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30 a 01 de novembro de 2018

ESTUDO DO USO DE PAINÉIS FOTOVOLTAICOS COMO ALTERNATIVA PARA


A EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM TERMINAL PORTUÁRIO DE MINÉRIO DE
FERRO
Ana Lucia Dorneles de Mello
Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suchow da Fonseca

Fernando Coelli
Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suchow da Fonseca

Resumo: A sustentabilidade vem ganhando cada vez mais espaço no cenário mundial
devido aos seus benefícios ambientais, sociais e econômicos. Empresas sustentáveis
possuem uma grande vantagem competitiva no mercado. O presente artigo tem como
objetivo estudar a aplicação de painéis fotovoltaicos que atendam a demanda
energética de operações de movimentação e estocagem de minério de ferro em um
terminal portuário. Foram verificados a quantidade de energia utilizada em três rotas
deste terminal, a incidência solar e a área necessária para comportar as placas
solares. Por fim, foi realizado o cálculo da quantidade necessária de painéis
fotovoltaicos para a alimentar as rotas em questão. O estudo baseou-se em um
terminal localizado no estado do Rio de Janeiro, Brasil.
Palavras-Chave: Sustentabilidade; Painéis fotovoltaicos; Terminal portuário,
Eficiência energética.

1 Introdução
A atividade mineradora possui uma importância econômica relevante para o
Brasil. De acordo com o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM, 2017),
200 países são destinos dos minérios exportados do Brasil. Com a economia global
em desaquecimento e a consequente queda no volume comercializado dessa
commoditie, as empresas deste mercado viram uma grande queda no preço da
tonelada do minério de ferro (CARVALHO, 2014).
A tonelada métrica seca, no ano de 2013, estava sendo negociada a US$
136,22. Dois anos depois, o preço chegou a US$ 40,88, sendo o mais baixo preço
atingido em sete anos (VALE, 2017). O impacto dessas variações levou as
mineradoras a adotarem medidas urgentes de contenção de despesas, especialmente
no arranjo logístico e de medidas que garantam o aumento da produtividade, mesmo
com o atual aumento do preço do minério de ferro (DIAS MANZI, 2016).
As alterações deste mercado, cada vez mais competitivo estão intensificando
a busca por soluções com base nos avanços tecnológicos. Dentre essas mudanças,
além dos fatores econômicos desafiadores, também se destaca um aumento
considerável da conscientização da sociedade em relação ao meio ambiente (VIEIRA,
2016).
As modificações no gerenciamento das empresas são cada vez mais
necessárias para acompanhar essas tendências. Seja de modernização tecnológica
ou a forma como os clientes percebem os seus produtos, serviços e até mesmo a
organização. Nesse contexto, é notável a importância que um estudo de eficiência
energética pode fornecer à uma empresa, tanto pela redução dos gastos quanto na
agregação do aspecto sustentável (MENKES, 2004).

https://proceedings.science/p/89341 DOI: 10.17648/cidesport-2018-89341


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Em relação à sustentabilidade, torna-se necessário abordar conceitos sobre o


