Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Estudo de Caso Compesa
Estudo de Caso Compesa
RESULTADOS
DO PROJETO
Secretaria Nacional
de Saneamento
Ambiental - SNSA
MINISTÉRIO DAS CIDADES son Tiago dos Santos Pedrosa, Hugo Fagner dos
Santos Pedrosa, Ítala Gomes dos Santos Jesus,
Ministro das Cidades Jair Jackson Dias Santiles, Jairo Tardelli Filho,
Alexandre Baldy de Sant’anna Braga Jardel Almeida de Oliveira, Jean Morillas, João
Gustavo Ferreira Junior, João Roberto Rocha
Secretário Executivo Moraes, José Fabiano Barbosa, Julian Thornton,
Silvani Alves Pereira Ksnard Ramos Dantas, Leandro Moreira, Lineu
Andrade de Almeida, Luís Carlos Rosas, Luís
Secretário Nacional de Saneamento Ambiental Guilherme de Carvalho Bechuate, Luiz Fernando
Adailton Ferreira Trindade Rainkober, Mariana Freire dos Santos, Maurício
Alves Fourniol, Maurício André Garcia, Michel
Diretor do Departamento de Planejamento e Vermersch, Milene Cássia França Aguiar de
Regulação Salvo, Nilson Massami Taira, Paula Alessandra
Ernani Ciríaco de Miranda Bonin Costa Violante, Paulo Cezar de Carvalho,
Pedro Frigério Paulo, Pedro Gilberto Rodrigues
Coordenadora da UGP/SNSA da Mota, Pedro Paulo da Silva Filho, Pertony Ri-
Wilma Miranda Tomé Machado beiro Guimarães, Rodolfo Alexandre Cascão Iná-
cio, Rodrigo Andrade de Matos, Rodrigo Martin
Equipe Técnica do INTERÁGUAS Teresi, Sílvio Henrique Campolongo, Thatiane
André Braga Galvão Silveira, José Dias Corrêa Medeiros Soares de Almeida, Vinicius Kabakian,
Vaz de Lima, Paulo Rogério dos Santos e Silva Wantuir Matos de Carvalho, Wellington Luiz de
Carvalho Santos
Consultor INTERÁGUAS
Airton Sampaio Gomes COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMEN-
TO - COMPESA
BANCO MUNDIAL
Comissão de Acompanhamento
Gerente de Projeto Danilton Henrique Sampaio Carneiro, Guilherme
Marcos Thadeu Abicalil Duarte Freire, José Leonardo Lemos da Silva,
Paula Pedreira de Freitas de Oliveira Lucy Ferreira Calazans, Luís Henrique Pereira
da Silva, Maria Lúcia Martins de Lima, Saulo de
INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO Carvalho Sá, Solon da Cunha Medeiros Neto
PARA A AGRICULTURA – IICA
Unidade de Caruaru
Representante do IICA
Jorge Hernán Chiriboga Comitê Gestor
Danilton Henrique Sampaio, Djailton Arruda da
Equipe Técnica IICACristina Costa, Kilmara Silva, Itaguaci Gomes, José Leonardo Lemos da
Ramos, Gertjan Beekman Silva, Linaldo Mendes dos Santos Júnior, Lívia
Clemente de Andrade, Luiz Evânio Rocha da
CONSÓRICO WMI - NG INFRA - SAGE Silva, Mario Heitor Gade Filho
Grupos de Trabalho
Alexsandro Chaves da Silva, Ayla Sarah de
Freitas Bezerra, Carlos Antônio de Araújo San-
tos, Elvis Alves de Araújo, Fabiano Alencar de
Miranda, Januário Nunes de Carvalho, Maria de
Lourdes Pereira da Silva, Mário Solon Pereira
Junior, Rivaldo Neto Valente, Saulo de Carvalho
Sá, Saulo Emmanuel Constantino Carneiro Leão,
Tarciana Luzia da Silva
Sumário
1. A SISTEMATIZAÇÃO DO PROJETO – METODOLOGIA E ESTUDOS DE CASO......................................... 9
1.1 O registro do Projeto Com+Água.2.......................................................................................................... 9
3. O COM+ÁGUA NA COMPESA...................................................................................................................15
5. ETAPAS DE IMPLANTAÇÃO.....................................................................................................................25
5.1 Área Temática 1 – Mobilização Social..................................................................................................25
5.1.1 Diagnóstico.............................................................................................................................................25
5.1.2 A Implantação........................................................................................................................................ 27
5.1.3 Resumo da Mobilização Social no COM+ÁGUA.2......................................................................38
5.2 Área Temática 2 – Perdas Reais..............................................................................................................38
5.2.1 Generalidades........................................................................................................................................38
5.2.2 Escolha e Implantação do DMC.......................................................................................................38
5.2.3 Macromedição e Telemetria..............................................................................................................40
5.2.4 Cadastro e Modelagem Hidráulica.................................................................................................42
5.2.5 Controle Ativo de Vazamentos.........................................................................................................45
5.2.6 Controle de Pressão e Gestão do DMC..........................................................................................46
5.3 Área Temática 3 – Perdas Aparentes..................................................................................................... 47
5.3.1 Cadastro Comercial.............................................................................................................................. 47
5.3.2 Micromedição.........................................................................................................................................49
5.3.3 Combate a Usos Não Autorizados...................................................................................................52
5.4 Área Temática 4 – Gestão de Energia...................................................................................................54
5.4.1 Metodologia das Medições (Evento de Diagnóstico e Monitoramento)...........................54
5.4.2 Resumo do Diagnóstico Hidroenergético – Bomba da Inversão.......................................... 57
5.4.3 Resumo do Diagnóstico Hidroenergético – Bomba do Anel Oeste II.................................61
5.5 Área Temática 5 – Planejamento e Gestão.........................................................................................69
6. IMPACTO E INDICADORES......................................................................................................................70
6.1 Área Temática 1 – Mobilização Social..................................................................................................70
6.1.1 Indicador de Mobilização Social – IMOB.....................................................................................70
6.2 Área Temática 2 – Perdas Reais..............................................................................................................70
6.3 Área Temática 3 – Perdas Aparentes.....................................................................................................71
6.4 Área Temática 4 – Gestão de Energia...................................................................................................71
6.5 Área Temática 5 – Planejamento e Gestão.........................................................................................72
9. ETAPAS DE IMPLANTAÇÃO.....................................................................................................................79
9.1 Área Temática 1 – Mobilização Social..................................................................................................79
9.1.1 Diagnóstico.............................................................................................................................................79
9.1.2 Organização............................................................................................................................................79
9.1.3 Comunicação..........................................................................................................................................79
9.1.4 Educação..................................................................................................................................................80
9.1.5 Cultura......................................................................................................................................................80
9.1.6 A Implantação........................................................................................................................................80
9.2 Área Temática 2 – Perdas Reais..............................................................................................................88
9.2.1 Generalidades........................................................................................................................................88
9.2.2 Escolha e Implantação do DMC.......................................................................................................89
9.2.3 Macromedição e Telemetria..............................................................................................................91
9.2.4 Cadastro e Modelagem Hidráulica.................................................................................................93
9.2.5 Controle Ativo de Vazamentos.........................................................................................................95
9.2.6 Controle de Pressão e Gestão do DMC..........................................................................................96
9.3 Área Temática 3 – Perdas Aparentes..................................................................................................... 97
9.3.1 Cadastro Comercial.............................................................................................................................. 97
9.3.2 Micromedição......................................................................................................................................... 97
9.3.3 Combate a Usos Não Autorizados...................................................................................................98
9.4 Área Temática 4 – Gestão de Energia...................................................................................................99
9.4.1 Metodologia das Medições (Evento de Diagnóstico e Monitoramento)............................................99
9.5 Área Temática 5 – Planejamento e Gestão.......................................................................................107
Lista de Figuras
Figura 1. Subprojetos.....................................................................................................................................................12
Figura 2. Fluxo de Implantação..................................................................................................................................13
Figura 3. Modelo de Gestão da Compesa................................................................................................................ 17
Figura 4. Mapa estratégico da Compesa para o período de 2018-2022......................................................18
Figura 5. Pirâmide do Ciclo Mensal de Reuniões.................................................................................................19
Figura 6. Mapa de Caruaru............................................................................................................................................22
Figura 7. Área abrangência DMC Boa Vista.............................................................................................................24
Figura 8. Quantitativo de funcionários - GNR Agreste Central Caruaru........................................................31
Figura 9. Boletim informativo Com+Água2............................................................................................................33
Figura 10. Delimitação DMC Boa Vista I.................................................................................................................39
Figura 11. Tela do Sistema de Telemetria...............................................................................................................41
Figura 12. Modelo Hidráulico do DMC.....................................................................................................................43
Figura 13. Subsetores Propostos no QGIS - Preparação do Step Test............................................................44
Figura 14. Telas do Coletor Eletrônico de Dados..................................................................................................48
Figura 15. Demanda de Potência Ativa – Bomba da Inversão.........................................................................59
Figura 16. Vazão de Água de Recalque – Bomba da Inversão..........................................................................60
Figura 17. Volume Bombeado durante o período de Monitoramento...........................................................60
Figura 18. Gráfico de desequilíbrio de Corrente entre fases do Motor.........................................................61
Figura 19. Instalação do Medidor de Vazão Portátil na Adutora do Anel Oeste II...................................65
Figura 20. Registro de Vazão de Água de Recalque – Bomba do Anel Oeste II........................................65
Figura 21. Volume Bombeado durante o período de Bombeamento............................................................66
Figura 22. Linha Neutra de Variação de Energia.................................................................................................. 67
Figura 23. Mapa de Salgueiro......................................................................................................................................76
Figura 24. Distritos de Abastecimento Salgueiro.................................................................................................78
Figura 25. Delimitação do DMC.................................................................................................................................89
Figura 26. Planta/Mapa DMC Distrito 02................................................................................................................90
Figura 27. Tela do Epanet com Exemplo de Modelagem Hidráulica.............................................................94
Figura 28. Zonas de Pressão Sugeridas no DMC Distrito 2..............................................................................96
Figura 29. Demanda de Potência Ativa................................................................................................................. 104
Figura 30. Dados de Demanda................................................................................................................................. 105
Figura 31. Dados de Consumo Específico............................................................................................................. 104
Figura 32. Dados de Vazão........................................................................................................................................ 104
Figura 33. Dados de Custo Específico de Energia............................................................................................. 105
Figura 35. Dados de Consumo de Energia........................................................................................................... 105
Lista de Fotos
Foto 1. Reunião dos Consultores com Integrantes do Comitê Gestor de Caruaru....................................28
Foto 2. Reunião Setorial foi o Momento de discutir Propostas para o Combate às Perdas
de Água e uso Eficiente de Energia...........................................................................................................................30
Foto 3. Apresentação Teatral em Escola..................................................................................................................36
Foto 4. O Curso de Mobilização Social envolveu funcionários de Caruaru e Salgueiro
e Fomentou o Teatro de Mamulengos..................................................................................................................... 37
Foto 5. Ludicidade com a Cultura do Mamulengos para Abordar Cuidados com a Água....................... 37
Foto 6. Instalação Medidor Rel Boa Vista................................................................................................................41
Foto 7. Macromedidor Boa Vista II.............................................................................................................................41
Foto 8. Sondagem de Registro....................................................................................................................................42
Foto 9. Vazamento detectado durante Capacitação............................................................................................44
Foto 10. Equipamentos para Pesquisa de Vazamento da Compesa - Caruaru............................................45
Foto 11. Pesquisa com Haste de Escuta..................................................................................................................46
Foto 12. Desvio do Rap Boa Vista..............................................................................................................................46
Foto 13. Desvio do Rap Boa Vista.............................................................................................................................. 47
Foto 14. Demonstração do Uso do Conjunto Datalogger e do Hidrômetro Volumétrico
Classe C...............................................................................................................................................................................49
Foto 15. Treinamento sobre Levantamento de Perfis de Consumo em Campo.........................................50
Foto 16. Treinamento sobre Ensaios de Bancada para Determinação da
Curva de Envelhecimento.............................................................................................................................................51
Foto 17. Investigação em Campo de Irregularidades nas Ligações de Água..............................................53
Foto 18. Totalizador de Volume e Indicador de Vazão Instantânea...............................................................55
Foto 19. Medidor de Vazão do Sistema da Inversão, do tipo Eletromagnético Intrusivo.......................55
Foto 20. Pontos para Instalação de Manometros e/ou Transmissor de Pressão.......................................55
Foto 21. Pontos de Tomada de Pressão....................................................................................................................56
Foto 22. Instalação dos Transmissores de Pressão na Bomba do Sistema da Inversão.........................56
Foto 23. Conjunto Motobomba do Sistema da Inversão....................................................................................59
Foto 24. Conjunto Motobomba do Anel Oeste II.................................................................................................63
Foto 25. Medição Instantânea de Vibração na Bomba do Anel Oeste II.....................................................63
Foto 26. Conjunto Motobomba...................................................................................................................................63
Foto 27. Tomada de Pressão no Barrilete de Recalque da Bomba do Sistema Anel Oeste II...............64
Foto 28. Barriletes de Sucção e Recalque da Bomba do Anel Oste II..........................................................64
Foto 29. Registrador ele Registrador Eletrônico Universal...............................................................................64
Foto 30. Tomadas de Pressão na Bomba do Sistema Anel Oeste II..............................................................64
Foto 31. Instalação do Medidor de Vazão Portátil na Adutora do Anel Oeste II......................................64
Foto 32. Medidor de Grandezas Elétricas no Centro de Controle de Motores do Motor
do Anel Oeste II...............................................................................................................................................................65
Foto 33. Participantes do Curso de Mobilização Social.....................................................................................82
Foto 34. Reunião dos Consultores com o GT Mob...............................................................................................83
Foto 35. Integrantes do Comitê Gestor, Consultor e Participantes da Reunião Setorial.........................84
Foto 36. Atividade Abordando Cuidados com a Água em Escola Municipal...............................................87
Foto 37. Capacitação de Estanqueidade..................................................................................................................91
Foto 38. Instalação do Cavalete à Jusante do Macromedidor no DMC Distrito 02..................................92
Foto 39. Macromedidor do DMC................................................................................................................................92
Foto 40. Tela do Sistema de Telemetria...................................................................................................................93
Foto 41. Curso de Modelagem Hidráulica...............................................................................................................94
Foto 42. Capacitação de Pesquisa de Vazamentos...............................................................................................95
Foto 43. Caixa de Inspeção de Hidrômetro............................................................................................................95
Foto 44. Treinamento sobre ensaios de Bancada para Determinação da
Curva de Envelhecimento.............................................................................................................................................98
Foto 45. Treinamento sobre Levantamento de Perfis de Consumo................................................................ 97
Foto 46. Investigação em Campo de Irregularidades nas Ligações de Água.............................................98
Foto 47. Transdutores de Corrente e Analisadores de Grandezas Elétricas.............................................. 100
Foto 48. Medidor de Vazão Eletromagnético de Carretel............................................................................... 100
Foto 49. Imagens da Câmera de Termográfica................................................................................................... 101
Foto 50. Medidor de Rotação Digital sem Contato (Rpm).............................................................................. 100
Foto 51. Escala de Rodízio de Abastecimento de Água................................................................................... 101
Foto 52. Conjuntos Motobomba EEAT Distrito 02........................................................................................... 102
Lista de Tabelas
Tabela 1. Dados - DMC Boa Vista I.............................................................................................................................40
Tabela 2. Dados Coletados no Campo......................................................................................................................48
Tabela 3. Características da Bomba de Inversão................................................................................................... 57
Tabela 4. Dados Resumidos do Diagnóstico Hidroenergético.........................................................................58
Tabela 5. Consumo Específico para o Sistema da Inversão...............................................................................61
Tabela 6. Características da Bomba do Anel Oeste II – Eta Petrópolis........................................................61
Tabela 7. Dados Resumidos do Diagnóstico Hidroenergético..........................................................................62
Tabela 8. Curva da Bomba - Anel Oeste II...............................................................................................................66
Tabela 9. Consumo Específico para o Sistema de Abastecimento do Anel Oeste II................................ 67
Tabela 10. Sistema da Inversão..................................................................................................................................68
Tabela 11. Anel Oeste II................................................................................................................................................68
Tabela 12. Dados DMC Distrito 02............................................................................................................................90
Tabela 13. Características da Bomba..................................................................................................................... 101
Tabela 14. Dados Resumidos do Diagnóstico Hidro Energético.................................................................. 102
Tabela 15. Matriz do Balanço Hídrico.................................................................................................................... 106
Tabela 16. Resumo de ações de EE – EEAT Distrito 02..................................................................................107
Resultados do projeto
1. A SISTEMATIZAÇÃO DO
PROJETO – METODOLOGIA
E ESTUDOS DE CASO
A
metodologia do Projeto COM+ÁGUA.2, em sistemas de abastecimento de água selecio-
para a gestão integrada e participativa nados na Chamada Pública nº 104/2014, está
visando o combate e o controle das per- descrita em seis livretos que compõem o Com-
das de água e o uso eficiente de energia elétrica pêndio Metodológico COM+ÁGUA.2:
9
Resultados do projeto
2. O PROJETO COM+ÁGUA.2
DESCRIÇÃO METODOLÓGICA
GERAL
C
om a média do índice de perdas por e Estimular o intercâmbio e a replicação de ex-
ligação no país de 343 litros/ligação/dia, periências bem-sucedidas;
representando 38% de perdas na distri- e Contribuir para a universalização dos serviços
buição (SNIS, 2016) e a avaliação de especialistas de saneamento ambiental, com benefícios
do setor energético de um potencial de economia adicionais para o meio ambiente e a saúde.
