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NATUREZA DA ELETRICIDADE

Introdução

Desde a remota antiguidade, o homem procura diversas maneiras de tornar mais fácil e
mais rápido o trabalho que tem a realizar. Isto porque a sua capacidade de realizar
trabalho é limitada e, geralmente, a tarefa que precisa ser feita é muito grande.
Exemplo:
A força necessária para transportar e levantar um caixa de laranja é relativamente
grande em comparação ao peso de uma pessoa e exige muito esforço físico.
Uma solução prática para esse trabalho é a empilhadeira elétrica que realiza com
eficiência o serviço de várias pessoas.
A sociedade em que vivemos exige que o trabalho de cada individua seja o mais
proveitoso possível e, assim, a utilização de várias formas de energia (que não a física)
facilitam o trabalho a ser realizado, beneficiando toda a coletividade.
Os investimentos que uma sociedade faz para a obtenção de fontes de energia indicam
também o seu grau de desenvolvimento.
A história do homem está intimamente ligada as suas lutas nas conquistas de novas
fontes de energia. Há uns 500.000 anos, o homem aprendeu a controlar o fogo,
dominando-o para se proteger de animais selvagens e do frio.
Lentamente, outros processos foram sendo observados. Por exemplo, com descoberta
das forças dos ventos, os barcos que eram impulsionados por remos deram origem aos
barcos a velas, com maior vantagem de velocidade e mão de obra.
Com o advento da revolução industrial, século XIX, os recursos extraídos da natureza
começaram ser utilizados de forma diversificada, como, por exemplo:
Os antigos moinhos a vento, empregado na transformação da energia dos ventos
(força dos ventos) em energia mecânica, foram às primeiras fontes de energia natural
descobertas pelo homem, que as utilizava principalmente para a transformação de
alimentos. Em alguns paises da Europa como a Holanda, ainda se encontram alguns
destes moinhos.
Também ficou evidente que o calor era uma forma de energia que poderia ser
transformada, por exemplo, em energia mecânica.
Foi através destas descobertas que se firmou a lei da conservação da energia,
baseada na lei de Lavoasier que diz: “No universo nada se cria, nada se perde, mas
tudo se transforma”.

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FUNDAMENTOS DA ELETRICIDADE

Conceitos Fundamentais da Eletricidade

Ao longo doa anos, vários cientistas descobriram que a eletricidade parece se comportar
de maneira constante e previsível em dadas situações, ou quando sujeitas a
determinadas condições.
Estes cientistas tais como Faraday, Ohm, Lenz, Kirchhoff, para citar apenas alguns,
observaram e descreveram as características previsíveis da eletricidade e da corrente
elétrica, sob a forma de certas regras. Estas regras recebem comumente o nome de
“Leis”.
Pelo aprendizado das regras ou leis aplicáveis ao comportamento da eletricidade você
terá ‘aprendido’ ELETRICIDADE.
Para entendermos como o homem conseguiu dominar a eletricidade, devemos nos
reportar à natureza da eletricidade.
Apesar da utilização da energia elétrica ser uma característica do mundo atual, a
observação do fenômeno elétrico tem raízes na antiguidade.
Foi o sábio Tales de Mileto (640 – 546 AC) o primeiro a observar estes fenômenos. Ele
percebeu que ao esfregar um bastão de âmbar (um tipo de resina) nos pelos de certos
animais, ao aproximá-los de corpos leves como penas, fio de palha, etc. acontecia um
fenômeno interessante fenômenos de atração e repulsão.
A palavra grega para designar âmbar é ELEKTRON, que por sua vez originou o termo
ELETRICIDADE.
Para descobrir o verdadeiro significado deste fenômeno, os cientistas lançaram-se em
estudos mais aprofundados. Tanto é verdade que hoje, a eletricidade é estudada à luz
da teoria atômica.

TEORIA ATÔMICA

O primeiro passo foi dado quando, partindo das experiências de cargas negativas e
positivas que originaram os fenômenos de atração e repulsão dos corpos.
Para explicá-lo, a ciência admitiu a teoria ele a teoria eletrônica da matéria, pois
descobriu que estas cargas estão vinculadas à estrutura dos corpos e materiais.

MATÉRIA

É tudo que tem massa e ocupa lugar no espaço e pode ser percebido pelos nossos
sentidos.
Dos diversos estados físicos em que a matéria se apresenta na natureza, na forma mais
simples temos os estados:
_ SÓLIDOS
_ LIQUIDO
_ GASOSO
Exemplo:
Cobre, água, hidrogênio.

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CORPO

É uma quantidade limitada de matéria que possui uma determinada forma.


Exemplo:
Um bloco de cimento, uma gota de água, oxigênio etc...
Os corpos podem ser simples ou compostos.

Corpo Simples: são os corpos constituídos de um só tipo de elemento. Exemplo:


- Ouro (Au), Cobre (Cu) hidrogênio (H).

Corpos Compostos: são os corpos formados pela combinação de dois ou mais corpos
simples. Exemplo:
- Cloreto de Sódio (NaCl) “sal de cozinha”,formado pela combinação
de cloro e sódio
- Água (H2O) que é formada por duas partes de hidrogênio e uma
parte de oxigênio.

Os corpos podem ser divididos em partes cada vez menores, podendo, por processos
especiais, chegar a partes tão pequenas que seria impossível vê-las a olho nu.
A menor partícula em que se pode dividir um corpo chama-se molécula, sem que o
corpo resultante (molécula) perca as características do corpo que a originou.
Se formos dividindo uma gota de água em muitas partes, ela vai se tornando cada vez
menor até chegar a molécula, isto é, a menor partícula que se possa dividi-la
conservando as suas característica.
MOLÉCULA DE AGUA.

ÁTOMO

A estranha família do átomo


No passado, era só ele. Depois, vieram os elétrons os prótons e os nêutrons. Hoje, fala-
se de misteriosas partículas como os quarks, léptons e bósons. Quanto mais se
pesquisa a intimidade da matéria mais surpresa aparece.

Definição
É a menor partícula física em que se pode dividir um elemento.

Formação
O átomo é formado por inúmeras partículas, sendo a que iremos estudar somente as
que nos interessa á teoria da eletricidade.
Os átomos são partículas tão infinitamente pequenas, que para formar uma gota de
água, seriam necessários bilhões e mais bilhões de átomos de hidrogênio e oxigênio.
O tamanho de um átomo típico esta em torno de centésimo de milésimo de um
milímetro.
O interesse por estas diminutas partículas remotas a antiga Grécia, mas foi no começo
do século XX é que se chegou a um modelo reconhecido por toda a comunidade
cientifica. Este modelo foi concebido pelo físico dinamarquês Niels Bohr (1885-1962), e

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por isso ficou conhecido por modelo atômico de Bohr. Por este modelo, o átomo é
constituído por três tipos fundamentais de partículas:
PRÓTONS
NÊUTRONS
ELÉTRONS
Contrariando o que se pensava na época, sobre o átomo ser uma bolinha maciça, este
modelo mostrou através de experiências que o átomo é praticamente oco, constituído de
uma região central (maciça) denominada núcleo, onde existe dois tipos de partículas
elementares, os prótons e os nêutrons; é uma região envolvente do núcleo, conhecido
como eletrosfera. Na eletrosfera encontram-se os elétrons que giram entorno do núcleo,
em diferentes órbitas. Os elétrons são tão ágeis que, durante cada segundo, o mesmo
realiza umas 500 trilhões de voltas completas em torno do núcleo.
Os elétrons são livres e giram entorno de si mesmo a uma velocidade aproximadamente
a velocidade da luz de 300.000 km por segundo.
Os prótons e os nêutrons são partículas subatômicas e estão fortemente presos ao
núcleo do átomo, formando poderosos campos nucleares. Ambos possui a mesma
massa (1,7x10-24g) sendo muito mais pesado que os elétrons (9,1 x 10 –28g), ou seja, a
massa de cada um é aproximadamente 1870 vezes maior que e de um elétron. Assim
comparativamente aos elétrons, os prótons e os nêutrons são verdadeiros gigantes.
Os elétrons em movimento formam uma espécie de casca ou concha em volta do
núcleo, limitado ao seu tamanho. O tamanho do átomo é de 10.000 vezes maior que o
seu núcleo.
A titulo ilustrativo, imaginemos que a casca formada pelos elétrons seja do tamanho do
estádio Maracanã. O núcleo será do tamanho de uma laranja no centro do estádio.
As elétrosferas são camadas ou órbitas formadas pelos elétrons, que se movimentam
em trajetórias circulares em volta do núcleo. Existe uma força de atração entre o núcleo
e a eletrosfera, conservando os elétrons nas órbitas definidas camadas, semelhante ao
sistema solar.
A eletrosfera é composta por camadas, identificadas pelas letras maiúscula K, L, M, N,
O, P, Q.

Cada camada da eletrosfera é formada por um numero máximo de elétrons conforme


tabela

Camada nº Maximo de elétrons


K 2
L 8
M 18
N 32
O 32
P 18
Q 8
Nem todo átomo possui a mesma quantidade de camadas

O que faz uma matéria tão diferente da outra?


É a distribuição de prótons, nêutrons e elétrons é que de fato diferenciará um material
do outro.

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Quanto mais elétrons – Mais camadas
- Menos força de atração exercida pelo núcleo
- Mais livres os elétrons da ultima camada
- Mais instável eletricamente
- Mais condutor o material

Quanto menos elétrons - Menos camadas


- Mais força de atração exercida pelo núcleo
- Menos elétrons livres
- Mais estável eletricamente
- Mais isolante o material
-
Condutores isolantes
Prata Ar seco
Cobre Vidro
Alumínio Mica
Zinco Borracha
Latão Amianto
Ferro Baquelite

Observação: Semicondutores são materiais que não sendo bons condutores, não são
tampouco bons isolantes. O germânio e o Silício são substancias semicondutoras.
Esses materiais, devido as suas estruturas cristalinas, podem sob certas condições, se
comparar como condutores e sob outras como isolantes.

Íons
No seu estado natural, o átomo possui o numero de prótons igual aos números de
elétrons.
Nessa condição, dizemos que o átomo esta em equilíbrio ou eletricamente neutro.
O átomo esta em desequilíbrio quando tem o número de elétrons maior ou menor que o
numero se prótons.Esse desequilíbrio é causado sempre por forças externas que podem
se magnéticas, térmicas ou químicas.
O átomo em desequilíbrio é chamado de íon.
O íon pode ser negativo ou positivo.
Os íons negativos são os anions e os íons positivos são os cátions.
Os íons negativos, ou seja, ânions, são átomos que receberam elétrons.
Ex:

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Íons positivos, ou seja, cátions, são átomos que perderam elétrons.
Ex:

A transformação de um átomo em íon ocorre devido a forças externas ao próprio átomo.


Uma vez cessada a causa externa que originou o Íon, a tendência natural do átomo é
atingir o equilíbrio elétrico, ele cede elétrons que estão em excesso ou recupera os
elétrons em falta.

ENERGIA E SUAS FORMAS

Em geral, o conceito e uso da palavra energia se refere “ao potencial inato para
executar trabalho ou realizar uma ação”.
A palavra é usada em vários contextos diferente. O uso cientifico tem um significado
bem definido e preciso enquanto muitos outros não são tão específicos.
O termo energia também pode designar as reações de uma determinada condição de
trabalho, por exemplo, o calor, trabalho mecânico (movimento) ou luz. Estes que podem
ser realizados por uma fonte inanimada (por exemplo, motor, caldeira, refrigerador, alto
falante, lâmpada, vento) ou por um organismo vivo (por exemplo, os músculos, energia
biológica).
A etimologia da palavra tem origem no idioma grego, onde εργσς (ergos) significa
“trabalho’
Qualquer coisa que esteja a trabalhar – por exemplo, a mover outro objeto, a aquecê-lo
ou a fazê-lo ser atravessado por uma corrente elétrica – está a “gastar” energia (uma
vez que ocorre uma “transferência”, pois nenhuma energia é perdida, e sim
transformada ou transferida a outro corpo). Portanto, qualquer coisa que esteja pronta a
trabalhar possui energia, Enquanto o trabalho é realizado, ocorre uma transferência de
energia.
Energia é a capacidade que um corpo tem de realizar um trabalho.
A energia poderá estar presente num determinado corpo, em repouso ou em
movimento.
Quando ele se encontra em repouso, a energia nele armazenada chama-se energia
Potencial.
Como exemplo podemos citar:
Uma mola comprimida;
Uma flecha ao ser lançada, utiliza-se da energia potencial do arco para atingir o alvo.

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Quando o corpo se encontra em movimento a energia nele armazenada chama-se
energia cinética. Portanto energia cinética é a energia de um corpo em movimento.
Exemplo:

Um automóvel, em velocidade, poderá utilizar-se da energia cinética para subir uma


ladeira; um martelo que se move rapidamente pode exercer uma força num prego e
fazê-lo penetrar em uma tábua; um pêndulo mantém-se em movimento durante certo
tempo utilizando-se da energia cinética.
Exemplo:

A energia potencial na bola em “A” transforma-se em energia cinética em “B” e


novamente em potencial, em “C”.
Outro exemplo importante:
A água represada constitui um enorme reservatório de energia potencial. Quando a
comporta (registros) for aberta dando vazão a esta água, essa água descera em grande
velocidade pela tubulação. Essa água acionara as turbinas aparecendo assim à energia
cinética.

A energia toma as mais variadas formas. s mais comuns são:


Energia Mecânica
Energia Térmica
Energia Química
Energia Elétrica

A energia mecânica se manifesta pela produção de um trabalho mecânico, no


deslocamento ou deformação de um corpo, exemplo:

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Um operário empurrando um caixote.

A energia térmica ou calor se manifesta nos corpos através da elevação da


temperatura, exemplo:
Uma máquina a vapor utiliza o calor produzido na fornalha, o qual aquece a água
formando o vapor para acionar os pistões no cilindro.
A energia química se manifesta desde que certos corpos que a possuem são postos
em contato. Em uma pilha elétrica, por exemplo, quando ligamos o pólo positivo com o
pólo negativo, através de uma lâmpada obtemos a energia química no interior da pilha
transformada em energia elétrica e esta produzindo luz pela incandescência do
filamento da lâmpada.

A energia elétrica se manifesta em nossos sentidos por seus efeitos:


Magnéticos – “rotação de um eixo de motor”
Térmica – “Aquecimento de um condutor”
Luminosos – “Incandescência de uma lâmpada”
Fisiológico - “Choque elétrico”

TRANSFORMAÇÃO DA ENERGIA E A LEI DE SUA CONSERVAÇÃO.

A Lei da Conservação da Energia – “A Energia nunca desaparece


Transforma-se, pois ele é indestrutível como a matéria”.

Transformação da Energia Elétrica em Mecânica


Para se transformar a energia elétrica em mecânica usa-se o motor elétrico, o qual
recebe energia elétrica nas bobinas de seu enrolamento e a transforma em mecânica
que aparece em forma de rotação do seu eixo.
Durante o funcionamento o motor sofre um pequeno aquecimento que ocasiona alguma
perda de energia durante a transformação.

Transformação da Energia Química em Térmica, Térmica em Mecânica e


mecânica em Elétrica.
Em uma máquina a vapor, a energia potencial química do grupo carbono oxigênio
(combustível e oxigênio do ar) se transforma em energia térmica que aquece a água
formando o vapor. Este, por sua vez, vai acionar o pistão transformando a energia
térmica em mecânica, que através do excêntrico produz movimento de rotação.
Localizando-se ali um gerador elétrico, transforma-se a energia mecânica, em energia
elétrica.

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ELETRICIDADE ESTÁTICA

Dá se o nome de eletricidade estática às cargas elétricas em repouso.


Um corpo poderá estar eletrizado positivamente ou negativamente.
Quando um corpo recebeu um ou mais elétrons diz que ele possui carga elétrica
negativa;
Se um corpo ceder elétrons, ele ficará com falta de elétrons, tornando-se carregado
positivamente.

Exemplos:

LEI DA ATRAÇÃO E REPULSÃO DAS CARGAS ELÉTRICAS.

A lei da atração e repulsão das cargas elétricas:


Cargas de nomes iguais se repelem
Cargas de nomes contrárias se atraem

Exemplos:

Ao tocarmos os corpos carregados positivamente em outro sem carga alguns elétrons


do corpo neutro passarão para o corpo positivo devido à atração do mesmo.
O corpo que estava eletricamente neutro tornou-se carregado positivamente porque
cedeu elétrons; a isto chamamos: transferência de cargas por contato.

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DESCARGAS ESTÁTICAS

Sempre que dois corpos com cargas contrarias forem postos um próximo do outro, o
excesso de elétrons de um deles será atraído na direção daquele que esta com falta de
elétrons. Se ligarmos um fio entre eles oferecemos um caminho para que os elétrons
possam se deslocar no sentido do corpo positivo até que haja em equilíbrio elétrico
entre eles.
Exemplo.

DESCARGA ATRAVES DE UM FIO

Se aproximarmos dois corpos com cargas opostas bastantes elevadas os elétrons


poderão pular do corpo negativo para o positivo antes deles se tocarem; ai diremos que
a descarga deu-se por arco voltaico.
Exemplo

DESCARGA POR ARCO VOLTAICO

As grandes descargas elétricas são chamadas raios e a principal criadora desses é a


própria natureza.
Nos dias quentes é grande a evaporação da umidade. Nas altitudes frias o vapor d’água
forma gotas que caem devido a seu peso. Essas gotas caem sem atingir o solo porque
se evaporam novamente ao encontrar com as correntes ascendente de ar quente.

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Pelo atrito que ai ocorre, são extraídos das moléculas da água os elétrons livres a elas
aderentes. Esses elétrons acumulam-se nas nuvens que assim ficam carregadas de
eletricidade.
Quando as cargas elétricas atingem um valor muito elevado os elétrons saltam em
forma de centelha (relâmpagos) para outras nuvens ou para a terra.
Para que haja uma proteção contra raios instalam-se os para - raios nos pontos mais
altos de uma residência, industria ou edifício.

Exemplo

DETALHES

Tempestades são caracterizadas por raios e trovões. São produzidas por uma ou mais
nuvens cumulo-nimbus (Cb), também conhecidas como nuvens de tempestade.

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Uma típica nuvem de tempestade tem um diâmetro de 10 a 20 km. Cerca de 2000
tempestade estão sempre ocorrendo, o que significa que 16 milhões ocorrem
anualmente em nosso planeta. A freqüência de tempestade em um dado local depende
de vários fatores, entre eles a topografia, a latitude, a proximidades de massa de água
e a continetalidade.
Os raios podem ser perigosos.
Quando estão caindo por perto, você esta sujeito a ser atingido diretamente por eles.
A chance de uma pessoa ser atingida por um raio é algo em torno de um para 1 milhão.
Entretanto a maioria das mortes e ferimentos não acontecem devido à incidência direta
de um raio.
Na verdade são efeitos indiretos associados à proximidade do raio ou por efeitos
secundários.
Os efeitos indiretos incluem tensões induzidas, sobre tensões, tensões de toque e de
passo.

DANOS

A corrente do raio pode causar sérias queimaduras e outros danos ao coração,


pulmões, sistema nervoso central e outras partes do corpo, através do aquecimento e
umas variedades de reações eletroquímicas.
A extensão dos danos depende da intensidade da corrente, das partes do corpo
afetadas, das condições físicas da vitima, e das condições especificas do incidente.
Cerca de 20 a 30% das vitimas de raios morrem, a maioria delas por parada cardíaca e
respiratória, e cerca de 70 % dos sobreviventes sofrem devido a certas seqüelas
psicológicas e orgânicas, por um longo tempo.
As seqüelas mais comuns são diminuição ou perda de memória, diminuição da
capacidade de concentração e distúrbios do sono.

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No Brasil estima-se que aproximadamente 100 pessoas morrem por ano atingidas pelos
raios.

