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CURSO EFA NS: _______________________

STC 7 – SABERES FUNDAMENTAIS


FORMADORA: SARA TARRAFA

NOME: Nº FA1 – ÁTOMO E MOLÉCULA

1. O átomo

No século V a.C., o filósofo grego Leucipo imaginou


a matéria constituída por pequenas partículas indivisíveis -
os átomos (derivada da palavra grega indivisível), nome
atribuído pelo seu discípulo Demócrito.

Esta ideia não foi aceite e só muito mais tarde é que foi retomada por Dalton.

Dalton (1766-1844), em 1803, retomou a ideia dos átomos como constituintes básicos da
matéria. Para ele, os átomos seriam partículas pequenas, esféricas, indivisíveis e indestrutíveis.

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Cada elemento químico seria constituído por um tipo de átomos iguais entre si e, quando
combinados, os átomos dos vários elementos formariam novos compostos.

Em 1897, Thomson descobriu partículas negativas muito mais


pequenas que os átomos, os eletrões, provando assim que os átomos
não eram indivisíveis, ao contrário do que Dalton afirmava. Visto que o
átomo é neutro, além destas cargas negativas, também deveriam existir
cargas positivas.

Formulou a teoria de que os átomos seriam constituídos por uma


parte central esférica com carga elétrica positiva, não maciça, onde
estariam dispersos os eletrões, em número suficiente para que a carga total do átomo fosse nula.

Mais tarde, em 1911, Rutherford demonstrou que a maior parte do


átomo era espaço vazio, estando a carga positiva localizada
no núcleo (ponto central do átomo), tendo este a maior parte da massa do
átomo. Os eletrões estariam a girar em torno do núcleo.

Rutherford também descobriu a existência dos protões, as partículas


com carga positiva que se encontram no núcleo. Este modelo falha pois não
explica porque é que os eletrões não caem no núcleo, devido à atração que apresentam pelas cargas
positivas aí existentes.

Em 1911, Bohr (1885-1962) apresentou alterações ao modelo de Rutherford: os eletrões giram


em torno do núcleo, mas só podem ocupar níveis de energia bem definidos, em que cada nível de
energia corresponde a uma órbita em torno do núcleo representada pelas
letras K, L, M, N, O, P e Q, respectivamente, no sentido da camada mais
próxima ao núcleo para a mais externa.

Quantidade máxima de eletrões por níveis


Níveis Quantidade máxima de eletrões
K 2
L 8
M 18
N 32
O 32
P 18
Q 8

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As órbitas mais interiores representam níveis de energia mais baixa e à medida que se
encontram mais afastadas do núcleo o valor da energia desse nível é maior.

Os eletrões tendem a ocupar os níveis de menor energia (mais interiores, mais perto do núcleo)
para que o átomo tenha a menor energia possível - estado fundamental do átomo. Quando um
eletrão recebe uma determinada quantidade de energia passa a ocupar uma órbita mais externa
ficando o átomo num estado excitado. Se um eletrão passar de uma órbita para uma outra mais
interior liberta energia.

Embora este modelo seja muito usado para explicações simples do funcionamento do átomo (os
níveis representados por órbitas são fáceis de desenhar e/ou representar) este não é o modelo actual
do átomo.

Em 1924, Sommerfeld apresentou um modelo no


qual os níveis energéticos são compostos por subníveis
de energia e os eletrões percorrem órbitas elípticas e
não circulares.

O modelo atómico actual surgiu em 1927 por Schodinger, depois


de lançar as bases da Mecânica Quântica Ondulatória. Neste modelo,
os eletrões passam a ser partículas-onda.

Em 1932, Chadwick descobriu a terceira partícula subatómica: o


neutrão. Desta forma, o modelo de Rutherford passou a ter neutrões
no núcleo juntamente com os protões.

Enquanto o núcleo, constituído por protões e neutrões, é o


responsável pela massa do átomo na sua quase totalidade, é a
nuvem eletrónica, constituída pelos eletrões em movimento, a
responsável pelo tamanho do átomo.

O número de protões, chamado número atómico, diferencia um elemento químico (tipo de


átomo) de outro. Um átomo que tenha 10 protões pertence a um elemento diferente de um átomo que
tenha 11 protões.

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Cada átomo tem um número igual de protões e de eletrões, o que o torna eletricamente neutro.

