Você está na página 1de 8

ENSINO DE CARTOGRAFIA ATRAVÉS DE MAPAS DOS BAIRROS E LOCALIZAÇÃO

DAS ESCOLAS MUNICIPAIS E ESTADUAIS DA CIDADE DE ARAGUAÍNA – TO


Ensino de geografia com uso de mapas sobre o cotidiano dos alunos: uma
experiência do PIBID / após finalizar, vamos atualizar titulo

Murilo Henrique S. de Paula,1


Roberto Antero da Silva,2

Resumo
Após finalizar o texto, refazer o resumo, constituído de uma sequência de frases concisas
e objetivas. Deve conter uma introdução ao tema, objetivo, metodologia, resultados e
conclusões da pesquisa.
O presente trabalho resulta de uma proposta que visa desenvolver atividades
pedagógicas utilizando representações cartográficas relacionando aos cotidianos dos
alunos, necessidade que foi observada durante atividades desenvolvidas como parte do
programa PIBID na Escola Estadual de Tempo Integral Sancha Ferreira. A proposta do
projeto para ser desenvolvido em aulas da disciplina de geografia, constando da
elaboração de um mapa dos bairros de Araguaína, juntamente com a localização das
escolas municipais e estaduais da cidade. O objetivo é dinamizar o ensino de cartografia
nas escolas, tendo como ponto de partida o espaço de vivência dos alunos para que
assim possam ter compressão do conteúdo e seu uso prático.

Palavras-chave: Cartografia. Ensino. Escola. PIBID.

Introdução
O PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência) é um
programa que tem como finalidade o incentivo e valorização do magistério, além do
aprimoramento da formação de docentes para a educação básica, vinculado a DEB
(Diretória da Educação Básica Presencial) e a CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento
de Pessoal de Nível Superior). Foi através do PIBID que foi possível o desenvolvimento
desta pesquisa, com os encontros semanais na UFT e as atividades em campo na escola,
realizando as observações dentro e fora de sala de aula.
Dentro das observações realizadas durante o campo na escola, foi percebido uma
grande dificuldade para com o ensino de geografia, devido os alunos terem bastante
dificuldades para assimilar alguns conteúdos de geografia, principalmente quando se
tratava de cartografia. Por exemplo, as turmas que foram observadas na escola em
campo, foram do 6º ao 9º ano do ensino fundamental, e nessas turmas quase sempre
percebia-se uma grande dificuldade na leitura cartográfica básica, alguns alunos não
conseguiam realizar a localização do seu país, ou o seu hemisfério, e outros não
conseguia identificar onde era o mar e onde tinha terra dentro de um mapa mundi.
Sendo assim, foi pensado em elaborar um trabalho de pesquisa e intervenção na
escola a campo, tendo em vista que os alunos não conseguia assimilar com facilidade as
informações cartográfica em escala mundi e as vezes nem na escala nacional ou
estadual, então elaboramos um mapa cartográfico em escala municipal com a localização
das escolas municipais e estaduais do município de Araguaína, para que dessa forma
facilitasse o entendimento das informações contida no mapa e por consequência pudesse
1
Graduando em Geografia, Universidade Federal do Tocantins (UFT) Araguaína, Tocantins, murilo-paula@live.com.
² Coordenador Pibid, Professor Doutor, Universidade Federal do Tocantins (UFT) Araguaína, Tocantins,
robertoantero@mail.uft.edu.br.
2
facilitar a alfabetização cartográfica, para que assim pudéssemos oferecer uma formação
de uma sociedade que possa exercitar sua cidadania, sendo que segundo Callai 2005,
p.228) “[...] a leitura do mundo é fundamental para que todos nós, que vivemos em
sociedade, possamos exercitar nossa cidadania.”
Percebendo então que com o mapa da localização das escolas estaduais e
municipais do município de Araguaína poderia ter um melhor rendimento na alfabetização
cartográfica com os alunos do ensino fundamental. Sendo assim, foi efetivado a
confecção de um mapa acerca da realidade dos estudantes para realização de uma aula
experimental com o uso desse material produzido.
Com a aplicação deste material, percebeu-se que com o uso de mapas
relacionados ao cotidiano dos alunos, como instrumento pedagógico para o ensino de
geografia pode-se trazer um melhor aproveitamento no ensino, tendo em vista que houve
uma melhor partição por parte dos alunos e um melhor entendimento do mapa, tendo em
vista que no mapa continha informações que os alunos já conheciam, como o endereço
de algumas escolas que os alunos já estudaram e a escola que os alunos estão
estudando, facilitando o entendimento do espaço a qual os alunos estão inseridos e
podendo entender melhor os elementos de um mapa.

