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Módulo 2
Epidemiologia do Uso de Drogas e as
Evidências sobre o que Funciona e o que
não Funciona em Políticas Públicas
Expediente
Presidente da República
Jair Messias Bolsonaro
Vice-Presidente da República
Antônio Hamilton Martins Mourão
Ministro da Cidadania
João Inácio Ribeiro Roma Neto
Reitor
Ubaldo Cesar Balthazar
labSEAD
Coordenação
Luciano Patrício Souza de Castro
Financeiro
Fernando Wolf
Coordenação de Produção
Francielli Schuelter
Supervisão de AVEA
Andreia Mara Fiala
Audiovisual
Daniel Almeida Vital de Oliveira
Dilney Carvalho da Silva
Dominique Cabral
Design Gráfico
Sonia Trois
Aline Lima Ramalho
Maria Isabel Grullón Hernandez
BY NC ND
Design Instrucional
Gabriel de Melo Cardoso
Todo o conteúdo do curso Política Nacional sobre
Marcia Melo Bortolato
Drogas: o que os gestores estaduais e municipais devem
saber está licenciado sob a Licença Pública Creative
Linguagem e Memória Commons Atribuição-Não Comercial-Sem Derivações 4.0
Fábio Bianchini Mattos Internacional.
Álcool.................................................................................................................. 6
Tabaco..............................................................................................................15
Referências............................................................................................ 32
Apresentação do Módulo
Neste módulo, estudaremos a epidemiologia do
álcool e outras drogas no Brasil, com objetivo de
conhecermos quais são as drogas mais utilizadas
pelos brasileiros e o perfil das pessoas que
as utilizam, a fim de melhor direcionarmos os
programas de prevenção.
Objetivos de Aprendizagem
do Módulo
1. Entender e discutir a epidemiologia do uso
de drogas no Brasil comparando com alguns
outros países.
Álcool
80
70
66,4
60
50
Prevalência (%)
40 43,1
30
30,1
20
16,5
10
0
Vida 12 meses 30 dias binge
Fonte: Adaptado
de Bastos et al.
(2017).
O “III Levantamento Nacional sobre o Uso de
Drogas pela População Brasileira” (III LNUD),
realizado pela FIOCRUZ em 2015, aponta que
66,4% das pessoas consumiram álcool na vida e
que 16,5% fizeram uso em binge. A constatação
de que cerca de 66% dos brasileiros consumiram
álcool na vida pode contrastar com a percepção
do senso comum de que todos os brasileiros
bebem. Daí a importância dos dados para orientar
políticas com base nas evidências.
Vida 12 meses
Nível de IC 95% IC 95%
Pessoas Pessoas
Escolaridade % %
(1.000) LI LS (1.000) LI LS
Sem instrução
e fundamental 30.046 69,5 67 72 16.427 38 36 40
completo
Fundamental
completo e médio 18.801 70,1 67,6 72,5 12.331 46 43,7 48,3
incompleto
Médio completo
e superior 34.043 71,9 69,6 74,2 23.497 49,6 47,5 51,7
incompleto
Superior
completo ou 11.774 76,5 73,4 79,5 9.178 59,6 56,4 62,8
mais
Sem instrução
e fundamental 11.764 27,2 25,3 29,1 6.873 15,9 14,2 17,6
completo
Fundamental
completo e médio 8.832 32,9 30,7 35,2 5.089 19 17,1 20,8
incompleto
Superior
completo 6.764 43,9 40,5 47,3 3.145 20,4 17,3 23,6
oumais
% 2006
2012
70
,4%
60 % 29 66
31,1 59
50 %
51
36 49
40 45
36
30
20
10
0
Total Homens Mulheres
Fonte:
II LENAD (2014).
Se essa tendência se confirmar nos próximos
levantamentos, as mulheres podem alcançar
índices próximos aos dos homens no futuro.
Esses dados são extremamente relevantes para
mostrar a tendência ou para qual direção caminha
o perfil dos usuários, uma vez que apontam
para onde devemos caminhar com relação aos
programas de prevenção e tratamento.
Fonte:
Até aqui vimos alguns exemplos dos dados II LENAD (2014).
sobre consumo de bebida alcoólica, mas é
importante saber quantos destes bebedores são
dependentes. Os dados apresentados no a seguir
apontam que 16% da população de bebedores
bebem moderadamente e que, entre os 50% não
abstêmios no momento da pesquisa, 17% são
abusadores e dependentes.
16%
beber nocivo
50%
17%
Fonte:
II LENAD (2014).
Os gestores públicos podem ainda se interessar em
conhecer mais detalhadamente o hábito de beber e
dirigir: quantos brasileiros têm esse hábito e qual o
perfil desse padrão de bebedor? Eles podem estar
interessados em se orientar para a proposição de
leis mais rígidas sobre conduzir veículo sob efeito
de bebida ou criar uma campanha de prevenção
seletiva, direcionada a um grupo específico de
pessoas que compartilham os mesmos fatores de
riscos; no caso aqui, beber e dirigir.
20 21,6
15
17%
10
8,6
5 7,1
0
Total Homens Mulheres
Fonte:
Não é nossa intenção dissecar todos os dados II LENAD (2014).
epidemiológicos disponíveis, mas que você
compreenda a importância desses dados e conheça
os mais relevantes. Por isso, na sequência vamos
apresentar tais dados, com foco na relevância
de cada um para as decisões de gestores na
elaboração e implementação de programas e ações
em política públicas voltados à prevenção do uso
de álcool e outras drogas.
Tabaco
%
2006
30
22 2012
%
25 27,0
19
%
20 20,8 21,0 13%
15 16,9
15,0
13,0
10
0
Total Homens Mulheres
Fonte:
A prevalência do tabaco é um bom exemplo do II LENAD (2014).
impacto das políticas na epidemiologia. A mudança
no perfil epidemiológico se deve a mudanças nas
políticas nas últimas décadas, como proibição de
propaganda, por exemplo, entre tantas outras.
Total 10,8 9
Fonte:
II LENAD (2014).
Saúde mental
Fonte: fizkes/
Shutterstock.com
Fonte:
Alexander_Safonov/
Shutterstock.com
Na Prática
Quais dados sobre fatores de risco associados ao
consumo de substâncias você gostaria de saber sobre a
população brasileira que poderiam ser respondidos pelos
estudos epidemiológicos?