no saneamento que excede os 25% do consumo
atual, o projeto COM+ÁGUA.2 foca sua metodolo- A primeira e a segunda versão do COM+ÁGUA
gia para alcançar os seguintes objetivos: apropriaram-se da moderna experiência nacional
e internacional para a melhoria do desempenho
e Modernizar os processos voltados à redu- operacional dos sistemas de abastecimento. O
ção de perdas reais e aparentes de água, arcabouço metodológico voltado para o combate
uso eficiente de energia elétrica, cobrança às perdas de água está baseado no desenvolvido
justa e adequada de tarifas, desenvolvi- por pesquisadores da International Water Asso-
mento gerencial, aumento da capacidade ciation - IWA e visa internalizar e amplificar estas
de investimento; experiências no Brasil.
e Institucionalizar rotinas de gerenciamento de O destaque da metodologia COM+ÁGUA.2 é
perdas de água e energia elétrica decorren- o planejamento e a execução de ações de forma
tes dos processos operativos dos sistemas de integrada e participativa, tendo a mobilização
abastecimento de água; social como o diferencial para a mudança cul-
e Aumentar a capacidade de desenvolvimento tural tanto interna, das equipes das empresas,
de projetos e do gerenciamento energético; quanto externa, das populações atendidas pelo
e Desenvolver a capacidade de mobilização e abastecimento de água. Essas ações são de-
comunicação interna e externa para dar sus- senvolvidas por subprojetos, que na segunda
tentabilidade, governabilidade e perenidade versão do COM+ÁGUA foram estruturados por
aos programas implantados; Áreas Temáticas.
10
Resultados do projeto
A estrutura das Áreas Temáticas é um artifício suas necessidades, entre elas a constituição do
didático para facilitar a compreensão e o envol- Comitê Gestor - CG e dos Grupos de Trabalho – GT.
vimento do maior número de pessoas no plane- São essas instâncias que vão elaborar os planos
jamento e execução das ações, pois caso contrá- de ação para cada Área Temática, tendo como
rio, se forem entendidos de forma segmentada, roteiro os subprojetos e dessa forma integrá-los
ferem o cerne do COM+ÁGUA.2, ou seja, a gestão no PGI. Entre as ações iniciais está o diagnóstico
integrada e participativa. É preciso olhar a me- técnico-social que apontará o caminho para es-
todologia vendo o todo e as partes, nesse fluxo tabelecer o Distrito de Medição e Controle – DMC
contínuo das particularidades que compõem o e suas necessidades para o combate e redução
todo. Esta visão não é uma tarefa simples, pois há das perdas de água, servindo de base para o CG
uma diversidade de ações que vão da engenharia e os GT no planejamento dos planos de ação e
complexa como a modelagem hidráulica e com- das versões do PGI. O DMC pode ser definido
pilação de dados para compor o Balanço Hídrico, como a área da rede de distribuição obtida pelo
passando pela gestão de contas de energia elétri- fechamento permanente ou temporário de vál-
ca, processos comerciais e de mobilização social. vulas limítrofes, na qual a quantidade de água
O conteúdo de cada Área Temática, descrito que entra e sai é medida. Em paralelo, as equipes
acima, tem uma série de ações a serem desen- das empresas de saneamento básico passam por
volvidas por seus pares nos prestadores e que intenso processo de capacitação, participando de
devem ser detalhadas quando da elaboração cursos e encontros temáticos como também sen-
dos planos de ação na forma de subprojetos. E do acompanhados por consultores especialistas
estes, de forma integrada comporão o Plano de em suas rotinas, em capacitação em processo e
Gestão Integrada – PGI. oficinas. O organograma abaixo sistematiza as
A implantação do COM+ÁGUA.2 inicia com etapas do COM+ÁGUA.2.
a pactuação da direção quanto a metodologia e
11
Resultados do projeto
Figura 1. Subprojetos
1 Desenvolvimento de instâncias
e da gestão participativas;
2 Comunicação interna e externa;
4 Macromedição e automação;
3 Educação e cultura;
5 Sistema cadastral e modelagem hidráulica;
6 Ações para redução de perdas reais: gestão
OPTION de DMC, controle de pressão e controle ativo
01 de vazamentos;
OPTION 7 Gestão de ativos;
01
01 AT 8 Desenvolvimento do
4, 5, 02
AT1, 2, 3 6, 7
cadastro comercial;
9 Desenvolvimento da
AT, 9, 10
micromedição;
8
03
10 Desenvolvimento do
combate a usos não
autorizados;
2, 1 4
14
11, 1 T 0
3,
A
05 9
AT 1
, 16
, 17
, 18,
15
12
Resultados do projeto
ACDs
Fonte: COM+ÁGUA
13
Resultados do projeto
3. O COM+ÁGUA NA COMPESA
A
Companhia Pernambucana de Sanea- ta abastecia o Recife a partir de uma distribui-
mento – Compesa é uma sociedade ção gerenciada pela Companhia do Beberibe,
anônima de economia mista, com fins organização inglesa que prestou seus serviços
de utilidade pública, vinculada ao Governo do à cidade entre os anos de 1837 e 1892. Hoje,
Estado de Pernambuco. É uma organização do- 173 municípios do Estado, incluindo o distrito
tada de personalidade jurídica de direito priva- de Fernando de Noronha, são atendidos pela
do, tendo o Estado como seu maior acionista. Compesa, que atua desde 1971 para levar água
A Compesa foi fundada em 1971 com a mis- e esgotamento sanitário aos pernambucanos.
são de levar água e esgotamento sanitário aos Com 47 anos de existência e aproximadamente
pernambucanos. A ideia era gerir, em uma única 7 mil colaboradores diretos e indiretos, a Com-
autarquia, os projetos que atenderiam ao Plano pesa tem participado ativamente do desenvol-
Nacional de Saneamento (Planasa), garantindo vimento do Estado, garantindo a infraestrutura
a viabilidade econômico-financeira da relação necessária para atração de investimentos e in-
entre Estado e União, seguindo os moldes do fluenciando decisivamente na melhoria da saú-
Banco Nacional de Habitação (BNH). Para isso, a de e na qualidade de vida dos pernambucanos.
Saneamento do Recife (Saner) e a Saneamento A Compesa, desde sua criação, vem atuando
do Interior de Pernambuco (Sanepe) tornaram- na prestação de serviços de abastecimento de
-se as subsidiárias da nova empresa, que subs- água e esgotamento sanitário em Pernambu-
tituiria o Fundo de Saneamento de Pernambuco co, operando sistemas em 173 municípios e no
(Fundespe). Três anos mais tarde, as organiza- Distrito de Fernando de Noronha. A presença da
ções foram extintas e a unificação dos serviços Companhia no Estado é representada pelas 21
foi concluída em 1974. unidades de negócios, distribuídas estrategica-
No passado, o fornecimento de água em mente nas macrorregiões da Região Metropoli-
Pernambuco era restrito a uma parcela da sua tana do Recife, Zona da Mata, Agreste e Sertão.
capital. Uma tubulação ligada ao Açude do Pra- A COMPESA tem como missão prestar, de
15
Resultados do projeto
16
Resultados do projeto
Plano Estratégico
Estratégico
5 anos
Tático
Metais anuais
1 ano
Projetos Carteira de
Estratégicos Investimentos
Gerenciamento Gerenciamento
das melhorias da Inovação
Sistemas de Padronização
Operacional
1 dia
Orçamento
Resultados
No final de 2017, a empresa iniciou a revi- objetivos estratégicos da Compesa para o pe-
são de seu planejamento estratégico, ouvindo ríodo de 2018-2022. A figura seguinte mostra o
grande parte de seus colaboradores, redefi- Mapa Estratégico da COMPESA para o período
nindo assim, a missão, a visão, os valores e os de 2018-2022.
17
Resultados do projeto
Missão Visão
Valores
• Ética • Foco no cliente • Valorização dos colaboradores
• Transparência • Inovação • Responsabilidade socioambiental
• Eficiência e rentabilidade • Comprometimento com resultados
Crescer de
Financeira
Garantir a eficiência
em operação e forma Aumentar a
investimentos sustentável arrecadação
Clientes e
mercados
A Compesa, nos últimos anos, tem alcançado Após a consolidação da metodologia aplicada
resultados cada vez mais satisfatórios, atuando nestes últimos anos, a empresa modificou sua ro-
na melhoria contínua com base em disciplina tina de reuniões de monitoramento, otimizando a
e no método PDCA que preconiza a relevância participação dos diretores, deixando as decisões
do planejamento prévio à execução e do acom- mais próximas de todos os níveis da organização.
panhamento destes resultados, para que sejam A pirâmide a seguir representa o ciclo mensal
corrigidos possíveis desvios e padronizadas as de reuniões, com envolvimento de todos os níveis
práticas de sucesso. hierárquicos da empresa.
18
Resultados do projeto
te
en es
r e sid retor
: P : Di
r a nça ação
e t
Lid resen es
tor ente
s
A p i r e r
Re D e
Ní uniã ça: o: G
ve o ran taçã
l1 e
Lid resen res
p t e s nado
Re
Ní uniã
A ren rde
ve o a : Ge : Coo
l2 nç ão
era taç
Re Lid resen
Ní uniã Ap res s
ve o
l3 a do dore
n a
rde or
C oo olab
Re ça: o: C
Ní uniã
ve o e ran taçã
l4 Li resen
d
Ap
Água 2 foi aplicar e desenvolver a metodologia da, partiu para a mobilização externa, entrando
de combate e redução de perdas em sistemas de na comunidade escolhida do DMC e utilizando
abastecimento de água intermitente como é o os dispositivos sociais para alcançar o cliente.
caso de Salgueiro e Caruaru. Foram realizadas reuniões comunitárias, oficinas
Na área de perdas reais e perdas aparentes em escolas e diversas visitas na para aplicação
foi possível desenvolver a modelagem hidráulica das estratégias de mobilização nas comunidades.
que é uma ferramenta de análise fundamental no Resultados alcançados:
gerenciamento de sistemas de abastecimento de
água. Foi possível aplicar ferramentas de controle e Envolvimento e motivação da equipe de tra-
de pressão através de válvulas instaladas no DMC, balho ao longo do processo;
e estabelecer uma metodologia de atualização e Redução significativa do volume de água per-
de cadastro técnico e de pesquisa de vazamen- dido no DMC;
tos. Além disso, destacam-se as ferramentas de e Redução da vazão de entrada no DMC de es-
controle da micromedição e combate a fraudes. tudo em Caruaru de 70 l/s para 55 l/s sem
A metodologia Com+Água 2 foi um aprendi- prejudicar o abastecimento, feitos através de
zado na aplicação de ferramentas de combate as estudos e medições pitométricas;
perdas que já está sendo expandida dentro da e Implantações de macromedidores, telemetria
companhia e sendo aplicadas em outras unidades, para monitoramento e gestão do DMC;
com as devidas adaptações para realidade local. e Melhora do abastecimento no DMC;
A metodologia proposta pelo programa, do e Atualização do cadastro técnico;
ponto de vista operacional, foi implementada e e Confirmação das suspeitas de fraudes em vá-
adaptada a cada situação encontrada em Carua- rios imóveis pesquisados;
ru e Salgueiro, cidades que se encontram em ro- e Implantação de indicador estratégico de efi-
dízio de abastecimento, o que tornou desafiador ciência energética em toda a COMPESA;
para COMPESA e o Consórcio. e Maior experiência do corpo técnico da em-
Na área de perdas reais, as equipes consegui- presa ocasionados pelos treinamentos e en-
ram estudar um DMC, estanqueidade, macrome- contros temáticos elaborados pelo Consórcio.
dição, atualização do cadastro técnico do DMC,
estudos através da pitometria de possibilidade Lições aprendidas:
de desativar elevatória com a ação de redução O grande aprendizado do COM+ÁGUA.2 foi o
de perdas, entre outras, com acompanhamento trabalho integrado entre as áreas operacionais, co-
do Consórcio. merciais e de mobilização, onde se viu a necessi-
Na área da eficiência energética as equipes dade da criação de um setor exclusivo para perdas.
receberam treinamentos, implantação de indica- Verificamos que com a análise e gestão de
dor estratégico de eficiência energética e apoio dados é possível melhorar o abastecimento de
para futuras adequações cujo resultado será um um setor, atendendo a demanda com uma oferta
menor consumo de energia mantendo a produ-
menor de vazão.
ção constante.
Percebeu a necessidade de ampliar os inves-
Na área comercial, as equipes revisaram o
timentos em infraestrutura e de hidrômetros de
cadastro do DMC escolhido, realizou levanta-
forma a permitir melhores resultados de redu-
mentos de perfis de consumo. Além disso, foi
ção efetiva das perdas de água.
visto a necessidade da substituição do parque
de hidrômetros e intensificação da pesquisa en- É necessário fortalecer cada vez mais o tra-
volvendo ligações clandestinas e fraudes. balho de mobilização e sensibilização da co-
Na área social, o Grupo de Trabalho MOB munidade, para que todos compreendam a real
iniciou as ações de mobilização primeiramente importância do uso racional da água e de sua
com o público interno, realizando eventos de di- contribuição individual e coletiva no combate às
fusão do projeto a exemplo das oficinas setoriais diversas formas de perda de água.
para alcançar todos os colaboradores. Em segui- É preciso investir permanentemente em
20
Resultados do projeto
21
Resultados do projeto
4. A ÁREA PRIORITÁRIA
DE CARUARU
L
ocalizada no Vale do Ipojuca, a cidade de e Número de economias ativas abastecidas re-
Caruaru é o município mais populoso do sidenciais (IBGE, 2008): 91.972.
interior de Pernambuco e destaca-se como e Densidade demográfica (IBGE, 2010): 342,07
o mais importante polo econômico, médico-hos- hab./km².
pitalar, acadêmico, cultural e turístico do Agreste, e Esgotamento sanitário adequado (IBGE,
2010): 81,3 %.