Metodologia
A metodologia operacional aqui explicitada detalha sobre os procedimentos
adotadas na realização da pesquisa, bem como os processos empregados para produção
do mapa e da realização da aula experimental.
Na pesquisa, utilizou-se fontes bibliográficas, avaliação e análise dos resultados da aula
experimental com uso de mapa relacionado a realidade dos alunos.
Em etapa anterior a essa, foi planejada a produção de material didático (mapa);
realização de aula experimental; descrição,
Na primeira etapa, demostra-se as condições em a proposta surgiram, e o processo de
elaboração do mapa. Na etapa seguinte, ainda não efetivada, pretendemos desenvolver,
a aula como o recurso didático e avaliar a receptividade dos alunos quanto ao processo
de aprendizagem.
Para a elaboração dos mapas, foi escolhido a escala municipal com a localização
das escolas estaduais e municipal, com o objetivo de utilizar do conhecimento do
cotidiano dos alunos para a alfabetização cartográfica. Os mapas foram desenvolvidos
utilizando-se os recursos do PIBID, junto com a plataforma QGIS, o banco de dados do
IBGE, da prefeitura municipal de Araguaína, com os arquivos dos bairros de Araguaína,
da secretaria municipal de educação que forneceu os dados da localização das escolas
municipais e as informações da localização das escolas estaduais através do google
Earth. A localização de cada escola estadual foi checada pela google Earth e checada in
loco para ter certeza sobre as informações das coordenadas para a elaboração do mapa,
para isso tivemos uma força tarefa com todos os bolsistas do PIBID.
Durante a elaboração dos mapas, tivemos muitas dificuldades, principalmente na
questão de decidirmos como iriamos fazer o modelo do mapa e como iriamos deixar as
informações para que não ficasse muito poluído. Por isso, contamos com a ajuda do
professor Dr. Vinicius Gomes Aguiar da disciplina de sensoriamento remoto do curso de
geografia, com as orientações do professor, pudemos definir o modelo as informações,
cores e dados que iriamos utilizarmos no mapa, e assim conseguimos elaborar 3 mapas
(figuras 1 e 2).
Figura 1 – Mapa dos bairros de Araguaína

Fonte: PAULA, 2019


Este foi o primeiro mapa produzido, neste mapa há as informações das divisões dos
bairros do município de Araguaína, enumerados de 1 a 129, com a tabela contendo o
nome de cada bairro do município. Através desse mapa, facilita o entendimento do
espaço da cidade para os alunos, podendo localizar o bairro que mora e quais os bairro
que são próximo do bairro que o aluno mora, além dele fornecer como base para
orientação da localização do mapa 2 (Figura 2) da localização das escolas estaduais e
municipais de Araguaína.
Figura 2 – Mapa das escolas estaduais e municipal de Araguaína

Fonte: PAULA, 2019

Este foi o segundo mapa produzido, neste mapa há as informações da localização das
escolas estaduais e municipais de Araguaína, nele não há as informações das divisões
dos bairros com os nomes, tendo em vista que o mapa 1 (Figura 1) já contém as
informações e os dois mapas devem ser utilizados juntos. A ideia inicial era com o recurso
do PIBID termos 3 mapas, mas foi confeccionado e elabora apenas 2, por isso que neste
mapa 2 há dois mapas, um com a localização das escolas estaduais sendo 26 escolas e
um com a localização das escolas municipais, sendo um total de 32.

Com a aplicação do material produzido em aulas de alfabetização cartográfica,


percebeu-se um melhor interesse e entendimento por parte dos alunos com base nos
mapas da localização das escolas estaduais e municipais de Araguaína. Segundo Callai
(2005, p.228) “Uma forma de fazer a leitura do mundo é por meio da leitura do espaço, o
qual traz em si todas as marcas da vida dos homens”. Ou seja, através do conhecimento
do espaço já adquirido do cotidiano dos alunos, foi possível aproveitar isto, para levar até
os alunos o conhecimento mais especifico e técnico das cartas cartográficas.

