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ADRIANA GUEDES

FERNANDA ZANATTA

SÍNTESE DO CAPÍTULO V- DIREITO DE MORTE E PODER SOBRE A VIDA-


LIVRO: HISTÓRIA DA SEXUALIDADE I A VONTADE DE SABER

MARINGÁ
2021
ADRIANA GUEDES
FERNANDA ZANATTA

SÍNTESE DO CAPÍTULO V- DIREITO DE MORTE E PODER SOBRE A VIDA-


LIVRO: HISTÓRIA DA SEXUALIDADE I A VONTADE DE SABER

Trabalho apresentado junto ao Centro


Universitário UNIFAMMA, como requisito parcial
para aprovação na disciplina de Psicologia e
Relações de Gênero.

MARINGÁ
2021
SÍNTESE DO CAPÍTULO V- DIREITO DE MORTE E PODER SOBRE A VIDA-
LIVRO: HISTÓRIA DA SEXUALIDADE I A VONTADE DE SABER

Escrito por Michel Focault, o capítulo V- Direito de morte e poder sobre a vida,
do livro História da Sexualidade I A vontade de Saber”, trabalha com a questão do
poder dada a um determinado indivíduo sob o direito de vida e morte de outro alguém,
sendo que não necessariamente esse direito ocorra de forma direta, mas sim através
de algum pedido por exemplo.
Assim, num primeiro momento o capítulo desenvolve o questionamento sobre
súditos e seu soberano, em relação a uma guerra onde o soberano, pede a seus
súditos que lutem na guerra em seu nome e em defesa de si e de sua civilização, mas
os súditos não contam com o fato de que com esse pedido darão a liberdade de
decisão sobre sua vida ou morte ao seu superior, pois mesmo que indiretamente a ele
a morte ou vida desse súdito está dependendo e ligada. Todavia, caso o súdito se
revolte e vá contra as regras de seu soberano, ele terá total direito e controle, tanto
de sua vida quanto de sua morte, então ao ser castigado por infringir às leis, com a
morte por exemplo, as consequências serão totalmente destinadas e como
consequência de suas escolhas. Retomando a questão do soberano, ele se vê no
direito de causar a morte ou de deixar seu súdito viver.
As guerras que antes ocorriam em nome dos soberanos, hoje já não ocorrem
mais, elas são travadas pela existência de todos, em busca de uma necessidade a
viver e sobreviver. Grandes guerras como a I e II Guerra Mundial foram travadas em
nome de todos buscando a paz e veja só a quantidade de morte trazidas em
consequência. O direito a vida e a morte, retirada de seus donos e dados àqueles que
se sentiam a raça superior, lá no nazismo, que matou milhares de pessoas nos
campos de concentração, é outro exemplo, sobre o direito de vida e morte retirado de
seus donos e dados contra a vontade para terceiros que se achavam e ainda se
acham no direito de decidir se alguém vive ou morre.
É intrigante como a questão de levar a morte e deixar viver, dá lugar a causar
a vida e devolver a morte, mas em que uma se difere da outra? A vida precisa ser
vivida dia após dia, já a morte chega de forma abrupta e dá lugar ao fim, após a morte
nada mais é certo, se é que exista algo após a morte. O causar a vida, vem do poder
sobre a vida.
Ademais, há a reivindicação da vida, que ainda serve como objetivo, sendo
analisada como necessidade fundamental, a vida é a essência do homem. A vida é
vista ainda como um objeto político, pois tornou-se um objeto de lutas políticas,
através do direito, o direito à vida, À saúde, ao corpo, à felicidade, dentre diversos
outros direitos. Com base no direito ao corpo, o sexo é visto como foco de disputa
política, de modo a não só estar relacionado ao direito ao corpo, mas em questões
ainda mais políticas, como a necessidade de regulação das populações, é muito
interessante como, o sexo tem acesso à vida corpórea e da espécie, em se tratar do
aumento da população e nas questões biológicas.
Além disso, o sangue tem um valor altíssimo, desde a questão de se poder
derramar sangue, podendo chegar a extinção. A sexualidade e o sexo, são o objeto
alvo. Sade vê o sexo como uma ação sem norma, sem regra. É um tanto quanto
complexo, mas quando o sangue entra em ação, o racismo acaba por se formar, por
consequência da intervenção permanente no corpo, saúde, tudo isso em função da
necessidade de proteção da raça e do sangue puro. O nazismo, como já citado, é
caracterizado por essa necessidade de proteger a raça pura, seu sangue puro,
trazendo muito derramamento de sangue e morte de milhares. Ainda sobre o sexo, na
psiquiatria das perversões, ele se enquadra diretamente as funções biológicas e
anatômicas, assim se liga a função e ao instinto, finalidade e significação.
Em suma, quando o assunto, é o direito a vida e a morte, o direito ao corpo, à
saúde, à felicidade, entre outros, o sangue, em relação ao seu derramamento e ao
simbolismo, bem como o sexo e a sexualidade, o cristianismo antigo, fazia com que
os indivíduos odiassem seus corpos, diferentemente dos dias atuais, onde se luta pelo
seu direito de fazer o que bem, querer com o corpo. Ao passar dos séculos, o amar o
sexo foi nos imposto, fez com que existisse um desejo pelo mesmo, e a partir dele
fazer com que exista a tarefa infinita de forçar seu segredo, forçar a intimidade total
do assunto, de tal modo a sombra desse desejo trazer confissões profundas e
verdadeiras.

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