PREVENÇÃO

Para evitar os acidentes com raios, algumas regras de proteção pessoal devem ser
seguidas:
Se possível, não saia para a rua ou não permaneça na rua durante uma tempestade, a
não ser quando absolutamente necessário. Nesses casos, os lugares recomendados
para abrigos são:
*Carros, ônibus e veículos metálicos não conversíveis;
*Moradias ou prédios que possuam proteção contra raios;
*Abrigos subterrâneos como metrô ou túneis;
*Grandes construções com estruturas metálicas;
*Barcos ou navios metálicos fechado
*Fundo dos vales

Se estiver dentro de casa:


*Não use telefone (o sem fio pode ser usado)
*Não fique próximos as tomadas, canos, janelas e portas metálicas.
*Não toque em equipamentos elétricos que estejam ligados à rede elétrica

Se estiver na rua:
*Não segure objetos metálicos longos, tais como varas de pesca e tripés.
*Nunca empine pipas ou aeromodelos com fio
*Não ande a cavalo
*Nunca permaneça na água
*Não fique em grupos
Se possível, EVITE lugares que ofereçam pouca ou nenhuma proteção contra os raios:
*Pequenas construções não protegidas, tais como celeiro, tenda ou barracos.
*Veículos sem capota como tratores, motocicletas, bicicletas.
“EVITE ESTACIONAR PROXIMO AS ARVORES OU LINHAS E REDES DE ENERGIA
ELETRICA”

Alguns lugares são extremamente perigosos durante uma tempestade. Por isso:
*Não permaneça em áreas abertas como campo de futebol, quadras e estacionamentos.
*Não fique no alto de morros ou no topo de prédios
*Não se aproxime de cercas de arame, varais metálicos, linha aéreas e trilhos.
*Nunca se abrigue debaixo de arvores isoladas.
*Evite estruturas altas tais como torres de linha telefônicas e de energia elétrica

O para –raio é feito de uma haste metálica que termina em várias pontas revestida em
platina e um cabo metálico muito bem ligado á terra.
As pequenas descargas elétricas são chamadas de faíscas e aparecem sempre que
haja corpos em atrito. “Todos os caminhões tanque que transportam combustíveis,
possuem na parte de traz correntes penduradas, que nas valetas toca a terra,
proporcionando assim a descarga da eletricidade estática acumulada no tanque”

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PARA RAIOS

Atribui-se a Benjamin Franklin a invenção do pára-raios. O principio do seu


funcionamento é o “poder das pontas” do condutor metálico.
A função do pára-raios é propiciar um caminho seguro para a descarga elétrica
atmosférica. Ligando-o a terra, a carga elétrica é conduzida seguramente para o solo.
O pára-raio de Franklin era constituído por uma haste metálica fortemente ligada a terra
por um grosso fio de cobre. No extremo superior dessa haste, existia uma “coroa” de
três pontas metálicas, recoberta de platina para suportar o forte calor gerado pela
descarga elétrica.

Uma nuvem eletrizada que esteja passando nas proximidades dos pára-raios interage
com ele, provocando indução eletrostática. Cargas elétricas de sinal contrário ao da
nuvem são induzidas nas pontas metálicas dos pára-raios e um forte campo elétrico vai
se formando em suas vizinhanças.
O campo elétrico vai ficando da vez mais intenso, até ultrapassar a rigidez dielétrica do
ar. Uma vez atingido esse limite, o ar se imuniza, formando um caminho condutor até as
nuvens. A partir desse momento, ocorrem as descargas elétricas.

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A zona de proteção que o para - raios oferece é um circulo em torno da área protegida
de um raio de aproximadamente igual a duas vezes e meia a altura que esta o para-raio.
Exemplo:
Um edifício de 40 m de altura oferece proteção dentro de um circulo ao seu redor de 100
metros de raio aproximadamente.

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TIPOS DE PARA-RAIOS

Segundo a norma NBR 5419, da ABNT, os para-raios devem ser instalados nos pontos
mais altos do telhado, recebendo a descarga elétrica, conduzindo-a a terra
(normalmente através de cabos de cobre, protegidos por tubo de PVC) e dissipando sua
energia. Para cada cabo, recomenda-se o uso de duas hastes de aterramento.
Existe porem duas formas de incidência de raios:

RAIO DIRETO

È quando o raio atinge uma edificação e causa danos tanto na construção quanto nos
equipamentos.

RAIO INDIRETO

É quando o raio cai nas proximidades de uma edificação e a sobre carga danifica
equipamentos através da rede elétrica.
Os sistemas de proteção mais utilizados no país são:
-Franklin
-gaiola de Faraday
-Dissipativo

Franklin – É composto por um captor, montado sobre um mastro metálico, que é ligado
aos cabos de descida que conduzem eletricidade ao solo até ao aterramento. A área
protegida é gerada por um ângulo de 45° formados a partir da ponta do captor até a

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base o telhado. A cada 20 m de perímetro da cobertura é preciso colocar um cabo de
descida. Para áreas mais extensas ou casas co torres de caixa d’água, ás vezes é
necessário utilizar mais de um captor para que toda a construção seja protegida.
Obedecendo a essa angulação, a chance de que o raio corra através do para-raio é de
90%.

Gaiola de Faraday – Instalados nas extremidades do telhado, consiste em uma malha


de fios metálicos com pequenas hastes (com cerca de 50 cm de altura) conectadas a 1
metro, que recebem as descargas elétricas. Essa malha que deve ter modulo de no
Maximo 10 x 15 m é conectadas aos cabos de descida, que estão ligadas às hastes de
aterramento. Também é possível utilizar as ferragens das colunas da construção como
descida a que requer a indicação pelo engenheiro durante a elaboração do projeto
estrutural, do uso de alguns ferros a mais, com bitola apropriada, que serão ligados à
malha da Gaiola. O aterramento acontece automaticamente, já que as ferragens são
amarradas nos baldrames da fundação.

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Dissipativo – O sistema se baseia na não-formação de raios, ou seja, empregam-se
dispositivos metálicos dissipadores, que tem a função de dispersar a corrente elétrica do
solo, impedindo que ele se encontre com a faísca formada nas nuvens, choque que da
origem ao raio. Mais caro que os outros sistemas, seu uso se restringe a grandes
construções, como industrias e torres de antenas de TV e de rádio.

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FONTES DE ELETRICIDADE

1 - Atrito ou fricção: eletrização dos corpos


2 - Pressão: cristais
3 -Calor: elemento térmico
4 - Luz: fotovoltaica (célula fotoelétrica)
5 - Química: Células primária e secundária
6 - Magnetismo: campos magnéticos
7 - Eólica: Vento
8 – Geotérmica
9 – Hidroelétrica

1 – ATRITO OU FRICÇÃO

1 a – Processo de Eletrização
Já vimos que os corpos eletricamente neutros possuem cargas positivas igual às
negativas. Para que um corpo neutro fique eletricamente carregado, positiva ou
negativamente, é preciso quebrar esse equilíbrio, retirando-lhe ou fornecendo-lhe
elétrons.
Podemos então afirmar que:

UM CORPO ESTA ELETRIZADO QUANDO TEM O NUMERO DE


PROTONS DIFERENTE DO NUMERO DE ELETRONS
Há vários processos para eletrizar um corpo. Mas vamos analisar apenas três, no qual
julgamos os fundamentais:

Eletrização por Atrito


Eletrização por Contato
Eletrização por Indução

-ELETRIZAÇÃO POR ATRITO

Se atritarmos uma régua de vidro com um pano de seda, a régua adquirirá a


propriedade de atrair pedacinhos de papel, o que mostra que ela ficou eletrizada.
Vejamos como isso ocorre:
Ao atritar-se o vidro com seda, esta recebe elétrons perdidos pelo vidro, ficando, assim,
carregada negativamente; o vidro, por sua vez, tendo perdido elétrons, fica carregado
positivamente, com uma carga de módulo igual ao da carga negativa recebida pela
seda.
Então:
NA ELETRIZAÇÃO POR ATRITO, OS CORPOS ATRITADOS ADQUIREM.
CARGAS DE MESMO MODULO, PORÉM DE SINAIS CONTRÁRIO.

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-ELETRIZAÇÃO POR CONTATO

Para explicar a eletrização por contato, vamos utilizar o principio dos vasos
comunicantes que nos ajudará a entender e compreender melhor este processo de
eletrização.
A figura abaixo mostra dois vasos interligados, A e B, um contendo água e o outro vazio.
Entre eles há um registro:

Quando abrirmos o registro, a água do vaso A se desloca para o vaso B, até que os dois
fiquem com o mesmo nível de água, isto é, até que o equilíbrio seja atingido.
Observando a figura, você pode ver claramente que os dois vasos não contem a mesma
quantidade de água. Essa quantidade é proporcional ao tamanho de cada um. O nível
da água, porém, é o mesmo nos dois vasos.

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Fenômeno semelhante ocorre quando encostamos um corpo eletricamente carregado
em um corpo neutro. Os elétrons de um corpo passam para o outro, ou seja, há um fluxo
de elétrons entre os corpos. Esse fluxo pára quando os corpos atingem um determinado
equilíbrio de cargas elétricas. Chamado equilíbrio eletrostático.
Note que não afirmamos que os dois corpos passam a ter cargas elétricas iguais, mas
que,
atingido o equilíbrio eletrostático, não há mais fluxo de elétrons.
Exemplo:

O corpo A está carregado negativamente e o corpo B está neutro. Há um fio de cobre


unindo os dois corpos e uma chave C.

Ligando a chave, os elétrons em excesso no corpo A movem-se para o corpo B, até ser
atingido o equilíbrio eletrostático. No exemplo anterior, dissemos que a água atingiu i
mesmo nível nos dois vasos. Aqui, diremos que os dois corpos atingiram o mesmo
potencial elétrico.

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Podemos afirmar, portanto, que:

NA ELETRIZAÇÃO POR CONTATO, OS CORPOS.


ADQUIREM CARGAS DE SINAIS IGUAI.

OBSERVAÇÕES.

_Nos condutores sólidos, apenas os elétrons se deslocam. Os prótons permanecem


firmemente presos ao núcleo por forças de coesão. (Nos condutores líquidos, também
as partículas positivas se movimentam). Vamos deixar isso mais claro, por meio de um
exemplo.
Seja o condutor A, carregado positivamente, e o condutor B, neutro:

A impressão que se tem, à primeira vista, é que, ligando a chave C, as cargas positivas
se moveriam de A para B. Isso, porém, é falso.
As cargas positivas, estando firmemente presas ao núcleo, não podem deslocar. O que
ocorre, então, é um fluxo de elétrons de B para A, até ser atingido o equilíbrio
eletrostático,
Isto é, até que os condutores fiquem com o mesmo potencial elétrico.

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A quantidade de carga de um condutor após o contato vai depender das dimensões do
condutor. Retomando o exemplo dos vasos interligados, lembramos que a quantidade
de água de cada vaso era proporcional ao seu tamanho. O mesmo acontece com as
cargas elétricas: se os condutores tiverem as mesmas dimensões, as cargas se
distribuirão igualmente entre os dois; se as dimensões forem diferentes, a distribuição
de cargas será proporcional, ou seja, o condutor maior acumulara maior quantidade de
cargas elétricas enquanto houver diferença de potencial (DDP) elétrico entre dois
condutores, haverá movimentação de cargas elétricas.

-ELETRIZAÇÃO POR INDUÇÃO

O processo de eletrização por indução está baseado na interação entre as cargas


elétricas.
Experimentalmente, constatou-se que, ao interagirem, as cargas elétricas apresentam-
se um comportamento de atração ou de repulsão:

Esses fenômenos traduzem um dos princípios fundamentais da Eletrostática, o qual


afirma que:

CARGAS DE MESMO SINAL SE REPELEM E


CARGAS DE SINAIS CONTRÁRIAS DE ATRAEM.

Considerando esse principio, analisemos o exemplo que segue, onde um corpo é


eletrizado por indução:
Um condutor A, eletricamente neutro, é sustentado por uma haste isolante.

23
-Aproximemos da extremidade direta desse condutor um corpo B, carregado
positivamente, de modo que não haja contato entre os dois. Como cargas de nomes
contrários se atraem, as cargas positivas do corpo B (chamado indutor) atrairão as
cargas negativas do corpo à (chamado induzido).
Desse modo, cargas negativas de A movem-se para a direita, deixando a extremidade
esquerda com falta de elétrons.

Observe que o numero de prótons e de elétrons do corpo A permanece o mesmo, pois


houve apenas deslocamento de cargas negativas para a direita.
Assim, dizemos que o corpo A está polarizado, ou seja, há um excesso de cargas
negativas numa de suas extremidades (pólo) e falta destas cargas na outra.
Note que o corpo “A” continua neutro, pois, como você já sabe, para que ele estivesse
carregado eletricamente, deveria conter quantidades diferentes de prótons e elétrons.
Coloquemos, agora, um fio condutor ligando a extremidade esquerda do corpo A a terra.
A terra tem uma capacidade infinita de ceder ou receber elétrons.
Como a extremidade esquerda do corpo A está carregada positivamente pela falta dos
elétrons que se deslocaram, suas cargas positivas atrairão cargas negativas da terra,
que subirão pelo fio condutor e preencherão a falta de elétrons dessa extremidade.

24
Cortemos o fio e em seguida afastemos o corpo B.
O que acontece?
O fluxo de elétrons da terra para o corpo A cessa e as cargas negativas deixem de ser
atraídas para a extremidade direita. Os elétrons em excesso se espalharão pelo corpo A
que, dessa forma, passa a ter carga negativa maior que a positiva. Dizemos então que
ele esta carregado negativamente pelo processo de indução.

Assim sendo, é correto dizer que:

NA ELETRIZAÇÃO POR INDUÇÃO, O INDUTOR E O.


INDUZIDO ADQUIREM CARGAS DE SINAIS CONTRÁRIOS.

2 – PRESSÃO POR CRISTAIS

2 a –eletricidade produzida por pressão

As cargas elétricas produzidas por pressão aparecem todas as vezes que nos falamos
ao telefone ou microfone, sendo que as ondas sonoras exercem uma pressão sobres
tais aparelhos, movimentando um diafragma, o qual, movimentara uma bobina sobre um
imã, gerando assim uma corrente elétrica que é transmitida através de fios até um
receptor.

25
Alguns cristais, como o quartzo, a turmalina, e os sais de Rochelle, quando submetidos
a ações mecânicas como compressão e torções, desenvolvem uma DDP (Diferença De
Potencial).
Se um cristal feito com um destes materiais, for colocado entre duas placas metálicas e
aplicarmos uma pressão sobre elas obteremos uma carga elétrica (DDP) produzida por
pressão. O valor da DDP dependerá da pressão exercida sobre o conjunto.

Os cristais como fonte de energia elétrica são largamente usados em equipamentos de


pequenas potências como: toca discos de vinil, isqueiros eletrônicos, Magiclik etc.

26
3 – ELETRICIDADE PRODUZIDA POR CALOR.

3 A – Térmica.

Outro método de se obter eletricidade é o de conversão direta do calor em eletricidade


pelo aquecimento de uma junção de dois metais diferentes.
Se um fio de cobre e outro de ferro forem torcidos juntos de modo a formar uma junção,
e se aquecermos essa junção produziremos uma carga elétrica.
A quantidade de corrente produzida dependerá da diferença de temperatura entre a
junção e a outra extremidade dos metais.
Quanto maior for a diferença de temperatura, maior será a carga produzida.
Uma junção desse tipo é denominada elemento térmico e produzirá eletricidade
enquanto o calor estiver sendo aplicado.

Os elementos térmicos não fornecem grandes quantidades de carga e assim sendo não
podem ser empregados na obtenção de potencia elétrica.
Eles são usados normalmente em combinação com instrumentos termo indicador para a
apresentação visual direta da temperatura em graus.
Sua aplicação maior é nos pirômetros de fornos de altas temperaturas.
Também nas usinas termoelétricas a energia elétrica é obtida pela queima de
combustíveis, como carvão, óleo derivados de petróleo e, atualmente, também a cana
de açúcar (biomassa).
A produção de energia elétrica é realizada através da queima do combustível que
aquece a água, transformando-a em vapor. Este vapor é conduzido à alta pressão por
uma tubulação e faz girar as pás da turbina, cujo eixo esta acoplado ao gerador. Em
seguida o vapor é resfriado retornando ao estado liquido e a água é reaproveitada, para
novamente ser vaporizada.
Vários cuidados precisam ser tomados tais como:
Os gases provenientes da queima do combustível devem ser filtrados, evitando a
poluição da atmosfera local.
A água aquecida precisa ser resfriada ao ser devolvida para os rios porque várias
espécies aquáticas não resistem a altas temperaturas.
No Brasil este é o segundo tipo de fonte de energia elétrica que está sendo utilizado.

27
4 -LUZ, FOTOVOLTAICA.

O que é energia fotovoltaica?


È a energia obtida através da conversão direta da luz em eletricidade.
É uma opção viável?
Sim, a tecnologia fotovoltaica (FV) converte diretamente os raios solares (LUZ) em
eletricidade, e o constante avanço dessa tecnologia está proporcionando o aumento da
capacidade de fornecimento de energia solar, permitindo que a energia solar seja uma
opção, uma viável solução de baixo custo e manutenção mínima.
A energia fotovoltaica é fornecida de painéis contendo células fotovoltaicas ou solares
que sob a incidência do sol geram energia elétrica. A energia gerada pelos painéis é
armazenada em bancos de baterias, para que sejam usadas em período de baixa
radiação e durante a noite.
A conversão direta de energia solar em energia elétrica é realizada nas células solares
através do efeito fotovoltaico, que consiste na geração de uma Diferença de Potencial
Elétrico através da radiação. O efeito fotovoltaico ocorre quando fótons (energia que o
sol carrega) incidem sobre os átomos (no caso átomos de silício), provocando a
emissão de elétrons, gerando corrente elétrica. Este processo não depende da
quantidade de calor, pelo contrario, o rendimento da célula solar cai quando a sua
temperatura aumenta.
Células fotoelétrica ou fotovoltaica são dispositivos capazes de transformar energias
luminosas, provenientes do sol ou de outra fonte de luz em energia elétrica.
Uma célula fotoelétrica pode funcionar como geradora de energia elétrica a partir da luz,
ou como um sensor capaz de medir a intensidade luminosa.
Células geradoras de energia são chamadas também de ‘células solares’, por se
aproveitarem principalmente da luz solar para gerar energia elétrica.
Atualmente, as células solares comerciais ainda apresentam uma baixa eficiência de
conversão, da ordem de 16%. Existem células fotovoltaicas com eficiência de até 28%,
fabricadas de arsenieto de gálio, mas o seu alto custo limita a produção dessas células
solares par o uso da industria espacial.
Por não gerar nenhum tipo de resíduo, a célula solar é considerada uma forma de
produção de energia limpa, sendo alvo de estudos em diversos institutos de pesquisa ao
redor do mundo. A luz solar produz até 1000 Watts de energia por metro quadrado, o
que representa um enorme potencial energético.
A primeira geração fotovoltaica consiste numa camada única e de grande superfície p-
n
(diodo de junção), capaz de gerar energia elétrica utilizável a partir de fontes de luz
com os comprimentos de onda da luz solar. Estas células constituem a tecnologia
dominante na sua produção comercial, representando mais de 86% do mercado.
A segunda geração de materiais fotovoltaicos está baseada no uso de películas finas
de deposito de semicondutores. A vantagem de utilizar estas películas é a de reduzir as
quantidades de materiais necessárias para a produzir, bem como de custos.
Atualmente, existem diferentes tecnologias e materiais semicondutores em investigação
ou em produção de massa, como o silício amorfo, silício poli-cristalino, ou micro-
cristalino, telureto de Cádmio e cobre-Indio-Gálio-Selênio (“CIGS”).Tipicamente as
eficiências das células solares de películas são baixas quando comparadas com as de

28
silício compacto, mas os custos de manufatura são também mais baixos, pelo que se
pode atingir um preço mais reduzido por Watt. Outra vantagem da deduzida massa é o
menor suporte, é necessário quando se colocam os painéis nos telhados e permite
arrumá-los e dispô-los em materiais flexíveis, como os têxteis.
A terceira geração fotovoltaica é muito diferente das duas anteriores, definida por
utilizar semicondutores quer dependam da junção (p-n) para separar partículas
carregadas por fotogestão.
Estes novos dispositivos incluem células fotoeletroquimicas e células de nanocristais.
O efeito fotovoltaico foi descoberto pela primeira vez em 1839 por Edmond Becquerel.
Entretanto, só após 1883 que as primeiras células fotoelétricas foram construídas, por
Charles Fritts, que cobriu o selênio semicondutor com uma camada extremamente fina
de ouro de modo a formar junções.
Ao conjunto de células fotoelétricas chama-se placa fotovoltaica cujo uso hoje é
bastante comum em lugares afastados da rede elétrica convencional. Existem placas de
várias potencias e tensões diferentes para os mais diversos usos.
Em algumas residências rurais algumas empresas concessionárias de distribuição usam
placas de 75 W de pico e 12 V para guardar energia em baterias de 100 Ah. Este
sistema fotovoltaico gera energia suficiente para iluminar uma residência com 3
lâmpadas de 9 W e uma tomada par rádio ou uma tv de 6”.
O termo “célula fotoelétrica” também é usado para componentes eletrônicos capazes de
medir a intensidade luminosa, traduzindo-a em uma corrente elétrica proporcional.
Incluem-se nesta categoria os fotodiodos, fototransistores, LDRs (resistores
dependentes de luz, á base de sulfeto de cádmio), fotocélulas de selênio e outros.
Uma aplicação típica destes sensores de luz é em fotômetros, usados para medir a iluminação de
uma sena a ser fotografada.