Fundamentação teórica - Trocar por titulo significativo do conteúdo do item


O mapa tem uso comum em nossa sociedade, seja por profissionais, professores e leigos,
com as mais diferentes funções relacionadas a localização de fenômenos naturais,
cidades, pontos turísticos, endereços residências, definição de roteiros de viagens,
percurso a ser realizado e outros.
Para Callai (2005, p. 244) “uma das formas possíveis de ler o espaço é por meio dos
mapas, que são a representação cartográfica de um determinado espaço”. A professora
Callai adverte que para que o sujeito torne-se “capaz de ler de forma crítica o espaço, é
necessário tanto que ele saiba fazer a leitura do espaço real/concreto como que ele seja
capaz de fazer a leitura de sua representação”, ou seja, o mapa.
A Geografia é área de conhecimento com forte identificação de uso de mapas, fato
reforçado por englobar a cartografia como uma de suas subáreas, e também por
concentrar quase totalidade das discussões sobre o processo de ensino aprendizagem
deste elemento de representação gráfica do espaço.
Conforme expresso na Base Nacional Comum Curricular (BNCC)“estudar Geografia é
uma oportunidade para compreender o mundo em que se vive” (BRASIL, 2017, p. 359),
fato que evidenciam a abrangência de diversas possibilidades de fatos e acontecimentos,
reforçados pela intrínseca caraterística de representatividade espacial.
Na BNCC está regulamentado que desenvolver a capacidade de ler e interpretar mapas
como aprendizagens garantidas para todos os estudantes do território brasileiro.
O ensino de Geografia, e seu ramo da cartografia nas escolas públicas enfrenta
desafios, seja por serem preteridos nos conteúdos ministrados, ou, quando ministrados,
apresenta deficiências e falta de articulação com a realidade do estudante. (CALLAI, 2005;
CASTROGIOVANNI, 2000). Tais desafios são ampliados pela ausência de material
pedagógico especifico sobre o cotidiano do estudante.

No documento de orientação curricular nacional está expresso a construção de uma


proposta de alfabetização na linguagem cartográfica:
Espera-se que, no decorrer do Ensino Fundamental, os alunos tenham domínio da
leitura e elaboração de mapas e gráficos, iniciando--se na alfabetização
cartográfica. [...]. Os alunos começam, por meio do exercício da localização
geográfica, a desenvolver o pensamento espacial, que gradativamente passa a
envolver outros princípios metodológicos do raciocínio geográfico, como os de
localização, extensão, correlação, diferenciação e analogia espacial . (BNCC,
2017, p. 363)
Sendo o mapa uma forma de expressão e comunicação social, é preciso que desde a
inserção da criança na vida escolar, ocorra o processo de apropriação dos códigos e
símbolos utilizados, com finalidade de construção de referências espaciais, que possibilite
o estudante decifrar o mapa.

No Ensino Fundamental – Anos Finais, espera-se que os alunos consigam ler,


comparar e elaborar diversos tipos de mapas temáticos, assim como as mais
diferentes representações utilizadas como ferramentas da análise espacial. Essa,
aliás, deve ser uma preocupação norteadora do trabalho com mapas em
Geografia. Eles devem, sempre que possível, servir de suporte para o repertório
que faz parte do raciocínio geográfico, fugindo do ensino do mapa pelo mapa,
como fim em si mesmo. (BNCC, 2017, p. 364)

Não custa reafirmar, que o mapa é elemento essencial para o ensino de geografia. Mas é
necessário que seja utilizado em aulas e atividades que de modo colaborativo para
interpretação e produção de representações próprias no espaço, para o estudante. Dentre
diversas possibilidades, valorizar o cotidiano é sempre elemento fundamental.
Necessário também um olhar para as categorias geográficas, pois é essencial que
o conteúdo de cartografia envolva essa relação, por isso quando se trabalha com um
mapa local, podemos desenvolver o território, delimitando um espaço e trabalhando o
lugar, contextualizando assim com a realidade do aluno e facilitando o aprendizado.
Relacionar experiência concretas do cotidiano do aluno com os conteúdos de Geografia
ensinados em sala de aula é uma particularidade inerente a essa disciplina.

O conteúdo de Geografia, por ser essencialmente social e ter a ver com as coisas
concretas da vida, que estão acontecendo e tem sua efetivação num espaço
concreto aparente e visível, permite e encaminha o aluno a um aprendizado que
faz parte da própria vida e como tal pode ser considerado em seu significado
restrito e extrapolado para condição social da humanidade (CALLAI, 2001, p. 144).

Portanto, as vivências são capazes de contribuir para melhor compreensão dos


conteúdos geográficos. Um aluno bem orientado com esses conceitos, leva-o a refletir
sobre o processo de construção e de orientação cartográfica. Sendo que, segundo
Castrogiovanni (2000), a formação de um leitor cartográfico se dar através de leituras
subjetivas marcada por seus conhecimentos pessoais.