4.1.2 Dados de Caruaru - PE e Internações por diarreia (IBGE, 2016): 0,3 in-
ternações por mil habitantes.
e Área territorial (IBGE, 2016): 920,610 km². e Clima: tropical do tipo semiárido, com pouca
e População (IBGE, Censo 2010): 314.912 pes- pluviosidade ao longo do ano, sendo junho
soas. e julho os meses mais chuvosos e outubro o
e População estimada (IBGE, 2017): 356.128 mês mais seco.
pessoas. e Temperatura: entre 21.7 °C a 24°C.
e Domicílios particulares permanentes (IBGE, e Altitude: 554 m.
2010): 96.310. e Índice pluviométrico: 551 mm.
Ceará
Paraíba
Piauí
Pernambuco
Caruaru
Bahia Alagoas
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Caruaru#/media/File:Brazil_Pernambuco_location_map_Municip_Caruaru.svg
22
Resultados do projeto
23
Resultados do projeto
24
Resultados do projeto
5. ETAPAS DE IMPLANTAÇÃO
N
o Brasil, as perdas de água e de envolvendo todos os setores da estrutura orga-
energia têm sido um dos principais nizacional e todas as classes de usuários do sis-
problemas que afetam a eficiência tema de abastecimento.
dos serviços de abastecimento de água. Trata- Nessa perspectiva, o componente da mobili-
-se de um dos pontos frágeis dos sistemas de zação social assume um papel de grande impor-
saneamento e das empresas que operam esses tância no combate às perdas de água na medida
serviços, mostrando a fragilidade da gestão de em que contribui para o fortalecimento de uma
grande parte do setor, evidenciando um desafio cultura onde a água é percebida como patrimô-
às três esferas governamentais. nio do planeta, condição essencial de vida de
Conforme INÁCIO & PORTELLA (s/d)1: todo vegetal, animal ou ser humano. E sendo o
direito à água um dos direitos fundamentais do
ser humano, sua manipulação deve ser feita com
“historicamente, os Programas de Controle e racionalidade, precaução e parcimônia2.
Redução de Perdas de Água têm sido focados
No âmbito do Projeto COM+ÁGUA.2, a mo-
nas ações técnico-operacionais (macromedição,
bilização social pode ser descrita como um pro-
instalação de novos hidrômetros, moderniza-
cesso dinâmico e permanente de envolvimento,
ção de trechos das redes de distribuição, etc.)
comprometimento e mudança de valores e com-
e/ou em campanhas educativas de uso racio-
portamentos, através da implantação de uma
nal da água para os usuários. Esses programas gestão integrada e participativa que aciona e
demonstraram uma eficácia limitada, uma vez contém quatro dimensões, que possuem interfa-
que os resultados imediatos decorrentes da sua ces e interdependências: Organização, Comuni-
implantação, muitas vezes, não permanecem cação, Educação e Cultura.
sustentáveis a médio e longo prazo”.
5.1.1 Diagnóstico
Num processo de mobilização social parte- O primeiro passo para o planejamento da
-se do entendimento de que um programa efi- gestão integrada e participativa de combate às
ciente e sustentável de controle e redução das perdas de água e uso eficiente de energia elé-
perdas de água deve contribuir para um proces- trica nos sistemas de abastecimento de água
so de mudança cultural, que deve ser interna- é fazer o diagnóstico técnico-operacional dos
lizado por todos os funcionários do prestador quatro eixos estruturantes da mobilização so-
de serviço e, da mesma forma, disseminado na cial: organização, educação, comunicação e
sociedade. Um programa que envolva a concer- cultura. A esse levantamento de dados juntam-
tação de objetivos comuns e ações articuladas -se impressões gerais que estabelecem a radio-
1
Inácio, Rodolfo Alexandre Cascão & Portella, Rosalva Alves. A Mobilização Social nos Programas de Controle e
Redução de Perdas de Água. 23º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental
2
Declaração Universal dos Direitos da Água – 1992
25
Resultados do projeto
grafia do estado da arte da mobilização social dica dos locais de trabalho, que geram relató-
e da existência ou não de uma cultura insti- rios encaminhados às coordenações e à direção,
tucional de uso eficiente de água e energia, pesquisas de clima organizacional, semanas de
culminando na elaboração de um diagnóstico palestras e atividades, entre outras atividades
situacional para um primeiro panorama das junto aos funcionários.
potencialidades existentes e de alguns dos de- Em Caruaru não existe um núcleo/setor
safios a serem enfrentados pela AT 1, ao longo responsável especificamente pelo combate às
do percurso do projeto. perdas de água, nem um trabalho mais articu-
Na Área Prioritária do SIAA Caruaru, o cená- lado e contínuo entre as coordenações, onde se
rio de implantação do COM+ÁGUA.2, em agos- planeje, execute e avalie as ações de combate
to/2016, apontava para o que segue. às perdas.
5.1.1.1 Organização 5.1.1.2 Comunicação
de Trabalho era realizada através das visitas re- ca regularidade das reuniões do Comitê Gestor,
gulares da assistência técnica, oficinas, encontros o que comprometia o planejamento e o moni-
temáticos e cursos, abrangendo conteúdos de en- toramento das ações. Dificuldade decorrente
genharia e de mobilização social, planejamento tanto da inexistência de uma cultura interna de
e gerenciamento de projetos. A AT 1, através da trabalhos mais articulados e intersetoriais, como
consultoria e do GT MOB, promoveu, ao longo do também em função das inúmeras e frequentes
percurso do projeto, oito reuniões com o CG que demandas diante do quadro de escassez hídrica,
visavam ao nivelamento e compartilhamento de de rodízios e problemas no abastecimento en-
informações, como também a discussão de proble- frentados em Caruaru. Aliado a isso, as dificulda-
mas e desafios enfrentados, bem como a definição des enfrentadas na disponibilização de recursos
de encaminhamentos necessários para o adequa- e equipamentos também comprometeram a im-
do andamento do projeto. plementação das ações necessárias.
Nessas visitas técnicas evidenciou-se a pou-
apesar de não serem da área social, tiveram primeiros esforços da consultoria da AT 1 junto
boa interação, criatividade, desenvolvendo ao GT MOB se deram no sentido da capacitação
ações diferenciadas, interna e externamen- de seus integrantes para o trabalho de mobili-
te, destacando-se apresentações de teatro zação social, envolvendo os objetivos centrais,
e mamulengo. E que, havendo um incentivo os eixos de trabalho e a importância do diálogo
institucional, existe potencial para a desen- permanente com as demais AT.
volvimento de diversas ações de comunica- Destaca-se, nas atividades preparatórias do
ção e mobilização social; projeto, o papel importante do GT MOB na cons-
e Maior engajamento e implicação dos fun- tituição do Comitê Gestor e dos Grupos de Trabalho
cionários, abrindo/ampliando os canais de e, especialmente, no apoio às consultorias no pro-
comunicação, o que acabou por triplicar o cesso de elaboração dos Planos de Ação/Plano de
número de solicitações de combate à vaza- Gestão Integrada - PGI, dando suporte no agenda-
mentos e desperdícios; mento, comunicação e organização das reuniões
e Os resultados alcançados, mesmo com a não periódicas com o CG quando das visitas técnicas.
efetivação do DMC, possibilitando expressiva No percurso do trabalho, uma das fragilida-
economia de recursos; des identificadas dizia respeito ao processo de
Constatação de que, diante do estágio em compartilhamento de informações pelas de-
que se encontram, frente aos resultados alcança- mais AT com o GT MOB acerca do andamento
dos no DMC Boa Vista, podem avançar/concluir do projeto, dos resultados alcançados e desafios
as ações, existindo um desejo de continuidade, enfrentados ao longo do percurso, o que subsi-
de avançarem na mudança de paradigma, com a diaria a produção periódica de boletins informa-
perspectiva de avanços importantes nas demais tivos (em meio digital e/ou impresso) a serem
áreas da cidade. encaminhados aos funcionários, no sentido de
atender a um dos objetivos centrais do trabalho
Grupo de Trabalho de Mobilização Social –
de mobilização social.
GT MOB
A ênfase na importância desse compartilha-
A estrutura da COMPESA, em especial do mento de informações foi sempre um tema im-
NAS, em Caruaru, foram de fundamental impor- portante das reuniões do CG, tendo sido criado,
tância para o desenvolvimento das ações da AT no percurso do projeto, formulário que possibi-
1/GT MOB, servindo de suporte para a organiza- litava um melhor registro das ações desenvol-
ção dos materiais disponibilizados pelo projeto, vidas, bem como alternativas de comunicação
bem como para as reuniões de planejamento e interna, utilizando-se um e-mail específico e
monitoramento das ações. O GT MOB, além da grupo via ferramenta WhatsApp, no sentido de
assistente social e estagiárias, integrantes da uma maior/melhor difusão das informações.
equipe do NAS, era composto também por fun-
cionários de diversas áreas da COMPESA Carua- Plano de Gestão Integrada - PGI
ru, sendo que essa composição foi sendo enri- A elaboração dos PGI, conforme metodologia
quecida ao longo da execução do trabalho. de implantação do COM+ÁGUA.2, se configura-
Essa composição diversa, com integrantes de va como uma etapa preparatória de grande im-
várias áreas da operadora trouxe, além das habili- portância para o desenvolvimento das ações do
dades e talentos, importantes olhares e contribui- projeto. Durante o processo de elaboração do PGI
ções para o trabalho do GT MOB, favorecendo um versão 1 – PGI 1 foram feitos diversos contatos e
melhor entendimento da cultura organizacional reuniões dos consultores com os GT/CG, no sen-
e dos processos internos relacionados ao comba- tido de esclarecimentos e orientações, culminan-
te às perdas de água, enriquecendo as discussões, do no encaminhamento do mesmo, pela Gerente
o diálogo com o Comitê Gestor, bem como o pla- Regional, em outubro/16, à equipe do Consórcio.
nejamento e o desenvolvimento das ações. Tendo como referência o PGI encaminhado e
A partir do diagnóstico situacional, ponto de as análises realizadas pelo Consórcio, o encon-
partida para implantação do COM+ÁGUA.2, os tro temático, ocorrido em abril/17, que contou
29
Resultados do projeto
com a presença do Ministério das Cidades e da bro/16, foram realizadas, em Caruaru, em mar-
COMPESA, possibilitou uma avaliação crítica do ço/17, em função do processo de revisão/fina-
panorama do projeto nas unidades de Caruaru e lização do PGI, que demandou a necessidade
Salgueiro e de suas perspectivas, viabilizando a de remanejamento de datas e atividades então
discussão e definição de encaminhamentos vi- programadas. Foram precedidas de encontros da
sando ajustes e avanços no projeto. consultora da AT 1 junto ao GT MOB e ao Comitê
A partir do Encontro Temático foram reali- Gestor para o planejamento e organização das
zadas visitas técnicas integradas que contaram setoriais, envolvendo:
com a presença dos consultores das AT atuantes
no projeto, possibilitando o adequado monito- e Levantamento da quantidade de funcionários
ramento das ações, o acompanhamento do pro- por áreas e diálogo com as respectivas coor-
cesso da disponibilização de recursos e equipa- denações visando o agendamento da partici-
mentos e a definição de ajustes necessários ao pação;
prosseguimento das ações. e Estruturação da programação, com a discus-
são e definição dos conteúdos a serem abor-
Reuniões Setoriais
dados, responsáveis e dispositivos a serem
Como etapa importante no processo de utilizados;
implantação do COM+ÁGUA.2, as reuniões se- e Encaminhamento dos convites aos partici-
toriais, tinham como finalidade promover o en- pantes.
volvimento e a participação dos funcionários no
projeto através da apresentação de seus obje- Visando a divulgação/apresentação das reu-
tivos e eixos centrais, bem como possibilitar o niões setoriais foi produzido um boletim infor-
levantamento, discussão e construção coletiva mativo, com convite encaminhado via WhatsApp,
de propostas de ações, a serem integradas ao bem como banner explicativo contendo os obje-
PGI. E também solicitar a adesão de voluntários tivos e a programação. Também cabe destacar,
como Agentes de Combate ao Desperdício - ACD, como parte da programação, a apresentação de
atuando como multiplicadores do COM+ÁGUA 2. um teatro de mamulengos, produzido e encena-
Inicialmente programadas para dezem- do pelos integrantes do GT MOB.
Foto 2. Reunião setorial foi o momento de discutir propostas para o combate as perdas de água e uso
eficiente de energia
30
Resultados do projeto
Foram realizadas ao longo da semana, em 198 terceirizados, 153 de quadro próprio, sete
Caruaru, 10 reuniões setoriais, de três horas de estagiários e um Jovem Aprendiz. Participaram
duração. Posteriormente, foi realizada uma nova das reuniões setoriais, 84 funcionários do qua-
reunião, agora junto aos leituristas. dro próprio e 111 terceirizados (somando aqui
A Gerência de Negócios Regional possuía, com os estagiários e Jovem Aprendiz), equiva-
em 2017, um total de 339 funcionários, sendo lendo a 53% de participação do total.