que é desenvolvimento sustentável. Uma das mais elaboradas definições surgiu do
Relatório de Brundtland em 1987 que o define como sendo o desenvolvimento que
procura satisfazer as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade
das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades (CMMAD, 1988,
p. 49).
Entre os principais processos das empresas de mineração, a logística se
destaca tanto do ponto de vista de custos como do nível de serviço. Nesse sentido, a
logística, busca incorporar o conceito de sustentabilidade, ampliando a dimensão dos
custos na coordenação das atividades de transporte de produtos. Deixa de se basear
apenas em fatores econômicos, absorvendo também as consequências ambientais e
sociais destas atividades (AMARAL; ALBERTIN, 2010).
Almeida (2015) corrobora esta visão mostrando a tendência mundial do
aumento do consumo de produtos e serviços de empresas que possuem um caráter
sustentável, reafirmando como parte estratégica do sucesso empresarial a
legitimidade socioambiental do que é produzido e da forma como é produzido tal
produto.
Diante de um cenário desfavorável para utilização dos recursos hídricos no
Brasil, a busca por outras fontes energéticas, principalmente as renováveis, destaca-
se por contribuir na redução da demanda por energia hidráulica, visto que há uma
forte preocupação por parte das autoridades. Cortês (2014), por exemplo, considera
que o sistema Cantareira, principal reservatório de água do Estado de São Paulo, não
estará reestabilizado, no que diz respeito ao volume de água, até o ano de 2019.
A partir do estudo das principais operações de um terminal portuário
especializado no embarque de minério de ferro, localizado no Estado do Rio de
Janeiro, foi feito um diagnóstico do consumo e custo energético. Entre as
possibilidades de geração de energia para atendimento da demanda do terminal,
estudou-se a energia fotovoltaica e a energia hidráulica. Visando assim, reduzir a
utilização da energia de outras fontes da matriz nacional e, consequentemente, a
poluição em diversos âmbitos proveniente delas.
A escolha da fonte energética fotovoltaica deve-se ao alto potencial brasileiro
na produção de energia elétrica proveniente dos raios solares, visto que se trata de
um país tropical, com alta incidência solar. O Brasil conta com radiações solares
maiores do que países como Alemanha, França e Espanha, que possuem amplos
projetos de energia solar, possuindo potencial significativo para a geração de energia
elétrica a partir desta fonte (NASCIMENTO, 2017).
Este trabalho estuda a aplicação de painéis fotovoltaicos para o atendimento
da demanda energética das operações de movimentação e estocagem de minério em
terminal portuário. O sistema fotovoltaico propõe estabelecer benefícios não somente
econômicos como promover uma imagem “verde”, gerando vantagem competitiva,
visto que a empresa em estudo possui como um de seus pilares estratégicos
incorporar a sustentabilidade em seus negócios.
Para atingir os objetivos propostos, além dessa seção introdutória, este
trabalho é composto por mais quatro seções: conduziu-se uma revisão bibliográfica
sobre os métodos, a estrutura e os possíveis métodos relacionados à eficiência
energética. Após isso o método definido é aplicado com base no estudo de caso do
terminal escolhido. Seguem-se os resultados e análises bem como as considerações
finais.
2 Referencial teórico

