularmente 0 se1'- Artigos manufactu-
,,1(0 de localização d~ l!o!ono;.:;, que vai rados • • 23.86:1.40nooo
Hllre'ientando um desenvolvimento Artigos destinados
'II'U lpre crescente. á alimentação e
J á. estão sendo discriminadas as ter- forragem 20.261 :790$00 0
.
t' :.l~ devolutas em que se pro jccta. crea.r •
• A importação de moedas metal1ica ~
fi novo llucleo colou.i al de "Boracéa".
e fiduciarias diminuiu muito. $endo do
Movimento Commercial <10 Porto de 3.734:211$000, ouro, contra ...... .
Hautos Segundo os dados especial- 8.402:547$000, em 1905.
mcnte colligidos para a Secret>.ria da Na exportação, O café -é o unir:o ra-
/.. Agricultnra; pela Repartição ne Esta- ctor do augmellto not.ado , representa n-
.•. Ustica Commercial da Republica, se'l-
..
do a q uasi totalidade de men!adol'ia5
.. .

!~ivel augmento registrou-se 110 movi- exportadas por Santos.


Inento commercial do porto de Santos, Comparando o movimento maritimo
dtIrante o anno de 1906. do anllO passado co m o de 19 f) 5, nO d
Em 1905, já se notou sensivel ~res­ tres portos de Santos, Iglla!lE' e Uba.-
/'.imento na importação, com relação a · tuba, verifica-se um nota'yei augmen-
J 904, tendo; porém, a exportação bai- to, prillcipa lm,ente no de Santos, q.u'?<r
xado 11esse anno. . no numero de navios entrado::; e ~a hi ··
Em 1906, porém, nota-se grande dif- dos, quer na sua tonelagem.
ferença para mais, quer na importa-
Via cão

FeJ'l'ca _.- A extensão 1.otai
,;ão, quer na exportação.
das estradas de ferro. em trafego . no
Assim, no anno passado, a importa-
ter rito rio do Estado. e de eont!essão ou
ção roi de 96,389:395$000, papel ou
propri·edade federal ou estadual , foi.
',6.991:119$000 , ouro, contra ..... .
e m 1906, augmentada de 187 ·k iJome-
78.372 :9 59$000, papel, ou ...... ,.
tl'OS, elevando-se. portanto. a 4. 028
45 . 791:636$000, ouro, em 1905, ex- ,
a cifra de kilometragem da rúde ~ m
duidas as moeda.s metallicas e fiducía-
trafego, no fim do anno passado , épo-
rias. ca em que se achavanl em const.ru cção
A exportação foi, o anno passado
226 kilometros de linha nova .
de 308.164: 603$000, papel, ou ... .
Nenhuma concessão foi feit~. fiO r e -
180.283:451$000, ouro, contra . ... .
gimen da Lei n . 30, de 13 de Junho
219.605 .: 652$000, papel, ou ...... .
de 1892; Hullo não foi , ent.rr3ranto, o
129. 330:59 9$000, ouro, em 1905.
movimento no sentido de formação (le
Difficil seria indicar em que classe novas empresas ferrovi.arias. {) qual ':;~
• •
de artigos notou-se malor creSClmen-
. ·traduziu na Lei n. 1 . 034, de . 17 de De-
to na importação, tendo havido au- z-embro, que autorizou a outorga de
gmento proporcional
, em quasí todos oS fa vo res para duas estradas de [erro
artigos, () que melhor patenteia as em demanda da zona ·da, Ribeira de
boas condições economicas do' Estado . Iguape.
Assim discrilnina a importação,
Se
.
O Governo, por sua vez. tomou a

em ouro, por classes de ,rii'ercadorias: iniciativa de um commettímento , que
considera de grande imp<lrtancia: a
Anlmaes vivos e de' Implantação, no norte do Estado , de
seccados. . • 184:689$000 um syst-ema de linhas' tributarias do
Materias primas e porto de São Sebastião. Os ,,"tudos de
· .. ,.

-250 -

-eampo, vh": :llI do um primeiro eixo en- 31 kllom<ltros que faltam á Estrada d"
tre a\ludlc::: porto e Mogy das Cruzes, Ferro de Pitangueiras pal'a chegar ao
fOI'a ul iniciados e no fim do anno es- districto de Viradouro. autorizou a
tavam quasi concluidos. Apresentou-se Lei n. 1. 045 -B, de 27 de Dezembrn
já um pretendente para a construcção ultimo, o auxilio de 10: 000$000, por
e exploração desse systema ferrovia- kilometro.
rio, o sr. engenheiro Augusto Carlos
Fiscalização, Trafego e Taru';;'
da Silva. TeUes, ao qual a Lei n. 1.063,
Nenhuln facto anormal Decorreu no
de 29 de . Dezembro ultimo, outorgou a
serviço de fiscalização da rêde da con-
concessão da garantia de juros e de
oossão estadual, além da gréve havida
·outros favores ,
eln Maio. no pessoal das conlpallhias
O movimento financeiro da rêde em
Paulfsta, Mogyana e Ramai Fel'l'eo
trafego, no terrltorlo paulista, foi, em
Camplnelro, a qual teve solução con-
numero,~ redondos:
veniente.
Receita {,ataI • 89.651:000$000 Nos preços de transportes foram tei-
D t1Spe Séi to ta l 39 ,8 42:0"00$0"00 tas alterações a facilitar a circulação
--

---- de produetos, constando do relatorio
Saldo • do Secretario da Agricultura e a enu-
49.809:000$000
meração das concessões obtidas da,
. ".' norcentagem
~
da receita para a '
empresas, quer por ped.do do Gover ·
despesa., em 1905, de 54,12 %, baixou , r' no , quer por espontanea resolução des-
·em 1906, a 44,44 %. t as.

Estrada de Pel"l'o com favores do As exigencias que, com relaç'ão aos


Estado . Para o trafego de linhas, preços de transporte, são de alçada do
-com escassos elementos de renda, con- Governo, acham-se em via de apura·
-correra.m· os cofres publicos, durante ção, pois esta funccionando a Cammis-
o anno passado, com• 96:000$000, não são de Tomada de Contas, creada pelo
reembo]save is . A titulo de auxilio pa- Decreto n. 1.390, de 20 de Agosto ul-
ra a construcção do prolongam,en to a t.imo, em execução · da Lei n. 97 O-A, de
-·partir de Bõa Esperança e de accôra.o 6 de Dezembro de 1905.
·com a Lei n . 935 , de 17 'de Agosto de Linhas do Estado As linhas do
1904 , foi entregue á IICompanhia Es- Estado, que, em 1906, foram accresei-
trada de Ferro de Dourado" a impor- das de 49 kllometros, apresentavam,
ta\leia de 115:000$000, que deverá no. fim do anno, a extensão total de
·ser restituida . A Lei u. 1.061-.'1.,
.
de 1.053 kilometros, a saber:
28 de Dezem.bro ultimo, concedeu á
·Estrada de Ferro Araraquara a garD.n-
Estrada de ferro So-
rocabana • • • 987 kilometros
tia de juros de 6 % annuaes, sobre o
Estrada de ferro Fu-
"Capital maxlmo de 30:000$000 por kiC
nilense • • • 41 "
lometro, para a construcção do pro-
Tl'amway da Canta-
longamento de Ribeirãozinho a São
reira • • • • 25 "
. José do Rio.. Preto. EguaI taxa
. de ga-
Tantia foi estabelecida sobre o capita1 Dos relato rios concernentes a estas
maximo de 5 O: OOO$ ().o O por kiloIIletro linhas, Integralmente reproduzidos no
"para a cODstrucção da Estrada de Fere relatorio do Secretario da Agricultura.
TO de São Sebastião a Minas Geraes, colhe-se a confirmação · do que previa
a que se refere a Lei D. 1, OG3, <le 29 o Governo ao assumir _a administra~.a.o
.·de Dezembro ultimo. I de lias, quando passaram para a pro-
Finalme.nte . para a construcção nos I priedade do Estado.
251
.
('um referencia á Estrada de Ferto das a muitas culturas, mas até "ha pou-
('11 ri. '("CCi. bana, consignarei, entretant0. co representada em nossos mappas
illl!' ;_ 1 meSlua produziu, no anno passa- sem a devida precisão.
oi". " saldo liquido de 5.717:000$000,
Navegação Costeil'a A navegação
tnaior até hoje obtido, tendo para
(I
costeira, entre Santos e Ubatuba, con-
lq:HI ('.ontribuido, ao lado da excepcio-
tinuou a ser feita sem accidentes, no
il;l! tonelageln ào café, o accrescimo reginlen dos coutractos .em vigor, me-
!Ii> i l'a.nsporte de mercadorias em ge- diante a subvenção annual de .. " ..
1':11. Ha.. todavia, que esperar mais no- 54:000$000. Do mesmo modo, a na-
IiI v{':' is beneficios e, para realizaI-os. vegação subvencionada da Ribeira de
,
I,r\\~eguem, com actividade, os prolon-'
• Iguape, effectuou-se sem accidentes a
g,lmentos a Itararé e ao Paranapane- nas condições contractadas.
" .
I lllruninação da Capital No anuo
!~",plol·a.~·üo
do Extl'enlO Sel'tão -do passado foi accr€scido de 398 unida ~
11;síado _ .. Ficaranl ultimados, durau- des o total dos combustores da illumi-
, .
te o ,anuo ilndo, os trabalhos para ex- nação da Capital, consumindo 294 pe,
plol'ação do extremo sertão paulista) lo horario da illunlinação permanente,
-I':-:Lando assim desbravada a immensa -
e 4 pelo da variavel.
I'{~g'iào. abrangida pelos rios Tieté, Pa-
No fim do anllO, _ existiam .j . • 5g
I',ulá. Paranápanema e cabeceiras dOB
I combustores nas ruas, praças e outros
1'\08 õo Peixe e Feio, até ha pouco com-
pletamente desconhecida e approxima- lagares ·da Capital, pertencendo 4.279
á illuminação permanente, e 279 á va-
11;·tmente representada em o nosso
riaval.
tllappa.
Estão compl-etos os elementos para . O volulue de gaz consunlido na illu-
;t. confecção do mappa do Estado, na minação publica, durante o aUllo fin-
parte c.orl'espondente a esta região. do, foi de 1.634.105 metros cubicos
. .
Os serviços cOlnplementares, realiza- correspondendo á despesa de ..... ,
-dos durante o anno passado, consisti- 232:939$420, ao cambio par, ou a .,.
ram, especialInente, na exploração do 388:300$280. em papel moeda. O pre-
rio <lo Peixe, ficando confirmado ser ço do gaz de illunlinação continuou a
-este l~io o 1118Slno rio Tigre, q ne des- ser de 140 réis, ouro, por metro cubi-
agua .no Paraná. co. As oscillações de cambio conduzi-
. ram aos s.eguintes extremos: 247.86
Realizaram-se tambem, durante o
anno findo, trabalhos de reconheci- em Novembro e 217,16 em Fevereiro,
mento e exploração do littoral norte tendo sido de 233.31 o preço medio do
·do Estado. anno. O preço do gaz para força 9'
aquecimento foi de 112 réis, ouro, eon:
Além do levantamento de todos os
o maximo pago em papel de 198.29
:dos e povoações por onde passaram as em Nov08mbro, o minimo de 173,73 em
turmas de exploração desta zona, foi
Fevereiro e o 1uedio de 186,65.
lambem levantada a bahia de Caragua ..
tatuba e a costa da ilha de São Se- Abastecimento de AglHl ela Capital
bastião. - Continuaram a merecer toda a at-
Procedeu-se talnbem ao reconheci- tenção por parte do Governo os servi-
mento e exploração da zona da Ribei.. ços referentes ao abastecimento de
Ta de Iguape e, particuHtrmente, estu- agua da Capital.
dos minuCiosos da região situada en- Varias providencias foram tomada.,
tre a. .Serra do Paranapiacaba e o mar, no sentido de melhorar a potabilidade
-compost.a de terras fel'teis e apropria- das aguas da serra da Cantareira. t~ll-
,

252
.
do fn !H:óollado regularmente os I[;,bo- 1, Ohl'a.s ~()vas de S,anealuentc) ,,' A.bH~-
rat.ol'ios de analyses ehüuicas e hacte- tecÍmento de agua á Capital _.- . .;\:-;
riologicas, annexos á repartição incum- obras novas para o augmento do aba::;··
,.
bida d'esses serviços. tec:imento de agua á cidade f.~yeral1l

Com o fim de preparar a act'lal rê- consideravel impulso, du'rante I) v,·111W


de distribuidora para receb~r o {~Ol1- findo.
tingente do Cabuçú e corrigir as falta.s O plano, que para esse fim foi tra--
de agua pela insufficiencia de dian1e- çado, está sendo fielmente executado,
tros da canalização, procederam-se HOS restando apenas, para. sua finalizaçan,
• •

necessarios estudos' para o r-elnaneja- realizar algumas obras,' que uã.o pUdi'·

menta da referida rêde, tellc.o ficf,tdo o ram ser atacadas em tempo, .


devido
.
,\
. trabalho concluído. impedinlelltos judiciarios, creados pe··
A rêde de distribuição foi augmen- los. donos das ,terras. ond'e ellas tiYi;;'·
tada com cerca de 6.000 metros, fi- ram de ser executadas.
O novo abastecimento p~lo Cabuçú
cando, no fim do anno, eleyada a .,'
403.772,81 metros. Foram feitas 1.22'5 e Barl".Qcada, que deve fornecer á d~
ligações, ficando el>evadas a 24. 967, da de um volume de agua de 4'~ milhões
sendo que muitas servem a grupos de de litros diarios, foi executado so-
predios. mente no que diz respeito ao Cabuçú,
Para a regularidade da tlist:'nmiçã.o que, por si só, pôde dar um volume

de agua e ainda que para isso fossem de 30 milhões, em maxilna êstiagem,.
r·eduzidas as actuaes taxas, seria de luas a canalização para a cidad'€ j.:Í,
grande alcance a gBneraH'7.ação do em- foi feita com capacidade para i:f'azer
prego dos hydrometro~. pela fórma os dois mananciaes.
eonsiderada no projecto de lei que es~ Tiveram andamento regular i)S tra-
Ut dependendo, de vossa apll:-ovaçáo. balhos ·da excavaçao do canal entr.e os
aterrados do Braz eda Moócil., conti-
Não obstante a escassez da verba de
nuando-se a empregar o apparelho ex-
que dispõe a repartição competente.
cavador e transportador "cable~way",
tiveram regular andamento os servi-
com grande vantagem de celeridade de
(OS relativos á rêde de' exgottos,
execução e economia no custo da 'obra.
Dentro dos recursos ordinarios' fi.· Até 31 de Dezembro estavam prom-
zeram-se mais 1. 076 ·ligações e, por
ptos 3 O9 metros de canal"" faltando
verba extraordinaria, mais 346, ele- ainda 131 metros para chegar ao pon-
vando-se, pois, a 1.422 os predios Ji~ to onde deverá parar o serviço, ate
gados á rêde, durante o anno passado. qU.e os terrenos necessarios para essas
A rêde aetnal de exgottos carece, obras possam s·er obtidos por preços
além de outros melhoramentos, de ser razoaveís, levando-se em conta o bB-
qu~nto antes ampliada aos bairros ain- I neficio que resultará, para os seus pro-
,
da não servidos e abrangendo densa prietarios, do enxugo e saneamento
população.
!
da parte que continuará em sua pro-
Alguns collectores foram construidos
!
priedade.
pela verba 'ordinaria da repartição e Saneamento de Santos Continua-
outros o foraln por verba extraordina- 1'a111 com toda a regularidade as obras

na. de saneamento da cidade de Santos,
Em 31 de Dezembro ultimo, eleva~ tendo sido os trabalhos da nova rêde
va-se il. 844.859,52 metros·a extensão de exgottos execut.ados por administra-
de rMe de collectores.e ligações 'de ex- I ção até Abril, e, dahi em de"nt.e, por
gottos, dos quaes 44.811,35 metros I
empreitada.
construidos em 1906. Ficaram ,concluidos dois coU.eetores
- 253 -'

11" .'lqJCl'eto, - umcorn Om,60 de ,diame- calizado vela Comnlissão, e a ser dh;-
11'(1 (' outro conl os diametros de .... tribuido com regularidade ..
,

O,I;H --0,70.' na ~xtensão total de • • • • Obl'as Publicas Durante o ann (.


;1, 'f :~4 metros. ~ passado, foram orçadas pela repartl-
J<'oram execut-ados _3.710 métros de ção competente obras diversas, na iUl-
j'ol!H:tores de manilhas de varias dia- portancia total de 2.274:311$653 e
ltil,j t'OS e proseguiu-se na rectificação .foram autorizadas obras no valor d 8
d(l do dos Soldados. 2.991: 440$133.
1\' medida que avançam os traball10s As obras conclui das, durante o an-
d,~ drenage.m superficial, vae sendo 110 passado, montaram em ........ .
lIotitd? a sua• benéfica influencia, para 1.820:655$110 e mais lbs. 1.170-0-0,
•'., Ii .,,;,aneamento das zonas atravessadas No fim do anno passado, estavarL
I) [Iara. a valo,rização dos terreno::: e em andamento obras orçadas em ...
prédios. 1.744:981.$477. com as quaes já se ti-
O custeio dos exgottos existentes nha despendido 564:120$307, faltan-
tem merecido a attençao da Commis·· do ainda despender, até a sua conclu-
, '

!~iio de Saneamento de Santos, que jul- são, 1.180:861$170.


g"l. não poder a cidade ser considerada O serviço de conservação de €stra-
mlneada., senl a refórma completa da:::; das manteve-se em regular andamen-
in"ta!lações defeituosas e sem a decre- to, tendo-se elevado á importaneia tfJ-
ração de um regulamento que puna tal de 174: 971$153 os contractos celp·
i'olh rigor os abusos a que S8 habitua- brados para aquelle fim.
ram muitos constructores e proprieta- A passag,nn de rios em balsas e ca-
rios. nôas continuou a ser custeada, elevall-
o serviço de abastecimento de agua, do-se a 47:868$284 os contractos ce-
a cargo da City of Santos Iinprove- i lebrados, durante o anno findo, para
rnents Company, continuou a ser fis- a manutenção desse serviço.
,
Contabilida(le --,A lei de orçamento p3.lra o' 'exerCl-
cio de 1906 consignou, para os serviços ordina-
rios da Secretaria da. Agricultura.. • • • 13.588:855$927
Para oecorrer aos ,serviços extl'aordillarios, abri-
ram-s·e, durante o anno, de conformidade com

as auctorizações legislativas, os seguintes cre-
ditos:

Supplemental'es, no total de • • • • 1.450:000$000
Especiaes, no total de . • • • • • , • 11.248:123$945

Total. • • • • • • 26.286:979$872

Das importancias desses


creditos i da Estrada de Ferro Sorocabana, con-
supplementares e ·e8peciaes, apenas a I, forme venl minuciosamente explicado
somma de 907: 373$111 foi tirada da no relato rio daquella Secretaria.
receita ordinaria, o restante. isto é, A despesa da mesma Secretaria, es-
11.790:750$834, proveiu dos empres- cripturada até a data do balancete an-
timos autorizados por lei para os 8er-

I
, nexo ao mesnlO r.elatorio, montou a
viços de immigraçã.o e· colonização e
para as obras novas de prolongamento
i 23.870:712$344, sendo as suas maio-
res pareellas as seguintes:
Obras ,publicas em geral • • • • • 1.231:359$378
Saneamento de Santos . • • • • • , • • 1. 477: 694$879

254 -

Estrada de Ferro Sorocaba.llp. . • • • • • 6.599: 845$281)·


Colonização e Immigração _ • • • • • • 2.193: 889$120"
Novas construcções da Estrada de Ferro Sorocabana 3.200:000$000
Saneamento e abastecimento de agua da Capital. • 4.356:459$677

Finanças Os dados que trago ao vosso conhecimento delnons~·



tram que é prospera a nossa situação financeira .
.
Receit.a, e Despeza. A Receita e a Despesa escripturadas no exer··
cicio de 1906 foram a constante do seguinte balanço:

RECEITA
•• •
Saldo· do exerclClO ne 1905 • • • • • • 10.62"'7:236$208
Receita ordinaria e extraordinaria . • • • • 58.993:213$821"
Arrecadação de dinheiro de orphams, bens de d€-
functos e ausentes e depositos de - diversas ori-
gens • • • • • • • • • 1.992:986$46€

Supprimentos recebidos das e~uxas dos 1exercicios
de 1905 e 1907 • • • 17.757:662$04>
Divida interna. fundada • • • • • • 2.687: 500$OOj]

Emprestimo para a va.Iorizaç;áo (lO café • • 61.932.: OOO$(lÚl)
Correspondentes da valorização do café. • • • 62.045:786$915
Montepio dos magistrados. • • • • • 19:980$000
Taxa
. de tres francos • • • • • • 1.971:051$957
Saldo a. favor de exactores • • • • • • 10:368$121

218.037: 785$5%
DESPESA
,
Importancia paga por serviços pertencentes ás di- .
versas Secretarias de Estado. . • 51.614: 8!'5ifi592
Restituição de dinheiros de orphams, bens de de-
functos e ausentes e depositos diversas origens '1.802:097$810
Restituição de saldos a favor, por €ncontro de COntas 3: 542$500
Despesas -da valorização do café:
Pa.go 'por differenças no typo, nos emprestimos ex-
ternos, commissões, juros, publicações, viagens
e outras despesas a. amortisar pela taxa de tres

francos. • • • • • • • • • • 7.014:512$358
Valores em café:
• •
Pelos existentes ao enc€rrar-se o exerclClO. • • 89.017:976$761
Saldos para 1907 . • • • • • 58.584:800$015

218.037:785$536

A Receita Ordinaria proveiu do seguinte:


Direitos de exportação do café.•
. . . • • 25.858:451$677
Imposto de transmissão de propriedade inter-vivos e
causa-mortis • • • • • • • • • • 4.147:190$898
Imposto de transporte ou de transito. • • • • 1.097:432$754
255

fmposto predial • • • • , , • • 78'1:380$880}


Taxa de exgottos na Capital e Santos. • , • • 1,149:732$800
Idem de cons umo de agua na Capital • • o 1.512:130$332
.Proveniente de outros -impostos de menor importan-
eia ou de outras fontes de arrecadação . •

38, 843:1l7$7~1)
A Receita Extraordinaria 1l1'Oveiu do seguinte:

Iudemnizações: ,

Diversas proveniencias. 4~1; 478$934


Eventual:
.1 uros de dinheiros depositados
em Bancos . , • 158:283$613
Lucro verificado na compra de
titulos no Extrangeiro 18:435$840
Differença de cambio na venda
de cambiaes , 6,133:229$283
Multas porinfracção de lei ou re-
gulami9nto , • 43:683$596
.

Outras proveniencias . , 34:378$402 6,355:010$7H


= 4. "

Renda de estabelecimentos do Estado:

Estrada de Ferro Sorocabana 12.736:715$610


Outros • • , 304:800$799 13,041:616$40~

Imposto sobre loterias • 299:090$000

20,150:096$077
Desta demonstração se. verifica. que a receita escri-
•,
pturada pelo Thesouro, foi de . . . , • 58,993:213$827
deduzindo desta importancia a parcella proveniente
da differença de cambio na venda de saques
so bre Londres, por conta dos emprestimos con-
trahidos, que se elevou a ,.. , . 6,133:229$283

teremos para r-enda propriamente dita. • • o 52.859:984$544


que, comparada com a importancia orçada '. , • 47.359:000$000

produz uma· maior arrecadação de. • , , 5,500:984$544

A despesa paga pelo Thesomo, classifica-se pela seguinte forma,


o

pelas q ua tro Secretarias de Estado;

Secretaria do Interior , , • • , • • , • 11.424:020$111


.
Secretaria da Justiça , , • • , • 10.766:024$326
Secretaria da Agricultura • • • , , , 25.596:666$640
256 -

Secretaria da Faz'enda • • • • 13.828:144$515


.
61.614:855$592
A despesa fixada na lei do orçamento foi de. • • 47.346:204$086

havendo, portanto, U-lU augmento de despesa de. 14.268:651$506

Neste augmento figuram, além do


custeio da Estrada de Ferro Sorocaba·
I relatoria da Secretaria da Fazenda sE'--
rá exposto mais minuciosa.mente tod~)
na, as despesas COlll a continuação do o movimento relativo á Receita e Des-
prolongamento e refórmas da mesma pesa do Estado, co In especificação do:.;
Estrada; assim como, com o desenvol- creditas abertos durante o ,~xerctci{).
vimento dos trabalhos de Abastednten ... com discriminação das verbas da desp~'-­
to de Agua., na Capital, Serviços de sa ordinaria e daquellas que t~onsti­
Exgottos, na Capital e Santos, e com c tuem auglnento do "Patrinl0nio)l.
serviço de Terras, Colonização ~ Im .. Activo e Passivo Ao encerrar-sI"
migração; ~erviços estes. para os o exercicio de 1906, a somma do Acd-
quaes passaram do exerci cio anterior I vo do Estado de São Paulo era de .. '
eecursos provenientes dos emprestimos 359.533:287$712 e a do seu PassÍl.'o
contrahidos para esse fim. Taes servi- el·8. de 248.146: 573$669, haven,b.
ços representalu capital empregado e, portanto, uma differença de ...... .
uma vez cOllcluidos, terão de figurar 111.386:714$043 a favor do Activo.
na conta do Patrilnonio do I<~~t.ado. No , como se verifica do seguinte balanço:

ACTIVO

Propl'ios do Estado • • • • • 144. '124:387$818


Valores pertencentes ao Estado. • • • • 40:375$836
Divida Activa • • • • • • 22.750:428$225

·•
Café. • • •• • • • • • • • • • 89.017:976$761
Despesas com a Valorização do Café. • • • 7.014:512$858
Valores recebidos em caução e outros. • • 37.700:806$199
Saldos para 1907 • • • , • • • • • 58.584:800$015
,
359.533:287$712
• PASSIVO
Divida externa fundada:

Los. 6.189.800-12-6, calculadas ao cambi" de 27 d. 55.020:431$838


Divida interna fundada em apolices. • • • • 5.021:000$000
Divida fIuctuante (dinheiro de orphams etc.) • • 6.697:4S6$597
Correspondentes da valorização:
Pelos saques feitos sobre remessas de café • • , 62.045:'786$915
Emprestimo para a valorização:
Lbs. 4.000.000·0-0, ao cambio de 15,1/2 • • • 61.932:000$000
Montepio dos magistrados. , • • • • • 19: 980$000
Taxa de tres francos. . , • • • • •• • 1.,971: 051$957
Saldo a favor. de exactores • • , , • • • 10: 368$121
Caixa de 1907. . . . • • • • , • • '17.727:662$042
- 257 --

Valores que se compensam no Activo:


-
('. ,;:,.uçoes • • • • 1.318:228$199
Estampilhas • • • • • • 26.918:129$300
Pape) sellado • • • •• • 402: 473$700
.r lHOS de apolices . 20:475$000
Yalores recebidos em hypothecas 806:000$000
Apolices a entregar • • • 1.585:500$000
Tít.ulos caucionados • 6.650:000$000 37.700:806$199

Somma do Passivo. . • , • • • • 248.146:573$669


Saldo a favor do Actiyo • • • • • • • . 111.386:714$043

359.533:287$712

Compl:as de Café No intuito de verno contrahiu outro emprestimo no


d{,~fender os interesses da lavoura e do valor de lbs. 3.000.000-0-0, por in-
(~ommercio deste Estado, sériamente termedio dos srs. J. Henry Schri:ider &
ameaçados pela depreciação dos pre- Comp., de Londres, e do City Bank.
ços ào café que forçosamente se ma- de Nova York. a prazo de cinco annos.
juros de cinco por cento ao anno e ga-
nifestaria pela' exportação e venda da
rantia da taxa de tres francos arreca-
"xtraordinaria colheita de 1906-1907.
dadas em Santos; ficando reservada
() Governo do Estado antecipou a exe-
deste emprestimo a somma de lbs. .,.
cução do plano da valorização .adapta-
1.000.000-0-0, para resgate no res-
da. no Convenio de Taubaté, iniciando pectivo vencimento das letras a favor
rompras de café no intuito de regula- do Desconto Geselschaft, de Berlim, de
rizar a. posição dos differentes mercar que acima tratei.
dos. Para esse fim, contrahiu primei-
As compras de café foram iniciadas
ramente um emprestirno de lbs. . ...
em Agosto de 1906.
1.000.000-0-0, repl'8sentado por le-
tras do Thesouro a favor do Desconto Até o encerramento doexercicio,
Geselschaft, de Berlim, venciveis no achavam-se completamente liqUidadas
prazo d8 um anno, e contractou com pelo Thesouro as compras referímtes á
importantes banqueiros e casas conhe· compra e consignação de 2.596.566
cidas no eommercio d.e café a consigila- saccas de café, todas de qualidade su··
ção, a largos prazos, para portos euro- perior, nas quaes o Estado empregou
peus e americanos, dos cafés que fosse 89.017:976$761.
adquirindo: posteriormente, para con- Esta despesa foi coherta com os fJe-

tinuar conl as lnesmas operações, o Go- guintes recursos:

Tirado do producto dos emprestimos externos no va-


Iar nominal de lb8. 4.000.000-0-0. . . . 26.927: 189$846
Idem dos saques feitos sobre os banqueiros corres-
pondentes da valorização, na proporção de mais
ou menos 80 % sobre o valor dos cafés embar-
. ('ados pelo Estado, lbs. 3.454.847-12-5 e mar
cos 7.253.571-81 . . . . . .. 62.045:786$915

89.017:976$761
... . .

, "
.. - -

258 -

t"4"o corrente exercicio, () li;sLado con- firmado com o acolhimento que teve o'
tinuou CODl as compras de café, com- projecto para o emprestimo de Ibs. '"
pletando approximadamente . ...... . 3.000.000-0-0 ao Estado de São Pau- ,

8.000.000 de saccas. Este café está lo, cuja realização pende da delibera. ,
todo pago, estando tambem pagas t0- çã.o do Congresso Federal e cUjo pro-
das as margens devidas em cons'e queu- d ucto é de$tinado a auxillar o Govel"
cia das baixas havidas nos preços, e no na inteira execução desta parte di!
acha-se armazenado nas praças do H a- , se u plano economico. .
vre, Hamburgo, Nova York. Bremen. I Con.clusão São estas, s rã. Merrt··
Londres, Antuerpia
,
e em o utras da
,i
bros do Cong resso, as informaçõe,"
Europa e da America do Norte , me- i acerca dos negocios publicos do . Esta··
diante contractos para consignação ce- II do, as idéas e providencias em bem do
I
.

lebrados pelo Estado, restando cerca interesse geral •


que, por s ua malO;·
de 800.00 0 saccas de café nos merca- J importancia. julguei dever apresenta 1'-
dos do Rio le !
Santos, que serão embar· 'vos, Esclarecimentos mais desenvolvi-
cadas opportunamente, para ser em '
dos , que vos habilitarão a formar ju i-

,- ctos anteriores. I
I
"'warra,ntadas" na fórma dos contra- , zo completo a respeito do estudo dos
,I serviços a cargo da pUblica ad minis··
,
Tendo o Governo retir a do dos mer- ,, I tração, vos serão foru-ecidos pe los re-
,
cados de café mais do que o excesso I, latorios dos sr s, Secretarios de E stado ,
,
proveniente' da sa.fra de 1906-1 907, ,, A estes meus honrados e ' dignos au-
julg ou desnecessario ' continuar a sua I !,
xiliares, que , com inteira capacidade e -
cheios de patriotismo e abnegação,
Intervenção directa e continúa nos I
,

,, têm-se ded icado com solicitude á call-


meraados, dando a ssim lagar a resta- ,•,I sa publica, de vo o meu sincero reco-
belecer-se a livroe- con correncia, para. ,
I
voltar o commercio do café á sua nor- ,, nhecimento pelo intelligente concurso.
,,I competente e leal collaboração e ines-
malidade habituaL O Governo conti- , ,

,• _timaveis serviços prestados ao meu


núa firmem ente delibera do a reter pe- •,,
,, Governo, sendo-me grato patentear que'
lo tempo que iôr necessario os cafés ,,
I o bom encaminhamento dos n ego cios
que tem adquirido, só dispondo delles Ii publicos foi, em grande parte devido á
quando as necessidades do consumo
sua criteriosa e efficaz cooDe ra~ão.
venham a exigil-o, e por preços corres- , São Paulo, 14 de julho de 19 07 ,
pondentesás, vantagens que o Governo I
. tem- em vista assegurar á lavoura, sal- ,I
I,•
vaguarda dos quanto possivel os inte- ,,
• * ...
" resses do Thesonro, sem preoccupação, "
I
porém , de lucros ou prejuizos, por não ,, BIBLIOGRJiPIDA - O dr. J orge Ti-,
" . I
ter promovido estas operações com ca- I biriçá escreveu e publicou díscul'SOS, re-
racter especulativo. Além dos recursos latorios e mensagens. Sobre elle veja:
de que o Governo dispõe provenientes Leopoldo de Freitas O Presidente
da. arrecadação da taxa de tres fran- de S, Paulo estu do poHtico S ..
008 e das operações de credito que tem Paulo 1907; typographia Rose-

feito, e qne 'deve- .. continuar autorizado nhain & Meyer. - Consulte tamberrl
. a fazer, conta com o apoiO dos Estados jornaes da época em que o presidente·
,signatarios, do Convenio de Taubaté e '
'
subiu e desceu do poder.
com o concurso efficaz do Governo da ,
UnIão, ainda agora mais uma vez af- - ,

, •

,
,

Manoel Joaq' de Albuquerque Lins


61." PR.ESIDENTE
.
(De l." de Maio de 1908 a 1." de Maio de 1912). .



DR. MANOEL JOAQUIM DE ALBUQUERQCE Ll N

.... -.' . -.
-0'-
• '
~. -
,~..
.~ '-

-.•
O<

• '.

- -'~ - - - .
,---------------------------------------------------------


MANOEL JOAQUIM DE ALBUQUER" iução que se operava, pois h a via ins·


QUE LINS nasceu na cidade de São cripto em sua bandeira "a federação
Miguel dos Campos, .Alagoas, a 18 de - com a monarchia ou sem eUa", con-
setembro de 1852. servou-se. todavia, a principio, em at-
-
Seguiu o curso de direito na Facul- titude reservada. O dI'. Albuquerque
dade de Recife , da qual, em 1877, re- Lins manteve-se discretamente ao lado
cebeu o grau de bacharel em sciencias dos seus partidarios .
jurídicas e sociaes. Muito moço veiu Outra não ~oi. nos primeiros dias t

para S. Paulo, donde nunca mais se a posição ostensiva do partido conser-


retirou. E' hOJe um dos grandes vul- vador, embor houvesse acceito a de-
tos da sociedade paulista. posição do governo ad verso que o op-
Exerceu primeiramente. a magistra- primia, co mo facto consumado e aus-
tura desempenhando, entre outros o •
plClOSO .


cargo de juiz municipal do termo de •
No dia 18 de novembro, pOl'enl. num
Capivary deste Estado, e nesse cargo meeting popular, que se tornou his-
se con~ervou até ao anno de 1887. De- torico; ambos ôs partidos m onarchistas
dicou-se , depois. á profissão de advo- de S. Paulo resolveram, .' esq uecid<ls
gado, e por fiiri
, á vida de agricultor.
, das antigas dissenções, confraternisar
Aliou-se pelo casamento á antiga e n.o pensamento de cooperarem para a
opulenta familia Souza Queiroz, tão organiza.ção política da patria livre,
,

preponderante no regimen passado, na concorrendo assim para a formação •


politica liberal da provincia. d<; um partido nacional o grande
,
Foi eleito pelo 5.' districto,depn- partido republican,, " . Foi então una-
tado á Assembléa Provincial para o nimemente votada, no meio de entbu-
biennio de 1888-89, e tomou parte sa- siasticas accla.mações, a seguinte mo-
liente nos debates. Pertencia o dT. ção, proposta

pelo conselheiro Antonio
Albuquerque Lins á bancada liberal. Prado:
na qual tinham assento 17 representan- Os cidadão~ aqui reunidos pelo im-
li

tes. Eram os conservadores em nu- pulso do patri<ltismo, que exige o con-


mero de 19, e os seus chefes Antonio curso de todos os brasileiros. nas
Prado e Duarté de Azevedo. O partido actuaes circurrístancias para a garantia
republicano tinha apenas, nessa legis- dos direitos civis e politicos. acceitam
latura, 4 deputados: Campos Sal, para forma do g'overno da Nação a
leso Prudente de Moraes, Bernardino ,
Republica Federativa dos Estados UnI-
de Campos e Martinbo Prado •
Junior . d"s do Brasil. Outrosim, prestam leal
Quando sobreveiu a RepubJica, e decidido apoio ao ' Governo Prov!so-
achando-se ' en tão no poder o Ministerio rio e ao do Estado de S. Paulo, para
Ouro Preto, de 7 de junho de 1889" que eIles possam cumprir o seu d-ever".
o partidO liberal de S. Paulo, embora Tendo sido l"esolvida. pelOS directo...
theoricamente preparado para a evo- res da situação que se inaugurava, a
, ,.,',',

- 262 •

Inclusão de politicos do antigo regimenI Ines da Fonseca. Tristes dias atraves-


,
na chapa republicana para deputados sou o Estado de S. Paulo; mas a
ao Congresso Constituinte, ficou desde habilidade do dI', Albuquerque Lins
logo assentada a candidatura do dI'. p-Oude conjurar' os graves perigos qu('.

Albuquerque Lins. ameaçavalll S. Paulo. Afinal, passou
Ainda por solidariedade para com os i a tempestade, que se armara, mas não
seus antigos correligionarios, teve elle, I chegara a desabar, e o nome do dr.
. porém, de 'retirar a sua annuencia, Albuquerque Lins foi victoriado coni
". que já havia concedido, a essa apre- os mesmos applausos, que cabem aos
sentação officiaL Foi devida essa de- , chefes que sabem. vencer sem o derra-
liberação a niotivos de méra suscepti- mamento de sangue.
bilidade, e nãó' ã razões de ordem po- O antigo presidente é actualmente
litica; por isso que declararam todos senador esfadoal e membro da Com-
que continuayam a prestar apoio ao missão Directora do P. R. P. Vive
governo republicano. O dI', Albuquer- em S. Paulo, é grande capitalista o
que Lins tornou-se um dos mais de- abastado agricultor em Limeira. E~
dicados servidores da Repu blica, em anl dos homens representativos da nos-
S. Paulo. ! sa sociedade culta, e~ por isso mesmo,
Em 1891, foi eleito o dr. A. Lins I apreciado e respeitado por todos quan-
deputado ao Congresso Constituinte do tos lhe conhecem as virtudes e os ser-
Estado. ' viços á causa publica.
Foi eleito vereador da municipalida-
de da capital do Estado, para o trien-


nio de 1899-901. .Durante todo o pe- "/
• • :;:•
riodo da legislatura viu-se, pela es-
colha dos seus pares, elevado á. cadeira Apresentado como candidato a pre-
. de presidente da Camara Municipal, sidente de S. Paulo, o dI'. Albuquerque
cargo esse que exerceu com inexcedi- Lins leu a sua Plataforma de Governo
vel zelo, íntelligencia e dignidade. no banquete que lhe offereceu oQ par-
Tendo oecorrido uma vaga no Senado t,ido republicano, na noite de 25 de
do' Estado, foi o· dr. Albuquerque Lins janeiro de 1908. Eis o notavel do-
o escolhido para preenchel-a. cumento:
Nos postos que lhe confiaram oS "Exmo, sr, dr, presidente do Estado.

republicanos, o dI'. Albuquerque Lins Exmos. srs. secretarios de Estado.
augmeutou o seu prestigio politico e Exmos. srs, membros da Gommissão

cresceu no animo de seus concidadão.s Directora do Partido Republicano.
a confiança que sempre inspirou e ins- I!•• Exmos. srs .
pira a ·sua personalidade disfincta, cor- Por menos saliente que seja a mÍ-
recta, culta e prudente.. Serviu como nha posição individual neste convivio
secretario da Fazenda no periodo pre- I selecto, em que v·ejo representado tudo
sidencial do dr. J ol'ge Tibiriçá. E fin- II quauto S. Paulo tem de mais. distincto
da essa eommissão de que se desem- e de mais i1Iustre, tenho o destaque
penhou brilhantemente, foi eleito pre- forçado que me advem da honra in-
sidente do Estado de S. Paulo e exer- signe de ser o ê'ándidato do Partido Re-
ceu o poder no quatriennio de 1908- publicano Paulista á. presid.encia deste
1912, Foi durante o seu governo que grande Estado, na eleição que se vae
se deu a tentativa de iJ;ltervenção fe- proceder a 1 de Março proximoQ fu-'
deral em S, Paulo, sendo então pre- turo.
sidente da Repuõ'Iica o marechal Her- E é exactamente neste cal'àcter qüe
263 ,

.
Ui(~ animo a levantar-me, para agra- i Foi nesse lll0mellto
, e sob "essa im-
d(~cer com prazer esta carinhosa maní- pressão que .o Partido Republicano teve
I'estação dos m.eus chefes e amigos em de fazer a escolha do seu candidato á
rr~sposta á saudação eloquente que eUl presidencia do Estado para o futuro
Ilome de todos ãcaba de dirigir-m'e, em quatriennio constitucional.
tor.fiOS tão animadüres e benevolos Foi lembrada em tempo opportuno,
para mim, o preclaro "republicano, .di- em boa hora e com muita justiça, por
g-uo "leader"~ da camara dos deputados eminente e festejado representante
do Estado, dr. Julio Mesquita, tão acos- nosso, aqui presente, a alta convenien-
tumado a formar e dirigir a opinião I cia, ou antes, como foi dito, o dever
publica entre nós,. nas ma.is agitadas politico de ser reeleito, e apOiado até
',' "

das questões. o fim, 'o auetor e executor do grande


.
emprehendimento, que embora pudes-
No nosso actual momento politico I'
hem poucos poderão desc.ouhecer a im- se ser considerado arriscado, se im-
! poz ás suas meditações e ás suas res-
periosa conveniencia de não ser p·er-
turbado ou interrompido o programma ponsabilidades de chefe do governo,
D plano geral do governo que com assi-
como medida de salvação, no meio da
gnalado saber e pal:riotismo se traçou prolongada e premente crise da n.ossa
'lavoura.
e tem executado o presidente Illustre,
tão justamente consagrado pe"la estima Teria assim o encargo ou a gloria
e confiança do Estado de S. Paulo in- , de resolver o grave problema, que~
teiro.
í ::~:n:iàc:r:!::i=:C~ ::f:es~:;' r:::n
a
Ahi está, acima de tudo, a questão
sabilidades, previstas todas a's difficul-
8conomica em seus multiplos aspectos,
dades, estudados todos DS elementos de
continuando a constituir primordial
influencia, e com absoluta confiança.
preoccupação de todos, principalmente
A reeleição, porém, dependeria da
depois das grandes olPerações reali-
reforma do exprêsso preceito constitu-
sadas para a defesa e pela salvação
,
cional; seria em todo o caso um pre-
dessa riqueza enorme que a lavoura
ceden te a a uctorísar e justificar deli-
paulista representa; questãü vital, em-
berações semelhantes, talvez sem as
penho maximo. nosso, cujo exito nos
mesmas inspirações patrioticas; medi-
vem garantido pela intuição feliz com
da de excepção a um principio demo-
que foi levantada, e pela orientação
cratico uniformemente accetto, e já
pratica, pela acção energica e pela
consagrado no nosso _ regimen consti-
confiança inabalavel CQ111 que vem
tucional.
sendo resolvida.
Neste sentido, quem primeiro se pro w

E. tudo isto foi feito em virtude de nunciou, de modo a prevenir desde logo
amplas auctorisações concedidas, por que continuasse a agitação em COll-
.
força de leis votadas, com applauso trario, foi o proprio que dev·eria ser
geral e, pode-se dizer, com a inteira reeleito, e conl aquella superior correc-
responsabilidade do povo paulista, em . ção que o tem feito respeitado e admi-
repetidas manifestações não só de ca- rado· eln todos os seus actos e delibe-
racter official como de iniciativa par- rações.
ticular. Devois, disto, era natural que a opl-
E' uma situação que interessa a to- níão se voltasse para outrem que re-·
dos e que tem de ser levada a bom ter- pr~sentasse O n18smo pensamento, iden-
-lUO, por honra nossa, pelo credito e tificado com o mesmo programma,
pela fortuna do nosso Estado. mais de perto compromettido com a
264-

mesma ca.usa, mais ostensivamente SO~ E_~ boçar


'.
theorias e apregoar prome:-;-
.

lidario com as mesmas responsabilida- . sas. mal illudiria o caracter e o genfo


des. O que o voto da Convenção do paulista; a sua espectativa reclama lin-
Partido Republicano resolveu foi, pois , guagem mais positiva, a sua confian~a
o caso e'ê onomico em discussão, ou an- conquist-a-se no terreno pratico. por ser-
tes, em execução; e é esta a questão viços e por factos, e nâo por palavras .
mag na , sob re a qual o -eleitorado pau- Em verdade, não ha muito que in-
lista é chamado a pronunciar-se na novar e reformar nas actuaes insti-
proxima eleição presidencial, como em tuições do E stado, criadae como têm
verdad eiro plebiscito, e · a exemplo do sido e adaptadas a um povo rico . pro-
que notadamente nos Estados Unidos g ressista e culto, éonfiante no seu · fu-
tem sido de estylo politico por forma turo; já n~o será facil tarefa conservar,
e em circumstancias muito semelhantes . consolidar, aperfeiçoar e desenvolver
Si se tratasse de uma escolha pro- tudo o que está leito.
priamente pessoal, em 'consideração de Assim não faltem os llecf::ssarios re-
aptidões, de meritos e de serviços, ou- cursos.
tros nomes seriam certamente lembra- Felizmente pode··se contar confiada-
dos dentre tantos que se distinguem mente com aproxima solnção do actual
na nossa representação pOlitica e so- · problema economico, e então ficará
eial. definitivamente consolidada a n ossa si-

tuação financeira .
E neste particular, seja-me aqui pel'-
.. Fixado como está o val or da moeda
mittida uma referencia opportuna e
nacional, basta que o café· deixe de
uma declaração sincera que não dev o
ser convencional instrumento de es ..
calar por civismo e" por le aldade. Nin-
pec ulação e ibgo, para valer commer-
guem co m melhores titulos do que o
cialmente o que deve valer como um
eminente brasileiro dT. Campos Salles,
dos mais importantes artigos do com-
um nome nacioual, popular e presti-
mercio do nÚllIdo, o frueto do capital
gioso sempre no seu E stado, honra do
e do trabalho de um povo que, apesar
Partido Republicano Paulista. • .
de ter nelIe um monopolio incontesta-
Não temos em S. Paulo divergen- do e sua maior fonte de riqu eza, se
eias pal'tidar.ias radicaes e permanell-
j contenta em compensar-se dos seus gas-
. teso com principÍ.o s oppostos ou por
I
, tos de produ cção.
normas de governo antagonicas; nem
Nunca será ·por demais repeti!': que
te mos luctas pessoaes por ambições ille- o governo nem o povo paulis ta póde
gitimas ou por inconclliaveis rivalida- deixar de preoccupar-se multo e sem-
.
des. Quando se trata do bem publiCO pre, com a sorte da lav{)ura e do com-
e do interesse geral, impera uma lei mercio de café.
snprema, existe um ideal commum: O desiquilibrio occasional que fatal-
P elo engrandecimento de S. Paulo. mente teria resultado da extraordinaria
A acção de um governo que tem de colheita do anno anterior, com pr9 N

exercer-se em meio . tão favoravel e juizos de toda õrdem cujo alcance e


_elevado, tem assim de antem-ão -tra- intensidade não é occasião de calcular,
çado o se u lemma e a sua divisa, dis- ficou prevenido opportunamente e effi-
pensando quasi particularidades
..
' ,
e de- cazm€nte pela intervenção havida e
talhes , sobretudo quando continúa o com a retirada de toda a superprod uc-
mesmo pensa;mento dominante conheci- ção . provavel: tal a crise violenta e·
-. do e é conservada a mesma orienta- su bita, tal o recurso energico e ex-
ção politica . . traordinario .

:,;r":
'::';-
-.' -
" -.. - :
- 265

I'",ra tranquillidade dos mais appre- I outros j,á prevenidos e de facil aqui-
heHSiv:os e timidos, vem a proposito sição, SI necessario fôl'. e conhecidos
r!'I::istar que, mesmo aos preços actuaes, como já estão todo o mectlanismo e
J'i,!';nrada a hypothese de uma liquida- todos os ,meios de acção, e vencida~
çfi.o possivel e conveniente, o producto todas as difficuldades e prevenções,
.10 café, que o governo tem conservado Não pareça que, passado o periodo
fjm deposito ãaria para solver com van- superveniente é ã-gud,o da crise, ha que
tagem todos ,os comprOlnissos cDntra- ficar parado, como quem tem conse-
!lidos para este effeito. sem 'exceptuar gUido o almejado fim. Ao contrari-o.
0:-;: ultimos emprestimos cuja impor- muito ha ainda que continua!' a fazer_
I,mcia liquida não está aindâ toda re- até a definitiva e completa solução de
eebida e applicada, um problema tão difficil e tãoü com-
Não fique ist-o dito, porém, senl a plexo,
immediata e formal resalva de que o Ainda que o consumo do café no
fundo de resistencia formado pelo ,café mundo tenha realmente augmentado
adquirido, do qual até agora não se de modo que possa considerar-se ga·
tem retirado siquer o valor de uma rantida a sahida de toda. a nossa pro-
«acca como principio de liq uidaçao, ducç-ão em sua actual media normaL
não será liquidado, senãõ á proporção sendo certo que esse augmento tende
que as necessidades do commercio e selnpre a crescer, como é demonstrado
do consumo do mundo o forem re- por estatisti"2ãs que não podem falhar;
(;lamando, pela melhor fonna que as I esta evolução natural não pode sa-
circumstancias possam indicar, sem tisfazer ás eXigencias de urna activi-
concorrencia ás "existencias" dos nos- dade que tende a expandir-ge sempre
sos mercados, oom a maxÍlna prudencia, ao convite de uma natureza l-wivilegia-
não sem alguma compensação rasoa- da em sua exuberancia.
vel, si possivel,nunca por processos e Mas, tralJalhar muito, produzir mui-
com intuitos de especulação, ..
to, para accumular unl. pr6ducto sem
Pode. pois, a lavoura, pode o COIú- procura e - sem valor, para não criar
merda, podem todos os interessados fi- riq ueza, antes, para fazer a ruina pro-
car tranquill08, ante a posição definida pria, seria verdadeira insensatez.
e firme já agora alcançada, Dahi, o sabio e prudente conselho
Dispensavel. é a exposição de cifras que '8spontanealnente a todos oecorreu
-
para a confirmação de tal asserto; aliás e que uma lei pr.ovidenciai sanccionou,
são eUas já em parte conhoecidas, e pondo limites ás novas plantações de
deverão ter publicidade conveniente e café, até que o maior augmento do
completa em devido tempo e em do- consumo aconselhe maior augmento de
cumento proprio. producção,
São factos que se vão realisando qua- Emquanto isto, a energia paulista
si C<lm precisão mathematlca; nem têm se vae retemperando, por novas cultu.-
falhado os factores naturaes que fo- ras, por novas industrias. por novos-
ram levados em conta com a prudente -ramos de commercio, por novas ex-
previsão que as boas normas de ad- plorações, avançando selnpre, como a
ministração não condemnam, e que a
,
apregoar que, além do café, e com o
experiencia e as circumstancias cla- café, existem· em S, Paulo muito tra-
ramente apontavam. balho e muita riqueza mais,
O que resta, não ,
é o mais difficil, Seguro e efficaz em' seus resultados,
e está. asseguradQ pelos contractos exis- si constante e activo em sua marcha,
tentes, pelos _recursos actuaes e por I um bom serviço de propaganda é a me-

- 266

lhor garantia. do futuro do café em I confiança e seriedade, _intermediari o:~


prazo mais curto e e m escala muito i e fiadores que serão do credito d,, "
mais larga do que o que lhe é promet- I lavradores sens associados.
tido pelo augmento natural do consu- Com taes elementos, reatadas as ne
mo. A actualidade é propicia, e não gociações que têm sido iniciadas ""
faltam estudos e propostas . estudadas outras que venham a ser
• •
Mas a propaganda propriamente do encetadas, melhorando a situação fi -
·café se ha. de fazer como uma verda- nanceira . geral, é de esperar, e para

'deira lucta economica, praticamente~ tanto devem convergir os melhores es ..·


commercialmente, em toda a parte em forças;- que possam os ter em pl'a~ o
que mais convenha, pela franca con- breve unl ou mais bancos de credito
·correncia do ínteresse particular, como agricola ou territorial, na altura e se-
já não é sem exemplo, estimuladas, gundo a importancia da nossa lavou -
protegidas e garantidas as primeiras ra.
tentativas, quer para a conquista de Com o impulso que ultimamente tem
mercados novos, quer para o alarga- sido dado ao serviço de colonisação e
mento dos mercados existeutes. immlgração, está prevenido qualquer
E' lacuna sempre para lam entar que receio de que possam vir a faltar traba.-
'até agora não tenha sido possivel ins- lhadores para a manutenção regular da
tituir o credito agricola entre nós, ape- nossa grande lavoura, e está bem en-
sar das facili7lades e dos favores que ;
caminhada a fundação de nucleos offi-
·em lei têm sido propostos, e a des- ciaes para ensaio e modelo da pequena
peito do empenho com que tem sido lavoura, que tanto convem desenvoI ..
tentada a realisação deste desideratum. ver e generalisar, para aproveitam.ento
Entretanto temos tantos outros es- do vasto territotio rico e inculto que
tabelecimentos de credito que aqui forma ainda grande parte de nosso Es-
prosperam com resultados magnificos, tado. Collocação immediata e vanta.-
a desafiar confronto em solidez e mo- josa para ocõlóno que vem a procura
·viroento com os mais acreditados e com de tra balho, que não traz capital al-
·o s maiores · que em qualquer parte gum, que precisá faze'r seu aprend'lza.-
fímccionem em condições relativa- do sem sacrificios e de cepções e fa-
mente iguaes. zendo economias, não pode , offerecer-
O valor das nossas propriedades se m elhor e mais apropriada do que
.
.agricolas assenta em bases hoje co- nas nossas fazendas de, café; pa.ra
nhecidas, e não está mais sujeito a aquelles que se apresentarem em con-
'.
imprevistas oseilIações, tendo mes- dições de estabelecer-se como proprie-
'mo descido a um limite minlmo tarios, ahi compreheudido · o nacional
abaixo do qual não pode depreciar-se e o extrangefro já acclimado e que dis-
'lnais; . o mesmo se pode dizer do seu ponha de recursos a applicar, como· é
rendimento provave!. Es tão organlsa- tão commum., ÔS nucleos facilitam (l
. . ..
dos os prImeIros armaze~s geraes, estabelecimento e a· acquisição de ter-
funcci onando alguns •
em condições con- ras ao alcance de todos e nos pontos
veni,entes, emittindo "warrallts" que os mais convenientes; estesnucleos,
vão tendo ac.ceitação e hão de gene- porem, não têm que ser fundados só
ralisar-secomo os ' melhores titulos de por
. conta do Estado e mantidos . sob
·commercio. Merecem igual mençã,o os sua directà administração sendo mes-
novos bancos de Custeio Rural que se mo mais conveniente que o , sejam por
"Vão espalhando por dlfferentes 10caI!- particulares e por: enlpresas que te-
-dades com a melhor perspectiva de nham a propriedade dos terrenos . dis-
267

!Hlfll'J('lS,ou pelas estradas de ferro di- correspollda ás exigencías da nossa pe~


i'h'! ;l,mente interessadas no povoamento culiar educação.
~, rI proveitamento das zonas que per- Mais a caracter nos fica o ensino
'"nrrr,'m. á imitação do que está COID- profissionaL com as nossas -escolas 1101"-
Idli:ldo no contracto do arrendamento maes, escolas agricolas.. de commercio.
fh u::tl'ada Sorocabana. cujos resulta- de artes e de officios. Pela particular
lIj,',; deverào ser animadores e serVll' sympathia q ne merece, e por estar
,(
;. ,
dt' {,;xemplo, ainda em começo de ol'ganisação, é de
-,c ..
'-"
,:>
Si.:;nal feliz de um progresso a esten- especialisar a Escola Agricola Pratica
der-se se-mpre, O mais efficaz e salido "Luiz de Queir,az", fadada a ser um
ill.'--'!,nlillE:nto de civilisação e riqueza,
monumento da' tendencia e do espirito
da nossa epoca.
nnnuncia-se neste movimento que re-
flurge pela construcção de novas li-
O ensino prinlario em escolas dis-
n has ferreas em variadas direcções, fa- tribuidas por toda a parte em que exis-
(~ilit8,ndo cada vez mais as communi-
ta população escolar, ao alcance de to-
(~a.ções já existentes, ligando e appro-
d·as em ·sua parte elelnentar" gradual-
xlmando lugares até agora afastados e mente desenvolvida até completar-se
de accessd difficil, penetrando territo-
pelo ensino integral, e ministrado por
.
rios despovoados e incultos, fazendo professores que sejam prezados e que
('mfi"rn de S. Paulo centro natural, se prezem no ,exercido de sua nobre
,!!Tande emporio para. os ricos e futu-
profissão; é o Que tenlos eUl execução.
ros Estados vizinhos. Tanto isto é ani- formando um systema recommendado
por uma experielicia já longa, preci-
ma.dor. tanto. deve ser animado; e oxa-
l{\ que todas estas elnpresas, grandes sando apenas tornar-se um pouco mais
t· peq uenas, antigas e novas, tenham
popular e mais simples em alguns pon-
(i indispens~vel estabilidade e ambicio-
tos dos processos e dos programmas
nada prosperidade, para que possam adoptados.
alcançar os fins legitimos e os nobres i Em mate ria de hygiene o serviço 01'-
intuitos de Sua constituição, bem se1'- I ganisado satisfaz ás necessidades da
\'ldo ao publico, em abono da boa di- I fiscalisação e da defesa. e tem a pro-
va da ·sua benemerencia nas excellen~
rcc-çã.o propria e tambem para credito
tes condições sanHa rias de q U8 gasa
!' reeommenclação do meio em que func-

dúnam. actualmente todo o Estado; neUe es-


tão igualmente acautelados os elemen-
,Os depa.rtam'entos da instrucçãa pu- tos necessarios para a prompta Qrga-
rllica e da hygiene são apparelhos já nisação de qualquer serviço urgente
e têm sido cuidados com que se torné reclanlado por casos ex-
• e apuro que já têm adqui-
• zeJ.o
tant.O I traordinarios e imprevistos.
rido fóros (l-e tl'adieção e especialidade
Uma reforma judicial'ia enl que se-
nossa"
jam unificadas tantas disposições par-
I
E maioria.. de instrucçã.o secunda- ciaes e esparsas, que se têm accumu-
ria é süperior regulam as leis fede- ,
i lado Guasi de anuo para anno, e com
I
raes, cujos programmas não podemos a adopção de priucipios e preceitos no~
deixar de a.dopta.r em seu inteiro teôr vos, que elevem o nosso poder judicia-
a bem da equiparação de todos os ti- rio ao nivel do nosso centro de saber
tulos e diplomas de habilitação com e de cultura lm.. idica, e c-omo elevada
üs estabelecinlentos nacionaes conge- -representação de um dos nossos pode-
neres, ainda quefaItem a' esses nossos l'GS publicos constitucionaes: tal se
institutos um cunho proprio que mais impõem, em uma sociedade enl que os
268 -

direitos individuaes cada dia mais avul- reitos individuaes e .politico8, a c arJ;n
tam, a proporção que a população das auctoridades judiciarias e policianr:l .
cresce e que a fortuna augmenta, e pela distribuição da justiça e
em que, - por isso mesmo, cumpre -alto nutenção da ordem.
assegurar, não menos de facto que de Bem comprehendida na prat ica estiO
direito, Iiberda'éle e justiça. discriminação. e respeitada çom o ri ·
gor e sinceridade de que está dado ()
Está a nossa policia "com uma orga-.
exemplo, funccionará perfeitamente ()
nisação e uma disciplina, cujos resul-
lllunicipio com a base que é da org-;). ~
tados constituem a sua melhor recom-
nisação social, autonomo e hannon-j('.o
mendação. Entretanto, a verdade é que
DO Estado e:" com o Estado.
neste serviço muito ha de haver sem-
E é esta mesma liberdade eleitoral
pre a fazer e a desejar, por maior de~
que será para o poder legislath'o o nH:-'
dicação e intelligencia com que seja i
Ihor titulo para o seu prestigio e r e·
exercido, por mais activa e sagaz que
alce , como .o mais alto rE:pl'eSen tanta
seja a vigilancia e a prevenção, ante o
que é o orgam legitimo da opinião po-
imprevisto e o sem numero dos casos,
pular, o mais elevado tribunal politi.
em terrltorio tão vasto em que, além
co, verdade iro poder soberano pa no~·
da população estabelecida e laboriosa,
não faltam maus elementos diariamen-
I sa organisação constitucional.

te accrescidos de novos, cuja entrada Um dos Estad.os Unidos do Brasil.


'8, Paulo não pOde deixar de (..: onsiderar
-nem sempre pode ser prohibida ou im-
a todos os ou'fi-os com a mesma. igu al
pedida.
fraternidade, formando com elles, co-
A criação da policia de carreira veiu ,
mo todos em verdade são uma só 113.-
trazer uma ~íll~flca modificação nos
- cionalidade , u ma só patria, uma só fa-
nossos costumes politicos, e a recente
mll!a.
eleição muniélpal 'p raticamente demons-
Penhor e centro desta união €:o Cj go-
trou como -a separação da: policia da
verDO fe deral que repre;;;enta e dirige
politica fez entre nós da verdade elei- i
a Nação inteira, c.om a responsabilída-
toral uma faci! realidade. , I de dos seus destinos e em cuj o c hefe-
!
o -precedenfti' ficou estabelecido , e 'J
, venerando S. Paulo muito '<::onfia.
foi acolhido corno a realisação de uma i Destes sentimentos temos os nossos
aspiração geral, sem uma queixa dis- I interpretes legitimas nos dignos repre-
sonante, por entre congratulações e i, sentantes paulistas ao Congresso Fede-
louvores, e para maior gloria do actual ! ral, portadores todos de ilIimitada con-
governo, !I fiança e nlerecida estim~, desde o va-
Dir-se-á que entramos ag:ora no 1'8- I lho luctador da democracia. paulista,
gimen da verdadeira autonomia munI- nosso ch efe politico tradicional, até os
I
cipal, sendo de facto entregue ás mu- i mais novos tão distiul2tos pelo talent(}
nicipalidades a sua administração lo- !, e pela ardor patriotico.
caI autonoma , e independente em tudo iI Muito melindrosa, tanto quanto hon-
quanto é do seu interesse peculiar, se- I rosissima, é a missão que o dever me
gundo a expressão constitucional, ne- impoz vir aqui declarar solemnemente
nhuma manifestação ou intervenção !
que acceito.
extranha havendo na livre escolha do I Valha esta declaração como um com-
governo local; o Estado reserva-se ape-
I promisso de honra, por S . Paulo. pela
nas .Q goverÍlo--naquillo que é de inte- Republlca.
.resse geral, primando nesta classifica- Ainda bem que assim falo, não .ó
çã.o a garantia constitucional dos di- I por mim como tambern em nome do

269

il w lI prestante ant igo coronel Fernan- ! desempenhada mais tarde, por meio de
li .. I·reste~ . a personific.ação do valor ,I mensagens especiaes, quando me jul-
. ' >I" virt ude paulista, escolhido igual- gar mais ,seguro sobre as medidas que
Ii l t ' l! l f~ para candidato á vice-presiden- interessem o nosso progresso e desen-
,"111 til) Esta.do n a, mesma e le ição. volvimento.
1(, ,'t.2.-nos aguardar o suUragio dos Entretanto, espero, que o Congres-
!l1t:,so s <:oncida.dãos. so L egisla tivo que tantas provas tem
I';' (:om os mais sinceros agradeci- dado do seu patriotismo e interesse pe-
IIlt' lllw~ gene r oso Partido Republi-
.8 0 lo bem publico,
,
em sua alta sabedoria,
i';illn P:1Uhs la. qu e levanto com elle a lem bre e vote as medidas que julgar
illin!lH taçíh Pela grandeza do Estado de necessarias para o desenvolvimento e
,
:1. Paulo na pessoa do seu illustre e be- prosperidade do nosso Estado, que tão
IH 'ltler ir.o presidente, o exmo sr. dr. dignamente representa.
,
,I q rge Tíbirt ç, ;l~' .
I
I INTERIOR
I
" ,••
,
• • i Eleições Realizaram-se, em De-
Di rig ind o-s e ao Congresso Legislati- ! zembro do anno ·findo, as eleições ge-
\'" de S. Pail lo. a 14 de Julho de 1908, raes para verea(lore~, prefeito e juizes
~) pre~idente Albuquerque Lins assím de paz. Extraordinariamente concorri-
~i tuaç~o dos ne g ocios publi- do e disputado correu o pleito, na
I 'X POZ

coR:
;'1
! mais perfeita calma; o que bem d e-
monstra, a par do espirito eminente-
mente ordeiro do povo paulista, o gran-
81'S. M~.mbros do Congresso Legisla- de inte resse que nelle desperta a sua
tivo: representação municipaL
De " c"óTd'o com o precê'ito consti- Effectuáram-se egualmente eleições
tucional venho,' pela primeira vez, pe- parciaes em divetsas localidades, e, no
!
rante o) Congresso d o Estado , para ex- , mez de . Jui'iho ultimo, realizou-se, no
por- ,i ma.rcha dos negocias pl1blicos seg undo dis tricto, a eleição para pre-
t1urante o anno d ecorrido . e~cher uma vaga existente na Cama-
Nesta E'xposiçã.Q tive e m vista prin- Ta dos Deputados do Estado.
- ~ i pa.lnlent e as infornlações que me fô-
Em nenhuma dellas se deu a ltera-
ram prEstfi da s por meu distincto an te-
ç1í.o alguma da ordem publica,
eessor em. escla.r ecido e minucioso do-
cunl enLO . (·.om que me pass ou o Gover- Saude Publica São lisongeiras
no do ~J8t:Hlo '. em 1.0 dé Maio do cor- actualmente as condições sanitarias em
rente a nHf) . todo o Estado. Apenas em Santos, Lo-
Nos r~latorios dos. 81'S. Secretarias rena e n esta Capital, ultimamBnte,
de Estad o. encontrareis, em todos os têm apparecido diversos casos de va-
seus det al hes. a exposição de todos os riola por contagio importado do Rio
actos da ad ministra.ção publica em de Janeiro. Pela Directoria do Serviço
se us differentes ramos. Sanitario fôram tomadas incontinente
Estando a penas n o inicio do meu as precisas providencias, para que o
Gove rn O', n ão j ulgo opportuno apresen- mal não tomasse o caracter de uma
• •

tar li vossa eonside ração qualquer pla- fran ca e pideniiã; o que se tem conse-
no de modíficações de serviços exis- guido.
- -
tentes. nem mesmo propor-vos a crea- -Nesta Capital fôram tambem noti-
·.ção de n ovos serviços,; esta tarefa será ficados alguns casos de peste; mas,
• . ...-'··A .
.."....,'
., i;
- 270 • •

graças aos meios empregados, não I trucção, para attender á necE"s ~ h-lftc1E' ri .,
constituíram elles fócos de dissemina- retirada de doentes, t1 ue não ti ra "li ;1 111
ção.
I
I
mais vantagens do trataluento ph a r
maceutico, mas que precisaY ct m con i j .
Tl'achollm Tendo diminuido de ,

,
nuar asylados, resolveu o Gov-a rllo <1,11 '
Intensidade. de modo sensível , o nume- ,

gmentar os pavilhões centra ~ s , dota l!


ro de doentes de t.l'a-ehoma, resolvi de-
do-os. cada um, com UllUt sa la par.'1
clarar extincta a commissão especial
j. doze leitos; e já se acham vromptaF.
creada pelo Decreto n. 1 . 395, de 3 de
Setembro de 1906.
i
duas destas salas,

Emqua nto o Estado não possue sa- I Alélll di sso foi o di r ect o l'
lecimento auctol'izado, em. rvla,rço lll "
i
nata rias departamentaes especiaes, pa-
timo. a pôr em pratica a a i-iSisten c1,)
ra· Ull1 t r atanlento mais aproveitavel
dessa mo le.stia. , p a. rece de conven ien- I
familiar aos a lie nados , o h m:o.r-diJlg -
II out, - - como é usad.o na E."i ~'th;;o:.;j<J.
cia. que seja entregue este serviço ás
• , I está dando hons resultados.
('.asas de ca.ridade, nos loga.r es onde as

!
Apesar de todas es tas pr o vide ncias.
ne{'.ess id a des publicas o eXlgn"ern

.
I urg e augm e llta r aind a nU1is a (·apiH:i d n-
Repa.l 'tições Sa.ntt.al'ias Dirigidas I
de hospitala r deste ins tituto. por Íssu
por ])rofissiouaes de provada compe- que grande €i o 1'inmero d I? rd j~ nad () : :
tenda. contínuanl todas as repartições i reco Ih'd "
1 os p rO VlSOl'lanlente n as ca deia :-:
do , serviço sanitario a funccionar com J' do Estado, â espera. de lo g:a r n (l

a, 111,a.10r regularidade, prestando ao· 1 asylo.


Estado 110torios beneficios, i,
I.llstl'uecii O .P ublic.a
- A in.:Hrucção
Demogt'a"hiot - No anuo findo, hou_ ! publica cOll tin úa a ser uma das pre·~
- e s ma Is. co n s t.an t ef5
ve, nesta Ca.pital. 10.767 nascimentos occupaço·
1.093 ca.samentos. e 5.762 fallecimen- i publico,
I
tos; e. em todo o E stado, 108.438 nas-
, '

cimentos, 19.809 casamentos e 59.059


I
Dis seminar o ensino , esperüd n,ente (J
prin1ario, d e ve ser a princip éd missão
faIlecimentos. ãeixando, por conseguin-
te, um saldo de nascimentos de 59 . 379,
I dos governos democraticos: p o is a 1ns-

contra 32 .151. no a.nno de 1~06. I trucção do povo é a base mai~ solida.


de qualquer org'anização poIltka.
Assiste.ncia. aos alienados Pro- [ Si el11 nosso Estado lllUitO se tem
vido de tudo quanto é necessario ao feito neste particular; s i os apparelhos
fim a. que se destina, e, zelosamente deste ramo da publica administração
dirigidO, o hospicio de alienados é um estão perfeitamente montados, e func-
I

rlosestabelec1tiJefitos . que no Estado ,


cionam com a nlaior regularidade , cons··
mais têm cOl'l'espondi-do a.os encargos tituindo justo orgulho para o" paulis-
da sua cr·eação" tas; forçoso é Teconhecer, entretanto,
Existiam recentemente em tratamen- que muito resta a. fazer. Iufeiizment6 ~
to 924 doentes, dos quaes 623 homens as dotações orçam entarias nào pódem
e 301 mulheres. ser proporcionaes ás necessidades de
Augmentando sempre o numero de uma maior diffusão do ensino e de sua
pessôas acommettidas de molestias men- , mais efficáz fiscalização .

taes, tornou-se indispensavel a cons-



No sentido de dar maior desenvol-
trucção de uma colonia, no genero da vimento às matriculas nos diversos es-
que já existia. e cuja lotação estava tabelecimentos desta Capital , foi resol-
completa.' vido O desdobramento dos cursos da
Emquanto nã.o terminava essa cons ... Escola Normal e de 'a lguns grupos es-
-- 271 -
.
!'nl i1. )·e~'3
em duas secções, fUllcCionando, I
mente providas 1.314 escolas isoladas ,
11I1Ia.. pela ' manhan e, outra, á tarde, ! sendo que. destas, 192 pertencen1 ao-
••·
••
,
Ilai-;t o que foi expedido o Decreto n. t corrente anno .
1 . ~7'7, de 21 de fevereiro de 1908. Temos ta.mbenl 12 esoolas 1"€ unidas.
Com o fim ainda de remodelar a.s no E s tado.
': --- -
.,.
~_/ j\fwolas preliminares. no sentido de As 1 . 122 escolas providas o a nn o
•-;.,. -
ri 11 r-lhes uma organização mais pratica findo foram frequentadas por 35.2 5 ~
1" alumnos .
f;,,' 1\ utílitaria, creou .() Governo pelo De-
,-J' ""Gto n. 1.578, da mesma data, uma O e nsin o pl' inlal'io era., outrDsim, m1.--
~_': ',8('.ola modelo, que servisse de padrão liistrado. a 31 d e dezembro ultim.o, em
•..

i á" escolas isoladas do mesmo modo 291 escolas municipaes. com S. 234
·
, <lHe a "Escola Modelo Caetano de Cam- alumnos.
L\.
-; -
!H)f;'1 serve de 'tyPO aos grupos escola- Mate rial Escolar - o Go'\'el'110 cel1l- ·
tinúa a, auxiliar eonl o nlaterial es-
co1ar, adoptado nas escolas d.o Estado .
'.C •
Para fazer face ás despesas crÊ'adas
.'" -
a muitas municipalidad€s-, bem con;, o
- com esses servIços, foi , pêlo Decreto
a estabelecjmentos de ensino mantid os
;• 11. 1.594, de 10 de Abril findo , aberto
por instituições pa rticulares de r eeo-
11 m credito especial e extraol'dinario
nhecida utilidade publica.
(l o duze ntos contos d e réis __ ...... .
(200: 000$000), acto este que oppor- Ensino Secundario o
ensin o 3 0 - '
tUllamente será sujeito á vossa deli- I cundarío é minis trado, com o maior'
heração. pr.Qve ito. nos gymnasios e na.') escola~

complementares.
Fiscalização do Ensino Ainda é
Nestas. o movimento do anno findo.
deficiente a fiscalização do ensino, prin-
foi o seguinte:
cipalmente em r elação ás escolas iso- , Capital
la.das.
Mat.riculados
O numero de inspectores escolares é, Diplomados . - •
, ainda hoje, o mesmo de ha dez annos
passados, quando o numero das esco- ITãpetininga
la.s era pouco superior ao te}'ço do
"ctua!. •
M atrieulados • • 217
Grupos Escolares - Os grupos esco- Diplomados • 36
lares oontinualn a produzir excel1entes
resultados. Piracicaba
Existem actualmente 80 em fnne-
dona.men to 'e 1 em organização. Ou - Matricu1ããos , • , 201
tros estão creados; porém, sua instal- Diplomados • • • 22
lação depende da necessaria dotação.
Campinas
Esses estabelecimentos fôram fre-
'luentados o anno passado por 25.498 Matriculados • • • 172
alumnos. Diplomados • • • 35
O G<lverno tem recebido e acceito II
de diversas municipalidades importan- , Guaratlnguetá
. . • •

tes offertas de terrenos, materiaes e •

predios apropriados · á instanação de Matriculados • • • 20C}


tão util instituição. Diplomados • • • 39
Escolas Isoladas - Acham-se actual- Naq uelles foi este o movimento:
- 272 -

Capital I "'Iuseu Continúa o Museu do 1<1""


I
i tado a augmentar suas collecções ,,,I·,'
I qUiridas por comp'ras ou dádivas parU-
:v!atriculados • • • 245 culares.
Approvatrôs • • 149 Estão q uasi terminados os tral".-
lhos de ajardiuamento da praça r",o·
Campinas teira ao edIficio.
Repal-tição de Estatistica
:v!atriculados • • 99
partição de Estatística e do ArchivH
Approvados • • 42
do Estado, já 'fez a distribuição dou
annuarios de 1904 e 1905, achando·""
Ribeirão Preto
em via de publicação o de 1906.
Os trabalhos de classificação e "a
Matriculados • • • 47
talogação de livros e papeis estão mui,
Approvados • • 16
to adeantados.
Está terminada a catalogação dos li ..
No gymnasio de Ribeirão'-. Preto,
vros que serviram de registro da ad·· ...
crêado pela Lei 11. 1. O4 5, de 27 de De-
ministração publica no passado regi-
zembro de 1906, foi installado o 2.'
anno. men.

Esçola.s llolytechnica e NOI'1nal A Bibliotheca. A Bibliotheca Publi-


Escola Polytechnica e a Escola Nor- ca foi frequentada, no anno ultimo.
"mal, funccionaram com toda a regula- por 8.893 pessoas, que fizeram 9.107
ridade., continuando assim a correspon- consultas.
der as :t;t.eeessidades de nossa instruc- ))iario Officia I - o Decreto n. . . .
ção e do nosso progresso. ,• 1.595, de 31 de Agosto de 1907, 1'6-
Para execução da, Lei n. 1.095, de formando a repartição do Diario Of-
26 de Outubro ultimo, que crêou o ficial deixou a seu cargo exclusiva,-
curso de engenheiros electricistas, a mente a publicação do jornal; suppri-
installar-sê no anno lectivo de 1908- mindo a officina de obras.
19 O9, foi expedido o Decreto n. 1.539, Com esta reforma, tão importante
de dezembro cio anno passado. . repartição ficou com sua esphera de
. Frequentaram a Escola 160 alum- acção muito limitada; convirá, sem du-
nos, dos 'luaes 17 completaram os res- vi,da, que seja melhor aproveitada, uma
pectivos cursos. vez que continúa com as mesmas ins-
tallaçôes anteriores.
Na Escola Normal estão matricula-
dos 617 alumnos, sendo 156 na secção

da manhan e 461 na secção da tarde. JUSTIÇA'
rum o anno findo fôram diplomados
Organização JUdicial'ia A Lei n.
H alumnos de ambos os sexos.
'18 de 21 de novembro de 1891, que, em
Seminarlo· das Educandas Está S. Paulo, fez a organização, soffreu mais
definitivamente

installado em pr<\dio uma modificaÇào com a Lei n. 1. O8 4
proprio {) Seminário das Educandas. de 14 de Setembro de 1907, que, para
Novas adaptações e melhoramentos provimento dos lugares de juizes de
estão sendo feitos. direito, dispensou as provas em 'con-
No decurso do anno find.o deram-se curso, eXigindo, porém, que os candi~
18 vagas, que fôram immediatamellte datos se habilitem perante a Secreta-
preenchidas. .. ria da Justiça, provando que são ba-
, 273

--- -
' .> '
i~-- d t;l u-ü s em direito, maiores de 28 an- regimen republicano, fez exlgencias e
-::'--
.' " "" . bem conceituados. tendo pelo me- estabeleceu ifovos r equisitos para for-
""s, quatro annos de prática de fôro, mação de um corpo de juradOS digno,
~ulquirida nos effectivos exercicios de moralizado e honesto. a quem se con-
iHl vocacia ou de ministerio pUblico do fiasse o julgamento de seus pares. E,
como uma das principaes causas da ir...

-.. Ji~6sa . lei ,


consequencia da reforma reglllaridade do se rviço do Jury, e que
.
~,< co ns titucional flue aboliu o concurso, por isso desorganizava a distribuição
õ'. "'v u pronlpta regulamentação com o da justiça criminal. era a composição
, j),"·. r eto 11. 1.512 de 16 de Setembro do corpo de jurados, abreviou o re-
'1, · 1907, que tomou as medidas neces- gulamento a época do recenseamento e
., 'Hal'Ías ' para a sua execução. armou' a junta recenseadora dos meios
Ai uda outra modificação soffreu a necessarios para eliminar desde logo,
l d d~ organização judiciaria com a os incapazes, da lista de jurados.
Loi n . 1.113 de 24 de Dezembl'O de Medidas sevéras. mas indeclinaveisi
J ~'() 7 . que crêou tres varas · criminaes fôram adoptadas de modo a obrigar
privativas, na comarca da Capital e o cidadão sorteado jllrado, a compa-
tomou outras providencias para a re- recer para regular funccionamento do
i;ularização do serviço criminal em Jury .
. todo o Estado.
Nos priméfios m ezes , o Tribunal do
Para 'funccionam e nto 9.as tres varas
JlIry funccionou ininterrllptâmente,
r:.riminaes . que fôram logo installadas,
julgando os numerosos processos , que
[oi ai li gado e adaptado um vasto pre-
estavam pendentes de julgamento, in-
I/io , o "melhor que no momento se en- ,
clusivé processos d e reus que, e m vir-
t:ontrou e que, convenientemente mo-
tude de fiança, andavam soltos, se gu-
biliado, serve d,e "Forum Criminal"".
r os da impllnidade, pela prescripçã o
Para a bôa execução dessa lei, fôram do delicto.
ex pedidos d.ois r~ulamentos, um com I
o Decreto 11. 1.575 de 19 de Fevereiro O outro regulament o n. 1.602, den-
tro da mesm"a auctorização legislativa,
de 1907 . occupando-se exclusivamente
consolidou disposições processuaes 80-
da sua parte judiciária, e olltro com
br~ illqlleritos e tomou medidas para
o Decreto n. 1.602 de 30 de Abril de
19 O7. tendo por objecto principal a simplificação e maior rapidez dos tra-
sua parte policial. ba lhos policiaes.
Aproveitando-se da auctorização con- Outras modificações reclama ainda
tida no artigo 13 da Lei a que me re- a Lei n. 18 de 21 de Novembro de
firo . O primeiro reg ulamento tomou 1891, como sejam: a classificação das
todas as providencias que rôram con- co marcas por categorias ou entráncias
sideradas necessarias á reglllaridade com differenças nos sells vencimentos
do serviço do crime e especialmente e as quaes serão providas por accesso,
do jury em todo o Estado , e para a em consideração ao tempo na judica-
normalização dos julgamentos dos pro- tura e outros re quisitos que bem am-
cessos
, acctimufa"dos nos cartorios da ·parenl os direitos do magistrado; e a
comarca da Capital, d~ modo a serem s ubstituição dos juizes de direito, nas
julgados, em seguida aos creus presos, comarcas do interior. por juizes. for-
os réus affiançados. mados, os quaes, por sua capacidade
Assim , . em virtude <la auctorização moral e intel1éctual, sejam a garantia
legal, além de fazer a consolidação das permanente da distribuição da justiça,
. disposições processuaes . elaboradall no e vitando-se a inconveniencia altame nte

' ,' , . .•. .. .
'
,,'
" . ..

274 .

prejudicial da substituição de juizes 1 pacidade para recolh,er todos os con ··


por uma magistratura leiga e politica. ! demnados. •
Para tanto seria . necessario uma no- Já alguma causa se tem feito com
va divisão judlciarla do. Estado, que a edificação das cadeias nas localida-

traria como consequencia o alargamen- des; mas é insufficiente, porquanto l\S


to de àlgumas comarcas actuaes e a I
cadeias destinadas ás detenções slm-
pies não possuem officinas ' de traba·
Buppressão de outras, dando logar as-
. sim a sua subd'ivisão em termos. como lho, nem escolas, nem enfermarias, ,
fôr julgado mais conveniente. não possuem. emfim, nenhuma das
condições necessarias - para preenchi-
Seria• tambem de toda conveniencia
mento dos fins da. pena .
uma reforma do Decreto n. '178 de 29
Com egual intuito, já foi construi-
, '
de Abril de 1893 pela qual com a ga-
da a Colonia Correccional na Ilha dos
rantia dos direitos dos . funccionarios
Pórcos, proxima a Ubatuba, que já se
do fôro ficassem tambem assegurados
a eha prompta e em pleno funcciona-
e garantidos os direitos das partes li-
mento. •

tigantes, em materia de custas judi-


Com capacidade para 300 detentos,
eiarias.
. . . já abrigava a Colonia Correccional, a
Não deveria escapar tambem á cui- 31 de dezembro de 1907, 113 inter-
dadosa attenção do Congresso uma lei nados. Esse estabelecimento realiza
especial, já promettida no artigo 58 uma parte do problema, porque elIe se
da Lei n. 18 de 21 de Novembro de destina sómente á correcção, pelo tra-
1891, sobre o provimento, exercício e balho, dos vadios e dos vagabundos,
.
substituição dos serventuarios dos of- como aos condemnados, nos termos da,
ficios de justiça, pois que esse serviço Lei n. 844 de 10 de Outubro .de 1902;
está sendo ainda •
regulado pelo Decre- o que quer dizer que é um instituto
to n. 9.420 de 28 de Abril de 1885, de prevenção para separar os crimi··
feito na vigencia de regimen differen- nosos. Fundado . ha ,pouco ainda não
",
tee para regular em organização di- póde fornecer: · dados estatisticos que
versa da nossa. sirvam de base á conclusão sobre os.
Outra promessa, cuja realização tem seus beneficos resultados.
sido já tentada e que demanda a 'at- Instituição analoga é o Institúto DI.··
tenção do Congresso, é o Codigo do I, ciplinar, fundado em virtude . da mes·
Processo Criminal. E' uma neces.sida- I ma lei supra . men.cionada, no Tatuapé,.
de, que se faz sentir para simplificar arrabalde desta Capital, com o fim
muitas das fórmulas, estabelecer ou- especial de "incutir hábitos de traba-
tras cujas· lacunas são visiveis, e dar, lho e educar, fornecendo iristrucção·
elementar, profissional e 'industrial,
talvez, á magistratura mais iniciativa
de ' preferencia agricola, a menores va-
para descoberta do criminoso e prova do
dios. vagabundos. viciosos e abandona-,
crime, com seguros e inequivocos be-
dos".
neficios para a sociedade.
• Duplicada a sua lotação com as
Penitenciaria E' uma das maio M
obras · auctorizadas nelo Congresso, ele-
.
res necessidades do Estado, a bem da ~ado o seu numero a - 100, _está, entre-
administração da Justiça, a construc- tant.o, com . o· quadro quasi completo,
.
.
ção de uma Penitenciaria, segundo o o que demonstra a sua necessidade.
conceito moderno da pena, de accordo Tem o Congresso em elaboração lei
com o grau de civilização a que che~ que auctoriza a crêação de e~tabeleci­
gou o Estado de S. Paulo, e· com ca- men,toE:

similares em outros pontos do·
,
275-

I':"t"do e que serão fundados, logo que "Curso para inferioresJ~, "Curso para
0,';1 nossos recursos fina~ceiros o pel'-
:. officiaes", "Curso para Policiamento",
miLtam. "Aula de ' e C/uitação" e "Exercicio de
Set'Viço Policial - . A reorganização tiro" .
da policia, quer na parte civil quer
.
Todos' funccionam regularmente com
1

m,. parte militar, foi levada com fell- grande aproveitamento_


<:hla de. Sob uma só Secretaria ficou A Caixa Beneficente, de recentíssi-
" "'''lnido todo o trabalho relativo ás au- ma creação, destinada a soccorrer,.
ctoridades policiaes policia civil --- por melo de pensões, ás viuvas, filhos
, ,,;, Força Publica Policia milltal' e mães de praças e officiaes, viu o seu
....- tendo sido exercidas . efficázmente fundo augmenta.do em 31 de Dezem-
todas as funcções de policia adminis- bro de 1 ~ O7, apenas com quinze me-
'.
' ln.l.tiva e j udiciaria, para garantia do
.
zes de existencia, a 355:342$910, ten-
hem estar e da ordem publica. do uma renda média de 26:000$000
A policia de carreira, que tem por mensaes e uma despesa que não attin-
ba se a competencia, a responsabilidade, ge a 1: 000$000, poiS C/ue as pensões
a remuneração, o aecesso, tem apre- em 31 de Dezembro eram de 674$000
I
.

"cntado beneficos ' resultados, desem- mensaes. Póde, pois, sem prejUízo pa-
haraçando a administtação de preoc- ra a Caixa Beneficente, e alliviado o
I Estado, do onus que lhe pesa actua.l-

"upações subalternas.
mente, ser modificada a Lei que creou
As ultimas eleições municipaes rea -
esse instituto utilissimo, no sentido de
lizadas, eleições que interessam e agi-
só constituirem renda as contribuições
tam todo o Estado, como é facil de I
dos oificiaes e praças, os saldos da
(',omprehender, correram na maior or-
banda de m usica e os donativos.
d.em e calma, sentindo-se garantidas
Pelas reclamações contínuas para
todas as facçõ es e fracções partidárias,
augmento de destacamentos, vê-se que
devido em grali1!e parte á imparciali-
o actual effectlvo da Força Publica já
dade com que. comprehendendo os seus
não é s uffícientepara as necessidades
deveres, se manteve a policia.
de S. Paulo. Infelizmente, não se póde
A .Força Publica, devido á dedica -
ção de seus membros e á. competen-
, pensar /lO augmento desse effectivo.

eia 'd os instructores francezes, passou


i que no orçamento vigente consome .,
7.805: 872$000.
por uma transfo r·mação completa, que
• • Não.
só devido aoS meios de que se
tanto a tem distinguido.
'I acha apparelhado o Governo, como ao
Renovado o contracto com os ins- : ·espirito ordeiro e laborioso da popu-
tructores fran cezes, continuam estes lação, quer extrangeira, quer nacional,
a ministrar á Força Publica a instruc- a ordem e a tranquillidade publicas tem
ção militar, tendo sido já expedidos sido perfeitamente asseguradas.
o s regulamentos que c~nstituem a "Es-

cola de Soldado ", "Escola de Secção",
" Escola de Campanha", "Escola de ba- AGRICUL1.'URA
talhão", 'para a infantaria~ e "Escola
de cavaIleiro a pé", "Escola de caval- Ensino Agricola O ensino profis-
leiro a cavallo" , "Escola de'" Secção'", sional agrlcola é !llinistrado pela Es-
"Escola de Esquadrão" r "Escola de Re- cola Agricola Pratica "Luiz de Quet-
gimento", para a cavalla,r ia. roz" e pelos apprendizados d e Igua-
Na parte inte llectual fOram iustl- pe e S. Sebastião, os quaes têm func ..
tuidos: "Curso de Alumnos Cabos", cíonado càm regularidade.
..
- 276

A Escola Pratica "Luiz de Qllei- dos, ·dos quaes 13.256 são pastos. Nel·
roz", em Piracicaba, acha·se agora do- , le se faze1l1 trabalhos de cultura u"
tada de todos os edificios apropriados, : milho, arroz, leguminosas diversas, vi
de accôrdo com os melhores typos ex- deiras, mamona, sO t'ghos, araruta, CI ' -
trangeiros. O pessoal, porém, assim boIlas, e t c. Tambem se crêou ahi 11111
! •

como o reg'ulamento e os programmas ! novo viveiro de cacáueiros, afinl de



devem ser proximamente reorganlza- instruir os alumnos numa lavoura, qw.'
dos, afim de co11ocar a Escola e.m <:on- I, pode rá fazer a riqueza de todo o lHo ·
raJ paulista.
dições de plenamente satisfazer · aos
fins da sua creação. Com esse intuito ,
II
No Appl'cndizado Bern.a·l 'dillll
foram contractaaos, pelo Governo pas-
sado. para reorganizar e dirigir o es-
I de Campos", em Iguape, houve, em
1907, 23 alumnõs matriculados , espc-
ta helecimento o distincto profissional rando ~se melhor matricula no anno cor-
americano sr. professor Clinton Smith, rente," No campo de experiencias an-
que já está á frente daquelle Instituto nexo cultivou-se em n1aior escala, o
e os dois profE:!:ssores francezes 8rs. Ju- arroz, principal producto do munici-
les Jéan Arthaut-Berthet e Jacques pio, experimentando-se tambem o cul-
Arie, que de vein reger as cadeiras de . tivo de milhó, trigo. linho, algodão "
Botanica e -Chimica Agrícola. I
outras especíes vegetaes.
No anno findo, essa Escola teve a Ambos os apprend izados distribuiram
matricula de 90 alumnos , contra 49 mudas e semellte:s de cacáueiros e ou-
em 1906 e 40 em 1905. E' um acc res- tras plantas. ·
cimo lisongeiro, que demonstra estar
Ainda, para desenvolv'8r . o e11sino pl'O~
se de.senvolvendo em nossa população
fissional dos nossos ágricuItol'es, ins-
o interesse pela instrucção agrícola . .

tituiu-se uma escola de leitaria, ' ZOQ-
Na Fazenda Modelo, annexa a esse technia e alveital'ia, no - Posto Zoote-
instituto óe ensino, continuaram os en- Chllico "Dl'. Carlos Botelho", na Ca-
saios sobre diversas culturas. Consa- pital, estando taes cursos a cargo de
grou-se especial attenção ás de alfa- dois profissionaes contractados na Bel-
fa, algodão, arroz, cannas de assucar I gica.
e forragens, fe ijão, milllO e cereaes de 11 •


O secretario da Ag ricultu"a estuda
Inverno,
as modificações e melhoramentos a in-
O posto zootéchnico da Fazenda con-
troduzir nesses institutos, de modo a
ta actualmente 150 cabeças, entre equi-
.Imprlmir-Ihes um cunho essencialmen -
nos, bovinos, ôvinos e suinas, 8, no
apiario, existem 74 colmeias. te pratico e a reduzir as despesas com -
Foi creado um curso pratico de Hor- sua manutenção. "sem desorganizar ser-
ticultura, na Escola, sob a direcção de viços reconhecidamente úteis. ·
um especialista. Estabelecimentos Agronõmicos O
o Aplu-endizado AgricoJa "João Tibi. Instituto Agronomico, em Campinas.
riça.", em S. Sebastião, régis trou J em sob a direcção de um . especialista
. con-
1907, a .matriênla de 24 alumnos, dos tractado I na Europa, contin~a a pres-
quaes 20 p ertencem á categoria de tar Bons serviços .á lavoura paulista.
operarios. Concluíram o curso sóm en- Nos seus laboratorios chimicos effectua-
te 3 dos 19 i.uscriptos no 1.0 anno , em raln-se 290 aualyses durante o anno
1906. findo. A distribuição de sementes, por
O campo de culturas desse estabe- esse estabelecimento, . elevou·se a 18
lecimento mede 63.000 metros quadra- mil litros e · a de mudas attingiu a .'
,
,

-277

I ~ 'I. 7 81 pés de plantas fructiferas e no Horto, cêrca de 200 mudas de co-


111"!tamentaes. I queiros e 1. 5 OO de outras plantas.
foi extincto o campo de experien- A' lavoura de arroz, que tafQ.anho

'-(;t8 de Santa Elisa, em Campinas, de- impulso adquiriu no Estado, a ponto


pendente do Instituto, transferindo-se de quasi banir da nossa Íll1portação o
para O campo de Nova Odessa, anne- similar estrangeiro, está prestando con-·
\\0 ao· núcleo colonial desse mesmo no- sideraveis beneficios o Campo de De-
-C', .
:''-
i:- -
.'
1110, OS trabalhos que ali se faziam. monstração de Moreíra Cezar, no· mu-
nicipio de Pindamonhangaba. E' cres-
No campo de experiencias de Nova
cente o interesse que entre os lavrado-
L. ()(lessa, iniciaram-se experiencias em
res desperta esse" estabelecimellto J
!"
{o::
v:<.sta escala sobre a cultura da juta, I
cujos processos ap,erfeiçoados vão se
I"igo, batatas, sorghos, mandioca, gi-
propagando com os excellentes re~1Ul­
\",1801 e outras especies. A área culti-
tados.
\'ada estende-se por uns 20 hectares e
No Posto Zootéchnico Central "Dl'.
Icnde a ser cada vez maior, pois que
Carlos Botelho H, nesta Capital, prose-
Re pretende reservar os pequenos· 10-
guiram as experiencias methodicas pa-
ices do campo de Guanabara, em Cam-
< ra a acclimação de raças de animaes
pmas, sómente para ensaios prelimi-
extrangeiros e estudo de melhoramen ..
nares.
to das' raças de animaes nacionáes.
As terras do extillcto Campo ele Ex- Durante o ànno, importaram-se, da
periencias de Santa Elisa foram divi- Europa e da Republica Argentina, di-
di.das em lotes. para serem vendidos versos l'eproductores. Assinl, estes es~
elll- hasta publica, constituindo urrl pe- - .
tão agora representados por ""_, l) e.;\ UI--
queno Núcleo Colonial. deos, 70 bovide.o8, 23 ovideos e 2::; 8ui-
No Horto Botanico, da Cantareira, deos.
realizaram-se os trabalhos habituaes. Varios sel'vi\'os' a,g'l'icolas O ~;er-
Distribuiram-se, ao todo, 24.694 mudas viço de inspecção agricola, dependente
de arvores

fructiferas e ornamentaes, da Directoria de Agricultura, continúa
provenientes dos viveiros que ahi exis- a ser feito pelos ifispectores. de agricul-
-
tem e de cujo .replantio se tratou. tura, nos termos da legislação vigen·le.
O Horto Agrario Tropical, do Cuba- A distribuição de plantas e semen-
tão, desenvolveu as 'suas plantações de tes, a cargo da Secção Botanica da ci-

vegetaes da zona tropical, aproveita- ta da Dire.ctoria adquire cada vez maIO)'
veis a região onde se acha; Os vivei- desenvolvimento. De plantas YIVaS~ •

ros- de cacaueiros occupanl neste anno distl'ibuiram-se 24.694' müdas e de


.
extensão !TIuito lnaior do que no anno sementes 9.159 volumes, conl ., ....
pas5R.do, podend-o-se calcular existirem 12.051.025 gramrnas.
cêrca de 50.00li mudas em condições A distribuiçãó - gratuita de pUblica-
de serem distribuidas aos lavradores, ções tomou notavel incremento nos
o que já se fez com 3.000. No plantio u!tiro os annos. Em 19 O4 distribuiram-
e aproveitan1ento da bananeira se ex- se 123.014 exemplares, ao passo que
perilnentam processos racionaes, que em 1907 esse numero elevou-se a • • •
s-ystematizarão a exploraQão de UIna 241.335.
fonte de riqueza do municip.io de Sau- O serviço meteorologico, ultimamen-
tos, onde já se encontram para mais te reorganizado, vai ganhando mais va-
de 500 mil toucoeiras de bananeiras. lor prático para os lavradores. A rêde
cujos fruetos são exportados para Bue- de observatorios estendeu-se, compre-
noe-Ayres e 8;;0 Paulo. Além disso, ha, hendendo hOje 44 postos em vários
,
"- '

278

pontos do Estado. E, preenchendo en- i extrangeiro. O encargo de fiscalizai-iul


tre nós uma grande lacuna, já empre- i foi confiado a uma com missão de qua·
hend,eu a previsão do tempo, como é I tro membros, á qual ainda cOmpetirá
uso em outros paizes civilizados. I •
o estudo das condições dos IDjlrca(],m
A importação de animaes de raça, e tudo quanto se relacionar COlÍ1 o "",
com o auxilio do Estado, foi aprovei- sumpto.
tada por diversos particulares no ann.Q A prática tem aconselhado algunw.1-1
findo. Importaram-se 29 reproductores, alterações no regimen determina.do por
concorrendo o Governo com 197 libras esse d"ecreto, ainda não executado em
esterlinas para as despesas. todas as suas partes por motivos di-
.
gnos de pon:ãeração. Opportunament(',
Este serviço foi ultimamente sus-
serão feitas modificações, no sentido
penso, por não estarem mais em vigor
as instrucções que o regulavam e que • ; de ficar o Governo habilitado a auxi·
vão ser revistas pela Secretaria da liar e facilitar tão in1portante serviVL
Agricultura. i Entretanto, não devendo ser prote- ',<

,i lada por mais tempo a acção oifieial "


 inspecção de animaes importados
no sentido de promover-se a expansào
foi feita pelo v€teriuario e sub-dire-•
do consumo do café, já o governo,
ctor do Posto Zo.otechnico da Capital.
E' um serviço que conviria regular por
! usando da auctor;zaçao legislativa, ec-
i lebr?u dois" contractos con1 o fim de
leis adequadas, de modo a evitar-se a
.I iniciar a propaganda em novos merca-
propagação de molestias contagiosas,
que muito prejuizo pódem causar.
I dos. E' assim que, em 16 de Março do
corrente anno~ assignou, conl as firma8
E I grato ao Governo registrar o E. Johnston & Cia., Limited, <le San-
enorme desenvolvimento agricola e pe- tos, e Joseph Travers & Sons, de Lon-
cuario do Estado, depois da lei n. 678 dres, o primeiro desses contractos, qu.e
de 13 de Setembro de 1899, que orga- visa a propaganda no Reino Unido da
nizou o serviço agronómico subordi- I Grau Bretanha e Irlanda e s-erá execu-
nando-o a um plano harmonico de me- i tado pela companhia denominada "The
didas conducentes a despertar o esti- . State of São Paulo-Brazil, Pure Coffee
mulo entre o'S lavradores paulistas, que Company, Limitêd", mediante auxilio
têm sabido corresponder intelligente- pecuniario e durante o prazo de cinco
mente ao patríotico empenho dos po- annos.O outro ~ontracto realizou-se
deres publicos do Estado. em 27 de Junho p. passado, com os srs.
Propa.ganda do eafê Afinl de Rio Midzuno e dI'. Raphael Monteiro,
dar cumprimento ao art. 2 O da lei n. I para a propaganda no Japão, com au-
1.117-A, de 27 de Dezembro ultimo', xilio em dirilieiro e em café, e pelo
auctorizando o Governo a 'despendeT prazo de tres annos.
até 700 contos para o inicio da pro- O governo julga conveniente prose-
paganda do café, foi expêdido o de,

ereto n. 1.566, de 29 de Janeiro do
I guir neste trabáIlio de propaga!,da, vi.-
sando principalmente os paizes onde
.
corrente anuo, organizan,do esse 8e1'- o consumo de café, seja limitado e pos-

viço. sa naturalmente desenvolver-se, sem
Ficaram, pór este regulamento, as- crêar concorrencia ao commercio já es-
, sim estabelecidas as bases para a con- tabelecido: cingindo-se, quanto ,"os ou-
cessão de auxilios em dinheiro e em tros paizes,- aos processos· de publici-
especie ás empresas que se propuze- dade tão conhec.idos e adoptados para
rem a promover a expansão do consu- o desenvolvimento ·do consumo de pro-
mo do nosãO principal producto no ductos semelhantes.
• 279 ,

Impostos sobre a producção De importa nci.. que no Estado adquiriram


,,',rios pontos do Estado têm chegado a s diversas artes e industrias.
:\ Sneretaria da Agricultura constantes Actualmente, empenha-se o Governo
qu eixas de l avradores contra a illega w
pa ra que o Estado tenha condigna r~­
Iida,de e ex ol"bitancia de certos im- presentação no certamen nacional, a
no:-:tos municipaes . que gravam os pro- ce lebr a r-se proximamente na Capital da
{Iu(;tos a.gricolas. Estudadas estas quei- Republica, estando em via de conclu-
I\;t::; verifica-se que frequentemente as- são a s obr",s do p a vilhão que alli está
t:i:-:.te razão aos reclamantes. victimas sendo levantado, sob o plano e di-
d \ ~ tribut.o.s que vão ~e encontro ás leis 1 reeção do notave l architecto paulista
d o Estado e da União, dI', Ramos de Azevedo,
Entre oS impostos inc riminados, O Esta do te rá como seus representan-
acham-se aquelles que pesam sobre os I
tes o exmo, s r, dr, Carlos José Botelho
(J1'oductos de exportação 'nacional e ex- I e seus~ secretarias 'Os drs . Cesar La-
trangeira. Mu itos lnunicipios os co- cerda de Vergueiro e Rodrigo Claudio
Ina"m à entrada ou á sahida das merca- , da Silva ; os trabalhos de installação
dorias, ou quando estas transitam pelo 1 dos productos estão confiados ao zelo
seu territorio, o que é absolutamente e operosidade intelligEmtes do dr. An-
contrari o á lei estadual n, 1,038, de I
tonio de Barros Barreto e seus com-
19 de Dezembro de 1907 , sobre Ol'ga- II panheiros drs: Aug usto Ferreira Ram os
nização· muniCipal, e atte nta afnd a con- I e Sergio Meira, os mesmos que ,dlri-
tra a lei fed'eral n, 1.1 85 , de 11 de Ju- :, giram a q ue lles trabalhos na exposiçã<)
nho de 1904; que , prohibindo os im- ;, preparatoria,
110stos inter-estaduaes, applicou suas ,I, l\'Iovimento Commercial Concor-
disposições a tod os os municípios da
rendo conl quas i um terço do valor
Republica.
,, do commercio eXterno de todo o Paiz.
,
'E' este UIll. assumpto digno de exa- o Estado de São Paulo vê crescer con·
me e ponderação do pode r legislativo . : tinuame nte o seu intercambio interna-
,

, ,
Exposiçiíes . - Os tra balhos para a I cional. E' assim · que, pelo porto de
,,í Sa ntos, o lnovimento commercial com
Exp osição. - de Animaes e pa.ra a Expo-
sição preparato ria de 19 0 8 , foram con- i, o extrangeÍl'O alcançou. em 190 7, o va-
fiados ao Cofrlfelho Consu ltivo dos Cria- ' lor total de 477,363:323$000, papel, ou
da res Paulistas e ' a ,Socieda de Paulista .26
I
6,797:417$000, ouro c<)ntra " "
de Agricultura, Commercioe Industria, I 404.553:988$000 , papel, ou " ', " "


A Exposiçil-o de Animaes realizou-se
i 23 7,204:570$000 , ouro, em 1906, '
'no anno .corrente com, notavel êxito,
! Ho uve , porta nt.o , um augmento de .'
72, 809:236$'000, papel, ou " " " " ,
obse rvando, maior concorrencia de ani-
,
29 ,592:847$000, ouro, no ultimo anno ,
m"es, inclusivé a lgu,ns bellos exem- ,
eomparado com o anterior, que, por
plares, qúe attestaram os.. progressos
já conseguid'os, entre nós , pela pe- sua vez, já tivera sobre o de 1905
cuaria . um accrescimo de 106,565:387$00 0,
-GO lll g i'ande interesse para o pu- pa pel, ou 62,082:335$000, ourO,
-bUca , ' a Exp osição - Preparatoria para Em 1907, a importação do extran·
a Naciona l do Rio de Janeiro, .. abriu-se geiro foi de IH, 674: 868$000, papel,
,

e enc~ .. rou-se em junho proximo findo , ou 75,240 : 199$000, ouro, A expor-


' Ainda que l'esentindo-se do $treito tação, pelos diversos portos e pela E.
' prazo para o seu preparo, a exhibição de F, Central do Brasil , excedeu em
foi uma animadora de monstração da mais do ·dobro essa quantia pois que foi
- 280

de 353.919: 960$160, papel, equiYalen- Cumpre salientar a.inda que, depois


tes a 196.646:773$330, em ouro. de muitos annas, o arroz reappareceu
Na importa~ão,que já representa na exportação por Santos, com ....
21 % do total da imp01·tação nacional, 771:409$000.
observou-se um rapido crescimento: de Em consequencia dessa lísonj&ira ex-
96.389 contos, em 1906, passou a .. ' pansão do commercio externo e inter-
134.674 contos, papel, em 1907. Mais no, o movimento lnaritimo do porto de
concorreram para isso os artigos ma- Santos apresentou notavel incremento"
nufacturados, com um augmento supe- As entradas fOfãm de 1. 359 navios,
rior a 23 mil contos, papel, seguindo- com 2.708.040 <toneladas em 1907.
se os generos destinados á alimenta- contra 1.209 navio" com 2. 120.781 to-
ção e as materias primas, muitas das neladas em 19 O6. Sahiram 1. 355 na-
quaes pOderá o Esta.do produzir, pou- vios com 2.693.047 toneladas em ..
·
pando sommas consideraveis. que hoje 1907, contra 1.213· navios com • • •
se €scôam para o exterior. 2.122.950 toneladas em 1906. Taes"

A importação de moedas metallicas algarismos evidenciam a cre8Ctmte im-
e fiduciarias diminuiu de 6.269: 766$, portancia do nosso porto, o segundo
papel, ou 3.734:211$000, ouro, em da Republica.
1906, para 1. 414:539$000, papel, ou
Immigração O movimento migra-
790:543$000, ouro, em 1907.
tório do Estado, em 1907, está ex-
A nossa exportação, que representa.
presso pelos seguintes ale:arismo.s:
40 % da de toda a União, elevou-se "-- -

de 308.208 contos, em 1906, a .... En.tradas


, • • • • • .j,Q.432
353.919: 960$160, papel, em 1907. Tal Sahidas • • • n.917
augmento deve-se principalmente ao
café, que contribuiu com ......... . Do total das entradas. 3" T51 fôram
310.904: 607$783, contribuindo os ou- de passageiros e 31.681 d(~ immi-gran-
tros generos com 43.015:352$378. teso Do totál das sahidas, 7.648 fõ-
A importação por cabotagem, pelo ram de passageiros e 36.260 de im-
porto de Santos, montou a 135.626 to- migrantes.
neladas, no valor de 52.319: 873$420, Pelos dados acima, verifica-se que-
papel, em' 1907, contra 123.632 tone- houve saldo no moviUlento de passa-
ladas, no valor de 37.491:751$220, geiros. No de iriimigrantes, porém nota-'
J

em 1906. A differença a mais no anno se nm "deficit" de 4.588, deyido prin-


·findo foi determinada sobretudo pelos' cipalmente á 11lenor intl'oducção de inl-
artigos destinados á alimentação, en- luig1'antes com passagem pag"a"-pelo Go-
tre os q uaes o assucar, cujo valor q ua- verno.
si duplicou. . Tambem o algodão em Dos 31.681 imnligrantes entrad.os, .
bruto, os tecidos e outros pro duetos 26.819, vieram espontaneamente,'pa-
influiram para tal elevação, posto que gando suas passágens, e 4.862 vieram
o Estado os produza. por conta do Estado. Tal qnantidade
A exportação•
por cabotagem; em de immigrantes espontaneos é a maior
1907, passou a 18.846:748$662, papel, que se registra de'sde 19 O2, facto ani-
com excesso sobre a de 1906. Para tal mador, denlonstralldo que a- COl'rente
effeito mais influiram os tecidos com immigratória está se estalJelecendo mais
1.186: 900$00(1 e os calçados com .. solidamente, de modo a poupar 3acri,;.
873.069$000, o que bem demonstra ficios aos cofres publicos,
a importancia que vai adqUirindo a in- Outro facto a salientar é qne au-
dustria paulista. gmentou o numêro de immigrantes
• • '. .
-...-:.', . ' _. •

281 •

.. I"'.i;ados do Rio da Prata. Com effeito ,C oloniza.ção Durante o a nno de


.k!->:·)a procedencia, entraram 5.885. 1907, a c{)lonização do t erritorio pau -
110m ma jámais attingida nos ultimas lista foi nctivada com a fundação de
Hd8 anDOS. Ao mesmo teinúol dimi~ novos n ucleos co loniaes.
Inliram as sahidas para esse destino, Criaram-se os n llcl eos denominad.os
lwndo quasi a metade das verificadas "Nova Europa", "Nova P a ulicéa~' 8
.,'" 1906. ,(Gavião Pe ixoto ". em terras adqu.iri{ias
Tiveram entrada na "Hospedaria de pelo Governo.
Irnrnigra ntes" da Capital, durante o
No nlicleo " Cond e do Pinhal ", em
armo rindo, 22 . 635 pessô as, que, com
Ubat uba, concede ram-se 38 lotes, e"-
0.:-.) existentes em 19 O6, formaram um
ta ndo elies habitados por 17 famili as
(otal d e 23.032 alli alojadas. italianas,
Pela "Agencia Officia l de Coloniza-
O n udeo "Jorge 'I'ibiriçá ", tem oc-
,:iio e Trabalho", for a m collocados ..
cupados 52 lotes l'uraes e um urbano .
18.661 individuas, d os quaes 15 .260
O de "Nova Odessa" possue 67 lotes
Ha lavoura ca féeira. Foram co ncedidos
ruraes occupados , cujos proprietarios s
:l0 3 lotes de t e rras em nucleos colo-
n a maioria , sao russos , constituídos e m
nines.
famili as de agricultores.
A .. Inspectoria de Immig ração" . no
Porto de Santos, r ec-e beu e internou Nos nucleÕ§ emancipado;; de "Pia- •

os immigrantes desembarcados conse- guhy", " Bo.lU Successo ", ' ~São B ernar-
g uindo simultaneamente regularizar a do", "Sa.baúna" . " Rodrigo Si! "" ",
estatistica do movimento migratório. "Campos Salles " e "Pa riq ué ra-Assú "
A titulo de ensaio , como fonte d e proseg ue a exped ição de t it ulos . e a.
.
supprimento de braços á lavoura ca- arrecadação da. divida dos (:Qlonos.
féeira, celebro u-se um contracto com i Comnlissão Geogntl)hlca e Geologit'a.
li "Companhia Imperial de Emigração" j
- - Do s importantes tra,halho8 a (:ar-
com séde em Tokio, Japão, para in- I go des t a Commissão, acham-se con-
troducção de 3.000 immigrantes japo- cluidos os es tudos cO l'n pletos do Extre-
nezes. A primeira leva ch egou a 19 mo sertão do Estado, do Rio Rjb eh'a
d e junhO ultimo, dand o entrada na Hos- e se us a fflu e n tes . do Juquery-qu,er É' e
pedaria de Immigrantes 793 pessôas, li ttoraI. Oceu Da-se a Co mmissão p l·e-
"endo 7 81 contractadas e 12 esponta- sentemente de estudos e levanta,ment.os
neos, que tomaranl o seg uinte des- nas fr onteiras eom o visi"nho ffista.do

tino:
I
de Min as, o qu e lnuíto faf;ilitará o ne-
cessaria accôrdo sobre a linha divi-
São Paulo Coife (São Simão) 161 I
soria entre o nosso e a quelle Estado .
:m stação Pimen fa (Dl' . Godofredo !
Durante o anno findo ficou defin iti-
da FonsecâJ • • • • 170 I
vamente levantada a par te dessa fron -
Guatapará. • • • • • • 90 I
teira, des de os ãrre dores de Ca lda.
. São Martinho . • • • ?8 até I o norte d e Guaratinguetá, compre-
Companhia . 'Dumont (Ribeirão
201 hendendo quatl'o folhas topográphicas ,
Preto) . • • • • • •

Dl'. Firmiano Pinto ( V. Pinhal) 3 que vieram reunir-se ás 19 já publi-


DT. Francisco Queiroz (São Ma- cadas.
nuel J . . . . . . . 62 Org-anizou-se uma carta geral do Es-
Capital . . . . , . . . 8 tado,em escala detalha.da e uma olttl'a
-- izogónlca; para o estudo das declina-
,
~93 .ções. mag néticas.
, . '.,~ ':".

, " , ," I
, i" ,.
.'
- 282 "


Estradas
,
de Ferro No regimen tensão
,
totãl de 1', 107 kilometros, "
4a lei n. 30, de 13 de junho de 1902 saber:
foi feita a concessão de duas novas
vias-ferreas: de Ibitirama (estação da E s trada de Ferro Soroca-
,C ompa nhia Paulista de Vias Férreas bana • • • • • 1.041 km :-> .
e Fluviaes) a Monte-Alto" e de Lagôa Estrada de F erro lt.... uni-
(esta~ão da Companhia Mog1ana de lense • • • • • 41 "
Estradas de F erro) a Várgem Grande. Tramway da Cantareira 25 "
De accOrdo com disposições legis-
lativas que' a'uctorizaram concessão de A primeira destas estradas começo1/.
garantia de Jtrros e outros favores es- em 1.0 de julho ultimo, a ser admini",
peciaes. obtiveram tambem, no decur- tfada, pela Companhia Soro cabana RaH..
130 do anno próximo findo, licença para waYI e m consequencia do contraCÍ'(j
'construcção, uso e goso, as seguintes de arrendamento de 22 de maio, appr,' ·
"stradas: vado pela lei n. 1.076 de 23 de agosto
de São Pa ulo a Sanm Antonio de 1907.
do Juquiá ; ,i .
Pelo decreto federal n. 6.623 , d"
- de Santos a Santo Antonio do Ju- ,: 29 de agosto de 1907, fôram reval i-
..
-qura. ou a ponto mais c.onveniente ; •
i dadas as concessões relativas aos ra-

de São Sebas tião ás raias de Mi- ! maes de Tibagy e Itararé, cuja con ~ ··
nas-Geraes, com um ramal pelo valle ,I, trucção, a carg o do Governo, coriti-
-do Rio Parahytinga. núa a ser feita activamente, ,pela Com-
Com relação ao ultimo destes empre- missão dos Prolongamentos e Desen-
hendimelltos, o Governo torn.ou a si a volvimento da Estrada de Ferro So.-
-execução dos estudos necessarios. rocabana.
R epresentando ainda auxilio do Es- Na Estrada de Ferro Funilense.
tado á viação-ferrea, foram entregues, ficara m promptos, no fim do anno e
no exercicio de 1907, subvenções na ! foram ha pouco entregues ao trafego..
importancia total de 105 contos de dois novos trechos de linha: prolon-
réis ás estradas de Dourado, do Gna- gamento de Cosmópolis a Arthur No-
rujã, Rezende a Bocaina e do Bananal , , g ueira (10 kilometros) e ligação de
sendo reemoolsavel apenas a parcella Guanabara • (entroucamento na Estrada
,
relativa á primeira (99:0003000), de Ferro Mogyana) ao centro da ci-
Na "êde ae concessão estadual, fo- dade de Campinas (1. 200 metros),
ram - feitas , nas respectivas tarifas, al- Ficou eleval!'a a 4. 082 kilometros
terações destinadas a facilitar os trans- a cifra do desenvolvimento da rêde
portes, quer •
por solicitações do Go- ferrea act ual, dividida desta maneira:
verno, quer por espontanea resolução
das empresas. Construidos pelo Estado 51 kms.
Com o fim de bem conhecer o que " pela União 61 "
nesse particular se poderia exigir, Concedidos pelo Estado 2.962 "
creou-se, com:o sabeis, a Commissão de " pela União 1. 008 "
'Tomada de Contas do capital das es-
tradas de ferro de concesão do Estado, Total • • , • 4.082 "
cujos trabalhos estão
,
sendo convenien-
temente utilizados. ,
Deste total, 2.656 kilometros per-
As linhas pertencentes ao Estado, tencem a ,C ompanhias ou particulare,
,accrescldas, em 1907, de 54 kilometros, e 1.426 ao Estado e á União.
-apresen tavam, no fim do anno, a ex- Estão em construcção mais 585 ki-
," , '.' , ,
; .. '- : ' , '

283

\omeaos de linha,s ferreas, dos quaes I c:ões é de 26.:370, sem contar os ra-
:cR4 pertencentes ao Estado e 301 a maes de 2.003 prédios tributarios de
dt\'t~rsa.s enlpre~as ou Companhias. outras ligações.
(J material ródante das estradas de I A rêde de' exgottos da Capital, em
["I'n'il constava, em dezembro ultimo, I 1907, media 874.548,m32. O numero
'd •. seguinte~ de ' prédios a eUa ligados era de " .
24.217.
LoC'omotivas . • • 489 Para saneamento desta cidade, a
Carros • • • 66& I Com missão de Obras Novas continuou
Vagões. • .. • 8.770 I a canalização do rio Tamanduatehy .
na extensão de 440 metros.
o
movimento financeiro de todas as Pro seguem com regularidade as
estradas de ferro accusa, para a 1'e-
f'ieita de eonjuncto, 84.862:201$,.10 e.
I obras do saneameuto de Santos, a car-
go da respectiva cOlnnlissão., Em
('ara a despesa, 45.037: 527$514. Don- agosto do anuo passado. foram festi-
-de re:sulta. um saldo de .......... . vamente inaugurados os dois primeiros
:i~. 860: 6688797.
kilometi'os de canaes de drenagem, en-
Obm, Publkas Para o abasteci- tregues á Camara Municipal para os
mento de agua á Capital, inaugupou- conservar. Quanto aos exgottos sani-
se. no anno passado, com excellente tarios, que fazem parte do plano eDl
,,':dto, a linha adductora do Cabuçú, execução, a construcção telre notayel
a eargo da Cem missão de Obras No- augmento, dando-se á rêde um desen-
,'as, já extillcta. Com a distribuição volvimento de 25.671 metros.
das agnas dessa origem pelo bairro Navegação Maritu1l3 e Fluvial O
do Bra,z. representando um supprimen- serviço de navegação costeira continua
to de H. 060 .000 litros, em 24 horas. a ser feito com regularidade, entre
'.
·deverão fica.r unendidas as necessida- Santos e Ubatuba, cóm escalas por
odes aciuaes do consumo 'exigido pela São Sebastião '8 Villa-Bella. regulando-
população. ficando, por esse motivo. se pelo mesmo contracto COllI que em
adiada a captação do ribeirão Barro- 1900 foi iniciado. Comquanto o con-
cada, mana.llcial que se projectára apro- tractante desde abril do anno findo
veitar eonjllnctamente com aquelle, -tenha se obrigado a relilizar mensal-
serviço a.liás de rapida execução, quan- mente pelo nlenos UIna viagem a Ca-
-do neeessario. nanéa e Iguape, llldependentemente de
A insta Ilação de bombas centrif,u-. subvenção, é certo que o littoral sul
gas na linha distribuidora do Bom precisa ser servIdo' COll1. uma navega-
Retiro e no l'eservatóri.o da Consolação ção costeira regular, cuja falta. tem
'8 a realizaçã,Q de outros trabalhos, com sido sentida, acarretando sérios pre-
identico fim. reforçáram o f-ornecimen- juizos áquellas localidades. Ja que o
to de agua as zonas altas da cidade. Lloyd Brazileiro não tem feito COln a
Fitou inteiramente concluída· a bar- indispensavel reg'ularidade o serviço
ragem do Engordador, formando um a seu cargo, o Estado de São Paulo

lago artificial de 500.000 metros cubi- deve procurar estabelecel-o convenien-
cos, destinado a assegurar o funccio- temente, para dar sahida e expansão a
nament.o da bomba alli montada.
,. E seus variados pro duetos,
a do Guarahú foi inaugurada ha pouco. Em 31 de dezembro ultimo, esta-
O desenvolvimellto total da rêde dIs- vam em trafego regular as seguintes
tribuidora de agua a cidade attinge linhas de navegação fluvial, com a ex-
" 416. 336,m31. O numero de liga- tensão total de 507 kilometros:

284 --

Rios Tieté e Piracicaba: I e Grande. numa ex tensão de 2t} ~ kilo·


metros. V flrificacla, porém , a. impos··
Porto Martins a Porto Ri- sibilidade de ser mantida a regulal"i ..
beiro • • • • •• •

58 kms . dade do serviço, rescindiu - se ~ em ::;('.-
.Porto Martins a. Porto João tembro. de commum accôrdo (.) a j usL(~
Alfredo • • • • • 136 " Continuam. no emtanto. os transporte};
por co nta do interessado, segundo ()
Somma • • • 194 " permUtem as condições locaes e em-
pregando os barcos que fa zem a tra-
Bacia da Ribeira de Iguape: vessia do Ri o Grande.
Existe ainda uma linha de llavepl,-
Iguape a Xiririca . • • 154 kms. .
ção irregular entre Bariry e V am i·· ·
" a Santo Antonio do canga (60 kilometros no rio Tietê),
Juquiá . • • • 139 " conlprehendendô "pequenos trechos no~;
Iguape a Sabaúna • • 20 " rios Jacaré-uuassú e Jacaré-Pep ira ;
bem com-o outra no MOgy-GuHS:::Ú, ond(\
Som ma • • • • 313 "
parti c ulares reali zam transpo 't ·t.-:.'s Uvre-
Com o sr. engenheiro Albano de Aze- mente, com as embarcaçõe~ cedidar-;
vedo e Sousa foi assignado, em 27 de pela Companhia Paulista . depo is da
março de 1907, um contracto pl'oviso- cons tl'ucção do raDial 11e)0 ,-alie d.1"
rio para a navegação dos rios Pardo mesmo rio.

FAZENDA ,·

Fjnall~.as A receita e a d espesa do Estado de São Paulo. n o
exerciclo de 1907, foram as constantes do seguinte balanço: .

RECEITA
Saldo do exerci cio de 19 O6 • • • • • • 58 . 5 8 4 : 8 I) O :~ I) 10·
Receita -ordinaria e extraordinar-la . . . . . 66.400:439S17 1
Taxa especial de tres francos por sacca de café ex-
portado. . .. . . . . . . . . . 21_ 275: 98 8 $022'
Valor nominal do emprestimo de lbs. 2.000.000,0-0,
contractado com a Soro cabana Railway, ao
cambio par. • •• • • • • • 17.778: 000$00 0,

Apolices da terceira, da quarta e da quinta séries,


. emittidas durante o anno • •• 6.049:000$(;1)';
. Dinheiros de orphams, bens de defunctos e ausen- ·

tes, e depositos de diversas origens. • 2.055,04Z$1 ~í


Valor nominal do emprestimo de lbs. 3.000.000 - 0-0.


contractado com o Governo Federal, para' des-
pesas com o serviço de defesa do café, escriptu-
rado á taxa de 15 d.

. . . . . 48.000:001)$00 11
'Valor das lettras emittidas 'pelo Thesouro, para o
mesmo fim. . . . . . . . . . • 16.060:422$890
Producto dos saques contra embarques de café, e
dos adeantamentos recebidos em conta corrente 1.21.999:48.4$291
Adeantamentos recebidos em c f c no Banco de Paris. fi.5 8~: 77Q$513

--~--- - ---

A transportar • • • · 363.786:9~7Sl:I~ ~
- 285

Transporte • • • · 363.786:947$099•
~{ ontepio dos Magistrados '. . . • • • 48:540$000
('aixa Beneficente da Força Publica . • • , • 125:6703037
"-'senda OHicial -de Colonização e Trabalho. • • 22:665$625
;':: upprimen to recebido da caixa do exercício de 1908 7.465:988$110

371.449:810$811
DESPESA
Pa.go pelos s erviços classificados nas quatro S ecre-
tarias • • • • • • • 68.569:960$004
Re stituição de dinheiros de orphams, bens de defun-
etos e ausentes, e d epositos de diversas origens 1. 595:315$437
8u pprimentos feitos á caixa do exercicio de 1906 . 17.727:662$042
'Saldo a favor de exactores . restituido-durante o anno. 96:029$566
Pagamentos realizados por conta ' do Montepio dos
Magistrados'. '" .. • • 60:000$000
rde111 á Ca ixa Beneficente da Força Publica , • • 117: 466$588
I d e m á Agencia Orrjcia l de Colonização e Trabalho 620$000
('o r~pras de ca fé realizadas durante o exercicio. . 181.560: 578$187
Jl.es gate de lettras emittidas por intemedio do Brazl-
Iia.ni~ch e Bank für Deutschland, no valor de
Ibs. 1.000.000-0-0 . . . . . . 15.483:000$000
Despesas com os diversos serviços decorrentes da
defesa do café . ..... . • 14.113:216$395
'Saldo 'lue passou para o exercício de 1908. • • • 72.125:902$652

371.449 : 8 10$871
A re<,eita ordinaría proveiu do seguinte:
Di reitos de exportaçã.o do café. • • • • • 27.776: 278$713
Imp0sto de transmissão de propriedade inter-vivos. 4.226:680$595
Imposto d e transporte ou de transito. • • 1.163:590$236
Imposto sobre predios na Capital. , • • 1. 067: 801$800
Taxa de exgottos na Capital e em Santos, . . . 1.186:008$608
Taxa de consumo de agua e obras extraordlnarias. 1.657:925$620
ü uiros impost os ou fontes de arrecadação, que pro-
duziram, cada uma, quantia inferior a mil con-
tos de réis . • , • • • • • • 5.463:177$176

42.531:468$748
A receita extraordinaria proveiu do seguinte:
,
Indemnlzações:
Recebido da Sorocabana Railway, para fazer face ao
• •
serviço do emprestimo de Ibs. 3,800.000-0-0 .
o. _
1.635:200$000
Id'em de diversas empre sas. para despesas com "a sua
fiscalização ... . . . , . . . . , 16:200$000
Rendas não entregues no exercicio de sua arrecadação 67: 529$112
Ol.ltras proveniencias • • • , • • • • 622:083$566

2,241:015$678

- 286 -

Eventua l:
Differenças de cambio entre a
taxa de 27 d . e aquella por .
que foram vendidos _os sa-
ques por conta de empres- .
tim05 de Ibs. 2.00 0.000-0-0,
da Sorocaba.na Railway. • 14.222 : 000$000
Juros de dinheiros em conta-cor-
rente . . • • • 62:887$072
Multas por infracção de leis ou
regulamentos . • • • • 64 :382$ 326
Outras proveniencias • • • 63 : 779$185 14.418:0481683

Impostos ' sobre loterias • • 467: 240$00(\


, ,
'.I . -

Renda de estabelecimentos:

-
Estradade F erro Soro cabana
(1. o Sem.) • • • • • 6.360:743$113
Tramway da Cantarei,.a • • • 117:590$200
Est. d e Ferro Funllense • • 108:979$660
Hospicio de Alienados • • • 110:135$000
Outros estabelecime ntos • • • 50:218$189 6.747:666$162
---.......,..---
, -
23.368:970$423

Com referencia especial á exportação. verifica-se do relato rio da


Secretaria da Fazend a , que o valor official total da exportação dó
Estado de São Paulo, em 1907, foi de 375.471:730$571 , sendo:
Valor official do café produzido no Estado d e São
Paul o . . . , . . . • • • • · 310.904:607$783
Idem d e outros generos prodilzidos no Estado. • 43.015:352$378
Valor de generos doe pl'oducção do Estado de Minas. 1 8.1:5 5:439$14 0
-Idem do Estado do Paraná. • • • • • • • 278: 671$400
,,- de Santa -Catharina • • • • • 1:420$001)
" "
do Rio Grande do Sul • • • • 8:910$000
" " "
"
~~ de Pernambuco • • • • • • 6: 000$000
" •

" " " da Bahia • • • •

Idem de generos de producção extrangeira •




- 800$000
3.10 0:529$ 8-70
-


375 . 471 : 73 0 ~441
-
Da demonstração da receita, verifica-se qu e a r enda
,
esêripturada pelO Thesouro importou em . • 66.400:439$171
da qual, d eduzindo-se a differe nça de cambio na •

venda de saq ues, classificada na receita eventual,


- no valor de. • • • • • • • • • • 14.222:000$000
fica para . r e nda propriamente dita a quantia d e .
-
• 52.178:439H71
que, compa rada com a receita calculada ua lei do
_orçamento •

• • • • • • • • •
.' 54.171:000$001)

287 -
.
demonstra uma menor arrecadação, na importancia
liquida de . • • • • • • • • • • , 1.992:560$829'
••·
Proveniente de só ter sido realizada durante um semestre a arre-
tadação da renda da Estrada de Ferro Sorocabana.
' .. No exercicio de 1907, a despesa paga pelo'Thesouro importou em
·,.. -

6 8 . 569: 960$004 , distribuida pelas seguintes Secretarias de Estado:

·•·
,,.... Secret;ó\ria do Interior • • • • • • • • • 13.516:126$903
,- ,
' , Secretaria da Justiça • • • • • • • • • 12.113:667$996
.
•-'- ..
Secretaria da Agricultura • • • • • • • • 26.669:574$612
Secretaria da Fazenda • • • • • • • • • 16.270:590$493

68.569:950$004
. ,
Esta despesa foi escriptllrada pela seguinte forma:
Secretaria do Interior:

Despesa ordinarla . . • • • • 13.177:154$749


Creditas especiaes • • • • 338:972$154 13.516:126$903 •

Secretaria da Justiça:

Despesa ordillaria • • • • • • • • • • 12.113: 667$996

Secretaria da Agricultura:

Despesa ordinaria. • • • • 12.238:690$438



Creditas especiaes • • • 14.430:884$174 26.669: 574$612

Secretaria da Fazenda:

Despesa ordinal'ia • • 16.008: 181$714


262:408$779 16 .2 70:590$493

Na despesa da Secretaria da Fazen- 1. 860: fi O9 $ 3 3 6 ); -os c~editos especiaes,


da. avultam, em primeiro lagar, as com excepção de (Rs. 36: 000$000)
verbas jUl'OS diversos e differenças de . foram abertos para liquidação de pa-
cambio (I's. 10.053:717$511) , exerci- gamentos a que o Estado foi condemna-
cios findos (Rs. 1.890:317$490) e do. por sentenças passadas em jul-
aU:l.ilios e subvenções (Rs. . ....... . gado".

Comparada a s.amma ..da despesa paga, • • • 68.569:960$004


Com a despesa fixada na lei do orçamento. • • • 54.143:183$054
• ..

verifica-se um excesso de despesa de . • • • • 14.426: 776$950


Por Cúnta deste augmen to corrmn ) os recursos exb'aordinarios proven ic:lI ' o

as despezas extraordinar ias com SOCC01'- i tes dos saldos -dos e mpres timos ill o

ros })ubJic.os, aba.."t('cimento õe agua t e rnos e externos estão quasi exgoU ;1


da Capital, novas construcções da estra.. dos, d e fôrma que o Governo tem ~UI
da de t'el'l'o SOI"oca.b ana., serviço de ex .. ,,-j5;{.O obri gado a suspender e adiaI'
got.tos da Capita.l, e serviço de t erras, varias serviços de util idade, como m o o

colouizat:ão e hUIUigl'a.ção. c ustea dos dida de prudencia , pois ten:t verifica d,)
com os saldos de em pres tim os internos qu.~ não , é prova ve} qu e a ar reca daçfi.o

e externos. r ealizados para esse fim. a realizar no corrente exerci·cio a tUu o


ja a cifra calculada n a le i do or(;a··


..:\. maior pa rte des tes serviços cons-
mento,
tituem, tambem. por sua- vez, augmen- ,

Convém que n o proximo exercióo


to ela riqu eza publica, e virão co nse- estes serviços sejam providos de ma-'
guintenle nte, a ugmental' a conta do n eira com pa tivel co m os re c ursos reanH :'
Pah'in w nio do EstadQ. do Es t ado, normaliz.ando-se, assim, a. ->:~
Não obstante, Julgo dever solicitar vida da Administração , dentro d os li·,
a vossa atte n ção para O facto d e qu e lnites marcados na lei do orçamento .
.

..
ACTIVO E PASSIVO

Ao encerrar-se o exercicio de 1907, o balanço do activo e passivo ••


_"
-c·
do Estado de S, Paulo, e ra o seguinte: •

-- .'.-
••
ACTIVO - "
Valor das proprieda des immoveis
pertencentes ao E stado , 145.656: 892$527
Valor de titulos diversos per- -- -,
--;

tencentes ao E stado ' , , 39:695$836 •

Dívida a ctiva -de diversas prove-


. ,
nlenClas , • , , • , 22 ,708:866$340
Débito dos Bancos de Cus teio
Rural, pelas apolices qu e lhes
foranl entregues como auxi-
lia, , , • • • , , 350:000$000 -'-
-
.'
Valor dos cafés armazenados _ 270.578: 554$94 8 j
Contractos de hypothecas rece- >

bidas de Estradas de F erro


80 6:000$000
<-·
,
subv~ncionadas pelo Es ta do ·,
-j
DÍ\'ersos valores recebidos em -
-

caução • , , , • , 2 . 711:6 68 $571


Caixa de juros de apolices, , 50: 8 20$000 .

Caixa de estampilhas e papel sel-


lado . ' . . ' .' 29,439:319S500
Caixa de apolices a emitlir . , 733:500$000
Valores dados em ca.ução , , 2 .25 0:000 $0 00 35,991:308$071

,
Sa Ido qu e passa para o 'e xerCl-
cio d e 1908:
Em. Bancos e correspondentes no •

Paiz • , , • • • , 27.540:764$599
- - -- -- - •

A transportar , , 27,540:764$599 475,325:317$722


• •

289

T rans porte . 27.540:764$599 475.325:317$722


Idem. ide m no extrangeiro. . H.417:330$543.
Em poder de exactores, sujeito
a liquidação . • • • 15 :836 $708

Em poder de Estradas de Ferro,
sujeito a Iiquidaçã.o . • • 134:34 5$8 65 72.108:276$715

Na Caixa de tres francos. • • 1$908


N a. Caixa da Pagado ria da Se- ,
cretaria da Agricultura.
• "
10:972$17.
2
Na Gaixa Commum do Thesouro 6: 651$857 1 7:625$937 .

547.451:220$3n
..
PASSIVO

"Sald o da co nta de Patrimonio. 111 . 415:000 $ 189


Oiv ida ·extema fundada, Ibs.
8.083,020 -12-6 . . " 71.849:226$238
Divida intema fund ada . • • 10.926:000$000
Di nheiro de orphams, bens d e
ausentes e defunctos. em di-
nheiro. • • "
7.157:153$357
Divida proveniente de apolices
emittidas 'como auxilio aos
Banfos de Custeio Rural . 350:000$000 201 .697:3 79$7 84

Dívida proveniente d<e adeanta-


mentos e saq ues fe itos contra
remessas de café, e empres-
rimos co ni rahidos para o
se ,·viço de defesa do café "294. 554:6 9 4 $096
Divida provenient e de adeanta-
men tos feitos em cl c, por
Bancos no Paiz . . . 5.583:770$513
-S? ldo da conta da taxa de tres
fran cos • • • • 2. 11 9: 310$726
"Sa ldo da conta d.o montepio dos
rnag Ístl'ados . ,. . . . 8:520$000
..
Sa.ldo da co nta da ag.e ncia oHi-
eia/ d e colonização e trabalho 22:045$625 •

Saldo da conta da caL"'{a benefi-


cente da força publica. " 8:203$449
Supprímentos recebidos da caixa
c".ommum de 19Q 5. . . " 7.465:988$110 309 .762: 532$569

Valores que se compensam -no activo:


..
-- -~._-

A transportar . 511 . 459 :91 2$30 3 •


. . . '," , ,

- . . 290

Transporte . 511 .45 9: 912 $'3 ü:5


Garantias hypothecarias ' recebi-
das de Estradas de Ferro •

subvencionadas pelo Estado . 806:000$000


Diversos valores recebidos em
-
cauçao , • • • 2.7 11:668$571
Juros de • apolices . • • 50:820$000
Estampilhas e papel sellado . • 29 .4 39:319$500
ApOlices a emittlr. . • • 733:500$000

Va lores do Estado dados em cau-
-
,ao • - • • • • • 2.250:000$000

35.991:30S$'l71

547.451: 220$:;74

Defesa do Café - Continuando na lo tinha inteiramente liqu idada, as


execução do programma que O Go- contas referentes á compra de .. . ..
verno s e impoz de def,mder os inte- 8.1.46.123 saccas, armazenadas e 1'n cl1-
resses da lavoura e do co mmercio deste •
versos portos do Paiz, da EUl'Qpa e· dos
Estado, proseguiu, dura nte o anno • de
E stados Unidos d a America do Norte, .
1907 e até a data da presente men-
representando um preço de compra.
sagem, na execução do plano da de-
de Rs. 270.578:554$948.
fesa do café.

Ao encerrar-se o balanço que tenho Para fazer face a e.stes sel':'i'-i<; os, o-

a honra de submetter á vossa esclare- Governo empregou os se.gullue8 1'e-·
cida apreciação, o Estado de São Pan- c ursos:
I

Saques feitos contra remessas de café . •


- · 1 8 4 .a45 :271$ 111d
Emprestimo de 190R - - J. Henr)' Schroeder & Co.
de Londres e Ko.tional City Bank, de New-York,
de Ibs. 3,000 ,000-0-0. . . . . . . . 46.449: OOO$Q(jO}
· .
Emprestimo de 1907 Governo Federal, de Ibs.
3,000,000-0-0, á taxa de 15 d. . • • 48.000: 000$(01)
Lettras emittidas pelo Thesouro do Estadn. • • 16 .060:422$8~ é'

Estas quantias estão perfeitamente mar a si a g rande r esponsabilid ade


garantidas pelos cafés a rmazenados e desta operação.
pela taxa de tres fran cos. Depois do encerramento d.o balan ço-
O excesso das quantias acima men- de 1907, a que principalmente se 'j'e-
.
cionadas, tem sido remettido para o .ferem .. estas informações. o Governo
·
serviço de juros, amortização de em- recebeu mais 328.500 •
saccas. que . ad-·
presUmos, reformas de contractos e dicionadas ás 8.146.123 de que acima
outras despesas; cuja classiflca,Ção de- falei, sommaram um total . de • • • • •
• •

finitiva depende de prestações de con- 8 . 474.623 saccas de café.


• . ..
tas que estão. sendo ultimadas.. As contas das ult.imas compr as es-
Os con tractos de consignação têm tão sendo liquidadas pelo Theso ul·o.
sido regularmente reformados, em seus Nos ultimos. dias de maio .8 em ju-
vencimentos, tendo o Est~do satisfeito, nho do corrente anno, o Goveruo, ten-
com a mais escrupulosa pontualidade, do em vista a sensível diminuição d o·
todas as Qbrigações assumidas ao to- stock mundi;i.l visivel, e para ahender"
- 291

:'i.--; i.l1stantes solicitações do cOlnmercio b8irão Bonito, Serra Negra, Sertão-


do café no éxtrangeiro, resolveu au- zinho. Jahú e Taubate.
dorizar a venda publíc.a e em peque- Estes bancos
, estão. funccionando r8-
il;U:i partidas, do.s seus cafés, na pro- gularmente, o que foi ainda ultima-
no!"ção das exigencias do consumo, e mente verificado, em ínspecção feita.
ao preço de base não inferior a 5 O ! por uma. cOl11missão de empregados do
francos por sacca. de 50 !rilas. I Thesouro.
Estas vendas se effectuaram em , !
Ba.nco de Credito Agricola o
Ila.mburgo, Havre, Rotterdam, London, i Governo não tem poupado esforços
Tdestre e New- York. I para dar execução á lei n. 923 de 8
I
Por esta fórma, o Estado de São de agosto de 1904. Devido, porém,
l'aulo vendeu, até o presente, 305.160 a causas multiplas; :não tem sido pos-
,
"accas de café de seu stock, qne as- 1 sivel incorporar o Banco de Cl'édito
. Him é, presentemente, de 8.169. 46~ i Agricola nos limites precisos da refe-
I
:-)accas. I rida lei. Espero, porém, dentro em
Iniciando-se agora a entrada para os breve, ver i'~a1izad6 e'ste" desidera~
mercados, dos cafés da nova safra de tum 'I da lavoura do Estado, e que cons-
1908 1909, o Governo não se in- titue parte ilnportante do nosso plano
teressa em realizar novas vendas, con- de defesa do- êáfé.
tinual1do firmeUlente deliberado a re- Sã,o Paulo, 14 de julhO de 1908.
ter, pelo tempo que fôr necessario,
.l. j}I. Albuquel'que LÍlIS.
os cafés' que tem adquirido.
Na execução do plano que o Gover- .
I
no se traçou em favor dos 'grandes I.
* .»:.
interesses da lavoura e do commercio
do Estado, tem encontrado fralico apoio
• Dirigindo-se ao CongTesso Legislativo
da opinião e o concurso' dedicado e'
de S. Paulo. a 14 de julho de 1909,
leal de todos quantos têm interesse na
o presidente, Albuquerque Lins assim
solução de tão magno problenla.
éXpOZ a situa.ção d.os negocios publi-
Estando, presentemente, alcançado () ,, cas:
nossO principal objectivo, isto é, afas- !
tal' da offerta insistente dos mercados I
81"8. Melnbros do Congresso Legis-
o excesso da prod ucção da inlmensa sa- lat.ivo.
fra de 1906 1907, podendo-se con- No desempenho do honroso e alto
siderar restabelecido o equilíbrio do dever constitu(:Íonal que incumbe ao
mercado; convém firmar de vez esta I Presidente do Estado, venho apresen-
feliz situacão; e. para conseguir tal I tal' ao Congresso na sua sessão inau-
resultado, ~onto que habilitareis o Go- I
gural do corrente anuo a presente men-
verno com as medidas que o mo-mento sagem, em que exponho detalhada-
impõe e que o vosso esclarecido patrio- mente todo o movimento da adnlinis-
tismo lnelhor determinará. tração publica durante o anno decor-
Bancos de Custeio Rural Em exe- rido, indicando, com relação a alguns
cução da lei n. 1.062 de 20 de dezem- serviços,' providencias e reformas que,
bro de 1906, foram celebrados contra- no momento, mais reclamadas me pa-
ctos com a Sociedade Incorporadora, recem pelos interesses e pelo bem ge-
para o estabelecimento de i' Bancos de ral do Estado.
Custeio Rural", nas seguintes localida- Multiplos e relevantes são sem du-
des: Jaboticabal, Ribeirão Preto, Ri- vida os problemas que cada dia recla-

292

ruam _.estudo e iniciativa em belll .. das INTERIOR


justas aspirações de liberdade, de ci-
vilização e ".grandeza que constituem o Eleições - Tendo terminado o man·
Ideal de São Paulo; ao Congresso e ao dato de um sénador e dos deputado"
Governo, porém, cabe mais directamen- ao Congresso Nacional, as eleições pari.
te a responsabilidade da acção e .da a constituição da nova legislatura rea·
execução, que tem suas restrícções e lizaram-se no dia próprio, correndo o
seus limites naturaes. pleito com todas as garantias e lU
Ta.lvez em circumstancia alguma en- mais perfeita ordem.
tI"e nós mais accentuadamente se tenha Nas mesmas condições effectuaram·
Imposto aos poderes publicos, do que se as eleições para as vagas aberto;';
agora, moderação. prudencia e parci- no Congresso Legislativo Estad ua!.
mónia em todas as deliberações e em- Saúde Publica Continúa a mere-
prehendimentos, em vista dos avulta- cer do Governo os mais sérios cuida-
dos' encargos e despesas que já pesam dos as condições da salubridade do Es-

sohre o Estado e ante a conhecida e . tado.
debatida crise geral que, embora atte-
Apezar da' vígilancia das auctorida·
nuada. perdura ainda, apesar da nossa
des sanitarias, e devido á proximidad8
resist.encia e da nossa lucta.
da Capital Federal, cujas relações, POt·
Renóvo com prazer os meus protes- via maritima e terrestre, mais frequen··
tos de grande confiança na sabedoria I tes se tornáram, por motivo da Expo.
e no patriotismo do Congresso, tão sição Nacional, impossivel foi evitar
recommelidavel já por seus serviços e que a variola que alli grassou com
orientação nas suas sessões anteriores. intensidade, se propagasse em a.lgumas
das nossas localidades.
A morte imprevista do Conselheiro
Nesta Capital, em Santos, em Lp·
Affonso Penna, o eminente estadista
rena, em Taubaté e em Pindamonhan-
que conl dediCação patriotica e superior
. gaba, esta terrivel molestia se manis-
criterio occupava dignamente o eleva-
. festou . com mais violencia não assu-
dissimo cargo de Presidente da Repu-
• nlindo, felizmente, caracter accentuada-
bliça, glorificado pela confiança 'nacio- mente epidemico, a não ser em Pinda-
.
nal, motivou, em todo o Estado, me- monhangaba, onde causou maior nu-
recidas e significativas manifestações· I lllera de victimas.
de pesado lucto, que o Governo pro- A todos os pontos affectados soccor-
-curou traduzir em condignas homena- 'reu o Governo, eílvialldo comn1issões
gens á memoria do gr;tnde morto. medicas, installando hospita,es e forne-
Segundo o preceito Constitucional, ao cendo todos os recursos precisos.
.
Vice-Presidente da Republica coube a Foi bastante elevado o numero de
successão presidencial, devendo elle pess.ôas vaccinadas no Estado, como
exercer o cargo até terminar o qua- bem demonstra o facto de não ter
triennio . para que foi eleito. O novo tomado a molestia maior incremento,
·Governo foi recebido epl. nosso Estado compl'ehendendo assim a população que
com auspiciosa sympathia e justificada a sua defesa estava na vaccina. Póde-
.espera.nça. Do illustre bl'asileiro Dr. ·se calcular que só nesta Capital foram
Nilo Peçanha, Presidente da Repnblica, 1mffiunizadas, em poucos mezes, 150
tem recebido o Governo de São Paulo mil pessõas, approximadamente.
positivas e espontaneas affirmações de O Instituto Vaccinogénico correspon-
.cordialidade•
e confiança . deu plenamente aos fins de sua crea-

~ 293

.;H.. ; pOis forneceu 802.000 tubos de • sejam augmentadOs, como a Santa Casa
Iy"'pha vaccinlca pura ou 1.604.000 de Misericordia da Capital. cujos gran-
,

des encargos crescem diariamente. na


A<:tualmente, pÓde"se considerar ex- proporção dos asslgnalados serviços,
Uueta a varíola, visto existirem no Hos- que presta á nossa assistencia publica.
pilal de Isolamento poucos doentes. No Hospicio de Juquery ficaram con-
Nesta Capital, em Cordeiros e Igua- cluídos, -e estão já occupados, mais dois
lle. appareceram alguns casos de pes- pavilhões da nova colonla, com as res-
I" bubónica. a qual se não desenvol- pectivas dependencias. Como sejam ain-
Vt ~ U. em vista das promptas providen- da deficientes as accommodações exis-

(·.ias do Serviço Sanitario. Em Iguape, tentes, determinei a construcção de no-
receberam voluntariamente a vaccina vos pavilhões, de modo· a ficar a nova
anti-pestosa 1.498 pessOas. colonia concluida, até o fim do anno.
Quasi todas as molestias infécto-con- E' de necessidade a construcção de
Inglosas, e especialmente a tuberculose um pavilhão proprio pal'a alienados cri-
o sarampão, a febre typhoide, a co- minosos, e de uma enfermaria. para
(ltlelucJj:e, apresentaram sensivel dimi., molestias intercOITentes.
n!lição de casos fataes. Este facto evi- Estão actualme nte internados 1.013
dencia, . de modo frisante, a proficui- doentes, sendo 702 homens e 311 mu-
dade das medidas de hygiene defen- lheres_ A assistencia familiar dos alie-
Hiva postas em pl'at,i ca em todo o Es- nados, posta em pratica ultimamente,
t,ado. tem correspondido satisfactoriamente
A pOlicia sanitarla tez sentir sua aos intuitos da administração, estando
acção em toda a partEl. com presteza entregues a seus cuidados 22 doen-
lê! efficacia, ~es,emp!2;nhando seusarduos tes.
deyeres de modo assáz louvavel. Instl...c~.ão Publica - Apezar da 50-
Toda'. as repartições annexas á Di- licitude sempre dispensada' á instruc-
rectoria do Serviço Sanitario funccio- ção pelos poderes publicas do Estado,
náram, 'de modo satisfactorio. Com- a disseminação do ensino, principal·
quanto, por motivos diversõ·s·de ordem mente do primarlo, não corresponde
administrativa,' não me tivesse utiliza~ ainda ás nossas necessidades € aspi-
do da aucwrização legislativa para a rações. Dependendo entre nós este ser-
reforma deste serviço, entretanto, pen-
,
viço d oe verbas annualmente eousigna-
,

80 que
,
precisa eIle ser remodelado e das no orçam ento, e ficando, por isso ,
desenvolvido de accôrdo com as neces- sujeito ás cOlltillgencias da renda 01'-
sidades publicas do Estado. dinaria, o ensino publico não só não
As diversas a~sociações de carida- está bem garantido em sua estabili-
de subvencionadas pelo Estado conti- dade, como não póde ter o desenvol-
nuam a prestar os seus melhores ser- vimento exigido pelo augmento da nos-
viços. sa população e correspondente ao grau
Pela eBtatist1ca a que se tem pro- de nosso · adeantamento. Melhor é o
cedido por determinação legislativa, ve- systema adaptadO em muitos outros
reis que convém fazer uma distribui- paizes em que são destinadas â instruc-
ção m a is equitativa das subvenções con- ção publica, verbas extraordinarias for-
signadas, annualmente. nas leis orça- necidas por tributos especiaes.
mentarias, a essàs associações; insti- Comtudo, para bem avaliar-se quan-
tuições existem que pódem prescindir to temos feito neste particular, basta
de auxilios; outras pOdem recebeI-os lembrar , que , em 1891. a verba para
. reduzidos; algumas merecem que elles a instrucção, em geral, foi de J . 343

-- 294 •

contos de réis, emquanto que no or- maior proveito para o ensino, os gru,
çamento vigente eUa se eleva a quasi pos escolares, cujo nunlero s-e eleva
dez mil contos, sem incluir as sub- actualmente
.
a 96, inclusivé os desdo
venções a diversos estabelecimentos brados, e as escolas reunidas.
particulares; que o numero das escolas Foram creádos, no corrente anno.
providas uaqueUe anno era de 889, mais 12 grupos, sendo 6 nesta Capital,
ao passo que, actualmente, é d·e 1.281 com a denominação de: VilIa Marian-
o numero· de escolas• isoladas, além de na, Avenida, Sant'Ann,a, Bom Retiro .
96 grupos com 928 classes o qne Lapa, e Belémzinho,· e os outros nas
corresponde a 2. 2 O9 "scolas. Convém seguintes cidades: Cajurú, Jardinopo-
consignar que pela mesma verba des- lis: Cravinhos, Dourado e Ribeirão Bo ..
tinada á instrucçã() são feitas tamhem I nito, não' estando os dois ultimas d0-
as despesas com o ensino superior e finitivamente • instaIlados. Foi desdo-
secundaria, distrihuido . pela Escola brado o grupo "Dl'. Quirino dos San-
Polytechnica, pela Escola Agricola de tos", em Canlpinas.
Piracicaha, por tres gymnasios, pela
Em muitas grupos, principalmente,
Escola Normal, com sens cursos des-
nesta Capital e em Santos, foi augmen-
dobrados, e por einco escolas comple-
tado o numero de classes, cuja tota-
mentares, que, em 1891, lião exis-
tiam.
! !idade se eleva a 928, contra 818 do
anno anterior.
Accusa a estatistica levantada pela
Est~s institutos, que são verdadei-
directoria da Instrucção Publica que
tio anno findo foram matriculados nas ras escolas graduadas devem substituir
escolas primarias-publicas estaduaes e as escolas isoladas em todas as cida-
municipaes 82.622 alumnos e nas pri- des, As suas vantagens são reaes e
maria-particulares 14.866, o que dá positivas
, sob todos os aspectos; com-
um total de 97.488 alumnos matri- portanto maior numero de alumnos,
culados em todo o Estado, nelles O ensino é melhor e mais apro-
veitado, a· sua fisca1isação, é mais ra-
Tem a experlencia demonstrado que
ci! e efficaz e· desenvolvem maior es-
é de conveniencia a modificação do
timulo, até entre os mestres.
systema de provimento das escolas iso-
ladas e a alteração dos seus program- ! A diversos grupos foram annexadas
mas, que devem ser postos de accôr- , as escolas isoladas que lhe estavam
do com as necessidades das populações mais proximas ou tinham _ matricula
a que se destinam, muito reduzida.
Para que fique completo o nosso ,Na falta de uma distribuição pro-
systema escolar, faltam-nos cursos pro- porcional das escolas Cl'eadas em di-
fissíonaes, em que os alumnos se ha- versos municípios do Estado, tem sido
bilitem para o trabalho em suas dif- app!icada a respectiva verba orçamen,
lerentes formas e cursos nocturnos, taria, de preferencia no provimento de
para os adultos; os que existem, nesse escolas para os municipios mais ne-
gener,o, a maior parte de iniciativa par- cessitados,
ticular, são insufficientes. Além disso,
, Presentemente, estão matriculados
penso que seria tambem conveniente ,'nos grupos escolares, e nas escolas iso-
que, na escola nonnal. nas escolas ladas, 75.868
, alumnos, s'endo 40 .. 103
complementares e nos grupos escola- nestas e 35.765 naquelles, contra .,
res, se ensinassem noções elementares 70.455 no anno anterior, existindo pois,
de agricultura. um augmento de' 5.413, a favor do
Continuam a funccionar, com o corrente anno.
~. 295 -

Fu(;cÍonáram . com a devida regu- 'Completaram o curso 65 alumnos,


l':'Iddade:, as escalas complementares. dos quaes 13 do sexo masculino e 52
;';0 anno findo concluíram o cursO do feminino.
1.5f1 alumnos, sendo: Estão actualmente matriculados

5"15
alumnos.
,.
.~a.,
CapIta
. I . 48 Os tres gymnasios do Estado tiv@-
• • • • •
.l~ m Itapétinínga • • • 31 ram tambem regular funccionamento.
l.!Jm Campinas . • • • 26 No de Ribeirão Preto foi installa-
gm PiracicaOa. • • • • • 22 do o 3. anno e fôram nomeados os
0

Em Guara-tinguetá • • 32 respectivos professores.


A affluencia de pretendentes á ma-
Estão matriculados actualmente, .. tricula do Gymnasió desta Capital de-
1. 2 5~ alumnos, contra 1.163 no anno terminou o desdobramento do L' an-
anterior. assim distribufdos: no. de accôrdo com o art. 29 da lei
n. 7.059 de 1906.
Capital • • • • • • 321
Estão matriculados:
[tapetininga • • • • • • 248
Campinas • • • • • 225 247 alumnos no Gymnasio desta Ca-
Piracicaba • • • • • • 234 pital
.
Guaratinguetá • • • • 230 164 alumnos no Gymnasio de Cam.-
pínas
Estas escolas, creadas para ampliar 60 alumnos no Gymnasio de Ribei-
e complementar o ensino primario, co- rão Preto
meçado nas escolas prel1minares, de- Em todos os gymnasios equiparados
vem ser conservadas com um program- do Estado, é de 2.728 o numero doa
ma mais simples, como preparatorias alumnos matriculados.
das normaes e dos gymnasios.
AEscola Polytechnica, cujo anno
Comquanto muito tenham melhorado
lectivo foi encerrado ha poucos dias,
a fiscalização e inspecção do . ensino •

continua a prestar os melhores servi-


em todo o Estado, não tem pOdido a
ços á instrucção s uperior, conservando
Inspectoria Geral de Instrucçií.o Pu- assim o prestigiO já adquirido.
blica prestar ao ~nsino , concurso mais
Concluíram o curso este anuo 15
efficaz e proveitoso, com o pessoal re-
alumnos.
duzido de que dispõe , e sem organização
No Seminario das Educandas, 'ins-
fI ue" .assegure uma fiscalização m.etho-
tallado em predio proprio, sob a habil
dica. constante e energlca, da qual
muito depende o bom funccionamento ' direcção das Irmans de S. José, estão
matriculadas 100 meninas pobres .
das escolas.
A Escola Normal e as annexas, que Precisa este estabelecimento de uma

abrangem o Jardim da Infancia, Es- 'remodelação completa, de modo a ter


UDl caracter mais utilitario e de ac-
cola Modelo "Caetano de Campos",
E scola Modelo Complementar, com a côrdo com as condições das creanças
matricula geral de 1.557 alumnos, têm neIle internadas.
satisfeito os intuitos de ' sua creação. Esta necessidaõe vem se fazendo

sentir de longa data, . como se d.epre-
Todavia, seu programma, como o
l;l.ende de quas i tOdos . os docnmentos
de outros institutos de educação, pre-
. officiaes que a eIle tem se referido.
clsa de· lig·eiras alterações, que mais
.
eons ultem ás exige"n cias do ensino mo- Estat.istiéa - A estatistlçageral do
derno . Estado continúa a ser feita pela res-
..
• 296 •

pectiva repartição central, que, ape- ctiva com missão especial a. fazet· a sua.
sar de todos os esforços empregados, classificação e catalogaÇão.
não tem podido desempenhar de modo
Bibliotheca Publica Com alguma
completo sua proveitosa missão, pela
irregularidade correu o serviço da Bi-
dependencia em que está. de dados e
bliotheca Publica, por causa das in-
informações que lhe faltam, e que
terrup!':ões devidas a concertos no pre-
não póde conseguir, dada a sua actual
dia em que funcciona . Por esse fa cto .
organização.
diminuiu o numero de consultantes,
Estão concluidos os trabalhos esta- que, todavia, foi de 7.673 .

tlstlcos .relativos ao anno de 19 O7 e
o respectivo Annuário, -dependente de Museu do Estado Elevou-se a.
. -
lmpressao. 40.374 o numero de visitantes do Mu-
seu Paulista, sendo satisfactorio o es-
Em todo o Estado deram-se, em ..
tado de conservação de suas valiosas
1908:
collecções. que vão . de anno para an-
117.028 nascimentos no, em augmento.
59.819 obitos Acha-se terminado o ajardinamento
22.523 casamentos da praça fronteira ao '·M.allumento H, o'
Contra, no anno anterior: que muito contribue paTa augmenta r
a belleza deste edificio historico.
109.510 nascimentos
O parque, situado nos terrenos con··
59.0 ,19 obitos
tiguos e destinado á cultura · de plan-
19.977 casamentos.
tas indigenas, acha-se hem adeantado.
Nesta Capital, houve: DiUI'io Official A repartição do
11.501 nascimentos "Diario Official" continua• a prestar bons·
6.435 obitos serviços á administração, contando o
2 . 142 casamentos Governo reorganizar em breve as an-
tigas officinas nella existentes. de ac-
Contra, no anno anterjor: •
côrdo com autorização constante do.
10.893 nascimentos orçamento em vIgor.
5.761 obitos
1 . 922 casamentos JUSTIÇA E SEGUR.<\NÇA PUBLICA.
Nos nascimentos e obilos se incluém •

os naU-mortos. Administl'ação da .Justiça Con-
.
tinua a reclamar sériamente a atten-
Archivo Fôram executados todos
ção do Congresso uma reforma geral
08 serviços a cargo do Archivo Publi-
las leis de nossa organização judida...
co e attendidas todas as requisições
ria, em moldes · que garantam ~ com;-
de repartições estaduaes e federaes,
pie ta distribuição da justiça, como de-
assim como todos os pedidos de par- ·
ve ser, principalmente em um Estad.9
tlculares. novo que tanto depende do capital e

Ficou ultimada e distribuida a im- I do trabalho, nacional e extrangeiro,
pressão da 11 Divisão Administrativa e para a sua riqueza e · o seu engrande-
Divisas Municipaes do Estado"_ cimento. .
trabalbo de compilação de todas as Excuso repetir sobre o assumpto al-
leis provlnciaes e estaduaes . sobre dI- gumas das medidas já lembradas na
visas dos municípiOS do Estado. mensagem anterior, . que tive
. a honra
Achando~se concluldos. os trabalhos de dirigir-vos; al!ás, tudo é de confiar
de seleeção ae papeis, passo'u'a respe- e esperar da vossa elevada cultura ju ..·




297-

f idít::L, longa experiencia e conhecimen- commodo. sito á rua do Riachuelo.


o
to de tudo quanto é reclamado em re- Com .
eSsa providencia, retiraram-se
.
as
'. . rurma de tão capital importancia. dependencias criminaes do proprío es-
No Tribunal de Justiça houve o se- tadual á rua do Quartel, que ficou des-
' v-uinte movimento: tinado exclusivamente ao Forum Civil.
Este edificio, com as obras de 'adapta-
"ôram julgados, em Camara Civil: ção e de reparo, que já foram feitas,
. Appellações • • • • • 314 serve perfeitamente ao seu destin o.
_', lijm bargos • • • • • • 255 Para o Tribunal de Justiça, foi con-
." .. tractado, por aluguel, pelo prazo de
._. Conilictos de jurisdicção • 5
seis annos, um predió especialmente
-':' .
[i'oram julgados, em Ca.mara. Crimi- para esse fim construido .
'. nal: Com confôrto, segurança e commo-

-, . ,
,

A ppellações • • • 387 didade, está o Tribunal de Justiça ! unc-



rtecurso crim:inaes . • • 135 cionando á rua José Bonifacio. Ahi
A.r-;gravos . • • • • 326 tambem está funccionand o a Procura-
Recursos 'e leitoraes • • • 88 doria-Gerai do Estado.
.embargos • • • • 38 Com essas medidas tomadas .pelo
Cartas testemunhaveis • • 6 Governo, as repartições de justiça na

ConfUcto de jurisdicção • • 1 Capital do Estado estão instaliadas de


fórma a esperarem a cOllstrucção do
Foram jUlgados, em Camara Rellni- Palacio da Justiça, já auctorizado em
das: lei. •
Recursos ' de responsabilidade • 3 . Estabelecimentos penaes Apro-
·
ReCIámação de antiguidade • 1 veitando-se da auctorização do art. 12
·,' •
da Lei n. 1. 117-A de 21 .de Dezembro
Sessões: '
de 1907, nas suas disposições perma-
Camara civil • • • • • 92 nentes, resolveu o Gove rno construir
Camara ' crhninal . • • • 93 quanto antes, os edificlos da Peniten-
Camaras reunidas . • • 27 ciaria de S. Paulo.
fCxtraordinarias 4
, . • • • • • E' uma obra que não póde mais ser

adiada, sem soUrerem os nossos cre-
Por falta de alguns da,d{)s necessa-
ditos de civilização, sendo certo que
rios. não . foi possivel fazer a _estati~tica
• a. cultura moral de um povo é aferi-
do movimento dos trabalhos " da jus-
da, em grande parte, pela fórma pela
tiça: ,de· . ,primeira instancia, quer . nas. •
• qual elle trata os seus condemnados .
"omarcas, quer nos , distrlctos de paz.
A actual Penitenciaria tenl apenas
Estabelecimento Judicial'ios Nas uma lotação de 160 condemnados, .
"omarcas do Interior, os juizes têm quando o numero destes . no Estado,
. .
o "Foru,m" em salas apropriadas . nos ascende a mais de mil; as nossas ca-
edificlos das cadeias, e, alguns, em deias. nas quaes são conservados os
casas para esse fim ai ugadas; com os excessos da população ca rcerária , fei-
.
recursos orçamentarios, que são pe- tas para detenção provisória dos réus
(IUenOS, tem o Governo fornecido () indiciados ou pi'ocessad{)s, e para custó-
"
mobiliamento dos salões do jury e dia de é'brios, desordeiros e outros
d.as salas de audiencia. semelhante s, sujeitos á acção policial,

Na Capital, o Forum Criminal foi não poss\1em, nem enfermarias. nem
. .
installado em predio particular, para
. .. I
officinas, nem commodos para abrigo

csse fim alugado ê adaptado, vasto e de presos por longo prazo. Esse's es-

298 -

-
talJelecimentos nao correspondem ás Contém eUe uma superficie de ~ !I
-actuaes e modernas exigencias' penaes~ alqueires, da qual bôa parte está pIa,'" .
.
Exigindo as necessidades da admí- tada de numerosas arvores fructifef"a~ ; '.
-nistração que a Penitenciaria fique sob possúe já uma . moderna e grande ';a;.,i\ :;
-as immedfaCás vistas do Governo, para de moradia, que, pela sua posição . ml ~
sua vigilante fiscalisação, tem elta que tá destinada á futura admin·istraçào ~f,
'ser construida na proximidade da Ca- estabelecimento,

com pequenas des!>,, '
pitaL onde a actividade dos presos • as de adaptação, além de outras "" .
possa ser convenientemente applicada' sas de ligeira construcção, aprove!!",

·e aproveitada em trabalhos indus- veis para dependencias.


triaes. Não está ainda decretado o nos aO
Nestas condições, dand{) preferencia reglmen penitenciario, decreto de ai:.
a qualq.uer outra situação, dirigiu O tribuição legislativa, segundo a letrll
-Governo as s uas vistas para o bairro f. n. 8 do art. 2 O da Constituição do
de Sant 'Anna, já servido de bondes, S. Paulo, e que constitue materia ;,
com luz electrica e agua. ,e . cortado ser estudada e resolvida; entretan to,
1'elo Tramway da Cantareira, .de pro- esse regimen penitenciario deve OhH'"
priedade do Estado. decer ás linhas geraes do nosso Co-
digo Penal. l"lIi-- isso, nada impede qu,, '
Esta ultíma circumstancia influiu
a nossa Penitenciaria seja construida
·decisivamente, porque, dada ·a feição
desde já; destinando-se eUa ao cum ·· ",
industrial do novo edificio, o trans-
primento da prisão cellular, prevista
porte das mate rias primas e dqs pro-
na letra a do art. 43 do mesmo Codí- .':,
duetos manufacturados, assim como a
go, deve ter cellulas para o isolamento .. :
conducção de presos e de soldados de
nos primeiros tempos e segregaç!iQ :. .
guarniçã.o serão feitos por esse cami-
nocturna nos ' subseqllentes, salas de '
nho de ferro, a que o Governo poderá
officinas para o trabalho obrigatorio '
-dar horarias' mais convenientes ás ne-
e trabalho em commum durante o dia
cessidades ..penitenciarias,, e prover de •
nos t e rmos do art. 45 do citado Co·
vagões cellulares e. de ramaes que pe- . digo.
"ll-etrem mesmo nos estabelecimentos _
Devendo ter grande preponderancia,
penaes. ,
no regimen pel)~tenciario a adoptar, (1
Está já contractàda, para esse fim, elemento educativo, serão tambe m
·com o dr. Antonio Maria da· Silva, a construidas, no estabelecimento, sala"
compra de um terreno de sua proprie- para atilas, para pequena bibliothér a.
dade sito no sopé da coUina de San- e para a celebração das cerimonias do
t'Anna, o qUàl, pela sua configura,ção culto externo, segundo os sentimentos
plana e pela sua elevação ·s{)bre o ni- religiosos dos presos.
vel do Tieté, permitte, sem, deselegan- O estabelecimento terá, egualmente,

da e COJn hygiene, vastas, dispersas as accommodações necessanas para
e sólidas cons trucções. . um se rviço sanita rio moderno, taes
Antes de entrar em negociações,

como consultol'io-,· pharmacia, sala de
ma.ndou o Governo proceder, pelo en- ope rações, enfermarias para doença.s
genheiro Lefévre, do pess õal technico oommuns e para molestias contagiosas,
da Secretaria da • Agricultu~a e Obras e cellulas sanitarias para molestias

Publiças , aos exa me;; e sondagens so- illcuraveis ou chrónicas, além de tn-
bre a qualidade e segurança deste d.as as dependencias necessarias. como
terrenQ, e, s6 depois de parecer favo- locutorio, refeltorios, padaria, dis-

rave!, é que resolveu a sua acquisição·. pensa , cozinha, lavadouros, banheiros ,
299 -

li 1" .1 :\ me ntospara vigilantes. enferméi- I, juizes de direito do interior têm jà


1'1.1" " ~ u ardas, guarnições etc. condemnado diversos vagabundos, pres-
.\ ,Penitenciaria d e verá ter, desde tando a COlonia, por essa fórma, rele-
.I'" ", ,,paridade para abrigar 1.200 pre- vantes serviços a todo o Estado.
i.jll: _. numero que parece sufficiente No estabelecimento da ilha dos
!IH r;!. a ~ nossas necessidades, não só Pórcos encontram os condemnados um
111" lI a (:oS. t OmO de futuro proximQ. regimen benefico, previdente e sauda-
~l as , no plano do estabelecimento, vel, roupas, alimentação sadia, médico
(I,',"';i. logo ' projectada a parte a ac- e pharmacia, ensino intellectual, e
j'rt ~:; (' Br, logo que o augmento da po- trabalho proporcionado á sua edade e
pula ção c:.arcerária, O exija, obedecen- ás suas forças; habilitam-se, emfim, a
dn as r ondições hygienicas, guardada 'dignamente serem de novo recebidos
tI. ho m ogeneidade archi t ectonica: e pre- na sociedade, que ant€s prejudicaram,
.""ida a feição industrial do estabe- Vê-se bem a que intuitos sociaes e
It ·(·ime,nto . humanitarios r€sponde este estal;lele-
Cade,ja.~ Publi('as Será necessa- cimento.
l'io cuidar logo da construcção de nova InstituI<> Disciplinar - o "Instituto
""de.ia, ni< cidade de S, Paulo, substi- Disciplinar", estabeleCido no Tatuapé,
In i ndo-s e o vetusto edificio, senl hy- , caminho da Penha, nesta Capital, con-
Ki (~ne e sem segurança, da Avenida tin úa a prestar os bons serviços a que
Tiradenre~ , é destinado, isto é, incutir habitos de
Const ruida. a Penitenciaria e nelIa trabalho e educar, fornecendo lnstruc-
nl ojados os presos condeinnados, de ção litteraria, profissional e industrial,
qll e estào repletas as cadeias publicas especialmente agrlcola, a menores va-
cio Estado. algumas com a lotação ex- dios, vagabundos, abandonados e vi-
(· Nlida.) ficarão estas destinadas exclu- ciosos.
xi\'amente á estadia de ébri-os e desor- Com as obras de augmento feitas no
,I"iros , :i detenção dos presos, cujos estabelecimento e a construcção da
pro cessos não estejam ainda ultillla- casa á parte para o Director, a lotação,
dos, e. nessas condições preencherão que era de 47 logares, ascendeu a 100,
pC~ l'feita.mente os fins para qu,e fôram e têm sido occupados, 89 rogares, em
(·,o llstruidas. média mensal.
Colonia Corroccional A Colonia Os meninos apprendem a trabalhar
Correccional, estabelecida na ilha dos e lhes é ministrado e nsino illtellectual,
]-,6r(',05, proximo a Ubatu ba e destina- em escola, manifestando todos grande
,I" á correcção, pelo trabalho, dos ya- aproveitamento.
dio s e· vagabundos como taes condem- Esse Instituto, porélll, só recebe
nados . t:: tambem para cumprilnento de menores da Capital.
pena pelos condemnados á prisão cel- Nas localidades do interior ha, po-
lula.r por tempo excedez:tte de 6 allnos rém, idellticas necess idades e seria de
i: que hajam cumprido metade da pena toda a conveniencia a Cl'eação de mais
rnvelando bom oomportanl-ento, está I' alguns estabelecimentos similal~es; pen-
Illf;~ namente funccionando. dente de ultima discussão no Senado
A grande maioria dos vagabundos existe um projecto, já approvado pela
,.[ ("t" Capital tem sido lá internada, Camara dos Deputados, auctorizando o
I (~ ndo diminuido, com essa medida, pOder executivo a crêar. no interior do
e X I l"l1.ordinariam-

ente, o numero de pe- Es tado, mais quatro institutos ident!-
q ' i~n.() s a ttentados á pl'opriedad-e
,
. Os cos ao do Tatuapé.
• 300 -
.
Institutos .. Industl'iaes Reitero Actualmente, os juizes de orpll;! 11111
aqui o pedido de minha mensagem en- . vêm-se e m sérios emba.raços. para 1'01-

viada a 23 de Dezembro do anno fin- locação dos - desamparados e COU h(_~
do; já nos últimos dias dos trabalhos guem alguma cousa , dando esses !In
legislativos, da qual me permitto re- mens "a soldadas" a familias de n ' ( ' / I
petir alguns topicos principáes. nhecida moralidade. Mas, muito pOHCll
" O systema r"e pressivo e preventivo cousa conseguem, porque não póc.kltl
do Estado se vae desenvolv<ondo, e, andar de casa• em casa á procura dn
àssim, entende o Govern<l que é ne- fa,.milias que aeceitem men.ores ' i a s o l -
cessario completaI-o cada vez mais., dadas ", e. em regra, as familias, por
auctorizando-se· agora a crêação de ôbvios motivos, não estimam essa IH·'
Institutos Industriaes destinados a r e- cumbencia.
colher, affeiçõar á vida moral pelo Cit-o esse facto, para mostrar (JlW.
trabalho, pela escola e por um regi- embora de fôrma rudimen tar. já ('~;_.
men disciplinar, os menores de 21 an- sa fuucção de preve nção tu tellar ""
nos, que ainda não são criminosos, e exerc e pelo Esta.do.
que ainda não . .·são mesmo viciosos, Auctorizar, pois, o Governo a cu··
mas que, não dispondo da protecção trar em combinação COIU particula2'e:->
paternal, ou de auxilio tutelJar, cons- ou com associações para transformar
titúam os m oralmente abandonados, os seus estabelecimentos em Institut.os

os candidatos ao delicto ou, pelo me- fndustriaes, é obra út il. ,.
n'Os, os incapazes do trabalho e da vir- Deposito Publico da. ('apita.I Pel"
tude, destinados a pejarem uma soeie- art. 32 da lei 1.117-A de 27 de De-

dade, na q·ual serão elementos innteis, zembro de 1907, fõram nlodifi cada~
quando não fOrémprejudiciaes. as attribuíções do depOSitário publico
A acção previdente, efflcáz e oppor- da Capital, quanto aos dep os itos em
tuna dos poderes públicos póde e deve dinheil'o liqUido. em prata, jo ias, pe-
amparar esses menores, log.o q ue s~ ­ dras preciosas e titulo s ao portador,
jam abandonados, ·encaminhal-os para ' que r eceber em razão do seu cargo,
a sociedade, sadios e ute!s. sendo providenciado para serenl reco-
Essa obra. sendo mais do que d ~ lhidos esses depositos aos cofres do
assistencia e m~mos do que de repres- Thesouro do Estado , não podendo o
sã.o, sendo, por assim dizer, de pre- depositario conservar em suas mãos
venção tutellar, póde ser confiada a importanc!a correspo ndente a mais de
particulares ou ~ associa~ões. reser- metade de sua fiança,
. .
vando-se ao Estado a fiscalização e os Esta Parte da lei foi regulamentada
aux!1los directos e indirectos. pelo decreto Íl. 1.649 de ·5 de Agosto
Os m·enores.. assim inte rnados me- de 1908 .
diante processo ãdministrativo, bem Ministel'io Publico _.- Segundo a dis-
simples, adquirirão uma profissão, ha - posição do art. 34 da Lei n . 1.160 de
bitos de traballio, feição moral <O pe- 29 de Deze mbro d e 190 8. foi l'e"ogado
q ueno pecúlio·; . o § 14 do art. 2. " da lei 11. 937 de 18
Ao terminarem .
a menoridade, não de Agosto de 1904 .
encontrarão os interessados difficul- Com essa revogação e ntrou de novo
dade de collocação fóra, v.orque oS em vigor a lei n . 175 de 12 de Agosto
institutos profissionaes não terão cri- de 1893, que · faz os procuradores fis-
mInosos, nem viciosos. Estes continua- caes do Thesouro· do Estado represen-
rão a ter iJ seu ahrigo no Instituto Dis" tantes da Fazenda do Estado Oi conie-
ciplinar. I
re-Ihes as attribuições de promove rem,
301


."iiiil I"instancia, tod,os, os te-r mos das 1.117 kms., tem 3 delegados auxilia-
'." i\qllii;I.}-; e nego cios que interessam a• res e o Esfãao de S. Paulo, com
í'!i!/f'lIda do Estado, 3.000.000 habitantes e 270.000 kms.,
,'" ra o completo funccionamento d.o só possúe duas delegacias auxiliares..
_ !\-iílli~:l€rio Publico, nos termos do § Parece, pois, de toda • a· conveniencia,

'., tllilrn do art. 34 da citada lei n. 1.16U a creação de mais duas delegacias au-
-'-"!lj, :~~J de Dezembro de 1908, será em xiliares, sendo uma dellas confiada·
....
-·hrp\'(~ f;xpedido _ J'egularnento, no qual principalménte á direcçãodo ser'\'iço de
IH; t~t;tabelE'('erá a melhor e a mais capturas de crimi:nosos foragidos, para
:;Vq lIltativa distribuição de serviços en- captura dos quaes é inefficaz a acção
,jl'l~ o procurador e o sub-procurador dos delegados de municípios, que só
'. Jtl'ral.
dentro dos limites' destes têm a sua
jurisdicção.
R~~gist.I'O (,i:dl Completamente
Em uma estatistica ha pouco levan-
ilormalizadó. tell1 continuado a func- !
tada pela Secretaria da Justiça, é ap-
dnll<ll' o registro civil, sem reclanla-
proximadamente de 4.000 o numero de
~úcs, a ca rgo dos escrivães de paz.
criminosos foragidos.
A lei n. 1.162 de 30 de Dezembro i
Ordem Publica E" com satisfa-
dI' 1908 crêou o registro facultativo
çao que informo que a ordem pública
dc~ anirnaes nluares e cavallares, a !
não foi, em geral, alterada.
f:argo dos escrivães de paz; esta lei
roi convenieIltemente regulam'entada Em Santos, houve uma parêde de
pdo dee. n. 1.741 de 27 de Maio de operarias, em tietembro, que, Se es-
I H07, estando .hí. installados algun.s tendendo a carroceiros,· carregadores
desses registros. e estivadores,· paralisou por muitos
• 1 dias a vida commercial d'aquella ci-
Polici.a - A policia de carreira, ins-
dade. Nesse movimento, que teve· :tior
Utuida pela lei n. 976 de 23 de De- causa principal o ter a COIy.paI1hla
zembro de 1905, continúa a prestar •

Dócas chamado a si o serviço das ca ..


uS seus bons serviços.
patazias, a attitude do Governo do Es-
Graça~, príneipalmellte, l1ao 80. ao -
ta do foi sempre manter a ordem, ga-
espírito ordeiro~ e á superior cultura rantir a propriedade e assegurar o
moral do povo paulista, como devido I trabalho, tomando todas as providen-
ao bom desempenho que os delegados
(te polie.ia têm sabido dar ao cumpri- I
cias e empregando todas as medidas
necessarias para a normalização do
mento de seus deveres, a ordem pu- , serviço.
hlica tem se mantido inalteravel. I
Por sua vez, o Governo Federal
Existem. actualmente, 71 delega- manteve, no porto de Santos, . vasos de
das de 5." clflsse, não remuneradas; guerra e pessôal d-e desembarquê, que

.,0 de 4.'" dasse; 36 de 3.'; 8 de 2.' guardaram a alfandega e, internamen-


f) 2 d-é' 1.:' classe. te, as. Dócas.
Esta ultima classe é constituída pe- Gabinete de Queixas e Reclamações
las duas delegacias auxiliares, com ju- e Objectos a.chados - Este "Gabinete",
risdicção em todo ó
Estado. Para o

que preencheu uma lacuna na adminis. .
serviço polidal, sempre crescente com ção policial, tem por fim principal re-
o desenvolvimento do Estado de S. ceber as. queixas formuladas contra to-
Panlo.estas d uasdelegacias são ma- dos aquelles que, tendo por qualquer
nifestamenfe insuffícientesj "O Rio de forma uma parcella de auctoridade, são
Janeiro. tom 810.000 habitantes e accusados de abusos e violencias.
302
,
A acção por este. Gabinete exercida, poliCia judiciaria', . é tambem
tem sido benefica e os seus resultados rantia social. como attestado inco!l·

se tem traduzido na diminuição de teste de identidade pessoal. hastan 10
queixas e reclamações contra auctori- procu~ado pelas pessoas que se def.;1 i,

dades, como se deprenhende



dos qua- nam a viajar no exterior .
dros estatisticos, que vem minuciosa- O gabinete, durante o anno pass,Jlln,
mente descriptos no 1'elatorio da Se- identificou mil e duz€:p. tos individlI()~';
cretaria da Justiça, na secção criminal e trezentos e dI'·
Gabinete de Identificação o ga- zeseis na secção civil, OlI seja um i '.l
binete de identificação, reformado pelo tal de mil quinhentas e deZedeÍs iCh"·H
decreto n. 153 3-A, de 3 O de novem- tificações. Esse serviço, pois. repr(~·

bro de 1907. sob a forma dactyloscopi- senta uma média mensal dE' eG1ÜO I·

ca, systema wVucetich" fUllccionou, na vinte e seis identificações fornecid,u\


Capital. desdobrado, por emquanto, em sómente pela CapitaL Mas o ga h;
tres s-ecções: a) de identificação cri- nete, como sabeis, fundado primeira·
minal; b) de identificação civil; c) pho- m·ente· p~ra. o serviço exclusivo da po··
tographia. applicada a ambas e ao es- licia da Capital, foi, por força do (h~··
tudo do local do crime.. segundo os creto 11. 1.533-A, estendido a toc '·"·
< • •.••

modernos processos de .investigação; as comarcas do Estado, nas QUU8.'-:.


nas delegacias de policia das noventa actualmente, com exclusão apenas. ela
e nove comarea.s do interior do Estado, photographia, a identificação e feil"
onde se installaram filiaes do gabine- com os mesmos elementos que na Ca-
,

te, () serviço se fez regularmente, ini- pital, onde se faz a collecção das ficha"
ciado .com o emprego de simples dacty- e das provas de identidade reunida. c:

logrammas. nas palmilhas de filia.ção morpholo-


• •
O gabinete da Capital manteve-se, .gica .
durante 6 anno, em constantes pel'D1U- Forca

Publica. A Força Publica .
tas de dactylogrammas e de informa- no exercicio de 1908, obedeceu ás dis-
ções referentes á sua especialidade posições da lei n. 1.092-A. de 16 d"
com os gabinetes de identificação do outubro de 1907,. compondo-se do B('-
Districto Federal, e dos Estados do Rio guinte effectivo:
de Janeiro. Paraná, Rio Grande do 1 quadro de estado-maior;
Sul, Pará. Amazonas, Minas-Geraes e 4 batalhões de infantaria;
Sergipe, cujas políCias já introduziram 1 corpo de cavallaria;
a identificação dactyloscopica nos seus . 1 corpo de guarda-cívicos;
serviços, assim. como com o gabinete 1 corpo de bombeiros;
de identificação da Armada NacionaL 1 secção· de enfermeiros;
Além disso, iniciou relações ,de per- 1 secção de auxliiares, medicos. en-
mutas de fichas ,e informações com as genheiros e auditor, tudo no total de
'polícias das republícas do Prata e do 5.044 homens, dos •
quaes. 142 offi-
Pacifico e com os palzes da Europa e da ciaes, 13 auxiliares e 4.889 praças.
Arnerica onde funcçionam gabinet€s de Os claros na Força são diminutos.
identificação, procurando. desta forma, estando ella quasi sempre com o seu
dilatar o mais p"ossivel a esph,era de efteetivo completo.
-
sua acçao. Já está no seu quarto a·uno de effi-
O trabalho do gabinete é considera- caz trabalho a Missão Franceza de ins-
vel e tende 'augmentar dia a dia, por- trucção militar, chefiada pelo coronel
que o processo dactvloscoplco, além Balagny, e composta do tenente-coro-
de ser unla necessidade reclamada pela nel Jousselin, contractado em subsU-


.. '" .. '

303 - ,

~,;TlI.11(;án d'o tenente-coronel Negrel, e dos installado em acanhado e antigo Bdi·


,

l:?th 1)itàes Labrouse e Stat MuÚer. ficio,está sendo cOI!-sidera velmeni8 me-
<'o'" .
;::{
;",'
A instrucção, que tem sido minis-
.
lhorado; com os recursos orçamenta-
ç . ;, .-
,,1+1.<1
" ,.'
.. á Força com o mesmo m<lthodo, rios,' foi renovado todo o material de
,""
'c ...
~:.j~ IH-f.~sidida pela lllesnlO espirito, eon- bombas,
,}<~ ,
0JJn (il) a se desenvolver cada vez mais, Ha na cidade toda apenas .! 8;:; hoc--
,."""".' .

;·~'Hi IIsando admiração e m,erecendo ap- cas de agua, das quaes 101 em esta-
y,;;'.'. -
t1!ln usos dos que têm assistido aos seus belecimentos publicos e partkuiares .
.:;.'.~';-,-

i):ir~(',rdcios e acompanhado o seu desen- de que se pode -utilizar o corno de


0~ .

~.'~·:nl vimento. bOlllbeiros em casos de sinistro.


-,~C () valor da Força Publica, compara-
.. Foi'am encommendadas 11lais 1. ij O{)
.-'\.. .
HY., I hoje a um pequeno exercito, dis- valvulas de incendio, já chegadas a
~~j)lIgUe-Se
"",
pela . c.ompostura) disciplina
.
Santos, e. cuja collocação I.~omeçará
K~' resistencia, qualidades que tenlsenl- logo, ficando, assinl, eleva.do ::1.. 1.485
x;:
;:1tro (lemonstrado em todas as circums- o numero de valvulas.
'i ."
~lHlleia.s.
,
..•..
c,:>
'
Na cidade existenl 'apenas DO caixas
, : ,'. Já foram publicados os regulamen-
automaticas de avisos de ineendio,.
'TOII das "Escola do Soldado, Esco- do antigo systema Genert, as Quaes,
\i,\(,
,',": .-
de Secção, Escola de Companhia,
apezar de convenientemente distrihui~
.,:4lJ!{('ü la de Batalhão", para a in fan taria.;
'." '. das, são insufficientes para o serviço.
Jj "I<isco!a de CavalIeiro a pé, Escola
';: ....
O rapido desenvolvimento da, cida-
,!1<> Crtvalleiro a cavalIo, Escola de Sec-
de, augmentando' enormemente a área
(fio, ,Escola de Esquadrão,
- .
Escola de
edificada, tornou insufficiente o nu-
'.'

)/"gimento", para a cavalIaria_ Estão


mero de caixas de. avisos de incendio"
:lltud"em approvadas as prescripções
J\1l ra marcha, serviço de campanha, Contractm.'· o Governo, com a 01'-
)H·;:~:-,;('.rjpções de tiro. ma Trajano de Medeiros & COTIlp., a
Tem sido objecto de especial cuida- substituição da.s actuaes caixas de a .... i-
BOS, por outras mais nlodernas e em
O,u ;1 promoção dos soldados aos postos ,
Ü,If<'.riores, que constituenl a sementei-'- maIor numero.
til dos futuros officiaes. . Os apparelhos avisadore~ de Íncen-
-
Nenhuma praça póde ser graduada dio, em numero de 150, serão forne-
iw·m passa.r pelo UPelotão dos Alulll- cidos pela fabrica "The Gamewell Com-
4IoG--Cabos"
. ~ -.
. cujo, effectivo varia de 60
. .
pany", dos Estados-Unidos da Ameri-
ca do Norte, reputados hoje os melho-
.0- !iO homens, fornecidos proporcional-
;;-1!
k"

':,'lhent.e por todos os corpos da Força res, mais seguros e mais baratos.
'. '.

~::t,' que.' saibam arithmética e portuguez, A dotação orçamentaria, entrelanto,


;:;,tnIAm de possuirem aptidão militar e
:f'j;. .
com que ° Congresso preVlU a aucto-'
;',1>0" conducta, risou esse serviço, foi pequena, sendo
;,;,': .
;,'
.:,
-.

cursos litterarios 0:-;


U111 para insufficiente apenaIS para pagamento da
(('111 kl'loT'es e outro para officiaes con- primeira prestação. Ha necessidade,
j2unuam a produzir bons resultados. para continuação do serviço, dE' nova
, . '.

;;- N('nhum inferior é prom<Jvido a offi- e fi'aior verba.


;", .- .

:;)',l,jul. ~em que, tendo bôa conducta, te- A remonta do Corpo de Ca vallana,
;';'llIHI sido approvado no respectivo cut'- feita com os recursos ordinarios do
i:· .
?~o. e a presente certificado de instruc- orçamento, subiu neste anno a 11 (,
:~>çfi() rnHitar. cavallos, todos nacionaes.
() serviço de extincção de incendios
,
A preferencia de productos nacio-
'hw'zal' do corpo de bombeiros estar naes retardou 8' difficultou a remonta~
-,304 -

t'endo-se enviado commissão de officiaes Pela lei . n. 149-A, de 7 de dezemhl'i\


para diversos pontos do Paiz, Os ca- do anno findo, regulamentada pelo d,l-
vallos adquiridos satisfazem as con- ereto n. 1.684, de 21 de dezembro ,I"
dições regulamentares e, são todos de referido anno, foi a Escola reforma.da,
S, Paulo. Paraná e Rio Grande SuL ficando com os seguintes cursos:
.
Obedecendo aos mesmos intuitos, tem "curso preliminar", de um a,nno, pa./'u
o Governo comprado, embora com ensino das mate rias p~eparatori;:u. ;
mais despesa, alfafa nacional para os "cutrso regular", de tres annos", eOUi
gastos das cavallariças dependentes das grande desenvolvimento dos trabalhoii
repartições da Secretaria da Justiça e p,'aticos de campo e de laboratori<m,
da Segurança Publica. e curso especial", facultativo, no qU.<l1' ,
<f

to anno, para os aI umn-os que desein~;


AGRICULTURA rem aprofundar ou especializar seuil
conhecimentos.
Ensino Agl'icola - A "Escola Agri- Foi creado o internato para 06
cola Pratica Luiz de Queiroz". em Pi- alumnos do curso preparatorio e, Si n.
racica.ba, que,. é o principal estabeleei- experiencia o a-consel.har. tornar-se-á, ex·,o
- '

mento de ensino agrícola do Estado, tensivo esse regimen. ou pelo meno;.


continua a merecer toda a attenção o do meio pensionato, aos alumnos dOM
do Governo, que não poupa recurso:; outros cursos, de modo a tirarem luaior
para mantel-a e aperfeiçõal-a, certo dos proveito do ensino pratico.
A matrícula da Escola, em 19 o8,
enormes beneficios que prestar·á cÜ'm
foí de 67 alumnos, sendo 33 no l,"
a divulgação dos conhecimentos neces-
anno, 23 no 2.° e 11 no 3.°. No cor-
saI.'ios á racional explorração -do sóIo.
rente anno lectivo, já se elevou a 97
Por meu antecessor, que dotou a alumnos, dos quaes 28 internos e 69
Escola de tudo que era indispensavel externos. Vinte e quatro estão no cur-
para seu funccionamento, foi reconhe- so preliminar, 27 no primeiro anno.
ci.da a. necessidade de c"ontract~r no 22 no segundo e 24 no terceiro do
extel'ior quem, pelo preparo e pratica curso regular.
em estabelecimento identico, pudesse Quanto ao ensino elementar de agd q

dar novos moldes á Escola, tendo -tam- cultura, continuam a funccionar com
bem ell~ providenciado para confiar a regularidade os apredizados agrícol".
pessoal prepa.rado, scientifica e prati- "João Tíbirlçá", em ,S. Sebastíão, o
,
camente, as cadeiras de Agricultura, Dr. Bernardino de Campos em Igua-
li,

Botanica, Chimica e Zootéchnica, que pe. No primeiro, a matricula foi de


agora estão regidas por cQmpeteutes 21 alurunos nos dois annas de curso,
proüsslonaes. em 1908, notando-se frequencia pouco
Julgo; no emtanto, de evidente uti- satisfactoria. No segundo estabelecI-
lidade, para assegurar a estabilidade mento, matricularam-se 20 alumnos ao
do ensino, collocar, como adjunctos des- lodo.
ses pr{)fessores, moços formados pelas Para diftundir noções elementare.
nossas escolas superiores; convindo qUf de agricultura sclentiflca pela nossa
o Congresso auctorize o Governo a pro· população rural, pensa o Governo em
,
videnciar neste sentido, de maneira a' organizar um programma de ensino
assegurar no futuro a nom'eação de agrícola ambulante" miruist'l'ados pelo.
professores effectivos, .preparados com inspectores da agricultura. ·começan.-
a mesma orientação dos proü.ssionaes do-se tal ensino .em os nucleos coloniae.
.
actualmente contractados. e centros de pequena lavoura.
305 -

Il:~tabelecimentos Agrlcolas No pois da actual colheita do arroz, visto


.. 111 ~tit uto Agronomico" I em Campinas, . que, no corrente anno, finda o con-
" (Ir. Arthaud Berthet, enge\1heiro agro- tracto de arrendamento das terras .

pelo Instituto . Nacional Agro-


ntl tIlO Penso ·em aproveitar o operoso di -
u6mico de Pariz e ex-lente da. Escola rector desse campo para o ensino am-
Pratica "Luiz de Queiroz", substituiu bulante da cultura do arroz, hem como
U:.l direcção o dr. Max Passon, cujo em nova experiencia da cultura do tri-
I ' on~racto foi rescindido por mutuo ac- go na · zona Sorocabana, que elle já
eôrdo . percorreu, commissionado pela admi-
No a nno findo, esse instituto conti- nistração da mesma estrada.
lIUOU a dar pareceres sobre questões
No Posto Zootechnico Central "Dr.
technicas e a. proceder a ensaios e Carlos Botelho" , que funcciona com
analyses. Além disso, distribuiu, . ~ .
regu'laI'idade, havia, no fim do anno
"113 .435 mudas de arvores fructiteras
passado~ 175 animaes, numero supe ...
n... cionaes, plantas ornamentaes, ba.cet- rlor ao que existia em 1907. Venderam-
los de videiras, etc. se 65 animass, pela importancia d.
No " Horto Agra~io Tropical" de 26: 807$000,
Cubatão, as culturas das plantas tro-
No mesmo periodo, foram fecunda-
picae·s foram augmen tadas, principal-
das 224 vaccas enviadas ao estabele-
mente a de cacáueiros, que promette
cimento.
bons resultados, tendo sido aos vIvei-
ros accrescentadas ·Il)ais 50.000 mudas Desenvolvenao-se os trabalhos que
para distribuição. incumbe ao Posto desempenl1ar, está.
O Horto Botanico". da Cantareira
I,
projectada a creação de cinco esta-
entrou agora em ·phase de organização ções de reproducção no interior. com
definitiva com o programm-a que aea- o concurso das municipaIídades interes-
ba de ~'er posto em execução. Dei- sadas. Taes estações, collocadas em
xando de consagrar-se especialmente ã. . dlfferentes zonas, visam por os repro-
pom.oeuItura, que melhor será atten- ductores mais ao alcance dos crjado-
dida por outros estabelecimentos agro- res, evitando aos animaes longas via·
nomicos, cuidará da sylvlcultura, for- gens.
mando mudas de essencias flore-staes, Para seleccionar o gado nacional,
para distribuição ao pUblico e plano trata-se de estabelecer um Posto em
tio de bosques . normaes· nos terrenos Nova Odessa, aproveitando-se ru; instal-
de particulares e do Governo. E' de lações existentes 'no nucleo colonial
erêr que assim éoncorra efficazmentê desse n6me. A esse Posto se annexa-
-para a reconstituição das mattas,' que rá unia cooperativa de lactic'inios, cons-
vão desapparecendo. tituida pelos colonos que se ifirnlcam
"O Campo de Demonstração da Cul- á criação e pelos fazendeiros dos ar-
tura do Arroz, por irrigação" em Mo- redores, que de tal arte podem tirar
reira Cesar, continuou a prestar ex- maiores lucros da sua ind ustria.
ceIlentes serviços ao desenvolvimento Com a incumbeneia de adquirir anl-
da lavoura do arroz, servindo de mo- maes reproductores para as mencio-
delo a alguns. fazendeiros, que se mos- nadas estações e outros para o Posto

tram satisfeitos com os resüItados ·au- Zootechnico Central, o director deste
feridos em suas terras. Já tendo· eIle estabelecimento seguiu para a Euro-

produzido os desejavels resultados com pa. DeVe elIe tam·b em comprar repro-
as demonstrações f"itas durante tres duetores encommendados por diversos
ann.os, resolvi cessar os trabalhos de- particulares .

306 --

. Sel"viço~
Agricolas Diversos Não ceu a installação dos machinismos pa J-; r
tem sido descurada a i·n specção e o beneficiamento do arroz, devendo e lla
serviço sanita rio para impedir a pro- restituir J • em prestações, a importan -
pagação de moles tias contagiosas com cia com isso dispendi·da. E além da
a impO'rtação de ' animaes, ou para li- do nueleo colonial "Nova Odessa". j ;'t
mitar as manifestações epizoóticas que - mencionada, procura-se levar a efrei-
appareceram ultimamente no . inferior - t.o a de lactlcinios de Franca, que aind"
do Estado. No, emtanto, o assumpto não foi ' instalJada, porque se agual-da
precisa de uma regulamentação effi- que os interessados realizem o qu(:,~
cáz, que depende 'de providencias le- lhes incumbe.
gislativas dos poderes .estaduaes e fe- o. bomexito de taes emprehendimen -
deraes. • tos animará, talvez, a multiplicação df"
O "Serviço Meteorologico". vai se cooperativas eongeneres, que auxilia-
tornando cada vez mais util para ( rão poderosamente aos productores, so -
estudo da climatologia do Estado e bretudo ãquelles que dispõem de pe--
para a previsão do tempo. No anne q lÍenos capitaes.
passado estivera.m em constante aeti- Relativamente á estatistica agricola, .
vidade . 7 estações principaes de pre- a cargo da Directoria de Industria 'e
visão do tempo e 7 auxiliares, 20 prin- Commercio, publicaram-se os dados re-
cipaes e 8 auxiliares de climatologia. . Cerentes a mais de cincoenta municipios .

A praga de gafanhotos, que ainda do Estado, faltando agora 46 munici-
no anno passado c·ausou preju'izos á pios para completar-se todo o traba-·
lavoura, exigiu a intervenção desta -Se- lho.
cretaria, que' auxiliou a extincção des-
Tão Importante serviço, pela primel--
.,
ses damninhos insectos.
ra vez feito em São Paulo e unico em
Este trabalho muito depende dos
todo o Brasil, comquanto se resinta
partieulal:es e das nlunieipalidades, au-
de naturaes lacunas, deve ser conti..:·
xiliados pelo pe~soal da Secretaria tia.
nuado com os melhoramentos que a
Agrlcnltura, ' que acudirá, quando a
experlen.cla tem indicado, sendo de eS-
iniciativa partieular fôr insufficiellte
pe rar, por isso, que o Congresso con-
para debellar o mal .
ceda, oppottunamente, verba no orça-
Para combater a praga das formi -
mento para 191 O, de modo a poder-se
gas, que causa graves damnos á la-
levanta r a estatistica agricola e zooté--
voura, a Secret1\ria da Agricultura de-
chnica do anno de 1909-1910.
verá dispôr de material aperfeiçoado e
pessoal apto; de modo a poder acudir Propaganda do Café - A propagan--
comelles aS localidades infestadas, da do café nos paizes estrangeiros, para
forn;;cendo aos particulares, ou ás mu- augmento do consumo, constitue uma.
nicipalidades, as instrucções e demons- das maiores preoccupações do Gover-
.
trações de:' q.u e .precisarem, para um no do Estado . A iniciativa particular
efficaz trabalho
. de extincç.ão
. • da: pra- tem procurado colJaborar com a ad-

ga. ministração publica neste momentoso


O Governo tem procurado promover' problema economico; mas OS ' muitos
e auxiliar o desenvolvimento de coo- projeclos e propostas, para tal fim
perativas agricolas, destinadas a repre- apresentados, raro offerecem condições .

sentar importante papel no , desenvol- acceltaveis.


. ,
I
' . - -

vimento economlco do Estado; assim, Para a propaganda lavraram-se, até·


foi creada a do nucleo ' colonial ".Cam· agora. dois contractos: um com Ed.
pos Salles" , á qual o Governo forne- I
Johston & Comp., de Santos, e Joseph'
307

ií'rJl vnrs & Sons, de Londres; e outro mos da exportação. para mercados na-
· ,,,"n os srs. Rio Midzuno e dr. Raphaei cionaes estrangeiros, das quantidades
· MClIlteiro. O primeiro, para a In- que sobrarem do consumo no Estado.
· .~ Inlerra, já está em execução, com· a Estando a lavoura de arroz nesse
·unranização da "São Paulo (Brazil) caso, com o já extraordinario augmen-
J'lIre Coffe Co., Limited", que annun- to da sua producçã.o, procurou o Go-
(:lrl e vende cafés paulistas com a mar- verno garantir a sahida desse cereal
nn "Fazenda';. O segundo, relativo ao para o mercado da Capital da Re·pu-
.
;111 pào, ainda não deu resultados pra- blica, obtendo para eIle reducção de
Ot'os, porque os cc-::ltractantes, luctan- frétes na Estrad'l Central <lo BrasH,
do com grandes embaraços, pediram nas mesmas condiçües concedidas pe-
.Ilrorogação do prazo mar·cado pa'ra ini- las tarifas vigeutes aos similares dos
"lo dos trabalhos. Estados do Rio e de Minas-Geraes. Tão
Por outro lado, concederam-se, por util medida tem facilitado bastante
(luas vezes~ pequenas subvenções á fir": a collocação do nosso arroz no maior
ma Charles Hü & Comp., para com- mer"ado do Paiz.
~"trecer a duas exposições em França, Ainda a respeito do arroz, estuda-
diHtribuindo o nosso café e delle fazen- se com cuidado a possibilidade de o
(lo réclame inteIligente e proficuo. , . exportarmos para varios pa'Ízes consu-
Considerando que a propaganda de Imidores. Os dados já colhidos augu-
I'afé interessa, tanto a São Paulo, como 'ram bom exito da <lxportação para a
a União e aos demais Estados pro- Republica Argentina e a do Uruguay,
ductores, soUcitei a attenção -do -Miuis- e a Secretaria da Agricultura está pro-
lerio da Industria, Viação e Obras Pu- movendo outras experienc1as de ex-

blicas para a conveniencia de celebrar- portação, de que opportunamente dara
se um convenio que regule a acção .dos conhecimento aos productores,
Governos estaduaes interessados. Tal Fazenl-se egualmente investigações
iniciativa mereceu o melhor acolhi- sobre os .meios de desenvolver a ex-
mento do Governo Federal, com o qual portação de fructas, que já é bem en-
foram accôrdadas as bases sob as quaes caminhada para o Rio da Prata.
<leverá ser feito O serviço de propa-
ganda. Exposições --Em abril do anno fin-
do, reali~ou-se, no Posto ZootéchnicO'
Novos Productos de Propaganda ~ Central "Dr,. Carlos Botelho" a Ex-
Por motivos bem conhecidos, foi o posição de Animaes, prepara to ria para
café, até ha bem pouco, quasi que o a Nacional do Rio de Janeiro. Figura-
nOSSO unÍ-eo pr-odueto de ~xportação, ram ahi, entre bovideos e cavallares,
mas, com a baixa nos .preços dessa 253 auimaes, contra o 149 que se apre-
mercadoria, que constituirá ainda por
sentaram no certamen de 1906. Da-
nIuito tempo a nossa maior riqueza.
. quelIes foram para a Exposição Na-
os lavrad.ores vão .se entregando ã ex-
cional. 37 bovideos, entre os. quaes 3
ploração de outras fontes da industria .
agricola, contando com o mercado in- touros e 15 vaccas "caracú", todos:
terno, convenientemente pTotegido con- premiados com 2 medalhas de ouro,.
tra o similar estrángeiro. O consumo 20 de prata e 15 de bronze. Outra
local, entretanto, não basta para ga- Exposição preparatoria para o certa-
rantir uma remuneração estavel, si aS men do Rio de Janeiro abriu-se a 31

colheitas avultarem, como é de pre- de maio e encerrou-se em fins de ju-
vêr. - ·Dahi, a conveniencia de cuidar- nho. Ficou elIa ins'taIlada no pavilhão
~ . ..' . .. , .

308 -

que se construiu (ua Avenida Tira- ! são consideravel em 1908, comparattviI


dentes. mente" com 1907. A importação, por
Os trabalbos para a representação Santos, foi de 113.797: 730$000 /.".
do Estado na Exposição Nacional cIo anno fiudo, contra 134.674:868$(1111),
Rio de Janeiro, commerÍlOrativa da I papel, J\.O anno anterior . A exportac~ áll
abertura dos portos brasile1ros ao com- tambem não se elevou a mais de ..
mereio internacional, foram confiados 314.855: 4953743, contra .... .... .
á Sociedade Paulista de Agricultura, 342 . 704:316$000, papel. 'De forrnil
Commerc\o e Industria. que o intercambio total baixou de . '
Para. representai" o Estado nessa bri - 477.379: 184$000, papel, oU ... .. . .
lhante festa do trabalho, o Governo 259.658:347$911 , ouro, em 1907 , para
d"legou poderes ao sr. dr. Carlos J 428.653: 225$743, papel, ou ... ... . .
Botelho, o iniciador e executor dos 238.209:230$911 , ouro, em 1908.
primeiros trabalhos como digno secre- Cumpre obsel'var, entretanto, . QIW
ta.riO da Agricultura, que foi, e a0 essa diminuiçã.Q de actividade• commer
sr. dt'. Antonio de Barros Barreto, qu e ciaI se operou só mente em relação aO
era o presidente da Commlssão Exe· annO de 1907. Em comparação CQ nI
/
cutlva eleita pela Sociedade PauUst. os annos anteriores a esse, o de 19 O"
da Agricultura. apresent~ algarismos superiores, que r

O Estado de S. Paulo não poupou na importação, quer na exportação.


esforços para figurar brilhantemente Para o decrescimo da exportação
nessa festa do trabalho, e m que se concorreu unicamente a menOr sahida
apresentou com o bellissimo e origi- do café. Tendo sido pequena a safra.
nai p.avilhão, construido sob a direc- exportaram-se apenas 8.940.144 sac.-
ção do habil engenbeiro arcbitecto dr. cas desse produeto,contra 11.470 . IH
Francisco Ramos de Azevedo . saccas em 1907 e 10.166.252, em

Ao certamen concorreram 1.179 ex-


1906.
pos itores paulistas, sem contar os es- No valor da importação, em 1908,
tabelecimentos oHiciaes, cujas exhibi- notou -se uma di'minuiçáo de cerca de
ções foram muito apreciadas. sete mil contos na classe; "Matérias
O Jury Superior da Exposição conce- primas e artigos com applicação ás
deu aos expositores de todo o Brasil artes e industrias"; bem como a de
7.747 p re mios, dos quaes 887 gran- oito mil contos na classe: " Artigos des-
tinados á alimentação e forragens" -
des premios, 2.559 medalhas de ouro,
o valor . decresceu de seis mil contos;
2 . 774 medalhas. de prata e 1. 52'7 me-
mas est" phenomeno é salutar, porque
dalhas de bronze. Os expositores de
indica que estamos deixando de im-
São Paulo conseguiram 1.076 reCom-
portar para consumo m'uitos -generOB
pensas, a maior quantidade que coube
que agora. produzimos . em quantidade
a um Estado.
sufficiente, como o arroz, o milho, a9
Tanto na ag·ricultura, como - na·s in- batatas, etc.
dustrias, o Estado de S. Paulo de- No movimento geral do commercio
monstrou sua pujança e competiu hon- ext"rno do Brasil, durante os ultimos
rosamente com todos os demais con- seis annos, coube ao Estado de São
correntes. Pa ulo a média de. 18 % do total da
Movimento Commercial - Como em importação e a de 36 % do total da
quasi todo o mundo civilizado, o mo- exp!n:tação. Só I}(' anno ' lIe ' 1908 o
vim,ento commercial do Estado com os nosso Estado figurou nesse intercam-
paizes estrangeiros· softreu uma depres- bio com 24. 452 . 295 libras esterlinas
.


- 309

, 11 fIli e dá -p ara cada habitante o cO- gens em nosso Estad.o, que se está tor ~
rridente· de lbs. 8-8-7. isto é, egual
I .• nando mais .conheci-do no estrangeiro.
!In I'egistrado annualmente na Allema- Dos 4 O. 225 immigrantes chegados
,,11;1 e França. e superior aos verif1ca- em 1908, 11. 855 eram POTtUguezes,
dnr: na Italia, POTlugaJ, Hespanha, 9 . 89 f hespanhoes e 9. 7 O4 italianos .
•'1 L) . Os de outras nacionalidades vieram em
(.!uanto ao movim ento maritimo, con- menor numero. Mas entre estes, cum"
Unüa elIe a creSlJdr nos Ires portos do pre salientar 883 russos e 817 alle-
1;:H l.ado, indicando maior intens idade do mães, cujas entradas tendem a cres w

I rafego , cer.
No porto de Santos entráram 1.452 . E ' digno de registrar-se tambem que
na v ios a vapor e a vela, com _ .... os immigrantes procedentes do Rio da
:<.062.041 toneladas de registro, e sa- Prata, em 1908, attingiram ao total
hiram 1.454 ' navios, com 3.071.794 de 7.904, ao passo que em 1907 fo-
'""eJadas, em 190 8. Ainda e m 190 3, ram 5.885. As sahidas, por outro
os algarismüs correspondentes não pas - lado. baixaram de 9.040, em 1907,
f:(avam de 932 navios entrados, com .' para 8. 668, no a nno passado .
1.382 . 054 toneladas, e de 930 navios Os immigralltes espontaneos, que em
,'ahidos, com 1. 381.154 toneladas. 1908 obt iveram restituição da impor-
No porto de Iguape, em 1908, hou- taneia despendida com passage ns , fo-
t' l! as e ntradas e sahidas de 86 navios
I ram 2.157. Nesta somma estão in-
a vapor e a vela, com 24.350 tonela-
cluldos 1.245 italian9s, que acharam
tias, contra 80 navios, com 21.714 lucrativo localizarem-se em a 'nossa
toneladas, em 1907. lavoura, apezar da injusta campanha
No porto de Ubatuba registrou-se a
entrada e a sahida. de 48 navios a va-
l que contra nós se -tem feito na Halia.
A im'm igração japoneza parece não
por e a vela, com 9.502 toneladas, produzir os resultados esperados. Os
em 1908, contra 43 navios, com ." 781 primeiros immigrantes, in t roduzi-
10.431 toneladas em 1907.
dos na vigencia do contracto de 6 de
M;ovimento de Immigl'antes Du- novembro de 1907, deram entrada na
l'ante o anno de 1908. entraram no Hospedaria da Capital e m junho do
Esta<lo 40.225 immigrantes, contra anno findo; mas, . na maioria,
, indivi-
31.681 no anllo ant&d·or, Sahiram .. duos solteiros e pouco habituados á
30.750 , contra 36.269, sendo as sa- lav:oura, esquiVal'anl-Se a certos servi-
Mdas do anno passado bem menorClS do ços agrico]as, que abandonaram aos
que a d·os outros annos, desde 1902. poucos. Sómente ficaram nas fazen-
Dos 40.225 Immigrantes entrados das algumas familias constituidas por
em 1908, vieram á propria custa . . verdadeiros' agricultores, que trabalham
30.792, cOlltra 26.819, em 1907. Os muito a contento dos fazende iros em
que ·c hegaram com passagens pagas cujas propriedades se localizaram .
pelo Estado ou pela União foram . " AI vis ta de taes circumstancias, foi
9.433, dos quaes 8.095 por conta do modificado o contracto com a Com-
Governo Estadual e 1. 338 á custa do panhia Imperial de Immigração de To-
Governo ~"ederal. kio, ficando estabelecido que as lévas
Desde 1903 cresce a entrada annual não exced-eriam de 650 individuos,
de immigrantes espontaneos, que en- cada uma. reduzindo-se I()S preços das-
tão não ' excediam de 17.932. E' um passagens e os frétes para o café. A
facto que prova que os estrangeiros Companhia tem encontrado difficu!da-
cada vez mais vâo encontrando vanta- de para executa r seus compronli-ssos ..
310

-pois até hoje não fez a viso de ,'em bar- ' possuia bens no valor de 860:855$1).11,
que da primeira léva, que deve ser sÓ d-evendo ao Estado 164:785$2111,
introduzida no corrente anno. pela compra de terras e pelOS auxilin~-,
A "Agencia Official de Colonização recebid-os. Em "Nova Odessa". o \'':.l'
<.8 trabalho", creada para facHitar o en-
101' dos bens dos colonos eleva-se 1
.caminhamento dos immigrantes, vai sa- 385:221$000 e o debito a 80:636$20íl:
tisfazendo ao fim visado, sendo cres- em "Jorge Tibiriçá" os bens attingíaru
-
-cente o seu movimento. Em 1908, eHa a 259: 156$000 contra O debito de .. ' _
collocou 26-.540 pessoas, contra .,. 80:499$060; em "Nova Europa." ",'
18.661, em 1907. Daquellas, 16.431 algarismos correspondentes eram . _ ,
el'lam immigrantes recem-chégados e, 278:013$000 e 119:144$480, respé<"ii.
,
10.109 trabalhadores já residentes no vamente.
Estado. Para a lavoura caféeira fo- Esforçando-se para estimular
.... areia
ram dirigidos 18. 716 individuas; para lhamen to das grandes propriedade"
-os nucleos coloniaes, 899; para estra- para a colonização, o Governo tem l':t
das de ferro em construcção, 4.717; cilitado a uxilios para a medição e d i--
e para diversas fabricas e .officinas, visão de terras particulares em iH'''
2,206. qU8nos lotes, na zona da Estrada dp
A "Inspectoria de Immigraçãol! no Ferro Funileuse, -cujos trilhos são pro
porto de Santos continuou a dar bom longados com o mesmo intuito.
desempenho ao seu encargo de fisca- No anno passado, assigllou-se um COI)-
lizar e internar a immigração. Seus tracto com egual fim, para a divisào
funccionarios visitaram, no anno fin- de duas fazendas situadas no muni-
do, 1,454 embarcações e internaram çipio de Campinas. E' de esperar qu"
15.070 immigrantes, De resto, dis- o facto auspicioso se repita COIU outro:-;
tribuiram diversos trabalhos de pro- proprietarios, desejosos de vender SlW ~
-
paganda a passageiros em transito. pes" terras, retalhadas, aos pequenos agri·
soaI das tripulações, bibliothecas dos çultores,
vapores, etc. Tanlbenl visando as necessidades da
colonização, pro~eguiu com a possível
-
Colonizacão Tem sido activa ,.
procura de lótes e a localizacão de co-
regularidade a discriminação das ter-
-
lo nos em os nucleos coloniaes "Nova
ras devolutas do Estado, Ficaram COll-
cluidos os trabalhos em Cubatão ,.
Europa JJ. "Nova Paulicéa", "Gavião
Areias, na ·comarca· de Santos, tendo
Peixoto", "Nova Odessa'l, IIJorge Tibi-
sido a discriminação homologada na
riçá .,
I <I Pariq uéra-assú !, e ,< Campos
forma da lei. Iniciou-se, na referidél
SaIles". Para apressar mais o povoa- C.Qlnarca, similhante serviço no Alb·
mento dos tres primeiros, de recente da Serra; e na comarca de S, Sebas-
creação, reduziram-se os preços dos tião terminou o que se estava effe

lotes e alongou-se o prazo para os pa- ctuando na bacia do Juquery-querê, fal-
gamentos, Demais, facultou-se a. con- tando apenas tirar copias da planta "
"essão de lotes, em quaesquer llucleos, do memorial para cumprimento das dis-
a todas as famílias de agricultores, sem posições regulamentares.
dlstincção de nacionalidades. - Com o avançamento das estradas de
A situação dos colonos de todos os ferro Noroeste e S.orocabana para a,·,
nucleos mostra-se prospera. Num dos regiões despovoadas do Estado, urg"
mais antigos, o "Campos SaUes", com tratar de resguardar da invasão de in-
2 3 4 lotes occupados e apeuas um vago, trus'os ,as terras devolutas existentes,
uma população rural de 1172 pessoas Com esse intuito. crearam-se duas com-
'.> ..