Resultados da Pesquisa

A escola campo que foi realizado o PIBID e esta pesquisa é a Escola Estadual
Sancha Ferreira, a escola fica na rua parati, jardim Filadélfia, na cidade de Araguaína. A
escola tem uma área aproximadamente de 65x17 metros, tendo nela 08 salas de aula, 01
quadra coberta; tamanho inadequado, fora da metragem padrão (16m de largura e 27m
de comprimento) e não contém todos os materiais adequados para seu uso, a escola tem
também uma sala de coordenação, uma de professores e sala de apoio.
A inserção dos licenciados no cotidiano de escolas públicas proporciona
oportunidades de observações dos problemas relacionados ao processo de ensino e
aprendizagem; como também oportuniza participação em experiências metodológicas, e
práticas docentes que contribuam para superação dos problemas.
Nesse caso, envolveu a elaboração de uma proposta de produção de material
didático pedagógico inovador. O processo de produção de um mapa possibilita uma
compressão mais sistematizada e contextualizado do espaço geográfico, sendo imperioso
sua compreensão também pelo estudante da educação básica. Para a elaboração e
aplicação dessa aula prática com o material, foi planejado uma aula expositiva dialogada
com o conteúdo de orientações cartográficas e noções básicas de cartografia como
também a sua história, essa aula aconteceu no dia 13 de setembro de 2019 no turno da
tarde na turma no 7ª ano do ensino fundamental, durante a aula foi utilizado dos mapas
da localização das escolas estaduais e municipais de Araguaína para mostrar como
funciona um mapa, como ele é desenvolvido e quais elementos fazem parte do mesmo.
Com a aplicação dos mapas, percebeu-se uma boa interação e participação por
parte dos alunos, identificando os bairros que conhecem juntamente com as escolas,
conseguindo assim se localizarem e identificar os elementos inseridos no mapa.
Fotografia 1. Aplicação dos Mapas dos Bairros e da Localização das
Escolas de Araguaína 2019

Fonte: PAULA, 2019

Como bem percebe-se na fotografia 1, os alunos foram para perto dos mapas para
identificar as informações, antes disto, foi dada uma introdução para os alunos a respeito
da história dos mapas e a sua importância para o nosso cotidiano, facilitando dessa forma
a leitura das informações básicas de um mapa, além também de oferecer uma
alfabetização cartográfica de forma não enfadonha, sendo que segundo Castellar (2002,
p.2) “A Geografia, como área do conhecimento escolar, deve ser compreendida nas
séries iniciais, fazendo parte do processo não só de alfabetização, mas no de letramento,
porque é importante para a leitura de mundo.”

No dia 28 de novembro foi apresentado como resultados parciais do trabalho


aplicado e das contribuições do PIBID para a formação acadêmica no evento da Semana
do Ensino, Pesquisa e Extensão da UFT, a apresentação foi bem recebida e teve boas
interações por parte de acadêmicos e professores de outros cursos e campus da
Universidade, a proposta do projeto foi bem recebido e bem aceita por parte dos presente
e da mesa avaliadora.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Um dos objetivos desta pesquisa era de conseguir oferecer uma alfabetização


cartográfica menos cansativo e enfadonha para os alunos, utilizando do conhecimento do
cotidiano e valorizando o que os alunos já conheciam para desenvolver e incentivar o
ensino cartográfico. Com a produção e aplicação dos mapas em sala de aula
conseguimos ter bons resultado no letramento cartográfico, e diante dos resultados
positivos, recomendamos a continuação da utilização deste material para o ensino de
cartografia.
REFERÊNCIAS

BRASIL, Ministério da Educação. Base Nacional Comum. Brasília: MEC, 2017. Disponível
em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em: 10/set./2017.
CALLAI, Helena Copetti. Aprendendo a ler o mundo: a geografia nos anos iniciais do
ensino fundamental. Caderno Cedes, Campinas, vol. 25, n. 66, p. 228, maio/ago. 2005.
CALLAI, Helena Copeti. A geografia e a escola: muda a geografia Muda o ensino? Terra
Livre, São Paulo, n.16, p 135-152, 1ºsemestre/2001.
CASTROGIOVANI, Antônio Carlos. Ensino de geografia: práticas e textualizações no
cotidiano. Porto Alegre: Mediação, 2000.
CAVALCANTI, Lana de Sousa. Geografia, escola e construção de conhecimentos.
São Paulo: Papirus, 2010.
CASTELLAR, Sonia Vanzella. O letramento cartográfico e a formação docente: o ensino
de geografia nas séries iniciais, 2003. 9º Encuentro de Geógrafos de América Latina
. Disponível em:
<http://observatoriogeograficoamericalatina.org.mx/egal9.html >. Acesso em: 02/mar./
2018

Você também pode gostar