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2.1 Eficiência Energética


A preocupação com a eficiência energética destacou-se mundialmente depois
da crise de petróleo da década de 70, a partir da conscientização do elevado custo
econômico e ambiental em decorrência do uso de combustíveis fósseis. As empresas
buscam na eficiência energética, vantagem competitiva. Veem nela a oportunidade de
reduzir custos por meio de conceitos de engenharia, economia e administração
aplicando aos sistemas energéticos (PÓVOA, 2014).
No Brasil, foram criadas algumas iniciativas a fim de reduzir uma parcela do
consumo de energia como o Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), Programa
Nacional de Conservação de Energia Elétrica (PROCEL) e Programa Nacional de
Racionalização do Uso de Derivados do Petróleo e Gás Natural (CONPET) (Ministério
de Minas e Energia, 2011).
A International Energy Agency (IEA) define que eficiência energética é a
obtenção de serviços energéticos, como produção, transporte e calor, por unidade de
energia utilizada, como gás natural, carvão ou eletricidade (EPE, 2010 apud IEA,
2007). Para a Empresa de Pesquisa de Energia, a definição adotada foi “eficiência
energética é a relação entre e a quantidade de energia final utilizada e de um bem
produzido ou serviço realizado”. (EPE, 2010).
A energia hidráulica correspondeu a 67,9% da matriz energética brasileira em
2017, ligeiramente inferior ao ano anterior, com 68,6%. Já a produção de petróleo
cresceu 15,3% entre 2016 e 2017 (Ministério de Minas e Energia, 2017).
Contudo, de acordo com OLIVEIRA et al. (2015), as fontes de energias
convencionais causam danos maiores ao meio ambiente se comparados à fontes
alternativas de energia, como energia solar e eólica por exemplo, com a emissão de
gases e poluentes.
Desde 2015, devido a condição hidrológica desfavorável no país nos últimos
anos, houve no Brasil a implantação de sistema de bandeiras tarifárias, que funcionam
como sinalizador, repassando ao consumidor final o aumento do custo em compras
de energias convencionais. Em vista disso, outros meios de geração de energia são
apresentados no mercado para compensar as desvantagens das fontes
convencionais de energia. Por exemplo, a energia proveniente de placas fotovoltaicas
baseia-se no processo de aproveitamento dos raios solares para a conversão direta
em eletricidade (OLIVEIRA et al., 2015).
2.2 Energia Fotovoltaica
A energia solar ainda é um campo pouco estudado, pois por ser uma fonte de
energia renovável ainda em pequena escala, o fator custo de instalação ainda é alto.
A conversão direta da energia solar em energia elétrica ocorre pelos efeitos da
radiação (calor e luz) sobre determinados materiais, particularmente os
semicondutores. Entre esses, destacam-se os efeitos termoelétrico e fotovoltaico. O
primeiro caracteriza-se pelo surgimento de uma diferença de potencial, provocada
pela junção de dois metais, em condições específicas. No segundo, os fótons contidos
na luz solar são convertidos em energia elétrica, por meio do uso de células solares
(ANEEL, 2008). Neste trabalho, o objeto de estudo de interesse, é a energia
fotovoltaica
2.2.1 Sistema On Grid
O sistema fotovoltaico on-grid recebe esta denominação por ser conectado
diretamente à rede de distribuição, eliminando assim a preocupação com o uso de

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baterias, que são responsáveis pelo armazenamento da energia e em geral possuem


alto custo e baixa durabilidade.
Devido ao fato de toda a energia ser encaminhada à rede, a responsabilidade
da qualidade e da distribuição energética pertence à concessionária. Portanto, para
fins de instalação, deve-se levar em consideração todos os procedimentos e as
normativas da concedente.
Em geral, um sistema on-grid possui os seguintes componentes: módulo
fotovoltaico, caixa de junção do módulo fotovoltaico, inversor e medidores de energia.
Uma significativa vantagem para o uso do modelo on-grid é a redução de
custos, visto que o sistema possui menos componentes quando comparado com
sistemas autônomos, ou seja, aqueles nos quais não é realizada a conexão direta à
rede.
2.3 Cold Ironing
Visando a eficiência energética portuária por completo, torna-se necessário
levar em consideração o dispêndio de energia e a poluição pela queima de
combustível que os navios geram quando aportados. Ao redor do mundo encontram-
se diversas maneiras de reduzir esse gasto, assim como suas emissões de gases. Os
portos de Los Angeles e Long Beach lideram o Plano de Ação do Ar Limpo (Clean Air
Action Plan - CAAP) que consiste na melhor qualidade do ar. Ele estabelece uma
estratégia para reduzir a poluição do ar relacionada aos portos enquanto permite o
desenvolvimento dos mesmos, a criação de empregos e a atividade econômica. O
Cold Ironing é um dos pontos chave para esse plano.
Normalmente, quando o navio está aportado, o motor principal fica desligado,
ficando apenas o gerador do porto ou gerador auxiliar para sustentar as
funcionalidades básicas essenciais, como iluminação, refrigeração, aquecimento,
sistema de comunicação e bombas. O Cold Ironing consiste em utilizar uma energia
alternativa proveniente da terra para abastecer os navios enquanto estão parados no
porto realizando carregamento ou descarregamento de carga, já que os combustíveis
utilizados pelos navios são poluentes marítimos e atmosféricos.
No caso do terminal em questão, a energia alternativa usada pelos navios
aportados seria própria do terminal portuário: a energia solar. Dessa forma, haveria
redução de custos e uma grande diminuição da poluição, visto a grande emissão de
gases poluentes atualmente, favorecendo a fauna e flora local. Sendo estas uma das
justificativas para implementação, que pode ser aplicada em diversos tipos de navios.
No aspecto social, é esperado que as regiões ao redor do porto tenham uma
considerável mudança no meio ambiente por conta dos cortes de emissões tóxicas
dos motores a diesel. Com isso, o local teria melhores condições de trabalho, podendo
ter impacto na eficiência dos trabalhadores no local. Além de ser esperado reduzir
custos de saúde relacionados a hospitalizações causadas pela inalação de ar poluído.
Para fornecer energia aos navios atracados é necessário que o porto tenha
uma capacidade de produzir energia extra, isto é, produzir um excedente a fim de não
comprometer sua demanda nominal e ainda ser capaz de alimentar uma embarcação.
Um navio de grande porte consome em média 1.600 quilowatts (kW) (SISSON, M &
McBRIDE, K. (2008)), no entanto, esse valor pode variar em função do tempo de
ancoradouro, tamanho e idade do navio, quantidade de carga, entre outros fatores.
Vale ressaltar que para implementar o Cold Ironing é necessário aos navios
que chegam no porto terem infraestrutura e equipamentos necessários para aproveitar
a energia elétrica gerada em terra. A estrutura do porto precisa passar por
modificações a fim de ser capaz de fornecer energia aos navios, o que inicialmente

