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Manual Nutricionistas - 2ed
Manual Nutricionistas - 2ed
NO PROGRAMA NACIONAL DE
ALIMENTAÇÃO ESCOLAR (PNAE)
Manual
Manual de instruções
operacionais para nutricionistas
vinculados ao PNAE
2ª Edição
O Papel do Nutricionista no
Programa Nacional de
Alimentação Escolar (PNAE)
(Manual de instruções operacionais para
nutricionistas vinculados ao PNAE)
2ª Edição
Ministério da Educação
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE)
Coordenação Geral do Programa Nacional de Alimentação Escolar
Ministério da Educação
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE)
Coordenação Geral do Programa Nacional de Alimentação Escolar
O Papel do Nutricionista no
Programa Nacional de
Alimentação Escolar (PNAE)
2ª Edição
Brasília, DF
2012
Catalogação na fonte pela DECTI da Biblioteca Universitária da
Universidade Federal de Santa Catarina
Inclui bibliografia.
CECANE-SC
Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC
cecanesc@contato.ufsc.br
www.cecanesc.ufsc.br
(48) 3226-5119
ORGANIZADORES
Francisco de Assis Guedes de Vasconcelos
Coordenador de Gestão Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição do Escolar de Santa
Catarina
Arlete Catarina Tittoni Corso
Professora Departamento Nutrição UFSC
Erasmo Benício Santos de Moraes Trindade
Professor Departamento Nutrição UFSC / CECANE-SC
Lúcia Andréia Zanetti Ramos Zeni
Professora Departamento Nutrição UFSC / CECANE-SC
Jussara Gazzola
Professora Departamento Nutrição UFSC / CECANE-SC
Ileana Arminda Mourão Kazapi
Professora aposentada Departamento Nutrição UFSC / CECANE-SC
Elisa Braga Saraiva
Engenheira Agrônoma – Agente do PNAE CECANESC
Paulo Luiz Viteritte
Nutricionista – Assessor Técnico Administrativo CECANESC
REVISÃO DE TEXTO
Coordenação Técnica de Alimentação e Nutrição – COTAN/FNDE
ILUSTRAÇÕES
Joe Wallace Cordeiro
1 Introdução�������������������������������������������������������������������������13
2 Responsabilidades e co‑responsabilidades no PNAE ��������������15
2.1 Quem é a Entidade Executora (EE) no PNAE? ���������������������� 15
2.2 O que é o CAE e qual a sua importância no PNAE?���������������� 19
2.3 Qual a importância e o papel do nutricionista no PNAE?������� 22
3 Aquisição de gêneros alimentícios da agricultura familiar e do
Empreendedor Familiar Rural ����������������������������������������������26
3.1 Qual a importância da agricultura familiar no Brasil?������������ 27
3.2 O que é Segurança Alimentar e Nutricional e Desenvolvimento
Local? ������������������������������������������������������������������������� 28
3.3 Como adquirir produtos da agricultura familiar?������������������� 30
4 Considerações Finais�����������������������������������������������������������34
5 Referências Bibliográficas���������������������������������������������������36
Lista de abreviaturas
14
2 Responsabilidades e
co‑responsabilidades
no PNAE
16
realizado no ano anterior ao do atendimento. No caso das escolas
federais, o atendimento é feito por meio de descentralização de
créditos orçamentários. O Programa é acompanhado e fiscalizado
diretamente pela sociedade, por meio dos CAEs, pelo FNDE, pelo
TCU, pela CGU e pelo MP.
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As devoluções de recursos financeiros referentes ao PNAE, inde-
pendente do fato gerador que lhes deram origem, deverão ser
efetuadas em agência do Banco do Brasil S/A, mediante utiliza-
ção da Guia de Recolhimento da União (GRU), disponível no sítio
eletrônico <www.fnde.gov.br> (no atalho “Serviços”), na qual
deverão ser indicados a razão social e o CNPJ da EE.
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2.1.8 Quem pode fazer denúncias relativas à aplicação dos
recursos do PNAE?
Qualquer pessoa, física ou jurídica, poderá apresentar denúncia
ao FNDE, ao TCU, à Controladoria-Geral da União, ao Ministério
Público e ao CAE, quanto às irregularidades identificadas na apli-
cação dos recursos do PNAE contendo, necessariamente:
• a exposição sumária do ato ou fato censurável, que possi-
bilite sua perfeita determinação;
• a identificação do órgão da Administração Pública e do
responsável por sua prática, bem como a data do ocorrido.