PRINCIPAIS TIPOS DE CÉLULAS FOTOELÉTRICAS

Silício Cristalino (s-Si)

É a tecnologia mais empregada no mercado atualmente, com uma participação de 95%


do mercado de células fotoelétricas. Atualmente apresenta um rendimento de 15 a 21%
em suas células; painéis solares feitos de células de silício cristalino tem rendimento de
13 a 17% .

Silício Amorfo (a-Si)

Participação de cerca de 3,7% do mercado de células fotoelétricas, tem rendimento de


cerca de 7% .

CIGS
Nome comercial para células de filme fino fabricadas com Cu (In, Ga) Se2. Participação
de 0,2% do mercado de células fotoelétricas e rendimento de 13% . Atualmente sofre
problemas com o abastecimento de índio para sua produção, visto que 75% de todo o
consumo do material do mundo se dá na fabricação de monitores de tela plana. Como
LCDs e monitores de plasma.

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Arsênio de Gálio (GaAs)
Atualmente é a tecnologia mais eficiente empregada em células solares, com
rendimento de 28%. Porém, seu custo de fabricação é extremamente alto tornando-se
proibitivo para produção comercial, sendo usado apenas em painéis solares de satélites
artificiais.

Telureto de cádmio
Participação de 1,1% do mercado de células fotoelétricas é uma tecnologia que
emprega filmes finos de telureto de cádmio. Apresenta poço apelo comercial devido à
alta toxicidade de cádmio.

Algumas dúvidas

1 – Do que é composto um sistema solar fotovoltaico?

Placa solar (também chamada de modulo solar).


Controlador de carga para baterias.
Inversor (para os casos de equipamentos em 127 ou 220 V)
Baterias.

2 – Como funciona uma placa solar?

Uma placa solar é formada por células fotovoltaicas de silício, que transformam a luz
diretamente em eletricidade, é a fotossíntese eletrônica. A transformação é feita sem
qualquer desgaste de material, assegurando a placa solar uma durabilidade
praticamente limitada.

3 – Uma placa solar funciona com o tempo nublado ou chuvoso?

Sim, a quantidade de energia elétrica produzida é proporcional à intensidade da luz que


incide na placa solar. Desse modo, com céu claro e sol ou mormaço forte, a energia
gerada será máxima, mas mesmo com o céu nublado, haverá geração de eletricidade.
Até mesmo com o tempo chuvoso, a pequena claridade existente irá produzir uma
pequena quantidade de energia.

4 – A placa solar acumula energia produzida, permitindo seu uso durante a noite?

Não. A energia gerada, se não for aproveitada na hora que é produzida, será
desperdiçada. Portanto, deverá ser usada na hora (para acionar uma bomba d’água, por
exemplo) ou ser armazenada em baterias para uso posterior (por exemplo, para acender
lâmpada durante a noite).

30
5 – Quanta energia fornece uma placa solar? Posso alimentar toda a casa com uma
placa?

A quantidade de energia gerada por uma única placa solar é limitada. Uma placa solar
pode gerar de 5W até 150 W. Para determinar a quantidade de placas solares
necessárias para cada aplicação, você precisa responder as seguintes questões:
a) Quais equipamentos que deverão ser alimentados (lâmpadas, radio, geladeira,
televisor etc) e qual a sua tensão de operação.
b) Quanto consome cada equipamento em Watts.
c) O tempo de uso diário estimado
d) Seu consumo em ampéres pode ser calculado dividindo a potencia de cada
equipamento por sua tensão.

Com base nessas informações, você pode calcular o consumo total dos equipamentos
em Watts-hora (Wh) ou em Ampéres –hora (Ah). Você deve ter em mente que a
quantidade de aparelhos alimentados simultaneamente não é o determina a quantidade
de placas necessárias, e sim o tempo total de uso diário de cada aparelho. Por
exemplo, uma única placa solar de 45 W fornece energia necessária para alimentar uma
lâmpada durante 12 horas por dia, ou duas lâmpadas durante 6 horas por dia, ou três
lâmpadas durante 4 horas, etc. É também importante ter em mente que a Energia Solar
deve ser usada de forma racional. Uma lâmpada acesa desnecessariamente em um
cômodo não ocupado significa desperdício de parte da energia produzida pela placa
solar, energia que poderia estar sendo usada para outra finalidade.

6 – A placa solar serve para aquecer água ou alimentar um chuveiro elétrico?

Uma placa solar não deve ser usada para aquecer água.
È muito comum confundir um coletor solar térmico que aproveita o sol para
aquecimento de água e uma “placa fotovoltaica”, que transforma a luz solar em
eletricidade. O coletor solar é um equipamento relativamente simples; trata-se de um
aparelho através do qual circula água, que se aquece com a incidência do sol.
Quanto ao usar uma placa solar para alimentar um chuveiro elétrico, não é
aconselhável. É muito mais simples (e muito mais barato) aquecer água usando
diretamente um coletor térmico ao invés de usar uma placa fotovoltaica para produzir
eletricidade e depois transformar a eletricidade em calor.

7 – Que tipos de aparelhos pode ser alimentados através de placas solares?

A placa solar produz eletricidade em corrente continua 12V, a mesma tensão fornecida
pelas baterias automotivas. Somente pode ser alimentado diretamente por uma placa
solar aparelho cuja tensão de operação sejam compatíveis.

8 – Como fazer para alimenta eletrodomésticos que funcionam com corrente


alternada?

Para alimentar os aparelhos que funcionam com corrente alternada é necessário usar
um inversor, que transforma 12 V CC em 220 ou 127 V CA.

31
9 – Dá para alimentar com Energia Solar um refrigerador domestico?

Sim, é possível, o refrigerador de ultima geração podem ser acionados com energia
solar, através de um inversor, recomendamos que sejam utilizados refrigeradores com o
selo PROCEL, o que significa que é um modelo que consome menos energia que os
convencionais, portanto, ideais para energia solar.

10 – È possível usar uma placa solar diretamente sem baterias?

Sim, mas nesse caso a energia produzida não terá onde ser armazenada e deverá ser
utilizada no exato momento em que estiver sendo gerada.
A bateria tem uma função muito importante no sistema – ela permite o armazenamento
de energia para uso posterior e evita que variações da isolação interfiram no
funcionamento dos equipamentos. Imagine, por exemplo, que você esteja falando no
radio e uma nuvem escureça o sol. A corrente gerada pela placa sola riria diminuir e o
rádio provavelmente deixaria de funcionar. A bateria evita que isto aconteça e garante o
funcionamento dos equipamentos inclusive durante a noite. Existem algumas
aplicações onde o funcionamento sem baterias é perfeitamente aceitável. Uma bomba
d’água, por exemplo, poderá funcionar adequadamente sem o uso de bateria, pois
nesse caso, a água bobeada nos períodos em que há sol pode ser armazenada numa
caixa d’água e usada quando for necessária.

32
5– ELETRICIDADE PRODUZIDA POR AÇÃO QUÍMICA

Uma fonte de eletricidade de uso comum é a ação química que tem lugar nas pilhas e
baterias.
Você já pensou em como uma pilha produz energia suficiente para acender uma
lanterna ou funcionar um radio?
E por que uma pilha ‘acaba “(deixa de funcionar)?”.
Nas pilhas e baterias, estão ocorrendo transformações químicas que produzem energia
elétrica, em quantidade muito inferior à produzida nas usinas de geração de eletricidade.

33
Embora o homem conhecesse a eletricidade desde a Grécia antiga, seu aproveitamento
e conhecimento de sua natureza só começaram a surgir a partir do fim do século XVIII.
Nessa época, a eletricidade era produzida por fricção (eletricidade estática), não se
conhecia ainda a corrente elétrica, tal como chamamos hoje.
Foi Alessandro Volta (1745-1827) quem inventou as baterias elétricas, baseadas em
estudos feitos por Luigi Galvani (1737-1798), professor de anatomia da universidade de
Bolonha, Itália. Numa de suas experiências, Galvani pendurou uma rã pelas pernas
utilizando um gancho de cobre, presos a um suporte de ferro. Devido à brisa, as pernas
da rã balançavam e Galvani notou que, quando tocavam o suporte de ferro, elas se
contraiam. Ele atribuiu as contrações a uma corrente elétrica produzida pela própria rã.
Volta tinha dúvidas quanto a essa explicação. Sua idéia era a de que a corrente elétrica
poderia estar sendo produzida pelo contato entre os líquidos biológicos da rã e dois
metais diferentes. Assim começou a investigar essa possibilidade.
O dispositivo criado por Volta consistia em uma pilha de discos de Zinco intercalados
com discos de Prata e separado por papel umedecido com solução de acido. Pela
primeira vez, se constatava a produção espontânea de eletricidade (sem fricção). Volta,
porém, não associou a produção de corrente elétrica com a ocorrência de transformação
química.
Foi Hampry Davy (1778-1829) que, ao estudar os experimento de Volta, sugeriu que a
eletricidade poderia resultar de uma transformação química.
Durante o século XIX, muitos aprimoramentos na pilha de Volta foram feitos.
Por exemplo, a pilha seca foi desenvolvida.
A produção comercial de pilhas e baterias iniciou no século seguinte.

Como funcionam as pilhas?

As pilhas que utilizamos hoje tem o mesmo principio de funcionamento da pilha


construída por Volta.
A parte mais externa (capa) da pilha consiste de Zinco, e é freqüentemente recoberta
com papelão ou plástico para evitar vazamento. No interior da pilha, em vez de outro
metal como Volta utilizava, há um bastão de carbono (grafite). O recipiente é cheio de
pasta úmida constituída de sais e oxido de manganês (no lugar da solução de acido
diluído). A placa de Zinco e o oxido de manganês presente na pasta úmida interagem,
na presença dos sais e do carbono, gerando corrente elétrica.
A medida em que as pilhas vão sendo utilizadas, as quantidades das substancias que
reagem vão diminuindo, a produção de energia elétrica vai ficando menor, ocorrendo,
então o desgaste da pilha.
A medida em que as pilhas vão sendo utilizadas, as quantidades das substancias que
reagem vão diminuindo, a produção de energia elétrica vai ficando menor, ocorrendo,
então o desgaste da pilha.
As baterias são sistemas compostos por associação de pilhas, fornecendo, portanto,
mais energia.
Uma bateria que talvez você conheça bem é a de automóveis. Embora hoje em dia
existam vários tipos, a mais comum é a de “ácido-chumbo”, formada por seis pilhas
elétricas, gerando no total de 12V (2 volts por pilha).

34
Bateria ácido-chumbo

Durante o funcionamento da bateria acumulam-se depósitos de um composto chamado


sulfato de chumbo, formando uma película entre as placas. A produção de energia
elétrica decresce (a bateria descarrega) e a solução de ácido sulfúrico fica mais diluída.
Existe um aparelho chamado “densímetro” que indica quando a bateria está
descarregada, através da medida da densidade da solução de acido sulfúrico.
A bateria de acido-chumbo pode ser recarregada passando por ela uma corrente elétrica
continua em direção oposta a da corrente que a bateria fornece. Isso força o processo
inverso, ou seja, a decomposição do sulfato de chumbo depositado nas placas.
Após o carregamento, a bateria volta a produzir corrente elétrica.
As baterias são usadas com freqüência em situações de emergência e como fonte
portátil de eletricidade.

CÉLULA PRIMÁRIA

A célula primaria se compõe: de uma cuba, duas placas metálicas diferentes e um


liquido chamado eletrólito de solução.
O eletrólito empurra os elétrons de uma placa para a outra. Esta ação redunda em um
excesso de elétrons ou carga negativa em uma das placas de modo que um fio ligado a
esta placa recebe o nome de terminal negativo. A outra placa perde elétrons e assim
fica carregada positivamente e se for ligado um fio a ela, receberá o nome de terminal
positivo.

35
A placa negativa será de terminal de Zinco e a positiva de Cobre.

Com os terminais desligados os elétrons são empurrados para a placa negativa até que
não haja mais espaço para eles, ai então diremos que a placa esta com a sua carga
máxima.
Ligando-se um fio entre as placas, conforme pode se observar no desenho anterior, os
elétrons deixam o pólo positivo e caminhando através do referido fio vão ter ao pólo
positivo (+), o qual esta com falta de elétrons. Imediatamente o eletrólito transportara
novamente, elétrons para a placa negativa (-).
Enquanto o eletrólito estiver transportando os elétrons, observaremos que a placa
negativa vai se consumindo, isto devido à ação química. Na placa positiva haverá um
desprendimento de bolhas de gás.
Chegara um ponto em que a placa negativa se dissolverá completamente no eletrólito
pela ação química e então a célula estará morta.

PILHA SECA

Compõe-se de um recipiente de Zinco, que é, ao mesmo tempo, a placa negativa e de


um bastão de carbono servindo como placa positiva suspensa no centro do recipiente e
finalmente uma solução pastosa de cloreto de Amônia constituindo o eletrólito.
No fundo do recipiente há um disco de papel alcatroado, cuja finalidade é impedir que o
bastão de carbono toque no zinco.
Na parte superior o recipiente contém camadas de serragem, areia e resina. Esta
camada mantém o cilindro de carvão na posição correta e impedem vazamentos do
eletrólito.
Quando uma pilha seca fornece eletricidade o recipiente de zinco e o eletrólito é
gradualmente consumido. Após o termino do zinco e do eletrólito utilizáveis a pilha não
mais fornece carga e tem de ser substituída. A pilha seca também é chamada de
LECLANCHÉ tem muito pouco peso e é portátil ale de outras propriedades que a tornam
praticamente preferida á demais pilhas primarias.
Vista em corte de uma pilha seca.

36
CÉLULA SECUNDARIA.

Células secundárias ou pilhas secundárias, conhecidas também como acumulador se


baseia nos mesmo princípio fundamental da pilha primaria diferindo da outra na maneira
de serem restauradas.
A pilha primaria uma vez descarregadas não podem ser mais usadas, porém, as
secundarias alem de fornecerem uma quantidade de corrente maior, ainda podem ser
recarregadas.
Célula chumbo – chumbo-acido.
O principio em que se baseia o elemento de chumbo pode ser ilustrado pela seguinte
experiência:
Duas tiras de chumbo são mergulhadas em um vaso contendo acido sulfúrico diluído
tendo um peso especifico aproximadamente de 1.250. Liga-se as tiras a uma fonte de
corrente continua. Quando a corrente circula por esta pilha forma-se e escapam bolhas
de gás em ambas as placas, mas em uma das placas a formação de bolhas é muito
maior que na outra. Depois de um curto período de tempo vê-se que a coloração de
uma das placas mudou para “chocolate escuro”, no aspecto, se tornando chumbo
poroso.

37
Enquanto a pilha estiver carregando a tensão vai até cerca de 2,5 V. caindo para 2 V.
quando se interrompe a corrente.
Na descarga a tensão cai lentamente até 1,75 V. depois o decréscimo se torna mais
rápido até vir a zero.

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Quando se faz passar uma corrente na referida célula, o chumbo metálico da placa
positiva é convertido em peróxido de chumbo enquanto que a placa negativa não sofre
nenhuma alteração química, mas modifica-se de chumbo sólido para chumbo
esponjoso.
Quando o elemento é descarregado, o peróxido de chumbo da placa positiva
transforma-se em sulfato de chumbo e o chumbo esponjoso da placa negativa também
converte-se em sulfato de modo que ambas as placas tendem a igualar-se
eletroquimicamente.
Quando as duas placas são idênticas sob a forma de sulfato de chumbo entre as
mesmas não há Diferença de potencial (DDP)
Se as placas estiverem em condições diferentes, a positiva modificada para peróxido de
chumbo e a negativa para chumbo esponjoso, uma Força Eletro Motriz (FEM) existe
entre elas.
As reações que tem lugar no acumulador de chumbo são:

Bateria Descarregada
(Placa +) (Placa - )
PbSO4 PbSO4 + 2H2O
Sulfato de chumbo sulfato de chumbo mais agua

Que se decompõe em

Bateria Carregada
_______________________________________
( Placa + ) (Placa -)
PbO2 Pb+2H2SO4
Peróxido de chumbo Chumbo + Acido sulfúrico

Observe-se que quando a bateria esta sendo carregada a única modificação tem lugar
no eletrólito com a formação de acido sulfúrico.
Esta é a razão do aumento do peso especifico do eletrólito.
No momento em que o acumulador esta recebendo carga o hidrogênio é liberado na
placa negativa e o oxigênio na placa positiva.

PROBLEMAS AMBIENTAIS RELACIONADOS AO DESCARTE DE PILHAS E


BATERIAS.

As pilhas são compostas por metais pesados, tais como mercúrio, chumbo, cobre,
níquel, zinco, cádmio, e lítio. Estes metais são perigosos para o ambiente e a saúde
humana.
Depois de descartadas, as pilhas vão se decompondo, podendo seus componentes
infiltrar-se no solo e atingir os lençóis de água subterrânea, entrando assim, no
ecosistema dos rios e dos mares, sendo incorporados na cadeia alimentas, aumentando
a sua concentração nos seres vivos.

39
Outra forma de contaminação é a instalação ou o simples contato com a s substancias
tóxicas.
Como exemplo, são citados os chumbos, que causa disfunção renal e anemia; o
mercúrio, que gera estomatites e problemas reais, ale de lesões cerebrais e
neurológicas; o zinco, que provoca doenças pulmonares; o manganês, que afeta o
sistema imunológico.

6- ELETRICIDADE PRODUZIDA PELO MAGNETISMO

O método mais usual da produção de eletricidade em larga escala deriva da utilização


do magnetismo.
A fonte de eletricidade através do magnetismo torna-se mais eficiente porque se pode
conseguir uma potencia apreciável.
A eletricidade produzida em grande escala é capaz de mover as grandes maquinas do
nosso parque industrial é conseguida com o uso do magnetismo.
Isto se verifica nos grandes geradores das usinas de força, as quais necessitam de uma
fonte de movimento constante e eficiente.
Estas fontes de movimento são conseguidas através da energia hidráulica, das caldeiras
a vapor ou por motores a combustão interna.
Qualquer que seja a fonte de movimento a potencia elétrica produzida nos geradores é
resultante do corte de condutores por campos magnéticos.
Quando se desloca um condutor em torno de um imã ou vice-verso, produz-se
eletricidade no condutor devido ao magnetismo do imã.

40
Movendo-se o condutor de modo que este corta o campo magnético do imã produz-se
eletricidade no condutor.
Resumindo, todo condutor sujeito a um campo magnético variável cria nos seus
terminais uma eletricidade, e todo condutor em movimento em um campo magnético fixo
também induz nos seus terminais eletricidade.

7 - ENERGIA PRODUZIDA PELA FORÇA DOS VENTOS “EOLICA”

O homem vive num oceano de energia. Ao redor dele a natureza trabalha


constantemente, expendendo energia em tão inesgotáveis quantidades que dela o
homem pode aproveitar apenas uma fração. As quedas de água poderiam proporcionar
força hidrelétrica suficiente para suprir 80% da energia total consumida pelo homem,
embora ele apenas use 1 ou 2% dela. Se os ventos fossem dominados, eles poderiam
produzir duas vezes mais eletricidade do que a força da água o faz agora.
A atmosfera da terra age como uma gigantesca maquina térmica. Os raios do sol, mais
fortes no equador do que nas regiões polares, causa o aquecimento do ar tropical que
se eleva, cedendo lugar ao ar polar mais frio que se move para tomar-lhe o lugar. Esse
fluxo é constantemente perturbado pela rotação da terra e por condições atmosférica
locais. O resultado é o vento.
Essa força pode criar o sopro de uma ventania ártica, ou, ainda a pavorosa fúria de um
ciclone de 800 Km por hora. Embora imprevisível e inconstante, mesmo assim o vento
tem sido importante fonte de energia para o homem. Durante séculos o vento impeliu
navios a vela e moveu moinhos.
Os moinhos de vento foram inventados na Pérsia no século V. Eles eram usados para
bombear água para irrigação. Os mecanismos básico de um moinho de vento não
mudaram desde então: o vento atinge uma hélice que ao movimentar-se gira um eixo
que impulsiona uma bomba, uma moenda ou, em tempos mais modernos, um gerador
de eletricidade..

41
As hélices de uma turbina de vento são diferentes das laminas dos antigos moinhos
porque são mais aerodinâmicas e eficientes. A hélice tem o formato de asas de aviões e
usam a mesma aerodinâmica. Ás hélices em movimento ativa um eixo que esta ligado a
caixa de mudança. Através de uma série de engrenagens á velocidade do eixo de
rotação aumenta. O eixo de rotação esta conectada ao gerador de eletricidade que com
a rotação em alta velocidade gera energia elétrica.
A energia eólica é atraente por não causar danos ambientais, e ter custo de produção
baixo em relação a outras fontes alternativas de energia.