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gera gastos, mas que a longo prazo pode trazer bons resultados econômicos e
sustentáveis. No porto de Los Angeles foi gasto aproximadamente 1,5 milhão de
dólares, porém tais custos variam consideravelmente de acordo com a localidade do
porto (SISSON, M & McBRIDE, K. (2008)).
De fato, os desafios para implementar tal técnica são, muitas vezes, enormes.
A comunidade marítima e portuária está, acima de tudo, procurando superar as
dificuldades e transformar o Cold Ironing em um padrão internacional. Devido aos
seus pontos positivos, um número considerável de portos importantes já estabeleceu
o modelo como Rotterdam, Singapura e Los Angeles (FIADOMOR, R. 2009).
Neste artigo optou-se por aprofundar o estudo com placas fotovoltaicas que
atendam a demanda energética das operações de movimentação e estocagem de
minério no terminal portuário devido a possibilidade de aplicação imediata. A
abordagem sobre cold ironing será feita em trabalhos futuros, pois é necessário mais
tempo de estudo para obtenção de dados do local.
3 Procedimentos metodológicos
O método de pesquisa usado foi qualitativo. Este método considera o ambiente
como fonte direta dos dados e o pesquisador como instrumento chave. O caráter
descritivo e o processo sendo o foco principal de abordagem em vez de um resultado
final. Além disso, teve como preocupação maior a interpretação de fenômenos e a
atribuição de resultados (GODOY,1995).
Dessa forma, a metodologia do trabalho foi dividida em três etapas: inicialmente
foram selecionados trabalhos acadêmicos que abordam a relação entre porto e
energia sustentável e ou eficiência energética que tivessem sido publicados nos
últimos dez anos, tanto no Brasil como no exterior, como foi definido no planejamento.
Os artigos foram organizados em uma tabela, evidenciando as informações
mais relevantes a priori. Após a leitura de cada artigo, as técnicas usadas foram
separadas e analisadas, bem como seus respectivos resultados. Junto a isso foram
utilizadas informações cedidas em uma visita técnica à empresa mineradora no estado
do Rio de Janeiro.
O processo descrito, de natureza aplicada e abordagem qualitativa, é
apresentado na Figura 1.