311

IIIissões para discriminaI-as: uma ope- de algumas das empresas, sendo que
ra nd o nas comarcas de Agudos e São outras protestaram contra a apuração
J OB-I? do Rio p.reto e autora nas de tS'anta feita, O estudo das duvidas levanta-
Cruz do Rio Pardo e Campos Novos das bem como os restantes trabalhos
4j(J Paranapanema. relativos a capital e custeio, continúa
Estradas de Ferro No regimBn a ser feito na repartição fiscal.
ri" lei n. 30 de 13 de junho de 1892, As linha~ pertencentes ao Estado,
,
roi feita a concessão de 5 novas vias- acerescidas de 260 kilometros, depois
ferreas; de Bebedouro a Barretos, de· da ultima mensagem, apresentam,
Santa Josepha a Ibitillga, de Ribeirâo actualmente a extensão total de 1.367
Bonito a São João da Bocaina, de São kilometros, a saber:
João da Bocaina a Bariry e de Bebe-
Estrada de Ferro 8'01'0-
douro a Monte-Azul. cabana. • • • • 1.290 kms.
De ac.côrdo com as disposições le- Estrada de Ferro Funi-

g-islativas que auctorizam concessões de lense • • • • 52 "
garantia de juros, subvenção kilometri- Tramway da Cantare ira 25 "
ca e Qutros favores especiaes, foram
tam bem. concedidas licenças para cons- A primeira dessas estradas continúa
trucção, US{) e goso das seguintes es- a ser administrada pela Companhia
tradas de ferro: de Taq uaratinga a São Sorocabana Railway, em consequencia
.José do Rio Preto, de uma ponte na do contracto de 22 de maio de 1907 .
estrada de -rodagem de Araraquara a A construcção das linhas de Agua-
Ibiting.a, até a villa de Ibitinga e de Bôa e Itararé, cujo proseguimento fi-,

Pitangueiras a Viradouro. cou a cargo do Governo, acha-se em


Representando ainda auxilio do Es- andaluento na primei,ra até Salto
ta do á viação-ferrea, concedido por Gra~de do Paranapanema e , ultimada na
lei, foram entregues, no exercicío de segunda, já tendo sido inaugurada a
1908. subvenções na importancia to- respectiva ligação, na fronteira do Es-
tal de 200:000$000, ás -estradas do tado, com a E, F, 8, Paulo e Rio Gran·
Doura'do, Guarujá~ Bananal, Rezende e de, facto esse cuja importancia não
Bocaina, sendo reem bolsavel apenas precisa ser encarecida.
.a pareel1a relativa á primeira ..... . Na E, F, Fnnilense pr'Ocedeu-se re-
(116:000$000); bem como proroga- centemente a estudos preliminares com
ram-SE: os prazos de que dispunha'rn o fim de proLongal-a até as margens
as . C0111panhias de Araraquara e do do Mpgy-Guassú, sendo os esclareci-
-Dourado para restituição ao Thesouro mentos que se colheram de ordem a
das quantias com que o Estado favo- 15()OTtal~cer o proj!€cto d'e augmentar a
receu o estabelecimento das respecti- extensão da linha como auxiliar da co-
vas linhas. lonização.
Na réde em t,rafego foram fe'itas' di-- No Tramway da Cantare ira effe-
'versa,s reducções de tarifas, quer pOl' ctuaram-se os estudos definitivos e
iniciativa do Governo, que-f por espon- trata-se da construcção de um ramal
tanea resoluç-ãodas em·presas. para servir aQ bairro do Guapira, onde
, •
, O::: trabalhos da commissão de toma- se acha em construcção o edlficio des-
da de contas, creada para orientar a· . tinado ao Asylo de Invalidos, e onde
.
-acçã.o do Governo no tocante a pr'€!- já funClciona o Hospital 'de Lazaros.
ços de transporte ferro-viario, e que E' actualmente de 4,763 a cifra do
,
foi dissolvida em fins de 1907, deram desenvolvimento da rêde ferro-viaria
·em resultado a declaração do capital paulista, a saber:
,

312 -

Construidos pelo Estado 86 kms, serviço subvencionado de na l,egaç;1 (I


" pela União 64 " costeira continua a ser feito com n"
,

Concedidos pelo Estado 3, .145 " gularidade, entre Santos e Ubatul':i,


" pela União 1,473 " com escalas por S. Sebastião, Villa B<'i
la e Caraguatatuba, regulando-se pelo
4.768 " IDeSlllO contracto C{)nl que foi inicia-elo
em 1900, e cujo prazo se acha ter
Acham-se em construcção cerca de
,
minado; independentemente de suh"
300' kilometros de linhas ferTeas, dOS
ve-nção, o empresario do serviço reali-
quaes 22 pertencem ao Estado e 2n
za tambem viagens régulares a Iguape
a diversas empresas. e Cananéa,
O material moveI da rêde em tra-
Esse serviço,' entretanto, de',;"a a de-
'rego acima considerada, menos as es-
sejar, e por isso estuda-se o respe-
tradas Central do Brasil e Baurú a
ctivo melhoramento para a navegação
Itapira, constava do seguinte, em de-
costeira do Estado, além do serviçn
zembro ultimo:
de navega vão inter-estadual com séde
Locomotivas • • , • 485 em Santos, conf.orme auctorizou a lei
Carros . , • , • , 692 do orçamento vigente,
Vagões, . • • • , , 8.994 Com referencia á navegação fluviaL
ha que consignar a consideravel me-
o movimento financeiro da mesma lhoria pela qual passou o serviço sub"
rêde, 'menos as estradas Central do vencionado da bacia da Ribeira de
Brasil, Baurú a Itapira e incluindo as Iguape, e-U1 virtude da novaçào. -de co'.n-
linhas de coneessão federal da Com- tractos celebrada em 8 de -fevereiro
panhia Mogyana, foi, em 1908: ultimo e contemplando o desenvolví-
mento da rêde, augmento de materi. J
Receita . , , • 81.362:850$971
fluctuante e reducção de tarifas.
Despesa. , • • 44.982: 057$877
E' de 681 kilometros a, extensão to-
Saldo • , • • 36.380:7,93$094
tal ,das linhas da navegacão fluvial
Navegação Maritima e Fluvial -
,
-
O em trafego regular, a saher:
,

Rios Tieté e Piracicaba ( annexo á Estrada de Ferro Sorocabana):

Porto Martins a Porto Ribeira. , • , 58 kilms.


,

Porto Martins a Porto João Alfredo, , • 136 194 kilm3,


"

Bacia da Ribeira de Iguap€:


Iguape a Xiririca , , , • • , • • 144 kilms,
Prainha , , , ,
,
• , • , 177
" " "
"
,,-Sabaúna • • • • • , • , 20
"
Jacúpiranga , • • • • , 92
" " "
ltlmirim (rio Una) • • • • 54 487 kilms.
" " , "
Total, 681
• " , ,.
,
Abastecimento de Agua, e Exgottos Cabuçú e Guarahú e o clarificado r •
- . .'

da Oapital Funl>ciortciu normalmente que faziam parte, do plano de obras


" abastecimento de: agÍia da Cápital, projectadas e agora já inteiramente
tendo-se concluido, no anno findo, o executadas para refol'ço do supprimento
reservatorio do Araçá, as barragens do I de agua á população desta cidade.
313

MaÍ8 tar·d e , ,rerificou-se que as aguas sar a mais séria attenção da adminis-
dos lagos artifíciaes do Engordador ti ação publica.
I) do Cabuçú não pOdiam s-er utiliza- Bairros importantes, como VHla Ma-
das, por se terem tornado impotaveis, rianna, Perdizes. Agua Branca, Lapa e
~hlPois de accumuladas. O -mesmo se Belemzinho, não têm exgottos . Ou-
d"u com relação ao lago Guarahú, que tTOS, com.o, Cambucy, Hygienopo li-s,
ru,nccionou a principio bem, mas qu e Moõca, Bom Retiro e Barra Funda, aion-
(t~ tá hoje isolado do abastecimento . da estão incompletamente servidos.
Quanto ' aos dois primeiros, o mal é , Quanto ao abas t ecimento de ag ua
<Im parte attenuado pela circumstan- ' urge r ealizar o remanejamento da rêde
(',ia de não haver nas linhas ·adductoras de distribuição, CUJOS defeitos são cau-
(~a,pacid.ade disponível para transpor- sa de frequentes · perturbações neste
I.•!.I' as aguas acumuladas no Engor- importa nte serviço, a.lém de ser im-
dador, e por se poder obter da re- prescindível cuidar, sem demora, de
)>resa do Cabuçú, situada a montante completar o abastecimento nos hair-
do lago,' o volume de agua necessario. ros das Perdizes, Agua Branca ,. Ld.pa,
Mas não se póde prescindir. sem pre- Vílla Cerqueira Cesar, Pinheü·os e Be-
j uizo para o abastecime nto da contri- lemzinho .
buição do lago do Guara hú, estando , Convém tambem não des('urar o es-
flor isso, a Repartição d e Agua e Ex- tudo dos mananclaes que terão no fu-
~ottos empenhada em resolver urgen· turo de r e forçar o supprimento d e agua
temente a questão do aproveitamento á. cidade, exigido pelo se u sempre cres-

destas aguas, sem prej-uizo d-o estudo, centé desenvolvimento. geria mesmo
que tem feito, dos meios que possam de grande prudenc ia ir desaprop r ian-
tambem tor:nar aproveita·v eis as aguas do desde logo as ba cias hydro gra phi-
<los lagos do Engordador e Cabuçú. cas escolhidas depois de se adoptar um
Durante o anJ:.lo findo , fez-se a subs- . plano gera.) e d e finitivo de abas t.eci-
l.ituição de 2.790 metros de canalisa· mento da Capital.
ção de agua e assentaram-se 19.17 5 A -Repartição de Agua e Exgottos
metros de encanamentos novos, COlnO teve occasião de estudar 11a pouco as
desenv<>lvimento da rêde, cOOltra .... aguas de importantes maJH1 n d aes que
12: 599 metros em 1907, attingindo a poderão assegurar um volume 'con-
eXtensão total desta, presentemente a sideravel para o a bastecimento fu tu ro
435.541 metros. Os numero" - -
de pre- - da Capital e ser adquiridos em con-
dios ligadOS á rêde de agua continúa dições vantajosas pa ra o Estado .
sempre a crescer, tendo sido de 1.587 No relatorio da Secretaria da Agri-
e m 1908, elevando·se agora a 27 483 . cultura estão consignadas informações
Foram ligados á rêde 'de exgottos, minu·ciosas sobre o ass umpio, qu e me-
no mesmo perlodo 1.153 predios, sen- rece a attenção do Congress-o, va'lpitan·
do agora de 25.369 " numero dos que te como é a ne·c ces idad e de pro>segui-
gozam desse beneficio_ Para o desen- rem, até que possam ser completado;
volvimento da rêde de exgottos foram os serviços de agua e exgottos da Ca-
construidos 6.471 metros 1e coUeéto- pital.
res. Attendendo, porém, á importancia
Com quanto esteja a cidade actual- dos recursos necessariós, que não pode-

mente abastecida de agua, de m o do rão sahir da renda ordinaria~ parecs
n não- dar , '0gar a reclainaÇ!Ões, os opportuno considerar si a. melhor so-
"erviços de agua e exgottos da Capital lução da questão não está no arrenda-
o~t.ão ainda longe de poderem dispen- mento dos serviços d.e aglla e exgottos
314 -

,da Capital, mediante concorrencia pu- syphôes. ,o edificio da usina termillrU


blica, sob as bases que são lembra- está concluido, tendo ficado o seu CHHIiI
das no relatorio da Secretaria da Agri- em menos do que o orçado, As oi""",
cultura a ser Mstribuido, E' assumpto para o destino final ou descarga ~jlit~
este digno da maior ponderação. despejOs vão ter, no fim do corrC t ll ll
anno, o andamento necessario.
Saneamento de Santos O plano
O servdço de canaes e exgotto pl"
aj}resenta40 em 1905, incluindo o pro-
vial, que tambe'm está sendo feito. eOI\\
jecto pq.ra exe·cução actu·al e futura
vantagem, por administração, conti-,
das obras de Saneamento de Santos,
nuou na medida dos recursos para, lS( P
soffreu algumas alterações, aconselha·
disponiveis.
·das por um estudo mais demorado,' li
Actualmente, a extensão de can,w;,
.medida que se ptoseguia 'na eonstruc-
ção. O proj€cto primitivo, estudado e canaletes é de 4.421 metros, som·
mando esta com a dos boeil'os. gale·,
·em poucos mezes comprehendia. além
rias e colIectores, eleva-se a 5.-244 Dlí.I"
de 288 kilometros de rêde total, actual
tr-os a rêde pluvial, estando tamb81l\
e futura, as galerias pluviaes e os
construidos 18 pontes e PilssadiçoH,
canaes de dr€nagem sUj}erficial. As mo-
com a superficie· total de 1.384 Dl .. '·
dificações príncipaes visavam attender
tras.
~á conveni'encia de retirar mais cedo do
-porto a descarga de exgottos e redu- O projecto, além de outros oanaO':'\,
comprehende 4 galerias principaes na
2:ir o numero de estações electricas. •
cidade. Conforme demonstrações feita~\
Foi tambem contractado o estabele-
no relatorio do chefe da Commissão, (:
cimento de' uma usina de prevenção,
de grande necessidade a reforma da!"(
não prevista no orçamento inicial, por-
galerias pluviaes, da cidade, sendo as
-que se contava dispor de duas fontes
antigas de capacidade insufficiente e fi-
diversas de _ fornecimento de energia,
cando obstruidas frequentemente.
'electrica por empresas particulares,
A Commissão do Saneamento d~
,o que- mais tarde se ve'rifiocou não ser
Santos tem se dedicado ao €studo d"
realizave!, tornando assim indispensa-
varias questões de interesse para a lo-
vel dotar-se o serviço de exgottos de
calidade e para outras cidades, Indi-
Santos de recursos para o caso de
cando soluções.
'accidente e interrupção daquelle for-
Dentre estas merece especIal atten-
necimento.
ção a que lembra a necessidade da re-
A C'onstrucção dos exgottos sanita~ forma da lei de desapropriação por
-rios está sendo vantajosamente executa- necessidade e utilidade publie8;s, ten.do
da desde 1907, por administração e em vista,_ principalmente, garantir a
"tarefas", tendo conseguido reduzir o execução dos planos geraes de melho-
custo do serviço, que estava sendo fei- ramentos.
to anteriormente por empreitada. Como medida de apj}Iicação espe·
A extensão total de collectores cons- cial ao. caso d·a constru.cção dos ca-
truidos ou assentados até 31 de de- naes em Santos, propoz o Chefe da Com-
zembro ultimo, elevou-se a 50.547 me- missão a promulgação de um·a lei es-
tros, á qual se deve accrescentar a ex- tabelecendo a "contribuição de melho-
tensão total do emissario de 1.933 ria JJ, isto é, uma contribuição decor-
metros. • rente do beneficio recebido ou da va-
Estão em andamento os poços para- lorização que provém para as proprie-
as estações de elevação districtal { I dadesda execução 'de certas obras pelo
acham-se promptos sete poços para , Governo, como existe nas' legislações
,
- 315

tltli~ s a
e italiana, admittindo-se, porém , Turvo a Campos N ovos e de Atibaia
BUla justa excepção pMR os 'propri~ta­ a Piracaia.
fíl}l-) que ced·erem gratuitamente os ter- Foram celebrados. durante o anno.
n~ n (}s. .Até hoje. em Santos . os terra- 93 cOlltractos para con ser va ção de es~
11111') têm sido cedidos ao Governo sem tradas, com a extensão total de . ...
d irfic u ldade , mas a lei lembrada previ- 2.446 kllometros e 485 metros, ele-
n irã. a exigencia de indemnizações des- vando-se a despesa a 193:788$546.
:l.rrazoadas e g-a r·antirá a fa-cHi-d·a de .para Durante o anuo f i nd o, concluiram M

; ! e xecução de outros canaes. Um pro- se obras d e constru cção e de reparos.


,Í(:do de l e i com este intuito foi já sub- importa ntes nos g rupos escolares de
mett.ido ao Congre-sso, no anno pas · São José do Rio Pardo, do Cambucy,
!Hl do. de Sertãozinho, de Avaré,· e de Capi~
Obl'a~ Pnblka·s De enh'e os servi- "vary; n as cadeiás d e São Luiz do Pa-
(; 05 a- car go da Directo·r ia de Obras Pu- rahytinga, Santa Branca e Agu d os;
Jllicas, da Secretaria da AgricuUura, nos postos policiaes do Leme e de
durante o anno findo, lDerecem es- Juquery; 110 llucleo colonial "Nova
pecial de staQue: a constl'ucção da es- Odessa"; na Hospedar ia de Immigran ..
I rada de r o dage m de Santa Cruz do tes; no jardim do Museu do Estado e
Rio P ar d o ao Salto Grande do Parana-
• no Posto Zooteclm ico Central. F o·ram
pa,n ema, e a. da estrada de Cerqueirá
iniciadas no anno passado e conclui~
Cesar a Santa Barbara d o Rio Pardo.
das no corrente a nno as obras de
tendo !:>e dispendido, com a primeira .
construcção dos grupos escolares de
48: 676$365 e, com a ultima ..... .
13:7 1 8S 45 8. Foram tambem conclui · Itatiba , de São Carlos do Pinhal, de

d a.s as ohras .da ponte sobre o ·rio Mogy- Ribeirão Bonito, da Escola Mixta de
guassú , em Ma l'tinho Prado, sendú fei ~ Dourado, do Posto Policial do Avaré,
t os importantes r e paros nas estradas da continuando em andame n to as d a.s ea·
Capital a ltapece rica, de São Pedro do deías de Jahú e Barretos.

FAZENDA
Receita e Despesa A receita e a despesa do exercic io de 190 8
foram as que cons tam do seguinte Balanço:
RECEITA.
'Saldo do exercicio de 1907 . • • • • • • • 72 .12 5:902$652
Receita o rdinaria e extraordinaria , arrecadadas, 42.69 3:415 $2 6 2
Renda com applicação especial . . . 20 .. 371: 298$692
Apolices e mittidas p a r a a construcção da E. d e F.
Soro cabana . • • • • • • • • • 4 .33 4:500$0 0 0
Dinheiros doe orphams, bens de defunctos e aw:;e ntes,
e depos itas de diversas origens . . . 2 .540:531$45 5
Valor nominal do emprestimo d e Ibs. 15.000 .000-0 -0.
para defesa do café • • • • • • • · 240.000:000$000
Correspondentes da valo"r ização, pela transferencia de
saques contra embarques de café para o cr e dito .
dos con s ignatarios . . . .. . 14 8. 1 58: 776$631
Producto d e vendas de café. . .. '. 27.532:088$548 .

. A transportar . 557 .2 56:513$240


316
,

Transporte . . , , • • • • , 5 '7 256'" 1 ") :::' ,{ /'/ \I. .tJ '~ '. _.

Recebido por saldo de c/c., em Bancos no Paiz e no


extrangeiro. , , , , • • , • , • 2 .:>" .91"'S") "" ..I'T,
• .). "J . ~,)

Lettras emittidas • • • • ·,
• • • • • 36.554 : 5:H.$60ü
Supprimentos' rec~bidos da Caixa do eXArei cio de
1909 . . . • 3.439:389f399
• •
Outras provenlenClas , • • , • • 369:517$842


DESPESA

Importancias pagas por serviços pertencentes ás di-


versas Secretarias de ERtado . • • • 67.988:640 :' 851
Despesas escl'ipturadas sob o titulo _ . Defesa do café lOl.279:1 23~~4~
Dinheiros de orphams, bens de defunctos e ausentes,
e depositos 'restituidos . . . . . . 1.935:979$598

Resgate do emprestimo de lbs. 3.000.000-0-0, con-


tractado com J. Henry Schrõeder & Comp., e o
National Clty Bank. . . . . . . 43 1 ",')'""-UO,' • ,,-,.I~I.>,'"

Correspondentes da valorização: pela liquidação de


diversas contas . . . ... 157 .152: 2S1$8~ Ô
Compras de Café, liquidadas durante oexercicio . 9.244: 342$511
Liquidação de contas por adeantamentos feitos por

Bancos, no Paiz e no extrangeiro. •
'4 . I?,j':"
3 - -jl)'W.
. H J 10-,"
Lettras do Thesouro, resgatadas . • • • • • 40.12 1:67$$ 8('0
Supprimentos feitos á Caixa do exerclcio de 19 O7 . 7.465:9SS$11i.l
Importancias r estituidas por outras rubricas de
menor importa ncia . • • • • • • 207:894.517 •

Saldo que passa para 1909. • • • 1 8 9.320: 9~6$621 •

Rs. • • · 622.033:7~14$38,5

A receHa ordinaria e a ·extl'aordinaria tíveranl a segu inte lJl"OV e-


niellcia:
RECEITA ORDINARIA
0 0 . -. ( "'9 0 -
Direitos de exportação . • • • • • • •
00 1 ,")
"".ãJ. ~, . ;) .I.:J.... , ~:.>

Taxa de. expediente • .... J..?':-~~ ~'"'


• • • • • • 1~."fJ~1tj ·~·)

Transm issão int.er-vivos • • • • • • • • ;<.8 11:048$,'2 8.


Transmissão causa-mortis . • •.. .• • 889 :099$741
SeIlo do Estado" . . • • , • , • 602 : 69S~559
Imposto de, transito. • • • , • , , . • 1.368:067$1<5
Imposto predial. . · . , ,
, -99
I . ", ::):) t ..,:j:'(J
--.,.-t'- ~~
• • •

Taxa de exgottos • • • • • • • , 1.309:8.21$870


.Taxa de consumo de agua ' • • • • • • 1.842:492$19:3
Taxa de matriculas. . • • • , • , • . 95.649$000 .


Vendas de terras publicas . , • • • • • •

A transportar . , , , • • • •
317 -'

Transporte . • • • • • • • • 33.044:~89$827

Cobrança da divida activa . • • • • • • 730:930$672


Imposto sobre novas plantações de ca~é. • • • 36: 000$000
Taxa addicional. • • • • • • • • 700:16h$043
Imposto sobre porcentagens • • • • • • • 54:795$855
aposentadorias e reformas . • • 35:519$47'7 •
" "
.. "
propriedades não caféeiras . • • 72:804$858
.. o Capit.al Commercial . • • • 622:892$947
" ,

"
o Capital das Empresas Industriaes. 108:393$382
"
., o Capital das Sociedades Anonymas. 578:084$484
" ,

Imposto sobre o Capital particular empregado em


emprestimos • • • • • • • • • • 472:316$658
Imposto sobre o Consumo de aguardente .
,
• • 332: 653$129
Taxa judiciaria . • · . • " • • • • 220:615$347

Rs. • • • • • 37.009:861$479

RECEITA EXTRAORDINARIA

Indemnizações • • • • • • • • • • • 4.290:150$450
Renda de estabelecimentos. • • • • • • 677:252$485
Eventual. • • • • • • • • • 269:560$848
Imposto sobre Loterias. • • • • • • • • 446:590$000

5.683:553$783

Com referencia especial á exportação, verifica-se, do relataria da


Secretaria ,da Fazenda, que o valor official da-, exportação do Estado
de São Paulo, em 1908, foi de rs.314.855:495$743, sendo:
Valor official do café produzido no Estado de São
Paulo . . . . . • • • • • • · 2~6.551:044$390
Idem, de outros gen,eros produzidos no Estado. • 56.804:283$550
Idem, de generos e mercadorias de producção dos
Estados limitrophes em transito. . . , 10.022:269$150
Idem dos generos de producção extrangeira. . . 1.477:898$653

314.855:495$743

Da demonstração geral da receita,. verifica-se que a


receita orçada foi de. • • • , • • • 48.724:261$990
" que a arrecadação importon em . • • • • , 42.693:415$262

havendo uma menor arrecadação de. • • • • 6.030:846$728


,
proveniente de excesso 'no calculo 'orçamentario, facto já por mim pre-
visto na mensag:em de 14 de Jnlho de 19.0 8.


• •
, -318 -

No exercício de 1908, a despesa paga pelo Thesouro importou ent


67,988: 640$ 8 51, distribuida pelas seguintes Secretarias de Estado:

Secretaria do Interior • • • • • • • 14.526:804$618


"
da Justiça • • • • • • • 12.656:631$615
da Agricultura • • • • • 23.167:794$104
"
.. da Fazenda. • • • • • • 17.637:410$514

Ra. • 67.988:ii40$851

Resumidalnente, esta despesa proveiu dos seguintes serviços princi~·


paes:
SECRETARIA DO INTERIOR

Congresso Legislativo • • • • • • 1. 890: 259$073


Instrucção Publica • • • • • 6.835:173$465
Serviço Sanitario • • • • • 1.342:295$140
Soccorros Publicos • • • • • • • • 1.442: ii41$846

Outros servIços de m.enor
·
hnportancia . 3.016:435$094
-------.

14.526:804$618
------
SECRETARIA DA JlJSTIÇA

Administração da Justiça . • • 1.832: 834$271 .


Segurança Publica • • • • • • 10.525:773$981
Outros serviços . • • • • • • • • 298:023$363

12.656:631$615

SECRETARIA DA AGRICULTURA

Serviço de Immigração e Colonização . • • 1.806:794$269


.
Serviço Agronomico. . . . . , . . • • 1.037:683$921
Obras em geral, incluindo as de Saneamento e abas·
tecimento de .agua.. . . . • • • • 7.617: 564$027
Prolongamento da E. de F. Sorocabatia . • • 7.761:804$736
Representação do Estado na Exposição Nacional: • 2.848:742$855
Outros serviços de menor importancia. · • • • .
2.095:204$296

23.167:794$104


SECRETARIA DA FAZENDA

Administração e arrecadação das Rendas • • • 2.553:895$909


Exercicios findos • • • • • • • • • • 1.678:705$374
Serviço da divida externa e interna
.'. • • • • 10.454: 691$735
• .
Aposentados € reformados • • • • • • .858:456$632
.,
A transportar . • • • • • • • 15.545:809$650
319 -

Transporte . • • • • • • • 15 .5 45:809$650
t\ nxiJios e su'bvenções . • • • • 1.990:649$860
Ou tros serviços . • • • • • • 99:951$004

17 . 636:410$514 .

Como se vê - pela demonstração aci- adiaveis, tud o se·m maior inCOJ1 Veni ~ n­
ml(, grande parte da despesa feita te para a vida do Estado.
:lHH1Htitue,' por sua vez, augmento da O Governo continuará a manter e S-
í'!"ucza do . patrimon!o do Estado. sa linha de conducta, e tem certeza
Prevendo. com razão , que a lrnpor- do apoio do Congresso, para que não
tftTH;ia da receita- arrecadada não at. · sejam votadas despezas que não tra"
Ungiria ao quantum em que fôra or- duzam, no momento, uma necessi-da,de
"Ól\(i(t, e tendo muíto em vista os gran- urgente .
.(106 compromissos que já pesavam so- Activo e Passivo Ao ence.rrar-se
Iore o Thesouro, julguei prudente ado- o exercicio de 1908, o balanço do-
t-".a.r um regjmen de cautellosa eco- Activo e Passivo do Estado era o se-
riO rn ia, susDendendo alguns serviços , I guinte.

ACTIVO
Proprios do .\'ls tado:
Valor dos existentes • • • • 165.441:822$187
Valores do Estado:
Apolices Federaes. .• • • 25:000$000 .
Lettras Hypothecarias do Banco
de Credito Re al • • • • 10 : 920$000
Em cambiaes, Ibs . 424-15-10, ao
cambio de 27 • • • 3:775$836
Apolices do Esta do • • • 2:000$000 41:695$836

Div ida Activa:


Saldo escripturado até o encerra-
mento do Balanço . 22.700,956$34()
Banco de Custeio Rural:
Emprestimo em apoUces especiaes
que 'figuram no Passivo • 850:000$000
Café:
Valor do exist,en te . . • • 252.290:808$941
Despesa da valorização:
Saldo desta conta, a amortizar
nos Exercicios seguintes, com
o producto da sobre-taxa so- •

bre o café exportado • • 78 . 788:814$230


Valores que se . compensam no Passivo :
Hypothecas de Estradas de Ferro 1.0Q6:000$OOO
Valores recebidos em caução. • 2.666:340$435
- - - - - --
A transportar . • 3.672:340$435 520.115:097$43'
- _. " .

320 -

'l'ra.nsporte . • • 3.6 72 :34 0$ 43 5 52 0.1 15 :09 7$ 43 4


Ide m, . da do s em ca uç ão . 1. 70 0: 00 0$ 00 0 •
Ca ixa de Ju ro s de Ap oli ces . • 28 :71 0$ 00 0

Es tam pil ha s e pa pe l sel lad o no
Th eso ur o e na s Es taç õe s . 29 .26 4:8 92 $0 00
Ca ixa de Ap oli ces . • • 20 7:0 00 $0 00 34 .87 2:9 42 $4 36

Sa ldo s pa ra 19 09 :
Em Ba nc os e Co rre sp on de nte s no •

Ex tra ng elr o • • · 18 4.8 86 :85 7$ 12 2 :"


• "

"
Ide m , no Pa iz. • • • • 4.3 40 :31 6$ 60 1
Em . Ca.ixa . 29 :40 4$ 84 9
Na. Ca ixa da So bre -ta xa fra nc os 1$ 90 8
Sald~ da Ca ixa da Pa ga do ria da
Ag ric ult ura · . , . . 8: 39 2$ 02 3
Ide m, da co nta " Es tra da de Fe rro " 42 :74 2$ 11 8
Idem de Div-ersos Re s po ns av eis . 10 :28 2$ 00 0 18 9.3 20 : 99 6$ 62 1

74 4.3 08 :03 6$ 59 0
• PA SS IV O

Pa tri mo l1i o do Es tad o:


Sa ldo de sta co nta . • • • • 10 7 .16 8 :01 7$ 15 2

Di vid a Ex ter na Fu nd ad a :
Ca lcu lad a ao ca mb io de 27. E m-
pl' est im o de 18 8 8 L ou is
Co he n & So ns, Ihs . . .. ... •

52 7.2 00 -0- 0 . .. . 4.6 86 :21 5$ 900


Ide m do 18 88 Bl 'itl sh Ba nk of
- So uth Am eri ca , lha. . . , . . . .
25 4.2 00 -0- 0 . • • 2.2 59 :55 0$ 41 2

Ide m de 1.899 J . Henl'Y Sc h roe -
" & C .' Ihs . 42 6.5 00 -0- 0. 3.7 91 :05 2$ 28 3
Ide m, de 19 04 LO lld on Br az i-
Jia n Ba nk , Ltd ., Ibs. • • • • • •

.
94 7.5 40 -0- 0 • • • • 8.4 22 :57 1$ 26 6
Ide m de 19 O5 __ Dr esd en Ra nk ,
o

Ibs . 3.8 00 .00 0- 0- 0 . • 33 .77 7:7 77 $7 77


Ide m, de· 19 07 ; So ro cab an a
Ra llw ay C. ' Ib. 2.0 00 .00 0-0 -0
Ib . . 7'. 95 5.4 40 -1 2- 6. . . 17 .77 8;0 00 $0 00 70 .71 5:1 67 $6 38

Di vid a In ter na Fu nd ad a:
A po [ Ice
. s da 9 ao<. ' Séfie
' . . • • 57 6:0 00 $0 00
Ide m da . 3." Sé rie . , . • • 4.9 64 :50 0$ 00 0
.
A tra ns po rta r . • • 5.5 40 :50 0$ 00 0 17 7 .88 3 :18 4$ 79 0
• •

321

Tra nsporte • • • • 5.540:5 00$ 000 17 7 . 883: 184$790


Idem d.a 4 . • Série. 3.286:500$000
Idem da o. Série . -. •



• •

3 . 986:5 00$000 ,
Idem d a 6 .• Série . • • • • 2.2 96:000 $000 1 5 . 109:500'000

Divida Fluctuante: •

.
Cofre de Orphams . • • • • 5. 650:2 56$ 235
Bens d e Ausentes • • • ·
• 310 : 439$154
Depositos • • • • • • 1. 801 : 009$825 7. 76 1: 705$214

Apolices d e Auxilio Ag ricola :

Entregu e$ a Bancos de Cus te io


Rura l. que figura m no Activo 85 0 :0 00$000

Correspondentes da valorização :
.
, Saldos eredore s e Dl conta-corrente 17 5 .051:7 64$ 941
Emprestimos para a valorização:
Emprestimo de 1906 J. Henry

Schrõed e r e Natio nal City
Bank . Ibs . 211.600-0-0 . . 3.276 : 202$8 00
Idem de 190 7 Go ve rno Fe-
deral . lbs. 3.00 0.000-0-0. . 48.000 : OOO ~O OO
I de m de 1 908 J. H e nry Schrõe- .
der & C. . Soc iété Gén é rale,
de P a r is, e Banque de Paris
et des Pays-Bas . . ....... .
Ib. . . . 15 .00 0 . 000-0-0 240 . 000:00 0$000 29 1.2 76: 202$800

Ibs . • • i s . 211. 600-0-0


Ban cos DO Paiz e no extrang-e iro:
Ade antam e ntos em conta-corrente . . • • • 25 .363: 839$304
LeHras d o TheBouro:
,
Valor da s e mittidas. • • • • • • • • • 12. 493:2 78 $6 00

Mon tepio dos Magistrados:
:Saldo d est a conta . • •
• • • • • • • • 28 :480$000
A gencia. Official de Colo nização e Tra balho :
Sa ldo des t a conta . · . , . . . • • 43: 345$7 7 8.

Caixa Be neficente d a Força P ublica:


Saldo . desta • conta • • • • • • • • • • 6 :404$61 8
,
D epositarios Publicos . :

..S a ldo
. d est.a conta • • • • • • • •
• • • 1 2.:240$94 2

A t r a n s portar . 70 5 . 99 1: 947 $98 7


, . 322 --
,

Transpol'te . 705 '.991: 'I4H9E


Valores que se compensam no Activo:

Garautias hypothecarias de Es-
tradas de Ferro' subvencio-
nadas pelo Estado . 1. 000: 000$000
VaI ore. de terceiros, recebidos
ew caução . . . ' • 2.666:340$435
[dem o caucionados pelo Estado 1.700:000$000
Juros de 'apolices, ' , 28:710$000
Estampilhas e papel sellado a
emittir, , , , • 29.264:892$000
Apolices para ' emittir , , 207:000$000 34, 8 72:942$4~5

Caixa de 1909:

Supprimentu recebido d~~sta Cai-


xa, no periodo addiciona • . , • • , • 3 , 4'39 : 389$399 ,
Exact()res:
Saldos credores . • , • • • • , 3:756$76"9

744.30S:f}:l6$5~0
"
,
.. .. I Todas, estas despesas terão afinal
I de ser cobertas com a sobretaxa de 5
Defesa do café A acção do Go- francos, que, durante o exerciCio, pro-
verno, no anno de 1908, limitou-se ás duziu frs. 32.279.329,00 e tem mere-
operações indispensaveis para defen-
der o stock de seus cafés, mantendo-
I
cido do Th-esouro o maior cuidado na
sua escripturação, para que, em tem ..
,

os inteiramente fóra da oUerta nos po opportuno, possam constituir um


mercados. 1 relatorlo especial, Que , ,,rá presente
!
Para esse fim, foram realizadas as I ao vosso exame.
operações que se tornaram necessa- ! Empl'est~o de !ib.,.,. 15,QOO,OOO
,
ria.s, e cUja importancia está meneio· ,I
Para consolidação definitiva do ' stoc);
nada no quadro da Receita e Des- ,
dos cafés pertencentes ao Estado, o
peza.
Ao terminar o anno de 1908, o stock I
Governo, dando execução B. O dispos-
to no art, 3," da Lei Estadual n . . "
de cafés pertencentes ao Estado era
1.227 de 25 'de Agosto de 1908, con-
de 7.531.955 saccas, warrantadas por ,

tractou, e,m 11 de Dezemhro de 1908"


preço equivalente a ...... . .. ,., . . .
um emprestlmo de . Ihs, 15 ,000.000,
252.290: 808$942.
A despesa escripturada pelo The- , com os banqueiros -J. Heury Schroeder
& Comp., de Londres, o Banco de Pa-
'souro, sob a rubrica Serviço de
ris e Pays-Bas e a Société Générale,
defesa do café' ,em vista das con-
tas pre's tadas pelos Banqueiros ou de Paris.
consignatarios, importou em rs. .... Este emprestimo foi realizado , ao
101.279: 423$648, estand,o incluidas typo liquidO de 85 %, tendo como ga-
nesta cifra as despesas com o lança- rantia especial o producto da a.rreca-
nlento do grande emprestimo de Ibs. I dação da sobretaxa de i) fran cos por
15,000.000, í sacca de café exportado , e o sto ck doe
- 323-

I.'afés pertencentes · ao Estado, exIsten- Nos termos do contracto, o Comit'"


le" na Europa e nos Estados-Unidos, compOe-se de sete membros, sendo:
.
11ovendo o producto da venda destes quatro ' designados pelos Srs. J . Henry
('afés ser applicado no resgate dos tI- Schroeder & Camp., de Londres. dois
I "los do emprestlmo, que deverá es- pela Societé Générale de Paris, '8
I,,,· inteiramente liquidado, no prazo um pelo Governo deste Estado , sendo
rte dez annos. que este ultimo tem nas deliberações
Em virtude do disposto na Lei Fe- o direito de veto --, com etreito
deral n. 2.014 de 9 de Dezembro de suspensivo, até deliberação final, que,
1908, o Governo Federal deu a sua neste caso, terá de ser proferida pelo
g'arantia para execução d.o contracto Presidente do Banco de Inglaterra.
<leste empresUrliõ. O Comltéesi:á actualmente ('onõU-
.
Como complemento á realização do tuido pelos seguintes srs.:

emprestimo de lbs. 15.000.000, foi ce- J . Henry Schrileder & Com~.


lebrado, com os banqueiros emdssores, Theodor Wille •

em 11 de Dezembro de 1908, um 'con- Herman Sielcken


tl"acto especial, instituindo um ' Comi- Société Générale
té encarregado da conservação e fisca- Eduardo Bunge
lização do stock dos cafés pertencentes
ao Estado de S. Paulo, e de pagar e Visconde des Touches e o Dl'.
liquidar, por intermedio dos banquei- F·rancisco Ferreira Ramos. como dele-
ros, todos os encargos existentes so- gado interino do Governo deste Es-
bre estes cafés, até a data do contra- tado.
cto, Hcarudo , ao mesmo tempo, enca'r- Foram entregues a este Comité ..
regado de contlnua,r a paga'r todo.s os 6 . 842 . 374 saccas de café, que con8-
seguros, despesas de armazenagens e titúem o que,
é actualmente designado
quaesquer outras relativas ao dito no commerclo sob o titulo: Stock
café. da Va lorização.
Este Comité ficou tambem encarre- O café restante, composto em s ua
gado da venda e liquidação de todo o q uasi totalidade de cafés arma~e na­
stock de café, em nome e por conta dos em Santos, S. Paulo e Rio de Ja-

do Governo do Estado, por meio de neiro, foi excluído do contracto, para


leilões publicos ou por meio de pro- ser liquidado como o Governo achasse
postas de compra, em carta fechada. mais conveniente, estando, actualTnen-
.
As vendas deverão ser: te, em grande parte vendido .
Para realização do contracto do em.
500.000 saccas em . 1909 1910 •

prestimo de Ibs. 15.000.000 e do con-


600.000 em • 1910- 19B
700.000 . em . 1912 1913
tracto que regulariza a liquidacão do
stock de cafés' do Governo, de muito
e, em seguida, 700.000 saccas 'por valerem os bons serviços e a dedica-
anno, até liquidação final do stock. ção do illustre paulista Cons , Anto-
Fóra destas quantidades minimas. nio Prado, a quem o Governo confiou
poderão ser em qualquer tempo, ser este importante serviço . por cujo de-
. .. sempenho tomo ·publico os meus agra-
fornecidas ao commercio as quantida-
des de que este precisar, tomando por decimentos .
base o preço de 47 trancos por 50 ki- Limit~ para a exportação Em
los good aW1°a-ge e '5 O francos -para o virtU'de .cos contra·c tos a que acima me
typo superior Ha.vre. referi, o Estado obrigou-se a liinitar

324

..
'
~

•"
.. sua. exportação a 9.000.000 de sac- I Outros pretendentes. apresentaram-s l~

eas, no exereicio de 1908-1909, a ... I tambem solicitando a concessão do fa-


9.500 JI(I(' no exercieio de 1909-19.10 vor lega!, mas,• não tornaram efiecU-
e 10.000.000 nos seguintes exercí- vos com o Estado os ·seus . contractos,
cios. estando funccionando, . actualment c.
Esta medida foi executada em sua apenas os armazens de Santos, da Con'l -
plenitude, na safra terminada em 3e panhia Panlista de Armazens Geraes.
de Junho do corrente anno, e, com- Por decreto n , 1.632 de 25 de Ju-
quanto não tenha justificado os temo- nho de 1908, foi approvado o regi-
res de muitos, com relação á sua exe- I mento interno, á s tarifas, e quadro

cução, julgo necessario que habiliteis do pessoal desta companhia.
o Governo com as auctorizações pre- Por Decreto, de 3 O de Junho ulti-
cisas para qualquer solução, que no mo, foram alteradas as tarifas de ar ..
momento opportuno melhor consulte mazens. com sensivel proveito para
os grandes interesse.s ligados a este a lavonra do Estado,
assumpto, tanto no Paiz, como no ex-
Bancos de custeio rural - Existem,
trangeiro, de accOrdo com os contra, funccionando regularinente, no Estado
etos existentes. 19 Bancos de Custeio Rural, funda-
Al'luazens ge....es 'Pela lei n. . dos de accôrdo com a lei n. 1.062 de
1.017 de 19 de Outubro de 1906, fo l 29 de Dezembro de 1906,
o Governo auctorizado a conceder ga- Estes Bancos têm sido auxiliados
rantia
, de juros de 6 % até o capital pelo Estado com 50 apolices cada um.
máximo de 4.000: 000$000, emprega- na forma da lei, e poderão prestar
do na construcção de armazens ge- bons serviços á lavoura das localida-
ra.es, que se organizarem nos termos des em que ' estão sitnados.
da lei fooeTal n. 1.102 de 21 de No- Em 31 de Dezembro de In08, exls-
.
vembro de 1903. Em virtude dessa tiam, em vigor, contl'actos de empres-
auctot'izaçã-o. o Governo contractou timos feitos a lavradores, no valor de
com a Companhia Paulista de Arma- 2.362:634$700, sendo de esperar que
zens Geraes, coI)1 séde na cidade de estas operações continuem a se de-
Santos, a concessão da garantia de ju- senvolver, á proporção que forelU se
,
ros até o capital de 800:000$01>0, pa- firmando os creditos dos estabeleci-'
ra a const.rucção de dois g-randes ar- mentos fundados .
mazena, um naquelIa cidade, e outro, Banco de credito hypothecario e
nesta Capital, sendo asslgnado o con-
agl'icola Ein execução das leis n.
tracto provisorio, em 7 de Dezembro
923 de 8 de Agosto de 1904 de n.
de 1906, O contracto definitivo, para •

1.160 de 29 de Dezembro de 1908, o


o al'mazem de Santos, foi lavrado a
Góvel'no, depois de longas e trabalho-
17 de Março de 1908 , fixando-se o sas negociações, acceitou a proposta

c..pltal garantido em 400:000$000 . dos srs, Loste & Com., de Paris, par.
A mesma Companhia
,
contractou com a organização do Banco de Credito
o Governo o estabelecimento de tr<ls Hypothecario e Agricola do Estado de
armazena geraes juntos ás estradas de S. Paulo.
ferro Paulista, Mogyana e Sorocabana, Para este fim celebrou, nesta Capi-
com o capital de 1.200: 000$000, a tal, em 19' de Abril do corrente anno,
23 de Junho de 1908, ass ignando nessa um ·contracto p.r ovisorio e, em 7 de
data o contracto provlsorio de gaTan- ' Junho proJOimo passado , ocontracto de-
ti.• . de juros. i flnitivo .
325 -

o Banco ficou definitivamente ins- mais' regular das instituições IIberaes


tallado a 14 de Junho proximo pas- que régem o. Estado, assiln como. o
""do, e os seus estatutos foram appro· progresso e desenvolvimento de todos
vados pelo decr. n. 1. 747 de 17 do os seus serviços administrativos., em
mes'mo mez, e iniciará as suas opera- lisolljeira correlação com os reclamos
,.'oes dentro de 90 dias de sua instal- do bem geral.
lação. Ficou, assim, satisfeita uma das Vencida, como está, a longa e agu-
mais justas aspirações da lavoura do da crise economica. cujos effeitos tan-
.H:stado. to temos sentido, felizmente, posso af-
Loterias - Tendo o art. 13 da leI firmar, entramos em um pei'iodo de
n. 1.160 de 29 de Dezembro de 1908 vida lnais intensa e a~imada, assegu-
auctorizado a. contractar, mediante rada, ainda, por essa actividade ener-
conc6rrencia publica, o serviço de ex- gica e confiante iniciativa, que têm
tracção de loterias, f{)i el11e iregularmen- feito o justo renome e credito do nos-
tado pelo Decreto n. 1.727 de 17 de so Estaffo.
Abril de 1909. Tão auspiciosa situação impõe, sem
Aberta aconcorrencia para o serviço duvida," serviç{)s mais completos e em-
de extracção de loterias, por edital de prehendimentos novos, além de mui·
11 de Fevereiro de 1909, apresenta- tas outras exigeneias decorrentes do
ram-se diversos eoncor-rentes, ,sendo ae- proprio desenvolvimento. Entretanto,
ceita a proposta apresentada pelos srs. estão muita longe de crescer, na mes-
J. Azevedo & Cia., desta Capitar, com ma pToporção e com a mes-ma rapidez,
quem foi lavrado o competente con- os recursos· ordinarios para tanto in-
tracto. em 7 de Julho. A renda das dispensaveis.
loterias. que produzia 450 contos, se E' esta, sem duvida, uma face mui-
elevará, em virtude da modificação
to delicada do nosso problema adml-
feita, a mais de 700 contos de reis.
I
nistrativ<J, p",ra cuja soluçã<J muito
confio na prudencia e sabedoria que
• o Congresso costuma imprimir em suas
• • deliberações.
Da mensagem de 14 ·de julho de 1911 I Para mais completo esclarecimento
I e orientação mais segura sobre as pro-
Mnsta o estado dos negocioQs publicos
como a·baixo se vae ver: !
videncias a adoptar a bem dos gra.n-
des interesses do Estado, o Congreas<J
Srs. Membros do Congresso Legis- , encontrará, nos relatorios dos Secre-
lativo. tarios de Estado, informações amplas
<l detalhes mais minuciosos sobre to"
A mensagem que tenho a honra de"
apresentar hoje ao Oongresso Legisla-dos os departamentos que constituem
tivo, em obediencia a sabio e justo a administração publica.
preceito da nossa Constituição, resu-·
me com inteira exactidão 0- historico IN'.rERIOR
dos' principaes actos da actual admi-
nistração publica, referentes ao anno Eleições -- Effectuaram-se, na epo-
findo. . ca legal, as eleições geraes para ve,..
Comparada esta exposição com. as readores e juizes de paz, tendo o plei-

que tem sido enviadas em annos an- to corrido com extraordinaria anima-
teriores, é de assignalar, com desva-· ção, na maior ordem e calma, e com
necimento o funccionamento cada ve~· a maxima liberdade .

326 -

Tiveram lagar tambem, do mesmo ' to elevado o numero de insános 're(:o,.


modo, diversas eleições parciaes para lhidos ás cadeias publicas, á espe!''!
membros do Congresso Legislativ.o. de- IogaTes pelo que _resolveu o Go-
.. Saúde Publica - 'verno a construcção de novas colonia~;,
As condições sa-
e para isso já foi feita a acquilSiçao
nitarias, em todo o territorio dQ Es-
dos terrenos annexos ao actuai hospi--
tado, no anno findo, pódem ser con-
elo. Serão alli tambem construidos u!
sideradas como mais que regulares,
pavilhão para alienados criminoso~,
attelldendo-se a que as molestias in-
cujo numero é bastante elevado,
tectuosas, em sua generalidade, não
uma enfermaria especial para moles-
se manifestaram com caracter anor-
-tias intercorrentes.
mal, excepção feita do sarampão e da
malaria, que, no interior, apresenta- O numero de doentes actualmente
- ram maior. numero de óbitos em ,re- asylados é de 1.200, dos quaes 35(i
.
lação ao anho anterior, Pode-se attri- mulheres. A' assistencia particular,
buir o augmento de casos desta ulti- qúe continúa a dar bons resultados,
ma entidade morbida á escassez
,
d(: I estão entregues 44 doentes.
.
chuvas na estação propria. Em diver- Instl'ucçiic> Publica Continúa
.
o
sas localidades, notadamente na ZOl1·· Governo sempre preoccupado com a
denominada Oéste, tem 3ipparecido o disseminação da ·instrucção primaria,
alastrim, que se tem caracterizado por
a qual vai sendo feita de accôrdo com
uma extrenla benignidade.
as dotações Q.rçamentarias.
Foram profícuos e notaveis os ser- No anno findo, foram providas 191
viços prestados pelo policia sallitarÍa escolas isoladas. das quaes 102 de séde
desta Capital e do interior, onde fo- e 89 de bairros, bem como 23 escola,'
ram desempenhadas, com proveito, di- nocturnas, para adultos, sendo 10 nes-
versas comnlissões sanitarias. ta Capital.
Todas repartiçoes subordinadas á Installaram~se. no mesmo periodo,
Directoria do Serviço SallitarÍo func- 9 grupos escolares e foram 21 desdo-
cionaram com a devida regularidade. I brados, perfazendo um total de 10 3.
Estão ll!diantadas as olH'as do hos- Aos mesmos grupos foram annexada~
pital de isolameuto da cidade de San- as. escolas isoladas nlais· proximas.
tos, o qual consta de oito pavilhões Nos grupos já existentes houve tam-
diversos, dotados de todos os mBlho- bem augmento de classes. novas, fi-
ramentos· recommendados pela enge- cando assim elevo_do a 1.162 o· nu-
nharia sanHaria. mero
. .. :
de classe·s providas, numero esse
que, sommado ao de escolas isoladas
No Instituto Serumtherapico estão e reunidas, eleva 2.369 o total de es-
,
tambem adeantadas as installações no- colàs providas no anno.
vas para Os respectivos laboratorios. Foram matriculados 99.203 "Ium-
Hospicio de alienados O hospi· nos, sendo 54.804 nos grupos escola-
eto central de Juquery foi· augmenta·· res e nas escolas reunidas e 44.399
do com quatra dormitorios novos nEl nas escolas isoladas. Nas escolas no-
secção de mulheres e ·dois na de ho- ctur.nas. ins·creveram
.
-se 563 aI.urono1!.
mens, de modo a atte~der as necessi- Nesta Capital, foi de 20.673 o nume-
dwdes mais urgentes deste ramo de ro de alumnos inscriptos nos grupos
serviço publico. Entretanto, apezar do e escolas isoladas.
augmento nota vel de a<}Commc>dações No corrente anno , já foram instaUa-
.
Installadas ultimamente, ainda é mui- dos mais 9 grupos. e desdobrados 12.
,
- 327

.:\ I~tua]mente. o - numero de escolas Tapava, Salto Ide Itú, Ita-raré, Amparo,
ltJ"()vidas e de classes de grupos ele- Santa Cruz do Rio Pardo, Baurú, Cam-
\" f\ -;";f': ao total de 2.475. pinas, S, Vicente, Itapetini'llga, Brótas,
,
() mov-imento, nos ultimas annas, Mogy das Cruzes, 8orocaba, S. Pedro

IL(:..: escolas perte;ncente ao Estado, foi I
I
e adaptação dos ediflcios destinado;'
I
:~(:gu iDte:
, aos de Rio Claro e Hú.
"
L Estão, com plantas approvadas OH
1904 , , , , 47,513
em concorrencia publica, edifícios nos
191)5
1-906 ,
,

,
,

,
,

,
50.757
54.379
I seguintes logares:
o
19ü7 , , 61,084 Ituverava, Mattão, S, Bento de Sa-
1908 pucahy, Pereiras, Porto-Ferreira, San-
, , , , 70,453
19 Oli , , 80,469 ta Rita de Passa Quatro, Santos, Pi-

1910 tangueiras e Cruzeiro .
, , , 99,203
Estão em elaboração plantas e or-
E' de 4 o numero de escolas reuni- çamentos para -edificios em muitas OU- -
rias, com 17 classes. tras localidades,
O movimento geral de alumnos ins- Foram terminadas as obras dos gru-
nas escolas preliminares, esta-
(~riptos p"OS de: Bocáina, Batataes, Soecorro e
duaes, municipaes e particulares tOI, Palmeiras,
no annofindo, de 142,616 e o nume-I
Ensino Profissional Não lie tem
rü de alumnos de todos os cursos, in- I,
egualmente o Governo descurãcro do
cluidos os superiores, foi de 150_643, ensino profissional. De accôrdo com as -
A inspecção e' a fiscalização das es- disposições legislativas, vão ~r ins-
colas. apezar do numero reduzido de tallados, nesta Capital, dois institutos,
[nspectores. fizeram-se com proveito, sendo um· para o sexo feminino, onde
" certa regularidade, I será ministrado o ensino de artes do-
Por Decreto n, 1915, de 18 de Ju- mesticas, € outro para o sexo. mascu-
!tiO de 1910, expediu-se o regulamen- lino, o qual se ·proporcionará o ensino
to das escolas nocturnas crêadas pela . de pro.fissões manuaes, como as de
Lei n, 1.195, de 24 de Dezembro de mechanicos, pedreiros, pintores· etc.
1909, . Já estão em andamento as necessa-
Por Decreto n, 2,005, de 13 de Fe- rias installações, tendo' sido escolhjdo
vereiro do corrente anno foi apprú'Vaüo para a sua séde o bairro do Rraz," visto
.
o novo programma para as escola~ ser al1i maios densa a população ope~
isoladas, raria.
Construcções escolares De ac- Amparo e Jacarehy vão tambem ser,
côrdo com a Lei n, 1.214, de 24 de em breve, dotados de eguaes institu-
Outubro de 1910, que concedeu aueto- tos. nos quaes d4? preferencia será mi-
rização para a abertura de um credito nistrado
, o ensino das
. prOfissões mais
especial para a construcção de edifi- adeq uadas ao. meio industrial de cada
cios escola.res, tiveram estes notava] uma daquellas cidades,
lncremento j estando em construcção, Escola Polytechn.ica A nova _01'-
nas seguintes localidades: ganização dada á Escola. Polytechni{:a,
Capital (3), Barretos, ,Mogy-guassú já está produzindo l,leneficos resulta-
.
Faxina, Jardinopolis, Tatuhy, Rio das tados,
Pedras, S, João da Bocaina,. Bôa Es- O numero de alumnos. matriculados
perança, Mocóca, S. Barbara, Bebe- no anno prelin1i.nar ,e~evO,u-!3.e de modo
d.ouro, Taquaritinga, Descalvado, Iga- extraordina-rio, pois foi,. no· corrente. an-
i

328
.
. no, de 122, contra 84 no anno ante- O movimento dessas Bsçol as n, flÚ

rior. co'r rente anno, o seguinte :


Estão matriculados, em todc,s os cur-
sos, 222 aI umnos. Capital • .. 491
Campinas . • • 27 9
Escola Normal da Capital Con- Piracicaba . .,.J 1 :),..
• •
tlnúa este instituto a prestar os me- Guaratinguetá • "O'
o .~

lhores serviços á instrucção profissio- Itapetininga 149



nal. Botucatú • • 79
Devido ao grande numero de can- Pirassununga • 87
didatos á matricula, foram creadas
mais classes supplementares do 1.' Attenderudo-se ao graude nu'me~o ,li<
anDO; e, por esse motivo, Itouve ne- candidatos, foram desdobrados os pr i-
cessidade de fazer funccionar á noite meiros annos das escolas de S. Pa u lo.
o curso masculino) que, só por esse Piracicaba, Campinas e. Guaratinguetá.
facto, teve sua matricula elevâda ao Foram diplomados . no antlO fiud o. •
maximo regulamentar. 231 alumnos, assim distribuidos: : ,'-
No correr do anno, diversos. melho-
.
S. Paulo ''.-.
ramentos foram feitos no respectivo • • 89
edificlo, entre os quaes sobresáem: a Campinas . •
.", 9 -:'·
••
. •

construcçáo de dois grandes pavilhões Itapetininga •


')')
""
de abrigo, a remodelação do gymna- Guaratinguetá . • &• 1

eio e a insta Ilação de machinismos Piracicaba • • • 50


aperfe~çoados para a limpeZa geral de
GyJDnasios Todos 0$ ' gymna-
todo o" edifício.
sios do Estado funccionaram com é..
A matricula geral, este anno, é de
devida regularidade.
785 alumnoa, dos quaes 823 no L' •
No de Ribeirão Preto foi inatallado
anno.
Receberam diploma, em o anno pas- o 5.° anno.
sado, 155 alumnos; dos guaes 138 do ., Resolveu o Governo construir na-
sexo feminino. quella cidade um predio apropriado
No curso preliminar. annexo, a ma- ao funccionamento daquella casa de
tricula é de 549 e, no Jardim de ln- ensino secundario, visto como o actual.
faneia, de 244 creanças. alugado pela Camara Municipal, não
De accôrdo com a determinação 'Ie- tem as necessarias accommo~ações.
.
gislativa, foram installadas as escolas Parece-me de bom alvitre reorgani-
normaes de •
Itapetininga e de São Car- zar esses iustitutos, dando-se-Ihes um
los. programma menlls . sobrecarregado ,
Aproveitando-se da respectiva au- mais conveniente e mais uti! á vida

ctorização do . Poder Legislativo: Te- . pratica, tanto mais quanto jã não es-
solveu o Governo remodelar, por com- tão obrigados aos programmas 'offieiaes
pleto, as escolas complementares exis- do Gymna,sio Nacional.

tentes, transformando-as em normaes Actualmente, é de 559 o numero de

primarias, com programmas 1!lais con- alumnos matriculados, ' assim' diStri-
Bentaneos a seu caracter de · institu- buidos:
tos profiBsionaes.
Sob os mesmos moldes, foram ' ins- Capital • • • 265
talladas as escolas normaes de Botu- Campinas • • • • 222
.
catú e de Pirassununga. Ribeirão Preto • 72
.
.
..

329

~~\IIuinario da·s educandas Conti- foi em 1910, de 42:920$%õ, 'contra


·11 "lIl este estabelecimento sob a zelosa 39:423$540, no anno a.nterior,
i ólh" ....çiio das Religiosas da Congrega- Repartição de estatística e do a,·chi- .
~il" <ie S. José.
vo do l!;stado Acba.m-se concluidos
Purante o anno de 1910, déram-se
os trabalhos estatisticos a cargo da
.. :111 vagas, que foram preenchidas im-
1 1." Secção ; os quaes constam do se-
." tiliHfiatamente. ,

guinte:
Das alumnas que se retiraram, 3
Divisão judiciaria e administrativa
t}ilrmram-se; 3 estão cursando a Esco-
- Movimento da população Nasci-
. IIi. Normal; 3 ~xercem o magisterio
mentos e ,o bitos .
. jHl1'ticular; 1 matriculou-se na Escola
Tambem estão promptos os ' dados
: .10 Pharmacia; e 7 acham-se na com-
que devem figurar no ';Annuario " de·
í"Uluhia de suas mães ou protectoras. 1909.
O estado sanitario, em geral, foi
Foram, em meiados de InO , ini-
muito bom.
ciados e vão prosegulndo com grande
.....
Apenas appareceram alguns casos de
.-..
'- actividade os trabalhos de classifica-
., /la,'ampo e de leves ophtalm'as,

ção dos papeis do archivo. os qua.es
8ibliotheca Publica No período deverão ficar concluidos este a llno .
•1" 15 de Janeiro a 15 de Dezembro do A commissão. encarregada de pro-
armo passado, continuou muito fre- ceder á selecção dos livros documen-
'Iuentada a nossa Bibliotheca Publica, tos e mais papeis existentes no Ar-
tt(~ndo sempre grande o numero de chivo Publico, continuou . com assídul-
(,<Insultas feitas. dade e dedicação, a prestar seus bons

Museu do Estado O Museu do I servIços.
Ypiranga foi, durante o anuo, visitado No anno findo. deram-se. em todo.
[!<lr 67.181 pessoas, isto é: 4.000 pes- o Estado:
soas maiS do que em 1909, sendo, as- Nascimentos. • 113.856

sim, relativamente, um dos mais fre- Casamentos • • 21.121
quentados. Obitos .' , 62.522
Não foi pequeno o numero de in-
formações por elle prestadas aos ins- sendo, nesta Capital:
titutos de bacteriologia, sõrotherapia Nascimentos · . • 12.128
e outras, desta cidade e da Capital Casamentos 2.420
J<'ederal. Obitos . • 6.296
Ao jardim e ao parque do estabele- Almoxarifado COIU o crescer·
cimento foram remettidas numerosas sempre incessante do mo\' imento es-·
plantas vivas. colar no Estado, tornO'U-se indispensa-
Proseguem os estudos scielltificos •
velo augmento do pessoal do alinoxa-
.
a ca.rgo dos respectivos funccionarios . rifado. De accôrdo . coro a auctoriza-
Dlario Official . Pelo decreto n. ção legislativa, foi a mes·ma reparti-
1.922, de 4 de Agosto de 1910, foi ção reorganizada.
esta repartição reorganizada, instal-
lando-se novamente as officinas alli JUSTIÇA

existentes anteriormente e que vao - ,

prestando lxins serviços . Secretaria. da J ustiC;.<{ o Decreto-


Com a devida regularidade, tem-se n. 1.892, de 23 de Junho do anno
feito a distribuição do :Olario. cuja findo, deu nova organização e maior
.
renda tem augmentado sempre, poiS desenvolvimento aos serviços desta re~
.. .
. ,.. ,.. •

330 -

partição. Com a. methodica distrIbui- calização das hospeda rias · da Cap ll;d
ção feita por duas directorias, e pe los por melo de visitas diarias para ver! . \
differentes gabinetes e secções, rea- cação das listas de hospedes. conh . . ·· i
lizou-se efficaz melhoramento para o mento pessoal dos mesmos. e sua 1Il",~
variado expediente de tão importante cedencia, como é attrlbuição deste ". ,
departamento, com r eal beneficio para binete.
o publico , e pa ra a administração.
Gabinete d e identificação T i VII

Ordem Publica A ordem publica ram consideravel e progressIvo :1.1.1 .
.
foi sempre mantida Inalterada em to- gmento os serviço.s d-o ga·b inete de j-fl( ~ I· I ~
do o Estado . apesar da explicavel agi- tificação, depois ·da reforma feita r' UI
tação · politica dos ultimos tempos. virtude do Decreto n . 1.892, de 2:l ""
Nem mesmo conseguiram alteral-a as Junho do anno findo.
differentes eleições havidas entre as A identificação criminal e civil ·cPll ··
quaes a de 30 de Outubro ultimo, tlnúa a ser feita pelo systema de \ '".
para vereadores e juizes de paz, que, cetich, que vae sendo · adoptado anj ·
por affectar mais dlrectamente a vida versalmente, pelas vantagens que .\ll"
local e os interesse populares, costu- ferece.
ma ser entre nós o pleito ma is renhido A identificação civil expandiu-se <1"
e o mais apaixonado . modo notavel, . tendo o gabinete pj'O '
Conflictos isolados seria impossivel cedido á identificação não só dos ofri ·
ev.itar, como não podem deixar de oc-
correr mesrpo nas épocas as mais cal-
I eiaes, inferiores e praças existentes )la
Força Publica; como de todos os ca"·
mas, e · nos centros os mais cultos: l1,idatos ás fileiras 'ua
mesma Força :
nunca faltou , porém. a imparcial in- egualmente procedeu-se á identific<l.·
tervenção da auctoridade, nem a prom- ção de todos os. cocheiros, "chauf-
pta expedição das necessarias medidas feurs·· , guardas-nocturnos, carregado-
de segurança e repressão. res e, em geral, dos que a policia jul-
l

Gabinete. de· queixas e dos ohjE'ctos gou conveniente ter prova de ide nti--
a.cltados No correr do ultimo anno, dade, e de muitos outros que . liv re -
tiveram grande desenvolvimento os .mente solicitaram do gabinete tal p)"()-
varios se rviços a cargo deste gabinete. va ou documento.
.
Apesar da facilidade com que são· A identificação criminal tambem
levadas a esta Secretaria as queixas e sentiu sensível progressão, quer no ga -
reclams,ões, do exame estatistico dos binete central, quer nas delegacias.
registros feitos durante o anno, veri- sédes de comarca.
. fica-se que decresceu o seu numero Como os serviços de identificaçt.o .
em re lação a.o do anuo anterior, pro- tambem cresceram na mesma prop or-
vandg a efficacia da acção fiscaliza- ção os do "atelier" pllOtographico e 03
dora exercida por este meio. do exped·iente do gabinete.
Na ,~ecção de deposito de objectos Comquanto r eformado, em virt\1de
aclÍrudos não foram menos dignos de do citado Decl'eto n . 1.892, este gah,-

nota os serviços auleTidos pelo pubJ.i- l!ete já se resente da falta de empr c-
co ; para ' se julgar o desenvolvimento I . gados para attender com regularidade
que teve, basta salientar que, só em i, aOS multíplos e variados serviços q ue
Ulll mez do anno findo, recebeu mais hoie lhe s ão affectos; torna-se desde
i
objectos do que no decorrer de todo • j á necessaria a creação de maisd olf;
o anno ultimo. I logares de terceiros escripturarios ~
I

Com egual proveito foi feita a fis- I!. de um ajudante de photographo.


331
.
j i.'l.h;net.e : n'lcdico~l("gal ulti- 1 da Capital, .passado para esta Secreta-
No
, !(Ih fi uinquennio, OS trabalhos deste ria, por accôrdo feito com a Prefei-
, itidJinete. tiveram um augmento carres- tura Municipal, foi elle organi.zado
o ,,"llIl e nte a um terço de casos novos, pelo dec. n. 1-892 do 25 de Junho de
(" 1 fl' laeS fOl:am attendidos pelo mes- 1910, sendo a sua direcção entregue á
: '1'011 ~le8soal t ecnnico que conta desde 3." delegacia auxiliar.
, fi :':11<1 reorganização, em virtude da Estão quasi concluidas as Instalola-
.
!'ot'llnna. de 1896. que fixou -O pessoal ções dos apparelhos de avisos da a s -
,) 111 fluatro medicas-legis tas, dos quaes sistencía policial. no perimetro central

, 11 111 tem, de a ttend-er ao serviço man- da cidade e seus arrabaldes. Esses ap-
,: !li I I da. clinica. da enfermaria da cadeia parelhos, escolhidos entre , os mais
.' i1ulilica da Capital, sendo o serviço , aperfeiçoados até hoje conhecidos, são
j,roJlriamente do gabjnete. exercido munidos d e signaes automaticos dif-
lio r estala diaria entre os outros tres. ferentes e de telephone, todos em cor-
O gabinete medico-legal, para conU- respondencia com a estação central;
·11 !.lar a prestar de modo conveniente são destinados a pedidos de soccorros·
o~~ serviços qu,e lhe são destinados e e a fiscalização do policiamento, e pro-
'1 111 : vã-o se augmentando quasi dia- porcionam á policia os meios de co-
d:uuente, precisa de nova i!n·stallação nhecer, rapidamente, onde são neces-
dt '~~ Unada ao medico de serviço, e que sarios os , seus serviços. Com elIes e
ld I' ~' a ao mesmo tempo para o re-cebi- com os vehiculos auto moveis já ad-

1U~ ' nto dos e-nfer'mos que necessitam qui.ridos, n<la este gabinete awarelha-
dos pri-meiros cuidados. do de meios rapidos , com modos e se-
(~. índispellsavel a cODstrucção d e guros para attenrder a todos os " ,servi-
11 lU necroterici moderno, que disponha ços do polirciamento e da assístencia, a
,k salas apropriadas par.. o deposito seu cargo.
1\ reconhecimento de cadaveres, para Estes melhoramentos loram todos
nu t6psias e de laboratorios e camaras levados a effeito em virtude d·e aucto-
fri,gorMicas. como já fi,cou d"isposto na rização concedida pela lei n. 468 de
1('; n. 10 de 26 de Outubro de 1891. 27 d e Setembro de 1.910, e vieram sa-
tisfazer Importantes necessidades pu-
Gabinete chimico-legal O gabine-
blicas. creadas pelo progressivo desen-
1,0 chimicti-legal ficou conveniente- •

volvimento da Capital, cuja área, já


mente installado em uma das depeu-
calculada acima de 3 O. OOO kiloroetros
rlencias da Secretaria, para este fim
quadrados, vae se alargando annual-
!ülaptada. e " começou a funccionar a
mente. exigindo providencias corres-
:'. 0 de Julho· do anno findo.
pondentes. Entretanto, para que a a8-
No periodo decorrido, fez todas as • •

sistencla policial se torne completa,


"""lyses chimico-legaes que lhe foram
não são sufficientes somente o · rapido
,-efluisitadas, tendo sido esses -" traba-
1hos feitos com exa,ctidão e celeridade, aviso e o prompto transporte; ·totna-
(l muito concorreu para a verificação -se necessario tambem o immediato soe-
'I", casos de delicto. corro por medicos e "enfermeiros espe-
cialmente destinados a este fim, visto
Gabine~ de inspecção e fiscalização
tratar-se de funcções inteiramente di-
-
de vehiculos, dos divertimentos pubU- . versas das exercidas pelos _a ctuaes" me-
(~o.~ e da a.ssistencia policial Tendo : dicos do gabinete medico legal. .
o serviço d·e inspecção e fiscalização
cle vehiculos e carretagens, divertl- Gabinete de investigações e captu-
"",ntos publioos e assistencia policial "ras •
Um doa novos serviços creados
332 -

em virtude do Decreto que reorgani- I tempo, os serviços da ínstrucçáo 1II;J I


zou -esta Secretaria, foi . o deste gabi- tar franceza.
nete, incumbido, além da captura de Corpo de bombeiros .-,- O s€';r v II: n
criminosos, das investigações e pes- <l·e extincção de incendios. nesta ( :" '
quizas necessarias nas indagações po- pital, acaba de passar por grandes !IIU.',
liciaes da vigilanc.ia constante e Ihoramentos.
permanente sobre os elementos sus- Foram augmentadas mil vaJ.vIII".
peitos e prejudiciaes á sociedade. ou boccas de incendior na canaliz ~H : :i(j
Comquauto seja um serviço novo e de agua; foram slIbstituidas as " "' (,
que' para o seu regular funccionamen- gas caixas de avisos por outras. d~ :
. to demanda tempo e pratica do pes- systemas mais aperfeiçoados ~ ; 1 ti ~',
soal, já os resultados óbtidos são bas- gmentaldo consid"eravelmente o :uHt;

tante satisfactorioG. numero; foram adquiridOS algun::- "u . . ,
Força Publica - Apezar do peque- tomoveis em substituição de p a l' !i' tlH
no augmento auctorlzado pela lei de material de tracção animal.
fixação de forças do . auno passado, De conlbinação conl a Prefe it 1II'j,~ ,
ainda ella é insufficiente, em vista do Municipal e dentro da 'a uctorizaçãtl (jn ' i.
grande augmento de população e fun· art. 24 da Lei 1.246 de 30 de De z',' ", ,,
dação de n<>vas povoações que diaria- bro de 1910, foram a<lqui-rido·s os pro ' ."
mente observamos no Estado. Entre- dios do lado par da antiga rua .I"
tanto, o serviço de pollclámento vae Trem, hoje Annlta Garibaldi. pa r a ...
sendo feito de modo satisfactorio, de- alargamento dessa rua, que da a (; (:#~H"
vido á organização da Força Publica. 80 para o Quartel Central de BOlllb,·,j ..
actualmente apparelhada, instrnida e ros, e de parte do conv·ento dó Carmo.
disciplinada. e que. pelo exacto cum- que fica em frente a essa rua .
. . .
primento do dever. suppre a insufti- Para a construcção do novo Qual'l..,1
ciencia do. numero. do Corpo de Bombeiros , foi adquiri<lo
Os diversos cursos creados para a um terreno contlguo ao actual quart.ol
educação intelJectual e militar da . e mais uma casa com frente para a
Força Publica continuam a funccio- rua Annita Garibaldi. Com todos es-
nar regularmente, produzindo bons re- tes melhoramentos e terminada a cons-
sultados. trucção do novo quartél. €stará ü
Nas promoções de officiae. e solda- Corpo de Bombeiros bem installado .'
dos têm sidoapplicadas as disposições completamente apparelhado para to-
da lei n. 1.244 de 27 de Setembro de dos os serviços a seu e-argo .
1910. relativas á antigUidades e ao Organização da justiça Reie Ulbro
merecimento. com .empenho a necessidade de se pro-
Com especial agrado devo salientar ceder a reforma da nossa organização

o esforço e a dedicação com que o dis- jUdiciaria, de ' accôrdo com o• pensa.-
tlncto Chefe da Missão Franceza e . mento externado em mensagens ante-
seus dignos auxiliares têm dado de- riores.
sempel).ho a sua delicada comffiissão. Em virtude de leis especiaes. toi
Não estando concluido o preparo da dividida a coinarca de Ribeirão Preto
Força Publica e sendo necessario evi- em duas varas e foram creadas a:; co -
tar uma repentina alteração no regi- . marcas de Baurú e Pitangueiras, ten-
men de Instrucções militares actual- do sido todas devidamente providas e
mente em vigOT. julga o Gover.no con- lnstalladas.
veniente aproveitar ainda, por algum Em diversas comarcas deram-.il e . du-

- 333

j\illll.· u anuo, algumas vagas, que fo~ AGRICULTURA, COl\JMERCIO E


.',
hl. In preenchidas. OBRAS PUBLICAS
f'(' H,i t.encia.ria
Tenho a satisfac-
tq\ü di.' vos ('.olllffiunicar que já foi lan~ Secretaria De accôrdo com a a 11-
ÇiulH a primeira pedr,a do edificio da ctorização
.
da. Lei n. 1. 20 5 de 6 de Se-
·tIOV;1 Penitenciaria e iniciada a sua tembro de 1910. foi expedMo o De'
i1Husll'ucção. de conformidad·e con1 as ereto n. 1.992-A, de 31 de Janeiro do
f:idôH~; q~~ t.ive occasião de expor na corrent·e anno, reorganizando a Secre-
l·Jn(~lIsagelll que vos dirigi, em 1909. taria dos N egocios da Agl'icultUI'a,
:\- I':Spé!'O que as obras deverão pro- Commel'cio e Obras Publicas.
:\.

L~fIRlJil' possivel actividade, de


(:om a Fazia-se ha lnuito sentir a neces-
"..

,::Jootlo a poder o nOSSo Estado ser do":' sidade de uma reforma neste departa-
,'t.ftdo. dentro do mais br~ve prazo, com mento da ãdministração publica do
~,UUl estabelecimento d~sse genefa, tão Estado, para melhorar os serviços exis-
:1'(lela maào por seu adeantamento e pe- tentes e attender á creação de ou-
ht sua c-.ivilização. trolS ex1gidos pelo desenvolvimento
1!;!-cÕcúla~ ('€H'l'eccionaes Em vir- e progresso de São Paulo.
tud~ de auc.torização da Lei n. 1.167 Foi creado o cargo de Consu·ltor Ju-
de " 7 de Setembro de 1907, foram rídico, organizaram-se os serviços de
i~n~adoB mais tres institutos discipli .. defesa agricola e de ensino agricola
fI:tn~s. no::.:. moldes do instituto existel1~ ambulante; creou-se o Museu Com-
te nesta CapitaL mercial; e normalizou-se o serviço de
Penso que. d·eve haver uma reforma tomada de contas do capital das es-
n" ])ei Il. S84, de 10 de Outubro de tradas de ferro de concessão do Es-
UH) 2. afim de que o Instituto da Ca- tado.
pital. por ella creado, seja exclusiva- A tabella dos vencióuentos do pes-
mente destinado a receber m·eninos soal foi revista, .attendéndo ao escopo
maiores de 9 anuas e menores de 14, de melhorar a situação dos funccio-
no "a5O do art. 30 de Codigo Penal, narios, como já fora feito nas outras
\' ()s maiores de 14 e menores de 21, Secretarias de Estado.
enndemnados por infracção do art. 39"1
do mesmo Codigo, ficando os outros Directoria de agricultnra Os
Institut.os. destinados a receber, exclu- serviços a cargo da DirectOl'ia de Agri-
,\lÍvament.E'. os pequenos mendigos, va.- cultura continuaram activos, mere-
dios, vi('.iosos. abandonados. maiores rendo menção, entr.e elIes, os de Dis ...
rJe 9é. menores de 14 anuas. tribuição de sementes e mudas aos la-
A Colonia Correccional da Ilha dos . vradores do Estado.
• •
Porcol'3 está prestando os serVlços a Muitas foram as consultas attendi-
que é <ie.stinada, continuando a serem das pela ~irectoria sobre assumptos de'
lH:,lla int.ernados os vadios e vagabun- technica agricola, sendo elaborados
dos, c::ondemnados nesta Capital e no pareceres e instrucções, que foram re-
íuteriol' do Estado. mettidos aos interessados e publica-
dos no Boletim de AgricnltUJ'a.
"oli";a. <lo Porto de Santos - Julgo
conv·enieine e reorganização ':da Poli- O Sel'viço de diStribuição de semeJl-
da do Porto de Santos afim de que tes vai merecendo a melhor atfenção,
esse serviço seja mais efficaz, collo- procurando-se, com a observação e a
caudo-sE" ·á altura do desenvolvilnento experiencia, tornaI-Q cada v·ez mais ef-
t:ommereial deste Porto. ficiente.

,,

" 334

Póde-se dizer que, caIU as medidas No 1.0 districto ag,ricola, O i't~};:Jl\'i'l h ',',:'
,

adoptadas ultimamente, esse serviço


,
vo inspector Occupou -se em dii fll H:lll i
entrou na phase verdadeil'amente pra- os conhecimentos uteis ao mellu"',I'
-tica, visando, prinoipalmente: 1.0) mento da cultura do arroz, d,a forl\l:\ i",:, ,

propagar, no Estado, as melhores va- ção de coo,perativas entre peqIH~lI'I !~


riedades já experimentadas e acclima- lavradores, da escolha de machinhalltlll
, '
das; 2,°) facllitar a substituição :para os lavradores, acompanhand(H !q
das sementes degeneradas, por outras na demonstração pratica das vanUl.g('Htt "
seleccionadas. do seu emprego.
No 2.° distl'icto, tratou o iUsp e l'llll;
Visando este ultimo objectivo e com
agricola da formação de coopera1 iVíHl ( "
o fim de impulsionar a lavoura do al-
tendo conseguido organizar mais dUõli' , ':
godão e do arroz, adoptaram-se me-
durante o anno findo: uma em ;\ ra ~ . . '~
didas que deverão produzir, sem de- ,
rás e outra em Villa AmerIcana , (\ :
mora, os melhores resultados, ,

occupou-se tambem da adubação d:l~ ,:'


Refiro-me á acquizição de grande terras e da illstallação de apprediza.dOI) ,~':'
,

quantidade de sementes de arroz das agricolas. ,


melhores variedades, e que vão ser •
No 3.° districto, O inspector agricolJi ,
distribuidas á lavoura da Ribeh'a de ,.,

occupou-se -especialmente da ' se ricieul .,· '::


Iguape. -com .0 concurso da Em1)resa . ~.

tura, da creação de um apprediz~!(ltj ',:


Sul Paulista, a qual se promptificou ,
agricola em AUl1apolis € da instalht</ n) ,
a. t-ransportar. . as e entregal~as, por as- ,
de um campo. de expel'iencias. em ;-)0 ',' ,:...::
sim dizer, ã porta de cada lavrador. '~

ro caba. .,•
e bem assím á commissãó dada a um
No 4. districto , tev e o respectivo jJl!'i ~
0

inspecto,r de agrieu.\tura, que seguiu


pector a s ua attellção voltada parti .. ,
para 08 Estados 'Unidos, afim de estu-
cularmente para a p6da dos cafeeirol:\'"
dar a lavoura de algodão e adquirir
e o melhorament o da cultul'a da plalIl"a .
sementes destinadas á prompta reno-
Finalmente, no 5.° districto ., foraIll
vação das que, por muito degeneradas, '
objecto de attençã.o a creação de urn~ ',
têm occasionado a diminuição da pro-
cooperativa na colollia Helvetia, em
ducção e o desanimo dos lavrádores.
Itaicy, a facilitação da sahida dos pro·
da zona algodoeira deste Estado" ,
duetos da pequena lavoul~a, a selecção
lOS "Inspectores ,de Agri'cuJtura" têm das sementes, a cultura do a rroz, da!-:'
podido, agora, depois do novo metho- arvores fructiferas e de outras diver~
do de distribuição dos serviços, esten- sas pequenas culturas.
der a sua acção a m"aior numero de Os inspectores agricolas dispoem. ,~
,
municípios, tendo em vista. principal- agora, de jogos de itlstrurnentos agri ~
mente, diffundir o "Ensino Agricola colas, com ·0 auxilio dos quais In'ati ~
Am bulante"'''. cam o ensino , ambulante com bons re~
Os cinco inspectores.em exercício sultados, podendo ser citada a colol1ia ,/:
"
estiveram fora da Capital 127 dias, Quir,i rim , onde hoje se faz a 'cultu-ra
em media, durante
,
o anno findo, ten- do arroz por meio ue machinas. quando
do-se occupado, durante o tempo, em até o anno passado ai.nda era feita
trabalhos , '<le escriptorio, na séde de por processo rotineiro.
'

sua repartição, taes como a elaboração ,


A Secretaria da Agricultura t~m for-
de pa;receres sohre assumptos de tech- necido as Camaras Municipaes: e$coIa~
nica agrlcola, a redacção de Instruc- e cooperativas, a titulo de "propagam-
ções para as differentes culturas ,e res- da da Lavoura ·M echanica ". va.rios ins-·
postas a consultas de lavradores. trumentos ag,ricolas, t endo 5! (2.0 contem ..
335

lillul as com esSe fornecimento a Ca- Dil·ect.oria de Industl'ia A ninl~!l -


I illra Municipal de Araraquara, o Ly- Os serviços · a cargo da ,; Dir.ectoria de
fUI! de Artes e Officios de Campinas, Tndustría Animal" tiveram o n et:ess~!~
11 COIll·m lssã'Ü Municipal de Agnkultur-a rio desenvolvimento durante o a nno
!tj ~ "' ax ina, a Escola Humberto I, d e passado, merecendo especial m e n ção
Cru vinhos, o Nucleo Coloni-aI -de Pa.ri - a inBtallação defini t iva do Posto d e
(f lu'; r a -assu' , a ASlSo c iação do R3Iteio Selecção do Gado Nacional, em Nova
.i tu·ral de Tremembé , e o Apprendiza.(lo Odessa, das Estações Regionaes ., Dr _
AI,: deola I'Dr. Ber.nar·d..i.no áe Gampos", Padua · Salles ", de S. Carlos, e "Co ro-
<t" 19uape. nel Fernando Prestes, de rfapetininga, .
fj}nsino Agricola - o ;'Ensino Agri- achando-se em organização as d e Ba ~
{tola." official continua a cargo da Es- tatares e Barretos .
' lola Agricola Pratica "Luiz de Quei- O Serviço Veterhlario prestou uteis
roz", de Piracicaba e dos Apprendiza- serviços a criadores de \'arias locaíi-
,,,," "Bernardino d e Campos ", d,e Igua- dades do E s tado . evitando a propaga-
I'C, e IIJoão Tibiriçá", de S, Sebastião. ção de epizootias .
O primeiro desses a pprendizados Realizaram-s e. co m o habitual s u c-

I'uncciona ha oito annos , tendo, duran- cesso, as f·eiras e os leilões de animaes

f.e esse tempo, admittido á matricula imp'ortados e -do pa.iz, taci litando -.se,
'70 alumnos, do s quaes 28 se apre-

assim, aos criadores, a aCQ uiziçã o de
~ umtaram aos exames finaes e 24 fo- reproductores uteis para ó melhora-
nnn approvados. mento do gado lndigena .
No segundo desses estabelecimentos
A Direc:toria de Industria Animal
de ensino elementar agrícola, de re-
prestou tambem o seu concurso aos
f:ente creação, matricularam-se, no
criadores que desejaram importar l' e ~
a.nno passado, 16 alumnos no primeiro
pro'ductores do est.rangeiro. tendo esse
anno, e 6 no segundo.
serviço merecido o auxilio do Min is-
O ensino médio, minist rado , na Es-
teri~ da Agric uJtura da União . q ne
(;ola Agricola Pratica " Luiz de Quei-
oo'nced,eu a necessari a suhvencão.
.. .
roz" , vai sendo feito co m regularidade
ndquirlndo a Escola cada anno maior Instituto Agl'Ollomj(' O ~ Os tl'aba-
l~oncelto, como o demonstra a matri- lhos a cargo do " Instituto AgTOno-
(~ula. , sempre crescente, não só de mico" de Carnpinas correram r egular-
alumnos· deste E stado, co mo de mui t os m ente, tendo s id o attendidos numero-
outros da Republica. sas consultas e feitas muH as a nalyses
No anno de 1903 matricularam-se na e trabalhos scie ntificos nos seus la-
Escola 29 alumnos; em 1904, 17; em boratorios.
1905 , 38; em 1906, 44; em 1907, 54; Distribuiram -se 1 00.678 mudas d e
em 1908, 40; em 1909, 98 e, ,em .' diversas plantas. De entre os tra.ba-
1910, 127. 1hos technicos, qu e se elevaram a-o
O grande augmento de alumnos ma- nume ro Q.e 344, merecem menção : ·gran-
<

triculados exigiu a creação dos car- d e numero d'e e nsa iÕs, exames.~ analyses
.~OS de a1ijunctos das primeiras ca- de terras,· adnbM, cafés, aguas . vin hos,
deiras, o que foi levado a ,effeito por mostos, leHes, assucar , cannas. ·caldos.
Decreto n. 1. 982, de 13 de janeiro forragens, farélos, fibras diversas. pê-
ultimo, no qual tambem se incluiram los de algodão, materias tállifel'as. ana-
outras providencias, para a melhor dis- Iysesphysiologicas, exames phytopatho-
tribuição das materias d o curso da log icos, entom ológicos , e nsajos d e se-
Escola. , mentes, e visitas a fa7;e n da3 e usinas.
336 ~

No jardim da Guanabara, fazenda continuam em desenvolvimento sati:,:",


"Santa Elisa" e campo do Taquaral.
.
ctorio .
proseguiram os serviços praticos agri- Congressos AgricoIas Vai-se iW
colas, visando a instrncção nos moder- tando um salutar movimento no 8011
. nos processos de lavoura dos fazen- tido da l'eunião dos UCongressos Agrl
-deiras, agricultores e colonos que, em colas", onde os nossos lavradores e 011
,grande nume'ro, visitaram o Instituto, techni-cos se reunem para a troca. ..-111
durante o a.nno passado. ideias e discussão dos assumptos q Utl
interessam á agrieultura e ill1dustriu/.1
Horto Bot.anico e Florestal - ' O
correlatas,
"Horto Botanico e Florestal" passou
Com grande concorrencia de lavra--
lIa pouco por uma reorganização com-
dores, reuniram-se os Congressos .11'
pleta. de modo a que possa correspon-
S. João da .Bôa-Vista. em 20 de jUIlho
der ao principal fim da sua creação.
. e de Campinas, em 20 de dezembro 11 ..
Por decreto n. 2.034. de 18 de abril
anno findo.
ultimo, foi creado o "serviço florestal" Teve lagar outro, em Amparo, a ~H
tendo por séde o Horto Florestal. de junho ultimo.
Foi dado grande impulso á forma- As theses, discutidas com grande ele·
ção' dos viveiros, de modo que já este vação e proveito, versaram sobre qU6;;-
annó poderão ser distrlbu'idas, pelO . tõ"", attinentes á Immigração e Coloni-

menos. 500 mil mudas de plantas flo- zação, estradas de 'rodagem, póda e des-
restaes, obedecendo ao novo program- brota de cafeeiros, adubação, custeio.
ma traçado. que é o de reconstituir as rural, extincção de formigas e gafa-
nlattas' nos terrenos de propriedade do nhotos e zoologia agricola.
Estado, formando oosques normaes, e O Governo tem acompanha;do es·

facilitar aos particulares, que se qUeI- sas reuniões com todo o interesse, fa-
ram entregar á sylvicultura, mudas E' zendo com qne " eUas compareçam os
instrucções adequa-<Ias. fnnccionarios te'chnicos capazes de elu-
O "Campo de expedencias de cultura cid ar e orientar as conclusões que de-
do trigo ", em Itapetininga. foi extin- vem sem duvida merecer a considera-
eto com a terminação do contracto d0 ção dos podel'es competentes.
-espBcialista que se _achava. á frente Tendo em vista normalizar a acçã·o
da sna direcção. do Estado na diffusão dos conhecimen-
tos uteis á agricultura, o Governo pro-
O respeetivo relatorio será em bre-
moveu a reun!ião do "P.rimeiro Congres·so
ve publicad{J, para esclarecimento dos
do Ensino Agricola". o qn"l foi instal-
in teressados,
lado nestá Capital. a 25 de maio nltimo.
Trata. a.gora o Governo d·e crear, em sob a presidencia do eminente brasi-
Amparo~ uma "fazenda-modelo", em ter- leiro -<Ir. Assis Brasil, que acudiuprom-
ras offerecidas pela respectiva Camara ptamellte ao convite do Governo e veiu
Municipal, para a propaganda dos pro- prestar o concurso de sua sabia orien-
cessos de cult\1ra racionaes. tação para os trabalhOs do Congresso.'
No '"Horto Agrario Tropical", em l no qual tomaram parte, com o mais
·Cubatão. continua.ram os ensaios de vivo interesse, muitos outros que pela
cultnra tropicaes, tendo por. objectivo sua competencia t-echnica, podiam con-'
diffundil-as nas terras do littoral do tr!buir para as deliberações a. adoptãL
Estado. O programma delineado pela Secre-
As culturas existentes. de cacáu. bau- taria da Agricultura foi completamente
nilha, bana.neiras, coqu~iros e outras, exgottado, sen-do a.pprova!das, na' ~eg-
337

II(iO ele encerramento realizada a 30 de Essas previsões · se verificaram em


.
O.HLio. as conclusões, ·que, O'pportunamen- mais de 90 % 1Íos casos annunc!ados,
(li, deverão merecer a attenção dos po- sendo regularmente fornecidas á im-
,IMes publicos na remodelaçao de al- - prensa.
p;/lns dos nossos estaoolecimentos de Acha-se em construcção o edificio
jJlls iuo agrícola e na creação de outros para o Observatorio de S. Paulo, ins-
Jn exigidos pelo adeantamento de São tituto que terá a seu cargo a reaU-
l:tltul o na agricultura e nas industrias ção de um interessante programma de
I\gricolas. traballio, abrangendo não só o serviço
Sel'Viço Meteol'ologico - Com desen- da hora, no q uai . terá de dar a hora
volvimênto notavel, proseguiram · os official, qomo tambem ·a execução das
trabalhos a cargo do Serviço Meteo- observações de me teo rologia corrente.
,·ologico. no anno findo. estudos sobre actrinometria, tempera-
Foi installada a · estação telegraphi- I tura do 8610, evaporação em terra ve-
ca especial, que tem tido grande mo- getal e em bacias ,naturaes, a declina-
vimento de · Q€spachos offi ciaes, refe- ção da agulha magnetica, na ·A venida
,'entes, não some nte ao serviço meteo- Paulista, e os estudos comparados da
rologico. como aos de mais de partamen- marcha d·a activi<lade s<>lar e ·do decor-
tos da Secretaria da Agricultura. rer do t empo em a nossa Capital, de-
Foram em numero de 60 os obser- senvolvendo m,ethodicamente, e com '
vatorios que funccioriaram seminterru- maiores recursos, taes investigações,
Dção, durante o anno de 1910, que já estão sendo feitas -de 9 annos
Funccionaram egualmente outros a esta parte,
oostos, osquaes, juntando os que se Exposição de Tw'jm D e accô rdo
acham· em via de installação, perfa- com o Governo Fed'eral, a Secretaria
ze m o numero de 89 observatorios do providenciou para que o Estado tivesse
tempo, disseminadQs pelo Estado de condigna representação na "Exposição
São Paulo. de Turim", de tanta importancia para
I
Um convenio estabelecido entre o os interesses economicos da terra pau-
Serviço Florestal e a Secretaria da li~ta.
Agricultura de S. Paulo impoz a obri- Para promover a representação do
gação de fornecer ao Obowrvatorio do Estado no referido certamen. nomeou-
IÜo dados clima lologicos relativos a 2 O se uma Commissão Organizadora. eon1

postos e telegrammas do tempo ohser- ' funcções consultivas.
vado em 12 dos refe'rMas postos. Essa commissão fi cou .c omposta dos
O Governo F ederal , em retribuição, presidentes da Sociedade Paulista de
eúbvencionou o serviç{) deste Estado Agricultura, do Centro ID!dust rial de
com 60:000$000, em 1910 , o que veiu S. Paulo , das Associações Corllmerciaes
,
facilitar a construcção do Observatorio da Capital e Santos e da Camara Ita-
de S. Paulo, na Avenida Paulista, au- liana de C<Ímmercio e · Arte,. sob . a pre-
xiliando· ao mesmo tempo a acqui9i~ " sidencia do See~etario da Agricultura.
.;ão de instrumentos
,
necessarios á res- Uma comm:issão executiva encarregou-
tauração dos antigos pos tos e á mon- ·se de entender-se com os agTicultóres,
tagem dos novamente creados .. ' industriaes e commerciantes, eoUigir e
A previsão do tempo e ·0 seu an-
nuncio com 24 horas de· antecedenma
I colleccionar os prod uctos e enviai-os
a seu destino .

fez-se pontualmente, funccionando, Embora' luetao'd o com muitas · ditfi-
parà esse fim, sem interrupção, o es- cuIda.des, foram -consegui/d'as· ·nunl'ero-
crlptorio central. sas collecções de produetos, ·que darão
338 -'
.

uma idéa da riqueza e do progresso com o sr. Anthero Galeão Carvalllal ,


do Estado. Todos os !productos já. estabelecido com torrefacção de cal(-
S8 acham expostos no pavilhão brazl- Paulista, em Barcelona, à rua Rondl'.
leiro, em Turim, com photograpliills, de S. Paulo, 47, para a propaganda d"
diagrammas, mappas ·e mais documen- café de S. Paulo na proxima exposl,
tos enviados pelas repartições publi- ção de Madrid. Mediante o auxilto de-
cas. vinte mil francos, pago em duas pres·
Palacio das Industrias Com o in- tações eguaes, o contractante obrigou -
tuito de facilitar a installação da "Ex- se a construir um pavilhão especial para
posição Permanente" dos produetos do a distribuição gratuita do café moído
Estado, para patenteaI-os aos visitan- e I1quido, bem como de publicaçõ"'B
tes estrangeiros que tão frequente- referentes ao Estado.
mente nos procuram, o Governo man- " A propaganda do café na "Ingla··
dou organizar projecto e orçamento terra " continúa a cargo da "S. Paulo
para a construcção. do "Palaeio das (·Brazll) Pure Coffee Comp ., Ltd., " .
Industrias", edlflcio que attestará o organizada em Lond'res, ' de conformi-
nosso já elevado grau de adeantamento dade com o contraeto assigna;do em 16·
e progresso, e que vae ser construido de março de 1908; com Ed . Johnston
com o concurso das principaes com- o & Comp. e Josepb Travers & Sons.
panhias de estradas de ferro deste Durante o anno social findo da Com-
Estado. A pedra fundamental ao edi- panhia (de outubro de 1909 a setem-
ficio já toisolennemente colloeada. bro de 1910), a mesma companhia im-
Nelle deverá ser tambem installado o portou 4.687 saccas de café, vendell
"Museu 'commerclal't, elIt organização. 269.751 libras de café torrado·e moldo
'das marcas "Fazenda" e "Spolo".
Propaganda do Café - Tendo cadu-
• Varias dlfficlIldad,es têm surgido en-
cado o contracto anterior para a "pro-
tre o Governo e a Companhia, na exe-
paganda do café no Japão", foi assi-
cução do contracto. Comtudo, é licito
gnado um novo, com o sr. Rio Mi-
esperar que eBa dará mais satisfacto-
dzuno, subdito japonez, para o mes- • rio desempenho As suas obrigações
mo fim . O contractante se compro-
contractuaes.
metteu a organiza;r uma sociedaae com-
mercial, com o capital mtnimo de .. Produc"ção Agrícola Pelos da>dos
65.500 yens, de · occOrdo, com as leis estatlsticos pela primeira vez apura-
japo.n ezas, e a montar uma casa cen- dos na Directoria de Induslria e Com-
tral em Toklo, pOdendo estabelecer mercio da Secretaria da Agriéultura,
succursaes ou agencias em outras ci- sobre a nossa "producção agrlcola",.
dades. . Por seu lado, o. Governo do a producção total de café, Incluindo
Estado se obrigou a entregar á em- o consumo das localidades do interior,
preza um auxilio em café no valor póde ser calculada em 12.285.224
de 36:000$00"0, fazendo a entI'8ga de saccas no anno anterior de 1909-10. '
tal auxilio em ires prestação, depois Desta quantidade entraram. em Santos
de satisfeitas determinadas formalida- 11.495.000 saccae, comprehendendo o
des, producto procedente dos Estados de·

Segundo noticias recebidas ' do J a- MfUae-Geraes e Paraná. No mesmo
pão, a menciona.da sociedade iâ está anno, a producção de arroz em casca
. organizada li espera encetar , em breve attlngiu a 107.665 ..800 IftroB, ' ou .. '
suas operaIl6.e l. 1. 076.668 saccas de cem litros. O
Foi tambem organizado um contracto consumo no Estado foi avaHado em
.. . . .

339 -

I .. ,. f180. 800 litro., ou 1.020.808 sac- cessidade de importar, por Santos, . .


t Jl.'i . 5~. 575 toneladas de alSllucar nortista. .
De arroz benetlciado\ já segundo A safra de fumo, finalmente, foi de
"rUgo de exportação agricola do· Es- 136.532 arrobas.
I:H!U , exportaram-se 11.502 tonelad-as.
A D!rectoria de Ind ustria e Com-
IIj ' IH 10 8.747 pela Estrada Cent.ral do
mereio cuida' de aperfeiçoar este indis-
Uf-;I 7. il , 2.529 por Iguape e o restante
pensave! serviço de calculo das colhei-
1101' Cananéa e Santos.
tas. Para isso, já obteve os elementos
I!;sta exportação de 1910, quasi egual
da estatistica ferro-viaria, cujos dados
lo de 1909, colIoca o nosso Estadu' li
. serão completados p'elas informações
Inmte de todos os outros da Republlca
de seus agentes n'o interior.
~i ,/-(.~ exportam tão procurado cereal.
producção de feijão, que tambem
i\. Movimento Commercia! -- Em 1910,
jú. influe em a Dossa exportação paTa o ··Movimento Commerciàl" pelo porto
(I Oístricto Federal, montou a ..... de Santos com os paizes estangeiroB
In . 456.000 litros, equivalentes a . . toi de 429.734:417$000, papel, ou ..
1 . 424.560 saccas de cem litros, em 263.282:036$000. ouro, contra ... .
I !IH9-10. Par·a mostrar a importancia 547.642:837$000, pap,el, ou ... .. ... .

desse producto em nossa vida econo- 306.264:485$000, ouro, no ann o an-
tu i(;a basta d"izer que, nesse ~nno. nos- terior ..
I:a s quatro principaes vias-ferre~s : sem A importação total, em 1910 . elevou-
eOJltar a "São Paulo Railway Compa- se a 147.591 : 815$000, papel. ou . ..
II Y" , embarcaram em suas estações . . 87.844: 768$00.0. ouro, superando a de
:':, . 072 toneladas de feijão. todos os annos anteriores. A exporta-
A. producção de milho, mais dirii- ção, porém, diminuiu sensivelmente
dI mente calculavel por motivo de ser com relação á do anno de 1909 : não
j oda consumida nas localidades produ-
passou de 282.142 : 602$000, papel ou
d.OTaS, foi avaliada em 940.000.000 li-
• 175.537: 268$000, ouro .
1.1"05, OU 9.400.000 saccas, mais ou
A razã,o desse decrescimo na. expor-
l)lenos.
.
Os embaTques desse produeto
tação de 191 O é a diminuição na sahi-
lias Estradas Mpgyana, Paulista, 80-
ro<:abana e C-entral, subiram a 34.117 da do café, por motivo da safra ser
toneladas. menor e de ter sido retido em Santos
A safra de algodão, em 1909-10 , um grande stock . Eftectivamente. nes-
",,!>iu a 1.127.101 arrobas desse pro- se anno - exportaram-se apenas . .. . .

dueto em caroço, correspondendo a;. 6.835.712 saccas de café, contra . . .
f, . 071 toneladas de 'algodão em rama. 13 . 433.104, em 1909. Ta! facto de-
No emtanto,
. . ainda se tórnou necessa-
terminon, aliás, uma extraordinarla
do importar, por Santos, 7.049 to- melhoria nos preços do producto, cujo
neladas, em rama, para attender ao valor medio passou a ser de 4 O$ 7 5 4
.
("'escente consumo de nossas manufa- por sacca, contra o de 31$913, em . .
d .uras. 1909 .
A velha lavoura da canna de assu Na importação é de notar o au-
('ar propor'c ionou" no anno citado,

uma gmento verificado .em artigos que re-
pr",hle.ção total de 122.599.290 litros velam o desenvolvimento eeon{)mico do
de águardente e aleool, e 402.261 sac- Estado, taes como 'io carvão de pedra,
"."" de a.suear, equivalentes a 24.136 o cimento, o ferro e o aço, as maeht-
loneladas. Sendo Isso Insufticiente nas para agricultura e índustria, o pa-
,'ata O consumo no Estado, houve ne- pei de impressão, etc.
,
Considerando o valor das mercado- nos favoravel, em virtude do IU .llni

rias em moeda ingleza a importaçào rOl saldo das entrad·a s so bre as sa h i /I:\ 'I.
de 9.515.538 libras esterlinas e a ex- em 1910, o que vem confir.mar o (:,. •.;t
portaçã.o de 18 . 935.746 librás, em cimento', da immi·gração, a data!' .1; .
1910. Dahi, um bello saldo • de ... . 1903 . .
9.420.208 libras est-erlinas, a favor E' preciso. corntudo, l'econhece r IpI"
.
do Estado. a immigração neste Estado não se 11 ) 111
Sem incluir moedas met"Uicas e fi- avolumado na proporção das facili(t ll
duciarias, o valor do inter-cambio cor- des que ' em S. Paulo se offerecElm ~U):,I
respondeu a 28.451.284 libras. Esta imnügl'antes.
Bomma representa 25 por cento de
. Tem ' .c oncorrtdo
muito vara o retnl '
commercio externo do · Brasil inteiro
híInento da CP'f.rente immi.gratoria "
só se considorando o valor das mer-
cadorias importadas e exportadas.
propaganda que tem sido feita no 'IX · \
teriOl~ contra a situação dos colontHi
Movimento lIlarttimo Quanto ao na nossa lav.Qura, affirmando-se COII\
movimento maritimo pelo porto de flagrante violação da verdade, se ..
Santos. em 1910, mostrou-se bem mais aquella slutação geralmente pr.ec'!.ri.a .

activo do que no anuo anterior. En- Servem de ponto de partida as aC '
traram 1.574 embarcações a vapor e cusações diffamatorias, certos. caSO:i

que , isoladamente, se mau isfestam .


sahiram 1. 577 em barcações, com ,
• • aqui, como em toda a ' parte, nos quaC!i
3.567.264 toneladas .. os conflictos d,e interesse enÚ'e patrõ e~
." .
No porto de Ubatuba entraram 11 O e ,operarios determinam queixas e re-
embarcações, com 37.878 toneiadas e clamações destes uItirnos, contra abu-
• .
sahiram 11 O, com 37. 878 toneladas. sos dos p,r imeiros.
No de Caraguatatuba entraram 10'9 em- Allega-se , tambem, por outro lado,
barcações, com 37.281 toneladas; e que a assistencia medica e judiciaria.
sahiram 108, com 37.281 toneladas. e que a Instrucção são deficientes para
. No de Villa BeIla entraram 109, com os hnmlgr.antes que se co!.locam na la-
37.281 toneladas e· sahiram 109, com vor;:ra.
37.281 toneladas. No de Ca.,anéa en- Certamente, não attingimos aind"
traram 147, com 34.876 toneladas e a perfeição nas medidas legislativas e
sahiram 147, com 34.876 toneladas. administrativas (:apaze~ de proteger (
No de S.' Sebastião entraram 109 com -proletariado contra todas as vicissitu-
37. 281 toneladas e sahiram 109, com des.
37 .281 toneladas. No de Iguape en- Nenhnma . nação, alias, até boj.e, pOI'
traram 90, com 34.590 toneladas e mais adeantada, conseguiu ainda sa-
sahiram 90, com 34.590 toneh.das. tisfa~er todas as aspirações a ~ste res-

. Movimento M1gratorio O" Mo· peito. ,


vlmento MigFatorlo", neste ' Elstado, em . ' Devemos, porém, como até aqui, nã.o
1910, a.c cuso.u a entrada de 37.691' perder de vista a questão.
' Immlgrantes, contra 48.169 em 1909. .. Combatendo as falsas informaçõ.es
Sahtram naquelle mesmo pe-riodo ... que ' são ' assoalhadas, no 'estrangeiro,
30.761 contra 41.995 no annõ an- sérá tambem conveniente examinar com
teriOf. equldade ' . as condições do . operario
Embora O numero de entradas, em agricola e facilitar-lhes toda a pro te c-
1910, fosse menor que o de 1909; o ção compativel com ' as funcções do
movimento mlgratorio não nos foi me- Estado. ' . ,
341

n",'ante o anno de 1910,. tiveram en- I nspcctol"Ía de · Immigração no Porto


j !'iula. na Hospedaria de Inlm~grantes ,te Santos - - A "Inspectoria de Immi-
.
._ 1111. t!apital. 32.024 pessoas, que, com.
gl'ação no porto de Santos" coutinuou
!I ; li l' x:istentes em 31 de dezembro de a desempenhar-se satisfactoriamente do
1 :,,,,1
. perfizeram o total de 32 : 600, encargo de fiscalizar e internar a im-
'I"" I iveram alojamento, contra 31.013, migração.
"", 1.909; 30.315, em 1908; 22.635, Os seus· serviços foram profiCuos na
",,, 1907; 37.400, em 1906; 34.449, propaganda ,em prol do Estado e de
I·' 111 1905; e 17 . 541, em 1904. suas vantagens ao immigrante. pres-

( ~ ()utinuaraln ã venda, durante o tando . aquelle departamento valiosas

tI 11 110 . os lotes de terras nas fazendas informações a bem' dos interessados
! ' g tl.O Den to ". I' Boa-Vista ~', -,:, N ova Cam~ no movimento migratorio,
/ Jllna:-;', Quilombo" uCachoeira'~, " Mon-
Commissal'íado GCl'al do Estado em
j'.III )·· , "Utupava-Ussú", e 4'Sitio Novo " ,
Bl'uxellas O" Commissariado Geral
iI, :,; l.inadas a famílias de agricultores
do Estado em Bruxellas", p1'·e8tou bons
IP.I,donaes ou estrangeiros, nos termos
serviços na propaganda de nosso Es-
II0s contractos• ce lebrados com os 1'e5-
tado, enca.olinha.ndo para aqui f ~ t1l;lías
JlI ·c' Hvos proprietarios.
de immigrantes que buscanl o Estado,
:lgencia, Official de COIO)1ização I" I
nelle se fixando como pr<ypr!etarios
T"allalho A" Agencia Offieial de I de terras.
o
('olonização e Trabalho ' l , annexa á
Serviço de Colonização do F,stado
lIos pedaria de Immigrantes, por de- O "Serviço d-e Colonizaçã o deste
"""l.O n. 1.722, de 7 de abril de 1908 ,·
Estado" acha-se em franco desenv·olvi-

ClHd.inuou a prestar relevantes serVI- mento, tendo sido necessario, para at-
1.: 0::; . preenchendo satisfactoriamente tender ao grande numero de pedidos
....,"s fins, porquanto facilitou , a 29.106 de lotes d·e terras, adquirir terras par-
tlll"lnigrantes e trabalhadores, a dese- ticulares para ampl.iat;ão e fUlldaGão
!"da collocação na lavoura e nos nu- de novos n ucleos coloniaes.
d eos coloniaes do Estado, e industrias
Nucleos Colollia~s Os nucl€os co-
-
do interior, e. bem assim. a 1.577 ar-
loniaes do Estado, vão se desenvol-
II, tas em serviços desta Capital.
vendo rapidamente , devido a grande
,,\nnexas á Agencia Orfieial de Co- procura d e lotes ruraes, tanto por im-
lonização e Trabalho, continuaraln a lnigrantes recem-chp.ga.dos. ('om Q. prin-
fI! tlccionar a agencia de cambio de di- cipalmente, por colonos sab idos das
nheiro .dos immigrantes, a qual ac- fazendas, onde ·conseguiralll algum pe-
nu:iOU. durante o anno passado, o m,o- culio e ,a necessal'ia pratica da la ..
I'imento de 77:636$872, por compra voura.
/' ve ndas ' de moedas; a agencia postal.
Em todos os nucleos coloniaes ja
'I ue teve o movimento de 4.921 cal"
se notam casas definitivas e eonforta-
I" " recebidas e 16.622 expedidas, com veis t e·m substituição dos ranchos pro-
I .012 registrados, contendo valores de • •
VlsorlOS.
·1: 322$240, e a agencia telegraphica, O nucleo "Nova Veneza I' . c reado
qu e tev-e J durante o anno, e movimen- por Decreto de 14 de set-embro de
'o de · 2.307 telegrammas expedidos, 191·0, nas terras que formavam as fa-
"otn 29.177 palavras e de 1. 073 te- zendas t H Quilombo I~. Barreiro·' e .: São

I"grammas recebido~, com 15.648 pa- Bento" no município de Campinas, é
lavras. tambem destinado á localização de co-
,
." .;.

342

lonos agricultores de qualquer nacio- enorme zona do Norte, fronteira IP' ·


nalidade. triangulo mineiro e . tendo como dh 1:I!t
O nueleo de Pariquéra-Assú, um do ' o caudaloso Rio Grande .
mais antigos do Estado, vae, nestes Concentrou, para isso , ahi . os S lIltl i
ultlmos tempos, tomando . grande des- trabalhos de exploração, a Commis!-u1u .
envolvimento, devido ao crescido nu- Geographia e Geologica. conseguilld.,
mero de colonos que se vão loc,alizan- reunjr um valioso contingente de da -
do, devendo entrãf em franca pros- dos sobre as bellezas e riqu-ezas lI:l ·
peridade logo que sejam facilitadas as turaes accumuladas n:a mencionada ]'(1 ·.• .
suas communicações ..·\~om os centros glão. Foi feita a reedição da can,, '


commerClaes .. do Estado, incluindo a representaçtw
Dos nucleos do "Conchal, constituí- de todos os tralJalhos até aqui exoclll" , .
dos Idas fazendas 11 Barra", "Ferraz~!, dos. Tambem foi confeccionada um"
"Leme", "Nova Zelandia", "Conchal" ,
. carta dos nlunici:pios situados na zonn ..
c · "Campininhas", ultimamente adqui- suéste do Estado~ abrangendo 91 d ei ·
ridas pelo Estado, já se acham divi- les com as respectivas divisas. EstH
didas e demarcadas as duas primeiras trabalho tem sido muito difficultado.
fazendas, começada a divisão da tN- devid() á deficiencia e falta de c1are",
eeira e iniciados os t.r"balhos de di";- e aos erros das leis que estabeleceram
8ão e dern~Tca.ção das outras. as divisas entre os differentes muni-
Te... ·as devolutas "Os trabalhos cipios. Acham-se publicadas, até a g() ~
da dis(oriminação das terras devolutas ra, 22 folhas topographicas da carli'
do Estado já vão tomando grande im- , do Estado; em gravura -- as de Frall
pulso. i •

Desnecessario será assignalar a im- I ca, S. Sebastião do Paraiso e Mocóca;


I e em confecção as de Caconde ('
I•
portancia. deste servi.ço. que, não p.,i-
'I Caldas.
mente virá firmar o direito de posse ! A Com missão. Geographica e Geolo ·
e dominio dos particulares, como ainda
mais, trará para o Estado incalculavel
I gica occupou-se
.
tambem, durante (l
proveito para o seu patrimonio, com anno, de trabalhos de reconhecimento,
a posse definitiva de vastas regiões geologicos e milleralogícos, continuall ··
territoriaes. do a reunir e archivar dados para a
Com o fim de levar a effeito a dis- confecção da carta geologica.
(:rimina~o das terras devolutas do fe!.'- Viação Fenea - A "Via!;ão Ferre;'1
tilissimo valle do rio "Ribeira", foi Geral" no Estado recebeu um accres·
organizada uma Com missão, que está cimo. dê '376 kilometl'os, que elevou"
operando nas Comarcas de Iguape. Ca- 5.201 kilometros a cifra do desenvol-
nanéa e Xiririca. elevando-se, assim, I
vjmento
.
total da rMe em trafego, sen-
a quatro, ·0 numero de commissões exis- do: 3.392 k!lometros concedidos p.e lo
tentes no Estado. Estado, 1.652 pela União, e 157 cons-

Carta Geral do Estado - Tendo sido truidos pelo Estado ou pela União:
concluldos os trabalhos de exploração 1 . 718 de propriedade da União ou do
do extremo' sertão do Estado, na re· , Estado e 3.483 pertencentes a empre·
gião dos rios Tleté, Paraná, Feio e I
sas particulares.
Peixe ; na dos ~ios Ribeira de Iguaw I Foram approvados, depois de exam~
" seus '. affluenles, e Juqueryquerê e o I na repartição . competente, estudos de-
levantamento da fronteira de Minas, I
finitivos .para a. COllstl'U.cção -de varios
falta"a ainda para o levantamento da , trechos. com a extensão total de 3 O+
"Carta Geral do Estado", operar na ji kllometros.


.. ...
-- 343

No tocante a 'novas linhas ferreas Foram expedidOS mais dois decre~


!In decurso do anno, foram feitas as r tos concedendo licença para uso e goso.
l1N~tdntes concessões no regimen da no regimen da citada lei, das seguintes
1... n. 30 de 1892; de Jatahy a Ri- linhas de concessão municipal, que,
hoirã.o Preto, á Companhia Mogyana; já em trafego, foram adquiridaz pela
<lo ponto ma:is conveniente da linha Companhia Mogyana, no fim do anno
de São João da Bocaina e Bariry, a de 1909: de Santos Dumont ás
Inrminar em Jahú e Ayrosa Galvão, margens do Rio Pardo; de Cravi-
,\ Companhia E. Ferro de Dóurado; - nhos a Alvarenga, com um ram'al para
dl< Perús a PlrapoJ"a. aos 81'S. C!cmente Arantes. A extensão total das linhas
N"idhart, Mario W. Tibyriçá: e Sylvio assim concedidas foi de 390 kilometros.
de Campos, que constituiram, para ex- O "Movimento ,Financeiro das Estra~
pIorar a cóitcessão, a Companhia In- das de Ferro" (com excepção da de
Araraquara ·8 do tramway de S. Vi-
dustrial e de Estradas de Ferro Perús-
cente, cujos dados não são ainda co-
P/rapora; do K. 22 elo rama.l de .San-
nhecIdos), durante o anno de 1910,
tos-Dumont. a Cajurú,'á. Compauhia
aceusa, ' para a receita de conjuncto,
Mogyana: de Monte Azul á Cachoeira
83.418: 632$109, e, para a despesa,
,Ie Maribondo, passando por Villa Olym- 45.516: 393$755, tendo havido, pois,
pia, á Companhia Estrada de F,erro de o saldo de 37.902:238$254.
s. P.aulo a Goyaz; de Itaicy a Cam- As quatro principaes vias-ferreas
plllas, á Companhia Sorocabana Rail- contribuiram para o resultado acima,
way. com os seguintes algarismos:

São PauloRailway RECEITA DESPESA SAI,DO


Company:
Tronco .. 25.769;358$830 15.386:324$590 lO .. :l8:l:034$240
Secção Braga.ntina . 477: 9 56$410 354;526$110 123:430$300
Companhia Paulista 15.157:752$350 8.311:713$264 6.846:049$086
Companhia Mogyana 18.219:166$849 11.156:571$073 7.062:595$776
Companhia Soroca-
bana Railway . 13.784:961$934 6.733:694$851 7.011: 267$083

A respeito das "estradas de ferro Sul-Paulista, para. o fi'"'_ de desistir


{~om fav{)res especiaes", o que ha de esta dos favores concedidos pela lei
ulais importante a registrar é o se- n. 1.034 de 17 de dezembro de 1906.
guinte: entre o Gov,erno e a Compa- para a construcção da estrada de São

nhia Brazilian Railway Construction. Paulo a Santo Antonio do Juquiá.
foi assignado o termo de contracto de Foi ao mesmo tempo prorogado por
26 de julho, approvado pela lei n. .. 10 annos o prazo· de garantia d·e juros
1.219-A de 24 de novembro, em vir- e privilegio da zona, conforme repre-
tude do qual o capital garantido foi sentação feita ao Congresso. em 4 de
fixado em 72 contos de réis por kilo- setembro de 1909.
metros, fieando incluida neste preço, Em consequencia do alludido termo
~lém das d~sllesas necessarias para a de contracto, foi assignado o de 24
construcção e abertura ao trafego da de dezembro, pelo qual a empresa men-
via-ferrea, a indemnização de lb.. .. cionada fez desistencia daquelles favo-
100.000-0-0, que a Companhia se obri- res, mediante accordo, cuja effectivi-
gou a pagar á Empresa de Colonização dade ficou dependente da condição de
-344 --
serem pagas pela Companhia Brazilian Em virtude da aúctol'ização (:01 111"1' ,

Rallway Construction, dentro do prazo dida pela lei n. 2.221 de 30 de de"""'·


estabelecido, as prestações do ajuste br{) de 19 O9, foi, pelo Decreto F,·"".
combinado. ral n. 7. 995 de 12 de maio d·e 1 ~.1 I 11 .
Tendo sid·o satisfeita essa · condição
• O
h alterado o contracto de 30 de 011' q •
ficou o Estado exonerado, para com
bro de 1907, no sentido de ser tra, HII -
a concessionaria da estrada de ferro
ferido para Porto Tibyriçá o ponto 1<.','
de S. Paulo a Santo Antonio do Ju-
minaI do ramal Tibagy. da Sor ..... "
qulá, do compromisso da · garantia de
bana. mantida a garantia de juros di '
juros, tendo cessado, com este, todos
08 demais favores da concessão.
30 oontos por kilometro.
Em relação á estrada de ferro de Sorocabana Railway Company R {! .
S. Sebastião ás raias de Minas-Geraes, lativamente ao serviço de tomada <I"
o Governo, utilizando-se da auctoriza-
contas da estradas de fe~ro de COI) ·
ção concedida pela lei n . 1.245 de 30
de dezembro de 1910, resolv·eu rescin-
cessão do Estado, fez-se a
apuração da
receita a despesa ida "Sorocabana RaB-
dir o oontracto qne havia sido celebra-
way , Company", no segundo' semestre
do com •o sr. engenheiro Augusto Cal'-
los da Silva Telle., o que se fez por de 1907 e anno de 1908. tendo-s" en-
escriptura publica, lavrada em notas do contrado o saldo de 8 ,210:005$798,
6.' tabellião da Capital, em 8 de maio pelo qual correram os seguintes pa. ..
do corrente anno. gamentos:

Pagamento ao Dresden Bank . • • • • • 9.584: 935$00(


Juros referentes ao capital d.os arrendatarios. . . 125 370$765
Idem, ao Estado, pelos prolongamentos da estrada. 1.269:336$214
Fundo de renovação do material . • • • • • 82:100$057

11 . 0~2 : 2428036

Os lucros liquidos foram, pois, de 1909, ainda não approvada, accuSOU


539: 190$915 para o Estado e de .. o saldo da receita sobre a despesa, de
1.617:572$746 para os arrendatarios. 8.025:732$680 , pelo qua.l ~r,r,...,. a m a s
I
A apuração relativa ao ann{) de i, seguintes despesas :

Juros e amort.lzação do emprestimo de lbs, , .....


3, ·~O.OOO-O-O ao Dresden Bank . • • • • '.695:454$450
Juros ao Estado, pelos prolongamentos da estrada. 960:000$000
Idém, sobre o capital dos arrendatarlos . • • • 127: 662$878
Fnndo de renovação de material . • • • • • 30:257$326

4.86 :1: 374$6 5 4


Do saldo liquido, ou 3 , 162:358$024 , rocabana Arrendada".


. com sensíveis
cabem 790:589$506 ao Estado e '" , vantagens para o pubHco. tendo ~ a s nO-
2 _371: 768$518 á Companhia. vas tarifas . entrado por emquanto· em
De aecOrdo com o estipulado no con- vigor apenas as do café. por estarem
tracto do arrendamento, fez-se em 1910, a!l demais ainda depell'dent~s da appro-
,
a revisão das tarifas da "Rêde da 80- vação da União.
345 •

f1hJlninação da Capital -- O serviço rassununga, Belém d<l Descalvado, San-


1].\ " lIluminação da Capital" continuou ta Cruz das Palmeiras, Casa Branca,
:11. IWI' f.eito nos termos · dos ajustes Santa Rita do Passa Quatro, São Si- ·
.iH"!ltlhrados entre o Governo e "The São mão, Cravlnhos e Ribeirão Preto com
l'nu In Gaz Company". demais localidades servidas pela Rêd<>
Com "The São Paulo Tramway Li- Telephonica Bl'agautina, ao sr. Ga-
"li, & P<lwer Company, Limited", foi briel da Silva Vasconcellos; São
' ~\jHllra.ctada a illuminação de algumas Paulo, Itapecerica, Iguape, Cananéa,
fiJ/I.H e suburbios, por meio de ele- Apiahy, Xlririca, Iporanga e outras lo.
4Hricidade. calidades desses municipios. ao sr.

Bento Luiz Collaço.
Navegação Costeira - O serviço sub-
vl!ltcionado ' da (' Navegação Costeira", NavegaçiW Fluvial a Va[lOr Em
"Illre Santos e Ubatuba, foi ainda ex e- 31 d·e d ezembro <Ie 1910, estavam em
f!utado no regimen do contracto de trafego 896 kilometros de "Navegação
1910 , C<lm O sr. Joaquim Garcia. Fluvial a Vapor " . sendo 194 kilome-

Continuam a ser feitas duas Vla- tros nos rios Tieté e Piracicaba, 7 O2
ft'(:lIS por mez, com escalas por São na . Ribeira de Iguape, estes assim dis-
Uehastião , ViIla Bella e Caraguatatuba. criminados : 144 d Ribeira de l:?:"na.
p
..
Trata-se "de dar nova organização ao pe a Xirlrica ; GO de Igua pe a Cana-
! u~rviço. de a ccordo com a auctoriza- . néa;I " 1 3 7 de Iguape a Santo Antonio
(:ío constante d o a rt . 42 d a lei do or- , do Juquiá; 177 de Iguape a Prainha:
çamento vigente. 54 de Iguape a Itimimiriro (rio
Una); 38 de Igllape ao Morro d~."·
Serviço Telephonico o "Serviço Pedras (no rio Pirapáva):
92 entre
'l'elephonico" continuou a ser feito, no
Iguape a J ac upiranga.
Ij~stado. segundo o regimen da lei no
I No serviço subv·encionado da Ribê1-
11 de 28 • de outubro de 1891. I
Durante,.. anno de 191 O foram aucto- ra de Iguape, estabeleceu-se a navega-
rizadas as seguintes concessões para ção no rio Pirapáva, com duas viae
eRtabelecimentos de novas linhas, ser- gens redondas por mez , e estendeu-se
vindo os municlplos e localidades abai- a linha Iguape-Sabaúna até Cananéa,
xo designadas : Pedras, Mattão, Ibi- com quatro viagens redondas.
Jinga e Taquaratinga, ao . sr. Abilio Boi- •
Sel'viço de A bastecinlento de Agua.,
Jeau·; Santos, Campinas,
.
.Jundiahy e ExgoUos da Capital Quanto ao
e Itatiba, á CompanhIa Telephonica do "Serviço de Abastecimento de Agua, e
ICstado de S. Paulo; Jundiahy, Capi- Exgottos da Capital", cumpre referir
vary, Rio das Pedras, Piracicaba, P<lrto o seguinte: foi prOlongado e intenso
[?eliz, Tieté, Botucatú, Tatuhy e Ita- o periodo de estiagem, durante o anno
petininga, aos STa. Horacio Rodrigues ultimo, dilatando-se de agosto a de·
e Rodrlgo Claudio da Silva; -- São zembro, a ponto de perturbar a norma-
Carlos, Annapolis e Rio Claro, á Com- lidade do serviç<l de abasteciment.o de
panhia Telephonica San Carlense; agua a domicilio.
São Paulo a Itararé pa ssando por Fa-

xina, Itapetininga, Tátuhr. Boitúva, Além dE"ssa circum s t-anc ia accidental .
Sorocaba., São Roque. Cotia e l°amRCS O grau uotavel de expansão da Ca·
por Porto Feliz, Itú, Salto, Sarapuhy, p:: tal contribuiu para accentuHr ;). c: r !~ e
., Alambary, Campo Lárgo de Sorocaba I do ab.a stecimento .
t' Pilar, aos 51'S. Pereira Igna.cio & Assim é que foram construidos, no
Companhia; . Limeira, Araras, Pio anno passado, 3.231 predios, contn'
346 -

2.395 em 1909, 1.621 em 1908, .' partir da pequena repreza náo a.l'lI~:J'.'· .',
J . 237 em 1 9 O7 e 1. 9 O1 em 19 n~ . da pelo lago até a barragem acollqm,· "
Esse desenvolvinl€'!l to crescp.ute da nhando a valleta de protecção da "li
população de S. Paulo preoccupa o Grj- costa da margelll: direita. Da barragl\fII
verno no que diz respeito á necessidade ao filtro foi construido um cõiitlU('1or
de se ~l1elhorarem cada vez mais as forçado de Om,25 de diametro p
condiçoes do saneamento da cidade, au- 293m,50 do desenvolvimento, termlt\;! 11'
.!nnelltando-se conRidF'~-avelmente o VQ- do em repucho .
!ume de agua de que se deve dispô,' e Com essa providencia consegulu-::i(, I' ,<
ampliando-se a rêde de exgottos. aproveitamento de grande' partI; <I"
Sob a influencia dessa preoccupação volume outr'ora fornecido pelo rihnl·'
foi a. Reparfição éomp·etente aucto.ri- rão de Guarahú.

zada a estudar todas as soluções pos- A julgar pelas observações feiL<;'
siveis para o reforço de supprimento até ·então, é de suppor que não fiq"ü'"
'de agua. formulando um programnUt, perdidas as obras executadas de COlHI'
que deve ser posto ·em pratica á me- trucção de barragens para formação.
dida das necessidades, cumprindo des- de lagos artificiaes, <Iil.~ devem con~'
de já. trazer maior contingente de agua t.ltuir resenTas para aS!3egur~r o func('j,,·
potave!. namento normal das linhas adll.ct.o'·",;
Este estudo está quasi concluido e dnrante os periodos das seccas.
constará do relatorio da Repartiçiio (j e Continna a prestar relevantes ser·
Aguae Exgottos. viços o Laboratorio de , Analyses Ch i
O volume minimo aceusndo pelos micas e Bacteriologica.o;:; d8.. Repa:.rtiçao,
tnanancíaes captados forneceu a con- que fez. 758 analyses de potabilídade
tribuição de 125 litros "per capita", e 5 O2 exames bacteriologíros.
I;m 24 horas. quota insignificante para Durante o anno de 1910, foram subs-
.
uma cIdade de 320.000 habitantes. tituidos, por outros de maior õiarnf'tro,
Para. nao haver ('rise
. mais séria
. na 6 . 4 O9 metros de canalização e assen-
zona alta: da cidade, foi necessarío o taram-se 23.65'6 metros de encanamen-
concurso da bomba do Engordador, que tos novos, contra 19.272,7 em 1909,
elevou aguas do lago artífícal do mes- elevândo-se, portanto. a 178.470 m,,-
mo nome, junctamente com as do car- tros a extensão total da rêde.
rego do Cnrrupira. Foi indispensavel Foram executados, no mesmo perío-
esse concurso do lago Engordador, que

do: 3.049 ligações, contra 2.150 fei-
estava isolado do abastecimento; e a tas no exercicio anterior; 187 religa-
Repartição sÓ pozem pratica esse al- ções e 321 deslígações; o que elevou
vitre, de setembro em deante, quando a 32.474 o numero total de ligações
,
os resu>tâ-dos das analyses o permitti-. independentes até 31' de ,d€'zembro
ranl. nltimo.
Tem melhorado sensivelmente â q ua- I Permanecem ainda. em promiscuida-
lidade das aguas dos lagos do Engor- de os tres systemas' de supprimento de
dador e Cabuçú, conservando-se ainda a.gua; medidos por hydrometros, regu-
impotaveis af?~ do Guarahú. lados por pennase sem restricção, con-
Por esse nlotivo, e para não haver vindo que seja reformada a lei que
llrejuizo á zona média com o desfaJ-, regula a cobrança de taxas de con-
t:iue do ríbeil'ào do Guarahú, a Repar- sumo de agua.

'tição construiu unI pequeno aquedu- Foi notavel o impulso dado á. cons-
e.to 4e Om,3 (I de. diam,etro intern·o e o trucção da rêde de exgottos para S0r-
desenvolvimento total de 840m,80, a vir os arrabaldes e ruas, ainda priva-
"i '

347 -
..

~Iu ~\ Ó-eS8€ lnelhoralnento sallitario. ]'·0 .. l s umindo o encargo de contribuir com


.' IIIH de preferencia contemplados os a quantia de 150:"000$00, attendendo
h/dITOS do Belemzinho .e Cambucy te~" á circumstancia de que a ponte pro-
.Ju " ~ (-' jâ (;oncluido o projecto para ViUa jectada virá facilitar o tranSjlorte de
MUI·ianna.. material para as fortificações de ltai-
I"o ram construidos 1001m, 82 de col- pús.
I,,,:t,,r de lim,6 O de diametro, · 140 7m, 75 Foram concluidos os estudos e or-
de Om,40, 1069m de Om,30, 151m,0 çamentos pa ra a construcção da rêde
.k fl .25 , H<'9m ,33', de Om,23; 14097,61 de exgottos de São Vicente, obra essa
,I.' 0,20 e 2381m,75 de Om,15; total : que merec.e ser feita a expensas do
24.518 metros. Estado, por ser o complemento natural
A' rMe de exgottos foram ligados das já executadas em Santos.
~~ . 1;51 prédios contra 1.751 em 1909, A commissão de SaneamentQ está
J4 ~ u.d o-se aBsentado 59, 481m,GO de ra w
encarregada da construcção do novo
flIaes de 4 " e 5524m,30 d e ramaes Hospital do Isolamento, tendo sido íá
d,e 6". atacado o serviço. QU€ continúa em
Ficaram liga dos 29.771 á rêde de andamento.
exgotto5, qu e attingiu ao deseny-olvi .. Com a chegada do material para a
",ento jotal de 1.054 .193ms.,52. apparelhagem electrica das estações
Saneamento de Santos A cargo elevatorias projectadas para os exgot-
d:1 "' Co mmissão rle Saneal1'lento de Sanw tos, começou o serviço de inst.al1ação,
I.{JS 1I <:oni.inuaram as o bras complemen- sendo de esperar que e m breve possam
tares compl'eheÍldida.s no plano de con~ estar fuuccionando as 10 estações que,
.iHllctO, c-uja execução o IGstado tomou com 7 syphões, formarão os elementos
" si, aüendendo á relevancia das des- principaes da rêde de exgottos de San-
pesas e â. conveniencia de collo car aquel~ tos.
la imr.tol'ta,n te cidade marittma a co- A Commissão cuidou tambem da ins-
herto das manifestações e!)idemicas taJlação d e uma Usina de prevenção,
que, felizmente, ha muito desapparece· e imprimiu grande impulso aos tra·
ramo balhos de enl issario ge ral:
Foi con<:1uida a planta geral de rne- Deste emissario. que deve Ler a ex-
Ihora me.ntos da cidade pl'ev'3odo o seu tensão lotai de 11. 676ms .. 78 , faltam
desenvolvimento futuro com o project.o apenas o trecho de travessia no canal.
de a ve nidas, praças, jardins e ruas na com 200 metros, o qual depende de
parte nã" ed i!icada e a indicação de al- construcção da ponte suspens", 9 a
gumas mod ificações na parte já cons- ultima secção de i. 200 metros de tu_O
truida . bos, na qual já ha grande quantidade
ES:$a planta foi offel'ecida á Camaru de pilares construid·o s, além do pre-
Munic:tpa.J de Sa.ntos, qu e certamente paro do leito.
ha. de tel-f: EoJ11 vista nos melhoramentos Já se acha em Santos o material
que empreheudel' de futuro . para installação experimental, que vae
Tend o sido adaptada a solução de- ser montaao par<1 o tratamE'"nto de
finitiv a de. fazer construir o emissario 500.000 galões de despejos em 24
geral de exgott.os de Santos até a ponta horas, pelo processo de Santa Mónica,
de Itaipús. foi pl'ojectada e orçada a nos Estados Unidos. •

cOlls trucção d e uma ponte suspensa Cinco desses canaes foram orçados
sobre o estual'io de S. Vicente. e considerados d~ construc<;ão actual:
Para a realização d.essa obra, o Go- tendo sido concluido e inaugurado um
·vel' no F'ederal tambem concorreu as- delles, estando prompta a parte mais
348 -
.
difficil e- onerósa do outro, e em via_ Já se providenciou, portanto, sohnJ
de conclusão um terceiro. projectos e consfrucção d,e 47 edif1tioH
O serviço de custeio da rêde antiga nov,()s para grupos escolares.
de exgottos e de installações domicilia- Além das obras que estão sendo eX(l-

rias, -pro seguiram regularmente, ~onti­ cutadas e vão ser:, construídas por (;00-

nuando a cargo da "City of Santos Im- ta do credito especial de 10.500 co,,·


provements" o serviço d,e abastecimento tos, a nfrectoria de Obras Puhlica:-l
de agua, sem dar logar a reclamação é"xecutou e está construindo muit.o8,
de maior importancia. dentre as quaes se salientam: os g;ru-
Dil'ectol'ia de Obras Publicas - Den- pos esoolares de Iguapé, Brbtas. Ser-
tre os serviços a cargo da Directoria
U
tãozinho. Cachoeira, Batatáes; <:adeía~
.
de Obras Publicas", .destacam-se, pelo de Igarapáva. Limeira, Jacarehy. Por··
seu vulto, a organização dos pr.oj·ectos to-Feliz, Bebedouro, Ribeirão Bonit.o,

e a construcção de novos edificios des- São Manoel, Araraquara, Rio Bonit.o;


tinados a grupos escolares. Estas obras postos pOliciaes de Guarehy. Alamba·
estão sendo executadas por eonta do l'y, Piratininga, Piquete, Annap.o1is,
eredito especial de 10.500 coutos .. Tapiratiba; pontes metallicas de Bar--
Estão em andam·ento as seguintes ra Bonita, sobre o fio Tietê Co de São
obras, mediante contracto: Grupos es- José dos Campos, sobre o fio ParR-
colares de: -Barretos, Mogy-guassú, Fa- hyba; de madeira sobre o rÍo Pardo
xina, Jardinopolis, Tatuhy, Rio das (em Ribeirão Preto);. estradas de An-
Pedras, São João da Bocaina, Bôa Es- gatuba e Engenheiro Hermillo, Pi-
perança, Mocóca, Santa Barbara, Bebe- quete ao Sanatorio, Cajurú a Serra
douro, Taquaritinga" Descalvado, Iga- Azul, Tremembé ao valle do Pa,dre
'rapava, Salto de Itú, Itararé, Santa I Eterno, Piedade e Sorocaba, Sarapuhy
Cruz do Rio Pardo, Baurú, São Vicente, a Pilar, Sabaúna ao nucleo eoloniaJ.
Rio Claro, (adaptação), Amparo, Cam- Pariquera-Assú, Tremembé. á Trapa,
pinas, São Pedro e tres na Capital (da I Itapetininga. a Guarehy, Taubat" a Bi-
Barra Funda, do Braz e da Liberdade) cudinho; Observatorio Meteorologico
e ,. Escola Modelo de Itapetinlnga. da Avenida Paulista, gabinete de re-
. São 27 edifícios, orçados em .... sistellcia d-Os materiaes de Escola Po-
2.374:330$320 e contractados por .. lytechnica e muitas outras de menor
2.238:717$185, havendo um saldo de importancia.
135: 613$145. As obras orçadas em 191!} attingi-
Além desses grupos escolares em rarn á somma de 2.643: 224$603, sen-
construcção, contam-se ainda, . depen- do as auctorizações no valor de ....
d-entes de contracto ou em eoncorren~ 2.402: 316$081, assim discrimina.da"
da publica, os ae: Ituverava. Mattão,
S. Bento de Sapucahy, Pereiras, Mogy , a) Adaptação, reparação -e cons-
das Cruzes, ·Sorocaba., Porto -Ferreira, trucção deedificios publicos or-
Santa Rita do Passa Quatro, Santos çadas: 1.916:774$641. auctoriza-
Pitangueiras, Cruzeiro, Dois Corregos e zadas 1.627:628$689.
Capital (Carmo). Esses 13 projectos b) Obras diversas; orçadas: .... . .
foram orçados em 1. 381: 19í$481< .256:921$132, auctoriza.das .... .
Em via de conclusão ·estão os proje- 85:390$850.
ctos de 7 edificios escolares: Serra é) Construcção e reparação .de pon-
Negra, Cunha, Nazareth, Piracáia, Pi- tes e estradas; orçadas ....... .
rajú, Bom Retiro (Capital) e Belem- 440:250$155, .auctorizadas .... .
!
zinho (Capital). : 413:708$723.
'.
349

.1 ) Obras' divel'sas: orçadas ..... . I :-lo valor de 1.139:617$9;{7 foram


12:827$100, auctorizadas ." . .. i, <:oncluidas. no anno passado, obras or-
1:719$100. çadas em 1.167:15 3$479, verificando-
C' I Reparação e cons tl'ucção de balsas se um saldo de 27: 535$542.
e canõas; orçadas 16:451$475, Em 31 de Dezembro achavam-se em
auctorizadas: 9: 226$320, andamento obras oontractadas no valor
r) Des pesas com a conservaçã.-o de de 1 . 560: 130$3 8 0, ' por conta. das
estradas e execução de serviços q uaes foram despendidos . . . . - . . . . .
à~ passagens em balsas e canôas, 725: 300$899.
255 : 996$644

FAZENDA

Receita e Despt\Sa, . A receita e a despesa do Estado de São Pau-


]0, no exercicio de 1910, conhecem-se pelo seguinte:

Ba.lanço da Receita e Des-peza. do. Estado de S. Paulo,


no exel'ciCio de 1910

RECEITA
Renda do Estado:

Ordinaria • • , • 36 . 118:378$660
.Extraordin3 ria. • , • 7 . 162:490$414 43.280:869$074


Renda com applicação especial:

Arrecadação da sobretaxa de 5
francos por sacca de café
exportada , · .- , 21.164: 814$2~8

Divida interna fundada:

Emissão de apolices da 6. (\ série . 1 . 373:000$000


Emissão de apolice~ da 7.' série. 3.082 : 000$000

.

Emissão de apoUces .-da g . > série . 10 , 000:000$000


,
.
.E missão de apolices da
. 9. ' série . 10.500 : 000$000 24 .. 955:000$000
,
__ o

Divida fluctuante:

Cofre de orphams . , • • 1 . 788:571$831


Bens de ausentes , • • • 248:016$741
Deposltos • • • • • • 1. 753: 166$225 3.78~:754$797

Bancos e Correspondentes no Paiz e no extrangeiro:

Adeantamentos recebidos em con-


ta-corrente. • • • 1.845: 667$560

A transportar . 95 . 036:105$729
, :' '. .' '.'
'. . '

350 -
.
Tra n8pOl"le ~5, 036: 105 :S7~!~'
Lettras do Thesouro:
Emittidas no exercicio • • • 76 .. 127:993$89?

Valores em café:

Pelas vendas realizadas neste


exerci cio e lançadas

pelo
preço do custo . . . . 17 .3 48:751$ 7H
Montepio dos magistrados. . , 52:9 72$ 09 0
Caixa Bênef. da F'orça Publica 54:~H$821
Caixa Beneficente dos funccio -
narios puhlicos . . . . . 51 5:321$1 8 Ir

Directoria da Hospedaria de Immigrantes:

Recebido em deposito . • • 10:710$85;l


Depositario Publico da Capital . 434:300$000
Caixa de 1911:
Supprimentos recebidos desta •
caixa . . . • • • • 2.445:40ü$'li)o}
Diversos saldos:
Saldos de exactores sujeitos á li-
quidação de· suas contas. • ~:393$629

Idem. da Pagadoria do Thesouro 927$230

Saldos de 19 O9:
Conforme .. o respectivo balanço . 24.415:3"1.$9 ·1 7
- - - ----'.-
216.451:703$094
DESPESA
Secretarias de Estado:
Secretaria .do Interior . • • 15.265:868$728
Secretaria da Justiça • • • 14.015:845$915
Secretaria da Agrjeultura • • 14.572: 973$067
Secretaria da Fazenda • • • 21.997:0138600 65.851:701$ :lllJ
-
Divida fluctuante:
Cofre de orphams • • • • 1 . 633:460$387
Bens de ausentes . • • • • 184:783$860
Depositos . . • • • • • 1.337:014$460 3. 155:258$ 707



Bancos e Correspondentes no •

Paiz e no extrang.eiro:
.
Liquidação de contas neste exer-
cicio • • • • • • • 14.657.478$6,H

• A transportar . • • 83 .6 64: 43 S$ 62 1
, ': ..-;. ':'.





351 •
,

Transporte .
Lettras do Thesouro: •

Irnportancla das resgatadas lIeste


exercicio •• • • • 40.198 :55 H$218
Emprestimo da Valorização:
~:mprestimo Federal de Ib8 . .... •

3.000.000-0-0 a mortização
Ibs. 140.106-0-0. . 2.241: 696$000
FJmprestimo de . .... ........ . •

Ibs. 15.000 .000-0-0, contra-


ctado com J. H enry Schrõe- •
der & Cia. , Societé Générale
de Paris e Banque de Paris
et des Pays-Bas amortiza-
ção Ib8. 1.986.510-0-0 . . ' 31.784:100$000 34.025 :85 ;;$0.) 1)
•. _ -_ .. .
Ibs . 2.126.616-0-0
Juros . dos emprestimos para .
a
defesa do café, •'differenças
de cambio, conservação dos
, cafés armaz.enados e outras
despesas . . . . . . • 23.218 ; 227$96~

Montepio dos Magistrados . • 90 :000$000


Caixa Beneficente da Força Pu- •

blica . . . .. .
Caixa Beneficente dos Funcciona-
rios Publicos. . . . . 496 : 9:l5$507
• •
Depositario Publico da Capital. 426 : ~')2$,?gl}
Directoria da Hospedaria de
Immlgrantes:
Pagamento em conta de seus de-
positos • • • • • • 30 : 795$870

Caixa de 19 9 : ° •
Supprlmentos feitos a esta caIxa. 2.468: Slift$(HJt'
Saldos para 1910:
Em Bancos e Correspondentes no
extrangeiro • • • • • 14.018:997$156
Idem, no Paiz. • • • • 17.343:115$417
Em caixa . • • • • • • 318:707$710
Na caixa da sobre-taxa ouro. . 275$648
Na caixa da . P a gadorla da Agri-

cultura • • • • • • 15:691$821
Saldo da conta 11 Estradas de

Ferro" · . " . . . . 51: 719$282 •

Idem de diversos responsaveis • 42:263$000 31.790 :770$034


216.451 :703 $094




,
352 -

Verj(iea~se deste balanço' que a receita arrecadada



foi de . • • • • • • • • 43.280: 869$07,1
tendo sido orçada em . • • • • • • 52.170:999$981
------
pel o que se nota uma menor arrecadação na impor-
,tancia de. . . . . . . . . . . 8.890:130$910
tendo contribuido quasi totalmente para esse resul~
tado a diminuição da arrecadação do imposto de
exportação, que, tendo sido orçado em. 25.000: 000$000
só produziu . • • • • • • • • • • • 17.475: 852$310
------
ou menos • • • • • • • , • • • • 7.524:147$690
A receita ordinaria e a extraordinaria proviéram das, seguintes
fontes
RENDA ORDINARIA
Djreitos de Exportação • • • • • • • 17.476:852$310
Taxa de Expediente . • • • • • • 124:239$442
Transmissão int.er·vivos • • • • 5.555:895$926
Transmissão causa-mort.is . • • • • 1. 355: 930$033
Sello do Estado . . • • • • • • 595:631$528
1mposto de transito. • • • • • • • 1.569:761$202
.
Imposto predial. , • • • • • • • • 873:840$609
Taxa de exgottos • • • • • • • • • 1. 369: 426$883
Taxa de consumo' de agua. • • • • 2.235:601$200
Taxa de matriculas. . . • • • • • • 145:405$000

Venda de térras publicas . • • • • • • 157:295$691
Co brança da divida activa . · .. . • • 1.033: 911$684
Imposto sobre novas plantações de café . • • • 2: 000$000
Taxa addicional. • • • • • • 910:309$541
Imposto sobre porcentagens . . . • • fi5:181$042
Imposto sobre aposentadorias e reformas . • 32:902$445
Imposto sobre propriedade não caféeira . • • 67:803$857
Impostu . sobre o capital commercial. • • • • 612:038$599
Imposto sobre o capital das empresas industriaes . 114:169$436
.
Imposto sobre o capital das sociedades anonymas . 628:998$114
Imposto sobre o capital particular empregado em
emprestimos. . . . . . . . . . 470:152$204
Imposto sobre o capital de aguardente . • • • 526:854$260
Taxa judiciaria . • • • • • • • • • • 204:177$654
Taxa de feiras do gado • • • • • , • •

Imposto sobre terrénos • • • • •, • • --


36.118: 378$660
RENDA EXTRAORDINARIA

Indemnizações • • • • • • • • • • • 4.577:161$228
.
Eventual, • • • • • • • • • • • • 718:715$867
.
A transportar • • · -, . 5.295:877$095
- 353

Tra nsporte . • • • • • 5.295:877$095


;
Reuda de estabelecimentos. • • • • • • 1.139:613$335
imposto sobre loterias . • • • • • • • • 726:999$984

7.162: 490$414

Ir.xportação A exportação do café manteve-se em · situação llsongeira,


fOI (le ks. 421.992.494, correspon- tendo attingido algarismo superior â
.1l!i',lB a 7.033.208 saccas de 60 kllos, exportação de 1909.
V(""'O mais d·e metade da exportação
Reunindo os dados que sobre este. aS-
*~ 1909.
O valor offieial do café exportado
su.mpto nos fornece a Secretaria da
ri; 1 de 194.116: 547$870,. tomando-se F azenda, verifica-se que o valor offl-
ll()!' base o preço da pauta de ",antos, eial da expo rtação do Estado, em 1910,
~. " ,1 60 réis por kilo, que vigorou em foi d~ 242.643:999$299, equivalente a
11109. • , Ibs. 15 .l-~ 5.250-0-0 ao camb!'l de 15
o valor ofiiela l dos outros generos d. , e distribuidos pela seguinte forma:
• offitia l do café . • • • • • • • · 19 4.116:547$870
Valor
Idem do" diversos generos exportados pela E. de
Ferro Central. . . • • • • 24 .190 :823$872
• •

Idem dos diversos generos exportados pelo porto de


Santos •
• • • • • • 19.848:915$047
• • • •

Idem, idem pelas Collectorias . • • • • • 1.6 63:783$07 0 •

Idem, idem dos generos de producção e xtrangeira ex-


portados por Santos. . . .. 1 .59 1 : 943$700
Idem dos genero. de producção de outros Estados ,
exportados por Santos . . • • • • • 1.231:984$740

,
242.643:998$299

Despes .." A -despesa paga pelo Thesouro, importou em ..... .


65.851: 701$310 assim distribuida pelas Secretarias do Estado:

Secretaria do Interior • • • • • 15 .2 65:868$728


.
• •

da Justiça • • • • • • • • • 14. 015: 845$915


.
., da Agricultura • • • • • • • 14.572:973$067
"
da F azen da • • • • • • 21.997:013$600
• •
65 .8 51:701$310

Discriminadamente, a despesa dlstribu iu -se pela seguinte fó rma, nas


.quatro Secretarias:
Secretaria do Interior :
1.' Presidencia do Estado • • • • • 76:400$000 •

2 .• -- Senado • •.. • • • • • • • • 473: 151$ 235


3 .• -- Camara dos Deputados • • • • • 823:903$066
4 .• -- Recretaria de Estado • , • • • • • 195:200$000
,

A transportar • • , • • • 1. 568 :654$301


-354 -

Trallsporte . • • • • • • 1 : 568 .' tJ'


'54'""'!
'lP0"
5.' - Almoxarifado . . • • • • • • • 20:360$000
6.· - Billllotheca Publica • • • • • • • 31:110$807
7.' - . Inspectoria Geral do Ensino. . . • • 112: 200$000
8.' - Escola Normal. . . . . . . • • 365:246$408
9.' Escola Complementar de Itapetininga . • 114:000$0011
10.' - Escola Complementar de Piracicaba . • 59:247$360
11.' Escola Complementar de Campinas . • • 51):416$327
12.' Escola Complementar de Guaratinguetá. • 61:620$000
13.' - Ensino Publico Primario. • • • • • 8 . 217: 797$444
14. ' Gymnasio da Capital. . • • • • • 187:829$750
15.' - Gymnasio de Campinas . • • • • • 179: 530$513
16. 0
Gymnasio de' Ribeirão Preto . • • • • 94:071$180
17.' - Escola Polytecbnica . . • • • • • 453:859$789
18.' - Seminario das 'Educandas \. • • • • 77:740$000
19.' - Hospicio de Alienados. . . • • • • 671:145$058
20. ' Repartição de Estatistica e do Archivo . • 101:724$383
21.' - "Diario Official" . • • • • • • • 140: 320$-000
-- Museu do Estado . • • • • • • • 73: 209$480
23.' Serviço Sanitario . • • •
• • • • 1.397:520$(01)
24.' - Soccorros Publicos • • • • • • • 830:620$168
25.fi Pinacotheca do Estado . • • • • • 12:000$000
26 .• Subvenções. • • • • • • • • • 28: 541$000
27.' - Eventuaes e representações . • • • • 1)0:000$000
----,--
14,917: 76:)$968
Creditos especiaes:
Pagamento a juizes em serviço eleitoral . • • • 7:157$880
Novas edificações no Hospicio de Juquery. • • 55:796$970
Acquisição de grutas calcareas. • • • • • • 34:183$900
Reorganização da Secretaria do Interior . • • • 19:122$410
Reorganização da Inspectoria do Ensino . • • • 6:018$306
Reorganização do "Diario Official" . • • • •
Predios escolares . . . . . • • • • • 114:825$300
------
15.265:868$728
Secretaria da Justiça: ,
L' - Secretaria de Estado . • • • • • • 254: 3 20$006
2.' - Administração da Justiça. • • • • • 1.417:669$401
3.' Ministerio Publico . . • • • • , 464:606$382
4,' -" Junta Commercial . • • • • • 34:146$325
5.' - Serviço Policial . . . , • • • • 804:360$000
6.° - - Prisões do Estado. • • • • • • • 1.621:308$421
Instituto Disciplinar . • • • • • • 18:489$820
8,' - Colonia Correccional . • • • • • • 99:510$227
9.' - Força Publica .' . • • • • • • • 8.409:432$000
10.' Pagadoria da Força Publica . • • • • ~:247$300
11.' - Almoxarifado . • • , • • • • • 26: 600$1)'00

A transportal' . • • • • • 13.159:689$876
355

Tran sporte . • • • • • • 13.159:689$876


12.' - Eventuaes • • • • • • • 40:000$000

13.199:689$876
Creditos especiaes:
Avisos de incendios. • ••• • • • • • • 312:881$2H
Cadeia de Casa Branca. • • • • • • 40:000$000
Reorganização da Secretaria . • • • • • • 134:148$515
Melhoramentos no Corpo de Rombeiros . • • • 299:126$250
~feias custas • • • • • • • aO:OOO$OOO
-------

14.015 :8 45$91 5
Secretaria da Agricultura:
1.· Secretaria de Estado. . • • • • 771:416$292
2." Inspectoria de Jmmigração do porto ne San-
tos . . . . .
. . ' .. . . . "
57: 248$100
3. ,. - Serviço de Immigração' e Colonização . 2.927:564S133
4.· Serviço Agronomico • • • • • • •

5.· Commissão Geographica e G€ologica .


, '
158:244$046
6 .• Obras publicas em geral . • • • 1.932:272$740
7.· --' Saneamento de San tos • • • • 2.212:521$782
8.· Contractose subvenções. . • • 618:405$110
9.· _. Repartição de Agua e, Exgottos . • • • 2.143: 405$067
10. I) Tramway da Cantareira . • • 194:807$200
11.· Repatriação de immigrantes . • • 5:000$000
12. " _ . Estrada de Ferro Funilense . • • •
,

246:503$928
I v' .• Transportes em estradas de ferro 50:000$000
14. o Commissão de ,tomadas de contas • • 7: 506íl400
15. " Despesas eventuaes • • • • • 50:000$000
"

12 .540:89 5$107

Creditos' especiaes:
Novas construcções da Estrada de Ferro Sorocabana 1.175:463$500
Construcçãodo ramal do Guapira . • • • • 196:958$5 7(\
Prolongamento da E. de Ferro Funilense. 133:1378557
Propaganda do café . . . . • 235:264$30 0
Canal do Tamanduatehy . • • • • • 1 05.982$604
Estrada de Ferro de S. Sebastião ás raias de Minas.
Construcção do novo palacio do Governo. . •

E"tincção . de gafanhotos. . . . . . 69:560S310


Representação do Estado de S. Paulo na Exposição
Nacional de 1908. . '. • • • • • 6:289$600
Subvenção á Companhia de Melhoramentos de Mon-
te Alto. . . .. . . . . ,' .. . ,
36:000$000
Agencia Offieial e Hospedaria de -Immigrantes. • 2:6688539
Escola de Aprendizes Artifices . • • • • 9:855$500
Construcção da nova Penitenciaria da Capital • 60:897$480

14.572 :9733967
,
, - 356

Secreta.ria da Fazenda:

1. " Secretaria · de Estado . • • • • • 525:800$000


2. "
_ _ o

Arrecadação d·e Rendas . • • • • • 3.509:321$502


3. o _ o •.
Fiscalização dos Armazens Geraes • • • 3:600$000
4. " _.
-
o. , _ ..
Exercicios Findos . •

Reposições e Restituições •
• •

• •


675:466$436
238:446$631
6. ' Juros Divel'sos . .
7. " _. Differenças de Cambio
• •




• 8.448 :848$091
4.245:648$100
8. ' . Aposentados • • • • • 654:459$836
~. ~ Reformados • • • • • 313: 125$344 ·
10. " Auxilios e Subvenções • • • 2.316:382$679
11. " - Eventuaes • • • • • • 50:000$000 ••
·•
---- - --
19.9 81: 098$619
Credita s Especiaes: ·

Gara.ntia de Jnros ao Banco de Credito Hypotheca.rio
••
e Agrícola de S. Paulo. . . • • • • 1.153:239$1~Lí

Liquidação com o Escrivão dos Feitos da Fazenda . 113:051$000


Pagamento ao Professor Pedro ' Voss. • • • 15 :584$200
Desap ropriações· e Obras • • • • • • • • 455:973S800

Baixella do Couraçado "São Paulo". . . • • 45:225$800
Responsabilidade do ex-depositario publico, Dr.

Francisco de Campos Andrade Junior . • • 1 82: 840$986
·
Ind emllização paga á Camara de Atibaia, pelas des-
pesas da construc ção do Grupo Escolar local. 50:000$000

21.997:013$600

apesar da diminuição de rs. , ... .. .


• 8.890: 130$910. havida na al'l'ecadaç;; o
Da comparação dos algarismos da da receita orçadfl, da insnfficienf!ia da ~
receita e despesa, verifica~se que o dotações orçamentarias para os Sf;'r ~
exercido de 1910 encerrou-se co m ullla viços ordina.rlos na importancia de l'S.
dllferença para mais na despesa de rs. 8.520: 485$13 2, fôralll executados ser-
22.570: 832$236, cuja provenlencia en- viços de caracter extra:ordinal'io, con1
contrareis minuciosamente explicada accrescim.o para o patl'imonio cio Es-
no relatorio da Secretaria da Fazenda.
·
t ado, entre os
quaes pOdemos mencio-
Ainda assim, cumpre salientar, que, nar os seguintes:

Novas constl'ucções .na E. de F. Sorocabana.


. · . ' 1.175 : 463$500
Construcção• do ramal do Guapira, no Tramway da •

Can tareira . • • • • • • • • • • 196:958$570


Prolongamento da E. de Ferro Funile nse . • • 133: 137$55 7
Construcção da nova Penitenciada . • • • • 60: 897$480
Desapropriações para construcção de edificios publi-
cos • • • • • • • • • • • • 455:973$800

A transpo rta r • • • • • • • 4.165:836$07.4


-'-,",'',: "'.
:'.
; '< -, ,
,

, . .- 357
,

Transporte • • • • 4.16~:836$074
Saneamento ' de Santos. . • • • • • • 2.212:521$782
Serviço de avisos telegraphicos policiaes, e melho-
ramentos no Corpo de Bombeiros. • • • 612:007$524

Rs. 6.990:365$380

e amortizações a quem somos obriga-


al ém de outros de menor importancia. dos, em virtude dos contractos em vi-
Estes serviços, de caraqter extraor- gor.
dillario, porém, indispensaveis para Assim, o Thesouro resgatou, em ..
acompanhar o progressQ constante do , 1910 as apolices da divida interna no
F~3tado, fôram auctorizados por lei, e valor de rs. 190: 500$000 e tltulos da
"agos por meio das operaçpes ,de cre- divida externa no valor de Ibs. ... ...
dlto por vós auctorizadas, não só para 181.340-0-0.
occorrer a estes encargos, como ta-m - .
hem para supprir as deflclendas da
Activo e- PasF;ivo o . Act.ivo e o
Passivo do Estado, ao encerrar-se o
,'enda ordinaria.
exercício de 1910, eram o constante
Mereceram tambem especial cuida- do seguinte balanço, cujas differentes
do os serviços da nossa divida passi- rubricas encontrareis minuciosamente
,

va, tanto interna, como externa, ten- desenvolvidas 110 Relataria da Secre-
do sido pagos pontualmente os juros to ria da F a ze llda.
Balanço do activo e passivo do Estado de S. Paulo ao terminal'
o exel'cicio de 1910

ACTIVO

Proprios do Estado:
Valor dos escripturados até o en-
cerramento do exerci cio . . 167.790:522$326
Valores pertencentes ao Estado:
Apolices Federies. . . . • 25:000$000
Apolices Estaduaes • • • • 1:000$000 26:000$000

Diversas cambiaes e outros valo-


res. • • • • • • • 32:804$970
DIvida activa:
Saldo escripturado até o encerra-
mento do , exercido • • • 21.836:125$030
Bancos de Custeio Rural:
E'mprestimos em apolices espe-
ciaes do auxilio agricola, a
20 bancos fundados 110 Es- , ,

tado • • • • • •
1.000:000$000
Café armazenad,o :
Valor do existente, calculado ao
preço do custo . . . • 212.744:435$360

A transportal' . 403.429:887$686
, ". . .' .
, I
,
358 -

Trausporte . • 403.429 : 887~686


Despesa da valorização:
Saldo desta conta á amortizar
em exercicios futuros com o
producto da sobretaxa-ouro
sobre o café exportado, de
producção paulista • • • 75.452:787$355
Saldos para 1911:
Em bancos e correspondentes no
extrangeiro • • • • • 14.018 :997$156
Em bancos e correspondentes no ,

Paiz • • • • •• 17.343:115$417
Em Caixa • • • • •• • 318: 707$710
Na Caixa da Sobretaxa-ouro . 275$648
Na Caixa da Pagadoria da Agrl-
cultura • • • • • 15:691$821
Em poder de estradas de ferro,. 51: 719$282
Em poder de diversos responsa-

veIS • • • • • • • 42:263$000 31.790:770$034

Somma. • • 510.673: 445$075


Valores de compensação no
Passivo:
Contractos de hypotheca rece-
bido. de estradas de ferro
subvencionadas pelo Estado. 801:000$000
Va10,r es recebidos em cau'ção e
em deposito • • • • • 2.827 :013$219, '

Caixa especial de juros de apoll- •

ces. • • • • •• • 708:660$000
Estampilhas e papel sellado exis-
tentes no Thesouro e nas
estações de arrecadação . 29.066: 133$000
Caixa especial d.e apolices a
emittir . • • • • • 803:000$000 34.205:806$219
• •
---- .
Somma. • • 544.879: 251$294
- - -----

· PASSIVO
Divida externa fundada:
Calculada ao cambio de 27
Saldo em circulação:
Emprestimo de 1888, Louls Co- •

hen & Sons, 1bs. ....... .


484.300-0-0 • • • • • 4.304:877$800
Emprestimos de 1888 Britlsh
Bank of South America, ,

Ltd., Ibs. 219.400-0-0 . . 1. 950: 213$21l

A transportar . 6.255:091$012
.. .-
_. 359-

Transporte. . 6.255:091$012
I'~mpr€stlmo de 1~99. .T. Henry
SchrÕ€der & Co. lbs ..... . •

272.500-0-0 . . . • 2.350:176$053
• • •
I'~rnprestimo de 1904 London &
Brazilian Bank; Ltd.. Ibs ..
909.18(1-0-0 .... 8.081: 589$226
J':mprestlmo de 1905, Dresdner
Bank, Iba. 3.713.700-12-6. 33 . 010:657$077
E:m prestimo . de Soroca-1907
bana Rallway Company Ibs.
2.000.000-0-0. · ' . 17.778 : 0005000 67.475:513$368
- - - - ---
Ib~ . 7.599.080-12-6
Divida interna fundada:

Apolices da 2.' série. . • 305:000$000
.. " 3.· . • • • • 4.924:500$000
.. ,. 4.n .. • • • 3.956:500$000
., ., 5.'1 .. 3 . 956:500$000
.. ..
• • • •

.. 6. " • • • • 8.000:000$000
., " 7' " .. • • • • 3.082:
.
000$000
.. ., 8. ~ .. • • 10.000:000$000
..
• •

.. " 9. ~ • • • • 10.500:000$000 44 . 7 2 4: 500$000

Divida tluctuante:
Dinheiro de orpbams. • • • 6.259:598$059
Dinheiro de ausentes. • • • 356:518$102
Deposit.oR diversos • • • • 2.388:891$886 9.005:008$047

Apolices do Auxilio Agricola:


Emittidas para emprestlmo. a
bancos de custeio rural que
figuram no activo • • • 1.000:000$000
Emprestimos da valorização:
Saldo do emprestimo Federal" de
ih". 3.000.000, do exercicio
de 1907, lbs. 2.792.394-.0-0 44.678: 304$000
Saldo do emprestlmo de Ibs. ..
15.000.000 contractado com

J. H,mry. Scbrõeder &; Co.
Société GénéraIe de Paris e
Banque de Paris et des Pays-
Bas, libras .......... '" .. . . .'
12.197.080-0-0 , . . . 195.153 : 280$000 239.831:584$000
• •
..
--~---

Ibs. 14.989.474-0-0 •

A
360 -

Transporte . • 362 , 15n:ô 05~1J ~,

Bancos e correspondentes "


no Paiz: • •

Adeantamentos recebidos em con-


ta corrente . . . . .

Letras do Thesouro:

Saldo em circulação . • • • 62. 806 :43 8 ~ 22ii'


Diversas contas:
Saldo da conta Montepio dos
Magistrados . . . . . 11:852$000
Saldo da conta Caixa Beneficente
,

'dos Funccionarios Publicos 59:156$214 •


Saldo da conta Caixa Beneficente
da Força Publica. . , 10: 715$280
Saldo da conta Directoria da Hos-
pedaria de Immigrantes . 42:027$114
Saldo da conta Depositario Publi-
co da Capital. .. . 393:638$162
Saldo conta Exactores . 8:393$629
Saldo da conta Pagadoria do
Thesouro • • • • 927$230 526:709$62 ~

Exerciclo de 1911:
Supprimentos recebidos da Caixa
deste exercicio no periodo
addicional de Janeiro a Fe-
vereiro • • • • • • •
2,445: 400$000

, Somma • • • • • • 432.062:214$824

Patrimonio do Estado: ,

Activo liquido ao encerrar'"88 o ,


exerCJCIO • • • • • • 78.611: 230$,251

Somma . • • • • • 510.673:445$07 5
Valores de Compensação no

Activo:
Garantias• hypotbecarlas <le estra-
, das de ferro . • • • • ' 801:000$000
Valores diversos recebidos 'e m
caução e em deposito. . 2.827:013$219
Juros de apolices depositados em
' Caixa Especial . . . . 708:660$000

A transportar . 4.336:673$219 510.673:445$075


,
361

Transporte , , 4.336:673$219 510.673: 445$07 5


Estampilhas e papel seUado a
emitt!r , , , , , , 29.066:133$000
--
Apolices a emittir. • • • • 803:000$000 34.205 : 806$219
-

544. 8 79: 251$294




-
--,
~:
-..
Defesa, do Café A sobretaxa d e 5 francos produziu, em 191 0,
.. frs , 36,673,143,67 correspondente, em moeda nacional. a •

· ,

Rs.
,:
-

que teve a, seguinte applicação:


-
Entregue ao Estado de Minas-Geraes. em liquidação
de conta . . • • • • • • • • •

Restituido a contribuintes, pOI:, ter sido indevida-


mente arrecadado . . • • • • • 6:340$294
Empregado ,no serviço d a defesa do café. • • • 21.161: 314$298

21.656 : 988$ 530

Fez-se regularmente o serviço de juros e amortização dos e m -


prestimos destinados á defesa do café, tendo se amortizado,. em 1910 .
Ibs. 140.106 do emprestimo de Ibs. 3.000.000 do Gov erno Fede-
ral, que , em 31 de Dezembro de 1910, estava r eduzido a lbs. 2.792. :]94.
O emprestimo de lbs. 15.000.000 teve o seguinte movimen to:

Valor do emprestimo contrahido . • • • Ibs.15.000.<) 0 0-0 -0


Deduz-se:
Resgate a que se procedeu em 1909 . • • Ibs. 811l. HO-O-O

Saldo devedor em '1.' de Janeiro de 1910 . • Ibs. 14.183.590-0-0

Deduz-se :

Resgate a que se procedeu em , 1910 . • • Ibs. 1.986.510-0-0

Valor do emprestlmo, em L ' de Janeiro de


1911 • • • • • • Ibs.12 .19 7. ü80-0 -0
---------

Ficou em poder de banqueiros a

som ma , de lbs. 1.320.0 00-0-0, appro-
ximadamente, que serão ol'Portuna-
Em 1.. de Julho do corrente anno mente a-p plicadas ao mesmo Cim, con-
foram resgataaos titulos de empresti- junctamente com o producto da- sobre-
mo de lbs. 1'5.000.000, no valor de taxa a arrecadar .

lha. 2.850.000-0-0, ficando o mesmo O movimento dos cafés do Govemo
actualmente reduzido a 9.347.080-0-0. foi o seguinte: ,
,
362

Conforme se verifica do relatorio de 1909


"Informações sobre o serviço de defesa do
café" -- o Comité encarregado da liquida-
ção dos cafés pertencentes ao Estado, re-
cebeu . . . . . . . . . . . 6.843.152 saccas
do qual, deduzido o café vendido e cujo producto
liquido entrou no balanço do exercício de
1909 . . • •

• • • • • • • 31. 021 ..

• • ,
Ficaram existindo, ao co meça l' o exerClCIO de
1910 . . • • • • • •

Foram vendidas, em 1910, de accordo com o con-


• • 6.812.131 ..
tract.o de 11 de Dezembro· de 1908 . • • 506.998
"
Passaram para o exercicio de 1911. • • • 6.305.133 ..
escripturadas pela somma de 212.744:435$360, preço de custo.
Este café está armazenado nos seguintes portos:

Havre • • • • • • • • • • • 1.751.576 saccas


New-York
Hamburgo
• • • • • • • • • • 1.460.756
1.433.203
.
• • • • • • • • • •
"
Antuerpia • • • • • • • • • • • 1. 051. 096
Londres • • • • • • • • • • • • 197.790
"
.
RoUerdam • • • • • • •
.
130.191 .
..
• • • •

Trieste • • • • • • • • • • • 109.807
Marselha. • • •

• • • • • • • 86.807
"
Bremen • • • • • • • • • • • • 83.907 ..
6.305.133 "

No corrente anno de 1911 foram funccíonamento desta instituição e os


vendidas 6 Oo. OOO saccas de café dos notaveis serviços que ena já vae pres-
stocks do Governo, de accôrdo com o tando á lavoura e ao commercio deste
contracto de 11 de Dezembro de 1908: Estado.
e, como o consumo comportasse maior No correr do anno de 1910, foram
venda, resolveu o Comité dispor de assignados contractos definitivos com
mais saccas 600.000, ficando reduzido a Companhia Paulista de Ai'mazens
a 5.105.133 saccas o stock dos cafés Geraes para O estabeleciment.o de ar-
do Governo em fins de Abril de 1911. . mazens na Capital, á rua Domingos de
Paiva e Martim Burchard, para San-
Os cafés· vendidos obtiveram preços tos, e para ,o estabelecimento de tres
muito satisfactorios, e os detalhes des- . grandes armazens nas margens das
ta venda' vos serão apresentaaos no estradas de ferro Paulista, Mogyana e
relatorio referente ao oorrente anno. Sorocabana.
Al'mazens Geraes Das informa- . Banco Hypothecario e de crédito
eôes constantes do relato rio da S.0cre- Popular Este estabelecimento func-
taria da Fazenda, verifica-se o reg"ular cionou com a maior regularidade, ten-
,,', , " ,'

363
,

_-~jh IH·t:::~ ~ a<1o excellentes se l' viço~ á la· principalmente nos ultimos tempos em
~l!
,'
llr i l do Estado, e tendo conseguido que tanto se rea.nimou e desenvolveu

jWo 'ornar effectiva a garantia de ju- a economia privada e publica, com (


1'(111
" . JHH' parte do Estado no 2. 0 semes-
, despertar de uma grande confiança
Í-I'ij ,1<,' 1910. para todos os emprehendimentos, na
"':1" artigo 36 da Lei n. 1.245 de lavoura, -no comnlercio, nas industria s
30 ,I" Dezembro de 1910, auctorizas- em geral, em todas as manifesl.açõe-o
1\... " elevação <lo capital garantido e do trabalho e da intelligencia.

1iOlft assim outras medidas attinentes E' certo que a primeira phase do
~O desenvolviment·o da acção do quatriennio não foi a mais facll para
', '
J,o IHoO. o lueu governo sob o ponto de "'rista
I ~~ s tas modificações não foram ain- financeiro, perdurando então em aua
li,.. l.>Ostas em pratica, ,estando, no en- maior Intensidade, a grande crise eco-
,

Ú·t)f.anto, em estudos Pai' parte do Ban- nomica que des<ie algnns annos vlnha-
(!o e por parte do Governo, para se-
mos atravessando. Felizmente a noto-
tom e xe cutadas opportunamente. ria resistencia e actividade dos paulis -
tas, fortemente secundadas pela coo-
peração fecunda do elemento extran -
*
geiro, conseguiram o resurgime nto
-* * I de
todas as nossas forças productõras,
permittindo nos chegar a esta situa-
De accôrdo com o dispositivo legal, '
ção de franca prosperidade, em cuia
" ()residente expoz ao Congresso Le-
gtot a tivo o estado dos negocios publi- estabilidade muIto devemos confIar.
COR em sua 3. a Mensagem, que é a O alento extraordlnario que anima
floguinte: hoje a nossa vida agricola; a expan-

são surprehendente de industrlas de
Termina hoje o quatriennio -d~ 1908 toda ordem, não só na capital, como
n 1912, durante o qual tive' a supre- no interior do Estado; a cOllstrucção
UH' honra de ser o Presidente do Es- das pequenas, como das grandes vias
tado de São pauló; sinto-me feliz ferreas, estas a penetrarem por fer-
,n'este momento em que, na forma de tillissimas regIões até agora desapro-
n.ossa lei constitucional e pelo voto li- veitadas'e tão grande como um novo
ne do povo paulista, venho passar o E s tado; o crescimento ' admiravel da
Governo do Estado a V.- Excia. cuja nossa capital, desde o elegante pala-
Nabedoria administrativa, já tantas ve- cio até a modesta casa do operario; o
zes comprovada e consagr"ada no des- desenvolvimento da instrucção publí-
empenho de commissões iguaes e de ('a . cujo pessoal e cujos programmas,
outras até mais elevadas e difficeis, é
methodos, inatariaes e edifícios têm
garantia segura de uma éra cada vez sido solicitamente melhorados; .a polí-
mais plena de prosperidade para a ' cia. organisada como está, sob os mais
amada terra paulista e de maximo
modernos moldes, dispondo de pessoal
brilho para o nome brasileiro.
dedicado e instruido, com' meios aper-
Cumpro o grato dev e r de npresentar feiçoados de ass!Btencla pu blica; as
a V. Excia. uma synopse nos princi- municipalidades realisando os mais
paes aetos e occorrencias da lninha ad- proficuos melhoramentos e bem apro-
ministraçã o e da situação actual dos veitando os seus recursos locaes; tu-
negocios publicos. do isso, por 11m lado constitue uma
Atravessei um periodo da expansão somma consideravel de factores que
de todas as forças vivas do Estado, hão, de asseguraI' a prosperidade e a
. ..'.;

- 364

estabilidade da nossa -vida economica dera veis despendidas na sol açãr. dI 1(lIm

e' financeira. e representa por outro magno problema. Entretanto. dl,- ,;(:
lado uma nota forte de civiliaação su- avolunla e se cOlnplica de ~nn,) 'i'II"1 !' ..

perior. anno.
Nâo posso e não devo deixar do re- A expansão extraordinaria da !"t!1I1
gistrar n' esta occasião o concurso po- lação do Estado, pelo saldo da I1i-t!;dl
deroso que o Congresso Legi31ativo do dade e pela corrente immigratori:l, 11";.
Estado prestou ao meu g·overno, es- plica essa grandedifficuldade da. :\(1
tudando e resolvendo com solicitude lução do problema. Em verdade. 1',,11',
todas as .medfdas dependentes do po- o maximo sacrificio, forçando.) a;:.l d ! l l i ·
der legislatlvo, inspirado sempre nos pezas publicas, o Estado :secun;J;ll!o,,'
superiores interesses do Estado. •
por algumas municipalidades e PI\III'
E' com satisfação que me. refiro, iniciativa particular chega i:l offeF'I.'i!I';'
com merecido destaq nos, ao periodo. em escolas a cerca de 140 ,(li}!) alun1!;oH ..
que a administração do Estado esteve Entl'etant-o, ainda reclamam in:Stnlí",
confiada ao muito digno Vice-Presi- ção, approximadaluente 301). ÜI)(l JH'U-',.
dente o Exmo. Sr. Cel. Fernal1co Pres- soas em edade escolar. E São Pau !li:
tes de Albuquerque, quando por mo- é preconisado como o Esti:ido mádnl:l r.:
tivo justo tive de deixar o exercício em materia de instrucçào publica.
do cargo, entrando elll gozo de .licen- O governo que agora :::e~'mina SUH 0-
ça que pelo Congresso me foi conce- missão fez nesse terreno o maxirno í~~
dida. Mais uma vez o eminente paulis- forço, augmentando a diffusão do (~I\
ta teve ensejo de confirmar nos actos de . . . -
SIno prInlarlO na proporçao de mais dl).,
.

sua administração as elevadas quali- 50 % seUl que as-despezas augmenla:1<'.


dades que tanto' o distinguem. sem proporcionalmente.
Dedico as minhas ultimas réferen-
Os dados segUintes
são bem do·
cias aos relevantes serviços prestados
quentes, demonstrando o desenvolvl-··
pelos Secreta rios de Estado durante
mento das escolas publicas do Esta ...
todo o quatriennio; confesso que con- do:
sidero a melhor fortung para o meu
e'overno ter tido a collaboração de tão
~

1907 -- 61.084 alumnos


prestimosos amigos, qual delles mais
1908 70.453
..
dedicado e mais digno.
1909.-- 80.409 "
1910 99.203
..
SECRETARIA DO INTERIOR

Preoccupou-se sobretudo este ..g-o-


Foi muito fecunda a actividade em-
. verno com a construcção escolar, at ..
pregada em todos os ramos desta Se-
• •
tendendo ás prescripções da pedago-
cretaria. A instrucção e a saude pu-
gia e da hygiime. Para isso obteve do
blica são as duas materias capitaes da
Congresso a lei que auctorizou o em-
sua acção administrativa. O proble-
ma da instrucção, no Estado àe São prestimo ode 10.500 contos para COllo-
Paulo, tem' zombado dos mais ingen- trucções escolares, deixando ,já edifi ..
tes esforços dos poderes publicos . cados e em construcçâo grande nu-
tal é a progressão pasmosa da popula- mero de predios, como adiante 80

ção escolar; que reclama esse serviço vera.
A historia administrativa e financeira Duas preoccnpações teve tambem "
do Estado attesta o grande esforço de governo: effectuar o mais possivel "
todos oS governos e as sommas consi- reunião de escolas e melhorar eonsi-

365

~'íl'';';i vdmen te- a insp-ecção e fiscaliza- F-oram creados serviços especiaes de


0'

(!n", . () ag rupamento de escolas é de illspecção de fabricas em geral, e do!;


evidente para assegurar a generos a lirnenticios, nesta ~apitill. j\.)
'..J,kl'ud :i(à,(l 0.0 e nsino, a melhor direc- pharmacias, drogarias, fabricas de pro-
.!}no. ;, c.:âgo de Ulua só pessoa. Foralll duetos chimicos e pharmaceuticos fi-
IW/~In(' I~ ta d(ls ·OS inspectores escola- caram sob a fiscalização de uma com-
!'6 1'! missão especial de inspeCtores, O Co-
digo Sanitario foi completamente re-
, * fundido e posto de accordo com as
• • exigencias da hygiene moderna,
Foi creada uma com missão proviS' I-
A saude _p u. blica, felizmente , não 1 ria para o tratamento do trachoma
Ih; 11 a o governo gi"andes preoccupações. !I com dois chefes de zona residentes em
fi!1,o fôr a. a variola, que, procedente
(lo Hio , em 1908-1909 flagellou al-
I
São Carlos e Ribeirão PI-eto, séndo a

íI "llIas cidades do Norte e do Oeste, I


elles subordinados os medicos desta-
cados nas localldades a elles pertencen-
lil~l'il·mal'iamos· q ue foi muito llsongeiro I
tes,em numero de 16 ,
h nstado :':lanHaria dos ultilnos quatro i:
, Escolas · NOl'maes A Escola Nor-
1I.UItOf:.
mal da capitalfunccionou regularmen-
(1 Instituto Vaccinogenico prestou te, prestando bons serviços. Mas foi
110 m, serviços. Na phase em que irronl- necessario de anuo para. anno fazer
IH"'" a variola foi consideravel o forne- desdobramentos, classes supplementa-
"" ,nto de polpa vaccinlca tendo at- res, em summa, f-orçar inconveniente-
Ungido de 1908 a 1909 a um milhão m e nte a organização escolar, obrigan-
de tubo$. Para outros Estados foraul do a Escola a funccion a r como se fos -
feitos diversos fornecimentos de vac- sem muitos estalielec!mentos, Além
disso, impunha-se a necessidade de
O depa rtamento da saude pu bl lca " crear escolas llormaes no interior para
IHLHSOU por uma completa r~O,rgan]za-
• I o preparo de professores que ficassem
uaturalnlente se rvindo nas respectivas
t,iãCl. Todús os serviços existentes . fa-
zona.s do Estado. Com esse" intuito fo-
ra.m .reformados e ampliados. especial- •
ram ereadas em 1911 as Escolas Nor-
monte (: labora.tol'io de allalyses, o ins-
maes de São Carlos e Itapetininga,
tituto pha rnla ce utico, o desinfectol'io
esta em substituição da .Complemen-
central , a secção de protecção á pri-, I
tar que ft>i supprimida,
l1Ieil'a. infa.neia. e amas de leite, a sec - I
Todas as escolas co mplementares!
d, 'w d e estatís tica demographo-sanita- I
inclusive a de Botucatú e Pirasssu-
ria.
nu nga foram transformadas em nor-
Foi trE::4d n a secçã.o de engenharia maes primarias , com programmas cor-
:1:'l .llitari a co m a ttribuições definidas. responde ntes aos' fins profissionaes que
Foram organizados' os serviços es- tinham. Para isso foi expedido o De-
pec,iaes d e inspecção medica das es- creto 2,005, de 13 fevereiro de 1911 ,
to las pu blicas e particulares da capi-
l
Foram desdobrados os cursos de to-
ta l, éomprehendendo O exalne ind!vi- d.as a~ escolas,
tlu a l dOl:-docentes, alumnos e empre- O movimento geral das escolas nor-
"ados, a prophylaxla das molestlas maes e complementares desde 1908
I.rausmissiveis. a escolha de material foi o seguinte:
I·' pl'oeBSS05
, escolares; alem de outros.
.
366-

==~==~.~
_. _·-~=-="T11-19=08"9"1=1=90=99
· 1~1=91~O=;""1 1=9=11='' ' '[=19~!2.....

. _.• .
. I

Capital: Normal Secundaria • • • • 451 5i5 593 785 94(\ ,
,
Complementar • • • • • 313 321 362
Primaria • • • • • • • 491 f ' .... "
J~)II I

S. Carlos: Secundaria • • • • • •
, 62 i 2·\ :
.
Piracicaba: Primaria • . • • • • • :217 234 251 315 . 283
. 30,l
Guaratinguetã: Primaria • • • • • 212 230 298 395
Campinas: Primaria • • • • • 195 235 243 270 341 ,
Botucatú: Primaria. • • • • •
•I , 79 14.)
• •
I
Pirassununga: Primaria ·
Itapetininga: Secundaria •





·I

87
85
"0'"I r
;:..
147
1


1. 6.37 1.773 ,2.024 2.635 3.560
._- _.. . ·- a" _.-.-

Grupos Escolares Os grupos es- o programma da Escola Modelo IRO '"


colares, c uja organização tem produ- lada, annexa á Escola Normal. !,,; "
zido bons r esultaxios, assegurando" d'is- mes mo approvado e manda do vigonu'
ciplina a gradação e a efficacia do en- enl todas as es('olas isolad.:l.;; do .mIl"
sino, foram elevados até 1908 a 81, tado, pelo Decreto n. 2.00 t. de U ""
a 92 em 190-9, a 102 em J.910, a 111 Fevereiro de 1911-

em 1911 a 114 em 1912. Existem actualmeute 1.351 aseo!;",


Foram desdobrados 42 grupos, no isoladas providas.
interior e na capitaL Foi este o mo·tl1l1ento d :l.;'; esco1a~
O• numero total das classes é actual- nos ultimos annos.
mente de 1.444. 1907 34.923
Em 1911 a matricula ge ral attln- 1908 38.152
giu a 63.572 alumnos. O movimento 1909 39 .194
de grupos e classes foi o seguinte: 1910 44.399

- .- ----- -_. .- "... . - .. ".- -".---


Numero de Grupos Escolares
.
I Numero Alumnos
•"

"

de Classes matriculados

I_. Interior ,l' Total •


.• Capital
~
\ I ---
1908
1909 I 2418

63
68 92
81 818
933
30.460
41.275 •
!"
1910 24 78 102 1.152 53.445 "

1911 25 86 111 1.345 .


63 .572 ·

1912 25 89 114 1.444 . •


,


.
..

---- ... " _ .. • ,
Escolas Isoladas Em 19 O8 havia Escolas Reunidas - A t endencia do-
1.331 escolas isoladas com 38.152 goverllo foi reunir escolas ~ernpre" qu e
alumnos, em 19 O9. 1. 333 eseol2..s com isso foi possivel.

39.194 alumnos, ·em 1910. As escolas reunidas actua lmente
A lei 1.191, de 16 de junho de 1909 existentes são:
creou as escolas nocturnas para adul- 1 Apparecida com. '7 classes-
tos estando já diversas funccionando 2 Areias com. • • • 7 "

na capital e no Interior com boa fre- 3 Barra Mansa (Itatiba l


quenc!a. COlll • . . . • • "
Tendo dado os melhores resultados 4 Ilha Grande com. "

• 367

r. !tapolis com • 5 classes


• classes. Dev.erão tambem ser construi-
'o Laranjal com • • • 8 " dos predios nos bairros das Perdizes,
.
..
7 Monte Alegre com. • 4 " Sant' Anna, Avenida Paulista, ViIla
- - (I(; fi uatriennio foram transformadas em Marianna, para o que o governo la. ad-
I' "III'OB escolares as seguintes escolas quiriu terreno.
- i' IHI nidas, No interIor estão· em eonstrucção
• edificlos escolares em Sorocaba, Ta-
1 Monte Alto
tuhy, Itapetininga, Faxina, Itararé,
2 Mattão
Santa Cruz do 'Rio Pardo, Poraiú, Pe-
3 Pedreira
reiras, Itapéra, Baurií, Agudos, Len-
4 lndaiatuba •
çóes, Salto de Ttú, Rio das Pedra"
5 Jardinopolis
São Pedro, l\Iontemor, Barretof'. nl·~}­
6 Fartura
7 Rio das Pedras tas, Descalvado, Santa Rita de Passa
8 Avenida Quatro, Porto rerreira, S. Barbara ,
9 Lapa .
Bebedouro, Taquaritinga, S. João da

10 Belemzínho Bocaina, Boa Esperança, Mattão, Pi-


tangueiras, Dois Corregos, Ha.po!i~ .
11 Bom Retiro
Jahú. Bariry, Campinas, Amparo, Soc-
Construcções Esoola.t'es Em agos- corro, Serra Negra. .- -Mogy Gua.')sú~
I." de 1910 djrlgiu o governo ao Con- Tambahú, Casa Branca. Mocõca, !tu-
J(resso a mensagem que pedia a vota- verava, Igarapava, Orlandia, Jardino-
Oc.

I;ão de uma lei auctorizando a emis- polis, Ribeirão Preto, Mogy das Cru-
Hão do emprestimo de 10.500 contos zes, Guaratinguetá, Lorena, S. Bento
,Iestinados ás construcções escolares. do Sapucahy, Cunha, Santa Branca,
I';m verdade. era uma necessidade que Cruzeiro, Cachoeira, Redempcão, Que-
He impunna. Havia,. fora da capital, luz, 19uape, Santos, S. Vicente, Naza-
apenas 49 cidades providas . de predios reth, Piracicaba e CurraIlnho.
,,"colares pertencentes ao Estado. E
Estão com planta approvada e or-
além disso. cidades grandes como São çamento os predios escolare" de Mon-
Paulo, Campinas, Santos, Ribeirão · . te Alto, 2.' de Taubat<!, Santos (ViIla
Preto, Amparo, Piracicaba, etc., pre-
Macuco), Bragança, Fartura. Cl'avi-
t:isavam de mais predios escolares. O
ohos, Capão Bonito do Pal'anapanema ,
,lesdobramento não resolvia o proble-
Cabreúva, Itapetininga.. Ribeirão Bran-
ma; apresentando se rios inconvenien-
co, Ribeir3;, escolas norDlaes de Piras-
tes para a dl~ciplina, para a hygiene,
e para o ensino.
sununga e Botucatú.
Durante o q uatriennio ficaram con- Ensino Profissional No a11UO de
cluldas as obras de constrllcção dos 1911 foram creados quatro institutos
predios escolar·es de Batataes, Sertão- profisslonaes, sendo dois na c"pital -
.•Inho, Palmeiras, Leme, Santo Ama- um pal'a cada sexo, um em A mpal'o e
ro, S. José dos Campos e a adaptação outro em Jacarehy,
dos predlos de Areias, 2.· Grupo de . Na escola profissional feminina o
nú e 2.· do Rio Claro. programma comprehende . • lém do de-
Estão em construcção nesta capital senho profissional, o ensino do córte
n5 edificios escolares de Belemzinho, e costura de roupa branca. eórte e
Hraz, e Bom Retiro, de 20 classes ca- confecção de vestidos, bo rdados e ren-
da um, 08 de Barra Funda. Lapa, das, confecção de chapeus e Hore. ar- o
('armo, S. .Joaquim e Moõca, de · 12, tificiaes, arte culinaria e ec'onomia do~
dasses cada um, e da Penha, de 8 mestica. Está i)lstallada á rua Monse-

...

368
.
nhol' Andrade, em predio adquirido os 3. 0 4.0 5. 0 e. 6.° annos,
. ' e nomeac1oli
pelo governo. os respectivos lentes.
A escola profissional masculina acha- Os cursos d-os Los annos dos GYIII '
8e funccionando á rua Muller, com nasios da Capital, e Campinas fora In
excellelÚe fr equencia tambem. O pro- desdobrados.
gramma tornprehende, além das ' ma- Serniuario das Educandas O,•

thematicas e desenho profissional, os seus dive rsos cursos funccionaram n' ~
cursos de pintores de letras e paredes, gUlarmente e com proveito geral. Sa ·
funileiro s E': s o ldadores, ferr eiros, ser- hiram do curso secundario: diver:-:a.:'\
ralheiro:: e fllndidorp ~ . "challf{elJrs " e alumnas para a Escola Normal. O OH" •

tecelões. I tado sanitario foi geralmente bom. ·

A escola de Jacarehy está installa-


da em predio adquirido pelo governo.
I Escola Polytechnica. A Escol"
Polytechnica de São Paulo fundada
..
.;

CostR o ' sen . programma de mathema- pelo Governo do Estado em 1894, roi
ticas, desenho profissional, ferreiros. por este dotada de todos os melhora .. -
s erl'alheiros, ~ R. rpint6h: os e tecelões . mentos e installações adoptadas nes","
Para a esco la de Amparo offereceu e poca nas melhores escolas de iglla l ,

a respectiv a Camal'a Municipal um !• typo .


predío que está · sendo conveniente- • ,Entre os recursos para o ensino pra-
mente a daptado. Nella se faz o ensi- 1 tico da technica profissional com que
I
no de mathematicas. desenho profis- • foi dotado o estabelecimeuto desde o
sional. carpinteiros, s egeiros, ferreiros.
serralheiros, e electricistas. I
Iseu. inieto, avultava em hnportancia e
valor scientifico, o gabinete de resis-
·,

Annexo á Escola Normal foi instaI· ..·•-


tencia dos materiaes ou laboratorio -.,•
Jado no predio onde funcciona a esco- •·
pa ra o curso pratico de experimenta-
la. isolad&- modelo, um curso de . arte -"
<;ão

de ma.teriaes , organisado com o -

culinal'ia e e conomia domesti '.:! a, o qual •


valioso concurso do Dr. Tetmaijer.
tem tido muita acceitação. I professor da Escola Polytechnica de
Hh,.,ctol'i" Ge·ral da Instl'uc.;ii.o Pn- Zurich. autoridade scientífica no as- "·•
blica Foi creada em substituição da sumpto.
Inspecloria d o Ensino. Está hoje ap- "A experiencia do ensino veiu de-

pareIll a da de orgãos muito ·mais effi- I monstrar a consideravel vantagem
cazes para a fiscaUsação das escolas desse Iaboratorío para esc!are~pr e
do Es tado, para estudo de materias re- . precisar as noções theoricas no e ~ pi ­
lativas á organização pedagogica em rito dos ' alumnos e mais do que isso
geral , confecç'áo e publicação dó aD- para inspirar-lhes o enthusiasmo pelas
nuario do ensino e estatistica escolar. applicações technicas e a confiança na
Está elevado a 16 o numero de ins- soluçã,o pessoal de problemas praticos.
pectO l'esesco lares. I• Uma manifestação caractel'istica e
Gymuasios - Funccionaranl com muito elo quente deste facto é o "Ma-
toda a regularidade os 3 gymnasios do nnal de resistencia de materiaes do

I Gremio Polytechnico n. organisado pe-
Estado .
A ma.tricul a tem srdo a seguinte: los alumnos em 19 O6 como resultado
de suas investigações pessoaes, utili-
1908 387 aJumnas sando os varios apparelhos do labo-
1909 471

"• , ratorio, C{)ID o apoio dos professores
1910 559 " respectivos. Este ·trabalho mereceu um
.
Em Ribeirão Preto foram ins!t:lnanlJ.5 alto apreço na classe dos profissionaes


. ... .'
- ,. c
'. c;. .. "~.'

-369~

.c-'":',~;
, I"I~presenta um' attestado eminente- ao ensino pratico desses ramos de en-
(·lf1!Hl te expressivo da utilidade dos la- genharia. Restava ao governo dar au-
::> !to ratorios de engenharia, dando uma
, ,
to ris ação para a construcção do novo
.c· . ,
• •
t1HHlida de nossa propria experlenCla edificio necessario e autorisar a orga-
, ,

,1" quanto pode alcançar o desenvol- nização definitiva dos laboratorios de


" vlmento da actividade profissional edu-
.
electro-technica e mecanica applicada.
I'nda segundo uma instrucção pratica Esta delioeração ficou' firm"da pelo
:'. fIlie antecipa. no espírito do alu:r;nno decreto n. 2.2'20 de 28 de Março de
c Illldtiplas impressões da vida technica, 1912. Em virtude desse decreto vai
c '00\ lnomento em que é possivel analy- pois a Escola Polytechnica ser dotada
nnl-as sob os methodos rigorosos da de notavel melhoramento que a con-
'-lidencia. servará como uma das primeiras lns-•

Não só e8ta experiencia como o- co- tituições de ensino profissional no



Ilhecimento ulteriores progressos
de palZ.
!'C'alisados. geralInente em escolas con- O progresso industrial da, Allemanha,
~'(meres, torna.ram naturalmente um como é sabido, foi principalmente se-
dnsideratum dotar a Escola Polytech- cundado pelo ensino ministrado em
iliea de outros laboL":'torios, como os < suas escolas profissionaes e technícas.
,I" electro-technica, mecanica applica- De modo tão frisante se manifestou
da e hydl'aulica, de imprescindivel ne- ,essa influencia que a Inglaterra e os
('ossidade para dar base solida á ins- Estados Unidos
,
seguiram-lhe o exem-
tl'ucção technica. nestes ramos de en- pio. São factos bem conhecidos es-
genharia, Desde 1907, passou a Es- tes e bem manifesta é a influencia
cola a solicitar a attenção do Governo que pode exercer no pr-ogresso mate-
do Estado para estes melhoramentos, rial de um paiz a educação de seus
, .
necessanos para por 0 seu enSIno no
. profissionaes sobre a base -de um en-
rnesmo nivel de adiantamento das ins- I sino pratico esclarecido pelo conheci..
i: ltuições identicas. Um a série de actos nlento theorico, conjuncto de noções
do Congresso e do Governo veio feliz- que constituem a verdadeira proficien-
menteeDl breve tempo aproximar a •
ela.
l'ealisação desse desideratum.
O edificio destinado á installação
A lei do Congresso n. 1095 de 26 dos laboratorios de electro-technica e
de Outubro de 1907 autorisa a refor- lnachinas acna-se iniciado e é conti-
ma do regulamento da Escola e o de .. guo ao edificio da Escola e ao pavi-
ereto n. 1539 de 9 de Dezembro de lhão do gabinete de resistencia de ma-
19 O7, em virtude dessa lei, deu a Es-- teriaes, Neste pavilhão se acham ins-
cola nova organisação scientiftca e tallados machinas e apparelhos por
creou o curso de engenheiros mecani- meio d-os quaes se pode experimentar
cos e electricístas. De novo foi moàifi- os diversos materiaes de construcção
cada a organisação scientifica da Es- sob esforços de c-ompressão, tracção e
cola pelo decreto n. 1.992 de 27 de ja- flexão, sob a acção de choque e de re-
neiro de 1911 qwe deu regulamento "istencia ao attrito. Além desB<>.s exis·
para a execução da lei do Congresso tem apparelhos para as experiencias
n. 1.228 de 2D de Dezembro de 1910. de metallographia {)u conhecimento do
Por esse decret.o foram ,adoptadas no , material, pela sua estructura e com-
regulamento da Escola todas as dis- posição obtida pela photographia. O
posições necessarias para a creaçã_o do conjuncto d,e experiencias que ahi se
curso de engenheiros mecani~os e ele- pOde realisar é completo e egual ao
ctricistas com a.s installações precisas dos melhores laboratorios desta classe.
370
,

Nos laboratorios projectados de ele- iniciam as obras planejadas toram 1",·


ctro-technica e machinas, a illstalla- tas' installações provisorias nos predl",;
ção obedecerá aos systemas de orga- existentes para accommodação de ~'"
nisação de taes labõratorios mais com- doentes.
pletos de modo a nelles poder-se !"ea- O numero total de doentes é ,,,,t,
li ,

Iisar todas as experlellcias que inte- almente de 1.2n.


ressam ao estudo das medidas e appli-
Hospital de Isolamento de San"""
cações variadas de electro-technica e Iniciado neste quatriennio, é UniU
ao estudo das machinas motrizes de obra dotada de todos 'os melhoram<lIl' "
varlos typoS, de suas leis e trabalho. tos recommendados pela engenharin •
HoSplcio de Juquel-y - E' digna de moderna, e compõe~se de 7 E-dificiof.f
ellcomio a administração deste esta- isolados, sendo um grande pavllh1\o
belecimento. Com o numero sempre com 4 enfermarias e 2 salas dormito-
crescente de internados, vae prestau- ri()s par' \ convalescentes, um pavilhfo.o .'.
do bons s erviços. O director mantem para doentes de classe, um pavilhão ,
,
aUi o reg Imen do hospicio fechado especial para crianças, casa de adm i .. . "

para os ,
que precisam de tra.tamento nistração. casa de porteiro, lava ndr..-
, ,

rigor,oso, colonias ' agriColas para os ria, necroterio e desinfectorio,


tranquillos e assistencia familiar para
Butantan ' Iniciadas em 1910 , es-
os que podem gosar della, fazendo em
tão quasi concluidas as obras de cono"
geral com que trabalhem todos os que
trucção do Instituto de Butantall. Tem
podem. E esse trabalho agricola, hor-
o edificio salas e installações .spe-
ticola, pastoril, etc., tem sempre pro- ciaes para demonstrações scientiflcas,
duzido alguma renda para auxiliar a microbiologia, pliysiologia chim lca,
manutenção do estabelecimento. photographia e preparo de seruns , mu-
Foram conclui das as obras iniciadas seu, sangria e lavagem de animae".
pelo gov'erno transacto para installa- etc.
ção de quatro salas nos pavilhões cen-
Museu do Ypiranga Te,m cresci-
traes da colonla antiga e para cons-
do o numero de visitantes attingindo
trucção de dois pavilhões da colonia
annualmente a cerca de 70.000 pes-
nova.
soas. O pessoal continua a fazer estu-
Foram iniciadas e concluidas as dos scientificos sobre nossos mammi-
.
obras de construcção de mais tres pa- feros, serpentes, peixes. realizando vi~-
vilhões ,na colonia nova, para 26 do- gens de exploração.
entes cada um. De accôrdo com a autorisação lpgis-
Os antigos refeitorios do Hospicio lativa foram adquiridas para o Esta-
Central, em numero de 4 em cada sec- do as mais beJlas grutas calcare as si-
ção, foram transformados em dormi- tuadas ,em Xiririca e Iporanga, a"
torios com 10 leitos cada um ou 8 O quaes se tornarão objecto de serlos
leitos ao todo. estudos que muito hão de contribuir
Não sendo sufficlentes as accommo- para o , augmento dos dados (lue pos-
ilações existentes deliberou () governo suimos sobre a geologia, a paleontolo-
a construcção de um novo hospicio gia do nosso Estado. Como ideou (}
para o que adquiriu as terras da fa- Dlrector do Museu, a região da gruta'
zenda Juquery, annexas ao a'ctual hos- do Moniolinho, com florá e fauna
picio, com mil alqueires approximada- exuberantes, podia ser transformada
' mente, tendo boas mattas, past.os, pe- num parque igual ao de Yellow Stone
dreiras e aguadas. Emquanto se não Park, nos Estados Unidos,

371

Itibliotheca Publica. Foi objecto sou por uma profunda modificação.


41i' uma reforma, ficando assim habi- Após a grande selecção de papeis, feita
111 n!la á pr€star melhores serviços ao por uma commissão nomeada para esse
jtU Mico. fim, pa~sou-se a fazer a classificação fi
Hial'io Official - Corresponde ple- ,'atalogação dos pap~is, livros e do-
flamente aos seus fins, continuando cumentos nelle existentes. Esse traba-
hem organisado. Foram restabeleeidas lho já vai adiantado e ,delle já existe
. /IH officinas de obras e encadernação . publicação feita .

Almoxarifado Foi reformado O Archivo do Estado constitue iá
,m,ra corresponàer á extraordinaria ex- uma fonte segura de informações e
JHtnsão que tiveram os seus serviços estudo, não só :i}8fa as administrações
""m as installações de escolas, etc. To- futuras, como p,tra todos os que quei..
dos os annos tem feito fornecimentos ram conhecer a evolução social do Es-
a municipalidades. particulares e aS- tado.
!:Iociaçõ-es. para o en:sino.
Eleições Em seu devido tempo
Repartição de Estatistica e Archivo foram realisadas no Estado todas as
,lo Estado - o serviço de estatlstica eleições para os cargos de apresenta-
do Estado melhorou consideravelmen-• ção. No corrente anno effectuou-se a
te durante o ultimo quatriennio. eleição para deputados federaes. Em
A nossa demographia,
,', isto é, a es- todas ellas foi. garantida a mais plena
t.,ttistica do registro dos tres factos hu- liberdade de voto. Aliás, o Estado de
manos, os nascimentos, casam'entos e São Paulo, como é notorio, possue já
obitos, ha poucos annos tão deficien- boa educação civica e está perfeIta-
t.e, jã nos fornece boa contribuição mente apparelhado para manter o de-
para o estudo da futura constituição vido respeito aos principios basicos da
do nosso meio social. EUa põe em evi ... Constituição Federal, entrs os quaes
dencia que as condições geraes da vida figura primacialmente o voto livre
no Estado são' franc'amente favoraveis para a escolha dos representantes dos
ao seu grande povoamento. poderes publicos.
Os nascimentos e casalnentos au- Hospital de Trachomatosos - Com
gmentam de anno a anno incessante- o vivo interesse que o governo de S.
mente com forte progressão, e a mor- Paulo manifesta para debellar essa en-
talidademant€m - se relativamente fermidade, foi reorganisado o respe-
baixa.
ctivo serviço, como demos noticia.
As estatisticas organizadas pela re- ,
A 26 de Abril do correute anno foi
partição e que constam de suas publi-
lançada a pedra fundamental do Hos-
cações annuaes, aecusam sensivel me-
pital de T,achomatosos, nesta 'capital,
lhoria no nosso serviço estatistico de
com
..
todos os requisitos modernos e
anno a anno.
com capacidade para 700 doentes .
. Em virtude

da "eforma porque pas-
sou a r€partição nos ultimas dias do
anno proximo passado. ella está hoje
apparelhada de organização e de pes- •
SECRETARIA DA JUSTIÇA E DA
soaI para effectuar a generàlidade do
SEGURANÇA PUBLICA
serviço estatistico do Estario.

* Segurança Publica - A Secretaria


• • da Justiça e da Segurança PublkR e&tli
o Al'chivo do Esta.do· ta.mbem pas- actualmente organizada e apparelhada

372 -

para corresponder ás exigencias cada dos os dias. todas as horas, preveni ll~
vez mais prementes do progresso de do, accudiudo, providenciando ,. sem um
S. Paulo. Os 16 departamentos que fi.o nlento de negligencia para evitar
~ compõem 'a Secl'etaria funcciollam . a peI·turbação d essa paz geral. 0"<1,
para assim dizer, automaticamente, tudo isso enl grande parte representa
tendo cada gabinete uma certa auto- effectivamente a acção silenciosa de
uomia que lhe garante' attender de uma
.
' forte engrenagem, cujos directo-
prompto, sem os enleios de despachos les não podem abandonal-a sem ris('.f\
e ordens dispensaveis, aos reclamos mas não constitue uma massa de fa-
do serviço publico. Occorrido um facto, ctos que, possam ser descriptos 'u'um
dado o aviso, accodem respeetivanletlte. relatorio.
cada qual na sua funcção, as differen- A organisação policial e da Força
tes repartições, assistencla, delegado Publica com que ultimamente ficou
respectivo, Investigações, exame medi- dot.ado O Estado de São Paulo, t em
.
co legaI~ clinico legal, etc. Essa auto- merecido de competencias no assum-
nomia dos departamentos administra- I pto, nacionaes P. extrangeirol'), as mai~
Uvos é de eUicacia evidente paI'a a Ihonrosas referencias.
promptidão das providencias policiaes . 1
,
Tudo isso, porém, não foi feito ~p
Pessoalmente, o Secretario, "isitando afogadllho. Foi obje'cto de estudo cons-
sempre os gabinetes, superintende to - i tante das necessidades, JU'ocurando
dos esses serviços e delIes toma ainda I, sempre o governo . apparBlha.r-se dos
conhecimento minucioso em I'onferen- "!• melhores e mais modernos elementos
da e pelo boletim diario que cada re- ,: para realizar os fins da Secretaria.
partição lh e envia com a relação de I
I
todas as occorrenCias. O Secl'etRrio tf'm , •
assim sob os olhos, ç.iariamente, to- Ii * •
dos os actos· de seus subordinados. E'. I•

pois, uma fiscalização minuciosa e ef- Em virtude da lei n. 1.006 de 17 de
fectiva. Setembro de 1906 , regulamentada pelo
A vida intensa do Estado de S. decreto n . 1.414 de 24 de Outubro do
Paulo e principalniente da capital onde mesmo &nnQ, a Secreta.r ia da. Jus tiça
.
já se movimenta uma grande popula- e a da Repartição da Policia passaram
ção e onde Irrornpe em cada bairro, a constituir a actual Recretaria. da Jus-
em cada canto, a cada hOl'a, uma oc- tiça e da Segurança Publica, compe-
correncia a accudir, recl8.lmava imperio- tindo ao Secretario além das attribui-
samente uma organização dessa or- ções que pelas leis em vigor perten·
dem, com apparelhos de acção prom- clam ao Secretario da Justiça, dirigir
pla para attender a c'.da solicitação e superintender a administração poli-
do serviço publico. ciai do Estado, providenciar sobre tudo

O que foi a administra<;ão policial o que pertencer á prevenção dos de-
durante o quatriennio - n população lictos e á manutenção da segurança
, e
do Estado é, verdadeiramente, quem tranquillidaãe publica, _ velar q·ue a s
pode attestar. 'Os serviços prestados autoridades pollciaes cumpram seus
pela policia são, a bem dizer impon- regulamentos e desempenhem seus de-
deraveis, irregistraveis, são como os veres, distribuir e deõtacar a Força
serviços da bygiene publica: o estado Publica segundo as exigencias da or-
sanitario assim como a paz, .3. segu- dem publica, determinar que os dele-
rança publica, são os resultados be- gados auxiliares se transportem para
neficos dessa obra afanosissima de to- qualquer ponto do Estado e ahi exer-
373

çanl suas attribuições; que os delega- lhidos com a instituição da poHcia de


dos de policia das sédes de comarca carreira, a lei n. 1.102 de 21 de No-
.
se transfiram para qualquer dos mu- vembro de 1907. deu n,!va divisão ás
nicipios da éomal'ca e ahi procedam a delegacias e elevou os vencimentos dos
determinadas diligencias; nomear, sus- delegados de 3.'" e 4.'" classe, passando
pender, licenciar, demittir escrivães es- os primeiros a perceber 350$ nlensaes,
peciaes das autoridades policiaes, car- e os ultimas, 250$. Em virtude dessa
cereiros e agentes de segurança e 01'- lei, os delegados ficaram divididos em
ganisar a estatística c1'iminvJ ão Es- cinco classes, em vez de seis, aLa
tado. comprehendendo as duas delegac.ias
O serviço policial, reorganisado pela auxiliares; a 2.". as cinco das circums-
lei n. 979 de 23 de Dezembro de 1905, cripções da Capital 8 as de Santo&..
era então distribuillo entre o seguinte Campinas e Ribeirão Preto. Passaram
pessoal que constitl!ill a poH('.ia do da 4,.• :1 para 3. a classe as quatorze se-

carreIra: I guintes: Agudos, Avr:n'é,· Barretos-, E .
Dois delegados auxiliares, residindo S. do Pinhal, Faxina, Itapetininga,
na Capital, mas obrigados a seguir Jundiahy, Limeira, Mocóca, Mogy-Mi-
para qualquer ponto do territorio do rim, Pirajú,S. João da B-oa Vista, S.
Estado e ahi procerler ás dili.?:p.llciaB José do Rio Pardo e Tieté, e, de 5 .•

que lhes ·forem determinadari; cinco para 4.'" classe, as duas seguintes: Ja-
delegados na· Capital em cada u ma das . carehy e Rio- Preto.
. ~ .

circumscriPÇões que lhes fôr designa- O numero de delegados remunera-


da; um delegado em cada municipio, dos elevon-se então a 105, sendo 2 de
podendo o delegado da sede da co- • 1.' classe, 8 de 2." 36 de 3." e 59 de
lnarca se transferir para qualquer dos !I 4. '. Os de 5."', em numero de 74, nos
• •
municipios de. que se cOID1?onha a co-' outros municipios não incluídos nas
marca e ahi proce·der ás deligencias classes anteriores, eram e continuam
que lhe forem determinadas; um sub- a ser os unicos delegados' leigos e não
delegado e111 cada districto policial; remunerados.
um inspector enl cada um dos. quartei- Os vencimentos daquelles delegados
rões' elll que forem divididos os dis- importavam numa despesa allnual de
trictos policiaes. de Rs. 404:600$000.
Por essa lei, os delegados foram I Creou-se a delegacia de Taqual'itin-
classificados em seis classes, a 1. ... doE:. ga, elevada á categoria de 4.1\. classe
dois delegados auxiliares, com venci- por lei n. 1.102-A de 25 de Novembro
mentos mensaes de 800$000; a 2.' dos , de 1907.
cinco delegados da Capital e os de Essa divisão só f-oi augmentada em
Santos. Campinas e Ribeirão Preto, 1909, com a creação de mais duas de-
com' os vencimentos mensaes de .... leg·acias auxiliares com a lei n. 1.170
700$000; a 3.', cujos delegados ven- de 20 de Outubro desse anno. l!Jm
ciam o ordenado de 350$000 mensae" 1910, crearam-se as comarcas de Bau-
P. eram então vinte; a 4.a, C01n 41 de- rú e PitangueiraR, sendo as respectivas
legados vencendo 2 OO$ OOO mensaes; a delegacias elevadas, aqueIla á 3.' e
5.". com 33 delegadas vencendo 150$. esta a 4.:1. classe.
A 6." classe, leiga e não •remunerada Durante o anno de 1911, não houve
era composta dos outros municipios alteração na divisão das delegacias de
do Estado. carreira, conservando-se 4 {le 1." elas-
Essa divisão fez logo sentir seus- de· se. 8 de 2.', 37 de 3.' e 59 de 4.'.
feitos e~ em vista dos resultados co- No períOdO decorrido de 1906 a 1911


i'."'.' ·' ~ ':' :' " .. ",
..
, " '. ' ," -" - 'I ," , . , . .. ." ". '.' . " ._ ' " ., ..... ' " .. • • • •
.
..
-374 ~

foram creados os seguintes municipios um ,ensaio cujos fructos não poderiam


onde têm iurisdicção os delegados : Or- ser duradouros, pois, além (le falho e
landia em 1·909: Ribeira e Ibiqilára, restricto aos adultos, o "ystema era
em 1910 : Sa lto Grande do Paranapa- ' complicado, difficil e oneroso, jamais
.
nema, em 1911. podendo ser installado nas delegacias
No mesmo pe riodo foram creados do interior do Estado, de modo a cons-
os seguintes districtos ·pollciaes, . onde tituir um apparelllO per feito de defesa
t~m jurisdicção os s ub-delegados de Mcial, indispensavel á justiça publica .
policia : Todavia, o decreto 11, 1.41·1 tratolJ.
Em 1906, 3 district os pOliciaes , em de regulamentar esse serviço dando-
1907-1 5, em 1908-20. em 1909·12, em lhe, então, existencia legal (art. 1." ,
1910-10, em 1911-10. letra c), traçando-lhe .o destino (art .

18), marcando-lhe o pessoal. definindo
suas attribulçõese fixando se us ven·
.
cimentos (arts. 17, 104 e 106 J •
Por outro lado a Secretaria soHreu En'tretanto o gabinete ''':;(' lltil~ , I (; '"a a
varias modificações no seu apparelho ser um orgão sem funcção util, devi-
administrativo. do ao processo adoptado, j á então em
Em 1906 a antiga Repartição da franca decadencia na policia sul-ame-

Policia compunha-se da res pectiva se- ricana. Para serviço de tamanha valia
cretaria, tendo apenas como depen- era indlspensavel a uniformidade de
dencia o gabinete Medico-legal. methodo para estabelecimento da per-
,Com a primeira reforma havida em muta de fichas de antecedentes dos
1906 p assou a ter dURS directorias a. 1. ' cri-minosos, e essa permuta só pOderia
e a 2.11.. esta comprehendendo o serviço ser estabelecida sob a base de um sys-
!)olicial e aquella o da administração . t ema que já vinha mostrando. a s s uas
da Justiça. l'e aes e ;incontes taveis vantagens . b
Foram então creados, o gabinete de systema dactyloscopico de Vucetich ,
queixas ou reclamações e do. objectos simples, facil, seguro, rapido e capaz
achados, o gabinete de identificação e de ser .disseminado em todo Estado,
reorganlsados o ga binete . medico-legal, com inSignificante despeza. ~'oi o que
a thesoura.ria e a !)orta ria, t endo p.sta , se fez, sendo então eliminado o pro-
,
annexo, o
serviço de cOllducção e cesso anthropometrico e adoptado só-
trallsportes. A' excepção do gabinete mente a dactyloscopico, quer na capi-
medico-legal e da thesouraria, que já tal , que r no interior. As vantagens ad-
funccionavam , os mais servic;:os foram vindas para o serviço publico, conse-
introduzidos na reforma de 1906. Não quentes a essa adoPfião, foram luinu-
ê preciso encarecer as vantagens. da ciosamente expostas nos meus relato-
creação do gabinete de queixas e dos rios anteriores.
objectos achados e do gabinete de iden- O Ga binete de Identificação consti -
tificação, aquelle correspondendo a tue hoje ulp..a das ID?"lS importalltE.:S de-
uma eXigencia iml>rescindivcl da ad- pendencias da Secretaria, poss uindo já
ministração geral qual seja a fiscali- um valioso archivo superior a 3 0 lnil
zação da policia, bem como o ultimo, fic has de identidade.
pois, embora houvesse na Secretaria O serviço da pesquiza de pessoa s de-
a id entificação pelo systema anthropa- sapparecidas e de cadaveres encontra-
metrico, esse serviço funccionava ape- dos foi creado em Junho . de 1907 . Em .
nas na capital, sem outorga legal e Novembro desse anno , ao ser refor-
sem, regula.me nto. Con-stituia apenas. ma do o Gabinete de · Identificação,
. ., ,- . - " . , . " , ..........
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.' .." . :."
..... ,,' . .
", .. ,.....•. ....-:; ...'
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....... .
-", '_.': " ". '. . . ..".