42
Energia Eólica

Denomina-se energia eólica a energia cinética contida nas massas de ar em movimento


(vento). Seu aproveitamento ocorre através da conversão da energia cinética de
translação em energia cinética de rotação, com o emprego de turbinas eólicas, também
denominadas aerogeradores, para a geração de energia elétrica, ou através de cata-
vento e moinhos para trabalhos mecânicos, como bombeamen- to de água
.
Assim como a energia hidráulica, a energia eólica é utilizada há milhares de anos, com
as mesmas finalidades, a saber: bombeamento de água, moagem de grãos e outras
aplicações que envolvem energia mecânica.Para a geração de eletricidade, as primeiras
tentativas surgiram no final do Século XIX, mas somente um século depois, com a crise
internacional do petróleo (década de 1970), é que houve interesse e investimentos
suficientes para viabilizar o desenvolvimento e aplicação de equipamentos em escala
comercial.

O custo dos equipamentos, que era um dos principais entraves ao aproveitamento


comercial da energia eólica, caiu muito entre os anos 1980 e 1990. Estimativas
conservadoras indicam que o custo de uma turbina eólica moderna está em torno de
US$ 1.000,00 por kW instalado. Os custos de operação e manutenção variam de
US$0,006 a US$ 0,01 por kWh de energia gerada, nos dez primeiros anos, e de US$
0,015 a US$ 0,02 por kWh, após dez anos de operação.

43
Recentes desenvolvimentos tecnológicos (sistemas avançados de transmissão, melhor
aerodinâmica, estratégias de controle e operação das turbinas, etc.) têm reduzido custos
e melhorado o desempenho e a confiabilidade dos equipamentos. Espera-se, portanto,
que a energia eólica venha a ser muito mais competitiva.
Economicamente na próxima década.

IMPACTO AMBIENTAL

A energia eólica é uma eficiente fonte de produção de eletricidade tendo ainda como
vantagem os fatos de estar livre de perigos, de ser limpa e de ser abundante. Estas
inquestionáveis vantagens da energia eólica não impedem que se tenham feito estudos,
muito aprofundados, sobre todo o tipo de impactos que ela possa constituir. Sendo os
mais importantes referidos e analisados em seguida.

UTILIZAÇÃO DO TERRENO

Os parques eólicos têm a vantagem de permitirem que o terreno ocupado seja


utilizado para outros fins, agrícolas, por exemplo, no entanto não devemos esquecer
que a implantação de obstáculos ou os aumentos da rugosidade do terreno implica uma
diminuição da produção do parque. De uma forma geral a instalação de parques eólicos
não afeta significativamente o habitat natural.
A área ocupada por um parque eólico não é excessiva quando comparada com
outros tipos de aproveitamentos (hídricos, por exemplo). A relação entre a área varrida
pelas pás e a potência dos aerogeradores é de aproximadamente 3 m²/ kW. Como
exemplo, podemos observar que um aerogerador de 500 kW terá um comprimento de
pás de aproximadamente 21 m. Estudos aerodinâmicos comprovam que os
aerogeradores devem estar distribuídos pelo terreno de forma que o funcionamento de
cada aerogerador não seja afetado pelas perturbações aerodinâmicas dos
aerogeradores vizinhos. Estes fatos implicam que a disposição dos aerogeradores
respeite uma distância mínima entre eles de 5 vezes o comprimento das pás. Assim,
como regra prática, podemos admitir que a área requerida por um parque eólico é de
0.08 a 0.13 km²/MW (8-13 MW/km²).

EMISSÃO DE RUÍDOS.

A emissão de ruídos nos aerogeradores é devida ao funcionamento mecânico e ao


efeito aerodinâmico. Para aerogeradores com diâmetro do rotor superior a 20 m os
efeitos aerodinâmicos são os que mais contribuem para a emissão de ruídos.
Os ruídos emitidos pelos aerogeradores decrescem entre os 50dB junto ao aerogerador
e os 35dB a uma distância de 450m. Os efeitos fisiológicos, sobre o sistema auditivo, e
a afetação de diferentes funções orgânicas apenas é sentida a partir dos 65dB. No
entanto, valores mais altos que 30 dB podem provocar efeitos psíquicos sobre o homem
sendo o nível de ruído recomendável inferior a 40 dB. O ruído de 40 dB corresponde a
uma distância dos aerogeradores de 200 m. Sendo esta à distância entre aerogeradores
e habitações respeitada na Europa.

44
IMPACTO VISUAL

Os modernos aerogeradores, com alturas das torres de 40 m e comprimento das pás de


20 m, constituem obviamente uma alteração visual da paisagem. O impacto visual é
muito difícil de avaliar. No entanto, existem alguns efeitos incomodativos que podem ser
contabilizados tais como: o efeito de sombras em movimento e reflexões intermitentes.
O primeiro pode ser evitado com uma correta planificação do parque. O efeito das
reflexões intermitentes, devidas à incidência do sol sobre as pás em movimento, pode
ser evitado utilizando pinturas opacas. Pintar os aerogeradores com as cores da
paisagem é uma boa solução para minimizar o impacto visual. Por vezes nas
proximidades de instalações militares é sugerida uma pintura de camuflagem para evitar
que os aerogeradores constituam pontos de referência.

AVES

Em alguns casos de parques localizados em zonas de migração de aves, tais como


Tarifa no sul da Espanha, tem se observado um elevado numero de aves mortas pelo
movimento de rotação das pás. No entanto, estes incidentes não constituem um caso
sério na grande maioria dos parques. A forma de evitar estes incidentes é uma correta
planificação na localização dos parques evitando as rotas de migração.

INTERFERÊNCIAS ELETROMAGNÉTICAS

Os aerogeradores, em alguns casos podem refletir as ondas eletromagnéticas. Isto


implica que podem interferir e perturbar sistemas de telecomunicações. Estas
interferências não são significativas. No entanto, é necessário efetuar estudos mais
detalhados quando o parque se situa junto de aeroportos ou de sistemas de
Transmissão ou recepção.

SEGURANÇA

Quanto à segurança das pessoas, tem-se verificado que os sistemas eólicos estão entre
os sistemas de produção de energia elétrica mais seguros, tendo sido registrados
apenas casos raros de pessoas feridas por pedaços partidos das pás ou por pedaços
soltos de gelo.

DISPONIBILIDADE DE RECURSOS

A avaliação do potencial eólico de uma região requer trabalhos sistemáticos de coleta e


análise de dados sobre velocidade e regime de ventos. Geralmente, uma avaliação
rigorosa requer levantamentos específicos, mas dados coletados em aeroportos,
estações meteorológicas e outras aplicações similares podem fornecer uma primeira
estimativa do potencial bruto ou teórico de aproveitamento da energia eólica.
No Brasil, os primeiros anemógrafos (equipamentos para medição da velocidade do
vento) computadorizados e sensores especiais para energia eólica foram instalados no
Ceará e em Fernando de Noronha (PE), no início dos anos 1990.

45
Embora ainda haja divergências entre especialistas e instituições na estimativa do
potencial eólico brasileiro, vários estudos indicam valores extremamente consideráveis.
Até poucos anos, as estimativas eram da ordem de 20.000 MW. Hoje a maioria dos
estudos indica valores maiores que 60.000 MW. A razão dessas divergências decorre
principalmente da falta de informações (dados de superfície) e às diferentes
metodologias empregadas.

De qualquer forma, os diversos levantamentos e estudos realizados e em andamento


(locais, regionais e nacionais) têm dado suporte e motivado a exploração comercial da
energia eólica no país. Os primeiros estudos foram feitos na Região Nordeste,
principalmente no Ceará e em Pernambuco. Com o apoio da ANEEL e do Ministério de
Ciência e Tecnologia – MCT, o Centro Brasileiro de Energia Eólica – CBEE, da
Universidade Federal de Pernambuco – UFPE, publicou em 1998 a primeira versão do
Atlas Eólico da Região Nordeste. Com o
auxílio de modelos atmosféricos e simulações computacionais, foram feitas estimativas
para todo o país, dando origem a uma versão preliminar do Atlas Eólico Brasileiro que
deverá ser concluído pelo CBEE até abril de 2002.

Segundo esses resultados, os melhores potenciais estão no litoral das regiões Norte e
Nordeste, onde a velocidade média do vento, a 50 m do solo, é superior a 8 m/s. Entre
outras regiões com grande potencial eólico, destacam-se o Vale São Francisco, o
Sudoeste do Paraná e o Litoral Sul do Rio Grande do Sul (figura 1).

TECNOLOGIAS DE APROVEITAMENTO – TURBINAS EÓLICAS

No início da utilização da energia eólica, surgiram turbinas de vários tipos – eixo


horizontal, eixo vertical, com apenas uma pá, com duas e três pás, gerador de indução,
gerador síncrono, etc. Com o passar do tempo, viu-se consolidar o projeto de turbinas
eólicas com as seguintes características: eixo de rotação horizontal, três
pás,alinhamento ativo, gerador de indução, estrutura não-flexível
.
Entretanto, algumas características de projeto ainda geram polêmica, como a utilização
ou não do controle do ângulo de passo (pitch) das pás para limitar a potência máxima
gerada. A tendência atual é a combinação das duas técnicas de controle de potência
(stall e pitch) em pás que podem variar o ângulo de passo para ajustar a potência
gerada, sem, contudo, utilizar esse mecanismo continuamente.

Quanto à capacidade de geração elétrica, as primeiras turbinas eólicas desenvolvidas


em escala comercial tinham potências nominais entre 10 kW e 50 kW. No início da
década de 1990, a potência das máquinas aumentou para a faixa de 100 kW a 300 kW.
Em 1995, a maioria dos fabricantes de grandes turbinas oferecia modelos de 300 kW a
750 kW. Em 1997, foram introduzidas comercialmente as turbinas eólicas de 1 MW e 1,5
MW, iniciando a geração de máquinas de grande porte. Atualmente, existem mais de mil
turbinas eólicas com potência nominal superior a 1 MW em funcionamento no mundo.
No Brasil (janeiro 2006) estão sendo instaladas 75 turbinas de 2MW no município de
Osório (RS) da Wobben Windpower. Quanto ao porte, as turbinas eólicas podem ser
classificadas da seguinte forma:

46
pequenas – potência nominal menor que 500 kW
médias – potência nominal entre 500 kW e 1000 kW
grandes – potência nominal maior que 1 MW

Nos últimos anos, as maiores inovações tecnológicas foram à utilização de acionamento


direto (sem multiplicador de velocidades), com geradores síncronos e novos sistemas de
controle, que permitem o funcionamento das turbinas em velocidade variável, com
qualquer tipo de gerador. A tecnologia atual oferece uma
Variedade de máquinas, segundo a aplicação ou local de instalação. Quanto à
aplicação, as turbinas podem ser conectadas à rede elétrica ou destinadas ao
suprimento de eletricidade de comunidades ou sistemas isolados. Em relação ao local, a
instalação pode ser feita em terra firme ou off-shore e em locais de ventos fortes ou
moderados.
Exemplos de turbinas eólicas (da esquerda para a direita: pequena, média e grande).

47
Desenho esquemático de uma turbina eólica moderna

48
ENERGIA EÓLICA NO CONTEXTO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO

A participação da energia eólica na geração de energia elétrica ainda é praticamente


desprezível no Brasil, mas está aumentando a cada ano.

CENTRAIS EM FUNCIONAMENTO

Turbinas Eólicas do Arquipélago de Fernando de Noronha – PE:


Central Eólica Experimental do Morro do Camelinho - MG:
Central Eólica de Taíba – CE:
Central Eólica de Prainha – CE:
Central Eólica de Palmas – PR:
Bom Jesus da Serra (planalto serrano) – SC:
Petrobrás em Macau – RN:
Parque Eólico de Mucuripe – CE.
Parque Eólico do Horizonte – município de Água Doce – SC:
Parque Eólico de Água Doce - município de Água Doce – SC:
Olinda – PE:

49
8 – ENERGIA GEOTERMICA

Quinze quilômetros abaixo da superfície da terra repousam uma fonte quase ilimitada de
energia.
É a energia do interior quente e rochoso da terra , que atinge 420 graus Celsius ou
mais.
È as energias geotérmicas, que converte a água subterrânea em vapor em alguns
pontos irrompe através de géiseres, como nos campos de vapor de Tiwi, nas Filipinas.
No entanto bolsões naturais de vapor a 2 km abaixo da superfície são muito raros,
impedindo a exploração da energia geotérmica em qualquer parte do mundo. Somente a
15 kM de profundidade é possível obter a energia geotérmica. Seja onde for que se
precise de uma usina de força, utiliza-se um dos dois métodos existentes:
O primeiro método ocorre a um só buraco, de cerca de meio metro de diâmetro. A água
fria despejada no buraco é aquecida pelas rochas lá do fundo e retorna sob a forma de
vapor, através de um tubo com o interior isolado.
O segundo utiliza diversos buracos mais estreitos. A água lançada em um buraco se
infiltra nas rochas quentes e retorna a superfície como vapor pelos tubos, em buracos
de subida.

A água bombeada em um poço geotérmico retorna a superfície sob a forma de vapor de


alta pressão e água superaquecida. O vapor flui para uma turbina e faz os propulsores
da turbina girarem, acionando o gerador e produzindo eletricidade. A água pode ser
utilizada para fornecer calor a residências e empresas, antes de retornar ao solo.

50
O custo de instalação de uma usina a vapor é muito alto, mas a economia em
combustível torna-se bem mais barato produzir essa energia do que a eletricidade de
usinas convencionais.
.

9 – ENERGIA HIDRELETRICA

Energia
Hidrelétrica

No Brasil, devido a sua enorme quantidade de rios, a maior parte da energia elétrica
disponível é proveniente de grandes usinas hidrelétricas. A energia primária de uma

51
hidrelétrica é a energia potencial gravitacional da água contida numa represa elevada.
Antes de se tornar energia elétrica, a energia primária deve ser convertida em energia
cinética de rotação. O dispositivo que realiza essa transformação é a turbina. Ela
consiste basicamente em uma roda dotada de pás, que é posta em rápida rotação ao
receber a massa de água. O último elemento dessa cadeia de transformações é o
gerador, que converte o movimento rotatório da turbina em energia elétrica.

(Itaipu)
Um rio não é percorrido pela mesma quantidade de água durante o ano inteiro. Em uma
estação chuvosa, é claro, a quantidade de água aumenta. Para aproveitar ao máximo as
possibilidades de fornecimento de energia de um rio, deve-se se regularizar a sua
vazão, a fim de que a usina possa funcionar continuamente com toda a potência
instalada.
A vazão de água é regularizada pela construção de lagos artificiais. Uma represa,
construída de material muito resistente - pedra, terra, freqüentemente cimento armado -,
fecha o vale pelo qual corre o rio. As águas param e formam o lago artificial. Dele pode-
se tirar água quando o rio está baixo ou mesmo seco, obtendo-se assim uma vazão
constante.
A construção de represas quase sempre constitui uma grande empreitada da
engenharia civil. Os paredões, de tamanho gigante, devem resistir às extraordinárias
forças exercidas pelas águas que ela deve conter. Às vezes, têm que suportar ainda a
pressão das paredes rochosas da montanha em que se apóiam.
Para diminuir o efeito das dilatações e contrações devidas às mudanças de temperatura,
a construção é feita em diversos blocos, separados por juntas de dilatação. Quando a
represa está concluída, em sua massa são colocados termômetros capazes de
transmitir a medida da temperatura à distância; eles registram as diferenças de
temperatura que se possam verificar entre um ponto e outro do paredão e indicam se há
perigo de ocorrerem tensões que provoquem fendas.

52
A Potência

A energia que pode ser fornecida por unidade de tempo chama-se potência, e é medida
em watt (W). Como as potências fornecidas pelas usinas hidrelétricas são muito
grandes, sempre expressas em milhares de watts, utiliza-se para sua medida um
múltiplo dessa unidade, o quilowatt (kW), que equivale a 1.000 W.
A potência de uma fonte de energia elétrica pode ser calculada multiplicando-se a
tensão em volts que ela é capaz de fornecer pela corrente em a que distribui. Dessa
maneira, uma fonte capaz de distribuir 1.000 A com uma tensão de 10.000 V possui
uma potência de 10 milhões de watts, ou 10.000 kW.
Uma linha de transmissão, portanto, é capaz de transportar a mesma potência de duas
maneiras: com voltagem elevada e corrente de baixa intensidade, ou com voltagem
baixa e alta corrente.
Quando a energia elétrica atravessa um condutor, transforma-se parcialmente em calor.
Essa perda é tanto maior quanto mais elevada for a intensidade da corrente
transportada e maior for a resistência do fio condutor. Assim, seria conveniente efetuar a
transmissão da energia elétrica por meio de fios muito grossos, que apresentam menos
resistência. Porém, não se pode aumentar excessivamente o diâmetro do condutor, pois
isso traria graves problemas de construção e transporte, além de encarecer muita a
instalação. Assim, prefere-se usar altos valores de tensão, que vão de 150.000 até
400.000 V.
A energia elétrica produzida nas centrais não é dotada de tensão tão alta. Nos
geradores, originalmente, essa energia tem uma tensão de cerca de 10.000 V. Valor
mais alto é inadequado, porque os geradores deveriam ser construídos com dimensões

53
enormes. Além disso, os geradores possuem partes em movimento e não é possível
aumentar arbitrariamente suas dimensões.
A energia elétrica é, pois, produzida a umas tensões relativamente baixas, que em
seguida é elevada, para fins de transporte. Ao chegar às vizinhanças dos locais de
utilização, a tensão é rebaixada. Essas elevações e abaixamentos são feitos por meio
de transformadores.

O gerador
O gerador é um dispositivo que funciona com base nas leis da indução eletromagnética.
Em sua forma mais simples, consiste numa espira em forma de retângulo. Ela fica
imersa num campo magnético e gira em torno de um eixo perpendicular às linhas desse
campo.
Quando fazemos a espira girar com movimento regular, o fluxo magnético que atravessa
sua superfície varia continuamente. Surge assim, na espira, uma corrente induzida
periódica. A cada meia volta da espira o sentido da corrente se inverte, por isso ela
recebe o nome de corrente alternada.

54
Energia Hidrelétrica

A energia hidráulica é uma valiosa fonte de energia.A água usada como fonte de
energia, não tem sua utilidade esgotada. O constante fluxo de água na Terra pode ser
aproveitado na geração de energia mecânica e elétrica.
Os primeiros dispositivos destinados ao aproveitamento da energia hidráulica foram
rodas montadas numa estrutura colocada sobre um rio. Pás fixadas em torno da parte
externa das rodas mergulhavam no rio, e a água, ao atingir as pás, fazia girarem as
rodas. Os antigos romanos ligaram estas rodas -d'água a mós e usaram a energia para
moer grãos.
Durante a Revolução Industrial, grandes rodas -d'água foram usadas para mover
máquinas nas fábricas. Todavia, a energia não era constante. O aumento do volume
das águas gerava mais energia do que o necessário, e as secas deixavam as fábricas
sem energia. Por volta do final do séc. XIX, o motor a vapor havia tomado o lugar da
energia hidráulica na maioria das fábricas.
A primeira usina movida a água para a geração de eletricidade foi construída nos EUA,
em 1882. Essa usina hidrelétrica transformou a energia hidráulica numa importante fonte
de eletricidade.

A mecânica da energia hidráulica

A água não pode gerar energia a menos que esteja fluindo de cima para baixo. O
homem usa os efeitos da gravidade, que puxa a água para baixo, ao aproveitar a água
para a produção de energia.
Mas é preciso usar um sistema mecânico para transformar em energia útil a força de
uma queda d'água, sendo que nenhum sistema mecânico é capaz de aproveitar toda a
energia potencial. A energia que o sistema mecânico desenvolve é calculada
multiplicando-se a energia potencial da queda d'água pela porcentagem potencial que
se usa.

Como funciona a hidrelétrica.

A construção de uma usina hidroelétrica envolve muitos aspectos principalmente os da


natureza, ela deve ser construída no encontro de vários rios e o relevo influencia
bastante, há necessidade de desníveis para a água adquirir mais velocidade. É
construída então uma barragem para que a água seja represada, esta deve ter uma
grande altura para a água adquirir mais velocidade durante a queda, girando as turbinas
que por sua vez produzirá eletricidade.

A produção de energia elétrica ocorre da seguinte forma.

A água que sai do reservatório é conduzida com muita pressão através de enormes
tubos até a casa de força, onde estão instaladas as turbinas e os geradores que
produzem eletricidade. A turbina é formada por uma série de pás ligadas a um eixo, que
é ligado ao gerador.
A pressão da água sobre essas pás produz um movimento giratório do eixo da turbina.

55
O gerador é um equipamento composto por um imã e um fio bobinado.
O movimento do eixo da turbina produz um campo eletromagnético dentro do gerador,
produzindo a eletricidade.
A eletricidade será transportada até nossas casas, mas primeiro ela passa por um
transformador que aumenta sua voltagem, facilitando sua movimentação. Quando ela
chega nas cidades um outro transformador reduz a energia de volta ao nível adequado
para os aparelhos que usamos.