Quando um átomo ganha ou perde um ou mais eletrões, deixa de ter carga eléctrica neutra e
passa a ser um ião. No caso de ganhar um ou mais eletrões passa a ser anião (ião negativo). Se o
átomo perder um ou mais eletrões passa a ser um catião (ião positivo).

Estão aqui representados três exemplos de elementos químicos: carbono (em forma de
grafite), chumbo e ouro. São substâncias puras que têm propriedades específicas. Por exemplo,
perante altas temperaturas, o carbono torna-se gasoso, enquanto o chumbo e o ouro, ficam líquidos.
Outra característica muito importante é verificarmos que, por muito que se divida qualquer uma destas
peças, continuamos a ter uma parte que mantém as características iniciais.

Se considerarmos a água, por exemplo, verificamos que ao dividir em múltiplas partículas, cada
vez mais pequenas, iremos obter oxigénio e hidrogénio, o que nos leva a concluir que a “água” não é
um elemento.

Os elementos químicos correspondem ao agrupamento de átomos que apresentam a mesma


quantidade de protões, ou seja, o mesmo número atómico. Atualmente, existem 118 elementos
químicos, dos quais 92 são naturais (encontrados na natureza) e 26 são artificiais e produzidos de
maneira artificial.

Todos estes elementos existentes na Natureza estão exibidos na chamada Tabela Periódica
que agrupa todos os elementos químicos conhecidos e suas propriedades, organizados em ordem
crescente de números atómicos (número de protões).

Na Tabela Periódica, cada quadrado especifica o nome do elemento químico, o seu símbolo e
seu número atómico. Os períodos são as linhas horizontais numeradas, que possuem elementos que
apresentam o mesmo número de camadas electrónicas, num total de sete períodos.

• 1º Período: 2 elementos
• 2º Período: 8 elementos
• 3º Período: 8 elementos
• 4º Período: 18 elementos

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• 5º Período: 18 elementos
• 6º Período: 32 elementos
• 7º Período: 32 elementos

Com a organização dos períodos da tabela, algumas linhas horizontais ficariam muito extensas.
Por isso, é comum representar a série dos lantanídeos e a série dos actinídios à parte.

As Famílias ou Grupos são as colunas verticais onde os elementos possuem o mesmo número
de eletrões na camada mais externa, ou seja, na camada de valência. Muitos elementos destes
grupos estão relacionados de acordo com suas propriedades químicas.

Todos os elementos químicos presentes na tabela periódica são representados por uma sigla,
onde a primeira letra é maiúscula. Se essa sigla tiver duas letras, a segunda será minúscula. Por
exemplo:

Elemento Ferro – sigla Fe

Além disso, na tabela periódica são indicadas algumas informações importantes sobre o
elemento. As principais são: nome, símbolo, número atómico (representado pela letra Z), massa
atómica e distribuição electrónica.

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2. Molécula

Uma molécula é a partícula mais pequena que apresenta todas as propriedades físicas e
químicas de uma substância. As moléculas são formadas por dois ou mais átomos que podem ser do
mesmo tipo (por exemplo, a molécula de oxigénio tem dois átomos de oxigénio) ou de tipo diferente (a
molécula de água, por sua vez, tem dois átomos de hidrogénio e um de oxigénio).

As moléculas encontram-se em constante movimento, fenómeno que se conhece como


vibrações moleculares (que podem ser de tensão ou de flexão). Os seus átomos mantêm-se unidos
por partilharem ou trocarem eletrões.
Convém destacar que as moléculas podem ser neutras ou apresentar carga eléctrica. Neste
último caso, dá-se-lhes o nome de ião-molécula ou ião poliatómico.
Há moléculas simples e complexas.
Um exemplo de molécula simples é o oxigénio (O2).

Um exemplo de elemento que é composto por


moléculas é o açúcar que é usado para adoçar bebidas,
para receitas, etc.
O açúcar tem como unidade formadora a sacarose
cuja molécula é mais complexa, possuindo 45 átomos,
sendo 11 de oxigénio, 12 de carbono e 22 de hidrogénio.

É descrito que o conceito de moléculas surgiu nas


hipóteses do filósofo Robert Boyle, por volta de 1661, no seu tratado The Sceptical Chymist, onde
explica que a matéria consiste em aglomerados de partículas e que as interações desses aglomerados
resultam nas reações químicas.
Bom trabalho!
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