- 375 -

·transferÜ·8 m-2,e para eUe' as pesquizas 1909, regulamentando esse serviço,


de desappareeidos e de eadaver-es en· e em virtude da Portaria de 10 die De-
~ontrados, por força do disposto no zembro desse anno, essa inspecção,
decreto n. 1.533-A de 30 de Novem- nQ munidpio d'a Capi'taJ.paooou a ser
bro daq ueUe anno e da Portaria n. exercida pela 3.11. delegacia auxiliar,
2,478 de 4 de Dezembro. Creada a 4," '.,;reada em Out11\bro d<l>Sse anno.
delegacia auxiliar em Outubro de .'
F,icaram tambem Mfootas á 3'a. de-
1909, foram-lhe entregues, entre ou-
legacia auxiliar a inspecção e fiscaH-
tros, os serviços de pesquizas €',m geral,
sação do transito publico, em oonse-
sendo aq ueUe. transferidos do Gabi-
quencia de préViO accôrdo estabeleci-
nete de Identificação para essa dele-

d!() com a Prefeitura em Setem,bro de
gama.
1909. Em Outubro de,,"'e anno, expe-
A captura. de criminosos tambem diram~se as "Instrucções para a •
lns-
não estava organ'isada devidamente na pecção a fisOOilização de vehicul'Üs e
Secretaria,
,
de modo a prestar serviços carretagens" .
á justiça publica. Tratou-se desde logo I FoL ,então crea,d,o o Gabinete de
de levantar o registo de todos os réus ius!pecção e divertiment(}spublicos,
Impunes e. em Setembro de 1908,foi
, , transito e assistencia policial.
dirigida aos juizes de direito uma cir-
Em Setembro de 1909 foi illma:Ua-
~ular requisitando um rol minucioso
d'a na s'ecretaria uma estação telegra-
de todos os réus PFonunciados, conde~
p'hi"o-lÍe~\êphon-ica, t'elldo sido organi-
mnados e foragidos, que se achassem
sado um Co digo Telegraphico da Po- ,
homisiados no Estado. De accôrdo com
licia, do Estado, mandado adoptar ém
esse róI, foi impressa uma relação de
Novem:br-o d-essa anno e dis,tri.buido a
todos esses réus, figurando 'nella
toda'Sl as auctori-dau:es e func--oionarios
3.300 delinqiIentes por varios deli-
dependentes desta Secretaria, afim de
etos. Em março de 19 O9, em caracter
que 10 ,usa,g.g'em na correspondBlIlcia de
provisorio, o· primeiro . supplente da
caracter urgente e reservado.
segunda. delegacia auxiliar, iniciava
o serviço, a cargo de quem esteve, 'Os diverso<-s s'erviç;os então imstallla-
tendo revelado bons resultados, até dos na "ecretaria, alguns já contem-
Ontubro de 1909, data em que tendo plados na reforma de' 1906, revelan-
sido creada a. 4.11. delegacia auxiliar, d,o g.rande d<6senvolvimento, outrob
foram-lhe privativamente diBtl'ibuidos. inteiramente novos, porém carooendo
Foi então creado o Gabinete de In- já de aperfeiçoamento e algum, re-
ifestigações e capturas sob a dlrecção centemente creados precisavam de ser

-do 4." delegado auxiliar, com pessoal regulamentados,
idoneo. :Ne&Se intuito foi expedid,(} o decre-
A inspecção dos divertimentos pnbli- to n. 1.892, d'e 23 de Junho de 1910,
cos foi tam bem inteiramente modifi- Segundo '8'85'6 decreto, a Sieoaretaria
cada, em conseq uencia da lei n. 1.103 ficou comprehendendo: o gabinete do
de 1907 estabelecendo que a disposi- Sooretario, a Directoria da J,w;tiça e
!:ão da lei 1.03"8 de 1906 não abran- C/O.ntabtl)idll'de, 'com, d\urus I~Ões; a
gia a lnspecção dos espeútaculos e di- Directol'ia da Segurança Publica, com , '

vertimentos publicos, que nos termos tres secções; o gabinete de quel-


do Reg" 120, arts. 133 a 143, conti- Xas e objectos achados, o gabinete de
nuava a ser da exclusiva competencia id:entificação, o gabinete medico le-
da policia. gal, o 'ga'binete ,chimico leg..l, o ga-
Exped'iu-se o decl'eto n, 1.7H, em binete de capturas e investigações, ()
376 -

gabinete de inspecção e. fiscalisação d) Do gabinete de (1 u-ei-xa::: e dos
de vehiculos e carretagellS dos d'iver- objectos achados:
timent'Os publico'" e da aS's"Ístencia p'O- e,) ,Do gajbinllle de indentHicação;
.
Ueial na ICapital; 'Oalm'Oxa'rifad'O; a f) D'O gabinete m<edI·co legal;
secçã'O de estatistica;. a bibli'Otheca e g) D'O gabinete clüm,ico i,egal;
archivo; a thesouraria; a estação te- h) Do gabinete •
de c'a·ptu :ras e lll-
legra'phk'O-teleph'Onka; a guarda mi- vest~ga-çõ'esl;
litar e a portaria, tendo, annexo, o-

serviço de conducçã'O e trans·p'Ortes.
i) no gab'i'nete -de insr>ecção e fis-
eal'ização de v,ehiculos- e car-reta-
algun·s já ,
gens, do.s .ctiv·~rtimentos publicOEl
eread'Os coma ""f''O·rma de 1906, me- e da as's,'gteuoia :p<>lidal na Ca-
receram entretanto acurad'O estu·d'O
pital;
durante o desenvol-yi-m-ento qu·e m,os- j) D'O a.lmoxarifad'O;
traram e a -6xp-eriencia revelada p,el-a
k) Da secção de estatistica;_
praUca, d,e-pois d-e!p1nstos -em, execu-
ção; outros-, porém, i-nteiram'ente no- I) Da bibli'Otheca e archivo',
vos na administração policiaI. Íoraru m) Da thegoura·r'ia;
intI"odu.zi'dolS OOln -ema refoTma, t3.!es n) Da -portaria, a que Hca annexo·
como; o gabinete chi:mico legal, ap- 'O serviç'O de c'Onducçào e trans-
parelh'O ha muit'O reclamad'O na admi- porte;
n,tstraçã'O da .p·",IÍ!cia judicia·ria para

a. efficiencia da ,iustiça criminal; 'O ga- o) De uma e·stação te.legl'a-phi-ca e

binete de capturas e investigações,' , teler>honica;


serviç'Os . dantes distribuid'Os por va- I· p) De uma guar·da mUitar.
r.ias pessoaIS<, .SiBnl Ulll'a ori1e-ntação e •
Gabinete de Identificação _. A'O
sem methodo; o gahinete da fiscali-
• gabinete de identificação incumbe de-
sação ,dos vehiculos e carretagens, dos
terminar a identidade pess'Oal dos cri-
divertiment'os pubHc'OS e da assisten-
minosos e a dos cadaveres submettí.."
cia policial; a bibliotheca, tendo an-
dos ao exame d'OS medicas registas,
nexo,- o -archivo geral da secretaria; a
ph'Ot'Ographar os cadaveres dos desco-
estaçã'O telegraphic'O-telepnonica.; 'O
nhecid'Os, 'Os objectos e instrumentos
. gabinete da assistencia policial, este
;empregados \na pratica . dos crimes
ultimo_ Cl'eado e installado no anno
e contravençôes, a posição, situação e
find·'O; e a secção de estastistiea crI.
habitos externos das victimas, a phy-
mina'l e j udiciaria, -entJ'legu"e depois á
sionomia ~os presos, as manchas, de-
direcçã'O da procuradoria geral d'O
dadas e pegadas ou q uaesquer 'vestigios
Estado.
encontrad'Os n'O local do delict'O, fixai-os,.
Damos em seguida uma -bre,ve •
na- reproduzil-os e ampliai-os para \lxame
t'i'cia da org"ani-saçãoo ·e fun.ccionamen- e C'Onfr'Ont'O; determinar a identidade
to das principaes reparti~õf.'s: das pessoas q ne para esse fim forem

Organização actnal A Secreta- designadas pel'O 'Secretario da Justiça


ria da Justiça e da Se·gurauça Publi- e da Seguransa Publica e fornecer pro-
na - ,
CÜlillIDoB-<se: Yas de identidade .pessoal aos que as
a) Do gabinete do Secretario; requerereln ou que- rorem auctorizados
b) Da directoria da Justiça e Con- pel'O Secretari'O da Justiça. e da Segu-
tabiHdade; rança Publica.
êr Da directoria da Soegurança Pu- A iroentifica!<ão é feita segl1nd'O G
blica; s&rsteana da,ctyl~s'cO'pk'O d,e Vucstich,
377

por meio de p.lanHhas· e fkhas, 'XHlS- I primeiros lagares os que ne nhuma 0 11


tando do seguinte: menos accusações tiverem soffrido, e
a) impressões das linhas papHlal'es assim por diante. Esta lista deverá
.
das extremidades digitaes, podendo estar sempre em dia, mencionando-se
talmbem, ser to.maoda-s. as im,pres-sões individualme nte os nomes dos delega-
palmares'l e, quando }precisas., para d.os de p olicia e dividiudo-os pela s
qU~Elsquer pe~'<I uiza", as ~j.alspilanta" classes da policia de carreira, só SEm-
dos ·pés o li daspegada~; ; d o co mpu tadas, porém, as queixas, ac-
b) · filiação morphologica, ,exame cusações ou l'eclamaçõe:-:; que forenl
descriptivo e notas chrÜlmaticas. Tl'a- averiguadas procedentes.
ços .carructe'l'·i sti~os , P€lC ulíiaridrudes, f) os dados estatistico" ão:'3 T-eS-
.

marcas e signaes particulares, cica- pectivo s serviços.
trizes, tatuagens, anomalias congeni-
Ga.bine.f.e i\fedico J.tCg'u.1 _._- Ao ga-
tas, accidenta-es ou adquiridas visíveis
na. vida ordinaria, sem desnudamento; binete m edico leg·a l incumhoéproceder
a:
c) photographia de frente e de
corpos de delicto;
perfil". na escala (le reducção de um
autopsias;
eetim·o.
"V Ç""_·~ficação de obito$.:
Gabinete d"s Queixas e dos Obje- exhumações;
etos Adtado.~ AQ gabi·nete das ~xame em ind ividu as $uSpeito8 o e
-
queixas e dos objectos achados incu!m.- safirer das faculdades mentaes, quan-
be o que ,fôr relativo: do e n contrados em abandono ou forem
a) ao rece bimento e registro das indigentes ou illcrilninados.
queixas e r ec la'mações apresentadas
Quaesquer outros serviços ordena-
contra qualquer funccionario· d,ep·en-
dos pelo Secretal'io da Justiça <:' da Se-
dente da Secretaria, quer verbalmen-
gurança Pu blt ca..
te, que'f por escripto, quer por inter- t
I Gabinete chbnico legal Ao gabi-
media da "i-mjpren.ga;
b) ao recebimento, guarda, classlfiw
I nete chimico legal incumbe fa.zer a.s
cação. cons ervação e entrega d·os ob- analyses chimicas, toxicoh?gicas, pes-
jecto5 a1!h·a dos; quizas de ·sangue e outras em manchas
suspeitas, distillcção de pêlos e seus
c} á leitura de todos os jornaes en-
a rtificios tinctoriaes , conservação e
viados a Secretarí~ e ao extracto.
moldagem de marcas, preparo e con-
para fazer prese.n te ao Seeretario,
servação de peças de convicção que,
diariruID!e""te, de uma r€l1"l:ão, der .to-
nos inquerttos e processos criminaes ~
d'as a·s noti ciaIS qu·e ·os m ieSID.OS o(X)'l1-
forem necessarios para esclarecimento
tenham ácerca do. serviço - da Secreta- da verdade,
ria e dos runccionarios, seus subordi-
nados; Todas as pesquizas serao feitas no
d) ao recebimento, conferencia e I labpratorio installado na Secretaria.
classificação diaria das listas de hos- I i Gabinete de Investigações e Captu-
.pedes dos hote is e demais casas de ras - - O gabinete de investigações e
. hospedagem da capital e a respeito capturas destina-se a fazer as investi-
informar, quando fôr pedido; - . .
gaçoes e pesquIZas necessanas aos ln-
. .
e) a · organização de uma lista dos teresses policlaes, judiciarios e admi-
delegados de policia do Estado, com a nistrativos; a ter em observação· e V1-
relação de todas as queixas contra os gilancia todos os elementos suspeitos
m·Esmos apresentadas, occupando os ou prejudiciaes á sociedade , para pre-
378 ~

yenir R perpetração de crimes, fazer relativos ao mov-imento policial e ju-


as diligencias e promover a captura diciario do Estado; a fazer quinquen~
dos criminosos contra os quaes haja nalmente, sem quadros estatisticos e
ordem de prisão; segundo as ordens em diagrammas, o computo desses
e instrnúções do' Secretario da Justiça dados comparando-os sempre com
s da Segurança Publica. os annos anteriores e distribuindo-
O Gabinete é immediatamente diri- os por toda a população do Es-
gido pelo delegado auxiliar que o Se- tado, d€ modo que se destaquem cla-
cretario da Justiça e da Segurança ramente por grupos e periodos distin-
Pu blica designar. ctos, por classes e faetores, por feitos
O gabinete presta todo o auxilio re- e- especies, etc.; a publicar, regular
quisitado pelas autoridades judicia- e annualmentê, o. resumo dos serviços
rias, policiaes e pelo Ministerio Pu- executados no anno ou quinquennio
anterior.
blico do Estado.
Gabinete da Inspecção e Fiscaliza-
Bibliotheca e Archivo A biblio-
ção dos Vehiculos e CalTetagens, dos theca destina-se á consultas de todos
os funccionarios dependentes da Se-
Dhrertimentos Publicos e da Assisten M

cia Policial na. Capital Ao gabine-


cretaria da Justiça e da Segnrança
Publica.
te incumbe o serviço d-e inspecção e
fiscalização dos vehiculos . e carreta- O archivo, amiexo á bibliotheca, é
.
gel1s. dos divertimentos pu.blicos e da reserva.do e nelle só tem ilntrada o
asssitencia. policial na capital. pessoal da bibliotheca e os funcciona-
O gabinete é dirigido pelo delegada rios superiores da Secretaria.
auxiliaT designado pelo Secretario da Sem ordem competente, nenhum pa-

Justiça e da. Segurança Pu blica.. pel é entregue, nenhuma certidão pas-


O serviço do gabinete é dividido em sada e nenhuma consulta permittida
tres secções: naquillo que depender do arcbivo.
a) A' primeira secção incumbe o A bibliotheca e archivo constituem
serviço de. inspecção e fiscalização dos uma secção das duas directorias. Na
vehiculos e carretagens,- nos termos parte economica e quanto a<Js papel!!
do accôrdo fe"ito com a Prefeitura Mu- do archi)'o, referen~es á Directoria da
nicipal. segundo a lei municipal n. 120, Justiça e Contabilidade, ficam depen-
d€ 31 de Outubro de 1894.; dentes do respectivo director, e quan-
b) A' segunda secção incumbe o to ao mais, subordinados ao directoT
serviço de inspecção e fi!3calização ge- da Directoria da Segurança Publica,
ral de todos os divertimentos publicas, Assistencia Policial - A assistencia
nos termos do dec. n. 1. 714, de 18 de policial constitue a terceira secção de
Março de 1909; que trata a letra c do art. 120 do dec.
c) A) terceira secção incumbe a n. 1.892, de 23 de junho de 1910,
fiscalização do serviço de assistencia e, nos termos do ~,rt.
:'
119 desse de-
policial organizado em regulamento ereto, é dirigida pu;' um delegado au-
especial, de 15 de Março de 1912. xiliar designado pelo Secretario da
Justiça e da Segurança Publica.
Secção. de Estatistica A' secção
de estatistica incumbe colligir, coor- A assistencia policial tem por fim:
denar, organizar, e methodizar, em a) Prestar soccorros medicas de
mappas distinctos e em diagrammas urgencia nas vias publicas ás pessoas
Byntheticos, todos os dados e factos que delles carecerem;
,

379
,
b) Prestar os primeiros soccorros letras amareUas. com um ponteiro gi-
medico ~ em domiciUo fazendo trans- I rato 1'10 de metal branco: .. Patru -
portar os necessitados para os hospi- lha", "Ambulancia ", .óCarro". "Tele-
taes e as ylos. phone ". e em seguida: "Sargento",
c} Transportar para os hospitaes e "Official", uG·uarda".
aByias as ereanças moral e material- As quatro primeiras palavras são
mente a.bandonadas, os alienados men- destinadas aos pedidos do serviço da
taes, os invalidas e os doentes; assistencla e da policia, e as tres ul-
d) Provid enciar o exame para a timas á fiscalização do policiamento.
atteslaçã<> do obito sem assistencia Essas . palavras, convencionalmente,
medica E o e llterramento de indigen- significam:
tes, "Patrulha~' _. "medico, enfermeiro

Todos os serviços da assistencia são I e carro para transporte n ; .


absolut.amente g ratuitos, "Ambulancia" '4 autoridade poll-
A assisten.c:i a policial compõe-se de: .cial e medico legista";
a) Um posto medico; I 'ó Carro~' "autoridade e carro para
,

b) Uma estação telegraphica e te- transporte de presos ";


,

,- "T,elephone" "communicação te-


lephonica com a Repartição Central ";
"Sargento" - "sargento de ronda l ' ;
.. Official" "official de ronda n ;
cidade sao- destinados a transmittir "Guarda" "cabo de ronda".
avisos a estação da Policia CentraL Para se utilizar dessas palavras, é
afim d~ 8.,r exercida a acção da policia necessario levar o ponteiro de metal
branco até ser coHocado sobre uma
e auxiliar a fiscalização do policia-
mento .
dellas, e baixar uma manivella, que
fica no centro da caixa sob o ponteiro.
Esses apPRl'elhos devem ser usados ,

Feito, isso, a palavra marcada é trans-


pelos oflieiaes, graduados e guardas
em serviço. e podem ser utilizados pelo mittida para a estação central da po-
licia, e o guarda esperará a provide.n-
publico ,
cia pedida.
Os a pparelhos-avisos , -
compoem-se
Estão funccionando actualmente 160
de uma caixa numerada, fechada á
caixas de aviso de assistencia, servindo
chave, d~, um tympano e de uma lam-
a cidade inteira, inoluilldo os anabal-
pada electrica e as chaves dessas cai-
des. Dado o aviso de um açcidente,
xas serâo entregues aos guardas de
morte, desastre em qualquer ponto da
serVIço riU'2 fica rão por elIes respOllsa-
cidade, pela caixa respectiva, que tem
veis.
o seu numero correspondente no gran-
,Toda vez que houver , necessidade do de quadro existente no Gabinete Cen-
serviço da assistencia ou da policia, o tral da Assistencia, immediatamel1te o
guarda deverá abrir immediatamente a chefe do gabinete previne pela sim-
• •
caIxa, para se COIDIl+UUlcar com a es- ples pressão de um botão electrico,
tação central da policia, utilizando-se todas as repartições necessarias do
para. isso da fechadura., do lado es - delegado, mediCo, carro-ambulancia.
querdo da caixa '. , Dentro 'de poucos minutos (5 no ma-
Aberta a caixa, o guarda, conforme ximo) está de partida o corpo de soc-
,
as circumstancias, ·se utilizará das in- corro. Cada caixa da cidade, tem na
:dicações feità,s em um qu'arto de cir- repartição central da assistencia' uma
culo com as seguintes palavras, e n:. chapa. com o itinerario determinado

• 380

que o Hchauffe Ul~ " tem a seguir p ar a pulação q ue habita O tel'l'ito rio pau-
chegar mais l'apidament'e a o ponto. lista, qu er nacional, quel' extra n geira.
No Gabinete Central da assistencía, I Instituindo a poliCia de cal'reirã a
está feita a installação de telegtapho lei r e tirou , entretan to, a poliCia da
e t ele phones. Dahi. se pó de com- politica, fel-a calma e impa r c ia l ; e
municar com todo o paiz, p el o teleg r a - entrega nd o a autorid ade pollcial a bo-
pho nacional, com os telephones d a mens sem ligações pa rtida rias locaes,
ca pital e com todos os telepbones do exig iU t a mbe m qu e tivessem conh eci-
Estado d e São Paulo . mentos especiaes d e direito e ~l e p ro-

No edificio da Secre t a ria , ' foi ulti- cesso , indisp e nsav ei~ em quem t em de
mamente installado o Pl:>sto Medico garantir e assegura r a liberdade, a h on-
para soc.c orrc;>s cirurgicos d e urgencia. ra, a vida e a propriedade.
N 'uma ' das dependeneias do edificio •
Num pe río do inic ia l d e o rga n ização
.'
exist e a - gara ge para todos os antom a - iI e m que o povoanlen to é raro . n ullos
,
v:eis da - Assisten cia. são os me ios de t ra nsporte" e peque-
nas a s r e la ções indus t l' iaes e c.om mer-
• I eiaes , os cargos d ~: delega-dos, de poli-
• • I ,.

! . cia poderiam ser, Lom o era m no r egi-


meu poliCial anterior, exercidos gra-
Policia de Caneil'a. - , R ecebida com tuitanlente por q uem muitos 01.ltl·os
certa prevenção, por al te r a r costumes affazer es t a mbem teria.
p olíticos invetera dos, a poli cia de car-
Mas no estado ac tua l do p rogresso
reira tem feito s ua prova exube l'ante:
paulist a, n o qual a po pulação ':I'esceu,
A pratica de se te annas r epresenta uma
adensando-se enormenlellte em muitos
verdadeira d e monstração de sua r eal
nucleos, as industr ias se d'e:::envolve-
vanta gem para o interese publico. Du-
ra m em fa bricas numerosas-_ fi. lavoura
rante esse long o praso, os factos de-
se est ende u cons ide ravelmente co m o
ram a mais cabal confirma ção ás pa-
trabalho livre, form a ndo as f a z'endas
lavras -ponde r a d as do relataria de ..
por si S Ó$" villas ou pequenas t; idades, o
1906 : commercio s e propa gou extraordina l'Ía-
"Para a ordem, para a segurança e men t e com a facilida de d e co m m unica-

para a tranquillidade publica, são ines- ç ão , no qu a l em f im a v ida moral e
timaveis os ben eficios que, com a ins- intellect ual são 111uito mais in tensas,
tituição da p oliCia de carreira, tem co- o serviço de policia, a ugmentado pa-
,

lhido o Estad o de S. Paulo. E' essa l'aJlela rne nte, exige in t eira actividade
uma ,ques tão de algarismo, uma ques- dos d elegados, que d evem ded icar ex-
tão que a est a tística se . incumbe ae • ,

clusivamente todo o seu t empo a pre-


.
provar. - - d os delictos . ficando
vençao e r e pres~ao
Depois que ella foi instituida, r a- por essa forma a s ociedade mãi ~ de-
ras têm , sido a s perturbações da ordem fendida .
no interior do E stado
, . ; e, quando ellas Em face da coll ectivida de sáo tão
se de ram, coincidencia suggestiva, sem- ponderosa s essas van t a gens que ne-
pre o delegado de carreira, por uma nhum governo p'óde despreza I-a s ou
ra~ão qualquer, ná'o est ava 110 exer- alienaI-as .

cicio de seu ca rgo. A verdade é que inco ntetitave lme ute
,

E' verdade que para essa tranquilli- a nova organização policí al , satisfa-
da dee para essa segurança , muito tem zendo a uma necessida de publica , res-
conco rrido o espirito ordeiro da po- pondeu a uma as piração pop ul,u·.
381

De t.odos os lugares recebia sem- Melhorai-a, entendo, em parte acces-


pre o governo· insbtentes e continuos soria, como seja uma nova classifica-
pedidos para nomeação de delegados ção com menor numero, e uma me-
militares. tirados dos officiaes da For- lhor distribuição nessas classe~; e, prin-
ça Publiea. que, em comutlssão, exer- cipalmente, dar melhor remuneração
ciam. esses ca.rgos. pecuniaria aos funccionarios das ulti-
Tornando-se esses cargos eada vez mas classes.
mais a.bsorventes, cheios de responsa- Alargai-a, penso, estendendo-:-a a to-
bilidade E' de penOSOB trabalhos, enten- dos os municipios paulistas, se isso
diam todos que deveriam ser exerci- permittirem os recursos orçamenta-
dos por pessoas extranhas ás loca.lida- • ••
rIOS - .
des e que re.muneração recebessem para
fazer polida.
ErH 38m duvida indicar a actual 01'- { Força Publica A Força Publica
. -
ganlzaçao. do Estado, actualmente representáda
Enc.arada sob um ponto de vista por 189 officiaes e 6.529 praças, sem-
l11ais restricto, ainda a policia de car- pre teve organisação militar e como
reira trouxe melhoria á governança. tal funccionou, prestando serviços mi"':
Por serem as funcçÕes policiaes exer· Iitares á Nação, em. Canudos e no Pa-
cidas, como .já se disse, por pessoas raná. Mas, yerdadeiram.ente, tinha
influentes das localidades, que a isso apenas as exterioridades da organisa-
se presta.vam por patriotismo e por cão militar. Faltav'a-lhe a alma dessa

dever partidario, via-se o governo em organisação isto • é, a instrucção e a
embaraços serios para punir as faltas I disciplina. Foi com essa elevada com-

desses seus auxiliares ou . desfazer lll- prehensão que o governo de 1906 ce-
compatibilidades que surgissem. lebrou o contracto com a França, re-
Commettida uma irregularidade q ual- . cebendo em março desse anno a Mis,
-quer, a conservação da autoridade fal- são Franceza chefiada pelo Coronel
tosa era um "aeto censuravel; a sua Pa uI Balagny.
-demissâ.o. porém, poderia acarretar Ao chegar, a Missão tratou desde
uma. crise. politica, tendo como conse- logo de estudar a indole do soldado
quencia o enfraquecimento do parti- paulista e organisou um plano sim-
do.. o sacrificio talvez ou a mutilação ples, ensinando, a principio.. apenas o
de uma obra administrativa. indispensavel para a disciplina para a
Hoje, desprendida a policia da vida manobra e para o combate. A base
partidaria, a dell1issão ou renl0ção de do ensino foi a instrucção individual,
uma autoridade passou a ser um sim- ministrada paternalmente, sempre com
ples pormenor de administração, que appello á dignidade e a intelligencia de
se faz sem abalos, sem consequencias cada um. Começou-se pela pratica tão
para o partido e com enorme prov·eito simplificada quanto possivel, instruin··
para o Estado. do-se o soldado individualmente, depois
Desernbaraçado dessas preoccupações na secção, depois a secção na compa-
de ordel~i.
subalterna, pôde o governo nhia e finalmente a companhia -no ba-
se entregar, com segurall.ça, á obra talhão. Isto quanto á infantaria.
fecunda de administrar. A -Cavallaria, seguio o mesmo sys,,:
A reforma foi util e opportuna; é tema gradativo, instruindo-se primeiro
preciso mantel-a. melhoral-a e alar- .0 cavalleiro a pé, depOis a cavallo, de-


gll.l-a . i pois na secção; em seguida a secção
'. -- " \" "', ',' , '. ." .

-382 -

no esquadrão e fín~Imente o esquadriio e soldados. Assim se crearam a "Es-


no corpo de cavallaria. Tratou-se cola de Soldado, Escola de Recrutas,
tam bem do ensino do animal de ac- Escola de Alumnos Cabos" . Foram
cõrd.o com as regras da moderna equi- successivamente expedidos os re'gula-
tação. Foram construidos um picadei- mentos da Escola de Batalhão, e "Uni-
..
ro e uma pista para o ensino da equi- dades Superiores", Elementos Q,;' Ser-
tação ás praças de cavallaria e aos viço de Campanha. Foi creada a Com-
officiaes de todas as armas. panhia Escola e instituido o Corpo de
O progresso dos officiaes e soldados Instrllctores da Cavallaria. Para todas
foi logo francamente animador. De pos- essas organisações a Missão Francesa
se de um certo cabêdal de ensino pra- foi logo áproveitando os nossos offi-
tico foram então organisadas instruc- ciaes que revelavam mais aptidões para
,
ções theoricas enfeixadas em livro ela- o ensino.
borado

em linguagem
.
facil e ao alcance Ao lado da instrucção militar pro-
de todos, que assim passaram a estu- priamente dita, foram .arganisado8
dar a theoria daquillo que já co- cursos de insfrucção intellectual. mais
nheciam praticamente. . desenvolvidos para os officiaes e ele-
O armamento que existia na Força mentar para os inferiores e soldados.
era antiquado e até perigoso (Com- :
Iustituiram-se os exames com 08
blain, Manulicher). Foi pouco a pouco respectivos diplomas de approvação,
substituido por armamento Mauser de sendo estes diplomas essenciaes para
7 millimetros.
a promoção. Assim é que · já o accesso
* ao primeiro posto da Força. "isto é,
* "" alferes fica dependente de um diplo-
A preoccllpação do governo de São , ma que demonstre o aproveitamento do

Paulo foi elevar'o nivel moral e intel- ensino. o que incontestavelmente eleva
lectual da Força Publica e ministrar- muito o nivel da • Força Publica .
lhe os mais modernos ensinamentos da De posse dos principios geraes da
arte militar em ordem a tornar essa arte militar, a Força Publica entrou a
Força um orgão de defesa social, prom- fazer exercicios de campanha, come-
pto, effectivo e poderoso. Para esse çando por m"àÍ"cnas moderadas. seguin-
fim foi de evidente e!ficacIa o serviço do-se depoiS o ensinamento de tactica
prestado pela Missão Franceza. A 01'- militar, de topographia, instituindo-se
ganisação que deu ao ensino foi a mais combates simulados, critica das opera-
intelligente e pratica. Os resultados ções. Tudo isso tem interesslido vl-
ahi estão demonstrando a maestria dos vamente a corporação que vai assim
instructores. adquirindo a mais elevada comprehen-
A Missão ministrou o ensino parcel- são do seu valor.
ladamente, instruindo companhia por · A linha de tiro, fundada desde logo
companhia de cada batalhão de modo para exercícios indlvlduaes e collectl-
a não ' perturbar o serviço publico de vos, apresentou 1."esultados muito lison~
policiamento do interiol' e da capital. jeiros. O soldado paulista é hoje um
A' medida que oHiciaes ., soldados excellente atirador. A nossa linha é
.
progrediam na instrucção eram elabo- uma' das melhores . da America do
rados regulamentos e iost!tuldas as di- Sul.
versas escolas para 08 cursos progres- Numerosas transformações e melho-

sivos pelos quaes iam passando as dif- I l'amentos " consideraveis foram feitos
ferentes unidades da Força, officiaes j DOS uniformes de officiaes e praças,

. . .. . .."
': . , " ' . • • .

" '

383 - •

arreiamento e equipamento da tropa, No mez de julho proximo, finda ü


obedecendo · á commodidade, simplici- contracto da Missão Franceza que tã.o
dade, economia e duração. satisfactoriüs resultados deixa na orga-
O governo 4:fontractou tambem ins- nisação da nossa Força Publica.
tructores francezes para o ensino da
Corpo de Bombeil-os -- Foi consi-
esgrima e gymnastica e ~stas discipli-
deravelmente melhorado durante o
nas tem sido de manifesto resultado
para a saúde, destreza, precisão re- e quatriennio, não sómente sob o ponto
de vista technico C{lmo tambem pelo
sistencia dos oUiciaes e. praças. Taes
apparelhamento mais moderno e c.om-
foram os resultados que o governo fez
pleto com que ficou dotado.
uma montagem magnifica para estes
• •
eXerClClOS.
O numero de · valvulas que era de
Duas partes Importantes foram tam- 484 em 1908 elevou-se a 1 . 50·0, in-
bem acauteladas na Força Publica., isto clusive 101 particulares . Foram adqui-
é , o seu serviço sanitario e a previ- ridos mais 25 apparelhos de registro.
dencia, assegurando o futuro da fami- Existiam 50 caixas de aviso sys tema
lia de officiaes e praças. No anno pas- "Generst " para toda a cidade. Durante.
sado o Congresso votou uma lei que o quatriennio foram su bstituidas por
organisou em moldes completos o ser- outras do systema Gomewell " , elevan-
lO

viço hospitalar para a Força Publica, do-se actualmente o numero -de caixas
ficando, portanto, esses servidores do de aviso a 160. Aperfeiçoou-se o ma-
Estado; rodeados de todo o conforto terial de extincção e salvação : no-
em suas <)nfermidades. Quanto á pre- vas e mais poderosas mangueiras, es-
videncia, a ultima lei votada assegu- cadas especiaes, para·quedas. saccos de
rou m·gIhor a pensão para a familia do salvação etc. Foram adquiridos 5 au-
offi~ial ou da praça falleclda: cabe tomoveis, sendo 3 para extincção de
á familia do Coronel 250 $ mensaes; incendios, dá reputada casa Merry-
a do tenente coronel 200$; a do Veather & Sons e dois já usados par ..
major 175$; a do capitão 150$; o ensino de motoristas.
a do tenente 125$; e a do alferes A 25 de abril proximo passado foi
110$; para a familia das praças lançada a pedra fundamental do novO
a pensão será egual a 20 vezes a con- quartel do Corpo de Bombeiros á rua
tribuição mensal de cada uma. Annita Garibaldi.
Como se vê, o governo de São
.
Paulo O pessoal completo do Corpo de Bom-

tem dispensado os mais sollcitos cui- beiros eleva-se actualmente a 413 ho-
d.a dos para tornar a Forç·a Publica mens.
uma corporação digna da elevada cul- Guarda Civica Seu effectivo cons-
tura do nosso Estado. E felizmente a ta hoje de 8 companhias com o total
Força correspondeu plenamente a esses de

2.000 homens. Teni melhorado


cuidados. A população do Estado e
consideravelmente o serviço desta cor- ·
.os estrangeiros que nos visitam dão
poração. O governo procurou dar a
testemunho da precisão notave! reve-
lada nas mano bras e exerCICIOS pU- .- esta guarda o caracter mais consen~
taneo com a cultura e costumes civi-
blicos tantas vezes effectuados
, com

Iisados ·do povo paulista, desarmando o
grande enthusiasmo da enorme aSSlS·
pessoal, que apenas se faz obedecer .
. tencia que sempre afflue nesses dias.
pelo signal sym bolico. A Guarda Ci-
• vica continÍla a receber instrucção ci-'
* '" •
'vil ministrada por um profissional com-
,
,,
384

"dente €. dedicado, Foi experimen- blice e de netas da capital, ~.m 19 O8,


tado com resultado o serviço de cy- e mais cinco. (8.' a 12.') em 1911.
clistas para patrulha e para inspecção ! As férias forenses foram ampliadas
de vehiculos, Estão em serviço I pela lei n . . 1.279, de 19 de dezembro
actualmente 53 bicycletas, de 1911.
Penitenciaria .
Vão adiantadas as o reg isto. civil, na parte referente
obras da Penitenciaria iniciadas em á celebração do casamento, ficou isen-
1911 e cUjo plano vasto e profunda- to. do. imposto. de sello. e da taxa jn-
mente estudado por profissional com- diciaria nos processos, justificações,
petente, corresponderá por largos an- livros e do.cumentos destinados ao. dito.
nos ás respectivas necessidades do casamento, segundo. dispoz a lái n.
Estado, 1.913 de 15 de Qutubre de 1906.
Nesse mesmo anno, a lei n. 1937,
!, de 18 de dezembro., estabeleceu novos
JUSTIÇA i emolumentes para os actos do regis-
i to civil de nascimentos, casamentos e
!
o governo teve sempre a sincera obito.s , tendo fi cado perfeitamente nQr-
preoccupação de deixar feita a r<,forma ,! ma1isado esse serviço em todo o Esta-
I
judiciaria e outras reclamadas pela ad- do, cessando. per cempleto as recla-
ll1Ístl'ação da justiça; mas. taes foram
!
I mações d a s · partes.
i •
os problem'a s prementes a resolver, tae's .,, Restabeleceu-se a dispQsiçãe qne per-
as difficuldades com que teve de lu- ,I mitte aes tabellíães de notas terem
clar, que não foi passivel re alisar essa I um ou mais escreventes juramentados
,
parte importante do seu programma, I cenferme o art. 83 do Decrete n. 123
Aliás, é materia que, dependendo de 10 de nevembre de 1892.
principalmente do poder legislativo , o perdão e a cemmutaçãe das pe-
exige por sua relevancia, estudo muito nas impostas aos réus de crimes <:om-
I
profundo para que os · resultados de I muns sujeit~s a jurisdicção " do. Estado.
uma reforma em tão grave assumpto, fora m tambem devidamente regulamen-,
possam justificar quaesquer transfor- . tad es pele Decreto. n. 1851 de 31 de
mações realisadas, março. de 1910.
F.Íxaram-se as ferias dos juizes crl- Expediram-se em 9 de março. de ..
minaes da capital e dos delegados de 19 0 9 aõ " Instu'ucções Peliciaes para
poliCia pela lei n, 1.154 de 22 de de- a repressão dos jogos", medida ha mui-
zembro de 1908. to. reclamada para a boa interpretação
A lei n, 1.193, da mesma data, me- e applicaçãe das leis penaes referentes
lborou a aposentadoria dos ministros a essa contraven.ção.
do Tribnnal de Justiça que contassem
o tempo necessario e provassem in- SECRETARIA DA AGRICULTURA
validez. Para os effeitos da apesen-
tadoria de qne trata essa lei, COllsi- Ini ciado o quatriennio ainda sob a
derar-se-ãe cemo.. ordenado. tedes OS If impressão da crise . os prim eiros pas-
v~~cimentos que perceberem come mi- I sos nesta Secretaria foram muito co-
nlSt.ros. , medidos. !'vIas a melhora da situação
.
Creal'am-se as seguintes cemarcas:' geral do Estado. a sua expansão eco-
·as de Baurú e Pitangueiras e m a is nomica e o consequente aug mento dos
uma vara em Ribeirão Preto, em 1 B1 r trabalhos cenfiades a esta Secretaria,
Fei creade e 7 .' tabellíenato do pu- obrigo.ram a ampliação de certos ser-
385

-viços, a remodelação de outros e mes 4


mente organizados.· Funccionam ainda
lnO a ereação de novos' departamentos. no Estado: O "Aprendizado Agricola
Crearam-se: o cargo de Cpnsultor Dr. Bernardino de Campos", em Igua-
Juridico. Serviço de Defesa Agricola, pe, "Jorge Tíbiriçá", em S. Sebastião,
Ensino Agrícola Ambulante, Museu a "Escola de Trabalhadores Ruraes
Commercíal, reformou-se o Serviço Me- "Lacerda Franco", em Araras e "Apren-
teorologjco. normalisou-se o Serviço de dizado Agricola Dr. Candido Rodri-
• tomada de contas de estradas de ferro. gues", em Pindamonhangaba .
FOl'a.m reorganizados o Departamento Congresso de Ensino Agrícola Sob
Estadual do Trabalho, o Commissaria- a presidencia do. Dr. J. F. Assis Bra-
do do Estado no Exterior, a Directoria sil a Secretaria da Agricultura pro-
da Illdustria Animal e a Repartição de moveu a reunião desse congresso, que
Aguas " Exgottos. O Dec. de 31 de foi muito concorrido e onde o ensino
janeIro de 1911 consolidou todas estas agricola foi discutido com toda a pro-
reformas. ficiencia e elev~çãó, registando-se as
" .. .-viço de Inspecção e Defesa Agrí- conclusões• qne fazem objecto de nm
cola Pelo DeCreto citado, ficou este opusculo que o governo mandou im-
serviço confiado a um chefe, sete Ins- • primir, para orientação das reformas
pectores. um phytopathologista e um futuras.
dactylographo. Este pessoal já or..:. Estabelecimentos Agronomicos O
ganizou ta.mpos de demonstração em Instituto Agronomico de Campinas con-
Yilla Americana, Ipanema, Chave Ame- tinúa a funccionar com regularidade,

ricana; pronlove o ensino elementar analysando terras e productos, respon-
agricola, ú desenvolvimento de novas dendo a consultas, distribuindo semen-
culturas. eOITlO O tem feito para o ar- tes e effectuando experiencias cultu-
TQZ, alg.odão, etc., estuda as· pragas que raes. Junto a esse• estabelecimento o
possam assolar a lavoura, responde ;3 governo adquiriu 50.000 pés de café
consultas sobre -qualque'r assumpto de para experiencia e demonstração de
in teresse agrícola. "cafeicultura". com o emprego raCIO- •

Serviç.o de nistl'ibuição de Sementes nal de pr.ocessos scientificos e praticos


Entrou em phase pratica, visando para a restauração das lavouras ve-
sempre propagar as . melhores varieda- lhas.
des. Em 1908 distribuíram-se 5.28 ()
Horto Agrado Tropical - Em Cuba-
vols. com HI. 807.250 grs.,· attiIigíndo
tão continuam as experiencias cultu-
adistríbuição em 1911 8.662 vols.
raes de cacau, baunilha,' pinheiros, co-
pesando 43.578.800 grammas,·
queiros da Bahia, Citrus. Este horto
Ensino Profissional Agricola Me'- deve ser transferido para Ubatuba para
receu o nlais devotado interesse por facilitar mais a experiencia das cul-
parte d08 po(leres publicos. Tres esta- tnras do littoral.
beleci:p1entos: officiaes funccionam e
Fazenda Modelo,
.
de Amparo E'
Jlrogridenl consideravelmente. A" Es-
destinada ao ensino pratico dos la'9'ra~
cola Pratica de Piracicaba", reformada
dores, contando para isso 50 alqueires
pela lei 1.14 9 de 7 de dezembro de
de terras.
1908. que em 1908 contava 40 alum-
nos, passou a matricular 166 alum- Serviço Meteorologico Desenvol-
nos em UI 11. Está provida de um mu- . veu-se consideravelmente esse serviço.
seu, 15 boratorio e gabinete perfelta- Breve estará installado em predio pro-
",' ,., " " " ," ' ,'" ' ,"

386 - •

prio na Avenida Paulista o Observa- H'aras Paulista - PindaJlIOnhangaba


torio Central de S. Paulo. Contam-se Visa. o melhoramento da raça ca-
já. 63 poStOS de observação no inte- vallar. ·E mpregará a selecção -e eru-
rior. Esta repartição está. prestaudo 7..amento para obter uma raça fixa de
bons serviços para o estudo da clima.-

cavalIos de guerra e de atrellagem .

tologia paulista e previsão do tempo. I Serviço de Consultas e .I nspecção Ve-


Sel'Vico Florestal Creado pelo tel~inaria. Vae agora dispor de qua-·
-
Dec. 2.034 de 18 de abril de 1911.

tro veterinarios que prestarão p. x:cel-


visa este serviço desenvolver a sylvi- ! lentes serviços aos creadores.
'cultura no Estado, conconendo para :
!
I• Distt'i.buição de ,Publicações Foi
a restauração de nossas florestas. E' g'rande O movimento desta repartição
um serviço a q ne o governo dedicou !
I em attellder aos pedidos de informa-o
grande attenção pela influencia que ções sobre o Estado. No extrangeiro
exercem as mattas no regimen das o nosso Commissariado Geral trabalha
aguas, na l avou ra e na saude publica.
• •

i
activamente na propaganda do Estado
Para animar a sylvicl)ltura a distribui · ,I de São Paulo. Em publicações desti-
ção de mudas aos interessados atting; ,• nadas a ori'Elntar os lavradores f: c rea-

em 1911 a 250.141, especialmente eu- i dores. (oram distribuidas 2~ 1 . 275
,
calyptus . i exemplares . São distribuidas eratui-·
, -
Com o fim' de
Industl'ia. Aninlal ': lamente as segu intes publicações da
impulsionar a creação de animaes, ! Secretaria: Boletim de Agricu ltura. .
ereou-se a Directoria de Ind ustria Ani- •• Creador Paulista, Boletim de Industria
• •

mal, com uma serie de Estações re- e Commercio, Boletim de Commereio do


• •


glOnaes. O Estado dispõe de excellen-
• Porto de Santos e Boletim Meteoro-·
tes reprod uctores de raças finas, no logico .
I.
Posto Zootechnico Central. Seus pro- : A Biblíotheca da Secretaria conta
ductos são vendidos em leilão. O Es- I bOjE, 3.750 volumes para consulta dos

tado tem import.ado tambem reprodu- : fun ccionarios e do publico.
ctores que vende em leilão aos crea- :i
• Depal·tan\(~ nt,() Estadoal do TI>alJalho,
dores. !
~aciona-l !

Posto de Selecção de Gado
em Nova Odessa Faz actualmente
objecto dessa selecção o gado Caracú,
.
pará o que dispõe o Estado de esplen-
didos exemplares.

A leiteria annexa,

tado.
Postos Zootechnicps Regionaes -
São Carlos Itapetlninga e Batataes -
Junto de cada um existe um cainpo de
experiencia e demonst)'ação para f 01·- fabris este inquerito já abrange 10.20 4
operarios. Tudo isto é objecto d e um
ragens, afim de facllitar aos creado-
res, o conhecimento da sementeira, boas
. . ,
boletim que serve para orientar os que
.
variedades, {enação, valor nutritivo, desejal~em vil' para . este Estado .
etc. As agencias postal, telegraph ica
..
" , . , ", '.- .,
387

e de cambio continuanl a prestar 1911 já se acba funccionalldo regu-


• • • •
bons serviços aos lmmlgrantes . larmente o Patronato Agricola, Veio

'este instituto dar vida ás leis federae.
lUovimento Migl"atol'io - Felizmente
I
a. corrente migl'átoria entrou nos ulti- !
e estaduaes votadas em favor do ope-
rario agrícola, O patrono agricola no-
mos tempos em phase muito favoravel. li
meado já tem prestado bons~rviços,
Pelos dados 'e informações que possue
• . I tendo sido um conciliador de interesses ,
o governo, parece que o Estado vae i
entre o fazendeiro e o colono, resol-
contar brevemente com uma boa cor-
vendo diversas duvidas e desintellí-
rente migratoi'ia. Os dados seguintes .
I gencias que têm surgido nessas rela-
são bem eloq uentes:
I, - çoes.
A julg,ar pdo boa impressão q na
Entradas Sahidas !! causou nos , CeI ' tros emigratori.os euro-
1908 40.225 :H).750
• • •
i peus a decreta~ão desta Iei, parece'
1909 • • • 39.674 34.5U
l certo que desapparecerá a injusta ta-
1910
1911
• • 40.478
r,4.990
30.761
...97 ..,
''') 1
,)
!
!
m a de falta de garantia para os nos-

sos operarios agricolas, restabelecen-

Dos entrados enl191117.~49 eram i


I! do-se francamente a corrente ilnntigl'a-
to ria.
italianos, 11.276 hespanhoes" 13, 796 I Ao lnesmo tempo, .o l.)atronato, vae
portuguezes e os <leluais - russos, alle- I organizar as cooperativas para assis-
mães, austriacos, etc. I tencia medica e pharmaceutica, para
I
Colonização - Entrou em phase lU ui- . ! accidentes de trabalho e para a ins-
to prospera, Os nucleos "Nova Odessa ", I trucção prilnaria nos centros agrico-
"Gavião Peixoto", "Nova Europa" e las,
11 .Jorge Tibiriçá U estão conlpletaluente 1'alacio das Industrias Enl 19111
cheios, . Em 1910 fundou-se o nucleo lançou-se a pedra fundamental deste
.. Nova Veneza e111 Calupinas e já con-
li Palacio onde se fará a exposição per-
ta 464 pessoas, .Em 1911 fundaram-se manente dos ilossos productos agrico-
em Mogy-mirim os nucleos "Martinho I las. Industriaes, etc, Ahi se installa-
!
rão a Galeria de Demonsh"ação de·
Prado Junior " . "Visconde de lndaia-
tuba" e "Conde de Parnahyba" e to-
, li

Machinas " e o "Museu Commercial ".


dos estão sendo povoados, Cuida-se As obras estão sendo executadas eOlI1
actualmente da construcção de edifi- o co ncurso financeiro das prÍllcip aes.
cios para escolas nos nucleos colo- companhias ferrovial'ias do Estado .
,
l11aes.
Pl'odlH:Ç!10 Agl.'kola. do JiJsf.ado
O gov~rllo tem cinco commissões
A Directoria de Industria e Commercie>
discriminando terras devolutas para a
está apparelhada para fazer a avalia-
creação de outros nucleos,
. ção da producção agricola do Estado ,
Pa,tl"Ollato Agrícola Creado pela Eis os seus aados relativos ao s d.ois
lei n, 1.299 de 27 de dezembro de- ultimos annos:
,

Pl'o(\uctos l!HlO-l0 I!Il0-11 ,

Café (saccas) , • , 12,285 .. 224 8,524 , 241i


Assucar (saccas) , , , • 402 ,26 1 398.59{1
Alcool e agllarden te (lits,) , , • 122 : 599,290 122,634,80ti
Algodão (a rrobas) , , • • 1,1 27,101 1.466,378
31>8-

Pl'oduc.

t os

• • • • • 1909-10 l!HO-ll
· " . -
':Filmo ' ·(àl'ro·b !ls). · • •
• • • 136.53.2 •
130.118
-Arroz . ·(lit.ros) . . • • • • • 107 . 665.800 104,982.700
• • • • •

'F..,ijâo .. (litros) . • • • • • 14~
·. .,456.'000.
.. . .. ia6. 744. 000
Milho· ,{ IUros) . •
• • • 940.000.000
.. . 955.676.000
· . A · iil~êri6rÚIa:de: da ' safra do café em I, ladQ nota-se a, q UaU tidade de. impor-
1911
· .
-em
reliiçãQ ii de ''1910 fai bem :
. . .. . I
tação para lux{). bem estar . seda,
comp\!nsadá pelá, 'alta dos preços, Ape- linl.1o, obie.ctQ~ 4.e conforto domestico,

zar de ' não ter' ·sido grande' a safra de automoveis, etc.
arroz de 1911 ainda exportamos ... Na 'exportação continúa a avultar
9 ,'sSl 'lone1a'd as beneficiadas. A colhei- o café .. Em ..1908 no principio do qua-.

tá;' de algodão em 1911 foi a maior I trlenn10

era o valor medio de uma sac-
dÔs' ultimos 20 ' annos. \la, a ..bordo, 30$770,.
' Em 1911 .
passou
· ,. a ,valer uma sacca 54~7S0.
· . , .Iuler~,m,bio com.
. . os paize8 extrau-
..
gejJ;p~ ; .
.
FOI n.otavel a expansão . do Movimento ' Marítilllo- De anno I •

. nosso
. . . ,. ....moviment.o
. . .: . . ' com
commercial. . - os para anno augmenta o movimento do I
paizes extrangeiros no q uatriennio I porto de Santos, como se evidencia dos
findo:.
·, '
dad<ls seguintes: . I
1908 • · • • ." 390.934:146$000 Annos . ElltradO\s Sahidas

• . · • •
1909 . •
• • •

• 547.642:837$000 'ton. ton.
19'10 ,, ,• •
· . ' 429.752:808$000
• • 1909 ,," .3.062.041 3,071.794

1911 • , • 675.267:614$000 1910'·. .
• 3.336.291 3.342,063
1911' : : . ' 3.556.780 3.567.264
· A ilUI,lortação subiu de 113.910 con- •

. . 3.773.0591912' . ".' 3.785.896


tos em .1908 a 194.367 contos em .'
· ' . . . . . No. augmento toma parte sàliente
-

a
" ; .

·
1911, .
crescendo
. .' ' 80.457 coutos
.
de réIS. . •
bandeira brasileira, Por todos o.s por-
. . • • ' .

A exportação
. . passou .
de 277.023 . em
19.08 . a. 480.900 em 1911, augmentan- tos.
dó,0-_ Estado,
" , >
em 1909,entraram ..
• • •• • • •

dO, 'pois, 203 . 877 contos, em virtude 1. .586 . .


navios': Em 1911 entraram · ..
da valorização do café, 2.128 .
navi{)s.
. ... ,
;., . ,
• ,"
:.. •
Em ,, "·1911
., . a exportação
. . , total. brl!- - '. VJação .F!)rrea - .Grande propulso-
eUeira..foi
- . .- ..
. . de. 66... 838.892
. . libras
,. . . . · . ra· de ,nossa . prosperidade, teve ·a via~
ester- •

linas, . tocand9 a S.I'aulo 32 .140. ~66, ção fei'rea forte .. impulso 110, quatrien-
libras esterlinas isto é, 48 % 'da ex- nio, A rede geral contava eIu 1908 ..
portação brasileira total. . 4 ·: 082.. kilometros ·e· em 31.dede:tem-

'Ejn 1911 a. impotbição brasileira: to- . bl'o. doe .19H "contava 5.46·4 kilometros,
tai ioi de 52.798,016 Übras ester.linas, havendo augmento' de .1.382 kilo- um
éabendo - aO porto ' de"Sâi1tos ..... . metI'íl&, ..ne~se periodo, Havia em cons-
'
i2. 834: 969', Apurou-se em 1911urn trucção, o," " ' "

.. , , " , .em.:
fins
o ."
d.e. 1911 619, e 1.3 .68
.. ' , -,"
saldo de 286 .532: 958*000 ' eni nossa kllometros em estudos. •
ba.lança commerclál. Relativamente ás estradas em cons-
• • •
E' digno de •nota na nossa Impor- trucção, destacam-se a Estrada de Fer-
tação o augmento
~ .
de m~eriaes
.. _. repro- ro Funilense .ás margens . do : Mogy-
.
ductivo$ ' q lIe revelam progresso. eeono- Guassú , do Salto Grande .
ao Porto Ti-
.' . -
mico' ,'' ' , ferro, aço . . .
brllto e manúfaCtu-
.
birlçá, prolongamento da' E. de F. Ara-
rado;'.,machlnas . 'para lndustria, . lavou- raquara a Rio Preto . e E. ~e F. Bra-
ra. c" at"ão d'e pedra; .e"te: Por outro gantina As ralas de Minas.
- 389

, Pela reforma da Secretaria em 1911 taes predios' dos pontos de vista hy-
regulariZ<lu-se o ·'servlço de · tomada de gienico, esthetico e economl'Co, m-aut...
contas 'das companhias de estradas de festando exigencias so bre-a escoll1a do
ferro, estando' j?- concluido o' de ai" terreno. Os edificios q'lie ;planeJou "'ao
guma.s companhias. ' ,
desde as escolas reunida's" com quatro
,
classes e custand'o c"ei:c:l ile :t4 cont08
Ob•.,.,;, Publicas
, , - Nestes q Q,atro an- .
,.c
no~ 'c:res~e':l . viç-orosamente' o esforço
até os grupos escolares C'()'m "mte clas-
ses e custando 3 4'3 'c'onIos, approxima-
administrativo, PlLra dotlLr o Estado
.damente, cada: 11m'_'
com as o bras publlcas reclamadas pelo
,

. seu progresso e pelos interesses coIle- Aguas e, E"'If,'?.He,~"jlfl;.l-Cl\pita.1


ctivos da pOPulação .. ' A construcção de
• • . • 1 .
rapido cresci,I\\~l1l: d.!\r:lJ<>pulação e o.
. . s .'e.scolares,
edificio. '
c~deias,
. quar.teis, alargamentQ:,;4'1,A!ll!'>, !t4ificM:s ) ~i!tl ,~i­
pontes,. estradas. de rodagem, etc. exi-
. '
tal exigem _um cpnespondeutlL..desen-
, ,

giu o . emprego de
,
. sommas.. cada
. vez volvimentp dos.. seIviGos de. aguas, . e, ,ell:.
mais elevadas. E assim ficaram incor- gottos.
p·oTada.f; ao ,

patrimonio' commum nume-


'

QUi',ll to,,<i'0 ,,,-l:\~t~~jJ,n,!\1J,t'l <l,e. ia/l'u/I,:i["-


rosas obras para o bene~icio ào _povo, rêdel,i!~jf'#-P',\IM~çõ!ljl, 'J.,U,f S~ J<.~A~IJ!ge~
como o patenteia ' o simples. e~ame de dia", ,H 5 ;!~,~;t,." i'i'e~'1Q!'.i ~in,h'l-,i\l!!~ ,?.p,.3
alguns algarismos . . m.<,\t,t·qp ,,~Çí\, 1i9,H~) 91; WW!~Ii~ t<!<l: Jlga,
Em 1908 pela Dire!ltoria de" Obras :çÕ!l1'1 i_~ ~jg/I' 'Y\!' n,,~~" <R!'M!' li, ;9.'1-.',:1-7, ,.... $;1
Publicas foram orçadas, obras no valor
de 2,158:
, '
, ,

666$408; em 1911 essa .quan-,1


. a .BPfS'. .~ ~~b P.-R:Sr.hmesmos.. .. aunQs ..
~~rih N!.I!}!1~$P.-rj ;!ll ~~ill,1~~p..dIf<
tia subiu a 8.916:'775$340. Em 1908 , I a!íll~!~,!;~ a,he"AAIl~ii-1' I!l\ C;w.}M4·I~ôrM!,
. ' . r;. . ),
as obras autôrisadas não passaí;am ~5!1i insufficiente, o dlrector da Reií%~i~,
1. 612: 491$209, ernquanto que em , i de Aguas e Exgottos estudou e propôz
1911 attID.giramà 6.817:777$900. Jiiili- : vâ';-iá.~ "o bl!ã.S;," !~íllbl:itilh.nab'l"Plllli'" ~J~l'à­

tini • elil ' 1908 foram i'6atlsadas • illií-'ai;j

çã'a : ~g -a:UdWçlfo ;«às c'&g\ía~xao ri'DWH~n
no valor de L 333: 173$208, a(jJli"à'S'~Ó-~:I' Cofili':'" "Pilrtl,o_~~a?ró~éét6~1..~1i1-\i ~!lr
que em 1911 "lias irilportaralW Il"út" ,:t , lisà'ÇlI:o "ÜilstàiP óIlVi<,P'Iã"'te'"'iiehii 'Ci:Jl:i:l
2 . 9 in: 158 $ 53'5, estando em a'íi'd'á'men,i ' cluí~:\;-' '11 estão. em anilii:henili"'âílt'róli
to em 1912 obras nai ,linporNií-6fu 'dil i " traiíá.1íí.b\! prepal'at(\rlos
oItr8(~!.i1· :,.;!,, ~. ,:

5. 2~~: 2 .68$6~{}. . .1[1 ~:!:t~)!:!~I';~~J~r'~ Ainda com l'elação a tal serviço, re-
O ~nno de :-. 911 pri~cl~.2:~!!le~~~ :y,IO~, r. a construcção das obras de
muitó fecundo em trabilhoã:"1ai!ã""át- :' do ribeirão Bar-
tender
.
ao'
~rôg~am~a. ~a~o·Góy~&gr ~d~::
• """'I"
.c.'U ;J"" " ' :.( . "' ""
" .~ ' -:".? õ>
.. :->.. •• ••
flítr de aproveitar
construir predios escQlares em quas; a 'do aQueductt>
todas as ~idades dO' llt~t;âó:~j?~é~ ~~~~ o volume
fim. foi :a:'berto o ~Vedfl6~~de-:,.3fÜ;~~OO7'f de abastecimento em quanto
. 9hj'hb .'I> !s·r.:..~ .... 1.f»f;
contos, Já quasi exgott'adÍl, põ{tereiii- não se concluirem os do Co-
sido cpniractadiIá ;!ciu~ãf.fhWi~1; '1i~,l ;~~~-i ~ tia. Com o mesmo intuito, cuida-se
. trucçõespla.li~j.Pdãi:oõ~ 'fí%1~tÕ~ e, ' da Installação provisorla de duas bom-
,
'. .' . ." a:9H!.b1}~tUlml
orça.mentos em 'execuçao, pQr conta de bas a vapor Q.ue ~leva.rão doze mllhoes
. . il"~r r: IPL !!1..A bD,e."'"{fillO')
tal credlt<l 'cõnstám- <le H'3 ,pre/ho. para de litros do Ca buçu ao aqueducto du
grupos escohrres e es'c olas rel1ll1das mesmo nome, Também se trata de
cujas despezas de c:oDstrucção foram duplicar as intallações de bombas da
orçadas em 1.158:07U011l. l\Ióoca, Palmeiras e Consolação, afim
A Direct<lria de Obro,. Ptl.blicas en- de prevenir certas eventualidades pre-
carou o problema da. CODstruCÇ\o de judíciaes,

390 -

• Com relação á rêde de exgottos, de- praça na rua Direita, etc. Para isto,
ve~se mencionar que eBa se vae esten- effectuou numerosissimas desapropria-
dendo. Em 1908 media 911.635 me- ções de predios e terrenos nesses 10-
.
tros com 25.369 ligações de predios; eaes, contractou a cOllstrucção de unI
em 1911 tinha 1.144.300 metros. com viaducto da rua da Bôa Vista ao largo
32.444 ligações. do Pala cio eom a Companhia Mecha-
Durante os annos de 1910 e 1911 nlca e Importadora e iniciou o aterro
construíra.m-se as rêdes do Belelnzi-, I e nivelamento da l'ua Libero Badaró
nho, da parte do Camb'lcy. tributaria e valle do Anhangabahú.
do Jardim de AcclimaçL" da parte do Ao executar esses planos de l'efor-
arrabalde de ViIla Ma, ianna situada ma, o -Governo conseguiu que, ao
na vertente do Tmnanduate'llY e de pai"- computar as indemnisações dos pro-
te do bairro da M,oóca, estando em , prietarios, se obtivesse' a coliaboração
.
elaboração o projecto para o Ypirallga II destes nos melhoramentos. E" aHsim
.
e VilIa Prudente. I que ·0 sr. Conde de Prates se obrigou
.
Em 1910 reencetaram -se as obras'·' I a constru.ir diversos palacetes em ter-
de canalisação do rio Tamanduatehy, renos de sua propi'iedade, Outros pro-
Desde então até 1911 ficaram prom.:..' I prietarios ainda sé comprometteram a
ptos 1.197 metros de canal, onde o re- construir novos predios em harmonia
vestimento de alvenaria de pedra foi com o plano geral, como sejam os des-
substituido por concreto armado. Late- tinados ao Theatro Polytheama, ao

ralmente a esse canal são construidas Bijou'-Théatre, a um Grande Hotel, á
duas avenidas de 18m,50 de largura, Casa Weiszf1og, e outros de inen01'8S
,
I
cada uma. I dimensões e menos importancia.
i.\felhoraUlentos da Capital li A lna- Sa.nealuento d~. S~ntos A cargo
l'avilhosa expansão da nossa capital i da Commissão de Saneamento de San-
I,
impoz aos poderes publicos o alarga- tos continuaram as importantes obras do
nlento e, embellezamento da zona cel1- plano que o Estado tomou a si exe-
traI urbana. Para effectuar os melho- ~ cutar, para o saneamento do nosso prin-
1'amentos illdispensaveis, o Congresso: cipal porto. Em. principios de 1911
Estadual concedeu, em 1910, uma' ver- I esses trabalhos foram ampliados com
ba de dez mil contos. E assim pôde autorisações novas, para construcção
o Governo dar execução ao -projecto de I d e mais duas galerias de aguas plu-
!'
reformas elaborado pelO engenheiro ,
, viaes e para conCIúsão de todos os ca-
Samuel das Neves, com as modifica~ , naes iniciados;'
I
.ções suggeridas pelo notavel arehite- i Deis trabalhos ex-ecutados são d-ignos
eto francez Bouvard. f de menção especial: a. conclusão da
Tendo a propriedade se valorisado I planta geral da cidade de Santos com
em proporção tal que tornou exigua I; pláno de expansão da mesma cidade;
a dotação orçamentaria para realizar e a elaboração projecto do novo "Ho-
todos os mellioramentos combinados' tel de Immigrantes",
,
cuja construcçao
com a "Municipalidade, o Govel'no teve.
- será começada em 1912 num terreno
de limitar sua acção as obras d€ alar-' do Estado. Tambem cumpre notar a
gamento da rua Libero Badaró, melho- I construcção do edifieio

.
onde funccio-
ramento do valle do Anhangabahú, na o eseriptorio da ,
Commsisão Salli-
abertura de ruas e eonstrucção de via-·· taria e' do novo Hospital
.
de Isolamento,
duetos, vendo-se obrigado a adiar ou- cujas obras. tiveram grande.
impulso.
tros serviços, cômo a abertura de uma No actual exercicio será iniciada a
,
• • • . , I


391
.
"onstrucção da rêde de exg.ottos de São consideravelmente o intercambio das
\Tjcent.e, cu.io projecto já está appro- nações europeas com o nosso Estado'.
.
vado. Para isso continuará a séde, o centro
A nova rêde de exgottos sanitarios, director, em BruxeUas, sendo creados
M mposta de collectores principaes de diversos departamentos em outros pai-
alvenaria , col1ectores secundarios de zes . tendo o pessoal uma certa a utono-
In anilha, emissarios districtaes, de fer- mia administrativa, embora sob a de-
1'0, citnalisações especiaes de siphões pendencla do centro dlrector. em Bru-
·e emissario geral, funcciona em parte l xeUas. Cada um desses departamentos
movimentando regularmente cinco es- agirá de accôrdo com o meio, com · a
lações districtaes. quatro siphões e a
-
natureza dos mercados, procurando pro--
usina. terminal. pagar; reputar os nossos productos e
Está funccionando a install:.ção ele- desenvolver as nossas relações. E' claro
ctrolytica para o tratamento dos que todo esse trabalho de propaganda
g.ottOB. bem orientada, concorrendo para dar
Todas as gale rias projectadas para ás praças e ás differentes populações
drenagem superficial e escoamento das auropeas um conhecilnento mais exacto

aguas pluviaes, f.oram terminadas. Dos e minucioso da nossa vida e das van-
ca.naes fícaram pron;tptos os de n. 3,
tagens economicas que a lavoura e as
industrias offerecem aqui ao extran-
7 e 9, faltando apenas pequenos deta-
lhes. Está assim elevada a 2.795 g.airo será sem duvida um agente
metros a. extensão de canaes exe-
poderoso para o desenvolvimento da
corrente emigratoria.
cutada. •

o abastecimento de agua potavel


contractado com a "City of Santos Im- SEC.l~ETARIA DA FAZENDA

provements Comp." e fiscalisado pela •

Commissão, satisfez perfeitamente ás o


movimento financeiro do Estado
eXigencias da população. durante o quatriennl<l, vae expresso
nos dados e algarismos seguintes que
Commissariado
, Geral do Estado, no
representam a summula de toda a
Exte!'Íor Este Commissariado foi
administração, no que concerne a esta
objecto de uma reforma que parece
repartição dos negocios publicos.
muito bem orientada. Era o Commis-
sariado incumbido principalmente de
promover a immigração para o Estado, Receita aJ.'recadada:
Mas, com ás restricções impostas hoje ' .

á corrente emigratorla nos diversos em 1908 • • 42.693:415$262


, em 1909 , 56.659:990$204
paiz..es europeus. uma· missão desta or- •

dem, com esta organisa,j;ão manifesta, em 1910 • 43.280: 8 69$074


era quasi imp:t'aticavel e mesmo írrl- em 1911 • • • 63.946:167$691


tante
.
junto desses governos .
A reforma- imprimiu ao Com missa-
I
dado o caracter de um' verdadeiro I, o valor official da nossa exportação
.~

agente da nossa política economica. I [<li:


.
EUe vae cuidar de mercados para os em 19'08 • 314.855:195$743
nossos productos, fazer a sua propa- em 1909 • 416.760:831$565

ganda, promover o desenvolvimento de em 1910 • 242.643:999$299


nossas relações commerciaes , e eco no- !• em 1911 • , 381.117: 453$663

m icas em geral, a ugmentando assim I


' . . '
, .' , ' .. , "

..
392

sendo que o café contribuio para este A avultada despesa que se nota nes-
resultado com os seguintes algarismos: ta resenha é proveniente de serviços ex-
Saca..s Valor offJc,jaJ traordinarios que o Estado tem sido
,

em 1908. ,8.267.144 246.551:044$390 e será PQr muito tempo' obrigado a


em 1909. 13.369.845 369.007:739$460 fazer com obras de saneamento e abas'"
,em 1910. 7.033.208 194.116 :547$870 ,

em 1911. 8.268.948 306.300 :417$000 tecimento d'agua na capital e Salltos~


,

--- construcções novas na E. de ,F erro


. SOr<lcabana, representação do Estado
a despesa paga pelo Thesouro importa
na Exposição Nacional de 19Q8. ser-
por sua vez:
viço de immigração e colonização, de-
em 1908 • • • 67.988:640$851 senvolvimento da instrucção publica, ..
em 1909 • • • 67.757: 577$102 , tantos outros. como tem sido Qlinucio·
em 1910 • • • 65.851:701$310 samente explicado nas mensagens an . .
.. em 1911 • • • 83.859:847$924 terrores e -nos relatorios dos S ~ f"; re ta­

rios de Estado .



• •

, ,'" .'
'" - . •


• ..

ees: ze(! e:zt-[; . ~~~ .. .


Vl~J.
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~.~ --~ .. -..- -- _. -.- -- - -.- .. ; ({I j âa.B (,fHlSJ rI 9 U! :g1J~ . I..R",6 ~ m~ ~s.·. . t :;;

BALANÇO DA RECEI'rA DESPESA DO ES
'7 J5 .. ,
.. _. -
I
RECEITA

Renda do Estado

Ordinaria . . · . • • • • • • • • • • 57.284 :867$647 ,
Extraordillaria . • • • • • • • • • • • 6.661 :300$044 63.946:167$691

Renda com appJicação especial


Arrecadação da sobretaxa de 5 francos por sacca de
café exportada. . . . • • • • • • • • • ·25.047 :191$814

Divida Interna Fundada


Emissã9 de apolices da 7.- serie , • • • • • • • 642 :000$000
Divida Fluctuante
Cofrpe de Orphams , • • • • • • • • • • 4.223:641$137
Bens de Ausentes . • • • • 297:743$250
Depositas . . . • • • • • • • • • 3.239:264$382 7.760 :648$769

Bancos e Correspondentes no Paiz e no Extrangeiro


Adeantamentos recebidos em conta correntte , • • • 1.046 : 125$000

Letras do Thesouro
Emittidas 110 exercicío ." . • • • • • • • • 114.627:091$727

Valores em café
Pelas vendas realisadas no exercicio e lançadas pelo
preço de custo. . . , , . . . . • • • • • 40. SHO : 193$269
Montepio dos Magistrados . . . . . . . • • • • • 53:730$0011
Caixa Beneficente da Força Publica . . . . . • •
51 :701$272
Caixa Beneficente dos Funccionarios Publicos . • • •
684 :7()7$876
Director da Hospedaria de Imn;igrantes. . . • • •
4 :327$X15
Deposi.tario Publico da Capital. . . . . . • • • • •
1.254 :174$000

Caixa de 1912
Supprimento recebido desta Caixa .. . 2. (iO{) :000$000
• • • •


Diversos Saldos
Saldo da Pagadoria do Thesouro . · . . . . 599$530

.
. SOMMA. • • • • •
258.298:653$763
Saldos d. 1910
Conforme o respectivo balanço . • • • • •
31. 790 :770$034

290.089:423$797

" F
---- - - --- - - ._---------

;1'ADO DE S. PAULO NO EXERCICIO DE 1911


--~~---'"- .. _--._--

DESPESA

Secretarias de Estado
Secrdaria do Interior • • • • • • • • 20.256 :132$354
Secretaria da Justiça . • • • • • • • • • 14.870:384$263
Secretaria da Agricultur"l • • • • • • • • 25.386:173$211
Secretaria da Fazenda . • • • • • • • • 23.347:158$096 83.859:847$924
Divida Flucíuanie
Cofre de Orphams • • • • • • • • • • • 1.791 :885$683
Bens de Ausentes • • • • • • • • • • • 241:234$955
Depositas . . . • • • • • • • • • • • 1.493 :954$483 3.527:075$121
•• • • •
8oliços e Correspondentea no Paiz e no Exírangeiro
Liquidação de contas correntes feitas no exercido . •
88:257$560
Letras do Thesouro
lmportancia das resgatadas no exercido . • • • • •
74.011 :895$443
Smprestimos da Valori7;ução
Emprestimo de 1908, de i 15.UOO.000-0-0. •
Amortizaçüo no exercido. ... · i4.350.ooo-0-O 69.600:000$000
Emprestimo de 1907, de i. 3.000.000-0-0. 73.177 :120$000
Amortização no exercido. · i 223.570-0-0 3 . 577 :120$000

M. 573. 570-0-0
.
Despesa da Valorisação
J mos dos emprestimos da defesa do café,
differcnças de cambio, conservação dos
cafés armazenados c outras despesas _26.099 :612$317
Menos: lucro nas vendas de cafés no •

exercício, differenças de cambio e
nllJr~s l1Idemllis;tçõ('!:. 19.306:116$690 6.793:495$627

Montepio dos Magistrados . ... • • • •


52:000$000
Caixa Beneficente da Força Publica. . . • • • • • •
47:363$895
Caixa Beneficente dos Funccionarios Publicas . •
657:854$448
Depositaria Publico da Capital . •
532:000$000
Director da Hospedaria de Immigrantes . • • •
17:369$97ó

Diversos Saldos
Liquidaçã.o de saldos a favor de diversos . 9:320$859
• • • •

Caixa de 1910
Supprimento feito a esta Caixa . .2 ' '14 S A(J()$(JOO
• • • •

SOM MA • • • • •
Soldos para 191Z
Em Bancos e Cornespondcntes no Extrangdro . • • 15.678:717$522
Idem, idem, no Paiz. . . . .. .. • • • 28.652:194$748
Em Caixa . . . . . . . . . . . . •.. • • 112 :254$670
Na Caixa da Sobretaxa-ouro. .. .. • • • 49 :307$648
Na Caixa da Pagadoria da Agricultura. . • • 199:018$613
Em poder de Estradas de Ferro . . • 141 :479$798
Diversos Responsaveis. . ..... • • • 37 :449$945 44 .870 :422$944
290.089 :423$797
395 -

FAZENDA

Receita
.
e Despes.. A Receita e Despesa do Estado de São P~u!o , no
exercício . de 1911, que acaba de ser encerrado. é a constante do seguinte :
. .-
~
.
Comparada a receita arrecadada. . . . . 63,946:167$691
com a que foi orçada pela Lei n,· 1245 de 30 de
Dezembro de 1910 , , , , , ' , , 58,341:000$000
_._ - - - , - -
verifica-se urna maior arrecadação, na tmportancia de 5,605: 1~7$691

que, na s ua totalidade provem do grande augmento


que teve a renda sob o titulo - imposto de
.
transmissão de propriedade inter-vivos que
tendo sido orça"do em .. , 5.300:u<)0$000
produziu . , , , . , • , • • 12,701:703$50 8

ou mais . , , , , , , , 7,401:7'H$508

A receita ordinaria e extraordinaria, de"compõe-se pela seg uinte'


forlPa :

Direitos de exportação. • • , 27,603:889$955


Taxa de expediente. , • , , , , , , 132:971$350

Imposto de transmissão de propriedad e inter-vivos 12,701:703$508


Dito causa-mortis , , , , , , 2,359:499$285
Sello do Estado, , • , • , • • 806:103$354
Imposto de viação . • • • , • , •, • , 1, 255:357$411
Imposto Predial. , , • , , , , , , , 1. 971: 532$138
Taxa de exgottos , , , , , , 1,227:527$533
Taxa de consumo d'agua e obras extraordinarias . 2,523:563$380
Taxa de matriculas ' • , , , , , , , • 201: 442$400
.
Venda de terras publicas • • , • ,' , , 213: 777$236·
.
Cobrança da divida activa . , • , , • • • 1.0\14:271$727
Imposto so.bre novas plantações de café , •• • •

TaxiL addicional ' , ,. . , • • , . • 2,101:660$032


Imposto s! prop, immovel não ca[eeira , , . • 187:377$065
Imposto si o capital- ·de casas de commel'cio . • • 660:483$831
Imposto s! o capital das Empc Industriaes, , , 125:680$917
Imposto s! o capital das Soe, Anonymas ' • • 712:969$099
Imposto sobre o capital particular empregado em
emprestimos , , • , , , , • • 644: 385~950
Imposto sobre o coul:'umo de aguardente , • , 531:489$280
Taxa judiciaria , , , , , • , , • 226:182$196
Taxa das feiras de gado ' , , • :-~ -
Imposto sobre terrenos· com frente para o canal do
mangue em Santos , , • , , , • ,

Indemnizações , • , , • • • , • , 5,289: 503$537' •

-.9no~ ,.• .• WIJ1"'il'AlHf\·alii!jjot-tll,t, ~". ~u w. , . .. " ,, - --6-2 '.-5'1-4<:;171$507


s:tn .n1'uh oÓino~rv ODf!f>l ,l:"oU)[ 08 aI> afifYJfJ(-'. 8r.P.. aô8. 8E. ·".J~l·) h ;J .. q ·
.- 396

Transporte . 62 . 574:371$507
Eventual e multas . . . . '. • • 161: 239$,,78
Renda de estabelecimentos do Estado • • • 483:556$929
. Imposto sobre ' Lote rias • • • 727:000$0 00

Tota I . • • • • • • • • 63.946: 1 67$691

A expo,·tação lolal do Estado de S. Pau lo attin-



:.giu em 1911 ao valor afficial de Rs. 38 1.117 : 453$663.

Esta souuna divide-se pela seguinte forma:

Generos su jeitos aos direitos de exportação:

Café • • • 306.300: 417~000


-Couros • • • • 10:459$000
Carvão • • • • • • • 6$000

Fumo • • •• • • • • 395:439$503 .
L enha • • • • 285$000 .3 06 . 70 6: 606$503

Gene ros s ujeitos som.ente á taxa -de expe diente:


Tecidos de a lgodão • 20. 849: 478$ 200
Tecidos diversos • • • • 1. 100: 942$400

So jas e a rre10S •

• • • 1 . 335:274$000
Calçado • • • • 5.390:216$100

Roupas . • • • • 2.969:360$000
Saccos vasios • • • • 1.460:710$400
Garrafas vasias • • • 1.123:711$600
Papel . . • • • • 1. 243:0 38$000
Impressos • • • 3 .226: 548 $00 0
Chapéos •
• • • • 4 . 442: 07 2$800
~. .
. .,-elveJa. • • • • 1.763:800$000
Ferragenf': • • • • • • 2.207:143$500
Feijão . • • • • 1.764:385$000
Arroz • • 4.120 :6 11 $ 000
Farello (Ks. 1 7.505.3 8 6) • 1 .338. 133$500
Banana.s • • • • • • 1.043:222$000
Armarinho • • • • • • 3.414: 620$660
'Outros gen~ros cnja exportação •

. foi de valor 'officla l inferior


a 1.000 :0 00$000 . 15 . 617:5801000 74.410:847$160 •
•,

• • Total . • • •
--'---'-
381.117:453$663

A exportação do Café roi de 496 . 1 3 6 . 93.0 kilogrammas, corres-


pondente a 8.268.948 saceas de 60 kilos. tendo vigorado durante

. '_._" .' --
,

397

'quasi todo (") 8.n1l0 o valor official de 460 réis por kilo como base
para cobrança dos direitos de exportação. $

lh~SI)esa -- A despesa paga pelo Thesouro, importou em Rs.


~~.F59:847S924 sendo:

,Seu'etarüi do Interior · • • • • • 20.256: 132$.g54


•• da Justiça • • 14.870:384$263
,. da Agricultura • • • 25.:)86:173$211
•• da Fazenda • • • 23.:)47 :158$096

Estas somma.s distribuiram-se pela seguinte forma nas quatro


, ~eq·eta.rias:

Secretaria. do Interior:

Pl'esidencia -do Estado . 76.400$000


_. ,.
,)
Senado . . • • •
• •




• 506:722$979
~.,. Camara dos Deputados • • • 863:164$619
4 , {, Se(Tetaria de Estado 277:960$000
,fi . ,. Almoxarifado. . • 20:360$000
. 6 ." Bibliotheca Publica • • • • • 32:400$000
7.'" Direct.oria Gera1 de Instrucção Publica • 187:800$000
"" . . Mscola NOrlnal, Escola Complementar, Escola
Modelo e Jardim de Infancia. . . 498:579$656
•Q • " Escola Complementar € Grupo Escolar de
Itapetíninga '" • • • • • 174:000$000
J O... Escola Complementar de Piracicaba • 77: 453$140
11. ,. Escola Complementar de Campinas 81:604$017
12. (. Escola Complementar de Guaratinguetá • • 82:503$823
1 3. {, Ensino publico Primario • • • • • • 8.977:436S886
;4." GymnaSill da Capital . • • • • 192:006$540
1[1." Gymnasio de Campinas. • • 172:209$337
16." Gymnasio d·e Ribeirão Preto • • 127:131$169
17. <, Escola. Polytechnica. • • • 442':942$42 1
'
18. <, Seminario de Educandas • • • • 77:740$000
19." Hospicio de Alienados . • • • • • 698:318$376
20. (, Repartição de Estatistica e Archivo do Estado 100:841$941
21. (. Diario Official . • • • • • 220:000$000
22. " ~fuseu do Estado . . • • • 78:838$350
Serviço Sanitario . • • • • • 1. :397: 520$000
.
24. " Socco1'r08 Publicos • • • .. 1.405:623$024
" ..
2 o. Pinacoteca do Estado • • • 19:196$700

Subvenções .. • • 34:879$100
Eve-ntuaes e Representações • 10:000$000
--_. __. -
Somnla. • 16.893:632$078
," . .'


398 •

.
Creditos Especiaes:

Despehs do Congresso Constituinte . • • • • 980: 451$76~;

Predios Escolares . . . . • • • • 1. 73 í :::: 20$816


Escola Normal d e São Carlos . • • • • • • 86:73"$400
Novas Edificações no Hospício de Juquery • • 266:056$889 ·
Escola Normal de Pirassununga. . . • • • 37: 163$361
Escola Normal de Botucatú . • • • • • • 33 : ~9~.$140
Zelador <Ias Grutas Calcareas . • • • • • • 1:320$000 •

Hospital de· Isolamento de Santos . • • • • • l08:1()7$G51)


Auxilio ás victimas das inundações em Paraná e.
Santa Catharina . . . . . • • •

Reorganisação do Almoxarifado da Secretaria do Iu-


terror • • • • • • • • • • 1 2: (I :")I)$26Ci

Somma . • • 20 . 25 u
"'1 ' )')!)"~
..) _ "'" .J oJ '(
'1:"

-_._ - - - -

Secretaria da Justiça : •
..

1.. Secretaria d.o Estado • • 596:986$605 •

2.• Administração da Justiça • 1 . 452: 306$240


3. I) Ministerio Publico • • • 493:316$605
4 .• Junta Commercial • • • 33:063$880
6.• Serviço Policial. • • •· 850: 605$24'0
6 ." Prisões do Estado • • • 1.68 6:136$852 '
• . . •
7. " Instituto

disciplinar • • 17: 677$895
8. " Colonia Correccional • • 96:050$930
9." Força Publica • • • • 9 . 413 :93 9$800
10. o Pagadoria da Força Puhlica 10:823$990
11." Eventuaes • •
'l
• • • 40:000$000 14.690: 9,)8$037
- -
14.690:9Q8~037

Creditos E speciaes :

Avisos de Incendios . • • • 179:118$726


Melhoramentos
• •
no Co.rpo de Bom-

beiros . • • • • • • 357$500 17 9:476$226
....


14.870 : 3 84$2 6 3
. "•

.. .'
,
Secretaria da Agricultura:
, .' : • <

. ,. .'"

L" Sécretaria de E stado • • 1. 362: 616$970


2. " inspectoria de Im migração
do . Porto de Santos . • 67:200$000
r~· . ;.<. "
I """'- \ . , ; .
. . ' _ . '_'. . .. ...... -..


399 - •

3.° Serviço de Immigração e


Colonização . • • • • 3.374: 466$796
· . 4• (>
Serviço Agronomico . . 1.436: 300$000 •
,
·
•• :;
" . 1\
Commissão Geogl'aphica e
Geologica . . . . . 221:840$000
6·." Obras publicas em Geral . 2.250:274$345
!.(> Sa.lteame.nto de Santos • 2.599:458$883
,R.,. Cont.ractos e Subvenções . 683: 454$145
Repart.ição de Aguas e Ex-
gottos • • • • • 3.306:600$000

· 10.
.. " Tran~vvay da Cantareil'a . 312:635$513
:11." Repatriação de Immigrantes 5:000$000
12 :' E. de F. .Funil.ense • 289: 484$156
., ,.
: 1 .; ,) Transporte ' am Estradas

de Ferro • • • • 243: 194$282
14 . ,. Commissão de tomadas de
COlltas . • •• • 18:208$500
1 5 . ,. Despesas Eventuaes • • 50:000$000 16:220:733$590


• 16.220:733$59ü

Creditas ·Especiaes:
. .,.
.E1'p.o.sição
. , de Turim .
'.
• •
.
146:738$05 8 ,
N0vas Construcções da E. F. " So-
, roca bana . . . • • 869:223$343
Aguaj;; e Exgottos de Pirajú. • 135:000$000
Canal do Tamall-duatehy . • 100: 584$629
Propaganda do Café . • 313:398$061
•• • .
Prolonga
'.,
mento da E. F. Funilense
'
645:928$097

Escola de Aprendizes e Artifices. 12:000$000
Melhoramentos da Capital • • 6.056:484$290
.
Ramal do Gllapil'a. • • • 27:373$502
E : F. de Pilldamonhallgaba .aos
• •
. Campos ' do JOl'dão • • 41: 998$273
Constl'ucçã,Q do Novo Palacio do
Governo • • • • 2:395$700

Ext.incçào de Gafanhotos. • • 5:157$450
• Indemnisação ao Concessionario
da E . F·erro de São Sebastião
ás Raias de Minas . • • 600:000$000
Repnõ'sentação do Estado na Ex-
posição Nacional de 1908. 12$000
Congresso
, Agricola • • • • 46:931$100
COll.'; t.ruc çilo do No.o Quartel de •

BOlubeiros • • • • • 30:000$000
Nova Penitenciaria da Capital 132: 215$118 9.165:439$621
.
25.386: 173$211
, •
• •
.
..
..- ..."-."
- .. _ .... '.
-. . ' .
''''' "
. -
.

. '.- '-'0'0
400 -
,

Secretaria da Fazenda:

1 ." Secretaria da Fazenda e Thesouro do Estado. 567: 200$000'


,) "
,. Adm inistração e Arrecadação das Rendas • :_.: .136: H08$4'78:
•'.! • () }i"'iscalisações • • • • • 23:6008000
4. o Exercícios findos. • • • • • • • 875:349$216
.
•fi • ., Reposições e Restituições • • • • • 42: 608$062
I') . ') Juros diversos • -8. 505: 984~636>
• • •
7. () Differenças de cambio • • • • • • .,,) . 729' "1"8!6"
'. ~ ~, .~.

,8 . .. Aposentados • • • •. • , • 684:445$262
5-}. o Reformados•
• • • • • • • • 360:024$932'
10." Auxilios e subvenções • • • • • • 2.673:033$060'
11." Eventua-es. • • • • • • • • • 45: 463$288

• Somma. •
Ó
1 ()
J;, •
64'" 8~' ') ....... f" q,
.~'.' 'o, ""'";'<.' .;1.

Creditos -especiaes:

Indemnizaçã.o ao Dr. Virgílio de Rezende. • "4'.<)O () -t'!I~


j ""9 7
.. '

Responsabilidade do ex-depositario publico, Dl'. .


Francisco de Ca.nlpos Andrade Junior_ <'8-
-' •
·)·),~~,)·'4
'"' -' u <,l' -.>

Emprest.imo á Santa Casa da Capital. .. 1.000: OOO$OOl'


Desapropriações e Obras • • 1. H4:091S2S:I
Garantias de. juros ao· Banco Hypothecarío e Agricola 259 :478$045
Garantia de juros a armazens geraes. • • 26;726$039
----_ .. -

Da comparação dos algarislllos da llellesal11ento da Capital, conlnl'me en-


receita COril os da d'espesa, verifica- contrareis minuciosalnellte desCl'ip,to
se que o exercício de 1911 encerrou-se nos relata rios dos Srs. Secretarios de
com Uln excesso de despesa dé. Rs. .. Estado.
19.913; 680$233 que provem das gran-
des despesas com obras de saneamento, Activo ePas.sivo Ao eu(:erra.r-se
Instrucção Publíca, c.onstrucção de pre- o exercício de 1911 o Activo e Pas-
dios escolares, acquisição de immoveis sivo do Estado era representado llelo
para inicio das grandes obras de elll- seguinte:


_. - _.-

--- .......- - - "--"" '- -- _ .•.....•_ ....•...... .. .. _- _.. .. .. ... . ......... . .. ...

•· BALANÇO DO ACTIVO E PASSIVO 00 ESTADO


. . _
...

_ __ _ _ _ __ _ _ _ __ A_ C
_T_ I _V_O_ __ _ _ _,....._"._
•• "~•. _._._"'_I.

Proprios do estado
Valor dos escripturados a t é o encerrame nto do exercido 170.&:i9 :864$71:)9

Valor~1 Pertencentes ao EstadD


Apolices Feder aes . . . . • • • •
Apolices Estadoaes . . . . . . • • • • • •
Diversas catnbiaes e outros valores . • • • 58 :804$97U

Divida Activ4

Sa ldo escripturado a.t é o encerramen to do exercicio . • 22 .836 :125$030

Bancos de Custeio ~ural

Emprestimos em apolices espeClaes do auxilio agricola a


20 Bancos fund a dos no Estado . . . . . . . . 1.000 ,000$000
Café A.rmazeoado
• Valor do exis tente calculado ao preço de custo . · .
Despesa da YalorisaçiO
Sa ldo desta con ta a amorl inr em ex.uc icios futu ros com
o pr oducto da sobretaxa -ouro sobre o ca fé exportado,
de produc"ão paulista . . . . . . . . . . . 57. 1<Jl) :091$ 168

SaJdos para 191Z


"
.
. .
Em Bancos e Corr espondeuks no Extrangeiro .
" Pa ia · . . •




15.678 :717$522
28 .652 : 1 94~748
• Caixa · . . . . . . . • • • • 112 :254$67H
da" sobretaxa-oul'O . . . • • • 49 ,307$64R
• •
" da" Pagadoria da Agricultura . • • • 199 :018$613
Em poder de Estradas cle Ferro. . • • • • 141 :479$798
" " de diversos responsaveis . • • • • • • 37 :449$945
\


I

· _ .. ~ ... _._._ .. __ . _~
.... ... - c- ........ -
468.998 ,550$992
Sf l MMA . • •


468. 998:550$992
Valores de Compensaçiio no pasSJ VO

Con tractos d e hypoth eca recebiúos de estradas de {e rro


subvencio nada s p.dei Estado e outros. . . . . . I. ao l :IIÚI.l$tltJ[)
Valores recebidos· em caução e em deposito. . . . . 2 , ~7 :t)25$~J7 I
Caixa especial de juros de apoliccs . , . . . . . 257 :4C)()$()fHl
E sta mpilhas e papel sellado exis t.cntes 110 Thc~oilr(l I'.
nas útaçõcs ele ;lfreca dação. . . . . . . . . 27.1.190 :W:t!".·HlII
Cnixa especial de apoliees :"l emittir . . . . . . . &13 ;(MII.I$IKIIJ
.

.- - __'.'0'.'.... ........."...-"___;";, ''.-'" O-i. ' . .. .... ..; . •' ; . . . . .".. . no


" ..
; "•• -. ."'' '.i
--,-,:-',' '- "

403 .

Divida passiva. - ü serviço da divida passiva do Estad.o foi tratado


cOril o costumado cuidado, tendo sido amortisado durante o" exercido
o seguinte: •

Empresti:~:nos internos:

'): " série


Apolices da. ". 148:000$000
• • •
,
..
" •3 • " . • • 22:000$000
., 4. ' • • 16:500$000
" "
.. 5 "" 16:500$000
..
• •
"
.. 6 .•
"
.. • • • 28: 000$000 2:ll: OOO$OOr,
• ---

gmprestimos externos:

de 1888 - Luis Cahen & Sons


.
j; 23.000-0-0 . • • 204: 447$000
de 1888 - British Bank f-" . . . . . •
18.700-0-0 • • • 166:224$300
de lS99 - .T. H. Schroeder & C.
f, 82.300-0-0 . • 731:564$700
de 1904 - London & BrazUian
Rank J: 19.541-0-0. . 173:699$950
de 19 O5 - Dresdner Bank ~ ....
46.400-0-0 • • • • 412: 449$600 1.688: 385$55'),

1.919:385$5'5')'

.
Dos emprestimos para a defesa do café fo-i amortisado o seguinte:-

~Jmprestüno de f 3.000.000 do
GOV€l'110 Federal, ""o ..... .
223.570-0-0 . • • • 3.577:120$000
Emprestimo de f 15.000.000
S; 4.350.000-0-0 • • 69.600:000$000 73.177:120${}OI~'

Defesa do ·Café.- Durante o a.nno de 1911 a. sobretaxa de 5 frall"


tos pl'od uziu Frs. - 43 . 420 . 288,63 que tiveram a seguiu te applicaçã,o:.

Entregue ao Thesouro do Estado d'€"_ Minas Getaes,


correspondente a 3 francos por sacca de café
mineiro entrado para o Esta.do d'e São Paulo. 1.208.219,0'"
Restituindo aos contribuintes por t~r sido illdivida-
_.,. .. "

nteute ar-recadada. . . • • • •
,

1.339,on,
Arrecadação liquida erilpregada no serviço da defesa •

do café . . . . . • • • • • 42.210.730-",1'

Total. Frs. 43.420. 288,""~


~
. .. . '" . - I
. ." • .

· .

404

Continu ou a ser feito com toda a ", Do g r and e e mprestimo d e Lbs. . .


Tegula ridad e o serviço dos e mprestimos . 15.000.00 0- 0-0 co ntrahido com os Ban-
••
contrahidos pelo E s tado de Sã o Paulo, q u eiros Euro peus e m 11 de dezembro
par a o serviço d a d efesa do café . de 1 90 8 p ass ou pa ra 1912 a divida li-
Assim é q ue do emp restimo d e Lbs. quida de L bs. 7.8 47 .080-0- 0 já tendo
.3.0 00 .000- 0-0 feito pe lo Gove rno Fe- sido am ortisad a , portanto 'a quantia
,
deraI já f oi amortisada a importancia de L bs. 7. 1 52 .92 0-0-0 fica ndo a inda

de Lbs . 4:)1. 1 76- 0-0 passa ndo a ss im e m poder dos Banque iros para ser ap-
para o ann o d e 1912 a divida liquida plicada a o mesm b fim :
·de Lbs. :\.;;68.824-0- 0.

o s a ldo de nossa ele em 3 1 de Deze mbro d e 19 11 . 430 . 0 86 -0- ()


O produ ct o da venda de 700 . 000 saccas de café ef-
f ectua da em 1912 , a pprox imada men te . • t 3 .000 .000- 0- 0

Sa ldo e m cambiaes na caixa da sobretaxa·oul'o F rs.
S2. 19 3,0 0, ou . . . . . . . . 3 .2 61-0-0
O produ cto da so bre t axa a rrecadada n o cor rente
an no na im portancia d e : Frs. 8.30 2.9 96, 92 ou
seja m • • • • • • • • 329. 486-0_0

f. 3.76 2.83 3-0-t}

Podemos po iS dize r qu e .neste· momento o empresUmo de · Lbs


15.000. 000 - 0-0 esta r e duzid o d e facto a po u co m a is d e Libs . .. . . . .
•. 000.0 00-0-0.
Os cafés perte nc'e ntes ao Estado tiveram o ~egu i nte movimento:


'Passara.nl . para o anuo de 19 11 • • • • 6.3 05 . 1 33 _Saccas
F o-ra m vendidas e m 19 11 • • 1.203.665 "

.-
·Pa.ssara m para o a nno de 1 9 1 2 • • • 5. 1 0 1 .468
_._ ,.
"
d;. tr ib u id as pelos seguin tes portos:

Havre • • • • • • • • • •• 1.526 .5 7 6 Saccas



New York • • • • 1. 05 6 .288 •
• • • • •
"
Ha m bu rgo • • • • • • • • • 1 . 195 .66 2 "
An t uel'p i a • • • • 999.999
• • • • •
"
Ro t terda m • • • • • 85 . 113
• • • • •
"
Triesti' . • • ·. • • 8 7 .30 7
• •
"
Marsel ha • • • • 7 6.6 1 6
• • • •
"
Bremell • • • • • • 73 .9 07
• •
"
-
.. •
-"

Total . • 5.1 01 .4 68 "

No anno de 19 1 2 fo ram vendidas a o E stado de São P a ulo é de . . . -


" m virtude de d eliberação do Comité , 4. 4 01 . 46 8 saccas.
·700.000 sa cea s. de for m a q ue. a ctu a l- Nos relato rios qu e regular"m.e n te têm
:men te o stoek d e cafés pe r t encen t es s ido a presen t ados pelo Secr etario do
::·,.',':">·i'.:','?:.·' ." .. '.: to. , , .' .. ,. . . " ... , ,,' . .', '.', .. , '

,
" :',: :',: ,d, ,,' ' " " "" .. ' ,
'. , . . ...:, ....

405

E stado dos . Negocios da Fazenda, se exigido por esta operação, desde seu
-encontram com os mais minuciosos de- inicio, em 1906 até 31 de dezembro
talhes as informações sobre este ser- de 1911.
viço . O Thesouro de S. Paulo, teve ao seu
E ' c urioso, no entretanto. conhecer dispôr os seguintes recursos:
-
-em svnthese., o movimento de fundos • •

Produ cto d.os empresttmos contrahidos conl Banqu e í~


r osno extrangeiro . . . . . . . . 3 49.932.000$000
Producto dos saques e adeantamentos contra emba,-
que de café ....... 189.329:279$927
Sobretaxa arrecadada, s npprimentos feitos pela caixa
commum e producto liquido das vendas de café 301 .82 9: 945$635

Rs . 841.091:225$562

Esta somma foi assim empregada:

No r esgate de emprestimo exterior, até 31 de De-


zembro de 1911 . • • • • • • • 183.277:536$000
No pagamento dos saques e adeantamentos feitos em
c/ c pelos correspondentes . . . . . 189.329:279$927
• N a compra de cafés, e nas diversas despesas deste
serviço, desde 1906 até 31 de Dezembro de
1911, taes como impostos, fretes, seguros, ar-
mazenagens , juros, ' commissóes , differenças de
cambio, differenças entre 9 par e o liquido re-
cebido nos emprestimos contrahidos, etc., etc. 468 . 484: 409$636

Rs . 841.091:225$562
'.
Ao 'mcerrar-se O anuo de 1911 a situação do Estado, com rela-
'ção ao serviço defesa do café era a seguinte:

Encargos do Estado:
Resto a pagar ao Governo Federal do emprestimo
de lO 3.000.000-0-0 • • • • • • • • 41.101:184$000
Resto em circo do emprestimo de $15.000.000-0-0 125 . 553: 280$000
Supprimentos que têm de ser Indemnisados á Caixa

Commum do Thesouro • • • • • • 62.708:869$259 •

- - - - _.-
229 . 363:333$259

Para fazer face a estes encargos o Estado dispõe:


4 . 401.468 saccas de 60 kilos de café ao preço me-


dio de 80 frs . por sacca de 50 kllos ou sejam 254.124:562$000

A transportar • • • • • • • · 254.124:562$09 0
4Q6 -

Transporte • • • • • · 254.124:5621000
Producto da venda de 700.000 saccas de café em
1912 (em liquidação) . .. . . . 45.000:000$001.'
-Sa.ldo em poder dos banqueiros em 31 de Dezembro
de 1912. . .' .... • • • 6.454:103$96"
Saldo. de cambiaes do exereicio de 1911 . • • • 49: 307$64,~
Sohretaxa arrecadada no corrente anno de 1912,
Frs, 8.302.996,92 • • • • • • 4.930:022$704

310.357:996$3t2

Como se verifica da demonstração Em 25 de Abril de 1910 foi celebra-


acima üs recursos de que o Estado dis- do .Q contracto definitivo para Bstabe--
põe aecusam um superavit de Rs. .. lecimento de Armazens na Rua Do-
81.194: 663$053 que, devo dizer, já mingos Paiva e Martím Buchard, na
está em parte gravado, para pagamento capital.
dos recursos, que tem sido preciso- Em 13 de Janeiro de 1911 foi assi ..
obter para fazer face ás despesas ex- gnado o cOll,tracto definitivo que com
traordinarias- com melhoramentos e o Governo do Estado fez a Compa-
obras novas no ·Estado. nhia Paulista de A"mazens Geraes
na cidade de S. Carlos, concedendo a
Arlnazens Gel'aes Pela Lei n. o
garantia de juros para O capital de
1.017 de 19 de Outubro de 1906, foi
Rs.70:910$385.
o governo autorisado a conceder a ga-
Na mesma data foi assignado o con-
rantia. de juros de 6 % até o capital
tracto definitivo que conl o Governo
maximo de Rs. 4.000:000$000 empre-
fez a referida Companhia para estabe-
gado na construcção dos Armazens Ge-
leCimento de Armazens Geraes na ci-
raes que se organisassenl de accôrdo
dade de Taubaté, concedendo a garan-
com a. Lei Federal n.' 11 O2 de 21 de
tia de juros para o capital de Rs· ..
Novembro de 1903.
54: 000$000.
Em virtude desta. antorisação, foI,
Em 26 de Junhü de 1911 foi assi-
em 7 de Dezembro de 1906 assignado
gnado o contracto definitivo que com
um contracto provisorio com a Com-
o GOV-eTllO fez a Companhia Central
panhia Paulista de Armazens Geraes,
de Armazens Geraes para estabeleci-
com séde em Santos, concedendo a ga-
mento de Armazens Geraes na cidade
rantia de juros para o capital até .,
de Santos, concedendo a garantia de
800: 000$000 para a construcçfw de
juros de Rs. 500:000$000.
dois Armazens G-eraes, um n'aquella
cidade e outro na de S. Paulo. O con- Ba.ncos de Custeio Rural Foram
tracto definitivo para o Armazem de installados desde 19 O8 13 Bancos de
Santos foi lavrado em 17 de Março de Custeio Rural, auxiliados pelo Estado,
1908, fixand·o-se o capital garantido de accôrdo com a Lei n.' 1.062 de
em Rs. 400:000$000. 29 de Dezembro de 1906, seudo alies
A 23 de Junho de 1908 foi lavrado localisados em Itapira, S. José do Rio
o contracto provisorio para o estabe- Pardo, Jacarehy, Botucatú, Desca.lva-·
.
lecimento de tres grandes Armazens do, Pirassununga, Pindamonhangaba,
Geraes junto ás Estradas de Ferro Limeira, Lorena, Santa Cruz do Rio

Paulista, Mogyana e Soro cabana, com Pardo, Taquaritinga, São Manoel, San-
o capital de L200:000$000. ta Rita do Passa Quatro.



407

Estes bancos funccionam regulal'- I tracto de emprestimo hypothecario em


mente, e têm sido annua]mente ins- i 15 de Dezembro do mesmo anno.
peccionados por empregados da Fa- i A Lei N. 1.245 de ' 30 de Dezembro
.enda do Estado, e vão prestando á ! de 1910, ATt. 36, autorisou a elevaçã.,
lavoura o auxilio eompatlvel com os do Capital do Banco a Frs. . ...... .
recursos de que cada um delles p6de 150 . 000.000," e a celebrar novo con-
dispôr.
,I, tracto com o Banco.
Banco de Credito Hypothecal'io c ' Não houve ainda opportunidade pa-
Agricola . I . ra t ornar effectiva esta elevação do
Não tendo sido posslve I,.

, Capital, estando entretanto o Banco


incorporar este estabelecimento nos ,i
moldes traçados pela Lei n.' 923 de 8 ! prestando impo.,.tantes auxilios prin-

de Agosto de 1904, foi esta modi!i- : cipalmente á I •. voura do E stado, fim
cada pela de n.' 1.160 de 29 de De- I
principal a que se destina este insti-
• tuto.
zembro de 1908, conseguindo o Go- i
verno, depois de longas e trabalhosas :

S. Paulo, 1 de Maio de 1912.
negociações, organisar com os Srs. i
Loste & Comp., de Paris, o Banco de I M. J. Albuquerque Ljns~

Credito Hypothecario e Agricola do


Estado de S. Paulo. ,
,•


Em 19 de Abril de 1909, celebrou-sE> :,.. • •


em S. Paulo o cQntracto pr.ovisorio e t
em 7 de Junho o contracto definiU- : Bibliogl'aphia O dI'. Manoel J oa-
vo, ficando o Banco definitivamente 1 QUim de Albuquerque Lins s6 publicaI!
installado a 14 de Junho. sendo os discursos. relatorios e Mensagens refe-
seus Estatutos approvados pelo De- rentes aos elevados cargos que oceu-
creto N. 1.747 de 17 de Julho de .. pou na representação e administração
,
190 9, e aberto o estabelecimento em ;r publica. Sobre elle existem artigos de
S. Paulo, no dia 4 de Setembro de . , jomaes publicados por occasião das
1909, sendo assignado o primeiro con-

I suas eleições.

NOTA - Já estavam compostas e impressas as paginas referentes ao presidente


dr. Albuquerque Lins, quando se ' deu o seu fallecimento na capital de

S. ' Paulo em 7 de janeiro de 19Z6. Foram-lhe prestadas as mais sincer""
e tocantes homenagens. V êr os jornaes de então.


Francisco de Paula Rodrigues Alves


62. 0
PR.ESIDENTE
QUATRIENNIO DE 1912 A 1916

(De 1." de Maio de 1912 a 11 de Outubro de 1913; de 3 d,
Janeiro de 1915 a 1." de Maio de 1916)
, ....
. , ... -'

FRAN()ISCO DE PAULA RODRI- ses do Est",do. Honradoo com o


GUES ALVES A sua biographia en- voto unanime · da Couvenção, e
contra-se no 1.0 vol. Escolhido pe~ profundamente gratos á homena-
la terceira vez pa'ra presidir São Pau· gem cavalheirosamente dispensada
lo, o eOMelheiro Rodrigues Alves apre- ao nome do distincto sr. dr . Caro
Se'Iltou a sua plataforma lida a 16 de los Guiinarães e ao meu, não era
janeiro - de 1912, por occasião do ban- li-cito deixar de corresponder ao '
quete político que lhe foi offerecido pe- generoso appello, ofrerecendo â
lo Partido Republicano PauHsta, no sa- collaboração de tão i.lIustres cor·
lão do Club Germanla. E' o seguinte r-eligiona'rios '0 CO'llcurS'o, de nossa.
o imp(l'rtante documento: activ'dade. Entre homens politlco.s
é propicia esta opportunidade para
.. Meus senhl>res : O voto da a troca de impre·s sões e os que se
C{ln\Tenção. reunida em 28 diB seM dedicam á vida publica se. rego-si·
'tembro findo, nesta .capital, para jam sempre que os amigos têm a
a indicação ãos candidatos á pre- alta eortesia de lhes pro-porci'Ünar
~id ,êneta e vice-presidencia do E.s· ensejo para o cnmprimento i(}'9sse
tado, no proximo qua,tri-enni'o. im· ·d'ever _ Aprese ntamos á honrada
prê!::isi onou profundam'ent-e a opi~ assembléa e seu brilhante orador
niâ-o, do paiz. Affi1"Ill-a nü·o a auto- os nossos sinceros agradecimentos .
nom ia da respeita v:el assem, bléa na F-oi àurante o periooo em que me
a;.lta gerencia dos interes.ses que coube a honra de dirigir o gover-
't1,Ue<-ta f i a vIda i ntima 'd.o nosso no da Republica, qu'e; ;~.lfgiu a cri-
Esta.,dü, ,esse m·enloravel, aconteci· se do café, provocad>t 'pela influen·
mente· uolitico veio cO'ru;agrar, ·ao
-
·m.-eSDlú te-m po e de' modo irrefra· I
cia depressiva das gl'and·es 5a fras
no preço -desse producto, nos mer·
I
~a.veL o nrin{!ipio de paz e de o-f-
" . - I cados do mundo . Abalada a n""sa
dem qu-e domina todos os espiri- I riqueza em sua fonte mais abun-
t.o·~ 'e, constitue ll·este momento, a ,á ante houve, como era natural,
maior aspiração nacional. E-. o- que Ullla - forte agita.;ão nos animos .o
• •
m al$ nos üOffi'moveu, nessa manl- o emp-enho, nobre e altamentE pa·
Nstação iamosa, foi a . elevação triotico, de enfrentar as difficul·
mOTal de hl>mens - iJlustres'que, dades para as dQminar. Deve ser

impressionados po-r correntes d-t- cous·ider.ada como uml dos maior-es
vers.a.s d-e opiniões e sympathias, acontecimentos dos ultimas tem-
sou.beram sacrificar velhas e eo· pos a solução dada, nesse Estado,
'nheddas divergencias para, uni- ao problema da valorisaçáQ, do ca·
·ri08. (~ ohesos e dignos, prestigiarem fé , não sÓ ;>ela. alldacia do empre·
uma solução que Ih-es· pareceu op- hendim-ento, corno pelo volume
port.uaa e conveniente aos interes- consideravel do s valores envolvi M
"

412

dos no e<mjuncto da op-eração. Não -nagem qu-e deVi) aos meus amigos
tive a fortuna de esta·r d·e accôrdo deste Elstado na occa·sião em que
com algumas das idéas, que se en~ enc-ontro reunidos, em um s6 pen-
trelaçaram no encaminhamento da- ·samento, os que a·cceitaram " os
quella solução, sem que essa di- que combat.iam o grand;oso pla-
vergencj·a pud'esse significar desa- no; é, tambem, o cumprimento de
preço aos que a promoveram. ou a um dever - Q de contestar rumo-

's uspeita de ficar abandonada a res qml tive·r am éco em altas re-
riqúeza do Estado e a . sorte dos giões officiaes e que chegaram tal-
lavrado·res aos azares de uma cri- vez aos vossos ouvidos, attl'ibuindo-
se realm·en t.e' tem-erosa. Os procels- me propositos impatrioticos contra
sos de administração vRTÍa,m con- a operação
, financeira. que se pro-
forme a escola eeonomiea em . qUi! jectava realisar . Murmurar,am in-
se filiaram os ho<mens' de Thtado lustamente. No IDom·ento em lIue
que os têm adoptadQ e os compro- ficaram assen tadas as l>a""'5 do
miss-os contTahidos no d:ectmso ·e plano v.alor,i'sa:dor, o m;eu p·en'8a-
nas phases diversa:s ,de sua vida menta, como O de todos ·QS bra"S-i-
publica_ Essas diver.gencias, po- leiros, foi par.a que se- realisasse·m
rém. por mais profundas e- radi· as esperanças qU'e nene dieposita-
caes que se manife,stem, não si.gni- :raro os s-eu·sc·riad,on~s. E. hoJe. que·

ficam qu·ebra de nObr>eza, quando, as paixões estão completamente


visando uns ~ outros. o mesmo extinctas e os fac tos podem ser
id·ea!. discordam, de bôa fé e apreciado.s com calma e seNna im-
dignamente, nos meios deo attin- parclalildade, é utile o!l'Portuno
glr. Aeceito de.finitivamente o pla- essa affir.mação, 'p orque se ouvem
no da valorisação, nenhum emba- ainda, contra vós -e .contr.a mim,
raço foi posto á sua execução, ha- recriminações por haverm-os pod,i- •

rendo aliãs coneorri.do para .(} em- do nos encontrar, de nov-o, na es-
-
prego de providenci,as d,e o·utra 0'1'- trada larga da vrda pu,blica, como
dem que, no momento, pa'Tleciam velhos amigos e companh,eiros de
indicadas como capazes de levan- ludas, após a evolução daquelles
tar, nos mercados, o preço do ca- acontecimentos. Os que a,ssim ra-
fé, ,ci-oei·n·am e<stão ·pe-rsuadidos que as
E, fóra do governo e l'Onge da .opiniõ-es. por mim manifestadas.
patria, tive opportunidad'e de in- sobre a Caixa de Conv-er.são e a
valo.ri~ação d·o café não podem eX-
v(>Car a attenção de notaveis [i -
nanceiros -europeus para a CO'Il ve- plicar a mdnha convÍ"eneia políti-

nlencia de ser auxilia;do o nosso ca com os homen,s publicoo, que
Estado no emp'enho de attrahir ca- tiveram a responsabilvd·ad·e dessas
pitaes, que tornassem e xequivel grande.s provide'n cias e as exe-

-
aquelle .projecto_ Isto OCCOr1'la, cutaram.

·exacta;mente, quando se aUirmava E' um desaccerto de apreciação,
que não eram faceis as negocia- Instituições fundada~ em lei, ã
ções e o meu voto' não p(}dia ex",,- S01llbra d,eUas foram c·M adas nu-
cer alguma influencia no espirit-o merosas relações de direi to , fize-

dos banqueiros_ Não reputeis pre- raro-se ·contracto,s, l-evanta.ra·m~


tenciosa a revelação deste inciden- empresas industr.ia-es. foram co,n-
te. E'. pelo co.ntrario, uma home~ trahiaos com,p romissos de varias.
• •

413

especi'es, 001110, s·em gra.ve offen- tantissimo emparia indu-srrial e-


sa ao eriterio dos que dis'senfiram, uma grande cldad·e da America.
com magua, d,e alguma das indi- g.erá um agente pod'eroso dessa
cações formuladas, reeear que ac- grandeza a instrucção elem-entar,
ção delles possa, no governo, -exer- que pr{)voea as fórt'es inkiativas'
ce,r-se no s'entido de não ser aca-' e habilita 0:8 espiritos. para fecun~
.
tada uma situação geral daqueUa das conquistas enl todos os ra-
natureza? .Bem {J cúmpr·ehend:er- mos de actividade humana. Nin-
ram osnosso-s amigos que, a d-es- guem mais ig'llora. que, só'mente
peito das d,ivergencia·s assignala- quando estiver sulficientemente
das, me consideraram digno de ad- ,diffundida aquella ;'l1strucçàD, será.
ministrar e'ste grand'e Estado. Fi- o suffragio univer.sal uma força,
z'eram justiça ao meu caracter. verda-d'ei-r-a.mente effi.caz, neste 're~
demonstrando a superioridade d'o gimen.
seu espirito. Quando um Estado
Foi o ensino primado o proble-
tem tido a felieldade d'e ser admi-
ma que ma'ts me inter,Blssau no·
ni·strl8ldo po.r bons g-nvernoo, oude
ini-ei'Ü d·e minha carreira pO·lihca,
as tra·dições de hone&tidad'e e tra-
e, nos annaes de nossa antiga pro-
balho têm sido ma'lltidas "om inal-
vincia, devem existir v-e.~tigi'Ü-s dels-
teravelcontinuildade e os se'Tviços
se primeiro esforço em pró1 de
publicps .se desenvolvem com disci-
i uma idéa, a que os admini·strado-
plina e ordem, basta ao admini,s- res do Estado têm pTI;:stado um,
tra.dor. para b-em cumprir o seu cuidado incessante. Com l'elaçãD á
,

dever, não se afastar âas no'rmas ! lavoura que gosa., nestE' momento,
institui-das e que, no eonceitp- 'ge- ,das vantagens que O~ mercados
ral, o tem elevado ao grau de pros- vão a.ssegurando ao preço do seu
peridilde em que se ach.a. De fado. principal producto. rBputo de ma-
os importantes serviços da viação, ximo interesse o problema do-
os de hygiene, . . -
~mmlgraçao,
.
IUS- ti'abalho, que tem. sido objecto de
trucção publica e todos quantos ,. attenção soUcita do~ que govBr-
podem constituir a preo.ceupaçao - i l1am e dos. que legislam, Menos
dos governns, têm, no territQ·rio' de nós do que da a.eçâ-o dos pod'e-
do nosso Estad,o, UID'a organi'sação res fed.erae.s depend-e o m.aior der-
m,ethodtca, regular e digna de ser senvülvim,ento do serdço de im-
c-ons'ervad,a e d'8-senvolvida COIU ze- . -
filgraçao; .
lnaS o governo .raClQ-
lo e solicitude. O crescimento as- nal e a cooperação bellefioa e in-
sombroso desta capital, quer se telligente do agT.icultor, assegu-
con,sider,e o lado material ou mo- rando a tranquillidade. os direitos,

"al, qu,er se attenda ao movimento as recompensas devida8 ao homem •
e riqueza de suas industrias, que que trabalha, criar,am uma excel~

augrm:entam' diarialn'ente, fórça os lente atmosphera de syrn:pathia em


• •
administra·t1o;res a uma acção vi- nOSS'Q territorio, que se [ornara um

gilante para não serem surpre- centro de attr<vcção para todos OS


hendidos pelos fórtes reclamos é que procmram, fóra da patria, oc-
exigencias do progresso com o ra- cuiJação facil, abundante. e :remu-
pido desenvolvimento da popula- uel'adora. E' uma área afortunada
ção. Esta capital está destinada a a do nosso Estado . ,,0,1'0 ube,rrl-
ser, -em brev.e prazo, um impor~ mo, trabalho intenso, fartos e}.e-
. . ., . " ,
, ' .
' .. - .

, •
,
,

414

mentos de rique'z a e grande valor •
poraUe<Js quando doutrinam sobr"
moral do homem'. Só é preciso os meios de serem bem governa-
caminhar, isto é, traba.lhar e pro- das as nações. E ' nesse pl-eito ta-
-duz.i'r. Pois, caminhemos: as es- moso, que 'Se ferin renhido, nin-
trada.s estão abertas e· -os .roteiroo guem se queixou de violencias ;
bem assígnalad·os. O que vos pos- ninguem foi sac·r ificado· em .seu dl-
so pr-nmetter é o maximo esforço r",to de vot". Finda a eleição e
no <mmprímentQ doe meu dev-er. proclamado pelo poder competen-
Dev-eria, talvez, -encerrar .com esta-s te o resultado das urnas, o nosso
palav,ras o que tinha de vos ·diz",., Estado "cruzou nobremente as ar-
pedíndo uma sauq,ação ' calorosa ao mas", como di'sse o grand·e orga-m
Estado· de São Paul" e ao honrado da Imprensa flumInense, -e sem
presideni e que, com alta oompe- di8'putar despojos aos vencedores.,
I.eneia. o tem administrado, mas entrou franca, leal e dignamente
nã.o- te.riamos, s-eguramente corres- a faz·er o trabalho da administra-

p"ndid" ás exig<lncias da actuali- ção, procuTandQ apaziguar os es-
·da.d,€'. e á co nfiança de nO'sS'os con- piritas e dem<>nstra ndo esse pro·
-cidadãos. se nos m-ostrassemos in- poslto 'p or uma attitude invariavel
·dÍff~rentes á sorte do paiz, quan- .de calma, tolerancia e' jus tiça,
.
do sérja.s preoc-cupações de ordem ,Correspondia, aliás, essa nobre
'.
publica se espalham por todas as conducta ao sentimento, geral d'Ú
c.amadas socia·oo. agitan-do-as di- I Estado, sempre inimigo de agita-
versament-e . São recentes o.s ,: ções e carecendo .de tranquillidade

, a,contecí·mentos po-Jiticos. que oC- para o seu trabalho e segurança
,(:or.reram por ' occasião do, pleito para a sua riqueza. Oriaram~'e

para a eleição presidencial de 1.. • no entanto, contra nós, injustas e
<le março do anno proximo findo. i

malevolas presumpções, geradas e
Duat:: ,grandes correntes se forma- ,: nutridas por vistas estreitas de um
ralli, ambas respeitaveis, entre os I ,partidarIsmo exaltado, nascendo.

bomens políticos que disputavam, 11 numa a,tmosphera de inquietações,
para o seu candidato, a investidu- a desconfiança de que Se prepara-
i
Ta lll) ca·rgo de ' presIdente da : va terreno 'para forçar o movimen-
Repu blica , t.o de ,u ma intervenção- a'l'mada nes-
A maior parte dos nossos C<lr- ' ta zona paCifica e laboriosa da

religiúnarios tomou _p'o sição ao la· União, violencia ou loucura que
do dos que desejavam., para honra. nada poderia 1-egitimar. A Con·
-ela\,!: classes armadas ~ vêl-as afasta- venção de 28 de setembro, fazen -
das das Iueta's p-oliticas, fugindo ás do recahLr a escolha do S<lU can·
responsabilidades que neUa ,se con- didato á successão presidencial, no
traem para, livres do influxo das proximo quatriennio, em um dos
'paixões, pod·er-em
,
cumpriT com de- eompanheiros que se conservára
sassúmbro o nobilíssimo encargo, afastado dOS movlment'Ús poUticos
'que )h~s foi confiado, da <lefesa € havia contrahid-o grandes 're's-
·n acional. Era essa a lição do· espi- ponsa bilidades no exercicio do cal"
rito clarividente .de Wash·i ngton, gO de p'l'esidente da Republica ,
·depois das Iu ct",s gloriosas pela in- quíz, evidentemente, dissipar
·dependeucia de sua patria; é a dos aquella's prevenções e aUirmar os
:ma-ü: eminentes estadistas c·o-ntem- ·seus sentiment<>s de ordem e res-
415
. .
pE>ito aos prindpios ca:rdeaes do re- I do mais perfeito accordQ ~ ..ill'tas

gi·men . Foi essa a im.p ressão geral: com o governo dos Estados de mo-
houve . não obstanite vozes que des- do que, res.p eitarlas· as respectivas
t.oaram d·esse accôrc1o, e, para im- attribuições, haja o pensamento
pedk a.(Juelle resultado, o:usaram since-ro. lnas inaltera vel e cQnsta n··
qualifica.r de a.gitador O VOSSo ean- , te, de se ajuda rem mutuamente.
didato e. de ·r 'e accionaria a sua .eoD·correndo coro o maxÍnlo esfor-
candIdatura. procurando desvir- ço para -que se apertem -os laços
tuar alSsim 0'5 intuito.s da escolha. I qUe os prendem e a unidade na-
que fizestes. Nã'Ü, senhores, n-em cional se fortaleça de modo indis-
agitador, nenl reaccionario. Nunca s oluvel". Não ha o que alterar
fui , não é mais temp{)· de o ser. nestas palavras e nos conceitos
Tive a. honra de oecupar o cargo de que eIlas exprimem. O que a COll -
ministro da Fa.zenda em duas si- venção q uiz, honrand-o-me com o
tuações muit.o diffe rentes : em am- seu voto, foi, sim, affirmar o di-
ba'!$ v€-.rjfiquei, em uma dellas prin- rE>ito que os Estados da Federação
cipalmente. ao lado de Prudente ·possuem d·e s·erem elIes os juízes ·
<le M·ora.es o g.rande brasileiro, i de sua convenieucia .po1itica ·s e m
cuja. me·moria. Cl"€s<:e na veneração , I
,

a tutela de influencias extranhad.
na..cj'ona.l , qua.nto mais ·0 tempo vae ,i Nem poderia ser eu um agente d~
passa.ndo ,
que as agitaçõ'e s- sã1> o i perturbações -em um período tão
-(} inim igo mais perntciooo do pr-o- : d elicado dE> nossa vida politica .
gT e~s-o . po-rque espalham o susto e , Não ha para o homem de Estado,
• •
a. desconfia.nça por ·toda a parte, ' a quenl estão- confiados Os desti-
pa.,-a.lysa.ndo o traba.lho e enfraque- , nos de uma nação, pesar maior e
,,""do o credito das nações·. E de- ~ mais offensivo() aos melindres do
I
v·eis ac·r edita,r-me, quem uma v-ez : seu eS'p irito do que· sentir, em tor..
a.travessou as alta.s regiões do po- •~ no de si, inquietações pela d·escou·
(leT onde sopra.m , frequentes e 1
I fiança d e que é capaz do arhitrio ,
alterna.da.mente, -os ventos frios da I,• da illegandade e violencia e de 1>" "
política ou suas quentes lufadas; -der sacrUicar, po.r interesse ou pai-
qu-em sentiu, nessa.s paragens, o xão, a le-i e o· direitQ. Os que, pe:!fJ
.peso das responsabilidades do po- prestigio da posição politica ou
i m·
der : ouvindo a c·a.da pa.sso, co·m o !I
posições de um mandato, Tooehe-

um (~}am .ol' in-cessante, o éc.o das ram o encargo de dirigir a. opi-
a.spiraçõeas de um paiz novo, qU~ I
! niao devem oriental-a com a·n i-
qru-e.r ca.nünha.r e crescer, ha de ser 1 mo i~ento " patl'iotic<>, evitando
sempre um elemento de ordem, um I que seja perturbada, por malev,,-
•.gente ·de concordia e de paz. ii laS .us·peitas, a acção salutar dos
I
Lembrei, -sem cessar, como -norma governos na defesa · dos íntttress-ea
de govern-o, a necess·ídad-e- de tOT- nacionae-s. Mas. incumbe a · quero
nal' poplI.l ar e amada a· Republica gov·erna estar alerta e vigilante
pelo respert.o á ordem·, á justiça e para imperur que o. partidos· ou
á -1ibel"da,de. Mais de uma vez pro- aggremiações politicas se afastem
clamei o que é mister repetir da esphera em que devem gyrar e
.a todo o inst.ante - "que a mora- verificar até ond'e os conselhos "
lidade da vida da União depende, suggestões dos amigos correspo·n ·
print'i])alm-ente. no actual regimen, dem ao · bem do paiz e quando 3Q '
416 .-

tisfazem apena.; aspiraçõ\l's pes- çam a ser postos em duvida !leia


soaes. Creio, ardentemente, que incapacidad,e ou ardileza de ho-

hão de pTedom'inar as v·ozes e o meus políticos, que trabalham
sentimento do patrlotismo, e todos para os fins de sua agremiação,
se unirão no Il'mpenho de afastar ha de ser de provações a situa-
d·a R<lpublica os mau,; 'dias qU€ ção que surgir , dessa má propa~

alguns B'Slpi.r itos irrequi'etos vati- ganda, se as forças conservadoras


cin:.m. Nenhum Estado eLa F<ldera- do paiz não se co ltocarem · uobre~
ção pode ter a pretenção· temera- mente ao serviço da "erdad,e cons-
ria de se insurgir cóntra a patria titucional. Os ' que fajam contra a
commum .,.u perturba1·a n·o desen- autonomia dos Estados e pregam,
volvimento de suas ele·v ada·s Í'nn~­ sem reflectir, a intervenção ar-
ções , como tambem não é licito , mada como meio regular de diri-
• •
lmag.lnar que um governo 'r epubl:i- mir ques tÕes politicas locaes , nã.o
cano ' possa ferir a Federação no conhecem a no ssa situação finan-
que ella tem de mais sagrado pelo ceira; não sab em apreeiar a. i11--
desejo de mando, temor de vã.s fInen cia que " sobre o credito pu-
ameaças ou indicações de ordem blico exercem, no exterior, a
partidaria . A Republica, disse com ameaça de desorde m e per-

verdade o ·sr. presid.ente em sua turbações internas ; não r e ne-
'PTimei·ra mens·a gem ao Congresso ctem que os Estados de poderosa
Nae'ional , "está cançada de agita- força economica são o melhor es-
ções estereis e precisa de paz ma .. I cudo para as finanças da Republi-
'ca! Prooure'rnos evitar que O pro-
terla·I, não só na ordem política e I
'sodal, COm·o de paz nas suas 'finan- blema finan.ceiro soffra, em suas
ça's u. Sim. e.ssa é a ~rande - neees- soluçõ es, os effeitos de uma agi-
sidad<l, a suprema aSlpiração do laça0 irretlectida. Foi o honrado
paiz, indis·p ensavel ao seu progr.es- presidente da Republica quem ex-
SOl ao seu creditQ e ao bom con-
clamou: "a paz nas finanças
ceito do mundo civilisado. E' pre- que não podem mais ser pertuT'
ciso tranquillisar os .espiritos para badas por· aventura s ele qualqu<lr
assegurar as condições geraes do es'p ec,i e, 'nem por loucas e excessi--
Voas despezas, com que. uma con~
trabalho e Impedir que a anar-
chia. sob as mil fórmas de que descendencia criminosa e incons-
costuma revestir-se, se implante ciente põe em perigo a honra e o
entre nós . Essa tranquillldade de- .futuro da patria ". Foi. recente-o
correrá do respeito ás instituições mente, o iIlustre relator do .orça-
e execução fiel das leis; s6. dahi mento da Fazenda , na Camara dos.
poderá surgir "a paz" de que ca- Deputados, que, r e petindQ a ar-
recem as finanças publicas para firmação de qoue "a o·rbita dos
o credito nacional. Não me arre- tributos quasi foi a.ttingida nas
ceio do futuro, nem sou dos que suas mais remotas fronteiras e
lamentam que 22 annos de regi- que ,a taxa, em Que o imposto se
• • •
men republicano não nos tenham exprIme, Ja tocou esse maximo da:

ensinado ainda como deve funccio- capacidade trilnttavei" escre··


nar um governo democratico _para veu. -cheio de apprehensões, em
garantir a pratica da liberdade. E' seu p·a recer sobre a desp eza' ge-
certo que quando os principias fun- ral, que nos tres ultimas exerci-
.
damentaes de um reglmen come- cios de 1908, 1909 e 1910. o dé-
417 -

fieit attingiu á somma de 201 miJ concorrentes ás altas posições ,


contos, qu'e mais avulta,rá com o Não ha, para exaltar, o iIil'llUxo
'q ue for veriHcado no exercicio co'r- de idéas ou principias, e corremos
rente. Por mais habH e cautelosa o risco de uma decadencia prema-
-
que seja a acçií<> do honrado mi- tura se não reagil"1m()s contra es-
-
nistro da Fazenda na gestão das sa tendencia, qUe constitue, aqui
finanças publicas, serão vãos os como em tod-a a part", um dos pe-
seus -esforços se não J]Uder contar rigos que am>eaçam as democra-
eom uma situação de perfeita or- cias, novas ou v"lhas. A politica
-
dem e tranquillidade em todos os é, no conceito de um grande pen-
Estados. Rematada a imprudencia sador, "uma n'Obre sCi-eneia, a
a rl-os que não quere'm vêr 'COffi·O mais importante de _todas para a
o enorme v,alo.r da -expo-rtação des- f"licj.dade g-eral e a que, mais do
-
te grande Estado influe no movi- que todas as outras, -concorre pa'ra

mento cambial da Republica; co- engrandecer e tornar forte o nos.~
mo a.s rendas d·e im'portação e • 80 espiritotl. mas, a historia nos
consumo fazem crescer a SOIDlma 'l embra como os fôros dessa no-
das arrecadações federae&; como breza se deturpam entre nações,
as industrias que se organisam c que, embo.ra serv·idas por institui-
os g randes capitaes qu·e neUas se ções livres, não pude,.am 8'Ilcon-
empregam; a massa de 'im'migra- trar no espirito e no caracter de
ção de trabalhadore-s ... . concor- seus homens J]Ublicos a força que

rem para manter o nivel da con- dirige e impulSiona com patrio-
fiança em nossos grandes recur- tismo, dedicação -e lealdade, 00 des-
_ . .
sos € nao reCeiam, por convenlen- tinos dos pOYos. C{)nverte-se, en-
cias subalternas da politica, pen- tão, na P81Iuena politica, a dos
sar em agitaçõ"s e deoord8'Ils, que moldes estreitos, que não orienta
virianl fatalmente comprO'metter a mas corrom'pe a opinião; pertur-
iniJuencia desses la-ctares no movi- bando, em vez de guiar, a acção

'meTI to de nosso cred:ito e riquez-a ! dos governos. Esta, vive em agre-
Tive uma parte-. minima no trabalho miações ephemeras, que se for-
nacional que, de longe, se tem ap- mam á feição dos acontooimentos e
plieado com exito no l evantamento no interesse dc>s que as dirig~m.
de nossas forças productOTa&. E' Estou me -Teferindo a interesses d"
meu d·ever recordar. instruido pe- ord·em partida ria. Deve ser a 01U-
las Iiçõ<>s de uma larga experien~ tra a nossa aspiração, e para al-
cia, que, em um instante, as cor- cançar C> nohre desideratum, é
rentes de symllathia que nos têm preCiso educar o espirito pubbieo
favorecido serão invertida&, se de- e o entreter com allguma cousa,
'sapparecer aqu"lIa confiança que que elev" e nos dê a idéa de
só poderá subsistir com a certeza uma patria, que tem quasi . tudo
de que os poderes da nação velam a construir e quer ser grande e
pela tranquillidade publica. A nos- forte. Não valem Os- vastos pro--
sa raç,a gosa da fama de se interes- grammas de administração ante
sar, em demasia, pe-l as luctas po- a estreiteza dos periodQs gov,6r-
Iiticas, sÓ se apaixonando durante namentaes, quasi sempre com-
-os puiodos eleitoraes, p&las pre- promettidos por com'p lieações
ferencias que, entre si ·disputam os nascidas de eX.igencias dos parti-

418 -

dos. Pudesse· a 'minha voz ecoar nos têm enfl'aq1ue-ci-do. Foi aqui,
fóra deste recil! to e eu ousaria neste· solo bemdicto, qlle guarda
concitar oS homens polítiCOS a re- as mais brilhantes tradlçoos de
f1.ectirem seriamente sobre a nos- nossa historia -politica. qu.e se
sa .eituação orçam·entaria e a ne- fundou Q' grande centro da. acção
cessidade Indeclinavel de ser re- repubIicana para a forma.ção do
Vigorado o poder naval da Repu- actual .regimen. Muitos dos que
.
bliea. Muito nOS falta para seT- ,m·e ouvem foraln directores ou
mo s uma nação poderosa e bem a-gentes i-ntrepidos dessa ~ampa­
organisada, mas "sses dois pro- !lha triumphantoe . Permitt! que
blemas vltaes para o nOsso re- vos diga: é preci.s o valor para
gimen conseguirem impressionar que não seja falseada em sens
o espirito publico, libeTtando-nos fundamentos a obra , 'JU.e fizestes
<Ia l!lfluenda de . uma lucta pes-• com tanto denodo, e á qual nós
soaI e damni'n ha, que a ninguem -outro s sincera:mellt-e adher,i mos .
aproveita;' poderemos -caminhar Como minha ahua . de · brasileiro
com firmeza por entre as diffi- regosijará se formo s nós repre-
culdades que se accumulam. Se- sentantes de um 'õos grandes Es-
Tia acto da maior benemerencia I tados' da Republica ,o$ continua-
o do govern{) que tivesse a cora~ I dores daquella sallpl'opaganda
gem precisa para extinguir o de- , pela pratí-ca severa -e <!onstante·
siquiIibrio irritante dos O'rçamen- , dos 1prin'cipios · co""titu~onaes .
to s o grallde pesadelo dos ho- I ISe pudermos Bel' uma -escola d-e·
mens de Estado, normalisando (> I' 'educação polltlca, onde possam
processo viciado de sua confec-' I todQS aprender a conhecer a foro.
ção e revendo com eq'tlidade. o ça de seu direito e a extensão de
nosso exaggerado regimen tribu- suas responsabilidades êm um
tario. Ter!am'Üs assegurado, por reg.imen demo-cratico .e ;tivre; a.
essa forma, o credito da .Republi- respeitar
, o prinCipio da ordem,
ca e as sympathias e confianças estigmatisando o f.lageUo da
dos mercados financeiros do anarchia; uma esco la de educa'
.mundo. Com a <reconstituição de ção politica em que o dogma <la
nossa marinha de guerra, daria- , autonomia dos Estados !Seja
i
mos alento a uma · nobre classe. eomprehendldo com verdade e
tão ri-c·a de glorias, qUe âesgraças I restabelecido em s~us moldes le-
recentes têm rudemente acabru- gitimos. de l11'Üdo que ninguem,
nhado e prepararíamos para nos· seja qual fór a sua pOSição n.
sa patria dias mslhores manten- hierar,chia social, possa·, fóra d.o
do e desenvolvendo essa politica I . territ-orio de cada um delles,
internacional de la·ego descortino r·eputar-se com direito de influir
'que vem, de annOs passados, co 1- nos negocias de sua economia .. in-

loeando o Brasil em posição sa- terna, politieos ou economícos;
lient e entre as nações sul-ameri- . em que não haja preferencias in·
.
canas . Pertenceis ao grande mun- devidas nem barreira"s para a e011-·
do politico. Desculpa" as eX'pan- quista de posição, salvo as cün,·
sões d·" um espirito devotado ao dições impo stas p"la capacidade
bem da patria . .e que tem fé nO de cada um: uma es·cola dE) civis-
futuro, a despeito dos erros que mo e educação pOlitica, onde se-

-- 419 - •

ja Iemm·a ina:lleravel o amor ao ra d:e ser recebido nas .côrtes da


-trabalho, o respeito á lei, o cul- Europa e de ouvir dos s oberanos.
to á liberdade. das grandes nações referencias ao
Pois bem, senhores. Assentemos Brasil, tão cheias de affacto qu'an-

R 'base dEssa nc>bilissima aspu'ação to lisongelras ,ao nosso -esforço
na liberdade eleitoral a mais c<>m- e orgulho amlericano . Não- eram o
p'leta. .. façamos um appello ar- (progresso .m aterial os tr.iumphos
<lente á hOI1€stidade do pOder ve- alcançados nos congressos, O que
rificador, que deve ser a suprema mais provocava a attenção dos
.g arantia do voto popular. Nada cbefes do Estado e dos vultos
diminue mais intensam,ente o ·eminentes das chanceHarias, com
.presUgio de .u m regimen do que .relação á nossa patria, mas o
e. acção perturbadora e deleteria respeito que votavam os ao direit<>
da injustiça e parcialidade dos individual e á auctorjdade legal-
homens politicos, chamados para mente constituida e, sobretudo,
conhecer e julgar da validade dos ordem publica sempre assegura-
pleitos eleitoraes. Esse grande po- da, eliminados os movimentos re~
der que, nobremente exercido, com volucionarios, frequenteB entre

severidade e justiça. será uma for- .p ovos sul-amerieanos. Era, eomo
ça moralisadora e um el~mento ef- v ê des. a voz da sabed()ria -e do
ficaz de resistencia contra os des- bom senso dos que sabem govel'''
mandos dos governos locaes, afas- nar! Não devemos perd er ·uma
tando-se das normas da rectidão. situação que tant<> nos honra no>
ha de ser, como tem sido, um fu- conceit1l das nações. Os proees-
nesto factor do nosso enfraqueci- SOs violentos e os excessos da for-
mento político. Assim pensava ça desmoralisam as me.Illores in-
quando tive a honra de promulgar tenções e aviltam o carader d03
a lei actual de eleição, que foi re- homens. A providencia !la de
clamada da solicitude dos legisla- inspirar os poderes ela Republica
dores, como uma necessidade social. para que os attentadDs, gerados.
Quero repetir essa affirmação em por taes pl'o.cessos, sejal!l defini-
nOS'so Estado onde o voto é um di- tivamente ·r epudiados : nem !la de
reito assegurado a todas as opi- faltar o nosso concurso para esse
niões. Em 1907, havia terminado nobre trabalho em favor da paz,
o quatriennio do meu governo da da. ordem publica e da. verdad·e
Republica e entravamos e m um constitucionaL As tradições e os
.
periodo de franco renascimento compromissos da propagandare-
e animação na vida nacional. Os publicana, assim com o a in"fluen-
IDJelbor.amentoo materiaes .."urgi- eia que, durante lo·n gos periodos,
,
ram de sul a norte, attestando temos merecido na política e pu-

uma extraordinaria capaCidade de blica administração. impu~ram


·trabalho, e, no C ongl'esso· de Haya, ao Estado de S. Paulo. na Fede-
.. - -
e mais tarde no de Berlim, era-
'.
ração BrasHeira, não pequenas
mos ouv.idos e saudados com' os responsabilidades. São ·acolhidas,
.
applausos do mundo pela noss·~ fóra da zona do seu territorio
el-evação moral e brHbantes co·ri · com accentuado interesse, todas
'qui-stas nos dom1nios da scie:l- as manifestações da apinião em
c!ia. Tive, por -esse tempo, a hon- movimentos delicad·os e difflc<lj" •

- 420 -

. da nossa existencia pOll itica, e, vae lêr. A situação flnanc·eira do E.-·


dentro de suas fronteiras, reper ~ lado era bôa. A vita;J.ida.de das forças
cutem, forte e do<lorosamente, os productora·g 'crescia eXltraordi,ool'ia-
temores de offensas ou ameaças às mente. Convinha sempre usar de pru-
instituições e ás leis . Não devem, denc.la na vota·ção de verbas para no-
no entanto, ser desvirtuad'Os ou vas des,p ezas. A pro'p osito, o 1II'<l$id<lu-
ffi"" comprehendidos os votos de . te fez bem d"duzidas considerações é
designlos dO povo . O movimento referindo-se á grande operação que se .
que faz vibra·f a alma de nossos chamou valorisação do café de-
compatriotas contra a idéa de in- clarou que ia estudar o assumpto
tervenções armadas na vida dos ' para Q·p portwnament·e <8-xpõr, com
E.stad·os, a ancia por angustias fra'lllqueza, a sua opinião a respeito..
soffridas em 'outras re·g iões da Emprestimos municipaes O grande
Repu blica., não podem provocar desenvolvÍJID<lnno ·que tem tido o pa.-
inq'uietações, porque todos que- sivo das camaras m unicipaes, .on.era-

remos, ard'entemente, tranquill:i- das de Len'Cl8.r.gos provenientes de em-


dade e paz.. E n'unca este grande presUmos, contrahidos frequentemen-
nueleo de brasileiros abandQnará te e alguns superiores talvez às forças
a ealma qUe faz a sua f(}rça ·e da arrecadação, oooára um , proble.ma
prestigio, nem sahirá do terreno para o ·qual o presidente invocava a
legal para provocar agitações tu- a'Henção do 1,,,g.isle;Uvo. Se surgissem
multu&ria.s. A nossa voz pode ser d'ffi'lU<W .. doo, o vexame imposto ás
de prot<lsto ou reprovação contra camaras reflecbir-se-ia s(}bre o credito
a ttentados que offendem a ordem do Estado abrigado a carregar com
repu b'licana, mas é uma voz fra' a.s cons'eJQ ul6ncias doa· erros commet-
ternal, que fala ao patriotismo e tidos pelos muuicipios. Sempre f<li as-
clama· pela obediencia e respeito sim e convin:ha não abandone.-r as l«-
aos principios para que não sejam ções daexperiencia. O presid<l-ll'te sug"

arruinadas as instituiçõ'es. E se geriu medidas de cau·tela, no sentido


por ventura alguem duvidar da de "e·r",m esta,beleeid'as restrieções sa-
I u,tares nas regras de"tro das q uae8
nobreza e lealldade de nossos sen- .
os m.unici,pios pudessem contrahir ema
timentos, abramos tambem nossa
presUmos.
alma na mais franca das expan~
Valorisação do café - A proposito
sões para a:ffirmar que H d·ruqui
lê-se na mensagem:
não soprarão senão ventos propi-
UIPara illust rar a o·b servação que
cios, e, pugnand·o pela v·&r<lade
vos fiz, a pwposito da valorização do
do regimen e trabalhando para
ca'f'é e d·e circums'tancias que pódem
nos eng·r andecer só visamos a
tornar mais ou m·ell'OS faci,l o traba-
grandeza da RepubJ.lca".
lho de sua liquidação, devo informar-
EmposS<lJd", no seu alto cargo o vos de um incidente que nos diz res-
presidentJe dirigiu-se ao Con·gresso do peito, ooc·orrid·Q re'c entemente \cm
Estado, pe,la prime.ira vez a 14 de ju- New- Yorik e do qua'l tendlBs, com cer-
lho de 1912; p·ela segu.nda 'Vez a 14 teza, conhecilmento. porque a impreu-
d'e jul'ho de 1,913 e pela ultima vez a 'sa lhe deu ampla divul-gação.
14 de julho e 191·5. Nas suas tres A alta do preço do café, explicada
mensagens
, o conselheiro Rodrigues por um·a série d'e • .causas ·naturaes.
Alves <l<l<PO,Z a situação dos nego'c.ios tem sido attribui-daem alguns merca-
pulblieos de S. Paulo como· ".,baixo se dos do mundo à influencia .que s<lbre
. . . " '. .. . .,' ,. - ". ' . . •
421 -

ell>es , . . se diz estarem .exercendo os d-t:;-


,
,"epartamento da JILs<tiça não pod i • .
. positos pertencentes ao Estado de São intenta·r .
-
ac.çao .
judicial con tra {)~
• •
Paulo. Os .in teresses commereia.es membro,s dl&Sse U,t rust".r de a.c-côrdo
"vultados, p",>sos aos Degocio, d·e
• •
c"- com as disposições da lei Sherman ".
fé. ROS Estados-Unidos, .e a pressão <le Eliminada . <",mo era de esperar en-
.
ord",m pollt!ca que, em dados m<>men· tre nações amigas, a allusão que se fa-
tos. . apaixona viv~mente a 4Opinião. dll zia ao Brazil. o Departamento da Jus~
. PQV{) a,mericano, têm cO'ncorrido para tiça começou a fazer as investigações
~rêC.r uma cel'ta d iesco-nfia:nça Gontra recommendadas pela _Camara dos Re-
. .
~_ n'atureza daqueHes depositos e os presentantes. 'parecendo que as infor-
int\ütos do Governo deste Estado. mações solicitadas sobre a venda do
. .'

AÚá.s, temos dado á opinião do mun- café, no mez de Abril, s-e destinIlvam
..
do todos os 'elementos para poder áquelle departamento.
ajuizár' cQnl ' segurança da regularidade Estava o Governo do Estado tran-
. . . " '. I
de noss'a aUHu-d'e politica e e-con,omlca· I qu . Ul0 quanto ao trabalho dessas in-
O E'g'tado de São Paulo não cogitou I yesti-gações, q'ue rev.elavam aliás al-
de
.
va lorizal' O seu ca.f~ com animo de guma
. d.escoD'Íiança -oontre.
. a n-OS-sa at -
.
-lucro
.
ou . de especu.la~ão: moveu-o o tituJde; ~quanl()o surgiu ·a noticia de
sentimento patriotico de salvar valo- que um do" Tr'buna.es de New'York
r_e ~ colossaes empregados na cultura estava agindQ 'contra os m-emlbros do
-- d:esse pl"od \wto e ' so\bre os quaes re- comité da valorização, pondo em du-
pousa , em grande parte, o credito na. vi\da, d'e m~do .m.ud,to singular, a si-
ci<Jnal. A sua attitud,e foi sem,pre ex-,· tuação l'ega.l dos depositos do nosso
posta' <:o,m fra'll'qu'8za llelos Governos caf,é.
d~, União e do Estado e os seus intuitos i[ IE foi oom o mais peno-so CO:DiStran-
apreciados com justiça e s'em sus,pei- g.im\en-to que pudem-os cOTIlhecer dos'
,
-'ta.:-- nos maiores mercados' do Inundo. !
ter.~os d ,a ' petição- dirigida em nome
C',;m . relaçã n a'o s' Estados-Uni·d'os, 80- do governo am.ericano ao Tribuna!
twet.udo. tem os 'bu·sca.do m:a·l1if·estal' districtal de New-York. Da leitura
com sin.ceridade ' os melhores senti- desse -dO'Cumento· transpar,e-ce o _receio
o 'm-ento-s de e..mizad'e e não era licito de estar mos assistind'O á \ quebra dos
imaginar que as nossas intenções gra.ndes m·Qlldes que a scien'cia poliUca
pudel5Se:lll. ser mal compr~hendj,das 011 , creou para a com.pleta segurança d&.
d«~urpadas. ! justiça "ntre as nações.
.' - Deveis vos recordar que, em prill- I Eltifootivam.ente, para se pode,' af-
dJJios do anuo passa·d'Ú, o Gúver:no firmar que os membros <to· comite da
americano d·esejou se-r inifo·rmado das valorização' do crufé incorreram n,\.8
condições da venda do café da valori- disposições d·a lei de 2 de Julho de
zação. ' I'ealizada no mez de A'bril. O 1890 (Dei Sherma;n), foi aprese-ntada
deputad.o Norris, de. Nebraska, havia 0-

áiqueUe Tri,bunal uma longa expo~lçao


• ~

ln.querld'o na Camar·a dos Rep-resen - da qual sóm",nbe v<>s posso da.r., nes-
tantes si 'hã.o havia . meio, na lei das te ..ffio,m~n.to, as linhas geraes.
Tarifas, de rataljar contra o Brazil uA a·cção foi proposta pe-rante o 'fri-
qu·t'. lide a·ccord·o 'c om capitalistas bunal Districtal' de New-York, pelos
americanos e 'europeus Ílez ' a~-g.mentat Esbadas Unidos da America., conira 03
.
·d.e 40. a 50 . % o preç<> do 'oooié, dando m-eIlllbros do 'eomi:té ,da -valorização".
a.f>-sim,. aos Estados·Unidos - um pr~ju i - IAllega-se que pessôas interessadas
20 aln.Rual de cerea de ' 3·5 milhões de em manter o preço doc ..(.é o mais 61-
.
Jh,; iars. Perguntou tam'b em "si o to posstve~. conôéberam _a idéa não
, ...:, ..,,,..,.
. . ..'
. --.. . .
',' ,, ' ,' "" ,.o' • ." , -, " ••• .' ", "',
, .,.-
, ',," . '
...
'_ , . • : .., ... . .. ;--: .. ' . • ! -
-. ....
. ' ,·1··"·
. "

422 ' .

. só d·e conservar esse preço, como de c) como os Estados-Unidos con-


augmental-o mai.s ainda por meios ar- somem 40 % de todo o c.at~
ti.1iciaes, e. deste modo, directa e il- consumido no m·u ndo ,e como o
legalmente, restringir os neg6ciose o .c afé é um artigo necessario · á
commercio de todo o mundo, e, portanto, 9u~istencia, ·qualquer lei qU&
entre o Brazil e os Estados-Unidos. impedir a sua importação . em
Com o fim de lornar realizavel essa quantidades normaes nos Esta-
idéa, os membros do comité e outros dos-Unidos, ou, por qualquer·
que são mencionados em dita petição, . meio, elevar seu preço, consti··
entráram em convenios, contractOlS\ tue UJIla r estricção di·r ecta · do,
combinações
..
e eonspirações (são ex- commercio externo e int'9r~sta.,.
pre9sões da lei Sh·C'I'man) , e compra- dual. Portanto, o plaoo da valo-
.. ram, receberam, guar-daram e vende· rização foi organizado com in·, .
ram café _e manipularam o m·ercado tento oUensivo doo princ.i pios
de diversos modos . . inco-rporadQ's na lei Sher;man, 6-
Como cerca de 3/4 do supprimento os convenios e conspi"raçôes dos
do café mundial é produzido em nos- diversos individuos, qu~ conse-·
so Paiz, a conservação -do alto preço guiram leis e c(}ntractos do Es-
.
não seria possivel sem a cooperação tado de São Paulo, estão .em
do Governo do Brazil e dos Estados desaccordo com ao;; suas disposi-
sendo o de São Paulo o maio-r pro- ções;

duelar _ Dahi, a decretação de várIas d) o facto dos ditos eonvenios e
leis promovidas e>U procuradas pelos conspirações não serem i1Iegaes .
interessados. (São minuciosamente ci-
tadas as leis federaes e as dest.. Es- I no Brazil e serem partici-pados
por um Estado extrangeiro, não·

tado, sobre-taxas do café, exportação pÓde justificar o Comité de actOll


emprestimos, convénio de Taubaté, praticados nos ,Estados-Unidos.
todas em summa, que pódem ter de- Os div.ersos contractos ~ con-
pendencia do plane> da valorização) . venios foram , é certo. effectua-
AftirIll3-s·e, então, qUe o Decreto dos fora · dos limite" dos Ema-
destinado a proteger a industria e o dos-Unidos, assim como as re-

commercio cant·r a restricções e m·ono· uniões do "COlnité ·'. Sero em .. ·

polias (Lei Sherman) foi violado e se bargo, um dos reus, o sr. Sie!-

renovam em dita p'e tição (),SI se~uh1.tes ken, Teslde no dlstrict<> sul de
raciocinios: 'New Y.ork. COlHo escriptorio de·
a) o plano da valorização f<ri or- negocios ne café.
ganizado por indlviduos que ti-
nham interesse em manter o ca- o
auetor conclue - .. dizendo que·
. fé acima do preço, que regula- as leis, contractos e convenções., das
ria, si as leis da oUerta e pro- quaes se originou o plano da valori-·
cura pudessem seguir o seu cur- zação do café violam alei de 2 de Ju-
so natura:r; lho americaoa e devem. ser declarad06
.
b) esses individuaiS induziran:> o ilIegaes, ·pedlndo que seja nomeado
Estado de São Paulo á deereta- immediatamente um depositaria . para .
ção ·de leis e á · formação' de tomar conta do nosso café alli em d~
cootractos, que flzéram reduzir posito e que seja este ..,-endldo sob as·

materialmente a quantidade de ordens do Tribunal".

café expedida do Brazil; Nada era licito a este Governo· fa.-
"
... . .' "

423

zer directam,ente em defesa dos noS'- quelle illustre- deputad,(} não ch'egoll a.
sos direitos. sináo reaffirmal~os de i.lnpressionar a opinião de Fr·ança.
modo categorico ao Governo Fede- Convém tirar' dos factos os ensina~
ral, que foi pessúal1mente informado mentos que d"Ues deeorrem natural-
pelo Secretario das Finanças do Esta- mente. Os Estados-Unidos são o' maior

do d-e todos os elementos que entrá- consumid·o,r -do nosso café, ;que -entra.

ram na -formação e execução de um •

livre de impostos em seu territorio.


plano" amplamente publicado, e que, No commercio desteproducto estão
de.pois de tantos anu'os de um funccio- alli empregados grand'es capitaes <;
na.mento regular, veiu a·gora produzir ha, dentro do Paiz e nas regiões ca-
o alarma que nos está vivamente ma-, féeiras vizinhas, uma corrent-e favora-
goando. vel á tributaçãr do genero" Nao ha
Não posso deixar de VOs dizer, com pa-ra o. grande 1" ovo .A!merical1o vanta-
os lll'eUS mais· vivos agradecimentos, gem a~·gu.ma em taxar um producto
que o Governo Federal e o honrado que hoi€ faz parte da alimentação
ministro das Helações Exteriores tê'm publica, luas as eXigencias da admi r

sido ardent€lSl defensores .daqu·elles nistração, a pressão dos homens poU-


direitos, que são, antes de tudo, -os da ti-c'Ül.& e ·dos interessados ·em. negocias, a
Naçãü Brazileira. E tudo nos faz crêT, insistencia dos -pequenos productores
pelas primeiras decisões conhecidas e de café püdem fazer surgir novas dit-

manifestações amistósas entre os dois fienldades, para as quaes se diz, noe
paizes, que o incidente não affec,tará Estados-Unidos, qu"e a amplitude da
a cord ialidade d'e velhas relações com lei -Sherman Ise presta ad'miravelmen-
a grande Nação Americana e terá uma te. O productor deve estar vigilante
solução digna" e não confiar ,demais na acção doe
O exemplo dos Estados-Unidos teve poderes publicose no "sentimentalis-
mo'~ de povos amigos, quando .se tor...
rep,ercussão na Europa, o que não é
para extranhar. INa Cama-ra Franceza nar intensa, entre elles, a pressã.o dos

dos Deputados o sr. ;Briquet. deputado grandes interesses commerClae-s

'e ar..
sO'cialista, apresentou uma moção ça,mentarios.
contra o café, na -qual, attribuindo a E' preciso trabrulhar e é -essa "-
alta do producto ao Comité paulista lição "invariavel da historia. politica-----
da valorização, pedia an Governo me- prod uzir bastante e d-o ID'elhor, para
didas coercitivas contra a especula- , que os nossas productos se imponha,m .
ção, lembrando, para esse· fim, o au·
I aos mercados de consumo, e, na 01'-
gmento ·de direitos alfandegarios, a dem geral. fazer tudo qU€ fôr ",eces;-
- - "
creaça.ü de favores pa·ra o café das sado para que o desenvolvimento 4a
"

colonias e outr3Js providencias. O mi- riqueza e .dó crédito- publioco não s&
nistro do, commercio combateu a mo- pertmbe e a Republica, se fortaleça
ção, informando lealmente o que ha- I
politica,e economieamente, de modo a
via oceorrid·o no Brazil com relação á não termos que rooear da competen..
valorização do café. f2eordando qU'e a cia dos outros productores e possa-
In€Slma cousa .se pretendeu fazer em m,Ü's assegurar '8 ,fazer valler os nossos
França para a alta. do "preço do trigo direitos,quando forem· cont€stados.
""

e af,firmando que não via ,meio legal O Estado de São Paulo desenvol-
de se proceder Ic·nntra os actos de um ve-se com intenso vigor. Os granrles:
Estado independente" E, com esta in- prohlemas, ,que constituem a preoccu-
tervençã-o. clára € justa, a moção ela,. ,
paçã,o od·os .pOVOS que progridem' oUt
424 -
. ~

têm poderosos elementos 'para progre- , sociaes e po Hticos. Era portanto de-
' <lü·. ,movem·se todos. nesta zona da ver primordial trabalhar ' pela diffusão
Federação. reclamandoo soluções ou da instrucção pUblica porque todos os
provocand,o dos poderes· publicas pro- sacrificios com eUa feitos seriam lar-
"idenciÍts capazes

de alcançaI-as. gamente recompenSIl!<1Os·. Convinh a
E' da intensidade e ef.fIcacia do nos- c.uidar da construcção annual de 50 a
so es-forco em bem -encaminhaI-os co"m 100 casas escolares de twpo modesto.
o maximo uroveito para o Estado e para assim possuir O Estado dentro
engrandecim.mto d'a Republica, que de alguns annos predios sufticientes
ba de pr-Ü'vir a nossa força e nos re- pa:ra esco1a e l'esidencia do profess o!'
commendar ao braço - e . capital extran- lIOS lugar"s afastados. Além do ensi-
geiros: os dois melhores factores da no primaria convinha cuidar do supe--
prooperid·ade das nações . rlor. A ·Iei n.' i 9 de 24 de novembro

O curto período decorrido de minha I de 1891, creou a Academia dé Medi-


posse não me habilitou ainda para cina e ,Cirurgia da Capital e o Gove"-
vos falar com segurança dos negocios- no julgava opportuno dar-lhe E>xecu-
pablicos e meios adequados de bem ção. •

geril-os. Para. o vosso estudo' encon-


trareis na syn<l'llsedo meu mus.t re I
Hygielle ·Era outro assumpto que
antecessor dados abundantes, que irei reclamava cuidados especlaes, v.isto
cOlnple-tando em mensagens espe.ciaes, <>orno JJ. ·população crescia considera-
i
esperando encontrar no trato diario i · velmente. São Paulo n"sse particula·,.
. comvQSco _e nas luzes do VOSiSlQ saber avantajAra-Se a todas as cidade.. bra-
e experiencia a -mais util cO.Q·peração - , sHeiras ·e foi dahi que partiu a inicia-
para o desempenho das funcções de l Uva para a tranSformação hygienica
Governo." I do paiz sendo actualmente o Rio <le
JanE>iro uma cidade modelar nesse as-
Instl'Ucção ,p ublica A instrucção
prosperou nas cidades e vlHas, mas I sumpto_ O Governo pediu ao dr_ Os-
waldo Cruz indicar um e's pecialista
estava long-e de correspond.er ao · des· l
env<llvimento de S . .Paulo nas z,onas i afamado para' dirigir o Instituto Ba-
ctereologico.
do interior: ahi o atraso -era conside-
ravel e vexatorio. Dava-se instrucção i
OJ.uempublica EJ,s co.mo a 1'e.-
a 150.000 creanças, mas existiam !
pleito se refeTiu a i\lIeusag~n-:
' 300 mil a espera desse beneficio. O "A · ordem publica tem-s~ mantido •
pro.fessor {ie.stacaao para um ha.irro inalteravel. Todos anceiam por tra-
cogitava ma's · de sua remoção para l balhar ·conNando nas vaJltag.e-ns que
J

melhor lugar do que dos interesses podem auferir em multil)las esphera"


da instrucção. Para tal estado . d" cou- d'e activid3Jde.
sas. muito contribuiam os diminutos Em algumas fazendas do interior F!
veneimentos e as difficu.Jdad~s 'quasi nesta capital têm havido manifesta-
invenciv"is na obtenção ·de predioa ções paoi:ficas ·d·e trab'a l'hadores e ope-
para installação de escalas e de re- rani<los, <iem. ,dit\l'i·oltlld3!d'e blarm011 i13a-
s idencias com o mais insignificante . dos, un.s e outros reclamando dos pa-
conforto· em relítçã6 ao ensino' e a trões melhores salarios. Murmura-se.
hyg.i.ene. O ana·lphabetismo ,_ sempre frequentemente, que en·tre essa mu·l-
foi a maior desgraça das populações: tidão numerosa que nos tem .procura-
ll1nita e acanha a actividade do · cida- do em ibu<>ca de trabllil'ho, oom,poota
dão desinteress"ando-o · dos problemas doe hom.en-s de indo-le ,p-acifi,ca., e,' em.
425

geral laboriosos, ha individuos que, I cumbe d'ever igual. Se o op'el'ario ::;0


de boa . fé, Por el'Wir~to isec~ark) ,on oC'onvenC'Br -de qu'e tOOOSI s·e ill't€reslsam"
movidos por interesses condemnav€lis, lealmente, por sua situação, só cuidará
. aconselham e promovem as gréves, i na luta pelo trabalho é na paz do seu
oam,o melo regular d,e COll'SlegU,i-r o que lar" .
elles chamam emphaticamente õ' as

Se fosse !poss-i vel


reiv·indi.cações de.sBus direltos".
c·onvjria augm1embar -o seu quadro. A
Entre nós, em um regimen de fran- Força Publica -recebia com proveito
ca democracia e cOlnpleta ausencia de
instrucção militar ministrada por Ulna
classes s'Qcia-eoS, '81900. prOip.a;ga-nda. de-
missão franceza cujo contracto ia s-er
verá ser desaconselhada, porq tie o novamente prol'ogado, pois era real o
o'p,era·rioo -observa, por si m,ss,m'o. ao
benefi"cio da i'n,str-uocção q lI,e o.flfi-ci-aes
entrar no paiz, que encontra nas leis e praças recebiam.
as n-eces!sardla,s garantias para a sua
subsistencia e compensações razoaveis ' .Reforma judicíal'ut o goVel'llQ
para o seu trabalho.
I
encarregara
,' ° jurisconsulto dr. João
Mend-e" de AI:meida J uniol' d" e-la bo-
Fazemos appello aos orgams de edu-
rar um plano de reforma com as se-
cação social para que auxiliem o go-
gufnt-es bases: 1.a, divisã-o territorial
verno em su·a acção ,paci'fi-cad:ora e no ..
~ c},"~slit~'cação rda:s o~r{!u mlSlC'riijlçoe-s,;
empenho que emprega, sem cessar, •
~ 2.:l., investidura e exercicio dos juiz.es,
para que a ordem, condição de exito
conlpetencia e vencimentos; 3.-:0., Mi-
em todas as boas tentativas, não seja,
nistario Publico e suas attribuições;
dl8 qualquer forma .e em tem'po a-I·
4.'\ officios de justiça; 5.", auxiliares
gum, p'erturbada.
da justiça; 6.", proc-es,s·o e procedi-
Tem·os uma ,in.d'ustri-a inc-ipie'ute, que
m1ento.
luta conl a concorrencia dos pro duetos
de outras procedencias. Se operarios

Inunigração As entradas de im-
€ patrões não se mostrarem razoaveis ,mi-g'rantes augm'entaram nos dois· ul-
e condesc-end,entes em .suaS! relações 1J,fioOIS\ ,,!?)emestr-es (191.1 ..19,12) alban-
-reciprocas, correrã-o o risco. não só (lI? çando o numero de 53.398, que su-
em'bruraçar e 'entol',peCeT o andamento biria de m",i,s dois t'erços até o fi.m do
das fabricas. impedindo a criação de exercicio. Era um serviço .
pesado aos
outras, -c-om-Q. o d'e. com'p-r·om-ette-r os c'Ú-fr'80S pubHcos, mas' -dae vitaliutere·sr

-s·sus 'pr,opr:i:o-s inter8s'ses. 'Confio p'e-r- se para a lavoura e povoamento do


feitamente no espirito da população s{)lo. A exportação da safra de café fa-
operaria, pacifica e ord·eil'a. zia-se regularmente e as estradas tra-
ProVlo-ca a ma{i;s 'acurard:a, atteuçào balhavam se.m cessar, havendo receio
e benevolencia, a sorte dessa digna que algumas das empresas ferro-via-
classe em um periado, como este qu,e ria·s não tives's:errn· material suffici-ent'B.
estamos atravessando, de vida que eD- Melhoramentos da clIlpital O go-
-carec'B ao l'ado do -crescente des,envol- verno encontrou trabalhos esparsos
vimento da capital e das cidades do que estavam sendo reconstituid-os para
interior. A questão de habitação para melhor orientação. A cidade de São
o operario- e su'a f.wmi-lia é ',-s-em'pre de Paulo d'&s.env-olv·ía-s-e ·com vertiginosa
actualidade. Algumas fabricas têm pell- rapiliez. Construíam-se 'a-nnuatmente
.
sado já na necess"dad'e de refl>ectir so- 4.000 PTedio,s e oaugm,ento da popu-
bre ella e de a r-e.so]ver, Aos --!l'Qd~I"es lação. orçava por 40.000 pessoas por
pub]:i,cos, do Estado e municipi.Q. in- ann-o .. Sendo esta a primeira v-ez em
. . , '" ., '
. '. '
.
.
.' . '..
'. "
. '

• - 426-

que o pres';dente Rodr.igu·oo Alves fa- leiro dI''' Manuel Ferraz de < Campos
Java ao Congresso não pOdia expan- SaUes, um dos fundadores do l'egimen
dir-se c&.m segurança 's'Obre varioo aoS- republleano e ao qualS'erviu nos poso
sumptos que estavam sendo por elle tos mais erevado.s do governo e admi-
estudados e que fariam objecto das nistração. Presid.ju a R<>pu blka, o Es-
proximas tInl8'lls a-gell's. ta.do de S. Paulo e era s·e na.dor. O
Conv.enio e • accô)'do com Minas - triste desenlace deu-se no Guarujá no
Em 25 d·e Maio de 1912 foi as·signa- dia 28 de Junho de 1913. Por serem
do com o Estado de . Minas Geraes um d'e alota relevancia "" ·observações e
-nonv,enio cont'e'll',d·o' · 'as has,es. co-m!bi.na- oons el,hos constant<>s

da mensagem de .
~

das para a liquidaçãe. de divisas com 14 de Jullho de 1913, na parte em


.
S. Paulo; ·e a 10 de Julho· do mesmo que o :i>resld<>nt'e 'se r·e>teriu ás dHfl-

anno um a c·côrd·o regu'lando o 'trans.'i- culdades de ordempo.litica e 'aconom1·
to e exportação de cafés min.eiros pelo ca que perturbavam a vida nacional
porto de Santos. " Outros processos pó- para aqui as transcrevemos em suas
d9m pr·oduzlr ·identicos resu;ltadoo, mas ' propl'I"" pa.lavras:

:s.em'p re provocando Irritações e resen- .. A.pcsar das dÍ'~ficuldad",s d·e ordem



timentos. Os que temos 'adoptado são poliUca e economica que têm pertur,
os unicos Q'p.r·o-prjados para apertar os bado a nossa vida nacional, os servi-
;JJa,ç~ 'dle a:mijoa"le e<ntre os fo'randes ços· que nos incumbem supel'illltender
membros da !i'ederaçâo". Terminando continuàm a funccionar com regulàri-
a Men,sage>mescl"ev'eu

{) .presldente Ro- dade. ' C~'lIlfio qiUS €S<>es e.Dl'b a..aços
<I"i.gues . Alves·: serão de curta duração e que todos os
"São vari·a·dissÍ'ID'OS .• os interes-ses bons elementos hão de se congrega r
coufiados ao zelo e á solicitude dos po- paTa que 'a ·no.ssa patr-ia não sof,f ra
deres es.ta·d uaes nest.a p'arte da F'ed-era ... interrupções em seu ID,ov:iJm1entopro-
ção, avultando, ao lado delles, as gr·ess!vo.
!luas resp!>nsabilidades em t udo. quan- Infelizmente, {) longo periodo decor-

to se refere ás f,u·ncçÕ'es nor·m·a es do rido dentro do actual regimen- não nos
IJ'!eg·nrnen republicano·. Cons~rvando­
habil1·i tou ainda a -b e m cumprir as nor-
nos, leal e diguamente, dentro da es- m ... de mocraticas que eUe insUtuiu e
phera legal que nos foi traçada, é nos- cQ.nsagro·u . Nem pu·d~ram se f{)l'Imar
80 dever trabalhar sem desfalleci- partidos p<>litiooo . reguIare<>, com id:éas
mentos, ,pela üboerdad·e e ordem cons-
claras e 'definidas sobre os grandes
tituoiona.I, cuidando daq ueNes interes- problemas da administração, nem os
ses COim. devotado esforço e collabo- dh-igentes da politl'l'a tiveram tempo
rando com os poderes da União e dos
"uffic.~nte para ·se sa·grarem homens
Estados com o mais largo espirito ne
de Estad,o, com o prepar<J ind.j.spensa-
justiça .
vel para os encargos do governo e a. ,
S. Paulo, 14 de Julho de 1912. visã.o superior dos interesses do paiz.
Francisco de PaUla Rodrigues AlveS." O q'ue. ás v.ez~, e por oConv·eniencias
epbemeras e passageiras ,se tem
• • chamado partld<>s não t<>m sIdo senão
IDm sua mensagem de 14 de Ju~ho agru·paomentos. ·&em uma séria preoc-
de 1913', o presidente Rod~lgues Alves cupa~ão de idl~-as '9 ,pri-ncipioSo e _ dmni-
novamente expoz a situação dos nego- nados , quasi exclusivamente, pelos
eios public<>s paulist..... Começou an- sent·i mentos ·p-eSls oaes de seus p.irecto-
·n unciand.Q a m.orte do eminente brasi- rOO.

427-

Gontinuamos ainda, portanto, em grand'e intereSS>6 em todas as class·es


"Uma pha·se de f011maç'ão rep,wblkana s,ociaes . No decur·so deste anno, po-
e . dem<lcraHc·a , t<lndo em c<>rtosmo- rém, a agitação prov.ocada pela emi-
"ill'El'lltos a i'llI!PT<looão de qne, em me- neneia da escolha dos candidatos á

teria de educação política, não esta- Slu·cC"eS"lLo p,resi-d..ncirul c\J1esceu extrs-

mos progredl·ndo. marn16nte. notando, cÜlm v,Íva satisfac-
A observadores de criterio e atlla-
o
ção, que a opinião do paiz va~ se apai-
. mento, que têm querido estudar e co- gonando pela idéa de serem afinal en-

nh<lcer a nossa Vlerdad<lira situa1;ão contradas fOI'l1uu!l<3.® v:erd'ad·etiramente
poliUca, não têm <lScapado Iguaes re- republicanas, que assegurem a reali-
·'l'oxões. Ainda l'ecentenwnte a lição da:de do regimen.
de um graud<l espirito, que é tambem Afastados dos grupos politicos de-
uma autoridade eminente em negocios pooisda uUilma eleição ,pr·esidencial.
de go-verno, confirmou-os solemnemen- m ... COilllJp,r ehendendo que o pa!z não
te. y,isitand,o os ,paiws da Am-erica do po-deri'a sU'PIPortar a Slituação de 'Sustos
Sul, () fino obs<lrvador teve para com- e sob1'esaltos produzida por aquella
o nosco est"'S- pa!lavras em seu notavel ag-itaçã{), procuramos concorrer para
livro de informações: "Na política que eUa cess"",se, p~eit"ando a -indi-
brasiteira de hoj·e ha muitas facções. cação de nomes que nos pareciam ca-
mas não exis,tem partidos o'rganisados, pazes de pôr termo á crise politica que
'uem ,princiPias de admInistração ad- ainda nos está affligindo,
vogadoo . por .·a.Jgum grupo ou grupos Oxalá ocriterio do,. hom1lns qu·e tIS
'de homens. Medidas de caracter (e- •
tão dirigindo o movimoento da opinião
deral são contrariadas por outras pro- encontre a fórma de restituir a cal-
nrov-ida. pelos Est8ldos', confundlndo-
o
ma á Republica, indicando aos suffra-
se as crlr<>videncias fed<>raes com as .as-- I gios eloe!to1"a<ls hOlm,ms cap8lZes d~ boon
taduaes e ambas visando antes pes- governal-a !
BOas do que doutrinas".
'E' visivel o nosso interesse nessa
E' certo que o grande escriptor vi- solução. Os que conhecem as regras
s;j:tOU-'D.Ô'S 'em! uma situação muito cri- do governo eda administração sabem
tica, sem haver podido, pela exigui- como a politica bem orientada influe
dade do tempo, apurar a massa extra- para a boa direcção dos negocios e
o·rdinaria de trabalho realisado nestes como a desordem alarma, perturba e
ultimoovinte annos para engrandec·! - desorganisa os serviços.
menta da ILepubHca '6 pOderaprec!ar, -Convem ' não _esquecer que ,do exte-
com mais justiça, a capacidade admi- rior DOS .observam coou o maximo in-
nistrativa d'3 ·n ossos h·omens; mas· a
• teresse. O<; c·apItaes. q U<l de lá têm
coníoTmid'ade d·e vistas em, que vão se vind'o, só,pod'em ter traIl!quillidade e o

encontrando os es,pirito. na a,pl'eciaçã.o frutIficar eom a ·segurança de ordem


de n<lSSOS elementos d'e acção partida- perfeita e intransigente respeito á lei
ria, demonstra que devemos p~rs!stir Ali deseonfianças geradas por situa-
no em'penho de não deixar compro- ções POl.itiCRS irregulares 'e anorm'aes
m·etter as nOl"'1Ilas
• •
republicanas que afasta.m 8>s sympath·ias dos povos bem
·adaptamo·s 'e têm sid,o <lxecutadas com constituídos e habituados á disciplina
ex!to por governos de elevad·a cultura da.s instituições qU<'l adaptaram. Nin-
e organisação política igual á nossa. guem., !ndlvidouo ou naçlLo, poderá vi-
A e)oeiçâo quatriennal do presidente ver e progredir no meio de agitações
da Republica desiperta sennvre um e na 'el<p,ectativa cru·e1 d<l desordens.
" ;

-428 - •

e as tradições doo povos doota parte não pOdia se'r prevista porque todos O ~.
do mundo não têin conconido pouco -elementos eram favoraveis á con·s er·

para que a'1uellas desconfianças pro- vação dos hons preços do prO'ducto:
voquem. contra nós, sérias_ apprehen- As praças dO' €'x terior e a de Santos
- 'Soes· . muito aJudal'am a · inesperada ba:ixá
Certo, dissipadas lOS inquietações exag·g erand" os negociO's a · termo, que
com o restab'eléchriento da vida nor- dei:'Ç:aram d-e · ser 6peração comm·e-rcial
mall, d€s"'Pllarece~á o receio de pod'e- legitima a ' constituirem~se em jogo e •
rem ser ' perturbados os Estados para especulaçãO' de · ' pessimas consequen' .
.fins eI·eitoraes., por int~Tv€nçõ'es inde- cia·s. Conviria que o <com,jn.ercio de
bit... e violentas, . o que 'seria . agora pa- SantO's resistisse a esse trabalho es -
ra a RepU·b"ca a suprema desgraça. pecuJalivo até extinguil-o. Por es.se
E' mister que os laços que prendem m·eio a grande' praça commer·cial do
os Estados á União não se affrouxem. Estado d·e S. Paulo não perderia '0
Oon,s1 (lero moes'mo um gntnde ,p erigo prestigio de que sempre gosou. ,Para
'pa1'a . o I'€gimen que, por falta de ju&- favorecer o trabalho dos 'b aixistas (,,>(}-
tiça e 'san or·ientação dos grandes di .. meçou a circular a noticia de planta:
rigentes, possam os Estados se habi- ções de um café chamadO' - rabus-
tuar á vida do isolamento e a consi- ta de ra.pido crescllll.ento e fac:HHi-"
derar 'pou-co valioso o concur-so da ma produéçãO', e tão abundante que
União. am€açava d es equilibrar os mercados
'1'emos ,e ncaminhado a nossa acção consumidores. Apesar de tantas con'
ad:mtnis"trativa e politica no_ sentido 1 trariedades a situação economica do
d€ fazer desapparecer essas possiveis Estado mantinha-se prospera: ' ~.s
d.esinteUig·encias e -continuare,mos a rendas augmentaram; a lmp-ortaçãú 'e.
a·gir a'ssinn, con1iand,o no- patriotismo exporta~ão de 1912 foram considera"
dos que governam e no criteria de Do.S- veis; a in'dustria progrediu; desenvol'
sos concidadãos" ,. veram-se as cultu·r as não só di:! ' café,
.Depressão ecoitomic.. A escassez mas do arroz, algodão e ·cer-eaes. S en 4

dedinbei~o ·parao movimento dos do pequenos os dej><Jsitos do ca-fé e ' as,


nego cios e o baixo .p reço do' café er ..m proxima.s safras pequenas, era de es·
os dois grandes factores de depressão perar-se a melhoria de preço do prin-.
economica ' ·que tanto impressionava a cipal pr.oducto paulista. Pensavam ai-o
opinião publica. Para o presidente a guns commerciantes que a nossa ex-
crise de · D"umerario ·,não foi surpresa. portação devia ser regulada de modo
A abundancia de capitaés . resultante que não· fo'Ssequasi toda feita no ' se-
da alta do café fc'lra uma das causas gundo semestr·e, mas sim du,rante'
da carf>stia que se lhe seguiu: pois todo o anno.
lIiqueHes' capitaes foram collocados em Valorl-sa.ção do café Reprod ii-
predlos e ter·r enos adquiridos por al-. . zam ~ se as proprlas •
pala vras dO' pl'esi-'
tos preços ·
' . .'.
e assim immobilisaram-se
.
dente: •

em iiêgo~ios· , ., ' que


.
.iirigiam
.
grande mas- "T..ndo o governo de promover, de

. .'
sa. <iê ,': iundos
' .. '. '.. .
.. . para . custeio. A grande
' -
accôr-do com os contracto's decorrsn -
"
import.a ção.:. de, ' 1912
II. ~ < . .
bem mostrou a ies da valorização do café, em princi-


extensão ·, " ···.. . dos
i·.
,. ~ , ·~
.
compromissos
. .
que
- _ esta- pio dia anlDO corren'te. · a venda dê'
"
varo -.. ,.senoJo
· .. . ..... .
.. . ...... . . . .
' " . ~
contrahldos. . IDsIperava-se, uma certa quóta . do producto em
" • .
porém, . gue·. t.a l estado de. ... cousas me-
-_ .. .. .... ':~· ll': ' ~:. .
dep-O:sito,
. fOIÍ- julgado .p-rud·e;p.te prefe-
. .
lhorasse. A bajxa do café entretanto rir p ..ra essa o.p,eração o ~·afé depo,;;-:
lado em New- y,ork, para demonstrar t,end:e a d'esap.'Parecer ou reduz.ir"s-e
dess'e.r.te,· ao goV'er·no RIIlIe.rl.CanO, n consider<1V1ElJmente, resgatada com r~­
nosso pm,posito de não contrariar as cursos resultant"s desta operação e da .
leis dleSrSe pa,iz, não ohstante .consid€4 . venda do ·caofé ai:nda existente. Re~ul-"
rar.m'os injusta a acção judici'ária, a ta, de ,·quanto temos expendido, a per-
que já nosuamos referido. fetta 'c.onvlcção de que €-sta operaçã"o
A venda se tfez, . d.e couf.ormi-dad..e foi brHhantissima e é, sem duyida~ a
com as reso.}uções do comité,. em Lon- ll1!8'lIhor Ique tem realizado o grandB p ..
dres, e os preced,entes ado,ptados para prospero Es'ladode S'ão Paulo".
taes op'eraçües. Como o produ·eto d·es- "Te fieis, O'PPÜ'l':tunament<J, C(}nhecl-
sa y,enda podem dar para a liquida- mento da operação, em todos os seU5,
. •
ção d'ef,inltiva do emprestimo de 15 detalhes. ,
milh'ões .egterHn08, pensou logo o Go- Na primeira meúsag"m que tive a
verno, anctorizado pela Lei n.' 1.362, honra de vos dirigir, referindo-me á
de 27 de Dezembro de 1912, fazer, situação {inanoei·ra do Estado, pro'
dentro e fóra do Paiz, operaçõ'es de curei manilf.estrur-me COU1 pre.ciisã-o e
crédito qne o habilitassem a r.es,gatar clareza. Acharam alguns q u-e era '"e-o
a divida -f.lUlc.tuante, que eonstitua Iada a mi-nha lingua.~em, e que conti·
sempre um grande em,baraç,o: para o nha recrim:ínações contra os go-vern-Q-"e
desenvolviule:nto normal d'e nossa vi- passados.
daB'cono'mi,ea e regularidad,e· da si- Quero desfazer essa injusta impres-
tuação financeira. Além de crescida são. Nunca, no exercício dos ca.rgos
divid"a flu-otuante int,erna, tinhamos qu,e tenho occu-pado, fiz ou auctorizei
de satisfa'zer a externa d'e lbs. recri'minações d"e tal natU}'leza aotl
3.000.000-0-0 contrafiida com ban- meus ante.cess-ores. ·Não viria queb:rar
queiros inglezes e cuja reforma o es· essa norln'a de conducta, neste Estado!
tado das praças ewropiéas não permit- onde rooonheço que a ad.ministração
tia no momento. pu·bJ.ica tem sido sempre compete",t"
,
,Em eJ<ecução daquelle pensamento, e digna".
co:utrafmos, pÚ'r .intennedio da casa Exportação, impol'ta.~.ão e hmnigra....
Schroelder, de Londres, um empresti- - ção. Expunha a mensagem:
mo de lbs. 7.500.000-0"0, a juro ua "O extraordinario movimento de inl-'
5 % e ty;po Uquido de 92, salvo o sel- portação e "",portação verHieado no
lo d'Byid1o" ao governQ inglez. de!l),U,rso .do anno findo, vein demons-
Não "eram favoravejs a.s condi~ões trar a insuffi.ciemeia dos grandes ap-

pareth'os de que esbá dotado o porto ,
dos mercados monetarios, parecend.Q-
.
nos que realizamos, ain'da as~inl, unIa para o fU'nccionau1enío-
eJ<cellente operação. 1"oi ro,esmo essa n:orm-al dos serviços de entrada e sa-
a im:pressão. ge:r~!, manLfestada pe.la hida das lTIler-cador,ia.s·

imprensa. do paiz e do exterior._ Da'n- A Alfa,ndega, as nocas, a Estrada
do notide. dessa operação, o grande de Ferro Iugl,eza, que paredam ter
orga-m da i,m,pr,e.nsa fluminense -téve proporções . para, durante largo pe-
estas lisoo,g:eiras pal~vrail para' apre' dodo, servir co-rn amplitud'e áquell-e.s
cial-a: 1'0 novo empl"esUmo, ora CO'll- interesses, revelarRm-s·e acanha,das e
trahido, não pesará nà.s finenças de inca:paz-es de corre.s:ponderem ás exj·
São Paulo, desdce que, como se annun- g,encias do futuro, si o movimento d' •

cia, parte 'd-elle - vae ser ap'PUcado :i carga e -descarga po·r a;quelle POl"to
.
consolIdação da divida fluctuwnte, ,que c-onti\nuar em -augm1ento.
.. ,'.
.'. '.
.
.'"..... ,.. . . . "
, .
. '

. .: •
"

430

Já. previamos em parte essa situa~ 5 em 5 ~n.nos, contaJdos da a.p~


ção. 'I'omando conta do Governo do provação ou da ultima revisão;
Esta<io, renovamos, por in-termedio da 'e a segunda, . quando, sem at -
Secretaria da tAgricultum, junto ao tt;nção a qua!Jquer pra?Xl, se
Gover.no Federal, o pedido que b,avia- . veritJ(>ar qu.e . os lucros li"quidos
mos feito, em perio<io an~rior, para tenham excedido de 12 0 10 ao a,n-
o prolo·ngamoento d'o ca..". de Santos. no; . c) . a ,taxa d'e armazena-

• Effeotivamerute, a 3 de Agosto do an- gem só é .' devída sabre m el'ca·


no findo,• em petição longamente fun- dorias' que, forem effectivamen-

damentada e allegando o desenv{)lvi- te armaz.ene'das• nos armaz·ens;
mento do pomo e da cidad,e de San- d) a taxa de capataziás. não
tos, o,s encargos Iq na -nos têm ad·vindo é devida sobre à exportação do
do serviço do s,a neam,ento, as recla-

. -• •

Estado.
maçõés . da.s companhias de navegação • •
3_ • As 9'bras a executar -constarão
-como as do c·O'mni·e rcio e lavoura do •

do OO E>S , docas de importação e


Estad.o, raqu,eI'emo.s concessão para
exportação, para navios de 8 até
melhoramento do porto ·de Santos, de
. 11 m etros d.. calado, mol'hes de
Outeiriohos até a Barra, nos termos atracação, . gu.inda9t.es ou outr1Js.
<ias leis 0 _ 1.746 de 13 de Outu·bro de
• ap parelhos d'e typO mais moder-
1869 ~ D_ 3.314 de 16 de Outwbro de
no e m.ais
. pra.tico, telbeiros,
.
1886 e mai·s disposições oorrelativas, c·asa. demachinas, armazena :í
nas seguintes expI'essas condições: ,
• prova de fogo, at"rros, dep.o si-
tos d·s carvão, d:i!qu,e, dragagelm
L'Caberãoao Estadoo de São Pau- e desobstrucção do porto, ooifi-
lo todiOS os direitos, favores e cios 'CO-ffi todas as eolmmodidades
"onus Ci we cabem á ·Companhia para .recebedo.ria . de rendas do
. .
Docas de Santos, em virtude de E stado, al'fandega' federal, ser-
leis, "decretos, avisos e contractos viços f·o;d"ra~ de desinfecção e
'Que regu'lam suas relações conl observação sanitaria, posto' de
o Gover·n o da União. soccorros .maritimoo, -estações ou
'2 .' () Estaido de São Paulo reco- a'brJ,g os para c011lf-orto dos pas·
nhece eXipressamente que é do sag.eiros, linhas "duplas e rall-
esplrito e . da letra da lei n. ways e desvio das bitolas das es-

1.746, de 13 de Onotu,bro de tra das de fcrro qu'e SIrvam
1869 que: a) o capital, ' para Santos, armazens goeraes para
os .efki-tos do contr·a cto que fôr warrantag,e m de merca.dorias conl

I-avrad.o com o GoV'erno da dep.:,n-dencias adequadas ás ven-
União não é O que c'onsta de d,as pUlbl.ca-s voi un·tarias, e
orçamentos; em,qo.ra a:pprovados Iquaea:quer outros melhoram'l;;m -
pelo mesmo Governo, mas sim, • 'fios d,e ne·cessLdade pu·blioa em
o que ·se verif>oar ter. sido effe- · serviços desta natnre~a.
.
ctivam1ente .gQstQ nas obras; h) oi.' · 00 Governo do Estado subomette-
a revisão da tarifa e a red uç- rá á apllrovação do Governo Fe-
• ção geral das taxas, não depen- deral, . d"ntro -de dezoito mews ..
• dem da conclusão final de todas a contar da data da assignatu·ra
as o·bras, mas sim da acceitação
.
do contra-cto. os estudos das


definitiva deUas pelo Governo obras a .executar. cQ;n stan do- de
da Uniã4? , s e-ndo a prilt:1'eira d·:"! ,, plantas ·
'.or~a;mell'tos; iniciará.
431 - '

as mesmas obras dentro do prazo I ctam~nte a Santos, fazer creS""r a_


d'e s€iis
. mezes, . cO-utados
. da data
da a.pprovaçã.o da" plantas e ,do
I
rend.a.s das Docas; 'qure conco-rra para
,
os trrubal'hos de saneamento de Santos,
, . orçamento_ 'e .as, concluir,á den- despendendo milhares de contos e que
tro d·Q periúd6- de vinte ann-os, a p.oder{)Sa eIn:presa 'perulaneça infle-
d'evendo ser, feita a· respectiva xível na manutenção d'e suas taxas
.entrega ao - tnvfe-go por secções, ehW'",das,
das ,quaes a prime.ira currespon- O que p-lei'1:leamos, con'8ervando-noM
derà' n·o m,üümc' a 300 metros, atten{os ao p61lsameItto qlI!e tly'eete"
de 'caes e fiuar.ã' pl'ümpta d:e:ntro votaItdo a lei n, 1. 369 de 28 de De-
de i.reS fUlllOS, contad-os ta'm- zembro de 1912, é a obra do prololl'
bem este prazo e o precedente ga:IDJeTht'O e a reduoção das taxas. Er-
da data da ap'prova.ção dos es- ram os que, talv-e·z para nos .magoa-
ta'tutoí:;. fiem, pensa.m >qU:e somos do:m:inado~
por OlftTOS propositos.
-Propondo-nos a- 'esSa construcção,
'atten'diamos a vel'has queixas é recla- •
maçõe.-s da lavoura e do' ,commercio • •
do Esta.do.'
'Estavarnos convencidos -8 tiuhamos ancia de trabal·ho, o desenvol vi-
A

razões para assim pe.nsar. que, sug- 'rneuto cres'ceute de nossas industrias.
gerindo aquella idéa, iamos auxiljftr a extraordinaria expansão agricola
-o Gov·eT·no da Repu·blica. a resolver um em varias zonas do Estado, e. nota-
pr<:>blema de interesse capital para a dameIl!te, na da Estrada -d'e Ferro No-
União € o· Estado. O' nosso pedido' não roéste, nos Qe.ouselham a não esmore-
'teye solução até agora, queren'do al- cermos no esforço 'emipre'gado até ago-
.guns enxerg-ar na attitu'de deste Es- ra para o desenvolvi.m,snto da entra-
tado ou o 'desejo de em:bamçar,mos a . da de trabalhadores, E q nantos che-
aeção - da grande empr,esa das docas gaIíl ao territorio d'o Est·ado em bus-
d~ Santos. ou o proposHo de irmos- ca de trabalho ,encontram l<>go col1o-
:atráz. de vantag·e·ns oom a construcção cação remuneradora, s·em que cesse,
do prolongamento' do caes, aUáÍs, o clamor da. lavou-ra, pela vinda
,E' inju..ta eSEa su.speita, O Estad .. , de no'Vo p'essoal.
acha necessario' esse p.r-olem.ga:mento e As entradas V'erificadas -no anno
,a red'ucção das taxas, para POd€f at- fdndo foram eonsideraveis, e, cnooe'ci-
tend!8T ás grand,e.s CQ·nveniencias ,do das as difficuldades oppostas nos pai-
seu com-mer.cio e da sua la·voura. ne- zes de emigraçã<:> á sahida de traba-
clarou daramente as condições -me- "lhadores, ellas attestam o empenho
·diarute as qua:es se propunha· realizar da admi,uis-treção puhlica para atten-
a c<>nstrucção,E' indliffer,,;nte ao Es- der ao gral1Jwe reolamo do,s agriculto-
tado que s,eja eUa, feita por nó,s ou' res·
por outros: o' 'que queremos é que se- ·Referimo·n()ls, d·e industria, aos em-
ja f.eita. e que as taxas seja,m fieduzi- baraços ,c,reados lem certos paiz-es da
das Europa á vinda de i-mmigrantes IJ"ra
Não é jusLO qu,~ , este Estado conti- o Brazil, afim de p<ldermos nos quei-
n u.e a 'exgottar as suas rendas, fazen" xar da Injustiça com que nestes ultl-

·d'o estradas de ferro. Que cüncorrem mos tempos temos sido tratados por
aunua.Jme.l1.'te prura augm:enrtar a. sua. Governos a.migose al·gllills d{)s seuoS
llroducção, que vai quasi .toda dire- , a'll'entes,
432
,
E' aSsi!ID, que, para attend~er a um<:t ,A. grande colonia italiana, por-
vel.ha aa,piraçáQ do nosso e do Gover- exem1plo, tão respeita"VIe-I e laboriosa. .. ,
no italiano, e á cU'sta de nã-Q pequ-ena tem 'grandes ri\(}u-ezas no', Pai-z e pos"
sUibvenção<, assigna,.mos um contra·eto sue n-q.:m·er·osas propriedades ,rura-es._
com o Governai Federal e vatia.,g C(}lll- An:nualm.ente, rnUhares d,e co-n'tos se
panhias d·e navegação dlr:ecta entre os movem, Ou .nob-o-lso . d10ls im,migranrte-s
por,tos ·da Italia e os de ,santo.s e Ria ou por i,nterm-edio dos ·bancos, cüm
de J-aneiroo. Frizemo.1~() :na -convicção destino á ltalia, e: em toda a extensão
d1e· estarmos concorr·e11dó para. um bo.m de nosso territoll'Í:o' encontra.m-se, , no'
serviço. e certos de que esse trabalho üo'mnl-er.ci'O, g,en,eros itaBanos de to--
seria do agrad.o do Governo Italiano. das ",s qualidades. São vantagens di -
Entretanto, . o cantracta não obteve a gnag de sro" ass;'gnaladas, jl·orq ue re-
appr-ovação ·esperada., .sob o pr1ertexto dle presenta:m -
com-p'enlSaçao suH/den te
que viria tornar máis intenso o mo- para os que saem em 'bus-ca d'e melhor
vimento -de Ínl;mi.grant1es para o Bra~ situação .

zil. Esta preoccupaçãa de crear emba- INão nos d:eve,mos, entretanto, apal- •

raças á vinda de trrubal'had'ares para o xonar, em.boTa -cheios de. justas quel-"
verri'taria do Estado vem s~ accen· xa.se continuaremos, 'como e nosso-,

tuando, ha algum temp'Ü, a :nosso ver, dever, a dar aiOS qu'e p'rocuralu o ter-
muirto' Í1n.j'u.stamente. rito rio <lo ]!]stad'Ü t-odas a'S s-egurança.s:.
,Sabem as quanta a traba~hadareu­ plj,ra o seu trabalho, louvarudo e ani-
rapeu e de ou tras pr.ocedeneias tem ! m'ando -o &eu esforço, ·de ln-odo que 3~'
conC'or-rid,o. para o des1envolvím'ent-o (}OnVençRm, senl ~he-sirt:ação, de que SO~'.
ecouomi"co ·do EstaJdio, e - não temos -mos dignos d·e os acolher em collabo-
pOUlpado sa-edfici'Os, não só para as- ração com o>snacionaes.
segurar amplas 'gara.ntia~ a. seus direi- .Com esta conduüta, da qual pro-
tos e bem_..estar no P.aiz, como para ourarem·os não 1110S afas.tar, ·ha de,
dar faoilidades ao seu traJbalho e' se- des-appar-e-cer- a.qu-ella má yontade, si
gur,ança aos saladas que perceber. Ao r.ealmel1lte existir, e todoo os povos a-
pa'sso que a lei fed'eraI _a.ssi:gnou van- güV1ernos se hâJo de Co.llv'sncer .que não
tn.gens :oo1ll1tple'tas a ·estes salarios. a encontrarão outro vai.z -Com melhor-~~-
da Estado organizou a Patronat.o Agri- . garantias e cond'Í!ções de subsistenqla
'Cola e O-utras repartições, com ° intui- para os seus filhos que pensarem €im'.
to ode i,ntervirem em favor d<> traba- emigrar" .
lhad'Úl" e promovere.m ;l. sua coHocação
Inst.l"Uccão Publica Oontinuava- ti.
'em bans centros de trabalho. Essas -
merecer a melhor a'ut"llção da Gover-
medidas foram e continuam a' ser.
no, pois era o ele-men'to basico de t6~
muito· applauididas, .parque revelam
da a' pl'ogres·so maral, intel1eotual "
claramente o nosso ponto de -vista, ab-
m'ateriaL S'e·ria ainda por largos annas
solutamente favor-avel ao elemento ex-
o problema_ de sérias pl'eoccupações á.
trang.eir.o, mas,. a que sentimas, ob-
servand'o as factos, é que, apesar da vista do augmento da pOllulaçãa sem-
li-s-ura de nossa ,conducta, não lestá ha- pre crescente e de pou,ca den·sidade·
VIlndo . sympa'bhia . para cClmnosca·. E, em <territori!o .tão e:x?tens-o. Existialn
·aLiJás, é oanv·en/en'te IlSsignalar que o 1.192 escolas isoladas providas, sen-"
Estado de São., Paulo tem oorrespon- . da 664 de 8Me e 528 de bairras com
dÍldo g·ener-osamente ào ISSfOfOo- de to- 52.·674 alumnasmatriculados; des-
dos que nós trazem o concurso de sua pr-oyj'das ,exietia.m 2.,4,81 esco.las quasf
3ic'iJividaode. to,da-s de bairros. Durante oanno' de·
." :

433
.
1912 funccionaram na ()apital 26 ,l Salld>e Publica Durante o anno)
g,.upo~ c",m 4.2·6 "lasses e 20.925 d'e 1912 f·oi satisfaotol'io o estado" sa-
.aIu"m.no-s matriculad:os; Ino interior nritari-o da ·Capital e int-er-ior. Houve
8 9 . grupos com 1.099 classes e matri- ape.nas Q co;queluoh-e e casos d'e va-
·cula. de 50.717 alumnos; na Ca;Pital riala em maior num ero do que nos
.. augmentaram-se 3,4 classes nos gru- annos anteriores. Fizeralll-He 12 9.850
pos existentes; no inter.ior inaugura- vaccina-çõ!e s. .A febre a marel1a desap"
ram-se 4 grupos novos e augmenta- pareceu ·completa'lneute, -coruti,n uando
ram-se 135 ela"ses nos· grupos ant.!- p.or·ém a vigHancia sanita ria especial ~
gOg· Em 1913, ao tempo da Mensa- I
ment-e e~n S·a,rut-os. A commis·são COD-
gem j á tinha·m si'do inaúgura-d'os 8 tra o tl'ach-om~ cont,inuava €:m seus
g rupos e seriam inaugurados até o 'tr",bal'h os. O Instiotu'to Bact"reol"goi~o
fim do mesm·o aJUDo mais 25. O 'tin·ha con'lr3!Ctad'o o prDlfessor Martim
numero de alumnos matriculados nos Fioker, da Un;i,versi,(Jade de BerUm
gymnasio$ da Capital, Campinas e p·a ra desenvo"lver os seus estudos e
Ribeirão Preto era de 541. Na Es- p esquisas . Em 1912 o Hospido dJe Ju-
cola POlytechnica matriculara m-se 215 query tinha 1. 3·38 ,doentes. iEm vir.tu -
candjda t"s pe lo qu·e foi desdobrado o de de tão elevado numero de enfer-
curs{)I preUm:inar. ·· m,as ,tornlára-s'e Ill'eces's ario construir

'Coll'Cluira;m o' curso 10 en~enhei-.· n ovo .ed·i fício 'e pavilhões ·p ara tnb-er ~
l"O~. civis e um industrial. A Faculda- culosos e delinquBntes. 0' dir ector di)
de de Medicina e Cirurgia foi inau- esta·belechne.llIto insistia pelo 11.:esen-
.gu rad a a 2 ide abl'lH d'e 1914 , sendo vo:1:v im-ento do sys tema d'e a.ssistencia
coJl!f·i ada a ·sua direcção ao dT. Arnal- fam iliar -que ia produzindo bons re -
d(· Vieira de Canalha. 'M atrlcula- s ul'tados.
r a m -·se .180 a lumonos. Em 191·5 oome-
Pina,cotlleca Co.n·tinuava inSltal-
ç.aria o ensino das ·clinicas Infedica e
.la'd a em salas Lyceu de Ar~es e
. ci rur gica. Existia.m tl'es escolas nor-
OCfieios e as suas co llecções iam au-
nlaes secundarias e oito· primarias na
gmen1tando.
C3I!)'ital e, no in1terJor . Durante o anno
leC't'ilvo matri<cularam -'s·e nessas esco- Museu do Ypirauga FuncC:iona ya
.
las nOI"rID'aes 3·'611 almII1.nos e recebe· l'egular,ml8rn~. Devia, p.orém, ser d'ivi-

mm diplomas 444. As escolas prolis- d!do em d uas secç~es: h!st·oria na-


s iona.es de artes e officios apresenta- t ural; 'h istoria partTia espeoialmente
va·m bons res ultados e. eram frequen- de S. Pawlo. A direcção d evia oor a
t.,das P'OI' 372 alumn.os d'o se·xo mas·· ·mesma nas duas secçõ,es.
·cuUno e 284 do femi·nino. A de Am-
Monumento da Independencia
p",ro tinha 64 alumu"s e a 'de Jaea-
De accôrdo com a lei 1.324 de 31 de
r ehy a pen·as 16. Por decreto de 22
outubro de 1 n 2 o Gov,erno de S.
de abril de 1912 foi c reado o Pensio-
nato Artistico para auxiliar os que Paulo soli'cr.tou 'o C'OU.cU!fSO da União
[""sem es<tu-d'a r bellas ·arbes no estran- e dos E'stados para leva'I>tar o monu-
goeiO'o. .A. estRtistica esoolar dava lnlenlto .colum-e·m·orallivo d'a indepen-
194.106 alumn'os matri,culados em den'Cia· Quasi todos oS EstJa.dos pro-

. todo o E.s tado . ,A hygiene escolar de- metteram

a:uxililiar . a construeção d'o
vja' ser d €Senvolvi'da':" e uln.bem era m.o.nUim-eruto na-cional >constrúj.do .no
n'2-cessario estahel1ecer e scolas para pOlllto exac1t-o lel11 que f·o i procla-mada
·t.n>anças 3 In·orma.es. j. a indepoe-nden,c.ia poH,ttuoa do Brasi l. .
-434 -

Ordem Publica Con ti,nuou iil1al- teria.l e t'Ürnal'a-se u·ma -verdadeira' - as-

terada em tod'o o Estado. A 8 d'll fe- sistenClÍa pu,blica. O seu gabinek de



'1ereiro de 1913 realisaram -S·" as eLei- operaçõoo estava senrd·o r.eorganisadc
ç.6es pára l'enov~ão da Ca·mara e Se~ para mMs bem ","tender ao pU'bUco.
nadü. Apesar de l'euhid·o üpleito cor- A Inspecção de Vehiculos· luctava com.
reli 'enl perfe.ita ordem. A poUcia de d]ftficuldll!dles para manter uma boo
carreira firmava-se na opinião como circulação no tr",fego dia cidade. A
grande ,colllquis'ta ohUda ve"la cultura nevrose da velocidade com revoItan--
pauUsta. te desrespeito pela vida alheie· impu-
zera á poU-ela 'O deVler de e.nfr-entaT se-
Policia Mal'it.ima Funccíonava
vera.m'elIúte, esses desregramentos 3.!té
sob a d·irecção do 2." delegado d·e San-
. qUB se c-hegas&e ao regünen n'O-y,mal
tos com o pessoa] elevado de 6 a 20
d'as capHaes civilisadas. Em maio de
age.ntes .. Os serviços melhúraram con-
1912 havia na Capital 630 auto mo-
sic.era.vel1m.ente e a policia marítima. .
y,e,i'S e no mez de jUlho d-o anna se-
represell'ta va virtal interesse para S.
. guInlte existiam 1.390 dess,es vehicll-
Pa uI 0, pois evltania a entrada d'B nla'Us
los. Iniciou-se a organisaçâo da Poli-o
elemJsntm; pelo principal P·OTtO.
cia d, Costumes. Na Camara •
Munici-
Institutos Policiaes O" G a b in e . pai da CaI'ital discwL'ia-se a lei que
te -de Inves ,t!1gações e Capturas" Imo~ devia regular ess-e inlpÜl"tant-é $er-vi~o
delára-se pelo da Repu·blica Argenti- ltão necessario á moralidad€ publica.
na. Em 1911 fizeram-s·e 813 capturas; 0., Instituto Disciplinar devia ficar
em 1912 o seu numero foi de 994; e .-i'nstallado em breve tempo co.m suas
at~ 31 de maio de 1913 já haviam \ of,ficiluas de me-ehanica, •
marcenarla,
s.do capturados 496 delinqu'&nte.s. A e.ncam-a,do·res, sapata'fia e outras. As
secção d,e identHkação em 1911 ex- o'bras da nova Penitenciaria iam
pediu 1.67·5 carteiras -e. no anno se· adeam,ta'das. Sua construcção em can-
guinte 2. 347. Eram raras as i>oosoas taria e ·c·oncreto era de a·bso-luta soli-
que não- se muniss·e,lU ,d'e carte.i'ra de dez.
i"deDlti-dade para as s'uas viagens. Com Força Publica Com o s,eu cons-
o intuito de aperfeiçoar o s,"l'viço de tante augmento surgiu a' necessidade·
poUcda arlmando·-a doe todos os me,ios de novos alojamentos, pelo que foram
de investigações, o Governo contra- augmell;tados os "quart.ei. e o hospital,
ctou o professor Rod'oJ,pho ArcMbal- tendo o Governo adquinÍ!do um gran-
do Reiss, da Universidade de • Lausan- de preMo com 20.000 metros quadTa-
ne para dar lições de policia scie-nUfi- Idos de terreTho, á rua Vel'gueiro 49
ca aos Iqure se d'e:dicassem á carreira onde se installou o 5.' batalhâo re-
p<>1IÍ'cral. e aos que se dedicassem ás ceIlltemenbe crea4o. ACQlbaram-se com
.
investigações. O Almoxarifado. de Jus- as tarirnhas e fornece,ra'lU-S€ aos quar~
tiça e Segurança Publica passou por tais camas de ferro hygienicas e con-
profunda. reforma •
organisand'o-se a fortaveis. Em breve •
estaria concluida·
sua escripturação de modo que fos- a casinha. a va'por do Quartel da Luz
sem si'mipUnnados os seus serviçO$ com capacidade para fornecer comida
sem prejuizo da .fis'calisação nq:ma a 2.000' homens. >A..chavam-se inicia'
r,epartijlão pU1bld-ca que tem deposiJ1Jo das as obras dos quarteds de Santos
normal de cerca de do,is mil contos e C<3llIlpinas. Cr,eou-se U'lll 'curso lite-
de réis em mercadorias. A Assistencia rario e scientifico. de 3 annos para of··
Policial rece1leu o dobro do seu ma- ~fici.rues -e iniferi,ores e que fU'llccionava
.. . • •
,
435

oom viSiv,ej pl'oveilto. o Governo co- tt'. -n:tati vas de reforma. 'Seria 4eseja ve r
gitava de fundar Villas Militares para que, no pensam-ento superior de dO :llr
residenei,a deoUielaes e soldados. o Estado de urna iei tão llecessaria. "
Procu,rav(V-s,e organisar tam bem uma ori.e ntação a dar ilJos t,r"halhos fo_, e
cooperativa de consum.o enl moldes mais pratica, tl'a.usig.en;te e -concilia-
inglooes.
. Com estas d nas providencias
, to ria, afim -de se chegar a um resulta~
'h a""ria , estaJbi:lidarle no· pessoal da d·o util- para os in·teress-es da justiça..
Força Pu,bHca. Cogiltava-se da creaçã!> Ots codi·gos ~ppaT'entemente mais }>€r-
definitiva da Escola de A viação que o feitos, em todos os povos, são alt€ra~
G(}y,erno -fundáre. 'C'ontractando o aVia- dos e mel:horados !>ela evolução j udi-
lClor Edua,,,do Chaves para i.nstructor. Oiard'a. Quem nutrir a p-reoccupaçáo
Na Missão Franceza O chefe, coronel de fa.z·er soment'e obra !}er'fBite. e Im·
Paulo Balaguy seria substituido pelo peccavel, ficará sempre pairando na·g·
tenente coroue,l ' Autonio Francisco alturas da theoria " dos project.os,
Nénel, visto s'er o c<lronel ' Bal<l.gny Com grande prejuizo par-'-ã as neces~:;i­
obrigado a vo,lltar ao serviço <Ictivo do dades teN~-ene.s e d.ia ria s da justiça.
exercito franooez. O pre,s idente elogiou E~ tratando-se de reforma na admi-
calorosa-mente· não só ao· cnf.oncl. nistroção da justiça, y2-111 de mo!',de
Paulo Balagny chêfeda • missão fran-
• as\3i'gnalar algnn s costumes a-busivo.•
cez:a. como tam bam ao ,j:nstructor da que '''' tem introdUlOido em detrim en·
arma de ca vaHar!a tellJe'llt~ coronel De to do' serviço publico taes 'são o
La H<lrie Fanneau Alphouse quP. . a.fa,stam<eDto do- cargo, sem que vs·
,
igualmente se retirava. I fUIThCciollarios se ha'b ilitem cO.m as for':'
,

.Reforma Judlciaria. O Gawe-rno malJdades legaes'; as Ucenças longas,.


chamava a attenção para os seguint8s sem justificação le.gi:thna,mente funda-
pontos . que co.nsid,era.va dominamtes da e·m mo:le'Stia rlBQ;l ou gT3.4D!de lln tp.-
na reto.ma: a creação de eut ....n - l'eSSe que os determJne , pa&"Sanldo, á.s-
eias como elemento de estabilidade e v~zes. os .f unccriona:ríoo a ~x.er'Ce!" ou·
,

sequencia na carreira; a. investidura tras profissões; o ahURO na~ (;obra'nças


por meio d·e concurso. A substituição de custas, sobretudo l1n~ cartorios de
de juizes, r,etirando-se do juiz de p.az paz, dHficultando os casamentos, com
R substituição d·as j uiz:es de di-reíto; grave prejuizo para a constituição da
, ,

fts correições; a elevação ·dos venci:. !amma- O Governo tem procurado co-
, 'm entos; e fi1nal,m-ent!8 a
revisão dos hlbir esses abusos e vai ·c'Ü'utÍlIluar a

pJ'locessos com o fi.m de acti.var a mar,,: agir com a mruXlma p~rsever.ança para
ch'3. € d~senla-ce das qu~sltõ.es. Dizia f) normalizar esse este..do de cousa,:;. Não
I>resi'C!en te: ha ad,;m-i-nist-ração J}OIssiveI. ~~em uma.
-
"E' de e'''l'erar do pllitrio,tismo e dedicaçãoconst"'Me ao cargo e sem
da sabedoria do Congresso que não se um exae!to cumpri'lTI·e.nto d-~ seus' de\.' e-
adi.e mais essl3l r~Ol"lna, tão imperio- res por parte dos respectivos titula'
sam~Mf\ r-€'Clamada pela administra- t·es. A frDuxidão no fUllccionalismo
,
ção da justiça. ln'feli7lment.e , até ago- da justiça é mais grave do que em
ra, opf.nlõ"" "'Xltremadas ou'rreducti- qualquer outro re.nlO ad-minÍBtrati:v·o.
vels, e..spiTaÇÔes de, obra perfdta, ten- porque, afinal, nas funcções judieia-
d_cias exclusivis1las de es"piritos brio riaS" re/pousa a gara·nHa de todos os
lhantes, mas radicaes e insaciaveis lnte,resses na , soc1,.dade, quer patl'l-
emfim, uma I(lllga série de obstaculoe moniaes, qllie~
-de famHkl. NUln paiz
tem ca·use do o fre:caSBO d·e toe as as eUl ' -formação , principalnletlte. B fun-
~ 436-

·da.menta.l a severidade absoluta na terrenos;



em, 1912 ali plantaram-se ...
.;:l. O-rl1i:nis-tração da justi<;a." 33 . 721 mudas e ,estava preparada uma
• área de cerca de quarenta alqueires pa-
Agricult.ul'a A "EscOla Agric<Jla"
ra sementeiras directas de pinheiro na-
fo i r€.organisada em virtude da lei ...
cional. Durante o anuo de 1912 distri-
i . 356 . de 1912. Nesse anno. matricula-
buiram-se. 37.458 kilos de sementes
J'am-se 126 alumnos; em 1913 o seu ' .
prinCipalmente de arl'{)Z e algodão, em
numero era de 14 5. Seguiu para a
9.453 volumes a l. 395 lavradores.
Eur.opa a primeira turma de 5 di plo- •

Distribuiram-se tambem muitas publi·


"IDados que se iam .especialisar. O

cações sobre .assumptos- agric<>!as. in.
.. Apprendizado Ag'ricola Jorge Tibiri-
,
d ustriaes e commerciaes. Em 1912 fo-
"li," Iniciou 1!eu,s! tralba'lhos com 25
ram expedidos 299.371 exemplare's de
.aJumnos; e no uApprendizado Dr. Ber-
pub-licações no Estado, no .".trangeiro €
nardino d'e Campos" em 1912 matr!-
nos outros Estados brasileiros. O "Ins·
-,culaTam-se 21 alumnos . O serviço de
tituto Agronomico " continuou seus €s·
.inzpecção . e. defesa agricola
.
fazia-se re- •
tudos sQbre o café e -- fez experienc-ias
.gularmente destacand.o-se os de ensi-
de toda a sorte referentes á pOlycultura
namentos de culturas. ol'gani-sação de I e pecuaria . O <lH·orto Agrarin Tropi-
-cooperativas e outros referentes a dl-
c3: l " foi transferid~ do Cubatã.o .p ara
versas cultu-ras. Na "Secção de ,Phy- i
Ubatuba em terr€n"s do . extincto nu-
tüpathologia" continuaram os estu<los I
c!.eo colonial Conde do Pinhal. O fim
'sobi'oe molestias das planta;s; -t} modo I
do Horto era a propaganda d<J cacauei-
,de cural-a.s. No "Gabinete Chimico"
ro e outras plantas tropicaes. O Gover-
fiz:!ram-se varias trabalhos sobre ,
chi-
no mandou funcci-onario competente es-
'mica industrial tendo sido examina·
tudar de modo preciso ~ primitivo o
,d", diversos adu bos e seus resultados. .
verdadeiro estado da lavoura cafeeira
·0 li Serviço M..eteorologlco correu em
tl
em Java. Sumatra. Bornéo. Ceylão e
ordem e foi m elhorado. Existiam 5 es-
Uganda. recommelldalldo-Ihe observa-
taç'ões de observações e ficou conclul-
ção cuidadosa sobre o . café r·obusta; . e
,da
.
a construcção dn observatorio da
ainda que estudasse a or.g anisação e
Ctt pital . Ultimavam -se os preparativos ,
funccionam e nto das estações experimen-
]>a,3 ficar estabelecida a hora oHicial
. ~aes de café com o filn de serem c·rea-
"-não só na.s repa.rtições. mas tambem
dàs identicas em São Paulo. Houve em
:n,,, praças da Capital. O "Observato-
1912, dois congressos de lavradores em
TÍO ,\ representou-!Se no concurso inter-
, e
Mocóca Piracicaba (15 de jun·h o e
na',ional .. ealisado a 10 de outubr" de 15. de dezem·b ro). O pr"ximo CongreG-
1912 por occasião .do eclypse total do so seria em Jahu·. Realisou-se ua Ca-
,
'01. Devido ao máu tempo as observa- pital a exposição estadual de animaes.
,
·ções tiveram quasi completo insucces- no Posto Z·ootechnico DI'. Carlos Bote-
50. A, commissão paulista lo'calisada em
. , lho. durante os dias de 3 a 7 do mez
. Cruzeiro reallsou estudos de relativo de junho de 1912. Funcciollaram regu'
nüor. •
O· u'Servfço Floresta'l" distribuiu larmente os serviços . dependentes da
. em

1911. gratuItamente 250.121 mu- "IndulS'tl'i~ Anima.}·1 que comprehendia
da.: no anno seguinte 678.725. Ini- . o Posto Zootechnico ·C entral, Posto de
ciaram'se plantações de · essenci""" fio- Selecção do Gado Nacional. Estações
restae3 na fazenda da Chapada, situa- Zootechnicas Regionaes e Haras Pau-
da na .Cantareira, e o atverno pensa- listas, A esses estabelecimentos
,
f<Jram
-. ·ya ampJiar esse serviço a todos os seus apresenta,d os em 1912, 698reprodu<:to-
. ..." ".,. ", ... ..
" _-_ ................._.......... .. _...... _.. "" .... "" '''---_.- --.. _-_. __ . -- -- _.. -" .... . ... " ... " .,.
~ ....,.., ..,. , " .,. ,_." ,
..
437

:t-es de varias .especies e no anno ante- bre ·os . preços locaes, os rendimentoo
!"ior 6 seu numero foi de 55 5 . O leilão medios , a s pr·a gas ·s outros elementos
-R.llnu·al d·e animaes de raças nascidos para a estatistlca, não s6 das nossas
na Capital subiu a mais di! 3 O contos condi~ões economi-cas. como para a nos-
de réis. O Serviço Veterinal'io pre- sa efficaz propaganda no ext~rior . No
.l"-isava ser o-rganisado. O «Haras Pau· anuo agricola de 1911 a 1912 a prD-
Hsta" estabelecido em Pindamonhanga- ducção de café no Estado foi de ... ..
.
ba .empenhava·se na cr-eação de um ty- 10.5 80. 17 2 saccas, contra 8.524.245
))0 de cavallo nacional, apto para todo saccas, em 1910 a 1911. O conSlUmo
'. ú serviç'Ü. O I : Museu Comuiercial" ,o. no Estado foi de 656.217 saccas, no
funccionava em locai acanhad'o até que mesmo periodo. O alg-odão s{)f[reu pre- I
. !,
fosse mudad·o para o Palacio das In' juizos ca usados p'elaschuvas e pela pra-
dllstrias. Na H·Galeria de Demonstraçãc t ga do '''curuquerê'', de modo que a sa-
:de Machinas" foram admittidos em fraem 1911 a 1912 rendeu s6mente ... !
1912, machfriismos para café, arroz e 1 . 249.214 arrobas em caroço. contra !
outros mi ster-es em numero de 139, dos I 1.466.378, ·em 1910 a 1911. A área
'q uaes 102 machinas e 37 arados. O I' plantada, foi de 50 % maior em alg-uns
E:;tado mantinha com·missarios em Ber- municipi·os. em comparação com o an-
-h m, Vi-enna e Madrid subordinad-os ao no ant:erior. A lavoura .de fumo , pro-

Commissariado GOeral em Bruxellas, t porcionou em 1911 a 1912, 131.820
,
·com o fim de obter tnformaçõ,es de que a·r robas de fum{) em rôlo ou ~orda. con-
necessitasse. 11 Propaganda do café". t ra 130.118 arrobas em 1910-1911. A
.Actualm-ente acha-se em vigor um uni-- safra do assucar, começada em junho-
(';o contracto p ar a a propaganda do ca- de ' 1912, elevou-s·e a 437.894 sacoas.
fé. celebrado em 11 de Outubro de 1910 .com notavel superioridad,e sobre a an-
tom a Companhia Café .Paulista Goohi- tecedente, qu e não attingiu a mais de
kaiska, ele Tokio, no Japão. Essa Co·m· 398.590 saccas. Apezar d·., ter augmen-
panhla. tem um capital de 100.000 .... ta do a n.ossa pl'oducção, o consumo exi-
yens, moeda japon eza, e, além, de sua giu que se importassem dos EstadoB
matriz situada na Capital do Imperio do Norte 61 . 332 t oneladas em 1912.
do Extremo Oriente, mantem filiaes em Fabricaram-se nos enge nhos e engenho~
-Ozaka, no parque Mino-mo e nas ther- cas 124 . 942.8 80 litros de alcool ... I
maes Takuzuka. em Nagoya e Shiznoka ag-uardente durante o anno de 1911 a.
para a venda do café e deg-ustação da 1912 . O arroz em 1911-1912 produ-
bebiqa em chícaras. Em virtude da lei ziu uma s afra de 1.742.130 sacc"," de
"fi.O 1 . 318 de 31 de de:rembro di! 1912, cem litros em casca, em quanto que em
foi ri!!ta a renovação do contracto . com 1910·1911 não exced·eu de 1.049:827.
,

·a . Com.panhia, elevando-s'e o seu capi- O fi!iJão rendeu, em 1911-1912, .. : . .


tal a 200.000 y&ns. O auxílio do Go· 1. 883.392 saccas de cem litros, contra,
verno ',S'erá -d-e , 2.500 saceas por anuo, 1.367 . 440 saccas, no anno anteceden-
·entr·egues em duas prestações. "Esta- te. O milho produziu 11. 085.840 sà.c--
t.istica .Ag-ric<>.Ja". Com a collaboração cas de cem litros, contra 9.556.760
-das Cpmmissões Municipaes de Agricul- colhidas em 191 0-1911.
. . . .
l.ura, o concurso dos proprietarios de Producção Industrial -
-eng-enhos d e assucar e algodão e dos S. Paulo V&e--SB tornando uma -dàs .mals
p'rincipaes fazende iros~ va-e-se amplian- importantes regiões de :lnd'ustr-ia manu-
do a. estimativa annual das colheitas, factureira do Brasil, multiplicando se
corHgin40·s-e ao mesmo ·te.mpo dados 'so· ~ uas fabricas. Em 1908 a producção
- 438 '
o -

ile tecidos de algodão, lan e juta, cha· juntar·se um valor global de 70.000-
peus de homen·s e senhoI"as, calçados, contos para as industrias não menciona-
ohapeus de chuva, bengala.<;, cervejas e das, como a metallurgica, a moageira r .
bebidas, vinagre, conservas alim€nU· a de construcção, a de vidros, moveis
cias, especialidades pharmac-euticas, etc. temos uma producção total de • • •
perfum,arias, ph<osph-oros, fumo e seus 210.885 contos em 1911.
preparados, foi de 96.217:830$438 rS. Commercio com os pa.izes esbangei"·
Em 1911 a producção desses mesmos ros O intercambio do porto de San··
artigos subiu a rs. 140.885: 336$357. tos com Os paizes estrangeiros teve um
Se aos 140.885 contos do valor da extraordinario augmento em 1912, eo-·
producção dessas industrias em 1911 mo prova. a oompar·ação abaixo:

Importação Papel Libras



1911 191.077:487$000 12.715.924
1912 248.698:304$000 16.677.814
Exportação
1911 480.900:286$000 32.028.480
.
1912 530.135:051$000 35 . 337.919

Em 1912, o saldo a favor do Estado Commercio de cabot.agem A es" "


se elevou a Ibs. 18.760.105. A impor· tatistica do anl10 de 1912 ainda não es· ·
tação representa 26 % da de todo o tava compIeta. Comtudo, já se podia
.Brasil, e cresceu -especialm-ente nos ar~ affirmar que nesse anno houve augmen-
ligos de utilidade economiéa. O valor to, principalm,ente na importação, por
da exportação, em 1912, attlngira aos motivo de maior entrada de assuear.
mais altos algarismO/; até hoje as.lgna- Esse genero e o alg,odão, qUe mais in·',
lados representando 47 % da de todo fluem na importação. figuram com ,.,..
o Br,a si!. seguintes quantidades:

Annos Assucar Algodão


.
1911 47.933.032 kilos 7.644.550 kilos
1912 61.332.930 kilos 7.163.287 kilos


Movimento Mal'ltimo As entradas• de Setembro do anno findo,• o oontracto··
foram de 1. 761 navios com 4.229.316 com as Companhias de navegação
. .
ita-
toneladas, contra 1.634 navios, com .. lianas - Na viga"ione Generale ItaU..· ·
3.785.896 tonelad,as, n·o anno anterior. na, La V'eloce, Lloyd Italiano, e ltaIla,
Aos sahidas foram de· 1 . 748 navios, com em virtl/de do qual fõi estabelecida.
4.401,650 toneladas, emquanto que uma linha de navegação directa, Bub-
em 1911 ' não passa·r am de 1. 628 na · vencionada, entre os portos de nenova
vios, com 3; 733.059 toneladas. ou Napoles e o de Santos, tocando no
. ,
Linha de Navegação dlrecta entre a Ri-o e, -alternadamente, na- Bahia e Per·
[tal!,. e o Porto de Santos Auctori· nambuco;
, . - -.
zad·o pela lei n.• 1.2'9'2;

de 21 de Dezem·

Esse serviço teve o seu inicio em No·

bro de 1911, · o Governo do Estado, de vembro ultimo e sem duvida delle re-·
accõrdo com ,o da União, firmou, a "10 sultariam vantagens considera veis e re-


439

cipr'Ü~as para o dessn volvimento das re- , e os demais por conta do Estado. Enlr&
(ações commerciaes _-existentes entre o as nacionalidad·es que mais contribui-
nosso 'Paíz e a H-alia. si a sua execução ram para a immigração em S. Paulo s

não tivesse sido profundamente preju- cabe .m en-cionar os portuguezes com ..
,licada pelo aeto do <k>verno italiano, 29.101 immigranes; os hespanhoes com
suspendendo a faculdade, de que gosa- 25.577; os italianos, com 23_749; e
vam ()s vapores da mesm·a linha, de os turcos (syrios) com 4.098. As sa-
transportarem pass~geir·os de terceira hidas de passageiros de terceira clas-
classe ou immigrantes espontane-os. s·e,considerados emigrantes por San-
Em virtude da situação creada por tos elevaram-se a 37.400, contra . . . .
ass" acto do Governo italiano, foi cele- 27.331, em 19 : 1. O saldo do movi-
brado pelo Governo da União, e o deste mento Immigrai )rio foi em 1912, de
Estado e as Companhias italianas de 64.547, a favor da immigração ·contra
navegação, um accõrdo, declarando o de 37.659, em 1911. Podia Ser ava-
.s uspensos os S€rviços contractados para liado em 110.000 o num..,ro de immi-
a linha directa, por um anuo, 'ficando grantes que devJ' riam entrar no Esta-
..:;em ·effeito o -contracto anterio·r, si até dê no anno de 1913. O ",Patronato
c fim desse prazo não fôr possivel res- Agric-ola 1t funcci<>nou Co-m perfeita re..
tabelecer os serviços ajustados; gularidade, prestando assistencia legal
Terras Devolutas Desde 1904, até a todos os que a alie recorreram. Esta
o presente, apenas f{)·r am homologadas Repartição já consegui.'a organisar em
as seguintes discriminações: diversas fazendas e nucl-eos coloniaes
.
10 . 113 hectáres nos bairros do cooperativas .para o ensino primario dos
Cubatã-o e areiaes, município de San- filhos dos colonos, algumas das qnaes
tos; 12.967 hectáres, n",s vertentes dos se achavam trabalhando com bom exi-
!'ias Branco e Cuba tão ; 9 _999 hectáres, to. "O Deparfámento Estadual do Tra-
na "Boracéa"; 2.749 hectãres, •
no alto balh{) .. desempenhava-se satis·factoria-
da Herra; 2.911 hectáres, nas verten- mente das incumbencias que lhe com-
t·es dos carregas de Araribá e Laran- petiam, facilitando a collocação dos Im-
jeiras; 13,647 hectal'es, no vaUe do migrantes e de 'q uaesquer trabalhado-
ribeirão do Palmital; 771.272 hecta- res; estudando as condições do traha-
res. na comarca de BauT1Í. Montam lho, para fomecer aos po<ieres compe-
pois, a pouco mais de. 820 mil hecta- tentes os. elementos de que careçam pa-
res, ou cerca de 340 mil alquei-res. as ra a solução dos problemas a elIe at-
terra.s cuia diSCriminação póde ser con- tinentes.
sid·erada acabada. De",e-se entretanto,
Colonisação Os nucleos coloniae.
notar que ·essa superfi-cie não apresen-
ta sómente terras devolutas, pois, den-
que o Estado mantin. h a. eram o", de
tro dos respectivos p·erim,etros dem,a.r- Conde de Parnahyba, Viscond·e de ln-
cados encontram-tSe pósses. que cmnp-re daiatuba, Martinho Prado, Nova Odes-
resp"itar_ , sa, Jorge Tiblrlçá, Campos Salles, No-
Immig.'ação Em 1912 entraram va Veneza, Nova Europa, Gavião Pei-

101.947 immigrantes contra 64.990, xoto e .Pariquét"a-Assú. A União Cl'eou


no anno antecedente. Dos iDlmigrant~s e mantem neste Estado, dois nucleos:
entÍ'ad<Js, em 1912, 59.319 vieram es- o da
... Mon'ç ão ,situado na re-
pontaneamente, isto é, pagando elles gião servida pela Estrada de Ferro So-
proprlos as suas passagens. Foram sub- rocabana
.
e o dos -:Bandeirantes - ,
sidiados 42.628, tendo passagem gra- situado no município de S. José doe
tuita, sendo 1;.674 por conta da União Ba-rreiros.
. .',

440

Viaç~10 :Fet'.·ea - A viação ferrea do uma nova c;trta geral do Estado, seu-

Estado recebeu um accrescimo de 134 ào confeccionada .uma da cidade do S.
ldJom€tros que elevou a 5-591. kilo~ Pa1l10 e seus arredores, mostrando por-
m·etras a cifra do desenvolvimento to- m-enorisadamente o seu desenvolvimen-
tal da rêue em trafeg·o, sendo: 3.747 to,
ltilometros concedidos pelo Estado, ... Illuminação da Capital - Elev,ou-se
1.628 pela União e 21i: construidos
a 8.706 o n." de apparelhos de gaz em
pelO Estado ou pela União; 1.777 de funccionam-ento para a -illuminação
propriedade da União ou d.Q Estado; e
·public.a da Capital. O numero de f"co"
:3.814 pertencentes a empresas parti-
electricos foi ele'vado a 6TI5. uns como
culares. ü mávimellt-o finallceir-o das reforço da illuminação das principaes
estradas de ferro (com excepção das ruas e 'Outros para illuminação exclusi~

de 'S. Paulo a Goyaz, Pitangueiras e do va em ruas dos bairros de Agua Bran-


"tramwav"• de Santos a S. Vic.ente. ca, Lapa, Penha e Ypiranga .
-cujos dados ainda são desconhecidos),
durante o -anno de 1912, accusa para a Serviço Telephonico Nos termos

receita de conjuncto 110.490:010$936 da lei n.' 11, de 28 de outubro de 1891.