Figura 1 - Método de pesquisa. Fonte: Autores (2017)

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Após a seleção dos artigos, foram elaboradas e elencadas na Tabela 1


características pertinentes e presentes em outros estudos, conforme exposto a seguir:

Tabela 1: Trabalhos acadêmicos que abordam a relação entre porto e energia


sustentável/ eficiência energética

Autores Objetivo do estudo Observação

Morilla, D’Ávila Analisar a viabilidade da instalação de Uso da energia solar - fonte


e Prando sistemas fotovoltaicos no Porto de Santos, de energia sustentável
(2016) Brasil, com o intuito de resolver o problema
de abastecimento elétrico nas operações.

Cusano, Apresentar por meios de estudos de caso Emprego de conceitos da


Ghiara e que um ativo gerenciamento de energia gestão de energia nas
Acciaro (2014) portuário promove ganhos de eficiência indústrias portuárias
substancial, o desenvolvimento de fontes
alternativas de receita e vantagem
competitiva ao porto.

Lopes (2015) Sugerir a prática de digestores anaeróbios Uso de resíduos sólidos


no setor portuário, testando a viabilidade orgânicos - fonte de energia
técnica e econômica dessa tecnologia no sustentável
Porto de Paranaguá/PR.

Guimarães e Abordar o conceito da ecoeficiência com o Iniciativas de inovação no


Júnior (2013) intuito de produzir benefícios para as gerenciamento de energia
atividades portuárias visando redução de custos e
aumento de lucro

Fernandes Realização de uma auditoria energética no Proposições para melhor


(2009) Porto de Sines, exploração do potencial de gerenciamento do porto
aplicação do Cold Ironing, discutir a visando a eficiência
hipótese de alteração da taxa de uso do energética
porto

Leite (2014) Realizar o diagnóstico energético de um Proposições para melhor


terminal portuário de Itajaí/SC com base na gerenciamento do porto
NBR ISO 50001:2011 visando a eficiência
energética

Ramos et al Investigar a viabilidade da implementação Uso da energia das marés -


(2014) da energia das marés para suprimento fonte de energia sustentável
energético do Porto de Ribadeo.

Baldenegro Apresentar os critérios para a Uso da energia solar - fonte


(2013) implementação bem-sucedida da energia de energia sustentável
solar no Porto de Los Angeles

Cerceau et al Estabelecer a percepção sobre estratégias Iniciativas de inovação no

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(2015) inovadoras de desenvolvimento eco gerenciamento de energia


industrial regional para avançar para um visando redução de custos e
futuro de menor emprego do carbono em emissão de poluentes
áreas portuárias industriais.
Fonte: Autores a partir dos trabalhos citados.

Em uma segunda etapa, foi realizada a análise da aplicação de técnicas e


ferramentas relacionadas à geração de energia alternativa, na qual foi possível
identificar algumas semelhanças, mesmo em situações distintas.
Considerando as aplicações e os resultados obtidos em diversos países,
alguns artigos foram utilizados como base para o presente estudo e outros foram
descartados por conta de sua inviabilidade e/ou impossibilidade de ser aplicado no
caso em estudo.
4 Resultados
A tendência das empresas em implementarem ações mitigadoras dos impactos
no meio ambiente pode ser vista como uma orientação estratégica. Estas direcionam
os investimentos para a redução das emissões de poluentes nos processos, produtos
e serviços.
O fato da utilização de motores elétricos como uma das principais forças
motrizes dos equipamentos do complexo portuário observado conduziu a pesquisa a
identificar o consumo energético dos seus processos. As principais operações
consistem na recepção de trens e descarga de vagões por meio de viradores de
vagões, a seguir o minério é direcionado para diferentes rotas de esteiras
transportadoras para os pátios de estocagem e destes para a área de embarque de
navios, ou diretamente para os carregadores de navios localizados nos píeres.
Para este estudo, foi considerado um terminal, situado no Estado do Rio de
Janeiro que, por razões de sigilo empresarial, não será declarado. As operações do
terminal começaram em 1973 e estava capacitado para embarcar 34 milhões de
toneladas de minério de ferro por ano, exportando para 32 países. Atualmente se
encontra com a configuração da Figura 2.