Principais hidrelétricas.

Os Estados Unidos continuam sendo o maior produtor mundial, com uma produção de
mais de 300 TWh, seguidos pelo Canadá (mais de 250 TWh) (Esses dois países
possuem algumas das mais importantes usinas hidrelétricas, com capacidades de
produção muito variadas (condicionadas pelo débito e pela altura da queda), atingindo
de algumas centenas a vários bilhões de KWh.

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PRÓ: é uma fonte de energia renovável, que produz eletricidade de forma limpa, não
poluente e barata.

CONTRA: exigem grande investimento inicial na construção de barragens. Podem ter a


operação prejudicadas pela falta de chuvas.

OBJETIVO GERAL: Transmitir tópicos da Física a partir do estudo da Energia


Hidrelétrica.

PÚBLICO ALVO: alunos do ensino médio a fim de que possam adquirir um


conhecimento de maneira mais dinâmica e definitiva.

ESTRATÉGIA: Utilização de recursos tais como o computador, lousa, retroprojetor,


transparência, tele-aula, acesso a experiências virtuais através da Internet,
demonstrações práticas em sala de aula.

ATIVIDADES: propor leituras específicas sobre o tema, pesquisa sobre a construção de


uma usina hidrelétrica e fazer associação com o texto e os tópicos da física abrangidos

57
Uma das maiores preocupações da humanidade com relação ao século XXI é a
produção de energia elétrica para todos os habitantes do planeta.
Para obtenção de energia elétrica, as energias mais utilizadas atualmente são a
MECÂNICA (através do movimento das águas, gerando a ENERGIA HIDRELÉTRICA) e
a térmica (da queima de petróleo ou carvão gerando a energia termoelétrica).
As centrais que fornecem energia para os centros consumidores são geralmente de
grande porte, gerando potências elevadíssimas (milhares de kw). Entretanto seus
geradores funcionam, em princípio, de maneira idêntica ao alternador.
Conforme o tipo de energia usada para fazer girar a espira (ou imã) do gerador,
podemos ter entre outras, as usinas hidrelétricas, termoelétrica e nuclear.

Princípio de Conservação da Energia

Já sabemos que, nas atividades do dia-a-dia, são utilizadas energias de diversas


modalidades: mecânica, térmica, química e elétrica. Essas formas de energia
TRANSFORMAM-SE entre si, obedecendo ao PRINCÍPIO DA CONSERVAÇÃO DE
ENERGIA, cuja validade é importantíssima na Física:
Na Usina Hidrelétrica, a energia potencial da água armazenada em uma represa se
transforma em energia cinética durante sua queda pela tubulação. Essa energia é usada
para fazer girar uma turbina e seu movimento de rotação é transmitido ao gerador,
produzindo corrente elétrica.

58
Vista aérea da Usina de Itaipu

As principais partes estão citadas abaixo, sendo que algumas delas podem ser
identificadas na figura 3, pelos números de 1 a 8:
A barragem: tem por função barrar a água de um rio, represando-a (nº2 e 3);
As turbinas: são basicamente um eixo em torno do qual é montado um círculo de pás. O
impacto da água nas pás faz o eixo girar e o movimento aciona a máquina (conforme a
figura abaixo).

59
Vertedouro: controla o nível de água da represa, evitando transbordamentos (nº7);

Casa de Máquinas: onde estão instalados os geradores acoplados às turbinas (nº4);

Tomada de Água: conduz a água do reservatório até a turbina;

Reservatório ou Lago: surge a partir do fechamento da barragem (nº1)

Gerador: surge a partir da energia mecânica, produz energia elétrica;

Casa de Comando: local de onde se opera a usina (nº5);

Saída de Água: local por onde sai à água após passar pelas turbinas (nº8);

Subestação Elevadora: local onde se transforma a energia elétrica em alta tensão para
ser transportada (nº6).

Planta da Usina Hidrelétrica de Itaipu.

A maior usina hidrelétrica do mundo é brasileira!


É a usina de Itaipu, localizada na Bacia do Rio Paraná, com uma potência instalada de
12.600MW.

60
Planta da Usina Hidrelétrica de Itaipu

Legenda

01- Cota 40,00m -Fundação da barragem;


02- Cota: 92,40m - Acesso ao poço da turbina;
03- Cota: 98,50m - Serviço auxiliar da unidade - Sistema de Água Pura;
04- Cota: 98,50m - Sistema de excitação, acesso ao "housing" do gerador e regulador
de velocidade;
05- Cota: 108,00m - Transformadores elevadores;
06- Cota: 108,00m - Piso dos geradores e salas de controle local;
07- Cota: 122,00m - Sistema de ventilação;
08- Cota: 127,60m - Galeria de cabos;
09- Cota: 128,20m - GIS - SF6;
10- Cota: 133,20m - Painéis principais de o serviço auxiliar AC e sala dos geradores
diesel;
11- Cota: 144,00m - Serviço auxiliar da barragem;
12- Cota: 214,00m - Central hidráulica das comportas.

61
Obs: As elevações estão referidas ao nível do mar. três
Após a construção de uma barragem, a água do rio é represada. Ela então é conduzida
por dutos que fazem a água chegar até as turbinas com uma força muito grande, capaz
de girar as pás que estão ligadas por eixos a geradores, os quais também se
movimentam, de modo a produzir a corrente elétrica.
Após esse processo, a energia elétrica ainda precisa passar pela subestação elevadora
para que, transformada em alta tensão, possa ser transportada a grandes distâncias.
Após ser transportada, a energia elétrica precisa ser reduzida na subestação abaixadora
através de transformadores. Em seguida, ela percorre as linhas de distribuição que
podem ser subterrâneas ou, como são mais comuns aéreas. Finalmente, a energia
elétrica é transformada novamente para os padrões de consumo local, isto é, em 110 ou
220V, e chega às residências e outros estabelecimentos.

Sistemas Isolados

Que correspondem a mais de 300 localidades eletricamente isoladas uma das outras, a
maioria na região Norte. Dentre elas destacam-se, pelo porte, os sistemas das seguintes
capitais estaduais: Boa Vista, Macapá, Manaus, Porto Velho e Rio Branco. Os estados
do Maranhão, Pernambuco, Bahia, Tocantins, Paraná, Mato Grosso do Sul e Rio
Grande do Sul também apresentam Sistemas Isolados, porém de pequeno porte e com
crescimento apenas vegetativo, não exigindo ações de planejamento da expansão por
parte das concessionárias locais.
Os Sistemas Isolados da região Norte e do Mato Grosso, em função das
particularidades e complexidades específicas de cada localidade, são identificados
como "Sistemas das Capitais" e "Sistemas do Interior". Nestes últimos, cerca de 50%
das localidades tem período de atendimento diário inferior a 24 horas; além disso, os
racionamentos, embora em processo de equacionamento, ainda persistem em um
montante da ordem de 20% do mercado.
A capacidade instalada total nos Sistemas Isolados é de 1.932 MW, em dez/98, dos
quais 1.367 MW correspondem a usinas termelétricas e 565 MW a usinas hidrelétricas.
Cerca de 85% dos Sistemas Isolados estão na região Norte, que engloba os estados da
Amazonas, Roraima, Rondônia, Amapá e Acre, e tem um parque gerador de 1.907 MW
(86% do total dos Sistemas Isolados do país), sendo 1.650 MW instalados nas capitais
(1.144 MW em usinas térmicas e 506 MW em hidrelétricas) e 257 MW no interior, dos
quais 27 MW em Pequenas Centrais Hidrelétricas – PCH’s e 230 MW em usinas
térmicas.
Os 14% restantes da capacidade instalada total estão distribuídos pelos estados do
Pará, Maranhão, Tocantins, Pernambuco, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul,
Paraná e Rio Grande do Sul que, apesar de serem estados atendidos pelos Sistemas
Interligados, possuem Sistemas Isolados de pequeno porte, totalizando 295 MW, dos
quais 246 MW em usinas térmicas e 49 MW em hidrelétricas (ELETROBRÁS, 1998).
Na Figura 4, é apresentada de forma gráfica a parcela representativa da geração
hidráulica e térmica para cada um dos sistemas e a representatividade de cada um dos
mesmos para sistema elétrico brasileiro.

62
Energia Hidrelétrica

Como a energia elétrica é gerada?

A energia elétrica pode ser gerada através de fontes renováveis de energia (a força das
águas e dos ventos, o sol e a biomassa), ou não renováveis (combustíveis fósseis e
nucleares).
No Brasil, devido ao grande número de rios, a eletricidade é produzida (mais de 90%)
por geração hidrelétrica, mas é gerada também em termelétricas que utilizam a fissão
nuclear, carvão mineral e óleo combustível.

Como a energia elétrica chega aos consumidores?

A energia elétrica é transportada das usinas através das linhas de transmissão


existentes em todo o território nacional chegando aos consumidores por redes de
distribuição, que são o conjunto de postes, cabos e transformadores que levam a
eletricidade até as residências, indústrias, hospitais, escolas, etc.

MAGNETISMO

HISTÓRIA DO MAGNETISMO

A história do magnetismo tem duas partes, uma de origem grega e outra de origem
chinesa.
Segundo uma lenda, o termo “magnetismo” vem do nome de um pastor de ovelhas
grego, “Magne V”, que observava que a extremidade de ferro de seu cajado, atraía
pequenos pedaços de pedras que ficavam no caminho.
Por outro lado, de todos os trabalhos dos chineses, é a invenção da bússola magnética,
que foi a mais importante. Como outras civilizações primitivas, os chineses conheciam
os fenômenos magnéticos , através das propriedades naturais da “magnetita” (óxido de
ferro) ,
Cujo poder de atração do ferro, era considerado mágico. No primeiro século depois de
Cristo, um pedaço de magnetita montado sobre um pino, apontava para o sul em vez de
para o norte, o que foi a essência da bússola magnética.
O uso da bússola no Ocidente em pelo menos cem anos. O primeiro a escrever sobre o
magnetismo no Ocidente foi Peter Peregrinus, no século XIII, em “Carta sobre o imã
onde descreve a magnetita e sua propriedades, definindo a propriedade do imã sempre
apontar para o norte magnético, mencionando pela primeira vez o termo “ POLO
MAGNÉTICO” .Nesta carta ele menciona o fato de que um imã , quando partido ao
meio, torna-se em dois imãs. Parece que Stevin (1548-1620) foi o primeiro a interessar-
se por problemas em navegação e dava explicações de um sistema no qual sugeria o
uso de uma agulha magnética , que poderia atuar como guia para a longitude . Isto
deveria ser feito medindo-se a diferença entre os norte s verdadeiro e o magnético, mas
isso foi provado incorreto.

63
Em 1820 Hans Cristian Oersted, que acreditava existir uma relação entre eletricidade e
magnetismo, conseguiu provar experimentalmente que, quando uma corrente elétrica
passava por um fio, havia um campo magnético associado a ela.

O IMÃ – RESUMO DA HISTÓRIA

A origem do magnetismo acredita-se que teve origem na Magnésia, ora chamada


Anatólia, hoje conhecida como Turquia.
A palavra magnetismo deriva desse local, onde os gregos encontravam-se essas
“pedras”, os imãs naturais.
Essa pedra chamada magnetita é formada essencialmente por Fe3O4 (Óxido de Ferro).
Com a descoberta da magnetita, o imã passou a ser usado pelos chineses, inicialmente
como um “objeto mágico”, no auxílio de previsões e adivinhações.
Usavam uma colher de magnetita que, apoiada sobre um pino, podia girar livremente na
horizontal e ao ser influenciada pelo campo magnético terrestre, tomava sempre a
mesma direção ao longo do eixo norte sul.
Seu aperfeiçoamento resultou na invenção da bússola, que já era usada pelos chineses
para a orientação de navios no século X.
No conceito popular imãs são objetos que atraem outros objetos de ferro e não atraem
plástico, alumínio, madeira. Têm dois pólos “norte” e “sul”, e quando se dispõe de dois
imãs sabe-se que se atraem e se repelem.
A capacidade que os imãs tem de gerar uma força invisível que age a distância, dando a
impressão que algo “mágico”, quando está perto de uma peça de aço ou outro imã faz
surgir uma interação de atração ou repulsão entre ambos.
Esse fenômeno intrigante que desde as eras mais remotas é intensamente estudado,
mas até hoje não é inteiramente explicado pela humanidade e largamente utilizado nos
nossos dias desde os modernos computadores, automóveis, etc, até crendices como
magnetoterapia e utopias como motocontínuo.
O imã, como conhecemos hoje não são imãs naturais e sim sintéticos produzidos por
sofisticadas técnicas de engenharia pós-metálicos, entretanto em sua composição
basicamente elementos químicos como bário, estrôncio, alumínio, neodímio e samário a
elementos com propriedades ferromagnéticos como ferro, níquel e cobalto.
Combinado esses elementos temos composto que, moídos em partículas de alguns
mícrons, podem ser compactados ou fundidos, posteriormente sintetizados e por fim
magnetizados fazendo atravessar por eles um campo eletromagnético de altíssima
intensidade, e como resultado teremos imãs com as mais variadas propriedades
magnéticas.
Isso nos faz imaginar:
Se tudo isso é necessário para produção de um imã como surgiram os imãs naturais?
Quando o nosso planeta era assolado por tempestades e milhares de atividades
vulcânicas e sismológicas propiciou a formação da magnetita no subsolo onde altas
temperaturas e alta pressão transformou parte do óxido de ferro existente no mineral.
Explosões vulcânicas trouxeram parte desse minério de volta a superfície onde por fim
aconteceu a magnetização. Acredita-se que a magnetização pode ser efetuada pelo
próprio campo magnético terrestre ou mesmo por descarga elétricas atmosféricas que
em contacto com a superfície gerou imensa quantidade de corrente elétrica e
conseqüentemente um enorme campo magnético.

64
Albert Einstein sempre se referiu ao primeiro contato que teve com uma bússola,
quando contava com quatro ou cinco anos de idade, como uma experiência profunda e
duradoura. Em suas palavras: ”O fato de que aquele ponteiro comportar-se maneira tão
determinada não combinava com a natureza dos acontecimentos possíveis de se
localizarem no mundo inconsciente dos conceitos. Tinha se haver algo por trás de
objetos que se encontravam tão profundamente ocultos”.
Tales de Mileto, matemático grego (-624 ac -~546 ac) descreveu as propriedades dos
imãs e da eletricidade estática, e associou os dois fenômenos como decorrentes de uma
mesma natureza.
No século XVI foi livro De Magnete, publicado em Londres, em 1600, por William Gilbert,
na época médico da Rainha Elizabeth I.
O livro discutia a bússola magnética, o comportamento dos imãs própriamente dita, com
seus poderes de atração e repulsão, a distinção entre a ação magnética e a ação
(elétrica) no âmbar e o envolvimento de cada imã por uma “órbita invisível de virtude”,
que afetava qualquer pedaço de ferro que fosse colocado em sua vizinhança.
O livro discutia, também , como um imã na forma esférica poderia desempenhar o papel
da Terra e com o auxilio de pequenos imãs, demonstrava o comportamento daquilo que
hoje chamamos de campo magnético terrestre, explicando a propriedade da agulha da
bússola de sempre apontar para o norte ou para o Sul, a declinação magnética e a
inclinação magnética.
Por mais de um século e meio depois de Gilbert, nenhuma descoberta de importância
fundamental foi realizada, embora houvesse muitos melhoramentos práticos na
construção de magnetos.
Assim, no século XVIII construíram-se muitos magnetos compostos de ferro, formados
de muitas laminas de ferro magnetizadas presas juntas, que levantavam corpos de ferro
com peso 28 vezes maior que seus próprios pesos.
Isso é mais notável quando observamos que existia um único modo de fazer magnetos
naquela época: o ferro ou o aço tinha que ser esfregados com um imã ou com outro
magneto que por sua vez tinha que ter sido esfregado em um imã.
No século XIX o professor dinamarquês Hans Christian Oersted conseguiu provar
experimentalmente, e 1820, que quando uma corrente elétrica passava ao longo de um
fio aparecia um campo magnético e Andrè Marie Ampere, na França, entre 1821 e 1825,
esclareceu o efeito de uma corrente sobre um imã e o efeito oposto, de um imã sobre
uma corrente.
As pesquisas de materiais com propriedades magnéticas começou, pode-se dizer, com
a invenção do eletromagnetismo, em 1825, uma vez que com ele se tornou possível
obter campos magnéticos muito mais intensos do que aqueles produzidos por imãs ou
magnetos feitos com eles.
Nos anos seguintes, Michael Faraday , na Inglaterra, iniciou suas pesquisas
argumentando que se uma corrente num fio produzia efeitos magnéticos, como Ampére
tinha demonstrado, o inverso poderia ser Verdadeiro , isto é, um efeito magnético
poderia produzir uma corrente elétrica . Para testar essa hipótese, Faraday enrolou duas
espiras de fio em num anel de ferro, uma ligada a uma bateria e a outra, ligada a um
medidor de corrente elétrica, verificando a existência, na segunda espira de uma
corrente temporária quando ligava e desligava a bateria.

65
Noutra experiência, Faraday usou uma espira enrolada em uma haste de ferro e dois
imãs em forma de barra para demonstrar que os imãs, por si só, podia produzir uma
corrente.
Para explicar como a eletricidade e o magnetismo podiam afetar um ao outro no espaço
vazio, Faraday propôs a idéia de um campo, imaginando linhas de força magnética tanto
mais próximas umas das outras quanto mais intenso era esse campo e supondo que
essas linhas tendiam a se encurtar sempre que possível e a se repelir mutuamente.
Mais tarde em 1837, Faraday introduziu também a idéia de linhas de força elétrica.
A análise matemática completa dos fenômenos elétricos e magnéticos aceita hoje
apareceu em 1873, quando o escocês James Clerk Maxwell publicou seu \tratado sobre
Eletricidade e Magnetismo.

CAMPO MAGNÉTICO – CONCEITOS BÁSICOS

1 – Imã natural
Magnetita - Oxido de Ferro (Fe3O4)

2 – Pólos magnéticos com o mesmo nome se repelem e de nomes contrário se atraem –


Lei da atração magnética.

3 – As linhas de indução saem do pólo NORTE e chega ao pólo SUL (Externamente ao


imã)

4 – Inseparabilidade dos pólos


Ao dividirmos um imã ele continuará ainda sendo um imã com os pólos norte e sul, até a
sua menor partícula que é a molécula de imã. Portanto, um imã é indivisível.

5- Magnetismo Terrestre.
A terra funciona como um enorme imã, cuja polaridade é invertida em relação a sua
polaridade magnética.
O pólo sul magnético é o pólo norte geográfico, e o pólo norte magnético é o sul
geográfico, pelo fato de os pólos de nomes iguais de repelirem.

6 – Campo magnético uniforme.


È aquele que possui a mesma intensidade, a mesma direção e o mesmo sentido em
todos os seus pontos;
As linhas de indução são paralelas e igualmente espaçadas;
Imã: Cria campo magnético ao seu redor sem corrente elétrica

7 – Experiência de Oersted (1830)


Foi a experiência que mostrou a criação de campo magnético ao redor de um condutor,
devido à presença de corrente elétrica.

66
ELETRODINAMICA

Um passo gigantesco foi dado com a descoberta da corrente elétrica: das cargas
elétricas em repouso – eletricidade estática, de poucas aplicações práticas – passou-se
para as cargas elétricas em movimento, que permitem iluminar cidades, movimentar
motores, acionar aparelhos etc.
O estudo das cargas elétrica em movimento e de suas aplicações, constitui a parte da
eletricidade chamada ELETRODINAMICA.

CORRENTE ELETRICA

Os elétrons livres no interior de um condutor têm um movimento completamente


desordenado. Porem, se o condutor for submetido à ação de um campo elétrico, esses
elétrons livres passam a se mover predominantemente num só sentido. A esse
movimento de elétrons damos o nome de corrente elétrica. Que essa corrente circule
no condutor, é preciso que haja uma Diferença De Potencial (DDP) constantes em suas
extremidades.
Existem alguns dispositivos, baterias de automóveis e pilhas, cuja a função é justamente
criar uma diferença de potencial (DDP) entre os pólos do condutor e mantê-la constante,
quer dizer, fazer com que um dos pólos fique sempre com falta de elétrons ( pólo
positivo)
E o outro sempre com excesso de elétrons (pólo negativo). Em outras palavras, a
bateria faz aparecer no condutor um campo elétrico E. Seus elétrons ficarão ,portanto,
sujeitos a ação de uma força elétrica F=qE, dando origem a movimento que , em média
tem o sentido oposto ao campo E, uma vez que os elétrons são cargas negativas. Nos
líquidos – como, por exemplo, numa solução de cloreto de sódio (NaCl) em água – a
corrente elétrica vai se constituir tanto de partículas positivas (cátions Na+) como de
partículas negativas (ânions Cl- )

67
SENTIDO DA CORRENTE ELÉTRICA

Nos condutores sólidos, é fácil determinar o sentido da corrente elétrica , pois, como
vimos ela é constituída apenas de elétrons livres. Assim é evidente que o sentido da
corrente corresponde ao sentido do movimento de elétrons.
Esse é o chamado sentido real da corrente elétrica.