" para a desp,esa, 60.386:780$821 rs., foram auctorisados os estabeledmentos
tendo havido, pois, o saldo de rs. de novas: linhas, servindo 'Os municí-
5(1.103: 230$115. piOS de Caconde, S. José do Rio Par-
do, Mocóca, Capital, Santos, Campinas,
N"avegação Continuaram a ser Santo Amaro, Capão Bonito do Para·
fe.itas duas viagens' mensaes ,subven- napanerna, S. Miguel Archauj<>, Apiahy.
cionadas entre Santos e -8. Sebastião, Xiririca, Iguape, Pilar, Piedade, Una.
Villa Bella e Caraguatatuba. Existem It.avecirica J S. Ber.nardo, Pa·rahybuna e
em trafeg'Ü 955 kilometros de n-avega- S. José dos Campos.
ção fluvial a vapor, sendo 772 na Ri- Abastecimento de Agua. e Exgottos
beira de Iguap.ee 183 nos rios Tieté da Capital A Repartição !le Aguae
e Piracicaba. Em execução da lei já Exgottos concluiu os projectos para
citada, o Governo eont·ractou o serviço me.lhoramento d,o serviço de distribui-
de transporte em lanchas a gazolina, ção de a,gua para a Capital co.m a ca-
entre Santos e BerUoga, passando por pacidade necessaria para att-ender ás
Bocaina. necessidades de uma população de ....
Carta geraJ do Estado A Commis- 700.000 habitantes. O Governo estu-
são Geographica e Geologlcaproseguiu dav,a esse trabalho com a maior solici- -
com os trabalhos de exploração do lit- tude e pretendia promover a execuçãú
toral, cuja região -era vagam-ente co- das ohras. Em 1911 a 1912 foram exe-
nhecida. Os. trabalhos nas fronteiras cutadas 4.353 ligações, contra 3.155
com Minas-IGeraes e o Pa'ran·á, em-ba- feitas no exercício anterior. 227 r.eliga-
raçados pelas duvidas existentes sobre ções e 813 desligações, o qu·e fez
os limites en!;re este e aquelles Esta- elevar a 39.269 o numero de liga-
dos, podiam então ser emprehendidoo ções independentes até 31 de dezembro
sem tropeço._ á vista dos accordo.s fir- de 1912. Em relação ao serviço de ex-
mad'Üs entre -os Governos int.eressados. gottos e outr·as obras de saneamentu
A 14 de março f{li assignado o accordo d-a Capital, foram terminadas as oõra"
!,om o Estado do Paraná, sendo cele- de construcção das rêdes. de exgott<Js
brado, a 5 de maio, o relativ6 ao Esta- de Villa Marianna (vertente do Taman-
do de Minas-Geraes. Foi publicada duatehy). edaMoó"a, nas proximida-
441

des do Posto Zootechnico, e iniciadas, as tão Salomão e Travessa da Esperan -


obras de const,rucção da ~êde das Per- ça, para melhoramentos dessa zona. Re-
, '
,
,
dize<; e do balrr,o do Ypiranga. Foram i centemente, por aooôrdo entr" O Esta·
,

construidos 21.680,m64 de collectores do; a Municipalidade e o Arcebispádo


contra 20. 878,m40 no anno antedor, foi modificado o local da consti'ucção
,
173 ventiladores e 11 tanques de lava· da nova Cathedral. de modo a ser ella
!(em, 2.793 rama"s de 4", 132 ramaes ' edi.ficada em posição mais apropriada,
,

de 6", _com as exte-nsões res-pectivas de temio de ante de si uma praça publica


SO.893,m90 de 4" e 5.941 ,m90 de 6". mais ampla. Por esse motivo. nOs ter-
Foram Ilgados á rêde de exgottos ... . 1,
, mos da lei n.o 1.363" de 27 de d;) zem-
3.646 predios contra 2.673 no anno ' 1 bro de 1912, (oi feita doação á Cama-
a.n terio-l', elevando-se a 36,090 o nu' ra: .Municipai dos terrenos sifua'dos á
,

mero de- pl'edios servidos. Além das rua Capitão Salomão, Travessa da Es-
, ,

obras de exgottos foi in icia.da a cons· perança e rua Marechal Deodoro, obri· ·
trucção das galerias de aguas pluviaes gaudo-se a Municipalidade, nessaes-
das ruas Tres Rios, Correia d" Mello, criptura pe doação, a dar á nova Ca-
Rodrigo de Barros, Alfredo Maia e , a I thedral "a pOSição combinada.
(\0 valle do Anhangabaliu'. As obras do Saneamento de Santos - Prooeguiam
,

canal do Tamanduatehy tiveram gran· as obras a cargo da Commissao de '3a~


de impulso sendo construidos 1; 671,5 i neamento de, Santos, estando em fune-
metros d.. canal, o que fez elevar a.· . cionamento a nova rêd,e de exgottos
3.861,m80 a extensão do canal con- sanitarios daquella cidade. TiV'eram sa-
cluido, e auctorisalla a construcção de tisfactorio andamento as obras de con<l-
uma ponte d·efinitiva sobre o canal. na I
tmcção do Hospital de Isolamento, De-
rua da Moóca . sinfectorio e Hospedaria de Imnligran"
lUelhoramentos da Capital - Recons- I tes, além d" outros tr-abalhos que com·
tituindo-se os trabalhos esparsos e11· pletam o plano de melhoramentos de
contrados, e fazendo~se levantamento Santos. Foi terminada a construcção do
ele plantas rio locai, de accôrd" com canal n," 1, d'a praia do José Menino
as escripturas, conseguiu-se organilsal' em direcção á rua Manoel Ca-rvalhal,
uma planta geral das a,cquisições (ei· onde deve ligar-se ao canal n.· , 2. já
tas para alargamento da rua Libero construido, O s"rviço de abastecimen-
Badaró, melho,ramentos do valle do to de agua continuou a cargo da "City
Anhangabahú e conotrucção do viadu- a( Santos ImproV'ements Comp." Ora-
cto ja Bôa Vista. A quasi totalidade pido desenvolvimento da cidade está
dos predi05 adqUiridos para alargamen- exigindo da COmpanhia s"rviços espe·
to da rua Lib€ro Badaró, e melho,,,.- daes, para garantir á população de
mentos do valle do Anhangabahu', Santos
.
um supprimento em quantidade
acha-se demolida, estando em andamen- sufficiente, não tendo ella d,escmado do
,

to diversas reconstrucções . auctorisa- as&umpto, tratando de providenciar a


das pela Camara Municipal. Quanto ao respeito .
viaducto da Bôa Vista, ligando o lar- Obras diversas Para a construc-
go do Palacio á rua da BOa Vista, es- ção dQS novos edi-!lcios escolares , foram
,

tão entaboladas
,
negociações papa se- organisadoo 58 prolectos de accôrdo
rem completadas as compras dos ter' Co.Ul o programma da Secretaria, d'o
renos nec€ssari·os. No centro da cidade,
Interior, destacando-se, pela s ua im-
f·oram completadas as desapropriações portancia, os seguintes: Escola Norm'al
entre as rua,s Marech'al Deodoro, Capi· de Pirassununga; Grupos Escolares d"

• 442

Sant'Anna e Bom Retiro (Capital), San- Cordeiro", Santo Antonio da ' Alegria .
tos I e m vma Mac uco) , Ribeirão Preto, Bôa Esperança, Monte Alto ; in:;titutos
Bt'ag'" nça, Taubaté, Capão Bonito dú disciplinares de Taubaté e de Mogy-
I
Paranapanema, Cacond·e, Mont'8 Alto, I Mirim: Lyceu d e Artes e Olficios de
S. ·Bernardo, Pitangu·eiras, Cabreu'va, Jacarehy, Escola de Artes e Offic!os de
ltaporanga, Santa R!osa, Itatinga, Cra- Amparo; pontes so bre o rio Tietê. em
, ,

vinh<ls, Fartura, Ibltinga, Annapolls, Barra Bonita, so bre o rio Parahyba, em


vma BeBa, Mineiros, Piquete, Pleda' , S. José do, Campos; estrada de 'RI'b,i
de, Leme e Soccorro; Escolas reunidas rão Preto . a Jardiuopol1s , estrada d<:
d'e Cam p<> Largo d e Sorocaba, Jambei· Presidente Penna a Platina" e e,trai"
TO , Apiahy. Guararema. Ribetrão Bran- de Campinas a Limeira..
co, Santa Cruz da COn" e ição, Tremem '
Receita As rendas geraes do E s ~
bé, Ribeira e Buquirn. Além desses

ta.do excederam a expectativa orça-
trabalhos muitos <l utros, não menOS
mentaria. A receita total -ordina.ria e
lm-portantes, [oram executados, taes ,

extraordinaria elevou-se a • • • • • •
como os projectos para : No v.o Quart-el
75,640:562$561, havendo um exce::);:;o
do Corpo de Bombeiros da Capital ,
de rs. 5.580:000$000 sobre a ,r eceita
Quarte l de Campinas, InstItutos Disc i'
calculada. O valor official dos gen·eros
pl!nares de Mog-y-Mlrlll1 e Taubaté, edi·
sobre Os quaes recahiu '0 imposto re.fe-
fiei-oIS pa·ra cadeia e fórum em Campos
, rido foi de r8. 407.613:550$000, ca ·
Novos do Paranapanem.a. Capivary, i
, bendo ao café a som ma de r 8 , ... , ....
Pindamonhangaba, Fra n ca, Baurú , Ta·
: 407.279:079$200, corr-espondente a, .
quaritinga, São Roqu e, assim como pa- •
i 8.939.436 saccM, com 536.366.165
ra pontes e obras de a rte e estradas de
kHos. O valor olficial de outros gene-
, , rodage m, convindo destacar dentre 91-
ros exportados, não sujeitos ao imposto
les, o de uma ponte Ille tallica sobre o
I de sahida, foi de rs. 90.311:748$324 ,
rio Piracicaba, proxlmo de Santa Bar" ~
bara e o de uma estrada de -rodagem I : superior ao do anno ante-r ioT que foi
de rS. 74.410 :487$00 0. A renda .c om
que, partindo de F a xina, vae a Apiahy,
passando pela cidade d,e Rib eirão Bran' , I applicação especi'al ao serviço d·e defe·
·sa d o café pr<ldu z!u frs. 45,315.472 ,00.
co. •Dentre as <lbra,s em andamento, I
que se destacam pela sua importancia. j Despeza - A despeza geral do Eg·
,
I
convém m-enci-onar as seguintes: t.a·do, no exercicio findo, orçada em rs ,
I 69,741:407$693, su biu a rs .........
Grupos esçolares d,e Orlandia, Carmc i
('Capital) , LOl"tlna,
'. M{)gy das Cruzes ,
,
i 96,643:449$415, havendo um exeesso
Moóca (Capital), Nazareth, Redempçiio, , d.., rs, • 21.002 :88'6$854 sobre a receita
I
Ribeirão Preto, São Bento do Sapuca ' ,, arrecadada. ,
, hy. Amparo, Guaratinguetá, Leme, E' este excedente devido, em gran ·
Monte Alto, Sã-o JoaqUim (Càpital), de. parte, a d·espes·a-s com s~!"viços não
Santos (Vma Mathias), 'Serra Negra, S. I
previstos no -orçamento, determinado!::
José do Cnrralinho, Saut' Anna (Capi JlOr lei,s especiaes. Avultam, entre eUes,
-- •
tal), São Bernardo, Tambahu', Cravi' os melhoramentos da Capital, a con s-
,

nhos , 19nape, Santos (Villa Macuco) , trucção de grand.e nu-mero de pr:edios


Esco la Normal de Pirassununga; ca- elscolares, da Penitenciaria, do Hospi ~
deias de Franca, Igarapava, Tatuhy, tal de Isolamento de Santos, as <loras
Taquarltinga, Pinda.monhangaba, Capi- novas da Estada de Ferro Sorocabana.
vary .: quarteis dQ Corpo de Bombeiros j o prolongamento da 'FunHense, as (l esa-
e da Luz: - postos pOliciaes de Itapolis . I propriaçõe·g diversas, Os juros do Banco


443 -

:Hypothecario e Agricola e da Estra,da Interior • • 24.424:133$000


·de Ferro Juquiá etc., cujas despesas Justiça. • • 17.458:065$000
todas _se elevam, approxi,madameente, a Agricultura • 27.257:654$000
r5. 12.000:000$000. DevelIIlOs ter dizia ·Fazenda • 27.503.596$000
-'.() presidente: "o maior cuidado na ap- .Divida Externa A "divida passiva
plica~ão das verbas do orçamento e na externa fundada ", até s,e encerrar o
decretação da despesa publica". A des' exercício de 1912, excluída a que está
pesa paga. foi distribuida do seguinte a cargo do serviço de defesa 'do café,
.:nt.odo. pelas Secretarias de Estado. era assim discriminada:

Lb~.
l' Einprestimo de 1888. com o British Bank of
South America, Limited . • • • • 181.000-0-0
.,
- .. Emprestimo de 1888, com L. Cohell &
Sons • • • • • • • • 437.100-0-0
.", .,. Emprestimo de 1899, com J. Henry
Sehroeder & Comp. • • • 103.700-0-0
4." Emprestimo de 1904, com o London & Bra-
zilian Bank, Limited • • • • 869.040-0-0
::;. .,-
o.~ Enlprestimo de 1905, com o Dresdner
Bank, de Berlim . • • • • • • 3.618.600-0-0
6." Emprestimo de 1907, com a Sorocabana
Ra.i1way Company • , • 1.987.698-0-0

Lbs. 7.197.138-0-0

Ü prl,meiro, o segundo, o quarto e o Apóhces da 7," série 3.924:000$000


,sexto emprestimos foram applicados na " da 8. 11 " 10.000:000$000
.,
:aoquísição ~ desenvo~"Vilme-nto da rêde da 9.' " 10.500:000$000
·d€ exg·otto ·e da canalisação de a.gua Apolices de auxilios
da Ce;pttal. no saneamento de ganto' aos Bancos Agri~
·e no servj'ç-O de immi'gra~ã(} e cüloni- colas • • 1.000:000$000
-
saçao.
O ·em'pres""tinlo fe-irto Com Q. Dresdner . 46.091: 500$000

:Ba.n1k fOl: ap.plicad·o na 'c:om'pra da Es- Este total abrang;e a qu·antia de rs.
trada de F'erro Sorocaba.ua. 21.000:000$000, despendida com as
No correr do anno, 'fôrarm resgata' obras no·va,s -e prolongi'Hfloeutos da Es-
·d'o-s Utu.!l{)'S desta. divid·a ,na im"p,ortan" trada d,e Ferro S-oroca,;bana, e a quall-
. .
"ia de. Lba. 212.91<4-0-0. tia de rs· 10.500:000$000, com appli-
eaçâ.o oo'peerial á cOllistrucção de etlifi-
Divida I;otel'na. A "divida passiva cios esc.olares, doe ac-côrdo conl a lei n,
izlJterna fundada. '.' c·onstava, na mesma 1.124, .le 24 ,ae .outu.·bvo de 1910.
data, de: No exercicio foram resgatadas apo-
4,879:500$000 Uces no valor de rs. 244:500$000.
Apólices da. 3.' sérIe
da 4 .• " 3.922:500$000 Divida Fluctnante A divida f1u-
da 5,' ••
3.922:500$000 ctuante assim se compunha, ao findar o
,
- (ta 6 .... " 7.943:000$000 exeroido d'8 1912: ~_.~."_ .. _--~
~s ",ç"',\lLtiA LESio, , ""
. . \~\'{ - '('lA 7"
,,- !:l. Dl J n -r ,-. I,
. (11", IV. tiJA .
'.' .-

• 444

Dinheiro de orphams, bens de defunctos e ausen- ••


'tes e d€posito pa.ra garantia de contractos e •

cargos • • • • • • • • • • • 15.685: 742$789


Letras enl circulação • •
• • • • • • 9Q.455:305S558
Saldos devedor~sem cf c de Bancos no Paiz e no
extrange~ro. . . . • • • • • • • 5.596:818$448
Saldos de diversas contas de menor importancia • 1 . 260: 035$944
Ad<làntamentos recebidos da Caixa do exercício de
1913 . . . . . • • • • • • • 17.100:000$000


No valor das letras em circulação l<}mpl'estimo de Lbs. 7.500.000 DE
inelu<lm.,ge ad·eant..men~os
. . feito~ pela a~,cô"do com" .lei n. 1.362, de 27 de
Caixa Commum á Conta da D<lfesa do Dezelnbra. 'findo, realisou o Estwo com
Ca·fé, na im.portancia de· ............. . J. Henry Schrõeder & Com. e outroB ..
68.274:321$44'3, ,que dev,erlÍ. o'ppor'tu' um e'ffilpr-esthno ext erno' de Ilos. r
. ...
namente ser reS!tHui,da -e á 'oonta de 7.500.000-0-0, a juros de 5%, praw dE
obras nov..s da 'ES"trada de Ferro So- 10 anno,s etyp"Q. de 92, salvo o selio
l'"ocabana, na imtporlancia a,p-prox!,ma-
devrido ao gOVl9rno ith,gle-z, sendo o con ~
da d€ 7.000:000$000, que deverá ser
tramo lavrado a 8 -de AbrH ultimo.
:NlSgwtaldia por meto. d-e apoUcas, na
fórma dos contractos. Comprehende ü produ·cto ,desbe em'prestimo, tH:1
• ,
ajnda aJquelle toltal a q'uamtia de .... -fôrma d"O' di-s'p,ositivo legal, 'vae sendl}
9.386:000$000. desp·end.da cam me- applicado ao resgate da' divida flu-
lhoramentos na Cap·!ta!. ctuante, estando já satisfeitos compro--
'Com toda a pO·ITtualid ..d<l têm sido
. mis'sos do Thesouro, de valôr exced't'n~
])ag·os os juros da nossa divida.
..0 ,s€;·rviço de jur'os e a'm'Ortisação da
te a 70.000:000$000 . .. ,. -
divid~ . externa e interna co.n- . O l"estante dess,a divida será da. mes-
tr..hida para a compra da E"trada de mo mord·Q pa,.gü, á proporção dos rc!'-

Ferro Sorocabana e para as suas pecUvosvenci'ment'Qs,
obras novas e prolongamentos, conti- '.
núa. a. ser feito com a renda da mes- ValO'l'ização do Café - O "",fé per-
ma Estrada, na fôrma dos respectivos tencente a'o Estad-O t>6'V'e· o seguintf:
eon-traototS. movimento, no ex'eroicio ultimo:
.

Recebidos do exercício anterior . • • • 5.101.468 saccas
Vendidas em 1912 • • • • • • 723.565 ..
Ficaram d-épositadas em diversos portos . • 4.377.903
.
.. •
• •


·0 producto liquido do café vendido I da di'vi'fia ext!erna contrahidapal'::;'
(723.565 s'accaJl) orçon em francos este serviço. For,alll1 amortizados t.itu··
63: 346.941,07. los do valor' de lbs. 78.280-0-0 (l",
A sobretaxa d.e 5 !l'ancos rendeu, em,prestimo do Gover,no Fe'd-eral (h.
no mesmo período, a. quantia. de fran- ]'bs. 3.000.000-0-0, o qual s'e acha"'-
cos 45.315.472,32. reduzido" ibs. 2.490.544-0-0.
Com a devida regularidade, foram . Do grande emprestimo de Ih." .
pagos os JUTOS. e feita a amortização 15.000.000-0-0 foram resgatados ti·
445

tulos do valor de lbs. 3.270.000-0-0, obstante .as difficuldades do momento.


passando para o corre.nte exercício a Nos relato rios dos Secretarios do
sommad.e l'bs.4. 577.. 080-0-0. Em Glo!v,e.r~,o e11 :collltrla r;8Iis in form'açÕ es ,
l>od'er ,dos banqueiros fioou o s'aldo de que com'pleta;m as d'Bs,ta men-sagem.
Ib •. 1. 210.000-0-0. destinado ao res- Outras - de que, Dar Yen-ttll'a, precisar-
gate deste anno. des, para o cumprimenta de vosso de-
Em Fever€iro uHimo foram vendi- ver, serão ministradas seIn demora.
das mais 1.23·5.675 saoc",s de café, a ,Aeceitae. Senha-res M'em,brosdo
preços muito satisfactorios, restando Congresso, as minhas affectuosas' ho-
del>ositadas nO.8po1'tos' extmnge-iros menag·ens.
3.142.228 s",ccaS. S . .Paulo, 14 de Julho de 19 r3.
INão tendo o Thesouro reo"bido as Fl'arncisco de Paula Rodrigues Alves. ','
contas detaLhadas das 'despesas do
-
corren.te . sem-esotre, nao l>odemos co·
*
nheool' :com ex.arcUdão o saldo a nossa·
fav'or exist'ente 'em mãos' dos bauquei-
ros· Temos elementns, porem, trara af- No dia 14 de jU'1ho de 1915 o pre-
firmar que elle é sufficiente para o sidente Rodrigues Alves apresentou 8,0
completo -·l~eSgate do referido empr~~~ Congresso do Estado a sua UltÍJ.1l3.
üm(} d,e lhs. 15.000.000-0-0, deixan- msnsa·gem. D{)Icumeuto i,mportanLtissi~
do aind'a um sa:];do a favor d'o The- mo, impossivel é res'umir alguns, do~
SQuro. . seus capitulas, pTinci'Paln~ente aquel .
Quem compulsar os annuarios,, fi- Ies em ,que o consel'heiro ltodrigue::-
ne..nceiros matis conosituados e percor- ALves expôe suas opiniões a propositü
. .. .

rer a t",hella compara'Uva das finan- de altos negocias e inte·resses do E;::-


ças dos diverso,s povos, c'hegará for- tado. Para não trahir o pensamelltl)- .
çosa'mente á conclusão d·" que o Es- do estadista . é' mellh·or tra:ll'screver &.
tado d'e São Paulo, simples l>arte in- mensagem, nos pontos Icujo reSU1l1(}
tegrant,., de uma Federação, está em seria prejudicial á boa c.amprehensàD
cúndiçõ:és m-uHo auspi-cioSM. Sãn ·pou- das ideIas do preside'~te.
• •
c-os os palz-e·s que possuem uma SI- "Sen,hüres 'M'e'tn bras -do CongressG
tuação fina;nceira egual á d·este Esta- do Estado.
do, e -que nes'te mOlnento gosem do Ve.nhq cumprir. o dever constitucÍ(.-
seu credito. Sua ilivida é muito redu- naI de vos iUifor-ma,r d'a situQ,ção dos._
z1da d,ea.nte dos recursos que possue; negocios publd~os· no ultimo anno de-
postos de 'lado. os '~'mprestimos mais corrid'o, 'congrJa'tulando-m-e- c-o-m o, Es-
antirgos em via de li!q"uidaçáo e que tado de SãoPaU'lo p"loacoutecimen-
não p·erturbam 6Jll0Ssa vid'a, pal'que to, se'm'p,re auspicioso, d,e vossa re-
tem aind'a ]}ra"o fO-lga.do, o ultimo .-
unI'aO
emp,restimo, isto é, o de. 7 e mei'O mi- cAin-da d,esta v'ez tenho de i,niciar
lhões, não é, em uHima. analyse, si- esta. mensagem com a recordação d(;
n&,o u·m'Q.. antecipação, porque o S!tock um fa'cto luctuoso· No dia•
18. de Ja-
de oa·fé per·tencente ao E&tado, mesmo neiro fa.lleceu Ilesta Capital o nosso
pelos preços actuaes, vale -mais de no- venerando aluigo dr. Bernardino de
lre lnilhões estel'ülÍnorS-. Si com·pa.rar- Campos, um dos dirig:e-nws mais e~­
mos, pois, a nnssa situação c'om a de forçados da polritica r"pubHoana e
out"ros povos, havelllos de reconhecer grande servidor do n(}sso Estado. O
que eUa é basta;IJJte Hsc>Dgeira, nàn eminente cidadão desempen·hou, com
446

_~levaçàQ €, pa1triotism·o. os mais altos Í)'-rirtantes, Mg.nifieal-a pelo respeito


-
,cargo do Paiz, e só não attingiu á ínfle:dvel aos direitos consagrados nas
-culminanda do posto supremo, por- urnas, e-ra a synthese d'Ü programlfia
-que uma eruel enfermidade veiu em- com que o ",ctu~l PresLd-ente Iniciou o
bar,gar essa justissima aspira~ão. To- seu Gov:erno e tem sido a mi"nha in-
<los os Esta>dos receberam com iuten- ·cessante reco1mmenda-ção J 'feli.zment-e
.Ba mague~ ~ no'tilcâa d-o seu f-aUeci- a,aceita e prati'cada com l'eaJldadre pelos
mento .. d'tgn'Ü'S manda-tarios do Estado.
Os runemes foram feitos por conta Si a politlce. não emlV·erOO·ar por este
.do Estado. -Era um dever e uma ho- ca:minho e si ,não, dermos, todús,
ID1ffil'8.tgem aog inolvi-dQ.vieis g'erv.i'ços exelnl,plos seguros d·e tolleranc:ia 'e aca-
prestados pelo benemerito brasileiro. tamento á Justi~a,- contribuindo des-
Quaml0 assumiu o Governo da Re' t'arrte para a formação ou o av,igora-
llnbli{!a o honrado sr. dr. Wia,nceslau m€ll1!to do c-anvct1er llwçional, será pre~
Braz. jrá o m u·ndo inMi-ro , s-affria as ciso esperar lC'o,ro pa,cl'encia, longa-
coÍlSequencias da gue,rra tremenda lllJ8'nte, ruté que p-ossa a Repuhlica
que "",ntin lia a flag-ellar as grn.'ll,les- cu\mpri·r e honra.r a sua missão cons-
nações da Europa. Não podiam os es' titnejou",l- E, sem essa l·e.gua~Tidade
-capar aOs ef'f1ei1tos dlessa 'oo:n'fbaigra-ção, I na vida po-Utiooa, S'erá di'ftf1-cil cuidar
que v·eill nos e:ucontrar com Ü' orga- d'a sorte das ftna-nças, qtl'3'. h·oj'e, mais
nismo en1flraJqueci1do, pOllittca 'e ·vinan- d.a ;que ,nun"Ca, estão recltffi'ando a
ee-ira,ID'8;nte, em co·nseque-ncia de c-au·· união de todos ,os eSlforços e as luzes
• •
Soas q u€ conrueiCelS. de todas as Ciolm.petencias.
As maiores wnádad·es doa Federação
-€e nafina--me, de pr:eferenci.a a estas. •r-
I * -,
em vista ;dos j_llneresses _consi'deraveio:::: ,
, ~,

'-
<oon'fiwdo-s ·á sua guar.da neste' l"eg;umen
estão ,mpportando o cJló,que da ca- o est3Jd.o das finamças puhlicas "e-
tastl'o'l'h>e e procurando se acaute'llar. U"ct""se ime:lOO'l'av-elmente nas dos Es'
:por toldtas as formas, contra a. rudeza tados, sohI'etUillo quando uma crise
-
-de seus gol-P-:2S. mundial fecha os mercados moneta-
GO'In.prerhenu1sndo as difficlIldades r rios ao ,cI'édilbo- e torna impossi'V€is 'lS
:da situa-ção. bem peswudo .as r:esp·on- o,pera-ções com o exterior. Dahi, a. ne-
sabiJitdooes que cabem ao nosso Esta- cessi'd.aJd-e -do noSSo (}()ll'(}urso, COIID'O do
do, na o-rd'8!ll.1 poHttc6 ·como na or.de'l11- d'e todros os IDst3Jdosda Um.lião, para
-

-3.!d.-m:iniSiraJ;iva, e· desejando ao files· que' a situaçãn gleral ,do Paiz adquira


-
mo t'2"ill'PO c"Oncorrer para 'q·ue· a a'c.çao·
- uma feição' estavel e tranquillizadora.
-d'o nOV,Q Govenn-o corre~ponda á g-el'al \Des'e1llvolv-e-ndiO,-se qua'si VlerUginosa-
'ox;)l€Cta.tiva e saJI:isfaça as justas as- !
mente, tendo mu1tipl'Üs s'el'viços a at-
pira-ções .na.-c.iO!lla'6S, por a-ecordo geral tender em tod'a a exteusão do seu ter-
d-os ,Ilustres dkectoI'elS p'olit.icolS e de ritorio 'e surgi.nd'O, a cada passo, ne-
:nossos rep.r,esoortaJ1lltes no 'Cougresso, ·c-e:ssidades novas, recle:mandú c·ons"
-ficou deHbe ..",da a mais franca colla- ta-D)t-es sa-crrilfilc,ios o nosso Estado
boração ao lado do Gov·erlno da União, V3.le 'Iu-cltal1tdo com diflfi,cu"dad€S do
afim doe qne possacuIDoprir os seus mo.u-e;nto, regulando, se·UI paralysar,
-
deV'Bres. cam proveito pa.ra a Repu- os movimentos da sua ad1ministraçã·o.
nHca. lOs no'ssos ,oI'ÇQmento's têm sido ela-
At(}alm~.r, nor,mal1,z'ar a vida p·oIdUca, borados, com certá largue"a, d'e modo
H])€rtail-a d'e prEioccupaçõ'es pessoaes a poderem accndir ás elXigencias do
• •
447

'Ju'ogrBsso do E-s'(:aKlo; as d,espe-sas or- I d'emnlzação, . preferindo" o Govel'n o.


.dinari'â.E, pa.ra as quaes são im.pu,te.das nessa e'mergenaoia, realizar com os
, consi'~!1a,.çÕ,es c·ertas, co.nf"undem-se COlll cODltrnctéVIlttes wm a!ceo-rdo no· sentido
O'UItras. ·d'0 -cara'ct.er ex-lraord:ina-rJo. de regular, do ffioe>do mais bra'lldo para
que só d':=!'Veriam ser ex·ecutadas .por o T,hes-ouro , os pag~m-entos mertsae ~ .
m-eio d e operações de cf1e:dito, oppor-
'l'era!s ma·! s rudeant., informações
tltna'Ul€·nte r'eal,iz f~das. Dessa sHuação
detai1l1rud'a s sobre a si·tu·ação fin:mceira
decorri'- que esta3 despesas, quasi se'm '-
do Estarlo. Podeis, no emta,n to, ava-
pre ,,~ustea.das com os recursos . orça- liar a nwturua d(}.S em;ba.-raços que
mentario~-. tornam inevitavel o 11 deficit "
têm penturbaido a acção do G<Jverno
firO fi r!l dQ~ exer<ücios·
em consequencia da guerra européa
{) Gnv-erno tem procurado pelo que tem occorrido c<i<n1 o fecha -
eorri,gk os iuconvt€'llien.tes deste regi- ntento de va:rios por·tos a.-o comme-r ejo
men, mas só lentam-eDlte, e quando nos do crufé, as restri,cções exag.g'eradas e
Hbertarmos por completo do peso de i.rt..j-ustas a,Qs negocias com este- pro,d u .

gra-n des olbras COlllt'r8JC"tadas ou em 'a n- cto. e as di,Oficuld.,des sobreV'i,n<las
,dame'Dto, s€ conseguirá elim,i:nar esta ,
a nomalia . Foram, entretanto, tão pre- A situação dos "stocks '! de Hambul'"
men tes a~ compHcacoes p.roduzidas go e IAntuerpia torn.au-se d'elicada e
pela erise. e aggrav'a :das enormem'-2'll- foram mi,ster rep,etidas prov.idenc-i as
te pelos a-conte-cimsrutos -do üm {lo an- .p ara q u·e não p'erigasse o n()Sso d.il'ei ·
no passa d'Ü. qu'e foi m-ister moderar aS .(0 solbre o v"Hoso de,p osito. ·E 'r a indi3'
despesa:. ;. publicas. supprimindo servi- pen'say'el dispor desse crufié. Consegu i-
ços, ad1&:ndo os que nã.o eram tlrgen~ ID()-S ve-nod.·el', em boas condições. (I
tes e reduzi!n<lú os encar-gos p-rovP.- que estava deposita<lo em Hamburg,·,
nientes d·e corutractos -e ()bras, 'que não mas o I·! quido da ""nda, q u,e se elev"

podiam ser sustados sem prejuizos a Ulma grand e somma. f}oí c.o.Uoca<1o
ialvez majores. NeS/ta Ulltirna cateLgo- em um dos grandes ba,IIJcos de Ber'l'im.
ria d·evem ser i-ll'Oluid,O"S os trabalhos o~de espera opplortu",'i da<le Il"ra ~er
da. E strada. - d'e F'err,o que se dirige ao entregu.-e ao"S nossos banqueiros d'e
Porto Tib-iriÇlâ. e o serviço de ,canali- Lon·dres . Co"" o de Antuerpia, cuia
zação· de agua do rio Curtia, ;para abas- ven-d-a foi auctori.zada, t"eooiamos egual
tecimento desta Ca:pital. eom'b arac;o. Essoe caJfoé, eomo sabeis, S'er-
Com a sécca. extraordinaria dos ul- ve de garantia a. emiprest~m(}s do. Ef;·
timas tempos.• os mananciaes estavam ta'dlo (J'ue. por essa razão . nâo têm
senvim!o jnsu.fJlicile·n,t>elm~n'be á jlú'p'll- podido ser amortizados . Os alvitres.
lação e as fabrica'8 e'OlII1eça.ram a qu.e haV'eimos sug·gerido para o l'evan~

'funccionk,r com irregularidade, cres- remellt'o desse d-ep-os-Ho . não produzi·
c€Illdo (} receio de noo:iores pI'ivações. ram ainda .resultado . Assim é <lue.
Não €'.Tli possiv=ZIt paralysar tra'bal'ho-s tendo a le·i n. 1.461 de 29 de DeZle'lll-
-
(JU'Z vi.:l1ha·m att-ender a essa n-ec.essi-· bro de 1914 au'Ctorizado o GO'V'eT1l0 do
dade. Estadlo a l'E>vantar ané a quantia de
·Com l'ella.ção á;quella Estrada. sel' ia :30 mM cOIn!tos de reis, por apoUces dp.
preferível deter a marcha de sua cons- seis po·r coento. ca·pitail e juros ouro .
trucçá.o . mas o exame das clausulas emittidas á taxa de 16 dinheiros es-
dos ec>ntr""'tos e a apr·eciação d", esta- teT11.nQ1S por mil reis para constitu-; -
do das oIbras fizeranu-nos convencer ção do fundo esp,edal da lavoura e
de qu e teriamos, adoptado aquelle ai, commer{}Ío d'e eMé. podendo ap.j}li~ar
\'itre. de nos sujeitar a uma f'ÜI'te i·n- mo serviÇ'O d'8 amorUzaçã·o e juro ~ !)

448-

produ<lto livr,e da so,bre·taxa ouro so e que é dirfiHci.! 'e.ncontrar no mun-


,-..
lem,braJmos aos 'han;quei-l'1os d-e Londr-8's do um ItrechO' d'e terriltol"io O'1l<de il.
e de Ber;11ID a idéa d'e .."rem os titu- manlfestE-'
.
los d·o empI'estim<> d'e l: 7:500.000-0-0 Clom mais ardor, aluf'erind,Q melhores
substituidos por out.ros da emissão vanta'lSIens do seu esfor<jo e capao\-
au(),tlorizada por aq uella lei, are a dade.
som ma· pro'V€lni1eDJte da y.e-nda do café. A despeito d,e· todas as dtVficulldQ-
d'e modo que esta imp,ortancia pudes- d-es que assediRID us povos, ,em,bara-'
se nos s'e\r entregue directamente" por ça;nrdo o movimento do commerc-io .~
i-ntermre!dio ,d's banqueiros de a.1;gum pertuI'ibanodo a vida d'e suas in,dus--
paiz neutro. Ficariamos, assim, com trias, o JiJ.. ta.do de São PauJ.o, sof11'$,-
reeurs-os pa'ra se,rem ap-pUcad·Qs 'aos dlo, c·omo tOldos, Oill'fluxo da'quella5
fins da

dita Ilei, e 'Ü p.ro,dueto da venda causas mor,t-iIHcantes, não t.elID ti,do -e~­
não iria para}' em moo'S d'e credores Inofiec:Jrn-ento-s trabalfha, re'sist-e -e
d.e patz.es '8'm -guerra com a Al:lema" confia. Murmura-se a.-Igumas vez'es que

nba. Não _foi acceito o alvitre. ,erram'os .dedicando-nos eXlclusi·vamen - .
• te a<> cultivo do caf.é. Alifirmemos.
Su-gg'erimos, então, visto existirem
tomadores allemães daq uelle empres- I desd'e já, ql1e a 110ssa activTdade. ~e
tim·o, q'ue fossem comprados os seus V6.!e exe:r:ce'nldo so-br8" ,todos os ramos,
titulos, rea,lliz'61Ddo-se deste modlo uma do' traball~o humano 'e qu·e, ,,!IBm d"
. .

Ipa'fte da "amorrtizaçào _ {].r8sej ada; s j ia'rta plantação d-e .cereaes, cuidamos,


lhouvesse saldo,. '6!ste nos seria entre- entre outxas, das 'cu.hturas do a,l.godão. .
gUie por intermed-io de lbafilque'Íros ill- da ca-nna de-assucar e do fu:m-o, a;t-
suspeLt'Üs. testando as -estatísticas 'que, _ 'exc·e-·
'Como. são dilflfiC'eis, incertas e de- ptuand'o o ·calfé. o- valor 'd'e nossa ex ~
moradas a.s 'com'm'unicações, e não nOS p.o.rtação f.o·i, no anno ulti'mo , supe--
calhe agir junto aüs Go'y,ernos extran- riJo r a o'iten:ta rol! contos. Lembremos

geiros. peldim·os co'm lj'll'sistencia a in- que o movj'lll€'nto indu'strial cresce a


terVlenção do sr. MinlSitTo do Exterjor, -o1ihos vistos e que, nos ultimos tem--
que tem s-ido- soUciJto na .de'Í'esa de pos, a peoua:ria vae pre'occupalld·o 03
nOSSOS interes'ses, p'aTa qU'e seja ae- anilmos e l1a-de, €lU brev'e, s-er U·In
ceito este ultimo rul'Vi'tne, pois estalUo<:: eremento p,od'eroso die nossa p-rospe-ri-
soiifrendo injusta'lll'ente a l"€7tençãlo de dade.
um va;11or Q'ue nos p,er-tence. ! !Não ti-vessenl'os a. recordar esta fe-
cunda evolução do espir1to do fraba-·


•• l'ha:dor nu ind ustriad e 'llào nos d,ev'e-
riamo<s arrepender de hav·er 'Consa-
grad.o a melhol' p,orçáJo da nossa acU· .
IRaras vezles se a:ccum wlam tantas vi-dade á pJ;a-ntação do ca'fé, a g.rande
:caU1sas e. tãJo ffi'eUll!dro,sas, p·ara de- ! dqueza do Estado e da R'epu1bHca.
primirem a sÍ'tuação €'c·on(}mica de Nenhu\IDa ZOlla pode existir lllaiB·
um povo, como· no actual mOID'9·n-to· apl'o;p·riada para essa euItura do que
Não' ha t3!mlbem melJhor op.portunida- a ·do nosso Estado, onde avulta a 'fer-
de para sé pOld.'e'r apre!cla..r a r;oois- dlildade asso'mbrosa da berra e a e:x:-·
tenda das grandes ~<>rças,que se mo- 'C'eUenc-ia de' um producto que 'en'Con'
vem. ten-az,es, 'Sln demand'a. do capi.tatl .tra a'c-ceitaçã;(} Inos ·maiores paizes do
e do augment·o- da ri\queza. mundo. IAssegurada a sua preea:ninen--'
Temüs d1to- .muitas v,ez'8'S que' o nl1s- eia, se.ria um crÍlné- não a'prov-eitar as
50 Estado é ·umazona de la.bor inten- .con!d'j.çôes ex.cep'Ciü'na'es do 80:110. R'e··-
..•.

449

pa.ros poderia caUsal' o não termos nos mercados. A.queLIa magnifi.ca


·a.inda d<>minado completam-ente a co.n- perspectiva de ser a producção infe-
c.orreruc.ia -d-e competido fies, que- gD~ rior ao consumo será sem resultados
.Bam de vanta-gens i-nferilQTes na expJo· favora-v-eis, si fôr inlfluenciada· P'OI' fa-
ra.ção desse produClto.Qu,em pode, ctores gera'llos pela c·r ise e si as di,f-
-(: OIm()' nós , produz-ir', -em gra:nd..e, um fiicUtlldades se a-ggrav·a rem eQ.m a in-
genero de primeira necessidade e de t1'Omissão do elemento esp'ooulador,
{'onsu-mo mund"ial, r'e pl'€sentaIlldo u·m a sempre á espreita de ,bons negocios.
-riqueza extraol'dilla.ria, deve fazel-o tA. vldlallcia o,[i1icial, auxiliada como
·com esforço, sempre crescente, pode'l- convém aos interesses geraes, pela

do oonfiar no resultado d'o s·elu traba w

a·cção dos negociantes da praça de


lho· 'Santos. pelos lavra'llores e pelaa em-
O lllome'nto é. aliás, de dif-fi,culda- presas de transportes, serão sem du-
·des. Não obstante, a ultima safra es· vida da maior e,ffi,cQc"Ía. R€ltiro·-m.e
coouwse no , period·o normal e a me w aos ;lavradores e ás vias-;f-erreas, por-
dia dos preços não foi de causar des- que, u·ns e Dutro-s, podem impedir que
.ô11entos. Nota-se que não tem fal- o tumulto nas remessas a transportes
lado trabalhador08s para a lav.oura) do caM pl'eJudÍJque a regulal'ioda,de dos
.
'{Iue os c31fezaes cons·el'·vamwse em ge-
negocios na praça de Santos.
Tal bem tra:ta'llos e a colhei,[a se vae Não -c.es..;am os inte-ressadoB ·n o com-
"""lizan,do sem grandes embaraços, m~rcio dessa mercadoria de chamar a.
Mas. a e-xp-ed'ição da I\,Ü"va saira im-
attenção dos poderes pUblicos do Brazil
pressiona. o goverllo e traz inquieto o
e dos ,p roductores para o atrop·e'lü com
,ps'Pirito d" la vradoT. q.ue se ·fOO'ça a ex'portação, fazendo-se
As informações, que temos recebido, renoossas precipitadas no semestre das

?·ttestam que a sa:fra d·este anno será sa.fras e 'd·eixan·do-se o semestre · Re·
'.
. ..ouper,ior á do anno ·tln:do e a pr<>duc- guiillt<l empolbrecid.o do producto.A

·(.'.ão es·perada não bastará para as exi- consequencla é fatal para o productor,
gen'cias d·o conSu.U1l0. so-bretlido q ua'Dtto a·g safra.s são a!bu n -
·Rea·lmente, calcula-se qu-e a produ- dantes. Um pouco de esforço por par-
·c ção · mu,ntdia;l se· e}.evará a 19 m.i.l'b.ões te ·dos faz-en-deiros. para se·r em regu-
,d·e saccas e que o ,consumo será de 20 I . ladas as remessas. e das estradas de
milhões. A situação seria magnifica, ferro, para não precipitarem os trans-
·em condições norma-es· portes, será de efficaz resultado.
No emtanto, a guerra européa sus- Tl,ve O!ccasião de lêr, ha mais de
dta algumas r9flexões, qwe podem um anno, carta de um dos mais afa-
gerar desconlflan~as. Muitos portos mados negociant<ls de café do mundo
,estão foohados ao oc>mmercio do café. a um dos membros do comirt;é de va-
Paiz'es d,e grandecoll&umo, COIDO a torJ.zação·, na qua'I, referindo-se ácoJ...
Idlema,nha e a A..ustria, nfuo' terão tal- locaçã,o das safras nos mercados, di- •
• •
l'ez faciJd.da-des para rec·eberem o prQ- ",ia: "Si O Estado de São Paulo, que
dueto. Os trans~orte's não estão nor- é o regulador do mercado de café
malisados e os fretes e seguros cres- para Q mundo· inteiro, insiste em
cem na prop,lO.r-cão das difficuldades . mandar para ·0 'm ercado em seis me~

'O.. poderes pUblicos conservam-.e zes 9 O% dentro de certa média de

attentos e agem DO sentido de serem . annos, isso virá causar uma difteren-
rem·ovi-d1O'S taes . em'baraços que, em ça no preço de 2 cents. por libra,
certo · momento, pod~m c"m'promett0r eq uivalente a mais de 10 shillinga
() trabalho da venda e da exportação por sacca, produzindo um "deficit" an--
.
-,- 450

nu al (em um a sa fra mé dia de 10 mi" •, pé a, ne m ÜeV ell1'OS no s co ns erv a.r de s-


' lhó es d·e sac c.a s) de Ibs . 5.0 00 .00 0-0 -0. ' a·t ten tos ou de s-c uid ad os. Si tiv eso o....
Es tar á Sã o Pa ulo ba sta nte en riq ue ci- mo s um a or ga niz aç ão ba uc ar ia vig a--
do , qu e po ssa pe rd er ess a qu an tia po r ros a e effiC'iente, ou si as no ssa s fa-
anno~ sim ple sm en te po rq ue 0 - seu mo - ,:::utdad es ad mi Iü str ati va s (os sem ma is .
do de co mm erc lo é irr az oa ve l e co n- am·pIas, en con tl'a ria :m os em no ssa s
tra tod o o sen so co rem um ? ... pro pri as f(}rças tnd os os r ecu rso s pa ra .
rá pe rfe ita me nte am pa rar a il'C ssa . pro du cç ão . Qu em
"O Br az U poiJ,e
60 % da su a IJ( lss ue o va lor co nsI de 'ra ye l de um
co-nsegl!ir qUe ap en .as
neg OC iad os pro du cto co mo o caf é, pO de mo ve I-o ·
co lJl eit a de ·ca fé se jam
, con - pro ve ito I>a ra tod o o Pa iz, sem
de ntr o do s sei s pr im ,ei ros ·m,e zes CO tn

,. rds cos de qu a·J lQu er nat ur-eza. se jam


1r a 40 % no s sei s me ze . co ns ec uti vo -,
qu ae s for em as IOlp era ç.õ es de c~édi,to ,
O qu e nã o po de ne m de ve faz er é
ind ica da s no s mo me nto s de cri .s~.
IDBgociar 90 % no s seIS pr i·m

ei-ros me -
sei s Nã o ser >á im p
. os siv ·el, em y·;s ta 4Íos
zes , co ntr a 10 %i no s res tan tes
pr eju izo no dru dos est ati U
s' cos cun hee ido .'3. , qu e a
me zes , s·em so[1frer um
sa: fra se- esc ôe na tur alm en te e ti. a.cção
ve lar tot al de su a co lhe ita de Ibs ·
no . Sit ua çã o dip lom a
' tic a p-o -de c.o ,nC Orr ·er pa ra . ess e ·
5 . 00 0.0 00 -0- 0, po r an
ido s res ult ad o, pr ocu ra: nd o fac ilit ar a dr -·
id.entica ex ist ia no s Es tad os- Un
qU e é cu laç ão do pI" O ,J.u cto no s dit fer en teR
co m as co Hl eit as de alg od ão ,
ud ido , ti m~ no s me rca do s dü mu nd o. S'i ess a int ey ve n-
ho je of' fer eci do e ve
co mlo na cii l- çã o fôI ' i:ne f1fi lca" Z Olt ins u'ff ici en t>e . e S!,
me rca do s ex tra ng eir os,
me " pe lo fec ha me n.t o de aJ. guu S rio s gra u- o
na es, em um de cu rso tot al de 12
6. .. Po de rá o -de s m
, erc a:d os, cO lls un üd orê S , 0- ca fé
zes e nã o d en tro de
co lhe i.ta s po r nã o en co ntr ar co llo ca çã o ou a tiv er·
Br az H ,ne go cia r as su as
á tod o o em co nd i
· çõ es d~f icientes, se ri en tão
sim ilh an te for ma ? Nã o vir
o Pa ulo a mi sté r en co ntr ar me i'os qu ·e res t3) be le- '.
faz en de iro do Es tad o de Sã
ha ve - ça m o eq uH ibr io en tre a ofi feT ta e R.
soflfI'er as co us aq ue nc ias ? Nã o
pr oc ur a do ge ne ro , de mo do qu e nã o·
rá ba sta nte cri ter io e int eH Og en cla no
sed a co· m· pro me tti: da a Su a ve nd a e cx -
Pa iz, em ge ral , pa ra co mp rei he nd er e
oCo:nfor.m id·a dre '!" por .taç ã(}.
ag ir ne ssa . De pe nd en do , po rêm , as pr ov ide nc ias .
IReterin~o-nos a esse assUomp-to, em
inld~ca-das na em erg .en·cia '3.ctual. ma is
of.f ici o á SociBda.:le de Ag ric ult ur a el' az s d'o q ne do s de ste
d(} s po de res fed
de sta Ca pit al, em 7 de Jun ·ho Un do , 8ll lldem03 de no sso dever'·
Es tad o, ent
pondoel"áJmbs qUB mu ito s d'a:oendeâros da Un ião de tod as
hlJ for ma r o go ve rno
,nã o es tar iam ha bil ita do s pa ra ret ar- qu e po de m a.H ect ar
as cir cu ms tan cia s
da rem as rem ess as do catf:é, ma s qu e e inf lui r no s seu s
a sit ua çã o do ca fé
u ma bo a pa rte po de ria fazel'-o c(}m
pre ço s.
",, .tr ao rdi na rio prO ve ito . E' int uit ivo
as de um a sa fra Co mo á eco no mi a na ci'o 'n al int ere s.
qu e, fet ita s as rem ess
os me ze . sa gr an de me nte a so rté de ste pro du cto .
co m reg ula rid ad e du ran te
am oB m,e - no s me l'c ad o
' s, é lic ita es pe rar qu e .nã o.
do an no com me rc' ial , fic ari
açõ es se ja d esa mp ara da a caU Sa da lav ou ra.
no s su jei tos ás ,b'r us ca s• osc Hl•

no s pr eço s e res ist iri am os, co'm . ·m ais


e'Xlto ao s ch oq ue s da esp ec ula çã o.

>I: .;:
Nã o pOd'e mo s de""an~ar na esp e-
ran ça de lJ:ue a sa fra ac tll al esc ap e Em um a so len ne as se·m·bMa, reu ni- '
ao s risc(}s pr( }v en ien tes da me lin dro - da ne sta ca·p ita l no , dia 3 de Jan eir o,.
sa sit ua çã o ere ad a pe la gu err a eu ro- qu asi ao rea ssu mi r o gO V€T DO do Es -·
,. ' . ' ..

- 451

tado, tive oocasião de· proferir estas dor. Ha alguns annos, na Camara dos·
pa'ia-vras: , Deputados, um dos seus illustres mem ..
"Com relação ao serviço, de viação bros, cuja perda lament",m<Jlll, apre-
fer'r ea devn diwr-vos que não pode- sentou. ao projecto de orçamento, a se-
-
mos pensar em construcções novas gutnte emeuda: fi Fica o Governo do
neste momento de grandes apertos Estado auctorizado a 'estudar as condi-
paTa o 'l1hesouru: nem temos dinllei- ções e clausulas, em que julgar - P08-
ro para fazel-as, riem credit<> para siv,el e conv.enie nte o resgate da.. li-
OIbter os recursos que ellas reclama- nhas ferreas da .. Companh ia Paulista
riam, Ha, porém, a'J,guma coisa a re- de Vias Fer-r eas e da Companhia Me>-
gularlsar em nosso regi'meti de vias
gyana de Estradas d;; Ferro e Navega-
terreas e eu pr,esOltrei ao assumpto a
ção", nos termos dos r.espectiv-os con-
maior att~nção, Não sou sympathico
tractooem vigor, podendo entrar em
á id<\a de <>r,ganisação de "trusts"
accôrdo com aquellas empresas, Ó qual'
para a ,exploração d;;sses serviços, Se
será snhmettido a ulterior approvação
·h'Ouver necessidade da sua unificaçã'O,
do Congresso Legis lativo",
prefillo que eBa se faça s~b as vi s-
tas e respon~abHidade do Est",do", Falava-se, então, em um plano de
encampação das duas gl'andes estradas·
tOonv:ém l'e<novar
ções, A grande d'ispu,ta se>bre a con- paulistas po'r uma empl'flSa poderooa '
com séde no exterior, a qual, dispondo-
veniencia de serem ou não as estra~
das de ferro eJ<ploradas pelos E&ta- d·e fortes recursos e envolvida em mui·
-
dos ou por meio de COlllc~sões a par- tiplos negocias, pensava fazer delIa.., a
treulares, não preoccupava o meu es- base de uma grande organização fi-
pklto, q'uando pr()feri aqueHas pala- i, nanceira.
vras; e, aliás, tenho conhecimento da Para os interess'es economicos do() ·Es~ '

lucta travada em d.frerentes paizes - tado nenhuma vantagem apreciavel po-


e das grandes dl,v ergelllCias verl,fica- dia ser esperad-a da realização dogran-
,
das, todas as vezes que se tem ce>gi- I dioso projecto, poii aquellas estradas,
tado d", roog6Jte das vias-ferreas, pre- construidas p<>r nosso 'esforço e adml-
valecendo, não raro, para os fins da nÍ'stn,das por pessoal habilitado, têm
u.n~ficação, Or.a interesses socialistas, servido com . proveit-o ás ·exigencias da·
ora con-venie·nlci,as de ordem estrate- lavoura e das industrias locaes. Havia
gica, ainda a recelar as perturbações pro"
Nos paizes novos e em Estados co- venientes ·dos '~trU!sts", · qwe· em um
mo o nooso, é preciso antes de tudo, grande paiz da America têm provoca-
-
ter em vista o interesse dos produ- do a critica de homens politicos eml-
-
ctores, e são estes, 'e'm minha opiuião, nentes e a acçã'Ü ellergica dos seus le-.
os que pódem ficar menos acautella- gisladores, Antes de cu,idar-em da,.s con-
dos, si as nossas prineipaes vias ter- venlenclas publicas, essas organizações'
reas, aband·ona·do o actuaI regimlen, visam, primeiramente, a situação fi-
passarem a fa7ler parte de organiza- nanceira das empresas de que se como,
cões em que possam entrar, prejudlcan- posm.
- -
do as empresas enfraquecidas. O, l-egislador deve estar "igilante, Ha. ,
-Para evitar esS;;desastre, 'será pre- em nosso ,fertilissimo territorio, multl-
ferivel que o Estado assuma a grande pIos interesses a explorar, com lucros-
responsabilidade de "'" resgatar, em- evidentes para os capitaes que neUes
bora com maiores sacrificios, lIe envolv<lrem. Empre<las já. feitas li '
Não tem estaido desattento o legj,gla- servindo bem ao publico, essas não ha,
- 452

:ázão para que sejam lançada's em uma


,
attendida pelos poderes publicos eo,
.k-ventura que não trará ao Estado van- todas a s suas pretençães, nem ao E s-
tagem de q'ualquer natureza. tado pod-e caber r.esponsabilidade algu '
ma por estar ella arrecadando taxas,
• "que reconhece poderem soffrer as re -
• • ducções indicadas .

E' antiga a ' prd enção dO'" Estado- d.,
No ultimo relatorio da Companhia S'ão Paulo : vem do Governo do Conse -
DocaS de Santos, apresentado á ,"ss-em- lheiro Affonso P"nna e foi manifesta-
bléa @eral dos acclonistas, em 3 O de da com o pensamento exclusivo de se-
-
abril findo, a digna directoria aIludiu rrem o com" m ercio ;8 a lavoura allivia-
á pretenção do Estado , de São Paulo dos de taxas que Os estão ôpprimin-
ao prolongamento do cáes daquelle do _
porto, e o fez <em termos que nos fo-r - I Tomando conhecimento do assumpto ,
~am a repetir conceitos e , ohS€rvaçõ"" !' o G<lverno passado proferiu, no reqne-
já ant-eriormente formulados. Depois de 1 rim.mto em que a Companhia Docas de
aff·i rmar nease relataria que a Compa- I, Santos pedia ser auetorizada ,a cons-
I
nhia Docas de Santos tem o privilegio ' ,' truir o prolongamento do cáes de que
exelusivo ·para a cons trucção das obras é coneessionaria, de Outeirin hos em
I
do porto e €xploração do serviço du- I deante., este despach,,:

rante o prazo da concf?s-são, chamando


de insophismavel o seu pret<mdido pri-
I ,
"Não tendo a Companhia Docas de
Santos privilegio para a construcção
vilegio e alludindo ao nosso pedido ! do prolongamento docáes, conforme
para o prolongamento do cAes, avai!- I -
resulta da clausula 7. a do seu contra-
-
çou a honrada directoria: cto , a - construcção pedida só poderá
I, ser levada a effeito depois de estudos

"que o Estado .de São Paulo en- i realizados p-e lo Governo e mediante
tendeu atacar e perturbar os di- concorrencia publica a ser opportuna-
reitos da Companhia". mente aberta, quando fôr "verif.icada a
necessidade e conveniencia da execuçã.o
Referindo-se , depois, a uma proposta
,
dos trabalhos, resalvados o direito de
de abatimento de 33 % na taxa de preferencia -da Companhia, em ~gualda­
capatazias do café e 50 % na de ce- de ' às condições " .
Téae., fructas e outros generos produ - E o requerimento do Governo do Es-
zidos no Estado, escreveu o seguinte: tado de São Paulo, pedindo concessão
para melhorar o pOTtO de Santos, de
"O co,m mercio, a industria e "a Outeirinhos á Barra, foi assim despa-
lavoura do Estado podiam estar chado: -
-gozando esses grandes favo~es no A construcção pedida só po"derá ser
/I

porto d,e ' Santos, além de outros, le-vada a efreito dep'ois de estudos rea-
-
si os dirigent e-s deste Estado,' em lizados pelo Governo e mediante con-
vez do ataque ~ystematico, injusto, I correncia publica a ser aberta opportu-
,

aos direitos -da Companhia Docas nam-ente, q1}.ando fôr verificada a ne-
de Santos, , apoiass~m moralmente cessidade ., conveniencia ' da exeeução
a: empresa concessionaria D ". das obras."
, Estas decisões constam 110 expediente
,
Não é acertada esta ltnguagem por do Ministerio' de Viação e Obras Publi-
parte de uma empr.,sa que tem sido cas, -exarado DO" "Diario Of.ficial" da
.. " - "
1.>.;' :

453 ' -

j 'niãa, D. 267 de 17 de Nov-embro de mas ou melhor"" condições, e a prete-


1914 e os d·espaehos são de 13 desse renda lhe fôr attribuida, llinguem se
'"ez. Deiles se· e-videneia que a Compa- molestaTá; mas, seguramente, a lavou-
nhia não tem o privilegio que se arro- ra e o commercio do E>stado beneficia-
,~ a , nem o -Estado tem procurado per· rão da reducção das taxas - nosso uni-
turbar o- seu funccionamento. co objectivo.

lihide-se a grande empresa, que tem Eleições Além das eteíçõ,es par- -

presta.do rea~s serviços ao porto. de ciaes para preellchim,e nto de vagas v:e -
Santos. e, digamos melhor, ao Palz, si rificadas em cargo s m unicipaes, rea·
'(Jstá persuadida de que existe por par- Iizaram""e, no Estado, e leições. em 19
te de quem qu·er qu,e seja o mais leve de Setembro e 13 de Dezembro de 1914
intuito de ofiensa aos direitos dos seus e em 2 O de Fevereiro do corrente
-
accioui"stas. EUa: se constituiu com um
.
! anno. p~ra preenchimento das vagas
pequeno capital. e. ajudada pór sua ! que se de-ram no Senado pelo falIeci-
])fÚ'pría renda e alguns ·ele mentos ex- ! mento dos drs . José Luiz de Almeida
tranhos. trescente .desenvolveu -se ex- I Nogueira, Ricardo Soares Baptista,
tI~ao1Xlinar,iamente. Conseguiu clÍ'egar a
-
: Bernardino de Campos' e João Baptista
·esse resulta.do á custa dos enor·mes de Mello Peixoto, e, na Camara, pela
trabalhos paulista.'i ou pelo gstado, com I• renuncia dos drs. Osear de Aimeida e
a construcção de vias ferreas, o- colos· J o.'ié P,ereira de Queiroz.
aaI crescime'n to da lavoura de caf-é e Na fÓTma da,lei, tivera,lU logar, no
a criação' d·e varias industrias. ·C.s lu- dia 30 de Janeiro, as eleições fed'eraes
cros têm _s ido avolumad.os, mas as ta M
p",ra deputados e senadores . Por .este
:xas se conServalU estaveis ou tão le·ve- - Estado foram 'eleitos, senador, o Gene-
mente 'alterada·s, que subsiste no E,SM ral Francisco Glycerio e deputado,,; pe-

tado a jmpressão de que todas a s suas i lo 1.. districto, DI'. J.oão Galeão Ca·r-
forças productoras estão ao ~erv-iço da i valhal, Dor. Francisco F-erreira Braga,
renda da poderosa empresa. I Dl'. Candido N. NogueIra da Motta, Dr .
Não 'ê a~ceitaveI essa situação. . Os JO.'ié Cardoso de Almeida, DI'. Joaquim
~apitaes empenhados no ttabalho de . A. de B",rros Pentead(}, Dr. Raul R.
exploração do porto d·e Santos têm di- Car<loso de Mello; pelo 2 ;', Dr. Pru- '
r.eito a nnla justa I'emuneração, mas os dente de Moraes Filho, Dr. Cincinato
-elenl.entos que- concorrem para a ' for--.
C. da 'Silva Braga, Dr. Alberto Sarw'en-
mação da renda, si esta accresce em
,J.esnsada. proporção, carecem tam bem
i to, Dr. Cesar d e Lacerda Verguelro, Dr.
Alva-l'O A. da CO'sta Carvalho, Coronel
ser attendidos. quando reclamam re- Marcolino Lopes Barreto; pelo 3.', Dr.
dueção nas taxas. Arthur Palmeira Ripper, Dl' . Antonio
' E' para saUsfazer o interesse do pro- M. Bueno de 'Andrada, Dr_. F,r ancisco
üuctor, que o Estado mantem a id-éa Alves dos Santos, Dr. José Manuel Lo- ·
,
de se pro'pór á constrncção do prolon- bo, Dr. João de Faria ; pelo 4.", Dr.
gamento do cáes. Não tem o menor Francisco de Paula Rodrigues Alves Fi-
pensa'meuto d18 ' causar prejuízos- ã Com- lho, Dr . José Valois de CastTo, Dr. An-
panhia, e isto já foi affirmado, d.e mo .. tonio da Costa Junior, ' Dr . Arnolpho
-do claro e categ{)rico, .na m.ensagem
..
de
-
R. de Azev·edo, DI'. Manoel P. Villa-
1913 . . boi-m. "
Quando fôr tempo, o Estado s·erá Novos munidpios Em 1914 ins-
concorrente ás obras e si a empresa tallaram"se os municipios de Piraíuhy
das Dooa. pretender fazel-as nas mes- e Monte Azul.
, '. '

_. 454-

Instrueção PubUca A dir,e-ctoria definitivamente organisada com a ins-


geral da instrucção pUblicou no anno tallação do 4.' anno do curso, tendo
de 1914 o " Annuario do Ensino" corres- sido diplomada a primeira turma d e
pondente ao anno anterior, a "Revista professores norma-listas secundaTios . O
d·o Ensino" e 8IS "Instrucções pa.ra o numero de alu.mnos das escola.s nor-
ensin·o da leitura pelo methado ana.l y- maes subiu a 3.959, tendo sido diplo-
tico"; a m asma Riepartiçã:o distri·buiu mados 665 estudantes ; nas e3co.las e
ás escola.<; publicas e particulare. . . .. g·r upos modelos matric ularam,se '1.106
13.049 exemplares de publicações su",•. alumnos e nas escolas-modelo isoladas
Os serviços da Inspecção medico-esco- 646 estudantes . ContillllM-a1ll • iunc-
lar correram cam r,egularidade, tendo cionar co.m optimos resultad·os ai Esco-
sido inspeccionados 131 professores, 22 la Profissional Masculina e a Escola
empregados e 4.036 alumnos. Com re- ProfissIonal Feminina, tendo se m atri-
lação w;> ensinú primario, durante o I culado na primeira 809 a.Jumnos. e na

anno d.e 1914, funccionaram em São segnnda 278 alumnas, das quaes 59
Paulo, 137 grupos escolares, sendo 27 concluiram o curso, Nessas escolas

na capital e 120 no interior. A matri- , funccionaram officinas de mech~ni·ca.
cnla geral nos grupos da Capital foi I pintura, marcenaria, plas tica ,. fiação e,.
, de 24.539 alumnos e nos do interior
•• tecelagem, etc ., Na E scola d.e Artes e-
de 63.660. Addicionaudo a estes nu- Officios . de Amparo, cam (}fficinas de
nleros a matricula das escolas "-Caeta- I electricidade, ma rcenaria,. c()ll'lr~aria e
no de Campos, Jardim da Infancia; Dl'. mechan-ica, m,atrircularaln-se 108 a.p-
Peix(}to Gomide" e de S. Carl<ls, tere- prendize«. Por falta de numero lega I
mo<; o total de matricula, na Capital i de· alumnos, fact o já verificado no an-
de 25.179 e n<l interior de 64.545, ao II no ante rior, o Gov~nno suspenu,e u, por
,
todo 89.724 alumnos. A fr,equencia an- acto de 21 de agosto de 1914, õ iünc-
I
nual foi de 20.959 alumnos nos g.ru- • cionamento da Escola de Artes " Offi-
pos da Capital e de 50,950 n(}s d<l I Cios de Jacarehy. Co.m refe ren·Cia á
interio-r. Concluiram o curso na Capi- I Faculdade de Medicina e Ciru,r gía. , diz.

tal 1. 228 alumnos e no Interior 2.019. I a. mensagem:


Em 1914 funccionaram no Estaao. . .. I "Na Faculdade ·de Medicina e Ci>tttr-
1 . 212 escolas isoladas tend<l a matri- gia foi insta,Had-o o s egundo anno do
. cuia geral attingido o t<ltal de . .... . curso g<>ral. Os la boratorios estão sen-
58.138 alumnos. As escolas rennidas do montados de accôrdo com . 2.S exi-.
eram 'em nu·me ro de· 11, tendo a matri- gencias do ensino, Em 1914 estiveJ:°am
cula se elevado a 2.329 alumnos, com matriculados n<l anno preliminar 1 0 1

a frequencia de 1.325. Com relação alumnos, dos quaes , 52 foram promo-
ao ensino secundaria, funccionaram {)s vidos para o 1. a nno do curso get'al ;
0

tres gymnasios mantidos pelo Estado, n este, houve 43 ma triculas. com n a p-


na Capital, em Ca'mpinas ·e Ribeirão provações. Regista.ram-se a lgumas-.
Preto, eDm 701 alltmnos

matricltlad<ls . transferencias da Suissa e -d o Riú de
Com toda a regUlaridade funcci<lna- J aneiro.
raro as escolas normaes do Estado. Na A. grande necessidade para a Facul-
da Capital foi concluid·o o curso· de dade continúa a ser a d e um edificlo
pedagogia expérim-ental, iniciado pelo proprio, com as accommodações indis--
professor Dr. Ugo Pizzoli, tendo os pensaveds, e de um hospital e m• que os .
alumnos ,,-evelado . aproveitamento. A alumnos possam se exercitar continua-
Escola Normal de Itapetininga ficou mente na clinica. Attendend<l a. 'lssa
455
.
circumstancia, o Gov.erno solicitou da f·oram enviados

678.829 objectos, sen-
Mesa. AdmlnistraUva da Santa Casa d·e do: 331.277 regulamentos e impres-
Miserieordja que declarasse as condi- sos, 5.842 livros de escripturação, ..
ções. mediante a8 quaes se promptifi- 69.351 livros didactieoB, 258.659
caria a entregar-lhe a importancia do I
utensilios e 13 . 700 moveis. A medida
grand.e ·l egado do cav o João Briccola e I de fiscal!sação na dis tribwição de ma-
reeebeu a seguinte proposta, sobre a terial, no interior do Estado por func-
qual espero que tomar"is uma delibe· cionarios da Repartição está produzin-
ração: · do muito bom resultado, podendo-se
1) A Santa Casa ent·r.egará ao
i avaliar a ' economia feita pelo Estado
Governo o producto do legad{), á em mais de rs. 40: 000$000.
proporção e medida que o reeeber .,

.. Museu do YjOtl''luga - Em 1914 o
e pud·er realiza1', deduzindo apena.s Museu foi visita· .t!por 62.419 pessoas.
... '-.
o estrictamente lleeesswrlO para · Deu entrada no Museu uma grande col-
frbras inadiaveis e para. o mónu~ I• lecção milleralogica, paleontologica,
menta á memoria daquelle bem- i que c.omprehendia a maior parte da
feitor, recebendo. em troca, apali- "Collecção Lemur", adquirida na Euro"
ees do ·Estado, pela cotaçã., da pra- pa pelo Governo do Estado. A Facul-
ça no momento da enerega, apoli- . dade de Medicina e Cirurgia, o Inst itu-
ces que passarã'o a consMtuír pa- to Sermntherapico, o Instituto Agron<l-
trimonio inalienavel da Irmanda· mico de Campinas, a Escola Nor.mal

de . Primaria de Guaratinguetá e outras
2) O Governo ligará, da fôrma instituições utilisaram-se das collecções
que jul gar mais conveniente, o no~ scientificas. Em setembro ultimo ficou
me do cavo João Briccola ao hOSpl' I terminada a im'p ressão do v·Q·lum·e IX
.
tal que fOr construido com o pro- da ' "Revista do Museu Paulista ~-.--
• dueto do leg-ado, que não pod.erá I Sau'de Publica - Serviço Bani tario .
se destinar a outros fins. Com relação á saude publica e ao ser-
viço sanitario lê-se na mensagem:
3) A Santa Casa de Miooricor-
dia tomará a si a administração I "Fora.m bastante satisfactorias a.
do hospita.J, s i e em quanto con- i condições sanitarias d-o Estado. A não
vier ao Gove·l'uo". ser a febre typhoide, que, durante o

I anno findo, ainda fez grande num·ero
Nos diversos cu rsos da "Escola p·o- , de victlmas, as outras entidades morbi-
Jytecllnica" matricularam,se 26 O ·alu- das tenderam para um decr-escimo sen-
• •
mnos. sivel.

T

Em conse·quencfa da situação anOI'- . O obituario g-eral do Estado fOr me-



Dla.I creada pela g·uerra européa o Go- j nor que o de 1913, pois, tendo sido
vemo dete~minou a volta para São : nesse anno de 69.104, foi de 68.498
i
Paulo de todos os pensionistas . do Esta-
I em 1914; o mesmo· succedeu com a
dq e suspendeu provi.soriamente a insti~ ~• lethalidade da Capital, menor de 810
tui~ão do. Pensiopato Arti.stico.
! que a de 1913, tendo a natalidade exc&o
Almoxarifado No Almoxarifado I, dido no dobro O numero de obit<ls.
da Secretaria do Interior, o Estado dis- ,1 Pelo pessoal do Serviço Sanital'io fo-
pendeu com o serviço de dotações esco- : ram feitas e m todo o Estado 265.1U
lares a somma de 539:990$135 réis. I
va.ecinações e revaccinações, calculaD-

Aos varias estabelecimentos escolares I
do-se em 100 .0 00, no minimo. as que


-- 456 -
. .
foram feitas pelas Municipalid.ades. Si No LaboratO'rio• Pharmaceutic o !-o-'
& .e.s sas cifras accreseentarmos as im - ra<m ' avia-das ,4 9.771 pres'c ripçõe 5 me-
-
munizações feitas pelos clinieos, certa- dicas, 764 requisições para estabeleci-
mente nos approximare,m os de ..... . mentos da Capital, e 966 amliulancias
400.000 pessôas protegidas !lo Estado. para .o interior. Alé m disso, o Labo.ra-
dwrante o anno findo. contra a variola. todo cuidou da tabricaçã<J de produ-
- .
Contra a f-ebre typhoide fizeram-se eto" officinaes.
~

na Capital, 10.229 vaccinações, tendo O Instituto Vaccinogenico produziu


dado magnificos r-esultados a vaccina 823.160 tubos de pOlpa vaccin!ca, pre-
prepa-r ada pejo Lnstituto B!>cteriolo·gi- parou 345 sementes e distribuiu . .. .
00 . 793.000 tubos de lympha, ficand o' em
A com-missão contra o tracho.ma, que deposito 30.160 tubos e 2.088 gl'am -
tão bons serviços v.inha prestando, foi mas de pôlpa.
dissolvida. por motivo de economia. Na secção de Protecção á P,rimeira
De accôrdo com o art. 545 do Regu- Infancia e Inspecção de Amas de ;Lei!."
lamento SanHario, foram o interior do o IlUlnero de ·cri.a nças inscriptas foi d (~
Esta,do e a Capital divididos em duas 779. As consultas attingiram a 9.785:
zonas, distribuídas ás -duas delegacias as pesagens a 12.2.49 ; as visitas . .d·e "i-
de saude, qU€ por sua vez, foram sub- gilancia e fiscalização d()lmieiliarja a . .
divididas em 15districtos sanitarios, na 2.625; os exames a 64 e as pequenas
.
Capital, a cargo de um Inspector sani- operações a 16. Além disso, f<lra·m dis-
tarlo,

auxiliado por um fiscal, cada tribuidos 24.3 86 frascos de leite; exa ..
um. I minadas 110 nutrizes, das quaes ape-
Estivera,;n em tratamento no Ho&pi- nas 14 obtiveram attestados. Tambenl
• .
tal de Isolamento, duram te · o anno de i foram feitos 54 exames de leite, a p"-
I
1914. 1.518 doentes . dos quaes 256 ' dido de particulares.
falleceram .
.
Pelo DesinfectDrio Central foram feio
I o Instituto Bacteriologico attendeu
ás requisições da Dlrectoria do Serviçr•.
tas 1.137 remoções, sendo 1.096 de Sanitario e dos clinicas, para escrareci ~
doentes e 41 d.e cadaveres·. O numero menta de diagnosticos, bem como pre-
de isolam·e ntos domiciliarias att-ingiu a parou a vaccina anti-typhica para a
172 e as notificações não confirmadas Capital e para o int-erior do Estado. Os

flievaram -se a 145. As desinfecções fei- outros trabalhos consta,ram d·e 2. 1 24
tas fora m em numero de 17.769 : as exames.
peças de roupa passadas nas estufas, ' N<J Instituto Serumtherapico conti-
57 . 210 ; as passadas na camara de ia r - nuam em augmento progres.s1vo s·eus
mói, 18.597; as i'llcineradas 1.076. trabalhos technicos, pela maior procura
A Sec9ão de Engenharia Sanitaria dos productos que prepara: sõros· anti-
cumpriu a contento a missão de que se ; peçonhentos, anti-dlphterico, anti-pesto-
acha incumbida.. I S<J, anti-tetánico. vacclna anti-pestosa e
. I
A Dew<Jgraphia Sanitaria puWicou tubercu·\ina. Só d~ sõros anti-peçonhen-
. tos foram distribuidas 7.492 M'npôlas .
os bo~etlns semanaes e t.rim.ensaes;
ta,wbem está elaborando o annuaTio Durante o anno de 1914, occorreram
demographieo do anno findo.
.
I no Estado 164 accld"ntes ophidicos. d e
No L a boratorio de Analyse foram fei- que teve conh·eci"m·ento o Instituto" .
tas 606 analyses de agua, bebidas, me~ I Hospício de Alienados Em 19 H .
• I
dicamentos, com-estiveis e outros pro ~ a somma total d<is doentes das diffe-
dnetos : rentes secções subJu a 1.476. O nu-

-- 457

d·e doentes do
111 811'0
. .
Hos picio Central, de 1914 . não tendo havido nenhum,.
"ttingiu a 727, .
.
send·o 382 homens e occol'rencia. anormal.
::15 mulheres. Os 759 que não estão
}'orçá Publi('.a - - Com relação á For-
110 Hospicio Central. acham-se distri-
ça Publica co-n sta da mensagem : "
lJuid<ls pe.l·as tres colonias. pelas fa-
Têm sido conservadas na Força Pnb.li-
zendas Cresciuma e Velha e pela As-
ca as tradições de trabalho e disciplina
,istencia Familiar. O serviço da secção
que fazem tanta honra a essa corpo-
de tratamento . que é o Hospicio Cen- I
ração. Algu ns melhoramentos, recla-
trai, é fdto [)or lI!" tota l de 159 ero-
IDados por conveniencias do serviçor.
pregados. ,os ins anos vaJi::los continuam
não puderam ser adiados, mas· foram
" trabalhar e m beneficio do estabele-
realizados Com proveito e ecoilOroia_
cimento. A roupa dos 1.476 dõentes I Ao lado do quartel do 1.. Batalhão tol o
foi toda feita no estabel ecimento. A
construido um amplo Gymnasio. aber-
despeza com eSSe serviço at tingi u. no
to, para os eX6ToC:lcios da força e fize.-
maximo, a 37$500 por pessoa e por
ram-se completas instaJlaçõ·es san.it .. -
anDO, incluindo cO'bertores, toalhas de
rias. No edificio do 2.· Batalhão foram
banho -etc. Existiam no estabelecimoo- .

alteradas as divisões da ala es querda.
to 29 pensionistas contribníntes; acba:-
- afim_ de transfol1ID.al-as eln alojamentos:
vam-se tamb " m reC'Olhido.s 122 l<luCOS
amplos e hygienicos, eguaes aos da ala
delinquentes. O estado sanita'fÍo do
nova; ao lado do" ·e difkio foi construi-
Hospicio durante o anno foi bom, não I .
, do nm bom refeltorlo para as praças.
tendo apparecido nenhuma epidemia. •
I O 3.· Batalhão continúa no quartel.
A A:ssist~ncia Fa:miliar pr~stava b<lns
serviços. Em 1914 o numero de doentes
i 'mandada construir no Cam bucy e o 4.",
que funccionava no Braz, foi transfer.i-
desta Secção era de 83. As desp·ezas
do para um predio da Ala'meda Ribei-
com todas as s€eçÕ€.s do Hospicio im-
TO da SUva, com grande economia e
portaram em 871:100$166; mas, feito
melhQr€s condições de alojamento. No
o abatecimento de 41: 515$000, qU€ foi
Hospital Militar realisaram-se tambem
a renda do Hospicio, a asslstancia aos
algumas reformas e melhoramentos.
alienados custou ao Estado ........ ,
829: 558$166 rS. A despeza de alimen- Instrllcçã<> Militar - Referindo-se '"
tação não excedia a 617 rs. p<>r dia Instrucção Militar diz a mensagem:
e por pessô'a . A escoIa de enfel'111eiros A Instrucção Militar da Força Publi-
continuava a ser mantida pelo medico ca· continúa a ser 'feita segundo os m~.,.
interno d·r. Peixoto G<>mide. Durante thodos de orientação adaptado. pela
.
o ann<l de 1914, falleceram no Hospl- Missão F'ranceza até ha pouco tempo
• •

cio. .em suas varias secções, 156 pes- entre nós. O Commandante-Ge.ral. of-
soas. No "Recolhimento de Alienados da ficiaes e praças, comprehendendo a res-
Cidade," em 1.. de Janeiro de 1914, I ponsabilidade que assumiram cOtn a re-
existiam 122 doentes, sendo 36 ho- I tirada da Missão, muito se têm esfore
mens e 87 mulheres. Entraram duo I çado para manter a nossa mHicia no
Tante o anno, 253 doentes; 'obtiveram II alto gráu de preparo a que havia at-
alta 73 e faneceram 31. Foram remo- Ungido. Nunca será d,e mais elogiar a;
vido.s paTa o Hospicio de Juquery 150 I obra dos inst·ructo.res francezes, que,
doontes e existiam a 31 de deze.mbro I sob a direcção do bravo e competente
121, sendo 17 homens e 104 mulheres . coronel Nérel, conseguiram dar realce
á Força Publica do Estado.
Ordem Publica O nosso Estado
gOBOU de inteIra paz durante o anno Gabinete Medico Legal e Chimico I.e-
458

gal Este Gabinete prestou serviços I Assistencla Policial Contin uava


em 4. 171 casos differente,s, seudo ... i prestando soccorros tendo attendido
2.335 exames e 1.8-36 verificações de
obitos sem assistencia medica. No qua-
l promptamente a 7.609 casos. Os 80e-
carros em domicilio attingiram a 2 ~ 7 27 ~
dro do pessoal technico do Gabinete sendo 928 por desastres e 306 atro-
não houve alteração, estando em per- pelamentos. Os accidentes por mo,rde-
feita ordem todos os seussexviços. O I dura de animaes foram de 171 casos, e
Gabinete Chimico Legal 'receben em por diversas causas registrara-In-se ...
1914. 32 requisiçõ"s :, cl, analyses. 1.719 intervenções. Nos hospitaes da
.,;
Santa Casa, o numero de indigentes
Gabinete de Investig.ações e Captu-
internados· por tnteTmedio da Assisten-
ras Durante o anuo de .1914, o nu- cia, elevou-se a 3. 788 _ A renda do Ga-
mero de capturas attingiu a 1.203, das binete subiu a 37:294$000 r,e. prov'e-
quaes 238 na capital, 936 no interior nient., da arrecadação do sello do E-s-
do ·Estado e 2 em outros Estados. Os
tado e por multas f·egulamentares.
criminosos capturados respondia'm p-e- I
los seguintes delictos: h<>micidioS,!i Almoxarifado Passou por impor-
258, tentativa de homicídio 76, offen- tantes .refor,mas.
physicas graves 83, leves 313, fur-
$as I
Justiça - Com o fim de corr.igi·r d"e-
tos 200. vadiagem 76, moeda .falsa 17, feitos de nOSsa organisação .processual,

dive,rsos 180.P,eloGabinete foram 01'- foi solicitado o concurso dos professo-
ganisados 5.600 promptuwrios, fican- I
res dTS. Az"vedo Marqnes, Rieynaldo
d<>elevad.Q o numero destes a 18.854, I Porchat e Gama Cerqueira, para orga-
distribuídos pelos serviços' de capturas Ii nisarem um projBcto de ·reforma.
,
e investigações. I
Novas InstaIlações Achavam-se
Secção de Identificação Fora'm i mal installados o Tribunal de Justi-
i<lentific.ados na Capital 2.958 in,divi- I ça e o Forum Civil. O Tribunal foi
duas e nas delegacias de policia de transferido paTa 11m excellente edUI-
carreira do interior 4.521. A Identifi- cio, situado á rua Brig·ad·eiro Tobias.
cação civil na Capital foi de 4.724 pes- I
O prediodo Instituto Disciplinar, no
soas. Ao encerrar-Se o anno,esta sec- Belemzin~o,foi augmentado e reforma-
ção contava com cerca de 60.000 fi- do, podendo conter hoje 180 alumnos,
chas dactyloscopicas em seu ar<lhivo. com amplas e completas officin~ de
Gabinete de Inspooção de Vehicul<>s fundição, mechanica, seNaria, carpin-
" Carretagens <los Dive~timentos Publi· taria "te. O Est,ado fornecia não pe-
COB e da Assistencia Policial Duran- queno auxilio. A iÚstrucção pri.maria
te o anno ·de 1914 este . Gabinete re- foi desenvolvida. O Instituto Correccio-
.
glstrou 975 matriculas do pessoal em- nal foi transferido da Ilha dos Porcos
pregadO -no trafego publiCO da Capital. para a cidade de Taubaté. A despesa

sendo 622 motoristas, 33 cocheiros, mensal, era de 5: 689$000 rs. Foram
107 carregadores, 190 vended·ores de crea.das aLgumas officinas, achando-se
o Instituto bem installado.
jornaes, 23 vendedo'res de bilhetes de .
loteria. O n1~mero de "eclamações e Regulamentos - Com respeito a re-
Q.ueixa~ em 1914 foi de 3.162. O Ga- gulamentos diz a mensagem:
binete possue 2.855 proJ1lPtuarios dos "Algumas
-
das leis votadas pelo Con-
• ••
Varl{)S serVlços a seu cargo . ,gr,eslSo 'd-e'p€.lndiam d,e fefgu·lamewtos-.

• ,
-459 -

que fóram expedddtos e se aC'h alm em adiamento das sessões do jury e O de
exee ução. outros serviços impo,r tantes, o que de
Assim . . é que, po·,. decr,eto n ..2.550 ordinariG se dava por falta de substi-
de 9 ·de F'e"'e'",,,iro deste' anno·, deter- tutos togados. A nova lei de substi-
"milll'ou·se ' a nOVa fÓl\IDa doe substituição tuiçãG dGS juiz'es de direito pelos jui--
erutre OS juiz'es cr'mi·naes da Capital, zesde paz erlge a cmgamisação de uma
cuja ' comarca fi~ou dl'Vidlda em 4 cir- tabeUa, 'Que deverá. OIbooeiCerao ente-
ou·msc ri pçOes, para () ;fitm da insp-e.cção rio das distancias e da facilidade ;<1'8
d,os ca.rtorios d:e .p az e para determi- communicação entre os varios distri-
l1ar-se a -oO'ffipetencia de cada mm dos I ctos de paz e a séde das respectivas
prolD!otores na formação' .d·o,s pro,cessos c(}marcas. A Secretar,j'a ,"espectiva está
crhninaes. cObUgindo ns d!l!dos nec'essarios a este
·COIm . a tl'ansd'ereucia da Colonla trabalho, que. espera c(}[lclU'ir dentro
Correccional da Ilha dos Porcos para de breve prazo".
Tawba'tlé, G Gov·ernG teve n"",essidade Escola AgricG)a "Luiz de Queiroz"
we expedir um IWVG regulame.nto, G Diz a mensagem :
que fez pe'lo dec,ret!o· n · 2.5,52 de 2 de "O funccionamento
, desta Escola foi
MarçG deste anno, estabelecendo, para perfeitamente normal, de accôrdo com
os in.t.ernados, o regtmen do trabalho a ultima reforma realizada, tendo sido
compativel com a aptidão e as antece- - satisfactorias a frequencia e a appli-
den'tes oCoupaçôes de cada um, e dan- cação dGS alumnos .

d04hea m'El'Stres po:ra a aI>prendIza- M.,trieularam-se, em 1914, 127 alu-
-gem dos diversos officios enumerados
1Il0 § 1.0 d,o art. 9.G do referido re-
I mnos, sendo 51 no primeiro anno, 42

no segundo e 34 no ter"eiro. Aos exa-
gnlamento. mes de admissão no 1.0 anno concor-
O Instituto Correccional, org·anizado reram 8,2 camdIdatos, dos quaes fGl'am
com-() se aClha presen,telm,ente, 'preenche. approvados 24.•
COJlJCluiram o curso,
·bem os lfins para que f.()! creadG, não no mesmo anno, 23' allumnGs.

só Pela: fa.cilidade de comm,unicação J 'á estão . terminada,,; as instal1açõea .


com 'i; Ca}}ital, como por se~he ter necessarias para o regular fUIDreione.-
dado ' 'uma orientação nova, mais de mento da Escola, de co,O'formidads

a006rdo .com as leis penaes, o que tu- com as exigencias do ensino, faltan-
do se tez com grande reducçãG dãs do apenas o ecL!lfj.cio d'esUnado á ga-

despezas de custeio. leria de machi-nas e o~ficin.. s depen-
'.
A substituição dos juizes de direito, d e ntes da cadeira de Engenharia Ru'
do interi'or, n~s alCtl>s de que trata a ral.
l etra " 'a!' do art. 11'6 do decreto n · iA Fazenda Modelo, annexa á ca-
123 de 10 de Novembro de 1892, está ·deira de AlgrLcubtura, contInuou a
sendG feita por uma nova tabelIa, pu-
o . ' •
prestar e~celle,ntes serviços ao ensino
blica<!a ..n..o "Diario OrNicial'" do Estado •
.
P!'rutiCOi a demonstrativo', lendo os
de 9 ,d.e Ja,n eiro d o cGrren'!.. anno. A alumnos aooJDa)anhado pessoalmente
cada juiz
.:.'
foram dados 3 substitutos, em e executad,o todas as operações cultu-
vez de 2. C1>IDO -era pela primiUva ta
o. •
w
:

raes desde o prepam <to. sólG ruM 609
beUa.
-
.A:ttendeu-se
' .. tamlbllm á commo- ' ·co~heitas.. TOIdta a aHmenta,ção para
didad·ee. facilidade de co,mmuni"ação os 'a:lLim",,,s Ifoi ,roduzida na fazenda,
entre as comarcas, ficando por esse ,tell!dio.ne'~la sid,o feitas ()ulturaB de
modo sati'slfeitas as n'Elcessidades da mHhG, . canna de a·ssu.car, teijão, so·r -
Justiça, pOlis, d"sta fó)'ma, evita-se a .gho da. Calitorll!!a, mandioca, arro.,
paraltysa'ção d 'd,s prolees""" cilveis, o araru·ta, al'godão; batatas, além de
-460-

extensos alitri'aes e outras plantações não pôde ulUmar os seus estudos, por
Ílorrageiras, e~isti,ndo tam1bem um ca- ter sobrev'indo em Algosto ",Ltimo a
fezal com 9. 113 c..feeiros para o eu· conlflagração européa. Tendo esse"
--sino :das .diversas o'peraQões cul-turaes alum"nos regressado ímmedia:tamente"
. dessa :nossa prin,cipa! fonte de rique- para este Estado, a cham<lido do Go-
. za agr'cola. verno, foram alguus delles aproveita'
Annexo á cadeira de Horticultura, dos no exercício de cargOS tech,nícfl.:3
cGntinu<>u o pa~que da Esw!a are· da Secretaria da Agricultura". ~,
'caber mais ampliações e melhoramen- Ensino AgricoIa ambulante o
- tos, sendo o pO'mar accres-cido com ensino agricola amlbulante continuava.
arv,ores fruotilfere.s de dtve'Tsas €spe-· a ser ministrad'o pelos inspe<>tores de
mes, a;u,gmentando-se a secção de fru- agricultura, por meio de palestras na.·
ct1cultura e merecendo o vinhêdo e a locaHda,des visitadas e <1os Campos de
horta os devidos cuidados. Dem(}nstração estalbe!ecidos em fazen-
Dependente da cadeira de Zoote- das e"tÍuC'leos coloniaes. O ensino am~"
ch,nia, funccionou o Posto Zootechni- bulante dea,ute dos bata'taes foi feito
co, oerêado com o f-i::q1, de servir parti~ no-s mun:i!ci!pjos de Monte Mór, In-daia-
cularmente ao ensino profissional dos t,noba, Piracica'ba," Rio Claro, 'Mo.gy
alumnos e ao mesmo tempo auxiliar das Cruzes, Itú, Salto, S'ão Roque,
o melhoramento da Iudustria Animal Br<l;gança, Atiba,ia, SOl'ocabae Pinda-
na região de Piracicaba. O Posto Zoo· monhangaba, e nas estações de Itaicy f""

technÍlco subdivi{Íe~se em cinco sec- Elias Fausto, Cosmopolis, Ferraz, Co-


ções: vac-caria, leâ.taria, pocHga e rumbatahy, Nova Odessa e Campo .

apr.isco, reprGductores e apiário. Largo. Além das sementes ll3.lcionae.!S,
AaJdmlnistração da Es,cola, obede- foram empregadas as impGrtadas da
cendo ás instrucções do governo e at- Allema,Thha, Franqa, Republica Argen-
. tendendo ao Qibiectivc> do ensino es- tina e Estados Unidos. PaTa a de-
sencia:lmente 'pratico e demonstrativ.Q, monstração da cultura do a~godão,
'tem procurado imprimir aos trabalhos ,funcdonaram 12 cam!>os instal~dol­
da Fazenda Modelo, do Parq·u'e e do de conformidade CGm as instru>cções
POSlto Z'ooteüh:nilco um cunho que não expedidas pela Secretaria da Agri~ul­
só satisfaça á tnstrucção dos alumnos, tura, sendo aos mesmos distrilbuida
mas que permitta. igualmente evide.n- as sem"entes importadas da varieda.de
" cia~ aS ""vantagens, sob o ponto- de vis- Upland -Big-Ball. Os campos que não
ta' economÍ-co, dos m'ethodos de explo- possui.aro O material necessarip foram
ração agrícola e zootechnica adopta- dotados das machi'nas, instrumentGs
'dos. Por essa fórma" já se pôde con- e ,drogas paTa. as culturas e, seu tra·
"seguir, "no anJllopassad,o, uma reuda tamento prevenU'vo có'ntra as !>ragas.
'apreCiavel, que se elevou a per,to de
Defesa Agrícola O pessoal e·a·
32:000$000 e serviu para.occorrer a
carregado :desse serviço continuava
mel.horamentos e despesas da propria
• ministrando aos a'gri-cultores, e'm ge~"
Eseola.
ral, instrucções sobre a ertiTIocção" da.s"
A primeira turma de 6.aJoumnos di-
.'pragas. Forá~ tomadas diversas pro-
plomados, que, na:." forma, da autori-
videncias de preserva.ç'ão, fazendo-ser"
zação legal, se,guiu,· em 1913, acom-
em Santos o exame das semente",':; im-
panha,da de um inspector agricola,
'em com:m'i'ssão, 'pa:ra' espé-cializar, na portadas.
"";Ellitopa, seus "Conhecim"entos ," rugrono.- Serwflço MetJeorologico A rê.Ie
.' mic-ôs;" '"cursando escolas'SU'P'el'iores" meteorologi\ca paulista foi augmenta-
461 -

da com o posto de .são José dos Cam- Jardim de .Quaua'bara, pro' segU'HJ' .m 3.8-
pos e com a insta Ilação définitiva do experjenci:as e cu-ltuTas diversa.s.
"lObserva:toráo Thenuo'"'pluviometrico"
de Espirito Sarnto do Pinhal. E.Jeva- Cougressüs Ag"l'kolas Pro:m.o'ddos-
ram-se a 32 os postos meteorologicos, pela Sociedade Pa;'ulista de A,gricultura,
·fun.cci(ma·ndo regularm,mte. A União em 1914 hOuve mais dois congressos
:Continuava. auxHia'ndo o s~rviço meteo~ a-gricolas, sando o oitavo llrOoS dias 25 s.
rologicopauli"ta com a subvenç;;'o· de 26 e 27 de JRneiro, na cidade de Sã"
4'5:000$000 annuaes. O serviço da Manuel. e o ll'ono nos mesmos dia,g do-
hora O'tfi>cial estava prestes a ser delfi- mez de Julho em Ribeirão Preto. A
. nltivamente instaHa;d'O. S~eretaria da Agr·icu·ltura esteve repre-
sentada nesses congressos pelo dire·
[Seco iço Florestal Continuava elor da Agricultura que tomou parte
desenvolvelndo-se Kradualmente' a dis- !{lJas discussõ:es, pe!-o chefe da Sa-cção
tribuição gratuita de mudas de pIau- de Inspecção e DefBsa Agri,eola, dire-·
tas al1boreas, a cargo do Serviço Fio· dor do Instítuto .A.gro!1omico (:;: ou-
restal d<J Estado. Em 1914, .0 numero tros funcciO'narios tech,nicos daq-uBIle
de mudas distribuidas attingiu' a ." Departamento. As theses apreseni<l.das
1.263.390 exemplares. Continuava a t.iveram largo debate·
ser feito o reHorestamento' da Fa-
"enda da' Chapada, ocou·pando-se o Ser- Pecuaria Consta da luensagem:
viço Florestal tam bem da conservação "A c.onifl'a,gração européa muito contri-
da antiga ES\tação Biologica do Alto buiu para o au'grnento dlo consumo da
da Serra, bem. como da installação da carne, da qual necessitam os pai.zes em
secção de fructicultura, tendo sido dis· I 'Iucta para o abastecimento dos seus
tri.buidas cetlca de 31 mil mudas de grandes exercitas. E como se reduzis-·
atIVores fructtferas. Além das mudas sem, devido á mesma causa, as font€'s.
distribuidas, foram plantadas ~erca de locaes de produlcção ,de gado, recorre-
25'0.000 na FazeD!da da Chapada e ram os belligera,.ntes aos nl.ercadios as-
33.071 no H"rto Florestal. I trall·geiros, pedindo-lhes Ul",iw sup,prl-
,

me'nto do que erR ilormalmente feito.


Instituto Agronomioo CO!ltinua- I
va real,isando o-s seus Uns, que consis- I Essa eventualidade nos proporciona
o ens'ejo de desenvolver nlais uma va-
tiam em attender ás necessidades im-
i'losa fonte econo-mi-ca até agora PQUCO
mediatas <'Los R'gricultores, fazendo, es·
• explorada, e que, segura e- tec.hnica-
-tudos, e~periemcias e culturas, visando
mente bem orientada, forçosamente-
questões de proveit'Ü· para a lavoura.
,c(}ntr-ibuir,á pe.ra o considerave! au-
. :Nos laiboratoT,ios, durante ü anno, o
. gmento da riqueza pu.blica .
pessoal occu'pava'se com os trabalho.
d-e ana'lyses, attend-endo a consuLtas E' o Estado de S. Paul,Q, "nd'e a
tormuladas por lavradores ou .desem- industria ,pastoril passa por uma pha-

penhando serV'iços i'ndkados pelo gn- se de -franco desenvolvimento, !'acional,'


ve~no, No cafezal de ex:periBndas, de· intens.ivo, está em condições de parti·


.
flnitivamente in"tallad{), os resultados ,C'i'par desde logo das actllàes vàntagens
das. obseTvações
. e das colheitas foram que nos OO1ferec·e o me~ca;do enropeu.
Ibas1:6-nte satis'fac-torios. Em fazendas - SI -a SUa 'pro'pria pro-ducção ainda -não
do Est.ad.o já se iam ap'pUcando os eu - ·basta para o consumo interno, o seu·
sinamento'S cO'lhidlos no cafezal do· Ins- 'I aplparel1hamento z,ootechni-co reS'3rva-
ti.tut:o. Na fazenda Santa mUsa e ·no . lhe excepcional vanta.g-em, como jnter-
4úZ -

mediaTiO bene-ficiadol' dos productos e despertou, revela a O'Pportunidade d~


'Su,b-prod'uctos da pecuaria. se ""tivar a propaganda Mtionente a
_.\80 ~llas extraf>rdinarias invernadas, attr",hir paTa o nosso Estado a pro-
,situada" uas fronteiras dos grandes ducção pecuaria dos Estados cria-do-
Est;tdos llroductores, ,como Matto Gros' res. Para esse ,f im serão factores pri-
'so, MIn as e Goyaz, collocam -no na 1'0' mordiaes 6 melhoraménto do tran,-
'sição llalWra.J' de, engordado r do gado porte ferroviaric., a multiplicãção das
'bo-v,ino, ,proc&dente, das loogÍ'lrquas zo- estrll'das de rodagem int"r-estaduaes,
na.s de ofiação e que Se destiua aos ,conver,gindo para as nossas zonas de
-centros de consu·m.o. invernadas e demandando os grandes
'Considere-s<e ainda a sua r.ode de eS- centros co,nsumidores e os pontos de
tradas d 6 ferro e d,e rodagem, em embaflque. Outro elementl> de aprecia-
<:onstantemel1noramento e pro'gresso, vel valo,r ,(er-se-4 no estwbeleclmento
.., tendo por pr,incil}al objectivo as re- de feiras de gado nas regiões mais
cgiões de criaçã<l, em lar.ga escala, do apropriadas, assumpto esse, dependen-
;gado boV'i1nO' e nãro. se·r ão illusorias aS te de solu~ão do pod'eT legislativo.
conclusões expostas. 'Por outro lado tem-se procurado
Como ausp'cioso p.renu<ulio do flo- manter O enthmsiasmo despertado em
Tescen,te deS'envO'lvimento da lIecuaria próI da Í'lldustr-ia pastoril, promove'l-
naeiomü, dos tras matadouros modelo, do·s e proveitosas palestras pelo inte-
'que ' possuimos, O d" Osascl> e o ,d e "i9r -do Estado.
Barretos já iniciaram os ensaiQs para ! IE'ln nova ,reunião de criadores e
'a franca e:<portação d'e c'a 'rn"s, frigori- proficientes zooteclmistas, deverão ser
fica'das e em conser.va, em condições de a ventados os pontos principaes sobre
'serem be·m accei.tas nos mercados· ex- a seleeção, o cruzamento', a cria~ão do
tra!nge11'os. puro s3iugue e, prilllcipal'mente, a fixa-
.Não ""adernas, pois, desprezar tão ção das raças exoticas, cu,ja importa-
favoravel oppl>rtuni.dade em beneficio ção deverá ser ruconselh3ida.
'do futuro de São Paulo. E' f3icto- que Para melh.ar debate dos pro;blemas
o pfo,b lema da poouaria está eS'boçado .q lie têm de ser resc>lvMos, estão sen-do
'em . linhas geraes, dependendo, entre- coordenaéLos os necessarios sulbsidios.
tanto, <le uma série de providencias que cl>ndensando os Tasu,lotados já obtidos,
possam asS'egu rar o seu completo ex'i to, ou pela Infervenção D'fficial, ou pela
acção privada, E' licito esperar que se
-
·Assim pensando, o' Governo, !>Or tI>'
dos os meios a,o seu alca:nce, tem pro' logr"m conclusões praticas e prompta'
mov'i do. com o maximo interesse, di- mente rea:lizaveis.
versas' med,i das q ue ju~ga OppoTtunas I Ind.fspensavel sel"á a nossa contri -
para, o increm'e nto da industr!a pasto- ou'ção para o a'pm1feiç'oamento do gado
ril. pl'ocedent'e dos Estados vizInhos, que
Em Julho -dI> aiu-no t'i.ndo; • realizou-se não apresentta ainda typ.os IboVinos em.
na Secretaria da Agrlcultu.ra, por ini- condições de, concorrer com os expor-
,c!ativa do titular dessa pasta, uma re- lados por outros pai?Jes. A qualidade
união co,m à presença dos IirÍ'ncipaes - e o pello, que ainda não satisfazem
criad"o ras ~ inhrressad:os . Nessa assem· por cOl1Jlpleto o eX'\lortrudor, serão fa'
bMa foram d'iscutidas, .com grande cilmente mooificad.os, ""esde que se
proficiencia, imlporta'rutes theses que opere a injecçáo systematica do sangue
'se relaclonam com o desenvolvim'e nto aproj}riado d'as raças exot'icas nas .na-
da pacuarla no Estado. nadas de re>proouctoras nwcionaes, du-
-O vivo interes se, q1ue essa reunião raruce algumas gerações.
, 463 -

Os €xemplos e as experiencias co- ça. Os resultados alcançados pelo Es-


Toadas de ex-ito nos pa-lz'es qllle se con- , tado e pelos agricultores serãD su!~·
sa;gram a, industria , pas,tQrH, oU:fere- fi-cient1es para que se opere o levanta-
-cem ensinaml€:ntos que muito- llOS mento das raças criadas em pleno
-êl..pro1/ei-ta,rã-o . .A .são Paulo ca,be -for~ sertã.o.
mar -o 'lYJ}O do puro sangue/que t·erá
'Produzir o puro sangue, melhorar
de r·egemerar o ga-d-o indig'ena dos t-res
as nossas pastagens, deve S8"r, pres'e'll-
grandres -Es1ta·dos -criadores. Q11e lhe tement'e, o ·nosso pri'llcirpal objectivo.
~.3ão Iími-trop'hes.
sem pvejuizo da seI'eeção do ged·o na-
"E! isto P01"lque será tem'e,rário enviar ,r;ional e ·das experiencias de cruza.
para as regiões longínquas e sertane· mento".
jas desses Estados os reproductores de
puro s.a:nglH~ inl.,por{ados. Não resisti- I1l.dustria ~<\Jlinlal Diz a lnensa-
riam eHes aos primeiros ata'ques da. gemo
~jtristE>:za '\ que os dizimaria na sua "Durante o anllO de 1914. correram
-quasi totaljda·de. AiS nossas constantes com regularidade os serviços da ind us-
Bxperiencias sobrB essa molestia bo- trio. pastoril, distribuídos pelo Posto
vina. G.'vtesta:m uma mortalidade aiu,da . de Selecção do Gado Nacional - , Esta-
sensivel, aJ)ezar dos recursos technicos ções Zootechnicas Regionaes, Posto
defensivos que possuimos. Sem elIes. Zoot<lchnico Central e Haras Paulista.
:a mortalidade, não raro; eleva-se a De conformidade COIn as razões expos-
90 % _ ,E o apparelham"nto que nos' tas em nlensagem anterior, foi reor-
. proponeio·n-a ess:es r.ecursos, complexo ganisada a Dil'ectoria de Industria
·e exigindo Ulna profiCiente educação j Animal, teud.o si.do su·p,prinüd·o o PO'3-
profis.s.jonal. não será facilmente ins- to Zo-otechu'Íco Central. Os animaes
taHa-d-o na.s zonas s·ertanejas. qu·e ·neUe existia-m foram d"istribuidos
Para a criação do puro sangue na~ pela Fazenda Mo:d!elo d'e Criação e di-
·eional. indispiensavel, p·or.ém. será a versos outros estwbelecimen.tos zoote-
1nJC'iati-va do Governo <la União. que ,chnicos do Estado. Todo o serviço de
p~ecuaria passou a s!er supel-i<ntend'ido
-deV-er·ã (,frntar co·m a ·11·0ssa ef.ficaz col·
-labora~_áo_ Ao Estado competirá pro- pela secção de Industria Pastoril, da
pa'gar tão patriotica cruzada, l)or meio Direc10ria de Agricultura. Em março

·das Bstaç6-es de lll"Ü"ll'ta auspi-ciiosamen- e abril foram leva·dos a leilão. no
te iniiCiaai·as, e que precisam ser mul- Posto Zootechnico Central, diversos
·tip}iea.da.:s. Aos criad():}'les, e, sOrbretu- reproductores inlportados, bem como
·do, aos 3;gr:Lcul<1:ore,s, em geral, i'n-cum- allguns nasc:td-os "1l0~ esta.-beleci'moentos

ll'irá a aequdzição doe repr-oductoras de oilficiaes de zoot·oohnica. Os serviços


·pur·o san'gue. que dlBverão ser enviadas d·e veterinaria foram no correr do an-
ás r'e{eridas es<tações, paTa fecunda- no, d1e grande proveito, ·conotr'íbui.ndo
-Cão, &\rá illSo I'ealizado, desde que a para diminui·r as per·das sO'ffridas pe-
União tomle o encargo de faciUtar fi Io.s cr1adones, em oCO!nsequencia de di-
importAção ,d'os exemplares d", l)uro versas ID-olesti.a.s que atacam o ga-do .
• •
'-sangu€ que se tornem •
necessarios. A constante propaganda mantida já
E, Sl f.or luoantida sua acção sem ha 8 annos, com!e-ça a produzir bene-
quebr& d:e co!utinui1dade, i!"ntro de um ficos resultados_ Comtudo, a falta de
-dece;nnio dis'pür-emo'8 de rebanhos sen- leis de polí.cia sanHa ria animal dí-f:fi-
.iV'elmente melhorados pelo CTUZa'lllen- cuHa ainda a lU,issáo dos v'eterinarios,
. t.o systematico, graças á constante ino- em cas-os em que se torna nec'essari-o
'cula.çã.o do sangue de uma mesma ra- abater animaes atacados de- molp.sth

464

co-nta-giosa e die cara1cter grave. Taes perando a de 1912-13, quú naü exee~
difüculdades só poderão. ser removi- deu de 9.470.833 saccas. incluind·Q "
das oC·om o concurso, do GoveI'tno da consumo interno. Daquella S<.!Ira. en-

União, de modo a ser organisado um -traram somenúe 10.855.454 .",ccag
codigo de veterinaria e policia sanita- e·m Santos, fi·gurando nesses abgar-is-'
ria animal para todo o territorio da I 1110S 688.796 sac,cas procedentes d~
Repulblica. Com o i'ntuito de fomentar Minas Gera€"S. Piê'Jla Estra-da die Ferro
o mel·horamen'to do gado, foram crea· Central do Brazil" sa.hri:ram apenas.
dos os serviços das esta·çõ1es d1e m·onta 86.186 sac-cas, com de.g'tiono a() . ruerca-
em dítferentes J}onto's do 'Estado. Ido do Rio.
Funccionando regularmente, existiam ,E:m virtude da crise indus.trial, da.
as d'e -Faxina, Santo Atntonio da Boa secca e d·e p'ragas diV'~H~sas. a ·cúlhaita
Vista. :Mo.gy..Mirim '8 Pi·rassununga. -de alg·o.dão foi a meu·or d·os Jjlti;mo8
além das estações zootechnicas regio- seis annos: não ex·cedeu d-e 628.550
naes de São Carlos e Itall"tin'nga, arrobas, em 1913-14. contra 2. G54. 497"
mantidas pelas resplelctivas municipali- ·arr.()!bas .e;m caroço, 'no anuo pfle.ced.en-
dades. Em Nova Odessa, hoje séde da 1:e. ..4.:ss1m. esta cultura. clün desel1-
Fazenda Modelo de Criação, prosegui- volvinlento nlostrava-se tão auspi-
ramo CO'ID toda a soU,citud<e·, e an~ma­ cioso, so·ftf.reu uma re'cl ueçãú cO'llside-
dor resultado, os serviços de selecção j rav·el, diminuindo bastante a âl'lea
do gado naciona.l. A fixação das raças plantada, porlque muitos lavrad-ore.g
-- caracú e môcha augmento de . não renOVara111 as plantaçõAA.
precocidade, desenvolvimento das mas' A produ·cção de allgüdão blh caroço,.
sas ID'U'S'culares, e filnalmen·te, a fixi- no anno de 1913-14, eq·uivaie a ....
dez dos dem·reis caraetsris1:i-cos, vão-se ! 2.8.28.47'5 kilos dia algodão em rama·
a·oc<en tuando dia a dia. Como isto fosse illsufficienle para o·
O Ha.ras Paulista, de recente 01'00.- I trahal.ho em nossas fabricas de te-
-
~ao. a.pfe'se.nta d·ois ",nno" de p.rodn- i cidos, ,houve necessidade d,e· im'portar-
-
~çao animal bem satisfactorios e co-m •
I m'Os, dura:ntie o anno de 1914. . . .
typos Já .de a:gradaV18l aspecto. Em i 6.38-8:127 kllos desse util textil. dOE
todos as es!talbelêcimentoo zoote'chni.- I: Es.taidos do Norte e espeda-lms-:tte de
cos a cultura das plantas forrageiras, Pernambuco.
mais prec-onisada·s. foi fletita com toda iE dle ·crêr que, passadas estas Clf-

a. regularidadle, tendo sj·d-o -o'ptimos os cumstancias anormaes, nossa lavoura..


resnHados obtidos pri.ndpalmente com algodoeira torne a reanimar-se enri-·
a culiura da al~alfa, qThe se trata de Iquecendo lar·ga zO'na elo FJstado.
ampliar a todos os· estabelecimentos
IA salira de fUlll0 tam:bern ,sQlf·freu
a·g·ricolas of1:icia>es".
muito com a forte secca e os pulgões.
Producção Agricola "Os resulta- Os princi,paes municipios productores,
dos do afino agrieola de 1913-,14 não como São Bento do Sapucahye São
foram, dos' .m.elhores que têm tido Miguel Arehanjo, tiveram suas colhei-
nossa agrilcuI tura. A crise financeira, tas reduziu·as de cer:ca de mleltade.
de par c-om a prolongada S'ecca, deter- Ailnda assim, em. 1913-14, a1HtraTãm-
. .
minou p.reJ!Ul·zoS -t;Lao pequenos· Se 149.262 afl'Qbas de fumo ~m rôl'lJ.
A producção de café em 1913-14, para todo o Estado, contra 15 0.760
foi de 44.289.470 arrobas, on . . • • arrohas, em 1912-13.
1-1.072.2'67 sa:cca.s, provenientes de o fumo paulista é q.uasí Lodo' con-

722.420.748 cafeeiros formados, su- sumido no proprio E-8'tado. o'nde eXlIiI-'
465

r.e.m fauricas d e ci·ga.l'ros.


:1 ', ) m(~ro ~as' A producção de milh() ascendeu a
3ómenuj Sâ.o Bento do S",puca,.hy mana 11.069.300 saccas, em 191-3-14. com
tem uma regula.r eXlp-olftar;ão para o um au·gmento. de 12,7 por .cento. ,0-
mercado ..lo Rio: em 1914, eUa attiu- bre a precedente.
giu a 23<l.8169 ki-!<ls, no valor of·fieial AI.>ezar d·e co-ntl'nuarem os effleilo.
d·e 2<í2:012$3<l0. das sereas, no anno· corrente, d., 1914-
.o total do assucar produzido no 1915, a colheita de cer'eaes foi maior
Estado não passou d·e 406.154 saccas, do que a antecedente".
-em 1913-14. contra 414.632 sacca., o Intel'cambio em 1915 Apesar
em 1912'13. Os engenlhos forneceram •
dos 'e\flfe'itos -da guerra europ.éa, o DOS-
34·2.4 (I 4 sa,c~a,s, esta·nd o entr.e. <lHe:< so comme'reio €,xt'erno revelou franca
dais de l"ecente fundação. Sem embar· tenden.cia para mellhorar. Nos primei~
go, para atrtend~r a um consumQ cres· ros cin.co meZes de 1915 a importa<:ão,
cente . importamos 74.8·25 toneladas •
ainda rJeduzida, c'hegou a . . . . . '.
desse gene'!'o a,Hm1enticlo, em 1914. 54.483: 956$000 1'-8., I.>apel con'tra 1'8.
proc'e dentes dos ES1ta-dos do N orrt'e. 68.095:708$000 em egual períOdo de
oDe agua rden te e alcool ti've.mos
"
1914. A exportação elevou-se a .. -
·u·ma pToduc~ã{) tota:1 de 11>6.922.55:>' 185.673:371$000 1'-8. , papel, ao passo
litros em 1913-14. com a dimInuição que no mesmo per1odo de cinco mezBS
de 7 1/2 !for cento sobre a do anno de 1914 , não excedeu de • • • • • • • • •

an't.eriol'. Nessa quanUdade. os e:nge · 14-9.019:664$000 r8.


nhos f1gura ra.m com 2. 59Q. 410 litros 1 COJnlnercio de CabokagelD A i lU -
de aleool . •
portaçã.o foi de 159.038.917 ' kilos no
COIr!(i ~ra ele prevêr, a secca deter' valor de 77.186:453$000. A ex-
minou eOl1sidet'avieis damnos nas cul· I portação foi de 1-8.841:659 kiJ,,. "0
turas de· arr'OZ dos muni.cilp 'i-os q~ valor de 27.527:482$000 1's. Entl'e os
• •
a.inda nãí~ empregam os processos de
artJigos de impor-ta.ç·ão avul-taram os
irl'igação. A safra, corntudo, attillgiu
generos atim€lnUc ios e na exportação
8. 1 . 476.896 saccas de cem litros, em
. saIie,fi1taram~se os prod'uctos
cas~a , no· am·no a·gricola d·e 1913-14:,
trirues.
"lIl!<luant<> (Jue. em 19.12-13, não foi
aliém dp. 1.390.733 saccas. Esse a11 - Movimento ~Ia.ritimo Em 191 4
gmento, ,vis1Ív-el nos <>ntraram no porto d'e S'antos 1.652
transportes ferro-viarios, teve como, . embaree.ções com 4 . 341.097 tonela-
:oonsequen,<',-i a uma expoTtação maior : das e sahiram 1.654 com 4 . 352 . 194

exporta.mos. . .m 1914, 4 .·601 tonela-


das de aTroz. beneficiado por Iguape,
I
tonelada·s. .

Exportação de Cerea.es- A propo-

35'5 por Canam~a, 20 por Santos e sito diz a mensagem:

8.924 i'ela Estl'aoda de Ferro Central . "Animada pelas providencias do Go-
-do Bra."il: ao todo 13. ·900 toneladas· verno e pela sua grande procura na
,A co-!hêita . de feijão foi e:>timada Europa, a lavoura de cereaes adquiriu
em 1.923.600 saceas no anuo de um sublto desenvolvimento, sendo de
191>3-14, fiCt\ndo quaM. e:gual á ante- esperar uma colheita superabundante
ced·ente . M"",.ol' nas zonas das •
Estra- no anno corrente. A secca reduziu con
. .
das Central e Sorocabana, ~
foi mais sideravelmente

a producção, de modo
abundante Das' " estradas Paulistas e que esta não excederá muito ao con-
Mogyana: dahi, uma compensação no sumo interno. Comtudo, prevendo pru-
:resultado final.• dentemente a hypothese de um excesso,
466 -

Que exel'c-esse inHu:e-ncia depressiva' Comnussal'iado do Estado no H.\':t..et'ior-


nos preços, a Secretal'ia da Agricul- O serviço de propaganda e informa-
tUTa adopt{)u medidas favorav<eis á ções concentrado em BruxeHas. con-
e><pontação . das quantidades qu·e por tinuava send-Q feito SQlb a diT-e.eção do
ventura sobrassem. Com,mi-ssarío"'Geral, tenda sido· 'ex:Hn .. ,
JPr'&ULnünarmente, '.foram e",tndados ctos os commissariados de Parti;, Vien-

os luerca:dos nacionales e extra:ngeiros ,na, Berlim e Madrid. Nas· exposições

que ma.is Ya'nit~gens puid'essem offere- de. Londres e Lyon, o Estado foi' repre-·
cer ao m-Hho, a.rr,oiz e feijão col1hidos sentado com exito. No pavHhao de
no E"tado. A respi&ito coHígiram·se Lyon, o dI'. OIyntho de Magali1.ã€s, mi-·
in!formações sQlbre o consumo, os pre- nistro do Brasil em Paris, pron u nciou.
ços € as condiçõe.s de V1enda, as des- o discurso inaugural. Com a guerra._
pesa" de transporVes ete. De tudo isto européa os serviços f·oram exUnetos e,
se deu CODJh-ecim:8IIlto ao pruibHco _e ao os funccionarios foram chamacloo .

cO'm'merC'io j'nteressado nessle ramo de

ne,gOICIO.
Viação Fel'l'ca E'lTI 1 9-14 , h ou v~'
Verificado .q u:e os frétes marl'l!m08 o 3Jücrescimo de 345 kilom-etro8 de,
e ferro-viarios co·nst'i,t'uiam o maior viação ferrea do, Es,tado, el.e,v-ando-se
ím'p,ecilho para comp!etir:mo-s com Oll~ a 6.137,7 kilometros a cifra do de-
tros pa.itZes nos mencaalos extrauge.i- senvollvimento da rêde-viaria em tra-·
ro-s, tra'tQu-se de vencer taesdirfficul- fego; 4.25 O kilometros pertenciam_
dades. Com as estradas de ferro ne' I a elupre.sas parti-culares, 1. ;) 3 2 ao
,Estado e 355 a União. A receita e
goc,iou-.se a reducção das tarilfas, ain-
da. que, de uma forma Uemporaria. A despesa das es-tra·das de ferro ~m tra-
maior parte das compa·nhie..s acolheu -rego, com 6'xcepção das de Arar.aq ua-
c.o.m symipathia essa iniciaUva, prom- ra, S. Pau'lo a Goyaz, PHa·llgue-i"ras.
ptllfliCandocS'€' l1. conceder:, uma. redu- Itatibense, Tramway de S. Vicente, S.
ção de 2 O por cento s<:>br<l o preço Panlo e Minas e Central do Bra.H, foi
aet·ual do transporte. segundo communicação das estradas.,
Sendo a praça do Rio de Janeiro o I de 93.474:637$29'6. para a rec"ita d&
nosso melhor mercado, a.inda e:m par- conjuncto, e de 1's. 59.208: 947$107 ..
te, su'pprido com gemeros a'lim·enüci.os para a d.espesa, ver~fi.cando-s.e u~u. s~,l­
extraugeiros, . soHci,tou-s-e do Governo do d." 1'·S· 34.265: 690$186.
Federal unI ra'zoa:vel a..batimento rios
frétes da Estrada d" Ferro Central ProlonganlellÍ-O" de Salto G'n\lld'6 A.·
do Brasil: essa solicitação foi aUendi- Porto Tibil'icá
-
Continuava ôl, cons-
trucção deste pr·olongamento em de-
da pelo Aviso n. 2 O, de 22 de Ma.rco
de 1915, do Ministerio da Viação e manda da barra.nca do rio Paraná. Já
Obras Pwblieas_ ! fôra entregue ao trafego publico -o'
Se.ria para des'edar que as em.presas trecho de Salto Grande a· Asr::is, com
de transportes adaptassem reducçõe. a extensão de 81.954 metro •.
permanentes para os cerreaes a e.xpor-

llluminação da Capital - o llume-·
tar, ao menos para aqnelles que obtem 1'0 de com'bustores degaz da· tIlumina.·

baixas cotações. ção publica foi accrescido de 153,.

IDiminuídos os encwr·go-s, serIa POS- sendo todos elles da illUminaçij.o. Der-
sivel encaminhar nos,sa eXlloc-ta.ção dle manénte, "'dando Uln total de _~1. 274~_
cer'eaes pelo porto do Rio. de. Jarneir,o, sendo 8.900 da permanente e n 4 da.
cujas ta.xas sã-o inferiores ás' (tue vi- variavel. O num€ro de fócos electricos.
goram nas Docas de Santos. 11 I foi elevado a 846, sendo 221 ,dé· aro".
467

f~"bado, 1 59 de arco~chamma elA ceira oObrtgou o Estado a sus'Oen der"


• •

\\~esti'll,ghouse P- 466 'i'ncandesce.ntes os' traba;l'hos ,le construcção do Hotel


de n waHs. d·e J.m1mtgraD1tes e a interr{}w;poer a
Sm"Viço tclepholllCO Durante o exec ução dos ultimos canaes vrojecla-
allDO de 1914, foi auctorisado, no re- dos. Todas as denl ais obras refe r idas.
g lme.n da lei n. 11, de 28 de outu· ficar3.lID t-er'mi'nadas, tendo sido entre-
bro de 1891 , o estabelecimento de seis gues á ,munici'palid'a de de Santos os.
no vas linhas, servindo grande numero canaes d e drenagem ,
de municipios. No a nno findo . l:ealisolPse a inau-·
guração de duas obras import antes: . a.
Quédas de agua. - De,p e'nd"ndo da
pont'e pensil Uga;nd·o H. V'i-ce.nte ao
deliberação do Congresso, ainda está •

continente e a rêde de exg-ottos da 1'e··


um projecto de lei r e gulando o vro-
rerioda cidad!e.
~Iema da hulha branca !lara fins iu·
O governo, julgando c-ompleta a.
dustriaes e p'roducção de ener·gia 018-
tarefa da Commissão de San·ea'llle.nto.
ctl'ica, assim como a utilisaçã-o das
criou, em cumprhue-l1to á ,l-ei P. . 1 .455.
aguas correntes .
de 29 de Dezembro de 1914. a Re.
Xavegação fluvia.J E-m 31 de d~~ partição de Saneam:e n to, incu mbid a d a
ze.mbro de 1914. estavam em trafego I conservação dos se rviço s d e exgotto s :
977 kilonletros de navegação fluvial, de Santos e de S. Vkente e da f;sca_
sendo 18-2 ki:lom etros u-os rios T ·j e- I, lisação do abastecimento de agua con-·
t.é e Pirackwba ; 60 entre !guape e
Can a.nléa, 100 entre Il:uape e Ara1'a-
j tractado com a ''-City of Santos Im--
proveme nts Company " .
I •
pira; 23 de Sa'ntos a Bertioga; 612' I
na. Ribeira de Ig uape, etc. etc. Apro- Abastechnento de a.gua, e exgft tt{~"õ da
veHando a v.er:ba
. C'(}llsignada
. no orça - I

capit~tl A proposit.o diz a ·:fliensa._
I gEml :
mento, procedeu-se á . execução de va-

nos
rio Tieté.

SeTV'lÇOS para meJh ora men t o~ n o I
I
I
" Prose-g uiram r egu:larm-ent-e o-s ger-
viços a cargo da Repartição d e AguR_
e Exgottos da Capita l.
,,~,.vegação costeira o Estad<l
não sUlbvencionava se-rviço algum de ktém dos tmba:lhos de cOl'l'"",çâo da

n a ve gação costei ra. O !inora l acha- rêd'e distri·bllidora de agua . dI):::;:'. .n1'o- ·
va-se' servido por Unhas qu e têm con~ .~onga;mentos executados a titlli-o de
lraceto com o Governo Feueral. àesenvo'lvim·ento "da m'esm,a. r êd-e ~ fo-
ram feitas 3.642 ligações domkilia-·
Saneamento de Santos e de São. Vi 4

res, o que '81evou o numero tota-l das


(·~n(.e Lê-se na mensagem :
mesma;s a 44.322 .
"Creada para projectar e executar
um a nova rêde de exgottos sanitarios No serviço de exgottos, fora,m ligados
pa.l'a Santos, foi a respectiv a commis- á. rêde 3.672 -pr-edios, ficando o nume-
são durante o ultimo periodo, encar- ro de ligações elevadas a 44 . 1 43. Foi'
regada, tambem, da .oonslrucção da condu.ida a constru'cção da rêd.e de es-
rêde de exgottos de S. Vicente, dos ca- g otos das Perdiz.es·, assim como p a rte
naes de drenagem , de algumas gale- da;s do Ipi.ranga e da Bafl'a Funda .
r ias de . aguas pluviaes e, por

ultimo, Tambem f.icou ultImada 'a cO!lst,rnc-
da. cons b'ucção do Hospital de Isola- ção do can3ll do Ta,ini31n{lllalehy af.e o
m ento, do Desinfectorio e do Hotel de rio Tietê e da ponte de COl1cneto arma-·
Immigrantes. do da Moóca.
A anormalidade da. situação finan- Devido• a o caracte r ex,cep ciún.:d da

468

€stia gt! m . q ue vimos sentindo desde Immigração Em 1914, entraram


191 3, {) ~€' l' \'i ç: o' d€ a bas teiCfmento d-e 48.41,3 tmmigrantes. Dos immigrantes
.agua <l a eap ita'! nã o tem pod,ido ' ser s ntra·d os vieram espon-tanea'mente .. .. .
feito n a m·edid a d a.-g n ecess idoades da 33 .028 e tiver",m passagem gratuita
população. Alé m da ausencia das chu- 15 .3 85 , se ndo 13 7 .p or conta da União
yas habitnae:; , contri'buira-m alf nda para e o r estante por conta do Estado. Dos
ag.gra var a. c ris~ da faM·a d-e agua o ac- Immigrantes 14 . 903 eram hespanhoes,
cres<:imo con sid-era v,e l da poõp wlação .e a 11. 706 italianos e 11.697 ·portuguezes .
.
insulf,fj.cie·n'cia
,
e os de fei,t<>s da rêde dis- A s s,a }lfrd 8JS' 'de paasagêi'ros de 3." classe , ,
tri·bui<iora., qu e só p o.d·em ser corrigidos por San t os, elevaram-se a 41.834.
l'ent:a'Tl11enlte.
!, Patrona·to i\gricoln
'- . . ,
Continuava
Par'R atte llde·r a ',e!as,a situação anor- i pre5ta ndo co~m fod,a - a s·[)li<;itude bons
mal , f o~am pos t as e m praUca, 'Sem de-
mora, todas a s me didas attinentes ao
l
3ervi ços d e asshste'll'cia judiciaria aos
col·ono s . Foram instituid'a s' e funccio-
.
rerOl.'ç:~ i-m,m-ed'i,8,!to, -c onsegu:irndo-se, a s-
navam r eg ula rme nte nove cooperativas
stm-, at -tenuar có n sideraV'e.1Imente os ef· doe e nsino prim,a -r i·o" aS'Sistencia medica
f eitos <la ~ rj.:3 e , pela addiçã·o d-e- ,mais e pharlma ce uUca . não só -em nucleos
32 .000 . 0 00 ·de litros diarios de agua ao
su -pp!' ~ m e nt o da ~a: pital·.
I coIonlaes! co·mo e m ce ntros- agric <rlas.
~ uj as' fa zoe n das faziam parte da circums-
_tu; obr as daca{ptação
, e adducção .:;ri pção em que operam as referidas
do Coti a., doe qu,e d ep!snde a f'e·gulari- coo pe-ra Uvas. E ,Sltas j á contava'm 47
saçào p<>r Jo.n.go pe riodo do serviço dé I esc-olas' 00m 2. 6 8 1 a-1 umnos' ,m atricula_
,a bastecimento d'e a gua, tiveram o anda- dos. O P a tron ato couti'nuava €im,pe-
mento .(~ O'm tpa.tiv el com ·a s di'fficuldade's- n.ha-nd o os ee,UlS -esforços, para regula_
d·e imlportação d o m a t'e·ria'l. I 1'l.s a1' , por nleio da escri:pturação le.gal
ALém .dos diversos ISl6lI"Vi-ç-oo acc-esso- das r espect ivas caderu€tas. as relações
rios , . foram
. c.on s truidos 13.086 metros
de aqu-edu'Cto e m cim:ento armado e ul-
Colomsação - O se·rviço de colon;'sa-
ti:madas a s cOl1strucçõeg: dos 1'8Servato-
ção d o IEsta-d o pr'oseguia r.e-gula-J'm.ente.
rios de Viii . Marianna e de Agua
te n:do <) govem<> "ele bra:doalguns con -
Bran ca .
tl'actos com alg uns particulares, para
'Prev-endo as n ooE1Sstdade9 futuras do
r e t a l!ham:ento de s uas ,pro:prie.dau'es. E ,I n
&basteeime nto d e agua da capital , d'e-
1914 . os colon os e ffectuaram o paga-
ter<m 1i'nou . o governo a inst ·rul:taç-ã o de
.meln to ,p ro vern-ie.nt e. d'a. vend,a. de taerras
uma estaçã o expe rLm.enta.L no Belém-
no vallol' d e 27,2 : 338$515. A .população
~inh o : Ipara o a p'r ove ita1 miento -do rÍ-o .
tota.l dos nucle os ainda não emancipa-
'rieM. Floram , inNilados <>8 trabalhos com
dos era d e 14.205 pessoas. Devido ás
os estudos d os effe itos da decantação
s uas cO'll'd~'çõ es :prospe,r'as, ifoi, emanei-
s-itn,~les '-e da, pfl9!cipitação cohi.mic·a c'(}m
pado O nud'eo "Campos iSla:Uoe.g!l.
o emipr'eg<>' do s ulfato de aluminios da

call, seuà'o con,g;t'tutdo um pequeno fil- TelTas Devolutas Proseguia r egu-
tro de "'neli,a, para 6'" obs ervar o ef.{'eito lal'ime nte o s8il'viço de discriminação de
da miraç.ão i,nv&tida, a.<9hallldo 00 pro- terras devo'luta6 .
jectadase . ém concluIlão' outros servi- ColJW1ii,ssão Geographica e Geologica
000, j·llif.elh,ment·.. pr"jÍ1dicados p"la fal- For&m S11'S pensos os -s eI'viços geode_
ta -d e 'mate rial . cuja j·m 'Pôrta.;ão se te·m sicoo .. topogra.ll'hicos>, 'p o'r motivos de
t o rn·a-d o . d"i;ffilC,j,1" . o rd e m eco nomica. Foram concluídas a
469 -

planta geral da cidade d" São Paulo, te certa pha.,e. u.m.,a :paraJlysação quasl
eom mdieaçõoo- idtl.rvoosas, e -a .carta ge- completa de todas as relações do vasto
ral do Estado, com grande somma de intercam bi,o 'das. d-iy·ers'as nações, uma
d",dos estatist>cos. Em 1914. a Com_ v·erdadeira syncope no grand'e systema
missão <!om,eguiu in'for.maçõe® det",lha- circul-atorio que aUmenta o c-omlmlsl"cio
das 50br.. ,67 propri€idadJe6 situadas i'llter·nacional1.
na !ronteir~ d·e' Minas- Geraes," para o ,O ref'llexo dessas dLep.l'Or·av.eis Ü'Ceor-
esrtudo da questão de limit..... Nas fron- rencia's, sobre todas. as classes a;ctiy,a~
teiras com o Paraná foram feit"" .pes- d'a s!Ü'ciedade 'e sobre o Thesouro, ha-
qUiz"s ,;.m diV1eTS3!S l ioca:Iidades, tendo via -de provocar gra v-es apprehensÕes.
sido cO'lhidos 115 docuimlentos relativos A situação financeira do nosso paiz,
ás· l'especUvas divisa". que j.á ,era 'muito criüca, aggravou-:se
pro-fundam-ente. O abalo da declaração
Obras Diversas Para o pro segui-
mento da construcção dos edHicios des- da gu'erra teve o .gIBU a'pogeude gravi-

ttllaldos ao 'funccionament,o das - esco- dade, exa·ctamlente na subita " comple-


las nOI'lmmes doe São Car.1oS', B{)tueatu', ta retra·cção do ·cr-edito, caracterisand 0-
s'a, como ,ph·enomeno culminante, o lPe-
Pir,acilCaba, Pi-rass'unung:a e GuaratID-
guJetá. foram organisadas diVie~sos or- rigo q",8 -cofrerwmi os ban.cos-. Tal foi a
ça.ID'entos par.ciaes~ no val;()T total' d.e angustia d·a situaçào-. que. o goveruo, te-:
509:134$333. Foram orçadas varias d'eral tev-e d'e decretar o feriado de 15
obras em grupos escolares, cadeias, pos- dia's para dar temiPo ao ·estudo dos
o tos polii'Ciaes, :pontes .e, ,pontHhões. O meios de conjurar a crise, votando de-
primeiro proj.ect,o :para a 'Con:strucção p-ois 'o ,Congr,esso Legislativ:o a'S morato-
de um viaducto em concreto armado, I ri'as 'que se seguiram. d-estinadas a evi-
ligando a rua da Boa Vista ao largo do tar o desmoron3Jm·ento de toda a nossa
PsJl.acio, f,oi rielvisto e.m bodos os seus e·cono.mIa. a. exemplo do que fizer·rum
,jetalhes. s'endo organi~ado o proj""to outr(}s paiz-es.
u!e1'initivo o neSlpe-ctl'Vo orça'ID,ento na
'8 Gomo é natural, {·oi int·enso O refle-
1'ID!portanci-a de 36.3: 100$000. Durante xO 'de'8·s'es penosos acont,eci-mentos sobre

o aruno d·e 1914 ficaram conclu1dos 'O os n>(\~cios do Est",do. Apesar da soli-
pl'edl". da ,Es'c",la de Arti,lic"'l' de· Am- dez da nossa .organ-ios'açã'o .e,conomica -
:paro, divensos gru,pos escoLare's. ,f3'S>cO- bo,"" fontes de recedta, r·egular appare-
las reunidas l8,cad'eia:s. tharnlento bancario e bom serviço de
.
Situação Financeira Ponderava o transI>ortes~errov1iari"s, ·"m Agosto
presidente: e Setembro .tivemos umaphas,e de d,,!()-
"A situação IInanceira do Estado. rosa -e .som·bria 'e'Xp-ectativa.
desde a mensagem de 14 de· julho de Difficuldades da ExportaçiW - Prin-
19·1~. não p-odia dJeixar de ,,,,,Ur·,,r os cipalmente a crise de transportes ma-
"treltos perturbadores que a ·conflagra- riti-mos r<e.pres·antava :p'ara nós um phe-
• •
ção <luropsa tém produzido na v-ida de nomeuo das InalJSI graves cons'equen.-C13S.
todos os povos. Sobretudo. os prim"i- Era a paraly.ação de toda a nossa vida
ros mezes de guerra causaram uma ec.ornomÍca, .perigo Ipara 9 'Thesouro e
convu:I'Sã:o no mundo e01ffil1llleI"cial. como para todas as clas>s'oo ·acl!ivas e produ-
jámais se havia registrado: perturba- ctoras - lavoura. commercio e indus_
ção da mari·nha m,ercante. d",s com~ trias. A arrecadação geral dos impostos
municações telegraphicas, dos negocios accusou logo uma depressão nunca r.e-
b"ncarios. das bolsas. hav-endo, d'uran- gistrada. Basta recordar que a Recebe-


• •
-4 7 0 -

do ria de Re nd a.; d'e "Sa nto sd e$ pa 'cb ou tes da s n·o ssa s for ças , da reo &it a ;r:e d u_
du ze nta .s <6 po ucas, ,rnlH sae:oas de ca,,!é zid a de qu e dis pu nb ·arrnoo .
em ag os to d e 19 14 . me . em qu e os de s- An t"" da gu,er ra, tlnha;m.os · a ·exp·e -.
,p ac ho s oo stu ma ma tti ng ir a ma ;.. de cta Hv a da co llc lJU " ão do em pre s.U ru o 'de

um mi Lb ão de sac ca s. E, co m eff",ü<>, "Ib • . 10 .00 0.0 00 -0- 0, de qu e já ha vía mo s
tud o db ffi cultav a a ex po rta çã. o ,m." ,-
ree eb ido Ibs . 4.2 00 .00 0-0 -0, 'em Feire l·ei ·~
Tin ha .rn:erc a:n te. ,em pa rte 'S up-p rim jda , . ro de 19 14 .
em pa rt e pe rtu rb ad a, gra nd es dif fic ul- . Co m a guerr a, -de-sa pp a reoo u; po r-
da de s 11!\S Un ba s tel eg rap bic as 'e, sobre.- co mp let o, ess e rec urs o co m qu e "-con ta -·
o

tud o - a ce' 5sa ção do.s· cre dit os no est ran _ va mo s :pa ra co ns ol id ar i-nteiraullf':r,t'e' - a
ge iro €, ·po rta nto , a .s up .pr ess ão do s sa- sit ua .çã o fi-nan oei·ra do Es t", do .
ques ea mb iar ios pa ra .os em'ba rgu es ~
Ti ve mo s d e rec or r er a e m.p r.e.5ti mos
mo vim e'! lto do imlerc ad o. ·
inte rn os po r le tra s do Th es ou rO
Pr ov ide nc ias <10 go ve rno Ne s"a s pa ra su pp rir a de fic ien cia cO lls ide ra, ve l
co nju n'c tur ws a'ffli-cti,v as , o go ve rn o no
da ren da . Nã o fal ta ram jui zos eTr 'on eo s
te a s ma is so bre es ta <JJ per açã o, all eg a nd o-" ", qu e
Es tad,o tom ou r·es oIu lam.en
·em ex be r- o Th eso uro faz ia o
, on .oo rre nci -a ãs ' cla s-
ur ge nt-es Iprov1id'enc ias d'e ord
o ,po r tod os ses a-c ti"v as -da .so .cie da doe . Pu ro ,a ug a- ·
na '6 int'e rna , pro cu ra: nd
an ce e pe los bo ns no . O Th eso uro , to.m an d o '17S Sr8 Du m8 -
.~ os me ios ao se u alc
ta- r"a lr, i o ruo
- s ,pa rti ieu lla res , tQl 'llo u ..:;·e
..... ' um
of,fi cio•s da n-o ssa di'p lom ac ia - - res
y€ rda rde iro org ,am de -cir .cu ·la çào .. po r·
l, o
be lec . er ." tan to qu an to era possí ve
" "

bia din h e:i:r o, qu:e até en -


rte s ·m ari ti.m os, as iss O' qu e r.ec e
oo rvi ço , d, ~ tra ns po
tãO ' ,est av a ab sol utw m e nte i,m.ll1.obi ~ isa- '
co mm un i" açõ es teoJJegral;hi ca s e O<> cre -
dit os no es tra ng eir o. Em tod as ess as do !
:pe la dte sc.o nfi an ça e O' fa.z ht ~ ne­

ela çõ es tra r n o g ir o do s ne g-o cio s p.elo ~ pa ga - '


pro vid encia s, o Mi nis ter io da s R
u ser viç os rel ev an tes ma nto s m e nS3 !BS d a d·e sp esa 9 ub l'lc a.
Ex ter ior es pre sto
m a ma xiI Da Ba s ta r ec or da r qu ·e o s 'pa ga me út- o'S do -
ao ,E sta do , att ·el lde nd o • co •

Th -es ou ro at tín ge m .. e m alg ull 3 IUl. e z.es ,.


so licitu de a tod os os no sso s pe did os.
tou dE> fa- a 8 e '10 mi l oo nt os de r éis .
Al ém diss<>, o go v·e rn o tra
cil ita r , os em ba rqu es d e ca fé, au tor i- Sit ua çã o do Th eso Ul 'o - Co m , ,,,,,as
sa:p..do o pa ga me nto da so bre taxa ou ro · pro vide nc ias a r.en da arr oca.d ad a e·
em no tás da Ca ixa de Co nvers ão , . e. até ess es em pr esU m os int ern os -
eIl ll pa pe l inc on' Ve rsi'V €:l po r tax a pre - seg uid o O' Th es ou ro atr a v'es sa r e,st a tre -'
" "

, p
' or qu e nã o 'ha via ca mb ia e~ pa ra m en da cri s e: .co m a ;m a"i'S est r k ta. r-ec . ti-
"íl xa d'a .

Co
- m . tod as e3 sa ~ dã o ",m t od os> os g,e us pa ga me nto s .
€H;e:s paga me ntos . ,
s esc o ou -se f ~li zm ent e tod a To d'a a d·i vid a ex ter na est á em d'ia,
pro vid en cia . '

o qu ·e ve ln no rm ali sar os jur os d,,, ap oU eeg {o ram sem ,p!" e pa -.


a saf ra doe caf é, .. ,

a · .ec op. om ica -e fin an - go s. o 'f un cc ion ali sm o r ec ebe .seu s ·y:e n-·
qu asi tod a a vid
cim en tos COO Il a oo st um a da po nt ua lid .. a-
ce ir·a do Es tad o.
tou , sem . te e ass im o ,Es tad ,o tem sa ti&f€ íto ,
In te rna me nt' s, ' o. go ve rno tra !
io g~­ ,co m a ma xim a r'e gu lar ida de . tod ils . oS
de mo ra ,: de r eaHsa r um inven tar •
sab iH da de s po r ob ras seu s. co mp ro, m ISS OS.
ral ;9" sn as r e"p -on
De sp esa s Ex tl'a ol- din al" ias - Em nl~n- ·
e ser viç os pU bli co s es us p'&ndeu tud o
qua. nt<> co mp or tav
a ad iam en t-o raz oa - ga·g en s . an ter ior es te.m.os po sto em re.-
v.eJ.,·: afi m. de· red uz ir e .co nte r O'S .en car - ,le vo os ·fa cto res qu e t êm pe rtu rb ad o a.·
go s da . ad.mini-str aç ão de ntr o do s Iim i- 'no rm ali da de das no osa s fin an ç a«. ("t e '

'.
471

.t, as despesas '9xtraordinar.ias· com augmentam effectivamente o nosso pa-


gl'a:n·des obras pubUcas e serviços de trimonio.
",evado custo. A$ respon",abt1ida'des pro- Mas, as resporusabilidades .por obras
-'1enientes :dessas despesas extraord'ina- e serviços contractados já são tão ele-
l'.i·91S 'são ai·nda 'c-onsid,araveis € -consti-
vadas,que a mais .elementar prudencia
nos acons'e.I'ha a não contrahir novus
tuem-, eOtmú od'lssemos ant'/}riorrnente, a
co:mpromilSsos-, s·em. que essas responsa-
prinlCipa'l causa dos nossos "defi.cits"
. ! bilidades já estejam liquidadas ou, pelO

menos, ,con;soUda1d:a"s ,em empN~sU.m()S a
Verdade é que são obras que au::- longo :pra.zo. ,
gm·entam o nosso :patriimonio e a -ess,e .Para ü "ii,·efici.t" de 1914, concorreu
pTopos'ito convém a.embrar qu·e o go- tambem a deprl ssão das rendas, pelas
v;erno acaba tle I'evantar um inv'e'ntario diffi.cu1dad'"s da <lrisequ<l vfjmos atra-
!;'eral dos pro.prios 'da Elsta<lo veri- vessado, lll!a-s o gov·e.rno ·e'studa com iu-
rif'icando <ju<lelJ.es attingam ao vlclor teres:s'e al.gUlma;s refor.m.as . razoav.eis,
d,e 255.263:208$000. Quer isto dizer que a pratica tem aconselhado e que·
fjUe as grandes despezas extraordina- podem melhorar O nosso deficiente sys-
rias se vão convertend'o em bens, que tema tributario.

RECEITA

A receita arrecadada no exercicio de 1914 importou em 1"8 •••••

65.711:403$534, sendo:

Renda Qrdinaria. • • • • • • • • • 58.649:227$153


Renda extraordinaria • • • • • • .. • 7.062:176$381

Rs. • • • 65.711:403$534
• •

Tendo sido orçada em rs. 79.195:000$000, houve uma differença


para menos na importancia de rS.13.483:596$466, tendo concorrido
para isso:

o imposto de transmissão H illter-vivo.~" COIU • 8.035:059$173


a taxa addicional com. . . . . . • • • 1. 072:597$114
.
o imposto .de transmissão "causa.-mortis com . • 914'586$557

a. renda proveniente de indemnizações com. • • 1.459:330$262
:e diversos imposto com • • • 2.484:018$592
• •
·• . • •

13.965:591$698
deduzindo a maior arrecadação havida nos seguintes
impostos:
taxa de consumo de agua . 272:157$396
imposto

sobre o capital' empre-
gado em emprestimos • 60:697$591

A transportar • • • • . . 332:854$987
,
-472 -

Transporte • 332:854$987 •

taxa j ud iciaria • 17:010$736


receita eventual. • "132:129$509 481: 995$232


verifica-se a diUerel1ça asslgna-
lada de • U.483:596$466

A receita arrecadada no exercicio é assüu discriminada:



RENDA ORDINARIA
Direitos de exportação . • • • • 34.854:923$343
Taxa de expediente . • • • • 134:693$35~

Transmissão inter-vivos • • • 4.964:940$827


Transmissão causa-mortis . • • • .. 385:413$44:1
8ello do Estado • • • • 905: 151$229
Imposto de viação . • • • • • 1.467: 444$000
Imposto predial . • • 4.830:894$624
Taxa de consumo de agua • • 3.672:157$396
Taxa de matriculas. . • • • 296: 500$000
Venda de terras publicas . • 238: 770$604
Cobrança da divida activa • • 964:092$142
Taxa addicional • • • • • • 1.427:402$886
Imposto sobre propriedade' immovel rural e 11ao
.
-
caféeira . . . . .. .... • 154:533$582
Imposto sobre o capital commercial. . . . 788:603$517
Imposto sobre o capital de empresas ·industriaes. 140:285$002
Imposto sobre o capital de sociedades anonymas . 1.090:130$471

Imposto sobre o capital particular empregado em
emprestimos • ••• • 960:697$591
Imposto sobre o consumo de aguardente • 555:582$401
Taxa judiciaria . • • • • • • • • 317:010$736

RENDA EXTRAORDINARIA
Indemnizaçõe. • • • • 4. 540: 669$738
Receita eventual • • • 1.132:129$509
Renda de estabelecimentos do Estado • 639:377$134
Imposto sobre loterias • • • • 750:000$000

65.711: 403$534
.
VALOR DA EXPORTAÇÃO

O valor official ·da exportação geral do Estado foi de rs ...... .


505.834: 821$740, sendo:


Sujeito a -direitos de exportação:
Café. • • • · . 386.217:930$700
Couros • • • • 238:600$000

A tr>;lnsportar . • • . 386.456:530$700


.. ,

473 - .
- . •
••
.~

Transporte • • • 386 . 456:530$700


Fumo • • • • 303:339$800
Lenha • • • • • • 2:372$00 0 386.762:242 $ 500

Isento de direitos d e exportação:


Gelleros sahidos pela E. de F.
Central do' Brazil . 59.822 : 471$55 0
Idem, idem pelo pOl·tO de Santos 27.332:06 1 $ 590
Idem, idem por outros pontos de
sahida. • 2 . 1(1-4 : 481$300 8 9 . 2,, 9:0 14 ~HO

Mercadorias despachadó,s em tra nsito:


611.063 saccas de café mineiro . 29.331 :06 8$ 8 00
10.052 ~accas de café paranáense 482:496$000 29.813:564S800
- - - - _.-
Total rs. • • · 205. 8 34:82 1 S74 0
N ess·e to ta'l ach a-se inclu;da a expor - 79.174:694$668, attin.g iu a . . . . . . .
taçã.o de 8.046 .207 saooas dJe ca.fé, no 1 00.159: 860$77.3, haven<lo , ll c rta n to,
valor offieial de 386.217:930$700, pro- um exoeSSQ na i,mportan'0ia de ... .. .
duzindo 34.854:923$343 d e direitos d e 20 . 985:166$105.
exportação e .frs . 40 .. 209.726 ,73 da so- Com-o já temos salientado re.it.erad·a_
bre-taxa com ap plicação espeCial. me nte, continuam aos obras ·e se·r viçoo
extraordinari-os a ·concorrer :J}a.ra per-
Despesa A despesa ordina ria do turbar as uossas fin auças . ","sim é que
Estado. tixa-da pela -lei n . 1.411. de 30 este excesso de despesa foi de\'id o ao
tle Deze:mbr·o de 191 3 , em ........ . segu-int'e':

Serviço de agua e exgottos da Capital ( adducção


do rio Cuti.a) ... • 6.740:956$268
Construcção da Nova Penitenciaria . • • • 1 . 969:n S O~706

,N~vas constru cções da estrada. de ferro Sorocabana

(Salto Grande a Porto Tibi"içá ) • 1. 288 :609$542


Con.strucção de predios escolares . • • • • 2.230:927$367
Diversos s erviços para. cuja despesa fora rn abertos
cr.editos especia.es e s npplementares , • · 14.880: 60 8$212

27 . 110: 1 92$095 •

Menos:
Sa ldo em a.lgl.1ma s verbas • • • • • 6.125:025$990

Rs . 20 .985 :1 66 $105
A despesa total paga foi assim. distribuida:
Secretal'ia do Interior. • • • 26.208: 1 02$89'0
Secretaria
.
da Justiça . • • • • • • •• • 21.183:587$49 3
Secretaria da Agricultu ra • • • • • 26.105:938$121
Secretaria da Fazenda . • • • • • • 26.662:232$269

100.159:860FB



-474-

Divida Externa Ao encerrar-se o, excluída a divi·da para. os s8'l'viQos da


el<ercie,o de 1914, a divida ,externa do Va!ürisação do Café, adiante. d'elnons-
Estado attingia a Ibs. 6.821.351.1.11. trada.

AssÍln se discriminaIn os diversos emprestimos externos:


"

Emprestimo de 1888
The British Bank of Soutll America . • • Lbs . 138.600-0-0
Louis Cohen & Sons. . • • , • · . , Lbs. 385.000-0-0
Emprestimo d" 19 O4
London & Brazilie fi Bank , • , • • • Lbs. 822.740-0 O
Emprestimo de 1905
Dresdner Bank, de Berlim (compra da Soro-
' ,
cabana) . • • • • , • • • Lbs. 3.513.800-12-6
Empr<lstimo de 19 O7

Sorocabana Rai1way Co. , • • • • • Lbs. 1. 961. 210-9-5

Lbs, fi. 821. 851-1-11

DIVIDA INTERNA FUNDADA


,

A divida interna fundada era, 'em 31 de dezembro de'1914, a. se-


guinte:
Apolices da 3.' série , • • , • • • • 4.829:000$000
Apolices da 4." série , • • , , • • • 3.884:500$0[10
Apolices da 5.'\ série . • • • , • • • , 3.884:500$000
_4..polices da 6.:1 série , ,. , • • • , 7,879:000$000
Apolices da 7.:l, série . • • • , • • • 10.000:000$000
Apolices da 8.l! série . • • • • • • • • 10.000:000$000
Apolices da 9,' série • • • , • • • 10.500:000$000
}... polices da 10. a série . , •

• • • • • 9.879:500$000
Apolices de Anxilio Agricola . • • • • • • 950:000$000

Somma. • • • • • Rs. 61.806:500$000

DIVIDA FLUCTUANTE
A divida fIuctuante, ao encerrar-se o exercicio de 1914, era a
seguinte:

Dinheiros de orphams e ausentes e depositos di-


• • • • • • · , . • • • • 14.601:067$926
Notas promissorias do Thesouro 0, • • • • • 27.176:029$492
Saldos devedores em c/ c com Bancos e corresponden-
• tes no extrang-éiro . . . . . . . . 5.82.7:028$627
~

Diyersas contas . • • • • • • • , • • 933: 485$899

Somma. • • • • • Rs. 48.537:611$944



475 -

DIVIDA ACTIVA

.' , A divida activa do Esta.do era assim representa da, em 31 de D€~


·.... mbro de 1914:

T ',=oito do Governo Federal • • • • • • 6 . 075:548$726


lfle m, de Camaras Municipaes . • • • • 8.812:030$625
Idem•
de Estradas de Ferro • • • • • • 2.0 84: 909$139

Idem
· .
do Banco de Credito R 'e al de São Paulo . • 2.820:000$000
Mem da Santa Casa de Misericordia da Capita l. • 1.000:000$000
Moem de Bancos de Custeio Rural. . . • 950:000$000

. . •
21. 742: 488$490


PROPRIOS DO • ESTADO

o
valor dos propl"ios do Estado escripturados até 31 de Dezem-
"b.ro de 1914, conforme o inventario geral ultimamente. realizado , era
<I seguinte:

E8trad"

de Ferro Soro cabana • • • • 93.943:621$ílO
Estrada de Ferro FUl1ilense • • • • • • 3.729:315$870
'Tr a,Ulway da Cantare ira . • • • • • • • 2.307:336$480
. •

A bast ecinlellto ele Agua e Exgottos • 67.400:000$000


. .'
• • •
.
f"Tôpriedades na Capital •
.
• • • • • 49.915:000$000
ldem em Santos. • • • • • • • 12.099:613$440
·
Id~JI1 elU Campinas • • • • • • • 825:000$000
·
ld'::m n o interior do E s tado • • • • • 25.043:320$500
..

Som ma. • • • • • R •. 255.263:208$000




Não posso zBntas -e dezeseis mH quinh entas 18' 01-
·
'aindn vos- oHer-ece r a-}gari smos pos iti- t-enta. '8 cinc-o sacca's-_ P-ela situaç-ão es-
. .- . '
vos esta parte da nossa di vida
~obre. ta"tisti-ca do café. acr·editamos que a H·

ext-ern és, porque a situação -ex-a·cta d -es- quldação fin&j d·" todo o "stc>ck" ul-
· . •

5'8 C{)IIIJipTomis'o o -e stá dependente de- trapassal"'".á. de onze. mibhões ester-linos.


um·a liq uidarão
. . ilnportante, cuja.s con- Quer isto di""r q11e o Estado liquidal'á.
tas o T hesouro ainda não rece'beu, toda a su·a dívida externa mais onerosa,
a liquidação do "stock" de . café. O go_ em,prestimos de Ibs. 7.500.000-0-0
-v-erno }â vend-eu ·0 "'Stock l' de. Haln,b ur- e Ibs. 4.200.000_0_0.
go. Trieste e Bremem. na importancia Se na'Q tl.ev·ar:m os ·em cO.f ita o e:lIlllres-
de 1. 2'() (). OQ Q sRocas. Brevemente estará tLmo do Dresdno&r Ba:nk, cuj o serviço
liquj'dado. o "stock" ·de Antuerpia ..... não peiS·a ·Como encargo ·do E·stado, por-
(717" 931 saccas). O valor destas ven- que é leito pela Estada de Ferro Soro"
.da,s d'2-V,8 att-in:g<ir a ,c'er-ca .d e sete mi- cabana, é illllportante ·a ssignalar que .
.lhões -esterlino!'). li-qui-d·ada a Va'l orisação , toda a divida
R(:~l % (I do Havre, ll-n1 -:l1i1bão du- externa do E s tado pouco excedera de 3

-476 -

milhões de Iibras esberlinas, o que re- lProvidoo.eias é a r.elgularizaçã.o da of-


presenta uma 'situação muito i'i-so·ugeira. ferta. As entradas pt<edp.itadas, como
Para 'o- serviço dos emrpr·esHan"Os- ·dle j'á ponrderá'lnOB, ca;usam grande da.mno
Ibs. 7.500.000-0-0 'e lbs. 4.200.000-0-0 ao mercado de ca~é,

foi remettida r.egularmente a sobMtaxa Ou tras medidas derem ainda se,r to·
de oinco francos'. p.ar·a atte'nd-er aO' pa_ madas para a nossa defesa, e neste f

["-mento de juros e resgate dessas divi- sen'Uido, o Governo do Estado tem tra-
das -tem O' gOVle:rno Iam 'pod.er dos ban- ibal-ha'do com o maior emp,e-nho junto
queiroo, lbs. 1.343.525-0-0. ao Oovern·o FederaL A d,efesa da nossa
O ·emrprestilmú de 1908, co·ntrahido prodllcção hoje, mais do que em ou-

Dom governo 'rf.ederal' para a valorisa-
O' ,tra .quaLquer época, é uma .questão emi-
ção do café, estava neduzido, 'em 31 de nentem,ente nacional. A jSafra brasi-
Dez~:bro de 1914, a Ibs. 2.157,359-0-0. leira ·de cal5é 191,5-1916, vendida pela-
Situação do Café - . Nunca foi tão média de preços dos ultimos dois an-
favora"""l a sItuação do ·café. Ãs auto_ nos, poderá produzir cincoenta mi-
ridades mais competentes no assumpto lhões esterlinos (lbs. 50.000.000-0-0).
calculam e reputam o consumo supe- Ora, não € provav,el que a nOMa impor-
rior .á ,prod-ucção. O ,sup.pr.ilmento visi- tação exceda de Ibs. 30.000.000·0-0.

vel do mundo, a 30 de Junho d·" 1915, Assim, só <CCom a ex-portação do café, o
era de 7.538.000 'saccas. TiiD pequeno Brazil poderá ver um saldl> de 20 m;-
lhõ<es esterlinos, o que consti,tuirá um
sup:primen:to é fa'cto 'qUle não se r.egista
ha 1.5 annas. A producção' mu·n'd'ial de solido fundamento para a situação cam-
-hial, e, p-ortanto, pare, as nnalTIças na-
café, no periodo de 1.' de Jul'ho deste
anno a 30 doe J'unho de 1916, será d·e: cionaes. Basta esta pO'ndera-cão; para
dJeterrni'nar med'idas gov·er,namentaw em
Saecas defesa deste producto privilegiado, que
S. Pau:lo . • • • 12.000.000 no m1e.j,Q de, uma crise iusólita como
Rio, H"hia e V'ictoria. • 3.000.000 'a que atravessa-IDOS, póde consti,tuir o
Outras ,procedeucias . • 4.000.000 sus'ventáC'Ulo da situação finanlCeira de-
-
uma naçao.
1'9.000.000
Bancos Funccionam, regularmente
O consUJm.o de 1913 foi de 17.200.000 neste Estado, os B",ncos do Commercio
. saccas; o··d'e 1914 de 18.500.000 saocas; e Iud ustria de S. Paulo, Commereial do
o de 1915, segundo o parecer das me- Estado de S. Pa-ulo, de Crédito Hyp()-
I'hoN'S autoridades. attingirá a ..... thecario e Agricola do Estado de S_
21.000.000 de saCC"". Portanto, aeLmit- Paulo, de 8-. Paulo, d,e Co-nstrucções e
tido ·qw" ·0 con~nmo eLe 1916 seja ape- Reservas, Brunca Italiama e Frane.ese

n~s a ,mlédia dO~l t:res- ultimas annos, a per I'AmerkadeI Sud, Banque Fran-
s"fra de 191,5-,1'916, >dará avenas para çruse pour 1\3 BI1ésDI, Balllq'lle Ita'lo-
o -consumo, m·anten·do-se, portanto, ma-

Belg·e, Bri'Ush Bank of South Ameriea,
.
gnifica, a· posição estatistica do café. London and Brazilian Bank, London
IEnt"1"êta,nto. não devlHm-os esque-ce,r and River Plate Bank, Brasilianische
que estamos DJeste momento sO.b a Bank für Deutschland, Banco Allemão
ameaça >de alguns fa<ltores, capazes de Transatlantico e Banco Espanol 001 Rio
perturbar a venda regular da safra. E' de la Plata. O movimento destes Ba-n-
essencial, pois. que tod·os os interes- COS, até 31 de m~do ultimo. foi (I se-
sados unam os seus esfo-rços1 para d~· guinte:

fesa da producção. Uma das primeiras
I •

477 - •

Accionisias • • • • • • 13. 872: 1) ;;0$000


Letras d escontad aS • • 75 607'9"~$""
• ~ •"I ". , ) '"' (.>

Letras a Receber • • • •
• • 73.068: 724$!:\ 1
Letras e Valores Cau cionados • • • 177.57(1:0:19$t01
Contas Correntes. G~rantias e outras , • • 128.541::3S6$9ti~

Correspondentes e C. Correntes no Palz • 23.164:4:.':1$ .:, 61
Valores Deposit.a dos • • • • • • 277.387:on$IS:;
COJ:respondentes no Extrangeiro • • • • • 22.989:S4>{$53!)
Caixa, em moeda corrente • • • • • • 108 . 635:5,, '$ 040
Penhores de Emprestimos etc. • • • 110.124: !,"j.j~7t) "
Ca;xa de Filiaes e Agencias. • • • • • 20.558:2<)1~151
Diversas contas • • • • • • 39.534:307$O8 ~
_ _ _ o

-
Total. • • • 1 . 071.054 : 729$9a1

Banco Hy»ot hcca-rio COlll o in- terações, a de 8e1'e111 os Bmprestimoe


tuito d e dota.r a la.voura. com um es- realizados em moeda n.acjonaf~ (:om
tablelecimen to bancário que possa cor- maior prazo 'e 'é,m condições mais fa '
responder as suas gran'des necessida· voraveis aos lav·ra-dor~.

das, O Go v,erno tem ulti-lnamen-te em- Exactamente para facilitar ~ssas mo...
penhado o maior es-forço em r.emode,lar dí!fkaÇ'Ões, o Go.verno adrquirlU ,s.e.is mH
esse instituto, que já se a-cha organi- acções do Ban.oo. Assim, da5 vinte 11l.~1
zad,o com ' a garantia do Estado. O ca- acções -d~ que se compõe o capital i)an-
pital de que dispunha o Banco está em- cario. os accionistas brasileí t os. pos-
pregado em hypothecas ruraes, e, ul- sÜ1em trez'8 m.il. Em a-t-tençã{) a essa
timamente, tendo sido v otada a lei f·e- ma;ioria, na última assemlb'IJéa geral -
deral n. 2.8 63 de 24 dle A.gvsto de ficou a Directoria respectiva composta
1914, contra.hiu o Banco d" Crédito Hy- d~ tres brazlleiros e d<>is franceres . -
pothecario Agricola, co m o Thesolll'o Acl"!!l>ditamos que, dentro d" pouco
Na-cional .~ com a. responsa.biHdade 80- tem'p o,podero o Banco entra.r a pr~s­
lidaria do Governo do Estado, um em'- tar serviços mais rel,evantes á tavo,ura.
prestimo por letras, para. auxiliar a e ao commercio de café, dispondo. pa.ra

lavoufp.,

que a ,esse te"mpo luctava com Isso, d'e um ca.pital C011siderav-eol.
graniles dif-fi.culdades· ,A situação financeira de> Estad'o,
Prestou assim .;sse Banco um bom a.llezar dos ·fact<>res que têm pertur.bado
e opportu'D'O serviço aos lavradores, a vida e a economia de tod o.:'! 05 p OYOS,
emj>rest'alldo, sob penhor agricola, para se tem mantido com regul aridade. Já
custeio das fazenda·s, cêrea de dlez mil vimos que, liquidado o o;stock" da va.lo-
~ontas de réis. rização do Café, o Estado de São PaulO
Contamos que em breve opportuni- ,ficará com uma Mvida. externa dim!- ·
dOide pO<ler,á, ser o Banco dotado com nuta, que pouco excederá de 3 lnilhões
outros necursos, de accôrdo com a au· d.e li'bras <>S'terli·nas. Seu croolt .. no ex-
ctarização . constante da Lei n. 1.412 t e ri,or, pois J bte·m merece a3 reiteradas
de 20 de Dezemibro dle 1913. Serão 1e- referendas Iis'lll'g1e>iras de que tem 3ido '.
vll>da.s, então, a elifetto algumas modi- alvo por parte de representa.ntes da
ficações no oogimem desse estabeleci- a lta finança européa.
mento, no sentido de t<>rnar os sens :Mas, o que é absolutamel\t", ind:i.-
serviços mais accessiveis e profícuos á ve-nsa,vel, é normalizãr a nOS5a sit'Uação
la'V'()ura, salientand.o-se, e.ntre essas al~ orçamentaria. Para est e fim . ~ mistér
478

,'consoEdaT a -divida tIuctuant.le .., liquli~ São estas, Senhores Membros do


dar as r-esponsabi11'ida'doo" prol enientes Congresso, as informações que me cabe
,de o;orn~ e servi·ço>s extraor-di'lllíríios, m"inistrar-vos, por occasião de ser ins-
'por meio de uma (}peração a praz-o tallada a presente llessão legislati<va.
longo. na primeira opportunillade. E' Oom a segurança de que sereis im-
essencüü tamíbem que os poderes legis ..
mediate.mente atten'didos, si, no de-
lativo e executivo, nlUma intelUgente e
curso de vossos tra1baJh-os, outros es-
'elevada (:olla..bo.ração, oouha-m como pro-
elar"cimenotos fôrem so,li.citados, apre-
gran:rma irreductivtel-' o equ-ilibrio o-rça-

sento-vos as hom'enagens de minha
m,entJário, a'pparentemente muito: dilf·
elevada consideração.
fieiL mas em verdade facil, desde que
a dlesp"za e a receita se1am e,studadas
com ú nlaximo rigor pelo Congresso, S. Paulo, 14 de Ju.Lho de 1915.
-e o Governo execute a lei orçamentaria
,com ah8oIu,ta inflexi·bilidade. , Fl'anciso de Paula Rodrigues Alves.

• •

..•


Altino Arantes
• .

63. 0
PR.ESIDENTE

( De I." de Maio d e 1916 a I ." de Maio de 1920) .


DR • ALTINO ARANTES

.. -'

i, i
", "', .._. ", .... ......... .- ... .- . .... . . " . ,. "
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AI / fINO .-\RANTES l\IARQUES nas· cional e notadamente do partido re-


ceu ê:. 29 de setembro de ' 1876 na cida- publicano de S. Paulo. de cuja CODl-
d~ de Batataes, estado d'e S. Paulo. missão directora é actualmente o se-
Fez seus estudos secunda rios no CoUe- cretario. Na Camara dos Deputados Fe-
g'io de $. Luiz, então estabelecido na deraes impõz-se como orador fluente i
histori.ca I! tradicional cidade de Ih\, e elegante, sendo digno de apreço o I
·fig;urando. s eu nome na lista dos altl ~ notav'el discurso que pronunciou na !
moo:--. mai:o:: di s tindos do acreditado es- secção de 6 de julho de 1907, susten- i
tabelecimen to de educa.ção . .concluidoB tando a continuação do. legação dn
os estudos preparatorios matriculou-se Brasil no Vaticano .
.
na Faculdade de Direito de S. Paulo, i 'Escolhido para succe.der ao conse-
.
r ecebendo o gráu de bacharel em scien- I lheiro Rodrigues Alves, foi eleito pre-
cias juridicas e sociates no dia 22 de ja- Bidente do Estado d" S. Paulo no pe-
neiro de 1895 . Voltando a sua cldado rlodo de 1.' de maio de 1916 a 1.' de
natal abríu b anca de advogado tornan- maio de 1920. Esse periodo presiden-
do-se logo um dos mais procurados. cial desenvolveu-se quasi todo no pe·
visto eomo á intelligencia alliava solido riodo da grande guerra que abalou o
preparo €" dotes oratorios fora do com- mundo inteiro pela violencia com que
mum. Dedicando-se á vida politica e se chocavam os formidaveis exercitos
partidaria foi eleito dep u tado federal de terra e mar das maiores potencias

pelo 3. " districto de S. Paulo nas ' Le- da Europa e America. Em taes condi-
gis laturas de 1906 a 1908 e de 1909 ções não podia deixar de resentir-se
a 1911. Serviu como secretario de Es'~ fatalmente e "p.OUT cause" na orderu
ta do dos Negocios do Interior, no Go- economi-ca e financeira, e mesmo na
;-ernodo Presidente dr. Manoel Joa- social, das d<ffieuldades e convulsõI!s
quim de Albuquerque Lins, cargo para resulta.nt·es do tem~roso cataclY81I1o
o qual foi nomeado a 25 de novem- mundiaL
bro de 1911. Em suas linhas dominantes a poli-
Reconduzido no mesmo cargo pelo tica e a administração do president.e
presido.ente dI'. Francisco de Paula Ro- Altino Arantes desenvolveram-se den-
drigues . Alves, serviu de 1.0 de maio tro do programma que eUe se traçou
de 1912 a 20 de novembro de 19H. e consta da plataforma que como can-
Foi tambem secretario interino da Fa- didato a presidente do Estado, leu no

zenda e da Agricultura. Em todos es- banquete politico de 5 de janeiro de
ses cargos, de ~leição ou nomeação o 1916. Abaixo é reproduzido esse nota-
dr. Altino Arantes houve-se de tal mo- vel documento.

Nas quatro mensagens
do que conquistou prestigio e confian- annuaes apresentadas ao Congresso do
ça de todos os proceres da poUtica na- Estado e na ultima quando entregou
- 482

ao seu sue,cessor as redeas do poder o do de governo; mas, quando SE' l.he fi--
presidente Altino Arantes expôz c:ara- zer a devida justiça, em seutença d'lfi-
mente os factos e acontecimentos que ! nitiva, esta lhe será favora're l "3 sem.
mais o impressionaram e cuidado lhe a].Jpellação. A figura do dI'. Altino
deram na sua difficil presidencia. Arantes sahirá maior e mais hrilhante
Deixando a presidencia do Estado, o do .rigo roso j ulgalnento .
dr. Altino Arantes passou novamente O dI', Leopo~do 'de F,eitas tm" llt o·
a representar o Estado de S. Paulo na .: Esboço PoliUco e Bio.grap·hico " Jo

Camara dos Deputados Federaes. Tra- dr. A lUno Arantes nos seguinte."'i tN'-·
ta-se de um- homem novo, c uja actua- mos:

Cão no seio da. d irecção partidaria é
constante e elevada. Com effeito, o dl'. "La politique est un al't (\'3 r é-o
Altino Arantes tem deante de si um flexioll et (1 'éxpérience.

largo futuro, largo e brilhantisslmo, V. R('I .;';,~~s· '.

pois que s uas qualidades de espirito,


coração e caracter são pouco vulgares_ o di'. Altino Arantes repres ~ nt.aa
Espirito calmo e culto, coração bem geração nova na. polilica rep ublit'Un3.
formado , . tolerante, bondoso, mas jus- de S . Paulo. Pe la maio'ria da conve nção
to e nobre, caracter conciliador, ma~ I do 'partido republicano paulista, rói eL .. ·
sem fraquezas, o dr. AlUno Arantes le escolhido pa ra o su premo J)o$.tn {la
, inspira. sympathia. e confiança. No seu administração estad ual, quando (·s taV3 .
periodo de governo essas qualidad es a concluir o seu periodo de gon:~r.'J (I o
que o nobilitam foram postas em dura eminente sr. Conselhei ro Frauci.:5-::o de.
prova. Devido á grande guerra (1914- Paula Rodrigues Alves.
1918) tudo foi g ra vemente perturba- I A meSllla assem bléa deliberi"Ul f.é ad;)-·
do. A sociedade, as instituições e até ptou o nome do sr. dr. Antonio Cancf.í w

as nações mais pode rosas sentiram-se


abaladas em seus secula.res e profund os I
I do Rodrigu es para o carga de lr i (p--
Presidente .
alicerces. Tudo pareCia desabar. E o Este disf ~ncto paulista, servidor da .
dia de amanhã 'era· uma incog nita, que Patria e do Exercito ; dCllois na :\dmi~·

não foi dado descobrir, nem aos esp:..- nistração c ivil e na reDresenta~áiJ li-
ritos e engenhos mais clarividentes. beral e democratica , aco fll'panho H, -com
Tão profundos foram os abalos dessa ' toda lealdQlde . a situação que $)2 ínal!-
época sinistra e tragica, que ainda ago-
,Igurara. e m Maio de 1916, e lltreglte á
ra o geuero humano continua a luctar , "esponsabilid ade de um moço de ta- ·
e agitar-se no escuro para reconquís- lento e de sentilnentos integro·s.
t al' e voltar á paz b",ne-fica e fccund",
I
I Dizia-se, então, que a madul:~za do ·
em que se desenvolve u por largos an- Vice-Presid e nte poderia servir de COll-
nos. Em taes coudições, fatal havia de trapêso á juventude do chefe d 'Esr.ado .
ser que o Estado de S. Paulo soffressc O moço presidente eleito a 1.' de
tambem e muito, As rendas diminui- Março de 1916 já. trazia para ... po-
ram, qUfI,si desappareceram, pois a ex- der, nãe s6 superior conhecimento da
portação bloqueada e ameaçada de des- política, como um grande tirocinio ad-
truição não se fazia . em escala apre- quiridO na ges tão da pasta do Inte-
ciave!, e, quando 'se fazia, e ra no meio rior, na administração estadual do
dos maiores perigo s: O espirlto do dr. Conselheiro RodrigU'es Alyes, em cuja
Altino Arantes n ão se abateu: lu- escola de m oderação e de civi::;mo· S.
cton e venceu, E' cedo ainda para se Exa. , se preparo u para o serviço -pubU- ·
apreciar e julgar o seu dlfficil perio- co.
. .. • . ..
", '

483 -

.E ra che-ga.da a ve z do s ho me ns no ·· ass um ir as po siç õe s de res po ns a!h Hid a--


VIIS COl:tleçarenl a ex erc er os po sto s de po lit ica e pa rti da ria , a qn e ' ti nh am .
m;j is ele va .do s no Pa iz. A nova ge ra - " tem Ill co nte sta ve, l direit o .
\:ào en tra va na vid a 'p oH tic a na cio na l 'O est ud o da s sci en cia s s.o'c-ia es não-
.
de sej os a de pa ten tea r a su a en er gia P.- de Via se r i'ndilff-e1'ente aosespirit,o$do~ .
;a s ua ca pa cid ad e.
rep ub lic an os no vo s, ao s qu ae s co-mp e-
Os an tig os rep ub lic an os co mp reh en - tia a mi ssã o de pr est ar ser viç os ao -o
de ra m qu e era de co nv en ien cia rep ar - Pa iz.
tir o ex erc ici o do pOder co m os mo ço s Ne sse mo me nto his tO l·ic o. en tra ra m
qu e se ap res en tav am na ar en a, dis pu - na ar en a da ac tiv ida de civ ica 'à!g Ull S .
ta.ndo os alt os po sto s po llti co s. · A Re - jov en s de me rec im en to, c.áp az es de ·
pu bli ca , pr oc lam ad a pe los pró ce res de co nt inu ar em os ex em plo s de ixa do s na
18 70 e su ste nta da p>eIos ve nc ed ore s da alt a ad mi nis tra çã o pa uli sta pe lo, s e-
jor na da de 18 89 , já lhe s cO nc ed era os na do res Jo ão Al fre do , So are s Br an dã o, .
lou ros do rec on he cim en to pa tri o, im - Flo ren cio de Ab reu , Ro dr ig ue s _'..tv es ,
po nd o-l he s, po rém , o . ind ec lin av el de - Ba rã o de Ja gu ara ·, etc ., anti gG~ pl' esi - ·
ve r de su ste nta rem as ins tit uiç õe s de nte s da pro vin cia . ,

eo ns tit uc íon ae s de 24 d" Fe ve rei ro a e No ac tua l reg im etl , ao co nti··a rin do ·
18 91. qu e se da va na Mo na rch ia, em (~ú e os .
Co mo em tod as as mu da nç as de re-
.
I go ve rn ad or es de pr ov inc ia era m no - ·
gim en , as 'no va s ins tit uiç õe s, se po r um ! me ad os pe lo po de r ce ntr al. os ;,a ud i- -
Ia.do de sp ert ara m en thu sia sm o e ard or da tos ao s alt os po sto s de pre~ide\!.-te'i
dv ico na gral1de ma ior ia do po vo br a- da Re pu bli ca e do s Es tad os são esc o-
,:.o:ileiro, suscita~am, po r, ou tro lad o, re- lhi do s, res pe cti va me nte , pelOS S<l US re-
(·.eios e de sco nfi an ça s, ao po nto de ca u- pr ese nt an tes leg isl ati vo s, reu nid os. pa -·
",u pe rtu rba çÕ <ls de co rre nte s da org a- ra tal fim , em Co nv en çã o po lit iea .
niz açã o rep ub lic an a do s Es tad os . :Po r eSse mo do tri um ph ou a can di-
A lei fat al da mo rte foi faz en do de s- da tur a do dr. Al tin o Ar an tes , ind ica da .
H.pp ar ece r do sce na rio da vid a os pr in- ao s su fir ag ios pe la Co nv en çã o pa uli s,
elp aes vu lto s de pe rso na lid ad es civ is ta de 7 de No ve mb ro de 19 15 .
" mi lit are s qu e pu gn ara m pe la rep ub li- Ve jam os, po rém , as ra zõ es ,qu ê lhe ·
"a fed era tiv a, na co nf or mi da de da s doeram ess e rel ev o en tre os s~u s ~on­
l

diS po siç õe s co ns tit uc lon ae s. .D es sa tem po ra ne os e co mp an he iro s de ac çã o ·


ple iad e de mo rto s ill us tre s, cu jos no -
po lit ica .
me s se ac ha m ind ele ve lm en te ins cri -
Em pr im eir o log ar, est ão os se us do ·
fitos na s pa gin as rep ub lic an as da Hi s-
. tes ora to1 'io s. A elo qu en cia pa rla -
tor ia pa tri a. vê m- no s log o á me nt e a::>
me nta r do dr. Al tin o Ar an tes rev est e- ·
inc liv idu ali da de s de Pr ud en te de M,,·
se de tod as as fó rm as qu e faz em ' pe r-
m~s, Ma no el de Mo rae s Ba rro s, Ub al-
<lino do Am ara l. Ma no el Vi cto rin o Pe -
Isu as iva e att rah en te a su a pa lav ra. Na o
. .
é ve he me nte ; nã o tem ou sad ias ; ma s,
rei ra, Ca mp os Sa Be s, Be rn ard ino de é ca lm a, ele ga nte , ha bil e ch eia de in-
Ca mp os, Ge ne ral Fr ed eri co So lon , Jo r- sin ua çã o, ad ap tan do -se ao ass um pto
"e de Mi ran da , Fr an cis co Gl yc eri o ,
da s su as co nv icç õe s.
alé m de . ou tro s pro pa ga nd. ist as. A vo z be m tim br ad a, qu en te e ag ra -
Co m a ev olu çã o do s pri nc ipi os de- da ve l, COJ'!1 ca de nc ias de ha rm on ia e
.
rno cra tic os e gr aç as ás gr an de s ref ore de vib raç ão , mu ito au xil ia a· su a· or a-
'Oas op era da s qu an to ao s pro ce sso s ad - tor ia.
m'i nis tra tiv os, da re é qu e os mo ço s IG om eça nd o a fal ar, o dr . Al Un o
ha via nl de , ma is ced o ou ma is tar de . Ar an tes pr oc ed e len tam en te, ten do , as .
.' . _.
.-, .

484 -

suas phrases a calma das aguas de unl individual, .pois nas· as·sembltéas delibe··
arroio~ não se precipitam em torren- rantes é que os oradores sustentam
tes. prin-cipio,s, defendem <)s interesses das
O S'elll olhar, ora firme, .ora tranquil- . .-
reformas, discutem oplnloes
, e .
encam1-
lo, traduz a expressão dos seus senti- nham a direcção administrativa de
mento~; os gestos têm sobriedade; na seus paizes.
singeleza da sua fórma de dizer, per- Os povos indifferentes à sua sobe-
eebe-se a naturalidade dos oradores da rania, desprezam os debates politicos.
tribuna moderna. Ao ouvil-o, tem-s"~ assim como os da imprensa e os 'da tri-
immediatamente a impressão da COllt- buna, Eis porque, no regimen democra-
petencia e da pratica de quem se ha- I tico, a arte da palavra é nma grande
Mtuou ao manejo da palavra, tal como força propnlsora ,da liberdade, flores-
os eximios esgrimistas se adextraranl cente desde os aureos periodos de ci-
- no uso de suas armas. Entretanto, ra·· vilização da Grecia. classica.
TO é que S. Exa. _ \ffscreva discursos e
'Périeles, no dizer -de Plutarchfr. não
•. !Iocuções. Não Se repete. Cada vez subia á tribuna sem implorar aos Deu-
que discursa, fal-o eom espontaneida- ses qu~ lhe dessem a graça de não
de e sinceridade. Eis porque tem ca· proferir imprudencias ou palavras des-
bimento o conceito de que "O ID'8'lhor
'necessarias e inconvenientes.
discurso vem a ser o que não é pre-
!Observando os preceitos da corre-
-parad.o".
cção oratoria, o talentoso dr. Altino
Com o perfeito conhecimento do as-
Arantes estudou as literaturas
, e a so- ..
sumpto a ventilar, sobre eIle se e.<pri-
ciologia, para saber exprimir-se em pu-
me com facilidade" bem dispõe o au-
blico, com elegancia, brilhantismo e·
ditorlo, sem o menor esforço, saben·
conelsão. O senes'pirita progressista
do dar ao pensamento
,
encanto e bri-
tem estimulo para o trabalho, bem co-
lho.
mo ideaes e esperanças sinceras, so-
,A sua linguagem não tem neglige,,-
bretudo quando tem em vista os deR-
cia no estylo, assim como não tem in-
tinos da Patria ~ da Republíca.
~orrec~ões: Simples e clara, enuncia-se
Em todas as questões politicas, a
puram,mte:
sua attitude jamais se desvia dos prin-
,
"li sait admirablement ce qu'i! vent
cipias republicanos; mostra-se, ao con-
dire et ou 'il veut alIer ... "
trario, com firmeza e coragem, sempre
.
Não diz de imais nem rdl8 menos. Pen- que é preciso,em,bora essa posiq.lo Lhe
sa e fala S'8'ID recorrer a annotações, acarrete acerbas- contraril€dades.
sem se perturbar e sem monotonia. Os No s)'stema 'presidenCial, o "hefe
discursos e allocuções do dr, Altina
• •
d'Estado o é tambem do partido que o
Arantes, ao mesmo tempo lmprOVH;OS -
elegeu. Pois ;1pesar de ser assim, o dI',
floreados e concisos, têm muito de Altino Arantes, sabe harmonizar a
agradaveis e substancias "causeries" energia das suas convicções com o sen-
em torno de qualquer assumpta. timento da maior tolerancia.
Um principe
,
da oratoria franceza, ') Delibera com os seus secretarias
eloquente parlamentar Berryer, disse d'Estado,
que "a tribuna é o campo de batalha Espirito fundamentalmente crente
ORE- intelligencias". na religião catholica romana, "Jesus
Com a palavra 'Pratica-se Q liberdade Christo é, na sua fé, o divino exemplo
e o governo da lei. ideal das insti- dos homens". Para S. Exa., tal como
tuições reprBsentativas consideran- para L. Rucho.nnet. estadista suisso, "a
do-se a. elorquencia como 'arte e dom , liberdade religiosa. que comprehende a
I
. ."
, ','

" .'
• ,

- 485

'iiherdade de crença e a de manifestar governo no dia 1. o d<a Maio- desse mes-


, uas crenças pelo culto, é uma das prin- mo anno.
cipaes conquistas · 'dos tempos moder- Nessa occasiâo, o seu eminente an-
nos". Obteve a S.uissa ao custo de lu- tecessor, Conselheiro ROdrigues Alves.
etas dolorosas . Inscreveu suas garan- recebe ndo, no Palacio do Governo . os

tias na Constituição de 1848; formuc cumprimentos dos representantes de to-
lou-a em 1874, dando-lhe então com- das as corporações, ali reunidos., ex-
Illeto desenvolvimento . Pode-se mesmo primia -lhes, intimamente. o iubilo d e
afflrmar que ess.a liberdade é .u m dos seu coração e a confiança segura qu e
principaes caracte risticos da nossa I tinha no civismo e na correcção C0111

Constituição politica. que o dr. · Altino Arantes saberia tri -
lhar a estrada de uma administração
Não, igno'r antos, entretanto" e ,com pe-
honesta, inteIligente e progr.essista.
sar o dizemos, que, se a \l:berdaide re-
Já ouvimos dizer, algures, que, des -
ligiosa se acha inscripta, ~em reservas,
se prazer gosam todos os chefes d e si-
no Pacto de 24 de Fevereiro, não o es··
t uação . sempre que encontram elemen -
tá no espirito e nos costumes do povo
. tos novos que lhes sirvam de auxilio
brasile iro. Estamos sempre ' dispostos a i
e fficaz e de companheiros leaes na dlf-
'reclamar, para nós, a liberdade de I
I ficil tarefa de governar. Satisfação
acreditar ou de •não acreditar; mas,
. análoga experimentou o senador sn ·
.nem sempre sabemos ou queremos. res-
veira ·M arti'lis. intrellido tribuno· rio-
peitar nos outros ess'a mesma liberda-
g randense , quando o deputado Conse-
de. Esta contradicção é frequente... !
lhe iro Antunes Maciel entrou para o
"Todavia., déntro dos limites traçados I
, Gabinete Lafayette. Orador eloquente.
pela Constituição, havemos de manter
jurista, jornalista liber.:! de indole (l e-
o principio da liberdade religiosa e fa- ,
mocraUca, S. Exa. pertencia á ~ov~
zel-o respeitar". I
i guarda do Marechal desse glorioso
Testemunhos de moderação e d'C res- . partido su lista, do qual seria influen-
peito á lei suprema da Republica e te director, tempos depois ...
aos ideaes de Justiça, o dr. AI tino I Em São Paulo, a politica adiantada
Arantes, no governo de São Paulo, ia- I e patriotica do Conselheiro Rodrigue.
mais deixaria de dar. como sempre Alves tem, no dr. Altino Arantes, in-
deu . com desasso mbro de consciencia. tegraI personificação . Ao venerando es-
.
O pr"gramma de liberdades consti- tadista foi, por certo, grato ver Que
. .
tucionaes e de patrioticas Iniciativas os . exemplos de sua superior orienta ·
para " progresso paulista, assegurou- ção politica fl'uctificaram no animo e
1he, desde a sua plataforma politica. no sentimento do seu digno succeSBOJ'
~ éonfiança e o applauso da maioria do
.partido retlublícano estadual. ' *
Nesse notavel pr~gramma
de gover- i
no, revelou O moço político uma in- Na m e nsagem de 14 de Julho de

vulgar envergadl\~a para exercer, com 1916, dirigida ao Congresso lAlgisla-
autoridade e brilho, a suprema magis- tivo, O Presidente de São Paulo servi.u-
tratura

do Estado . Dahi, essa memo- se das seguintes phrases, que tradu-
l'avel e estupenda consagração que o zem fielme nte as suas idéas e a s ua
seu nome recebeu das urnas livres, no boa disposição de corresponder á. can -

t>leito de 1 .' de Março de 1916. fiança pu blica de seu Estado natal :
Com toda a solemnidade da pragma- "Candidato do Partido Republicano ,
tica officiaJ .. tomou S. Exa. posse do sollcitei e mereci os suffragios do povo
-486-
paulista, do qual sois legitimos repre- de honrosa visita a São Paulo; . per-
sentantes. correu OS ' pontos extremos da linha
Essa communidade de origem entre ferrea Sorocabana, recebendo sempre,
os pOderes de que vós· e eu estaIDoS por toda parte, festivo acolhimento po-
investidos, artirma a identidade de pular 'e officia\. Esteve em Ribeirão
. -
nossas asplraçoes . o nosso
e prenuncIa Preto, ~arretos, ViUa Olympia, Jabo-
completo accôrdo de vista e de acção tlcabal, Bebedouro' e Monte Azul ; inau-
na defesa intransigente dos direitos do gurou a Exposição Regional . .
de pecua-
Estado, na promoção indefesa de seus ria em São José do Rio Pardo, assim
interesses, na obra meritoria de seu como os edifícios das .·Escolas Normaes

progresso e de seu engrandecimen- de São · Carlos, Botucatú e Casa Bran-·
to . .. " ca; visitou ainda as florescentes cida-
des. de Piracicaba. Rio Claro e Limei-
Depois de considerações sobre a po-
ra. Aos festejOs de Itú, em honra da
sição do Estado na federação nacional
veneranda Irmã Maria Theodora. pro-
e sobre as suas responsabilidades no
movidos por dlstinetas senhoras da
regimen, S. Exa.reportou-se ao ' seu
(;elite" paulistana, educadas no antigo-
programma de acção administrativa.
collegio da cidade da convenção replt-
"Economizar e produzir". Na conci.. blicana, S. Exa. esteve Ptesénte, ten-·
são deste binomio, S. Exa, assentou ·a do, nessa occasião, dirigido á velha Su-
solução racional das diffituldades in- periora uma eloquente e cominovedo~
contestavelmente grándes, mas não ", in.. ta saudação.
superaveis. do momento historico, em
De muitas outras localidades do Es-·
que foi chamado a dirigir os destinos
tado recebeu S. Exa. convites para vl-·
desta impol·tante circumscripção da •
sital-as. Attendendo a ' uma dessas 50-·
Republica.
licitações, o Presidente Altino Arantes
A lisura da conducta politlca e ad-
emprehendeu uma excursão 'ao ·~~rt.il ..
ministrativa de S. Exa. transparece, •

nitidamente, nesses periodos. EUa não



futuroso municipio de Rio Preto, per-
teve deslise em nenhum dos incidentes correndo então as estradas de ferro
que occorreram durante o periodo pre- Araraquarense e Donradense, quando·
sidencial de S. Exa. que, para se im- teve opportunldade de ver Importantes .
. nucleos de lavoura, fazendas de cria-o
pôr, nunca precisou de empregar os
ção e plantações algodoeiras. .
meis de um radicalismo violento. Do-
tado de grande capacidade para o tra- O Incansave! Chefe de Estado rea-
.
balho, a sua actividade não podia dei- Usou ainda mitras excursões, n~ me~

.
xar de produzir, como produziu, ex- nos proveitosas á sua administração.

cellentes resultados, em todos os de- taes como as da ·z ona do . Ribeira d.e
partamentos da administração paullst.a. Iguape,
.
as de São Sebastião, Villa Bel-·
O dr. Altino Arantes esforçou-se em la, Caraguatatuba• e Ubatuba. Est.,ve
conhecer de "visu" · os interesses essen- em Mogy das Cruzes, onde foi assistir'
elaes das diversas zonas do Estado, pa- á cerimouia do assentamento da ' pedra
ra cujo fim reaUsou viagens aos mnni- fundamental do ,AsY'lo Santo Ang",lo,.

cipios do sul, do oeste, do littoral e do destinado aos leprosos.
norte. Visitou Pirajií, Faxina, Apiahr, Nenhum outro preSidente paulista
Itararé e Botueatú; Inaugurou a pon- viajou tanto quanto S. Exa. que per_o
te construída sobre o rio Paranápa.np- correu ·os mais afastado~ pontos do ter-
ma, e . Isso quando' acompanhava o dr. ritorio do• Estado. E selllpre que o fa-
Affonso de Camargo, Presidente do z1.a, os hab1.tantes das localidades visi-
·P araná, par·a onde regressava, depois tadas aftluiam ás estações. " espera.
- 487-

elo trem presidenciaJ, com o fim dE" fes:- Guerra!'~ Foram estas as suas paia~
.
tejar a passagem do illustre magistra- vras, na sessão -solemne do C()ngresso
<10. c~ja. palavra eloquente e vlbraut.e da Mocidade, em 15 de Novembro de
era sempre ouvida com agrado e en- 1917:
thusiasmo. Taes excur.sões se revestiam "Vamos para a guerra, na de-
sempre de significação civic3:, poIs S. fesa resoluta e intransigente do
Exa. as realizou com o objectivo .de as- ideal de ordem e progresso. que
sistir a inauguração de escolas e de a nossa indole e as nossas inst!-
.melhoramentos agrarios, ao assenta- tui~õesacertadamente consagra~
mento de trilhos para novas linhas ram como lemma de nossa nacio-
ferreas, como, por exemplo, o de ROl- nalidade.
tuva a Porto Feliz, etc., etc. A' Capi· Vamos para a guerra,' afim de
tal do visinho Estado do Paraná rea- garantir piua nós e para nossos
lisou S. Exa. ultimamente, uma bella filhos, a P"8S8 integral dos direi-
excursão, com o fim - de assignar. eo- tos e da,s liberdades, que nOSSOB

mo effectivam-ente assignou, com o maiores nos legaram, a custa de
presidente daquelle Estado, um accõr- luctas e provações seculares, c0-
do para. a solução a~iga.vel do tra~â­ mo conquistas eternas e inaliena-
do de linlites entre os dois Estadof'. veis da humanidade civilizada.
Em Curity,ba, o dr. AlUno Arantes e Sim, vamos para a guerra; pa-
~:;ua comitiva foram recebidos com to- ra. a guerra a que fomos violenta~
das as honras e com .o mais a.~fectuo­ mente arrastados e que já agora
.0 e captivante aco}hlmento. nos bate ás portas, bradando pela
Por toda a parte, e toda a vez que ~lJocca tonitruante Idos canhões-
s. Exa.. te\'"2 opportunidade
de faz,êr assestados, á sombra insidiosa do-
uso da palavra, os seus discursos, quer oceano, contra pedaços fluetuan-
quanto ao fundo, quer qnanto á fór- tes do inérine territorio brasilei·
wa fora·m sempre ouyi-dos com e5pe~ ro .
a cruel intimativa: Vence
dai agt·ado. ou morre!"
O prestigio intellectual de S. l!lxa. Tal é, na verdade, o terrivel di·
não é sómente derivado da cultura lemma. que se 110S antolha. amea-
classica e moderna, adquirida nos es-· çador e insophismavel. , .
tudos, meãitações e leituras, mas, ain- Queremos vencer; preeisamoB'
da. da arte que possue de adaptar , os vencer; havemos de vencer".
seus discursos ás situações. .
O exito da sua carreira, tão rapida O effeito que as suas palavras pro-
.
na vida publica. provém da educação. duziram no enthusiasmo da mocidade
da habilidade e da comprehen.ão dM das escolas, nas classes liberaes e na
metho\dos administrativos que um Es- multidão que se expandia em explosões
tado moderno e progressista, como São de patriotismo, foi dos maiores .e dos
Paulo, teve necessariamente ,que ado- mais eBpOlltane~s q ne temos o bsel'va-
ptar no seu apparelho g.overn,\mental. do.
..
Quando o Governo brasileiro, acom- Essa patriotica ora~ão re;percutiu.
panhando .os da U Entente.",' rompeu re- como toque de clari~, por todos os' 1"8;
lações diplomaticas com Q Imperio AI- cantos do Estado e do Paiz inteiro,

lemáo e lhe declarou guerra, o presi- cujas fronteiras transpoz) sendo ouvi··
<tente Altino Arantes, no seu vibrante do, com enthusiasmo' e applausos. 1)e-
discurso do Theatro. . Municipal, disse las pott!ncias estrangeiras ás quafls <'
ao povo desta cidade: "Vamos para a Brasil se "assocla1'8.
488

Não devemos sepa.rar a acção e os Camal'a.. Fed:eral, o importante e di:::h-


senttmentos do homem d'Estado, das cado assumpto da. .expulsão de estran-
qualidades do hom<nn parUéular, na geiros do territorio nacional, o dI'. AI-
convivencia

de suas anlizades e no re- tino Arantes então representante de
manso de sua família. São Paulo llaquella casa do Congresso
Foi em Batataes, cidade natal de S. Brasileiro interveiu no debate. es-
,Ex?., que conhecemos o dr. Altino tudal1do a palpitante questão, com su-
Arantes e com elle tratamos. Foi i9flO perior competencia, o que lhe valeu
.
,por occasião de uma viagem feita, mais _uma brilhante victaria parlamen-
áquella cidade pelo ar. Carlos BotelhG tar.
que era, :então, operoso Secretario da S.Exa. podia dizer como um elo-
quente orador argentino: i~Temos de
Agricultura.
contar com a nossa legislação e de a:r:-
Recordando a S. Exa. o InOluento
tender ãs convenções estabelecidas;
. desse encontro. não estranhamos a con- · ,
i mas, se fór preciso, de um momento
formidade de seu gosto pelos' estuda0
I para outro, modificar o que existe, to-
juridicos COlll a aptidão palitica, de ,
memos tal resolução, para que se aca-
que não demorou a dar seguras de- .

be COIU esta causa de insegurança e


monstra.ções. de conflictos prejudiciaes ... " E ac-
Deste modo, poderia S. Exa. servir- • crescentava que "o primeiro dever de
se' da seguinte reflexão de. um publi· ,i um estrang'eiro Ou de um hos'pE'de é

'cista francez: "O que me consagrava o de ser comedido e o de procede e
'ao fôro não era só o' amor da profis- bem no Paiz onde habitar ... " .. Preci-
são, como ainda não pertencer ás fun·· I, sarnos dizia elle ter em conta a
cçôes pubUcas. Eu não till'ha descober- ! energia e a independencia da noss.a na-
to em mim a som·bra do desejo de gu' ção ... ".
vernar os meus semelhantes, ° que. pa-
o discurso que, na Camara Federal,
ra: muitos homens, é a alavanca clo~ em Slla sessão de 6 de Jlllho de 190'1.
seus actos... No fôro~ sentia-me r,om o dI'. Altino Arantes pronunciou, 8Tn
toda personalidade, empregando esfor-
d"fesa da legação 'do Brasil junto "
-ços renascentes em que se -deixam par- Santa Sé, foi tambem importantissimo,
cellas da vida e que nada deixam de
A questão econornica da valorização
pOis de si. .. Transposta a onda, o na--
do -üaof,é, dis'cutida na mesma asse.m-
da{!or volta á praia; ol'ha para traz, bléa, deu azo a que S, .Exa. proferisse
medindo a difficuldade vencida; mas, , um discurso em que evidenciou estu-
. .
vê que o mal' se acha calmo, não ha.- \ do e conhecimento financeiros e em

-ve'ndo nelle o menor vestigio do es- : que interpr'etou os desejos da lavourtl
'torço ... "
paulista, que passava então por uma
o ambiente da politica, agitado e das suas lnais alarmant-es' crises.
apaixonado, é mais activo, dominando,
Como representante de São Paulo, o
com outros elementos, a vontade, a.
dI'. AlUno Arantes exerceu o seu man-
energia, -as idéas e os sentimentos hl!-
• •
dato de. deputado federal durante a
manos.· 1
sexta e parte da setima legislatllra.
I
Nesta arena de adversidade, as ques·· _confirmando, >em ambos os periodos, o
tões que ahi se, debatem e se resoI, i valor de seu merito de talentoso par-
vem.. demandam, quasi sempre, muita lamentar.
ponderação, ao lado de vasto conheci-
mento dos homens e d,as cousas.
Por occasião de ser disClltido, na
-489
• .
Es boceraos agora a biographia c a lremecido esposo que, ainda agora,
. .
triumphal carreira <'lo .ioven Dolitlco passados já tantos annos, não se es-
paulista. quece de homenagear a memoria da-

O dI'. Altino Arantes é natural de quella q.ue, em vida, foi sua doce oi
Batataes, onde nasceu aos 29 de Se- meiga companbeira, de inexcedivel de~
t.embrO de 1876. Seus paes foram o dlcação.
.
coronel Francisco Arantes Maroues e ·Em· 19105 , quando enviuvou . exer-
,. sra. D. Maria Carolina de Arantes. cia o dI'. Altino A~antes o cargo de S~-
.
que o ed ucaram, carinhosamente-, no cretal'io do Interior, no governo do

lar da familia, modesta oi honraaa. FOI sau'doso Conselheiro Rodrigues Alves.
alumno interno do collegio São' Luiz, De 1911 a 1916, prestou eIlE;, neste al-
on'de estudou, com excellente proveito, to posto, os mais assignalados serviços ,
.as materias do curso de humanidade . não só á instrucção publica, como
e ali deixou um nome cercado de inve- ainda á hygiene e a todos os ramos d ..
javel auréola 'de estima e de sympa· administração paulista, dependentes
thia. da que Ila Secretaria d'Estado.
Em 1892 matriculou-se na Faculda· Quando occorreu o lamentavel fal-
. de de Direito de São Paulo, 'da qual, lecimento do dI'. Rubiã.o Junior, can-
após proveitosos estudos, recebeú o di- didato á. presidencia de São Paulo, o
ploma de bacharel em ScienciasJuri- dI'. Altino Arantes, indicado para a VI-
dicas e Sociaes. Uma vez diplomado, ce-Presidencia. passou, logicamente, a
seguiu eUe para a sua ci'dade ' natal, ser o candidato da situação dominante
onde instaUou o se u escrlptorio de ad- para o cargo de Presidente.
vocacia. Não tardou que o novel advo- Eleito e empossado, começou S. Exa.
gado. já por sua honestidade,' já pelo I a. administrar o Estado no mais agu-
valor de seus conhecimentos e pelo do e terrivel periodo da Guerra euro-
'telo co m que defeutdia os interesS'es de . péa, cujos maléficos effeitos se fazíam
seus constituintes. adquirisse' vasta. sentir em São Paulo. como , de resto.
clienteUa, não só em Batataes', como por toda parte, no mundo, inteiro. Mas,
nas comarcas vizinhas. com inteireza de animo, dedicação ci-
1I

Na França, no anno de 1899, con- vlca e confiança no patriotismo de seus


sorciou-se o dI'. Altino Arantes' com a I patricios que, naqueIla emergencla,
sra. d. Maria Theodora de AndradB não deviam deixar de commungar a~
Junque ira, moça estimave] e que mui- mes mas idéas de seu governo, o dI'. Al-
to se recommendava pela delicadeza de tino. Arantes, animado sempre de su-
seus sentimentos, feitos de bondade e perior espirito de jnstiça e de impar-

de virtndes. clalidade, prosegulu seriamente a sua
Quinze anuos de'pois a morte i'mnla- rota, por ena conduzindo, com maes-
'avel veiuc·eiIar a preCiosa vida de D. I tria, a náo do Estado.
Maria Theodora que aqui deixou __ Vem aqUi, de molde . a opinião do
orI)hão '<Íe seus carinhos de mã-f! ex- dI' . Washingt.on Luis. exter.nada · no
tremosa um inte ressante casal de banquete politico de 25 de Janeiro d.o
filhos que são hoje a senhorita .Maria corrente anno. Finaliz~ndo a leitura

Stella e o joven acadelfl!co Paulo Aran - de sua magnifica e patriotica platafor-


I ma de Governo, disse S. Exa.:
teso I
Quando falleceu D. Maria Theodora
.. . "l'M:eus senhores: vou dizer as minhas:
Arantes estava em pleno vigor
.
de . sua ultimas palavras, nesta festa; quero,

juventude e de sua formosura. e fe - porém, dirigil-as ao sr. ' Pr~sideDte do
liz, corno sempre, ao lado .de seu ex- !

Estado.


490

•• .
" 0 quatriennio .d" S. Exa. encontrou Eloy . Chaves; Secretario da Fazenda
o periodo da guerra . mundial, a guer- - dI'. Cardoso de Almeida; e Secreta-
ra mais horrivéi que já .h ouve na face rio da Agri-cultura dr. Candido
da 'terra, e atra''lessa ainda os primei- Motta.
ros tempos da paz, que se seguem a tal A criação. do cargo de Delegado Ge-
guerra, mais hOl'riv-eís ainda. Duran-· raI importon . no . estabeTecimento da.
te esse periodo. instituiçõ~~ seculares direcção do serviço policial civil, em
se desataram, organizações fortes e separado da pasta da Justiça, embora
a'p"parentemente solida ~ sE? esboroaram: a ella subordinado, tendo sido convi-

lmverio.s mi.Ilenarios r~t iram.. dado para exercer o novo cargo o dr.
Nessa lucta titanica, 110. fragor des- Franklin d" Toledo Piza que vinha
sas quédas., o. mundo foi sacudido, aba- desempenhando, até então, as fUllcçõe,
lado, desabrida e violentamente. U:na de 4. ' delegado a.uxiliar.
nova Edad'e -média nos ameaçou. Por motivos de ordem superioT dei-
Cou be á S. Exa. go.vernar nessa épo- >caram os respectivos cargos o dr. Elú.y
ca sombria, e o Governo de S. Exa. Chaves. que foi eleito e é, ainda ho-
não Id.esmerecen dos governos de São je, depntado federal; o dr. Cardoso de
Paulo. E' que a superioridade de sua Almeida, que se afastou da actividade
intelligencia, o preparo do s eu espiri- politica, tendo exercido. a seguir, ()
to , a tolerancia de suas . vistas, a ho-
.
cargo .de presidente do Banco do Bra·
nestldade de seus propositos, o amor á sil; e o dr . Franklin Piza, que passo u
terra paulista, o seu acendrado patrio- á direcção da Penitenciaria de São
tismo po stos durante· . á Df·n-va. nes-
Paulo. Na pasta da Justiça, O dl". · Elo,'

ses tempos difficilimos - não o aban- Chaves foi substituido pelo dr. Hercu-
d onaram . . . " lano de Freitas; a da Fazenâa teve co-
Com este p€nsam~nto e com est~.s , mo successor do dr. Cardoso de Almei-
.expressões de tod'a leaJaaae
. civica,
, o I da o dT. Galeão Carvalhal; e para a
illustre e aus-téro dr. Washin~tou Lui. Delegacia Geral entrou o dr. Thyrs o
aoube (azer• justiça ao valor moral e Martins, que era director da Penlten-
aos meritorios . serviços do dr. Altino • •
Clarla.
Arantes, na presidencia do Estado. ·C<>mmandava a Força Publica do Es-
Em 1919, S. Exa. contrahiu I).upcias. trud·o o <lor.cmel Antonio Baptis<ta da

.n esta .,Capital, com a Exma. Sra. D. Ga- Luz que faUeceu em 1918, sendo então
briella Junqueira, prendada e . dilecta elevado álquelle posto o tenente co-
filha do Coronel Joaquim . da Cunha ronel Manoel Soares Neiva, que exer-
Diniz Junqueira e de D.Maria Eme- cia o commando do Corpo de Bombei-
renciana Junquelra. ros .

Deste consorcio proveiu, a 25 de- Fe- O Gabinete Civil do dr. Aftino Aran-
vereiro do corrente anno, o nascimen- tes ficou constituido do dr. José Vi-
(b de nma galahte menina qne recebeu
cente 'Alvares Rubião, como Secretario
o nome de Maria Bernadette. da Presldencia, e do dI'. Cyro de Frei-
• tas Valle,
.
. como Officlal de Gabinete .
• • . Mais tárde, tendo ambos passado a
Ao assumir o elevado cargo de Pre- outras espheras de actividade, foi o dr.
aldente do Estado. O dr. Altino Aran- João Paulino Pinto Nazario nomeado
tes tinha o seu governo. assim consti- para Chefe' da Casa Civil, sendo o aca-
tuído: Secretario do Interior dr. de mico Paulo Arantes designado para
.,
Oscar Rodrigues Alves; Secretario .d a servir como Official de Gabinet".
Justiça e de Segurança Publica dr. A Casa Militar de S . Exa. ficou orga-

491 --

rdzada com os ajudantes de ordens za na America do Sul; monsenhor Sca·


major Eduardo Lejeune e capitão Afro pardinl, Nuncio do Pontifice Romano;
~Iarcondes de Rezende. Tendo sido o conde Alexandre de Bosdar;, embaixa-
primeiro promovid:o ao posto de te- dor Italiano: sir Ralph Paget. embai·
nente coronel. deixou as suas funcções xador Inglez; Paul Claudel, ministro
4e ajUldante de ordens, para ir com- da França; Alfredo I. Zãnartu, .minis-

mandar o 4.' Batalhão da Força Pu- tro do Chile; K. Horigoutchi, ministro


blica. Com a sahida do tenente -coronel do Japão; Vito Lucciani, chefe da
Lejeuue, passou o major Afro de Re- missão com mercial italiana; R uiz de
zende a chefiar o Gabinete Militar, los Llanos, ministro.
argentino; gene-
tendo sido designado o tenente José ral Aaron Saenz, mInIstro dQ Mexico;
Guedes da Cunha para servir como SB -
' ..
gundo ajudante de ordens. Por eifei- I os embaixadores brasileiros srs. Domi-
cio da •Gama, então nosso ministro das
to .de promoção, o tenente Guedes da Relações Exteriores; Souza Dantas e
Cunha deixou o Gabinete. sendo subs- Ma.galhães de Azeredo e senhora: mi-
t ltuido pelo tenente Herculano de Car- nistros Luiz Guimarães FHh{l e senho-

valho e Silva . ra e Oswaldo Pacheco e Silva e fa-
{) e!lpitão A'fl'o de Rezende e o te- milia.
nente Herculano de Carvalho foram De alguns governos estrangeiros re-
promovidos, respectivamente, aos pos- cebeu o dI'. Altino Àrãiltes provas de
t os de majoT e ue capitão, continuan- reconhecimen to ao . modo gentil e al-
do porém, a prestar os seus serviços tamente honroso p"r que S. Exa. aco-
na Casa Militar, até o fim do quatrien'- lheu e hospedou os representantes des-
!lia presidencial do dr. AltlI)o Arantes. , ses mesmos governos. Assim é que foi
Durante a administração de S. Exa. , elIe condecorado com as seguintes or-
São Paulo recebeu honrosas visitas de dens honorificas: Offieial da Legião
importantes individualidades de Honra, de França; Gran Cruz de
naes e estrangeiras. São Gregorio Magno, da Santa Sé;
Em 1918, ",qui esteve o dI'. W'en- Commenda de 1.' classe do Sol Levan-
cesIau Braz, Presidente da Republica. te, do Japão; Gran Cruz de Habito de
acompan'had.o do marwha.J Caetano de Christo, de Portugal ; e Grande Com-
Faria, Ministro da Guerra, e dos re .. mendador da Corôa de Italia.
presentantes de suas casas Civil e MI- Além disso, o dr. AItino é ainda
litar. O Chefe da Nação e a sua comi- presidente • effectivo do Instituto Hls-
.
tiva foram recebidos e hospedados or- o
to rico e Geographico de São Panlo;

ficlalmente, sendo-lhes prestadas, pelo membro honorario do Centro de Scien-


.
Governo e pelo povo paulista, todas cias e Letras de Campinas; soclo 110-
'as homenagens de que eram merece- nora rio e correspondente da Sociedade
dores. Geographica de Lisboa, assim como de

Entre outros illustres hospedes do varias outras instituições scientificas e


Governo do Estado, citaremos mais os LUerarias.
·srs. dr. Ba'l thazar Brum, embaixatlor Dotado de educação aprimoraaa, o
do Uruguay, em missão especial no dr. Altino Arantes é tambem um sin-
Brasil; ·coronel Sylvestre Mattos, che- "ero democrata; com simpliCidade de
fe da commlssão demarcadora de li- tratamento, acolhe bem a todos. A mo-
mites entre ó Uruguay e O nosso Paiz; destla, a delicadeza e a generosidade
Edwin Morgan. embaixador dos Esta.- de seu coração dignificam-no mora.l-
dos Unidos; sir Maurlce . de Bunsen, mente. Na intimidade, li elle nm agra-
-e mbaixador e ·chefe da missão ingle- dave] (jeauseur". sabendo dizer, com
- 492 -

espirito e fran<queza. um gracejo le~e, I' primoroso orador me



confe sso pro ~
uma ironia bem applicada, mas, que fundamente reconhecido.
não moi és ta ... Mas, por maior e mais legitiino Que
E como não se ter estima por um seja o men desvanecimento, elle me
homem d'Estado,eomoo illustre pau- não enleva o espírito a ponto de de-
lista, differente dessa cspeeie de poli- sapercebel-o, um instante siquer, dae
ticos insocia veis e desdenhosos? graves, das inilludiveis
.
responsabilida-
A sua intelligencia, cultivadissima, des, que se envolvem na inesperada
está ao corrente do movimento litera- distincção, que me conferistes.
rio. A historia, a critica, a sociologia lMistado nas vossas fileiras, servin-
e as beUas artes' a:ttraem -na poder.o- do nellas com firmeza e lealdade ja-
samente. mais combalidas, si nunca solicitei --
Interessante é a palestra de S. Exa., nunCa tambem recusei as posições mu-
cujos conhecimentos são gerae,~, com- destas ou brilhantes, par'a que • me teI.!-

prehendendo assumpto", que mil. per- des escalado, fiando-me, não tanto da
tencem aos technicos. Conversa COIU minha capacidade e dos meus presti-
clareza, tendo vivacidade e graça nos mos Pessoaes, quanto dessa adm'iravel
- • . i .

commentarlos e impressões. força e desse poderoso incentivo, que·



Sem propositos de lisonja, mas, ani- ás almas mais timoratas sabem com-
mado tão somente do grande apreç(, 'municar a ·disciplina e a solidariedade
em que temos o dr. AlUno Arantes e dos partidos bem organizados.
da cordial estima que lhe consagra- Lisonjeio-me altamente de vossa es-
mos. aos incontestaveis meritos de S. colha; mas quero e devo ]embrar-I..-os
Exa. não fazemos senão justiça, pro· desde logo que ella significa _.- e só
clamando que homens do seu valor in- por Isso me resolvi a acceital-a um
teJlectual e da sua enverga·duiá. moral formal e solenne co·mpromisso de que
fazem
. honra aO glorioso Estado de Sã o. - ratificado o vosso aeto pelas urn~S
Panlo, como, de resto, ao Brasil in· - poderei contar com o vosso apoio.
teiro. e a vossa assistencia, para o exito fe-

liz da empresa, de que cogitaes in-
• • cumbir-me.
, Nem outro é o meu primeiro e ius-·
A Plataforma Politica do dr. Altino tante appello; e de que lhe correspon-
Arantes a que já nos referimos é a. de o vosso proposito, dI< g,,'ato teste-
seguinte: munho a circumstancia, deveras auspí·

•• ciosa para o Estado e para mim pes-
I
"Exmos. 8rs. Presidente .e Membro.., Boahnente, de haverdes associado ao
da· Commissão Directora do Partidr. meu o nome do eminente paulista e·
Republicano. prestigioso eorreligionarlo ~Dr. Antonio

Cand!do ROdrigues, vulto respeit.a-
Mens Senhores: do pelos serviços .que, de longa data,
E' immensa a gratidão que. vos d',· vem prestando ao Brasil e a S. Panlo,.

. VO, por me . haverdes destacado para no Parlamento e na administraç~o: e


candidato do PartidQ Republicano Pa,., - de cuja esclarecida experi9ncia espero
lista á presidencia do Estado, no pro- receber proveitosa collaboração. em-.
ximo pleito. pró! dos interesses superiores do Esta-·
. d o e da Federação .
Foi uma grande honra para mim, e
por ella ' como pelas palavras tão
elo quentes e tão· gen'e rosas de vosso , •

. .