19
• 2 (dois) representantes titulares de pais de escolares, in-
dicados pelo conselho escolar;
• 2 (dois) representantes titulares indicados por entidades
civis (igreja, sindicato rural, associação de moradores,
etc.).
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Prestação de Contas – SIGPC do FNDE, disponível
no sítio eletrônico desta Autarquia. O parecer conclusivo
O CAE por sua vez poderá acompanhar estas infor-
do CAE é um dos
mações inseridas no SIGPC pelo Sistema de Gestão
instrumentos que
de Conselhos – SIGECON, bem como deverá emitir
viabiliza ao FNDE
o parecer conclusivo do CAE em relação à presta-
o conhecimento
ção de contas do Programa.
sobre a execução
do Programa nos
O resultado do parecer conclusivo terá 3 possibi- Municípios, Estados
lidades: ou Distrito Federal.
Esse documento
• Aprovação: A execução ocorreu nos moldes
apresenta ao FNDE,
estabelecidos pela Resolução vigente à época.
de forma clara e
• Aprovação com Ressalva: A execução ocor- concisa, como foi
reu nos moldes estabelecidos pela Resolução executado o PNAE
vigente à época, porém ocorreram improprie- no ano que passou.
dades na execução do PNAE.
• Não aprovação: Os recursos não foram utiliza-
dos em conformidade com o disposto nos norma-
tivos, desta forma, a execução ficou comprometida, uma vez
que o objeto e/ou objetivo do programa não foi alcançado.
Por fim, o parecer deverá ser ratificado pela maioria dos membros
titulares (totalizando ao menos 4 conselheiros) para ser validado
no Sistema.
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não foi devidamente sanada pela EE, comunicar ao FNDE, ao TCU,
à CGU, ao MP e aos demais órgãos de controle.
22
Dessa maneira, constitui-se a escola como um ambiente para a
promoção da saúde e da educação.
23
• Propor e realizar ações de educação alimentar e nutricional
para a comunidade escolar,
• Elaborar fichas técnicas das preparações que compõem o
cardápio,
• Planejar, orientar e supervisionar as atividades de seleção,
compra, armazenamento, produção e distribuição dos ali-
mentos,
• Planejar, coordenar e supervisionar a aplicação de teste de
aceitabilidade quando se fizer necessário,
• Interagir com os agricultores familiares e empreendedores
familiares rurais e suas organizações,
• Participar do processo de licitação e da compra direta da
agricultura familiar para aquisição e gêneros alimentícios,
• Elaborar e implementar o Manual de Boas Práticas para
serviço de alimentação de fabricação e controle para UAN,
• Elaborar o plano anual de trabalho do PNAE,
• Assessorar o CAE.
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identificação e ainda, com assinatura do gestor responsável pela
EE, seja secretário de educação ou prefeito.
25
3 Aquisição de gêneros
alimentícios da agricultura
familiar e do Empreendedor
Familiar Rural
26
3.1 Qual a importância da agricultura
familiar no Brasil?
A agricultura familiar é responsável pela produ-
ção de aproximadamente 70% dos alimentos que
chegam à mesa dos brasileiros. Responde atual- A lei 11.326/2006
mente por 07 em cada 10 empregos e por cerca estabelece as di-
de 40% da produção agrícola. Além disso, detém retrizes para a
84,4% dos estabelecimentos rurais. Este numeroso formulação da
contingente de agricultores familiares ocupa uma Política Nacional da
área de 80,25 milhões de hectares, ou seja, 24,3% Agricultura Familiar
da área ocupada pelos estabelecimentos agro- e Empreendimentos
pecuários brasileiros. Estes dados mostram uma Familiares Rurais.
estrutura agrária ainda concentrada no país: os es-
tabelecimentos não familiares, apesar de represen-
tarem 15,6% do total dos estabelecimentos, ocupam
75,7% da área. A área média dos estabelecimentos familiares é
de 18,37 hectares, e a dos não familiares, de 309,18 hectares.
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A aquisição de gêneros alimentícios deverá ser realizada, sem-
pre que possível no mesmo município das escolas. Quando o
fornecimento não puder ser feito localmente, as escolas poderão
complementar a demanda entre agricultores da região, território
rural, estado e país, nesta ordem de prioridade.