Nos condutores líquidos, porém, a corrente é formada por íons positivos e íons
negativos, que se movem em sentido opostos. Então qual seria o sentido real da
corrente nesses condutores?
Antigamente não se sabia exatamente “quem” se movia no condutor - se as cargas
positivas ou as cargas negativas. Diante disso, os estudiosos no assunto estabeleceram
uma convenção:
-O sentido da corrente elétrica seria o sentido do movimento das cargas positivas.
O sentido convencional se conserva até hoje. Ele vale para qualquer tipo de condutor
que estiver sendo utilizado. Assim sempre que falarmos em sentido da corrente estamos
nos referindo ao sentido convencional.
Diremos então que:

Por convenção, o sentido da corrente corresponde ao movimento de cargas


positivas no interior de um conduto, movendo-se naturalmente do ponto de maior
para o de menor potencial.

68
INTENSIDADE DA CORRENTE ELÉTRICA

Para determinar o valor da corrente elétrica que passa por um condutor, precisamos
considerar uma nova grandeza física: a intensidade da corrente. Vejamos como definí-
la:
Seja um condutor AB ligado a um gerador de DDP.

Num determinado ponto desse condutor (a seção reta A), passa uma certa quantidade
de carga ΔQ, num certo tempo Δt.
Se dividirmos a quantidade de cargas pelo intervalo de tempo decorrido, teremos a
intensidade da corrente.

Então, podemos concluir que:

A intensidade da corrente elétrica num condutor sólido é a razão entre a


quantidade de cargas (ΔQ) que passa pela seção reta do fio condutor e o intervalo
de tempo decorrido nessa passagem (Δt).

Q
I=
t

Vejamos, agora, qual é a unidade da intensidade de corrente elétrica. Você já sabe que
a unidade de carga elétrica é o Coulomb e que o tempo é o segundo. Assim, a unidade
de intensidade de corrente elétrica só pode ser o Coulomb por segundo (C/s) . A essa
unidade damos o nome de Ampére (A). Em homenagem ao físico francês André Marie
Ampére (1775-1836).
1coulomb 1C
1ampere  ou 1A 
1segundo 1s

69
Dessa forma, quando dizemos que a corrente elétrica num fio condutor é de 4 ampères,
estamos dizendo que na seção reta do fio condutor passam 4 coulombs em cada
segundo.

CORRENTE CONTÍNUA E CORRENTE ALTERNADA.

O sentido da Corrente elétrica pode manter-se constante ou alternar-se periodicamente.


Nas correntes geradas por baterias, ou pilhas, em geral energia gerada pela ação
química, o vetor campo é orientado em um único sentido. Isso faz com que as cargas
que constituem a corrente se desloquem sempre no mesmo sentido. Esse tipo de
corrente é chamado de:

Corrente Continua (CC)

Se o sentido do vetor campo se alterna periodicamente, como, em geral, no caso de


corrente fornecidas pelos grandes geradores de usinas hidroelétricas, de onde provem a
eletricidade utilizada em nossas casas , as cargas livres se deslocam ora num sentido,
ora em outro. A esse tipo de corrente damos o nome de:

70
Corrente Alternada (CA)

Concluindo
A intensidade de corrente elétrica é o movimento ordenado de elétrons por um
condutor, e sua unidade de medida é o ampere ( A ).

Tensão, Diferença de Potencial, Força Eletromotriz.


( E, U, DDP, FEM )

ANALOGIA DO CIRCUITO ELÉTRICO COM O CIRCUITO HIDRÁULICO

Podemos compará-lo á água num encanamento. Ela não sobe a um determinado


reservatório porque não há pressão suficiente para que isso aconteça. Por isso é
necessário que o reservatório que abastece a região ou local seja colocado numa altura
tal que proporcione a pressão desejada.
Esta diferença de nível é que proporcionará a pressão hidráulica necessária para que a
água possa atingir, nos nossos lares, as alturas necessárias.
O mesmo ocorre com a eletricidade , pois nós temos elétrons nos condutores, mas se
não houver uma pressão elétrica ou DDP, FEM, E, U, não haverá eletricidade dinâmica

71
CONCLUINDO.

A tensão é a força ou pressão que empurra os elétrons por um condutor, sua


unidade de medida é volts.

DIFERENÇA DE TENSÃO E CORRENTE

A tensão representa a Diferença De Potencia (DDP), Força Eletromotriz (FEM) que


é a pressão que causa o movimento dos elétrons.
A Intensidade de Corrente Elétrica representa a quantidade de elétrons que estiver
passando em um condutor.

RESISTENCIA ELETRICA

RESISTORES ELÉTRICOS

a) Resistor

Um componente especificamente projetado para possuir resistência é chamado resistor.


Dependendo do material utilizado, e de suas características físicas e construtivas, os
resistores podem ser de carbono, de fio,de filme ou de semicondutores.

É todo elemento de circuito cuja função exclusiva é efetuar a conversão de energia elétrica em
energia térmica.

b) Simbologia

c) Resistência Elétrica
Ao adquirir energia cinética suficiente, um elétron se transforma em um eletro livre e se
desloca até colidir com um átomo. Com a colisão, ele perde parte ou toda energia
cinética que possuía, excitando outros elétrons. A energia poderá ser absorvida na
forma de energia térmica pelos átomos que estão em movimento vibratório.
Se um potencial elétrico é aplicado em um condutor , os elétrons tem um aumento em
sua energia cinética e colidem com mais freqüência com os átomos , o que aumenta a
temperatura do condutor.
Desta forma, quando a corrente elétrica flui em um conduto, parte da energia potencial
elétrica é convertida em energia térmica; assim, sua resistência não esta associada
apenas a oposição ao fluxo de corrente, mas também ao desenvolvimento da energia
térmica do condutor.

72
A resistência é, então, uma propriedade indesejável para os condutores que conduzem
a energia elétrica de uma fonte par uma carga, mas pode ser desejável par outras
situações ( chuveiro, torneira elétrica, etc.)
Os metais são bons condutores de corrente elétrica, mas alguns são melhores
condutores que os outros. O metal mais utilizado em nossas instalações elétricas é o
cobre. Porque é um bom condutor e, também não é muito caro. Sabemos que a prata é
melhor condutora que o cobre e, o chumbo é pior condutor que eles.
Mas o que significa esta diferença entre o cobre, a prata e o chumbo? Por que um é
melhor condutor que o outro?
Nos metais temos vários elétrons livres. O movimento ordenado destes elétrons forma a
corrente elétrica. Na prata os elétrons livres têm maior facilidade para se movimentarem
do que no cobre e no chumbo.
A dificuldade que o chumbo apresenta à passagem de corrente elétrica é expressa por
grandeza física chamada resistência elétrica.
Se aplicarmos uma Diferença De Potencial (DDP) nas extremidades de fios constituídos
destes metais, observaríamos uma corrente elétrica maior na prata,seguida do cobre e,
por ultimo do chumbo que ofereceria maior dificuldade a passagem dos portadores de
carga elétrica.

A resistência elétrica (R) é uma medida da oposição ao movimento dos portadores de


carga, ou seja, a resistência elétrica representa a dificuldade que os portadores de
carga encontram para se movimentarem através do condutor. Quanto maior a
mobilidade dos portadores de carga, menor a resistência elétrica do condutor.

Definimos:

Resistência elétrica (R) é a relação entre a ddp aplicada (U) e a correspondente


intensidade de corrente elétrica (i).

U
R
i

Unidade de medida de resistência elétrica no Sistema Internacional é o OHM


representada pela letra grega Omega (Ω ). Em homenagem ao físico alemão George
Simon Ohm.(1789-1854)

Volt
R   ohm ( )
Ampère

73
PRIMEIRA LEI DE OHM

ENUNCIADO DA PRIMEIRA LEI DE OHM.

“A TENSÃO É IGUAL AO PRODUTO DA RESISTÊNCIA ELÉTRICA PELA


INTENSIDADE DE CORRENTE ELÉTRICA”.

Expressão matemática da primeira lei de Ohm

V=RxI

A LEI DE OHM

A Lei de Ohm, assim chamada em homenagem ao seu formulador George Simon Ohm,
indica que a diferença de potencial (V) entre dois pontos de um condutor é proporcional
à corrente elétrica (I) que o percorre, cuja fórmula é a seguinte:

V=R x I

DETALHANDO:

V é a diferença de potencial elétrico medida em Volts (tensão ).


R é a resistência elétrica do circuito medida em Ohms. ( Ω )
I é a intensidade da corrente elétrica medida em Ampères. ( A )

Mas na prática, essa lei nem sempre é válida, na verdade depende do material que é
usado para fazer o resistor (ou resistência).
Quando essa lei é verdadeira num determinado material, o resistor em questão
denomina-se resistor ôhmico ou linear.
Na prática não existe um resistor ôhmico ou linear exato, mas muitos materiais
permitem fabricar dispositivos aproximadamente lineares, como exemplo, a pasta de
carbono.
Um exemplo de resistor (ou resistência) não linear, que não obedece à Lei de Ohm é o
diodo.

74
Conhecendo-se duas das grandezas envolvidas na Lei de Ohm, é fácil calcular a
terceira grandeza utilizando a fórmula:

No exemplo da acima, obtém-se a corrente conhecendo o valor da tensão e o valor da


resistência, pois a fórmula diz que a corrente é igual a tensão divida pela resistência,
note que se faz necessário um pouquinho de conhecimento de matemática e cálculo de
frações.
O valor da resistência pode ser obtido através da fórmula:

Note que se chega ao valor da resistência dividindo o valor da tensão pelo valor da
corrente.

A potência elétrica é a capacidade que um corpo tem de realizar trabalho, e sua unidade
de medidas é Watts.
A potência P é medida em Watts, e dissipada num resistor, presumindo de que os
sentidos da corrente e da tensão são aqueles assinalados na figura acima, é dada pela
fórmula mostrada abaixo.

75
P=VxI

Então, a tensão ou a corrente podem ser calculadas a partir de uma potência conhecida:
A fórmula diz que a corrente é igual a potência divida pela tensão.

A fórmula diz que a tensão é igual a potência dividida pela corrente.

Existem outras relações, envolvendo a resistência e a potência, e são obtidas através


das fórmulas a seguir:

Obs.: Nas indicações das fórmulas relacionadas a Lei de Ohm, a tensão era indicada
com a letra E em maiúscula, atualmente, por convenção, utiliza-se a letra V em
maiúscula para indicar tensão , nos diagramas elétricos ou nas fórmulas.

V significa tensão
R significa resistência
I significa corrente
P significa potência

76
ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES E DIVISORES DE TENSÃO E CORRENTE

ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES

Duas ou mais resistências podem ser associadas de três maneiras:

a) Associação em série
b) Associação em paralelo
c) Associação mista
CONSIDERAÇÕES:

- Resistores podem ser ligados de diversas maneiras de modo que seus efeitos sejam
combinados;
- Qualquer que seja a maneira como ligamos os resistores, o efeito obtido ainda será o
de uma
resistência;
- Essa resistência poderá ser maior ou menor que os resistores associados, mas ainda
assim o
conjunto seguirá a lei de Ohm.
- O resultado de uma associação de resistores depende não só dos valores dos
resistores associados
como também da forma como são ligados.

Associação em série

Quando os resistores estão ligados um em seguida ao outro. Na figura abaixo,


mostramos "n", resistores ligados em série.

Nesse tipo de associação, a corrente I passa por um dos resistores, é a mesma que
passa por todos os outros. Aplicando a lei de Ohm ao 1°, 2°, ... , enésimo resistor, tem:

77
V1 = R1 x. I
V2 = R2 x. I
..
..
..
Vn = Rn x I

A tensão V, fornecida, é igual à soma das quedas de tensão em cada resistor.

V = V1 + V2 + ... + Vn = R1 x. I + R2 x. I + ... + R x I = (R1 + R2 + ... + Rn)x I


V = (R1 + R2 + ... + Rn) x I = RT x I

Onde:

RT = R1 + R2 + ... + Rn

Conclusão:

A resistência total (ou equivalente) de uma associação de resistores em série é


igual à soma dos resistores da série.

Caso Particular:

Quando os resistores tiverem resistências iguais, isto é, R1 = R2 = ... = Rn, é fácil provar
que neste caso resulta também V1 = V2 = ... = Vn. Chamamos respectivamente R1 e V1
a resistência e a diferença de potencial entre os extremos de cada resistor, temos:

RT = nRi
V = nV1

78
Na figura 3, temos exemplos de associação de 3 resistores em série.

Sendo R1, R2 e R3 os mesmos, as associações (a), (b), (c) e (d) são iguais.

Exemplo 1: Determinar a resistência total em um circuito série, onde se tem R1 = 22Ω,


R2 = 33Ω e R3 = 10Ω.

Solução:

RT = R1 + R2 + R3
RT = 22 + 33 + 10 = 65
∴ RT = 65Ω

Exemplo 2: No circuito da figura 5, calcular o valor das quedas de tensão em cada uma
das resistências.

Para se calcular a queda de tensão é preciso, inicialmente, calcular o valor da


resistência equivalente e depois, aplicando a lei de Ohm, calculamos a corrente que
atravessa o circuito.

RT = R1 + R2 + R3 = 7 + 5 + 3 = 15Ω
I = V/RT = 15/15 = 1A

79
A queda de tensão em R1, será:

V1 = R1 x I = 7 x. 1 = 7 V

Em R2 será:

V2 = R2 x. I = 5 x. 1 = 5 V

Em R3 será:

V3 = R3 x. I = 3 x 1 = 3 V

Somando-se estas tensões parciais, encontramos o valor da tensão total:

VT = V1 + V2 + V3 = 7 + 5 + 3 = 15V

Associação em Paralelo

Quando os resistores estão ligados aos mesmos pontos, portanto submetidos à mesma
d.d.p., dizemos que estão associados em paralelo. Na figura abaixo mostramos n
resistores ligados em paralelo.

Nesse tipo de associação, todos os resistores estão submetidos à mesma tensão V.


Aplicando a lei de Ohm aos n resistores, temos:

I1 = V/R 1
I2 = V/R 2
..
..
..
In = V/Rn

A corrente I é igual à soma das correntes em cada resistor.

I = I1 + I2 + ... + In = V/R1 + V/R2 + ... + V/Rn = (1/R1 + 1/R2 + ... + 1/Rn) . V = V/RT

80
Onde:

1/RT = 1/R1 + 1/R2 + ... + 1/Rn , ou ainda,

RT =

Conclusão:

A resistência total (equivalente) de uma associação em paralelo é igual ao inverso da


soma dos inversos das resistências componentes.

Caso Particular (1):

No caso de um grupo formado por apenas dois resistores diferentes R1 e R2, a


resistência total pode ser determinada da seguinte maneira:

RT = R1 x. R2 / (R1 + R2)

Caso Particular (2):

Os resistores têm resistências iguais, isto é, R1 = R2 = Rn. Neste caso as intensidades


de corrente nas derivações também são iguais, ou seja, I1 + I2 = ... = In.

Logo:

I = n . I1 e RT = R1/n

Neste caso particular, a resistência da associação é igual a 1/n da resistência de cada


resistor e a intensidade da corrente é n vezes maiores que a corrente que circula em
cada resistor: Na figura 9 temos exemplos de 3 resistores associados em paralelo.

81
Sendo R1, R2 e R3 os mesmos, as associações (a), (b), (c) e (d) são iguais.

Exemplo 1:

Calcular a resistência do circuito onde se tem R1 = 2,2kΩ e R2 = 4,7kΩ.

Solução:

RT = R1 // R2 ( paralelo )
RT = R1 x R2 / R1 + R2 = 2,2 x. 4,7 / (2,2 + 4,7) = 10,34 / 6,9 = 1,5
∴ RT = 1,5kΩ
Exemplo 2:

No circuito da figura 11, calcular:

a) O valor da corrente em cada resistor;


b) O valor da corrente total do circuito;
c) O valor da resistência total.

Solução:

a) I1 = V/R1 = 24/24 = 1 ∴ I1 = 1A
I2 = V/R2 = 24/12 = 2 ∴ I2 = 2A
I3 = V/R3 = 24/8 = 3 ∴ I3 = 3A

b) I = I1 + I2 + I3 = 1 + 2 + 3 = 6 ∴ I = 6A

c) 1/RT = 1/R1 + 1/R2 + 1/R3 = 1/24 + 1/12 + 1/8


1/RT = 1/4
RT = 4Ω

Associação mista (série, paralelo)

A associação mista é composta de resistores dispostos em série e em paralelo.

82
A) R1 em série com a combinação paralela de R2 com R3 .

(a) Circuito básico.


(b) Inicialmente resolveremos a combinação paralela.
(c) A seguir efetuamos a combinação série.

B) R3 em paralelo coma combinação série de R1 com R2.

Exemplo 1:

Determine a resistência da associação da figura 16.

83
Inicialmente reduzimos a associação em paralelo dos resistores de 20Ω e 30Ω (figura
17).

R = 20 x 30 / (20 + 30) = 600 / 50 = 12Ω

Em seguida reduzimos a associação em série dos resistores de 12[Ω] e 28[Ω]. (figura


18).

R = 28 + 12 = 40Ω

84
Neste estado reduzimos a associação em paralelo dos resistores de 60[Ω] e 40[Ω].
(figura 19)

R = 60 x 40 / (60 + 40) = 2400 / 100 = 24 Ω

Segue-se imediatamente o esquema. (figura 20)

R = 6 + 24 = 30Ω

85
Finalmente. (figura 21).

RT = 30 x.20 / (30 + 20) = 600 / 50 = 12Ω

A resistência total equivalente será : RT = 12 [Ω].

Logo (figura 22):

AS LEIS DE KIRCHHOFF

As Leis de Kirchhoff regem a associação de componentes num circuito.

Ao contrário da Lei de Ohm, cujo âmbito é a resistência, as Leis de Kirchhoff das


tensões e das correntes estabelecem as regras às quais devem respeitar as
associações de componentes.

A Lei de Kirchhoff das correntes afirma que são idênticos os somatórios das correntes
incidentes e divergentes em qualquer nó de um circuito, ao passo que a Lei das tensões

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afirma que é nulo o somatório das tensões aos terminais dos componentes situados ao
longo de um caminho fechado.

Uma associação de componentes elétricos constitui um circuito quando verifica


simultaneamente as Leis de Kirchhoff e as características tensão-corrente dos
componentes, que no caso particular da resistência se designa por Lei de Ohm.
A aplicação conjunta das Leis de Kirchhoff e de Ohm permite obter um conjunto de
equações cuja resolução conduz aos valores das correntes e das tensões aos terminais
dos componentes.

Para além de permitir resolver os circuitos, as três leis referidas possibilitam ainda a
derivação de um conjunto de regras simplificativas da análise dos circuitos.

Designadamente, as regras de associação em série e em paralelo de resistências, as


regras dos divisores de tensão e de corrente, as regras de transformação entre fontes
de tensão e de corrente, as regras de associação de fontes de corrente e de tensão, etc.

TECNICAS DE ANALISES DE MALHAS EM CORRENTE CONTINUA (CC)

Introdução

A técnica de analise de circuito CC são de grande valia quando se quer calcular


parâmetros de circuitos que possuem mais de uma fonte de energia, como é o caso de
vários sistemas eletrônicos elétricos de potencia.

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Um circuito genérico possui nós e ramos. Um nó é um ponto de junção de dois ou mais
elementos do circuito.O nó principal é aquele que conecta pelo menos três elementos
de circuitos epossui uma equação nodal considerável (BARTKOIAK,1994). O nó
secundário conecta apenas dois elementos e um nó trivial. Qualquer caminho entre dois
nós é chamado de ramo.
Então, baseado nas definições acima, nós podemos dizer que um circuito é complexo se
há duas ou mais fontes de energia em ramos diferentes do circuito.
Estudaremos os principais métodos de analise de circuitos, ferramentas importantes
para a simplificação de redes e calculo dos principais parâmetro das mesmas.