493 --

Não é muito remoto o meu despre- I fortuna


. e á gran'dero . de ~..que. u ma é-
tencioso passado politico. digna. á sOlli1bra pro'pi cia da o utra. . ,
Quando me foi dado iniciar a car- tFoi por sua. mão, ·foi sob seus a 'u s-
reira publica, havia pouco mais de um 'Picios que, um dia. apt>areci no s:c·ena-·
~ustroque se instaurára no paiz o 1'e- rio politi-co de noss·a terra.
gimen republican'o federativo. 'Doo.nte delle, portanto . que io i o
Não posso. portanto, exhibil' o pre··
mais popular ev.a ngeUzrudor do novo
cioso toral, que acredita a tantos den-
r:egimem'; deant.e de VÓS., meus senho-
tre vós e os recoll11llenda ao apreço e
res, que representaes a sua no.bre?a,
ao reconhecimento perpetuos de seus
a SUa força e o seu prestigio; é jnst.o
concidadãos, como intrepidos legiona,-
que eu rea(firme a mi·n ha fé lnabalo-
rios. dessa campanha ID'e moravel, ao ca...
• v.e>l nas institu;ções ' repuhlieanas e nos
bo da qual se subverteu o throno bra-
seus altos destinos; é justo qUê eu
sileiro .
reafifirme a minha l'ealdaue inqu.ebran-
Mas tive a fortuna. de que muito me
ta'Vel aos prineipios do partido, soh
-
nfano, de merecer a amizade e a con ..
fiança de alguns dos mais conspleuos c.u ja bandeira vou disputar os suf'fra ·

~ _valorosos paladinos da heroica cru- gios do eleitorado paulista .
zada. que. na incruenta e fulgurante ,Não m,e- vacillará nas mãos eSsa ban·
jornada de 15 .de Novembro de 1889, deira se.:grada . •

recebeu do assentimento unanime do Pe-la pala'Vra allctori'zada de um de


povo a sua consagração ãefinitiva e vós, proclamastes, ha pouco, a conve-
irrevogavel.
nien-cia de comm'eH.e-r "a uma geraçâo'
Das palanas e dos exemplos delies. I nova, a um moço, a funcção presiden·
colhi luminosos ensinamentos de civis-
cial, demasiada'm ente intensa e exhau s-
mo. pelos qua'e:Jl ten'ho até hoje pauta- tiva. , ~
do e continuarei a pautar a minha
acção na sociedade em que vivo. Assim o en:tend'estes e assim (> pra-
Campos Salles e BernarUino de Cam- ti·castes.

Coube-me a honra insigne de
POS distin·guira·m-me com benevol:o·s ser chamado ao cum'Prim'81lto desse
testemunhos de suã estima. voto·

E desvaneço-m", em cODsl1:'nar que Pois bem: eu vos ass2.guro que tudo
.
aqui mesmo', D'esta illustre assemblóa, farei pO'r corres.pon·der á vossa con-
entre aJque-lies que a meu lado S<l sen- fiança, por não desmentir as vossaS
.
tam e me p·restam a sua conforta.:dol'G. esperanças, por desempenihar eSCTn-
soUdarieda:de, se destaca, em 5yn1- pulo'Samen-te o vosso mandato .
pathico relevo , a figura respeitavA! e
querida do derradeiro legenda rio 80- *
. brevivente dOS veteranos da Propa'g all-
da; depositaria fiel das traüições libe- Assim como 'n ão me entibiam '0 f"er~ '
raes de S. Paulo; patrlarcha da ' demo- vor e a sinooridade das conv-icçõe:s r·e.·
cracia brasileira; crepus·culo triumpha.l pU'blVcanas os lmpatrlotleos ",gouros de
de uma existencia benemerita, em 11m possivel cataelysmo institncional ,
cujos esplendores se reflectem as glo- que nada justi'fioo e que o sentimento

rias immorredouras' do passado e se il· geral' vi.gorO'sam,e:nte r.~udia; assim


luminam, para a .marcha do futuro as ta'mlbem não. me aternori.za o animo nem
estrada·s amplas e recti1ineas, por onde llheq·uebl"a·nta as resistencias a p~rs-

as gera·cões de hode e de amanhã hão peetiva d'e u'ma se;v·era -e perv.u:az 01" -
de eO'llduzir a Patria e a R.el>uobl-ica á , posicã<>. .
494 -

Tolerante por indole, iuvariaveline.n· apparelhar o cida·dão para a·s luetas da


te m·ad'erado nos rn.eus processos, sem· vida e para o exercicio 'consciente de
pre entendi que o regimen re!lu,b lica- sua fun<:ção eleitoral, tem merecidu
no, por isso m-esmo que é um regimen das ad:ministrações paulistas as mais
<le opinião, sÓ pode viver e actua.r af- soli'citas attenções e o mais aprimora-
!i'cazmente numa larga e límpida at- do zelo.
mosphera de ' de'bate, de contradicção Criteriosamente modelada por Pru-
e de pnblicidade. de-nte ile Moraes, Bernardino de Cam-
:Em conseq uencia, não me sentirei pos e Cesari·o Motta; pl'o-gressivamen-

jámais maguado ou dlminuido peIa te desenvolvida por quanto.s áquelles e
critica sensala e commedlda q,ue meuS a est€ ·s uccederam, a nossa obra col-
.a>Ctos de governo porventura provo- lectiva. nesta releva.nte materia, bem
quem . . merece q'ue nos orgulhemos della.
!Ao contrario, proeurarei descobrir ·E que para tanto DOS sobram raz.ões,
nana, na sua v1gHa'ncía solerte, nas prov'a-o cowc,lud·entemente a cireums-
suas dbserva~ões ponderrudas fór- tancia lisonjeira, sem duvida, de serem
mas ,salutares e benafieas de efricaz os nossos prolfessores a m-iudo- solici-
cooperaç~o para o estudo e para o eD- tados pelos governos dos demais Esta-

oaminhamento dos gra.ndes problemas do-s pa.ra alli orientar ou dirtgir os ser-
da administração. viços dessa especiaUdade.
Dahi, o proposito firme e irreducti· Dir-se-!a que 8'. Paulo, cujas famos ....
Vot;! de velar , quant.o em mim eou·ber, uband·e iras · ' tão pOderosamente co'n~
pela represe'n tação de todas as mino- I corre'r am para a formação geograp:hica
rias apreclav·eis, n<l'S d,fferentes corp0S da grand·e patria 'brasUtlira, ainda hoje,
deUberativos -do Estado tl dos municio ·por um sinlgular processo de revives·
pios. cenoia historica, tra.balha e lucta, no
Para isso, ahás, o processo eleitoral aP<lStolado de seus filhos dilectoa,
em vigor of!erece as garantias suH!- pela unidade e pela cultura intolle-
cie'ntes; pOis o seu m,e'dha'nÍsmo, tão dual de no,ssa na'CÍo'n alíldade.
simples quão engenlh-oso i assegura por 'Estamos lon·g e, ent~etauto, da per,fei-
si só a eleição, pelo primeü'o turno, do~ ção desejavel em assumpto de tal mono
rej}resentantes das divers'a s correnles ta 'para o nOSBO futuro: e só <Ia versiR

de o>Pinião, tenda, dacontinuidafre de esforços das
Observada sériamente essa. lei e c::.uccessivas administrações é qu.e provi~
mantida a imparcialidade do llooer rã a solução integral desse llULgnO pro-
verificador, teremos virtualmente pra- blema.
- . .
Sem exaggerado optimismo, talvez
ticrudo o dogma fundamental do sy,sle-
mademoeratico: a so,berania do po- pudessemos ruffirma.r que a questão do
.
v.o, manifesta.ndo-se; sem falseamento enstno pri.mario está :;;atisfa.ctoriamen-
e sem contraste , pela verdade das elei- te resO'lvirla para as cidades e para os
~ões, centros pO'Pulosos, g-r aças aos · grupos
esc·oIares por elles disseminados e que
vênl realizando a c,ontJénto a sua mis-
*
• são ed'ucativa .
•,
O analp'habetismo swbsiste, porém .
Dever primordial dos governos r8>pre- em avantajada porcentagem, que nos
oontativos, a instrucção pu.blica prima- r,e-liega a uma escala depreciativa nas
ria, por isso mesmó que se destina a estatisti~as dos povos cultos.
495

Para esse labéo, que t anto nos cons ~ ponciouar, assi-m. aos discípulos a
(tange, concorrem principalmente as conste.n.cia
. . e a unif o·foml·dade do eu·
'l.onas ruraleS, onde a acção do govor· sino.
!w) por mais d Hilg'e'nlJe- que se mostre,
-Parece..me, O'utrosi-m, aCO'D$e-J havel
li entravruda. pe'la negligencia dos paes
a mod.ilficação dos program,mas a se-
.- ás vezes, e quasi .sempre pela in-
rem Ü'bserv·ados nessa classe de e~co­
congtancia 'd o mestr.e-.
las; d'e sOl'te -qu-e, sim·phfi-cados quan-
Este, -com e.flfeito, extrallJho o-u to possive-l, se orientem no sentido de
tenso á vida simp.Ies do campo, mal arrwilgar no 'espírito- dos pequenos
term.frna o seu 'estrugio regula-mentar camponezes tão facilmente attre,hi-
em cadeira ' <'Ie bairro, reclama a sua dos para o 'b ulicio e para o esplendor
. ' transferenc!" para as cidades e vilIas, I das c1dades a convic ção profunda
onde, a mais favoraveis 'Condições de I de que é na agricultura, no amor e
vida .e de sociabmdade, a,ccr"soem as no trabalho da terra. S"llipre prodiga
yanta,gens de mel'hor vencimento e de nas suas recompensas, q·ue reside'm o
(acH e dec.,nt,e ins1allação. i
lhem-estar, a abundancia e a pros pe-
O ' facto é, portanto, natural e até I
ridade.
certq pout.o justiJficavel. Mas dene I
,A par disso, cumpr-e cuidar assidua'
promanam para o interesse geral mente da e<'luéação profissional. do
eonveni,en'te!; serias, que cumpre r e- apprendizado de artes e ruficios. p'Jla

mediar op-p ortunamente. Ij oP1>orLuna fundação de esta.belecimen-
Comprshen:deu-o, -em boa hora , t) tos, que a esse tim eminente'ID,e nte
actual presid ente do .Estado, quan'do, 'pratico se destinem, nos - moldes dos
n~ ~s ua mensage m ao Congresso, em que já existem nesta capital; mas lo-
1912, pediu para o caso a attençã,Q calizados &go.ra em poy-oac:;_õ e"s', cujo
d{) J.Jegislat.ivo, su,g.gerindo-lIhe o alv!- movimento industrial ou fabril seJ ....
.
tre de se ed.ificarem, nos bairros, ca~ por si só, uma garantia. segura para a
sas sim'pies e hygienicas , onde, 8em {requeneia regular de taes institutos.
maior dispend,o para o professor. S'e TeTemos dest'arte aberto mais uma
pudesse eBe installar ·com · 'a sua es-
valvula contra a avalanche cada dia
co.Ia · recrescente dos ,qu:e, de~e!!lcorajadQs
lOs em,baraços fina1l'ce·iros sOlbrevln· para a conco-rren-eia da vida, se atiram
dos im;p ediram qu·e 'esse prOl,jecto tos· á caça do emprego pulbUc6 .. miude
:!e então discutido; e receio m'nito qu.e in-eerta, sempre extenuante ...
i-denticas razões determioom ainda o Em referenda ao ensino secu-ndario

seu adiamento para :quadra mais ,foI· e superior, não é temerario· afftrmar
gada. q we estamos Rpoparel,hados para as
,
lA boa. semente aJhi bcou. entretan· exigenclas actuae. do nosso Estado; o
to; e penso que si a situa~ão vies· qual d..we registar no seu acUvo.
!Ia a müjdUicar-se sensivelmente.a nos'" como valioso seTV.iço prestado á cau-
so f'avor . I não ser;a desacertado. sa da instruc-ção no · Brasil. a resisten-


neste caso , iJlidar, com vagar e pru- Cla estrJ<ltamente legal. mas Infleooi-
dencia. a execução desse plano. que vel, que soube oppor, d-entro do seu
teria a vanta!glem im'm ediata, de ines" ter~tdrto, ·e<>m a'piplausos p"'rael;. á
tim",,,el valor pedagogico, de estabi- invasão dos abusos decol'r·entes da
lizar ' o mestre na escola rural e pro· chamada 'ILei Organica", hoje feiiz-

496 -

mente revoga,da e s.u'bsti.tuida po,' ou- . Ca,npos S"" °


- n s lt1 " lliJO
(<-.t;";,;:, . $ü:-; ';ür. ç el-
tra, mais sáJbia e mais cO'U'form'e com tos, que peço venia para reproduzir .
as nossas tendencia.se com os nossos com , a convicçã o d e quem en t.e'li'(/ e


* •
As questões e os serviços attinentes
li hygien.~ pu,b:lica devem continuar a
ser tratados com esmerada solieitude; cabe, pois que a sua G.,cção não ,"e ma-
afim de 'Que paÍlZ de i·mm i.graçâo I nifesta slnão Quando provocada; a po-
q'ue somos não nos aTrooeemos d ·e derosa iilifluencia moral, qu e pussu e.
arrerecer franca e sadia hospitalidade é a resultante da propria ' maj.,stade
aos extrangeiros, que nos queiram da lei , .que ~LI'e applici:\ ao influxo ex-
trazer o precioso concurso de sua I clusivo dos s'entimentos de .
j!lst1<:a.
llictiv'dade. Assim compre:hend·e.ndo fi indole d~ste
Um Co-di'go de Hy,gie'ne Rural, 01'- pod·er. não h'e sito em ' dizer que o seu
ganiz",d,o' de accordo <lom as municipa- p a;p'eL no jogO da.s funcçôe-s CG llStitu-
lidades e c(}m prescripções sanitarias ciona-es. se caractt:;r"iza essel1cia.tmen te
reduzidas ao minimo possivel, pode- pelo afastamento do t·erren o. em flue
r·ia, sem 2"ra'V'amp. para o Iavl'aQor, au' se pleiteam os i.nter·esses dos partid os.
xiliar ellfi<:ient"men~e a administro -- E ' lon.ge dahi, ampara:ldo I) direito
ção estad'ual na defesa contra um sob a égi-de de uma conscien"Cia, .sem-
gra'nde numerü de mo.lestias, ta Q~ p)',e serena , selupre ill:COnu'ptivel·, e
como o paludismo, a ankylo&!:(}mIQse assegurando, pe la · pureza imol.:!Ci..i.l ad a
e o trachoma, que de pr6'ferencia do julgamento, a EHec tivi--o!ad e das ga-
assolam as nossas r egiões agraria.s I rant}as soeiaes,q'ue lhe cabe l'nlStar '
e dô"imam os SEl'IlS 'h·a :bitahtes· benefieo concurso e salutar I!o llabora-
O problema da lepra, e d.o· typhiJ já ção na esp,h'era gove rnat.i.va . "
tem preoc:cupa,do os governos anter!o Ess-e é, 'na v,erdade, o c()u.curso que
res; e af1gura~se-me arrisca'do 'contem- eu desejo; essa é a colla,boração que
porizar ind"finidam..n-til na campanha eu p-e ço. E.". para que uma e· outro lTle.
~

intellig~nte e · systematica contra tão não faltem, empregarei sem.pl'-e a ma.iS.


graves e morUferas ell'fermldad·es. escrupulosa seriede-de no provimento
Ao d~ma·is, a organização do ·nosso dos cargos da magistratura .
serviço sani:tario, refor·mada recente· .Pois, só as·sim é qu e eUa não des·
ment's ainda, vai p.roàúZIndo- saluta- mBrecerá da l'e&peitosa estima. e m
res etfeitos, que é de presnmlr se ac- que é t ida. pelos '10880S C(}n-ci-dauãos;
centuem cada vez mais, na 'm anuten- só assim é que juizes e tri"hunaes con-
ção dos cl-.e.ditos de sal'wbrl-dade, d" ti-nuarão a s e r acatados e admirados
que iustamente goza °
nosso Estado.
.
p·ela inteireza ,de seu caracter. pa!"

* moralidade dé seu proceder e. s()bre·
* • tudo, pela recti'dã" de · suas ssnt.en-
Não s'e faz preciso enCarecer a no ' ças.
bre ·9 elev-adissima missão, que ao Só assim tam!beln é que es tas pode-
P·oder J .udidario attribue () systema rão inspirar confiança a q·uantos te-
pol1tieo a que . obedecem as nossas llJham de invo.cal-as•
para r econhf'' !c i-
Institui~s. m-ento ou protec-ção d e seus direitos.

Definiu-a magnificamente o dr. Só assim é que o bra,c:o e o.. lJapita!
,- ..
497
-

d e que tanto precisamos rav-elu1:ente sugg-estivo, do "jUl'a.nlen_


I)a.ra . f.J SUl'to de nossas. l'i.quezas, a'C · to da bandeira", por uma gaLharda.

correráo para nós. sem hesitações e pIeiadoe de jovens. proeeden.tes de loca_
"em 30bresa!tos, Ctn'tos de. em qual, lidad'es e classes dive·rsalS € aggregados
I(o.er emer,gencia, encontrar em .u.os· I todos á AssoCiação Brasileira d.tl Es-
::.:as lei"s p'osttivamente asseguradas cot-eiros.
pela acção honesta. pro;m.pta e barata E' um novo e brioso voluntariado.
,Ia ju d ícatlll'a local a in'd,,,fectlve! que assÍ'm- &e tnaugu:ra e ·se forma, na
ga,ranti ?/ de seu tra'balho e de seus lu· e·scola da sobriedade. dOd·eyer € do
eras. patriotiSimo, Contfrat:ernisados com a

.,.'"
".
" I no.ssa m!'llcla. marchando flanco a f1au-
• r co com eUa, -com -o m-esmo d·esgarr,e e
!Sãtt 6ssigna.ladog os benefi.cios pres- ! a m·ooma precisão, deSllra;}dando a m'eS~
tados &., ord'em e á segura'nça p·ublicas ma bandeira e ao sl>m do lneSlliO hy -
1.16'la jl1 l:'itH.uição da poliCia de carreira . m.n o) esses vaLentes moças. que as-
,
,LLh.,ia 1' ór eompleto ás ligações pe"' I -SIm se preparam para o -serV'iço da pa-
I
,
soaes ~ a.os 1.11 teresses partidariDS das trla. são bem dignos d{) apoio ·e do es-
!acalidaó es, ond·e t-em de ex-er.cer a timu10 qu·e. nesta s,iofil!>les ffi'9'Ilção. l'hes
"ua jurisdieçào .
I quero '8 devo adiantar,
Por isso me-s,mo é qu,e, essa institul- :
I
ção, j-b. agora definit'ivam-ente in corpo- I
1
••
{'a·da. a·o;!> nossos costum·es, dev;e ser .cui-
IAssu-m pto de capital importancia,
dada . .~ Oln1- e'Slp'e'cial ·ca;riu-ho, a.fim de
que deve sOlbreleval' a quaesquer OU~
que nã.ú minta aos s'e:us intuitos e ne,m
d 9Caia d·~ sua autorÍ"dad~_
l
tras preoccupações éo que se refere
Seria igual-me.nt'e inju'Sto desconhe c:er ,
i ás finanças d0 Estado.
os J)r-e<.: j o so~ s-e~v iços. que a organisa- I Não é licito, C{)lm efif.ffito, diMarçar
çãt> e e. disCiplina de nOSSa brUhante as d'ifficuldades do momento 'qUê atra-
Força. PoHcia-l d-ev-em á Mi$São Fran- vessanlOs e cujas causas se pr.end'em a
ceza qu,= prOlfici e'ntemente a instruIu. factores e a aeontS'C~m·.entos d-e ordem
g.eral, sU'periore,s ás m·ais atiladas 1)1'e-
Recolhidos agüra, em consequencia
-.
·vuwes_
da guerra. os illustres oifficiae,s. que a - ,
co·mpu·r;:ham, ne-fi :por isso 980 p.er-- 'o u} timD relatorio da :Secretaria ·da
'de-ra·m, antes, foram conservados e des - I Faz.e·nd.a e o llucido 1n'elll'Oria!, que o
envolvid-os com exito notave.}, os en'Sl- honra.do gestor desse departamento
nam,ento~ d-es·sa magn'ifiica aoprendiza- apr·esentou ha. I>em poucos dias
g'em f i Hüa.l', ao sr, pr.esi-d'ente do Estado) assiigna.~
Attt'S-tam-no COm i rrecU!.save:! '8010- Iam. co-m ,}ouvav:el fra-uquoeza. a insu1-
qu'enci-a, Oi'- constantes -exõerci-ci-os, os fi.ci,encia da noS4Soa rec·e·i ta para as des-
garbOl..<:;us des·filJes e as irrepr-ehellsiveis pesas da adm;ntstração; originando-s'e
manobras, a que todos temos aooistido dahi o udeficit" orç3JID:entario, V'BrlfilCa-
com ftp·plau,so e enthu,sia-s-mo, tão l'egi;" do 'e'm 'axerc'icios conse.cutirvos e torna-
ti'mos ô-t nossa parte, quão honr·o-sos do inevitav'''l pc,l as necessidad€s per-
para a t r opa e para os seus es·forçados manentes ou p;Or exig'encias i'ro·p eriosas
comm2.ndantes e oHidaes, cio serviço ·publico,

. Ainda agora, a )'u zida parada de 16 Na im.p()SsibilWade evid9'Ilte de Ca-



de Nov e mbro p'l'oporci{)nou á população zel-o d esap parecer d,e chofre. por melo
desta. '" a,pita.} o esp'octaculo, para eBa I d·e um equiva'lent,e acc"eSICime> de re·n-
i n ed!t 0 f.' ;para O Bra-sil inte-iro admi- I das, a pr;-m !eha indicação que _OC-
... ...... ....•.._....._-- ._._.- -- - - .... _----

• •

corre. por s-e u eff'eico rapido. e .seguro.inte-iro', n06 tiv-esse sid :J 'IE~dacla a
• •

é o cort... systemaUco nos dis~ndios. eabida do .DQ<ESO · principal 9 rod u-cto .


.
qu~ hão de ser reduzidos ao mJnimo qu's- é taJm,bem o melhor co ntri-buinte
pO'ssiv'eI ,e aJpplicados exclusivament*Õ do UQS:so -e.rario.
aos serviços indispeusav-eis e ás obras 1 ·Im:p.edi.do que fosse o embar(1l18 de
de caracter absolutamente inadiavel. calfé, ()o Thesouro, para logo dessangrB-
Economlsar a todo custo - eis, poi!;, dn. difrficilm ente conseguir.ia Os recur-
na ordem financeira. o ,primeiro d'ever, sos precisos para, co·m. a \!ostumada
que m,e im'p on-ho a Im im mesmo e- que pontualidade, pa'gar os seus debitos ~
será tambem um pacto de honra . para . prover ás ne cesslidades urdi·naria.s d'R
.

Os meus auxiliares de gOlVerno, ·v ida administra tiva.


Da clarivldencia e do patriotismo do I
I
Um regi,meu triblttal'io a.::i·i-;·jm ti:l.Jhn
I
Congresso Legislati:vo espero, para es- e instavel -d·esl(}ri:en-ta e (rusta a. ~ 00-
se desi4eratum.. a co-o.peração impres- ti,mativas orça men-taria.g fnai::;· 'Sensa-
cindivel e que bem pooeria e'"Prlmir- tas. ao .m'8'smo passo que E'I1vülve uma
se na f.ormula 'pre:::onisada, em dias ca- ameaça per-m allerute ao d'6:::e uvü lviml'e'D-
lamitosos pa.ra li Republica, por um de to pleno e trallquiIl0 da ilc-çàü gOl/er-
seus m'ais preclaros estadLstas: l ' não n8JmentaL
tom-ar a inicia1iva doe uma só d~st:e sa Convém estudar e llt'-(}I\love r a r e··
a.diavaI e votar todas as economias P08_ I br.ebases mais soUdas.
forana d·esse regimen, as-sentando-o
sivei<s".
A simplificação -
dos nossos R!Jpare- , I
Na distr.:b u:ição equitativa dQ.s im-
lhos administrativos, se/m prejuizo de I postos, -conduzida de forma a faz e l-o~
I
sua efif,iciencia nOI,mal: a severa arre~ incidir s obre tod·as as cla.~:::.e ;;; 'sociae~
""'dação dos dinh",jros publlcos e :) seu e oohr~ todos os ramo!; d.e, ac,tiyj-dad.-e
-m .eticuloso. 'empreg.o; e a inflexivel ~l- lucrativa, e destinada, parallelamen't.e.
I
mitação -dos gastos ás l'es.pectiya..:; .J.a- I a aHiviar a POUCO '2, pou·co a lavout"3_
taç.ões orçam.en.tarias, r,epresentallD. DU- I dos pesados encargos, com que vem ar-.
tras tantas medidas co-m pl,ementares,
d" ineontestavel akat>Ce para a desejac
I
cando; na pe!ducção gradual das taxa '~
e direitos, qu-e entorpecem ou tolh em
da minoração dos eneal'·g os do The- o llivre desenvolvi.mento da producção
SQuro. agrkora :e indu-stri::l1. -- consu-bstan -
I
cia-m -s<f} pi1:ovideneias m,ui,to d e reCOOll -
Para -o desempenbo de taes encar-
gos. .{) Estado conta, Iprinci,pal-mente, I
mendar á meditada de1i.beração dos po-
doeres cOJnp.etent-es.
com o -'imposto d.e ·exportação do café.
Os tran·s es e pel~igo 5 . ll o.r que a.e::!-
De sod" que, qualqu'er crise ou abalo
'b amos de passar e que nào estão de
n-o voJuJne da colh·eita. no preço da
todo c-oujUl'ooo's>, deve'lU g-e n ·ü'-no.s dto
mercadori,a, nos rs-eus -meios de trans-
I prov·eitosa bição pWl'a, de unta vez pa-
porte ou nos s-eus m-el"cados COll:8,Umj-
dores, -colloca hn,mediatamente o The- I
ra sempre, collocarmos o noss..:. Est.a. ..
I do em s'Ítuação ind'ependent'é e fol~gada.
so uro em posição p r-ecaria e emhara~
çosa .p ar"a -h on:rar seus com-p r.omissos e
para atteniler su-a~ neces·s idade!;
I
que lhe p:ermlit1a d'(}minar ' a .contingen -
·cia ",ex·atoria do .ae.scl'edito. qu<:- r e-
dundaria na s ua "}lI'oplt'ia rnina.
usuaes.
I * •

Ai'nda agora esti-veom·os a' piqu,e de '" 'lo


.
males in-caLéuh~.vei..s, se em cons'e- Rep.resentante da Nação . ·em 1906 .
• •
quencia da conflagração ~\lropéa, que ass~rn m·e -exprnUla eu. na C'u:mara Fe• .
tão fU'ndaluente repe-r -cutiu no mundo I
d-era'l:
,

,"Do Brasil pód'ei-se,ia ' fazer com I artigo.s, como es,p·ecia:l'mIEHlte pa.ra nos.
..~erto a'lU'iIlo que, da sua patria, di-s- ,! tOTna·r ·m os -e-xpOl~tadore-s d-eNles .
se u,m e'S'oriptor contre-m,pora'll!eo: " ,0 0- ,, A fOTtuna publica e privada não ,')0-
mos natural'm:ente rioos, mas 'e conomi. ! doem continuar a..poiadas num 5Ó pro-o
1
!
camenJte pobres", dueto. p-or m ais TemulNH'·ador qiJ'e e-tle·
'N ão nos faltann, de fact.o, variadas e ,
; s-eja. A vari.edade da producção forra
opulentas, condições 'de prospe.ridade e ,
. o gover-no -e os particu-I'ares a apertu-
ras ,e aos prejuizos dBcorr.e-nte.i; doe. os>-
de progresso; mas estas condições na ·
cilllações de p~eço, d'e pheno<meonos na-
turaes, sem a fecundação do tra,balho,
tUl'aes e de outros a'ContecimentcR for-
sem as ~x pl()oraçõe s da indust.ria, sãú .
) tu;iio.s , os quaes, por v ia -d-e- regr a, a.f-
valores hibernados i-nertes e im- I
f'ectam so:m,ente, ou d e pre·{-Bl'lEmc i.a .. cer-
produiCtivO·S. Precisa;m,os movimentaI-os,
tos e dete·r minados g eneros.
acUval-os, infundir-11hes o alento qu e
A industria p-a;s.tol'il, cujo incre·m-en-
lhe.s falta 11.
to se a-coentua ani-ma.dorame·u:te na
Ahi e"tácomo a solução do proble- oriaçã.o de gado, no fahrico u-e .[aetici-
ma f.inan.ceir:o(). se entrouca e se conju- nios e na ·ex·portação d e carn~s refri-
ga com a do probl1ema eC-OIlomtco. gerad'"", e cong,eladas, promette consti-
I
tuir, dentro em breve· jl111'portante -p ar-
Não basta di,miuu'ir despesas; faz- se I
mister ainda ad-duzir e avolumar as I ceM·a de nossa bRllanca i.nt-e-rna.ciona l.
fontes d'e receita. As nossas -espolendi<lalS lll·v ernada'S,

Ur,ge produzir, portanto, i


I limitro:p'oos dOI> grandes Estados cria-
I d,ores; a nog·s a cl-esenvol-V'ida vía:çã,o
,PiJfd<luzir ,paro eXlp.o·r t·3r; ex.p.[llltar i ferrea e de roda.gem e o estab'&le.cimen-
para enri,quecer indivi'dual e collecti- 'j to de florescentes Paeki.ng-Houses
vamente, i, a-pontam naturalm·ente a nossa. terra
A .condu.cta ener,gi-ca e pertinaz d·o ! para centro de . engorda e de exporta:-·
gover-no, nestoe paTticu.lar. deve tender ! ção d e gado bovino, em demanda tios
a :anilmar e fOllilentar, p,o-r todas as mercados de co nsurmo: aS-61m como (I
formas e com tod'as a& {or\ias, a ca- nosso apparel'hameflto zooteobnico, 'em
paei-dade IProductora do Estado, P{)r- plena e crescente prOSl}er ilJiQ{ie, a ha-
q'u-e, no aUglm,eDJto progressf.,\"o -de no'S- bilita, desde já, para a I!onveniente·
sa riqueza exportaval,. é que re:pousa l'egenera;ção do ,gado in-digena, pela
a baoo.-tmai-s segura :para a me.lhoria de
nossas finanças e para o l'eostabel~i­
I fixação do typO de puro sangue crio.u-
lo, co.m o.s requisito.s de I.a.lbo s d.
menta definitivo do equilibrio orça- peso, que ora lhe e-t~casselMn_
m-en tari() . As industria,s. fabris e manu.f actoras
Ao lado das plantações' de oaflé, que já contribuem com uma .cop·iosft varie-
se estendem, exuberantes e grand io - drude d'6 arte factos e de m-ereadorias
.OIS, aos nOflios ol'har'es d'oolumbrados, I para as ne-c'ESsidade-s' regi.onaes e d&
como 211!fi.rmação- incoDcussa da inicia - outl'OO Estado,s ;", fac tores irmpCH'-
tiva e -da ten..cidade do lavrador pau- tantes. que são) de noSGa riqueza ..
lista, ao mesmo tempo que representam fa.z·e'm jus ao amtParo e á d·esvelada a·s-
a 'JDJ<lllhor porção do patrimonio naeio- sistencia do governo, que deve esten-
naI; devemoo tratar oom afinco de ou- del-o.s igual'lIl~nte ao .JaborioSô e pros-
tras cu~turas de consumo, tllliversal, pero eommercio do ESfado., afim ,de
mes como céreaes, frutas, cauna de as- qu!> lhe não fa'lleç"'ro estímuLos ,para
woor. fum() e al'gQdão, não só para o eH!caz deS'effiJP'8nho. de s",u 9apel eco_
nos liberta l'!llOS -da. j;!TI'portação deR'S~ no.mleo na circulaçã{) dos [>rrnluctoa,
- ,

500 -

D Gntrt a~ provid-encias su hs.ld'iarias ! {}ar·a a mutuaHd3Jde, que ta·n tos be'ne-


1)ara o dB~~llvolvimento da ~produ.cçã.o ' fi cios tem ,proporciona:doem toda par-
ag·)'Í·cora e industria.l\. destaca. . . SB. 3m l<l, ·M b a tril'li<>e .forma de cooperativas
j)rim-eir-a -l Ilan·a, a que vj~ a a abun'dan- d'e pr·od u'Cçãn, de eoneu·m.o e d.e cre-
.da e a ba..ra teza de braç(}s. dito.

<Estes deixam -se attra.hir, precip:ua- Surgiranl dest'ar.t'&, ·nas •
pr'lncl'paes
·mente. pelas fa.cilidades • que o Estado loca,',! dades do interior, os Bancos d<l
·dIfeor.eça ã collocação doo imm'gran.tes; Custeio RUTa.I; e, entrando <lUes a o.v e-
pelO()

ag""'a lho e pNltecção qU'e lhes rar d'esde .l<lgo com acooitaçã.o gera] "
disp,e nse; pel·a boa rem un.eTação de a acudlr ás mats 'p r:em.ent'8IS necessida-
.
!fflU trabalho e peIa effectiva garantia d,es pecul1iar~a-s dos lavradõQr'es. deralID-

de seus direitos. Nem 'p ara outros fjns Il<lS a t odos a impr&ssão de ter sido afi-
cria:moo
. .
e. conser-v amo.s O Patronat.o nalenoContrada a 'fol'mula deti·n itiva
Agricola, C) Departamento do Trabalho para a .pratica d·o credito agricora <ln-
.e a. Dil'€lCto.l'ia d,e Terras e Colonisação, tre nós'.
'C'ujos 'Slel'vjço~ e attrtbuiçõ8S conv€'m ' Aoontecilrruentos posteriorelS, cuj-a re.s_
aperf·"içoar e arnd).J'a·r . pOlllSabHidade não nos cabe apu.rar nes-
A multiplicação e a .rna:i'Dr cormmo· te :m,.o;m lento, acarretaram a ruina !pre-
di'dad·" das via,s de tranosporLe terre·stre. matura desses ·esta-heleci.mentos, que,
thlvia] e !mardthno, ,e· a l~edu,cção dos wm o v·estig·i.as d'e s,ua fugaz exist<mcia.
frele s. das taxas de ;p<>,r tos e das taTi- . d:eixarrum. apena's am·a rgas d'ecepções e
fas a1ià·rrdegaria.s,proanovidas a seu I avultados preitrizos.
bellllPo pélos ·meios regulat'es, ra-ciol'ita- ! E' de d'esejar, .e n;tretanto, que
riam o escoamento dos d·iv·ersos produ- \ con'hecida·s agora as falha,s, da o.rgani-
etos ou b-arateal"I3Jln o se.u custo, acar- j saçã.o en·saiada e as causas de s·eu mal~
r-eand:o. como resu;ltados immediat-os, a logro. uma .o utra a venha substituir,
abertura. de novos ;mercados de cansu- dentro em bl'~ve. co.m ~ necess·a rios
ro·o, a rn..e1:hol' remuneração dos produ- ele<mentos d" vlabiJi.dade e d'e reslsten-
ctores. e o cons\8'qu,ente redobramento
cia. .
de sua activid8>de. .
'Para tanto ná<> lihe havia de !altar
A eW<\ m'e<;im<> Q.bjoecti V<l d<lve con- ' I
a pr'o tecção ",ffi'd,ü; " de bom grado
-
ven<ir o acauool-ado, mas i'mip'DElGcindi-
'y.a l, 'fornecirmento de capUa:e;s, :m:eo.ian-
deveria ella abranger tambem o ins-
tituto de cr<ldito hy.pothe<oario ora exis-
te juros ofiodicos, aos agrIeultores e a·os
tente. se - desdo,brando o s,eu capital
iiidustriaes do ,Estooo. para eusteamen-
e fundando a·gencias ou -SUCCUfsa'8JS em
to d·e 'S'ua-s lavouras e de suas ex-pll() ...
todos 0$ centros agricolas do Estado -
J'Ial<iÕe5 .
• fosse eUe proprio levar ás classes pro-
E' UD13,. questão d·e ·l"el'eva'nte inter€s-
ductoras o conf-o,rto p-ecuniario. que ga-
se i)aTa o gove·r no, 'pois dell'a d'epende
rante a sua tranqutnidad" " favorece
à ' estabiUd",de da vid". doo productores. .
a sua eX!pansao. -
q·n er acobertando-os de &obresaltos que
Lb'es ' am.o,rt!81eerrn a energia, qll~r d·efen- A ess·e meSlno ' instituto ou a outro
d<enldlo-os contra a U'sura, que ou d'epre- cong-em·er·e· in,cu'rnlb:i-ri a, oCOOl'com itan te~
cia os prO'd u cto,s ou 3Jbsorve os 1ueros mente, dotar os ',nos's os mercados ex~
neU"" apu rad O'S. portad.or-es COm recul'6'()s mo·n etarios.
A •iuieiat'iva part>cwlar, que é in-

que lhes permHti.ssern.
.
em moment"
qu'estionavelm.entle um dos mais he!l<ls d",d'O. resistir vIctodosam.ente ás mano-
traç.as do 'cara.cter pauli.~,ta:: aventurou- bras dos es'peculadores, gra,duando a
se a resolver o problema. appellando oUerta , dos prooUoct03 no sentido de
-501

,-:tlstenta~'-lhes
um pr'eço equitativam'en- . la sem tibieza es'em tergiv-ersações.
jp comp'&lllsado.r. Pürquauto é credo.r da maxímo. acata-
A criação d,e caixas econo.m'icas ru- m.entoe. da mais decidida apaio. a c<>m-
r:l0cl, qu-e recolhaJm: as pequenas r.eSeT- patriota iUustre, que em meio aos
ViL'K do .interio,r, sob a condição o-briga- estorvo.s e ás agitações da horapre-
·toria de devolve l-as immediatam<,mte á "",nte - vae dirigindo (}'S d·e'SUnos da
C'Íl~culação~ nos p.rOip'l'!ios oe'ntros, onde Reprlb'Uca, com prudencia, rectidão e
tfmha:m, de op,erar. impartará em fa- hanestidrude inexcediveis.
;. cultar ~~ l'avoura '6 á indUlstria, s-em
; ma.ior úll'us para o Thesouro, um d,epo-
-

aito s'Ubsid'iario de capitaes, de facil *' *
c p-rompto aoces-so. Tal é. meus s'Mlho.r,€/3, em traço.s ge-
Com a pratica desta~ medidas e d,e ra,eg. -o m'eu progra.mma d·e gOV'lerno:
·•.
• outrals a'C'cessol~iaB, QU:8 as 'oonvenien_ taes os propositós COIID que me apre-
:-:
cias d·a admini-st'ração fo.remsuggerin.- s,enta ao.s comicio.s' de I." de Março.
· .-,

do; co.m a liquidação .final dos negocio.s vindouro.


vro.venie<Iltes da val'ortsação. do café e Ao. eleito.rllJda de minha terra com-
com o valiosa " indispensavel âuxilia pete ago.ra decitlir. 'em ultima instan-
dos autr,as :po.deres esta:dua€lS; é certa cia, por 'g.eu voto ind'epéndente e -livre,
que a no.s'sa situação. econamica e fi- se as minhas idéas, diante cte1'leClá.-.
naIi..ceira ra;pida.mlente .se .consolidará, e ramente expostas. m'erec-ern ou não - a; I;
que ano.sso Estado. paderá proseguir, slua s-oberana a.pprovação.
B'l'IID tro.p€l)as, na rata pragressiva de Ellas -não encerra.m, como vêdês, se-"
sJeu incessante engrand.ecilID-ento. <tlL~tqr3JS pmm'e$as ·e o,em' "ipantam

,Par3.( tão élre~ado ·escopo não nos deslumbrantes miragens.; antes. lem-
fa.ltará, sem duvida, a d'E>vo.tado. e pa_ bram a ne.coes-sidade ."6 eneaf\ecem o ,de-
trioUco concurso dI{) lPOYO pauUg,ta, que ver inelu'ctav·el ·d'e "esforço e de sacri-
jamais, d<lixo.u de amparar e de presti- fi'cio.. de trabalho. e de ecanamia, em
giar Ü'S go~ernot1 e as i'nstituições, que pra.! d<> nasso. Estad()e de sua prospe-
gabem aS"égurar a paz imperturbada de ridad'e.
sua ·exi.stencia .laboriosa. a posse inte·- Mas, se apesar disso o resultado dos
gral de s"'us d>reitas e d'e "uas gal'an- eseruUnios m'a fôr fav.orav.el; s.e as ur-
tias :constitucionaes. nas canfirmarem a e"calha daCan-
vençãa de 7 de N ove:m bro, po.deis
Cansc1o. de -suas grandes r.espo.nsabi-
ficar certos de qll'e na firmeza de mi-
Udades pérantE> a ca'mmunhão nacianal,
nha consciencia e ·nos brios do meu
a n{)ssa Esta:do tudo fará par manter
caracter hei de encontrar a co.ragem
com a União o. m.ais penfeita aceôrdo.
e a farça 'precisaspal'a levar a bam
d,e v'stas; afim d'e 'lU." guardado sem-
termo. a tarefa que me fôr confiada. -
pre o. I"es,peita devid,o ás respectivas
attribulções, coincidam as esforças. de Affirmo~a ·"m minha hanra. Nunca
to.dos os p-o.der,es pubUC{)s na mesma lhe' faltei e, mer,cê de Deus, canto. não.
.
franca e leal ooUab.oração, para o ale_ lhe faltar jamais ...
vantado. intuito de tornar o., Bras-H ca- A s. exc. a sr. presidente da Estado.
da V'ez :maiar na grandeza de seus Es- d,evo as minhas ultimas palavr·as, neste
tados, cada vez mais farte na unidade so.!.enne canviviopalitico.
indisso.luv.el
. da Federação.. Aproxim~-se o. dia. em qu'e ex-
Esta .. tem sido., aliá", a tradição. cons- pirada .o seu manldato. deverá o. sr.
tante dapolitica paulista; e haje, co.m can ..elh·eira Radrigues Alves deixar "
do.brada razão., d·evemos praseguir nel- gov'ernQ a que, em, co-njunctura m,eHn-
. . ,
502
.
o


drosa. foi chamado pelas reiterada s papel preeminente de S. Paulo na ori·
instancias d", seus conterraneol!. Il'em e na evotução da nacioDalidad~
Vae eUe -descer asescMias do po- bra.-si,Ieirà; e que I'h ., ae<>n-a, agora e
der; mas. · numa singular inversão das para o futuro. á continuidade gloriosa
leis naturaes. €'ll-o ,que ·sobe. e cresce de.sse fecundo ministerio de paz , de
3$censionalm1ente, no cOll'ceito da Na- progresso e d·e dvi'llJsação peTa P a-

ção, qu'e s e ant-0Jclpa ao juizo iudefecti- tria e ,pela RJePu'blica.
vel da posteridade, 'para proclamaI-o, iEm honra do Estado de S. Paul " .
d.esde já. um dos seus mais preclaros levantemos as noss!l;S t-açalS, e ·brind'·, ,.

l>em.feitores ... mos ao seu grande presidente,
Tntellig·encia ""m neVQas: honradez s·r. -conseJ'heiro ROdrigu·es "Alves". "
tI,e:m macula; operl{}sldad~ ..sem treguas;
patriotismo sem desalentos; lealdade
que não conhece embustes n'e m toler~ •• •
cavill"çoe,.; animo inquebrantavel e
ser·e no, qne não se deixa conturbar .peI·a Emllos·s ado no alto cargo <I", presi- .·,
JisQnja, nem v·encer pela injustiça, - dente do ·Estado de S. Paulo. ' presi-°
s. exa.. bem póde or.gulhar-<3e j ·e ser den w Alti-no Ar·ant"s d.Jrigiu_9El aO
o maLs lidtmo 'expoente da d~gnidade e Ocng·r.esso Legislati-vo pela prÍllIl.e!ra
do ·civi·s mo do Estado deR Paulo. vez em 14 de Jwl'h o de 1916, dan.d o
Deste, asseverou s. exa.. uma vez· conta da situação d·os negociaS. publi,
que "a d'espeito das dHfjculliades que cos <Ilauli'

s las nos .segu·intes termos:
ass·edirum os Po.v'Üs, . .;..... trabalha, r.esis- I, .
-S enhores -m lsmbros do Congresso Lc ..
te e confia ti •
gislativo:
,'<esLa o;.ynth""", varonil- vj'bra um~. I
voz de cum,m ando; p·eT,pa·ssa u-m sopro
ele energia; canta um hymno de vict{~
I Ao com~arecer pela prim-e!r-a vez p".
rente vós, no desempenho do encarJ;o

na. que me 'conter,e o art. 38, pa·ragrapho
Seja ella, meus senhores, o lemma , 7." da Constituioção do Estado. p"'rmil-
do futuro quatri.ennio. i ti que ,me aproveite d·esta feliz oppor . .
Trabalhar"i, .pO'is, trabauharei SeJIIl. tunida"de, para reiterar e confirmar 1·---.,

y descanso; trabalharei esforçadam",nte como pr€'Slidente do EGtado, 00


!
pel'ol>em-estar e pelo ·engrandecimento i sitos d,e gov,erno . com ' que - candidato '·' ,.
de nossa adora,da terra paulJ.sta. · do Partido Repnblicano solicit-ei'lo' ..
Resi'rurel ·a todos os em b·a tes e a merecI ossuffragios do povo paulista, .
todas M contrariedades que, com cer- I do qual.soi·s legitimos representantes .
X. teza, abrolharão no meu caminho. Re - . Essa communidade de origem
slstirei ás" ambiçõe.s de mando, que ge- os poderes de que vós e eu
r,!!l'10 arbitrio e conduZ>8m á prepoten- investidos, affirma a identidad·?
c'Ía; e ' re~istiréi \ta-mbem ás· demasias nossas aspirações e prenuncia o
• •
llartidàrias, .que compromettem o de- so completo accôrdo de vistas e de
coro e a i'n -dependencia da autoridade. ção, na defesa intransigente dos dil"o
.
·Confiarei
· . ·oom reserva,s' ,na alUve.: tos do Estado, na promoção
e n-a integrildade do;, paulistas, na sua de seus interesses, na obra
força e na sua vita,lidade. Confiarei, de seu progresso e de seu
. aicima d~ tudo, nesse maravilhoso es- mento.
i>irlto de 'iniciativa
... e. de ordem. de ell- A posição de incontestavel
thusiasmo >e de pemeverança, de tr-a- que, no quadro da Federação Braa!1,,1 .. ...

balhoe <I";.' patJ,"ioti'Smo, que norteou o ra, occupa o Estado de S. Paulo;
' . .. ' , .. ': .. , .
... :. ....' .. .. .. . . ..
,-"> _.,
.
. .'
.. . .. ..
' . .
. -, . '. .'
'"
. . '"
503

lIu as tradições democraticas; programma de acçãó administra.-


as suas Ao
","ponsabilldades no regimen, de cuja tiva, que sobre tal assumpto tive en-
I,ropaganda foi factor preeminente e sejo de apresentar, em suas Unhas ge-
,'I)' cuja pratica foi das mais notaveis raes, na grande assembléa poUtica de
" <Ias mais profícuas a sua collabora- 5 de Janeiro proximo findo, nada mais

~ :ao. - ·criam para nós, paulistas, inil- tenho que additar, sinão qUe reVl-
Indiveis deveres, que havemos de cum- gorado agora pela generosa manifes-
pl' Ü' sem vaidades, é certo, mas sem tação de confiança de meus concida-
t;raquezas e sem v3:-cillações. dãos hei de envidar os maiores 65-
O Brasil e a Repu blica atravessam forços, por executar a fórmula. II.U9
"Ina das quadras mais difficeis e to 1'- então tracei e que marcará a directr"
11I entosas de sua vida; .
. e. para conju- predominante . d o .presente quatriennio:
ra r os males de ordem polltica, finan - : economÍ2ar e rroduzir.
(~ ni.ra e economica, que de todas as par- Na concisão deste binomio assenta •.
I es nos assediam, é indispensavel - qU9 ! a meu vêr, a solução racional das dif-
I
, .
'" Estados autonomos formem ao lado I
Uculdades incontestavelmente graudes.
.
da União, como no conhecido lance mas não insuperaveis, do momento his-
!ii:-:; torico de nossa emancipação, "o torico, em que fui chamado a dir.igiJr
feixe mysf.erioso, que nenhuma força os destinos desta import.ante circums-
1I08sa Quebrar~'. cripção.
Só assim é que chegaremos á prati- !
!
A época, disse ' eu então, não CO m-
,." normal e perfeita do regimen fede-
• porta largas iniciativas e nem vastos
.. ati vo, malltellJdo e to·rtalecendo a uni- planos· de acçao governamental ; exi-
,t;c,de nacional, que é o mais seguro
! ge, sim, uma severa vigilancia nas des-
"I emento de nossa grandeza e de uossa pesas publicas e um trabalho metho-
I '·osperi·dade. dico e incessante, no sentido de des-
A este elevado objectivo obedecem. envolver as nossas riquezas naturaes.
-- ;':t-! m duvida, o franco apoio e a leal
Foi o que prometti e é Q q.ue conto
co Uaboração que vimos prestando e poder cumprir, auxiliado por vossa cri-
<:nntinuaremos a prestar ao honrado teriosa e solicita collaboração na e ....
1:". Presidente da Republica, secundan-
.phera legislativa.
do a sua acção e prestigiando a su;;.
O patriotismo e a previdenda dos
""t.oridade na manutenção da ordem
. . ' /lll blica e no regular funccionamento homen's publicos de nossa terra d·o ta-
. . ' -das instituições, que, avisadamente, ram-n'a, afortunadamente, de appare·
., II.doptamos e dentro das quaes estamos , lhos de administração, cuja efficiencia
<'onvencidos de poder a Nação Brasi- e cuja elasticidade lhes permittem. I
,,,ira realizar os seus a-Itos destinoa sem refórmas radicaes e sem custosas
('ontinentaes, vivendo na paz e pro- ampliações, ir ac<ympan--han-do o · desdG-
.. ' ., ' ~; /'o dindo na liberdade. bramento gradual dos multiplos servi-
I
Assim definida a nossa norma de ços publicos a seu cargo.
.
t:onducta , enl face da União . e assegu- Por outro lado, as sabias med.idas
,.'... ,'ndas escrupulosamente, .. dentro
, das postas em pratica por meu illustre an-
fronteiras do Estado. todas as garan- t:ecessor, já haviam determinado uma
(ia~ constitucionaes, poderemos, consideravel reducção nos gastos da
.""n sobresaltos, voltar as nossas vis- administração, "não havendo obras no-

I :I.S para os problemas . econOIDlCOS e vas iniciadas e tendo sido adiadas ou
fina.nceiros , que, .prementes,. nos en- sustadas as que o pOdiam seF sem in·
rn:·ntam. .• . conveniente" .
, " .' , .
" "
.' . . " .
" ,';."
,
,"
.'
,
504

Graças a essas 'providencias do Exe- dustl'ia pecuaria está alcançando elltr~


cutiv-o e a outras por egual a-cel' tá:da s. 116s, com "m agnificos resultados para
, ' . .- "' .
que . vós decretastes e que 'vieram me·· '" fortuna publica e pa rticular.
Ihorar a nossa 'receita; a ' situação ' fi- Como "'indispensavel complemento "
nanceira\ apresenta·se bastante satisfa·· estas' obsérvaçÕes' preliminares
• l julgo
ctoria e tende francamente para a 'sua de meu ' dev<lr ped!i' a vossa meditada
completa normalização.' attençã:o 'para a mensagem que me 10\
A arrecadação de rendas está-se P)"o)- apresentada pelo sr. conselheiro dr. F .
cessando lisonjeiramente, ao mesmc. de Paula ROdrigues Alves, ao trans ..
tempo que as mais importantes rubri- mittir'-me o governo -do Estado, em ' 1."
cas orçamentarias têm-se conservado d<l Maio' findo. E' um documento no -
dentro dos duodetimos mensaes, po,' tavel, que attestai entre tantos outros,
que foram repartidas nas quatro Secre- (1 ' clarivide'n cia do consagrado estadis..

tarias de Estado; ta que o elaborou e no qual se enca-


Mantida sem t"ransigencia," conlO es- ram com superior descortino e magis-
pero que o seja, essa salutar orienta- , trai seg'urança; os complicados e rele-
ção, ao fim do exerciCio teremos alcan- I
vantes problemas, que ' a nossa actuai
çado o necessario equillbrio eutre " situação' e os acontecimentos da teme,
r~ceita e a despesa publicas, eliminan .. rosa quadra q'ue atravessamos hnpõem
. . '

do-se. assim, o (I deficit" a que necessi- ao estudo e á solução dos poderes pu-
dades extraordinarias, de caracter . Im- I
blicas incumbidos de velar pela exis ..
perioso, nos tem eompellido, .mas que tencia e pelo futuro d<lsta região.
C!1mpre, a todo transe, <lxpungir para I Sob a' mais profunda emoção, trago
sempre de nossos balanços officiaes. : ao vosso conhecimento a morte do
A excelIente posição estatistica que I eminente paulista e benemerito brasi -
o café nossa primordial riqlleza -- I !Edro, GE;neral Francisco Glycerio,
occupa, neste momento, no commereio I occorrida no Rio de Janeiro, a 12 dú
I
mundial, autoriza as mais fundada" i Abril do corrente ann.o. Com elIe, des ..
esperanças <l corrobora a convicção, em appareceu o derradeiro sobrevivente de,
que estão todos os I
interessados, de , heroic"; patrulha:, que entre nós foi o
que a actual safra será . vendida por primeiro nucleo e formou a primeira
preços que
,

talvez mais vantajosa-


! ,

liIiha de combatentes pela Republica ,



mente ainda do que os da anterior ,_ ..
compeIlsem o capital e o trabalho ne~ -
I
Com elIe, perdeu o Estado de São Pau ·
lo um dos seus mais conspicuos filhos
la applicados. .,
e a Patria um. dos seus mais devotados
Merece, a seu turno, especial refe-,
servidores.
reneia a circumstancia ' d<l ter attingi- Propagandista . ' do regimen, ,
ministro
do, em 1915, á avultada . somma d~ do GovernO Provisorio, deputado e
. , "
, , ' . '

5.739:112$000 o valor de ' nossa ex- ,. "lea·d'er'" da' Camara Federal, senador
portação de . carnes frigorificadas,' da Reliubliêa, ninguem o excedeu ' na
quando é certo que,. em 1914, éUa n'á o bondade e na gràndeza da alma, no
excedera de 1: 100$000. A enorme dif- ,
amor accim<lrado pelas Instituições, na
,

ferença entre estas duas cifras ' dir- dedlcaçãoconEitante ' pelos interesses do
ferença que os dados colligidos 'pela São 'PailÚ,.: Por isso mesmo, o luctuoso
repartição competente, até Maioulti-. desenlace ' provocou, aqui e no Brasil
,mo, fazem prever se accentue ttnüto inteiro, Ilnanimes demonstrações de
pesar, as- quaes se ., associou tambem .
,
m·ais· no corrente exerc'icio '" --b asta,
por si só, para bem traduzir o desenc com~' era. de':lndeclinavel justiça, o Go-
volvimento extraordinario que a " ';Io'· ' I verno deste' 'Estado, promovendo fune-,
• ! . .
:'-..;:'''.': '
?{,:.,.. ' •
. .
;:h~"
~
..
"
,'
-,.-
,,
-- 505
",
rOles c01?-dignos do emi.n elite cidadão, sidell te,,, do. Estado, para o quatriennio
(:ujos despojos repousam, por disPoSi.
-
t;ao expressa .d e .sua- vontade
"
de 1916-1920. •
- . ' na cidade Novos ' MlInicipios
,I c Campinas ' seu berço glorioso. Installal'am-se
Centenal"Ío da Independencia Ap- em 11 de Dezembro de 1915 e 15 de
lll"Oximando":'se a data da comme~ora'~
Abril de 1916, os novos municipiOs de
ção , do centenario da ' nossa Indepen- Ipaussil e Platina; creados respectiva-
..
~

, tl encia., tive a. honra de enviar ao sr. mente pelas leis ns , 1. 465 e 1 . 478,
Presidente -da Republica e aos 51;5, de 20 de Setembro e 2 4 de Novembro
Presidente's e Governadores dos Esta- "' do anno proximo passado.
dos o texto da lei n. 1,324, votada pe- O lil unicipio de Santa Adelia , crea-
lo Congresso Legislativo e promulga- do pela lei n. 1,491, de 22 de Março
,la em 31 de Outubro de 1912. Assim de 1916, ainda não foi instaUado.
o fiz, para qUe a commemoração que Ensino Primaria - O ensino pri-
In'ojectamos tenha caracter verdadeira- mario ainda não atÚngiu, no EStado de
mente nacional, cooperando nella to- São Paulo, ao ideal desejado, apezar
das as unidades da Federação, dos esforços e da solicitude das nos-
,

A Secretaria do Interior ja esta es- sas administrações e das gran-des som-


,

I.udando as ~ases da concorrencia pu - mas dispendidas annualmente,


hlica para o monumento, que preten- Ministrado pelos grupos escola'res e
demos erigir no Ypiranga e qU~ per- pelas escolas jsoladas, o ensiuo apro- .
petúe a proclamação da Independencia "eita á grande massa das popUlações
Nacional, de accôrdo com o art. 2' da urbanas , mas não alcança sufficiellte-
referida lei. mente as ruraes.
A Directoria de Obras Publicas foi Este facto se dá em virtude de cau-
encarregada do levantamento da plan- sas diversas. As escolas isoladas são
.
ta de um edificio grandioso, onde pas- commumente mal localizadas e, não
:sa rá: a funccionar o grupo escolar HJo_ sendo possivel submettel-as a uma fis~
~é BanHacia", installado este anno. calização regular e assídua, muitaS'
""
Convém que se não demore a Tefór- funccionatn sem frequencia legal.
ma do Parque do Ypiranga, para o que O professor, nomeado para uma es-
nsta o Governo de posse de um bellis- I cola de bairro, só tem a preoccupaçáo
,

oi mo projecto, traçado pelo architecto- de pree,ncher uma fomna.lildad e regu-


paizagista sr. E. F. Cochet, a que pre- lamentar .para poder ser promovido, o
tende dar execução lentamente, mas mais cedo possivel, para Dutra mai3
de modo a ' estaI' concluido no momen- graduada; e isto elle o faz de modo
to proprio. muito suave) recorrendo a remoções,
O Estado de São Paulo não póde a substituições em grupos, a transfe-
desinteressar-se do assumpto e ha-de rencia de cad~i:r:-as. etc" de sorte que
,., ntp~egar todos os esforços para que algumas ha -regidas l?or t~es e quatro
,
i', commemoração do notavel aconteci-
titulares num mesmo anno. fi
mento se revista de excepcional bri- Os intuitos da lei ficam . burlados,
Ihalltlsmo. porque o professor preenche o tempo
para o seu aecesso, ,mas não faz o es-
"

Eleições Além de varias eleições tagio estabelecido com proveito para


, .
parciaes, realizaram-se, na fórma da o ensino. , ,

le i, a 2 de Fevereiro, as de Depu- Concorrem ainda para essa irregu-


tados e Senadores' estaduaes ' e a 1. 0 lari'dade as diflferenças de vencimen-
,
dp Março a de Presidente e Vice-Prp. , tos e "" difficllldades de serem encon-
... , . ." ... ...'.. .... .,.:.
..

506

trados predios, on~.e. as escolas possam I empreguem todos os meios para l1ào
.e installar com proveito ao ensino e i excitar a tendencia natural na mocida-

á hygiene. de de largar os instrumentos de prn ·
SerIa conveniente que o Congresso , ducção pela vida apparentemente fa··

melhorasse a sorte do professor de cil, mas realmente precaría, do fun c-
bairro, dandQ-Ihe melhores vencimen- cionalismo ou de qualquer genero OI,
tos ou predio para a aula, ao mesmo ociosidade. Que, principalmente, se fa-
tempo que o obrigasse a permanecer ça cr escer, paraJlela com a educaçãü.
um certo tempo na escola para a qual dos Jovens dos dois sexos, a confiança
. ,.
tiver sido nomeado. j nos meios proprios e a conv.icção de
Sob este ponto de v,:~~ta, os municí- que a mais solida felicidade está na
pios muito pÓd'e m fazer no sentido de !ndependencía, que a vida agrícola per-
auxiliar a acção do Governo, As Ca- mitte" .
maras Municipaes de Guaratinguetá e . Por isso, .que um dos ídeaes da edn '
de Jabú acabam de dar um nobilíssimo cação é realizar no individuo, quant.1i
exemplo dessa salutar orientação, au-

torizando

a construcção de casas para I possivel, O classico preceito da . 1 meu:"\
sana in corpore sano", ao Govern(1
escolas raraes; e é de desejar que tão . não deve continuar indifferente o e 5 '
patriotica iniciativa seja imitada pelas pectaculo contristador de ·crianças, etl l
demais Municipalidades. numerO relativamente avultado, que _ ..
Outra medida para a qual solicito a por defeitos congenitos, physicos <)Il
vossa attenção. refere-se á ·modifica- psychicos, on perturbações traMito-
ção dos programmas a observar nesta. rias na sua v'ida -de rei.ação não
classe de escolas. ,
pÓdem, por maIS q.ue se esforcem .
Desconhecendo os beneficios
.
da ins-
acompanhar os , progressos de seus rol -
trucção, luctalldo com aperturas de vi-
legas de .c1asse . Este facto ou perj'lll'-
da que os forçam a exigir trabalho"
os ba a marcna regular dos trabalho s ~ s-
dos filhos, mesmo pequenos, .

·pEles esquivam-se de mandaI-os á esco- ;• colares,• OU . cria para os retardatarios


la,. porqne ali, de accôrdo com o regu- · uma situação vexatoria deante1:10s de - ~.
.
lamento em vigor, teriam elles de per- ,i mais alumnos .
manecer durante longa parte do dia. , Para obviar a ess~s graves contra-
Acredito, por isso, que um program- , tempos pedagogicos, vem de. molde "
ma màis simples e pratico, comportaIl- ,, fundação, a titulo de experiencia em -
I


,.
du um . horario menos· dilatado, reme- 1 bora, ·de duas escolas, nesta Capita I. :,



diariá' esse Inconveniente; maximé si !- !
uma para as creanças anormaes , {' .~
.:" i
6. sua . confecção presidisse o empenJio,
. ,, outroa para as debeis ou atrazadas. .'
·.
::
já por mim e-nca·r ecido, "tie arraigar" !
I Até a presente data, é de 1.414 rJ .,•
.. ,.;.
110 espirito dos pequenos camponezes
numero de escolas isoladas, funccio , ::.:;
tão,, facilmente attrahidos para o . /
!laudo · no Estado. Existindo· um grau ·· .,~,
bulício, pàra o esplendor das cidades ·
• • de numero delias seIU provim·ento, n .:;
,
- a convicção profunda de que é na
·agricultura, no amor e no tl'abalho da Governo está procedendo a uma re" i
terra, sempre pl'odiga nas suas recom- são systematica das mesmas, sou 1 i
. • • ,
que residem O · bem-estar, a . ponto de vista de sua localização e lHO ·
abundancia e a prosperidade
ti,
vavel frequencia; e, emquanto se u:,,,
.
"IQue os uleaders" officiaes ou es- concl1le esse trabalho estatístico, pa r.·
pontaneos da sociedade assim fal", ce-me mate ria adiavel a creação de no
" emerito patriota Dr. Assis Brasil - ! vas escolas isoladas,
-, ,
-., ' " " " .. , ,-'-,--- '-'. -- .. "
.. "
'

- 507 •

li;nsino Pl'ofissional o ensino preenchida eon1 o restabelecin1ento. em


profissional precisa s€r

tratado conl occasião azada, do curso complemen-
maior solicitude. tar de dois annos, como preliminar e
Poss~Iimos apenas tres escolas, que annexo ao normal.
vào produzindo magnificos resultado'); A segunda resulta, a meu vêr, da
e convém muito que o ensino de artes multipliCidade de cadeiras e aulas nos
r~ officíos seja disseminado pela fun- cursos normaes, tanto primarias como
dação opportuna de outros estabeleci- secundarios; multiplicidade essa, que
;' ,

mentos, nos moldes dos que já exis- prejudica o desenvolvimento devido a
t.em e situados, de preferencia, eln · algumas materias - - a lingua verna-
(~entros industriaes. !, cuIa nomeadamente, que por sua
!
importancia e usual applicação d.eman-
Ensino Secundario e Superior - Em
'dari,am con'he'ci.mentos mais solidos e
r.eferencia, ao ensino secunda rio e ~u­ •
andam, no emtanto, relegadas ao plano
perior, pouco temos a fazer, dotado3
commum, na escala dos estudos.
como nos achamos de institutos de me-
Desbastados os programmas de tUd0
recida nomeada, onde se trabalha com ..
';-. ,

quanto possa constituir sobrecarga inu-


afinco e se estuda com proveito.
til ou simplesmente dispensavel cogi-
Com inestimavel vantagem para a
tariamos então da creação da Escola
instrucção, vão sendo grad ualmente
Normal Sup"rior, com séde na Normal
f.;upprimidos os desdobramentos nos
Secundaria desta Capital, e destinada
eursos das escolas normaes e dos gym-
a aperfeiçoar e especializar os estudos
!lasios do Estado. E é preciso que as-
daqueIles que, nos cursos ordinarios,
HÍlll seja.
houvessem demonstrado maiores apti-
As escolas normaes, com sua lota:' i•
• dões educativas.
ção legal, fornecenl, annualmente, o:
A .esse instituto superior para0 '
í;ontingente de professores necessario;~
qual poderiam. talvez, ser aproveita-
J.1ara o. provimento. de nossas escolas.
dos os lentes das cadeiras porventura
Por outro. lado.. a recente refórma fede-
amputadas aos progl'amlnas normae~
ral do ensino facultando. bancas exa-
-- incumbiria. segundo avisadamente
IH inadoras, nos gymnasios officiaes
propõe o Professor UgO Pizzoli, que
equiparados, aos alumnos de quaesquer
bem conhece as necessidades do nosso
'c, ' outros estabelecimentos, tornou
apparelho escolar, a formação didadi-·
~erfeitamente excusada naquelles ins··
ca de profissionaes competentes para
-" , titutos a perniciosa pratica, que só exi-
a orientação geral dos estudos, 8 fis-
gene ias imperiosas de momento coho-
calização das escolas.. primarias, o eu-
11 estavam, de duplicar e até triplicar o
sino de Pedagogia e a dir.ecção daó es-
n umeroregulamentarde alulnnoB nas
colas normaes.
differente~ c1asses.
Ajuizareis, com o vosso habitual cri-
Ensino Normal Reportando-me teria,. da conveniencia e da opportuni-
agora, mais particularmente, ao. ensino dade das medidas que ahi deixo lem-
normal,. ao preparo technico de nossos bradas.
professores, devo• salientar algumas Inspecção Escolar Durante o an-
lacunas, q.ue reputo desupprimento no findo, fizeram os illspectores ~SCU­
llecessario e relativamente facil. lares os seguintes serviços:
A primeira dellas deriva do injusti-

ficavel hiato, que a actual organiza- Visitas a escolas normaes . 17
(;~O deixa. aberto entre o Grupo Esco- . a grupos escolares . .J 27
lar e t';. EB("ola. Normal; e poderia ser .. a escolas reu,nidas S
'.>
ú'
- "", "

" ""-.


508 --
Visitas a escolas isoladas . • 3467 riz e ouvidos, m-uJto· freq·ueutes entre--
JJ a escolas m unicipaes e as nossas creanças e cujas conseq'tien-
particulares .' . • 311 eias tão perniciosamente actúam sobre
Com missões especiaes em esco- o desenvolvimento physico -e intelle-
las normaes. grupos escola- ctual dellas.
-res1 escolas reunidas e isola- -Nelle fizeram-se, durailte 'os'mezes
das.
.
. . . . • • • de Maio e Junho findos, 256 interven-
Com missões especiaes perante cões de sua especialt1lad e. '
Camaras Municipaes . • • 56 Bastam essas considerações j}ara' jU<5-·
Processos e syndicaI;lcias • • 48 tificar o auxilio, modico aliás, que os·
Pareceres e informações • •
poderes publicos já têm prestado 3.
Serviços diversos . . • • 1 ,. ":-.. .
~

Assistencia Dentaria e que attentos


os grandes beneficios que elia vem rea-
Assistencia MedIco'Escolar A As-
lizando, é de esperar uão lhe seia
sistencia Medico-Escolar, instituição de
regateado.
previdencia social que em outros pai-
zes presta assignalados serviços, é mais Estatística Escolar Funceionam-
que insufficiente nesta Capital e ab·· no Estado 158 grupos escolares. Neste·,
solutamente desconhecida nas escolas numero, estão incluidos os dez seguin-
do interior. tes, instaUados -em 1915: de Cacoude.
Afim de que eUa possa correspou- Ca.mpos Novo-s do Paranapallemu. Ita-

der aos seus fins, altamente proveito- berá, Pitangueiras, Queluz. Santa
sos ao futuro da niocidade, força é quo Branca, Santa Cruz do Rio Pardo, São
se lhe dê uma crganização mais ampla Bento do Sapucahy, 3.' de Taubaté e
e mais efficiente, subordinada, de pre- de Villa Macuco, em Santos,
feren.cia, á directoria geral da Instru- A matricula geral, nesses est~beleci-:-,
cção Publica. mentos, foi de 48.988 alumnos do se-
Dos se.rviços da As-s1stencia encarre- xo masculino € 46.035 do ferntnino.
!;aram-se actualm€JJle q'uatro inspecto' num total de 95.023, distribuidos por·
res meldicos, os quaes, durante o' anno. 2.194 classes.
examinaram 4.037 alumnos, 143 pro'
No presente, anno,. foi instalIado. em
fessores e 26 empregados, num total.
edificio provisorio, o grupo .. José Bo-·
de 4. 2 O6 individ uos. nifacio", no Ypirallga, o .qual estli
Como sabeis, constituiu-se, ha tem-
runccionando com dez classes.-
pos, nesta Capital. sob a solicita dire-
As tres escolas modelos "Caetano de
cção ,do dr .. Vieira de· Mello, a "Asso-
Campos" (inclusivé o Jardim da· In-
ciação Paulista , d-e Assistencia Denta-
.
faneia). "Dl'. Peixoto Gomide" '6:" São
ria Escolar", que, com a annuencia do
Carlos" aecusaram uma matricula de-
Governo, installou e mantém tres dis-
1.608 alumnos.
pensarios -nos grupos escolares "Pru-
dente de Moraes". "Barra Funda~' 2 Em 1915, existiam 1. H -l. eo.colas
"'Bella Vista", nos qua~s. só no anno isoladas providas, sendo 182 na Ca-

findo, operou 15.450 intervenções deu- pital e 1.232 no interior, com a matri·-
tarias. cuia de 36.462 alumnos do sexo mas-
Esta mesma. . Associação acaba de culino e 24.396 do feminino. num t0'
inaugurar, no primeiro daquelles gru- tal de 60.858.
pos, o Dispensario "Maria Theodora As escolas reuni'das era-lU em HU me·
.
Arantes", especialmente destinado ao ro de 12, com 64 ,classes, tendo a matri-
.
serviço das molestias de garganta, na- ,I cuJa attingido a 2.581 alum-n-QSI,'
. . ...

509 -

Gymnasios Nos Gymnasios da classes e officinas; mas o GI)~rern.o já


Capital, de ,Campinas e de Ribeirão Pre_ está providenciando para que fique
to, a matricula foi de 882 alumnos, dos concluido, dentro de pouco tempo, o
quaes 46 terminaram o curso; destes novo edificio da rua Piratininga.
40 receberam o .gráu de bacharel em Foram pagas diarias aos alurunos~
cscienúias e letras e 6 habilitaram~se na importancia de 5: 268$600; a ren-
apenas á matricula nos cursos superio·' da escolar foi de 10: 3Õ4$660 , sendo
res. de 1: Oi6$200 a porcentagem dos alu-
Tendo sido reorganizado o ensino mnos e o restante recolhido ao The-
secundario .e superior da Republica, pe~ sou1'o.
lo decreto n. 11. 53 O, ,de 18 de Março Nos differente cursos da Eseoia Pro-
de 1915, o Governo tomou as provi- fissional Feminina estiveram inscriptas.
dencias devid~s- para o reconhecimen- 292 alumnas; a matricula ence r rou-se~
to dos exames e dos diplomas dos seus porém, ao fim do anno, com 252. Al-
gymnasios. Pelo Conselho Superior do cançaram
. o diploma de habilitação
. :35
Ensino, foram nom.eados os Drs. Theo~
alumnas e a Escola, por não ter ac-
dureto de Carvalho, Almerindo Meyer commodações, vin~se obrigada a recu-
Gonçalves e Francisco Eugenio do -sal' ,matricula a lnais de 400· \:;andi-
Amaral para fiscaes dos gymnasios da datas.
Capital, de- Campinas e de Ribeirão A Escola de Artes e Of<ficios de Am-
Preto. Pela primeira vez, tiveram logar paro, já está installada no seu novo
os exam.es de preparatorios validos pa- predio e accusou matricula _ de 11 g.
,
ra a matricula nos cursos superiores. alumnos. As aulas e officinas funccio~
Houve 496 inscripções, com 402 appro- naram bem, tendo to/doas ellas contri-
vações. buido para a nova illstallaçãoda Es-
cola, fabricando tudo quanto lhes era
Escolas Normaes - Nas escolas nor~
possivel e demonstrando os alumnos
maes o numero -de alumnos Il1atricula~
dos elevou-se a 4.279 e foramdiplo-
I grande adeantamento, nesse trabalho.

mados 1. O25 professores. :Escola Polytechllica Fn·i H-o-rmal


Em 24 de Maio do corrente anno, o funccionamento de todas as secções
toi solenuemente inaugurado o novo da Escola Polytechnica no anllO findo.
edificio da Escola de Botucatú e, ainda A matricula nos diversos cursos foí de
este anno, ficarão concluidos os das de 211 alumnos, dos quaes 15 I; consegui~
São Carlos e de Piracicaba. -
ram approvaçao nos exame::.; finaes de
Com a insta Ilação do 4. 0 anno, as Novembro. Diplomaram-se 14: ange--
Escolas do Braz e de Casa Branca fi- nheiros civis, 1 architecto e 1 .elect.ri-
caram com o respectivo curso integra~ cista.
do. As variadas e caída vez ma is n ume-
Escolas Profissionaes A Escola rosas applicações de electricida.de. fa-
Profissional Masculina continúa a dal' vorecidas -entre nós pela l~elativa abun-
optimos resultados, funccionando com dancia das ,qUléldas de agua, levam-nos
normalidade todas as officinas e re- a não abandonar em meio a fundação,
velando os alumnos .grande aproveita~ já decretada em lei, do instituto ele-
mento. Frequentaram os diversos cur- ctrotechnico, annexo á Escola Polyte-
sos 613 meninos e a Escola teve de chnica.
recusar matriculas a muitos outros. ~"aculdade de Medicina e Cirurgia.
. . -
O ensino está sendo grandemente No decurso do corrente anno lectivo.
prejudicado pela má instaJlação das instal-lou-se,· na Faculdade- d~· Medici-


-
510 --

·na e Cirurgia, o 3. 0 anDO do curso ge- terial de ensino, a diversos outl'os


raI. A matricula total fõ! de 154 alu- mantidos por particulares.
mnO$: . A verba conSignada para os serviços
No momen to actual, o pro blema desta repal'tição vae se tornando insuf-
ma'!s im<portante e mais urgent" para ficiente, porque augmentam consldera-
o rego lar
, funccionamento da Escola e velmente os encargos della, com o
., do edificio onde possam ser .conve-
.
custeio das escolas creadas e com a

nientemente accommodadas as suas installação das que vão tendo provl-
aulas e demais dependencias. mento.
E' manifesta a desvantagem de func- Museu do Estado A situação
,donarem os cursos em casas alugadas, anoflmaI em que actualmente se acha
cuja adaptação -- limitada, embora, o Museu do Estado aconselha a que,
ás exigencias indispensa veis ao a brigo
com a possivel brevidade, se cogite de
dos al'umnõs e das classes, é se·m-
uma remodelação nos processos admi-
pre dispendiosa' e nunca offerece as de- .'
nistrativos desse estabelé.c imento, atim
sejave;s condições de conforto e hy- de que elle possa bem desempenhar a
giene. sua missão historica e educativa.
Será um grande serviço prestado ao Serviços Diversos As repartições
ensino medico e ao Estado de São Pau- do "Diario Official", Estatistica e Ar-
lo a aflprovaçào do projecto que aucto- chivo, Seminario das Educandas, Bi-

riza a construcçã-o do édíficl0 para a bliotheca Publica e a Pinacotheca do


Escola , Or?. pendente de deliberação do Estado funccionaram com a costumada
Senado. regularidade.
AlmoxariJa-do Durante o anno, o O Pensionato Artistico, restabeleci-
Estado dispendeu, com dotações esco- do est.e anno com dotação orçamenta-
lares, ·a somma de 463:222$832, sen- ria compativel com os nossos recursos,
do 300:254$704 no primeiro semestre mantem, na Europa, sete pensionistas,
e 162:968$12,8 no segundo. que se aperfeiçoam em musica, escul-
Em 1914. a despesa total foi de ... I
ptnra e pintura.
,
569:990$135. havendo, pois, de 1914 , Saude Publica. - Exceptuada a ma-
para. 1915, uma differença, para me- laria., que fez maior numero de victimas,
nos, de 106: 767$303, apezar -de ter as demais molestias se caracterizaram,
crescido o numero de estabelecimentos na sua generalidade, por. um obituario
escolares, menor. de modo a poder considerar-
O inventario do anno de 1915 accu- se satisfactoria, em 191.5, a saude pu-
sa um saldo de 155:230$520, de m?- blica em. todo o territorio do Estado.
teriai escolar em deposito, que pasSit Falleceram, durante o anno, 65.16 1
para o exerC-icio corrente; deposito es- pessoas, contra '68.488, em 1914. Nas-
se. que
.
'é mBis ou menos pel'lmanen te na ceram e foram registradas 127.177
repartição. pessoas, o que dá um saldo de 69.637
, •

A arre,'adação de material usado es- vidas. Na Capital, a mortalidade foi


tá organizada e produzindo aprecia- tambeUl menor do que no anno ante-
veis resultados. No Almoxarifado, fo- rior : de facto, aos 8,491 obitos de
ram montadas officinas especiaes para 1914, oppõem-se 7, ·621 ocoorri'<103 em
'refórma de moveis escolares. 1915. Neste anno, a média diaria do.
Foram expedidas 3. 263 facturas a obitos, na Capital,. foi de 20,87, con-
2.157 estabelecimentos escolares oHi- tra 23,26, naquelle.
ciaes é o Governo auxiliou , com ma- Calculada a população desta cida(\e

-" 511-

"LU 500.00(1 almas, o coe fficiente de tempo, obterá a extrema rareação des-
mortalidade de 1915 é de 15,24 por ses i'nse-ctos, .perigosos vehilCUlaldores
I . 000, cifra bem lisonjeira, e o de na- de molestias.
laUdade sóbe a 33 ,.39, egualmente anl- A mortalidade pela febre typhoide
i
",adom. Calculada a população do Es- :, baixou, tanto na Capital como no inte-
".
ti\UO em 2 . 700.000 habitantes, o seu ·; rio r, devido . em grande parte, ã ap-
!.'oefficiente de natalidade foi de 47 plicação da vaccina anti-typhica, pre-
por . 1,000 . e o de mortalidade, de 21 parada desde 1913 pelo Instituto B!l.-
. I
I)or 1. OO(L Poucos territorios da Ame - I cteriOlogico. Quasi 25.000 pessoas têm

rica pode rão a presentar es tas porcen- sido immunizadas em todo o Estado.
lagens. sendo 15.000 na C3Jjlital, sem que nrna
·
" .
o
O Serviço Sa nitario continuou a só dellas tenha adquirido a m01estia,
,•
Pl'eoccupar-se com a campanha contra ! apezar da permanenciR nos fóeos em
·
aS molestias evitaveis, quer nas cída- t que ella reina,
"
(ies, quer nos meios ruraes. GrAças á revisão das rêdes de abas"
Por m e io da vaccinação, levada até , tecimento de agua, e . de exgottos da"
~ ... os confins do Es tado. a va ríola foi localidades do interior, iniciada pela
\'artida do s-e.u territorio e a -cifra 'das Engenharia Sanitaria, tem-se obtido a
vaccinações praticadas pelos auxilia- correcção de irregularidades perigosa"
res do Servi ço Sanitario, pelas munici- e m varias cidades. Conviria muito que
palidades e pelos clinicos, com lymphC1 ide ntica providencia fosse tomada em

fo rnecid a pe la Dil'e ctoria, elevou-se a r·elação a e.sta Capital , es-tendendo-se
mais de 9 0 d.OOO , no tríennio de 191 3 i tambem a rêde de exgottos á zona ur-

a 1915. I bana ainda não dotada deste melhora-
A continuação desta campanha pá.- mento.
I, riotica e h u manita.ria manterá a va - i• A adopção e a pratica de Um "Co -
o

doIa par.a $em.p re rufastada das f r o n~ ; digo Sanitario Rural ", que encerre dis-
te lras do Estado , onde essa moles ti" posições relativas á protecção do s610.
fez mais doe. 2. 00 O v·ictima .5. no decen · dos mananciaes, dos cursos de agua, á
, nio de ]~ (15 a. 1914 . co .. recção de accidentes topographicos
·
Contn~. a febre t.yphoide, que se ala~ ·· ' geradores. de fócos de mosquitos. á s
t rou por lodo o Estado, tendo pl'oduzi- cons trucções e á vida do campo, ã po -
do na Ca pita l mortífera epidemia, em- • licia s anitaria dos animaes, para im-
1

penhou o Sel'viço SanHario as s uas me- : pedir o desenvolvimento das epizo(\-



Ihores energias. Foi iniciada. em 191 3, tias transmissiveis ao homem; fal'r.
a campanha. espeCifica contra a mol o!::i- ,; baixa r enorme mente a mortalidade no

tia , s ynthetizada. pela vaccinação anti- , interj·o·r -do E stado , si não fizer des-
·ty.phica, revisã.o dos abastecimentos de o ap'p arecer de todo o jmpaludismo. a
agua potavel e da l'êde dos exgottos dysenteria e ·a ankylostomia·se, moles-
no interior do Estado, gue rra ás mOF;- tias facilmente evitaveis e, entretanto.
cas, et(;. ! de tratament'1 longo, difficil e, ás ve-
A 'brigada contra moscas e mosqui- 7.e5, mesmo improficuo.
tos, organizada nesta ci-dade e nas lo - ! Emprehendeu o Serviço S~nitario a
calidades onde existem com missões sa- i, primeira campanha n~sse sentido, ia-
nitarias, á semilhança da que vem fun- 1 zendo imprimir e distribuir folhetos:
ccionando em Santos desde 19 O4, es t"- contendo conselhos sanitarios referen-
prestando excellentes serviços, pois r e- I tes á vida rural e ás -molestias ·que pó -
duzlu sensivelme nte as moscas nes ta dem e devem ser -e vitadas.
Capital e , por certo, dentro de pouco '1 Será util a contin uação dessa pl'O -
512

paganda nos meios agrarios mais ricos fecções cOllseqU€lltes e o ex-purgo da::;
e mllis productivos, onde as referidas casas vazias.
molestias, a começar pela raiva,' rei- Passou por varios l11elhoramentos
nante endenlicam.ente entre os cães va- complmnentares, de modo que- pÓde sm'
dios, fazem devastações lamentaveis. considerado um estabelecimento mode-
Assumpto da maior importancia e lar, graças á sua boa organização ~ b.~­
que está exigindo uma solução prom- r.eprehensiveI funccionaluento.
pta, é o referente á prophylaxia da le-
pra, que, infelizm,mte, tem tomado
Instituto Bactel'iologico o Inst;·
tu to Bacteriologico, além dos estudos
grande incremento nos ultimos tem-
relativos ás aguas de abastecimento da
pos, pelo grande numero de doentes
Capital e do interior, continuou o pr,,-
que nos vêm de fóra. O Governo está ,

paro da vaccina. anti-typhica, que t5.o:


deliberado a enfr.entar seriamente o
assignala.dos serviços vem prestando.
pro blema, afim de libertar o nosso Es-
tado dessa tenivel praga. Apezar da boa vontade dos seus
funccionarios, este ·estabeleciment.o nãu
Policiamenw Sanital'io O policia- I corresponde de todo aos seus fins. Se·
mento sanitario continúa a ser feito
systematicamente na Capital e nos pon- ' rá conveniente reorganisal-o e dar-lhe:
melhor e mais adequada instaltacão •
.
·tos -do interior onde existem inspecto-
l'ias e fiscaes sanita rios. vigorando, por Instituw Sôrotherapico O Insti-
• toda a parte, a medida referente á tuto Sôrotherapico tev€ as &uas instal-
desinfecção de todas as casas que se lações completadas com a terminaçã9
esvaziam, corrigindo-se, desse modo. I da cocheira modelo, destinada. a alojar
possiveis casos de molestias para os fu- os animaes productor8S dOf:: sõros, ~
.
turos loca ta rios. A essa medida pode- espera a conclusão dos estudos preli-
mos attribuir a diminuição dos obitos minares, para fornecer a· coi.lecção com·
por sarampão. coqueluche, escarlatina pleta dos sôros correntes, que já pód"

e outras moles tias. preparar,
Só na Capital, foram desinfectadas
Instituto Vaccillogenico Ú Insti ..
preventivamente mais de 19.000 casas
tuto VaCcinogellico fUllCciollüu com a
que vagaram durante o anno e. por
maxima regularidade, fornecendo· toda
ahi, bem, Se pódem apreciar os serviços
a lympha anti-variolica de que neces~
prestados pelo Desinfectorio CentraL
sitou a Directoria para a. campanha
. Hospital de Isola-Illellto No H05- contra a variola, No triennio de 1913-
pital de Isolamento, foram tratados. 1915, forneceu mais de 2,000,00'0 de
durante o anno, 913 doentes, em gran- tubos de vaccina.
de parte d'e febre typhoide. Sahiram Instituto Pastem' - O , Instituto Pas- ' ,

curados 719, falleceram 167 e 27 pas- teur foi entregue ao Governo do Es-
saram para 1916.
, tado pela Associação que o dirigia, pas-
Alguma.s ,dependencias deste depar-, sando a. fazer parte do Serviço Sani-
tamento foram reformadas e todas me- tario. Com a entrada desse n1}-VO de- ,
lhoradas. , partam8nto, ao qual será pf~-ciS() dar
'Desinfectorio Central O Desinfe- uma or~g~nisação de.finitiva . fiea fecha~
ctorio Central continuou a prestar re- do o cyclo da de,fesa. do Estado contra
levantes serviços, encarregando-se da as moles tias transn1issiveis. Pôde-se·
hygiene aggressiva, com a remoção, o iníciaf agora a obra de confederação
isolamento dos contagiosos, as desin- dos varias estabelecimentos. para a
" :. ..... ," " ". ' .. . : " '

513

r: 1> !1stituiçào do ,. Instituto de Hygiene! Em cada localidade percorrida. foi


,/" S. Paulo
. , ". Ceito um estudo critico dos trabalhos
I..aboratorio de Analyses O Labo- examinados, fornecendo o engenheirc á
"atorio de Analyses Chimicas e Bro- respectiva
,• municipalidade os resulta-
m3,tolog.icas foi installado em predio dos desse exame, com a indicação dos
!'l'oprio, tendo tido o ' seu apparelha- reme'dios .p ara a correcção das irregu-
· .
ll'.ento IIIUito melhorado; continuou, lar1dades encontradas. Será esse tra-
{~om pr.qveito, a fazer as analyses dos 'b alho da maior utilidade para o Esta-
,-- . g-eneros .q..)imenticios e das substancias do, pois lhe .p el'mittlrá, em dado mo-
~ -
ehimicas, auxiliando, assim, grande.. mento, fazer o balanço do que nestE;
·.
mente a saude publica. I assumpto existe feito entre nóS.
. Protecção á Primeira. Infaucia A I
~ - Assistencia a Alienados Antes de
• ., ecção de Protecção á' Primeira lnfan- vos expôr as occorrencias do Hospicio
.
eia teve os seus serviços multo desen- de Juquery, . devo pedir a vossa atteu-
volvidos, triplicando o numero dos as- ção para a situação triste e desolador.a.
sistidos. Funccionon regular e produ- em que se encontram os alienados no
ctivamente, apezar de continuar alo- Estado.
jada em local acanhado e improprio. O Hospicio não póde comportar maior
Laboratol'io Pharmaceutico · O La- numero de doentes, estaudo ha mUlto
oaratorio Pharmaceutico do Estado excedida a sua lotação. Attendendo a
continu'ou ' a fornecer receitual'ios para este facto,· o Governo creou , ha dois
<arios hospitaes e estabelecimentos pu- annos, com caracter provisorio, o Re-
blicos, funccionando, ao mesmo tempo, colhimento das Perdizes.
como alInoxarlfado de drogas e desin- Pois bem, numa casa em que, quan-
f.-ectantes. O seu apparelhamento neces· do muito pódem permanecer 60 doent es.
.ita ser renovato e o predio já não sa- acham-se actualmente 182. Mas não e
tisfaz ás necessidades do serviço. só: as cadeias do interior estão reple,
• tas de loucos, que não são convenien-
Commlssão Sanital'ia As Commis- temente tratados e que, além de tomar
sões e Inspectorias SanHarias -do inte- o logar dos presos e sentenciados, per-
dor continuaram, com a maior regula- turbam a ordem e a disciplina das pri"
ridade,

a realizar a sua tarefa, e a di- sões, dando ao mesmo tempo um tris-
minuição . da mortalidade, em todos oS te aspecto da nossa civilização e dos
pontos Ç>nde exer-Ceram a sua· acção, vem nossos sentimentos philanthropicos .

attestar esse facto. Algumas necessitam Só a cadeia de Ribeirão Preto encer-
· '
de melhoria •
no seu apparelhamento, ra actualmente 28 dementes, e não é
destacandocse
. . a de Ribeirão Preto, cujo exagg€ro dizer-se que excede de 800 o
desinfectorio, construido na platafórrna nU,ID€rO de lou-cos a cargo da Secretaria
da estação de estrada de fert·o, precisa da Justiça.
Rer substituido por outro.
O Governo não póde cruzar os bra-
.E ngenharia Sanital'Ía A secção de ços deante desses factos e, por dever
Engenhar·i a Sanitaria exerc eu regular- de humanidade, impõe-se-nos uma so-
mente as snas funcções, orientando as lução immediata. Si não fôr possivel
muni<cipalidades na resolução dos pro- um grande augmento no Juquery, ur-

blemas sanitarios e continuou, por tim ge procurar um outro predio, de vas-


dos seus engenheiros, a organização do tas proporções, onde possam ser reco-
cadastro . das obras de saneamento fei- lhidos tantos infelizes.
tas no interior. No anno findo, a soroma total de
'. ..
... -.' ;- ...'.'

514 -

doentes das.
differentes secções
. do Hos- Justiça e Segurança Publica Sup
picio de Juquery subiu aI, 464, O nu· primido o cargo de chefe de pOlicia e
m<lro de doentes da secção de trata- annexadas as funcções deste ás de Se-
mento, instaUada no Hospicio Central, cretario de Justiça e Segurança Publi·
foi de 697, sendo 354 homens e 343 ca, houve, por, certo, uma grandB. yan-
mulheres, Os restantes achavam-se dis- tagem para a boa marcha da adminis-
tribuidos pela primeira, segunda e ter- tração: a unidade na direcção de serVI-
ceira colonias, pela farenda Cresci uma, ços de caracter relevante, que fre·
. 'Com suas dependencias, pela fazenda quente mente Se tocanl -e se entrelaçanL
Velha e pela Assisteneia Familiar, Ao lado dessa vantagem, porém, SU!'-
Os insanos validos, que pódem pres- gem alguns inconvenientes, que não se-
tar serviços, trabalham em beneficio do ria difficil remediar, Sobreleva, entre
estab€lecimento, de accôrdo com as eUes, a accumulação pesadissima d0
suas aptidões. Esse trabalho é feito funcções, que demandam constante vi·
sem fadiga para os enfermos, que não gilancia e solicita actividade, num só
tSó passam o tempo mais suavemente. individuo, Basta considerar que a For-
como tambem auxiliam as despesas do ça Publica, a Policia da Capital e do
-hospício que os .acolhe. interior, cada uma de per si seria mais
Nenhuma epidemia reinou durante o ,, que sufficiente para occupar a atten--
anno no estabelecimento. Das molestias , ção e a diligencia de um homem. Ac-
Intercorrentes, a tuberculose foi a mais I crescentem-se-l'hes -agora ° departa'mell-
frequente, e será de grande vantag-enl to da Justiça, com todas as suas de--
qU<l ,cada secção dohospiclo tenha um i pende-ncias, a -dire·eção da ?enitenciaria,
pavilhão para tratamento dos portado· I a fiscalização da Cad'lÍa Publica, dos
res dessa terrível molestia. Institutos Disciplinar e Correccional , .
Os pensionistas contribuintes sã", dos serviços d<l Assisteucia, etc,; e ter-
Itctualmente, em numero de 31. Em se-á uma idéa approximada da enorme
1904, as respectivas contribuições subi· carga de responsabilidades que actua,
ram a 41: 300$000, que foram recollti- mente pesa sobre o titular da Justiça
dos ao Thesouro. e Segurança Publica,
A AsSistencia Familiar continúa a Penso, pois, que, guardada .a unida--
,
prestar bons serviços e vae sempre au- , de de orientação e sem augmento de
gmentando, de anno e:m anno. Existem, despesa, poderia ser confiado o encar-
no momento, 101 doentes nessa secção, go de mais direcl:amen te superintender

installada nos arredores do hospicio, os nego cios concernentes -á policia a um
no municipio de Juquery, funccionario, qu-e agisse sob a direcção
As despesas com todas as secções do Secretario da Justiça e como orgarn

importaram em 941: 621$279; feito o ! da sua inlmediata confiança:


abatimento de 41: 300$000, que foi a
renda do Hospicio no anno findo, a as- Administração da Justiça A acçãQ
sistencia aos , alienados custou ao Est&.-- , dos nossos juizes e a do Egreglo Tri-
do 900:311$279, bunal de Justiça se fazem sentir Bem·
,
O sr. director do Ros.pieiolembra .. i pre com proveito para a colIectividade,
necessidade inilludivel da construcção l E' patente que m-e1hora, dia a dia, a
de um pavilhão especial para alienadM i administração da justiça, no. Estado de
i, São Paulo,
de1inquen~es, actualmente em num-ero
de 126, e de outro para meninos anor- i Um estorvo sério, porém, existe, qUI',
maes, que vivem na mais completa pro-
miscuidad<l com os adultos,
I: quanto antes, devemos remover: à n~s­
sa ·defeituosa organização processual.
,
... •

- 515

A recente promulgação do Co digo Ci- tecessores, empenho-me por dar· ao nOi!l-


vil Brasileiro, que trouxe modificaçõ~s so soldado bom alojamento, boa comi-
"0 direito vigente, e os estudos sobl'e a da, bom vestual'io, bom hospital.
refórma do Codigo CommerciaJ. tOra Ha, porém. unIa medida que não po-
«:~ m andamento no Congresso Federal, demos adiar: a creação de uma peque·
tornam mais nrgente ainda a decreta- na casa de sau<!e, nos Campos do Jor-
·
.
• ção dos Codigos Processuaes elo Estado. dão, para as praças aftectadas de tu-
'Para esse .co·mmettimento de alta 1'e- berculose. Infelizmente, não são rarool
.. levancia social e juridica, poderiam :::e1" os casos dessa moles tia na Força Pu-
utilizados, com vantagens, os estudop blica. E, até agora, os atacados do mal
já feitos pelo Congresso Estadual e os ficam quasi sempre ao desamparo.
· tl'a.balhos antigos e recentes de dIver- Não devemos cruzar os braços dean-
sas com missões {)fficiaes encarregadas te desse grave caso. Com pequeno dis-
• dessa tarefa. Com esse a hundante e pendio, não superior a 40: 000$000 ano
precioso material, e aproveitadas as nuaes. poderemos corrigir essa fa!h l
em a nossa q uasi modelar iostallacã"o
disposições ainda não revogadas 'dQ sa-
militar.
-
• bia regulamento n. 737, de 25 de No-
vembro de 1850, acredito que se po-
Nova Penitencial'ia - - Necessidade
deria fazer uma satisfactoria CO,nsoli-
das mais urgentes é a terminação das
dação de nossas leis processuaes.
obras da nova Penitencia.ria. Já nãO' le-
Ordem Publica -No correr de 1915 vando em conta o dever de hunlanida-
e nos primeiros mezes do presente an~ de para os sentenciados, ora em um-
I
, .
no, tem sido de completa paz a villa do I regimen desmoralizador que mais per- o
,
Estado, cuja população, civlllzada e or- \rerte OS pervertidos e que termina a
deira, é sempré um seguro elemento (l'e obra de perversão nos que ainda po..
defesa para a tranquillidade publica. diam se corrigir, tem o Estado a maior
A Policia exerce, aliás, severa acção conveniencia financ.eira, em remover pa-
preventiva; na Capital e no interior. ra U'Ill logar unico de traibalbo, disci-
e as medidas levadas a etf<lito nesse plina e ordem as muitas centenas de
incessante proposito têm su rtido a ·1e- co.ndemuados, que se acham nas ca-
s<ljada efficacia. deias do interior.
Força Publica A Força Publica Não será exagg.erado cateulai' em
tem-se conservado no mesmo apuro d oe cêrca de mil cont.os annua;e.g· a econo-
disciplina e instrucção, em Que a dej- mia resultant'e de'S>Sa transfeT'encia.
xou a Missão Fl'anceza, a9 retirar-se pa- ICU'mpre ir estudando, d·eSde já, o
ra " Europa, por occasião de declarar- reg,m<ln penttenci'ário que t.er·e:mog de
se a guerra. appHcar em o no-vo estahelecimento ..
Estão em andamento, dentro dos li- procUl'ando concil'i"r, quant.o posslrel,
mites da maior economia, varios mc-
as exigeticias de nossa "egislação p.e- -
lhoramentos em quarteis.
• nal -cum os .enEdnaru,-ento.s da sciencia·
Realizar-5e-á dentro em breve uma moderna s·obre tão ,delicada e impor-
das grandes aspirações da Força Pu- tante ma<béria.
blica: - - a constl'ucção de casas para I •

os soldados e officiaes, com os rend;- I Instituto Disciplinar e Instituto Coro.


mentos liq uidos da Caixa Beneficente, reccioual. A repressão á vadiagem,
para o que está o Governo autorizado
por · lei do Congresso.
I
Que tem .canalizado par·a a·s Institutos
!• Disciplinar e Correccioual um grande·
Seguindo a orientação de meus an- ! numero de des-occupados, f.ez dim-innir
. 516 - -

co nf;jd ~:"t",\ velmentedo , quadro dos õ '~ ' ­ eia Policia l estende. cada vez mais . . a
Hctot:> os furtos, e 06 assaltos â -9foprie- sua. ",,·pIlera
.
d·e benefica acção. IDmbo_.
"ade. ra ..por seu caracter de'\"esse _tal gervi~
- . - .
O pr;'meiro deosses Institutos, s itU'a- ço i-ncu'mbi-r, de pref.ere-ncia, á Munici-
do no bairro d·o Belemzi'nho , nesta Ca- palidade não podemos hOje dispensaI-o
pitaL ap'ez::J,r das amlP'Vações e refór- antes, temos que ampliaI-o constante-
mas 'dtectuadas du-rante a passada ad- mente.
'ministra.ção. não tem mais espaço pa- Novas in.staBações se fizeram ainda
ra receber novos d·etento6. Sua l"otação l'eClenteunente, na PoHc!a Centrai, de-
esta coom.!>leta, com 202 menores. F·e- monstrando o cuidado Que- e&Sa repar-
lizmente., a. c;ba-Be q'uasi conclui'do o tição nos cnntínu'·a a mer'8-cer.
ecHfkio do Instituto Di'SCi'plinar de Situa.ção ecollomica. -- A confla-
Mogy-..Mi ri·m, que importa fQzer fu"nc- gra.ção eU·l'o-péa. que tão gravemente
cioDa.! brev,emoente. está p.erturba!ldo a vida dos póvos, nãO
·ColDiprehende-se 'f a cillll1ente que ne- abateu , -en tretanto. o anim·o resoluto
nhmn sacrifício é melhor recompensa- e ' empre1hendedol' dos nossos c-onterra-
do do que aqusUe que se "m.prega na ueos.
cr,eação e . manutenção de estabeleci- I Apesar de entraves de toda ordem
mentos dessa natureza. O pequeno d.e- , taes 'como retrahimlento de capitllles
li"l>quente, (I p'equeno d'oooccup",do, re-
muvi<los que sejam para. ' u'll\. meio de
I
, encaJ.'edme!lto da frétes, ·oocassez de

b.raços e de tran·sportes, a n'ossa pro-
trabalho e moralidade. quasi sempre d ucção crssc.eu, ·n.o anno findo, de
se regeneram. Forças perdid·ss q lI'<, I
m'o4o muito li·song>eiro. A lavoura, o
eratm lpara a ·sO'Cil2-dad·e. ·p ara e lla vo !~ I, com1m.ercio, a'S indu'Strias ID'anu·factu-
tam revigoradas e sano r-eira's e a pastori,l continuaram a d-es-

Não dev.e , porém, o Estado. creIO dobr<lr-"Se sem remissão, ampliandO
eu. d.eixar a obra. inco'mpl!eta. 'rem.as o dia a dia a nossa capaCidade ,pl'odudo
Instituto do B-ele'IlJ.zinho e vamos t e r 0 T8..

de Mogy-Mir·im; um e ojltro para me- {} ",,101' oHie'al da expo-rtação, por


nol"es do sexo masculino, Nada ha fei- Santos e pela E str·ada de Ferro Cen-
to, entretanto, para a·s m:enore<s vadias tral do Br·a.zi,I-, dos llroductos d.e 11ro-
e d~linquenoos . cedencia paulista, para o extrangeiro e
E' um·a falha sensivel,. qu'e n-ão se· para os outros Estados, attingiu, em
-coaduna (,·O-m o nosso pro,g resso e que 1915, á somma de 620.775:0 81$085,
-é preciso s ll-p prir. começando. embora equivalente a · lbs. 31.000 . 000, ao
com modestia. ,e ·economia, ou o que cambio de 12 dinheiros, e assim dis-
tal'v-ez fosse p ref'eriy,el no m-ornento cri minada:
actua] - entra ndo-"Se. desde lügo, e'm Artigos sujeitos a imposto de
a.ceôrdo "erm algum dos recol'himentos €\XlIOrtação
para .m·enin·a s j:á existoe-ntes nesta ci- Ca,'fé , . . . 4>56.505' :852$400
dade, e que qulzesse, mediante módica Fumo . . , . 373:715$061l
. -' . .
remuneraçao . pecunIarla, conservar In-
.
C.ouros . . ., 930: 436$300
ternadas as qu·e l'he fose m enviadas Lenha e carvão . 6: 682$000

llelasauctoridad'es cOlIlJlletentes, r "sal- Artigos Ii"','es de imposto
vado, paTa estas, o diTeito d·e fiscali- Aniagem ' . ' 3.0·89: 187$000

z·a ção- na economia interna de taes as-- Arrnrori·nho. • • 10.967:447$200
t a oereclm,m to,s ,
.
Assístenda Policial. _ ., A A.,,;iosten- A transportar . 14 . 056:634$200
r~1;··
'- "
. •
i:;
517

Transporte . • 14.056:63·1$200 phes, ·pelo porto de Santos e nm


.Arroz • 4.968:939$000 t ransito pelo nOS!S{) terrLt:o-ri{}, roi a
Assucar . • • 779:637$200 seguinte:
Bananaos •• 1. 965: 006$160 964 . 4·35 saccas de
. .
Batatas : · , 665:618$600 caJfé de Mi-
Bebidas. , , 1. 930:622$000 I na\; . • 37.660:227$oon
BiscoitoS . • 3.012:861$800 i
23 . 131 saccas de
Calçádos • • 9 .·2'2l\: 186$370 1 ca,fé do Pa-
Carnes 'r esfriadas. 5.902:4'25$300 I ralllã)
. • '
903r.522!jiOOO
• 1. 565:381$000 200 S'aCcas 'di"
Cervejas . • • 3.571:982$800 café de 8.
Chap''''l-s .' • • 3.525:201$000 Cath&Tina . 7: 300$000
Drogas , • • 633:080$500
Fareno . • • 766:033$150 38 , 571:549$000
1.775:613$500 I

Fari,nha de trIgo.
F"ijãP 10.223:117$300 No correr dó mesmo auno de 1915 :
Ferragen'S . . 1.909:049$030 a importação <paulista 'aleançou a som -
Fios de &Igod ão 1.745:836$800 I ma de 156.886 :8 16$000 ou mais.
'Fprr-agens • 1.194 :087$750 i
21.638 : 8.90$000 do que em 191-4.
Garrafas . 1.425:975 $500 ·E.m <:cnnpen.sação . pOl"'é'm. a exporta- ,

Im·press·oe: • , 6.5"91: 548$60r: ção para o 'ootrangei'TO ex·ce-doeu á de


M-i.!'h o . • 883:3"4$9~O 1914 em 112.2,63 : 556$000.
,

Papeis ' • 1.176:343$100 I F.eito o l>aJanç'O- e'ntI'le a ·ex,portaçáo


Roupa ' feita
,
,

2.098:672$000 e a importação de S. Paulo com os


Saccos vazl0.5 • 2.917:806$200 paiz·ea 18stnbngeiros, dia aceõ"rd-o .com
Solas • 5.270:983$027 os d3!Í:los fo"r.n-ercidos p'sla Repartição
Teci'dos d ,e a lgodão 38.625:639$7(8 FIlderal d'e Estatistica, resulta. a r,,-
Tecidos "dia la u • 12.~1l:319$'Ü00 V'Q,r da nos's'a -exportação, um saldo de

TecidOs diversos 7.700:434$300 3'08.326: 080$000 : o qual , convertIdo
Outroo genaros 14 . 437 :0 15$020 ,e·m. ílibra~ ~ estel'ldnas. ao cambi~ d e
, ,, 12 d .• representa u'm. beneficio d'e mais
,

620 . 77 5:08 1 $035 d e J,rbra·s 15.000.000-0-0 .


Tenld.o sido de 476 .02 1<256$940 o :
Producção agricola e industrial
...."tllor .e xportado e n.1 1914, ver.i.fica-se.
Sé n~~mos da cultu-ra do café a pe,-
para o anno findo, um accrescimo de
dr"a an.gu:lar me· nO(SlSa fOll'tuua, riem
144.75 3: 824$145 . Dado o maior volu-
por isso nlo'S d·eg"cul'amos d.o desenvol-
me da exportação, a differença apu-
vi!m.ento d:e outra'8 -f ontes de prod'u c-
rada d:everia, ter sido mais seusivel;
. . - ." '
ção. E ' &ssim que a 'oxportação de ce-
nlas a .baixa
. Ido ca:m'bio e a dos p,reços
.
,
r,eares. carnes', tJecj.doo, c3J1çad'oo, Cf! r -
contr-i1buiram para, di'm·lnuir o valor
veja, armarip:ho; C:hapeus, dro-gas, im-
·dasmel"Cadorias
. . exportadas.
,"
pressos, solas, -g arrafas e outros pro
IDm 191~. o preço da s",e~a d'e café
duetos da illdus tria ,paulista, posto de
ioi d<; 47$706 , pa'peI, ou 22$270, ou- J'a do o café, f"i , em 1911 , de ..
ro; em 1914" f(l,i' d" 41$,219, papel- ou 'i' {.iH 0:84'1 $16 O; , 19';12 ,~e ... .
mil
'22$383 I;)1lro ; e, finaJlm.ente, em 1915 . ,91O .I3H : 748f3,2;(;; "lU 1%·3, 'Il",'., .. .

1,ieou re4uzi<>o a 37$4.35, papel, ou 70.992:9'85$040; em 1914, de .....
J. 7$281 ouro. 89.259:014$440, elevando-se, em 191 5 ,
. A exportação do<; Estados Iimitro- a 162.958:356$325 .
"
518 -

·Os ..esulltados a"";'m


OIbt'i><!KJ' mo, ooilassem prtajuizos pOSlS,iveis. 05 cria-

como vêdes, grandes e animad<;>res. De-

dores delxamm de at~"nder, era·
.COIrJO,
': : •• '

• •
v-emos. p.Qr l'SSO, con)'ugar os DOS'S'OS de de~ejaT, ao coilvit-e {fa Secretaria
. . .
oesfol'9<YS para augmOóntar
m~l'h<;>res da Agricnltura para a impo.rtação. d.·
por todas as formas a nossa produc- repyoductor:e:s, oo.m o auxiUo do Es-
ção, nos ·seus 'multipI!(}'s< ru3·p ectos, ''' p.or- tado. Em, con'seq \Jen~i'a, dehberou o
que - - não a'erá d,emai.s r.epeUI-o no gO'Vlerno m'andar adquirir, por sua -con-
augmento progress'ivo de m<;>ssa rique- ta, um certo numero de exemplares.
za exportavel é ·que repousa a base ·bovin-os e suinÓ'S. aChn de iniciar a
mais ·solida para ID'BI'h orla. de nossa..::; criaç1tó de reproduct.ores de raç.a , que .

finamça" e para <;> 'coonpl~to restabele- possam ser vendidos já ace,l'i:mados. a<>s,_
. cimento do equH'íbr.i'o orçamentario". criadores do. Estado.
Diminuir, portanto. -o. custo da pro- tAssim agind.o, não entende o gover.
ducção pe1a abundancia e pela bara- no abandonar o proceso de selecção-
teza d'. braç<;>s, 'pela red ucção de f,r<!- que. ha an·no&. vem IpraHcando. no in- •
·
~es , p.ela factlidade d·e credito a juros tuito de tlxar o tyPode puro sangue
mod'i cos e pe·la 'minoração gradual das crioulo. Esse jJ.TOCeSS<l que constitue
taxas de portos e d'OS -i-mpostos ql!e ev-id.enlJemren-te uma das faces mais in .. .',
"

oneram a elOPortação; quebrar todos ~erlfl!lgantes do p1'01>1""ma .da


. .. Te·g ene .. i

:'
os obsta·cu].os que, di.recta ou indo'N- ração ,,, da valorisação do gadolndi· •


ct'a mente, embaraçam ·e tolhem o 'livre gena, deve ôlcontinuar a m1ereoer. quer- ,l'
o :. ,


surt{) de n-o'S'Sas índ \lJStrias; realisar. da parte do governo, quer da dos par-.
por meio de uma propaganda activa
.i
'.;;
Ucwla""",, a eonvenioo,te attencão. Ma,$. •
·
e inteUigente, a conquista d" novos co.mo 08 'seus resultadospraticos são .~
D'l.Je'T'cadÜ's consumidor-es :para os nos- morosos ·e u.r~e. aprov:eitar as condi- ';
".;.
sos prod'uctos, ·e is todo um pro- ções. exce·pclona:lmenoo ia voraveis dI> ,
,

gra:mma d!~ nesuJ"!gi~ienJio economico, momento presente, para o desenvolvi- ~~


..·,
qu,e o governo 00 i!m;põe e para cuja mento da Industll'ia pecuarla; a criação. .." ":;
.
.- '-- ~
effecüviidade conta com a vossa co- d-e-anima'8S •de 'puro sang'ue .e_o cruza·
.~
,~


operação esclarecida. •
:,:
IDlenbo representam medidas . que, exe ... ,
.,
q
Industria pastoril () serviçO de cuiadas eom·co·n rlttantemente co-m *"
industl'ia pasto.df continua a prestar ~Jlecção, pel"mittirr-ão. ~ ao tf:osso ga<l<;< :1:
"•
-c
á p'e cuaria ipau],j~ta as uUlidades com- ooncol'I:et' . com va.ntagem Si 'SieID de-- ,;';
·•.
pat1:v1eils -com a sua aetual organisação. m·ora àos ·m·8l'1cados m.uudia.es. · -;



·
.Mtendeu em grande numero a con· l'J'oImam-'S!e, dest' a'rte,re<c<>m m,enda .. ••
sultas sobre criação; distribqiu 26.000 vei<; ao vowo estudo e deliberação as •

d&s.es d", vaccina ' contra o carbuncu,Io con<l!usões do memoria l que; sobl"a ee-

sympwmati-co esu!per:intendiSu ao <le impol"tante assumpto foi, nos uUi.
fU1Jeciona:mento regular da fazenda mos dlas do quatriennh) findo, apre-
de Nova Odessa, d ..stinada ao melho- sentado ao meu illustre a'lltecessor, e·
ramento do ga'do nalCional, do Hara~ que assilm se podem r·e$u,m:i·r ~
de Pinda.monhangaba, onde se faz >I
criação dlQ -cava!llo :para tir·o '2 seUa, :1) ·esta\bellsoi1m'snto. .e-m ZOlla5
e d·as oito estações de monta actual- ooequa.daj;, <lie ,fazendas
mente exi.. tent.es em d;.fterentes mu- ofiodei'Os 'p'a l'a a criação de·
ni·cipios. rep-roduct.ores bO'\-i.nos de
Ou po"'lue ~he8 ·f alta:ssem · os ·"s.cl.- puro sa.ngu'9, ,por ' se.lecção ·

re-cimentos neeessari'oo, ou po,rqu-e re- ou por ·c ru.zamento: .


'" ", .. ' ,,' ,
..

519 .' "


II) transformação do Raras•


de sumo ·a v·ulta.
•.
extraordinaria-meute
.
com.
Pindam<>Jlhang.al>a ilm e"- o incremento da industria pastoril.
tabel'E\Cimento
. destinado. á .
Im m iga:'a.ção . Perdurando as cáu-
,poroducção de garanhões
sas l>astan~ conhecidas <Ia depressã..
de p'uro sangue;
<lo nosso mll'ViJIllento immigratorio. fo-
-
ram
.
ainda. re.duzi<las as entradas de im-
f LI ) auxllliar a empresas 'e 3 m'igmlltes, no anno findo. Não obstante • •

parUcuoJares que se r>r<lpo- aportaram ao Estado 20.9<37. inclui'!· .


nham á criação de ani- d.o-se nes&e n urnaro os retirant'es dos
ma'e s de puro ..sangue, de Estados do norte, acossados pela sec-
aCClôrdo 'com as im's1Jru!c~ ca . .A sa'hida <I. passageiros de ter-
çõ,eS' (}Hi·ciaes; ceira. classe ·co·n :i ldera"dos como imnl!i-
g.rantes, f{li, ne .· me&mo ]lerio<lo. d..
IV) organisa.ção de exposi-ções- 26.183; dahi o "deficvt,. d·e 5.246. n"

fetra's para gado magro ~ movi'm ento mígrat'orio de 1915.
,go.r d.o, 3JS quaes dev'erao Quant<J a nacíonali<l'ldes, predomi-

ser levaõ"", a e.ffeito pe- na.'am os J}O·rtugu·ezes, C<>m fi. 679, se-
rÍ1,dicamente nas differen- guindo..se-lh.es os ho9Sl()anhóes com 4.2 60-
tes zona.s de criação ou de e os italianos com 4.072.
inrernadas, concfÕ-d-endo-se !Esta
.
situação deve melhorar certa-
premios aos que exhibirem mente com a term,i,nação da guerra,.
prod uctos. m<,lhores, 00 b o que assola a Eu.ropa; m·as o governo.
·
ponto de vista commeTci-al; attento á necessidade de ]lrover a la-
·
voura doe braç.os. não d-escurará.· a.
V) criação dfl escola e do ser- tm,eios : d.e evitar 11 ma :}loiSSivel ~crise

viço v,eterinari-oo. dos re- pela eSC3!Ss'ez da mão de obra, em re


gistos d" marca eg>enea- lação a coUbeitas 'eventualmente mais
logl-co dos animaes, e r·es- abundantes.
tabelecimento da directo- Entre as medidas em estudo, cogita.
ria de i·ndus·t ria p-a stori.l, se de prOlD>ove.r ·uma corrente im-m igra-
com·o I' ~parti"~ão -autonoma. toria de operartos agl'ie.o-).as. ·durante.
i!mmediatam.ente suoordi- o períOdo da co}'heita de caM, proce-
na<la ao &ecretario doe Es- d"nte das reJ}ub1icas do Prata, ond ..
tadO', I não é difficj.(
• •
encontraI-os dirs:ponivei.

nessa ép-oca. Não ,ooincidindo o tempo
VI) aWJarelhar o post<l zO'ole- da"s mai,o.res fainas agrj1cola's. aqui. com
c.hn~'co·. a\llnexo á . EiSc-otla o da mai.or i,ntensidad'e <le trabalh6
!
Agricola "Luiz de Quei- n a ,lavoura daq uel'le" J}aizoe". torna-g(>

TOZ", com os .elemento.s jn- p·er.feitamente viav'el um accôrdo entre


dispenuvei" para os estu- <>s roopectiv:os Departamentos do Tra-

d.o" d·s BromatlO!ogia, par- balho, de modo a entab<>lar_se um"
ticularmente n<l quecon- utilissima pet:m uta dle o-perarios, sem
cer·ne aos pastos e "forra- J}erturbação para o serviço agric<>!a de
gens. qualq'uer das partes interessadas.

Departamento do Trabalho - Func-


De grande ublülade sera. t"mbem, ClOUOU normalimlente o DSp-IDrta..mento
o estudo das meios para o es~ab~l'eci­ Estadu·a l do TrabaUw, que, a.lém cf"s
mento da industria do sal, cuj-o co·n- s·erviços . d 'e 'est-atistica, de i:nfol'lIIac,;í'íe!.


520 - •

e de estudo. da·s cDndições do trabalho 1'0 a quantia de 185 :-309$253. p.rov·e-


agrfcola: tem .'s ob sua i.lu3'p·ecção a Hos- niente die pa;gamento& d,svidoc; '/p,elos
pedaria de r'mmigrantes. a AgenCia Of- co·]onos· ;Io'c alisadoo nos· nucle!>S ·offi-
lidai -de Co~locaçã.o e a Inspeoctoria de cia-es. ..
l""'migraçá<> do Porto d", Santos. A dos que ainda
po-pulração total
se acham sob a adluinistração d·a Es-
. Patronato Agrícola Os trabalhos
• t'ldo é de 13.793 pessoas. Essas CD-
do. Patronato Agric·ola têm augmenta-
lon!as oc·cu,p am a area de 54 . 666 he·
do em tod..a'S as s'8cçõe5. e a sua · i'Il-
• ctares. sendo que desse total 14. .194
flu~n.cj·a "va.e-s·e €xerrc'e ndo bene:{lfca-
. hectares -estão ·cultivados é produzi-
mente nos centros rura'oo, pe!lo coneur-
ralU, no anno passado, .generos no va-
110 eUiciente que essa instituição pres-
101' de' eerca de 1.800:000$000.
ta '. á. normallsação das l'ela,ções entre
os colonos e os (lIl'oprietarioo ou seU's A col<onisação -em nucleos 'oHieiaes
não t<lm, cDnr,eSJpo.ndido á <lxt<!nsâo <Ine
prepostos.
A s'ecçãD. que oom a seu cargo as s1eri'a necessarla para per,mittir a fi-
cooperativas d'e ens.ino primario ·e de xação dos immjgrantes á sua chega-
&i!r·vi~o ·mediloQ. '8 phar.ffi1ac.euUcQ, não da. ou pelo ·menos a roca'lisação d·e·
alcançou • . entretanto. o. d<&sejavel de .~ ­ tod:oo . os co.lonos qlle e e. reti.ram ao_
envolvi·mento , d'6'Vido á. crise financei- nualmenoo das f.azendas. depo)s de te-
ra que nos aJssDbiElrba. O que aliás. r·em . a-cculnulado p:e·c ulio que lhes fa-
não impede q'ue o IPatl'Dnato manoo- culte e-stabelrsoBTe'm -se por conta pr.o-
uha s·ab · sua direcçãD 57 '8""olas. qne pria.
mini'stram ensino a 4.000 ",Iumnos. I continuidad'e
E'm · parte isso.
v em falta de da
actua-hnente. ·e que a mar.· d'~ 6.000
já ' arrancaram do anal'phahetismo.

I nucleos ·colroniaes;
na fundação de novos
o principal
mH~S'

m·otivo não é .esse : é que a colo-


rColonisação Não logrou graudoe nlsação ()ff.i~iai eXC'elSSiva'm!ente dis-
incremento o serviç'D d I> celonisação. pen'dilos a, a,ca·n 'eta-rd·a ·a o. ,E staà!o ' en-
durallte o anno pa.ssad·o, devido á nl2- car.gos que os s~us recursos finan·(}e1:
cessildade de redn·zir ao mínimo os en- 1'03 não pod·eria:m co·m portar.
cargos do ThesourD. Não 00 abriram
A ini-ciativa particu'lar. qu e a s Jei-s
nuel" Ds colonia.es novos. limi'tando-se
vigeutoes !Sobre o assU"lnp.to vi sam es-ti-
oserv,;ç;D á v·en·da dos· pDUCOS lot"" va-
mwlar, · não t,~, por ·s ua vez. operado-
g-os nos antigos, cuja 'p·r .ocura é iSlem-
nas PI'O!Porçõ'es d,essiav-e-i's. C'onsistin-
,p re grande .
do o principal auxilio de· J!Jstado m ó
. Foi feita a divisão d·e t~rras junto conrcessão de te-rra..s d-evoluta:s·, estas .
áIs e<itaçõeG di> n",pura. Uha Sl>oca e como -é :sabido. ou se encontram em
Bacury. da Estrada d,e );'erro NOT'oest<& r.egiões , ·muito afastadas e d'esprovida~
do Bras,], sendo. es respectivos lotes d'e ml>lôs de transporte facU para 0"
postos em hasta ,pu1bltca. na forma da . mel"Catlos cQlD.sumidores; ou. se são .
lei. malho r ·situadas, não se acham e·:--
Durant<l o ann{) venderann-se, 85 ,lo- quantidade sn~ficisDbep·ara pe~m,jttir
tes nos nucleos cDloni",,,s. recoeb:endo os um S"ério emlpreohendi-mento. Por Oll-
~us conces,sionarios titU·1D provisorio; tro lado, a criação d;e emp-resa s d·e co-o
e ,ooram integra,lmi>nte ·pagDs 293 lo- ii()uisaçâo. em terr·a s .p art!eulwres bem
tes. <l>op;edindQ-s" 0'3 r<lspecti~os titu- l3itu3Jda"S. não é empr-esa facil . a t ten-
les -de propriedade definitiva. dendo-se a que as de bDa qnalldade •
.
E ·m 1915. foi recolhida a·o Th-eoo-u- . quando proxi.mas da s estrada::.: d~ fer·.
- 521

1'.0. são entre n6s de custo re,lativa~ I podia d:ils;pôro governo paTa com,pe-
mente ~levado. lir . as respectivas em-pres·as a reduzir,
Não foi 'feito até agora. com a "13'0- ~s :SIUalS' tarifa·s: o resUllltad,o da'S in-
roca'bana Railway", o contracto espe- vestigações então realisadas fo,i nega-.
cialde cO'lonisação de que wgita a

Uva, não· -só po.fique ne-m t~da\S as: con-
escri'ptura d:e arr:e·nda'mlento des-sa es- c:es-sõ·es era'm ·ea:tadua·es, cam·o tamlJ.e·m.
trada. estand'O aÍlllda por fa2ler. d~pen­ pOrlque os contractos vigentes nessa.
dente de Se eombinarem as Tesveeti- época não outorgavam ao governo ü
vas bases. o contra'cto de eolonisaçãc !direito a qualquer iniciatirva 'provei-
das t'e.:rTas margina·es da estrada de tosa.
. .
f'&rro di" Santo,s a Santo Antonio do .Desde logo. a en'campação das nos-
Juquiá. mediante concessão de a",,.as sas Jlrinc'iJpaesvias feIT~ começou
.
devolutaJs. a ap,par,e.cer CO'ID,O o· unico recurso e 3.

O contraet.o· para a colonisação ia- unica ~<>"ução para ·éste vital proMema .
. poneza na zona {Ia Ribeira não pôde
Roi'e. porém. 'I")ssa medida não seMI!.
ter começa de execução, .porque ainda I
aconselhada tão somente p&la 'face
não foi pos'S'iV'sl encontrar, em u.m 1
nnilateral: dos fretes. Outros factos a;
!:fI'<leo suffident'e. as terra·s concooi-
i'mip-õem '9 dão-lh's um caracter in,g.tante"
{Ias por lei á companhia controctante .
e ne'c:eoSOOJrias para _permittir a ·form.a- o.s capitaes
.
estrangeiros af1lluiram
I
'.

ção de um. nucleo de proporções ra- em- bus:ca-de 'Conv.enient.e remuneração;


zoav·eis. m,rus, ao inv.és -d,e lSe destinarem a em-
Viação ferrea De ha m'uHa que
I
i
prehendim1entO's novos e a. d,es,euvol...
v,er tanta Ti.(JUleza lat.ente em nQSsO'
se accentua e iSe aV·61uma, em todas
as 'l,lr'in<lipal- I, Estado, fiora:m) :loca:1tsar -'S'e nasp,!OSw
pera,s em-presas 'fierrovi-arf.as. cujas· ren-
m'frote na .lavoura, a grita contra o
regimen tarifario das estradas de fer- das e cUja di'recção"stão em via de>
ro, p'or de:mais ,Onl'lrOiso re. :pOlr I isso I'hoo serem q'Uasi to.tal~m!ente ass1e;gu-
mesmo. atrophiador das ,forças vivas radas, com graves pri9juizos e sérias-
dlQ ~Estardo ·e Ida ,sua e~pan'são eco- I ameaç",s para o futuro do Est",do.
.

no-mIca. .Devem10lSi por issu, agiir IHem hesita·
PeI"suadlem-~se todos d,a -que nas ções na def'&sadl"Jsse precioso patrlmo-
mãos dia governo reside o poder d,e nio e dos interesses da lproducção pau-
(IJ"IJejl.]ar. ,"em ma!ore. dí'ffijculldaJdes, lima.
o mal terrivel, ·e d:eUe. esperam e re- Seria na verdad·e censuraveol i-mipre.-
cÜumam. a cura radi'Ca1. vid-encia deixar pa'SISa.r a ·mãoo -&stra-
E' be·m de ver que, 'se assi'm_ 'ias-se:. nhas o qu·e é nQsSQ o que ·foi feito ã
'cu-sta ,d1o:s fi"OSSOS m ls1lh>ore:s esfoTçoS<
o problema já e'stari:a resolvido, pois

uão hou,""em ,S. Pa'Ulo goV'e.:rno al- o queconstit:ne o ma"s valioso attes-
gum. de vinte annos a esta ,parte. que tado de no~'sa operolsidade e d~ nos's,,"

deixa:s'se de -consid'8f'ar o assum:pto, in- energIa.
teres-sando-se. por esta '1> outra<; for- N(} . anno fill'(lo, houve o accre-s-cinlO
mas. pela sort..~ da lavoura. principal de 142 kilometros na viação . ferrea
fonte de nossa riqueza. . do Estado, ·elevaJUdo-se a·sSim. a 6.279
O .mal, por.ém. vem de Ionge, Já em kHom.etros 'a cifra do de'Senvolvhnc-nt)().
1900.examil1ara-m-.se t"Iios os cc>ntra" t&taJI ,da rêde ferroviaria, -em :~ 1. de
etos de concessão das estradas de .ferro Dez'e'mb-r-o daqueHe anno. DeSoB1C lot.a:J,
paulistas, afim d,e ve·r de que re'Cur-sos 4.355 kiJo"Irl etros peroouC'ern a -em pre..

522

. :sas partircu.lar-e.s; 1.569 ao Estado e os •


recial de navegaçã" no li-ttoral do uor·
,



.restantes 355 a• União . te pa ulisla .
,Sob o regiffilen da l'ei n. 30, de 1892,
IIMovimento Maritimo Como de-
ta·i autl>ris'ada aconstrucção de uma sastrosa cQnsequencia do conflicto eu-
linha ,ferrea. em p'rolongamento á Es- ropéu, diminuiu extraordinariamente o
trada de Fie·rro d,,, Pitangueiras, com I movimento maritimo pelo porto de San-
" ext·ensão de 14 ktll>metros. I
tos. Em 1915, entraram 1.396 embar-
- -,., cações com 3. 172 . 278 toneladas e sa-
'Prolongamento de' Salto Grande
hiram 1.397, com 3.177.126 tonela-
Pr·oseguem os trab,ühc.s ·do prolonga.
das de registro. A tonelagem total, por-
mento de .SaH,Q· Gran;'], a Porto Tíbi-
tanto, não foi além d·e 6.349.404. em-
riçá. na Estrada de Ferro Sorocabana. •
quanto que, em 1914, alcançára a ...
~endo sid'Q ent ...'gue ao tl'a·f.ego puohHco
8.693.29.1.
"O tr-echo de A'SSis a' üaramuru·. com
As bandeiras alleman e austriáca
'" j>6rcurso de 27 kilometros.
desappareceram por completo da nave-
Linha.. do Estado - Por força do gação. A ingleza' cobriu uma tonelagem

~ontrocto de 22 d·e Maio de 1907, acha_ de quasi metade da notada em 1914.


se a Estrada de Ferro S'Ol'ocabana sob Por esse motivo" os fretes marítimos
a administração da Compa'nhia "ISoro- elevaram-se exorbitantemente. Em De-
'-Cabana Rai.lway". As outras duas vias zembro, chegaram ao dobro do que
terreas pertencentes ao Estado, a Es- eram em tempos normaes e- hoje sobem
trada de Ferro FunU"ns'e ·e o Tr'am- ao triplo, encarecendo, assim, na mes~

way d'a Cantareira, (}ontinuam a s-er ma proporção, as mercadorias trans-


ad'mcr.nis;t:r-ad~ dlJ"eetam'8nte pero go- portadas.
verno. _E' c.ouVieni,ente 'mrel.horar as Marinha ~lercante - A nossa rique-
condi"ões do traf"go. ·",ctua~m,mte d'e- za exportavel, que, como vimos, já tenl
feituoso, do Tramway,

até que a situa- um valor superior a 620.000:000$000,
ção financeira COll8tnta numa recfor.m·a não deve continuar 'entregue aos aza
l'3!dical dessa linha e, quiçá. do seu res da especulação descommedida nos
systeana de tracção. preços de frete, nem aos riscos da es-
A partir de 1 de Maio ultiJmo e 'em cassez ou da paralysação dos transpor-
virtude da 1!E>i n. . 1.486. de 1;5 de De .. tes.

rembro de 191;5, a Es-lr<l!da de Ferro O Estado de São Paulo, directamen-


dos Oamtp-os do J ordão paSi!ou para o te ou por empresa que se fórme sob os
patri·m.onio 'e p'ara a g1erencia do Esta- seus auspicios e com o seu auxilio, pre~
do . A &lectri1'icação od'8IS~a linha re-· cisa ter a sua navegação propria, a sua
eOID'm·enda-se com,o medida economica. marinha' mercante, que assegure -a ex-
, portação regular e barata de seus pro-
desde ·qU€ se verifique a inconveni,en-
duetos, levando-os,• a salvo da ganancia
cia ou a ÍIIDIPossi-biHdad'e d·e arr-enda-
dos armadores, aos mercados consumi-
mento ou :vend·a'.
dores do mnndo inteiro.
:savegação fluvial e oosteÍl'a . ' Os As difficuldades actuaes; a alta exag-
"e1rv-içqs Ida ·na "'eg~<lão l~ll."V\ial <e lua g.erada dos fretes e os riscos. que ain..
costeira ,não sOifreram, no anno fin·do. da estamos correndo (e não se sabe até
modificação apreciav,el. 'AlCha->'!e, en- quando) de uma completa estagnação
tl'etanto. e<m """t",];dos uma pr<>posta de nossos generos exportaveis, e da con-

para o .€'stabelect'lllento, mediante con- se quente diminuição da nossa receita;
t'racto com o Estado, de uma linlha es- d·evem . servir de pru.dente ensinamento
• •

523 -

para. que os poderes publicos do Esta- raes e a tingua ingle"a, visto ser a ti-
. .
,do, com previdencia e acerto, adoptem teratura norte-americana a que mais
med-idas que, em tempo habito conju- interessa ao curso da escola.
rem tão graves males. Ensino Agricola

A divulgação·
Escola AgrÍ<'ola ""Luiz de Queiroz" dos conheGlmentos praticos de agricul-
- Tendo sempre a sua attenção volta- tura continuou a fazer-se por meio dos
·da para. o a.perfeiçoamento das condi- campos de demonstração, localizados
ções do ensino agricola na Escola" Luiz nos estabelecim.mtos officiaes e nas fa-
de Que.iroz·~, o Governo continuou a zendas e nucleos coloniaes.
,
apparelhal-a com os • meios n,ecessarios Foi objecto dá maior.attênção o cUl-
:para a perfeita regularidade de seu tivo do algodão nos campos creadós em

funccionamento. 1911 e em propriedades particulares,
Assim, ficou terminada a installa- tendo-se feito, ao lado da demonstra-
·ção do j:abinete de' Physica Agricola, ção da cultura mechanica e economi-
no amplo local que lhe fôra destinado; ca, a distribuição das sementes ali co-
os laboratorios da cadeira de Agricul- lhidas.
tura" dotados do material indispensa- São em numero de quatorze os cam-
vel, permittiram a realização, no se-
pos eristelntes e estã-o assim distribui-
gundo semestre. de trabalhos de phy- dos: um na linha Funilens·e, quatro
Bica do só1o; foram desenvolvidas as
. . na Paulista, oito na Sorocabana e um
culturas demonstrativas da Fazenda na Central.
Modelo. da venda de cujos productos
se vae apurando razoav.el renda. Instituto Agronomico eon tin u o u
,

No primeiro _semestre de 1915, a o Instituto Agronomico a desenvolver


' .
matricula era de 126 alumnos, nume- o seu programma de trabalhos, que
ro esse que baixou a 104, no segun- vão sendo bem aproveitados pela la-
do semestre., Destes, 39 .completaram o voura.
!?urso~ recebendo o diploma de agrono- Os bons resultados praticos obtidos
mos. No anno de revisão inscreveu-se nos campos de experiencia e de de-
apenas um. para especialização de zô·o- monstração foram utilizados em impor-
technia. tantes communicações feitas aós tres
A ultima r·2organização por que pas- Congressos do café, da alfafa e do mI-
sou a Escola .. Luiz de Queiroz" trouxe lho.
"incontestaveis vantagens para o ensi- No cafézal de experienclas e demons-
no, com a melhor distribuição e con- trações vão se conseguindo resultados
-cateilaçáo das materias do curso. positivos bem animadores, sobre are...
A experiencia, porém, pa.rece estar novação dos cafézaes velhos, a cultura
demonstrando que não foi acertada a intensiva e economica, as adubações, o
sU'P'PTessão do curso preliminar, pois emprego das machlnas e a póda pra-
os candidatos á matricula, emlbora ap- tica e racional do caféeiro.
pl'lfrvado.s em . exames de surljfieiencia Com o intuito de accelerar o des-
ou .em . institutos, offi.ci-almentereco- envolvimento dos bons próc'essos, já
n'he'cidos, nã.o têm reveloldo, em ger~l, comprovados, de caféicultura racional,
o preparo necessario para os estndos vão ser creado.s, no respectivo campo
especiaes a que se deV'eIn dedicar. de demonstração, . cursos essencialmen-
Seria,. talvez, conveniente restabele· te praticos, aos quaes, sem despeHa al-
·cer ess-e curso prelim.inar, addicionan- guma para o Estado, serão admlttldo8
tio-se aos preparatorios a-ctualmente os trabalhadores das fazendas do "a['\
<,xigidos elementos de sciencias natu- ou quaesquer outros que )'1(-'. queiram

524
.
habilitar naquella especialidade; de- res de alfafa e de algodão, contribuiu.
vendo. tambem,
.
o I",,,Ututo ter, á dispo· a Secre taria da Agricultura com re-
sição dos fazendeiros, feitores que en~ presentações de suas repartiçoos te-o
sinem, nas fazendas, os processos de chnicas .

exito demonstrado. Por iniciativa da Sociedade Nacional
Na fazenda de polycultura, depen- de Agricultura, realizou-se, no rtiõ de
dente do Instituto , obtiveram-se con- Janeiro, de 1.' a 15 de Junho llltimo,
clusões praticas de utilidade nas cul- a Conferencia Algodo·eira, na qual o
turas do milho, do arroz, do algodão n<>sso Estado foi representado official-
e da canDa de assucar, tendo-se conse- mente por uma delegação composta de
guido, na !azen'
.. da de ~riação annexa, funcciouarlos techniCos da. Secretaria
bons resultados sobre a cultura da al- da Agricultura.
fafa, a formação d e prados artificiaes,
A expOSição de produetos e sub-pro-
a fenação, . o estudo das forragens e
duetos do algodão foi organizada de
das misturas fOl'1'ageiras.
modo a despertar o. maior interesse,
.. .

Exposições e Congressos Agricolas comprehendendo a parte cultural; a ex-


A' exposição de animae. realizada perimental demonstrativa de todos os
ensaios realizados no Instituto "Agrono-
mico; a ecoDomica, com os dado'3 .es-- .
tatistlcos• sobre a situação da industria
.
algodoeira em São Paulo nos ultimo~

annos e, .finalmente,
.
os mostruarios
No Rio de Janeiro, effectuou-se, em com O algodão 11 in natura" e cardado,
Setembro
• •
seguinte, a segunda exposi- e com os sub-productos e tintas .
vega-
ção de aves, promovida pela Socieda- taes corantes das fibras.
de Brasileira de Avicultura e para a O successo da secção. paulista foi
qual o Governo concedeu dois premios. notavel; do que ·dá eloquente • testemu- •

O mesmo se fez na exposição de mi- nho o facto de terem tocado ao Estado



lho, promovida pela revista · "Chacaras 36 grandes premios, 23 diplomas de'
e Qulntaes", . na Sociedade Paulista de honra, 16 menções honrosas e 12 pre-
Agricultura, mios de collabo.ração,
Sob o patrocinio do Ministerio da ..

Agricultura, Industria e Commercio, Serviço Meteorologico O numero·


. .
realizou-se em . Fevereiro ultimo, na de postos meteorologiéos paulistas foi
. ,. , .. ' .

Capital Federal, uma exposição-feira augmentado com a creação de mais


. . l:lm em ' Juquiá. A extensão a que at-
de fructas, na qual o nosso Estado se
fez "epresentar, por iniciativa da So- tingiu a rêde de postos vai permittindo
ciedade. .' Paulista de Agricultura .e com estudos cada vez mais completos e in-
, , : . ' . .

a collaboração de elementos .officiaes. teressantes' sobre o clima 'de São Pau-


Foram . exhibidas em grande variedade lo. Excedem de lQQ os postos meteo-
. . . . .

as melhQ.res. fruetaB, aqui produzidas, rologicos montados pelo Governo' ou .


. . , "
taes como uvas, abacaxIs,
I . ' . .
mangas, ka- pelos particulares, . qUe trabalham em
• •

kis, .. laranjas, 'pêras,. limões, ameixas collaboração com o serviço officiaL .


.
ameiÚ,anas e do Japlio, etc. Tendo im- ,E' de toda a conveniencia a aIlllPlia-
ptessionado a tO'd08, agrada:velmé~te,. a ção do . Serviço Meteorologico,
. . de modo
n~~â. exposição mei·eceu é"speciaes: elo~ que possa attender ao estudo e ã.s ob-..
se~v~ções sobre o regimen ' dos nossos
•• ~ ~ ! " . . . . , "-" . . - -

Ifios'
. -'" .-
do' ·sr. Presidente
.. ... ,. ..... .
' da Republica . -
. , . " . . .- - - •
'Para ' . os'."éong'r' esBos agrícolas do Es- rios e sobre as sêccas e outros pheno-·
-
, ., ",.- . . " , . o". - • • . , _ . .- , .
tiiCloe bem assim para os de producto- menos que affectam a lavoura.
" ... .. •

- - 525

Serviço Florestal -- Desde Abril de I tituto AgTollolnico ou ela


1911, dàta de sua orgauização, até cola "Luiz de Queiroz", •

Março do cortente anno, o Serviço Flo- Por esta fórma, o Serviço' Florestal,
festal distribuiu 4.582.973 mudas, o entregue inteiramente ás suas funcções
que dá uma média annual de 916 _594. proprias, terá mais ensejo para prose'
A distribuição de arvores fructiferas, guir na sua tarefa de impulsionar. a
feita pela secção de fructicultura, re- sylvicultura em São Paulo, intensifi-
centemente cr.eada, elevou-se a 49,695 cando o trabalho de reflorestamento

exemplares de 36 especies diversas. das terras pertencentes ao Estado, co-
A partir de Março de 1915, com o mo as da Serra da Cantareira, da ba-
fim de incitar o melhor aproveítamen- cia do Cutia e outras. Estudará, além
to das mudas de plantas fructiferas, . disso, as medidas convinhaveis para
resolveu o Governo 'substituir o syste- impedir, a devastação das mattas, co,
ma de gratuidade pelo de venda, por mo se faz urgentemente necessario, á
preços infimos, porque a experiencia vista do que se verifica na Serra de
havia comprovado que essa gratuidade Santos, onde foi de mistér a interven-
muito influia pal'a a perda de grande ção official para cohibir abusos. .
quantidade de exemplares, abandona-
dos nas estações de destino ou planta- Defesa Agrícola O pessoal encar-
dos sem o devido cu idado. regado do serviço de defesa agrícola
esteve, durante parte do ann() findo.
Convém notar que esta medida não
provocou a diminuição dos pedidos de occupado na extincção de gafanhotos,
mudas, pois que dellas foram distri- em -varios municípios do Estado. Para
buidas 31.049; gratuitamente, em __ _ isso, foram os inspectores agrícolas
1914; ao passo que, em 1915, foram
I
,
munidos do apparelhamento adequado,
expedidas, mediante pagamento, .. ".. . ministrando aos lavradores esclareci-
49 _695, na importancia total de ... . mentossobre o modo de utilizar o ma-
9: 887$20'0_ terial e de de bellar a terrivel praga.
A cargo do Serviço Florestal conti- Terras Devolutas Proseguiu ain-
núam os trabalhos do Horto Tropical da, durante o anno passado, o s-erviço

de Ubatuba, da Estação Biologica do de discriminação de terras devolutas,
Alto da Serra, do reflorestamento da operando. em diversas regiões do Es-
Fazenda da Chapada na Serra da Can- tado as tres commissões incumbidas
tareira e ·do Campo d€ CaféicuItura. desse serviço e com jUl'isdicção nas co-
As secções de fructicultura e de ca- n;tarcas da Capital, Santos, Mogy das

féicultura não estão bem situadas no Cruzes, São Sebastião, Santa Branca,
Horto Florestal, não só porque"o cli- Santa Cruz do Rio Pardo, Campos No-
ma ali não lhes é favoravel. como por- vos do Paranápanema, Rio Preto, Agu~
que a sua transferencia é indicada pe- dos, Baurú, Lguape, Can·anoo e Xirí-
13, necessidade de não complícar os -
fIca.

trabalhos a cargo desta repartição_ A experiencia prova a necessidade


O Horto de Fructicultura, especial- de uma refórma na lei que rege o a~­
mente das fructas européas, terá sem sumpto, principalmente porque as des-
duvida maiores probabilidades di> - exi- I pesas que o Esta·do· tem feito com a
to nos Campos do Jordão, onde será discriminação da.s terras devol'utas não
conveniente installar uma estação ex- têm. sido compensadas pelos resulta-
-
perimental, sendo o campo de caféi- dos colhidos, taes são as duvidas. e cou-
cultura transferido para Campinas ou téstações que se • levantam a reslloÍto
para Piracicaba. como annexo do Ins- das terras demarcadas_
526 -

.
Existem, por outro lado, grandes ex- entre São Paulo e Jacarehy, e, benl
tensões de terras, cujo processo de~ assim, do sub-sólo
.
da Capital, na par-
mar.catário (:orreu sem e-mbaraços, mas te Central, entre os valles do Taman-
que, offerecidas, á venda em hasta pu- duatehy e do Anhangabahú.
blica, sobr" a base do preço minÍ!no da
llluminação da Capital O nume-
lei, não encontram licitantes.
ro de combustores de gaz de illumina-
Commissão Geographica e Geologica ção publica foi accrescido com 102 fó-
Os trabalhos da Commissão Geogra- cos permanentes e 20 variaveis, o que
vhica. e Geologica continuaram com produz um total de 9,396, sendo 9.002
menor intensidade, devido ás medidas de illuminação permanente· e 394 de
restrictivas tomadas pelo Governo. variavel.
Os serviços de triangulação partiram Attendendo á solicitação da Prefei-
da base Campo Alegre-Ityrapina - tura M\lnicipal, foi autorizada a illu-
desenvolveram-se pelo meridiano de minação, por electricidade, do Miradou-
5" ,20' W. <do Rio de Janeirü, até as ro recentemente inaugurado na Aveni-
proximidades da cidade de Barretos, da Paulista.
no parallelo-20' 30' S.
Serviço Telephonico Durante o
Os trabalhos topographicos foram
anno, fizeram-s.e quatro concessões de
effectuados na região comprehenodida
novas linhas telephonicas, todas sob o
entre Itapetininga, Serra do Paraná-
regimen da lei n. 1.1, de 28 de Outu-
piacaba até Apiahy, na contra vertente,
bro de 1891.
-estrada de ferrQ Sorocabana •
e Itararé
e, bem assim, na zona correspondente Agua e Exgottos da Capital - A ca-

á folha topographica que se denomi11f- I reneia· de agua, verificada nos annos
rã São Simão. anteriores, manifestou-se aindã· enl
Foram publicadas a planta geral da 1915, devido á .excepcional estiagem.
cidade deS. Paulo, as folhas topographi- Os mananciaes continuaram muito re-
cas denominadas Caldas " Rifaina e a duzidos em sel! volume normal, que
.
carta· economica, com indicações sobre depende de chuvas abundantes e nem
.
agricultura, commercio, industria, co- distribuídas durante os varios mezes
lonização e instrucção publica. do anno.
Publicou-se, tambem, o relato rio da Acham-se em via de conclusão as
exploração do Iittoral, 1. a secção da obras de captação do Cutia, para refol'-

cidade de Santos á fronteira do Rio de ço do abastecimento de agua da Capi-


Janeiro. tal.
Está sendo elaborado o relatorio da Terminaram as obras de construcção
2.' secção - d" Santos á fronteira do dos trechos de acqueductos e syphões
Paraná.; e, em relação á fronteira de de cimento armado da linha adducto-
Minas, fizeram-se trabalhos na parte ra, ex,eentando-se grande parte dos tra-
N. E. do Estado de São Paulo, compre- balhos referentes aos syphões .de aço e
.
hendendo os· municipios de São Ben- concluindo-se o assentamento da linha
to, Pindamonhangaba e Guaratinguetá. de conducto forçado de ferro fundido.
Foram iniciados os estudos prelimi-, As obras do Cutia, com excepção do
nar"s para o levantamento da· planta filtro e da linha de intercommunicação.
cadastral do Estado. ficaram ultimadas .em Fevereiro findo, •

O Serviço Geologico, tem versado so- procedendo-se actualmente á experien-


bre o material colhido na campanha ela de carga de· todos os trechos .da li-
anterior e sobre o das bacias tercia- nha adductora.
rias dos valles do Parahyba e do Tieté, A installação da estação experimen-
527

.tal do Bele mzinho não pôde ser con- ainda a fiscalização do abaatecimeut<t
cluída por falta' do materíal necessario, de agua áquella cidade, . contractauo
'cuia acquizição · tem sido dlfficultada com a "City of Santos Improvements
pela guerra. Company".

Dentre os servíços de desenvolvi- Por medida eco no mica, a construc-


mento realiza.dos, convém mencionar a ção do ediflcio destinado li Hospedaria
extensão do abastecimento de agua li de Immigrantes, assim como a execu-
Penha, a s ubstituição de 4.529. m50 ção dos canaes de drenagem foram in-
de cana1izaçào de dianletro insufficien- terrompidas em 1914 e continúam pa-

te por outra. de diametro maIor, e o ralysadas. As condições sanUarias de
assentamento de ' 14.744 metros de certa zona não beneficiada da cidade.
prolongamentos. onde têm 'lpparecido casos de malaria ,
Proseguiu-se no trabalho de rema- reclama:m a cOIIle1usão do plMlO de sa-
.'
'nejamento da rêde distribuidora de neamento, na parte relativa á drena,
agua; fizeram-se 1.926 ligações domi- gemo
ciliarias e. 716 desligações, ficando ele- A rMe de exgottos de Santos tem
.

vado a 45 . 961 o numero de ligações funccionado regularmente. A de São


independentes. Vicente, porém, está ameaçada de não
nas obras de desenvolvimento da rê- poder ser mantida em condições de sa-
·de de exgottos convém mencionar: t.isfactorio funccionamento, por falta
a conclusão dos exgottos da Barra Fun- de agua. .
da e Bom Retiro, a rêde de Agua Bran- Isto fez com que a municipalidade
ca , o inicio da construcção dosexgot- de São Vicente , por contracto com a
tos da Lapa e Sant'Anna, o emissario "City". assumisse o encargo do paga~
do Tamanduatehy e o prolongamento
da galeria da . rua Glycerío.
I menta da agua que aqueUa empresa
teria de fornecer li localidade.
- . O emissuío do Tamanduatehy é des- De accôrd.o com o regulamento ap-
tfnado a. a llív'iar a rêde· tri'bu taria CIo provado pela Congresso, uma parte do

.antigo coHector•
da Cantareira e a re- serviç'. domiciliar de exgotLos de San-
ceber os contingentes dos bairros do tos é . gratuita. A paRe cobravel pro-
Ypiranga , 'p arte de Villa . Marianna, duziu, "fi, 1915, a Importanela de 44
Jardim da Acclimação e Cambucy. contos que, reunida á de 374 contos,
Em 1915 . foram construidos 38 .13~ proveniente da taxa de exgottos, fór-
-metros 'de ramaes de 4" e 2.280 me- ma o total de 418 contos, que repre-
tros de 6" ; 3. 053 metros
" .
de collecto- senta propriamente a renda dos servi-
res de 12" ; 3.185 metros de 9"; .... ços de exgottos de Santos
.
.
5.461 metros de S"; 9.915 metros de <Com o augmento pr<>gressl'Vo de ar-
6", ~Iém de 791 metros de 1,m40 de recadação, em breve será Iniciado o re-
diametro: 1.827 metros de' O,m60 e gimen de saldós; já em 1915 a renda .
'333 metros de O,m45. f<>i inferior á despesa a-penas em 14
Foram ligados li rêde de exgottos contos.
1. ~58 predios, ficando o !lumero total
Obras Diversas Em vIrtude aa si-
elevado a 45. 601. tuação financeira, continuaram sus-
Saneamento de Sant<ls e de São Vi- pensos os serviços lIe execução de no-
cente
. A conservação
.
dos ,erviços dê vas obras. Foram feitos, durante o an-
<lxgottos de Santos e São Vicente, cons- no passado, orçamentos no valor de
truidos pela extincta Commissão de Sa- 1.732: 196$639.

neamento, está hoje a cargo da Repar- Dentre estes orçamentos, merecem
tição' de egual nome, .', qua l compete especial menção os dois seguintes:
- 528 - •


a) ponte de madeira sobre o rio continuação de zerviços iniciar!os em
Paranãpanema. em Porto Un~ão, pro~ exercicios anteriores. Assim, a cons-
xima á estação de Ourinhos, na divisa trucção dos edificios para escolas nor-
deste Estado com o do Paraná. Esta maes de São Carlos, Botucatú. PIracI-
ponte tem 184,m50 de comprimento e caba e Pirassununga, continuaram em
as obras foram contractadas em 15 de andamento. O edificio da escola Nor-
Maio de 1915. Acham-se em andamen- mal de Botucatú foi inaugurado em 24
to e devem ficar cone] uidas no cor- de Maio proximo passado e os ,las e8-
rente anno; colas normaes de São Carlos e de Pi-
b) ponte sobre o rio Parão, na racicaba estão quasi concluidos.
estrada de Barrêtos a Guayra, coio. .. Foi contractada, durante o anno de '
230,mOO de comprimento, tendo ainda.
1915, a conclusão dos seguintes edi-ri-
7 pontilhões e 2 grandes aterros, por cios: cadeia e forum de Itapetininga,
serem as margens do fio sujeitas a en- Villa Bella, S'ertãozilliho, Franca, Ba·
chentes. Os serviços foram contracta- tataes, Pindamonl\angaba e postos po-
dos em 20 de Outubro de 1915. As liciaes de Altinopolis, São Miguel Ar-
obras estão em andamento e tambem cbanjo, São Sebastião do ·Turvo , Vi-
deverão ficar concluidas no corrente radouro, Serra Azul e São J03!Cluim,
anno. não estando terminadas, apenas. a.s
Além desses dois' projectos, cujas obras de ItapetiniÍlga, Vira douro. F'ran-
obras foram contractadas, outros fo- . ca e Batataes. . '
ram feitos e adiada a sua execução pa· I As obras do Palacio das lndustrias,
ra occasião opportuna. na Capital, vão tendo um andamento
Concluiu-se a ponte sobre o rio Pia- muito moroso. Póde-se dizer que o Es-
guby. na estra:da de Guaratinguetá ,. I
tado até hoje pouco dispendeu nessa

Minas, iniciada em exercicio anterior. I construcção, a qual Veln sendo custea-
Foram feitas diversas obras de re- da com os donativos das Estradas de
..
paros em estradas e balsas, assim como Ferro lngleza, Paulista , Mogyanae
a reconstrucção de pontes e pontilhões. Sorocabana. .•
Continúa em andamento as obras de Convém, talvez, não deíxar as -obras
reconstrucção da estrada Vergueiro, assim estacionarias e proseguir nellas,
entre ,são Paulo e Santos. afim de corresponder á boa vontade
Tambem mandou o Governo execu- daquelIas empresas que, tão solicitas,
tar as obras de reparos da estrada de acudiram ao nosso appelJo . .
Barretos ao Porto do Tabôado via N e s s e ed~fioí()'1 potderia'm.os, COlL
. .
Rio Preto • já tendo sido concluido grandes vantagens para o melhor co-
o serviço ' que foi contractado com a nbecimento de nossa capacidade . pro-
Companhia Paulista de Estradas . de ductiva, insta llar, ao lado do mostrua-
Ferro. Essa estrada de rodagem tem rio 'propriamente industrial, um museu
312 kilometros de extensão, sendo do- agricola para exposição permanente
tada, de distancia em distancia, de be- dos productos da lavoura paulista.
bedouros para
. anirnaes e de
. rancho. e Secretaria da Fa.zenda e Estações
mangueiras para pousos, facilitando Arrecadadoras A arrecadação re-
assim, o transito
.
de boiadas que, de, . guIar dos- impostos e a sua rigorosa
Estado de Matto Grosso, demandam as appUcação, r epresentam do facto!'es im.-
invernadas de Barretos ecircumvizi-
• portantes da normalidade da vida fl-
nhanças. nan·ceir-a do Estado, continuam a ser
Na parte referente a edifícios, as · obJécto de preoccupação constante . do
obras mais importantes foram as de Governo.

529

A actual organização dos serviços ~ blicos, muitos proveitos resultarão


a cargo da Secretaria da Fazenda não para a fiscalização das despezas do
corresponde. entretanto, ao grande Estado.'
desenvolvimento que tem tido nos ul-
Lei de licenças Outro ponto a
timos a.nnos. esse departamento da.
I destacar é o que diz respeito á lei vi-
administração, nem ha.bllita os seus:
gente sobre licenças, n. 1310-K, de 311
runcció narias a exercer.em, com dese- I•
de Dezembro de 1911.
javeI e1i.ficacia, a sua acção fiscal. A largueza com que a nossa na-
'E' i'lniprestin\di'vel uma reforma que,
tural longanimidàde, acoroçôada pela
dotando essa repartição com os ap- condescelldeucia das inspecções de
parelhos ne·c-essarios·'aó seumelhol' saúd·e, i~terpreta e amplia as díspo-

fUllccionamento. lhe permitta attender
sfções do respectivo art. 21 inspi-
ás novas exigencias dos serviços q I,H!
rado, aliás, na preocupação de defen-
lhe incumbem.
der os interesses da collectividade:
As recebedor-ias, mesas de rend&.~, I
tem converti'do esse texto e-mo farto r(~
eol'Iectoriás e po:stos. fis·eaes estão re- ; -
pÜ's-itorio de ·concessoes, que a €qui-
clam,ando uma. nOva organização, de • dade explica, mas que perturbam o 8e1'-
modo a. poderem desemp€u:har (;0111 I
viço pUblico e onera:m fortemente o
segurança, as attribuições de q ne es- Th€souro.
tão investidas.
Parece-orne ·qu-e bem a'visado andariô.
 modicidade das I)lultas, motiva- o Congresso si discutindo o projecto
das pela. impontualidade no paga-
que, sobre () assurn.pto, foi apresentadu
mento dos inllJostos, e a morosi·da·de. a uma de suas casas limitasse, por
nos executivos fiscaes concorrem po- clara dIsposição legislativa, os favores
der-oIBa:m.2nte, não só para difficuldades da licença, co-m todos os vencimentos
na arre'Cada.çào,

'co-mo ta-IDlbe'm para e da subsequente disponibilidade aos
serios pre:julzos ao T-he"so'uro.
\f·unecionarios publicas 'p-roprie..mente
A eleva~ão da multa, quando os düos e aOS caso·s de ffiülestia conta-
impostos nâo fo-rem pagos nas épocas •
glOsa.
devidas, .e a· celeridade no processo da
co-brança ·da. divi·da activa darão ord'em Repartições subordinadas De-
à arrecadação, collÚ'cand.o o Thesouro pendentes da Secretaria da Fazenda.

a salvo de con.siderave! decreseimo nas 1 existem repartições .e serviços diversos,


Teceita" orça.das. i, que reclamalTI tambem modificações no
Providencia de grande alcance para , seu apparelho funccional, afim de que
3. bôa. fiscalização no' emprego das possam preencher cabalmente os fins a
-Quantias destinadas ás despezas pu- i
\ q u.e se destinam.
blicas,SBrá a de concentrar no The- !I Dfintre elles, se destacam a Bolsa
-souro do, Estada a missão de e-ffectuar I• Official de Café, a Camara Syn-dical

todos os pal'1amentos, mantida apenas i


de Corretores de Café, a Caixa de Li-
a thesonra)';a da Secretaria da Jnstiça quitdação, os Ar.mazens Geraes, as Ca-
e segnrança Pwblica, para attender aos maras Syndicaes dos Corretor·es de
3erviços que lhe são inherentes. Fundos, a Inspecção das Loterias e as
subvenções ás instituições de benefi-
Da adopção dessa medida e da ri-
. ceneia .
gorosa, observancia da.s - disposições
contidas no Decreto n. 631 de 31 de Bolsa de Oafé e Caixa de Liquidação
Dezem b)'o de 1898, que regula a to- No intuito de regularizar o com-
.
ma da de éonta.s aos exactores e aos mereio de Calflé na praça de Santof;.
,demais responsaveis por dinheiros pu- dando a todas as transacções a devida

.

530 -

publicidade e fornecendo aos interes- jam effectuadas as respectims o. _ . opera-


.
sados a cotação oUicial e real das ven- ções.
da. do producto disponivel e das ope- Uma fiscalização completa em to- -
rações a termo; a lei n. 1.416 de H dos os serviços ; um exame rigoroso-
de JuI-ho de 1914 <:reou a Bolsa Olfi - na escripturação' e, talvez mesmo, uma
cial de Café, a Camara Syndical dos interferencia directa do fiscal da emis-
Corretores de Café e a Caixa de Liqui- são '<los titulos, contribuiriam, de modo
dação, tendo o decreto n. 2.516, de 23 e-ffi.caz, para que esses utiUssimos ins ~
de Julho de 1914, regulame-atado es- titutos .p ul(iessem funoC'ionar c o m
sas instituições. maior desenvolvimento, prestando .
á.
Motiv·os de ·ordem. .superior impe- prod ucção do Estado inestim;t veis ser- ·
diram 'que esses appareI'hos tivessem viços, não só para graduar a offerta:
iniciado o seu regular fúnccionamento. como , para d.efender os preços contra ,
as manobras dos e.speculadores.
A praça de Santos, por onde se es-
,COl'l'etOl'es de fundos - Assumpto··
côa quasi toda a riqueza produzida em que merece a mais cuidadosa atteução
São Paulo, v.em baseando as suas -tran-
. é o referente ao f'unccionamp uto das
sacções, principahnente, na confiança Bolsas e Camaras Syndicaes de Cor-
recíproca existente entre os membros retores de Fundos.
da honrada classl> commercial daquella A,fim de que o publico . ao applicar
cidade; "mas é imprescindivel que esses as suas econo'mias em titu!.os de com-
negoci os seja·m reV1esUdos das ·mais se- panrhoias e empresas, não seja v-ictima
guras garan tias, asSim como ha toda de fraudes e conluios, que po,nham
a. ,conrvenf.e'll'Cia para o pábHco, e, es- em risco esses haveres accumula-
pecialmente para os productores, que dos, não raro, com os maiores sacrlfi- ·
acoID;p-anlham a ,m archa das operações,
ctps tornam-.se noce·ssarias provI -
em que se façam bem conhecidas as dencias que cohibam taes abusos.
verdadeiras .cotações das mercadorias.
Não se justifica que as cotações dos
Parece. pois, opportuno o momento Utulos de emprestimos federaes, esia-
para que os institu tos creados pela lei duaes , municipaes e extrangeiros só
de 1914, comecem a desempenhar a possam ser a·c"Ce'i,tos nas "bolsas med ia:) -
ilD'Porta:nte missã.& que lhes foi con· te aucoorlzação do governo . 'luando as
fiAda. cotações 'dos titulos de empresas par-
Armazens Geraes Com a louva- I ticulares dependem unica·mente do con-
vel preoccupação de fornecer e animar I sentimento das canlaras syndicaes.
a fundação de armazens geraes, que A bem do . Int"resse geral. é preciso .
desempenhem as funcções constantes restringir a facilidade com que são
do decreto federal n. 1.102, de 21 de lançados e a'dmittidos nas bolsas, titu-
Novembro de 1903, tão proveitosos ao los .que, muitas vezes, estào desacom-
amparo e á defesa da nossa producção, pan1had-os das n-e'cess-arias garantias.
o Governo concedeu a garantia de ju- Ao Governo e ás camal'as synd,icaes
ros a divet:sas · 'empresas e contractou devem ser co n'fel"idas attl,i·buições I>,\ra
com eUas a' execução dos serviços pe- um estudo acautellado dos documentos
culiares . a esses estabelecimentos. orighiarios e da avaliaçã<l dos bens
Para que essa · instituição corres- offereeidos em garantia, sendo eSSa a
ponda aas fins da sua creação . tor- condição preliminar para o consentl- .. ·
'

na-se preciso que hajà absoluta confi- mento na offerta e na venda dos tI- ·
ança por parte do publico, fUlndada na tulos.
serieda.de e na: exactidão com que se- Empl"cstbnos nlunicipaes Aests,
531

proposito, devo ainda solicitar a espe- !Com a i'l11·p ortancía d~U es . oc-ct) r, r ~ r a OS
eial attenção do Congresso para a si - ' 'gastos da administração 10001.
tu ação de algumas municipalidades E' a conselhaveI uma provide ncia
que, confiando d.emasiado em seu cre- que, r e sa)vadas as concessões porv-en-
. .'.
"Uto e cO'ntra.hindo emprestimos d e tura existentes, abl"1gue os ffil:l:n.í cipios
c~teio superior a'DS propri os re'curso~, e o E s ta do contra evelltua,lidades de
estão hoje em mora no pagamento de desa,grad a veis conseQue n·cia:::;.
alguns semestres,
Fisca.1i7..ação de lot.erias - -- A fisc3.*
Essa impontualidade. s obre trazer
I lização da lote ria do Estado res e nte-se
em baraços para a vida dos lU unicipios,
de falha s , m e rcê das quaes, ço m grande
ve m reflectir-se, de modo nocivo, so-
prejuizo para os contractantes -e para
br a o credito do Estado .
o Thesouro , são vendid os, dentro dO'
A lei n . 1.09'4 de 23 de Outubro de
nosso te rritorio , bilhetes de lot ..
e rias de
1907, estabelece u, cO'm" limite maximo outros Est ados.
,

para o serviço dos juros e amortiza-


E' con veniente m elhorar !) serviço.
ção dos emprestimos mun'kipaes, " amplia.ndo os seus meios dB acção.
quarta parte da respectiva r,e nda; e a
lei n. 1.344, de 18 de Dezembro de Auxilios .c subvenções -- A car~o · da
1912, em vez de restringir ainda mais Secretaria da Faze nda está o paga-
a liberdade de que gosavam as muni- mento d os auxil ios e s ubve nções ás
cipalidades, elevou a uma terça parte instituições pias e de beneficencia. Re-
dessa renda d' maxi-m,Q palta o custeio dama a:ttenção a a vultada ímporta ncia
das dividas contrahidas. da verba o-rçamenlaria dp.stinada. a.
. taes esta belecimen.tos.
!Si o valor dos em'pl'estímos estivesse
em proporção com a quarta . ou mes- E' cer to que o E stado uáo deve
mo com a t erça parte das rendas ef- furtar-s e a auxiliar assis ten(!ia, dos en-
fectiva s dos municipios , tornar-se-u'1 fer·m os e dos invaUdos ; mas não é me·
nos certo que á iniciativa partic ular-
pouco provavel a impontualidade. Os
serviços locaes continuaria.m regular- é qu<! incumbe, precIpuamente" o de-
ver de a n gariar recursos para a ma-
mente e ° Estado estaria livre de ver
nutenção dos instit u t os qu~ a esses
o s'e ucredito abal""do por tr a nsa~çõe s,
fins se -consagram.
em que não foi parte e a que não
de u a sua responsabilidade. E' tal o valor d as subve nções e "
,n umero d os est..belecimentos o ffie lal-
Infelizmente isso não a conteceu;
luente estipendiados. qu e parece se va:e·
porque as leis d e 1907 e 1912, permit-
a ffrouxando , a pouco e pouco . . o sen-
tindo que á s r endas ordtnarias e ef~ ,

fectivamente arrecadadas fôssem addi- timento de .cal'ida de entre nós.


,
cionadas as receitas provaveis dos ser- A inciativa particul a r limita-se á
vi ços apenas inje ia,dos, originaram fa * creação dos institutos, entregando-o",.
cilidades que estão ent:r,a vando e conl- depOis , qua si excIusiva men re , aos cui-
llromettendo o futuro de varias das dados do Thesouro .
nossas in'UnicipaJidades. Algumas hou- E' ju st o q ue o Es tado anime a be-
ve qu'" ou ficaram na contingenda de nefic·encia nas suas differentesma nl-
sa crilfiear a execução dos m ..is ru'di- Iestações ; mas é ina dmissÍrvel <tu e. · 3:.
mentares 'e im'p eriosos s erviços Iocaes , s uas expensas, mantenha as in 8tilu!-
para attender ·assim aos c ompromissos
<,ontrah-i'dos ;. ou - o qu e é a inda mais mentos CO'm o o actual , e-m que a \' i!ln
I;rave se viram forçadas a não sa- do Thesouro tanto se resent ~ d., r. 1'!H(li
. ..

tisf.a.zer os pa·g a mento.s devidos para, I mundial.


,
Pan;i~e-me_ de bom aviso uma cau- Dezembro de 1910, facultou ao Go-
,
telloHa revisão na lista das subvenções ' verno coutractar com o. Banco a ele-
para o el'feito ·de se-r limitado o
mero dellas ao de estab-elecimentoH.
!lU-
I vação -do. capital a cento e cincoenta
milhões de francos.

cuj·os serviços á po.breza sejam indis· D_fificuldrudes sOlbrevíndas impedi-
cutive!s_ raro que essa elevação· se veri.ficasse,
tendo ficado, por isso, até hoje, sem
Credito agri(~ola Procll ra.ndo de~
execução aquella providenc"ia; .da me~­
senvolv·er:as forças product.ol"u::> do Es-
, I ma fórma por que ficou sem approva-
tad"O, o Governo, al1ém -d-as providencias ,

ção a projectada re'fol'ma 'lios estatutos


l'elativas ao- forneciment.o de· braços,
do Banco.
:á fa'CiIidade de tra.nf'iportes marítimos
, E' incontestavel, entretanto, a -ue-
e terrestres, á redueção d<e fretes, â. '
, cessidade daquelle augmento de capi-
dimjnuição de taxa.s de portes e de I
j tal, para satisfazerem·-se os pedidos
i.mpostos que oneram ã. nossa l'ique-za,
da lavoura e auxiliar-se o desenvolvi-
-vem se pre(H.~('upando, com o maior in-
manto de outras f{lntes de producção;
teresS"B. da. (;reação 011 remodelaçã.o d-e i
assim como é de toda a conveniencia
€stabele-ci:me·ntos de credito, que pos- I
! que sejam ·co·nverUdos em moeda -cor~
sam . fornecer, a juros- modicos, os 1'e-
l'ente do Paiz os emprestimos exis-
cursos de que necessitam a lavoura e !
tentes.
as Íill'dustrÍas.. quer ·para. o seu custeio !
• Para que o Banco preencha os fins
quer para. a protecção dos seus pro-
da sua creação e justHiqu€ os favores
duetos. de que gosa, é preciso que se habilite
,Por meio ,lo B'anco de CredUo Hy- co'm os recursos necessarios para 1e
pot'hecarío e Agri.cola das caixas eco- var, por meio de agencias ou succur-
-llomicas e das noop-erativa.s agrícolas, l'mes, o capital e O credito, a juros mo-
acredito que ..encontraremos solução ra- dlcos, a todos os pontos do Estado.
zoa-vel para ~ntender ás justa-s reclama~ onde sejam reclamados pela grande
ções das da.sses interessadas. ou p·equena lav-oura.
-Banco H;)pothe(>a.rio e AgI"icola- Durante o tempo em que havia es-
De accôrdo com a lei 11, 923, de 8 tabil'1dade no cambio" os contractos

de Agosto de 1904 e 11. 1.160, de 29 feitos em . ouro cau-sava.m gJ'landes. pre-
'

de Dezembro de 1908, o Decreto j-uizos aos mutuarios; m·as hode. com


n. 1. 7 47 dê 17 de Janeiro de 1909 ap- :, a baixa das cotações, enormes são as
provou Os estatutos do Banco de Cre- ; differenças contra elles. .
dito Hypotheoario e Agricola, desti- Uma o'peração de credito, ten'do por
nado a fornecer auxilios á .lavoura fim. a aoqnisição de o,brigações
.
ouro .
por meio do credito hypothecario, a de modo a serem ellas convertidas em
,

longo prazo. do, cr€dito agricola para moeda ,na-cional, lnuito contr·ibuirda
custeio das propriedades, dos descontos • para alliviar os prestamistas dos en-
e redescontos de titulos e da cau~ão cargos a que ora se- tem de sujeitar.
I
de "wá:iTants l~ • I, O Governo está habilitado. pela lei

o capital inicial foi de cincoenta n, 1.461, de 29 de Dezembro de 1914,


milhões de. francos, sendo dez milhões [' a contl'a'hir emp,restimo até, '
em acções " quarenta milhões em obri- 50.000: 000$000, para a constituição
g-ações ou ":de;benture-s". I de um fundo especial de auxilio a la-
I
Verificada a insulficlencia dessa voura· mediante juros maximos de seis
aomma para attender ás necessidades
da lavoura, a lei n. 1.245, de 30 de
II
por cento ao anuo.
No momento actual, dHlficil sinão
,

533

quasi impossivel . será levar a efteito " desses institutos, agora e"pur~adosdos

simil!hante operaçÍi.o. vicios , e falhas que occasionaram o
No empenho, porem, em que está. o mallogro dos primeiros ensaios.
Go"erno de fornecer a todas as fontes As cooperativas agricolas ou caixas
. de producção os re'cursos necessarios rl1raes. constituidas pela associação dos
para o seu dese nvolvimento, que im- la vradores e ligadas ' ,a um estabele-
porta em accrescimo da fortuna do Es- cimento· central, que exerça sobre el-
tado, providienciará opportunamente, las relativa superintendencia' e lhes
e pelos meios mais -convenientes, para proporcione os fundos necessarios 'p ara
que sejam satisfeitas essas legitimas o seu regular fuucc·iona.mento, repre-
aspirações. ' sentam, elementos da maior efficacia
rEm.trementes, penso que, com as 1'e· I ua expansão do credito agricola.
servas
,
de que possa dispor o ThesourO , ;Alem das operações de ' credito, que
e com O concurso de capitaes colhidos
, ,
lhes sejam facultadas para provimento
nas economias do povo paulista, fiqne dos recursos tndispensaveis, · as caixas
o Banco desde logo apparelhado a vir furaes poderão tam·bem recolher as
ao encontro dos desejos das classes pequenas economias realizadas nas ci-
ll'roductoras, dades do interior, com a obrigação de
,
Obdecendo a esses propog.itos, o 'd evolverem-nas á circulação. em ap-
Governo facilitou, com a sua respon- plicações reproductivas e em proveito
sabilidade, um em'PI'estlmo. de . . . da lavoura e das industrias locaes.
10.000: 000$000 no Banco do Brasil, Esta forma de mutualidade, que en-
affectando-o principalmente a attender tre outros povos tanto tem prosperado
ao custeio da lavo ura no .corrente 'h a-'de ' forçosamente implantar-se no
, "anno., •
"
nosso Estado .
(
Cooperativas agt1colas A inicia- A' iniciativa dos particulares e das
\ tiva particular paulista, orientando-se I classes interessadas não faltarão, pOr
.
" na bcção de outros povos, procurou, certo, o apoio e o auxílio dos poderes
"
-com. vJgor e perseverança, ' resolver, publicos.
" pela mntnalidade, o prOblema do cre- Caixas economicaB Emquanto na
dito agrícola. !Europa e na America do Norte as cai-
. ' (ls Bancos de Custeio Rural, funda- xas ecouomicas são iustituições livres
dos nas pr,ineipaes cidades e centros ou simplesmente fiscalisadas, cujos
agricolas do 'Estado, estavam já pres- . depositos 'voltam immediatamente á
tando relevantes serviços á lavoura, circulação, para serem applicados em
afigurando-se a todos que
, , .elles, dentro
'
fins reproductivos e em beneficio da
·em brev·e, -viriam satisfazer, por comple- lavoura, do commercio e da industria
to asexígencias do custeio das proprie- no Brasil, reguladas ainda , pelos pr!n-
" dades .'a gricolas. c·iVios consagrados na lei n. L 083 de
Defeitos de organização e, quiçá, 22 de Agosto de 1860, elIas não pas-

falta de uma severa vigtlanc!a no ', mo- ,sam de méras agencias ,
cYfficiaes de
vimento desses estabelecimentos, fi. , emprestimos ao Governo·,· o qual, otn
, ' ,

': . zeram com. que elIes, fr~8trando a sua vez de empregar os fundos recolli!do"
missão, se arruinassem prematura- no 'desdolbrwmento' da ' riqueza nar:I .. ·
mente, nal. se contenta· em applical-os, q tllt.n{
, ' ,
O desastre occorrido ,não deve, en-
.
sempre, ao pagániento ·· das d08pnlUltt
tretanto, desanimar aos particulares e publicas. "
aos' poderes
, '
publlcos. De sorte- que. a,lié-m de drO IlH I't:, 111
Convem insistir no restabelecimento para (i· c·entro ·as ·economias arnwll.,lh ;·
534

das em todos os pontos do Paiz, de- tação · do arbitrio conferido '"


ao Go-
pall'Pera:ndo assim as zonas em que verno e de que elle tem usado" e abu-,
operam; esses institutos degeneram, sado, com incalculavel" damno para as
entre nós, em serio perigo para: a finanças do paiz, perturbando-as e '
União, cujo debito cresce, dia a dia, anormalizando-as . ....
pelo augmento ,progressivo dos depo- Esse regimen não deve •continuar, '
• •
altos e pela consequente elevação da pelos grandes males a , que dá origem,
somma annuoalmente destinada ao ser- e que recaem, principalmente. ~obre '
,

viço ,d()s respectivos juros, o Estado de , S, Paulo.


Mais de 150.000: 000$000 tem pago , 'Pelo ultimo rela tOTio da C,.i"a Eco-
. ,
o 'l1hesouro Nacional., sem vantagens nomlca da Capital, relativo ao anno,
apreciaveis, em prestações de juros às de 1915, vermea-se que actualmente'
caixas economicas. os depositos, fructos das economi<ls do
Em ínemoravel trabalho, elaborado povo paulista, montam á importante '
por uma comniissão de pà.rlament.ares somma de réis 39.605: 656$016,
Incumbida de dar parecer sobre as cai-
Essa enor,me quantia,. aQ. invés "d e -
xas econom,icas e da qual fazia pa.rie
fixar-se 6JQui e ser restituida á circula-
o actual Min!i&tro da Fazemda, dr.
ção, em favor do nosso desenvolvimen- ·
Pand-lã, Calo geras, depara'mos Com aB
to agricola e industrial, foi canallsada ,
seguintes considerações : ' ,

para as arcas do 'I1hesouro Federal e ,


"Estamos onde estavamos em
provavelmente empregada oa 'amorti-·
1860,
,
ElIas são hoje o que quiz que
,
sação da divida publica ou, de preta-,
ellas fossem a lei da sua ereação:
reneia, nas despesas ordiuarias, da oa- ,
méras repartições publicas, simples
ção.
dependenclas do Thesouro, a este
,
Zelando pelos nossos interesses, con-~
presas e escravisadas, sem a menor
vem cuidar quanto antes da organ~a- ,
parcelIa de autonomia.
ção das caixas . economicas estaduaes, .
Menos, , porem, afflrmamos desde
de áccordo com a moderna orientação ,
,já, e francamente, de que na sua su-
so bre a materia.
I
,

"bord!nação ao Estado, no seu cara-


E' iodispensavel que as economias ·
eter orficial e burocratico, o mal
do povo de S. Paulo aqui permaneçam,
" maior, a causa efficlente da impos-
não recolhidas ao Thesouro do Estado"
sibilida'de- em que se acham de bem
. .,
a tHu.lo de e'mP:rest\~mo; mas, rsjm, en-
,

,, ' desempenhar o seu verdadeiro papel


tregues á circulação para incremento. -·
,>, e va,n tajosamente preencher a funcção
da lavoura, <Ias industrias e ' .(Io com-
., . ~ 'complexa, que em outros paizes sa-
mercio.
" ,tisfazem, está na disp'o sição estreita, Assumindo . a respousabilidade , dos ,
,,' -imprevidente,' auti":économíca e peri- depositos, mas dando-lhes , uma appll-
, go,sa ' da lei referida ' e até hoje man- cação reprod uctiva, o Estado prestará ,
" tidá, que manda 'que ' as economias inestimaveis , s,,,viços e multo 'contrl- ,
o., 'depositadas ' no 'Thesouro, e ahi es- buirá ' para ' o augmooto da nossa ri-
-,", 'ctiPtu'T;idas ' como deposito, fiquem á queza.
di~posição do Gove,.no~' que, ao seu Regimen tdbutal'io A Const-itui· ,
, "crltet'lo, ' as poderá ' applkar
. ou
- na ção Federal, estabelecendo a p~rtUha
'
" . . ,. '
,
, ,

amortização da divida' publica fun- d~s rendas entre á União e os Estados,


, ,

.
dada ou nas despezas
. '
, •
ordinarias
. ,
do • • <
claramente dispoz, nos arts. 7 e 9, que '
Estado.
".

_, é da competencia exclusiva da União


A'h i estão ale~aÚsaçi~ ~ a decre-
, ' ,
,
decretar impostos sobre a Importação,

.,
535
(~ P. pr oc ed en cia ex tra ng eir a, dir eit os
• ,Pa ra att en de r ao s Oll US or iun do s d/e:
de en trr ud a e sah<id.. de na v;o s. , ta- ,

ser~\'iços pu bli co s, o no sso Es tad o COD~



xa s de sel lo e tax as de c<Jrreio e tel e- ta, pri n" j,p alm en te, co m o im po sto de
g ra ph os fed era e s; sen do da co mp ete n- ex po rta çã o de café'. Ex ce pç ão fei ta, dl1'
ela ex clu siv a do Es tad o decr eta r ira- fum o, do co nro e da len ha , cu ia eX -
po sto s sol>re a ex po rta çã o de me rca do - po rta çã
,
o é rel ati va me n te ins ign ifi ca nte ,
1
ria s de su a pro1pria pr od uc ção . sob re ,to do s os de ma is
pro du ct os da ind us trt r.
im mo ve is ru ra es _ e ur ba no s, so·bl'e ag ric ola , pa sto ril e ma nu fac tur eir a sáe m
tra ns mi ss ão de pro pri ed ad e, sc>bre i n - l' do ter rit or io do
Es tad o, liv res <le Q ua !-
du str ias e pro fis sõ es, tax as de se1l0 qu er im po sto .
qu an to ao s ac tos em an a.d os do s seu s O qu e rec áe , ob re a sa hid a de ca fé
res pe cti vo s gO'Vernos . e tax as -concer- é, po is, a ba se lia no ssa tri bu taç ão ; é
,
'l" nte s aOS lel eg rap ho s e co rre ios . so br e el1e qu e, em ce rca de 50 %, SOl
. Re'co n'b ece nd o ass im ao s E's tad os o ap oia a rec eit a do Es tad o; é so bre eIl e
dir eit o de tri bu tar e pr ote ge r as ind us - ,

qu e est á ass en te, po rta nto , o no sso sy s..


t.rias ex ist en tes no s res pe cti vo s ter ri- lem a tri bu tar ia.
tor ios , a Co ns tit uiç ão F edel' al, no § . Co nfo rm e já tiv e oc ca siã o de dizeY~
.
3.0 do art . 9. co nfe riu -lh es a fac uld ad e "lqualJquer cri se ou ab alo · no vo lum e da
de tax ar a Im po rta ção de me rca do ria s co lhe ita , no pre ço da me rca do ria , no'"
e xtr an ge ira s q ~.ando de st.inada s . ao CO,D - seu s ·. me ios de tra ns po rte ou no s seu S
au mo loc al, rev ert en do , po rém , o pr o- ,

me rca do,s co ns um ido res . co llo ca im me -


du cto do im po sto ao Th eso uro Fe de raL dla tam en te o Th eso uro em po siç ão pre -
Te nd en cia s pr on un cia da me nte inv a- 1 ca ria e em ba ra ços a, pa ra
ho nr a r 08
so ras da co mp ete nc ia do s Es tad os, em I seu s co mp ro mi sso s e pa ra a tte u<
• ler ás
ma ter ia de tri bu taç ão , têm co nse gu ido i suas ne ces sid ad es us ua es . . .
vin ga r co ntr a tão cla ras dis po siç õe s I Um re gim en tri bu tar ia, ass im fal he
1
co ns tit uc ion ae s . . II e ins tav e!, de so rie nta e fru stra.
as est i..
O im po sto de co ns um o so bre .pr od u- ma tiv as or ça me nta ria s lna is sen satas..
cto s da ind us t'ri a do s Es tad os ; O im - ao me sm o pa sso qu e en vo lve um a
po sto de sel lo so bre tra nsm 18 são d'e , am ea
ça pe rm an en te ao de soel lvo lvi me n-
pro pri ed ad e; os im po sto s so bre div i- to ple no e tra nq uil lo da ac çã o go ve r-
de nd os de em pre sas sit ua da s' no ~ E s- Ila me nta l.
tad os , qu e a Un iã<J ho je a;rreeada, e
Co nv ém est ud ar e pro mo ve r a r e!ó r-
ma is o im po sto sob re a ren da , qu e
m a de sse reg im en , a sse nta nd o-o so br e
se co git a ins tit uir po r iei fed era l, Iba ses ma is . so lid as"..
vêm inc idi r dir ect a e ev ide nte me nte ,
J
INa d-i stri:buição ' e qu ita Uv a do s im ...
s obre as ind us tri as, sob re a tra ns mi s- po sto s., co nd uz ida de fór ma a fazel-oE
são de pro pri €d ad e e s ob re as pro - rec ah ir sob re tod as as cla sse s so cia es
fis soe s, fon te.s de ren da ess as, qu e a. e so br e tod os os r a mo s da ac tiv ida de
no ssa Co ns tit uiç ão att rib uiu pri va tiv a- , luc rat iva , e de sti na
da , pa rel lel am en te.
me nte á co mp ete né ia do s Es ta dos. a all ivi ar, a po uc o e po nc o, a lav ou ra
Pa ra qu e es tes de sem pe nh em a su a do s pe sad os en ca rgo s qu e ve m su pp or-
mi ssã o e ad ap tem , no s res pe cti vo s ter - Itan do ; na ge ne ral iza çã o do s tri bn tos .
rit ar ias , um re gim en tri bu tar io ca pa z , de mo do a ev ita r qu
e a ev en tua l de fi-
de fo me nta r o seu eng ran dec iD 1'9 nto , cle nc ia de um a pa rte da rec eit a P()SJi3.

:-;em exceSSIVO gr av am e pa ra o po vo ; e• ca us ar sér ia pe rtu rb aç ão á vid a f)r~a ­
pr eci so q ne sej am res pe ita da s as ra ias me nta ria ; res ide m os prin c ip a..(~s I·~ nfli ­
tra ça da s ne ssa ma ter ia pe lo pa cto fun - , na me nt os pa ra a ref
, ór ma na n08 H1t I.d ··
ria me nta l da Fe de raç ão . ' bu taç ão .
...
" . ,
" •

. . - 536 "-
" •

, . . , . · , ..
-
Uma revisão das tabellas dos impos- • : . • • '. 1
Em 1911, ' a receita geral do Estado
-t08 sobre o capital das empresas ~ das foi de 63.946:167$091; em 1912, de
. sociedades anonymas.; . dos. impostos de 75 .' 640 : 562$561 ; em 1913, de .. ... .

commercio , de
.
se110
. . .e viação e das ta- ' . . .
76.007 : 986$377; em 1914, de . .. .. . .

xas doe expediente, assim como uma 65.711:403$534 e em 1915 elevou-se a
remodelação completa no processo de 77.8·97:331$·36,5, conforme o balanço
arrecadação do . imposto sobre predioa ' .
encerrado a 31 de Dezembro.
·
rusticos e outros, .são medidas , indís- A receita 'ordinaria de 1915 foi •cal-
pensaveis para...melhor "
,
e mais
' -
equita- culada em 65.655:000$000 e a extraor-
.
·tiva distribuição " .d,elles e para maior ". dinaria em 8.830:000$000, tendo sid o
receita do Thesouro... effectivamente arrecadadas, da receita
Situação Financeit'a As Rendas
ordinarla, a quantia de 70.134: 774$36 3
Publicas Apesar das enormes diffi- e da extraordinaria, a quantia de . .. .
. culdades, creadas pela guerra, .
e da 7.762:557$002; formando assim U1ll
sensivel reducção feita · ' .
. pelo Congresso " .t otal de 77.897:331$365, superior em
no valor officlal do café, que serVe de 3.412:331$365 á receita orçada.
base para a cobrauça da principal fon-
.

te de renda do Thesouro, a receita ar- · No quadro que se segue estão deta·


.
recadada no anno de 1915 foi a maior "lhadamente contempladas todas as fon -
.
que tem sido reCOlhida
, ' ,. .
aos cofres, no tes de renda do Thesouro:
ultimo qulnquennlo. ,

.. "






. ". , ,



• • •
5J7 -

RECEITA DO ESTADO DE S. PAULO EM 1915


balanço encerrado em 31 de dezembro de 1915
-_._~ . . -'

!tENDA I
-.----c------.
Orçada I : Arrecadada
I "
.
• . r

ORDINARIA , I
Direitos de exportaç~o .. 35.140:000$000. 41.294:615$578 !
Taxa de expedient.e . . 100 :000$000 112 :094$162
Imposto de transmissao inter-vivos 8.000 :000$000 6.444 :287$170
Imposto de transmissão caus&'Omortis 1.200:000$000 1.818:962$044
Sello do Estado . • 1. 350 :OOO$ÓOO 1. 400 :251$277
Imposto de viação. • • 2.200:000$000 2.084:615$900
Imposto sobre prcdios 11;1 capita! l' taxa
de exgottos . • • • • 5.000:000$QOO 4.972:726$884
Taxa de consumo de agua • 3.800:000$000 3.640:694$968
Taxa de 11latricu~as . • • 300:000$000 322:209$900 I
Venda de terras publicas • 400:000$000 169:455$864
Cobrança da divida activa 1.200:000$000 1.102:422$178
Taxa addícional .. 1. 850 :0.00$000 1.755:357$644
Imposto sobre propriedade immovcl . I 200:000$000 158:343$786
Imposto sobre o capital commercial. .
I
1.100:000$000 1. 080 :156$640
Imposto sobre o capital de empresas i11- i
dustriaes .. 150:000$000 149 :757$152
Imposto sobre o capital das sociedades
anonymas . . . . 1.000:000$000 1. 224 :760$183
Imposto sobre o capital particular em- ,
pregado ·em cmprestimos. , I 1.200:000$000 1.019 :980$930
Imposto sobre o consumo de aguardente 750:000$000 727 :073$473 i
Taxa Judiciaria.. . . , 300:000$000 301 :666$525
Taxa sobre feira de gado.. . i 5:000$000 -
Imposto sobre terrenos em Santos. .. il 10 :000$000 -
Imposto sobre subsidias '--' vencimentos ~\ 400:000$000 355 :342$105
.
EXTRAORDINARIA il 65.655:000$000 70.134:774$363
·". •

~
Jndemnizações . • 6.800:000$000 5.590:915$746
Receita eventual • 500:000$000 663:201$926
Renda dos estabelecimentos • 11 750:000$000 745:939$330
Imposto sobre loterias . • ,~ 780:000$000 762:500$000
I
• ,
RESUMO ,i• 8.830:000$000 7,762:557$002
Renda ordinaria . . • • 65.655:000$000 70.134:774$363
Renda extraordinarla • • • 8.830:000$000 7.762 :557$002

74.485:000$000 77.897:381$365

A principal fonte de receita proveiu I cultura, da industria pastoril e da in-


do imp9sto de exportação, convindo, i dustria manuf~ctureira. que. como vi-
entretanto, notar que esse tributo ,'''- I mos,em 1915 tiveram um valor o.ffi-
cae exclusivamente sobre oca fé, cpuros, daI de mais d'e 162.000:0008000.5"-
fnmo e lenha. hiram do territorio do Estado lin'('-;.; dl1
Todos os demais productos da agri- I toda e qua.!qnel' trihutação.
._. __ ._ .... ~ ..-... ~-- - __
._-_._._-----_._--_._._._._ ... . _ - ._._. __ ... - -

- '.. .. . .'
- 538 •
..

.
.'\s Despesas do Estado -- A despesa quantia de 9.463: 633$136, dispendlda
ordinaria do Estado, fixada p'ara o án- CO-in serviçós extraordinarios da capta-
..o .de
,
1915 em 74.480:499$836, e16- ção de agua do Cutia e do prolonga-
vou-se a 92.6·56:443$534, conforme mento da Sorocabana, os quaes, tendo
ba.lanço encerr·a.d,o em 31 de Dezembro creditos especiaes, foram. entretanto.
•tltimo: c}l.steados pela renda ordinaria .

DESPESA GERi\L DO ESTADO DE S. PAULO EM 1915


,
I I Differença
I~"~~S~E~C~R~E~TARIAS I,' Fixada
I
Realizada
para mais'

I" In~erior . u~~.~. .···l··=23;;,;,24;;~~I~·~~~~~ :4;;;33~""1'3j5':~~;135 .. i


Justiça
Agricultura
. . ..
.
I 18.257 :919$992
11. 724 :507$128
20.052 :846$027
21. 315 :765$411
1. 794 :926$03S
9.591 :258$28:1
I Fazenda . . . . . i 21.428 :824$516 26.883 :414$761 5.454 :590$245
I
! Total 74.480:499$836 92.656 :443$534 18.175 :~43$(,98 i
: • • • •

I
o excesso de despesa provém: na Se- O' Equirlibl'io Orça-mel1t.al'io - A ~i ri·
-eretaria do Interior, -de gastos extraor- gorosas economias realizadas no exer-
dinarios com soccorros publicos, hospi- cicio passado e as severas instrucçõe~
cio de alienados e subsidio aos mem- dadas pelo pre,:laro ex-presidente, para
bros do Congresso; na Secretaria da o corte pro['un ',~O naS despesa.s, levaram.
Justiça, da alime.ntação, vestuario e a situaQão d0 Estado ao quasi equilí-

-eurativos de presos pobres recolhidos á brio orç,amB:i.1tario.
Pen1irt.enciaria e ás prisões do, Estado, e Urge pro:-;eguir, (üm firmeza e per-
·de detentos dos Institutos Disciplinar 8evera~ça, nessa sabia orientação.
e Correccional; na Secretaria da Agri-
Economisar a todo o custo foi.
cultura, dos serviços de captação de
, na ordenl financeira, o primeiro dever
aguas do rio Cutia e do prolongamen- . ,
que me lmpuz a mIm mesmo e que
to da Estrada Sorocabana; e, final- •

constitúe um pacto de honra com os


mente, na Secretaria da Fazenda, do
dignos auxiliares, que escolhi para meu
pagamento de differenças de cambio e
governo. Na suppressão impiedosa de
d.e juros dosemprestimos externos e
todas as despesas sumptuarias ou inu-
da divida fluctuante.
tf!!is; no adiame~to de obras e serviços
.Comparada a receita effectivamente li ne não tenhanl caracter de urg'811cia;
arrecadada em 1915, na importancia to- na rigorosa arrecadação das rendas e
tal de 77.897:331$365, com a despe- no seu meticuloso emprego; na infle-
sa -paga no mesmo periodo, na' sorhma xivel limitação dos gastos ás respecti-
de 92.656:443$534, verifica-se que o vas dotações orçan:tentarias; é que, de
~deficit·· foi d·e 14.759 :112$169, quan- pl"'eferencia á creação de novos impos-
do, em 1914, esse "deficit" foi de ... . tos ou á agravação dos actuaes, have-
34.448:457$239 e, em 1913, de .... . mos de encontrar elementos indispen-
31.730: 239$889. savets para o completo restabelecimel1-
O "deficit" verificado em 1915 será, to do equilibrio orçamentario.
-na realidade, reduzido a menos de .. .. Uma acção conjuncta e solidaria en-
•. 300: 000$000, si dell" fôr deduzida a tre o pod·er que decreta a despesa e o
.....•.••.... "" ."", ... "", " " .' ......
JJ ~ -

'poder que a executa, visando reducção fez diversas operações de credito, das
'<los gastos ás indlspensaveis necessida- quaes restam os saldos constantes de. ·
·des do Estado. conseguirá, bem depres- te balanço:


BALANÇO DO SERVIÇO DA DEFESA DO CAFE', AO
ENCERRAR-SE O EXERCICIO DE 1915

ACTIVO

Cafés al"lnazenados:
da venda de 1.274.236 saccas de 60 kilos do
I
café existentt em Marselha (saccas 57.651),
e . no Havre (1.216.585 saccas), equivalentes a
1..529.083, 2 saccas de 50 kilos, de custo, para
. o Estado, de 42.496 :240$699, e avaliadas pela
.. cotação ·do H a vre de 70 francos, por sacca -de
50 kilos, ou sejam 1\4.681.240 francos, equiva-
• lentes enl moeda ingleza, ao cambio de 25,20, a Ib s. 4.247.453- 6-8
Vendas de cafés:
.
apurada da venda de 1.832.530 saccas
de cai.<' dos stocks de Hamburgo, Antuerpia,
Trieste c Bremen, 124.445.362,05 marcos. ao
cambio de 20,40 . • • • • • • Ibs. 6 .100.202-17- O
J. Henry Schrõeder &. C.o:
a favor do Thesouro nas contas do
serviço dos. emprestimos de libra s 7. 500.000-0-0
e libras 4.200 .000-0-0.. . .. Ib s. 451. 348- 4- 3
Société (jénérale de Paris:
fa\<-or do Thespuro na conta do serviço do
. ét.
emprestimo de libras 7.S00.000-0·0 e 2.898.957,49
francos a 25,20 . . . . . Ihs. 115.043-14- O
Banque de Paris et des Pays Ba.:
. idem, 592 .363,04, ao mesmo cambio . • • Ibs. 37.847-00- O

Somma • • • Ibs. 10.951.895· l-li


,
Passivo descoberto:

entre o activo e passivo da valorização 11> s. 695.375-18- 1

• • • • • • • • • • Ibs. 11.647.271-00- O

'aa, a desejada normalidade nas nossas I Ao encerrar-se o exercicio de 1915 J

"finanças e 'com ella a tranquil- I• os compromissos do Thesouro er~m de


'lidade dos governantes e o bem-estar •I lb •. 11.647.271-0-0.
·dos gove;rnados.
Valorização do Café - Procurando Estado dispunha, -em 1915, de bens e
I
Para liquidaçAo total desse debito, o

'promover l!. defesa do café, que é o seu haveres que figuram, no activo do qua-
melhor pl!.trimonio, o Estado, para pro- d1'o acima, com o valor de ........ . I
.seguir nl!. execução do plauo adoptado, ! 10 . 951.895-1-11 , hoje accrescldo com
',';>.. ,. . . . .- -
540 -' '
. . -' ..

- ,

o produeto da sobre-taxa de cinco iran- ,


I do o cambio na Allemanha sem se po-
cos, remettido no exercicio corrente e
der precisar o limite dessa baixa, en-
só por si sufficiente para cobrir a dU-
,
tendeu o Governo do Estado dever 80:...
,
ferença verificada naqnella data.
licitar e o fez a intervenção· do:
A conflagração enropéa tem impedi-
do a liquidação definitiva das opera- da União, para conseguir:
ções da valorização e posto em serio a) a responaabilidade do go-
risco não só o café de propriedade do verno allemão pela importancia
Estado, armazenado na Europa, como daq ueUe deposito;
tambem os dinheiros resultantes das b) a taxa de 5 % de juros,'
vendas desse artigo e que estão deposi- por ser essa a que pagamos aos
tados na casa bancaria BIeischriider, de credores do Estado, quando os·
Berlim, ,banqueiros prometterampagar,
Na mensagem que recebi do sr. con:'" 3 1/2 %;
selheiro Rodrigues Alves. por occasião c)' afixação do cambio para a.
da posse do meu cargo~ e a que já tive restituição daquella sonima, "
oC!casiào, de me referir, enco-ntra-se Ulma \qual. ~ev-erá - ser o da época do·:.
exposição detalhada do que tem Decor- 'deposito.
rido a respeito desses casos e, bem as- SoIi1o'S um' paiz neutro. cultivando.
sim, das providencias tomadas para COIU a AlIemanha relações de perfeita-
salvaguarda dos nossos interesses. alU.izade. O café vendido é . de nossa
Essa exposição, que julgo de conve- 'P~opriedade, isto é, propriêdàde de um
niencia reproduzir, consigna o seguinte:- ·I!:stado da Fedéração • •


Brasileira: faz
Deposito da Casa Bleisch"õdel' - Parte, portanto, ,do patrimollio nacional
"Ultimadas as vendas do café de An- e está servindo de garantia a' ~mpres~·
tuerpia, temos hoje, em deposito, na tilllos regulados por contl'actos a cuje
casa Bleischrõd~r, de Berlim, a somma CU~primento estão presos a: honra e os
avultada de mks, 124.445.362,05. creditos do • Estado de São Paulo,
Foi indicada aos banqueiros a con- Nos ultimos dias do mez de Março
veniencia de ser ella transferida para findo, o· sr.' Ministro do Exterior nos
algum estabelecimento banca rio de paiz c01ll.municou
,
que o Governo allemâ0 }l~; ...
. .

neutro, até poder ter a applicação que· SUmia a responsabilidade do pagamento


os contractos prescrevem. Disseram-nos do deposito do Estado de São Paulo,
que essa . .transferencia não era permit-
. ~ós· e'sperav:amos essa resoluçã~, assi1il.
tida pelas leis da AUemanha em estado cOlllo não duvidamos que a nossa jUi:?-
de guerra, desde que o valor do café tissima' reclamação ha-de ser integral-
iria beneficiar credores de paJzes bel- . Il:lente attendida ~J.
ligerantes, nos quaes vigoravam leis da
Café na França Um incidente, oe-·
mesma natureza. A situação pOderia
cOrrido no decurso do mez de Marçu
ser regularizada, replicámos, transfe-
e resolvido, como se devia esperar. coln
rindo-se o dinheiro para umpaiz neu- -
c~iterio e justiça, veiu desp'ertar muito
tro, com o compromisso. de nossa par-· Particularmente a attenção geral para
te, de não realizarmos os pagamentos
, o serviço a que me estou referindo.
para que estão destinados, sinão de-
:N' aq ueUe tempo, recente aliás, ,o com,-
pois de i'inda a guerra. Esse alvitre
lllercio desta cidade e o de Santos .alar-
tambem foi considerado inacce~ta vel,
, titaram-se com a noticia, aQ1plamel1te
em virtude das leis do paiz.
div-ulgada, de que o Governo li'rancez.,
Proseguindo a guerra. e, portanto,
a.Conselhado ' pelo "Comité desTr,ans-
aggravando-se as difficuldades; bab<an- •

Ports M·aritimes l' , havia resol--.;.rido Pl'O-:


'"' ,- " ""." ••..• .................... ... ,., "' ...",,, .... .
J'"tl

Ilibir a importação de nosso café . em I liquidar completamente a o"" ração da


I<'rança, de 1. ' de Maio alo' de Setem- valorização, pelo pagamento integml
hl"o proximo. e que essa ' medida seria de todos os compromissos, ficando . . eIl-
u.lveZ adoptada pelo Governo dos pai· tão, o Thesouro .,m condições de aiJi-
'l.~S alIiados. Dizia~se, para legitimar I
viar a lavoura paulista dos seus actuaes"
I~ssa prohibição. Que era urgente fac i- encargos e de attender, quanto possi-
lit.ar o transporte de mercadorias àe vel, á s suas justas aspirações.
l1ecessidade immediata, como o trigo, Posição Estatística de Oafé __ A sa-
havendo no Havre um deposito de ca- Ira 19.15-1916, aliás não pequena, fo i '
fé sufficiente para o consumo desse I exportada e vendida por preços remu-
[,aiz, durante aquelle periodo. Era uma !,
neradores, apezar das difficuldades de
ameaça para os interesses do Estado transp'ortes e' dos e mbaraços creados
e, portanto, muito fundado s os temo- pelo contl'jeto europeu.
,-e8 das classes commerciaes e dos pro- As previsões para a safra de 1915-17
ductores, conbecida a Importancia de são ainda mais. promissoras de opti-
que gosa a<l;uelle "-G01uHé ", a sua or - mos resultados.
-
ganizaçao e as funcções de que está Seg undo calculos a uto rizados, a . põ-
investido. Pod e ria haver outras causas sição do café em relação a safra. t uja.
para cobonestar ·um:a .medida tão gra- colheita se inicia, é a seguinte ; "

vo sa para nós e havia realmente


mas era a crjse de trânsP'ortes a · ra- Stock mundial em
zão, que se dizia, fundamental dessa 30 de junho
providencia. O Governo Federal com- ,. Producção de S.
prebendeu a 's ituação, interve iu e con- , Paulo, Minas e
seguiu que as nossas reclamações, de , Paraná. , . 10 . (11) ,; . 'H).) "
interesse para todo .
o . Palz, fossem .at- ! Producção de Rio
tendidas. Não se tornou eflectiva a pro- .
. ' e outros Esta-
biblÇão annunciada, . mas o incidente .
dos . • "
póde renascer a manhan , si se aggrava- ,
Producção de ou -
reUl as c~ndições de transpo rtes e con- j
tros paizes "
véIll que nos acauteUemos co ntra qual- !
quer eventualidade. E' necessaria essa :
- - -
< Total • • 25 . 400 .;)0 0
vigilancia, pois. . sabe-se que, em a l- r •

o
oO"uns pâizes, está sendo promovida a
" I
!
TOlnando-se por base as estatisticas
prohibição do commercio de" varias pio- : deste e dos annos anteriores, o consu,.
duetos. e, em outros, fala-se na fi xa· J mo mundial de 1916-1917 será d" ...
ção arbitraria e violenta de preços pa- I
25.500.000 saccas , e o s t ock , e m 30
ra certos generoso entte os quaes está de Junho de 1917 , não excederá de ...
contemplado o café". 3.900.000 saccas.
O Governo prosegue solicitamente São d eve ras anim adores estas a lga-
.
nas negociações afim de obter comple- l'ismos . Não devemos, entretanto, d.es-
ta satisfação ás providenclás reclama- curar me didas e providencias . que as-
daS; do mesmo modo se desvela quan- segurem a exportaçao .e garantam 03 -
to aOS stocks de café do Havre e de bons preços.
Marselba, não s6 oppondo-se á venda A graduação da offerta j,ela regula--'
.denes .em épocas innpportuJnas', C0IDO rização das entradas: a normalidádn
defendendo o preço real da mercadoria. nos transportes maritim.os.: I) resia ho-

J,iquidação da· Valorização Ter- lecimento das transacções

com. a~ pn\ ·
mina.da. a guerra. teremos 'occasião de ças consumidoras: o fornee:im' eutr.1 (h
. , •

,
" , '

• - 542
·
- 1tI(~ i(IS a defesa do producto nos ; a lta o
~ar a preço da nossa principal 1'1-
mereados exportadores ; a propaganda , queza.
,•
para a açquisiçã.o de novos e importall - , Divida Extet'lla Fundada. Ao fim I

tes centros (~onsum.idores , e {) comhate d o exercicio de 1915, a divida extern a .•


,
incessant.e - ás "falsificações con<'.orrerão I fundada attingia a lbs. . ....... , .. .
,e1ficazmEmte. para que se mantenha em I 0,675 .004-6-11, a ssim distribuida:

7.937.500- 12-6 6 .675.004- 6- 11


I
De-duzindo-~e. porém, dessa somma a 3 .21 7.603-14 -5 .
.quantia de lbs, 3.457.400.12.6. pro- A amortização e o pagamento de ju ~
'venie n te, da divida contrahida para a ros desses emprestimos têm sido fei-
compra da Estrada Soro cabana e que tos com a .maxima r egularidad-e .
é . paga Divida Interna Fundada A .divida
. com a.s rendas da' propl'ia Es-
trada, vê-se que a responsabilidade interna fund ada. em 31 de Dezembro
r eal do Theso uro, em relação á divida d e 191 5, era de 65.970:500$000, as-
,
,extern a . ~ a penas de Ibs. ,.,.... . . . I s im detalhada :

._- , ,

I
I,
,,
[
TlTULOS Saldo para 1916

"

_.._--=--- -- -=.-
I
[
- "- . • _-.C:C." " _. L
, ,... --"-.--
~

[
, · ,[ ,I
I Terceira se n e
Quarta sene • •

I,
,•
,
4.801 :500$000
3.863 :500$000 I
3.863:500$000 I,I
• • •
• •
Quinta se n e I,
7,844:000$000 ,,
• • •
• •
Sexta sen e . • I

Setima sent'• •
• • ,
I
10.000 :000$000 II
• •
Oitava sen{~

• • 10.000:000$000
• •
Nona sene 10.500 :000$000

Dccima Sen('
.'
, • • •





• ,,, 15.098:000$000 I,
I
I
. I
.. TOTAL • • •
I
,I 65.970 :500$000,1

De accórdo com o contracto celebr~- I t'arte, alliviado de compromissos im-


-do com ' a Estrada Sorocabana, os ju- I portantes.
ros das apoltce:s d·a 3. \ , 4. a , 5. a e 6.'" I Divida fluctuante Em 31 de De-
séries são, em gran{!e parte. pagos por ! zembro de 1915 e ra assim repr ese nta'"
,
essa' 'EstTadn , ficando o Theso uro, des- [ da a divida f1uctuante:
. .,, '

543 •

No t as jiH>ll'lissOlias. 34 . 784:558$708 Divida Aet-iva A so m ma to tal da


D i n h e j r O de or-_ divida activa, em 31 de Dezembl'o d\~
phams, de ausen- 1915. e ra de 21.986 : 125$030. ass im
tes. " à.e positos de discrimin a da :
14.221: 644$022

I
49 . 006:202$730 I
I ••
,
• I • i
I
OEVEOORES S aldo de 11)14
; ~:! :
·


••

. ~~~-~". ~ =~~._ --~.=~-=.~~+=-~~-\o=-~~~=~ '~~- ,


,•
Gov~rno Federal ,
, ,I
I

Dt-oitco demonstrado em rcla- ,; ,



t orjo) a nt t'rior. • •


i \ 17 :846$540 : - I 11 7 :846$540

Thesouro Nacional
I
I I
h h-m, idem . como acima . 7. 151:338$726


I .
7.15 1 :338$726

Camaras 1\01 unicipaes ••


..
I Ar::1 p.:l.ro . • • • 18:044$520 - I
18:044$520
I A.rara~uar 'l • • · . , . • 1.360:000$000 1 . 31>O :000$000
Campm as . • 527 :444$025 527:444$025
I Faxina
• • • • •

D(~sca lvaclo • • • • •

450 :000$000 ;.. - 450 :000$000

• • • • • ·

,
5 :000$000 i ~ :000$000
Guara't i ngu ct á • • • •
·


1 . 100 :000$000 I - I 1.100 :000$000
Itapjra. • • • •

• 522 : 184$200 522 :184$200
• • • •••I 750 :000$000 i , - 750:000$000
J undiah \." ·I 3 :654$580 : - 3:654$580
Li m ei ri1
l .. o rena.
• •








7SU :000$000
525 :000$000
:
I - 750 :000$000
52: :000$000 1
Mocóca • • 1 :598$400 1 :598$400
I Pirassununga. .., , 1í70:0oo$000 670:000$000
, Rih!_·irii (I Preto . . ... i 859:394$940 - 859 :394$940
. Rio Garo.
I S ã (. Carlo s .
. . . .. :
. :
36 :935$000 - • 36:935$000
1.22: :000$000
1 .225 :000$000 -
I São Luiz .
'I! S~ '".L
'
Srlllão
·. .. . ., '. I I 3 :000$000
4 :774$960
,.
.
-- 3:000$000
4 :774$960
I

:1 Estradas de Ferro I
I Companhia Bragantina . . . I 2 . 048 :90<J$13') 2 .048 :IJ(J')$139
I, Companhía 11elhoramentos de I

i


M unte-Alto • • • • • 36 :000$000 I - 36 :000$000

,•
• Banco de Crédito R.eal de •
!,

São Paulo
I
,,"

I •
I
I Déhjt.o demgnstrado - em re ld- 1
1

tori o anterior. . . . • •
2.820 :OOO$ooÚ I, - ,,
• 2 . 820 :000$000 '
• ,,
I ,, · .'
Santa Casa de Misericordia
I da Capital ,, ,I •

.I , I

1, J d ~·,- cumo aCima .


,
1. 000 :000$000 1 1. 000 :O(~I$I~I()
, .... J . ' . • •
- -- - --_ ... _ _ I ~...... _.
I
21. 986 :125$030 ..
,
- i, 21. 9Rf. :125$IJ.il l
• I
_. _~. ___ - ,. "",0'


...., ' ,. ' ," " ' . .... .... " .... . .., .
.".'
'

.' .... . .. .... ' " . .....'- ...'- " - ' . ,


, "

- 544 ,

Saldo Disponível no Tbesoul'o Em ço d e adaptação ás aspe r ez<.tf do meio


31 de Dezembro de 1915 tinha , o Esta- ambiente, ell es ahl estáo, a nosso
(lo. em caixa e nos Bancos, á sua . dis- lado, destemidos e infa tigaveis , labu-
posição, a quantia de · 18.004:006$125; tando pela conquista, cada vez mais, .

e, em 30 de Junho ultiino, essa quan- . proxlma, de n osso supremo ideal col-
tia subiu a
23.450: 919$98 8, confórme lectivo: um povo rico e feliz, habit.an-
consta deste quadro: dO uma terra adeantada e line,
Em caixa:. • , • • • • • • • • • I ']"1 .' :-"1
, . o} )_ " -1)t
;)t>
.-. . . Banco Commercio e IndusLria de S. Paulo • 12. :183 : 99Hlli l
Banco Commercial do Estado de S. Paulo , 2.328:277.3!J4i.l
Banéo Hypothecario e Agricola de ·S, Paulo 2,093: 759$ 3 42
Banco de S. Paulo . . . . . . . • 1 . 184 : "0"
' ) " / " ' ':>''", 1
.'J_) (" "-

London and Brazilia n Bank , . . . 636 .'1° - ..,


,_. tl ~ <"'S I _' ,
Banca Francese e Italiana . , , . . 41 7: 109$7fJlI
Banco do Brazil. . . . . . . . • 47 : 7u2 $1 '-11
British Bank of South America, Ltd, . . -I 1\-- .1 )"
;1.'},1 ..

Total • , • • • , • 23. 45 0:91 9$98 '


.
Proprios do Estado O valor dos Senhores Membros do Co ngresso Le-
proprios do ,Estado, que em 1914 era gislativo,
.
congrat ulo-me cordialment.e
de 255.263:708$000, elevou-se, em cornvosco pelo facto de vossa reunião, :.
1915, a 25 '5 .836:723$332, devido á in· inicio promissor de u ma no va legisla-
-
corporação ,de novos bens na importan- tura, que se inaugura so h fagueiros
. ,
eia de 573:515$232, como consta des- auspICIOS,
te quadro: Que Deus illumine o vosso patriotis-
__ o • -
, .. .. . ." ..
,I,
NATUREZA , Valores I

- - I
- I,
E strada de Ferro Sorocabana • • • ,I, 93 ,943 :üZl$711! ,,
Estrada de Ferro F.unilense , , , ,
,,I 3,729:315$870 ,,,
Tramway da Cantare '- ira , ,

,

• · , , ;, 2.307:336$430 ,,
Abastecimento de Agua e Ex,gottos • ,
••
ó7,400:000$OOO ,,,

Propriedades na Capital ••
• • •
,
II . 49 .915:000$000
,,
,,
,,•
, ,

I Propriedades em Santos .
Propriedades em . Campinas
,

, •
,



, ·

,

,
I, 12,099 :613$440
825:000$00(1
Propriedades no mtenor do Estado. .
, • • • 25 ,043:320$500
Adquiridos em 1915 . , • , , "'71
, :.::>-1-$2"
, ",-,,'':'' ,
,,I
• ,,
• TOTAL , • •
I
.,_~"
S5 RJL.) ..-"
/ _ _1$~
. ':" ':l"
L- :" ,,

I _ _ __ 'O _ . , •
. _.- - ___ o , ..... _ ,
,,

Conclusão Estas são as informa- mo ; que o patriotismo ins pire a vossa


ções que me cumpria presta r-vos em actividade e essa actividade d esabro-
obediencia ao preceito constitucional. che. para a honra d o vosso norne. em
Por ellas e por outras mais detalhadas, luminosa e exuberante m és~e d e ~ne ..
que constarão dos relatorlos parciaes , fieios para o Estado de São Paulo. de
das diversas . Secretarias, verificareis . prosperidades para a grande Patria
com justificado desvanecimento, que Brasileira.
não esmoreceu a coragem e nem afrou- São Paulo , em 14 de Julho de 191 6.
xou o trabalho dos . paulistas, Ve ncen-
Alt·ino .'\ '°-.êHlf"( ·S.
do galhardamente os obstac ulos que
a.contecimentos Inelu ctaveis lhes levan-

tara. m em torno; num a.dmiravel esfor-

• •

-- 545

Abaixo reproduzem-se não s6 as tres I sempre, em prestar á g rande · Patria


outras Mensagens que o presidente AI- Bras ileira, a que eUe se ufana de per-
. tino Arantes apresentou ao Congresso tencer , o estimulo de seu applauso · Q
Legislativo como tambem aquella com o concurso de seu esforço.
que entregou ao seu succesSQr o pre-
sidente
..
Washington Luis Pereira de • •

Souza. E por eU as ficar-se-á perfeita- • •


mente inteirado do qu e foi o quatrlen-
.. nio presidencial do dr. Altiuo Arantes, Perdura no organis mo economico-
tendo-se ao mesmo tempo perfeito co- fina.nceiro do Estado a perniciosa in-
nhecimimto dos negocias publlcos pau- flue ncia da guerra tremenda . que, ha
listas durante .0 periodo de L ' de maio tres annas, irrompeu na Europa, por
de 19 16 a 1. . de maio de 19 2 0 . eUa se alastrou devastadoramente e
acaba de attlngir tambem o continente
, americano.
iI Como todos os paizes ligados aos bel-
! ligerantes, por antigas e es treitas. r!'-
Senhores Membros do Congresso Le- lações commerciaes, tivemos de arcar
gislat ivo , com difficuldades de toda a sorte , as
Congratulo-llle sincera mente comVQS- quaes si não lograram prejudicar
co pelo acontecimento feliz de vossa o s urto vigoros o de nossa producção.
reunião e, cumprilldo o · dever consti- i - lhe embaraçaram consideravelmente
tucional de informar-vos sobre a mar- ! a livre circulação, affectando, assim,
cha dos negocios publicos do Estado, I o bom andament o das finanças es(a-
durante o anno findo, venho solicitar- I doaes.
I
vos as providenCias legislativas, que a I A carestia progressiva dos meios de
pratica e as con veniencias da admlnis-. ,I, transporte; as arbitrarias restricções-
tração Qe onsel:ha'm no actual momento. iUlpostas aos grandes ' mercados con- ·-..
Os -notorios s u:ccessos, de ordem in- ; sumidores de nosso principal producto ; .
'ternacionaI, que de terminaram a ru-
, o fechamento completo de alguns del-
ptura das relações diplo maticas e com' les ; o retrahimento de capitaes estran-
merciaes entre a Republica" Brasileira gelros para applicações no palz e a
eo Imperio Allemão, tiveram larga re- consequente elevação das taxas de ju-
,
percnssão no Estado de São Paulo , cujo ros ; as freque ntes oscillações cambiaes
povo pelOS mais legitimos orgãos e a alta extraorôlnaria nos preços., das
da opinião collectiva se manifestou, mercadorias de primeira necessidade,
desde logo e em admiravel consonan- - ta.es foram os factores preponderap"
eia, plenamente soUdario com as me- tes das perturbações de que se r esente
didas decretadas pelo Governo Fede- ainda a vida do Estado .

ral, para salvaguarda da dignidade e Entretanto e a despeito de tudo,
dos interesses nac.i onaes. elle contlnúa a· progredir sem desfalle-
Ao honrado Sr. Presidente da Repu- cimentos. graças á. coragem e á actt-
blica, que com seguro' ·criterio e ele- vidade de sen povo forte e operoso,

vado patriotis mo vae conduzindo os e aQ concurso prudente e decidido que


ne'g ocios da União, não faltou então, os poderes pu'blicos jamais lhe re,ga-
' 'Como em outras occas iões não tem tearam ,
faltado, o apoio sincero e leal do Go- E' assim que se verifica, em todos
verno d ~ Sâ.o Pa.ulo, empenhado, como os recantos do nosso terrltorlo, um
546

movjmento auspicioso ' de energia cria- o cons um o da totalidade da. a ctual • •


sa-·
dora: a lavoura, .o commercio e a in~ ira de café e a evidente esc,!ssez de
dustna se d esdo.b ram e se multipl!- nuar..ere.rio , para o j og·o 'das transacções .

cam em novas culturas, em novas ex- usuaes e para a defesa e fo me nto· de
plorações, em novas fabricas, ao mes- uossa riqueza agricola e iudustr ial. .
mo tempo que asestatisticas assigna- Bloqueados os g randes cent ros con.-·
Iam os maiores algarismos, até agora sumidores da AlIemanha e da Austria

a ttingidos, na exportação de generos Hungria;
.
prohibida ou limitarIa a- en-
principalmente os da industria pas- trada de café na Hollanda, tia Belgi-
toril e os cereaes. - antes produzidos ca, na Suecia, na Noruega, na Di~amar~ ·
·em pequena escala, e alguns mesmo ca e na Russia; r eduzidos. sinão quasi
importados do estrangeiro ou de outros eliminados, os meios de tran sporte
Estados. maritimo , só mui difficilme.llte po·
Limitaram -se, por outro lado, as deremos exportar e co lloca r nas pra- ·
despesas publicas ao custeio dos ser- ças estrangeiras dois terço:;: , s iquer,
viços existentes ' e a obras, cuja exe~ da nova colheita.
cução não podia ser adiada pOr sua Rece ia-se, por isso , que (.) excesso
urgencia, ou por ser objecto de con- della sobre as pOSSibilidades do '~ o nsu- ·
tractos já em pleno vigor. mo mundial, venha occas iou ar uma
Os profuudOs cortes feitos nos gas - I grande ba ixa de preços e os incalcula--
to.s geraes e ás e conomias realÍzadas veis pre juízos, que da hi der),variam
em diversos ramos de administração para a lavoura e para o com4ne rcio
importaram em tamanha diminuição exterior do paiz, s i, a ten1po , se
das despesas orçamentarias, que estas não conjurar o m a l imminent-€' . por'
- no exercieio findo de 1916 foram meio d e providenCias acertadas e de- o
• •
sensivelmente Inferiores ás dos annos CISlvas.
precedentes, sem prej uizo da mais ri- E' preciso, com eifeito, que essas
gorosa pontualidade na satlsfacção dos sobras sejam temporariamente retira-
nossos compromissos. das do mercado, para que se possa
,Co m esta orientação, d e · que eontv graduar convenientemente a offerta e ·
não me apartar jamais, e mercê da oppór, assim, res is tellciaeff ica z as es- ·
regulâridade com que se está operan- peculações dos baixistas.
.
do a arrecadação das rendas, é li- Celebrada a paz e r eabertos 0 0 mero .
cito assegurar ' que, dentro em breve, cados europeus, a procura e os· nego-
ests.rá. restabeleci da .deil'initivamente a cias '<le c .. fé bem de pressa se re~nima­
normalidade das finanças do Estado rão e a mercadoria, que agora .t ór ·
e firmado oequilibrio orçamentario, arredada do commerc io, servirá 'para
que é um dos objectivos principaes de reconstituir os supprlmentos d()s paio.
.. zes hoje impossibilitados de importar .
me u programma de governo. •

. . C()nfiado no . indispensavel " a uxilio


• dos poderes federaes <iue estão ·aueto-·
• rizados por lei a dispor de · reçursos
extraordinarios para a defesa de .. nossa .
.
Dois assumptos de capital relevan· : . producção, e contando com o apoio de

cia preoceupam neste momento os po- :. seus agentes financ eiros;'· o . gQverno
!
deres pu bJicos e trazem as m·a is serias : . do Estado não se descuidou de .enta-
apprehensões .ao espirito das classes ' bolar negociações, que espera levara
..
produetoras; a · falta de mercados pàra . bom te'r mo e que ' lhe permittirão ' im--
547

pedir o sacrifício da safra pendente promover e sys temati'Za r a de fesa do


f~ amparar os grandes interesses ecO no· café no exterior.
micos, que a ella se prendem. Applaudindo sem reservas a lnteHi..
Será essa uma providencia de ca- gente e au spiciosa iniciativa, q li e re- ·
racter meramente transitorio , destina- presenta a " Sociedad e Promotora da
da apenas a resolver a crise, egualmente Defesa do Café", penso q ne ~sse insti':"'
" ccidental, provocada pela conflagra- tuto bem merece o apOio da Unlão e ·
<,iio européa. do Estado; p'orquanto os seus r>atrio-
Mas o notavel incremento, que ora ticos in t uitos se conjugam com a so-
se observa nas plantações de ' café, lução de problemas de maior monta
exige, além disso, a adopção conco- para a n,ossa economia e para . as nos-o
mittante de outras ,medidas, de natu- sas finanças.
reza permanente, que ao lado do A crise de numerario é outro · grave-
barateamento das despesas de custeio mal, que se accentua flagrantem ente
e da facilidade de braços, de trans - em todas as praças do E s tado .
portes e de capitaes assegurem um Acreditava-se. a principio . que as
eonsumo ·correspondente a esse aocres- duas emissões, ordenadas pe lo gover-
cimo .de prooucção. Para isso, torna- no federal e que eleva ram quasi ao
se necessario conquistar novos merca- dobro O meio circulante, viessem pro-
dos para a venda do café, a largar os •
ver a todas as necessidades d o nosso
actuaes e defender O preciOSO artigo intercambio COlumercial.

contra os succe'daneos e as fals'ifica- Assim não aconteceu, porém , por-
,
ções, que o comilromeHem e depr,eci·a m. I que a nossa de feituos a e iusuffic iente
Com esse duplo objectivo, tem o organizaç'ão bancaria; a enorme ex-o
governo paulista concedido subvenções tensão de nosso territorio e a penuria
para a propaganda nos Estados Uni- de seus meios de communicação: a
dos, na Inglaterra, na Hespanha, na imperfeita utilização dos titulos de cre..
Ru·sRia e no Japão , e tem mantido em dito - por um lado; e por outro lado·
vari-oLs capitaes da Europa commis sa- - a redobrada actividade de todas as
r ios especialmente incumbidos de in- transacções, oriunda das volumosas
tensificar o consumo de nosso pro- compras a dinheiro de algodão, de ce ..
dueto. reaes e de gado; a falta de remessa,.
A etficacia da campanha depende, e m camlbia·e s para o e xterior , dos sa- ·
porém, de uma organização muito mais la rios dos colonos, que os am,ealham e
vasta e de uma dotação orçamentaria, ·g'uaraam ciosam'8,nte; e as ·importantes·
que as rendas ordinarias do Thesouro somnll'as .drenaldas Para os sertõeS em
não poderiam comportar na actual si- pagamentos aos criadores e pequenos
.
tuação. lavradores, andam subtrahindo . de
Foi, certamente, atlendendo a essa facto, ás exigencias da circulação . uma
ponderosa circumstancia, que os nos- considerave! massa monetaria. cuja
sos lavradores, sempre corajosos e em- ausencia . s e tr<l·duz pelo depauperamen-
prehendedores, se congregaram num ' to progressivo das res ervas dos Bancos,
espontaneo movimento de solidarieda- pela alta constante das taxas de des-

de e de previdencia, para formar uma conto e pelo crescente retrahimento das
associação, que , sem onus ,
algum para operações de credito. .
os cofres publicos e unicamente com Ora seria injustificavel imprevide n-
os recursos f.()rn·ecidos pela propria clas - cia deixar que, a ming-oa de numerario,
se, se propõe tomar a incumbencia de viesse a entorpecer e a paralysar~8e'
.. .