Quantitativo de Funcionários
GNR Agreste Central – Caruaru
153
198
uma primeira reunião com os ACD, mas que sa difusão de informações foi um dos principais
contou com uma participação pouco expressiva fatores que comprometeram um melhor desen-
dos envolvidos, sendo avaliado que, além das volvimento das ações de comunicação interna em
dificuldades de ausentar-se de seus respecti- Caruaru. Entre elas, a falta de conhecimento das
vos locais de trabalho, em função das inúmeras ações que estavam sendo desenvolvidas pelas de-
demandas locais (agravadas pelas chuvas in- mais AT, fundamentais para a produção de boletins
tensas que estavam impactando a região nesse periódicos internos sobre o andamento do projeto.
período), existia um sentimento de desinforma- Também merece destaque a sobrecarga de
ção, decorrente das fragilidades no processo de trabalho da assistente social, figura de referência
compartilhamento das informações, gerando do GT MOB, que, além das atribuições inerentes
dúvidas por parte dos funcionários com relação ao cargo, também atuava como suporte ao Comi-
ao andamento do projeto. tê Gestor e demais Grupos de Trabalho, estabele-
Apesar disso, foram resgatados, nessa re- cendo contatos permanentes com os consultores
união, os objetivos centrais do COM+ÁGUA.2, no intuito de garantir a realização das ativida-
promovendo também o nivelamento de infor- des de cursos e capacitações e participação dos
mações acerca do andamento das ações e do empregados. E as dificuldades de deslocamento,
trabalho de mobilização social, avaliando-se demandas e cobranças internas (em diferentes
que existe um potencial que ainda pode ser setores/coordenações), dificultando uma maior
utilizado pela operadora em prol do controle e dedicação dos demais integrantes do GT MOB.
redução das perdas de água e do uso eficiente
Nessa perspectiva, houve um grande esforço
de energia elétrica.
do GT MOB no sentido de encontrar alternati-
Nos processos de revisão/ajustes do Plano vas que pudessem fazer frente às dificuldades
de Mobilização Social foi destacada a importân- enfrentadas, buscando formas mais simples e
cia do trabalho junto aos ACD, com planejamen-
viáveis de incrementar a comunicação e poten-
to de novas reuniões e incremento do envolvi-
cializar a divulgação de informações e o envol-
mento dos mesmos nas ações de mobilização,
vimento dos funcionários. Nessa perspectiva, no
ações essas que acabaram não se efetivando
âmbito da comunicação interna, destacam-se as
em função das dificuldades/entraves no proje-
seguintes ações:
to. Mas cabe destacar, conforme avaliações, que
grande parte dos ACD teve papel importante no e A criação de e-mail: commaisagua2@gmail.
processo de compartilhamento das informações com visando o compartilhamento de infor-
a partir das alternativas de comunicação criadas mações acerca do percurso do COM+ÁGUA.2,
pelo GT MOB, implicando-se com os objetivos possibilitando a difusão periódica das ações
centrais do COM+ÁGUA 2. desenvolvidas/previstas, visitas técnicas,
reuniões, cursos, capacitações, entre outras
5.1.2.2 Subprojeto Comunicação Interna e
informações. Esse e-mail possibilitou ainda,
externa
a partir da opção da ferramenta de armaze-
Nas diversas reuniões realizadas, tanto junto namento do Google Drive, o armazenamento
ao GT MOB e Comitê Gestor, enfatizava-se a im- e o compartilhamento de arquivos por parte
portância da construção, ao longo do percurso de todos os integrantes dos Grupos de Tra-
do projeto, de estratégias e dispositivos diver- balho, como materiais de estudo, apresenta-
sos de sensibilização e comunicação interna, no ções em PowerPoint e vídeos;
sentido de favorecer uma melhor compreensão e Criação de um grupo geral pelo aplicativo
das ações em curso, dos desafios enfrentados, Whatsapp, no sentido da difusão rápida de
resultados alcançados, entre outros, no sentido informações acerca de ações do projeto, de
de manter os funcionários informados, sensibili- demandas e encaminhamentos internos,
zados e mobilizados para o alcance dos objeti- bem como o compartilhamento de fotos, ví-
vos centrais do COM+ÁGUA.2. deos e outros registros das atividades que
No entanto, as dificuldades enfrentadas nes- estavam sendo realizadas;
32
Resultados do projeto
Fonte: COMPESA
33
Resultados do projeto
24 fev 2017
Fonte: COMPESA
29 mar 2017
DAM, Notícias
continua...
34
Resultados do projeto
...continuação
material, evitando o seu descarte na rede coletora e sustentável desse recurso essencial, porém finito”,
e nos corpos hídricos. O Núcleo também realizou uma destacou o diretor.
visita a Estação de Tratamento de Água (ETA) Vitória As equipes dos Núcleos estão divulgando ainda,
com alunos da rede pública de ensino do município de durante todo o mês de março, o concurso cultural
Vitória de Santo Antão. Água: juntos vamos preservar, promovido pela Compe-
Segundo o diretor de Articulação e Meio Ambiente, sa em parceria com a Secretaria de Educação de Per-
Aldo Santos, até o final do mês, ainda estão programa- nambuco, para estudantes da rede pública de ensino.
das diversas ações em todo o estado. “Nosso objetivo Para mais informações, acesse: http://www.educacao.
é sensibilizar o maior número possível de pessoas so- pe.gov.br/portal/?pag=1&cat=36&art=3360.
bre a importância do papel de todos, sociedade e go- http://www.elocompesa.com.br/atividades-so-
verno, para evitar desperdícios hídricos e preservar os cioeducativas-da-semana-da-agua-compesa-no-inte-
mananciais, garantindo um consumo mais consciente rior/
Fonte: COMPESA
e Veiculação, via intranet, de matéria sobre En- SA: Colaboradores da COMPESA recebem mais
contro Temático realizado na sede da COMPE- um treinamento do Ministério das Cidades.
19 jul 2017
DTE
Fonte: COMPESA
situada na região do DMC, que contou com Essas atividades, criadas e encenadas pelos inte-
a presença de 15 funcionários da escola, en- grantes do GT MOB, foram fomentadas a partir do
tre diretores e professores. Na ocasião foram Curso de Mobilização Social, aproveitando-se os
apresentados, pelos integrantes do GT MOB, talentos existentes em Caruaru, tendo sido reali-
os objetivos centrais do CM+ÁGUA.2, os eixos zadas nos seguintes locais:
centrais do trabalho e destacada a importân-
cia do envolvimento da população no sentido e Teatro de mamulengos apresentado nas 11
do alcance dos objetivos do projeto. Destaca- reuniões setoriais realizadas junto aos funcio-
-se a receptividade e a disposição dos direto- nários da COMPESA, no período de 13 a 17/03
res e professores em apoiar esse trabalho de e no dia 21/06/17;
sensibilização junto aos alunos e pais, quando e Duas apresentações de teatro com mamulen-
das ações no DMC. gos na Escola Batista de Caruaru;
O trabalho de comunicação externa, no entan-
e Apresentação de esquete teatral na Escola
to, não teve a devida continuidade em função da Espaço Educacional Construtivo. Essas ações
não efetivação do DMC, etapa que deveria ampliar foram objeto de divulgação, pela EloCompesa,
as ações de comunicação e o maior envolvimento em 29/03/17.
dos ACD no projeto. e Também merece destaque a Oficina de Gra-
fitagem, que fazia parte do Projeto ComViver
5.1.2.3 Subprojeto Educação e Cultura
COMPESA, realizada junto a crianças e jovens
Com relação às ações no âmbito do Subprojeto residentes no entorno da COMPESA Salgado,
de Educação e Cultura, destaca-se a participação culminando na grafitagem do muro com temá-
dos integrantes do GT MOB na criação e apresen- ticas relacionadas ao combate ao desperdício
tação de esquete teatral e teatro de mamulengos. de água.
36
Resultados do projeto
Foto 5. Ludicidade com a cultura do mamulengos para abordar cuidados com a água
37
Resultados do projeto
jeto de aplicação da metodologia proposta pelo pela Companhia de Habitação - COHAB, com
projeto COM+ÁGUA.2. quadras e arruamentos bem definidos, predo-
Visando adequar o prazo inicialmente pre- minância de ocupações regulares e que possui
visto para execução do projeto, as variáveis ro- infraestrutura satisfatória.
dízio, disponibilidade de recursos financeiros e A avaliação da topologia (arruamento, topo-
pessoal do prestador, além de questões técnicas
grafia e rede de distribuição) do bairro permi-
como por exemplo extensão de rede, quantida-
tiu inferir que seria possível implantar o DMC
de de ligações e infraestrutura adequada, foram
na parte Norte ou Sul do bairro Boa Vista. Após
cruciais para definir a implantação de apenas
um DMC na área prioritária do prestador. avaliar os critérios de quantidade de ligações e
Dentre os setores sugeridos, o bairro da Boa extensão de rede, estimou-se que o esforço ne-
Vista foi o escolhido. Essa localidade encontra- cessário para implantação do DMC seria menor
-se inserida na sede urbana de Caruaru e cor- na parte Sul do bairro, localizada ao Sul da Ave-
responde ao conjunto habitacional implantado nida Caruaru, conforme figura abaixo.
O bairro da Boa Vista foi entregue pela servatórios, apoiado e elevado, confira as espe-
COHAB com rede de distribuição de água. Para cificações do DMC a seguir:
operar o sistema, a COMPESA construiu dois re-
39
Resultados do projeto
40
Resultados do projeto
Foto 6. Instalação medidor Rel Boa Vista Foto 7. Macromedidor Boa Vista 2
Na gerência de Caruaru não se constatou -se o sistema de telemetria. O Data logger utili-
rotina de aferições do parque de macromedi- zado conta com um sistema de transmissão de
dores, tampouco um planejamento de manu- dados via GSM ou coleta local via cabo infraver-
tenções preventivas e corretivas deste ativo melho conectado ao notebook. Esse equipamen-
tão relevante para monitoramento, controle e to apresenta Grau de Proteção IP 68, canal de
redução de perdas. vazão com saída pulsada e um canal de pressão.
No REL da Boa Vista havia também o medi- Os dados foram coletados a cada 15 minutos
dor de nível que enviava comando para acionar/ e enviados, via GSM, uma vez por dia para um
desligar a bomba existente no RAP. Essa auto- servidor, o operador do sistema tem a possibi-
mação evitava extravasamentos no REL. Tão lidade de acompanhar dados via internet ou a
logo foi implantado o macromedidor, instalou- partir de Smartphone, com grande flexibilidade.
41
Resultados do projeto
5.2.4 Cadastro e Modelagem Hidráulica COMP, foi realizada, em Caruaru, uma capacitação
para a equipe do Cadastro da sede. Um dos produ-
A base cartográfica atualmente utilizada pelo
tos foi a elaboração do procedimento de atualiza-
prestador advém de um projeto do Governo Es-
tadual desenvolvido em 2014, denominado Pro- ção do cadastro técnico de redes para a ferramen-
grama Pernambuco Tridimensional - PE 3D. Os ta de atualização no GISCOMP.
resultados partiram de um aerolevantamento que Diante do exposto, ficaram evidentes as prin-
gerou ortofotocartas. O modelo Digital de Terre- cipais demandas relativas ao cadastro técnico do
no - MDT e o Modelo Digital de Superfície - MDS prestador:
foram provenientes de um aerolevantamento com e Elaborar um manual técnico de procedimen-
restituição planialtimétrica na escala 1:1.000, que
to padrão para coleta de informações e as
cobriu a região metropolitana de Recife. Vale des-
atualizações do cadastro técnico de redes em
tacar que para os demais municípios de Pernam-
campo, com o retorno das informações devida-
buco, a escala de levantamento é de 1:5.000, com
mente georreferenciadas;
algumas variações, como em Caruaru, que possui
e Adquirir equipamentos de cadastro em campo,
mapeamento na escala de 1:1.000.
principalmente GPS GNSS L1/L2 ou similar;
Com o desenvolvimento de capacitações volta-
e Criar um procedimento de coleta de dados
das ao cadastro técnico, observou-se que o presta-
georreferenciados em campo para atualização
dor havia priorizado o cadastro das ligações ativas,
do cadastro de redes;
concomitante à atualização do cadastro técnico da
rede e acessórios. As projeções iniciais, sem a de-
e Realizar a capacitação das equipes de campo
vida apresentação de critérios técnicos de avalia- através dos procedimentos criados e nos equi-
ção, indicaram que esse cadastro estava com 60% pamentos adquiridos;
de atualização. Cabe elucidar que uma alternativa e Implantar uma política de manutenção pre-
para evoluir no quesito atualização de cadastro é ventiva e corretiva para a atualização do ca-
disseminar dentro do prestador a utilização da fer- dastro de redes em campo;
ramenta GISCOMP, que corresponde ao Sistema de e Incluir nas normas da companhia os deta-
Informações Geográficas Corporativo, compatível lhamentos técnicos que devem ser obedeci-
com a plataforma ARCGIS. Essa ferramenta serve dos para aprovação de novos projetos de im-
de apoio a diversos setores do prestador e mostra, plantação de redes de água, pelo prestador
por meio de cartografia, toda a base de informações ou terceiros, tais como: sistema de projeção
georreferenciadas, disponibilizando gráficos e rela- (SIRGAS 2000), precisão horizontal e verti-
tórios para tomada de decisões. cal, layout dos arquivos digitais de acordo
Visando promover e disseminar o uso do GIS- com o GISCOMP.
42
Resultados do projeto
43
Resultados do projeto
44
Resultados do projeto
45
Resultados do projeto
sem registro na planta cadastral. Nesta situa- também sem registro no cadastro técnico e de
ção, destacam-se as derivações encontradas desconhecimento dos operadores do sistema.
na tubulação do REL da Boa Vista para o bair- Esta derivação abastecia o Boa Vista II;
ro Maria Auxiliadora, cujo abastecimento de e No início do projeto, antes de realizar as
água deveria ocorrer em períodos distintos ao ações de perdas reais citadas, a vazão média
do Boa Vista I durante rodízio; que chegava ao REL da Boa Vista era de 70,0
e Interligação na Rua Joaquim do Norte (PVC DE- L/s, atualmente, o sistema opera, nos dias de
FoFo 1500 mm) com Av. Caruaru (PBA 160 mm) rodízio com vazão de 55,0 L/s
controle de qualidade de informações críticas de sim, o Consórcio sugeriu inclusão de alguns aspec-
mudança de categoria. tos e pequenas alterações na rotina do programa.
Um aspecto nevrálgico em todo processo dizia Dentre as adequações sugeridas, destacou-se a ne-
respeito ao formulário de levantamento de dados. cessidade de obrigatoriedade do registro fotográ-
O layout de coleta que o prestador trabalhava era fico do hidrômetro e fachada do imóvel, além da
satisfatório e já abrangia investigação e auditoria utilização de alertas de criticidade em campos
de informações importantes em campo. Ainda as- específicos do formulário.
Fonte: COMPESA
48
Resultados do projeto
Também foi analisado o sistema GISCOMP, para administração da rotina. Porém, verificou-se
ferramenta de SIG corporativo, no qual é possí- como melhor opção levar as equipes que atuavam
vel integrar o cadastro técnico de redes de água na região metropolitana do Recife, considerando
com o cadastro comercial de clientes. A ferra- que já possuíam contrato e treinamento adequado
menta era disponibilizada pela intranet, o que para execução dos serviços.
facilitava o acesso e a manutenção dos dados Nesse período, iniciou-se um processo lici-
nele inseridos. Estima-se que atualmente cerca tatório no prestador para renovação do contra-
de 60% dos imóveis atendidos pela COMPESA to de terceirização dos serviços de atualização
estão georreferenciados. do cadastro comercial. Esse procedimento de-
Os técnicos do prestador apontaram que o sis- mandou uma série de etapas burocráticas e le-
tema necessita de algumas pequenas adequações vou um tempo significativo para ser finalizado.
no tocante à dificuldade de acesso em localidades Durante todo o processo da nova contratação
mais afastadas do Estado, em especial maior velo- observou-se que a demanda por serviços se
cidade no tráfego de dados, além de ser necessário
acumulou e, no momento em as equipes fica-
o desenvolvimento de funcionalidades que facili-
ram disponíveis, precisaram atender uma série
tem atualizações, monitoramento e elaboração de
de prioridades definidas pelo prestador. Infeliz-
mapas temáticos, alimentando uma expectativa
mente, até a finalização do projeto, o prestador
interna de que o GISCOMP se torne um portal com
diversas aplicações do GIS inseridas. não havia iniciado a pesquisa de atualização
cadastral em campo.
No âmbito das capacitações foram ministra-
dos treinamentos diversos de combate às perdas 5.3.2 Micromedição
aparentes, sempre reservando atenção especial
à temática da atualização dos dados comerciais. A campanha de visitas técnicas com foco
Ainda no contexto histórico do COM+ÁGUA.2, no desenvolvimento da micromedição buscou
tornou-se necessário planejar a logística de equi- dotar os técnicos dos prestadores de conheci-
pes para execução dos serviços no DMC.Cogitou-se, mento sobre rotinas técnicas de levantamento
inicialmente,mobilização de equipes residentes na de dados para diagnóstico da submedição do
Área Prioritária, sendo necessária a realização de parque, com utilização de metodologia orienta-
treinamento e estruturação de ambiente interno da pela Norma Técnica NBR ABNT 15.538/2014.