Analise através da Lei de Kirchhoff

Revisão das Leis de Kirchhoff de Tensão (LKT) e de Corrente (LKC)


As leis de Kirchhoff, devidas ao físico alemão Gustav Robert Kirchhoff são base do
estudo de circuitos elétricos;
A Lei de Kirchhoff da Tensões (LKT), ou Lei das Malhas, pode ser escrita como
(GUSSOW,1996) (BARTKOWIAK,1994).
“A TENSÃO APLICADA A UM CIRCUITO FECHADO É IGUAL SOMA DAS QUEDAS
DE TENSÃO NAQUELE CIRCUITO,” isto é;
Tensão aplicada = soma das quedas de tensão.
Para o circuito da figura 1, por exemplo, onde temos três resistores conectados em
série, pode-se escrever, de acordo com a LKT:

V = V1 + V 2 + V3

Onde V é a tensão aplicada e V1 , V2 , V3 , são as quedas de tensão ao longo do circuito


fechado.
Escrita matematicamente, a LKT simplesmente é:

ΣV = 0

A equação (1) aplicada ao circuito da figura 1 fornece:

ΣV = 0 V1 - V2 - V3 = 0

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Ilustração da fórmula ΣV = 0
A Lei de Kirchhoff das correntes (LKC) nos diz que “a soma das correntes que entram
em um nó deve ser igual à soma das correntes que saem deste mesmo nó”
O enunciado da LKC é : Σi = 0

Método das correntes nas malhas ou ramos

Uma malha é qualquer percurso fechado de um circuito (GUSSOW,1996). Ao se


resolver um circuito utilizando as correntes nas malhas, é preciso escolher previamente
os percursos que formarão as mesmas. Em seguida, para cada malha é designada a
sua corrente, sendo utilizado, por conveniência, o sentido horário. Aplicando-se a LKT
ao longo dos percursos de cada malha, encontram-se as equações que determinarão as
correntes de malha desconhecidas.
Na figura 2, tem se um circuito com duas malhas (1 e 2) . O procedimento para se
determinar as correntes I1 (malha 1) e corrente I2 (malha2) é:

Figura 2 - Um circuito CC com duas malhas

1º passo: escolher as malhas e mostrar as correntes respectivas no sentido horário,


indicando a polaridade de tensão para cada resistor, de acordo com o sentido adotado
para a corrente.
O fluxo convencional de corrente num resistor produz uma polaridade positiva
onde a corrente entra.

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2º passo: aplicar a LKT ao longo de cada malha, percorrendo cada malha ou sentido da
corrente da malha.
Pelo fato de haver duas correntes diferentes que fluem em sentido oposto num mesmo
resistor, aparecem dois conjuntos de polaridades para o mesmo (no caso da figura 1, no
resistor R2)
ΣV = 0

+ VA – I1R1 – I1R2 + I2R2 = 0


+ VA – I1 (R1+ R2 ) + I2R2 = 0
I1 (R1+ R2 ) - I2R2 = VA (4)

Para a malha 2, percorrendo a mesma no sentido adefa:

- I2R2+ I2R2 - I2R3 –VB = 0


I2R2 - I2(R1+ R3 ) = VB (5)

3º passo: calcular as correntes I1 e; I2 através da equação (4) e (5)

4º passo: com as correntes conhecidas , calcular todas as quedas de tensão através


dos resistores utilizando a Lei de Ohm.
5º passo: Verificar a solução das correntes nas malhas percorrendo a malha abcdefa
(malha mais externa que engloba as malhas 1 e 2).

VA – I1R1 – I2R3 – VB = 0 (6)

Método das tensões nos nós

Um outro método para se resolver um circuito com correntes de malha utiliza as quedas
de trensão para determinar as correntes num dão nó. Escreve-se as equações dos nós
para as correntes, satisfazendo a LKC ( Lei de kirchhoff para as correntes). A cada nó,
num circuito, se associa a uma letra ou um numero.
N afigura 3, A,B,G e N são nós, e G e N são n´s principais ou junções. Uma tensão de
nó é a tensão de um dado nó com relação a um determinado nó chamado de nó de
referencia, o qual é o nó onde esta representado o terra do circuito.
Assim:

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VAG é a tensão entre os nós A e G; VAG é a tensão entre os nós B e G e VNG é a tensão
entre os nós N e G. Como o nó G é um nó de referencia comum, pode-se identificar
simplesmente estas tensões como VA, VB e VN.

Figura: Os nós no circuito com 2 malhas

O número de equações necessárias é igual ao numero de nós principais (n) menos 1,


isto é:
Equações necessárias = n – 1
Os passos necessários para se escrever as equações tendo como base a figura 3 são:

1º passo: adotar os sentidos das correntes como mostrado e indicar os nós (A, B, N e
G). Identificar a polaridade da tensão em cada resistor de acordo com o sentido
considerado para a corrente.

2º passo: aplicar a LKC para o nó principal e resolver as equações para resolver V N

. ΣI = 0 I1 + I2 =I3 (7)

Pela Li de Ohm, as correntes I2 e I2 e I3 são facilmente encontradas por:

VN V A  VN VB  VN
I3 = I1 = I2 =
R2 R1 R3

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Substituindo-se I1, I2 ,I3 em (7) encontra - se:

VN VA  VN VB  VN
  (8)
R2 R1 R3

Técnicas Gerais de análise de circuitos

Teoria de Thévenin

RTH é a resistência vista por trás dos terminais da carga quando todas as fontes são
curto - circuitadas.
VTH : é a tensão que aparece nos terminais da carga (AB) quando se desconecta o
resistor R1. É chamada também de tensão de circuito aberto.

Teorema de Norton

O teorema de Norton é utilizado para simplificar uma rede em termos de correntes em


vez de tensões.
A resistência RN é obtida da mesma forma que RTH

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Teorema da Máxima Transferência de Potencia

“ A potencia máxima é fornecida pela fonte de tensão e recebida pelo resistor de carga,
se o valor do resistor de carga ao da resistência interna da fonte de tensão”
Seja o circuito uma fonte de tensão V, cuja resistência interna R1, mostrado a seguir.

Para a máxima transferência de potencia RL = Ri


a potencia que chega na carga é: PL = i² . RL
V
E a corrente que circula na malha, I =
Ri  RL
V
A corrente de curto circuito ( Icc) será dada Icc = ( R L  0)
RI

Teorema da Superposição

“ Em uma rede com duas ou mais fontes, a corrente ou a tensão para qualquer
componente é a soma algébrica dos efeitos produzidos por cada fonte atuando
independentemente”.

A fim de se usar uma fonte de cada vez, todas as outra fontes são retiradas do circuito.
Ao se retirar uma fonte de tensão, faz-se no seu lugar um curto-circuito; ao se retirar
uma fonte de corrente, esta é substituída por um circuito aberto.

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Circuito com duas malhas (aplicação do teorema da Superposição)

Passo 1 – Calcule as correntes produzidas somente pela fonte de tensão V1;


Passo 2 – Calcule as correntes produzidas somente pela fonte de tensão V2;
Passo 3 – Some algebricamente as correntes individuais para determinar as correntes
produzidas pelas duas fontes V1 e V2.
Correntes:
I1 = I1,V1 + I1,V2;
I2 = I2,V1 + I2,V2;
I3 = I3,V1 + I3,V3

Circuito Ponte de Wheatstone

A ponte de Wheatstone ( circuito da figura 8) pode ser usada para se medir uma
resistência desconhecida Rx. A chave S2 aplica a tensão da bateria aos quatro
resistores da ponte. Para equilibrar a ponte, o valor de R3 é variável. O equilíbrio ou
balanceamento é indicado pelo valor zero lido no galvanômetro G quando a chave
S1estiver fechada. Para a ponte equilibrada, os pontos B e C tem o mesmo potencial.

Logo:

IxRx =I1R1 (1) e IxR3 = I1R2 (2)

Dividindo a equação (1) pela equação (2)

Rx R1 R1xR2
 RX =
R3 R2 R3

94
CALORIMETRIA

TEMPERATURA

temperatura é o nível de energia armazenado (Num primeiro contato, entenderemos a


temperatura como sendo o número que associamos a um corpo, para traduzir o estado
de agitação das partículas que o constituem . Esse estado de agitação é definido pelo
nível energético das partículas e constitui o estado térmico ou estado de aquecimento
de um corpo)

Termômetro

É o aparelho que serve para medir o nível térmico e são mensurados em graus. (A
medida do nível energético “temperatura” é feita de maneira indireta, por meio de
medida de uma outra grandeza, característica de um determinado corpo e variável com
a temperatura . Esta grandeza é chamada de grandeza termométrica e o corpo é o
termômetro. Portanto o termômetro é um dispositivo usado para a determinação de
tem -peraturas . Em todo termômetro,. Encontramos uma substância denominada de
substância termométrica , que tem pelo menos uma de suas propriedades físicas
variando com a tem -peratura. Essa propriedade física , usada na determinação da
temperatura, é a grandeza ter mométrica. No termômetro de mercúrio, a substância
termométrica é o mercúrio (Hg) e a grandeza termométrica é a altura da coluna h).
Escalas Termométricas: Escala de Kelvin, Escala Celsius, Escala Fahrenheit.

CALOR

Calor é a quantidade de energia térmica armazenada (É a denominação dada a energia


térmica quando, e apenas enquanto, esta energia estiver transitando de um local de
maior par outro local de menor temperatura.

Noções de Calor

As partículas constituintes dos corpos estão constantemente em movimento, sendo


dotadas de uma energia de movimento, uma energia de agitação.
A energia de agitação das partículas do corpo é denominada energia térmica do corpo .
A quantidade de energia térmica de um corpo depende de uma série de fatores , como a
sua massa , a substância de que é constituído , a temperatura etc...
Portanto, a temperatura é uma medida do estado de agitação das partículas de um
corpo, do nível de energia térmica ou do potencial térmico desse corpo.
Quanto maior a temperatura, mais agitadas ficam as partículas do corpo. Devemos
observar que a temperatura não mede a quantidade de energia térmica do corpo. Sendo
assim, o fato de um corpo estar numa temperatura mais alta que o outro não quer dizer
que ele possua maior quantidade de energia térmica, mas sim que sua energia térmica
está num nível mais elevado que a do outro.
Quando dois corpos em temperaturas diferentes são postos em contato, espontânea-
mente há transferência de energia térmica do corpo de maior para o de menor

95
temperatura . Sendo assim a temperatura do “mais quente” diminui e a do “mais frio”
aumenta até que as duas se igualem. Neste ponto cessa a troca de calor. Dizemos que
foi atingidos o equilíbrio térmico e a temperatura chama-se tem- peratura final do
equilíbrio térmico

Calor sensível e calor latente

Colocando um pedaço de ferro na chama de uma vela, observemos que o calor


fornecido pela chama provoca uma variação de temperatura (aquecimento) no ferro
Colocando um pedaço de gelo na chama de uma vela, notamos que o calor fornecido
pela chama provoca uma mudança de estado (fusão) no gelo.
Portanto, quando um corpo recebe ou cede calor, este pode produzir no corpo dois
efeitos diferentes: variação de temperatura ou mudança de estado.
Se o efeito no corpo for apenas variação de temperatura, o calor é chamado de calor
sensível. Portanto, Calor sensível é aquele que produz variação de temperatura num
corpo.
Se o efeito no corpo for apenas mudança de estado, o calor é chamado calor latente.
Portanto, Calor latente é aquele que produz mudança de estado físico numa substância.
Assim nas considerações acima, o calor recebido pelo ferro é sensível e o recebido pelo
gelo é latente.

CALORIAS

Calor específico sensível da água.

Caloria é a energia térmica necessária para elevar 1 cm3 de água de um grau a outro (è
a quantidade de calor necessário para aquecer 1g de água pura de 14,5 ºC a 15,5 ºC ,
sob pressão normal.
A água é a única substância no mundo que consome mais calorias para se elevar de um
grau a outro.

CALOR ESPECÍFICO DE ALGUNS CORPOS

Água 1,0000 Cal Madeira 0,0575 Cal


Alumínio 0,2000 Cal Ouro 0,0320 Cal
Cobre 0,0250 Cal Prata 0,0570 Cal
Estanho 0,0500 Cal Platina 0,0324 Cal
Ferro fundido 0,1300 Cal Chumbo 0,0792 Cal
Ferro Batido 0,0113 Cal Zinco 0,0355 Cal
Mercúrio 0,0333 Cal Azeite 0,5000 Cal

96
A unidade de trabalho para a calorimetria é o Joule (J)

J= W x T

A unidade de potência elétrica é o Watt

P = V x I ou R x I2 ou V2 /R

Relacionamento:
Para se obter uma caloria é preciso de 4,16 J.

Cal = 1 / 4,16 >>>> 0,24 J

Potencia = W
Tempo = segundos
Quantidade = litros

Observações:

Medida de tempo

1 minuto = 60 segundos
1 hora = 60 min = 3600 segundos
30 min = 1800 segundos
15 min = 900 segundos

Medida de comprimento
1 metro linear = 10 dc
1 metro linear = 100 cm
1 metro linear = 1000 mm

Medida de área

1 metro quadrado = 10 dc² = 100 dc


1 metro quadrado = 100 cm² = 10.000 cm
1 metro quadrado = 1.000.mm² = 1.000.000 mm

Medida de volume

1 metro cúbico = 10dc³ = 1.000 dc


1 metro cúbico = 100 cm³ = 1.000.000 cm
1 metro cúbico = 1.000 mm³ = 1.000.000.000 mm
1 litro = 1000 cm³
1000 litros = 1.000.000 cm³ ou 1 m³

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Exercícios resolvidos:

A – Um reservatório contendo 200 litros de água, para elevar a 100ºC, com intensidade
de corrente elétrica de 20 A, alimentado por uma tensão de 50 V. Qual é o tempo
necessário?

200 l x 1000 cm3 = 200.000 cm3


200.000 cm3 x 100ºC = 20.000.000 Calorias
Cal = 0,24 x W x T
J=WxT
20.000.000 Cal = 0,24 x 1000 W x t
t = 20.000.000 Cal / 0,24 x 1000 W (simplificando)
t = 20.000 / 0,24
t = 83.333,33 segundos (transformando em horas) / 60 min = 1.388,9 min / 60 = 23H14
A Potencia de 1000 W = V x I (50 V x 20 A = 1000 W)

B – Um reservatório contendo 1.000 litros de água, para elevar a 100ºC, com


intensidade de corrente de 20 A, alimentado por uma tensão de 50 V. Qual é o tempo
necessário?

1000 l x 1000 cm3 = 1.000.000 cm3


1.000.000 cm3 x 100ºC = 100.000.000 cal
Cal = 0,24 x W x T
100.000.000 = 0,24 x 1000 W x t
t = 100.000.000 cal / 0,24 x 1000 W (simplificando)
t = 100.000 / 0,24
t = 416.666,66 segundos (transformando em horas) / 60 min = 6.944,44 min / 60 min =
115H74

C – Quantos litros de água, elevarei a 100ºC , com um trabalho de 3.000 W, em um


tempo de 15 minutos?

Solução = água
Potencia = 3.000 W
Tempo = 15 min ou 900 segundos
J=Wxt
J = 3000 W x 900 seg
J = 2.700.000

Cal = 0,24 x W x t ou Cal = 0,24 x


Cal = 0,24 x 3000 W x 900 seg
Cal = 0,24 x 2.700.000
Cal = 648.000

Litros = calorias / 100.000


Litros = 648.000 / 100.000
Litros = 6,48

98
D – Dados:

Resistência R = 10 Ohm
Intensidade de corrente 10 A
Substância = Água a 100º C
Tempo = 30 minutos

Calcular:

Potência = ? 1000 W
Joule =? 1.800.000 J
Caloria = ? 432.000 cal
Tempo = ? 1800 seg
Quantidade =? 4,32 l

Resolução.
P = R x i2 >> 10 x 10 x 10 >>> = 1000 w
J = W x t >> 1000 W x 1800 seg = 1.800.000
Cal = 0,24 x W x t >> 0,24 x 1000 W x 1800 seg = 432.000 cal
Quantidade = Cal /100/1000>>> 432.000 / 100 / 1000= 4,32 l

E – Substancia = Azeite
Elevar de 0º C a 100ºC
Tempo de 30 minutos
Potencia = 1000 W >>>> Resistência 10 Ohms>> Intensidade de corrente 10 A
Quantidade? 9 l.
Resolução
Calor especifico do azeite (vide tabela ) 0,5000
Cal = 0,5 x J >>> 0,5 x 1.800.000 = 900.000 cal
Quantidade = 900.000 cal / 100 / 1000 = 9,0 litros

99
2ª LEI DE OHM

RESISTIVIDADE

George Simon Ohm foi o cientista que estudou a resistência elétrica do ponto de
vista dos elementos que têm influência sobre ela. Por esse estudo, ele concluiu
que a resistência elétrica de um condutor depende de quatro fatores:

a) Material do qual o condutor é feito.


b) Comprimento (L) do condutor.
a) Área de sua seção transversal (S).
b) Temperatura no condutor.

Através de várias experiências se pode verificar a influência de cada um destes


materiais, variando apenas um dos fatores, e mantendo constantes os três
restantes.
Desse modo se pode analisar a influência do comprimento do
condutor, mantendo-se constante o tipo de material, sua temperatura e a área da
sessão transversal e variou-se seu comprimento.

S______________resistência = R.
S_________________________resistência obtida = 2R.
S____________________________________________resistência obtida = 3R.

Deste modo se comprovou que a resistência aumentava ou diminuía na mesma


proporção em que aumentava ou diminuía o comprimento do condutor. Isto
significa que a resistência elétrica é diretamente proporcional ao comprimento do
condutor.
Na influência da seção transversal, foram mantidos constantes os comprimentos
do condutor, o tipo de material e sua temperatura, variando-se apenas sua seção
transversal.

1 . S o resistência obtida = R
2 . S O resistência obtida = R/2
3 .S O resistência obtida = R/3

Deste modo foi possível verificar que a resistência elétrica diminuía à medida que
aumentava-se a seção transversal do condutor. Inversamente, a resistência
elétrica aumentava, quando se diminuía a seção transversal do
condutor.Conclusão:
A resistência elétrica de um condutor é inversamente proporcional à sua área de
seção transversal.

Mantida as constantes de comprimento, seção transversal, seção transversal e


temperatura variou-se o tipo de material:

100
S ____ L________ cobre resistência obtida = R1
S _____L________ alumínio resistência obtida = R2
S _____L________ prata resistência obtida = R3

Utilizando-se materiais diferentes, verificou-se que não havia relação entre eles.
Com o mesmo material, todavia, a resistência elétrica mantinha o mesmo valor.
A partir dessas experiências, estabeleceu-se uma constante de
proporcionalidade que foi denominada de RESITIVIDADE ELÉTRICA.

RESITIVIDADE ELÉTRICA

É a resistência elétrica específica de um\ certo condutor com 1 metro de comprimento,


1mm2 de área de seção transversal, medida em temperatura ambiente constante de 20
ºC.
A unidade de medida de resistividade é o Ω mm2 /m, representada pela letra grega ρ (lê-
se rô).
A tabela a seguir apresenta alguns materiais com seu respectivo valor de resistividade:

MATERIAL Ω.mm²/m 20°C


Alumínio (Al) 0,0278
Cobre (Cu) 0,0173
Estanho (Sn) 0,1195
Ferro (Fe) 0,1221
Níquel (Ni) 0,0780
Zinco (Zn) 0,0615
Chumbo (Pb) 0,21
Prata (Ag) 0,0156
Mercúrio (Hg) 0,95
Niquelina 0,4
Platina 0,12

Após estas experiências OHM estabeleceu que a sua 2º Lei:

A resistência elétrica de um condutor é diretamente proporcional ao produto da


resistividade específica pelo seu comprimento, e inversamente proporcional à sua
área de seção transversal.

Equação da 2ª Lei de OHM.

R = ρ . L/S= é a resistência elétrica em Ω


Onde:
L= comprimento do condutor em m
S= área da seção transversal em mm²
ρ= resistividade do material em Ω.mm²/m

101
EXERCÍCIOS SOBRE: RESISTIVIDADE

1) Calcule a seção de um fio de alumínio com resistência de 2 Ω e comprimento de


100 m e temperatura de 20°C.
R=2Ω L = 100 m material = Alumínio S=???
R=ρ.L /S >> R = 0,0278 Ω mm²/m . 100 m = 2,78 mm² >>> 2,78 Ω mm² / 2 Ω =1,39 mm²
2) Determine o material que constitui um fio, sabendo-se que seu comprimento é
de 150 m, sua seção é de 4 mm2 e sua resistência é de 0,6488 Ω, e temperatura de
20°C.
L= 150 m S = 4 mm² R = 0,6488 Ω material= ???
R=ρ.L/S >> 0,6488 Ω = ρ .150m/4 mm² >> ρ .150m /4 mm². 0,6488 Ω >> ρ .150m /
2,5952 Ω mm²>> ρ =2,5952 Ω mm²/ 150 m >> ρ = 0,0173 Ω mm²/m . portanto,
Consultando a tabela de resistividade o material é cobre.