548

todo esse prodigioso esforço da ini- tração do municipio. até que se pro-
ciativa particular, em pról da expan- cedesse ao novo escrutinio.
são de nossa's:""nquezàs -e da consequen- Sobreveiu, então, uma dualidade de
te prosperidade publica. .p-reteítos \q ue trouxe para a.quelle munl-
.
E' iildispensavel proporcionar aos cipio uma situação de deploravel anar-
que luctam e moirejam; aos que pro- chia administrativa, á qual entendeu
duzem e conh'lbuem para o incremento o Governo de seu imprescindível dever

da exportação brasileira, os recursos PÔ? teImo, uma vez que o E'gregi(}Tri~
e' as facilidades, de que carecem, para bunal de Justiça, chamado a pronun-
desdobrar as suas culturas, para desen- ciar-se s,o .b re o caso, mediante recurso
volv~r as. suas industrias e para es.ca- de um dos interessados, decIdira es-
par, assim, ao desastre de ~mccumbi- I capar o assumpto á sua ' competencia
'rem victimas de seu trabalho e de e incidir nas hypotheses figuradas nos
seu esforço, em meio da fortuna que artigos 20 § 10 e 54 da Constituição
criaram ê que, desamparada agora, do Estado

.
. .:teria de ruir e de esmagai-os sob seu
. Expedi, em conseq uancia, o decreto
llropno peso . . .
de 26 de março do corrente anno, cuja
Comprehenderam-no, em bôa hora, legalidade toi recentemente reconheci-

os poderes competentes da União, d·e da pelo Supremo Tribunal Fed'eral, em
cujo lucldo patriotismo se aguarda a accordam de 6 de juuho findo.
: decretação de medidas, que venham,
",' com segurança e presteza, soccorrer as Novos municipios e districtos de paz
classes productoras e, com ellas, o pa- Foram criados no correr de 1916
trimonio da Nação. os ·municípios de Conchas, na· comarca
de .Tieté; de Viradouro, ' na de ' Pitan-
o Estado de São Paulo, por seu gueiras; de Novo Horizonte na de Ita-
,
governo e por sua representação no
polis; e, bem assim, os seguiiltes distri-
COllgresso Federal, não tem cessado de I
I ctos de paz: de ArtJh'ur Nogueira, em
pugl,lar por
, essa nobre causa, na qual
Mogy Mirim; de Capoeira, em Apiahy;
·.e ntram em jogo com a sorte da
de Pal:mital, em 'Campos Nov·os 110
lavoura, do commercio e da industria
Paranapanema; de Pradopolis, em Ser-
- 08 mais . vitaes interesses da Re-
tãozillliltO'; de P,erdões, em Nazarelh; de
publica.
. São Caetano, em São Bernardo; e de
Eleições Munlcipaes As eleições San1a Gertrudes, em Rio CI·a ro.
para a renovação geral de vereadores
e de. juizes de paz realisadas, na for- Ensino Prbnario - O ensino prima-
rio continúa a ser ministrado pelos
ma legal, no dia 30 de outubro pro-
grupos escolares e pelas escolas iso-
, ximo findo, correra'm na mais perfeita
ladas.
ordem em todo o Estado, tendo ha-
vido
' .
da par.te do Go 'rern<l o maximo Si aqu-elles progridem e apresentam
empenho em garantir a liberdade de annualmente animadores resultados. ou-
v.oto e a regularidade do processo elei- tro tanto não acontece com as esco-
toral. las isoladas, que, Infelizmente, não têm
Annullada a eleição de vereadores correspondido ao que deUas era 11-
.
para a Camara Municipal de Taquari- cito esperar. Convem reerguel-as for-
tlnga. foi, de accôrdo com 'as leis vi- necendo-lhes novos elementos de vida
gentes, convocada a Camara do trien- e impulsionando-as mais vigorosamen-
010 anterior para reassumir a adminis- te. Nisso está seriamente interessado
- 549-

o Governo e pensa que, para melhor param os professores para o f~II~;jIl()


e mais proficua distribuição do ensino publico do Estado. Razões pon<1ero·
e para mais facil aproveitamento dos sas de ordem publica, cuja procedellda

professores, seria vantajoso que se lhe reconhecestes, levaram os g'overnos pas·,
desse' a faculdade de transferir escolas aados a solicitar a criação desses es-
de um bairro para outro, dentro do tabelecimentos em varias localidades
• •
'mesnlO munlClplO.
• do interior, com o louvavel proposito
Confarm'e já tive occasião de lem- de ter providas por pessoal idoneo to-
braI' , as escolas isoladas pre'cisam ser das as escolas dos nossos municípios,
por mais remotos qu,e fossem.
dotadas de programmas mais simples
I
e praticos, e classificadas em urbanas Acontece, entretanto, que a dotação
-e ruraes, outorgando-se ao Executivo orçamentaria, destinada ao ensino pri-
maior latitude na forma e nos meios mario e ao provimento de novas cã-
de provimento destas ultimas. deiras, não tem augmentado em pro-
O ensino, civico d·eve ser intensifi- porção das exigencias crescentes de
cado' em todas ·elIas e, para esse fim,
nossa população e de nosso desenvol-
a Secretaria cfo Interior já se tem en- vimento material; dond'e resulta que,
tendido com as diversas associações de cerca de mil professores habilitados
patrioticas existentes no Estado, que annualmente nos nossos institutos nor-
maes, sómente uma pequena parte -
tão "fficazmente vão concorrendo para •
um terço, talvez pó de ser apro-
o resurgimento de nossa nacionalidade.
v·eitada na regencia effectiva das es-
Não será demais insistir tam bem na
colas.
eonveniencia do restabelecimento, de i
um curso de dois annos, complementar
Accresce ainda que, pela. legislação
vigente, as escolas de bairros devem
.ao dos grupos escola-res e como pre-
ser providas mediante concurso de di-
liminar .aos que Se destinem ás es-
plomas e de notas, tendo pref-erencia
,'Colas norniaes, aos gymnasios. ao com-
os normalistas secundarlos; de tal sor-
,mereio e á industria.
te que só mui raramente pódem os pri-
Ensino Pt'ofissional - O ensino p,ro- marios alcançar a sua collocação .

:!issional continúa a ser distribuido por A persistir esse estado de cousas,
tres escolas, das quaes duas funccio- teremos oito escolas normaes, que tan-
nam na. capital e uma na cidade de tas são as primarias, a pesar quasi
Ampa.ro. inutilmente sobre o orça.mento do Es-
Com esse diminuto numero de es- tado, que, ao criai-as e mantel-as, não
tabelecimentos,ficamos ainda muito visou senão o preparo conveniente do
aquem das necessidades actuaes de nos- professorado para o ensino primario.
sas varias in d ustrias e do desenvolvi-
Conviria remediar essa situação, pro-
mento das actividades manuaes, que •
curando encaminhar a nossa mocidade
tanto pódem concorrer para o nosso
para outra direcção, por meto do es-
progresso economico.
tabelecimento de cursos technicos ao
Si fôr impossivel augmentar desde
lado e sem prejuizo dos normaes, afim
já o numero dessas escolas, haverá
de que nelles se habilitassem os alum-
vantagem em auxiliarem·· os poderes •
nos a uma outra profissão, para a hy-
publicos os institutos particulares que
pothese de não lhes ser possível obter
mantenham cursos profissionaes.
uma esoola.
Ensino Normal Tres escolas nor- E' natural que não se chegue desde
ma·es secundarias e oito primarias pre- logo a uma solilção definitiva quanto á
," -


- 550-

(~onv-nllil\nda
deste ou daquelle curso quasi a quarta parte de suas rendas;
"nt(,lco; pois só as necessidades da, mais de 14 mil contos só com o ensino-
zona em q ne a escola estiver localizada primario.

e as lições da experiencia é que po- Ainda é muito grande, com pesa,.
deriam indicar a melhor orientação a o digo, o numero de analphabetos
seguir. O que quer dizer - é preciso existentes no Estado. Por outro lado, si
fazer ensaios, sem a pretenção de ter Inão• houver uma .contri.buiçãn, com Um

encontrado desde logo a resolução fi- especial' par'a a .instrucção, não será
nal do problema. possivel desen1'olver-se em larga es-
Nas escolas normaes secundarias é eala o ensino primario.
de recomm'endar-se o provimento por O problema tem sido resolvido por
profissional competente, contractado, varios paizes com a. criação do "Fundo-
da cadeira de agricultura e zootechnia; Escolar", constitui do de contribüições
pois. essas disciplinas constituem uma diversas. Peço a vossa solicitude para
necessidade real para os nossos pro- o assumpto, de grande relevancia para
fessores, afim de q ne possam .trans- . o nosso futuro.
mittir o conhecimento dellas' aos alum- Estatistica escolar - .Funccionaram.
nos das -escolas primariàs, que nun- no Estado 161 grupos escolares, dos
ca será demais repetir devem ser quaes 28 na capital e 133 no interior,
,
encaminhados para os campos e não não se computando entre os primei-
para as cidades. ros o grupo, recentemente criadQ nesta.
Existem ainda outras questões para cidade, com a d·enominação de Re·
U

as quaes quero chamar a vossa atten- gente Feijó" e destinado a servir ao


ção. O ensino privado tem escapado populoso bairro da Ponte Grande,
quasi i'nteiramente a acção do Este;do, Dentre eUes foram installados, en\.
que precisa exercer sobre eUe uma in- 1916, os de Apparecida, Brodowsky e
fiuencia mais directa. E essa influen- "Convenção de ytú".
cia deverá ser mais 'accentuada sobre Os grupos da capital runccionaram
os estabel"",imentos estrangeiros' de com 588 classes e "'" do interior com
educa~ão, principalmente no q "'e diz 1. 666.
respeito ao estudo da língua, geogra- A matricula geral attingiu a 94.852
phia e historia patrias. Embora já exis- alumnos, dos quaes 26.152 na eapitaI
ta lei tornando obrigatorio o ensino e 68.700 no interior. •
dessa-s materias, em, varias estabeleci- Na capital, 13.179 eram do sexo
.
mentos elLe vive cOIDp:letam8ID.te des- masculino, 12.973 do feminino; no i~-
,cnl'ado. terior, 35.578 do sexo masculino e,
O ensino para 08 debeis e anormaes 33.12,2 do feminino.
está todo por fazer. Logo que seja As escolas modelo "Caetano de Cam-
possi1'el, será conveniente a criação de pos" (inclusivo Jardim da Infancia),
estabelecimentos para a educação des- "Dr. Peixoto Gomide" e de Sã,o Car-
sas crianças, bem como a opportuna los aecusaram uma mwtricula de 1. 554
, fundação de duas colonias de ferias alumnos.
uma á beira mar e outra em clima Em 1916, . existiam 1. 555 escolas
de montanha. isoladas providas, sendo 193 na ca-·
IAssumpto da maior relevancia é o pital e 1,362 no interior, com uma,
relativo ao custeio da instrucção pn- matricula de 65.·664 alumnos.
blica. ,Com os seus estabel<icimentos d,e !As escolas rewnidas era.m emt nume- •
,
ensino, o Estado despende annualmente I ro d,e 12, com 63 escolas.
", .'."" ,.':
.
:(.'

. '

551-

IJlspecção Medica. Escolai' A Ins· ~ e de Casa Branca diplomaram pro-



pccção Medica Escolar, remodelada fessores.
pela lei n. 1451. de 30. de dezembro de
1.916, i'ni'cion os seus trabal'hos em . Escolas Pl'o.fissioDaee A matricula
fevereiro de 1917, passando a funccio- da Escola Profissional Masculina en-
nar su.bordinada á Dir""to'r la Geral de cerrou-se, no · fim dO anuo lectivo, com
Instrucção Publica. 587 alumnos, que frequentaram os
Em quatro mezes, de fevereiro • a cursos de mechanica, marcenaria, pin-
maio, realizou, entre outros serviços, tura, electl'icidade e funilaria.
2197 exames individuaes, 2'521 inspec- A renda bruta da Escola foi de . .
(;ões geraes, 913 vaccinações, 2805 re· 28:200$000, sendo de 2:794$000 a por-
vaccinações; e expediu 1121 boletins centagem paga pos alumnos.

~\té o fim do anDO, dev'e iestar con~
!ianítarios. •

cluido o predic · da rua PiratiniIlga~


De accõrdo com o disposto na lei ,
para onde vae· ser transferido {) esta-
varias Camaras Munieipaes já tênl fei":
belecimento. Bem installada, a Escola
to nomeação de medicos inspectores.
ficará habilitada a receber maior nu-
Gymnasios Os gymnasíos da ca- mero de alumnos, a desenvolver. me·
pital, de Campinas e de Ri,b eirão Preto 1hor os seus cursos, preparando com
tiveram uma matricula total de 799 1l1l·a-is a'p uro os nosso s futuros operarios.
alumnos, dos quaes 41 concluíram o A Escola Profissional Fenli:~lina ti-

respe.c tivo curso nu se habilitaram para nha, ao encerrar-se o anno, 366 alum-
a matricula nas escolas superiores. nas matriculadas nas diversas offici-
O gymnasio da capital teve de la- nas.
mentar o fallecimento de seu antigo O numero de candidatas á matric.ula
e competente director, doutor Augusto tem por tal forma c'rescido, que foi
}t""reire da Silva, que tantos e tão assi- necessario dar maior desenvolYimento
gnalados serviços prestou, -durante su·a ao curso da Escola, que, no corrente
longa existencia, á educação da mo- anno, está funccionando em dois pre-
cidade paulista. riodos, com uma. matricula superior
Escolas NOl'maes - As nossas esco~ a 600 alumnas.
.
las normaes funccionaram regulal'men- A producção 'das ditferentes' offid-
t.e, elevando-se a 4089 o numero de nas f<>i de 13:'505$900.
alumnos matriculados; nellos diploma- A Escola de Artes e Officios de Am-
ram-s'e 843 professores. paro teve uma matricula de 85 alum-
. nos, produz;indo a venda de anetactos
Em 1916, foram inaugurados os no-
a importancia de 3:636$000 .
vos edificioé das escolas de Botu·c atú e


de São Carlos; o de Piracicaba já está .Faculdade de l\>Iedicina c Cit-ul'gla -
conclu.ido . e deverá ser inaugurado no Installou-se o quarto anno do cursa
correr do presente anno. geral e no anno proximo estara defi-
As escolas de Pirassununga, Cam- nitivamente constituida·a Faculdade
pinas e · Casa Branc.a continuam mal de Medicina e Cirurgia de São Paulo.
il1stalladas. Tendo-se incendiado o edi- 'A matricula total foi de 165 alum~
ficio em que funccionava a de Guara- 110S.
tinguetá, {oi elIa transferida para o Cada vez; mais se faz sentir a falta.
novo predio, que estava com a sua de um predio para o fun'c cionamenltl
(:onstrucção quasf terminada. dos divet'sos cursos; actualmeute oe·
rela. primeira vez, as escola.s do Braz cnpa O Faculdade dois , edifíci.o::- da rua
552 -

Brigadeiro To h ia.:-l, que, além {Ie ve- de Paula Souza. notavel paulista e pro-
lhos e sem condições de hYl<i,,"e e con- . vecto director da Escola Polytechnica.
torto, não cOlllportam o lla!;ura] desPII- que lhe deve relevantes serviços.
volvim'ento dos curSOR. Por falt~l d(~
Museu do Estado Foi muito ano r-
espaço, as. duas novas cadeiras de Pa-
mal a situação do Museu do Estado.
thologia Geral e Tlwrapeutica. 1':1.0 pu-
Tendo sido apuradas pela commis-
deram ser dotadas de laboratoriO:-:í, seu·
sâo encarregada de proceder á ins-
do~ ;com grwJlde prejuizo p-<l.ra o enai..
. . pecção do estabel·ecimento gt:aves irre-
no, aproveitados os de IV! iero'biologia
gularidades contra la SUl'. Hernlann VOll
e Plhysiologia para nel1es serem' dados
. !hering, que exercia as funcções de di-
as CU!·SoS prat-ieos rn(~(~rn-c,tia-dos. No
rector, foi o mesmo dispensado do
anno prox'i1mo ter-ellHlS l',epro!ducção da
cargo.
mesrn'a falta, COllll a 'installação das ca-
Com a nova ·administração, vae-se
deiras de Hygiellc e Medicina Legal. I normalizando a situação. Foi feito o
Os alunmos da Faculdade começaram
.. inventario dos objectos e collecções e
a prestar os s.eus serviços, como in-
ternos, em diversos estabelecimentos do iniciado o serYiço de catalogação d"
biblio'vheca, que está q·nasi concluido·
Estado, taes como o Hospital de 1so- ,I
, Dentro de pouco tempo, deVoe ser pu-
lamento, o Hospital da Força Pnblica
blicado um novo tomo da Revista, e
e a Assistencia Policial.
• .
já ,foram reencetados os trabalho,
Realizaram-se em 1916, pela primei-
s·cisntilfi'cos.
ra vez. os exames de habilitação para
08 medicos estrangeiros, pl~atica essa . As ·salas de exposição for",JU. visita·
que vem facilitar ao Serviço Sanitario I das por 66.247 pesso·as, ou 2.185 mah
a repressão -do exerci cio iIlegal da me· do que no anno anterior; só no dia 7
dicina. de setembro, foi o estabelecimento vi-
sitado por 4.453 pessoas.
EscolaPolrteclmica - Foi de 202
'Ú numero de alumuns matriculados na
Ainda hoje é o Museu regido pelo
Escola Polytechnica. primitivo regulamento de 1894. Com
Concluiranl 'Ü - curso de engenheiros um pessoal technico deficiente, dispon-

do de poucos recursos materiaes, não-
civis 20 aluIDnos, e 3 o de enge-nh€iros
póde absolutamente corresponder aos
mechanicos e electricistas.
Obteve. o premio de viagem á Eu-
Topa ou de co.llo,eação ,eH"ctiva em
I
seus fins, nem· está de accôrdo com
o nosso progresso e o nosso desenvol-
vimento.
umas das repartições technicas do Es-
Além disso, approximando-se a data
tado o Sr. Oscar Machado de Almeida,
que completou o curso de engenheiros I
do centenario da nossa Independe,ncia
e devendo realizar-se no Ipiranga par-
<
civis com distincção em todos os annos.
te das festas commemorativas desse
Os trabalhos de construcção do edi-
magno acontecimento, será conv'eniente
fieio destinado ao Instituto Electrote-
cuidaI' desde já do· Museu, dando-lhe
chnico estavam suspen;,os ha dois an-
nova Qrganlzaçao.. -
nos, com gl'ave prejuizo para a Escola
e para o proprio edifício. Com a ver- ilbnoxadfado O Estado despen-
ba que votastes no anno passado. já deu 364:719$000 com dotações esco-
estão em andamento às obras para a lares, não se levando em conta o ma-
~ua conclusão. terial fornecido p€!a arrecadação e pe-
Occorreu este anno o lamentavel pas- las officínas do. almoxarifado.
samento do doutor Antonio Francisco IMontadas comlO simples ensaio e CODl
, .. , . . "
. '.

- 553

o olJjectlvQ de fazer apenas concertos estando qU:3,si concluído' o de 1915.


B l'eformÇl. de moveis, as officinas estão A collecta do's elementos estatistlco8
produ z.indo muitos artigos de uso es- de 1916 vae muito adeantada e a re-
colar, inclusive carteiras. Installadas ·partição espera. pod,e r dal-os á impres-
em fins de 1915, foi a sua. oíg'anização são, no pri.neipio do, segundo sem estrc
conlpletada o an no passa do com ma· deste anno.

chinas proprias e em condições de of-
Serviços dive.rsos O Pensionato
ferecer ao Estado uma larga e com-
Artistico continüa desempenhando a
pensadora producção de material es-
elevada missão para que foi 'criado.
colar.
tendo mantido na Europa, durante o
A despesa com as ofticinas foi de ànno que findou, sete pensionistas,

21: 6'93$000, e a sua p"odncção foi aperfeiçoando-se nas varias artes a que
d e 64: 445$000. se dedicaram.
Oiario Ofiieial Todas as oHlei- Ainda não foi possivel fazer voltar
. .
lias do Diarto Offieial funccionaram todos (lS pensionistas que foram obri-
co m regulal'l<dade , apezar da defielen- ; gados a interromper os seus cursos em
<:ia de material e das más condições do
predio, que não só é insufficiente como
.
I
1914; a pouco e pouco, porém, serão
attendidos os pretendentes, de accôf-
tambem está eXigip-do sérios reparos . do com o regulamento 2.234, de 22
.
Para que e. repartição possa desem- de abril de ·1912 .
pe nhal: com efficiencia os seus fins, :Fuoccionou com toda a regularida-
• •
torna-se imprescindivel dotal-a de me- de o Seminario das Educan~as , tendI!
lhor installação, dando...·~e- lhe ao mes- sido bom o estado sanita rio do esta-
mo tempo machinas mode rn as e aper- belecimento.
feiçoadas. . De Qccôrdo com O regulamen to, es-
As despesas attingiram a. importan- 'Üveram internadas 100 meninas e re-
da de 266:271$900, dos quaes . . . tiraram-se 17 educandas , das quaes 11
172:42-4$778 com pagamento de pes- para se casarem, 1 para professora par-
soal e 93: 847$132 com despesas di- ticular, 8 para cursar a Escola Nor-
ve rsas (ot\ficinas, força electriea, con- mal e as fi restantes foralli entregues
.
sUlm.o de .gaz, seIlos para renlessa· de ás mães ou tutores.
(;orrespollldencia, etc.). IA d espesa atbngiu a 97: 600$400
A renda importou em 8·5: 979$431. réis.

Estatística e ill'chiv(> O serviço . Deixa muito a desejar o predio em


cs tatistieo do Est ado continúa a ser .que está ins taliada a Bib\.iotheca Pu-
feito com a mesma regularidade dos blica.
gnnos anteriores, colligindo ao respe- Apesar disso, eUa foi frequentada

t tiva repartição e publicando annual- por 26.81 8 pessoas, que consultaram
mente todos os dados, que mais de , 34.008 obras diversas.
perto interessam á administra~ão pu- Centenario da Independencia - Já
illica, bem como todas as Informações está concluido o projecto de melho-
referentes aos diversos desdobramen- ramentos a serem executados no Ir.i..
tos da vida activa. social e economica
.. ranga, para a _co:mmemoração
. . .
do c(m ~
<lo Estado. tenario . da nossa Independeocia .

Fez imprimir e distribuir, . dentro
. do "' De accôrdQ com ~ a auctorização, (.u~.
!IH.iz e no estrangeiro, o Annuario Es- . votastes na sessão passada, as oh"i"'i
I " ltstico referente ao anno de 1914 , serão iniciadas .dentro d~ pouto H l HlIJ()
554

e conduzida's lentamente, para ficarem talidade foi, em 1916, de SIl , :::o ,


terminadas no momento opportuno. Estado e 9. j 6 8 na capital, aJK ; I I ' ', !I\j)~' .
O Secretario do Interior . convidou o que jamais foram attingidos.
Sr. Prefeito da éapltal -e 'os Drs. Ra- Foi objecto de preoccupação;l" ' ..
mos de Azevedo e Adolpho Pinto para viço Sanitario. a campa11iha. (:(Ii l l l . •
organizarem as bases da concorrencia moJ-estias evita veis, oontinuau do . ,"• "
'do monumento nacional ao~ her6es da a mesma intensidade, o serviço d i'
Independencia, e para escolhel'em o cínação e revaccinação systeuléI.f i\'HI I ., ..
!ocal onde o mesmo ':"eve ser .erigido. que tem defendido o' nosso 1.1,,.,' H""
Acudindo 1>0 apPe1o, que lhes fez da invasão da varíola, que gra:lJlII
o Governo de São Pati ,o,, já d,eclararam varias partes do paiz, ·occasionalldo
concorrer para esse nl01111mento 'os se- vado num,ero de victimas.
guintes Estados: , Minas Geraes com Apesar de ter sido iniciada ctn
,

cem contos d e réis, ' Santa . Catharina a campanha es'pecLfi-ca contra ;/


com cinco e Rio Grande do Norte, typhoide, pela applicação da v "'<' <'I >:',,
com dois. ' anti-typhica, preparada no 111" ' 11 ,
Bacteriologico, os resultados
Saúde Publica Poderia conside-
com a intenção de debellar o ,,, ,, I ,
rar-se satisfactoria, em 1916, a saúde
rão total mente infructiferos, "'"'1'11'
pnblica no Estado, si não fosse a pre-
to não se melhorar o abastecin H~ 1l1 1)
sença da malaria, .que continuou as-
aguas da capital e o de certas I,, '
sólando grandes zonas e que, aliás,

dades do interior do Estado .
,durante o anno passado , flagellou todo ,

O serviço de ex.gottos deve "' "


o paiz ~ do Amazonas ao Paraná, in-
cluindo a propria capital da Repu- I duZÍ'do tam'bem

a outros J)Ollloil
densamente povoados da capital ,
blica,
onde s'e torn-a necessaria a extellsHn ~,
A mortalidade geral, q \,I e tinha sido
rêde, o que muito concorrerá para ,. "
de 66,302, em 1915, -elevou-se a ."
ha-tel' a febre t~hoide.
70,,279, t9to é. assignalou-se por mais
Contra as moscas, agentes incT i lU
3.987 obitos em 1916 , Na capital,
dos de propagarem em grande
falleceram 8176 pessoas, contra 7.621
a febre typhoíile, o Governo mui!."
em 1915, O çoefficiente, f-oi, pois,
pera da acção conjullcta da MIl'"
computada a população da capital em
Iidade e do Serviço Sanitario, m o"
485.000 almas, de 16.85 por mil . ha- te a applicação de um methodo
bltantes, contra 15.24, no anno an- chimico. estudado em Butant.an. (I

terior. A média da mortalidade g'eral diminuição e remodelação daH l~(ini "


foi de 22.40 obitos por dia. raso
Em todo ;) Estado, registaram-se Os serviços de combate aos 11\O11{1 L,:":
.. , ,

26.612 casame·nto<s" contra' 19.284 em tos. que inf·estavam, em certaH é '>I 111 ,

1915, 'correspondente á média de 7'2.9 varias bairros da cidade, foram


por dia, , Na capital, o numero foi sUicados, de modo a evitar 011
,

de 3 ,15-8. dando a média diaria de nuir grandemente as periodka~1


8.65 e ;) coefficienle annual de 6.51, sões desse Illsectos.
por mil habitantes. ·P ara ,sOC'correr as z.onas atal!ada H
Occorreram 150.,659 'i,aseimentos, malaria. O Serviço Sanitario BIIVioll
Na capital, O numero' foi de 19 '.944, inspe'c tores , e, além disso, ([ ,,"I

dando a média d e 37 por mil habitan- pel'lnanentemente quatro med i( ~ O H
--- "
teso os trabalhos de prophylaxia 0111
O excesso da natalidade so bre a mor- Americana e em outras hl(·:rd . ld ~ I (·
555 -

!tic!I( lfn-a.s~ onde - •


conV-enl -
nao esque- V'OSSO esclarecido auxilio para reso!-
j'" f' .- não lhes faltou o de<Vido au. vel-o de accordo com os preceitos mais
\ íl in por parte dos fazendeiros locaes.addantados da h)"giene.
Reria muito louvavel si taes exem- Em maio deste anno, foi approvada
Illos fossem imitados pelos proprieta- a "Pharmacopéa Paulista", a qual será
dos das outras zonas, onde existe o officialmente reconhecida no Estado,
-
iHal: pois~ sómente com os elementos em quanto não existir a Pharmacopéa
Ile <lue dispõe o Estado, será difficil, Brasileira.

A Pharmacopéa será re-
nínão impossivel. erradicar a malaria, vista dois annos depois de ,publicada;
• •
(} ue tão grandes pre)UIZOS nos acar- posteriormente, soffr-erá revisões de
I'ota. .
..
_Clnco em CInco, annas, as quaes serao -
o Codigo Rural viria facilitar a pro- superintendidas pelo Serviço Sanitario,
phylaxia do impaludismo, porquanto - que nomeará um chimico e um bota-
encerraria' disposições relativas a re- ni1co para, juntamente com a commis-
presas, olarias, manancia-es, cursos são que a elaborou, conservarem-na aO
d'agua e outros elementos capazes de par dos apef'feiçoamentos que forem
Be constituirem em fócos de anopheli- surgindo.
nas, transmissoras do mal. Sómente O Serviço Sanitario, acompanhando a
assim, po-deriam ser tomadas medidas pratica usada em varios paizes, pro-
que facilitassem o combate contra cer- curará dar á publicidade estudos ef-
tos males, que infestam o interior, taes fectuados pelos seus funccionarios, a
-como o tra~homa e a ankylostomose. respeito de varios assumptos impor-
tantes de hygiene. E' de esperar que
_Com o intuito de debeHar a ankylos-
'-omose, o Governo de São Paulo en- ainda este anno veTIlh-am a lume algu-
mas dessas publicações.
trou em combinação com a Fundação
RockfeIler, para conjunctamente -ini- Em fevel"eir,Q do corrente anno, o
ciarem uma campanha contra essa. ver- Serviço Sanitario solicitou a sua ad-
missão á repartição criada em Pariz
minose, que tantos estragos occasiona
á n()ssa populaºão rural.
pela -Convenção Internacional de 1907,

Uma commissão brasileira e outra


denominada "Offiee
. . . International d'Hv-.
giéne Publique".
norte-americana trabalharão em pon-
tos diversos do Estado-; e o Governo nu- Policiamento Sanitario - O policia-
tre esperanças de que a Fundaºão Ro- mento sanitario continúa a ser executa-
ckfeller procure desenvolver a sua be- do em todo o Estado, tendo sido me-
nefica acção em escala mais ampla, não lhorado nesta capital com a providen-
SÓ no que CO'll<,er;ne aos trabalhos de cia tomada de se dividir a cidade em
prophylaxia, como prinCipalmente em seis delegacias; o que muito tem fa-
trabalhos de in-vesUgação scientUiica cilitado o combate ás molestias con-
- '
em collaboração00m os institutos -of- tagiosas. Tal medida, tomada em ca-
fieiaes de São Paulo. racter provisorio, merece ser effectiva-
Impressionado com- a alta mortaU- da, dados ()S exceIlentes resultados
dade prOduzida pela lepra, no decennio obtidos.
comprebendido entre os annos de . , Hospital de Isolamento - No Hos-
1906 a 1916, periodo eni que tal en- pital de Isolamento foram tratados 952
fermidad€ concorreu para o obituario doel1tes, dos'quaes 230 de f~bre tn.ho'-
com 1. 678 victimas; o Governo pensa de. Falleceram 132 enfermos; tive-
não ser mais possivel a.diar a solução ram alta 775; ficaram em tratamen-
de tão importante prOblema e pede o to 45.
556 -
.
No principio do corrente anno, fo- cinaes do paiz, realizando, deste mod<l •.
ram feitos alguns melhoramentos nes- uma antiga aspiração aos homens de:-
te Hospital, entre os quaes a co11oca- sciencia nacionaes e estrangeiros. O-
ção de têla em todos os pa'llilhões, pessoal technico é evidentemente escaS-
~fim, ·de imped,ir o a-ccesso ás mos'cas, so e novas secções terão que g.er cria-
e a ligação das aguas servidas á rêde das, o que permittirá ao Instituto con-
de exgottos. tribuir para o desenvolvimento das pes-
o edificio quizas scientificas entre. nós. E' de-
Desinfectorio Cent,'al
s,ejo do Governo criar uma sec~ão de
do Desinfectorio Central, construido em
e-h:imi'ca e contractar ummycolog:ista
1893, é actualmente acanhado e ne-
e um anatomo-pathologista.
cessita 'ser .ampliado, rufimde attender
ás necessidades, sem,precresrcentes, dos Assim apparelhado o estabelecimen-·
serviços de hygiene. to, iniciará no anuo vindouro a pu-
blicação das suas "Memoriàs", faltan-
Instituto Bacteriologico o Insti- do apenas uma lei que lhe faculte a
tuto Bacteriologico continuou preparan-
fiscalização, no Estado de São Paulo,
do a vaccina anti-typhica, qu·e tão re-
dos productos biologicos, de fabrica-
levantes serviços tem prestado á po- o

ção nacional e estrangeira; medida essa


pulação deste Estado e ainda a varios
que se impõe, em conseq uencia do-
pontos do paiz; sendo que este anno
.grande numero de productos desta na-
a 6. 11 Regi,ão Militar solicitou a sua
tureza lançados ao mercado em condi-
applicação ás tropas della dependentes.
ções frequentemente improprias.
O Instituto acha-se haibilitado para
fornecer ás f{)rças de mar e terra da
o
O Instituto contractou com uma das
Nação, caso os poderes milit.ares r8- casa commerciaes estabelecidas nesta
q uisitem, a vaccina por elIe preparada. praça a propaganda e venda de seus
O numero. de exames allieffectuados productos, no Brasil e no estrangéiro.
ascende.
a uma media mensal superior Instituto Vaccinogenico - . No anno
.a 300. passado, . o Instituto Vaccinogenico for-o
Instituto Sôrotherapico Afim de neceu 380.000 tubos de vaccina e,
.collocar o Instituto Sôrotherapico no pelo que se póde avaliar da sahida re-
nivel_ d9s seus congenep8S nacionaes e gistada até agora, esse numero sera.
estrangeiros, o Governo r8SO lveu for- muito maior no decurso do - corrente
necer-lhe maiores. recursos, tendo este anno.
anno- mandado

adquirir mais 40 ca-
vallos para attender á procura dos Instituto Pastem' De 1.0 de abril
.
sôros fabricados pelo Instituto. Bre- a 31 de dezembro de 1916, foram tra-
vemente
-
serão inaugurad-os
. ' . o novo ma- tadas no Instituto Pasteur 910 pes-
o

tor alli installadq e outras dependen- soas. O Instituto precisa. de uma re-
_eias,. entre ,as qua.es se destaca a sec~
o
modelação, que melhore as condições
ção de productos opotherapicos. precarias das suas actuaes installa-
, .;,. iSf;rá egu~~'mente
inaugurado um ções.
.. Horto Botanico, Mm a denominação de .
',0" _ .' . , '
O Instituto Pasteur, recem"creado em
•.

_Oswal~o _Cruz, honú,magem á me- -em


Belém, solicitou do nosso· Instituto vi-
0' _lP.oda de~se preclaro scientista bra- rus fixo e o methodo por elle empre-
,- ..
-'-', . ,

si~eiro. O referido
, -'
Horto
'. .tem á sua gado para o tratamento da raiva, pre-
. ,.'
.

testa um botanico contractado para f.erencia esta lisonjeira para os' credi-·
estudar as plantas venenosas '8 medi- tos do estabelecimento, porquanto no·
557 -

paiz existem instituições congeneres Tias ás commíssões sanitê1rias. que fo-
muito mais antigas. ram ao interior e ás solicitações pro-
venientes de grande numero de muni-o
Laboratorio de Analyses _ . O La-
cipalldades. As instatlações do Labo- .
boratorio de AnaIyses Chimicas e Bro-
ratol'io são obsoleta.s e necessi.tam ser"
matologicas iniciou pesquizas para fi-
xa~ão do padrão do leite utilizado em
modernizadas.
São Paulo. Engenharia S"DÍtal'ia A secção de
Dada a grande impol'tancia dos es- Engenharia Sanitarla executou varios
t.udos bromatologicos, força é reconhe- trabalhos na capital e no int.. rior, in-
cer que o Laboratorio não est.á em clusive alguns attinentes ã prophyla-
condições de attender ao desen'Volvi- lda da malaria. ao abastecimento de·
mento geral do Estado, convindo, por- agua e á rêde de eX'gottos: no interior"
tanto, ampliar as intallações e appa- do Estado.
relhamento actuaes, de modo a poder
Comulissões Sa.Jlita.rias
o Serviço Sanitarlo emprehender, com
missões sanita rias têm attendido re-
toda a efficacia, uma campanha em
gularmente aos serviços de hygiene,
pról da população, exposta aos incon-
'que lhes são aflfectos nas respectivas
venientes de productos alimenticios e
zonas, Algumas delIas. nomeadamen-
drogas falsificados.
te as de Ribeirão Preto e Ce.mpinas,
Estatistica Demogl'apho-Sanitada resentem-se de !faltas sensiveis nas
Foram melhorados os boletins hebdo-· <lompetentes Installações, couvindo ou-
madarios da secção .. Estatistica Demo- torgar a todas maior autonom.ia ad4"
grapho-Sanitaria" e vae-se dar maior míni-strativa, a'fi.m de. _ que possam
desenvolvimento ao seu annuario, ond€ mais e~peditamente acudir· á.s exigen-
eias do policiamento sanita,rio.
'Virão, além dos dados usuaes, os re- l
I
latorios mais interessantes apresenta- Assistencla. a alienados - Durante
dos ao Serviço Sanitario e que mere- I o anno de 1916, a Bomma total de doen-
çam divulgação.
tes das diversas secções do Hospício
Protecção á, Primeira Infancia de Alienados attingiu ao numero de ·
A secção de Protecção á Primeira ln- 1.462; sendo que, no HospíCio Cen-
fancia continúa instaIlada em local tral, o numero foi 718, dos quaes 368
acanhadissimo e cada anno que passa homens e - 350 mulheres. Os 744 res- ·
vem' redobrar as difficuldades, com tantels acbavam-se distribuidos pela pri-
que lucta a sua administração, em con- m,eira, segunda e terceira calonias, pela
sequencia do desenvolvimento crescen- Fazenda V!llha e pela Assistencia Fa-
te da população infantil. miliar.

Laboratori() Pharmaceutico O La- Além disso, existiam em 1.. de


boratorlo Pharmaoeutico do Estado con- junho do corrente anno 197 insanos no
tinúa a attender o elevado receituario recolhimento das Perdizes e perto de
dos hospitaes e de outros 800 nas cadeias do Estado.
. . estabeleci-
mentos que delle se soccorrem. Prin- . Na mensagem passada, tive oppor-
lCipalmente este anno, a soIf.citude do tunidade de pedir a attenção do Coo ·
seu pesaoal foi posta á prova, pelo ele- gresso para a situação angustiosa dOM
vado fornecimento de drogas necessa- alienados e, de accõrdo com a allül, ~l"
" "" "

-,o 558 - •

rizaç.âo que me foi cOlllcedida para a ln- serviço. Ol'çava em "perto de seis eou- o
pliar as intallações do Juquery, deter- tos m ensaes ou setenta e dois contos
minei a construcção de uma nova co- por 'anno: ao passo que, pela transacção
lonia, que deverá estar concluida até 'feita, o Governo despenderá aanual-
o fim do anno. mente 34: 500$, além de ficar com a
Como, porém . as obras auctoriza- propriedade da empreza.

das só podem ser feitas lentamente As despezas com todas a s secções


e demandam algum tempo para a sua importaram em 981: 598$207: deduzi-
cOID\pleta execução , o Go"v erno e.stá es~ da a somma de 40: 540$000, contribui-
tudando uma solução", de caracter pro- ção "dos pensionistas, a assistencia a03
visorio~ que melhore as condições dos alienados custou ao Estado ...... . .
referidos d<>entes . 941:058$207.
. Nenhuma epidemia grassou no Hos- Administração da Justiça A actual
pício durante o anno. A moles tia in- organização judiciaria do Estado, que
tercorrente mais commum foi a tuber- dbedece ainda aosmold1'/s estabele'cidos
culose, que occasionou 42 obitos; ra- nas leis n.' 18, de 21 d·e novembro
zão pela qual o direct<>r não cessa de 1891 e n.' 80 , de 2-5 de agosto de
de insistir pela construcção de um pa- 1892 e no decreto n. ' 123, de 10 de
vilhão não só para esses do-entes, como novembro do mesmo anno, não cor-
taIlllbem para os a.fifectados de outras responde, evidentemente, apesãr da
molestias contagiosas. competencia . e dos esforços de nossos
Para OS tr3!balhos actuaes, cujo de- magistrados de primeira e de segunda
senvolvimento vai crescendo extraordi-
instancia, ás necessidades oriundas do
nariamente, é "'l1uito exíguo o numero
incessallt'e desenvolvimento de" nossa
de medicoso Será convenieJ!te au-
cultura e de nossa população.
gmental-ü. supprimir a categoria de
medicas .externos, passandô todos a in- " O momento não comporta, é certo,
ternos> e criar o cargo de anatomo-pa- " uma reforma profunda, como seria de
tbologista, para que o Hospicio não recolmmendar em situação normal; mas
fique reduzido a uma simples casa defeitos ha, que pedem um prompto
de ·asylamento, vendo perdido o grande conectivo, ind-ependentemente de qual-
material de que dispõe para estudos "quer accrescimo "n os en"cargos do T.he-
.cientificos. souro.
,
Na Assistencia Familiar, instalIada São frequentes, em verdade, as re-
• •
nos arredores do estabelecimento, no clamações contra a morosidade no an-
municipio de Juquery, existem actual-
, damento das causas e contra o "enca-

mente 111 doentes, que realizam as- recimento excessivo das despesas . ju-
" ~im economia não pequena, pois cada diciaes.
nutricio recebe apenas 30$000 por mez .
A ;esses dois males, que prejudicam
e por alienado, que abriga em sua
• o ideal da perfeita distribuição da jus-
casa; sendo que em alguns casas esse
pagamento tem sido reduzido a 15$000 tiça, oonviria remediar o mais cedo
" mesmo 10$000 mensaes. possível.
De a ccôrdo com a vossa a uctoriza- . A disc ussão dos projectos de Codigo
ção. o Governo adquiriu a "mpreza que de Processo Civil, Commercial e Cri-
. fornecia ,força e luz ar> Hospicio. o minai - ora em estudos por uma com-
que trou.x e uma grande economia para missão mixta de senadores" deputadOS
0
os cofres publicos, A despesa, tom <lsse abrirá,• dentro em breve, azada 01'- "
.;
'"
559 -

'portunidade, para a adopção de provi- Divulgada, porém, a luctuosa noti-


dencias que~ conl as precisas efficacia cia, o espiritoo publico agitou-se pro-
·8 urgencia. ponham cobro aos abusos fundamente e o sentimento nacional
apontados. manif.estou-se, em toda a sua esponta-
A remodelação do Tribunal de Jus- neidade, promovendo comicios e pres-
tiça, no seu' organismo e na sua com- titos patrioticos, que decorriam enthu-
1>etencia; a classificação das comarcas sia5ticos e pacificos, sob a fiscalízaçao
em entrancias; a ampliação das attri- da p·olicia.
-buições dos juizes singulares, em ma- Infelizmente, na noite de 10, quan-
teria criminal; a simplificação do func- do ia em meio uma dessas manifesta-
cionamento do jury e a criação, ~m çõ,es, occorreu na Praºa Antonio Pra-
temIto proprio,• dle juiz'es togados, com do um incidente inesperado, lamenta-
o duplo fim de fazerem as substituições ve] sob todos os pontos de vista. entre
dos jnizes eUectivose de se habilita- populares e soldad,os incumbidos do
rem para promoções, - são outras tan- policiamento local.
tas medidas cqmplementares, que, a
Do conflicto, das correrias e do atro-
,m'eu ver~ ,em muito p'oderão influir para
pelIo consequentes, resultaram ferimen-
o aperfeiçoa.mento do nosso systema
tos. sem maior gravidade, em diver-
judiciario. .
sas pessôas; pelo que foram devida-
Reconhecida a grande inlportancia
. m·ente punidas a auctoridade policial
juridica que, para a vida civil e para
e as praças, cuja responsabilidade se
a economia. dos particuláres, decorre
apurou em ínquerito regular, a que
dos actos praticados pelos serventuarios
immediatamente fiz proceder.
da justiça, notadamente, pelos offi-
ciaes dos registros civil e hypothecario; No dia seguinte, conhecida a acção

torna-se oppo·rtnna a adopção de pro- imparcial e severa do Governo, par.e-
.
videncias, que habilitem os represen- cia que tudo estava serenado, quando,
tantes do Ministeria Pu.blico a ex€r- pelas dez horas da noite, um numeroso
-oor sobre esses funccionarios uma fis- bando d'e desordeiros, inopinadamente,
calização mais ampla e mais efficaz. invadiu a casa em que se imprimia o
Lucraria com isso a administração jornal Diario Allemão", empastellan-
U

da jnstiça e ficariam melhor assegu- do a respe'Ctiva typographia.


rados os direitos dos cidadãos. O deploravel facto se consumou tão
Ordem Publica. Não se desmen- _rapida e violentamente, que a aucto-
tiram ainda as tradições de ordem e ridade e as praças, que patrulhavam as
de disciplina, que tanto honram o immediações, foram de todo impoten-
nosso povo e tão altamente abônam a tes para impedir a criminosa depreda-
_nossa cultura social e civica. ção, apesar da tenaz resistencia que op ...
A ordem publica manteve-se, com puzeram, e na qual receberam ferimen-
effeito, inalterada em todo o territo- tos, entre outros, o actual DelegadO
rio paulista; e, si não fossem os tristes Geral de Policia, doutor Thyrso Mar-
factos desenrolados nesta capital -e em tins, e um dos officiaes da nossa Força
Rio Claro~ no correr do m'ez de abril j
Publica.
.
e originados da noticia' do torpedea- Em Rio Claro, registaram-se tam-
mento do vapor brasileiro "Paraná", bem disturbios e excessos contra pro-
por um submarino allemão, ne... priedades de subditos alleinães; mas
nhuma perturbação teria que assigna- foram logo reprimidoOs pela ac~ão oener-
lar. gica da Policia.
560 -

ueante (kx~e.s acontecimentos, -que ' rio ' -dos encarcel"ados. quer - pri'n -
todos sineenlmente deploramos. a Se- ; cipalmente pela methodização e
i
cretari" <Ia Jqstiça e ·da · Segurança aproveitamento do trabalho delles.
Publica redobrou de vigilancia e de Vem a proiJ)osito notar que a lei 11,°
preeHuç ões. no sentido de' evitar novos 1406, de 26 de dezembro de 1913, re-
aUentados contra a vida e os bens de gulando o emprego dos . sentenciados
estrangeiros aqui d'Ümlciliados, tendo na factura de estradas, começou a ser
conseguido restabelecer completamente executada entre nós cOm os melhores
a ordem, que, desde então, não foi , resultados, á semelhança do que se
mais alterada. observa em outros paizes e, especial-
mente, nos Estados Unidos da Ame-
Policia A criação da Delegacia
Geral e das Delegacias Regionaes, por i
rica do Norte. •

mim a.lv.itrada em mensagem. anterior . E' assim que a estrada São Paulo-
e Que houvestes por bem decretar pelo Jundiahy já conta quatro kilometros
lei n.' 1510, de 17 de novembro de promptos e em magnificas condiçõeIl
1916 , está concorrendo ·efficiente- technicas. Em algumas outras locali-
mente para a melhoria da organização dad·es. como Taubaté, São J.osé" do Rio
e dos serviços de policia. Pardo, Campinas e Casa Branca, tam-
bem estão sendo proficuamente uti-
A acção das a uctoridades, na pre-
lizados os se,·viçosdos detentos em
venção e na repressão dos delktos, se
exerce mais promptamente; e, ao mes- obras e melhoramentos de viação inter-

muniCipal. •

mo tempo que se torna mais directa a


fiscalização dos funccionarios do de- Parece-me, á vista destas ·"xperien-
partamento policial, · poupa-se ao Es- !.
c·i as, 'que é chegado o momento de
tado o dispendio de quantias avultadas I
ensaiarmos a applicação moderada e
com as frequentes diligencias de dele- , cautelosa do livramento condicional, es-
gados e escrivães aos pontos remotos tatuido nos arts. 51 e 52 d'lJ Co digo
do interior. Penal e regulado entre nós pela citada
lei D.· 1406 e pe lo decreto n .' 1490
Prisões do Estado - A forçada re-
de 18 de ·julho de 1907.
ducção da verba 'Ürçam entaria para o
proseguimento das obras, aliás bas- Semelhante medida administrativa,
.Ionge de quebrar o · respeito devido ás
tante adeantadas, da nova Penitencia-
sentenças judiciarias, viria actuar be-
ria, não permittiu ainda que para esse
nefiocamente sOlbre O animo dos libera-
. grande e modelar edHicio fossem
dos, que eUa porventura attingisse, de-
transferido,s os num erosos condemna -
dos, que, na verha cadeia desta capital monstrando-lhes praticamente os etfei-
e nas 'das cidaües do interior, cumprern taS salutares da bôa conducta, estimu-
as pen:liS criminaes a que e·stão sujeitos. lando-os a perseverar nella e prepa-
rando-os dest'arte para sua completa
Concluida que fosse uma parte, ao
. reintegração na vida· social.
menos, desse estabelecimento, para alli
seriam desde logo removidos esses in- . Institutos Disciplinares Tendo pas-
felizes detentos, .com rea-es vantagens .' sado, de 1914 para cá, por grandes
para a obra benefica de sua regenera- transformações e ampliações, o Instl-

ção moral, ,e até com economia sen- tu to DiSCiplinar da capital, que com-
sivel para os cofres publicas, quer pelo p.o rtava naquelle tempo apenas
.
oitenta
decrescimo nas despesas, agora mais internados, abriga hoje duzentos e ses-
pesadas, com a alimentação e vestua- senta menores, commodamente Instal-

561

lados • prestando bons serViços em fornecidas 8593 fichas. para fins \~ lei ·
oftícinas completas de mechanica, ser- toraes, sem prejuizo dos d.emais tra -
ralheria, fundição, modelagem, serra- balhos affectos ao Gabinete, que cor-
ria; carpinta.ria, marcenaria, pintura e rem normalmente.
concerto!3' de auto moveis. ! FOl'ÇD Publica A Força Policial
Nessas o,:f;fi'dnas adlq uir.em elles, com do Estado, sempre disciplinada e leal,
o habito do trabalho, os conhecimen- continúa a prestar optimoB serviços
tos indis pe.nsaveis para mais tarde pro- á de'fesa e á manutenção da ordem
verem hone.stamente á propria subsis- pUbl,ca.
Succedem-se regularmente os exerci ~
cios de instrucção e de campanha, es-
forçando-se todos officiaes e sol-
.
dados - por não olvidarem as brilhan-
toes lições, que receberam da Missão
Franceza e que tão lisonjeiro conceito
lecimento , continuam a ser - feltos en- ,j lhes grallgeara m em t'odo o palz.
saios de agricultura e de pequena cria- 1
Taes têm sido, entretanto, os pro-
ção, occupando-se nelles, de preferen- i
gressos que, nestes ultimos tres afi-
cia, os rnen{)res procedentes do campo. I, nos, teln - feito a arte da guerra; tão
Comoleta,
. como se a cha,. a lotaçao
desta t<1:sa e não sendo passivel am- !
I profundasas alterações sobrevindas á
I estrategia e á organização militar,
pilar-Ih" agora 'a~, ' iustallações, está i
, que seria acertada a reconducção e o
o Governo providenciando para. que se I
reforço dessa Missão, logo que, cessa-
faça brevemente a inauguração do Ins-
das as hostilidade.s, fosse possivel tra-
tituto Disciplinar de Mogy-Mirim, já
tar-se do assumpto por via diploma-
termi nado.
I tica.
Instituto eorl'eccional - o Instituto I O Curso Especial Militar, destinado
Correccional de Taubaté, que, como sa- a.o preparo dos futuros officiaes. está
beis, ante.s fnnccionava .na Ilha dos I'! produzindo -os mais beueficos effeitos,
Porcos. sob a denominação de Colonia pela rigorosa selecção d e vocações e de
CorreceionaL está perfeitamente capacidades, A' matricula do primei-
-montado e. a.inda ultimamente, foi en~ ro anno apresentaram-se, em 1917, 34
r~que'c tdv (".om a a'cquisição de uma area candidatos, dos quaes só 17 éonsegui-
fJonsiãe.ra vel de terras de cultura. si- I·am approvaçâo; o que hem demonstra
tuadas nas suas proximidades e desti- " seriedade dos exames de admissão .
nadas ao melhor aproveitamento do
A experiencia acons·elha, com tudo, .
t l'abath o doIS re!~'lusos, cujo numero,
que se tratJe de aperfeiçoar ainda .mais
em 30 de junho findo, era de 144.
este curso, au:gm€:ntando o numero de
Gablnetc de Identificação Para mate rias nelle ensinadas e desenvol-
attender á exigencia da ultima refor- vendo outras já contempladas no pro-
ma eleitoral, installou-se, como depen- gramma.
deneia rio Gabinete de Identificação e Consoante o proposito de melhorar,

com caracter provisorio, um serviço es-. cada vez mais, as intallações da Força
pecial liara a expedição ' commoda e Publica, concluíram-se as obras do
rapida de carteiras de identidade aos quartel do 2," Batalhão, que poude, as-
candidatos ao alistamento. sim, ser inaugurado no dia 13 de maio
Até 3 (l de junho, já ha.viam sido ultimo .



• •
. ..".. ..' "
. ....•. .•. ..,: .. . .
( '" •
.. 562

(:ollstruiu-ae um DOVO paiol anuexo Nessa previsão e contando ('om as··


11.0 fluarte] dn. Guarda Clvica, sendo difficuldades deconentes da situaçao in-
transportadas para elle as munições terna'ccional, convem que ao Almoxari-·
que, com s érios risoos, se encontravam fado não ·escasseiem os recursos ne-·
no Almoxarifado da Secretaria da Jus- cessaríos para a acquisição immedia.ta
tiça. de taes artigos e materiaes. cuja reser-
J:'roseguem os trabalhos de reparos va caso não fossem eUes aproveiüt-
e melhoramentos no predio onde está dos desde logo poderia aUil'iar a
aquartellado o 5.' Batalhão; e furam dotação de futuros orçamentos .
localizadas em casa especial, com as
. Assistencia Policial . O posto me-o
necessarias accommodações, a Biblio- .
dico-policial, graças á confiança que
theca e a Caixa Beneficente da Força
soube inspirar á população paulistana,
Publica.
deixou, ha muito. de agir com as res-·
.
As necessidades dos constantes exer- tricções inlpostas pela sua propria de- o
cicios de tiro e o encarecimento ex- nominação e pelo seu regulamento, 'para
traordinario das munições de guerra tornar-se um efflciente appar'elho de
. . .-
sugg·erIram ao gov-erno a oonvenlenCla
. Assistencia Publica, cujos soccorros de
da montagem de uma pequena fabri- ur.g encia augmentam dia a dia..
ca., para aproveitamento dos <,artuchos Para o graduai ap e rfeiçoam~nto des-
detonados, com o fim de lhes ser dada ta secção, seria conveniente dotal-a de
.
nova carga. installações mais amplas e mais apro-
Os respectivos serviços 'estão sendo priadas á intensidade e á delicadeza
feito sob a direcção de um dos nos- d<>s trabal'hos que l'he são affecto8.
sos officiaes, que para o assumpto tem o ,
numero tota.l de primeiros so.ccor-
revelado competencia e solicitude par- ros prestados pelo posto da Assistell-
ticulares e as machinas serão todas
executadas nas o'fficinas do Instituto
I cia foi, no anno findo, de 8.599 e o de ·
curativos diversos attbgiu a 3.284.
Di'&cipUnar.
Escola Agrícola "Luiz de (~ueit~z"
AImoxarifa<lo da Justiça O Al- O funcciollamento da Escola AgrícOla
moxarifado da Secretaria da Justiça, "Luiz de Queiroz'~ . não ohs tante a.s
hoje completamente remodelado, vem prófundás modificações operadas no
desempenhando a contento as func -
seu corpo docente, continuou normal-
ções que lhe competem.
\ mente no anno findo. Os alumnos man-
O fornecimento de uniformes para a : tiveram-se em regular· diSciplina., re-

Força Pu,bHca: e de roupas para os pre- I
velando applicação, bom comportamen-
sos pobres 'pro'Cessa-se com louvave1 to e apl"oveita.mell to sa tisfactorio.
pontualidade, sendo de notar que o
No primeir{) semestre, matriculal'am-
numero de peças entregues em 1916
se 102 alumnos ·e no segundQ '77 .
exoedeu em 13.322 ao do anno an-
Receberam o diploma de agro nomos
terior.
33 alumnos, s·eudo 22 de São Paulo,
. No corrente exercicio, parece que o 3 do Piauhy, 3 do Rio de J a.neiro, 2-

serviço vae augmerutar aillda mais, ao de Minas Geraes , 2 do Ri o Grando do-
mesmo passo tQJ.le tcrescem os preços
Sul e 1 de Matto Grosso.
dos artigos para a manufactura
. .
de far-

damentos e de vestuarios e d()s ma- 'Pela iei n." 1534, de 29 elê dezero"
teriaes de equipamento e arreiamento. bro de 1916, ficou instituid o \Im cur-·
, ",

563

:;0 fundameutal na Escola, como pre- 1916, approvou as instl'ucções para o


liminar aos cursos especiaes. e foram estabelecimento dos campos tempora-
,'-, -
(:riadas as cadeiras de Technologia Ru- rios de demonstração de culturas. São
,
ral e a estação experimental de Bro- em numero (le vinte e dois os que fune-
rnat()lo'gia e Agl-ostologia, sendo insti- cionam de accôrdo com aq uellas ins-
, Ilti-do o 'Concurso para o p.rovjmento trucções; dos quaes- qUillZ.e para o al-
c_-
das cadeiras vagas e q 11 e s ~ vagarem. godão, cinco para o milho , u m 'para a
,
• •
Por decreto n,' 2772, de 27 de fe- alfafa e um para batatas.
vereiro de 1917, foi approvado o re-
Instituto Agl'onomico Pelo Ins-
gulamento para e'x ecução dessa lei.
; .. tftuto' Agl'ononlico foram attendidasmi-
'- .
,''c·
Inspecção e Defesa Agl'icola , O lhares de consultas e procedeu-se a con-
- . .' pesso'al inacumlbido do serviço de ins- sideravel numero de estudos. de pre-'
:>-
pecção e defesa agricola mantev-e-se parações de fermento~ para as indus-
em regular actividade. trias agrícolas, de analyses de terras,
Convindo estimular o desenvolvimen- de atlubos, de forragens, d e minel'aes,
to da cultura do ara'oz na zona do lit- aguas e productos agricolas diversos.
.-·--
toral norte do Estado, foi o chefe da- O cafezal, tem dado importantes re-'
tlUcHe serviço commiss·ionado para mi- s'ultados, quan to á demonstração pra-

nistrar aos lavradores o elllsino pratico tica da renovação dos cafeeiros . pó da,
.-,• attinente á mesma cultura. adubação, lavras, arações. estudo com-
Os demais funccionarios occuparam- parativo d as variedades, selecção, cru-
se da supertntendencia dos campos de zamentos -e enxertias dos cafeeiros, para

demonstração de -cultures de algo"d[w> melhorar as variedades que possuimos.
da extincção d,e lagartas e gafanhotos, Foram inaugurados os estagioe. de po-
que assolaram algumas lavolJ.ras, do dadol'es, permittindo habilitar pessoa.l
p.xam·e de terras O'flferecida'S para ins·· pratico na póda dos cafeeiros.
tallação de novos e ampos de demons-
tração de varias ,culturas e dos traba-
tinuou
-a
Set'vlco Florestal - Este serviço eon-
fornecer mudas :aos ia vra-
lhos .pre Limlnares para installação, por
particulares, da cultura do arroz por dor"s do Estado a preços modioos, e.

-i rri'g"'ação. gratuitamente ás municipalidades, 110s-



·
· Foram redigidas e publicadas ins- pitaes e escolas publicas .
trucções praticas pal'a as culturas de Durante o anuo de 1911>, fo rneceu
· alfafa, feijão, milho, arroz, soja, al- 777 .588 mudas, sendo 85,880 de ar-

·.
godão, batatas inglezas, e para - a des- vores fru ctiferas e 691.708 de essen-
.
truição de gafanhotos e varias pragas cias flor-estaes e arvores cl(- ornamen-
das culturas e pastagens. tação. Das mudas fructifera~ 47, 758
Foi nomeada uma commissão especial foram vendidas e 38. 122 forn-eeidas
para estudar ~m processo pratico de gratuitamente. Das mudaG dJ::' Bssencias
extincção das formigas. florestaes e arvores de ornamentação
Prosegue a publicação r-egular do foram vendidas 558.631 8 1;:~:J,077
"Boletim de Agricultura", que já con- fornecidas gl'atuitam·ente. A rBud a foi
ta um bom numero de annos de exis- de' 17:620$800.
tencia, e uo Qual os lavradores en- A titulo de reserva fl o restal. foram
contram informações praticas para '0 annexados á ' Estação Biologi(;a do Alto
melhoramento dos processos agrícolas. da Serra cerca de duzenlo:::t ai(,ueil'e~
Campos de denlonstl'açã.() .- O de~ de mattas, existentes naq uelte lu(:aJ 8
ereto n .o 2681, de 11 de junho de - consrd'e radas devolutas, c oltr'~'''.lnd'() - Be

564

uellas um guarda, subordinado' ao '8er- I abril ultimo, ·a Exposição Estadoal de


viço Florestal. Animaes, s"ndo. esse certamen levado

No Horto Tropical deUbatuba, tam- a effeito como preparatorio da grande



bem dependenté do mesmo Serviço, con- exposição nacional, inaugurada no Rio
••
tinuou a desenyol ver-se a cultura do de Janeiro "m 13 do mesmo mez.
cacau, em larga escala. Encontram-se A escassez do tempo para os tra-
a!li cerca de 4. 000 cacaueiros em fran- I balhos preliminares não obstou a que
ca producção. Foram distribuidas aos a exposição estadoal alcançasse gran-
lavradores da zona eerca de 10.000 de successo, tanto pela quantidade como
mudas. A1s demais zonas foram for- pela quaLidaJde do gado exhibido.
necidas pela repartição competente F<;>ram "xhibidos 202 animaes bo-
4"0.000 kllos, apPl'oximadamente, de vinos, 31 equinos, 62 suinos, 14 ca-
sementes de -differentes :especies, já ac- . prinos e 3 muares, isto é, 312 ani-

climadas e procHlentes dos campos de maes.
demonstracãn.'
BUjeitos á orientação A commissão julgadora distribuiu os
official: seguintes premios: "secção de bo-
A lei fi_O . • . i vinos": 22 medalhas de ouro, 57 de
1520-B. de 26 de d"zembro ultimo, ha- i• prata e 55 de bronze; "secção de equi-
• bilitou o Governo a cohibir a matança II nos": 15 medal;has de ouro, 8 de prata
f
!
. de Vaeca·s e vitellos de menos de 10 • e 4 de bronze; "secção de muares":
annos, sa.lvaguardando-se, assim, a exis- ; 2 medalhas de ouro; "secção de sui-
tenda dos reba.nhos bovinos. ; nos": 31 medalhas de ouro e 11 de
Pela lei n. ,. 1545,' de 3 O do m-esmo J prata; "secção de caprinos": 2 me-
mez, foi eriada a. Directoria de In- I da lhas de .Q uro ; e "secção de ind us-
dustria Past.oril. passa.ndo o respectivo I trias": 3 medalhas de ouro.
serviço. desannexado da Directoria de i Da exposição estadoal foram para
Agricultura. a eonstituir dependencia ! a federal 39 animaes, sendo 4 hollan-
autonoma.. 1 dezes, 1 guernes·ey,: 4 garonez-caracús,
O decreto 11" 2762, de 9 de janeiro I 8 mÕ'elhos nacionaes e 22 caracús. O
ultimo. providenciou sobre a execução I gado paulista causou a melhor impres-
. da lei aeima citada; sendo, pelo de i são, obtendo 24 premios .
••
11.(' 2780. de. 27 de março, expedido o Continuou em organização a fazenda
regula:mento da Directoria ele Indus-
tria Past.oril.
I modelo de criação de Baruery, cons-
tituida pelas fazendas de Baruery e
Por dêcreto no" 2775, de 13 do mes- Tamboré, propriedades da União, ar-
mo mez, foi approvado
. o regulamento, rendadas ao Estado.
]la·ra o registo de amimaes de puro san_ Em 1916, foram distribuidas 40.000
g'ue, nascidos no Estado; e pelo de doses de -vaccina contra o carbunculo
n. 2782, de 27 do mesmo mez foram ! symptomatico, procedentes do Institu-
O

regulamentadas as exposições de ani- I to de Manguinhos. Tendo apparecido


maes. estadoaes e regionaes. casos dec;l.J:bunculo bacteridiano, fo-
Attendendo a uma necessidade de ram empregadas, com bom exito, mil
graIl'de. al'Cance :para. o estudo das con- dos"s de vaccina•
fornecidas tambem
dições da industria pastorial neste Es- pelo mesmo Instituto, com as quaes
tado, ordenou-se o levantam"nto do se conseguiu jugular a epizootia.
censo agro-pecuario, derviço que se acha Egualmente foi combatida, com re-
em via de conclusão. sultado satisfactorio, a pneumo-enteri-
i
Rea.lizou-se. nesta Capital, aLO de l te, que tantas vletimas faz entre o gano
565

7l0VO. com.
uma. vacc1na que o serviço rior, foram maiores as safras de ca f(~ ..
,federal pr.e para e da qual
.
forneceu algodão, fumo , assucar, arroz e fei-
·3.000 doses. jão. As dos tres ultlmos g.meros ex-
Foi introduzido neste Estado, no cederam ás dos ultimos dez anno ~;
-anno findo} o Uprotosan ", fabricado em todavia, alcançaram venda facil e r en -
Manguinhos, contra a peste de cadeiras dosa. Apenas o milho e aguardente fi-
dos . equideos e cuja applícação foi guram com . quantidades pouco infe-
efficaz., .
'
riores ás do anno precedente,
. As estações de monta de Mogy-Mi- Tendo sido mais elevados os pre-
Tim, de Santo Antonio da Bôa .
Vista ços de quasi todos . os oito productos
'e de Espírito Santo do Turvo; as as- agricolas acima indicados, o volume da
:tações zootechnicas mantidas pelas cao producção attingiu aos seg ulutes a l-
maras .municipaes de Itapetininga, de garismos em 1915-16:
,São Carlos ·e de Pirassununga e o Ha-
l:as Paulista funccionaram regular- Café . • • 11.711.200 saccas
'mente. Algodão , • 1.632...635 arrobas
Realizaram-se, com auxilfo do Es- Assucar . . 615.951 saccas
t ado, uma ·exposição de anlmaes
• Aguardente e
em
S ão Carlos e outra em São José do aleool . • 1. 134. 941 hectolitros
Rio Pardo, Arroz. •• · .. 1.943.989 saecas
Feijão , • 3.135.170 saccas
Propaganda. (lo café Por contl'a- Milho. • • 1'0.897.260 saccas
'cto de 6 de julho de 1916, celebrado Fumo • • 158 . 270 arrobas
"com o Sr, Eugenio Dahne, foi conce-
· dido auxilio para a prllpaganda do café,
Com o decrefo n." 2.672, . de 23 de
. na Exposição de San Diego, CaUfor-
maio de 1916, expediu-se regUlamento
· nia. ,Para o mesmo serviço. na Hes-
para execução da lei n.· 1. 481, de 4
· -panha, foi asslgnado contracto com
de dezembro de 1915, que estabeleceu
Antunes dos Santos & Cia., em 19 de
premios aos colonos localizados nos nu-
. setem'bro ultimo, obrlgan'do-se os con- •

. cJeos coloniaes do..Estado, que conse-


t ractantes a montar e custear, em Ma- .
guissem as maiores e melhores colhei-
'drid, uma torrefacção, um armazem
tas de cereaes, nos annos de 1916 a
· 'para a venda do café torrado e moldo
1918.
' e um "bar" para a venda dõ mesmo
Dif!,cultalia a importação d e artigos
»roducto em bebida,
manufacturados, em virtude dos altos
P,'oducção .lgricola e Industrial fretes marítimos e da baixa do cambio,
O anno agrícola de 1915-16 mostrou-se a s ind ustrias nac!onaes
· . .
revelaram. no-
muito favoravel para osnossosagricul- tavel expansão. para attender ás exi-
tores. As · condições climatericas de- gencias do consumo Interno.
· terminaram colheitas abundantes para Neste Estado, o m ais. industrial
. ..
da
quasi todos os productos da agricultura Republica, redobrou a activIdade das
·pauUst·a . A facilidade de capital, a fabricas exis tent~ s 9. varias o utras se
.actiya procura e os altos Ilrellos va- fundaram,. com. , a perspectiva
'.
de eon-
.
lorizaram a producllão, que augmentou sider,aveis lucros. . A producllão fabril ,
80b · taes
.
incentivos, si bem que se · no- que em 1914 havia sido de 212.2 3 1
• .
tasse alguma deficiencla de braços na contos, em 1915 teve um valor glo-
.lavoura . .bal de 274 .147 contos,• algarismos
Comparadas com as do anno ante- que em 1916 foram .c ertamente supe-
.,:, •

566 -

ra.dos, eorno o denlonstrará a estatística ginaes do rio Tieté, os -quaet> <;ex-vP'


que ainda se acha em elaboração. do art. 19 do decreto n. 4.10 5, de·
A principal. indnstria paulista,. a de 22 de janeiro de 1868, constituem ser-
tecidos de algodão, ,em fins de 1915 vidão publica. Este serviço teve ini-·
apresentava um capital de 18.455 con· cio no trecho entre a Ponte Grande
tos. O numero de operarios das 41 e a Penha.
fabricas, ,que tr«balhavam, era de . . Por decreto ri. 2. 669, de 17 de maio
17.948. O de teares montava a ... doanno findo, foram dedara'das reser-
11.97,8 e o de fuzos, a 338.260. vadas e incorporadas ao patrimonio do·

A exportação do Estado no anno fin- municipio da capital as terras de.vo··
do já revela que o pro,gresso conti-
,lutas discriminadas e demarcadas na
nuou de .modo lisondeiro. COIID eMeirto, var",ea de Santo Amaro. A pedido da
em 1916, e",portamos, 65.175 contos mesma municipalidade e correndo as
em tecidas de algodão, contra 38.625 despesas por sua conta, proc,edeu-se
contos em 1915. Os chapéos de ca- á demarcação dos terrenos devolutos
beça atMngiram. a 3.999 conto~ em sitos á margem direita do rio Tieté,
1916, em vez 'de 3.52,5 contos. ~ cal- no bairro de Sant' Anna, os quaes de-
çados exportados ehegaram a um va- vem caber ao municipio, por força da
lor de 11.543 contos no anno passado, lei n. 16, de 13 de novem"ro de 1891,
emljuanto que no. ante·cedente não ex-
Os trabalhos a cargo da 2.' commis-
cederam de 9.2·28 comos. Dah; se in-
fere que a producção industrial tam- são estão paralysados por uecessidade
de r·eduzir as despesas do Estado. Os
be:m cresceu com no-tavel vigor.
da 3. 'proseguiram com o fim de con-
Movimento maritimo - No movimen- cluir-se a discriminação das terras si--
to maritimo reflectiu-se
.
mais nitida- tuadas na zona da Ribeira de Iguape, .
mente a intensa perturbação, que a na- que devem, caber á Companhia Japo-
vegação soffreu com a guerra européa. neza de Colonização e parte das quaes
O numero de navios e a tonelagem ain- já lhe foi entregue.
da • decresceram mais em 1916, do que
Co.ntinúa 'pendente de deUberação dO'
em 1915.
Congresso o projecto de lei, que o
Entraram no porto de Santos 1. 268
Governo lhe submetteu no anno pas-
nàvios a vapor e a vela, com 2.650.223
sado, visando remodelar o serviço das
toneladas, emquanto que em 1915 en-
terras devolutas sobre bases mais pra-
traram 1.396 navios, com 3.172.278,
ticas.
tonelada.s. As.
sahidas'
foram respecti-
vamente:em 1916, 1.272 . navios com Immigração - Durante o anno de
.
2.651.470 toneladas; em 1915, 1.397 1916 entraram 20.351 immigrantes,
navios com 3.177.126 toneladas . sendo 17.857 pelo porto de Santos e
.
Em conseq ueneia dos perigos exis- 2.494 pelas estradas de ferro..
tentes .nos mares e do extraordinario Dos immigrantes entrados pelo' porto'
custo ..do carvão, os fretes maritimos
0-, • "," • , ' . . , .
de Santos, 7.245 eram hespanhóes,
chegaram ao, excesso, encarecendo em 4 . 731 portuguezes, 3. 465 italianos e
demasia a carga transpo·rtada. os demais de di.versas nacionalidades.
Terras devolutas O serviço de No mesmo periodo, sahiram 12.776
discriminação de terras devolutas con- pessôas, consideradas emigrantes, das"
tiuuou a cargo de tr~s co~missões. A quaes 4.336 portUguezes, 3.705 hes-
1. com missão foi incul:llbi4a de _pro-
tl panhóes, 2. 888 italianos e as demais·
ceder á 'demarcação dos terrenos mar- de differentes nacionalidades.
, " .' .. '

567

Do confronto entre as entradas e as Agencia Official de Collocaçào, ·3 . 83lj


sahida s, resulta um saldo de 7.575, diaristas, 59 familias deapanhadores
C<>l'respondente aos 'mmigrantes que de 'café e 2.151 famiHas dara a la-
permaneceram no Esta1do. voura.
Para attender á necessidade de bra-
Patl-onato Agricola. No anno fin-
ços para a lavoura, o Governo tem em-
do, eHectuou-se, por intermedio do
p regado todo o eSforço no sentido de
Patronato Agricola, a cobrança de sa-
desenvolver a immigração. Auctorizou-
larios na importancia de 114: 732$ O4 9 .
se a introducção de algumas levas de
O quadro escolar continuou a ser de
immigrantes japonezes e promoveu-se ,
55 escolas, dentro do qual o PatronatG
além da melhoria das vantagens gera·es
attende ao sef'.·i.ç o' de instrucção pri-
offerecidas aos immigrantes, um ac- .,
maria nos ceitti·o.s e,gri.colas.
côrdo com os Departamentos 'd o Tra- .
O numero de ahimnos matriculados
balho da Argentina e do Uruguay, no
subiu a 4.000 e são constantes os pe-
intuito de facilitar a permuta de bra-
didos de fazendeiros para installação
ços entre este Estado e aqueJles 1"'-'- I
'de escolas em suas propriedades. Com
zes, não estando, porém, ainda assen-
tadas as respectivas bases. este servi~o despende o Esta do apenas
.
a importancia de 118: 800$000 .. ou se-
Colonização Prosperam franca- jam cerca de 1: 800$000 para cada es-
mente ' os nucleos coloniaes fundados cola, annualmente .
pelo Estado .
Viação ferrea No anno findo, hou-
A colonização japoneza na zona da
ve o accrescimo de 142,503 kilometros
Ribeira de Iguape, de accôrdo com o
· da viação ferrea do Estado, elevandó-
contracto vigente, ainda não peude ser
· se, assim, a 6422,203 kilometros a cl-
iniciada, esta.ndo, porém, a Companhia
· fra ' do desenvolvimento da rêde ferro-
contractante empenh",da nos tra ba-
viaria em trafego, em 31 de dezembro
lhos prelimi'n ares para o r e-cebim ento
e . 'collocação das prim eiras famílias daquelleanno; sendo 4408 kilometros
de immigrantes, que deverão chegar pertencentes' .,aemprezas pártlculares.
no cor.r er des te anno. Entretanto, "já 1659,203 ao Estado e os 355 restantes
se aClham ItYcalizadas alli 25 ·f amma·s á União.
japonezas, anteriormJCI1lte est",beleci- A receita e a despesa das estradas
das n o Esta do. de ferro. em trafego' no anno referidO.
Departamento Estadoal do Trabalho com ' excepção das da SáoPaulo Nore
A secção de informações publicou, thern Railway Company (E. F. Ara-
como de costume, o boletim trimestral raquara), Tramway de São Vicente.
do Departamento Estadoal do Traba- São Paulo e Minas e Central do Brasil.
. . '

lho, que permuta com as melhores das quaes não se obtiv·eram dados até
pu blicações eongeneres de todo' o m un_ a elaboração desta mensagem; foram,
do. An'llotaram-se fielm ente as varia- segundo communicação das mesmas 9

ções dos salal'lÍos e · a procura de mã.o de 108.846 : 815$004 pa.ra a receita de


. '
Id'eobra na lavoura e nas industrias. conjuncto e de 62.439:902$858 par.a
A estatistlca dos accidentes no tra- a despesa,
.. tendo-se v·etlficado, assim.,.
. .'

balho registou 1.444, em 1916, contra o.saldo


. . .. de 46.406:912$146.
1 . 174, em un5. Foi facilitado o ·No decurso do anno fi!ldo, fizeram.,gE5
t ransporte para o interior a 22 . 240 · sob o regimen da lei n. 30, de 1892.
lmmigra'lltes e traibalhadores diver$os. •
duas concessões
. para o estabelecim-eu-
.
Foram contractados, paI' intermedio da to de vias ferreas, a saber: e!ltre M<>nt"

, .. ' ","
-- --- 568 -

Alto I?: o pauto luais 'conve niente nas nndeos coloniaes s e rvidos pela es--
proxinoldades da estrada do Taboado, U"ada.
COm a extensfto' de .cerca de 35 kilo·· . O resultado do movimento financeiro
m.,t.l'Os ; e ~ ntre o kilometro 393-80IJ do Tramway da Cantareira, em 191 6,
da linha tl'onlco da , ru o F. goroeahalla foi p seguinte:
.8 a rai z da 'serra dos Agudos, pas.'i(u lflo
pela povoação de Boreby, com a ex- Receita . • • • • 435 : 934$000
tensão de 19,550 kilometros. Despesa. • • • • 629: 591$2 89
,Proseguem os traba-Lho,B do prolon- UDeficit" . • • 19 3 :7 87 $2 89
· gamento
.
de Salto Gnu"l" a POTtO Ti-
. .
biriçá, tendo sido entregue ao tra- Em 1915 verificara-se o " deficit " d e
fego publico o trecho compreheildido 105: 778$142.
entre õI Cardoso de Almeida" e 11 Bar- Houve augmento de todas as ver-
tyra", com a extensão de 89,503 kilo- bas da receita, relativamente ao exer-
metros. cicio anterior, principalmente da de
A receita e a despesa da Estrada de passageiros; maiS conslderavel foi, po-

· Ferro Funilense, em 1916, foram, res- l'ém, o · encarecimento dos materiaes
pectiva.mente, de 3.6·7 :734$380
.
e . . . de ·custeio. o qual, só no que res peita
357:274$539, tendo havido, pois, o ao combustlvel, contribuiu para ele-
saldo de lO : 469$841. var a despesa a mais 115: 000$000 do
Nã.o obstante as severas economias que no exercicio anterior.
nas despesas de custeio, vinha sendo Tambem influiu para o aug mento
de "deficit U o regimen financeiro da dos "deficits", nos dois ultimos exer-
estrada, devido á clrcumstaucia de pre- cicios, a reducção de tarifas levada a
dominarem no respectiv.Q movimento effeito e m 1915.
de ·trafego os tra'llsportes de merca- A 1.. de dezembro, abriu-se ao tra-
lIorias, · taes como lenha e cereae-s, os fego pUblico a es tação de VilIa Au-
quaes, por estarem sUjeitos a tarifas · gusta, no kilometro 20 da linha de
de . preços obaixos, contriíbuem fra.ca- Guarulhos.
mente para a r eceita. A lei n.· 1508 ; de 24 ·de outubro de

1916, providenciou sobre o s erviço do


No referido exerciclo cresceram to-
. tra fego e administração da Estrada de
das as verbas desta, com excepção da
Ferro dos Campos do Jordão.
esp€cif:i'Cada no titulo "Diversos", sen-
As condições precarias, em que vem
do· .que · a t onelagem de lenha trans-
s endo execut ado O· alludido serviço, de-
portada augmentoti de 143 %, rela-
terminadas pelas circumstancias de se
tivamente á do exe:reicio anterior.
achar a estrada ainda na phase de
Apesar desse augmento de transporte construcçã.o, não ·pó"dem permitlJi.r re-
e do . conslderavel encarecimento dos sultado ·differente do que Se verifica ·
,
materiaes de custeio, a despesa por ki- . , conceTnentes a o mo-
dos dados abaIXO '
lometro não excedeu de 3: 800$000, con- vim ento financeiro n.o periodo de 1." d e
tra a de 3:400$295 em 1915. m a io, e m que o serviço c-omeçou a ser
, ,Emq u·anto não a vuItarem os trans- custeado pelo Esta do, e 31 de dezem-
portes de cllifoé e de outros productos bro de .1916:
· bxados em t wbeIlas mais· re·munerado- .
ras, não é licito esperarem-se outros Receita • • • • 23:013$50 0
· resultados, além do grande beneficio Despesa • • • 96 : 56 6$ 95 3
· prestado á zona e principalmente aos "Deficit ,. . , • • • 73:553$45 3
• 569 -

Sóm.ente depois de passada a crise pelo Govp.rno do Estado e pela h'e-


a.ctual , se podem cuidar da ultimacão feitura da Capital.. .
dos trabalhos de construcção e do ap- Tomaram parte nasse convenio :18 O
parelhamento da 'estrada para um ser- congressistas. dos quaes 135 represen-
viço de trafego regular. tantes de municipalidades do Estado.
Tomada de contas Foram appro- Preliminarmente, fôra resolvido que a

vadas as tomadas de contas da Sou- representação das municipalidades só
them São Paulo RaHway Company até ,p:.ode:râa ,se dar pelo p·l'efeito -municipal
' .'

30 de junho de 1916, para o pagamento ou por um dos vereadores; assim, pois,


da garantia de ' juros relativa á Es- o· Congresso foj a prim eÍl'a asspmblé6
trada de Ferro de Santos a Santo An- que tentou praticar o pensanlento cons-
tonio do Jllquiá. pertencente - á men- titucional, permittindo ás municipalida-
cionada companhia. Ficaram para ser des o direito de se reunirem para de-
feitas no presente exercicio as .attinen- libera,r' sobre interesses communs.
tes ao seg undo semestre do referido Os trabalhos effectuaram-se com lou-
anno. vavel regularidade, tendo sido, nas sec-
Além daqueUes trabalhos, f.oram sub- ções competentes. lidas as memorias.
mettidos ao Governo os relativos ã apresentadas, as '1uaes, estudadas e
Sorocabana Railway Company e COID- I discutidas, foram objecto de conclu-
prehendend~ O periOdO desde o inicio I sões approvadas em sessão plena do
'do contracto de 22 de maio de 1907 Congresso, dependendo algumas dellas
até 31 de deze'm bro de 1913. . do Poder Legislativo, ao qual, oppor-
Houve grandes divergencias entre a , tunamente, deverão ser subrnettidas.
Companhia e os representantes do Go- I llluminação da Capital O nume-
verno na junta de tomada de eontas, ro de com busto,.es de gaz foi 2.ccresci-
quanto ao resnltado das apurações, prin- do de 239 fócos permanentes; o que
cipalmente no tocante ás despesas de I, dá um total de 9.605, sendo 9.147

capital. I da ilIum!nação permanente e 45& da


i ilIuminação variavel.
As apurações das contas referentes
• •
aos exerClClOS sub se quentes deverão Não houve accrescimo algum na illu-
proseguir sem prejnizo da solução que, minação ' electrlca existente, que COU-
em definitiva, fôr dada ás questões tinúa a ser feita com 380 lampadas
existentes, após a ultimação dos tra- de grande intensidade e 466 incandes-
balhos complementares, que foram de- centes de 60 velas.
termina dos pela Secretaria da Agri- O Estado continuou a custe-ar tam-
cultura. bem a illuminação electrica do trian-
F~tt'adas de RodageJn Por ini- guIo central, da esplanada do .Theatr<>
_ciativa da .Secretal~ia da Agricultura, MuniCipal, do miradouro da Avenida
>< reuniu-se nesta capital o L O Congresso Paulista e dos relogios publicas.
O Governo vinha de ha muito estu-
'. Paulista de Estradas de Rodagem, no
dia 31 de maio ultimo, convocado para dando com a Light & Power a unifi-
o fim ' de estudar o problema da viação cação dos contractos para a illnminação
de rodagem do Estado, quer ' pelo lado eleclrica . de ruas e praças da capital.
techni~o quer pelo economioo, adoptan- As negooiações terminaram · este anno,
do as conclusões que o exame e a dis- tendo sido assignado em 13 de feve-
~ussão do assumpto
. indicassem , e rea- reiro ultimo o respectivo contracto de
lizando demonstrações praticas nas es- unificação.
tra das em execuçãó ou já executadas I Serviço telephonico Durante o
. '.'
" , .". ,

- 570
,.
,u~ .. o
foram feitas tres concessões de de uma empreza, com a qual fosse.
linhas "telephonicas, todas no -regi"
m-ell afinal, contractado esse serviçO'.
~a lei n. 11, de 28 de outubmde 1891.
Aguas e exgottos da Capital E 111
,

Qnédas <le Agua Ainda está de- consequencia da extraordinaria ele '

pendendo de deliberação do Congresso vaçãO' de· preços '" dos materiaes de cons -
o projecto de lei' regulando o importan- trucção e da difficuldade. cada ve z
te problema do aproveitamento de qué- maior, -da sua importação, foi preciso
das de agua, producção e distribuição , restringir as obras d~ desenvolvime nt.o
de energ-ia électrica. : dos serviços de aguas e exgottos .

Navegação fluvial e M,-,rlt.itl'.<t Des- Não obstante, foram ultimados tra ,
de 1915 vinham sendo est.udadas as balhos em andamento e proseguiu-s"
modificações do serviço de navegação na execuçãO' de "obras importantes.
fluvial no Ribeira de Iguape, as quaes Entre O'S primeiros, destacam-se a.s
se tornaram necessarias " com a che- rédes ' de exgottos e distribuidora de
gada da. estrada de ferro . a Juquiá, agua da Lapa e Agua Branca, arrabal -
- ,

para o eJflfeito de eSiabel e"er entre des populosos, que ainda estavam pri-
essas emllrezas ligação e trafego mll- vados desse melhoramento imprescin-

tuo. dive!.
De accôrdo com a ' autorização da A construcção do filtro do Cotia esta
lei n . 1 . 418, 'de 14 de setembro de <::omprehendido entre os segundos.
-
1914, foi assignada em 30 de maIO "
A' extensão total da rMe de agua

ultimo a novação dos contractos da i elevou-se a 598.414 metros e o numerO'
Companhia de Navegação Fluvial Su J I
de ligações independentes subiu a ..
Paulista, prorogando por tres annos o I 47,587, descontando-se a differença en-
termo delles. tre desligações e rellgações,
O Estado continúa a 'não "subvencio-
Proseguem os trabalhos da commis- '
nar serviço algum de' navegação cos,
são technica incumbida de avresentar
'teim, tendo sido o Ilttoral servido, si
parecer indi<::ando O' tratament.O' a que
bem que , deficientemente; pelas linhas
devem ser submettidas as aguas do
federaes.
abastecimento publico, de modo a ga-
Em solução ao alvitre suggerido ao
rantir a permanencia de sua pureza e
Congresso em minha primeira mensa- i '
a evitar a tur'biidez e coloraçãO' aecen-
gem, votastes a lei n.' 1538, de 30 de
tuadas em tempos de chuva,
dezembro desse anno, "auctol'izando o
Com refereneta aO's serviços de ex-
Governo a garantir os juros de 6 %
até o capital de 20 Iilil contos, durante gottos, preponderam os mesrttos moti~
vos para attenuar ou quasi pa~'alysar
'20 annos, á companhia de navegação,
a marcha das obras.
que se organizasse para fazer O' ser~ ,

viço entre Santos ,e O'S portos nacionaes Foi interrompida a cDustrucção do


e estrangeiros. emissario do Tamanduatehy; mas Ulti-
Entendendo que, para a sua bôa mou-se a rêde de exgottos dos tres pri-
eX<lcução, não devia dIspensai' a colla- meiros districtos da"Lapa, sõ re~tandO'
boraÇão de todos bs inter.essados em a parte concernente ao quarto, que
tão importante' assumpto. o Governo ainda não foi come~ada,
'promoveu uma reunião de Industriaes Com os recursos da verba concedida
e capitalistas; aos quaes 'encarregou de para o emissario da bacia do Arouche,
estudar devidamente o problema e dos foram Feencetadas as obras desse grau"
traba,lhos preliminares da organizaç"ão !le coUecto!', destinado a receber ,o ef-
.
"'.:
~
.
571
r .'

nu_eDte , qu €'. nã o co mp ort a a pri mi tiv a ca na liz aç ão da "C ity ", co mo me did a

• (:a na liz açã o. pre ve nti va , pa ra fun cc ion ar . qu an do se
.
·· A ext<msão tot al d .. rêd e de co lle cto - tor na sse ne ce ssa rio ref or ça r o ab a.t e ·
res e ram ae s ele vo u-s e a 1. 62 1. 32 5 cim én to mu nic ipa l.
",e tro . e o nu me ro de pre dio s lig ad os
• li. rêd e su biu a 46 .64 2 . Ob ras div ers as No d:e cur so '1.10
an no fin do , for am org.a,ni~ad9$ diver~
Sa ne am en to de Sa nto s Os tra ba - sos pro j'e ctos pa ra a ex ecu ção de ob ras
lho s da Re pa rti çã o de Sa ne am en to de co ,mpl'em'entare~ d·e a.l gu ns do s nOVO l:\
·• Sa nto s, du ran te o an no de 19 16 , co n- pre dlo s esc ola res , co ns tru cç ão de ca-
sis tir am em co ns erv ar a rêd e de ex - 'de ias , po sto s po lic iae s e ou tro s ed ill -
,"
~


go tto s da s cid ad es de Sa nto s e Sã o Vi - cio s, pe nte s pa ra <>s.~mdas de rod ag .·..., .
een te, ze lan do pe lo pe rfe ito fun cc ion a- etc ., att lng ind o os res pe cti vo s orç a-
,

,"
me nto de tod os os ap pa rel ho s e am - m· en to. a·o va i-oI' tot aJ .d-e· '. .. .. .. .
pli an do o nu me ro de no va s ins tal laç õe s 1.0 23 : 10 6$ 43 1. Su bs ist ind o, j}o rém , a

de ex go tto s. seg un do as pre .cr lpç õe s ne ce ssi da de de ec on om ias ,
·•
po uc as
3an lta rla s. obre. s no va s for am ini cia da s.
Co nti nu ara m pa l'a lys ad as as ob ras da
A!s do taç õe s- g,eNIJes orç a-m en tar 'i •.s
Ho sp ed ari a de Im mi gr an tes e a co ns- •
for am a:p 'pl ica das , co·m pa rci mo nia , na
t l"ucção do s ca na es de dre na ge m; em rep ara çã o e co ns erv aç ão de edUi'cio~..Ij.
r~lação a. est es ve rif ico u-s e, po r pa rte
em po nte s e es tra da s de rod ag em . em
do s pro pri eta rio s de ter ren os na Po nta
c-o n:s tru cçõ es no va s de 'Ca ra- cte r ina dia . -
da Pr aia , gr an de em pe nh o pe la ex e- veI e 'na ·co nc lus ão -d'e ob Ta s· '6 s erv iço ::>
cu çã o im me dia ta do qu e fig ura na -co ntr a'c tai do s em ex-erci'Cios anteriore ~ .
p lan ta co m o n. 6.
De ntr e "s ob ras ma is tm pc >rt an te:;
Re alm en te. ess e ca na l vir á be ne fi-
conctu-iid,as du ra nt e o an uo de 19 16 e
cia r a. ZQna. ma is att ing ida pe la ma la- .
atié a pre sen t-e da ta, oConrve,ID m·e nc io-
ria e on de se ten l ve rif ica do ma ior nu -
·n ar as seg uin tes . ese ola s DO rm aes
me ro de cas os, pro vo ca do s pe lo est a-
de Bo tuc atu ', de S . Ca.rl-os· e de Pir a-
gn am en to da s ag ua s do rio Co nra do .
cic ab a; gru po 9ISoo,!-3.lr de 'lg-u1a·p e; es-
O Go ve rno ))01 ' iss o, au cto riz ou ess a
col as reu nid a> ; -d,e Ril >e ira ; ca de ias e
ob ra.
Ifo rum s de Ba lta tae s, de Fr an ca , d e Se r-
De ac cô rdo co m o co ntr ac to de 28 tã< lzi nh o, de It" ,pe tin ing·a, de Vi lla
de ag os to de 19 14 , en tre a Pr efe itu ra B9'lla e de Ita Í>o ran.ga ; po sto l>o.Jicl~J
Mu nic ipa l de Sã o Vi ce nte e a "C lty ",
d'e • Vi ra- do uro e qu at'r o 'pavÍIl'hõ',;e paT a
o ab ast ec im en to de ag ua de ssa cid a.d e
era de riv ad o do d.e Sa nto s, po r um
° lnistitu-to Dlsdipli'llaT de Mo gy Mh ,im .
Os editf-i-cios ea co la'r es , m,a nd ad os
en ca na me nto ins tal lad o pa ra ess e fim .
('.on tst rui r pa ra o funrcci-o..nam-en tn d a:;
Ju lga nd o on ero so ess e co ntr ac to, a
esc ola s. no r'm a.e s do intea-iGr do Es tn -
mu nic ipa lid ad e vic en Un a res olv eu i.n-
d.Q. a'p en as nã o fÍ'cou ain da cOll'cluiot! ( I
ter ro mp er o ser viç o qu e faz ia obj-ecto
o de Pir asS un uD ,ga , cu jas ob ras , en·
de lle , co mm un !ca nd o ao Es tad o as ra-
zõ es de ord em ec on om ica q úe a le- tre tan to, -e'stã-o 'enl a:n da mle nto re,g u] a r
va ram a tal pro ce dim en to. e,p ro va ve lm en te, fi-earã.o pro IIl pta s at e
Es tud ad o o ass um pto e de mo ns - o fim d.o co nre nte an no .
-
tra :ao qu e a ag ua em Sã o Vi ce nte vir ia O pre diO de sti na do :\ Es co la Pr ofi«-
for ço sam en te a fal tar , de vid o a ins uff l- sio na l Ma:scu.J.i'lla de sta c", pit a!. "'1:1
cie nc ia do ma na nc ial ca pta do pe la Pr e- co ns tru "çã o á ru a Pi rat tni ng a. es tá em
fei tur a.. res olv eu o Es tad o ad qu iri r a v-i a doe c.o ncl us·â o, d'sv en do s'eT ini cia dn

.
572

em ·breve a installacão das novas orri- zinho. construída COlIl auxilio do go_.

elnas. verno do Estado do Pal'aná; ponte <l·e
Qu'a nt-o ás 'estradas de rodagem. es- madoeiJra. de 230 metros de exÜinsão r
taduae,s. telIl sido mantid'Ü regulrur- sobre o rio Par.do, na.. ilSt·r ada · de Bar-·
. m'ente o serviço d'e ' con~rvacão das retos a GUahyra; ponte d e made;ra.
:mesmas. Em a,lguma,s· foram executa- so bre o ruo Tie'té, em Parm':hyba ·COlD.
dos melhorame ntos diversos. q'Uer d·e 70 metros de 'comprimento.
repllIl'acão e r:econstrucção de ' lJont$ , Foram .iniciadas reformas geraeg in-
pontilhões
, e outras obras de arte. ad~av·ei.g na grande ponte- 08obroe o rio ·
quer relatlvo~ a abertura doa- varia.nt0s Piracicaba. ·na <lidade deg'se nOID:e; na,
destinadas á melhoria drus· eondições ponte sObr,e o rio Parahyba, ·€m Qui-
technicas. ririm; na ponte sobre o rio Tietê. n:\ '
POI1' administraçíW e stão sendo Te - estrada de Poá a Santa Isabel ; na pon-·
ce}fistruid'"" as. tres seguint'8IS' estradas · te ,sobre o rio Pa-rahy.ba. em Jacare'h y,
de . rodagem: estrada V'ergueiro, de S. e em outras menos importantes'. .
Paulo a Santos, já estando bem adian- Rendas publicas No anno de 1916 • .

t.a.do o oorviço de revestime nto do leit.o a receita geral <io Estado . ine!usivé ·
com .maeadaan; es trada de Boi.tuya a movLm!entode fu.ndos, attingiu a 1 u'a n-,
Porto F·eJ'iz; es'torada d € S. Pa'u-lo •. tia de 230.769:467$320.
Jund~ahy. Os saldos a favor do Thesouro d'e S"
A construcção desta ultima é r~ita Paulo, recebidos do a·llno d" 1915. im-
pelos eondemnados que eU1ll;prem pena portaram êm 156.335 : 671$ 86 0 e oa
na Penitenciaria desta capital, e de ae- saldos; tambem a favor do ThesoUl'o,:
cOrda com a l e i 11' 1.406, d·e 15 de tranos,feridos para o anno de 1917, im-
Julho de 1913. Poelo primeIm trec'h<l· . portam em 175.104: 700$5.30. doe, onde ·
quas-\ terminoo<l, entre a pont,e metal- "" apura DDl augoOliElnto de . . .. .... .
Iica sobre o 1'10 'J1;'eté e a estação de .P i- 18.769: 028$670 no sal{}o do exercicio:
rituba da S. Paulo Rallway .
está de- ant€il'Ior .
lll'onstrado o re"J aproV'eitalll'euto d n Areooita propriamente o·r ça.rnenta. ,.
trabalho .d os sentendados. ria, i<sto é, a .renda pr,ovenJ:en·t e-- de i!TI~ ;

Varias pontes';mp<lrtantes fj ca'ram pootos. taxas. e mais contr·Lbui ções, foi. ·
concl'uida.s em. 1916 e no ·começo d1lSt,~ orçada :para o exercicIo de . 1916 em
anno, a ,gaber: ponte meta1il1oa de 80.648: 399$770, tendo sido , ,,{feeth'a-
65 metros de vão, 'sobre '0 rio Piraci- mente arreea.dada a quant ia de . ... .. ....,
caba; ',em Porto João Alfredo; ponte 79.248:019$165, dahi resulta.ooo .en-
da madeira ('o ferro. de 184 -metros
.
de tre a !'ecelta orçada e a recebida .uma
roIDíprimento, sobre o rio Paranapane. diJHerença de ,apenas 1.400:380$605,.
ma, na estrada {}eOurinhos a Jacar6- ·col1lforme consta deste q uaAlro :


575

A ,prineipal ver.ba da receita tem s;do do BrasiL para o €Istl'runge'!rf) .a, p~.··a os
fornecida pelo imposto de exportação portos ll'Rcionaes, foi' <i'e, ......... _
<\'e productos do Elsitado. ,Em 1916 'oo'se 594.644:936$199, dos quaes ,,·uj·eito.s a

imposto rendeu 33.861: 00 7 $2 5 8. imposto de exportação 375.766:067$46"
O 'vaJIoOr ;o.it:ficl al ~s8·a 19XpC)!"tatçâo
l
e unicaID'sute a taxa de expooient!;.', ..
nesse annú, f·eita .p·elo p<>rto de San- 218.878:868$730, conforme COD8tó des-
tos e pel-aIDst.:ra;da d·e F'lwro Centra.1 ta e<ltatios~i",a.

Mercadorias sujeitas ao imposto de exportação:

Café • • • • • • · 372.640:106$940
Fumo • • • • • • • 496: 531$629
Couro • • • • • • • • 2.624:888$900
.
Carvão e lenha • • • 4:540$000 375.766:Q.7$469

Mercadorias livres de imposto

Aniagem • • • • • 5.008:183$000
Arlllarinh o .' . • • • • • 1'0.014:472$550
Arroz • • • • • • 4.668:345$760
Assucar. • • • • • • • 1.142:517$500
Bananas • • • • • 2.335:895$000
· Batatas . • • • • • • • 1.394:173$000

Bebidas. • • • • • • 1.080:166$000
Biscoutos • • • • • • • 1.684:019$850 •

Calçados. • • • • • • 11.543:644$300 !,

Carnes resfriadas • • • 17.216:248$800


Carnes salgadas • • • • 4.371:878$400
· Cervejas • • • • • 4.544:436$800 •

Chapéos. • • • • • • 3.999:075$850
Drogas . • • • • • • • 3.086:496$070
· Farello . 581:265$400 ..
• • • • •
,
Farinha de trigo • • • • 2.170:748$400
Feijão • • • • • • • • 17.~39:096$890
Ferragens • • • • • • • 6,629: 299$400
Fios de• algodão • • • • 2.046:016$200
Forragens • • • • • • • 521:652$400
Garrafas vasias • • • • 1.939:179$500
Impressos • • • • • • • 6.054:903$150
Milho . • • • • • • • 77:088$100

Papeis • • • • • • • 1.701:362$680
Ronpas feitas • • • • • 1.728:757$200
Saccos vasios • • • • 3.591:288$680
Solas . . • • • • • • 3.289:9~3$800
Tecidos de algodão • • • 65.175:963$740
· Tecidos de lã . • • • 7.585:775$000
Tecidos diversos • • •• • 890.412$690
Ontros generos • • • • 25.266:512$620 218.818:868$18&
, ..

59 4 . 6 44 : 9:1.6.$.19 9-
, ,. . .
,

576
,

o valo,r da exportação
(:~~fI{i,a-rad!o "ão d'e pl',opriedade. de seHo, d'8, via-
[,,[rui <Ie 1916 com a d,e 1915. ,orUi· çã,o, d·e cQllll<luer'cio. d·e indu'stria, sobre
",,·se uma 'd'f:ferença de . . •
, • ' capital de sociedad,,*, anonyma pre.
26.130: 144$886; motivada pela drmi~ dial, taxa d'e aguas' e e'&gotos. quota de
1l!uição na exp,ortaçao• do café, QU'. ten· arrenda·m,entoda 'Estrada SÚ'rocabana,
,

do sido em 1915 de 456.505: 892$400, etc .. ·conf,orIDJe o quaodoro aoilma Mpro-


baixou 'em 1916 a 372,640: 106$940. duzido.
Essa dtHer<mça de 83.865:786$460 A dif,ferença ,de 1.400:380$605, entre
na exportação do nO,880 prtndpal pro· ! as previsões da rerceitQ na organisação
dueto € ,que t.rouxe ·u:ma diminuição ao do orçamento e a som ma arrecadada
l'espectivo imposto de 7.384:45H~77, provém do imp{)1sto de e",portação de
Hcou, ·entre~anto. n·a S'Oln'ma gIlo,baI da "",fé, que 'produziu 33.861:007$258.
Bxportação. reduzicla a 26.130:144$886, quando ·a· quantia orçadasra d's. , .. ,
'devido ao grande augmento Que tive· 38.610:000$000, tendo.;;\> tomado por
ram a~ outras fontes d'e produ~ção; base para o calculo da exportação. , . '
ficando assim dem1onstrado que ·a di- 11.000.000 d,e SaJCClllS e .sendo que eU"

m:inu~çã(] d2~S" colheita's d€ ·calfé- não foi ap'sn,,,,,, de 9,5.54.874 saecas.
.gt.ercern, ~o:mo até aqui. forte ·ínfluen- No imposto d·e expartação de caft<,
da no vohlLtn'e da nossa exportação. houv.e ·entre aqua'ntia orçada -e a arre-
Os gi,meros de pl'oducção 'do Esta. cadad,a uma diffierença para menos' ,la
doexpoTtad,os em 1916. livres ,1e imo 4.748:992$742. Outras fontes de I'C·
postos: e suJeitos a'p'enas a taxa de I8X- c'eita, produzindo m",í13 do que o 01'·
P€ld!oonte, t<iv<>r3illl<, ô valor de.", .. çad,o, reduzilf'am. porém, es'Sa d·e,ficien-
218.878:868$730 ou maios .. , , ' . ,. ,. I cia a 1.400:380$'605, conform.e, já foi

55.9'20:5,13$405 do qOl.e 'em !1915. I as'signal1ado,
Nos· ultimos Cilli00 annos -a expor- I No ,exer-ci-cio ·de ·1915 a arr.e-cadação
tação doos"",, pl'odudos tem sido a se· í do imposto de exlportação de caf., imo
guínte: . 'I' portou 'em 41..245 :462$235 ou mais
7,384:454$977 do que em 1916. Ape.
99.311:748$324 em. , ' 1912 sa·r di<&sQ, a dl'ffeI'lença ·entre a rece-.!t(:!.
70,992:985$040 em. , ' 1913 geral em 1915 (79.315:9,31$168) e a
89,259:014$440 en!' . 1914 de 1916 (79.248 :019$165) foi apenas
162.958:355$325 , . 1915 de 67:912$003.
!
218,878:868$730 191!6 E'ss'es algarismos' onmprovam quan-
I to ·tem sido utH e ,proVleitosa para as
Dentre oS ,p.rodwctos 'ex'portados em nossas finanças a melhor distribuição
1916 desta-calm-se: carn8's 'l'le'Sfdada!:. dos impos!tos.
17,216:248$800; carnes salgadas .. , .. Nos ultim·os ann-os tl8Im, sido a se·
4.371: 878$40 O; Ifeijão, 17.539: 096 $ 890; guintea rec'e,ita gera.! do E,stado: , , , ..
",rrO'", 4.668:345$760; bananas, .... , 63.946:167$661, em, 1911; ." .. ,.,
2.335:855~: calç"d!c;s, 11.543:644$300; 75,640:562$561, em 1912;.,.,.,. '
cervejas, 4.544:436$800; chapeus"., 76.007:986$377, em 1913; • • • • • • • • •
3.999:075$850'; impl'''Ssos, " . , .. , ... 65.711:40'3$534 '001 1914; • • • • • • • •

6.054: 903$650 e tecid!os' dB algodã0 79.315: 931$168 em 1915 e üna~me!nt{'


'65,175 : 963 $ 7 4 O, 79.248:019$165 em 1916.
,
-A :taxa d,e. -'expediente. rendieu • • • • •
3Q5: 381$340, Reforma tributaria- Tem. ;:;'~_do ob-
As dema-is y-eTbas da r·aceita foram j'8!Cto d'e cuidados<lestudo a reforma
'Jorl1eci-d~~..F PE'.~OS im'postos de transmi;:;- do nosso regimen tributario, de modo
, " .... : ..
• • ..
577 -

a lorna.;-ü mais equitaUvo e seguro e da agri-.cllltu"ra ou da i.ndu_stria. saem


meno!;; oneroso na sua <li\Strib-uiçã<> pe- do n0S5O ter·r.it-orrío I.ivres' d,sooe tribu ·
1.05 dif1'erentes cr>nlribuintes. to, ..ando de notar qU<l o im.posto eús-
E' !::ia.bido qU'B a principal f·ante de tente e· que recae s'o·bre a exportação
rend,,. doo Th"sowr.o provem d.o imposto 'de couros, flnno e ienha, representa
sobre a. exportação , do caf{;. mais ·u ma p-rot'e:cçãJo ás nossas i.nd us-
N·e sse impo's to. que grava desigua!·..

.tdas e defesa de nossas mata,; do que
mielmte a lavoura oe não OIf'ferec.e uerias J)!I"O-p·r i·a rmente llma f.a.nte de renda. fi.s·
garantias de ,-esta:bj-Hdade. e segu!"ança. cal.
é que esta assentad-ô nosso systema ° Assim sendo não par·eee tem:era·r"io
tributado: naUe é que 'o' Estal-!o e11- n~m dif,ficiJ dar-,se aoE.stado u,m re-
contTa 2. maior -pa·rta dos re-curuos, de gim'en tributario ' consoa.nte os bous en·
que carece para o pagamento das dfes- si·namentos ecou-a:mir·co·s har·m onisando-
pesas ,.p u blkas. se os i.II1t-eI'8S00-.s do Th-esouro com Of:
Comprehendlendo os ,le'feit<>s. '" ineon- >da .prodllcção e 00 d.o povo.
-Yenierut~ desse regi'm ien, os lfsgf·slado-
No ;mvosto ter~iborial já existente
res paulistas têm pro'cura·do Temo1ie-
entre nós Ipoderemos· ,e.IllCon-trar eleml&n~
"1311 ...0. d e m'aneira a não cri-ar -entraves
tos .p·recinsos pa,.ra essa r~fo-rma.
para (I -n osso progresso economi-co e a
não prejudicar os recur.sos·. ,que 11015 ,Preoecupado com a solução do pl'O-

sâo precis o3 pa r a a p~:mtual sol'uçftO ·b lema, O' go'v erno commiss-i onou, ha
dos com'PTomiss{)s do The·sou~o. pouco teom,p o. o dr. Luiz SUw;ira, fuuc-
O .im\posto -sobre o capital e sobre cironario da lSecretaria da AgricuUura,
a ·r.enda, .im;ütuido em 1904e rel~:od'O­ para es,tuda.:r na Republ&ca Argentina
lad.o pelas leis d'e 191'5 e 1916;) im- e na do Uruguay o pro1cesso adopta'do
posto de eo'mmercio e de industria e .p ara o 1'a-nçarm1ento e ·palfa a cobrança
o de t.ra!llsmissão de
propriedade; o dresse im!])ooto .
-i m'Posto sobre venci·menltos e os de via- Em seu relatorio, 'a'O()mpa'll'h ad'o d'~
çà.o, d e ",,110, de b!Hhetes d e enlra<la mio·uciosas informações, o 4tgno func-
em lo gáres d-e diversãO' e outros vão cionario expoz. -com, clareza, o ·r esiu lta-
lla'biltta n<lo o Thesouro com rendas do de ·suas observaçõ'e s e· estudos_
precisas para a normalidade da vida
Em olCcasião prop'l'·ia. terei !8ns·ej o d~
orçamental'Ía e, bem assim, para que
s·u bmelter á consid<!iração do Congres-
se possa . em tempo opportuno, redu- so Legislativo as mediJdlas julgadas
zir os Qnus que sobrecarregam a la- 'c,on-v.6nientes ·p ara a.sseguraT a boa ar-
youra , ~ecadação do i,mpooto t'erritorlal, que
A a. r r t'i~'.ad.ação
-l'eg·u,Iar, que está ~r­
está 1(festina'do a substituir, com van-
do feita, d'em'O-nstra que ·a dimÍllluição , tagem, !}ara o de.senv·ol'vimento de nos-
na qua,nt.idade daJs ou nos
co~heitas
S·aIS forças 8C1on.ooni:cas. o i"m;posto- de- e,-.-
preços do café já não exer·ce hoje a
portação.
mesma. infl;u:encia que anttgam'snte
eJ<IeI'Cia na .",,,">ta geral' do E«tado. ·Na arr.ecadação cr-itel'ioS'3. ' do im·postQ
. ..
Mas Q ,i mp.osto de expoo:tação, sobre ·tJerriltor.ia.l oe na tn~id'en'cia eq"uitativa
.
s-er ant1'-ecO'nomi<:o. é falho e su-jei~o d'a"g. dema.Ís taxas S'O·b re todas as cla.sses·
a tOdalS a,s incert'ezas. qu·e exerça!lIl uma Indu<ltMa ou P\l'Of'ÍS-
Felizment,8, "'qui em S. Paulo, ao são r'emuner,a-dora, a-ssentaNHnos as ba-
-con:trario 'd!1} q ule acontece :em q uasi to- ~esda ""fomna Prodectad,a, col'locan,do
dos os Estados, só o café paga im!])o." o 'rhesour{) ldv're d.o rris·c·o de s'ÜT'lpresa ~
t o d:" B'p<'l'taçào . .os demai<l prod'lleto., e ilnprevistO's e a lavoura em situação

..
,


578-

de desafogo, . ani.y,iada dos onus que café Soem. o pagall1!e:nto d·o -devido im .•:
pl'esentem<ente supporta. posto; á cobrança da di'v4da activa P'&-
Arrecadação das rendas Para a los promotof 8S puhlicos e perante os
o

completa regulaxidade da v,ida ftnan- juizes locaes; be111 C(UUoo as dis:posiçóer,


ceira do Elstado influem, de mod,o po- referentes ã cOllc-entraçào no Th-es'ou-
sittvÜ'. as- Iprovdd"encias •tend'entes a tor- ro d'e todos os ,pagam.entos feitos por
nar perfeita ·a arrecadação dos impos. eonta ·do Estado. e. finalme.nte, a con_
to-s e & Tigorosa v.igH-all!c~a exercida no tilnua e -attenta fiscalisação e a tomia-
emipre!;1O dO$ dinheiros publicos. doa d·e conta,s, a que se tem .{)!rocedido
Ligando a esses d·ois assu-m·ptos a e,m tndas as receboedorias e 001Ile.ctorías;
"maximaattrenção, o gov<erno, d'e ac- contribuem prara a regularíd-ad-e da a:r-
côrdo com as leis votadas peloCongres_ recadação e da d'es pesa.
so 'e com as inSltr-ueçõe:s que tem e:cpf>- Na Recelbedor'üi de Rell'das da capi-
dido, vae norma:liisaudo os serviços da. tal, o !sérviço tev-e um des'envolvim_en_
al"re:cadação € fiscaUs-andJoseVera'l11en- to :enOO111ie e não previsto
. -
na
.g:'ua ulti-.
te a8ippl,icação daIS ver,ba,s ,d'esünade.s ma roorga.lllu<s·açao.

ás despesa's publtcas . Para que haja a d-evida
, presteza e
A r~forma da _Secretaria da ,Fazen- p-ontualidade nos !ançal11-ento~ -e na ar·
da e do T.hesouTo, feita pela lei n. recadação, bem como na cobrança 'das
1.524, de 27 de De2J"",bro de 1916 e taxas de agua e exgotios, e tambem pa~
pelO decreto ,no 2.769, d'e31 de Ja- ra que o publico· s·eja at-tB'udido c-om a
neiro de 1917, de modo a englobar 88- conveniente rapid-ez - é i ndi-slpensavel

soas duas r·epa'rtições numa só, f'Üi d.e- a remü'd,<811ação cO'lTI\p:lleta dos. oorv-ic0'3
grand'e proveito, porquanto a fusão dos das diyersas secções.
di.ff.el'lsnt>as <serviços determtnou If,ilcare.m -E' uma r8'for:ma que acon!s'8,Hlam os
tod'os e\.les .subordinados ao res,pecti",o prop.rJi!o-s íntereS-s'8s do ftsco.
secretario. que, aSsÍ:m. ·exeree a. m-aü:; Despesas publicas No. exercici-o
eHicaz e compl",ta fi.scalísação na re- fin-d.o. a dOOlp1esa Ip·ro.pri<amente. orça_
oeita e na despesa. m,entaria. consrwmiida co·m os cserv·iços
A" ,medidas por mim <!olifritada,s e afifectos á ad·mi.nl:s-tração, importou em
que forarnincluid.as na Iei n. 1.506, de 87.444:201$178. V,e,rH,icou"se. 1'0;", uma
20 di! Outubro de 1916,~elativas â difDerença <de 6,840: 855$09,2 entre a
oeIlJevação 'damU'lta :para ~os cantribuill- doo·pesa fixad;a e a ef.f-e-cUva·Iflisnte rea ...
tes impontuaes; á cri'ação de pena de ~-isada.

mul,ta para as pessoas que. 'P'eJas froll- E' 'o que d'2Il11onstra o seguinte- qua-
teiras ou portos d·o Estado. ex,port'em dro:
,

Despesa Geral do Estado de São Paulo em 1916


(inclusive o periodo addicional)
-,
Secretarias Fixada Realizada Oi!ferença
-- _.~-
.--- -
InterÍor • • • • • 24.683:174$200 25.593:830$992 910:65ó$792
Justiça • 18.183 :695$992 20.264:895$548 2.081 :199$556
Agricultur,! • , • 14.296 :126$998 16.594 :115$217 2.297:988$219
Fazenda • • 23.440:348$896 24.991 :359$421 •
1. 55! :010$525

TOTAL • • , 80.603:346$086. 87.444 :201$178 6.840:855$092


--_ - _-
- . .... ..

- 579 -

,.UlJi I 3fl>par,ece uma dJi'i!f1>rença -de I ca·mbio e indemni·saçõe,s, -p l'oV'en-ielltel'<
910:656$792 na Secretaria do lonrtel'ior. de s'ent€>l1~",s judi·claes·.
EUa leve or:.gem na despesa de . . .
Da despesa tot",l de 87.444:201$1,u
558:670;485 com o sUJbsidio a sena·
foram gasto<; 18.709:765$317 oom O
dores e depuitados, durante as proro-
ensi·nQ pubU.:o dm quaes ..... .... .
gações dos tra,balhOls do Congresso; I13.930: 104$651 só com o .enslno pri-
299:806$080 com soceonos publi'eo.s
mario; 2.195:650$999 Com a saude ,p u.
e 116:695$058 com er€'ditos extraor-
'blica; 8~9: 806$080 co·m. 6oocorros r.u·
dinarios .para a Faculdade de Medi·
b'llcO's 'em &,eral, e cOlmbate, a,o impa] u·
cina. e Cirurgia.
dismoem part.icular: 1.695:069$485.
Vê -.s~, portanto , que o exoes·so nws com O S_ado e 'l. Camar.a dos Depu-
verbas oTd:i'nairiaifl ·{la Secretaria nã-o tados; 1.5405:784$299, com a adminis- .
pass'Ou de 2'35:146$3.29. por ter ha. bra~ão da Just'i'ça; 467: 558$995, com
'v .ido, 'E!lm outras ver·bas um saldo d'e o Millislterio Pu'b-lieo; 1.579:919$938 ,
64:709$751. com O' serviço . policial; 4.008:034$298,
N" Secre>tar·ia da Ju,stiça tambem com a;l1mlentaçãJo~ v.e.'S/tua:rios re mais
h-ouvre u~ ex"C--e'sso entre a 1iotação or- despesas com 3S' prisões do Estado:
çamentaria. ea des·pes'a ,p aga -d'e ..... 12.219:926$901, com , a ,força publica;
2.081:199$556; o 'qual explica-se pela 1.722:422$812, com a immig·r ação e
insuMioi$TII('.'ül. dia verba votada p'a·ra colonJisação; 1.031:380$686 com o en-
"Pri,s'õ es do &itad'o". pela qual eOJ'll'e· sin.o agTIiloo'la 'e serviço

agrono'mioo do
l'a·m muito,s gastQ-3 com a aUmentação Estado; 2.028: 280$485, com obras JYU-
ministra,lda a grande ll'um\E}ro de aJ.ie- blIcas; 4.654:962$403 com a lUumina·
nados e dc.}inquent,es re-collhidos ás . ca- ção da ,capital" ;subvenções a estradas de
deias, e mais ainda, pela alta eX<lessi- r.eno. empres·as d·enavegação, et'c.;
va noo preços -dos generos de primelora .
3.252: 975$,506, CO>lll o ,,·erviço de agua
llecessi·d",de e dos tecido. para' ves- 'e exgottos na capital e Santos; .....
tu aro os dos detentos. 1.158: 883$9,55, com o Tramway da
Os gasto", e'Xtraol'd'na·rios coon a in. Cantareira e estrada de. Ferro F·unUen_
tl'oducção d e immigralltJeos" coloniS'ação, se; 3.194:837$937, com a arrecadação
contractos e su~vençôes. serviço de das ren<las; 11.117: 930$692, com. juros
agua e exgottos da cavltal, estrada de d.i-v<>rSos; '5.421:205$826, com differeu.
ferro d e Camp-o. do Jordão, prolon- cas <le eam'b io; 941:·416$372, com apo·
gamento da. E&trada Soroea,bwna e. iSentados e reformados e . . . . . •

auxilío á Camara de Pirajú. determi- 1.931:450$000, COm auriUos a insti-


na.ram na S·e.cretaria de ' Agri'cultnra. tuições :pias.

um ex'cesso õe despesa de . . . . . Estabelecido um confronto e.utre a


2.081:199$556 sobre a fixada no or· r"",eita effectivamentoe arrecadada em
, " ,.

çamento. 1916, .n a importancia de ......... . , .


·;"
Fi'nalmente, .11'a: SecretaTiJa da Fazen. 79.248:019$165, e a despesa reaJoisada.
da (} mesmo fa<!to se produziu: houv·e na importancia de 87.444:201$178, . .~
um aug'mento de 1.551:010$525 apa-e&enta-se uma <lUferença dl'. _ . ...
8.196: 182$01.3. "
na -de~pesa . fiC{a-da no orça'm,elnto, 6'2-n-
do a di'~!lerença resultante da falta de Excluiudp.J.soe,
• ,•
V'erba's ,suiffióentes para occorror aos quantia as importancias que foram dO/l ,,· '. ,· .. .

serviços de arI'ecad,ação de rendas·. <les- pen{lidas com s·erviç()s extraordinlldou.:


• :!
pesa~ cOIm. exerci.c-io"S fi'nd·o s, por -conta mas ;pag-os com renda·g. ordbnaria~ t.1~\}Ü .. ·

de outras Secll'etar.i,as, di'fferença de como: 'p rollOJlgarniooto dia SorlH:n.ht\'I1l.l! '·'

580 -

estrada de ferro Campos do J ordão, II ,.,.
~

serviço de agua e exgottos da capital, -equilibrio orça'n1!entar.j,o.


auxilio á Camara I\Ilunic,i'Pal de Piraju '.
Algumas prOVidencias de ordem ad-
nov,os laboratol'ios 'dasEscolus PO'ly-
ministrativa estão influindo para aper-
techui,cu e de Medicina. € liquidação
feiçoar o serviço publico. As que cons-
de fi'antenças contra ·a Fazenda, -chega-
• tam da lei n.' 1.560, de 20 de outubro
remos á conclusruo, feitas as contas 00'-
do anno fiado são de indiscutível 01-
m-ictam~nte do que éproprio do exer-

cance pratico. Essa lei proporciona re--


cic';'o, .quefoi insignif·icante o desequi-
cursos ao Thesouro e habilita-o com
Ubrio ent·r,,, a r~(lelta 'E> a despesa or-
medidas adequadas a eufrentar as cri-
-dinarias. I ses que attingem determinadas mer-
-o,s "deficiif;s'!', que afiam. desde al- ' cadorias, fornece meios de generalizar"
~

gunsanonos motivo de jousto sobresalto. a imposto, de lnodo que alcance todas


vão <lec.l'Iesrcendo d,e ·exeroilcio '€Im exer- as actividades lucrativas ,e não uma
cido, e ·é ,d,e JeSlperrur que se extingam só classe ou producto; reduz conside--
compl~twm.ent'e em futuro proximo. ravelmente os gastos que acarretava a
Dsvido a ohI'la's ·e s-erviços ex.tralor- arrecadação das rendas; torna facil. a
dinarios exigIdos -pello ·crescente desen- cobrança de divida activa e consagra
volvimento d,o Estado '" pel'a .seguran- disposições tendentes a tornar effica-·
ça, bem-lootrar e 13aud,e do .povo, f-Oirarll. z.es os meios de fiscalização do empre-
ajS!C'enId1erud.o c'OI1i3l1drerav,eilcrnente 'Os al- go dos dinheiros publicos .
.garismos das despesas publicas nos ul-
Mais ainda: pela lei re-ferida, foi
timo:s annrQls. A-Sisim ,é ·que >em 1911
fixada, em quantia que representa a:
<oHe,s attingira.m. a sommade ...... .
media do valor real do producto. a co-
83.859: 847$924 pal'asubir no anno 00-
tação olUi'cial que antes regulava o im-o
guinte a 96.643:449$415, em 1913 a
posto de exportação do café e nem sem-
107.738:~46$256. Baixaram. é certo,
pre .exprimia a verdade. Soffrer&m
em 1914, a 100.159:860$733, mas ,essa
uma revisão as tabellas do imposto de'
cifra era ainda ,por demOli'S pesada para
commercio e industria, de accôrdo com.
a capa'Ci'dade de nossas rendas nor- .
as classes interessadas.
:maes.
No ,quadriennio passado, em fins de Procurando resguardar quanto pos··
1914, ;polítIca doe rigorosa economia foi sivel o funccionalismo publico e não
• . .
ado·ptada. fa21endo-Se cartM profundos Il>0dendo. pelas contingencias da oc?a-
nos gastos geraes, com o ·que se con- sião, evitar que as medidas de eco-
"eguiu lim.i.tall" a d!"spe.sa do anno ge._ nomia então decretadas o attingissem,
guinte a 93.697:072$023 e a ·do anno adoptou-se dos tres alvitr~s em debate
findo de 1916 a 87.444:201$178. - suppressão de lugares, reducção de
Mantida, CQm ,criterio e per,s€verau_
ven.cimentos ou imposto o ultimo,
por menos prejudicial á classe dos ser-
ça a orventação odle seveoo parcimlonia
vidores do Estado. Fez-se tambem uma
nas desP'8ISas, :supprim,idos ·inteiramen- .
te os gastos· 'inuteilS; e .'I'ed'obradas a modificação na tabeUa das porcenta-·
vigi,lancia .€o afilscal'isração ,de todaS! as gens que percebem os encarregados da.
.,epartições arrecadadoras, no sentido arrecadação, resultando della sensiveis
de garantir.",e aos contribnintes p'eorfei- economias para o Thesouro;pois do'
ta equidade na cobrança da.s taxas e im- producto dos impostos deduziram-se
postos com qne concerrem para O era- apenas razoaveisretribuições aos ser-o
rioesta;dual. ter-C;'e-á feito obra util viços dos empregados e não excepcl0··
' .. .

581
.'
naes e excessivos vencimentos. Foi I
I
de serviços, para melhor fiseal izacão
descentralizada a cobrança da divida das despesas publicas.
a.ctiva, tornando a arrecadação mais Activo e Passivo do Estado Eis
pr'1mpta e mais segura; e, finalmente, o balanço do aclivo e passivo do Es-
foram concentrados no Thesouro todos · tado, encerrado 'a 28 de fevereiro do
os pagamentos de obras, de pessoal e corrente anno:

'. . '

,
. .


• •


'

.

.
-
ACTIVO

Proprios do Estado ,

Valor dos Escripturados até o encerramento do exercicio' 259.748:839$645


Valores pertencentes ao Estado
ApoEces, titulos e outros valores . • • • • • • .... 3. 193 :575$828
Divida Activa
Saldo da escripturada até o. encerramento do exerci cio 21. 986 :125$030
Bancos de Custeio Rural
• •
Emprestimo em apolices do auxilio agricola, cUJa lm--
portancia figura no Passivo. . . . • • • • 950:000$000
Café Arlllazenado
Valor do ,existente, calculado ao preço do custo " • • 39.449 :873$460
Saldos para 1917
Em poder de bancos e correspolldentes

no palZ •
e no estrangeIro. . . . 174,747:547$680
Em caixa. . ~ . . . . . . . 204:629$139
Na caixa da sobre-taxa-ouro . . . 31$900
Em poder de Estradas de Ferro.• . 147:252$230
Em poder de diversos responsavelS . 5:239$581 175.104:700$530
,

Somma • • • • • 500.433 :114$493


Valores de compensação no Passivo
Contractos de hypothecas recebidos . 2.013:500$000
Valores: recebidos em caução e em
deposito. . . . . . . . . . 3.630:151$669
• Caixa de J11roS de Apolices .., 344:890$000
Caixa Especial de Apolices. . . . 544:000$000
Estampilhas e Papel Sellado existentes 25.832:329$300
Banco do Brasil - Cf Caução. . . 10.000:000$000 42.364:870$969

t,


542.797:985$462
PASSIVO
, ---

, Divida Externa Fundada


Sa ldo dos emprestimos externos: con-
ÍOl"me 'demonstração em separado, .
calculado ao cambio de 27. . . i 6.521.244-3-10
Divida interna fundada
,. . Saldo das eil1issões de apolices, conforme demon stração
em sepa rado . • • • • • • • . . , •
• 72 . 490 :500$000
Divida Fluctuante
Cofre de Orphams . • • • • • • 10.863 :642$856
Bens de Ausentes '. ... 508:369$388 •

D 1e"pos itos diversos • • • • • • 3.957:550$675 15.329 :562$919


."poliees do Auxilio Agricola
Emittidas p.a ra emprestimos aos Bancos de Custeio
i Rural. cuja importancia figura no ActÍvo . • • • 950:000$000
Emprestimos da Valorização
Sa ldo dos COlpres tim os da valorização,
conforme flemonstração em se-
parado . . . ...... i 10.443.295 156 .649 :425$000
I Bancos e Correspondentes no Paiz e no Estrangeiro
Adeantamentos recebidos enl conta corrente . • • • 14 924:790$930
Letras do Thesoliro
Sa ldo em circulação eln Londres e no paiz • • 52.,)()/) : 143$922
Renda e Despesa da Valorização
Saldo desta conta. . . . • • • • • • • • • 55.963:620$576
Diversas Contas
Montepio dos Magistrados. . . . 40:993$089 •

Caixa Ben eficente da Força Publica . 8:650$886


Caixa Ben efic:ente dos F unccionarios '
Publicos . . . . . . . . . . 74:801$128
Depositario Puhlico da Capital. . . 810:849$542
Pagadoria do Thesouro. . . . . 255$820 .
Exactores . . ... . . 7:898$968 <)·0 :449$433

Exercicio de 1917
Supprimento recebido da: caixa deste exercido, no pe- .
riodo addicional · de Janeiro e Fevereiro • • 21.505 :397$000
..' _ " _ 0 -"

Patrimonio do Estado 449.608:648$169
A ctivo liquido ao encerrar- S,e o exercicio . • • .. _-;;~ .824 :466$324
Valores de compensação no Activo 500 .433 :114$493
Gara ntia hypothecaria dé estradas de
t
.lerro . .. . . . . . . . . 2.013:500$000
I Apoli ee s a emittir. . . . .
Valores diversos recehid os em caução
. 544:000$000
e em deposito'. . . . . . . 3.630:151$669
Juros de apolices depositadas -em caixa
especial . . . . . . . . . . 344 :890$000
Estampilhas c papel sellado a emittir 25.832:329$300
Letras do Th esouro .- C/Caução. . 10.000:000$000 42 .364 :870$969
542.797:985$462

, ,-':=,.,,' .... ..',.,
, ', ', , ' , " .. .' . ..

585-

Por esses quadros, verifica-se que, ~ 10.443 . 295-0-0; mas, de facto. , uma
. ·eonfrontando o activo na importancia parte dessa divida externa. no valor
- -, d~SOO .433 : 114$493 com o passivo n o de f 3.398.200-12-6, não representa
( -
. vi\lor de 449 .608:648$169, existia, ao propriamente responsabilidades do Es-
encerrar-se. o exercicio, um saldo de tado, e os compromissos da valoriza-
50.824:466$324. ção têm no activo r ecursos d e sobra
Addicionando-se. porém, o valor ac- para o seu integral pagamento.
f·:rescido nos proprios estadoaes, em Com o produeto liquido da valori-
,,' irtuàe de novas obras e serviços, e a zação do café. com os recursos de que
dífferença entre o preço do café de- dispõe o Thesouro, e que são superio-
.
positado. que figura no balanço, pelo res aos seus compromissos, e com a
seu custo na occasião em que foi ad- deducção na divida externa da s omma
quirido.,' e o se u preço actual te- acima indicada, o passivo de São Paulo
re mos o activo liquido elevado a uma fica limitado, sem se contarem as di-
BOmma superiOI' a 100: 000$000. vidas interna e flu ctuante, que figu-
Figuram no passivo do Estado . par- ram no balanço, a!: 3.123.043-11-4.
cellas da divida externa, que attingem •

a ;I; 6.521.244-3-10, e dos empresti- P,'opdos do .ltjstado - . Os proprios


mos da. valo rização, que importam em do Estado assim se discriminam :

NATU~EZA VALO~ES I,,


Estrada dó Ferro Sorocabana • • 93.945 :121$710


Estrada de Feiro Funilense . • 3.736:534$122 ,
2.326 :015$300
Tra mway da Cantareira •
Abas tecimento de Agua e E xgottos

67.919 :448$160 I
,
Prop6edades na Capital • • • 49.915:000$000 ,I
Propriedades em Santos • • • 12.118:033$440
Propriedades em Campinas • • • 825:000$000
Propriedades no interior do Estado 25.051 :070$500 ,
Adquiridos em 1916. • • • • • • 3.358:616$413 I
,I
259.194 :839$645 ,

i
I
E 1 certo , entretanto, que o valor des- executados dará o valor real desses
:i;es proprios é muito s uperior ao que bens.
lhes attribúe este quadro.
A revisão; que está senno feita no Divida Aetiva A divida activa em
-custo das obras, nas acqu1sições rea- 31 de dezembro de 1916 era a se-
liza.ds8 e nos a cer-escimos de serviços guinte:

..-.•...... .;:.e.."'>:-"'.
-. -.....; '""""'"-
",.", I.t,.a/c, ~."",
'-' i.." ,.
.. _ - --- ~;., ?>
. ,~'-, "'~'
,
,'" - fi; ~
. I....
C td4 .

.. ---
'J
,
:

. . p,\\ .......
",' .....
.' ' r...::_ " ". .
.\ _..
-
\:
,
r


586 -

,,
DEVEDORES SALDO DE 1916 SALDO P.AR.A m1 I:
,.
Governo Federal i i
Debito demonstrado etn relatorio anterio. J 117 :846$540 117:84ú$54C I

Tbesouro Nacional
Idem, idem. . . • • • • • , • • 7.151 :338$726 7.151 :338$726
Camarás Municipaes
I
Amparo . . . • • • • • • • • 18:044$520' Q ·ll"4··')(l
1u. "'t 'P'~~ ~

Araraquara . • • • • • • • • • 1.360:000$0001 1.360:000$000


Campínas . . .. • • • • • · , 527 :444$025 1 527 :444$025
Descalvado·. . . • • • • • · " .. 450:000$000\ 450 :000$000 '
Faxina . . . '. . 5 :000$000'1 5 :000$000 1
i
• • • • •
Guaratinguetá . . • • • • • 1.100:000$000~ 1.100:000$000
Itapira . . . • • • • • • • • 522 :184$200:, 522 : 184$200
.T ahu' . . .. • • • • • • , • 750 :OOO$OOO!i 750:!lOO$OOO
J undiahy. . • • • • • •
3 :654$580" 3:654$580
Lim.eira • • • • • • •
750 :000$000:1 750:000$000
Lorena _ • • • • • • • • , 525:000$0001 525 :000$000
.Hocóca . . . . • • • • • •
1 :598$400: ! :598$400
Pirassununga . . • • • • • •
670:000$0001 670:000$000
Ribeirão Preto . . . • • • • • •
859 :394$940;1 859:394$940
Ii Rio Claro . . .
São Carlos . . . .
• • •


• • • • •

36 :935$000'1
1 .225 :000$000,
36:'.135$000
1. 225 :üOÜ$OOO i
São Luiz . . •
• • • • •

3 :000$000: 3 :000$000 i
São Simão . . .



• •


• •

• · 1
4 :774$960!,
. fi
4:774$960 !1
,
,1
Estradas de Ferro 1
,,:j, i
Companhia Bragantina . . . . L.048 :909$139{ ?
..... 04R' 0"'''''1'9'
\.:7 _'_'.~, J.
• • •
,,
Companhia Melhoramentos de Monte, .
A!t O . . . . • • • . . . . 11• 36 :000$000 II 36 :(lf)I.l$OOO i
;,
I ir
Banco de Credito Real de São Paulo I'!' . .,'I, .
,
Debito demonstrado em relatoria anterior 2.820000$OOO~
, "
Santa Casa de Misericordia da Capital , I
.

.!
I
Idem, como acIma . . • • • • · ~:'__1_._00_0_:_00_0_$0_0_0, 1.000 :iu)l)~noo ;

I1 21. 98óI25$030i\ 21. 98(;':1.25$030


--
i.
Saldos disponiveis do Thesoul'o Desses saldos estayanos hanc{Jls des-
Os sa.ldos em poder dos bancos e dos ta praça, depositada em Goq.ta. cor-

correspondentes~. no paiz e no estran-
. .
rente
: ' ao enCerrar-se o .exer..~Ú~io,
,'-'-'," .
a
geiro. a favor do Thesouro, importa- quantia
. de 24.802:&26$185;ae
, . ....•. (m
. . dis- .
.
"am em 31 de dezembro ultimo em • • • tri!bu<ida:
175.104:700$530 .


. , " '.

587

Saldos depositados em Bancos: I


Banco do COl11mrrcio ,e- Jndustria. 19.045:642$315
' . ' . . . o

Banco Commercial de São Paulo . . . o o o . . 1.775:142$240


Banco doe São Paulo o . . . o . . o . . 1.208 :540$174 ..
British Bank of South 'America Ltd.. . . . . . 690$100
London & Brazilian Jlank o . o o. o.. . 80:927$520
Banco de Credito Hypothecario c Agricola do E. S. Paulo 2.237 :706$045
Banca Francese e Italiana 'per I' America dei Sud. _I' 94 :790$700
Banco do Brasil . . . . . . .... 183:756$791
Banque Italo-Belge . . . . . . . .! 2:715$000
Banco Nacional Ultramarino .1 72:332$000
The National Citv. Bank of Ncvv- York. ,
,1' 100 :383$300
r• •
Somma • • • • • o
• 24.802:626$185
I

o• r
Saldo existente em Caixa • 204:629$139
I • • j
o o

. Total • • • • • 25.007 :255$324


,

Divida externa fundada. Em 31 funda da importava em 2. . .'. . . . . . . .


de de~embro ultimo, a divida externa 6 . 521:244-3-10 a saber: •

1 Data da I! Valor nominal l Valor em

I
EMPRESTIMOS
) exHncção Ir ~ ! circulação - :e
-,-_...~--~~-~~.~--~.~=
~ _....-'- -''--
-_ ..-_. --- "" -,-=,=-.=... _~-
'_ '-_'[. " .-, ._- ~. - - ~.~ =~~ ----, . -
·i .'
i.l
1888 ~ The British Bankl ,
,•
of South America Ltdo' 1-10-1920 'r 350.000- O-O 91.800- 0- O
188&--Louis Cohen & Sons 1- 10-1925 ; 787.500- O-O i: 327.600- 0- O •
1904 - Loudon & Brazi- . I
lian Bank Ltd. . . , o 1- 4-193S ~ 1.000.000- O-O ~ 771. 700- 0- O II .
1905 - Dresdner Bank oi• 1-10-1943 :: 3.800.000-12-6 13. :198.200-12- li
1907 · - Société Générale ••

e Banque de Pari s et d1es I ,, ,



• ii
Pa V1)
. Bas . . ' . ,i,, 1- 6-1957 'I.' 2 _000.000- O-O" 1. 9.11. 04.1-11 - 4

"
••

----'1 ..
7.937.500-12-6 ,) 6.521.244- 3-10

lo'e ita nesse total de E 6 . 521. 244 - ~ - 10 ções desses e mprestilnos têm sido fei-
a deducção de!l 3 . 398.200-12-6, do I to com a costumada pontualidade.
emprestimo contrahido com o Dresdner

Bank, cujo pagamento está a cargo .. da Divida. Ext.erna
Sel'vÍco Hon-.

da estrada de fen'o Sorocabana . . .. e é rando os seus comprom issos COIU in:-
realizado com as suas renda.s, . ..resulta
. variavel pontualidade . o Thesoul'o do
que a divida exteTna fundada, de res- Estado fez em 1916, remessas destinac
ponsa.bilidade directa do Estado e das ao pagamento de juros e anl0rti-
custeada com os recursos do Thesouro, zação de suas dividas externas. na im -:-
é apenas de II 3.123 _043-11-4 o portancia de 45.778:564$049, confor-
O pagamento dos juros e amortiza- me se demonstra no qua.dro seguinte:
~ ,,\,~,~. , :'.::.... " :' , ",
-
', ..

•• , i" , '

· .
--.', ..
-,
'.'
..·"'.I'f "' "_ '
588 -

{)emonsh'ação das remessas para o estrangeiro em 1916

CORRESI'ONOENTES MOEDA ESTRANOEIRA Moedll Nac.lonal

LOlli .". Cohen & Sons -


Emprestimo de 1888 . _ • • • · i 47.868- 9- 933 :714$375
British Bank . of South
America Ltd. - Em-
prestimo de 1888 . . . • • • 30.207 -14- 598 :319$300
& Brazilian Bank
Ltd. - Einprestimo de •
1904. . . . . - . . - • • • • t 65.620-11-10 1. 325 :042$104 I
Drcsdner Bank- Berlim- I
Emprcstimo d.e 1905 . . • • • · l 234 .452- 0- 4.688:840$000
J. Henry Sch"iieder & C' •
clc de movilll·ento. . • • •
l 90.000- 0- 1.811 :57.l~520

468. 148-15- 9.357 :489$299


Société Générale e Ban -
que de Paris et des
Pays Bas - Empresti-
mo de 1907. . . . • 2.858 . 2 . 020 :982$266
J. Henry Schrõeder & CO
- Emprestim o de 1913
• 1914 . .' "'r-
.- . ~ 38.394 _393,8'
Société Générale de Pa-
ris - Emprestimo d.e
1913 . . . . ., ,. s . .1. f)J8. 702,64
Banque de Paris et des
PaY5 Bas - Empresti-
mo de 1913 . . . . 33.338:765$574
48 .
- 35.359 :747$840

• Cros sman & Sielcken -

c/c de movimento . • • • • • • • · 250.000,00 1.061 :326$910
. I~---~-
Resumo das remessas
Remessas em libras . • • • • • • 468.148-15- 9.357:489$299
francos. • • • 48 .930. 35.359 :747$84!l
" dollars. . . • • • • • 250. 000,00 1. 061 :326$910
" "
Total Rs . _ • • • • • • • • 45.778 :564$049

.
Com essas remessas, o Thesoul'o de
São Paulo attendeu, com a maxima so- A dlvig3
Divida. interna fundada -
licitude e nas épocas contractuaes, ao interna fundada importa em ..... . . .
pagamento de todo o serviço de sua 72.490:500$000, assim dividida:
divida externa.


. ' -'. " . ..
" ~ :':' :' -. '.,' ',,', ' .. '"" ,".,0 ' "
-."'.'
" "•
. ,"

., " ,. o', '_ o' , : " ', : ' " " ,



.

589 - •

APOLICES Saldo para 1917


3.' sene • •
• • • · I, 4. 772 :500$000 .
5.'
4."
"
!~



-I

3.841 :500$000
3.841 :500$000
6.' ~,

- • • 7 .807 :000$000
7.' "., • • 9. 597 :500$000
8.' • • • 10.000:000$000
9. ' ,." • • 10. 500 :000$000
10.' • • • 22.130:500$000

72 .490 :500$000

Os. juros e as amortizações dessas 1'0 gorocabana, DOi! termos do respe-


apolices têm sido satisfeitos na épo- ctivo contracto.
ca e pela fórma legal, convindo notar Defesa do café e sobre-taxa Ar>
que os juros da 3.'\ 4.", 5." e 6.- séries findar. o exerclcio de 1916, o balanço
são em grande parte pagos com re- do serviço de defesa do café era .,
cursos fornecidos pela estrada de fer- seguinte:


..
• •

• •




A C T IV O Libras PÀ S51 V O Libras
Café. Armazenados
Emprestimo de f ' 7.500.000-0-0
Valor de venda de 1.182.869 saccas de 60 kilos Saldo em circulação . . • • • •• • 5.713.710- 0- ú
do café existente em Marselha (57.385
saccas) e n o Havre ( 1.125.484 saccas), . Emprestimo de f 4.200~000-0.0 !
va lentes a 1.419.443 saccas de 50 kí1os, Saldo em circulação . . . . .
cu sto, par a o Estado, d e 39.449 :873$460 • • • • 2.94.0.000- 0- O
avaliadas p ela cotação do Havre de 85 Emprestimo Federal de · li 3.000.000-0-0
por sacca d e 50 kilos, ou sejam ....... .
120.652.655 Frs., equivalentes em moeda
Saldo em • c'itculação • • • ,. . . 1.789.58.5- 0- O
·
ing leza, ao cambio de 25.20 a . . 4.787.843- 0- 11 Thesouro Nacional •

J. Henry Schroeder &. C.' 111lportan cia a favo


. r. do mesm
. o . · . ' '11

916.953-10-11
I mport an cia a fa vor do Th esouro nas contas
do serviço do .empres timo de i 7.500.000 • •
Somma · .. '. 11 . 360 .248. 10-11
f. 4.200.000 . 1.041.961- 8- 011 Activo liquido '
· .
Socíété Générale de Paris Difiierença entre o actívo e o passivo da
Valorização . . • • • • • • • • 869.220-11-7
Sa ldo a favor do Thesouro na conta do ser-
viço do emprestimo de i 7.500.000,
3.464.097,49 a 25.20 . . . . . . • • 137.464- 3- 1
Banque de Paris et des Pays Bas •

Idem, idem, Frs. 2.605.851,29 a 25.20 • 103.406-14- 1


.
S. Bleischroeder
Saldo em conta corrent.e a favor do
Mks. 125.608.800,80 a 20.40. . 6. 157.294- 0- 2
Recebedoria de Minas no R.io
Idem, idem, Frs. 37.765 a 25.20 . • - • • • 1.498- 1-
Caixa de Cambiaes da Sobre-taxA
Saldo existente nesta caixa, Frs. 45.00 a 1-15- 1
Somma . • • • 12 .229. 469- 2- Somma • • • • • 12.229.469- 2- 6
;""" " " " " ._
; _".,;_" ",; .)1 __ ___ ..
.,.__

. , -c•
591 •

Os al/(arismos desse balanço mostram cr~dito que se destinem a facultar, me-


~jue os compromissos assumidos para diante juros modicos, emprestimos "
a ob.... da valorização do café, com- lavradores e industriaes das quantias,
binadQno ·Convenio de Ta1>bruté, mas necessarias ao custeio de suas proprie-
que Hcou" exclusivamente a 'cargo do dades e á defesa dos seus productos.
Estado <le São Paulo, montam a f . . . O Banco de Credito Hypothecarlo
11. ~6Q. 2.48-10-11. e Agrlcola de São Paulo, além do em-
Esi,á,.· entretanto, habilitado o The- prego, que vem fazendo, dos seus ca-
-souro --~. resgatar opportunamente esse pitaes e das Bommas que, por empres-
debito, com os recursos que já possue, timo, obteve do governo do Estado e
,

,q uer em café armazenado, na Europa, do Banco do Brasil, em proveito da


,

quer com o dinheiro que se acha em lavoura e das industrias, está hoje,
podeI' dos. banqueiros do Estado, o de accôrdo com o disposto no art. 7.' ,

que t.udo, attinge a importaneia de da lei n.· 1544, de 30 de dezembro



S 12.229-2-6, sufficiente para solver ( de 1916, investido tambem da funeção

todos os com'pTomissos, deixando aln- de apparelho central distribuidor dos
da um Baldo qe íl 8<69.2·20-11-7. I fundos recolhidos ás caixas eeonomi-
Não é demais repetir aqui· a pro- cas do Estado.
:messa, já feita por ·este Governo, de Todas as quantias depositadas nes-
liquidar definitivamente essa operação, sas caixas são remettldas áqueUe esta-
logo que lhe seja possivel, aguardando belecimento bancario', afim d~ que, sob
para isso$ -o termo da conflagração eu.. li sua responsabilidade e com todas a.
ropéa.< garantias, por intermedio de suas agen-
, Solvidas as responsabilidades que cias, ou dos bancos de credito popu-
,

oneràm a sobre taxa criada para a de- lar, sejam devolvidas á circulação em
fesa do café, os pOderes competentes beueficio das classes productoras ..
cogitarão. sem demora, de extinguir A conv·ersão em moeda nacional dos
esse encargo, que pesa sobre a lavou- emprestimos feitos em ouro pelo re-
ra; mesmo porque, não tendo sido elle ,

~erido Banco é uma operação que virá


incorporado ás rendas ordinarias do •

beneficar·enormemente a lavoura.
Estado QU. siquer, derivado para fim
Para levar-se a effeito esse propo-
diverso do que lhe fôra consignado, a
sito, seria necessaria "a acq uisição, pelo
sua conservação não mais se justifica-
Estado, das acções e obrigações ouro
ria, ao, passo que de sua extincção
em circulação.
advirá um grande allivio e' um vigo-
roso , alento para a nossa laboriosa E' evidente que, neste momento não
clrus"e agricola. seria faci! realizar-se essa operação,
,
mas, eUa d"ve ser- posta eni pratica ,na
Eniprestlmos á. lavoura e á industria
Ó'ccaslião opportuna, com relevantes
Visando o desdobramento das nos-
vantagens para o interesse publico e
sas fóntes de producção, a par das
privado.
providencias relativas ao fornecime'nto
de braços para a lavoura, á facilidade Caixas Economicas Acudindo ' ao
e ao barateamento dos transportes, á appello que vos dirigi ém' niinha ulti-
reducção 'das' taxas de' docas e' de ou- ma mensagem e satisfazendo' a' unia
tros impostos que pesam sobre o pro- antiga e legitima aspiração do 'povo
ductor ." tem sido objecto de acura- pauHsla, decretastes. na sessão do anuo
do estudo do Governo o estabelecimen- , find'O, a lei n.· 1544, de 30 de dezem-
to ~, " remodelação de institutos de' bro de 1916, que auctol'izou a criação
" '" ' .
,'o',', " , '


592

dt\
- .
caixas eCOllOIDlcas nas principaes zalldo o Gcwerno a auxUiar a fu ndacãao'
eidades do Estado. daquelles estabelecimentos.
Depois de regulamentadas pelo de- As caixas ' eeonomicas e os bancos de-
creto n .' 2765, de 19 de jaIieiro- deste credito popular são dois apparelhoB-
" - anno, foram installada:s' e estão func- que se completam: um trata de reco·-
cionando, com' toda a regularidade, as lher as economias do -povo, frequen-
-
caixas autonomas da Capital, Santos, temente aferrolhados sem o mínimo-
Campinas e Ribeirão Preto.' proveito; o outro cuida de devolvel-as.
• á circulação, em applicações garanti-
FQÍ tal a acceitação que esses insti-
das e reprod uctlvas,
tutos tiveram da parte do publico que
- Os bancos de credito popnlar, fun- -
em pouco tempo de funccionamento,
. - dados sob a fórma de cooperativas de·
.accusam depositos no valor de .....
credito de responsabilidade limitada,_
2.935:868$978.
- , .. . nas prlncipaes cidades dü interior, exer-
Pelos decretos n-.' 2792, de 19 de
cerão o papel de verdadeiras agencias-
abril de 1917 e n.' 2805, de 31 de
do banco central, para facilitar 'aos
maio do mesmo anno, forãm criadas -
gran~es e pequenos "lavradores 8 cria... ·
caixas "economicas annexas ás colleéto-
dores a. obtenção de recu'rSDS para o-
rias de Agudas, Amparo, Araraquara,
cultivo de suas terras ou para -augmen-·
Araras ,-Avaré, Barretos, Batataes, Bau·
to de seus rebanhos.
rú, Botucatú,,, Bragança, Caconde, Casa -
Dada a cuidadosa organização plane--
'BranCà, Descalvado, -E spírito Santo do
Pinhal, Faxina, Franca, Guaratinguetá, I jada para as eODp erativas de {!redito, .
sob a denominação de bancos de cre-
Igarapava, Itapetininga, Itapira, Itati-
dito popular, deve-se confiar que ellas
ba, ltú, Jaboticabal, Jahú, Jundiahy.,
não tardem a ser coroadas de pleno-
Linii!lra, Lorena, Mocóca, Mogy das I -
exíto.
Cruze-s, MogY-Mirim, Orlandia', Palmei-
Os vlclos e defeitos, verificados pela
ra8, Pindamonhangaba, Piracicaba,' Pi-
experi~ncia em instituições congeneres,
rajú, Rio Claro, São João da Bôa Vista,
foram corrigidos, de mod{) que as que·
São Bernardo, São Carlos, São José
agora ·se estão instaUando em muitas
do Rio Pardo, São Manoel, São Simão,
localidades, hão de, desde logo, con-.
Sorocaba, Tatuhy, Taubaté e Tieté, de
quis tar a confiança do publico e pres-
cuja installaçã,o já se está cuidando.
tar aqui beneficios eguaes aos que
Esses apparelho~, taes como foram . delIas rece bem os outros povos.
instituídos, , constituirão,. com certeza,
Além das operações bancarias com--
grandes factores da expansão econo-
muns, revestidas das mais solidas ga-·
mica do Estado; e, .sendo uma verda-
rantias, Os baneos de -credito _popular-
deira escola de economia e de previ-
poderão recolher aos seus cofres, em
dencia, vão proporcionar recursos para
conta corrente, as pequenas economias
o incremento de nossa producção.
levadas â sua séde, comtanto que as--
Bancos de Credito Popular - A ins- sumam o com·prO"misiso· -de devo"lveI-as
tituição de _bancos de credito popular á circu-lação na propria localidade em
é o complemento logico do plano de que fUDccionam.
organização do credito agricola. Isso constituirá um ~erdadeiro ensaio
. Por isso) aventei-a em minha pri- para o estabelecimento de caixas eco~ ·

meira mensagem e. satisfazendo esse nomicas livres, entregues unicamente á
jnsto reclamo, votastes a lei n.' 1520-A, iniciativa particular e á confiança do·
de 23 de d_e zembro de 1916, anelori- publico.
593

.
Arnla.
. z ens. Gera,e s Os armazens criou, na praça de Santos, .uma bolsa
. .
g.,raes existentes no Estado, na fórma olfieial de café e uma Caixa de Li-
das leia federaes attinentes ao assum- quidações.'"
pto,.. estão destinados a prestar opti- Pareceu-me não dever demorar por
mos serviços á nossa producção. mais tempo a execução dessa lei, que
Esses apparelhos. co mo verdadeiros viria impedir a jogatina desenfreada
reguladores da oiferta, poderão repre- que punha em risco o frueto do labor '
sentar papel importantissimo na de- honrado dos nossos lavradores.
tesa da nossa exportação contra os Com applauso geral e com grande
manejos dos especuladores e, ao. lues- proveito para a lavoura e para a ga-
mo tempo, amparar os productores -
rantia ·s regularidade dos negocios em
deante das difficuldades de transportes.
!Santo·s, esses dois institutos estão.
Depositadas as mercadorias de pro- ;fun;ccionando com a maior regulal'i-·
ducção nacional nos armazens geraes, dard e.
os seus proprieta rios poderão. com fa- Pelos decretos n. 2.797 de 28 de
cilidade, por meio da e lnissão de "war- abril, n ." 2.798 e 2.798-A. de 30 do
rants", encontrar nos bancos as som- mesmo mez. foram approy~dos Q re-
mas de que necessitem até. que " pos- I gulamento da Bolsa, da Caixa d e Li-
sam alcançar no mercado preço. re- , quidações da Caixa Regü;trado'fa.
munerador para o. seu p-r odu'o to ou I
conveniente escoamento. para e11e. I I\:

o;:
O Governo, convencido da utilidade
desses estabelecimentos e do efficaz Taes são, senhores membros do Con-
auxilia que elles pÓdem prestar á la-
gresso Legislativo, as informações que
voura e ás industrias, tem favorecido me cumpria prestar-vos, .para esclare-
até com garantia de juros para. os ca- cimento e orientação de vossa intelli-
pitaes, a sua fundação e, ainda mais,
gente e solicita acção legislativa.
tem 'procurado ' criar e remodelar ins-
Si de out ras mais minuciosas hou-
titutos de credito que possa.m fornecer
• •
verdets mister, podere-is en'contral-as
aos productores recursos pecuulanos em nos relatorlos 'p ar-cíaes d·a~ Secrefarias·
emprestimos, garantidos por titulos "de 'Es tado ou r equisital-"s odo Governo,.
emittidos por esses armazens. q ne sinceramente deseja a vossa pa-
E ' de toda conveniencia, para o COffi- triotica collaboração e tem, como vós,
mercio e para a lavoura, que esses ar- por primordial empenho o engrandeci
mazens tenham•
melhor aproveitamento, menta progressivo do Estado de Sã"
e •que as operações so bre ';lwarrants" Paulo .
sejam mais generalizadas, com O que
se evitarão mais facilmente o sacrificio São Paulo, em 14 .de julho de 191 7 . .
da producção e o prejuizo do produ- Altino Arantes.
ctor.
Bolsa Off1cial de Café e Cab:a de -
* •
Uquidações Convencido da necesBi-
dade de libertar a principal riqueza Senhores Membros do Congresso Le-
do Estado da especulação iIIegitima gislativo.
.
flue , não
. rar-o-, tornava aleatorio o pre· Desempenhando-me do encargo cons-
ço real do caté, i ulguei coo veniente titucional de informar-vos sobre a mar-
e opportuno dar ' execução á lei n.· cha dos negocias publicas, durante o
.
1.416, de 14 de iulho de 1914, que ultimo anno, e de. alvitrar-vos as me-
, ,
,

, 594
,

, , ,
,
,<lidas 'que ao Poder Executivo pare- maras Municipaes nos seguintes ter~
-çam ' mais convinhaveis á. administra- mos:
ção do Estado, tenho a subida honra "O momento historico de excepcío-
,de con'g ratular-me comvosco pelo Ini- 'nal relevancia que a Nação atravessa,
'cio d·e·: vossos trabalhos. na sessão le- com a guerra a ' que foi arrastado pelo
gislativa que hOje se installa, augu- Imperio AlIemão, está a exigir de todos
:rando sinceIamente que, á semelhança os brasileiros uma serie de providen-
das outras, seja ella fecunda
, em bene- cias que hão de redundar em beneficio
.ficios pa. ra. a terra generosa e prospera, da nobre causa que o Brasil tão sln'
que , tão dignamente representaes. eerament-e desposou . .E' indispensav~l
uma immediata congregação de esfor-
A' situação internacional do Brasil,
ços etn prol da nossa preparação mili-
neste melin<l.-oso mo'mento <le .sua his-
tar. Para tanto peço o seu maximo
toria, cabem , de direito, as minhas pri-
empenho em prol da constituição de
'meiras referencias. E estas não pódem
linhas de tiro nas localidades que ainda
ser sinão a re iterada e sempre sincera , - .
as nao possuam e para '0 crescente de-
,affirmacão
, - do apoio e da solidariedade
,
senvolvimento das já existentes.
inquebrantavels, com que o Estado de
'São Panlo, o seu povo e o seu Go- Como medida complementar, para as
'verno acompanham e secundam a orien- cidades em que ainda não exIsta ins-
tação e os esforços dos Poderes Fe- truetor do exercito, ficam os comman-
derae., na defesa da dignidade e dos dantes dos destacamentos da Força
direitos da Nação Brasileira. Publica auctorizados a ministrar pre-
• paração militar aos civis que para esse
Os innomlnaveis
,
attentados pratica- fim se apresentarem.
dos pelo Imperio Allemão' contra diver-
" ,
Unam-se todos. os paulistas, sem dis -
sas unidades
"
de nossa marinha mer-
. .
,
- '
tincção de partidos ou de crenças, re-
cante , denunciando, da parte da po-
solvidos a cumprir sem vacillações as
tencia aggressora, o deliberado propo-
ordens do Governo da RePribllca, me-
sito de tolher a liberdade de navega-
, ,
recedor da conf iança 'Iue .toda a Nação
ção e impedir o intercamblo mundial,
nelIe deposita. Respeitem-se a vida e,
·com flagrante violação dos mais rudi-
, as propriedades dos subditos allemães
menta,res preceitos do Direito das Gen-
o ,
domiciliados no Estado, emquantQ elles
tes . e ,' da.;:; lConvenções fnternaeionaes;
,
se .mantiverem submissos ás nossas leis
levaram o Gover'no da Repu'bJica, de.s-
e ás nossas auctoridades e evitem·se
,a-ttendido nos seus energi'Cos 'Protestos
attentados contra a segurança publica.
pacificos, a reconhecer officialmente o
O patriotismo não se exteriorisa pela
es tado de guerra, que, dest'arte, acin-
. . " . pratica censul"avel de violencias e sim.
tosa'm en'te, lhe era imposto pela Alle- principalmente, pelo empenho sincero,
.nlaI!ha ". que a todos deve animar, de conseguir
Inteirado que fui da grave decisão, o maior prestigio para o Brasil na
to mada pelo Congresso Nacional, dei- victoria , final de seus elevados ideaes
,
me pressa em offerecer desde logo , a.
, ,
de Justiça, de Liberdade e de Civili-
Uniãó; por intermedio de seu digno zação" .
Presidente, sem condições e sem re- A este appello corres ponderam as
se rvas;" o amparo moral e o concurso auctoridades judiciarias, as corporações
material do nosso Estado, ' ao mes- administrativas e a população de 'São
mo tempo que me dirigia a todos "os Paulo com pressurosa e inexcedivel so-
,JUiMS de Dire ito e Presidentes de Ca- licitude, empenhando-se todos, nun\a
,, .' .. '

595
" , ,

.ad mfra
,
,,-e1 unifQrmidade de pensament.o para os des tinos de nossa nacionali-
·,e d e a,('.~ã o, 'por apparelhar , na medida dade,
de ' suas possibilidades, os elemento s
,

necessarios ao desaggl'avo de nossos
,
brios e ' á salvaguarda de nossa inte-
' gridade, A insigne h o ni'a que ao nosso 'E stado
O Governo do Es tado , a seu turno, acaba de conferir Sua Excellencla o
, ,

'- nâo se descuidou um só instante do Senhor Doutor Wenceslau Braz, dignis


,
-
melindroso assumpto; e, agindo sempre simo Presidente da Republica, ' distin-
'na mais perfeita e cordial conformi- guindo-o com sua presença, nos ' dias
dade de vistas com as altas a"ctorida- 20 a 23 do mez de maio findo, dei-
des fed eraes , póde assegurar, conscien- xou-nos a todos perduravel impressão
ciosam ente, aos s-e us juris diccionados de justiticado desvanecimento e de sin-
que não desfallece.'á na patriotica ta- cera gratidão,
Teta ~ não recua rá 'jamais do cum- A s excepcionaes demonstrações de
:primento integral de seu dever cívico, veneração e de estima, que, tantó nes-
,

na Iucta contra os inimigos de nossa ta ·Capital como ·nas 'ci-dades de Santos


Patria.. e :de Lorena. foram merecidam e nte tri-
butooas ao egregio brasileiro; as vl- '
• brantes acclamações, com que foi elIe'
, • * festejado em todo o territorio paulista;
- traduzem, melhor do que eu . po-
Oecorrencia de nota vel relevancia deria fazel-o, {) sentir unanime de nos-
'para. A vida politica do paiz, foi a elei- sa população nos preitos de calorosa
ção q U", para a Presidencia e para sympathia pelo patriota e pelo estadis-
a Vice-Presidencia da Republica, ' se t a , que, prestes' a terminar o seu man-
reaJiz'ou no dia 1.<1 d'e março proximo dato, pôde ufanar-se de tel-o desem-
, .'
lindo, em todo o terrltorio brasileiro , penhado com reaes proveitos para o
O ' pleIto deeorre u na mais perfeita Brasil e com incontestavel prestigio
or'd"e m , e o Congresso Nacional acaba para as instituições republicanas.
de apu'rar-lhe o resultado, reconhecen-
do ·e procla.ma.ndo p a ra Presidente e •
V ice-Pfesidente, no futuro quatriennio, • •
'O'S em in entes co'olcidadãos Conselhei-
1'0 Francisco de Paula ROdrigues. Alves As duas grandes missões diploma -
e Doutor Delfilll Moreira da Costa Ri- ticas e commer ciaes, recentemente en-
-b eiro. viadas ao nosso paiz pela Gran-Breta-
,

O Estado
,
de São P aulo muito se nha e pela ItaTia, sob a brilhante di-.
desvanece com o facto, que reputa de recção dos respectivos Embaixadores,
,
elevado alcance p ara os interesse da
,
I Sir Maurice de Bunsan e Deputado Vito
Federação, de ter a escolha das urnas Luciani, tambem nos captival'am co m
, ,

Tecahido ~ pela segunda vez, na pessôa a ge ntileza d e s uas visitas.


, . ,
-venera nda d·e um de seus mais illus- E, por essa occas ião, foi-nos s um-
,
tras,
. filbos) cujo nome, . 'aureolado de . mamente grato poder affirmar, na · êf; M
-benemerencia, compeudia um longo e I
pontanea cordialidade da acolhida, que
límpido p·a.ssa.do de incon tave is servi-
. . ', . . a ambas prazenteiram ente dispensámos,
ços á' ca.usa. publica e representa, por os nossos cons tantes e cada vez m a js
, ,

:isso ' lnt'f!110, a mais sotida garantia ln le n sos se ll time nto !=; de a mi zade e de-

; - '.

_"
_:
596 - --
.

: J ' "
..
, ,,,,"
,,' ..
,', ''. ,- '
'

f.\\1nl1l'ação para cpm as duas Dobres Novos lllunici}>ios e distl'Íctos (te paz
nações, hoje nossas alliadas. que tão -- Foram criados• no anno de 1917,
~ .'
erticientemente têm collaborado, pelas os municipios de Laranjal, n a comarca
suas idéas, pelo seu capital e pelo de Tieté; de Cerqueira Cesar. na de.
seu trabalho, na obra conectiva da Avaré; de Guariba, na de Janoticahal;
prosperidade nacional. de Catanduva, na de Rio Preto: de
OIympia, na de Barretos ; de Oleo, na
Eleições Além de varias elei- de Santa Cruz !do Rio 'Pardo ; <ie ,Assis,
ções parciaes para vereadores e juizes na de Campos Novos do Paranapane-
de paz, em diversos municipios e dis- ma; de São J oaquim , na de Orlandia e,
trlctos do Estado, realizaram-se, nO dia bem ass.im, os seguintes districtos de
1. 11 :de-o março· do -correlite anno, os es- paz: de Villa Rezende. em Piracicaba ;
crutinios para a escolha de Presidente de Nova Granada, em Rio Preto: de
e Vice-Presidente da Republica, para Areopolis;' em São Manoel; de Bernar-

o quatriennio de 1918-1922, e de depu- dino de Campos, em Santa Cruz do Rio
tados e senador federaL Pardo; de Collina , em Barretos; de
Por este Estado, foram eleitos se- eOl"rego Rico, em Jaboticabal: de Ara-
nador o sr. Alfredo Ellis e deputadOS: çat uba, em Pennapolis; de Lavrinhas.
pelo 1. 0 districto, os srs. João Gal-eão em Pinheiros e de Pindorama. em San-
Carvalhal. Francisco Ferreira Braga, ! ta Adelia .
Raul R. Cardoso de Mello, Antonio C. Quasi todos estes municipios e dis-
de SalIes Junior, Cincinato C. da Silva trictos de paz já se acham legalmente
Braga, Carlos A. Garcia . Ferreira; pelo inst allados.
.
,
2. o, os srs. Alvar-o A. da Costa Carva- Ensino pl'ima.l 'io Já elllrou em
lho, Prudente de '- Moraes Filho, ' Al- vigor a lei n .' 1579, de 19 de dezem- ·
berto lS3!rmento, ,Oe-sar <le L. Vergueiro, bro de 1917, que assegurou ao Poder '
Joaquim A. de Barros Penteado, Mar- Executivo uma acção mais ampla e
colino L. Barreto; pelo 3. o, os srs. efficaz pa'r a attender ás necessidades
.. cArthur Palm.eira Ri'pper, Raphael A. do ensin-o e, ao mesmo tempo, preen.. ,
SampaiO Vi<lal, J ..P. da Veiga M·i randa, cbeu sensiveis lacunas do nosso appa·
José Manoel Lobo, João de Faria; pelo relho escolar, cujas peças, a pouco e'
4.°, os srs, Francisco de Paula Rodri- POUCO, se vão combinando ·Jium todo
gues Alves Filho, Arnolpho R. de Aze- harmonico, graduado e completo.
vedo, Carlos de Campos, Manoel P . D'óra em diante, desde as escolas .
ViIlabolm e Pedro L. de Oliveira Costa. preliminares até 'ás normaes, Q ensino ,
será ministrado sem solução de eon- ·
A primeirQ de junhO findo, proc~­
tinuidade.
deu-se tam'bem á eleição para o pl'eetl-
As escolas isoladas, de accõrdo com
chimento de . uma vaga no Senado Es-
a citada lei, estão sendo classificadas ,
tadual e de tres outras na Camara dos
em diversas categorias. Para o seu
Deputados.
provimento, o Governo tem dado pre-
Desvaneço-me em poder affirmar que ferencia aos municipios novos ou lon-
o meu Governo põz o maior empenho ginquos, e aos que são grandes nucleo,,'

em assegurar, por todos os meios ao de população extrangeira ou se encon-
seu al'canc'e, a '1iIberdade :do voto e a tram menos prOVidos de instrucção.
seriedade <lo processo eleitoral nesses Dentro em pouco, serão Installadas .
differentes pleitos, que, aliás, decorre- as escolas ruraes, que deverão fune-
ram todos na mais completa ordem . clonar nos centros agrícolas. onde a.


.~ ...

597

ll opula ~ ão escolar é , em grande parte, Eetat.istica escolar - - FuncCÍonaraUl .


~inão em sua tota lidade, descedente de 170 grupos e scolares, dos quaes 30 na
:.> s trangeiros. A acção do -E stado. que Capital e 140 no interi"r.
~ té agora se fa~ia sentir melhor .nos Durante o anno. foram criados e ·

r!entrcs urbanos , passará a ser exerci- ins tallados um. na Capital, com a de-
(ta, eoro igu a l intensidade, na zona ru~ nominação de "Regente Feijó" e, 110
ra l, a ré a'g ol'R m enos ;fa·vo'r ecida. inter19f, os de Santa Rosa, - Ipaussú ,
Sem de slweoccupar-se das cidades, Modelo de Botucatú, Modelo de Gua-
onde as e.r:colas j á satisfazem ás ne- r a t inguetá e Mooelo de Pira'Cicaba.

cessidades de su a população, vae o Os grupos da Capital funccionaram
lG'stado conver gir todos os !seus esfor- com 615 classes e os do interior com '
ços, em prol dã disse minação do ensino, 1,724. A matricula geral nesses es-
em pont os remotos. em que elle se tabelecimentos attingiu a 99,057, alum-
torna ma is n ecessario, quer para os nos, dos quaes 27.504 na Capital e
descend e. ntes de es t rangeiros , procurall- 71 .55 3 no interior.
tio desCa rt e integral-os na vida politica As escolas reunidas eram em nu-
do pai z. que r para os nucleos de po- mero d e 15 , com a matricula de -3 . 068
pulação na cio nal, proporcionando a alumnos em 8 2 classes.
seu s h abi tantes 0 $ elementos de que Em 191 7 ·foram reunidas a s e scolas ,
f! areCf:'!n , para se tornarem tambem fa-
I de Sa lto Gran'd e do Paranapanema,
ctores de n osso pr ogresso economico. !, Bury ( Faxina ) e Apiahy.
A o ,t e,rmina r o anno de 1917, o E s ·
Quant.!) ao e nsino privad{), começam
a se man.ifest a r, desde já, os beneficos
I
I tado c~mtava 1,604 escolas isoladas
providas, sendo 183 na Capital e 1.421
etfeitos da interferencia do Estado na
l·espedi va fis caliza ção.
i no interior, com a matricula de 54.91 2
alumnos , sendo 9.743 na Capital e
Toda,~ as escol as p a rticulares, pelo 45 . 169 no interior ..
ensino d e po rlu g uez , geographia e his- No co rrente ann o. já foram criados
toria Pil tr ia. trans mittido po':. profes- I e installados os grupos de Laranjal,
sares :/ r a:: i1ei r o s , vã o aos 'poucos se ,
.' 2." de Lorena , 4.' de Taubaté e 2.' de
.adaptando e sendo inte gradas ao nos~ Ara raqu a ra e reunidas a s escolas de
&0 a:V,ija re l.ho escolar. Mayrink, (Sâo R"que) , Barra Bonita,
Avu Ha m cada vez mais a s despesas Posse ( Mog y-Mirim), Matto-Grosso de
,
com (i.l u g uel de pl'edios para os esta- l Batataes ( Batataes) e Tayu va (Jaboti-
I,
hele-cimenlOS de en sino . I cabal) .
Em c-.o llseq u en cia e não pOdendo o i Insllecção Medica Eswlal' - Subor-
Estado rl es pender grandes somlnas com I dinada á Directoria Geral de Instruc-
a cons~ r u c:.ção de novos edifícios, re- I• ção Publica, iniciou a Inspecção Medi-
I
solveu o Governo fazer os contractos
de alugu e l conl reversão. Assim, já
I ca Escolar os seus trabalhos em fe-
vereiro do a nllO proximo passado.
foi adqu:rido o predio em •que funccio-
I
Durante o exercicio de 1917, foram
na o 2." gr upo do Braz e vão ser ini- feitos, na Capita l, 545 visitas a escolas
ciados. nas mesmas condições, os tra- I publicas, 273 'a escolas particulares, 47
balhoi; de c.ons trn cção dos grupos da a collegios e inter.natos, 1 . 998 a salas
Avenid a Pa ulis ta . Villa Mariana, Bom de .aula, 155 a dormitorios , 5 . 431 exu -
.

Retiro ~ Perdizes , nos terrenos que o mes ind ivid uaes, 11 . 795 inspecções me-
Estad ü a dq nirira em tempo para esse dicas ge raes, 1 . 478 véI.ccinações, COI1-

tim . t ra a · val'i ola , 9. 6 S0 t"evaccinaçôes ,
598
,
I . .1 88 prelecções· sobre hygiene indi- especialmente aestinado ao tratamento
• •

vidual. collectiva e pedagogica, sendo das molestias da garganta, ua ri~ , e


expedidos em· igual periodo 4. 384 bo- ouvidos, tendo sido ,de 414 o numero
letins medicos, 1.582 boletins denta- de intervenções no anuo ,findo.
rios, 23 intimações para melhoramen- A exemplo de São Paulo, e seguindo

tos e m estabelecimentos escoJares e a mesma orientação, já foram inst.allac
det.erminadas 63 evicções de _alumnos das clinicas dentarias escolares e m Lo-
arrectados de doenças transmissíveis.
Foi solicitado o concurso das muni-
cipalidades do Estado,' para o fim de
ser nomeado o medico inspector esco-
'Gynlllasios Nos gymna.sios da Ca-
lar, de accôrdo con\ o art. 2.' § 2."
pital, Campinas e Ribeirão Preto, a
da lei n. 1.541, tendo correspondido
matrícula foi de 893 alumuos. dos
a. este a.ppello. até dezembro ultimo, 67
quaes 43 terminaram o c urso; destes,
m unicipa.l idades.
j 40 réceberam o grão de ba cbare l ~m
Mas nem todos os múnicipios que !•
sciencias em letras e 3 habilitaram-se
nonlearam medicos inspectores inicia-
apenas para a matricula llO~ cursos
ram a inspecção medica das escolas,
superiores.
de sorte que os serviços realisados no
inte ri or do Estado estão muito Rquem
I Foram nomeados directores do gym-
do que na l'ealidade devem ser. Em
! nasio da Capital, o dI". Antonio R. AI· -
ves Pereira, do de Campinas o dI'.
todo o caBO, foram feitas 270 visitas a I
escolas puiblicas, 3 a es'c olas ·p articula-
Amadeu Mendes e do d e Ribe irão Preto
o sr. Renato Jardim; illspectores fe-
res, 54,2 a salas de aulas, 2.758 exames 11
'

d eraes, o dI'. Almelrindo lVleyer Gonçal-


m-edi-cos individuaes , 8.81 7 inspecções
ves para a Capital, o dr. Alcides da
m e'di{!'1s geraes, 2.1 S1 vae'cinações,
Costa Vídigal para Camp inas e o dr.
contra' a varíola, 2.567 revaccinaçôes, ,
José Arantes Junqueira para Ribeirão
187 pl'elecçõessobl'ehy.gJene indivl- :
dual , collecti-va e pedagogi'Ca, tendo 8i- I Preto.
Até ao fim do corrente anHO , deve
do expe didos em egual 'periodo 256
;b oletins sanitaríos, 5 int imações para
I estar concluido O novo edifício do gym··
melhoramentOls em esta·b elecilrientos nasio de Ribeirão Preto, accentuando-,
escolares e de'terminadas 19 evicções se cada vez mais a necessidade de dar-
por doenças transmissiveis. , nova installação ao da CapitaL
As clinicas dentarias escolares, fun- ! Escolas ~Ol'InéleS As nossas es-
dadas pela iniciativa do dr. Vieira de I colas normaes fUllccionaram regul ar--
Mello em 1912, continuam prestando mente, elevando -se a 3.726 o numero
bons serviços. de alumnos matriculados; nellas diplo-
Naquelle anno foram installados tl'es maram-se 654 professores.
dispensarias nos grupos escolares "Pru- No dia 1l de agosto foi inaugurado
dente de Moraes", Barra Funda e Bella com toda. a solemuidade, o IlO,p edi-
Vista, sendo no exercicio de 1917 ficio da 'E scola ' de Piracicaba e , dentro

lnstallados mais dois, nos grupos do de pouco tempo. estará concluido o
Belemdnho e Cambucy. Foram pra- predio da de Pirassununga.
ticadas 25.788 intervenções dentarias. De accôrdo COUl a vossa. a uctoriz;a-·
No grupo "Prudente de Moraes" ção. deve ser iniciada no corrente . ~nnol"
ta,mbem continuou a funccionar o dis- a construcção das escolas de Casa ·Br.a n-·
pensa.l'io uMaria -Theo dora Arantes", ca e Guaratinguetá, contilluandQ mal.

599 _.

installada a de Campinas, em predio mento dos cursos. A titulo de expe-


bastante Imperfeitamente adaptado, que riencia e sem onus para o Estado, foi.
exige prompta substituição por edifl- estabelecida, annexa ao estabelecimento.
cio proprio. Para esse 'fim, a Camara uma secção industrial e de aperfeiçoa-

Municipal de Campinas já votou uma mento. onde são aproveitados . de pre-:-·
lei contribüindo eODl a importancia de ferencía. os alumnos por eU,? diplo-·
150 !Contos, em tres prestaçõeis annuaes mados.
de 50 contos. Com o desdobramento do cur.~o illi-·
Escolas Pl'ofissionaes Convém ciado em janeiro de 1917 , f un eciona-·
desenvolver quanto antes o ensino pro~ ram

na Escola Profissional F'emiuina
fjss1onal, disseminando, para isso, es- 12 offícinas, 1 curso de desenho pro-o
colas dessa categoria. em diversas zo- fissional e 1 de desenho artistico.
nas do interior. Além da de Santos, O anno lectivo foi .encel'rado co m a '.
já cria-da no anuo passado e -cuja or- matricula de 613 alumnas, lotação ma-
ga.nização está em estudos, seria d e xima que o predio pÓde comporta.r.
vantagem que o Governo ficasse aucto- A Escola esta longe de poder atten-
rizado a
or.ganizar .outras, de typO mais àer ao crescido num.e ru de c:a ndidatas
simples e de accôrdo com as · eon"di- que nella procuram rnatricuJar-t:;e . Du-·
ções das zonas em que tiverem de fUllC- rante O anno findo, deixaram de ser
dona.r. recebidas, nas diversas ofUcinas do-
A impressão recebida peja Sr. Pre- curso, por falta de vagas, mai ::;. "de 600
sidente da RepubJica,

em sua visita candidatas .
á Escola Profissional Masculina foi
Concluíram o curso em dezBru<Í.::ro uI-o
das mais lisongeiras, · e de tal natu- tim.o 64 alumnas, ás quaes fOrl;\ffi eu-o
reza. que Sua Excellencia determinou, tregues os respectivos peculios . na im-o
além dos elogios á organização do es- portancia de 1:532$000 .
tabelecimento, o honroso convite, feito
-A ;ren'da ;b rula da Escola fo : de ...
ao respectivo dire;ctor, -pare. 11- aper·
. 14: 009$50u. As officinas con c~-crreranl •.
feiçoar seus estudos na Amel'Íca do
para a expos-ição SS'co'lar ult:rn a. com.
Norte. por conta do Governo da União.
....Amatricula da Escola Profissional
productos manufactura dos na importan-.
eia de 8: 636$000, tendo s ido vendidos.
Ma-scuJina encerrou-se, no fim do anno tratba1hos no valor de 3: 15 9 ~l) ~,(I.
lectivo, com 671 alumnos que frequen-
A Escola de Artes e Officio, do Am-·
ta.raro DEcursOS de 'ferraria e 'fundi-
paro aecusou uma lnatricula de 102
çã.o, funilaria e electricidade, mecha-
alumnos. No corrente anuo fo i-lh-e·
nica . pintura e marcenaria. . - . ..
dada ol'lentaçao maIS pratica . o que'
A renda bruta da Escola foi de ."
'vae permittir angmen to da f r 7i{Uellda.
46:914$000, sendo de , 2:559$085 a por-
nos cursos.
centagenl _perUmcente
. . .- aos alumnos e
de 6:058$900 a somma das·diarias Faculdade de ~I('.<li<'ina f" C'inn:gia:
a .lIes pagas. No actual pedodo Jectivo in:-;taHou-·
Foi inaugurado ," eUl dezembro pro- se o 5 . anno do 'curso geral. àl3vé'ndo ·
Q

ximo passado, o novo _edificio da rua ser diplomada, em dezembro proximo,


Piratininga, . ja estando nelle installa- a primeira turma de nledicos 6« nossa
das e em normal fUllccionamentQ todas Escola.
as officinas. A matricula total att.illgi u ). 301


A mudança da Escola vae permittir alumnos .
augmento de matricula e aperfeiçoa- Torna-se cada vez malf; 11 n:;·~ n u= u.

' -, .- ... .~ '

":." '-'
, ," . , :~

.. . -

.
600
.. .' ,
('III IIi! de um edificio para a Fa'':
l'u q ,; ã o

espe cializar, durante dois annos; em
cllldade. Actualmeute está elIa func- bacteriof-ogia: e, nas mesmas .- condi-
ciona.ndo em tres predios da rua Bri- ,ç ões, seguirá proximamente o dr. Ge·,J
gade.l!'o Tobias, todos elles velhos e raldo de Paüla Souza, com o fiin de se
adaptados Hgeil;alne nte ao ensino das aperfeiçoar em chimica · biologiCa.
ditfereute8 disciplinas . Com isto mui- Acredito, pois, :que eS'ta criação veill
to solt!fre. a fis'calisação, alem de que dotar o Estado de mais um orgam
.
·as des pezas crescem em 1'elação dír~cta scientifico de g rande utilidade prática.
<ia mulüplicaçáodos edifíCios occupa-
dos. 'g essa.s . des·pezas av'uItam aind3. Escola Pob'te-
• chnica.-
• Funccionaram
.
n1ais .pú'!\t1ue .rr~ta-·se de prediO's velhos,
com regularidade todas as secções da
cu ja. a-daptação e reparo s cOlUpetem ao Escola Polytechnica .
Estado. o numero total de alumnos matri-
No t.oJ'reüte ânno, e após concurso culados, nos diversos cursos, elevou-
feit o, entl',e alumnos do 4.° e 5.° anno, I se a 185 e 6 ouvintes. Completaram
,
estão sendo nomeados 'os internos para o 'Curso de engenheiros -civis 19 alum-
,a s diversas clinicas da Faculdade .
,
nos, 4 o · de engenheeiros mechanl cos e
electricistas e 1 o de engenheiro ar-
De acc.ôrdo com as negociações en- •
'chitecto.
taboladas entre o Governo e a "Ro-
Obtive ram o premio de viagem ao
ckfeller Foundation", foi criado o Ins-
estrangell'O ou collocação definitiva em
titutO de Hygiene, annexo á Faculdade
uma das repartições teçhnicas do Es-
e no qual funcciona. tambem a cadeira -
tado, os srs. Leopoldo A. da Silveira
da mesrn a clÍscipHna do n oSSO curso
l1ledi ~~o.
I
França e Octa vio Ferraz de Sampaio,
que completaram, com distlncção em
E' sell director, desempenhando ao -
todos os a'nnos, respectivamente, os :;
·.
mesmo tempo as .funcções -de lente de 1 ..•"•
I cursos, de engen!heiros civis e engenhei- •
Hygiene, o . dI' . Samuel Darling, nota- i ,:~

,--.

veI homem de sciencia e especialista . i


ros mechanicos e electricistas. A me-
,!al.ha "C esario 'Motta", instituida pela
'"

bel~l conhecido, tendo por auxiliar o I


Congregação, -foi eOlllferida ao alumuo
·dr. Wilson G. Smillie, microbiologista
Francisco Oliva, por ter obtido a nota
americano de lnuita competencia. •

, distlncta mais elevada no curso pre-


No Instituto, que funcciona em pre- liminar. I
dip adaptado e fornecido pelo Governo I .
Continuam os trabalhos de construc-
,e que está sendo perfeitamente instal-
ção do edificio destinado ao Instituto
lade pela, benemerita instituição, se,":"
Electrotechnico.
"ão estuda dos todos os pro'blemas de
. De accôl'do com a lei que votastes,
hygie!1e , cuja solução nos interessa e,
no anuo passado, já foi expedido o de-
ao mesmo tenlpo, será dado aos alum-
creto dando novo regulamento á Es- .• -

nos da nossa. Faculdade ensino pratico :


cola. Aos cursos foi dada orientação -'

·esmerado da especialidade, que, neste


. mais pratica, instituindo-se tambem um
momento , mais reclama a attellção dos ',
novo o de chimlcos. , ',
,-
Jnteressados pela vida e saúde da nos- -

'
,

sa população. Museu Paulista No correr do -

De accô,l'do COlll o contracto , a .. Ro- anno passado-, teve o Museu a sua vida
ckfeIler Foundation" já enviou, por completalnente normalisada, com a ter-
s ua, conta. , para <>s Est&dos Unidos da minação dos trabalhos da commissão
AUleriúa. do Norte um medico paulis~a, de inquerito a nomeação do dr. Es-
.
o dr, Frandsco Borges 'Vieira. para se cragnolle Taunay para seu dil'ector .
- 601

Em_ 1917 ·foram as salas de expost.,. cia de 304:264$467, dos "luaes _ • •


ção l1isitadas por 74.021 pessoas ou 176:500$914 com o pagamento do pes-
sejam mais 7.774 do que em 1916. soal, 116:594$433 com o custeio das
Só no dia 7 de setembro foi o Museu officinas e material comprado - e - ....
visitado por 2.494 pessoas. 11: 165$120 com despesas diversas (ex-
Foram inauguradas duas novas sa- pediente, gaz, electricidade. sellos, se-
las, sendo uma destinada a coll",cções guro predial, etc.).
botanicas e outra a assumptos que di- A receita importou em 95: 840$035.
zem respeito á tradição e factos hls- Estatistica e Archivo o 'servi-
toricos de São Paulo. ço 'estatístico do Estado tem s;do ela-
Dentro de pouco tempo, deve estar borado e publicado com a maxima re-
eoncluida a publicação
, do decimo tomo ~ularidade, -pr'estando á administração
da Revista, que deixou de circular por pUiblfca e á1s 'classes interessadas, reaes
-eircumstancias conhecidas. G re1evalLt'lS -informaj)ões sobre todo o
Não é demais insistir em assum.pto, 11l:0virll'e:nt0 economico e -financeiro do
para o. qual solkitei fi -VOSSa attenção Estado.
na mensagem de 1917: torna-se pre- O annuario do anno de 1916 ,está
-0180 dar nova organização ao Museu, im:'presso e .prestes a ser distribuído;
dotando-o de pessoal competente e for- n d.e 1917 entTará em hnpr·essão no
o _

necendo-lhel'ecursos materiaes. para


>
corrente mez.
que elIe possa bem desempenhar a O ,predio em qn-e 'ootá installado o
sua missão. Hl"chivo publ;i'co já se torna insllfficieu-
te :para conter a grande quantidad,e, de
Almoxarifado do Intel'ior A im- pav'ets n"Ue exf.stent'es e -que diaria.
portancia total dos fornecimentos feitos m;snte a,ff1ue daIS dive,rsa,s secreta.rias e
pelO Almoxarifado da Secretaria do 1"e.partiçõ1es publicas. O d'e30envoivi:me,l1-
Interior, em 1917, attiugiu a somma de •
to -que tomam todos os negoci,os do
435: 149$984. Estado, desdobrando-se em todas as
A officina da repartição, definitiva- ll1'anif""taçôe-s d'e sua actividade. au-
mente montada com machinas proprias, gm,enta. 'paral·l<e.l!ament-e o serviço pu-
continuou a trabalhar em concertos e blico,que Ihes é "orrelato. -~ edahi
l'elorma do mobiliario escolar arreca- a .i1l!SlufifilCienrcia Jf1 notada das suas
dado fabricando tambem muitos obje- i m;tacUaçõ-es .
ctos de uso escolar e um typo especial A bibliotheca, que todos os anuos
.de carteiras destinadas ás escolas iso-
~e -enl"li'que"e, já possue oe,l'ca de 5.500
ladas de bairros. vol'Uimes d'e obl'as div_el"lsas, - coHooções
A producção da officina foi no va- c1e leis do Brasil, an.naes parlamenta-
lor de 71:500$690, sendo a sua des- res, re.latorj'osl r·egulamentos e demais
-
pesa de 62: 267$044. dOCUID'entos ad.milnistrativos~ m,ensag.ens

Diario Official - - O Diarto Official presidenciaes, etc.


apesar de continuar funcclonando em A collecçã-o d-e jorm.es já se eleva
edificio improprio, pequeno para as a 1.150 VOI\llIllOO, constituindo uma
suas necessidades, e eom absoluta de- preeio.sa fonte de in.formações, e, t;o.mo
ficiencia de material moderno e aper- tal, muito procurada.
tei~oado, foi publicado 'regularmente Serviços diversos O P",nsiooato
com uma tiragem total de 755. 770 All"'tistico, até ao fim de 1917, mante-
numeroso v-e no ,e,straugelro sete pensi'onistaS'.
As despesas at-tingiranl a importan- ap-erfeiçoando-se no 'estudo -da musica.


602 - •

.
canto , pintura'e esclI,l ptllra. Desses, dois pessoas contra 8.176 em 1916 ; {) que
.
estavam na França e cinco na Jtalia. dá uoma média d e 1ll0rtaHdade g eral
A 'Commis&ão Fiflcal continua ve- d,e 2 L660bitos P'ú.f dia paro.. 1917. con_
lrando ·c al1inlmsamente pelos pensionls- Ira 22,40 e'm 1916 , r.e presentan<lo um
tas,qu'a, pelo seu esforço e com:prova . cooef<ficiente allllua.[ de 16.79 ·em UH7,.
do o>pl1oveitamen to. têm p"Joenamen te contra 16.86 em 1916: o qu e d·1'mons-·
COl'U'"es pondido á conf'iança d·o Governo. tra que as condições de "Salub-;:id~~d.e da

A Biblioth·e.ca Publica do ·Estado capiroal melhorara m .
e o Seminarjo das FAucand-as funccio- Em üO'n fronto com algumas eida-.
naram com regula'f-i'dade. das do es.tran·g,e,iro. São Paulo tem. o'
• seu coeffici,ent,,, d·e mortalidade m<>lhtll""
Centellal'io da ludepel1tlo11cia
qU>e Madrid. BerJi.m, Trieste. Ha.mbu'r-·
J ·á <es~á concluida a planta d{) ·parq·ue
go, Rooo,ri-o. Lyon e IVIo.llte-\r id e u; e,
que .s~rá cOll'strui-do ~'m fre-nte ao ooi- com referellcia a cidades d o Brasil,.
Licio do lpirailga e da g.r anàeavenida
nota-se que somell"te Bello Horizo nte e.
que da-r·á a<:eooso ao ,M onum.ento.
S ão Sa:lvlldor lhe levam vantagem .
A·ctuaIilnenfe, prol:<ed·e-.s e ao levau-
trum,e.nto d,os terrell,os, afim de- serem
.Registrarall11_s'e em todo o Est.ado
a-s. obras iniciadas'. o ·que se ·dará 26.917 casamentos contra 26.612 . ·em
dentro depóuco tem.po. 1.916 , i.sto é, ·mlari-s 303 em 1917 . Na·
O Pr.,f",ilo 'Municipal e os dr·s. Oap'ita;l: o llum·eq"O de <: as-amentt.~ foi.
Ramos <ie Azeved·o e Adolllho Pinto, a de 3. 564 . ou maios 406 que .e m H16,
pedido do g.,Dretario .do Interior, já equivalente a 'm<ldia diari. de ,9.76 ' 'l>'
escolh e ram o local onde d "e ve &er -e.ri- ao ,c oefficiente anll'lla! ·de 7,55. por' mil
gúdo 'o! Mop.umento, em bronze, aos he- h'abltantes. •

roes' . da Indep,e nde·ncia € , ao m·e.Simo -o ,&x·c·eS30 da nataHdad-e '30bre a


tempo , formu-lara:m as bas.e,s da COll.Cor- I mortalidade foi d-s 6 8 . G9i em todo 0-.
ooncia para a res·pecH.va co.nstrucção: W.nado. e de 9.690 na ,Ca pital . t-endo
O edibal competente foi .p ublicado a 7 . o<:oorri'do 145 . 377 nasci<m.ento>, d.os
<l'H Sete m1)!", do anno findo. encerran- I quaes 17 ..598 rua c apita\'; o que ·dá.
do-se '0 prazo da 'concorren·da em igual pa·r,a esta, o ·coef.ficiente annua! de. 37,37
dia do con~ente anno. por mil habitante~ , o mais el'l>v'ado'
destoo U'ltimoo a.nnos·.
Saude Publica __ Das -doenças in-
o

Foi objecto de ·p reoccupaçà.o do·


fectuooas, cuja morlalidad·e foi ·mai·o r •
Selrviço Sanitario a campanha •' con.t'l'a
que a d:o &.nno anter.i:or, des taca:ID_se a
as doenças tran.s mil~}sivens. oolldo to-
tubercul<l&8 e a .:m alaria, ,pl'.jncipall.ilJl(~n- ·
'll'l.adas providencias
.
6spec,ia'es
.
contra a
te .esta, emquanto que a febre typhoide
varlola, que a ssol"ava a ,Ca.)lital l'·e-
e a grip.p e apresentaram sen-sÍv-el dimi-
d·el'al, e varios outr o~ E·stad'os ·em com-
nuição.
municação com São P.aul{), onde de.
A relação -entre a moortalidadoe pOr
,doenças .. transmis>Siv<,;i",
. . e
. o total dos
ram entrada enfermos pToced ..nt8;l do ·
Rio Gra.rude · do Su.J ., d·esembarcrudos
. obitos f<li . de 14,0, em 19.17, contra .
13,5, em 1916; a mortalidade geral do cm Santos, já em ·p),eno ·p eriodo de
ljlst",do elevou-se ·a 76.680, contra erllpção, outros vindo.s d"O Rio d.e Ja-
70 .289 '~m. 1916,verLHcando-se, por- neiro IQU qu·e aIli $:f! inf.ectal'rull. e um
"tarito,. um . augmoeruto
. - . . '

de 6.391 ohitos de Uberaba, que a'doeceu em Ribeirão


para 1917. Esta alteraçÍi>o. no entantt"J, Preto, um dia ap.6 s s ua I~hegada.
não foi notadare"iativamente" á Capital, Foi então o S.ervico Sanitari<r
onde faJJ.eceram no anno findo 7. 90S Obrigado a intensifica r a va·ccinação.


603-

e'fi tQld10 o Estado 1 bendo realisado dacidad,e, foram l'eaMs",doo com todo
82.688 vacdnações .e 111.799 revac· o >!lxito, .·endo ,e'iiJmdnadoo os grand~s
c'iIlJaçõ.e·s; e, para preveruir qIlJe G con· [6cos 'p'roximos das .partes mais po-
tagio do 'mal sle fize~"e pela NGroeste, voadas da OapLtal' e procu·ran,do com-
para ondoe .se d,esllOcava glrande maSlSla. ,bater os restantes, existentes nas P(>r·
d", população, t·eve ,de soiidtar ·a per_ dizels, Agua Branca e Lapa.
mwsão d'o Interventor. F1ederal no E<;- Para soccorrer' as zonas atacadas
tad'o de .Matto Grosso, ~fi.m (te v'acc;" peJo ,i,mpaludisLIDO,- '.,fortam d-estacadas
nar nas ·cidades dJe'Tres Lagôa,s e . . ..
varIas cOID1rnls'soes, que em!p'l'fehende ..
Camlpo Grande, n"'quene Estado, com ra.m, com exito, o ataque ao mal em
o intuito 'd!ep,r"venir \IJma erupção de Villa American,t, Nova Odessa, Santa
varíola naq·ueUas" lnca1idad'es, ·am c,o,n;s:- ,

Barbara, Montb MóI', Carioba, Usina,


tante ·cont,.cto com ü Estado de São
Esther e Cosmopolis. Os tnêbailhoõ.
Paulo. Tal inkiativa Ifoi muito 'bem re-
iniciados em ~A,briI do anno passado,
eebroa 'pelro. munici,palidades matto-
for,.m concluidos no ,.,spaço de nm
grossenses, e (). :inóSp'e.etor Ipara alrU
anno, nlantendo-se turmas para· <!ün-
d'est",cado ·pôde ·fazer vaecinaçãocm
serva, o que tem 'p.",rmittido a ~liml­
mas,sa I1Ja p,opulação dalquel:~a,s cida-
nação radicail da rmla.!~ria nas r~feri.
d6S. no que 10i ·e1ftcazmente auxiliado
das zo'nas. O Sel'viço Sanita rio orien-
jl€las ·autoridadl8S locae:s ie ;me-d~cos,
teu tam,bem varlÜ!s' t!l'aba.lhos -de pro-
adlH r.esidentés, em,Q'uanto 'Slerviço an!a~
phylaxia realisados em üiversas fazen-
}(),go er-a :ex,scutado POlI' outr.os lm~:pe­
dias do iuterior do Est!l!do >!l, por to-
ctOT'es nas local·idades vizinhas. do.s I da a 'part<e, s'e -com,prova,Dl_ IOIS magnifi ..
FAlt ..dJos do Rio ode Janl8>iro e Mina.s
' COIS' res'ultados da 'cajIDJpan"ha;e isto
Geraoo. I
i UUOl prazo menOT do que fôra previs-
. ·C(}mo alguns casos vÍfnd.os do Rio to, em' consequencia dos trabalhos te-
de Janeiro transmittÍram o mal a 4 riem :sido atacadols com la maxima in-
])'"s",oas não vaccinadas "Tesidentes tensidade, tendo °
E!stado -despendido
em 2 'bairros ,de densa população des- somma superior a 20 O contos e inicia-
ta capital, foram destacados 12 ins- do, deste modo, apropbylaxia rural
pectores para vaccinar e revaccinar a no Brasil.
população dos fócos. Tal serviço foi I

realisado intensamente durante dois i 'Com O Codigo Rura,l, votado em


mezes, com toda a dedicação por par- I fins ·elo anno -passado e que já está
te dós referidús funccionarios, que tendo larga app1ieação, pôde o Servi-
poderàm immunisar cerca de 6.000 ço Sanitario iniciar o combate a an-
kylostomose em varias zonas do Esta-
individ nos, que jamais havialn sido
do, com 'os n~,sulta,dos que era de se
vaccínados.
A febre typhoid.e ",ccusou um de .. esperar. Em No,""mbro, fÜ'i fundado
erescimeuto para todo o Estado, sen- o .prim.eitt"o posto na dd!ade de Iguape.
o-nde, 'simultaneamente, se fez a pro-
do qt"" no obituaJrio da Capit.al foi
observ,.da uma alteração de 31 ca~os phylaxia contr·a a malarÍa. Em Junho
j;ara ril,enos, :comlpar.ado -oom ·0 ",do an·· do corrente anno ·os trabalhos termi-
narão, eÜ'ln o ,s'an,eamlsnto de uma d:as
no de 1916. •

'O nUillIero' de v-ac:cinaç6es a.nti.- zonas filais insalubres de S. Paulo.


typ'hieas attingiu, em 1917, o uumero ·0 Codigo Rural peTmittiu a ap_
de 3.908. plitcação das- foss-a,s nas muitas ce-nt~­
Os .serviços de combatE> a(}S mos- nas de prediosque não poslsuiam es..
quitos qu·~ infestayam varios bairroQ;õ te 'IDlelhoramento, co.mp:le-mento i,m.
- -- .- ;-- - -

604

o )'&boratoa'Ío !>ara o!>reparo (la


-
çao. qu.inina será c-onstrui:do Il,OS terrenOIl
A "Fundação Rocket~l'ler ",
de'p ois do Il\'stltltto But antanonde, em tem.
'de in~1>ecciollar alguma<; localidades do po oP!>ol'tuno, o botanico daqualle
fn terior do Estado, delib<ITou fundar estaoelecimM1,to ser·á encarregado de
Um posto em Guarulhos, O ' qual jã se estudar o .p.l'8.0ntio da quina entre nós.
acha fllllllc'CÍonando. Em 'suas excur~ to-miando como . ·J.ThOIdel'o as gra ndes
sôes a'O interior; fo~ o pessoal da Fun- p'lantações reaH~adas no Oriente . Além
daçâo a.com,p anhado 1>OT uma autori- di&so ·s e ini:ciiam em brev~ o estudo
dade sanitaria, posta á ISUa. - disposi- das varias especies do genero "Cheno-
ção; e, !>ar., ·sé'(1e dos&eus trabalhos, pod'ium", que eXlistem no Bras.il, aofim
. roi c"d~da na Di"""toria Geral uma de s'erem l'saldoodas· plantações da-
8.,la com 'outras depentlencl"s couve- G,ueUa qu<p. ·mai-o r rendi'IIlento fie o}-eo
nientemeu'le mO'bHiadas, t endo, além :pl''Odu'lir, ~(Hn o fito ·d:e pod·el·nlo~ aqui
disso, o Serviço Sanitario 'facilitado. fabricar tão ilm·portante p·r-oducU.. . !lI}S·
por todos os méias .p.o'Ssiveis, a sua Hn1a-do ao cnmbate das veT·minos'es,
hu:manitaria aúção ent.re nós. procurando-se tambem, para o ll1f'smo
Em J ..o de Juonho foi estab"leci'do .fim-. estudar e "planta:r as especies dp.
I
Íjel'o ,SerViço Sau-itario ú·m 'Ü utro posto onde é extrnhido o thymol.
. d e combate á allkylosto.moSos na cida - 'Com a Cl>IlBtrucção da 1<,prosel'ia
(te d;e Trcm·e1.nhé, <d-enm·do se illaugll~ m:o-delo, a instaLlar-se na faz~Dda, de
I'a·rem ,a,inda este _ffi'e z llOV·08 po-stos, I Santo AnK"lo, estaçã.o de "uzano, se-
I
em Cosmopolis, em Santo Amaro, e rã.o· ini:ciados, dentro :rle al:guns meze.s ,
110 prox·i,mo ID'BoZ l!HÜS um outro, em os trabalhos de p'rophy,)axia da lepra
localidade a'inda nâo determinada . ·'.
no Estado, tendo o Congl'es"o, para.
P""a attsruder ã .pmphylax;a do . isto, votado u·m credtt.o d·e mH contos
lInpalud,iGmo. resolvi, a 21 doe Feve- i
e autor:sado o Gove·r no a eutT'a r em
,•
ref.ro do :eor rente anno, determin!).r 1 aecô-l 'do CQ.m a Sa.nt::t Ca-sa de Mis-erl- ·
:
'que fosse ill~t\otUi<lJ8 a qU.i niM do E<!- I
cordia,
,•

tado, 'estando lã em c01ll!trucção o la . Os estudos feitos ll(}S dão a e5_


I
boratori'O de sH nado á ~ma fabricação, ! p-evança 'd·e ficarmos cnm li·ma. instal- •
e e&!>8ranKlo o GoV'Srno 1'00"'-, no d(>- !I :ação, tanto quanto possivel, ' p<o>rfeita. -~
~
cur·so d.este =3Inno, -CO'lIl'2Çat' .3. prepara.r· : Em fins do anno prussado, de Qu- ,
--~
i --~
os p,rinc!,paes .saesde quintnJa. .i
tul>roo, N(}V'embro, sob a ·direoção do ,~
--.-
. -'
.A,;Ío;m ode com!>l.etar esta ,parte d~I Director do Instituto Baicteriologico, ~ •

lJl'ogr,amma, o GovernQ ' pro.6urou e"tu- I


Governo de São Paulo, sOIb requisição
dar varios veg"taes br"",Ueiros 'indica- I
·do do Pat'an>â, prO'Curou · auxiliar . °
dos como poosuidores 'do akaloide. In- combate á febre typhoid.e que a;ss·o!a-
felizmen,te p.o rém, todas a.s pesqu!ZM va a capital d'e.'!S·e Est3!do, Os ,rP.1!ulta. .',

•o
-.•
ness:e s·enNdo d.".,rum re.su~ta·p.o n"gat!- dos alijd obtid'o,s fOT·am verdade!ram·en-
\'0 , Entretaruto, COmo existe a .p ossl. te · b~Hhan>tes, ten,do " commi!lsão sa- ."-,
bflfdade de se encontrar quina nativa 'hido ·h·on..ar as tt1adi'ções de que gosa ,

em oortas zonas do B)'ael1, o Governo °
IlJOSSO Ins,tltuto Ba·cwr!()logl>co. •

pro,cur!Qu pesquizar o fundamento de Foi da;iLa á IpubUcl<lade a Phar-


tal ·f acto, solicibando do ·botanJ.co qu" ma-copé·a PauUsta, app-r-ova'd1a em Ma.'1o
a:eo.mpanlha a Oom'missão Rondou U".l ;~ d() 'anno ]lI8ISsado, dev<lndo em br,eV'8 se
·,.
l'erifilcaçã() "·in loco". e cujo 1'esultado reu-n ir a oomm'issão u lestinada a effp--
8'6 pod",~á ser ,conh.ecido dentro '<I.. etuar sua rev.1são, 3JfiJm de que, em
algun-s: m,ez.es. fins de 1919, po-S"sa ser org.a·nlsada a



- 605

segunda 'edição, que d,ev·erá eliminar grudo toda a sua melhor actividade na.
as lacunlas e d,eUcien-cié!ls nota'da.s na re:pre&sào 'd5Sse abuso, mas nâo pode-
pr·tme1r-a, pr,o'Curando-iS'e Imodel-al-a, no rá a sua acção surtIr O effeito colHma-
que fôr possivel, p,e1a obTa 'fiais im_ do, ·si outra. medidas complementares
l>ortante no gene!'o, que é a pharma- não IIhe Vi€í1'l€ilnem auxilio. .E assi:m.
co!,}éa norte-aJm~eoricana. 'é q·ue 'se faz s>enür a necesS'ida-de de
. AJfi,m de :SIQ-ccorrer varia.s zonas um en'te'nJdi'mento COlro o Go:v·erno F'e-
,lo inteTior, atacadas I)el'a malaria e deral, para se 'conseguir uma lei que
outr.3JS !e.nfermid.ad'6S, o Serviço Sani- pro-hiba, por mei:o de oneroso innposto,
ta-rio ·eu viou 3 O in,s'pe'ctores q Ul&, aléríl a importação de bagas de sabugueiro.
de aHender aOls' enfermos'. ef-fiectuaram cuja utHidad,e. só ,é conhecida para a
p,m al!gu-mas ,ltocalidad,e\S' !pesqlÜZas que falsificação de vInho!!'.
~ervirão .de bas1e papa ,futuros traba- Umla, ou.tra eon:s.equencia da gll'er-
!hos dia prop·hyJax,i1a. raé o Slurto de u-ma industria, que
O OodúgoQ Sandtar'io, decretado em já existia emIbryonaria e ago-ra se
fI d-~ Abril dà corrente -3Juno, já esttl ~p-resenta grandemlsnte desenvú'l vid,a,
::'fi'cont'IIando aIJiplicação, não <só nO --- a colheita de trapos.
(j u·e coneerne á pa;rte ruraJ, co-mo ain- Hr'arud.'e numer.Q d:e crianças e ·m·u-
,h na defooa do ID&tado cOIitra a llos- lheres a eUIa se -entrega, ,(':om grave.
:-:ivel ilnpol~t.a-ção -de el1eme.ntos inidese- damno para a sande pUlbUca; COfi \rém.
.lave·is, vindo's do ,aM,m, Iluar, 'e que pois. 'erradicaI-a, .}lago que cessem as

fi pres'entHm perig.o~s á 's-ande publica.


cond-içõ,e's anormlaes que a.travBss'amo+s.
A'ssim, as dua~ ul:Umas levas d'e im- Policia:mento Sa.nita1'1o Com a
n..,.igrantes j:apo-nez-es ro·r3!l1i ·cui'dados3.M N,f,oTma do S,erviço San,itarÍ'o furam
nl'.ente 'examinadas na Hos'pedaria d·e criada.s cinc.o Delegacias d,p' Baude na.
Ym.m,i.gração, antes d·e S8'1'e'111 destaca w
ca,pi.tal e seis no interior, ao m.es,mo
ri as paa"a as favsnda,s. que se d1estacarrum inspe:ctoroo p€rma.
A oboorvancia desta -lei Ja ..
per- nentes :para v,aria,g zo-nas do Kstado.
nüt.tiu V€iri'!:iJcar que as ulti1uas turmas 1 Talp'rovideneia veiu fi'elhora'l' COUIS-i ..
I
de ·col'Onos,. agOI'la Chegadas, ,sã.) CO,lll- d6rav,el~mente o poUcirumento d~,gcid,a­
posta:S ,de indivilduo'S em 'excell}ente 'es- des do inve,pior, fa.ciUtando o aperf·ei...
tado de. sa'Uld'e, pOf'lquallto as co·m.pi3,- çoanLento d'B sua,s -condições de saIuM
chias d's tT'ansp'orté têm tod,o o inte- bridade.
resse de e,vital', pela ,s'el'e:cção dos' pas-
HospitaJ {le Isolalnellto _. No Hos-
s-agN:ros .as deScpesas que lhesadvi-
pital do Isolamento foram tratados 936
l'ia·m d,a rejeição dos eI,ellUent.os 'enf-e,r-
enfermos, sahindo curados 78ú e fal-
mos. •
. lecendo 150, o que dá o coefficiente
Terminado o concurso, a que se-
de 15,3 %. Em todos os pavilhões
rito. Isu"b-lneH'iu(}s' OiS- m;edicos. p'I1eten-
executaram-se obras de reparação, e
derute.s iaos cargos da co'mmiesão con-
seria de toda a conyeniencia a cons-
tra o tr·a,cho:ma. s:&rá ini.ciada a pro-
phyiaxi,ade:s\te mal, qwe tanta devas- -
truccão' de um outro, destinado exclu-
t.ação ·causa entTe l1Iós. I sivamente ao tratamento dos doentes
IA guerra euro.p-é-a, di·vficultando a de diphteria, enfermidade que consti-
l'lllíPortaçã.o ·di8 qua.si tud:o, de::5€-·nvolveu tue um dos mais complexos problemas
a fals~fi'eaºão dOIs, produ-oto6 bronlato- sanitarias nos logares onde apparece.
logicO's, sobl'€ tudo a dos vinbo'S," que Desjnfectol'io (~eJlt..al -~ No Desin-
~lttirl1giu a u·m g'lrau jam,ais observado. fectorio Cent.ra.I edificou-se um novo
O Serviço Sanita'rio t,em emllr<;- "garage", para alliviar a eXiguidade de
606

11:1pl\.I}O que alli se notava. ANás o pre w


. Hygiene, filial de Butantan, em Pe-
lHo todo, construido ha 25 annos, pre- lotas, será inaugurado talvez ainda este
cisa ser remodelado e ampliado, afim mez.
de attender ás necessidades crescentes Em principios do anno, foi instal-
do serviço de hygiene desta Capital lado o "Horto Botanlco Oswaldo Cruz" ,
e do interior. destinado ao estudo de plantas medi-
Além disso, é imprescindivel dotal-o cinaes e venenosas. A Estação Bio-
com material de transporte de enfer- logica do Alto da Sena está novamente
mos, cuja escassez é evidente. entregue á Secretaria do Interior, a
. Instituto Bacteriologico A vacci- qual confiou sua direcção ao Instituto
de Butantan.
na anti-typhica, que o Instituto Bacte-
riologico prepara ha mais de quatro sõrotherapia intensifi-
annos, continúa a ter a melhor accel- , cou seus trabalhos, verificando que os
tação, tanto neste Estado, como em ou- sôros refinados e concentrados, que o
tros para que tem sido enviada por Instituto é o unico a preparar no paiz,
solicitação ·das respectivas auctoridades. são cada vez mais bem acceitos, não

Em Coritiba foi ella applicada em lar- só em São Paulo, como em outros


ga escala, com reaes vantagens para Estados. Foram preparados novos Sô-
ros, entre os quaes o anti-escol'pionico.
a debellação da ultima epidemia alli
reinante.
o hemostat1co e o anti-toxigravidico.
A nova secção de opotherapia, de-
Em 1917 foram distribuidos 38.791
pois de instaliados os machinismos gen -
cc. de vaccina, tendo sido immunizadas
tilmente cedidos pelo Ministerlo da Ma-
neste Estado 3. 9 O8 pessoas.
I"Ínha, começa a produzir largamente, o
Instituto SÔl'othel'apico Foi con- mesmo succedendo á destinada ao pre.
sideravel . O desenvolvimento que teve I paro de soluções medicamentosas, que
o Instituto Butantan durante o anno vão tendo a mais auspiciosa acceitação
findo, pela intensificação de seus tra- por parte do publico.
balhos e a criação de novos serviços, A fim de poder realizar certas pes-
entre os quaes avultam os de botanica quizas, o Instituto conseguiu entrar
e chlmica, os de opotherapia, os de em accôrdo com o director da Santa
soluções medicamentosas, afóra o pre- C?-sa de Mlsericordia, que lhe facultou
paro de novos .sõros e 'Va'Cclnas. a obtenção de uma enfermaria, onde,

Em 1917, vendeu o Instituto ..... sob a direcção imm ediata do dire'ctor
144:092$000, contra 53:001$000 em do Instttnto·, os seus assistentes reali-
1916. Além dessa venda, foram for- zam in·vestigações scientificas de todo

necidas gratuitamente ao Hospital do o interesse.