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Figura 2: Desenho esquemático construído a partir do Google Earth e visita


técnica.

O terminal estudado recebe o minério de ferro em trens por meio de duas linhas
ferroviárias. Com a chegada do trem, ele é direcionado aos viradores de vagões onde
são tombados 1 ou 2 vagões por vez em um ângulo de 180º. A descarga do minério
em silos e destes o direciona para as diferentes rotas de correias transportadoras. Os
viradores de vagões têm capacidade de projeto de 8.000 t/h.
A movimentação do minério de ferro da descarga até os diferentes pátios de
estocagem e ou carregadores de navios é feita em sua grande parte por meio de
correias transportadoras com capacidade de 8.000 t/h.
Quando se faz necessário estocar o minério nos pátios por questões de
qualidade do produto, demanda do navio entre outros, o minério é direcionado para
máquinas empilhadeiras/recuperadoras com taxa nominal de 8.000 t/h para empilhar
e 8.400 t/h para recuperar. O terminal contém 6 pátios de estocagem, e as
empilhadeiras operam cada uma em 2 pátios. Os pátios têm a capacidade de estocar
2,0 Mt.
Posteriormente através das correias transportadoras o minério que foi estocado
nos pátios é recuperado e direcionado para os porões dos navios pelos carregadores
de navio. Os carregadores de navio têm capacidade em torno de 12.000 t/h, porém
está limitado a 11.500 t/h pela linha de embarque. O terminal possui 1 píer com 2
berços de atracação.
Buscou-se a redução do consumo energético por meio da otimização de rotas
de transporte de minério de ferro entre os pátios de estocagem e a área de embarque
de navios, conforme Andrade et al (2017). Entre as 48 possíveis rotas de transporte,
foram selecionadas as três melhores rotas para a descarga e o embarque do minério
(considerando a maior produtividade e o menor custo de operação).
A demanda energética para o funcionamento das rotas selecionadas foi
identificada a partir do levantamento do consumo de todos os equipamentos usados
em cada rota (Tabela 2) e formaram a base de dados para a escolha da fonte
energética possível. A análise feita com as três rotas mais eficientes do ponto de vista

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de produtividade partiu da premissa de que as rotas não escolhidas ainda poderiam


ser beneficiadas em termos de eficiência energética.
A partir da demanda energética buscou-se levantar as características técnicas
de placas fotovoltaicas disponíveis no mercado e os respectivos parâmetros de forma
que permitissem dimensionar o número de placas para atender à necessidade
energética dos processos levantados. A demanda energética anual do terminal,
medida em 2016 para as três principais rotas estão representados na Tabela 2.
Tabela 2 - Demanda energética

Rota Consumo (Kwh)

1 1.116.477,2

2 3.214.524,1

3 1.788.711,2

Fonte: Autores (2017)


4.1 Fatores relevantes para instalação de sistema fotovoltaico
A taxa de incidência de raios solares a partir da localização do Terminal
Portuário estudado caracterizou-se como um dos fatores mais relevantes para
instalação de um sistema fotovoltaico, visto na Figura 3.

Figura 3: Irradiação solar global média anual do Estado do Rio de Janeiro.


Fonte: Atlas Solarimétrico RJ

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4.2 Potencial de Geração de Energia Solar


Conforme os dados de incidência solar e de área necessária para comportar
as placas fotovoltaicas foram estimados valores para o potencial de geração de
energia com a seguinte equação conforme trabalho de SALAMONI et al (2014):

W = A * EMS * I * T * Y (1)

Sendo:
W = energia solar fotovoltaica (kWh);
A = área média em metros quadrados (m²);
EMS = eficiência do módulo;
I = irradiação solar em QuiloWatt-hora(kWh) / [dia * metros quadrados (m²)];
T = os dias de cada mês;
Y = rendimento do sistema.