49
Resultados do projeto
Estas capacitações tiveram por objetivo reco- Neste período foi promovido o primeiro con-
nhecer o comportamento de consumo dos clien- tato com os data loggers e os hidrômetros que
tes e o padrão de envelhecimento dos hidrôme- seriam utilizados nos levantamentos em campo.
tros. Com esses treinamentos buscou-se que o Buscou-se realizar uma demonstração minucio-
prestador absorvesse o conhecimento sobre uma sa da utilização dos equipamentos, indicando a
importância de cada componente no processo
primeira fase do processo de otimização da mi-
e apresentando a sequência de passos a serem
cromedição e se tornasse capaz de executar as
seguidos para a correta utilização.
rotinas técnicas e operacionais inerentes a este
Os levantamentos foram programados para
serviço. Foram apresentados os conceitos teóri-
monitoramento durante sete dias corridos, de
cos que envolveram a gestão da micromedição. maneira a acompanhar a rotina semanal do
Utilizaram-se para a discussão aspectos ineren- cliente e garantir a adequada amostragem do
tes ao funcionamento dos hidrômetros e a rela- perfil de consumo. Como procedimento inter-
ção entre o instrumento e a dinâmica de consu- mediário, a equipe deveria retornar a campo
mo do cliente. Os envolvidos puderam conhecer para averiguar as instalações e o andamento da
melhor algumas especificações dos medidores e coleta de dados. Esta etapa foi extremamente
o modo de funcionamento do instrumento para, importante, considerando que seria uma opor-
a partir disso, poderem entender os objetivos do tunidade de verificar se o levantamento estava
levantamento dos perfis de consumo. ocorrendo dentro do planejado.
Instituto Nacional de Metrologia, Normalização ração conjunta dos relatórios e gráficos que
e Qualidade Industrial - INMETRO 246/2000. demonstram o ciclo de vida de um medidor de
No treinamento procurou-se demonstrar a água, finalizando com a análise dos resultados
aplicação prática da norma através da realiza- e discussão do impacto destes resultados no
ção dos ensaios de desempenho de medidores desempenho da medição de água, que tem in-
no Laboratório de Hidrometria, a formatação fluência direta no faturamento da companhia e
dos resultados dos ensaios através da elabo- viabilidade econômico-financeira do negócio.
Foto 16. Treinamento sobre ensaios de bancada para determinação da curva de envelhecimento
Foram tratados temas inerentes ao processo, Houve um longo período sem avanços no pro-
tais como a abordagem sobre a Norma ABNT NBR cesso de aquisição dos materiais e equipamentos
15.538/2014, a importância da curva caracterís- necessários para iniciar os trabalhos por parte da
tica de envelhecimento do parque de medidores, COMPESA. Desde quando foi submetida a lista de
levantamento do perfil de consumo e determina- materiais necessários para execução dos serviços,
ção dos pesos no cálculo do Erro Médio Ponderado a empresa manifestou que teria dificuldades fi-
– EMP e do Índice de Desempenho Metrológico nanceiras para aquisição de todos os equipamen-
– IDM, sugestão de critérios de seleção de amos- tos, instrumentos e ferramentas. No espírito de
tras para ensaios e interpretação dos resultados, parceria, o Consórcio se comprometeu em apoiar
programação de rotinas operacionais, além de o prestador cedendo alguns equipamentos, evi-
realizar uma avaliação da infraestrutura e trazer tando a necessidade de aquisição e promovendo
sugestão de melhorias nas bancadas de ensaios uma otimização do recurso financeiro disponível.
e apresentar as melhores práticas de laboratório, Dentre os equipamentos emprestados, estavam
minimizando as incertezas de medição na deter- os conjuntos data logger para levantamento de
minação de erros. perfil de consumo.
Foi utilizada a bancada de ensaios em hidrô- Ocorre que os equipamentos do Consórcio
metros do Laboratório de Hidrometria, da COMPE- possuem um arranjo de componentes e possuem
SA, na Unidade da Cabanga, no Recife, que atendeu conexão com somente um modelo de hidrôme-
às necessidades por contemplar os requisitos mí- tro de fabricante específico. Diante do cenário,
nimos exigidos pelo INMETRO, por meio da Norma em comum acordo, decidiu-se que a COMPESA
de Procedimentos NIE DIMEL 016-r03. adquiriria o modelo de hidrômetro indicado
51
Resultados do projeto
pelo Consórcio e o trabalho seria executado se tornasse uma importante referência no trata-
nessa parceria, o que também não foi adiante. mento dos casos, sendo implantada uma padro-
Já na reta final do projeto, em reunião ocor- nização de conceitos nos serviços de campo.
rida entre o Consórcio, o Ministério das Cidades Também se buscou demonstrar os diversos
e a COMPESA, o Consórcio se comprometeu em tipos de abordagens e penalidades que devem
adquirir uma quantidade mínima de hidrôme- ser aplicadas para cada tipo de situação, con-
tros, no modelo especificado e emprestar todo o siderando que a finalidade do uso da água, os
arranjo necessário para os levantamentos. Dessa volumes estimados consumidos irregularmente,
forma, diante do longo período decorrido do úl- o contorno social que se localiza cada caso e a
timo treinamento realizado, foi necessário reali- renda estimada do cliente fraudulento.
zar as capacitações novamente. Buscou-se abordar nas capacitações a forma
Uma vez que este procedimento já havia como o Balanço Hídrico segmenta os usos não
sido objeto de detalhada capacitação em visita autorizados e como a modelagem auxilia o ope-
anterior, buscou-se direcionar a energia nos pro- rador no planejamento das premissas e melhora
cedimentos principais referentes à operação do dimensionando os volumes de água perdidos.
data logger, instalação em campo e descarga e Dentro dessa classificação, destaca-se a segre-
armazenamento dos dados levantados. gação em blocos de natureza de irregularidade.
A seleção de clientes precisou ter critérios Um primeiro grupo se refere às ligações
menos restritivos, considerando o rígido regime clandestinas, que representam os casos de con-
de rodízio no abastecimento. Como resultado fi- sumidores não reconhecidos pelo prestador, ou
nal, alguns perfis foram levantados em campo, seja, não constantes no banco de dados de clien-
mas com poucos períodos de abastecimento, o tes. Outra classificação abrange todos os casos
que inviabilizou uma análise mais pormenoriza- de fraudes nas instalações de fornecimento de
da dos resultados. água e considera prioritariamente consumos
não contabilizados em ligações ativas. Em um
5.3.3 Combate a Usos Não Autorizados último bloco, a modelagem contabiliza casos de
Os serviços de combate aos usos não autori- falhas de cadastro, os quais se enquadram liga-
zados foram foco de grande atenção no âmbito ções com fornecimento interrompido por regras
das capacitações do COM+ÁGUA.2. Observando de cobrança e religado à revelia, além de situa-
a relevância do tema na gestão das perdas de ções de localidades com abastecimento regular
água, especificamente das perdas aparentes, foi provido pelo prestador, porém com clientes não
desenvolvida uma abordagem multidisciplinar, cadastrados e com consumo não contabilizado.
combinando a engenharia e a mobilização social, Outro tema de grande relevância nas capa-
sempre buscando segmentar os diversos casos, citações se referiu às estratégias para identifi-
segundo o tipo de intervenção irregular praticada, cação de casos suspeitos e direcionamento dos
as condições socioeconômicas da comunidade e a esforços na pesquisa de usos não autorizados.
finalidade do uso consumo não autorizado. O adequado planejamento das ações representa
Buscou-se realizar um planejamento das grande economia de recursos e eleva o sucesso
ações que abrangesse uma diversidade de casos do trabalho. Uma das principais estratégias tra-
como a modelagem do Balanço Hídrico sugere, balhadas nos treinamentos focou na avaliação
de modo que as práticas servissem tanto para do banco de dados comerciais dos clientes e no
atender metodologicamente o dimensionamen- estabelecimento de critérios técnicos de seleção
to dos volumes de água perdidos por usos não de casos suspeitos de irregularidades. A riqueza
autorizados como também para o combate efe- dessa base de informações serve como um im-
tivo do problema e melhoria de indicadores. portante pilar de tomada de decisão, favorecen-
Existiu uma dinâmica de capacitações que do a operação logística de ataque a áreas com
buscou apresentar a classificação definida pelo concentração de suspeitas, tanto do ponto de
Balanço Hídrico para cada caso de irregularidade vista da engenharia como também da mobiliza-
de consumo. O objetivo era que essa segregação ção da comunidade.
52
Resultados do projeto
Especificamente sobre a dinâmica da mobi- autorizados. Para essas áreas, planejou-se dis-
lização e sensibilização social, buscou-se ava- seminar as intenções do COM+ÁGUA.2 por meio
liar a disponibilidade de instrumentos necessá- de audiências públicas, visitas em domicílios e
rios na área de abrangência do DMC. Algumas propaganda audiovisual. O tratamento dos ca-
interações com líderes comunitários foram rea- sos de usos não autorizados necessitaria de um
lizadas e algumas campanhas de divulgação do trabalho relevante de sensibilização.
projeto planejadas. As práticas de mobilização Também foram ministrados treinamentos
foram bem recebidas pelos técnicos do pres- para pesquisa e combate aos usos não autori-
tador e algumas experiências foram ensaiadas zados com foco em residências de maior renda
em campo. e atividades comerciais/industriais. Nesses ca-
A capacitação de abordagem da mobilização sos, realizou-se capacitações com foco na abor-
tevê por foco regiões e ocupações com baixo dagem policial e na aplicação de penalidades,
padrão de renda, as quais apresentavam con- aproveitando-se de experiências de sucesso em
centração significativa de ligação inativa e onde diversos estados do Brasil, mais especificamente
residia uma importante parcela de usos não na SABESP.
53
Resultados do projeto
54
Resultados do projeto
Foto 18. Totalizador de volume e indicador de Foto 19. Medidor de vazão do sistema da
vazão instantânea inversão, do tipo eletromagnético intrusivo
55
Resultados do projeto
56
Resultados do projeto
anual pago é da ordem de R$ 180 milhões/ potencial hidráulico, sendo este na chegada da
MM, que corresponde a terceira maior des- água bruta na ETA Petrópolis e nas estações ele-
pesa operacional da COMPESA, logo após as vatórias de água bruta do sistema de captação
despesas com pessoal próprio e com pessoal do Rio do Prata. Outra oportunidade identificada
terceirizado; foi a geração de energia renovável com o uso
e Realização de treinamentos e capacitações de painéis solares, sendo estes instalados nos
em processo, teóricos e práticos, para melhor telhados dos prédios e reservatórios da ETA Pe-
disseminação do conceito e da importância trópolis.
do desenvolvimento de ações de eficiência No caso da ETA Petrópolis a oportunidade
energética; avaliada consistiu na instalação de uma turbina-
e Implantação do programa de cadastro de da hidráulica, como projeto piloto, com potência
ativos e elaboração de planos de manuten- estimada de 20 kW, aproveitando a entrada de
ções preventiva e preditiva nas AP. A imple- água bruta na estação. O custo de plantação foi
mentação dos planos irá facilitar o geren- avaliado em cerca de R$130 mil e o período de
ciamento das atividades desenvolvidas em retorno (payback) simples de 5,5 anos.
cada ativo (bombas, motores, válvulas, trans-
Ainda na ETA Petrópolis foi também avaliada
formadores e etc.), além de gerar histórico
a viabilidade de implantação de uma micro usi-
dos equipamentos, permitindo um melhor
na solar fotovoltaica cuja os painéis seriam ins-
acompanhamento da vida útil de cada um.
talados nos telhados das edificações bem como
No modelo atual de gerenciamento e aná- nos reservatórios apoiados. Em caráter também
lise das faturas de energia elétrica aplicado de projeto piloto o sistema consistia da implan-
na COMPESA, as AP não recebem as faturas de tação de 30 kWp, que ocupariam uma área de
energia, ficando restrito apena a CEN. Desta for- cerca de 200 m² correspondendo a um investi-
ma os gestores operacionais das áreas ficam mento de R$180 mil, e um período de retorno
impossibilitados de realizar uma análise mais (payback) simples aproximadamente de 6 anos.
criteriosa. As AP recebem uma planilha em meio As oportunidades identificadas nas esta-
digital, chegando quase trinta dias após o fatu- ções elevatórias do Sistema do Prata estavam
ramento, com as informações resumidas, caben- em mudança em função da recente operação do
do ao gestor local apenas analisar: sistema do Pirangy e seu potencial foi apenas
e Verificação se o consumo de energia se está qualificado, ou seja, existe um potencial de im-
na média histórica; plantação de turbinas hidráulicas neste aprovei-
tamento, ainda a ser quantificado.
e Comparação da demanda lida, em relação à
Definiu-se ainda a necessidade de realiza-
contratada, verificando se houve redução ou
ção de evento de monitoramento dos parâme-
ultrapassagem;
tros elétricos, mecânicos e hidráulicos, de modo
e Verificação e correção do fator de potência a obter-se informações precisas sobre a linha de
lido nas instalações, sendo que este deve ser base do sistema, bem como dados para a aná-
maior que 0,92 obrigatoriamente. lise e avaliação de eventuais oportunidades de
Nas análises de campo foram identificadas aumento da eficiência hidroenergética. As medi-
algumas oportunidades de microgeração de ções foram realizadas por sete dias consecuti-
energia distribuída com o aproveitamento de vos, com registro de dados a cada três minutos.