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suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades es-
senciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de
saúde que respeitem a diversidade cultural e que sejam ambien-
tal, cultural, econômica e socialmente sustentáveis (de acordo
com o Artigo 3 da Lei 11.346/2006).
29
O PNAE tem um grande potencial no que diz respeito aos proble-
mas associados à produção e ao desenvolvimento rural e aqueles
associados ao consumo e à saúde pública, interligando a produ-
ção de alimentos local com o mercado consumidor local.
30
• Divulgar a chamada pública em jornal de circulação local,
regional, estadual ou nacional, em página da internet e na
forma de mural em local público de ampla circulação
• Agricultores Familiares precisam ficar atentos para tomar co-
nhecimento da Chamada Pública
• Deve-se sempre visar o interesse público
31
• Grupo Formal: DAP jurídica, CNPJ, cópias das
Grupo formal: certidões negativas junto ao INSS, FGTS, Receita
Cooperativa ou Asso- Federal e Dívidas Ativas da União, cópia do esta-
ciação da agricultura tuto e projeto de venda
familiar com DAP • Grupo Informal: DAP de cada agricultor familiar,
jurídica. CPF e Projeto de venda
Grupo informal:
Grupo de Agricultores 6º Passo: Seleção dos projetos de venda
familiares com DAP Responsável: Entidade Executora
física
• Terão prioridade nesta ordem os projetos do
município, da região, do território rural, do es-
tado e do país
• Os produtos da agricultura familiar devem atender a legisla-
ção sanitária: SIM/SIE, SUASA (facilita a produção e inserção
dos produtos no mercado formal local, regional e nacional)
e/ou ANVISA
• Limite individual de venda do agricultor familiar é de
R$ 20.000,00 por DAP/ano
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8º Passo: Entrega dos produtos
Responsável: Agricultores familiares fornecedo-
DAP é o instrumento
res
que identifica os agri-
cultores familiares e/ou
• Início da entrega dos produtos de acordo com suas formas associativas
o cronograma previsto no Contrato. organizadas em pes-
• Termo de Recebimento da Agricultura Fami- soas jurídicas, aptos a
liar deverá ser assinado por representante da realizarem operações
EE e do grupo fornecedor, além da ciência da de crédito rural ao
Entidade Articuladora, no caso dos grupos amparo do Programa
informais. Nacional de Fortale-
• Esse Termo de Recebimento atesta que os cimento da Agricultura
produtos entregues estão de acordo com o Familiar – Pronaf.
Contrato e com os padrões de qualidade.
• Necessidade de documento fiscal:
• nota do produtor rural, ou
• nota avulsa (vendida na Prefeitura), ou
• nota fiscal (grupo formal).
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4 Considerações Finais
34
Longo é o caminho para um país alcançar um baixo ou ausente
índice de analfabetismo, da fome e da miséria, que garanta sua
soberania alimentar e a aplicabilidade dos Direitos Humanos a
Alimentação Adequada. O PNAE, sua história e compromisso so-
cial com ênfase na educação, por meio dos resultados já obtidos
apresenta-se como um grande motivador dessa jornada.
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5 Referências
Bibliográficas
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FNDE – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (2009).
Alimentação escolar. Disponível em: www.fnde.gov.br. Acesso em
25 de setembro de 2010.
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo
Agropecuário, 2006. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/
estatistica/economia/agropecuaria/censoagro/2006/default.shtm.
Acessado em 25 de outubro de 2010.
MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Agricultura Familiar. Disponível em: http://www.conab.gov.br/
conabweb/index.php?PAG=14. Acesso em 26 de outubro de 2010.
MDA – Ministério do Desenvolvimento Agrário. Disponível em: www.
mda.gov.br. Acesso em 15 de dezembro de 2010.
MDS – Ministério do Desenvolvimento Social. Programa de aquisição
de alimentos. Disponível em: http://www.mds.gov.br/. Acesso em
08 de outubro de 2010.
Resolução CFN nº 465/2010. Disponível em: www.cfn.org.br.
Acesso em 12 de janeiro de 2011.
Resolução CD/FNDE nº 02 de 2012. Disponível em: www.fnde.gov.
br/index.php/resolucoes-2012.
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