O Homem diferencia-se de outros animais do planeta Terra por sua capacidade

intelectual. Essa habilidade, apesar de inúmeras transformações que proporcionou, também é

responsável pela distinção, pela segregação e a intolerância entre a espécie humana. A partir
disso, ao analisar a sociedade, é perceptível que a criação de termos como “utopia” se da a
partir de um descontentamento do mundo dos sentidos, sendo assim, essa fuga da realidade é
legitima e indispensável, capaz de modificar e alterar a realidade.

Deste modo, o filme “A vida é Bela”, dirigido pelo Roberto Benigni, expõe a
importância da imaginação como ferramenta para sobreviver em meio ao caos. Ao longo da
trama, o judeu Guido utiliza da imaginação para fazer o menino acreditar que estão
participando de uma grande brincadeira, com intuito de protege-lo do terror e da violência
que os cercam. Portanto, o poder da imaginação torna o meio suportável, o que concretiza a
importância de ideias como a utopia na superação de desafios e obstáculos.

Historicamente, o mundo foi palco de acontecimentos que criaram valores humanos.

Durante o século XIX, ideias a respeito da implementação do socialismo ganharam força com
objetivo de propagar as ideias da Revolução Francesa e criar uma sociedade mais racional e
igualitária. Posteriormente, o cético Friedrich Engels compôs uma obra chamada “Do
Socialismo Utópico ao Socialismo Científico” teve como anseio tratar a questão filosófica no
mundo material. Percebe-se uma linha clara na história: que as utopias propõem uma
mudança da realidade.

Em suma, a utopia torna-se indispensável para sobrevivência na sociedade e na

compreensão dos valores humanos. Para Aristóteles existem dois mundos, o mundo sensível e
o mundo das ideias. Analogamente, a utopia esta fixada no mundo das ideias, no qual é guia
do mundo sensível.

Nome: João Marques Oliveira

Tema: Utopia: indispensáveis, inúteis ou nocivas?

Banca: Fuvest