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A Crise da República Romana (133- 27 a.C.) Prof.

Luiz Gonzaga
Resumo da aula anterior
• A expansão romana causou profundas
transformações sociais e econômicas;

• Modificação das estruturas internas:

• Eliminação da pequena agricultura plebeia;


• Gêneros alimentícios vindos das províncias e do
latifúndio patrício;
• Aumento da utilização da mão de obra escrava
nos latifúndios (prisioneiros de guerra);
• A prática comercial ganha força.
• A escravidão por dívidas havia sido abolida em
367 a.C.;

• Ao plebeu endividado só restava entregar ao


credor;

• Os patrícios, portanto, passaram a concentrar


mais terras -> Concentração fundiária;

• Consolida-se um modelo de produção agrária


baseada no latifúndio, na mão de obra escrava e
na exportação de bens.
• Aumento da miséria da plebe -> Aumento
das tensões;

• Com o fortalecimento do comércio,


entretanto, surge uma nova camada
enriquecida: os plebeus urbanos;

• Fazem frente à República patrícia;


• Com o processo de expansão, a partir do século
II a.C., o exército romano passou por um
processo de profissionalização;

• Queda da antiga estrutura centurial e


surgimento de uma estrutura militar
permanente;

• Recebimento do soldo -> soldados;

• A partir de uma hierarquia estabelecida, os


generais passaram a possuir um grande poder.
• Aumento das ambições políticas desses
generais;

• Nesse novo contexto, há uma tendência de


enfraquecimento do poder patrício;

• Os últimos dois séculos da República, portanto,


foram marcados por uma série de lutas e
internas e guerras civis que culminaram na
queda do regime republicano.
A crise:

• Em um cenário de miséria da plebe, Tibério Graco (tribuno da


plebe), propôs uma lei de reforma agrária (limitação de posse das
terras do Estado);

• O excedente seria redistribuído aos cidadãos sem terra;

• Reação do Senado e das elites patrícias: assassinato de Tibério (132


a.C.);

• Seu irmão, Caio, empossado do mesmo cargo, aplicou a lei da


reforma agrária em Cápua e Tarento.
A crise:

• Também decretou a Lei Frumentária (venda de trigo a preços


baixos para os plebeus);

• Caio tentou um golpe de Estado, mas falhou. Com a derrota,


ordenou que um escravo o matasse;

• Revolta popular e aumento das tensões políticas;

• Elites x Povo.
A crise:

• Abertura para que os generais ganhassem espaço;

• Caio Mario -> general que se impôs como ditador por seis vezes (105
a 100 a. C.);

• Utilizou o exército como um instrumento político e permitiu aos


homens livres o acesso a uma ocupação remunerada;

• Sila -> general que governou em prol da elite patrícia por meio de
uma ditadura militar (82 a 79 a.C.).
A crise:

• Rebelião de escravos, liderada por Espártaco (73 a.C.);

• Pompeu, Crasso e Júlio César formam o primeiro triunvirato


(60 a.C);

• Dividem o comando até a morte de Crasso 53 a.C.;

• Embate entre Júlio César e Pompeu.


A crise:

• Júlio César havia consolidado ser poder na Gália e se tornado


extremamente poderoso;

• O Senado nomeia Pompeu como cônsul e César é chamado à Roma;

• Em seu retorno dá um golpe de Estado e toma o poder;

• 48 a.C. -> Júlio César autoproclama sua condição de ditador por dez
anos.
Lionel-Noël Royer. Vercingetórix joga suas armas aos pés de Júlio César,
1899.
As Aventuras de Obelix.
• Júlio César sofreu forte oposição do Senado, que temia
suas ambições de estabelecer uma monarquia de caráter
hereditário;

• 44 a.C -> foi assassinado a punhaladas em uma


conspiração que agrupou senadores, aliados e
opositores;

• Reação da plebe, que havia sido cativada por César


através de suas políticas de distribuição de alimentos;

• Reação do exército -> toma o poder à revelia das


vontades do Senado.
• 43 a.C. -> forma-se o Segundo Triunvirato;

• Otávio, sobrinho e herdeiro de César; Lépido,


antigo comandante de cavalaria; e o general
Marco Antônio;

• Repressão aos algozes de César;

• Posteriormente, Lépido é derrotado por Otávio,


que passa a se opor à Marco Antônio.
• Anteriormente, Júlio César, buscando aumentar
seu poder contra o Senado, havia feito um
acordo com Cleópatra para que esta assumisse
o trono do Egito no lugar de seu irmão;

• Marco Antônio buscou uma aproximação com o


Egito contra Otávio;

• Como César tinha um filho com Cleópatra, um


possível herdeiro, Otávio utilizou essa
informação contra a aliança estabelecida por
Marco Antônio.
• 31 a.C. -> Otávio vence Marco Antônio;

• Marco Antônio e Cleópatra cometem


suicídio;

• Otávio se apropria das riquezas do Egito,


consolida seu poder militar e ganha a
poio popular.
• Tendo isso em vista, o Senado referenda
essa poder;

• Otávio é nomeado Princeps Senatus,


ganhando o poder de presidir o Senado;

• Começa a dissolução da República.


• Posteriormente, Otávio recebeu os títulos
de Imperator, Tribuno da Plebe e Pontífice
Máximo;

• Por fim, recebeu o título de Augusto (o


escolhido dos deuses) -> ganha o direito de
indicar seus sucessores;

• Começa o Império Romano.


• A partir do conteúdo apresentado em aula,
respondam as seguintes questões:

• Cite as principais causas da crise da República


Proposta Romana.

• Como os acontecimentos posteriores à morte


de Júlio César selaram de forma definitiva o
destino da República Romana?
• FINLEY, Moses. Escravidão antiga e ideologia
moderna. Trad. de Norberto Luiz Guarinello. Rio de
Janeiro: Graal, 1991;

• FUNARI, Pedro Paulo A. Grécia e Roma. São Paulo:


Contexto, 2004;
Referências • FUNARI, Pedro Paulo A. A cidadania entre os
romanos. In: PINSKY, J.; PINSKY, C. B. (orgs.). História
da cidadania. São Paulo: Contexto, 2003, p. 49-76;

• TITO LÍVIO. História de Roma. Livro I: A Monarquia;

• VEYNE, P. O Império Greco-Romano. Rio de Janeiro:


Editora Campus, 2009.

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