Os parâmetros necessários para o cálculo da energia gerada pela placa


fotovoltaica estão representados nas Tabelas 3 e 4.

Tabela 3 - Parâmetros das placas

Dimensão (m) Peso (kg) Voltagem (V) Potência (W) Eficiência (%)

1,64 x 0,99 x 0,035 18 12 270 16,6

Fonte: Própria baseado nos dados do fabricante Neosolar (S.D.)

Tabela 4 - Parâmetros Médios Referentes às Placas Fotovoltaicas

Rendimento do Sistema (%) Eficiência da Placa (%) Área (m²)

80 16,6 1,6236
Fonte: Autores (2017)

Tabela 5 - Potencial de Geração e Produção de Energia por Uma Placa por Mês

Mês Dias Irradiação Média Energia


(kWh\dia*m²) (kWh)

Janeiro 31 5,25 35,09119

Fevereiro 28 6 36,22317

Março 31 5 33,42018

Abril 30 4,5 29,1079

Maio 31 3,5 23,39413

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Junho 30 3 19,40527

Julho 31 3,25 21,72312

Agosto 30 4 25,87369

Setembro 31 4,75 31,74917

Outubro 30 5,25 33,959,2

Novembro 31 5,25 35,09119

Dezembro 30 5,5 35,57632


Fonte: Autores (2017)

Por meio das informações da Tabela 5 é possível efetuar o cálculo da


quantidade de painéis fotovoltaicos essenciais para a alimentar as rotas em questão.
Essa quantidade é representada na Tabela 6.

Tabela 6 - Quantidade de Placas Fotovoltaicas


Rota Número de Placas

1 4795

2 13805

3 7682

Total 26282
Fonte: Autores (2017)

O número elevado de placas deve-se ao fato da seleção de um dos cenários


mais desfavoráveis para o suprimento da demanda energética anual das rotas. Devido
a variação na irradiação, certos meses possuem capacidade de geração suficiente
para suprir a demanda das rotas com a metade de placas as quais estão
representadas na Tabela 6, ou seja, não é obrigatório que a organização monte o
sistema com a quantidade de placas especificadas.
Dependendo da disponibilidade de recursos e espaço, pode-se definir as três
rotas funcionando exclusivamente por intermédio de energia fotovoltaica, escolher
quais rotas deseja alimentar com os painéis ou usá-las para mesclar a matriz
energética, tornando assim o custo operacional menor.
Um aspecto relevante é que quando se utiliza a quantidade de placas para um
cenário adverso, como o representado na Tabela 6, em determinados meses a
geração de energia será superior que a demanda presente nas rotas, logo, a energia
excedente nesses meses acrescenta créditos perante a concessionária de energia.
Estes créditos podem ser aplicados para atender a demanda energética de outros
setores da empresa.
Para a instalação das placas é necessário um espaçamento mínimo entre elas,
o qual é variável em função da direção dos raios luminosos do local e intensidade ao
longo do dia. O espaçamento é fundamental para impedir que sombras sejam

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formadas na superfície dos painéis diminuindo a área de captação de luz que