3) Determine a resistência elétrica de um condutor na temperatura de 20 º C,


sabendo-se que sua seção é de 1,5 mm2 para os seguintes casos.
L = 5 m.
L = 100m
L= 3 km

6) Calcular o comprimento L do estanho, sendo sua secção S= 2 mm², e a


resistência total R = 3 Ω

INFLUENCIA DA TEMPERATURA SOBRE A RESISTÊNCIA

Como já foi visto, a resistência de um condutor depende do tipo de material de que ele é
constituído e da mobilidade das suas partículas em seu interior.
Na maior parte dos materiais, o aumento da temperatura significa maior resistência
elétrica.
Isso acontece porque com o aumento da temperatura, há um aumento da agitação das
partículas que constituem o material, aumentando as colisões entre as partículas e os
elétrons livres no interior do condutor.
Isso é particularmente verdadeiro nos casos dos metais e suas ligas. Neste caso =é
necessário um grande aumento de temperatura para que se possa notar uma pequena
variação na resistência elétrica. É por esse motivo que eles são usados na fabricação de
resistores.
Conclui-se, então, que em um condutor, a variação da resistência elétrica relacionada
ao aumento de temperatura depende diretamente da variação de resistividade elétrica
própria do material com o qual o condutor é fabricado.
Assim, uma vez conhecida a resistividade do material do condutor em uma determinada
temperatura, é possível determinar seu novo valor em uma nova temperatura.

102
MATERIAL Coeficiente de temperatura °C
Cobre 0,0039
Alumínio 0,0032
Tungstênio 0,0045
Ferro 0,005
Prata 0,004
Platina 0,003
Nicromo 0,0002
Constantan 0,00001

Matematicamente faz-se isso por meio da expressão:

Ri x ( 1 + Δt x a ) = Rf
Onde:

Ri = resistência inicial
1 = fator de fórmula
Δt = variação de temperatura (temperatura final menos a temperatura inicial)
a = coeficiente de temperatura °C-1
Rf = resistência final

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

A – A resistência inicial de um condutor de prata a 20°C é de 100 Ω. Qual será o valor


dessa resistência a uma temperatura final de 400°C?
Então teremos:
Ri a 20 °C = 100 Ω
Rf a 400°C = ????

Ri x ( 1 + Δt x a ) = Rf
100 Ω x ( 1 + ( 400 °C – 20 °C )x 0,004) = Rf
100 Ω x ( 1 + ( 380 °C x 0,004) = Rf
100 Ω x ( 1 + 1,52 ) = Rf
100 Ω x 2,52 = Rf
Rt = 252 Ω

B – Material = Prata
Resistência final Rf = 40 Ω
Temperatura inicial 20 °C
Temperatura final 300 °C
Qual é o valor da resistência inicial?

103
Ri x ( 1 + Δt x a ) = Rf
Ri x ( 1 + ( 300 °C – 20°C) x 0,004 = 40 Ω
Ri x ( 1 + 280 °C) x 0,004 = 40 Ω
Ri x ( 1 + 1,12) = 40 Ω
Ri x 2,12 =40 Ω
Ri =40 Ω/2,12
Ri = 18,87 Ω

C – Material = Cobre
Comprimento L = 1500 m
Secção S = 2 mm²
ρ = 0,0173 Ω mm²/m
R =/??
R=ρ.L /S >> R = 0,0173 Ω mm²/m . 1500 m / 2 >> 12,97 Ω
Vamos variar a temperatura.
Temperatura inicial 20°C
Temperatura final 200 °C
Resistência inicial 12,97 Ω
Coeficiente de temperatura 0,0039
Qual será a resistência final a 200ºC ??

Ri x ( 1 + Δt x a ) = Rf
12,97 Ω x ( 1 + ( 200°C – 20°C) x 0,0039 = Rf
12,97 Ω x ( 1 + ( 180 °C x 0,0039) = Rf
12,97 Ω x ( 1 + 0,702) = Rf
12,97 Ω x 1,702 = Rf
Rf = 22,07 Ω

Vamos submetê-lo a uma temperatura de 0 ºC


Temperatura inicial 20°C
Temperatura final 0 °C
Resistência inicial 12,97 Ω
Coeficiente de temperatura 0,0039
Qual será a resistência final a 0ºC ??
Ri x ( 1 + Δt x a ) = Rf
12,97 Ω x ( 1 + ( 0°C – 20°C) x 0,0039 = Rf
12,97 Ω x ( 1 + ( – 20°C) x 0,0039 = Rf
12,97 Ω x ( 1 + (-0,078) = Rf

104
12,97 Ω x ( +0,922)= Rf
Rf = 11,95 Ω

Contudo concluímos que:

A resistência do cobre a 200 °C é maior do que a 0 °C.


Portanto, a resistência elétrica dos materiais é diretamente proporcional a sua
temperatura, quanto maior for sua temperatura maior será sua resistência e quanto
menor for a temperatura menor será sua resistência.

QUEDA DE TENSÃO

A queda de tensão é a tensão dissipada no trajeto que a intensidade de corrente


percorre pelo condutor, da fonte até a carga, levando em consideração vários fatores
conforme fórmula abaixo:

Q=NxρxLxi
SxV
Onde:

Q = Queda de tensão entre a fonte e a carga


N = numero de fases do circuito ( 1 monofásico, 2 bifásico ou 3 trifásico )
Ρ = (ro) resistência especifica do condutor (Ω.mm²/m)
L = comprimento do condutor da fonte até a carga ( m)
I = intensidade de corrente do circuito ( A )
S = secção do condutor ( mm²)
V = Tensão de alimentação do circuito

Exemplo prático:
A tensão de alimentação de um circuito bifásico cujo o condutor é cobre, é de 220 V.
percorrido por uma corrente de 40 A, a uma distancia entre a fonte e a carga de 100 m.
Qual é a tensão dissipada no circuito?

105
Solução:
1º - calcular a potencia real do circuito em Watts.
Aplicando a 1ª Lei de Ohm P = V x i
P = 220 V x 40 A >>>> P = 8.800 W
2º - calcular a resistência do material
Aplicando ainda a 1ª Lei de Ohm V = R x i
220 V = R x 40 A >>>> R= 220V/ 40 A>>>> R = 5,5 Ω
3º - calcular a secção
Aplicando a 2ª Lei de Ohm R = ρ x L
S
Material = cobre, resistência especifica 0,0173 Ω.mm²/m
Comprimento L = 100 m
Resistência = 5,5 Ω

R = ρ x L >>> 5,5 Ω = 0,0173 Ω.mm²/m x 100m>>> S = 0,0173 Ω.mm²/m x 100m


S S 5,5 Ω
Secção = 0,3145 mm²
Agora temos tos os valores para se calcular a queda de tensão;
Q = N x ρ x L x i >>> 2 x 0,0173 Ω.mm²/m x 100m x 40A >>> 138,4 >>> 2,00 V
SxV 0,3145 mm² x 220V 69,19
Observação:
Tensão na fonte do circuito 220 V.
Tensão dissipada ao longo do circuito 2,00 V
Tensão no final do circuito 218 V

MUDANÇAS DE ESTADOS

ESTADOS FÍSICOS DA MATÉRIA

A matéria pode apresentar-se nos estados sólidos, líquidos e gasosos. Estes estados
distinguem-se principalmente pelo seguinte:
Sólidos: tem forma própria e volume bem definido.
Líquidos: não tem forma própria (assumem a forma do recipiente que os contem),
Gases (ou vapores): não tem forma própria nem volume definido. Tomam a forma e o
volume do recipiente que os contem.

106
Observemos que em nossos estudos estaremos nos referindo sempre as substancias
puras.

DEFINIÇÕES

Fusão é a passagem de uma substancia do estado sólido para o estado liquido.


Solidificação é a passagem de uma substancia do estado liquido para o estado
sólido. É a transformação inversa da fusão.
Vaporização é a passagem de uma substancia do estado liquido para o estado gasoso.
Liquefação ou condensação. É a passagem de gasoso para liquido. È a
transformação inversa da vaporização.
Sublimação é a passagem da substancia diretamente do estado sólido para o gasoso
ou do gasoso para o sólido.
A experiência mostra que a fusão e a vaporização se processam sempre com
recebimento, com absorção de calor, sendo, pois, transformação endotérmica. Já a
solidificação e a liquefação se processam com desprendimento, com liberação de calor,
sendo, pois, transformação exotérmica.
Observemos que a quantidade de calor que um corpo recebe ao fundir-se é a mesma
que ele cede ao solidificar-se (principio de transformação inversa). Da mesma forma, o
que recebe ao vaporizar-se, cede ao liquefazer-se.

TIPOS DE VAPORIZAÇÃO

Conforme a maneira de se processar, a vaporização recebe nomes diferentes. Assim


ela pode tomar o nome de:
a) Evaporação: que é a passagem de uma substancia do estado liquido para o
estado gasoso mediante um processo lento que se verifica apenas na
superfície do liquido.É o que acontece com a água de um tanque, ou de uma
bacia colocada ao ar livre. A evaporação pode ocorrer em qualquer
temperatura que esteja o liquido.
b) Ebulição: é a passagem de uma substancia do estado liquido para o estado
gasoso mediante um processo tumultuoso que se verifica em toda a massa
liquida.Isso ocorre quando a pressão de vapor do liquido se iguala a pressão
externa, aí o vapor escapa produzindo o borbulhar característico da ebulição.
É o que acontece com a água de uma chaleira quando esta é colocada ao
fogo e começa a fervura. A ebulição só ocorre a uma determinada
temperatura, característica do liquido, chamado temperatura (ou ponto de

107
ebulição), que depende da pressão exercida em sua superfície.”A água
entra em ebulição quando sua pressão de vapor se iguala a pressão externa”
c) Calefação: é a passagem da substancia do estado liquido para o estado
gasoso, ap´os um aquecimento muito repentino. Por exemplo, quando uma
porção de água é jogada numa chapa quente de um fogão, há um
aquecimento repentino da água, seguido do fenômeno de calefação.“O
aquecimento repentino da gota de água, as partículas da superfície passam
para o estado gasoso, protegendo o restante da gota, fazendo com que a
vaporização total demore um pouco mais, apesar de a gota de água estar
aquecida

TEMPERATURA DE MUDANÇA DE ESTADO

A fusão e a solidificação processam-se na mesma temperatura, chamada temperatura


(ou ponto) de fusão ou de solidificação (θf). Por exemplo, a agua sob pressão
atmosférica normal, sempre se funde e se solidifica a 0°C.
A ebulição e a liquefação processam-se na mesma temperatura chamada temperatura
(ou ponto de ebulição) ou de liquefação (θf). Por exemplo, sob a pressão atmosférica
normal, água sempre entra em ebulição e se liquefaz a 100°C.

LEIS GERAIS DAS MUDANÇAS DE ESTADO

De acordo com os resultados de experiências, puderam ser enunciadas as seguintes


leis obedecidas pelas mudanças de estado das substancias puras.

1º Lei: SE A PRESSÃO FOR MANTIDA CONSTANTE, DURANTE A MUDANÇA DE


ESTADO A TEMPERATURA SE MANTEM CONSTANTE.

Essa lei permite-nos concluir que, enquanto há uma mudança de estado. Não há
variação de temperatura não há mudança de estado. Ou, seja a mudança de estado e a
variação de temperatura jamais ocorrem simultaneamente.

2ª Lei: PARA UMA DADA PRESSÃO, CADA SUBSTANCIA TEM A SUA


TEMPERATURA DE FUSÃO (OU SOLIDIFICAÇÃO)E A SUA TEMPERATURA DE
EBULIÇÃO (OU DE LIQUEFAÇÃO.

Essa lei ensina-nos que as temperaturas de fusão (θf) e de ebulição (θe), numa dada
pressão, são característica das substancias.

108
Por exemplo:
Água (θf). = 0°C e (θe). = 100°C
Álcool (θf). = -114°C e (θe). = 78°C
Mercúrio (θf). = - 39°C e (θe). = 357°C

3º Lei: VARIANDO A PRESSÃO, AS TEMPERATURAS DE FUSÃO E DE EBULIÇÃO


TAMBÉM VARIAM.

(Como se dá essa variação, veremos em assunto posterior.)


Por exemplo, em Santos, onde a pressão atmosférica é normal, a água ferve a 100°C.
Em São Paulo, onde a pressão atmosférica é da ordem de 700 mm Hg, a água ferve a
98°C aproximadamente.
Figura

A temperatura de ebulição de um liquido depende da pressão. Quanto maior a


altitude, menor é a pressão e menor é a temperatura de ebulição.

UNIDADES DE MEDIDAS

Para melhor conhecermos as grandezas físicas, é necessário medi-las. Há grandezas


cuja a medição é muito simples . Por exemplo, para se medir o comprimento, basta
apenas uma régua ou uma trena. Outras grandezas, porém exige m aparelhos
complexos para sua medição.
As unidades de medidas das grandezas físicas são agrupadas em sistemas de
unidades onde as medidas foram reunidas e padronizadas no Sistema Internacional
de Unidades, abreviado para a sigla SI.
A unidade de medida de energia é chamada Joule, representada pela letra J, e
corresponde ao trabalho realizado por uma força constante de um Newton (unidade de
medida de força) que desloca seu ponto de aplicação de um metro em sua direção.
A grandeza formada com prefixos SI tem múltiplos e submúltiplos. Os principais são
apresentados na tabela a seguir.

109
PREFIXO Si SIMBOLO FATOR MULTIPLICADOR
Tera T 1012 = 1 000 000 000 000
Giga G 109 =1 000 000 000
Mega M 106= 1 000 000
Quilo K 103 = 1 000
Unidade 0,00
Mili m -3
10 = 0,001
Micro μ 10-6 = 0,000 001
Nano n 10-9 = 0, 000 000 001
Pico p 10-12 = 0,000 000 000 001
1012 109 106 103 10-3 10-6 10-9 10-12
T G M K c d u m μ n P

Observação:

Em eletricidade empregam-se mais freqüentemente o volt e o quilovolt como unidade de


medida, ao passo que em eletrônica as unidades de medidas mais usadas são o volt, o
milivolt e o microvolt.

A conversão de valores é feita de forma semelhante a outras unidades de medidas.

103 10-3 10-6


kV V mV μV

Exemplo de conversão.
a) 3,75 V = mV

Volts ( V ) Milivolts mV
3 7 5

Volts ( V ) Milivolts mV
3 7 5 0

Resposta;
3,75 V = 3750 mV

110
b) 0,6 V = mV

Volts ( V ) Milivolts mV
0 6

Volts ( V ) Milivolts mV
0 6 0 0

Resposta.
0,6 V = 600 mV

c) 200 mV = V

Volts ( V ) Milivolts mV
2 0 0

Volts ( V ) Milivolts mV
0 2 0 0

Resposta
200 mV = 0,2 V

d) 0,05 V = mV

Volts ( V ) Milivolts mV
0 0 5

Volts ( V ) Milivolts mV
0 0 5 0

Resposta
0,05 V = 50 mV

111
e) 1,5 mV = μV

Milivolts mV Microvolts μV
1 5

Milivolts mV Microvolts μV
1 5 0 0

Resposta
1,05 mV = 1500 μV

CORRENTE

Intensidade de corrente elétrica é uma grandeza elétrica. Como toda grandeza poder ter
sua intensidade medida por meio de instrumentos, a unidade de medida de intensidade
de corrente elétrica é o ampere que é representado pelo símbolo (A).
No campo da eletrônica empregam-se mais os termos ampere (A), miliampere (mA) e o
microampere (μA)

Quilo Ampere103 Ampere miliAmpere10-3 microAmpere10-6


KA c d u mA μA

a) 1,2 A = mA

Amper A Miliampere mA
1 2

Amper A Miliampere mA
1 2 0 0

Resposta
1,2 A = 1200 mA

112
b) 15 μA = mA

Miliampere mA microampere μA
1 5

Miliampere mA microampere μA
0 0 1 5

Resposta
15 μA = 0,015 mA

c) 350mA = A

Ampere A Miliampere mA
3 5 0

Ampere A Miliampere mA
0 3 5 0

Resposta
350 mA = 0,350 A

RESISTENCIA

Resistência elétrica é a oposição que um material apresenta ao fluxo da corrente


elétrica.
A unidade de medida de resistência elétrica é o Ohm , representado pela letra grega Ω
onde se lê (Omega).

Giga Ohm GΩ 109 Mega Ohm M Ω 106 Quilo ohm k Ω 103 Ohm Ω
G M K

113
a) 120 Ω = KΩ

Quilo ohm k Ω Ohm Ω


1 2 0

Quilo ohm k Ω Ohm Ω


0 1 2 0

Resposta
120 Ω = 0,120 k Ω

b) 390k Ω = MΩ

Mega ohm MΩ Quilo ohm kΩ


3 9 0

Mega ohm MΩ Quilo ohm kΩ


0 3 9 0

Resposta
390kΩ = 0,390 MΩ

c) 5,6 kΩ = Ω

Quilo ohm kΩ Ohm Ω


5 6

Quilo ohm kΩ Ohm kΩ


5 6 0 0

Resposta
5,6 kΩ = 5.600 Ω

114
POTENCIA ELETRICA

Potencia elétrica é a capacidade que um corpo tem de realizar um trabalho numa


unidade de tempo.
A unidade de medida de potencia elétrica é o WATT, simbolizado pela letra W.
Um Watt (um W) corresponde a potencia desenvolvida no tempo de um segundo em
uma carga, alimentada por uma tensão de 1 V, na qual circula uma corrente de 1 A .

Quilo watt 103 Watt Mili Watt10-3 Micro Watt 10-6


K W mW μW

a) 1,3 W = mW

W Mili Watt10-3
1 3

W Mili Watt10-3
1 3 0 0

Resposta.
1,3 W = 1300 mW

b) 350W = kW

Quilo Watt kW Watt W


3 5 0

Quilo Watt kW Watt W


0 3 5 0

Resposta
350W = 0,350 kW

115
c) 640mW = W

Watt W miliwatt mW 10-3


6 4 0

Watt kW miliwatt mW 10-3


0 6 4 0

Resposta
640 mW = 0,640 W

d) 2,1 kW = W

Quilo Watt W kW 103 W Watt


2 1

Quilo Watt W kW 103 W Watt


2 1 0 0

Resposta
2,1 kW = 2100 W

116
FAZER AS CONVERSÕES

a 1V = mV
b 10 GW = W
c 100 MW = W
d 545 kV = V
e 10 mA = A
f 5 nV = V
g 52 pV = V
h 100 A = KA
i 10 Gb = bits
j 4 Mb = bits
k 52,2 A = mA
l 1553 V = kV
m 75 KVA = VA
n 1000 km = m
o 5000 mL = L
p 20 Ω = MΩ
q 30 μF = F
r 3F = μF
s 350 MΩ = Ω
t 0,5 μF = F

117
FAZER AS CONVERSÕES

a 1V = 1.000 mV
b 10 GW = 10.000.000.000 W
c 100 MW = 100.000.000 W
d 545 kV = 545.000 V
e 10 mA = 0,010 A
f 5 nV = 0,000.000.005 V
g 52 pV = 0,000.000.000.052 V
h 100 A = 0,100 KA
i 10 Gb = 10.000.000.000 bits
j 4 Mb = 4.000.000 bits
k 52,2 A = 52.200 mA
l 1553 V = 1,553 kV
m 75 KVA = 75.000 VA
n 1000 km = 1.000.000 m
o 5000 mL = 5,000 L
p 20 Ω = 0,000.020 MΩ
q 30 μF = 0,000.030 F
r 3F = 3.000.000 μF
s 350 MΩ = 350.000.000 Ω
t 0,5 μF = 0,000.000.5 F

118
TERA 1012 GIGA 109 MEGA QUILO UNIDADE MILI 10-3 MICRO 10-6 NANO PICO
6 3 -9
10 10 10 10-12

C D U C D U C D U C D U C D U C D U C D U C D U C D U
1 0 0 0 A
1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 B
1 0 0 0 0 0 0 0 0 C
5 4 5 0 0 0 D
0 0 1 0 E
0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 F
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 2 G
0 1 0 0 H
1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 I
4 0 0 0 0 0 J
5 2 2 0 0 K
1 5 5 3 L
7 5 0 0 0 M
1 0 0 0 0 0 0 N
5 0 0 0 O
0 0 0 0 0 2 0 P
0 0 0 0 0 3 0 Q
3 0 0 0 0 0 0 R
3 5 0 0 0 0 0 0 0 S
0 0 0 0 0 0 0 5 T

119
TERA GIGA MEGA QUILO UNIDADE MILI MICRO NANO PICO
12 9 6 3 -3 -6 -9
10 10 10 10 10 10 10 10-12

C D U C D U C D U C D U C D U C D U C D U C D U C D U
A
B
C
D
E
F
G
H
I
J
K
L
M
N
O
P
Q
R
S
T

120
ELETRICIDADE BÁSICA

ANÁLISE DE CIRCUITO

VOLUME 1

121

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