Isolamento productos no valor de ... Instituto Vaccillogenico - Passando


21:190$100 e aos fornecedores de ser- a funccionar como dependencia do Ins-
pentes, sOros na importancia de .... tituto Bacteriologico, .. ex-vi " do art .
25:552$500, elevando~se, portanto, a 52 do Codigo Sanita 1'10 vigente, encar-
renda bruta a 198:743$600.

regou-se o Instituto Vaccinogenico, du-
A municipalidade de Pelotas entrou rante o anno, dos trabalhos de cultura
·
em ""cordo com o Instituto para que e preparação da vaccina animal con-
este alli fundasse uma filial, onde, além tra a vario la, de maneira a attender
das pesquizas baeteriologicas com11lul\s, cabalmente ás nossas necessidades e ás
fossem preparadas as vaccinas contra de outros Estados que nos solicitaram
a variola e a raiva. O Instituto de esse meio .prophyla·ctko. ·0 ·fornecimen-
, , . _ .-.- . . . . ... ,',"",',
-',
"',,', . ..
607-

"to du r ante o anno foi de 838.840 tu- encontram 4 installadas em edificios


b os de. vaccina. . apropriados, funccionando a pri~lleira
no mesmo prédiO da Dlrectoria Geral.
Instituto Pastem' - Em 1917 tra-
As 6 do interior já estão funccio-
iara,m-se no Instituto Pasteur 1.382
nando devidamente apparelhadas, ten-
pessoas, sendo a porcentagem de mor..
do sido melhoradas as precarias ina-
·taJidade de .0-,14, media essa muito

lisongeira, porquanto a dos Institutos tallações das antiga's CommiBsões Sa-
.
congeneres oscilla de 0,41 a 0,77 %. nitarias de Campinas, Ribeirão Preto
Tendo sido de 91 O o numero de pes- , e Guaratlnguetá .

soas tratadas no Instituto em 1916 , I As secções de Estatistica Demogra-


parece imprescindivel dado o augmen- pho-Sanltaria, de Protecção
t.
á. Primei-
to de easos de raiva, que O serviço de ra Infanela e da Engenharia Sanitaria
,
matança de 'c ães vadios seja estendido funcciona ram com toda a regularidade,
tam bem ás fazendas, de onde procede realizando cabalmente os serviços a

a ma.ioria dos enfermos. que são destinadas.
Está em vias' de conclusão a re- f Assistencia a alienados
A somma
constru.cção completa do predlo do Ins- I
total dos doe ntes das div·ersas secções
tituto, na Avenida Paulista. attingiu à 1 . 477, durante o anno findo.
Destes , es tavam, no Hospício Central,
Labol'atol'io de Aualyses - Durante
704, sendo 353 homens e 351 mulhe-
'0 anno findo, a8 falsificaç ões de gene-
i'es e os restantes achavam-se distri-
1'08, droga.s e outros artigos de con-
I buidós pela primeira, segunda e ter~
sumo~ -attingiram a pr~por ções jamais
I ceira Colonias, pela Fazenda Cresciu-
.alca,nçadas e ,. m1áo g-rado o exigiu ma-
ma e suas dependencias, pela Fazenda
terial de que dispõe o Laboratorio de
Velha e [leia Assistencia Familia r .
Ana.ly,s"",,, pôde eUe realizar 693 pes- I'

qUi-z3S, conclu.indo
, , além disso, os es· Além dissp , nas cadeias do Estado
tudos referentes á fixação do typo do ! e no recolhimento das Perdizes eX lS-

l eite utilizado em São Paulo. !' tiam cerca de 1.000 insanos,


As obras do novo edificio foram , I
Para fazer cessar essa irregularida-
atacadas com intensidade .

Atrnox8:-rifado do Serviço Sanitario


I
de e de accôrdo com a vossa a uctorl-
I zação, proSeg Uenl COln vigor as obras
O Almoxarifado do Serviço Sani-
para a a mpliação do Hospi'Cio. Já está
concluido um pequeno pavilhão desti-
tario loi criado por acto recente da
nado a menores allormaes, que, d'óra
reforma sanltarla, em substituição ao
avante, não ficarão em promiscuidade
'Laboratorio Pharmaceutico do Estado.
com os adultos, Foi es te um melhora-
A fUDe-Ç-ã.O d e fornecedora de medica-
'mentos, que possuía a extincta repar-
I mento de grande importancia para o
Hospício, que assim se vae tornando
tlçã.o , ficou muito reduzida com a re-
um ins tituto completo. A 4.':>' Colonia,
forma . pois o Almoxarifado passará a
em COllstrucção, já tem condu ida a
fornecer apenas ás repartições do Ser-
casa da economia-casinha, dispensa.
·viço Sanitario e suas dependencias.
etc., e bem adeantados dois pavilhões
lJelegacias de Saúde As antigas para enfermarias. Actualmente, estão
Commissões' Sanitarias que trabalha- em andamento . os trabalhos de cons-
-ram no interior do Estado, fora.m subs- trucção da 4.3. e 5." Colonias e do au -
tituldas pelas Delegacias de Saúde. gmento de duas já existentes.
Das. 5 Delegacias da Capital já. se O estado sanita rio do Hospi cio roi
-608 -

bastante satisfactol'io. Como succede, Imperio AlIemão, foi o ultimo anno ex-
sempre, foi a tuberculose a molestia tremamente trabalhoso

para a Secre-
Intercorrente mais commum, determi- taria da Justiça e da Segurança Pu-
nando 32 obitos. Logo que seja pos- b'liea.
~ivel, será conveniente que se dote o De um lado, era mister exercer unla

estabelecimento de um pavilhão para severa vigilancia so:b re os .s ubditos da
molestias intercorrentes e contagiosas. nação inimiga, que, máis que quaes-
: As despesas com todas as secções quer outros, conservalU muito vivas
Importaram no total de 997:158$425; suas ligações com a mãe Patria e~
deduzida, nessa conta, a quantia de de outro, conter ou canalizar para -Uln
59:822$'600, que foi a renda do esta- elevado fim os movimentos oriundos
belecimento no anno lindo, a as- da justa exaltação do patriotismo na-
sistencia aos aliénados custou ao Es- cional.

tado 937: 335$925, O esplrito de disciplina e a cultura


do povo paulista muito facilitaram aO
Instituto de Medicina. Legal A
Poder Pl>blico manter a ordem neSses
concentração dos serviços medico-Ie- mezes de vida angustiosa .

gaes em· departame'llto proprio, bem Infelizmente, entretanto. acontecl-
. .
installado . e dotado dos fartos recur-
mentos de caracter muito grave se de-
sos technácos, que são em toda a parte senrolaram em julho do anno passado,
a razão do trlumpho e do progresso
• • nesta Ca pital e em algumas localida des
, de organizações congeneres, é 'aSsum-
do interior, motiva dos peja ag itação
pto que,. de longo tempo, vem . preoc-.
das classes operarias. entã-o em gréve .
. cupando o Governo e está a exigir uma
Esta tinha ' como principal
, origem a
providencia definitiva.
carestia da vida, phenomeno , aliás, no-
Com o inicio do ensino technico da tado por toda a parte, desde que se·
medicina legal na Faculdade de Me- desencadeou a pavorosa conflagração
dicina e Cirl1rgia, chegol1 o momento européa.
propiciO para enfrentar resoll1tamente Entretanto, em São Paulo. esse mo-
o problema, dando-lhe conveniente so- vimento, que a principiO se apresentava
lução, que seria, á semelhança do ql1e como I1ma simples reclamação sobre
.
se tem feito em outros paizes, a fun- salarios, foi indnstriosa e malevola-
dação de um Instituto Medico Legal, mente aproveitado por elementos ex-
destinado a realizar os trabalhos me- tranhos ás classes operarias, que dellas

dico-legaes da policia e o enSIno na se serviram para a expansão de idéas

Faculdade. dissolventes, tendenciosas e anarch icas.
PaTa esse fim, a criação do Instituto Entre esses elementos destacaram -se

Medico Legal, dispondo de salas e ap- velhos profissionaes da desordem, no-
parelhagem convenientes, para todos toriame nte conhecidos COTI10 taes. e um
os exames e estudos no vivo e no ca- grupo de anarchistas, elementos f ra n-
daver e de laboratorios para demona- camente pernIciosos, imbuidos todos de-

trações e peBquizas, é m edida aeonse- Idéas subversivas da sociedade e das


Ihavel, muito embora as angustiosas instituições que nos regem.
condições do momento não permittam A . Policia que, ao ' pronunciar -se o
obter de uma assentada obra 'completa. movimento, não vacillára em colIocar-
. .
Ordem Publica - Devido a multi- se -entre os interesses em choque. como
pIos faetores, ' entre os q uaes avultou elemento de mediação,amparando ' con-
o estado de guerra entre o Brasil e o comitantemente os direitos doe lIa tl'ões
- 609-

e dos operarias, e velando pela manu- os prQprios interesses publkos. que


tenção da ordem publica, chegou a muito teriam a perder com a paraly-
conseguir um razoavel accôrdo entre sação do trafego dessa estrada e com
as partes em dissídio, obtendo que os os entraves postos â producção nacio-
salarios fos~em augmentados numa pro- nal, precisamente quando -o Bl'asH ra-
porção que variou de 15 a 25 %. ~inhava, com decisão, na directriz que
Mas, quandó, attingido esse resul- o acto posterior da declaração da gu er-
tado. esper~va-se que a situação esti- ra a Allemanha veio remater, e. por..
vesse normalizada; eis que a grande tanto, quando nos preparavamod para.
massa de ope,r arios, trabalhada, já en- assumir perante os· nossos aUiados o
tão, pelas ·correntes anarclücas, entrou sagrado compromisso da nossa coadju-
a fazer exigencias descabidas e imposi- . vação, ao menos economica, para. a
ções de caracter revolucionario. conquista do ideal commum; não
Es~á no domínio pu<bHco a attitude
!lra possivel á Policia deixar de agi!"
que, então, o movimento assumi0: gru- com redobrada energ·ia. de modo a s ut-
pos de grevistas, amotinados, pratica- focar no nascedouro essa tentativa mal-
ram depredações, atacaram, a mão ar- sano E fel-o com eHeito, promovendo
mada, os agentes da auctoridade pu- a expul~ão de um grupo de aual'cbistas.
bHca. e até medicas e enofermeiros da dos mais perigosos, que eram a ca usa
Assistencla PoliciaI .que, no exercício
-
I
pro:x:ima desse estado de agitação la-
das suas [uncções, sahiam á rua. tente, e. contra os quaes havia, ema-
E' c'laro ique ao Ocwerno 'Cumpria nados do poder competente. no plen o
agir com energia; e elle assim o fez exercicio de um direito dos povos se-
na verdade e sem demasias, restabele- guros ~a sua soberania e zelosos do·
cendo-se dentro em pouco a ordem pu- seu futuro, decretos de expulsão, nos
blica e o movinlento normal desta ci- ter.mos das leis ·e m vigor.
dade .. Afortunadament€, o mais alto Tri-
Mais tarde, ' quando, com as melho- bunal da Republica, para o qual re-
rias obtidas, todos suppunham que as correram os patronos desses indeseja-
classes operarias, satisfeitas, volvessem veis·, · manteve o acto govern~mente.l,
ã sua vida ordinaria , teve a Policia negando-lhes o direito de propagarem
conhecimento seguro de que os mesmos a desorganização social e a implan ta-
elementos de desordem continuavam, ção h'an'ca da anarchia.
á socapa, a infiltrar, entre QlS opera- Essas medidas e a vigilaucia pe r ma-
- rios, por meio de uma propaganda in- nente. em que se vem mantendo e em
solita e impatl'iotica, a idéa de uma que ainda se ·conserva a Policia do Es-·
nova gréve . tado, evitando que. sob a égide da.s nos-

Desta vez, as vistas dos interessados sas leis, se formem e pos8-am Vlver
na perturbação da vida economica do ajuntamentos de allucillados S cOl'rí-
Estado dirigiram-se, conl Inaior insis- lhos de desordeiros, dão-nos a garan-
tencia, para o pessoal da Estrada de tia de que taes factos não se repro-
Ferro Ingleza,cuio tr",fego ·pretendiam duzirão facilmente.
interromper, damnificando ou destruin- Administração da Justiça O 'Iue

do o respectivo material. de mQÍ>S notavel se deu n€ste departa-


Deante de uma situação, que se de- mento [oi a grande cópia de eOllsull a8,
senhava assim tão séria para os Im- dirigidas quasi simultaneamente, ã. 8e-·
portantes Interesses particulares, con- cretaria da Justiça, por juizes de paz,
fiados á guarda das nossas leis, e para oftlclaes do registro civil e outras pes-

-610 -

quanto á duvida suscitada, de


iH'ljitl, lhe é devido, dadas a urgencia e a re-
l)ürtencer ou não privativamente ao )evancia da materla.
primeiro juiz de paz de cada districto Peço venia para insistir, ainda uma
a competencia para presidir o acto do vez, na necessidade, cada dia mai"
casamento. sensi-val, de dotarmos orrosso Estado
,

Attendendo á delicadeza da questão, com os seus Codigos de Processo Civil,


,por seus resultados quanto á validade Commercial e Criminal, facilltando-a e
de casamento, em face do art. 208 do e aperfeiçoando-se, assim, o apparelha-
Codigo Civil, a alludida Secretaria mento de nosso systema jndiciario.
apressou-se em responder de modo ca·
Assistencia Duran te o anno paB-
tegorico, fundada em anteriores decio
sado, os 80ccorros de urgencia da Aa-
sões. que continuava a reconhecer a
sistencia Policial attingiram a 8. 992
'com,peien,cia do prüneiifo juiz de paz
casos e os diversos curativos foram em.
para aquelle acto.
numero de 3,095, tendo havido assim,
-Mas, (jada a imprecisão, tanto da Jei em 1917, um accrescimo de 6 O4 oc-
n. 18 de 21 de novembro de 1891, correncias.
como do decreto U. 123 de 1.' de no-
vembro de 1892, sobre si tal compe- Gabinete Medico-Legal o Gabi-
tencia é privativa do primeiro juiz nete Medico-Legal continúa a preen-
·ou pôde ser reconhecida aos outros cher os seus fins de modo satiS'factorlO,
dois, em cada anno da respectiva ju- comquanto se recinta da installação de
dicaturá. parece de toda a conve- um laboratorio de microscopia e de
niencia, .necessario mesmo, que o Po .. um gabinete de radiologia, para que
der Legislativo resolva o momentoso ao perito não faltem, sob o ponto de
assumpto. conferindo ao priinejro juiz vista. medico e -cirur:gico, esses _po"defa-
de paz de cadadi1strieto a attribuição sos auxiliares do diagnostico pericial,
,
privativa de celebrar o casamento, l Uma vez adoptado pelo Congresso
funccionalldo no seu impedimento o i, o alvitre, que dei){ei suggerido. da cria·
substituto legal. Desse modo, não ha- ção do Instituto Medico-Legal, facil-
veria solução de continuidade- na praxe mente se sanariam então todas essas
até agora seg'uida sem interrupção, e
assim -se evitaria o perigo imminente
i
lacunas.
o nlovimento do Gabinete 110 allUO
"de se a.nllullarem muitos casamellltos passado foi de 1.490 exames e 1,769
realiz.ados rio corrente anno. verificações de - obitos,
-
Refornla Jndiciaria Não pudemos Gabinete de Investigações e Captura._
ter ainda, no correr de 1917, a refor- Os val:ios serviços a cargo do Ga-
ma judiciaria, que é uma justa aspira- binete de Investigações e Capturas fi-
ção da magistratUl'a: e do povo de São caram melhor adaptados no vasto pre-
Paulo, dio da rua Sete de Abril, 79-81, onde
A Camara dos Deputados, durante se installaram as suas secções e a 4. ~
:muitas sessões, discutiu brilhantemente delegacia auxiliar.
··eSS8 a.ssumpto, com o manifesto· em- A secção de investigações e captu-
penho de melhorar o nosso apparelho ra's tS'Ve um desenvolvimento 'Cons-ide-
judici~·rio. •
ra vel em seUIS ·varres •
ramos; -Ol'lgaulza ..
Votado o projecto, foi alie enviado ram-se 25,058 promptuarios de delin-
ao Senado, onde, com certeza, merecerá quentes e de intVestigações diversas
.da e-gregia Corporação o estudo que sobre cri'minosos e suspeito."S da. Capi-
611

tal e !lo interior, ou seja o duplo do Seria opportuno attenderdes a essa


anno de 1916. lacuna, sujeitando taes fundações a
Fizeram-se 1.508 capturas de réus fiscalização da auctoridade publica, a
accusados de varios delictos e que se semelhança do que já se faz em rela-
achavam hom!siados na Capital e no cão aos estabelecimentos particulares
interior deste e de outros Estados. de ensino.
O archivo do Gabiuete possue jã Casas de PenbOl'es e i\>Iont., de Soe-
uma collecção de 63.000 promptuarios corro Urge ·uma reforma na orga-
perfeitamente classificados. nização das ·oasas de penhores do Es-
tado, que ainda estão sob o regimen
P;&f,ronat.o dos liberados e eggressos
da velha legislação de 1860, bastante
das prisões Julgo opportuno alvi- • •
falha para as eX1g'enClas da actuall-
-trar-1JOS a criação do· Patronato dos
dade.
libera.dos e eggressos das prisões, a
·exemplo do que se fez no Districto Fe- Nos ultimos cinco anuos, só as ca-
sas de penhores da Capital empresta-
-dera!. onde, foi instituida essa huma-
nitaria providencia pelo decreto ... ram 12.600:000$000 e arrecadaram ju-
:8.223. de 22 de setembro de 1910. ros superiores a 4.000:000$000. !Além
-dessas, ·ha duas em S'anto's e uma em
O estabelecimento do regimen peni-
Ribei<rão Preto, cujo movimento não
-tencia rio no Estado, com o complemen-
constou -da syndica'l1'cia ,feita.
to de trabalho dos presos nas estradas
Esses algarismos bastan1, porém,
publica.s, r~quer a adopção dessa me-
para evidenciar a importancia das
·dida auxiliar para os detentos !que, por
transa'cçõe-s 'que esses estaibeleci,m-entos
suaB tondições physicas ou moraes. não
exploram.
se possa-nl e11 tregar á(l uelle trabalho.
Seria, pois, opportuno que se crIas-
E' de importancia fundanlentaI para
se o Monte de 80ccorro estadoal, a
o bom exilo do Patronato o tratamento exemplo do seu congenere federal, que
dispensado ao condemnado no cumpri-
o • já funcciona com optimos resultados
~menu..r da pena.
para o fisco e para o publico, pois as
Penso que a acção desse Patronato, suas taxas são bastante modicas.
"como obra de assistencia e de 'sanea-
Dessa fórma, o Estado teria ,uma
mento moral, não deve ficar a cargo
nova ,fomte de renda e o pU'blico um
do Governo; a funcção do Estado deve estabelecimento onde se supprisse de
·ser a de iu'creUlentar a iniciativa, fa- suas necessidades pecuniarias com a~
cilita]' os meios de manuten~ão desse garantias' legaes e premias modicos.
-lnstitl~to. reconheceI-o de utilidade pu-

1Jlica e auxiliaJ-o naquillo que estiver Gabinete de Identificação Apesar


~ao ,<::-e-n alcance.
da crescente procura das carta,s de iden-
tidade e de outros serviços extraor-
Jt ~!:i~:;:tp1lda Privada Ha no Es- dinarios, taes Icomo, a i-dentificação im-
·tado numerosas instituições de· assis- posta pelo estadc' de sitio e a de elei-
tencia privada destinadas a menores de tores, os trabalhos desta secção corre-
am bOE os sexos, institui~ões que, si ram normalmente.
-abonam e attestarn eloquentemente os No Registo Geral fizeram-se 7.193
nossos sentimentos altruisticos, se re- identificações e no Registo Civil (pro-
sent.e, todavia, da falta de acção fis- vas de identidade' a pessoas de boa
calizadora por parte dos pOderes pu- conducta) inscreveralu-se 29.305 pes-
lJlie05. I soas.
612 -

Esses nu meros attestam a. somma . de .. a sua capacidade; transferiu-se par!:.


trabalho· executado por esta secção, um amplo prédio da Avenida 1'ir&-
uma das que mais recommendam o dentes o quartel do 4.' Batalhão e en-

nosso apparelho policial. ceteram-se os serviços de adaptação do
prédio onde será localizado " Corpo
F01'ça Publica Sincera.mente pe~
Escola, ainda mal installado em de-'
. zaroso, cumpro o dever de trazer ao
pendencia do quartel do 1. " a.,talhão ..
vosso conhecimento a morte do coronel
Antonio Baptista da Luz, eommandante Com esses trabalhos, executados per--
geral da Força Publica do Estado, oe- sistentemente, não obstante as rl·iffi-
corrida nesta Capital no dia 25 do culdades do momento e a escassez das
,
lTIeZ proximo -findo. verbas. terão os corpos policiaes lns-
Soldado bravo e leal, cidadão digno tallações condignas e apropriadas aos
e prestímoso, ao extinclo devem o nos- seus fins.
so Estado e as suas tropas assigllala- Convencido semp.'e de qlie muito ha-·
dos serviços. O Governo, desejoso de v-eriam a lucrar o preparo e :.;"). effi -
prestar solemne homenagem ao seu ciencia da Força Publica com a .... olta.
dedicado auxiliar, tomou a si a rea· da Missão Franceza, que tão IJrilhante-
lização dos fune'raes. mente a instruíra. solicitei e ~)bti\" e a
Para substituil-o, nomeei, por decre- intervenção do Governo Federal junto
to de 27 do referido mez de junho, o do da Republica de França 'pa'ra Que
tenente coroneI Manoel Soares Neiva, fosse reconduzido ao menos o chefe da-
que até então commandava o Corpo de quella Missão, ficando para completar-
Bombeiros e que tem em seu abono se o seu pessoal depOis da term inação
uma longa e brilhante fé de officio, das hostilidades na Europa.
Correram na mais completa norma- Conl esse intuito, já se encontra en_·
lidade todos os serviços que se rela- tre nós o commalldante Loui~ Jusse-
.
donam co.m a nossa brilhante milicia. lain, brilhante official do Exercit o Fran-
Os soldados paulistas em todas as emer- cez. que mesmo aqui, servindo em an-
gencias em que tiveram dê intervir terior Missão, teve ensejo de rev~lal' ·
sempre procederam com a maior va- sua alta competencia..
lentia e correcção, A Força trabalha, }\hnoxarifado da ~Jnstie.a
instrue-se e cada vez torna-se mais di- ço a que se procedeu lIO
-Almoxarifado
-- O balan-

gna da conf-iança do Go ~Yerno e da da Secretaria da Justiça em -31 de·


gratidão popular. dezembro de 1917, demollstro ... que os
,
Pela ' ultima lei do . Congresso, que vaJores alliexistentes montavam á res-
a ttendeu a um reclamo inadiavel do peitavel somma de 4.712: '7ilO$7 48,
serviço publico, foram ampliados seus Não obstante as difficuldades da qua-
quadros, já na infantaria, já na ca- dra actual e o rapido augmento dos
valia ria. quadros da Força Pn.bli<)R, nÓtadamen •.
Isso obrigou
., a administração, que te do Regimento de Cava lia ria, a re-
muito se preoccupa com a vida e a partição tem conseguido attender prom-
commodidade dos soldados, a construir ptamente ãs respectivas illcumbencias.
novos áloiamentos e dependencias qU& A officina de k e pis e bonet., recen-
attendessem ao augniento dos effectl- temente installada, vae dando bons re-
vos. sultados, Pelos trabalhos que neUa são
Assim, 'foranl inieiada;s grandes obras executados, despendia o Estado com
no quartel de Cavallaria para dobrar particulares cerca de 70: 000$000 , •.lém.

613

de fornecer-lhes o material necessarlo; .. se um acampamento em Taipas para


emquanto que, no anuo passado, des· moradia provisoria dos trabalhadores.
pendeu apenas 16:938$400 em paga- Proseg uem, vagarosamente embora.
mentos ao respectivo pessoal o-p eraria . os trabalhos de construcção da nova
Devido á alta extraordinaria dos dit- Penitenciaria e o Governo continúa SE-

Cerent.es artigos e materiaes necessarios riamente empenhado em inaugurar, o
ás confecções do Almoxarifado, os for- mais breve possivel, uma parte desse
necimentos de tabella com tempo fixo importante estabelecimento.
de dura~âo po-r elle feitos attingil'am Nos .termos do Codigo Penal , art. 51
ao valor de 1.848:334$004, ultrapas- e á vista do disposto no art. 12 e § §
sando assim em mais de mil e ce,m da lei n. 1.406, de 26 de dezembro
contos a verba votada. e evidentemen- de 1913, coube-me a satisfacção de
te exigua. de 700: 000$000 . expedir o decreto n .. 2. 812, de 26 de
P,'lsões (lo J<Jsf.ad() A disciplina .iunho de 1917, que, pela primeira vez
.da. Penitenciaria manteve-se nOl.'mal nO em São Paulo, concedeu o livramento
decurso do anfiO, não se te ndo regis- condicional a' um sentenciado.
tado easo a.lgum d2 insubordinação ou Escola Agricola uLuiz de Queiroz"
ele fuga . I Funccionou regularmente a Escola
O estado sanital'io da casa, apesar Agricola Luiz de Queiroz, tendo-se
da sue, antiga construcção no" moldes completado o quadro do corpo doce~te
usados ha sessenta annos passados, foi ! com o preenchimento, por concurso~
sempre bom. I dos lagares vagos de professores ca-
As di ff~l'entes officinas pl'ofissionaes, thedraticos.

ul'timamente accrescidas com as sec- Matricularam-se 90 alumnos, sendo
côes de encadernação, de maI'cenaria e que, no c urso de revisão, um agrono-
de cOlchoal'ia, funccionaram com grau· mo formado pela EscoIa, a.fim de es"
de movinlento e prosperidade, verifi· pecializar-se em zoot€'Clhnia.
canda-se o augmellto notavel da'S 1"es" Te1:'minaram o 'Currso, e recebera m di-
.p ectivas rendas. E' assim que, si no plomas 24 alnmnoa, dos quaes 14 des-
. primeiro semestre de 1917 , as ofriei- te Estado, 3 de Matto Grosso, .3 de
'nas geraes produziram 6: 764$258, na Minas Geraes, 2 do Ceará, 1 do Acre
segundo elevou-se ess"a renda a .... . e 1 de Goyaz.
19 :6 70$500. Os sentenciados, por sua I Durante as férias de junho, reali-
·vez. tiYera~ os seus peculios augmen- zou-se uma excursão de estudos, tendo
tados para 12:826$600. no segundo se- os alumnos visitado, em companhia do
mestre, Quando no primeiro lhes havia respectivo professor cathedratlco, ' va-
tocado apenas a lmportancia de. . . . rias estabelecimentos agrlcolas e In-
9 '43 0$500. dustriaes.
Os serviços de estrada de rodagem Defesa Agrícola O serviço da de-
de São Paulo a Jundiahy proseguem fesa agricola a cargo da Directorla de
com a costumada actividade, estando Agricultura, teve de acudir á invasão
'nelIe empregados cerca de 120 presos, . dos gafanhotos e, mais recentemente,
dos quaes 80 sentenciados e 40 contrae coube-lhe attender ao combate contra
ventcres do art . 4 OO do Codigo Penal. novo inimigo dos algodoaes. A despeito
Para evitar um longo percurso dia- das precauções tomada a contra a sua

rio, que seria fatigante para eUes e entrada em São Paulo, a "lagarta ro-
·dispendioso pâra o Estado, organizou- l sada" aqui já teve accesso.
614 -

o serviço. de defesa agrÍCola, com - Exposições - A' terceira exposição-·


o concurso de um delegado do Minis- feira de fruetas, legumes, hortaliças,
teria da Agri'cu),tura, pôde verificar flôres e industrias derivadas, realiza-
a presença do insecto e adaptar as da na Capital Federal, a 28 de ja-
primeiras medidas para. limita.r as zo- neiro do anno passado, concorreram di--
nas infeccionadas, e contra el1e iniciar versos fructieultores deste Estado. A's
combate. exposições de cereaes realizadas a 3 O
A exemplo do que se faz em toda de maio no llucleo colonial de I: Nova-
a parte e para garantir os productores Odessa"; a 11 de junho, no uucleo de
de algodão, a Secretaria. da Agricul- Indayatuba e a 22 do mesmo mez,
tura tomou medidas de caracter ur- no nucleo 11 Gavião Peixoto" I conC01're-
gente, taes como a prohibição do li- ram muitos dos respectivos colonos. De
vre transito do algodão.· da ultima co- a"cõrdo ,com o docreto 11. 2,672. de
lheita, a ·fiscalizaçã.o das fabricas qne 4 de dezembro de 1915, foram confe-·
benel'iciam o producto e a desinfecção tidos diversos prenlios aos expositores,
cuidadosa, em Santos, da materia pri- consistentes numa prestação e1n dinhei--
ma importada pelos· industriaes. ro, por conta do valol' do reBpectivo-
Alélll dessas providencias, foi cria-
lote, e em machinas agricolás.
da uma com missão permanente com- A' exposição de milho, realizada. em'
• •
posta de techni·cos para o serviço de
I

I' Coritiba. a 12 de agosto, concorreram


fiscalização, estudo e propaganda, afim diversos lavradores deste Estado, sen-
de que a lavoura algodoeira fique ga- do conferidos. dois premias criados !leia..
rantida contra a propagação do para- Secretaria da Agricultura, aO$ dois.
sita. concorrentes paulistas qne melhores
Para garantir os productores contra productos exhibiram,
as possiveis fraudes nas vendas de se-
Distribuição de publicações Ú 3er-·
mentes, a Secretaria da Agricultura
viço de distribuição de publicações de
organizou um serviço de expurgo com
propaganda agricola e do Estado mau-·
o qual espera defender os agricultores .
teve-se bastante activo.
dos consideraveis prejuízos com que,
de outra fôrma, fatalmente seriam fe- 11.
Foram distribuidos 413.250 exem-
ridos, disseminando-se a praga por todo plares, sendo 360.150 no • Estado de
o Estado. I São Paulo; 40.100 em outros Estados;
e 13.000 no estrangeiro.·
Tendo como exemplo, para combater
O movimento da Bi,bliotheca, 8.CCU-
a lagarta rosada, o que se faz nos ou-
tros paizes e especialmente nos Esta- I sou a média mensal de 300 leito'res. O
numero de volumes attinge actualmeu-
dos Unidos da America do Norte, po-
te a 5.559.
deremos afastar dos nossos algodoaes
o perigo de que ella nos ameaça e ga- Instituto AgI'onomico Dllrante o'
rantir á lavoura algodoeira do Estado anuo de 1917, foi sempre cres'ceute o
o desenvolvimento que as circumstan- trabalho effectuado no Instituto Agro-
cias presentes lhe permittem. nomico do Estado.
A secção de distribuição de semen· Angmentaram as consultas, analyses
tes, distribuiu, gratuitamente, a lavra- e trabalhos têchnicos, sendo alguns
dores do Estado mais de 54 mil kl10s destes de muita
• •
actualidade, taes como
de sementes proprias para o plantio os de ensa.ios de pan51ficação·, póda dos·
de verão e inverno. cafeeiros e arvores fructiferas. cultll--
,

615 - • •

ras de cereaes, renovação das lavouras São Paulo. Os antigos esta-beleciuH'll"


velhas e melhoramento das pastagens. tos: Posto de Selecção do Gado Na-,
Serviço J<'lol'estal - O Horto Flores- ! cional, em Nova Odessa; Haras Pau--

tal -continuou' a fornecer mudas aos la- lista' e Fazenda de Criação do Amparo,
v'radores. Durante o anuo pa:ssado. dis- bem como varias estações de monta,
tribuiram-se 1.161.407 mudas, sendo funccionaram regularmente.
1. 098.826 de plantas ornamentaes e Proseguiu o serviço de levantamen to,
64.581 de plantas fructiferas. do censo agro-pecuario, tendo-se con-,
Os serviços da Estação Biologica do cluido o recen~eamento em 51 mUll i-
Alto da Serra estiveram a cargo do cipios, com 14.140 proprieta"iü3 ou
chefe do serviço Florestal até novem- criadores d-e animaes, pelo qua.l se
bro, quando foram trausferidos ao Ins- verificou a existencia de 1.218,854 ca-
tituto Sôrotheraplco. O Horto Tropical beças, sendo 560.221 bovideos, ' ...
i:
de Ubatuba, continuou a desenvolver 480.939 suinos, e o restante de "qui·
• •
a cultura do cacão, côco da Bahia, n.08, aSlnl·nos e muares, ovinos :E:- ca-·
baunilha e outras plantas tropicaes. prinos.
O reflorestamento da fazenda da
Producção Agricola e Indust.rial
Chapada não pôde proseguir com are·,
Estimulada pela grande procura de
gularidade de costume por deficiencia
generos alimenticios e pelas extr!1ordi~­
da . verba orçamentaria. Foi, €ntre-
narias cotaç.ões de varios productos. a
tanto, iniciada, por meio de guardas
nossa agricultura apresenta esplendi-
florestaes, a fiscalização das mattas da
- ' dos resultados no an'Ilo agricola ele
Cantareira, de propriedade do Estado.
1916-17, um dos melhores que tem
Industria Pastol'll Entre os ser- tido.
viços executados pela Directoria da In- A producção de café em 1 ~l'5-17
dustria Pastoril, no anno passado, me- foi de 39.751.580 arrobas, ou ,., ..
rece especial menção o realizado pela 9 . 937 . 895 saccas, proporcionadas por
secção veterinaria relativamente ã im... , 791.256.485 cafeeiros formados. fican·,
. ,

munização contra a "tristeza" (piTO- do inferior á de 1915-16, que attingiu


plasmose bovína). Dessa enfermidade, a 11.711.200 saccas, incluid<l o con-
ou mal de acclimação, resultava a enor- sumo interno. Daquella safra, entl'aram
me dilflfí"uldade da importação de 1'e- sómente 9.803.044 saccas em Santos,
productores, os .quaes succumbiam na figurando nestes algarismos 858.234
proporção de 70 a 80 %. Entretanto, saccas procedentes de Minas Geraes e
pelo 'Pro-cesso ensaiado, é licito esperar 58.905 do Estado do Paraná.
que o perigo da piroplasmose esteia
Pela Estrada de Ferro Central do
em grande parte conjurado.
Brasil, sahiram apenas 132.830 saco
A Directoria fez, durante o anno, a
cas, com destino ao mercado do Rio.
distri'buição aos criadores de 90.000
dóses de va:c-cina cO'ntra o car.bull'culo Favorecida !pelos altos I)re"os
symptomatico e 22.180 contra o pneu- actuaes, a ,colheita de algo'dão foI a
mo-enterite dos bezerros. maior dos ultimas quatro annos: ren-
Foram criados, no nlesmo período, deu 2.249.428 arrobas em 1916-17 cem-
como dependencias da Directoria de tra 1.632.635 arrobas em caroço no
Industria Pastoril, a Fazenda de Ba- anno precedente_ Ao preço medio -de
ruery,' destinada á criação de porcos, 11$750, pela arroba em caroço, a; co-
a Fazenda Campininha, tambem de lheita teve nm valor total de .... , , .
criação, e o novo Posto Zootechni'co de 26.430:779$000, soroma nun'Ca alcan-
..
.' , .-
--..
'- .-
',-'
.'
_.- 6Ió

ça-da em 1\ n:-;;() E~sta-do por esse pro- grande augmento s<Ybre a ,precedente.
dueto . E' de notar qu'e n{) anno fiondo iniciá-
.'\. . pl'Hd ut:ç:ã o de a1 godão em caroço mos a exportação deste cereal para o.
Uo :tllUO de 1916-17 equivale a .... paizes extrang'eiros.
1 I .122.426 kilos de algodão em rama. Restringindo e encarecendo a nossa
Como isto fosse insufficiente para 0- importação de' artigos mann1alltura-
trabalh{) em nossas fabricas de tecidos, dos, a guerra européa forçou a expan-
houve necessidade de importarmos .. são das nossas industrias. Não só a
14.245.740 kilos desse util textil dos pro'ducção industrial se ampliou par"
Estados do Norte, especialmente de Per· attender as exi,gencias dos .mercados
nambuco. -1)facü:maes, como nova's fabricas ~e
Da safra de fumo, embora soffresse fundaram, dedicando~se a llOV08 ramos
um tanto com a secca em alguns mu- de a,ctivida,de industrial. ainda não
nicipios da região da Estrada Central explorados entre nós.
elo BrasiL em 1916-17, apuraram-se De 1915 a 1917, c'riaram-se no Es-
"'
190.496 arrobas para todo o Estado tado 325 est.a-lJoelecimentos ind nstriaes.
eontra 158.270 arrobas em 1915-16. com nm capital de 14.087:624$000.
O volume da produ·cção de assucar Den,tre eUes ·se destacam 21 fa'bricas
não passou d'e 61,2. 924 s'accas em .... 1e calçados, com o callitalde 647 con-
1916·]7 011 pouco menos do qne ai ,tos; 7 de tecidos, com 295 contos; 5
615.951 saccas d,e 1915-16. Os 16 en- de ,ohapéos e ·bon,ets, oom 174 contos;
genhos Jornec-eram 541.644 saccas em 5 de lacticillios, COm 606 contos; 17
tres jactos. vendend·o-as por excel1en- de productos chimi,cos, com 429 cor..-
.
te. preços. Sem embar·go, para atten- tos; 14 fundiçõ'es de ferro e bronze,
der ao .consumo interno. import:!.mos com 656 contos; e 3 de 01e08 e lubri ..
dos 'EJstados do Norte 4,5.299 lünela- ficantes com 530 contos.
das desse arUgo. .A nossa principal indnstrla, a de te-
,1\ extensão das plantações, de par cidos de algodão, ad,quire um desenvol-
-com as favo-raveis condições climateri- vimento assombroso. Em 1915 as nossas
caa fizeram com q'ue a sa-fra de arroz fa.bricas· produziram 1.21 . 5.8,9 .728 me-
. se elevasse a 2.592.157 saCCas de cem tros de tecidos, valendo' 58.968 con-
litros, em casca, no anno agr!co'la de tos e em 1916 a metragem montou a
Un6-17, eIDIquanto qu,e em 1915-16 134.448.470 metr08,'com o valor de
não foi a-Mm de 1. 9~3. 989 saccas. 117.649 contos. Em 19'17 alcançaram
Esse' augmento, peJ'feitamen-te visivel o record elevando o numero de me-
nos transp{)rte.s ferroviarlos, teve 00- , tros a cerca de 191.200.000, cujo va-
mo consequ'encia uma exportaç:.ão lor subiu a 1,51.350 contos, o que se
mai,or: expedimos em 1917, pejo por- explica sobretudo p'eJos altos preços
to d'e Santos, 2,2.204 tonelada.. de determina'ílos• pela carestia da materia
arroz .beneficiado, só para as nações prima.

e.xtrang.elras. CODlmercio Internacional No anno
A colheita de feijão em 1916--17, passadO! o nosso commercio com os
toi avaliada ,em 2.589.540 saccas dp. paizes extrangeiros continuou a resen-

cem lítros fi-cando inferior á ante.ce- tir-"se fortemente das 'consequenclas


{le"te em virtude de haver ,sido preju- anórm·aes decorrent2s da guerra eu-
dicada pelas cJlluvas, frio e ,geadas, ropéa.· A iml'ortação, diminuindo de
A pro'dncção de milho ascenden a peso .. cresoe-u no valor, em v.irtude dos
• •
12.133.638saccas em 1916-17 com fretes maritimos exceSSIVOIS e maIS
-
- ' 617 -

de$pe~~" ' AE<xportação, opprimida pela to !i:sonjeil'(}s: a carne resiriada e .con_


di1lfl'Cuidade dos transportes e restl'i-

I gelada concorI'eu com 26.388 conlo"
<l!iões criadas nos mercados de 'Cfrnsu· em 1917, em vez de 15.716 em 1916 ;
mo 'Para o nosso principal prod ueto, (, feijão attinglu. a 21,230 contos,
decresceu princl.palmente no valor, contra 8. 8H contos no anno a'Dt~rior ;

. Nos ultim08 q:uatro annos, o com- e o arroz ,figurou com um valor de
mereio externo pelo porto de Santos 12,.26,2 contos, ao p6.sso Q'lIe em 1916
seguiu esta marcha, indicada pelos não ex<:edeu de 85 contos.
·.. alores das .mercadorias a bordo, e m <\. fa!'ta de transllortes maritimos,
contos . ,de réis, papel: qU'e se vem Rccentuando cada vez

Ann<>s ,Impo.'tação Ex·p ortação


.
1914 •• • • • 135.899.: 000 $000 352: 949: 000$0(1)
1915 , , • ,
• 156.886:000$000 465 , 212:000$000
1916 , , , • 215 ',572: 000$000 489,632:000$000
,

1917 , , , • 227.546:000$000 422 , 334:~00$00(1

'Coonvertido
: ,. .
O intercambioem libra> mais com a prolongação da guerra.
esterlinas, a. importação alcançou em consotitúe um dos prOblemas mais ur,

1917 a. 12,117.495
.
libras e a expor- gentes da actualidade. A reducção ti.l
t ação reRde'u 2'2,181. 225. Consequen- tonelagem disponivel para Os inwrcall'-
t-emente, o saldo a .favor do EIltado bios commerciaes. dete rmina'ndo a ai·
foi apenas de 10, 063 . 73 O libras eS' ta extraordinaria, dos fretes, concor-
.
terlinas, contra 13,395,000 no anno re para que os artigos ode importação
a.nterio.r , elOt1'al~geir a attinjalll preços quasi pro·
. . .
Mais con'COl'reu 'para o au-gmento htbitivos. , en.carecendo
.. a vida e ame 'l -
de 12 mil cO'ntos, papel ,na importa- cando. de paral,y"IO!!:'ão '· variall {",d,us-
.
ção de 1917 a classe das materlas trias .
p'rimas par'a as ' artes e industrias, por Por o·ut ro lado , a falta d e praç,
UlOtivo da forçada expansão de nossas .
- dis'p onivel para a exportação, l'edllz
lndustrias. .Em compensação, houve consideravelmente a sabida de gene-
uma diminuição na classe 'dos ' artil<o~ ros d e prDdu<:ção do paiz, esi>eCialmen-
,
doestinad-os a aJimentação, como o tri- te o café, determinando aqueda do
go em grão , os vinhos, o bacalhão, as seu valor.
,

bátatas, o azeite doce, etc. Reduziu-


To~na-s e,pois . necessario que O~
se tambem a quantidade de trilhos, cal"
• poderes pu·bli<:os en'frentem · a questao
vão · e 4imento importados, chegando
dos t,ranSpoDtes maritimos com resolu-
á.s ,quan:ti.dades minimas observadas -
çao e ""e r,g la, .
desde 191\4
,
.. O nosso Estado lá d·eu um passo
.
:Ao éxportação si>f~reu uma redu<:ção nesse sentido com a decretação da
de 67 mil ',iontos, por motivo da sa- recente lei do Congre~o, <loncedendo
hlda do caté .,ão ter excedid-o de , . . favores á :co-nstituiç§..o· de uma e mpre-
7,8,45,088; <',\lecas."
. , 336 , 7,íl3
vaJe'll.o za de navegtlçã6 destinada a assegu-
", .
c ontos no anno de 1917, contra , ' . rar o 'tr",Cego marttimo entre Santo8 e
9 .. 904'3 .158 saccas, no valor de ."" os m;ercados conS'Umidores dos nOSS08
4 5 6 . 749 , em 1916. Outros produet09, produ'cIOS, Mas essa . lei ainda é lnsuf-
I'orém, apJl6receram eDm valor~. muI- fi'cient e pa.ra atUngi"r n' 'd~ si d e r a tum.
618 -

Outras mooldilB se tornam indispen· I facto rio o movimento da immigração-


I
saveis, as Iquaes sem 9uvida não dei·' I no "nno passa·do. 00 Governo não tem
xarão' de merecer {) estudo do· Con' descurado esse pro-blema, que tão de

greBso e -dosrepresentan.tes da Nação perto interessa ao desenvolvimento da.
nas Camara. J"ederaes. producção paufista.
Terras devolutas Os serviços d .. Entretanto, a sua solu.ção vai - se-
discriminação de terras devolutas pro- tornando cada dia mai" d>fficil e exi-
seguiram cQm a actividade permitti- gindo novos e mais a yu1tados
. saerI!I-
.
da pela limitada ver'ba orç3lmeutari ... cios.
que . lhes .tem sido' concedida nas Em vista da r"educção "da tonelagenl
actuaes condições finan'ceiras. maritima que se destina "O porto de
Os' tralbalhoe 'estiveram eoncentra- Santos, procedente do e",trangeiro, a
dos nas comarcas da Capital, Santos, praça disponivel Inos na.y.ios tem sido
Ig'Ilape, Santa Cruz do Rio Pardo 8 applica;da de preferencia, porque é
Camp{)S Novos do Paranapa;nema. mais remuneradora, no transporte de·
.
Continuaram as dilt1ficuldades, já re- merJcadorias, elevando-se, portan.to, con-
feridas em mensagens anteriores, para sideravelmente o preço do transporte
a boa execução do serviço. As ques- de passageiros.
tôes ·com os oc.cupantes illegitimüs das {No eorrente anno, devido. á eÍrculns a

terras vão sempr-e tornando '. a a·cção tancia apontada, cresceram as diffi-
dos encarregodos da discriminação culdades para a introdu'Cção de im..
muito complexa e ilnsegura ... migrantes', que são'solieiJtado. pela la"
Torna-se, pois, necessaria Q tnter . . voura, não só calfeeira mas tam,bem
v~nção do P(}der ,Legislativo para a re- para o desenvolvimento da producção
or.ga'niza-ção do 6·erviço sob moldes de cerOOes.
mais ",t'ficientes, seja de conformi·da- .o Governo, dentro dos recursos de
de com o plrun'o que o Governo lhe sub- que dispõe, auctórizou, para o -eo1'-
mebteu em' uma das ultimas sessões rente anno o augmento de 5,000 pa-
legislativas, ou como em sua alta aa- ra 9.000 no numero dos immigrantes

bedoria melhor lhe par8C<lr. japonezoes, .concedendo um accrescimo
no preço fixado pelas l'assagens,
bnrnigI'ação Durante o anno de
1917, entrararm no Estado 'de ,São Paulo IA situação, - porém, indica qUF!. a.
26.776 immigrantes, dos quaes 22.995 continuar a deficieilcia de meios de·
desembarcaram em Santos e 3.781 tralJlsportes nm'Ús e ,1l1'aiores sa'CrHi-
vi'eram por estrada de ferro'. cios deverá o arar.io fazer. a-fim «!le-
tO nu'mero ·de passageiros de 3.:\ que se possa "incrementar, como 'ê mis-
ter, a íntrodu(lj)ão de braços para ..
classe, SQ.hidÓs por santos, considera~ <.
lavoura.
dos emigrantes, foi, no mesmo perio-
do, de 9.397, l'esnHando dahi O saldo OoIonização - Existem actualmente.
de 17.379 ·no m<>vimento migratorio ainda não' emancipados, 9· nUi!leos co-
do anno. loniaes. Esses lllU'eleos oCCupam um ..

A immigração esp(}ntanoo foi 'quasi area d'e 54.666 hectares, divididos em
nnHa. Quanto á subsidiada, só em 2.15·8 -lotes rure.es, 1.51{ urbanos &
1912 e 1913 , no ultimo decennio, ex· 71 su'bur,banos. D<>s 2.158 lotes rurae••
cedeu eUa a de 1917. estão o~upadoJs 2.066.
,Attendendo-se ás circumstancias qUI! iPóde-se, pOi.'<, affirmar que os nu-
atravessamos, pode":se considerar sa.tis· cleos . coJoniaes ot'!fi.ciaes .- a.cham-s6:


,,-~""'''''' ," "

• -619-

quasi ínteiram,éntf'c povoa'd os e· preste~ Da Capital para o in~rior, por in-


n. se ~mancL"par. termedlo da Agencia Offlcial de CoI-
,A população dos 9 nucle.os é de ... locaçào, sahiram collocada9 6.744 pel-
J. 6.3,33 ,habitantes, principalmente soas, subindo, pois, a 44.893 o nume-
eonstitui<'la por n"",iona,;s. A instruc- ro. de pessoas que o'b Uveram pa.",sa-
,
ção primaria é distri'buida por 34 es- I gem naqu,ella Agencia para o interior,
colas, sendo a população escolar de durante os cinco .ultimos annos.
4 . 444 , dando a media de 130 alumnos
por escola. Durante o anno ' findo, fo -
1
'
,
Patronato A gricola
.
o Patronato
· Agricola continúa .a prestar serviços '"
ram criadas mais 5 escolas, superill-
tendidas pelo Patronato Agricola. ,i lavoura. do 'Estado, não 'só na ' sua see-
ção judiciaria, como em sua se'cção as-
E' notavel a prosperidade dos nu- .
colar. Foi sempre apréciavoel. e
eleos. 00 numeno die pr.edi·os; l'Ilrae!
I maior parte 'das vezes, de cisiva, a in-
existentes é de 2.4,89, no valor de I
I tervenção do Patronato nas deslu~1l1-
2.14'9,,86'5$000, e o d e· predio6 llrba .. I genei"'s· havid",S: entre fazendiei·ros ..
n os é de 389, no valor de 962: 700$.
\ opera rios agricolas. Quer nOS C3;SOS de
A produeção industrial e agrieola, DO
atraZ<] geral ou parcial de pagamento ...
anno . ftndo, foi calculada na quantia
quer em outros, a 'Voz conciliadora e
de 4.188:378$000,. predominando o·
, amigaveJ do ·Patronato foi selIlpre ou-
miI:ho entre os productos ,da lavoura I vida com vantagens para os interessa-
,E sses dados l'atenteiam qUe a ac-
cão oflf'cial, quando bem orientada, dá
I,• dos. Teve de intervir durante o anno
bons frueto>! no povoamento do solo
i de 1917 em 428 autos. As qua.ntiae

reclamadas pelos colonos montaram ,
por melo ae nu cleos c()loniaes_ As
avultada somma de 186: 462$706. ()
condições tinanlCeiras não têm, no"
I Patr()nato reoebeou e pagou aOs recla-
,'é m , lJermittldo qoue sejam fundados
mantes 142:893$617. A 'differenoa ex-
novos nucleos, rcomo fôra m 'ister, .pari:l
plica-se por pagamentos efrectuadoa
o fomento da producção dos <)el'eaes e ,
direetamente 1>&101. fazendeiro. e por
esta\bilização d os colonos, Q·ue se vã ,i
varios processos .quP. passaram para Q
r etirando das fazendas. á. proporção '
que constituem peculio. i, ,mno de . 1918.
E ' facto hoje provado e reconhecido
:•
por todos que a acção social e patrlo-
lho A1ém ' dos serviços usuaes de i tica <l o Patronato tem augme ntado
in,formações, a cargo do D-epartam·en- ! constantemente, não s ~ suavizando e
to Estadoal do Trabalho, registrou él- I melhorando os n {).$OOS costumes, oomo
le durante o a'llno de 1917, 1.602 ac- aiuda, e principalmente, afastalldo dM
cidàntes, sómente no ,m unicipio da Ca- con.-ulad·os as reolamaçõ6S dos colo.
pital. nos, multas vezes infundadas, •
ma.
Es t".. elevado algarismo ve m demons- sempre bÔa.s para o descredito, deseja- .
trar a urgenc'ia da votação de uma lei I do por muitos, na campanha <lOntra
que a.mpa"" efficazmente os trabalha- o Brasil e o Esta<lo de .são Pa.ulo .
dores contra taes infortuni09; . e, nesse Na secção eseoJar o Patronato con-
..sentido, telIhse empenhado esforçada- tinuou a esforçar-se pelo deaenvolvl-
mente o 'Governo do Estado, ·p erante m·ento da ins trucção prima'r ia noa cen-
a representação
.
pau·l ista no Congres- tr09 agrlcoIa. e rura6S. As 70 escol...
so ' Federal, onde pende de discussão estão .b.ean loealizadas, e funccionant m,
um projecto sob·re o ll>ssumpto, ..labo- em qUll>sl sua totaUdade, durante o

ra·do por este mesmo Departamento_ anno. C&m a nomeação de al·guIl1.UJ
, ,
,
" ' ..
' " "",

620 -
, ,
nor,malistas, o serviço melhorou consi - I gamento d'e Salto .Grande a r'orto Ti '
deravelmente, porque eBas 'mefhodiza- I blrlçá~ que" em , 31 de dezembro de
'" ,
ram o enBmo e aconlieÍhàram as pro' I 1917, haviam ..
attlngido
" .,
,", ,:-
ao kHometro
.
teseoras
..
leigas no desempenlLo
, '
das 306, seud'o entregue ao trafego publi-
suas 'obrigaçoos, As escolas
,
do Patro- co o trecho
' ,
ent". Bartyra e Indiana,
, '

nato são ,b em frequentadas P. têm m e ' com a extensão de 40.264 kilometros,


~ecldo dos fazendeiros ' o melhor apoio , I ,

I TOlnada: de · Contas Continllal'am


No .... findo I com regularidade os trebalhos refe-
, Estradas de Ferro - Il(),

houve o accrescimo de 9,5,460 kilom<>-


,

I
rentes á tomada de contas á )!l, F. So'
, tros na viação fer,,,~ do ,E stado, "Ie - i rocabana.
vando-se assim a 6,5,6 2,116 kilome- Tendo vista as conveniendas
tr09 a cifra do desenvolvimento da rê- d,esse serviço e ,do da organização da
de .ferrovlaria em trafego, em 31 ,de estatistica da viação ferrea do Estado,
>d.ezenl'bro dwqueHe annÇ) , ~ndo _, . foi, pela lei u . 1.590-B, de 27 de, de-
• ,'34,631 kilometros pertencentes , a zem)bro · .de 1917. criada, na Dil'ectona
empr,6'~as p&l'ticulares, 26, 000 ao mu- de Vlaç'ã o, uma secção especialmente
, niciplode Pi'raiú, 1. 746,985 ao Esta- incumbid'a d.elles; e o decreto n.
do e 354,600 á União, 2.929, de 28 de maio d'e.ste anno, alte-
A receita " a d<l<lIJ<)';a das estradas rou, de accordo <:om a citada l&i. a 'S

de terra em trafego no anno ,referida, dispOSições qil'e 'regulavam o primeiro.


,

com excepção das de Jabotlcabal, Pe- lliuminação Publica. - Desde mea·


,
flls- Pirapora, Lorena, , á Fabrica de 40s do ,anno passado vin4a-se verifi-
Polvora sem fumaça, Oentra,l do Bra- cando a quéda do .p oder iHumiuativo,
sil, Mina's e Ri'o e Tramway de São -
do gaz 'distribuído pela "São Paulo
Vicente, das' quaes não se obtiveram Ga s Compan:r".
, , '

dados até á elaboração da pr,e sente Companhia, arguida a r'as'p eito,


A
- dl:ensagem. foram, s~g~nd"Q !Cpmm·u nl-
I prevalece,u ,se da oppOTtunida<1e para
cação ,das mesmas, de ' .. ,...... . ' . I
apresentar varia9 propoostas n'o seuti-
' 118.242:192$374 para a receita ,de , do de ser alterado o preço do gaz, aI-
con'uncto, e de 72.537:,711$9H p'ara I legando que se Inte.rl'ompêra,sem pro-
a desp'esa, tendo-se ' verificado" assiul, babUidade de "errestabelecido, o ror-
o ,s ald,o d,e 45.704: 479$430. nec!mento de carvão de pedra por
~ P.ela lei n. 1572-B , de 11 de de-
, parte do unico mercado que o estava
,

zembro de 1917, ficou o Governo a1l- fazendo ; o dos Estados Unidos da


, ,

etóriza·d o a contractar, mediante pl'Ívi- America do Norte; que consideravel·


I-e-gio de zona e outros fav·o-re.s, a eons- i mente augmentaram as d<mpesas de
trucção, uso." gOJlO, pêlo praz.o de 40 I
exploração, maiores do que as receitas
annos, de uma efltrada de terro 'deno- desde'maio de 1917; e que soe julgava
mitiada "Norte-Snl de, S ~ ' Paulo~, que , com direito, baseada em clausulas ex-
,
,partindo do porto maTitlmo da cidade pressas do oontracto, a elevar o preço
,

d~ Igtiape, vá termi,nar no' porto '!lu- do gaz para lHumluação e aquecimen-


yia] li Antonio Prado", no rio .G rande, to.
, ' , '

divise. do Estado de Minas, e de um A maioria d,a com·miasão -. uQ:m-eada


ramal que, partindo do tronco da mes- pet"c~ : Góvern~ pa ra E·stu.dar o' aSSUITll-
, "

ma estrada de ferro, vá terminar na ' .pto 'con~luiu pe'la fa'bri'cação de j(6.Z


cidade de Xfrlrica. mixto de agua ' .. hulha, com o teõr
,

Prooeguem os trabalhos do prolon- mt\lximo "d'e 25 % d.e ' oxido de carbon o,


621 -

solu~ão essa q-ue o Governo, louvan- rafi e s'e ampliaram as concessões dai
do-se no voto ·dliverg~me do rElll'I'e- linhas da Companllflt Rêde TeJ."phoni-
se'l1tantedo Serviço Sanitario Ila allu- ca. Bragantiua. pe'rmHtindo a livre li-
dida oomm.!ssão, ·res<>lveu não aceeltar. gação entre 184 municipios do Estado.
mailt-endü o teôr de 10 % de oxido dit
carbono, -conforme fôra resolvi,doe-m Na,vegaçilo Fluvial e Mal'itim~ _.
1916, e de accordo tambem com o pa- Oe serviços de navegação fluvial na
recer daqueIla repartição. Antes fôra ba-cia d() Ribeira " o de 'lanchas ..
auctorizado o pagamento' de 874 lam- gazolina entre '3'antos e· Berti-oga. con-
peõeS' d'e' gaz na's ruas já ilIuminadas tinuaram a se·r feitos nos termos dos
porelectTiddade, medida essa que foi contracto-so assigll'wdo~ com o E~tado

posta immediatamente· em pratica e pela Campanhia de Navegação Fluvial
da qual resultou uma pequ'ena eco- Sul Paulista e pela firma Affoonso P.or-

nomi'a no consumo do carvão com' qU& chat de Assis & Cia .


a Comp4nhia fabrica o gaz.
Proseguiram durante o anno p'l'oxl-
A Companhia foi ainda auctorizada
mo findo as obras de melhoramentos
a substituir toda a restante ilIumina- do rio Tieté. iniciadas 'em 1913, utill-
ção .publica por illumiuação eIectl'ic'a, zando·-se para esSe fim da pequena
mediante lnstaIlaçã,o que Se lhe, facul- verba orçamentarla que o Congresso
tou fazer de a.c-cordn com os recursos do Estad'o vem votand() desde então
da occulão. e já se ,tendo o:btido se'nsiveiB tllBl'ho-
A respeito da alleg·ação de haver·em ra'mentos nas condições de navegabl-
cessado as ,entradas d'e carvão' de pe- lidadé daquelle rio.
dra,o Governo ouviu desde logo o
Ministro da Viação e -Obras 'Publica". Carta Geral do Estado Cont!-
que declarou nã~ poslSuir elementos núam os trwbalhÜls de triangulação na
para julgar com I'legureu~a da proce- z·ana de Barretos e os de cad<wtro ge·
dencia. ·ou não da mesma, sendo que, ral do IEstado, os Iquaes abrang'eram
por Intermedio do Ministerio das Re- os municipios de Ribeirão PNltO, Ja-
lações Exteriores, procurava ha mui- boticabal. Taquaritinga. Araraquara "
to obter facilidades, por parte da In· SallesopoUs. Ultimwdas a'", plantas cor-
·
glaterra e dos Estad()s Unidos. no sen- respondentes â carta do !ittoral suJ~
tido da importação de carvão paTa a de ,Santos á f·ronteira d,o Estado do
'Companhia de Gaz. Paraná, foram eUas ent...egues á im-
Após as aIlegações da C~mpanhia, pressão.
eUa recebeu apenas 5 ó 718 tanelad'at! A secção geologica completou varias
de carvão, stock es.fle, que não s-endo observações encetadas no anno ante-

augmentado, ·dará apenas para " fa- dor para a confecção do respectivo
bricação, sem alte.ração do typo aetual mappa. comprehendendo as zonas en-
de gaz. ·até 6 de agosto

proximc;> fu- tre a vlsinhança de Aterradinho e La-

•·
turo. l'anjal, 'deste ponto a Limeira. desta a
,.
Serviço Telephonioo Durante o R.io Claro. São Pedro e Piracicaba. de

anno de 1917, foram feitas duas con- modo que foram preenchidos os cla-
cessões. de liruhas telep'honicas no re ros Ique existiam nessa região.
gim,m da lei n. 11, de 28 de outubro Ficaram discriminadas as' camadas
.
. de 1891. sendo uma a con'stante do . glacial. série Tatllhy. série. Carumba-
·
decreto n. 2870. de 4 de dezembro taby, grez de Piramboia e grez de Bo-
daqueHe anno, pelo qual s'e unifica- tueatú.


. . ... .

624 -
.
"ccõrdo .c om a liquidação ia feita. lOOa- - j,mportaneia, O" relativos ao' ~ru!,o . , ,"-
lisada ~sá acquisiçãn, 'por oscrip.tur·a colar de iPoo.erneÚ'll.s, · ao GYlI\nasio d...
. ;: " ' -;
\lubli<:a de 9 de Março docorrerute aU- Ribeirão Preto,
. á cadeia de Cravinho8 . " .'
.' .
..
no, O ·Gov.erno, ai-n:da. 100Im. animo ( ·0.& á.s estações 'de JIIl<mta de ltaP'ltlnlnga
cUiatorio, convidou a .1 City of Santos I. o Botucatli e ·á s navas arclÜ6a.ncadas-
'" vir ·receber, a titulo ,g·ra;tu!.to, ,pel,o do HLppoo·romo. Paulistano . Eiltaa
.' .
..
ul-
, . -'

l'I'az.o u-o 's eu cont'racto de 18 n, o USO_ ti.m... estão sendo ·re<con&trui,il\s


. - .- , . 'e m
fructo das terras e ,m anan' ' C.laes e.xLH-
. execução do cont1'aeto fil'mado <lom (}.
• ~ -.

t.entes no referido sitio e ruecessarios ao .rockey C1l1b, qne ~deu aq'llAlle 111'0-
abasteeini.enlo -de a,g ua, e a a:cceitar prio para n'eUe ser mantido o Post·c·
plena e geral .qultação das indemnisa- Zooteehni.co de ,São Paulo.
·
c,ões e restituição de rendimentos, a Continua a ser feito r'egularruen-
qu;:, fôra 'Condemn.. da e de que se tor- te o serviço de conservaçfí.o das es-
nára -concesslonarlo o Estado, m'e-dian- t.rad..s d·e rodagem a cargo do Est e< ..
te asolbrigações q ua já acima deixei do . Jã foi eniTegu.e 110 transito vu-
expostas. blico a estrada de roda.gem de. Boltti-
· .
Não tendo a '''Clty of Santos" q ue- ya a Porto Fello:. 'mandaej'a c<lnstrull'

rido aOJluir ao 'aClcôNlo, e. ao contra- em r·Mão das. ,p essimas condiç.õ ee da
· ••
rio, . tenJdo apreseu.tado exlgencias até antiga, .qu'e era 13, 'lloi-ca existent~ para
.
enUo' d1!ll<lOn'h ecidas. não co.n vinha ao o serviço de Importação e .de eX'porta-·

Estado por mais tempo "",:rutinuar nes- Cão desse ·m'1l.n icipio.
sa situação; 1'E!10 que, ·n o Interesse do As obras de re-st •. uração UIl-,.."E<l-
ThesouTo e da ·pOlPu:lação I;"-ntista, de- tra da Vergue'ro" acham-se bastante
vidamente auetol'lsado pelO!- lei n. 1590-A adiantada's , 'proceàendo....sie ~g(}ra a

citada ·e pelos arts. ~8 e 21 do eoutra-

obras de protecção dos trechos ll<'rlgo-
eto ide 24 de Maio de 1897, resolveu. cos na 'descida d·a .se"ra do -Mar., .
.
por decretoiie n. 2935, d·e 25 do mez j Acham-"6 concluidas as ilonstruc-
rue Juuho findo, el',eampar o serviço . e çãe. ruraes 'na Fazenda Modelo de
abastecimento de agua . .para entregaI-o, Baruery, e o novo edifi-cio' 'da Escola
mal.. tard'e •.ã, Commissão 'd e San~men_ Normal ~e Pi'r a'ssunnnga aguarda,. pa- •
_to, que ' já ~m a 0011 cargo a Têde 1I-~ ra ser Inaugurado, a con·clusão da'5
eigohos da mesma cidade. obTas ,eom.p leomentares indispensavels. .~
'.'

. Na liquidação que 'Se tirer do ea- ao 'Seu :funccionamento. l


... . . í
pital .,f·feetivamente ellllpregado nas A conUa,gra- "
obraS deV'ea'á ser deduzida, <fa 1l0mma
Rendas Publicas . 1•"
ção européa, que ha .q uasi quatro' aD- ,•
-devMa ã u'cny .of Santos", a q'uantia ;
DO S vem pertu"bando a vida dos povos
de ' 1. 250 :000$000, ·correspondente á.s e o intercam~bio m und.ial, ,não enli,b iou

Indemnl,sa,ções ' e' restituições a que foi a aictivi-dade laboriosa e' progressista
condam,nada e em ,que está o Estado · .
dos ha:bitân:tes de São ,Paulo.
subrogado,.
Apesar ·da ·escassez .cr·e"cente ' '!IOf!
OP1lortunament1l Joeva'rBi ao vosso !JIelos de t'ransportes 'e do fechamento
- .i ' · -
couhecinl·ento "e ·sttjeitwrei- ao vooso"re- de tm..portantesmercaodo de eons.1iJm'O
ferendum t(:Ydos 'OS ' lJiO'toS relaICloli!ados
1J
, .. ~, . -'

. dos nosSO<; productos, 'no exerelC10 pas_ •

·- COID"-O·. áSosum.p to . .
sado ' ·tol grande ó {iesenvolvlmento"{!ae
,;' .... .... .
~:'~ -;

. "
"

.. . . Obras- PubliCAS Dentre osro ulti- .forças produ~toras do Estado, "arras. "

·j;io.i .'p roiectos, or,ganieados ' peia Dire;· pO'nclend()o-l'h e Um .
augmento,
- ,"
' igial-
.

cÚ,r;a . de .oliras' 'P ubli'cas,no ' decurso mente conslderavel, d3&rendas publi-
·" ,,
' Ílo anno findo, destacam ...", 1>el<l. suá cas o
.. . " " " ' i: ; . 1,


.- 625 -
. .
A ~ltP<>T-taçãogemi dos produetos do á falta de mercados euro<~us. ·wn-
p·aulistas para o estrangeiro e .para tribuido somente com 274. 770:662$40fr

os outros Estados, feita ~lo po,rto d'e e sendo os. restantes 471. 5t5:871$027
Santos ~ pela Estraua 'Central do Bra- fornecLdos ,pel1apequena lavoura e pe-
sil, attingiu, com 'effeito, ao valor de las industrias p6.storH .., fabril, eorol)
746.316:633$427, tendo o ·café, devl- se vêd'ss·te qua<1ro: .. , ,

Valor official dos productos paulistas exportados para· o


estrangeiro e para outros Estados durante o exercicio
de 1917, pelo porto de Santos e pela Estrada Central
do Brasil.

Pagando Imposto de Exportação:


Café ., . . . . . . . 274.770 :662$400
Fumo. . . . . 431 :633$354
Couros . . . . • 3.337:817$000
Lenhas .. . . . . . . 7:556$000
Farello de trigo. . • 88:940$000 278.636:608$754
Livres de Imposto de Exportação:
Aniagem . . • • • 5.989:319$000
Armarinho· . . . . . . . 3.283:866$400
Arroz . . • • •
. 19.486:331$100
Assucar . . • • • 4.094:594$500
Bananas.. . , • • 1.625 :901$000
Batatas.. . • • 2.077:290$000
Bebidas.. . • • 2.797:786$700

Biscoutos . . . . • • •
3.445:206$600
Calçados . . . . , •
24.907:438$900
Carnes resfriadas • • • 29.660:185$000
Carn.es diversas. • • •
13.331 :840$000
Cerveja. . . . , , • 6.355:358$700
Chapéus. . . • • • 8.432 :061$300
Drogas . . . . • • • 4.899:720$400
Farello , . . , . • • • 20:900$000
Farinha de trigo .. •
·I 3.719 :628$000
Feijão . . . . . • • • 33 . 548 :941$800
Ferragens . . _, • • • 11.935:286$790
Fios de algodão, • • • 3.668 :965$100
Forragens. . . • • • R70:834$200
Garrafas vaslas . • • • 2.775:442$213
Impressos. . 12.707:442$900
Milho. . .
Papeis , .
.
....
,


:I 965:510$700
. 1. 584 :679$250

Roupas feitas. . • , • • 1.944:931$100


Saccos vasÍos. . . • • •• 7.1.54 :745$700
Sola . , . . . . • • • 3, 115 :832$700
Tecidos de algodão. • • 158.463 :314$490
Tecidos de lã . . • • 14.926:068$700
- . Tecidos divers01=i • • • 1.253 :444$250
Outros generos - . _. . , • 78.637:057$180 467.679:924$673
Total , · ... . . . . . - 746.316:533$427

. •

, , -. .
-- 626 -
'. ,. -

Da 8:S:'Jm r·' u ~; n.u to ta"] -d-e . . .. .


<n> ura e da s j-n dU Ltr la, tem- av ult ad o
• •

74 6 . 31 6 : ti 1t:it. 42 7,' sah ira m lh' nH I de •


sensivce-l,ffif3i11le nQ6 ult im os cin co an o
im po Hf, I <IH (jxporta~ão 4: 6 7 . fi 7~; ; !f 24 $ 6 7 3
no s. A est ati lrt ic•• qu e se seg ue . al-
t·HJlilo ,Hl.go. ess e im,po:'il.o n..pe,naSl ...
tes ta qu e o va lor d""",6S' pro du c-t os foi :
27 1< .63 6 :6'0 8$ 75 4;. ,,()1'ro,.poud~utes- ,a 70 . 99 2:9 85 $0 40 ~m 19 13 • . . . . . . . .
ex po rta çã o de Cll. r·{~ , ma.deira , fu·mo.
89 .25 9:0 14 $4 40 em 19 14 • . . . . .. . .
co uro >E) ·la rol Io d'e- ,Lri g.o, unJca'S rne.L'·. 16 2.9 58 : 35 5$ 32 5 em 19 15 . ' .. .. ... '
em or ias su jei tas ·a dlT eit os de s-a hid a. 21 8.8 78 :86 8$ 73 0 em 19 16 e. fln al-
Elm, co ns eq ue nc ia. da gu err a, o merute. 467.67~:924$673 em 19 17 .
val<J,r <>tflclal do ca fé ",,- po l'ta do t&m de sta ca nd o_ se de ntr e os pr{ )du elo s ex-

sO'flfrido, no s nlf.itnlos t1" ....~ an no s, gr an' pa rta xi.o<; n<e<!te u'lti-mo an no : tec ido s
M

doe tdi m: inu içã o; a-SS-Í!ID.: e tu 19 15 foi de de alg od ão 15 8.4 63 :31 4$ 49 0; feijã<>o
46 6.5 0< ;:8 92 $0 00 . em 33 .64 8: 94 1$ 80 0; ca rne s res fri ad as
19 16 foi de
37 2.6 40 :16 0$ 94 0 e em 19 17 .fo! de 29 .66 0 :1 85 $0 00 ;ca lça ld as . . . . . . . ,

37 1 . 77 0:6 62 $4 00 . 24 .90 7:4 38 $9 00 ; arr oz , .' . .. . . .. . ... .


19 . 4-8 6:3 31 $1 00 ; -ch ap eu s. , " " " ' "
Em co mp en saç ão . o val ()r da ex- 8.4 32 : 06 1$ 30 0 e ce rv eja .. .. .. .. ..
portaçã<> dOEI pro du eto s da pe qu en a la- - 6.3 56 :36 8$ 70 0
.


••



• ,

,,
~
Valor dos generos de producção do Estado de S. Paulo, exportados livres de imposto de
exportação no periodo de 1913 a 1917 ,

I I i
===. ,"'.=.,..'
GBNBROS 1913 'I 1914 I 1915 I 1916 ! 191,
". ._ t _ • _ ___ _ . __ _ _ _ . _.__ _. _ I __. ~ I
•._. __ __ __ _........... _ _•••, .•• _______ ..• • :... ,_.__ ._. ___ .• _ _ __ _ _ •• _

Aniage.in. :-'~- . .1- 1.828:282$150! 1.714~~7$2oo! . 3.089~87$000 i . ;.~08 : 183$000 ' ! ... 5.989:319$000
Arma nnho , . .. . . 2.426 :806$850 1. 817:197$100 10 .967 :447$200 ! 10 .014 :472$550 3.283 :866$400
Arroz , . " . 3.641:785$900 4.054:621$500 4.968: 939$000 4.668 :345$760 19.486:331$100
Ass uca r . . . . , . I 410 :449$200 693 :120$000 779 :637$200 1.142 :517$500 4.094:594$500
Bananas . • • 1.677 :304$000 1.051 :983$500 1.965 :006$160 2.335 :895$000 1.625 :901$000
Bata tas . • • • • 196 :640$800 218:780$800 665:618$600 1.394:173$000 2.077 :290$000
Bebidas . 772:523$100 903:515$100 1.930 :622$000 1.080 :166$000 2.797 :786$700
• • • •
, 1.273:394$400 1.887:779$200 3.012:861$800 1.684:019$850 3 . 445 :206$600
Biscoutos. . . • i,
Calçados , . . i 7.189 :240$800 7.454 :488$500 9.228 :186$370 11 .543 :644$300 24.907:438$900
Carn es resfriad,a s •
,I - " : .-: 5.902 :425$300 17 .216 :248$800 29.660:185$000
Carnes salgadas , · . I 250:067$000 : 395:090$000 1.565:381$000 4.371:878$400 13 .331 :840$000
Cervejas . .. . . 3.882 :010$200 ' 4.557 :735$800 3.571 :982$800 4.544 :436$800 6.355:358$700 I
Chapéos ... . 7.203:908$000 7.943 :974$700 3.525 :201$000 3.999 :075$850 8.432 :061$300
Drogas . . .. 1.018:781$500 470 :130$000 633 :080$500 3.086 :496$070 4.899 :720$400 ~
'>
Farello ' • 764:595$000 527:436$600 766:033$150 581 :265$400 20:900$000
Farinha de trigo

., 455:395$200 392:368$400 1.775:613$500 2.170 :748$400 3.719 :628$000 I
Feijão. . , . . ! 853:276$600
1.895 :648$830
760:484$000
2.641:947$480
10 .223:117$300
1.909 :049$030
17 .539 :096$890
6.629 :299$400
33 .548 :941$800
11 .935 :286$790
Ferragens . ...
Fios de algodão . . . 95:622$200 1.124:926$700 1.745 :836$800 . 2 .046 :016$200 , 3.668 :965$100
F orrag,e ns . . • • 501 :177$000 601 :528~25O 1.194 :087$750 521:652$400 870 :834$200
Garrafas. . , • • 1.379:777$800 1.188:289$000 1.425:975$500 1. 939:179$500 2,775:442$213
Impressos . . . . . 1,109:529$000 307 :981$500 6.591 :548$600 .6 .054:903$150 12.707:~42$90Q
Milho. . . . " 96:067$000 250 :518$100 883 :304$900 77 :088$100 965:510$700
Papeis. ..... I 1.004 :465$500 783:065$000 1. 176 :343$100 1.701 :362$680 I . 584 :679$250
Roupas feitas . , 2.356 :075$300 5. 038:627$700 2. 098 :672$000 1.728 :757$200 I .9# :931$100
Saccos vasiol . . . 693:955$000 1.364:450$100 2.917:806$200 3, 591 :288$680 7.154 :745$700
Solas . . . . . . 1.449:643$500 1.080:818~000 5.270:983$527 3,289:993$800 3 . 115 :832$700
Tecidos de algodão li . 199 :284$970 19 .763 :020$:120 38.625 :639$718 65.175 :963$740 158.463 :314$490
Tecidos de lã . • 1.801 :309$590 5 , 122:666~000 12 ,411 :319$000 7.585:775$000 14 .926 :068$700
Tecidos diversos • , 16:223$600 390:951~900
. 7.700:434$300 890:412$690 . L253 :444$250
Outros generos . . . 13 .549:745$050 14 .757:301$990 14.437:015$020 25 .266 :512$620 78 ,637 :057$180
• .- - - - ._--- 0 ' _ _ _-

Totaes. . . . 70.992:985$040 89.259:014$440 162.958,355$325 218.878 :868$730 467.679 :924$673


'''' ...
' , "" ."-,. _'
'-' '''',,~'
" ,' .. '
• . _.' . '.
.

628

No. Imesmo
. aBno de 1917 , a expoi"- A l'eceitageraI, inclu.sive m.uvi- o

çãQ geral do Brami foi d'e ... .... . mlento de fundos, foi de .....•.....
136.454: 735$000, tendo São Paulo 492.37}:363$129.
ntribuido ,para eSlSe tota.1 com • • • • .sol'Vi<los todos 00 compro.m.t•Ssos
:2 . 334:512$000. da administração e ,p agos, com 1'igo-
·r osa pontualidade, 0=8 juros e anlorti-
No mesmo periodo, a importação
.. ai foi de 837.778:349$000, caben- ' sações das dividas i.nterna e exte~·na •
, a São Paulo a quantia de .... . . foi ainda tra.nsferido para o exercicio
actual um sa.1<l0 de 159. 932:HT6$322 .
7 . 546:877$000.
em pOder d·e banq uei·ros e correspon_
'Se consi'rueraveI foi a .expansão . / d·entes, no paiz 'e no es'trangeiro, e de·

S forças economieas do Estado, gran- ou1;O:0& oosponsaveis. A 'rece!'lta jpro..
.
foi tambem o augmento das rendas priamente orçamerutaria foi de . ... _
.blicas no ex·ereleio de 1917. 82.556:094$887, assj'lll discrimi.nada ~ •


_. ..
. .



- •

• •


RECEITA DO ESTADO DE S. PAULO EM 1917
(Inclusive o periodo addicional em::etrado ti 28 de fevereiro de -1918)
:Z.c. =
___ _ ___ _ 1.
-- ====
TITULOS DE RENDA .... ..... - _.... . __.-
REilmÃ
.-,----:-:--
.. Orçada A~ecadada

Renda Ordinaria
I - RENDA DOS TRIBUTOS:
1.0 _ Imposto de Exportação. . . . 38.800 :000$000 27. 169 ]29$198
2." - Taxa de expediente. . . . . 4()() :(J{1()$O{){) 1.047 :156$368
3.. - Imposto sobre transmissão de
propriedade inter~vivos. . . . 6.800 :()(){)$(JOO 8.210 :534$803
4." - Imposto sobre transmissão tle
propriedade - Causa-mortis . . 1 .500 :000$0011 1. 885 :000$654
• 5. ' _ Imposto do seBo-. . . . . .
0
1.800 :000$000 1.457 :263$147
6.~ - Imposto de Viação. . . , . 3.500 :()(){)$OOO ó.017 :055$620
7. 0 - Imposto de sellos sobre bilhetes

de entradas em logares de di- '
versões. . . . . . . . . . 200 :000$000 331 ,603$870
8," -- Imposto Predial na Capital . . 2.200 :0001000' 2.389:275$179

Q," - Imposto sobre terrenos com ften-
~ para o canal do Mangue, . em
Santos . . . . . . . . . .
1(J. ~ - Imposto de Commercio. . . .
2 :000$000
3.400 :000$000
-
4.487 :976$816
11.° - Impos to de Industria. . . 1 • 600:000$000 510 :992$868
12,- - Imposto sobre o capital das So-
ciedades Anonymas. . . . . 1 .900 :000$000 1. 461 :912$403
13." - Imposto sobre o capital particular
empregado em emprestlmos . . 1.000 :000$000 1. 107 :690$683
14.- - Imposto sobre o capital empr ega-
, "do em predios de aluguel . . . 1.200 :000$000 865 :88i1$122
lS,o _ I mposto territorial. . . . . . 200 :000$000 571 :550$326
16,0 _ I mposto sobre o consumo de •
aguardente . . . . . . . ; 750 :000$000 602:387$200
17,° - Imposto sobre Loterias. , . . 780 :000$000 780 :000$000
18.0 - Impost o sobre subsidios e venci-
m ent os, . . . . . . . . . 1 .100 :000$000 1.116 :587$607
II - RENDAS DIVERSAS:
1. 0 T axa - de matriculas . • • 500 :000$000 512 :271$114
2.0 - Taxa addicional . . • • • • 2.200 :000$000 2.544:395$913
3.° - T axa judiciaria. . . • • • 300 :000$000 307:603$864
4," - Ta xa
.lll - RENDAS INDUSTRIAES:
de feira de gado ' • 1 :OOO$()(){) -
1.0 _ Quota de arrendamento da E, F .
Sorocabana , , , . . . . . 500 :000$000 t 419 :583$022
2," - Renda da . Estrada de Ferro ,
Funilense. . . . . . . . 330 :000$000 393 :592$000
3." - Renda do Tramway da Camarei ra 260 :000$000 347 :582$000
4.° - Taxa de e.'<:gottos na Capital, San- I .
tos e S. Vicente. . . . . . 3 . 500 :000$000 ,,. 3.363 :987$285
S." - Taxa de consu mo d e agua na
, Capital. . . , . . . . . . J . 4()() :000$000 i 3.570 :223$905
6.0 - Renda da Repart ição d e Agua s
da Capital , , , . , , , , :000$000
4()() 420:738$500
7,· - Renda do Hospicio de Alienados. 45 :000$000 S9 :822$500
8: - Renda do Diario Oíficial, ' . 75 :000$000 66:871$931
9,· - Renda de outros estabelecimentos 50:000$000 53 :449$475
IV - RENDAS PATRIMONIAES:
1.0 _ Venda de terras publicas . 10 :000$000 2:894$285
2,0 _ Venda de 10t85 em nuc\eos
coloniaes. , . . , ' • 280 :000$()(){) 156:068$507
Somma , • • • 77 .- 983
...... :()(){)$OOO 72.236:681$165
Renda Extraordinaria
1.' - Indernnisações. , . . . . . 250 :000$000 157:638$994
2" - Eventual e multas , , . . . 835 :000$000 2.925 ,639$532
:1 . ~ - Contribuição de companhia~ pata
fiscali.zaçóes . . . . , , . 60 :0011$000 48 :600$000
4," - Cobrança da divida activa , . . . 1. 160 :000$000 1.511 :668$156
S" - Contribuição da E strada de Ferro
Soroea bana . . . . . . . . , 5. 500 :000$000 5.675,867$040
$omma . . . ..
.- ~
805-._-_
..7......
,~, .,-,
;OOO$OOú -., '
RESUMO:
Renda Ordin.rla . . . • • •
77 .983 :000$000 72 .236 :681$165
• Renda Extraordlnarill , ' • • •
7.805 :000$000 10.319 :41:)$722
" "" .... ' , , ' .,",,, . , ., ... . ,,~, . c· • • ''''. ~.
c· ·
.'."
': "
.'


. '.
631

Com exce.pção de nu posto de ex· 27.169 :7 29$138 e as demaIs [ontes


1I0rtação 'do ~afé, cuja arrecad"ção. de renida CÜ'Q1 55.386:365$689. Nos

j}()l" r...J.ta de sahida ,1e toda a safra, ultimos tr-es anuas, devido oá ca·l'Ieno.cia
{o; inferior em 1l.630:27()~0Ilú á som_ dJe trwn<>porte6· e ao fechamento de
ma orçada.; -em quasi todas ·a s demais' m·er-cados ·coll'sumi1dofles, a 'ex·portação
v43rbas <iR re'Ce.ita. houve arrecadação de ca:fé vem. con,c orrendoem escaLa. de-
Buperior· ã prevista; · t.anto ass iill que, crescent e par.a a. receita. do Estado:
apesar da,queLla diminuição no impos- aS!s.m, ,,,,ne pr·eJ<luziu 41.085:530$171
to de -café, a <d-iffer e.l1ça en~re a recei-

em 191,5, 33 . 537 :609$688 em 1916, e,
·t a oTçad~. e- a effect.iva~.ente f'.'Ü"brada fina~mJen<te, 27 . 1-69:729$198 em 1917 .
.loi apenas de 3.231:~05$113. ISão basta.ntes aniula.dores OS re-
A .melhor distribuição d.os impos- sn1tadOcS já obtidos com as providen-
tos, os novo s processos de arrecada- ci'lIIl q·u.e decretastes 1l0an,no passado
.r,;âo e a con.stante vigilancia na cobran- relativamente ao regtmen trlbutario e
ça co'ntri.buiram para ;que a receita do :\ emanei"" da arrecad~ão doo 'impos-
anno ·passado fOG's'f" q . .maior que te·m tos. IE:l<las demonstram qU'e as renda;;
• •
·tldo o 'I'he.souro do Estado . d" Th<lsoul"o não se a'pola-m, como Vl-
.'
Est" arr""a>dl>u, na verdad" . . . . nh·a acontecendo, num Só t,m!P013.tO e
63.946: 167$691, em 1911; ... . .. . que a d>minuição das colheitas .ou · do
75.640:562$562,em 1912; • • • • • • • • valor <l:&stas já 'nãu exerce in!luene ia.
.
'16.007 : 986$377, em; 1913; • • • • • • • dec.isiya 'sobTe a receita publica .
1,5.711:403$5.34 , em 1914 ; . . . . . . . Va'm os caminhando assim, grad·c?,-
79 . 315:931~168. em 1915; . . . ... . tirvamente. para um l'e gim·en que co! ·
79.248:019$165, em 1916; e ... . . . lo;;!>rá Q erario pllbl>ico a salvo das in-
~ 2. 556:094$887 , em 1917. seguTanças e instab~J.idades a <lua ·t9'"

Se todo o café p·r oduzido e de&l>a- estadc f'~ujeito .e. que, -con<!()mitanterueu-
chado paTa ISa·n tos tiv·esse si'<io expor .. t'6. {fornecerá recursos reaes e perma-
<
lado. a rooeHa g""'al de 1917 teria or- u"ntes ,pa'r a o eust'eio <1.0. serviÇ06 68-
. .. . .
çado por 93.000 : 000$000 ou mais tad-uaoo .
1: 212$000 do que a quantia .prevlsta. Activo e Passivo do Estado ()
Para a formação da receita total balanço >do acttv.o e ·passi vo do Estado
de 82 . 1)56:094$887, o imi>O.to de ea, ean. 28 ·de Fev,e reiro ultimo era o se-
llortaçã.o (! e café, contribuiu com . . . guinte:

• •

<
, ,
, 5 555 5

ACTIVO

Proprios ' do Estado


• •
Valor dos escripturados até ao encerramento do exerCJCIO ,; 260 .184 :989$145
ya[ores pertencentes ao Estado
ApoJices, titulos e outros valores . • • • • • • • - 4.397 :837$790
Divida Activa
Saldo da escripturada até ao encerramento do exercicio . - 21.982 :525$030
Bancos de Credito Popular
Emprestimos em apolices de auxilio aos Bancos de Credito
Popular, cuja importancia figura no Passivo . • • • - 100 :000$000
Bancos de Custeio R.ural
• •
Emprestimos em apolices do auxilio agricola, CUJa
tancia figura no Passivo • • • • • • • •
lmpor~

• • •
- 950:000$000
Caiés Annazenados

Valor do existente, calculado ao preço de custo • • •
- .12.782:406$850

Banco de Credito Hypothecario e Agncola do E. de S. Paulo


C/de depositas de Caixas Economicas • • • • • • • 252:868$202
C/de depositos empregados • • • • • • • • • • • 5.374:000$000 S,ú2(}:g63$202

Saldos para 1918



Em poder de bancos e correspondentes no palZ e no
extrangeiro • • • • • • • • • • • • • • • • 159.456 :311$207

Em caixa

• • • • • • • • • • • • • • • • • 290:840$590
Na caixa da sobre-taxa ouro • • • • • • • • 1 :911$900
Em poder de Estradas de Ferro •• • • • • • • 178:062$625
Em . poder de diversos responsavels • , .. ,.',."• ' "..
• • 5 :030$000 1,)9 .I).t~: 156$322
- '.'.. ,

----- -_.".,_.,. ,.

Somma • • • • • • • • - 4H5. "", :7H.1$.139

Yalores de Compensação no Passivo


Contractos de hypothecas recebidas. . . • • 1.693:500$000
Valores recebidos em caução e em depositos • 3.956:851$669
Caixa de Juros de Apolíces . .. • • • • 49:745$000
Caixa Especial de Apolices . . . . • • • 10.984:000$000
Estampilhas e Papel SeIlado existentes •
30.225:970$550
Banco do Brasil - cf caução. . . • • • • 10.000 :000$000
Café cf do Governo Federal
,
Custo de 1.786.263 saccas de café adquiridas nas praças~
de Santos e Rio de Janeiro, despesas de armazenamentos 5

e premias de seguros dos cafés armazenados. . . ' _ 60.187 :492$811 117.097:560$030


603.054:343$369
...... _.. . ... _ ,_. ..
...... "-,. _,--'.,,.- . ,.",- ,,, ..,,.., .. , .. ,, ........... ........ . . ..
, ,

li ._~--
, ,
PASSIVO

Divida Externa Fundada


Saldo dos eOlprestimos externos. con formc demons tração
em sf>parad o, calcu lad o ao c<\mhin de 27 - f6 .360 .859. 11-Z 56.540:096$224
Divida Interna Fundada
-
Saldo das emlSSOes U<, apolíccso conform c dcm onst ração
'

em separado , • • • • • - 72.615 :000$000


Divida Fluctuante
Cofre de Orphallls • • • • • • • • • • • 9.671 :609$223
BCll S de aUs c llte ~ • • • 558 :536$484
Depositas di versos • • • 4.228:222$167 14.458 :367$874
Apolices de auxilio a Bancos de Credito Popular --'---
Emittidas pau emprestimos aos Banco ':> de Credito Po~
pula., cuja importancia figma 110 Activo - 100 :000$000
Apolices de Auxilio Agrícola
Emittidas para emp.estinlOs aos Bancos de Custeio Rural,
cuja impor tanc ia iigura no Activo - 950:000$000
Emprestimos da Valorização
Sa ldo dos emprestimos da valorisaçãcJ, conform e d CIHon $-
• t ração em sepa rado . •
••
119. 142 :135$000
Bancos e Correspondentes no Pai7. e no Extrangeiro
Adeantamentos recehídos em cl corr ente - 19.338:163$480
Letras do Thesouro
Saldo em circula ção em Londres <:: no pai7. • - 70.923:951$029
Renda e Despesa da Valorização
Saldo desta conta • • • • - SÓ.671 :618$151
Diversas Contas
Caixas Economicas .. o
• • • 7. 116: 177$603
Montepio dooo; Magis trado$ 39 :673$089
Caixa Beneficente dos Funccionarios Pllhlicos 196 :549$666
Deposita'rios P ublicos da Capital 651 :849$542
, o

Pagadoria do Thesouro . • 345~000


•" Exactores o o ' o. · . 87:868$321 8.092 :463$221

Taxas de IDO reis para a propaganda do Café
• Sa ldo a entrega r -

116 :017$900
Exercicio de 1918
Supprimen to recehido da caLxa deste ex(' rcicio,
add icional de J a neiro e Fevereiro . - 26,895:528$922
• ---~ .
445.843:341$801
Patrimonio do Estado
Activo liqu ido ;til ~~ ll c\:rr; lr · ~r~ (I ,0:'(\'1'(·1\'11) ·In ILI :H(~;~l;lfJ ,

SOIll11l;1 . .. 4KS. I)S(i :7HJ~;J39


Valores de Compensaçio no Activo
Garantia hypotheloaria d e Estrad,<ls de Faro • • 1.693 :500$000
Apolic es a em it tir o . o o o • • \0 .984 :000$000
ValOl"eS diversos recebidos cm rauçao (' em dcposito • o '3.956 :851$669
Juros de Apotices depositados cm caixa (~specjal • • 49 :745$000
Estampilhas e papel scllado a emi ll ir • • • • 30.225:970$550
Letras do Thesouro .....;.. CI Caução • • •o 10 .000:000$000
Governo Federal - Cf operações de Café
fmportanc ia fornecida ao Thesouro Nacio nal para occorrer ,

ás compra s c ítrmazenamento de Café s • 60 . 187 :492$811 117.097 :56O$03D


..

------.- --------_. __ .
603.054 :343$369
.. . .
.' .
" .
635

As princi·p aes veJ'ba,s do activo paiz 'e ·n o -e strangeiro, ·e outros res'poll.-

..ão representadas iPolos propri"" do B8VelS.
lllBtado. pela divida activa. peLos cafés
al'ma:1lenados e pelos ·s aldos em ,poder Proprios do Estado Os proprl09
de banqueIros e correSpon'deut'es. no do Estado são os seguinte<!:

N AT UItIlZA VALORES
-_... .. _....
- - - _ ._ .- -- "._-
Estrada de Ferro Sorocabana
I· 93.945 :121$710
- - •

Estrada de Ferro Funilense . • • - • • 3. 736 :534$122


- Tramway da Can tareira • • • •

2.326 :015$300
. Abastecimento de Agua c Exgottos • - - ,,,• (,7.919 :448$160
Propriedades na Capital - - • • •


••
49 .915 :000$000
Propriedades em Santos - • ;• 12. 118 :033$440
,,,

Propriedade s em Campina s 825:000$000
- . •
Propriedades no llltcnor do E s tado •
• •
2S.051 :070$500
• •
Adquiridos em 1916. • • • • • .1'. 358 :616$413
Adquiridos em 1917. • • - 990:149$500

- - -
·fot al. 260. 184 :989$ 145

- .. - .'- -_. - -. _-
• • •
·1 •
,



• •


'. " . ," .' ,
,.
."

- 636 - ' .

Dividá AetlVa A divida. activa, I pontual'id·a·d·e, :P8IgÜ'U OS juros e amo-r. .


no valor de. 21:982:525$030. está aS- tisação das di!vid·as inter,nas e eXil eI' ~
na,s, de modo a não ter . ficado d·evendo
I

DEVEDORES SALDO DE 1917

Federal
Debito demonstrado em relatorio anterior . 117 117 :846$540

de Ferro
Companhia Bragantina . • • • 2.048 2.048
Companhia Melhora m entos de Monte 36 32

de Credito Real de S. Paulo



Debito demonstrado em relatorio anterior • 2 .820

Casa de Misericordia da Capital



Idem. como aC1t11êl , • • • • • 1.000 1.000:000$000
21. 986 21. 982

Saldos djsp~nivcis- do 'fhesouro quantia alGU"ma vencida; 'reduziu a d.i-


_ No anno de 1917, o 'I'hesou·ro do vid'a elOterna >de l: 2.524.110-9-'2. ten.
Elstado 'attendeu a todas as despesas do ai'n da tr.ansferido, ·para {}exercicio
co:m o serviço· IPubHco, {e·z r.e.m·ee's as corrent<l, o $ldO d 'e 159 . 932:156$322
para '3, Europa na j'lIlJportancia de ." em ,p od'er de bancos· e .cor·res,p ondentes,
~ 37'5.62'3-17-4, Frs. 34.577.932,50 • Ropajz e no estra'Jllgeiro, e outros. res-

dollars. 490.000; com a costumada po.n.savels .

- 637-

N!lSSO ·sa.ldo fig\tra a quantia de roo de..«sa divMa e asa,m.ortÍlSações de_


2L~l5,;171$823 depositada nos ban- vidas, na -imiPortanclo. 'total de .....

cos Ld;1 CllIplta,l, !pela seguinte fórma: !'. 260.384-12-8.

Sá/dos depositados em Bancos:


,
:{lanco" d~ Commercio e Industria de São Paulo. . . 16.888:780$135
Banqüe Française et Italienne pour l'Amerique du Sud . 632:358$040
· Banco de Credito Hypothecario ,e Agricola do E. S. Paulo 2.328:464$270
· Banco ' Nacional Ultramarino. . . . . . 151 :466$100
Banco do Brasil. . . . . . ' .. .. 82 :034$084 .
tondon & Brazilian Bank Ltd.. . . . . . 1:189$890
Banco Commercial do Estado de São Paulo.. . 1. 634 :045$440
'. Banco' rtalo Belga . . ' . . . . . . 1.203:699$800
The .National City Bank. . . . . . .. . 79 :721$500
- . - . de
· Banc.o· . São Paulo . . . . . . . . . 1.233 :171$974
• •
.
Somma • • • • • 24.234:931$233
.. Sá/do existente em Caixa • • • • • 290:840$590
.. ..
Total • • • • • • 24 .525 :771$823

Divida ExtElrD8
.. Fundada - Em 31 Divida Interna:. Fundada - A di-
de . Dezembro ultimo, a divida externa vida i.uterna fundada importa em ...
fundada. . 'era
.- - ;a s eguinte: ' 72.615: 000$000, distribuidas ·pelas

O.ta da Valor nominal Valor em


' . BMPRESTIMOS
Ertlncção %. circulaçio - ~

===~.=
' =

I
1888 - The British Bank
of South America Lld. 1-10-1920 . 350.000- O-O 66.600- O-O
188S-'-Louis Cohen & Sons 1-10-1925 787.500- o-o 296.800- O-O
1904 _ London & Brazilian
. Bank Lld. - Londres . I · 4-1935 1.000.000- O-O 745 .290- O-O
1905 - ' Dres<jner Bank . 1-10-1943 3.800.000-12-6 3.336.000-12-6
1907 - Société Généralê
e Banque de Paris et does
Pays Ba. '" 1-6-1957 2.000.000- O-O I. 916.168-18-8 .

7.937.500-12-6 , 6.360'.859-11-2 I
====~~======~======~
Deduzi:nd;o-se, p()]'ém, desse total séries de apolices seguintes:
de ! ·6 '. 3.60.869-11-2 a quantia de
,E 3,.336.000-,1 2.6, -saldo ;do ern'presti-
-
APOLICES Saldo por. 1918
mo feito com .1) Dresdner 'Bank e que

nãopei;a I90bre os cofres do Thesouro, •
3." seTl e
.

.~ 4.741 :500$000
,

• •
por ser custeado pela Estrada de Fer-
4.- ,
• • • 3.818 :000$000"
TO Soroca,ban!'-; resulta que os compro- 5. ' " • • • • · 3.818 :000$000'
,

mi"",,s iPropr!'amente do Thesouro ,rI- 6.:1- " • • • 7.768 :000$000 •


7. a " • • • • 9.044:500$000
caln l1mitados a t. 3.024.858-18-8. 8.' " 9 . 727 :000$000
• • • •
9. ' " • • • 10 . 500 :000$000
.Dur8inte
,
O o.uno rindo, foram pac lO." " • • • • 23 . 198 :000$000 ,
,
gos com· r!.g,{)rosa pontualidade os jU- 72 . (í 15 :000$000 "
Rs. • • • •
-_.__._---- , ' .. . , , ....:;!"
,
,

• •.'

638 -

Com exeepção das a·poUees da de- Despesas PubliM8'


cima ·série, que Uvera;m um augmen- nhandO-mle do cOIupronriSSO, que tomei
to de 1.067:500$000, nas d·em·a is sé- ao assumir o Governo do E&tado, te-
ries houve, ·&m virtude ide resgate, nho procuraido reallaar a mais rigoro-
IJ;ma re:ducção de 943: 000$000. sa economia na;; doopesal< publicas, jA
Divida Fluctuante A d>vÍ'da flu- reduzindo serviços, já ad'i audo a exe-
ctualD.te no paiz e no .estrangeiro, 'COU- cução de obras que não tenham ca.ra-
brahida ~por .:melo de notaspromisso- cter d'e urgenc!a e exercendo a mai.&
riasd'o Thesouro, impo·rtav.a em 31 "",vera. fiscalisação no em:prego dos di~
de Dezembro ulUmQ em ......... . nheiros ,pubHcos.
70.293:951$029. A acluaJ: organisação dO' ap;pare ..
N.o dia 20 de Junho,foi paga pe- lho adminis-trMlvo e a mar·cha crescen .
IQ U'hesouro a qU'antia de II 800.000, te do engrandecimento e do pl'ogreB-
proveniente d ,o e:m;pr.est~miO. por escri- 50 do Elsta<do não perunittem, entretall-
ptura d·e 23 de Junho de 1914 epos to, grande dimiuuiçãonos en"argog do
t<Jriormente cQu.v<>rti<do "m 3.900.000 Thesouro, os qu~e~;. __ ao contrario, tê m
dol'Jars .

que avultar dralÍ·té·
. . . do -rapi<do
. e gene-
Com os saldos <rue se llipurar<rol ralisado desenvolvimento de toda8 a",
da -valorisação do ·café, o Thooouro fi- zonas <lo Estado e <das neces8idad,,~.
cará habilitado• eom N!CUTSOS' para sempre cres'CEl'Iltes, do serviço ..publico .

" .
amortisar ,grande parte d·essa divida O ensino prlm'ario. secundario ,
~luctuànte. nor·m al ·e s'U.p erior,a 'sa'uua pub-iica, ti.

Prncuranldo ·alJivlar os encargos justiça, a força pubHca, a immigração.
que eUa traz ao Thesouro, os seus jU- ru.. obras 'pubUcas, o 'po'liciamento, o
ros vêm sen.d·() dimin uMos'; d" ·manei- ensino agricola, as aguas e exgottos .
ra que de 11 e 12 %,• que eram, estão da capital e de 'Santos, a construcção
hoje reduzidos a 7 % ao anno. de estrad8iS d·e feno e de rodagem ,
NormaUsadas ",s ,finanças do iFJs- et'C. ahl ·estãoa exigir um ·desdo-
tad<l pelo "quillbrl<l orçamentario, não brllimen-1o de gastos proporcional á sua
haverá :mals necessidade de r<'correr- grllidual e incessant<J expansão.
se a esse meio, bastante oneroso, de Conforme consta do bllil'anço ge-
antecipação de TeMita. rai da receita e despesa do Estado. "
Em tempo opportuno, wma ope~ despesa' orçamentar1a no ·exercldo de.
ração . de. credito em -condições vantar 1917 foi de 95.754:782$350 ou mato
jasas será bem aconselhada para O 9.967:910$630 de que a verba votada
resgate total dos <cOIDIpromlssos exis- na importancla de 85.786:871$720.

tentes. • Essa despesa está assim distribuida :

Despesa orcamentaria do Estado de São Paulo em 1917


- (Inclusive o periodo addiclonal)

SEC~ETA~IAS
I FIXADA ~EALIZA[)A

-
[)IFFE~ENÇA

Interior . • • • 25.308:198$720 26 .024:085$979 715 :887$259


Justiça. . • 18.273:996$000 24.017:610$249 5.743:614$249
Agricultura . • • • • 15.019:661$000 18.090:302$788 3.070:641$788
Fazenda . • • • 27.185 :016$000 27.622:783$334 437:767$334
Somma . • • • 85.786 :871$720 95.754:782$350 9.967:910$630
:i>
, ..
:.~ .:

639 -

o
excesso da de-SiP~S'a ;realisada
-
emba.l"iUe, (-: a.s de'apesas extraordill.a-
sobre a fixada foi motivado pela insuf- rias citadas, o :exeT'ciciode 1 &1 'l
Hei,encia de ,muitas yer1bas do orç-a- seria en,eer·rado com; intei-ro equilibriQ
me'uto para o custeio de SlC1"viços cria- o-rçanleuT.ario.
dos, como tambem por g.alStos não .pr'e- Preo<)cupado com a. verdade dos
vistos, 'taes como saneam·entú de. zonas nossos orçautentos, tenho procuTad0tl
atacadas pelo impaluüisffioo; subsidio ,ao ar.ganrsarals reSlp:ectivas- tabelolas~
a sel1ado'roo e deputaclos; augm~nto da dotal' todos· os serviços :\!om 05 recur..
força -publica; altmentação e vestuarío sOE!su:fficienlies, afi.m d·e que a de:.3,pe-
de pr·8'Sos -pobres; fmmligração J agua e sa fiq'ue li:mitada exclusivanlente ás
exgottos da capital e de Santos; pro- respeotivas rver>bas.
:ongamento doa Sorocabanae pagamen_ A salutar providencia ad,optada
tGS '<le conta's' de exercícios anterio- pela r-e-forma constitucional de 1911.
~'es . ptohibindo que, nas l,eis orçameutariat>
Por conta d·e creditas especiaes do: Estado, sejanu illcluidas aut.orisa-
;atados -pelo Congresso do Estado, foi çoes para novais despesas, muito tem
despendida aqual1tia d", ........ . contribuido para 'que os nossos orça-
2.039:310$950, com a acquisição do mento"; se façam Com regularidade ,;
serviço dá ilIuminação do Hospício de com observancia, dos bons ,prinCipios
Juqu8l1'YJ'cOIml OIS mausoleus aos dou- Cl1:1e 'reg~m a materia.
-
tores Campos Salles e Cerqueira Ce- Restava, ellJtretanto,· a faelLhia<i"
:::lar, ·-co·m a -const'rucção de estradas 'de para abertura de cTeditos, supplemen~
rodagem, com a en{lailllpação da Es- tares, que -têm, sido o grande -pertur-
(mda de Ferro do's Cam_pos do J ordão, b8Jdo-r de toda vida orgamentaria da
com a compra dos serviço:s de aguas de União e dos Eostados.
Sáo Vi1oente, -com a a,cquisi!,lão l{).e Ima- A iniciativa, que tomei, ,e que.
terial para o Tramway da Cant.areira • meTeceu os VOLSOOS applau'sOoS, ode J .co-
com a instaHação da Bolsa de Café e mo complemento da di:S'posição c()nti_
das Üaixas IDconÜ'micas e 'COlro o paga- da na Constituição de 1911, di&pensar
mento doe al<>anees dos ex-depositarios auctorisação para abertura de creditas
de. capital e de Campinas. Hupp'lrone-ntares nas lei,s annuaes. ha
Equilibrio ol'çaulentario - - Nào de 's·er ·u:m factor importal1t'e ·para o,
foasem .8iS difficuldUides dog- m€ios de equHibrio O'rçruill1entario.
transportes e o tec-llamento dos gran .. A valol'isação do café e .. sobre
dp.s mercados europeus, que i'ID~pedi­ taxa Em 31 ,de Dezembro ultimo,
ram a cobrança do imposto do café o balanço do serviço da valorleação dI!>
depositado em Santos. e prompto para café era o seguinte:


,
:,1

-
:.
__._ =c_,-_.·,.= _ _ -,..-........-'-_.- '=--- --,
I .~ .
lc
-\

'~ =~~=:::=::~
ACTIVO Libras PASSIVO Libras
i1 "_ "
,=-- - - m.... "
a .........".

Cafés AI Jliuenados Emprestimo de f 7.500.000. 0-0
Valor de venda de 982,879 saccas de 60 kilos de café Saldo ,em circulação ' • , , , 4 .461 , 190·00-00
existente em Marselha (57,385 saccas) e no Havre
(925.494 saccas) equivalentes a L 179.454 de 50 ki- Em'p restimo de f 4.Z00.000·0-0 ,! ,- ,

los, de custo para o Estado de 32,782 :406$850 e S.drlo .e rncirculação. . . , ,


, 1 ,890,000-00-00 11,
avaliadas pela cotação do Havre de 100 francos Empi'~gtimo Federal de l: 3.000.900-0-0
I: ,

por sacca de 50 kilos ou sejam Frs, 117,945.400, Saldo em circulação ,


• 1.591.619-00-00" .•
equivalentes' em mo eda ingleza. ao camhio · de
25,20 a . , ' , ' ,' , , , ' 4 .680.375-00·00 The.ouro Nacional •
. Importancia a favor do mesmo 1.053,713-14- 5 '.- .

J. Henry Schroeder & Co. --_..,-- - - -- -


SOMMA , 8 ,996 ,522·14- 5
Importancia a favor do Thesouro nas contas do s • •

serviços dos emprestimos de 1913 e 1914, , 116, 150-13- 711Activo Liquido


Société Générale de Paris ' 2,110,938-19- 4
Saldo a favor do Thesouro na conta do serviço Differença entre o actÍvo e o 'passivo da Valorização

do emprestim'o de 1913, Frs. 2.307.640,55 a 25,20, 91.573-00-0011, , .
' ~.,

Banque de Paris et des Pays Bas


Saldo a favor do Thesouro na conta do' serviço ,do
''', ,
...
~'
,
,

'
._"

..:,
,

61. 968-00·00
emprestimo de 1913, Frs, 1.561'582,20 a 25,20, '
"~ • I.
"c
,,
__~

S. BJeischroeder , ,'.
""
• , '.,;

Saldo em conta corrente a favor do Thesouro, ''- ,';

6.157,294- 0- 2 ,, '>
Mks, 125,608.800,80 a 20,40 , , • • • • , , "

;
Caixa de Cambiaes da Sobre-taxa •
Saldo existente nesta caixa, Frs , 2,545 a 25,20 101-00-00
- ----- , .... " - '- U ...-' - ----
SOMMA , , • • , 11.107.461-13- 9 SOMMA ' , . , 11 , 107,461-13- 9
.... ...
- 641 !•

.
Como se vê, o emprestlmo de l' . . . i Auxilio á- Lavoura e ás Industl'ias '
7.2,00.000 está reduzido a l' 4.461.190, l Caixas E,c onomicas Por lnterllledla
o de l' 4.200.000 a l' 1.890.000 e O do Banco de Credito Hypothecario 6
de l: 3.000.000 a i 2.645.332-14-5 . Agricola, das Caixas Economlcas e doa
'Com a remessa da soore-taxa arre- Bancos Populares, têm sido postos "-
cadada no anuo passado e com o pro- disposição dos lavradores e Indus-
dueto da venda de parte do stock de triaes os meios necessarios para o am-
café existente no Havre, os compro- paro e desenvolvim ento de suas Ini-
missos resultantes das ope rações para ciativas prod uetoras.
valorização do ca1ié tiveram uma te- Além do capital de frs. 5 0. 000.000
ducção de l' 2.363.725-16-6. em grande parte subscripto pelo The-
Ao encerrar-se o exercicio, o saldo souro do Estado, o Banco de Credito
devedor da valorização era de l: .. . .. Hypothecario e Agricola está habili-
8.996.522-14-5 , tendo o Thesourõ, pa- tado com maia de 20.000: 000$000 for-
l'a solução desse debito, a quantia de necidos pelas Caixas Economicas, pelo
l: 11.107.461-13-9 em poder de ban- Banco do Brasil e pelo Governo do
queiros e correspondentes. Estado para operações de credito hy-
JUlgando de 'toda conveniencia a potheeario, custeio das lavouras, em-
venda de 982.879 saccas de café ainda prestimas garantido s com "wa"t'rants" de
armazenado na Europa, eSsa operação productos agricolas e Industriaes e des-
[01 effectuada com grande successo e conto de letras e ordens de agriculto-
por optimos preços, tendo sido, no dia res sacadas contra. commissarios.
17 de junho ultimo, posto em leilão
As Cai:x.as Economicas e os Bancos
uo Havre o resto do stock lá existente . Populares, fundados no Estado de ac-
De accordo com os contractos em cordo com os ensinamentos modernos,
vigor, o producto da venda foi appli- vão desempenhar papel saliente u. so-
cado na amortização dos emprestimos lução de Importantes problemas econlr
a que os cafés vendidos serviam de micos.
g arantia. Já estão criadas e funccionando re-
O Governo aguarda unicamente a gularmente 65 Caixas, sendo antono-
terminação da ' gu erra para liquidar mas as da Capital, Santos, Campinas
definitivamente essa operação. e Ribeirão Preto e as demais annexaa
Os recurso em poder dos nossos ban- ás coUectorias locae •.
queiros em Londres, Paris e 'Berlim As economias do povo paulista as-
s ão superiores em mais de /', 2.000.000 sim depositadas nas Caixas Economi-
aos debitos da va.lorização. cas não entram , para o Thesouro ou

Liquidados todos os compromIssos, para as Collectorias a titulo de em-
a que a sobre-taxa' sobre o café serve ~p,:restimo~ e,om", 'receitaeventua, ,dOi
de garantia, terá então o Governo en .. Estado; mas são immediatamente re-
s ejo de promover a extincção .desse colhidas aos estabelecimentos banca-
onus. que ha tantos anDQS vem pezan· rios encarregados de sua distl'lbuição
do sobore a nossa' lavoura . ' em proveito do desenvolvimento da.
Com a Inaxima sinceridade, reaffir· forças productoras da nossa riqueza.
mo o proposito , em que está o meu Até o dia 30 de junho ultimo era
i
Governo, de cumprir, logO que as çir- r
de 12.469:217$200 o total dos dep'o -

cumstancias o permittam, a solemne sitos feitos, nas nossas Caixas, estan-


i
r

promessa de propor a suppressão des- do quaBi todo applicado aos fins já In-
s e tributo. I dicados.
.. . . . . ,

- ·642 -

Como eomplemento das Caixas Eco- i, exportadoras commercíalmente habili-


nomicas e como apparelhodlstribui- tadas a resistir aos efteitos da crise
dor dos ' depositos a ellas confiados, es- oriunda da conflagração européa.
tão sendo fundados nos principaes mu- Si o Governo do Estado, aux!1lado
nicipios os Bancos de Credito Popu- pelo da União, não tivesse supprido a
lar. falta do apparelhamento bancaria e
Pelo contracto celebrado com o Ban- , não se tivesse transformado em com-
co de Credito Hypothecario e Agri- prador de café, retirando do mercado ,
cola, os depositos das Caixas Econo- com o prod ucto de uma emissão de
mlcas são entregues a esse estabele- papel moeda, a quantidade excedente

cimento, afim de que. por si ou por das possibilidades do consumo; muito


Intermedío dos Bancos Populares, dos teriam soffrído a lavoura e aeconoinia
quaes se constituirá em banco central, nacional.
tenham elles a applicação já referida. Tivessemõs nós, entretanto, uma 0)·-
Estes tres apparelhos, funccionando ganízação bancaria conveniente, e.
harmonicamente, cooperarão, com a mesmo sem Intervenção ofticial, ter-
desejada efficacia, para a solução do se-ia amparado e defendido todos es-

problema do credito agricola, cuja ses grandes interesses por meio de ope-
expansão se fez mais necessaria de- rações garantidas com os proprios pro-
pois das recentes geadas, que tão duetos armazenados, os quaes, retirn·
profundamente feriram os interesses dos tempo riam ente do mercado, s6
de nossa ·l avoura. graduadamellte ·voltariam a ser offs -
recidos ou vendidos. de accordo cora
Refol'hta BancaI'ia Propulsiollar as exigencias da procura.
as forças ,productoras é preparar o ad- ,Si ao invés do isolamento em q:ue
vento das grandes reformas de que vivem os nossos estabelecimentos ban -
depende o progresso do paiz e dentre carios, -elles se consorciassem em to r-
as quaes sobresae a substituição do no de um centro commum, onue pu -
papel moeda inconve,·sivel pela moeda dessem encontrar os recursos necessa:"
metallica, com a valorisação e resgate rios para attender, · em dado moment o
do meio circulante actual. e com a elasticidade precisa, ás varia-
Só no augmento da nossa riquesa é ções da actividade commerci"l, maio-
qne podenl0s encontrar os meios ne- re1;' seriam os lucros para os seus ca""'
eessarios para a "f(ectlviil.ade de tal pitaes, como melhores seriam os bene-
commettlmento. ficios para as classes productoras.'
A expansão da nossa nctividade pro· . . Sommas elevadas .estão improducti-'
,
.
ductora Incta, entretanto, com os lnaís vamente recolhidas ás caixas dos ban-
sérios obstaculos, devido, em grande cos. pelo receio de riscos na sua ap-
parte, á falta, no Brasil, de uma or- plicação.
!:'anlzação bancaria apta a fornecer á Capitaes avultados permanecem, as-
lavoura, ás industrias e ao commercio sim, retirados .da circulação(), conl
os recursos e, o credito, de que neces- grande damno para o movimento de
sitam para as exigimcias de seu des- nego cios e para o fomento da nossa
dobramento.
. .
producção.
Sirva de eJCemplo o caso recente do A criação de um instituto de credi-
'n08so café, que esteve a pique de de- to . central, onde os outros bancos en-
sastre 'mminente ou de prejuizos in- cOlltrmu mei.os e garantias para a mo-
calcula.veis, por -não es~arem as praças Yi.mentação de seus depositos e de
643

aens haveres, parece a providencia cindivel de proporcionarem-se aos nos-


:aconselhada afim de que não faltem os sos productos agrícolas as mai-ores fa -
recursos e o credito, a juros modicos, cilidades posslvels em materia de cre-
de que tanto precisam a lavoura, as dito, a jur.os medicos e prazos longos,
lndustrias e o commercfo para as suas que lhes permittam a restauração gra-
.necessidades. dual de suas culturas, torna mais
.
Por meio do redes conto e da caução relevante e mais urgente esse assumpto,
de titules, endessados pelos bancos con- altamente recommendave'~ ao ."!;tudo
.Borciad.os e origina rios de transacções dos poderes competentes .
a.gricolas, industriaes ou commerciaes
Regimcn Tribuútl'ie As modIfi-
:ou por meio de "war-rants" representa-
cações ultimamente introduzidas no
. tives de pr.oductos nacionaes de dif-
. nosso regimen tributario. com o in-
fieil deterioração . poderão ser sa-
tuite de distribuir proporcional e equi-
tisfeitas, .coll). a elasticidade imprescin-
tatlvamente os impestos por t.odos
divel, as exigencias das classes pre-
quantes exerçam uma actividade lu-
.ductoras.
cr-ativa e com o proposite de evitar-
A certeza do redescente eu da cau-
se que uma só classe, como a lavoura,
-:cão dos titulos em carteira fará com
que os bancos devolvam á circulação
continúe a ser quasl a unica contri-
buinte para as despesas do Estade, vãe
·e appliquem em fins reproductivos as
produzindo os mais beneficos resulta-
quantias, que, em pura perda, estão des.
aferrolhad.as em seus cofres. A generalisação de imposto em pro-
Com o concurso dos estabelecimen- perçãe dos haveres e lucres de tedes
tos bancarios existentes e com os re- quantos tem o dever de concorrer para
cursos que provisoriamente forem for-
i
manutenção dos serviç.os publ!ces,
necidos pela União, poder-se-á iniciar além de ser justa e razoavel é uma
·a execução desses alvitres, sem que o medida que virá collocar o Theseuro
v.olume de papel meeda, neUes por- ao ~rigo de surprezas e impreVistos
ventura applica.do. acarrete mal. al- perigosos.
ogum; porque as operações serão a A revisão. a que se procedeu, nas
'c urto prazo ~ com resgate prompto e tabellas dós impostos de cemmercie,
-com incineração das sommas recebidas . de sello. de vlaçao. territorial, de en-
.á preporção que forem restituides .os tradas em casas de .diversões, de capi-
valores que lhe serviam de garantia. tal empregado em predie8 de aluguel,
Convertidos em .ouro os milhões de sobre subsldlos e vencimentes e nas ta-
saccas de café adquiridos pelo Gever- xas de expediente e de matriculas; já
no, poderá eBe ser aproveitado como d<ltermlnou censideravel augmento nas
lastro metalllcopara o novo instituto. rendas publicas.
Esse ouro, ass,itn transformado, ca- As finanças do Estado tendem a não
so as necessidades nacionaes não lhe. assentar num só imposto; e, conse-
imponham outro d·e stino, serviria en- quente.mente, minoram as perturbações
tãe de pedra fundamental para a gran- de que se resentiriam com as crises,
~e obra da'
·reo·rganisaçâo banca-ria, em que periodicamente affectam um ou
que assentará a reconstrucção ecene- i outro producto; uma ou outra classe
mica e tinanceü'a do paiz. de centribuintes ou de impestes.
A catastrophe tremenda. por que' Camlnhámes bastante e conseguimes
·!1caba de passar a lavoura paulista, resultados satlsfact.orios; mas falta
<t<lterminando a necessld~de iln(llres-

I
multo ainda, para chegar aos fins am-
, , .. '.' ", ' ,' , ,"" '


. ..

644
. ,- .' . .
" ,.
.

. bicionados: aJliviar os pl'Oductores dos o bafejo do proteccionismo -aduaneün


g'r avames, que embara.çam a sua acti- e de isenções fiscaes, sem- que, entr e ~
"idade, sem privar o Thesouro de re- tanto, concorram ellas, proporCiona i·
. •

cursos certos e seguros para" attender mente a esses lucros, para- satisfacção
á. necessidades publicas. dos encargos da administração · 'ecor-
O esquecimento de disposições cons- respondente allivio das outrali classe.
I itucionaes, que delimitam a competen- de contribuintes.
da da União e dos Estado, em mate- No imposto' sobre a .renda, genera li ..
da de tributação, tem sido o maior zado por todas as classes · e por tod" "
obstaculo para que estes possam rea- as industrias e profissões lucrativas "
l"izar uma reforma accorde com os proporcional aos respectivos 'lucros, a s··
hons principlos e capaz de enriquecer sim como no imposto territorial .basea ·
os respectivos Thesouros, sem sacrlfi- do no vaJlor das terras livre de 'bem ·
cios exaggerados para o -povo. feitorias, é que deve repousar a refo" ,

Para bem de todos e para garantia ma do nosso regimen tributario ~ a :-; ··
do progresso da Federação, é indls- sumpto de flagrante actualidade, qlH~
pensaval
. que,
. conciliados os . interesses deve lDerecer a vossa melbor attençã.o.
nacionaes com (lS regionaes, fiq ne de . .
Defesa do Café O bloqueio do"
vez respeitada a partilha de rendas •
grandes centros importadores de café.
feita pela Constituição de 24 de feve- a escassez de transportes 'e' as restrit-
reiro. ções oppostas á ent·rada. desse producto,
O Congresso· do Estado, em 1904, nos mercados europeus; criaram uín (~
tendo reduzido a taxa de exportação situação de graves apprehen~ões par"
de café de 11 para 9 %, procurou nó a nossa lavou ra.-
hnposto, que então criou. sobre o ca-
. Calculada em 12.000 .00 0 de sacca H
pital empregado em iminovel rural,
a safra de café de 1917 -191 8, difflcll-
. em casa de commercio, em, emprezas
mente poderlamos exportar dois tel'-
industriaes, em ·s ociedades anonYqlas e •
ços, siquer, desse total.
em. emprestlmos, chamar novas clas-
8es li contribuição para o era rio e des- O excesso, de producção SObre o co n-
cobrir novos rec,ursos, que supprissem sumo, avaliado em 4,000.UOO de sac-
a reducção feita em beneficio da la- cas, viria trazer forte oppressão ás
voura. praças exportadoras, grande baixa nos
. O imposto sobre capital, além de preços e incalculaveis prejulzos para

sar reiltrictlvo ae seu emprego no des- a economia -nacional, si . providencias


. . '

envolvimento das forças productoras, opportunas e efficazes não fossem pos-


" ccusa augmento apreciavel de anno tas em execução.

para anno e, não raro · se :vfasta <la A retirada dos mercados exportado-
illdlspensavel equidade, por.q ue é exi- res do excesso previsto era o alvit,r e
gido sempre, ainda mesmo que não geralmente aconselhado .. para que o
haja lucros ou. que estes sejam dese- resto da safra se escoasse sem maiores.
g uaes, perturbaçÕeS.
A guerra européa trouxe uma grande O Governo do E"'t~do, atte.ndendo ás
-
expansao . nas nossas ind ustrias, no justas e legitimas solicitações das

nosso commercio -e na nossa lavoura. ,classes interessadas e empenhado em


Lucros fabulosos são auferidos por que do esforço dos nossos lavradores
e mprezas industriaes, de commercio e se deparasse razoavel remuneração .
de transporte, c-riadas. em regra, sob procurou. com a maxima solicitude.

-
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., , - , , ,," ' , .. ,'
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,, 645 - ,

combinar : lnedidas que viessem impe- integrálmente ao ThesouT'o Na cional


dir o sacrificiG da safra em curso e as sommas a elle tomadas e que fica-
conjurar o desastre imminente, r iam garantidas pelo proprló Estado
Contando com o patriotico apoio do e pelos cafés adquiridos, que s e acha m
Senhor Presidente da Republica, sin- depositados nos armazims da Compa-
ceramente interessado no amparo á nhia Docas de Sant<ls e em outros a r-
vroducção ' nacional, e com a bôa vou- rendados ou ad'r ede edificados e ada-
tade do illus1re Ministro da Fazenda, ptados pelo Governo,
o Governo do Estado solicitou e ob-
Ultima do o a juste com ;\ {J niào, o
teve que, da emissão votada pelo Con-
Governo do Estado, COIn -Vi-:: recursos
gresso Nacional e pa l'a a qual tanto
recebidos, passou a intervir na praça
concorrêra, com o seu zelo e dedicação
-- de Santos de inteiro accordo com li
. pelos interesses llacionaes, a iUustrada
,'epresentação paulista, fosse desti- Directoria da Associação Corumercial
nada a quantia de 150,000: 000$00 daquella cidade, cujos conselhos qui.
para a defesa do café, sempre ,o uvir, não para fazer u ma ope-
A parte da e-missão re-servada para. ração mercantil, ' com todo o fito de
,

esse fim viria prestar. no momento, lucro , mas sim com a JlTe.occupação
grandes serviços ã principal riqueza de auxiliar a lavoura cafeeíra de Sã..
do paiz, sem que dUl'adoira mente pu- Paulo e as de Minas" do Pa ranã , tri-
desse influir no augmento da circ ula~ butarias do porto de Santos ,
ção de curso forçado; por isso que, Aproveitando-se, para isso, dos a p-
liquidada a <l'peração, a somma appli- parelhos oificlaes existentes e m San-
cada Beria reslituida ao Thes ouro Na- t os ' Recebedor!a de Rendas. Bolea
ciona-l para ser incine rada, ou, então, OHicial de -Café e Ca ixa de Liquida -
reservado o ouro resultante
,
da venda ção -- o Governo do Estado, mantido
do café, poderia elle servir , de lastro o p;'eço minimo da cotação do dia e '
para uma reforma' baucaria, visando mediante uma classificação equltatlva
attender ás necessidades do commercio de todas as casas commissarlas. baBea,
e das classes product<lras, da na proporção dos respectivos rece-
No contracto então ceJebrado com bimentos , operou fran camente no mer~
o Governo da Uriião , para execução do cada cafeeiro, fazeudo, na medida dos
plano ,combinaão, o nosso E stado não recursos fornecidos peja União . a com-
figurou como um s olicitante de e m- pra desse producto.
prestimo para s atisfacção d e seus com- Sem preferencia por quem !luer que
promissos ou de suas necessidades 10-. seja, sem intermediarlos extranhos a os
('aes; mas, Simplesmente, recebeu do insti tutos - officiaes, com (I'. mai~ es-
Governo Federal a honrosa incumben- crupulosa correcção e imparcialidade, o •
da de promover a de fesa do café, pro- '\ ' Governo do Esta do, por intermedio des-
dncto nacional por excelIencia, com os '( ses Institutos e com a coHa boraçl!.o ,
recursos ;que · lhe .se rialn ;'fo'rne~ildos: ; que solicitára, de todo o commerclo
promptificando-se. entretanto, como de Santos, conseguin desafogar a pra-
boni e honesto gestor, a prestar con- ça, amparando a producção e , t ranquil- ,

tas detalhadas das quantias , recebidas, lizando os esplrltos appreheneivos com


á proporção que fossem applicadas ao s a perspectiva de paraIysação , do mer-
fins exolusivos do accoruo e, bem a s, cado e a viltamento dos preços. , '

sim, assumindo todos os riscos da ope- Foi, de tal modo bene!ica ," etricaz,
ração , C'OlU o compromiss.fr de re stituir a - intervenção official no -. me-r~.a.do - Q·ue..-
,
. ,. ,- ' , ,
, " , . " .""

• - 646

ainda mesmo antes de seu termo, a da honrosa commissão · de que fôr·a en-
Associação Commercial de Santos por carregado pelo Governo . da Republica.
Intermedio de umaCommlssão. com- Até á data acima .referida, tinham si-
.posta doa 8rs. A. A. de Azevedo junlor, do adquiridas por conta do Estado "
doutor Antonio Carlos de Assumpção retiradas dos mercados de Santos e do
'e doutor Henrique' de Souza Queiroz, do Rio 3.073.686 saceas, em sua maio-
em otrtclo que, a 7 de março deste an- ria, de optima qualidade, pOis que a
.
no, enviou ao Governo do Estado. as- média das compras é superior ao typo
sim se pronunciou: It A Commlssão, 4 de Nova York.
em nome da praça de Santos, rende <10 A retirada do gy.ro dos nego cios de
Governo do Estado e ao seu operoso tã<l grande quantidade de café, oorno
Secretario ·da. Fazeilda a mais sincera era de esperar, prodUZiu os etreltos de-
homenagem, reconhecendo o seu mais sejados,desopprimindo a praça, regu-
decidido esforço e a sua maior Isenção larizando a exportação do resto da aa-
4e animo', na fórma por que tem ope- tra e supprindo a falta de mercados
rado. Mais ainda reconhece e proclama .europeus completamente fechados.
bem alto o inestlmavel serviço presta-
Por .outro lado, vendido, como está
do á nossa praça e á nossa lavoura,
hoje, todo o café da valorização, exis-
Bem o qua'l·.o ,.,nosso commercio estaria
tente na Europa, o stock formado pelo
desmantelado. com aviltamento de pre- Governo em Santos e no Rio ba de
ços, e a nossa .lavoura completamente
ser, em tempo -opportuno, collocado a
a.rruinada -'.
preços elevados, ficando então o Es-
Com o mesmo proposito de defesa tado de São Paulo babilitado a resti-
do café, o Governo do Estado, por .in- tuir Integralmente ao Thesouro Nacio-
termedlo da. Recebedoria de Minas e nal as Bom mas recebidas e que tão &8-
dos Armazens Geraes, interveio na signal'adoB serviços prestaram I!.s clas-
praça do Rio, fazendo a0quisição de ses prod uetoras e á economia nacli>~
parte do stock lá existente p'rovenien- nal.
te de Minas, do Rio e do Esplrito San- Além da intervenção oftieial no mer-
to .. cado, por si só sufflclente para nOr-
Por conta do credito aberto pelo mallsar o commercio do café e impe-
Governo Federal, até o dia 3 O de ju- dir a calamidade que se annunclava.
nho ultimo, tinha o Governo do Es- o Governo do Estado agiu, ju~to ao
tado recebido a quantia de ..... . . Governo Federal, atim de que no con-
110.000;000$000, dos quaes já pres- vanio, então em negociações com a
tou contas da. quantia de . . ..... . . . França, fosse Incluida uma clausula
100.000:000$000, estando se'lldo pro- estabelecendo, como compensação pelo
-cessadas as dU "'somma restante. arrendamento dos navios, de que lamos
Essas contas, acompanhadas dos fiéarp~:::"ados para õ transporte .da
... ~ ~:

<locumeDtos comprobantes da despesa nossa pra"'"cção, a obrigação de com-


feita exclusivame.nte· 'com as compras pra de 2.000.000 de saccas de café da
de café, seguro-e arIllazenagens; foram .safra em via de exportação . .
remettldas ao Mlnlsterio da Fazenda Graças, principalmente, a essa série
e estão na Dlrectorla de Contabilidade I de medidas, dissiparam-se as appre-
do Thesouro Nacional, para cabal de- hensões que, sobre a sorte do caté,
"
monstração do desUno que . o Gonrno desde o anno passado se vlnlíam avo-
de S. Paulo deu ás sommas recebida. e Iumando e não lograram confirmação
do modo pele qua.l ag-iu no desempen.h o os sombrio. a ugurlos de espirltos pes-
',', " ' . ', ' ' , . ,', . '.. ,. .., ,

- 647

. -3imistas, poucos confiantes no vig-o·r das ! de extraol'dinaria riqueza e de auspi-


·nossas forças economicas e na acçao - I
ciosa phase de geral prosperidade.
dos responsaveis pelos destinos de
Geadas - Sobrevieram, porém, com
:nossa terra.
a viotencia devasta dora de um tremen-
A colheita de 1917-1918, avaliada do cataclismo, >3S fortes geadas das
""m 12.000.000 de saccas. produziu .. madrugadas de 24 a 26 de junho ul-
·12.133 .930, entradas em Santos, as timo, as quaes des truiram, em poucas
·quaes, reunidas ao saldo da safra pas- horas, a maior parte de nossos cafe-
sada (881.941). fOl'mam um total de zaes; sacrificaram, por alguns annos.
·13.0·25. 871 sacca~. as fartas e promissoras colheitas do
Desse tOtal fo ram exportadas, du- producto que representa o maior pa-
Tante o anno, ".37 O. 115; foram vendi- trimonio do nosso Estado e de todo o
·. das ao Governo dn mstado 2.949.454 e Brasil; inutilizara m as plantações de
ao Governo FralH:ez 1.150.000; estão canna, de -mamona e de a'lgodão e a:r:
.
e m poder de exp ortadores, já vendidas ruinaram as pastagens destinadas á
·.e á espera de eml"'l'que, 965.692 , e criação e á engorda de nosso gado.
-·e m pOder dos comUlissarioB apenas _. O grande flagelIo dissipou, assim, as
590.610 saccas e, essas mesmas, de fundad-as esperanças de· uma proxi-
·café de qu a lidad es interiores. ma éra de fOlgada situação econo-
mica e de bem-estar collecti vo para o
o

Estes re8 ultadoH habilitaram-n<Js, I


I povo paulista.
·co nf etfeito _ a po(l e r a ffinnar. sem opti -
Os immensos e incalculave is dam-
mismo. que ehegaremos ao termo do
liaS, por eile causados, uão se limita-
a nuo c<l mm el'cial agl'jco1a numa situa-
ram , entretanto,. á esforçada e labo-
ção tncontestavelmen.te melhor do que
riosa classe dos lavrado res. que, de
a de eguaJ data do anno passado; já
um momento para outro, viu compro-
·porq ue o si ock (I<, café disponivel era
mettidos os seus capltaes e o fructo
·menot do que o do exercício anterior,
de seu incessante labor.
já porque" colheita era calculada em
ElIes se estendem a toda a econo-
um terço me.nol' do '1ue a precedente e,
mia nacional e atfectam gravemente
·finalmente , porqu e. além de não restar
as finança s do Estado, porque "un-
·na Europa um só g ";'io de café da va-
ea será demais repetil-o -- é na agri-
'lorização, o preço (:01Tc nte desse artigo
éultura, e, principalmente, na lavoura
·aqui era de 5$800 por dez kilos, con-
de café, que repousam as rendas pu-
tra 5$000 n o mes mo período do anno
hlicas e a riqueza nacional.
findo Foi profundo o golpe desfechado s o-
Amp arad o~ (-.OInO eH tavam, pelos po- bre aS classesagricolas, que ha mui-
,deres publicos. () "afé . os interesses tos annos, vinham luctando com sérias
dos la vra.dores e os elo (',ommercio com- difficuldades, enormemente aggravadas
nlissario; rea.lizada a venda total da pela superveniencia da guerra. eur(".-
safra de café e do deposito restante péa.
no Havre; Intens ifioada a cultura de A dura provação não deve, comtu-
-cereaes. de canna de aS8ucar, de aIgo- do, anniqullar ou, siquer,esmorecer
·dão e de mamona; desenvolvida a pe- o animo resoluto e abnegado dos la-
cuaria· e expandindo-s0., em s uas muI- vradores de São Paul() .
.Uplas fórmas , a industl'ia fabril; -Nó espiTilo de tr·a balho, de coragem
Y:.iamos ~' com natura.l desvan ecimento, e de perseverança, que tão eminente-
;a.brir· sE> rlearite el e n(Í ~ a pe l-5 pectiva mente .os ca'racterizR : no a.mor e na
"
--
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-../,::. .. ", . .....,.
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'
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,

648

-
dedicação, que sabem votar á sua ter- entendimento directo entre os interes~
ra, elles hão de encontrar os estimu- sados ou por acto legislativo; , " 10l'ne-
los precisos para emprehender e ·rea- cimento, a juros modicos, de recursos
li.ar, dentro de pouco tempo, a obra sufficientes para o(} reparo e custeio
da restauração de sua fortuna. das lavouras; a inte'f\'enção nos
A tarefa é, em verdade, das mais grandes mercados de café para defen-
,

arduas e penosas e s6 mui difficil- der-lhe o preço contra a especulação


mente ,poderia ser levada a bom ter- )Jaixista e para assegurar uma c,om-
mo, sem o concurso franco e decidido pensação, reduzida embora. li diminui-
" dos poderes piiblicos. Esse concurso, ção das safras; a largueza e a facili-
eu o affirmo, não lhes frultará. dade de credito, por Ir'eio do redes-
Os Governos da União ,e do Esta- conto de effeitos comme;:.,iaes ; a equi-
':'0.,
do, que nunca recusaram o seu apoio tativa modificação nos [':.cuntractos de
ás legitimas aspirações das classes pro- salarios agricolas; a intensificação de
ductoras, estarão, por certo, promptos novas culturas nas áreas occupada's pe-
a estudar e adoptar, nesta dolorosa,
,
los cafezaes damnificados; a distribui-
emergencia, O conjuncto de provldim- ção systematica de sementes; a reduc-
ciaS adequadas, sinão á reparação in- ção de fretes ferroviarios e ma'fitimos
tegraI dos prejuizos verificados, pelo e de outros encargos, que ainda one-
menos á indlspensavel e urgente mi- ram a lavonra, são os alvitres que,
.. - ..-
,

noração delles. R meu vêr, pOdem mais rapida e se- "


Dentro da ' esphera de suas attribui- guramente minorar os calamitosos ef-
ções, os poderes , do Estado saberão feitos da vasta catastrophe e revigo o'
cumprir o ,seu dever, executando as rar, a pouco e pouco, as fontes pro-
medidas ao seu alcance, e promov-endo, ductoras de nossa riqueza.
perante as auctoridades federaes, aS Contando com o · indispensavel con-
que destas dependerem. curso da União e com a solicita e es-
Além da ruina das diffel'entes cul- , clarecida collaboração do Congresso
lUTaS e da diminuição das colheitas, I do Estado, e aPPe'Hando
,
. confiadamente ,
as geadas acal"retaram sensiveis a·b a- para , 0 esforço, para a energia. e para
los nas relações de facto e de direito, a tenacidade de todos 0 $ paulistas, ,

existentes entre patrões e. colonos, en- mais uma vez asseguro que ti meu Go-
tre credores e devedores, entre çom- verno, enfrentando, cahna mas reso-·
missaríos e committentes; ao mesmo lutam ente, o infol'tunio que a todos
tempo que vieram trazer sérios emba- nos attingiu, tomará todas as inicia-
raços ao comm.l"rcio de café, na pra- tivas, assim como apOiará to.d as as me-
ça de Santos. didas que se façam necessariaa, para a
,

Para a restauração dos damnos ma- completa restauração de nossas cultu-


teriae8; para o restabelecimento da rãs, de cuja prosperidade dependem o
normalidade das relações affectadas e progresso do Estado e a fortuna da
para o amparo do mercado de café, Nação.
faz-se mistér a decretação oppor- São Paulo, em 14 de julhcl de 1918.
tuna de providencias varias, cuja ,com- AlUno Arantes.
plexidade e cuja efflcacia );eclamam a
attenção urgente, mas sempre refle- * •
,

ctida, dos poderes .competentes. _ 'benhores nlem bros do Co ngresso Le-


,
• gis)ativo:
A prorogação dos prazos 'para amor· !
;
tização das dividas hypothecarias, por ,• •
Sob os belleficos ausptcio::; da Paz,.
," " . ,' " " . ,',:,"';'" "".,~'"~ :,." "", ,,,,.,,"" '.-" "'" .. , " .',
~ '" '"," , " ',,:'
\ ' " ,. "",'
,)

649 -
,

por cuja necessaria victorla tanto an- I mero dos vivos, tornára-se, em verda-
ciavam" os noSSos votos de patriotas e de, por suas peregrinas virtudes civi.-
os nossos' sentimentos de solidariedade cas e privadas; por seus extraordina-
humana., rea liza-se a vossa reunião rios dotes de espirito e de caracter:
annual e installa-s<l, com eU a, a 11 .·
le,g lslatura republicana do Estado de
por seu alevantado e intransigente pa-
triotismo; pela desassombrada visão.
, .
.sfV) Paulo. com que enfrentava e resolvia os mais
Congratulo-me co rdialmente comvos- intrincados problemas Bociaes e admi-
~o por essa. circumstancia duplamente nistrativos do paiz; a, sobretudo, pelo~
feliz, que vos proporciona a elevada incontestaveis e relevantes serviços, que
bonra, a par da grande responsabilida- prestára. em sua longa· carreira publi-
de, de represe'n tardes os interesses e as ca, ao Brasil e á São Paulo, a tlgu-
aspirações de nossos concidadãos, nes- ra de maior e de mais sympathlco re'
ta quad'ra brilhante, mas melindrosa e levo em nosso scenario politico, neste::;
dlfficil, de regeneração social e de re- ultimos tempos.
surgimento economico. Deputado provincial, deputado ge-
No ' fiel cumprimento desse nobre rrul e Presidente ' de Provincia, no Tegi-
mandato, estamos todos bem certos de men monarchico; deputado ao Con-
que não desmentireis as vossas' tradi- gresso Constituinte; senador fedéral;
ções de intell!gent<l operosidade, nem duas vezes Ministro da Fazenda; Presi-
faltareis â confiança do povo livre e dente do Estado de São Paulo em dois
esforçado-, que tão acertadamente V.QS quatriennios e Presidente da Republi-
,e legeu para delegados de sua sobera- ca no periodi> de '1902 a 1906, o
'nia e para cooperadores de sus gran- Conselheiro Rodrigues Alves soube, des-
deza e de sua prosperidade. empenhar-se de todos esses multiplos
Dominado ainda por profundo,- pesar, e dedicados encargos com inteUigencia. '
evoco á vossa com movida lembrança o •
correcção e fulgor excepcionaes, lo-
infausto fallecimento do preclaro bra- grando , dest':3Jrte, a rara fortuna de vêr
sileiro. nosso benemerito conterraneo, o seu nome aureolado da admiração e
o Sr. Conselheiro Francisco de Pau- do respeito inalteraveis de seus con-
la Rodrigues Alves, occorrido na Capi- temporaneos, e de têl-o inscripto agora
,
tal, da Repu blica, em 16 de Janeiro do nos fastos de nossa Historia, como
corrent<; anno. exemplo perenne e luminoso de inte-
' Sobreyeio-Ihe a morte, exactamente gridade e de civismo.
quando o eleitorado nacional, numa es- Ao Estado de São Paulo cabe o im-
pontanea , consagração aos seus incon- perioso dever de prestar ao seu nota-
testaveis meritos de cidadão e ás suas vel filho e devotado servidor as home-
comprovadas qualidades de estadista, nagens de veneração e de reconheci-
acabava de reelegel-o para a suprema mento, que elle bem mereceu, fazendo
magistratura da União; no quatriennlo erigir um monumento condigno á sua
que ora vae decorrendo. memoria gloriosa.
O lutuoso acontecimento repercutiu Verificado o impedimento do Presi-
dolorosamente por todos os recantos de dente eleito da R-epublica, assumiu
nosso territorio, enchendo de magoa e o Governo', no dia 15 de Novembro dó
de ,a pprehensões a quantos sinceramen- anno proximo findo, na fórma da Cons-
te estremecem sobre a tranquillidade e tituição, o Vice-Presidente, Sr. Dr. Del-
sobre o futuro de nossa Patria. fim Moreira da Costa Ribeiro, o qual,
O grande cidadã6;-que assim desa'p- desde então, exerce as funcções de sua
pareceu,: . quasi r.epentinament~, do nu- elevada investidura, com superwrida-
.. ', . .. ... " . . . . . . .. . '. . .. ,"
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" '~. ~, ' "
. ,,' .. ,'.

- 650

de, ' criterio e firmeza verdadeiramente cumbidos pelo Secretario do Iuterlor de


dignos do apoio e dos applausos, que escolherem o local para o· monumento
lhe telll prestado a Nação, e aos quaes e de formularem as bases para o res-

se associam, com indefectível sincerida- pectivo concurso de projectos . Esse
de, o Governo do Estado e os repre- concurso, aberto pelo prazo de doze
sentantes paulistas no Congre~so Fede- mezes, devia encerrar-se em 7 ~e Se-
ral. . tembro do anno findo; mas, a pedido
Ainda desta vez, cumpre-me regis- de diversos esculptores. estrangeiros
tar, com desvanecido agradecimento, as em sua maioria, que allegava"m , com
honrosas visitas que, ao Estado e as razão, difficuldades de transporte para
suas autoridades, fizeram o Sr. Almi- as "maquettes", foi prorogado por duas
rante W. B. Caperton, Commandante vezes, tendo-se encerrado definitivamen-
da Divisão Naval Norte-Americana, em te em 30 de Junho do corrente ·anno.
operações de guerra no Atlantico-Sul; Eleições Além de ,"arias eleições·
o Sr. Conde Alexandre de . Bosdari, parciaes para vereadot'eA e juizes de
Embaixador <:le Sua Majestade o Rei da paz. em diversos m unicipios e districtos
[talla; e o Sr. Kouma
.. Horigoutch1; Mi- de paz, realizou-se, no
dia 9. de Nov.em-
nlstro plenipotenciario do Japão junto bro do anno findo, a eleição de nm
ao Governo· da Repu blica. senador federal, na vaga proveniente
A todos esses iIIustres hospedes fo- da eleição do Sr. Conselheiro ROd'rigues
ram, da melhor vontade, tributadas as A-lves para Presidente da Republica,
honras e as attenç.õ es correspondentes tendo sido eleitll '0 dI' . Alvaro A. da
aos seus alto cargos e á missão de Costa Carvalho.
cordialidade internacional, de que eram A 30 de Março do corrente anno,
portadores. procedeu-se á eleição para preenchl-·
.
Centenario da. Independencia - Ba- mento de uma vaga de deputado fede- .
• te-nos ás portas a data centenaria de ral, pelo 2.· Districlo, senão eleito o
nossa emancipação poliUca. dr. Eloy de Miranda Chaves.

Para que a commemoração do ma- No dia 13 de Abril verificou-se, em .
gno acontecimento se revista da indls- tO.do o Estado, a eleição de Presiden ..

pensavel solennidade, ' o Governo, devi- te da Republica, em virtude 'do rá.Ue-·
• .
damente auctorizado. pela Lei n.o 1324, cimento do Sr. Conselheiro Rodrigues
de 21 de Outubro de 1912, inicio,u os Alves; e. a 26 do mesmo mez eHectua-
trabalhos da grande Avenida da In- ram-se os escrutinios para a renovação
dependencia, sob a dlrecção do Dr. Ma- da Camara dos Depu tados e do terço do
rio WhateIy, e abriu coneo'r rencia, '00 Senado Estadual.
pai. e no estrangeiro, para o monu- Apezar do interesse que desperta-
mento nacional, a ser erigido no Ypi .. ram, todos os pleitos correram na me-
ranga, em homenagem aos Heróes de lhor ordem, tendo sido assegúrada, em
nossa libertação. .. toda a parte, a mais completa Iiberda-·
A avenida deverá tem 2.400 metros de de voto.
de extensão, em linha recta, com 45 Novos MUJÚcipios e Districtos de Paz
metros de largura, comprehendendo-se . -Foram creados, no anno de 1918, ·os
. no plano deUa, tres beUos 'parques e municipios de Itajoby, na comarCa de
dois majestosos edificios um dos Itapolis, de Altinopolls, na comarca de·
quaes destinado ao Grupo Escolar Jo- ' Batatàes; de Ourinhos, na comarca de
sé Bonitacio. Santa Cruz do Rio Pardo; de Arira-
Os Drs. Washington Luis, Ramos de nha, na comarca de Jaboticabal; como
Azevedo e Adolpho Pinto foram In- tambem os seguintes distrlctos de paz:.
651

de Candido Rodrigues, município e co- la; principalmente da escola iimls-·


marca de Taquaritínga; de Guariroba, da • convém tornar-se obrigatoria a
municipio e comarca de Taquaritinga; residencia do professor nas proximida..
de Baruery, municipio de Parnahyba e des da séde escolar, afim de poder el-
comarca da Capital; do Ypiranga, muni- le melhor desempenhar o seu papel de
clpfo e comarca da Capital; de Saran- educador e maior influencia exercer
dy, munlcipio de Jardinopolls e comar- sobre a população local.
ca de Batataes e de Osasco, municipio Para execução da lei n.> 1.579, de
e comarca da Capital. 19 de Dezembro de 1917, foi expedidO
Quast todos os municípios e distri- o decreto n .' 2.944; de 9 de Agost"
dos de paz; acima referidos, se acham de 1918, contendo disposições referen-
legalmente instalIados. tes ao ensino primarlo otficial e ao
particular, além de 'outras em relação
Ensino Prima.rio A nossa legisla- ás e!R.olas estrangeiras, para Que o en-
ção escolar, apezar de remo<lelada em sino nellas ministrado fosse feito em
,
um ou outro ponto, não póde deixar
de ser refundida, porque o desenvolvi-
, .
lingua portugueza e Se tornasse uma
realidade o ensino de Geographia e '
mento- do ensino impõe, a cada pass,o, Historia do Brasil, aos alumnos que as
ampliações e refOrmas. frequentam. Para tal rim. o alludido
Até hoje, só tem sido educado nas decreto estabelece os meios de acção da
escolas publicas quem as p6de ou as Directoria Geral de Instrucção Publica.
quer frequentar, dahi resultando que, Foi tambem approvado o novo pro-
DO anno passado, ás nossas escolas em gramma para as escolas ruraes. -distrf-
funccionamento sobrou capacidade pa- ctaes, urbanas, grupos escolares e cur-
ra cerca de 37.000 alumnos. E' preci- sos complementares, de accôrd<> com as
so, pois, trazer á escola os que não as disposições da lei. citada .

J)Gd.em ou não as querem frequentar, Em todos os estabelecimentos de en-
estabelecendo-se, com esse int.uito sino do Estado, foram encerradas as
para uns, a assistencia escolar; para aulas no dia 18 de Outubro , com o
outros; leis rigorosas que obriguem os fim de evitar-se a disseminação da grlp-
menores, dos 7 aos 12 anDos, á matri- pc hespanhob.
cula e frequencia nos nossos estabele-
Fiscalização do Ens:· no A fiscali-
cimentos de ensino primario. Só assim
zação do ensino, a ca.rgo da repartição'
deBappar.~perãQ ' os claros exi&tentes nas
. .' . competente, precis'l ser modificada de
matriculas de nossas escolas e podere- , '

modo que possam os funccionarios, en -


mos assegurar a frequencia llas de no:.
carregados de tal mlst,jr, aUender ple-
vo provimento.
namente a todas as ne~essída.des do en-
E' de conveniencia que se estabele-
sino publico. como ainda aOH novos en-
çam novas disposições legislativas, que cargos que lhes attr0)11e a lei n.O 1.579,
Obriguem o professor a assumir o exer-
cicio do cargo, logo após a nomeação, ,
Estatística Escola.. -- Em 1918, a
e o impeçam de deixar a regencia da nO,s sa população em edade escolar, dos
escola', salvo em casos especiaes, antes 7 aos 12 annos, attlngiu . a 480.164 ,

de haver comparecido o sel! substitu- creançaJ;;, confórme o calculo da Dlre-


to legal; e. bem assim, impeçam o seu ctoria Geral de Instrucção Publica. A
afastamento em virtude de continua- matricula geral, nas escolas estaduaes,
das licenças, embora concedi<las sem municipaes e particulares, e'levou-se a
vencimen tos. 253.406 alumnos, ·dentr6 os quaes fre-
Para .e garantir a efflcacia da 8SCO- 1 quentaram o curso prima,rÍo són1"ente'
... :. " •, '. .
. ' "
• ,
' ..
'" .. " . .. ' . :':
'., .'

652 •

232.621. Houve, portanto, sobre o an- _. regularidade, tendo os medicas Inspe-


no de 1917, um accTesclmo de 23.863, ctores da Capital ,e do interior, de Ja·
na matricula geral, e de 21,. g 3 6 na do neiro a Outubro, realizado os segutnte ~
. curso pTim·ario. Pa·ra est~ ultimo ac- trabalhos:
cresclmo, concorreram as escolas esta- Visitas a escolas , publicas, 1. 652;
duaes com 9. 686e as particulares com a escolas particulares, 515; a Interna-
12.150 aIumnos, sendo que ~. 846 des- tos, 40; a salas de aula, 2,258; a dor ·
tes se acham matriculados eUl 38 es- mitorios, 73; inspecções medicaS-par-
~olas, subvel1Cionadas, com as quaes ciaes, 34.349; exames medico," fndivi,
despendeu o · Governo a quantia de .. . duaes, 10.797; vaccinações contra ••••
199 :150$000. Mas, mesmo assim, ..... . vario la, 3. 643; revacclnações, 12.196:
247.543 creanças, entre 7' e 12 annos boletins · medicas expedidos, 8 . 986; ho·
de edade, ficaram sem escolas. letins dentarios expedidos, 10.909 :

'o numero de alumnos que fr","uen- prelecções sobre hygiene individuai.
taram ,os grupos escolares, tanto da
,
conectiva e pedagogiea, 1 _'191; Intim",'
Capital, coJ?1o do interior, foi de ... . ções expedidas, 31; evicções determi-
101 . 129; o das escolas reunidas, , .. . nadas, 357; visitas -de prophylaxfa sa -
5.439;' 0 das Isoladas, 61.421; o das nitaria, em
escolas, 70;- e-m domicilios ,
mtinicipaes, 12.464; e o das particu- 12. .
lares, 61. 369. O das escolas normaes No intuito de conhecer as deficien-
attlngiu a 3.423; o dos gymnasios, a eias phys1cas decorrentes de factore.
843 ; o das co'm plementares, a 716 e o ethnicos e mesogenicos peculiares a ai --
das profissiona'es estaduaes, a 1.537. gumas zonas do Estado, o dI'. Vieira
Funcclonal'am, no Estado, 176 gru- de Mello, medico-chefe, designou um
pos escolares, dos quaes 30 na Capital inspector para proceder ao exame indi·
e 146 no interior. Houve, pois, um ae- vidual dos alumnos do grupo escõiar e
crescimo, sobre o anno de' 1917, de 6 das escolas isoladas de)'arahybuna, or-
grupos, visto terem sido creados esta- ganizando, a seguir, as respectivas me-
belecimentos ' desta ' natureza nas se-
, dias estaturaes e ponderaes, as quae3
,

'gulntes localidades: Araraquara, 2.' são inferiores ás da Capital e ás de zo-


grupo; Laranjal; Lorena, 2.· grupo; nas saudaveis; o que ' se presume de-
Pirassununga , ,gr,upo modelo annexo á pender do predomlnio da ancylostomo-
escola normal ; Monte Azul; e Taubaté, se naquella zona. Identicos resultados ,

4 . grupo.
G foram o bsr,rva·dos em S.J osé do Rio
O numero de classes, nos grupos da Pardo.
Capital, foi <Ie 618, e nos do interior, No empenho ainda de deduzir as me-
de 1.794, o que importa num total de dias -estaturaes e ponderaes dos esco-
2 _412 classes. lares de todo o Estado, fez o medico-
chefe um appello aos d,rectores dos
Duplicou-se o numero das escolas
diversos estabelecimentos offlclaes de
reunidas: de 1'5, existentes em 1917,
ensino, organizando, para isso, a "fi-
passou a 31 , em 1918. Tiveram elIas
• cha anthropo-pedagogica" e as lnstue-
149 classes.
ções pa'ra o seu pr'eenchimento.
As escolas isoladas foram em nume-
Com estes subsldios, tornar-se-á pos-
ro de 1.596, sendo 637 urbanas, 794
sivel estabelecer as medias reglonaes
41atrlctaes e 164 I'uraes. No fim do an-
no, funccionavam apenas 1.570. e traçar-lhes a carta cadastral sanita-
ria, representando, por melo , de côres
Inspecção ?.ledlca Escolar A Ins- convencionaes, as enfermidades que
pecção Medica Escolar trabalhou com contribuam para as deflcienclas nota-
,
' .' '-
.;Oc'
;., .: -
.' .".' .' . •

1,.,
,;
653

das em algumas dellas, °


que se pres- pital, Ca mpinas e Ribeirão Preto, a ma-
tará tambem a prelecções em aulas e tricula foi de 83 fi alumnos, dos quaes
á indicação de medidas administrati- 63 terminaram o cúrso. Destes, 45 fi-
vas, tendentes a corrlgil-as. caram habilitados a receber o gráo de
Outra vantagem decorrente dessa bacharel em sciencias e letras; e 18 ba-'
orientação é que poderá o :Estado pres- bilitaram-se s6mente á matricula nos
cindir dps inspectores escolares munici- i cursos superiores.
paes, cUjas. nomeaçoes - recaem, quasl. I
Foram reconduzidos os ins!lectores
sempre, em clinicos que não pór,lem sa-
crificar os
I
lederaes dr. Almelrindo Me,er Gonçal-
seus deveres profissionaes j ves para o Gymnasio da Capital, dr. Al-
;
aos encargos officiaes, dahi resultando I cides da Costa Vldigal para o de Cam-
..
a falta ' de dados estatisticos' para' ó es- i pinas e dI'. José Arantes Junqueira pa-
I

tlldo das diversas questões que interes- I


ra o de Ribeirão Preto.
sam ã inspecção medica escolar. I
Em virtude do decreto federal n .
Com respeito a este particular, seria II 3.603, de 11 de Dezelllbro de 19H, e
.
deseja vel . a nomeação de inspectores estando os nossos gymnasios equipara-
medicos. CODl. o dever de percorrer! dos ao Collegio Pedro li, foram expe-
mensalmente todas as escolas da zona I didos certificados de approvação, em

I
.
a seu (;argo, odebecendo ás instrucções quatr-o materias, a todos aquelles que
da iilspectoria central. Deste modo, os
directores de escolas seriam auxiliados
por esses profissionaes, no que lhes
i
os requere·ram . .Q Gymnasío da Capital
expediu 17 .103 certif.icados; o de Cam-
• pinas 3. 423; e o de Ribeiril.o Preto ...
faltasse para O complemento da ficha 2.244, ou um total de 22.700.
sanitaria. de altunnos enfer~iços, escla-
No anno de 1917 foram expedidos
recendo-os 'acerca de medidas pl'ophy-
certificados de approvação em numero
lacticas e ditando normas therapeuti- de 2.432.
c-as aos doentes. As vantagens decorren-
Já está concluido o novo predio do
tes de um tal organização, compensa-
Gymuasio de Ribeirão Preto e o Gover-
riam largamente as despesas que ella no vae Iniciar a construcçãó do edifí-
a.carretasse aos cofres publicas. cio para o da Capital.
As clinicas escolares da Capital, su-
Escolas Normaes Funccionaram
bordinadas á Inspecção Medica Esco-
no Estado, durante o anno, 11 escolas
iar, fun ccíonaram com reaes vantagens,
normaes. COll.l 3.423 a]umnos,. sendo
tendo sido accrescidas de novas espe~
999 do sexo masculino e 2.424 do fe- .
cialid~des · no Dispensario HMaria Theo-
minino .
dora. .Arantes~'. onde foram praticadas
1.216 Intervenções medicas, as quaes, Em· todas ellas, de accôrdo com a lei
addicionadt>s de 27 _174 intervenções n. " 1.579, de 19 de Dezembro de 1917,
odontologiclIs nos 5 dispensa rios, perfa- foi installado o curso complementar,
zem o total de 28.390 intervenções me- disso resultando ficar cada escola nor-
,. . . mal dotada de todos os grAus de eusl-
-
dico-odontologicas, realizadas nas chm- .

cas escolare!jl. no, de maneira tal, que o alumno, en-


trando ana1.phabeto para o g·r npo esco-
. Foram tàmbem installados dispensa-
lar, fará, sem solução de continuidade.
rios escolares nos moldes dos da Ca-
t"do o curso, até obter o diploma de
pital, em Jundiahy, Ytú e Botucatú,
professor.
estando prolectados outros em dive.. -
Accentt1a-se i .nas
·
nossas
.
escolas nur-
. aas localidades do interior.
. .
maes o mesmo .
phenómeno observado
Gymnnsto~ - Nos gymnasios da Ca- nas escolas estrangeiras: são ellas pre-
. , - .

..
- 654

feridas pelo sexo feminino, dahl seevi- I orrerecendo O edltlcio escolar calracida-
denclando a necessidade, que tem o Es- de para maior numero.
tado, de trans(o"ftnar a maior parte E' tal o Incremento que a .. scola tem
dellas
.
em escolas exclusivamente fe- tomado ultimamente, e tantos e tão
mlnfnas, deixando sómente algumas uteis são os •
trabalhos executados nas
mlxtas. suas officinas, que ella está longe de
Diplomaram-se 856 álumnos, sendo poder attender ao crescido numero de
228 do sexo masculino e 633 do femi- candidatas, que alli deixam de receber
nino. ensino, 'por falta de vagas.
As escolasnormaes de Campinas e Installados que sejam os cursos de'
.
de Casa Branca ainda continúam mal economia domestica e os ·de dactylo-·
, -
installadas, em predios alugados; õ Go- graphla e commerclo, que nunca func-
verno, porém, estuda osprojectos de cionaram, mas, foram criados pelo de-
eonstrucção de novos edificios pafã es- creto n.O 2.118-B de 28 de Setembro d e
sas escolas, tendo já iniciado a éons- 1911, ficará a ·escola apparelhada para
trucção do novo predio para a escola corresponder ás actuaes necessidades
de Guaratiilguetá. da vida operaria e aos pr.incipaes mi s ~
Escol"", Profissionaes Attendendo- téres da vida pratica da mulher.
se ao brilhante resultado apresentado Conclulram os cursos, no anno fin-
pelos nossos ·estabeleclmentos de ensino do, 89 alumnas; ás quaes loram entr<!-·
profissional, torna-se
• •
precIso augmen- gues os pecullos, a que tinham direito,
tar-lhes o numero, criando-se escolas na importancla de 2:120$000 .
de typo mais simples e de accôrdo com Devido á interrupção, motivada pela
as necessidades das zonas em qüe fo- grippe, o anno lectivo ficou reduzido
rem localizadas. a poueo mais de 6 mezes, e nesse es-
A Escola Profissional Masculina paço de tempo , a renda roi de . . , .
apresentava, no fim do anno, 7·64 alu~ 13: 275$240,
.
mnos matriculados nos · dlfferentes cur- As offlcinas da escola concorreram
sos, tendo sido diplomadps 36 delles. para a exposição escolar ultima, cOm
A renda bruta da Escola, provenien- productos confeccionados. na i mpol'ta n-.
te das vendas, de Janeiro a Setembro, eia de 11:963$300 , tendo s id o vendidos
foi de 16:764$240, dos quaes ..... . trabalhos
. no valor . de 3 : 117$700. . .
1:420$600 appllcados em pagamentos, A Escola de· •
Artes e Officios. de Am-·
na propria escola; 743$410 pagos aos paro,
. . melhorou sensivelmente -com a
alumnos, de suas porcentagens, nessas orientação mais . pratica qne lhe . foi
vendas; e · 14: 600$230 recolhidos ao dada.): .: ,atbcu:sand·o uma ma,tr!cu la ~ f-
Thesouro do Estad.o. -
tectiva de 170 alumnos, o. dobro. da. .
'.
De .accOrdo com o regulamento, fo- do anuo anterior.
. '.
rampagas diárias aos alumnos, na im- A producção da escola fOI de
portancia de 5: 644$000 . 13: 933$560, sendo de 4: 736$940 a im-·


A Escola Profissional Feminina, da portancia das vendas realizadas.
Capital, mantém prese ntemente quatro Faculdade de MedicÍlll\ e Cirurgi!l -
,
cursos geTaes, alé m de uma classe de InstaIlado, ultimamente, o 6. · anno,
pintura e de um curso de desenho pro- ficou definitivamente organizada a Fa-
fissional ou technico, obrlgatorief para culdade de Medicina e Cirurgia .
todas as

educandas. Estão· esses cursos A matricula total attinglu a 243
desdobrados em 14 officlnas, com a alumnos e completou o curso medico·
. I t · l · e596 I s. ão a. ri . eir tnr a e nUn1Prro
655
..
doutorandos. O brilho, por estes
.
em- transferidos para a 2,' quinzena de Ja-
.
prestado ás suas provas tinaes, foi o neiro de ~ 919 os ~ltimos exames par-
o • , • '

melho!' premio que a Congrega~ão po- ciaes e os exames finaes, que deviam
dia alcançar para os seus esforços, ten- ter-se realizado em Novembro de 1918.
dentes a Implantar, em São. Paulo, um O. numero total de alumnos matri-
curso medico Igual aos melhores con- culados, :nos diversos cursos, eleVOU-Sê

generes do mundo. a 185 e seis ouvintes. Completaram
A Escola !unccionou de modo me- o curso de engenheiros civis 18 alum-
uos regular que o costumado, em con- nos,
.
e o de engenheiros
.
mechanicol
sequencia da grippe, por cuja causa e electricistas 6.
houve necessidade de interromper os Para praticarem, dural\te um anno f

trabalhos, antes da época normal, e. foram destacado.o: o sr. Leopoldo A. da


transferir para 1919 o encerramento Silveira Franca para a Companhia Pau-
dos mesmos. lista; João Caetano Alvares Junior para
A epidemia de grlppe, tendo sido uma a Mogyana e Eurico Bastos Guimarãeli
pedra de toque para o civismo e para para as Docas de Santos. Aproveitando
o moral do pessoal docente, discente os favores concedidos pelo Governo ]o'e-
e adlllinistrativo, teve, todavia, o in- deral, constantes do decreto n. O 13.028
conveniente de occasionar perdas graves de 18 de Maio de 1918, coube ao sr.
para a Escola; que ficou . privada dos Archimedes Pereira Guilnal'ães, enge..
professores Etheocles de Alcantara Go- 1 nheiro mechanico e electriclsta, diplo-
mes e Ayrosa Galvã.o, do preparador Dl'. mado em 1917, um lagar entre os que
Diaulas de Souza·e Silva e do alumao seguiram para os Estados Unidos. a

Augusto Venancio dos Reis. aperfeiçoarem-se nos' seus estudos te...


Foi completada a installação do Ins- chnicos.
tituto de Hygiene pela Commissão Ro- Está bem adiantada a construcção
ckfelIer, que vae desempenhando, lou- do Gabinete de Electrotechnica e Me-
vavel e desinteressadamente, o compro- chanica, tllndo sido aproveitada uma de
misso a.ssumido com o Governo, que, suas alas para aulas, laboratorio e sala
por seu turno, não teu1 pDupado esfor- de desenho de machlnas.
ços para alcançar o fim que tem em Nas officil1as fo.i modificada a orien-
vista - dotar o nosso Estado de uma tação dos trabalhos, ·que passaram
verdadeira escola de hygiene. a ter uma feição mais pratica e utll.
. .
Outro tanto não se póde dizer do O ensino ficou bastante melhorado
ensino da medicina legal, o qual tem com a 'approvação do novo r{~gulamen-_
sido bastante sacrificado, por· falta de to e do regimento int.ernoR, elabor2,doB
material, tQrnalldo-se càda vez mais ne- de accôrdo com a Congregação; e o CUY-
.
cessaria a ereação do Instituto Medicó so de chimícos, recentem.ente criado,
Legal, dotado de installações e appare- vae prestar um grande serviço ao nosso


lhagem convenientes aos fins a que se meio industrial, bem despJ'I)vido ainda
.
propõe. de especialistas que se dediquem aoll
Dentro em breve, pretende o Go- e8tu-dos' das nossas materias primas e
verno inic1Iar a construcção do novo aos de sua utilização.
edifício para a Faculdade.
Museu Paulista Fechado durante
Escola Polytcchnica . A epidemia dois mezes, foi a frequeneia do Museu
de grippe deu motivo á suspensão, em Paulista. de .67.773 visitantes, ou se-
21 de Outubro,

de todos os trabalhos jam mais. 9.387 dó. que em igual pe-
dodo de 1917.
,,
. '
,
.' .." , " . . ' , ,"
"
,
"
:, ,;'
" . -
"-

, •
-- 656
,
" ,

ProseguÜ'alll os trabalhos de catalo- I palmente na reforma do material reco - o • • _. _ •

gação da bibliotheca, que hoje cauta Ihido do interior do Estado.


cerca de vinte e sete mil volumes, tendo Dljlrio Ofndal .- ODiaria Omcial
entrado, durante o anno. mais de lAHO foi publicado com a maior regnlaricI'ade,
livros. Continuou o serviço de repara- tendo sahido 284 vezes, com uma tira-
.. .. "

. ção e limpeza das antigas salas de ex .. gem -de 374.790 exemplares. .


posição, 'que estavam bastante maltra- As despesas attlngiram á importan-
tadas, tendo-se augmentàdo muito o uu- eia de 305:315$175 dos quaes ., . . ..
. ,

mero de objectos expostos, 176:998$495 com o pagamento do pes-


Foi aberta uma nova sala, ~onsa­ soal, e 128: 316$680 com o custeio da,
grada ao passado da nossa Cap.ital, com officinas e com material co"mprado; e
, ,

numerosas peças, constantes de plantas, ainda com expediente, gaz, electricidade ,


,
,

quadros representando O São Paulo an· se11os, seguro predial, etc. As publica ..
tigo, e lla qual lia vêem ainda preciosos ções de particulares im))'O'l"ta.l'am. em
documentos do archivo da cidade, em- 79: 500$000, e a venda avulsa rendeu
prestados pela eamara Municipal. . 1: 854$700,
Editou-se o tomo X da Revista do Fun"ccibnando em predio velho e ca-
,

Museu, profusamente illustrado, onde recedor de l;eformas. não dispondo de


se Incluem trinta me'm arias '.dos nossoS machinismos . aperfeiçoados, não está o
,

melhores naturalistas, estando o tomo Díario' Otficiàl apparelhado para satis-
XI bem adiantado. fazer as nossas necessidades. Torna-se

Os trabalhos scientificos proseguiram ! preciso remodelal-o, de sorte a termos


activanl~nte.
,
assim como os de pesqui:
'
I uma officina onde possam ser executa-
zas de material para as collecções. Es,- dos os trabalhos ofl'iciaes, que actnal
tivera.m no Museu, em commissão, . , os mente são feitos em estabelecimento s
'. ,
particulares, com grande despesa "para
professores Miranda Ribeiro e Roquette
os cofres" publicas".
Pinto, em serviço de revisão e deter-
,

minação das collecções ichtyologicas e -"~statistica" e Al'chivo Os serviço.s


de remodelação das exposições anthro- a: cargo da Repartição de Estatistica e
pologicas. Archivo correram com bastante regula-
Desenvolveu-se muito o horto bota- ridade, no anno passado.
,
nico, a.nneXQ ao Museu. e ,foi bem avul- Augmentando consider.avelmente o
,
tado O numero de consultas respondi- numero de papeis l'e00111id08 ao Arcjlivo
das, sobretudo .entomologicas e botan;-
."
, e em cumprimento do art. 18 do regu -
ças . lamento, iniciou-se a selecção e a sepa-
Almoxarifado do Intel'iOl' Os fore ração daquelles que, por inuteís, de-
. necimentos feitos, durante o anno findo, ve~ ser futuramente incinerados; o tra"
.,
pelo Al1noxarifado da Secretaria do In- balho e8tá sendo executado lentamente,
, ,

terlor, attillgiram á impol·tancia de sem prejuizo dos outros seTviços a car-


565: 801$791. · . go do estabelecimento.
, Tendo sido votada, para o exercieio, A bibliotheca possue ce .. ca de 5.600
, , .
tão somente a verba de 386: 920$000,
foi a differença coberta pelo material
, . volumes "encadernados, de obras di:ver-
sas. annaes parlamentares, relatarios.
vindo do stock de 1917 e ainda paio
, , ,
regulamentos, 'collecções de leis do Bra-
material arrecadado em 1918, cujó va- , '
sil, mensagens presidenciaes, pUblica-
lor subiu a 49: 297$465 . ções offiCtaes de, outros Estados e 1.3H
"

As offlcinaa da repartição continua- ,


collecções de jornaes da Capital e de
. ram prestanà6 .bona serviços, prlncl- otltras localidades,
.' , . , . ' '. '
,

,
- 657

Diversos
Servl~'Qs A "Bibliotheca
,
"ante o anno findo, falleceram 14.811

Publica do Estado" foi frequentada por
, ,
pessoas, contra 7.9 O8 em 1917.
18.955 pessoas ,qUe consultaram 27.61~" A media da mortalidade geral foi d,e
obra8 diversas . 40,57 obitos por dia, contra 21,66 em
Procedeu-se a uma ligeira reforma 1917, tendo sido o co efficiente annual .

'do predlo que já não está de accôrdo por mil habitantes, de 31,45 c'ontra
com o progresso e o desenvolvimento de 16,79 em 1917.
São Paulo, tendo sido ainda feita a O numero de obitos por doenças
, ,

substituição do mobiliaria da' sala de transmissiveis, inclusive o total de 5.372


leitura. faBecimentos por grippe epidemica', foi
O " Seminario das Educandas" e o de 6.549 contra L110 em 1917.
"Pensionato Artistico" funccionaram Feita a deducção dos obitos por grip-
com regularidade, constlnuando a bem pe, resulta que o excesso notado fi-
desempenhar a missão de que estão en- caria reduzido a 67, o que, mais uma
carregados. ';ez, prova que só a grlppe é l'esponsa-
Saude Publica Si não fosse a grip- vel pela grande alteração que se d e u
pe epidemica, que tão intensamente as- na salubridade publica.
solou esta Capital, disseminando-se ra- O coefficiente de 1918 é "epresentado
pidamente pelo interior do Estado, on- pela cifra excessiva de 2 8, OO. Mas, S8
de voltou a grassar em varfaslocaii- fOr deduzido do obltuarlo geral da Ca-
dades, poder-se-ia concluir pela perfeita pital o total de 5.372 obitos por grip-
normalidade das condições 'sanitarias de pe, e operando-se o calculo, chega-se ;!.
,

São Paulo, em todo o decurso do anno conclusão de que o coefficiente, em vez


de 1918. de 28 ,00, seria de 17,86.
Excepção feita dessa entliiáde mor- Em tbd'o Estado, registraram-se ..
bida, todas as demais doenças evolui- 23.970 casamentos, contra 26.917 em
ram, de modo a nã,o c'r iar appreh-ensoes 1917, dando-se, por conseguinte um de-
, para a saude publica, crescimo de 2.947 matrimonlos.
Molestias houve, como a tubel'culose, Na Capital, o numero de casamentos
a dysenteria, a diphteria e a escarla- foi de 3,173, o que corresponde á me-
,

tina, que se assignalaram, este anno, dia dia ria de 8,69 e ao coefflciente an-
o • • • ( .

por um obituario pouco ' mais ·elevado nual


,
de 6,73 por LOOO habitantes.

Mas, em compensação, out-ras', como a Se fôr feito o parallelo de São Pãulo


mala ria, a febre typhoide, o sarampo e com outras capitaes estrangeiras e bra-
.. coqueluche apresent)l.ram numero de sileiras, verificar-se-á que a nossa po-
, ,

obitos muito menor, sobretudo a pri-


. . . sição é a melh'or, dentro do paiz, e que
. ' ,

melra, cuja dlfferença, para menos, fOI é a decima setima dentre as 48 prln-
••
de 832. clpaes cidades do UnNerso.
A mortalidade geral do Estado, que A forte e louvavel tendenc!a para
tinha sido de 76.680 em 1917, elevou-
, o matrimonio, vel'ificada em São Paulo,
se a 89.289; isto é, excedeu á anterior explica e dá a razão por que a porcen-
~m 12.609 obitos, facto de que foi so- tagem ,da iIIegitimidade, na filiação, é
. 1_ - .
mente causa a epidemia de, grippe, Co- ' aqui tão diminuta, Em cada 100 nasci-
mo consequencia, a relação entre a mor- mentos, nesta Capital, ha uma media de
,
talidade por doenças transmissiveis e 6 a 7 filhos iIlegitimos , apenas.
o total dos obitos, foi de 44.21 contTa Isso é o mais seguro indice dos nbs<
, . .
14.03, em 1917. 80S bons costumes. ..
Semelhante alteração foi também no- , Na escala da illegitimidade, o decl-
tada relativamente á Capital, onde, ' du-! Ino logar pertence a São Paul,,; com

' .. ': '. :'.. '.",' ".

658 -
,

6,27 %, ficando-lhe abaixo Rosario, Ve- I seapressar ,a rectlficação do rio Tieté.


rona, Paris, Stockolmo·.e Carâdas . . pois; alé'm da vantagem já indicada, te-
Nasceram e foram registados, durante "
ria a de, impedir a proliferação de mos-

o anno dá 1918, 17,862 pess';'",s, na quitos, resolvendo, de moao definitivo.
Capital, cifra equivaiente ' á média dia- esse problema .

ria de 48,9 O e ao coefficiente annual de Foram terminados os trabalhos, de
,

37,91 nascimentos por 'l ,(100 habitantes, propbylaxla contra o impaludismo, em


,

Foram em nume'r o de 1,084 as crian- Vllla Americana, Rebouças, Nova Odes-


ças que nasceram mortas em 1918, o aa, Santa Barbara e Cosmopolis, espe-
Q.ue dá uma ' media' diari': de 2,8~ e o rando O Governo que as municipalida"
coefflciente 'annua1 de, 2,19 por 1.00'0 des mantenham as indicações deixadas
habitantes" pelo Serviço de Prophylaxia Geral. sem
A natalIdade da Capital excedeu 'em o que, obras tão dispendiosas, terão
3,041 o numero, de obitos; e a de todo sido eXecutadas em pnra perda.
o Estado, que foi de 148,065, superou ' O colnbate contra a ancylostomos<\
o obituario geral em 58,776, facto in- tem-se Intensificado, Actualmente, exis-
dicador de grande aproveitamento em tem quatro postos em fllnccionamento :
1918; pois , a despeito da epidemia que um em Cosmopolis, um em Santo Ama ..
~einou, o saldo dos que nasceram so- ro, um em São Berriardo e um em San-
bre os que morreram attingiu a 58,776, tos,
em todo o Estado, ' e a 3,041 'na 'Capi- Fora terminados os trabalhos dos mu-
tal. niclpios de Tremembé e Iguape, onde
Em confrônto com as maiores e mais os resultados colhidos foram verdadei-
eivllizadas cidades da Europa, S, Paulo ramente brilhantes. Até hoje, o nume ""
está em situação preeminente, relativa- de pessoas tratadas, em todos os pos '
mente á sua taxa de natalidade, o mes- tos do Serviço Sanitario, eleva-se a
mo se verificando com refereneia ás 27,846, estando completamente curados
demais capltaes do nosso palz, de ancylostomose 6,069 e de outras ver-
O Serviço Sànitario continua a se minoses 9,985. Os postos da Commissão
esforçar para a extincção de' febre ty- Rockefeller, montados em Guarulhos e
phoide, pondo em pratica todas as me- Atibala, obtiveram , até agora, .... 3.990
Itldas aconselhadas pela sciencla e pro-
, curas de ancylostomose e outras vel'-
,

curando Intensificar a vaccinação antl- mlnoses, sobre um total de 10.559 pes-
typhica. Estas medidas, porém, têm que soas que receberam tratamentos,
ser parallelamente acompanhaüas de Em abril do corrente anno foram Ini-
uma maior ' ampliação nos serviços de ciadOS os trabalhos contra o impalu- ,

esgotos da Capital, onde ainda exIstem dismo, em Catanduva, procurando a


bairros 'de , população densa," não cl,p- muniCipalidade local auxiliar efficaz-
lados deste melhoramento, mente a acção do S8rviço Sanitario,

A grande en'i ihente deste anno pro- Taes trabalhos deverão estar promptos
vocou, em toda a margem do rio Tie- em Mala vindouro, com a completa er-
té, grande dissemInação das materias radicação da mrularla em uma zona . co-
lançadas pelos esgotos, /) que está cons- , mo essa, de tão grande futuro,
titulndo seria ameaça á população desta Dentro ' em breve, começarão os trã -
Capital, pela contamlnaçlLo dos poços balhoa das com missões contra o tra-
de abastecimento de agUá a08 habltan- choma, um dos grandes flagellos do
,

les que vivem nas cercanias do rio. Estado; o qUe evidencia, ainda mais,
,

Taes inconvenientes vieram deIIionstraT,


, , ,
a necessidade de se ampliarem 08 re-

de modo elo quente, a necessidade de cursos da Inspectoria de Prophylaxia
• 659

Geral.poi". , além deste serviço,


. iniciou tio e a colheita do chenopodio, empre-
ella, com. grande exito, nesta Capital, gado no combate contra a· opilação, e
a pedidO ,to Gremio dos Internos dos a essencia obtida está sendo estudada
Hospitaes e do Centro Academico "Os- no Laboratorio de Analyses, havendo
waldo Cruz". o serviço de prophylaxla esperança de ficarmos iIidependentes do
coutra
.. a syphilis, iniciativa
. esta inau_. abaste.clmento estrangeiro de um pro-
gurada em Setembro do auno passado, ducto tão importante para a prophyla-
e que tem tido um acolhimento acima xia da mais devastadora das nossas
de qualquer espectativa. endemias a allcylostomose.
.
Estão em fu uccionamento 5 postos O Serviço Sanita rio começou a dar
llesta Capital, os qllaes, até agora, apre- publieidade a estudos effectuados pelos
sentam o segUinte resllltado; doentes seus funccionarios, a respeito de varios
màtriculados, 622, iUjecções endoveno- assumptos importantes de hygiene, que
sas, 4.369; injecções intra-musculares, interessam prinCipalmente a S. Paulo.
167; . reacções de W'assermann, 50. Se- Taes publicações têm tido larga accei-
ria de grande utilidade que este ser- tação, aqui e no estrangeiro, sendo
viço se estendesse ás principaes cldades que uma delIas já se encontra completa-
do interior do Estado. . . mente esgotada.
Foram inauguradas as obras do Asylo O Laborato·r io de Analyses Chimi-
de Santo AngelO, destinado ao isolamen- cas e Bromatologicas realizou pesquizas
t o dos leprosos do Estado, e para " as para determinação do padrão do leite.
.
quaes o Governo conta com a · coopera- na cidade de S. · Paulo, as quaes ter-
ção das mllnicipalid",des e dos parti- minaram depoiS de um anno de tra-
culares, pois a construcção projecta- balho. E' de todo o Interesse que se
da é de custo muito elevado. Em Maio continue a procurar constituir padrões
do proximo anno, espera-se poder inau- de outros productos nossos.
gurar o ' pavilhão de mulheres e as de- E' mister que o Estado Inicie seria-
pendencias imprescindivels ao (unccio- mente o combate contra o alcoolismo,
namento delle·. a exemplo dos paizes mais adiantados.
O Governo tem procurado acompa- onde a p-r·o'ducção e o consumo de be'bi-
nhar o movimento, que se observa em das alcoolicas estão soUrendo ,.restrlcções
todo o paiz, em pról do saneamento; e q uasi prohibitlvas, ou foram mesmo bà-
S. Paulo, que tomou a iniciativa do Co- nidos, iJor completo, como nos Estados
digo Rural, de uma Leprosaria Modelo, "Unidos.
da fabricação da quinina do Elstado Um imposto supplementar sobre o al-
• da prophylaxla da syphilis, inaugurou cool, quando destinado á fabricação
o anno passado, no Instituto de Butan- de bebidas, teria a vantagem de res-
tan, um curso . de hygiene elementar tringir ,o seu consúmo e ampliar" os
para os professores publlcos, medida fundos necessarios ao desenvolvimento
de grande alcance e que obteve grande das medidas em pról do saneamento .
exlto. procurando-se diminuir, por outro laílo, .
O Instituto de Quinina acha-se quasi os Impostos sobre os alcools destinados
prompto, devendo começar a !unccionar a fins .I ndustrlaes.
ainda
. .
este anno, preparando não sô

aquelle medicamento, como ainda ou-
o _ . •
Grippe No dia ' 13 do Outubr\!,
tros, empregados na cura e na prophy, deu entrada no Hospital de Isolamento. '
laxia dos males
", . .
que
-
nos affllgem.
,
O . procedente do .
Rio de Janeiro,
.
o pri,
Horto . Oswaldo Cruz, installado no Ins-
.
meiro doente de grippe. Tinhamos á
tituto de Butantan, já iniciou o plan- , vista o ...triste exemplo daquel1a .Capital


.. , -, -"... ·
.'
.'.
.' '. ., ' " ": ' ,'''' ,,'~

660

e era mistér que nos precav~ssemo~ _ Conferencias Vicentinas, as Associa!:õea


contra as esperadas devastações do mal, Brasileiras de Escoteiros'

Christã de

e
,Vondo. sem perda de tempo, em exe· 'Moços, a ·C.U:1l ""rmelba; o ..Grande

eução, as primeiras medidas que nos Oriente Pau'lista e a Associação dos Pas-
pareCeram imprescindiveis. tores Evangelicos, montaram-se- poSto5
. .
Havendo inconveniencia em serem os de soccorros, disseminados pelo . centro
. .grippados
- .- '
recolhidos ao Hospital de e pelos bairros da Capital, num total
Isolamento, não só pela necessidade de de 44, Inclusive os do proprio Serviço
garantir os doentes, alli Internados, Sanitario e os da Asslstencla Policial.
.
contra essa nova e inevltavel infecção, Diante da invasão crescente do inal ·
que Se superpunha ás outras doenças, e da deficiencia dos funccionarios •
como tambem pela insufficiencia do

empregados do quadro, houve necessi-
estabelecimento. que não bastaria para dade de ' contractat muitos outros me-

as necessidades oriundas de uma rapida dicos, pharmaceuticos e enfermeIros,

propagaçao <la molestia. tratámos · de não 'só para substituirem os que, dia a
Installar, na Hospedaria de Immigran· dia, cahiam doentes, contagiados em
teso um grande tlOspital pl'ovisorio, com ser-viço, como ainda para aUend-er:em
a capacidade de 1.000 leitos, aptõ, por aos ·reclamos dos hospitaes e dos postos
conseguinte,

a satisfazer aos primeiros
• de soccor·ros que se iam multiplicando.
reclamos da epidemia que, pelo seu de-
De 23 de Outubro à 30 de Novembro
senvolvimento fatal, tinha que se trans- .
as cinco ' delegacias de saude attendé-
formar em pandemia.
ram a 29.164 <loentes, assim dlstribui-
Na montagem desse hospital, teve d<ls: 1.a delegacia 3.197; 2.a
cooperação. saliente o Major Luiz Fer- 7.903; 3.a 6.944; 4.a 4.920 e 5.a
raz, dlrector do Departamento Estadoal · - 6.200.
do Trabalho, . a . cuja boa vontade e a O esforço e a dedicação dos medicoB
cuja capacidade de acção muito se deve.
o , ". - • • e dos funccionarios do Estado, bem
. Feita eSsa illstallação , não tardou que como os da mocidade .a cademica da

muitas outras se lhe s uccedessem,
. e isso
. . nossa Faculdade de Medicina. e Clrurgia.
devido aos humanitarios impulsos de foram dos mais louvaveis.
.
S. Exa. R€lVlna.• o ··Sr. Arcebispo D .
Mas, é dever de justiça aqui deixar
. D'ú.al'te.
Leopold'o, da Liga Nacionalista,
. . conSignada a parte, entre todas rele-·
da 'Commissão ,. Estado-Fallfulla ""'; de.
vante, que. no exito ". da campanha, re..
outras instrtuições e até mesmo de par-
presentaram .a competencia, a dedica..·
ticulares, agindo todos de accôrdo e
ção e a operosldade, verdadeiramente'
sob as . vistas do Serviço Sanitario que
inexcedíveis. do notavel scientlsia Dr .
iIi.;·s for'np-cia mobiliario, utensilios,
Arlhur Neiva, digno Direclor Geral do·
tú'ú.paria, drogas, enfermeiros e, muitas
• Serviço Sanitario .
vezes, medicos e pharmaceuticos.
. Os. hospitaes provisorios, em numero A grippe no interior do. Estado '
de 41, localiza.ram-se por toda a área Os serviços de soccorros ao interior do
-. , ,

da cidade, e graças, em grande parte, Estado, foram attendidos com presteza,


á dedicada e proficiente direcção cl!· muito embora as solicitações partissem
nlca do Sr. DI'. Arnaldo Vieira ai! Cal" de quasi todo eUe, por intermedio
, das
valho, prestaram á população . flagella- linhas lelegraphicas e lelephonicas. A .
da .os mais assignalados serviços. · principiO, foram excluslval1)ente IIr88- . .

. Contemporaneamente, e com ' o dili- tados. pelas delegacias e inspectorlas re-


.genJe . .e abnegado concurso de associa- gionaes. que os organizaram .de acc6rdo
. .
· ç()e~ . , rel.i/;;Iosas e civis, taes como as com o que se estabeleceu parã a Capital,.
" ., ,
• , ' . .',.' ;, .,.'"


-·66l

dia a dia communicados, em boletins, I lizmente desamparado pelos poderes pu-


li imprensa. Reconhecida depois a im- blicas, aos quaes não faltou. por sua
possibilidade ---c. para essas secções da vez, a dedicada e illimitada coop~ração
hygiene de · arcarem, sós, com a ta- de seus jurisdlccionados.
refa, que rapidamente se avolumava ,
Hospital de Isolamento F.oi feila
teve a administração central do Servi-
/. a ligação dos esgotos do . Hospital · de
. ço Sanitario de intervir, no caso, di-
rectamente. Isolamento á rêde geral da cidade,
melhoramento de · excepcional relevan-
Por toda a parte , a cooperação das
da, reclamado ha mais .de 10 annos.
Municipalidades se fez sentir de uma
Na lavand eria fizeram-se grandes
maneira effectiva, havendo completa
mOdificações, que permiftiram maior . .
convergencia . de esforços, afim de se
espaço para a estufa e para a recoIlo-
fazer frente ao mal avassalador. Tur-
cação d e uma segunda caldeira menor,
mas de medicos, ph'a rmaceuticos e estu-
com a funcção de substituir a maior.
dantes, correram em auxilio de varias
nos casos d e desarranjo, e de, no fu-
localidades do Estado ; sendo que, me.-
turo, quando fôr montada a cozinha a
mo os mais remotos municipios, como oe;
vapor, f-o rnece r-'l he esse agente
de Xiririca, Iguape, Ubatuba, foram • •

attendidos com auxilio de facultativos F oi tambem mudada a sala de en-


gommar, que fica com maior cap.aci-
e de ambulancias com medicamentlJs .
dade e, além disso, protegida das poei-
O Serviço · Sanitario incumbiu-se da
raso
installação de ho.spitaes em varios pon-
Tudo isso veiu evidenciar a neces-
tos do Estado, e attendeu a ·p'edidos
sidade do pequeno pavilhão para ves-
de fazendeiros e de empresas sempre
tiario e banheiros, cuja construcção,
que lhe foi possivel. Além dos medicos
já projecta.da, está dependendo unica-
contractados pelas delegacias de saude
mente da competente auctorização.
do interior, a administração sanitaria
Durante o anno, foram feitos . varios
attendeu, com facultativos , a 44 loca-
serviços de limpeza e pintura · do~ pa-
lidades, e socco.r reu, com ambulanc~as
vilhões e de reparação no telhado .
medicas, a 156 . E ste serviço foi feito
directamente pela Directoria, sem pre- E' de toda a convenienCia construc- a
juizo do que era executado pelas dele- ção d.e um pavilhão destinado á djphte-
gacias, nas zonas de sua respectiva ria, poiS as dependencias actuaes do
jurisdicção. Hospital, com o crescimento da cida:de,
Afim .d e attender aos · multiplos pe- tornaram ·se verdadei-ramente ex· i-guas;
didos de soccorro, que· chegavam do além disso, preciso Se torna um ser-
. viço de aqueclmento para as enr-érma-
interior, e aos quaes não podiam as
d.elegacias acudir, convenientemente.
rias e sala de operações. Dada a altitu-
de,. em que se acha collocado o HOIjC
essa Directoria 'c ontractou 36 medicos
e 63 pharmaceuticos, os quaes, unidos pital de Isolamento. o frio torna-se ahi
aos inspectores e delegados do Serviço basta nte intenso , sobretudo durànte o
inverno. Uma das encostas do · terreno
Sanitario, em numero ainda um pouco
deverá ser revestida de plantações de
maior, e secundados pela classe acade-
eucalyptos, afim de ficarem abriga,dae
, mica, pud~rám correr em auxilio de
dos ventos algumas das enfermarias,
quasi todas as povoações que pediam
actualmente muito expostas. -
o apolo otflcial, de maneira a poder
, se affirmar que o Estado de São Paulo , Deslnfectorio Central .0 edifIcio
com uma população d·e cerca de· quatro do Desinfectorio Central, coC:struidóha
_. . .. . , ,

milhões de habitantes, não se viu, fe- 26 a nnos, acha-se e m completa remode-


..
"
,
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':: ,,': ,'~' . ''';':<':''.. : ,,;.~: <:..:;' ....y .. ,~i . .'c:'" ":i:'


-662 -
.
.
lação, tendo o Governo determinado a i pulação do Rio de Janeiro, que pro-
acquisiçã.;. de inaterial rodante, instal- curava abastecer-ae, entre n6s, de pr,,-
la!lo . novas ofticinas e, com a compra duetos que já alli não se encpntra,vam ,

de machlnlsmos, ampliado as existentes. como o oleo camphorado e o 861'0 anti-
Foram completadas. as novas installa- pneumococcico.
çõespara "garage" e deposito de ma- Foram realizadas rntereSBa~te8 ·obser·
.
terlal; foi ainda construido o refeito rio vações a respeito do "Conepatus chi-
para o pessoal subalterno, tendo sido lensis", mammifero destruidor de co-
"emodelada, por completo,a secção bras, attributo que lhe .,ra, até entã<>,
onde trabalham
.
os medicos e agueUa desconhecfdo, e cuj.o ·relevante papel, na
onde se faz a escripturação. Dentro de prophyl:axia do pphldismo, dllve ser
{rea mezes, as. obras iniciadas deverá" vulgarizado , por Isso que se trata de
estar concluidas, faltando completar as um animal que é, por toda parte, extre-
secções !Ia. estufas e da lavanderia, !le- mamente perseguido. •
ven!lo-se ainda remover, para um local
O Horto Oswaldo Cruz continua a
proxlmo , as cocheiras, afim de ser per-
desenvolver-se, sendo que o herbario já
mittido o complemento dos trabalhos
se compõe de 1. 700 especies classifica-
Iniciados, naquella repartição, cujo ap-
• das. As plantações de varias especies,
parelhamento fCli ampliado.
.
do genero l'Chenopodium''. tão impor-
Instituto Bacteriologico o Instl- tante, actualmente, no ~ombate ' á ancy-
tuto Bacteriologlco teve á lamentar a lostornose, continuam a intensificar-se .
perda do seu provecto director, Dr. e estudos estão sendo feitos sobre as
Theodoro Bayma, o qual foi vlctimado propriedades das essenclas de taes plan-
• •

pela grlppe epldemica, em plena pu- tas.


jança de operosidade util, quando, no O Instituto necessita da criação de
zeloso cumprimento de seus deveres pro- uma secção de physiologia experimental
rlsslonaes, vinha imprimindo á Secção, e de uma biWiotheca, com que possa,
confiada á. sua guarda., orientação mo- não só acompanhar o desenvolvimento
delar. da sciencia, como proceder, mais pro-
O Instituto preparou, durante o anno, veitosamente, a estudos dos multiplos
30.00<l C. c. de vaccina alltl-typhica, da problemas scientificos que, em nossa
qual torneceu 17.956 c. c. No mesmo terra, esperam sua elucidação. Para
periodo, foram vaccinadas, contr" a fe- complemento das suas secções, tõrna-se
bre typhoide, 2.278 pessoas, e desde necessarla a criação de um hospital, on-
1913, 25.811. O Instituto ainda rea- de, a exemplo do que se pratica no es-
lizou . outras numerosas pesquizas. trangeiro e! m.esmo entre nós, nos ins-
Instituto Sôrotherapico -- Em fins
titutos congeneres, possam ser esclare-
do, ' mez de Maio do. corrente anno, 0"-
cidas varias questões de · pathologia hu-
m ana, Que ainda estão por se resolver.
Instituto Sôrotheraplco soffreu um rude
golpe, com a perda do assi.tente Dl'. Instituto Vaccinogenico -- O Insti-
João Florencio Gomes, um dos· mais tuto Vaccinogenico preparou, duranta

illnstres

facultátlvos do nosso meio. o anno, 487.462 tubos de pOlpa vacci-
A secção de productos do Instituto nlca, para duas pessoas cada um, e 173
prestou, 'durante a grippe,. . re.levantes tubos
. de vaccina collectiva, para 200
.
serviços, fornecendo elementos thera- pessoas. Foram vaccinados 16 5 vlteUos
peuticos para todos . os hospitaes, ins- e colhidas 7.975 grammas de pOlpa; 12
tallados na Capital e no interior, e vitellos foram regeitados,
. .. por estarem
concorrendo ainda para auxiliar a 1)0- I tuberculosos .

'. .

- 663

' O lnstituto, além do fornecimento 'de I A nova séde desta Secçã.o, construída

vacclna . para o Estado, attendeu tam- em grande terren.o, nas visinhanças do


bem apedidoS de outras procedenclas,

Instituto Vaccinogenico, compõe-s9, não
sendo que, ainda recentemente, enviou, só do grande ediflcio centI'al, como de
para Petropolis, 6.000 tubos de lympha, outros pa.vilhões, com todas as depen-
destinada ã vacclnação dos habitantes dencias apropriad"as a uma primorosa
da li. uella cidade. montagem das secções do Lab.orat.orio,
lnstitnto PasteUl' Em Agosto do que, então, deverá ser provido dos"appa-
relhos necessarios ao seu perfeito fun c-
anno passado, o Instituto Pasteur" que
cionamento.
trabalhava em urna <lependencia do
• Durante o anno, foram feitas 567
Instituto Bacteriologíco, foi transferi-
analyses, sendo 209 chlmlcas, 356 bro-
do para a sua nova séde, ã Avenida
ma.tologicas e 3 t.oxlcologicas.
Paulista, cujas instaUações, completa-
mente terminadas, foram, ha 'pouco, Almoxarllado o Almoxarifado
Inauguradas, satisfazendo a todas as prest.ou, com louvavel regularidade, 08
,e xigencias do serviço. serviços de sua Incumbencia. Durante o
Inscreveram-se, para tratamento .. anno, adquiriu drogas e deslnfectantes,
1.460 individuos, sendo ,que 76, dentre na importanda de 845:521$220, eef-
6Hes , procediam ,lo Estado de Minas Ge - fectuou fornecimentos, no vaIo·r de ...
raes. A porcentage m da mo'r talidade foi 619:209$276, eXÍ'stindo em deposito,

de 0,07 0/0, o que é muito fayorave! aOs um stock de 363:563$680. Ha 26 an-
creditos do nosso Instituto,. Comparada nos, é a primeir~ vez que os fõrnecl-
ella com a de 35 Institutos congeneres, mantos attingem a uma somma tio ele-
"na.c lonaes e estrangeiros, cuja média vada, tendo sido a causa disso a eplde·
to tuI é de 0,46 o/{), ve-rifica-se quanto é
mia de grippe, que -determinou grandes
h9ixa a nossa contribuição. O ,Instituto e extraordlnarlas despesas.
de Paris, o ma.ís antigo exi.sten te. apre~ O Almoxarifado aviou 10.447 pres-
senta a média de 0,41 % . cripções medicas e attendeu a 358 re-

O numero de pessoas que recorrem quisições 'd'e diversos estabelecimentos


'&0 Instituto, cresce de anno para finno; escolares e de repartições do Serviço
·em 1916, toi de 910; em 1917, de 1.382, SanHario, tendo, além disso, contribui-
,

e em 1918, de 1.460; donde se vê a do, para que, durante aquella epidemia,


nee-essi<lade de urna legislação municipal os medicamentos e drogas não augmen-
,

que intensifique a matança de cães va- tassern de preço, e isso graças aos rei-
dios, sendo de louvar a iniciativa to- terados avisos, dados á população, de
mada. pelo municipio de Araraquara, ; que se achava eUe apto a fornecel-os,
que jã providenciou a esse respeito, pelo seu preço de custo .
,dando execução pratica a semelhante Estatlstica Demogl'apho Sall.ltal'm -
serviço, não só na cidade " como na zona
Foi melhorado o archivo e iniciada a
'rural. organizaçlio da biblloth"ca da secção de
Laboratorio de Analyses Chimicas 'e Estatlstlca Demographo Sanltarla, a
'Bromatologicas Acha-se em via dG qual tem recebido, com maia regulari-
conclusão o amplo e confortavel edifi- dade, os mappas do Registo Civil. Fo-

cio, em que se vae installar o Laborato- ram regularmente publicados e dlstri-
rio de AnalY8<l!, ' actualmente .o'ccupan- buldos os boletins hebdomadari.os, sn-
d.o um pr.oprio estadual, .onde ha ca- blnd.o .o numero de exemplares Impres-
reneia de tü,!Oi 08 requisitos para os sos, de 800 a 1.000, e s"ndo augmen-
"seus ~ ra1,Hl 11 O ~ . " .. tada a &Ua materia, com a inclusã.o dos


• • •
" .. ' '. ".. :., ' .- "" .
, .' .
", '>'~' :.''''':-'::/ ' '.'''
.
. , ",
-
,," ..•.

664- -

muuieipios de São Carlos. Botueatú ~ ne escola.r. Dos Grupos destinados á


Guaratlnguetá. Foram tambem feitas Capital e ás cidades mais hnportanles
as publicações dos boletins mensaes•
e do Estado, serão apreselltªdos dois ty-
trimestraes, assim como as do annuario poso cujos projeclos já se acham con:-
de í 917. que satisfaz. por completo. ás cluidos: um. com -classes para car-
. . ., -
exigencias dos estudos demographicos. telras dUip,]a6 (mais €cono,mico); o OU~
. Encerra elle o maior - numero de dados
. tro, com classes para carteiras indivi-
que lhe foi possivel colligir em 1917, duaes.
-
em relação á população. á nUl'cialldade, Delegacias ele SaudO' El evadas ao
á natalidade. á naU-mortalidade e .á Ilumel'o de 11. por dispOsição do Codigo _
mortalidade em todo o Estado. tendo IS'a n'~tadb , as Delegacias de saJude vão,.

sido .estudado o interior, não mais por
cada vez mais, demonstrando o acerto
municipios. mas pelos differentes dis- de sua criação, pelo modo efficaz .• com :
!fictos de paz. que vêm amparando os illtel'esses 'da
Secção de Protecção á Pl'imeim Iu- salubridade publica.
raneia- OSdi-flferentes serviços que A Capital acha-se dividida em ciuco
re]}Tesenlam o objecti'vo da Secção de zonas, t e ndo cada uma a sua delegàcia.
P-roteoção á Prti'llleira ln~an<eia . corre- e todo o interior do Estado repartido
- -
ram com a po-ssivel regularidade, teu- está por seis outras. cada qual appar6-
do-se dado apenas, no 'ultimo trime s- lh"da de pessoal e de material. para
tre do auno. a perturbação decorrente attender, ~om presteza e efficiencia, aos
dO' mo'm lento an'gus.tiooQ-. .inesipel'ad'a - I
reclamos da respectiva circumscripçAo.
mente cTiado pela gr'Ílplp e .epidemica , á. IO corp.o de inspectores sanita rios viu-
que pagou; não pequeno tributo, a no s- , se desfalcado de •
um de seus membros.
sa popu-lação in.fantil.. o Dr. Eduardo MartiueJli, que • falleceu .
A. actual séde da Secção não corres- victima da recente epidemia. e que. até
,
ponde aos seus. fins; preciso é que se o momento de cahir enfer'mo, prestou
realizem obras de adaptações no seu os me'Nlo-res s'erviGos ~m pról d:\. nossa.
edifício, ou se lhe proporcione um ou- populaçã.o.
,
tro que reuna os requisitos necessarios Inspect.ol'ias de Phn.l'llUlCias Em:
ao bom funccionamento dos trabalhos, numero de tres . as Inspectorias de Phar--
a cargo desse departamento da hyglene. macias ,fiscalizar'a m. na Cap,ta~ e no i'n-
_ Engenharia Sanilarla - A secção de terlor, os estabelecimentos pharmaceutl-
.. , .
Engenllal'ia Sanitaria executou vari{)s cos que ahi se installaram; ,- os que já
tra'b1lilh,lS na Crupital e no interi.or. ten- sc.. achavam em tuncção; e apprehen-
-

do elaboTrudü 'proiectos de construr.çõe, deram artigos Imprestaveis. deteriora-


- -

de dependeneias do Serviço Sanita rio, dos ou suspeitos de faJsificação. ps-ra


~ tendo fti'sca'I-izado Dumero superior a
Berem analysados ou inutilizados.
7.000 obras nova<s, em,· andrum.( mto nes- Realizaram ellas, durante o anno, 08
seguintes trabalhos: visitas a pharma-
ra cidade. Vlsto"..iou 271 co-n strllcções --
- cias. na Capital e no interior. t:17 j;
particu·lanes e deu 17 p·aree;·e res So.b1'8
multas impostas. 45; pharmaC'ias-abel'-
di-i!ferentes assumptO's.
tas. - 45; pharmacias fechada8 ,' -22.
. - A secção está org"nizando typos de -
Grupos Escolares, de escolas reunidas e Inspectol'Ía dos ServiçoS de Prophy-
de
. escolas rUraes. Estes estudos alten-
' .
.
Jaxia Geral A secção , de In~pe_ctoria
dem não só â parte economica da cons- dos Serviços de Prol>hy-laxia Geral ",cha-
trucção, como a todas as questões que se,
. a-ctualmente , Insta·lJ'ada em . ....predio
' . .

dizem respeito ã pedagogia e ã hygie- . apropriado aos fins a .que se destina.