58
Resultados do projeto
215
Potência Ativa (kW)
210
205
200
195
190
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
:0
:0
:0
:0
:0
:0
:0
:0
:0
:0
:0
:0
:0
:0
:0
:0
:0
:0
:0
:0
:0
:0
:0
:0
05
23
14
22
00
02
04
08
10
13
06
03
07
09
16
18
20
01
11
12
15
21
17
19
BB da inversão
59
Resultados do projeto
Inversão (m³/h)
3000
2500
2000
Vazão (m³/h)
1500
1000
500
0
0 0 00 00 00 0 0 00 0 00 00 00 00 0 00 0 00 00 00 0 00 0
0:0 00:0 00: 0: 00:0 00:0 00: 00:0 00: 00: 00: 00: 00:0 00: 00:0 00: 00: 00: 0:0 00: 00:0
00
00
0 0: 0
0:
0:
: : : : 0 : : : : : : : : : : : : : : : :0 : :
00 01 02 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23
:0
:0
04
05
03
Inversão (m³/h)
Fonte: Elaboração COM+ÁGUA.2
VOLUME BOMBEADO
4500
4400
4300
Volume (m³)
4200
4100
4000
3900
3800
07/11/2017 08/11/2017 09/11/2017 10/11/2017 11/11/2017 12/11/2017 13/11/2017
VOLUME (m³)
Fonte: Elaboração COM+ÁGUA.2
60
Resultados do projeto
300
250
200
150
100
50
0
0
0
:0
:0
:0
:0
:0
:0
:0
:0
00
00
00
00
00
00
00
00
17
17
17
17
17
17
17
17
0
0
/2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
1
1
/1
/1
/1
/1
/1
/1
/1
/1
07
08
09
10
11
12
13
14
Ia Ib Ic
Fonte: Elaboração COM+ÁGUA.2
62
Resultados do projeto
63
Resultados do projeto
Foto 27. Tomada de pressão no barrilete de Foto 28. Barriletes de sucção e recalque da
recalque da bomba do sistema Anel Oeste II bomba do Anel Oeste II
Foto 30. Tomadas de pressão na bomba do Foto 29. Registrador ele registrador eletrônico
sistema Anel Oeste II universal
64
Resultados do projeto
Foto 32. Medidor de grandezas elétricas no centro de controle de motores do motor do Anel Oeste II
Os principais parâmetros foram registrados rante período de sete dias. Os registros dos princi-
de forma sincronizada, a cada três minutos, du- pais parâmetros medidos se apresentam a seguir:
50,00
Potência Ativa (kW)
40,00
30,00
20,00
10,00
0,00
00:00:00
00:30:00
01:00:00
01:30:00
02:00:00
02:30:00
03:00:00
03:30:00
04:00:00
04:30:00
05:00:00
05:30:00
06:00:00
06:30:00
07:00:00
07:30:00
08:00:00
08:30:00
09:00:00
09:30:00
10:00:00
10:30:00
11:00:00
11:30:00
12:00:00
12:30:00
13:00:00
13:30:00
14:00:00
14:30:00
15:00:00
15:30:00
16:00:00
16:30:00
17:00:00
17:30:00
18:00:00
18:30:00
19:00:00
19:30:00
20:00:00
20:30:00
21:00:00
21:30:00
22:00:00
22:30:00
23:00:00
23:30:00
Anel Oeste II 00:00:00
Fonte: Elaboração COM+ÁGUA.2
200
150
Vazão (m³/h)
100
50
0
00:00 01:00 02:00 03:00 04:00 05:00 06:00 07:00 08:00 09:00 10:00 11:00 12:00 13:00 14:00 15:00 16:00 17:00 18:00 19:00 20:00 21:00 22:00 23:00
-50
Anel Oeste II
Fonte: Elaboração COM+ÁGUA.2
65
Resultados do projeto
Valores Medidos
P2 [m] P3 [m] n Q Q Pel
Bombas
Sucção Recalque [rpm] [m³/h] [m³/s] [kW]
Anel Oeste II 5,9 34 1777 250,8 0,07 44,5
Valores Calculados
Bombas H [m] Ph [kW] Pe [kW] nm [%] nb [%] nc [%]
Anel Oeste II 33,7 23,2 37,8 85 61,4 52,2
GPM [US]
60 196
40 50 60 65
70 75 78
50 80
82 164
84
85
85
85
84
40 131
82
80
78
75
H [m]
H [ft]
30 70 98
Ø330
Ø310
20 65
Ø290
Ø270
10 32
500
400
Vol (m³)
300
200
100
0
07/11/2017 08/11/2017 09/11/2017 10/11/2017 11/11/2017 12/11/2017 13/11/2017 14/11/2017
VOLUME (m³)
66
Resultados do projeto
3
Variação em relação a média
2,5
1,5
0,5
0
07/11/2017 08/11/2017 09/11/2017 10/11/2017 11/11/2017 12/11/2017 13/11/2017 14/11/2017
Valores
registros e históricos de intervenções corre- específico. Para tal pode ser necessário inves-
tivas, preventivas e preditivas; timento em sistemas de medição, e aquisição
e Instalação de um segundo conjunto moto- de dados para monitoramento individualiza-
bomba no sistema da Inversão, permitindo a do das elevatórias ou até de cada motor;
realização de alternância e também possuir e Além das ações propostas, a COMPESA deve
um equipamento reserva; investir em um sistema de gerenciamento
e Aquisição de instrumentações portáteis e e controle da manutenção, além da criação
realização de treinamentos da equipe de dos planos de manutenção e estruturação
medições, para verificação e aferição dos pa- da equipe para realização das manutenções
râmetros elétricos, mecânicos e hidráulicos; preventivas e preditivas nos equipamentos
eletromecânicos.
e A COMPESA pode ainda aprimorar a opera-
ção através da implementação, acompanha- Os investimentos e benefícios associados às
mento e melhoria contínua de indicadores medidas de eficiência energética mencionadas,
de desempenho, como exemplo o consumo se relacionam a seguir:
Essas oportunidades, com investimento esti- nário peculiar de escassez hídrica no qual os
mado da ordem de R$ 300 mil, podem resultar na equipamentos operam, apenas no momento em
economia de R$ 280mil/ano, além de melhoria da que existe água para bombear, o fazendo com a
gestão energética e operacional das elevatórias. maior capacidade possível e não priorizando a
Essas oportunidades, com investimento esti- questão da eficiência operacional. Apesar de não
mado da ordem de R$ 38 mil, podem resultar na ter ocorrido ações físicas de eficiência energéti-
economia de R$ 14.4 mil/ano, além de melhoria da ca na COMPESA, tais como troca e instalações
gestão energética e operacional das elevatórias. de equipamentos, houve grandes avanços no
entendimento das AP sobre o conceito e tema
5.4.3.6 Conclusões de eficiência energética.
Foram identificadas oportunidades de re- Na fase final do projeto, os gestores enten-
dução do consumo de energia, apesar do ce- deram a importância do assunto eficiência ener-
68
Resultados do projeto
69
Resultados do projeto
6. IMPACTO E INDICADORES
O
Indicador de Mobilização Social – no início da implantação (linha de base) e ou-
IMOB é composto pelos Índices de tra, ao final. O resultado alcançado pela ope-
Mudança Cultural – Imud e de Gestão radora, cujo IMOB iniciou com 22,9% e, ao tér-
da Mobilização – Iges. O primeiro indica as alte- mino da assistência técnica, fechou em 51,0%,
rações nos valores e atitudes interna (peso 0,7) foram decorrentes especialmente dos avanços
e externa (peso 0,3); o segundo avalia o grau de alcançados na cultura interna, envolvendo a
institucionalidade dos quatro eixos estruturan- constituição dos Agentes de Combate ao Des-
tes. Dessa forma, Imud e Iges compõem o IMOB perdício, a formulação de propostas pelos mes-
com pesos 0,7 e 0,3, respectivamente. mos, as ações de comunicação e a identificação
Em Caruaru foram realizadas, ao longo do e atuação dos talentos em atividades internas
projeto, apenas duas verificações do IMOB. Uma e externas.
70
Resultados do projeto
4
Período de 3h/dia, durante os dias úteis, entre 17h e 21h.
72
Resultados do projeto
7. AUTOAVALIAÇÃO DE
IMPACTO DO COM+ÁGUA.2
NA AP 1
A
o término do período de assistência aplicado um questionário para a autoavaliação
técnica do Ministério das Cidades, por do impacto do COM+ÁGUA.2 em Caruaru.
meio dos consultores do Consórcio, foi
envolvimento dos
x x x
funcionários
ações de
x x x
comunicação interna
ações de
comunicação x x x
externa
atividades culturais
x x x
internas
atividades culturais
x x x
externas
atividades de
x x x
educação internas
atividades de
x x x
educação externas
73
Resultados do projeto
Revisão de base
X X X
cartográfica
Procedimentos de
atualização de X X X
modelagem
Modelagem do
X X X
DMC/sistema
Capacitação em
gestão da X X X
modelagem
Setorização e
verificação de X X X
estanqueidade
Detecção e reparo
de vazamentos não X X X
visíveis
Melhoria da rapidez
no reparo de X X X
vazamentos
Controle de pressão X X X
Gestão de redes e
X X X
ramais
Institucionalização
X X X
do Balanço Hídrico
Cálculo de
indicadores de X X X
desempenho
Utilização de
indicadores de X X X
desempenho
74
Resultados do projeto
75
Resultados do projeto
8. A ÁREA PRIORITÁRIA
DE SALGUEIRO
S
algueiro, fundado em 23 de dezembro A região onde o município se localiza foi
de 1835, está localizado na Mesorregião habitada originalmente pelos índios Cariris,
do Sertão de Pernambuco, na região de sendo posteriormente ocupada por habitantes
desenvolvimento do Sertão Central, a 518 km da oriundos da região Sul do Ceará, atraídos pela
capital do Estado, Recife. Faz limites com Penafor- abundância e pela fertilidade dos solos. Sal-
te/CE (Norte), Belém de São Francisco (Sul), Verde- gueiro tem como atividades econômicas predo-
jante, Mirandiba e Carnaubeira da Penha (Leste) e minantes a agricultura e o comércio varejista. Os
Cabrobó, Terra Nova, Serrita e Cedro (Oeste). A sua principais produtos agrícolas são: cebola, toma-
divisão geopolítica e administrativa é composta te, algodão herbáceo, milho, banana, feijão, arroz
por cinco distritos: Salgueiro (sede), Conceição das e manga. E as atividades econômicas predomi-
Crioulas, Umãs, Vasques e Pau Ferro. nantes são a agricultura e o comércio varejista.
Ceará
Paraíba
Piauí
Salgueiro
Pernambuco
Bahia Alagoas
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Salgueiro_(Pernambuco)#/media/File:Brazil_Pernambuco_location_map_Muni-
cip_Salgueiro.svg
76
Resultados do projeto
Conhecida por se situar na parte mais cen- e Densidade Demográfica (IBGE, 2010):
tral do Nordeste, Salgueiro pode ser considerada 33,57 hab./km².
equidistante de praticamente todas as capitais e Domicílios Particulares Permanentes (IBGE
nordestinas, sendo a principal cidade da região 2010): 15.033.
do sertão central pernambucano, detendo, a ní- e Esgotamento sanitário adequado 2010
vel regional, um comércio diversificado. (IBGE): 62,8 %.
8.1.2 Dados de Salgueiro - PE e Internações por diarreia 2016 (IBGE, 2016):
3,9 internações por mil habitantes.
e Mesorregião: Sertão Pernambucano. e Clima: Semiárido.
e Área Territorial (IBGE, 2017): 1.686,814 km². e Temperatura: média anual de 25ºC.
e População (IBGE, Censo 2010): 56.629 pessoas. e Altitude: 420 m.
e População Estimada (IBGE, 2017): 60.453 e Índice pluviométrico: 450 a 600 milímetros
pessoas. por ano.
Fonte: COMPESA
78
Resultados do projeto
9 ETAPAS DE IMPLANTAÇÃO
O
primeiro passo para o planejamento
Além disso, conta com um ferramental que
da gestão integrada e participativa
permite o registro do histórico dos atendimen-
de combate às perdas de água e uso
tos de cada usuário (demandas, atendimentos,
eficiente de energia elétrica nos Sistemas de
repasses de informações, entre outras), o que
Abastecimento de Água é fazer o Diagnóstico
permite uma qualificação dos contatos junto
Técnico-operacional bem como dos quatro eixos
aos mesmos. Entre as atribuições desse núcleo
estruturantes da Mobilização Social: organiza-
está a inclusão de usuários que se encontram
ção, educação, comunicação e cultura. A esse em situações de maior vulnerabilidade e na
levantamento de dados, juntam-se impressões tarifa social.
gerais que estabelecem a radiografia do estado
Há uma Comissão Interna de Prevenção de
da arte da Mobilização Social e da existência ou
Acidentes do Trabalho - CIPA, composta por oito
não de uma cultura institucional de uso eficien-
funcionários, entre efetivos e suplentes, para um
te de água e energia.
mandato de dois anos, que costumava reunir-se
Na Área Prioritária do SIAA Salgueiro, o com maior regularidade. Com relação à existên-
cenário de implantação do COM+ÁGUA.2, em cia de um núcleo/setor responsável pelo comba-
agosto/2016, apontava para o que segue. te às perdas de água, houve um primeiro esforço
9.1.2 Organização articulado de controle de perdas, iniciado em
2012, com as obras de setorização, construção
A unidade de Salgueiro não conta com um de reservatórios e estações elevatórias, não ha-
Núcleo de Articulação Socioambiental – NAS. vendo, entretanto, um núcleo/setor responsável,
Este está sediado em Petrolina (distante 235 nem um trabalho mais estruturado, articulado e
km), estando vinculado à Assessoria de Articu- contínuo, envolvendo as coordenações, onde se
lação Socioambiental – AAS/Diretoria de Articu- planeje, execute e avalie ações de combate às
lação e Meio Ambiente - DAM, ambas em Recife. perdas de água.
O NAS, composto por uma assistente social e
9.1.3 Comunicação
um estagiário, faz o trabalho de relação com a
comunidade, atendendo predominantemente à Não consta, no organograma da unidade,
Gerência de Negócios Regional São Francisco uma área de comunicação e/ou assessoria
(foco central de atuação), bem como às GNR Ara- de imprensa, existindo, em Petrolina, uma
ripe e GNR Sertão Central (onde fica Salgueiro). jornalista terceirizada que costuma prestar,
Esse núcleo possui um banco de dados das eventualmente, assistência a Salgueiro. E uma
79
Resultados do projeto
profissional da área de relações públicas que que os usuários conheçam os serviços presta-
atua exclusivamente em Petrolina, que poderia, dos pela empresa e seus aspectos operacionais,
em caso de negociações entre os gerentes, co- bem como entendam o percurso interno de uma
laborar com algumas ações. Nessa perspectiva, eventual demanda junto a empresa. E o COM-
o diálogo com a população tem sido restrito em PESA na Escola, voltado para diretores, profes-
Salgueiro. As ações de comunicação, de modo sores e alunos, envolvendo jogos educativos e
geral, só costumam acontecer quando estão pre- atividades lúdicas, que tratam da questão do
vistas no Plano de Metas. abastecimento de água e do uso adequado das
Na sede, em Recife, há uma Assessoria de instalações de esgotamento sanitário. As ações
Comunicação que realiza toda comunicação ex- junto ao público interno da COMPESA são mui-
terna, capta matérias da imprensa, coleta infor- to esporádicas.
mações junto às unidades do prestador e produz
9.1.5 Cultura
releases para a imprensa. Mantém o blog exter-
no, site da COMPESA, perfis no Twitter e Face- Existia uma significativa integração dos fun-
book, sendo também responsável pela produção cionários com a realização de eventos sociais
de materiais informativos e educativos voltados ao longo do ano, como festas de São João, con-
para o público externo. fraternização de fim de ano e outras atividades
A exemplo da unidade de Caruaru, Salguei- em datas comemorativas; eventos esses que se
ro também conta com a veiculação de notícias tornaram cada vez mais escassos. Em Salguei-
na Intranet e das publicações Elonews, Elozap e ro, não existe um núcleo artístico que pudesse
EloMulher. Os murais existentes na unidade ge- apoiar as ações de sensibilização, mobilização e
ralmente são utilizados pelos representantes do educação ambiental voltadas tanto para o públi-
Sindicato dos Urbanitários e pelos integrantes co interno quanto para o público externo; exis-
da CIPA. tindo, no entanto, talentos locais que podem se
Carros de som são utilizados muito even- envolver nesses trabalhos de mobilização.
tualmente, em caso de necessidade de reunião 9.1.6 A Implantação
em algum bairro ou localidade. Para informa-
ções mais gerais e abrangentes, as rádios locais A metodologia do COM+ÁGUA.2 tem os qua-
são as ferramentas mais utilizadas. tro eixos da Mobilização Social divididos em três
subprojetos para os quais estão previstas ações a
9.1.4 Educação
serem desenvolvidas seguindo as ondas da mo-
As ações de educação ambiental são desen- bilização, que partem do núcleo central que é o
volvidas pela equipe do NAS, sediado em Petro- Comitê Gestor - CG, ampliando para os Grupos de
lina, na GNR Sertão São Francisco. Essa equipe Trabalhos - GT das AT, reuniões setoriais, Agen-
atua predominantemente em Petrolina, saindo tes de Combate ao Desperdício - ACD, lideranças
esporadicamente para o atendimento a outras e comunidade em geral. Em Salgueiro, elas se
localidades. O trabalho desenvolvido envolve desenvolveram como descrito a seguir.