prejudicar o equipamento.
O grande número de placas pode dificultar a sua instalação devido a
necessidade de um local com elevada quantidade de área disponível. A falta de
disponibilidade desse recurso aumenta consideravelmente os custos de
implementação dessa tecnologia. Uma forma alternativa para realizar a instalação das
placas seria colocá-las nas coberturas dos prédios da empresa, essa opção torna
desnecessária a existência de espaçamento mínimo entre as placas, podendo elas
serem colocadas lado a lado.
Quando a companhia dispõe de um corpo hídrico extenso, uma possível
alternativa é a usina solar flutuante, pela qual as placas são dispostas em boias e
alocadas na superfície desses corpos. Entretanto, o corpo hídrico disponível não deve
apresentar grandes movimentações, ou seja, ondas ou grande variação nos níveis de
água, pois isso inviabiliza a construção, visto que a instabilidade pode danificar o
equipamento. Para contornar situações como as ondas, a colocação de quebra ondas
é uma opção viável.
No caso do terminal estudado, não há uma grande área disponível nas
coberturas, não sendo possível fazer o uso destas para a alocação dos coletores por
não suportar o volume de placas necessárias. É recomendado que seja feita a
aquisição de um terreno, com área suficiente para a alocação dos coletores. Para
aplicabilidade de um sistema sustentável e considerando o aspecto econômico,
recomenda-se o uso do sistema on-grid, visto que não necessita de aquisição de
baterias.
Portanto, uma vez que o terminal promova a instalação do modelo on-grid, é
necessário que cumpra com todas as normas especificadas pela concessionária.
Sugere-se que durante a implantação estejam presentes os especialistas de ambas
as partes: os representantes do terminal e os da concessionária, para melhor
monitoramento das atividades, tendo em vista a magnitude do projeto.
Caso o modelo seja homologado, além dos créditos por superávit de energia,
os responsáveis pelo terminal podem descartar a compra de baterias para
armazenamento, visto que a energia elétrica pode ser transferida diretamente à rede.
A concessionária por sua vez, pode se beneficiar com a centralização de um gerador
de alta capacidade situado próximo à cidade de Itaguaí, que é um centro consumidor
com 122.369 habitantes (IBGE, 2017). Com isso, ocorre a redução do transporte de
energia por extensas áreas e, por conseguinte, o decrescimento de perdas no trajeto.
5 Conclusões
O presente trabalho teve como objetivo analisar a eficiência energética em
operações de embarque de um terminal portuário de minério de ferro localizado na
região sudeste do Brasil e calcular a demanda necessária para a implementação de
energia fotovoltaica. Dado o cenário atual, a busca por uma fonte de energia
alternativa se tornou tanto uma necessidade, quanto uma vantagem competitiva para
as organizações.
Com a crise hídrica que o país enfrentou nos últimos anos e a legislação
ambiental cada vez mais rígida, a utilização de uma fonte de energia mais limpa e com
menos impactos ambientais, traz para a organização não somente benefícios
econômicos, mas também quanto a preservação de uma imagem comprometida com
o meio ambiente, posto que a empresa do estudo de caso preza pela sustentabilidade.
Assim, foi possível calcular a quantidade necessária de placas fotovoltaicas,
bem como a área necessária para a construção da usina solar. Os dados de eficiência

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energética das máquinas utilizadas nos processos e com as rotas mais econômicas
subsidiaram tal cálculo.
Dado o exposto, a implementação da usina solar não é só viável, como também
é de extrema necessidade para a organização, tanto do ponto de vista de
competitividade como para sua permanência em atividade.
Com isto, calculando a possibilidade desses processos serem realizados a
partir da energia elétrica provinda dos painéis fotovoltaicos, percebeu-se que com a
utilização do sistema on-grid seria possível reduzir o impacto ambiental e a ideia
ecológica do terminal. Apesar de não terem sido estimados os custos necessários
para implantar esse sistema, são inegáveis os benefícios que seriam alcançados pela
empresa, principalmente no âmbito da sustentabilidade.
Neste trabalho não foi indicado o local para a alocação dos painéis fotovoltaicos
no terminal. Porém, uma pesquisa identificou as diferentes maneiras e locais de
instalação e constatou a falta de espaço, como em telhados ou mesmo nas áreas
inutilizadas da empresa. Ressalte-se que há uma área de reserva ambiental. Assim,
identificou-se como a melhor maneira para a instalação, a aquisição de uma área
próxima ao terminal.
Com relação a implementação do Cold Ironing, embora a identificação dos
benefícios desta tecnologia até o momento não foi possível desenvolver essa
abordagem em função da falta de dados disponíveis tornando-se um assunto a ser
estudado em trabalhos futuros.

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