665

Para melhol' andamento de seus traba- ! um pavilhão para mulheres, e de dois


lhos, torna~se necessario augmentar, de outros menores, um para meninas anor-
mais um. o-numero de ,inspectores que maes e o outro para laboratorio anato-
alIl trabalham e que são apenas dois; mo-pathologico.
porquanto. quando um delles se enCOIl- O estado sanitario do Hospicio foi
tra em viagem de inspecção' aos postos, . bastante satisfactorio, tendo sido ainda
no interior do Estado, o que se dá cons- a tuberculose ~a moles tia intercorrente
tantemente. o outro fica
.. sobrecarregado mais commum. Com o apparecimento da.
com o serviço de prophylaxia do mos- grippe, em fins de Outubro, houve ne-
-quito, nesta Capital, e com a~ refol'- cessidade de montar um hospital pro-
mas d,e cocheiras. visorio, que attendeu, nâ"o só ao pessoal
ú :serviço contra o mÇ):s-quito tem se do Juquery, como tam'bem aos morado-
estendid.o a.os bairros de Perdizes, Bom res das visinhanças. Foram tratados 343
Retiro. Canlndé, Ponte Grande, Lapa doentes, tendo fallecido 4 alienados e
e Pinheiros, onde os resUltados obti· 2 empregados.
dos fora.m _os melhores; pois a nossa As de,~,p'esas, cüm todas as secções do
Capital se encontra, actualmente, livre Hospicio, importaram no total de ....
das gra.ndes nuvens de mosquitos, qn~. ·1.206:131$984. Deduz;ida, desta quan-
outr'ora. a invadiam frequentemente. tia, a importancia de 60;408$30Ó, ren-
Durante o anno, foram interdictas da do estabelecimento no anuo findo,
345 t0cheiras e reformadas 149, das a -assistencia. aos alienados custou ao

1.418 existentes nos diversos bairros Estado 1.145:723$684.
desta Capital, exclusive os. da . Penha. I Ordenl Publica. A ordem permane-
Sant' AnI~a e Perdizes.
ceu inalterada em todo o Estado, ape-
}\ssistenCÍa a Alienados Durante o sar da agitação politica, decorrente do
anno d8 1918, a somma total de doeu- pleito presidenciaL
tes, das diversas secções do.
departa- Nesta Capital, em Santos, Campinas
mento de Assistencia a Alienados, atti-n- e em algumas outras localidades (lo in-
terior, a recente gréve offereceu aoS
agitadores incontentaveis opportunida-
de para tentativas de perturbação da
ordenl.
As medidas opportunas e efficazes,
tomadas pelas auctoridades. evitaram,
po-ném, qlr8 fructific-a:FsB a cam·pau'h:l
desses elementos de dissolução social.
O problema do trabalho poude ser
estudado, por patrões "e operarias, e
solvido no mODIento, sem que deixasse·
depredações ou desgraç;;s maiores, além
da perda de um trabalhador, cuja im-
prudencia lhe acarretou a morte, de
todo o ponto lamentave!.
O Governo. respeitando nos que tra-
balham a faculdade de recusar a sua
actividade productiva, fóra de condi-
ções que reputem remuneradoras, e ga-
rantindo a liberdade de tentarem, pela
666
..
propaganda regular, o convenciOlento Agosto de 1895, ~. ue deixassem aquel-
dos seus companheiros; não permittlu, les magistrados o exerc ieio dos respe-

entretanto, que se confundisse gréve ctivos cargos, até ulteri'lr delibel'ação


com desordem , propaganda legal com do Senado.
• •
sedIção, direito de reunião com ajunta- Não entendeu, porém, o Supremo
menta, para• fins criminosos,
.
Trlbuna-l ·F edera,l, (:!lll recurso de Uha-
E, assim, protegeu a propriedade con- beas-col'pUS", provo cado por u.nl dos
tra as depredações e as pessoas contra interessados, que foss~m garantias suf-·
as vIolencias - tendo assegurado a 11- fil?ientes da isenção , com que se deva,m .
berdade de trabalho' e mantido a 01'- fazer as· réJm'Úções, a indb,pensavel ini.
dem, I dativa do Tri'bunal, ]lo·r voto de 9ua .
.
Os verdadeiros operarias puderam <lP,- m'a ioria, e a post.er ior inten'e nçào do·
fender ' seus interesses,

livremente, e, Sen-aAiQ.,· .a~ppro vtlnd o.Ja.
até mesmo, soJ,l · o apoio moral do Go- Em conse quencia. nada mais restavn.
verno de São Paulo, que se empenhou , ao Govoêrno -senão expedir. como. de

junto aos deputados e senadores pau - ! facto , expediu novos decretos, decla-
listas, pela rapida adopção na leis '1\1e rando sem eUei to os anterioreõ'$ e res-
.
consagrem os principios de legislação tabelecendo, assim, a sH uação judicia-·
social, adoptados pela "Conferencia da ria na.s· duas citadas coma roas.
Paz". Para esclarecünellto e defesa ·da
Os industriaes viram a efficacia da conducta governamental , neste inc~den­
aBsi.s tencia que !!1-es prestou o poder te, ent-endo dever consignar aqui" :\ ex-
publico, com o fim de evitar-lhes pr~­ posição de motiyos, que. sobre o as-
íuizos materiaes de monta. visados pe- sumpto, me foi apresentada pelo Se-
los desordeiros. que pretendiam passar cretario da Jnstiça e d a Seguran.ça
por opera rios em gréve. • • . Publica. E' a seguinte:
As auctorldades policiaes, os com- " Em vista . ..
.
do voto do Sup""mo Tl't-·
mandantes, os offieiaes e os soldados bunal F e deral. concedendo '" habeas-
,
da Força Publica. mostraram, como corpus " ao bachar·e.l ROdrigo Romeiro,
sempre, que correspondem aos nossos juiz de direito da cOom.arca de Baurú,
I suspenso -do exercicio de suas funcç6es,
e que sabem prestar á com-
~ \'editos
munidade OB grandes servIços qne, de até ulterior deliberação do Senado, ' pe-·
uns e de outros, tem eUa o direito de lo decreto de 14 do corrente ' mez, de
ecperar, accôrdo co'll1 o art. 47,2.0. àa Constitui-o
I ção do Estado, e a rt. 4." da lei n. :138,
Administração· da Justiça . A occur- de 7 de Agosto de 1895, communicado ·
rencia mais relevante, no departamento em teleg-ramllla. do Extllo. S r. Presi···
da Justiça, foi a que r esultou de nma dente daquelle E g regio Tribunal, apre-

proposta do nosso EgregIo Tribunal, sento a V, Exa. os inclusos decretoR


para a remoção, compulsoria dos juizes declara ndo sem effeito a q nelle e o que'
de direito <las comarcas de Baurú e de mandou o bacharel José Pedro de,Cas-
Agudos, no interregno das sessões l e- tro, juiZ de direito da coma,'oa de Agu-

glslativas. dos, deixar, nas mesmas condições, ()
Apresentada essa proposta ao Gover- ' exercicio do cargo .
.
no, em 13 de Janeiro do corrente an- O acto do Governo, a (lUe se refere
no. determinou elle, por decretos de o "habeas-corpus",. tem assent.o na dis-
14 do mesmo mez e na fórma do art. pOSição clara da Constituição ido Esta-
47 D. o 2 da Constituição ,d o :Estado ' e I do, .que -d~iZ, no 'Sreu art. 47,2.0: .. A
na do art. 4.· ' da lei n ." 338. de 7 de - Constltuição' -ga l'ante .,. inamovibilidade '
667

para o efteito de não serem relnovidos tubro, foi removido O bacharel Pacffi c
senão a pedido seu, por accesso, nos co Gomes de Oliveira Lima, juiz de di-
termos da lei, ou 'p or pl'Olp<l~ta do Tri. reito da comarca de Campos Novos do

bunal de Justiça, approvada pelo Sena- Paranápanema.·
do, quando . assim o exigir o serviço Não se achando reunido o Senado,
publico". E na lei n . 338, de 7 de Agos- V. Exa., recebendo a' proposta do. Egre-
to de 1895, que estwtue: "Art. 4.0 - - gio Tribunal de Justiça, para remo-
Have.ndo no Intervallo das sessões le- ção dos dois juizes a que se refere es ..
gislativas propostas do Tribunal de ta exposição. resolveu, nos termos ex-
Justiça para remoção de algum juiz de pressos do art. 4.· da citada
.
lei n.
.
338,
direito. o Governo upoderã determinar Buspendel-os do exereicio do cargo, até
que o mesmo Juiz deixe toga o e.xel'.c1- ulterior deliberação 'd aquelle ramo do
cio do cargo, até ulterior deliberação poder legislativo, e não rernovel-os. \;0 -
do Senado". mo se apregOa no recurso interposto.
O dispositivo da Constituição vigen- Agora, como nos demais casos.es-

te é a reproducção . do das Constitui- ton certo, o Egregio Tribunal 30 se
•• • •
ções anteriores, .d esde a de 1891. lnSplrOU nos superIores interesses da
De accôrdo com e11e, varias remo-

distribuição da Justiça, e o POder .
Exe-
ções tem o Egregio Tribunal de Jus- cutivo nada . mais fez do que acceder
tiça proposto e o Senado appro.vado. á iniciativa do Tribunal. que propoz
'PoOr decreto de 21 d·e .Maio de 1896, a medida de utilidade publica. Esta
foi removido • o bacharel João Antunes utilidade é da competencia exciusiva do
de Araujo Pinheiro , juiz de direito da Tribunal conhecer, para pmpor a re-

"
comarca de Franca. moção.
.
Em 1897 (decreto de 10 de Maio), Não é demasiado accrescentar que,
foi removido o dr. Antonio Ferreira quasi todas as constituições vigentes,
França, juiz de direito da co marca de dos Estados, auctorfzam a remoção com~
Bananal. pulsorla dos juizes de direito.
Em 18 de Maio de 1900; foi remo- Entre ellas, as do Espirlto Santo,
vido () bacha'r2ll' Leocadio Leopoldino de. Rio de Janeiro, Paraná. Maranhão,
Fonseca e Sllva, juiz de direito da co- Ceará, Goyaz, prescindem. {~omo a de
marca de Lençóes, o qual deixou o São Paulo, de processo para essa remo-
exercicio fmmediatamente. ção. E' de notar que· a do Rio de Ja-
Por decreto de 22 de Maio de 1900, neiro a auctoriza. quau-do deliberada
o bacharel Hypolito de Camargo, juiz por uma junta, compos!.a do presidente
de direito da Capital, foi suspenso do do Tribunal, do Chefe "do Minlstel'io
exercicio, nos termos da lei n. 338 de Publico e do Secretario Geral do Es-
1895, e removido por decreto de 13 de tado.
Agosto. Assim, pois, São Paulo não está iso-
Em 29 de Outubro de 1912, foi re- lado, mantendo um dispOSitivo consti-
movido o bacharel J osephino Fernan- tucional que vem de sua primeira
des, juiz de direito da comarca ' de Constituição, elaborada por uma Cons-
Campos Novos do Paranápanema. tituinte em que figuram jurisconsultos
. .
Em 1914, llor decreto de 24 de Ju- do valor de João Monteir". Brasi!l"
lho, . foi removido o bacharel Antonio dos Santos e Pedro Lessa.
.
Augusto Cavalcanti de Albuquerque Tambem não.
foi o Governo
.
de V.
Pessoa, juiz de direito da comarca de Exa. que inaugurou a l'emQção dç jui M

Sertãozinho. I zes. De longa data, e sem softrer a


Eml!H8, 'por decr«tode 14 de Ou- arguição- do vicio, que se the-~ reeonhe-
I
..
,

668
'.

ce agora , m as, attendendo aos re<;: la- 1254-B-, de 16 de . Dezembro de 1911,


mos da ' 'opinlão, o Tribunal tem pro- foi aberto, pelo decreto n. 3035, de 12
posto remoções que o Senado te\.n ap- de Março do corrente anno, o credito
provado e o Pod~r Executivo decre- esp.ecial de 500: 000$000, destinado ao
tado. inicio da construcção do Palaeio da
Esse.
remedio que não. deixa ao. des- Justiça,
. :a mparQ os juizes removidos,_ por isso. •
Esta provideucia foi da<la para at-
~ue, ' emquanto não lhes é designada t-ender a uma das nossas mais premen-

:nova coma.rca,
.
continuam a perceber, tes necessidades, qual seia a de dotar
por inteiro. os seus vencimentos,. ' foi a nossa Justiça com uma casa propria -
sempre - preferido, como efficaz, para e condigna .

servir á justiça, sem o sacrifício. pes- . Até agora, t~m
• •
. ... o nosso !õro funcclo·
.
soai do m·a gistra<lo. nado separad"á fuente.

em edifícios im-
O voto' do Supremo Tribunal de ela- proprios, e aos ' quaes faltam as accom-
l'a-O, porém, inapplicavel.
• modaçôes indtSperisaveis ao fim para
Não se julga garantia sufficieute da
que estão servindo. Não só o FaTum
isenção, com Que se faz.eID as remoções,.
Civ<el e o Criminal, como O Tribunal de
,8, propás ta ' indispensavel do Tribunal,
. Justiça, acham-se installados em casas
por voto de s.ua maioria, que dá ao. .
que, si em parte attendem ás necessjda-
Poder Juãiciario a iniciativa dellas. e
des primaciaes do. se'u funccionamento,
o voto . do Senado, approvando-as. mnito, entretanto, lhes falta para se-
.
Em vista.
disso, só. resta ao Governo, rem o que o decoro ·e· o movlm,ento de
como proponho a V. Exa., declarar sem taes .repartições requerem.
" ·efteito 05 dois decretos referidos" .
Penitencial'ia Attendendo a que
R-efórRl<l J udidal'ia Ainda no COf- serão, brevemente, inaugurados ' alguns
,'er de 1918, uão vimos realizada a re- pavilhões da nova Penitenciaria, no Ca-
fórma judiciaria, aspiração da magis- randirú, foi o director daqueIle estabe-
tratura e do (Jovo de São Paulo. O as- lecimento commissionado para estudar.
sumpto, já estudado na Camara dos nas Republicas vizinhas. o regimen pe-
Deputados, aguarda que sobre elle se nitenciaria; além disso. o Governo no-
manifeste o Senado, cuja competencia meou uma commissão de abalisados
e -cuja a.ç~iyid,ad.e poderão can-
mu'}~o criminalistas, com a incumbencia de
tríb~ir })ara aperfeiçoar o nosso defi- . coIligir dados para a elaboração de um
ci:ente' .s:v~tema judicial. novo regulamento, destinado ao rete-
E'- sensivel a necessidade de dotar- rido estabelecimento.
le o nosso Estado com os seus Codigos Entretanto, os trabalhos referentes
de Processos Civil, Commercial e Cri- ás estradas de rodagem, executados pe-
minal. lossetEmciados. continuam · sem inter-
Para a boa a'pplicação da lei u. rupção.
1630-C, de 30 de Dezembro de 1918,
A construcção da estrada de São
·que dispõe sobre o funccionamerito do
Paulo 'a Jundiahy . teve inicio .em
iury, fez-se o 'regula'm ento ' que baixou
Agosto de 1916, junto á ponte sobre o
com o decreto n, 3015, de 20 de Janei-
rio Tieté, no bairro da Lapa, e vae a
'ro do corrente anno.
bom termo, apezar das difficuldades
Palaeio da Justiça .- De accõrdo que o terreno apresenta. Foram cons-
COln· a au ctori~ação
. .
constante do a~tigo t~llM.oS 18 .kilometro\S ·de estrada, ten-
13 da. lei n. 1117-A, de 27 de Dezem- do eUa 10 metros ..
de largura. e rampa
bro " .. 1907. ratificada pela lei n . . . . maxima de 8 %. Nesse percurso, fize-

669 -

ram-se atEH'l'OS de grandes profundida- A nossa milicia acha-se, em parte


des e varios -córtes, alguns com mais ao menos, regularmente aquarteUada.
de 14 metros de altura. Funcciónam IA 'lgu1mas: un"ildJadéS. -p orem, inlClú,s ive
actualmente dois acampamentos: um O Commando Geral, se resentem da fal-
em Taipas e o outro em Perús; o pri- ta de accommodações adequadas, As-
meiro, com lotação para 80 sentencia- sim é que o 3.' Batalhão contimla alo-
dos, e o segundo, com espaço para 71) jado "m prooio velho, situado em POI1-
reclusos. to afastado, e desprovido dos com-

O trabalho é dirigido p"r officiaes da modos necessarios ás suas companhias.
Força Publica, sob inspecção da Dire- O Corpo Escola necessita, Igualmen-
otorla da Penitenciaria, e os sentencla- te, de instaUação propria, com a capa-
d,os trabal'h am v'or tUl'lm,as, guiados, na' cidade precisa para abrigar todo o seu
parte disciplinar, por um guarda civil, pessoal que, actualmente, se acha dia-
e na technica, pelo mestre de turma, tribuido por tres dlfferentes casas.
escolhido, para esse mis tér, dentre os Para o destacamento de Ribeirão
sentenciados que melhor comportamen- Preto, acaba de ser adquirido um pre-
to e mais aptidão tenham demonstra- dia proprio o antigo Gymnasio "Rio
do no serviço. Estes mestres são orien- Branco" onde, aUás, já se achavam
tados por um feitor geral, que, por sua as praças aquartelladas, desde Maio ul-
vez, recebe, do engenheiro-chefe da timo.
construcção, todas as ins~rucções, plan- As o bras de construcção do novo
tas e notas de serviço. quartel para o Corpo de Bombeiros,
paralysadas, ha cerca de qllatro annos,
Instituto Disciplinar Correram em
precl'sam .ser reaoUvadas. -e completa-
boa ordem os serviços altectos ao Ins-
das.
tituto Disciplinar, onde, ,~urante o an-
De Outubro a Novembro ultimos,
no de 1918, entraram 83 menores, dos
foi a tropa cruelmente castigada pel:i.
quaes 76 brasileiros e 7 estrangeiros, , •

I epidemia grippal, que grasson, c,>m


sendo 23 maiores e 60 menores de qua-
grande intensidade, nas suas fileiras,
torze annos. No mesmo periodo, dei-
tendo victimado 145 inferiores e pra-
xaram o . Instituto 63 moenores, sendo
ças. Foi poupado, entretanto, o quadro
60 br8.sH"loos e 3 e.tr'a ngelros. Es~or_ •
de officiaes, onde felizmente, nenhum
ça-se o Governo no sentido de colIocar o bito se verificou.
esse estabelecimento em condições de Com o fim de attender aos enfermos,
preparar, para a .vida civil, os menores funccionaram, além do Hospital Mili-
a eU" recolhidos, prOVidenciando por tar, quatro outros provisorios. Para
• •
que se lhes ministre educação CIVlca, soccorro domiciliar ás familias· d~8 pra-
moral e profissional. ças, funccionou, igualmente, um ambu- , '

FOl"ça Publica - A Força publica latorio medico, sob a competente e de-


do Estado, pela sua inalteravel disci- dicada direcção do Dr. Luciano Gual-
plina e efficiencia de acção, continúa berto.
a merecer ,o justo conceito de que go- O encarecimento progressivo da vi-
.a no Estado e f Ma debOO. 'Durante. o' da. assim como a circumstancia espe-
anno, não descurou ella de sua instru- cü,l de terem os militares a sua fun-
cção profissional, a cuja testa se man- cção adstrlcta, exclusivamente, ao ser-
teve, como consultor technico, o Coro- viço das armas não poden,do empre-
nel do Exercito Francez, Louis J ousa€:- gar a sua activldade fóra deUe con-
lain, que só ultimamente se auSentou correm para que seja essa a classe qué.
do serviço, devidamente licenciado. mais soffra. talvez, as consequencias <&
•• , ,"
., '
. - . " -' "

. 670 -


as difficuldades da actual situação. E' funcções proprias. como ainda no que-
a8sumpto esse que bem merece a' escla- concerne á epidemia de grippe. que I!S-
recida attenção do Congresso Legisla- solou grande parte do territorio do Es-

tivo. tado , .
E' conveniente e oPPol'tuno regulari-
Policia de Oal'reira A policia de
zar a situação dos escrivães e escre-
carreira foi' contemp'l'ada com du.,,, leIs
ventBos das nova" delegaCias da Ca,p'i-
que muito concorreram para melho-
tal e das delegaCias regionaes, assim
. ral-a. Pela primeira deblas. a de n."
como a dos escreventes de todas as ou-
1607. de 12 de Novembro do ..,nno ·p as-
t ras . fixando-os no quadro dp pessoal
sado. foi crIada a Delegacia Regional
da Secretaria.
de , Sorocaba. assim como o foram as ,
d e 4.' classe Jardinopolis e Santo Gabinete Medico Le~l - O Gablne-
te Medico Legal, com a sua primitiva
..
· Amaro. oOmo de 4> classe, foram res-
tabelecidas. pela citada lei. ,\8 delega- orgamza -
. çao que data de dez annos,
cias de Parahybuna e Quelu'z, Poste- continúa installado em duas salas aca-
riormente. ale! n. o 1641, de 31 de De- nhadas, com o reduzido pessoal technl-
zembro criou mais tres d·elegacias de co que o compõe, e, s6 mesmo com mui-
eircumscripção na Capital, e elevou á to sacrificio
.
e graças á · dedicação
- .' .
d<l
categoria de 4,' classe as. d e Tam bah Ú , seus funccionarios . obrigados a pIan-
Mogy Guassú . Casa Branca, Caçapava, o tões extenuantes, consegue, de , modo
Mogy das Cruzes, Pirassununga. Ta- satisfactorio, preencher os seus fins.
quaritinga. Iguape e Itapira. assim co- Dura nte o anno findo. passaram pe-
mo as vinte e duas seg uintes : Apia- lo Gabinete 5396 casos. assim dis crI-
·hy. Areias. Brodowski. Cananéa. Ca- minados: 119 8 exames e 419 8 ve-
tanduva. Ipaussú. Jambeiro. OIympia, rificações de o bitos, occorridos sem as-
PatroCínio do Sapucahy. Pederneiras. sistencia medica. Os serviços tiveram
P!€dade. Sànta Branca. Santa Izabel , um augmento fóra d o commum. devi-
São Bernardo. São João da Bocaina, do, em grande parte. ao ef·flcaz. tn- '
São Jósé do Barreiro. Sarapuhy. SIl- cessante e opportuno auxilio que, no
veiras. Vbatu,ba. Una. Villa Bella e Xi- periodo agudo da grippe epidemlca. o
rirlca. cessando assim os effeitos da pessoal do Gabinete prestou á popula-
lei n,' 1510 de 1916, que havia sup- ção dest a iCapita)l. VeriJficou-se. lPor is-
primido a policia de carre ira em neze- so, um augmento correspondente a
sete dessas comarcas. 16,5 . % . sobre os trabalhos do anno
anterior.
Actualmente. as delegacias de poli-
Por força da lei n. ' 1537. o Gabine-
cia são em numero de duzentas e d oze,
assim ..distribuidas:
- .
de L " classe 4 ;
te Chimico Legal continúa annexo ao
Medico Legal. e sob a direcção do che-
de . .2.· •. 18. sendo 8 regionaes; de 3.' ,
fe deste ultimo.
H; de, 4.' • .72 .. As de 5, - classe. não
numeradas. elevam-se a 77 . s endo qne Durante o anno findo. forám 'feitas
algumas della s . pela importancia das 42 analyses. entre toxicologicas. ba-·
zonas a que servem e pela distancia. cteriologlcas e micro-chimicas , tendo
em que se 'ac-h am, d3iS oodes das respe - sido 12 delIas de r esultados ..eguro.

ctivas comarcas •. reclamam melhor clas- e positivos. o que representa uma por-
sificação.Justo é consIgnar •
aquI• os centagem de 40 % de delictos. elucl- ·
bons serviços prestados. indistinctamen - dados pela acção do Gabinete.
te, por todas as anctoridadespoliciaes . Gabinete de Jnvestigações e Captll-
'lão só naquillo que diz respeito ás suas I'aS O Gabinete de Investigações e
" . ." .,; ' " ''''~ :'" " "" " " • " . ", "
.
'

' "' : ' ," "'"


- 671 • •

..
Capturas tem .,.~() consideravel · desen- I publicos, carregadores, cocheiros, mo-
volv>mento n"s varia" .secçõoo e'ln <lue toristas; vendedores de jornaes e de bi-
se divide, desenvolvimento esse que s~ lhetes de loteria.
vem accentuando, de modo progressi- Na secção photographica, fizerarn-sc'
VO, em todos os ramos de tão impor- 17 .831 . photographias,é executaram-
tan,te depa"rtament-o. As-&i,m é que, na se 49. 671 cópias photographlcas, Para
secção referente a captul'as, foram re- melhor se 'a valiar do desenvolvimento

gistados 931 delinquentes, dos quaes, assignalado nesta secção, basta referir
503 capturados no interior; 410, na que as cópias executadas em 1916, fo-
Capital; e 18, nos outros Estados, por ram em numero de vinte mil; e que
meio de extradição. as photogl'aphlas . feitas, não attingi-
Desses delinq uentes, 611 eram na- ram a .aete mil. ' . .
cionaes e 320 estrangeiros, pr-ed"omi-
nau do entre estes os de nacioualidade Assistencia Policial . O Posto me-
italiana, portugueza, hespauhola e sy· dico da Assistencia Policial já não cor-
ria, em um total de 142. responde ás exlgenclas da actualidade,
O numero de promptuarios abertos O conceito alcançado por esse departa-

e organizados, no ultimo annó, attill- mento, e, bem assim, a justa nomeada
giu a 21. 066, verificando-se um ac- de que gosa o Estado de S. Paulo , pela
cresclmo de 5.554 perfeição de seu apparelho administra-
. , em relação a 1917.
,
• tivo , impõem, quanto á. parte medica
No mesmo périodo, a totalidade dos
da . Assistencia , uma refórma radical,
I'egistos promptuarlados foi de .....
que a colloque em situação de bem
73.713 . Refere m. .. e elmes a d,,,linqueu-
preencher os seus fin s. Sob o ponto de
tes e investigações, não só da Capital · . vista da technica, torna-se da mais ur-
e do interior, como de outros Estados
gente necessidade que o Posto seja do·
e do exterior, tendo-se em Vista uma
tado de uma pequena .. sala aseptica" ;
investigação especializada, a respeito
porquanto, com uma sala unica, para
dos elementos perturbadores da socie-
intervenções, e essa mesma occupada
dade e nocivos á moral publica.
com apparelhós de esterelização, não

Ga.binete de Identifica.ção - A sec-. podem ser, como não ' são favoraveis.
ção de Identificação
-
continüa
-
a ter, .'
as circumstancias em que os trabalhos
"
. ".
ClrUrglcos --
se operam.
e m todos os seus serviços, "apreciavel
·.
desenvolvimento , coIp.o o demonstram Dnrante os mezes da grippe, e tão
os seguintes dados: identificação só mente nesse pedodo, os serviços do
na Capital, de individuos que não re- Posto ' attingiJ'am á elevada cifra .de
gistavam antecedentes máus, 1. 410; 3.799 casos. Por outro lado, QS soe-
identificação d·e reincidentes em geral, corro~ ·commults·, motivados por desas-
1.573, ou seljam2.~83pa·ra ",mbas' as tres e accidentes em ge"ral. e ainda por
classes . No Interior, foram idéntiflca- "delicto~; suicidt>s e tentativas de suieI..
das 2,806 pessoas sem antecedentes dio, eleval'am-se a 10.862, perfazendo
máus, e 723, com antecedent~, ou se- tudo. um total. de 14 . 661 casos. Esse
jam 3,529, nas duas categorias. augmento, confrontado com a somma
O registo civil continuou a ter gran- dos serviços registados em 1912, pri-
de procura, tendo sido nelle inscriptas meiro ·aDn{) do, -reguI.ar funccionament? "
12.143 pessoas; que requereram e ob- do Posto, assignala uma porcentagem
tiveram carteiras de identidade. Fo-· equivalente a 41 %.
ram ainda expedidas, como medida ad- . Pelo dec'reto n. 2.215, de 15 li..
O

ministrativa, 630 deUas, a empregados I Março de 1912, qu e 'deu regu.Jame·llt.o



. . ,"
- : : . . .. ..
' - - .-

672 -

á Assistencia, foi o seu pessoal fixajo r fer.entesa factos oecorridos nas lnais
em quatro medicos, quatro enfermeI- remotas zonas do nosso Estado,
ros e quatro ajudantes de enfermei- Por outro lado, aquella Delegacia
ros. Verificou-se, desde logo, a insuf- mandou fazer, a' todas as auctoridades
fieiencia de medicos no Posto; e por ,e a{}s centros industriaes da Capital e
isso, a ,l;ei ll. o 1.34,2 desse ln.es'm·o anuo-. do interior, uma profusa distribuiçãO'
.cr"i1o'u mais doi.s rogares d·e ,med·i,eos. De do já mencionado regulamento.
então para cá, é esse ,mesmo resumido
Escola Agricola uLuiz de Queiroz"
pessoal que vem attendendo aos servi-
-Na Escola Agricola "Luiz de Quei-
ço's, que se desrd·obram, nu,ma prog-res~
roz" t foram admittid.os· á m'atricula in1~
sâo imprevista.
cial, no anno findo, 42 alumnos, sendO'
A secção de transportes de enfermos de 92 o numero de estudantes nos di-
(:! feridos oobá a ex;igir, não .só augmen- versos cursos. DiplO'maram-se 17 den-
to de vehiculos, como a substituição tre elles, elevando-se, assim, a 98, o
das ambulancias de tra·cção animada, total de agronomos formados no a11u-
a que faltam os re,quj.sitos d'e rapidez dido estabelecimento, desde 1913.
e de commodidade. Tendo o Governo Federal posto em
100S soec-orrospreBltados a indegentes, execução a lei n,' 3.454, de 6 de Ja-
foram em numero de 4, 7ll, assim Ileiro de 1908, que, em seu art. 97 §
di.<Jtribuidos: internados na Santa 4.° n. 1. instituíra premias de víagem
O

Casa, 4.301; no Asylo do Guapira, 19; aos alumnos que mais se distinguissem
na Maternidade, 135. Nesta classe de
nos cursos de agronomia; conseguiu a
benefici,o,s, nota~se que as pessoas' de Escola que seis, dentre os seus diplo-
nacionalidrude 'eoc,rangeira, que pediram mados, fossem destacados para, nos
Estados Unidos, aperfeiçoarem os seus
'é obtiveram assistencia, foram em n u--
conhecimentos.
mero de 2.191, porcel).tagem equiva-
Está concluido o edificio para a es-
. lente a dos auxilios prestados aos na"
tação de Bromatologia e Agrostologia,
Cionàes.
criada pela lei n.' 1.534, de 29 de De-
Accidentes do Trabalho Operal'io zembro de 1916.
Logo após a pu:MicaçÕ!o do decreto fe-
Defesa Agricola Tendo appareci-
deral, ,sob n,' 13.498, de 12 de 'Março
do a lagarta rosada nos algodO'aes do
ultimo, que deu regulamento á lei n.'
EstadO', a Secretaria da Agricultura
3 . 727, de 15 de Janeiro a qual dis-
providenciou, immediatamente, quanto
p;;e sobre accidentes no trabalho ope-
aos meios de combatel-a. Foi, para is-
~arlo a Secretaria da Justiça, por
so, nomeada uma commissão de te-
jnte;rmed'io da Deilegacia Geral de Po-
chnicos, a qual se incumbiu de pôr em
licia, expediu as necessarias instru-
pratica diversas medidas, tendentes a
cções a todas as auctoridades policiaes ,
extinguir semellilrnte praga.
dO' Estado, no sentido de prestarem
Nas 'estradas de ferro, o livre tran-
ellas o sÉm concurso á integral execu- sito das sementes doe algodão. bem eo-
..
ção da citada leI. mo o dO' algodão em carO'ço antes
Com O' maior desvanecimento, devo de previamente desinfectados foi
- a.qui consignar que essas. instrueções prohibido. Foram divulgadOS, pela im-
têm sido fielmente observadas e que, prensa e por outros meios. os a.visos
, . -
até a presente data, já foram feitos, que pudessem prevenir o agricultor
.-
BO bre accidentes, mais de uma cente- contra o perigo do alastram,mto da la-
..
na' de processos, muitos dos quaes re- garta rosada, sendo fiscalizados os de-

.. ..

673

positos e os al'waGens de caroços" o ! CailISú·; 1 em Engenhei,l'.'Ü HermiHo: '1.


acondicionamento das sementes destI- em Capivary e 1 em Ytú.
nadas á cultura, assim· como as fabri- "Para a cultura de milho": "- 1 em
cas de tecidos de algodão.
, Salto Grande; 1 em Bariry; 1 em Rio
O combate aos gafanhotos ' que inva- Preto; 1 em J acarehy ; 1 na F::stação
diram as lavouras do Estado: determI- de Anna Dias; 1 em Cotía e 1 em J a·
nou medidas de caracter €xtraordina- cuha.
rio. por isso que o material commu- Maios s·e'is camp-os de d'emonst-r,ação
mente usado, e de que a Secretaria

poderão ser instaHados, breve'm ent€:
_ . em Ti'eté, P1in-dam.onhanga"ba , Ca:pi~
dispõe, para exterm inar essa praga.
l'G'~' naTa-se in~~'HHich::llte. diante da ex- vary. Santa Cruz do Rio Pardc , .TuCjulá

t~nsão do m-a1- FlOi '!)re'ci·so , :po-is. Tf:l...r.or- e Cananéa, os dois ultimas de~tinados
reI' ao emprego do arse nico , ingrediente á cultara de arroz.
que o Governo adquiriu em larga ~l,",hinasAg"!colas Cai" O fim

quanti·dade, e do qual 9.000 kilos fo- de facilitar aos lavradorea a acq uisi-
ram di ~!~ l·ibu i d (}.5 a:(l~ lavl'aàol'e<; por çãó de instrumentos . e machir.as agri-
intermedio das Prefeituras Municipaes. caIas que, devido á guer·ra, muito ti·
O resultado colhido foi satisfactorio, nham oenc-are-cido e rareado .a Secre-
tendo-'z,~ conseguido reduzir , co n.sid~ ­ taria comprou grande quantidade 1"
ravelmell t!?> ~ o damno que. sem o empre- enxadas, enxadões. forcados , foices .

;,0 de tal meio, poderia ter sido fatal machados, arados e cultivadores· diver-

. ti. lavo ura paulista, sos, os quaes, por preços de ata.cado. e
Tendo s ido feitas , por todo o Esta- com tran-s<porte gratuito até a· csta,çã,o
do, grandes ~Iàntaçõe s de algodão, e do destino, lhes foram .por ella ce-

havendo, na praça, carencia de verde- d'idos .
Paris, com que se combatem as pra-- }t~usino Ambulante - O ensino agri-
gas que costumam estragar os algo-
doaes, providenciou a Secretaria quan- I cola ambulante esteve em actividade
de Março a Julho de 1918, quando foi
to á compra de 30.000 kilos de tal suspenso, por terem appal'ocido , na la-
droga, que foi fornecida aos lavrado - ' I voura, . a Ia.g<ll't.a rosada e -d ivel'sas ou-
res, pelo custo,e co m frete gratuito tras pragas.
a té a estação do destino. O carro-escola das Unhas da SOI'oca-
.
Destruidas ou pre judicadas como fo- ba-na. o unico que esteve ~m ~ervi.ço,
ram, pela geada, as culturas de canna effectuou sete viagens, sendo toda~ el-
e de mandioca, a Secretaria tratou de las co roadas de €xito. Tratou-se d.
adquirir pontas _e ramas dessei3 vege- •
adopção d e semelhante serviço "-as li-
taes, para ser-em fornecidas aop lavra- nhas· da Paulista, da Mogyana e da
dores, pelo preço de custo, com tran s- Central, para funccionamento no cor-
porte gratuito. rente anno.
Oalnpos de Demonstração• Os DistriblÚçã.o de Senlentes Corn
campos de demonstração, existentes bast'1-nte "eglllaridade proseguiu o ser-
uct ualmente, e lnantidos em lavouras viço . ~e ·distribuição de sementes.
particulares, com. auxilio oUieial, são: }f"oram fornecidos. gratuitamente.
"Para a cultura algodoeira": . _.- 1 aos lavradores, cerca de 14 4 . 000 ki-
em Villa Americana; 1 em Nova OdM' los de sementes, predominando as de
sa; 1 em Guaiquica; 1 em Monte Mór; I
trigo, aveia, alfafa, Boja, teijão , capln.
1 em São Roque; 1 em Tleté; 1 e m ., diversos, arroz e milho .
Pereiras; 1 em Morro Alto; 1 ec' Ara- J Além dessas, distribl1idas om P(~ÍJtI{~ -
. . . - . . . .. .. •
, ,•',•

••
- 674

nas porções. a Secretaria adquiriu. pa- respectivas tiragens. tal a procura que
I'a mais extensas plantações. e vendeu. têm tido.
pelO custo. as seguintes quantidades: A secção. mantendo o serviço de in-
sementes de algodão. 680.840 Ii:i- formações. remetten para o estrangei-
los; de alfara. 645 'k llos; e de sorgho. ro grande numero de dados. folheto • .
684 kllos. m.apl>as e ·p hotographias. além. de va ·
rios outros impressos, contendo infor-
Serviço de 'Publicações COlltiuua-
mações sobre differentes .
assumptos.
~am acUvos os serviços de publicações.
. A Bibliotheca. annexa ao Serviço de
de illstrucção e de propaganda agrico-
Publicações. teve crescente frequencia.
la•.
sendo de 250 a média mensal -dos con-
As necessidades orhmdas da guerra. sul.ta1\te.s que a procuraram. com o fim
despertando maior Interesse pela cul- de se instruir sobre novas industrias.
tura decereaes e vela .Industria pasto-
ril. provocaram intensa procura das Sel'Vlço }'lol'estal O Serviço Flo-
varias publi~ações sobre alimentação res tal distribuiu 1 . 196 . 879 mudas, das
. . quaes. 1 . 116.1 7. 6 eram de plantas or-
racional dos animaes e sobre cultura
das melhores plantas forrageiras. além namentaes. e 80 .7 03. de pla'ntas (ru -
de publicações outras, destinadas a ctiferas. Dessas mudas . 1. 082 .6 O4 fo -
propaganda da polycultura. ram vendidas. e 114.275. cedidas. 'gra-
tuitamente, ás Camaras MUllicipaes.
Afim de tornar mais racional, mais aos hospitaes. as escolas e as reparti-
methodíco e 'nienos dispersivo, o ser- t ções publicas .
viço de divulgação agrlcola, foi orde- A . renda do Horto Florestal foi de
nada a elaboração
.
de uma série de mo- 27: 6.81$600 : ·

nographias praticas. comprehendendo O serviço de reflorestamento do"
assunlptos relevantes, como: os pre- terr·e.110S d a serra da <Callltar-eira, de pro-

,
liminares das culturas especiaes; ins- priedade do Es tado. proseguiu. com a ',

trumentos manuaes e motoresani-


regularidade que lhe foi .
permittida
maes, na lavra do sólo; "hygiene ru- . pela Ins lgnlflca ncia da verba. para el-
ral; construcções ruraes; contabilidade le cons iguad a no orçamento. Na Fa-
agricola; adubos animaes. vegetaes. zenda da Chapa da. existiam 120 . 00 0
mlneraes e mixtos; cultura das nossas pinheiros. pla ntados nos anuos anterio-
melhores plantas alimentícias. indus- res, sendo feita , no anuo findo, a plan-
triaes e [orrageiras; silvicultura; · mo- tação de mai s 15. 000.

lestias vegetaes; parasitas; pragas, in- A fiscalizaçã o das mattas, na serra


.
secticidas; fructicultura. com as ins- da Cantal'eira . confiada a guardas tlo-
trucções para a enxertia, póda. .etc. ; res taes. j á. est á dando bons resultados.
.
criação de gado b'ovino e suino; mode- tendo escasseado o numero de intru-
los de estabulos e de banheiros; vete- sos qu e ali fazia m suas incursões.
rina.ria urgente, etc. •
Serviço Meteol'ologico O serviço
As publicaÇões perlodicas: "Bole- Me teorologlco desempenhou-se bem
tim de Agricultura". "Boletim de In- dos yarios trabalhos que lhe estão af-
dustria e Commercio". 41 Exportação e - fectos, inclusive os da parte astrono-

'. lnlportação pelo porto de Santos" e mica, e isso, não só no que diz respei-
"Boletim do Departámento

Estadual to ás pesqulzas de caracter theor\co .
do Trabalho" continuaram a ser como no que concerne ás applicaçõeR
editadas e d;stri1;>..uldas. . regnlarment9. imrn.~dlatas. relaÜvas' á determinação e
tornanao-se
. necessario , o , augmento
- ... das á divulgação da Hora Legal. por tôdas

-
'." . ,, ' . '.. - -

- 675

'as linhas ferreas do Estado e ainda pe- Com o fim de se assentarem regras
lo puMico da Capital. praticas e economicas para O' cultivo
Merécem particular inte~esse os es- dMl plantas mais uteis á pecuarla e ás
tudos e a publicação que foram f:altos Industrias agrlcolas do nosso Estado,
ilobre a Meteorologia ~ral e a Clima- os respectivos ensaios culturae. foram
tologia Agricola de S. Paulo. multiplicado •.
Acham-se funcclonando, com regula- Foram Igualmente multipllcada.s as
.
Tldade, cerca de 7.0 observatorios, dis- demonstrações praticas, não só para os
.emlnados pelo terrltorio do Estado e visitantes ou consultantes,
. cujo llUme-
.
.Iubordinados ao Observatorio da Ca- ro foi de 1.632, corno para os prati-
pital. A previsão -do tempo a curto pra- cantes que desejaram habilitar-se nos
zo, publicada diariamente, continuou a processos de póda,

de renovação e de
·dar 90 % a 95 %, como taxa de acer- tratamento racional dos cafésaes; so-
to dos annuncios dados, o que, Se con- bretudo dos que foram attingld08 pe-
. sid·era COlno bom resultado, neste gen-e .. las ultimas geadas .
TO de serviço . Com grande empenho, foi melhora-
Instituto Agronomico A activida- do o serviço de distribuição de mudas
de . do Instituto Agronomico, foi satis-
e de sementes, tendo sido selecciona-
la·cto1ria.. como resuroli'da'lO€'nte o dê :- das e augmentadas as boas variedades
de umas e de outras. Distribuiram-se,
monstram os seguintes dados sobre
trabalhos technicos, ali realizados: assim, 97.885 mudas e 18.352 litros
de sementes.
Aualyses e estudos div·e rsos 554 As variedades de milho, seleccionadas
Consultas • • • • 1.118 no -InsUtuto, olbtiveram cinco premio;)
.Forneclmentos de fermentos in- na 4.' Exposição, realizada no Rio de
dustriaes . .. 38 Janeiro.
Experiencias agronomicas, em
vasos, matas 'Ol\ i. in "iSoi.tl.l" 2 . 280 Iudus"..ia Pastoril No
Paulista", tratou-se de melhorar o seu.

Com este expediente e com estes nu- apparelhamento para a prodllcção do
moerosissimos trabalhos de lalioratorlo, cavallo destinado a serviços militares,
em progressl1v.) augmento nestes ulti- adquirindo-se, para isso, garanhões e
mos annos, foram iniciados e conclui- eguas de puro sangue inglez, mais pro-
dos importantes estudos, alguns de prios, para o fim almejdo, do que os
premente actualldade, como •
sejam os animaes anteriormente utilizados no
de renovação dos cafésaes velhos e dos estabelecimento.

'q uelmados pela geada; os de pÓda ra- A' "Fazenda de Baruery", destinada
.
cional e os das doenças dos cafeeiros á criação das raças de sulnos mais con-
em S. Paulo; os de adaptação da póda venientes a essa zona, juntou-se uma
racional ás arvores fructlferas; os de secção bovina, de gado SChwytz, que
'adubações experimentaes e os das ter- ali se vai desenvolvendo gradativamen-
"as do .E s.tado; os de forragens, . pra- te. Entretanto, tendo o estabelecimen- .
dos artlficiaes, 'pastagens, feno e fe- to, por fim principal, a criação de por-
nação; e os de succedaneos da farinha cos, ' foram importadOS dos Estados
de ·trigo (an1l.lys,,", vaI"". c<>mparati,"o , Unidos diversos reproductores e repro-
'" panlticação pratica). ductoras pertencentes ! raça Duroc-
Noo dUtereutE>s c.. mlpos do InsUtu- Jersey, tendo sido adquiridos, aqui
to. foram aml'lIadas as grandes cultu- mesmo, diversos exemplares da raça
ras rendosas. Polland-Chlna.
, .. '
, .. . , '. . . ' • ,,"

676 '-


Esses animaes que estão sendo cria- Foi instaHado o ,;. Bos to Zo.otechnico.
dos, isentos . de toda mestiçagem, vão Regional de B otuoatú ", tendo por obje-
se adaptando . bem ás condições am- cto a conservação dos reproductores
,
bientes e, dentro em pouco, poderá o que são necessarios ao melhoramento
Governo começar a 'Vender, por preços do gado da região.
reduzidos, . .
os productos nascidos na al- O "/Instituto de Vebsri,naria ", .::riado
ludida "Fazenda".
.
Ao lado das raças pela lei n. 1. 597, de 31 de Dezembro
exóticas, continúa a fazer-se, com exi- de 1917, começou a funccionar a par-
to, a selecção do porco Canastrão, que tir de 25 de Junho de 1918.
se tem revelado como optimo elemento InstaIlado provisoriamente em de-
para cruzamentos com as raças estran- pendencias do Instituto de Bntantan.

genas. emquanto se constróe o edifício que
() restabelecimento do "Posto Zoote- lhe é d·e.stinad0.. v·a e funcciona'ndo r e-
.
chni1co ü , flIoota Capita·l, vem se j-usti-fi~ gularmente, tendo já produzido algu-
<!andopel<Js serviços que está .p restan- ma cousa de util.
do á pecuaria paulista. Nelle são rece- Dentre outros trabalhos interessan-
bidos os animaes em tl'3.t,l1sito e os im- te, o "Instituto?' entregou-se a o preparo
portados do estrangeiro, soffr-endo es-
- do sóro ant;-aph!toso 'que t e m dad" re·
tes, no Posto, a immunização confra a sultados satisfactorios.
piroplasmose bovina, de modo a pode- Na "Fazenda Campinlnha ", em Nov~l.
rem, sem perigo, ser enviados ás fa- Odessa, s ecção d·o .. Posto d e So;;·lecção
zendas a que se destinam. do Gado N",cional", estalbel"ceu -se ,;
Durante o anno, passaram pelo Pos- criação do gado MOcho, com o fim de
to 7 ~ 3 anlmaes, bovinos em sua maior se promov-er o seu aperfeiçoamento .

parte. O serviço do 11 Censo Agro-Pecunia.-
Com o intuito de promover a cria- rio", fá alcançou 102 municípios, em
ção de gado puro-sangue, das raças 93 dos quaes se acha concluido, estan -
destinadas á producção ·de carne, ini- do quasi terminado nos 9 restantes.
ci<>u-se, em terras de propriedade do Pelo decreto n. 2 . 975, de 30 de Ou-
Elslt8ido, a ,j,nstaHação da " Fazenda Pa$" tubro, foi criado o "Registo d e Cria-
tori! de Itapetininga". dores", o qual vem dando bons !'esulta-
Dos trabalhos de construcção de pre- dos, achando-se neUe inscriptos 161 fa-
dias, cocheiras, estabulos e outros, as- zendeiros, com 94 . 8~3 cabeças de ga-
sim como dos de pr81par() do sólo pa- do.
ra o plantio de forragens, uns ' ficaram Exposição Estadual <le Anima".
concluidos, achando-se outros em fran- A 21 de Abril ultimo , inaugurou-se,
co andamento, de modo que, estean- nesta Capital, a Exposição Estadual de
no, poderá ser ali iniciada a criação Animaes,

a qual alcançou franco suc-
de animaes das raças Hereford e Dur- cesso.
han,das quaes, foram já a dquiridos . Compareceram a ella 132 exposito-
·ex<ml'Plares, em ' regnlar quantidade . . res, com 93.5 animaes, !:lendo: 570'

IA"':F-azenda de Amlparo'!, -destina:{Ía bovinos, 265 suinos, 72 e quinos, ' 11
á criação do gado Red-poIled, vem Bsininos e muares. 7 caprinos e 12 ovi-
satisfazendo o seu . fim.. O rebanho exis- nos. Compareceram ainda 14 e'iPosito-
t-ellJte tem se mantido em bo a~ condi_ res, com 240 cabeças de a \'es, ' 0 que
ções, tendo augmentado os nascimen- eleva a 1.035 o numero de animae.
tos, o que, na ultima exposição, per- apresentados.
mittiu a venda de um numero regular A venda, em hasta. publica. de ani-
de reproductores puros. maes. do Gov-erno, pToduziu· .. .. ... .
677

64: 480$0 OO; e o lllovimento de venda -ram-se as <:levastações dos gafanhotos


de animaes de particulares montou a e dos caru q uerês.
mais de cem contos de réis. A colheita do café rendeu •• • • • •

Conquistaram taças quatorze expo- 48.840.600 arrobas. ou sejam .....


sitores. ! 12.210.150 saccas, em 1917-1918, su-
Obtiveram medalhas de ouro: na perando a safra de 1916-1917. que foI
secção de bovinos, 3 O -expositores; na de 39.751.580 arrobas.
de equinos, 4; na de sninos, 11; na de Por motivo das geadas já referidas,
ea.IPTi-no~s, 2. F'oram pl'01niados, cqm a safra. em curso, soffreu sensivel re-
medalhas de prata: - na secção de bo- ducção, pois os fructos. então. pen-
.vinos, 42 expositores; na de equinos. !
dentes, foram muito damnificados. E
,8; na de asininos e Ul uares, á; na de a safra immediata, a esperada para
suinos, 10; na de caprinos, 1. ObtivB- 1919-1920, não attiugirá, síquer, á 111e-
na secção tade do que devia produzir, elU condi-
raro medalhas de bronze:
de bovinos, 41 expositores; na de equi- ções normaes.
nos, 6; na de asininos e' Dluares, 4; e Diante dessa calamidade. que preju-
dicou cerca de cincoenta por cento dos
na de suinos, 8.
cafeeiros existentes no Estado. os 111'e-
Propaganda do Café Foi proro-
ços do café subiram a cotações a que,
gado, por cinco anDas, o contracto pa- ha vinte anuas, nao ~ttingiam. Para
ra a propaganda do café no Japão e isso concorreu tambem (:om a ter-
em outros paizes do Extremo Oriente. minação da guerra européa a rea-
A. Companhia contractallte ficou -ainda bertura de mercados que, ha mais de
auctorizada a estender "a sua acção até quatro anuos, estavam fechados ao in-
a China, senl augmento do auxilio an- tercalnbio commercial do Brasil.
nua!. Sob o incentivo de preços 8xtraol'di-
Para dar desempenho ás novas obri- narios, a lavoura algodoeira tomou ad-
gttções contractuaes, a Conlpanhia re- I miravel incremento, nos dois ultimos
solveu augmentar o capital, de 200.000 annos. Em 1917-1918. a safra foi de
yens para 500.000;0 que lhe facul- 3.685.182 arrobas de algodão ém ca-
tará a aUlpliação das casas de vender roço, contra 2.249.428 arro5as em
café e das torr·efacções, assim como o 1916-1917. Ao preço medio de 19$000
desenvolvimento dos lnercados. na Chi- a arroba, o seu valor total ascendeu
na, na Mandch uría e na Siberia, á 'luantia de 70.018:458$000.
No anno findo, a venda do café tor- A producção de 1917-1913 equivale
rado· e do café em xarope, por ataca- a 16.583.334 kilos de algodão em ra-
do e a retalho, assim' como o cOnSUl1l0 ma, mas, ainda assim, foi insufiieien-
da bebida em chícaras, cresceram de te para o consumo, que exigiu mais
cento por cento. 9.000.000 de kilos, que foram impor-
O cont.racto para a propaganda do tados dos Estados de Pernam"bueo,' Pa-
café na Hespanha começou a vigorar, l'ahyba e Alag"ôas.
ten-do-'.318-I'he introduzido :pe.que·nas -mo- A lavoura de canna de assuea:r, mais
dificações, tendentes a facilitar a sua do que qualquer outra, soffr€u dalTIno's'
execução. com as geadas de Junho, quando co-
Pro{lucção Agricola A lavoura meçava a moagem. A safra de 1917 e
paulista luctou com terriveis contra- 1918 ficou reduzida a 23S .141 sa€Cbs,
tempos, 110 anno agricola de 19 i 7 a ou pouco mais de Uln terço dos ....
1918. • 612.924, produzidos em 1916-191.7.
A's fortes geadas de Junho. junta- Para attender ás necessina.d~s· do COll-
". -- '. --
,
, ' , ,
, , . , " . ,' "
-

678
.
sumo interno, houve, pois, necessidade mente na producção de tecidos, OU,,-
4e
-
importarmos
do Norte mais 65,0.0.0 péus, calçados e espeCialidades phar-
toneladas de assucar.
, , ma;ceuticas. Notwrwm-se deCTes.cimos na
A producção de aguardente e de al- producção de bebidas; conservas, bls-
cool . baixou, em 1917-1918, a • • • • • coutos e phosphoroa.

62.729.698 litros, ,. contra ......... . . A ind u'stria de tecidos de ãlgodão', ..
,10.3.186.255, em 1916-1917. m:3lis lm!portante do tE.stado, r·-ealizo-I.l
,
A safra de arroz, iniciada em Mar- grandes ,rogressos nos ultimos seis
ço, eomquanto houvesse sido preiudi- annos. A producção, que fOra de .. . .
cada pela secca, no semestre do plan- 75.833.470. metros, no valor de ... .
tio, e, 'depoÍs, pela praga dos gafanho- 38.747: ,676$060, em 1910., elevou-se a
tos; foi maior do que a anterior. 160..254.139, no valor de . . ... . .. .
Effectivamente,
" .
foram colhidos • • • 183.818:0.81$10.0., em 1917.
.
3 : 20.7.0.0.0. saccos de arroz em casca,
I
. .

,no anno · de 1917-1918, ao passo que, COlnmel'cio Internacional No a:l-


em 1916-1917, só foram apurado • . . . no findo, continuaram a se fazel~ -sen-
2 . 592 . 157 saccos de cem litros. tir, em nosso commercio, com os pai-
zes estrangeiros, as funestas conse-
sup.erando tambem á do anno ante-
queruoias da· guerra 'Suropéa, que só
rior, a colheita de feijão subiu a ....
,.chegou a seu termo em Novemoro.
2.921.0.0.0. "Recos" em 1917-1918, con-
tra 2.689.540.,
,
em 1916-1917. Embo- , Em 1914, o valor da importação e

ra preferida para as necessidades do da exportação foi, respectivamente, ti"


consumo int€rno, esta legunlinosa fi- ~. 8.510..0.0.0 e J: 21.562.000.. Em
gurou, em 1918, na exportação para o 1918, o valor da Imp_Clrtáção foi de j;
estrangeiro , com 54 . 749 toneladas. 13 . 756 . o. o. O, ao passo q ne o da expor-
A colheita de milho ascendeu a .. , tação foi apenas de L 20..0.05.0.00..
13.347.0.0.0. saccos, em 1917-1918, ex- Assim. desde 1914 anno em que
cedendo assim a de 1916-1917. que foi diminuiu, de modo brusco veiu a
de 12 . 133.638 saccos. 1m.l>o.r~~ão 'aU'g.mentanklo ;gr'a.da:tlilVa -
O fnmo foi dos produetos que mais nwnte. emJq1uantn qU€ a exportação en-
soiffreram c-o-nt as gea.d-as. A safl'd- r;en .. ofraq'neceu at<\ o anno findo, renilend,)
deu ·só'mente 116.0.70. arrobas, em 1917 mlenoS. ouro.
• e 1918, (lontra 190.,496 arro'bas, em ro- Em papel, a importação dos paizes
los, produzidas no anno anterior. estrangeiros, pelo porto de Santos, at-
Indnstrias Manufact.ul'eiras -
. ,
A ex- tingiu a 257.699 contos, em 1918, con-
pansão indnstrial do Estado, durante tra. 227.546 contos, em 1917. Mais
,
o periodo da guerra, foi extraordina- conOO'r reu 'pa'ra isto a cliasse dos arti-
ria. Eml914, o valor da producção in- gos destinados á alimentação, entre os
dustrial fôra de 212.231 : 730$00.0 . ~lm q uaes se destacam: - o trigo, de que
1917, elevou-se a 562.381:651$0.00. importamos 114.0.0.1 toneladas, contra
Os dados de' 1918, ainda não apura- 66: 883, no anno anterior; os vinhos,
.-

dos, nlo · se afastam muito dos d" 191 'i, com 10..644 toneladas, contra 10..578;
. '
llllu.lto embora a ces5'ação da guer·ra, no a farinha de frigo, com 43.837 tonela-
.' fim do ·: .nno, Já fÍ'le sse
,
ISenNr em seas ef- .das, contra 29.378. Houve, porém, ac-
leitos, determinando a desv'J.lo1'ização.
cresci mo na classe das mate rias pri-
-
-. de alguns artigos, e quasi paralys3ndo mas, para as artes e para as ind ustrias •
o trahalho em ,yarlas fabricas. como na de certo's" productos chimicos
,
Veriflcara,m-se augmentos, !lrÍlICij,al- que não temos ainda, e que são indis-
" ' ," . ' ' " . ,' ', ' . ' ', ' , , .' .
,
q ,

679

'Pensav-eis á eXpaHRfl.O f('ln;adn, das nos- Para esse surprehendente surto da


sas industrias. I exportação, foi o café que mais con-
Desde o ,prjnei'pio -da V;uerra., a·ccen- tribuiu, tanto n (l valor, como na quan-
'.
-tua·se O decresdtllent.o na huportação tidade. Até Maio deste anno, ' haviam
-de alguns a.r ti go:'.. l\ee{~ I7IHario}3 ao nos- sahido, por Santos, 5 . 038.915 saccas
so progresso l~I : Ollom ico. IAssim, das de "''''M, no val<>r de 449.962 contos
68.875 tonelad,," de trilh,," para papel. Em igual periodo de 1918, ex-
-vias ferrea.s -- - i,IIIIH,rta.(}o-s em 1913, p.ortaram-se, desse produeto, 2.792.809
passámos a receh~l ' 10n toneladas ape- saecas tão sómente, na importancia
nas, em 1918 . o (:al'vftl), que figurou de 11 0.4 71 contos.
com 406.995 t""dadas em 1913, pas- Os dados até hoje conhecidos, no
sou a 43.938 , "'" 1!118. o que deter- interca~bio COln os ' paizes estrangei-
minou gra.nde eOll x l1 lHO de lenha nas ros, já evidenciam que o anno Vigente
-estradas de. ferro, assim como de ener- s eroá de ex-oepciona l1 i>mpor:tancia para a
gia electrica . nax l'alHicas e na illu- hlstoria economica de S. Paulo.
mlnação public,l.
Movimento i\farithno Maisl do qu.€
A exporiaçfw <111 " pass ou de 422.334
nos annos anteriores. o movitnento ma-
contos, em 1~1]7. a :~71.446 contos pa-
ritüno, pelo porto de Santos, diminuiu
pel. em 191 S, Rofl'l'eU a reducção de
cons.ideraveImente . Quanto ao numero
51.000 contos. ~" ()i isso devido a não
de emba:rcaçôes, con"'tataram -se 1.144
terem sido ex por!',adas senão ..... .
entradas de navios a vapor e á vela e
5.390.91 3 "ao,,,,,. enio valor foI só-
1,141 sahidas.
mente de 268.:;X:l contos, contra ..
Nesse movimento, preponderou a
7.845.089 saccaH, 110 valor de 336.763 •
bandeira nacional. com 'mais de um
contos, do auno pl"êced ente. Eln com-
terço da tonelagem bruta . Seguiram-
pensação, outros ' productos, taes co-
se, em ordem decrescente. as bandei-
mo os agro-pe cuarios, apparecenl com ,'

ras ingleza, italiana e franceza. tendo


valores crescente8 e rnuito lisonjeiros.
sido m!uito e spaçadas a'3- entradas dB
A carne frig orificada concorreu com
navios dessas nacionalidades, no refe-
32.757 contos, em 1918, contra ....
rido porto.
26.388, em 1917: o feijão com 24 . 264
.Oom a cessação porém , das hostili·
contos, contl'a 21.2;~O. no anno ante-
dades, a aetivldade mal'itima está ago-
\·ior. O arroz, porém , baixou de 12.262
ra crescendo, de modo animador.
C011tOS, em 1917. a 4.100 contos , em
1918. Terms Devolutas - - O serviço de
No çiHrente UI1110, jâ terminada a discriminação das terras devolutas
guerra euyopéa. a actividade commel'- continuou a ter o andanlento compati-
cial de.spertou soh os melhores• aus- veI com os reduzidos recursos orça-
picios _ De Janeiro à Maio, a importa- mentarlos, que lhe têm sido consignl\-
ção dos paizes estrangeiros, pelo porto doa.
de Santos, attingiu a 8.689.124 libras :Foi conclui,da a detel'm~,nação das
esterlinas. contra 4.701.551, nos mes- terras marglnae" do rie> Tieté, entre
mos cinco mezes de 1918. A exporta- a Ponte Grande e a Penha, tendo fi-
ção, por sua vez, incrementada pela cado concluida ,ta .. parte do levanta-
,

alta na cotação , do café, subiu a ... . mento e do nivelamento, entre a Ponte


27.365.223 libras, nos primeiros cinco . Grande e a ponte da Estrada de Fer-
'!l16ZeS, contra, 8.239.995, importancia ro Ingleza, no bairro da Lapa. Os tra- .
-correspondente ao mesmo periodo de ,I balhos de discriminação do primeiro
1918 , I perimetro das terras devolutas, de Ca-
.. , .

. - 680

randirú-Corôa e ViUa Tieté-Limão, no ram de 6.542; donde resulta, a ·. nosso


.bairro de Sant'Anna, assim cqmo os favor. um saldo bem aprecia veL no
da demarcação do perimetro da 5.' e movimento migratorio.
da 6.'· paradas da Estrada de . Ferro Dos immigralltes procedentes de ou.:.
Central do Brasil, foram ultimados du- tros Estados do Brasil e do' estra·n-
rante . o anno findo. geiro, entrados por Santos, 5.601 eram
A primeira commissão de discrimi- japonezes; 2.454, portuguezes; 1.874,
nação de terras devolutas levanto,u hespanhóes; 1.248, brasileiros. e 522,
266.000 metros, em 1918. Operando italianos. além de outros. de , 'Varias

no municipio de ~orocaba, a segunda nacionalidades, em numero ' diminuto.
commissão realizou o leva·ntamento de Quanto á proced encia, os 12.060 im-
235 .195 metros. Pela terceira commls- migrantes, entrados por Santos, assim
são, foram continuados os trabalhus se repartiram: -. da As ia, 5.585 ; da
de discriminação das terras devolutú. i Europa, 2.96 O; de portos do Brasil,
. .
destinadas á colonização japoneza, sen- 1.847; da Argentina e do Uruguay,
do por· elIa levantados os seguint.os I
1.647; da A lI'lea , 19; da An,erica do
cursos d'agua: Ribeira, Perupmra, !I Norte, 2.
I
Quilombo do Juquiá, Ribeirão da Ser-
ra. Laranjeiras, Capivary, Areias, ."(Tua, I
Colonização Os novos Hucl&os co-
loniaes, fundados pelo Estado , e •. inda
Ypiranga, Jacupiranguinha, Juq\liá~
não emancipados, acham-se quasi conl-
Guassú e Juquiá. Foram tambem jus-
tificadas posses, na extensão de 88.72 $ pletamente povoados. Dos ".2 45 lotes
'ruraes, em que foram elles subdh'idi-
nletros, elevando-se todos os trabalho!:;
da comntis3ão a um total de 527.028 dos, 67 apenas estão vagos.
metros. A população dos n ucleos é d~ 17.46 O
Finalmente. a cargo da quarta com- habitantes , sendo ·11.084 bras ileiros.
missão estiveram os trabalhos de dis- De 1915 para cá, houve um augmento
criminação das terras que devem se r de 6 . 33 3 almas , sendo que o àccres-
entregues á Companhia Viação S. Pau- cimo havi.do, de 1917 para 1\H8. foi
lo-Matto-Grosso, e bem assim os dos de 1.127.
perimetros de São João, Santo Igna- Funccionaram no s nucIe os 39 esco-
cio, Ribeirão-Bonito, Rio do Peixe. las, na s ua maioria criadas e fiscaliza'-
Santo Anastacio, Paranapanema e Pa·· das pelo Patronato Agricola. A popu-
ranã. lação escolar é de 4.243. criança.s.
Immigl'açao A sensivel falta dê A área total dos Ilucleos é de• 5 6 . 689
navios para o transporte maritimo. hectares, dos quaes estão sendo culti-
continuou a prejudicar o movimento vados 21.200.
imm-igratorio. não obstante as provi~ O producto das sa fras de 1~18 ele-
denelas tomadas para Intensificar as v<>u-se a 5.875:661$500, se",:do avalia-
entradas de trabalhado~es, destinados das, em cerca de 6.8 60: OOO$ÍlOO , as
a. SU'Plprir a.~. defic.íeneias da mã-o de safras do corrente anllO" ,
obra. Os predíos existentes nos nucleos
Em 1918, entraram, pelo porto de são . em numero de 3.132, entre ruráes
Santos e pelas estradas de ferro , e urbanos. Esses centros de coloniza-
15.041 immigrantes. ção possuem- tambem varias industrjas,
No mesmo an·n o e pelo alludido por- taes como serrar.i as, olarias. fabricas
t.o, as sahidas de passageiros de 3.' de farinha de ll1andioca etc. Possue-m_
classe, considetados emigrantes, fo- aind'a di'V'ersas machinas par·a h~ne.f!.cia-
- ,' .... ",.' , '
.: ... . , .. ' .. . , : :'.' "
.' . .,'
••

681

n\entO' . dos productos. e levando-se a Dirigiram-se para diversos pontos


6.958:345$000 a impo,·tancia total dos do Estado, em busca de trabalho,
immoveis e semovcnl.ex . pertencentes 17.951 denes.
aos colonos.
Patronato Agl'icola o Patronato
A lO Brasil Takllshoku Kaisha " Agrícola continuou a occupar~se das
\ Companhia d e COIOll ização no Bra- questões suscitadas entre colonos e
sll) , contractante da. (",Ionização ja- proprietarios de fazendas, conseguindo
.
pODma em Iguape . l)(}g-s uia, no fiJm do resolver, pl'omptamente, muitas daUas,
.
a.nno passado, 17.1 2 ti hectares e 5 sempre a contento dos interessados.
centiares de te rras, situadas entre a Durante o anno findo, conseguiu o
margem direita do rio Ribeira e a Patronato arrecadar, por conta ·de ope-
margem esquerda. do rio Jacupiranga, rarios agrlcolas, a importancia de ' ...
banbadas pelos ribeirões Registo, Co- 97: 392$750.
rOpd;ra-nga: e outros. Dessa extensão, Na secção escola"a cargo do Patro-
9.336 hectares e 5 centlares represen- nato, foram mantidas 65 escolas, com
tam terras devolutas, entregues à 3.299 alumnos matriculados.
Companhia, em 1918, tendo sido o res-
Viação Ferrea Durante o anuo
tante deUas adquirido por compra.
findo, as estradas de ferro em trafego,
A grande maioria dos lotes, já di- no territorio do Estado, inclusive as
vididos, está occupada por colonos ja" · de concessão ou propriedade federal,
·p onezes e nacionaes, assim discrimi ~ municipal ou estadoal, não soUreram
na.dos: - 306 famillas japonezas, alteração quanto á ~' :x.tensão de suas
.compostas de 1.134 pessôas, e 5 fa- linhas trafegaveis. A rêde em trafego
mlJ!as brasileiras, com um' total de foi, portanto, de 6.562 kilometros,
24 pessõas. senld,o-:
Todos os colonos estão se dedicando
á.s culturas de canna de assucar, de pertencentes a empresas
mandioca e de cereaes, destacando-se particulares • • • 4.434 klms.
dentre estes, o arroz. pertencentes ao Estado 1.746 "
DepaI'tamento Estadoal do Tmbalho
pertencentes á União . 354 , .
pertencentes ao Muni-
Foi approvado, pelo Congresso Na-
pio de Pirajú. 26
cion .. l, °
projecto de lei relativo a
• •
"
accidentes no trabalho, o qual, em
grande parte, reproduz o que foi ela-
o movimento financeiro das estradas'
de ferro existentes no territorio do
borado pela secção competente do De-
Estado (não comprehendidas as ort-
partamento Estadoal do Trabalho.
ginarias de concessão ou de iniciativa
ContiJiuou a ser feita, regularmente, das camaras municipaes, nem a de Lo-
IL publicação do "Bol~tim do Departa- rena á fabrica de polvora sem fuma-
mento" e a do "Mercado do Trabalho", ça; a de Baurú a Ital>ura; a Central
nas quaes se ' contêm todas as infor- do Brasil e a Minas e Rio, est.as \lU!-
mações e estatisticas, concernentes ao m'as oam trechos. apena'S, no referIdo
citado Departamento. territorio), accnson, para a receitada
A Hospedaria de Immigrantes alo- conjuncto·,·111.41l:520$084, e, para a
"

jou, du·rante o anno, 18 .718 indivl- despesa, 76 .~OJ :'351$663, tend·o havi-
duos, entre Immlgrantes e trabalha- do, pois, um saldo de 34.808:168$521-
dores, procedentes da Capital e do In- No resultado acima, não estão in-
terior. cluidos, por não terem chegado ' a tem-

682 -

po, os dados' r~ferentes á E. de, F. de I Attendendo ao q ne . fica referido,


.
','
e
Bananal. expondo considerações no sentido de
·Em virtude do termo de accÔl'do, demonstrar que as despesas de custeio
assignado a 29 de Dezembro de 1917, das estradas augmentaram considera-
pelos Governos da União e do Estado velmente, ao passo que as rendas ten-
e pela Companhia Paulista de Estra- derão a diminuir, devido a varias cir-
das de Ferro, foram transferidos ao cumstancias, sobretudo á da diminui-
Estado d'e São Paulo, para todos os ção do transporte de café nos proxi-
effeitos, a partir da data do referido mos annas, e á de que as tarifas do
têrmo, os direitos e obrigações que, algodão, então vigentes, não compen-
por força dos contractos referentes ás savam os dispendios do trafego, nem.
linhas ferreas de Rio Claro a Arara- estavam de accôrdo com o valor com-
quara e aos ramaes para Jahú e mercial a que o producto attingira;
Baurú, competiam á União. as alludidas estradas propuzeram mo-
dificações nas respectivas tarifas,· ten-
As estradas de ferro filiadas á Con-
do-lhes o Governo concedido apenas
tadorja Central, allegando que, á vista
as seguintes, para vigorarem pelo pra-
do grande augmento do valor com-
zo de um anno:
mercial dos cereaes, não mais se jus-
tificavam os transportes dos mesmos,
a) os fr·etes de algodão em ramll.
com 50 % de abatimento, por lhes
quando este estiver prensado .
..carretar isso grande prejuizo, reque- I
continuarão a ser cobrados pe-
reram a suppressão. do alludido abati-
los preços da tabella 3-A, fj-
mento.
cando o não prensado sujeito
Por analogos motivos, propuzeram aos da tabeUa 3;

a modificação dos preços· de transporte para o algodão em caroço, V;-
quanto á mamona e ás carnes trigo-
b)
. -
gorarão os preços da tabell... "~A.
rificada9. O governo não ju.l,gOU con·
com 3 O % de augmento.
veniente deferir semelhante pedido.
Mais tarde, pediram ellas auctori- Na Estrada de Ferro de Araraquara.
zação para o augmento das tarifas re- a deficiencia do respectivo apparelha-
ferentes ao algodão. ·0 grande incre- mento deu logar a que a execução dos
mento que teve a cultura deste artigo, serviços fosse feita com excessiva irre-
exigiu providencias no sentido de se gularidade, o que motivou repetidas
poder dar vasão ao transporte da pro- imposições de multa á Companhia, ve-
vavel grande safradelle, e o que a rificando-se mesmo, por occasião da
respeito occorreu, desde logo. foi a exportação das colheitas, um.a verda-
necessidade de, por meio de compres- deira crise de transportes, que deter-
são e enfardamento do producto, redu- minou grande indignação publlca con-
zir o seu volume ao minhno pOf!sivel. tra essa via-ferrea.
Como essas operações não pudessem O Governo, no empenho de norma-
ser applicada:s ao algodão em carôço, lisar os referidos serviços, e tendo em
impunha-se a providencia do seu be- vista os grandes interesses da zona -
neficiamento. Dahi. a conveniencla de- uma das mais ricas e prosperas do
se encarecer o transporte do algodão Estado resolveu lançar mão ao re-
não beneficiado, com O fim de obrigar curso de desapropriar a estrada, tendo.
os pro,ductorea a prom(}verem o dosca- para isso, obtido auctorização do Con-
roçamento, a compressão e o enfarda- gresso, pela lei n. 1. 627 de 21 de De-
mento delle. zembro de 1918. Contra a effectivida--
. .
683

de dessa medida, a Companhia conse- 1 pensave), cuja construcçâo muito de~


guiu do Juizo Federa! um interdicto , verá contribuir para desenvtílver o
Ilr.cJlhtbitotio, aq'ue o Governo op,poz trafego,dimlnuindo, dess'arte, aquelle
embargos, pendentes ainda de solução pesadissimo onus.
judicial. A concessão desse prolongamento,
Estrada de Feno Sorocabana A outorgada primitivamen.te á. Ij'Hrazilian
exploração commercla! da Estrada de Construction Company", que. mediante
Ferro Sorocabana de propriedade successivos pedidos de prorogação de
do Estado continua a ser feita· ·iiela prazo , vinha protelando a r43s{JectivR
"Sorocabana -Railwa.y Company". construcção, foi afinal declarada ca-
Segundo os dados fornecidos pela duca, em virtude da inobservancia do
Empr~za arrendataría, a receita bruta, ultimo prazo que lhe fôra autorgado.
no exerclcio de 1918, foi de ..... . . . ' A' " Southel'll S. Paulo Railway
21.996:132$693, tendo sido a despe- Company" competiria promover a re-
sa de 15.540:170$206; donde se ve- ferIda construcção; mas, não tem que-
rlfica a renda liquida do trafego, no rido ou não tem podidO fazel-a, ,
alle-
>,alor de 6.455:962~i87. gando difficuldades financeiras. Sen-
Em virtude de accôrdo concluido, em I do essencial, para o desevolvimento da
30 de Maio findo, entre o Governo e linha, a aIludida construcção; e en-
a alludida Empreza, e já devidamente tendendo ella tam bem com os inter" s-'
publicado no "Diario Offic!al", ficou ses Ida vasta e uberrinla região do
afinal reconhecido o capital empregado Ribeira de Iguape, o Governo está re-

até 31 de Dezembro de 1918 , na Im- solvido a empregar todos os meios para
portancia
.
'de 27 . 376: 230$988, 'l'edu- que seja levada a etfeito, ainda que
"ido, pela depreciação contractual, a o tenha de fazer por sua conta, desa-

23.329: 603$186. propriando, então, a parte em trafego,
Os serviços de conservação da es- conforme auctorização da lei n. 1.627
trada, assim como os concernentes á de 21 de Dezembro de 1918.
regularidade do trafego, deixam a de-
Navegação Fluvial O serviço de
sejar, tendo havido , contra eIles, re-
nav-egação do Ribeira de Iguape con-
clamações do pwbU<:o, as qua-e" o Go-
tinuou a ser executado, de conformi-
>'erno' se esforçou por attender, Im-
dade com os contractos existentes en-
pondo multas á Companhia.
Proseguiram, com regularidade; os
tre o Governo e a Companhia d e Nave-
gação Fluvial Sul Paulista.
trabalhos de construcção do prolonga-
No intuito de desenvolver esse ser_ o
mento de Salto Grande a Porto Tibi-
viço, de que tanto depende o progresso
riçá4 tendo sido I!quidadas, em 19l8,
da futurosa região banhada por aquel-
a.s '-contas referentes 3.0 trecho que vae
1e rio, e tendo em vista a auctorização
da estação Indiana a Brejão.
da citada lei n. 1627, foi assignado ,
Estrada de Ferro de Santos a Santo com a mencionada Compannia, o con-
Antonio do Juqniá O Estado con- tracto de 15 d e Maio do corrente·-anno,
tinua a ser onerado com o pagamento no qual ficou conSignado o seguinte:
da garantia integral de juros á "Sou-
thern S. Paulo Ra!1way Company", por a) augmento de uma para duasi
isso que se mantem o regimen do "de- as viagens semanaes na linha,
ficit" nessa. estrada de fer.o. Iguape-Xlririca;
O prolongamento della, á barra do b) estabelecimento àe uma linh'à.
rio Juquiá, é um complemento indls- directa, entre Xiririca e Juquiã
684 -


(estrada de ferro), com uma elIas, de preferencia, á União.. E' de
víagem redonda mensal; crer, pois, que o Governo Federal nao
c) augmento de 26 para 36 deixe de. considerar, como merece, €SSH
gens por anno, na linha de inadiavel problema, de cuja solução
Iguape a Peropava; depende a prosperidade de uma das
d) augmento de 26 para 52, as mais ricas regiões do terrHorio pau-
viagens de Cananéa a Arara- lista.
o pira; Cal·ta Geral ,lo Estado Os ser-
estabelecimento de uma nova viços de levantamento da Carta Geral
linha entre Iguape e Rio Pe-
do E'stado, a car,go' da Commi-ssão
queno (affluente do Una), com
Geographica e Geologica, proseguiram
uma viagem mensal.
regularmente durante o anno findo.
Foi celebrado, com o Governo do
A Companhia, para a execução dos
Estado do Paraná, um accôrdo que se
novos se!viços obrigou-se a augmentar
acha em adeantada execução, e em,vir-
o seu material fluctuante com um va-
tude do qual. poderão ser dentro em
por que tenha ,accommodações para
breve, demarcados definitivamente os
passageiros e cargas, e com mais duas
limites entre São Paulo e aquelle Es-
grandes chatas de ferro.
tado.
A subvenção annual foi augmenta- Não foi, infelizmente, possivel, até
da de 118:303$428 para 150:000$; e agora, chegar a um ajuste identico
o prazo do contracto, que se extingui- cpm o Governo do Estado de Minas,
.'ia a 14 de Julho de .1922, foi proro- e do qual reBultaria, como é tanto do
gado até 31 de Dezembro de 1926, au- desejo do Governo paulista, a cessação
gmentando-se tambem de 400$000 das constantes reclamações dos inte-
para 500$000 o desconto mensal na
ressados, contra. incursões de auctori-
subvenção, para limpeza dos rios.
dades mineiras, em territorios tidos,
Barra de Icapal'a Com o intuito até hoj-e, como pertencentes ao Es-
de concorrer para o melhoramento das tado de São Paulo.
condições do porto de Iguape, o Go-
llhuninação da Capital Q servi-
verno do Estado vem se preoccupando,
ço de illuminação da Capital, no que
ha muito tempo, com a realização dos
concerne ao gaz, continuou a ser feito
<lstudos pare. a abertura da barra de
nos termos dos ajustes celebrados en-
Icapara e para o f-echamento do deno- tre o Governo do Estado e a "São
, lllinado ~'Va.llo Grande" de Iguape.
Paulo Gas Company, Limited".
Trata-se de factor Importante para O total dos combustores da illumi-
o desenvolvimento de unia região, cuja nação publica attingiu a 9.810.
actividade se acha manietada, dev,iio Q Governo do Estado, attendendo a
ás más condições daquelle porto. Rea- difficuldades na importação de car-
lizadas as o bras, cuJos estudos foram vão, motivadas pela guerra européa,

já emwrehendidos pelo governo, e es- celebrou com a Companhia, um accôr-
tabeiecida a navegação franca da bar- do, pelo prazo de um anno, e no qual
ra, ficará a distancia de Santos a Igua- foram estabelecidas as seguintes condi-
pe diminuida de 160 kilometros, mais ções:
ou menos.
Não se trata entretanto, de obras a.) auctorização para o fabrico de
para as q uaes só deva concorrer o gaz mixto de agua, hulha ou
Estado exclusivamente, cOJ.llpetindo I . qualquer outra substancia, ten-
••

• 685

,do de 4,000 a 1.500 calorias por Serviço Telephonico . Du.-ante o


metro cubido a O" centigrados, anno foi feita apenas uma concessão
' e 760 mim <le pressão atmos- de linha telephonica, no regimen da •

pherica a, 11() maximo. 18 % de lei n .. 11 de 28 de Outubro ' de 1891,


oxydo de carbono; para ligar Bocayuva muniCípio de

b)' abatimento de 5 % nos preços Lençóes - a Pederneiras.
de consumo do gaz, por parti-
Aguas e ExgoUos ,la Capital Com
culares, para luz e outros mis-
a inauguraçã.o do tratamento das
têres;
aguas do ribeirão Cotia, pelo em prego
-c) dlspen<;a do pod'.r ilIuminante,
do sulfato de aluminio e cal, poude en-
estwbelecido nos contra<!tos em
trar em funccionamento a canalização -
vigor;
construlda para reforço do abasteci-
d) s uppressão
. do; combustores da !l-
"
mento da Capital.
luminação, de parques fechados Acha-se quasl conclu!dll o plano ge-
,
e de ruas> já iIluminooas .á ele- ral do abastecimento de São_ Paulo,
etriocidade ou que o forem pos- •
com o calculo definitivo das rêdes dis-

teriormente; reducção do ho- tribuidoras, assim como com a deter-


rario da illuminação publica, minação do local e da capacidade dos
·em toda ou em parte da cidade; futuros reservatorios, tomandõ-se, por
instaUação, com caracter provi- base, o desenvolvimento maximo nos
sOrio, de lampadas electricas respectivos districtos ou sectores.
substitutivas de combustores da Aguarda-se a regularização . dos
iIIurilinação a gaz. tanto quanto trans'lJOr.tes maritimo'S e do tr",balho
possivel; nos centros industriaes, afim de se
- '-c). suspensão, não só das requisi- providenciar, não só sobre a conclu-
. . ções de novos com-bustores de são· das obras de adducção das aguas
gaz para illuminação publica, do Cotia, como sobre outros serviços
como da obrigação. que tinha a complementares.
Companhia de fazer novas li-
Durants Oanno fi'n do, foram aStlenta-
gações para pre<lios particula- , .
do. 5.689,m50 de canalização nova, a ti-
res.
, tulo de désenvolvimento, e mais
Feito o accõrdo, foram tomadas 2.450,m50, em substituição de encana-
providencias, _ afim de que, por inter- mentos de diametros já. insufficieI1tes.
me.dio do Serviço . Sanitario, fossem Foram feitas 1.141 ligações de pre-
a·conselhadas aos consumidores as me- dias, ficando o numero de ligações in- '
didas de precaução, julgadas mais ne- dependentes elevado a 49.609.
cessarias, quanto ao uso do novo typo Por insufficiencia da verba consi-
de gaz; gnada no orçamento, não puderam ser
O serviço de Illuminação ·por eledri- atacados os serviços de monta, no to-
cidade, continuou a ser feito nos ter- cante á. rêde de exgottos, Ha, entre-
mos do "'€ontracto 'com a: "São Paulo tanto,
.
urgente necessidade de melIlo-
Tramway Light and Power ' Company, rar a antiga rêde, assim como de cong- ..
.
Limited "'. truir exgottos em muitos bairros novos '
Durante o anno, foi auciorizãdo o da cidade, já cobertos de habita~õe3_
assentamento de novas lampadas, no Durante Cf. anno findo, foram ligados
Parque do Anhangabahú, na praça da á rêde 955 predios apenas,passando
AvenIda Paulista, na Bena Vista e na assim, o numero de predios ligados ao
.Praçada Concordla. total de 48,815 .
.. .- ,- . ,

686

Saneamento de Santos A rêde de da cadeia e forum de São João da


(·:<gottos de Santos e a de São Vicente Bôa Vista, do Instituto de Vetwinaria
fu-nccionaram, durante o anno findo , nesta Capital, e da ponte de madeira ,
• • . .
. r,om a precisa regularidade, Do mesmo no porto de Pitangueiras .

modo, o abastecimento de agua a San- A cargo do architecto Dr .. Ramo!
tOB, contractedo ,com a "City o,f Santos de Azevedo, proseguiram as· obras da
.
[mprovements Company", satisfez ple- Penitenciaria, tendo ficado , termina-
namente as exlgencias da população. dos os seguintes departamentos:
Foi conclulda a construcção do ca· casa· de geradores; lavanderia e pa-
nal n. . 6. Com a execução desse servi-
' . daria; cozinha, com seus annexos; de-
,
';0, passou por grande transforma,ção 'posltos de torres de vigia. F,lcaram em
-' ,-
a zona em que serpenteava o rio Con- vias de acabamento: .a portaria e
fado, que hoje corre pelo caual, em as dependencias para corpo da guarda ;
direcção aO estuario, tendo desappa- a caSa da administração; ' .a . . galeria
.
.. ecido da praia os vestigios daquelle . central; o auditoria; a officina dos pa-
.- - - .
rio. • vilhões cellulares para homens e. com
Foram feitas 22 insta
.
Ilações novas as suas respectivas otficinas, o paví·
de exgottos sanital'ios em São Vicente lhão para mulheres.
. .
e 25"8 em Santos . · O desenvolvimento
Nas obras do Palacio das IndustTlae,
da rêde foi pequeno, attingindo a 811
foram concluldas as de uma parte d·o
metros os collectares construidos, sen-
claustro, a galeria longitudinal, os pa -
do 396 metros em Santos e 4f5 em
vilhões transversaes para estabulos,
,,- V'Jeen t e .
),.ao

e uma gal~ria dq corpo central, em
Auctorlzado pela lei n. 1.590-A de dois pavimentos. Todas essas depen-
27 de Dezembro de 1917, o Governo, dencias já 'serviram para a installação
r·elo decreto n. 2:935 de 25 de Ju- da Exposição Municipal do anno pas-

nho • de 191 8, resolveu encampar os sado.
serviços de abastecimento de agua de
Prosegulram as obras da Escola P o-
Santos . .
lytechnica, achando-se ainda . em via s
Esta operação não está ainda ulti- de acabamento o edificio para a Rece-
J: lada, por terem surgido duvidas entre bedoria de Renda", ao Qual . só faltam
o Governo e a Companhia, quanto á as installações internas e a pintura
fixação
. . . do preço
. da .encampação, du- geral.
\'Idas que deverão ser resolvidas em
Situação Econolllica- e .~'inft.Dceira _
juizo arbitral. . . ' -
Cre sce, cad,a vez mais, a nossa capa-
Obras Publl<as A cargo da Di- cidade productiva · e melhora, dia a dia,
rectoria de -Obras Publicas, continua- a situação economica. do Est.ado.
ram os trabaJUh,~'s de. reformas e me- Os nossos lavradores,
. longe de. desa-
.

lhora.mentos de edlficios p'ublicoo, pon- nbnar com os enormes prejuízos de-


les e estradas de rodagem. Merecem correntes <;Ias geadas do anno. passado ,
especial menção os estudos e orçamen- procuraram . compensar ":Í ""~íminuiçã9
t os elaborados para a construcção · da das
. colheitas
. de café e a baixa . dos
ponte que deve facilitar as communi- preços delle, .applicando a sua acti-
caçõ.e s ·e ntre os Estados de S. Paulo vidade em outros ramos de cultura ,
e . Paraná; para a edlflcição
. ..
da Es- taes como: algodão, cann.... de ao-
cola Normal de Guaratinguetá ; para a sucar, "milhão. feijão, arroz" lD.a~dioca".
conclusão das obras do Gymnasio de mamona, etc. . ..
Ribeirão Preto; para -a constl'ucção Foi tal o incremento dessas novas

- '687 -
.
plantações, que, nas estatisticas da Construindo estradas de ferro e de
nossa exportação" os prod uctos dellas rodagem; dando subvenções e garan-
figuram já com valores de grand·e tia de juros a empresas de transportes
vulto. po'r vias maritima, fluvial e terrestl'e;
Os industriaes, por sua vez, deram povoando as : zonas agricolas COt'!l im-
grande impulso ás respectivas .fabri- migrantes; .criando bancos de crédito
cas, assim como fundaram novas usi~ agricola . e de credito popular; fun-
nas, conseguindo uma variedade de ar- dando caixas economicas, co m appli-
tefactos em tecidos de lã, de algodão cação dos respectivos depositas em pro-
e de sêda, em chapéus, calçados, cerve- veito da lavoura; is,entando de ;mPOB-
,

jas, ferro esmaltado, crystaes, etc., tos de exportação todos .os productos
que, rivalizando com os de melhores da pequena lavo ura, das indu strias e

I'l'ocedencias estrangeiras, ávolumam dos frigorifjcos; importando repro-
a riqueza exportavel de São Paulo. ductores de raça; installando escolas
A ind'ustria pastoril, em bryonarja, agricolas, o Instituto Agronomico , pos-
até ha poucos annos, teve tambem no- tos zootechnicos, estações de monta, o
tavel desenvolvimento. • Institu to de _Veterinaria, postos de se-
Por meio da selecção e. do cruza.,. lecção e fazendas modelo de criação;
mento, temos conseguido melhorar e conferindo premiaS a lavradores "
augmenu.r <> nosso reban.h o de bovi-

criadores; defendendo os productos da

nos. equlnos, •
SUInas •
e oVInos; e por lavoura cafeeira, as administrações
inter media dos matadouros trigorlfi- paulistas têm , pór sua ,vez contribuido,
cos, tivemos a iniciativa da exportação efficazmente, para a notavel prospe-
das carnes congeladas, ridade economica de seu Estado.
Mas, si grandes e dignos dos mais Conforme se verifica do quadro se-
calorosos a:pplaUilos têm sido o e510r- guinte, a exportação dos nossos prl>-
co e a te'na'Cidade da.;, cl8Jl!ses producto- duetos, feita pelo porto de Santos e
ras, em :pról do engrande cimento do pela Estrada de Ferro Central do Bra-
Fjstado, não tem sido menor o cmpe- . "li, tlurante o anno de 1918 , foi de
11110 dos poderes publicos ' em incre- 622.683:106$602, dos quaes, '" '" ..
mentar e desenv<>lver as forças . Pil'odu- 202.956:641$600, correspondentes á
cloras, e-wj.a. expansão tem procurado "enda do eafé, e 419.726:46 5$ 002, a
amparar, por todas as formas ao seu de outros productos da lavoura e das
a. lcance. industriRS. ,

• •

'.
.. . . .. .-

" " ,
. ... , .


- 688-
,>. -.-. . •

Valor official dos prodnctos paulistas exportados para o estrano,


-
geiro e para outros Estados, durante o exercido de 1918.
pelo porto de Santos e pela Estrada de Ferro Central do
.- ' . Brasil•
,
Pagando Imposto de Exportação:
.
Caié . . ' . .. • • 202 ,956:641$600
. .
Fumo . . . . . • 418:587$647
Couros . . . . . • • • 5.749:457$500 •
Lenha e carvão . ·. • 47 :856$000
Farello de trigo. • • , 256:551$250
• 209.429 :09.1$997
Livres de Im!,osto de Exportação: i
Aniagem . . . • • • • 10 .693:658$000
Armarinho . .
Arroz - . . . , • • •
• •


• ,
• 3.980 :367$080
17 .013 :892$545
I
Assucar . • , • • • • 3.203:598$500

Bananas . . . . . , , I . 704 :990$000
Batatas . • • • • • • 1.607 :615$500
Bebidas . , . • • • • 2. 916:518$500 ,
Biscoutos. . . . • 3.439 :620$500 I
Calçados. . . • , • • 19 .626 :878$500 •
Carnes res fria da s • • 34 , 449 :8%$000
• Carnes diversa s . . . . • • 4.542 :404$000
Cerveja . . . . . . • • • 4.890:651$900
Chapéus . . . . , • 7.894:682$000
Drogas . . . . . • • • 5.874:571$000
Farello . . , • • • 161 :000$000
Farinho de trigo • • • 3.892 :183$800
F eijão . . . . . . •
• F erragens . . ' . . • •


32 . 132 :589$000
8.204:878$05h
,
F ios de algodão .
Forragen s. _ .
• • • 4.597 :977$90C I
• • • • 632 :822$400
.Garrafas va sias . . • • • 1.843:846$500
Impressos . . . • • . 10.310 :208$050
Milho . . . . , . • • • 1.017:582$700
Papeis . . . . • • 1.603 :963$900
Roupas feit as . • • , , 1.576 :450$700
. Saccos vasios . . • • 14 ,317:623$000
Sola .. . . . • 2. 025:416$000
Tecidos de algodão . • • 101 .443 :370$590 •
T,ecidos de lã. . • , 7.836:898$900
T ecidos diversos . • 1.140:781$000
Outros generos . . • • , 98.677:076$090 413.254:012$605
TOTAL . • •
• • • • • • • • 622.683 :106$602
• • ,
No mesmo anno de 1918, a e xpor- ieira a nossa situação

financeira.
tação geral do Brasil foi de ... . . . A dinlinuição, accusada no imposto
1.137.100:000$000, t endo o Estado de de exportação de café, não tem feliz-
São Paulo concorrido,

para eSSa som- mente causado ma.lores perturbações
ma, com 371,446: 000$000. •
na vida finance ira do Estado, g raças
Si <! de franca prosperidade a si- á remod"lação por que vae passando

tuação economica, é por igual lison- o nosso regimen tributario e á pe l'-



, ... '

689

feita · arrecadação da. rendas pu bJicas. Com o saldo de cerca de Jl 4.500.00~


O Thesouro, com as reformas nelle
introduzidas, encontra-se -em posição
tal, que as diminuições de safras e as
oscillações . dos preços de generol! de
exportação, já não exercem uma in-
fluencia decisiva sobre a formação' de
suas receitas.
Solvendo, com a costumada pontua-
lidade, todos os nossos compromissos,
dentro e fóra do Paiz, vemos crescer,
dia a dia, a confiança do publico nos
destinos do Estado , que, assim presti-
giado, conseguiu atravessar todo este

.
consta do quadro seguinte:

• •


DEMONS'fRAÇÃO DA RECEI'fA DO ES'fADO DE S. PAULO
NO EXERCI CIO DE 1918

TI1'ULOS DE R ECE ITA ·'IT'· ---'-'-;;~:r' " .- T:[1---- -.. R Ec-i -" T
O

_;: _ ' __ '0

Menor
--
~==~.=--===== ===== = .=."'.,..",._. . ".. _= ===__=-_-~~.:...-_._l__Ar~~~·.t· I_ Arreç.d·~ J
RECEITA ORDI NARIA II .. ['I i
I - REN DA DOS TRIBUTOS: !I II
Imposto de exportação . I 38.800:001)$000 . 18.834 :885$693 - 19.965:114$307
Taxa de expediente . . '. . ' . .!
Imposto sobre transmissão de propriedade inter-vivos
600:()()(}$OOO
7.600 :000$000
.. 2.074 :861$,:315 1
9,001 :690$596 11
l.47H61$315
1 AOl ,690$596
--
"
,','
"
d,,' " .110,"
" "

" call.$a-mot,tis '
.•• ·
1 500 -000$000
I 2.000:000$000
. - i
1 457 1'''078
.: """fI
1.444:925$134 I
'
-- 4HI5$922 .
555,0741866
3.500 :000$000! 6. 187 :087$274 1,'
"
Vlar;;ao
" ~ello ..sobre bill)etes e.
• • • • • . • • ,
clltrauas em Ioga- j
• • '['
: 2.687 ,087$2741 -
"
res de dl'~ersoes ' . ' , .
I mposto predIal na capItal . .
51 terrenos com frente
. . . . • ' li
. . . . - . _li
' para o canal ·do I'
300 :000$000 i
2 .600:Q()/J$OOO
669 :179$234
_2".417 :154$502
I - -
182,845$'98
Ma ng ue em S antos _ i 2 :000$000 I - - 2 ,000$000
.
Im posto de (:ommercio . _ _' 5.000 :000$000 4, 387:139$151 1 - 612 :860$849
" industrias ' " • 600 :000$000 :
'i
698 :879$387 98,879$387 -
"
"
sobrol!! o capital das sociedades anonymas .
,.
" " particular empregado em
1.600:000$000
i
1. 767 :502$988 ,
I 167,502$988 -
emprest imo5 " , 1. 400 :000$000 il,i 1.108 :284$438
,,.
i - 291 ,71 5$562
Imposto sobre o capital empr egad~) em predios desti- ,
llados a al uguel ,
, 1.200 :OOO$O()() ! Q27 :823$999 ,I - mJ76$001
Imposto, territorial .
..!
500 ,000$000 ! 669 ,590$693 : 169,590$693 -
.. sobre c.onsumo de agua rd~nte 700 ,000$000 '. 644 :328$000 : - 5S :672$000
" ,.. loterias
..
•"
""
780 ,000$000 .,
L200 ,000$000 I:
780 ,000$000 -
- -
II -
.. " subsidios e vencimentos
REND.... S D lVERSAS:
·
t~
ii
,,li. I .126 :977$606

73,022$39'
T axa de matriculas soa :000$000 ,: 455 ,853$900 I1 - 44 :146$100
.. . addicional
11' 2.600:000$000 ,, 2.652 :442$355 11 52 :442$35$ -
-
"
..
..
judidaria
de fei ra de gado
" ma"tam;a de vitdlo$ •
J 300 ;)00$000
1:000$000
1 ,000$000
:,
:
.1
307 :411$380 \1,

100$000
7 :411$380

-
1 ;000$000
900$000
111 - RE ND""S lNDVSTRIAES: i I
Quota de arrendamento da . E. de Fe!'ro Sorocabana
Renda da Estrada de Ferro Ftlllilen~e .
"I'
500 ,000$000 i
350:000$000 i!
81 :413$429 )
370 :14S.'P60 '
-
20 :145$760 1
418 :586$571
-
.. do ·Tramway da Camarei ra . . . !
'Taxa de exgottos na capital, SanlM e Sli\""> V icente. i
300 ,000$000 "
J.600 :OOO$OOQ iI
407 :872$265
3. 487 :255$417 i
107 :~72$265 1, -
112 :744$5RJ
-, consumo de agua 11a capital ' ;1 3.500 :000$00() i: 3.759 :330$431 ! "259 :,130$431 -
Renda da Repartição de Agua:: po!' ~e n'iÇl)s u trao r- :I " •
dinarios . , ' -~ 400 ,000$000 1I
40,000$000 I
400 :308$165 !

I 3OR$165 -
Remi;! do H ospicio de Alienad(,s ' [~ 82 J9!\$500 42 :198$500 -"
" " Oiario O fficial ' I; 80,QIlO$OOO I 73 :318$219 [ -- ,• 6: 681 5i21
" de outros estabelecirnento ~ 120 ,000$000 93 :660$350 ,<
_. :.''31"\..~ ' ' ,'
"~ ~' :-' ,'
, •

J

1 :;
i -
- ,242$184 ,_.22. 663,696$024
-IV - Rr.l'l" OAS P A1RIM ONIAES: •
39 :434$255
10 :000$000 29 :434$255
Vendas 'de terras publicas · • • •
" " lotes em nudeos cololliaes.
·
·

·
• •
·
100 ,000$000 191 :307$586
-82 284 ,OOO$ÕÕ~I. 66. S99 :546$160
I 91 :307$586
-,- 6.979 -
_--- ..
REC EITA EXTRAORDINARI A •
I ndemninções . • • • · · • • · · " · 600 ;)00$000 2. 184 :253$617 1. 584253$617 -
Event ual e multas • • · · · · · • · • · ! USO ,000$000
60 ,000$000
1.825,695$467
52 ,600$000
475,695$467
-- .
-
nOOIOOO
Contribuição de companhias p"" f i~cll li :tação • · ,
Cobrança da divida aetiva · · · • · I 1. 400 ,0001000 . 1. 07H89$.145 32S :3t0$65S
Conlribuiçi\o da Estrada de
• • •
Fe rro Soro( ílhotna · 5.50<) ,000$000
· ------ -
8.910 ,000$000
5.90H90$256 _._-
11 .042 :928$685
405,690$256
-_.2._---
465 :6.19S340
,-'-- -
:<12 ,710$655
RESUMO:
Receita Ordinarill. · · · • · · • · 82.284 ,000$000 66.599,546$160 6.979,242$184 22.663 :696$024
It«elta Extraordinaria · • • • · ·

_._-
8 . 910 ,000$000
- - 11.042:928$685 . __...2. 465 :639$340
- 332 ,710$65,

... _,- - ._- _91.194 :000$000 77.642:474$845 9. 44 ~881$524 ! 22.996 :406$671)


· -~


-- ...•- - -
- 693

.A diUerença.
,
elltl'e a quantia orçada representa mais de 30 % da receita
e a. effectivamente <tl'reeadada. proveio· geral.
da cobrança do impost.o de exportaç1l.o· Não, obstante, ·as rendas ,pu'blicas t"m
do calflé • .que, ealcula.<la. em _ . . .'. . tido cousideravel augmento nestes ui·
38.800:000$000. sú produziu, ..... . timos quatro annos. EUas produziram.
18.834:885$693. com effeito, 79.315:931$168 em 1915;
Com ,excepçã.o desse Impos'to que, 79.248: 019$165 em 1916; ....... .
.
devido ás diUlculdades de transporte 82.556:094$887 em 1917; • • • • • • • •
e ao ••fechamento dos mercados dos Im- 77.642:474$845 em 1918, teudo con-
perio" Centraes da Europa, não attin- tI'ibuido, para essa receita, o imposto
giu á somma. orçada, quasi todas as de exportaç1l.o, com 41.085:530$171

demais verbas da receita excederam em 1915; 33.537:609$688 em 1916;
ás .estimativas feitas. 24.729;379$379 em 1917; a, final"
Si o café, que está armazenado em mente, 18.266:140$877 em 1918.
Santos, pudesse ter sido exportado, '" A diminuição na renda proveniente
receita gera) de 1918 teria. sido su- do imposto de exportação, está com-
perior a 95.000:000$000, ou mais de pensada com outras e com a melhoria
3 .1>00: 000$000 . acima das previsões na arrecadação, podendo-se calcnlar
orçamentarias. em cerca de 15.000: 000$000 o au-
.
As reformas por que tem passado o gmento que essas provide-ncias trouxe-
nosso systema trjbutario; as novas l'am aos recursos orçamentarios;
fontes de receita; a melhor e mais
Uma vez nornlalizados os meios de
equitativa <ilstribuiçã.o de impostos,.
transpol'ta, e a,bertos os mercados de
assim como a sua regular e honesta
consumo de café, as novas fontes de
arrecadação. têm contribuido, de mo-
receita, reunidas ao imposto de -expor-
do etficaz, para a normalidade da vida
tação, hão de fornecer recursos suffi-
financeira do Estado,' collocando, ao
cientes para inteiro equilibrio orça-
mesmo tempo,' o Thesouro a salvo de
mentario e para completa. normalidade
in"certezas,' resultantes da -baixa de pre~ •
nas nossas finanças.
ços e da dimin uição de colheitas.
. O imposto de exporta~ão, sobre o Despezas puhlica.s A despeza orça-
qual a receita publica vinha se apoian- mentaria, no exenc"icio de 1918, fixada
do, compntava-se entre 50 e 60 % em 91.193.:673$480, f.oi de . . . . .
da arrecadação; hoje. esse imposto. não 96.979: 3 80$3 68, assim discriminada:

.. SECRETAIUAS Fixada R.eaHzada Dlflerença

Interior .. 26.025;824$720 26.774:290$439 748 :465$719


Justiça . . 20.632 :632$000 22.626:32&jl958 I .993 :696$958
Agricultura 15.941 :140$120 18.788:549$324 2.847:409$204
Fazenda . 28.594:076$640 28.790:211$647 196 :Í35$OO7
-----~-- . .
Somma 91.193 :673$480 96.979:380$368 5.785:706$888
. '.

o excesso de fí. 785: 706$888 .sobre especiaes do Congresso·, para serem


a 'quantia fixada, provém de creditos· attendidas . as insufficiencias de algu-
supplementares. concedidos por leis , mas verbas do orçamento.
'" 0,. , . ' ,i . .. .,. . ," ;.,

'.
,.,', ',." ." . ,

, .'
I • ~ '_ " ', " " -
, .. - ' . .. '

694-

Na Secretaria, do Interior houve ne- fundada era de J: 6.267.262-1-3; de-


cessidade doe reforçõ nas verbas uS oc- duzindo-se, porém, desse total, a quan·
corros Publicos" e "Serviço SanitaTio'~ tia de J: 3.347.200-12-6, _proveniente- ,

na' Secteteria da Justiça foram au- do emprestImo com garantia da Ea-
,
gmentadas as V'erba;,· "'Prisões do Esta- trada Sorocabana, e que é pago pelas
do" e "Força Publica"; na Secreta- rendas da mesma Estrada, verifica-SI>
ria da Agricultura os serviços de "Im- que a divida externa do Thesouro é,.
migração e Colonização", e "Aguas e apenas, de J: 2.920.061-8-9.
Exgottos da Capital" exigiram eleva- A divida interna, representada pe-
ção nas dotações existentes; na Se- I·a s a}>ol>ces da 3." a 11.' tJIéIries 6 1P6- .
cretaria da Fazenda :foi a verba "Exer- las de Auxilio Agrícola e a Bancos de
cícios Findos" a causadora do au- Credito Popular, Importa em ' . ( . o'
gmento. Abolidos, como foram, neste 76 . 681:500$000.
quatriennio, e por iniciativa do Gover- O auginento accusado foi /Dotivado
no, os creditos· supplementares nas .leis pela emissão que se tez para paga-
do . orçamento, Indispensavel se torna mento do prolongamento da Soroca·
que, na collifecção dellas, fique a ad- bana e para liqUidar a questão do Rio
ministração habilitada com as dotações Pilões.
sufficientes para todos os encargos, Com a costumada pontualidade, fo-
evitando-se dest'arte, em beneficio . da ram pagos os juros e as amortizações,
regularidade dos serviços publicas, o tanto da divida externa, · como da in-
recurso áquelles meios extraoTlt1na- terna.
rios. A divida fluctuante, no Paiz e · .no
Eliminados, deste modo, os creditas estrangeiro, contrahlda por meio de
supplementares, que tanto contribuem notas promissorias do Thesouro, era
para o desiquilibrio orçamentario, fi- em 31 de Dezembro ultimo de
cará, por a.eu lado, o Governo appare- 92.075:522$924.
Ihado para attender ás necessidades A abundancia de numeraria e o ,cre-
do serviço publico, exclusivamente com dito do Estado fizeram com que os
os recursos que lhe forem concedidos juros desses titulas, que custavam
.
pelo Congresso, na lei annual. 12 % <LO anuo, ncassem reduzidos a
. .
Por melo de creditas especiaes, vo- 7 %, verificando-se assim, uma eeono-
tados para o pagamento de despesas mia de mais· de 4.500:000$000 !l'0r an··
não previstas ' no orçamento, foi gasta ino, na ver.ba de juros a cargo do '.('Ihe-
a quantia de 6.767: 281$464, sendo sou.ro.
4.252:074$265,
. . com.a , .'.e pidemia de . Em Junho do anno findo, f(>1 resga-
grippe; 228:040$467, com a amplia-
tado o emprestimo de S! 800.000, con-
ção do Hospicio de Juquery; ..... . trahido por meio de notas do Thesou-
1.571:660$782, com os serviços a car- ro, em 1914 .
. go da Secretaria da Agricultura; .. . . •
Com ' o saldo da operação da . valo-
360:000$000, com as. entradas de ca- .
rização, prestes a ser recebido, e CQln
pital para . acções da Caixa de Llq ui·
os lucros na venda do café de proprie-
dação; 151: 834$000, com as . indemni-
. dade do ' Estado, armazenado em San-
zações, em virtude de sentenças judí-
tos e no Rio, .ficará o Thesouro com
cl.ws; e 9'5: 250$000, com a sUbs<erl-
recursos de sobra para o" resgate in-
pção em. favor - do~
,. ...<>ldadoB alliados.
. tegral de·
.
tódas as promissorl~s em
.Divida Publica. Ao encerrar-sé . circulação, eliminando~se, dess'aTte .

o. exerclclo de 19'1 8, a divida externo das verbas da despesa, uma consldera-



,
, .' ,
,
,
,
- 695
, ,

vel somma, destinada, aos juros de a sobre-taxa · de cinco francos por· , sae...
tacs titulas. ca, o Congresso do Estado, de accórdo
Remessas 'p ara o Estrangeit·o Pa- com o Governo, resolveu. no intuito
ra a solução dos compromissos oriun- de
.
beneficiar indlrectamente
.
a classe
dos da divida externa e da valorização agricola, que fosse mantida a mesma
do café; fizeram-se, pontualmente, no pauta de 700 réis, quando, já. nessa.
correr do anno de 1918, as remessaS occasião, o preço era de 1$200 por ki-
seguintes: ~ 239.079-8-11; Fran-
10. No momento; o pereço médio é sn- ·
cos 19;781.593,70; e D01lar8 .... : . perior' a 1$800 por kilo, continuando,-

3.900.000. Convertidas em moeda na- entretanto, a ser feita a ' arrecadação


cional, importaram taes remessas elU na base de 700 réiS; o que quer dizer
33.483:902$548. que, na realidade, O imposto de 9 %
está, praticamente, reduzido a menos
Patrimonio do Estado Em 31 de de 4 %. .
Dezembro ultimo, o patrimonio do Es- A lei n, ' 1.637, de 31 de Dezembro
tado, excluido o café armazenado, ' era de 1918 determinou que, tão depres-
de 286.897:072$713, dos quaes, .... sa seja supprimid~ a. sobre-taxa. se
263.814:547$683 representam o va- restabeleça o antigo processo de co-
lor dos proprios estaduaes, e ' . , ... brança do imposto . de exportação, to-
23 . 082: 525$030 equivalem aos debi- mando-se por base, não ulna pauta ti-
tos contrahidos com o Thesouro do xa, mas, sim, uma pauta InoveI, de
Estado. accôrdo co m os preços corrent.ea .

Saldos Disponiveis Ao encerfar- A' vi&ta, porém, da grande alt.> em
se o exercicio de 1918; tinha o The- que se mantém a cotação do café, tor-
souro á. sua disposição, depositada nos na-se necessaria uma modificação' nas·-
,

Bancos 'daCapital e em Calx'a , a quan - sa lei, de modo que o imposto seja


tia de 30.154:557$396. cobrado dentro de limites que conci- •

Imposto de Exportação e Sob"e-taxa 1iem o s illteres'Ses do 'DIN:souro com


- De accôrdo com as leis votadas ui- os dos exportadores e productores.
timamente, só tres productos café, 'O Governo es'pera Hquidar definiti-
couros e farelo estão sujeitos ao
vamente, este anno ainda. tO'dos 08
Imposto
,
de exportação. compromissos oriundos da valorização
Todos os demais artigos de lav<)ura
do cafê e, nesse caso, de accôrdo' com
e de industria, s.aem livres ,desse onus. a auctorlzação concedida pelo Congres-
Dos Estados da União, é São Paulo, . SO, decretará. a extincção da sobre-ta-
talvez, o unico

que assim tem quasi xa de cinco francos .
abolido um tributo, geralmente apon-
tado como o maior embaraço para a Valorizacão

do Café Para a com-
expansão e o desenvolvimento da ri- pleta execução do plano de valoriza-
,

queza publica e particular. ção do café, • organizado no governo do


Ao legislar sobr!) a pauta para a co- Dr. Jorge Tibiriçá, o Estado de São
brança do imposto sobre' café, neste Paulo teve necessidade de contrahir 08
..
exercicio, tres alvitres antolharam-se empresti.mos de 1:, 15.000.000, de l:
.
ao Congresso: lnanter a pauta fi- 7.500.000, de!l, 4.200.000, de l: ...
xa existente, de 700 réis ; adaptar uma 3.000.000 e de I: 800.000; tudo no to-
pauta: média, entre a existente e o pre- tal de t 30 , 500.0(10.
ço em vigor; . cobrar o imposto sobre .Quando assumi o Governo d:o ' Esta;·

o valor real da mercadoria. do, a situação desses emprestimos era
Estando ainda o café onerado '-com I a seguinte: o de l: 15.000 '. 01)0 as·
,,
..
696 -

tava inteiramente liquidado; ' o de J; . men. Antuerpia e Trieste. ·' 0 seu pro-
1,500.000 estava reduzido a l! ,., ..
, ,
dueto foi depositado nlllque1,la casa
4.444.260; o de Il 4.200.000 a J; ." bancaria, por não ter o Governo Ar-
2.940.000; o de J; 3.000.000 a J; ' .. lemão consentido em que o dinheiro
.. .. ." .'
2.263.011; e o de l! 800.000 não ti- fosse r"tirado do paiz.
aba softrido reducção alguma, Mallogradas todas as tentativas pa -
Elevavam-se, pois, nessa época, a Il ra que nos fosse paga aquella quantia,
1 Z. 447 . 271 , as responsabilidades do conseguimos apenas que o alludldo Go-
Thesouro, no tocante aos compromis- verno assumisse a responsabilidade da
sos derivados da valorização do café. restituição integral do deposito.
Essas responsabilidades soffreram as
.egu.intes reducções: as Il ...... . Cessadas as hostilidades, na guerra
,

6.444.260, resto do emprestimo de européa, e iniciados os trabalhos d"


f 7 . 500.000, estão totalmente pagas; Confer"ncia da Paz, o Governo do Es-
por conta das .t 2.940.000,' sal1l.o do tado, em memorial apresentado ao
, ,

emprestimo de II 4,200 . 000, foram pa- Exmo. Sr. Dr. Epitacio Pessoa, chefe
gas, em 1.' de Janeiro de 1918, lO , . . da delegação brasileira junto :!.quel!a
1.050,000, sendo o restante, doe .I! •••
Conferencia, fez O historico da questão
1.890.000, liquidado, no dia 1.' do do café depositado ' antes da guerra
, , .

na Allemanha. e t-erminou pedindO


corrente, com antecipação de seis me-
zes do seu vencimento ; o emprestimo á S. Exa, que, ao Estado de São Paul"
d .. II 800.000 foi resgatado, integral· fosse assegurada, no tratado de paz, a
restituição integral da quantia existen-
mente, em Junho do anno passado.
te na casa Bleischróeder, accrescida dos
, Assim, para liquidação final dos
juros de elnco por cento, eteita ' a con-
compromissos da valorização, resta
versão pelo cambio que vigorava 'LO
apenas o pa.gamento do saldo do eme
,tempo em que foi feito ' o deposito.
presUmo de II 3.000.000, o que deve ,

ser feito com os recursos que se acham Os esforços do nosso Embaixador.


em poder dos banqueiros allemães. de accôrdo com a communicação que
Pelo balanço do Activo e Passivo üa fez, em tempo, ao Governo do Estado,
foram coroados de feliz exito. tendo
valoriza.ção, encerrado a 31 de Dezem'- ,

sido plenamente attendidas as nossas


bro ultimo, o saldo, a favor do The-
justas -reclamações.
souro, depois ,de integralmente solvi..
dos todos os cOIllljlromissos, é de $, .. Registando o auspicioso
,
facto, reno·
2.927.895-14-11. vo aqui, ao nosso illustre Embaixador,
"
os sinceros agradecimentos do Governo
Deduzindo-se, porém, do passivo
do Estado, pelo grande zelo e alta
desse balanço, a quantia de , f ..... .
competencia com que soube defender
i.890.000, 'que fOi ,paga 'n o dia 1.· do
os nossos direitos.
corrente,
, ,
com 08 - recursos- em Caixão
verifica-se que o saldo, a favor do The- Defesa do Ca.fé Conforme tive
souro, é de lO·4.617 .895-14-11. ensejo de communlcar, em mensagem
A liquidação final da operação es- I anterior, o Governo do Estado, preoc·
tá., entretanto, dependente do recebi.
mento do deposito de 147.255. 34~ I
I
cupado com a eSCaSsez de meios de
, transporte e com o fechamento de
marcos, em poder da casa Bleischrõeder. I grandes merca'dos consumidores de ca-
de Berlim. Como já ' tive occasião de
I fé, julgou indispensavel uma Interven-
I
Informar-vos, realizada a venda dos , ção nas" praças expe>rte;doras, a'f im de
eafésarmazenados em Hamibur,g o, BI'I> t que a lavoura não fosse prejudicada
- 697

com o VOIUllH.' (1:1 H:ll'l'n, ~;(~lI1 tl'unspor- beneficiar as classes productoras, pela
te e sem eOll:Ju III/), abundancia de numerario e pelá ba,ra-
Para isso, oblnvl'. por emprestimo, teamento dos juros.
do' Governo (1;1 lf'lil'io, a quantia de Convencido da conveniencia desBa
llO.OOO:OOO$IHln. "",·,1 i 11 ,,<Ia e>.elusiva- medida, o Congresso Nacional, por ini-
mente á compra (li- l'al'ú em Santos e ciativa da illustre bancada paulista~
no' Rio, retiralldo. pu" nxta forma, da auctorizou o Governo 'a criar, no Ball-
tIas necessi-d·ades ,j co 'do Brasil; uma carteira especial de~:;­
~fjferta, o (~x('(·dt~lIj~·
do consumo, e i IH pt'd i lido a desvalori- I tina da a l'edesconto de titulas banca-
iaçãode toda a ~lil.l'ra. , rios, emittindo-s·e, para esse fim, até
Com a imlHlrlalll:ia do emprestimo, I
a quantia de 100.000:000$000.
fo'ram adquirida:: :1. il7:l. 585 saccas do
Está dependente . apenas
. do Governo
referido ]l}"()(llIdo, scndo 2.949.454,
Federal a installação dessa carteira
em Santos. " I 2 ,( . l:ll. no Rio. que, por certo, virá prestar inestima-
Essa Oll(··nlt~ào. ah~m das vantagens ve·is serviços á lavoura, ao commercio,
que trouxe A lavoura eafeeira, redun-
e ás industrias.
dou em eou:·dll·!~I·av(~1 lucro para -o Es-
Ao Banco de Credito Hypothecario
tado e par<-l a [lnt:l.o.
e Agricola de São Paulo., fundado para
Confrontando-~e 08 preços da com-
, auxiliar as classes agricolas, o Governo
pra ICUro 0'" (la ael.llal cotação" a ven-
j tem prestado todo o seu apoio, forne-
da dos café::; d(w(-~ produzir um lucro
cendo recursos que lhe permittam rea-
de mais (\e lfiO .OOU: 000$000, que, de
lizar os fins para que foi instituido.
accôrdo com 41 eOIl tl'acto do empresti-
Perto de 35.000:000$000 já foram
mo, deve Ijür dividido, em partes
postos á disposição desse Banco, pelo
iguaes, en(I'(~ a União.e O Estado.
Th·esouro do Estado.
Os lucros que eouherem ao Esta'do,
~erão, de preJ'el'nncia, applicados em Com esses recursos e com os seus

instituições que heneficiem as classes proprios, está o Banco apparelhado pa-


productoras. prinetpalmente a dos la- ra attender, em grande parte, aos re-
vradores. conl.rihuindo. assim, os pod,e- clamos das classes productoras.
-res' publicos para a protecção e para o No intuito de amparar a lavoura al-
incremento quo as fontes de nossa ri- ,godoeira, o Governo conseguiu que -es-
queza lhes devem IlHH"eCer. se mesmo Banco, mediante warranta-
gero do algodão, fizesse emprestimos
Auxilios ft Ao lado das
IJH-VCHu'a --- •

aos cultivadores, ficando elles assim


providencias r~}lativaH ao suppriménto
habilitados á resistir a esp,eculação
de braços para a la.voura, á facilidade
baixista, emquanto não forem -restabe-
do transporte e a.o ensino agricola e
lecidos os meios de transporte, para
profissional, (I Governo tem tido a
a ..e.gular exportação, do pl'oducto.
preoooupação de prolporcionar, ás elas-
ses productorafl e ao commercio, os ca- Caixa.s Ecollolnicas e Bal)~OS Popu-
pita!€s . necessario~ a.o desenvolvimento la,res As Caixas Economicas, fUll-
das' respectivas hl.vnllraf: e industrias. dadas de acc.ôrdo com as leis do Es-
Na mensagem, qll(, tive a honra de tado, já prestam bons serviços á ex-
vos· dirigir o alluo p::t!-lA,ulo, suggiflri a pansão da nossa riqueza.
. fundação de II IH baIH',o de redesconto, Todos os depositos que nellas se fa-
que, fazendo rcrIuir ú. eireulação enor- zem, são recolhidos ao Banco de Cre-

mes sommas, aferrolluuiaH, em pura dito Hypothecario, afim de que este,


perda. nas caixH:,! dOI) BítIlCOS. viesse por si ou por intermedio de suas agen-
. . . ,
..... :.
- . ,. - , ... : .-
..... : .. ..
.... , .. -' . . . .- -- .


698 -

cil\s.
..
os applique em beneficio dos pro- I tiuúa a ser ,objecto de séria~ preoccu-
ductores. pações do Governo.
Estão funccionando, - regularmente, E' indispensavel que as finanças dI>
64 caixas, sendo 4 autouomas e 60 an- Estado se a:poiem em bases soUdas e-
.
nexas ás respectivas coIlectorias. seguras, libertas, de tal arte. do, regi-
As autonomas funccionam na Capi- men de incertezas em que têm vivido;
tal, em Santos, em Campinas e em Ri- assim como é de justiça que os tribu-
beirão Preto; e as annexas, nas 'se- tos sejam dIstribuídos proporcional-
guintes cidades: Amparo, Arara- mente' aos lucros auferidos por todas
quara, Araras, Avaré; Atibaia, Bariry, as actividades ou class~s, -e não inci M

Barretos, Batataes, Baurú, Botucatú, dam, em sua quasi totalidade, sobre


. Bragança, Brotas, Cajurú, Casa Bran- as classes productoras e, nomeadamen-
ca, Descalvado; Dois Corregos, Espiri-. te, sobre a .lavoura.
.
to Santo do Pinhal, Faxina, Franca, No imposto territorial e no imposto
Guaratinguetá, Igarapava, Ipaussú, sobre a renda, poderemos encontrar
co Itapetininga, Itapira, !tapolis, ltatiba,
alicerces solidos para a grande ob,.-a da
Itú, Jaboticabal, Jacarehy, Jahú, Jar- refórma tributaria,
dinopolis, Jun'diahy, Limeira, Lorena, Um entendimento entre os governos
Mocóca, Mogy' das Cruzes, Mogy-!Mi- federal e estadu-aes torna-se ne-cessario~
rim, Pindamonhangaba, Piracicaba, afim de que, em b.eneficio da União,
Palmeiras, Pirajú, Pirassununga, Ri- dos Estados' e dos contribuintes, fique
beiráo Bonito, Rio Claro, Santa Cruz
o
d'efinitivamellte esclarecida a compe-
do Rio' Pardo, Santa Rita do Passa tencia que a Constituição da Republi-
Quatro, São Carlos do Pinhal, São ca traçou, em materia de impostos.
João da Bôa Vista, São José dos Cam- A fiel o bservaucia dessa regra, além
pos, São José do Rio Pardo, São Ma- de collocar os particulares ao abrigo
noel, São Roque, São Simão, Sertão- de multiplas 'tributações, porá termo
,

zinho, Sorocaba, Taquaritinga, Tatuhy. às complicadas questões, que commu-


Taubaté, Tieté. mente apparec'em, sobre a legitimida-
de de d,eterminadoB impostos que, ora
Em 31 de Maio ultimo, era de ....
são dElcretados pela União, 00'6 pelos
26.444:382$000 o saldo dos deposi-
I Estados.
tos existentes nestas differentes repar-
tições. Nas informações, que ahi ficam con-
I signadas. e em outras mais copiosas
Ao' lado das Caixas Economicas, o
que vos serão ministradas nos relato-
Congresso do Estado auctorizou a fun-
rios das Secretarias de Estado, encon-
o dação de Bancos de Credito Popular,
• o"

trareis, S.mhores Membros do Con-


incumbidos de distribuir, pelas classes
gresso, os elementos e os dados indls-
productoras, os depositos feitos nessas

pensaveis ao consciente e fecundo des-
-. -.. calxas.
dobramento de vossa acção de legisla-
Esses. ,dois institutos, ftinccionando
• dores .
harmonicamente um recolhendo as
E assim cumprindo, pela ultima vez,)
,economias e o outro dando-lhes appli-
o dever constitucional de comparecer
cação reproductiva em muito hão
perante 'vós, resta-me agradecer, pro~
de concorrer para o incremento da
fundamente penhorado, a constante,
nossa pródncção.
leal e esclarecida colla.boração, que
Reforma Tributarla-· A remodela- sempre me dispensastes e que tão ef-
ção, do nosso systema tributario con- ficazmente contribuiu para o feliz en-
699 -

".caminha,me,nl.o 41()." Ilegocios publicos, SENHOR PRESIDENTE


n.este aceidelltad(1 (' Ip·enoso quatrien-
nio presidencial. Bem justificadas sáD as esperanças
Ao -povo pauIlH(a, que me honrou que o povo paulista deposita na ad-
com set~ rnandal.o. 1I0SHO agora, quan- . ministração que hoje se inaugura
do já deeorrelrl OH ultimos mezes da tantas as provas de patriotismo e de
minha adminil'lt1'éu,~üo. assegurar, de al- competencia que têm caracterizado os
ma trau<Juilhi e de eaheça erguida., que aetos. de Vossa Excellencia, no desem- .
tudo fiz por (~OITüHI)Onder á sua di· penho de multiplos e elevados encar-
gnificante (:011 l'ian(,:a; e qu~',' si outros gos, em bôa hora confiados á sua acti-.
muitos po€lüt In ter exercido a sua su- vidade e á sua solicitude.
prema mag-i~l .. atu)"a. política, com mais E ' c~m a maior sinceridade que me
brilho e maior eompetencia, nenhum, congratulo com o Estado de São Paulo,
por certo. (I fada eom maior dedica·· pela posse do novo governo recebido
ção n-em ('(I m 1I1·a.ii{ ac·e·ndrado p'atriotis- com as sympathias unanimes de· seus
m-O. jurisdiccionados.
,;, ·Não teria n-ecéssidade de in·formar a-
• • Vossa El<C&Uel1{cia sobre a situação d",,, .
S'enhol'es Selladores e senhores nego cios publicos, certo, como é, que
Deputa.do::.; : selnpre os acompanhou' com louvavel
attenção, si me não julgasse adstricto
A nossa. tcrra. atravessa, como vêdes, ao imperioso dever de no ultimo
uma situa<;âo de franca prosperidade, dia do meu governo, que atravessou
na plena (~xpam;ã.o de suas forças eco- uma das phases mais graves por que
no mie as t' na mal'eha triumphante pa- tenl passado a civilização humana
ra a realízaçiio Íntegral de seus ideaes dar contas •
aos meus concidadãos do
de !paz e de liberdade, á sombra da. Re- modo por que procurei corresponder
pUiblica e dentro da l1vque1hraontav·e1 fi- ao nobilitante mandato, com que me

distinguiram e que para sempre lhes
delidade á .e:ntlHh~ Patria Brasileira.
Nessa pül'tonto!-'a affirmação de co- grangeou a minha profunda gratidão.
ragem t, de trabalho, de riqueza ma- Si, incontestavelmente, foram enor-
terial e de eult.ul'H- dvica, o meu. Go- Ines as difficuldades' provenientes _da
verno foj -~, eu hem o conheço -- me- guerra difficuldades que mais for-
ro faetor acciden t.al e relativo. Mas, temente se accentuaram neste nltinlo
de seu quinhào eventual nos meritos q na triel1nio e si illcalcula veis fo-
da lmmorredoi!'a ohra collectiva do ram os damnos causados pelas geadas
engrandecímell to n do progresso do Es- de JUllhó de 1918 e pelas pragas' que
tado de São P",i1o, .... elle de sobra se se lhes seguiranl, os factos demoD$-
paga com a serena {'.onvicção, que benl tram, por honra nossa, que nem por
alto vindica, de ter eumpddo honra- isso esmoreceu a energia criadora dos
damente· o seu dever. que labutam neste Estado. e que a es-
tes jamais escassearam o estimulo e
São Pa.ulo. em 14 de Julho de 19[9. o rum,paro dos poderes publioos.
São dévéras notaveis e sobranceira
:\ .tíno Al'antes. e a coragem com que todos venceranl
os tris,tesdias de provação, que assi-
• gnalaram uma das mais melindrosas
épocas da nossa Xida agricola.
"
700 -

Mas, os grandes desastres e os gra.n- cazmente, de modo a evitar os males_



des soffrimentos não abateram as po- que se preViam em virtude da grande
pulações ruraes, que se dedicaram safra de 1917-1918 . O excesso. .. de
. ...
sem desalentos e sem remissão, ao tra- 4.000.00Q de saccas de café . sobre o
. balho da terra, que as pragas e as consumo, ameaçava opprimir as pra-:-
geadas haviam despido da opulencia ças exportadoras e aviltar os preços
de suas culturas. Graças ao esforço, do artigo, si, em tempo, não tosse con-
. indefeso e dignificante, dos nossos venientemente defendido o stock exis~ ·
'agrlcultores e ás providencias do go- tente.
verno, os effeitos dos males sobrevin- De como o Governo se conduziu. em
dos foram sensivelmente minorados e, tão delIcado momento, prestei comple-
quiçá, generosamente compensados. tas informações ao ,Congresso Legislllc
Os lavradores. paulistas eDl'responde- tivo, em Mensagem de 14 de Jnlho de
ram,

por uma• fôrma que alenta e des- 1918.
vanece, ao appello que lhes foi diri- A fiel execução das .providencias
gido pelos governos da União e do preestabelecidas, depois de ouvidas as
Estado, para que redobrassem de ener- classes interessadas, permittiu ao Es-
gia e de actividade; e não houve -obs- tado conjurar a gravidade' de tão iu-
tacuJo· .contra o qual ,não triumphasse
' quietadora situação .
o gen'io opéro'so ·dos que Vlvem

empe- Restabelecida a normalidade do ,lUer-
nhadosna multiplicação das nossas cado e verificada a reducção do'. seu
riquezas. stock; confiei ao Banco Commerc!o e
.
Ao lado da agricultura -- e rece- Industria a venda dos cafés adquiri-
bendo desta preciosos elementos de dos nas praças de Santos e Rio de Ja-
.
vida prosperaram innumeras outras neira, num total de 3.073.585 sacoos.
industrias; e tão extraordinariamente . De.sta operação que Se está ooncluindo
tivem.o s augmentada a exportação, que com as -eaut,elas indí-spensaveis ao seu.
o seu valor de 465.200:000$000, em exito -C'Olm,mercial, direi mais minucio-
1915,ultrapassou de . . .......... . samente na p·arte final de&ta exposi-
I
1.000.000:000$.000, em 1919.
i
ção.
"Mas, - disse eu da ultima vez que
tive a honra de me dirigir ao Cougres-
I O Governo não pod ia deixar a,q
abandono ou entregue aos azares da
so Legislativo, si grandes e dignos especulação o grande producto da nos-
dos mais calorosos applausos foram o sa principal la.voura ; e, felizIPente, a
esforço e a tenacidade das classes pro- i acção administrativa fez .volta,r , a eou,-
duetoras, em pról do engràndeeimen- fiança a quantos receiavam a depres_~
1.0 do Estado; m-enor não foi, sem du-
• são nos preços delle .
vida, o empenho dos l,oderes publicas As safras jieguÍntes, sensivel,mente
e'm incrementar f': desenvolver as fOl'· diminuldas, devido ás geadas .de 1918.
ças econonrieas, cuJa expans-ã o pro'curou . ' .
contribuiram• para tranquHlizar · o mer,-
encaminhar e : apoiar por todas as for- cado exportador, que vinha encontran-
mas ao seti alcance". do serios obstaculos na defíciencia de
promov<end.,Q', como llhe .cumprIa, a transportes. para o exterior. .
defesa do nOSSO princ'pal producto, qu.!.' A expectativa é animadora, não ha- .
•.é , tambem, a maior fonte de renda da

vendo. ao que parece, motivos para
economia nacional, o Governo do Es- apprehensões, qu.a nto as safras actual
tado, em ,harm'onia de viSitas com o Go- e vindoura. A Directoria de Industria
vemo Federal, agiu, prompt.a e effl·· e COlnmercio calcula, com effeito, que

701

a producção mundial úa ~a.t'ra corrente sommas, ao Estado de Bão {Ja.ulo,


será de 13.000,000 de saccas, sendo i garante egualmente que o ree,mbol-
'7.600.000 para () Brasil. JJestas, já fo- so se effectuará á tax-a cambial do
I'am exportadas, pelo porto de Santos, marco no dia do deposito".
6.043.760, até 22 ,I<> Ahril findo.
Sendo de 18,000.000 de saccas o o Estado prosegue, com fundadas
consumo, e de li ,1/;- milhões o stock esperanças, as negociações para a
previsto para .J ulho lJI"oximo, parece prompta effectividade dessa restitui-
fóra - de duvida flue a eotação do café ção, que lhe foi reconhecida" assegu-
tende a melhorar, levando-se nlesm.o I rada pelas potencias amadas e pela
em conta a safra futura, cuja produc- propria Allemanha, mesmo antes de
ção, conforme a.s mais recentes esti- consagrados os nossos dil'eitos no Tra-

mativas, não ultrapassará ás neceSSl- tado de Paz.
dades dos importadores.
*
Os compromisso::. tomados para a ",
',' '.''
valorização do (êa r(~ estão quasi extin~
ct·o-s; e, nã.o fÚra. a demora que te.fi A instrucç'ao publica por cUJa
havido na liquidação do deposito de . benefica diffusão os goverUOf:; paulis-

153.881.833,04 marcos, em poder dos tas sempre se empenharam com o-
banqueiros allemães, já estariam to- maior desvelo, convencidos de' que só
talmente solvidos. as populações esclarecidas poderão
Os encargos do Thesouro, provenien- manter e desenvolver a prosperidade
,

t.es de tal operação, que eram de, .. do Estad.o continúa a .proJ~Tedil' em


.r 11.647.271, quando assumi a ad- todos os seus ramos,
ministração do Estado, cifram-se hoje Com a criação de mais ;L! grupos
em .t 4.074.42:l-5-3, para cujo paga- escolares. 29 escolas l'eunjdas e ] 28
mento são mais que sufficientes os escolas isoladas. vel'j·ficou-se o· au-
fundos existentes em Berlim, -na.' casa 'gmen.to de 20.051 alum-noti ua matri-
ba.ncaria Bleischriieder. cula geral das escolas primarias.
Aos "sforços da Delegação do Bra- Os professores publicas tiveram seus
sil, na Conferencia da Paz, devemos vencimentos nlelhorados; e 3. instruc-
nós o ter .sido imposta ao Governo da ção primaria foi renlodelada, de ac~
Allemanha, pelo art. 263 do Tratado côrdo, com os ensinamentos da -peda~
de Versalhes, a obrigação de restituir gogia moderna e com as necessidade~
o referido deposit.o. IiJis o texto desse do 'Estado, tendo-se tambem organi-
arUlr°': zado um novo programma, no qual pl'e-
• lJ,lfonderam os methodoH mais pratl-
"A Allemanlta garante ao Governo -, ! c-os e efficazes.
Brasileiro o reem bôlso com os juros Já pouco resta fazer nos centros u1'-
á taxa, ou taxas (J ne houverem sido ballo.s', bem servidos de eac.Q\lfa.S e onde
convencionadas, de todas -as som- a educação é satisfactol'ia. Infelizmen-
mas depositadas no Banco Bleischrõe- te, e n5.o por negligencia da adminis-
der, de Berlim, provenientes da ven- tração publica, pois que o ,Estado des-

da de cafés pe1'telleentes ao Estado pende quasi que a quarta parte das
de S. Paulo, llO):: POI'f.OS de Hambur~ suas rendas com a instrucçiio oUicil\o4
. ~'

go, Bremen, Anven, e Trieste. - A áinda é avultado o numero de crial1~


Allemanha, tendo-se OllPosto á tl'allS- !;;as, em idade escolar, privarl9.8 de en-
ferencia, - ém (empo !!IH, das dita.s • • •
SIno prImarIo.
• ', .... ',' o ', - o. ' " . . ." .
• • ·

- . .

702
,

São mulUplos e . COOllIPleX08 os pro-


-,-
con·s ervação da sanidade publica. e6-
blemas, de cUja solução depende a tenderam-se não só á Capital, como
' baixa do- coaMieiente dos illetrados. aos centros de populaç;;'o densa_ Ini-
Apesar 'das medidas que, após demo- ciou~se, com o m.elhor exito, a duota
rado e cuidadoso estudo, foram pos- . conh'a o impalludlsmo, a opilação e
.
tas em 'pratica, e graças ás quaes se o. trachoma, em diversas zonas ruraes;
~peroú ' senslvel au·gmento na matricula e contra a syphilis, na Capital onde,
geral, cum·p re ainda pr'OoIDO'Ver ou- para tra tamento , gratuito della, func-
.
tras providencias, tendentes a dotar o cionam cinco postos permanentes.
Estado dos meios indispensaveis á São Paulo· !poz-se, assim, á f·rente dQ
,eompleta generalização do ensino ele- · movimento e1imi~atorio da.s endemias
mentar. - .q ue, co mpromettend.o a hôa fama
A acção privada e o bello movimen- da nossa terra, no exterior, llhe rou-
to das iD st ituj~õ e s civicas acção e . ,ba.m, dentro dalla. innumeras vidas e
movimento que se vão intensificando ,proveitosas activldad·es.
com louvores gel'aes poderão se- O novo Codigo Rural, pelo qual ja
cundar fortemente o esforço do E.sta- ' se modelaram os do Paraná e Minan
. do, como já. o estão fazendo, para a Geraes; a Leprosaria de Sant'Angelo;
necessarla erradicação
, . do analphabe- os diversos institutos de prophylaxia.
tismo' do sólo pa uIlsta. e de medicamento s officiaes; os hos-
A instrucção superior, secundaria e pltaes e laboratorios; a recente remo-
profissional, não tem desmerecido do delação do Serviço Sanitario; tudo
ileu alto conceito, que já constitúe isso constitue um apparelhament<:> com-
honrosa
. ., . tradição. Tae. f<:>ram os resul- plexo, que funcciona com a maior ef-
tados de;> ensino profissionalí que o flclencia e que 'faz prever os mais bri-
-Congresso Legislativo criou, em 1918, lhantes e humanitarios resultados, na
máis
- duas escolas de , artes e officios benefica tarefa de sanear as nossas
uma em Rio Claro, já funccionan- cidades e os nossos campos.
do! e outra em Franca, em via de in9- A celebração do centenario da Inde-
tallação; e· bem assim, a'uctorlzou, em pendencia do Brasil vem· já interes- ,
sua ultima sessão ordinarla, a funda- sando as auctoridades e a população
ção de mais c~nco outras, nos muni- n
do Estado, empenhadas em que a maiOr •

clpio. que. para tal fim, contribuirem e a mais gloriosa data da nossa his- "

.
com um . auxilio
. .. pecuniario não inferior toria seja ' festejada com raro esplen -
a cento e cincoenta contos de réis. dor. •
,

Continúo' a.pensar, entretanto, que Para esse· fim, foram iniciadas, nes-
'esses magníficos institutos devem ser ta Capital, grandes obras prepara to- ,
,
,,
"

localizados_ de preferencia, nos cen- rias da commemoração projectada. , ,;•


':•'
,tros industriaes,

afim de )lão desvia- -O re.ce:nte, con.curso de (jm·aqueUes " :
••


,
-rem da. lavollra,.preciososelementos de , para a construcção .domonumento na- ,
"·i

actividade_ cional, a ser erigido nQ Ypiranga. as- .,



••

.{,
Os serviços de hygiene" a que está signalou um memoravel succeSBO ar~
ligada a nossa perfeita constituição tistico .
,
~th,nica , tivere.m notavel desenvolvi- Ao importante certamen concorre-
,•

__ mento, confiados, com,o estiveram. á ram. com sumptuosos trabalhos de ~


· "

- - -orientação de eminentes scientistas. arte, vinte e seis esculptores e archi- "-.i


.

Os cuidados indispensaveis á bôa tectos de comprovada reputação no" "•
~:'

.','

..).,•
,• •
, ,:,-.:,
,",'. ~, , "',-'"
,- - '
,
,

-703 -

--centros arlísticOf~ do Ualía, , França, em franco' desenvolvimento, proporcio-


'Respanha, Dinamarea., Suissa, Estados nando-se-lhes a precisa assistencia ju-
Unidos, Argentina, U I'uguay e Brasil. dicial; faci! e prompta.
. A CommiSllã>" julgadora das "maquet- Com esse mesmo objectivo, cUe-

te~", que estiverlllU eXlwstas ao publi- ctuou-se a trallllferencia da séde da
.
co., no Palado daB lndustrias, classifi- comarca de Campos Novos do ,Para-
'cou em prinwil>o lot;ar. o projecto do n~anem-a palra Assi,s; a-ssirm, como fo~
Sr~ . Ettore Ximenoz; e, em segundo, ramcriaidas a vara privativa de jUil<
-o do Sr" Lnigl IJI"izzolara. criminal, em Santos; a segunda cura-
Resolveram aiuda os julgadores, por doria de orjl'hãos da c...pital e as se-
:unanimidade do votos, propor ao Go- .
gundas promotorias
.
pu.blica;;. de San-
,
Yerno do l:!]stado, que fossem concedi- tos, Campinas e Ribeirão Preto.
·dos aos expoHitoreH Srs. Nicola Rollo .
Além dessas medidas, visando a bôa
-B Etzel-Contnttti. classificados respe-
ordem dos serviços judiciarios, deter-:-
·t!tivamente em ü\l"ceiro e quarto loga-
minei tambem, devidamente auctori-
Tes, dois "accQsRits-:', correspondentes á zado por lei, o inicio das obras do Pa-
premios de 5: 000$000 para cada um; lacio ·da Justiça, cuja pedra fundamen-
.ao que (I (}ovenw annuiu desde logo. tal foi lançada no dia 24 de Fevereiro
A Commissão julgadora. que func- ultimo.
cionou sob a vre~ddencia do Senhor Se- As frequentes agitações nos centros
cretario de matado dos Negocios do proletarios têm exigido e continuam
Interior, , era. composta dos Senhores. a exigir a maior vigilancia por parte
,'Dr. Firmiano Pinto, Prefeito da Ca- dos poderes publicos. ,
'pital, Dl'. Ramos de Azevedo, Dire- Acatando justas reivindicações, o
,
etor da mscola Polytechnica; Dl'. Car- meu Governo adoptou nos JJeus servi-
los de Campos, Deputado Federal; e ços e decretou no Codigo Sanitario me-
Dl'. Affonso n'Escragnole Taunay, Di- didas tendentes a melhorar as eondi- '
rector do Museu do Estado. ções de vida e de saúde dos operarios;
Os diversos departamentos dá Se- promoveu a cri·ação 'do- cargo de cura-
·
cretaria da Justiça e da Segurança Pu- dor <lspeeial de accldentes '110 traba-
blica mantiveram-se em perfeito func- lho e interessou-se, com sincera sym-
cionamento, sendo qne muitos foram pathia, ·pela votação, no COull'l'esso Na-
·
. '
'utilmente reorga.nizados, conforme as cional, de leis confornles aos princi-
conveniencfas do serviço. pios estabelecidos na Conferencia da
A administração da Justiça melhora. Paz .
.
·dia
,
a dia, pois a nossa Magistratura, Ao meSmo tempo, porém, não fe.\-
competente
·,
e esforçada, bem compre- tou ao dever, que Indecllnavelmente
henda e desempenha a missão que lhe. -,' ,
lhe oecorria, de garantir, por todos os
cabe, na tutéla " na salvaguarda 40s 'meios legaes, a plena liberdade de tra-
direitos individuaes, sobre cuja segu- balho, a perfeita segurança da proprie-
rança rep'ousa o progresso do Estado. dade particular e à manutenção da or-
Com a criação de mais quatro co- dem publica. ,

marcaiS a. de Pennapol!s, Ins'tallada Acontece, com effeito, que pretensos


."m 1918, e aS de Catanduva, Olymp!a orientadores do operariado Inimigos
.
e Pirajuhy, installadas este anno declarados da organização'· $oclal vi-
.'

attendeu-se á. justa aspiração liaS 'gente, e ellll, sua maioria estrangeiros


habitantes dessas regiões longínquas, - . desvirtuam as reclaináções das
, ,
" ."

704-

classes ,trabalhadoras, induzind·o.,as, ou sejam 49,54 % sobre o total ex-


para o r econhecimento dellas, á prati- portado . .
ca de lamentavei. attentados contra a Para essa vultuosa somma .coneor·
propriedade e contra os agentes do po- -rerarn entre outros, os seguintes pro-
f

ller publico. ductos: café, com 946.576:671$000 .


Em taes emergencias, provocadas contra 453 . 698:715$000 em 1915 ; car-·
· quasi sempre pelo espirito subversivo nes congeladas e conserva'das, com ..
dos indesejaveis forag1dos, quando ' 42.290:033$000, contra .......... •
.~ã~ _expulso.s , de outros paizes, como 5.739:112$00Q em 1915; feijão, com
elementos. pernicios os, o Governo agiu 17.094:634$000, contra 25 : 86 5 $00()
.
sempre. com a maior energia,. mas sem em 1915; fructos oleaginosos, com ..
menoscabo• das . garantias asseguradas 10.996:852$000, contra . . . .... ... .
!)elas
.
nossas leis.
.
1. 2 45:584 $ 000 em 1917; e oleos ve-
No dia 21 de Abl'i! findo, foi inau_ ge taes, com 5.525: 731~000.•. contra . _
:;urada uma grande parte da nova Pe- 717:255$000 em 1917.
nitepciaria. . constante de corpo da O valor dos prod uC.tIls das ' o;liversas.
.
:,;u~rda, dois armazens, padaria, la- industrias manufactur.eir-as,
. ,
,"
de ....- . .. .
.~

vanderia, cozinha, tres pavilhões, sen- 274.147:4 2 2$000, em i9i5,.. elevou-se,


. do um com 56 cellulas e dois com 440, em 1918, a 556.801:100$372. _ .. au-
.cadaum ; casa das machinas e audito- gmento e SSe. que se vem accentuando
,
,rio, tendo este capacidade para 4 OO d esde os primeiros annos da guerra.

individuos. A exportação tendo sido, elp. 1919 ,.
'Esse estabelecime nto. terminada .a d e 1.087.466:000 $ 000 . e tendo a im-
portELção atUngid.o á somIDa de • •
· cQnstl'ucção das demais dep ~ nden c ias, •

381.014:790$000, verifica-se, a favor'


e stará mogelarmente apparelhado para
fins a que se destina, pree nchendo,
QB
da. primei.r a, um saldo de · . • • • •
. ~ ssim, a sensivel lacuna que existia no 7 O6:47 2; 311 $000.
·nosso reg.i men penitenciario. Durante o quinquennio de .... ... .

1915-1919, a exporta ção attingiu a . .

..
• 2.836.113 : 324$000 ; e a importação, Q'

1.238.720:105$000, deixando-nos, poro.
· ~ ' " ,
.. -O . movimento

economico, que se tem tanto, o saldo de 1. 597 .-393:219$000 • .


". - . , " , ,'
.
Convem r egistar ainda o valor dos.
, ,verificádo
. . nesteõ ulti mos quatro an-
'-

principaes productos agricolas, em. . .


nos, é o mais brilhante attestado da .
1919, comparado com o de 1915, a '
o..I '.'intelligencia
. •. .' . . e da operosidade das nos-
. . saber: . café' 293.043;600$000,
.'. ;~,Wi: . P'.I~.~!l.~s pr!>.ductoras.
contra 235 .685:579 $ 200; milho ..
.;(\ ,":88 industrias ruraes, notadamente a 95.470: 900$000, contra .... .. .. .... -
.,, ;agricola .·e a pastoril, accusam um de- 92.800:620 $ 000; feijão - • • • • • • • ••

·senvoJlvimento excepcional, . que bem de- 71. 986: 964$000 , contra .. .. .. .. . .


.. ' monstra a: portentosa capacidade eco- 48 .087:975 $ 000; algodão ..... .
nomica do Estado . 70.018:458$000, contra ... . . ... . .. .
;.. ' Pelas ultimas estatisticas, organiza- . 3.262:080 $ 000; arroz • • •
• • • •• • •

" d ~s · pela Secretaria da Agricultura, ve- 58.358; 196$000, contra . . . . . . . , . . .


ritica-se que o valor da exportação. do 16.112: 704$000, aguardente · e . alcool-
Brasil, 'em .1919,. foi de . . .... , ... . 32.487: 763$000, contra • • • • • • • •

2.178.719,000$000, tendo .São Paulo



34 .082: 514$000; assucar- · . ' . ' . ' . ..
contribuido com 1.087.466:000$000, 10 .825:346$000, contra . .· . . .. . . .. . ~


-705

14.667:002$000; fumo .. - ......... I Nem parou ahi a acção diligente do


4.062:450$000, contra 2.999: 5QO$000. dep3Jrtamen·to
. . da Agricultura; pois o.
A simples. citação desses algarismos seus trabalhos visaram tambem o me-
demonstra, cabalmente, a extraordina- lhoramento dos transportes; o' desen-
ria prosperidade economica do Esta-. volviment(} da colonização, da iriilliii-
do, a qual continúa a exigir, entre- gração e dos nucleos coloniaes; a me-
tanto, medidas da maior previdencia, thodização da propaganda

do café e
afim de que não venha a ,esmorecer de outros productos; o processo d'l de-

ou declinar. marcação das terras devolutas e a exe-
gis porque foi da maior intensidade cução de importantes obras publicas.
a acção da Secretaria. da Agricultura, como tudo const'irá d·os relatorios da-
estudando e executando as providen- quella Secretaria.
cias que pudessem contribuir- para fa- Convencido das. vantagens immedia-
cilitar o desenvolvimento da nossa pro- tas e do· alcance futuro que, pal;a: Q.
ducção. nosso Estado, adviri!tm de uma defini"
Aperfeiçoaram-se os importantes ser- t.iva fixação de 'seus limites territo-
viços de agricultura, de defesa agricola riaes, em· zonas· relativamente exten-
e de industria pastoril, os quaes foram sas, onde elles se apresentam contes-
remodelados de. modo aattender ás tados ou alpena.s "bscuros, empenhei-
necessidades . da·. lavoura e das demais me~ esforçadamente, por derimir essas
.
industrias ruraes. questões., . sem,pl'eestere·is e, não rarof)
O ensino agricola, sem, cuja diffu . . irritantes.
são não será duradoiro o desdobralnell-
Para· esse effeito, tendo-me prévla-
to das differentes culturas, muito se
mente accordado com o GOverno do
desenvolveu, cOllservandoe augnlen-
Estado do Paraná. iniciaram-se os tra-
tando a capacidade productiva das nos-
balhos de reconhecimento das frontei-
sas terras e dos seus cultiva dores.
ras conl esse Estado, funccionando~
Em . nellh um momento da historia
. como delegados de São Paulo, os Dou-
da humanidade, as attenções se volta-
tores Washington Luis P"reira de
ram com tanta solicitude para o sólo
. Sousa e Adolpho Augusto Pinto; e
- fonte originaria de toda riqueza -
como delegadOs do Paraná, os Douto-
quanto nos tempos que. correm;.
res João 'Moreira Garcez e Ermelino
Os departamentos .qne, em. todos os
Agostinho Leão.
paizes, superintendem os trabalhos ru-
raes, aprestam-se febrilmente, com apw Como, ·porém, divergissem, por' com-
parelhamentos modernos, e divulgam pleto, os landos apresentados e não tI-
a instrufção agricola em. todos os seus vess" sido possivel aos peritos fixar
ramos. uma linha intermédia, foi o litigio, na
Não nos passou despercebido esse fórma combinada, submettido ao juizo
movimento; e .os resultados dos estu- ar·bitral do excellentissimo Senhor
dos feitos a esse respeito, por deter- Doutor Epitacio da Silva PessÔa, Pre-
minação do. Governo, constam de um sidente da Republica, nos termos do
relatorio que poderá esclarecer a op- compromisso que, em 14 de Dezem"
portuna refórma do ensino das sc;en- bro do anno proximo findo, tivera eli
elas agrarlas, conforme os maIs recen- a honra de, pess,Çlalmente, assignar.
tes methodos de pedagogia agricola e emCorityba, a convite do digno Pre-
OE mais modernos ensinamentos da sidente do Estado do Paraná, Doutor
sciencia agronomlca. I Affonso Alves de Camargo.
• 706 -
-
A esse eminente compatriota, bem bertura das negOCiações interrompidas;
.como ás auctoridadBs e ao. povo para- . mas, como estivesse proximo o fim de
naenses, quero deixar consignada a af- meu quatriennio, respondi a Sua Ex-
flrmação
. . de meu pr.ofundo agradeci-. ceUsncia, deferindo ao mBU succesSOr o
menta
.. pela generosa acolhida que dig- conhecimento e a solução do assumpto .
- pensaram ao Presidente de São Paulo, Resta-me agora testemunhar os meus

e, sobretudo, pela inalteravel bOa von- agradeCimentos e os do Estado de
tade .com que todos .concorreram para São · Paulo aos lIlustres arbitros Dou-
.0 honroso termo dessa pendencia in- tores Washington Luis Pereira de
terestadoal. Sousa, Adolpho . Augusto Pinto, Pru-
Em relação aos limites com o Es- dente de Moraes Filho e F. de P. Ra-
tadó de Minas Geraes, foi celebrado, mos de Azeved.o, pela proflclencla, pela
a08 15 de Setembro de 1919, em .Bello sollcitude e pelo brilho IIiexcediveis
Horizonte, um convenio, em virtude com que, desinteressada e patriotica-
do qual a linha divisaria entre os dois mente,. souberam .desempenhar-ss da
Estados "ad instar" do que se fizera commlss1!.o a eUes 'confiada.
com o Paraná seria estudada e tra- •
çada por dois peritos de cada um del- • •
leso O grande desenvolvimento da pro-
ducção agrlcola aconselhava providen-
Dessa ·incumbencia foram encanega-
dos os Doutores Prudente de Moraes cias extraordinarias que facilitassem
FlIho e F. de P. Ramos de Azevedo, o transporte deUa, não só para os mer
• cados internos, como para os do ex-
por . São Paulo, e os Doutores André
terior.
Gustavo Paulo de Frontin e Antonio
Acontecia entretanto, que algumas
Augusto de Lima, por Minas; os quaes •

das nossas vias-ferreas, como a Soro-


·r ealizaram seus trabalhos, no Rio de
cabana e a Araraquarenss não satis-
Janeiro, em sessões conjuntas, de No- .
faziam ás necessidades sempre cre-
vembro do anno proximo findo a Fe-
scentes de seus trafegos.
vereiro do corrente anno. Infelizmente, •

Os sel'Viços da Estrada de Ferro So-


depois de assentadas as ·b asespara o
rocabana, de propriedade do Estado "
traçado da linha natural extremadora
arrendada a uma empresa estrangeira,
dos territorios mineiro e paulista, dls-
não correspondiam, em absoluto, aos
· sentiram profundamente os peritos na
reclamos de uma das mais importantes
interpretação. de pontos essenciaes · do
zonas, de tntensa producção agricola
accOrdo de BaUo Horizonte. Por esse
e industrial.
motivo, fOiam suspensos os estudos,
• •
Não precloo rBferir as occorrencias
em 28 de Fevereiro ultimo, resolvendo
diarlas, muitas lamentaveis, que pu-
08 delegados communlcar o oecorrido
nham em . permanente conflicto a Com-
aos respectiv:os governos, aos quaes .

panhia arrendataria e os interesses do


apresentaram cópia.& authentlcaa das
publico.
actas
.
das reuniões havidas. Esses do- Por esses motivos, · entendeu o Con-
. .
· éilmentos, bem como o memorial dos gresso Legislativo auctorizar o Go-
· representantes de São Paulo, vão pu- verno a rescindir, amigavel .ou judi-
.
blicados
. . em appenso sob n.o 1. cialmente; o contracto de arrenda-
. ·Em 12 de Março findo, fui honrado mento; o que effectivamente
_. ..
se con-
pelo Senhor Presidente do Estado de seguiu, em condições vantajosas para
Minas com uma proposta para a rea- o Estado.
" .. ,','," '" , , ' , '

. . .... '

. .. . '
-.' " . .
, ' " "" ,-, : , .. ... . :' . .. ,:,.'.:':" .... '

707 -

o
GoveI'no uíW se ..rastou da leUra. só a indemnização prevista na citada
do contracto de a'T(~ndnmento e n ão clausula xvn attingiria a importan-
fez aos seus benefieiados concessão de cia nunca menor de . 85.000:000$000,
especie alguma, tendo conseguido, até, conforme calculos baseados em baixos
a desistencia de ind e mnizações pre- coetticientes de trafego; e isto' sem
vistas no mesmo eontracto. contar com o capital já reconhecido
Antes de ser concluldo o accordo e que. com os accrescimos ann uaes,.
.

com os representantes da empresa ar- orçaria, a esse tempo, por cerca de.-
rendataria, {<>ram ouvidas . as Commis- 45 . 000:000$Ono.
sões de Fazenda e Contas do Senado Não será demais salientar ainda

e da Camara. Ministrou-lhes o Governo que a operação realizada não criou
todos os document.os, j:llfOrnlações e es- onu·s QJg'um para .Q. 'l1h'esouro, . visto
. -' en-
clareclmelltos Hobrc aS negoclaçoes como a renda liquida, apurada aUllual-
. ta'boladas, nflo ten,lo havido, no seio mente, bastará de sobra, para O mo-
dellas, um só volo divergente, contes- vimento de amortização e juros, não
tando -os 011 impugnando-os; antes, só do restante do emprestimo .primi-
foram to<lO" de parecer que se deveria tivo, contrahido para acquisição da Es-
dar immediato cumprimento á resci- trada, e hoje reduzido a . . . . . .
são , nos termos e condicões.aSBentados.. ;1:3.319.800-12-6, como da rescente
Assim taimlbem o entend-eu o Congres- emissão de ap611ees, feita 'para oc-
s o Legislativo, appl'ovando os actos do COrl"er aos encargos da rescisão; A im~­
Governo. portancia total dessas amortizações já"
O Estado pagou aos arrenda ta rios a mais ultrapassará a 6,974:000$000
importancia de 21.036:673$866, em · por anno; e a renda liquida, verificada
apólices da divida publica, a juros de até 1919 e em quadras desfavora-
6 % e resgataveis em 40 'annos, como veis tem sido, em média, superio~
indemnização determinada pela clau- a essa quantia, havendo tendencia
sula XVII do c.ont,...ctp de 22 de Maio p~ra maior desenvolvimento, e m con-:
de 1907; e u de 27 .658:308$383, cor- sequencia da regularização dos servk '
respondente ao capital reconhecido em ço~ e da abertura. ao trafego, de no-
30 d·e Maio de 1919. vos ramaes em construcção.
A acquisição do material existente
no almoxul'ifado, depois de feita rigo-
rosa verificação, Importou em_ • • ,
* '1=
.
4.168:383$761. Em referencia á. Estrada ,. S. Pau)ó
. .

Al\lém dás ra"ões referidas, que jus- Northern", de ha muito -que era in-
tificavam de sobejo a. medida l'esci- sistentemente
. solicitada pelos agrlcul-,
soria, outras existia.m e da maior re- tpres e populações interessadas a , i~­
levancia, aconselhando a solução afi- terve'nção dos poder,es publIcos, aJ!im

nai tomada pelos poderes publicos <lo de ser normalizado o trafego . dessa
Estado. via-fel'rea, em franco descalabro.
Dado que os alTendatarios cumpris- O movimento delle desceu ao mi-
sem o eon.tl'act.o originaria, a somma a nimo de dez vagões por dia. quandO .
paga", em 1937 - -- época estipulada é certo que as estações estavam abar-
para. que o Estado pudesse promover rotadas de mercadorias. Diversas co.

a rescis ão ------seria muito superiol' ao Iheitas <le cereaes perderam-se por falta


va.lor da. propria W~lnHta. . porquanto de transporte.
. , .. . , .' ,, ; " .' , ' '
. .. .
"" ' , ." " . ,

708~ •

Em lace de tão lastimavel estado I No curto espaço de tempo da oc-


de coisas, o Governo. não podia con- I
cupação o.f,ficial, regularizou-se o tra-
Bervar-se indifferente; e, si mais prom- fego em toda a extensão da linha, que
ptamente não agiu, foi porque as . dis- conta ·2.81 ,kilO!metros, acha-ndo-s~
posições do contracto de concessão só normalizado o. transporte de mel'cado-
facultavam a intervenção..
oNicial na rias .
administra.ção da Estrada, no ca.so Por motivo das providencias gover-
. .
de cessação dos serviços de transporte namentaes, que puzeram termo aos
por mais de trinta dias. desmandos e •h'regularidades que ' se
Os detentores da Empresa, a seu vinham verificando naquella empresa
turno, empenhados na. arrecadação das de transportes, têm sido geraes as ma-
tooda,s, aliás disputadas por acciOllis- nifestações de regosijo das populaçõee
tAS, ude-bentuI'Ístas' · e ·credores, recor· servidas pela importante via-ferrea..
reram a todos os meios juà:iciaes, com
o fim de evitar ou retardar a entrega

da gerencla della ao Estado. * *
Verificada a paraiyzação do trafego, Tendo a lei n ." 1627, de 21 de De-
por motivo de gréve do pessoal da zembro de 1918, l..uctorizado a encam-
Estrada, e por tempo excedente ao do pação ou desapropriação da Estrada
contracto, poude, einfim, o Governo de Ferro de Santos a Santo Antonio
em Novembro do anno passado, assu- do J uquiá, enta'b olaram-se as re""e.-

~ir a dlrecção dos serviços, providen- ativas negociações com o.s· representan-
ciando, desde logo, para a regulari- tes da "Southern San Pau[o Uailway
zação delles. Company, Limited", proprietaria da
As linhas, o material rodante, as mesma Estrada.
.
estações e os depositos estavam em
Accelta a encampação, foi firmado
pessimo estado de conservação. Das 10-
. um accol'do preliminar,

em virtude do
comotivas 'e xistentes, apenas quatro
qual o Estado terá de pagar á "SO\(-
8e encontravam em estado de funccio-
thern" a importancia de . . .
nar. 10.9·57 :,3'õ'3$615 , correspondemte ãs
Restabelecido o trafego, iniciou o despesas de ea,pilal. reconhecidas at~
Governo o necessario processo de de-
30 de Junho de 1919, sem · prejulzo
sapropriação de todos os bens da li-
dos juros, garantidos aos concessiona-
Ilha ferrea, que, a 15 de Março ul-
rios solbre 72 : 000$000 'po.. kiloPletro,
timo, por sentença do Juizo de Di-
e relativos ao ,segundo semestre da-
reito de Araraquara, foi adjudicada
quell:le anno e aO corrente exercicio, até
ao Estado, mediante a indemnização
a data em que fôr asslgnada a esc rl-
de' 15.600:000$000, arbitrada, em
ptura de transferencla. Não estã in-
laudo unanlme.. pelos respectivos pe-
cluida no valor .da indemnização, a im-
ritos. Essa Importancia foi depositada
no Thesoui'o do Estado, onde se acha portancla
.
do material existente no al-
ã disposição de queJll de direito, con- moxarifado e que será computado pelo
!'orme determinou a referida sentença . preço do custo.
.
Desta, foi interposta appeUaçãopara O ,paga.mento fixado ef'fecluar-se-á
o E'!;1I'e-gio 1Ti-bunal de Jllsti'ça, . qu'" em apólices da divida publica do Es-
ainda não se pronunCiou· definitiva- tado, juros d~ 6% ao anno, "es gata,-

mente sobre a espeCle. veis em q ual'enta annos .

709

Esse aecOrdo depende, entretanto, de A situação financeira corresponde


approvação do Congresso Legislativo e á franca prosperidade economica do
da . assembléa dos debenturistas ' da Estado.
Empresa; e "ficaná .s'em atfeito, se não A diminuição verificada no imposto
·rÔr ratificado pelo Poder Legislativo, de exporta~ão, duraute o periodo da
·,.,té 30 de Setembro deste anno, e pela guerra, e I} ue não ca usâra grande de~
referida assembléa, até 14 de Julho sequilibrio na receita, devido ás pro-
·v indouro. videncias que -foram postas em pratica
* não se accentúou em 1919; o que nos
~, * auctoriza a prevêr a normalização e a-

o reconhecimento do capital ' da estabilidade das rendas publicas.


ComJianhia '"Paulista de Vias Ferre,;s Apesar da elevada cotação do preço
e Fluviaes e a un'iflcação dos seus do café, que osclllou entre 1$200 e
contractos - questões que, desde lon- 1$800 por kilo, foi mantida a pauta
..gOEf 8alnos, .vinham preoccupando o Go- de 700 réis, o que importou numa re-
verno e a DiJ'eetor'ia dessa progressista ducção do imposto de exportação que,
Empresa _.... "ncontraram termo feliz de 9 %, passou • ser, de facto, infe-

no Decreto 11. 3.179, de 9 de Março rior a 4 %. .


do corrente anno, pelo qual ficou fi- Era intuito do meu . G.CJverno exe-
xado aquelle cap'ital em . . . . . . cutar ' a deliberação do Congresso Le-
153.390: 203$45<\:, <jomprehendendo-<ie gislativo, decretando a extincção da
nelle .. .eonstrucção e o melhorament" sobretaxa; não o ponde fazer. enfre-

de todas as linhas e, bem assim, o tanto, por não terem sido liquidadOS
material existente no almoxarifado todos os compromissos decorrentes da

até 31 de Dezembro de 1919. valorização do café, e isso devido á
Em virtude desse mesmo decreto, móra na l'estituição do deposito exis-
ficou . supp~imida
.
. a tarifa movei, em tente' em poder dos banqueiros alle-
cambio, e a Companhil!- obrigou-se á mães.
l'educção éompulsoria das tarifas, sem- A importancia desse deposito, feita
pre q'-1e, . em (loiH annos consecutivos,
'.
a conversão ao cambio do dia da ope-
o rendimeJ;lto liquido de suas linhas ração, produzirá t 7.543.227-0-0, quan-
exceder de 10 %. sobre o respectivo tia · sufficiente para cobrir o passivo
. ..
cl!opital. Essa !"xa era' de 12 %, ante- da valorização, restando ainda a som-
riormente. ma de ! 3.H·8.803-14-9, que, addlclo-
Todas essas providencias, que asse- nada a' outroS' recursos, produzirá o
guraram ao ·Estado a pósse de tres saldo liquido de ! 4.737.705-8-4.
. vias ferrea'S de grande . t,mpor4ncia.' e (Vide annexo n.· 2.)
que puzeram termo ás antigas penden- A receita ordinaria do ultimo exer-
das com a Companhia Paulista de cicio, orçada em 70.674:0.00$000, at-
Vias Ferreas e Fluviaes, muito faci- tingiu a 88.724:476$677, accusando
litarão 'â 'Vossa ExceUencia a execução os tltu.los de ' renda em sua maioria,
de uma das mais relevantes partes ' de consideravel accrescimo, num total de
.
seu plano de governo, qual seja a 'que 18.050.: 476$677. •

tão de pe~to entende COlll a necessaria Quanto á receita extraordinaria, a


·c.ircuJa"ç ão· de nOS$"S dQue:r.as . arrecadação foi muito inferior li · pre-
• vista, por ter sido contemplado na

* • verba eventual o lucro sobre as vendas
. .", :"0' ....- :.

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. 1.,
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710 -

do café adquirido; operação essa que para indemnizações por sentenças , ju-
não se completou nó exerci cio findo. diciaes. Foram pagos, por esaas ru-,
. Por e'sse motivo; dos 24.695:700$000, bricas, pela Secretaria do Interior,
consignados no orçameDto~ foi tão 86~ 4.876: 909$869; pela da Justiça e, See
mente arrecadada a quantia de . . . gurança Publica, 326:090$184; pela
5.510: 396$838. da Agricultura, 2.425: 909$061; e pela

Mesmo assim, é apenas de . . . .


,
da Fazenda, 455: 214$073.
1.134:826$485 a differença da receita Em 31 de Dezembro de 1919, o
gera! sobre a e9timativá orçamentari-ã. saldo da divida pUblica externa fun-
de 95 .3 69: 700$000, por isso que a ar- dada era de oi: 6.131.440-19-1; dedu-
recadação total se elevou a . . . . zindo-se, porém, desse total, a quantia
94.234: 873$515. ' de oi: 3.319.800-12-6, proveniente do
A>s renda!! plJlmlcas >continuam em emprestimo para a acquisição da Es-
crescente augmento, como o demons- trada de Ferro Sorocabana e que é
tra o quadro annexo, sob , n.· 3 . De pago pelos proprios recursos <l,e8ta"

79.315:931$168, em 1915, passou a fica a divida externa ,fundada, C1l:Mea- ,

receita geral a ser d.. 94.234: 873$515, da pelo Tb esouro, red'uzida a .. . .. .


em 1919. t 2.811.640-6-7, como o demonstra o
A despesa orçamental"ia, acrreseida ·annexo n. o 4.
dos creditos sU'Pplementare8, que se Da divida interna fundada, lIrj>ve-
tornaram necessarios no ultimo exer- niente das apólices da 3.' a 11.' séries
.

ciclo, e fixada em 108.107:555$210, e das de Auxilio Agricola e a Ballcos


sommou 102.817:983$040 , assim dis- de Credito .POlP'ular; existia em circula-
criminados: ção, ·em 31 de Dezemlbro de 1919, a


DJtterença pata
• SECRETARIAS Fixada Realizada
meuos

. , ,
,

Interior • • • • 27 .622 :281$300 27.350 :054$107 I 272:227$193


Justiça • • • • 27.210:575$219 27.109 :953$707 100:621$512
Agricultura • • • 23.703:254$520 21.782 :734$349 I .920 :520$171
Fazenda . • • • 29.571 :444$171 26.575:240$877 2.996 :203$29.4 ,
Somma . • • lOS .107 :555$210 1()2.817:983$O40 5.289 :572$170

Como se vê, embora reduzida de impo,rtancia de 76 . 297 : 000$000 (q.ua-


5.289: 572$170, ainda bouve ' um ex- 'd ro ·",nnexo n.· 5) , não esoo.ndo
cesso de 8.683:109$525 sobre a arre- computadas, nesse total , as emissões
cadação, em ' consequencia da abertura aspeclaes para as despesa.; com. a r6@-
de .creditos e",traord1n6.Tios para paga-

cisão do contracto da Sorol:abana, ,1('
mento das despesas com a epidemia da valor de 48.694:000$000, e cam ,as
grlppe; para obras preparatorias da obras P'l"eparatori6.s do Centênal'lo,' n"
commemoração do Centenario da lnde- de 470:000$000. .,
. - , ,

pendencia do Braail; para a construc- A divida 'flllctuante, representada


' ção do ramal de'· Guarulhos e para a em notas pro:QlÍssorias, era, na mesma
da nova Penitenciarià; para a instal-
o ~ ' . •
data, de 168.970:723$807.
lação , do" Instituto ' de Veterinaria e O augmento verificado se justitica
.",; '
":,,,--,,,- ~ , ,
, , ,- -,.".'. " .
,
- " - - :." , -' '" "
,
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"
,

- 711 ._
. •

com a extincção de encargos do ser- de tres milhões de saccas de café" que


viço da valorisação do café, taes como armazenou em Santos 'e no Rio, a es'"
o pagamento de f, 1.890.000, saldo do pera do momento conveniente para .3
,

emprestlmo de f, 4.200.000 ; e o de sua revenda. ,


f, 1.627.556-2-8, saldo" favor do Tbe- Os effeitos dessa providencia para
'.
sonro Nacional, no serviço -d_o empres- logo se fizeram sentir nQ revigora-
timo de f, 3.000.000. mento do mercado e na estabilizaçãó
No decurso do exercício financeiro dos preços que, a pouco e pouco, se

de 1919, foram pagas, com a pontua- ·firmara·m e se levaram depois; 'pela.
,

lidade ' do' costume, as prestações de supervelliencia das geadas. <l cifras já-
juros, assim como foi feita a amor- mais attingidas.
tização da divida externa do Estado A .lavoura de café cobrou alento" ,
tudo no valor de J: 2.125.515-13-4 auferiu notaveis lucros e. com isso"
e no de Frs. 3.089.402, ou sejam avultou a fortuna publica.
34.085:762$970, em moeda nacional. Para cabal demonstração do acerto
Em 31 de Março ultimo. o The- do empreheridimento oUicla!, basta re-'
souro dispunha do saldo de . • • • ferir que a safra ant.erior á. operação '
35.801: U19$348, do qual . - . • • não alcançou sique!' 300.1)f)1):000$00(),
30.501: 119$166 estavam depositadOS ao passo que a seguinte . ~mbora .in-·
em diversos óancos e 5.299: 900$182 ferior em quantidade, produziu ma-Ís
em Caixa. de 650 . 000:000$000.
'Durante o quatriennio; foram cria- Aproveitando a opportunidade em
das 110 caixas economicas, das quaes que a offerta do grande stock de café
80 estão funccionando, com real pro- não poderia affectar, !lrejudicialmente,
.' velto para a economia individual e os preços do artigo, iniciou o Banco
,
X'
, para expausão da riqueza publica. A Commel'cio e Ind ustria de accôrdo ,
\. 31 de março findo, era de ...... . com o Governo as respectivas .vén- .. .
43 :,355: 179$720 o saldo existenteues- das que já orçam por mais de . dois
&as repartições. I milhões de saccas, a um ]lreGo médio, ,.
Para atteuder aos justos reclamos da de 80$000 por sacca.
lavoura paulista, acautelando simulta- E s te feliz .. esultado para0 qual
neamente vultosa parcella da riqueza muito cooper.ou a acção intelllgente 8.
nacional, resolve-u, em tempo, o meu discreta do acreditado estalllelecimento,
V ' Governo intervir no mercado de café, bancaria, ' já facultou ao Estado pagar
/\ afim de evitar que os ruinosos pre- integralmente á União a s-omma de
;" . ços, então correntes, pudessem depri- 110.000:000$000, qne esta lhe adian-
mir-se ainda mais ou permanecer na ta .. a para a transacção. ·
cotação desanimadora em que se acha- Sobreleva ainda notar que os lucros
vam. já apuradOS e os que provierem da .... , '

Retirar ,da offerta, enfraquecida e liquidação do stock restante, composto ,


"
"
de8orientada, uma grande massa da ,
exclusivamente de café das melhores· ':;
producção, -importaria, por certo, em qualidades, auctorizanl e justificam a
sanear" o ambiente commercial, per- - previsA!} de um saldo fil!1al superior '
mittindo que as vendas se effectuas- a 100 . 000: 000$000 , a ser repa rtido' ,,'
sem ,em -cond'içõea menos onerosas. Com entre os dois governos interessados, .."'
' ..
'e ssll intuito, ·obtido que toi o i'lldispen- . " ,
,.
savel concurso pecuniario do Governo
Federal, poude o Flst.ado adquirir mais
,
.
- "'
,
- .,



• 712

Não devo terminar es~a rapida ex- gueiros da P.az, que eUe se e,mpossa

posição, sem deUa fazer constar a affe- nas suas ei~ev3)da" f1l:DJcções; e os me-
ctuosa, intelligente e dedicada coUa- ritos comprovados de Vossa ExceUen-
!lo ração de meus illustres auxiliares I cia, Senhor Presidente, sobejamente
Doutores Candido Nazianzeno Noguei- afiançam as congratulações e, os votos.

Ta da Motta, Oscar Rodrigues Alves,

com que os pauIlstas saúdam o pro-
Ulaãisláo Herculano 'de Freitas e João missor quatriennio, que hoje se abre
Galeão Carvalha.J, aos quaes aqui dei- e que esperamo l-o todos ha de

xo consignado . o solenne testemunho robustecer e incrementar a bemfazeja


de meu . su bid o apreço "e cordial re- actividade civica e economica deste pre-
cODlhQCimento·· extensivos tambem cioso pedaço do sólo commum, onde
aos Doutores ' Eloy de Miranda Chaves o patriotismo conselente e o labor ho-
" e José Cardoso de -Almeida, que, du- nesto se alliam e se conjugam para
rante cerca.
de tres anl1:0s, me presta- a realização integral dos altos ideaes
ram .() seu .· esclarecido e valioso con- ' pregados e defendidos pelos gran4es
<:urso. próceres da Propaganda: _. a Repu-
-Ao. honrado Congresso Legislativo blica estimada pelo Povo, no Brasil
do Estado, cuja acção sabia, soIlcita dignificado e engrandecido pelo amol"
e sempre pat.riotica, tão efficientemen- e pela energia de todos os Brasileiros.
te . concorreu para a proveitosa solu- São Paulo, em ' 1.' de maio de 1920.
i
ção dos pr<lblemas da administração, . Altino Arantes.
• i
rendo , igualmente, as homenagens de
meu s)ncero •
e Im perecivel agradeci- , •
mento. I • *
E agora que com a consciencia I Anuexo n. 1 Limites entre os Es-
tranquilIa de quem não poupou esfor- I tados de São Paulo e Min."s Ge-
(}OS nem sacrificios para o exacto cum-
primento do seu mandato

me é
II raes

permittido volver ao soe ego e á mo- Exmo. Snr. Dl'. Altin" Arantes, M.
destia. do meu lar; reaffirmo ao Eg- D. Presidente do Estado de S. Paulo .

tado de São Pa.ulo a minha perenne I -
I .
" . gratidil.o pela honra inestimavel, com Os abaixo assignados, F. de P. Ra-
que, 'para todo o sempre, colmou as mos de Azevedo e Prudente de Moraes •
minhas asph'ações de cidadão, confe- Filho, incumbidos pêlo Governo do Es-
rindo-me a sua suprema magistratUl"a tado de S. Paulo de, com os:- Drs. An-
.
·.p0litica, em quadra de excepcional gra- dré Gustavo Paulo de Frontln e An-
vidade, no 'decurso da qual como tonio Augusto de Lima, delegados do
Vossa Excellencia' mesmo o reconheceu Governo do Estado de Minas Geraes.
.. instituiçõ es seculares se desata- traçarem a linha natural extremad-ora
ram, organisações forLes e apparente- dos territorios paulista e mineiro, nos
- "mentesóHdas
. ". .. se
, esboroaram e "impe- termos dO ,'Accõrdo celebrado em Bello
rios millemifios ruiram" . Horizonte, aos 15 de setembro de 1919,
.
Mercê de Deus, nesta derradeira .cumprem o dever de communicar a

hora da aspei'a . jornada, posso , sem V. Exa. que, infelizmente; - depois de
~'.. a.f oiteza, augurar dias ~elhores e mais accordadas as bases pal'a o traçado da
bonançoS<ls lIara a nossa terra e para linha de fronteiras e quando já ini-
o seu novo governo. ciada a execução do plano combinado
E'. .. com ",!feito, sob os influxos fa- , por todos os delegados, após longas

," "
, '1 ' , •

713 •


discul$sõef3. (f(:tido oxarne e estudo das I tado de S, Paulo , .do dÍl'eito do Estado
·dausulas (la <I lH:.d l(~ A(;cõrdo, dos do- de Minas Geraes a todo o territorio
,eumentos ,,(da I íVOH aos limites em ques- contestado, quer historicamente, quer
tão e muit~l :-; ('~;Hl.a K geographicas e to- actualmente, ou na desistencia do seu
pographic:4:íf:', :-: lIl',1.d ll e ntre os delegados direito a qualquer porção desse con-

·profund . { diw·/"1.(ell(·ia, da qual dão no- testado; e não era de suppôr que o
communi-
ticia eXâ('_t.ó.l. ;I S il.ctas , a esta Governo de S, Paulo, por esse Accôr-
cação jnnta~ por copias authenticas, do, houvesse feito um tal reconheci-

das 6. ", 7," (' :-:." n!llniões ultimas por mento, ou uma tal desistencia.
·elles rNt.H1••l.d;I!-i . Demais, não depararam no Accôrdo
Havia. m I.cHlns OK · delegados enten- qualquer clausula d'eterminativa da su-
dido Que, firma lido o Accôrdo de Bello bordinação da linha extremadora a tra-
Horizont.e . r6nl intuito dos Estados pa- çar á do "statu-qno", Ahi, '0 Que pa-

ctuantes fiar ~oltl«ã() definitiva á sua ctuaram os Governos dos Estados con-
oi-secular IH"Hh~IH:ia. de fronteiras, in- finantes foi que essa linha seria
cumbindo aO::; mes mos delegados de "natural e facilmente reconhecivel por
' traçar a 1j,n ha extremadora, depoiS accidentes geographicos de importan-
de exam.imHlos todo~ .os documentos. ' cia " . Claro é que não ficára aos de-
.
'yelhos (~ llO V()~" Rem distíncção, relati- , legados a faculdade de escolher ar-
\' OS â mmatJ;'1 pündencia, não ficando ;. hítrariamente o rumo ou direcção de s~
elles adsh·id.(}S a subordinar a divisa í
, sa linha e de procurar onde entendes-
definitiva. ú. linha do õ'statu-quo", da ! sem. sem nenhum embaraço, os acci-
qual os-; doi~ gsta.dos só cogitaram an- ,i dentes geographiéos de importancia
te.riorment(~ f ' i) mo. linha extTemaüora que a assignalassem. Liberdade para
pl"ovisoría. isso elles só a teriam quando os do-
Não )h(:' ~ pare<~e H que os Governos cumentos [ossenl omissos ou .obscuros
dos doi s I~ f"i.l do~ houvessem, por esse e, mesmo nesse caso, deveriam attell-
. ~-\. ooô:rdo , 1','_sol'Vi<lo desde logo a sua an·· de r ao que lnes parecesse mais justo
tiquissima. de limites. -O que
(I\w:'-l l.fw e equitativo. Qua.es os doculnentos que
-lhes pan~('.eu foi que os ditos Gover- os delegados deveriam tomar em con-
nos, por ta.l Ae(·Jq"<lo, incumbiram des- s ideração para traçar a linha definitiva
..- "'
sa solução <lmlJ;avel aos delegados Que de limites, o pro'Pri<l A"côrdo os· indi-
'nomearttul. A suhordinação da linha (:o u os existentes anteriores a 15
de -divi·sa. d efin itiva ú. do 4l S te.tu-quo" de novembro de 1889 e o Couvenio
importaria., lll (:olll.est.avelmente, na so- de 25 de maio de 1912; na falta des-
' lu~ão da. (I\H~Stii.O pelos proprios Go'- I ses documentos, as informações fide-
vernos pa<:.tu'lnl(\8. (IUe, - nesse caso, te- dignas ou technicas Que lhes fossem
l·iam então (;o ll!'ia(}o aos seus qelega- fornecidas, Sobre quaes fossem esses
. ','
dos unicameujp a d e marcação geogra- .- "documentos existentes anteriores
·phica da divhm (;ont..·;t.(:t.ada, a execução a 15 de novembro de 1889" pare-
da strfuçã() a..i \IH! ad a, não lhes sendo. ceu aos delegados não haver duvida
de modo algul\I, 1'"" "ltado alterar o que eram "todos" os documentos his-
estado de [<lel.o, IlHtM gim sómente ave- toricos relativos aos limites das duas
l'fgual,,:,o e IlHI.II(:ol .. o . . capitanias e provincias e ás respectivas

Além disso, :-to IH olhall te subordina- jurisdicções, O Accôrdo não fez ex-
, ção, se hOllv( ·::&~n Hldo p.<Leluada no Ac- clusão, uem estabeleceu excepção de
c6rào de BoBo IJol'lzonte, importaria I, especie alguma, T.o dos deveriam ser
. pur IHu'.te do Es- J considerados pelos delegados, aos Quaes
... " " . :'
. .,'
- . ....
,,' ' ...... _.: .'," : :....~ .'t·e':':,::(:',' -:-C': r:;.::.'-"..' • •, ': , J:' ~' .:,.' ' ~
" "
. :- -', - ,.:',:."',:".-"
..
' .,'.,' ,

- 714-'-
• •
cumpria considerar tam bem o · Conve- sem desprezar .os relativos á jurisdlc-
nlo de 25 de maio de 1912 e as infor- ção actual e ao actual estado de facto.
mações fidedi·g nas ou technicas que Acceita por todos os delegados essa
lhes fossem prestadas, isso para base solução, era mistér reconstituir-se a
dos seus estudos e para dahi tirarem linha historica adoptada como base da
06 elementos para o traçado da UIliha, . linha definitiva e entraram elles en"

que deveria satisfazer ás condições tão na execução da solução unanime-
exigidas pelo Accôrdo, Isto é, ser uma · mente tomada.
linha . natural, facilmente reconheci- Como surgissem duviJlas sobre as
vaI por accidentes geographicos de lm- balizas dessa linha, nO trecho que liga
portancia~' . a serra da Mantiqueira ao Rio Grande
Por essas considerações e attenden- Morro do Lopo, Serra do Mogy-
do a que não seria mesmo possivel Guassú e pOJrto do Desem'b aque -
orientar a linha divisoria definitiva. e não chegando os delegados a accôr-
segundo os titulos de propriedades par- do quanto ao pico da Serra de Mogl'-
ticulares, .o que estava verificado pelas G"uassú ou das Ca'I:da.s,p que deveria as-.-
tentativas mallogradas de 19 O3 e ... . signalar a passagem da mesma, assen-
1912, para o traçado de uma linha taram traçar uma linha reeta do Lopo
provlsorla, até que fosse resolvida a ao Desem'boque, ordenando dillgencla.e
questão· de limites, e a que, sendo es- para a verificação da existencia de um
sencial, conforme resulta dos proprios marco naquelle ponto e da verdadeira
termos do Accôrdo, que a linha extre- posição ge·ographica deste outro pon-
madora fosse "natural -e facilmente re- to, na margem do Rio Grande. Feitas
conh~ivel IPor accidentes geogr"<!l'hi,cos essas duas diligencias e apurados 06

de importancia" (criterio inspirador seus resultados, estaria determinada a



do Accôrdo), o que exclue o respeito posição da linha de Luiz Diogo, ou
á jurisdicção eXércida sobre proprie- reconstituída esta, e faeil seria calcular
dades particulares e ás divisas das . a área de invasão paulista e trag2.r
mesmas, entenderam os delegados que a linha definitiva, fazendo-se a com-

. lhes cumpria tomar em consideração' pensação e procurando-se poupar , · o
os dados historicos e a situação de fa- tanto quanto posslvel todas as cida-
cto. Eis porque assentaram unanime- des e villas mineiras.
mente a sorução de que dão noticia Ds resul'tadoB das di ligencias fOram
as tres ultimas actas das suas reuniões, . exhibidos na reunião do dia 2.6 deste
i.to é,· resolV'eram tomar por base da mez, mas o relativo ao Morro do Lapo

linha definitiva a linha historica de f.oi conhecido de todos os delegàdo"
Luiz Diogo ~ lnas, como o territorio muito antes. A' diligenCia sobre o De-

incontestada e incontestavelmente pau- semboque, ficou a cargo da Commlssão


lista Invade essa linha em alguns pon- Geographica e Geologica de São Paulo,
tos, ficou estabelecido que a área de mas, na zona esteve um engenheiTo
- in.vasão seria comp~nsada e que as ci- mineiro que de lá regl'essou com '8-5
dades e povaados mineiros áquem da suas observações antes de concluldo o
linha Luiz Diogo seriam respeitad.os, trabalho dessa Commissão. do qual só
no traçar a linha definitiva, o ta~to foi dado conhecimento aos delegados
. quanto possivel, Isto é, desde que cou- no dia 26 d.o corrente .
. bessem na área de compensação. Era . Não chegaram, porém, os delegados
uma solução cC>llciliadora,
. . pela qual a discutir os resultados dessas ' dlligen-
se attendia aos documentos historicos" cias" porque- na reunião em ·que . ~ de-

..
. . .
- ", ,,- :-'-:_,:, _____ " :;. : ',0'-"
.' , -

715- •

-viam fazer, (' ali tek (j Ile O fizessem, o


.
Acta da 1.' reunião dos delegados '10-
delegado miueiro DI". Augusto de Lima meados pelos Estados de MinBs
declarou que uit.O mais acceitava a in- Geraes e de São Paulo para, con-

terpretação ctada ao Accôrdo por to- junctamente, traçarem a linha de
dos os delegados. 1lem a solução por limites dos territorios mineiro e
todos elIes an tes assentada. paulista, na forma do Convenio
· . Do que se paHI::>OIl, então, e dahi em de 15 de setembro de 1919, ce-
diante, V. Exa. eneontrará noticia -exa- lebrado em BelIo-Horizonte pelos
cta nas aet.as das lres ultimas reuniões' mesmos Estados.
·dos delegados. Os paulistas mantive-
ram a interpret.v;áo que fôra por to- Aos 10 dias do mez de novembro
dos adoptada (' dodal'aram que só COll- do anno de 1919, ás 15 horas, nesta
tlnu,"riam a discutir a execução da cidade do Rio de Janeiro, capital da
'Bolu~ão já aeceita unanimem,ente; mas Republica, e n·o edificio da Bibliotheca
.
com ISSO -
nao toncordaram OS minei- Nacional, reuniram-se os Drs. André
1"OS; e verificada semelhante divergen- Gustavo Paulo de Frontin, Antonio
· .
-ela encerra.ram os seus trabalhos, ten- Augusto de Lima, Francisco de Paula
do ficado resolvido que os delegados Ramos de Azevedo e Prudente de Mo-
eommunical'iam aos respectivos Gover~ raes Filho, delegados, os dois primei-
nos as oc('urrencias e lhes apresenta- ros do Estado de Minas Geraes e os
riam copias authenticadas das actas de dois outros do Estado de S. Paulo, in-
todas as sua.s reuniões. cumbidos de, conjunctamente, traça-
rem a linba de limites dos territorlos
Foi com verdadeiro pesar que os
mineiro e paulista. Cada um dos de-
. -abaixo assignados viram mallograr a
legados exhibiu um exemplar,' devida-
patriotica tentativa dos Governos de
mente authenticado e fornecido pela
S. Paulo e Minas Geraes para resolve-
Secretaria do 'Iuterior do Efitado· de
rem a antiquissima pendencia de fron-
, • 'o

Minas Geraes, do Convenio celebrado


- teiras ,entre esses dois Estados, e é
pelos ditos Estados, em Bello Hori-
-ainda com sincero pesar que desse
'. mallogro dão noticia a V. Exa., que zonte, aos 15 dias do mez de setembro

de 1919, nos seguintes termos: "Ter-
tantas vezes manifestou o mais vivo
mo de accôrdo que convencionam fazer
~mpenho pela solução definitiva dessa
os ,Estados de São Paulo e Minas Ge-
lIendencia.
Fazendo esta
.
communlCaºao, .
os - raes, °para o fim de. rectificar as di-
.'

abaixo aooiIPuad08 aI>roveitam a oppor- visas desseB dois Estad08 da União


tunidade para reiterar a V. Exa. os brasileira -e fixar definitivamente
Beus agradecimentos pela honrosa con- - linha divisoria entre os respectivos ter-
fiança que lhes dispensou e para apre- ritorios. Aos 15 dias do mez de
./lentar os seus prolestos de alta estima setembro de 1919, em Bello Horizonte,
na séde do VI Congresso de Geogra-
e distlncta consi(leração.
phia e· por occasião da sessão de en-
S. Paulo, 9 de março de 1920. cerramento dos seus trabalhos, presen-
(Assignados) l~. P. Ramos de Aze- teg o iDr. . João .Pedro Cardoso e o Dr.
·
~edo- Prudente de Moraes Filho. F. Mendes Pimentel, o primeiro como
representante do Exmo. Sr. Presidente
do Estado de S. Paulo e o segundo
como representante do Exmo. Sr. Pre-

.' " sidente do Estado de Mirias Geraas,


. - . .. .
;.- . , .... > .:' --.-,.-... -.. " .. . .. ... . _.. , . -.. .

.- 716

ambos investidos dos necessarios .po- Imes.mo prazo já dito, aos üo"(.-ernm~·
deres', conforme os instrumentos que interessados os seUB laudos", com' 011'·
ficam archivados, accord'aram nas se- esclarecimentos que julgarem uteis.
guintes bases para a definitiva fixa- Nesta hypothese, os Gove1'll0s Paulista
ção .d" divi.a entre os d{}is Estados: e Mineiro escolherão, no termo de 60
. 1.") O E'stado de S .. Paulo nomeia dias, um a~bitro u'nieo, o qual tra!:arit,
os Drs. Francisco de, pauÍa Ramos de a linha divisoria definitiva, que pode-
Azevedo e Prudente de Moraes Filho rá ser alguma das propostas pelos de··
e o Estado de Minas Geraes nomeia legados divergentes, ou uma terceira,.
os Drs. André Gustavo paulo de Fron- comtanto que obedeça ao criterio ins-
tiu e Antonio Augusto de Lima, in- pirador deste accôrdo linha natu.-
cumbidos de, conjunctamente, traça- ral, em toda a sua extensão facilmente-
rem a linha de limites dos territorios reconhecível por accidentes geographi-
paulista e mineiro. 2.') A linha cos de importancia. -- 8.l\) Aos dele-o
extremadora será uma linha natural, gados ministrarão os Governos pa-·
em toda sua extensão facilmente re- ctuantes todos Os documentos, in.
conhecivel por accidentes geographi- cIusivé cartographicos,· de que dispo-
COs de import",ncia. 3.") Para base nham, para lhes facilitar a realização
..
de seus estudos, devem os delegados da incumbencia. 9.") Proferido o
considerar primeiramente os documen- ,
laudo collectivo ou singular, será des-
tos existentes, anteriores a 15 de no- r de logo observado e cumprid.o pelos
vembro de 1889, e Convenio de 25 Governos interessados, que o submet--
d·e maio de 1912, e depois as· infor- terão im.mediatamente á ratificação le·
mações fidedignas ou technicas .que gislativa, na forma da. clausula 5.",_
lhes forem fornecidas. 4."J.Nos pon- E por assim terem convencionado,
tos em que os documootos f01'em omis- lavrou-se em duplicata

o presente tel'-
sos ou obscuros, resolverão os dele- mo, para que cada Ulna das vias fique
gados as duvidas suscitadas conforme archivada na repartição propria do
lhes parecer mais justo e equitativo. respectivo Estado. Pela Secretaria do·
5.") Dentro do prazo de seis me- Interior do Estado de Minas Geraes
zes, a contar da data do presente ac- será remettida uma copia do presente
côrdoi os quatro delegados dos Esta- termo a cada um dos delegados nelle
dos contractantes' apresentarão o re- nomeados. (assignados) João P. Car-
sultado do seu trabalho aos Governos doso ,F. Mendes PimenteL HVerifi-·
interessados, os quaes o submetter!lo cad<>s assim os poderes dos arbitro"
á approvação dos respectivos Congres- ou delegados, passaram estes a inter-
-'lOS estad uaes vara os fins ·constitucio- pretar as clauBulas do Accõrdo e &
naes. 6.")' Em caso de falta , por trocar ideias sobre o modo de desem-
qualquer motivo, de algum dos dele- penhar a incumbencia e o plapo do
gados ora nomeados, o ·Governo res- trabalho, ficando deliberado, apenas,
pectivo nomeará o substituto. dentro requisitar, desde logo, dos Governos
do prazo' de 60 dias. 7.') . SI, no dos dois Estados interessados todos os
prazo da clausula 5.", os delegados não documentos historie os e cal'tographicos
tiverem podido chegar a aceordo sobre relativos á questão de divisas entre
a linha divisoria, e si não houver maio- eUes, indispensaveis ao estudo desta;
ria em favor de alguma das soluções fazer as reuniões" que forem liecessa-
p:ropostas, os delegados divergentes rias, nesta Capital, ou em S. Paulo,
apresentarão, separadamente, mas no ou em BeIlo Horizonte ou, ainda, eIR

717

qualquer I01!:.Lr d;t~ pl'oprias fr·onteiras delegado Dl'. Prudente de . Moraes Fi-
dos doiH 111Hta.chm (~ marcar a reunião lho e assignada por todos. Rio de Ja-
seguinte a (~~Üa T):),ra O dia 29 deste neiro, 29 de novembtlo de 1919.
mez (h~ HOVl.'Hlhl'O, nesta. cidade e no
F. P. Ramos de. Azevedo Paulo
m'e~mo ed i.fi(:io da IHbliotheca Nacio-
de Frontin Augusto de Lima
nal. E náo hav~~lIdo mais nada a tra- Prudente de Moraes Fi\jlO.
tar, foi, lÍ.:-i 17 honts, encerrada a reu-
nião .da. qual lavrou-se a presente aeta,
*
que é csedpta. pelo delegado Dr. Pru.-
dente de M() I'am, F'ilha e assignada por
• •
todos. Rio d~·~ Janeiro, 10 de novem- Acta da 8." reunião dos delegatlos de
bro de I !I] !. Minas Gel'aes e de S. Paulo in·
Dr. An<lr(l (:ustavo Paulo de FrOll- cumbidos de traçar a linha de li·
. tin _... -, Antonio Augusto de Lima lnites dos territol'ios desses "Esta ..
F_ P. !tamm·; de Azevedo Prudente dos.
de Morac!-õ II'ilho.
Aos 15 dias do mez de dezembro
...,.
do anno 1919, ás tres horas da tarde,
• * nesta cidade do Rio de Janeiro, capi-
Acta (la, ~-" 1·(~llllin.() dos delegados <Ie tal da Republica, e no edificio da Bi-
, Rito Pa.ulo e Minas Gel'aes, incum- bliotheca Nacional, reuniram-se os Drs.
.
bidos de tI-aça.r a linha de lnllites Paulo de Frontin, Ramos de Azevedo.
dos t(",)I'1-if,OI'ios desses Esta.dos. Augusto de Lima e Prud.ente de Mo-
raes, delegado's dos Estados de Minas
Aos 2!) dia.~ do mez
de novembro <do Gera", e d·e S. Paulo, incumbidos de
anDO de 1~) 1 H, ás 14 horas, nesta cidade traçar a linha de limites dos territorios
do Rio de .JaneiJI"o, capital da RepubTica, . dos mesmos F~stados) e deram começo
e no edifieio cf.-). BihliQtheca Nacional, aos trabalhos immediatamente depoiS
reunir3.ím-se os D1'::':. Ramos de Azevedo) de lida e approvada a ac:ta da reunião
Paulo de !i'~·()utill. Augusto de Lima e anterior. Foram examinados novos do-
;E\rudente de Moraoô, delegados dos Es- cumentos e cartas e discutidos diver-
tados de S. Paulo l~ Minas Geraes, in- sos pontos da questão de liInites. Re-
cumbidos de traçar a linha de limites solveram os delegados solicitar da Com... -
dos territorios dos meSlllOS Estados, e missão Geographica e G-eologica do
deram começo aos trabalhos immedia- Estado de S. Paulo duas cartas topo-
tamente depois de lida e approvada a graphicas da zona de fronteiras dos
acta da reunião anterior. Foram exa- dois Estados, sendo uma com a linha

.minadás diversaH exvosi~ões
. sobre o de limites traçada pela mesma Com-
assumpto e COIHm1tados documentos e missão Geographica e outra sem essa
cartas geogl'allhieaô, discutindo os de- linha, afim de que, em Minas e pela
legados algun~ .pont.os da qu'estão, senl, repartição competente seja ahi traça-
entretanto, nada 1(:'1' fkado resolvido, da a linha de limites. As duas cart.as
senão proseguil' no ef-{tudo desta e co- deverão ser afinal entregues aos dele-
lher mais dados d(~ informação e es- gados acompanhadas da descripção dos

cla~ecimento. A'H:1 G horas e
meia. limites assignalados em uma e outra.
por nada mais haver a tratar, deu-se A's 4, digo, ás 16 horas, por nada
por
.. terminada
. ,
a reuniüo, da. qual la- mais haver a tratar. deu-se por termi-
vrou~se a present.e ada.. t-~seripta pelo nada a reunião, da qual se lavrou a
· ....... .'.'-,.'
,-
' "., ' , '
.
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>, • ', ,: , :.-;:-...... , .. ' ..
...
-·. :.
·. . . ' , ", "
" "
. ' ,

,,' '.

"... .

-718 -
~

___ ·presente acfa, escripta por um e as- Acta da 5.' reunião dos delegados de
.. " 'signada por todos os delegados. Rio Minas Gemes e de S. Paulo, in-
de' ·Janeiro,
. 15 de dezembro de. 1919. cumbidos de traçar a linha de lI-
Antonio Augusto de Lima Pru- mites - dos tel"ritolios desses Esta.-
· dente.. de Moraes Filho Paulo de dos.
· Frontln F. P. Ramos de Azevedo.
Aos 23 dias do mez de janeiro do
c_- • anrio de 1920, á 1 · hora da tarde, nes-
.
·. •• • •
ta cidad" do Rio de' Jal>l,iro, capital
da Republica, e · noedificio da Bibllo-
Acta da 4.' reunião dos delegados de theca Nacional, reuniram-se os Drs.
. •
São Paulo e Minas Gel'aes, incum • Paulo de Frontin, Ramos de Azevedo,
'. bidos de t,r aça·r a linha de limites Augusto de Lima e Prudente de Mo-
• •• do. terrltorlos desses Estados . raes, delegados dos 'Estados ' de Minas
.
Geraes e de S. Paulo, incumbidos de
..
Aos 22 dias do mez de janeiro do traçar a linha de, limites dos ter rUo-
anQO de 1920, ás 2 horas da tarde, rios dos mesmos Estados, e lida, ap-
nesta cidade do Rio de Janeiro, ca- provada e assignada a acta da sessão
· pital da RepuJbilÍica, e no edi,ficio da anterÍor, proseguiram no estudo e dis-
Biblioth-eca Nacional, reunÍram-se os cussão da questão
.
de limites, tendo
Drs. Ramos de Azevedo, Paulo de Fron- deliberado mandar verificar se no mor-
.. .tin, Augusto de Lima e Prudente de ro do Lopo existe algum marco antigo,
Moraes, delegados dos Estados de S. e qual a verdade ira posição geogra-
J'aulo .e. de Minas Geraes, incumbidos phica do Desemboque, na margem do
.d e traçar a linha de limites dos terri- Rio Grande. A's 4 boras da tarde, por
Jorios dos mesmos Estados e deram nada mais haver a ' tratar, deu-se por
começo aos trabalhos, immedlatamente ~erminada a reunião, da qual se la-

· depol/! de lida, approvada e assignada vrou a presente acta, que uma vez ap-

a slCta da reumião anterior. Examina- provada, será por todos assignada. Rio

dos n.Qvos documentos, cartas e l>lantas de Janeiro, 23 de janeiro de 1920.
e discutidos diversos pau tos da ques-. F. P. Ramos de Azevedo Paulo
tão, deram por terminada a ' reunião de Frontin . Prudente de Moraes Fi-
: :ás 4 horas da tarde, ficando marcada lho Antonio Augusto de Lima.
:.' ,outra para o dia seguinte, 23. De
-
tudo se lavrou a presente, assignada •
· ,

' . . . ;por todos os delegados. Rio de Ja- •• •


,
neiro .. 22 de janeiro de 1920. !lcta da 6.' reunião dos delegados de

Antonio Augusto de Lima F. P.


-- São Paulo e l\'linas Geraes, incmn~
bidos de traçar a linha de limites
. Ramos de Azevedo Paulo de Fron- dos tel'ritm'ios desses Estado~.
tin Pirudente de Moraes Fllbo·.
Aos 26 dias do mez de fevereiro• do
..
· '. .. anno de 19 to, a 1lUIa hora da tarde.
nesta cidade do Rio de J anelio, capi-

tal da Republlca," e no edificio da Bi-
• bliotbeca Naéional, reuniram-se os.

• Drs. Ramos de Azevedo, Paulo de Fron-


• • • I tin, Augusto de Lima e Prudente de
'. ' , " , .
, " ,

- . 719

,Moraes. delt')I!."(LdoH dos Estados de ' S. raso Vol tando á Vargem tomamos ani-
,Paulo e Mlnu" (;"mes, incumbidos de maes e com um bom guia, senhor Ge-
traçar a linha do limites dos ter rito- raldino de Oliveira, perfeito conhece·
. •
'rios dos mH3 1H()H r!:aL-\.dos, e, lida, ap- dor daquella zona, fomQs examinar a
provada. e <-lH9 igllada a, a.cta da reunião região da Extrema e o ponto avançado
anterior. celeorada a 2:~ de janeiro do de um espigão que, com a sallencia da
cor.r~nte anuo de 1920, deram come- Extrema, forma a ' grota onde nasce
ço aos trabalhos . I·'oram communica- O carrego do mesmo nome. que vae
,

dos os resultado!:' das duas diligencias desaguar no Rio J aguary. Essa região
-ordenadas pHlot:4 delegad os. na reunião I tem actualmente muitos moradores, al-
anterior, para a averiguação da exis-
, '
guns dos quaes já bem velhos e que
tencia
. . - - de um tnan;o no Morro do Lopo
conhecem perfeitamente o lagar por
e da verdade i ra posição geographica terem sempre ahl residido e mesm~
do ' Desemboque, l1a margem do Rio
,
palmilhado,o em continuas caçadas.
Gra,nde ·wfim de :;c reconstituir a linha Nenhum, porém, conhecia nestes dous
,
de Luiz Diogo, que. segundo tinham logares signal de qualquer importan-
assentado. ll e H::ia mesma reunião, sel'- cia, que pudesse indicar ao meno~ li-
viria de base para se traçar a linha mites de propriedade; apesar disso pro-
definitiva de limites. O resultado da cedemos a uma minuciosainvestlga-
primeira dilige uda consta da seguinte ção nesse ultimo espigão, hoje intei-
carta';, "São Paulo, 30 de janeiro de ramente cultivado e onde" nada dé' DO-
1920. rUmos. Srs. Drs. André Gustavo tavel encontramoe, que pudesse
Paulo de ~'rontin e Francisco de Pau· , car ter sido ahi o ponto inicial da
. indi- -
,

la Ramos de Azevedo. Incumbidos alludida linha divisor ia do roteiro Luiz


verbalmente 1101' VV. SS. de procurar Diogo. Tivemos noticia de que na
na Serra {)u Morro do Lopo um m!,uco i Pedra da 'Guarayuva existia, gravada

ou. vestigio d e marco que pudesse in~
, ,
I na rocha, uma cruz, não sabendo, po-
dicar o verdadeiro local d'onde partiu rém, os mais velhos moradores do 10-
a linha indicada por Luiz Diogo em cal, quem a teria g.ravado. Todos ti·
1762, como sendo o limite ou fronteira nham conhecimento da sua exlstencia,
dos hoje Estados de São Paulo e Minas porém, ' poucos a tinham visto. Resol·
,
Geraes; partimos <le São Paulo no dia vemos por isso ir ao local para veriUcar
,
27 do corre nte , pelo trem das 6,40 pessoalme nte a existencia desse signal;
da São Paulo llail way e chegamos ã como já era tarde adiamos para o dia ,

Estação da Val'ge m, d a Estrada de seguinte essa pesquiza. - De facto, no


Ferro •BragallUna, ás 10,5 0 da manhã dia 28, ás 6 e meia horas da manhaD .
desse mesmo dia. Ahi tomamos trolys a cavallo, partimos da Vargem em de-
e fizem>os uma pequena ex.c ursão, afim manda do Morro do Lopo. em 'c ujas
de nos .orientar em relação ao caminho fraldas chegamos por, volta de 9 ho- . ,

que deveriamos seguir. A' pouca dis· raso Deixando ahi os animaes, . coDie--
·-.
tancia do ponto da lIOSS" partida avis- çamos a subir a serra em deDianda. da .
, ,

tamos a serra ou morro do Lopo, dis- Pedrada Guarayuva, por uma rudl~
tinguindo'se perreltamente • os '3 mais mentar picada, previamente' aberta.' por, '
altos pontos desso massiço. e que são uma turma de trabalhadores que noi "
conhecidos por I'~d ra. das Flores, Pe- havia precedido. Depois de 3 ' horas de' ,"
dra da Gual'üytrva () P e dra da Extrema, aspera caminhada, por ' essà ·Ingreme.:' '
sendo que esta ultima. adl.u-ae em cota picada, que em muitos' pontos a'preseoo '{ ,
visivelmf;nte lnt(wior ás duas primei- tava 'uma inclinação superior a 60. '.:
,,, " . • " o \ ' .: ,'
',' ',. ' , ' . '" , .'(', . .'i,,;';': :,-· '
" :' .

720 -

tráos, e onde mal ' nos pOdiamos sus- effectuadas, quanto ao Morro do Lopo
tentar apoiaóos nas pequenas moitas e ao Desemboque, o Dr. Au·g usto 4e
de vegetação, que crescem nas anfra- Lima, delegado do Estado de MiuaS,
ctuosldades da rocha, consegulmoB fi- declara que um mais aprofundado es-
. nalmente galgar o alto da referida pe- tudo d{)s documentos hlstoricos já co-

dra. Verificamos então que de facto nheeidos e de algunB nov<>s qU'e en-
no ponto maiB elevado da alludlda contrára no Jrr"cnivo Publico Mineir'O,
pedra, existe gravada na rocha, uma bem como o detido exame que fizera
cruz, tendo os .( braços sensivelmente dos termos do Accôrdo de Bell'O Ho-
.guaes d'e dez centímetros de compri- riz{)nte, á luz de informações, que co-
mento, dous e meio de largura e um lheu, relativas ao mesmo AccÔrdo,
de profundidade. Desse ponto, que obrigaram-n'o a mudar de orientação
constltué uma magniflca baliza,' avis- e ã não mais acceitar a U'Ilha de Lub
tam-se t()das aB elevações clrcumvisi- Diogo para a base da linha definitiva
nhas, que parecem estar, visivelmente, de limites. Os documentos a qU", S6
em cota inferior. Deixamos de subir refere são: o acto de 6 àe a/lr·i! de . ,

aos dous outros pontos desse massiço, 1714, de repartição das comarcas de
porque, segundo informações prestadas Minas, dando como limite da do . rio
por pesBõas que lá tem ido, nada de das Mortes a serra da Mantiqueira, e
notavel lá existe. Assim, nada mais os relativos á creação da v!lla de Cam-
restando afazer, .
demos por finda a panha, que estabeleceram, segundo
nossa missão, apressando-nos em tra- pensa, a divisa da capitania de Minas,
zer ao c-leclmento de VV. SS . as com a de S. Paulo, pelo Rio ' Pardo.
informações acima referidas. Aprovei- Esses documentos, no seu modo de
tando a opportunidade apresentam' a entender, têm importancia historica
. VV. SS. os protestos de alta estima e capital, pois, vêm mostrar: o primeiro,
distincta consideração, os Ams. e Col- que quando a comarca de Guaratin-
'egas Adm :rs M. W1lately, J. Dunham". guetá, a 16 de setembro de ' 1714, fez
A seg'u nda dlligencla foi elevada a ef- collocar o marco da dIvisa no morro
·
· feito pela Commissão Geographica e do Caxambú, 1t essa divisa tinha sido
." ' : Geologica de S. Paulo, segundo deter- feita pela serra da Mantiqu eira, em 6
· minaçlío dos delegados, e essa Com- de abril do mesmo anno; os outros,
'" ,'.• missão forneceu os resultados apura-
• que houve tempo em que a divisa le-
"
• dos em plantaB que foram exhibidas na gai das duas capitanias foi pelo rio
reunião, . baseadas na determinação de Pardo. No tocante ao Accôrdo de Bello
coordenadas geographicas, taes como Horizonte, as informações .iue colheu
. . I1B da barra do ribeirão S. João ou o convenceram de que a Inten!)ão. dos

Jacuhy, 2', 26', 40", de latitude e ' 3', Estados pactuantes foi subordinar 11
H', 37", de longitude approximada a linha natural definitiva de limites . . o
. Oeste do Ri'O 'de
· .: . Janeiro, e a do porto tanto quanto possivel, á linha do "statu-
do Desembarque ou da Joanna, com quo" e abandonar por completo as
;" . '2 0'; 17',03", de latitude e 3', Ce9', . linhas hlstoricas para base da sol ução
i 6 ", de longitude a Oeste do RI.,. de da questão de divisas. Por essas con-
'. Janeiro; e bem assim por meio de ca~ siderações não podia mais aeceitar a
'.
ininhamentoB feitos na região e prin- linha de Luiz Dlogo para base da linha
:",' '" lpalmente ao longo do curso do Rio definitiva. Os delegados de S. Paulo,
••
•• •
, Grande. Antes de entrarem os delega- Drs. Ramos de Azevedo e Prudente de
.
dosem resoluções sobre as diligenciaB Moraes, ponderaram que tinham 8U-
721

bordinado todos os seus estudos e tra- ra.m os E.stados, nem pOdia 's el-o, por-
balhos 'ao Que ficára assentado na I que estavam convencidos, segundo se
reunião anterior e que a esta vinham dêprehende dos ultimos olHeios tro-
para examina"f, com os seus collegas, cados pelOS seus respectivos Governos,
os resultados das diligencias ordena- sobre o assumpto, que esse convento
das para a reconBtltuição da linha de era inexequível, tanto a"ssim que, por
Luiz Diogo e para proseguir · no estudo esse fundamento, fôra denunciado pelO
e execução daquelle plano, segundo o 'Estado de Minas. Quanto aos
,,
do-
Qual essa linha constituiria a base da cumentos hlstoricos a que se referira
deHnitiva, estabelecendo-se compensa- o seu collega Dl'. Augusto de Lima, não
ções das áreas de invasão da mesma eram de molde a alterar a feição da.
linha, de modo a evitar, o tanto quanto questão de Iimil<'s e a Obrigar os de-
possivel, que qualquer .cidade mineira I legados a tomar 3m consideração mais

vlass·e a ser pauH!Ota, ou Q'Ilalquer ci- essa divisa pelo rio Pardo, que não
dade paulista viesse a ser mIneira, pelo consta ter sido adoptada de facto em
traçado da linha nat\lral extremadora tempo algum, nem ter sido decretada
>I ser adoptada como definitiva. Ac- ou reconhecida por qualqner acto re-
. crescentou o delegado paulIsta, Dl' . lativo aos limItes das Capitanias. Os
Prudente de Moraes,que se não con- documentos que o seu colIega • invoca
formava com o novo pOnto de vIsta f' que se referem, apenas se referem.

em que se collocára; nesta reunião, o ao rio Pardo, como divisa, são rela~
delegado mineiro, e com o abandono tivos aos limites de villas mineiras,
do , plano anteriormente assentado. Não umas com as outras, e não pOdem mo-
via e não vê no A<:côrdo de Bello Ho- dificar o aspecto hlstorico da questão,

rizonte a restricção agora Invocada á como se propõe a demonstrar, se hou-
acção dos delegados,' segundo a qual ver aInda opportunidade para iJsso.
eates não podem tomar para base da Finalmente, e em vista do. que expõe,
,

linha extremadora definitiva senão a sendo radical a divergencia que ora.


do "statu-quo". Se é certo. que essa surge, por isso que versa prIncIpal-
restricção foi lembrada pelo negocia- mente s.obre uma questão p~liminal'
dor do Accôrdo por parte de Minas, relativa a interpretação do proprio
não é menos certo que ella absoluta- Accôrdo de Bello Horizonte, parece-
mente não figura no Accôrdo, o que
,
lhe que novas reuniões dos delegados
significa que não foi acceita. E não só se justificam para combina.rem 09
estando os delegados subo,rdlnados á t"rmos da acta em qwe fique consta-
essa restr'cção, nada os illllPedia de to- tado e explicado o desaccórdo nessa
.'
mar para base da linha definitiva a 'interpretação. O delegado mineiro Dl'.
ser traçada nos termos do .A.ccôrdo a Paulo de Frontin faz considerações so-

Iin.ha hÍBtorica de Luiz Diogo, como bre a nova interpretação do Accôrdo
,antes ficára c{)mbinado. Se a intenção de Bello H<lrizonte exposta pelo Dr.
dos Estados pactuantes fosse a de fa- Augusto de Lima e, em seguida, dá
zer prev~lecer a linha do "statu-quo", conhecimento aos delegados dos ter-
elIes teriam accordado ",m revigorar o mos de uma carta do Dr. F. Mendel
Convenio de 25 de maio de 1912, ac- Pimentel ao Presidente de Minas, da-
ceitando como linha definitiva a que tada de 20 de julho de 1919, da ,
qual
a:hi mandaram traça1r co-mo provisoria. lê alguns trechos, declarando que re, ~

até que fosse r~solvida a questão de ' cebera •


essa carta, em • copia authentica,

limites. Mas, não foi isso o que fize- ,, no mez corrente, depois da ultima roo-
...... - ...... : .. .

. - ..-.,
722 __ o

,," .

nião. Pondera o Dr. Prudente de Mo- I Drs. Paulo de Frontin, Ramos de Aze-
.. .
. rae. que. essa carta. é anterior aO Ac- i vedo, Augusto de Lima e Prudente de
cordo de Bello Horizonte e como nella Moraes, delegados dos Estados de Mi-
. .-'
se propoz qUe de duas clausulas do nas Geraes e S. Paulo, incumbidos de
Accôrdo constasse expressamente que a traçar a linha de limites dos territorios
linha definitiva coineidisse o mais que dos mesmos Estados. Conversaram so-
fosse possivel com a linha do ."statu- bre os termos da acta da reunião an-
quo '" wfim de restringir a acçã,Q do~ terior a ser lavrada e como o Dr. ,Au-
..
deleg.ados incnmbidos de traçai-a, e em gusto- de Lima de<clarasse que ai'nda não
nenhnma das duas clausulas corres- tinha recehido resposta ao telegram-
pondentes do Accordo figure essa res- I
ma que passara ao Dr. Mendes Pimen-
tricção proposta, é de se concluir que te<l, foi, por proposta do Dr. P",ulo de
semelhante restricção não houvesse Frontin, suspensa a reunião, ás qua-
:c-
sido acceita pela outra parte contra- tro horas da tarde, ficando deliberada
ctante. Alvitrou, então, o Dr. Paulo outra para o dia immediato. Da mes-
de Frontin qne o Dr. Augusto de Lima ma lavrou-B<e a .pres·ente acta que, uma
telegraphasse ao Dr. Mendes Pimentel, vez approvada, será por todos assi-
signatario do Accõrdo por parte de ganada. Rio de Janeiro, 27 de fe-
Minas,. perguntando porque motivo não vereiro de 1920 .
figura no mesmo Accôrdo a clausula
Antonio Augusto de Lima . Paulo
por eUe suggerida de fiCarem os de-
de Frontin -- F. P. Ramos de Azeverlo
legados . obrigados a fazer coincidir,
Prudente de Moraes Filho .
o tanto quanto possivel, a linha defi-
. nltivaa ser traçada, com a do ,; "tatu-

_quo" .. Ficou isso combinado entre os
dois delegados mineiros. A's 4 horaA
da tarde•
deu-se por termInada a reu- Acta da 8." e ultima reunião dos dele-
.
nião, da qual foi lavrada a presente gados de S. Paulo e Minas Geraes,
acta, que uma vez approvada será por incumbidos de traçar a, linha dt\
todos assignada. Rio de Janeiro, 26 limites <los territorios desses Es-
de fevereiro de 1920. tados.
Paulo de Frontin Antonio Au- •
gusto de Lima F. P. Ramos de Aos 28 dias do mez de Fevereiro do

Azevedo Prudente de Moraes Fi- anno de 192 O, • á 1 hora da tarde, nes-
lho. ta cidade do Rio. de Janeiro, capital

• da Republica, e no edificio da Biblio-


*. * theca Nacional, reuniram-se. os Drs.
Ramos de Azevedo, Paulo de Frontin,
Acta da 7." reunião dos delegados de Augusto de ~ima. e Prudente de Mo-
Minas e S. Paulo, incumbidos de raes, delega.dos. dos Estados de S.
traçar a linha de limites dos ter.. Paulo e • Minas Geraes, incumbidos de
ritorios desses Estados. traçar a linha de limites dos territo-.
.


- rios dos mesmos Estados. Lidas, appro-
Aos 27 dias do mez de fevereiro do vadas ir assignadas as actas das duas
anno de. 1920, ás li horas da tarde, reuniÕes anteriores, o 1)r. Augusto de
nesta cidade do Rio de Janeiro,ca- Lima exhibe'. o telegramma.do Dr. Men-
pital da Republica, e, no edificio da des Pimentel em resposta ",o que lhe di-
llihliotheca
• •
Nacional, reuniram-se 08 rigira, conforme consta da acta da reu-



•••• 0 . · ' , _',: :: •• - . -

. '. - . -'

-- 723

nião do dia 26 do corrente. Esse tel6- i tas eq ue ora fôra adaptada anterior-
gramma é do teor seguinte: "Deput.ado mente' por todos os delegados. Pensa
Augusto de Lima Camara Depu- assim que, para poder ser util a con-
tados Rio Urgente B. Ho- tin uação dos trabalhos da fixação da
rizonte, n. 2535, pIs. 183, data 27, ho- linha extremadora dos dois Estados,
ras 10 Resposta seus telegrammas conviria que entre elIes ficasse preli-
de hontem: Con.firmo minha exposição minarmente- decidida a interpretação
ao Dr. Bernardes, da qual lhe dei copi'a a adoptar, lembrando a conveniencia
de uma consulta aos presidentes dos
authenticada; referencia expressa clau-
Estados de Minas e S. Paulo. Os dele-
sula segunda ao ·Convenio de 1912 não
gados paulistas entendem que não ha
significa que actuaes delegados este-
razão para se consultar ao President.e
jam adstl'ictos á execução desse Con-
de S. Paulo sobre a interpretação do
venio que só teve por fim averiguar
Accordo, porque elles nenhuma duvi-
Unha '·,statu-quo; mas quer bem clara-
da têm sobre a meSlna interpretação
mente dizer que, sendo intuito dos
e essa consulta poderia fazer suppôr
governos obter traçado linha viva com
que a tivessem; parecendo-lhes que, á
o minimo possível de modificação do
v-ista do occorrido, nada mais ha a fazer
actual estado de facto, este será apu-
do que cOIDmullicarem os delegados aos
rado pelo criterio do Convenio de 1912
t"espectivos governos a divel'genda que
nos pontos em que o 'istatu-:quo" fo!' .
surgiu já em vesperas da terminação
contestado, não para que esta opera-
do prazo marcado pelO Accôrdo. Os de-
ção deva incondicionalmente prevale-
legados, mu seguida, resolveram (~om­
cer na demarcação definitiva, e sim
municar ~ divergencja havid~ quanto
unicamente para base desta segunda
ás clausulas _do Accôrdo, -fazendo aCom-
letra espirito C.onvenio Setembro. Foi
panhar as respectivas (,0l11muni('a~õe8
isto que propuz e acceitou Dr. Altino I
de copias das actas de todas ;:',8 l'~U­
Arantes; foi isto que Dl'. Cardoso de-
nióes dos delegados, copias que serão
clarou aqui ser intenç~o paulista; foi
authenticadas pelo DI'. Prudente de
com este animo que Presidente Minas
Moraes. E por nada mais haver a t1'a-
me mandou assignar Convenio 1919.
tal', foi suspensa a reunião, depois de
Tal accordo. não investe delegados ar-
lavrada, aJpprova~a e Ilssignada a pre·
bitrio traçar limites por onde lhes
. ~ente acu.. Rio de Ja'l1ei1'o, 28 <lo Fe-
aprouver; outorga faculdade fazer de-
vereiro de 1920.
marcação por meio

de linha assigna-
lada por accidentes geographicos e Antonio Augusto de Lima Paulo
tanto quanto possivel approxima da de Frontin F. P. Ramos de Aze-
actual extremação. Abraço affectuoso. V'edo Prudente de MOl"aeS Filho.
Mendes Pimentel". O Dr. Paulo de Fron-
till diz que em vista dos ~e~mos do te-
. . •
legramma que acaba de ser lido, ve-
* *
rifica. que a interpretação mineira da-
o' ' •
da á clausula s~gllnda
. do, Accordo
. '
é Rio de Janeiro, 4 de Març' de
a que foi defendida na sessão 'de 26. 1920.
pelo Dr. Augusto de Lima'e contraria·
á sustenta da pelo~ delegados paulis- ! (a) Prudente de Moraes Filho .



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BA LA NC O 00 SE RV ICO DA DE FE SA DO CA FE '
ANNEXO N,o -
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_. - .- em 31 de De zem bro de 191 9


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J. H enry Sçh rõed er &. eia. , Emp t"es limo de f 3.(lDO.OOO-l)aij
Sald o d eved or 'na cf de Ju r os da Soh n- (ax;!' 97 .761- lJ-8 S;1,!do em ci rcul ação . . 1. 165.114- 0- (J
Ban que de P a ris d der> Pay s Baro
Soc iété (jén érale, de Par is
S aldo ii. fa vor do Thesour o na cou ta <lo seI" ,
viço do oC'mp r esti mo M 1913, Fts. 257.273 ... 0, Sald o na con ta do ser viço do cm preSl imo ,Ie '
iI 40 Frs. por i . 1913, Fn. 14.569,1 .1, a 40 F rs. por i . 364. 4-1,

S. Bld JCh rhd er Ban ca Fra ncu e e Ital iana per I' Am edc a det Sud
\
Sald o C.nI con ta corr ente a favo r do Th-tsou tO. : Adi a ntam ento rece bido . . . . . . 2 .010,000- 0-00
Mks . 153.881.833,04, a o ca mbi o de 20,40 Mk s. I
J, Hen ry Sch roede r &. Cla.
:pór l ', . ', 7. 543. 227- O-O
Sald o a $eu !avo r nas segu int e:s co ntas ; i
Sob reta xa Fran cos Con ta corr en te g er a! . i 80.3 47· 7- 5 :
Sob reta xa arrc :cad ada de 10 de J unh o de 1918 . Strv iço do etnp rest imo (1(' .
a 31 d e D e:r.c:mbro d e: 1919, F n. 46.588.326.76.. : 1913 . . . . i 818.397-12-11 898,945- 0- 4
a 40 F r s. pOr f. . . . . . . . 1. 11>4 .708· 3·4 I
SOln mll.
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Act ivo liquidO
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Val oriz ação
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8.812 , 128- 13·7
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ANNEXO N.' :$
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. QUADRO CO.MPARATIVO DA RECEITA DO ESTADO DE S, PAULO .NOS EXERCICIOS DE 1915.1919


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~ -- RENDA ORDINARIA I I '


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r' I _ lI.F.XDA J)os TR!~UTOS:
• I
~ 1." - lmIJO;\(! d~ ~xpor(açiio, 41.245 :462$235 i ,,:1.861 :007$251'; J7.IW,729$1<)8 18,834:885$69.1 32. 259 :380$029
2: - Taxa de "xpediellte 226:070$916 '[ 305 :J81$840 1.047 : 156.'f;.'l(,8 . !.074:8<í1$315 2.613,535$105
o J,. _ lmposl,' ,obre trallsmissii" d~ pr<>l'ricdHde Í1llu-v;vos (,,542:667$771 7.556 :336$54(, , il.2lO :534$HOJ () . 001 :690$596 14.864 :944$4'13
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• , , " " " " ' cc'4ISu-morli.< 1.827 :271$093 1.4,l8 :529$544 ! I ,:-185 :000$(>54 1.457:184$078 2.171 :20l)$07~
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" viação.
-, sello ,obre bilh.~ !es e entradas em logares de diversOe,;
2.565 :981$629 3,371 :929$740 ('.017 :055$620
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I, .187 :087$274
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7 . 687 :664$206
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8.' predial na Capital 4.975:754$711)
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de commercio,
,. industrias
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2.581 :163$52
3.010 :575$673
130 :572$274
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4.~87:976$816
~IIJ :992$868
1.417:154$502
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lO'
,obre o capital da, ,ocicd:ades al1onyma$
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propri edade immovc1
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1.llk'i87$riIJ7
780 :000$000
, 120 ;977~ tí06
780 :OOO~{)()()
175 ;129$SR2

•, II _ ·RENDAS DIVERSAS:

1:i-
~
,
~
,
~
J" --Taxa de matriculas
.. 322 :209$900 sn ,515${){lO SI2 :271$114 4S5 :853$900 484:781$800
2." .-
li' •
addicional . 1.770 :244$861 2, 159 :80[~735 , 544 :,195$9l.l 2,fi52 :442$355 .1.265 :827$054
!
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N

: 00 I
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3."
' .'
.
judiciaria .
d~ matança

111 _
d~ vitellos

RENDAS INDUSTI(IAES:
304 :254$52tí
-
291 :224$585 .>07 ;(,(}."l~&>1 .107 411$380
100WOO
428 :284$577
300~OOO

.1
,. Quota de arrendamento da Estrada de Ferro So,'ocabana (,-015 :196$916 419;583$022 81 :413$429
2: T~xa de Exgottos na Capital, Santos e São Viçent~ . 2. 'Ni! :O~2$J57 .\. ,'\(>3 ;0R7$2S5 .1.4S7:255$417 3,831 :848$765
3." , . " consumo d~ agu.. na Capital .1,638:100S263 3.~,W;11~)$12() '- 570 :22J~Q()5 ,1. 7S9 :,'lJO$431 4 .040 :943$71)0
4." _ R~nda da Repartição de Agua~ na Capital, por serviços extraDrdinarios . I JI'H : \I "l~,'iil 4.?[) :738$Sm 400 :308$165 385 :128$100
5." " 37.~
6.'
. dú"EStr .. da de Ferro Funilense
Tramway da Cantareira 743 ;917$5,,6 .\I~
:.<;1l.1$'J21J
:7·12,p(K)'
.!'JS :,';92$111.11)
347 :SP'2$OÜO
370 :145$760
·W7 :872$265
"456:916$560
411 :349$223
, " Hospit .. l de Ali en.. dos , 41 ~12,'i$1J( ~ 1
7.'
8' . .. Diario Oftiáal 7~; I .'1Il:j:851
.W:822$,'iliU
,11'1:871$9:>1
82 :198$5{X)
73 :318$279
64:350$000
90:782$861
9.' .. de outro~ cstabtlecimenl0$ 112 :(I(ll~(rno S,l :4·f\l~47S 9.1 :6CO$3SO ISO :108$870
IV - RENDAS P.URUIO"L\ES:

\." - Vendad~ . terras publicas . , , 169 :456$241 7:731i-U71 2:894$285 .\9 :434$255 37 :195$71.1·
.. -
~ .. i
I!
2." lotes ~m nucIeo~ colonil!e ~ IKi ;3<)<'W43 , I Sl'i :068$5117 191 :307$.'>86
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127 :232~16
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Cobrança da Divida Activa
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8.027 :968$4-15 2.953 :567$056 !O , J I <i :,IU:pn Ii .042 ;928$685 5.510:396$838
Reflda E:>:lraordinaria.
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112. 556 ,1l<i·1:~"l87 77 .642 :474$845 _~ __
94.234 :873:);:'1)
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,\~2'JEXO N.~ 4 ',

j)EMONST~ACÃO
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DA OlVID A EXTE~NA FU NOADA AO ENCE~~AR ,SE O EXERCICIO DE 1919· -,
-
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LIQUIDO EM
CIRCULAÇÃO
BM tt.:!1
F. MPRESTl M OS

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27 . 7(1().0-0; 103,300·0- 12.500-0-0
34 .000-0-0 126.700·0- O 230.30/)- O-O
,
197 .880· 0- o: Zf>.180· Q· 1) .26.410· O-O 29 . J3()...O· O 29.360.0·0 I1 i .280-0- 686.600- 0-0
3.457.400-12- 59.ZOO-0·0 _ 24 .tm, O-O 26 .120-0 O 27 .400·0·U 137.600·0- 3. 319 . 800- 12-6 ,
1.946,923-1-1 - ; 14 .980-3-\ !
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15.774-12-8 11) .567-9-11 17.361-2-2
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64 .683-7- 1
_.1. 882.240- 6-7
6.675.004- 6- 11 153.160. 3-1 123.064-12-8 130.917-9· 11 135 .821 -2-2 543.563-7-1 fi . 131. 440-19- 1
1
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DEMONSTRAÇÃO IH DIVJJ)A INTERNA fUNDADA

EMISSÃO R.F.SGATE
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Bibliograpbi" - o dr. Altino Aran-


del"aea de 6 de julho de 1907
.
, Rio de-
tes escreveu: Mensagens Presiden-
Janeiro - Imprensa Nacional - • • •

eiaes e publicou discnrsos poliUcos, 1907; 32 paginas. Sobre o dr. Altino·


parlamentares e literarias que circulam Arantes vejam-se; Leopoldo de Frei··
em a V'Ulsos. Entra elles: Dis- las, O dr. Altino Arantes, e8bo~0 poli·,.
cu!'so proferido no Collegio de S. Luiz I tico e bíographico. S. Paulo, Casa Va- .
em Itú, no acto da collação de gral1 norden, 1920; 30 paginas.
aos bacharelandos em Bcienelas ele-
tIas, 9 de dezembro de 1906; Rio de Lo Stato di San Paolo nel quattrlen-
Janeiro typographla do Jornal do nio di S. Ecc. 11 dott. Altino Arantes,
Commerci" - 38 paginas. A Legação 1916·1920. San Paolo Brasile·
do Brasil no Vaticano, discurso pro- ,i 1920, in folio de luxo com finas gra-
ferido na Camara dos Deputados Fe- vuras,i



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INDICE CHRONOLOGICO
(PERIODO REPUBLICANO)


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TRIUMVlRA TO
:-<OME5 Paginas
P rudente José de Moraes Barros • • • •
-
~

Francisco Rangel Pestana • • • • • • • • • • 9


J oaquim de Souza Mursa • • • • • • • • • • • 11

. GO VERNADORES

l.' Dr. Prudente José de Moraes Barros • • • • 15


.?' Dr. J orge Tibiriçá • • • • • • • • 19

P RES IDENTES
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4.() . Dr. Amerioo ErasiHense de Almeida Mello 23
• • • • • •

.55: Dr • Bernardino de Campos 33


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• • • • • • •• • • • • •

Q
Dr. Manoel Ferraz de Campos SaUe. • • • • • 83
57.' Coronel Fernando Prestes de Albuquerque • • • • • ll 3
58.' Dr. Francisco de Paula Rodrigues Alves • • • • • • • 127
.. . . ' ... 59.' Dr . Bernardino de Campos • • • • • • • • • • 143
..... 60.' Dr. Jorge Tibiriçá • • • • • • • • • • • • 171
~.- 61.' Dr. Manoel J oaquim de Albuque rque L ins • • • • • • 261
....... . _ ~ 62. 0 D r Francisco de Paula Rodrigues Alv.es
• • • • • • • • 411
"'-"' 63'
. . Dr. Altino Arantes Marques • • • • • • • • • • • 479

• •


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