ações mais voltadas para o público externo, jun-
9.1.6.1 Subprojeto Desenvolvimento de
to a usuários e população em geral, escolas pú-
Instâncias e da Gestão Participativa
blicas e privadas, instituições de ensino técnico
e superior e parceiros da COMPESA (ex.: Sistema e Comitê Gestor – CG
S, entre outros). Parte importante das atividades preparató-
Destacam-se ações de educação, apoio e rias de implantação do COM+ÁGUA.2 envolveu
esclarecimentos à população para o entendi- a constituição do Comitê Gestor, instância fun-
mento do ciclo da água (desde a captação) e damental para o adequado desenvolvimento do
para o uso adequado das instalações de água e projeto, especialmente em função de não haver,
esgoto. Também merece destaque o Projeto Por em Salgueiro, conforme Diagnóstico Situacional,
Dentro da COMPESA (renomeado depois como ações intersetoriais mais estruturadas de comba-
Universo COMPESA), que visa contribuir para te às perdas. Na unidade, o Comitê Gestor não foi
80
Resultados do projeto
operadora não contar com uma equipe NAS, res- primeiras ações de capacitação de seus inte-
ponsável pela relação com a comunidade local, grantes, os esforços da AT 1/GT MOB concentra-
em diálogo mais contínuo com a população. As ram-se na elaboração do Plano de Mobilização
ações, restritas e esporádicas, eram desenvolvi- Social, alinhado com os planos da demais Áreas
das pela assistente social lotada em Petrolina, Temáticas, posteriormente objeto de análise crí-
que concentrava suas ações na GNR Sertão São tica por parte da consultoria, contendo reflexões
Francisco. Além das demandas locais, enfrentava e considerações no sentido de fortalecer um
restrições diversas para um trabalho mais regu- maior alinhamento das ações propostas com os
lar e periódico em Salgueiro. Apesar dessas limi- objetivos centrais do COM+ÁGUA.2 e, mais es-
tações, houve um esforço inicial de participação
pecificamente, com os eixos e objetivos da AT 1.
da assistente social nas etapas preparatórias do
No entanto, a saída da assistente social em
projeto, participando das reuniões e compondo
função de problemas de ordem pessoal, bem
o Comitê Gestor e o GT MOB.
como do então Gerente Regional, que também
A participação, dentro do possível, do então
integrava o GT MOB, aliada às demandas cons-
Gerente Regional no GT MOB foi um fator tam-
bém positivo, respaldando o trabalho a ser de- tantes das respectivas áreas de atuação dos
senvolvido pela AT 1. Destaca-se nas atividades demais integrantes do GT, fizeram com que o
preparatórias do projeto, o papel importante do mesmo ficasse restrito à participação de uma
GT MOB na constituição do Comitê Gestor e dos funcionária, que teve que se desdobrar, em fun-
Grupos de Trabalho e, especialmente, no apoio ção de suas atividades na operadora e do apoio
às consultorias no processo de elaboração dos à AT 3, onde também tinha um papel de des-
planos de ação/PGI, dando suporte no agenda- taque, o que comprometeu significativamente o
mento, comunicação e organização das reuniões trabalho da AT 1. Houve tentativas de integração
periódicas com o CG quando das visitas técnicas. de novos membros no GT MOB, mas cuja partici-
A partir do diagnóstico situacional e das pação acabou por não se efetivar.
82
Resultados do projeto
83
Resultados do projeto
Na sequência do trabalho foi produzido, pelo participação dos mesmos nas atividades de mo-
GT MOB, um Boletim Informativo sobre as seto- bilização junto à população do DMC.
riais, destacando os objetivos centrais do pro-
9.1.6.3 SUBPROJETO Comunicação Interna
jeto, o resultado das dinâmicas utilizadas, bem
E EXTERNA
como o processo de levantamento e discussão
de propostas e constituição dos ACP. Aliado aos problemas no funcionamento do
GT MOB, restrito a uma única pessoa a partir do
9.1.6.2 AGENTES DE COMBATE ÀS PERDAS
início de 2017, as dificuldades enfrentadas no
- ACP
compartilhamento de informações foi também
Participaram das reuniões setoriais 54 fun- um dos fatores que comprometeram um melhor
cionários, tendo sido constituídos 35 Agentes desenvolvimento das ações de comunicação in-
de Combate às Perdas, funcionários que, a par- terna em Salgueiro. Segundo avaliações do CG
tir das apresentações e discussões ocorridas, se e GT MOB, faltou uma maior comunicação, mais
voluntariaram a participar do projeto, dispostos interação entre as AT para que fosse possível a
a somar forças no trabalho a ser desenvolvido continuidade do trabalho de motivação/sensibi-
junto ao GT MOB, demais GT e Comitê Gestor. As lização interna e externa.
dificuldades presentes em Salgueiro, no entanto, Mesmo com as dificuldades, no âmbito da
em função especialmente do quadro reduzido
comunicação interna, destacam-se as seguintes
de pessoal, comprometeram um maior envol-
ações realizadas:
vimento e participação dos ACP. Não foi viabi-
lizada a devolutiva das análises das propostas e Criação, a partir das setoriais, de um grupo
levantadas nas reuniões setoriais. geral pelo aplicativo Whatsapp, envolvendo
Também não houve um trabalho mais siste- todos os funcionários, incluindo também a
mático de sensibilização e comunicação junto gerência e as coordenações, no sentido da di-
aos mesmos, no sentido de mantê-los informa- fusão rápida de informações acerca de ações
dos, atuantes e comprometidos com os objeti- do projeto, de demandas e encaminhamentos
vos do COM+ÁGUA.2, apesar das ações previstas internos, bem como o compartilhamento de
no Plano de Mobilização Social que envolviam, fotos, vídeos e outros registros acerca das ati-
entre outras, a formação/capacitação dos ACD e vidades que estavam sendo realizadas;
84
Resultados do projeto
Ações do Projeto Com+Água2 foram desenvolvidas na GNR Sertão Central em Salgueiro, projeto
este desenvolvido em parceria com o Banco Mundial, através do Consórcio WMI, NG INFRA e SAGE
através do INTERÁGUAS Programa de Desenvolvimento do Setor Água do Ministério das Cidades,
que tem por objetivo o gerenciamento integrado do controle e redução das perdas de água e do uso
eficiente de energia elétrica em sistemas de abastecimento de água, propondo uma gestão integra-
da e participativa com mobilização social interna e externa.
As atividades foram realizadas nos dias 15, 16 e 17 de março, por meio da Diretoria Regional do
Interior (DRI), através da Gerência de Unidade de Negócios da Região, GNR Sertão Central, contou
com a organização dos membros do Comitê Gestor que é responsável pelo projeto junto a Gerência.
Foram realizadas palestras e momentos de discussão e sugestões com a temática da redução das
perdas entre os colaboradores de Salgueiro, funcionários e terceirizados.
“As contribuições das oficinas foram analisadas e categorizadas por temas. Procedeu-se a um
levantamento dos principais pontos sociais interessados na questão de organização e soluções, a
concepção de um plano de ação com a participação de todos” Josemar da Silva Leite, chefe da loja de
atendimento – Salgueiro. Para o Coordenador regional Elvis Araújo “as oficinas foram muito produtivas
pela interação que proporcionou entre os vários setores que compõem a GNR Sertão Central”
A Compesa foi uma das selecionadas do projeto que, por meio de uma Chamada Pública, selecionou
e fez parceria com dez prestadores de serviços de saneamento de diversas regiões interessados em im-
plementar um novo modelo de gestão, com foco no gerenciamento integrado e participativo do controle
e redução das perdas de água e do uso de energia elétrica.
85
Resultados do projeto
86
Resultados do projeto
e Veiculação, via intranet, de matéria sobre DMC, que visavam o levantamento de lideranças e
o Encontro Temático realizado na sede da o cadastramento dos equipamentos sociais exis-
COMPESA: Colaboradores da COMPESA re- tentes, bem como quando das visitas de campo,
cebem mais um treinamento do Ministério realizadas pelos consultores, com o apoio de in-
das Cidades. tegrantes do GT MOB e de outras As, envolvendo a
Com relação à comunicação externa, não hou- implementação das ações necessárias ao projeto.
ve um trabalho mais expressivo de contatos, co- No entanto, merece destaque a atividade
municações e reuniões com a população. Os con- promovida pelo GT MOB junto às crianças de
tatos com a população se restringiram às ações uma escola municipal de Salgueiro, abrangendo
iniciais de diagnóstico social junto à região do o tema de cuidado com a água.
Plano de Gestão Integrada: O PGI1 foi elabo- coordenações, no sentido da difusão rápida
rado e encaminhado, tendo sido objeto de revi- de informações acerca de ações do projeto,
sões e ajustes ao longo do percurso, em função de demandas e encaminhamentos internos,
dos desafios e limitações enfrentadas. bem como o compartilhamento de fotos, ví-
deos e outros registros acerca das atividades
Reuniões Setoriais: realizadas três reuniões,
que estavam sendo realizadas;
com 54 participantes; 34 sugestões propositivas
de ações.
e Elaboração de Boletim Informativo após as
reuniões setoriais, apresentando informa-
Agentes de Combate às Perdas: se volunta- ções sobre projeto, as discussões ocorridas
riaram 35 ACP (65%), entre funcionários próprios e a constituição dos ACP.
e terceirizados.
Principais ações externas:
Núcleo artístico: não foi constituído. e Contatos com a população quando das ações
Comunicação: utilizadas mídias existentes iniciais de diagnóstico social junto à região
– intranet, EloCompesa – e sociais – Whatsapp; do DMC;
criado um boletim informativo. e Visitas de campo realizadas pelos consulto-
Principais ações internas: res com o apoio de integrantes do GT MOB
e de outras AT, envolvendo a implementação
e Criação de um grupo geral pelo aplicativo
das ações necessárias ao projeto;
Whatsapp, envolvendo todos os funcio-
nários, incluindo também a gerência e as
gal, que teve início em 2012, com o objetivo de e Distritos 03 parcialmente e 04.
fiscalizar os desvios e furtos de água no Sertão
de Pernambuco. Todo mês, durante uma sema-
9.2.2 Escolha e Implantação do DMC
na, ocorrem as vistorias ao longo das principais A fase de planejamento do projeto COM+Á-
adutoras e redes de distribuição. GUA.2 no prestador trouxe à tona debates e dis-
De modo geral, o abastecimento em Sal- cussões junto ao Grupo de Trabalho acerca da
gueiro ocorre por grupos de distritos, os quais escolha de qual seria a melhor área, setor ou
ficam dois dias com água e quatro sem. O ro- distrito para implantação do Distrito de Medição
dízio é realizado a partir da ETA, da seguinte e Controle – DMC que seria objeto de aplicação
maneira:
da metodologia do COM+ÁGUA.2.
e Distritos 01 e 02; As principais premissas que nortearam a es-
e Distritos 03 parcialmente e 05; colha do DMC foram:
e Setor com delimitações bem definidas e parte Sul do Distrito 02 (parcial) como alvo para
estanque, que possibilitasse uma menor implantação do DMC, uma vez que ele atendia
quantidade e porte de intervenções, sem a as premissas elencadas, além de apresentar de-
necessidade de obras para implantação de limitação física bem definida, a rodovia federal
reservatórios, rede de água e registros; BR-116 o separa do restante da rede de distri-
buição de Salgueiro.
e Macromedidor instalado;
O Distrito 02 é subdivido em duas zonas ou
e Quantidade de ligações entre 2.000 a 5.000; setores, cada um com abastecimento por sub
e Cadastro técnico com nível satisfatório de adutoras que vem da Estação Elevatória de Água
confiabilidade. Tratada - EEAT existente na ETA:
Além das questões técnicas, levou-se em e Setor ou zona norte, ao Norte da BR-116, de
consideração também variáveis de custos e in- menor abrangência, abastecido pela rede de
vestimentos na escolha da área. Foi escolhida a ferro fundido de 100 mm que vem da EEAT
89
Resultados do projeto
COHAB velha, esta linha abastece em mar- abrangência ou área, é abastecida pela li-
cha o presídio; nha DEFoFo de 200 mm que vem da EETA
e Parte sul, ao Sul da BR-116, de maior COHAB nova.
DMC DISTRITO 02
LIGAÇÕES
MÊS DE VOLUME LIGAÇÕES LIGAÇÕES ATIVAS Nº ECONOMIAS TOTAL DE
ATIVAS
REFERÊNCIA CONSUMIDO ATIVAS C/HID S/HID ECONOMIAS
S/HID
nov/17 23.734 2.399 2.298 101 3.120 2.533
dez/17 24.380 2.398 2.298 100 3.121 2.531
jan/18 23.672 2.384 2.285 99 3.118 2.512
fev/18 20.902 2.377 2.278 99 3.105 2.455
mar/18 20.369 2.369 2.269 103 3.119 2.496
abr/18 20.347 2.355 2.255 100 3.120 2.480
Fonte: COM+ÁGUA.2
Fonte: COMPESA
90
Resultados do projeto
nas instalações do prestador, e práticas, em campo, ba por existir a figura do manobrista, ou seja, tal
numa ação conjunta do consultor do Consórcio colaborador é responsável por abertura e fecha-
com os técnicos e engenheiros da COMPESA. mento de registros de manobra que direcionam
Na ocasião dos ensaios ou testes em cam- água conforme calendário ou programação de
po para verificação da estanqueidade do DMC, abastecimento. Entretanto, neste tipo de situa-
constatou-se o que se previu inicialmente, de ha- ção, pode ocorrer que o manobrista acabe por
ver apenas uma interligação do DMC com outra decidir, por conta própria, sobre o direcionamen-
parte da rede. Especificamente, tratava-se de uma to ou cumprimento do regime de rodízio sem o
ligação com o setor norte, que compunha o então conhecimento e consentimento dos gestores.
Distrito 02, através de uma rede de 100 mm, cujo Aproveitando a capacitação em campo, foi
confinamento ocorria através do fechamento de realizado o fechamento do registro de confina-
um registro de manobra, também de 100 mm. mento para verificar se o mesmo estava estanque.
Ocorre que, com o abastecimento de toda ci- Constatou-se que o registro de manobra na posi-
dade sendo efetuado em regime de rodízio, aca- ção fechado não permitia a passagem de água.
91
Resultados do projeto
Durante as capacitações observou-se que a tal fato iria ocasionar erros na totalização do vo-
rede de 250 mm, a jusante do reservatório, onde lume ofertado ao DMC. A solução encontrada foi a
estava instalado o macromedidor, não operava à implantação de um cavalete, a jusante do medidor,
plena seção, ou seja, com tubulação totalmente de modo a propiciar que o macromedidor existente
preenchida nas primeiras horas de abastecimento, operasse com a tubulação sempre em plena seção.
92
Resultados do projeto
subdistritos, dentre outras situações hipotéticas, sociado ao regime de rodízio, inviabilizaram a ca-
a simulação reportou condições hidráulicas sa- libração do modelo hidráulico elaborado. Mesmo
tisfatórias para implantação de três subsetores diante de muitos cenários adversos, observou-se
no DMC. êxito no objetivo de disseminar a cultura da utili-
Outro destaque, no quesito modelagem hi- zação da modelagem hidráulica, situações recen-
dráulica foi a elaboração de um guia de mode- tes nas localidades de Riachinho e na adutora de
lagem hidráulica. Infelizmente os constantes Santo Antônio foram objetos de análises e estu-
problemas com os datalogger de telemetria, as- dos com base em modelagens hidráulicas.
94
Resultados do projeto
9.2.5 Controle Ativo de Vazamentos drão adotado pelo prestador, gera dificuldades
ao geofonista ou pesquisador, uma vez que uma
Ainda no âmbito do COM+ÁGUA.2 foram mi-
das técnicas de pesquisa, conforme manual cita-
nistrados cursos e capacitações sobre pesquisa
do, reza: “ao ouvir um ruído suspeito no cavale-
de vazamentos não visíveis. Foi dado enfoque na
te, assegurar-se de que não está havendo pas-
metodologia de pesquisa, conforme manual de
sagem d’água através do hidrômetro, fechando
procedimentos PR- 051, da Associação Brasileira
firmemente o registro (certificar-se que o mes-
de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção - ABENDI,
mo está vedando), pois um pequeno vazamento
com adaptações às realidades locais do prestador.
existente na tubulação interna do imóvel tam-
O prestador dispõe, em Salgueiro, de geofo- bém pode provocar um ruído de vazamento”.
ne eletrônico e mecânico, haste de escuta, vál- O pequeno espaço disponível no abrigo do
vula geradora de golpe ou ondas (VGO), mas não hidrômetro impõe restrições ao fechamento da
dispõe de correlacionador de ruídos, haste de chave geral e, muitas vezes, encontra-se coberto
perfuração, locador de massa metálica, dentre por terra. Durante uma das capacitações de pes-
outros equipamentos auxiliares para realização quisa de vazamentos foi possível ir a campo no
da pesquisa de vazamentos. segundo dia de abastecimento de água para o
Durante as capacitações em campo, tal como DMC Distrito 02. Observou-se que, na parte bai-
observado em Caruaru, chamou atenção o fato xa do DMC, havia vários casos de vazamentos
de que a posição do hidrômetro no passeio, pa- visíveis em ramal.
Foto 42. Capacitação de pesquisa de vazamentos Foto 43. Caixa de inspeção de hidrômetro
95
Resultados do projeto
Fonte: COMPESA
A gestão e controle de pressão no DMC foi sa e caracterização das falhas, incorre ao prestador
realizada a partir da instalação de duas válvulas ausência de foco na renovação de redes e ramais.
redutoras de pressão, sendo uma de 200 mm e No decorrer do projeto não se evidenciou evolu-
outra de 250 mm de diâmetro. Foi sugerida tam- ções no prestador no tocante à gestão de ativos.
bém, pelo Consórcio, a instalação de uma VRP DN Os constantes problemas de funcionamento
100 mm, que possibilitaria implantar três subse- do macromedidor e telemetria, aliados a operação
tores ou zonas de pressão no DMC Distrito 02, os do sistema mediante rodízio, inviabilizaram uma
quais permitiria a realização de campanhas de apuração contínua do volume disponibilizado ao
medições e verificações, com intuito de identifi- DMC, bem como da pressão no ponto médio, pa-
car em qual subsetor se concentravam as maio- râmetros preponderantes para elaboração da mo-
res perdas. Entretanto, a VRP não foi instalada. delagem de vazamentos Bottom Up, ferramenta
A ausência de uma política de controle ativo de utilizada para mensurar as perdas reais, a qual
vazamentos, aliada ao enfoque apenas no reparo também pode ser utilizada para calibração do Ba-
dos vazamentos, sem registro ou histórico da cau- lanço Hídrico Top Down, conforme preconiza a IWA.
96
Resultados do projeto
A mudança de paradigma que se buscava era controle e pressão ao sistema. Contudo, a avaliação
gerir o DMC a partir do acompanhamento da vazão geral do GT de perdas do prestador e da gerência
mínima noturna, sendo este o instrumento para do prestador é positiva, sobretudo na dissemina-
reduzir tempo de conhecimento dos vazamentos ção e implantação de uma cultura de combate às
e, por consequência, imprimir uma melhor gestão e perdas utilizando o DMC como instrumento.
97
Resultados do projeto
Foto 44. Treinamento sobre ensaios de bancada para determinação da curva de envelhecimento
9.3.3 Combate a Usos Não Autorizados De todo modo, vale salientar os treinamen-
tos ministrados com foco na abordagem da
Por fim, o tema de usos não autorizados
mobilização social para tratar situações expres-
também teve uma dinâmica muito parecida com
sivas de usos irregulares em comunidades ca-
aquela ocorrida em Caruaru. As capacitações
rentes, como também para os casos de clientes
realizadas se basearam em programação prati-
irregulares que estejam em patamares de renda
camente idêntica e não foram verificados avan-
mais elevados ou utilizem a água para fins co-
ços e resultados significativos para serviços de
merciais ou industriais.
combate a irregularidades.
98
Resultados do projeto
99
Resultados do projeto
100
Resultados do projeto
101
Resultados do projeto
99-02 99-02 137 62,8 40,7 137 40,7 0,297 0,473 58%
lhão/ano, estando este entre os três maiores na COMPESA, as AP não recebem as faturas de
valores operacionais pagos pela COMPESA; energia, ficando restrito apenas a CEN. Desta
e Criação de novos Indicadores de Desempe- forma os gestores operacionais de cada AP, tem
nho Energético - IDE, como o kWh/m³ bom- mais dificuldade na realização de uma análise
beado. Atualmente a CEN e as AP consideram mais criteriosa.
como indicadores de eficiência energética o As AP recebem uma planilha em meio digital
índice de ultrapassagem de demanda e co- chegando quase trinta dias após o faturamento,
brança de multas por parte da Companhia com as informações resumidas, cabendo ao ges-
Energética de Pernambuco - CELPE por bai- tor local a análise de:
xo fator de potência;
e Melhoramento de metodologias de geren- e Verificação do consumo de energia se está
ciamento e implantação de ações de moni- na média do histórico;
toramento do consumo energético online; e Comparação da demanda lida, em relação à
e Desenvolvimento de metodologias de aná- contratada, verificando se houve redução ou
lise das faturas de energia, que possibilite a ultrapassagem;
realização de ações administrativas e técni- e Verificação e correção do fator de potência
cas nas unidades da COMPESA; lido nas instalações, sendo que este deve ser
e Gerenciamento efetivo dos contratos de for- maior que é de 0,92 obrigatoriamente.
necimento de energia elétrica, sendo que o As oportunidades identificadas de microge-
valor pago é da ordem de R$ 180 milhões/ ração de energia distribuída, apenas nos telha-
ano, estando este entre os três maiores valo- dos dos prédios e reservatórios da ETA Salgueiro.
res pagos pela COMPESA; Definiu-se ainda a necessidade de reali-
e Realização de treinamentos e capacitações zação de evento de monitoramento dos parâ-
em processo, teóricos e práticos, para melhor metros elétricos, mecânicos e hidráulicos, de
disseminação do conceito e da importância modo a obterem-se informações precisas sobre
do desenvolvimento de ações de eficiência a linha de base do sistema, bem como dados
energética; para a análise e avaliação de eventuais opor-
e Implantação do programa de cadastro de ati- tunidades de aumento da Eficiência Hidroener-
vos e elaboração de planos de manutenções gética. As medições foram realizadas por sete
preventiva e preditiva nas AP. A implementa- dias consecutivos, com registro de dados a cada
ção dos planos de manutenção irá facilitar o três minutos.
gerenciamento das atividades desenvolvidas
em cada ativo (bombas, motores, válvulas, 9.4.1.4 Resultados Obtidos
transformadores e etc.), além de gerar his- Os principais parâmetros foram registra-
tórico dos equipamentos permitindo melhor
dos de forma sincronizada, a cada três minutos,
acompanhamento da vida útil de cada um.
durante período de sete dias. Os registros dos
No modelo atual de gerenciamento e aná- principais parâmetros medidos se apresentam
lise das faturas de energia elétrica aplicado a seguir:
103
Resultados do projeto
30
25
20
15
10
5
0
00:00
00:30
01:00
01:30
02:00
02:30
03:00
03:30
04:00
04:30
05:00
05:30
06:00
06:30
07:00
07:30
08:00
08:30
09:00
09:30
10:00
10:30
11:00
11:30
12:00
12:30
13:00
13:30
14:00
14:30
15:00
15:30
16:00
16:30
17:00
17:30
18:00
18:30
19:00
19:30
20:00
20:30
21:00
21:30
22:00
22:30
23:00
23:30
DISTRITO II BB-01 DISTRITO II BB-02
160,00
140,00
Vazão (m³/h)
120,00
100,00
80,00
60,00
40,00
20,00
0,00
00:00 01:00 02:00 03:00 04:00 05:00 06:00 07:00 08:00 09:00 10:00 11:00 12:00 13:00 14:00 15:00 16:00 17:00 18:00 19:00 20:00 21:00 22:00 23:00
DISTRITO II
Foto: ELABORAÇÃO COM+ÁGUA.2
0,400 0,480
Consumo Específico (kWh/m³)
0,350 0,470
0,460
0,300
0,450
0,250
0,440
0,200 0,430
0,150 0,420
0,410
0,100
0,400
0,050 0,390
0,000 0,380
BB-01 BB-02 BB-01//BB-02 BB-01 BB-02 BB-01//BB-02
104
Resultados do projeto
HISTÓRICO DE DEMANDA
400
350
Registro de Demanda (kW)
300
250
200
150
100
50
0
nov/16 dez/16 jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17
DEM CONTR (kW) DEM LIDA PTA (kW) DEM LIDA F. PTA (kW)
120.000
100.000
80.000
60.000
40.000
20.000
0
nov/16 dez/16 jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17
R$ 350,00
R$ 300,00
R$ 250,00
R$ 200,00
R$ 150,00
R$100,00
R$50,00
R$ -
nov/16 dez/16 jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17
CUSTO ESPEC.
105
Resultados do projeto
A análise dos dados então identificou as se- no qual os equipamentos operam apenas no
guintes oportunidades de redução dos gastos momento em que existe água para bombear,
através do aumento da eficiência energética: o fazendo com a maior capacidade possível, e
e Instalação de inversores de frequência; não priorizando a questão da eficiência opera-
e Implantação de SGE – sistema de gestão de cional. Essas oportunidades, com investimento
energia; estimado da ordem de R$ 300 mil, podem re-
e Desenvolvimento de Plano de manutenção sultar na economia de R$ 220 mil/ano, além de
preventiva e preditiva. melhoria da gestão energética e operacional
das elevatórias.
9.4.1.7 Conclusões
Analisando-se apenas as ações referentes
Pelo exposto, foram identificadas oportu- exclusivamente à EEAT do Distrito 02, o quadro
nidades de redução do consumo de energia, resumo das ações com sua respectiva análise
apesar do cenário peculiar de escassez hídrica, econômica se apresenta a seguir:
107
Resultados do projeto
10 IMPACTO E INDICADORES
O
Indicador de Mobilização Social – IMOB radora, cujo IMOB iniciou com 14,2% e, ao tér-
é composto pelos Índices de Mudança mino da assistência técnica, fechou em 38,6%,
Cultural – Imud e de Gestão da Mobili- foram decorrentes especialmente dos avanços
zação – Iges. O primeiro indica as alterações nos alcançados na cultura interna, envolvendo uma
valores e atitudes interna (peso 0,7) e externa atuação mais integrada dos componentes do
(peso 0,3); o segundo avalia o grau de institucio- Comitê Gestor, a constituição dos Agentes de
nalidade dos quatro eixos estruturantes. Dessa Combate às Perdas, abrangendo representantes
forma, Imud e Iges compõem o IMOB com pesos de várias áreas, a formulação de propostas pelos
0,7 e 0,3, respectivamente. mesmos e os resultados alcançados pelas ações
Em Salgueiro foram realizadas, ao longo alternativas de comunicação interna, que favo-
do projeto, apenas duas verificações do IMOB, receram um maior engajamento e implicação
uma no início da implantação (linha de base) e dos funcionários com os objetivos centrais do
outra, ao final. O resultado alcançado pela ope- COM+ÁGUA.2.
109
Resultados do projeto
11 AUTOAVALIAÇÃO DE
IMPACTO DO COM+ÁGUA.2
NA AP 2
A
o término do período de assistência aplicado um questionário para a autoavaliação
técnica do Ministério das Cidades, por do impacto do COM+ÁGUA.2 em Salgueiro.
meio dos consultores do Consórcio, foi
Envolvimento dos
X X X
funcionários
Ações de comunicação
X X X
interna
Ações de comunicação
X X X
externa
Atividades culturais
X X X
internas
Atividades culturais
X X X
externas
Atividades de educação
X X X
internas
Atividades de educação
X X X
externas
110
Resultados do projeto
Controle de pressão X X X
Gestão de redes e
X X X
ramais
Institucionalização
X X X
do Balanço Hídrico
Cálculo de
indicadores de X X X
desempenho
Utilização de
indicadores de X X X
desempenho
111
Resultados do projeto
112
Resultados do projeto
113
Resultados do projeto
12 RECOMENDAÇÕES PARA
SUSTENTABILIDADE DO
COM+ÁGUA NAS ÁREAS
PRIORITÁRIAS DA COMPESA
F
oram diversos os desafios enfrentados pela uma maior aproximação e de um diálogo mais
AT1, envolvendo consultores e integrantes sistemático com a população, bem como a ne-
dos GT MOB, no percurso do projeto jun- cessidade de um maior apoio institucional no
to às áreas prioritárias. A fragilidade dos Comitês sentido de potencializar as ações de comunica-
Gestores e os problemas na difusão e comparti- ção e mobilização social.
lhamento de informações acerca das ações desen- Nessa perspectiva, no sentido de favorecer a
volvidas pelas demais AT, trouxeram dificuldades
sustentabilidade do COM+ÁGUA, deverão mere-
iniciais, tanto em Caruaru quanto em Salgueiro,
cer especial atenção:
para o processo de envolvimento e mobilização
dos funcionários. e A importância da capacitação inicial do Co-
Em Salgueiro, o quadro reduzido de funcioná- mitê Gestor, reforçando suas atribuições na
rios, envolvidos em diferentes Grupos de Traba- gestão do projeto, a necessidade de regula-
lho, no âmbito do Com+Água.2, foi também fator ridade das reuniões e a importância da difu-
limitador das ações do GT MOB. são permanente de informações;
No entanto, apesar dos problemas exis- e Valorização do trabalho social e das ações
tentes nessas duas unidades, a atuação dos GT de comunicação e mobilização social, des-
MOB, com o envolvimento e comprometimento tacando-se a importância dos profissionais
de funcionários de diversas áreas (em Caruaru), a das áreas de assistência social, comunicação,
busca de alternativas de comunicação, bem como
design gráfico, apoio administrativo, artistas
a intensificação do diálogo entre as áreas, possi-
e mobilizadores;
bilitou a superação de algumas das dificuldades
enfrentadas, favorecendo um maior engajamento e A importância do apoio institucional às
e implicação dos funcionários em torno dos obje- ações de comunicação e mobilização social,
tivos centrais do COM+ÁGUA.2. com a disponibilização de estrutura, recur-
Em relatos e avaliações realizadas, tanto em sos materiais e financeiros, bem como libe-
Caruaru quanto em Salgueiro, foram destacados ração de funcionários (próprios e terceiriza-
avanços importantes no sentido de uma mudan- dos) para o envolvimento nessas atividades;
ça cultural e de incorporação de novos procedi- e Atenção especial para a disponibilização, em
mentos, expressando um desejo de continuidade tempo hábil, dos recursos materiais e financei-
e aprimoramento das ações de combate às per- ros necessários ao desenvolvimento do proje-
das de água. to, nas várias Áreas Temáticas, no sentido do
Evidenciou-se também a importância de não comprometimento dos objetivos e prazos.
114
Resultados do projeto
115
Resultados do projeto
117
Resultados do projeto
118
Apoio